Relatório de Sustentabilidade 2012
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Relatório de Sustentabilidade 2012
Va l e Relatório de Sustentabilidade 2012 Como usar este .PDF Este arquivo é um PDF interativo. Com ele, é possível ler o texto de forma linear ou utilizar os diversos recursos de navegação. Veja abaixo os recursos que preparamos parar tornar leitura mais dinâmica e facilitar a busca de conteúdo ao longo do relatório. Navegação Use as setas para avançar ou retroceder as páginas do documento. O botão com o ícone da casa leva você de volta ao início do relatório e a impressora abre a janela de impressão. Indicadores GRI Você encontrará no texto marcações como esta [EN16] para identificar quais indicadores GRI estão sendo recebidos. Ao clicar nelas, você será encaminhado à página com a tabela GRI completa. Bookmarks Outra forma de navegar no conteúdo é utilizando a ferramenta bookmarks. Ao clicar no botão com o ícone acima, o Adobe Acrobat abrirá um menu lateral com os capítulos e subcapítulos do relatório. Adobe Acrobat É recomendável visualizar este documento na versão mais atual do Adobe Acrobat, para fazer o download clique aqui. Conteúdo complementar Marcações como esta [1.18] identificam que o conteúdo marcado possui um complemento disponível nesta versão online. Ao clicar no ícone, você será encaminhado para a página onde estão as informações adicionais. Encarte Este encarte é parte integrante do Relatório de Sustentabilidade 2012 da Vale. Este caderno é destacável Visão estratégica Sustentabilidade: um dos pilares estratégicos da Vale Em 2012, a Vale progrediu no objetivo de desdobrar a agenda do desenvolvimento sustentável em todas as etapas de sua operação, desde a estratégia até a prática dos negócios. 1,342bi US$ 97% Reconhecimento 97% das metas do Plano de Ação em Sustentabilidade (PAS) foram atingidas em 2012. Dessas, 82% foram “Desafios alcançados” (acima do nível 3) e 15%, “Metas alcançadas” (nível 3). A Vale foi reconhecida como uma das 100 empresas mais sustentáveis do mundo, integrando o ranking Global 100, organizado pela instituição canadense Corporate Knights, nos quesitos uso de energia, emissões de CO2, inovação e saúde e segurança. Leia mais nas páginas 17 a 19 Leia mais na página 24 e 25 Metas e desafios Projeto Ferro Carajás S11D: o futuro da mineração Em 2012, a Vale aplicou US$ 1,342 bilhão em ações socioambientais, sendo US$ 1,025 bilhão (76%) em dispêndios ambientais e US$ 317,2 milhões (24%) em ações sociais (71% voluntários e 29% obrigatórios). -50% -77% -93% Leia mais nas páginas 14 e 15 Carajás S11D ISE BM&FBOVESPA Mineradora listada pelo terceiro ano consecutivo no Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da Bolsa de Valores de São Paulo, com vigência para 2013. Leia mais na página 14 160 Projetos de pesquisa Desde sua criação (2009), o Instituto Tecnológico Vale articulou apoio a cerca de 160 projetos de pesquisa, que envolvem a participação de mais de 800 bolsistas. Leia mais na página 20 O projeto, quando implantado, apresentará uma economia de 93% no consumo de água, 77% no uso de combustível e 50% de redução na emissão de gases de efeito estufa, se comparado aos métodos convencionais. Leia mais na página 17 Pessoas Compromisso com “A vida em primeiro lugar” A Vale avançou em temas como a busca pelo dano zero, a eliminação do déficit educacional e a construção de relação de qualidade e confiança com os empregados e a comunidade. 49% SGSS A implantação do Sistema Global de Gestão de Saúde e Segurança (SGSS) tornou-se, em 2012, meta de todos os empregados da Vale, com impacto na remuneração variável. Nesse ano, foi alcançado o percentual de 49% de implementação do SGSS nas áreas da empresa, superior à meta de 39,2%. 13% A força feminina cresceu 17% em 2012. Com isso, o número de mulheres entre os empregados próprios da empresa atingiu a marca de 13%. Leia mais na página 38 195,6mil é o número de empregados que a Vale possuía ao fim de 2012, entre próprios (com contrato de trabalho por tempo indeterminado) e terceiros (prestadores de serviço em atividades permanentes e em projetos). Leia mais na página 29 Dia de Reflexão Cerca de 160 mil empregados e prestadores de serviço, ao redor do mundo, participaram do Dia de Reflexão de Saúde e Segurança, realizado pelo segundo ano consecutivo. Leia mais na página 34 Leia mais na página 32 86% +17% 87% 160mil dos planos de ação de melhoria em gestão de pessoas já foram implementados. Outros 11% estão em desenvolvimento e 3% serão iniciados. Planos de Ação Ao longo de 2012, foram elaborados mais de cinco mil planos de ação de melhoria na gestão de pessoas nas diversas áreas da Vale. Leia mais na página 28 Treinamentos em saúde e segurança A Vale promoveu 41 cursos em saúde e segurança. Leia mais na página 35 Participantes 41 100.000 foram cerca de 100 mil participantes, em 7 mil turmas disponibilizadas, totalizando mais de 520 mil horas/aula. 76% Dos 394 participantes do Programa Formação Profissional, elegíveis à efetivação, 76% 1.337 foram contratados. 1,6mi Museu Vale Educação Em 2012, o Programa Formação Profissional da Vale, voltado para jovens de 18 a 28 anos, recebeu 1.337 trainees. É o número de visitantes recebidos pelo Museu Vale, instalado em Vila Velha (ES), ao longo de 15 anos de atividades, completados em 2013, em 38 exposições nacionais e internacionais. Em 2012, a Vale conseguiu reduzir o déficit educacional entre seus empregados próprios no Brasil em 14%. Leia mais na página 35 Leia mais na página 50 Leia mais na página 35 Trainees 745 1.596 mil pessoas Profissionais da Vale do Brasil e de Moçambique foram capacitados para colaborar no relacionamento com povos indígenas e comunidades tradicionais, em um total de 457 horas de treinamento. É o número de beneficiados, diretamente ou indiretamente, pelas ações da Fundação Vale. Leia mais na página 50 Leia mais na página 52 e 53 40 mil Em 2012, cerca de 40 mil pessoas ao redor do mundo foram beneficiadas, direta ou indiretamente, por acordos da Vale com povos indígenas e comunidades tradicionais. Leia mais na página 52 e 53 Maranhão Pará Moçambique Minas Gerais Espírito Santo Rio de Janeiro No Brasil 82,1% Diálogo A Vale elaborou planos plurianuais de ações sociais de cinco anos de duração para cinco estados brasileiros. Em Moçambique, o percentual de contratação local chegou a 82,1%. 11 é o número de canais disponíveis para o diálogo entre a Vale e as comunidades. Leia mais na página 49 Leia mais na página 50 Leia mais na página 48 99 Planeta Usar os recursos naturais de forma sustentável 76% Em 2012, a Vale aprimorou a gestão integrada dos territórios com o objetivo de deixar legado positivo nas regiões em que atua. Pesquisa esse foi o índice de reciclagem de resíduos na Vale, em 2012, ultrapassando a meta de 73%. é o numero total de projetos de pesquisa em desenvolvimento na Reserva Natural Vale, realizados em parceria com 61 instituições – 48 nacionais e 13 internacionais –, envolvendo cerca de 300 pesquisadores e colaboradores. Leia mais na página 68 Leia mais na página 58 Reciclagem 900mil m 3 Projetos de eficiência energética foram implementados em 2012. Outros 15, relacionados a mudanças climáticas e energia, estão sendo desenvolvidos pelo Instituto Tecnológico Vale (ITV). Água No projeto de cobre de Sossego, a redução do consumo de água, que anteriormente era bombeada do rio, atingiu cerca de 900 mil m³/ano. A quantidade é suficiente para abastecer uma cidade de 25 mil habitantes durante o período de seis meses. Reutilização Em 2012, a reutilização de água utilizada nos processos produtivos do projeto Sossego atingiu o nível de 99%. Leia mais na página 89 Leia mais na página 76 Fundo Vale Reservas Desde sua criação, em 2009, o Fundo Vale já investiu cerca de US$ 36 milhões em 28 projetos e em 20 organizações parceiras, visando ao desenvolvimento sustentável, na Amazônia. Aproximadamente 12,8 milhões de toneladas é a quantidade de CO2 estocado nas reservas da Vale em Minas Gerais e Espírito Santo. Leia mais na página 64 Leia mais na página 78 13,7 mil km2 4,7mil km2 Conservação A Vale protege ou ajuda a proteger 13,7 mil km2 de unidades de conservação ambiental, uma área aproximadamente nove vezes maior que cidade de São Paulo. As áreas protegidas são quase três vezes maiores que o total das unidades operacionais da empresa (4,7 mil km2). Leia mais na página 58 Criação de valor Promoção da agenda da sustentabilidade na cadeia de valor A Vale manteve-se fiel aos compromissos de promover a agenda da sustentabilidade junto à sua cadeia de valor e desenvolver fornecedores nas regiões onde atua. 80% Bônus de sustentabilidade Investimentos A Vale manteve, em 2012, a oferta de bônus de sustentabilidade para empresas de ferro-gusa que utilizam mais de 80% do carvão vindos de florestas próprias. Em 2012, os investimentos destinados à execução de projetos, P&D e sustentação das operações existentes totalizaram US$ 17,7 bilhões. Leia mais na página 96 Leia mais na página 106 Recordes 320,0Mt 55,1Mt 303,4Mt Em 2012, os embarques de minério de ferro e pelotas foram recordes: 303,4 milhões de toneladas. A produção de 320,0 milhões de toneladas de minério de ferro e 55,1 milhões de toneladas de pelotas também foram as maiores da história da Vale. O projeto Supplier Zero Harm envolveu 60 empresas que atuam em projetos correntes e de capital. Foram selecionadas 12 iniciativas, de mais de 200 sugestões diferentes para o atingimento da marca de zero acidente. Leia mais na página 104 Leia mais na página 97 34% China A China foi o principal destino da produção da Vale, com 34% de participação no total das vendas. Leia mais na página 105 Zero Acidente 170 IDF já foram treinados em como fazer seus inventários de emissões. O Índice de Desempenho do Fornecedor (IDF) abrange 100% dos fornecedores no Brasil e, desde 2011, também monitora o desempenho de empresas em Moçambique, Peru, Argentina, Paraguai e Malásia. Leia mais na página 97 Leia mais na página 100 Fornecedores Missão Transformar recursos naturais em prosperidade e desenvolvimento sustentável Visão Ser a empresa de recursos naturais global número um em criação de valor de longo prazo, com excelência, paixão pelas pessoas e pelo planeta Valores A vida em primeiro lugar Valorizar quem faz a nossa empresa Cuidar do nosso planeta Agir de forma correta Crescer e evoluir juntos Fazer acontecer Relatório de Sustentabilidade 2012 Mensagem do Conselho de Administração 04 Mensagem do Presidente 06 Perfil e atuação global 08 13 Visão estratégica 27 Diretoria Executiva 09 Para ler este relatório 10 Índice Remissivo de Indicadores 108 55 95 Pessoas Planeta Criação de valor Gente 27 Território 57 Cadeia de valor 96 Comunidades 45 Mudanças climáticas e energia 76 Valor adicionado 104 Água 87 Mensagem do Conselho de Administração A Vale reconhece a importância de entender as demandas da sociedade por meio do diálogo e da confiança Em 2012, a Vale manteve os investimentos em soluções inovadoras e sustentáveis para alicerçar os seus negócios: empreendeu esforços em saúde e segurança visando alcançar a meta de dano zero e desenvolveu projetos relevantes de busca de eficiência energética e de gestão do uso da água. Além disso, continuou a influenciar sua cadeia de valor na promoção dos direitos humanos, com a finalidade de estreitar o relacionamento com as comunidades, entendendo suas necessidades e diversidade cultural, entre outras características. Nosso foco está de acordo com o compromisso da empresa de deixar um legado positivo à sociedade e de dedicar esforços para obter e manter sua licença social para operar. Isso se dá pela busca constante das melhores práticas de gestão socioambiental, passando pela governança, ética e relacionamento com as partes interessadas. O período recente de retração da economia global, desafiador por natureza, nos levou a um maior foco na disciplina de alocação de capital. Apesar disso, a Vale manteve seu rumo e deu início à operação de dois novos e importantes projetos de produção (Salobo, Brasil, e Lubambe, Zâmbia). Mais de 200 licenças ambientais foram obtidas no Brasil, dentre elas a Licença Prévia do projeto Carajás S11D, que possibilitará a oferta de minério de ferro de maior qualidade a custos mais baixos. Os investimentos, excluindo aquisições, atingiram US$ 17,7 bilhões, alinhados com o montante de 2011, mas abaixo do previsto (-17%) de US$ 21,4 bilhões. Para 2013, o valor orçado para investimentos é de US$ 16,3 bilhões. Os embarques de minério de ferro e pelotas alcançaram o recorde histórico, em 2012, de 303,4 milhões de toneladas. Os gastos socioambientais totalizaram US$ 1,3 bilhão (US$ 1 bilhão na área ambiental, e US$ 317,2 milhões na área social). Esses valores demonstram o compromisso da empresa de investir no desenvolvimento dos territórios onde opera. Mesmo em cenário mais adverso, a Vale, visando seu compromisso com o acionista, retornou o montante de US$ 6 bilhões, em 2012, em dividendos e juros sobre capital próprio. Pelo sétimo ano consecutivo, a Vale obteve a certificação de controles internos previstos pela Lei Sarbanes-Oxley, conforme exigido às empresas de capital aberto listadas na Bolsa de Nova York com American Depositary Receipts (ADRs). E, em 2013, pelo terceiro ano consecutivo, compõe o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da BM&FBovespa, no Brasil. Apresentamos, ao longo deste relatório, a evolução de nossos indicadores de sustentabilidade, alinhados aos Princípios para o Investimento Responsável (PRI). 4 Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Foto: Leonardo Aversa Também reafirmamos compromissos e posicionamentos assumidos no relatório anterior, destacando ações e resultados nos temas mais relevantes. A Vale, com o apoio do seu Conselho de Administração, reafirma o compromisso com o Pacto Global das Nações Unidas e relata, neste documento, o progresso na implantação dos seus princípios, assim como os estabelecidos pelo Conselho Internacional de Mineração e Metais (ICMM). Em nome do Conselho de Administração da Vale e dos acionistas, agradeço à Diretoria, aos empregados e parceiros da empresa na obtenção dos resultados aqui relatados e convido cada leitor a conhecer em mais detalhes nossa trajetória rumo a um desenvolvimento cada dia mais sustentável. Nosso foco está de acordo com o compromissso da empresa de deixar um legado positivo à sociedade e de dedicar esforços para obter e manter sua licença social para operar Dan Conrado Presidente do Conselho de Administração Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 5 Mensagem do Presidente Compromisso com a vida, com as pessoas e com o planeta O contexto econômico global encontra-se, hoje, muito mais desafiador que nos dez últimos anos. É esperado que a economia mundial cresça em ritmo mais lento no novo período que estamos vivendo, o que requer maiores esforços e austeridade na gestão de uma grande empresa como a Vale. Nesse sentido, assumimos as dificuldades presentes e estabelecemos prioridades, adotando a transparência como elemento primordial de nossa administração. resultados do negócio e contribuímos, ao mesmo tempo, para elevar o nível educacional das populações presentes nos territórios onde atuamos. O foco de nossos investimentos é no desenvolvimento de ativos de classe mundial, com longa vida, baixo custo, produção de alta qualidade, com emprego de avançada tecnologia, e capacidade de expansão. Em 2012, apresentamos o terceiro maior resultado de nossa história. Em 2012, 97% das metas do Plano de Ação em Sustentabilidade, voltadas à busca da melhoria contínua, com indicadores relacionados à energia e água, entre outros, foram atingidas. O cumprimento do PAS, assim como o desempenho em Saúde e Segurança, influencia a remuneração variável dos nossos empregados e demonstra, assim, a importância que todos devem dar a esses indicadores em nossa empresa. Enfatizo a importância de se levar em conta a geração de valor em estreita articulação aos compromissos que assumimos com a vida, com as pessoas nas diferentes localidades onde atuamos e com o planeta como um todo. Nossa busca pela excelência operacional é pautada na preservação da integridade de cada um que faz parte da Vale. Alinhadas à busca pelo dano zero às pessoas e ao meio-ambiente, criamos as “Regras de Ouro” e iniciamos a implementação do Sistema Global de Gestão de Saúde e Segurança (SGSS). Apesar de nossos esforços, infelizmente foram registradas, em 2012, 15 fatalidades entre empregados próprios e contratados, o que reforça a importância do nosso compromisso e o trabalho árduo que resta a ser feito nessa frente. Para “Valorizar quem faz a nossa empresa”, nos preocupamos com a formação e a qualificação dos nossos empregados. Não temos dúvidas que, ao qualificarmos nossos profissionais, maximizamos os 6 Tais resultados contribuem para avançarmos na jornada de permear a “Missão, Visão e Valores” da empresa no comportamento de cada um de nós. Também colaboram para fortalecer os pilares de nossa estratégia, que são: Cuidar das pessoas; Incorporar a sustentabilidade aos negócios; Gerenciar o portfólio com rigor e disciplina; Focar em minério de ferro; Crescer através de ativos de classe mundial. A integração e o desdobramento da agenda de sustentabilidade na estratégia e na prática de negócios da Vale é um desafio e, neste ano de 2013, estamos estabelecendo objetivos de longo prazo para os temas definidos como prioritários. Para nós, só há desenvolvimento sustentável quando trabalhamos com a sociedade, compartilhando o valor gerado com todas as partes interessadas. Para isso, procuramos abrir e manter um diálogo permanente com todas elas porque acreditamos que apenas em conjunto seremos capazes de estabelecer uma trajetória Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Foto: Leonardo Aversa positiva e de contribuir eficazmente para a obtenção de nossa licença social para operar no longo prazo. Para nós, desenvolvimento sustentável também é captar as inúmeras oportunidades de crescimento, reconhecendo os limites físicos do planeta. Por isso, focamos na educação e pesquisa, no emprego de tecnologias e no uso eficiente dos recursos naturais para a prática responsável de uma mineração sustentável. Podemos citar as iniciativas de reutilização de água – que já atinge o índice de 77% em nossas operações –, 25 projetos de eficiência energética implantados em 2012 e a gestão das emissões de gases de efeito estufa. Estamos comprometidos também com avanços contínuos na gestão integrada dos territórios para deixar um legado positivo nas regiões em que operamos. Incentivamos nossa cadeia de valor em temas como a gestão das emissões de carbono e o respeito aos direitos humanos. Alcançamos progressos nas questões ambientais com a obtenção de licenças para projetos vitais para a empresa, como as relacionadas ao Projeto Ferro Carajás S11D – o maior da história da Vale e da indústria de minério de ferro do mundo –, que representa um passo à frente quando se trata de conciliar mineração e sustentabilidade. temas relacionados aos direitos humanos, direitos do trabalho, combate à corrupção e proteção ao meio ambiente. Participamos também do Conselho Internacional de Mineração e Metais (ICMM), que possibilita um importante intercâmbio para a melhoria contínua em sustentabilidade em nosso setor de atividade. O presente relatório reafirma nosso alinhamento com os princípios estabelecidos pelo Conselho. Baseados nas questões importantes para nós e nossas partes interessadas, temos investido recursos e esforços para avançar em temas que dizem respeito à nossa estratégia, às pessoas, ao planeta e ao valor que criamos e que desejamos compartilhar com a sociedade. Agradeço aos nossos empregados e parceiros em geral, que, na execução de suas atividades diárias com reconhecido empenho, contribuíram para os resultados que procuramos refletir no presente relatório. Gostaria de convidar você, leitor, a conhecer essas iniciativas e manter um diálogo construtivo conosco sobre os temas aqui apresentados, reforçando nosso compromisso de avançar mais ainda na missão de “Transformar recursos naturais em prosperidade e desenvolvimento sustentável”. Desejo a todos uma excelente leitura! A Vale participa do seleto grupo de empresas do Pacto Global Lead das Nações Unidas e está comprometida com a promoção de seus princípios, em Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Murilo Ferreira Diretor-Presidente 7 Perfil e atuação global Uma empresa brasileira com atuação mundial A Vale S.A. é uma empresa de capital aberto, com sede no Rio de Janeiro e presença global. Suas ações são negociadas nas bolsas de São Paulo, Nova York, Hong Kong, Paris e Madri. A empresa é a maior produtora mundial de minério de ferro e pelotas e a segunda maior produtora de níquel. A Vale também produz minério de manganês, ferroligas, metais do grupo da platina (PGMs), ouro, prata, cobalto, potássio, fosfatados e outros fertilizantes e atua nos setores de logística, siderurgia e energia. Os materiais produzidos pela Vale são utilizados na indústria siderúrgica, na fabricação de aeronaves, automóveis, materiais de construção e na produção de alimentos, entre outros elementos que estão presentes no cotidiano das pessoas, colaborando para a sua qualidade de vida. Filme e livro celebram os 70 anos da Vale Para permitir que o público externo conhecesse melhor a Vale e engajar seus empregados em torno da história que eles ajudam a construir diariamente, a Vale produziu o livro e o documentário “Nossa História”. Com 420 páginas, a publicação foi distribuída às mais de cinco mil bibliotecas públicas do Brasil, e seu conteúdo foi divulgado nos veículos de comunicação interna da empresa. Já o filme, média-metragem em que empregados de dez países contam a trajetória da Vale desde a sua fundação, em 1º de junho de 1942, foi exibido ao público interno durante atividades comemorativas. Premiado em Cannes, o documentário pode ser visto no canal da Vale no YouTube, onde já soma mais de 30 mil acessos. Se você tem um smartphone, faça o download de um leitor de QR Code, aponte para o código ao lado e assista ao vídeo “Nossa História” — ou acesse www.youtube.com/vale. www.youtube.com/vale Perfil e atuação global As operações da Vale ao redor do mundo Operações Escritórios Joint ventures Exploração mineral/ projetos em desenvolvimento Américas 1 Brasil Sede mundial da Vale 2 Paraguai 3 Chile 4 Argentina 5 Peru 7 6 México 7 Canadá 8 Estados Unidos 9 Barbados 18 África 17 16 8 24 10 Angola 23 11 Zâmbia 12 Moçambique 20 13 Malawi 14 Guiné 6 22 15 República Democrática do Congo 25 19 21 9 Europa 26 27 16 Suíça 14 17 Áustria 28 18 Reino Unido 29 15 Ásia e Oceania 30 33 5 1 10 19 Índia 13 11 20 China 12 21 Omã 22 Emirados Árabes Unidos 2 3 32 4 31 23 Japão 24 Coreia do Sul 25 Taiwan 26 Filipinas 27 Tailândia 28 Malásia 29 Cingapura 30 Indonésia 31 Austrália 32 Nova Caledônia 33 Papua Nova Guiné Posição em abril de 2013 Foto: Leonardo Aversa Diretoria Executiva Em pé (da esquerda para a direita) Vania Somavilla Diretora-Executiva de Recursos Humanos, Saúde e Segurança, Sustentabilidade e Energia Galib Chaim Diretor-Executivo de Projetos de Capital Luciano Siani Diretor-Executivo de Finanças e Relações com Investidores José Carlos Martins Diretor-Executivo de Ferrosos e Estratégia Peter Poppinga Diretor-Executivo de Metais Básicos e Tecnologia da Informação Sentados (da esquerda para a direita) Roger Downey Diretor-Executivo de Fertilizantes e Carvão Murilo Ferreira Diretor-Presidente Humberto Freitas Diretor-Executivo de Logística e Pesquisa Mineral Movimentações Tito Martins Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Saída Diretor-Executivo de Finanças e Relações com Investidores julho/12 9 Para ler este relatório Relato de sustentabilidade baseado nos temas mais relevantes O Relatório de Sustentabilidade 2012 da Vale baseia-se nas questões identificadas na matriz de materialidade da empresa. Esses assuntos foram organizados por grau de relevância e afinidade temática em capítulos que oferecem uma visão ampla e completa das questões mais relevantes para a Vale e suas partes interessadas. Com a revisão de sua orientação estratégica refletida na sua Missão, na Visão e nos Valores, realizada em 2011 e alinhada com a agenda de desenvolvimento sustentável, a Vale identifica as questões sociais, ambientais e econômicas mais relevantes e busca aperfeiçoar sua gestão continuamente. no contexto no qual a empresa opera que levasse a nova priorização dos temas materiais. Portanto, neste relatório, a empresa apresenta o desdobramento das questões materiais prioritárias, enfatizando a evolução de sua gestão ao longo de 2012. Diretrizes Para o Relatório de Sustentabilidade de 2011, a Vale rea- Pelo sexto ano consecutivo, a Vale publica o seu lizou um processo robusto de identificação de questões relatório de sustentabilidade de acordo com as diremateriais com a participação da alta administração e trizes da Global Reporting Initiative (GRI), versão G3, também das partes interessadas externas, representadas incluindo o Suplemento Setorial de Mineração e Mepor especialistas1 em temas-chave: mudanças climáticas, tais. Esta edição refere-se a 2012, e, quando aplicável, florestas, comunidades, recursos humanos e educação, é apresentada a evolução de 2010 a 2012. entre outros. A identificação dessas questões é feita por meio da Matriz de Materialidade (na página ao lado), O relatório também atende aos princípios do Conseonde são apontados os temas mais relevantes para a lho Internacional de Mineração e Metais (ICMM, na Vale e suas partes interessadas. O processo de materiasigla em inglês) e do Pacto Global das Nações Unidas, lidade contou com a orientação da Fundação Brasiiniciativas internacionais das quais a Vale é signatária, leira para o Desenvolvimento Sustentável (FBDS) e foi e desempenha a função de instrumento de comunirevisado para refletir as demandas contemporâneas e as cação de progresso (COP) do Pacto Global. O índice tendências para aprimorar a forma pela qual a Vale abor- remissivo orienta a localização das informações que da o tema. Como resultado desse processo, a empresa respondem aos princípios desses compromissos. O identificou temas estratégicos e assumiu compromissos, relatório 2012 mantém o nível de aplicação A+ da GRI, que estabelece o relato de todos os itens de perde longo prazo, para as questões prioritárias. fil, de informações sobre a forma de gestão e de indiEm 2012, a Vale optou por não alterar as questões elen- cadores de desempenho essenciais e do Suplemento Setorial de Mineração e Metais, seguindo o princípio cadas como prioritárias no ano anterior, por entender de materialidade conforme estabelecido pela GRI. que tal abordagem está condizente com o desdobramento de sua orientação estratégica para os próximos O texto foi elaborado com o objetivo de expressar os anos. Além disso, não houve mudança significativa desdobramentos das demandas das principais partes interessadas perante os compromissos assumidos 1 Entrevistas com especialistas internacionais foram conduzidas no relatório de 2011, alinhados aos temas destacados pela BSR. 10 Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Matriz de materialidade Mudanças climáticas Relevância para as partes interessadas Território Energia Globalização Água Comunidades Pessoas Saúde e segurança Biodiversidade Educação Governo Inovação Resíduos Cultura do consumo Cadeia de valor Alta Média Baixa A matriz ao lado indica o grau de relevância dos temas-chave para a Vale e para suas partes interessadas. Relevância para os negócios da Vale na matriz de materialidade. Ao longo deste relatório, será encontrado o símbolo [#.##], que sinaliza a existência de conteúdo complementar. Para acessá-lo faça o download do arquivo digital interativo em www.vale.com/rs2012. A forma de organização dos capítulos permite o acompanhamento dos posicionamentos e resultados alcançados pela Vale nas três principais linhas de orientação propostas pela Visão da empresa: Pessoas, Planeta e Criação de Valor. Essas seções são antecedidas por um capítulo que explica a visão estratégica da empresa, a partir da Missão, Visão e Valores e de sua Política de Desenvolvimento Sustentável. A metodologia de definição do limite do relatório, a mesma adotada nos relatórios de sustentabilidade dos anos anteriores, corresponde à aplicação das orientações do Protocolo de Limites da GRI, que considera os critérios de grau de influência (controle acionário ou operacional) e potenciais impactos em sustentabilidade. Em relação a essa abrangência, para o relatório de 2012, houve a venda dos ativos de manganês na Europa, Vale Manganèse France e Vale Manganese Norway, e os ativos de caulim e carvão – Cadam S.A. e Vale Colômbia C.I., respectivamente. Em 2012, não houve aquisição de empresas, porém ocorreu um aumento de indicadores de desempenho reportado2 2 As eventuais diferenças na somatória de dados e porcentagens, nos gráficos e tabelas, devem ser atribuídas ao arredondamento desses valores, adotado para melhor visualização das informações. Ao longo do relatório, os valores em reais foram convertidos para dólares americanos pela taxa de 1,955. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 por operações/projetos, conforme a abordagem progressiva adotada. Verificação externa As informações do Relatório de Sustentabilidade 2012 foram verificadas pela empresa de auditoria independente KPMG, conforme declaração disponível no arquivo digital. O escopo da verificação incluiu a aderência à metodologia GRI, a asseguração das informações sobre forma de gestão e desempenho e a declaração do nível de aplicação. Além disso, houve verificação em relação às diretrizes do ICMM, listadas também no arquivo digital. Ao todo, a Vale reportou 86 indicadores, sendo 48 essenciais, 27 adicionais e 11 do Suplemento Setorial de Mineração e Metais. Parte desses indicadores — sinalizados com suas respectivas nomenclaturas, com os itens de perfil precedidos pelas letras IP — foi selecionada para a versão impressa e os demais estão relatados no arquivo digital. No que diz respeito às formas de gestão, a Vale prossegue no processo de globalização de procedimentos e documentos corporativos, que considera a diversidade de culturas e as especificidades de cada negócio. Avaliação e contato Para mais informações de sustentabilidade, acesse o endereço eletrônico www.vale.com ou entre em contato por meio do canal Fale Conosco, na categoria Sustentabilidade. [1.01] 11 10% é o peso do PAS e da saúde e segurança, cada, na remuneração variável dos empregados Luciana Rocha de Oliveira e Silva, engenheira, no Terminal da Ilha de Guaíba (TIG), em Mangaratiba (RJ), Brasil (Foto: Márcio Dantas Valença) Desenvolvimento sustentável para a Vale, é captar as inúmeras oportunidades de crescimento, reconhecendo os limites físicos do planeta Visão estratégica Sustentabilidade: um dos pilares estratégicos da Vale Visão estratégica Desenvolvimento sustentável A sustentabilidade é um dos pilares estratégicos da Vale, fundamentada no conceito de que só há desenvolvimento sustentável quando a empresa e a sociedade trabalham juntas, compartilhando o valor gerado com as suas partes interessadas. No Relatório de Sustentabilidade 2011, a Vale assumiu compromissos com suas partes interessadas como resultado do processo de materialidade, com destaque para: Pessoas Desenvolver pessoas, garantindo educação, saúde e segurança, construindo um relacionamento de confiança e qualidade; Comunidades Promover o desenvolvimento local, com educação, saúde e segurança, deixando um legado positivo nas regiões onde atua; Cadeia de valor Incentivar a agenda de sustentabilidade entre fornecedores e clientes, buscando a garantia da não violação de direitos humanos na cadeia de valor e o desenvolvimento dos fornecedores nas regiões onde opera; Governo Atuar na promoção do desenvolvimento sustentável junto aos governos por meio da participação em políticas públicas e do valor econômico gerado e distribuído. Pilares da estratégia da Vale Cuidar das pessoas. Incorporar a sustentabilidade aos negócios. Gerenciar o portfólio com rigor e disciplina. Focar em minério de ferro. Crescer por meio de ativos de classe mundial. 14 Ao longo deste relatório, a Vale apresenta as estratégias e ações adotadas em 2012 no cumprimento desses compromissos, fundamentadas em seus pilares estratégicos. A Vale progrediu no desafio de integrar e desdobrar a agenda de sustentabilidade na estratégia e na prática dos negócios. Em 2013, estão sendo estabelecidos objetivos de longo prazo para temas prioritários, com a contribuição de cada área de negócio, além da inclusão da sustentabilidade, integralmente, na estratégia da Vale. Dispêndios socioambientais [IP4.8, EC8, EN30] Em 2012, a Vale aplicou US$ 1,342 bilhão em ações socioambientais, sendo US$ 1,025 bilhão (76%) em dispêndios ambientais e US$ 317,2 milhões (24%) em ações sociais. Do total de dispêndios ambientais (75% referentes a requisitos legais e 25% voluntários), 66% (US$ 677 milhões) foram aplicados no Brasil e 34% (US$ 348 milhões), nas demais localidades onde a Vale atua. Os recursos da área social (71% voluntários e 29% obrigatórios) foram aplicados em ações voltadas para o engajamento de partes interessadas e o estabelecimento de parcerias, que valorizam o conhecimento e a capacidade do poder público, da iniciativa privada e da sociedade civil de construírem soluções em comum acordo. Em 2013, a Vale tem a previsão de investir US$ 1,580 bilhão em ações socioambientais, sendo Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Dispêndios socioambientais [EC8, EN30] Em US$ milhões 1.487,6 1.342,5 1.135,5 2010 2011 2010 2011 2012 Sociais 398,5 457,2 317,2 Ambientais 737,0 1.030,4 1.025,3 1.135,5 1.487,6 1.342,5 Total 2012 Dispêndios ambientais (2012) Valor (US$ milhões) % Barragens, diques e pilhas de estéril 281,5 27% Emissões atmosféricas 192,2 19% Recursos hídricos 125,9 12% Gestão ambiental 110,9 11% Outros 110,5 11% Áreas degradadas e áreas protegidas 69,3 7% Resíduos 57,2 6% Dispêndios sociais Tipo de dispêndio (2012) Valor (US$ milhões) % Desenvolvimento humano e econômico 73,6 23% Gestão de impacto 67,1 21% Infraestrutura 62,3 20% Patrocínio 60,7 19% Doação para a Fundação Vale 42,9 14% Relacionamento institucional corporativo 7,1 2% Estudos ambientais e processos de licenciamento ambiental 28,4 3% Diagnóstico socioeconômico/PGIS 2,7 1% Áreas contaminadas 26,8 3% Gestão pública 0,8 0% Novas tecnologias ambientais 22,6 2% 317,2 100% 1.025,3 100% Eixo de atuação Total US$ 1,265 bilhão (80%) destinados ao controle e à proteção ambiental e US$ 315 milhões (20%), a programas sociais. Mecanismos de diálogo [IP4.14, IP4.15, IP4.16] Para garantir a implantação de seu sistema de governança e o cumprimento de seus compromissos e obter sua licença social para operar, a Vale engaja suas partes interessadas e desenvolve mecanismos de diálogo, tratando das questões sensíveis à sociedade. É por meio do diálogo e da confiança que a Vale espera ter elementos suficientes para entender as demandas da sociedade e contemplá-las. Conheça os canais de comunicação da empresa. [2.01] Governança [IP4.1, IP4.4, IP4.5, IP4.6, IP4.8, IP4.9] O modelo de governança corporativa da Vale está fundamentado nos princípios de clareza de papéis, transparência e estabilidade, necessários para posicionar a empresa em sua trajetória de crescimento e criação de valor. Total A Vale possui uma Política de Desenvolvimento Sustentável1, criada em 2009, que orienta a atuação da empresa a partir de três pilares: Operador Sustentável, Catalisador do Desenvolvimento Local e Agente Global de Sustentabilidade. Somados a essa política, a Vale estabeleceu outros documentos globais relacionados à sustentabilidade, como a Política Global de Mitigação e Adaptação às Mudanças Climáticas, a Política de Direitos Humanos, a Norma de Responsabilidade de Saúde, Segurança e Meio Ambiente e a Política de Saúde e Segurança, entre outras. O Conselho de Administração da Vale conta com um comitê de assessoramento dedicado a assuntos de governança e sustentabilidade. A Diretoria Executiva de Recursos Humanos, Saúde e Segurança, Sustentabilidade e Energia é responsável pela condução de temas de sustentabilidade e conta com diretorias corporativas dedicadas ao tema. 1 A Vale disponibiliza algumas de suas políticas no site www.vale.com. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 15 Estrutura de governança Assembleia Geral Conselho Fiscal Conselho de Administração Comitês de assessoramento – Controladoria – Desenvolvimento Executivo – Estratégico – Governança e Sustentabilidade – Financeiro Diretoria Executiva de Fertilizantes e Carvão Diretoria Executiva de Ferrosos e Estratégia Auditoria Interna Diretor-presidente Diretoria Executiva de Logística e Pesquisa Mineral Diretoria Executiva de Metais Básicos e Tecnologia da Informação A Vale, com sua complexidade de negócios, regiões e culturas, demanda uma estrutura de gestão capaz de traduzir para os milhares de empregados e partes interessadas a visão estratégica da empresa. O desafio reside também em desenvolver e implementar políticas e procedimentos comuns a toda a organização. Trata-se de um esforço permanente, que tem ainda um caminho a percorrer. [2.02] De forma a reiterar o seu compromisso com o progresso dos resultados e com o avanço da gestão da sustentabilidade da Vale, em 2012, o desempenho da empresa em saúde e segurança representou 10% da remuneração variável de seus empregados, visando reforçar uma atitude preventiva e consciente. Adicionalmente, as metas do Plano de Ação em Sustentabilidade (PAS) também estão diretamente ligadas ao pagamento da remuneração variável, com participação de 10% para os empregados. Plano de Ação em Sustentabilidade (PAS) O PAS é uma das ferramentas com o papel de impulsionar a concretização da visão estratégica da empresa em práticas operacionais e benefícios tangíveis, aplicável às operações da Vale nas diferentes localidades em que ela opera. 16 Diretoria Executiva de Implantação de Projetos de Capital Diretoria Executiva de Finanças e Relações com Investidores Diretoria Executiva de Recursos Humanos, Saúde e Segurança, Sustentabilidade e Energia Os indicadores que compõem o PAS são vinculados a temas que buscam a melhoria contínua dos ativos da empresa, tais como energia, água, resíduos, emissões e recuperação das áreas degradadas (RAD). Para esses indicadores, foram estabelecidas metas absolutas ou relativas que contribuem, direta ou indiretamente, para melhorar o desempenho da Vale, conforme pode ser observado nos capítulos específicos em que os temas são abordados. O desempenho dos indicadores é monitorado cuidadosamente e faz parte da gestão da Vale. A tabela nas páginas 18 e 19 apresenta os resultados relacionados à remuneração variável de 2012 e os desafios estabelecidos para a remuneração variável de 2013. Algumas metas de 2012, propostas e informadas no Relatório de Sustentabilidade Vale 2011, foram ajustadas e revisadas devido às alterações do plano produtivo, mudança de governança e novas diretrizes orçamentárias. Na classificação utilizada pela Vale, a chamada “Meta alcançada” corresponde ao nível 3 da meta (escala de 0 a 5), e o “Desafio alcançado” representa a superação do nível 3 da meta. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Meta Fortalecer elos de confiança com as partes interessadas por meio de mecanismos e canais de engajamento Case O caminho da mineração sustentável O projeto Carajás S11D, localizado no estado do Pará, é um empreendimento pioneiro porque incorpora a sustentabilidade desde a sua concepção. Em fase de concessão da licença de instalação, com início das operações previsto para 2016, o projeto garantirá à Vale a liderança mundial no fornecimento de minério de ferro, com a produção de 90 milhões de toneladas métricas por ano. Soluções como a substituição de caminhões fora de estrada por correias transportadoras no transporte de estéril, beneficiamento do minério com umidade natural e utilização de áreas já degradadas para a instalação da usina de beneficiamento e pátio de estocagem estão entre as novidades. Aspectos ambientais associados à ocorrência do minério de ferro, como as cavidades, também são contemplados (veja mais no capítulo Planeta/Território, da página 60 até 62). Resultado Estruturação de um modelo de governança, possibilitando o planejamento e tratamento mais eficaz de questões sociais Dos resultados em 2012 — 33 no total —, 27 (82%) representam “Desafio alcançado”; cinco (15%) “Meta alcançada”; e apenas um (3%), “Meta não alcançada”. Não foi alcançada a meta do indicador EN4, para a área de Níquel, Atlântico Norte, em função de processos e eventos climáticos na região. São necessários mais estudos para melhor compreender os fatores que influenciam a demanda energética nesta região. Todos os indicadores, tendo metas e desafios atingidos ou não em 2012, possuem planos de melhoria dentro do PAS, que são desenvolvidos a partir de visitas técnicas, diagnósticos e reuniões com os responsáveis pelos temas já citados. A mina e a usina reduzirão em 93% o consumo de água, em 77% o uso de combustível e em 50% a emissão de gases de efeito estufa, se comparadas aos métodos convencionais. Na área social, os investimentos trarão à região um novo ciclo de crescimento. Ações voltadas ao desenvolvimento de mão de obra local e de fornecedores e ao fortalecimento da comunidade serão realizadas por meio dos programas da Vale e da Fundação Vale. O investimento será de US$ 19,5 bilhões, sendo US$ 8,04 bilhões na mina e na usina e o restante, em logística. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 17 Quadro de metas PAS 2012 Indicadores Métrica Meta 2012 (variação média em relação a 2011) Resultado 2012 Meta 2013 (variação média em relação a 2012) Minério de ferro e pelotas EN3 kcal/t Métrica novaII EN4 MWh/t produzida Não houve meta em 2012 EN8 m³/t produzida 54% de redução em uma unidade EN10 % 7% de aumento em três unidadesII Manutenção da meta em três unidades EN22 Geração t/Mt movimentada 15% de redução em três unidadesII 20% de redução em três unidades MM10 % Todas as unidades deverão se adaptar para concluir o Plano Conceitual de Fechamento de Mina até o fim de 2013 As unidades de negócio de Ferrosos darão prosseguimento ao plano em 2013, de forma centralizada. Não haverá meta em 2013. RAD % Indicador novo Manutenção da meta (100% de atingimento do Plano de RAD) EN3 litros/t movimentada 26% de aumento em uma unidade 3% de redução em uma unidade EN4 kWh/t alimentada Manutenção da meta em uma unidade Manutenção da meta em uma unidade EN8 m³/t produzida 2% de redução em uma unidade 25% de redução em uma unidade EN22 Geração t/Mt movimentada Não houve meta em 2012 m³/t produzida 1% de redução em três unidades 2% de redução em três unidades Manutenção do resultado de 2011V Não haverá meta em 2013 1% de redução em uma unidade — 1% de redução em duas unidades 24% de aumento em uma unidade III II CobreI — 5% de redução em uma unidade Manganês EN8 Níquel – Atlântico NorteIV EN3 litros/t produzida EN4 MWh/metal base total Manutenção do resultado de 2011V; VI Não haverá meta em 2013 EN8 m³/produção Manutenção do resultado de 2011V Manutenção do resultado de 2012 em uma unidade EN20 SO2 t/t desmontadas Manutenção do resultado de 2011V Não haverá meta em 2013 EN22 Geração % Não houve meta em 2012II — 25% de aumento de material reciclado em uma unidade (Sudbury)VII Níquel – Ásia-PacíficoIV EN3 GJ/t Ni produzida Manutenção do resultado de 2011 EN8 m³/t produzida Não houve meta em 2012II EN20 t SO2/t Ni produzida Manutenção do resultado de 2011 EN22 Geração t Não houve meta em 2012II EN3 litros/t movimentada Consumo médio de 0,83 litro de diesel/t movimentada 12% de redução em três unidades EN4 MWh/t movimentada Consumo médio de 0,004 MWh/t movimentada 2% de redução em três unidades EN8 m³/t produzida Consumo médio de 0,079 m³/t produzida Não haverá meta em 2013 EN3 vários 6% de aumento em 11 unidades II 10% de redução em dez unidades EN4 kWh/t produzida 1% de redução em dez unidades II 4% de aumento em nove unidadesIII 20% de redução em uma unidade — Métrica nova 2% de redução em uma unidade — Manutenção do resultado de 2012 em uma unidade Carvão FertilizantesVIII 18 Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Indicadores Métrica Meta 2012 (variação média em relação a 2011) EN8 m³/t produzida 4% de redução em cinco unidades 2% de redução em quatro unidades EN22 Geração t/Mt desmontada Manutenção do resultado de 2011 2% de redução em uma unidade Manutenção da metaII 44% de redução em três unidades 3% de reduçãoII Não haverá meta em 2013 Resultado 2012 Meta 2013 (variação média em relação a 2012) Logística – Carga geralIV EN8 m³ Logística – RebocadoresIV EN22 Geração t/embarcação EN3 litros/horas trabalhadas Não houve meta em 2012 — Indicador novoIX Logística – FerroviasIV EN8 m³/MTKB Manutenção da metaII 20% de redução em duas unidades EN10 % 107% de aumentoII 276% de aumento em duas unidadesX EN22 Geração kg/MTKB 72% de aumentoII 36% de redução em duas unidades EN8 m³/Mt movimentada Manutenção da metaII 40% de redução em uma unidade EN10 % 1% de aumento em uma unidadeII 58% de aumento em uma unidade EN22 Geração t/Mt movimentada Manutenção da metaII 25% de aumento em quatro unidadesXl % Não houve meta em 2012 — Indicador novoXII — Não houve meta em 2012 — Primeiro ano de implantação do PAS EN22 Disposição % Manutenção do resultado de 2011 10% de redução em uma unidadeXIII EC6 % Manutenção do resultado de 2011 Não haverá meta em 2013XIV Logística – PortosIV Logística – NaviosIV Gestão de água de lastro Logística – ÁfricaIV Plano Qualitativo Serviços gerais I As metas de 2012 de Cobre foram padronizadas em percentual, mas permanecem equivalentes às apresentadas no Relatório de Sustentabilidade de 2011. II Meta 2012 diferente da proposta apresentada no Relatório de Sustentabilidade de 2011. Ver detalhes na página 16 e 17. III Alteração do plano produtivo gerou impacto negativo ou positivo na meta de 2013, dependendo da área de negócio. IV Para melhor compreensão de algumas metas, foram adicionados detalhes na tabela para os negócios de Logística e Níquel, respeitando as características específicas de cada unidade operacional. V Os planos de ação foram executados e a meta definida é a manutenção do resultado de 2011. VI Meta não alcançada em 2012. Ver detalhes nas páginas 16 e 17. VII 4% de rejeição de caçambas recicláveis (Thompson) e 49% de aumento de plástico recliclado em uma unidade (Port Colborne). legenda quantidade percentual 27 82% Meta alcançada 5 15% Meta não alcançada 1 3% Desafio alcançado total Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 VIII A unidade de Potássio foi incorporada ao negócio de Fertilizantes em 2012. IX Para rebocadores (Logística), o indicador EN3 está substituindo o indicador EN22 na meta de 2013. X Implantação de novos sistemas de reúso e revisão do balanço hídrico geraram impacto positivo na meta de 2013. XI Revisão do critério de cálculo do indicador gerou impacto negativo na meta de 2012. XII Indicador específico para navios. XIII Reestruturação do plano de destinação de resíduos gerou impacto negativo na meta de 2013. XIV Em função da reestruturação do processo de compras, não foi estabelecida meta em 2013 para o indicador de compras locais (EC6). 33 19 Foto: Agência Vale Representação gráfica da primeira sede do ITV, que está em fase de construção, em Belém (PA), Brasil Pesquisa e inovação Para o desenvolvimento de suas atividades, a Vale busca permanentemente a melhor tecnologia para oferecer recursos minerais essenciais à vida moderna com responsabilidade e respeito ao meio ambiente. Com essa diretriz, foram criados o Comitê de Tecnologia da Vale (VTC — Vale Technology Committee) e o Instituto Tecnológico Vale (ITV). O VTC é um comitê composto pelos diretores da Vale que estão diretamente ligados às iniciativas tecnológicas da empresa, sendo responsável pela coordenação estratégica da tecnologia e por atividades e investimentos em pesquisa e desenvolvimento da Vale. Instituição sem fins lucrativos, o ITV tem o objetivo de apontar tendências, antecipando possíveis oportunidades ou problemas no âmbito da ciência e da tecnologia que possam afetar os negócios da Vale, preparando a empresa para novos desafios. O ITV opera a partir da integração de três eixos, sendo o primeiro deles o seu objetivo central: Pesquisa promover, difundir e realizar a pesquisa, a tecnologia e a inovação relacionadas à mineração e ao desenvolvimento sustentável; Ensino desenvolver e qualificar o conhecimento técnico científico por meio do ensino de pós-graduação stricto e lato sensu, promover cursos de doutorado e mestrado acadêmico e profissional e atividades de extensão e iniciação científica; 20 Empreendedorismo incentivar a formação da cultura do pesquisador-empreendedor, preparado para liderar empresas de base tecnológica ou processos de transferência de tecnologia que possam resultar das pesquisas. As pesquisas realizadas pela Vale são feitas por meio do ITV e da atuação colaborativa com universidades — principalmente com os cursos de pós-graduação, mestrado e doutorado — e instituições de incentivo e promoção a essa iniciativa. Desde 2009, foi articulado, junto às universidades, apoio a cerca de 160 projetos de pesquisa, que envolvem a participação de mais de 800 bolsistas. Do total de projetos, aproximadamente 150 estão sendo desenvolvidos em parceria com grupos brasileiros, e o restante, com parceiros internacionais. Entre os projetos que merecem destaque estão a utilização da fibra de coco para o processo de pelotização de minérios; o desenvolvimento de técnicas de disposição de rejeitos do processamento mineral como alternativa às barragens; a utilização do gás natural para locomotivas em substituição ao diesel, com redução de emissão de gases de efeito estufa (GEE); a produção de fluorita a partir do ácido fluossilícico; e o desenvolvimento da AgroSiCa, um produto rico em silício e cálcio para ser utilizado como aditivo agrícola, tendo como foco a destinação do ácido fluossilícico. Exemplos de algumas iniciativas estão disponíveis ao longo do relatório. Mais informações sobre pesquisa na Vale. [2.03] Gestão integrada de riscos [IP1.2] A Vale entende que o gerenciamento de riscos é fundamental como suporte ao plano de crescimento da empresa, ao planejamento estratégico e à flexibilidaVale Relatório de Sustentabilidade 2012 Resultado Desafio Implementar suas principais políticas no mesmo ritmo de crescimento da empresa, respeitando, também, as especificidades locais de financeira, além de possibilitar o entendimento do perfil de riscos ao qual a empresa está exposta. O desenvolvimento sustentável e a responsabilidade socioambiental são diretrizes da gestão de riscos na Vale por se tratar de objetivos de negócios da empresa. Os eventos de risco relacionados à sustentabilidade são identificados quando há um potencial desvio em relação a um desses objetivos do negócio. A análise desses eventos é feita levando em conta seis dimensões: saúde e segurança, meio ambiente, reputacional, social, financeira e cumprimento da legislação. [2.04] Conformidade legal [SO8] A Vale atende às exigências legais em seus processos, mas, por causa da complexidade e das interfaces de suas ações, em algumas situações ocorrem demandas judiciais. Em 2012, a Vale registrou a existência de 293 processos relevantes2, sendo 147 judiciais e 146 administrativos. Entre os processos judiciais, 69 estão relacionados a ações que questionam a legalidade da privatização da Vale, e, em 52 ações tributárias, a Vale contesta exigências indevidas de Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM). Esta questão também concentra a maior ocorrência de processos administrativos (135). 2 Os processos são considerados relevantes com base em pelo menos um dos seguintes critérios: a) em razão do valor, incluindo pedidos de indenizações e aplicação de multas (processos judiciais — maior do que 10% do ativo circulante — e processos administrativos trabalhistas — mais de US$ 400 mil); b) em razão de tema de interesse da empresa ou de repercussão no público em geral, independentemente de valor; c) os decorrentes de sanções não monetárias. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 16 mecanismos normativos aprovados de escopo global, novos ou revisados; duas políticas e 14 instruções. Trata-se de um esforço permanente, que tem um caminho a percorrer Nesse período, não foi aplicada nenhuma sanção de caráter não monetário, e houve o pagamento de multas significativas3 no valor total de US$ 35 milhões, referentes às discussões de Taxa de Fiscalização de Recursos Minerais (TFRM), Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e CFEM. [2.05] Ética [IP4.8, SO2, SO3, SO4] A visão estratégica definida pela Vale em 2011 foi implementada seguindo as diretrizes de instrumentos importantes, que reforçam comportamentos alinhados aos valores da empresa, como o Código de Conduta Ética, também disponível em versões específicas para fornecedores e mercado financeiro, a Certificação Sarbanes-Oxley (Certificação SOX, obtida pela empresa desde 2006) e o Canal de Denúncias. A Vale segue as melhores práticas de mercado, prevenindo perdas e apurando casos que indiquem o cometimento de fraudes, desvios e atos ilícitos. É também signatária do Pacto Empresarial pela Integridade e Contra a Corrupção, criado pelo Instituto Ethos, em um convênio com a Controladoria-Geral da União (CGU) e com o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (Unodoc). 3 Neste relatório, a Vale continua expressando os casos existentes e que se encaixam no critério de relevância. Entretanto, a empresa passou a divulgar apenas os valores que apresentam uma quantia certa reconhecida como devida ou já paga, para melhor atender ao escopo do indicador SO8 da GRI e para evitar eventuais distorções com relação à realidade de processos administrativos e judiciais que, por estarem ainda pendentes de decisão final, normalmente não apresentam definição ou precisão quanto aos valores monetários em discussão. De qualquer forma, encontra-se disponível, no Relatório 20-F da Vale, uma estimativa de provisão de valores, conforme critérios contábeis. 21 Casos de fraude 80 49 2010 47 2011 2012 2010 2011 2012 Casos relacionados a outras medidasi 24 29 53 Casos de contratos não renovados 10 6 8 Casos com demissão ou puniçãoii 15 12 19 Total 49 47 80 I Foram realizadas apresentações de todos os casos aos administradores da empresa e aos responsáveis pelas áreas atingidas, desdobrando-se em ações de mitigação dos riscos de fraude, tais como notificações, glosas e multas aplicadas com o apoio do Departamento Jurídico. II Nos casos de fraudes, o número de empregados demitidos/ punidos foi 23, em 2010; 20, em 2011; e 35, em 2012. No último, as principais causas de demissão foram falsificação (43%), conflito de interesse e tráfico de influência (29%) e utilização indevida de meios corporativos (11%). A empresa contribui, ainda, por meio do ICMM, para a Extractive Industry Transparency Initiative (Eiti), iniciativa que promove a transparência dos fluxos financeiros entre as empresas extrativistas e os governos dos países onde operam. Por meio do Canal de Denúncias, podem ser encaminhadas informações sobre possíveis irregularidades ou impropriedades contábeis ou quaisquer outras questões de natureza contábil, assuntos de auditoria e aqueles relacionados a controles internos, ética, direitos humanos e meio ambiente. A divulgação do Canal de Denúncias e os esforços da empresa em tornar essa ferramenta mais acessível para os empregados, inclusive por meio de um portal na internet, contribuíram para o aumento do número de registros. Em 2012, foram apurados 80 casos de fraude, conforme demonstra o gráfico acima. Todos os casos confirmados foram apresentados aos gerentes e diretores das áreas envolvidas e foram estabelecidos planos de ação para tratá-los. Os casos registrados referem-se às medidas tomadas especificamente com relação a fraudes contra a empresa. Nenhum dos casos diz respeito a possíveis irregularidades ou impropriedades nos registros contábeis da empresa ou de seus controles internos. Além disso, nenhuma situação de corrupção (ativa ou passiva) de funcionários públicos ou de representantes de governo pelos empregados foi registrada no período. 22 É prática da empresa que os casos identificados e devidamente fundamentados sejam tratados com rigor e proporcionalidade aos danos incorridos ou evitados. As pessoas comprovadamente envolvidas são responsabilizadas e punidas por meio de desligamento e processo judicial. Empresas com participação comprovada em atos ilícitos têm seus contratos rescindidos, são excluídas do cadastro Vale e multadas proporcionalmente ao dano ou prejuízo causado. A Vale realiza atividades de avaliação de riscos de corrupção, principalmente na cadeia de suprimentos, na execução de contratos em áreas operacionais, nas análises de pleitos de fornecedores e nos trabalhos de prevenção de perdas em projetos de investimentos de capital e correntes. Como parte do esforço da empresa de avançar na gestão da análise de riscos e na implementação de rotinas de prevenção de perdas causadas por fraudes em projetos de capital, em 2012 foram realizados treinamentos para os líderes desses projetos e análises de contratos em 18% das operações da Vale4. Esse percentual é três vezes maior do que o alcançado em 2011 (6%). Todas as análises de contratos são realizadas com base no Guia de Prevenção de Perdas da Diretoria de Segurança Empresarial e da Diretoria de Projetos de 4 O critério de unidade de negócio adotado para o indicador considera unidade de negócio o conjunto de projetos, minas, usinas, ferrovias, portos e terminais portuários, entre outros. Em função da diversidade das atividades da Vale, não existe uma definição-padrão de unidade de negócio. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Foto: Hebert Fernandes Capital. Conheça as unidades de negócio submetidas à avaliação de risco em 2012. [2.06] A empresa também busca atuar preventivamente nesse tema disponibilizando treinamentos, como o curso de Prevenção de Perdas em Projetos de Capital, que apresenta os principais pontos de atenção para evitar fraudes e promove o aperfeiçoamento e a reciclagem dos conceitos de gestão de contratos. Já o curso online de Ética Empresarial fica disponível no portal da Valer — Educação Vale. Em 2012, cerca de 1% dos empregados participaram desses treinamentos, presencialmente ou online. Em 2013, a Vale seguirá com o compromisso de disseminar o tema internamente. Direitos humanos [HR3] A Vale contribui para o respeito e a promoção dos direitos humanos em seus projetos e operações, ao longo do ciclo de vida das suas atividades, em sua cadeia produtiva e nas regiões onde está presente. Desde 2009, a Política de Direitos Humanos da Vale estabelece as diretrizes e os princípios para a sua atuação, que estão em conformidade com a Declaração Universal dos Direitos Humanos e o relatório das Nações Unidas “Proteção, Respeito e Remediação: um modelo para Direitos Humanos nos Negócios”. A Vale segue as leis trabalhistas locais e é signatária do Conselho Internacional de Mineração e Metais (ICMM) e do Pacto Global das Nações Unidas (ONU). É também parceira de outras instituições que adoVale Relatório de Sustentabilidade 2012 Navio da Vale no porto de Sohar, em Omã tam como princípio o respeito aos direitos humanos, como a Global Business Initiative (GBI), o BSR e o Instituto Ethos. Além da Política, o Guia de Direitos Humanos, que teve sua segunda edição lançada em 2011, ratifica a postura da empresa sobre o tema e traz orientações que ajudam não só os empregados, mas também os demais públicos a compreender e respeitar os direitos humanos. O Guia aborda assuntos como o respeito à diversidade, a conscientização sobre assédio moral e sexual e o relacionamento com empregados, clientes, parceiros, fornecedores, comunidades, governo e sociedade, além da abordagem de temas críticos do setor da mineração, como o trabalho infantil e forçado e a mineração artesanal. Ao longo do ano de 2012, a Vale realizou várias iniciativas para ampliar a conscientização sobre os direitos humanos por meio da sensibilização e do treinamento de diferentes públicos internos. Com enfoque nas lideranças operacionais, foram realizadas turmas presenciais de capacitação no tema (no Maranhão, Pará, Belo Horizonte e Rio de Janeiro) e treinamentos5 na Política de Direitos Humanos para pontos focais regionais da área de Recursos Humanos, totalizando cerca de 200 participantes. Nesse ano, também aconteceram a divulgação global da segunda edição do Guia de Direitos Humanos para os empregados, o lançamento do curso online Direi- 5 Em 2012, foram realizadas, ao todo, 32 horas de treinamentos. 23 tos Humanos e Empresas e o apoio à produção da série de vídeos educativos sobre o tema, “Que direito é esse”, em parceria com o Canal Futura. Além disso, a fim de evitar que violações de direitos humanos ocorram nas suas atividades, a Vale vem estabelecendo maneiras de prevenir, mitigar e remediar casos de impacto nesses direitos. Para isso, desenvolveu ferramentas de trabalho para o acompanhamento do tema Direitos Humanos. Como exemplos, destacam-se o Mapa Global de Riscos de Direitos Humanos, que permite a avaliação de riscos de direitos humanos para a Vale global, e a aplicação da segunda rodada da Ferramenta de Gestão dos Aspectos Sociais da Sustentabilidade. [2.07] Para 2013, além da proposta de revisão da Política de Direitos Humanos e das ferramentas utilizadas, foram estabelecidas ações direcionadas à avaliação e à gestão dos riscos e à integração e maior conscientização dos empregados em relação ao tema, por meio do desenvolvimento de um plano de educação estratégico para realizar treinamentos diferenciados, de acordo com o público-alvo. Parcerias institucionais [IP4.12] Parcerias institucionais estabelecidas pela empresa, tais como com o Conselho Internacional de Minera- ção e Metais (ICMM), o Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU), com participação da Vale na Plataforma Global Compact Lead, o Fórum Econômico Mundial, o World Business Council for Sustainable Development (WBCSD) e o BSR, viabilizam troca de experiências e compreensão das melhores práticas globais em desenvolvimento sustentável, assim como acompanhamento de tendências. Alinhada a esses preceitos, a Vale se faz presente também em fóruns e instituições. Em 2012, a empresa participou do projeto de aplicação da ferramenta “Mineração: Parcerias para o Desenvolvimento” (Mining: Partnerships for Development — MPD) do ICMM, no sudeste do Pará. O ICMM e o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), com a consultoria especializada Oxford Policy Management (Gestão de Políticas Oxford), implementaram a metodologia no Brasil. A ferramenta é resultado do programa “Benefícios dos Recursos Naturais” (Resource Endowment), iniciado em 2004, em parceria com a Conferência das Nações Unidas para Comércio e Desenvolvimento (Unctad) e Banco Mundial. O estudo, com lançamento previsto para 2013, analisou a contribuição econômica e social do setor brasileiro de mineração para o país, bem como a contribuição específica das minas da Vale, com Foto: Antonio Scorza O Guia de Direitos Humanos da Vale está disponível no site www.vale.com Edifício Barão de Mauá (EBM), sede da Vale, no Rio de Janeiro (RJ), Brasil 24 Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Foto: Marcelo Coelho Empregados no prédio da Vale, em Xangai, na China base nos projetos do sudeste do estado do Pará. Além disso, a análise mostra a contribuição dessas minas nos âmbitos local, regional e nacional, salientando as iniciativas em que o setor da mineração atua com o setor público e a sociedade civil para fortalecer a governança e melhorar os resultados da produção mineral. As descobertas do Estudo de Caso Brasil (Brazil Country Case Study) serão utilizadas para contribuir para a promoção do engajamento entre o setor da mineração e seus investidores governamentais e não governamentais, promover debates e atividades relacionadas e otimizar o impacto da mineração no desenvolvimento. A Vale também participa do Business and Industry Advisory Committee (Biac), da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE); do Earth Moving Equipment Safety Round Table (Emesrt); do Green Building Council (GBC); do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram); do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS); e do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, entre outros, com o intuito de acompanhar ativamente as grandes discussões globais sobre temas relacionados a economia verde, alterações climáticas e saúde e segurança, por exemplo. [2.08] Políticas públicas [SO5, SO6] A mineração é uma atividade econômica de grande relevância para o desenvolvimento nacional. O setor mineral é responsável pelos maiores investimentos privados no país, o que reforça a importância de adoção de políticas públicas que garantam a sustentabilidade dos negócios envolvidos em suas atividades. Por esse motivo, a Vale mantém um Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 diálogo contínuo com as autoridades públicas nos países em que está presente, visando à sua participação proativa na formulação de políticas públicas e na compreensão dos seus pontos de vista, sobretudo em relação a investimentos. Em 2012, foram realizados dois treinamentos, com adesão de 100% dos profissionais convidados das áreas corporativa e de negócios. O curso, com dois dias de duração, teve como objetivo tornar os participantes mais capacitados a exercer as funções de relacionamento institucional. Essas iniciativas são focadas na análise e na discussão do funcionamento das estruturas dos poderes públicos constituídos e do processo de formulação das políticas públicas. Em relação às atividades político-partidárias, a Vale atua de forma imparcial, com integral respeito à legislação de cada país onde está presente. Os empregados, como indivíduos e cidadãos, têm liberdade para participar dessas atividades, desde que suas ações e opiniões não interfiram no posicionamento da empresa. A Vale S.A. não faz doações para campanhas eleitorais, embora outras empresas do grupo não estejam impedidas de fazê-lo. Doações realizadas por essas empresas podem ser encontradas em relatórios públicos das instituições oficiais responsáveis pela condução do processo eleitoral nos países e regiões onde a Vale atua. 25 63,7 4 mil Foi quanto a Vale investiu em educação, no Brasil, em 2012 Foram recebidas por meio da ferramenta de gestão de demandas milhões de dólares Celso dos Santos, técnico mecânico, no terminal da Companhia Portuária Baía de Sepetiba (CPBS), no Rio de Janeiro (RJ), Brasil (Foto: Márcio Dantas Valença) demandas Pessoas Compromisso com “A vida em primeiro lugar” Pessoas Gente A Vale não mediu esforços, em 2012, para avançar nos desafios de alcançar o dano zero, eliminar o déficit educacional e criar relacionamento de qualidade e confiança com os seus empregados. A implementação do Sistema Global de Gestão de Saúde e Segurança, associada à criação dos princípios denominados “Regras de Ouro”, além de treinamentos contínuos e compartilhamento de melhores práticas, contribuiu para a disseminação do valor da Vale “A vida em primeiro lugar”. A primeira Pesquisa Global de Empregados, realizada em 2011, mostrou um índice de 84% de engajamento dos empregados e trouxe insumos para que a Vale pudesse avançar em práticas e projetos. Os temas tratados refletiram aspectos de engajamento, cultura organizacional, saúde e segurança e comunicação interna. A redução do déficit educacional dos empregados apresentou progressos. Parcerias foram ampliadas para fortalecer o cumprimento dessa meta. Graças às demandas evidenciadas na Pesquisa Global de Empregados, dez ações estruturantes foram estabelecidas com a alta administração e mais de cinco mil planos de ações mapeados. [3.01] Destes, 86% já foram implantados, 11% estão em desenvolvimento e 3% serão iniciados. Ao longo de 2012, quase mil gestores de diferentes níveis elaboraram mais de cinco mil planos de ações de melhoria para suas áreas. Em 2013, essas atividades continuarão com o lançamento do segundo ciclo da Pesquisa Global de Empregados. A nova edição prevê a inclusão do tema sustentabilidade, abrangendo questões relacionadas a saúde e segurança, diversidade e perguntas específicas sobre o contexto de dois negócios (Metais Básicos e Fertilizantes) e uma versão do questionário em português para Moçambique. Compromisso com as pessoas [IP4.17] A Vale tem o compromisso de investir nas pessoas e construir um relacionamento de qualidade e confiança com seus empregados, criando um ambiente de trabalho que valoriza o talento de cada um e permite que todos possam contribuir para os objetivos da empresa. 