csc xii.130 dhs.gov

Transcrição

csc xii.130 dhs.gov
Somague SGPS
Relatório Anual
2014
Somague SGPS
Relatório Anual
2014
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
Principais Indicadores Económico-financeiros
EVOLUÇÃO NOS ÚLTIMOS 3 ANOS
(Unid: Euros)
INDICADORES ECONÓMICO-FINANCEIROS
2012
2013
2014
Volume de negócios
517.155.080
499.183.442
554.278.085
Proveitos operacionais
546.761.717
530.255.913
590.650.717
EBITDA
28.500.889
34.957.351
45.790.135
Resultados antes de impostos
14.219.218
17.361.170
11.455.577
5.723.772
5.814.546
118.543
Capitais próprios
162.343.370
167.754.318
168.286.322
Financiamento
194.956.294
210.921.361
210.677.142
Resultados líquidos
Caixa e equivalentes/Outros títulos e depósitos
59.704.096
54.853.005
69.240.915
Endividamento líquido
135.252.198
156.068.356
141.436.228
Passivo total
678.073.143
666.130.302
677.429.637
19%
20%
20%
Autonomia financeira
VOLUME DE NEGÓCIOS/PROVEITOS OPERACIONAIS
CAPITAIS PRÓPRIOS
(Unid: Milhões Euros)
(Unid: Milhões Euros)
900
200
800
175
700
150
600
125
500
100
400
75
300
50
200
25
100
0
2012
2013
Volume de negócios
0
2014
2012
2013
2014
Proveitos operacionais
RESULTADOS LÍQUIDOS
EBITDA
(Unid: Milhões Euros)
(Unid: Milhões Euros)
8
50
7
40
6
5
30
4
20
3
2
10
0
1
2012
2013
0
2014
2012
2013
2014
ENDIVIDAMENTO BANCÁRIO
(Unid: Milhões Euros)
225
Endividamento Líquido
200
175
Caixa e Equivalentes/Outros Títulos e Depósitos
150
Financiamento
125
100
75
50
25
0
Financiamento
2012
2013
2014
Caixa e equivalentes/Outros títulos e depósitos
2
Endividamento líquido
PRINCIPAIS
INDICADORES
(Unid: Euros)
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
2012
Mercados
2013
2014
Vol. negócios
Carteira
Vol. negócios
Carteira
Vol. negócios
Portugal
162.684.539
260.399.399
144.239.737
187.900.014
116.624.353
183.842.212
Espanha
22.956.137
23.222.143
18.152.335
16.258.108
20.689.318
18.019.890
4.033.400
3.106.080
1.398.692
1.833.338
1.234.485
828.922
Irlanda
Brasil
Angola
2.951.348
40.728.435
25.259.751
141.847.380
48.000.661
256.225.406
298.048.071
234.610.779
251.707.310
397.249.856
273.049.853
514.699.019
-
-
10.069.865
133.752.456
28.745.999
19.143.124
Moçambique
Cabo Verde
Togo
Outros
TOTAL DO INDICADOR
Carteira
25.764.275
29.178.210
28.790.740
30.749.265
19.565.715
108.521.041
681.246
53.950.000
19.362.511
46.307.673
46.366.203
8.740.101
36.064
2.672.896
202.500
-
1.500
-
517.155.080 647.867.941 499.183.442 955.898.089 554.278.085
1.110.019.715
CARTEIRA (por mercado geográfico)
VOLUME DE NEGÓCIOS (por mercado geográfico)
Angola
49%
Angola
46%
Portugal
21%
Brasil
23%
Brasil
9%
Portugal
16%
Togo
8%
Cabo Verde
10%
Moçambique
5%
Espanha
2%
Espanha
4%
Moçambique
2%
Cabo Verde
4%
Togo
1%
Irlanda
0%
Irlanda
0%
Outros
0%
Outros
0%
CARTEIRA (por tipo de obra)
VOLUME DE NEGÓCIOS (por tipo de obra)
Não residenciais
51%
Não residenciais
50%
O. Marítimas
14%
O. Ferroviárias
26%
Residenciais
13%
O. Hidráulicas
12%
O. Ferroviárias
11%
O. Rodoviárias
4%
O. Hidráulicas
8%
Outras
3%
Outras
2%
Residenciais
3%
O. Rodoviárias
1%
O. Marítimas
2%
O. Aeroportuárias
0%
Urbanizações
0%
Urbanizações
0%
O. Aeroportuárias
0%
CARTEIRA (Nacional e Internacional)
VOLUME DE NEGÓCIOS (Nacional e Internacional)
(Unid: Milhões Euros)
1000
(Unid: Milhões Euros)
1200
1100
1000
900
800
700
600
500
400
300
200
100
0
Internacional
900
Nacional
800
700
Total
600
500
400
300
200
100
0
2012
Total
2013
Nacional
2014
Internacional
Internacional
Nacional
Total
2012
Total
3
2013
Nacional
2014
Internacional
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
Principais Indicadores Sociais e Ambientais
EVOLUÇÃO NOS ÚLTIMOS 3 ANOS
INDICADORES SOCIAIS
Nº de colaboradores
Formação/colaboradores (h)
Encargos com proteção social não obrigatórios (€/colaborador)
Índice de incidência de acidentes
2012
2013
2014
2.235
13,01
215
25,35
2.251
8,65
240
20,27
2.330
17,45
257
20,93
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DO NÚMERO DE COLABORADORES
2012
2013
2014
Portugal
Espanha
Brasil
Angola
1.324
51
25
682
1.106
30
68
761
980
30
76
815
Moçambique
Cabo Verde
Togo
Panamá
Irlanda
Outros
Total
1
124
7
12
9
2.235
120
120
26
11
8
1
2.251
274
96
42
8
7
2
2.330
INDICADORES AMBIENTAIS
2012
Consumo de água (m3)
Consumo de cimento (ton)
Consumo de agregados (ton)
Produção de RCD (ton)
Emissões de CO2
192.102
75.333
586.423
7.539
20.305
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DO NÚMERO DE COLABORADORES
2013
2014
284.013
66.410
621.186
13.455
19.632
218.553
157.063
960.859
23.471
27.677
NÚMERO DE COLABORADORES (Nacional e Internacional)
Portugal
42%
2800
Angola
35%
2400
Moçambique
12%
2000
Cabo Verde
4%
1600
Brasil
3%
1200
Togo
2%
Espanha
2%
Panamá
0%
Irlanda
0%
Outros
0%
Internacional
Nacional
Total
800
400
0
Total
4
2012
Nacional
2013
2014
Internacional
Reforço de Potência da Barragem de Venda Nova III - Vieira do Minho - Portugal
PRINCIPAIS
INDICADORES
5
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
Índice
Principais Indicadores
02
01
Carta do Presidente
08
02
Governo Corporativo
12
03
Relatório Consolidado de Gestão
28
04
Qualidade e Inovação
80
05
Recursos Humanos
88
06
Segurança e Saúde
100
07
Ambiente
106
08
Impacte na Comunidade
118
09
Demonstrações Financeiras Consolidadas
124
10
Notas Consolidadas
132
11
Certificação Legal das Contas Consolidadas
206
12
Relatório e Parecer do Fiscal Único - Contas Consolidadas
210
13
Anexo aos Indicadores de Sustentabilidade (GRI)
214
6
Barragem de Laúca - Angola
ÍNDICE
7
Transposição do Rio São Francisco - Brasil
01
CARTA DO
PRESIDENTE
8
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
Carta do Presidente
O ano de 2014 revelou-se, finalmente, como
Para o nosso setor, 2014 foi um ano muito complicado,
o primeiro ano em que podemos falar de
tendo-se assistido ao desaparecimento de muitos concor-
recuperação, depois da duríssima crise que
rentes em Portugal, em linha com o que acontecera já nos
Portugal, em particular, e a Europa, em geral,
últimos exercícios. É evidente que este ciclo negativo está
tiveram que suportar desde o ano de 2008.
a realizar uma importante seleção entre as empresas do
setor, não tendo ainda chegado ao seu final.
Os dados macroeconómicos relativos a Portugal, o nosso mercado de origem, foram
Neste contexto, o exercício de 2014 foi positivo para a
razoavelmente positivos em 2014 e as pre-
Somague. A falta de atividade de construção em Portugal
visões também apontam na boa direção, se
deu razão à Somague na sua primeira aposta estratégica, a
bem que esta melhoria seja ainda débil e se
internacionalização, sendo hoje uma realidade que 80%
deva continuar a trabalhar para manter esta
da atividade da empresa está fora de Portugal.
tendência.
Angola continua a ser o nosso principal mercado, se bem
Lamentavelmente, esta melhoria não é ain-
que as últimas contratações no Brasil façam com que este
da patente no setor da Construção em Portu-
mercado tenha cada vez mais importância na nossa cartei-
gal, onde o investimento público em infraes-
ra. Se juntarmos a nossa atividade em Moçambique, Cabo
truturas continua em mínimos históricos, se
Verde, Espanha, Togo e Irlanda, podemos comprovar, com
bem que se comecem a desenhar planos
agrado, que a nossa presença internacional começa a estar
para o futuro que nos permitem algum oti-
sustentada em diversos mercados.
mismo a médio prazo.
10
01
CARTA DO
PRESIDENTE
Também a segunda aposta estratégica, as especialidades
com a habitual determinação da excelência
tradicionais da Somague, está a dar os frutos esperados e
dos nossos colaboradores atingiremos os
este ano diversas adjudicações na área das obras hidráuli-
nossos objetivos.
cas (trabalhos na barragem de Laúca, em Angola), no campo das obras subterrâneas (Linha 2 - Metro de São Paulo,
Para este ano é importante aprofundar a
no Brasil) e no campo das obras ferroviárias (através da
nossa presença nos mercados das Ilhas Bri-
Neopul), levaram a Somague a deter a sua maior carteira
tânicas em que já operamos, de modo a di-
de sempre, alcançando os 1.110 milhões de euros.
versificarmos ainda mais a nossa presença
internacional.
Por último, também em 2014 avançámos na nossa terceira aposta estratégica, a adequação da estrutura da
Estamos perfeitamente preparados para en-
Somague à nova realidade da empresa e aos seus desa-
frentar estes desafios, com a confiança dos
fios internacionais, melhorando a eficiência e reduzindo
nossos clientes e fornecedores, o trabalho
os custos.
dos nossos excelentes recursos humanos e
técnicos, e o apoio do nosso acionista, Sacyr.
O ano de 2015 apresenta-se com muitos desafios; não é
ainda de esperar uma melhoria no mercado português;
para além disso, a queda global no preço das matérias-primas vai condicionar alguns dos mercados em que
operamos, principalmente o mercado angolano, ainda
Rui Ferreira Vieira de Sá
muito dependente do petróleo, mas acreditamos que
Presidente do Conselho de Administração
11
02
2.1
Modelo de Funcionamento
14
2.2
Órgãos Sociais
16
2.3
Organograma da Empresa
18
2.4
Gestão do Risco
20
2.5
Auditoria Interna
21
2.5
Stakeholders/Comunicação
22
12
Barragem de Foz Tua - Portugal
GOVERNO
CORPORATIVO
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
2.1
Modelo de funcionamento
A Somague atua de acordo com um sistema
de gestão orientado por processos, designado por Modelo de Funcionamento. Estabelecido em 1993, este sistema tem como objetivo criar um conjunto de normas internas
que suportem a atividade da empresa.
Angariação
de negócios
(AN)
Elaboração
de propostas a
clientes (EPC)
Preparação
do arranque de
obra (PAO)
Execução
de obra (EO)
Conclusão
de obra (CcO)
Fase de
garantia (FG)
Controlo de obra (CtO)
Fornecimento de Materiais e Serviços (FMS)
Utilização e Manutenção de Equipamentos (UME)
Planeamento
Estratégico
(PE)
Gestão do Risco (GR)
Gestão de Recursos Humanos e Organização (RHO)
Controlo Operacional e Financeiro (COF)
Gestão do SIGAQS (QSA)
Gestão do SGIDI (IDI)
Gestão da Informação e Documentação (GID)
Processos de negócio
Processos de suporte
O Modelo de Funcionamento suporta, ainda,
• Política de Investigação, Desenvolvimento e Inovação
a implementação da estratégia da empresa,
• Processo de Subcontratação
das políticas internas e dos requisitos exter-
• Procedimentos de Prevenção de Branqueamento de Capitais e Bloqueio ao Terrorismo
nos por si subscritos, nomeadamente:
Internos
Externos
• Missão, Visão e Valores
• Pacto Mundial das Nações Unidas (através do Grupo Sacyr)
• Política de Sustentabilidade
• Rede Nacional de Responsabilidade Social das Organizações (RSO.pt)
• Plano Diretor de Responsabilidade Corpo-
• Certificação Qualidade (ISO 9001)
rativa do Grupo Sacyr
• Código de Ética e Conduta
• Certificação Segurança e Saúde (OHSAS 18001)
• Política de Recursos Humanos
• Certificação Ambiental (ISO 14001)
• Política da Qualidade, Segurança e Am-
• Certificação Inovação (NP 4457)
• Certificação Código ISM
biente
14
02
GOVERNO
CORPORATIVO
A implementação das políticas, códigos e
Missão, Visão e Valores
compromissos anteriormente referidos é ve-
MISSÃO
rificada através da realização de auditorias
Assegurar de uma forma sustentada e contínua a melhoria da
internas e externas às diferentes unidades
qualidade de vida da população, construindo as infraestruturas do futuro, baseada nos mais elevados padrões de perfor-
de negócio da Somague. O resultado destas
mance em termos de qualidade, custo e prazo.
auditorias é periodicamente transmitido à
Administração da empresa.
VISÃO
Ser uma empresa de sucesso nas áreas da construção civil
e obras públicas onde exerce a sua atividade, assegurando
a satisfação e confiança dos seus clientes pela qualidade e
competitividade dos seus produtos e serviços, beneficiando
com tudo aquilo que fizer, correspondendo aos anseios dos
colaboradores.
VALORES
Inovação
Aceitar desafios e soluções criativas numa perspetiva de melhoria contínua avaliando os riscos inerentes.
Espírito de Grupo
Desenvolver uma Visão Global de objetivos partilhados, valores e regras de acordo com as orientações e políticas de Grupo, transmitindo sempre uma boa imagem da Somague.
Orientação para o Cliente
Encontrar as soluções que satisfaçam simultaneamente os interesses dos clientes internos e externos, de acordo com os
padrões de qualidade da Somague.
Desenvolvimento Profissional
Valorizar a partilha de conhecimentos com o objetivo de promover a integração e o sucesso profissional atual e futuro.
Ética e Responsabilidade Social
Cumprir os seus compromissos e responsabilidades, contribuindo para o desenvolvimento e bem-estar da sociedade,
protegendo a sua imagem e posição competitiva.
Respeito pelo Indivíduo
Considerar cada colaborador como único, identificando o seu
potencial e respeitando as suas expectativas, reconhecendo o
seu esforço, dedicação e desempenho.
Qualidade Organizacional
Cumprir com rigor e visão integrada os procedimentos da empresa satisfazendo necessidades internas e externas e propondo sugestões numa ótica de melhoria contínua.
15
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
2.2
Órgãos Sociais
Assembleia Geral:
Presidente:
Luís Maria Lino da Costa de Sousa Macedo
Secretário:
Frederico Miguel Fernandes Pintéus
Conselho de Administração:
Presidente:
Rui Ferreira Vieira de Sá
Vice-presidentes:
José Manuel Loureda Mantiñan
Manuel Manrique Cecilia
Vogais:
Luís Manuel Silva Duarte Patrício
Miguel Ángel Peña Penilla
Miguel Heras Dolader
Fiscal Único:
Efetivo:
Ernst & Young Audit e Associados, SROC, S.A.
representada por: Paulo Jorge Luís da Silva
Suplente:
João Carlos Miguel Alves, ROC
Técnico Oficial de Contas:
Graça Maria Epifânio Pinto Dias, TOC 1869
16
02
GOVERNO
CORPORATIVO
O Conselho de Administração apoia-se nos seguintes órgãos do governo, que o assistem no exercício das suas funções:
I. A Comissão de Nomeações e Retribuições, que analisa o histórico profissional e avalia o perfil das pessoas
mais idóneas para formar parte do conselho e restantes
órgãos de governo, procurando que os candidatos que
propõe ao Conselho de Administração sejam sempre
pessoas de reconhecido prestígio, competência e experiência. Esta comissão é ainda responsável pela implementação do Programa de Gestão por Objetivos, no
qual são estabelecidos os objetivos da Administração e
dos gestores de topo, cuja avaliação é efetuada anualmente;
II. A Direção de Auditoria Interna, com o objetivo de avaliar e gerir os riscos associados à atividade da Somague
e assegurar a fiabilidade e integridade da informação
financeira e operacional. Reporta hierarquicamente à
Direção de Auditoria Interna do Grupo Sacyr;
III. O Departamento de Prevenção de Branqueamento de
Capitais, com a missão exclusiva de realizar a gestão
das atividades de prevenção de branqueamento de capitais;
IV. A Comissão de Segurança e Saúde, com o objetivo de
analisar os acidentes ocorridos e avaliar a implementação do sistema de segurança e saúde no trabalho.
17
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
2.3
Organograma da Empresa
SOMAGUE
SGPS
SOMAGUE
ENGENHARIA
100%
Participadas
Ferropor
Neopul
100%
Sucursais
Somague Ediçor,
Engenharia
Somague TI
100%
100%
Neopul Ireland
Ltd
100%
Soconstroi PMG
100%
100%
S.D.C.P.V.
55%
UTE Muelle Ing.
Juan Gonzalo
50%
Neopul
Ferrovias
UTE
Inecat
UTE
Orihuela
10%
UTE
Can Tunis
50%
UTE
Ave Portela
15%
UTE
Neopul Isolux
(Málaga)
50%
30%
UTE
Alicante
20%
UTE
ADIF Merida
10%
UTE
LAC Antequera
H.S.E.
Emp.
Imobiliários
Sucursal
Neopul
Brasil
22%
SGIS
100%
UTE
Estación de
Goya
Sucursal
Neopul
Irlanda
10%
33%
Sucursal
Neopul
Moçambique
20%
50%
50%
UTE
Linares
10%
Via Alameda II
50%
25%
Sucursal
Irlanda
34,25%
Edimecânica
100%
Via Expresso
11,2%
50%
100%
70%
Transmetro
Venda Nova III
ETAR
Alcântara
50%
55%
GACE
24%
LCHB
ACE
60%
LGC
30%
VL9
70%
LMNS Atlântico
ACE
25%
Estaleiro de
Pegões
Somague Togo
100%
100%
Joint Venture
Cyes / Somague
50%
UTE
Vila Garcia
Padrón
50%
Nota: do organograma da empresa foram excluídas as participações menos significativas.
18
SEN
100%
NCC Alegro
Setúbal ACE
50%
Barragem
Foz Tua
ACE
Infratúnel
LCHXira
60%
28,33%
Águas de
Barcelos
Somague
Panamá
100%
Somague /
Tomás Oliveira
ACE
33,33%
Águas de
Gondomar
Molhes do
Douro
50%
47,5%
Águas da Linha
Somague
Ireland Ltd
100%
Cogeração
Sines
65%
LOC
Grupo
construtor Data
Center ACE
50%
65%
NHBraga
Sucursal
Angola
Haçor C, ACE
Somague MPH
50%
NHXira
47,5%
12,75%
Somague
Moçambique
100%
Neorail
Parque Futuro
Sec. XXI
CVC
(Cabo Verde)
90,3%
UTE
Neopul Dorsalve
(Sevilha)
Sucursal
Cabo Verde
GNL Sines
Projesines
85%
47,5%
12,75%
Somague
Angola
100%
UTE
Pontevedra
Portas da Lagoa
Soconstroi
Engenharia
100%
Neopul
Gabaldón
Sucursal
Brasil
23,75%
27,5%
AVIAS
UTE
Nudo
Castellbisbal
33%
Sucursal
Neopul
Espanha
50%
38%
Momasoteco
Sucursais
ACUPM
Pescanova
80%
12,75%
Promoceuta
ACE’s
Sucursal
Espanha
ACE’s
Cais Cruzeiros
Funchal ACE
50%
Construção
Terminal de
Lomé ACE
50%
Data Center PT - Covilhã - Portugal
02
GOVERNO
CORPORATIVO
19
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
2.4
Gestão do Risco
Consciente da necessidade cada vez maior
Como resultado de uma oportunidade comercial e de uma
de mitigar os riscos associados à atividade e
proposta variante apresentada pela Somague, a empresa
ao âmbito do seu negócio, a Somague apos-
iniciou o projeto de execução da Ensecadeira do Reforço
tou, durante o ano de 2014, na implementa-
de Potência da Barragem da Caniçada, o qual envolve di-
ção do Sistema de Gestão do Risco.
retamente a gestão do risco na inventariação dos riscos
técnicos. Aqui foi criada uma base de dados com toda a
Para tal, no mês de abril de 2014, foi lançado
informação de suporte para uma eficiente identificação
o Portal de Análise e Gestão do Risco, uma
dos riscos, a qual tem como objetivo orientar para a me-
aplicação que permite, numa primeira fase,
lhor solução.
o acompanhamento da estratégia comercial
da empresa, possibilitando antever a ativi-
É esta a dinâmica que a Somague pretende para os pro-
dade e contribuir para a mitigação dos riscos
jetos que executa. Uma atuação cada vez mais reveladora
de negócio associados às propostas interna-
de soluções que minimizem o risco de negócio, que apro-
cionais.
veitem as oportunidades e que documentem as “lessons
learned”, construídas com o empenho de todos.
Simultaneamente, ao aprofundar esta matéria, a Somague garantiu que a informação
que é necessária para se continuar a assegurar o negócio está contida em parte nesta
aplicação, nomeadamente o feedback que
é dado pelas áreas intervenientes e o apoio
que o mesmo pode representar para a tomada de decisão.
20
02
GOVERNO
CORPORATIVO
2.5
Auditoria Interna
O principal objetivo da função de Auditoria Interna consiste em assegurar à Administração e ao Comité de Auditoria do Grupo Sacyr uma segurança razoável em torno do
ambiente dos sistemas de controlo interno operacionais
da Somague, se foram corretamente concebidos e são adequadamente geridos. A consecução do referido objetivo
requer a realização das seguintes tarefas:
1. Atualização (com a participação ativa da Administração) do mapa de riscos da Somague, que sirva de base
para a planificação global dos trabalhos do período.
2. Avaliar a adequação dos sistemas de controlo interno
com o objetivo de contribuir com uma maior eficácia e
eficiência dos processos de gestão e controle dos riscos
inerentes nas atividades desenvolvidas pela Somague.
Armazéns de Fuel - Açores - Portugal
3. Verificar se as operações e procedimentos estão a ser
Em 2014, foram realizados 13 trabalhos de
implementados e desempenhados como foram planea-
auditoria interna, que consubstanciaram o
dos e em consequência, comprovar que os resultados
sentido da missão da auditoria interna den-
obtidos estão de acordo com os objetivos estabeleci-
tro da Somague e do Grupo Sacyr. Todos
dos.
eles estiveram orientados para proporcionar
confort sobre o controlo dos riscos, oriundos
4. Contribuir com uma opinião independente e objetiva
do mapa de riscos da Somague, contribuin-
em relação à interpretação e aplicação da normativa
do com valor acrescentado mediante suges-
legal vigente em matérias relacionadas com os riscos
tões de melhoria e posteriores ações de se-
da Somague.
guimento.
5. Avaliar a eficácia com que se utilizam os recursos na
Adicionalmente a Auditoria Interna é tam-
Somague.
bém responsável por controlar o correto
cumprimento da norma vigente em matéria
6. Analisar os meios de salvaguarda dos ativos e verificar
de prevenção de branqueamento de capitais
a sua existência real.
nas participadas do Grupo Sacyr em território Português, e suas sucursais no estrangei-
7. Analisar a fiabilidade e integridade da informação fi-
ro cuja sua atividade principal é a mediação
nanceira e de gestão das sociedades da Somague, e os
imobiliária, a compra e venda de imóveis ou
meios utilizados para identificar, avaliar, classificar e
a construção e venda direta de imóveis, sen-
comunicar essa informação.
do a efetividade deste controlo garantida
através da realização de auditorias anuais.
21
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
2.6
Stakeholders/Comunicação
A Somague acompanha com proximidade os
seus grupos de interesse, assegurando que
as suas expetativas e necessidades sejam
conhecidas e consideradas no desenvolvimento de ações concretas e cumprimento
dos seus compromissos. Para a empresa, o
sucesso da sua atividade depende diretamente da participação das partes interessadas.
Para esse efeito, a Somague identifica e categoriza os diferentes grupos com os quais
se relaciona, procurando, por um lado, fornecer informações atualizadas e, por outro,
receber o seu feedback e medir a perceção
que os mesmos têm da sua atuação.
Colaboradores
Parceiros
Estratégicos
Entidades
Públicas
Clientes
Acionista
Participadas
Fornecedores
Comunidade
22
02
GOVERNO
CORPORATIVO
Subestação de Fafe - Stakeholders
Em 2014, a Somague foi responsável pela empreitada de cons-
nio cultural imóvel, móvel e imaterial do
trução civil para a Instalação Inicial da Subestação de Fafe. Tal
País. Destaca-se o seu envolvimento no
como em todos os projetos em que a empresa participa, foi feito
acompanhamento dos trabalhos de pros-
o levantamento dos stakeholders, de forma a identificar os meios
peção arqueológica e deliberação quanto
mais eficazes para o desenvolvimento da obra. Foram, assim,
às intervenções e destino aos achados ar-
identificadas as seguintes partes interessadas:
queológicos encontrados;
• REN, Rede Eléctrica Nacional - Cliente - empresa com atividade no
• Direção Nacional da Polícia de Segurança Pú-
transporte de eletricidade em muito alta tensão e gestão técnica
blica - Órgão da administração pública, sob a
global do Sistema Elétrico Nacional Português, bem e também
supervisão administrativa do Ministério da
com atividade no transporte de gás natural em alta pressão e ges-
Administração Interna. Entidade responsável
tão técnica global do Sistema Nacional Português de Gás Natural;
pela obtenção das licenças para utilização de
explosivos;
• Direção Geral de Energia e Geologia - Órgão da administração
pública, sob a supervisão administrativa do Ministério do Am-
• Câmara Municipal de Fafe - Órgão de Poder
biente, Ordenamento do Território e Energia. Tem como missão
Local, pertencente à administração pública.
contribuir para a conceção, promoção e avaliação das políticas
Realça-se a sua autorização e colaboração nas
relativas à energia e aos recursos geológicos e como competên-
atividades com afetação de vias públicas e
cias, de entre várias, proceder a ações de fiscalização;
estaleiros, bem como o papel desempenhado
na definição de ações para minimização de
• Agência Portuguesa do Ambiente - Órgão da administração pú-
impactes hídricos nas populações;
blica, sob a supervisão administrativa do Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia. Responsável pela ges-
• Fornecedores, Subempreiteiros e Prestado-
tão das políticas de ambiente e desenvolvimento sustentável,
res de Serviços Locais - Devido à existência
destacando-se o seu envolvimento em questões de minimiza-
de um tecido empresarial saudável, foi pos-
ção e monotorização de impactes ambientais;
sível, ainda que de forma não exclusiva, recorrer a empresas locais para o fornecimento
• Direção Geral do Património Cultural - Órgão da administração
de materiais, a execução de subempreitadas,
pública com responsabilidades na gestão, salvaguarda, valoriza-
a prestação de serviços e gestão de resíduos.
ção, conservação e restauro dos bens que integrem o patrimó-
23
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
2.6.1
Comunicação Interna
Portal do Gestor: também acessível via Snet, permite um
rápido olhar sobre temas ligados à gestão mais direta de
Algumas das ferramentas utilizadas na em-
cada colaborador, seja a nível de recursos humanos, efi-
presa para comunicação interna são:
ciência de custos, financeira ou de controlo de gestão.
Snet: Esta ferramenta de intranet permite
Revista “Soma e Segue”: publicação com distribuição não
sistematizar e divulgar a todos os colabora-
só a todos os colaboradores, mas também a um público ex-
dores os mais variados temas, desde infor-
terno. Divulga a atividade mais relevante da empresa.
mação corporativa, manuais e formulários
técnicos, portfólio de obras, digest diário de
LAC - Linha de Apoio ao Colaborador: canal de comunica-
imprensa, parcerias disponíveis com entida-
ção via telefone ou e-mail, destinado a apoiar na resolu-
des externas, fóruns de discussão, informa-
ção concreta de problemas, na clarificação de dúvidas e
ção relativa a áreas específicas (Marketing
no debate de questões com que qualquer colaborador, no
e comunicação, QSA e IDI, equipamentos,
âmbito da relação laboral, se poderá deparar.
jurídicos, tecnologias de informação, recursos humanos, seguros / gestão de risco, etc.),
Reuniões internas: cada um dos responsáveis da Somague
entre outros.
dinamiza ainda reuniões específicas por área, com as quais
pretende assegurar a receção e compreensão da informa-
A partir da Snet pode aceder-se a outras fer-
ção adequada aos diversos níveis da organização. Desta-
ramentas de comunicação interna, nomea-
cam-se as reuniões mensais de controlo de custos e as re-
damente ao Portal do Colaborador, ao Portal
uniões de produção.
do Gestor ou ao Portal HelpDesk. A utilização da Snet como forma preferencial de co-
Newsletter: publicação digital com periodicidade mensal
municação é ainda uma medida de redução
e distribuição a todos os colaboradores. Divulga a ativi-
significativa de consumo de papel, uma vez
dade e os acontecimentos mais atuais e pertinentes da
que é usada nos sistemas de faturação, pro-
empresa.
grama de encomendas de merchandising,
avaliação de subempreiteiros e fornecedo-
Programa de Desenvolvimento em Gestão de Liderança - Universidade Católica
res, na divulgação de notas internas ou de
circulares de serviço, ou na publicação de
manuais.
Portal do Colaborador: acessível a partir da
Snet, permite a execução de uma série de tarefas, sem necessidade de recurso ao suporte papel, e reúne toda a informação pessoal
do colaborador associada diretamente à sua
relação com a empresa: marcação de férias,
avaliações de desempenho, seguros, ações
de formação, entre outros.
24
02
GOVERNO
CORPORATIVO
2.6.2
Nova Snet
Comunicação externa
Em 2014, a Somague renovou a sua intranet. Com um layout
De entre as ferramentas de comunicação ex-
atualizado e com acessos mais fáceis, o portal Snet preservou
terna usadas destacam-se:
todas as suas funcionalidades, juntando outras.
De destacar a disponibilização das fichas técnicas das
Revista “Soma e Segue”: onde se divulgam
principais obras em curso permitindo, assim, o acesso dos
as principais notícias das diversas ativida-
colaboradores a uma informação mais completa sobre a
des da empresa. Teve a sua primeira edição
atividade da empresa nos quatro cantos do mundo. Outra
em maio de 1996.
nova funcionalidade da intranet da Somague é a possibilidade
de qualquer colaborador poder partilhar informação, imagens,
Website (www.somague.pt): sítio da inter-
apresentações, etc. relativas à atividade da empresa.
net que disponibiliza informação detalhada
A nova Snet mantém o acesso aos sites temáticos:
sobre as áreas de negócio e a atividade da
Equipamentos, Jurídicos, Marketing e Comunicação, QSA e
empresa, responsabilidade corporativa e in-
IDI, Recursos Humanos, TI, Medição e Preparação, Topografia,
Seguros - Gestão do Risco e Wiki Aplicações, bem como o acesso
formação financeira. Uma versão digital da
direto às várias aplicações de negócio: Aprovisionamentos;
revista Soma e Segue, o portfólio da empre-
Comercial; Gestão; Financeira; Faturação ou Análise e Gestão
sa, bem como um link de acesso direto para
do Risco.
recrutamento ou candidaturas espontâneas
podem ser encontrados no sítio da empresa.
Soma e Segue
Redes sociais: desde 2012 que a Somague tem
presença nas redes sociais Facebook, Vimeo,
A revista “Soma e Segue”, com distribuição não só aos
colaboradores mas também ao público externo, disponível
Linkedin, permitindo-lhe um contacto mais di-
em suporte papel e digital, divulga a atividade mais
reto e imediato com os Stakeholders.
relevante da empresa. Devido à grande aposta da Somague
na internacionalização, em 2014, a revista ficou também
Brochura institucional: apresentação da
disponível em inglês.
Somague Engenharia, suas empresas, negócios e portfólio.
Brochuras de apresentação das empresas
participadas: apresentação das áreas específicas de atividade.
Relatórios Anuais: através dos quais a
Somague divulga o seu desempenho económico, social e ambiental.
25
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
Questionários de avaliação da satisfação do
Adicionalmente, a Somague cooperou com as seguintes
cliente: a Somague realiza questionários aos
organizações com o objetivo de partilhar experiências e
seus clientes para conhecer o seu índice de
conhecimento:
satisfação com os serviços prestados.
• AECOPS - Associação de Empresas de Construção e
Atendimento ao público: esclarecimento
Obras Públicas
das populações afetadas pelas obras.
• AICOPA - Associação dos Industriais de Construção Civil
e Obras Públicas dos Açores
Serviço Após Venda (SAV): responsável por
• AMF - Associação de Amigos do Museu Nacional Ferro-
receber e tratar as possíveis queixas e recla-
viário
mações dos clientes e implementar as medi-
• APCER - Associação Portuguesa de Certificação
das adequadas para evitar a sua recorrência.
• APNCF - Associação Portuguesa para a Normalização e
Certificação Ferroviária
• ASSICOM - Associação dos Industriais de Construção do
Relações com a imprensa: garantidas pela
Arquipélago da Madeira
Direção-geral de Marketing e Comunicação,
• Câmara de Comércio Indústria e Turismo Portugal -
em sintonia com o Presidente da Somague.
Cabo Verde
Livro curricular: apresentação, em versão di-
• EPIS - Empresários para a Inclusão Social
gital ou online, do portfólio da empresa.
• Instituto Português de Auditoria Interna
• IPQ - Instituto Português de Qualidade
Publicação de livros: obras relevantes executadas pela empresa.
Visitas guiadas: organização de visitas guiadas a obras, por parte dos mais diversos públicos.
Nova brochura Somague
Em 2014, foi revista a brochura institucional da Somague,
a qual está disponível em suporte papel e digital. Em
português, em inglês ou em francês, a brochura permite uma
visão simples e abrangente das principais especialidades
da empresa - obras hidráulicas, marítimas, ferroviárias e
industriais e de construção civil.
26
Centro Profissional Ribeirão Shopping - Brasil
02
GOVERNO
CORPORATIVO
27
03
3.1
Envolvente Macroeconómica
30
3.2
Envolvente Social
42
3.3
Envolvente Ambiental
44
3.4
Evolução Setorial
46
3.5
Somague Engenharia
50
3.6
Participadas
54
3.7
Evolução Económico-financeira
76
3.8
Proposta de Aplicação dos Resultados
78
28
Reforço de Potência da Barragem de Venda Nova III - Vieira do Minho - Portugal
RELATÓRIO
CONSOLIDADO
DE GESTÃO
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
3.1
Envolvente Macroeconómica
Em 2014, o Produto Interno Bruto (PIB) au-
lias avançou 2,1% no ano passado. A primeira variação po-
mentou 0,9% em volume, após ter dimi-
sitiva desde 2010 e apenas a segunda desde 2008.
nuído 1,4% no ano anterior, ligeiramente
abaixo dos 1% antecipados pelo Governo
A principal componente do consumo privado, os “bens
em outubro, mas em linha com as últimas
correntes não alimentares e serviços” com um peso supe-
previsões do Banco de Portugal. Um abran-
rior a dois terços, cresceu 1,3% em 2014. Já os bens ali-
damento no final de 2014 levou a economia
mentares, normalmente muito mais rígidos, aumentaram
nacional a crescer 0,7% em termos homó-
0,5% no mesmo ano.
logos no último trimestre do ano (1,1% no
terceiro trimestre). Trata-se do primeiro ano
Contudo, o destaque vai para os bens duradouros, a ca-
de crescimento desde 2010, mas que recu-
tegoria mais volátil destas três, que envolve a compra de
pera apenas cerca de 14% do PIB perdido
carros, mobiliário ou computadores. Com um crescimento
nos três anos anteriores.
anual de 14,8%, trata-se da maior variação positiva desde
que o INE tem dados (1995). Este crescimento muito ele-
De acordo com o INE este comportamento
vado segue-se a um aumento de 2% em 2013 e dois anos
foi determinado pela procura interna, que
muito negativos, 2011 e 2012, com quebras de 16,9% e
passou de um contributo para a variação do
21,4%, respetivamente.
PIB de -2,4 pontos percentuais (pp) em 2013
para 2,0 pp, explicando que se tratou de uma
Estamos portanto a assistir a uma recuperação face às per-
recuperação do consumo privado e, em me-
das dos anos mais violentos da crise. Ainda assim, Portugal
nor grau, do investimento. Dados trimestrais
está ainda muito longe dos níveis mais elevados de consu-
dão conta de um abrandamento do consumo
mo de bens duradouros. Em 2000, os portugueses gasta-
privado nos últimos três meses do ano (cres-
ram 13,5 mil milhões de euros nesta categoria. Em 2008, o
cimento homólogo de 1,9% contra os 2,7%
consumo fixou-se nos 12 mil milhões de euros. Apesar do
no trimestre anterior), e uma contração mais
maior crescimento anual de sempre, o ano passado termi-
significativa do consumo público (queda ho-
nou com gastos de 8,6 mil milhões de euros pelas famílias
móloga de 1,6% contra -0,3% no trimestre
portuguesas em bens duradouros.
anterior).
No quarto trimestre de 2014, assistiu-se a uma aceleraEm termos anuais, os números do INE dão
ção do investimento em volume, que registou uma va-
conta de um crescimento do consumo pri-
riação homóloga de 3,0% (2,5% no terceiro trimestre).
vado de 1,5% em 2014, e de um avanço do
Este resultado foi determinado pelo contributo positivo
investimento de 5,2%, o que explica o cres-
da variação de existências para a variação homóloga do
cimento da procura interna de 2%.
PIB (negativo no trimestre anterior), associado sobretudo
a um efeito base por se ter registado um nível negativo no
Depois de três anos consecutivos de que-
quarto trimestre de 2013, uma vez que a Formação Bru-
das, o consumo privado voltou a crescer em
ta de Capital Fixo (FBCF) desacelerou. Os números do INE
2014. Em destaque o consumo de bens du-
mostram que a FBCF cresceu 1,5% no quarto trimestre de
radouros que registou o maior crescimento
2014, um abrandamento face aos 4% observados no tri-
homólogo de sempre. O consumo das famí-
mestre anterior. Para a totalidade do ano, a FBCF cresceu
30
03
RELATÓRIO
CONSOLIDADO
DE GESTÃO
2,3% e a Formação Bruta de Capital (com stocks) avançou
As exportações de bens e serviços cresce-
5,2%. Desde 1995, este foi o segundo ano com maior cres-
ram 3,4% (compara com 3,1% de 2012 e
cimento de stocks.
6,4% de 2013) e as importações voltaram
a aumentar pelo segundo ano consecuti-
O principal contributo para esta variação veio das “máqui-
vo (6,2%, quase o dobro das exportações,
nas e outros equipamentos” que, depois de ter avançado
e uma subida acentuada face aos 3,6% de
18,1% no terceiro trimestre de 2014, no quarto cresceu
2013). Assim, o saldo comercial nacional as-
apenas 4,7%. O equipamento de transporte continua a ser
cendeu a 1.223 milhões de euros em 2014,
a rubrica que mais cresce (24%), embora tenha também
cerca de 0,7% do PIB. Trata-se do segundo
abrandado face aos três meses anteriores (28,5%). Já a
ano consecutivo com um excedente comer-
construção voltou a registar uma contração, embora mais
cial, embora o valor tenha recuado 27% ou
moderada (-2,6% vs. -3,9%).
454 milhões de euros face a 2013.
A frente externa, por seu lado, deu um contributo negativo
Pode também concluir-se que as exportações
para o crescimento, situando-se em -1,1 pp (contributo de
portuguesas de bens não tiveram um bom
1,0 pp em 2013), refletindo um crescimento mais intenso
2014. No conjunto do ano aumentaram 1,9%,
das importações de bens e serviços relativamente ao ob-
a variação mais baixa desde 2009, represen-
servado nas exportações. Embora o saldo comercial com o
tando uma desaceleração do crescimento
exterior tenha sido positivo, a dinâmica de crescimento das
face a 2013 (+4,5%). Nas importações de
importações superou o aumento das exportações em 2014,
bens verificou-se o inverso, com uma recu-
o que resultou num contributo negativo para o crescimento
peração face ao ano anterior, tendo regista-
anual. É a primeira vez que tal acontece desde 2010, o que
do em 2013 um acréscimo de 0,9%, aumen-
chama a atenção para uma recuperação económica basea-
taram 3,2% no conjunto do ano de 2014. É
da no consumo interno e não nas exportações.
também a primeira vez em seis anos que as
Barragem da Caniçada - Descarregador - Portugal
31
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
exportações crescem menos que as importa-
Os dados publicados mais recentes publicados pelo INE
ções. Apesar de um final de ano forte, o cres-
revelam uma contração homóloga de 1,8% das vendas de
cimento homólogo de 1,9% é o mais baixo
bens ao exterior no mês de janeiro, sendo que as importa-
desde 2009 e segue a tendência dos últimos
ções diminuíram 10,2% no mesmo período. Por trás des-
cinco anos, com desacelerações consecutivas
te resultado está a exportação para países fora da União
das saídas de produtos. Os números do INE
Europeia (UE), que afundou 7,1% face ao mesmo mês de
mostram que entre 2010 e 2014, as variações
2014, com especial destaque para a evolução do comércio
homólogas das exportações foram de 17,6%,
de combustíveis e de máquinas e aparelhos. As importa-
14,9%, 5,6%, 4,5% e 1,9%.
ções de países terceiros caíram 28,6%, devido a menos
compras de combustíveis.
Em dezembro as exportações de bens registaram um crescimento homólogo de 4,9%,
depois de terem recuado no mês anterior e
Kinaxixi MXD Complex - Angola
as Importações de 1,3%. O final de 2014 revelou uma maior dinâmica das exportações
portuguesas de bens, sendo que o crescimento homólogo em dezembro foi o terceiro maior do ano, depois de outubro ter sido
o melhor mês de 2014 (9,2%). No entanto,
não evitaram que, para o total do ano, as
vendas ao exterior tenham registado uma
variação de apenas 1,9%.
No balanço do ano, Portugal exportou 48,2
mil milhões de euros, mais 1,9% face a 2013
e importou 58,8 mil milhões (3,2%), o que
resultou num novo agravamento do défice
da balança comercial, mais 925,8 milhões de
euros em comparação com 2013, fixando-o
nos 10.565,3 milhões de euros e colocando a taxa de cobertura nos 82% (menos 1,1
pontos que no ano anterior).
No Orçamento do Estado para 2014, o Governo português esperava um crescimento
de 5% das exportações de bens e serviços.
Em setembro deste ano, essa estimativa já
tinha revista em baixa para 3,7%. Para 2015,
o Executivo antecipa que as vendas ao exterior avancem 4,7%.
32
03
RELATÓRIO
CONSOLIDADO
DE GESTÃO
O INE salienta que se pode estar perante um efeito base,
No que respeita às importações, registou-se
uma vez que em janeiro de 2014 as importações foram
uma alteração significativa em 2014, com
muito elevadas devido à recuperação face ao mau tempo
uma quebra de 39%. Contudo, também nes-
verificado no mês anterior, que dificultou o normal desem-
te caso, as diminuições das compras acon-
penho dos terminais portuários, assim como à antecipação
teceram até outubro, colocando as importa-
dos efeitos da paragem geral programada para manuten-
ções de Angola em 2014 no nível mais baixo
ção da refinaria de Sines em março de 2014. A compara-
desde 2010, e interrompendo um ciclo de
ção homóloga com um mês tão forte estará na origem de
crescimentos anuais desde esse ano: 272%,
uma quebra tão significativa das importações em janeiro
109%, 51,2% e 47,8%.
de 2015.
No que se refere ao emprego em Portugal, a
Quanto ao comércio intra-UE, as exportações de bens até
taxa de desemprego terminou em dezembro
cresceram ligeiramente (0,2%), com o INE a sublinhar a
do ano passado nos 13,6%, segundo dados
importância da categoria de “veículos e outro material de
do INE. Este resultado coloca o desempre-
transporte”, principalmente automóveis de passageiros e
go do quarto trimestre de 2014 em 13,5%,
peças para automóveis e bicicletas. As importações para
acima dos 13,1% do trimestre anterior, mas
outros estados-membros caíram 2,7%, devido, também
1,8 pontos abaixo do trimestre homólogo
aqui, à evolução dos combustíveis.
(15,3% no quarto trimestre de 2013).
Excluindo combustíveis e lubrificantes, em janeiro de
A população desempregada aumentou 1,4%
2015 as exportações aumentaram 1,4% e as importações
(9,4 mil pessoas) no quarto trimestre, inter-
diminuíram 1,4% face ao mês homólogo (respetivamente
rompendo um período de seis trimestres
+6,5% e -1,8% em dezembro de 2014), segundo dados do
consecutivos de variações negativas. Esta
INE.
inversão de tendência deveu-se ao aumento do desemprego entre os homens e as
No que se refere ao comércio com Angola, a queda do
pessoas com mais de 45 anos. Igualmente
preço do petróleo e a consequente restrição financeira
relevante foi verificar que a população em-
das empresas angolanas não foi ainda visível nos dados
pregada registou uma contração de 1,6%,
do comércio internacional. Depois de uma contração de
menos 73,5 mil pessoas com trabalho do
2,6% em Novembro, as exportações para Angola avança-
que no trimestre anterior. Esta descida ocor-
ram 3,4% em dezembro face ao mesmo mês de 2013. Para
reu principalmente entre empregados no
o ano completo, observou-se um crescimento de 2% das
setor da agricultura e pescas (menos 58,8
vendas de Portugal para Angola, uma desaceleração face
mil) e afetou pessoas empregadas a tempo
aos 4% de 2013, ocorrida essencialmente entre abril e
inteiro (menos 59,1 mil).
agosto e não no final do ano, quando os efeitos da quebra
do preço do petróleo foram mais visíveis, sendo que esta
Em termos médios em 2014, a taxa de de-
tendência de desaceleração das vendas teve origem em
semprego ficou nos 13,9%, o que represen-
2013, com um arrefecimento das exportações, que passa-
ta uma diminuição de 2,3% face à média
ram de um crescimento de 28% em 2012 para os referidos
de 2013. A população desempregada foi de
4% em 2013.
726,0 mil pessoas, tendo diminuído 15,1%
33
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
Madeira Wine Company - Portugal
em relação ao ano anterior (menos 129,2 mil
Comparando com os valores de janeiro de 2014, o desem-
pessoas). A população empregada, estimada
prego em Portugal registou o terceiro maior recuo na Zona
em 4.449,5 mil pessoas, registou um acrés-
Euro no espaço de um ano. Nesse mês, a taxa de desem-
cimo anual de 1,6% (mais 70,1 mil pessoas).
prego mensal foi de 15%, o equivalente a 772 mil desempregados, tendo recuado 1,7 pp para 13,3%, o que signifi-
Em janeiro de 2015, a taxa de desemprego
ca que em 12 meses saíram das estatísticas quase 90 mil
inverteu a tendência de subida fixando-se
desempregados.
em 13,3%. Face a dezembro, houve uma
redução de 0,3 pp, tendo o número de de-
No que se refere aos custos com o financiamento da dívi-
sempregados passado de 693 mil para 683
da pública, o risco face à Alemanha é o mais baixo desde
mil beneficiando de uma redução particu-
abril de 2010 (131,1 pontos), situação que não se veri-
larmente expressiva nos adultos (-2,2%),
ficava desde antes do pedido de ajuda da Grécia. O am-
em particular homens (redução de 3,6%, ou
biente europeu continua a ser a justificação, bem como, a
12,4 mil). Já nos jovens dos 15 aos 24 anos,
política monetária expansiva levada a cabo pelo BCE. Por
o desemprego aumentou 1,5%, passando de
outro lado, os investidores também procuram alternativas
125 mil desempregados para 127 mil. Ape-
ao facto da taxa de depósitos determinada por Frankfurt
sar disso, a taxa de desemprego jovem bai-
estar em -0,2%. Os juros da dívida portuguesa apresen-
xou de 33,8% para 33,6%. Em janeiro houve
tam à presente data na maturidade a dez anos uma taxa
um aumento de 21 mil pessoas na popula-
de juro implícita de 1,522% e a cinco anos de 0,796%.
ção empregada, uma variação de 0,5% face
Aproveitado este comportamento, a agência que gere a
a dezembro (sendo agora 4,441 milhões).
dívida pública nacional (IGCP) tem recorrido ao mercado
com o objetivo de aproveitar os juros baixos, reembolsan34
03
RELATÓRIO
CONSOLIDADO
DE GESTÃO
do parte do empréstimo do FMI que vence juros a uma taxa
mo trimestre do ano a recuar 1,9%). A Fin-
significativamente superior.
lândia começou e fechou o ano em terreno
marginalmente negativo, a cair 0,1%. Além
De acordo com a Comissão Europeia, a economia da Zona
destes três países, que se encontram em re-
Euro ganhou impulso no final do ano passado, com a Ale-
cessão ou em letargia económica, só a Fran-
manha reafirmando-se como o motor do crescimento. No
ça (0,2%) e a Áustria (0%) viram a sua eco-
quarto trimestre a economia alemã cresceu 0,7% (0,1%
nomia avançar menos do que a portuguesa
no trimestre anterior), impulsionado pela procura interna,
nos últimos três meses do ano, quando com-
tendo as exportações e importações crescido de forma ex-
parado com o mesmo período de 2013.
pressiva e tendo o investimento registado também um desempenho positivo, com destaque para o setor da constru-
De acordo com o Eurostat, na Zona Euro o
ção. Na Zona Euro o PIB cresceu 0,3% no quarto trimestre
desemprego registou uma taxa de 11,2%
(0,2% no trimestre anterior), acima da previsão média dos
em janeiro de 2015 face a igual período do
analistas de 0,2%.
ano passado, sendo este o valor mais baixo
na Zona Euro desde abril de 2012.
Segundo os dados divulgados pelo Eurostat, a Zona Euro
avançou 0,9% em 2014, valor idêntico ao registado pela
Os maiores recuos foram registados em Es-
economia portuguesa. Na Europa a 28 o comportamento
panha e na Irlanda, com a taxa a recuar 2,1
foi mais favorável, com o PIB a crescer 1,4% em termos
pp em ambos os países para 23,4% e 10%
anuais.
respetivamente.
No último trimestre do ano, o conjunto dos países do euro
Na União Europeia, a taxa de desemprego
avançaram igualmente 0,9% em termos homólogos, ritmo
homóloga caiu 0,1 pontos entre dezembro
superior ao registado por Portugal que se ficou por um
e janeiro para 9,8%. No total, existem mais
crescimento trimestral homólogo na ordem dos 0,7%.
de 23 milhões de pessoas desempregadas
na União Europeia e mais de 18 milhões
A Alemanha, a maior economia europeia, terminou 2014
na Zona Euro, sendo que as taxas mais al-
com um recorde de exportações e com o maior excedente
tas registam-se na Grécia (25,8%), Espanha
comercial de sempre, fixado em 217 mil milhões de euros,
(23,4%) e Chipre (16,1%) e as mais baixas
segundo o departamento federal de estatísticas. A econo-
na Alemanha (4,7%), Áustria (4,8%), Reino
mia alemã exportou produtos no valor de 1,13 biliões de
Unido (5,6%) e República Checa (5,9%).
euros, tendo importado produtos no valor de 916,5 mil mi-
Portugal regista a quinta taxa de desempre-
lhões de euros.
go mais elevada na União Europeia.
Entre os parceiros comunitários, a Itália, a Finlândia e Chi-
Apenas três países registaram aumentos na
pre destacam-se pela negativa. Os italianos encontram-se
taxa de desemprego ao longo do último ano:
em recessão, tendo registado um recuo económico em
Chipre (mais 0,4 pontos para 16,1%), Fin-
todos os trimestres de 2014 (no último o PIB encolheu
lândia (mais 0,4 pontos para 8,8%) e França
0,3%). Chipre enfrenta um problema semelhante, embora
(mais 0,1 pontos para 10,2%).
com quebras de atividade mais acentuadas (fechou o últi35
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
Existem atualmente 4,8 milhões de jovens
os serviços foram o setor onde os preços mais aumenta-
desempregados na União Europeia, embora
ram, com um crescimento de 1,1%, seguidos pela alimen-
no espaço de um ano o número total de de-
tação, álcool e tabaco (0,5%). Bens industriais não ener-
sempregados com menos de 25 anos tenha
géticos continuaram a ver os seus preços caírem (-0,2%),
recuado 562 mil no total dos 28 países. As
enquanto a energia registou uma variação de -7,9%.
taxas mais elevadas de desemprego jovem
registam-se em Espanha (50,9%), Grécia
Se excluirmos os elementos mais voláteis, relacionados
(50,6%) Croácia (44,1%), Itália (41,2%).
com combustíveis e produtos alimentares, a inflação de
Portugal tem a quinta taxa mais elevada
fevereiro estaria nos 0,6% (0,7% em janeiro).
(33,6%) e as mais baixas encontram-se na
Alemanha (7,1%), Áustria (8,2%) e Dinamar-
O BCE referiu recentemente que o declínio nos preços do
ca (10,8%).
petróleo têm fortalecido a base para a recuperação económica ganhar impulso, depois de se comprometer a com-
Em termos orçamentais, os países da Zona
prar ativos mensais por valor de 60 bilhões de euros. No
Euro aumentaram as receitas e estabiliza-
entanto, a recuperação da zona euro é provável que conti-
ram as despesas no terceiro trimestre, o
nue a ser atenuada pela elevada taxa de desemprego, con-
que resultou numa nova descida do défice
siderável capacidade não utilizada e os ajustes de balanço
orçamental, revelou o Eurostat. O défice or-
necessários nos setores público e privado. Além de outras
çamental dos 18 países que integravam a
situações potenciadoras de instabilidade, como a Grécia
Zona Euro em 2014 foi de 2,3% no tercei-
que ameaçam as perspetivas de crescimento para o bloco
ro trimestre do ano, o que representa uma
como um todo.
diminuição face aos 2,5% verificados nos
três meses anteriores. Já na União Europeia
O anúncio do programa e a queda do desemprego em ja-
o défice recuou de 3% para 2,9%. A desci-
neiro pela primeira vez em quatro meses levou a um au-
da registada no terceiro trimestre confirma
mento da confiança dos empresários e encontram-se em
a tendência de descida deste indicador nos
linha com as projeções de crescimento de 0,3% do PIB
últimos trimestres.
para o primeiro trimestre de 2015, e os efeitos da implementação do programa a partir de março deverão conduzir
O Eurostat revelou ainda que a taxa de pou-
a um crescimento mais forte nos meses seguintes.
pança das famílias aumentou uma décima
no terceiro trimestre, para 3,1%.
A crise na Grécia continuará a ser um risco, embora até
agora o contágio tenha sido muito limitado e espera-se
No que se refere à inflação, os dados de
que se chegue a um acordo. Em 2015, a Zona Euro deve-
fevereiro mostram que a inflação da Zona
rá continuar a surpreender positivamente em termos de
Euro continua no vermelho, registando uma
crescimento com a queda dos preços do petróleo, o euro
contração de -0,3% face ao mesmo mês de
num nível inferior e a maior facilidade na concessão de
2014. Ainda assim, uma recuperação em
empréstimos bancários a terem um papel decisivo.
comparação com os -0,6% de janeiro.
Na mesma linha, a Comissão Europeia melhorou as suas
Segundo os dados publicados pelo Eurostat,
previsões de crescimento para a Zona Euro, para o qual
36
03
RELATÓRIO
CONSOLIDADO
DE GESTÃO
Barragem de Laúca - Angola
contribuiu a melhoria de perspetivas para a Alemanha,
A Comissão Europeia melhorou também a
França e Espanha, tendo revisto em baixa as estimativas
projeção para o crescimento da economia
para a Grécia.
portuguesa para 2015, embora sendo dos
que cresce menos ainda assim deverá ficar
Nas suas previsões de inverno, a Comissão Europeia prevê
acima da média da Zona Euro (1,3%) e reviu
um crescimento de 1,3% em 2015 e de 1,9% em 2016,
também a estimativa para o défice portu-
enquanto os preços ao consumidor irão cair 0,1 % este
guês, ainda que continue a apontar para va-
ano, antes de subir 1,3% em 2016. Estas novas estimati-
lores mais elevados que o Governo. Estima
vas representam uma melhoria das previsões, já que nas
agora um crescimento do PIB de 1,6%, con-
previsões de outono, a Comissão antevia uma expansão do
tra os anteriores 1,3% e de 1,7% para 2016.
PIB de 1,1% em 2015. As previsões da Comissão apontam
Em relação ao défice, Bruxelas estima agora
para que todas as economias que compõem a União Euro-
um défice para 2015 de 3,2%, quando nas
peia cresçam este ano, o que já não acontece, desde 2007.
anteriores previsões a estimativa apontava
para 3,3%, continuando assim a antecipar
37
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
Corredor de Nacala - Moçambique
um défice acima dos 3%, o que a confirmar-
A Comissão Europeia realça o crescimento no consumo
-se impedirá que Portugal saia do procedi-
interno e no investimento em Portugal que têm contribuí-
mento por défices excessivos. Em termos de
do para o crescimento da economia. A melhoria esperada
endividamento, a dívida pública portuguesa
para o emprego, o crescimento no rendimento disponível
deverá atingir no final de 2015, um valor na
e as menores pressões inflacionistas devem manter o con-
ordem dos 124,5% do PIB.
sumo privado num ritmo de crescimento robusto de 1,8%
em 2015 e 1,5% em 2016. Já do lado do investimento, o
Para o ano que terminou, Bruxelas reviu tam-
reforço poderá ser marginal, passando de 2,4% em 2014
bém em baixa o valor estimado para o défice
para 3,1% em 2016.
de 4,9% para 4,6%, relevando a sólida cobrança de impostos e reduções efetivas nas
As exportações deverão acelerar, no período em análise, já
despesas.
que a procura externa aumentará, ainda que o consumo interno também leve a um aumento das importações. Como
Nas previsões apresentadas, Bruxelas baixou
resultado, as exportações líquidas deverão ter um contri-
também a estimativa para a taxa de desem-
buto positivo, ainda que ligeiro, em 2015 e 2016.
prego para 2015, igualando as projeções do
Governo nos 13,4%.
Também em termos de perspetivas para o futuro, a queda
38
03
RELATÓRIO
CONSOLIDADO
DE GESTÃO
acentuada da cotação do petróleo levou o Centro de Estu-
aceleração do potencial de crescimento do
dos da Universidade Católica (UCP) a rever em forte alta a
país. São eles, o processo de redução da dí-
sua previsão de crescimento para a economia portuguesa
vida das empresas que trava o investimen-
para 2015, antecipando que o PIB deverá crescer 1,9%, com
to, a diminuição da mão de obra do país por
a projeção a oscilar entre 1,1% e 2,7%, devido essencial-
emigração, envelhecimento e desemprego
mente aos efeitos nas contas externas e no consumo priva-
persistente, os baixos níveis de qualificação
do. Esta previsão é a mais elevada divulgada até à data para
e a baixa produtividade das empresas. São
a economia portuguesa, ficando acima das estimativas do
estas “rigidezes estruturais” que, no enten-
Governo, que apontam para um crescimento de 1,5%.
der de Bruxelas, evitam que a taxa de crescimento potencial recupere para cerca de 2%,
Para 2016, as projeções da UCP apontam para um cresci-
o valor que seria necessário para garantir a
mento do PIB de 1,8%. Esta estimativa é suportada por um
sustentabilidade da dívida pública.
crescimento tendencial mais forte e por uma recuperação
cíclica ainda intensa que poderão compensar, em parte, a
O diagnóstico de Bruxelas evidencia a di-
diluição dos efeitos benéficos associados ao abaixamento
mensão do desafio orçamental que Portu-
do preço do petróleo, salientando que os riscos de 2016
gal enfrenta. A dívida pública é considerada
dependem, acima de tudo, das necessidades de ajusta-
sustentável na maioria das análises da Co-
mento orçamental que podem surgir nesse exercício caso
missão, BCE e FMI, mas essa conclusão tende
se venha a verificar um défice em 2015 superior aos 2,7%
a assumir um crescimento real entre 1,5%
inscritos no Orçamento do Estado.
e 2% ao ano, ao longo dos anos, isto para
além de excedentes orçamentais significati-
A economia portuguesa parece ter entrado num período
vos e uma taxa de inflação em torno de 2%.
de crescimento tendencial modesto mas positivo, embora
No entanto, nas contas de Bruxelas, essas
os sinais de recuperação cíclica não sejam ainda suficien-
perspetivas de crescimento superam larga-
temente robustos, nomeadamente, ao nível do investi-
mente o crescimento potencial da economia
mento, o desemprego permanece num patamar elevado e
que, até ao final da década, não deverá supe-
o significado pleno da descida do preço do petróleo apre-
rar 1% ao ano.
senta-se incerto.
As conclusões de Bruxelas vão assim no senNo entanto, e de acordo com a última avaliação da Comis-
tido da sustentabilidade da dívida pública
são Europeia à economia nacional, para que a dívida públi-
em vários cenários razoáveis, mas eviden-
ca nacional seja sustentável, a economia portuguesa terá
ciando que choques plausíveis poderão pio-
de crescer acima do seu potencial.
rar consideravelmente as dinâmicas da dívida pública portuguesa.
Não se projeta que o crescimento potencial volte às taxas de crescimento verificadas antes da crise económica
Para a maior economia da região, Bruxelas
e financeira, pode ler-se no relatório técnico que supor-
aponta para um crescimento do produto in-
tou a decisão de colocar Portugal sob vigilância apertada
terno bruto (PIB) de 1,5% este ano e 2% em
dados os desequilíbrios macroeconómicos acumulados, e
2016. Em Novembro, as previsões eram de
onde são identificados os principais impedimentos a uma
uma expansão de 1,1%, em 2015. O cresci39
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
mento da economia alemã deverá fortale-
Para Itália a estimativa manteve-se num crescimento de
cer-se gradualmente, apoiado num mercado
0,6% este ano. Em 2016, o PIB italiano deverá crescer
de trabalho robusto e em condições de fi-
1,3%. Depois de voltar a contrair em 2014, a economia de
nanciamento favoráveis, devido a melhorias
Itália deve recuperar gradualmente em 2015, sustentada
na procura interna e externa.
no fortalecimento da procura externa, prevê a Comissão.
França deverá crescer 1,0%, este ano (revi-
Do outro lado do Atlântico, a economia dos Estados Unidos
são de 0,7% da projeção anterior) e 1,8%
cresceu 2,4% em 2014, sendo a maior subida dos últimos
em 2016. Sobre a economia francesa a Co-
quatro anos, sendo o crescimento explicado em grande
missão antevê que a recuperação deverá for-
parte por um aumento de 2,6% do consumo. No quarto
talecer-se em 2015 e 2016, numa primeira
trimestre de 2014, o PIB avançou 2,6% (abaixo dos 3%
fase sustentada pelo consumo das famílias.
esperados pelos analistas). No trimestre anterior, a economia dos Estados Unidos cresceu 5%, o ritmo mais rápido
A economia espanhola foi alvo de uma me-
desde 2003.
lhoria significativa das previsões. Em Novembro, a Comissão previa um crescimento
Segundo o Departamento do Comércio, o abrandamento
económico de 1,7%, sendo agora previsão
do quarto trimestre é explicado pela queda nos gastos
de 2,3% para 2015. Em 2016, a estimativa
públicos e no investimento. Por outro lado, os gastos dos
é de um aumento do PIB de 2,5%. O au-
consumidores, que representam mais de dois terços da
mento do crescimento da Espanha deverá
economia norte-americana, aumentaram 4,3%.
ser apoiado na procura interna, numa altura
em que esta beneficia de uma melhoria no
A Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed) tem vindo a
mercado de trabalho, melhores condições
afirmar que a atividade económica se tem vindo a expan-
de financiamento, maior confiança e preços
dir a um ritmo sólido, as condições do mercado laboral têm
do petróleo mais baixos. Do lado oposto es-
melhorado, com um forte aumento de empregos e uma re-
tão as exportações, cujo crescimento deverá
dução da taxa de desemprego, e o consumo das famílias,
abrandar, salienta a nota da Comissão sobre
aumentado moderadamente, com as recentes quedas dos
Espanha.
preços da energia a impulsionarem o poder de compra.
Do lado oposto está a Grécia, cuja previ-
Espera-se que a forte valorização do USD que se vive neste
são passou de um crescimento económico
momento, uma vez que economia americana se encontra
de 2,9% para 2,5%, em 2015. Para 2016
em contraciclo com a quase totalidade do resto das eco-
a estimativa é de 3,6%. A economia grega
nomias, permita equilibrar as dinâmicas de crescimento,
começou a crescer novamente no segundo
inflação e emprego e atrasar ou evitar o aumento das taxas
trimestre de 2014, com o consumo privado
de juro de referência que a melhoria dos indicadores ma-
a fortalecer-se e as exportações líquidas a
cro torna cada vez mais evidente, mas que desencadeará
aumentarem. Contudo, a incerteza sobre a
um conjunto de fluxos financeiros a nível global com forte
direção das políticas está a afetar a confian-
impacto na economia mundial e que poderá por em causa
ça e pode travar o ritmo da recuperação, an-
a frágil recuperação a que se começa a assistir.
tecipa a Comissão Europeia.
40
03
RELATÓRIO
CONSOLIDADO
DE GESTÃO
Como se pode apreciar pelas conclusões das entidades internacionais que são o garante dos países credores e em
última instância dos seus contribuintes, que asseguram as
necessidades de financiamento de Portugal, o nosso pais
terá que continuar a sua caminhada de ajustamento dos
desequilíbrios macroeconómicos estruturais, quer por via
do impacto da consolidação orçamental das contas públicas, quer pela implementação de reformas estruturais que
se irão estender por muitos anos, de forma a conseguir o
necessário equilíbrio orçamental duradouro das suas contas públicas e o regresso da dívida a níveis sustentáveis.
Este objetivo só terá condições de ser alcançado desde
que implementado a par de políticas sustentáveis orientadas para o crescimento, desenvolvidas num novo quadro
institucional reformista e eficiente que passe pelo acordo
dos principais partidos do arco da governação e pela mobilização dos agentes económicos e sociais.
Barragem de Foz Tua - Portugal
41
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
3.2
Envolvente Social
O ano de 2014 foi um ano repleto de acon-
barbáries e pelo recrutamento pela internet de milhares
tecimentos inéditos, dentro e fora de Portu-
de jovens ocidentais, cerca de 3.000 deles europeus. No
gal. O país foi surpreendido pela derrocada
final de agosto começaram a surgir vídeos das decapita-
do mais antigo grupo financeiro português e,
ções de ocidentais inocentes. Nessa altura, uma coligação
além disso, assistiu à sua justiça chegar mais
internacional liderada pelos Estados Unidos lançou os pri-
longe do que nunca ao prender preventiva-
meiros ataques aéreos no norte do Iraque tendo, poste-
mente um ex. primeiro-ministro por diversas
riormente, estendido as suas operações ao norte da Síria.
suspeitas.
Na Ucrânia, a anexação da península da Crimeia pela RúsRelativamente ao desemprego em Portugal,
sia, na sequência de um referendo popular, o início da
a taxa de desemprego no quarto trimes-
guerra civil no leste do país e o derrube de um avião co-
tre de 2014 reduziu-se para os 13,5% face
mercial em território ucraniano perto da fronteira com a
aos 15,3% no período homólogo de 2013.
Rússia (298 mortos), ampliaram a crise política e diplomá-
Ao nível do setor da Construção, no final de
tica em 2014.
setembro, a taxa de desemprego neste setor representava 14,3% do total de desem-
Ainda durante o ano, o mundo assustou-se com a propaga-
pregados inscritos nos centros de emprego.
ção de um dos piores surtos de ébola no oeste da África.
Dados da FEPICOP - Federação Portuguesa
da Indústria da Construção e Obras Públicas - indicaram que, no terceiro trimestre de
2014, a crise na Construção estava a abrandar. Corroborando esta evolução, o número
total de trabalhadores no setor da construção era cerca de 283 mil pessoas e traduziu
um aumento de 18,5 mil pessoas face aos
três meses anteriores.
A nível mundial, e segundo a Organização Internacional do Trabalho, estima-se que nos
próximos cinco anos entrem no mercado de
trabalho 213 milhões de novos trabalhadores, 200 milhões dos quais são provenientes
de países em desenvolvimento.
No centro da atualidade mundial de 2014 esteve, pelas piores razões, o grupo extremista
Estado Islâmico (EI). A violência extrema dos
´jihadistas´ captou a atenção mundial após
a proclamação de um “califado” no norte do
Iraque e da Síria, perpetuado por ataques
42
03
RELATÓRIO
CONSOLIDADO
DE GESTÃO
Com dificuldade de conter o surto, vários países fecharam
2015 será o Ano Europeu do Desenvolvi-
fronteiras e restringiram o acesso a pessoas vindas da Li-
mento e terá como principais metas verificar
béria, Guiné e Serra Leoa, países mais afetados. Apesar dos
se os Oito Objetivos de Desenvolvimento
apelos da Organização Mundial de Saúde (OMS), a ajuda
do Milénio, definidos pelas Nações Unidas,
internacional demorou a chegar e foi mais efetiva após a
chegam ao seu termo: erradicar a pobreza e
confirmação de casos fora da África (Espanha e Estados
a fome, garantir a educação primária univer-
Unidos). No total, em 2014, foram afetadas 18 mil pessoas,
sal, promover a igualdade de géneros, redu-
das quais resultaram 7 mil mortos.
zir a mortalidade infantil, melhorar a saúde
materna, combater o VIH/Sida, malária e
No Brasil, um dos países onde a Somague atua, o ano ficou
outras doenças, garantir a sustentabilidade
marcado pela reeleição da Presidente Dilma Rousseff, com
ambiental e desenvolver uma parceria glo-
uma vitória de 51,64% contra 48,36% de Aécio Neves, a
bal para o desenvolvimento - e decidir um
margem mais curta da história do país (2%). A candidata
novo plano de ação para erradicar a pobreza,
do Partido dos Trabalhadores conseguiu assim a reeleição
promover o desenvolvimento sustentável e
para mais quatro anos à frente dos destinos do Brasil. Des-
combater as alterações climáticas.
de 1989 que o país não assistia a uma corrida presidencial
tão agressiva e com um resultado tão próximo.
Alegro de Setúbal - Portugal
43
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
3.3
Envolvente Ambiental
A atividade da construção está associada a
destacar o papel destes Estados no mundo e alertar para a
impactes ambientais significativos, essen-
sua vulnerabilidade a mudanças climáticas e desastres na-
cialmente relacionados com o consumo de
turais, em resultado da sua dimensão e localização remo-
matérias-primas, o consumo energético e as
ta. Atualmente existem 39 ilhas pequenas em desenvolvi-
consequentes emissões de gases com efei-
mento, distribuídas por três regiões geográficas: Caraíbas,
tos de estufa.
Pacífico e África, Oceano Índico e Mar do Sul da China. Em
2014, a Somague operou em algumas das ilhas aqui repre-
No final do ano de 2014, no Peru, teve lu-
sentadas, nomeadamente em Cabo Verde.
gar uma importante conferência relativa
às alterações climáticas: a 20ª Conferência
O ano de 2015 foi já considerado pela ONU como o Ano
das Partes da Convenção - Quadro das Na-
Internacional dos solos. Os principais objetivos para este
ções Unidas (COP - 20). Em resposta a uma
ano são, assim, a educação e a consciencialização para a
das maiores preocupações da Organização
sua importância e o seu papel, bem como o apoio a políti-
Mundial da Meteorologia - o facto de o ano
cas e ações efetivas para a gestão sustentável e a proteção
de 2014 ter sido o mais quente de sempre -,
dos recursos que os mesmos oferecem.
os países envolvidos na Conferência assumiram o compromisso de adotar o corte radical
da emissão dos gases de estufa, por forma a
evitar o aumento previsto de 2ºC da temperatura ambiente da Terra.
Neste mesmo ano, foi discutido e aprovado,
no Conselho Europeu, o pacote de Energia
e Clima para 2030. Portugal foi o país que
maior ambição colocou neste pacote, demostrando, assim, a sua aposta no desenvolvimento das energias renováveis e de uma
economia de baixo consumo.
No entanto, nem todos os acontecimentos
ao nível do Ambiente foram positivos em
2014. Um dos principais acontecimentos
que marcou negativamente Portugal foi o
surto de Legionella originado no concelho
de Vila Franca de Xira, que infetou 375 pessoas e causou 12 vítimas mortais.
O Ano Internacional dos Estados das Ilhas
Pequenas em Desenvolvimento, declarado
em 2014 pela UNESCO, teve como objetivo
44
03
RELATÓRIO
CONSOLIDADO
DE GESTÃO
Cais de Cruzeiros do Porto do Funchal - Madeira - Portugal
45
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
3.4
Evolução Setorial
A economia portuguesa começa a revelar al-
otimista, já que o licenciamento habitacional não cessa
guns sinais positivos, embora muito ténues,
de cair (-13% de fogos licenciados até setembro) e a
com o PIB a crescer 0,9% em 2014. Trata-
área licenciada para edifícios não residenciais reduziu-
-se do primeiro ano de crescimento desde
-se, também até setembro, 4% face ao período homó-
2010, mas que recupera apenas cerca de
logo;
14% do PIB perdido nos três anos anterio-
• o número de trabalhadores do setor da Construção ron-
res. Ainda assim, o setor da Construção vol-
dou os 276 mil ao longo do ano, diminuindo 4% face
tou a contrair em 2014 e pelo décimo ano
a 2013, de acordo com os resultados do Inquérito ao
consecutivo, registando uma diminuição de
Emprego do INE. Em termos quantitativos, a redução do
cerca de 4,5%. Com esta nova redução, o va-
número de trabalhadores foi de 13 mil, diminuindo o
lor da produção anual ficou 58% abaixo da
peso do emprego do Setor no total para 6,1% (6,5%
atividade alcançada no ano 2000.
em 2013);
• apesar da redução do emprego, o desemprego oriun-
Segundo os dados disponibilizados pela
do do Setor foi decrescendo ao longo do ano, em linha
FEPICOP - Federação Portuguesa da Indús-
com a evolução do desemprego total registado. No final
tria da Construção e Obras Públicas e pela
de dezembro e de acordo com os dados disponibiliza-
AECOPS - Associação de Empresas de Cons-
dos pelo Instituto de Emprego e Formação Profissio-
trução Civil e Obras Públicas, relativamente
nal (IEFP), eram 75 mil os desempregados oriundos da
ao comportamento dos indicadores relacio-
Construção inscritos nos centros de emprego, num to-
nados com a produção do Setor, verificou-se
tal de 534,2 mil desempregados (14,2% do total). Para
que, em 2014, a sua evolução foi a seguinte:
o decréscimo observado no número de desempregados
ao longo do ano (no início de 2014 os desempregados
• as vendas de cimento no mercado inter-
da Construção ultrapassavam os 95,8 mil) contribuí-
no deverão ter rondado as 2,3 milhões de
ram fatores como a emigração, as reformas ou mesmo
toneladas, o que reflete uma quebra de
a desistência de procurar um novo emprego. No final
9% face ao ano anterior. Não obstante, a
de dezembro, o desemprego com origem na construção
evolução ao longo do ano foi-se tornando
representava 14,2% do total de desempregados da
menos desfavorável, com quebras mais
economia inscritos nos centros de emprego;
acentuadas durante o primeiro semestre
• segundo os dados disponibilizados pelo Instituto Infor-
do que durante os últimos seis meses do
mador Comercial, 932 empresas de construção foram
ano (-11% e -8%, respetivamente);
consideradas insolventes em 2014, menos 17% do que
• o valor das obras adjudicadas aumentou
no ano anterior. Em 2014, uma em cada cinco empresas
34%, em termos homólogos, ao longo
consideradas insolventes era da Construção;
dos primeiros nove meses do ano, o que,
• de acordo com os dados divulgados pelo Banco de
a traduzir-se rapidamente em obras, terá
Portugal, o stock de crédito concedido pelo sistema
consequências muito positivas no nível
financeiro às empresas de construção ascendia a 15,8
de atividades das empresas que laboram
mil milhões de euros no final de novembro de 2014,
no mercado das obras públicas. Por outro
refletindo uma quebra de 11,7% em termos homólo-
lado, a perspetiva de evolução do merca-
gos, o que compara com o decréscimo médio de 7,5%
do de construção de edifícios não é tão
verificado para a totalidade das empresas privadas no
46
03
RELATÓRIO
CONSOLIDADO
DE GESTÃO
mesmo período. De assinalar que o montante de crédi-
Ao fim de 13 anos, 2015 perspetiva-se, final-
to mal parado do Setor ascendia, no mesmo mês, a 4,5
mente, como o ano da inversão do profundo
mil milhões de euros, o valor mais elevado de toda a
e histórico ciclo de crise que tem devasta-
série disponibilizada pelo Banco de Portugal e que re-
do o setor da Construção. Embora num en-
fletia um crescimento de 9,3% face ao montante regis-
quadramento macroeconómico ainda muito
tado no final de 2013.
difícil e com grandes desafios pela frente,
tanto no mercado interno, como no exterior,
As opiniões dos empresários, expressas ao longo dos pri-
a Construção deverá, segundo a AECOPS -
meiros nove meses do ano através do Inquérito Mensal à
Associação de Empresas de Construção e
Atividade da FEPICOP, apontam para uma franca recupe-
Obras Públicas e Serviços, crescer 1,5% este
ração da sua confiança na evolução da atividade do setor
ano, pondo fim a um período durante o qual
da construção (crescimento homólogo acumulado, até
a produção da atividade se contraiu 58%.
setembro, de +52%). Este otimismo traduziu-se em apreciações muito positivas quanto à dimensão da carteira de
As previsões da Associação agora divulgadas
encomendas das empresas (crescimento de +73% até
e que, como é hábito, são acompanhadas do
setembro), e, mais moderadamente, em expetativas mais
balanço da atividade do Setor durante o ano
favoráveis quanto ao nível de emprego futuro garantido
findo (-4,5%) têm por base uma conjuntura
pelo setor (+40% no mesmo período).
internacional cujos efeitos diretos e indiretos em Portugal favorecem o investimento
em Construção, seja no imobiliário, seja em
infraestruturas.
GLP - Centro Logístico Gravataí - Brasil
47
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
Assicom Lar - Madeira - Portugal
Entre os pressupostos económicos interna-
um crescimento em redor dos +1,3%, em contraste com a
cionais encontram-se, por exemplo, o ris-
quebra de 10% com que terminou 2014.
co de deflação e o Plano de Investimentos
Europeu, destacando-se entre os fatores
Para os trabalhos de manutenção/reabilitação aguarda-
nacionais o pleno acesso do País aos merca-
-se um crescimento de +8,5%, mas, dada a evolução ain-
dos financeiros, o início de um novo ciclo de
da negativa do licenciamento, prevê-se, novamente, uma
apoios comunitários e o aumento do investi-
redução do volume dos trabalhos de construção nova, na
mento direto estrangeiro no imobiliário e na
ordem dos -2,6% em termos reais, se bem que muito mais
aquisição de empresas.
moderada do que as registadas nos anos mais recentes
(média de -22% nos últimos três anos).
Com este enquadramento, a AECOPS prevê
que, após 13 anos de quebras sucessivas,
Do mesmo modo, o segmento da Construção Não Residen-
que deverão ter atingido uma redução acu-
cial deverá expandir a sua produção em 2015 (+0,9%, face
mulada de 80%, a produção do segmento
a cerca de -6% em 2014), devido ao desempenho favo-
da Construção Residencial registe em 2015
rável da sua componente privada (+1,5%, face a -2% em
48
03
RELATÓRIO
CONSOLIDADO
DE GESTÃO
2014), já que o nível de produção de edifícios não resi-
O mercado de trabalho desaquecido pode
denciais públicos, cujo desempenho em 2014 se traduziu
realmente contribuir para diminuir a pres-
numa redução de -11%, deverá continuar este ano forte-
são dos custos com mão de obra, que tem
mente condicionada pelo nível muito reduzido do inves-
peso superior a 50% nos índices setoriais
timento público, estabilizando ao nível de 2014 (variação
com INCC e CUB. Da mesma forma, a dificul-
de 0,0%).
dade em contratar mão de oba qualificada
deve reduzir-se significativamente.
Por fim, para a Engenharia Civil e após 5 anos consecutivos
de quebras na produção deste tipo de trabalhos (-30% em
A descida do preço do petróleo nos merca-
termos acumulados, entre 2011 e 2013, e -1% o ano pas-
dos internacionais é benéfica para países
sado), a previsão da AECOPS aponta para um crescimento
que dependem das importações de crude,
de 2% em 2015, em resultado dos primeiros efeitos da
como é o caso de Portugal, mas neste caso
entrada em vigor do Novo Programa de Fundos Estruturais
existe também o reverso da moeda: a for-
Comunitário - Portugal 2020 e da conclusão das obras fi-
te ligação do mercado português a Angola.
nanciadas ao abrigo do QREN 2007-2013.
Como país produtor de petróleo, que é a
sua principal fonte de receitas de exporta-
A Sondagem da Construção realizada em fevereiro pela
ção e fiscais (perto de 95% das exportações
CBIC - Câmara Brasileira da Indústria da Construção mos-
e 30% do PIB do país), Angola está a sofrer
trou que a perceção do empresário em relação ao ambien-
o impacto da queda abrupta desta matéria-
te setorial e macroeconômico manteve a tendência de de-
-prima, cujo preço do barril, após mais de
terioração observada ao longo de 2014.
três anos acima dos 100 dólares, está agora
abaixo dos 50 dólares.
O desempenho das empresas continua a enfraquecer e
começa 2015 em patamar bastante inferior ao observado
Este impacto terá também repercussões ao
em fevereiro de 2014, alcançando resultado mais negati-
nível do setor da construção em Angola, pre-
vo que o do início de 2009, quando empresas e famílias
vendo-se que o orçamento retificativo in-
encontravam-se sob as incertezas dos impactos da crise
corpore vários cancelamentos ou adiamen-
financeira de 2008.
tos de investimentos considerados menos
prioritários. Também as exportações para
A queda de desempenho em relação ao ano passado
Angola deverão ser atingidas, além das que
ocorreu em todos os componentes do indicador, mas foi
já contam com novas quotas de importação.
especialmente elevada no que diz respeito ao volume de
negócios e número de empregados. Ou seja, as empresas
preveem forte redução de sua atividade nos primeiros meses do ano.
O único aspeto em que as empresas mostram perceção positiva é o de custos. Na comparação com fevereiro de 2014
houve melhora, indicando que os empresários esperam
uma evolução mais favorável nos próximos meses.
49
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
3.5
Somague Engenharia
3.5.1. Atividade Comercial
No final de 2014 completam-se seis anos
Na realidade este ano persistiu o cenário da crise no setor
desde que a crise assolou os mercados da
da construção, se bem que a um ritmo bastante mais mo-
dívida soberana e contaminou os mercados
derado do que em períodos anteriores. No último trimes-
bancários, provocando um movimento re-
tre de 2014 foi possível assistir a alguns sinais positivos,
cessivo que, sobretudo através da destrui-
que parecem querer indiciar alguma recuperação e podem
ção da capacidade produtiva e do emprego,
marcar o fim deste longo processo de ajustamento que o
originou uma grave crise mundial com parti-
setor atravessa. Os primeiros meses de 2015 serão essen-
cular impacto no setor da Construção Civil e
ciais na confirmação destes sinais de esperança.
Obras Públicas.
Angariações
Muito embora 2014 tenha sido o ano em
que a Troika abandonou o país e o Programa
Apesar destas adversidades, o Grupo Somague conseguiu
de Auxilio tenha sido concluído com relativo
praticamente atingir os objetivos globais de Angariação
êxito, toda a expectativa e otimismo aliados
definidos para 2014, ficando apenas a escassos 3,1% do
a esses factos não se traduziram em resulta-
valor objetivo (650 milhões de euros) conforme se detalha
dos satisfatórios.
no quadro seguinte:
ANGARIAÇÕES SOMAGUE 2014
Somague Engenharia
Portugal
Brasil
Outros mercados
Neopul
Somague Ediçor
Somague Angola
280.724.588 €
71.883.147 €
180.660.871 €
28.180.570 €
36.072.495 €
23.093.491 €
267.702.595 €
Somague MPH
CVC
Total
11.147.317 €
10.859.452 €
629.599.938 €
De referir que, deste total, apenas 95 milhões de euros foram contratados em Portugal, o que representa cerca de
15,1% do total, dos quais 23 milhões de euros ou 3,7%
nos Açores. Verifica-se, assim, que a contratação no exterior continua próximo dos 85%.
50
03
RELATÓRIO
CONSOLIDADO
DE GESTÃO
Perspetivas futuras
tentores de Lisboa (600 milhões de euros), o
novo terminal de contentores de Leixões (200
Tanto a nível nacional, como ao nível internacional, o ano
milhões de euros) e a ampliação do terminal
de 2015 apresenta-se como mais um ano difícil para o se-
XXI em Sines ao que se associa a ampliação
tor. Os mercados onde a nossa carteira se tem vindo a sus-
do molhe Leste (135 milhões de euros+65 mi-
tentar, nomeadamente Angola e Brasil, serão naturalmente
lhões de euros)). Dos projetos atrás referidos,
afetados pela forte desvalorização do preço do petróleo.
apenas o respeitante a Sines terá condições
para ser adjudicado em 2015.
Quanto a Moçambique, cujo desenvolvimento está muito dependente da futura exploração de gás nas bacias de Palma,
A Iberdrola prevê relançar este ano os concur-
continua a revelar muitas fragilidades no seu desenvolvi-
sos para construção dos projetos referentes
mento, constatando-se atrasos diversos no lançamento dos
aos aproveitamentos hidroelétricos de Gou-
projetos relacionados com o GNL.
vães, Daivões e Alto Tâmega, os quais têm
vindo a ser protelados, nomeadamente pelas
Em Portugal, apesar do ano ser de eleições legislativas,
restrições ao investimento da própria Iberdro-
também não se perspetiva o lançamento de obras públi-
la. Assim, apesar de se prever o lançamento a
cas de relevo. De facto, o plano de investimentos do Esta-
concurso de três das principais empreitadas
do português para o período de 2015-2020, com um va-
de construção, nenhuma delas deverá ainda
lor anunciado de 1.330 milhões de euros, dos quais 750
ser adjudicada no decorrer do ano de 2015.
milhões destinados à construção de novas infraestruturas
rodoviárias, não deverá ainda produzir qualquer efeito
Outra oportunidade identificada no setor
prático em 2015.
das obras públicas é a barragem do Fridão,
investimento que tem vindo a ser adiado e a
Também na REFER, onde estão identificados projetos que
sofrer alterações de projeto mas que se es-
totalizam um valor de investimento na construção supe-
tima poder ser lançado a concurso pela EDP
rior a 2.500 milhões de euros, não se esperam adjudica-
no último trimestre do ano.
ções com expressão durante o ano de 2015. A maior parte
destes projetos estarão dependentes de financiamento
Na reabilitação urbana reside alguma expec-
da União Europeia, especialmente através do pacote des-
tativa; o facto de existirem no país mais de
tinado a financiar as redes transeuropeias (TEN-T), onde
980 mil edifícios a necessitarem de obras
têm cabimento os investimentos no corredor Aveiro - Vi-
de reparação, das quais 1/3 são interven-
lar Formoso (725 milhões de euros) e no corredor Sines/
ções de médio/grande volume, e a inten-
Setúbal/Lisboa - Caia (780 milhões de euros). Neste âm-
ção do Governo em lançar um Programa de
bito, 2015 será o ano de apresentação das candidaturas
Reabilitação Urbana destinado à habitação/
ao financiamento e, quando muito, o ano de arranque dos
comércio/serviços alavancado em Fundos
estudos e projetos.
Europeus, com um financiamento superior a
2.000 milhões de euros, poderá vir a ser um
Na área portuária, estão identificados alguns projetos de ele-
grande incentivo ao lançamento de obras
vado valor, mas a maior parte deles dependentes do investi-
nesta área, que de resto já se tem vindo a
mento privado. Destes destacam-se, o novo terminal de con-
sentir nos últimos meses.
51
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
Entre outras oportunidades que se encon-
Apesar de serem vários os projetos elencados a nível na-
tram a ser acompanhadas, destaca-se o novo
cional, a maior parte deles só sairá do papel a partir de
IKEA em Loulé (200 milhões de euros) e
2016, pelo que a carteira de negócios terá que continuar a
alguns investimentos na área da saúde, tal
ter o seu suporte principal no exterior.
como a Ampliação da CUF das Descobertas
Objetivos para 2015
(50 milhões de euros) e o Novo Hospital
Oriental de Lisboa (200 milhões de euros)
que, apesar de não se conhecer ainda o mo-
Conforme já referido, as expectativas de angariação de
delo contratual, se espera venha a ser relan-
carteira continuarão sobretudo depositadas no mercado
çado ainda este ano.
exterior, pelo que, perante tal cenário, foram definidos
pela Administração os seguintes objetivos de angariação,
Na Região Autónoma da Madeira, depois de
para o ano de 2015:
alguns anos conturbados consequência do desequilíbrio nas contas públicas, espera-se para
2015 o lançamento de alguns projetos, dos
quais se destaca a reabilitação das urgências
e bloco operatório do Hospital Dr. Nélio Mendonça, no Funchal (20 milhões de euros), e a
retoma da empreitada da Via Rápida Câmara
de Lobos / Estreito (43 milhões de euros).
EMPRESA
OBJETIVO
Somague Engenharia Simples
Portugal
Brasil
Outros mercados
Somague Engenharia Participadas
Neopul
Portugal
Espanha
Brasil
Outros mercados
Angola
Irlanda
Moçambique
Ediçor
CVC
220.000.000 €
70.000.000 €
50.000.000 €
100.000.000 €
25.800.000 €
5.800.000 €
10.000.000 €
10.000.000 €
16.100.000 €
10.000.000 €
1.100.000 €
5.000.000 €
40.000.000 €
7.000.000 €
300.000.000 €
Somague Angola
40.000.000 €
50.000.000 €
698.900.000 €
Somague MPH
Somague Moçambique
TOTAL
52
03
RELATÓRIO
CONSOLIDADO
DE GESTÃO
Barragem da Caniçada - Descarregador - Portugal
3.5.2.Produção
O ano de 2014, como já anteriormente referido, foi mais
• Barragem de Foz Tua
um ano em que a quebra de atividade no setor da constru-
• Reforço de Potência da Barragem de Ven-
ção se manteve em Portugal, o que se manifestou na falta
da Nova III
de lançamento de projetos de investimento e na degrada-
• Alegro Setúbal - Auchan
ção progressiva dos preços das obras levadas a concurso.
• Novo Cais de Cruzeiros do Porto do Fun-
A manutenção desta situação tem imposto às empresas
chal
portuguesas a procura de soluções alternativas que lhes
• Descarregador Complementar da Barra-
permitam manter a sua sustentabilidade. Estas soluções
gem da Caniçada
têm passado pelo desenvolvimento de atividades que in-
• REN Fafe
corporem construção nas respetivas áreas da especialida-
• Acuinova Mira
de e pela internacionalização, matéria que será abordada
• Centro de Artes EDP
nos capítulos destinados a cada participada.
• ASSICOM Lar 3ª Idade e Creche Infantil
• Madeira Wine
Apesar da situação macroeconómica, as unidades de pro-
• Águas de Cascais - Rede de águas e sa-
dução do Continente atingiram os objetivos estabelecidos
neamento
para o ano, graças a um conjunto de obras iniciadas e em
• Data Center PT Covilhã
curso, entre as quais se destacam:
53
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
3.6
Participadas
3.6.1. Somague Ediçor Engenharia, S.A.
significativo de empresas com sede no exterior da R.A.A,
provocou um agravamento expressivo das condições de
A Somague Ediçor Engenharia, S.A. exerce a
concorrência, potenciado pelo facto de terem sido fre-
sua atividade exclusivamente na Região Au-
quentemente lançados concursos públicos com preços
tónoma dos Açores (R.A.A.), posicionando-se
base anormalmente baixos. Este contexto levou à ocorrên-
como uma das maiores empresas regionais
cia generalizada de prejuízos.
no setor da construção civil e obras públicas.
Salienta-se ainda que o lançamento de concursos públiNo presente exercício, e contrariamente ao
cos previstos em documentos oficiais do Governo Regio-
que habitualmente se regista na R.A.A., em
nal, designadamente na Carta Regional de Obras Públicas,
que o investimento público (promovido
sofreu enormes atrasos face à necessidade de enquadra-
essencialmente pelo Governo Regional e
mento das respetivas candidaturas no novo Quadro Comu-
pelas Autarquias) é determinante no setor
nitário de Apoio, agravando de forma expressiva a forte
da construção, verificou-se uma expressiva
retração que o setor da construção atravessa.
redução desse investimento, com a consequente impossibilidade das empresas locais
Neste contexto, de clara alteração de circunstâncias, a
manterem plenamente ocupadas as suas ca-
Somague Ediçor conseguiu ainda assim atenuar a redução
pacidades produtivas.
da sua atividade habitual no setor público, formalizando
contratos expressivos no setor privado, fundamentalmen-
Acresce que esta situação, gerando uma
te nas áreas da distribuição alimentar, dos combustíveis e
grande oferta não só por parte das empre-
da hotelaria, cujo valor representou no presente exercício,
sas regionais como também por um número
cerca de 50% do seu volume de negócios.
Porto de Pesca de Rabo de Peixe - Açores - Portugal
54
03
RELATÓRIO
CONSOLIDADO
DE GESTÃO
A atividade no exercício, localizada em seis das nove ilhas
Neste contexto de dificuldades agravadas
da Região, totalizou cerca de 34,7 milhões de euros, tendo
foi ainda assim possível desenvolver uma
os resultados líquidos registado prejuízos de cerca de 1,8
aceitável atividade comercial, traduzida na
milhões de euros.
apresentação de 85 propostas, no valor de
cerca de 74 milhões de euros, e na adjudica-
Para este volume de negócios contribuíram, essencial-
ção de 24 empreitadas, totalizando cerca de
mente, as áreas da construção civil e urbanização, da cons-
23 milhões de euros.
trução industrial e das obras marítimas / infraestruturas
portuárias.
Destas novas contratações e das contribuições de contratos existentes, como resultado
Apesar da contínua implementação de medidas de redu-
da plurianualidade de obras já tratadas, re-
ção de custos, com especial incidência na área dos recur-
sulta uma carteira, em 1 de janeiro de 2015,
sos humanos, não foi possível evitar que se registassem
no valor de cerca de 16 milhões de euros.
níveis de atividade e de resultados manifestamente infeNo quadro seguinte apresentam-se os prin-
riores aos obtidos pela empresa nos últimos anos.
cipais indicadores da empresa (antes dos
ajustamentos de consolidação na Somague
Engenharia):
(Unid: Euros)
2012
2013
2014
Volume de negócios
EBITDA
RAI
Resultado líquido
36.892.191
-606.735
214.799
22.542
43.563.455
-125.916
-550.789
-632.743
34.737.507
-1.523.721
-2.083.879
-1.811.184
Cash flow
Ativo líquido
Capital próprio
Participação
-220.110
42.678.978
11.847.286
100%
-5.191
44.455.195
11.186.003
100%
-1.201.984
30.946.389
9.359.613
100%
55
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
3.6.2. Neopul - Sociedade de Estudos e
de euros para o mesmo período. Os resultados negativos
Construções, S.A.
explicam-se pela fase de transição em que a empresa se
encontra, passando de uma presença essencialmente ibé-
O ano de 2014 manteve o investimento em
rica para uma dimensão mais internacional com presença
infraestruturas ferroviárias num nível pra-
em vários continentes. A entrada em novos mercados tem
ticamente inexistente em Portugal, o que
sempre associado um ciclo inicial de investimento, princi-
dada, a capacidade de meios instalada para
palmente nesta área das ferrovias, com a necessidade de
o mercado nacional, acabou por ter reflexos
aquisição de novos equipamentos e de adequação do par-
na rentabilidade da empresa. Também nos
que atual às bitolas e especificações de cada país.
últimos anos em Espanha, outro mercado
importante para a Neopul se têm verificado
Em termos de perspetivas futuras, espera-se que a empre-
processos de ajustamento que têm restrin-
sa continue a consolidar a posição nos mercados do Brasil
gido o investimento público. Ainda assim,
e de Moçambique, com a angariação de novos contratos.
o investimento na rede de alta velocidade
Espera-se também que 2015 seja o ano de arranque em
espanhola tem sido considerado prioritário,
Angola, com a contratação do primeiro projeto.
o que tem permitido a manutenção de um
bom nível de atividade no país, registan-
Ainda que a perspetiva de crescimento seja maior nos no-
do-se inclusive um crescimento do volume
vos mercados, a empresa não deixará de estar atenta às
de negócios da Neopul Espanha de cerca de
oportunidades que possam surgir nos seus mercados mais
11% face ao ano anterior.
tradicionais (Portugal, Espanha e Irlanda). Em Portugal, e
principalmente em Espanha, a Neopul tem conseguido
Fruto da estagnação dos principais merca-
implantar-se com muito sucesso no segmento da manu-
dos da Neopul, a estratégia delineada no
tenção das infraestruturas ferroviárias (via férrea e eletri-
passado recente foi de diversificação para
ficação). Também na Irlanda a Neopul tem mantido uma
outros mercados que se encontram num
presença continua neste segmento, prosseguindo com
outro estádio de desenvolvimento e com
o contrato de manutenção da catenária do DART (Dublin
outro tipo de oportunidades na área das in-
Area Rapid Transit).
fraestruturas ferroviárias. O ano de 2014 foi
já de consolidação desta estratégia, com os
O futuro passa por incrementar e consolidar a atividade
mercados de Moçambique e do Brasil a ga-
internacional da empresa, para que, em conjunto com a
nharem um peso significativo no volume de
continuidade das operações no mercado nacional, a Neo-
negócios consolidado da empresa de 31,4%
pul continue a manter uma posição relevante na área da
e 4,3%, respetivamente.
construção e manutenção das infraestruturas ferroviárias.
Com o impulso destes novos mercados, o
volume de negócios consolidado da Neopul
atingiu em 2014 os 40,2 milhões de euros,
ou seja, um crescimento de 38% face ao ano
anterior, tendo os resultados consolidados
apresentado um prejuízo de 2,4 milhões
56
03
RELATÓRIO
CONSOLIDADO
DE GESTÃO
Os principais indicadores consolidados da empresa (antes
dos ajustamentos de consolidação na holding), são como
seguem:
(Unid: Euros)
2012
2013
2014
Volume de negócios
EBITDA
RAI
Resultado líquido
35.337.673
4.717.748
1.581.450
1.058.626
29.140.118
2.686.974
665.592
371.426
40.230.285
594.241
-2.356.955
-2.415.191
Cash flow
Ativo líquido
Capital próprio
Participação
3.290.287
59.951.871
15.890.956
100%
1.998.192
54.655.709
16.262.382
100%
178.354
78.807.111
16.347.191
100%
2012
2013
2014
Volume de negócios
EBITDA
RAI
Resultado líquido
21.711.289
920.879
465.249
465.249
17.982.930
4.956.673
2.593.251
2.467.564
19.981.292
936.755
-198.559
-198.559
Cash flow
Ativo líquido
Capital próprio
Participação
1.593.362
33.417.945
465.249
100%
3.592.481
27.440.323
2.467.564
100%
-1.357.717
45.779.564
-198.559
100%
2012
2013
2014
Volume de negócios
EBITDA
RAI
Resultado líquido
1.948.560
547.159
549.440
480.380
1.177.134
311.731
313.033
274.650
1.218.610
242.402
244.095
213.583
Cash flow
Ativo líquido
Capital próprio
Participação
480.380
1.260.485
480.390
100%
274.650
972.068
379.506
100%
213.583
823.505
376.136
100%
O quadro abaixo sintetiza os principais indicadores da
Neopul em Espanha (agregando a sua sucursal e UTE`s):
(Unid: Euros)
O quadro abaixo resume os principais indicadores da Neopul na Irlanda (agregando a sua sucursal e filial):
(Unid: Euros)
57
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
O quadro abaixo resume os principais indicadores da Neopul no Brasil:
(Unid: Euros)
2012
2013
2014
Volume de negócios
EBITDA
RAI
Resultado líquido
-
822.620
504.829
241.102
202.218
1.715.881
413.814
559.537
447.654
Cash flow
Ativo líquido
Capital próprio
Participação
-
202.434
1.774.371
202.218
100%
451.364
1.774.371
447.654
100%
2013
2014
O quadro abaixo resume os principais indicadores da Neopul em Moçambique:
(Unid: Euros)
2012
Volume de negócios
EBITDA
RAI
Resultado líquido
-
3.468.252
58.263
5.736
5.736
12.612.689
460.221
460.254
304.589
Cash flow
Ativo líquido
Capital próprio
Participação
-
5.736
3.512.072
5.736
100%
304.589
23.884.853
304.589
100%
Duplicação Ferroviária no Trecho Embu - Evangelista & Paratinga - Perequê - São Paulo - Brasil
58
03
RELATÓRIO
CONSOLIDADO
DE GESTÃO
Metrô de S. Paulo - Estação de Vila Prudente - Brasil
3.6.3. Somague Engenharia, S.A. - Sucursal do Brasil/
Vila Prudente e da Linha 15 - Lote 1 e 3, a
Somague MPH
Somague angariou uma nova obra para o metro de São Paulo, que consiste na construção
Somague Engenharia, S.A. - Sucursal do Brasil
da Linha 2 (Lote 1) que ligará Vila Prudente à Rodovia Dutra. O sucesso na execução
No decorrer do ano em análise foi mantida a estratégia
destes contratos tem sido evidente, assim
delineada para a atuação do Grupo no mercado brasilei-
como a satisfação do cliente Metrô de São
ro, nas diversas áreas onde a Somague se pode posicio-
Paulo, uma vez que, das diversas linhas pro-
nar de forma diferenciada e competitiva. A abordagem aos
gramadas para entrada em serviço no ano de
diversos projetos selecionados foi sempre realizada atra-
2014, a estação Vila Prudente fez parte de
vés de parcerias com empresas brasileiras de médio por-
um reduzidíssimo número de contratos me-
te, com credibilidade e experiência no mercado, em que a
troviários onde o Governo do Estado atingiu
Somague pôde aportar as experiências, ao nível tecnológi-
as suas metas.
co, dos diversos projetos em que esteve envolvida e disponibilizar quadros técnicos experientes. O crescimento que
Foi sendo prestada especial atenção aos
começou a verificar-se no ano de 2012 acabou por tornar-
projetos do MSP - Metrô de São Paulo, da
-se mais evidente no ano de 2014, com a contratação de
CPTM - Companhia Paulista de Trens Metro-
uma nova obra de grande dimensão.
politanos, do DERSA - Departamento Rodoviário S/A, do DNIT - Departamento Nacional
A juntar aos contratos com o Ministério da Integração para
de Infraestruturas Terrestres, do MIN - Minis-
a Transposição do Rio São Francisco e aos três contratos
tério da Integração Nacional, entre outros.
com o MSP - Metrô de São Paulo, construção da estação
59
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
No próximo ano, em virtude da conjuntura
política e económica incerta no Brasil, o mercado da construção deverá viver momentos
de incerteza e de expectativa, derivados da
redução do investimento do estado e da dificuldade de acesso ao crédito bancário pelas
construtoras. A redução do investimento do
governo federal deverá ser bastante significativa face às necessidades de ajustamento
orçamental. Esta situação irá certamente
condicionar o lançamento de novos concursos públicos e afetar o normal andamento
das obras em curso.