28 A Pesquisa Global de Empregados é essencial para progredir no desafio de compreender, respeitar e conquistar a confiança dos empregados de todas as localidades em que atua. A Vale está aberta a ouvir. Apenas assim é possível se aprofundar nas diferenças existentes em uma empresa tão diversa cultural e socialmente e promover o engajamento e a valorização, que se refletem nas próprias pessoas, no negócio e na sociedade. A Vale entende isso como fundamental e se comprometeu a atuar nos temas que oferecem maior oportunidade de torná-la um lugar ainda melhor para trabalhar: meritocracia, colaboração, melhoria contínua e valorização de empregados. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Compromisso Investir em pessoas e construir um relacionamento de qualidade e confiança Desenvolver pessoas assim como elas desenvolvem os negócios da empresa Perfil das pessoas em números [IP2.8, IP4.17, LA1] A Vale possuía, no fim de 2012, 195,6 mil empregados, entre próprios (com contrato de trabalho por tempo indeterminado) e terceiros (prestadores de serviço em atividades permanentes e em projetos)1. A tendência de crescimento do quadro de empregados se manteve, porém de forma mais moderada, se comparada ao ano anterior. Isso se deve, principalmente, à venda de alguns ativos, como os de carvão na Colômbia e os de manganês na Europa, e à priorização de projetos. Do total de empregados próprios e terceiros, 78% atuam no Brasil. A empresa conta também com 1,3 mil empregados próprios com contrato por prazo determinado. [3.02] Resultados Pesquisa Global de Empregados apontou engajamento de 84% e trouxe insumos para práticas e projetos Promoção de temas como meritocracia, colaboração, melhoria contínua e valorização dos empregados Na minha rotina diária, coordeno o trabalho de detonação na mina. Essa é uma atividade de alto risco, por isso minha exigência em segurança e na integridade física dos meus colegas é primordial. Conscientizo a todos quanto à importância de atitudes responsáveis durante a execução das atividades. Luís Moura, supervisor de produção Complexo de Araxá (MG), Brasil 1 Os empregados terceirizados, em geral, trabalham nas obras de reforma, de expansão e de novos empreendimentos e nos contratos de manutenção, limpeza e segurança patrimonial, entre outros tipos de prestação de serviços. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 29 Quadro de profissionais [LA1] Distribuição dos empregados próprios e terceiros por regiãoI Em milhares (2012) 7% 4% 3% 2% 174,1 187,7 195,6 6% 78% 2010 2011 2012 Terceiros Empregados próprios Total Países % 78% 2010 2011 2012 Brasil 103,3 108,1 110,3 Canadá 7% 70,8 79,6 85,3 Indonésia 4% 174,1 187,7 195,6 Moçambique 3% Nova Caledônia 2% Outros 6% I Empregados próprios e terceiros apresentados no gráfico correspondem a 100% do total de empregados reportados (LA1). Empregados próprios e terceiros por estado brasileiroI (2012) Estados 19% 41% 15% 15% 11% 5% 4% % Minas Gerais 41% Pará 19% Maranhão 15% Espírito Santo 11% São Paulo 4% Rio de Janeiro 4% Outros 5% 4% I Empregados próprios e terceiros apresentados no gráfico correspondem a 100% do total de empregados reportados (LA1). 30 Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Pessoas Saúde e segurança [LA7] A Vale mantém sua crença de que a vida é mais importante do que a produção e continua empenhada em desenvolver todos os esforços necessários para alcançar a meta do dano zero, assumida em 2011. O desafio é grande e de longo prazo, mas a empresa tem a convicção de que é possível atingi-lo. Registros de várias unidades que conseguiram permanecer, por meses, sem incidentes2 críticos ou catastróficos são a prova de que a Vale está no caminho certo. Em 2012, a Vale continuou os esforços em prevenção de doenças/lesões severas. Um exemplo foi o início da implementação do Sistema Global de Gestão de Saúde e Segurança (SGSS) para construir uma sólida base de gestão de risco na empresa. Dentre as principais ações realizadas, destacam-se: – a criação do grupo de prevenção de fatalidades em operações e projetos no Brasil e na África. Esse programa baseia-se na identificação de perigos potenciais, classificando sua gravidade de risco e implementando ações corretivas para eliminar o potencial de fatalidades; – incorporação de saúde e segurança como uma competência específica na avaliação de desempenho de todos os empregados, reforçando o comprometimento da empresa com o dano zero e as capacidades e esforços que cada um precisa desenvolver para tornar possível o cumprimento dessa meta; – realização de workshops sobre o dano zero em todas as unidades de negócios globais para identificar, compartilhar e implementar as melhores práticas; 2 Ocorrência relacionada ao trabalho que resultou em uma perda ou que poderia ter resultado. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 – criação e implementação das “Regras de Ouro”, a fim de estabelecer e comunicar, facilmente, os requisitos de comportamento durante atividades críticas; – estabelecimento do programa de controle da malária para abordar de forma sistemática esse risco em áreas endêmicas; – cerca de 15 mil inspeções realizadas pelo programa Olhos Abertos no Brasil, Colômbia, Moçambique, Peru, Argentina, Indonésia e Paraguai. O objetivo da iniciativa é identificar situações de riscos à segurança. Apesar dos esforços da Vale, em 2012, foram registradas 15 fatalidades, envolvendo empregados próprios ou contratados a serviço da empresa na execução de atividades em operações ou projetos, causadas por: – descarga atmosférica (um contratado, na Argentina); – queda de material em mina subterrânea (um empregado, no Canadá); – descarga em rede elétrica de alta tensão (um empregado e um contratado, no Brasil); – acidente em equipamento de sondagem (um contratado, no Brasil); – acidente em correia transportadora (um empregado, no Brasil); – queda de guindaste (dois empregados, na Colômbia); – acidente durante movimentação de carga com o uso de guindaste (um contratado, na Malásia); – acidente com equipamento móvel (um empregado, no Brasil); – afogamento em rio (um contratado, no Brasil); – acidente com guindaste (um empregado, no Brasil); – queda de árvore (um contratado, no Brasil); 31 Taxa total de lesõesI [LA7] Número de lesões II / HHT × 1 MM III Taxa de lesões com afastamentoI [LA7] Número de acidentes com afastamento II / HHT × 1 MM III 3,9 3,3 2010 2011 2,8 2012 0,9 0,8 0,7 2010 2011 2012 I Os dados dos gráficos consideram empregados próprios e terceiros. II O cálculo das taxas não inclui doenças ocupacionais. Os dados do gráfico não incluem atendimento de primeiros socorros. III HHT = homens-horas trabalhadas / 1 MM = 1 milhão. – acidente com trator (um contratado, na Indonésia); – atingido por um caminhão (um empregado, no Brasil). Em todas as ocorrências, a Vale prestou apoio às famílias e conduziu investigações, conforme padrão da empresa, incluindo método para análise das causas que ocasionaram as fatalidades. A constatação é que os acidentes, em regra geral, são multicausais, incluindo situações imediatas e organizacionais. A partir dos resultados da investigação, são determinadas soluções eficazes para as causas identificadas, para que se busque evitar recorrências. As soluções são desdobradas em planos de ação, que são monitorados até a sua conclusão. Para garantir uma melhoria contínua na prevenção de fatalidades, os planos de ação são periodicamente revisados, além de serem compartilhados com as áreas de saúde e segurança e com os gestores. Para 2013, permanece a evolução do SGSS como meta coletiva de todos os empregados. A Vale acredita que o progresso do sistema contribuirá para o crescimento da maturidade em saúde e segurança na empresa, reduzindo cada vez mais o número de acidentes. O SGSS possui 13 requisitos sistêmicos destinados a melhorar os processos de gestão de risco da empresa com o objetivo de eliminar o potencial de fatalidades, lesões e doenças. [3.03] A Vale considera que as fatalidades, assim como lesões e doenças no ambiente de trabalho, são inaceitáveis. Os gráficos acima apresentam a taxa total de lesões bem como as taxas de lesões com afastamento dos últimos três anos. Ao longo do ano de 2012, o sistema aperfeiçoou a qualidade da informação. As inspeções de saúde e segurança receberam melhorias em seus protocolos, colaborando para uma gestão proativa dos riscos de saúde e segurança. Outra novidade foi a disponibilização de um Sistema Móvel por meio de coletores, que possibilita a realização do cadastro online das inspeções. Sistema Global de Gestão de Saúde e Segurança De 2007 a 2011, a Vale centrou esforços na implantação dos Requisitos de Atividades Críticas (RACs)3 para a eliminação de acidentes fatais. Em 2012, a empresa identificou a oportunidade de reforçar todos os requisitos por meio da implantação global de um Sistema de Gestão de Saúde e Segurança (SGSS). Um piloto Em 2012, a empresa desenvolveu um projeto global para reforçar os sistemas de tecnologia da informação para a saúde e segurança com prioridade para a implementação de um Sistema de Gerenciamento de Incidentes Global, primeiramente no Brasil e, em 2013, no Canadá. 3 São consideradas atividades críticas as que envolvem trabalho em altura; eletricidade; veículos automotores; equipamentos móveis; bloqueio e sinalização; movimentação de carga; espaço confinado; proteção de máquinas; estabilização de taludes; explosivos e detonação; e produtos químicos. 32 dessa iniciativa foi realizado em 2011, em 17 diretorias, sendo 13 no Brasil, e apresentou resultados positivos. Por isso, em 2012, o estabelecimento do SGSS tornou-se meta de todos os empregados da Vale, com impacto na remuneração variável, tendo sido alcançado o percentual de 49% de implementação nesse primeiro ano, superior à meta de 39,2%. Estratégia Saúde Integrada [IP4.17, LA8] A Vale segue desenvolvendo as ações da estratégia de saúde integrada, criada em 2011 e baseada em três pilares: Saúde Ocupacional, Saúde Pessoal e Saúde da Comunidade. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Foto: Salviano Machado Empregados na mineroteca durante o Dia de Reflexão, na mina de Carajás, em Parauapebas (PA), Brasil No pilar Ocupacional, foram criados documentos normativos visando à padronização do processo de vigilância da saúde do trabalhador e uma maior integração entre a saúde e a segurança do trabalho. Essa promoção do equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal vem ocorrendo por meio do desenvolvimento e da implantação de campanhas internas de sensibilização. Na Saúde Pessoal, foi estruturada a Estratégia Global de Promoção da Saúde e Bem-Estar, com o objetivo de orientar e alinhar as ações de promoção da saúde a serem desenvolvidas pelas diversas áreas da Vale, respeitando necessidades, disponibilidade de recursos e normas de cada localidade. Como parte da estratégia, foi planejada e desenvolvida a Semana Interna Global de Saúde, evento dedicado a assuntos de saúde em 60 localidades de 19 países (53% do total) onde a Vale atua. Em 2012, a empresa definiu também a Estratégia Global de Promoção da Saúde e Bem-Estar, liderada pela Diretoria de Saúde e Segurança. O objetivo é estabelecer diretrizes e ações que incentivem as pessoas a mudar seu comportamento em relação à sua saúde, colaborando para a criação de uma cultura de bem-estar na empresa. Em relação à Saúde da Comunidade, foi desenvolvida a estratégia global para controle da malária, visando à redução do número de casos e à eliminação de situações graves e fatalidades causadas pela doença. Além disso, foram criadas ferramentas para capacitação e planejamento das equipes de saúde e segurança para atuarem em intervenções integradas de combate à doença nas áreas endêmicas onde a empresa se faz presente. Em outra frente, um trabalho conjunto das equipes de saúde e segurança e relações com comunidades busca alinhar as iniciativas de saúde desenvolvidas nas comunidades com a estratégia da empresa. Conheça a relação de programas voltados para a comunidade, os empregados da Vale e seus familiares. [3.04] Bem-estar no trabalho A necessidade de promover o equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal está refletida em uma das ações estruturantes de gestão de pessoas na Vale, diretamente relacionada ao tema, a partir dos resultados gerais da Pesquisa Global de Empregados 2011. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Com essas medidas, a empresa espera que o tema possa evoluir internamente, desdobrando-se em novas políticas e práticas. A Vale acredita que, assim, estará contribuindo, efetivamente, para a saúde do empregado e de sua família, com resultados de aumento do engajamento e ganho de produtividade. Ninguém deveria se acidentar no ambiente de trabalho. Nós todos trabalhamos para sustentar nossa família e ajudar a sociedade. É nossa responsabilidade garantir que os controles estejam em funcionamento para que os perigos e os riscos sejam gerenciados tanto quanto possível. Segurança deve ser a prioridade número 1 de todos. Jim Mathiasen, supervisor de segurança Sudbury, Canadá 33 Resultados Implementação do Sistema Global de Gestão de Saúde e Segurança Meta Alcançar o dano zero Criação das “Regras de Ouro” Realização de workshops sobre o Dano Zero e cerca de 15 mil inspeções pelo programa Olhos Abertos Dia de Reflexão de Saúde e Segurança Pelo segundo ano consecutivo, a Vale mobilizou-se globalmente para o Dia da Reflexão de Saúde e Segurança, realizado em 13 de novembro. A data é uma forma de honrar e lembrar as pessoas que perderam suas vidas e intensificar os esforços coletivos para atingir o dano zero. Equipes ao redor do mundo reuniram-se para refletir, aprender e se comprometer com a saúde e segurança. Cerca de 160 mil empregados e prestadores de serviços fizeram parte dessa mobilização. Ações em saúde e segurança recebem prêmio A Vale teve três ações premiadas no evento Melhores Práticas em Saúde e Segurança do Trabalho 2012, do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram). Na categoria Saúde Ocupacional, a empresa obteve o primeiro e o segundo lugares com as iniciativas: “Programa de Prevenção e Tratamento da Dependência Química em uma Mineração” e “Saúde do Viajante: a Jornada da Vale”. Já na categoria Higiene Ocupacional, a empresa ganhou o primeiro lugar com o trabalho “Risco Biológico em Unidades de Saúde Ocupacional”. [3.05] 34 Plano de atendimento à emergência A Vale dispõe de um centro de gerenciamento de crises que atua de maneira integrada com as áreas operacionais para monitorar, gerenciar e controlar as situações críticas ou acidentes, de maneira centralizada e de forma estratégica, para proteger seus empregados, contratados e patrimônio. Para garantir o atendimento adequado às situações de emergência, a Vale utiliza sistemas de gerenciamento, regulamentos e planos capazes de intervir com rapidez e eficiência em qualquer tipo de situação imprevista. Também são realizados treinamentos das equipes responsáveis, na maioria dos casos, com exercícios de simulação. [3.06] Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Pessoas Educação A Vale assumiu, em 2011, o desafio de eliminar as deficiências de educação básica de cerca de 4.800 empregados próprios4 no Brasil sem certificado de conclusão dos ensinos Fundamental e/ou Médio. A empresa reconhece que essa é uma meta de longo prazo e estima que esse déficit possa ser zerado — no público mapeado — em 12 anos. Em 2012, a Vale conseguiu reduzir o déficit educacional em 14%. A principal ação para a obtenção desse resultado foi a continuidade do Programa de Formação Educacional, realizado em parceria com diversas instituições de ensino, como o Serviço Social da Indústria (Sesi). Como a maior parte de suas operações ocorre em áreas distantes dos grandes centros, muitas vezes há carência de mão de obra qualificada. Por isso, a empresa não consegue garantir a contratação apenas de pessoas com ensino fundamental completo, especialmente se o ritmo de crescimento for intensificado. Educação continuada e treinamentos [IP4.17, LA10, LA11, HR8] Além da certificação na educação formal (Programa de Formação Educacional), a Vale se preocupa com a boa formação e a qualificação dos seus empregados. A empresa acredita que, ao qualificar os profissionais que trabalham em suas operações, maximizará os resultados do negócio e contribuirá para elevar o nível educacional do território. A associação do tema à remuneração variável das lideranças das áreas de Recursos Humanos e operações é um estímulo adicional para a realização dos planos de capacitação. A estratégia de educação desenvolvida pela empresa contempla a formação de todos os seus profissionais a partir dos modelos educacionais: Trilhas Técnicas, Trilha de Gestão e Liderança, Mapa de Desenvolvimento e Competências Transversais. É meta da empresa (operacional e corporativa) desenvolver 100% das Trilhas Técnicas e Mapas de Desenvolvimento para os negócios e disponibilizar os conteúdos correspondentes. Na área de Logística, os conteúdos já foram definidos, enquanto que, para Ferrosos, Metais Básicos e Fertilizantes, os processos ainda estão sendo desenvolvidos. Veja mais sobre os programas de educação da Vale nos quadros da próxima página. Em 2012, a Vale investiu US$ 63,7 milhões em educação no Brasil. Apesar da redução de 7% do investimento, quando comparado a 2011, a média de horas de treinamentos na empresa apresentou evolução de 4% (55 horas anuais). As categorias de liderança, especialista e técnico operacional também aumentaram, em 9%, 12% e 2%, respectivamente. A Vale também oferece ações de treinamento em direitos humanos, que na área de Segurança Empresarial acontecem desde 2008. O treinamento tem como objetivo atualizar os profissionais de segurança empresarial sobre o tema e, em 2012, foi ministrado para 85% do efetivo total. [3.07] 4 Empregados que atuam no Brasil com contrato por tempo indeterminado. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 35 Programas de Educação da Vale Mapa de Desenvolvimento Trilha de Gestão e Liderança Construção/revisão de Mapas de Desenvolvimento Novos Mapas de Desenvolvimento para as áreas de Marketing e Vendas de Ferrosos, Relações com Comunidade, Fundação Vale, Recursos Humanos e Investimentos Correntes, disponibilizando catálogos de treinamento para desenvolvimento do público especialista em 100% das áreas de negócio. Curvas de Competência Cerca de 680 supervisores e gerentes de área treinados, em um total de, aproximadamente, 13 mil horas/aula em 2012. Ao todo, mais de 2.100 líderes já participaram desse programa desde o seu lançamento. Oferta de programas de pós-graduação Programa de Especialização Profissional com foco em Engenharia Ferroviária, Mineração para Cobre (público externo), Projetos Portuários, Relações Trabalhistas e Recursos Humanos e Ferrovia em Moçambique (público interno). Total de 194 profissionais inscritos. No programa de Relações Trabalhistas, 100% dos empregados da área foram treinados. Rito de Passagem Cerca de 740 supervisores e gerentes treinados, em um total de mais de 29.400 horas/aula em 2012. Ao todo, o programa já formou, aproximadamente, 65% do público-alvo, totalizando cerca de 2.000 líderes. Gestão da Rotina Mais de 1.750 supervisores já participaram do programa desde seu lançamento em 2010, o que representa 85% dessa categoria na Vale. Comunidade de Líderes Cerca de 450 líderes participantes, em um total de, aproximadamente, 570 colaborações realizadas. Competências Transversais Treinamento em Saúde e Segurança 41 cursos realizados, com cerca de 100 mil participantes em 7 mil turmas disponibilizadas, totalizando mais de 520 mil horas/aula. Do total de participantes, 90% foram aprovados. Programa Formação de Agentes Educacionais 470 educadores e 700 multiplicadores capacitados para ministrar treinamentos internos. Melhoria Contínua Aproximadamente 6.800 profissionais treinados no Vale Production System (VPS), sendo 82% no Brasil e 18% em outros países. Programa de Aceleração do Desenvolvimento (criado em 2012) 26 participantes na turma piloto, em um total de 56 horas/aula. O programa foi definido como uma ação educacional obrigatória para o desenvolvimento dos sucessores mapeados nos processos de carreira e sucessão. A partir de 2013, os profissionais que têm maior possibilidade de ascensão na carreira gerencial deverão participar desse programa. Pós-graduação em Gestão de Negócios Vale 30 participantes, em um total de 440 horas/aula. Liderando Pessoas: Processos e Práticas de Gestão (criado em 2012) 25 participantes na turma piloto, em um total de 24 horas/aula. O programa foi definido como uma ação educacional obrigatória para desenvolvimento de líderes e, a partir de 2013, todos os supervisores e gerentes da Vale (aproximadamente 3.600 líderes) deverão participar do programa. Licenciamento Ambiental Cerca de 600 pessoas treinadas, em turmas com quatro módulos diferentes (um deles aplicado em Moçambique e na Argentina). Programa de Formação Educacional Criação, em 2012, de 30 turmas, com cerca de 300 alunos, nos estados de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Pará. Atitude Ambiental Nos módulos Conhecer e Ser/Fazer, foram treinados, somente em 2012, cerca de 950 técnicos especialistas, 260 líderes e 6.400 técnicos operacionais. Programa de Inclusão de Pessoas com Deficiência Foram realizados workshops com gerentes e profissionais de RH de todas as regionais no Brasil para alinhamento das diretrizes do programa. Além disso, foram desenvolvidas ações de sensibilização, encontros com profissionais com deficiência, reunião com gestores das áreas de negócio, adequação das instalações e inclusão de profissionais com deficiência nas ações de comunicação. 36 Trilhas Técnicas Capacitação Técnica Construção da Trilha Técnica de Níquel, Portos e Terminais e Fertilizantes, contemplando 100% dos negócios da Vale, além da revisão das Trilhas Técnicas de Cobre e Pelotização. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Horas de treinamento [LA10] Média anualI 53 55 63 59 64 45 38 46 54 51 55 34 Média Vale LiderançaII Especialista Técnico Operacional 2010 2011 2012 I A média de horas anuais é calculada pela divisão do total das horas de treinamento pelo número de empregados. Empregados próprios deste indicador (LA10) correspondem a 87% (2010), 98% (2011) e 93% (2012) do total de empregados reportados (LA1). II Na categoria Liderança, estão sendo considerados supervisores, gerentes de área e coordenadores, gerentes gerais, diretores e diretores executivos. Incentivo ao ensino A Vale, por meio do Instituto Tecnológico Vale (ITV), criou, em 2013, o mestrado Uso Sustentável de Recursos Naturais em Regiões Tropicais. Primeiro do gênero oferecido por um instituto vinculado a empresa do setor mineral, o curso obteve o reconhecimento da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), do Ministério da Educação brasileiro. O objetivo é formar profissionais aptos a enfrentar questões relacionadas ao aproveitamento sustentável de recursos naturais. Inicialmente, foram oferecidas 20 vagas com aulas na unidade do ITV, em Belém (PA). Respeito às diferenças [IP4.17] A Vale entende que a paixão pelas pessoas e pelo planeta, expressa em sua Visão, precisa ser promovida entre todos os empregados e terceiros, abrindo caminhos para desenvolver uma cultura de diversidade e inclusão por meio do diálogo. A empresa não tolera a discriminação, seja por etnia, origem, sexo, orientação sexual, crença religiosa, condição de sindicalização, convicção política e ideológica, classe social, deficiência, estado civil ou idade. O compromisso da Vale com a diversidade já está refletido nos Programas de Inclusão de Pessoas com Deficiência, no Projeto Equidade de Gênero e em treinamentos culturais para empregados em atuação internacional. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Manter o equilíbrio entre o crescimento da empresa e a qualificação educacional básica de seus empregados é um grande desafio para a Vale Para reforçar essa postura, a Vale quer que o ano de 2013 seja um marco no tema “respeito às diferenças”. Para isso, a empresa estruturou uma área específica no Departamento de Recursos Humanos para trabalhar o tema e está consolidando um novo posicionamento global. Os objetivos são desenvolver o assunto com os empregados e as lideranças, estabelecer novos modelos globais de gestão e criar metodologias para mensurar a evolução do tema na empresa. A partir dessas novas diretrizes globais, as estratégias de diversidade poderão ser adaptadas localmente, de acordo com a necessidade dos empregados, do negócio e da cultura dos locais onde a Vale atua. Equidade de gênero Iniciado em 2011, o Projeto Equidade de Gênero nasceu a partir da estruturação de um comitê composto de membros da liderança, responsáveis por definir o posicionamento da Vale sobre o tema, multiplicar conceitos e promover ações de mobilização para a coleta da percepção dos empregados. 37 Ao longo de 2012, as ações de mobilização no Brasil (localidade piloto) envolveram mais de 1.200 empregados, em 24 localidades, convidadas a refletir sobre o assunto em rodas de conversa, exibição de filmes com posterior discussão e exposição de fotos com imagens de homens e mulheres que desempenham a mesma função na Vale. Após o planejamento e a consolidação das informações internas e externas, foram definidos indicadores estratégicos para mensurar a evolução da temática na empresa e estabelecidos quatro pilares, com quase 20 ações estruturantes, como forma de reconhecer e promover o talento e a capacidade da mulher — sem criar um ambiente discriminatório, mas reconhecendo o passivo histórico-cultural existente. [3.08] As ações do projeto foram elaboradas com base no exercício de escuta feito pelos embaixadores Vale para o tema, com os empregados participantes das ações de mobilização. Dentre as iniciativas realizadas em 2012, destacam-se os diversos treinamentos e workshops organizados nas operações brasileiras com a participação de especialistas no tema. Além disso, foram estabelecidos grupos focais nas operações, com o objetivo de definir o plano de trabalho para a ação estruturante de adequação de uniformes e equipamentos de proteção individual (EPIs). Por meio da parceria en- tre a área de Suprimentos e Fornecedores da Vale, alguns protótipos já foram desenvolvidos e estão em fase de teste. Em 2013, serão estabelecidas também redes locais de equidade de gênero, conduzidas por representantes e responsáveis por identificar temas prioritários e implantar ações de sensibilização, mobilização e transformação. Força feminina [LA13, LA14] Em 2012, manteve-se a tendência de aumento da participação feminina na força de trabalho da Vale. Com um crescimento de 17%, o número de mulheres dentre os empregados próprios aumentou para 13% do total. Nos cargos técnicos (operacionais e administrativos) se concentra o maior número de mulheres, 49,6%, seguidos pela categoria especialista (analistas, engenheiras, geólogas etc), com 43,1%. Já nos cargos de supervisão, a participação das mulheres manteve-se estável, em 3%, e no nível gerencial (gerentes e coordenadores) houve um pequeno aumento, para 3,5%, quando comparado ao percentual de 2011 (ambos de 3%). Os altos órgãos de governança da empresa — Diretoria Executiva, Conselho de Administração Empregada no Terminal da Ilha de Guaíba (TIG), em Mangaratiba (RJ), Brasil 38 Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Foto: Márcio Dantas Valença A definição da estratégia de globalização do Projeto Equidade de Gênero está prevista para 2013, quando a sua esfera de atuação será ampliada para outros países onde a Vale opera Resultado Meta Garantir que os empregados de nível técnico operacional possuam certificado de conclusão dos ensinos Fundamental e/ou Médio Redução do déficit educacional em 14% a partir da continuidade do Programa de Formação Educacional e Conselho Fiscal5 — são compostos de 36 pessoas, sendo 35 homens e uma mulher. De seus membros, 11 estão na faixa entre 40 e 50 anos e 25 têm idade acima de 50 anos. sibilidade, a fim de eliminar as barreiras físicas que impedem a locomoção das pessoas com deficiência na Vale. Com a ampliação do escopo, o documento teve sua publicação reprogramada para 2013. De acordo com a Política de Remuneração e com o Código de Conduta Ética da Vale, não há diferenciação de salário-base entre mulheres e homens que ocupam as mesmas funções. As variações salariais que podem ocorrer são causadas por diferentes níveis de senioridade e maturidade dos empregados dentro da sua categoria funcional. [3.09] Em linha com o desenvolvimento global da estratégia de diversidade da Vale, o Programa de Inclusão de Pessoas com Deficiência também está sendo reposicionado, possibilitando que outros países trabalhem o tema de forma estruturada, buscando o reforço da cultura de inclusão, que vai além do cumprimento de eventuais exigências legais. Diferenças que somam [LA13] Criado em 2004, para cumprir a Lei nº 8.213 (25 de julho de 1991), que prevê a reserva de vagas para pessoas com deficiência, o Programa de Inclusão de Pessoas com Deficiência da Vale no Brasil é coordenado pela área de Recursos Humanos. Anualmente, o programa tem a meta de contratar 140 profissionais, em cumprimento ao Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) feito com o Ministério Público. Em 2012, foram contratadas 219 pessoas com deficiência, o que representou um aumento de 18% em relação a 2011, superando em 56% a meta do TAC. Combate à discriminação [HR4] A Vale mantém um Canal de Denúncias para o recebimento de relatos de discriminação e/ou assédio no ambiente de trabalho, sempre observando a legislação aplicável nas localidades em que atua. Para cumprir o compromisso de continuar avançando no tema, está em fase final de preparação uma instrução que apoiará as áreas nas medidas de aces- 5 Posição em 2012. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Em 2012, foram registrados 363 casos, sendo 92% (334) no Brasil e os demais na Vale no Canadá e suas subsidiárias (29). No Brasil, 81% (269) foram apurados ainda em 2012 e, desse total, 50% dos casos foram confirmados. Os casos de discriminação e/ou assédio na Vale são apurados e tratados por meio de entrevistas com as partes envolvidas, pares e gestores, possibilitando o entendimento da situação. As apurações são conduzidas pela auditoria interna, com apoio das áreas de Recursos Humanos e de Segurança Empresarial. [3.10] 39 Rotatividade por gêneroI [LA2] Rotatividade por regiãoI [LA2] 2010 2011 % % % Número de empregados Turnover geral 6,0% 4,7% 5,1% (4.304) 84.123 Brasil Turnover homens 6,0% 4,7% 5,0% (3.674) 73.355 Canadá Turnover mulheres 6,3% 5,0% 5,9% (630) 10.768 Turnover 2012 Rotatividade por faixa etáriaI [LA2] 2010 2011 % % % Número de empregados Abaixo de 30 anos 5,4% 4,5% 4,4% (1.059) 24.213 Entre 30 e 50 anos 5,2% 4,0% 4,8% (2.521) 52.716 Acima de 50 anos 13,5% 10,7% 10,1% (724) 7.194 Turnover 2010 2011 % % % Número de empregados 5,4% 3,9% 4,7% (3.160) 67.499 10,8% 7,3% 6,5% (419) 6.436 Indonésia 6,1% 6,8% 5,5% (173) 3.161 Moçambique 6,0% 8,0% 6,7% (128) 1.915 Nova Caledônia 6,7% 11,9% 2,1% (24) 1.167 AustráliaII 9,5% 19,1% 26,4% (271) 1.026 Outros 6,3% 5,2% 4,4% (129) 2.919 Turnover 2012 I Empregados apresentados nesta tabela correspondem a 99% (2010), 98% (2011) e 99% (2012) do total de empregados reportados (LA1). Para 2012, os valores absolutos de empregados que deixaram a empresa estão discriminados entre parênteses II Na Austrália, apesar de as demissões voluntárias terem apresentado redução em 2012, quando comparadas ao ano anterior, o aumento da taxa de turnover ocorreu em função da reestruturação de algumas áreas da empresa. Remuneração e avaliação profissional [LA12, EC5] A filosofia de remuneração total da Vale tem como objetivo fornecer aos seus empregados próprios um pacote competitivo, que compreende remuneração e benefícios, além de oportunidades de desenvolvimento e uma experiência de trabalho diferenciada, que permite atrair e reter os talentos. A empresa realiza, anualmente, pesquisa salarial nas localidades onde atua para avaliar se o pacote de remuneração total está atrativo e competitivo, comparado ao mercado local. A Vale respeita o salário-mínimo legal em cada localidade. Para reforçar o conceito de remunerar por desempenho e como reconhecimento dos resultados alcançados, a Vale possui programas de remuneração variável. O empregado é bonificado de acordo com o desempenho individual, de sua equipe, da sua diretoria e da empresa. Em 2012, o percentual de empregados com desempenho avaliado na Vale foi de 97%. O aumento de 4% em relação a 2011 foi influenciado, principalmente, pela incorporação da Vale Fertilizantes. Nesse ano, também foi revisada a Instrução de Metas, que regulamenta o processo de Gestão de Metas na empresa. As mudanças realizadas visam aumentar a autonomia de cada Diretoria Executiva, descentra- 40 2012 lizando o controle feito pelas diretorias de Recursos Humanos e de Controladoria Global. Na Vale, o processo de carreira e sucessão tem o objetivo de avaliar competências e potencial dos empregados para orientar o seu desenvolvimento, maximizar o desempenho individual e organizacional e reforçar comportamentos valorizados pela empresa. Os públicos técnico-especialista e gerencial são avaliados anualmente, e os resultados dessas avaliações norteiam as decisões em gestão de pessoas, reforçando as práticas de meritocracia na empresa. [3.11] Rotatividade [LA2, LA11] “Valorizar quem faz a nossa empresa” é um valor da Vale, que mantém uma política de retenção de talentos baseada em apoio ao desenvolvimento da infraestrutura (saúde, educação, habitação e lazer) dos locais onde possui operações, educação continuada, gestão de desempenho e políticas de carreira e sucessão. Em 2012, a taxa de rotatividade (turnover6) global da Vale foi de 5,1%, apresentando uma pequena elevação em relação aos 4,7% de 2011. Entre as mulheres, o percentual foi de 5,9%, enquanto o dos homens, de 5,0% (tabelas acima). 6 Taxa de turnover corresponde à soma de empregados que deixaram a empresa voluntariamente ou não (incluindo aposentados), dividida pelo número de empregados próprios. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Em relação à aposentadoria, um dos compromissos assumidos pela Vale, em 2011, foi revisitar o programa de preparação para o planejamento da aposentadoria e implementar um novo modelo até 2013. Para isso, a empresa está revisando sua Norma Global de Desligamento e Aposentadoria, com previsão de publicação até o fim de 2013, e desenvolveu uma turma piloto desse programa, em Vitória, com 70 empregados. Os objetivos são testar o novo modelo e multiplicá-lo ao longo de 2013 nas demais regionais no Brasil. Liberdade de associação [HR5] A Vale respeita a liberdade de associação e negociação de seus empregados e tem o compromisso de não interferir no estabelecimento, funcionamento ou administração das organizações trabalhistas ou acordos coletivos. Segundo o Código de Conduta Ética da Vale, a discriminação em função de sindicalização é considerada intolerável. Além disso, a empresa garante a livre associação/sindicalização de seus empregados e os direitos sindicais por meio de acordo coletivo. Em 2012, a Vale participou do grupo de trabalho sobre formas de evitar o trabalho infantil, conduzido pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), e também colaborou com a iniciativa de construção de um guia de ferramentas com orientações sobre como evitar a violação de diretos humanos nessa temática. A Vale é signatária do Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU) desde 2007, respeita a legislação dos países onde atua e as convenções da OIT, além das oito fundamentais, conforme tabela abaixo. Convenções da OIT Nº 29 Trabalho Forçado, 1930. Nº 87 Liberdade de Associação e Proteção ao Direito Sindical, 1948. Nº 98 Direito de Sindicalização e Negociação Coletiva, 1949. Nº 100 Remuneração Equânime, 1951. Nº 105 Abolição do Trabalho Forçado, 1957. Nº 111 Discriminação, Emprego e Ocupação, 1958. Nº 138 Idade Mínima, 1973. Nº 182 Piores Formas de Trabalho Infantil, 1999. Empregados no terminal de Ponta da Madeira (MA), Brasil Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Foto: Francisco das Chagas Silva Souto A Vale procura disseminar os direitos trabalhistas em reuniões periódicas com gestores e empregados em todas as suas unidades 41 Relações com trabalhadores [LA4, LA5, MM4] A Vale manteve, em 2012, o amplo diálogo7 com sindicatos, federações e centrais sindicais. Para a empresa, esse é o melhor caminho para manter a relação harmônica fomentada com os representantes dos empregados ao longo das décadas de atuação. Nesse contexto, os acordos sindicais são importantes instrumentos e abrangeram 96% dos empregados próprios da Vale8, em 2012. O acordo sindical celebrado no Brasil, em 2011, com validade de dois anos, segue vigente. Essa relação, pautada na proximidade e no respeito, é vista pela Vale como a razão para não existirem greves em quaisquer operações brasileiras desde 1989 e por não ter sido registrada, durante todo o ano de 2012, nenhuma notificação de greve ou paralisação em qualquer operação da empresa nas demais localidades no mundo em que atua. Foto: Lucas Lenci 7 A Vale tem uma postura de diálogo. A notificação prévia de mudanças significativas não é uma prática padronizada e não está prevista em acordos coletivos. Segundo a Global Reporting Initiative, mudanças significativas correspondem a alterações no padrão de produção, como reestruturação, encerramento de atividades, aquisições e fusões. 8 Empregados próprios deste indicador (LA4) correspondem a 96% (2010), 95% (2011) e 95% (2012) do total de empregados reportados (LA1). 42 Há países em que a relação com os sindicatos, bem mais recente do que no Brasil, amadurece ano a ano. Pontos de divergência como os que, em anos anteriores, provocaram paralisações no Canadá têm sido contornados nos acordos, construídos sempre em conjunto com as classes representantes dos empregados9. No Brasil, um dos desafios está em ampliar a gestão para novos empreendimentos, como no caso da área de Fertilizantes, que passou a ser atendida também pelas áreas gestoras que lideram as relações trabalhistas das atividades de mineração. O acordo coletivo da Vale no Brasil (2011–2013) foi baseado em documentos como Missão, Visão e Valores, o Código de Conduta Ética e o Guia de Direitos Humanos. O texto manteve os avanços sociais mais recentes da legislação brasileira, como os direitos civis dos casais homossexuais, e ampliou os canais de denúncias. Diálogo aberto com os sindicatos [LA9] No desafio de alcançar o dano zero, a Vale reconhece a importância que os sindicatos possuem 9 Em 2012, na Vale no Canadá e suas subsidiárias, 79% dos empregados foram abrangidos por negociações coletivas e, na Austrália, 67%. Reunião de Boa Jornada na Oficina de Manutenção da mina de Carajás, em Parauapebas (PA), Brasil Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Foto: Lucas Lenci Empregados em reunião no complexo administrativo da mina de Carajás, Parauapebas (PA), Brasil na disseminação da cultura de saúde e segurança. Esse é um tema que está presente no diálogo com os representantes sindicais e nos acordos coletivos firmados pela empresa. Além de respeitar as regulamentações e as legislações locais, a Vale considera as preocupações e os pontos de vista dos representantes dos empregados, que definem mecanismos e requisitos para a prevenção de acidentes e doenças ocupacionais. Entre as medidas, estão treinamentos em instrumentos, fornecimento de equipamentos de proteção individual (EPIs), realização de vistorias periódicas e manutenção de comitês conjuntos de saúde e segurança. Na Vale, o direito de recusa ao trabalho inseguro é assegurado e reforçado pela Instrução para Análise e Gerenciamento de Riscos de Saúde, Segurança e Meio Ambiente (INS-37) e pelo acordo coletivo vigente. Como parte da agenda de diálogo com os sindicatos, em 2012, foram realizados dois encontros no Brasil (Carajás e Sergipe) e um no Chile, mobilizando ao todo cerca de 150 pessoas, incluindo lideranças de todos os sindicatos representados na Vale. O compromisso assumido em 2011 de ampliar o número de encontros foi revisto. A decisão em 2012 foi ajustar a dinâmica dos encontros e manter a quantidade de eventos. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Em muitos casos, os acordos sindicais firmados, embora sejam marcados por estabilidade e longa duração, são revistos constantemente durante a sua vigência Nos encontros, que aconteceram nas unidades operacionais da empresa, foram apresentados os indicadores de saúde e segurança e as principais ações da Vale no tema (ferramentas, sistema de gestão, metas etc.). Para garantir a troca de ideias, os debates estimularam a participação dos representantes sindicais, com espaço para esclarecimentos de dúvidas e recebimento de sugestões. Além disso, os sindicalistas visitaram as áreas operacionais para maior interação e conhecimento das ações na prática. Comitês de Saúde e Segurança [LA6] Além de contribuir para a prevenção de acidentes e doenças ocupacionais, os Comitês de Saúde e Segu43 rança exercem um papel importante na identificação da melhoria contínua dos processos e das condições de trabalho. Em 2012, o percentual de empregados da Vale representados nesses comitês (no Brasil, denominados Comissões Internas de Prevenção de Acidentes — Cipas) foi de 89,5%. [3.12] Benefícios [LA3] Um dos princípios da filosofia de benefícios da Vale é garantir que eles sejam oferecidos de forma consistente nas diversas localidades onde a empresa está presente, observando os objetivos estratégicos do seu negócio em cada localidade, a filosofia e a estratégia corporativa de recursos humanos, além de respeitar as exigências legais do país e considerar as condições locais do mercado. Para simplificar o acesso e facilitar o entendimento e a correta utilização dos benefícios oferecidos pela empresa, a Vale divulgou, no início de 2012, a nova Instrução de Benefícios no Brasil (INS-0072), que estabelece regras, critérios e orientações para a concessão e a gestão do pacote de benefícios para os empregados, jovens aprendizes e estagiários. A Instrução substituiu e consolidou documentos normativos. Durante o ano de 2012, também foi implantado um novo modelo de governança na área para permitir o alinhamento com os objetivos estratégicos da empresa. [3.13] Previdência [EC3] A Vale oferece aos seus empregados, dentro da sua Norma Global de Benefícios, previdência complementar privada, como forma de colaborar para que eles assegurem renda adicional depois da aposentadoria. [3.14] Empregados, em Itabira (MG), Brasil 44 Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Foto: Cristiano Xavier A Vale procura proporcionar benefícios que garantam maior proteção aos empregados e seus familiares Pessoas Comunidades A Vale busca ser referência em atuação social. Por isso, empreendeu esforços ao longo de 2012 para reafirmar o compromisso de deixar um legado positivo. Ao mesmo tempo, empenhou-se no alinhamento de sua estratégia de atuação social com as necessidades dos territórios onde está presente. Isso foi feito, em especial, junto às comunidades das áreas de influência de seus empreendimentos. Além disso, a empresa estabeleceu comitês, dedicados a auxiliar na condução de ações integradas. Para obter a licença social para operar, a empresa tem dedicado esforços na gestão adequada de seus impactos, reconhecendo os impactos sociais negativos gerados por suas atividades e trabalhando para evitá-los, minimizá-los, mitigá-los e/ou compensá-los, bem como para potencializar os impactos positivos que decorrem de seus empreendimentos. O diálogo social, aberto e direto, assume cada vez mais relevância estratégica para a Vale, pois permite a construção de uma relação de confiança e de respeito mútuo entre a empresa e a comunidade. zados em um mesmo território ou área de influência. Essa frente, denominada Modelo de Issues e Stakeholders, está sendo aplicada, inicialmente, no Brasil e será disseminada para Moçambique durante o ano de 2013. O modelo é operacionalizado por meio de comitês — territoriais e executivo — e considera as ações socioambientais a serem desenvolvidas em uma determinada região, possibilitando a priorização de iniciativas capazes de gerar melhor retorno para as necessidades manifestadas pela comunidade e tratar impactos negativos e positivos dos empreendimentos da empresa. As principais ferramentas e processos que dão suporte a esse modelo são a gestão de demandas e manifestações da comunidade, o diálogo social, os estudos socioeconômicos e o planejamento plurianual de ações sociais. Nesse sentido, estreitar o relacionamento com essas partes interessadas, entendendo suas necessidades e diversidade cultural, tratando suas queixas e demandas e buscando construir em conjunto soluções sustentáveis, é diretriz da atuação social da Vale. Ao longo de 2012, a Vale estabeleceu diretrizes e capacitou suas equipes para estruturar o processo de diálogo social, desenvolveu e implantou a ferramenta de gestão de demandas e manifestações da comunidade nos territórios de atuação no Brasil e aprimorou o processo de planejamento das ações sociais. Governança [IP4.17] Em 2012, a Vale realizou um amplo trabalho para estruturar um modelo de governança que integre projetos e operações, possibilitando o planejamento e o tratamento mais eficaz de questões sociais ligadas a empreendimentos da empresa locali- Para disseminar essas diretrizes e orientar as equipes sobre a estratégia de atuação social da Vale, além de treinamentos, foi publicado o Guia de Relacionamento com Comunidades. O documento reúne os processos e as melhores práticas para o desenvolvimento de alguns dos temas relevantes quando se Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 45 Foto: Pedro Cattony Empregada com grupo de alunos no Parque Botânico Vale, em Vitória (ES), Brasil Eu me senti fazendo parte da comunidade. Um dos momentos mais marcantes foi o dia da inauguração da biblioteca. Não tem preço ver a satisfação dos educadores ao utilizá-la e a alegria das crianças diante de tantos recursos educativos, coloridos e divertidos. Dividimos com as crianças, pais, educadores e empregados diversas atividades lúdicas que despertaram o interesse pela leitura e promoveram a integração com muita alegria. Márcia Frederico de Melo, assistente social do complexo de Cajati (SP), Brasil trata de relações com comunidade, tais como Direitos Humanos, Comunidades Tradicionais e Povos Indígenas e Remoção Involuntária. O Guia de Relacionamento com Comunidades foi elaborado com base nas principais referências globais sobre engajamento com stakeholders, nos pilares estratégicos da Vale e nas experiências acumuladas pela empresa ao longo dos anos Outro documento, publicado em 2012, que reforça a importância da questão social para a empresa é o Manual de Relação com Comunidades para Projetos de Capital. O objetivo é orientar as equipes de projetos com relação às questões sociais que devem ser consideradas e tratadas durante as fases de desenvolvimento e execução de empreendimen46 tos. Esse manual também possibilita o planejamento e a implantação de ações integradas com outras temáticas inerentes a projetos de capital. Gestão de demandas da comunidade [IP4.17] Em 2012, a empresa passou a fazer a gestão das manifestações da comunidade por meio da Ferramenta de Gestão de Demandas. Esse recurso buscou aprimorar os processos já adotados, sistematizando as informações das comunidades e suas demandas, para favorecer uma gestão mais proativa, integrada e eficaz dessas manifestações. Outra finalidade é capturar as necessidades das comunidades, possibilitando o direcionamento de recursos para o tratamento das questões apresentadas. Por meio de um sistema online e padronizado, a ferramenta possui um banco de dados integrado com todas as operações da Vale no Brasil, que pode ser customizado de acordo com as necessidades de cada localidade. Para 2013, a previsão é implantá-la também em Moçambique. Todas as demandas são classificadas de acordo com o perfil: denúncias10, elogios, reclamações, sugestões e solicitações. Desde o início da implantação da ferramenta, foram registradas quase 4 mil demandas, que passaram por um processo de recebimento, análise, resposta, execução (ou negação) e conclusão. A partir da análise dos dados fornecidos pela ferramenta, foi possível concluir que a quase totalidade das manifestações registradas sobre os impactos 10 A Vale entende como denúncia qualquer ação que gere danos ou prejuízos às operações da empresa. Tais atos são crimes, e os responsáveis estão sujeitos às penalidades previstas na Lei. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 eram relacionadas à proximidade de pátios de manobras de trens. Uma boa prática nesse processo foi o uso das ferramentas de qualidade para analisar criteriosamente o problema, identificar suas causas e possíveis soluções. Como encaminhamento, foi estabelecido um novo processo para adequação do procedimento que gerava o ruído, visando minimizar esse impacto nas comunidades vizinhas. Permanece, no entanto, o desafio de assegurar que os novos processos sejam mantidos mesmo diante de eventuais mudanças de estratégias operacionais. Também é importante garantir o envolvimento da área de Relações com Comunidades sempre que surgirem fatos novos, para que sejam tomadas medidas proativas. Além disso, está sendo monitorado periodicamente, junto à comunidade, se a medida adotada de fato foi efetiva na resolução do problema. Incidentes nas ferrovias A Vale opera 10,6 mil quilômetros de malha ferroviária no Brasil. Esse valor representa 37% do total das estradas de ferro do país. As linhas percorrem dez estados, atravessam cerca de 400 municípios e passam por comunidades que estão em crescimento ao longo das ferrovias. Por isso, a Vale reforça a sua atenção, com o objetivo de monitorar os riscos de incidentes. Ferrovia mais segura Um projeto desenvolvido pelo Instituto Tecnológico Vale (ITV) busca oferecer segurança e melhorar a qualidade de vida dos empregados da Vale que atuam nas ferrovias da empresa e das comunidades próximas a elas. Por meio do desenvolvimento de sistemas de computação, são agregados dados sobre fluxo de pessoas, acidentes e equipamentos, entre outros. A partir dessas informações, desenvolvem-se planos de ação que podem ser aplicados na melhoria da segurança ao longo das ferrovias da Vale e em outras operações da empresa, colaborando para reduzir o impacto de acidentes. A expectativa é que o sistema também possa agregar ideias inovadoras para serem replicadas nas diversas operações ferroviárias da empresa. As ferrovias da Vale seguem o padrão das demais ferrovias no mundo no que diz respeito à redução do indicador de acidente por milhão de trem por quilômetro — que leva em conta as ocorrências em função da distância percorrida pelos trens em uma determinada ferrovia. [3.15] A Vale, comprometida com a redução do número de ocorrências de incidentes nas ferrovias, mantém uma série de iniciativas para mitigar os impactos, tais Resultados Compromisso Respeitar e compreender as comunidades próximas a suas operações e projetos, incluindo sua diversidade cultural, e apoiar o seu desenvolvimento, deixando para elas um legado positivo Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Estruturação de um modelo de governança para integrar projetos e operações, possibilitando o planejamento e tratamento mais eficaz de questões sociais ligadas a empreendimentos da Vale Publicação do Guia de Relacionamento com Comunidades e do Manual de Relações com Comunidades para Projetos de Capital 47 Foto: Agência Vale O Trem Verde utiliza gás e biodiesel como combustível e opera na Estrada de Ferro Vitória a Minas como identificação dos trechos críticos de risco ambiental, expansão do número de simuladores e treinamentos para a condução de trens, manutenções periódicas em via permanente e material rodante, campanhas educativas e de sensibilização nas comunidades de influência das ferrovias e modernização e ampliação dos sistemas de sinalizações ao longo das ferrovias da Vale, além de manter equipes dedicadas à gestão, ao monitoramento, ao acompanhamento e às ações de bloqueios de todos os incidentes. Diálogo social [IP4.17] O diálogo com as comunidades permeia todos os pilares da Política de Desenvolvimento Sustentável da Vale — ser um Operador Sustentável, Catalisador do Desenvolvimento Local e Agente Global de Sustentabilidade. Para aprimorar o processo de engajamento e responder às demandas das comunidades, a Vale está implantando, desde 2012, processos de diálogo social estruturados e permanentes com as comunidades. Essa prática cria oportunidades de interação social inclusiva e participativa, cujas finalidades são compartilhar informações, promover o entendimento e a cooperação mútua, ouvir e compreender os interesses e as expectativas das comunidades, considerando-as nas decisões gerenciais da empresa. [3.16] 48 Case Segurança ferroviária não é brincadeira A Vale realizou, em 2012, o Programa “Segurança Ferroviária Não é Brincadeira”. O objetivo principal foi orientar a população que mora próximo à Estrada de Ferro Vitória a Minas, no município de Aracruz (ES), acerca da importância do tema. O trabalho se desenvolveu em três etapas: a primeira foi voltada para as 200 crianças da Terra Indígena Comboios, dentro da escola da aldeia, com integração do tema às brincadeiras indígenas. A segunda fase ocorreu no trem de passageiros, envolvendo crianças e jovens índios da aldeia Córrego do Ouro, Terra Indígena Comboios. O grupo saiu da estação de João Neiva (ES), assistiu a uma palestra e participou de jogos sobre segurança. A última etapa consistiu em atividades no Museu Ferroviário Vale e contou com a participação de jovens e adultos da aldeia Córrego do Ouro. A ideia do programa surgiu após ser verificado o grande número de crianças indígenas residentes em áreas próximas à ferrovia, e pelo fato de a parada noturna do trem ser no mesmo horário do término das atividades religiosas na Terra Indígena, fato que não ocorre mais. Desde o lançamento do programa, não foram registrados acidentes no ramal, e os moradores da aldeia passaram, naturalmente, a zelar pela segurança na ferrovia. Com os resultados positivos, foi elaborado, para 2013, um calendário de conscientização, no qual, a cada mês, um tema de segurança é tratado no formato de dica. A ação foi iniciada na escola e se tornou um projeto pedagógico. Também está previsto para 2013 um evento que reunirá, aproximadamente, 600 indígenas, com palestras e atividades sobre prevenção, segurança e meio ambiente. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Recursos aplicados em infraestrutura [EC8] 2010 2011 2012 Apoio a serviços públicos 19% 49% 10% Realização de obras 81% 51% 90% 20% 35% 8% 1% 0% 0% 80% 64% 92% Tipo I Área Engajamento comercialII (infraestrutura compartilhada) Pro bonoIII Serviços/Materiais/ProdutosIV Total I Apoio a serviços públicos, realizado por meio de pagamentos de serviços, como os custos de contratação de enfermeiros e professores, ou da realização de obras de pavimentação e de construção de escolas e hospitais. II Atividade que gera benefício público, mas que primariamente representa retorno econômico ou investimento para a empresa. III Pro bono, destinado a atividades desenvolvidas em benefício público, com alocação de pessoas com funções definidas em atividades, durante o tempo previsto de trabalho, com recursos da empresa. IV Investimento em infraestrutura em espécie por provisão de serviços ou pela entrega de um produto. Estudos socioeconômicos [SO1] O conhecimento do território e dos impactos gerados pelos empreendimentos da empresa é fundamental para subsidiar o planejamento das ações sociais a serem realizadas pela Vale, sejam de investimento social voluntário ou destinadas à gestão de impactos sociais. Esses estudos também orientam o diálogo social e abrangem temas como demografia, educação, saúde, infraestrutura e serviços públicos. Nos últimos anos, além dos estudos ambientais exigidos no âmbito dos processos de licenciamento ambiental de empreendimentos, a Vale produziu diagnósticos territoriais socioeconômicos e integrados de diversas regiões e países onde atua, tais como Minas Gerais, Sergipe, Espírito Santo, Sudeste do Pará, Municípios da Estrada de Ferro Carajás, Omã, Austrália, Malásia, Indonésia e Moçambique. No ano de 2012, foi concluído o diagnóstico socioeconômico do Mato Grosso do Sul. Veja os potenciais impactos positivos e negativos, diretos e indiretos, das ações da Vale nos locais em que atua. [3.17] Plano Plurianual de Ações Sociais (PPA) A partir do conhecimento da realidade local, que se dá por meio do diálogo social, da gestão de demandas e manifestações da comunidade e dos estudos socioeconômicos, bem como pelo conhecimento adquirido pelas equipes da empresa que trabalham e residem nesses territórios, é possível o planejamento das ações sociais. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Desde 2012, a Vale faz a gestão dessas ações com base no Plano Plurianual de Ações Sociais (PPA). Ao longo desse ano, foram elaborados planos para cinco estados brasileiros: Maranhão, Pará, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Mato Grosso do Sul. O PPA, com duração de cinco anos, é o principal instrumento de gestão dos dispêndios sociais, cuja governança está a cargo dos comitês que integram o Modelo de Issues e Stakeholders. Recursos aplicados na área social [EC8] Os dispêndios com ações sociais realizados em 2012, pela Vale, foram de US$ 317,2 milhões — 71% são voluntários e 29%, obrigatórios.11 Veja mais no capítulo Visão Estratégica. Desse total, US$ 62,3 milhões foram destinados à melhoria de infraestrutura, conforme tabela de distribuição acima. A Fundação Vale também aplicou US$ 2,6 milhões em infraestrutura. 11 A Vale considera Dispêndio Social Obrigatório todas as obrigações legais da empresa (condicionantes, LOC, TAC etc.) e também os compromissos da empresa para tratar corretamente os impactos que causa nos territórios onde opera. Levando em consideração esse critério, em 2011, 72% dos dispêndios sociais foram voluntários e 28%, obrigatórios. 49 Beneficiados pelas frentes de atuação da Fundação Vale Em milhares de pessoas (2012) 0,3% 46,0% Frentes de atuação Diretos Indiretos Total % Desenvolvimento urbano 0,3 342,8 343,1 46,0% Cultura 226,8 45,0 271,8 36,5% 100,8 — 100,8 13,5% 82,5 — 82,5 11,1% 0,5 54,0 54,5 7,3% 34,0 — 34,0 Educação 5,0 123,0 128,0 Esporte 2,5 — 2,5 Total 234,6 510,8 745,4 Museu Vale Memorial Minas Vale Vale Música Trem da Vale 17,2% 4,6% 17,2% 0,3% 100,0% 36,5% Fundação Vale A missão da Fundação Vale é contribuir para o desenvolvimento integrado dos territórios nos quais a Vale atua, articulando e potencializando os investimentos sociais, fortalecendo o capital humano e respeitando as identidades culturais locais. Em 2012, a Fundação Vale teve como frentes de atuação: Cultura, Desenvolvimento Urbano, Educação e Esporte (quadro acima), com os seguintes objetivos: Cultura Promover a inclusão social por meio de maior acesso aos bens culturais e fortalecer as identidades regionais, valorizando a cultura, a memória e o patrimônio histórico regional. Desenvolvimento Urbano Contribuir para o aprimoramento das capacidades municipais, visando ao fortalecimento das políticas públicas de inclusão social, ao aperfeiçoamento do planejamento e à gestão do território com participação da sociedade. Educação Contribuir para a melhoria da educação básica. Esporte Promover o esporte como fator de inclusão social, incentivando o desenvolvimento humano, a formação cidadã e a disseminação de uma cultura esportiva nas comunidades. No final do ano, foram incorporadas ao seu escopo de trabalho duas outras: Saúde e Geração de Trabalho e Renda, que até então eram conduzidas pela Diretoria de Relações com Comunidade da Vale. A Fundação, em conjunto com outros parceiros, desenvolveu o conceito de Parceria Social Público 50 Privada (PSPP), uma estratégia para a construção de uma aliança intersetorial visando à promoção do desenvolvimento sustentável de territórios onde se realizam empreendimentos de grande porte. Essa nova forma de parceria é feita mediante a união de esforços, recursos e conhecimento da sociedade civil, de governos e de empresas, a partir de um planejamento estratégico integrado e de longo prazo, em torno de uma agenda comum que contemple ações estruturantes, alinhadas às políticas públicas, visando resultados de curto, médio e longo prazos. [3.18] Contratação local [EC7] Para deixar o legado positivo nas regiões em que atua, a Vale sabe a importância que os investimentos na capacitação e na contratação da mão de obra local exercem no desenvolvimento socioeconômico das comunidades. Por isso, a empresa reforça o seu compromisso de respeitar as realidades locais e suas necessidades, assim como identificar e implementar iniciativas que considerem sempre as vocações regionais. Em 2012, o índice de contratação local12 da Vale foi de 61%13, e o de membros da alta gerência14 provenientes da comunidade local foi de 44%, dez pontos percentuais acima do de 2011. Entre as iniciativas desenvolvidas pela empresa que colaboraram para a elevação do indicador está a revisão da política para contratação de empregados, com priorização do 12 Apesar de o cálculo do indicador ter considerado local o estado de nascimento dos empregados, a prática de contratação adotada pela Vale, quando aplicável, prioriza residentes no estado, e não necessariamente os naturais dele. 13 Empregados próprios deste indicador (EC7) correspondem a 99% (2012) do total de empregados reportados (LA1). 