Para o ano de 2015, a Somague visualiza
oportunidades junto a alguns novos clientes
e estará atenta aos concursos que irão ser
lançados nas diferentes áreas de atuação do
Ainda no âmbito do alargamento da capacitação da em-
grupo. Com o intuito de concorrer a novos
presa para atuação no mercado brasileiro, prosseguiu o
negócios foram melhorados os indicadores
processo de aumento das valências da Somague junto do
financeiros, aumentando a possibilidade de
CREA, tendo aumentado muito o número de acervos que
participação num maior número de proces-
a Somague tem registados no referido órgão, hoje mais
sos de concurso.
de uma centena. O sucesso alcançado nesta área, com um
número cada vez maior de obras acervadas, tem vindo a
Até final de 2014, a Somague por decisão
permitir à empresa participar num cada vez maior número
estratégica não esteve envolvida em pro-
de licitações, já que estas normalmente vêm associadas a
jetos estruturados, com exceção das con-
fortes exigências técnicas, apenas possíveis de demons-
cessões hospitalares, em que as exigências
trar por atestação registada nesse órgão. Paralelamente, e
financeiras são menos pesadas e principal-
naqueles serviços muito específicos do mercado brasileiro
mente pelo elevado know-how da Somague
para as quais a Somague Engenharia não possui atestação,
nestes processos, encontrando-se a analisar
foram identificadas e intensificadas as relações com ou-
possíveis parcerias no setor.
tras empresas do mercado que possuem esses acervos que
nos complementam.
Durante o ano de 2014 foram mantidos
atualizados os cadastros da Somague junto
A estrutura organizacional manteve-se e permanece atenta
dos grandes clientes brasileiros, como a Vale
a diversas oportunidades identificadas, seja de infraestru-
e Petrobras, o que poderá permitir abraçar
turas, seja de edificações, para clientes públicos ou priva-
novas oportunidades.
dos. O aumento da atividade do grupo no Brasil, verificado
em 2014, teve como consequência o acréscimo do número
de trabalhadores locais, tendo atingido os 40 expatriados.
60
03
RELATÓRIO
CONSOLIDADO
DE GESTÃO
Foi angariada e iniciada a construção do Hotel Botafogo no Rio de Janeiro para o Grupo
Pylos, no valor de 41 milhões de Reais. Foram
também iniciadas as obras de construção do
Hotel Santo Emiliano em Ribeirão Preto, no
valor de 57 milhões de Reais.
Ao longo do ano de 2014 a empresa melhorou os seus procedimentos e sistemas, promovendo uma maior integração dos sistemas da
Somague Engenharia à realidade local, tendo
sido concluída a adaptação do seu sistema informático (SAP) à legislação fiscal e trabalhista
brasileira. Foram também reformulados alguns
dos principais departamentos da empresa, com
vista à sua adaptação aos desafios que o ano de
Shopping Iguatemi - Porto Alegre - Brasil
2015 e seguintes necessariamente vão obrigar.
Somague MPH
Apesar das perspetivas não muito animadoEm 2014, a Somague MPH consolidou a sua atividade no
ras que o mercado apresenta, a expetativa
Brasil, apesar da forte retração que o mercado apresentou
da Somague MPH é a de que consiga, ainda
durante o ano e que, de acordo com todos os sinais econó-
assim, reforçar a sua atividade e melhorar os
micos, seguramente vai continuar em 2015.
seus resultados. A empresa pretende igualmente diversificar o seu volume de negócios
construindo unidades industriais.
Neste ano de 2014 foram concluídas algumas das obras
que a empresa tinha em execução: a expansão do Prédio
Garagem Shopping Center Iguatemi Porto Alegre, a últi-
No quadro seguinte apresentam-se os prin-
ma fase do projeto de construção do Centro Logístico de
cipais indicadores combinados da Somague
Ribeirão Preto, e a primeira fase do Centro Logístico REC,
Engenharia - Sucursal do Brasil e da Somague
Gravataí, no estado do Rio Grande do Sul.
MPH (antes dos ajustamentos de consolidação na Somague Engenharia):
(Unid: Euros)
2012
2013
2014
Volume de negócios
EBITDA
RAI
Resultado líquido
2.988.455
-1.166.440
-1.295.009
-1.295.009
24.445.808
3.413.503
-361.149
-361.149
46.283.571
2.158.041
1.550.108
1.896.354
Cash flow
Ativo líquido
Capital próprio
Participação
-1.238.398
5.657.622
2.906.811
100%
-273.342
7.450.261
-361.149
100%
1.946.993
20.824.590
1.896.354
100%
61
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
3.6.4. Somague Engenharia, S.A. - Sucursal
de Espanha
Durante o ano de 2014 foram concluídas as
tarefas de acompanhamento do período de
garantia contratual nas várias obras realizadas em território espanhol.
Embora o mercado espanhol sofra de problemas semelhantes ao mercado português
com a conjuntura a ditar níveis de investimento público e privado muito baixos, o
mesmo continuará a ser acompanhado na
expectativa de aproveitar novas oportunidades que possam surgir.
No quadro seguinte apresentam-se os principais indicadores da sucursal (antes dos
ajustamentos de consolidação na Somague
Engenharia):
(Unid: Euros)
2012
Volume de negócios
EBITDA
RAI
Resultado líquido
Cash flow
Ativo líquido
Capital próprio
Participação
62
2013
2014
236.803
224.820
-216.981
-216.981
194.549
-306.601
51.968
51.968
362.200
-633.316
-573.217
-573.217
464.660
6.616.217
2.690.075
100%
-128.353
2.901.356
51.968
100%
-525.379
4.724.377
-573.217
100%
03
RELATÓRIO
CONSOLIDADO
DE GESTÃO
Terminal de Cruzeiros de Valência - Espanha
3.6.5. CVC - Construções de Cabo Verde, SARL / Somague
CVC - Construções de Cabo Verde, SARL
Engenharia, S.A. - Sucursal de Cabo Verde
A atividade desenvolvida no ano de 2014 reVerifica-se que o impacto gerado no mercado cabo-ver-
sultou numa performance financeira inferior
diano pela crise internacional dos últimos anos, e na mes-
à de 2013, devido ao investimento realizado
ma linha dos anos anteriores, mas com maior expressão
na recuperação de equipamentos para cum-
no ano de 2014, gerou uma redução no que respeita ao
primento dos compromissos assumidos e da
investimento privado e ao investimento público, o que se
redução das margens brutas das obras, de-
traduziu numa quebra da atividade das construtoras locais
vido à saturação do mercado da construção
e estrangeiras que operam no país.
civil em Cabo Verde.
À semelhança dos anos anteriores, a crise no sistema fi-
De salientar que após terem sido encontra-
nanceiro mundial fez com que os investimentos privados
das soluções alternativas com vista à manu-
na área imobiliária em 2014 fossem praticamente inexis-
tenção em funcionamento de outras unida-
tentes, não tendo havido praticamente investimento no
des de produção, como a Central de Betão,
ramo da imobiliária turística e da construção de hotéis.
foi tomada a decisão de encerrar a Britadeira, justificada pela clara redução da procura
Em relação ao investimento público, manteve-se na mes-
de inertes no mercado.
ma linha dos anos anteriores, em níveis muito baixos.
Ainda, e devido à forte diminuição da atividade a empresa viu-se obrigada a proceder
a um ajuste no quadro de pessoal. Contudo,
continuou a verificar-se que a boa gestão
contratual das obras em curso, proporcionou
à CVC uma boa saúde financeira, sem neces63
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
Somague Engenharia, S.A. - Sucursal de Cabo Verde
sidade de recorrer à banca para financiar o
arranque das obras angariadas, sendo que a
empresa mantém o controlo dos seus ativos
A Somague Engenharia - Sucursal de Cabo Verde iniciou
e apresenta resultados financeiros satisfató-
a sua atividade em Cabo Verde em dezembro de 2008, na
rios.
sequência da angariação da obra de Expansão e Modernização do Porto da Praia Fase 1.
O volume de negócios desenvolvido pela
CVC em 2014 atingiu 5,8 milhões de euros,
Posteriormente foram assinados (em consórcio), o contrato
a que correspondeu um resultado líquido
para a execução dos edifícios de apoio ao mesmo Porto e
positivo no valor de aproximadamente 0,5
cuja quota-parte da Somague ascende a aproximadamente
milhões de euros.
5,8 milhões de euros e o contrato da obra de Expansão e
Modernização do Porto de Sal Rei, na Boavista, cuja quo-
De salientar que o volume de negócios da
ta-parte da Somague é de 16 milhões de euros. Ainda em
empresa representa também o esforço de
consórcio, a empresa angariou a segunda fase do Porto da
rentabilização das estruturas industriais e
Praia, cabendo-lhe a quota-parte de 27 milhões de euros.
maquinaria da empresa, nomeadamente as
instalações de britagem, centrais de betão
A atividade desenvolvida pela Sucursal em 2014 foi de 14
e parque de equipamentos, mas que no ano
milhões de euros, obtendo um resultado líquido de apro-
em análise atingiu um valor de apenas 1 mi-
ximadamente 3,975 milhões de euros.
lhão de euros.
A atividade para 2015 estima-se que reduza bastante, para
O valor das angariações em 2014 foi de 9,2
3,4 milhões de euros, valor remanescente da Obra do Por-
milhões de euros, carteira a executar em
to da Boavista ainda por realizar.
2014 e 2015, facto que, confirma o impacto
do contexto macroeconómico e internacional adversos e consequente diminuição do
interesse neste mercado. A atividade prevista para 2015 ascende a 11,4 milhões de
euros.
As obras angariadas em 2014 foram:
• Habitação Social - Casa para Todos Praia
8.2
• Reabilitação de estradas Projeto Remador 5 Lote 1
• Sede da União Europeia
• Etar da Ceris/Cavibel
• Remodelação vivenda da Garantia, S.A.
64
03
RELATÓRIO
CONSOLIDADO
DE GESTÃO
Os principais indicadores relativos à atividade desenvolvida em Cabo Verde, agregando Filial e Sucursal (antes dos
ajustamentos de consolidação na Somague Engenharia),
são como seguem:
(Unid: Euros)
2012
2013
2014
Volume de negócios
EBITDA
RAI
Resultado líquido
26.248.888
2.595.969
2.267.715
1.626.670
29.649.451
5.949.955
5.454.074
4.004.830
19.762.042
6.002.683
5.477.739
4.463.758
Cash flow
Ativo líquido
Capital próprio
Participação
2.078.849
27.417.931
5.190.303
90,30%
4.459.451
36.162.970
7.614.532
90,30%
5.110.749
26.553.872
8.073.460
90,30%
Expansão e Modernização do Porto da Praia II - Cabo Verde
65
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
3.6.6
Somague Engenharia, S.A. - Sucursal
uma quebra na produção que esteve parcialmente relacio-
de Angola / Somague Angola - Construção e
nada com problemas operacionais nos maiores campos pe-
Obras Públicas, S.A.
trolíferos. Em 2014 as receitas do petróleo representaram
cerca de 76% das receitas fiscais (para 2015 prevê-se que
O ano de 2014 em Angola fica marcado pela
venham a cair para 36,5%), 99% das exportações e 90%
forte contração da atividade petrolífera, com
das entradas de reservas de moeda estrangeira, pelo que
a consequente quebra nas receitas fiscais
uma nova redução não esperada nos preços internacionais
provenientes do petróleo, principal fonte de
pode provocar uma desaceleração significativa do cresci-
receita do país, assim como de um abranda-
mento da economia, como ficou comprovado pelo choque
mento no crescimento do setor não-petro-
petrolífero de 2008 e pelo abrandamento de 2009. Esta si-
lífero, e que ajudam a explicar em grande
tuação reflete de forma muito clara a necessidade urgente
medida a revisão em baixa do crescimento
de diversificação.
económico.
Quanto ao setor não petrolífero, apelidado de “nova ecoEm 2014, Angola terá registado uma taxa de
nomia”, as perspetivas são otimistas, tendo por base o di-
crescimento real do PIB em torno de 4,4%,
namismo que se está a verificar na atividade agrícola e no
abaixo dos 8,8% estimados inicialmente.
setor dos serviços. Angola continua empenhada na diver-
Esta contração decorre da baixa execução
sificação da sua economia e construção de infraestruturas
orçamental das despesas de investimento
com o objetivo de diminuir a dependência orçamental das
do Estado motivadas pelo fraco desempe-
receitas do petróleo. O reforço da produção nacional com
nho do setor petrolífero. De acordo com
imposições de limitações às importações fruto da entrada
OGE original para 2015 e sua posterior re-
em vigor da nova pauta aduaneira, a reforma tributária e o
visão, está previsto um crescimento do PIB
fomento do investimento privado, são medidas levadas a
de 6,6%, a que corresponderá a necessidade
cabo pelo Executivo que visam igualmente atingir aquele
de financiamento de 1,031 biliões de kwan-
objetivo.
zas, fruto da incerteza na cotação internacional do preço do crude. A grande prioridade
Relativamente à taxa de Inflação, esta situou-se um pou-
continua a ser a renovação e melhoria das
co acima de 7%, permitindo acomodar a depreciação do
infraestruturas indispensáveis ao desenvol-
kwanza sem levar a um aumento das expectativas infla-
vimento económico e social que estimulem
cionistas, a par do aumento dos preços dos combustíveis
o aumento e diversificação da atividade eco-
em 25% em setembro. Para 2015, a prioridade é a manu-
nómica, por forma a tornar o processo me-
tenção deste indicador, sendo estimada uma inflação da
nos vulnerável e mais sustentável, resultan-
mesma ordem de grandeza, em torno de 7%.
do num aumento do emprego e melhoria do
bem-estar da população.
No que respeita à taxa de câmbio, o kwanza tem vindo sucessivamente a registar mínimos históricos, significando
No que respeita ao setor petrolífero, verifi-
que as importações de que Angola depende, vão tornar-se
cou-se uma forte quebra na cotação interna-
ainda mais caras. O excedente da conta corrente ao longo
cional do barril de petróleo, que atualmente
dos últimos anos permitiu a acumulação de um montante
se situa abaixo dos 50 dólares, bem como,
significativo de reservas cambiais, o que conjuntamente
66
03
RELATÓRIO
CONSOLIDADO
DE GESTÃO
com a política de deslize gradual do câmbio praticada pelo
De salientar o esforço que as Autoridades
Banco Nacional de Angola, se traduz atualmente num nível
Angolanas têm vindo a desenvolver no sen-
de reservas próximo dos 27 mil milhões de dólares (infe-
tido de promover gradualmente a “desdola-
rior em 6 mil milhões de dólares ao valor registado no final
rização” da economia, facto que se traduziu
de 2013), o que ainda permite manter uma situação con-
entre outros, na entrada em vigor da nova lei
fortável. No entanto, se os preços do petróleo continua-
cambial, no sentido de reduzir a utilização do
rem com tendência descendente e consequentemente o
dólar na economia de modo a que o kwanza
Kwanza continuar a trajetória de desvalorização, irá levar a
ganhe relevância nas transações locais.
um agravamento do défice orçamental. Comparando com
a situação verificada em 2008/2009, Angola está agora
No capítulo das finanças públicas, em 2014
mais preparada do que antes, fruto da considerável “almo-
Angola terá registado um défice orçamental
fada financeira” e da criação em 2012 do Fundo Soberano
de 0,2% do PIB, ficando abaixo do valor or-
de Investimento de Angola, que representam importantes
çamentado de 4,9% devido à fraca execu-
salvaguardas na eventualidade de terem que enfrentar
ção orçamental, em especial no que se re-
choques externos imprevistos.
fere à dificuldade de implementação do PIP
(Programa de Investimentos Públicos). De
Instituto Médio de Artes - CEART - Angola ®DUNYARODRIGUES_AMAZYNG
67
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
acordo com o OGE para 2015 e sua posterior
públicas, controlar o défice e levar a cabo os investimentos
revisão, está previsto para o final do ano, um
prioritários para o país, de modo a preservar as condições de
défice orçamental de 6,2% do PIB e que a divi-
estabilidade macroeconómica, requisito fundamental para o
da pública angolana represente 35,5% do PIB
desenvolvimento futuro da sua economia.
(agravamento de 6,3%). O efeito conjugado do
aumento do endividamento, fruto da adoção
Espera-se que vários projetos atualmente em curso pos-
de uma política de caráter expansionista que
sam contribuir para o desenvolvimento da atividade eco-
o governo pretende adotar para impulsionar o
nómica, destacando-se a exploração de gás natural através
crescimento económico, com a diminuição das
da fábrica de processamento de GNL no Soyo e a constru-
receitas do petróleo pode ameaçar a sustenta-
ção Refinaria do Lobito que deverá estar concluída entre
bilidade das finanças públicas e pôr em causa
2017 e 2018.
a solvabilidade externa da economia. Embora
a proporção da dívida externa tenha vindo a
Para a Somague, o ano de 2014 foi marcado pelo reforço
aumentar, os riscos parecem estar controlados,
de consolidação da estratégia de negócio implementada
já que a principal fonte de receita, o petróleo,
em Angola.
também é denominada em dólares.
As obras que mais contribuíram para a atividade da
No âmbito dos esforços desenvolvidos para
Somague em Angola em 2014 foram:
garantir um melhor planeamento, destaca-se a realização dos censos em 2014 (pri-
Somague Engenharia, S.A. - Sucursal de Angola
meiro recenseamento da população desde
• Reabilitação da Maternidade Lucrécia Paim - 2.ª Fase
1970) que permitirá a obtenção de informa-
• Construção do Instituto Médio de Artes - 2.ª Fase
ção estatística fiável e atualizada, necessária
• Construção do Complexo Residencial de Benfica
ao acompanhamento e avaliação da estratégia de combate à pobreza e que será de-
Somague Angola - Construção e Obras Públicas, S.A.
terminante para calcular as necessidades de
• Construção do Complexo Kinaxixi - Estrutura e Acabamentos
infraestruturas a levar a cabo.
• Construção de Edifício de Escritórios “Lenine” - Acabamentos
O ano de 2015 será um ano difícil para Angola
• Construção de Tomada de Água e Poços de Adução da
no plano económico devido a não ser expec-
Barragem de Laúca
tável uma recuperação significativa do preço
do petróleo, o que diminuirá enormemente a
• Construção do Parque de Armazenamento de Malange
capacidade de realização de despesa pública e
• Construção do Novo Edifício de Escritórios da Assembleia Nacional
de financiamento da economia. A forma como
• Remodelação das Ex. Instalações do Tribunal Constitu-
o país enfrentará este cenário é ainda uma in-
cional
cógnita. É imperativo analisar o ordenamento
• Construção do Complexo Residencial de Benfica - Mo-
jurídico atual, reformar leis, fomentar o inves-
radias Especiais
timento privado e sobretudo diversificar a eco-
• Construção e Restauração do Edifício Luanda Medical
nomia. Serão pois tempos de grandes desafios
Center - 2.º Fase
quanto à capacidade de equilibrar as contas
68
03
RELATÓRIO
CONSOLIDADO
DE GESTÃO
Kinaxixi MXD Complex - Angola
No ano de 2014, o volume de negócios gerado pelas duas
Especialidade + Arquitetura e Acabamen-
empresas rondou os 271 milhões de euros, apresentando
tos) - 15,1 milhões USD
• Construção do Edifício Sede DAR (Acaba-
um resultado líquido conjunto no final de 2014 de 32,6
mentos) - 10,1 milhões USD
milhões de euros, o que corresponde a um crescimento de
• Reabilitação do Hospital de Cabinda - 6,9
96% face ao ano anterior.
milhões USD
Em 2014, das obras adjudicadas, destacam-se:
Para 2015 prevê-se uma atividade de cerca
• Construção do Novo Edifício de Escritórios da Assem-
de 296 milhões de USD.
bleia Nacional - 136,2 milhões USD
• Construção de Tomada de Água e Poços de Adução da
Em dezembro de 2015, as duas empresas
Barragem de Laúca - 54,9 milhões USD
englobavam 823 colaboradores, sendo 604
• Remodelação das Ex. Instalações do Tribunal Constitu-
colaboradores locais e 219 expatriados.
cional (Parque de Estacionamento + Remanescente) 48,3 milhões USD
Os principais indicadores relativos à ativi-
• Recuperação e Ampliação da Escola Mutu-Ya-Kevela e
dade desenvolvida em Angola, agregando
Puniv - 22 milhões USD
Sucursal e Filial (antes dos ajustamentos de
• Construção do Edifício do Museu da Moeda (Estrutura e
consolidação), são como seguem:
(Unid: Euros)
2012
Volume de negócios
EBITDA
RAI
Resultado líquido
286.519.522
24.147.391
18.246.737
11.651.399
Cash flow
Ativo líquido
Capital próprio
Participação
16.726.801
378.371.342
22.013.397
100%
69
2013
2014
245.982.360 270.875.670
33.292.424
44.764.036
23.225.303
42.073.049
15.704.307
32.595.539
16.798.524
435.700.528
46.972.819
100%
41.878.739
575.259.656
76.200.636
100%
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
3.6.7
Somague Moçambique, Lda.
O ano de 2014 passou pela renegociação da
A economia de Moçambique cresceu 7,4% em 2013, im-
obra do CDN - Corredor de Desenvolvimen-
pulsionada pelos transportes e comunicações, serviços fi-
to do Norte (Nacala), para o valor de 153,5
nanceiros e indústrias extrativas, os fluxos de investimen-
milhões de USD em virtude da redução de
to direto estrangeiro atingiram 5,9 mil milhões de USD´s
trabalhos por parte do cliente. Este projeto
em 2013; as reservas internacionais aumentaram em 404
consiste na execução de trabalhos de reabi-
milhões de USD´s ao longo do ano e a inflação mantém-se
litação da Infraestrutura e Superestrutura da
baixa apesar da orientação orçamental expansionista e do
secção 6 e 7 parte 1 e da secção 7 parte 2, no
aumento de crédito à economia. As estimativas de cresci-
troço de Brownfield - Moçambique da Ferro-
mento para os anos de 2014 e 2015 são de 8,5% e 8,2%,
via Corredor de Nacala.
respetivamente. Este desempenho está relacionado com o
aumento da exploração e produção de minérios, em espe-
Em outubro de 2014 foi também adjudicada
cial o carvão, e com a implementação de grandes projetos
à Somague, por parte do Instituto Nacional
de infraestruturas.
de Segurança Social (INSS) a construção de
um edifício no valor de aproximadamente
O equilíbrio orçamental das finanças públicas, em 2013
23,6 milhões de USD.
beneficiou dos fluxos externos tendo o défice orçamental
atingido 3% em 2013. Para o ano de 2014, ano marcado
Sendo Moçambique um país em franca ex-
pelas eleições presidenciais estima-se um défice de 9,5%.
pansão económica, mas com infraestruturas limitadas para suportar o crescimento
No quadro seguinte apresentam-se os principais indicado-
económico e apoiar projetos de grande di-
res da empresa (antes dos ajustamentos de consolidação
mensão, existem, naturalmente, oportunida-
na Somague Engenharia):
des para a angariação de novos projetos de
construção. O ano de 2014 foi produtivo em
termos de contactos comerciais, dos quais
deveremos colher resultados durante o ano
de 2015.
(Unid: Euros)
2012
Volume de negócios
EBITDA
RAI
Resultado líquido
Cash flow
Ativo líquido
Capital próprio
Participação
70
2013
2014
-187.478
-208.333
-208.333
6.738.103
-840.348
-1.519.759
-1.519.759
28.881.533
3.632.821
1.509.894
1.509.894
-189.840
1.583.337
70.600
100%
-1.229.645
19.002.070
-1.447.183
100%
2.482.691
41.794.590
27.328
100%
03
RELATÓRIO
CONSOLIDADO
DE GESTÃO
Corredor de Nacala - Moçambique
3.6.8. Somague Engenharia, S.A. - Sucursal da Irlanda
O ano de 2014 correspondeu a um ano de viragem na eco-
A Somague continua também atenta às
nomia irlandesa, tendo a taxa de crescimento económico
oportunidades no mercado da Irlanda do
atingido os 4,8%, a mais elevada da Europa. Todos os se-
Norte, mantendo para isso ativa uma parce-
tores de atividade registaram crescimento, incluindo o da
ria com uma empresa local. Espera-se que
construção, que cresceu 6,9%.
esta parceria registe os primeiros resultados
concretos em 2015, com a contratação de
A Somague continua com uma posição comercial muito
um primeiro projeto.
ativa neste mercado, seguindo com atenção todas as oportunidades que estão a surgir e estando disponível para
No quadro seguinte apresentam-se os prin-
analisar novos projetos. Apesar do envolvimento em dife-
cipais indicadores da empresa (antes dos
rentes processos, em 2014 não foi possível angariar ne-
ajustamentos de consolidação na Somague
nhum novo projeto no país, o que se espera que venha a
Engenharia):
acontecer em 2015.
(Unid: Euros)
2012
2013
2014
Volume de negócios
EBITDA
RAI
Resultado líquido
2.067.426
873.787
360.179
313.431
380.180
-85.212
115.424
100.996
161.242
46.085
40.325
Cash flow
Ativo líquido
Capital próprio
Participação
313.358
4.571.555
313.431
100%
100.996
4.098.992
100.996
100%
32.522
1.401.870
40.325
100%
71
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
3.6.9 Soconstrói PMG - Promoção e
de arrendamento referentes a uma loja e a uma garagem e
Montagem de Negócios, S.A.
está em negociação a venda de duas lojas com a assinatura
do CPCV prevista para o primeiro trimestre de 2015. No
No decurso do ano de 2014, a atividade da
que diz respeito ao Empreendimento da Quinta do Mocho
Sociedade centrou-se uma vez mais na ges-
foi arrendada uma loja, procedeu-se à resolução de um
tão e potenciação dos respetivos ativos imo-
contrato de arrendamento e estão em renegociação três
biliários.
contratos de arrendamento de inquilinos relapsos.
De facto, a estratégia no decurso do ano de
Em conclusão desta estratégia, no Continente, a empresa
2014, centrou-se na alienação, mesmo com
alcançou em 2014 um valor global de escrituras de 35.000
prejuízo, dos ativos cuja expetativa de curto
euros e um valor global de rendas efetivamente cobradas
e médio prazo seria apenas a de consumi-
próximo dos 87.120 euros, números que tendo em conta,
rem recursos, e na rentabilização dos ativos,
por um lado a natureza e valor diminuto dos ativos em cau-
que em conjuntura adversa à venda traduzi-
sa e por outro, as circunstâncias particularmente recessi-
da na diminuição do rendimento disponível
vas do respetivo mercado alvo, não podem deixar de ser
das famílias e na escassez e custo do crédito,
considerados como satisfatórios.
ainda assim tinham potencial para arrendamento.
Já nos Açores, foram concretizadas três escrituras no Empreendimento Lameirinho, com o valor global de 293.061
No empreendimento de habitação de cus-
euros.
tos controlados de São Pedro do Corval, e
devido à incapacidade de aquisição de casa
No âmbito da HSE - Empreendimentos Imobiliários, Lda.,
própria do respetivo mercado alvo, o esfor-
sociedade por si participada em 27,5%, a atividade da
ço de comercialização centrou-se no arren-
Empresa durante o ano de 2014 cingiu-se ao acompanha-
damento das moradias unifamiliares que o
mento dos seus empreendimentos imobiliários em fase de
compõem. Deste modo, e ao longo do ano,
venda, sitos na Ameixoeira e nas Galinheiras em Lisboa,
foram colocadas em arrendamento quatro
não se tendo no entanto registado vendas no exercício, à
unidades, duas das quais à Câmara Munici-
semelhança do ocorrido no exercício anterior, tendo po-
pal de Reguengos de Monsaraz para subar-
rém sido assinado um CPCV de uma fração.
rendamento. Foi ainda assinado um contrato
promessa de compra e venda (CPCV), cuja
Em 6 de março de 2014 foi proferido o acórdão do Tribu-
escritura ocorreu no mês de janeiro de 2015.
nal Central Administrativo Sul que confirmou a sentença
referente ao processo 2681/07.5 BELSB movido pela HSE
Relativamente às lojas e garagens que rema-
contra a Câmara Municipal de Lisboa (CML), tendo poste-
nescem dos empreendimentos de habitação
riormente, em 12 de Novembro de 2014, sido interposta
de custos controlados promovidos pela em-
ação executiva junto do Tribunal Administrativo de Circu-
presa, situados em Loures, foram comercia-
lo de Lisboa. Já durante o mês de janeiro de 2015 foi pos-
lizadas 6 garagens no empreendimento da
sível chegar a acordo com a CML com vista ao recebimen-
Quinta das Mós e assinado um CPCV. Proce-
to dos valores alvo da ação referente ao processo acima
deu-se ainda à resolução de dois contratos
referido no montante total de 3.810.483 euros.
72
03
RELATÓRIO
CONSOLIDADO
DE GESTÃO
Deste modo a sociedade reconheceu nas contas de 2014,
Como corolário de tal propósito, manter-se-
os ganhos referentes ao respetivo processo, apurando
-á o esforço de arrendamento das 17 unida-
um resultado líquido que se fixou em 2.339.372,56 eu-
des ainda não colocadas em São Pedro do
ros, em comparação com o resultado liquido negativo de
Corval, sendo desde já expectável que a pró-
86.776,27 euros registados no ano anterior.
pria Câmara de Reguengos, venha a reforçar
a sua condição de arrendatária.
Sendo um facto que após quatro anos de crise, as perspetivas económicas para 2015 começam timidamente a des-
De igual modo, a empresa focar-se-á no des-
pontar, também é verdade que o mercado alvo dos ativos
tino a dar a algumas lojas e garagens que
promovidos pela empresa levará seguramente muito mais
remanescem dos empreendimentos de ha-
do que o ano em curso, para começar a recuperar.
bitação de custos controlados por si promovidos na Quinta do Mocho e na Quinta das
Deste modo, para 2015, a empresa manterá posicionamen-
Mós, no sentido de colocar comercialmente
to estratégico semelhante ao de 2014: vender os ativos
os que se encontram livres e de desocupar
que apenas consomem recursos mesmo que com menos
os que se encontram ocupados, alguns deles
valias pontuais, e continuar a gerar rendimento de todos
por inquilinos relapsos.
os que têm potencial para tal.
Em paralelo com o já referido, continuarão
os esforços no sentido de reduzir os custos
fixos de exploração da empresa sem sacrificar o desempenho da sua atividade.
No quadro seguinte apresentam-se os principais indicadores consolidados da empresa
(antes dos ajustamentos de consolidação na
Somague Engenharia):
(Unid: Euros)
2012
Volume de negócios
EBITDA
RAI
Resultado líquido
Cash flow
Ativo líquido
Capital próprio
Participação
73
2013
2014
54.750
-261.378
-411.816
-426.711
350.301
-323.077
-386.514
-419.276
415.181
-134.529
402.367
433.340
-388.799
20.155.248
12.088.676
100%
-574.539
17.331.835
11.702.152
100%
425.576
14.408.155
12.134.463
100%
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
3.6.10Somague
TI
-
Tecnologias
de
Outros projetos que tiveram também impacto no trabalho
Informação, S.A.
desenvolvido em 2014:
O ano de 2014 à semelhança do anterior,
• Desenvolvimento e implementação de uma ferramenta
continuou a ser marcado pela melhoria con-
de análise do risco, transversal a toda a organização e
tínua dos processos e dos sistemas de forma
disponível em todo o mundo.
a responder aos desafios da internaciona-
• Desenvolvimento e implementação de uma ferramenta
lização da Somague e à deslocalização dos
de “gestão societária” que permita registar para cada
colaboradores, assim como, o de simplificar
empresa, os poderes de cada responsável e respetivas
a infraestrutura de suporte respondendo às
procurações.
novas exigências do negócio. Tiveram espe-
• Desenvolvimento do novo portal corporativo (Snet),
cial impacto as seguintes implementações:
com novo ambiente gráfico e novas funcionalidades.
• Desenvolvimento de nova versão da “Agência de Via-
• Angola - Foi feito um esforço no sentido de
gens”, melhorando a usabilidade.
implementar novos sistemas e processos
• Upgrade de SAP R3 para a versão ECC6
que permitam um maior controlo do fluxo
e partilha de informação. Tem especial im-
Em 2014 continuou o esforço de redução de custos asso-
portância a implementação do sistema de
ciados às tecnologias de informação, mantendo as funcio-
gestão da documentação (BSmart) e a re-
nalidades da arquitetura de sistemas, mas ajustando a es-
visão de alguns processos contabilísticos
trutura e os contratos com parceiros aos novos desafios e
e de recursos humanos (RH).
necessidades. Essa redução terá representado poupanças
• Brasil - Foram desenvolvidas soluções
na ordem dos 11% com relação ao ano anterior.
para permitir a adequação dos sistemas
às necessidades legais no âmbito dos RH
Os objetivos para 2015 passam por consolidar as imple-
e contabilidade e implementados novos
mentações nos mercados onde a Somague atua, nomeada-
processos e sistemas com especial des-
mente, Moçambique, Angola, Brasil e Cabo Verde.
taque para o BSmart e interfaces entre
obras e aprovisionamentos.
Por outro lado, algumas alterações organizativas e a forma
• Irlanda - Desenvolvimento de funcionali-
como se desenrola a atividade, agora muito mais no inter-
dades adicionais do sistema de gestão de
nacional do que no passado, trouxeram novos desafios e
obras (SLIGO) para a gestão da manuten-
novas preocupações com impacto significativo na área dos
ção de via ferroviária.
SI. O trabalho colaborativo, a partilha de informação e co-
• Em todos os locais foi uniformizada a in-
nhecimento, a centralização da informação disponibilizan-
fraestrutura de comunicações permitindo
do-a a quem dela necessita em qualquer ponto do mundo,
um acesso mais simples aos sistemas e
continuam a ser desafios para os quais nos empenhamos
funcionalidades centralizadas, assegu-
em ter respostas.
rando o cumprimento das regras de segurança de forma a garantir a integridade
da informação. Principal destaque para
Angola, Cabo Verde, Brasil e Moçambique.
74
03
RELATÓRIO
CONSOLIDADO
DE GESTÃO
Os principais indicadores da empresa (antes dos ajustamentos de consolidação na Somague Engenharia) são
como seguem:
(Unid: Euros)
2012
2013
2014
Volume de negócios
EBITDA
RAI
Resultado líquido
2.707.221
694.633
328.562
222.788
2.388.584
512.665
166.784
94.160
2.473.509
322.502
255.988
69.459
Cash flow
Ativo líquido
Capital próprio
Participação
564.446
5.728.893
4.805.265
100%
409.592
5.632.412
4.687.777
100%
108.342
6.036.279
4.757.236
100%
75
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
3.7
Evolução Económico-financeira
Embora a economia portuguesa continue a
confirmar-se impedirão que Portugal saia do procedimen-
apresentar um desempenho relativamente
to por défices excessivos, o que aliado ao elevado nível de
fraco, os resultados apresentados no ano
dívida pública que o País apresenta, próximo dos 130% no
que findou permitem perspetivar a inversão
final de 2014 (as previsões para 2015 apontam para valo-
da tendência recessiva de anos anteriores.
res na ordem dos 125%) manterá a economia sob pres-
Em 2014, o PIB apresentou um crescimento
são, fruto da necessidade de manutenção das medidas de
de 0,9% (valor idêntico ao da Zona Euro),
consolidação orçamental, não se perspetivando a possibi-
após ter diminuído 1,4% no ano anterior e
lidade de uma recuperação significativa do investimento
3,2% em 2012. Trata-se do primeiro ano de
público e privado, o que necessariamente continuará a ter
crescimento desde 2010. Para 2015, a gene-
um impacto negativo no setor da construção.
ralidade das instituições tem melhorado as
projeções para a economia portuguesa. As
A estabilização da degradação das condições económicas
previsões do Estado apontam para um cres-
e o consequente reflexo no setor da construção e obras
cimento do PIB de 1,5% e as da Comissão
públicas em Portugal, bem como, e principalmente, a cres-
Europeia de 1,6%, assente essencialmen-
cente importância da componente internacional na ativi-
te no consumo privado dada a melhoria do
dade da sua participada Somague Engenharia, fez com que
rendimento disponível das famílias, sendo
a atividade consolidada da Somague SGPS, apresentasse
que do lado do investimento e das exporta-
um crescimento de 11% com relação ao ano anterior. Por
ções líquidas o reforço deverá ser marginal.
outro lado, e por uma questão de prudência procedeu-se
No entanto, as estimativas para o défice or-
nas contas da participada a um reforço da provisão para
çamental mantêm-se acima dos 3%, o que a
outros riscos e encargos no valor de aproximadamente 10
Eixo de Alta Velocidade troço Vilagarcía - Padrón - Espanha
76
03
RELATÓRIO
CONSOLIDADO
DE GESTÃO
milhões de euros, o que se traduziu num impacto positivo
no EBITDA, mas penalizador ao nível dos restantes indicadores de rendibilidade. De salientar também, que fruto da
recuperação de saldos de contas a receber de clientes com
antiguidade elevada, os fluxos de caixa de 2014 tiveram um
aumento muito significativo com relação ao ano anterior.
Também e apesar do ambiente adverso, a Somague SGPS
manteve indicadores de solidez financeira de bom nível, o
que lhe permitirá enfrentar o ano de 2015, com segurança
acrescida.
Uma vez mais, o ano de 2014 foi especialmente marcado
pela continuidade da estratégia de internacionalização da
atividade da construtora, com a entrada em novos mercados e reforço dos existentes, permitindo compensar a
quebra de atividade vivida no mercado nacional, que certamente se irá prolongar por bastantes anos. Atualmente,
a atividade da construtora encontra-se direcionada para os
mercados, africano, brasileiro e europeu.
A evolução dos principais indicadores económico-financeiros das contas consolidadas da Somague SGPS resume-se como segue:
(Unid: Euros)
INDICADORES
VARIAÇÃO
2014/2013
2012
2013
2014
517.155.080
499.183.442
554.278.085
11,04%
Rendibilidade
EBITDA
RAI
Resultados líquidos
Resultados operacionais
28.500.889
14.219.218
5.723.772
21.922.578
34.957.351
17.361.170
5.814.546
32.182.969
45.790.135
11.455.577
118.543
27.215.810
30,99%
-34,02%
-97,96%
-15,43%
Resultados financeiros/Volume de negócios
Cash flow
-1,49%
12.302.084
-2,97%
8.588.928
-2,85%
18.692.868
-3,93%
117,64%
840.416.513
162.343.370
19%
833.884.616
167.754.318
20%
845.715.959
168.286.322
20%
1,42%
0,32%
-1,09%
Atividade
Volume de negócios
Estrutura financeira
Ativo líquido
Capitais próprios
Autonomia financeira
77
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
3.8
Proposta de Aplicação dos Resultados
A Somague SGPS não distribui resultados
com base nas contas consolidadas.
A conta de resultados líquidos individuais
da sociedade mãe (Somague SGPS) apresentava no exercício findo a 31 de dezembro
de 2014, um resultado positivo de 118.543
euros.
O Conselho de Administração, tendo em
consideração as disposições legais (art.º 32
e 33 CSC) e o contrato de sociedade, propõe
que aos resultados líquidos positivos de
118.543 euros seja dada a seguinte aplicação:
Para reserva legal
Para resultados transitados
5.927 €
112.616 €
Sintra, 27 de fevereiro de 2015
78
03
Barragem de Foz Tua - Portugal
RELATÓRIO
CONSOLIDADO
DE GESTÃO
79
04
QUALIDADE
E INOVAÇÃO
Qualidade
82
4.2
Subcontratação
84
4.3
Conformidade Legal
85
4.4
Inovação
86
Data Center PT - Covilhã - Portugal
4.1
80
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
4.1
Qualidade
O Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ),
certificado de acordo com a norma NP EN
ISO 9001:2008, faz parte do Sistema Integrado de Gestão do Ambiente, Qualidade e
Segurança da Somague (SIGAQS). Este reflete o Modelo de Funcionamento da empresa
e foi estabelecido com o objetivo de criar e
implementar um conjunto de normas e procedimentos que suportam a estratégia de
negócio e os processos da empresa.
Neste âmbito o SIGAQS é sujeito a auditorias anuais de terceira parte pela APCER que,
em 2014, confirmou que o SIGAQS continua
adequado aos objetivos da organização e requisitos normativos, evidenciando uma evolução consolidada e positiva.
Adicionalmente, para a Somague, a satisfação das expectativas, necessidades e requisitos dos clientes é uma preocupação e um
objetivo constantes. Assim, anualmente, a
empresa procura obter o feedback dos seus
clientes através do processo de Avaliação da
Satisfação do Cliente.
SATISFAÇÃO DOS CLIENTES
2012
2013
2014
Somague Engenharia, S.A.
Somague Ediçor Engenharia, S.A.
Neopul - Sociedade de Estudos e Construções, S.A.
76%
90%
85%
75%
83%
85%
76%
88%
86%
82
04
QUALIDADE
E INOVAÇÃO
Certificação QSA na atividade internacional
O sistema integrado de gestão do ambiente, qualidade
e segurança da Somague, cuja certificação tem vindo
progressivamente a incluir os diversos referenciais normativos
e a abranger um maior número de atividades da Somague,
viu reconhecida no final de 2014 mais uma importante etapa,
a inclusão de toda a atividade internacional da Somague
Engenharia e Neopul.
A auditoria realizada pela APCER em outubro de 2014, pela
primeira vez na história da Somague, passou a compreender as
obras internacionais desenvolvidas pelas suas sucursais. Além
das obras desenvolvidas em Portugal, esta auditoria incluiu
uma verificação presencial da implementação do SIGAQS na
obra de Ampliação do Porto da Boa Vista em Cabo Verde, assim
como, uma verificação documental da implementação na obra
do Corredor de Nacala em Moçambique, nas obras do Metrô no
Brasil e na obra do Terminal de Contentores do Porto de Lomé
no Togo.
O sucesso deste alargamento é dos colaboradores que ao se
deslocarem para os projetos internacionais levam consigo a
cultura Somague, os seus processos e as boas práticas nas áreas
QSA, independentemente das dificuldades específicas de cada
país.
O próximo passo será a implementação e certificação do
SIGAQS nas participadas internacionais da Somague, em função
das exigências de cada mercado e das necessidades de cada
empresa.
Metrô de S. Paulo - Estação de Vila Prudente - Brasil
83
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
4.2
Subcontratação
Para a Somague, a responsabilidade associa-
ção de mão de obra e empresas locais. Em 2014 a percen-
da à sua cadeia de subcontratação é assumi-
tagem de subempreitadas/fornecimentos locais fixou-se
da como um dos processos fundamentais de
em 78% (Moçambique, Cabo Verde, Brasil, Togo, Irlanda),
garantia da qualidade total dos seus servi-
sendo Moçambique o país onde este indicador é mais des-
ços. Como tal, o Modelo de Funcionamento
favorável dada à limitada disponibilidade e empresas de
da empresa possui um processo dedicado a
construção especializadas.
esta gestão, intitulado “Fornecimentos de
Materiais e Serviços”.
Anualmente, a empresa realiza o processo
interno de Classificação de Fornecedores,
Subempreiteiros e Prestadores de Serviços,
o qual alia a informação fornecida pelas próprias entidades (qualificação), com a avaliação a que são submetidos relativamente ao
seu desempenho nos serviços prestados à
Organização. Este processo origina a revisão
e publicação anual do Livro de Fornecedores, Subempreiteiro e Prestadores de Serviço, que inclui as empresas preferenciais para
a seleção de um dado fornecimento.
Para que todos os intervenientes em obra
se tornem agentes atuantes e possuam uma
consciência coletiva das preocupações da
Somague durante as diversas atividades a
realizar, além das reuniões de coordenação
realizadas periodicamente, os subempreiteiros, fornecedores e prestadores de serviço são incluídos nas ações de formação/
sensibilização promovidas em obra. Estas
ações incluem, fundamentalmente, aspetos
relacionados com os impactes ambientais,
riscos laborais e respetivas medidas de minimização associadas às atividades de cada
interveniente.
Além disso, a Somague procura contribuir
para o desenvolvimento social e económico
das regiões onde opera através da contrata84
04
QUALIDADE
E INOVAÇÃO
4.3
Conformidade Legal
O cumprimento por todas as disposições legais é uma
prioridade para a Somague no desempenho da sua atividade. Em 2014, a Somague despendeu cerca de 26 mil
euros para pagamento de coimas contratuais, fiscais, de
segurança e outras. Destaca-se o facto de, à semelhança
do ano de 2012, a empresa não ter sido sancionada por
incumprimentos legais no âmbito ambiental.
TIPOLOGIA DE COIMAS (% do número total)
2012
2013
2014
Contratuais
Fiscais
Ambientais
Segurança
Outras
0%
44%
0%
5%
51%
0%
79%
3%
3%
15%
0%
41%
0%
17%
42%
Neopul - Aplicação de Fitofarmacêuticos
Com a entrada em vigor da Lei n. º 26/2013, de 11 de julho, que
alargou o âmbito de aplicação de produtos fitofarmacêuticos
a Vias de Comunicação, a Neopul sentiu necessidade de
submeter um pedido de autorização à Direção Geral de
Alimentação e Veterinária (DGAV) e à Direção Regional de
Agricultura e Pescas (DRAP), para poder ser reconhecida como
entidade autorizada a aplicar os produtos fitofarmacêuticos.
Por forma a obter a autorização, foi necessário construir um
armazém na obra de Prestação de Serviços de Manutenção - ROS,
que cumprisse com os requisitos mencionados no Anexo I Parte
A da Lei n. º 26/2013, de 11 de julho. A DRAP avaliou o pedido e
a DGAV proferiu decisão favorável em outubro de 2014.
85
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
4.4
Inovação
A atividade inovadora da Somague sofreu,
foque no risco operacional/técnico. Este projeto implicará
em 2014, uma significativa redução no que
uma revisão ao Modelo de Funcionamento da Somague,
se refere à inovação de processos e produ-
com a inclusão de um novo processo dedicado à Gestão
to. Tal deveu-se essencialmente ao contexto
do Risco.
macroeconómico que o setor da construção
atravessa, baixa apetência para o risco técni-
Apesar da reduzida atividade inovadora na vertente tec-
co e financeiro, originando um menor inves-
nológica, a Somague em 2014 efetivou uma iniciativa de
timento em novas tecnologias.
inovação, na qual se desenvolveu um equipamento para
correção de plintos de aparelhos de apoio em pontes e
No entanto, a Somague, em 2014, iniciou-se
viadutos, sem a utilização de andaimes ou camião grua.
em 2 projetos de inovação organizacional,
cuja implementação terá importantes im-
Para 2015 a Somague pretende continuar a sua aposta na
pactos na forma de trabalhar da empresa,
inovação e na dinamização e implementação do seu Sis-
nomeadamente:
tema de Gestão da IDI, o qual se encontra certificado pela
NP4457.
• Metodologia de Trabalho BIM
• Gestão do Risco
Com o primeiro projeto pretende-se introduzir o conceito BIM, com todos os softwares que integra, para reunir e globalizar a
informação e o conhecimento, geralmente
dispersos e separados pelos diversos departamentos da empresa, num método de trabalho que se deverá tornar uma ferramenta
diária. A característica da modelação em 3D,
associada à catalogação de todos os materiais e equipamentos do modelo, permitirão
uma leitura exata e rápida, assim como a
perceção imediata de incoerências e interferências entre partes constituintes.
O projeto de Gestão do Risco pretende desenvolver um sistema de gestão de risco
transversal a todo o ciclo de negócio da empresa, aproveitando as práticas existentes
(nomeadamente na área comercial) e o conhecimento adquirido no projeto já desenvolvido Metodologia de Gestão do Risco em
Empreendimentos de Construção, com en86
04
QUALIDADE
E INOVAÇÃO
BIM na Somague
Começou a sério, na prática, em junho de 2014, na obra do Centro
Com a primeira obra identificaram-se as dificulda-
de Artes para a Fundação EDP. Na teoria começou em 2013, com
des de incorporar uma metodologia de trabalho
uma iniciativa de modelação do edifício sede da Somague, depois
mais rentável num ambiente tradicional e com um
com a integração no Grupo de Trabalho BIM da PTPC e, em março de
ritmo mais lento. Assim, com a Somague TI, preten-
2014, com a primeira participação de um colaborador da Somague
de-se desenvolver futuramente uma plataforma de
no curso de BIM na Ordem dos Engenheiros (seguiram-se outros, to-
trabalho que integra a gestão de documentos com
dos premiados pelo seu excelente aproveitamento).
os modelos BIM, centralizando e agregando toda a
informação e história da obra, possibilitando a di-
A auscultação da atividade BIM no mercado da AEC já era antiga
fusão destes dados em qualquer altura e transver-
(com quase 5 anos), mas a falta de exigências internas ou externas
salmente a todos os departamentos da empresa.
e a conjuntura conturbada não permitiram, durante algum tempo,
fazer uma aposta estruturada e qualificada nesta área.
Com o conhecimento, entretanto adquirido em
BIM, tornou-se fundamental disseminá-lo quer
Em 2014, já com contratos com requisitos BIM, quer na fase co-
internamente, quer para o exterior. Assim, desen-
mercial como em obras angariadas, a Somague decidiu investir
volveram-se em 2014 diversas ações internas de
nesta nova metodologia de trabalho com a perspetiva de aumen-
formação e divulgação pelos vários departamen-
tar a sua produtividade e qualidade da atividade.
tos e sucursais da Somague e construiu-se um site
Na primeira obra (Centro de Artes para a Fundação EDP) com me-
temático na intranet da empresa. Para o exterior,
todologia de trabalho BIM, a Somague estruturou uma equipa com
a Somague interveio na Conferência Internacional
colaboradores da empresa, sem conhecimentos específicos na
de BIM, realizada em outubro de 2014 em Lisboa,
área, sincronizados com formadores/consultores externos, par-
organizada pelo BIM Fórum.
ceiros no GTBIM da PTPC. Foram formados enquanto trabalhavam,
A equipa BIM da Somague começou com 5 colabo-
sujeitos às solicitações e prazos inerentes ao normal decorrer de
radores, em junho de 2014. No final do ano a equi-
uma obra.
pa contava já com 8 colaboradores, distribuídos
Um membro desta equipa certificou-se nas ferramentas utilizadas
por três países (Portugal, Brasil e Irlanda), estando
e a Somague criou uma parceria com a QualiCAD para desenvolver
outros 8 já identificados.
ações de formação internas para os seus colaboradores, com programas adequados às funções de cada um e à filosofia da empresa.
87
05
RECURSOS
HUMANOS
Colaboradores Somague
90
5.2
Qualidade de Emprego e Proteção Social
93
5.3
Igualdade de Oportunidades, Liberdade de Associativismo, Direitos
Humanos
96
5.4
Formação e Educação
98
Transposição do Rio São Francisco - Brasil
5.1
88
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
5.1
Colaboradores Somague
EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE COLABORADORES
2012
2013
2014
Somague
2.235
2.251
2.330
A Somague, durante o ano de 2014, manteve
a tendência de estabilização do número de
colaboradores, já verificada em 2013.
A 31 de dezembro de 2014, a Somague empregava um total de 2.330 colaboradores
distribuídos da seguinte forma:
Titulares
Superiores
Somague Engenharia
Sucursal Angola
Sucursal Espanha
Sucursal Irlanda
Sucursal Cabo Verde
Sucursal Brasil
Somague Neopul ACE
Somague TI
Neopul
Sucursal Espanha
Sucursal Irlanda
Sucursal Brasil
Somague Ediçor Engenharia
Somague Angola
CVC
Somague Moçambique
TOTAL SOMAGUE
Titulares
Médios
220
5
2
0
0
3
9
12
26
5
0
4
22
25
7
1
341
43
3
0
0
0
7
2
2
8
0
0
0
1
2
4
1
73
Nota: o quadro acima reflete a empresa de contrato (origem) dos colaboradores. Em cada empresa de origem
estão incluídos os eventuais colaboradores expatriados. Nas empresas fora de Portugal (sucursais e filiais)
só estão a ser considerados os colaboradores com contrato de trabalho local.
90
Técnicos
não Titulares
Administrativos
Outros
Total
528
9
0
0
0
0
37
0
80
11
0
1
130
14
0
6
816
84
31
0
0
0
2
7
11
5
0
0
0
23
32
12
9
216
18
322
0
0
2
3
9
0
40
0
0
0
53
203
48
186
884
893
370
2
0
2
15
64
25
159
16
0
5
229
276
71
203
2.330
05
RECURSOS
HUMANOS
No ano de 2014, o colaborador tipo tinha uma idade média
de 38 anos, era do género masculino e trabalhava a tempo
inteiro no quadro permanente da empresa.
FAIXA ETÁRIA
2012
2013
2014
< 30 anos
30-50 anos
> 50 anos
199
1.501
535
220
1.491
540
294
1.474
562
GÉNERO
2012
2013
2014
Feminino
Masculino
291
1.944
308
1.943
312
2.018
QUALIFICAÇÃO
2012
2013
2014
Curso superior
Curso de nível médio
Outras
327
75
1.833
320
72
1.859
341
73
1.916
TIPO DE CONTRATO
2012
2013
2014
Quadro permanente
Mulher
Homem
Temporários
Mulher
Homem
Trabalho a tempo inteiro
Mulher
Homem
Trabalho a tempo parcial
Mulher
Homem
1.960
1.909
275
342
2.231
2.247
4
4
1.809
247
1562
521
73
448
2.325
309
2016
5
3
2
91
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
Nos projetos da Somague, além dos seus colaboradores, estima-se que tenham estado
envolvidos um número médio de 5.034 trabalhadores de subempreiteiros, prestadores
de serviço e cedência de mão de obra.
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DO NÚMERO TOTAL DE TRABALHADORES *
Mulher
Portugal
Espanha
Brasil
Angola
Moçambique
Cabo Verde
Togo
Panamá
Irlanda
Outros
* Próprios, parceiros, subempreiteiros, prestadores de
serviços e cedência de mão de obra.
Estagiários
Dando seguimento ao Programa de Admissão
de Estagiários iniciado no ano anterior e
com o objetivo de se proceder à renovação e
rejuvenescimento dos quadros da empresa e,
também, de se colmatar futuras necessidades
de apoio à área internacional, foram admitidos
novos estagiários com formação nas áreas de
Engenharia, Gestão e Recursos Humanos.
Numa lógica de otimização de custos, a
Somague
recorreu
à
“Medida
Estágios
Emprego” promovida pelo IEFP. Esta medida
traduz-se na atribuição (por um período de 12
meses) de Bolsas de Estágio aos estagiários
que preencham os requisitos exigidos.
92
Homem
Total
230
3
33
152
2.735
27
369
2.196
2.965
30
402
2.348
27
44
39
0
0
0
430
359
696
8
14
2
457
403
735
8
14
2
05
RECURSOS
HUMANOS
5.2
Qualidade de Emprego e Proteção Social
Para a Somague, o sucesso do seu desempenho está diretamente associado à satisfação e à motivação dos seus colaboradores. Como tal, a empresa oferece boas condições
de trabalho, proporcionando aos seus colaboradores um
equilíbrio entre a vida pessoal e profissional.
Das práticas implementadas destacam-se as seguintes:
• Horário comprimido na Sede e horário flexível em algumas obras;
• Dispensa dos colaboradores para resolução de assuntos pessoais/familiares;
• Rede de transporte para colaboradores na sede de/para
diversos pontos de Lisboa;
• Transporte nas obras de mais difícil acesso ou mais distantes dos centros urbanos;
• Seguro de saúde (extensível ao agregado familiar), vida
e acidentes pessoais;
• Parcerias com diversas entidades para benefício dos
colaboradores, extensíveis às famílias;
• Acesso a Cartão Refeição criando uma otimização fiscal
para o colaborador.
Os benefícios listados aplicam-se a um leque alargado de
colaboradores, independentemente do horário praticado
(inteiro/parcial), e complementam as regalias oferecidas
pela Somague que cumprem em todas as unidades operacionais a legislação relativa ao salário mínimo.
ENCARGOS COM COLABORADORES (€)
2012
2013
2014
Custo total médio por colaborador
Encargos médios com proteção social de caráter não obrigatório
por colaborador
30,16
32,30
29,91
215
55
239,98
72
256,92
260,47 *
Encargos médios com cuidados de saúde por colaborador
* O aumento em 2014 deu-se essencialmente devido aos elevados encargos com cuidados de saúde verificados na obra do Corredor de Nacala,
em Moçambique. Sem estes encargos, o valor médio por colaborador seria de 84,53€, o que estaria em linha com os valores dos anos anteriores.
93
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
Cuidados de Saúde - Moçambique
Na obra do Corredor de Nacala, em Moçambique,
Estes exames complementares servem também de suporte
quer por motivos de requisitos do Dono da Obra,
à realização de anamnese e exame físico de todos os
quer pela inexistência de unidades de saúde
colaboradores no ato da admissão e com a periodicidade anual,
capacitadas para dar resposta a cuidados de
bem como no ato da sua demissão, caso esta ocorra.
saúde e emergência, a Somague Moçambique
A resposta aos cuidados de saúde e emergência foi assegurada
teve a necessidade de criar serviços internos de
pelos serviços médicos presentes em obra, designadamente
saúde, contando com os serviços contratados
os definidos no Plano de Meios de Assistência à Saúde e
à S.O.S - Serviços de Assistência, filial em
Emergência e no Plano de Atendimento a Emergência Médica.
Moçambique da Netcare 911.
Foi assim criada uma clinica no estaleiro de Cuamba que comporta
os meios que asseguram o SAV - Suporte Avançado de Vida, tendo,
em 2014, se iniciado a construção de duas clinicas idênticas para
os futuros estaleiros de Malema e Nampula.
Em termos de requisitos contratuais, antes do
ingresso dos colaboradores em obra existiu
a necessidade de comprovar a sua aptidão
médica. Para o efeito, foram emitidos Atestados
de Saúde Ocupacional - ASO (equivalente
A obra detém ainda três ambulâncias com SAV, as quais têm uma
às Fichas de Aptidão Médica em Portugal),
área de influência com um raio de 50 km, dando apoio às frentes
suportados por exames complementares de
de trabalho para resposta a possíveis situações de emergência
diagnóstico tais como: exames de acuidade
que possam ocorrer.
visual, audiometrias, espirometrias, RX tórax
e coluna lombar, eletrocardiogramas, exames
vários ao sangue tais como hemograma,
bioquímica e hematozoário, exames de urina e
fezes, VDRL (sífilis), entre outros.
94
05
RECURSOS
HUMANOS
Mínimo
pago
SALÁRIO MAIS BAIXO COMPARADO AO SALÁRIO MÍNIMO LOCAL (€/ano)
Portugal
Angola
Brasil
Cabo Verde
Espanha
Moçambique
Togo
7.070
3.083
5.534
1.951
11.647
1.293
1.560
TAXA DE ROTATIVIDADE
Mínimo
local
7.070
1.792
4.249
1.401
9.034
1.165
732
2012
2013
2014
Admissões
Mulher
Homem
Demissões
Mulher
Homem
13
56
38
194
42
374
44
226
21
186
38
299
Taxa de rotatividade (%)
7,61
9,75
15,6
2012
2013
2014
1,81
0
0,96
0
1,74
0
ABSENTISMO
Taxa de absentismo (%)
Nº de dias perdidos por doenças profissionais
Vacinação contra a gripe
À semelhança dos anos anteriores e com o
objetivo de contribuir para o bem-estar dos
seus colaboradores, a Somague promoveu a
vacinação gratuita dos seus colaboradores
contra a gripe sazonal. A vacinação teve
lugar na Sede da empresa em Sintra, nos
escritórios da Maia, no estaleiro de Pegões e
nos escritórios da Madeira.
95
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
5.3
Igualdade de Oportunidades, Liberdade de
Associativismo, Direitos Humanos
A Somague aplica os seus princípios internos de igualdade de oportunidades, não só
em Portugal mas também em todos os locais
onde opera. A evidência desta atuação é a
diversidade cultural dos seus colaboradores,
com origem em Espanha, Malawi, Marrocos,
Peru, Senegal, Venezuela e países de língua
oficial portuguesa.
ORIGEM DOS COLABORADORES
2012
2013
2014
Nacionalidade portuguesa
1.564
1.458
1.411
630
11
30
756
12
25
882
11
26
Países de língua oficial portuguesa
Países de leste
Outros países
Colaboradores locais
CONTRATAÇÃO LOCAL
Nº
%
Colaboradores expatriados
Nº
%
TOTAL
Portugal
Quadros
Operacionais
426
554
43%
57%
N.A
N.A
N.A
N.A
426
554
Quadros
Operacionais
121
525
19%
81%
86
83
51%
49%
207
608
Quadros
Operacionais
15
188
7%
93%
31
40
44%
56%
46
228
Quadros
Operacionais
11
62
15%
85%
11
12
48%
52%
22
74
Quadros
Operacionais
16
2
89%
11%
7
5
58%
42%
23
7
Quadros
Operacionais
14
6
70%
30%
36
20
64%
36%
50
26
Quadros
Operacionais
N.A
N.A
N.A.
N.A.
32
27
54%
46%
32
27
Angola
Moçambique
Cabo Verde
Espanha
Brasil
Outros
96
05
RECURSOS
HUMANOS
Na gestão dos Recursos Humanos são aplicados os mesmos critérios para ambos os géneros, designadamente:
• Igualdade no processo de recrutamento;
• Igualdade no plano de carreiras;
• Igualdade no acesso à formação;
• Igualdade de remuneração.
RELAÇÃO SALÁRIO BASE HOMEM/MULHER
Quadros (intermédio, médio e superior)
Operacionais
2012
2013
2014
1,27
0,87
1,24
0,93
1,21
0,84
Em 2014, os colaboradores abrangidos por acordos de negociação coletiva representavam 98% dos colaboradores
em Portugal, e 63% considerando a atividade internacional. Do total, apenas 4% estavam sindicalizados.
Eixo de Alta Velocidade troço Vilagarcía - Padrón - Espanha
97
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
5.4
Formação e Educação
A Somague encara a formação e o desenvolvimento das competências dos colaboradores como uma aposta e um investimento no
seu futuro. Em 2014, a empresa desenvolveu diversas ações de formação, direcionadas para diferentes grupos de colaboradores
e promoveu a participação em seminários,
congressos e conferências associadas ao
setor da construção. Estas iniciativas resultaram num aumento muito significativo do
número médio de horas de formação por colaborador.
No âmbito da formação, destaque para as
duas edições do Programa de Desenvolvimento em Gestão e Liderança, da Universidade Católica Portuguesa. O curso, desenvolvido em 2013 à medida para os colaboradores
da Somague teve, em 2014, uma edição em
Portugal - na Universidade Católica - e outra
em Luanda, Angola - esta última direcionada
aos colaboradores contratados localmente
e aos expatriados no continente africano.
Este Programa abrangeu temas tão diversos
como o Marketing Estratégico, a Gestão Estratégica e Criação de Valor. Comunicação,
Negociação e Gestão de Conflitos e Liderança, entre outros.
98
05
RECURSOS
HUMANOS
A Somague manteve, também, o seu investimento em línguas estrangeiras. Em 2014, foram ministrados cursos de
espanhol, francês e inglês aos seus colaboradores. Com a
forte internacionalização da empresa, estas formações são
uma mais-valia necessária e transversal a todas as suas
áreas de negócio.
MÉDIA DE HORAS DE FORMAÇÃO/ANO POR COLABORADOR
2012
2013
2014
Administração
Quadros
Operacionais
2,5
21,17
9,31
3,92
15,26
4,27
1,15
22,20
15,25
Formação interna
Em 2014, a Somague apostou fortemente
na formação dada internamente pelos seus
próprios
colaboradores.
No
total
foram
lecionadas 13 diferentes formações - que
abrangeram 616 colaboradores - e que
incidiram sobre variados temas como: o
controlo de gestão, a gestão do risco, a gestão
da qualidade e inovação, contabilidade e
finanças, sessões de acolhimento, a gestão
contratual, entre outras.
Esta é, também, uma aposta na comunicação
interna e na promoção do conhecimento e de
sinergias entre as diferentes direções e áreas
internas da empresa.
99
06
SEGURANÇA
E SAÚDE
Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho
102
6.2
Índices de Sinistralidade
104
Alegro de Setúbal - Portugal
6.1
100
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
6.1
Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho
A Somague reconhece aos seus colabora-
Formação - Trabalhos em altura e de resgate - Açores
dores o direito à prestação de trabalho nas
melhores condições de segurança, propor-
A Somague Ediçor Engenharia promoveu, no ano de 2014,
cionando-lhes um ambiente humanizado e
uma formação de segurança relativa a trabalhos em altura e
adotando princípios, normas e programas es-
de resgate. Esta formação de caráter prático, desenvolvida
em colaboração com uma entidade externa, permitiu aos
pecíficos para a prevenção dos riscos.
trabalhadores a prática de exercícios de progressão em altura,
bem como de um simulacro do resgate de um colaborador com
Como tal, a Somague implementa de for-
uma perna partida, suspenso num andaime. O resgate passou
ma sistemática e disciplinada o seu sistema
por montar as cordas de resgate e subir até ao colaborador
de gestão da Segurança e Saúde - integrado
magoado, colocar as cordas de resgate, iniciar a descida e
com a gestão da qualidade e do ambiente - o
colocá-lo numa maca.
qual, em 2007, foi certificado de acordo com
a OHSAS 18001/NP 4397.
No entanto, não é suficiente possuir um Sistema de Gestão da Segurança e Saúde no
Trabalho, ainda que certificado. É necessário
garantir que o sistema é entendido, aceite
e eficazmente implementado por todos os
colaboradores. Neste seguimento, durante o
ano de 2014, foram realizadas diversas ações
de formação nesta área, internas e externas,
com uma duração global de 2.677 horas e
Prestação de cuidados básicos de saúde - Togo
uma abrangência de 763 colaboradores.
Na construção do Terminal de contentores do Lomé, no
Togo, aproveitando a existência de uma equipa médica
Os colaboradores da Somague encontram-
em permanência no estaleiro, para intervenção em caso
-se também abrangidos por contratos coleti-
de acidente de trabalho, rentabilizou-se a disponibilidade
vos de trabalho. Em 2014, os colaboradores
dos meios existentes para responderem igualmente a
abrangidos representavam 98% dos colabo-
situações de doença e acidentes pessoais (fora do âmbito
radores em Portugal, e 63% considerando a
laboral). Em 2014, este serviço beneficiou cerca de 1000
pessoas, a generalidade locais, tendo ainda associado
atividade internacional.
ao seu funcionamento a distribuição de medicamentos
gratuitamente aos trabalhadores que necessitam.
102
06
SEGURANÇA
E SAÚDE
Boas práticas de segurança e saúde na República de Angola
Segurança no trabalho
As diferenças culturais e legislativas constituem a primeira linha
de obstáculos para a efetivação e implementação da segurança
no trabalho, entre os diferentes países onde a empresa atua.
Contudo, a cultura da prevenção intrínseca da Somague, para
além de fator da motivação, consolida de forma estruturada as
linhas de atuação necessárias.
No caso particular da República de Angola, a compreensão do
conceito do trabalho seguro como fator de valorização pessoal
e profissional de cada indivíduo, e do papel da segurança no
Primeiros Socorros - Ambulâncias
trabalho como um instrumento de valorização do trabalhador,
A Somague Angola, para além do Posto Médico do
tem vindo a minorar esses obstáculos.
Estaleiro Geral e de Postos de Primeiros Socorros
Neste seguimento, em 2014, a Somague Angola promoveu
instalados em algumas obras estratégicas,
diversas ações de prevenção, onde as boas práticas instauradas
adquiriu, em 2014, duas ambulâncias. Estas
contribuíram para um baixo índice de sinistralidade.
viaturas de emergência médica operam com o
acompanhamento de um técnico de enfermagem
No que se refere às boas práticas implementadas, destacam-se: a
e têm como objetivo dar apoio aos sinistrados e
motivação intrínseca da valorização do colaborador em cada uma
em caso de doença dos seus colaboradores, nas
das ações de sensibilização; a uniformização dos colaboradores
obras onde a empresa atua.
como forma de realçar a sua imagem no trabalho; a formação de
equipas de apoio; a manutenção das proteções coletivas, limpeza e
organização dos estaleiros; o apoio aos subcontratados no sentido
de alcançarem os níveis de atuação desejados e a disponibilização
de diversos equipamentos de proteção.
A construção dos Novos Edifícios de Escritórios da Assembleia
Nacional, uma das obras mais representativas da Somague
Angola, é um exemplo das boas práticas implementadas, como
demostram as seguintes fotos:
Apoio a Seminário em Luanda
Com o objetivo de reforçar a promoção da legislação
no âmbito da Segurança e Saúde no Trabalho e a redução da sinistralidade laboral na Construção Civil na
República de Angola, o Centro de Segurança e Saúde
no Trabalho - CSST, em parceria com Centro de Formação Profissional de Construção Civil - CENFOC, organizou, em setembro de 2014, o Seminário subordinado
ao tema “Segurança e Saúde no Setor da Construção
- Desafios Tarefas e Oportunidades”.
A Somague Angola apoiou ativamente a realização
do seminário, apoio esse que foi formalmente
reconhecido Ministério da Administração Pública,
Trabalho e Segurança Social.
103
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
6.2
Índices de Sinistralidade
O ano de 2014 destacou-se pela ligeira redução do número total de acidentes - cerca de
1,5%. Essa redução incidiu apenas no número de acidentes sem baixa que transitou de
27 acidentes, em 2013, para 21 acidentes,
em 2014.
O número de acidentes com baixa inferior ou
igual a 3 dias foi de 6 acidentes e manteve-se
constante entre 2013 e 2014. Relativamente aos acidentes com baixa superior a 3 dias,
registou-se um aumento de cinco acidentes,
tendo ocorrido um total de 40 acidentes em
2014. Este aumento do número de acidentes
com baixa superior a 3 dias, bem como a sua
gravidade, conduziu ao crescimento de cerca de 30,9% do número de dias perdidos,
registando-se 1.551 dias perdidos em 2014
(1.185 dias perdidos em 2013).
De realçar que em 2014, à semelhança de
2013, não ocorreram acidentes de trabalho
mortais com os trabalhadores próprios da
Somague.
INDICADORES GLOBAIS DE SINISTRALIDADE
TRABALHADORES PRÓPRIOS
Somague Engenharia
Neopul
Somague Neopul, ACE
Somague Ediçor Engenharia
Somague Angola
Somague Moçambique
CVC
Somague MPH Construções
TOTAL
Nº horas
trabalhadas
Acidentes
sem baixa
Acidentes
com baixa
≤ 3 dias
Acidentes
com baixa
> 3 dias
Acidentes
mortais
Total de
acidentes
Nº dias
perdidos
1.821.336
317.944
96.072
414.271
1.216.712
293.856
216.000
57.320
4.433.511
5
2
3
3
4
4
0
0
21
1
0
0
1
3
1
0
0
6
16
4
1
6
11
2
0
0
40
0
0
0
0
0
0
0
0
0
22
6
4
10
18
7
0
0
67
616
279
8
172
254
222
0
0
1.551
104
06
SEGURANÇA
E SAÚDE
Os índices de sinistralidade apresentados e analisados
tou, pelo que se conclui que esse aconteci-
neste capítulo incluem as seguintes empresas: Somague
mento não foi suficiente para minimizar o
Engenharia, Neopul, Gestão e Manutenção de Equipamen-
impacto do crescimento do número de aci-
tos, ACE, Somague Ediçor Engenharia, Somague Angola,
dentes com baixa superior a 3 dias.
Somague Moçambique, CVC - Construções de Cabo Verde e
Somague MPH Construções. De realçar que na Somague En-
O índice de gravidade dos acidentes não
genharia estão incluídos todos os trabalhadores próprios,
mortais de 2014, que é 349,84, também so-
nomeadamente aqueles que trabalham em território nacio-
freu um agravamento de 21,6% quando com-
nal e também os expatriados (Togo, Brasil, Espanha, Pana-
parado com o valor obtido em 2013, conse-
má, Chile, Irlanda, Angola, Moçambique e Cabo Verde).
quência direta do crescimento de 30,9% do
número de dias perdidos. Este efeito negati-
O índice de frequência dos acidentes não mortais de 2014
vo não conseguiu ser atenuado pelo aumento
(10,38) sofreu um agravamento de 4,3% em relação ao
de 7,6% do número de horas trabalhadas.
valor registado em 2013, principalmente devido ao crescimento de cerca de 14,3% do número de acidentes com bai-
Em síntese, em matéria de índices de sinistra-
xa superior a 3 dias. Apesar do número de horas trabalha-
lidade o desempenho global da Somague em
das ter aumentado cerca de 7,6% entre 2013 e 2014, esse
2014 foi menos positivo, quando comparado
valor não foi suficientemente forte para atenuar o impacto
com o ano de 2013, devido essencialmente
do crescimento do número de acidentes com baixa superior
ao aumento do número de acidentes com
a 3 dias, pelo que, consequentemente, o valor do índice de
baixa superior a 3 dias, bem como a sua gra-
frequência no último ano agravou-se.
vidade, que conduziu ao crescimento do número de dias perdidos.
O aumento do número de acidentes com baixa superior a
3 dias em 2014 também originou o crescimento de cerca
Constatou-se através da caracterização dos
de 3,3% do índice de incidência dos acidentes não mortais,
acidentes / incidentes, que a principal causa
resultando no ano de 2014 em 20,93 (20,27 em relação a
foi a distração, deste modo, a empresa prevê
2013). Apesar do crescimento do número de trabalhadores
reforçar as ações de sensibilização em maté-
em 2014 em 8,7%, o índice de incidência também aumen-
ria de segurança e saúde no trabalho.
ÍNDICES DE SINISTRALIDADE
2012
2013
2014
Índice de frequência
Índice de incidência
Índice de gravidade
12,04
25,22
458,80
9,95
20,27
287,58
10,38
20,93
349,84
Índice de frequência
Índice de incidência
0,22
0,46
0,00
0,00
0,00
0,00
Acidentes não mortais
Acidentes mortais
105
07
7.1
Gestão Ambiental
108
7.2
Consumo de Recursos
110
7.3
Energia e Alterações Climáticas
112
7.4
Emissões, Efluentes e Resíduos
113
7.5
Biodiversidade
116
106
Cais de Cruzeiros do Porto do Funchal - Madeira - Portugal
AMBIENTE
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
7.1
Gestão Ambiental
A Somague encontra no seu Sistema de Ges-
Boas Práticas Ambientais em obra - EDIA
tão Ambiental (SGA) uma ferramenta chave
para identificar os principais desafios am-
A Somague iniciou, em 2014, a construção das infraestruturas
bientais e requisitos legais aplicáveis, bem
de rega e de drenagem dos blocos de São Matias e de Caliços-
como objetivos e medidas oportunas que
Machados, da EDIA. No sentido de evitar, minimizar e/ou
mitigar os potenciais impactes decorrentes das atividades de
garantam a melhoria contínua do seu de-
construção, foram implementadas, em ambas as empreitadas,
sempenho ambiental.
diversas medidas de gestão ambiental.
A título de exemplo, foi construído no estaleiro um parque
O SGA da Somague Engenharia e Neopul
de resíduos coberto e impermeabilizado, com identificação
é certificado segundo a norma NP EN ISO
dos corretos locais de deposição dos resíduos - divididos por
14001:2012, o qual é implementado de
tipologias e respetivos códigos da Lista Europeia de Resíduos
forma sistemática em todas nas obras que
(LER). Outra boa prática foi a colocação de uma bacia de retenção
desenvolve. A Política Ambiental da empre-
sob o gerador por forma a evitar a contaminação dos solos,
sa, definida em 2002 e revista em 2008, é
decorrentes de um potencial derrame.
entendida como uma prioridade por todos
Na frente de obra, destaque para: cintagem prévia com tinta branca
os colaboradores com vista à melhoria con-
das quercíneas e oliveiras a abater; organização e limpeza das
tínua do desempenho da Somague.
frentes de trabalho - com existência de meios para acondicionarem
os resíduos resultantes dos trabalhos de soldadura - e para a
disponibilização de kits de absorção de derrames.
Nas duas obras foram ainda realizadas diversas ações de
formação e sensibilização para todos os intervenientes, com
o objetivo de alertar não só para os impactes ambientais
associados às atividades decorrentes da obra, mas também para
as boas práticas de gestão ambiental a implementar em obra
e nos estaleiros. Nas diversas formações foi ainda destacada a
importância da salvaguarda do património arqueológico e da
proteção dos habitats e espécies de animais silvestres.
CUSTOS E INVESTIMENTOS COM A PROTEÇÃO AMBIENTAL
Técnicos de ambiente
Prestações de serviço
Gestão de resíduos
Total
108
2012
2013
2014
472.003 €
169.502 €
231.012 €
872.517 €
435.641 €
112.311 €
259.306 €
807.258 €
434.776 €
200.850 €
178.995 €
814.621 €
07
AMBIENTE
Boas Práticas Ambientais Moçambique
Ao longo de todo o ano de 2014, muitas foram as iniciativas
• Criação de uma zona de plantações agrícolas,
que resultaram em boas práticas ambientais na obra de
para uso dos colaboradores e da cantina;
requalificação de 520km de caminho-de-ferro do Corredor
• Plantação
de Nacala, em Moçambique. Dada a localização da obra e os
de
bananeiras
na
área
dos
estaleiros;
impactos que a mesma tem nas localidades/povoamentos que
• Reutilização de madeira no fabrico de calços
atravessa, uma boa gestão ambiental é de extrema importância
para veículos.
para o sucesso do projeto.
A implementação num dos estaleiros da obra de infraestruturas
ambientais, nomeadamente uma ETA - Estação de Tratamento de
Águas e uma ETAR - Estação de Tratamento de Águas Residuais,
assim como a realização periódica de análises às suas águas
valeu mesmo um reconhecimento por parte do Dono de Obra.
Para além destas, as boas práticas incluíram:
• Execução de canais de drenagem no interior do estaleiro para
assegurar a drenagem de águas pluviais e evitar a erosão dos
solos;
• Obtenção prévia de licenças de captação de águas superficiais
e de resíduos;
• Captação de água superficial de forma controlada para uso
industrial no estaleiro, designadamente no fabrico de betão
e na rega de caminhos de circulação;
• Instalação de retenção de hidrocarbonetos provenientes das
lavagens e manutenções de equipamentos;
• Instalação de caixa de retenção de gorduras provenientes do
refeitório / cantina do estaleiro;
• Criação de incineradora de resíduos hospitalares.
Num âmbito mais social, no sentido do bem-estar dos próprios
colaboradores, foram também implementadas algumas boas
práticas ambientais no estaleiro de Cuamba:
• Reaproveitamento das águas dos sistemas de ar condicionado
na rega de plantas - a iniciativa consistiu na reutilização
da água que resulta funcionamento do ar-condicionado na
rega de plantas frutíferas, como bananeiras e plantas com
propriedades de repelir insetos, casos do chá limão ou capim
limão. Esta iniciativa valeu à Somague Moçambique um
reconhecimento por parte do Dono de Obra, que a divulgou
numa newsletter interna;
109
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
7.2
Consumo de Recursos
As atividades desenvolvidas pela Somague
implicam o consumo de diferentes recursos naturais. Esse consumo é monitorizado
numa perspetiva de detetar eventuais desvios às metas estabelecidas e implementar
as mais adequadas ações corretivas.
7.2.1Materiais
O consumo de materiais em 2014, comparativamente aos dois anos anteriores, sofreu
um aumento significativo nomeadamente
no consumo do betão, cimento e agregados.
Este aumento esteve associado à tipologia
dos projetos realizados durante o ano, designadamente a construção do Aproveitamento Hidroelétrico de Foz Tua - obra que
se carateriza pelo consumo elevado destes
materiais - e a construção do Terminal de
Contentores de Lomé, no Togo, onde foram
construídos pavimentos em betão em grandes extensões.
CONSUMO DE MATERIAIS
Papel (ton)
Betão (m3)
Cimento (ton)
Agregado (ton)
Betão pronto
Produção própria
Total
Direto
Indireto
Total
Direto
Indireto
Total
Aço (ton)
110
2012
2013
2014
65,00
122.414,85
94.307,34
216.722,19
38.608,21
36.724,46
75.332,67
341.593,53
244.829,71
586.423,23
16.612,47
37,58
51.232,44
167.429,85
218.662,29
51.040,63
15.369,73
66.410,36
518.721,18
102.464,88
621.186,06
30.514,68
32,66
204.837,50
251.541,49
456.378,99
95.611,35
61.451,25
157.062,60
551.183,59
409.674,99
960.858,58
31.238,99
07
AMBIENTE
A utilização de materiais reciclados, no âmbito da atividade da Somague, encontra-se fortemente condicionada
pelos projetos dos Donos de Obra. No entanto, a Somague
tem vindo a identificar uma área onde possui uma influência muito significativa, nomeadamente na reutilização de
solos e materiais rochosos.
Em 2014, verificou-se uma diminuição significativa dos
volumes de escavação e aterro, relativamente a 2013. Estas oscilações têm relação direta com a tipologia de obras
desenvolvidas.
MOVIMENTAÇÃO DE SOLOS E MATERIAIS ROCHOSOS (m3)
2012
Volume total de escavação
554.160
431.369
122.791
508.576
323.642
184.934
Reutilização em obra
Vazadouro
Volume total de aterro
Própria obra
Mancha de empréstimo
2013
2014
2.115.707
1.767.033
348.675
1.466.034
1.446.383
19.651
1.167.866
485.957
690.859
665.277
452.832
196.584
2012
2013
2014
87.503
92.599
12.000
192.102
40.032
180.643
63.338
284.013
49.624
129.649
39.280
218.553
7.2.2Água
Em 2014, o consumo total diminuiu relativamente ao último ano devido ao menor consumo de águas superficiais e
subterrâneas.
CONSUMO DE ÁGUA (m3)
Água rede
Captações superficiais
Captações subterrâneas
Total
111
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
7.3
Energia e Alterações Climáticas
Durante o ano de 2014, verificou-se um
aumento dos consumos anuais de energia.
Este aumento foi justificado pelo trabalho
efetuado em obras marítimas que utilizam
muitos equipamentos com elevados consumos, particularmente na construção do Terminal de Contentores, no Togo.
CONSUMO DE ENERGIA (GJ)
Gasóleo
Gasolina
Eletricidade
Gás natural
Total
2012
2013
2014
234.804
4.036
38.975
981
278.797
210.595
4.717
36.255
544
252.111
310.336
11.632
31.377
188
353.534
CONSUMO DE ENERGIA INDIRETA (GJ)
2014
Transporte de colaboradores em avião
Transporte de colaboradores em comboio
Transporte de colaboradores em autocarro
Total
31.789
5.371
421
37.581
Porto de Sal Rei - Cabo Verde
112
07
AMBIENTE
7.4
Emissões, Efluentes e Resíduos
7.4.1Emissões
Durante o ano de 2014, verificou-se um aumento significativo das emissões de âmbito 1, nomeadamente nos equipamentos, justificado pela forte atividade marítima na
obra de construção do Terminal de Contentores de Lomé,
no Togo.
Relativamente às emissões de âmbito 3 o valor das emissões nas viagens de avião voltou a aumentar, como consequência da forte internacionalização da empresa e deslocalização dos seus colaboradores, verificados nos últimos
dois anos.
EMISSÕES (ton CO2)
2012
2013
2014
ÂMBITO 1
Frota
Equipamentos
Outros
ÂMBITO 2
Eletricidade
ÂMBITO 3
Viagens avião
Viagens comboio
Autocarro Somague
Total
17.755
6.384
11.316
55
2.086
2.086
464
416
2
47
20.305
15.943
7.586
8.327
31
1.928
1.928
1.760
1.721
5
34
19.632
23.784
2.895
20.879
11
1.610
1.610
2.283
2.248
1
34
27.677
7.4.2
Efluentes líquidos
Algumas das atividades realizadas pela Somague geram
efluentes líquidos, cuja descarga é feita de acordo com os
requisitos legais aplicados, assim como com as condicionantes estabelecidas pelas autorizações aplicáveis.
Na Empresa, os efluentes descarregados têm a sua origem nos escritórios e nos parques de estacionamentos. As
águas residuais contaminadas são sujeitas a um sistema
de tratamento de separação de hidrocarbonetos antes do
encaminhamento/ tratamento, sendo as restantes diretamente dirigidas para as redes municipais ou, caso tal não
seja possível, para sistemas de recolha (fossas estanques
ou ETAR compactas).
113
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
Gestão dos efluentes líquidos no Aproveitamento Hidroelétrico de Foz Tua
A Somague pertence ao ACE responsável
4.Reutilização de águas residuais industriais tratadas na ETARI
pela empreitada geral de construção do
I para rega de acessos; sendo de salientar que, desde que
aproveitamento hidroelétrico de Foz Tua. A
este processo de reaproveitamento foi implementado, foi
vertente ambiental constitui uma prioridade
anulado o ponto de captação licenciado no rio Tua para esta
de atuação na empreitada, bem como a gestão
atividade;
da segurança e saúde e a gestão da qualidade.
O
cumprimento
de
todos
os
5.Tratamento de águas residuais industriais provenientes
requisitos
da lavagem de inertes da central de betão principal na
legais, normativos e contratuais aplicáveis à
ETARI II (capacidade de 100 m3/h), que inclui decantação
empreitada é um compromisso assumido pela
e compactação de lamas com recurso a filtro prensa; este
administração da Barragem de Foz Tua, ACE.
Algumas
das
medidas
sistema de tratamento funciona em circuito fechado, não
havendo rejeição de efluentes;
ambientais
implementadas em obra na área do domínio
hídrico
são
consideradas
listadas
de
seguida,
fundamentais
para
6.Tratamento de águas produzidas na barragem, que incluem
sendo
o
as resultantes da grifagem dos blocos da barragem e
bom
da bacia de dissipação, águas pluviais e freáticas. Estas
desempenho ambiental atingido durante o ano
águas são encaminhadas para um sistema de tratamento
de 2014:
composto por sete tanques de decantação metálicos com
1.Tratamento de águas residuais domésticas
uma capacidade total de cerca de 35 m3, colocados em série,
provenientes dos escritórios, posto médico,
onde é garantida a sedimentação gravítica de águas e a
cantina, dormitórios e estaleiro industrial em
retenção de óleos minerais/ hidrocarbonetos, caso ocorra
ETAR instalada, sendo garantida a manutenção
algum derrame acidental;
mensal deste equipamento ambiental pela
7.A exploração, supervisão dos sistemas de tratamento é
empresa fornecedora do mesmo. As águas
garantida por colaboradores/ empresas credenciadas, sendo
provenientes da cantina passam ainda por um
a monitorização de efluentes rejeitados realizada com uma
separador de óleos e gorduras instalado no
base mensal, em laboratório acreditado, dando cumprimento
estaleiro social, a montante da ETAR;
às licenças da APA/ ARH emitidas.
2.Tratamento das águas residuais industriais
provenientes da oficina, parque de resíduos
perigosos, posto de combustível, áreas de
manutenção, laboratório, central de betão
principal e cais de baldes em separador de
hidrocarbonetos, com capacidade de 12 L/s,
antes do envio para a ETARI I;
3.Tratamento de águas residuais industriais
provenientes do estaleiro industrial, obra
subterrânea, centrais de betão e dispositivo
de lavagem de rodados na ETARI I (capacidade
de 80 m3/h). Este sistema de tratamento inclui
decantação, separação de hidrocarbonetos,
controlo de pH e compactação de lamas com
recurso a filtro prensa;
114
07
AMBIENTE
7.4.3Resíduos
Em 2014, verificou-se um aumento de produção de resíduos de construção e de demolição (RCD) relativamente a
2013. Este aumento está diretamente relacionado com a
tipologia de obras executadas durante o ano, que envolveram muitos trabalhos de demolições.
RESÍDUOS PRODUZIDOS (ton)
2012
Papel e cartão
Valorização
Eliminação
RCD
Valorização
Eliminação
Resíduos perigosos
Valorização
Eliminação
Resíduos não perigosos
Valorização
Eliminação
Total
36,28
34,26
2,02
7.539,51
7.521,58
17,93
58,02
35,84
22,18
207,98
108,74
99,24
7.841,79
Gestão dos efluentes líquidos no aproveitamento hidroelétrico de Foz Tua - Portugal
115
2013
2014
32,02
26,55
5,47
13.454,64
13.232,73
221,91
90,80
72,88
17,92
1.334,88
281,87
1.053,01
14.912,33
45,51
17,94
27,56
23.470,96
17.823,40
5.647,56
35,38
28,16
7,22
2.012,38
1.334,94
677,44
25.564,23
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
7.5
Biodiversidade
As atividades de construção levam a alterações ao nível da ocupação do solo que
têm implicações diretas na biodiversidade
local. No entanto, estes impactes são temporários e após conclusão das empreitadas
a Somague procura estabelecer ou melhorar
as condições anteriores à sua intervenção.
Em 2014, em Portugal, a Somague foi responsável por empreitadas que envolveram
a afetação de áreas sensíveis do ponto de
vista ecológico, tal como Reservas Agrícolas
Nacionais (RAN) e Reservas Ecológicas Nacionais (REN).
ESPAÇOS PROTEGIDOS
Designação
Reserva Agrícola Nacional
Reserva Ecológica Nacional
Figura de
proteção
Região
Área
afetada (ha)
16,25
14,08
Autoestrada Litoral
Oeste
Barragem de Foz Tua
Obra
Ourém, Tomar,
Nazaré e Leiria
Reserva Nacional
Vila Real,
Portugal
Reserva Nacional
451
Reserva Agrícola Nacional
Reserva Nacional
1,39
Reserva Ecológica Nacional
Reserva Nacional - Zonas de
Leito de Cheias
0,02
Reserva Nacional - Zonas com
Risco de Erosão
0,01
Reserva Nacional
1,11
Reserva Nacional Cabeceiras de Linhas de Água
0,17
Alentejo
Reserva Nacional - Áreas de
máxima infiltração
1
EDIA - Caliços-Machados
Alentejo
Reserva Nacional - Áreas de
máxima infiltração
0,3
EDIA - Caliços-Machados
Reserva Ecológica Nacional
Alentejo
Reserva Ecológica Nacional
Reserva Agrícola Nacional
Reserva Ecológica Nacional
Reserva Agrícola Nacional
Reserva Ecológica Nacional
Reserva Agrícola Nacional
Reserva Ecológica Nacional
Alentejo
116
EDIA - São Matias
EDIA - São Matias
07
AMBIENTE
Proteção da Biodiversidade em Cabo Verde
Em 2014, no âmbito do programa de proteção de tartarugas
Natura 2000, a Somague cedeu material de escoramento e
madeiras para a construção do acampamento principal onde
estão instalados os biólogos marinhos e toda a equipa da BIOS.
CV, bem como material para a construção de abrigos para as
tartarugas, na praia João Barbosa.
A BIOS é uma associação Cabo-verdiana de conservação
ambiental e desenvolvimento sustentável. Esta foca diversos
problemas que afetam o meio ambiente e a conservação de
Cabo Verde, entre os quais a investigação e a conservação da
tartaruga comum, a Caretta caretta, na ilha da Boa Vista.
Cabo Verde é considerado a terceira maior colónia tartaruga
comum do mundo. O número de ninhos por temporada pode
variar de ano para ano. Na Boa Vista, em média, o número
de ninhos foi estimado em entre 12 e 14 mil. As principais
ameaças desta população são: a caça ilegal de fêmeas adultas,
principalmente durante a nidificação e a perda de habitat por
causa do desenvolvimento turístico do litoral.
Durante os últimos 14 anos, os membros BIOS.CV dedicaram-se
ao estudo e conservação das tartarugas marinhas, desenvolvendo atividades que visam tornar as autoridades competentes, população nativa e turistas conscientes da importância de proteger
estas espécies ameaçadas de extinção e seus habitats críticos.
117
Eixo de Alta Velocidade troço Vilagarcía - Padrón - Espanha
08
IMPACTE NA
COMUNIDADE
118
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
Impacte na Comunidade
A Somague apoia iniciativas de caráter so-
Barragem de Foz Tua - Cooperação local
cial ao nível local e global. Neste sentido, a
empresa alia a contribuição para o desenvol-
A construção da Barragem de Foz Tua, ACE, ao qual pertence a
vimento social com os objetivos do negócio
Somague, tem tido uma atuação com forte impacto social na
e as necessidades das comunidades onde
zona onde se desenvolve a obra: Conselho de Alijó, Vila Real e
opera procurando, deste modo, estabelecer
Conselho de Carrazeda de Ansiães, em Bragança.
oportunidades de colaboração sustentáveis,
O ACE, para além das suas obrigações como empreiteiro,
perduráveis e replicáveis no tempo.
teve, em 2014, as seguintes colaborações e iniciativas com a
comunidade local:
• Doação de betão rejeitado e/ou sobrante das atividades
à Junta de Freguesia de S. Mamede, o qual se destinou a
pavimentar e a melhorar caminhos vicinais existentes;
EPIS - Empresários pela Inclusão Social
A Associação EPIS - Empresários Pela Inclusão
Social foi criada, em 2006, por um grupo de mais
de 100 empresários e gestores de Portugal,
tendo em vista um maior apoio do Estado nos
desafios da inclusão social em Portugal.
Desde 2011 que a Somague é parceira desta
associação, a qual teve um ano particularmente
especial. Relativamente ao programa Vocações
Epis, este chegou a 1.277 alunos - que
compara com 830 alunos em 2013 - os quais
receberam apoio em vários formatos, contando
sempre com a participação e envolvimento de
voluntários de empresas associadas e parceiras
da EPIS.
O ano de 2014 da EPIS ficou também marcado
pela maior expansão institucional e geográfica
• Disponibilização de um Posto Médico na obra ao Instituto
de sempre do programa “Mediadores para o
Português do Sangue (IPS), para duas campanhas de doação
sucesso escolar”. Foram criadas parcerias com
de sangue realizadas às populações loca e aos trabalhadores
o Ministério da Educação e Ciência, com o
do ACE;
Instituto de Emprego e Formação Profissional,
• Manutenção dos acessos à obra. Foram executadas diversas
com os Governos Regionais dos Açores e da
intervenções na manutenção de taludes e limpeza de
Madeira e com as autarquias de Gondomar
pequenos desmoronamentos bem como desobstrução de
e Pombal. A associação passou a ser o maior
drenagens com equipamento do ACE;
parceiro privado de todas estas instituições no
combate ao insucesso e abandono escolar em
• Apoio a eventos locais através de donativos.
Portugal, no continente e ilhas.
120
08
IMPACTE NA
COMUNIDADE
Moçambique - Relação com a Comunidade
Togo - Formação HIV / Sida
A Somague encontra-se a requalificar a o caminho de ferro
A Somague pertence ao ACE responsável pela
do corredor de Nacala, em Moçambique. Dada a localização
construção do Terminal de Contentores de
da obra e os impactos que a mesma tem nas localidades /
Lomé, no Togo. Considerando a dimensão do
povoamentos que atravessa, a relação da empresa com as
número de pessoas infectadas com HIV no
comunidades locais assume um papel de extrema importância
país, o ACE disponibilizou-se, juntamente com
para o sucesso do projeto.
a Cruz Vermelha Togolesa, para realizar uma
série de palestras informativas sobre o tema à
Durante o ano de 2014, foram diversas as iniciativas e
população residente em obra.
colaborações que a Somague teve com a comunidade envolvente
ao principal estaleiro da obra, que se localiza em Cuamba:
Durante o ano de 2014, foram realizadas um
total de 8 palestras, das quais participaram
• Participação no almoço de Natal no Centro Aberto de
250 trabalhadores. Os temas abordados
Cuamba, o qual alberga 200 idosos e para os quais foram
foram a importância do despiste precoce do
doados diversos tipos de produtos alimentares e de higiene;
HIV, a correta colocação dos preservativos,
• Colaboração e participação no desfile da comemoração
os perigos da poligamia e os tratamentos de
do 1º de Maio. A empresa colaborou nos preparativos e no
doenças sexualmente transmissíveis (DST).
aprovisionamento dos equipamentos e vestuários usados
Foram ainda distribuídos pelos participantes
nesse dia. Os colaboradores da Somague participaram em
folhetos informativos sobre as DST, incluindo
grande número, tendo alcançado o 1º lugar do desfile,
a HIV, bem como mais de 900 preservativos.
atribuído pela organização do evento - o Município de Cuamba;
Campanhas de solidariedade na Sede
Durante o ano de 2014, foi realizada uma
campanha de venda de t-shirts com o intuito
de angariar fundos para a instituição de
solidariedade social - Movimento de Serviço
à Vida (MSV). A MSV ajuda crianças, pessoas
sem-abrigo e pessoas de idade, sendo que os
lucros obtidos reverteram inteiramente para
esses projetos.
Também na sede da Somague, em parceria com
uma farmácia local, decorreu uma campanha
de recolha de medicamentos, com o objetivo
de contribuir para um ambiente sustentável.
• Cedência de equipamento e manobrador para a gestão dos
Foi assim disponibilizado um contentor onde
resíduos do aterro de Cuamba;
os colaboradores puderam depositar os
• Entrega, mensal, ao Hospital Rural de Cuamba, de
medicamentos / embalagens que pretendiam
medicamentos da farmácia da clínica do estaleiro com o
deitar fora.
prazo de validade a um mês de expirar.
121
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
Angola - Apoio ao desenvolvimento
Associação Provincial de Basquetebol de Luanda
Presente em Angola há mais de 60 anos, a
Somague tem apoiado, de forma empenhada,
No ano de 2014, a Somague Angola organizou um torneio de
iniciativas de caráter social no país. Desde os
minibasquetebol para as crianças provenientes dos bairros de
anos 50 que a empresa contribui para o de-
Viana, Cazenga, vila Clotilde e Luanda, totalizando 456 partici-
senvolvimento e modernização do país, não só
pantes. O objetivo foi não só o de com o promover o convívio
através da sua atividade, mas também através
entre as mesmas, mas também de encontrar novos talentos. A
das diversas atividades de responsabilidade
empresa criou o logo promocional do evento e ofereceu lonas
corporativa que realiza junto das comunida-
de divulgação do torneio. Adicionalmente foram distribuídos
des.
aos participantes um equipamento constituído por uma sacola,
No ano de 2014, a Somague Angola desenvol-
uns calções, uma t-shirt e um boné, bem como lanches nutriti-
veu ações de solidariedade a favor de algumas
vos compostos por sandes, fruta, iogurte e água.
instituições e apoiou as populações carenciadas nas zonas onde tem a sua atividade.
Lar Kuzola
Conforme
vem
sendo
prática
usual
da
Somague Angola, a empresa prestou apoio
a este Lar ao longo de 2014. Durante todo o
ano, a empresa destacou uma equipa de limpeza, constituída por sete trabalhadores que
limpam e cuidam do Lar diariamente, proporcionando, assim, o bem-estar a todos os
utilizadores. Adicionalmente, na época natalícia, a empresa procedeu à entrega de roupas
e brinquedos a todas as crianças, bem como
patrocinou a festa de Natal onde ofereceu o
almoço, a decoração e a animação inerente à
mesma.
122
08
IMPACTE NA
COMUNIDADE
Maternidade Lucrécia Paim
Na continuidade do trabalho desenvolvido nos últimos anos
pela Somague Angola na Maternidade Lucrécia Paim, em 2014
a empresa participou em campanhas de limpeza e efetuou pequenas obras de intervenção, nomeadamente pinturas e pequenas reparações.
Campanha de HIV/SIDA
À semelhança dos últimos anos, a Somague Angola desenvolveu durante o ano de 2014 diversas ações no âmbito do combate a propagação do vírus da sida. Deste modo, a empresa
participou e desenvolveu palestras sobre o tema, entregou
aos participantes folhetos informativos e sensibilizou os colaboradores a efetuarem o teste de HIV/Sida. Como complemento à campanha foram ainda distribuídos preservativos aos
colaboradores os quais foram informadas de que a empresa
dispõe, em diversos pontos, preservativos para adquirirem
sempre que for necessário.
Hospital Pediátrico David Bernardino
Em 2014, a Somague Angola participou no lançamento da
campanha de solidariedade para angariação de fundos para
o Hospital Pediátrico David Bernardino. O objetivo foi a angariação de medicamentos, alimentos e outros bens necessários
para as crianças. Assim, a empresa apoiou a construção do logotipo da campanha junto com uma empresa parceira, bem
Cabo Verde - Pavimentação de Escola
como camisolas, bonés e crachás para a campanha.
Na construção do Porto da Boa Vista, em Cabo
verde, a Somague procura colaborar com as
comunidades envolventes. Neste sentido,
e a pedido do agrupamento das escolas da
Boavista, a empresa participou nas obras de
pavimentação da Escola Primária Del Rei.
Foi executada, pela empresa uma laje de
betão que serviu para o recreio das crianças
estudantes do 1º ao 6º ano de escolaridade.
Além disso, a Somague cedeu alguns camiões
de brita e tout-venant para a realização das
obras de pavimentação do polo da mesma
escola.