14 A Vale considera “alta gerência” os níveis hierárquicos de gerente geral e diretores. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Compromisso Contribuir para a melhoria das condições de vida das populações. Fortalecer o relacionamento e a comunicação. Minimizar os impactos negativos. Respeitar as culturas locais. Realizar ações estruturantes e potencializar os investimentos sociais Resultados Estabelecimento de comitês na condução de ações integradas Aplicação de gestão de demandas e diálogo social Produção de estudos socioeconômicos Gestão com base no Plano Plurianual de Ações Sociais recrutamento interno para preenchimento das vagas, utilizando como ferramenta de apoio os resultados do processo de carreira e sucessão, e a orientação de dar preferência aos candidatos locais. Um exemplo específico é o caso de Moçambique. Em 2012, o percentual de contratação local nesse país foi de 82,1%, o de membros da alta gerência provenientes da comunidade local foi de 28,6%. Ambos os indicadores apresentaram uma ligeira elevação quando comparados a 2011, em que foram de 80,6% e 27,4%, respectivamente. Qualificação profissional No âmbito da qualificação profissional, a Vale desenvolve diversas ações para o público externo, reforçando o compromisso de capacitar mão de obra das comunidades onde atua. Os cursos, voltados para diversos públicos, como estudantes do Ensino Médio, estagiários de nível técnico e superior, trainees e profissionais graduados, são desenvolvidos por meio de parcerias com instituições de ensino local. As iniciativas, além de colaborar para o desenvolvimento educacional das regiões, permitem a qualificação de trabalhadores para atuarem nas operações da empresa. Em 2012, os programas de Formação Profissional e Jovem Aprendiz, por exemplo, foram responsáveis pela efetivação na Vale de 299 trainees e 991 jovens aprendizes. [3.19] Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Remoção involuntária [MM9] A remoção involuntária de famílias pode ser imprescindível nos trabalhos de mineração e de logística. A Vale, ciente dos transtornos que podem ser gerados nesse processo, atua proativamente para que o resultado final seja positivo, tanto para as famílias que serão deslocadas quanto para a comunidade que abrigará o projeto. Para minimizar os impactos negativos, a empresa possui o Procedimento de Gerenciamento Social para Remoção Involuntária, documento que baseia as ações desse tema no Brasil e também serve de referência para os demais locais em que a empresa tem atuação. O documento estabelece condutas para o gerenciamento do processo de remoção involuntária das famílias em situação de vulnerabilidade socioeconômica, tais como papéis e responsabilidades das áreas internas da Vale e diretrizes para a escuta da comunidade ao longo do processo. No segundo semestre de 2013, esse procedimento será aprimorado. Além disso, o tema também é abordado no Manual de Relação com Comunidade para Projetos de Capital, utilizando como base o Procedimento de Gerenciamento Social para Remoção Involuntária, com o objetivo de orientar a atuação social em projetos de capital. 51 Ações em Moçambique Infraestrutura Agricultura – Obras de reestruturação e manutenção do sistema de abastecimento de água de Cateme. – Disponibilização de um ônibus para realizar o transporte dos moradores entre Moatize e Cateme, duas vezes por dia, com subsídio das passagens pela Vale no período de dois anos. A gestão do transporte cabe à administração local. – Obras de reestruturação das zonas alagadiças em Cateme para evitar a entrada de água nas residências. – Reabilitação de estrada e respectiva drenagem em Cateme. – Reparos na rede de energia elétrica, com reforço e melhoria dos cabos entre Tete, Moatize e Cateme, aumento da rede de distribuição nas ruas de Cateme, facilitando a ligação entre as residências e o aumento da iluminação pública. – Foram reparadas 59% das casas em Cateme, totalizando cerca de 400, com previsão de término para 2014. – Foram adquiridas sementes de milho, feijão nhemba, mapira e abóbora para todas as famílias de Cateme, para apoio ao plantio da safra 2012/2013. – Mais de 14 mil mudas de fruteiras produzidas na Fazenda Modelo de Cateme foram doadas às comunidades. – A Vale prestou apoio alimentar, com doação de cestas básicas para 839 famílias de Cateme, para compensar a perda da safra 2011/2012, em parceria com o governo do Distrito de Moatize e o INGC. Saúde – Construção de um centro de atendimento à mulher grávida. – Inauguração de uma clínica noturna para atendimento e aconselhamento de grupos vulneráveis a doenças sexualmente transmissíveis e HIV/Aids. – Doação de uma ambulância para o centro de saúde de Cateme. – Implantação de uma farmácia pública no centro de saúde de Cateme, cabendo ao governo a responsabilidade de fornecer os medicamentos. Geração de emprego e renda – Financiamento do recenseamento da mão de obra disponível em Cateme, com o objetivo de identificar profissionais, e reabilitação do Centro de Emprego de Moatize. – Desenvolvimento da Cadeia de Valor do frango, com 16 aviários construídos, produtores formados e suporte técnico disponibilizado. – Constituição de grupos de poupança e crédito, com o objetivo de suportar o programa de finanças rurais. – 108 pessoas treinadas em cursos profissionalizantes de pedreiro, corte e costura e mesa e bar. A Vale também dissemina o uso de ferramentas e boas práticas por meio do seu Guia de Relacionamento com Comunidades. Em 2012, foi realizada uma remoção involuntária, na modalidade de reassentamento, na Argentina. [3.20] Reassentamento em Moçambique [MM9] Para melhorar a qualidade de vida das populações reassentadas em 2010, das áreas de lavra e industriais do projeto Carvão Moatize, a Vale Moçambique firmou um acordo15, em 2012, com o governo da província de Tete e representantes das comunidades dos bairros Cateme e 25 de Setembro. A iniciativa foi resultado do compromisso assumido em 2011, pela empresa, de desenvolver ações de apoio às famílias reassentadas e atender suas demandas. Entre as questões levantadas pelos moradores estavam reparo das casas, manutenção de drenagens e vias públicas, melhorias no sistema de abastecimento de águas, ampliação da rede de energia elétrica, construção de estrutura desportiva, investimentos em saúde e agricultura e desenvolvimento de soluções de apoio ao transporte público. 15 Memorando de Entendimentos assinado em 6 de julho de 2012. 52 O acordo assinado pela Vale possui cerca de 40 compromissos voltados para a manutenção dessas infraestruturas. Veja no quadro abaixo as ações já realizadas pela empresa em 2012, com investimentos de aproximadamente US$ 40 milhões. Em 2013, outras iniciativas serão implementadas pela Vale, dando continuidade aos investimentos socioambientais que visam ao desenvolvimento sustentável local. Povos indígenas e comunidades tradicionais [MM5] A Vale reconhece a importância de valorizar a cultura e preservar as identidades locais dos povos indígenas e das comunidades tradicionais nos territórios onde atua. Com uma lógica de relacionamento baseada no etnodesenvolvimento16, a empresa promoveu a capacitação de suas equipes, buscando aprimorar 16 A noção de etnodesenvolvimento refere-se ao exercício da capacidade social dos povos indígenas e das comunidades tradicionais para construir seu futuro, em consonância com suas experiências históricas e os recursos reais e potenciais de sua cultura, de acordo com projetos definidos segundo seus próprios valores e aspirações. Pressupõe existirem as condições necessárias para que a capacidade autônoma de uma sociedade culturalmente diferenciada possa se manifestar, definindo e guiando seu desenvolvimento. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 o diálogo, e alterou procedimentos para monitorar impactos desde a fase de elaboração de projetos. Outro compromisso assumido pela empresa é o de estabelecer acordos e adotar uma visão integrada de desenvolvimento no longo prazo para os povos indígenas e comunidades tradicionais próximas às suas operações, buscando minimizar a judicialização do relacionamento e solucionar conflitos. No Brasil, há acordos17 com 14 povos, distribuídos em cinco Terras Indígenas, nos estados do Pará, Maranhão e Minas Gerais, além de manter acordos ou apoiar projetos de etnodesenvolvimento de grupos de mais duas Terras Indígenas, no Pará e no Espírito Santo, e com 14 comunidades quilombolas, no Maranhão. Desse total, em 2012, foram renovados compromissos com nove grupos indígenas, e um acordo foi firmado com o Povo Tupiniquim, no Espírito Santo. Com essas ações, estima-se que, da população total dos povos indígenas e comunidades tradicionais, em 2012, cerca de 40 mil pessoas tenham sido direta e indiretamente beneficiadas, sendo 20 mil no Brasil. [3.21] Acompanhamento de situações judicializadas [HR9, EC1, MM6] A Vale mantém comunicação e diálogo amplo, permanente e estruturado com os povos indígenas e comunidades tradicionais próximos às suas operações e projetos, visando estabelecer um processo contínuo de engajamento social para uma melhor gestão de impactos socioculturais, econômicos e ambientais e, assim, contribuir para o desenvolvimento local sustentável. Em 2012, a Vale registrou três novos casos envolvendo povos indígenas e comunidades tradicionais, totalizando 11 processos18 ativos atualmente. [3.22] Além disso, a Vale tem interface com 17 povos indígenas e mantém acordos com 15 na Argentina, Austrália, Canadá, Chile, Filipinas, Indonésia e Nova Caledônia. 17 Nenhum desses acordos incluiu o pagamento pelo uso da terra. 18 Dois dos casos reportados no Relatório de Sustentabilidade 2011 foram unificados em um só. Países A Vale já realizou diagnósticos territoriais em seis países Fundação Vale Horas de treinamento Em 2012, cada empregado da Vale passou, em média, 55 horas em treinamento Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 +2 Em 2012, a Fundação Vale incorporou duas novas frentes de trabalho, Saúde e Geração de Trabalho e Renda, às quatro já existentes: Cultura, Desenvolvimento Urbano, Educação e Esporte 53 20% da matriz energética da Vale vêm de fontes renováveis Vista aérea da Floresta Nacional de Carajás, em Parauapebas (PA), Brasil (Foto: Pedro Cattony) 3% Em Carajás, as operações da Vale ocupam menos de 3% da área protegida pela empresa Planeta Usar os recursos naturais de forma sustentável Planeta Território A Vale aprimorou a gestão integrada de território em 2012, agregando os temas ambientais, sociais e culturais para contribuir na geração de um legado positivo nos locais onde atua. A empresa contempla políticas e procedimentos que valorizem as especificidades de cada região. A empresa protege ou ajuda a proteger uma área equivalente a quase três vezes a ocupada por suas atividades operacionais. A Vale utiliza tecnologias que visam não apenas à recuperação efetiva das áreas degradadas, mas também a sua transformação para um uso coletivo, contribuindo, assim, para a conservação e o uso sustentável do recursos naturais. A Vale considera os aspectos sociais, econômicos e ambientais, desde a fase de concepção de projetos até o encerramento de suas atividades, incluindo as fases de implantação e operação. Promove ainda a melhoria do desempenho ambiental, por intermédio do desenvolvimento de estudos e projetos, tendo como base as tendências tecnológicas, regulatórias e de mercado. A Vale apoia também a construção de uma agenda territorial aliada à conservação ambiental na Amazônia, para além das operações da empresa, por meio do Fundo Vale. Biodiversidade [IP4.17, EN12, EN14, MM2] Em função do tipo de atividade realizada pela Vale, suas operações acarretam impactos1 que podem causar alterações na biodiversidade e nos serviços ecossistêmicos2 relacionados, principalmente, às alterações nos componentes do meio físico, que funcionam como suporte para os seres vivos. A empresa vem investindo em estudos amplos de seus processos e ferramentas internas de gestão, levando em conta a complexidade do assunto. O objetivo é ser um Para os projetos de capital, a Vale conta com instrumen- catalisador no território para a mitigação dos impactos tos de gestão como o Guia de Boas Práticas em Licene a promoção da conservação da biodiversidade. ciamento Ambiental e Meio Ambiente e a metodologia da Licença para Operar. Nas fases de implantação e Os impactos considerados significativos na biodiversioperação, desenvolve diversas iniciativas voltadas para dade estão associados às atividades que podem alterar o aprimoramento contínuo de seu desempenho. Na o meio biótico, principalmente àquelas que envolvem etapa de conclusão de suas atividades, a empresa tem supressão de vegetação, que, em geral, pode ser necesavançado na elaboração dos planos de fechamento de sária nas fases de implantação dos empreendimentos mina, em consonância com as normas internacionais. e/ou no desenvolvimento das atividades operacionais, As atividades da Biopalma, empresa destinada à produção de óleo de palma para a geração de biodiesel, e da Vale Florestar, voltada ao plantio de eucaliptos, estão sendo desenvolvidas em regiões já impactadas do bioma Amazônia e contribuem para a inclusão social e a geração de renda para as famílias envolvidas nesses projetos. 56 1 Em 2012, a Vale iniciou um processo de avaliação dos conceitos de impactos ambientais, incluindo impactos sobre biodiversidade, considerando a natureza de suas atividades e as diferentes tipologias de seus empreendimentos. 2 Funções desempenhadas pelos ecossistemas e pelas espécies que permitem a manutenção das condições de vida no planeta, incluindo a provisão de recursos e serviços de suporte e de regulação. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Foto: Pedro Cattony Pesquisas de solo realizadas na Reserva Natural Vale, em Linhares(ES), Brasil tais como avanços de áreas de lavra e de disposição de estéril e rejeitos. Além de realizar contínuos investimentos em inovação e tecnologia, a Vale implementa ações e medidas para prevenir os impactos, controlá-los e/ ou compensá-los. Tais ações são definidas para todas as etapas do ciclo de vida dos empreendimentos e contemplam áreas internas, limítrofes e externas às unidades operacionais, com a abrangência estabelecida considerando os atributos ecológicos existentes no entorno das unidades operacionais. [4.01] Acredito que todos nós temos o dever de cuidar de nosso planeta. Para contribuir com a preservação do meio ambiente, eu tomo atitudes como usar apenas a quantidade de água necessária, por exemplo, fecho a torneira enquanto escovo os dentes, desligo as luzes quando não há ninguém no lugar e devolvo as caixas de ovos ao vendedor. Eu também reciclo lixo e reutilizo papel impresso sempre que possível. Um pequeno ato isolado não chama a atenção, mas pequenos atos somados podem fazer a diferença! Sandrine Cassier, supervisora de Reporte e Ativos Fixos Nova Caledônia Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 A gestão da biodiversidade, para a Vale, objetiva mitigar seus impactos negativos e promover impactos positivos reais nos territórios onde a empresa atua. Um dos passos para alcançar esse propósito é o estabelecimento de diretrizes e requisitos de biodiversidade. Em 2012, foram realizados pilotos para verificar o grau de aderência dos procedimentos e práticas de gestão às diretrizes propostas de biodiversidade em três unidades operacionais no Brasil. Como resultado desse processo, identificou-se a necessidade de incorporar os requisitos de Biodiversidade e de Recuperação de Áreas Degradas (RAD) no Sistema de Gestão Ambiental da Vale (SGA) que tem como objetivos principais assegurar o controle sistemático dos aspectos ambientais nas operações da empresa e buscar a melhoria contínua dos processos operacionais. A Vale define como necessária a aplicação das ações que constituem o Plano de Gestão da Biodiversidade de cada unidade em todas as atividades que acarretam impactos negativos sobre a biodiversidade e os serviços ecossistêmicos. Essas ações estão relacionadas a todas as fases do ciclo de vida dos empreendimentos, desde o planejamento (projeto) até o seu fechamento, incluindo atividades contínuas ou que estão associadas a tarefas operacionais específicas, sejam elas decorrentes de obrigações legais ou definidas pela própria empresa. Atualmente, 32% das operações da Vale requerem Planos Especiais de Gestão da Biodiversidade e, em 57 Foto: Pedro Cattony Empregado analisa amostras na Reserva Natural Vale, em Linhares (ES), Brasil 83% desse total, os planos já estão implementados. Os demais estão em fase de definição do escopo ou de detalhamento dos projetos. [4.02] a avaliação do impacto líquido positivo3 no território onde atua. [4.03] Áreas protegidas e áreas operacionais A Vale vem investindo em pesquisas ligadas a ecossistemas especiais, como área de canga (leia mais sobre o tema na página 62), buscando mais conhecimento da ecologia desses ambientes e, a partir dos resultados, implementar ações que busquem o seu uso sustentável, bem como a proteção de áreas que representem a sua biodiversidade. Além disso, a empresa desenvolve pesquisas que buscam o manejo adequado desses ambientes, em especial dos que se encontram em processo de recuperação. Participação e engajamento [IP4.17] A Vale participa de fóruns de discussões estratégicas sobre temas importantes para o gerenciamento das suas atividades, como as ações da Parceria Empresarial pelos Serviços Ecossistêmicos (Pese), do workshop para a elaboração do Plano Estadual de Proteção à Biodiversidade em Minas Gerais, promovido pelo Instituto Estadual de Florestas, e de um grupo de trabalho desenvolvido pelo Pacto Global das Nações Unidas, em conjunto com a International Union for Conservation of Nature (IUCN). A Vale pretende, com essas parcerias, identificar as ferramentas necessárias para que seja possível avaliar os seus impactos sobre a biodiversidade, considerando a complexidade do assunto, e, portanto, oferecer elementos que possam contribuir para 58 [EN11, EN12, EN13, EN15] A Vale protege ou ajuda a proteger4 cerca de 13,7 mil km2 (incluindo as unidades de conservação protegidas em parceria com governos locais), uma área aproximadamente nove vezes maior que a cidade de São Paulo, Brasil. O total de áreas protegidas é quase três vezes maior5 que a área total das unidades operacionais da empresa, de 4,7mil km2, incluindo as áreas de plantio industrial, e 7,5 vezes maior, quando estas são desconsideradas. As áreas protegidas contribuem para manter o equilíbrio ambiental e proteger os recursos naturais, além de atuar na captura e no armazenamento de gases causadores do efeito estufa provenientes da atmosfera, contribuindo para a redução da concentração destes. Dessa forma, áreas protegidas pela Vale contribuem para a formação de um estoque 3 Quando os resultados das ações realizadas pela empresa superam os efeitos negativos de suas operações. 4 A abordagem geral para proteção, conservação e restauração de hábitats não considera compensações ambientais. 5 A relação foi inferior à informada em 2011 (3,5), principalmente em função da inclusão, em 2012, do Projeto Potássio Rio Colorado (Argentina) e de ampliações de áreas da Vale Florestar e da Biopalma (ambas no Brasil). Também houve alterações relacionadas à inclusão de Tres Valles (Chile) e ao desinvestimento das operações de manganês (França e Noruega) e de caulim (Cadam, Brasil). Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Resultados Compromisso Exercer a gestão integrada dos territórios, buscando a geração de impacto líquido positivo e o compartilhamento de valor com as regiões onde atua Aprimoramento da gestão ao agregar os temas ambientais, sociais e culturais Estabelecimento de parcerias para avaliação dos impactos sobre a biodiversidade Desenvolvimento da Biopalma e da Vale Florestar de carbono. Em 2012, foram aplicados aproximadamente US$ 69,3 milhões nas áreas protegidas e na recuperação das áreas degradadas. Essas áreas também formam um território rico em recursos genéticos, com plantas de propriedades medicinais e farmacológicas. Outros produtos de interesse econômico, como resinas, sementes e fibras, a partir do extrativismo sustentável, configuram importante fonte de renda e benefícios para a comunidade. Algumas das áreas que a Vale ajuda a proteger abrigam suas unidades operacionais, a exemplo da Floresta Nacional do Tapirapé-Aquiri e da Floresta Nacional de Carajás, onde a área ocupada pelas operações representa menos de 3% da área total da Flona. Também há casos em que as áreas protegidas, próprias e em parcerias, estão localizadas no entorno de suas operações, como as Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN) e as Unidades de Conservação Estaduais localizadas no Quadrilátero Ferrífero de Minas Gerais, bem como a Reserva Natural Forêt Nord, na Nova Caledônia. Veja a tabela de áreas protegidas no arquivo digital. [4.04] Desenvolvimento territorial no Norte Alinhado ao propósito de respeitar e compreender as comunidades dos territórios onde atua, o projeto Urbis Amazônia, desenvolvido pelo Instituto Tecnológico Vale (ITV) no Norte do Brasil, avalia a dinâmica de desenvolvimento dos territórios associados a mineração, pecuária ou agricultura. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Pesquisadores da área de Urbanismo e Arquitetura desenvolveram uma análise comparativa para entender a expansão demográfica nessas regiões e o processo de urbanização associado ao crescimento econômico e à ocupação física do território. O projeto, realizado em parceria com outras instituições de pesquisa e com recursos do governo, contribui para evitar o esgotamento dos recursos naturais nas comunidades avaliadas. Em 2012, foi iniciada a implantação do Centro de Pesquisa e Educação para Conservação da Biodiversidade (Cepeb), na Reserva Natural Vale (RNV), no Espírito Santo. A Vale possui 99 projetos de pesquisa em desenvolvimento na RNV, realizados em parceria com 61 instituições — 48 brasileiras e 13 de outras localidades —, os quais envolvem aproximadamente 300 pesquisadores e colaboradores. Em 2012, foram iniciados 41 novos projetos, e 10 estudos foram finalizados. Também estão em andamento na RNV cerca de 100 projetos nas áreas de silvicultura, ecologia florestal e restauração ecológica, os quais são desenvolvidos pela equipe da RNV. [4.05] As áreas interferidas pelas operações da Vale estão associadas à ocorrência (distribuição natural) de aproximadamente 4.240 espécies vegetais e 3.758 espécies animais, incluindo invertebrados (moluscos e artrópodes) e vertebrados (peixes, anfíbios, répteis, 59 aves e mamíferos)6. Entre as espécies identificadas para as áreas de inserção das operações da Vale, 200 são classificadas como internacionalmente ameaçadas, de acordo com a Lista Vermelha da International Union for Conservation of Nature (IUCN) [4.06], sendo apenas 25% avaliadas como criticamente 6 Esses números consideram as espécies registradas durante os estudos para análise da viabilidade ambiental dos projetos e monitoramentos realizados ao longo das fases de implantação e operação dos empreendimentos. Além disso, considera também outros estudos ambientais relacionados às atividades realizadas nas unidades (inventários florestais e relatórios de salvamento de fauna, por exemplo). Para as operações de ferrosos localizadas no Quadrilátero Ferrífero de Minas Gerais, foram considerados os dados incorporados ao Banco de Dados de Biodiversidade (BDBio), que integra o Plano de Conservação da Biodiversidade do Sistema de Ferrosos. Esse banco de dados tem como principal objetivo a gestão do conhecimento sobre biodiversidade, validando e consolidando dados históricos e recentes gerados nas Unidades Operacionais. Por ter uma infraestrutura favorável e a presença de uma extensa área de floresta protegida, a Reserva Natural Vale apresenta aptidão para o desenvolvimento de atividades relativas a pesquisa científica, manejo florestal e conservação da biodiversidade em perigo, em perigo ou em extinção. Em listas nacionais oficiais de espécies ameaçadas de extinção, constam 220 espécies, sendo aproximadamente 50% avaliadas como criticamente em perigo, em perigo ou em extinção. [4.06] Cavidades As cavidades naturais subterrâneas, também conhecidas como cavernas ou grutas, representam um tema importante para os negócios da Vale. Compreendendo a relevância do assunto, a empresa possui hoje uma área de espeleologia voltada especificamente para tratar do tema, com o objetivo de assegurar o aproveitamento máximo das reservas minerais e atender aos requisitos legais de conservação do patrimônio espeleológico. Também busca aprimorar os conhecimentos técnicos sobre essas estruturas naturais, contribuindo para o crescimento e a disseminação de conhecimento científico. No projeto Carajás S11D, no Pará, por exemplo, a Vale obteve parecer positivo do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) atestando que o projeto estava apto a obter a Licença Prévia (LP) junto ao Ibama no que se refere à proteção e à preservação do patrimônio espeleológico. Todas as cavidades presentes na área do projeto foram estudadas quanto aos atributos físicos, biológicos e histórico-culturais, cumprindo as exigências da legislação referente a licenciamentos em áreas com cavidades naturais e considerando a sua relevância no contexto local e regional. As cavidades com gênese única ou rara, morfologia única, dimensões notáveis em extensão, área ou volu- Foto: Pedro Cattony Empregado no herbário da Reserva Natural Vale, em Linhares (ES), Brasil 60 Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Foto: Lucas Lenci Empregados na Reserva Natural Vale, em Linhares (ES), Brasil Case Proteção às reservas na Nova Caledônia O projeto Floresta Kwe Norte (North Kwe Rainforest Project, em inglês) é uma iniciativa voluntária da Vale na Nova Caledônia. Criada em 2005, com a abertura da primeira mina do Projeto Goro na região, a iniciativa está voltada para colaborar com a política de proteção às reservas florestais e ribeirinhas da região, que apresentaram uma grande redução nos últimos 100 anos, resultado da intensa ocupação humana. O objetivo da ação da Vale é juntar novamente sete áreas de manchas florestais, que somam cerca de 30 hectares e são separadas por áreas de cerrado, o que pode comprometer a biodiversidade local. A iniciativa prevê o plantio de corredores de árvores de espécies nativas. Para isso, a empresa estabeleceu parceria com as comunidades locais, que, a partir de 2012, passaram a atuar no plantio de mudas, e com o Instituto de Agronomia da Nova Caledônia, que fornece expertise técnica. O viveiro de espécies nativas da Vale cuida da germinação das sementes e da produção das mudas das árvores que são plantadas. O projeto vai até 2014, quando será revisado com base nos resultados obtidos ao longo dos últimos anos. Outro projeto realizado na mesma área visa estabelecer, na Reserva Nacional Blue River, uma população ex situ de uma das mais raras espécies de palmeiras do mundo, a Saribus jeanneyii, encontrada apenas na Floresta Norte e que tem registro de apenas um exemplar da palmeira, em todo o planeta, com potencial de produzir frutos. Já foram produzidas 22 mudas dessa palmeira pelo Instituto de Agronomia, a partir de sementes, que serão transferidas para a reserva de Blue River. A meta é garantir uma população de 100 exemplares dessa espécie vegetal. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 me ou com espeleotemas únicos foram classificadas como de máxima relevância e serão integralmente preservadas. A área de espeleologia da Vale identificou que 16 (8,5%) das 187 cavidades na região do projeto Carajás S11D foram consideradas de relevância máxima. Do total de cavidades, 152 (81%) serão preservadas e 35 (19%) suprimidas, sendo 24 de relevância alta e 11 de relevância média. Como medida compensatória para a supressão das cavidades de alta e média relevâncias, a Vale prevê a preservação de 70 cavidades de alta relevância na Serra da Bocaina, área contígua ao local em que o projeto Carajás S11D será implantado. A Vale desenvolve programas e ações ambientais direcionados especificamente ao patrimônio espeleológico da área, como o Programa Área de Entorno e o Programa de Monitoramento de Vibrações (sísmica). Esses programas têm como objetivo permitir a manutenção da integridade física das cavidades, determinando os limites de vibração aos quais elas podem ser submetidas. A empresa conta também com programa voltado para minimizar as perdas relativas ao impacto irreversível da supressão de cavidades nas suas características físicas e biológicas, priorizando aspectos relevantes que possam agregar informação à compreensão dos processos de formação das cavidades, de sua ecologia e/ou da sua utilização como abrigo para espécimes da fauna e de seu uso pelo homem. 61 Área impactada e área em recuperação (permanente e provisória) pela Vale no período de 2010 a 2012 (em km2) [EN13] Área em recuperaçãoI Ano Área impactada Área em recuperação permanente Área em recuperação provisória Área total em recuperação 2010 30,6 8,0 6,5 14,5 2011 17,2 7,3 17,9 25,2 2012 22,9 7,2 5,6 12,8 Total 70,7 22,5 30,0 52,5 I A recuperação das áreas degradadas é um processo gradativo e que demanda ações de médio e longo prazos, sendo adotado o termo “em recuperação” para indicar as áreas nas quais as atividades foram implantadas e encontram-se em andamento (recuperação inicial de algumas funções ecossistêmicas e gradativo incremento de espécies objetivando o retorno da vegetação a um estado de estabilidade). O termo “em recuperação permanente” corresponde a áreas que não serão mais interferidas pelas atividades da empresa, e “em recuperação provisória” compreende aquelas que podem vir a ser novamente empregadas em atividades operacionais. Os programas citados são, atualmente, implantados em outras unidades operacionais da Vale, com destaque para o Complexo Minerador de Carajás e o Complexo Minerador Vargem Grande, onde os principais resultados alcançados reforçam o compromisso da Vale quanto à avaliação e ao desenvolvimento de ações alinhadas com as principais preocupações levantadas pelas partes interessadas quanto ao tema de cavidades. Cangas Canga é um tipo de rocha, originalmente descrita no Brasil, mas com ocorrência em várias regiões tropicais e subtropicais do mundo, sendo um produto da alteração intempérica de rochas ricas em ferro. Campos rupestres são ecossistemas ricos em biodiversidade que comumente ocorrem em áreas de canga, embora não restritos a estas. Por tratarem de ecossistemas ainda pouco estudados, os programas de recuperação de áreas impactadas pela atividade minerária, nesses ambientes, ainda carecem de informações mais consistentes para que alcancem bons resultados. Ciente da importância do tema, a Vale tem desenvolvido vários experimentos para a reabilitação desses ambientes nas suas áreas operacionais, além de apoiar projetos de pesquisas junto a várias universidades brasileiras (alguns dos quais por meio do ITV). A Vale investe em estudos de ecologia de canga desde 2007, com o intuito de conhecer melhor a biologia das espécies que habitam esse ecossistema e, a partir disso, aplicar os seus resultados em projetos de recuperação de áreas, conservação e preservação desses ambientes. Deve-se destacar que estudos 62 estão sendo desenvolvidos também no Quadrilátero Ferrífero com a mesma finalidade. Além do uso próprio dos resultados em suas atividades, a Vale vem contribuindo com a comunidade científica, compartilhando o conhecimento gerado nesses trabalhos. Área impactada e em recuperação [EN13, MM1] A empresa utiliza tecnologias com o objetivo de não apenas recuperar efetivamente as áreas degradadas, mas também de transformá-las para uso coletivo. A recuperação das áreas degradadas (RAD) na Vale é uma das etapas do processo de extração mineral. As atividades são iniciadas já na fase de supressão da vegetação existente. Há várias técnicas para a recuperação, e a definição da técnica a ser utilizada depende das condições ambientais do local, tais como do tipo do solo, das condições climáticas e do relevo, do bioma em que a área se insere, entre outras. Para a revegetação das áreas, podem ser adotados métodos distintos, tais como o tradicional plantio de mudas previamente desenvolvidas em viveiros, o semeio direto (plantio de sementes diretamente nos locais a serem revegetados), a promoção da regeneração natural, a utilização de biomantas (produto que é usado para sustentar as sementes e plantas na revegetação de taludes muito inclinados), o transplantio de espécies nativas resgatadas, a hidrossemeadura (lançamento das sementes por meio de jatos de água com produtos aderentes), a disposição de topsoil (camada superficial de solo rica em matéria orgânica), o transplantio de mudas das áreas a serem suprimidas para aquelas que serão recuperadas ou, ainda, a combinação de várias dessas técnicas. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Saldos de abertura e fechamento das atividades de produção ou extração de minérios realizadas pela Vale no período de 2010 a 2012 (em km2) [MM1] Áreas em recuperação Áreas impactadas permanente no ano de referênciaII (saldo de fechamento)III Ano Áreas impactadas (saldo de abertura)I Áreas impactadas no ano de referência 2010 719,4 30,4 8,0 741,8 2011 584,7 15,1 7,2 592,6 2012 588,8IV 14,8 7,1 596,5 I Saldo de abertura anual representa a quantidade total de terras a serem recuperadas pela empresa no início do ano de referência. II As áreas em recuperação provisória não são computadas, sendo consideradas apenas aquelas em processo de recuperação permanente. III Saldo de fechamento representa a quantidade total de terras a serem recuperadas pela empresa ao final do ano de referência. IV O saldo de abertura, em 2012, foi menor do que o saldo de fechamento de 2011 em função da exclusão dos valores associados às operações da unidade Cadam desincoporada dos ativos da Vale, que correspondiam a 3,8 km² de áreas a serem recuperadas. Para garantir a recuperação das áreas degradadas, são necessários cuidados para que o local atinja um grau de maturidade para evoluir sem interferência humana. São realizadas manutenções e serviços de proteção ambiental, que previnem agentes nocivos à recuperação, tais como o acesso de pessoas e animais e, principalmente, a ocorrência de incêndios. O objetivo é garantir o equilíbrio ambiental das áreas em recuperação. [4.07] Reforçando a sua intenção de melhoria contínua desses processos, a Vale implementou em 2012, para todas as diretorias de ferrosos, metas de remuneração associadas ao tema, incluídas no Plano de Ação em Sustentabilidade (PAS) (Veja tabela no capítulo Visão Estratégica). As metas, que já foram incorporadas também para 2013, criam um patamar mínimo de área — em extensão — a ser reabilitada no ano para cada diretoria. Dessa forma, espera-se que haja um incremento na qualidade da gestão e da execução das atividades. Além disso, busca-se uma evolução gradual dos indicadores para os próximos anos, de forma a serem capazes de avaliar um maior número de aspectos da recuperação na empresa. Em 2012, foram iniciadas atividades para recuperação de 12,8 km², sendo 7,2 km2 para a recuperação permanente e 5,6 km² provisória, com área total impactada de 22,9 km² (ver tabela da página 62). Sem considerar as operações logísticas e de plantios de florestas industriais, foram 7,1 km² destinados à recuperação permanente e 14,8 km², a áreas impactadas, resultando em um saldo de fechamento de 596,5 km² (tabela acima). A diferença entre Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 A Vale publicou, em 2012, documento normativo com foco em identificar a sinergia entre as áreas envolvidas em atividades de RAD, de modo a otimizar esforços, reduzir custos e maximizar resultados o total de áreas impactadas e em recuperação permanente está relacionada principalmente às unidades operacionais em processo de expansão e aos projetos em fase de implantação, resultado da estratégia da empresa. Parcerias com instituições públicas e privadas colaboram para que a empresa desenvolva projetos de conservação e restauração nos territórios em que está presente: por exemplo, Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Nova Caledônia. [4.08] Fundo Vale Com atuação em seis estados brasileiros, uma carteira de 28 projetos já apoiados e 20 organizações parceiras, o Fundo Vale encerrou o ano de 2012 com importantes avanços em sua missão de contribuir para a sustentabilidade do planeta. Desde sua fundação, em 2009, o Fundo Vale investiu cerca de US$ 36 milhões em ações para o desenvolvimento sustentável, na Amazônia. 63 Compromisso Contribuir para a conservação e uso sustentável da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos e promover o engajamento com comunidades, governos e atores relevantes Resultados A empresa protege ou ajuda proteger uma área de 13,7 mil km2 Apoio à construção de uma agenda territorial aliada à conservação ambiental por meio do Fundo Vale São exemplos os avanços no estímulo aos Municípios Verdes7. Atuando de forma integrada com os demais agentes locais — prefeituras, organizações e empresas —, o Fundo Vale busca alternativas sustentáveis para o desenvolvimento socioeconômico do município, aliado à conservação dos recursos naturais. Além disso, o Fundo participa do Comitê Gestor do Programa Municípios Verdes, do estado do Pará, colaborando com as políticas públicas ligadas ao tema. Em 2012, o Fundo Vale também realizou parcerias institucionais para consolidar sua atuação na Amazônia, dentro de uma perspectiva territorial. Para o Fundo Vale, o olhar territorial significa ir além dos projetos e entender quais são as demandas de um determinado território dentro de uma visão de sustentabilidade. Quem são os atores importantes em cada região, quais são as ações desenvolvidas nesse sentido e que sinergias podem ter com as ações propostas pelo Fundo. Nessa perspectiva, destacam-se as parcerias com a Fundação Avina e com a Articulação Regional Amazônica (ARA), com o objetivo de fortalecer as ações de conservação e governança ambiental no bioma, para além dos limites do território brasileiro. 7 Nesse programa, a ação do Fundo Vale se dá por meio de projetos integrados para consolidar um modelo de gestão sustentável e eficiente para o município, a mobilização e o engajamento de atores da sociedade e o desenvolvimento de atividades produtivas sustentáveis, resultando na melhoria das condições de vida das populações. 64 Outra ação importante no ano foi a parceria com o Governo do Estado do Amapá e a ONG Conservação Internacional em torno da Iniciativa Amapá, pacto lançado durante a Rio+20. O objetivo é desenvolver um programa dinâmico e de longo prazo, voltado para a valorização do capital natural e o desenvolvimento sustentável no estado, que promova a transição de uma economia convencional para uma economia verde. As ações estão organizadas em quatro eixos temáticos: pagamentos por serviços ambientais, áreas protegidas, ordenamento territorial e cadeias produtivas da sociobiodiversidade. Para 2013, o Fundo Vale tem o objetivo de consolidar sua atuação na Amazônia e participar do fortalecimento de ações colaborativas entre as instituições que atuam no bioma, em prol da sustentabilidade. Também planeja aprimorar seu modelo de gestão e acompanhamento de projetos e criar um sistema de gestão por impacto. O Fundo Vale é uma instituição sem fins lucrativos, criada por iniciativa da Vale em 2009, com título de Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), e funciona como um fundo de cooperação que atua em parceria com instituições públicas, privadas e organizações do terceiro setor. Mais informações em www.fundovale.org. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Foto: Salviano Machado Área em reflorestamento na mina de manganês do Azul, na região de Carajás, em Parauapebas (PA), Brasil Conflitos pelo uso da terra [MM6, MM7] A Vale entende a importância de um bom relacionamento com as comunidades e pauta a sua atuação nesse preceito, buscando soluções para o bem comum. Em 2012, a empresa apostou na ampliação e no aperfeiçoamento dos seus canais de diálogo com suas partes interessadas, com o uso de ferramentas específicas para gerir a demanda das comunidades e dar a essas solicitações o encaminhamento mais adequado. Em 2012, a Vale foi envolvida em 27 casos considerados representativos por se tratar de ações judicializadas (12 casos) ou envolverem a paralisação ou a obstrução do acesso a projetos (15 casos). [4.09] Fechamento de mina [MM10] Um projeto de mineração deve começar a definir diretrizes para o seu fechamento ainda em sua concepção, mesmo que a sua vida útil atravesse décadas. Por esse motivo, a Vale estabelece um planejamento dos aspectos técnicos, econômicos e socioambientais que permeiam todo o ciclo de vida dos empreendimentos, com início na fase de pesquisa e podendo perdurar até mesmo após o encerramento da unidade. Atualmente, ainda não há projetos de fechamento de mina sendo implantados na empresa, mas sim de desmobilização de algumas estruturas que atingiram seus limites. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Algumas operações apresentam o status de paralisação temporária e contam com gerenciamento institucional, legal, ambiental e geotécnico, para prevenir impactos. Baseada no preceito adotado pela empresa de visão de longo prazo, a Vale avançou nos esforços para cumprir a meta de elaborar os planos de fechamento de todas as unidades brasileiras até 2013. No fim de 2012, 56% das minas estavam com os planos concluídos, 29%, em elaboração e 15%, ainda não iniciados. Os planos desenvolvidos pela Vale seguem as diretrizes do Guia de Fechamento de Mina e do Termo de Referência para Elaboração de Planos de Fechamento de Mina — documentos normativos internos, que orientam as unidades operacionais a seguir as melhores práticas na gestão do tema. Em relação às operações fora do Brasil, a maioria possui planos de fechamento de mina e atende à legislação específica de cada localidade. São exemplos as unidades de Bayovar, no Peru; Moatize, em Moçambique; e as operações do Canadá. [4.10] Resíduos minerais [MM3] O compromisso da Vale com as questões ambientais e sociais também está refletido na forma pela qual a empresa gerencia os resíduos específicos do seu processo produtivo. Esses materiais ficam dispostos em barragens (rejeito e sedimento) ou pilhas (estéril e rejeito), e o seu volume está diretamente ligado à produção e às características geológicas do local. 65 Total de resíduos minerometalúrgicosI [MM3] Em milhões de toneladas 867 884 726 2010 2011 2010 2011 2012 Minério de ferro – Rejeito 75 67 69 Minério de ferro – Estéril 461 401 443 Outras áreas de negócio 190 399 372 Total 726 867 884 2012 I Inclui estéril e rejeito da mineração de níquel, potássio, manganês, carvão, cobre e escória (liga de manganês). A Vale tem o compromisso de se preparar para o fechamento de mina em cada uma das localidades onde atua, buscando padronizar e adequar as diretrizes corporativas Diferenças entre estéril e rejeito Estéril É o material que recobre o corpo de minério. Desprezado ou removido durante a lavra, é disposto em pilhas ou utilizado na terraplenagem e em outras estruturas da própria mina. Rejeito É o material não aproveitado resultante do processo de beneficiamento de minério de ferro. Pode ser disposto em pilhas ou barragens. A Vale aplicou, em 2012, aproximadamente US$ 281,5 milhões em barragens, diques e pilhas de estéril, o que representou o maior dos dispêndios ambientais da empresa (27%). Com isso, procura otimizar os processos de disposição de estéril e rejeitos da mineração, por meio de diversas iniciativas, como: – lavra e recuperação de minério de ferro nos rejeitos de algumas barragens e pilhas; – recuperação e aproveitamento desses materiais para sua utilização em outros processos industriais, como na produção de cimento, cerâmica e outros agregados; 66 – segregação de estéril, efetuando a disposição em áreas separadas das pilhas com maior teor de ferro, que possuem potencialidade de serem reaproveitadas no futuro por meio de possíveis tecnologias; – avaliação de métodos alternativos de disposição de rejeitos, sem comprometer a segurança geotécnica, diminuindo o número de barragens convencionais, uma vez que, por se tratar de barragens e pilhas com volumes que podem atingir proporções elevadas, os aspectos de segurança dessas estruturas são essenciais na garantia da sua estabilidade e no consequente controle de risco de impactos. [4.11] A Vale estabeleceu, em 2009, o Sistema de Gestão de Barragens e Pilhas (SGBP), que permitiu avanços no gerenciamento dos resíduos e implantou planos de ação decorrentes de recomendações de segurança das auditorias independentes. Esse sistema passou por melhorias funcionais, em 2012, que permitiram a interação com outros já existentes na empresa, proporcionando maior robustez aos módulos. Também foi iniciado o processo de implantação do Plano de Segurança de Barragens, que teve como base a Lei Federal 12.334/2010, que estabelece a Política Nacional de Segurança de Barragens, no Brasil. Em 2012, houve um crescimento de aproximadamente 2% na geração de resíduos de mineração, que atingiu 884 milhões de toneladas. A geração de estéril e rejeito oriundos da produção de minério de ferro sofreu um aumento de aproximadamente 9%, devido à elevação, em algumas unidades de maior relevância, da quantidade de estéril retirada para extração da mesma quantidade de minério — relação que varia em função das características geológicas das minas. Algumas unidades tamVale Relatório de Sustentabilidade 2012 Foto: Rogério Reis / Tyba Pátio de estocagem de minério de ferro na mina de Brucutu, em São Gonçalo do Rio Abaixo (MG), Brasil Case O que era resíduo agora virou produto Um dos principais subprodutos da Vale Fertilizantes é o fosfogesso — sulfato de cálcio (CaSO4) —, gerado no processo de obtenção do ácido fosfórico, matéria-prima utilizada na produção de fertilizantes. Cada tonelada do ácido gera de quatro a cinco toneladas de fosfogesso. Os Complexos Industriais de Piaçaguera, Uberaba e o Mineroquímico de Cajati produzem, juntos, aproximadamente 5,7 milhões de toneladas desse material por ano. A empresa busca desenvolver políticas internas para fomentar o reaproveitamento e a comercialização deste material, transformando o que era para ser um resíduo em subproduto do processo. A Vale Fertilizantes fornece o fosfogesso como gesso agrícola, fonte de macronutrientes secundários para as plantas e corretivo para o solo, e também como aditivo para o cimento. O interesse pelo fosfogesso possibilitou o consumo de parte do material estocado, liberando áreas que até então eram usadas para sua estocagem. Além do fosfogesso, estão sendo desenvolvidas, na unidade de Cajati, ações para reaproveitar o estéril como material de pavimentação de pistas, entre outros fins. Também há projetos para reaproveitamento de finos de calcário calcítico presentes na lama calcária gerada no processo de beneficiamento mineral, material que atualmente é enviado para as barragens de rejeito. Outro subproduto que existia em Cajati era o material resultante da filtração de enxofre, que atualmente é transformado no produto conhecido como Enxofre 70S, comercializado no mercado de nutrição animal. A unidade vende toda a produção resultante do seu processo e, eventualmente, parte do volume gerado em outras unidades operacionais, como Araxá e Cubatão. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 bém começaram a lavrar em novas áreas, o que favoreceu esse aumento. As demais unidades de negócio apresentaram diminuição geral na produção (como a queda na produção de níquel e a venda de operações de manganês), o que acarretou a retração da geração de outros rejeitos, em 6,7%, em comparação a 2011. Recuperação de cobre Duas importantes parcerias foram articuladas pela empresa nesse tema. A primeira, conduzida pela Vale e pela Fiocruz de Minas Gerais, busca identificar os diversos micro-organismos e enzimas com potencial para processos de biorremediação, biolixiviação e recuperação de metais presentes em ambiente de mineração. A segunda, fruto de uma parceria entre a Vale e a Universidade de São Paulo (USP), com financiamento parcial do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES), foi articulada para desenvolver tecnologia que utiliza micro-organismos que se alimentam de cobre das barragens de rejeitos. Os objetivos são buscar aqueles que melhor executam essa tarefa e, em uma segunda etapa, recuperar o metal para reprocessá-lo e colocá-lo à venda no mercado. A pesquisa será desenvolvida na Mina do Sossego, em Canaã dos Carajás (PA), que entrou em operação em 2004. A barragem, de onde estão sendo colhidas as amostras dos micro-organismos, tem cerca de 90 milhões de toneladas de rejeito com um teor de 0,07% de cobre. Participam da iniciativa 20 pesquisadores da Escola Politécnica de Engenharia Química da USP. 67 A preocupação com a gestão de resíduos está presente na concepção dos novos projetos da empresa, por meio do planejamento de estruturas e da implantação de boas práticas de gerenciamento. Durante a fase de operação, a Vale investe em desenvolvimento tecnológico, otimização do transporte e definição de parcerias locais, sempre respeitando a cultura e o padrão de desenvolvimento de cada território. Em 2012, foram aplicados US$ 57 milhões na gestão de resíduos. Todos os resíduos perigosos e não perigosos gerados nas unidades da Vale são destinados a empresas homologadas. O programa de avaliação dos destinatários de resíduos realizou 83 auditorias em 2012, de um cadastro total de 229 empresas, com o objetivo de promover a melhoria do desempenho ambiental de seus fornecedores e parceiros. Em 2012, todas as áreas de negócio da Vale, exceto Fertilizantes, por estar em fase de adaptação, ampliaram as suas metas de reciclagem e redução na geração de resíduos perigosos. A nova meta de reciclagem consolidada foi de 73%, abrangendo Empregado na área de tratamento de resíduos no núcleo urbano de Carajás, em Parauapebas (PA), Brasil 68 compostagem, reúso, rerrefino e reprocessamento em relação à quantidade total destinada. A meta foi superada, com percentual de 76%. O Plano de Ação em Sustentabilidade (PAS) estabeleceu também metas de redução na geração de resíduos perigosos. Veja a tabela no capítulo Visão Estratégica. [4.12] Iniciativas e parcerias [IP4.17] Buscando a melhoria do desempenho ambiental e inovações tecnológicas para a inserção do reaproveitamento de resíduos em setores da cadeia produtiva, a Vale promove oportunidades por meio de estudos multidisciplinares. Um exemplo foram os estudos de viabilidade técnica para a utilização de escória de ferroligas de manganês na produção de cimento, desenvolvidos em parceria com empresas cimenteiras, com resultados que apontam para uma nova alternativa de destinação sustentável desses resíduos. Além de configurar uma solução ecoeficiente, possibilita o reconhecimento do resíduo como um bem econômico através do uso de técnicas que agregam valor de mercado. Na Estrada de Ferro Vitória a Minas, um projeto inovador no Brasil transforma os dormentes usados em carvão vegetal de alta qualidade. A iniciativa, desenvolvida pela Vale em parceria com uma empresa do Espírito Santo, traz ganhos econômicos e ambientais, transformando resíduos em insumos para novos processos produtivos, gerando empregos, renda e investimentos em novas tecnologias de reciclagem. Foto: Will Etchebehere / Conspiração Filmes Resíduos não minerais A Vale, mantendo seu compromisso com a mitigação dos impactos gerados por sua atividade produtiva, atua na geração de valor para os resíduos não minerais. A empresa busca implantar as melhores alternativas para reciclagem, reaproveitamento e destinação correta desses resíduos. Em 2012, a Vale implantou a sua primeira instrução global sobre o assunto. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Case Ferrovias mais sustentáveis Uma solução inovadora poderá trazer ganhos sustentáveis às ferrovias da Vale. Em 2012, a empresa concluiu os testes de três tamanhos de dormentes de plástico. A nova tecnologia substituirá a demanda por dormentes de outros materiais, uma vez que é totalmente reciclável, mais leve que as versões de concreto e de aço e com expectativa de vida até cinco vezes maior que os de madeira. Os dormentes de plástico não têm restrições de aplicação, diferentemente, por exemplo, dos dormentes de concreto ou aço, de difícil utilização em pontes ou túneis. A leveza e a facilidade no transporte, manuseio e instalação trazem maior segurança às equipes operacionais. A avaliação dos novos dormentes demandou rigorosos testes de laboratório, realizados na Universidade de São Paulo (USP). No fim de 2012, o produto foi homologado para a compra e a substituição no terminal do Porto de Tubarão. A próxima unidade que deve receber os novos dormentes é o Terminal Portuário de Ponta da Madeira, no Maranhão, e o uso está sendo avaliado também para a Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM) e a Ferrovia Centro-Atlântica (FCA). O processo de homologação varia de acordo com as características operacionais de cada unidade. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Foto: Eugênio Sávio Vista aérea de trem de passageiros, em trecho da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM), em Minas Gerais, Brasil O projeto representará uma economia de US$ 5,1 milhões para a Vale, com o corte de custos de frete para o transporte das peças usadas e sua destruição, e também gerará uma receita de US$ 92 mil durante o período de vigência do contrato. A previsão é que sejam fornecidas 72 mil toneladas de dormentes durante 53 meses à empresa parceira, que processará o material. O carvão está sendo vendido para siderúrgicas da região. Para produzir a mesma quantidade de carvão vegetal gerada com a queima das 72 mil toneladas de dormentes contratadas, seria necessário dispor de uma área de 35 km2, com 200 mil pés de eucaliptos plantados. O processo evita também o gasto de 16 milhões de litros de água, usada na manutenção do ciclo de colheita de sete anos do eucalipto. Resíduos perigosos e não perigosos [EN22] Em 2012, a Vale gerou um total de 1 milhão de toneladas de resíduos, sendo 97% não perigosos e 3% perigosos. O principal gerador é a área de Níquel, correspondendo a aproximadamente 38% da geração total, seguida pela área de Fertilizantes com 29%. [4.13] O total gerado em 2012 é cerca de 57% maior que o de 2011, principalmente em função do refinamento da metodologia de apuração dos dados, especialmente das áreas de Fertilizantes (incorporação de 288 mil toneladas de lodo, que não haviam sido reportadas no relatório anterior). Mesmo com a destinação desses materiais para aterros, o perfil de destinação dos resíduos busca a sua valorização. 69 Resultados Desafios Em 2012, foram iniciadas atividades para recuperação de 12,8 km² de áreas degradadas Minimizar os impactos no uso da terra Parcerias com instituições públicas e privadas colaboram para que a empresa desenvolva projetos de conservação e restauração nos territórios em que está presente Conservar e recuperar territórios Em 2012, a reciclagem e o aproveitamento dos materiais, foi de, aproximadamente, 42%. [4.14] Derramamentos [EN23] Em 2012, foram registrados 21 derramamentos considerados críticos8, de acordo com a matriz de relevância da Vale, nas instalações da empresa, envolvendo a ocorrência de produtos perigosos. Esses eventos podem ter consequências ambientais relevantes, o que leva a empresa a aplicar planos efetivos de atendimento emergencial. Todas as unidades atuaram para a remediação dos impactos da forma mais adequada, na investigação das ocorrências, com o objetivo de evitar novos derramamentos. As ações de contingência e prevenção estão de acordo com a legislação. Os derramamentos não resultaram em nenhum dano irreversível. [4.15] Emissões atmosféricas e ruídos [EN20] Ciente do compromisso de buscar a melhoria contínua dos mecanismos de controle das emissões atmosféricas, ruídos e vibrações decorrentes de suas atividades, a Vale investiu, em 2012, US$192,2 milhões no aperfeiçoamento dos pro- Case Resíduos que geram valor e inclusão A Vale promove a geração de emprego e renda por meio de seus resíduos recicláveis, que são destinados pelas unidades para as associações de catadores nos locais onde atua em Minas Gerais. A empresa destinou, em 2012, 496 toneladas de recicláveis (papel, papelão, plástico, vidro e madeira) para oito instituições, que contam com um total de 144 colaboradores. A iniciativa também envolve o apoio técnico à atuação das cooperativas, por meio da doação de equipamentos e da disponibilização de assessoria técnica para capacitação de mão de obra, acompanhamento de ações e orientação para comercialização desses materiais. A empresa colabora para o desenvolvimento de alternativas que contribuem para o reconhecimento e a valorização da categoria, atuando junto às comunidades locais. A medida, além de transmitir valor e reconhecimento ao trabalho, atende as premissas da nova Política Nacional de Resíduos Sólidos, que reforça o aspecto social ao incentivar a valorização da atividade dos catadores de recicláveis. 8 Derramamento significativo de acordo com a GRI corresponde à definição de acidente crítico usada pela Vale, ou seja, aquele que ultrapassa os limites da propriedade da unidade operacional e apresenta impacto residual sobre o meio ambiente e/ou a saúde e a segurança, dentro ou fora da unidade operacional, após a conclusão dos procedimentos de mitigação. 70 Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Quantidade consolidada de resíduos gerados [EN22] Resíduos não perigosos gerados [EN22] Em mil toneladas Total de 1.044 mil toneladas (2012) 1% 2% 1% 10% 1.074 38% 686 19% 446 2010 2011 2012 29% Não perigosos Perigosos Total 2010 2011 2012 385 603 1.044 61 83 30 446 686 1.074 Disposição e destinaçãoI Níquel 38% Potássio/Nitrogenados/Fosfatados 29% Minério de ferro 19% Logística 10% Carvão 2% Manganês 1% Cobre 1% % [EN22] Total de 748 mil toneladas (2012) 9% 38% 53% % Disposição em soloII 53% Reprocessamento/Reciclagem 38% Outros 9% Outros 9% Tratamento biológico 4% Reúso/Rerrefino 2% Coprocessamento 1% Compostagem 1% Incineração 1% I As diferenças entre a quantidade de resíduo gerado e a quantidade de destinação final devem-se à estocagem temporária. II Aterro sanitário externo, aterro sanitário interno, disposição em pilha de estéril e subsolo. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 71 cessos e na redução dos impactos. O valor é 14% maior do que aquele aplicado em 2011 e equivale a 18,7% do total destinado à área ambiental em 2012. A partir da criação, em 2011, de uma gerência específica de Emissões Atmosféricas, Ruído e Vibração, diversas iniciativas foram implementadas em 2012 para aprimorar a gestão desses temas. Podem ser destacados o início de um programa de capacitação técnica nas unidades operacionais em emissões atmosféricas, o aumento na disseminação de boas práticas, uma maior atuação em grupos técnicos e a elaboração de documentos normativos através dos subcomitês temáticos. Em 2012, foram publicados no Sistema de Padronização Vale os Procedimentos Gerenciais de Sistema (aplicáveis às unidades do Brasil) para a gestão de emissões atmosféricas, gestão de ruído ambiental e gestão de vibrações. Três Instruções Globais para gestão desses temas foram elaboradas em 2012 e serão publicadas internamente em 2013. A Vale promove o desenvolvimento de produtos supressores de poeira, em parceria com empresas especializadas, para a redução das emissões difusas nas operações de estocagem, manuseio e transporte de materiais. Em 2012, a empresa realizou diversos testes em seu túnel de vento, equipamento desenvolvido especialmente para avaliar o desempenho de produtos supressores de poeira no transporte ferroviário de minério. Adicionalmente, foram realizados 72 Foto: Sésiom França Wind fence no Complexo Portuário de Tubarão, em Vitória (ES), Brasil testes com supressores de poeira em vias de tráfego não pavimentadas — prática que pode inclusive reduzir o consumo de água. Desde 2007, foram investidos no Complexo de Tubarão, no Espírito Santo, cerca de US$ 305 milhões em tecnologias de controle ambiental local, reduzindo em 48% as emissões de poeira nos últimos anos. Está em curso a instalação da sexta barreira wind fence, que cercará o pátio de estocagem de pelotas da Usina VIII e terá aproximadamente 1.100 metros de comprimento. As barreiras wind fence podem reduzir em até 77% as emissões de poeira nos pátios de estocagem. Na unidade de Ouro Preto, foi concluída a implantação do sistema para a redução de emissões de material particulado no forno de produção de ferroligas. O projeto custou US$ 16,2 milhões e é inovador por utilizar um filtro de mangas como sistema de despoeiramento em forno fechado. Ao contrário do sistema usual (lavador de gases), o filtro de mangas não utiliza água, gerando um resíduo final sólido seco, em vez de lama. Outra iniciativa é a utilização de técnicas de hidrossemeadura, que permitem o rápido crescimento de espécies vegetais e impedem a geração de poeira pela ação do vento em superfícies com solo exposto. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Emissões de material particuladoI [EN20] Em mil toneladas 9,9 9,5 6,6 2010 2011 2012 2010 2011 2012 Níquel 3,3 3,6 4,2 Pelotização 2,1 3,6 3,4 Fertilizantes 0,2 2,0 2,0 Manganês 0,1 0,3 0,3 Alumínio 0,9 — — Total 6,6 9,5 9,9 I As emissões de carvão e cobre não foram consideradas significativas. Em 2012, a Vale emitiu9, através de fontes fixas pontuais, 9,9 mil toneladas de material particulado, geradas, principalmente, nas unidades de Níquel, Pelotização e Fertilizantes. Houve um aumento de 4,2% na emissão de material particulado em 2012, em relação a 2011. Esse aumento deve-se, principalmente, às operações de Sudbury, no Canadá, cujo equipamento de controle apresentou um desempenho atípico no primeiro semestre de 2012, resultando em um aumento na produção de poeira. O ramp-up10 da usina pelotizadora de Omã, que apresentou um aumento de produção de 215%, também contribuiu para o acréscimo nas emissões. As emissões de material particulado de fontes fixas pontuais, de óxidos de nitrogênio (NOx) e óxidos de enxofre (SOx) não possuem efeito global, tendo impactos limitados à qualidade do ar nas regiões onde ocorrem as operações. A Vale também monitora as emissões de NOx e SOx. [4.16] A Vale monitora de forma sistemática o ruído ambiental11 provocado por suas operações e identifica constantemente oportunidades para reduzir seus impactos. Em 2012, foi desenvolvido um projeto experimental de barreira acústica na Estrada de Ferro 9 Algumas áreas saíram do escopo de reporte de 2012: Cadam, Vale Manganèse France e Vale Manganese Norway, que, juntas, representaram 1,3% do número de 2011 da Vale. Nenhuma área nova, em relação ao escopo de 2011, entrou no reporte de 2012. 10 Aumento da produção desde o início da operação até a utilização da capacidade máxima da unidade. Fase caracterizada por testes e ajustes operacionais. 11 Ruído resultante das atividades da empresa verificado externamente ao empreendimento, onde se encontram os receptores afetados (comunidades). Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Vitória a Minas, com o objetivo de avaliar o potencial de atenuação acústica dessa tecnologia. Redução de emissões na siderurgia A Vale tem participação de 26,87% do capital social da Thyssenkrupp Companhia Siderúrgica do Atlântico (TKCSA). Localizada em Santa Cruz, no Rio de Janeiro, a joint venture, em função da tecnologia empregada na planta, projeta ter a menor intensidade de emissão de carbono entre as siderúrgicas mundiais, com base no reaproveitamento de gases e calor para geração de energia. Enquanto a média mundial de emissão das siderúrgicas é de 2,26 t CO2 /t aço produzido, a TKCSA projeta alcançar 1,65 t CO2 / t aço. Com base no inventário realizado, a TKCSA alcançou 1,83 t CO2 / t aço, mesmo sem estar com a produção em carga máxima. Utilizando duas turbinas a gás e uma a vapor com capacidade nominal de 490 MWh de energia elétrica, a TKCSA é autossuficiente em energia elétrica e exporta energia para o sistema elétrico da Região Sudeste do Brasil. A partir de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado com o Governo do Estado do Rio de Janeiro em 2012 e aditivado em 2013, a TKCSA já cumpriu 85% das cerca de 130 ações de melhorias, identificadas a partir de uma auditoria independente, para obtenção da licença de operação. Uma das principais ações da TKCSA foi a instalação de um sistema de despoeiramento nos poços de emergência, desenvolvimento inovador na siderurgia mundial. O sistema, inaugurado em 2012, registra eficiência de captura de partículas de grafite superior a 98%, atestada pelos técnicos do Instituto Estadual do Ambiente (Inea). Os demais itens vão desde pavimentação de ruas dentro do complexo industrial até estudos sobre dispersão atmosférica. 