123
09
9.1
Demonstração Consolidada da Posição Financeira
126
9.2
Demonstração Consolidada dos Resultados por Natureza
127
9.3
Demonstração Consolidada do Resultado Integral
127
9.4
Demonstração Consolidada das Alterações no Capital Próprio
128
9.5
Demonstração de Fluxos de Caixa Consolidados
130
124
Centro de Artes Contemporâneas - Açores - Portugal
DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
Demonstração Consolidada da Posição Financeira
Em 31 de dezembro de 2014 e 2013
(Montantes expressos em Euros)
Notas
31/12/2014
31/12/2013
Ativos fixos tangíveis
6
84.986.291
81.547.379
Ativos intangíveis
7
18.706.921
19.927.927
Investimentos em associadas
8
8.995.487
6.795.361
Outros investimentos - método equivalência patrimonial
9.1
4.284.455
4.229.625
Outros investimentos - outros métodos
9.2
894.890
1.353.630
Clientes
12
10.245.052
10.860.051
Outros ativos financeiros
10
37.856.939
37.347.709
5
11.375.066
10.178.663
177.345.100
172.240.345
ATIVO
Ativos não correntes
Ativos por impostos diferidos
Total de ativos não correntes
Ativos correntes
Inventários
11
33.400.279
40.417.766
Clientes
12
493.153.847
508.846.086
Outros devedores
13
51.054.969
41.640.055
Outros ativos financeiros
14
21.520.850
15.887.358
Outros títulos e depósitos
15
22.745.283
17.405.776
Caixa e bancos
16
46.495.632
37.447.229
668.370.859
661.644.271
845.715.959
833.884.616
130.500.000
Total de ativos correntes
TOTAL ATIVO
CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO
CAPITAL PRÓPRIO
Capital Social
17
130.500.000
Prestações acessórias
17
39.470.047
39.470.047
Diferenças de consolidação
17
(23.736.503)
(23.736.396)
Diferenças de transposição
17
(2.041.066)
(2.539.762)
Resultados retidos
17
15.929.784
10.405.965
Reservas legais
17
6.050.844
5.760.117
Outras reservas
17
1.597.116
1.597.116
Resultado líquido consolidado
17
118.543
5.814.546
167.888.765
167.271.633
INTERESSES QUE NÃO CONTROLAM
TOTAL CAPITAL PRÓPRIO
397.558
482.685
168.286.322
167.754.318
PASSIVO
Passivos não correntes
Financiamentos
18
44.530.290
64.601.632
Provisões
19
29.582.840
23.231.488
Fornecedores
20
25.219.203
25.586.478
Outros passivos financeiros
21
2.692.363
1.818.391
5
706.029
716.661
102.730.726
115.954.650
Passivos por impostos diferidos
Total de passivos não correntes
Passivos correntes
Fornecedores
22
226.623.029
182.619.863
Financiamentos
23
166.146.852
146.319.729
Diferimentos
24
53.463.830
86.829.776
Outros passivos financeiros
25
128.465.200
134.406.281
574.698.911
550.175.649
845.715.959
833.884.616
Total de passivos correntes
TOTAL PASSIVO E CAPITAL PRÓPRIO
126
09
DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS
Demonstração Consolidada dos Resultados por Natureza
Para os exercícios findos e 31 de dezembro de 2014 e 2013
(Montantes expressos em Euros)
Notas
31/12/2014
31/12/2013
Rendimentos e gastos:
Vendas
26
812.313
2.944.367
Prestações de serviços
26
553.465.772
496.239.075
Outros rendimentos operacionais
27
36.372.632
31.072.471
Custo das mercadorias vendidas
28
(111.222.050)
(76.625.771)
Variação produção
29
(5.563.536)
5.121.749
Fornecimento e serviços externos
30
(305.254.487)
(309.411.699)
31
(93.522.185)
(86.503.378)
6e7
(10.616.466)
(10.319.259)
Gastos com o pessoal
Amortizações e depreciações
Provisões e perdas/reversões de imparidade
6, 9, 11, 12, 13 e 19
Outros gastos operacionais
32
RESULTADOS OPERACIONAIS
(7.957.859)
7.544.877
(29.298.323)
(27.879.464)
27.215.810
32.182.969
(30.720.426)
Gastos e perdas financeiras
33
(26.174.554)
Rendimentos e ganhos financeiros
34
10.414.321
15.898.627
RESULTADOS FINANCEIROS
(15.760.233)
(14.821.799)
RESULTADOS ANTES DE IMPOSTOS
11.455.577
17.361.170
(11.289.617)
(11.329.345)
165.960
6.031.825
118.543
5.814.546
47.417
217.278
Básico
0,00
0,22
Diluído
0,00
0,22
Impostos sobre o rendimento
5
RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO
Atribuível a:
Detentores de capital
Interesses que não controlam
Resultados por ação:
Demonstração Consolidada do Resultado Integral
Para os exercícios findos e 31 de dezembro de 2014 e 2013
(Montantes expressos em Euros)
31/12/2014
31/12/2013
Resultado líquido do período
118.543
5.814.546
Diferenças de transposição das demonstrações financeiras em moeda estrangeira
498.696
(412.771)
Outros
RESULTADO INTEGRAL DO PERÍODO
127
(107)
562
617.132
5.402.337
128
POSIÇÃO NO FIM DO PERÍODO
31-12-2013
Constituição da reserva legal
Transferência de resultados
do exercício para resultados
transitados
APLICAÇÃO DE RESULTADOS
7
=1+2+3+5+6
6
Diferenças
Diferenças
de
de
consolidação transposição
Reservas
legais
-
-
-
-
-
-
-
-
562
562
-
-
-
-
-
-
-
-
-
(412.771)
(412.771)
1.866.991
(1.866.991)
-
6.835.372
Resultados
retidos
286.188
-
286.188
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
10.405.965
Total
(5.437.584)
(286.188)
-
-
-
5.814.546
5.814.546
-
-
-
(208.668)
-
5.814.546 167.271.633
-
-
-
-
-
-
5.402.337
5.814.546
-
-
-
-
-
-
5.410.948
6.031.825
(620.877)
(620.877)
-
482.685 167.754.318
-
-
-
-
-
-
8.611
217.278
(412.209) (208.668)
(412.209)
-
Total do
capital
próprio
474.074 162.343.370
Interesses
que não
controlam
(Montantes expressos em Euros)
5.723.772 161.869.296
Resultado
líquido do
período
5.437.584 (5.723.772)
5.437.584
-
-
-
-
-
-
- 1.866.991 (1.866.991)
-
-
(269.875)
Outras
reservas
130.500.000 39.470.047 (23.736.958) (2.539.762) 5.760.117 1.597.116
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
5
Distribuições
-
-
4=2+3
-
OPERAÇÕES COM DETENTORES
DE CAPITAL PRÓPRIO
RESULTADO INTEGRAL
3
-
-
-
RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO
Prestações
acessórias
130.500.000 39.470.047 (23.736.958) (2.126.991) 5.473.929
Alterações de perímetro
2
1
Capital
realizado
Outras alterações reconhecidas
no capital próprio
ALTERAÇÕES DO PERÍODO
POSIÇÃO NO INÍCIO DO PERÍODO
01-01-2013
Descrição
Em 31 de dezembro de 2013
Demonstração Consolidada das Alterações no Capital Próprio
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
129
POSIÇÃO NO FIM DO PERÍODO
31-12-2014
Constituição da reserva legal
Transferência de resultados
do exercício para resultados
transitados
APLICAÇÃO DE RESULTADOS
Distribuições
OPERAÇÕES COM DETENTORES
DE CAPITAL PRÓPRIO
RESULTADO INTEGRAL
Diferenças
Diferenças
de
de
consolidação transposição
Reservas
legais
Outras
reservas
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
(107)
(107)
-
-
-
-
-
-
-
-
498.696
498.696
-
290.727
-
290.727
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
13 = 7 + 8 + 9
130.500.000 39.470.047 (23.736.503) (2.041.066) 6.050.844 1.597.116
+ 11 + 12
12
11
10 = 8 + 9
9
-
-
-
RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO
Prestações
acessórias
130.500.000 39.470.047 (23.736.396) (2.539.762) 5.760.117 1.597.116
Alterações de perímetro
8
7
Capital
realizado
Outras alterações reconhecidas
no capital próprio
ALTERAÇÕES DO PERÍODO
POSIÇÃO NO INÍCIO DO PERÍODO
01-01-2014
Descrição
Em 31 de dezembro de 2014
15.929.784
Total
(5.523.819)
(290.727)
-
-
118.543
118.543
-
-
-
(132.544)
-
118.543 167.888.765
-
-
-
-
-
617.132
118.543
-
-
-
-
-
532.005
165.960
366.045
366.045
-
397.558 168.286.322
-
-
-
-
-
(85.127)
47.417
498.589 (132.544)
498.589
-
Total do
capital
próprio
482.685 167.754.318
Interesses
que não
controlam
(Montantes expressos em Euros)
5.814.546 167.271.633
Resultado
líquido do
período
5.523.819 (5.814.546)
5.523.819
-
-
-
-
-
-
-
-
10.405.965
Resultados
retidos
Demonstração Consolidada das Alterações no Capital Próprio
DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS
09
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
Demonstração de Fluxos de Caixa Consolidados
Em 31 de dezembro de 2014 e 2013
(Montantes expressos em Euros)
Notas
31/12/2014
31/12/2013
Fluxo de caixa das atividades operacionais - Método Direto
Recebimentos de clientes
Pagamentos a fornecedores
Pagamentos ao pessoal
Caixa gerada pelas operações
Pagamento/recebimento do imposto sobre o rendimento
Outros recebimentos/pagamentos relativos à atividade operacional
Fluxos de caixa das atividades operacionais (1)
577.249.010
489.205.295
(369.936.004)
(410.361.552)
(93.673.939)
(87.721.600)
113.639.067
(8.877.857)
(8.807.994)
(11.742.917)
(62.799.813)
13.253.991
42.031.260
(7.366.783)
Fluxo de caixa das atividades de investimento
Pagamentos respeitantes a:
Investimentos financeiros
Ativos fixos tangíveis
Ativos intangíveis
-
(133.872)
(16.515.703)
(16.541.112)
(4.079)
(4.258)
(16.519.782)
(16.679.242)
Recebimentos provenientes de:
Investimentos financeiros
Ativos fixos tangíveis
Juros e proveitos similares
Fluxos de caixa das atividades de investimento (2)
334.250
80.000
3.387.034
2.995.678
8.530.752
9.149.271
12.252.036
12.224.949
(4.267.745)
(4.454.293)
20.496.560
49.207.707
Fluxo de caixa das atividades de financiamento
Recebimentos provenientes de:
Financiamentos obtidos
Subsídio e doações
75.165
6.335
161.500
6.046.155
20.733.226
55.260.197
Financiamentos obtidos
(20.437.381)
(32.872.471)
Juros e custos similares
(26.415.551)
(30.722.426)
Suprimentos
Pagamentos respeitantes a:
Amortizações de locação financeira
Fluxos de caixa das atividades de financiamento (3)
Variação de caixa e seus equivalentes (1) + (2) + (3)
Efeito da alteração do perímetro de consolidação
16
Efeito da variação cambial
(2.073.070)
(1.706.230)
(48.926.002)
(65.301.127)
(28.192.777)
(10.040.930)
9.570.738
(21.862.005)
227.119
1.632.320
(749.455)
172.818
Caixa e seus equivalentes no início do ano
16
37.447.229
57.504.096
Caixa e seus equivalentes no fim do ano
16
46.495.632
37.447.229
130
Transposição do Rio São Francisco - Brasil
DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS
09
131
Metrô de S. Paulo - Estação de Vila Prudente - Brasil
10
NOTAS
CONSOLIDADAS
132
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
Notas Consolidadas
(em 31 de dezembro de 2014)
1. Informação geral da atividade do
Grupo Somague
com Normas Internacionais de Relato Financeiro (“IFRS”)
em 27 de fevereiro de 2015. De acordo com o art.º 68
do CSC a Assembleia-Geral de Acionistas pode recusar a
A Somague - Sociedade Gestora de Partici-
proposta dos membros da Administração relativamente à
pações Sociais, S.A. (“Somague SGPS” ou
aprovação de contas desde que delibere motivadamente
“Empresa”), com sede em Sintra, foi consti-
que se proceda à elaboração total de novas contas ou à
tuída em 21 de janeiro de 1952, tendo em
reforma em pontos concretos das apresentadas.
29 de dezembro de 1993 adotado a atual
denominação e o objeto social de gestão de
3. Principais políticas contabilísticas
participações sociais noutras sociedades,
como forma indireta do exercício de atividade económica.
3.1. Bases de preparação
No exercício de 2004 concretizou-se a ope-
As demonstrações financeiras consolidadas da Somague
ração de troca de participações efetuada en-
SGPS foram preparadas no pressuposto da continuidade
tre a Sacyr, S.A. (“Grupo Sacyr”) e os anterio-
das operações, a partir dos livros e registos contabilísti-
res acionistas e de que resultou o controlo
cos das empresas incluídas na consolidação, mantidos de
do capital (100%) da empresa pelo Grupo
acordo com os princípios de contabilidade geralmente
Sacyr a partir de meados deste exercício.
aceites em Portugal ajustados, no processo de consoli-
Consequentemente, a partir daquela data as
dação, de modo a ficarem de acordo com as disposições
operações do Grupo Somague são influen-
das Normas Internacionais de Relato Financeiro (“IFRS”)
ciadas pelas decisões do Grupo Sacyr da
emitidas pelo International Accounting Standards Board
qual a Sacyr, S.A. é empresa-mãe.
(“IASB”) e adotadas pela União Europeia, em vigor para os
exercícios económicos iniciados em 1 de janeiro de 2014.
O universo empresarial da Somague (“Grupo”), do qual a Somague SGPS, S.A. é em-
Todos os valores apresentados nestas notas explicativas
presa-mãe, é formado pelas empresas par-
estão expressos em Euros, exceto quando esteja expressa-
ticipadas e associadas indicadas nas Notas
mente indicada outra unidade monetária.
4. As principais atividades do Grupo são a
3.2. Bases de consolidação
construção civil e obras públicas e promoção imobiliária.
a. Empresas controladas
2. Data de aprovação das demonstrações financeiras
As participações financeiras em empresas nas quais o Grupo detenha, direta ou indiretamente, mais de 50% dos direitos de voto em Assembleia-Geral de Acionistas/Sócios
Relativamente ao exercício findo em 31 de
e/ou detenha poder de controlar as suas políticas finan-
dezembro de 2014, o Conselho de Adminis-
ceiras e operacionais, foram incluídas nas demonstrações
tração autorizou a sua emissão das demons-
financeiras consolidadas pelo método de consolidação
trações financeiras consolidadas de acordo
integral. A participação de terceiros no capital próprio e
134
10
NOTAS
CONSOLIDADAS
no resultado líquido dessas empresas é apresentada se-
cional, desde a data em que o controlo é
paradamente na demonstração da posição financeira con-
partilhado. De acordo com este método, os
solidada e na demonstração dos resultados consolidada,
ativos, passivos, proveitos e custos destas
nas respetivas rubricas de “Interesses que não controlam”.
empresas foram integrados, nas demonstrações financeiras consolidadas, rubrica a
As perdas de uma subsidiária passam a ser quinhoadas pe-
rubrica na proporção do controlo atribuível
los interesses que não controlam mesmo que excedam os
ao Grupo.
interesses destas na subsidiária.
As transações, saldos e dividendos entre
Os resultados das subsidiárias adquiridas ou vendidas du-
empresas são eliminados, no processo de
rante o período estão incluídos nas demonstrações dos
consolidação, na proporção do controlo atri-
resultados desde a data da sua aquisição ou até à data da
buível ao Grupo.
sua alienação.
Sempre que necessário, são efetuados ajusAs transações e saldos significativos entre essas empresas
tamentos às demonstrações financeiras das
foram eliminados no processo de consolidação. As mais-
entidades conjuntamente controladas para
-valias decorrentes da alienação de empresas participa-
adequar as suas políticas contabilísticas às
das, efetuadas dentro do Grupo, são igualmente anuladas.
usadas pelo Grupo.
Sempre que necessário são efetuados ajustamentos às de-
A classificação dos investimentos financei-
monstrações financeiras das empresas subsidiárias, tendo
ros em empresas conjuntamente contro-
em vista a uniformização das respetivas políticas contabi-
ladas é determinada com base em acordos
lísticas com as do Grupo e para efeitos de consolidação de
contratuais que regulam o controlo conjun-
contas.
to, na percentagem efetiva de detenção e/
ou nos direitos de voto detidos.
Nas situações em que o Grupo detenha, em substância, o
controlo de outras entidades criadas com um fim específi-
Os interesses financeiros em Agrupamentos
co, ainda que não detenha participações de capital direta-
Complementares de Empresas (ACE), por
mente nessas entidades, as mesmas são consolidadas pelo
regra, foram incluídos nas demonstrações
método de consolidação integral.
financeiras consolidadas pelo método de
consolidação proporcional.
As empresas controladas em 31 de dezembro de 2014, e
como tal consolidadas pelo método de consolidação inte-
No entanto existem alguns interesses em
gral encontram-se identificadas na nota 4.
Agrupamentos Complementares de Empresas, que foram incluídos nas demonstrações
b. Empresas conjuntamente controladas
financeiras pelo método de equivalência patrimonial, porque o seu controlo é exercido
As participações financeiras em empresas conjuntamente
pelo Acionista onde são consolidadas pelo
controladas foram incluídas nas demonstrações financei-
método proporcional.
ras consolidadas pelo método de consolidação propor135
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
As empresas consolidadas pelo método de
riais a que respeitam acima do interesse do Grupo no justo
consolidação proporcional encontram-se
valor líquido dos ativos, passivos e passivos contingentes
identificadas na Nota 4.
identificáveis na data da concentração.
Os investimentos financeiros em empresas
Sempre que o interesse da adquirente no justo valor líqui-
conjuntamente controladas excluídas da con-
do dos ativos, passivos e passivos contingentes identifi-
solidação por não haver controlo conjunto são
cáveis excede o custo da concentração de atividades em-
apresentados ao custo de aquisição (Nota 4).
presariais, o diferencial é imediatamente reconhecido nos
resultados do período se, após reavaliação, não for possí-
c. Concentração de atividades empresa-
vel a sua imputação aos correspondentes ativos e passivos
riais
tendo em conta o respetivo justo valor.
A concentração de atividades empresariais,
Os interesses que não controlam são apresentados pela
nomeadamente a aquisição de subsidiárias,
respetiva proporção do justo valor dos ativos e passivos
é registada pelo método de compra. O custo
identificados.
de aquisição corresponde ao agregado dos
d. Empresas associadas
justos valores, à data da transação, dos ativos
cedidos, dos passivos incorridos ou assumidos e dos instrumentos de capital próprio
As participações financeiras em empresas associadas, em-
emitidos, em troca do controlo da adquirida.
presas onde o Grupo exerce uma influência significativa
mas não detém o controlo das mesmas através da partici-
Nas concentrações empresariais ocorridas
pação nas decisões financeiras e operacionais da empresa,
entre 1 de janeiro de 2004 e 31 de dezem-
não são consolidadas sendo apresentadas nas demonstra-
bro de 2008, de acordo com a IFRS 3, os ati-
ções financeiras pelo método de equivalência patrimonial.
vos e passivos de cada subsidiária (incluindo
3.3. Resumo das principais políticas contabilísticas
os passivos contingentes) foram mensurados ao seu justo valor na data de aquisição e
i.
o excesso do custo de aquisição face ao jus-
Ativos e passivos expressos em moeda estrangeira
to valor dos ativos e passivos identificáveis
de cada associada na data de aquisição foi
Todos os ativos e passivos expressos em moeda estrangei-
reconhecido como goodwill. Quando o dife-
ra são convertidos para a moeda de relato, utilizando-se
rencial entre o custo de aquisição e o justo
as cotações oficiais vigentes na data de relato. As diferen-
valor dos ativos e passivos líquidos adquiri-
ças cambiais, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas
dos foi negativo, o mesmo foi reconhecido
diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das
como um proveito do exercício
transações e aquelas em vigor na data das cobranças, pagamentos ou à data de relato, são registadas como rendimen-
Nas aquisições subsequentes a 1 de janeiro
tos e gastos na demonstração dos resultados do exercício. A
de 2009, o goodwill é mensurado pelo seu
conversão das demonstrações financeiras a consolidar com
custo, que corresponde ao excesso do custo
moeda funcional diferente da de relato foram convertidas
das concentrações de atividades empresa-
para Euros, através das seguintes taxas de câmbio:
136
10
NOTAS
CONSOLIDADAS
Kwanza/
Euro
Real/
Euro
Dirham/
Euro
Metical/
Euro
Escudo Cabo-verdiano/
Euro
Vigente ao final do ano - para a
totalidade dos ativos e passivos
0,0080
0,3099
0,0878
0,0249
110,2650
Médio - para a demonstração dos
resultados do ano
0,0077
0,3208
0,0887
0,0243
110,2650
Histórico - para as rubricas do
capital próprio
0,0092
0,3812
-
0,0358
110,2650
As diferenças de câmbio originadas nesta conversão fo-
Os bens adquiridos em regime de locação
ram incluídas no capital próprio na rubrica “Diferenças de
financeira são amortizados utilizando as
transposição”.
mesmas taxas dos restantes ativos fixos tangíveis, ou seja, tendo por base a respetiva
ii. Ativos e passivos não correntes
vida útil.
Os ativos realizáveis e os passivos exigíveis a mais de um
A quantia depreciável dos ativos fixos tangí-
ano da data de relato são classificados, respetivamente,
veis é líquida do valor residual que se esti-
como ativos e passivos não correntes.
ma que exista no final das respetivas vidas
úteis.
iii. Ativos fixos tangíveis
Os métodos de amortização, a vida útil estiOs ativos fixos tangíveis utilizados na produção, prestação
mada e o valor residual são revistos no final
de serviços ou para uso administrativo foram registados
de cada ano e os efeitos das alterações são
ao custo considerado até 01/01/2004 e posteriormente
tratados como alterações de estimativas, ou
ao custo aquisição ou produção, incluindo as despesas im-
seja, o efeito das alterações é tratado de for-
putáveis à compra, deduzido da depreciação acumulada e
ma prospetiva
perdas de imparidade, quando aplicável.
Os custos de desmantelamento e remoção
Os ativos fixos tangíveis são depreciados pelo método das
de bens do ativo fixo tangível e os custos de
quotas constantes, de acordo com a sua vida útil estimada,
restauração do local onde estes estão locali-
a partir da data em que os mesmos se encontram disponí-
zados, em cuja obrigação se incorre quando
veis para ser utilizados no uso pretendido, de acordo com
os bens são adquiridos ou como consequên-
as seguintes vidas úteis estimadas:
cia de terem sido usados durante um deter-
Edifícios e outras construções
Equipamento básico
Equipamento de transporte
Ferramentas e utensílios
Equipamento administrativo
Outras imobilizações corpóreas
minado período para finalidades diferentes
Anos de vida útil
8 - 50
3 - 10
4-8
3-8
3 - 20
3 - 14
da produção de inventários, fazem parte do
custo do ativo fixo tangível correspondente
e são amortizados no período de vida útil
dos bens a que respeitam.
137
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
Os custos de manutenção e reparação cor-
quer indicação, a empresa estima a quantia recuperável do
rentes são reconhecidos como gastos no pe-
ativo (que é a mais alta entre o justo valor do ativo ou de
ríodo em que ocorrem.
uma unidade geradora de caixa menos os custos de vender
e o seu valor de uso) e reconhece nos resultados do exer-
Os custos com substituições e grandes re-
cício a imparidade sempre que a quantia recuperável for
parações são capitalizados sempre que au-
inferior ao valor contabilístico.
mentem a vida útil do imobilizado a que
respeitem e são amortizadas no período
Ao avaliar se existe indicação de imparidade são tidas em
remanescente da vida útil desse imobiliza-
conta as seguintes situações:
do ou no seu próprio período de vida útil, se
inferior.
• Durante o período, o valor de mercado de um ativo diminuiu significativamente mais do que seria esperado como
Os ativos fixos tangíveis em curso represen-
resultado da passagem do tempo ou do uso normal;
tam ativos ainda em fase de construção/pro-
• Ocorreram, durante o período, ou irão ocorrer no futuro
moção, encontrando-se registados ao custo
próximo, alterações significativas com um efeito adverso
de aquisição deduzido de eventuais perdas
na entidade, relativas ao ambiente tecnológico, de mer-
de imparidade. Estes ativos fixos tangíveis
cado, económico ou legal em que a entidade opera ou no
são depreciados a partir do momento em
mercado ao qual o ativo está dedicado;
• As taxas de juro de mercado ou outras taxas de mercado
que os ativos subjacentes estejam concluí-
de retorno de investimentos aumentaram durante o pe-
dos ou disponíveis para o uso pretendido.
ríodo, e esses aumentos provavelmente afetarão a taxa
Qualquer ganho ou perda resultante do des-
de desconto usada no cálculo do valor de uso de um ati-
reconhecimento de um ativo tangível (calcu-
vo e diminuirão materialmente a quantia recuperável do
lado como a diferença entre o valor de venda
ativo;
• A quantia escriturada dos ativos líquidos da entidade é
menos custos da venda e o valor contabilís-
superior à sua capitalização de mercado;
tico) é incluído no resultado do exercício no
• Está disponível evidência de obsolescência ou dano físi-
ano em que o ativo é desreconhecido.
co de um ativo;
As propriedades de investimento são inicial-
• Alterações significativas com um efeito adverso na en-
mente mensuradas pelo seu custo. Na men-
tidade ocorreram durante o período, ou espera -se que
suração subsequente é utilizado o modelo
ocorram num futuro próximo, até ao ponto em que, ou
do custo, que inclui o custo inicial deduzido
na forma em que, um ativo seja usado ou se espera que
das amortizações acumuladas e das perdas
seja usado. Estas alterações incluem um ativo que se tor-
de imparidade.
nou ocioso, planos para descontinuar ou reestruturar a
unidade operacional a que o ativo pertence, planos para
alienar um ativo antes da data anteriormente esperada;
Imparidade
• Existe evidência em relatórios internos que indica que o
O Grupo Somague avalia se existe qualquer
desempenho económico de um ativo é, ou será, pior do
indicação de que um ativo possa estar com
que o esperado.
imparidade no final do ano. Se existir qual138
10
NOTAS
CONSOLIDADAS
Independentemente de haver indicações de estarem em
O goodwill é registado como ativo e não é
imparidade, os bens que ainda não estão disponíveis para
sujeito a amortização. Anualmente, e sempre
uso são testados anualmente quanto à imparidade.
que haja algum indício de eventual perda de
valor, os valores de goodwill são sujeitos a tes-
As reversões de imparidade são reconhecidas em resulta-
tes de imparidade. Qualquer perda de impari-
dos e são efetuadas apenas até ao limite que resultaria se
dade é registada imediatamente como custo
o bem nunca tivesse sido sujeito a imparidade.
na demonstração de resultados do período,
não sendo suscetível de reversão posterior.
iv. Ativos intangíveis
Na alienação de uma subsidiária ou entiOs ativos intangíveis exceto “goodwill” encontram-se regis-
dade conjuntamente controlada, o respeti-
tados ao custo de aquisição, deduzido das amortizações acu-
vo goodwill é incluído na determinação da
muladas e perdas de imparidade. Os ativos intangíveis só são
mais ou menos valia.
reconhecidos se for provável que deles advenham benefícios
económicos futuros para o Grupo, sejam controláveis pelo
O goodwill relativo a investimentos em sub-
Grupo e se possa medir razoavelmente o seu valor.
sidiárias sedeadas no estrangeiro encontra-se registado na moeda de reporte dessas
As amortizações do exercício dos ativos intangíveis são
subsidiárias, sendo convertido para a moeda
registadas na demonstração de resultados na rubrica de
de reporte do Grupo (euro) à taxa de câm-
“Amortizações”.
bio em vigor na data de relato. As diferenças cambiais geradas nessa conversão são
Na rubrica de propriedade industrial encontram-se refleti-
registadas na rubrica “Diferenças de trans-
dos os alvarás registados em nome do Grupo, relativamen-
posição”.
te aos quais existe um requisito legal para o exercício da
atividade de construção.
De acordo com a referida norma, o concessionário reconhece a retribuição recebida ou
A amortização é efetuada no período de utilização exclu-
a receber para prestar serviços de explora-
siva de cada alvará.
ção e/ou construção como um ativo financeiro e/ou como um ativo intangível.
Os programas de computador adquiridos a terceiros e os
custos internos associados à manutenção e ao desenvolvi-
O concessionário reconhece um ativo intangí-
mento dos Programas de computador só são reconhecidos
vel na extensão que possui um direito de co-
por se considerar que são mensuráveis com fiabilidade e
brar serviços pela utilização da infraestrutura.
geram benefícios económicos futuros.
O ativo intangível reconhecido no âmbito da
O goodwill apurado entre 1 de janeiro de 2004 e 31 de de-
IFRIC 12 tem vida finita, um dos requisitos
zembro de 2008 representa o excesso do custo de aquisi-
iniciais impostos para qualificar determina-
ção sobre o justo valor dos ativos e passivos identificáveis
do contrato de concessão, em que o conce-
de uma subsidiária ou entidade conjuntamente controla-
dente controla a infraestrutura no final do
da, na respetiva data de aquisição.
período da concessão.
139
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
A vida útil do ativo intangível, reconhecido
É feita uma avaliação dos investimentos em associadas
no âmbito da IFRIC 12, corresponde ao pe-
quando existem indícios de que o ativo possa estar em im-
ríodo do contrato da concessão, isto é 20
paridade, sendo registada uma perda na demonstração de
anos, utilizando a Empresa como método de
resultados sempre que tal sucede.
amortização as quotas constantes.
Quando a proporção do Grupo nos prejuízos acumulados da
Imparidade
associada excede o valor pelo qual o investimento se encontra registado, o investimento é reportado por um valor
A imparidade de Ativos Intangíveis é deter-
nulo enquanto o capital próprio da associada não for positi-
minada tendo por base os critérios descritos
vo, excetuando as situações em que o Grupo tenha assumi-
para os Ativos Fixos Tangíveis.
do compromissos para com a associada, registando nesses
casos uma provisão para fazer face a essas obrigações.
As reversões de imparidade são reconhecidas em resultados e não devem exceder a
Os ganhos não realizados em transações com associadas
quantia escriturada do bem que teria sido
são eliminados proporcionalmente ao interesse do Gru-
determinada caso nenhuma perda por im-
po na associada por contrapartida do investimento nessa
paridade tivesse sido reconhecida anterior-
mesma associada. As perdas não realizadas são igualmen-
mente.
te eliminadas, mas somente até ao ponto em que a perda
não evidencie que o ativo transferido esteja em situação
Nos serviços de concessão, os indicadores
de imparidade.
de imparidade poderão relacionar-se com
alterações nas condições do mercado, no-
Relativamente a empresas associadas que não se conside-
meadamente quando a utilização do ativo é
rem materiais no âmbito do consolidado, a empresa optou
inferior à utilização estimada inicialmente.
pelo seu registo contabilístico através do custo de aquisição.
v. Investimentos financeiros
(v.2) Outros investimentos financeiros - método de
equivalência patrimonial
(v.1) Empresas associadas
Os investimentos financeiros em empresas em que o
As empresas associadas são registadas de
controlo total é detido pelo acionista em Espanha, foram
acordo com o método de equivalência patri-
consideradas nas contas do Grupo pelo método de equi-
monial. As participações financeiras são re-
valência patrimonial, sendo consolidadas integralmente
gistadas pelo seu custo de aquisição ajusta-
ou proporcionalmente conforme aplicável, pelo acionista.
do pelo valor correspondente à participação
(v.3) Outros investimentos financeiros - outros métodos
do Grupo nas variações dos capitais próprios
(incluindo o resultado líquido) das associadas por contrapartida de ganhos ou perdas
Os investimentos financeiros em empresas excluídas da
do exercício e pelos dividendos recebidos.
consolidação encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido de eventuais perdas de imparidade.
140
10
NOTAS
CONSOLIDADAS
Os rendimentos resultantes de investimentos financeiros
As Diferenças temporárias tributáveis são
em outras empresas participadas e em títulos e aplicações
diferenças temporárias das quais resultam
financeiras (dividendos) são registados na demonstração
quantias tributáveis na determinação do lu-
de resultados do exercício em que é decidida e anunciada
cro tributável/perda fiscal de períodos futu-
a sua distribuição.
ros quando a quantia escriturada do ativo ou
do passivo seja recuperada ou liquidada.
vi. Outros ativos financeiros
Não são reconhecidos impostos diferidos reOs empréstimos concedidos a outras empresas encon-
lativos às diferenças temporárias associadas
tram-se registados ao custo amortizado utilizando o mé-
aos investimentos em subsidiárias, associa-
todo da taxa de juro efetiva, deduzido de eventuais previ-
das e interesses em empreendimentos con-
sões para perdas estimadas na sua realização.
juntos por se considerar que se encontram,
satisfeitas, simultaneamente, as seguintes
vii. Ativos e Passivos por Impostos Diferidos e Imposto
condições:
sobre o Rendimento do Período
• A Empresa seja capaz de controlar a tem(vii.1) Ativos e Passivos por Impostos Diferidos
pestividade da reversão da diferença temporária; e
Os Ativos e Passivos por Impostos Diferidos resultam do
• Seja provável que a diferença temporária
apuramento de diferenças temporárias entre a base con-
não se reverterá no futuro previsível.
tabilística e a base fiscal dos ativos e passivos da Empresa.
A mensuração dos Ativos e Passivos por ImOs Ativos por Impostos Diferidos refletem:
postos Diferidos:
• As diferenças temporárias dedutíveis até ao ponto em que
• É efetuada de acordo com as taxas que se
é provável a existência de lucros tributáveis futuros relati-
espera que sejam de aplicar no período
vamente aos quais a diferença dedutível pode ser usada;
em que o ativo for realizado ou o passivo
• Perdas fiscais não usadas e créditos fiscais não usados
liquidado, com base nas taxas fiscais apro-
até ao ponto em que seja provável que lucros tributáveis
vadas à data de balanço e;
futuros estejam disponíveis contra os quais possam ser
• Reflete as consequências fiscais que se
usados.
seguem da forma como a Empresa espera,
à data do balanço, recuperar ou liquidar a
Diferenças temporárias dedutíveis são diferenças tempo-
quantia escriturada dos seus ativos e pas-
rárias das quais resultam quantias que são dedutíveis na
sivos.
determinação do lucro tributável/perda fiscal de períodos
(vii.2) Imposto sobre o Rendimento
futuros quando a quantia escriturada do ativo ou do passivo seja recuperada ou liquidada.
O imposto sobre o rendimento do período
Os Passivos por Impostos Diferidos refletem diferenças
engloba os impostos correntes e diferidos
temporárias tributáveis.
do exercício.
141
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
O imposto corrente é determinado com base
De acordo com o referido regime, previsto no artigo 63º
no resultado contabilístico ajustado de acor-
do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas
do com a legislação fiscal em vigor.
Coletivas - IRC, os resultados fiscais das suas participadas
concorrem para a matéria coletável da Empresa.
A Empresa e as suas subsidiárias, participadas direta ou indiretamente em pelo menos
Nos termos da legislação em vigor nas diversas jurisdições
90% do respetivo capital e que, simultanea-
em que as empresas englobadas na consolidação desen-
mente, são residentes em Portugal e são tri-
volvem a sua atividade, as correspondentes declaração
butadas em sede de Imposto sobre o Rendi-
fiscais estão sujeitas a revisão por parte das autoridades
mento, são tributadas no âmbito do regime
fiscais durante um período de 4 anos, o qual pode ser pro-
especial de tributação dos grupos de socie-
longado em determinadas circunstâncias, nomeadamente
dades à taxa de 23%, acrescida da Derrama
quando existem prejuízos fiscais, ou estejam em curso ins-
até à taxa máxima de 1,5% sobre o Lucro Tri-
peções, reclamações ou impugnações.
butável. Na parte do lucro tributável quando
superior a 1.500.000 euros até 7.500.000
O Conselho de Administração, suportado nas posições dos
euros incide ainda a derrama estadual em
seus consultores fiscais e tendo em conta as responsabili-
3%, na parte em que excede os 7.500.000
dades reconhecidas, entende que das eventuais revisões
euros até 35.000.000 euros incide a taxa de
dessas declarações fiscais não resultarão correções mate-
5%, e quando ultrapassa os 35.000.000 eu-
riais nas demonstrações financeiras do Grupo.
ros aplica-se a taxa de 7%.
viii.Inventários
A Empresa está ainda sujeita às taxas de triO custo dos inventários inclui:
butação autónoma previstas do art. 88º do
CIRC.
• Custos de compra (preço de compra, direitos de imporO imposto sobre o rendimento relativo às
tação, impostos não recuperáveis, custos de transporte,
empresas englobadas na consolidação é
manuseamento e outros diretamente atribuíveis à com-
calculado às taxas em vigor nos países das
pra, deduzidos de descontos comerciais, abatimentos e
respetivas sedes:
outros itens semelhantes);
• Custos de conversão (mão de obra e gastos gerais de
País
Espanha
Angola
Cabo Verde
Irlanda
Brasil
Taxa 2014
30,00%
30,00%
25,00%
12,50%
24,00%
produção);
Taxa 2013
30,00%
35,00%
25,00%
12,50%
24,00%
• Outros custos incorridos para colocar os inventários no
seu local e condições pretendidos;
As mercadorias e as matérias-primas, subsidiárias e de
consumo encontram-se valorizadas ao custo de compra
ou de conversão, o qual é inferior ao respetivo valor de
mercado, utilizando-se o custo médio como método de
custeio.
142
10
NOTAS
CONSOLIDADAS
Os produtos e trabalhos em curso encontram-se valoriza-
A evidência objetiva de que um ativo finan-
dos ao custo de conversão, que inclui o custo dos mate-
ceiro ou um grupo de ativos poderia estar
riais incorporados, mão de obra direta e gastos gerais de
em imparidade teve em conta dados obser-
fabrico.
váveis que chamassem a atenção sobre os
seguintes eventos de perda:
Sempre que o valor realizável líquido é inferior ao custo
• Significativa dificuldade financeira do de-
de compra ou de conversão, procede-se à redução de valor
vedor;
dos inventários, mediante o reconhecimento de uma per-
• Quebra contratual, tal como não pagamen-
da por imparidade, a qual é revertida quando deixam de
to ou incumprimento no pagamento do
existir os motivos que a originaram.
juro ou amortização da dívida;
Para este efeito, o valor realizável líquido é o preço de ven-
• As empresas englobadas na consolidação,
da estimado no decurso ordinário da atividade empresa-
por razões económicas ou legais relacio-
rial menos os custos estimados de acabamento e os custos
nados com a dificuldade financeira do de-
necessários para efetuar a venda. As estimativas tomam
vedor, ofereceram ao devedor concessões
em consideração as variações relacionadas com aconteci-
que de outro modo não considerariam;
mentos ocorridos após o final do período na medida em
• Tornar-se provável que o devedor irá en-
que tais acontecimentos confirmem condições existentes
trar em falência ou qualquer outra reorga-
no fim do período.
nização financeira;
• Informação observável indicando que
ix. Outros ativos financeiros não incluídos nas alíneas
existe uma diminuição na mensuração da
anteriores
estimativa dos fluxos de caixa futuros de
um grupo de ativos financeiros desde o
Os ativos financeiros são reconhecidos quando as empre-
seu reconhecimento inicial.
sas englobadas na consolidação se constituem parte na
respetiva relação contratual.
Os ativos financeiros individualmente significativos foram avaliados individualmente
Os ativos financeiros não incluídos nas alíneas atrás e que
para efeitos de imparidade. Os restantes fo-
não são valorizados ao justo valor estão valorizados ao
ram avaliados com base em similares carac-
custo ou ao custo amortizado líquido de perdas por impa-
terísticas de risco de crédito.
ridade, quando aplicável.
A imparidade apurada nos termos atrás refeOs outros ativos financeiros, na generalidade, não vencem
ridos não difere significativamente daquela
juros.
que é apurada com critérios e para efeitos
fiscais.
No final do ano o Grupo avaliou a imparidade destes ativos. Sempre que existia uma evidência objetiva de impari-
Seguem-se algumas especificidades relati-
dade, a empresa reconheceu uma perda por imparidade na
vas a cada um dos tipos de ativos financei-
demonstração de resultados.
ros.
143
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
(ix.1) Acionistas/Sócios
caso de não pagamento por parte dos Clientes a empresa
de factoring tem o direito de reclamar ao Grupo as quan-
Os empréstimos a acionistas encontram-se
tias não pagas mantêm-se reconhecidos na posição finan-
valorizados ao custo amortizado, utilizando
ceira e o risco de incobrabilidade associado é considerado
o método da taxa de juro efetiva, menos im-
para efeitos de determinação da imparidade.
paridade.
Neste caso os valores recebidos da empresa de factoring
Os restantes saldos com acionistas são apre-
são reconhecidos no passivo como outras contas a pagar.
sentados pelo respetivo custo, deduzido de
(ix.3) Adiantamentos a fornecedores
perdas por imparidade, sempre que aplicável, determinada com base nos critérios definidos na alínea ix).
Estes saldos são apresentados pelo respetivo custo, deduzido de perdas por imparidade, sempre que aplicável, de-
(ix.2) Clientes
terminada com base nos critérios definidos na alínea ix).
As contas a receber de Clientes são mensu-
(ix.4) Outras contas a receber
radas, aquando do reconhecimento inicial,
de acordo com os critérios de mensuração
As outras contas a receber encontram-se valorizadas da
de Vendas e Prestações de Serviços descri-
seguinte forma:
tos na alínea xviii) sendo subsequentemente mensuradas da seguinte forma:
• Pessoal - ao custo menos imparidade;
• Adiantamentos a fornecedores de investimentos - ao
• Clientes c/c - ao custo amortizado menos
custo;
imparidade;
• Devedores por acréscimos de rendimentos - ao custo
• Clientes títulos a receber - ao custo menos
menos imparidade;
imparidade.
• Outros devedores - ao custo menos imparidade.
A imparidade é determinada com base nos
A imparidade, em ambos os casos é determinada com base
critérios definidos na alínea ix).
nos critérios definidos na alínea ix).
Os créditos sobre clientes cedidos em
(ix.5) Caixa e depósitos bancários
factoring sem recurso, ou seja, em que no
caso de não pagamento por parte dos clien-
Os montantes incluídos nesta rubrica correspondem aos
tes a perda é assumida pela empresa de
valores de caixa e outros depósitos, vencíveis a menos de
factoring são desreconhecidos da posição fi-
três meses, e que possam ser imediatamente mobilizáveis
nanceira aquando do recebimento das quan-
com risco insignificante de alteração de valor.
tias provenientes da empresa de factoring.
Os créditos sobre clientes cedidos em
factoring com recurso, ou seja, em que no
144
10
NOTAS
CONSOLIDADAS
(xii.2) Outros Instrumentos de capital
Estes saldos estão mensurados da seguinte forma:
próprio
• Caixa - ao custo;
• Depósitos sem maturidade definida - ao custo;
Esta rubrica inclui Prestações Acessórias
• Outros depósitos com maturidade definida - ao custo
que foram efetuadas pelos acionistas, na
amortizado, determinado com base no método da taxa
sequência de deliberação em Assembleia-
de juro efetiva.
-Geral, e que ficaram sujeitas ao regime
das Prestações Suplementares. De acordo
(ix.6) Outros ativos financeiros
com este regime, tais prestações não vencem juros (art.º 210 do CSC) não têm prazo
A rubrica de outros ativos financeiros inclui os emprésti-
de reembolso definido (art.º 211 do CSC) e
mos que se encontram valorizados ao custo amortizado
só podem ser reembolsadas se após o seu
menos imparidades.
reembolso o capital próprio não ficar inferior à soma do capital e da Reserva Legal
x. Estado e outros entes públicos
(art.º 213 do CSC).
Os saldos ativos e passivos desta rubrica são apurados
(xii.3) Reserva legal
com base na legislação em vigor.
De acordo com o art.º 295 do CSC, pelo meNo que respeita aos ativos não foi reconhecida qualquer
nos 5% do resultado tem de ser destinado à
imparidade por se considerar que tal não é aplicável dada
constituição ou reforço da reserva legal até
a natureza específica do relacionamento.
que esta represente pelo menos 20% do capital social.
xi. Diferimentos ativos e passivos
A reserva legal não é distribuível a não ser
Esta rubrica reflete as transações e outros acontecimentos
em caso de liquidação e só pode ser utilizada
relativamente aos quais não é adequado o seu integral re-
para absorver prejuízos, depois de esgotadas
conhecimento nos resultados do período em que ocorram,
todas as outras reservas, ou para incorpora-
mas que deviam ser reconhecidos nos resultados e perío-
ção no capital social (art.º 296 do CSC).
dos futuros.
(xii.4) Outras reservas
xii. Rubricas do Capital próprio
Esta rubrica inclui reservas de reavaliação
(xii.1) Capital Realizado
efetuadas nos termos dos anteriores PCGA
e as efetuadas na data de transição, líqui-
Em cumprimento do disposto no art.º 272 do Código das
das dos correspondentes impostos diferi-
Sociedades Comerciais (CSC) o contrato de sociedade indi-
dos, e que não são apresentadas na rubrica
ca o prazo para realização do capital subscrito e não reali-
Excedentes de Revalorização pelo facto de
zado à data da escritura.
a entidade ter adotado o método do custo
considerado na data de conversão para IFRS.
145
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
As reservas de reavaliação efetuadas ao
despesas com a emissão o qual corresponde ao respetivo
abrigo de diplomas legais, de acordo com
justo valor nessa data. Subsequentemente, os financia-
tais diplomas só estão disponíveis para au-
mentos são mensurados ao custo amortizado, que inclui
mentar capital ou cobrir prejuízos incorridos
encargos financeiros calculados de acordo com o método
até à data a que se reporta a reavaliação e
da taxa de juro efetiva.
apenas depois de realizadas (pelo uso ou
pela venda).
xiv. Provisões
As reservas que resultam da revalorização
Esta rubrica reflete as obrigações presentes (legais ou
efetuada na data de transição, as quais só
construtivas) do Grupo provenientes de acontecimentos
estão disponíveis para distribuição depois
passados, cuja liquidação se espera que resulte num ex-
de realizadas (pelo uso ou pela venda).
fluxo de recursos da entidade que incorporem benefícios
económicos e cuja tempestividade e quantia são incertas,
(xii.5) Resultados transitados
mas cujo valor pode ser estimado com fiabilidade.
Esta rubrica inclui os resultados realizados
As provisões são mensuradas pela melhor estimativa do
disponíveis para distribuição aos acionistas.
dispêndio exigido para liquidar a obrigação presente à
data de relato. Sempre que o efeito do valor temporal do
(xii.6) Ajustamentos em ativos financeiros
dinheiro é material, a quantia de uma provisão é o valor
presente dos dispêndios que se espera que sejam neces-
Esta conta incluí os ajustamentos relaciona-
sários para liquidar a obrigação usando uma taxa de des-
dos com a aplicação do método da equiva-
conto antes dos impostos que reflete as avaliações corren-
lência patrimonial e nomeadamente a apro-
tes de mercado do valor temporal do dinheiro e dos riscos
priação das variações nos capitais próprios
específicos do passivo e que não reflete riscos relativa-
das participadas e lucros não atribuídos.
mente aos quais as estimativas dos fluxos de caixa futuros
tenham sido ajustadas.
(xii.7) Resultado Líquido do Período
Seguem-se algumas especificidades relativas a determiEsta rubrica inclui ganhos do exercício que
nadas provisões:
estão disponíveis para distribuição aos acionistas.
(xiv.1) Provisões para impostos
xiii.Financiamentos
Nesta conta o Grupo regista as suas responsabilidades perante o Estado, cuja natureza esteja claramente definida
Os financiamentos estão valorizados ao
e que à data do balanço a sua ocorrência seja provável ou
custo amortizado determinado com base
certa.
na taxa de juro efetiva. De acordo com este
método, na data do reconhecimento inicial
os financiamentos são reconhecidos no passivo pelo valor nominal recebido, líquido de
146
10
NOTAS
CONSOLIDADAS
(xiv.2) Provisões para garantia de obra
presas englobadas na consolidação se constituem parte na respetiva relação contratual.
Estas provisões referem-se a gastos previstos com garantias a clientes. De acordo com o princípio da correlação de
Os Passivos financeiros não incluídos nas
gastos com rendimentos, a empresa reconhece o rédito
alíneas atrás estão valorizados ao justo va-
das prestações de serviços e, em simultâneo, todos os gas-
lor (por capitais próprios ou por resultados),
tos associados a esse rédito.
ou ao custo ou ao custo amortizado nos termos indicados nas alíneas seguintes:
A estimativa do gasto com garantias envolve a análise histórica dos gastos reais incorridos nos últimos 3 anos.
(xv.1) Outras Contas a Pagar
As percentagens e valores de gastos utilizados são revis-
Os Fornecedores de Investimentos - Contas
tos anualmente, sendo ajustado o valor da provisão a con-
Gerais estão mensuradas ao custo amortizado
siderar em cada ano.
utilizando o método da taxa de juro efetiva.
(xiv.3) Provisões para processos judiciais em curso
As restantes contas a pagar estão mensuradas ao custo.
Nesta conta a empresa regista as perdas estimadas em
processo judiciais em curso.
(xv.2) Fornecedores
(xiv.4) Provisões para contratos onerosos
As contas a pagar a fornecedores são reconhecidas inicialmente pelo respetivo justo
Nesta rubrica são consideradas as provisões com as per-
valor e, subsequentemente são mensuradas
das esperadas com contratos de construção, que de acordo
ao custo amortizado, de acordo com o méto-
com a IAS 11 devem ser reconhecidas como gasto do pe-
do da taxa de juro efetiva.
ríodo na sua totalidade.
(xv.3) Adiantamentos de Clientes
(xiv.5) Provisões para situações líquidas negativas
Os Adiantamentos de clientes estão mensuComo referido no ponto v) a Empresa, quando o valor do in-
rados ao custo.
vestimento fica reduzido a zero, reconhece um passivo sem(xv.4) Acionistas/Sócios
pre que o capital próprio da participada é negativo. Quando
posteriormente as participadas relatam lucros, a empresa
retoma o seu reconhecimento apenas após a sua parte nos
Os empréstimos a acionistas encontram-se
lucros igualar a parte das perdas não reconhecidas.
valorizados ao custo amortizado, utilizando
o método da taxa de juro efetiva.
xv. Outros Passivos Financeiros não incluídos nas alíneas
anteriores
Os restantes saldos com acionistas são apresentados ao custo.
Os Passivos Financeiros são reconhecidos quando as em147
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
xvi.Locações
• Os ativos e passivos em moeda estrangeira são transpostos pelo uso da taxa de fecho;
Os contratos de locação são classificados
• Os ganhos e perdas são transpostos pelo uso da taxa de
como (a) locações financeiras se através
câmbio à data da transação;
deles forem transferidos substancialmente
xviii.
todos os riscos e benefícios inerentes à pos-
Vendas e prestações de serviços
se do ativo sob locação e como (b) locações
operacionais se através deles não forem
As Vendas e as Prestações de Serviços são mensuradas
transferidos substancialmente todos os ris-
pelo justo valor da retribuição recebida ou a receber de-
cos e benefícios inerentes à posse do ativo
duzido das quantias relativas a descontos comerciais e de
sob locação.
quantidades concedidos.
A classificação das locações em financeiras
Embora o rédito somente seja reconhecido quando for
ou operacionais é feita em função da subs-
provável que os benefícios económicos associados à tran-
tância e não da forma do contrato.
sação fluam para a empresa, quando surja uma incerteza
acerca da cobrabilidade de uma quantia já incluída no ré-
Nos contratos de locação financeira, o custo
dito, a quantia incobrável, ou a quantia com respeito à qual
do ativo é registado no imobilizado corpóreo,
a recuperação tenha cessado de ser provável, é reconheci-
a correspondente responsabilidade é regis-
da como uma imparidade, e não como um ajustamento da
tada no passivo e os juros incluídos no valor
quantia de rédito originalmente reconhecido.
das rendas e a amortização do ativo, são registados como custos na demonstração dos
Seguem-se algumas especificidades relativas ao reconhe-
resultados do exercício a que respeitam.
cimento das Vendas e Prestações de Serviços:
xvii.
(xviii.1)
Efeito das alterações das taxas de
Prestações de Serviços
câmbio
O rédito das Prestações de Serviços é reconhecido quando
As transações em moeda estrangeira são
o desfecho da transação pode ser estimado com fiabilida-
convertidas para Euro às taxas nas datas das
de o que ocorre quando todas as condições seguintes são
transações.
satisfeitas:
Os saldos que se mantenham em dívida no
• A quantia de rédito pode ser fiavelmente mensurada
final do ano são convertidos à taxa de fecho
com fiabilidade;
e a diferença é reconhecida em resultados.
• É provável que os benefícios económicos associados à
transação fluam para a empresa;
Para efeitos da aplicação do método da
• A fase de acabamento da transação à data do balanço
equivalência patrimonial, as demonstrações
pode ser mensurada com fiabilidade; e
financeiras das participadas originariamen-
• Os custos incorridos com a transação e os custos para
te expressas em moeda estrangeira são con-
concluir a transação podem ser fiavelmente mensura-
vertidas para euro da seguinte forma:
dos.
148
10
NOTAS
CONSOLIDADAS
Para o reconhecimento dos rendimentos e gastos relativos
conhecido nos resultados do exercício um
aos contratos de construção, foi adotado o método da per-
acréscimo do montante a pagar após 31 de-
centagem de acabamento. De acordo com este método, no
zembro o qual se encontra refletido na rubri-
final de cada exercício, os rendimentos diretamente rela-
ca “Outras Contas a Pagar”.
cionados com as obras em curso são reconhecidos na dexx. Outros rendimentos e ganhos
monstração dos resultados em função da percentagem de
acabamento da obra, a qual é determinada pelo rácio entre
os custos incorridos até à data de relato e os custos totais
Esta rubrica inclui essencialmente rendi-
estimados das obras. As diferenças entre os rendimentos
mentos suplementares, decorrentes de ati-
apurados através da aplicação deste método e a faturação
vidade não relacionada com o objetivo prin-
emitida são contabilizadas nas rubricas “Clientes” ou “Di-
cipal do Grupo, nomeadamente aluguer de
ferimentos”, consoante a natureza da diferença.
equipamento, cedência de materiais bem
como indemnizações contratuais.
Pagamentos progressivos e adiantamentos de clientes não
são tidos em conta para a determinação da percentagem
Inclui ainda trabalhos para a própria empre-
de acabamento.
sa que correspondem aos custos associados
a grandes reparações de equipamentos, efe-
xix. Gastos com o Pessoal
tuadas pelas próprias empresas, e incluem
gastos com materiais, mão de obra direta e
Os gastos com o pessoal são reconhecidos quando o ser-
gastos gerais de fabrico. Os trabalhos para a
viço é prestado pelos empregados independentemente da
própria empresa encontram-se mensurados
data do seu pagamento.
ao custo de produção.
Seguem-se algumas especificidades relativas a cada um
xxi. Custos de financiamento
dos tipos de Gastos com o Pessoal:
Os encargos relacionados com financiamen(xix.1) Férias e Subsídio de Férias
tos obtidos são reconhecidos de acordo com
o método de juro efetivo na demonstração
De acordo com a legislação laboral em vigor os empre-
dos resultados do período a que dizem res-
gados têm direito a férias e a subsídio de férias no ano
peito.
seguinte àquele em que o serviço é prestado. Assim, foi
reconhecido nos resultados do exercício um acréscimo do
Os encargos de financiamentos obtidos di-
montante a pagar no ano seguinte o qual se encontra re-
retamente relacionados com a aquisição,
fletido na rubrica “Outras Contas a Pagar”.
construção ou produção de ativos que levem
um período significativo de tempo a ficarem
(xix.2) Distribuição de Lucros a Empregados
preparados para o fim pretendido são capitalizados. A capitalização destes encargos
As distribuições de Lucros a empregados são reconhecidas
começa após o início da preparação das ati-
em Gastos com o Pessoal no período a que respeitam e
vidades de construção ou desenvolvimento
não como uma distribuição de Resultados. Assim, foi re-
do ativo e é interrompida após o início de
149
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
a. Vidas úteis dos ativos fixos tangíveis e intangíveis
utilização do ativo ou quando o projeto em
causa se encontra suspenso.