73 Em 2010, foram registrados dois episódios de dispersão de poeira para a comunidade e, após quase dois anos sem ocorrência, em outubro de 2012, aconteceu outro caso de menor dimensão. A TKCSA tomou as providências para reduzir as chances de novas ocorrências. Em nenhum desses episódios houve violação dos padrões legais de qualidade do ar quanto aos poluentes monitorados. Conforme o Índice de Qualidade do Ar (IQA), monitorado pelo Inea e pelo município do Rio de Janeiro, desde a fase anterior à instalação até hoje, o ar da região encontra-se dentro das faixas de qualidade “Boa” e “Regular”12 e em atendimento ao parâmetro legal, com registro de qualidade melhor do que de bairros do Rio de Janeiro, como Copacabana, Botafogo e Centro. Em relação à exposição dos moradores da região ao material particulado, foi realizado um estudo pela Secretaria de Estado do Ambiente (SEA)13 no período de janeiro de 2011 a agosto de 2012, complemen- 12 Concentrações de poluentes no ar ambiente toleráveis e em conformidade com os padrões da legislação brasileira (Conama) e do Estado do Rio de Janeiro. 13 Relatório disponível em http://www.thyssenkrupp-csa.com.br » Publicações » Relatórios » Relatório Grupo de Trabalho Resolução SEA nº 195 — Saúde. tado pela PUC/RJ com base nos dados do Inea de 2011. Conclui-se que as médias anuais de partículas respiráveis (PM 2.5) em duas estações de monitoramento da qualidade do ar foram menores do que a média estabelecida pela EPA (Órgão Ambiental Americano) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Além disso, confirmou-se também que as emissões estavam de acordo com o padrão que fornece proteção à saúde pública, incluindo populações sensíveis, como asmáticos, crianças e idosos. Gestão e conformidade ambiental [EN26, EN28] Para garantir o cumprimento da Política de Desenvolvimento Sustentável, a Vale conta com diversos instrumentos de gestão para o desenvolvimento de projetos de capital. São exemplos o Guia de Boas Práticas em Licenciamento Ambiental e Meio Ambiente e a metodologia da Licença para Operar. Também a fim de garantir o compromisso com a Política de Desenvolvimento Sustentável, a Vale desenvolveu o Sistema da Gestão Ambiental (SGA), um modelo global com ênfase na mitigação de potenciais impactos e na prevenção de riscos associados às operações, considerando as leis de cada país. Os requisitos do SGA estão contemplados em uma norma global (Norma 008) e são mais restritivos Wind fences -77% As barreiras que diminuem a velocidade do vento sobre as pilhas de carvão, pelotas e minério reduzem em 77% as emissões de poeira em Vitória (ES). Gestão da biodiversidade 83% das unidades que requerem plano especial para gestão da biodiversidade já o implantaram. 74 30 mil hectares ES Reflorestar 30 mil hectares, ou o equivalente à área de 46 mil campos de futebol. É o quanto o projeto Reflorestar, iniciativa do Governo do Espírito Santo apoiada pela Vale, vai ampliar a cobertura florestal do estado. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Foto: Márcio Dantas Valença Vista aérea do Terminal da Ilha Guaíba (TIG), em Mangaratiba (RJ), Brasil que os da ISO 14001, norma referência em gestão ambiental. Um dos objetivos do SGA é o aprimoramento contínuo das práticas da Vale. Em 2012, foram aplicados aproximadamente US$ 110 milhões em gestão ambiental, 11% do total de dispêndios da Vale voltados ao meio ambiente. Nesse ano, a empresa também deu continuidade à expansão e à consolidação do SGA, que ocorre desde 2010, em todas as localidades em que atua. A Vale realiza a gestão embasada no monitoramento e na avaliação permanente de suas operações, com o estabelecimento de requisitos mínimos, incluindo a realização de auditorias anuais. Na gestão de riscos ambientais, a Vale utiliza procedimentos técnico-operacionais, dispositivos de controle, equipes qualificadas, consultorias especializadas e auditorias periódicas para identificar e minimizar os riscos de suas operações, além de se manter em conformidade com a legislação e com os demais requisitos aplicáveis. Um dos procedimentos adotados é uma instrução corporativa relativa ao gerenciamento de riscos, que tem como objetivo apresentar uma sistemática de análise das situações de risco e seus efeitos nas diversas fases do ciclo de vida dos empreendimentos, buscando identificar, avaliar, controlar, minimizar e prevenir riscos dos processos, atividades, serviços e produtos e suas consequências, através de ferramentas adequadas a cada cenário. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 No Brasil, a Vale está adotando as providências necessárias para atender às novas regras de comprovação de Reserva Legal por meio de Cadastro Ambiental Rural (CAR), conforme estabelecido pela nova Lei Florestal (Lei 12.651, de 25/05/2012). Em 2012, foi registrada a ocorrência de quatro novos casos14 de não conformidade ambiental. Nesse período, não foi realizado nenhum pagamento de multa relevante nem aplicada nenhuma sanção de caráter não monetário15. [4.17] 14 Os processos são considerados relevantes com base em pelo menos um dos seguintes critérios: a) em razão do valor, incluindo pedidos de indenizações e aplicação de multas (processos judiciais — maior do que 10% do ativo circulante — e processos administrativos ambientais — mais de US$ 2,5 milhões); b) em razão de tema de interesse da empresa ou de repercussão no público em geral, independentemente de valor; c) os decorrentes de sanções não monetárias. 15 Neste relatório, a Vale continua expressando os casos existentes e que se encaixam no critério de relevância. Entretanto, a empresa passou a divulgar apenas os valores que apresentam uma quantia certa reconhecida como devida ou já paga, para melhor atender ao escopo do indicador EN28 da GRI e para evitar eventuais distorções com relação à realidade dos processos administrativos e judiciais que, por estarem ainda pendentes de decisão final, normalmente não apresentam definição ou precisão quanto aos valores monetários em discussão. De qualquer forma, encontra-se disponível no Relatório 20-F da Vale uma estimativa de provisão de valores, conforme critérios contábeis. 75 Planeta Mudanças climáticas e energia A Vale tem como compromisso reduzir 5% das suas emissões globais de gases de efeito estufa (GEE) projetadas para 2020 (Meta Carbono). A empresa acredita na importância de engajar sua cadeia de valor, e essa foi uma das suas principais frentes de atuação em 2012, capacitando 55% de fornecedores convidados por meio de treinamentos sobre inventários de emissões de GEE. Hoje, os contratos da Vale com seus fornecedores já contam com cláusula voluntária de realização de inventário. Esse compromisso reflete a preocupação da empresa com os efeitos das mudanças climáticas sobre os seus negócios, os recursos naturais e a sociedade. Para alcançar sua meta global e conduzir a empresa para uma economia de baixo carbono, a Vale conta com o apoio e a expertise das áreas operacionais e de seus centros de pesquisa, que buscam soluções tecnológicas inovadoras e em atividades como captura de carbono e diversificação da matriz energética a partir de fontes renováveis. Um exemplo é a área de Logística, que compreende as emissões das ferrovias e dos navios próprios e responde por cerca de 10% das emissões de GEE da Vale. O controle do consumo e uso de combustível menos intensivo na emissão de carbono e as ações de eficiência energética foram as principais iniciativas mapeadas para reduzir as emissões nas ferrovias da Vale. A gestão energética da Vale é outro aspecto primordial para o cumprimento da Meta Carbono. Nesse sentido, foram concluídos 25 projetos de eficiência energética em diferentes áreas de negócios, incluindo as áreas de uso mais intensivo de energia — Fertilizantes e Pelotização —, gerando uma economia de cerca de 53 mil MWh (cerca de US$ 6 milhões/ ano). Para garantir o alinhamento com o compromisso de redução de emissões de gases de efeito estufa 76 na Vale, indicadores de mudanças climáticas foram incluídos no Plano de Ação em Sustentabilidade (PAS). Ainda como exemplos desse compromisso, podem ser citados os 15 projetos de pesquisa relacionados a mudanças climáticas e energia desenvolvidos pelo Instituto Tecnológico Vale (ITV). Os investimentos da Vale em energia limpa avançaram com os projetos de Estreito, inaugurado em 2012, e Belo Monte, em construção, com geração assegurada de energia hidrelétrica de 641 MW e 4.571 MW médios1, respectivamente. A Vale atua em parceria nesses empreendimentos e mantém o seu compromisso com a gestão eficiente dos impactos socioambientais. Estratégia em mudanças climáticas A estratégia da Vale para tratar o tema mudanças climáticas é baseada nos pilares definidos pela Carta Aberta ao Brasil sobre Mudanças Climáticas2 . Anualmente, a Vale quantifica as suas emissões de GEE e identifica oportunidades de captura/sequestro de carbono e redução de emissão, além de desenvolver e atualizar documentos normativos com diretrizes corporativas sobre o tema. Em 2012, inclusive, a Política Global de Mitigação e Adaptação às Mudanças Climáticas da Vale, que define as diretrizes corporativas para a Vale sobre o tema, foi atualizada 1 Os valores de geração informados referem-se à energia assegurada de toda a usina e não somente à participação da Vale: Estreito (30%) e Belo Monte (9%). 2 Publicada em 2009. Disponível no site http://www.vale.com/ Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Foto: Mosaico Imagem Navio Vale Espírito Santo, no Porto de Tubarão, em Vitória (ES), Brasil de forma a incluir novos compromissos, como é o caso da Meta Carbono. A empresa possui ferramentas que permitem analisar riscos e oportunidades em termos de emissões de GEE para a Vale. Uma delas realiza a projeção das emissões de GEE de acordo com os dados do planejamento estratégico de longo prazo, por área de negócio. Adicionalmente, em 2012, o Guia para Redução de Emissões de GEE foi revisado para melhor auxiliar as unidades operacionais a cumprirem a Meta Carbono. Também foi desenvolvida uma ferramenta que permite simular emissões de GEE: o Simulador de Emissões. Essa ferramenta é apresentada em formato amigável e permite aos tomadores de decisão comparar alternativas em termos de emissões. [4.18] Se você não sabe o quanto está consumindo e quanto custa, como poderá reduzir o consumo? Alexander MacDowall, superintendente de energia, responsável pela criação de um sistema para medir o consumo energético Clydach, Reino Unido Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Engajamento [IP4.17] Além da gestão das próprias emissões, a Vale busca mobilizar sua cadeia de valor para o mesmo objetivo. Para avançar nessa agenda, a empresa deu continuidade à série de treinamentos para seus fornecedores em inventários de emissões de GEE, iniciada em 2011. Em 2012, a Vale treinou fornecedores na América do Norte, Europa, África e Ásia, alcançando, desde o início da iniciativa, 55% de seus fornecedores convidados, o que representa um total de 170 treinados, dos cerca de 300 que foram convidados. Adicionalmente, a empresa atua junto a atores relevantes, como o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) e o Conselho Internacional de Mineração e Metais (ICMM, na sigla em inglês), com o intuito de contribuir para a consolidação de políticas públicas e setoriais sobre o tema. [4.19] Projetos de redução e captura de carbono [EN18] Com o estabelecimento da Meta Carbono, a Vale tem reavaliado seus processos e buscado ser mais eficiente em suas atividades e projetos. A empresa mantém projetos de redução de N2O nas plantas de ácido nítrico das unidades 1 e 2 de Cubatão, de substituição de óleo combustível por gás natural nas pelotizadoras de Fábrica e do Complexo de Tubarão (ES) e de recuperação energética em Dalian (China), onde se passou a recircular ar quente e utilizá-lo para secagem de produtos. 77 Resultados Compromissos Reduzir em 5% as emissões de GEE projetadas para 2020 e influenciar a cadeia de valor no mesmo sentido Desenvolvimento de projetos de redução e captura de carbono Capacitação de 170 fornecedores em inventário de emissões de GEE Os projetos das unidades 1 e 2 de Cubatão são registrados no âmbito do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), previsto pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC, sigla em inglês), e promovem, juntos, uma redução de cerca de 280 mil tCO2e3 ao ano. Já os projetos de Fábrica, Complexo de Tubarão e Dalian representam uma redução de 402 mil tCO2e ao ano. Em 2012, foram implantadas iniciativas em unidades operacionais, como Complexo de Mariana, mina de Água Limpa e mina de Voisey’s Bay. Em Mariana, houve a substituição das retroescavadeiras antigas por outras novas, que consomem menos diesel. Em Água Limpa, reduziu-se a distância média transportada, com os objetivos de diminuir o consumo de combustível e aumentar a produtividade da mina. Em Voisey’s Bay, um aquecedor elétrico de gerador foi substituído por um sistema à base de glicol, que resultou na redução no consumo de óleo diesel e, consequentemente, na emissão de GEE. Juntas, essas ações reduziram as emissões em 1,3 mil tCO2e. Em suas minas de carvão, a Vale implanta mecanismos de redução de emissão de metano e tem como uma de suas premissas básicas o compromisso de destinar recursos ao desenvolvimento de projetos de 3 CO2 equivalente: unidade de medida de emissão de gases de efeito estufa. Essa medida considera a conversão de todos os tipos de GEE, com base nos seus potenciais de aquecimento global. 78 pesquisa para captura e armazenamento de carbono (ver case na próxima página). Todos os projetos citados totalizam um redução de emissão de aproximadamente 1,4 milhão de tCO2e. Com o intuito de agregar ainda mais valor às áreas florestais que a Vale protege, em 2012 se realizou um esforço para quantificar o estoque de carbono de parte delas no Brasil. Concluiu-se que as 17 Reservas Particulares de Patrimônio Natural (RPPNs) da Vale no estado de Minas Gerais têm estocado 3,5 milhões de toneladas de CO2, o equivalente às emissões somadas das áreas de Fertilizantes e Carvão em um ano, e a RNV no estado do Espírito Santo armazena aproximadamente 9,3 milhões de toneladas de CO2, o equivalente às emissões anuais das áreas de Pelotização, Níquel e Minério de Ferro. O Vale Florestar é outra iniciativa que contribui para o sequestro e a estocagem de CO2. Em 2012, a Vale registrou o Projeto Carbono do Vale Florestar no âmbito do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL). A obtenção desse registro significa que o sequestro de carbono ao longo de 17 anos, estimado, em média, em 4,7 milhões de tCO2 , pode ser convertido em créditos de carbono, emitidos pela UNFCCC. Além disso, a Vale e o Instituto Tecnológico Vale (ITV) vêm desenvolvendo uma série de pesquisas relacionadas ao tema mudanças climáticas e eficiência energética, entre elas, “Sequestro de carbono e recuperação das Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Foto: Leonardo Ferreira Caminhão operando em Moatize, na província de Tete, em Moçambique Case florestas desmatadas de mangue na península de Ajuruteua, no município de Bragança no Pará”, “Produção e utilização de finos de biomassa em co-firing com carvão em altos-fornos” e “Processos inovadores, sustentáveis e integrados para obtenção de biodiesel e hidrogênio”. Na Vale Austrália, a instalação de ventiladores promove a circulação do ar nas minas de carvão subterrâneas, o que colabora para diluir a concentração do metano gerado durante a lavra para níveis seguros. Essa ação de segurança é complementada por sistemas de poços de drenagem, antes e depois da lavra, que extraem gases com elevada concentração de metano. Esse gás é usado para geração de energia ou queimado, de modo a reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE). Em 2012, na mina Integra, poços que extraem os gases da área lavrada (mina subterrânea) transferiram 34,8 milhões de m3 desse gás, por meio de uma rede de tubulação, para uma usina termelétrica. Esse processo gerou eletricidade equivalente a 361.000 MWh, o suficiente para abastecer cerca de 55 mil famílias australianasI por um ano, evitando a emissão do equivalente a 207 mil tCO2e. Energia [EN5, EN7] Ao longo dos anos, a Vale busca promover a conservação e o uso racional de energia por meio do mapeamento e da implantação de oportunidades de redução de consumo (tanto em operações existentes quanto em projetos de capital), da adoção de ferramentas de gestão de energia, da revisão e elaboração de documentos técnicos com foco no uso racional do recurso e da realização de workshops e fóruns técnicos para mobilizar diversas áreas da empresa sobre o potencial de economia de energia. Sistema reduz emissões em minas de carvão Em Carborough Downs, o sistema de poços de drenagem extrai os gases das minas de carvão antes que seja iniciada a lavra e os envia para combustão em um flare (equipamento de combustão), para transformar o gás extraído em CO2 e H2O. Em 2012, 46,1 milhões de m3 de gás (91,2% CH4 e 0,3% CO2) foram queimados, evitando uma emissão total de 502 mil tCO2e, a mesma quantidade produzida por, aproximadamente, 140 mil carros por ano na AustráliaII. I Baseado no consumo médio de uma habitação australiana, de 6.570 KWh/ano. II Baseado em 15 mil quilômetros viajados com consumo de 10L/100 km de combustível derivado de petróleo. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Em 2012, os investimentos em projetos de eficiência energética somaram US$ 22,3 milhões. Outros US$ 3,8 milhões foram aportados em serviços de engenharia, focados na redução do consumo de energia em unidades operacionais e projetos de capital. Nesse sentido, o mapeamento e a implantação de oportunidades de redução de consumo de energia tiveram continuidade em 2012. Foram identificados 47 projetos para a carteira de melhorias. Somado o potencial de todas as ações, a economia anual de energia será de 101 mil MWh (aproximadamente 364 mil GJ), suficiente para atender aproximadamente 670 mil residências no mesmo período. 79 Muitos dos projetos dessa carteira são plurianuais. Das 47 iniciativas, 25 projetos de eficiência energética em diferentes áreas de negócios, incluindo as com uso mais intensivo de energia — Fertilizantes e Pelotização —, foram concluídos em 2012, com investimentos de US$ 6,8 milhões. A economia financeira foi de US$ 5,7 milhões ao ano, o que corresponde a US$ 43 milhões, considerando a vida útil dos projetos. Em insumos, 3,2 milhões de litros de diesel e 53 mil MWh serão economizados, o que representa uma redução de emissões de cerca de 17 mil toneladas de CO2e. ramento do desempenho energético dessas unidades e o mapeamento de oportunidades de redução do consumo. Outro exemplo de ação estratégica é o projeto de substituição do transporte de materiais por meio de caminhões a diesel por um mineroduto, movido a energia elétrica. A iniciativa consiste no bombeamento de produtos da usina Água Limpa, em Minas Gerais, direto para o embarcadouro, em um trajeto de 5,5 quilômetros. Em 2012, a empresa concluiu a engenharia detalhada desse processo e disponibilizou os recursos para a compra de parte dos equipamentos necessários. Veja mais informações e a tabela de iniciativas de eficiência energética. [4.20] O mapeamento das oportunidades da redução de consumo de energia permite que a empresa identifiEmissões de GEE [IP4.17, EN16, EN17] que as áreas com maior potencial para o desenvolviAs emissões totais de GEE da Vale, definidas como a mento de ações estratégicas, com foco nos sistemas de transporte de material (bombeamento, transporta- soma das emissões de escopo 14 e de escopo 25, foram dores de correias), de utilidades (ventilação, captação de 17,9 milhões de toneladas de CO2 equivalente em 2012. Para comparar as emissões de forma consistente, de água, ar comprimido) e termointensivos (fornos, caldeiras, queimadores) que apresentem oportunida- foi necessário recalcular o inventário de 2011, considerando o mesmo escopo de reporte de 2012 (as emisdes de redução de consumo. Em 2012, foi concluída também a implantação do Sistema de Informação de Energia nas operações da Pelotização de Vitória e na Vale Fertilizantes (inclusive Bayóvar, no Peru). Essa ferramenta permitirá o monito- 4 Escopo 1: emissões diretas de uma organização, abrangendo as emissões pelo uso de combustível e por processos produtivos. 5 Escopo 2: emissões indiretas de uma organização, abrangendo as emissões pela compra de energia elétrica e de vapor de processo. Emissões de gases de efeito estufa [EN16] Emissão por fonteI Escopos 1 e 2 – milhões de toneladas de CO2e Escopos 1 e 2 – Total de 17,9 milhões de toneladas de CO2e (2012) [EN16] 8% 8% 20,0 32% 17,9 16,6 23% 2010 2011 2012 29% 2010 2011I 2012 Escopo 1 18,7 15,8 16,4 Escopo 2 1,3 0,8 1,5 20,0 16,6 17,9 Total Atividade – desagregado 80 32% Combustão móvel Combustão estacionáriaII 29% Processo industrial 23% III Compra de eletricidade e vapor 8% Fugitivas 8% IV I Emissões totais de 2011 recalculadas: 16,6 milhões de toneladas de CO2e. As emissões divulgadas no ano anterior, antes da correção, foram de 16,9 milhões de toneladas de CO2e. 2012 I As emissões agrícolas da Vale representaram aproximadamente 0,1%. II Consumo de combustível, uso de explosivos e flare. III Pelota queimada, níquel e coprodutos, ferroliga, amônia e ureia, rocha fosfática e acido nitrico. IV Mineração do carvão, atividades pós-mineração e gases refrigerantes. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Emissões indiretas de GEE da ValeI [EN17] Emissões indiretas de GEEII Escopo 3 – milhões de tCO2e 4% 308,7 [EN17] Escopo 3 – Total de 235,0 milhões de toneladas de CO2e (2012) 4% 2% 1% 235,0 89% 91,2 2010 2011 2012 % I O arrefecimento das emissões relacionadas ao escopo 3 são consequência da redução de atividades na etapa downstream na cadeia de valor da Vale. Processamento de produtos (minérios e ferroligas) 89% Uso de produto da Vale (carvão térmico e fertilizante) 4% Fonte móvel contratada 4% Compras de materiais e serviços 2% Compras de insumos energéticos e eletricidade 1% II As categorias de compra de bens de capital, viagens aéreas de funcionários e transporte terrestre contratado, não apresentaram emissões significativas. sões das fusões e aquisições e a dos desinvestimentos) e incorporando as mudanças metodológicas realizadas no inventário atual. Destacam-se a venda das plantas de ferroligas na França e Noruega, de carvão na Colômbia e de caulim no Brasil. Além disso, em razão da melhoria na coleta de dados das minas da Austrália, houve uma revisão retroativa dos dados reportados para 2011, com a inclusão de fontes de emissão significativas6. O valor das emissões totais de GEE do inventário para o ano de 2011 foi ajustado de 16,9 tCO2 para 16,6 milhões de tCO2e. Considerando as emissões totais, houve um aumento de 4% das emissões de escopo 1 em relação a 2011, de 15,8 milhões de tCO2e em 2011 para 16,4 milhões de tCO2e em 2012. Essa variação deve-se ao crescimento orgânico em alguns negócios, como a ampliação da frota de navios Vale em substituição a navios fretados, a inclusão das operações de cobre de Tres Valles e de carvão de Moatize e o aumento de produção em Omã. Em relação ao escopo 2, houve um aumento de cerca de 80% das emissões em relação a 2011, de 0,83 milhão de tCO2e em 2011 para 1,5 milhão de 6 Houve aumento nas emissões de escopo 1, já que fontes significativas de emissões não estavam sendo incluídas. Após essa correção, essas fontes foram incluídas retroativamente. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 tCO2e em 2012, apesar de a Vale manter um consumo de energia elétrica semelhante. Isso se deve, principalmente, ao aumento do fator de emissão de GEE do Sistema Interligado Nacional (SIN) no Brasil, pois 2012 foi um ano com poucas chuvas, e a parcela de energia renovável na matriz elétrica foi menor. Além disso, o aumento de produção em Omã também contribuiu para esse acréscimo, nas emissões de escopo 2. Aproximadamente 61% das emissões totais da Vale são resultantes do uso de combustíveis para fins energéticos em atividades de lavra e transporte interno nas minas, serviços de logística, aquecimento de fornos, geração de energia termelétrica e produção de vapor; 23% resultam dos processos industriais (produção); aproximadamente 8% de emissões fugitivas na mineração do carvão, atividades pós mineração e uso de fluido refrigerante; e cerca de 8% de compra de eletricidade e vapor (escopo 2). Dentre os 23% de emissões de processos industriais, destacam-se a produção de pelotas e a produção de níquel como as maiores emissoras de GEE. O gráfico da página anterior ilustra a distribuição das emissões totais (escopos 1 e 2) da Vale de acordo com os diferentes tipos de fontes. Em relação às outras emissões indiretas (escopo 3), que incluem a cadeia de valor da Vale, a distribuição das fontes segue conforme o gráfico acima. As catego81 Foto: Paulo Arumaá Vista aérea da Usina Hidrelétrica de Igarapava, localizado na divisa dos estados de São Paulo e Minas Gerais, no Brasil rias7 do escopo 3 mais representativas são processamento e uso do produto, compra de materiais e serviços, compra de insumos de processo e compra de insumos energéticos. [4.21] Institucionais — com a missão de criar uma ferramenta voltada para os principais riscos regulatórios. Esses riscos são classificados e encaminhados para análise pelo grupo, de acordo com seu potencial impacto. Gestão de risco [EC2] A Vale monitora regularmente os riscos mais significativos relativos a mudanças climáticas e os publica, anualmente, no questionário do CDP8, no qual também divulga as informações sobre sua gestão de emissões de GEE. Além dos riscos, a empresa também identifica oportunidades relacionadas às mudanças climáticas. Na esfera regulatória, a manutenção e o crescimento de mercados associados ao carbono podem vir a prover soluções para desonerar projetos. Veja a tabela de riscos e oportunidades. [4.22] Os riscos são classificados como físicos, regulatórios ou outros riscos. A imposição de impostos e taxas específicas, por exemplo, é um risco regulatório que pode apresentar restrições ao modelo operacional, levando ao aumento de custos. Geração de energia A energia é um insumo extremamente relevante para os negócios da Vale e ocupa um lugar estratégico em seu planejamento. A empresa busca a garantia de suprimento energético para a continuidade de suas operações, investindo em fontes renováveis, eficiência energética e tecnologia. Duas iniciativas relevantes foram desenvolvidas em relação a essa questão, em 2012. Uma delas foi o avanço na análise dos documentos normativos da empresa com relação à gestão de riscos e à verificação de como os riscos físicos das mudanças climáticas poderiam ser inseridos nos processos já existentes. A outra foi a constituição de um grupo — formado pelos setores Jurídico, de Mudanças Climáticas e de Relações 7 As categorias foram definidas de acordo com o documento Corporate Value Chain (Scope 3) Accounting and Reporting Standard. 8 O CDP é uma organização internacional, sem fins lucrativos, que desenvolveu um sistema global para que empresas e cidades possam medir, publicar, gerenciar e compartilhar informações sobre emissões e outros temas ambientais. 82 Em 2012, a Vale deu importantes passos rumo a esse propósito. A usina de Estreito, hidrelétrica instalada na parte maranhense do rio Tocantins, com potência instalada de 1.087 MW, resulta em uma energia assegurada de 641 MW médios9, com investimentos de US$ 97,3 milhões em 2012. Essa potência é capaz de abastecer uma cidade de aproximadamente 3 milhões de habitantes. A Vale detém 30% de participação no consórcio Estreito Energia, correspondendo a uma energia asse- 9 Os valores de geração informados referem-se à energia assegurada de toda a usina, e não somente à participação da Vale: Estreito (30%). Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Matriz energética consolidada [EN3, EN4] Total de 225 mil TJ (2012) Renovável 20% Eletricidade renovável Grid Combustível renovávelI Não renovável 80% 20% 14% 6% 80% Diesel 22% Gás natural 15% Óleo combustível 12% Combustíveis de navegação 10% Carvão mineral e coque 9% Eletricidade não renovável Grid 5% OutrosII 8% I PCHs, biomassa, biodiesel, etanol e carvão vegetal. II Gases Combustíveis, Gasolina, Querosene, Propano, HLR, Metanol e Jet Fuel, Eletricidade e Vapor (fora do Grid). gurada de 192 MW médios, ou o equivalente a 21% da energia consumida pela Vale no Brasil em 2012. Com essa inauguração, a empresa passa a ter participação societária em 12 usinas hidrelétricas e nove pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) em operação no Brasil (UHEs Igarapava, Porto Estrela, Funil, Candonga, Aimorés, Capim Branco I, Capim Branco II, Machadinho e Estreito e PCHs Ituerê, Mello, Glória e Nova Maurício), Canadá (PCHs High Falls I e II, Wabagishik, Nairn e Big Eddy) e Indonésia (UHEs Balambano, Larona e Karebbe). A Vale detém 9% de participação na Norte Energia, Sociedade de Propósito Específico para a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte (potência de 11.233 MW e 4.571 MW médios de energia assegurada10), que tem entrada em operação prevista para 2015. Belo Monte será capaz de atender 40% do consumo residencial de todo o país, configurando um investimento primordial para atender ao crescimento econômico e social brasileiro. A empresa também deu continuidade aos estudos para geração de energia eólica, avançou no seu programa de biodiesel e aperfeiçoou a gestão do tema na Vale. Os investimentos em fontes renováveis, em 2012, somaram US$ 120,1 milhões, sendo US$ 112,1 milhões (capital) em projetos de hidrelétricas, US$ 4,5 10 Os valores de geração informados referem-se à energia assegurada de toda a usina, e não somente à participação da Vale: Belo Monte (9%). Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 milhões (corrente) em hidrelétricas e US$ 3,5 milhões (pesquisa e desenvolvimento) em biomassa, eólica e hidráulica. Sendo assim, hoje, 20% da matriz energética da Vale vêm de fontes renováveis. UHE Belo Monte Investimentos em projetos de geração de energia, como a hidrelétrica de Belo Monte, são de grande importância para sustentar o crescimento econômico do Brasil e garantir energia para as operações da Vale. Antes de se associar ao projeto, a empresa se preocupou em analisar o Estudo de Impacto Ambiental (EIA), o Relatório de Impacto Ambiental (Rima) e o Plano Básico Ambiental (PBA), para se certificar de que Belo Monte é um empreendimento alinhado com as diretrizes de sustentabilidade. Os investimentos socioambientais da UHE Belo Monte totalizarão US$1,9 bilhão. Em atendimento às licenças ambientais, os programas definidos no PBA foram aprovados pelo Ibama. O Componente Indígena (PBA–CI), sob a orientação da Fundação Nacional do Índio (Funai), considerou as expectativas indígenas identificadas durante as reuniões de consultas prévias à emissão das licenças ambientais. Além da implantação dos programas de mitigação e compensação de impactos ambientais previstos, o projeto prevê investimentos na infraestrutura básica local, em especial nas áreas de saúde, educação e segurança pública. No âmbito regional, o empreendedor é coparticipante do Plano de Desenvolvimento Regional Sustentável (PDRS), no qual serão aportados US$ 255,8 milhões destinados ao desenvolvimento de projetos inseridos em quatro 83 Resultados Compromisso Investimentos em energia limpa Investir em fontes renováveis de energia, eficiência energética e inovação tecnológica Conclusão de 25 projetos de eficiência energética Desenvolvimento de 15 projetos pelo Instituto Tecnológico Vale eixos temáticos: ordenamento territorial, regularização fundiária e gestão ambiental; infraestrutura para o desenvolvimento; fomento às atividades produtivas, e inclusão social e cidadania. Esses projetos destinam-se aos 11 municípios próximos à UHE Belo Monte e que fazem parte do Consórcio Xingu. Os projetos são selecionados e acompanhados por câmaras técnicas e por um comitê gestor, coordenado por representante da Casa Civil e do qual fazem parte, também, representantes dos governos federal, estadual e municipal, representantes dos setores econômicos da região, ONGs e entidades sindicais. A Vale acredita, assim, que o projeto deixará um legado positivo para a região e sua área de influência. Para mais informações, consulte o site da Norte Energia (www.norteenergiasa.com.br). UHE Estreito O investimento da Vale na UHE Estreito, assim como em Belo Monte, visa assegurar energia renovável a um custo competitivo. A UHE conta com programas ambientais e ações de responsabilidade social, com iniciativas nas áreas de conservação ambiental, valorização do patrimônio cultural e histórico, cidadania, educação, saúde, cultura e lazer, com efetiva participação das comunidades. Os investimentos sociais preveem a implantação de 118 projetos, dos quais 74 já foram concluídos. 84 Foram também firmados com as prefeituras dos 12 municípios da área de abrangência Termos de Compromisso Mútuo (TCM), para a realização de obras e serviços nas áreas de infraestrutura, saúde, educação e segurança. Essas obras e serviços, que não estão previstos nas compensações e mitigações do processo de licenciamento ambiental do empreendimento, foram definidos em conjunto com as prefeituras, conforme as principais necessidades das comunidades, como: aquisição de novos equipamentos médicos e ambulatoriais e reformas de hospitais; reforma e ampliação de postos de saúde; e construção e reforma de escolas, bibliotecas e sedes administrativas municipais. Também foram realizadas parcerias com os governos estaduais. Para mais informações, consulte o site do Consórcio Estreito Energia (www.uhe-estreito.com.br). Biodiesel Alinhada com seus compromissos ambientais, a Vale tem a meta de alcançar o nível de 20% de biodiesel (combustível de origem renovável) na mistura do combustível utilizado em suas operações no Brasil. Em 2015, no segundo semestre, uma usina de biodiesel, projetada com a capacidade de produção de 200 mil toneladas por ano, iniciará suas operações, com o intuito de atender à demanda das atividades do Sistema Norte. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Consumo consolidado de energia direta [EN3] Consumo consolidado de energia indireta [EN4] Em mil TJ/ano Em mil TJ 199 2010 69 181 179 2011 2012 2010 2010 2011 2012 12 13 13 Não renovável 186 166 Total 199 179 Renovável 44 2011 2012 2010 2011 2012 Renovável 52,2 31,0 31,0 168 Não renovável 16,3 13,7 13,0 181 Total 69 45 44 A matéria-prima escolhida pela Vale para a produção de biodiesel é o óleo de palma. Por meio de sua controlada Biopalma, a empresa avança no projeto com o plantio de palma e a produção do óleo. Importantes passos para a produção futura do biodiesel foram dados em 2012. No início da cadeia, a área cultivada com a palma chegou a aproximadamente 53 mil hectares, contabilizando o plantio próprio e o da agricultura familiar. Até o início de 2014, serão cerca de 60 mil hectares de plantio próprio, e o objetivo, para o início de 2015, é de 80 mil hectares de cultivo total, sendo 20 mil de agricultura familiar. Em 2012, foi inaugurada a primeira unidade extratora de óleo de palma, no município de Moju (PA), com capacidade de processamento de 120 toneladas de fruto por hora. A segunda planta extratora, que será instalada no município de Acará (PA), entrará em operação em 2014 e atingirá sua capacidade máxima de processamento, 560 toneladas de frutos por hora, no ano de 2017. Nem todo o óleo de palma produzido pela Biopalma será destinado à produção de biodiesel, e o excedente será colocado à venda no mercado. Também em 2012, foi concluída a engenharia conceitual do projeto da Usina de Biodiesel no Pará, que atenderá à demanda do Sistema Norte. Existe a possibilidade de expansão da capacidade de produção da usina em 2017, para atender as operações em todo o Brasil. A área plantada com palma é capaz de suprir essa demanda. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 45 A produção do óleo de palma é um importante vetor de inclusão social na região, por meio da geração de empregos e renda. Somente a parte agrícola deverá gerar cerca de 5 mil empregos diretos, e as operações como um todo, 6 mil empregos diretos até 2014. A primeira planta de extração de óleo conta com 180 empregados, muitos deles treinados por meio de programas de capacitação promovidos pela empresa, em parceria com o Senai do Pará. O investimento é notório em processos contínuos de treinamentos de segurança e saúde ocupacional para empregados, além de proporcionar o aprendizado de técnicas de manejo. O programa de agricultura familiar reforça a proposta de inclusão social desse projeto, com o fortalecimento de um modelo de desenvolvimento socioeconômico que apresenta impacto positivo significativo na melhoria da qualidade de vida da população da área de influência direta do empreendimento. O projeto conta com o apoio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf ) e, atualmente, possui 294 famílias participantes. A meta é chegar à adesão de 2 mil famílias até 2014. Além da palma, a rede de agricultura familiar da Biopalma conta com o apoio na diversificação de produção, aquisição de alimentos, formação de cooperativas, saúde, educação formal, educação profissional, regularização fundiária e ambiental. Dessa forma, a Biopalma está investindo não apenas na geração de renda das famílias, mas no desenvolvimento humano e social do território. 85 Consumo de energia direta – Tipo de combustível [EN3] Total de 181 mil TJ (2012) % 28% 1% 7% 8% 19% 11% 14% Óleo diesel 28% Gás natural 19% Outros óleos 14% Óleos de navegação 12% Carvão mineral e coque 11% Outros gases 8% Renováveis 7% Outros combustíveis líquidos 1% 12% Energia consumida [EN3, EN4] O consumo de energia direta da Vale, em 2012, apresentou um aumento de 2 mil TJ (1,2%) em relação ao consumo verificado em 2011. Quando se analisa o crescimento do consumo de combustíveis em uma consolidação ano-base (retirando o efeito das unidades vendidas), o crescimento fica ainda maior, chegando a 4% (6 mil TJ). Esse aumento é justificado principalmente pela ampliação da frota de navios da Vale e pelo crescimento de suas operações, como as de Moatize, em Moçambique, e Omã. Juntas, as operações e a frota de navios correspondem a um crescimento de 13 mil TJ no consumo da Vale em 2012. Enquanto as operações e a frota de navios apresentaram aumento no consumo, foi verificada significativa redução no consumo direto de energia na Pelotização no Brasil em função das unidades vendidas pela empresa (Vale Manganése France e Manganese Norway, CADAM e Vale Colômbia). Ao analisar a matriz de consumo de combustíveis, é possível verificar que os derivados de petróleo (óleo diesel, óleo de navegação e outro óleos) se mantêm como os mais significativos, representando 54% do consumo total de energia direta. Dentre os gases, que representam o segundo maior consumo, destaca-se o gás natural, com um consumo correspondente a 19% da matriz. Comparando o consumo de combustíveis de 2012 ao consumo de 2011, destacam-se o o aumento do consumo de diesel (b2, b3, b4, b5) em 5%, ligado 86 ao aumento da produção de carvão em Moatize; a redução no consumo de carvão e gás natural, em consequencia da redução na produção de pelotas no Brasil; e o aumento do consumo de óleo de navegação IFO em 66%, causado pela expansão da frota de navios. No consumo de energia indireta, verifica-se uma redução de 1 mil TJ (2,5%). Tal redução se deve principalmente à venda das unidades Manganése France e Manganese Norway. Quando comparado a uma consolidação ano-base, observa-se que o consumo de energia elétrica apresentou elevação de 5% (2 mil TJ). Esse aumento foi verificado nas demais áreas de negócio, que apresentaram aumento no consumo de energia indireta, seja por aumento de produção ou pela entrada de novas unidades. Autoprodução e consumo O volume total de energia elétrica consumida pela Vale no Brasil, em 2012, foi de, aproximadamente, 8,5 terawatts-hora. Desses, 5,4 terawatts-hora foram provenientes de autoprodução. O resultado representa uma autoprodução de 64% no Brasil, que tem sua matriz alicerçada na hidroeletricidade. Analisando a autoprodução da Vale no mundo, em 2012, chega-se ao percentual de 68%. Além do Brasil, a Vale produz energia elétrica no Canadá e na Indonésia. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Planeta Água A Vale reconhece os impactos inerentes de suas atividades nos recursos hídricos e trabalha para garantir sua conservação, proteção e qualidade, desenvolvendo iniciativas que ultrapassam o atendimento aos requisitos legais. Em 2012, a Vale continuou investindo e promovendo o uso de tecnologias voltadas para o desenvolvimento de programas e ações que resultem na redução das demandas e do consumo total de água, no controle de perdas, na minimização da geração de efluentes e no aumento do percentual de reutilização. Essas iniciativas demonstram que o compromisso da Vale se estende para além da redução do uso de água nova. Na promoção da convivência harmônica quanto ao uso do recurso, a empresa participa, com outros segmentos da sociedade, de mecanismos de engajamento de partes interessadas, como os comitês de bacias hidrográficas e os conselhos nacional e estaduais de recursos hídricos, no Brasil, no sentido de discutir e auxiliar o desenvolvimento de políticas públicas. Essas iniciativas refletem o alinhamento da Vale com os diversos esforços de cooperação pela água, contribuindo, portanto, para a garantia dos múltiplos usos, atuais e futuros. Novos desafios [IP4.17] Em 2011, a Vale assumiu o desafio de reduzir a demanda de água nova nas operações por meio de tecnologias novas ou correntes, e vem tendo sucesso. A empresa entende que as ações de reúso e recirculação são importantes para reduzir a captação de água nova e refletir a gestão do tema, mas acredita que há outras ações a serem implementadas para tornar o sistema mais eficiente. Para tanto, desenvolve processos tecnológicos voltados para a redução Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 da demanda de água. Com essa orientação, a Vale se compromete a reduzir a demanda total de água em suas operações nos próximos anos. Algumas unidades da Vale estabeleceram metas de redução da demanda específica — isto é, captar menos água por tonelada produzida ou movimentada — dentro do Plano de Ação em Sustentabilidade (veja mais na tabela no capítulo Visão Estratégica). É relevante considerar que o setor de mineração não possui um uso significativo de água, quando comparado a outros setores, como pode ser constatado em diversas referências internacionais, tais como o relatório do Programa de Meio Ambiente das Nações Unidas intitulado Towards a green economy1, publicado em 2011. Uma característica importante do setor é a necessidade de rebaixamento do nível de água do lençol freático no processo de lavra, para permitir a extração dos minerais. Essa atividade faz com que os volumes captados sejam maiores que o consumo real da empresa. No Brasil, esse procedimento é autorizado por instituções estaduais responsáveis pela gestão dos recursos hídricos. 1 Relatório disponível no site: www.unep.org/greeneconomy. 87 Desafios Garantir a convivência harmônica com as partes interessadas quanto ao uso da água Reduzir a demanda de água nova nas operações por meio de tecnologia Resultados Participação em mecanismos de engajamento para o desenvolvimento de políticas públicas Investimento e utilização de tecnologias para além da redução do uso de água nova A participação na discussão de políticas públicas reflete o alinhamento da Vale com os diversos esforços de cooperação pela água, contribuindo, portanto, para a garantia dos múltiplos usos, atuais e futuros Análises e regulações Uma das iniciativas para orientar o uso otimizado da água foi o lançamento, em 2012, da Instrução para o Gerenciamento de Recursos Hídricos. O documento estabelece princípios, diretrizes, ferramentas e responsabilidades para o gerenciamento adequado do tema nas operações globais da Vale, de acordo com regulamentações e referências técnicas internacionais. Outro avanço no ano foi a elaboração do Procedimento para Definição de Tecnologias para Tratamento de Efluentes. O documento, produzido pelo Grupo Técnico de Recursos Hídricos, lista as diretrizes para a seleção e a implantação de sistemas de tratamento de efluentes líquidos aplicáveis em todas as operações da empresa. 88 Em 2012, a Vale também elaborou três procedimentos gerenciais de sistema (PGS), sobre medidores de vazão, tratamento de efluentes e gestão. Além disso, a empresa desenvolveu materiais de treinamento referentes a tratamento de efluentes (oleosos e esgoto sanitário) e monitoramento ambiental. Pegada hídrica A Vale iniciou, em 2012, a análise da pegada hídrica da empresa. Esse indicador aponta o consumo de água doce direta e indiretamente envolvido no processo produtivo de bens de consumo e serviços. A empresa desenvolveu um projeto para avaliar a aplicação técnica, metodológica, institucional e econômica do indicador, além de ter promovido um workshop interno para divulgar o tema e avaliar suas implicações nas atividades de mineração. O principal desafio relacionado a esse estudo é a identificação de possíveis adequações metodológicas que permitam uma maior aplicabilidade à realidade da mineração. [4.23] Estratégias para reúso [EN10] O reúso da água é estratégico para a Vale. Em 2012, avanços significativos ocorreram nesse segmento com a implantação de importantes ações de reutilização e redução de perdas, de acordo com as características de cada unidade. Entre as ações desenvolvidas estão a implantação de reservatórios e sistemas de bombeamento nas estações de tratamento de esgotos Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Foto: Agência Vale Vista aérea da mina do Sossêgo, em Canaã dos Carajás (PA), Brasil Case sanitários do Terminal Portuário de Ponta da Madeira, em São Luís, no Maranhão. Os efluentes tratados são utilizados nos processos de umectação de vias, aspersão de pilhas de minério e irrigação de áreas verdes. Essa iniciativa também foi implantada na central de concreto do projeto de expansão do complexo. Localizada em Canaã dos Carajás, no Pará, a Mina do Sossego foi o primeiro empreendimento de cobre da Vale. Em 2012, a operação, a partir de uma série de ações voltadas para aumentar a recirculação da água, conseguiu reutilizar 99% da água utilizada nos processos produtivos. A economia já representou a redução do consumo de cerca de 900 mil m³/ano de água, que anteriormente era bombeada do rio. A quantidade é suficiente para abastecer uma cidade de 25 mil habitantes durante o período de seis meses. O processo de recirculação de água na mina do Sossego, em Canaã dos Carajás (PA), também apresentou números positivos no ano. Veja mais no case ao lado. Mina do Sossego recircula mais de 99% da água que utiliza As ações começaram em 2008, e o primeiro passo foi a realização do balanço hídrico do projeto, a partir do qual foram desenvolvidas iniciativas voltadas para diminuir a utilização de água originária do rio e substituí-la pela de processo. Após levantamento dos pontos onde era utilizada a água do rio Parauapebas, foram implantadas melhorias para a redução desse consumo, como, a utilização da água de processo nos bombeamentos da polpa de minério. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Uso eficiente dos recursos hídricos Para garantir a sustentabilidade da bacia hidrográfica do rio Itacaiúnas, no estado do Pará, o Instituto Tecnológico Vale (ITV) está desenvolvendo um projeto que busca criar novas tecnologias para monitoramento quantitativo e qualitativo dos recursos hídricos. Serão implantadas oito novas estações automáticas de monitoramento na bacia do rio, que servirão de base para o desenvolvimento de um sistema integrado para o uso mais eficiente dos recursos hídricos, que beneficiará diretamente a população da região, garantindo o uso múltiplo da água, um dos compromissos da Vale nesse tema. Com os dados obtidos pelos sistemas, também será possível avaliar a disponibilidade de água para as operações da Vale, contribuindo para evitar o desperdício. A previsão é que, até o final de 2015, o sistema estará em funcionamento e transmitirá dados em tempo real, via satélite. 89 Foto: Olegário Reis Júnior Espessadores da usina de beneficiamento de minério de ferro, em Carajás, Parauapebas (PA), Brasil Captação e recirculação [EN8, EN9, EN10] Em 2012, a redução da captação de água nova da Vale foi de aproximadamente 9%, ou 36,7 milhões de metros cúbicos, e o aumento de sua recirculação, foi de 7 pontos percentuais, o que se deve, principalmente, à venda de ativos, que, por sua vez, deixaram de ser reportados nos indicadores. Mesmo quando considerado, para 2011, o mesmo escopo2 de reporte de 2012, a Vale permanece reduzindo sua captação em aproximadamente 3,5% e aumentando sua recirculação em 4 pontos percentuais o que está de acordo com o compromisso, assumido em 2011, de reduzir a demanda por água nova. Vários fatores contribuíram para diminuir a demanda por água nova, como o caso de Carajás, área que representa aproximadamente 5% de toda a captação de água da Vale e que apresentou uma redução de 24%. Isso ocorreu devido a mudanças no peneiramento do minério de ferro, que passou a utilizar a umidade natural, eliminando a necessidade de captação de água. O aperfeiçoamento do sistema de medição, que permite o reporte mais fidedigno de dados das unidades, foi outro fator que colaborou para a diminuição, assim como a paralisação de algumas unidades produtivas. Também merece destaque no volume de água economizado o aumento da captação de água da chuva, fonte alternativa de abastecimento. [4.24] 2 Para avaliar o desempenho real do indicador, as seguintes áreas não foram consideradas: Cadam, VMN (Vale Manganese Norway A S), Cubatão Domênico Rangoni, Vale Colômbia, Siderúrgica Ferro Gusa e VMF (Vale Manganèse France), que saíram em 2011; e Moatize Expansão, Vale Florestar, Biopalma e FNS (Ferrovia Norte Sul), que ingressaram em 2012. 90 Monitoramento [EN9] Em 2012, a área de Recursos Hídricos deu continuidade ao estudo para o aprimoramento da malha de medidores de vazão das principais unidades demandantes de água da Vale. A expectativa é que as unidades que já instalaram os medidores apresentem uma redução de cerca de 5% no uso de água. Isso porque o maior controle da vazão permite uma gestão mais eficiente dentro das próprias instalações, identificando novas formas de reúso, redução da demanda por água e geração de efluentes. Foram feitas, também em 2012, as instalações e adequações de medidores de vazão nas unidades Manganês do Azul (PA) e Complexo Itabiritos (MG). O Complexo de Ponta da Madeira, localizado em São Luís (MA), teve 50% dos medidores previstos instalados e avaliará, em 2013, a necessidade de instalar os demais. O complexo de Paraopeba (MG), que tinha previsão de receber os medidores em 2012, adiou a instalação em um ano, em função de ajustes no orçamento. Outra iniciativa de monitoramento do uso da água foram os diagnósticos realizados, em 2012, de 14 unidades da Vale Fertilizantes. Entre as ações sugeridas, previstas para 2013, está a realização de um novo estudo de viabilidade técnica e financeira para a utilização de água de reúso no processo de flotação, um dos maiores consumidores de água na indústria de fertilizantes. Nesses diagnósticos, foram também avaliadas oportunidades de melhoria na redução da geração de efluentes. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Total de água captada por tipo de captação [EN8] Em milhões de m3/ano 420,7 383,9 2010 2011 2012 Captação subterrânea 112,3 101,0 92,6 Captação superficial 132,2 251,1 231,0 49,8 68,6 60,3 294,3 420,7 383,9 294,3 Outros I Total 2010 2011 2012 I Captação de águas pluviais, água fornecida por empresas de abastecimento/concessionárias ou proveniente de outras organizações. Aquela de fonte superficial ou subterrânea, que é captada exclusivamente para uso de terceiros, também está contabilizada nesta categoria. Volume total de água reaproveitada (reutilizada + recirculada) e captadaI [EN10] Em milhões de m3/ano 1.585 1.267 1.353 2010 2011 2012 Água de reúso 998 953 1.227 Água nova 269 400 358 1.267 1.353 1.585 Total 2010 2011 2012 I Para cálculo do percentual de água reaproveitada (gráfico abaixo), o volume total de captação de água desconsidera captação para terceiros. Por isso, o valor é diferente do apresentado no gráfico acima. Percentual de água reaproveitada (reutilizada + recirculada) [EN10] Em % 79% 70% 77% 2010 2011 2012 Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 91 Em 2012, também foi realizado um projeto na unidade de Thompson, Canadá, para revisar o balanço hídrico e calcular os indicadores de desempenho de recursos hídricos, assim como apontar as potenciais oportunidades de otimização no uso. Uso múltiplo da água Estudos de disponibilidade hídrica locais são realizados na fase de desenvolvimento dos projetos e atualizados sempre que necessários, elencando os atores, suas respectivas demandas de água e possíveis fontes de abastecimento. Esse trabalho ajuda a empresa a planejar e priorizar ações de conservação, identificando áreas de possíveis conflitos. Conforme demonstrado no mapa3, na página ao lado, das dez operações da Vale com maior captação de água, nove localizam-se em regiões com classificação de risco de estresse hídrico abaixo de médio. Do total de operações da Vale, menos de 10% estão em áreas de alto a extremo risco de estresse hídrico, distribuídas em quatro regiões: Omã, China, Peru e Nova Caledônia. Essas operações representam 6% do total da captação de água nova da Vale, dos quais 64% são captações de água do mar. Além disso, a operação de Dalian, na China, apresenta alto índice de reaproveitamento de água, com 99% da demanda atendida por água de reúso. 3 Dados gerados a partir da ferramenta Aqueduct, do World Resources Institute, e dos indicadores reportados neste relatório. www.aqueduct.wri.org Além das questões relativas à escassez natural de água, existem operações localizadas em regiões onde se observam competições pelo uso da água em função da existência de outros usuários. Nessas situações, a Vale busca atuar nos comitês de Bacias Hidrográficas (CBH), onde são discutidos e priorizados os usos da água nas bacias. Exemplo disso é a participação da empresa nos CBHs dos rios Paraopeba, Velhas, Doce, Piranga, Piracicaba e Santo Antônio, em Minas Gerais. Pautada pelo compromisso de contribuir com o gerenciamento de recursos hídricos, a Vale participa também de fóruns de discussões técnicas no Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) e no Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH), no Brasil, dentre outros. Em 2012, por exemplo, participou das reuniões da Câmara Técnica de Água do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) e da Rede de Recursos Hídricos da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em que foram discutidas ferramentas de gestão de recursos hídricos e indicadores de desempenho. Nas reuniões dos CBHs, a Vale contribui com informações e dados de monitoramento, que podem ajudar a prevenir conflitos, além de antecipar ações e medidas necessárias para a garantia do acesso à água. A empresa está atenta às discussões globais e locais sobre a água e mantém a interface com órgãos setoriais e dos governos, buscando participar e antever mudanças regulatórias e tendências, para que sua gestão interna reflita essas demandas. Foto: Agência Vale Vista aérea da mina de fosfato Bayóvar, em Piura, Peru 92 Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Localização das operações da Vale e áreas de risco de estresse hídrico 10% 6% Menos de 10% das operações da Vale estão localizadas em áreas de alto ou extremo risco de estresse hídrico. Das dez operações da Vale com maior captação de água, nove estão em regiões com classificação de risco abaixo de médio. As captações de água nova em regiões de alto ou extremo risco de estresse hídrico representam 6% da captação total da Vale. 4 2 1 1 1 4 55 1 n Número de operações 1 4 1 1 16% Baixo risco Escala de risco 62% Baixo a médio risco 14% Médio a alto risco 8% Alto risco 1% Extremo risco Sem dados Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Em Bayóvar, no Peru, 64% da água nova captada pela operação da Vale é proveniente do Oceano Pacífico. 99% A operação da Vale na China tem 99% de sua demanda de água atendida por água de reúso da própria unidade. 93 9mil cerca de nove mil empresas aderiram ao Código de Conduta do Fornecedor desde 2009 Vista do entardecer no terminal da Companhia Portuária Baía de Sepetiba (CPBS), no Rio de Janeiro (RJ), Brasil (Foto: Márcio Dantas Valença) 2 novos projetos foram entregues em 2012: Salobo, em Carajás, e Lubambe, na Zâmbia Criação de valor Promoção da agenda da sustentabilidade na cadeia de valor Criação de valor Cadeia de valor Ciente de seu poder de influência na promoção da agenda de sustentabilidade, a Vale reforçou os compromissos contratuais em relação ao desenvolvimento sustentável incluindo as diretrizes de direitos humanos, especialmente a sua não violação pela cadeia de valor. Além disso, a Vale está comprometida a manter um diálogo transparente com toda a sua cadeia produtiva e procura estabelecer relações com entidades que compartilhem dos princípios e valores disseminados pela empresa. Um exemplo disso foi a mobilização de atores relevantes no encaminhamento de soluções para as questões colocadas sobre a cadeia do ferro-gusa. A Vale manteve-se fiel ao compromisso de desenvolver fornecedores nas regiões onde atua. Nesse contexto, procurou proporcionar mais autonomia às áreas de negócios e fomentar as compras locais. Desde 2008, o Inove beneficiou 532 empresas em seus programas de formação presencial e a distância, além de ter concedido cerca de US$ 613,8 milhões em financiamentos e créditos. Com isso, a Vale espera potencializar o desenvolvimento local. Ferro-gusa [IP4.17] A Vale, no seu processo de engajamento para promover a agenda de sustentabilidade na cadeia de valor, apoiou, em 2012, o Protocolo de Sustentabilidade do Carvão Vegetal, criado pelas empresas de siderurgia sob o patrocínio do Instituto Aço Brasil (IABR). Esse protocolo tem como objetivo conscientizar a cadeia produtiva quanto à importância da produção sustentável do carvão vegetal, visando à eliminação de práticas e atividades que violem os direitos 96 trabalhistas ou causem danos ao meio ambiente. Também são compromissos do documento trabalhar junto ao poder público para o desenvolvimento de programa de conscientização social e ambiental junto aos fornecedores de carvão vegetal e manter relacionamento comercial somente com empresas que cumpram todas as exigências legais socioambientais. Com esse passo, a Vale reforça o compromisso assumido de mobilizar os atores relevantes na busca de soluções para as questões colocadas sobre a cadeia do ferro-gusa. A primeira etapa do programa desenvolvido pelo IABR é a criação de norma de certificação para que os compromissos assumidos no Protocolo sejam cumpridos. Esse instrumento permitirá ao próprio mercado adquirir produtos apenas das empresas que aderirem ao Programa de Sustentabilidade proposto pelo Protocolo. O Programa de Engajamento e Verificação na Cadeia de Ferro-Gusa, elaborado pela Vale em 2011, servirá como insumo para a construção da metodologia de certificação. A oferta de bônus de sustentabilidade para empresas que utilizam mais de 80% do carvão de florestas próprias foi mantida pela Vale em 2012. Os processos de seleção e cadastro de fornecedores da Vale são orientados pelo atendimento de requisitos relacionados às políticas de Direitos Humanos e de Desenvolvimento Sustentável. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Foto: Jan Paul Mioulet Navio Vale Itália no porto de Roterdã, na Holanda. Promoção da agenda de sustentabilidade [IP4.17, HR1, HR2, HR6, HR7] A gestão do relacionamento da Vale com seus fornecedores engloba três etapas: qualificação com base nos valores da empresa; avaliação de cumprimento de obrigações legais e contratuais; e monitoramento do desenvolvimento e da saúde econômico-financeira das empresas. Desde 2009, quando o Código de Conduta do Fornecedor (disponível em www.vale.com) se tornou obrigatório para o cadastro dos novos fornecedores na base de dados da Vale, mais de 9 mil empresas aderiram ao documento. O objetivo é ter a adesão de 100% dos fornecedores ativos até 2014. Além disso, desde 2010, no Brasil, é aplicada uma cláusula de sustentabilidade — que observa o Código de Conduta do Fornecedor, a Política de Desenvolvimento Sustentável e a Política de Direitos Humanos da Vale — nas minutas contratuais com fornecedores. Está em andamento um processo de análise para a inclusão desse aspecto nos contratos de fornecedores fora do Brasil. Os processos de seleção e cadastro são pautados pelo atendimento de critérios de natureza jurídica, fiscal, tributária, de saúde e segurança e meio ambiente. O cadastro é atualizado com verificação periódica do cumprimento dessas exigências. Nesse contexto, a promoção do respeito aos direitos humanos na cadeia de valor inclui a adoção de cláuVale Relatório de Sustentabilidade 2012 A Vale acredita que, mesmo em locais onde sua capacidade de influência é menor, ela deve contribuir com ações de conscientização e promoção dos direitos humanos sulas contratuais e documentação comprobatória de conformidade legal. No Brasil, inclui também a verificação dos dados documentais das empresas para se certificar de que estas não têm problemas ambientais e/ou trabalhistas. A empresa mantém um mecanismo de monitoramento, baseado na lista publicada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), que identifica casos de empresas e/ou indivíduos denunciados por possíveis ocorrências de trabalho forçado. Com base nessa listagem, a Vale realiza uma verificação dos cadastros dos fornecedores para verificar se nenhum deles incorre nesse tipo de prática. Em caso de violação aos direitos humanos devidamente comprovada por autoridades governamen97 Foto: Márcio Dantas Empregados na mina subterrânea de potássio de Taquari-Vassouras, em Rosário do Catete (SE, Brasil) Quando um micro ou pequeno fornecedor se qualifica e se cadastra em uma empresa como a nossa, se credencia a tornar-se um fornecedor de outras grandes empresas também. A partir daí, ele conquista autonomia, potencial de mercado e desenvolvimento. Fábio Feijó, gerente de Suprimentos Rio de Janeiro, Brasil tais e por instrumentos previstos na legislação, o fornecedor, parceiro ou cliente é notificado para a adoção de medidas corretivas. Caso estas não sejam adotadas, medidas disciplinares incidem sobre a empresa, incluindo o encerramento dos contratos estabelecidos entre as partes e o descadastramento do fornecedor. No ano de 2012, além de se ter desenvolvido um painel estratégico de gestão dos riscos de violações de direitos humanos para os empreendimentos da Vale, foi dado início ao desenvolvimento de uma avaliação de riscos nesse tema para fornecedores. A empresa participou de fóruns nacionais e internacionais que discutem esse assunto, como os grupos de trabalho do Instituto Ethos, o Conselho Internacional de Mineração e Metais (ICMM), a Global Business Initiative (GBI), o BSR e o United Nations Working Group (UNWG). As unidades da Vale no Brasil possuem 117 contratos com fornecedores de produtos e serviços considerados críticos1 em questões relacionadas a direitos humanos, e em nenhum desses fornecedores foram encontradas evidências de violações desses direitos. Nesse total, foram considerados somente fornecedores com contratos ativos em 2012, e não os fornecimentos esporádicos. Em relação aos riscos referentes às práticas de trabalho infantil, à exposição de jovens a trabalhos perigosos e à ocorrência de trabalho forçado ou análogo ao escravo, o risco interno nas áreas da Vale pode ser avaliado como inexistente. A empresa realiza um monitoramento específico para as áreas e setores da sua cadeia de valor que 1 Fornecedores que desempenham atividades de segurança empresarial e de fornecimento de madeira, carvão vegetal e ferro--gusa. 98 Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Compromisso Resultados Promover a agenda de sustentabilidade entre fornecedores e clientes Reforço dos compromissos contratuais em relação ao desenvolvimento sustentável Desenvolver fornecedores onde a Vale atua Mais autonomia às áreas de negócios e fomento às compras locais representam maior criticidade e envolvimento com violações de direitos humanos e vem desenvolvendo ferramentas que auxiliam na gestão dos assuntos relativos ao tema. A Vale mantém em todas as suas unidades somente trabalhadores próprios ou de fornecedores com contrato regido pela Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), na qual a legislação sobre o tema é rigorosa. Também exige que toda a cadeia produtiva (suprimentos e clientes) respeite a convenção 138 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que trata da idade mínima para admissão em emprego. Além disso, desde 2008, foram incluídas cláusulas nos contratos firmados com clientes no Brasil que permitem a rescisão contratual de fornecimento de minério de ferro caso seja evidenciado o descumprimento de obrigações relacionadas à proteção ambiental e à proibição da utilização de trabalho infantil e/ou escravo. Em relação aos processos de fusão e novas aquisições2, os aspectos sociais possuem extrema relevância para a tomada de decisões estratégicas, considerando possíveis riscos e impactos sociais. Entre os temas avaliados, está o comprometimento com os direitos humanos. No tema Saúde e Segurança, com o objetivo de estabelecer um programa de engajamento dos principais fornecedores da área de construção civil, montadoras e gerenciadoras, a Vale criou, em 2011, o Supplier Zero Harm. Nesse programa, por meio de workshops colaborativos, foram envolvidas 60 empresas que atuam em projetos correntes e de capital. Como resultado dessa iniciativa, para projetos de capital foram selecionadas 12 iniciativas, dentre mais de 200 sugestões diferentes para o atingimento da marca zero acidente. Na segunda etapa do workshop, a área de Saúde e Segurança da Vale selecionou algumas ações desenvolvidas pelas empresas, com foco no cumprimento das 12 iniciativas, para serem apresentadas ao grupo. Desde então, a Vale faz um trabalho de acompanhamento e monitoramento das ações conduzidas pelos fornecedores participantes. No final de 2012, 96% das ações estavam concluídas ou em andamento. Um exemplo de ação resultante do workshop é a ferramenta para compartilhamento de lições aprendidas e de boas práticas entre os fornecedores. Para projetos correntes, também foram priorizadas 12 iniciativas, que, ao longo de 2013, serão validadas e acompanhadas pela área de Saúde e Segurança, junto à área de Suprimentos. 2 Em 2012, não houve nenhuma avaliação para processos de fusão e de novas aquisições. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 99 Percentual de compras locais em termos de valores monetários – resultados globais [EC6] 84% 48% 86% 2010 48% 87% 2011 54% 2012 2010 2011 2012 Percentual médio de compras nos países 84% 86% 87% Percentual médio de compras no estado/região dos países 48% 48% 54% 2010 2011 2012 Percentual médio de compras realizadas no Brasil 89% 91% 92% Percentual médio de compras nos principais estadosI 51% 50% 54% Percentual de compras locais em termos de valores monetários – Brasil [EC6] 89% 51% 2010 91% 50% 2011 92% 54% 2012 Para a Vale, os fornecedores exercem papel fundamental para o cumprimento da sua missão de transformar recursos naturais em prosperidade e desenvolvimento sustentável 100 I O percentual médio de compras realizadas nos estados considera as compras realizadas pelas principais operações no Espírito Santo, no Maranhão, em Minas Gerais e no Pará. realização de inventário. Leia mais em Mudanças Climáticas, na página 77. [5.01] Desenvolvimento de fornecedores locais [EC6] É compromisso da Vale desenvolver fornecedores locais para colaborar com a dinamização da economia nas regiões em que atua, assim como qualificar e estimular empresas para operar em um mercado cada vez mais competitivo. Comprometida em diminuir o impacto das mudanças climáticas e criar valor em longo prazo, a Vale desenvolveu o programa Gestão de Emissão de gases de efeito estufa (GEE) na Cadeia de Valor. Para engajar seus fornecedores nesse esforço, a Vale promove capacitações que auxiliam as empresas a realizar seus inventários de emissões, além de buscar melhorias no gerenciamento do tema e aperfeiçoar as práticas já existentes. No final de 2012, alinhada ao seu plano estratégico, a Vale iniciou um processo de integração das atividades de prestação de serviços às áreas de negócio, incluindo, entre outras, as atividades de Suprimentos, anteriormente desempenhadas pelo Centro de Serviços Compartilhados. Paralelamente, a área de Suprimentos iniciou o redesenho de seus processos, inclusive a estruturação de soluções de compras e contratações, para proporcionar mais autonomia às áreas de negócio e fomentar as compras locais. O objetivo dessa iniciativa é aumentar a velocidade para dar mais agilidade aos processos de compras e contratações. A ação faz parte do Programa Carbono Vale, que integra a Política Global de Mitigação e Adaptação às Mudanças Climáticas da empresa e reúne diferentes frentes de atuação preventivas em relação ao aquecimento global. Os contratos da Vale com seus fornecedores já contam com cláusula voluntária de Uma das iniciativas da Vale no fortalecimento da sua cadeia de suprimentos é o Inove, Programa de Conteúdo Local, que busca desenvolver os fornecedores locais por meio de capacitação, disponibilização de linhas de crédito e incentivo à realização de negócios. Desde sua criação, em 2008, já foram liberados em fiVale Relatório de Sustentabilidade 2012 Percentual de compras locais em termos de valores monetários – outros países [EC6] (2012) 93% 78% Canadá 46% 13% 60% Indonésia 60% Moçambique 2010 2011 2012 Percentual médio de compras realizadas no país 93% 46% 60% Percentual médio de compras nas principais províncias/estados 78% 13% 60% Case Combustível ajuda a produzir mais com menos Como parte de sua estratégia de buscar soluções econômicas e sustentáveis para sua demanda por combustíveis, a Vale iniciou, em 2012, as negociações com a BR Distribuidora para a compra e a substituição do antracito pelo coque verde de petróleo (CVP) na unidade pelotizadora de Vargem Grande (MG), que começou a operar com esse combustível em 2013. A conversão trará benefícios econômicos e ambientais. O CVP é um combustível sólido, resultante do processo de refino de petróleo para a fabricação de produtos como diesel e gasolina, entre outros. Entre suas vantagens, está a concentração de enxofre na proporção de 1%, inferior à média de 1,6% verificada no antracito. Com isso, a Vale projeta uma redução nas emissões de gases de efeito estufa, que será medida em 2014. Outro possível ganho que somente será comprovado após testes em produção é a redução do uso de gás natural no processo de queima da pelota, estimada em 11%. Por ter maior poder calorífico, o CVP também deve gerar uma diminuição no volume requerido para o mesmo nível de produção. Com o acordo, a Vale deixará de importar o antracito e passará a utilizar somente o produto brasileiro nessa operação. A BR Distribuidora já é o atual fornecedor de CVP para a Vale, nas unidades de pelotização (Fábrica) e manganês (Ouro Preto e Barbacena). Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 nanciamentos e concedidos em créditos cerca de US$ 613,8 milhões, e as iniciativas de capacitação presencial e a distância foram utilizadas por 532 empresas. Em 2012, por meio do Convênio de Cooperação Técnica entre a Vale e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae Nacional), o convênio capacitou aproximadamente 500 empresas, ajudando os participantes a identificar oportunidades de aprimoramento na sua gestão. Dentre os principais desafios do Inove para 2013, podem-se destacar o suporte para a área de Suprimentos das operações localizadas em outros países, a ampliação do escopo de atuação do programa para implementar produtos e soluções no segundo elo da cadeia de fornecedores e a introdução de ferramentas de controle e apuração do conteúdo local dos fornecedores indiretos, mediante os contratos que a Vale possui com grandes empresas locais. Desempenho do fornecedor A Vale possui um programa para medir o desempenho de seus fornecedores de serviços e materiais, com o objetivo de promover contratações mais adequadas às necessidades da empresa. As avaliações ocorrem trimestralmente, nas dimensões técnica, saúde e segurança, meio ambiente, cumprimento de obrigações legais e trabalhistas, e, desde 2012, contam com uma categoria específica de sustentabilidade. 101 O Índice de Desempenho do Fornecedor (IDF) abrange 100% dos fornecedores no Brasil e, desde 2011, também monitora o desempenho de empresas em Moçambique, Peru, Argentina, Paraguai e Malásia. Esse processo representa para a Vale a consolidação de um padrão global de avaliação e monitoramento de fornecedores. O IDF também é insumo para a geração do ranking dos melhores fornecedores da Vale, que, anualmente, são reconhecidos em diversas categorias através do Prêmio Fornecedor de Valor. Em 2012, foi criada uma nova categoria, Destaque em Sustentabilidade, contemplando as empresas que apresentam a melhor combinação de ações sociais, ambientais e econômicas. A ideia é promover a observação das práticas dos fornecedores, por meio da avaliação da qualidade dos serviços contratados pela Vale, com as políticas e diretrizes sustentáveis adotadas e divulgadas pelas empresas. Em 2013, a Vale iniciou uma ampla revisão dos indicadores e questionários utilizados pelo programa, buscando mantê-los cada vez mais aderentes à realidade das transformações do mercado e ampliando os ganhos obtidos com seus resultados. [5.02] Clientes [IP4.17, PR1, PR2, PR3, PR5, PR7, PR9, MM11, EN26] A Vale percebe que a implementação bem-sucedida da agenda de sustentabilidade significará competitividade no longo prazo. Por isso, buscar excelência operacional para melhorar a qualidade dos próprios produtos, fortalecer o relacionamento de longo prazo com os clientes e encontrar soluções que atendam a suas necessidades e seus negócios, de forma a minimizar impactos negativos e potencializar valor, é a estratégia da empresa para conquistar novos mercados e retê-los. A mesma abordagem é adotada em relação aos diferentes elos da cadeia de valor, como fornecedores de matérias-primas e prestadores de serviços. Os negócios da Vale são realizados, predominantemente, com outras empresas (business to business), e não com consumidores finais (business to consumer). Para avaliar o fornecimento e o desempenho do produto, a Vale realiza visitas técnicas, reuniões, entrevistas, conferências telefônicas, feiras de negócios, exposições, oferta de central de atendimento, assistência técnica e pesquisas de satisfação periódicas — ações que predominam no relacionamento da Vale com os clientes e outros públicos. Esses mecanismos geralmente ocorrem com as equipes de áreas comerciais, como Marketing, Pesquisa, Planejamento e Desenvolvimento, específicos por negócio. No caso do negócio Fertilizantes, a avaliação dos produtos pode ser realizada em qualquer momento pelo website da empresa. É importante lembrar que, para atender às especificidades e às características de cada segmento de mercado, os mecanismos, a metodologia, frequên- Foto: Agência Vale Mais do que uma ferramenta de gerenciamento de contratos, o IDF é um poderoso instrumento para uma eficiente gestão de suprimentos e do relacionamento com os fornecedores. Empregado nas instalações na mina de fosfato de Bayóvar, em Piura, no Peru 102 Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Foto: Márcio Dantas Valença Recuperadora em funcionamento, no Terminal da Ilha Guaíba, no Rio de Janeiro (RJ), Brasil cia e a abordagem dessas práticas variam entre as áreas de negócios. [5.03] Para proporcionar ganhos relevantes na ecoeficiência dos seus produtos, a Vale aplica a Análise do Ciclo de Vida (ACV) como uma ferramenta. Nesse processo, os impactos ambientais são determinados considerando, principalmente, os seguintes aspectos: consumo de energia, emissões atmosféricas e de gases de efeito estufa (GEE), consumo de água, geração de efluentes, toxicidade e riscos potenciais. [5.04] Nas questões relacionadas à saúde e à segurança do cliente, no que tange ao manuseio e uso do produto, a Vale possui processos normatizados para o tratamento de casos de reclamação. As unidades operacionais seguem procedimentos específicos para reporte e tratamento de aspectos associados à qualidade. Assim, as causas do problema são devidamente identificadas, e ações de bloqueio, implantadas. Dos pontos vista ambiental e de segurança do produto, qualquer alteração na sua composição implica uma revisão da ficha de segurança e da comunicação para os clientes. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Para garantir a segurança dos clientes no uso dos seus produtos, a Vale mantém um processo de registro para as substâncias químicas exportadas ou produzidas na Comunidade Europeia, sobretudo na área de Metais Básicos. A partir da experiência do regulamento da Comunidade Europeia (CE 1.907/2006 — Reach), a Vale constituiu uma rotina de monitoramento de regulações similares em outras regiões do mundo. [5.05] Outras iniciativas de relacionamento e suporte ao cliente, principalmente em relação à análise de potenciais impactos ambientais no pós-venda, são a cooperação técnica ou, em inglês, Technical Cooperation Agreement (TCAs); as missões; e as consultorias. A compilação sistemática do número absoluto de redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE) no uso e pós-venda dos produtos ferrosos da Vale é dificultada pela própria abrangência de sua carteira de negócios e, em muitos casos, até mesmo por critérios de confidencialidade no tratamento de informações entre a empresa e seus clientes. Em 2012, do ponto de vista das regulações, não houve registro de casos de não conformidade ou multas relacionadas a patrocínio, publicidade e promoção dos produtos da Vale, assim como não houve problemas relativos ao fornecimento e ao uso de produtos e serviços. 103 Criação de valor Valor adicionado O ano de 2012 foi desafiador para a economia global, que cresceu abaixo da tendência de longo prazo pelo segundo ano consecutivo. Apesar disso, a Vale entregou dois novos projetos de produção: Salobo, em Carajás, e Lubambe, na Zâmbia. Ativo de classe mundial, o Salobo é uma operação de cobre com ouro. Lubambe é a primeira mina de cobre no coração do copperbelt africano, região com o maior potencial de crescimento no mundo para a expansão da oferta desse mineral. No entanto, as condições do mercado melhoraram nos últimos meses do ano. A produção de minério de ferro no quarto trimestre foi a maior para o período, contribuindo para a recuperação dos preços a partir de meados de setembro de 2012. A empresa também alcançou marcos importantes que permitiram a expansão de Carajás — a mais rica região de minério de ferro do mundo — e a oferta de capacidade logística para expandir as operações de carvão de classe mundial em Moçambique. Os embarques de minério de ferro e pelotas atingiram o nível recorde de 303,4 milhões de toneladas métricas em 2012. No final do ano, os preços subiram até US$ 140,75 por tonelada, tendência mantida no início de 2013. Como o desempenho econômico foi afetado desfavoravelmente, o lucro líquido atribuído aos acionistas não controladores da Vale atingiu US$ 5,5 bilhões, contra US$ 22,9 bilhões em 2011. O valor total distribuído aos acionistas como dividendos e juros sobre capital próprio, em 2012, foi de US$ 6 bilhões. Em 2012, os preços de minérios e metais caíram de forma generalizada, afetando a receita da empresa, que totalizou US$ 48,8 bilhões, 22% menor do que no ano anterior. A queda foi causada por um ciclo de desestocagem, que ocorreu principalmente por causa da fraca demanda de aço global. Alguns dos projetos da Vale que entraram em operação em 2010 e 2011 começaram a apresentar crescimento em 2012. O ramp-up3 dos projetos que entraram em operação em Moatize, Omã I & II e Bayóvar permitiu a produção recorde de carvão, pelotas e rocha fosfática. Além disso, a operação integrada Vale Nouvelle Calédonie (VNC) tem se provado tecnicamente viável. Mais informações sobre os resultados da Vale podem ser encontrados em www.vale.com, na seção Investidores, no Relatório 20-F. 3 A maior parte do potencial de crescimento e criação de valor se materializará nos próximos anos. 104 Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Receita por produto Total de US$ 48,8 bilhões (2012) 3% 2% 3% % 8% 13% Ferrosos 71% Minério de ferro e pelotas Metais básicos 13% Manganês e ferroligas 70% 1% Fertilizantes 8% Serviços de logística 3% Metais básicos Carvão 2% Níquel 9% Outros 3% Cobre 4% 71% Receita por destino 71% Ferrosos 13% [IP2.7] Total de US$ 48,8 bilhões (2012) 1% % 17% 36% Ásia 57% China Américas 25% Oriente Médio Europa 17% Restante da Ásia 2% 19% 1% Resto do mundo 57% 57% Ásia 25% Américas 25% 19% Brasil 6% Restante das Américas Valor econômico gerado e distribuídoI [EC1,IP2.8] Em US$ milhões (2012) Brasil América do Sul, exceto Brasil Canadá América do Norte, exceto Canadá Australásia Europa África Total 41.316 924 4.684 — 1.693 181 536 49.154 21.743 691 3.683 5 2.376 28 633 29.159 Salários e benefícios de empregados 3.237 76 1.254 5 469 47 141 5.229 Pagamentos para provedores de capital 6.275 — — 2.139 — — — 8.414 Pagamentos ao governo 3.089 235 265 (19) 262 (328) 45 3.549 258 2 15 0 13 0 29 317 34.602 1.004 5.217 2.130 3.120 (253) 848 46.668 6.534 (80) (533) (2.130) (1.427) 434 (312) 2.486 Valor econômico direto gerado Receitas Valor econômico distribuído Custos operacionais II Investimentos na comunidade Total Valor econômico gerado menos valor econômico distribuído I O padrão contábil utilizado é o USGAAP, considerando alguns ajustes, conforme estabelecido pela metodologia GRI: além da receita operacional bruta, as receitas na tabela incluem os resultados financeiros e os provenientes de venda de ativos. II O valor dos “pagamentos ao governo” da América do Norte (exceto Canadá) foi retificado em 2001 para US$ 11 milhões. Assim, o valor total de “pagamentos ao governo”, em 2011, passou a ser de US$ 9.536 milhões, e o “valor econômico gerado menos valor econômico distribuído”, de US$ 9.093 milhões. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 105 Investimentos por tipo Em US$ bilhões 17,7 18,0 2011 16,3 I 2012 2011 2012 2013 Manutenção das operações existentes 25% 26% 31% Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) 10% 9% 6% Execução de projetos 65% 65% 62% Total 18,0 17,7 16,3 2013 I Valor de investimento orçado estimado. Volume de produção [IP2.8] Em mil toneladas Produto 2011 2012 2011 2012 322.632 319.960 53.817 55.067 7.359 7.982 2.556 2.365 Fosfato monoamônio (MAP) 823 1.201 436 390 Superfosfato triplo (TSP) 811 913 Carvão metalúrgico 2.766 5.083 Superfosfato simples (SSP) 2.638 2.226 Carvão térmico 4.506 1.999 Fosfato bicálcico (DCP) 580 511 Níquel 242 237 Nitrogenados Cobre 302 292 Amônia 619 475 2.675 2.343 Ureia 628 483 Platina (milhares de onças troy) 174 134 Ácido nítrico 468 478 Paládio (milhares de onças troy) 248 251 Nitrato amônico 458 490 OuroI (milhares de onças troy) 189 165 Potássio 625 549 Minério de ferroI PelotasI Minério de manganês Ferroligas Cobalto (toneladas) 106 Produto Fosfatados Rocha fosfática I Os volumes referentes a 2011 foram ajustados para incluir os valores referentes às coligadas. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Multiplicando valor Em 2012, os investimentos da Vale totalizaram US$ 17,7 bilhões, em linha com o montante investido em 2011, porém 17,2% abaixo do orçamento de US$ 21,4 bilhões. Do total investido no período, US$ 11,6 bilhões foram alocados no desenvolvimento de projetos; US$ 4,6 bilhões, na manutenção das operações existentes; e US$ 1,5 bilhão, em pesquisa e desenvolvimento (P&D). O programa de desinvestimento de ativos não estratégicos é outro componente do maior foco na disciplina de alocação de capital. No período, o programa gerou US$ 1,5 bilhão, simplificando o portfólio de ativos e concentrando a atenção da administração nas questões realmente importantes para a maximização de valor. Como já citado, dois projetos de produção foram entregues em 2012: Salobo (Brasil) e Lubambe (Zâmbia). No início de 2013, a Vale suspendeu o projeto de Potássio Rio Colorado, na Argentina, por entender que as condições do projeto, naquele momento, não estavam em linha com a política de disciplina de alocação de capital e com o compromisso da empresa de criar valor. A empresa compromete-se a honrar seus compromissos relacionados às concessões, mapear alternativas para melhorar as perspectivas do projeto e avaliar sua retomada posteriormente. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Foto: Rogério Reis Vista da ponte rodoferroviária sobre o rio Tocantins, em Marabá (PA), Brasil Na Vale, saúde e segurança são prioridades, assim como sustentabilidade e apoio às comunidades onde há operações. Em 2012, foram gastos US$ 1 bilhão em proteção e conservação ambiental e US$ 317,2 milhões em programas sociais voltados à qualidade de vida e à criação de oportunidades de mobilidade social e econômica. A Vale reconhece que ainda há trabalho por fazer, mas acredita que os resultados e as ações apresentados ao longo do relatório, e diante dos compromissos previamente assumidos, revelam o comprometimento da empresa em compartilhar valor com suas partes interessadas nas regiões onde atua. 107 Índice Remissivo de Indicadores [6.01] Princípio Pacto Global Princípio ICMM 1.1 Mensagem da Presidência e da Presidência do Conselho. — 2, 10 1–3 4–7 1.2 Descrição dos impactos, riscos e oportunidades. — 4 1 10, 11, 20, 21 2.1 Nome da organização. Informações corporativas. — 10 1 8 2.2 Marcas, produtos e/ou serviços. — 10 — 8 2.3 Estrutura operacional. — 10 — 8 2.4 Localização da sede da organização. — 10 — 8 2.5 Atuação geográfica. — 10 — Mapa 2.6 Natureza jurídica. — 10 — 8 2.7 Mercados atendidos. — 10 — 105 2.8 Porte da organização. — 10 — 8, 15, 29, 105 2.9 Mudanças durante o período coberto pelo relatório. — 2, 10 — 2.10 Prêmios e certificações. — 10 — * * 10, 11 Indicador Dimensão ISE Página Estratégia e Análise Perfil Organizacional Parâmetros para o relatório Perfil do relatório 3.1 Período coberto pelo relatório. — — — 3.2 Data do relatório anterior. — — — 10, 11 3.3 Periodicidade. — — — 10, 11 3.4 Dados para contato. — — — 10, 11 Escopo e limite do relatório 3.5 Definição do conteúdo. — — — 10, 11 3.6 Limite do relatório. — — — 10, 11, 3.7 Escopo do relatório. — — — 10, 11, 3.8 Base para a elaboração do relatório. — — — 10, 11, 3.9 Técnicas de medição e bases de cálculos. — — — 3.10 Consequências de reformulações de informações. — — — 3.11 Mudanças significativas. — 2 — * * * — — — 108–110 — — — 10, 11, 15 Sumário de Conteúdo da GRI 3.12 Sumário GRI. Verificação 3.13 Verificação externa. Governança, compromissos e engajamento Governança 4.1 Estrutura de governança. 1–10 1 3 4.2 Indicação caso o presidente do mais alto órgão de governança também seja um diretor executivo. — 1 3 4.3 Número de membros independentes ou não-executivos do mais alto órgão de governança. — 1 3 4.4 Mecanismos para recomendações a órgãos de governança. — 1 3 15 4.5 Relação entre remuneração e o desempenho econômico e socioambiental. — 1 3 15 15 4.6 Processos para evitar conflitos de interesse. — 1 3 4.7 Qualificações de conselheiros. — 1 — 4.8 Valores, códigos de conduta e princípios internos. — 1 3 Sumário 4.9 Atuação do Conselho de Administração. — 1, 4 3 15 4.10 Autoavaliação do Conselho de Administração. — 1 3 4.11 Princípio da precaução. 7 — 1 4.12 Cartas, princípios e iniciativas. 1–10 — 1 4.13 Participação em associações. 1–10 — 1 4.14 Relação de stakeholders. — — 3 4.15 Identificação de stakeholders. — — — 10,15, 4.16 Engajamento dos stakeholders. — — 3 10, 11,15, 4.17 Principais temas e preocupações de stakeholders. — — — 10, 11, 28, 29 Forma de Gestão: Desempenho econômico 1, 4, 6–7 — — 82, 104, EC1 Valor econômico gerado e distribuído. — 9 4 104–107 Compromissos com iniciativas externas 24, 25, Engajamento dos stakeholders 15, Desempenho Econômico EC2 Riscos e oportunidades relacionados a mudanças climáticas. 7 9 4 82 EC3 Plano de pensão. — — 6 44 EC4 Ajuda financeira significativa recebida do governo. — — — Forma de Gestão: Presença no mercado 1, 4, 6–7 — — 50, 100, 101 EC5 Relação salário mínimo interno/local.I 1 9 6 40 108 Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Indicador Princípio Pacto Global Princípio ICMM Dimensão ISE Página EC6 Gastos com fornecedores locais. — 9 6 100, 101 50 EC7 Contratação local. 6 9 6 Forma de Gestão: Impactos econômicos indiretos 1, 4, 6–7 — — 49 EC8 Investimentos em infraestrutura. — 9 4 14, 15, 49 EC9 Impactos econômicos indiretos. — — 4 Forma de Gestão: Materiais 7–9 — — EN1 Materiais usados. 8 6 — EN2 Percentual dos materiais usados provenientes de reciclagem. 8–9 6 — Forma de Gestão: Energia 7–9 — — 76, 79, 80 EN3 Consumo de energia direta. 8 6 5 83, 85, 86 EN4 Consumo de energia indireta. 8 6 5 84–86 EN5 Energia economizada devido a melhorias em conservação e eficiência. I 8–9 6 5 79 Desempenho Ambiental EN6 Produtos e serviços ecoeficientes. II — — — — EN7 Iniciativas para reduzir o consumo de energia indireta e as reduções obtidas. I 8–9 6 5 79 Forma de Gestão: Água 7–9 — — 16, 17, 87–89 EN8 Água retirada por fonte. 8 6 5 90, 91 EN9 Fontes hídricas afetadas por retirada de água. I 8 — — 90 EN10 Água reciclada e reutilizada. 8–9 — 5 88, 90, 91 Forma de Gestão: Biodiversidade 7–9 — — 56–58 58 EN11 Localização dentro de áreas protegidas ou de alto índice de biodiversidade. 8 7 5 EN12 Impactos na biodiversidade. 8 — 5 56, 58 EN13 Habitats protegidos ou restaurados. 8 — 5 58 EN14 Gestão de impactos na biodiversidade. 8 — 5 56 EN15 Lista Vermelha da IUCN. 8 — — 58 Forma de Gestão: Emissões, efluentes e resíduos 7–9 — — 65–74, 80–82 EN16 Emissões diretas e indiretas de gases de efeito estufa. 8 6 5, 7 76–80 EN17 Outras emissões indiretas relevantes de gases causadores do efeito estufa, por peso. 8 6 5, 7 80, 81 EN18 Iniciativas para reduzir emissões de gases de efeito estufa. 7–9 — 5, 7 77–79 EN19 Emissões de substâncias destruidoras da camada de ozônio. 8 6 5 EN20 NOx, SOx e outras emissões atmosféricas significativas, por tipo e peso. 8 6 — EN21 Descarte de água. 8 6 5 EN22 Peso total de resíduos. 8 6 5 69–71 EN23 Derramamentos significativos. 8 6 5 70 EN24 Resíduos perigosos transportados. 8 — — EN25 Identificação, tamanho, status de proteção e índice de biodiversidade de corpos d’água e habitats relacionados. I 8 6 — Forma de Gestão: Produtos e Serviços 7–9 — — EN26 Iniciativas para mitigar os impactos ambientais de produtos e serviços e a extensão da redução desses impactos. 7–9 — 5 EN27 Produtos e embalagens recuperados. 8–9 — 5 70, 72, 73 74, 75, 102, 103 Forma de Gestão: Conformidade 7–9 — — 75 EN28 Valor monetário de multas significativas. 8 6, 8 5 74, 75 Forma de Gestão: Transporte 7–9 — — EN29 Impactos ambientais significativos do transporte de produtos e outros bens e materiais. 8 — — Forma de Gestão: Geral 7–9 EN30 Investimentos em proteção ambiental. 7–9 — 5 Forma de Gestão: Emprego 1, 3, 6 — — 40, 41 LA1 Trabalhadores por tipo de emprego e região. — 3 6 29, 30 14, 15 14, 15 Desempenho Social – Práticas trabalhistas e trabalho decente LA2 Taxa de rotatividade. 6 9 6 40 LA3 Benefícios a empregados. — — 6 44 Forma de Gestão: Relações entre trabalhadores e governança 1, 3, 6 — — 41–43 LA4 Acordos de negociação coletiva. 1, 3 3 6 42 LA5 Prazo mínimo para notificação com antecedência referente a mudanças operacionais. 3 3 6 42 Forma de Gestão: Segurança e saúde ocupacional e preparação para emergência 1, 3, 6 — — 31–34 LA6 Representação em comitês de saúde e segurança. 1 3, 5 — 43 LA7 Doenças ocupacionais, dias perdidos e óbitos. 1 5 5 31, 32 LA8 Programas de educação, aconselhamento e prevenção relacionados a doenças graves. 1 5 5 32 LA9 Saúde e segurança em acordos com sindicatos. 1 3 — 42 Forma de Gestão: Treinamento e educação 1, 3, 6 — — 35, 36 LA10 Horas de treinamento. — 2 — 35–37 LA11 Gestão de competências e aprendizagem contínua. — 3 — 35–37 LA12 Análise de desempenho e desenvolvimento de carreira. — — — 40 Forma de Gestão: Diversidade e igualdade de oportunidades 1, 3, 6 — — 37–39 LA13 Composição dos grupos responsáveis pela governança. 1, 6 3 6 38, 39 Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 109 Indicador Princípio Pacto Global Princípio ICMM Dimensão ISE Página LA14 Proporção de salário homens/mulheres. 1, 6 — 6 38, 39 Forma de Gestão: Práticas de investimento e de processos de compra 1–6 — — 97–99 HR1 Percentual e número total de contratos de investimentos significativos que incluam cláusulas referentes a direitos humanos. 1–6 2, 3 — 97 HR2 Percentual de fornecedores avaliados e medidas tomadas. 1–6 3 6 97 HR3 Horas de treinamento para empregados em direitos humanos. 1–6 — — 23 Desempenho Social – Direitos Humanos Forma de Gestão: Não-discriminação 1–6 — — 39 HR4 Número total de casos de discriminação e as medidas tomadas. 1, 2, 6 3 6 39 Forma de Gestão: Liberdade de associação e negociação coletiva 1–6 — — 41 HR5 Operações com risco à liberdade de associação e negociação coletiva. 1, 2, 3 3 6 41 Forma de Gestão: Trabalho infantil 1–6 — — 41, 97–99 HR6 Operações com risco de trabalho infantil. 1, 2, 5 3 6 97 Forma de Gestão: Trabalho forçado ou análogo ao escravo 1–6 — — 97–99 HR7 Operações com risco de trabalho forçado ou análogo. 1, 2, 4 3 6 97 Forma de Gestão: Práticas de segurança 1–6 — — HR8 Treinamento da segurança em direitos humanos. 1, 2 3 — Forma de Gestão: Direitos indígenas 1–6 — — 52, 53 HR9 Violações de direitos indígenas. 1, 2 — — 53 45–47 35 Desempenho Social – Sociedade Forma de Gestão: Comunidade 10 — — SO1 Gestão de impactos das operações nas comunidades. — 4 6 49 Forma de Gestão: Corrupção 10 — — 21–23 SO2 Avaliações de riscos relacionados à corrupção. 10 1 1 21 SO3 Treinamento em políticas anticorrupção. 10 1 1 21 SO4 Medidas tomadas em resposta a casos de corrupção. 10 1 1 21 Forma de Gestão: Políticas Públicas 10 — — 25 SO5 Participação na elaboração de políticas públicas. 1–10 — 6 25 SO6 Contribuições a partidos políticos. 10 — 6 25 Forma de Gestão: Concorrência desleal II 10 — — SO7 Ações judiciais por concorrência desleal, práticas de truste e monopólio. — — — Forma de Gestão: Conformidade II 10 — — 21 SO8 Multas e sanções não-monetárias por não-conformidade a leis e regulamentos. — — — 21 Forma de Gestão: Segurança e saúde do cliente II 1–8 — — 102, 103 PR1 Avaliação de impactos. 1 8 — 102 PR2 Não conformidade com regulamentos e códigos de impactos de produtos e serviços na saúde e segurança.I 1 — 6 102 Forma de Gestão: Rotulagem de produtos e serviços II 1–8 — — 102 PR3 Procedimentos de rotulagem de produtos e serviços. 8 8 — 102 PR4 Não conformidade com regulamentos e códigos de rotulagem.II — — — — PR5 Práticas relacionadas à satisfação do cliente. — — 6 102 Forma de Gestão: Comunicações de marketing II 1–8 — — 102 PR6 Adesão às normas. II — — — — PR7 Não-conformidade. — — 6 102 Forma de Gestão: Privacidade do Cliente II 1–8 — — — Desempenho Social – Responsabilidade pelo produto PR8 Reclamações de violação de privacidade e perdas de dados de clientes. II — — — — Forma de Gestão: Conformidade II 1–8 — — 102 PR9 Multas relacionadas ao fornecimento e uso dos produtos e serviços. — — — 102 MM1 Quantidade de terras (próprias ou arrendadas, usadas para atividades produtivas ou extrativistas) alteradas ou reabilitadas. — 7, 9 — 62, 63 MM2 Número e percentual de unidades operacionais que necessitam de planos de gestão da biodiversidade — 7, 9 — 56 MM3 Quantidades totais de estéril, rejeitos e lamas e seus riscos associados. — 6, 8 — 65, 66 MM4 Número de greves e locautes com duração de mais de uma semana, discriminados por país. — 3 — 42 52 Indicadores Setoriais de Mineração e Metais MM5 Número total de operações localizadas em territórios de povos indígenas ou adjacentes a eles, e onde há acordos formais. — 3 — MM6 Número e descrição de conflitos significativos relativos ao uso da terra, direitos consuetudinários de comunidades e povos indígenas. — 3 — 65 Forma de Gestão: Mecanismos e Procedimentos para Encaminhamento de Demandas e Queixas — — — 48 65 MM7 Até que ponto mecanismos para encaminhamento de demandas e queixas foram usados para resolver conflitos relativos ao uso da terra. 1, 2 3 — Forma de Gestão: Mineração artesanal e de pequena escala — — — — MM8 Número (e percentual) de unidades operacionais da empresa onde ocorre mineração artesanal e de pequena escala (Mape) — 9 Forma de Gestão: Reassentamento — — — 51, 52 MM9 Locais onde ocorreram reassentamentos, número de domicílios em cada um deles e como seus meios de subsistência foram afetados — 3 — 51, 52 Forma de Gestão: Planejamento para encerramento de atividades — — — 65 MM10 Número e percentual de operações com planos para o encerramento das atividades. — 2 — 65 Forma de Gestão: Gerenciamento responsável dos materiais — — — 102, 103 MM11 Programas relacionados ao gerenciamento responsável dos materiais e seu progresso. 8, 9 8 — 102 * I II Ao longo do relatório. Indicadores reportados parcialmente. Mais detalhes no arquivo digital. Não reportado por não ser material. Mais detalhes no arquivo digital Expediente Coordenação geral Diretoria de Meio Ambiente Apoio editorial Diretoria de Comunicação Corporativa Apoio operacional Accenture CSC Computer Sciences Brasil S.A. Verificação externa KPMG Consultoria GRI, redação e edição Report Sustentabilidade Revisão Assertiva Produções Editoriais Tradução Batata Comunicações Mariana Rêgo Projeto gráfico, diagramação e produção gráfica Report Sustentabilidade Família tipográfica PMN Caecilia Peter Matthias Noordzij, 1990 Myriad PRO Robert Slimbach e Carol Twombly, 1992 Va l e Relatório de Sustentabilidade 2012 © 2013 Vale S.A. All Rights Reserved. www.vale.com Sumário do arquivo digital Visão geral Planeta [1.01] Materialidade [4.01] [4.02] [4.03] [4.04] [4.05] [4.06] [4.07] [4.08] [4.09] [4.10] [4.11] [4.12] [4.13] [4.14] [4.15] [4.16] [4.17] [4.18] [4.19] [4.20] [4.21] [4.22] [4.23] [4.24] Visão estratégica [2.01] [2.02] [2.03] [2.04] [2.05] [2.06] [2.07] [2.08] Mecanismos de diálogo Governança Pesquisa e inovação Gestão integrada de riscos Conformidade legal Ética Direitos Humanos Parcerias institucionais Pessoas [3.01] [3.02] [3.03] [3.04] [3.05] [3.06] [3.07] [3.08] [3.09] [3.10] [3.11] [3.12] [3.13] [3.14] [3.15] [3.16] [3.17] [3.18] [3.19] [3.20] [3.21] [3.22] Compromisso com as pessoas Perfil das pessoas em números Saúde e segurança Estratégia de saúde integrada Ações em saúde e segurança recebem prêmio Plano de atendimento à emergência Educação Equidade de gênero Força feminina Combate à discriminação Remuneração variável e avaliação profissional Diálogo aberto com os sindicatos Benefícios Previdência Incidentes nas ferrovias Diálogo social Estudos socioeconômicos Fundação Vale Qualificação profissional Remoção involuntária Povos indígenas e comunidades tradicionais Acompanhamento de situações judicializadas em 2012 Biodiversidade Planos de Gestão da Biodiversidade Participação e engajamento Áreas protegidas e áreas operacionais Áreas protegidas e áreas operacionais (cont.) Espécies ameaçadas Área impactada e em recuperação Recuperação das Áreas Degradadas (RAD) Conflitos pelo uso da terra Fechamento de mina Resíduos minerais Resíduos não minerais Resíduos perigosos e não perigosos Resíduos perigosos e não perigosos (cont.) Derramamentos Emissões atmosféricas e ruídos Gestão e conformidade ambiental Estratégia em mudanças climáticas Engajamento Energia Emissões de GEE Gestão de risco Pegada hídrica Efluentes Criação de valor [5.01] [5.02] [5.03] [5.04] [5.05] Promoção da agenda de sustentabilidade Desempenho do fornecedor Clientes Clientes (cont.) Clientes (cont.) Sumário GRI [6.01] Sumário GRI Ver lista completa de anexos Voltar para o conteúdo principal [1.01] Materialidade Identificação Priorização de questões Identificação de questões-meio de diversas fontes. Utilização de conjunto consistente de filtros para identificar as questões mais materiais e elaborar a matriz de materialidade. Fontes primárias – Inputs dos resultados do processo de materialidade realizado em 2010; entrevistas com a alta administração (21); entrevistas com especialistas (14); Painel de Especialistas; análise de mídia. Questões identificadas – Comunidades; pessoas; saúde e segurança; mudanças climáticas; energia; água; território; globalização; governo; cadeia de valor; educação; resíduos; biodiversidade; inovação; cultura de consumo. Filtros classificatórios – Impacto na reputação; impacto regulatório; continuidade dos negócios; frequência do tema. Filtros eliminatórios – Alinhamento com a estratégia de negócios. Matriz de materialidade Mudanças climáticas Território Energia Validação Envolvimento da alta liderança e de partes interessadas-chave para validação da matriz de materialidade. Validação interna – Envolvimento do Conselho de Administração; validação do CEO e da alta administração da empresa; revisão pela diretoria responsável pela agenda de sustentabilidade. Validação externa – Parecer externo do relatório de sustentabilidade por consultoria especializada. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Relevância para as partes interessadas Globalização Água Comunidades Pessoas Saúde e segurança Biodiversidade Educação Governo Inovação Cadeia de valor Resíduos Cultura do consumo Relevância para os Negócios da Vale Baixa Média Alta Ver lista completa de anexos Voltar para o conteúdo principal [2.01] Mecanismos de diálogo [IP4.14, IP4.15, IP4.16] Quadro: Canais de comunicação com partes interessadas Ferramentas de comunicação Ferramentas de comunicação Público em geral Comunidades – – – – – – – Relatório de Sustentabilidade Vale Canal de Denúncias (descrito em www.vale.com) Fale Conosco (disponível em www.vale.com) Sites da Vale (Global, Brasil, Canadá, Austrália e Malásia) Pesquisa de reputação em áreas de atuação e grandes capitais brasileirasI Campanhas de comunicação Redes Sociais (Facebook, YouTube e Twitter) Acionistas, debenturistas e investidores – Relatório 20-F, press releases, fatos relevantes, convocação e atas da Assembleia Geral de Acionistas, relatórios financeiros trimestrais (ITR), formulário de referência – Visitas às operações da Vale – Encontros com investidores – Correio eletrônico: [email protected] – Telefone de contato do Departamento de Relações com Investidores: 55-21-3814-4540 – Canal de Denúncias (descrito em www.vale.com) Clientes – – – – – Campanhas Eventos especiais Visitas e encontros na Vale Pesquisas de satisfação Canal de Denúncias (descrito em www.vale.com) Empregados – – – – – Publicações internas Intranet Brasil Vale (Brasil, Canadá e Global) Pesquisa global do empregadoII Eventos especiais, campanhas internas e comunicação direta Canal de Denúncias (descrito em www.vale.com) Fornecedores – – – – Visitas e encontros na Vale Programas de intercâmbio Reuniões estruturadas Canal de Denúncias (descrito em www.vale.com) – – – – – – – – – – – – Diagnósticos socioeconômicos Encontros para consulta prévia Entrevistas Grupos focais e visitas às unidades Programa Encontro com Lideranças Publicação externa — Notícias Alô Ferrovias — canal de atendimento aos usuários dos trens de passageiros Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM) e Estrada de Ferro Carajás (EFC) — 0800 285 7000 Canal de Denúncias (descrito em www.vale.com) Observatório de Stakeholders Encontros de diálogo social Contatos diretos com equipe do DIRC (presencial e por telefone) Site (Fale Conosco) Governos e sociedade civil – – – – – – Participação em associações e entidades Encontros para consulta prévia Entrevistas Canal de Denúncias (descrito em www.vale.com) Visitas e encontros na Vale Participação em conferências, fóruns de debates Imprensa – – – – – – – – – – – – Sala de imprensa no www.vale.com Telefones e e-mails de contato com assessores (disponíveis na Sala de Imprensa) Webcast Coletivas de imprensa presenciais Conference calls Entrevistas presenciais Visitas às operações da Vale Visitas às redações Rodas de conversa Releases e notas Almoços de relacionamento Canal de Denúncias (descrito em www.vale.com) I Estudo quantitativo realizado anualmente pelo Instituto Vox Populi no Brasil. II Estudo quantitativo realizado com todos os empregados da Vale no Mundo. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Ver lista completa de anexos Voltar para o conteúdo principal [2.02] Governança [IP4.1, IP4.2, IP4.3, IP4.4, IP4.5, IP4.6, IP4.8, IP4.9] Conselho de Administração Responsável pela definição das políticas e das diretrizes gerais da empresa, pela análise dos planos e projetos propostos pela Diretoria Executiva e pela avaliação dos resultados. Conta com 11 membros e respectivos suplentes, restando uma posição de suplente vaga, eleitos em Assembleia Geral de acionistas ou nomeados pelo Conselho de Administração, nos termos do artigo 11, §10, do Estatuto Social1, com mandato de dois anos. Em dezembro de 2012, o Conselho era composto de nove conselheiros indicados pelo acionista majoritário, um membro independente sem vínculo com o grupo de controle e um representante eleito pelos empregados. Por meio das Assembleias Gerais Ordinárias, realizadas anualmente, e Extraordinárias, sempre que convocadas pelo Conselho de Administração, os acionistas minoritários podem se manifestar sobre as matérias em pauta. Os acionistas não controladores titulares de ações ordinárias que representem pelo menos 15% do total das ações com direito a voto e de ações preferenciais com, no mínimo, 10% do capital social têm direito de eleger um membro do Conselho de Administração e seu suplente. Caso se verifique que nem os titulares de ações ordinárias nem os titulares de preferenciais atenderam aos limites indicados, eles poderão juntar suas ações e, uma vez atingido o percentual de 10% do capital total, em conjunto, eleger um membro e seu suplente para o Conselho de Administração2. Os membros do Conselho de Administração recebem remuneração fixa. A remuneração global e anual dos administradores é estabelecida pela Assembleia Geral Ordinária de acionistas, com base em responsabilidades, no tempo dedicado às funções, na competência, na reputação profissional e no valor praticado no mercado. O Conselho de Administração não é submetido a um processo formal de autoavaliação. Os membros possuem reconhecida competência nas áreas de finanças e mercado de capitais, governança corporativa, mineração, comercialização de minérios e sustentabilidade. O presidente do Conselho de Administração, Dan Antonio Marinho Conrado, e os demais membros do Conselho de Administração não exercem função de diretor executivo da empresa. A auditoria interna é diretamente subordinada ao Conselho de Administração. O responsável pela auditoria interna é nomeado e destituído pelo Conselho de Administração. Conselho Fiscal Permanente Constituído por três a cinco membros (e igual número de suplentes) independentes, nos termos da lei brasileira, fiscaliza as atividades da administração e revisa as demonstrações contábeis, reportando-se diretamente aos acionistas. Também desempenha as funções de Comitê de Auditoria, nos termos da Lei Sarbanes-Oxley e das normas que regulam a listagem de valores mobiliários na Bolsa de Valores de Hong Kong (HKSE). Um membro do 1 Em caso de vacância do cargo de conselheiro ou de seu suplente, o substituto poderá ser nomeado pelos membros remanescentes e servirá até a Assembleia Geral seguinte, que deliberará sobre a sua eleição. 2 O Sr. José Mauro Mettrau Carneiro da Cunha foi eleito por indicação da Valepar S.A., dado que, na Assembleia Geral Ordinária realizada em 17 de abril de 2013, os titulares de ações ordinárias de emissão da Vale, individualmente ou em conjunto, excluído o acionista controlador, não alcançaram os quóruns previstos e que os titulares de ações preferenciais, também excluído o acionista controlador, não indicaram candidato para representá-los no Conselho de Administração. Continua na próxima página Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Ver lista completa de anexos Voltar para o conteúdo principal Conselho Fiscal e seu respectivo suplente foram reeleitos pelos acionistas preferencialistas na Assembleia Geral Ordinária de 2013. Nenhum dos membros do Conselho Fiscal integra o Conselho de Administração e a Diretoria Executiva, conforme critérios de independência previstos na lei brasileira. Comitês de Assessoramento Para apoiar o Conselho de Administração na condução de suas atividades, a Vale conta com cinco comitês de assessoramento: Desenvolvimento Executivo, Estratégico, Financeiro, Controladoria e Governança e Sustentabilidade. Os comitês representam fóruns de discussão, partilhando as diferentes visões de seus membros, o que permite maior amadurecimento e alinhamento das proposições antes de seu encaminhamento para o Conselho de Administração. O objetivo é contribuir para a fluidez dos processos decisórios e para a qualidade das decisões. Diretoria Executiva Coloca em prática a estratégia de negócios estabelecida pelo Conselho de Administração, elabora planos e projetos e é responsável pelo desempenho operacional e financeiro da empresa. Seus integrantes são indicados pelo diretor-presidente e eleitos pelo Conselho de Administração. Além da remuneração fixa, os diretores executivos da Vale e os demais executivos da empresa recebem remuneração variável, atrelada ao desempenho de metas individuais e coletivas, desdobradas para alcançar os resultados estratégicos da empresa, por meio de indicadores econômico-financeiros, técnico-operacionais e de sustentabilidade (incluindo saúde e segurança e demais aspectos de sustentabilidade). Composição acionária (abril de 2013)3 Capital total % 5,3% 1,7% 8,6% 33,7% 11,1% 14,1% Valepar 33,7% NYSE-ADR 25,5% Bovespa 14,1% Institucionais 11,1% Varejo 8,6% BNDESPar 5,3% FMP-FGTS 1,7% Tesouro Nacional 12 açõesI 25,5% I O governo brasileiro detém 12 golden shares da Vale, o que lhe confere poderes de veto sobre algumas ações da empresa. 3 Não inclui ações em tesouraria. O banco custodiante das ações da empresa é o Banco Bradesco S.A. A Valepar é a acionista controladora da Vale. A Valepar é sociedade de propósito específico, organizada conforme a legislação brasileira, constituída com o único objetivo de ter uma participação na Vale. São detentores de ações ordinárias da Valepar: Litel Participações S.A., Eletron S.A., Bradespar S.A., Mitsui &Co., Ltd. e BNDESPar. Para mais informações sobre a composição acionária da Vale e da Valepar, consulte o Relatório 20-F e as informações disponíveis na seção Investidores, em www.vale.com. Continua na próxima página Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Ver lista completa de anexos Voltar para o conteúdo principal Capital preferencial (PN) % 3,4% 1,0% 19,4% 32,4% 20,3% NYSE-ADR 32,4% Bovespa 23,5% Institucionais 20,3% Varejo 19,4% BNDESPar/FPS 3,4% Valepar 1,0% Tesouro Nacional 12 açõesI 23,5% I O governo brasileiro detém 12 golden shares da Vale, o que lhe confere poderes de veto sobre algumas ações da empresa. Capital ordinário (ON) 5,5% 2,9% 1,7% % 6,5% 8,2% 53,9% 21,3% Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Valepar 53,9% NYSE-ADR 21,3% Bovespa 8,2% BNDESPar 6,5% Institucionais 5,5% FMP – FGTS 2,9% Varejo 1,7% Voltar para o conteúdo principal [2.03] Pesquisa e inovação Iniciativas de pesquisa na Vale Centro de Desenvolvimento Mineral (CDM) Composto por laboratórios de processo, plantas piloto, laboratórios químicos e mineralógicos, o Centro de Desenvolvimento Mineral (CDM) é considerado o mais sofisticado e completo complexo laboratorial voltado à pesquisa e desenvolvimento na área mineral da América Latina e um dos mais modernos centros de desenvolvimento de tecnologia mineral do mundo. Foi o primeiro do gênero a receber a certificação ambiental ISO 14001 e o primeiro centro de pesquisa da Vale no Brasil a receber a certificação da ISO 17025. Há mais de 40 anos são realizadas no CDM atividades relacionadas ao desenvolvimento de rotas de processos para os novos projetos minerais da Vale, gerados pela exploração. Centro de Tecnologia de Ferrosos (CTF) A Vale está comprometida com a criação de soluções em minério de ferro e carvão para o mercado e em estabelecer com os clientes uma relação de confiança por meio de ações de pesquisa e desenvolvimento (P&D) que resultem em alternativas inovadoras para necessidades que se apresentam. O Centro de Tecnologia em Ferrosos (CTF) tem papel fundamental nessa estratégia. Localizado em uma área rica em fauna e vegetação em Nova Lima (MG), o CTF reúne laboratórios com os mais modernos recursos científicos e tecnológicos, onde atuam 30 pesquisadores e 60 profissionais técnicos e administrativos. No centro, são desenvolvidos estudos para conhecer a essência dos minérios de ferro e carvões, estabelecer relações de causa e efeito entre suas diversas características e o desempenho desses produtos nos reatores das usinas siderúrgicas clientes. No Centro, é possível também estudar toda a cadeia de uso do minério de ferro e do carvão, da mina ao aço, de modo a agregar o máximo de valor aos produtos da Vale, numa abordagem que visa criação de propostas de valor a serem capturadas pela Vale e pelos clientes. O CTF conta com oito prédios, em que estão situados as áreas administrativas, as plantas piloto de Aglomeração, Coqueificação e Tratamento de Minérios e os laboratórios de Preparação de Amostras, Caracterização de Materiais, Propriedades a Altas Temperaturas, Ensaios Metalúrgicos, Beneficiamento de Minérios, Carvão e Coque, Análises Químicas e Metrologia. Neles estão instalados equipamentos de última geração, como o forno de amolecimento e fusão, que serve para verificar o comportamento da carga metálica na região interna do alto-forno. Outro equipamento raro que consta do acervo tecnológico do CTF é o Espectrômetro Mössbauer, capaz de caracterizar os diversos tipos de minério com ferro em sua composição. Um protótipo portátil, similar a um dos disponíveis no CTF, foi enviado a Marte pela NASA para estudar o solo do planeta. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Ver lista completa de anexos Ver lista completa de anexos Voltar para o conteúdo principal [2.04] Gestão integrada de riscos [IP1.2] A Política de Gestão de Risco Corporativo da Vale determina a mensuração e o monitoramento dos riscos, de forma consolidada, para garantir que seu nível total permaneça em conformidade com as diretrizes definidas pelo Conselho de Administração e pela Diretoria Executiva. O Comitê Executivo de Gestão de Riscos é responsável por apoiar a Diretoria Executiva nas análises de risco e emitir pareceres sobre o tema, além de ser responsável pela supervisão e revisão dos princípios e instrumentos de gestão de risco corporativo. Os procedimentos de gestão de risco são orientados pelos padrões da norma ISO 31000. Existe uma rotina para esse monitoramento. Os principais riscos e seus respectivos controles e planos de ação são analisados e acompanhados trimestralmente pelo Comitê Executivo de Riscos e, pelo menos uma vez ao ano, são apresentados ao Conselho de Administração pelos diretores executivos. Em 2012, foram concluídos 460 planos de ação, e outros 756 estão em andamento. Foram identificados, analisados e tratados 467 grandes eventos de risco. A gestão de risco da Vale está dividida em dois grandes grupos. Um deles é a análise e a avaliação de riscos associados aos objetivos de negócio, uma visão ampla, multidisciplinar, mais conhecida no mercado como Enterprise Risk Management (ERM). No outro grupo, as técnicas de análise de riscos são mais específicas, com o propósito de serem exaustivas e identificar, no detalhe, situações de risco potencial. Em todos os casos, a gestão deve ser realizada a partir de informações que retratem, periodica e sistematicamente, os riscos e permitam, por meio de ações efetivas, a sua minimização, quando possível, ou que pelo menos permaneçam estáveis. Por isso, os processos são executados de forma integrada e com a definição clara de papéis e de responsabilidades. A abordagem de gestão de riscos é dividida em quatro dimensões: – Mercado: busca avaliar o impacto da volatilidade dos fatores de risco, como taxas de juros, moedas e preços de commodities, no fluxo de caixa; – Crédito: analisa a probabilidade do não cumprimento das obrigações assumidas por uma contraparte (clientes, instituições financeiras e fornecedores, entre outros) com a Vale; – Operacional: engloba a avaliação do risco de perdas potenciais resultantes de falhas ou inadequação de processos internos, pessoas, sistemas e/ou eventos externos. Os eventos podem ocorrer nas operações, nos projetos e nos processos corporativos e resultar em danos às pessoas, ao meio ambiente, à propriedade, à sociedade e à reputação da empresa; Continua na próxima página Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Voltar para o conteúdo principal – Projetos: tem como foco a análise integrada de riscos em projetos de capital, por meio da identificação, quantificação e, especialmente, gestão dos impactos dos riscos sobre o investimento, o prazo e a segurança dos projetos, além de avaliar os riscos que possam comprometer o desempenho operacional das novas instalações. Princípio da Precaução O desenvolvimento e a implantação da Política de Sustentabilidade Global da Vale dependem da aplicação do Princípio da Precaução nos estudos de viabilidade relacionados à gestão de riscos, buscando atender às questões relevantes para as partes interessadas, assim como aos aspectos empresariais. Isso se dá a partir de identificação prévia, análise e minimização dos riscos corporativos, incluindo, mas não se limitando a eles, riscos financeiros, à saúde e à segurança de todos os empregados, contratados, comunidades vizinhas às operações e meio ambiente. A Vale implanta medidas de prevenção ou mitigação de risco e, junto da elaboração do planejamento estratégico anual, identifica os riscos e as oportunidades de cada unidade de negócios, o que fornece as bases para o desenvolvimento e a atualização das estratégias da empresa em relação aos riscos corporativos. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Ver lista completa de anexos Ver lista completa de anexos Voltar para o conteúdo principal [2.05] Conformidade legal [SO7, SO8] Civil Tramitam na Justiça 69 processos envolvendo a Vale, sem valor econômico definido, que contestam a legalidade da sua privatização, ocorrida em 1997, todos ainda pendentes de decisão judicial final. Essas ações não devem afetar o resultado do processo de privatização ou produzir algum efeito negativo para a empresa. Regulatório Em 2012, no processo em que se discute a anulação da autorização que concede à Vale e a outras empresas o direito de operação nos terminais de carvão e de produtos siderúrgicos em Praia Mole, no Estado do Espírito Santo, a decisão da primeira instância, favorável à Vale, foi confirmada no âmbito do Tribunal Regional Federal (TRF) da 2ª Região. A decisão final está pendente de confirmação, por causa da interposição de recursos especial e extraordinário. Tributário A Vale discute, por meio de 18 ações judiciais e seis processos administrativos, a incidência do imposto de renda da pessoa jurídica e da contribuição social sobre o lucro líquido em relação a lucros auferidos por coligadas e controladas no exterior. A empresa contesta a cobrança de imposto sobre circulação de mercadorias e serviços (ICMS) supostamente devido ao Estado de Minas Gerais, por divergências quanto à base de cálculo do imposto na transferência interestadual de minério de ferro, por meio de processos administrativos lavrados em 2012. Em razão de alterações legislativas que reduziram consideravelmente os valores autuados, a Vale decidiu quitar os montantes e as respectivas multas, cobrados pelo Estado de Minas Gerais, e desistir das discussões administrativas em andamento até então. Ressalte-se que, em 2012, o Estado do Pará lavrou três autos de infração, cuja discussão se assemelha à conduzida em Minas Gerais. As defesas apresentadas aguardam julgamento. A empresa contesta ainda exigências de compensação financeira pela exploração mineral (CFEM) em 135 processos administrativos e 52 ações judiciais. Em 2012, a Vale alterou para provável a probabilidade de perda da discussão relativa à dedução das despesas com transporte da base de cálculo da CFEM, razão pela qual decidiu quitar o seu pagamento, incluindo multas. Em dezembro de 2011, os estados de Minas Gerais e Pará introduziram novo tributo sobre a produção mineral (Taxa de Fiscalização de Recursos Minerais — TFRM). Em 2012, esses estados implementaram mudanças na legislação que acarretaram a redução dos valores cobrados. A Vale decidiu pagar a TFRM devida em 2012, incluindo multas. Cabe registrar que a Associação Brasileira de Indústria (Confederação Nacional da Indústria — CNI) atualmente contesta a constitucionalidade da TFRM imposta por Minas Gerais e Pará junto ao Supremo Tribunal Federal. Se a reivindicação da CNI for atendida, a empresa acredita que a TFRM poderá ser eliminada. Em dezembro de 2012, uma taxa similar foi introduzida pelo Estado de Mato Grosso do Sul, e, atualmente, a Vale avalia a possibilidade de contestação. A disputa com as autoridades suíças relativa à concessão de um benefício fiscal à subsidiária da Vale, Vale International, foi encerrada em 2012. A Vale International pagará os tributos federais adicionais reivindicados pelas autoridades federais suíças, sem acréscimo de multas. Para mais informações sobre os casos relatados acima, consulte o Relatório 20-F da Vale, em www.vale.com, seção Investidores. Continua na próxima página Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Voltar para o conteúdo principal Trabalhista Prosseguem, no Brasil, as discussões judiciais sobre o recolhimento de fundo de garantia do tempo de serviço (FGTS) pretendido pela União Federal, incidente sobre certas parcelas da folha de pagamento do período de 1999 a 2003. Também prosseguem as discussões sobre acidentes fatais ocorridos no exercício de atividades laborais; condições de trabalho (períodos de descanso/temperaturas) na mina de potássio em Taquari Vassouras (Sergipe); terceirização de atividades de plano de fogo, detonação, operações com pás-carregadeiras e perfuratrizes e atividade de monitoramento de barragem de rejeitos nas minas do Estado de Minas Gerais, que foi questionada pelo Ministério Público do Trabalho; e horas in itinere em Carajás, discutidas em ação civil pública movida pelo Ministério Público do Trabalho. Neste processo, foi celebrado acordo, que está em fase de cumprimento. O processo judicial envolvendo a adequação do Complexo de Tubarão, em Vitória (ES), à Norma Regulamentadora nº 10, do Ministério do Trabalho e Emprego, sobre segurança em instalações e serviços em eletricidade, foi arquivado em definitivo. Na Austrália, a mina de carvão Broadlea esteve envolvida em uma ação judicial, iniciada pelo Departamento de Minas e Energia de Queensland (atualmente Departamento de Emprego, Desenvolvimento Econômico e Inovação), motivada por um acidente de trabalho com um empregado. Apesar de o resultado da defesa do primeiro julgamento ter sido favorável à Vale, houve um recurso por meio do qual o caso foi revertido e voltou à instância original. Entretanto, as partes celebraram um acordo para encerrar o litígio sem condenação do gerente executivo local. Foi estipulado o pagamento de uma pequena multa, referente aos custos da investigação, e as multas contra à subsidiária da Vale foram retiradas. Esse acordo foi homologado pelo Tribunal em 5 de novembro de 2012, e o processo está encerrado . Em outro caso judicial na Austrália, as operações da Integra Coal e a administração da Glennies Creek Coal estão sendo processadas por uma fatalidade de um empregado na mina Integra, em 2009. Uma investigação oficial (Inquest Coronial) foi realizada em novembro de 2012, na qual não foram encontradas evidências contra as operações da Integra Coal ou a gestão da Glennies Creek Coal. Foram designadas para o julgamento três semanas, em julho e agosto de 2013. Na sequência do resultado do inquérito, foi apresentado um requerimento ao Ministério Público, solicitando que as acusações contra as empresas sejam retiradas, o que ainda está pendente de apreciação. Concorrência desleal Em dois processos administrativos, pendentes de decisão, alega-se a existência de conduta anticompetitiva em relação aos negócios de Logística. Um desses processos envolve a Companhia Portuária da Baía de Sepetiba (CPBS), subsidiária da Vale, contra a qual se alega negativa de embarque de minério de ferro de terceiros. O outro processo envolve as concessões ferroviárias detidas diretamente pela Vale (Estrada de Ferro Vitória a Minas e Estrada de Ferro Carajás) e pela sua controlada FCA, contra as quais se alega aumento abusivo de preços cobrados de usuários. A Vale entende que, em ambos os casos, não há procedência nas alegações. Multas sobre serviços e produtos A Vale procura se adequar a todas as normas e legislações vigentes nos países em que opera. Em 2012, do ponto de vista regulatório, não houve registro de casos de não conformidade ou multas relacionadas a patrocínio, publicidade e promoção dos produtos da Vale, tampouco problemas relativos a fornecimento e uso de produtos e serviços. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Ver lista completa de anexos Voltar para o conteúdo principal [2.06] Ética [IP4.8, SO2, SO3, SO4] Em seu Código de Conduta Ética, a Vale expressa que conduz suas atividades empresariais orientada por um conjunto de valores que refletem elevados padrões éticos e morais, buscando assegurar credibilidade e preservar a imagem da empresa, no curto e no longo prazos, junto aos mercados em que atua regularmente. Os padrões éticos, que se expressam em ações justas e responsáveis dos pontos de vista social e ambiental, formam a base dos negócios e a receptividade da empresa no mercado. Por isso, a priorização de uma gestão ética e de padrões comportamentais corretos em toda a sua cadeia produtiva contribui para o fortalecimento da imagem institucional da Vale em todo o mercado de atuação. As ações de avaliação de riscos de corrupção baseiam-se em documentos normativos que incluem instruções e procedimentos internos que regulamentam a Política Institucional de Segurança Empresarial da Vale. Em 2012, a Vale implementou o programa para evitar atos anticoncorrenciais, capacitando seus gestores no Brasil e no exterior. A Vale também vem implementando, em todos os países em que atua, um programa de compliance com o Foreign Corrupt Practices Act (FCPA) — legislação anti-corrupção norte-americana. A Diretoria de Segurança Empresarial também busca desenvolver ações, em parceria com outros departamentos, utilizando dados provenientes dessas áreas para a identificação de oportunidades de prevenção de perdas e o atendimento de pontos detectados em trabalhos realizados pela Auditoria Interna da empresa. Unidades de negócio submetidas à avaliação de risco em 2012 – Biopalma – Ferrosos Sudeste (minas/usinas: Alegria, Fábrica Nova, Fazendão, Timbopeba e Cauê) – Projeto Itabira – Projeto Vargem Grande – Ferrosos Norte (Carajás: minas N4W, N4E, N5W, N5E, N5E-N e Azul) – Ferrosos Sul (mina/usina Pico) – Ferrosos Centro-Oeste (mina Urucum) – Estrada de Ferro Vitória a Minas – Estrada de Ferro Carajás – Terminal Marítimo Ponta da Madeira – Porto de Tubarão (incluindo Carga Geral) – Terminal Marítimo de Itaguaí – Ferrovia Centro-Atlântica – Bayóvar (Peru) – Vale Fertilizantes (Complexo Mineroquímico de Cajati) – Projeto Potássio Rio Colorado (Argentina) – Projeto Salobo I – Moatize (Moçambique) – Projeto Nacala (Moçambique) – Onça Puma – Vale no Canadá (Projeto Long Harbour) Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Ver lista completa de anexos Voltar para o conteúdo principal [2.07] Direitos Humanos [HR3] Voltada para a análise do processo de gestão de impactos sociais e direitos humanos nos territórios, a Ferramenta de Gestão dos Aspectos Sociais da Sustentabilidade busca avaliar, anualmente, a maturidade da atuação da Vale em relação aos temas críticos da mineração. A partir dos resultados obtidos, elaboram-se planos de ação visando melhorar continuamente o desempenho em cada um desses aspectos. Ao longo do ano de 2012, a Vale também apoiou a incorporação do tema em iniciativas de diferentes áreas corporativas, como a introdução da gestão de riscos de impactos sociais e violações de direitos humanos nos processos de acompanhamento dos projetos de capital e na avaliação de riscos de direitos humanos para fornecedores. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Ver lista completa de anexos Ver lista completa de anexos Voltar para o conteúdo principal [2.08] Parcerias institucionais [IP4.12, IP4.13] Conselho Internacional de Mineração e Metais (ICMM) A Vale integra o ICMM (sigla em inglês) desde 2006 e alinha sua atuação com os dez princípios de sustentabilidade estabelecidos pela entidade, assim como com o compromisso de reportar o desempenho sobre esses princípios de acordo com as diretrizes da Global Reporting Initiative (GRI) e com a verificação externa por auditoria independente. Portanto, desde o relatório de sustentabilidade de 2009, o alinhamento com o ICMM é realizado por meio dessa verificação1. A empresa compartilha suas boas práticas em eventos e reuniões da entidade, o que possibilita um importante intercâmbio para a melhoria contínua do seu desempenho e da sua gestão em sustentabilidade. Na temática de saúde e segurança, relacionada ao aprimoramento da prevenção de acidentes e doenças, a Vale participa, desde outubro de 2010, de um grupo de trabalho. A iniciativa discute os indicadores de saúde e segurança, buscando alinhamento entre as empresas do setor de mineração. A Vale também contribui em discussões sobre mudanças climáticas, por meio das quais apoia a formulação de princípios e ações do setor, e atua na frente de Desenvolvimento Comunitário do ICMM, por meio do trabalho da área de Responsabilidade Social. No que se refere à biodiversidade, a Vale segue o princípio específico para esse tema estabelecido pelo Conselho por intermédio de sua participação no Comitê de Biodiversidade. A empresa adota também as diretrizes de boas práticas para mineração e biodiversidade apresentadas no Manual de Ferramentas, publicado pela entidade em 2006, divulgando seus próprios estudos de casos de boas práticas em documentos distribuídos no Brasil e em materiais de divulgação global. Além disso, desde 2007, a empresa integra e participa ativamente de um banco de dados gerenciado pelo ICMM, que conta com a participação de mineradoras de todo o mundo, para compartilhar as melhores práticas em segurança, saúde, meio ambiente e relações com comunidades. Trata-se do Safety, Health, Environment and Community Benchmarking (SHEC Benchmarking), que promove a troca de experiências por meio de um portal na internet. Pacto Global da Organização das Nações Unidas Desde 2007, a Vale respalda suas ações nos dez princípios básicos propostos pelo Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU), firmando compromisso com a Declaração da Organização Internacional do Trabalho (OIT) sobre Princípios e Direitos Fundamentais no Trabalho, com a Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento e com a Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção2. Desde 2010, a Vale compõe, a convite da ONU, o grupo de empresas sob a plataforma Global Compact Lead. Foram selecionadas as empresas líderes em questões de sustentabilidade e que já estavam engajadas na iniciativa do Pacto Global. Os objetivos são reforçar o compromisso dos participantes com trabalhos de vanguarda no tema; alcançar níveis mais elevados de desempenho em sustentabilidade corporativa por meio da implementação 1 O índice remissivo deste relatório apresenta a correlação das práticas e do desempenho da Vale com os respectivos princípios do ICMM. 2 O índice remissivo deste relatório apresenta a correlação das práticas e do desempenho da Vale com os respectivos princípios do Pacto Global. Continua na próxima página Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Ver lista completa de anexos Voltar para o conteúdo principal do Blueprint for Corporate Sustainability Leadership; inspirar outros participantes do Pacto Global; aumentar a integração entre as áreas temáticas do Pacto Global; e melhorar a colaboração entre empresas e o sistema das Nações Unidas. Em prol dessa maior cooperação, desde 2011, a Vale participa de programas relacionados a assuntos como comunicação sobre sustentabilidade corporativa; definição de metas e compensação financeira associada à sustentabilidade para a alta direção; e energia sustentável e engajamento com populações indígenas. Neles, junto de outros participantes, a Vale discute temas relacionados, e esse ambiente colaborativo contribui para o aprimoramento e a melhoria contínua de suas práticas. Destaca-se também a participação da mineradora na Rede Brasileira do Pacto Global, atuando no Comitê Brasileiro do Pacto Global (CBPG), na força-tarefa Meio Ambiente, que trata de questões relacionadas às mudanças climáticas, à economia de baixo carbono e às ações para promover a economia verde. Além disso, a Vale faz parte do Caring for Climate, uma iniciativa do Pacto Global e do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). Fórum Econômico Mundial Em 2012, a Vale tornou-se membro formal do Fórum Econômico Mundial (WEF, sigla em inglês), após ter trabalhado anteriormente com o WEF em fóruns estratégicos sobre os desafios globais enfrentados pelo setor privado e que influenciam diretamente a agenda do setor. Como uma empresa global, mas também brasileira, a Vale reconhece o dever de transparência e engajamento no diálogo global, compartilhando melhores práticas e conhecimentos sobre os desafios temáticos em médio e longo prazos. Dentro do contexto do WEF, a Vale apoia a Iniciativa do Desenvolvimento Responsável de Minerais (RMDI, sigla em inglês) e contribuiu para a sua ampliação. A empresa também contribuiu para o trabalho sobre anticorrupção e transparência do WEF, como membro do Global Agenda Council (GAC) sobre anticorrupção. Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável A Vale é membro do Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável (WBCSD, sigla em inglês), instituição fundada durante a Rio 92 para promover temas de sustentabilidade entre as empresas e garantir a elas um papel relevante nas discussões sobre o assunto. Atualmente, a Vale participa do novo projeto do WBCSD, “From Vision 2050 to Action 2020”, que tem por objetivo revisar o documento Visão 2050. Esse documento, elaborado pelo WBCSD, visa apontar caminhos para as empresas exercerem seu papel no desafio por um planeta sustentável, com sugestões de políticas públicas para atingir esse objetivo. O novo documento priorizará entre 15 e 20 iniciativas imprescindíveis com as quais o setor privado deverá trabalhar e desenvolver ações concretas. A Vale também interage com o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), representante do WBCSD no Brasil. Vale Columbia Center on Sustainable International Investment (VCC) A Vale é fundadora e patrocinadora principal do Vale Columbia Center on Sustainable International Investment (VCC), uma parceria entre o Instituto Terra e a Escola de Direito da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos. O VCC busca avançar o desenvolvimento sustentável através da parceria entre investidores, academia e governos, reafirmando o papel essencial desempenhado por investidores responsáveis. Foro que serve para reunir atores das diversas esferas preocupadas com sustentabilidade, o VCC age como “incubadora” de ideias, modelos e projetos que servem de base para tomadas de decisão. Por esses meios, o VCC colabora com insumos técnicos e objetivos na promoção de políticas e soluções entre investidores responsáveis, governos e sociedade civil. Continua na próxima página Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Ver lista completa de anexos Voltar para o conteúdo principal Rio+20 A visão de sustentabilidade da Vale foi refletida em uma série de práticas e discussões em torno do tema, como na Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. Parceira oficial da Conferência, a Vale incentivou discussões acerca da criação de uma nova economia verde, da erradicação da pobreza e das reformas institucionais necessárias para rever as bases do desenvolvimento sustentável. A empresa também promoveu e participou de fóruns e encontros, como o Fórum de Desenvolvimento Sustentável, realizado pelo Instituto Tecnológico Vale, o Business Action for Sustainable Development (Basd) e o Fórum Firjan no Projeto Humanidade. Na ocasião, foram realizados eventos de engajamento com o público interno, ações educacionais e campanha na Semana do Meio Ambiente, que fomentaram o debate com os empregados sobre os principais desafios da sociedade moderna. Outra prática desenvolvida pela Vale em 2012 com relação à sustentabilidade foi o investimento em recuperação de áreas mineradas e em ações relacionadas à redução de gases de efeito estufa. Participação em entidades e associações Globais – Conselho Internacional de Mineração e Metais (ICMM) – Centre National de Recherche Technologique Nickel et Son Environnement (CNRT Nickel) – Chambre de Commerce et d’Industrie (CCI) – Global Business Coalition on HIV/Aids, Tuberculosis and Malaria (GBC) – International Emission Trading Association (Ieta) – Pacto Global da Organização das Nações Unidas (Global Compact) – Reputation Institute – The Nickel Institute – World Business Council for Sustainable Development (WBCSD) – BSR – The World Economic Forum (WEF) Regionais – Fórum de CEOs Brasil-Canadá – Fórum de CEOs Brasil-EUA – European Ferro-Alloys Association (Euroalliages) – European Association of Metals (Eurometaux) – European Steel Association (Eurofer) – Instituto Latinoamericano de Ferro e Aço (Ilafa) Nacionais – Academia Brasileira de Ciências (ABC) – Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib) – Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP) – Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) – Centro de Estudos Brasileiros de Relações Internacionais (Cebri) – Confederação Nacional da Indústria (CNI) – Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) – Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC) – Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) – The Mining Association of Canada3 (MAC) – Associação Nacional dos Transportes Ferroviários (ANTF) 3 Instituições nacionais nos respectivos países. Continua na próxima página Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Voltar para o conteúdo principal – Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social – Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável (FBDS) – Minerals Council of Australia3 (MCA) – Australian Coal Association3 (ACA) – Australian Coal Association Research Program3 (Acarp) Reconhecimentos e premiações – Uma das 100 empresas mais sustentáveis do mundo, integrando o ranking Global 100, organizado pela instituição canadense Corporate Knights. Os quesitos avaliados foram o uso de energia, emissões de CO2, inovação e saúde e segurança. – Troféu Henfil 2012, na categoria Empresa Cidadã, como resultado das iniciativas sociais desenvolvidas pela Vale. Por meio de uma campanha para doação de sangue, o Instituto Estadual de Hematologia do Rio de Janeiro (Hemorio) conseguiu coletar uma quantidade significativa de bolsas. – Vencedora do Cannes Corporate Media & TV Awards, na França, com dois filmes institucionais: Nossa História e Dia de Reflexão. – Mineradora listada, pelo terceiro ano consecutivo, no Índice de Sustentabilidade Empresarial da Bolsa de Valores de São Paulo (ISE/Bovespa), com vigência para 2013. – Maior pontuação de transparência na avaliação do questionário do Carbon Disclosure Project (CDP) entre as empresas da América Latina. – Participante do Índice Carbono Eficiente (ICO2), desenvolvido por Bovespa e BNDES, que tem por objetivo atrair investidores que apostam que empresas com melhor gestão de riscos e oportunidades associados ao carbono terão melhor desempenho financeiro no futuro. – Uma das quatro empresas mundiais mais sustentáveis do setor de mineração pelo relatório GS-Sustain, do Goldman Sachs, de acordo com quesitos relacionados a retorno de capital, temas da indústria e sustentabilidade. – Prêmio Câmara Americana de Comércio Brasil-Estados Unidos (Amcham) — Categoria Gases de Efeito Estufa. – Prêmio Empresário Amigo do Esporte, realizado pelo Ministério dos Esportes. Primeiro lugar da categoria nacional, como Maior Amigo do Esporte e Melhor Amigo do Esporte de Rendimento, e terceiro lugar na categoria nacional de Melhor Amigo do Esporte Educacional. Nas categorias regionais, a empresa obteve o primeiro lugar como Maior Amigo do Esporte no Espírito Santo, no Maranhão e no Pará, ficando em segundo lugar em Minas Gerais e no Rio de Janeiro. – Vencedora no quesito Mineração do Prêmio Empresas que Melhor se Comunicam com Jornalistas 2012, da revista Negócios da Comunicação. – Troféu Transparência, que elegeu as 20 empresas brasileiras mais transparentes em 2012, na categoria de empresa de capital aberto com faturamento acima de US$ 2,6 bilhões. Clareza das demonstrações financeiras foi um dos quesitos analisados. – Melhor Empresa de Mineração e Metais e Melhor Empresa em Gestão de Água durante evento organizado pelo Fórum de Negócio Sustentável da Indonésia. A empresa desenvolve trabalhos que possibilitam o melhor uso de água nas operações, como a modernização da infraestrutura de sistemas, evitando perdas e reduzindo o consumo de água e energia. – Prêmio Neide Castanha, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, na categoria Responsabilidade Social. 3 Instituições nacionais nos respectivos países. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Ver lista completa de anexos Voltar para o conteúdo principal [3.01] Compromisso com as pessoas [IP4.17] As dez ações estruturantes decorrentes da pesquisa global de empregados 2011 – Definição clara de políticas e práticas de carreira e sucessão (inclui carreira técnica). – Desenvolvimento da liderança focada em gestão de pessoas. – Transformação cultural. – Planejamento corporativo e priorização. – Esclarecimento de papéis e responsabilidades das áreas e reestruturação das funções de suporte. – Criação de mecanismo para o estabelecimento de metas compartilhadas entre diretorias e orientadas a resultados. – Estabelecimento de padrões de condições físicas de trabalho em áreas operacionais. – Criação de diretrizes institucionais e campanhas para incentivar o equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal (work-life balance). – Divulgação dos canais de denúncia e consequências aplicadas. – Programa de Reconhecimento de Empregados. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Ver lista completa de anexos Ver lista completa de anexos Voltar para o conteúdo principal [3.02] Perfil das pessoas em números [LA1] Empregados por categoria funcional (2012) 15,7% Categoria 4,7% 3,3% % Técnicos operacionais 76,2% Especialistas 15,7% Supervisores 4,7% LiderançaI 3,3% 76,2% I Na categoria Liderança estão sendo considerados gerentes de área e coordenadores, gerentes gerais e diretores. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Voltar para o conteúdo principal [3.03] Saúde e segurança [LA7] Requisitos sistêmicos do SGSS Vale – Liderança em Saúde e Segurança. – Informações em Saúde e Segurança e Requisitos Legais. – Análise e Gerenciamento de Riscos e Mudanças. – Planejamento em Saúde e Segurança. – Desenvolvimento Comportamental e Capacitação em Saúde e Segurança. – Gerenciamento de Prestadores de Serviços. – Comunicação e Consulta. – Controle Operacional. – Projeto e Implantação de Instalações e Processos. – Manutenção da Integridade das Instalações e dos Equipamentos. – Preparação e Atendimento a Emergências. – Investigação de Acidentes e Tratamento de Desvios. – Monitoramento, Auditorias, Inspeções e Revisão. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Ver lista completa de anexos Ver lista completa de anexos Voltar para o conteúdo principal [3.04] Estratégia de saúde integrada [IP4.17, LA8] Ações de saúde e segurança voltadas para empregados, familiares e comunidades Educação/Treinamento Aconselhamento Prevenção/Controle de riscos Tratamento médico Empregados – Oficinas para líderes e empregados sobre – Programa de Assistência ao Empregado, dependência química e abuso de substâncias. que oferece aconselhamento jurídico, – Palestras e treinamento sobre equidade de gêneros. financeiro, interpessoal e de assuntos – Campanhas de prevenção de câncer e diabetes. diversos de saúde, como uso de – Campanhas de prevenção da transmissão do HIV/Aids. medicamentos, distúrbios psicossociais e – Grupo de apoio a diabéticos, hipertensos e pessoas outras doenças. com riscos cardiovasculares. – Aconselhamento pré-viagem para – Palestras sobre qualidade de vida e promoção empregados enviados a operações de saúde. internacionais. – Treinamentos sobre prevenção da malária, perda auditiva provocada por ruído e assuntos diversos de ergonomia. – Controles primário, secundário e terciário – Atendimentos ambulatorial, de da malária. emergência e assistencial. – Inspeções para controle de dengue e febre amarela. – Ações direcionadas a promoção da saúde (como prevenção e tratamento da dependência química e fadiga e melhoria da qualidade de vida) e ergonomia. – Vacinações de rotina, como gripe, HPV e outras recomendadas, de acordo com o destino, quando da realização de viagens. Familiares – Campanhas de prevenção de câncer e diabetes; – Aconselhamento jurídico, financeiro, grupo de apoio a diabéticos, hipertensos e pessoas psicossocial e de assuntos diversos de com riscos cardiovasculares. saúde. – Campanhas de prevenção de HIV/Aids e malária. – Acompanhamento de assistência social a – Palestras sobre abuso de substâncias e dependência familiares de empregados com doenças química. psiquiátricas e dependentes químicos. – Vacinações diversas. – Inspeções para prevenção de dengue, febre amarela e malária. – Atendimento assistencial. Comunidades – Campanhas de prevenção de malária, dengue, — febre amarela. – Programa Ação Saúde, realizado pela Fundação Vale no Estado do Maranhão, Brasil, com ações coordenadas visando ao fortalecimento da saúde materno-infantil e ações de capacitação de profissionais de saúde (enfermeiros, agentes de saúde etc.) e afins (educadores e lideranças comunitárias), em sinergia com os serviços públicos locais e com as atividades da sociedade civil organizada e de instituições de ensino superior. – Campanhas de prevenção de HIV/Aids e outras doenças sexualmente transmissíveis. – Programa de educação afetivo-sexual — (Vale Juventude), desenvolvido pela Fundação Vale, com orientação sobre vida sexual e ações de prevenção a doenças sexualmente transmissíveis. Coleta global de dados de saúde e segurança Em 2012, a Vale implantou a ferramenta de coleta global dos dados referentes à vigilância epidemiológica das doenças ocupacionais. A empresa passou a acompanhar mensalmente os novos casos de doenças ocupacionais e os dias de afastamento — por doenças ocupacionais e causas assistenciais. Isso permitirá identificar os índices de absenteísmo médico e ocupacional da empresa durante o ano inteiro. Com base nesses dados, será possível identificar as áreas que demandam maior atenção, provendo suporte e ajustando as condições locais de modo a melhorar a saúde e o desempenho do empregado. Continua na próxima página Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Voltar para o conteúdo principal Neste primeiro ano de implantação da ferramenta, o foco é a garantia da abrangência e da confiabilidade dos dados reportados. O próximo passo é identificar as principais doenças que afetam os trabalhadores, de modo a tomar ações direcionadas a mitigar os problemas. Grupos técnicos globais A Vale instituiu, em 2012, os Grupos Técnicos Globais de trabalho, com representantes das operações da empresa no mundo inteiro. O objetivo é discutir os modelos de saúde e segurança relacionados aos padrões de cada país, respeitando suas legislações, ao mesmo tempo em que se garante alinhamento com as diretrizes da Vale, além de compartilhar os principais incidentes registrados na empresa, nos diversos países, e os aprendizados decorrentes deles, assim como as boas práticas implantadas. Revisão de diretrizes para projetos de capital Em 2012, foi divulgada a sexta revisão do Manual de Gerenciamento em Saúde e Segurança para Empreendimentos de Projetos de Capital. O manual tem como objetivo estabelecer o modelo de gerenciamento em saúde e segurança a ser aplicado em projetos de capital da Vale para atendimento aos Requisitos Sistêmicos de Saúde e Segurança. Cabe às áreas envolvidas ampliar o escopo de acordo com a realidade e as características de cada projeto, visando atender às diretrizes e políticas da Vale nas questões de saúde e segurança. O manual aplica-se a todos os projetos de capital da Vale e estabelece as condições a serem adotadas nos empreendimentos onde a Vale é responsável por todo o ciclo de vida ou naqueles onde, por acordo de acionistas, a empresa é responsável pela gestão de saúde e segurança. As prestadoras de serviços devem atender a todos os requisitos estabelecidos nesse documento. A Vale promove auditorias nos projetos, inclusive fora do Brasil, para se certificar de que as unidades novas estão cumprindo todas as exigências legais. O objetivo final é que todos os empregados e fornecedores incorporem integralmente os valores de saúde e segurança da empresa. Workshop Global de Controle da Malária Um total de 25 representantes da Vale de cinco países, entre médicos e gerentes de Saúde e Segurança de Exploração, Projetos de Capital e Operação, reuniu-se em junho de 2012, em Maputo, Moçambique, para desenvolver a estratégia corporativa de controle da malária e validar diretrizes para o tema. A malária é endêmica em 104 países, com estimativa de 219 milhões de casos e 660 mil mortes a cada ano1. Em 2012, foram registrados 1.439 casos de malária em empregados próprios e contratados da Vale. Durante o evento, foram divulgados e distribuídos materiais informativos da Campanha de Prevenção da Malária e o Passaporte do Viajante, em quatro idiomas, além do Malaria Alert Card. A partir do material apresentado no encontro, foram elaborados o Manual para Prevenção de Malária e documentos normativos para a gestão do controle da malária pelas equipes de saúde e segurança em áreas endêmicas. 1 Dados de 2010 da Organização Mundial de Saúde (OMS). Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Ver lista completa de anexos Voltar para o conteúdo principal Ações em saúde e segurança recebem prêmio [3.05] O Programa de Prevenção e Tratamento da Dependência Química em uma Mineração, implantado nos complexos de Itabira, Minas Centrais e Mariana, refere-se a um programa com ações focadas na prevenção e no tratamento adequado da dependência química. Além de ações preventivas e de comunicação, como palestras e material de orientação, buscou qualificar uma equipe multidisciplinar e lideranças para a identificação precoce de casos e o apoio ao tratamento dos dependentes. Já a ação “Saúde do Viajante: a Jornada da Vale” é voltada para a adequação da norma corporativa da empresa sobre a gestão da saúde do viajante em relação às diferentes características das regiões onde a Vale atua. A Instrução Global para a Gestão da Saúde do Viajante, publicada em 2012, estabelece uma prática sistemática para identificar, avaliar, controlar, prevenir e minimizar perigos e riscos relacionados a viagens, além de trazer diretrizes para o desenvolvimento e a implantação de planos locais de gestão da saúde do viajante. A criação do documento ocorreu em função do aumento do número de empregados com viagens para áreas de maior risco de doenças endêmicas com alto potencial de gravidade. Na categoria Higiene Ocupacional, a Vale ganhou o primeiro lugar, com o trabalho Risco Biológico em Unidades de Saúde Ocupacional. Foram desenvolvidas análises, por meio de avaliações qualitativas e quantitativas, sobre o risco biológico em ambulatórios de saúde ocupacional do Complexo Minas Centrais da empresa. Os objetivos do estudo são mitigar a exposição dos profissionais de saúde a esses riscos e subsidiar as decisões do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO). Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Ver lista completa de anexos Ver lista completa de anexos Voltar para o conteúdo principal [3.06] Plano de atendimento à emergência As três principais ferramentas utilizadas pela Vale no atendimento a situações de emergência são o Regulamento da Gestão Ambiental, o Sistema de Gestão de Saúde e Segurança e a Instrução para Análise e Gerenciamento de Riscos de Saúde, Segurança e Meio Ambiente. A partir dessas ferramentas, a Vale revisa, no mínimo, a cada três anos (ou sempre que ocorrer alguma alteração de processo significativa) os Planos de Emergência, os Planos de Auxílio Mútuo (PAM) — no caso de a emergência envolver empresas vizinhas — e o Plano de Atendimento Individual — em caso de derrame no mar. O objetivo é definir com mais exatidão os cenários de emergência e o alcance das consequências/severidade, possibilitando uma racionalização na alocação de recursos e procedimentos específicos para cada localidade e cada cenário. A empresa dispõe ainda de outros procedimentos para situações de emergência, como Planos de Ação Emergencial (PAE), Regulamento de Atendimento a Ocorrência Ferroviária (Raof ), Manual de Gestão de Crise e Diretrizes Básicas de Risco (DBR) e Norma do Sistema de Gestão Ambiental, com diretrizes e critérios gerais para atendimentos a emergências ambientais. Em 2012, a Diretoria de Ferrosos Sudeste da Vale foi reconhecida pelo National Safety Council (EUA) pelo seu Sistema de Emergência Médica. A premiação, dedicada a empresas que inovam na área de segurança no trabalho, foi concedida pelos resultados obtidos na proteção dos empregados. Continua na próxima página Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Ver lista completa de anexos Voltar para o conteúdo principal [3.07] Educação [IP4.17, HR8] Segurança empresarial Em 2012, a Vale avançou no desafio de ampliar os treinamentos sobre segurança e direitos humanos para as equipes de segurança empresarial. Foram capacitados quase 5 mil profissionais contratados e mais de 200 empregados próprios, em 17 países, entre eles Canadá, Moçambique, China, Indonésia, Omã e Austrália, representando 85% do efetivo total. Só no Brasil, esse percentual foi de 95%. O treinamento é realizado anualmente, desde 2008, sendo uma diretriz da Política Global de Direitos Humanos da Vale, que tem como objetivo atualizar os profissionais de segurança empresarial sobre o tema. A cada dois anos, as equipes passam por um curso de reciclagem para aperfeiçoar seus conhecimentos. Os principais assuntos contemplados durante a capacitação foram Princípios Fundamentais dos Direitos Humanos, Relações com Comunidades, Uso da Força, Ética, e a Política e o Guia de Direitos Humanos da Vale. Continua na próxima página Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Voltar para o conteúdo principal [3.08] Equidade de gênero Ações estruturantes do Projeto Equidade de Gênero As ações do Projeto Equidade de Gênero foram priorizadas com base em análise do esforço, comparado com o impacto, e agrupadas nos quatro pilares a seguir. – Ambiente e Condições de Trabalho: garantir que o ambiente e as condições de trabalho acomodem as necessidades específicas das mulheres. Exemplo de ação: adequação de uniformes e EPIs. – Educação e Conscientização: conscientizar empregados e líderes sobre a relevância e os direitos associados ao tema e reconhecer a capacidade da mulher através de exemplos femininos positivos. Exemplo de ação: inclusão do tema diversidade no programa de ambientação de novos empregados e em programas de capacitação da liderança. – Empoderamento: viabilizar o aumento do número de mulheres no quadro de empregados na Vale (em todas as posições) e contribuir para esse crescimento ao longo de toda a cadeia de valor. Exemplo de ação: revisão da estratégia de recrutamento e seleção. – Engajamento: monitorar a evolução/maturidade do tema na organização e no mercado externo, incluindo a participação em eventos, fóruns e certificações. Exemplo de ação: parcerias com organizações e participação em fóruns/eventos que promovam equidade de gênero. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Ver lista completa de anexos Ver lista completa de anexos Voltar para o conteúdo principal Força feminina [LA13, LA14] [3.09] Proporção de salário-base entre mulheres e homens por categoria funcionalI 1,17 0,86 0,87 Diretores 0,85 0,91 1,02 Gerentes gerais 0,94 0,92 0,95 Gerentes de área e coordenadores 1,11 1,00 1,04 0,93 0,94 0,95 0,98 0,98 0,99 Supervisores Especialistas Técnicos operacionais 2010 2011 2012 I Empregados próprios deste indicador (LA14) correspondem a 96% (2010), 98% (2011) e 96% (2012) do total de empregados reportados (LA1). O gráfico apresenta as variações de salário-base das mulheres comparado a dos homens. A proporção de 1,00 significa que o salário base é o mesmo. Proporção de mulheres por categoria funcionalI 36% 9% 9% Diretores 9% 14% 17% 16% 17% 19% 20% 7% Gerentes gerais Gerentes de área e coordenadores 8% 8% Supervidores 2010 2011 2012 I Empregados próprios deste indicador (LA13) correpondem a 99% (2010), 99% (2011) e 99% (2012) do total de empregados reportados (LA1). Continua na próxima página Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital 34% 36% 7% Especialistas 8% 8% Técnicos operacionais Ver lista completa de anexos Voltar para o conteúdo principal Distribuição de mulheres por categoria funcionalI (2012) 4,4% 2,9% % Liderança 4,4% Técnicos operacionais 49,6% Diretores 0,1% Especialistas 43,1% Gerentes gerais 0,8% Gerentes de área e coordenadores 3,5% Categoria 43,1% Liderança 4,4% Supervisores 2,9% 49,6% I Empregados próprios deste indicador (LA13) correpondem a 99% (2010), 99% (2011) e 99% (2012) do total de empregados reportados (LA1). Empregados por faixa etáriaI (2012) 61,4% 30,3% Faixa etária Abaixo de 30 anos 30,3% Entre 30 e 50 anos 61,4% Acima de 50 anos 8,3% 8,3% I Empregados próprios deste indicador (LA13) correpondem a 99% (2010), 99% (2011) e 99% (2012) do total de empregados reportados (LA1). Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital % Voltar para o conteúdo principal [3.10] Combate à discriminação [HR4] Em decorrência dos resultados obtidos nas apurações dos casos de discriminação, são adotadas ações pela alta gerência visando à regularização de eventuais desvios. Elas compreendem medidas administrativas (advertência ou desligamento), ações disciplinares e treinamento dos gestores. Como exemplos de ferramentas de remediação aplicadas na Vale, citam-se o Procedimento de Oportunidade de Emprego Igualitário da Vale na Austrália, a Política de Violência, Assédio e Discriminação no Local de Trabalho e o Manual do Empregado para as Operações da Vale no Canadá. Para mitigar os casos de discriminação no Canadá, a Vale também segue as políticas de direitos humanos da Comissão de Direitos Humanos Canadense. Nas operações do Reino Unido, além do Manual do Empregado, a empresa divulgou uma Declaração de Igualdade de Oportunidades. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Ver lista completa de anexos Voltar para o conteúdo principal Remuneração variável e avaliação profissional [EC5, LA12] [3.11] As principais ferramentas para o pagamento de remuneração variável e para a avaliação de desempenho são a Gestão de Metas e o Sistema Global de Gestão de Desempenho. A Gestão de Metas consiste na construção e no desdobramento de metas de desempenho para todos os empregados, garantindo que as performances individuais e das equipes colaborem para o objetivo estratégico da empresa. Anualmente, o Conselho de Administração discute e aprova as metas para o diretor-presidente e para os diretores executivos. Em seguida, ocorre o desdobramento dessas metas para todos os demais empregados. Ao final do ciclo, em janeiro, ocorre a apuração dos resultados do ano anterior. O modelo praticado pela Vale contempla três blocos de indicadores: Bloco Empresa, Bloco Coletivo e Bloco Individual/Equipe. O Bloco Empresa é o mesmo para todos os empregados, em todo o mundo, e mede o retorno ao acionista e a geração de caixa. O Coletivo é aplicado a cada unidade de negócio. Nesse bloco estão indicadores de saúde e segurança, sustentabilidade e desempenho da unidade de negócio. Por fim, há o Bloco Individual/Equipe, com metas de cada empregado ou da sua equipe. A soma dos resultados dos três blocos totaliza o resultado de cada empregado. Percentual de empregados com desempenho avaliadoI 87% 93% 97% 2010 2011 2012 I Empregados próprios apresentados no gráfico correspondem a 97% (2010), 100% (2011) e 100% (2012) do total de empregados reportados (LA1). As avaliações de desempenho são baseadas em metas definidas no início de cada ano. Cada área elabora, com o apoio de ferramentas específicas, um plano de ação para atingi-las, com acompanhamento de resultados intermediários e ações corretivas. Dentre as metodologias utilizadas, destaca-se o Vale Production System (VPS). Ao término do ano, cada meta tem seu resultado final comparado com o planejado, e é atribuída uma nota. Jovens aprendizes, estagiários e licenciados não são avaliados dentro do Sistema Global de Gestão de Desempenho devido à legislação trabalhista e ao acordo coletivo de trabalho. Entretanto, todos os empregados são acompanhados por seus respectivos gestores, responsáveis por fornecer informações de desempenho regularmente. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Ver lista completa de anexos Ver lista completa de anexos Voltar para o conteúdo principal [3.12] Diálogo aberto com os sindicatos [LA9] O V Workshop de Saúde e Segurança do Trabalho com os Sindicatos do Brasil, realizado em Sergipe, trouxe inovações no formato dos debates. Observou-se que, para maior evolução e integração da empresa com as entidades sindicais, o tema proposto para esses eventos passaria, a partir de 2013, a ser definido em comum acordo. A iniciativa reflete o posicionamento da Vale quanto à abertura dada às partes com as quais se relaciona, visando à construção comum. Uma vez que o tema é uma necessidade ou uma prioridade da empresa e também dos sindicatos, a tendência é que se estabeleça a responsabilidade mútua sobre caminhos a serem seguidos pela busca de melhorias e aperfeiçoamentos na relação e no dia a dia de trabalho nas operações. Além do contato direto com sindicatos, a Vale atua com instituições que também buscam discutir direitos dos trabalhadores, como o Observatório Social, com o qual foram realizadas reuniões, e participando de eventos que discutem temas-chave da relação entre empregador e empregado, como os seminários realizados pela International Federation of Chemical, Energy, Mine and General Workers Unions (Icem), que têm o assédio moral como um dos principais temas. A estratégia da Vale nas relações com os sindicatos é discutida e também aperfeiçoada pelo treinamento e pela formação dos gestores. Em 2012, em conjunto com a Fundação Dom Cabral, foi criado o curso de Pós-Graduação em Relações Trabalhistas. O objetivo da iniciativa é aumentar o conhecimento dos profissionais para que possam estar cada vez mais preparados ao lidar com sindicatos, empregados e com todas as questões complexas existentes no contexto de uma empresa como a Vale. O curso customizado foi aberto ao público e atendeu, na Vale, principalmente às equipes de Relações Trabalhistas — que tiveram a participação de 100% de seus componentes — e de Recursos Humanos. Comitês de saúde e segurança No Brasil, as Comissões Internas de Prevenção de Acidentes (Cipas) são formadas por grupos compostos de representantes eleitos pelos empregados e indicados pela empresa em cada estabelecimento (tais como mina, fábrica, usina, escritório, depósito e laboratório), de acordo com a norma regulamentadora do Ministério do Trabalho (NR5). Em 2012, a Vale estruturou comitês nas áreas que ainda não os possuíam. O desempenho do indicador de representação em comitês de saúde e segurança (LA6) apresentou pequena elevação (0,4%), visto que a Vale Fertilizantes, incorporada no reporte de 2012, está em processo de constituição das comissões. Com o mesmo escopo de 2011, o indicador alcançaria 98%. Representação em comitês formais de saúde e segurançaI 98,7% 2010 89,1% 2011 89,5% 2012 Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 I Em 2011 e 2012, algumas unidades não atingiram o percentual de 100% de representação devido a fatores como: total de empregados da unidade menor que a exigência legal para constituição de comissão, novos projetos que ainda não constituíram comitês de saúde e segurança e novas contratações. Arquivo digital Voltar para o conteúdo principal [3.13] Benefícios [LA3] A Vale oferece os benefícios de assistência médica e seguro de vida a 100% dos seus empregados próprios. Já os benefícios de seguro contra acidentes pessoais, previdência privada, auxílio-transporte, formação educacional, refeição no trabalho e/ou auxílio-alimentação e o Programa Apoiar são oferecidos à maior parte dos empregados. A Vale, no Brasil, aplica os mesmos benefícios tanto para os empregados com contrato por prazo determinado quanto para empregados por tempo indeterminado. No Canadá, existem contratos casuais e temporários de trabalho. Para esses empregados, os benefícios oferecidos variam de acordo com a localidade. Em 2012, uma mudança ocorrida no país foi a consolidação de todas as empresas com um único seguro de vida. Já em Moçambique, foram implantados os benefícios do Programa de Assistência a Cônjuge, e, no Malawi, o Fundo de Pensão. Os empregados das operações no Brasil contam com os benefícios da Assistência Médica Supletiva (AMS), do Programa Apoiar e do reembolso de gastos com educação. A AMS é administrada pelo Plano de Assistência à Saúde dos Aposentados (Pasa) da Vale, por meio de um sistema de autogestão, atende mais de 210 mil beneficiários e tem cerca de 7 mil profissionais e instituições credenciadas. O Programa Apoiar oferece, de forma gratuita e confidencial, serviços de assistência psicológica e orientação financeira e jurídica a todos os empregados e seus respectivos dependentes. Em relação à educação, há reembolso de valores relativos a mensalidade, matrícula ou taxa de inscrição para a educação própria dos empregados. Para as empregadas, a Vale concede o benefício auxílio-creche a partir do mês em que elas reassumem as funções na empresa, com reembolso de 100% do valor pago para crianças de até 3 anos de idade. A Vale busca diminuir as despesas de seus empregados com alimentação e deslocamento (em transporte próprio ou subsidiando o uso dos meios públicos) de casa para a empresa e vice-versa, oferecendo vales-refeição e alimentação, além de auxílio-transporte. Além disso, no final do ano são distribuídos brinquedos e cestas de Natal para os filhos e dependentes dos empregados. Em 2012, foi realizada a primeira turma de Formação de Multiplicadores para Capacitação em Conceitos Técnicos de Benefícios, com os objetivos de capacitar a equipe de Recursos Humanos em questões relacionadas ao processo de benefícios na Vale e garantir a excelência no atendimento às áreas de negócios. O objetivo é estender globalmente essa iniciativa. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Ver lista completa de anexos Ver lista completa de anexos Voltar para o conteúdo principal [3.14] Previdência [EC3] No Brasil, a gestão dos planos de previdência complementar da empresa é responsabilidade da Fundação Vale do Rio Doce de Seguridade Social (Valia), entidade fechada sem fins lucrativos, com autonomia administrativa e financeira. Já nas áreas fora do Brasil, a Vale atua conforme a legislação de cada país, e os planos são administrados individualmente. Como consta na Norma Global de Benefícios, os fundos sob responsabilidade da Vale estão subordinados ao Comitê Global de Fundos de Pensão. O Comitê está encarregado de submeter à aprovação da Diretoria Executiva da Vale decisões sobre implantação ou extinção de planos, alterações no desenho, políticas de contribuições e estrutura de governança. Também supervisiona e estabelece políticas e diretrizes globais para a gestão dos planos, bem como sua execução. A maioria dos participantes da Valia está associada a planos de contribuição variável1, com um componente de benefício definido (específico para cobertura de pensão por morte e aposentadoria por invalidez) e outro de contribuição definida (para os benefícios programáveis). No caso de benefício definido, o valor é previamente estabelecido, com atualização atuarial, de forma a assegurar sua concessão. Já no caso da contribuição definida, o valor é permanentemente ajustado, de acordo com os recursos mantidos em favor do participante2. O componente de contribuição definida dos planos de contribuição variável visa garantir a sustentabilidade financeira do plano no longo prazo. Já o componente de benefício definido tem como objetivo evitar queda significativa na remuneração, em caso de aposentadoria por invalidez ou de pensão por morte. Para mais detalhes, visite www.valia.com.br (informações disponíveis em português). A Valia administra os planos de previdência complementar das empresas que fazem parte do escopo deste relatório, como Vale, Urucum Mineração, Vale Manganês, FCA e CPBS3. Em 2012, o Plano da FCA foi incorporado no Plano ValiaPrev, em razão da similaridade entre eles, sendo os empregados da FCA transferidos para aquele plano. Com essa mudança, os participantes da FCA passaram a ter direito a um benefício mínimo em caso de invalidez e pensão por morte. As empresas de Fertilizantes adquiridas recentemente aderiram à Valia em 2011 e patrocinam, adicionalmente, um plano de benefício definido, fechado a novas adesões, administrado pela Petros, e outro de contribuição variável, na Bungeprev. A Vale no Canadá oferece planos de pensão nos modelos de benefício definido e contribuição definida, principalmente para os empregados no Canadá, Reino Unido e Indonésia. Como resultado do acordo coletivo celebrado com o sindicato — que representa os empregados das operações de níquel no Canadá — em setembro de 2011, todos os planos de benefício definido estão fechados para novos empregados, que passaram a participar de planos de pensão de contribuição definida. Em 2012, o valor dos benefícios de pensão adicionais fornecidos por planos não registrados, cujas obrigações são atendidas diretamente pelos recursos gerais da empresa4, foi de aproximadamente US$ 87 milhões. Mais informações sobre planos de aposentadoria em www.vale.com, seção Investidores, no Relatório 20F. 1 Essa nomenclatura segue a legislação brasileira. 2 Resultado líquido da aplicação, valores aportados pelo participante e benefícios pagos pelo plano. 3 Outras empresas que não fazem parte do escopo deste relatório também são cobertas pela Valia. 4 Em tais casos, o empregado não participa do custeio dos fundos. Continua na próxima página Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Ver lista completa de anexos Voltar para o conteúdo principal Planos oferecidos pela Valia no Brasil (2012) Plano Tipo de plano Plano Vale Mais e ValiaPrev II Contribuição variável Participantes (mil)I 87,9 III Plano de Benefício DefinidoV Benefício definido 16,8 Abono ComplementaçãoVI Benefício definido 1,9 Total Grau de cobertura Superior a 100%IV 87%, com aportes mensais 104,7VII I Inclui ativos e assistidos (aposentados e pensionistas). II Os empregados contribuem, em média, com 4% do salário-base (35% do custeio dos planos) para o custeio da aposentadoria programada. III Plano de contribuição definida com componente de benefício definido. IV Esse grau de cobertura refere-se à parcela de benefício definido dos planos de contribuição variável e do plano de benefício definido. V O Plano de Benefício Definido está fechado para novas adesões desde 30 de abril de 2000, quando foi implantado o Plano Vale Mais. VI Participam desse grupo de benefícios aposentados do plano benefício definido que se desligaram da empresa em função do plano de incentivo à aposentadoria. Esse grupo está fechado para novas adesões. Sobre o grau de cobertura, a patrocinadora (Vale) faz aportes mensais no fundo desde dezembro de 2001, com o objetivo de atingir 100% da cobertura do passivo em novembro de 2014. O valor das parcelas mensais é reajustado anualmente e revisado quando necessário. Seu valor era de US$ 6,6 milhões em janeiro de 2012 e US$ 6,8 milhões em janeiro de 2013. VII Não estão incluídos os participantes do Abono Complementação porque já constam no Plano de Benefício Definido. Planos oferecidos fora do BrasilI (2012) Participantes (mil) II Percentual do passivo coberto pelo ativo 0,1 NA 20,7 Entre 91% e 93% III Contribuição definida 1,7 NA PT International Nickel Indonesia Benefício definido 0,1 NA Reino Unido Refinarias de Clydach e Acton Benefício definido 1,5 69% Austrália Broadlea Carborough Downs Integra Coal Contribuição definida 1 NA Total 25,1 País Operação Tipo de plano Canadá NewfoundLand & Labrador Contribuição definida Canadá Ontario e Manitoba Benefício definido Canadá Ontario e Manitoba Indonésia I Para esses planos, de forma geral, os empregados não participam do custeio. II Inclui ativos e assistidos (aposentados e pensionistas). III O grau de cobertura refere-se aos dados da avaliação contábil de 31 de dezembro de 2012. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Ver lista completa de anexos Voltar para o conteúdo principal Incidentes nas ferrovias [3.15] Ocorrências em ferrovias Por milhão de trem/ quilômetro (MTKm) 83,0 78,0 67,0 43,0 24,0 26,2 25,0 22,8 20,5 17,9 13,0 6,0 10,0 10,5 6,0 5,2 2003 2004 2005 7,4 2006 FCA EFVM EFC FNS Fonte: Unigofer – Sistema de gestão de ocorrências ferroviárias da Vale no Brasil, que possui equidade com os registros da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). A Ferrovia Norte-Sul passou a ser operada pela Vale em 2008. São 723 km construídos, dos quais 563 km estão em operação pela Ferrovia Norte-Sul, entre Açailândia (MA) e Guaraí (TO). Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital 24,9 15,4 12,0 5,8 2002 24,0 18,1 15,0 9,0 2001 23,3 4,4 4,1 2007 5,6 5,5 3,8 8,4 7,9 4,8 4,2 4,0 2,8 2,7 3,5 2,8 2,7 2008 2009 2010 2011 2012 Voltar para o conteúdo principal [3.16] Diálogo social [IP4.17, IP4.15] Canais utilizados para o diálogo com as comunidades – Diagnósticos socioeconômicos participativos. – Encontros para consulta prévia. – Entrevistas/grupos focais/Observatório de Stakeholders. – Visitas às unidades. – Programa Encontro com Lideranças. – Encontros de diálogo social. – Alô Ferrovia. – Site (Fale conosco). – Canal de Denúncias (disponível no website da Vale). – Publicação externa — Notícias. – Contatos diretos com equipe do Departamento de Relações com Comunidade (presencial e por telefone). A Vale construiu um modelo de diálogo social na Grande Vitória (ES) cuja proposta é estabelecer uma comunicação constante e construtiva entre a empresa e as comunidades dessa região metropolitana. A ação teve início a partir de uma ampla conversa interna, que envolveu o engajamento de lideranças operacionais e de diversas áreas de apoio (grupo gestor e de referência para o diálogo). Durante a etapa de planejamento, buscou-se compreender profundamente o contexto socioeconômico local, o histórico de relacionamento da empresa com as comunidades, impactos, demandas e questões críticas. A partir disso, foram definidas as comunidades-piloto e a abordagem estratégica do diálogo, que envolve a participação dos líderes da empresa na vida da comunidade, contribuindo coletivamente na reflexão sobre temas importantes para a sustentabilidade do bairro e/ou das regiões do território. Esse processo tem possibilitado posicionar a Vale como cofacilitadora do desenvolvimento local junto às comunidades, em um amplo processo participativo. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Ver lista completa de anexos Ver lista completa de anexos Voltar para o conteúdo principal [3.17] Estudos socioeconômicos [IP1.2, EC9, SO1] Potenciais impactos Positivos Negativos Diretos – – – – – Diretos Geração de empregos Qualificação profissional Contratação de produtos e serviços locais Investimentos em serviços e infraestrutura Aumento da arrecadação pública – – – – Interferência com o uso da terra Impactos ambientais (emissões) Ruídos Riscos de acidente Indiretos Indiretos Geração de empregos indiretos Aumento da massa salarial Atração de fornecedores Desenvolvimento de fornecedores locais Atração de investimentos de esferas pública e privada – Dinamização de outros setores econômicos – Desenvolvimento econômico – Melhoria da infraestrutura local – – – – – – Especulação imobiliária em áreas remotas – Pressão sobre a infraestrutura e os serviços públicos – Alteração da qualidade do ar – Reflexo sobre o bem-estar da comunidade Programas e práticas por fase do empreendimento Licenciamento/ Implantação Estudo de impacto ambiental, social e econômico Gestão de impacto social, ambiental e econômico Plano de fechamento de mina Desenvolvimento de fornecedores Qualificação profissional (empregados e comunidades) Relacionamento com comunidades (locais e tradicionais) Valorização do patrimônio cultural Programas sociais Ocorrência intensa Ocorrência moderada Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Operação Fechamento Ver lista completa de anexos Voltar para o conteúdo principal [3.18] Fundação Vale Fundação Vale – Dispêndios sociaisI (2012) Total em milhões de US$ % do total 21,2 57% Gestão de Impacto 0,0 0% Infraestrutura 2,7 7% Patrocínio 2,5 7% Relacionamento Institucional Corporativo 0,0 0% Diagnóstico Socioeconômico/PGIS 0,1 0,4% Gestão Pública 7,2 20% Consultoria Social 3,2 9% Eixo de atuação Desenvolvimento Humano e Econômico Total 36,9 I A diferença, em 2012, entre o valor doado pela Vale e o total aplicado pela Fundação Vale resultou em formação de caixa pela Fundação. Recursos aplicados em infraestrutura Total em milhões de US$ % do total Apoio a serviços públicos 0,33 12% Realização de obras 2,33 88% Engajamento ComercialII (infraestrutura compartilhada) — 0% Pro bonoIII — 0% 2,66 100% Tipo I Área Serviços/Materiais/ProdutosIV I Apoio a serviços públicos, realizado por meio de pagamentos de serviços, como os custos de contratação de enfermeiros e professores, ou da realização de obras de pavimentação e de construção de escolas e hospitais. II Atividade que gera benefício público, mas que primariamente representa retorno econômico ou investimento para a empresa. III Pro bono, destinado a atividades desenvolvidas em benefício público, com alocação de pessoas com funções definidas em atividades, durante o tempo previsto de trabalho, com recursos da empresa. IV Investimento em infraestrutura em espécie por provisão de serviços ou pela entrega de um produto. Continua na próxima página Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Ver lista completa de anexos Voltar para o conteúdo principal Parceria Social Público-Privada (PSPP) A Fundação formou um grupo de trabalho para embasar tecnicamente sua atuação e seus investimentos, além de difundir o conceito de PSPP. Entre os participantes estão a consultoria Accenture, o Fundo Multilateral de Investimentos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (Fomin-BID), o Instituto Brasileiro de Administração Municipal (Ibam) e o Instituto Brasileiro de Administração para o Desenvolvimento (Ibrad), além da Unesco. As ações estruturantes das PSPP contribuem para: – – – – – a promoção da qualidade de vida e do desenvolvimento humano; o fortalecimento da intersetoralidade e das políticas públicas; a ampliação da participação democrática na perspectiva da inclusão cidadã; a efetividade dos investimentos sociais do setor privado; a construção coletiva e a figura do cidadão enquanto beneficiário e copartícipe, simultaneamente, do processo de desenvolvimento territorial. Frentes de atuação Educação — A Fundação Vale busca contribuir para a melhoria da educação básica, visando à promoção de uma prática docente pautada nos princípios da pluralidade cultural e do respeito às diferenças. Em 2012, os principais focos de atuação foram a formação continuada de professores do Ensino Fundamental em Língua Portuguesa e Matemática, a formação dos profissionais que atuam nas secretarias municipais de Educação e de professores e gestores que atuam com Educação de Jovens e Adultos (EJA) nos municípios. Dentro desse escopo, foram realizados os programas Ação Educação, Arranjos de Desenvolvimento da Educação, Escola que Vale, Vale Juventude e Rede que Vale. Em conjunto, essas iniciativas contribuíram para a formação de mais de 5 mil pessoas: aproximadamente 2 mil professores e gestores escolares, 400 técnicos de secretarias municipais e 3 mil multiplicadores de educação, assistência social e saúde. Indiretamente, os programas beneficiaram cerca de 123 mil jovens e alunos das redes municipais de ensino básico e profissionalizante. Esporte — Promover o esporte como fator de inclusão social, incentivando o desenvolvimento humano, a formação cidadã e a disseminação de uma cultura esportiva nas comunidades. Essa é a proposta da Fundação Vale nessa frente de trabalho, que conta com ações esportivas educacionais para crianças e adolescentes de 6 a 17 anos. O principal programa é o Brasil Vale Ouro, que busca desenvolver as potencialidades de crianças e jovens em quatro modalidades esportivas (atletismo, futebol, natação e judô) e tem 2.500 participantes. O programa está implantado nas Estações Conhecimento de Serra (ES), Arari (MA), Brumadinho (MG), Tucumã (PA), Engenhão e Vila Militar (RJ). Em 2012, 47 alunos do Brasil Vale Ouro participaram da 19ª edição da São Silvestrinha, versão infanto-juvenil da tradicional Corrida Internacional de São Silvestre, realizada anualmente em São Paulo. Entre 2s mil participantes da prova, os alunos conquistaram 14 medalhas: quatro de ouro, cinco de prata e cinco de bronze. Outro destaque de 2012 foi a indicação da Vale, pelo segundo ano consecutivo, como vencedora das categorias máximas do Prêmio Empresário Amigo do Esporte, pelos investimentos sociais que realiza nesse segmento. Cultura — A Fundação Vale busca promover a inclusão social por meio de maior acesso aos bens culturais e fortalecer as identidades regionais, valorizando a cultura, a memória e o patrimônio histórico regional. Sua atuação inclui a gestão de equipamentos próprios, como museus e espaços culturais, e a realização de programas socioculturais, com foco especial na educação musical e nas manifestações culturais populares. Em 2013, o Museu Vale, instalado em Vila Velha (ES), completou 15 anos de atividades, computando um total de 1,6 milhão de visitantes e 38 exposições nacionais e internacionais. Continua na próxima página Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Voltar para o conteúdo principal Participaram de suas atividades e visitaram suas instalações, durante o ano, cerca de 76.400 pessoas, sendo aproximadamente 24.440 estudantes das escolas da região. Inaugurado em 2010, o Memorial Minas Gerais Vale, que faz parte do conjunto arquitetônico e paisagístico do Circuito Cultural Praça da Liberdade, em Belo Horizonte (MG), recebeu 67.073 pessoas, das quais 15.432 alunos de 505 instituições de ensino. O programa Trem da Vale, realizado na região entre Ouro Preto e Mariana, por onde circula o trem turístico da Vale, beneficiou cerca de 24.500 alunos de escolas públicas e seus professores com atividades como eventos culturais, ações de educação patrimonial e atendimento ao público em suas bibliotecas. O Circuito Comunidade, ação voltada a moradores da região, realizou 209 ações para aproximadamente 9.500 passageiros, em viagens de ida e volta no trem. Em Belém (PA) e Serra (ES), o Vale Música possibilita o acesso de alunos da rede pública de ensino à educação musical e cria oportunidades de futura profissionalização, ao estimular a formação de grupos musicais, corais, bandas e orquestras. Em 2012, foram beneficiados 249 alunos e realizadas 120 apresentações em Belém, para um público estimado de 45 mil pessoas. Em Serra, onde são atendidos 250 alunos, foram realizadas 25 apresentações, para 9 mil pessoas. Em dezembro de 2012, foi iniciado o Programa de Cultura Parauapebas e Tucumã, que oferece cursos gratuitos de iniciação, formação e qualificação em artes cênicas (teatro, circo e dança), além de oficinas de audiovisual, educação patrimonial, incentivo à leitura, gestão e empreendedorismo cultural, cultura digital e redes culturais. Os cursos de iniciação são abertos à comunidade, enquanto os cursos de formação e qualificação são direcionados a educadores, produtores e artistas, visando ao aprimoramento de suas habilidades profissionais. Desenvolvimento Urbano — Busca contribuir para o aprimoramento das capacidades municipais, visando ao fortalecimento das políticas públicas de inclusão social, ao aperfeiçoamento dos instrumentos de planejamento e à gestão do território com participação da sociedade. Os focos são a melhoria dos serviços públicos para a população, por meio do aperfeiçoamento da gestão municipal, a ampliação da capacidade dos municípios de planejarem ações integradas nas áreas de habitação de interesse social, saneamento básico e regularização fundiária, e o incentivo ao engajamento das comunidades no controle social das políticas públicas municipais. Em 2012, os principais temas trabalhados foram planos locais de habitação de interesse social (PLHIS), regularização fundiária e enfrentamento da exploração sexual infantil. Entre as iniciativas de destaque, estão ações que viabilizaram a elaboração do Diagnóstico do Setor Habitacional de Parauapebas (PA), etapa importante para a construção do PLHIS do município, bem como ações de apoio ao PLHIS de Canaã dos Carajás (PA). Nos dois municípios, ocorreram ainda quatro oficinas sobre política urbana e habitacional, que capacitaram um total de 219 pessoas, entre representantes do governo, conselheiros municipais, lideranças comunitárias e associações locais. Outra iniciativa com esse foco é o programa Novas Alianças, que visa ao fortalecimento da gestão pública por meio da estruturação de conselhos voltados ao Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente, bem como a colaboração com a gestão das políticas de infância e a conexão entre redes e organizações. Em 2012, o programa contribuiu para a formação de 294 conselheiros da infância e adolescência e conselheiros tutelares, beneficiando, indiretamente, 342.790 crianças e adolescentes do Pará e do Maranhão. Estações Conhecimento São núcleos promotores e irradiadores de vivências e práticas de esporte idealizadas pela Fundação Vale, complementadas por atividades educativas, culturais, de convivência e de cidadania. Sua viabilização ocorre a partir de parcerias locais entre o poder público, a comunidade e instituições do terceiro setor. Existem 11 unidades, localizadas em cinco estados brasileiros: Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Pará e Rio de Janeiro. Em 2012, mais de 18.300 pessoas foram beneficiadas pelas iniciativas das Estações do Conhecimento. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Ver lista completa de anexos Voltar para o conteúdo principal [3.19] Qualificação profissional Programa Formação Profissional — Voltado para o público na faixa etária entre 18 e 28 anos, formado no Ensino Médio regular ou técnico, esse programa é a principal porta de entrada para os jovens atuarem em cargos operacionais e técnicos da Vale. O programa possui duração média de 15 meses. Os participantes, denominados trainees, são divididos em duas categorias: trainee operacional (jovens com Ensino Médio completo) e trainee técnico operacional (jovens com Ensino Médio de nível técnico completo). O objetivo é aumentar a oferta de profissionais operacionais e técnicos, com a qualificação adequada, nos mercados regionais em que a Vale possui operações, capacitando-os para atuar nos negócios da empresa. Em 2012, 1.337 trainees ingressaram no Programa Formação Profissional, no qual a qualificação tem duração de 15 meses. Após esse período, eles se tornam elegíveis à efetivação. No ano passado, 394 trainees eram elegíveis. Destes, 299 foram efetivados, representando 76%. Programa de Especialização Profissional — Com abrangência no Brasil e em Moçambique, os cursos de pós-graduação foram direcionados a engenheiros e geólogos nas áreas de mineração, ferrovia e porto. Participaram da especialização 70 profissionais no Brasil e 31 em Moçambique. Programa Jovem Aprendiz (Brasil) — O programa integra o conjunto de iniciativas Porta de Entrada, sendo uma oportunidade de qualificação profissional para adolescentes e jovens brasileiros. Por meio de parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), é oferecida formação técnico-profissional para jovens com idade mínima de 14 anos e máxima de 24 anos. Para atuar nas operações da empresa, a idade mínima exigida, por questões de segurança, é 18 anos. Em 2012, 991 jovens aprendizes ingressaram na Vale, distribuídos em todos os estados onde a empresa atua. Programa Formação Profissional (Moçambique) — Para aumentar a oferta de profissionais operacionais e técnicos em Moçambique aptos a atuar em ferrovias e minas, a Vale recebe, em suas operações no Brasil, os jovens moçambicanos para treinamentos práticos em diversas áreas e equipamentos. Ao concluírem essa etapa de qualificação, os jovens retornam ao seu país para iniciarem suas atividades profissionais. Em 2012, 27 profissionais foram treinados em diversas localidades da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) como maquinistas. Já para a mineração, 56 jovens foram capacitados para atuar em manutenção de equipamento de mina. Desses, 30 jovens estiveram em Carajás e 26, em Itabira. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Ver lista completa de anexos Ver lista completa de anexos Voltar para o conteúdo principal [3.20] Remoção involuntária [MM8, MM9] Na Argentina, o programa de reassentamento de Puesteros começou em 2005, com as famílias que vivem na área da mina. Como parte das políticas para o reassentamento, a Vale ofereceu assistência técnica para as famílias, a fim de que melhorem e diversifiquem sua renda. Em 2011, foram cinco famílias reassentadas, e, já em 2012, mais uma família foi transferida para Rincón de Los Sauces. A terra está em processo de aquisição. Entretanto, foi construída uma casa, e um plano de produção foi projetado para restabelecer a atividade econômica dessas pessoas. Já para o projeto Capacitação Logística Norte (CLN) não foi preciso realizar reassentamentos ou assentamentos em 2012. Contudo, foi aprovado o plano de negociação junto à Diretoria Executiva para promover a desafetação1 da área para o Projeto Ramal Ferroviário do Sudeste do Pará junto ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e ao Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST). Os 40 processos para a desafetação foram ingressados na Vara Agrária de Marabá e na Vara Cível de Parauapebas, bem como o processo administrativo junto ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), com o objetivo de obter a tutela das áreas. Os estudos para indenização e desmobilização da faixa de domínio em Marabá estão em andamento. A Vale vem adquirindo propriedades no bairro Vila Paciência, no município de Itabira (MG), desde 2008. No entanto, essas negociações/aquisições são voluntárias, não são caracterizadas como desapropriação ou reassentamento. Além disso, os terrenos adquiridos pela empresa não serão utilizados para atividades de operação, e sim como zona de amortecimento. Em 2012, as negociações continuaram, mas não houve deslocamento de domicílios. Mineração artesanal e de pequena escala Responsável pela geração de trabalho e renda, a mineração artesanal ou de pequena escala pode representar um importante papel no desenvolvimento social e econômico. A ocorrência dessa prática é mais recorrente nas atividades de extração de ouro e diamantes. No entanto, também foram identificados casos em outras atividades de extração mineral, como cobre, cobalto, areia e argila, em áreas internas ou adjacentes às operações da Vale. A empresa entende que as mineradoras de grande porte são agentes importantes na transferência de boas práticas tecnológicas, de saúde e de segurança, e reconhece a relevância 1 Desafetação é o fato administrativo pela qual se retira do bem sua finalidade pública específica, possibilitando sua alienação. Continua na próxima página Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Voltar para o conteúdo principal do tratamento adequado do tema, constantemente abordado nas avaliações de riscos e impactos de suas atividades. Por esse motivo, esse tema faz parte dos treinamentos voltados ao respeito e à prevenção de riscos de violações aos direitos humanos oferecidos ao seu público interno. A Vale segue as orientações dos fóruns internacionais Comunidades e Mineração em Pequena Escala (Casm) junto ao Conselho Internacional de Mineração e Metais (ICMM). O tema é tratado nas principais ferramentas da área responsável pelo Relacionamento com as Comunidades. Em 2012, foi identificada a ocorrência de mineração artesanal e/ou de pequena escala nas proximidades de suas operações na Indonésia, no Chile e em Mariana (MG)2.A primeira ação da Vale é verificar a ocorrência dessa prática em áreas internas ou adjacentes às suas operações. No caso de operações ilegais, a orientação do Guia de Direitos Humanos da Vale é contatar os órgãos governamentais responsáveis para garantir o tratamento adequado à questão, assim como contribuir com a regularização e a melhor realocação da atividade, quando necessário. A empresa entende que a mineração artesanal ilegal pode prejudicar o desenvolvimento dos territórios nos aspectos econômico, social e ambiental, além de trazer riscos à vida de quem a pratica. Nos casos em que a atividade está legalizada, a boa convivência é estimulada, assim como a identificação de oportunidades para a implantação de treinamentos e capacitação em saúde e segurança. Prevenção e monitoramento Há três anos, a Vale mantém um programa de fiscalização em Itabira (MG) para inibir a prática da garimpagem clandestina. Quando é flagrada alguma ação ilegal, a empresa aciona a Polícia Civil, sendo esta responsável pelas medidas cabíveis. Na Indonésia, a Vale manteve o monitoramento, iniciado em 2010, da extração ilegal de cromita em uma praia pertencente a sua área de concessão. A empresa, em 2012, iniciou um processo de negociação com os mineiros locais, em conjunto com os governos nacional e local, para criar uma estratégia de como lidar com as más práticas desse tipo de mineração, que são prejudiciais para o ambiente e para a segurança dos trabalhadores. Quando a atividade é legalizada, a identificação de oportunidades de desenvolvimento em conjunto é estimulada, como a implantação de treinamentos e capacitação em saúde e segurança. Nesse sentido, a empresa também prosseguiu na parceria com a Associación Minera de Salamanca, no Chile, com o Projeto Tres Valles, para a melhoria das condições de trabalho. A Vale considera a ação preventiva e o monitoramento permanente fundamentais para evitar incidentes nas suas regiões de atuação. Nesse caso, destaca-se o seu apoio, em parceria com a Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), no desenvolvimento da Cooperativa dos Trabalhadores da Pedreira Santa Efigênia (Copersef ), em Minas Gerais. O escopo do programa prevê apoio técnico da Vale e da Ufop à cooperativa para a obtenção de licenciamento, transferência de tecnologia e estruturação do plano de negócio. Em 2012, o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) aprovou o Plano de Aproveitamento Econômico da região. O processo de licenciamento para a obtenção da Autorização Ambiental para Funcionamento (AAF) encontra-se em andamento na Superintendência Regional de Regularização Ambiental (Supram). 