A vida útil de um ativo é o período durante o qual uma
xxii.Ativos e passivos contingentes
entidade espera que esse ativo esteja disponível para seu
uso e deve ser revista pelo menos no final de cada exercí-
Os passivos contingentes não são reconhe-
cio económico.
cidos nas demonstrações financeiras consolidadas, sendo divulgados exceto se a pos-
O método de amortização/depreciação a aplicar e as per-
sibilidade de existir um exfluxo de recursos
das estimadas decorrentes da substituição de equipamen-
englobando benefícios económicos for re-
tos antes do fim da sua vida útil, por motivos de obsoles-
mota.
cência tecnológica, é essencial para determinar a vida útil
efetiva de um ativo.
Os ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consoli-
Estes parâmetros são definidos de acordo com a melhor
dadas. Os ativos contingentes são divulga-
estimativa da gestão, para os ativos e negócios em ques-
dos quando é provável a existência de um
tão, considerando também as práticas adotadas por em-
influxo económico futuro.
presas dos setores em que a empresa opera.
xxiii.
b. Impostos diferidos ativos
Eventos subsequentes
Os eventos decorridos após a data de relato
São reconhecidos impostos diferidos ativos para todos os
e até à data de envio das demonstrações fi-
prejuízos recuperáveis na medida em que seja provável
nanceiras para aprovação que proporcionem
que venha a existir lucro tributável contra o qual as perdas
informação adicional sobre condições que
possam ser utilizadas.
existiam à data de relato são refletidos nas
demonstrações financeiras consolidadas.
Tendo em conta o contexto de crise e o impacto que pode
ter nos resultados futuros, torna-se necessário julgamen-
3.4. Julgamentos e estimativas da gestão
to por parte da Administração para determinar a quantia
de impostos diferidos ativos que podem ser reconhecidos
3.4.1. Juízos de valor
tendo em conta:
Os juízos de valor (excetuando os que envol-
• A data e quantia prováveis de lucros futuros tributáveis, e
vem estimativas) que o órgão de gestão fez
• As estratégias de planeamento fiscal futuro.
no processo de aplicação das políticas contabilísticas e que tiveram maior impacte nas
quantias reconhecidas nas demonstrações
financeiras foram:
150
10
NOTAS
CONSOLIDADAS
c. Reconhecimento de prestações de serviços
uma taxa sem risco, para a qual foi utilizado como referencial a taxa de juro das
A empresa utiliza o método da percentagem de acabamen-
obrigações do tesouro alemãs a 10 anos
to no reconhecimento das suas prestações de serviços.
em 31 de dezembro de 2014, um beta que
reflete o risco dos ativos e o nível de endi-
A utilização deste método requer que a empresa estime os
vidamento das sociedades, um prémio de
serviços executados como uma percentagem do total de
risco do mercado, acrescido de um prémio
serviços a serem executados os quais também necessitam
de risco do país. Para o capital alheio fo-
de ser estimados.
ram consideradas as projeções esperadas
do custo do financiamento alheio, tendo
d. Provisões para impostos
por base uma média das taxas de juro dos
principais empréstimos a que a empresa
A empresa, suportada nas posições dos seus consultores
se financia. De acordo com estes pressu-
fiscais e tendo em conta as responsabilidades reconhe-
postos as taxas de desconto situaram-se
cidas, entende que das eventuais revisões dessas decla-
num intervalo entre 7,2% e 7,7%.
rações fiscais não resultarão correções materiais nas demonstrações financeiras consolidadas que requeiram a
3.4.2. Principais fontes de incerteza das
constituição de qualquer provisão para impostos.
estimativas
e. Imparidade do goodwill
As estimativas são baseadas no melhor conhecimento existente em cada momento e
O goodwill é sujeito a testes de imparidade anualmente, e
nas ações que se planeiam realizar, sendo
o seu valor de uso é determinado utilizando projeções de
permanentemente revistas com base na in-
fluxos de caixa descontados, de orçamentos para 5 anos
formação disponível.
aprovados pela Administração. Para os anos seguintes, foi
considerada uma perpetuidade do fluxo de caixa estima-
Alterações nos factos e circunstâncias sub-
do para o 5º ano, o qual terá um crescimento semelhante
sequentes podem conduzir à revisão das es-
ao da inflação esperada. A avaliação foi efetuada a preços
timativas no futuro, pelo que os resultados
constantes, sendo as principais hipóteses como segue:
reais poderão vir a diferir das estimativas
presentes.
• Nas projeções dos fluxos de caixa foram consideradas as
a. Imparidade das contas a receber
quebras de atividade que o Conselho de Administração
antecipa para o setor da construção civil e obras públicas;
O risco de crédito dos saldos de contas a re-
• As taxas de inflação esperadas para os próximos 5 anos
ceber é avaliado a cada data de relato, tendo
foram obtidas de estudos públicos elaborados por con-
em conta a informação histórica do devedor
sultores independentes e situam-se num intervalo entre
e o seu perfil de risco tal como referido no
1,2% e 2%;
parágrafo 3.3.
• As taxas de desconto utilizadas baseiam-se no custo
estimado do capital (C.A.P.M.) calculado em função de
151
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
3.5. Alterações de políticas contabilísticas
As contas a receber são ajustadas pela avaliação efetuada dos riscos estimados de co-
3.5.1. Alterações voluntárias de políticas contabilísticas
brança existentes à data de relato, os quais
poderão vir a divergir do risco efetivo a in-
Durante o exercício de 2014 não ocorreram alterações vo-
correr no futuro.
luntárias de políticas contabilísticas, face às consideradas
No que diz respeito a créditos sobre contas
na preparação da informação financeira relativa ao exercí-
a receber de entidades públicas, o órgão de
cio anterior apresentada nos comparativos.
gestão considera que não existe risco de cobrabilidade por as mesmas serem entidades
3.5.2. Novas normas e interpretações aplicáveis ao exer-
idóneas, não tendo procedido ao registo de
cício de 2014
imparidade quando apenas está em causa a
Em resultado do endosso por parte da União Europeia (UE),
tempestividade do recebimento.
ocorreram as seguintes emissões, revisões, alterações e
b. Provisões
melhorias nas normas e interpretações com efeitos a partir de 1 de janeiro de 2014.
O reconhecimento de provisões tem inerente a determinação da probabilidade de saída
Revisões, alterações e melhorias nas normas e interpreta-
de fluxos futuros e a sua mensuração com
ções endossadas pela UE com efeitos nas políticas conta-
fiabilidade.
bilísticas e divulgações adotadas pela empresa/grupo
Estes fatores estão muitas vezes dependen-
IFRS 10 Demonstrações financeiras consolidadas
tes de acontecimentos futuros e nem sempre sob o controlo da empresa pelo que po-
O IASB emitiu a IFRS 10 Demonstrações financeiras con-
derão conduzir a ajustamentos significativos
solidadas que substitui os requisitos de consolidação pre-
futuros, quer por variação dos pressupostos
vistos na SIC 12 Consolidação - entidades com finalidade
utilizados, quer pelo futuro reconhecimen-
especial e na IAS 27 Demonstrações financeiras consolida-
to de provisões anteriormente divulgadas
das e separadas.
como passivos contingentes.
A IFRS 10 não altera os procedimentos de consolidação
mas estabelece um novo conceito de controlo que deverá
ser aplicado para todas as entidades e veículos com finalidade especial. Assim, um investidor controla uma investida se e apenas se tiver, cumulativamente:
(a)poder sobre a investida;
(b)exposição ou direitos a resultados variáveis por via do
seu relacionamento com a investida; e
(c)a capacidade de usar o seu poder sobre a investida para
afetar o valor dos resultados para os investidores.
152
10
NOTAS
CONSOLIDADAS
As mudanças introduzidas pela IFRS 10 requerem que a
Esta norma, de acordo com o endosso (Regu-
Gestão faça um julgamento significativo de forma a deter-
lamento EU nº 1254/2012, de 11 de dezem-
minar que entidades são controladas e consequentemente
bro), é aplicável para exercícios iniciados em
ser incluídas nas Demonstrações financeiras consolidadas
ou após 1 de janeiro de 2014. A aplicação
da empresa-mãe.
poderia ter sido antecipada desde que a entidade aplicasse simultaneamente a IFRS 11,
Esta norma, de acordo com o endosso (Regulamento EU nº
IFRS 12, IAS 27 (revista em 2011) e IAS 28
1254/2012, de 11 de dezembro), é aplicável para exercí-
(revista em 2011). A aplicação é retrospeti-
cios iniciados em ou após 1 de janeiro de 2014. A apli-
va.
cação poderia ter sido antecipada desde que a entidade
aplicasse simultaneamente a IFRS 11, IFRS 12, IAS 27 (re-
IFRS 12 Divulgação de participações em ou-
vista em 2011) e IAS 28 (revista em 2011). A aplicação é
tras entidades
retrospetiva.
A IFRS 12 Divulgação de participações em
IFRS 11 Acordos conjuntos
outras entidades estabelece o nível mínimo
de divulgações relativamente a empresas
subsidiárias, empreendimentos conjuntos,
A IFRS 11:
empresas associadas e outras entidades não
• Substitui a IAS 31 Interesses em empreendimentos con-
consolidadas.
juntos e a SIC 13 Entidades conjuntamente controladas
- contribuições não monetárias por empreendedores;
Esta norma inclui, por isso, todas as divul-
• Altera o conceito de controlo conjunto e remove a opção
gações que eram obrigatórias na IAS 27 De-
de contabilizar uma entidade conjuntamente contro-
monstrações financeiras consolidadas e se-
lada através do método da consolidação proporcional,
paradas referentes às contas consolidadas,
passando uma entidade a contabilizar o seu interesse
bem como as divulgações obrigatórias in-
nestas entidades através do método da equivalência
cluídas na IAS 31 Interesses em empreendi-
patrimonial. O controlo conjunto consiste na partilha
mentos conjuntos e na IAS 28 Investimentos
contratualmente acordada do controlo sobre um acordo,
em associadas, para além de novas informa-
que só existe quando as decisões sobre as atividades re-
ções adicionais.
levantes requerem o consentimento unânime das partes
que partilham o controlo;
O objetivo desta Norma é exigir que uma
• Define ainda o conceito de operações conjuntas (com-
entidade divulgue informação nas suas de-
binando os conceitos existentes de ativos controlados
monstrações financeiras que permita que os
e operações controlados conjuntamente) e redefine o
utentes avaliem:
conceito de consolidação proporcional para estas operações, devendo cada entidade registar nas suas demons-
(a)a natureza e os riscos associados aos seus
trações financeiras os interesses absolutos ou relativos
interesses noutras entidades; e
que possuem nos ativos, passivos, rendimentos e custos.
(b)os efeitos desses interesses na sua posição financeira, desempenho financeiro e
fluxos de caixa.
153
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
IFRS 10, IFRS 11 e IFRS 12 (Emendas) - Orientações de
Para isso, uma entidade deve divulgar:
Transição
(a)os julgamentos e pressupostos significativos nos quais se baseou para determinar a
Estas emendas permitem a adoção de procedimentos me-
natureza do seu interesse noutra entidade
nos exigentes na transição para as IFRS 10, IFRS 11 e IFRS
ou acordo e para determinar o tipo de acor-
12 como por exemplo a reexpressão de comparativos que
do conjunto no qual tem um interesse; e
fica limitada ao período imediatamente anterior à transi-
(b)informação sobre os seus interesses em
ção.
subsidiárias, acordos conjuntos e associadas; e entidades estruturadas que não sejam
De acordo com o endosso (Regulamento EU nº 313/2013,
controladas pela entidade.
de 4 de abril), as alterações são aplicáveis para os exercícios iniciados em ou após 1 de janeiro de 2014. A apli-
Para efeitos desta Norma, um interesse
cação poderia ter sido antecipada desde que a entidade
noutra entidade refere-se ao envolvimento
também adotasse antecipadamente a IFRS 10, IFRS 11 e
contratual e não-contratual que expõe uma
IFRS 12.
entidade a uma variabilidade do retorno em
função do desempenho da outra entidade.
IFRS 10, IFRS 12 e IAS 27 (Emendas) - Entidades de Inves-
Um interesse noutra entidade pode ser evi-
timento
denciado, entre outros, pela propriedade de
ações ou de instrumentos de dívida, bem
As entidades de investimento que incluem os Fundos de
como por outras formas de envolvimento
capital de risco devem satisfazer três elementos da defi-
como o fornecimento de financiamento, de
nição e quatro características típicas para que possam ser
assistência à liquidez, de aumentos de crédi-
consideradas como entidades de investimento a quem se
to e de garantias. Isso inclui os meios pelos
aplicam as novas disposições. Para o efeito, devem ser con-
quais uma entidade tem controlo, controlo
siderados todos os factos e circunstâncias incluindo o fim
conjunto ou influência significativa sobre
a que se destinam e a sua conceção. Estas entidades estão
outra entidade. Uma entidade não tem ne-
isentas de consolidar as suas subsidiárias, associadas e
cessariamente um interesse noutra entida-
empreendimentos conjuntos, as quais devem ser valoriza-
de apenas por via de uma normal relação de
das ao justo valor através de resultados nos termos da IFRS
cliente-fornecedor.
9 (ou IAS 39 conforme aplicável), com exceção daquelas
que prestem serviço exclusivo à entidade de investimento
Esta norma, de acordo com o endosso (Regu-
relacionados com as atividades de investimento, as quais
lamento EU nº 1254/2012, de 11 de dezem-
devem ser consolidadas (investimentos em subsidiárias)
bro), é aplicável para exercícios iniciados em
ou contabilizadas usando o método da equivalência patri-
ou após 1 de janeiro de 2014. A aplicação
monial (investimentos em associadas e empreendimentos
poderia ter sido antecipada desde que a en-
conjuntos). Também devem ser valorizados ao justo valor
tidade aplicasse simultaneamente a IFRS 11,
os investimentos em outras entidades de investimento so-
IFRS 12, IAS 27 (revista em 2011) e IAS 28
bre as quais exista controlo. Uma entidade mãe de uma
(revista em 2011).. A aplicação é retrospe-
entidade de investimento que não seja, ela própria, uma
tiva.
entidade de investimento não pode usar nas suas contas
154
10
NOTAS
CONSOLIDADAS
o modelo de justo valor aplicado pela sua subsidiária às
neiro de 2014. A aplicação poderia ter sido
respetivas participadas. Organizações de capital de risco,
antecipada desde que a entidade aplicasse
fundos de investimento e outras entidades que não satis-
simultaneamente a IFRS 10, IFRS 11, IFRS 12
façam as condições para serem consideradas entidades de
e IAS 27 (revista em 2011). A aplicação é re-
investimento nos termos agora definidos, mantêm a possi-
trospetiva.
bilidade de poder mensurar os investimentos em associadas e empreendimentos conjuntos ao justo valor através
IAS 32 Instrumentos financeiros (Compen-
de resultados nos termos da opção prevista na IAS 28.
sação de ativos financeiros e passivos financeiros)
De acordo com o endosso (Regulamento EU nº 1174/2013,
de 20 de Novembro), as alterações são aplicáveis para os
A emenda clarifica o significado de “direito
exercícios iniciados em ou após 1 de janeiro de 2014. A
legal correntemente executável de compen-
aplicação poderia ter sido antecipada desde que a entida-
sar” e a aplicação da IAS 32 aos critérios de
de aplicasse todas as emendas simultaneamente. A aplica-
compensação de sistemas de compensação
ção é retrospetiva.
(tais como sistemas centralizados de liquidação e compensação) os quais aplicam me-
IAS 27 Demonstrações financeiras consolidadas e separa-
canismos de liquidação brutos que não são
das (Revista em 2011)
simultâneos.
Com a introdução da IFRS 10 e IFRS 12, a IAS 27 limita-se
O parágrafo 42 a) da IAS 32 requer que “um
a estabelecer o tratamento contabilístico relativamente
ativo financeiro e um passivo financeiro de-
a subsidiárias, empreendimentos conjuntos e associados
vem ser compensados e a quantia líquida
nas contas separadas.
apresentada no balanço quando, e apenas
quando, uma entidade tiver atualmente um
De acordo com o endosso, as alterações à IAS 27 serão
direito de cumprimento obrigatório para
aplicáveis para os exercícios iniciados em ou após 1 de
compensar as quantias reconhecidas”. Esta
janeiro de 2014. A aplicação poderia ter sido antecipada
emenda clarifica que os direitos de compen-
desde que a entidade aplicasse simultaneamente a IFRS
sar não só têm de ser legalmente corrente-
10, IFRS 11, IFRS 12 e IAS 28 (revista em 2011). A aplicação
mente executáveis no decurso da atividade
é retrospetiva.
normal mas também têm de ser executáveis
no caso de um evento de incumprimento e
IAS 28 Investimentos em associadas e joint ventures
no caso de falência ou insolvência de todas
as contrapartes do contrato, incluindo da en-
Com as alterações à IFRS 11 e IFRS 12, a IAS 28 foi reno-
tidade que reporta. A emenda também clari-
meada e passa a descrever a aplicação do método de equi-
fica que os direitos de compensação não de-
valência patrimonial também às joint ventures à seme-
vem estar contingentes de eventos futuros.
lhança do que já acontecia com as associadas.
O critério definido na IAS 32 para a compenDe acordo com o endosso, as alterações à IAS 28 serão
sação de instrumentos financeiros requer
aplicáveis para os exercícios iniciados em ou após 1 de ja-
que a entidade de reporte pretenda, ou li155
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
quidar numa base líquida, ou realizar o ati-
mação sobre as taxas de desconto usadas quando a quantia
vo e liquidar simultaneamente o passivo. A
recuperável é baseada no justo valor menos custos de ven-
emenda clarifica que só os mecanismos de
der que use uma técnica de valorização ao valor atual.
liquidação pelo valor bruto que eliminam
ou resultam em riscos de crédito e liquidez
De acordo com o endosso (Regulamento EU nº 1374/2013,
insignificantes em que o processo de con-
de 19 de dezembro), as alterações são aplicáveis para os
tas a receber e a pagar é um único processo
exercícios iniciados em ou após 1 de janeiro de 2014. A
de liquidação ou ciclo podem ser, de facto,
aplicação é retrospetiva.
equivalentes a uma liquidação pelo valor
líquido, cumprindo com efeito o critério de
IAS 39 - Instrumentos financeiros (Emenda): Novação de
liquidação líquido previsto na norma.
Derivados e continuação de contabilidade de cobertura
De acordo com o endosso, as emendas a esta
As emendas visam permitir uma exceção à necessidade de
norma são aplicáveis para exercícios ini-
descontinuar a contabilidade de cobertura em certas cir-
ciados em ou após 1 de janeiro de 2014. A
cunstâncias nas quais existe uma alteração da contraparte
emenda à IFRS 7 deverá ser aplicável retros-
num instrumento de cobertura de forma a garantir a par-
petivamente de acordo com a IAS 8. A aplica-
ticipação numa câmara de compensação para esse instru-
ção antecipada é permitida devendo divul-
mento. A emenda cobre as novações:
gar este facto e cumprir com as divulgações
• que resultem da aplicação ou da alteração de leis ou re-
previstas pela IFRS 7 Divulgações (Emenda)
gulamentos;
- Compensação de ativos financeiros e passi-
• nas quais as partes do instrumento de cobertura con-
vos financeiros.
cordam que uma ou mais contrapartes da compensação
IAS 36 - Imparidade de ativos (Emenda): Di-
substituam as contrapartes originais de forma a torna-
vulgações da quantia recuperável para ati-
rem-se as novas contrapartes de cada uma das partes;
vos não financeiros
• que não resultem em outras alterações aos termos do
contrato original do derivado para além das alterações
A emenda elimina a obrigatoriedade de di-
diretamente atribuíveis à alteração da contraparte para
vulgação do valor recuperável de unidades
assegurar a compensação.
geradoras de caixa que incluam ativos intangíveis com vida útil indefinida e/ou goodwill,
Todas as condições acima referidas devem ser cumpridas
desde que não tenham sido reconhecidas
para se continuar a contabilidade de cobertura de acordo
perdas de imparidade, com o objetivo de eli-
com esta exceção.
minar a consequência não intencional existente na norma que obrigava à divulgação
A emenda cobre novações efetuadas para contrapartes
de informação comercial sensível. Passa a ser
centrais, bem como para intermediários como sejam mem-
obrigatório divulgar: (i) informação adicional
bros de câmaras de compensação, ou clientes dos últimos
sobre o justo valor dos ativos em imparidade
que sejam eles próprios intermediários.
quando a quantia recuperável é baseada no
Para as novações que não cumpram os critérios da exce-
justo valor menos custo de vender e (ii) infor156
10
NOTAS
CONSOLIDADAS
IFRIC 21 - Taxas
ção, as entidades devem avaliar as alterações ao instrumento de cobertura à luz das regras de desreconhecimento de instrumentos financeiros e das condições gerais para
Esta interpretação aplica-se a pagamentos
continuar a aplicação da contabilidade de cobertura.
impostos por entidades governamentais,
que não estejam cobertos por outras normas
De acordo com o endosso (Regulamento EU nº 1375/2013,
(ex: IAS 12), incluindo multas e outras pena-
de 19 de dezembro), as alterações são aplicáveis para os
lidades por incumprimento de legislação. A
exercícios iniciados em ou após 1 de janeiro de 2014. A
interpretação clarifica que: (i) deve ser reco-
aplicação pode ser antecipada desde que divulgada. A
nhecido um passivo quando ocorre a ativi-
aplicação é retrospetiva. Contudo, as entidades que des-
dade que despoleta o pagamento tal como
continuaram a contabilidade de cobertura no passado, de-
identificado na legislação relevante (ii) deve
vido a uma novação que estaria no âmbito desta emenda,
ser efetuado um acréscimo progressivo da
não podem reexpressar essa contabilidade de cobertura.
responsabilidade ao longo do tempo se a
atividade que despoleta o pagamento tam-
3.5.3. Novas normas e interpretações com data de en-
bém ocorre ao longo do tempo de acordo
trada em vigor em exercícios com inicio em ou após 1 de
com a legislação relevante e (iii) se o paga-
janeiro de 2014
mento só é despoletado quando é atingido
um limite mínimo, não deve ser reconheci-
Já endossadas pela UE:
do qualquer passivo até que tal mínimo seja
atingido. Esta interpretação não estabelece
IAS 19 R - Benefícios de Empregados (Emenda): Contri-
qual deve ser a contrapartida do passivo, de-
buições de empregados
vendo ser tidas em conta as disposições das
restantes normas para determinar se deve
Esta emenda aplica-se a contribuições de empregados ou
ser reconhecido um ativo ou um gasto.
terceiros para planos de benefícios definidos. Simplifica a
contabilização das contribuições que sejam independen-
De acordo com o endosso (Regulamento EU
tes do número de anos de prestação de serviço do empre-
nº 634/2014, de 13 de junho), as Interpreta-
gado, como por exemplo, contribuições efetuadas pelo
ção é aplicável para os exercícios iniciados o
empregado que sejam calculadas com base numa percen-
mais tardar a partir da data de início dos pri-
tagem fixa do salário, que sejam uma quantia fixa ao longo
meiro exercício financeiro que comece em
de todo o período de serviço ou uma quantia que dependa
ou após 17 de junho de 2014. A aplicação é
da idade do empregado. Tais contribuições passam a po-
retrospetiva.
der ser reconhecidas como uma redução dos custo do serviço no período em que o serviço é prestado.
De acordo com o endosso (Regulamento EU nº 2015/29,
de 17 de dezembro de 2014), as alterações são aplicáveis
para os exercícios iniciados em ou após 1 de fevereiro de
2015. A aplicação pode ser antecipada desde que divulgada. A aplicação é retrospetiva.
157
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
Melhorias anuais relativas ao ciclo 2010-2012
zão pela qual foram eliminados parágrafos da IAS 9 e IAS
39 nada teve a ver com alterações de mensuração mas
Nas melhorias anuais relativas ao ciclo
sim com o facto de a situação em concreto ser imaterial
2010-2012, o IASB introduziu sete melho-
e, por esse facto, não ser obrigatório o seu tratamento
rias em sete normas cujos resumos se apre-
conforme já previsto na IAS 8.
sentam de seguida:
• IAS 16 Ativos fixos tangíveis e IAS 38 Ativos intangíveis
• IFRS 2 Pagamentos com base em Ações
No caso de revalorização a norma passa a prever a possi-
Atualiza definições, clarifica o que se en-
bilidade de entidade poder optar entre proceder ao ajus-
tende por condições de aquisição e cla-
tamento do valor bruto com base em dados observáveis
rifica ainda situações relacionadas com
no mercado ou que possa alocar a variação, de forma
preocupações que haviam sido levantadas
proporcional, à alteração ocorrida no valor contabilístico
sobre condições de serviço, condições de
sendo, em qualquer dos casos, obrigatória a eliminação
mercado e condições de performance.
das amortizações acumuladas por contrapartida do valor
bruto do ativo. Estas alterações só se aplicam a revalori-
• IFRS 3 Combinações de Negócios
zação efetuadas no ano em que a alteração for aplicada
Introduz alterações no reconhecimento
pela primeira vez e ao período imediatamente anterior.
das alterações de justo valor dos paga-
Pode fazer a reexpressão para todos os períodos anterio-
mentos contingentes que não sejam ins-
res mas não é obrigada a fazê-lo. Contudo, se não fizer,
trumentos de capital. Tais alterações pas-
deverá divulgar o critério usado nesses períodos.
sam a ser reconhecidas exclusivamente
em resultados do exercício.
• IAS 24 Divulgações de Partes Relacionadas
Clarifica que uma entidade de gestora - uma entidade
• IFRS 8 Segmentos Operacionais
que presta serviços de gestão - é uma parte relacionada
Requer divulgações adicionais (descrição
sujeita aos requisitos de divulgação associados. Adicio-
e indicadores económicos) que determi-
nalmente, uma entidade que utilize os serviços de uma
naram a agregação do segmentos.
entidade de gestão é obrigada a divulgar os gastos incorridos com tais serviços.
A divulgação da reconciliação do total dos
ativos dos segmentos reportáveis com o
De acordo com o endosso (Regulamento EU nº 2015/28,
total de ativos da entidade só é exigida se
de 17 de dezembro de 2014) as melhorias 2010-2012 são
for também reportada ao gestor respon-
aplicáveis para os exercícios iniciados em ou após 1 de fe-
sável, nos mesmos termos da divulgação
vereiro de 2015. A aplicação pode ser antecipada desde
exigida para os passivos do segmento.
que divulgada. A aplicação é geralmente prospetiva.
Melhorias anuais relativas ao ciclo 2011-2013
• IFRS 13 Mensuração ao Justo valor
Clarifica que as contas a receber e as contas a pagar sem juro declarado podem ser
Nas melhorias anuais relativas ao ciclo 2011-2013, o IASB
mensuradas ao valor nominal quando o
introduziu quatro melhorias em outras tantas normas
efeito do desconto é imaterial. Assim, a ra-
cujos resumos se apresentam de seguida:
158
10
NOTAS
CONSOLIDADAS
Ainda não endossadas pela UE:
• IFRS 1 Adoção pela primeira vez das Normas Internacionais de Relato financeiro
IFRS 9 Instrumentos financeiros (emitida
Clarifica o que se entende por normas em vigor.
em 24 de julho de 2014)
• IFRS 3 Combinações de Negócios
Atualiza a exceção de aplicação da norma a “Acordos
Esta norma foi finalmente completada em
Conjuntos” clarificando que a única exclusão se refere
24 de julho de 2014 e o resumo, por temas,
à contabilização da criação de um acordo conjunto nas
é o seguinte:
demonstrações financeiras do próprio acordo conjunto.
Classificação e mensuração de ativos finan• IFRS 13 Mensuração ao Justo valor
ceiros
Atualiza o parágrafo 52 no sentido de a exceção ao portfólio passar a incluir também outros contratos que este-
• Todos os ativos financeiros são mensu-
jam no âmbito ou sejam contabilizados de acordo com a
rados ao justo valor na data do reconhe-
IAS 39 ou a IFRS 9, independentemente de satisfazerem
cimento inicial , ajustado pelos custos de
as definições de ativos financeiros ou passivos financei-
transação no caso de os instrumentos não
ros nos termos na IAS 32.
serem contabilizadas pelo valor justo através de resultado (FVTPL). No entanto, as
• IAS 40 Propriedades de Investimento
contas de clientes sem uma componente
Clarifica que é à luz da IFRS 3 que se deve determinar se
de financiamento significativa são ini-
uma dada transação é uma combinação de negócios ou
cialmente mensuradas pelo seu valor de
compra de ativos e não a descrição existente na IAS 40
transação, conforme definido na IFRS - 15
que permite distinguir a classificação de uma proprieda-
rendimentos de contratos com os clientes
de como sendo de investimento ou como sendo proprie-
• Os instrumentos de dívida são posterior-
dade ocupada pelo dono.
mente mensurados com base nos seus
fluxos de caixa contratuais e no modelo
De acordo com o endosso (Regulamento EU nº 1361/2014,
de negócio no qual tais instrumentos são
de 18 de dezembro), as alterações são aplicáveis para os
detidos. Se um instrumento de dívida tem
exercícios iniciados o mais tardar a partir da data de iní-
fluxos de caixa contratuais que são apenas
cio dos primeiro exercício financeiro que comece em ou
os pagamentos do principal e dos juros so-
após o primeiro dia do mês seguinte à entrada em vigor
bre o capital em dívida e é detido dentro
do regulamento, ou seja, em ou após 1 de janeiro de 2015.
de um modelo de negócio com o objetivo
A aplicação pode ser antecipada desde que divulgada. A
de deter os ativos para recolher fluxos de
aplicação é geralmente prospetiva.
caixa contratuais, então o instrumento é
contabilizado pelo custo amortizado. Se
um instrumento de dívida tem fluxos de
caixa contratuais que são exclusivamente
os pagamentos do capital e dos juros sobre o capital em dívida e é detido num modelo de negócios cujo objetivo é recolher
159
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
fluxos de caixa contratuais e de venda de
• Todas os restantes requisitos de classificação e mensura-
ativos financeiros, então o instrumentos é
ção de passivos financeiros da IAS 39 foram transportados
medido pelo valor justo através do resul-
para IFRS 9 , incluindo as regras de separação de derivados
tado integral (FVOCI) com subsequente re-
embutidos e os critérios para usar a opção do justo valor.
classificação para resultados.
• Todos os outros instrumentos de dívida
são
subsequentemente
Imparidade
contabilizados
pelo FVTPL. Além disso, existe uma opção
• Os requisitos de imparidade são baseados num modelo
que permite que os ativos financeiros no
de perda esperada de crédito (PEC), que substitui o mo-
reconhecimento inicial possam ser desig-
delo de perda incorrida da IAS 39.
nados como FVTPL se isso eliminar ou re-
• O modelo de PEC aplica-se: (i) a instrumentos de dívi-
duzir significativamente descompensação
da contabilizados ao custo amortizado ou ao justo valor
contabilística significativa nos resultados
através de rendimento integral, (ii) à maioria dos com-
do exercício.
promissos de empréstimos, (iii) aos contratos de garan-
• Os instrumentos de capital são geralmente
tia financeira, (iv) aos ativos contratuais no âmbito da
mensurados ao FVTPL. No entanto, as en-
IFRS 15 e (v) às contas a receber de locações no âmbito
tidades têm uma opção irrevogável, numa
da IAS 17 - Locações.
base de instrumento a instrumento, de apre-
• Geralmente, as entidades são obrigados a reconhecer as
sentar as variações de justo valor dos ins-
PEC relativas a 12 meses ou a toda a vida, dependendo
trumentos não-comerciais na demonstração
se houve um aumento significativo no risco de crédito
do rendimento integral (sem subsequente
desde o reconhecimento inicial (ou de quando o com-
reclassificação para resultados do exercício).
promisso ou garantia foi celebrado). Para contas a receber de clientes sem uma componente de financiamento
Classificação e mensuração dos passivos fi-
significativa, e dependendo da escolha da política conta-
nanceiros
bilística de uma entidade para outros créditos de clientes e contas a receber de locações pode aplicar-se uma
• Para os passivos financeiros designados
abordagem simplificada na qual as PEC de toda a vida
como FVTPL usando a opção do justo va-
são sempre reconhecidas.
lor, a quantia da alteração no valor justo
• A mensuração das PEC deve refletir a probabilidade pon-
desses passivos financeiros que seja atri-
derada do resultado, o efeito do valor temporal do dinhei-
buível a alterações no risco de crédito de-
ro, e ser baseada em informação razoável e suportável
vem ser apresentada na demonstração do
que esteja disponível sem custo ou esforço excessivo.
resultado integral. O resto da alteração no
justo valor deve ser apresentada no resul-
Contabilidade de cobertura
tado, a não ser que a apresentação da alteração de justo valor relativamente ao risco
• Os testes de eficácia de cobertura devem ser prospeti-
de crédito do passivo na demonstração do
vos e podem ser qualitativos, dependendo da complexi-
resultado integral vá criar ou ampliar uma
dade da cobertura.
descompensação contabilística nos resul-
• Uma componente de risco de um instrumento financeiro
tados do exercício.
ou não financeiro pode ser designada como o item co160
10
NOTAS
CONSOLIDADAS
berto se a componente de risco for identificável separa-
na anterior subsidiária. Se o investimento na
damente e mensurável de forma confiável.
anterior subsidiária passar a ser mensurado
• O valor temporal de uma opção, o elemento forward de
pelo justo valor, então o ganho ou perda da
um contrato forward e qualquer spread base de moeda
remensuração é reconhecido na totalidade
estrangeira podem ser excluídos da designação como
na demonstração de resultados do investidor.
instrumentos de cobertura e serem contabilizado como
custos da cobertura.
As alterações à IAS 28 introduzem critérios
• Conjuntos mais alargados de itens podem ser designa-
diferentes de reconhecimento relativamen-
dos como itens cobertos, incluindo designações por ca-
te aos efeitos das transações de venda ou
madas e algumas posições líquidas.
entregas de ativos por um investidor (incluindo as suas subsidiárias consolidadas) à
A norma é aplicável para exercícios iniciados em ou após
sua associada ou empreendimento conjunto
1 de janeiro de 2018. A aplicação antecipada é permitida
consoante as transações envolvam, ou não,
desde que devidamente divulgada. A aplicação varia con-
ativos que constituam um negócio tal como
soante o requisito da norma sendo parcialmente retrospe-
definido na IFRS 3 - Combinações de Ne-
tiva e parcialmente prospetiva.
gócios. Quando as transações constituírem
uma combinação de negócio nos termos re-
IFRS 10 e IAS 28: Venda ou entrega de ativos por um in-
queridos, o ganho ou perda deve ser reco-
vestidor à sua associada ou empreendimento conjunto
nhecido, na totalidade, na demonstração de
(Emendas emitidas em 11 de setembro de 2014)
resultados do exercício do investidor.
As alterações à IFRS 10 definem os critérios para o reconhe-
As alterações são aplicáveis para exercícios
cimentos dos ganhos e perdas quando uma mãe perde o
iniciados em ou após 1 de janeiro de 2016.
controlo de uma subsidiária a qual não contenha um negó-
A aplicação antecipada é permitida desde
cio tal como definido na IFRS 3 - Combinações de Negócios,
que devidamente divulgada. A aplicação é
em resultado de uma transação que envolva uma associada
prospetiva.
ou joint venture que seja contabilizada pela equivalência
patrimonial. O lucro ou perda da transação é incluído na
IFRS 10, IFRS 12 e à IAS 28: Entidades de
demonstração de resultados do investidor apenas na ex-
investimento: Aplicação da exceção de con-
tensão que não esteja relacionada com o investimento na
solidação (Emendas emitidas em 18 de de-
associada ou joint venture. A parte restante é deduzida ao
zembro de 2014)
valor contabilístico do investimento na associada ou joint
venture. No caso de a mãe continuar a manter um inves-
As alterações à IFRS 10 clarificam que uma
timento na antiga subsidiária e esta se tiver tornado uma
entidade de investimento não necessita
associada ou joint venture contabilizada pela equivalência
preparar demonstrações financeiras conso-
patrimonial, a mãe reconhece o ganho ou perda da remen-
lidadas se: (i) a sua mãe imediata ou última
suração para o justo valor na demonstração de resultados
preparar demonstrações financeiras em IFRS
apenas na extensão que não esteja relacionada com o novo
para uso público nas quais as subsidiárias
investimento na associada ou joint venture. A parte restante
sejam consolidadas ou mensuradas ao justo
é deduzida ao valor contabilístico do investimento retido
valor através de resultados; ou se (ii) as suas
161
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
subsidiárias estiverem mensuradas ao justo
IFRS 11: Contabilização da aquisição de participações em
valor através de resultados (todas as subsi-
operações conjuntas (Emendas emitidas em de 6 de maio
diárias, exceto aquelas que não sejam enti-
de 2014)
dades de investimentos e cujo propósito e
atividades sejam prestar serviços relaciona-
As emendas exigem que uma entidade que adquira uma
dos com as atividades de investimento das
participação numa operação conjunta em que a atividade
entidades de investimento que as detêm).
dessa operação constitua um negócio, aplique, na proporção da sua quota parte, todos os princípios sobre combina-
As alterações à IAS 28 clarificam que uma en-
ções de negócios constantes da IFRS 3 - Combinações de
tidade não necessita de aplicar o método da
Negócios e outras IFRS que não conflitem com a IFRS 11 e
equivalência patrimonial numa associada ou
faça as correspondentes divulgações exigidas por tais nor-
joint venture se: (i) a mãe puder usufruir da
mas relativamente a combinações de negócios.
isenção de consolidação definida na IFRS 10
ou se (ii) entre todas as condições das IAS 28
As emendas também se aplicam se na formação da opera-
necessárias para tal, a sua mãe imediata ou úl-
ção conjunta a entidade tiver contribuído com um negócio.
tima preparar demonstrações financeiras em
IFRS para uso público nas quais as subsidiárias
No caso de uma aquisição de uma participação adicional
sejam consolidadas ou mensuradas ao justo
numa operação conjunta em que a atividade da operação
valor através de resultados. Uma entidade que
conjunta constitua um negócio, a participação anterior-
não seja uma entidade de investimento e que
mente detida não deve ser remensurada se o operador
aplique o método de equivalência patrimonial
mantiver o controlo conjunto.
na valorização de associadas ou joint ventures
que sejam entidades de investimento podem
As alterações são aplicáveis para exercícios iniciados em
manter a valorização das subsidiárias destas
ou após 1 de janeiro de 2016. A aplicação antecipada é
entidades de investimento ao justo valor atra-
permitida desde que devidamente divulgada. A aplicação
vés de resultados.
é prospetiva.
As consequentes alterações à IFRS 12 exigem
IAS 27: Método da equivalência patrimonial nas demons-
que uma entidade de investimento que pre-
trações financeiras separadas (Emenda emitida em 12 de
pare demonstrações financeiras em que to-
agosto 2014)
das as suas subsidiárias são mensuradas ao
justo valor através de resultados apresente
O objetivo destas alterações é restaurar a opção de usar
as divulgações exigidas pela IFRS 12 no que
o método da equivalência patrimonial na valorização de
respeita a entidades de investimento.
subsidiárias e associadas em contas separadas cujas opções de valorização passam a ser: (i) custo, (ii) em con-
As alterações são aplicáveis para exercícios
formidade com o IFRS 9 (ou IAS 39) ou (iii) método da
iniciados em ou após 1 de janeiro de 2016.
equivalência patrimonial, devendo ser aplicada a mesma
A aplicação antecipada é permitida desde
contabilização para cada categoria de investimentos. A
que devidamente divulgada. A aplicação é
consequente alteração também foi feita na IFRS 1 - Ado-
retrospetiva.
ção pela primeira vez das Normas Internacionais de Relato
162
10
NOTAS
CONSOLIDADAS
Financeiro com vista a permitir a quem adote as IFRS pela
IFRS 15 Rédito de contratos com clientes
primeira vez e use a equivalência patrimonial nas demons-
(emitida em 28 de maio de 2014)
trações financeiras separadas possa usufruir da isenção de
combinações de negócios passadas em relação à aquisição
Esta norma aplica-se a todos os rendimen-
do investimento.
tos provenientes de contratos com clientes
substituindo as seguinte normas e inter-
As alterações são aplicáveis para exercícios iniciados em
pretações existentes: IAS 11 - Contratos de
ou após 1 de janeiro de 2016. A aplicação antecipada é
Construção, IAS 18 - Rendimentos, IFRIC 13
permitida desde que devidamente divulgada. A aplicação
- Programas de Fidelização de Clientes, IFRIC
é retrospetiva.
15 - Acordos para a construção de imóveis,
IFRIC 18 - Transferências de ativos de clien-
IFRS 14 Contas de diferimento relacionadas com ativida-
tes e SIC 31 - Receitas - Operações de per-
des reguladas (emitida em 30 de janeiro de 2014)
muta envolvendo serviços de publicidade).
Esta norma permite que uma entidade, cujas atividades
Também fornece um modelo para o reconhe-
estejam sujeitas a tarifas reguladas, continue a aplicar a
cimento e mensuração de vendas de alguns
maior parte das suas políticas contabilísticas para contas
ativos não financeiros, incluindo alienações
de diferimento relacionadas com atividades reguladas ao
de bens, equipamentos e ativos intangíveis.
abrigo do anterior normativo contabilístico ao adotar as
IFRS pela primeira vez. Não podem aplicar a norma: (i) as
Os princípios desta norma devem ser aplica-
entidades que já preparam as demonstrações financeiras
dos em cinco etapas: (i) identificar o contra-
em IFRS, (ii) as entidades cujo atual GAAP não permitem o
to com o cliente, (ii) identificar as obrigações
reconhecimento de ativos e passivos com tarifas reguladas
de desempenho no contrato, (iii) determinar
e (iii) as entidades cujo atual GAAP permite o reconheci-
o preço de transação, (iv) alocar o preço da
mento de ativos e passivos com tarifas reguladas mas que
transação para as obrigações de desempe-
não tenham adotado tal política nas suas contas antes da
nho no contrato e (iv) reconhecer os rendi-
adoção das IFRS. As contas de diferimento relacionadas
mentos quando a entidade satisfizer uma
com atividades reguladas devem ser apresentadas numa
obrigação de desempenho.
linha separada da demonstração da posição financeira e
os movimentos nestas contas devem ser apresentados em
Esta norma também especifica como conta-
linhas separadas na demonstração do lucro ou prejuízo e
bilizar os gastos incrementais de obtenção
na demonstração do resultado integral. Devem ser divul-
de um contrato e os gastos diretamente re-
gada a natureza e os riscos associados à tarifa regulada da
lacionados com o cumprimento de um con-
entidade e os efeitos de tal regulamentação nas suas de-
trato.
monstrações financeiras.
A interpretação é aplicável para exercícios
A interpretação é aplicável para exercícios iniciados em
que se iniciem em ou após 1 de janeiro de
ou após 1 de janeiro de 2016. A aplicação antecipada é
2017. A aplicação antecipada é permitida
permitida desde que devidamente divulgada. A aplicação
desde que devidamente divulgada. A aplica-
é retrospetiva.
ção é retrospetiva.
163
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
IAS 1: Clarificação sobre divulgações no re-
cada item de cada linha. Quando forem usados subtotais,
lato financeiro (Emendas emitidas em 18 de
estes: (i) devem conter apenas reconhecidos e mensura-
dezembro de 2014)
dos de acordo com as IFRS, (ii) devem ser apresentados e
rotulado de tal forma que o subtotal seja compreensível,
As alterações à IFRS resumem-se, por temas,
(iii) devem ser consistentes de um período para o outro,
da seguinte forma:
(iv) não devem ser exibidos com mais destaque do que
os totais e subtotais exigidos pelas IFRS. Na demonstra-
Materialidade
ção dos resultado e na demonstração do resultado integral os subtotais adicionais devem ser reconciliados com
A decisão sobre a agregação de informação
os subtotais exigidos identificando cada linha excluída. Na
nas demonstrações financeiras e nas notas
demonstração do rendimento integral a quota parte dos
é matéria que requer julgamento tendo em
itens relacionados com associadas e joint ventures deve
conta todos os factos e circunstâncias. Na
ser apresentada de forma a poderem ser identificados os
compreensão das demonstrações financei-
itens que serão, ou não, subsequentemente reclassifica-
ras: (i) esta não pode ser reduzida por obs-
dos para resultados do exercício.
curecimento de informações materiais com
Estrutura das Notas
informações irrelevantes ou através da agregação de itens materiais que têm diferentes
naturezas ou funções, (ii) a divulgação de in-
As entidades têm flexibilidade para ordenarem as notas
formações imaterial não é proibida, a menos
da forma que entenderem mas ao decidirem sobre a sis-
que a informação material seja obscurecida
tematização devem ter-se em conta a compreensibilidade
e (iii) é mais provável que a desagregação de
e comparabilidade das demonstrações financeiras. Exem-
informação adicione transparência do que
plos de ordenação das notas: (i) dar destaque às ativida-
o contrário. As orientações sobre a materia-
des mais relevantes para a compreensão do desempenho
lidade são aplicáveis mesmo quando uma
financeiro da entidade e da posição financeira (ex: grupos
IFRS exige uma divulgação específica ou
de atividades operacionais específicas ), (ii) agregar infor-
descreve requisitos mínimos de divulgação.
mação sobre itens que sejam mensurados da mesma for-
Deve também ser avaliado se, para além das
ma, (iii) ordem da demonstração do resultado integral ou
divulgações específicas, devem ser incluí-
(iv) ordem da demonstração da posição financeira.
das divulgações adicionais para tornar as
demonstrações financeiras compreensíveis.
Divulgações
Informação a ser apresentada nas demons-
IAS 1 já não se refere a um “resumo” das políticas con-
trações financeiras
tabilísticas e foram removidas as orientações e os exemplos potencialmente inúteis para a identificação de uma
As exigências de apresentação para os itens
política contabilística significativa ( embora se mantenha
em cada linha da demonstração da posição
a descrição: políticas que os utilizadores das demonstra-
financeira e da demonstração de resultados
ções financeiras esperariam que fossem divulgadas tendo
podem ser cumpridas desagregando, nestas
em conta a entidade e a natureza das suas operações).Os
peças financeiras, as rubricas incluídas em
julgamentos significativos feitos na aplicação das políti164
10
NOTAS
CONSOLIDADAS
cas contabilísticas (exceto os que envolvem estimativas)
• IFRS 5 - Ativos não correntes detidos para
devem ser divulgados juntamente com as respetivas polí-
venda e Operações descontinuadas
ticas significativas ou outras notas.
Esta melhoria clarifica que a reclassificações diretas de ativos não correntes deti-
Deixam de ser aplicáveis os requisitos de divulgação da
dos para distribuição a detentores de ca-
IAS 8 § 28-30 ( ou seja, sobre as normas ainda não adota-
pital para ativos não correntes de detidos
das e aplicação inicial de uma norma).
para venda e vice-versa não determinam a
alteração do plano devendo ser considera-
As alterações são aplicáveis para exercícios iniciados em
das como uma continuação do plano origi-
ou após 1 de janeiro de 2016. A aplicação antecipada é
nal do ativo.
permitida desde que devidamente divulgada. A aplicação
é retrospetiva.
Aplicação prospetiva.
IAS 16 e à IAS 38: Clarificação sobre os métodos de cál-
• IFRS 7 - Instrumentos Financeiros: Divul-
culo de depreciação e amortização permitidos (Emendas
gações
emitidas em 12 de maio de 2014)
Elimina alguns requisitos de divulgações
em demonstrações financeiras de ínterim.
As alterações esclarecem que o princípio incluído nas normas é o de que o rendimento reflete um padrão de bene-
Adicionalmente, clarifica que quando uma
fícios económicos que são gerados a partir da exploração
entidade transfere um ativo financeiro
de um negócio (do qual o ativo faz parte) e não o de que os
pode reter o direito a um serviço em rela-
benefícios económicos são consumidos através do uso do
ção ao ativo financeiro mediante uma de-
ativo. Como resultado, a proporção da receita gerada em
terminada quantia pré-determinada, por
relação à receita total prevista para ser gerada não pode
exemplo um contrato de manutenção, e
ser usada para depreciar os bens do ativo imobilizado só
que, nestas circunstâncias, para efeitos de
podendo ser utilizada, em circunstâncias muito limitadas,
determinar quais as divulgações a efetuar,
para amortizar ativos intangíveis.
deve ser analisado o envolvimento continuado que resulta de tal contrato.
As alterações são aplicáveis para exercícios iniciados em
ou após 1 de janeiro de 2016. A aplicação antecipada é
Não é necessário aplicar as alterações para
permitida desde que devidamente divulgada. A aplicação
qualquer período apresentado que come-
é prospetiva.
ce antes do período anual no qual as alterações são aplicadas pela primeira vez.
Melhorias anuais relativas ao ciclo 2012-2014 (emitidas
Esta isenção é aplicável também a enti-
em 25 de setembro de 2014)
dades que apliquem as IFRS pela primeira
vez.
Nas Melhorias anuais relativas ao ciclo 2012-2014, o IASB
• IAS 19 - Benefícios de Empregados
introduziu cinco melhorias em quatro normas cujos resu-
Esta melhoria clarifica que a taxa de des-
mos se apresentam de seguida:
conto deve ser determinada tendo em
165
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
4. Composição do Grupo
conta títulos de alta qualidade existentes
num mercado regional que partilhe a mesma moeda (ex: Eurozone) e não os existen-
A Somague SGPS é a empresa-mãe das contas anuais con-
tes em cada país.
solidadas do Grupo, sendo posteriormente consolidada na
sua mãe Sacyr, S.A.
Esta melhoria aplica-se a partir dos saldos
de abertura mais antigos apresentados
4.1. Composição do Grupo e participações financeiras
nos comparativos das demonstrações nas
quais a alteração seja aplicada pela pri-
Para efeitos de preparação das contas anuais consolida-
meira vez.
das, as empresas que formam o Grupo classificam-se da
seguinte forma:
• IAS 34 - Relato Financeiro Intercalar
As divulgações relativas a eventos e tran-
a. Empresas controladas: Empresas juridicamente inde-
sações significativas passam a poder ser
pendentes que constituem uma unidade económica sujei-
efetuadas, indistintamente, diretamente
ta a direção única a nível estratégico e aquelas sobre as
nas demonstrações financeiras de ínterim
quais se exerce domínio efetivo, direta ou indiretamente.
ou por referência cruzada para outros documentos de prestação de contas (ex: Relatório de gestão ou relatório de risco). No
entanto, considera-se que as demonstrações financeiras de ínterim estão incompletas se os respetivos utilizadores não
tiverem acesso, nos mesmos termos e ao
mesmo tempo, à informação incluída por
referência cruzada.
Aplicação retrospetiva.
As alterações são aplicáveis para exercícios
iniciados em ou após 1 de janeiro de 2016. A
aplicação antecipada é permitida desde que
devidamente divulgada.
166
10
NOTAS
CONSOLIDADAS
As empresas controladas incluídas na consolidação, pelo
método integral, em 31 de dezembro de 2014 e 2013,
suas sedes sociais, atividades e proporção do capital detido em cada exercício são as seguintes:
% participação
Nome
Sede
2014
2013
Atividade
No âmbito da Somague SGPS
Somague - Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A.
Sintra
Somague - Engenharia, S.A.
Sintra
100,00%
Empresa-mãe
100,00%
Sociedade gestora de participações sociais
Construção civil e obras públicas
PEVR - Parques de Estacionamento de Vila Real, S.A.
Sintra
-
80,00%
Construção e exploração de parques de estacionamento
No âmbito da Somague Engenharia
Somague TI - Tecnologias de Informação, S.A.
Sintra
100,00%
100,00%
Consultoria informática
Somague Ireland, Ltd.
Irlanda
100,00%
100,00%
Construção civil e obras públicas
Brasil
50,00%
50,00%
Construção de edifícios e incorporação de
empreendimentos imobiliários
Ponta Delgada
100,00%
100,00%
Construção civil e obras públicas
Somague MPH Construções, S.A.
Somague - Ediçor, Engenharia, S.A.
Soconstrói PMG, S.A.
Sintra
100,00%
100,00%
Promoção imobiliária
Somague Togo, SARL
Togo
100,00%
100,00%
Construção civil e obras públicas
Promoceuta - Empreendimentos Imobiliários, Lda.
Sintra
55,00%
55,00%
Promoção imobiliária
Cabo Verde
90,30%
90,30%
Construção civil e obras públicas
Somague Moçambique, Lda.
Moçambique
100,00%
100,00%
Construção civil e obras públicas
SGIS - Sociedade Geral de Investimentos e Serviços, Lda.
Moçambique
100,00%
100,00%
Serviços de gestão e consultoria empresarial
Angola
100,00%
100,00%
Construção civil e obras públicas
100,00%
100,00%
Recuperação, construção, comercialização,
importação, exportação de carros antigos, máquinas e
equipamento diverso e seu aluguer
CVC - Construções de Cabo Verde, SARL
Somague Angola - Construção Obras Públicas, Lda.
Edimecânica - Engenharia Mecânica e Carros
Clássicos dos Açores, Lda.
Açores
Soconstrói Engenharia, Lda.
Sintra
100,00%
100,00%
Promoção imobiliária
Neopul - Sociedade de Estudos e Construções, S.A.
Lisboa
100,00%
100,00%
Construção de vias férreas
Neopul Ireland, Ltd.
Irlanda
100,00%
100,00% Construção de edifícios e trabalhos de construção civil
Sintra
100,00%
100,00%
Comercialização de equipamento ferroviário
Reino Unido
100,00%
-
Construção civil e obras públicas
Ferropor - Equipamento Ferroviário
Somague UK, LTD
167
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
b. Empreendimentos conjuntamente con-
As seguintes entidades conjuntamente controladas foram
troladas: Empresas em que a gestão é con-
consolidadas pelo método proporcional, dado que a ges-
duzida conjuntamente com uma ou várias
tão e controlo das mesmas são exercidos conjuntamente
sociedades terceiras que participam no seu
com os outros sócios/acionistas.
capital.
Nome
País de incorporação
2014
2013
47,50%
Transmetro - Construções do Metropolitano, ACE ("ACE da Transmetro")
Portugal
47,50%
UTE Gijón
Espanha
80,00%
80,00%
Somague, Bascol, ACE ("ACE do Fórum Coimbra")
Portugal
75,00%
75,00%
Somague, A. Barbosa Borges, ACE ("ACE das Águas de Barcelos")
Portugal
70,00%
70,00%
Somague, Norlamor, Camilo Sousa Matos, ACE ("ACE das Águas do Marco")
Portugal
45,00%
45,00%
Somague, Soares da Costa, ACE (ACE do Metro de Superfície")
Portugal
50,00%
50,00%
Somague, Bascol, ACE ("ACE do Hospital Pediátrico")
Portugal
100,00%
100,00%
UTE Gordoniz
Espanha
80,00%
80,00%
UTE Abandoibarra
Espanha
80,00%
80,00%
Somague, Irmãos Cavaco, Construtores Molhes do Douro, ACE ("ACE dos Molhes do Douro")
Portugal
50,00%
50,00%
UTE Llodio
Espanha
80,00%
80,00%
UTE Aiboa - Getxo
Espanha
80,00%
80,00%
UTE Alfatejo (Múrcia)
Espanha
80,00%
80,00%
UTE 17 Viv. Llodio
Espanha
80,00%
80,00%
Irlanda
100,00%
60,00%
UTE Agadir (Múrcia)
Espanha
80,00%
80,00%
UTE Somague, Sal La Florida
Espanha
80,00%
80,00%
UTE Calle Pizarro (Vigo)
Espanha
80,00%
80,00%
Irlanda
100,00%
75,00%
Somague, Camilo Sousa Mota, ACE ("ACE das Águas de Gondomar")
Portugal
100,00%
100,00%
Somague, Seth CJT 1F, ACE ("ACE do Jardim do Tabaco")
Portugal
50,00%
50,00%
Joint Venture - Bowen Somague
Joint Venture - Somague Bowen Sacyr
ACUPM - Agrupamento Construtor de uma Unidade de Piscicultura em Mira, ACE ("ACE da Pescanova")
Portugal
80,00%
80,00%
Infratúnel, ACE
Portugal
55,00%
55,00%
Cogeração Sines ACE
Portugal
65,00%
65,00%
Cais Cruzeiro 2º fase - ACE
Portugal
37,50%
37,50%
Construtora do Lena, MSF, Novopca - Linha Atlântico Construtoras, ACE ("ACE da A17")
Portugal
25,00%
25,00%
47,50%
NHBraga - Agrupamento Construtor do Novo Hospital de Braga, ACE ("ACE NHBraga")
Portugal
47,50%
Somague - Edifer, Empreitada do Estoril Sol, ACE ("ACE Estoril Sol")
Portugal
50,00%
50,00%
Gace, Gondomar ACE ("ACE GACE")
Portugal
24,00%
24,00%
LGC Linha Gondomar Construtores, ACE ("ACE LGC")
Portugal
30,00%
30,00%
Somague Engenharia/Neopul/Teodoro, ACE
Portugal
60,00%
60,00%
Somague, Hagen - Aqua Portimão, ACE ("ACE Aqua Portimão")
Portugal
60,00%
60,00%
Projesines - Expansão do Terminal de GNL de Sines, ACE ("ACE Projesines")
Portugal
85,00%
85,00%
Somague - Tomás de Oliveira, ACE ("ACE Bombel Évora")
Portugal
65,00%
65,00%
Haçor C - Construção do Edifício do Hospital da Ilha Terceira, ACE ("ACE da Haçor")
Portugal
34,25%
34,25%
Somague - Engenharia, Engigás, Neopul - Construtores ACE ("ACE do SEN")
Portugal
100,00%
100,00%
Somague, Neopul, ACE ("ACE do Estaleiro de Pegões")
Portugal
100,00%
100,00%
Somague, Bento Pedroso, Cubiertas, Dragados, ACE (“ACE do Alqueva”)
Portugal
25,00%
25,00%
Somague, Edifer, MSF, Zagope, Abrantina, Conduril, Lena, Tâmega e Novopca - Agrupamento conceção,
projetos e construção das Auto-estradas do Oeste - Nova Estrada ACE ("ACE da Nova Estrada")
Portugal
15,00%
15,00%
168
Continua na pág. seguinte
% participação
10
NOTAS
CONSOLIDADAS
% participação
Nome
País de incorporação
2014
2013
Engil, Somague - Construção Estação Tratamento Águas Residuais da Madalena, ACE ("ACE da Etar da
Madalena")
Portugal
33,33%
33,33%
Somague Hidurbe - Central de Compostagem de Resíduos Orgânicos, ACE
Portugal
56,25%
56,25%
Somague CVO - Construção da Central de Valorização Orgânica, ACE
Portugal
100,00%
100,00%
Infraestruturas das Antas - Construção e Obras Públicas, ACE ("ACE das Infraestruturas das Antas")
Portugal
33,33%
33,33%
Somague, Alberto Couto Alves ACE ("ACE da VL9")
Portugal
70,00%
70,00%
Somague, BPC, Engil - SPIE - SBES, ACE ("ACE da Linha Vermelha")
Portugal
26,32%
26,32%
Construtores das Águas da Linha, ACE ("ACE das Águas da Linha")
Portugal
50,00%
50,00%
Novaponte - Agrupamento para a Construção da Segunda Travessia do Tejo, ACE ("ACE da Novaponte")
Portugal
13,33%
13,33%
Resercávado - Soconstrói, Mesquita, Arnaldo Oliveira - Sistemas de Abastecimento de Água
Portugal
33,33%
33,33%
Somague, Edifer, ACE ("ACE do Freeport")
Portugal
50,00%
50,00%
25,00%
LMNS Atlântico, ACE ("ACE LMNS")
Portugal
25,00%
Somague, Edifer - Etar Alcântara ("ACE da Etar de Alcântara")
Portugal
50,00%
50,00%
Meci - Somague, Cogeração de Setúbal, ACE
Portugal
44,78%
44,78%
Reforço de Potência da Barragem da Venda Nova, ACE
Portugal
28,33%
28,33%
NHXira - Agrupamento Complementar de Empresas do Novo Hospital de Vila Franca, ACE ("ACE NHXira")
Portugal
47,50%
47,50%
ACE Barragem Foz Tua
Portugal
33,33%
33,33%
ACE LCHB
Portugal
60,00%
60,00%
ACE Data center - Opway - SE
Portugal
50,00%
50,00%
LCHXira, ACE
Portugal
60,00%
60,00%
NCC Alegro Setúbal, ACE
Portugal
50,00%
50,00%
Cyes Somague - Construção do Terminal de Lomé, ACE
Togo
50,00%
50,00%
Etermar/ Somague - Cais de Cruzeiros do Funchal, ACE
Portugal
50,00%
50,00%
UTE Isolux, Málaga
Espanha
50,00%
50,00%
UTE Alcazar Manzanares
Espanha
25,00%
25,00%
UTE Castellbisbal
Espanha
30,00%
30,00%
UTE Orihuela
Espanha
10,00%
10,00%
UTE AVE Portela
Espanha
15,00%
15,00%
UTE Inecat
Espanha
38,25%
38,25%
UTE Sevilha
Espanha
50,00%
50,00%
UTE Pontevedra
Espanha
20,00%
20,00%
Manutenção Algarve
Portugal
-
67,00%
Via Alameda ACE
Portugal
50,00%
50,00%
Neorail ACE
Portugal
50,00%
50,00%
UTE ADIF Merida (Neopul)
Espanha
10,00%
10,00%
UTE Muelle ING. Juan Gonzalo (Huelva)
Espanha
50,00%
50,00%
UTE Alicante
Espanha
20,00%
20,00%
UTE Linares
Espanha
10,00%
10,00%
Neopul Ferrovias - Construção Linha de Gondomar
Portugal
50,00%
50,00%
Avias - Grupo Ferroviário para a Alta Velocidade, ACE
Portugal
22,00%
22,00%
UTE Can Tunis
Espanha
50,00%
50,00%
UTE Goya
Espanha
10,00%
10,00%
UTE Gabaldon
Espanha
33,33%
33,33%
S.C.P. P.o.A.
Brasil
50,00%
50,00%
S.C.P. Deck Park
Brasil
50,00%
-
UTE Muelle Cruzeros (Valencia)
Espanha
12,00%
12,00%
UTE Vila Garcia-Padrón
Espanha
50,00%
-
UTE Lac Antequera
Espanha
33,34%
-
169
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
Durante o ano de 2014 foram constituídos
os agrupamentos complementares de empresas que se apresentam no quadro abaixo.
% participação
Nome
País de incorporação
2014
UTE Vila Garcia-Padrón
Espanha
50,00%
-
UTE Lac Antequera
Espanha
33,34%
-
Brasil
50,00%
-
País de incorporação
2014
2013
Portugal
-
67,00%
S.C.P. Deck Park
2013
Durante o ano de 2014 foram liquidados os
agrupamentos complementares de empresas conforme quadro abaixo.
% participação
Nome
Manutenção Algarve, ACE
As entidades conjuntamente controladas,
identificadas no quadro abaixo, são consideradas nas contas do Grupo pelo método de
equivalência patrimonial, sendo consolidadas integralmente ou proporcionalmente,
conforme aplicável, pelo acionista que detém o controlo total sobre elas.
% participação
Nome
País de incorporação
2014
2013
UTE Muelle del Leste
Espanha
20,00%
20,00%
UTE As Cancelas
Espanha
50,00%
50,00%
UTE Prado de Fuentes
Espanha
70,00%
70,00%
UTE Puerto de Valencia
Espanha
20,00%
20,00%
UTE Somague La Lastra
Espanha
70,00%
70,00%
UTE Puerto de Marín
Espanha
20,00%
20,00%
UTE Abrigo Puerto de Valencia
Espanha
6,00%
6,00%
UTE Auditório de Vigo
Espanha
16,00%
16,00%
UTE Darsena de Servicios
Espanha
-
20,00%
UTE Darsena Sur de Sagunto
Espanha
-
20,00%
UTE Muelle Cruzeros (Valencia)
Espanha
12,00%
12,00%
170
10
NOTAS
CONSOLIDADAS
Foi excluído da consolidação o empreendimento conjunto,
por se encontrar sem atividade:
Nome
Meia Serra, ACE
Sede
% participação
Atividade
Madeira
3,77%
Construção
Deste modo, as demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2014 integram os ativos, passivos, proveitos e
custos dos Agrupamentos Complementares de Empresas
(“ACE”), na proporção em que o Grupo participa nas referidas entidades, líquido das eliminações de saldos e transações na referida proporção, como segue:
(Unid: Euros)
2014
Ativos correntes
100.574.047
Ativos não correntes
2013
98.736.775
5.385.690
6.336.363
105.959.737
105.073.138
Passivos correntes
75.236.637
83.493.036
Passivos não correntes
41.067.746
14.824.739
116.304.383
98.317.775
105.120.507
92.544.907
Vendas e prestação de serviços
Outros rendimentos operacionais
Custo das mercadorias vendidas
Variação da produção
Fornecimentos serviços externos
Gastos com pessoal
4.766.644
3.941.246
(47.582.497)
(15.952.106)
295.181
84.958
(51.126.839)
(74.123.598)
(4.001.982)
(2.977.401)
Amortizações e depreciações
(1.266.557)
(975.028)
Provisões e perdas de imparidade
(1.320.416)
3.644.817
(982.893)
(1.111.510)
Outros gastos operacionais
Resultados financeiros
(1.117.731)
(1.766.074)
Lucro antes de imposto sobre rendimento
2.783.417
3.310.212
Imposto sobre rendimento exercício
(348.628)
(41.656)
Lucro líquido
2.434.789
3.268.556
171
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
c. Empresas associadas: Empresas em que
4.2. Remuneração do pessoal chave da gestão
alguma ou algumas sociedades do Grupo
exerçam uma influência significativa na sua
As remunerações e encargos atribuídas aos membros de
gestão (Nota 8).
Conselho de Administração, durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013, ascenderam a
Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 as par-
2.300.852 euros e 2.425.702 euros, respetivamente. Em
ticipações em associadas são como segue:
cada um destes anos a remuneração atribuída ao Conselho
Fiscal foi de 15.000 euros e 11.500 euros, respetivamente.
% participação
HSE a)
2014
2013
27,50%
27,50%
4.3. Natureza do relacionamento das partes relacionadas
Complexo Tivane b)
20,00%
20,00%
Engigás Cabo Verde b)
100,00%
100,00%
A natureza das transações e saldos com as entidades re-
Somague Panamá b)
100,00%
100,00%
Via Expresso a)
11,20%
11,20%
lacionadas que se apresentam na nota 4.4 são essencial-
Bacia de São Francisco a)
14,78%
-
a)
b)
mente cedências de Administradores e quadros técnicos,
e prestações de serviços ao Grupo.
Estas empresas encontram-se registadas pelo método de equivalência patrimonial
Estas empresas encontram-se registadas pelo custo de aquisição, deduzido das provisões para perdas estimadas na sua realização, quando aplicável.
4.4. Transações e saldos pendentes com partes relacionadas
A empresa Engigás Cabo Verde na qual o
As transações e saldos entre a Somague SGPS (empresa-
Grupo detém uma participação de 100%,
-mãe) e empresas do Grupo incluídas na consolidação, que
não foi consolidada porque se encontra sem
são partes relacionadas, foram eliminados no processo de
atividade e em processo de dissolução.
consolidação, não sendo alvo de divulgação na presente
nota.
A Somague Panamá foi constituída no início
do ano de 2010, com o objetivo de operar no
Os saldos e transações entre o Grupo e empresas relacio-
mercado do Panamá, encontrando-se sem
nadas estão detalhados abaixo.
atividade.
Os termos e condições praticadas entre a Somague SGPS
d. Existem participações em outras empre-
e partes relacionadas são substancialmente idênticos aos
sas que se encontram registadas ao valor de
que normalmente seriam contratados, aceites e praticados
mercado porque se encontram cotadas. As
entre entidades independentes em operações compará-
restantes estão registadas ao custo (confor-
veis.
me divulgado na nota 8).
Os saldos com entidades relacionadas em 31 de dezembro
de 2014 podem ser detalhados como se segue:
172
10
NOTAS
CONSOLIDADAS
(Unid: Euros)
Valores em balanço
Vendas a partes
relacionadas
Compras de partes
relacionadas
Clientes/
outros devedores
Fornecedores/
Outros credores
Empréstimos e
suprimentos
Águas Barcelos, S.A.
(12.315)
181
3.782
(97)
-
Águas da Serra, S.A.
-
-
-
-
-
(11.800)
-
9.852.699
(20.036)
-
AGS - A. Gest. S. Salub., S.A.
-
-
-
-
-
Águas de Carrazeda, S.A.
-
-
-
-
-
Águas de Cascais, S.A.
-
-
-
-
-
(383.408)
832.374
1.242.442
(198.496)
-
(7.245)
-
3.444
-
-
Auto-estrada do Marão, S.A.
(536.436)
(5.964)
572.474
-
176.124
Escala Braga
(321.651)
(10.362)
237.793
-
3
-
(216)
216
-
-
Escala Vila Franca Xira, Soc. Gestora
(119.376)
29.418
48.445
(3.700)
-
Haçor Concessões, S.A.
(129.938)
-
377.341
-
146.000
-
-
-
-
20.200
-
Nome
Entidade(s) com influência significativa no Grupo
AGS - Paços de Ferreira
Águas de Gondomar, S.A.
Águas do Marco, S.A.
Escala Parque - Gestão Estacionamentos
Haçor Domus
Hidurbe - Gest. Resíduos, S.A.
(21.552)
(6.178)
167.688
(15.556)
Lusivial
-
(2.362)
875.897
-
-
Momasoteco, S.A.
-
-
-
-
1.104.867
P.N.H. - Parque do Novo Hospital, S.A.
Sacyr Colombia, S.A.S.
Sacyr Construcción, S.A.
Sacyr Construcción México
-
(67)
67
-
-
(2.158)
-
2.158
-
-
(1.807.377)
676.978
189.994
(645.057)
-
(6.167)
-
6.167
-
-
(55.870)
-
41.620
-
-
-
-
29.074
-
-
(7.247)
(4.338)
39.218
-
-
Sacyr Panamá, S.A.
(13.130)
199.602
1.204.626
(199.501)
-
Sacyr Peru
(15.113)
-
21.363
-
-
Sacyr, S.A.
-
8.996
4.892.015
(1.858.355)
(6.676.942)
Sacyr Chile, S.A.
Sacyr Concessões Chile. S.A.
Sacyr Quatar
Somague Ambiente, S.A.
(435)
(68.641)
1.527.146
-
-
Somague Concessões Infraestruturas, S.A.
(34.457)
70.763
47.819
(44.902)
8.864.918
Somague Imobiliária, S.A.
(68.698)
17.355
480.950
(120.754)
3.144.017
TDM - Túnel do Marão Operadora, S.A.
-
-
699
-
-
Vallehermoso División Promoción
-
26.003
-
-
-
Valoriza, Sucursal Portugal
-
-
1.069.358
(24.000)
-
Valoriza Gestión
-
-
70
-
-
Valoriza - Servicios Medioambientales, S.A.
-
-
217.971
-
-
Viveiros do Falcão
-
12.575
1.274.006
(600.733)
-
-
-
2.057.331
1.776.117
24.426.544
(3.731.185)
8.836.517
Via Expresso
(3.554.372)
Associadas
HSE
-
-
-
-
37.984
-
-
-
-
37.984
(3.253)
-
144.974
-
-
-
-
27.951
-
-
(10.531)
106
12.743
-
-
-
-
-
(21.240)
-
(13.784)
106
185.668
(21.240)
-
Empreendimentos conjuntos
UTE Puerto de Abrigo de Valencia
UTE Expansión Puerto de Marín
UTE Muelle de Cruceros
UTE Darsena Sur de Sagunto
173
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
5. Imposto sobre o rendimento
De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais
estão sujeitas a revisão e correção por parte das autorida-
A Somague SGPS encontra-se sujeita a im-
des fiscais durante um período de 4 anos (5 anos para a
posto sobre o rendimento das pessoas cole-
segurança social), exceto quando tenham havido prejuízos
tivas (“IRC”), atualmente à taxa 23%, acres-
fiscais, tenham sido concedidos benefícios fiscais ou es-
cida da Derrama até à taxa máxima de 1,5%
tejam em curso inspeções, reclamações ou impugnações,
sobre o Lucro Tributável. Na parte do lucro
casos esses em que, dependendo das circunstâncias os
tributável quando superior a 1.500.000
prazos são alargados ou suspensos.
euros até 7.500.000 euros incide ainda a
derrama estadual em 3%, na parte em que
O Conselho de Administração entende que, em eventuais
excede os 7.500.000 euros até 35.000.000
correções resultantes de futuras revisões/inspeções fis-
euros incide a taxa de 5%, e quando ultra-
cais, aquelas declarações de impostos não terão um efeito
passa os 35.000.000 euros aplica-se a taxa
significativo nas demonstrações financeiras em 31 de de-
de 7%. No apuramento da matéria coletável,
zembro de 2014.
à qual é aplicada a referida taxa de imposto,
são adicionados e subtraídos aos resultados
O Grupo procede ao registo de impostos diferidos corres-
contabilístico as diferenças entre este e o
pondentes às diferenças temporárias entre o valor con-
resultado fiscal. Estas diferenças podem ser
tabilístico dos ativos e passivos e a correspondente base
de natureza temporária ou permanente.
fiscal.
A empresa e algumas das suas participadas (designadamente Somague Engenharia,
PMG, TI, Soconstrói Engenharia, Ediçor, Neopul), localizadas em Portugal encontram-se
sujeitas ao regime especial de tributação
dos grupos de sociedade. Este regime consiste na agregação dos resultados tributáveis de todas as sociedades incluídas no
perímetro de tributação, conforme estabelecido no art.º 70 do código do IRC, deduzidos dos dividendos distribuídos, aplicando-se ao resultado global assim obtido a taxa
de IRC, acrescida da respetiva derrama. No
apuramento da matéria coletável, à qual é
aplicada a referida taxa de imposto, são adicionados e subtraídos aos resultados contabilísticos as diferenças entre este resultado
e o resultado fiscal. Estas diferenças podem
ser de natureza temporária ou permanente.
174
10
NOTAS
CONSOLIDADAS
O encargo de imposto registado no exercício findo em 31
de dezembro de 2014 corresponde essencialmente a:
(Unid: Euros)
2014
2013
Demonstração de resultados consolidada
Imposto sobre o rendimento corrente
Carga fiscal do imposto sobre o rendimento
11.172.892
8.641.201
(1.246.706)
1.163.627
1.363.432
1.524.516
11.289.617
11.329.345
Impostos diferidos
Relacionados com a origem e reversão das diferenças temporárias
Efeito de diferenças da taxa de imposto
Gastos com o imposto sobre o rendimento reportados na DR consolidada
(Unid: Euros)
Base fiscal
Resultado antes de imposto
Imposto
11.455.577
Diferenças temporárias
6.935.800
Diferenças permanentes
9.705.142
28.096.518
Encargo normal de imposto
8.147.990
Tributação autónoma
1.081.852
Dupla tributação internacional
-
Efeito de diferenças da taxa de imposto
1.363.432
Imposto das sucursais
2.074.551
Poupança fiscal
(131.502)
Imposto diferido
(1.699.271)
Alteração da taxa de imposto diferido
452.564
Imposto do exercício
11.289.617
175
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
O movimento ocorrido nos ativos e passivos
por imposto diferido no exercício de 2014 e
2013, de acordo com as diferenças temporárias que o geraram é o seguinte:
2014
(Unid: Euros)
Saldo em
01.01.14
Origem
(Reversão)
Transferências
Saldo em
31.12.14
Imparidade de clientes de cobrança duvidosa
5.268.205
16.056
(2.698.186)
-
2.586.075
Imparidade para investimentos financeiros
Ativos por imposto diferido
1.790.910
-
(699.620)
-
1.091.291
Provisões para outros riscos e encargos
833.366
477.533
(207.996)
-
1.102.903
Contratos de construção
237.189
-
(237.189)
-
-
1.705.782
8.604
(784.088)
-
930.298
95.820
-
(94.019)
(1.801)
-
247.391
2.380.513
(41.887)
-
2.586.018
Provisões para SAV
Grandes reparações + imobilizado
Prejuízos fiscais
Outros impostos diferidos ativos
-
-
-
1.801
1.801
Gastos líquidos de financiamento
-
3.076.680
-
-
3.076.680
10.178.664
2.882.707
(4.762.985)
-
11.375.066
(Unid: Euros)
Passivos por imposto diferido
40% da reavaliação do imobilizado
Mais-valias não tributadas por reinvestimento
Saldo em
01.01.14
Origem
(Reversão)
Transferências
Saldo em
31.12.14
125.889
-
(11.237)
-
114.652
19.654
-
(12.748)
-
6.907
Contratos de construção
217.076
584.471
(217.076)
-
584.471
Proveitos diferidos SAV
354.042
-
(354.042)
-
-
716.661
584.471
(595.103)
-
706.029
2013
(Unid: Euros)
Saldo em
01.01.13
Origem
Imparidade de clientes de cobrança duvidosa
5.838.905
20.015
(590.715)
-
5.268.205
Imparidade para investimentos financeiros
2.070.736
-
(279.826)
-
1.790.910
661.248
172.118
-
-
833.366
Ativos por imposto diferido
Provisões para outros riscos e encargos
Contratos de construção
Provisões para SAV
Grandes reparações + imobilizado
Prejuízos fiscais
(Reversão)
Transferências
Saldo em
31.12.13
513.080
-
(275.891)
-
237.189
2.328.839
-
(623.057)
-
1.705.782
224.931
-
(109.423)
(19.688)
95.820
-
247.391
-
-
247.391
11.637.740
439.524
(1.878.912)
(19.688)
10.178.664
(Unid: Euros)
Saldo em
01.01.13
Origem
(Reversão)
Transferências
Saldo em
31.12.13
137.297
-
(11.408)
-
125.889
38.602
-
(18.948)
-
19.654
Contratos de construção
25.032
205.504
(13.461)
-
217.076
Proveitos diferidos SAV
791.406
-
(437.364)
-
354.042
992.337
205.504
(481.181)
-
716.661
Passivos por imposto diferido
40% da reavaliação do imobilizado
Mais-valias não tributadas por reinvestimento
176
10
NOTAS
CONSOLIDADAS
6. Ativos fixos tangíveis
Durante os anos de 2014 e 2013, os movimentos ocorridos nos ativos fixos tangíveis, bem como nas respetivas
depreciações e perdas por imparidade acumuladas, foram
os seguintes:
(Unid: Euros)
Dezembro 2014
Saldo a
01.01.14
Terrenos e recursos naturais
9.949.491
Efeito de
conversão
cambial
Alterações
de
perímetro
-
-
296.019
Adições
Transferências
e abates
Alienações
(28.412)
-
Saldo a
31.12.14
10.217.098
Edifícios e outras construções
47.538.580
10.671
-
1.552.581
(155.788)
219.778
49.165.822
Equipamento básico
97.646.027
134.997
-
6.479.046
(2.657.810)
372.522
101.974.782
Equipamento de transporte
17.033.495
23.754
-
1.883.269
(588.553)
50.026
18.401.991
Ferramentas e utensílios
18.459.976
1.501
-
361.966
(133.018)
(26.408)
18.664.018
Equipamento administrativo
5.087.568
655
-
87.696
(21.296)
175.372
5.329.995
Outros ativos fixos tangíveis
1.108.218
-
-
5.854.025
(707.756)
(892.367)
5.362.119
(101.078)
209.115.825
Depreciações acumuladas
196.823.355
171.579
-
16.514.602
(4.292.633)
(115.275.976)
(9.025)
-
(10.556.558)
1.610.947
81.547.379
162.554
-
5.958.044
(2.681.686)
101.078 (124.129.534)
-
84.986.291
(Unid: Euros)
Dezembro 2013
Efeito de
conversão
cambial
Alterações
de
perímetro
9.303.516
-
-
425.099
Edifícios e outras construções
45.683.705
(15.100)
-
Equipamento básico
90.160.210
(6.948)
-
Equipamento de transporte
15.001.505
(1.486)
Ferramentas e utensílios
18.164.667
(558)
4.991.102
(3.832)
(288)
Saldo a
01.01.13
Terrenos e recursos naturais
Equipamento administrativo
Outros ativos fixos tangíveis
Depreciações acumuladas e imparidade
Imparidade
Adições
Transferências
e abates
Alienações
Saldo a
31.12.13
-
220.876
9.949.491
5.152.552
(139.822)
(3.142.754)
47.538.580
6.328.691
(3.571.378)
4.735.453
97.646.027
-
2.198.863
(357.153)
191.767
17.033.495
(2.894)
138.006
(92.347)
253.102
18.459.976
995.926
(49.876)
(845.463)
5.087.568
2.111.212
-
-
1.058.836
-
(2.061.831)
1.108.218
185.415.917
(27.925)
(3.182)
16.297.972
(4.210.577)
(648.850)
196.823.355
(109.249.995)
5.000
5.087
(9.810.562)
2.344.440
1.430.055 (115.275.976)
-
-
-
-
(152.338)
152.338
-
76.165.922
(22.925)
1.905
6.487.410
(2.018.476)
933.543
81.547.379
177
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
7. Ativos intangíveis
Durante os anos de 2014 e 2013, os movimentos ocorridos nos ativos intangíveis,
bem como nas respetivas depreciações e
perdas por imparidade acumuladas, foram
os seguintes:
(Unid: Euros)
Dezembro 2014
Saldo a
01.01.14
Programas de computadores
Alterações de
perímetro
Aumentos
Transferências
e abates
Reduções
Saldo a
31.12.14
5.662.629
-
4.079
-
(20.672)
5.646.036
Propriedade industrial
178.865
-
-
-
-
178.865
Direitos de concessão
3.652.118
(3.652.118)
-
-
-
-
300.034
-
-
-
-
300.034
18.482.450
-
-
-
-
18.482.450
28.276.096
(3.652.118)
4.079
-
(20.672)
24.607.385
(8.348.169)
2.486.943
(59.909)
-
20.672
(5.900.464)
19.927.927
(1.165.176)
(55.831)
-
-
18.706.921
Outros ativos intangíveis
Goodwill
Depreciações acumuladas e imparidade
(Unid: Euros)
Dezembro 2013
Saldo a
01.01.13
Programas de computadores
Alterações de
perímetro
Aumentos
Transferências
e abates
Reduções
Saldo a
31.12.13
5.660.208
(318)
4.258
-
(1.519)
5.662.629
Propriedade industrial
178.865
-
-
-
-
178.865
Direitos de concessão
3.652.118
-
-
-
-
3.652.118
-
-
-
-
300.034
300.034
25.802.798
-
-
(7.320.348)
-
18.482.450
35.293.989
(318)
4.258
(7.320.348)
298.515
28.276.096
(7.840.904)
38
(508.696)
-
1.394
(8.348.169)
27.453.085
(280)
(504.439)
(7.320.348)
299.908
19.927.927
Outros ativos intangíveis
Goodwill
Depreciações acumuladas e imparidade
7.1. Goodwill
Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, o
goodwill tem a seguinte composição:
(Unid: Euros)
% aquisição
Somague Engenharia
100,00%
Foram efetuados testes de imparidade conforme definido no ponto 3.4.1 na alínea e)
das bases de consolidação. O valor de uso
correspondente ao valor presente dos fluxos
de caixa futuros teve por base os orçamen178
2014
18.482.450
2013
18.482.450
10
NOTAS
CONSOLIDADAS
tos das unidades geradoras de caixa, devidamente aprovados pelo Conselho de Administração, tendo sido considerado uma média de 5 anos. As projeções de fluxos de caixa
para além dos 5 anos foram extrapoladas utilizando uma
perpetuidade sobre o valor dos fluxos de caixa estimados
para o 5º ano.
8. Investimentos em associadas
Os investimentos em associadas encontram-se registados
pelo método de equivalência patrimonial, conforme segue:
(Unid: Euros)
Partes de capital em associadas
% participação
Capital próprio
Resultado do
exercício
Valor do
balanço
SCP Neopul
10,00%
7.250
7.250
7.250
HSE
27,50%
544.054
544.054
544.054
Via Expresso
11,20%
8.123.269
1.335.442
8.123.269
SCP - Bacia São Francisco
14,78%
313.380
313.380
313.380
8.987.953
2.200.126
8.987.953
Os investimentos em associadas registadas ao custo são
como segue:
(Unid: Euros)
Partes de capital em associadas
% participação
Custo de
Aquisição
Valor do
balanço
Imparidade
Somague Panamá, S.A.
100,00%
7.524
-
Engigás Cabo Verde
100,00%
1.634
(1.634)
-
10
-
10
9.169
(1.634)
7.534
Espaço Belém
7.524
9. Outros investimentos
9.1. Participações em empreendimentos conjuntos consolidados pelo método de equivalência patrimonial
(Unid: Euros)
Partes de capital em outras empresas
UTE Muelle del Leste
% participação
Capital próprio
20,00%
1.759.816
UTE Abrigo Puerto de Valencia
6,00%
UTE As Cancelas
50,00%
UTE Auditório de Vigo
16,00%
UTE Darsena de Servicios
20,00%
179
Resultado do
exercício
Valor do
balanço
-
1.759.816
1.073.091
27
1.073.091
68.881
(34)
68.881
992.990
54.836
992.990
389.677
-
389.677
4.284.455
54.829
4.284.455
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
9.2. Participações em empresas cotadas e
não cotadas
As participações em empresas cotadas en-
As restantes participações estão registadas ao custo de
contram-se registadas ao custo de aquisição
aquisição, deduzidas de ajustamentos para perdas de im-
e são ajustadas para o valor de mercado.
paridade estimadas.
(Unid: Euros)
Custo aquisição
Valor do
balanço
Imparidade
Participações cotadas
Banco Comercial Português
Banco Totta & Açores
Sport Lisboa Benfica
Futebol Clube do Porto
12.525
(1.401)
11.124
8.434
-
8.434
a)
a)
4.460.400
(3.704.400)
756.000
b)
-
-
-
b)
Participações não cotadas
Soc. Emp. Somague (Angola)
Pirites Alentejanas
União de Leiria
Empresa Edit. Eletrotécnica
Companhia Port. Eletricidade
Douro (Gestão e Promoção Imobiliária)
Boavista Futebol Clube
Enerviz
Unitenis - Soc. Empreend. Ténis
Engibrás
9.128
(9.128)
-
a)
64.270
(64.270)
-
a)
199.519
(199.519)
-
a)
20
-
20
a)
319
-
319
a)
10.392
(9.840)
552
a)
110.000
(110.000)
-
b)
100
(100)
-
a)
23.942
(23.942)
-
a)
2.759
(2.759)
-
a)
Brisal
5
-
5
a)
Auto-Estradas do Oeste, S.A.
5
-
5
a)
6.375
-
6.375
a)
12.750
-
12.750
a)
5.625
-
5.625
a)
11.875
-
11.875
a)
Parque Futuro Sec. XXI, S.A.
Portas da Lagoa, S.A.
S.D.C.P.V., S.A.
Momasoteco, S.A.
Sociedade Lisgarante
14.500
-
14.500
a)
Marítimo SAD
24.940
(24.940)
-
a)
Via Madeira
Alverca Futebol Clube
AREAM
Túnel do Marão Operadora
Auto-estrada do Marão
Escala Vila Franca
Haçor - Concessionária do Edifício do Hospital da Terceira
Haçor Domus
-
a)
-
a)
7.482
-
7.482
a)
10
-
10
a)
5.005
-
5.005
a)
150
-
150
a)
3.000
-
3.000
a)
50
a)
(1.740)
11.852
b)
a)
13.591
Obrigações BCA - Cabo Verde
b)
(24.938)
50
Obrigações Montepio
a)
24.938
Estas empresas encontram-se registadas ao custo
de aquisição, deduzido da provisão para perdas
estimadas de realização, quando aplicável.
Estas empresas encontram-se registadas ao custo
de aquisição, são cotadas em bolsa e estão ajustadas para o valor de mercado.
180
39.757
-
39.757
5.071.867
(4.176.977)
894.890
10
NOTAS
CONSOLIDADAS
O movimento das perdas de imparidade para os outros investimentos financeiros foi como segue:
(Unid: Euros)
Saldo a
01.01.14
Perdas de imparidade em partes de capital em outras empresas
Aumentos
6.636.635
1.278
Reduções
Saldo a
31.12.14
Utilizações
(944.346)
(1.516.590)
4.176.977
10.Outros ativos financeiros
Em 31 de dezembro de 2014 esta rubrica tinha a seguinte
composição:
(Unid: Euros)
Custo amortizado
Imparidade
Valor do balanço
Empréstimos concedidos empresa-mãe
Sacyr
34.314.433
-
34.314.433
Assiconstroi/Amadeu Gaudêncio
671.568
(671.568)
-
Auto-estrada do Marão
176.124
-
176.124
Via Expresso
2.057.331
-
2.057.331
Momasoteco, S.A.
1.104.867
-
1.104.867
146.000
-
146.000
Outros empréstimos concedidos
Haçor - Concessionária do Edifício do Hospital da Terceira
Haçor - Domus
20.200
HSE
37.984
20.200
37.984
38.528.507
(671.568)
37.856.939
O movimento das perdas de imparidade para os outros ativos não correntes foi como segue:
(Unid: Euros)
Saldo a
01.01.14
671.568
Perdas de imparidade em empréstimos concedidos
181
Aumentos
Saldo a
31.12.14
Reduções
-
-
671.568
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
11.Inventários
Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 esta rubrica tinha a seguinte composição:
(Unid: Euros)
2014
Matérias-primas, subsidiárias e de consumo (nota 28)
2013
10.940.662
11.429.652
Produtos e trabalhos em curso (nota 29)
1.531.717
6.654.854
Produtos acabados e intermédios (nota 29)
5.804.400
6.581.836
Mercadorias (nota 28)
18.208.016
18.208.016
Perda por imparidade (nota 28 e 29)
(3.084.516)
(2.456.591)
33.400.279
40.417.766
O movimento das perdas de imparidade
para os inventários foi como segue:
(Unid: Euros)
Saldo a
01.01.14
Perdas de imparidade em mercadorias
Perdas de imparidade matérias-primas, subsidiárias e de consumo
Perdas de imparidade em produtos acabados e intermédios
Aumentos
Reduções
Transferências
Saldo a
31.12.14
2.052.718
894.700
(28.000)
-
2.919.418
262.115
-
-
(262.115)
0
141.757
41.927
(18.586)
-
165.097
2.456.591
936.627
(46.586)
(262.115)
3.084.516
2014
2013
12.Clientes
Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 esta rubrica tinha a seguinte composição:
(Unid: Euros)
Não corrente
Clientes, conta retenções
Clientes, conta corrente
10.245.052
10.859.071
-
981
10.245.052
10.860.051
427.949.411
475.190.015
Corrente
Clientes, conta corrente
Clientes, conta retenções
Trabalhos pendentes de faturar
Clientes, títulos a receber
Perda por imparidade
182
2.394.658
2.544.565
94.353.533
71.932.232
242.027
580.900
(31.785.782)
(41.401.626)
493.153.847
508.846.086
10
NOTAS
CONSOLIDADAS
O movimento das perdas de imparidade para dos clientes,
foi como segue:
(Unid: Euros)
Saldo a
01.01.14
Perdas de imparidade em clientes
41.401.626
Aumentos
3.385.132
Reduções
Utilizações
(2.477.771)
(10.500.019)
Transferências
(23.186)
Saldo a
31.12.14
31.785.782
O grupo apresenta vencido há mais de 180 dias um total de
saldos a receber de terceiros no montante de 276.962.259
euros. Para estes saldos foi constituída uma provisão no
montante de 31.785.782 euros.
Dos saldos mencionados, 96.204.949 euros são referentes
a entidades públicas e 180.757.310 euros são referentes
a entidades privadas. Da análise casuística e do acompanhamento que é efetuado relativamente a estes saldos, a
Administração não espera que resultem perdas materiais.
A concentração de risco de crédito encontra-se evidenciada na nota 36.
13.Outros devedores
Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 o saldo desta rubrica
resulta de operações realizadas pela empresa e pelas suas
participadas no decurso normal da sua atividade:
(Unid: Euros)
2014
Outros devedores
57.886.751
Perda por imparidade
2013
48.487.791
(6.831.782)
(6.847.736)
51.054.969
41.640.055
O movimento das perdas de imparidade para dos outros
devedores, foi como segue:
(Unid: Euros)
Saldo a
01.01.14
Perdas de imparidade em outros devedores
Aumentos
6.847.736
Reduções
-
183
(39.771)
Transferências
23.818
Saldo a
31.12.14
6.831.782
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
14.Outros ativos financeiros
Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 esta rubrica tinha a seguinte composição:
(Unid: Euros)
2014
Empresas do Grupo
2013
2.733
-
Adiantamentos a fornecedores
13.888.152
10.298.073
Estado e outros entes públicos
7.629.965
5.589.286
21.520.850
15.887.358
A rubrica de estado e outros entes públicos
tem a seguinte composição:
(Unid: Euros)
2014
2013
Imposto sobre o rendimento das pessoas coletivas
2.310.076
3.359.809
Imposto sobre o valor acrescentado
4.554.674
2.229.477
Outras contribuições
765.215
-
7.629.965
5.589.286
2014
2013
15.Outros títulos e depósitos
Outros títulos e depósitos têm a seguinte
decomposição:
(Unid: Euros)
22.745.283
Depósitos a prazo a mais de 3 meses
17.405.776
O montante de 22.745.283 euros de 2014 e
17.405.776 euros de 2013, dizem respeito a
depósitos a prazo que não podem ser mobilizáveis a curto prazo por terem sido dados
como garantia.
16.Caixa e bancos
Caixa e bancos podem ser decompostos
(Unid: Euros)
como se segue:
2014
Numerário
2013
563.928
675.149
Depósitos bancários
26.366.094
25.062.219
Títulos negociáveis
19.554.186
11.689.302
Outras aplicações tesouraria
184
11.424
20.559
46.495.632
37.447.229
10
NOTAS
CONSOLIDADAS
Os valores incluídos na rubrica de caixa e bancos são deter-
Diferenças de consolidação: As diferenças
minados de forma a incluir apenas os valores cuja realiza-
de consolidação, decorrentes da aquisição
ção é possível num período inferior a três meses contados
de participações financeiras, estão regis-
a partir da data da demonstração da posição financeira.
tadas em capitais próprios ou no ativo, na
rubrica “Goodwill”, consoante a data a que
Efeito das alterações de perímetro no caixa e seus equi-
se reportam e a respetiva natureza. Assim,
valentes:
as registadas em capitais próprios corres(Unid: Euros)
pondem à diferença entre o custo de aqui-
S.C.P. Deck Park
8.412
sição das participações financeiras e a pro-
UTE Lac Antequera
2.559
porção nos capitais próprios das empresas a
216.149
que aquelas se referem, reportadas a 31 de
UTE Vila Garcia-Padrón
227.119
dezembro de 1993, data das primeiras demonstrações financeiras consolidadas.
17.Capital próprio
Diferenças de transposição: As diferenças de
transposição decorrem do efeito da conver-
Em 31 de dezembro de 2014, o capital da empresa era
são para Euros de demonstrações financei-
constituído por 26.100.000 ações ao portador, com o valor
ras de empresas participadas, originalmente
nominal de cinco euros cada.
expressas em moeda estrangeira.
O capital da empresa era em 31 de dezembro de 2014 de-
Reservas legais: De acordo com o art.º 295
tido em 100% pela Sacyr, S.A.
do CSC, pelo menos 5% do resultado tem de
ser destinado à constituição ou reforço da
Prestações acessórias: Esta rubrica inclui Prestações Aces-
reserva legal até que esta represente pelo
sórias que foram efetuadas pelo Acionista, na sequência de
menos 20% do Capital Social.
deliberação em Assembleia-Geral, e que ficaram sujeitas
ao regime das Prestações Suplementares. De acordo com
A reserva legal não é distribuível a não ser
este regime, tais prestações não vencem juros (art.º 210 do
em caso de liquidação e só pode ser utili-
CSC) e apesar de não terem prazo de reembolso definido
zada para absorver prejuízos, depois de es-
(art.º 211 do CSC) só podem ser reembolsadas se após o
gotadas todas as outras reservas, ou para
seu reembolso o total do Capital Próprio não ficar inferior à
incorporação no Capital Social (art.º 296 do
soma do Capital e da Reserva Legal (art.º 32 do CSC).
CSC).
Resultados retidos: Esta rubrica inclui os resultados realizados disponíveis para distribuição aos acionistas.
185
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
18.Financiamentos não correntes
Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 esta rubrica tinha a seguinte composição:
(Unid: Euros)
2014
2013
Financiamentos bancários (não corrente) (a)
34.530.290
50.601.631
Papel comercial (não corrente) (b)
10.000.000
14.000.000
44.530.290
64.601.631
(a) A rubrica “Financiamentos bancários” é composta pelos seguintes contratos:
--
Contrato de financiamento celebrado em 14 de junho de 2010 no montante de 154.120 euros, pelo prazo de 10 anos. Em 31 de
dezembro de 2014 apresentava um valor em dívida de 118.639 euros, dos quais 97.069 euros a médio longo prazo e vencia juros
a uma taxa média anual de 1,678%.
--
Contrato de financiamento celebrado em 31 de agosto de 2012 no montante de 300.000 euros, pelo prazo de 5 anos. Em 31 de
dezembro de 2014 apresentava um valor em dívida de 206.250 euros, dos quais 131.250 euros a médio longo prazo e vencia juros
a uma taxa média anual de 4,895%.
--
Contrato de financiamento celebrado em 04 de julho de 2013 no montante de 1.000.000 euros, pelo prazo de 6 anos. Em 31 de
dezembro de 2014 apresentava um valor em dívida de 739.130 euros, dos quais 565.217 euros a médio longo prazo e vencia juros
a uma taxa média de 6,082%.
--
Contrato de financiamento celebrado em 29 de junho de 2011 no valor de 5.000.000 euros, pelo prazo de 5 anos. Em 31 de dezembro de 2014 apresentava um valor em dívida de 2.206.836 dos quais 1.138,647 euros a médio longo prazo e vencia juros a
uma taxa média de 6,203%.
--
Contrato de financiamento celebrado em 22 de maio de 2013 no valor de 33.250.000 euros, pelo prazo de 5 anos. Em 31 de dezembro de 2014 apresentava um valor em dívida de 29.093.750, dos quais 20.781.250 euros a médio longo prazo e vencia juros
à taxa média de 6,684%.
--
Contrato de financiamento celebrado em 15 de janeiro de 2013 no valor de 15.000.000 euros, pelo de 5 anos. Em 31 de dezembro
de 2014 apresentava um valor em dívida de 11.700.000 euros, dos quais 8.400.000 euros a médio longo prazo e vencia juros à
taxa média de 7,52%.
--
Contratos de financiamento destinados à aquisição de equipamentos celebrados no exercício de 2014. Em 31 de dezembro de
2014 apresentavam um valor em dívida de 2.696.010 euros, dos quais 730.450 euros a médio longo prazo e vencia juros à taxa
média de 19% (PLR+5%).
--
Contratos de financiamento destinados à aquisição de equipamentos celebrados no exercício de 2013. Em 31 de dezembro de
2014 apresentavam um valor em dívida de 207.800 euros, dos quais 52.380 euros a médio longo prazo e vencia juros à taxa média
de 1.28%.
--
Contrato de financiamento celebrado em 4 de setembro de 2014 no valor de 2.941.177 euros, pelo de 4 anos. Em 31 de dezembro
de 2014 apresentava um valor em dívida de 2.634.025 euros a médio longo prazo e vencia juros à taxa média CDI + 4.5%.
Relativo aos empréstimos bancários referidos na alínea a) existem hipotecas sobre imóveis no valor contabilístico de 38.031.914
euros e penhor sobre a totalidade das ações da participada Neopul, como garantia do cumprimento das obrigações relativas a esses
empréstimos.
(b) O empréstimo de papel comercial classificado como não corrente é composto pelas seguintes emissões:
--
Emissão subscrita em 10 de dezembro de 2014 no valor de 10.000.000 euros, a qual em 31 de dezembro de 2014 vencia juros a
uma taxa média anual de 6,522%. O contrato programa ao abrigo do qual foi efetuado poderá ser utilizado pela Somague SGPS e
Somague Engenharia e termina em 12 de setembro de 2017.
186
10
NOTAS
CONSOLIDADAS
19.Provisões
Em 31 de dezembro de 2014 esta rubrica tinha a seguinte
(Unid: Euros)
composição:
Saldo a
01.01.14
Provisões para garantias
Equivalência Atualização
patrimonial
cambial
Aumentos
Alterações
de
perímetro
Reduções
Transferências
Saldo a
31.12.14
16.208.612
-
33.160
-
-
2.731
12.044.897
Processos judiciais em
curso
928.005
-
-
1.346.591
(14.725)
-
-
-
2.259.871
Provisões para capitais
próprios negativos
1.156.252
622.742
-
-
-
(9.743)
-
(84.590)
1.684.661
Impostos
1.597.199
-
-
9.399.193
(537)
(10.192)
-
-
10.985.662
2.674
853.018
(240.637)
(721.668)
(676.739)
49.680
2.607.749
35.834 11.970.150 (4.826.853)
(741.603)
(676.739)
(32.179)
29.582.840
Outras
3.341.420
-
23.231.488
622.742
371.348 (4.570.954)
Utilizações
O montante de 12.044.897 euros correspondem a estimativa de custos a incorrer no período de garantia das obras.
A provisão para processos judiciais em curso constituída
tem por base o julgamento do Conselho de Administração
quanto ao seu desfecho, bem como em informações obtidas
dos advogados da empresa e dos seus consultores externos.
A Provisão para Capitais Próprios negativos discrimina-se
da seguinte forma:
(Unid: Euros)
UTE La Lastra
523.091
UTE Puerto de Marín
478.971
UTE Darsena Sur de Sagunto
41.046
UTE Puerto de Valencia
1.109
UTE Prados Fuentes
382
UTE Muelle de Cruceros
640.061
1.684.661
O montante de 10.985.662 euros de provisão para impostos diz respeito a impugnações judiciais e reclamações
graciosas, que à data de relato e por não se conhecer o seu
desfecho, o Grupo apresentou nas demonstrações financeiras com base na melhor estimativa, sendo o seu montante revisto todos os anos.
As outras provisões dizem essencialmente respeito a perdas esperadas com contratos de construção, que são reconhecidas como custo do período na sua totalidade.
187
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
20.Fornecedores não correntes
Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 esta rubrica tinha a seguinte composição:
(Unid: Euros)
2014
25.219.203
Fornecedores, conta retenções
2013
25.586.478
A conta de retenções reflete as garantias
prestadas por fornecedores, como garantia
de boa execução de obra.
21.Outros passivos não correntes
Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 esta rubrica tinha a seguinte composição:
(Unid: Euros)
Fornecedores de imobilizado
2014
2013
2.692.363
1.818.391
2014
2013
22.Fornecedores correntes
Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 esta rubrica tinha a seguinte composição:
(Unid: Euros)
Fornecedores, conta corrente
Fornecedores, conta retenções
Fornecedores, títulos a pagar
Fornecedores confirming
Fornecedores, faturas em receção e conferência
188
195.866.828
158.493.530
5.759.417
6.396.620
12.287.878
4.283.575
508.302
-
12.200.604
13.446.138
226.623.029
182.619.863
10
NOTAS
CONSOLIDADAS
23.Financiamentos correntes
Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 esta rubrica tinha a
seguinte composição:
(Unid: Euros)
2014
Descoberto bancário/Conta caucionada (a)
162.146.852
Papel comercial (b)
2013
145.569.729
4.000.000
750.000
166.146.852
146.319.729
(a) Os descobertos bancários, contas correntes caucionadas e empréstimos bancários vencem juros às taxas correntes de mercado, para
operações similares.
(b) O empréstimo de papel comercial classificado como corrente é composto pela seguinte emissão:
--
Emissão subscrita em 15 de dezembro de 2014 no valor de
4.000.000 euros, a qual em 31 de dezembro de 2014 vencia juros a
uma taxa média anual de 5,522%. O contrato programa ao abrigo do
qual foi efetuado termina em 15 de setembro de 2015.
24.Diferimentos
(Unid: Euros)
2014
Faturação antecipada
46.678.884
Subsídio ao investimento
Juros mora
Outros rendimentos
Na rubrica de “Faturação antecipada” o montante de
46.678.884 em 2014 e 74.268.878 em 2013, diz respeito
aos proveitos diferidos, que resultam da aplicação do método da percentagem de acabamento, conforme descrito
no ponto 3.3 alínea xviii).