2 A Vale não calcula o percentual de unidades próximas à atividade de mineração artesanal, visto que não há uma definiçãopadrão de unidades de negócio. No Relatório de Sustentabilidade de 2011, foi informado, equivocadamente, que Itabira (MG) era uma das áreas com a ocorrência. A localidade correta é Mariana (MG). Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Ver lista completa de anexos Ver lista completa de anexos Voltar para o conteúdo principal Povos indígenas e comunidades tradicionais [MM5] [3.21] Apoiar o fortalecimento institucional e a capacitação em gestão dos povos indígenas e das comunidades tradicionais parceiras foi mais um compromisso assumido pela Vale em 2011. No caso do Povo Krenak, a capacitação em gestão vem sendo realizada a partir das reuniões quinzenais de acompanhamento e monitoramento do projeto de pecuária leiteira. Para avançar nessa meta, foram realizadas, em 2012, oficinas de prestação de contas, elaboração de projetos e de modelo de gestão compartilhada com o Povo Tupiniquim, no Espírito Santo. O objetivo foi estimular, a partir de arranjos organizacionais e comunitários, o cogerenciamento nas aldeias, enfocando principalmente os desafios e as oportunidades para a implementação da gestão compartilhada do termo de compromisso firmado entre a Vale e a comunidade por meio da associação indígena. A metodologia adotada com o Povo Tupiniquim servirá de modelo para os próximos acordos. A Vale conta com uma área dedicada ao tratamento de assuntos indígenas, para definição de diretrizes e orientação global referentes a operações e projetos que tenham interface com os povos indígenas. Ao todo, em 2012, foram dez ações de capacitação, totalizando 457 horas de treinamento, para 1.596 profissionais da Vale no Brasil e em Moçambique. Além disso, foi elaborado um programa de disseminação da temática indígena e de comunidades tradicionais para capacitar empregados de diversas áreas da empresa e prestadores de serviços. Ao todo, participaram das ações 394 profissionais, sendo 147 empregados e 247 prestadores de serviço. A Diretoria de Relações com Comunidades da Vale elaborou, em 2012, dois guias: o de Relações com Comunidades para Projetos de Capital e o de Relações com Comunidades. O primeiro, com o objetivo de estabelecer os processos e as etapas de gestão da Vale junto às comunidades, incluindo as tradicionais e os povos indígenas, para a fase de projeto; e o segundo guia, para estabelecer as diretrizes e orientar as equipes que trabalham diretamente com as comunidades com as quais há interface. A Política de Relacionamento com Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais, revisada em 2011, está com a validação prevista para 2013-2014. Preservação da identidade cultural e étnica Em 2012, foi realizado, em parceria com a Diretoria de Meio Ambiente, um seminário sobre Comunidades Tradicionais e Povos Indígenas aberto a todos os empregados. Esse seminário também foi realizado no Espírito Santo, para os empregados que atuam em áreas operacionais com interface com os povos indígenas. O assunto também foi debatido no Seminário de Diálogo Social e no I Fórum de Excelência Ambiental da Vale, promovidos pelas diretorias de Energia e Meio Ambiente, respectivamente, nos quais a temática indígena foi apresentada e discutida. Para os empregados e terceirizados que trabalham nos projetos em execução, foram realizados treinamentos, Diá- Continua na próxima página Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Voltar para o conteúdo principal logo de Saúde e Segurança e Diálogo Comportamental voltados para o compartilhamento de boas práticas de convivência com comunidades indígenas, além de intercâmbio cultural entre empregados e comunidades indígenas no período de coleta da castanha. Apesar de a área de Salobo estar a 63 km da Terra Indígena e não haver impacto sobre esse povo, os Xikrin do Cateté coletam castanha na Floresta Nacional de Tapirapé-Aquiri, nas proximidades da área do empreendimento. Com o objetivo de manter um bom relacionamento e com respeito à cultura e às tradições indígenas, em 2012, a Vale disponibilizou infraestrutura de apoio ao acampamento, melhoria de acessos a castanhais, atendimento médico de emergência, ligações telefônicas, além dos encontros entre empregados e indígenas, como forma de promover o diálogo transcultural e a segurança de todos. O objetivo dessas ações é sensibilizar os empregados da Vale e terceirizados quanto ao respeito à diversidade, além de orientar quanto à legislação e direitos diferenciados dessas comunidades, para que a empresa possa desenvolver suas atividades sem gerar novos impactos aos povos indígenas e às comunidades tradicionais que são vizinhas aos projetos e operações da Vale. Dentre os resultados alcançados junto às áreas operacionais da empresa, um dos mais significativos foi a alteração na localização da instalação de canteiro de obras do programa Capacitação Logística Norte (CLN), por este se localizar próximo a uma comunidade indígena. Essa decisão foi compartilhada entre a equipe da Vale e a prestadora de serviço responsável pela obra. Gestão compartilhada A gestão compartilhada dos termos de compromisso entre a Vale e as comunidades tradicionais e povos indígenas foi uma alternativa viável para a efetiva participação da comunidade, lideranças, associações, comunidade escolar e outros grupos da aldeia. Essa forma de trabalho vem proporcionando mecanismos que atuam em diferentes níveis de tomada de decisão, provendo meios de lidar adequadamente com aspectos complexos e adaptativos característicos dessa interação, permitindo ainda a autonomia do povo na gestão dos assuntos comunitários. Os cursos de capacitação trataram de temas como elaboração de cronograma físico-financeiro, relatório de prestação de contas e economia da aldeia e do uso de recursos que chegam aos indígenas por meio de empreendedores e do governo (municipal, estadual e/ou federal). Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Ver lista completa de anexos Ver lista completa de anexos Voltar para o conteúdo principal Acompanhamento de situações judicializadas em 2012 [HR9, MM6] [3.22] No Pará, está em fase de instrução para julgamento a ação civil pública (ACP) movida pelo Ministério Público Federal (MPF) com pedido de não renovação da licença ambiental do empreendimento Onça Puma. A alegação é de suposto descumprimento de condicionantes de estudos do componente indígena, com pedido de indenização por danos morais e materiais às comunidades indígenas Xikrin e Kayapó. Já no Maranhão, a Sociedade de Direitos Humanos do estado ajuizou ACP questionando a eficiência do estudo ambiental que compõe o licenciamento da expansão da Estrada de Ferro Carajás (EFC) no que se refere aos impactos sociais e ambientais nas comunidades tradicionais locais. A Vale solicitou a suspensão da liminar que determinava a suspensão do processo de licenciamento no Tribunal Regional Federal da 1ª Região, obtendo a declaração judicial quanto à validade do estudo ambiental e do processo de licenciamento da expansão. As obras já foram retomadas, e todas as condicionantes relacionadas aos povos indígenas e quilombolas têm sido executadas dentro do rigor do processo. Por último, na Argentina, a comunidade Kvpán Kvpalme impediu o acesso ao seu território para a obra de construção da linha de transmissão de 132 kV, afirmando estar em desacordo com o traçado sugerido. Contudo, a partir do diálogo permanente e do cumprimento de compromissos assumidos pela empresa, a construção seguiu normalmente até a paralisação do projeto. Casos atualizados em 2012 No Pará, a Vale ajuizou ação de obrigação de fazer e não fazer contra lideranças quilombolas do território de Jumbuaçu, para garantir o acesso da empresa às áreas de servidão do mineroduto e da linha de transmissão do empreendimento de bauxita em Paragominas. O processo encontra-se em fase de instrução para julgamento da ação. Já no Maranhão, a ACP ajuizada pelo MPF representando os quilombolas de Santa Rosa dos Pretos e Monge Belo originou um acordo judicial em fase de cumprimento. A empresa também efetuou o repasse de uma quantia em dinheiro em favor da comunidade. Ainda no mesmo estado, tramita uma ACP visando a que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) se abstenha de conduzir o procedimento de licenciamento ambiental do Aproveitamento Hidrelétrico Estreito, uma vez que o Termo de Referência e o EIA/Rima foram elaborados sem que o componente indígena fosse adequadamente tratado. O processo continua aguardando sentença em primeira instância. O último andamento desse processo foi a apresentação pelas partes de alegações finais, ocasião em que o magistrado foi informado sobre os últimos andamentos administrativos Continua na próxima página Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Voltar para o conteúdo principal junto à Funai, e a celebração de acordo, incluindo as comunidades Timbira, para o desenvolvimento do programa ambiental específico. Também no Maranhão, foi definida a competência do foro de Imperatriz para o julgamento da ACP ajuizada pelo MPF para impedir o Ibama de conceder a licença de operação para o consórcio responsável pela usina. Por fim, em Minas Gerais, foi finalizada, após homologação do acordo firmado entre as partes, a ACP ajuizada pelo (MPF) e pela Fundação Nacional do Índio (Funai) visando obrigar a Vale, a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e o Consórcio Aimorés a indenizar a comunidade indígena Krenak por eventuais impactos sofridos com a construção da usina hidrelétrica Aimorés. O acordo foi parcialmente cumprido pelo consórcio, que, em razão disso, propôs um Programa de Relacionamento com o Povo Krenak. Ações em aberto No Estado do Pará, existem dois processos relativos às comunidades Xikrin do Cateté e Djudjêkô. Um deles está relacionado a uma ACP movida pelo MPF visando obrigar a Vale a realizar estudo etnoambiental para verificação da existência ou não de impactos das atividades da mina de ferro de Carajás sobre essas comunidades indígenas. A Vale apresentou defesa na qual declara ser desnecessária a realização do estudo sugerido e a inexistência de impactos devido à distância de 80 km entre o empreendimento e o limite da Terra Indígena. No outro, discute-se a manutenção dos repasses dos recursos pela Vale para essas comunidades indígenas, que haviam sido suspensos por conta da invasão da mina de ferro Carajás. A decisão de primeira instância foi no sentido de permanência do repasse e encontra-se em fase de recurso. Ainda no Pará, o MPF, representando interesses dos quilombolas do Território de Jambuaçu, ajuizou ACP contra a Vale alegando suposto descumprimento de condicionantes do licenciamento ambiental do mineroduto e da linha de transmissão do empreendimento de bauxita em Paragominas. No processo, foi proferida decisão liminar, determinando o pagamento pela Vale de dois salários-mínimos mensais às 58 famílias identificadas no acordo firmado entre a empresa e as associações quilombolas de Jambuaçu, que servirão como substitutos da compensação financeira recebida. A Vale cumpriu a decisão, depositando os valores. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Ver lista completa de anexos Voltar para o conteúdo principal [4.01] Biodiversidade [EN12] A supressão da vegetação altera a comunidade florística e faunística, ocasionando perda local de indivíduos da flora e deslocamento de espécimes da fauna para áreas vizinhas. Esse deslocamento pode alterar a qualidade ambiental dessas áreas, em face de competição por hábitats e recursos com as comunidades faunísticas estabelecidas. A alteração, redução e/ou perda de hábitats naturais disponíveis em uma determinada área pode ocasionar alterações na composição e na estrutura das comunidades vegetais e animais, que podem se estender também para áreas circunvizinhas. A intensidade dessas alterações é influenciada pelas condições ambientais locais e pelo grau de conservação dos remanescentes presentes na área diretamente afetada e nas áreas vizinhas sob influência dos empreendimentos. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Ver lista completa de anexos Ver lista completa de anexos Voltar para o conteúdo principal Planos de Gestão da Biodiversidade [EN14] [4.02] De forma geral, os Planos de Gestão da Biodiversidade estão compostos por ações relacionadas à gestão da qualidade dos aspectos do meio físico (água, ar e solo, por exemplo), que influenciam a biota (conjunto de organismos vivos de determinado local) presente no entorno das operações. Constam, também, ações específicas relacionadas à gestão das espécies vegetais e animais: resgate de flora nas áreas a serem suprimidas (especialmente epífitas, plantas que utilizam outras espécies botânicas como suporte; e espécies rupícolas, plantas que se desenvolvem sobre substratos rochosos); salvamento e resgate de fauna durante as atividades de supressão de vegetação; recuperação de áreas mineradas; e monitoramento de flora e/ou fauna em áreas próximas às operações para acompanhamento dos efeitos das atividades sobre a biota local. Nas unidades operacionais localizadas em áreas de especial importância para a biodiversidade (áreas protegidas e/ou de alto índice de biodiversidade), que representam áreas sensíveis e importantes para a conservação e que abrigam espécies ameaçadas de extinção, o Plano de Gestão da Biodiversidade pode ser complementado por programas especiais, representados por ações demandadas pelos órgãos ambientais e/ou por ações de livre iniciativa ou voluntárias definidas pela própria empresa. Entre os Planos Especiais de Gestão da Biodiversidade já implementados, destacam-se, no sudeste do Pará, Brasil, as ações realizadas na Floresta Nacional de Carajás, considerando os seguintes programas: – Programa de Manejo e Monitoramento de Fauna — investigações de longo prazo que objetivam suprir lacunas de conhecimento e padronizar as metodologias aplicadas nos estudos para geração de dados científicos consistentes, contribuindo ainda para a capacitação técnica e o desenvolvimento regional; – Plano de Conservação do Jaborandi — Pilocarpus microphyllus, espécie com propriedades terapêuticas coletada por comunidades locais para fins econômicos; – Projeto de Conservação do Gavião-Real — Harpia harpyja; – Plano de Coleta e Beneficiamento de Sementes Nativas; – Plano de Prevenção e Combate a Incêndios em Ecossistemas no Mosaico de Unidades de Conservação da Província Mineral de Carajás, que abrange as unidades de conservação vizinhas à Floresta Nacional de Carajás. Em Minas Gerais, a Vale desenvolve iniciativas no Quadrilátero Ferrífero, região que abriga um conjunto de unidades operacionais da Vale e áreas protegidas de propriedade da empresa, inserida na zona de transição entre os biomas Mata Atlântica e Cerrado. São elas: Continua na próxima página Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Voltar para o conteúdo principal – Plano de Conservação da Biodiversidade do Quadrilátero Ferrífero, composto de ações relacionadas à conservação e ao manejo da flora e da fauna locais, incluindo a compilação e o resgate de informações geradas pela Vale e por seus colaboradores; – termo de cooperação técnica e financeira cujo objetivo é fomentar ações para prevenção e combate a incêndios florestais, abrangendo as suas áreas próprias e as unidades de conservação de proteção integral e uso sustentável sob responsabilidade do Estado de Minas Gerais e que estão localizadas no Quadrilátero Ferrífero; – Centro de Pesquisas e Conservação da Biodiversidade do Quadrilátero Ferrífero (CeBio), dedicado especialmente ao desenvolvimento de pesquisas para conservação e recuperação ecológica dos ecossistemas típicos da região. No Estado do Rio de Janeiro, associadas às operações do Terminal Marítimo da Ilha Guaíba (TIG), a Vale apoia as seguintes ações: – projeto de pesquisa para a conservação do boto-cinza (Sotalia guianensis) na Baía de Sepetiba; – Projeto Fazenda Marinha, a partir do qual são realizadas a reprodução de ostras e coquilles para envio às comunidades maricultoras da região e a reprodução de espécies nativas de camarões para repovoamento da Baía de Sepetiba. Na Nova Caledônia, a Vale desenvolve: – Plano Especial de Gestão da Biodiversidade, composto de ações relacionadas à definição e ao financiamento de projetos de pesquisa visando à melhoria da restauração ecológica e à conservação de espécies da flora e da fauna locais. A Vale monitora, desde 2006-2007, a saúde dos ecossistemas na Reserva Natural Forêt Nord e na Reserva Picdu Grand Kaori, e, em 2009, essas ações foram registradas como parte da Convenção para Conservação da Biodiversidade da Província Sul. As atividades incluem o monitoramento anual da diversidade de plantas, répteis e aves nas duas reservas, além do monitoramento mensal do nível de SO2 na vegetação, nas imediações da refinaria e em locais próximos; – Projeto de Conservação da palmeira Saribus jeanneyii, em parceria com a seção de Parques Nacionais da Província Sul, com o objetivo de criar uma população ex situ1 dessa espécie, veja mais informações no case Proteção às reservas na Nova Caledônia. 1 Aquelas que são conservadas fora de seu lugar de origem. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Ver lista completa de anexos Ver lista completa de anexos Voltar para o conteúdo principal [4.03] Participação e engajamento [IP4.17] Um exemplo é a participação da Vale nas ações da Parceria Empresarial pelos Serviços Ecossistêmicos (Pese). A Pese é uma iniciativa desenvolvida pelo World Resources Institute (WRI), junto da Fundação Getulio Vargas (FGV) e do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), com apoio da United States Agency for International Development (Usaid), para auxiliar no desenvolvimento de estratégias de negócio associadas à melhoria da gestão de recursos naturais e da biodiversidade a partir da aplicação da metodologia Ecosystem Services Review (ESR), desenvolvida pelo WRI. Essa metodologia ajuda o setor privado a mapear riscos e oportunidades decorrentes das dependências e impactos dos negócios sobre a biodiversidade e os serviços ecossistêmicos, visando ao desenvolvimento de estratégias de gestão para o uso sustentável desses aspectos. A Vale tem avaliado suas ferramentas para a gestão integrada da biodiversidade. Como parte do processo, em 2012, a Vale começou a análise de 13 metodologias de mensuração de impactos, relacionadas à biodiversidade e aos serviços ecossistêmicos, considerando seu potencial de aplicabilidade às suas atividades, além do porte e da complexidade dos negócios da empresa. A Vale participou também do planejamento e do desenvolvimento da gestão do Reflorestar. Criada em 2012, essa iniciativa do Governo do Espírito Santo, com o apoio da Vale, pretende ampliar a cobertura florestal do estado em 30 mil hectares até 20141, o que equivale à área de 46 mil campos de futebol. O pagamento por serviços ambientais (PSA) será utilizado pelo projeto como estratégia para a manutenção das áreas com vegetação nativa. A Vale contribuiu na elaboração do plano de execução dos projetos técnicos e na documentação das ferramentas de suporte ao programa. O poder público e os parceiros apoiam a remodelagem das propriedades rurais, por meio do fornecimento de insumos e estímulos, como mudas, apoio técnico e recursos financeiros. Em 2012, a Vale esteve presente no evento Business for Environment, realizado pela B4E Global Summit, e no workshop para elaboração do Plano Estadual de Proteção à Biodiversidade em Minas Gerais, promovido pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF). A Vale também participou do grupo de trabalho que contribuiu para a elaboração do Framework for Corporate Action on Biodiversity and Ecosystem Services, desenvolvido pelo 1 Fonte: site do Programa Reflorestar. Continua na próxima página Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Voltar para o conteúdo principal Pacto Global das Nações Unidas e pela International Union for Conservation of Nature (IUCN). A presença nessas e em outras iniciativas representa uma forma de se manter próxima às discussões atuais e de colaborar em ações desenvolvidas por outros atores. Valoração econômica dos serviços ecossistêmicos Em 2012, a Vale estabeleceu uma parceria com a Conservation International Brasil (CI) para o desenvolvimento do Plano de Gestão Integrada das 17 Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) mantidas pela empresa no Quadrilátero Ferrífero de Minas Gerais, que incluiu a valoração de serviços ecossistêmicos providos por elas. Foram selecionados serviços relacionados à manutenção dos ecossistemas locais e ao bem-estar humano e qualidade de vida das comunidades do entorno, considerando: conservação do solo (manutenção de fertilidade e prevenção à erosão), estoque de carbono na vegetação e gestão dos recursos hídricos. Dentre as áreas estudadas, destacou-se a RPPN Córrego Seco (unidade de conservação em processo de criação/reconhecimento), no município de Itabirito (MG), para a qual foi avaliado o valor de conservação de recursos hídricos e estimado o valor monetário anual da provisão de água para o município. De acordo com dados do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae), o Córrego Seco, cuja nascente está localizada dentro da RPPN da Vale, assim como a estação de captação de água, fornece cerca de 70% da água consumida pela cidade de Itabirito. O valor de uso dessa área foi estimado em cerca de US$ 2 milhões, tendo como base o preço de mercado desse recurso. Também foram estimados os valores para manutenção de fertilidade do solo e prevenção da erosão, que foram de US$ 12 mil e US$ 3,4 milhões, respectivamente. Já para o estoque de carbono, a avaliação ficou em aproximadamente US$ 6 milhões. Outra ação de destaque foi desenvolvida na Reserva Natural Vale (RNV), em Linhares, Espírito Santo. Um estudo de valoração de serviços ecossistêmicos, em parceria com o Lawrence Berkeley Laboratory (Universidade da Califórnia) e pesquisadores de instituições nacionais e internacionais, estimou os valores de uso direto e indireto considerando aspectos tais como recreação, geração de conhecimento, bioprospecção, polinização, estoque de carbono na vegetação, estoque de carbono relacionado à produção de mudas e recuperação de áreas, regulação do solo, regulação do ar e da água e provisão de água. Dentre os valores obtidos, destacam-se os de estoque de carbono, orçado em cerca de US$ 47 milhões; de fornecimento de água, US$ 8,3 milhões; de regulação do ar e da água, US$ 886 mil; de polinização, US$ 126 mil; e de regulação do solo, US$ 511 mil. Também foi estimado o valor de existência para RNV Linhares considerando a riqueza de espécies e ecossistemas, com especial destaque para os grupos raros e ameaçados de extinção. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Ver lista completa de anexos Ver lista completa de anexos Voltar para o conteúdo principal Áreas protegidas e áreas operacionais [EN11] [4.04] Além destas, há áreas protegidas (próprias e em parcerias) que não estão relacionadas às operações da empresa (24,4% do total), dentre as quais se destacam a Reserva Natural Vale, a Reserva Biológica de Sooretama, ambas no Espírito Santo, e o Parque Estadual da Ilha Grande, no Rio de Janeiro. Do total das áreas que a Vale protege ou ajuda a proteger, 97,4% representam unidades de conservação protegidas em parceria com os governos locais, e 2,6%, áreas de propriedade da empresa. E, entre as áreas protegidas sob a gestão da Vale ou por meio de parcerias, 63,5% encontram-se no bioma Amazônico e 27,4%, na Mata Atlântica. As áreas operacionais totalizam 4,7 mil km2 e estão associadas à extração de minérios, atividades de produção industrial, processamento e beneficiamento, transporte dos produtos e operações relacionadas a plantios industriais. A área ocupada pelas operações associadas a plantios industriais representa quase 62% do total da área operacional, e cerca de 50% da área dessas propriedades é destinada à recuperação e à manutenção da vegetação nativa1. Independentemente do estado de conservação inicial da área, as operações da Vale são planejadas e realizadas de forma a causar o menor impacto ambiental possível, e as ações ambientais realizadas paralelamente às operações contribuem de forma positiva para a manutenção e a conservação da biodiversidade local. Do total das áreas operacionais, 87% referem-se às operações em superfície e 13%, às atividades subterrâneas. Mais de 90% da área operacional da Vale está inserida em hotspots (13%) ou wilderness areas2 (79%), que constituem regiões de alta diversidade biológica avaliadas internacionalmente como importantes para a conservação da biodiversidade3. 1 De acordo com a legislação brasileira, todas as propriedades rurais devem manter áreas representativas dos ambientes naturais da região onde se inserem, sendo essas áreas destinadas ao uso sustentável dos recursos naturais, à conservação e à reabilitação dos processos ecológicos, à conservação da biodiversidade e ao abrigo e proteção da fauna e flora nativas, as quais são denominadas reservas legais. O tamanho da reserva legal é proporcional ao tamanho total da propriedade, variando de acordo com o bioma e, no caso da Amazônia, com a região onde se localizam as propriedades. 2 Hotspots e wilderness areas são grandes áreas geográficas consideradas importantes para a conservação da flora e da fauna mundiais, que funcionam como categorias complementares de importância para a biodiversidade, sendo oficialmente reconhecidas por diversas organizações internacionais. Os hotspots são áreas mais ameaçadas e de grande riqueza biológica no planeta, possuindo grande número de espécies de plantas vasculares endêmicas e apresentando-se reduzidas a 30% ou menos de sua cobertura vegetal original. As wilderness areas, por sua vez, constituem grandes extensões de área (mais de 1 milhão de hectares cada) com biodiversidade representativa e pouco ou não modificadas (áreas selvagens), possuindo mais de 70% da área original intacta e densidade humana menor ou igual a cinco pessoas por km2. 3 São exemplos de hotspots os biomas Cerrado (Brasil), Florestas da Costa Leste Africana (Moçambique), Florestas da Guiné (Guiné), Florestas Valdívias (Chile), Mata Atlântica (Brasil) e Wallacea (Indonésia). São exemplos de wilderness areas os biomas Amazônico (Brasil), Chaco/Patagônia (Argentina), Desertos Árabes (Omã), Floresta Boreal (Canadá) e Pantanal (Brasil). Continua na próxima página Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Ver lista completa de anexos Voltar para o conteúdo principal Áreas protegidas próprias e áreas que a Vale ajuda a proteger [EN13] Área protegida Bioma PropriedadeI Área (km2) Floresta Nacional de Carajás Floresta Amazônica Parceria ICMBio 4.119,5 Floresta Nacional do Tapirapé-Aquiri Floresta Amazônica Parceria ICMBio 1.900,0 Floresta Nacional do Itacaiúnas Floresta Amazônica Parceria ICMBio 1.414,0 Reserva Biológica do Tapirapé Floresta Amazônica Parceria ICMBio 1.030,0 Área de Proteção Ambiental do Igarapé do Gelado Floresta Amazônica Parceria ICMBio 216,0 Floresta Amazônica Própria 1,1 Parque Botânico de Tubarão Mata Atlântica Própria 0,3 Reserva Natural Vale Mata Atlântica Própria 227,1 Reserva Biológica de Sooretama Mata Atlântica Parceria ICMBio 240,0 12 Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN) no Quadrilátero Ferrífero de Minas Gerais Mata Atlântica Própria 70,4 Duas Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN) associadas às operações de fertilizantes Cerrado Própria 1,6 32 Unidades de Conservação Estaduais localizadas no Quadrilátero Ferrífero Mata Atlântica e Cerrado Parceria Semad/IEFII Áreas de proteção de quatro pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) Mata Atlântica Própria Mata Atlântica Parceria IneaIII Florestas Boreais Própria Wallacea Parceria Governo da Indonésia Reserva Natural Florestas do Norte (Forêt Nord Nature Reserve) Floresta e Maquis ShrublandIV Parceria Governo da Nova Caledônia 2,7 Reserva Pic du Grand Kaori Floresta e Maquis ShrublandV Parceria Governo da Nova Caledônia 3,1 Brasil – Pará Brasil – Maranhão Parque Botânico de São Luís Brasil – Espírito Santo Brasil – Minas Gerais 3.090,8 3,3 Brasil – Rio de Janeiro Parque Estadual da Ilha Grande 120,5 Canadá Florestas Boreais do Canadá 56,1 Indonésia Floresta Tropical de Sorowako (Sorowako Tropical Forest) 1.180,0 Nova Caledônia Total 13.676,5 I Fonte dos dados: parceria com Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) (http://www.icmbio.gov.br/brasil), Ministério do Meio Ambiente. As áreas das unidades de conservação estão em processo de revisão pelo Governo Federal, e os valores indicados são passíveis de alteração durante o ano de 2013. II Fonte: Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), Instituto Estadual de Florestas (IEF), Governo de Minas Gerais. III Fonte: Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Governo do Rio de Janeiro. IV Tipo de vegetação natural presente no hotspot intitulado Nova Caledônia. V Tipo de vegetação natural presente no hotspot intitulado Nova Caledônia. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Ver lista completa de anexos Voltar para o conteúdo principal Áreas protegidas e áreas operacionais (cont.) [4.05] Com o Centro de Pesquisa e Educação para Conservação da Biodiversidade (Cepeb), a Vale fortalece seu compromisso de incentivar o desenvolvimento de pesquisas por meio de cursos organizados pelo próprio Cepeb, com conteúdo técnico ou de extensão, abordando temas específicos e atuais na RNV e que contribuem para a conservação da biodiversidade da Mata Atlântica, ou em parceria com instituições de ensino e pesquisa. Estes últimos são dirigidos a estudantes de graduação e pós-graduação. Em 2012, foram realizados quatro cursos acadêmicos, todos relacionados à pós-graduação. Na área de educação, a Vale trabalha o engajamento e a cultura da sustentabilidade nas comunidades vizinhas aos seus projetos. Por meio do Programa de Educação Ambiental Áreas Protegidas, lançado em 2011, estudantes do Ensino Fundamental e as comunidades vizinhas participaram de atividades para desenvolver sua consciência ambiental e, assim, promover a mudança de atitude para o desenvolvimento sustentável. A ação é baseada nos Pilares da Unesco de Educação para o Século XXI — Conhecer, Ser, Fazer e Conviver — e trabalha cinco temas principais — biodiversidade, água, ar, energia e gestão de resíduos — e três temas transversais — cultura, saúde e cidadania. Os visitantes em geral contam com cerca de 60 atividades diferentes, que vão de jogos ao ensino de técnicas para cultivo de mini-horta. Já com as escolas, os temas são abordados em um conteúdo que inclui planos de aula e parceria com as secretarias de Educação dos municípios. Em 2012, primeiro ano de implementação das ações, o programa para as escolas foi iniciado na Reserva Natural Vale, em Linhares (ES), e no Parque Botânico Vale, em São Luís (MA). A partir de 2013, está prevista a implantação nas escolas vizinhas ao Parque Botânico Vale, em Vitória (ES), ao Parque Zoobotânico Vale, em Carajás (PA), e ao Centro de Educação Ambiental da Mata do Jambeiro (MG). Outra ação focada na educação ambiental nas comunidades, no mesmo ano, foi o Programa Inclusivo de Educação Ambiental, desenvolvido no Parque Botânico Vale, em Vitória, Espírito Santo. Cerca de 200 alunos de dez instituições que atendem pessoas com deficiências aprenderam mais sobre biodiversidade, recursos naturais e resíduos. O programa também aborda temas transversais, como cultura, ética, cidadania e saúde. São três módulos de um ciclo para fornecer aos participantes experiências vivenciais a partir da construção do conhecimento. O primeiro módulo foi iniciado em novembro de 2012 e terá duração de um ano. Ao fim do processo, as instituições participantes recebem um certificado. Em 2012, o número total de visitantes recebidos superou o registrado no ano anterior em cerca de 14%. Para fidelizar os atuais visitantes e atrair novos, a Vale vem desenvolvendo Continua na próxima página Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Voltar para o conteúdo principal ações estratégicas para engajar a comunidade e os empregados, como atividades educacionais, culturais, sociais e ambientais, incluindo exposições e oficinas. As atividades permitem a reflexão sobre a valorização das áreas de reserva e contribuem para o engajamento ambiental de seus frequentadores. Áreas operacionais Do total da área ocupada pelas unidades operacionais sob responsabilidade da Vale, 4% (cerca de 190 km2) estão localizados em áreas legalmente protegidas (unidades de conservação) e 39% (1.840 km2) encontram-se inseridos em áreas de alto índice de biodiversidade (fora de áreas protegidas), definidas pelos governos de cada país. Considerando as operações localizadas em adjacências1 de áreas sensíveis, cerca de 11% (520 km2) das unidades operacionais estão próximas a áreas legalmente protegidas, e 22% (1.040 km2) estão adjacentes a áreas de alto índice de biodiversidade. Apesar de as unidades operacionais da Vale estarem localizadas em regiões classificadas como hotspots e wilderness areas, geralmente os projetos são implantados em locais que se encontravam ambientalmente alterados e biologicamente descaracterizados pela existência de atividades anteriores (exploração de madeireira e pecuária, por exemplo) ou em áreas que se destinavam exclusivamente a atividades industriais (tais como distritos industriais municipais), com destaque para as áreas de plantio industrial. Isso se aplica a todos os tipos de operação, especialmente às de plantio industrial, que estão em sua totalidade associadas a áreas anteriormente alteradas. 1 Para cálculo da área adjacente, foi considerado um buffer de 10 km, gerado a partir dos limites externos das áreas protegidas e das áreas de alto índice de biodiversidade (entorno), e avaliada sua sobreposição em relação à área da unidade operacional. Quando uma unidade operacional estava associada a mais de uma área protegida ou área de alto índice de biodiversidade, foi considerada a interseção dos buffers nos trechos de sobreposição entre as áreas. Os territórios relacionados a terras indígenas não foram considerados nas análises. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Ver lista completa de anexos Ver lista completa de anexos Voltar para o conteúdo principal [4.06] Espécies ameaçadas [EN15] Número de espécies constantes na lista oficial de espécies internacionalmente ameaçadas de extinção (IUCN) com registro nas áreas de inserção das operações da Vale no mundo Baixo risco Quase ameaçada Vulnerável Em perigo Criticamente em perigo ExtintaI Total Fungos — — — — 1 — 1 Plantas 19 — 25 15 6 — 65 2 — — — — — 2 Artrópodes — — 1 — — — 1 Peixes — — 1 — — — 1 Anfíbios — 2 3 1 1 — 7 Répteis 3 — 4 1 1 — 9 Aves — 47 12 13 1 1 74 Mamíferos — 18 12 7 3 — 40 24 67 58 37 13 1 200 Grupo temático Moluscos Total I Espécie com registro histórico para a região na qual se inserem unidades operacionais da Vale no Canadá. Número de espécies constantes em listas nacionais oficiais de espécies ameaçadas de extinção com registro nas áreas de inserção das operações da Vale no mundo Atenção especial Baixo risco Quase ameaçada Vulnerável Em perigo Criticamente em perigo ExtintaI Total Fungos 1 — — — 1 — — 2 Plantas 1 2 — 9 36 1 — 49 — — — — 3 — — 3 Artrópodes 2 — — 1 8 — — 11 Peixes 3 — — 1 6 1 — 11 Anfíbios 2 — — 1 3 1 — 7 Répteis 2 — — 4 3 — — 9 Aves 8 — — 33 41 3 1 86 Mamíferos 3 — 1 28 8 2 — 42 22 2 1 77 109 8 1 220 Grupo temático Moluscos Total I Espécie com registro histórico para a região na qual se inserem unidades operacionais da Vale no Canadá. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Voltar para o conteúdo principal Área impactada e em recuperação [MM1] [4.07] O documento normativo sobre as atividades de RAD divide o processo de recuperação em cinco etapas distintas: diagnóstico das áreas impactadas; elaboração do projeto e planejamento da recuperação; implementação das ações definidas no projeto; execução da manutenção requerida para garantir a evolução da recuperação; e monitoramento para verificar os resultados alcançados e otimizar futuras ações. No segundo semestre de 2012, o documento foi aplicado, em caráter experimental, em três unidades operacionais no Brasil. O objetivo é avaliar os resultados dos testes no primeiro semestre de 2013, efetuar os ajustes necessários e, em seguida, aplicá-lo gradativamente, transformando-o em instrução global. Inicialmente, três unidades, além das três áreas-piloto, serão inseridas no processo ainda em 2013. A Vale busca as melhores práticas de recuperação ambiental, desenvolvendo projetos de pesquisa e desenvolvimento (P&D), muitas vezes em parceria com instituições de ensino e pesquisa, que têm por objetivos a redução de custos, a seleção de espécies vegetais potenciais para o uso em recuperação ambiental, o aprimoramento das técnicas aplicáveis e o desenvolvimento de indicadores que denotem a qualidade da recuperação ambiental. Também busca o maior conhecimento da ecologia de espécies, de forma a transformá-lo em um legado positivo para as comunidades científicas, e realizar a sua internalização nas práticas em uso. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Ver lista completa de anexos Ver lista completa de anexos Voltar para o conteúdo principal Recuperação das Áreas Degradadas (RAD) [MM1] [4.08] No Espírito Santo, a Vale desenvolve um projeto de restauração e manutenção da mata do Convento da Penha, considerado um patrimônio histórico e cultural do estado, tombado em 1943. Localizado no alto de um penhasco no município de Vila Velha, é um dos santuários mais antigos do Brasil. As atividades de restauração foram iniciadas em 1986, e, desde então, é realizada periodicamente a manutenção da vegetação (aproximadamente 50 hectares), incluindo a retirada de lixo, a remoção de plantas exóticas e o controle de pragas. Outro projeto, desenvolvido no Espírito Santo e em Minas Gerais, a partir de parceria/termo de cooperação mútua firmada entre a Vale e o Instituto Terra, é a restauração de 480 nascentes e de trechos de vegetação ciliar localizados na Bacia Hidrográfica do Rio Doce, totalizando 415 hectares de área a ser trabalhada nos dois estados. No Mato Grosso do Sul, a Vale recupera áreas antropizadas existentes no interior do Parque Natural Municipal de Piraputangas, localizado no município de Corumbá. O parque, situado a cerca de 25 km da área urbana, é administrado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e está inserido em uma região que se destaca pela abundância de nascentes, representando uma área importante para a proteção de recursos hídricos. Outra iniciativa foi a criação de um fórum de trabalho composto de um grupo de profissionais das áreas de negócio que atuam com o tema. O fórum, que teve o primeiro encontro em julho de 2012, acontece em intervalos trimestrais, promovendo debates sobre alternativas de otimização das atividades de RAD na empresa. Também em 2012, foi lançado um edital para captar pesquisas específicas sobre o assunto, o que resultou em 107 projetos. Desses, 13 foram considerados relevantes, dos quais cinco foram apontados como prioritários, pois eram focados em campos rupestres. O desenvolvimento dessas pesquisas resultará em inovações para a aplicação de programas de RAD, uma vez que promoverá a ampliação do conhecimento de ecossistemas e tecnologias ligadas ao tema. Em 2012, foi realizado pela Sociedade Brasileira de Recuperação das Áreas Degradadas (Sobrade) o IX Simpósio Nacional de Recuperação das Áreas Degradadas (Sinrad), evento patrocinado pela Vale. Dentre os trabalhos apresentados pela empresa, destaca-se uma iniciativa pioneira para recuperação de campos rupestres utilizando espécies da flora nativa. A técnica permite a máxima preservação das plantas de pequeno porte resgatadas das áreas de supressão de vegetação e baseia-se na colonização de tapetes de fibra de coco com espécies da flora nativa, fixados através de técnica natural. Esse modelo é mais eficiente e 60% mais barato que a metodologia convencional, baseada na produção de mudas em Continua na próxima página Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Ver lista completa de anexos Voltar para o conteúdo principal caixotes e em embalagens plásticas. Essa técnica vem sendo utilizada pela própria empresa em minas de minério de ferro no Quadrilátero Ferrífero. Um exemplo foi a recuperação de áreas de campo rupestres com essa tecnologia na Mina do Pico. Áreas operacionais O bioma com maior área interferida pelas operações da Vale em 2012 foi a Amazônia, seguido da Mata Atlântica. As áreas afetadas na Amazônia estão relacionadas à continuidade das operações da Mina de Carajás (Serra Norte) e, em sua maior parte, à expansão da Estrada de Ferro Carajás (EFC). As interferências em áreas de Mata Atlântica estão associadas às operações localizadas no Quadrilátero Ferrífero de Minas Gerais. Área impactada e área em recuperação pela Vale, de acordo com o bioma (em km2) [EN13] (2012) Área em recuperação Área impactada Área em recuperação permanente Área em recuperação provisória Área total em recuperação 11,5 1,3 0,5 1,8 Cerrado 0,6 — — — Floresta da Costa Leste Africana 0,9 — — — Florestas Boreais — — — — Florestas Valdívias 0,9 — — — Mata Atlântica 4,2 4,6 Nova Caledônia 0,3 0,2 — 0,2 Pantanal 0,1 — — — Wallacea 1,2 — — — Outros 3,2 1,1 — 1,1 22,9 7,2 Bioma Amazônia Total 5,1 5,6 9,7 12,8 Analisando as áreas em processo de recuperação, os valores mais expressivos estão associados à Mata Atlântica, seguidos da Amazônia. Na Mata Atlântica, destaca-se a existência de unidades operacionais antigas e empreendimentos mais recentes localizados no Estado de Minas Gerais, resultando em uma combinação de áreas em recuperação permanente e em recuperação provisória. As áreas em recuperação permanente na Amazônia estão relacionadas principalmente ao início das ações de reabilitação de áreas que não mais serão empregadas no desenvolvimento de atividades operacionais na Mina de Carajás. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Ver lista completa de anexos Voltar para o conteúdo principal [4.09] Conflitos pelo uso da terra [MM6, MM7] Das 12 ações judiciais, oito envolvem a Vale Fertilizantes e se referem a ações de reintegração de posse, cujo objeto é a retomada de uma gleba de terras cedida por meio de comodato à Associação dos Empregados da Fosfértil (AEF), que, por sua vez, arrendou o terreno para terceiros. Já a ação ajuizada pelo povo indígena Krenak compreende a realização de estudos para a avaliação dos impactos da Usina Hidrelétrica (UHE) Aimorés. Feito o estudo, ficou acordado entre as partes um termo de compromisso para que fossem feitas ações estruturantes. Em 2012, foi assinado um termo aditivo com validade de 15 meses para que todas as ações acordadas fossem cumpridas. Na Indonésia, há uma disputa de terra na cidade de Mahalona, em área vizinha da mina Balonti-Petea. As comunidades reivindicam que a compensação pelo uso da terra seja feita em áreas protegidas. A ação ainda não foi finalizada, mas a Vale já tomou algumas iniciativas para atender à reclamação das comunidades, inclusive a checagem da documentação das terras em questão. Também na Indonésia, a utilização da água do lago Towuti para a geração de eletricidade resultou em uma ação da comunidade local, que deu origem a um acordo, que data do ano 2000, da empresa com o governo e a comunidade local, para o estabelecimento de 750 hectares de campos de arroz. Em relação às paralisações ou obstruções do acesso a projetos, 15 ao todo, duas ocupações ocorreram na Fazenda Yara, em Cajati (SP), nos meses de junho e julho de 2012. A Fazenda Yara é uma área de proteção ambiental (APA), cedida à Vale, e faz parte de uma ação de compensação ambiental. Uma instalação da Vale no bairro Morro da Mina, em Conselheiro Lafaiete (MG), foi invadida. A Polícia Militar (PM) foi acionada para o registro do fato. A Fazenda Recreio, de propriedade da Vale, na região do Projeto S11D, e que se destina ao assentamento das famílias da comunidade da Vila Mozartinópolis, foi ocupada por um grupo de aproximadamente 20 pessoas do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). As autoridades foram avisadas, e o grupo resolveu sair por conta própria. Em outra ação, cerca de 200 pessoas da Vila Palmares Sul, no Pará, interditaram a Rodovia Faruk Salmen com o objetivo de ocupar um loteamento às margens da rodovia. A Polícia Militar foi acionada para desocupar a área, e o líder do movimento foi detido. Continua na próxima página Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Voltar para o conteúdo principal Na mesma rodovia, posteriormente, 300 pessoas interditaram a rotatória da estrada próxima ao pátio de Parauapebas. A Polícia Militar compareceu ao local e prendeu o líder do grupo. Essa interdição interferiu no processo produtivo de cobre do Sossego e nas atividades do pátio de Parauapebas. Também no Pará, cerca de 80 moradores da vila Racha Placa e antigos proprietários de terras agora pertencentes à Vale interditaram a estrada de acesso à Fazenda Brejeira, onde estão em construção os alojamentos do Projeto S11D. Houve uma tentativa de negociação, porém a interdição continuou. Posteriormente, ocorreu uma reunião entre o Incra e os representantes dos manifestantes, realizada na Cidade de Marabá (PA), mas não houve acordo. A Fazenda Santo Antônio, de propriedade da Vale, foi invadida em março de 2012 e reintegrada após uma ordem judicial. A Segurança Empresarial e o comando da Polícia Militar foram à Fazenda e conversaram com os invasores, e todos saíram pacificamente. Houve uma reunião com as lideranças no acampamento da Associação Boa Esperança, e a comunidade pediu auxílio da Vale para a resolução das questões junto aos órgãos públicos. Outra invasão de terras ocorreu na zona urbana de Canãa dos Carajás, em áreas de propriedade da Vale. A PM compareceu ao local para negociar a retirada dos invasores. A comunidade pediu auxílio da Vale para resolução das questões junto aos órgãos públicos. No Chile, em novembro de 2012, o acesso principal à mina Don Gabriel foi bloqueado por uma retroescavadeira de propriedade de um morador local, que possui uma disputa jurídica com a empresa. O acesso à mina subterrânea não foi afetado, assim como nenhum dano à propriedade foi registrado. Na Colômbia, moradores de El Hatillo realizaram um bloqueio em protesto contra a realocação da aldeia e em reivindicação de contratação de mão de obra local, em fevereiro de 2012. Foram queimados três veículos e três motos no perímetro urbano de La Loma. O Esquadrão Móvel de Carabineiros, o Grupo Anti Distúrbios e o Exército reforçaram a segurança do acampamento da Vale. A única área afetada foi a dos banheiros químicos que estavam no acesso à mina. Na área de Plan Bonito, houve focos de incêndio provocados pelos manifestantes. A Diretoria de Operações Portuárias da Vale conduziu as negociações em quatro casos de ocupação, em Santo Antônio, Praia Pequena, Praia de Tapera e Duas Irmãs, em Mangaratiba (RJ). Em Sahy, na mesma região, o principal acesso ao píer que serve de ponto de embarque para recursos materiais e humanos que vão para o porto foi interditado. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Ver lista completa de anexos Voltar para o conteúdo principal [4.10] Fechamento de mina [MM10] Em 2012, foi concluída uma versão preliminar do Documento Normativo Global para o Fechamento de Mina da Vale, elaborado com base na legislação, normas técnicas e boas práticas de dez países com tradição minerária, dentre os quais África do Sul, Austrália, Peru, Moçambique, Nova Zelândia e Brasil. Por conta de novas diretrizes estratégicas da empresa, a revisão do Normativo Global de Fechamento de Mina está prevista no planejamento de atividades da Vale para 2013. Com o objetivo de aprimorar-se continuamente na gestão do tema, em 2012, foi criado o Subcomitê de Fechamento de Mina, ligado ao Comitê de Lideranças Ambientais (CLA), que realiza encontros bimestrais com a presença de profissionais envolvidos direta e indiretamente com a área. O Subcomitê propõe uma série de medidas, que são submetidas à aprovação do CLA. Além disso, foi criada uma gerência específica para o desenvolvimento corporativo de ações relacionadas ao descomissionamento e ao fechamento de mina. Eventos de capacitação colaboraram para a promoção e a discussão do assunto na Vale, como o treinamento anual para o ciclo de revisão das estimativas de custo para desmobilização de ativos e o 1º Seminário de Fechamento de Mina, realizado pela Diretoria de Planejamento Ferrosos, com apoio da Diretoria de Meio Ambiente. A provisão de recursos financeiros para desmobilização de ativos existe desde 2003 e é atualizada anualmente. Em 2011, em função de revisão do procedimento que orienta o cálculo das estimativas de custo, a provisão passou a contar com critérios para liberação e desembolso financeiro, o que aconteceu pela primeira vez em 2012, com utilização dos recursos previstos para 2013. A provisão foi solicitada pela Unidade de Carajás, que aplicará uma parcela do recurso provisionado na desmobilização das pilhas de estéril Oeste e Noroeste I, de acordo com os critérios estabelecidos no Procedimento para Desmobilização de Ativos e Liberação da Provisão para Desembolso Financeiro. Além disso, a Mina de Pico também utilizará parte do recurso para realizar obras de recuperação e proteção do Pico do Itabirito, área minerada pela Vale, considerado por Lei um Patrimônio Natural Mineiro. Todas essas ações se caracterizam como desmobilização de ativos, e não como completo encerramento das atividades da mina (fechamento da mina). Em 2012, o valor total da estimativa para a provisão foi de US$ 2,403 bilhões, conforme Relatório 20-F da Vale, página 104. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Ver lista completa de anexos Voltar para o conteúdo principal [4.11] Resíduos minerais [MM3] Em um primeiro momento, o objetivo foi elaborar uma metodologia de implantação, a partir de um plano de ação emergencial por estrutura que leve em conta as particularidades de organograma já existentes nas operações, seguido da elaboração de um relatório e de treinamento para as gerências de Geotecnia das unidades operacionais. O projeto-piloto ocorreu na Barragem de Itabiruçu, em Itabira. A previsão é que, até 2014, o Plano de Segurança de Barragens tenha sido implantado em todas as unidades do Brasil. A Vale elaborou e submeteu à aprovação do órgão brasileiro que fiscaliza suas barragens, o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), o relatório especificando as ações e o cronograma para implantação do Plano de Segurança de todas as suas barragens enquadradas na Lei Federal 12.334. A implantação do Plano de Segurança para as Barragens de Rejeito seguirá o cronograma proposto na portaria 416/2012 do órgão fiscalizador, o DNPM. De acordo com a Lei da Política Nacional de Segurança de Barragens, 98% das barragens de rejeito da Vale no Brasil estão classificadas em Categoria de Risco Baixa, indicando ótimos níveis de gestão de segurança. Em termos de dano potencial associado a barragens de rejeitos, citam-se os possíveis efeitos nos meios físico, biótico, social e econômico. A gestão das barragens e pilhas de estéril inclui a realização de auditoria técnica de segurança corporativa a cada três anos. Em 2011, ocorreu a quarta fase de auditorias corporativas nas operações brasileiras da Vale, e, em 2012, as barragens de Minas Gerais foram auditadas. Além das auditorias técnicas, o processo de gestão é avaliado periodicamente, por auditorias específicas, no que se refere à conformidade aos requisitos de controle previstos na Lei Sarbanes-Oxley. Essas auditorias seguem padrões internacionais consagrados nos meios técnico e científico e são aplicadas onde não há regulamentação específica. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Ver lista completa de anexos Voltar para o conteúdo principal [4.12] Resíduos não minerais [IP4.17] A instrução global de resíduos é baseada nos pilares: valorização, controle e rastreabilidade, segregação dos materiais, avaliação dos destinatários e fomento à geração de emprego e renda a partir da reciclagem dos resíduos. A instrução é uma importante ferramenta para a gestão global de resíduos na Vale, considerando as legislações das diversas localidades de atuação e baseando-se nas melhores práticas de gerenciamento do tema. Os trabalhos do Subcomitê de Resíduos Sólidos — criado em 2011 e composto de representantes das áreas de Resíduos corporativa e das unidades operacionais do Brasil — foram voltados, em 2012, para a troca e a disseminação de boas práticas aplicadas nas unidades operacionais e no desenvolvimento de procedimentos. Também foram avaliados os principais produtos e projetos a serem desenvolvidos, como, por exemplo, a implantação de logística reversa junto aos fornecedores. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Ver lista completa de anexos Ver lista completa de anexos Voltar para o conteúdo principal Resíduos perigosos e não perigosos [EN22] [4.13] Como exemplo de justificativas para o aumento da geração de resíduos, pode-se mencionar a contabilização do lodo gerado na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) de Uberaba, na área de Fertilizantes, em um total de 288 mil toneladas. O grande volume se deve à característica diferenciada do processo de tratamento de efluentes que é próprio da indústria de fertilizantes. Esse valor não havia sido reportado em 2011 porque a área de Fertilizantes ainda estava em fase de adaptação do reporte. O aumento na geração de resíduos não perigosos no ano de 2012, se comparado a 2011, pode ser explicado por obras civis, resultado da ampliação e da reforma de algumas unidades, assim como pela expansão da Estrada de Ferro Carajás e pelas ampliações no Terminal Ponta da Madeira, em São Luís. Já a geração de resíduos perigosos foi reduzida devido à venda, em 2012, das duas áreas mais significativas de produção de manganês, na França e na Noruega, maior gerador desse tipo de resíduo. Além desses resíduos, a área de Fertilizantes gera o fosfogesso, que, pela sua natureza, é considerado um subproduto, em vez de rejeito de mineração ou de beneficiamento de minerais, e, pela sua escala — 5,7 milhões de toneladas em 2012 —, não foi incorporado aos números de geração dos demais resíduos. Desse total, aproximadamente 86% foram vendidos para cimenteiras ou empresas agrícolas, portanto reaproveitados. Resíduos perigosos gerados [EN22] (2012) 7% % 3% 10% 35% 16% 29% Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Minério de ferro 35% Níquel 29% Logística 16% Potássio/Nitrogenados/Fosfatados 10% Carvão 7% Cobre 3% Manganês 0% Ver lista completa de anexos Voltar para o conteúdo principal Resíduos perigosos e não perigosos (cont.) [4.14] Reciclagem de produtos e embalagens pós-consumo Para o tema recuperação de produtos pós-consumo, a Vale considera apenas a cadeia do níquel, na qual existem oportunidades de reciclagem, diferentemente de outras cadeias de mineração. Em 2012, o percentual de reaproveitamento de materiais pós-consumo foi de 3,4%, um valor alinhado com o desempenho de 2011. Percentual de utilização de material pós-consumo com relação às vendasI [EN27] Em mil toneladas 3,2% 3,4% 1,6% 2010 2011 2012 2010 2011 2012 Quantidade de produto vendido 32 39 39 Quantidade de material reciclado pós-consumo 0,5 1,2 1,3 1,6% 3,2% 3,4% Percentual de utilização de material pós-consumo com relação às vendas I % (Material reciclado pós-consumo / produto vendido). Os percentuais apresentados não incluem reciclagem interna, conforme metodologia GRI. Continua na próxima página Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Voltar para o conteúdo principal O início do processo do descomissionamento da fundição e refinaria de Thompson, no Canadá, diminuiu as oportunidades de reaproveitamento pós-uso da produção local de níquel. A Vale discutirá com os principais clientes do níquel a possibilidade de reaproveitamento de embalagens, desde que possam ser assegurados os procedimentos de limpeza apropriados. Para estender as ações de reciclagem à produção de pelotas de ferro, foram realizados, em 2012, um estudo de análise de ciclo de vida do minério de ferro no processo de pelotização do Complexo de Tubarão e de um tipo de sinter feed produzido do Sistema Sul e Sudeste, mas também embarcado no Porto de Tubarão. Esses estudos identificam oportunidades para a mitigação da geração de resíduos e a possibilidade de iniciativas para a reciclagem pós-venda para determinadas aplicações. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Ver lista completa de anexos Ver lista completa de anexos Voltar para o conteúdo principal [4.15] Derramamentos [EN23] Derramamentos Material derramado Volume derramado (m³) Descrição dos impactos Ações para remediação Minas Gerais (Araxá, Ibiá, Lavras e Vianópolis) e São Paulo (Campinas) Óleo diesel 18,2 Contaminação de solo Remoção do solo e Plano de Manutenção de Via Permanente e Material destinação dos resíduos Rodante, além de treinamento dos maquinistas. Patrocínio (MG) Óleo diesel 8,0 Contaminação de solo e curso d’água Remoção do solo e Plano de Manutenção de Via Permanente e Material destinação dos resíduos Rodante, além de treinamento dos maquinistas. Terminal Marítimo – Santos (SP) Nitrato de amônio Fertilizante (substância química) 0,3 Ocorrência de impacto no solo que não excedeu os limites regulatórios da empresa Recolhimento do produto Instruir a transportadora sobre a verificação das travas antes, durante e depois do carregamento, de forma a evitar derramamento de produto no solo e suas consequentes implicações tanto nas dependências do Terminal como nas vias publicas. Terminal Marítimo Óleo redutor Ponta da Madeira – São Óleo hidráulico Luís (MA) Óleo lubrificante 0,05 0,53 0,24 Contaminação do solo Absorção e recolhimento do material Implementação de procedimento. Governador Valadares (MG) 14,5 Contaminação do lastro ferroviário Avaliação do local e inspeções periódicas Estruturação de procedimento de posicionamento dos trilhos para substituição ao longo da via. Localização Plano de ação para evitar ocorrências Logística Óleo diesel Plano de recolhimento de trilhos usados ao longo da ferrovia. Potássio, nitrogenados e fosfatados Salmouroduto – Praia de Jatobá (SE) Salmoura contendo NaCl 5,8 Alteração da qualidade do solo Raspagem e terraplanagem do solo salinizado Revisar o procedimento para lançamento de pig na linha do salmouroduto e programar troca dos trechos críticos da tubulação. Salmouroduto – BR-101 Salmoura contendo (SE) NaCl 4,5 Alteração da qualidade do solo Revolvimento de todo o solo impactado para adição de gesso visando à liberação do sódio livre como sódio solúvel na estrutura da argila Planejar e implementar um procedimento para identificar trechos críticos de desgaste na tubulação e limpar a linha do salmouroduto. Programar trocas dos trechos críticos e implantar recomendações do relatório de inspeção e avaliação das condições gerais do salmouroduto. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Ver lista completa de anexos Voltar para o conteúdo principal [4.16] Emissões atmosféricas e ruídos [EN20] Óxidos de nitrogênio (NOx) Os processos de combustão são os principais responsáveis pela emissão de óxidos de nitrogênio (NOx), estando a quantidade desses gases diretamente relacionada ao volume de combustível consumido. Dessa forma, as emissões são calculadas a partir de fatores de emissão específicos para o tipo de combustível e para o equipamento no qual este é utilizado. Algumas fontes de emissão tiveram as quantidades de NOx obtidas por monitoramento direto dos gases de exaustão lançados na atmosfera. As emissões totais de óxidos de nitrogênio, em 2012, foram de 146 mil toneladas, um acréscimo de 20%, se comparadas ao ano anterior. Nota-se que a área de Logística apresentou um aumento significativo causado pela ampliação da frota de navios próprios da Vale. A diminuição nas emissões da área de Níquel deve-se ao início da operação da Usina Hidrelétrica de Karebbe (Indonésia), que reduziu o consumo de combustível na unidade para a geração de energia. A área de Fertilizantes aumentou a produção em 2012, assim como a área de Carvão, que contou com o ramp-up da operação de Moatize (Moçambique). Emissões de óxido de nitrogênio (NOx) [EN20] Em mil toneladas 2010 2011 2012 Logística 50,4 65,6 86,1 Ferro (mina) 23,6 26,4 Níquel 11,3 146,5 117,1 93,4 Outros negócios Total 2010 2011 2012 2010 2011 2012 Fertilizantes — 5,4 8,1 29,1 Cobre 2,4 2,4 2,9 12,1 10,2 Pelotização 2,0 2,4 4,0 8,1 13,0 21,1 Carvão 1,9 1,8 5,2 93,4 117,1 146,5 Manganês 1,3 0,7 0,7 Outros 0,5 0,3 0,2 Total 8,1 13,0 21,1 Outros negócios Continua na próxima página Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Ver lista completa de anexos Voltar para o conteúdo principal Óxidos de enxofre (SOx) As emissões de óxidos de enxofre (SOx) são oriundas da queima de combustíveis e de alguns processos produtivos. As emissões pela queima de combustíveis são calculadas a partir das quantidades consumidas e de seus teores de enxofre. Para calcular as emissões geradas nos processos industriais, considerou-se que todo o enxofre adicionado ao processo e não presente nos produtos ou resíduos é emitido para a atmosfera na forma de SOx. Em alguns processos específicos, foi realizado o monitoramento direto dos gases de exaustão para determinação da quantidade emitida. Em 2012, a emissão total de óxidos de enxofre foi semelhante à do ano anterior, totalizando 395 mil toneladas. O aumento percentual comparado a 2011 foi de 2%. O aumento das emissões de SOx na Logística é justificado pela mesma razão que o aumento das emissões de NOx citado anteriormente. Nas demais áreas de negócio, os valores das emissões de óxidos de enxofre permaneceram estáveis, quando comparados ao ano anterior. Emissões de óxido de enxofre (SOx) [EN20] Em mil toneladas 360,1 387,6 395,3 2010 2011 2012 Outros negócios 329,7 329,6 335,4 Logística 10,3 16,3 Pelotização 14,6 Fertilizantes Outros negócios Níquel Total 2010 2011 2012 Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital 2010 2011 2012 Manganês 3,5 4,0 1,0 24,1 Ferro (mina) 1,3 1,5 0,4 17,2 16,1 Outros 0,7 0,5 0,4 — 18,5 18,0 Total 5,5 6,0 1,8 5,5 6,0 1,8 360,1 387,6 395,3 Ver lista completa de anexos Voltar para o conteúdo principal Gestão e conformidade ambiental [EN26] [4.17] O Guia de Boas Práticas em Licenciamento Ambiental e Meio Ambiente foi desenvolvido com o objetivo de avaliar e melhorar a abordagem do processo de licenciamento ambiental, fortalecendo a integração entre projeto e requisitos de meio ambiente. Aborda todas as fases do projeto indicando as etapas e a governança dos processos ambientais, como o licenciamento e a gestão ambiental em todo o ciclo de vida do projeto e operações. Inclui ainda uma série de ferramentas de apoio à gestão e elaboração dos estudos ambientais. A Licença para Operar é um importante instrumento de gestão no desenvolvimento dos projetos de capital da Vale, que possibilita a incorporação das variáveis ambiental, social, econômica e institucional em todo o ciclo de vida do empreendimento. Desse modo, apoia os processos de tomadas de decisão e a geração de valor ao negócio e às partes interessadas envolvidas. Importante ressaltar que a Licença para Operar e o Licenciamento Ambiental são processos complementares e convergentes nos objetivos de promover a gestão da sustentabilidade dos projetos, no curto e no longo prazos. Na gestão de riscos ambientais, outro procedimento importante é a Instrução Global para Classificação, Comunicação, Análise e Tratamento de Ocorrências Ambientais, que estabelece metodologia para classificação, comunicação e tratamento (análise e investigação) de ocorrências ambientais. Em suas atividades, a Vale lida com produção, aquisição, armazenamento, manuseio, uso, transferência e descarte de produtos variados, dentre eles produtos químicos, em que se destacam ácidos inorgânicos (nítrico, sulfúrico e fosfórico, por exemplo), solventes, óleos lubrificantes e combustíveis, dentre outros potencialmente perigosos. Nos processos químicos, destaca-se a produção de fertilizantes (fosfatados e nitrogenados), bem como o manuseio de matérias-primas, produtos intermediários e produtos finais, que são submetidos a um processo contínuo de gestão de risco. Ferramentas específicas derivadas dos procedimentos citados identificam e avaliam os principais desvios e estabelecem o gerenciamento de ações de manutenção, propiciando a segurança de todo o processo. Em complemento, cada unidade operacional da Vale conta ainda com Planos de Atendimento às Emergências específicos, recursos adequados e pessoal capacitado, a fim de minimizar os impactos e as perdas às pessoas e ao meio ambiente. Todas essas iniciativas permitem um efetivo gerenciamento dos riscos ambientais em todas as linhas de negócio da Vale e uma padronização de conceitos e ferramentas, que agiliza a tomada de decisão por parte das áreas responsáveis. Casos de não conformidade ambiental registrados em 2012: – O Instituto Chico Mendes de Conservação (ICMBio) lavrou um auto de infração em razão de incêndio ocorrido na Floresta Nacional de Carajás, alegando que a responsável teria sido a empresa Salobo Metais S.A. A empresa apresentou defesa e aguarda decisão do órgão ambiental. Ressalte-se que foi realizada uma perícia técnica por uma empresa independente, que constatou que o fogo não se originou de curto circuito ou de qualquer outra causa ligada à linha de transmissão de Salobo. – A Vale foi citada em diversas ações civis públicas, em conjunto com o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) e a Fundação Estadual do Meio Ambiente de Minas Gerais (Feam). Essas ações foram propostas pelo Ministério Público Federal sem ouvir a Continua na próxima página Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Voltar para o conteúdo principal empresa e ter ciência dos programas corporativos de controle de barragens. Todas as ações foram resolvidas por meio de acordos judiciais que já foram assinados pela Vale e pelo Ministério Público Federal. Agora, esperam pelas assinaturas do DNPM e da Feam, que já se manifestaram em sentido favorável. – A Sociedade Maranhense de Direitos Humanos lidera um grupo que ingressou com ação civil pública, questionando o procedimento de licenciamento ambiental das obras de expansão da Estrada de Ferro Carajás (EFC). Atualmente, não há restrições judiciais para o desenvolvimento das obras da EFC. – Uma quarta ocorrência refere-se à cobrança de multa pelo atraso no cumprimento de obrigações de um termo de ajuste de conduta (TAC), firmado nos autos de uma ação civil pública envolvendo a construção da Estação de Tratamento de Efluente (Etel) da unidade de Cajati (SP). Em dezembro de 2012, foi realizada audiência de conciliação, mas não houve acordo. O processo encontra-se em fase de instrução. Casos relatados anteriormente – No que diz respeito a emissões atmosféricas em Omã, está em andamento o caso em que a Vale Oman Pelletizing Company LLC, junto de outros réus, foi acionada na Justiça por um grupo de residentes locais que questionaram o controle de particulados da planta de pelotização. Aguarda-se definição para a realização da perícia técnica. – No Espírito Santo, na audiência de conciliação realizada em 2012, em razão da ação coletiva proposta pela Associação dos Pescadores de Ubu (Apup), que alega supostos danos ambientais e interferência na pesca em razão de sondagens marítimas, não houve acordo, e o processo permanece em fase de instrução. – A Urucum Mineração S.A. apresentou sua defesa em uma ação civil pública, perante a Corte de Corumbá (MS), que requer a reabilitação do Córrego Urucum e a recuperação de danos ambientais. A ação foi suspensa enquanto estudos ambientais são realizados e avaliados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e pelo Departamento Nacional de Pesquisa Mineral (DNPM), para possibilitar o prosseguimento do processo. – Em razão da aquisição dos ativos de Fertilizantes, a Vale assumiu algumas ações judiciais. Uma delas está relacionada a suposta poluição na unidade de Uberaba (MG); outra diz respeito à restauração do Parque da Serra do Mar; uma terceira questiona o licenciamento ambiental do Projeto Anitapólis (SC); e uma quarta investiga suposta destinação irregular de resíduos sólidos na unidade de Ulianópolis (PA). A Vale também está promovendo sua defesa em um conjunto de ações indenizatórias na comunidade do Barreiro, em Araxá (MG). – Com relação à multa administrativa imposta pelo município de Guapimirim, no Rio de Janeiro, relativa ao acidente ferroviário da empresa Ferrovia Centro Atlântica (FCA), controlada pela Vale, no município de Itaboraí, foi transitado em julgado em 2012, com a multa tendo sido cancelada. Outras duas multas ambientais impostas pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea) estão suspensas e aguardam o cumprimento do termo de ajustamento de conduta. – Entre as ações judiciais relevantes, permanecem, ainda, as duas envolvendo as operações das minas de ferro da Vale em Itabira (MG), sob alegação de dano ambiental e social. Também permanecem as quatro associadas ao licenciamento da mina de Capão Xavier, da MBR, em Belo Horizonte (MG). No município de Vitória (ES), permanece tramitando uma ação por suposta poluição atmosférica. No caso dos dormentes da Estrada de Ferro Carajás, a Vale sofreu auto de infração pelo Ibama referente à comprovação de aquisição de dormentes, em que apresentou defesa e, posteriormente, recurso administrativo no Conama, ainda pendente de julgamento. A Vale lamenta a necessidade de tratar tais questões na Justiça, mas confia que os resultados serão os mais adequados para as partes envolvidas. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Ver lista completa de anexos Voltar para o conteúdo principal [4.18] Estratégia em mudanças climáticas Faz parte da estratégia da Vale no tema acompanhar a evolução das regulamentações sobre mudanças climáticas globalmente. Na falta de definição de um acordo global para mitigar as emissões de GEE, várias legislações têm sido criadas nos países em que a Vale está presente. Como agente fomentador de ações de mitigação, a Vale monitora essas legislações e, sempre que possível, contribui para a construção de marcos regulatórios sobre mudanças climáticas. Os dados referentes às emissões de GEE da Vale são publicados anualmente, pelo relatório de sustentabilidade e pelo Programa Brasileiro do GHG Protocol. Cabe ressaltar que, pelo terceiro ano consecutivo, o inventário da Vale foi qualificado com o selo Ouro do Programa, ou seja, considerado um inventário completo e verificado por auditoria externa. Além dos compromissos da Carta Aberta ao Brasil, a Vale tem como diretrizes estratégicas avaliar os riscos e oportunidades associados às mudanças climáticas, apoiar o desenvolvimento de tecnologias para redução de emissão de GEE e sequestro de carbono e disseminar o conhecimento e boas práticas em mudanças climáticas. Especialmente em 2012, a Vale atualizou seu protocolo, que é utilizado em processos de fusões e aquisições, revisando a etapa de gestão de emissões de GEE, e dedicou esforços na definição de uma proposta de estratégia de adaptação. Para ajudar a disseminar o conhecimento sobre mudanças climáticas e seus impactos na empresa para todos os empregados, a Vale disponibilizou internamente um treinamento online, que apresenta os conceitos de mudanças climáticas, inventário de emissões e seus principais objetivos no tema. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Ver lista completa de anexos Voltar para o conteúdo principal [4.19] Engajamento [IP4.17] A Vale participou, em 2012, do projeto Gestão de Carbono na Cadeia de Valor da Câmara Temática de Energia e Clima do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), que fomentou o treinamento de vários fornecedores em relação à gestão das suas emissões de GEE. A empresa reitera o apoio à mobilização conjunta de organizações setoriais, governos e empresas na abordagem a questões relacionadas às mudanças climáticas e, por isso, participa das discussões relevantes em foros representativos e entidades de classe. – A Vale liderou, em 2012, o grupo de trabalho sobre adaptação da mineração às mudanças climáticas no Conselho Internacional de Mineração e Metais (ICMM, na sigla em inglês). Como resultado desse trabalho, foi produzido, em 2012, um relatório sobre o tema, com o objetivo de subsidiar planejamentos específicos e políticas públicas. A empresa tem contribuído para a elaboração do segundo inventário de emissões de GEE do setor de mineração brasileiro, que está sendo realizado pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram). – A empresa tem apoiado a iniciativa do Fórum Clima do Instituto Ethos no desenvolvimento de um estudo de mapeamento das políticas públicas estaduais e comparação com a Política Nacional de Mudanças Climáticas, com o objetivo de promover a harmonização entre essas políticas. Um grupo de trabalho está sendo montado junto ao governo para atuar nesse tema, e um website com os resultados do estudo foi disponibilizado (http://forumempresarialpeloclima.org.br/observatorio-de-politicas-publicas-de-mudancas-climaticas/). – A empresa presta suporte técnico ao governo brasileiro nas discussões de medidas de mercado da Organização Marítima Internacional (IMO, na sigla em inglês) que visam à redução de emissão de GEE no transporte marítimo internacional. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Ver lista completa de anexos Ver lista completa de anexos Voltar para o conteúdo principal [4.20] Energia [EN5, EN7] Em 2012, a empresa realizou o 3º Fórum de Eficiência Energética, que abriu espaço para a disseminação de melhores práticas e a divulgação de esforços e iniciativas já em andamento para a otimização do consumo de energia na Vale. O evento promoveu o encontro de líderes com a comunidade de técnicos e engenheiros de diferentes áreas de negócio. Outra ação de engajamento dos empregados foi a realização dos workshops de eficiência energética nas diretorias de Fertilizantes Nitrogenados, Fosfatados e Potássio, nos quais foram debatidos os temas Sistema de Informação de Energia e Geração e Distribuição de Vapor. Para dar suporte às novas instâncias e responsabilidades corporativas, em 2012, foi lançado o Manual de Energia para Projetos de Capital. O objetivo é orientar as equipes para o desenvolvimento conjunto dos processos de energia, buscando a solução energética mais eficiente para o projeto durante as fases de planejamento e execução. Iniciativas de eficiência energética [EN5] Descrição do projeto Projetos de conservação de energia Descrição Vida útil [Anos] Resultados esperados Economia anual [MWh, L ou Nm3] Economia anual [US$] Economia vida útil projeto [MWh, L ou Nm3] Economia vida útil projeto [US$] Fábrica Nova Implantar GPS de alta precisão em seis equipamentos de grande porte da mina. GPS de alta precisão para melhorar a assertividade das operações de lavra e transporte do material escavado (ROM) e, consequentemente, reduzir retrabalhos e o consumo de diesel. 10 714.493 L 518.970 7.144.930 L 5.189.698 Implantação do projeto Caçamba Quente em 19 caminhões fora de estrada da mina. O kit Caçamba Quente direciona os gases quentes provenientes da descarga do caminhão para as galerias da caçamba, o que evita a aderência de material morto e minério e, assim, seu transporte desnecessário. 10 438.400 L 325.158 4.384.000 L 3.251.577 Instalação de medidores de pressão diferencial nos ventiladores de processo para otimizar o controle do fluxo dos gases. 15 Alargamento da praça do Lokotrac, local onde ocorre a entrega da produção para a Samarco. Com o alargamento da praça, o tempo de fila dos caminhões foi reduzido em 40%, o que reduz o consumo de diesel. 10 Automatizar a central de ar comprimido da usina. Instalação de inversor de frequência e central inteligente para a otimização do consumo de energia. 10 GPS de alta precisão para melhorar a assertividade das operações de lavra e transporte de ROM e, consequentemente, reduzir retrabalhos e o consumo de diesel. 10 Fábrica Medição de pressão diferencial. 484 MWh 53.708 7.266 MWh 805.628 Alegria 441.253 L 830 MWh 370.158 63.939 4.412.530 L 8.300 MWh 3.701.579 639.389 Fábrica Nova e Alegria Implantar GPS de alta precisão em 19 equipamentos de grande porte das minas. 1.673.446 L 2.141.173 16.734.460 L 21.411.731 Thompson Modificações do silo de areia. Modificações no processo de Thompson para adequação ao descomissionamento de uma das linhas de produção, com a consequente redução no consumo. 3 22.764 MWh 846.240 68.293 MWh 2.538.719 Continua na próxima página Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Ver lista completa de anexos Voltar para o conteúdo principal Descrição do projeto Projetos de conservação de energia Melhoria do sistema de pulverização. Resultados esperados Economia anual [US$] Economia vida útil projeto [MWh, L ou Nm3] Economia vida útil projeto [US$] 17.236 MWh 640.724 51.707 MWh 1.922.173 1 3.669 MWh 266.390 3.669 MWh 266.390 10 1.948 MWh 136.558 19.480 MWh 1.365.585 Vida útil [Anos] Economia anual [MWh, L ou Nm3] Modificações no processo de Thompson para adequação ao descomissionamento de uma das linhas de produção, com a consequente redução no consumo. 3 Foram identificados e sanados pontos de vazamento na rede de distribuição de ar comprimido, válvulas e juntas. Descrição Carajás Eliminação de vazamentos no sistema de ar comprimido da usina. Cubatão CUB Substituição de motores do sistema de moagem da área de acidulação. Substituição de motores padrão por motores de alto rendimento no sistema de moagem. Araxá Cogeração — Melhoria no vácuo do condensador. Melhoria no vácuo do condensador do turbogerador TG 601 do sistema de cogeração da unidade. 5 4.287 MWh 271.101 21.435 MWh 1.355.506 Cogeração — Eliminação da recirculação na bomba de alimentação da caldeira. Eliminação da recirculação na bomba de alimentação da caldeira do sistema de cogeração da unidade. 5 1.002 MWh 63.427 5.010 MWh 317.137 Cogeração — Recuperação de vapor de flash da purga contínua. Recuperação do vapor que seria, de outra forma, perdido para melhorar seu aproveitamento no processo. 5 780 MWh 49.105 3.900 MWh 245.526 Total Projetos de gestão da energia Descrição Unidade Implantação de ferramenta de balanço e gerenciamento energético A ferramenta de informação de energia foi desenvolvida e implementada para permitir acompanhar os indicadores energéticos por etapa de processo, o que auxiliará no mapeamento de oportunidades de redução de consumo. 7 Usinas de Tubarão (Vitória) Cajati Bayóvar Patos de Minas Guará Melhoria do sistema de medição de energia do smelter Promover o gerenciamento da energia consumida (em tempo real) nas diversas áreas envolvidas do processo de produção. Esse projeto conta com um investimento de US$ 1.225.056. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Sudbury 5.746.652 43.010.638 Voltar para o conteúdo principal [4.21] Emissões de GEE [EN19] Emissões relacionadas à camada de ozônio Em 2012, as emissões de substâncias destruidoras da camada de ozônio (SDO) mantiveram-se constantes com relação ao ano anterior, em cerca de 1 tonelada de SDO. As emissões de SDO da empresa são relativamente pequenas e equivalem, aproximadamente, a 0,1% do valor de emissão total do Brasil. O gráfico abaixo apresenta as emissões de SDO por ano. Emissões de SDO [EN19] Em toneladas 1,00 1,00 2011 2012 0,65 2010 Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Ver lista completa de anexos Ver lista completa de anexos Voltar para o conteúdo principal [4.22] Gestão de risco [IP1.2, EC2, EN18] Riscos e oportunidades associados às mudanças climáticas [EN18] Riscos regulatórios Riscos físicos Oportunidades Alterações físicas que impeçam a continuidade da produção. A Vale opera diversas plantas no Brasil, Canadá e Indonésia que têm uso intensivo de energia e dependem, majoritariamente, de geração hidroelétrica. O aumento de períodos de seca e a menor precipitação poderiam afetar a geração de energia e diminuir os níveis de produçãoI. Novos produtos e serviços. A Vale tem a oportunidade de criar novos produtos, negócios e serviços em novos mercados criados pelas mudanças climáticas. Produtos contemplados nessa oportunidade abrangem o desenvolvimento de novos negócios em energias renováveis e novos negócios florestais. Receita Diminuição da atividade econômica em geral. A imposição de regulações, tais como limites de emissão ou taxações/imposto de carbono, pode levar à diminuição da atividade econômica em geral, reduzindo a demanda pelos produtos da Vale. Países em que a Vale atua, como Brasil, Canadá e Austrália, já estabeleceram metas de redução de emissão de gases de efeito estufa para suas economias. Mudanças nos padrões de consumo. A imposição de regulações pode resultar na adoção de novas tecnologias (por clientes da empresa) que promovam a substituição de produtos mais carbonointensivos por outros menos no longo prazo, podendo levar à redução da demanda por produtos da Vale. Impacto nos serviços de logística. Alterações no regime de precipitação podem impactar negativamente os serviços de logística que atendem à Vale, tanto no fornecimento de insumos quanto no escoamento de matéria-prima e até mesmo no transporte de empregados. Mudanças nas atitudes dos consumidores. Os clientes estão mais exigentes, e as empresas devem se preparar para responder às demandas sobre as emissões de GEE dos processos produtivos e as emissões do produto. A Vale está bem posicionada para obter as vantagens dessas oportunidades, como é o caso da perspectiva de produzir e usar biodiesel em suas operações, substituindo parcialmente os combustíveis fósseis. Investimento Adaptação de processos de produção. Investimento em novas tecnologias de processos industriais, sistemas de monitoramento, abatimento de emissões ou nova infraestrutura para se adaptar a novas regulações, como a imposição de padrões mínimos relacionados às emissões. Investimentos em adaptação de estruturas de operação ou de logística. Alterações físicas podem exigir que a Vale faça investimentos para adaptar seus ativos aos novos cenários climáticos. Pesquisa e desenvolvimento para projetos sustentáveis. Investimento no tema pode levar a inovações tecnológicas, melhores práticas e redução de custos da empresa. O Instituto Tecnológico Vale (ITV) foi criado para desenvolver alternativas futuras, via pesquisa científica e desenvolvimento de tecnologias para expandir o conhecimento da Vale e as fronteiras comerciais, de forma sustentável. Aumento dos custos de produção em geral. Imposições regulatórias que aumentam os custos já existentes ou adicionam novos custos. Escassez de recursos. As mudanças climáticas podem ter impacto na disponibilidade de recursos naturais necessários para as operações da Vale. Projetos de eficiência energética e redução de emissões de GEE. Aumento dos custos de transporte, incluindo taxas alfandegárias. Medidas que aumentam os custos de transporte já existentes ou adicionam novos custos sobre a logística. Custo de seguro. O seguro que a Vale mantém contra riscos típicos em seus negócios pode não fornecer cobertura adequada. O seguro contra alguns riscos pode não estar disponível a um custo razoável ou de modo algum. Custo I No longo prazo, esse risco também afetaria o custo. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Voltar para o conteúdo principal [4.23] Pegada hídrica Sugerido pela organização Water Footprint Network, o indicador passou a ser estudado por organizações normativas brasileiras e de outras localidades, com o intuito de regulamentá-lo e torná-lo aplicável a todos os setores da sociedade (indústria, governos, agricultura etc.). A ISO, organização internacional de normatização, criou o grupo de trabalho Water Footprint para desenvolver a norma ISO 14046, voltada ao tema. O projeto da norma foi aprovado em junho de 2011, tendo, desde então, um prazo de 36 meses para conclusão. O assunto também está sendo discutido pelo Comitê Brasileiro de Gestão Ambiental, CB-38, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que opera com estrutura semelhante ao comitê da ISO. A versão draft da ISO 14046 foi aprovada de forma que, além da perspectiva de ciclo de vida, contemple a quantificação dos impactos associados ao uso da água, os quais, diferentemente do que ocorre com o carbono, são locais, o que gera a necessidade de incorporar esse aspecto à norma. Entre os principais desafios e dificuldades para a consolidação da norma estão questões como, por exemplo, a ausência de modelos de impacto adaptados para o Brasil e a falta de dados que permitam avaliar os impactos locais. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Ver lista completa de anexos Ver lista completa de anexos Voltar para o conteúdo principal [4.24] Efluentes [EN21] Em 2012, a Vale reduziu o volume de descarte de efluentes em 14% — ou 15,3 milhões de metros cúbicos. Essa redução ocorreu devido a diversos fatores, como venda de ativos e melhorias nos processos e na gestão. Considerando a análise de mesmo escopo1, a Vale reduziu o descarte de efluentes em 9,8%, como reflexo das iniciativas de recirculação e reutilização de água. Com relação ao descarte de sólidos em suspensão totais (SST), nota-se uma redução de 42%, que se deve, principalmente, à venda de Cadam, que representava 40% do total em 2011. Entretanto, ao se fazer a análise com o mesmo escopo, o indicador apresentou um aumento de 2,8%. Entre as ações realizadas no Subcomitê de Recursos Hídricos em 2012, está a elaboração do Padrão de Tratamento de Efluentes. O objetivo desse documento é estabelecer diretrizes para a definição de métodos de tratamentos para os efluentes líquidos gerados em todas as unidades da Vale, no Brasil e nas demais localidades. O documento visa também estimular melhorias contínuas na gestão ambiental, manter a Vale integrada às boas práticas de mercado e garantir o cumprimento das leis em vigor. 1 Para avaliar o desempenho real do indicador, as seguintes áreas não foram consideradas: Cadam, Vale Manganese Norway A S (VMN), Cubatão Domênico Rangoni, Vale Colômbia, Siderúrgica Ferro Gusa e Vale Manganèse France (VMF), que saíram em 2011; e Moatize Expansão, Vale Florestar, Biopalma e Ferrovia Norte-Sul (FNS), que ingressaram em 2012. Descarte total de efluentes líquidos gerados por tipo de destinaçãoI [EN21] 2010 2011 2012 Oceanos 19% 14% 17% Rios, reservatórios e barragens 76% 77% 76% 5% 9% 7% OutrosII 2010 2011 2012 I Os efluentes líquidos sem necessidade de tratamento referem-se a águas utilizadas em processos de resfriamento e outros processos que não alteram as características qualitativas a ponto de demandar tratamento antes do descarte. As unidades PT International Nickel Indonesia e Thompson, da área de negócio de Níquel, não tiveram os dados de efluentes gerados reportados em 2012, em função da identificação da necessidade de uma adequação na metodologia de coleta de dados utilizada por essas áreas. II Lagos, lagoas, pântanos, solo e terceiros. Continua na próxima página Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Ver lista completa de anexos Voltar para o conteúdo principal Volume total de efluentes líquidos gerados por tipo [EN21] Em milhões de m3 109,2 93,9 2010 2011 2012 64,2 84,1 72,2 Efluentes líquidos oleosos 0,9 0,7 0,5 Efluentes líquidos que não demandam tratamento 11,1 24,4 21,2 76,1 109,2 93,9 76,1 Efluentes líquidos industriais 2010 2011 2012 Total Decarte total de SST (sólidos em suspensão totais) gerados por tipo de destinação [EN21] Em mil kg 1.032,3 787,6 596,9 2010 2011 2012 Oceanos 383,6 90,4 96,3 Rios, reservatórios e barragens 386,3 903,2 468,7 17,7 38,7 32,0 787,6 1.032,3 596,9 OutrosI 2010 2011 2012 Total I Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Lagos, lagoas, pântanos, solo e terceiros. Voltar para o conteúdo principal Promoção da agenda de sustentabilidade [HR2] [5.01] No processo de fechamento de contratos e aditivos, é verificado se as empresas com as quais a Vale mantém negócios têm pendências no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), entre outras. As empresas que apresentarem irregularidades e não se dispuserem a solucioná-las podem ser inativadas no cadastro da Vale. Além disso, a área de Gestão de Risco de Suprimentos monitora o desenvolvimento e o crescimento dos fornecedores, bem como sua saúde econômico-financeira. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Ver lista completa de anexos Ver lista completa de anexos Voltar para o conteúdo principal [5.02] Desempenho do fornecedor Consumo de materiais O modelo de compras estratégicas da Vale tem como diretriz criar vantagem competitiva por meio da inovação, da otimização de custos e da garantia de fornecimento. Esse modelo tem foco nas ações de suporte às operações da Vale e na priorização dos valores de sustentabilidade empresarial, saúde e segurança nas estratégias de aquisição. Além disso, busca inovações de melhoria contínua da eficiência energética, maximização da reciclagem e redução de consumo de recursos naturais e do uso de fontes renováveis. Em 2012, os maiores aumentos no consumo de materiais na Vale foram registrados nas categorias trilhos e explosivos. No caso de trilhos, houve a retomada do padrão de demanda anual, que, no ano anterior, foi reduzido para permitir o consumo do estoque adquirido em 2010. Já o maior consumo de explosivos se deve ao aumento de produção nas minas da Austrália e em Salobo, mina de cobre que iniciou suas operações no segundo semestre de 2012. Por outro lado, o consumo de correias transportadoras apresentou redução em 2012, em função de atividades desenvolvidas em 2011 de padronização dos estoques de segurança nas áreas operacionais e de uma nova prática de estocagem, que mantém em estoque o equivalente a um mês a mais de consumo. Os pagamentos de multa, notas fiscais complementares e taxas como demurrage1 não foram considerados nos dados. As taxas de utilização dos produtos reciclados informadas pelos principais fornecedores da Vale variam entre 0% e 10%2, com exceção de bolas de moinho, que têm 41,5%3. 1 Demurrage ocorre quando há um atraso na descarga de um navio que passa do tempo previsto em um determinado porto ou quando uma empresa importadora fica com um contêiner por mais tempo que o predeterminado para tirar sua carga de dentro dele. 2 Foi revisada a metodologia para quantificar a quantidade de material reciclado usado na produção de trilho. Utilizando essa nova metodologia, o número correto em 2011 seria de 24%. 3 Foi informado pelo principal fornecedor de bolas de moinho o percentual de material reutilizado. Materiais usadosI (2012) Categoria do material/grupo Medida 2011 2012 Bolas de moinho Mil toneladas 42,9 36,0 Correias transportadoras Mil metros 490,7 249,4 Dormentes Milhão de unidades 1,2 0,79 Explosivos Mil toneladas 18,5 41,1 Nitrato de amônio Mil toneladas 0,2 1,0 Óleo lubrificante Milhão de litros 29,0 29,6 Pneu fora de estrada Mil unidades 2,4 3,5 Trilhos Mil toneladas 21,4 71,1 I Não foram incluídos dados de consumo das unidades no Canadá por causa da adequação da metodologia de categorização, que está em andamento. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Voltar para o conteúdo principal [5.03] Clientes [IP4.17, PR5] No segmento de transporte de passageiros no Brasil, são disponibilizadas aos usuários centrais de atendimento para reclamações, sugestões, dúvidas e informações, além de formulários a bordo do trem para registro espontâneo da opinião. Os resultados desses mecanismos foram incrementados com a realização de pesquisas de satisfação por empresa independente. Essas avaliações permitiram ações de melhorias em infraestrutura e aquisição de equipamentos. Desde 2008, são realizadas, anualmente, pesquisas de satisfação nas ferrovias Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM), Estrada de Ferro Carajás (EFC), Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) e Ferrovia Norte-Sul (FNS). As pesquisas são realizadas pelos clientes do Programa de Nível de Serviço (PNS) e vinculadas à meta da diretoria da ferrovia e das respectivas gerências de Manutenção e Operação. Os resultados das avaliações dos clientes servem como referência para a elaboração de planos de ação específicos para cada unidade operacional, com o objetivo de garantir a competitividade dos produtos Vale nos diversos mercados onde atua. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Ver lista completa de anexos Voltar para o conteúdo principal [5.04] Clientes (cont.) [EN26] Algumas das operações da Vale possuem programas que propiciam o gerenciamento dos riscos a segurança, saúde e meio ambiente ao longo do ciclo de vida dos seus produtos, conforme as utilizações previstas e a eficácia esperada dos seus materiais e produtos. Esses programas consideram as diversas etapas de concepção, produção, distribuição e utilização e buscam, constantemente, a redução dos eventuais impactos indiretos sobre a saúde das pessoas e do meio ambiente. Quanto à produção de pelotas, buscando entender os principais aspectos e, consequentemente, os potenciais impactos ambientais em suas operações — abrangendo desde o processo de mineração, transporte ferroviário, operações portuárias e transporte de navio até os principais clientes —, a Vale iniciou, em 2010, estudos sobre a análise de ciclo de vida na planta de pelotização de Vargem Grande, em Minas Gerais. Já em 2011, o trabalho foi estendido para o processo de produção de pelotas da unidade de São Luís do Maranhão (Sistema Norte), incluindo toda a cadeia, incluindo a mineração da mina de ferro de Carajás, o transporte do minério através da Estrada de Ferro Carajás e a pelotização, além das atividades portuárias e de transporte da pelota até os principais clientes da Europa e da Ásia. Em 2012, a Vale concentrou-se na mineração das minas de ferro da Diretoria de Ferrosos Sudeste e da Diretoria de Ferrosos Sul; no transporte do minério pela Estrada de Ferro Vitória a Minas; no processo de pelotização do Complexo de Tubarão; nas operações portuárias; e no transporte até os principais clientes na Europa e Ásia. Também foi incluído nesse processo um tipo de sinter feed1 produzido naquelas minas, com o seu processo de transporte ferroviário e manuseio no porto, além do transporte de navio até o cliente. A iniciativa tem como objetivo analisar o ciclo de vida na produção das pelotas produzidas pela Vale, e por esse motivo foram selecionadas essas unidades operacionais. Essa escolha também foi definida em função da possibilidade futura de comparação dos resultados obtidos entre os processos para identificar as melhores práticas internas, que poderão se tornar referência para temas ambientais e ser estendidas às demais unidades, além de agregar valor à pelota e competitividade de mercado. A área de Metais Básicos da Vale participou da análise de ciclo de vida para o níquel, priorizando os pellets produzidos em Sudbury e Clydach. As categorias de impacto avaliadas foram: consumo de energia, emissão de GEE, acidificação, eutrofização e formação de agente foto-oxidante. O objetivo do trabalho é prover informações e condições de comparação aos principais clientes sobre os principais produtores, além de propiciar ações mais especificas de gestão interna dos aspectos ambientais mais significativos. Além disso, em 2012, deu-se continuidade ao processo de implantação do Plano de Gestão de Químicos (CMP, na sigla em inglês), no Canadá, e informações a respeito da quantidade produzida/comercializada em 2011 para o grupo cobalto foram submetidas ao governo canadense. As próximas etapas envolverão informações adicionais relacionadas à gestão de risco e quantidades produzidas/comercializadas para as demais categorias de substâncias, notadamente as da cadeia do níquel. 1 Finos de minérios de ferro com partículas que variam entre 0,15 mm e 6,35 mm de diâmetro. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Ver lista completa de anexos Voltar para o conteúdo principal [5.05] Clientes (cont.) [PR3] A Convenção 170 da Conferência Geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT) estabelece que os procedimentos de rotulagem sejam obrigatórios apenas para produtos químicos perigosos. Como a maioria dos produtos da Vale não é classificada como tal, procedimentos de rotulagem não são, em geral, necessários. Outra ferramenta usada para informar riscos é a Ficha de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ). Os requisitos para as Fichas de Segurança encontram-se descritos no quadro do United Nations Globally Harmonized System (UN GHS). A Vale também dispõe de Fichas de informações de Segurança, nas quais estão definidas as propriedades físico-químicas de seus produtos, os cuidados que devem ser tomados durante seu manuseio e uso, transporte e disposição final, as medidas de controle necessárias para manter os riscos em níveis toleráveis, além dos procedimentos em caso de emergência. Os produtos químicos classificados como perigosos devem ser mantidos em seus tanques ou embalagens, permanentes ou temporários, com rótulos que explicitem o nome do produto, as características perigosas na língua pátria e o sistema de classificação Diamante de Hommel, de acordo com a INS21. Para mais informações sobre o transporte de minério de ferro, acesse o Relatório 20F, no site www.vale.com, seção Investidores. Em 2012, o Regulamento de Gestão de Produtos Químicos (REG-0004) foi revisado, para as operações brasileiras, a fim de incorporar requisitos internacionais para a aquisição e uso de produtos químicos. Uma Instrução Global está em fase de elaboração por uma gerência específica de Riscos e Ocorrências Ambientais responsável, entre outros temas, pela Gestão de Produtos Químicos. Também foram estabelecidos novos procedimentos de rotulagem de acordo com o United Nations Globally Harmonized System (UNGHS). Transporte de produtos perigosos A Vale mantém práticas responsáveis ao longo de todo o seu processo de produção, inclusive no transporte de produtos perigosos. Toda operação com este tipo de material é precedida por uma avaliação para identificar os riscos significativos e propor ações de mitigação e prevenção necessárias para mantê-los em níveis controláveis. Esse processo é aplicado em produtos perigosos, insumos, matérias-primas e produtos finais e leva em consideração os requisitos legais aplicáveis e todas as autorizações e permissões necessárias à execução das etapas do serviço. Análises são realizadas sempre que um novo produto é adquirido ou alguma nova prática é aplicada. O transporte de produtos perigosos está inserido no Processo de Gestão de Segurança, com o objetivo de trabalhar com todas as ocorrências relatadas. Por isso, qualquer evento associado ao transporte de produtos perigosos deve ser registrado. A partir desse registro, o processo de investigação das causas do evento é iniciado. O transporte transfronteiriço de produtos perigosos, em conformidade com a Convenção Brasileira de Controle de Movimentos Transfronteiriços e Descarte de Resíduos Perigosos, não é uma prática adotada pela Vale, portanto, não há ocorrência para relatar. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Ver lista completa de anexos Ver lista completa de anexos Voltar para o conteúdo principal [6.01] Índice remissivo de indicadores Abrangência do relatório O escopo de empresas que compõem o Relatório de Sustentabilidade Vale é atualizado anualmente. A metodologia utilizada na definição do escopo do relatório (denominada “Limites” pela Global Reporting Initiative) foi a mesma adotada nos relatórios de sustentabilidade anteriores da Vale e explicada na seção “Para Ler este Relatório”. A Vale Fertilizantes S.A., adquirida em 2010, vem aumentando ano a ano o número de indicadores reportados, assim como a Biopalma, que em 2011 passou a integrar o relatório. A partir desse ano, as empresas Cadam S.A., Vale Colômbia C.I., Vale Manganèse France e Vale Manganese Norway A S, deixaram de compor o relatório. As informações das empresas recém-adquiridas e/ou novos projetos são integradas ao Relatório de Sustentabilidade da Vale, conforme aplicabilidade, de maneira progressiva, e com abordagem historicamente adotada, apresentada na seção “Para Ler este Relatório”. De acordo com a metodologia da GRI, as empresas podem ser classificadas em três categorias de divulgação de informações de sustentabilidade, apresentadas a seguir. Indicadores de desempenho: são consideradas nesta classificação, além das unidades próprias da Vale, empresas controladas e/ou operadas pela Vale. O escopo das empresas e dos projetos considerados em cada indicador reportado pode variar, conforme disponibilidade das informações. As principais exceções, quando aplicáveis, são destacadas. Para as empresas classificadas nesta categoria, é reportado o seu desempenho de sustentabilidade por meio de indicadores de desempenho, apresentados ao longo do relatório1. Forma de gestão: são consideradas nesta classificação empresas ou entidades sobre as quais a Vale exerce influência significativa. Incluem coligadas com participação da Vale, direta ou indireta, de 20% a 50% do capital votante ou empresas ou entidades em que a Vale possui controle compartilhado. A Vale possui assento nos diferentes órgãos de administração dessas entidades, podendo integrar, ainda, comitês que tratam de questões relacionadas a meio ambiente, saúde e segurança, recursos humanos e finanças, entre outros temas. Por meio dessa atuação2, a Vale participa de decisões estratégicas e influencia a elaboração de normas e políticas dessas empresas ou entidades3, incluindo questões de sustentabilidade. 1 Empresas sem atividade produtiva, como escritórios comerciais, por terem impacto limitado em sustentabilidade, não foram consideradas no reporte de desempenho. 2 Não aplicável para as empresas dos Consórcios Óleo e Gás. 3 Observando a legislação vigente do local de estabelecimento da empresa. Continua na próxima página Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Ver lista completa de anexos Voltar para o conteúdo principal Questões e dilemas: são consideradas nesta classificação empresas sobre as quais a Vale exerce influência. Incluem coligadas com participação da Vale, direta ou indireta, inferior a 20% do capital votante. As questões relevantes para as empresas classificadas nesta categoria são apresentadas a seguir. Empresas em que a Vale possui participação direta ou indireta Produtos e/ou serviços Participação acionária da Vale Questões relevantes Norte Energia S.A. Usina Hidrelétrica de Belo Monte 9% do capital da Norte Energia S.A. A estratégia de crescimento da Vale pressupõe investimentos em projetos de geração de energia, como a participação na hidrelétrica de Belo Monte. Veja mais em Geração de energia, página 82. ThyssenKrupp-CSA – Siderúrgica do Atlântico Ltda.I Placas de aço 26,87% do capital social da joint venture após dezembro de 2009 Veja mais em Redução de emissões na siderurgia, página 73. Participação de 8,29% através da Valesul Utilização de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica. Consórcio MachadinhoII Geração de energia elétrica Consórcios BM-ES-27 e BM-S-48III Exploração de óleo & gás BM-ES-27: 17,5%; BM-S-48: 12,5% Atividades de exploração de óleo e gás em alto-mar, com exposição a riscos ambientais. Participação direta e indireta (46,8% do capital votante e 47,6% do capital total) Tráfego em áreas com comunidades urbanas. MRS Logística S.A.IV Transporte ferroviário I Apesar de a Vale ter participação de 26,87% na empresa, esta foi classificada nessa categoria porque, pelo acordo de acionistas, a Vale não integra comitês de sustentabilidade da TKCSA. II A Vale S.A. detém a participação direta e indireta de 100% da Valesul. III Nos dois últimos relatórios, as atividades de óleo e gás (apresentadas anteriormente como Vale Óleo e Gás) foram disponibilizadas por consórcio, em função dos diferentes percentuais de participação e da consequente influência da Vale nesses ativos. IV A Vale renunciou a seus direitos de voto e veto a respeito das ações da MRS, de acordo com a resolução nº 1.394, de 11 de abril de 2006, da ANTT. Continua na próxima página Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Ver lista completa de anexos Voltar para o conteúdo principal O quadro a seguir apresenta a forma pela qual as principais empresas da Vale (conforme sua razão social), em termos de sustentabilidade, foram consideradas neste relatório. Escopo do RS (2012) Desempenho operacional Formas de gestão Questões e dilemas Minério de ferro e pelotas Vale S.AI – Samarco Mineração S.A. Companhia Ítalo-Brasileira de Pelotização (Itabrasco) II – Zhuhai YPM Pellet Co. Ltd. Companhia Coreano-Brasileira de Pelotização (Kobrasco)II – Anyang Yu Vale Yongtong Pellet Co. Ltd. Companhia Nipo-Brasileira de Pelotização (Nibrasco) II Companhia Hispano-Brasileira de Pelotização (Hispanobras)II – Vale Oman Pelletizing Company LLC – Mineração Corumbaense Reunida (MCR) – Vale BSGR Limited (Projeto Simandou) – – – – – — Manganês e ferro-ligas – Vale Manganês S.A. – Vale Mina do Azul S.A. — — — — Cobre – Vale S.A. – Vale Canada Limited – Sociedad Contractual Minera Tres Valles Logística Vale S.A.III – Log-in Logística Intermodal S.A. Ferrovia Centro-Atlântica S.A. (FCA) – Consórcio de Rebocadores da Barra dos Coqueiros Ferrovia Norte-Sul S.A. – Consórcio de Rebocadores da Baía de São Marcos Companhia Portuária Baía de Sepetiba (CPBS) Seamar Shipping Transbarge Navegación (TBN) Mineração Corumbaense Reunida (Porto Gregório Curvo) Vale Logística Argentina S.A. (Porto San Nicolás) Corredor Logistico Integrado de Nacala (Clin) (Projeto Nacala Ferrovia e Porto) – PT Vale Indonesia Tbk (Balantang Special Port e Porto Especial Harapan Tanjung Mangkasa) – – – – – – – – – – MRS Logística S.A.IV Fertilizantes – – – – Compañía Minera Miski Mayo S.A.C. Vale Fertilizantes S.A.V Potasio Río Colorado S.A. Vale Potássio Nordeste S.A. — — – California Steel Industries (CSI) – ThyssenKrupp Companhia Siderúrgica do Atlântico VI – Mineração Rio do Norte S.A. (MRN) (Bauxita) – Norsk Hydro ASA (Hydro) – Mineração Paragominas S.A. — – Shandong Yankuang Int. Coking Co. Ltd. – Henan Longyu Energy Resources Co. Ltd. – Vale Austrália (Isaac Plains) — Siderurgia — Alumínio — Carvão – Vale Moçambique S.A. (Moatize) – Vale Australia Holds Pty Ltd. Continua na próxima página Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Ver lista completa de anexos Voltar para o conteúdo principal Desempenho operacional Formas de gestão Questões e dilemas Energia – Biopalma da Amazônia S.A. – Vale Soluções em Energia S.A. (VSE)VII – Consórcio Machadinho VIII – Consórcios de Energia: Igarapava, Porto Estrela, – Norte Energia S.A. (UHE Belo Monte) Candonga, Capim Branco, Funil, Aimorés, Estreito – Consórcios BM-ES- 27 e (Ceste – Consórcio Estreito Energia), Geração Santa Isabel BM-S-48 X (Gesai), Consórcio Eólico Paraíso Azul e Consórcio Eólico Paraíso Farol – Empresas do Projeto Eólica Santo Inácio (Central Eólica Garrote Ltda., Central Eólica Santo Inácio IV Ltda., Central Eólica Santo Inácio III Ltda., Central Eólica Santo Inácio V Ltda., Central Eólica Santo Inácio VI Ltda. e Central Eólica São Raimundo Ltda.) – Empresas dos consórcios de óleo e gás (Consórcio BM-PAMA-10, Consórcio BM-PAMA-11, Consórcio BM-PAMA-12, Consórcio BT-PN-2, Consórcio BT-PN-3, Consórcio SF-T-80, Consórcio SF-T-81, Consórcio SF-T-82, Consórcio SF-T-83, Consórcio SF-T-93) Produção florestal – Vale Florestar S.A.IX — — – Korea Nickel Corporation — Níquel – – – – – – – – – Vale S.A. (Onça Puma) Vale Canada Limited Vale Newfoundland & Labrador Ltd. Vale Europe Limited (Clydach Refinery e Acton Refinery) PT Vale Indonesia Tbk Vale Nouvelle-Calédonie S.A.S. Vale Nickel (Dalian) Co. Ltd. Vale Japan Limited Vale Taiwan Limited I Inclui operações das empresas Minerações Brasileiras Reunidas S.A. (MBR), Minas da Serra Geral S.A. (MSG) e Baovale Mineração S.A. (Baovale). II Os ativos são operados pela Vale. III Inclui operações da Estrada de Ferro Carajás (EFC) e da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM). IV A Vale renunciou a seus direitos de voto e veto a respeito das ações da MRS, de acordo com a resolução nº 1.394, de 11 de abril de 2006, da ANTT. V Vale Fertilizantes S.A. considera para reporte de desempenho da empresa Vale Cubatão Fertilizantes Ltda. VI Apesar de a Vale ter participação de 26,87% na empresa, esta foi classificada nessa categoria porque, pelo acordo de acionistas, a Vale não integra comitês de sustentabilidade da TKCSA. VII Embora a Vale detenha a maioria dos votos nas entidades contabilizadas pelo método de equivalência patrimonial, a consolidação é impedida em função do direito de veto detido pelos acionistas não controladores em acordo dos acionistas. VIII A Vale S.A. detém a participação direta e indireta de 100% da Valesul. IX Empresa pertencente ao Vale Florestar, fundo de investimentos em participações cujos cotistas são Vale S.A., Fundo Petrobras de Seguridade Social (Petros), Fundação dos Economiários Federais (Funcef ) e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). X Nos dois últimos relatórios, as atividades de óleo e gás (apresentadas anteriormente como Vale Óleo e Gás) foram disponibilizadas por consórcio, em função dos diferentes percentuais de participação e da consequente influência da Vale nesses ativos. Compromissos assumidos O Relatório de Sustentabilidade 2012 da Vale foi elaborado de acordo com as diretrizes do GRI e busca atender aos princípios do Pacto Global das Nações Unidas, do ICMM, além de fornecer informações requeridas pelo questionário do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Princípios do Pacto Global Direitos humanos 1 Respeitar e proteger os direitos humanos. 2 Impedir violações de direitos humanos. Direitos do trabalho 3 Apoiar a liberdade de associação no trabalho e a negociação coletiva. 4 Eliminar todas as formas de trabalho forçado ou compulsório. Continua na próxima página Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Ver lista completa de anexos Voltar para o conteúdo principal 5 Abolir o trabalho infantil. 6 Eliminar a discriminação no ambiente de trabalho. Proteção ao meio ambiente 7 Apoiar uma abordagem preventiva aos desafios ambientais. 8 Desenvolver iniciativas para promover maior responsabilidade ambiental. 9 Desenvolver e difundir tecnologias que não agridam o meio ambiente. Contra a corrupção 10 Combater a corrupção em todas as suas formas, inclusive extorsão e propina. Princípios ICMM 1 Implementar e manter práticas comerciais éticas e sistemas sólidos de governança corporativa. 2 Integrar as considerações de desenvolvimento sustentável dentro do processo decisório corporativo. 3 Defender direitos humanos fundamentais e respeitar culturas, costumes e valores nas negociações com funcionários e outros que sejam afetados por nossas atividades. 4 Implementar estratégias de gestão de risco baseadas em dados válidos e ciência legítima. 5 Buscar a melhoria contínua de nossa saúde e o desempenho em segurança. 6 Buscar a melhoria contínua de nosso desempenho ambiental. 7 Contribuir com a preservação da biodiversidade e promover abordagens integradas de planejamento sobre o uso da terra. 8 Facilitar e estimular a criação responsável de produtos, o uso, a reutilização, a reciclagem e o descarte de nossos produtos. 9 Contribuir para o desenvolvimento social, econômico e institucional das comunidades onde operamos. 10 Implementar o engajamento eficaz e transparente, a comunicação e as providências de contato independentemente das verificadas com nossos interessados. Dimensões do ISE Dimensão Critério 1 Geral Trata dos compromissos estabelecidos pela empresa, do alinhamento, da transparência e do combate à corrupção. 2 Natureza do produto Trata dos impactos pessoais e difusos do uso do produto e do cumprimento legal. 3 Governança corporativa Trata da qualidade da gestão, abordando itens como a transparência com auditorias e fiscalização, a conduta da empresa e seus conflitos de interesse. 4 Econômico-financeira Trata da política da empresa, sua gestão, planejamento, desempenho econômico e cumprimento legal. 5 Ambiental unificado — Grupo BI Trata da gestão responsável e planejada das questões ambientais, do desempenho da empresa, do estabelecimento de compromissos globais e do cumprimento legal das normas do setor. 6 Social Trata da política, gestão, cumprimento legal e do desempenho da empresa com questões relacionadas ao âmbito social como compromissos com relações trabalhistas, participações em políticas públicas, relacionamento com comunidades impactadas, fornecedores, clientes e consumidores. 7 Mudanças Climáticas Trata da política e responsabilidade ambiental, gestão de riscos, desempenho na área e reporting com a divulgação de resultados, inventários de emissões e com o diálogo com as partes interessadas. I Grupo B trata do aspecto ambiental crítico para recursos naturais e não renováveis. Produtos que se encaixam neste grupo são: artefatos de cobre; ferro e aço; fertilizantes; minerais metálicos; petróleo e gás (exploração e refino); petroquímicos e siderurgia. Continua na próxima página Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Ver lista completa de anexos Voltar para o conteúdo principal Índice remissivo Indicadores reportados somente no índice remissivo Indicador Reporte EC4 Consultar o formulário 20F, em inglês, página 193 (F-21). Detalhamento das informações não reportadas Índice Explicação Forma de gestão Concorrência desleal, Conformidade, Segurança e saúde do cliente, Rotulagem de produtos e serviços, Comunicação de marketing. Não material — Apesar de não ser material, o tema está citado ao longo do Relatório. Forma de gestão Privacidade do cliente Não material — De acordo com a análise de materialidade EN6 Iniciativas para fornecer produtos e serviços com baixo consumo de energia, ou que usem energia gerada por recursos renováveis, e a redução na necessidade de energia resultante dessas iniciativas Não material — De acordo com a análise de materialidade e também em função da natureza do negócio esse indicador não é material. PR4 Não conformidade com regulamentos e códigos de rotulagem Não material — Informação não material, por não ser aplicável ao negócio. PR6 Programas de adesão às leis, normas e códigos voluntários relacionados a comunicações de marketing, incluindo publicidade, promoção e patrocínio Não material — De acordo com a análise de materialidade e também em função da natureza do negócio esse indicador não é material. PR8 Reclamações de violação de privacidade e perdas de dados de clientes Não material — Apesar de não ser material, o tema está coberto na Política de Segurança da Informação. Detalhamento dos indicadores parciais Índice Explicação EC5 Relação salário-mínimo interno/local A Vale respeita o salário-mínimo legal em cada localidade. Por ser confidencial, a Vale não divulga os respectivos salários. EN5 Energia economizada em virtude de melhorias em conservação e eficiência Número exato da redução de energia elétrica no ano não disponível, apenas informação das iniciativas desenvolvidas voltadas para eficiência energética assim como as estimativas de redução. EN7 Iniciativas para reduzir o consumo de energia indireta e as reduções obtidas Número exato da redução de energia indireta não disponível apenas informações de iniciativas voltadas para esta redução. EN9 Fontes hídricas afetadas por retirada de águas Informação parcial. A captação de água de fontes naturais nas unidades operacionais da Vale ocorrem em conformidade com as exigências legais pertinentes,(ex.: outorgas, padrões de classe do corpo hídrico), que visam garantir a preservação dos recursos hídricos. EN25 Identificação, tamanho, status de proteção e índice de biodiversidade de corpos d’água e habitats afetados por descartes de água e drenagem As unidades operacionais da Vale descartam os efluente gerados, que não são reutilizados nas atividades da operação, em conformidade com os requisitos legais aplicáveis e demais exigências dos órgãos ambientais locais. O nível dos programas de monitoramento atuais e os estudos de impacto ambiental desenvolvidos durante as fases de projeto e licenciamento, garantem o conhecimento da biodiversidade local e os respectivos status de proteção, assim como das características dos efluentes que serão gerados e consequente identificação das tecnologias necessárias para o tratamento e lançamento dos efluentes nos corpos hídricos receptores. PR2 Não conformidade com regulamentos e códigos de impactos de produtos e serviços na saúde e segurança Não reportado o número de casos de não conformidade para toda a cadeia. A parte relacionada ao correto fornecimento e uso de produtos e serviço é respondida pelo indicador PR9. Continua na próxima página Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Continua na próxima página Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Relatório de Asseguração adatim Limitada iL oãçarugessA ed oirótaleR dos Auditores Independentes setnednepednI serotiduA sod Ao Conselho de Administração e Demais Partes Interessadas Vale S.A. Rio de Janeiro — RJ oA sadasseretnI setraP siameD e oãçartsinimdA ed ohlesnoC .A.S elaV JR — orienaJ ed oiR Introdução oãçudortnI Fomos contratados -sus ed seõcom çamro fobjetivo ni sa erbode s aaplicar datimilprocedimentos oãçarugessa edde soasseguração tnemidecorplimitada racilpa esobre d ovitas ejbinformações o o moc sodde atasusrtnoc somoF tentabilidade -ed edivulgadas d 13 me odno nfi Relatório oicícrexe o de a oSustentabilidade vitaler ,)”elaV “( A.da S eVale laV aS.A d ed(“Vale”), adilibatrelativo netsuS eao do exercício irótaleR fiondo n sadem agl31 uvide d ededadilibatnet zembro degn2012, iniM nbem o licncomo uoC lasobre noitanareaderência tnI — MMaos CI ocinco d srettSubject aM tcejbMatters uS ocndo ic so ICMM a aicn— êreInternational da a erbos oCouncil moc meon b ,Mining 2102 ed orbmez and Metals, incluindo os.stdez nemprincípios etatS noitide soPdesenvolvimento ocnic so e levátnesustentável tsus otnemeivos lovcinco nesedPosition ed soipStatements. ícnirp zed so odniulcni ,slateM dna Responsabilidades da administração da Vale S.A A.S elaV ad oãçartsinimda ad sedadilibasnopseR A administração -netsus da edVale seõçéam responsável rofni sad adpela auqelaboração eda amrof eedapresentação oãçatneserpade e oforma ãçarobadequada ale alep ledas vásninformações opser é elaVde ad sustenoãçartsinimda A tabilidade-adivulgadas dilibatnetsuno S eRelatório d soirótalde eR Sustentabilidade arap sezirteriD sa de moacordo c odroccom a ed as edDiretrizes adilibatnepara tsuS Relatórios ed oirótalede R oSustentabilidan sadagluvid edadilibat de da Global GR –Reporting tnemelppInitiative uS rotceS— slaGRI teM(GRI-G3) & gniniMe“ lcom airoteoSSuplemento otnemelpuSSetorial o moc e“Mining )3G-IRG&(Metals IRG —Sector evitaitSupplement– inI gnitropeR lRG abolG ad ed Version 3.0/MMSS a ritimreFinal p araVersion”, p soirásseccom en om osoccontroles uonimreinternos ted ale eque uq so ela nredeterminou tni selortnoccomo so mnecessários oc e ,”noisrepara V lanpermitir iF SSMM/a0.3 noisreV elaboração dessas .informações orre uo edualivres rf ropde adadistorções suac es etrelevantes, nednepednindependente i ,setnaveler sese õçrcausada otsid edpor servfraude il seõçaou mrerro. ofni sassed oãçarobale Responsabilidade dos auditores independentes setnednepedni serotidua sod edadilibasnopseR Nossa responsabilidade ed oirótaleR onésexpressar adagluvidconclusão edadilibatsobre netsusasedinformações seõçamrofnde i sasustentabilidade erbos oãsulcnocdivulgadas rasserpxe éno edRelatório adilibasno de pser assoN Sustentabilidade -nesed ee, d sobre soipícnairaderência p zed so m aos eulcinco cni euSubject q ,MMCMatters I od sretdo taMICMM, tcejbuque S ocincluem nic soa aos icndez êredprincípios a a erbos de ,e edesendadilibatnetsuS volvimento edsustentável odizudnoc eados atcinco imil oãPosition çarugesStatements, sa ed ohlabcom art onbase esabnomtrabalho oc ,stnemde etaasseguração tS noitisoP oclimitada nic so e conduzido levátnetsusde otnemivlov acordo a NBC laredTO eF o3000 hlesn(Trabalhos oC olep adde itim Asseguração e ,)oãsiveR eDiferente airotiduAde edAuditoria etnerefiDeoRevisão), ãçarugesemitida sA ed sopelo hlabaConselho rT ( 0003 O Federal T CBN a odroca de Contabilidade lanoican— retnCFC, I oãçque aredéeequivalente F alep aditimàenorma ,0003 Einternacional ASI lanoicanreISAE tni a3000, mronemitida à etnelapela viuqFederação e é euq ,CFInternacional C — edadilibatnoC ed de Contadores, -ale ”oãaplicáveis çarugessAàs arainformações p sotnemidenão corPhistóricas, “ so moc obem moccomo meb ,scom aciróos tsi“Procedimentos h oãn seõçamrofpara ni sàAsseguração” sievácilpa ,serelaodatnoC ed borados pelo ,sacitéICMM saicn— êgiICMM xe ed oAssurance tnemirpmProcedures. uc o mereuEssas qer sanormas mron sarequerem ssE .serudoeccumprimento orP ecnarussA M deMexigências CI — MMCéticas, I olep sodarob incluindoarequisitos datimil açde narindependência uges retbo ed oevique tejbo otrabalho moc odseja atucexecutado exe ajes ohcom labarot oobjetivo euq e ade icnobter êdnepsegurança edni ed solimitada tisiuqer odniulcni de que asoinformações d srettaM tcedivulgadas jbuS ocnic sno oa Relatório aicnêredade a eSustentabilidade rbos e edadilibatenesobre tsuS eadaderência oirótaleR aos on scinco adaglu Subject vid seõMatters çamrofdo ni sa euq ed ICMM, tomadas em conjunto, estão livres de distorções relevantes. .setnaveler seõçrotsid ed servil oãtse ,otnujnoc me sadamot ,MMCI Um trabalho etsisde noasseguração c ,0003 EASI àlimitada etnelavconduzido iuqe ,0003 O de T Cacordo BN a mcom oc oadrNBC oca eTO d o3000, dizudequivalente noc adatimiàl oISAE ãçar3000, ugessconsiste a ed ohlabart mU principalmente -obale ade n sindagações odivlovne aàihadministração napmoC ad siada noVale issfioerpoutros sortuoprofi e elssionais aV ad oãda çarCompanhia tsinimda à seenvolvidos õçagadni ena d eelabotnemlapicni rp ração dassinformações otnemidecordivulgadas p ed oãçacilno pa Relatório alep omode c mSustentabilidade, issa ,edadilibatneassim tsuS ecomo d oirótpela aleR aplicação on sadaglde uviprocedimentos d seõçamrofni sad oãçar analíticosspara eõçaobter mrofnevidência i sa erbos aque datnos imil possibilite oãçarugessconcluir a ed amna rof forma an riulde cnoasseguração c etilibissop limitada son euq asobre icnêdas iveinformações r et b o a r a p s o c i t í l a n a tomadas sem otnseu emiconjunto. decorp edUm oãçtrabalho ucexe a ,de méasseguração bmat ,reuqerlimitada adatimilrequer, oãçarug também, essa ed oahexecução labart mUde .otprocedimentos n u j n o c u e s m e s a d a m ot adicionais, -niquando sa euq roatauditor iderca aindependente evel o euq sotoma tnussaconhecimento ed otnemicehde nocassuntos amot etnque ednoepleve ednia racreditar otidua o oque dnaas uqin,sianoicida formaçõesmde edosustentabilidade p ,otnujnoc ues m constantes e sadamodo t ,ed Relatório adilibatnde etsSustentabilidade, uS ed oirótaleR odtomadas setnatsnem oc eseu dadconjunto, ilibatnetsupodem s ed seõçamrof apresentar distorções relevantes. .setnaveler seõçrotsid ratneserpa Os procedimentos -neserpa eselecionados oãçalipmoc àbasearam-se sovitaler sotna cepnossa sa sodcompreensão oãsneerpmocdos assaspectos on an es-m relativos araesabà scompilação odanoicelesesapresenotnemidecorp sO tação das oinformações d saicnâtsnude cricsustentabilidade sartuo ed e edadconstantes ilibatnetsudo S edRelatório oirótaleRdeod Sustentabilidade setnatsnoc edadeilde ibaoutras tnetsuscircunstâncias ed seõçamrofdo ni sad oãçat trabalho e:m daarnossa edneeconsideração rpmoc sotnem sobre idecoasrpáreas sO .rionde tsixe m distorções airedop spoderiam eõçrotsid eexistir. dno saOs eráprocedimentos sa erbos oãçarecompreenderam: disnoc asson ad e ohlabart Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital latigid oviuqrA 2102 edadilibatnetsuS ed oirótaleR elaV (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância, a coerência, o volume de informações quantitativas e qualitativas e os sistemas operacionais e de controles internos que serviram de base para a elaboração das informações de sustentabilidade divulgadas no Relatório de Sustentabilidade Vale; (b) o entendimento da metodologia de cálculos e dos procedimentos de consolidação dos indicadores por meio de entrevistas com os gestores responsáveis pela elaboração das informações; (c) aplicação de procedimentos analíticos sobre as informações quantitativas e indagações sobre as informações qualitativas e sua correlação com as informações divulgadas no Relatório de Sustentabilidade; (d) visitas às unidades operacionais para a aplicação dos procedimentos (b) e (c), bem como para verificar a difusão das políticas corporativas e práticas de gestão relacionadas aos princípios de desenvolvimento sustentável do ICMM; (e) o entendimento das políticas e práticas em vigor e do processo de gestão de temas críticos e dos temas relacionados aos princípios de desenvolvimento sustentável do ICMM por meio de entrevistas com membros da alta gerência e análise da documentação disponível; (f) confronto dos indicadores de natureza financeira com as demonstrações financeiras e/ou registros contábeis; (g) verificação se os limites organizacionais e operacionais definidos pela Vale S.A (“Vale”) para a elaboração do Relatório de Sustentabilidade estão alinhados aos critérios estabelecidos pela Global Reporting Initiative — GRI; e (h) análise de aderência às Diretrizes de Relatórios de Sustentabilidade da Global Reporting Initiative — GRI (GRI-G3) aplicável na elaboração das informações divulgadas no Relatório de Sustentabilidade (versão completa disponível no endereço eletrônico — www.vale.com/rs2012). As divisões de negócio e as respectivas unidades operacionais visitadas compreenderam: Minério de Ferro: – 07 Usinas de Pelotização de Tubarão (Espírito Santo, Brasil) – Complexo de Vargem Grande (Minas Gerais, Brasil) Logística: – Estrada de Ferro Vitória Minas (EFVM) – Porto de Tubarão (Espírito Santo, Brasil Níquel: – Unidade de Sudbury (Sudbury, Canadá) Fertilizantes: – Complexo de Uberaba — CIU – Complexo Industrial de Cubatão — CCB – Complexo Industrial de Cubatão — Fosfatados — CUB – Complexo Industrial de Piaçaguera — CPG Acreditamos que os procedimentos aplicados e que as evidências obtidas em nosso trabalho são suficientes e apropriados para fundamentar nossa conclusão na forma limitada. Alcance e limitações Os procedimentos aplicados em um trabalho de asseguração limitada são substancialmente menos extensos do que aqueles aplicados em um trabalho de asseguração que tem por objetivo emitir uma opinião sobre as informações de sustentabilidade constantes no Relatório de Sustentabilidade. Consequentemente, não nos possibilitam obter segurança de que tomamos conhecimento de todos os assuntos que seriam identificados em um trabalho de asseguração que tem por objetivo emitir uma opinião. Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital Os dados não financeiros estão sujeitos a mais limitações inerentes do que os dados financeiros, dada a natureza e a diversidade dos métodos utilizados para determinar, calcular ou estimar esses dados. Interpretações qualitativas de materialidade, relevância e precisão dos dados estão sujeitos a pressupostos individuais e a julgamentos. Adicionalmente, não realizamos qualquer trabalho em dados informados para os períodos anteriores, nem em relação a projeções futuras e metas. Nível de Aplicação Seguindo as orientações das diretrizes GRI-G3, a Vale declara um Nível de Aplicação A+ em seu Relatório de Sustentabilidade, relativo ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012. A Vale reportou os itens de Perfil, os indicadores de desempenho essenciais e setoriais (Suplemento Setorial “Mining & Metals Sector Supplement– RG Version 3.0/MMSS Final Version) e as formas de gestão para cada categoria de indicador além dos indicadores adicionais considerados materiais para seus stakeholders. Para os indicadores não reportados ou reportados parcialmente foram apresentadas as justificativas correspondentes que atendem as orientações da GRI. Dessa forma, os procedimentos aplicados foram considerados suficientes para nos certificarmos de que o nível de aplicação declarado pela Vale está em conformidade com as orientações das diretrizes GRI-G3. Conclusão Com base nos procedimentos realizados, descritos neste relatório, nada chegou ao nosso conhecimento que nos leve a acreditar que as informações de sustentabilidade divulgadas no Relatório de Sustentabilidade da Vale relativo ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012, não foram compiladas, em todos os aspectos relevantes, de acordo com as Diretrizes de Relatórios de Sustentabilidade da Global Reporting Initiative — GRI (GRI-G3), com o suplemento setorial — “Mining & Metals Sector Supplement — RG Version 3.0/MMSS Final Version”, e com os registros e arquivos que serviram de base para a sua preparação; e que suas políticas, procedimentos e práticas não estejam alinhadas, ou em processo de alinhamento, aos cinco Subject Matters do ICMM — International Council on Mining and Metals, que inclui os dez princípios de desenvolvimento sustentável e os cinco Position Statements, destacando-se que as políticas, normas e práticas analisadas dizem respeito à realidade da Vale no Brasil. O processo de internacionalização de tais documentos e procedimentos está atualmente em curso e as unidades internacionais estão se adequando às práticas já implementadas nas operações brasileiras, sendo constatado avanços neste processo de internacionalização em 2012 em relação ao exercício anterior. São Paulo, 28 de junho de 2013. KPMG Risk Advisory Services Ltda. CRC 2SP023233/O-4 Eduardo V. Cipullo Contador CRC 1SP135597/O-6 Vale Relatório de Sustentabilidade 2012 Arquivo digital