189
2013
74.268.878
6.675
23.525
6.357.475
12.321.282
420.797
216.091
53.463.830
86.829.776
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
25.Outros passivos financeiros
Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 esta rubrica tinha a seguinte composição:
(Unid: Euros)
2014
Adiantamentos por conta de vendas
Empresas do Grupo
Adiantamentos de clientes
Fornecedores de imobilizado, conta corrente
Estado e outros entes públicos
Outros credores
2013
-
5.974
5.894.453
6.259.480
61.886.931
51.387.523
224.758
2.048.590
9.668.624
5.746.152
50.790.434
68.958.563
128.465.200
134.406.281
A rubrica de estado e outros entes públicos
tem a seguinte composição:
(Unid: Euros)
2014
2013
Imposto sobre o rendimento das pessoas coletivas
4.268.788
867.332
Imposto sobre o rendimento das pessoas singulares
2.521.049
2.241.256
Imposto sobre o valor acrescentado
Contribuições para a segurança social
Outros impostos
190
488.845
810.014
1.578.515
1.516.021
811.427
311.529
9.668.624
5.746.152
10
NOTAS
CONSOLIDADAS
26.Vendas e prestações de serviços por mercados
geográficos
As vendas de mercadorias e as prestações de serviços efetuadas nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2014
e 2013 distribuem-se da seguinte forma:
(Unid: Euros)
2014
2013
Vendas
Portugal Continental
93.068
1.128.041
Açores
293.061
90.651
Cabo Verde
426.184
1.714.598
Togo
-
11.076
812.313
2.944.367
Prestações de Serviços
Portugal Continental
Angola
64.381.463
98.290.535
273.049.853
251.707.310
Irlanda
1.234.485
1.398.692
Açores
34.719.976
43.550.095
Espanha
20.689.318
18.152.335
Madeira
17.136.786
1.180.415
Cabo Verde
19.139.531
27.076.142
Brasil
48.000.661
25.259.751
Moçambique
28.745.999
10.069.865
Togo
46.366.202
19.351.435
Marrocos
1.500
2.500
-
200.000
553.465.772
496.239.075
Gana
26.1.
fiavelmente estimado, o rendimento e os
Vendas
custos associados ao contrato são reconheNa rubrica de vendas o montante diz essencialmente res-
cidos como rendimento e gasto com refe-
peito a venda de mercadorias da filial de Cabo Verde, e a
rência à fase de acabamento da atividade do
venda de apartamentos de vários empreendimentos.
contrato à data de relato.
26.2.
Na rubrica de prestações de serviços, o mon-
Prestações de serviços de contratos de construção
tante de rendimentos referentes a contratos
O rendimento do contrato compreende a quantia inicial de
de construção, os quais resultam da apli-
rendimento acordada e as variações no trabalho, reclama-
cação do método da percentagem de aca-
ções e pagamentos de incentivos do contrato desde que
bamento para o reconhecimento do rédito
seja provável que daí resultem rendimentos e que estejam
(nota 3.3 xviii).
em condições de serem fiavelmente mensurados.
Pelo método da percentagem de acabamento
o rendimento é reconhecido na demonstração
Quando o desfecho do contrato de construção puder ser
191
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
de resultados nos períodos contabilísticos em
que o trabalho foi executado. Os gastos são
geralmente reconhecidos na demonstração
de resultados nos períodos em que o trabalho com o qual se relacionam seja executado.
A discriminação dos montantes de rendimento e gasto do período é como segue:
(Unid: Euros)
2014
Rendimentos reconhecidos no período
Custos incorridos
Lucros reconhecidos
26.3.
2013
533.171.898
494.827.875
(387.346.257)
(366.389.851)
145.825.642
128.438.024
Ativos e passivos registados pela
aplicação do método de percentagem de
acabamento nos contratos de construção
As diferenças resultantes entre a faturação
emitida e os rendimentos apurados no exercício pela aplicação do método da percentagem de acabamento encontram-se registados
no ativo, na rubrica de clientes e no passivo
na rubrica de outros passivos financeiros. A
discriminação dos montantes é como segue:
(Unid: Euros)
2014
Acréscimos de rendimentos
Rendimentos diferidos
26.4.
2013
94.353.533
71.930.775
(46.678.884)
(74.268.878)
47.674.649
(2.338.103)
Ativos e passivos registados como
As quantias de adiantamento e retenções de garantia en-
adiantamento e retenções relacionados
contram-se registadas nas contas de ativo e passivo, em
com contratos de construção
subcontas de clientes e fornecedores. A discriminação
desses montantes é como segue:
(Unid: Euros)
2014
Adiantamentos recebidos
(61.886.931)
Adiantamentos pagos
2013
(51.387.523)
13.888.152
10.298.073
(47.998.779)
(41.089.450)
(Unid: Euros)
2014
Retenções efetuadas por terceiros
Retenções efetuadas a terceiros
192
2013
12.639.710
31.983.098
(30.978.620)
(13.403.636)
(18.338.910)
18.579.462
10
NOTAS
CONSOLIDADAS
27.Outros rendimentos e ganhos operacionais
Os outros rendimentos e ganhos operacionais nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013 apresentam a seguinte decomposição:
(Unid: Euros)
Diferenças de câmbio favoráveis
Ganhos em existências
Outros rendimentos e ganhos operacionais
Rendimentos suplementares (a)
Ganhos em imobilizações
Trabalhos para a própria empresa
2014
2013
6.617.344
7.992.781
175.368
31.312
3.451.324
1.574.467
19.287.078
17.985.887
705.348
1.129.540
4.941.669
1.037.465
Correções relativas a exercícios anteriores
581.195
614.084
Indemnizações
177.143
541.867
Benefícios de penalidades contratuais
361.000
158.731
Subsídios à exploração
(a) A rubrica de rendimentos suplementares inclui essencialmente cedências de materiais diversos, alugueres de equipamento e indemnizações.
193
75.165
6.335
36.372.632
31.072.471
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
28.Custo das vendas
O custo das vendas nos exercícios findos em
31 de dezembro de 2014 e 2013 apresentou
a seguinte composição:
(Unid: Euros)
2014
Matérias-primas,
subsidiárias e de
consumo
Mercadorias
Total
Ativo bruto:
Saldo em 01 de janeiro de 2014
11.429.652
18.208.016
29.637.668
110.623.191
109.869
110.733.060
Saldo em 31 de dezembro de 2014 (nota 11)
(10.940.662)
(18.208.016)
(29.148.678)
Custo do exercício
111.112.181
109.869
111.222.050
(262.115)
(2.052.718)
(2.314.834)
Compras
Imparidades acumuladas em inventários
Saldo em 01 de janeiro de 2014
Transferências
262.115
262.115
Reforços/reduções
-
(866.700)
(866.700)
Saldo em 31 de dezembro de 2014
-
(2.919.418)
(2.919.418)
(10.940.662)
(15.288.598)
(26.229.259)
Valor líquido:
(Unid: Euros)
2013
Matérias-primas,
subsidiárias e de
consumo
Mercadorias
Total
Ativo bruto:
Saldo em 01 de janeiro de 2013
10.351.989
19.307.571
29.659.560
Compras
76.169.606
434.274
76.603.879
(11.429.652)
(18.208.016)
(29.637.668)
75.091.943
1.533.828
76.625.771
-
(1.791.172)
(1.791.172)
Saldo em 31 de dezembro de 2013 (nota 11)
Custo do exercício
Imparidades acumuladas em inventários
Saldo em 01 de janeiro de 2013
Transferências
Reforços/reduções
Saldo em 31 de dezembro de 2013
Valor líquido:
194
(262.115)
-
(262.115)
3.068
(261.546)
(258.478)
(262.115)
(2.052.718)
(2.314.834)
(11.167.536)
(16.155.298)
(27.322.834)
10
NOTAS
CONSOLIDADAS
29.Variação da produção
A variação da produção nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013 apresentou a seguinte composição:
(Unid: Euros)
2014
Produtos e
trabalhos em
curso
Produtos
acabados e
intermédios
Total
Ativo bruto:
Saldo em 1 de janeiro de 2014
6.654.855
6.581.835
13.236.689
-
(337.036)
(337.036)
(5.123.137)
(440.399)
(5.563.536)
1.531.718
5.804.399
7.336.117
Saldo em 1 de janeiro de 2014
-
(141.758)
(141.758)
Reforços/reduções
-
(23.340)
(23.340)
Saldo em 31 de dezembro de 2014
-
(165.098)
(165.098)
1.531.718
5.639.301
7.171.019
Transferências
Aumento/redução do exercício
Saldo em 31 de dezembro de 2014 (nota 11)
Imparidades acumuladas em inventários:
Valor líquido:
(Unid: Euros)
2013
Produtos e
trabalhos em
curso
Produtos
acabados e
intermédios
Total
Ativo bruto:
Saldo em 1 de janeiro de 2013
1.151.563
8.440.228
9.591.792
-
(1.476.851)
(1.476.851)
Aumento/redução do exercício
5.503.291
(381.542)
5.121.749
Saldo em 31 de dezembro de 2013 (nota 11)
6.654.855
6.581.834
13.236.689
Saldo em 1 de janeiro de 2013
-
(227.025)
(227.025)
Reforços/reduções
-
85.267
85.267
Saldo em 31 de dezembro de 2013
-
(141.758)
(141.758)
6.654.855
6.440.076
13.094.931
Regularização de existências
Imparidades acumuladas em inventários:
Valor líquido:
195
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
30.Fornecimentos e serviços externos
Na rubrica de fornecimentos e serviços externos encontram-se essencialmente registo
dos custos incorridos com subempreitadas
de contratos de construção, alugueres de
equipamento e transportes de mercadorias.
(Unid: Euros)
2014
Subcontratos
229.832.330
Serviços Especializados
23.248.275
Materiais
1.149.129
Energia e Fluidos
4.674.961
Deslocações,Estadas e Transportes
10.375.658
Serviços Diversos
32.324.336
Outros
3.649.797
305.254.487
31.Gastos com o pessoal
Os gastos com o pessoal nos exercícios findos naquelas datas foram como segue:
(Unid: Euros)
2014
Remunerações
76.563.595
Outros gastos com o pessoal
Encargos sociais
196
2013
71.086.409
69.660
69.721
16.888.930
15.347.247
93.522.185
86.503.378
10
NOTAS
CONSOLIDADAS
32.Outros gastos e perdas operacionais
Os gastos e perdas operacionais nos exercícios findos em
31 de dezembro de 2014 e 2013 apresentam a seguinte
decomposição:
(Unid: Euros)
2014
Diferenças de câmbio desfavoráveis
Impostos (a)
Correções relativas a exercícios anteriores
Outros gastos e perdas operacionais
Perdas em imobilizações
2013
4.044.020
13.607.908
18.900.282
8.400.843
60.477
2.617.786
3.224.744
2.731.967
18.639
245.617
Multas e penalidades
598.863
136.954
Donativos
210.146
70.238
1.458.932
67.959
10.170
191
772.052
-
29.298.323
27.879.464
Indemnizações
Perdas em existências
Dívidas incobráveis
(a) a rubrica de imposto inclui essencialmente o pagamento de 1% de
imposto do selo que recaí sobre os todos os recebimentos de clientes em Angola.
(b) a rubrica outros gastos e perdas operacionais inclui:
(Unid: Euros)
Insuficiência de estimativa para impostos
1.474.315
Outros gastos e perdas
1.108.592
Gastos e perdas nos restantes investimentos financeiros
440.797
Quotizações
148.857
Descontos de pronto pagamento concedidos
52.182
3.224.744
197
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
33.Gastos e perdas financeiras
Os gastos e perdas financeiras nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e
2013 apresentam a seguinte decomposição:
(Unid: Euros)
2014
Juros suportados
2013
23.230.006
20.875.870
Outros gastos e perdas financeiras
1.053.192
1.331.104
Perdas em investimentos financeiros em associadas
1.557.074
7.825.916
334.281
687.536
26.174.554
30.720.426
Comissões de factoring
34.Rendimentos e ganhos financeiros
Os rendimentos e ganhos financeiros nos
exercícios findos em 31 de dezembro de
2014 e 2013 apresentam a seguinte decomposição:
(Unid: Euros)
2014
2013
Juros obtidos
6.141.948
8.181.940
Rendimentos em investimentos em associadas
4.215.550
6.885.770
Outros rendimentos e ganhos financeiros
Diferenças de câmbio favoráveis de financiamentos
198
56.823
61.482
-
769.435
10.414.321
15.898.627
10
NOTAS
CONSOLIDADAS
35.Locação
35.1.
Locação operacional
Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 esta rubrica tinha a
seguinte composição:
(Unid: Euros)
2014
2013
Locação operacional
Até um ano
783.876
Entre um e cinco anos
674.605
1.254.318
29.966
2.038.194
704.571
A informação acima referida respeita a rendas futuras (capital e juros) dos contratos de ALD que se encontram em
vigor nos referidos períodos, referentes a viaturas ligeiras.
35.2.
Locação Financeira
Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 as locações financeiras apresentam a seguinte decomposição:
(Unid: Euros)
2014
Valor atualizado
dos pagamentos
2013
Pagamentos
mínimos
Valor atualizado
dos pagamentos
Pagamentos
mínimos
Locação financeira
2014
-
-
1.811.409
1.949.499
2015
2.036.742
2.353.648
1.112.227
1.173.444
2016
1.225.150
1.394.951
398.158
419.867
2017
1.086.283
1.156.547
247.817
251.733
379.030
389.976
-
2018 e seguintes
5.295.121
Juros futuros
3.794.543
-
(567.916)
-
(224.931)
4.727.205
4.727.205
3.569.612
3.569.612
Os contratos de locação financeira vencem juros a taxas de
em dívida, os juros que se encontram previs-
mercado e têm períodos de vida definidos.
tos pagar nos contratos acima referidos.
O valor atualizado dos pagamentos representa o capital em
Os bens que se encontram em locação fi-
dívida de cada um dos contratos de locação financeira em
nanceira são essencialmente equipamentos
vigor à data.
para escavações e terraplanagem, equipamentos para construção de estradas.
O valor dos pagamentos mínimos inclui, além do capital
199
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
36.Análise de Riscos
previsionais, através de um planeamento económico e
financeiro rigoroso, assente em orçamentos plurianuais.
Princípios gerais
Por regra, o Grupo não assume posições especulativas, pelo
O risco financeiro é o risco de o justo valor ou
que geralmente as operações efetuadas no âmbito da ges-
os fluxos de caixa futuros de um instrumen-
tão dos riscos financeiros têm por finalidade o controlo de
to financeiro virem a variar e de se virem a
riscos já existentes e aos quais o Grupo se encontra exposto.
obter resultados diferentes do esperado, sejam estes positivos ou negativos, alterando
A Administração define princípios para a gestão do risco
o valor patrimonial do Grupo.
como um todo e quando considerado necessário, em face
da sua materialidade e probabilidade de ocorrência, polí-
No desenvolvimento das suas atividades
ticas que cobrem áreas específicas, como o risco cambial, o
correntes, o Grupo está exposto a uma va-
risco de taxa de juro, o risco de crédito e o risco de liquidez.
riedade de riscos financeiros suscetíveis de
alterarem o seu valor patrimonial, os quais,
A gestão dos riscos financeiros - incluindo a sua identifi-
de acordo com a sua natureza, se podem
cação, avaliação e cobertura - é conduzida pela Direção Fi-
agrupar nas seguintes categorias:
nanceira de acordo com políticas aprovadas pela Administração. A Direção Financeira avalia e realiza coberturas de
riscos financeiros em estrita cooperação com as unidades
• Risco de mercado
operacionais do Grupo.
• Risco de taxa de câmbio
• Risco de taxa de juro
• Risco de liquidez
A Direção de Auditoria Interna faz o acompanhamento da
• Risco de crédito
implementação das políticas de gestão de risco definidas
pela Administração de forma a garantir que os riscos eco-
A gestão dos riscos acima referidos - riscos
nómicos e financeiros são identificados, mensurados e ge-
que decorrem, em grande medida, da impre-
ridos de acordo com tais políticas.
visibilidade dos mercados financeiros - exige
Risco de taxa de câmbio
a aplicação criteriosa de um conjunto de regras e metodologias aprovadas pela Administração, cujo objetivo último é a minimização
O risco de taxa de câmbio é o risco de o justo valor ou os
do seu potencial impacto negativo no valor
fluxos de caixa dos instrumentos financeiros virem a variar
patrimonial e no desempenho do Grupo.
em resultado de alterações nas taxas de câmbio.
Com este objetivo, toda a gestão é orientada
A internacionalização do Grupo obriga-o a estar exposto
em função de duas preocupações essenciais:
ao risco de taxa de câmbio das moedas de diferentes países, entre os quais se salienta, Angola.
• Reduzir, sempre que possível, flutuações
nos resultados e cash flows sujeitos a si-
A exposição ao risco de taxa de câmbio resulta fundamen-
tuações de risco;
talmente das atividades operacionais do Grupo (em que os
gastos, rendimentos, ativos e passivos são denominados
• Limitar os desvios face aos resultados
200
10
NOTAS
CONSOLIDADAS
em moedas diferentes da moeda de relato) e dos investi-
O Grupo recorre à utilização de instrumen-
mentos líquidos em participadas estrangeiras:
tos financeiros derivados para a gestão do
risco cambial, de acordo com uma política
• O preço de parte dos fornecimentos de materiais e subem-
definida periodicamente pela Administra-
preitadas é fixado em Kwanzas e USD, pelo que a evolução
ção e que tem como objetivo limitar o risco
do Euro face a estas moedas poderá ter impacto significativo
de exposição cambial associado às vendas
na estrutura de custos das entidades que operam nesse país;
futuras, aos créditos a receber denominados
• Uma parte das vendas e prestações de serviços é deno-
em moedas diferentes do Euro, aos efeitos
minada em moedas diferentes do Euro, nomeadamente
cambiais dos investimentos líquidos em
em Kwanzas e em USD. Por esta via também a evolução
moeda estrangeira e aos financiamentos a
do Euro face a estas moedas poderá ter impacto signifi-
pagar em moedas diferentes do Euro.
cativo nos rendimentos futuros do Grupo;
• Uma vez concretizadas as aquisições e as vendas em
No que respeita à cobertura de risco cam-
moeda diferente do Euro, o Grupo incorre em risco cam-
bial, as operações de cobertura têm sido es-
bial até ao pagamento e recebimento dos montantes em
porádicas, por se considerar que o seu cus-
causa pelo que existe permanentemente no balanço do
to é, em regra, excessivo face ao nível dos
Grupo um montante significativo de valores a receber e
riscos envolvidos. No entanto, sempre que
a pagar expostos a risco cambial;
considerado adequado, o Grupo contrata fi-
• Investimentos líquidos em países fora da UE e cujos ati-
nanciamentos em moeda estrangeira e usa
vos e passivos, gastos e rendimentos necessitam de ser
“swaps” de taxas de câmbio por forma a co-
transpostos para Euros para efeitos da preparação das
brir o risco.
demonstrações financeiras do Grupo;
• Regra geral os financiamentos são contratados na moe-
Por norma, só são efetuadas operações so-
da de apresentação das demonstrações financeiras do
bre taxas de câmbio que se destinem a
Grupo (Euro). Embora existam financiamentos contrata-
cobrir riscos de posições já existentes ou
dos diretamente pelas diferentes áreas operacionais do
contratadas e os termos da cobertura são
grupo para fazer face às suas necessidades correntes, o
negociados de forma a serem condizentes
Grupo não contrata instrumentos de cobertura de risco
com os termos do instrumento coberto de
cambial, dada a pouca materialidade dos financiamen-
forma a maximizar a eficácia da cobertura.
tos expostos a risco cambial, representam nas contas do
Grupo. Em Angola, quando necessário, o financiamento é
contratado em moeda diferente do Euro ficando exposto
à variação cambial, no entanto face à sua imaterialidade,
não tem sido feita a contratação da cobertura do risco.
A variação das taxas de câmbio que afeta a exposição ao
risco de taxa de câmbio é a indicada no quadro seguinte:
Dólar norte-americano
Kwanza angolano
2014
2013
Variação (%)
1,2141
1,3791
-11,96%
125,278
134,386
-6,78%
201
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
A exposição do Grupo ao risco de taxa de
ativos e passivos financeiros do Grupo em 31 de dezembro
câmbio com base nos valores da demonstra-
de 2014 é a indicada no quadro seguinte:
ção consolidada da posição financeira dos
(Unid: Euros)
Dólar norte-americano
Kwanza angolano
Total
175.435.739
127.360.378
302.796.117
Caixa e bancos
8.495.345
7.989.273
16.484.618
Inventários
5.115.479
-43.170
5.072.309
189.046.563
135.306.481
324.353.043
Clientes
Total de ativos
Outros passivos financeiros
74.794.222
193.596.450
268.390.672
Financiamentos
-
24.325.323
24.325.323
Rendimentos suplementares
-
8.732.267
8.732.267
-18.615.548
-29.829.636
-48.445.184
Total de passivos
56.178.674
196.824.404
253.003.078
Exposição líquida
132.867.889
-61.517.923
71.349.965
Outros
A sensibilidade dos resultados do exercício
próprios, a uma possível alteração razoável das taxas de
(devido a alterações no justo valor dos ati-
câmbio, admitindo que todas as restantes variáveis se
vos e passivos monetários) e dos capitais
mantêm constantes, é a indicada no quadro seguinte:
(Unid: Euros)
% Apreciação(-)/Depreciação(+)
do USD face ao Euro
% Apreciação(-)/Depreciação(+)
do Kwanza face ao Euro
Efeito nos resultados do exercício
(antes de impostos)
-5%
-5%
3.064.464
1.991.902
-5%
-2%
5.438.306
3.534.899
-5%
0%
7.020.868
4.563.564
-5%
2%
8.603.429
5.592.229
Efeito nos capitais próprios
-5%
5%
10.977.271
7.135.226
-2%
-5%
-1.148.056
-746.237
-2%
-2%
1.225.786
796.761
-2%
0%
2.808.347
1.825.426
-2%
2%
1.390.908
2.854.090
-2%
5%
6.764.751
4.397.088
0%
-5%
-3.956.403
-2.571.662
0%
-2%
-1.582.561
-1.028.665
0%
2%
1.582.561
1.028.665
0%
5%
3.956.403
2.571.662
2%
-5%
-6.764.751
-4.397.088
2%
-2%
-4.390.908
-2.854.090
2%
0%
-2.808.347
-1.825.426
2%
2%
-1.225.786
-796.761
2%
5%
1.148.056
746.237
5%
-5%
-10.977.271
-7.135.226
5%
-2%
-8.603.429
-5.592.229
5%
0%
-7.020.868
-4.563.564
5%
2%
-5.438.306
-3.534.899
5%
5%
-3.064.464
-1.991.902
202
10
NOTAS
CONSOLIDADAS
Risco de taxa de juro
O risco de taxa de juro é o risco de o justo valor ou os fluxos de caixa futuros de um instrumento financeiro vir a
variar, devido a alterações nas taxas de juro de mercado,
alterando o valor patrimonial do Grupo.
A exposição do Grupo ao risco de taxa de juro advém da
existência, na demonstração consolidada da posição financeira, de ativos e passivos financeiros contratados a taxa
fixa ou a taxa variável. No primeiro caso, o Grupo enfrenta
um risco de variação do ‘‘justo valor’’ desses ativos ou passivos, na medida em que qualquer alteração das taxas de
mercado envolve um custo de oportunidade (positivo ou
negativo). No segundo caso, tal alteração tem um impacto direto no valor dos juros recebidos/pagos, provocando
consequentemente variações de caixa.
A evolução nas taxas de juro foi a seguinte:
Evolução das taxas do mercado monetário na zona Euro (Fonte: Banco de Portugal)
2014
Euribor 12 M
0,325%
Euribor 6 M
0,171%
Euribor 3 M
0,078%
Euribor 1 M
0,018%
A opção por manter a maior parte dos empréstimos ban-
A sensibilidade do resultado do exercício
cários a taxa variável, prende-se com o facto da sua curta
(resultante dos impactos provenientes dos
maturidade não permitir, na ótica do Grupo, recuperar o
financiamentos a taxa de juro variável) a
diferencial de taxas negativo pago inicialmente, devido
possíveis alterações nas taxas de juro, com
à forte inclinação que a curva de rendimentos apresenta,
todas as restantes variáveis mantidas cons-
nomeadamente nos prazos mais curtos.
tantes, é a indicada no quadro seguinte. A
sensibilidade dos capitais próprios às mesmas variações é imaterial.
2014
Nº clientes
% do total
Clientes privados
> 5.000 k€
9
50%
> 1.000 k€
43
33%
Valor da dívida
203
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
Risco de liquidez
A gestão do risco de crédito relativo a clientes e outras
contas a receber é efetuada da seguinte forma:
O principal objetivo da política de gestão de
risco da liquidez é garantir que a Somague
• Seguindo políticas procedimentos e controlos estabele-
tem ao seu dispor, a qualquer momento, os
cido pelo Grupo para cada unidade operacional;
recursos financeiros suficientes para fazer
• Os limites de crédito são estabelecidos para todos os
face às suas responsabilidades e prosseguir
clientes com base em critérios de avaliação interna;
estratégias delineadas, honrando todos os
• A qualidade de crédito de cada cliente é avaliada com
compromissos assumidos com terceiros,
base em notações de crédito fornecidas por empresas
através de uma adequada gestão da relação
especializadas externas ao Grupo;
custo-maturidade dos financiamentos.
• Os valores em dívida são regularmente monitorizados
e os fornecimentos para os clientes mais significativos
A Somague prossegue assim uma política
estão normalmente cobertos por garantias;
ativa de refinanciamento, caracterizada pela
• O Grupo tem em vigor contratos de factoring mediante
manutenção de um nível adequado de recur-
os quais cede os créditos e em que, no caso de entidades
sos livres e disponíveis, para fazer face a ne-
públicas, o risco de cobrabilidade passa para a entidade
cessidades de curto prazo e pelo alongamen-
de factoring.
to ou manutenção da maturidade da dívida,
O saldo total de clientes ascende a 503.398.899 euros,
de acordo com os fluxos de caixa previstos.
dos quais 94.353.533 euros dizem respeito a trabalhos
Em 31 de dezembro de 2014, os montantes de
ainda não faturados. Da diferença entre estes montantes,
créditos bancários obtidos de instituições fi-
180.491.428 euros dizem respeito a clientes públicos e
nanceiras e não sacados, que podem ser utiliza-
228.625.937 euros a clientes do setor privado.
dos para futuras atividades operacionais e para
satisfazer compromissos financeiros ascendem
A concentração de risco de crédito relativa a clientes pri-
a, aproximadamente, 13 milhões de euros.
vados encontra-se evidenciada no quadro seguinte:
Risco de crédito
Aumento/Diminuição
na taxa de juro
(em pontos)
Efeito nos resultados do
exercício antes de impostos
(em milhões de euros)
Euribor
+50
-1,14
Euribor
+100
-2,29
2014
O risco de crédito é o risco de uma contraparte
não cumprir as suas obrigações ao abrigo de um
A gestão do risco de crédito relativo a saldos em bancos e
instrumento financeiro originando uma perda.
instituições financeiras é efetuada da seguinte forma:
O Grupo encontra-se sujeito a risco no crédi• Pela Direção Financeira do Grupo de acordo com as po-
to que concerne às seguintes atividades:
líticas do Grupo;
• Atividade operacional - Clientes e outras
• Os investimentos de fundos superavitários em relação
contas a receber;
às necessidades são efetuados apenas com contrapar-
• Atividades de financiamento - Depósitos
tes aprovadas e dentro dos limites aprovados para cada
em bancos e instituições financeiras.
uma;
204
10
NOTAS
CONSOLIDADAS
• Os limites são estabelecidos para minimizar a concen-
(Unid: Milhares de euros)
tração de risco e dessa forma mitigar perdas financeiras
Garantias bancárias
Concursos
resultantes de potenciais falhas de cumprimento pelas
Financeiras
contrapartes;
Contratuais/Boa execução
• Os limites aprovados para cada contraparte são revistos
2014
1.523
17.144
243.542
262.210
pela Administração do Grupo numa base anual mas po-
Dado que, conforme descrito anteriormente,
dem ser atualizados ao longo do ano com o acordo do
o Grupo adotou uma política de mitigação
Comité Financeiro do Grupo.
dos riscos de crédito de saldos a receber,
procede à cedência de boa parte desses cré-
A qualidade de risco de crédito do Grupo face a ativos fi-
ditos e tem como prática uma escolha sele-
nanceiros (caixa e equivalentes) cujas contrapartes sejam
tiva de entidades financeiras (como contra-
instituições financeiras é, com base no rating destas enti-
partes) que apresentem ratings financeiros
dades, a indicada no quadro seguinte:
sólidos, a Administração considera que a ex-
(Unid: Milhares de euros)
Rating
posição efetiva do Grupo ao risco de crédito
2014
A-1
4
A-2
936
A-3
se encontra mitigada a níveis aceitáveis.
71
B
9.955
BBB-
37.Contingências
3
Outros
58.273
Os ativos contingentes que não estão reco-
69.241
nhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas e que se espera que seja provável
Os outros dizem respeito a instituições financeiras rela-
a existência de um influxo económico futuro,
tivamente às quais não foi possível obter a notação de
dizem respeito a reclamações em curso refe-
rating, nomeadamente as localizadas em Angola.
rentes a alguns contratos de construção.
A exposição máxima ao risco de crédito, não tendo em
Existem diversos processos judiciais em
conta garantias prestadas nem instrumentos derivados, é
curso relacionados com contratos de cons-
a que se indica no quadro seguinte:
trução. Baseado na opinião dos seus consul-
(Unid: Milhares de euros)
tores jurídicos o Grupo considera que não
2014
Clientes
503.399
Outros ativos financeiros
21.521
Outros títulos e depósitos
22.745
Caixa e bancos
46.496
é provável que venham a ocorrer qualquer
exfluxo pelo que não se procedeu ao reconhecimento de qualquer provisão
594.161
Garantias prestadas
262.210
856.370
38.Eventos subsequentes
Além do risco de crédito constante do quadro anterior o
Não houve acontecimentos após a data de
Grupo está exposto ao risco decorrente de ter assumido as
relato que dessem origem a ajustamentos às
garantias constantes do quadro seguinte:
contas apresentadas.
205
11
Assicom Lar - Madeira - Portugal
CERTIFICAÇÃO
LEGAL DAS CONTAS
CONSOLIDADAS
206
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
Certificação Legal das Contas Consolidadas
Introdução
Âmbito
1. Examinámos as demonstrações financei-
4. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo
ras consolidadas anexas de Somague - So-
com as Normas Técnicas e Directrizes de Revisão/Auditoria
ciedade Gestora de Participações Sociais,
da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exi-
S.A., as quais compreendem a Demonstração
gem que o mesmo seja planeado e executado com o obje-
Consolidada da Posição Financeira em 31 de
tivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as
Dezembro de 2014 (que evidencia um total
demonstrações financeiras consolidadas estão isentas de
de 845.715.959 euros e um total de capital
distorções materialmente relevantes. Para tanto o referido
próprio de 168.286.322 euros, incluindo um
exame incluiu:
resultado líquido atribuído aos detentores
de capital da empresa, enquanto mãe do
-- a verificação de as demonstrações financeiras das em-
grupo, de 118.543 euros), a Demonstração
presas englobadas na consolidação terem sido apro-
Consolidada dos Resultados por Naturezas,
priadamente examinadas e, para os casos significativos
a Demonstração Consolidada do Rendimen-
em que o não tenham sido, a verificação, numa base de
to Integral, a Demonstração Consolidada das
amostragem, do suporte das quantias e divulgações ne-
Alterações no Capital Próprio e a Demons-
las constantes e a avaliação das estimativas, baseadas
tração Consolidada dos Fluxos de Caixa do
em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Admi-
exercício findo naquela data, e as Notas.
nistração, utilizadas na sua preparação;
-- a verificação das operações de consolidação;
Responsabilidades
-- a apreciação sobre se são adequadas as políticas con2. É da responsabilidade do Conselho de Ad-
tabilísticas adoptadas, a sua aplicação uniforme e a sua
ministração a preparação de demonstrações
divulgação, tendo em conta as circunstâncias;
financeiras consolidadas que apresentem de
forma verdadeira e apropriada a posição fi-
-- a verificação da aplicabilidade do princípio de continui-
nanceira do conjunto das empresas engloba-
dade; e
das na consolidação, o resultado consolidado
e o rendimento integral das suas operações,
-- a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a
as alterações consolidadas no seu capital pró-
apresentação das demonstrações financeiras consolida-
prio e os seus fluxos de caixa consolidados,
das.
bem como a adoção de políticas e critérios
contabilísticos adequados e a manutenção
5. O nosso exame abrangeu também a verificação da con-
de sistemas de controlo interno apropriados.
cordância da informação financeira constante do relatório
de gestão consolidado com as demonstrações financeiras
3. A nossa responsabilidade consiste em
consolidadas.
expressar uma opinião profissional e independente, baseada no nosso exame daque-
6. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma
las demonstrações financeiras.
base aceitável para a expressão da nossa opinião.
208
11
CERTIFICAÇÃO
LEGAL DAS CONTAS
CONSOLIDADAS
Opinião
7. Em nossa opinião as demonstrações financeiras consolidadas referidas apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a
posição financeira consolidada de Somague - Sociedade
Gestora de Participações Sociais, S.A. em 31 de Dezembro
de 2014, o resultado e o rendimento integral consolidado
das suas operações, as alterações no seu capital próprio
consolidado e os seus fluxos consolidados de caixa consolidados no exercício findo naquela data, em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro, tal
como adoptadas na União Europeia.
Relato sobre outros requisitos legais
8. É também nossa opinião que a informação financeira
constante do Relatório de Gestão consolidado é concordante com as demonstrações financeiras consolidadas do
exercício.
Lisboa, 15 de abril de 2015
Ernst & Young Audit & Associados - SROC, S.A.
Sociedade de Revisores Oficiais de Contas (nº 178)
Representada por:
Paulo Jorge Luís da Silva (ROC nº 1334)
209
12
Kinaxixi MXD Complex - Angola
RELATÓRIO E
PARECER DO
FISCAL ÚNICO
210
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
Relatório e Parecer do Fiscal Único
Senhores Accionistas,
-- Verificámos que as políticas contabilísticas e os critérios
valorimétricos adoptados nas contas individuais, condu-
Em cumprimento do disposto na alínea g),
zem a uma adequada apresentação do património e dos
do nº 1, do Artigo 420 conjugado com o nº
resultados da sociedade;
1 do Artigo 508 D do Código das Sociedades
Comerciais, compete-nos emitir o relatório
-- Verificámos que as políticas contabilísticas e os critérios
anual sobre a nossa acção fiscalizadora e
valorimétricos adoptados nas contas consolidadas, pre-
dar parecer sobre o Relatório de Gestão in-
paradas de acordo com as IFRS, tal como adoptadas pela
dividual e consolidado, as Demonstrações
União Europeia, conduzem a uma adequada apresenta-
financeiras individuais e consolidadas e a
ção do património e dos resultados do Grupo do qual a
proposta de aplicação de resultados apre-
sociedade é a empresa-mãe;
sentados pelo Conselho de Administração
de Somague - Sociedade Gestora de Parti-
-- Estivemos disponíveis para receber as comunicações de
cipações Sociais, S.A., referente ao exercício
irregularidades provenientes dos accionistas, colabora-
findo em 31 de Dezembro de 2014.
dores da sociedade e outros;
No decurso do exercício, acompanhámos a
-- Confirmámos que o Relatório de Gestão, o Balanço, a De-
atividade da empresa tendo efectuado os
monstração dos Resultados por Naturezas, a Demonstra-
seguintes procedimentos:
ção das Alterações no Capital Próprio, a Demonstração
dos Fluxos de Caixa e o Anexo, satisfazem os requisitos
-- Verificámos, com a extensão considerada
legais aplicáveis e reflectem a posição dos registos con-
necessária, os registos contabilísticos e
tabilísticos no final do exercício;
documentos que lhes servem de suporte;
-- Confirmámos que o Relatório de Gestão Consolidado,
-- Verificámos, quando julgámos convenien-
a Demonstração Consolidada da Posição Financeira, a
te, da forma que julgámos adequada e na
Demonstração Consolidada dos Resultados por Nature-
extensão considerada apropriada, a exis-
zas, a Demonstração Consolidada do Resultado Integral,
tência de bens ou valores pertencentes à
a Demonstração Consolidada das Alterações no Capi-
sociedade ou por ela recebidos em garan-
tal Próprio, a Demonstração Consolidada dos Fluxos de
tia, depósito ou outro título;
Caixa e as Notas Consolidadas, satisfazem os requisitos
legais aplicáveis e reflectem a posição dos registos con-
-- Verificámos que a definição do perímetro
tabilísticos no final do exercício;
de consolidação e as operações de consolidação efectuadas estão de harmonia com
-- Averiguámos da observância pelo cumprimento da lei e
o estabelecido nas normas de consolida-
do contrato de sociedade;
ção aplicáveis;
-- Cumprimos as demais atribuições constantes da lei.
-- Verificámos a adequacidade dos documentos de prestação de contas individuais
e consolidados;
212
12
RELATÓRIO E
PARECER DO
FISCAL ÚNICO
No decurso dos nossos actos de verificação e validação
d. A Demonstração Consolidada da Posi-
que efectuámos com vista ao cumprimento das nossas
ção Financeira, a Demonstração Conso-
obrigações de fiscalização, obtivemos do Conselho de Ad-
lidada dos Resultados por Naturezas, a
ministração e dos Serviços as provas e os esclarecimentos
Demonstração Consolidada do Resulta-
que consideramos necessários.
do Integral, a Demonstração Consolidada das Alterações no Capital Próprio, a
No âmbito do trabalho de revisão legal contas que efectuá-
Demonstração Consolidada dos Fluxos
mos, foi emitida, nesta data, a correspondente Certificação
de Caixa e as Notas Consolidadas, satis-
Legal das Contas sobre as contas individuais sem reservas e
fazem os requisitos legais e contabilísti-
sem ênfases e a correspondente Certificação Legal das Con-
cos aplicáveis.
tas sobre as contas consolidadas sem reservas e sem ênfases.
Face ao exposto decidimos emitir o seguinte parecer:
Lisboa, 15 de abril de 2015
Parecer do Fiscal Único
O Fiscal Único
Senhores Accionistas,
Ernst & Young Audit & Associados - SROC, S.A.
Procedemos à acção de fiscalização da Somague - Socie-
Sociedade de Revisores Oficiais de Contas
dade Gestora de Participações Sociais, S.A. nos termos da
(nº178)
alínea g), do nº 1, do Artigo 420 conjugado com o nº 1 do
Artigo 508 D do Código das Sociedades Comerciais, em re-
Representada por:
sultado da qual somos de parecer que:
Paulo Jorge Luís da Silva (ROC nº 1334)
a. A proposta de aplicação de resultados constante do
Relatório de Gestão do exercício de 31 de Dezembro
de 2014 cumpre com os requisitos relativos à constituição da reserva legal e com os limites de distribuição
de lucros aos accionistas previstos no Código das Sociedades Comerciais;
b. O Relatório de Gestão do exercício de 31 de Dezembro
de 2014 satisfaz os requisitos previstos no Código nas
Sociedades Comerciais;
c. O Balanço, a Demonstração dos Resultados por Naturezas, a Demonstração das Alterações no Capital Próprio,
a Demonstração dos Fluxos de Caixa e o Anexo do exercício de 31 de Dezembro de 2014, satisfazem os requisitos legais e contabilísticos aplicáveis;
213
13
ANEXO AOS
INDICADORES DE
SUSTENTABILIDADE (GRI)
Âmbitos e Limites de Enquadramento de Sustentabilidade
216
13.2
Quadro de Correspondência da GRI
218
13.3
Critérios de Cálculos de Indicadores
228
Corredor de Nacala - Moçambique
13.1
214
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
13.1
Âmbitos e Limites de Enquadramento de
Sustentabilidade
O presente relatório foi elaborado tendo em
Assim, a estrutura do presente relatório foi definida
consideração as diretrizes da Global Report
com base nos princípios da relevância, inclusão dos
Iniciative (GRI-G3.1), incluindo o suplemen-
stakeholders, contexto da sustentabilidade e da abran-
to para a construção e imobiliária, que inclui
gência, que aliados à maturação dos conceitos da susten-
um conjunto de orientações e princípios que
tabilidade na Somague (com publicação de relatórios de
têm como objetivo definir o conteúdo do re-
sustentabilidade desde 2003), permitiram identificar os
latório, o âmbito e garantir a qualidade da
seguintes aspetos como os mais relevantes:
informação reportada.
• Governo Corporativo
O conteúdo do relatório foi determinado de
• Desempenho Económico
forma a abranger questões e indicadores
• Qualidade e Inovação
que refletem, num contexto abrangente da
• Recursos Humanos
sustentabilidade, os impactes económicos,
• Segurança e Saúde
ambientais e sociais mais relevantes da or-
• Ambiente
ganização, no período de tempo declarado.
• Impacte na Comunidade
Numa primeira etapa foram analisadas as
O limite do relatório foi definido tendo em consideração o
envolventes macroeconómica, social e am-
tipo de relacionamento com entidades a montante ou a ju-
biental (capítulos 3.1, 3.2 e 3.3, respetiva-
sante da organização. Assim, foram incluídas as entidades so-
mente), permitindo concluir sobre as suas
bre as quais a Somague tem controlo (participadas, sucursais,
tendências, desafios futuros e oportunida-
consórcios e agrupamentos complementares de empresas) e
des, em particular as relativas ao setor da
entidades em que a Somague exerce uma influência signi-
construção.
ficativa, nomeadamente os fornecedores e subempreiteiros
(quando operam nas instalações da Somague).
Através das diferentes ferramentas de comunicação interna e externa, foram também
Relativamente ao desempenho das empresas conjunta-
identificadas as expectativas e as questões
mente controladas (consórcios, agrupamentos comple-
mais frequentes das partes interessadas,
mentares de empresas ou outras unidades empresariais
procurando-se com este documento corres-
em que a Somague detenha menos de 50% do capital), os
ponder a essas solicitações. A participação
respetivos resultados são incluídos pelo método de con-
em diversos grupos de trabalho, de diferen-
solidação proporcional.
tes âmbitos, assim como o benchmarking
setorial contribuíram para a seleção dos in-
Sempre que o âmbito e o limite não sejam os aqui defini-
dicadores mais relevantes.
dos, tal é devidamente referido junto da respetiva informação qualitativa e quantitativa relatada.
Este relatório é destinado a todos os stakeholders com que
a Somague se relaciona, nomeadamente clientes, entidades públicas, parceiros, acionistas, fornecedores, colaboradores e comunidade em geral.
216
13
ANEXO AOS
INDICADORES DE
SUSTENTABILIDADE (GRI)
A Somague continua a avaliar a possibilidade de verificar
externamente os dados reportados. No entanto, a generalidade da informação reportada tem origem em processos
sistematizados e auditados internamente e por entidades externas, nomeadamente no âmbito da certificação
SIGAQS e da SGIDI e da verificação do Relatório e Contas.
De seguida apresenta-se um quadro de correspondência
entre os pontos da GRI e os conteúdos do presente relatório, bem como a explicação dos critérios de cálculo dos
indicadores reportados. O quadro abaixo justifica o nível
de aplicação “A” autodeclarado e verificado pela GRI.
*
Responda aos itens:
1.1;
2.1 a 2.10;
3.1 a 3.8, 3.10 a 3.12;
4.1 a 4.4, 4.14 a 4.15.
Informações sobre o Método de
Gestão - Resultado
Não exigido.
Indicadores de Desempenho e
Indicadores de Desempenho do
Suplemento Setorial - Resultado
Responda a um mínimo de
10 indicadores de desempenho, incluindo pelo menos um de cada uma das
seguintes áreas de desempenho: Social, Económico
e Ambiental. **
B
B+
Responda a todos os critérios
elencados para o nível C+:
1.2;
3.9, 3.13;
4.5 a 4.13, 4.16 a 4.17.
Informações sobre a forma de
gestão para cada categoria de
indicador.
Responda a um mínimo de 20
indicadores de desempenho,
incluindo pelo menos um de
cada uma das seguintes áreas
de desempenho: Económico,
Ambiental, Direitos Humanos, Práticas Trabalhistas, Sociedade e Responsabilidade
pelo Produto. ***
A
A+
O mesmo exigido para o
nível B.
Forma de gestão divulgada para cada categoria de
indicador.
Responda a cada indicador essencial da G3 e do
suplemento setorial* com
a devida consideração ao
princípio da materialidade de uma das seguintes
formas: a) respondendo ao
indicador, b) explicando o
motivo da omissão.
Com verificação externa
Informações de Perfil - Resultado
C+
Com verificação externa
C
Com verificação externa
Conteúdo do Relatório
Nível de Aplicação
do Relatório
Suplemento setorial na sua versão final.
** Os indicadores de desempenho poderão ser selecionados de entre qualquer dos suplementos setoriais já finalizados, mas sete dos
dez deverão ser das Diretrizes GRI originais.
*** Os indicadores de desempenho poderão ser selecionados de entre qualquer dos suplementos setoriais já finalizados, mas catorze
dos vinte deverão ser das Diretrizes GRI originais.
217
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
13.2
Quadro de Correspondência da GRI
GRI
Designação
Status
Referência/Resposta
PARTE 1 - PERFIL DA ORGANIZAÇÃO
1
ESTRATÉGIA E ANÁLISE
1.1
Declaração da pessoa com o maior poder de decisão na organização
(por ex.: o Diretor-geral, o Presidente do Conselho de Administração
ou cargo de importância equivalente) sobre a relevância da
sustentabilidade para a organização e a sua estratégia.
Total
Pág. 10
1.2
Descrição dos principais impactes, riscos e oportunidades.
Total
Pág. 20, 30-41
2
PERFIL DA ORGANIZAÇÃO
2.1
Denominação da organização relatora.
Total
Somague SGPS, S.A.
2.2
Principais Marcas, Produtos e/ou Serviços
Total
Pág. 50, 51
2.3
Estrutura operacional da organização e principais divisões,
operadoras, subsidiárias e joint ventures.
Total
Pág. 18
2.4
Localização da Sede social da organização.
Total
Rua da Tapada da Quinta de Cima - Linhó
2714-555 Sintra - Portugal
2.5
Número de países em que a organização opera, assim como os
nomes dos países onde se encontram as operações ou que têm
uma relevância específica para as questões da sustentabilidade,
abrangidas pelo relatório.
Total
Pág. 3
2.6
Tipo e Natureza Jurídica da Propriedade
Total
Sociedade Gestora de Participações Sociais, Sociedade
Anónima
2.7
Localização e área dos terrenos pertencentes, arrendados ou
administrados pela organização, no interior de zonas protegidas, ou a
elas adjacentes, e em áreas de alto índice de biodiversidade fora das
zonas protegidas.
Total
Pág. 3, 54
2.8
Dimensão e organização da entidade relatora.
Total
Pág. 2, 3 e 4
2.9
Principais alterações que tenham ocorrido, durante o período
abrangido pelo relatório, referentes à dimensão, à estrutura
organizacional ou à estrutura acionista.
Total
Pág. 214
2.10
Prémios recebidos durante o período abrangido pelo relatório.
Total
Durante o ano de 2014 a Somague não recebeu nenhum
prémio.
3
PARÂMETROS DO RELATÓRIO
Total
Ano civil 2014
PERFIL DO RELATÓRIO
3.1
Período abrangido (por ex.: ano fiscal/civil) para as informações
apresentadas no relatório.
3.2
Data do último relatório publicado (se aplicável).
Total
2013
3.3
Ciclo de publicação de relatórios (anual, bianual, entre outros).
Total
Anual
3.4
Contacto para perguntas referentes ao relatório ou ao seu conteúdo.
Total
Eng.ª Maria Adelaide Jerónimo Worm
Diretora Delegada QSA e IDI
+351 219 104 000
218
13
ANEXO AOS
INDICADORES DE
SUSTENTABILIDADE (GRI)
GRI
Designação
Status
Referência/Resposta
ÂMBITO E LIMITES DE ENQUADRAMENTO DO RELATÓRIO
3.5
Processo para a definição do conteúdo do relatório.
Total
Pág. 216
3.6
Limite do relatório (por ex.: países, divisões, subsidiárias, instalações
arrendadas, joint ventures, fornecedores).
Total
Pág. 2, 216
3.7
Refira quaisquer limitações específicas relativas ao âmbito e ao limite
do relatório.
Total
Pág. 216
3.8
Base para a elaboração do relatório, no que se refere a joint ventures,
subsidiárias, instalações arrendadas, operações atribuídas a serviços
externos e outras entidades, passíveis de afetar significativamente a
comparação entre diferentes períodos e/ou organizações.
Total
Pág. 216
3.9
Técnicas de medição de dados e as bases de cálculos, incluindo
hipóteses e técnicas, que sustentam as estimativas aplicadas à
compilação dos indicadores e de outras informações contidas no
relatório.
Total
Pág. 216, 228
Adicionalmente critérios de cálculo específicos poderão
ser apresentados junto dos dados reportados.
3.10
Explicação do efeito de quaisquer reformulações de informações
existentes em relatórios anteriores e as razões para tais
reformulações (como fusões ou aquisições, mudança no período ou
ano base, na natureza do negócio, em métodos de medição).
Total
Pág. 216
3.11
Alterações significativas em comparação com anos anteriores no
âmbito, limite ou métodos de medição aplicados no relatório.
Total
Pág. 216
3.12
Sumário de Conteúdo da GRI.
Total
Pág. 218
Total
A Somague continua a avaliar a possibilidade de verificar
externamente os dados reportados. No entanto, a
generalidade da informação reportada tem origem em
processos sistematizados e auditados internamente e por
entidades externas, nomeadamente no âmbito da certificação
do SIGAQS e do SGIDI e da verificação do relatório e contas.
VERIFICAÇÃO
3.13
Política e prática corrente relativa à procura de um processo
independente de garantia de fiabilidade para o relatório.
4
CORPORATE GOVERNANCE, COMPROMISSOS E ENVOLVIMENTO
GOVERNAÇÃO
4.1
Estrutura de Governação da organização, incluindo comissões
subordinadas ao órgão de governação hierarquicamente mais elevado
e com responsabilidade por tarefas específicas, tais como a definição
da estratégia ou a supervisão da organização.
Total
Pág. 16
Atualmente o Conselho de Administração da Somague
SGPS não inclui nenhum membro do género feminino.
4.2
Indique se o Presidente do órgão de governação hierarquicamente
mais elevado é, simultaneamente, um diretor executivo (e, nesse
caso, quais as suas funções no âmbito da gestão da organização e as
razões para esta composição).
Total
Pág. 16
O Presidente da Somague é também Administrador
executivo.
4.3
Indique, no caso de organizações com uma estrutura de administração
unitária, o n.º de membros do órgão de governação hierarquicamente
mais elevado que são independentes e/ou não-executivos.
Total
Pág. 16
Atualmente a Administração não inclui membros não
executivos ou independentes.
4.4
Mecanismos que permitam a acionistas e colaboradores
transmitirem recomendações ou orientações ao órgão de governação
hierarquicamente mais elevado.
Total
Pág. 22
4.5
Relação entre a remuneração dos vários membros do órgão de
governação hierarquicamente mais elevado, dos diretores de topo e dos
executivos (incluindo acordos de tomada de decisão) e o desempenho
da organização (incluindo o desempenho social e ambiental).
Total
Pág. 16, 173
4.6
Processos ao dispor do órgão de governação hierarquicamente mais
elevado para evitar a ocorrência de conflitos de interesse.
Total
Pág. 20
4.7
Processo para a determinação das qualificações e competências
exigidas aos membros do órgão de governação hierarquicamente mais
elevado e seus comités, incluindo qualquer consideração sobre género
e outros indicadores de diversidade.
Total
Pág. 16
4.8
O desenvolvimento interno de declarações de missão e valores,
códigos de conduta e princípios internos relevantes para o
desempenho económico, ambiental e social, assim como a fase de
implementação.
Total
Pág. 15
219
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
GRI
Designação
Status
Referência/Resposta
4.9
Processos do órgão de governação, hierarquicamente mais
elevado, para supervisionar a forma como a organização efetua a
identificação e gestão por parte da organização do desempenho
económico, ambiental e social, a identificação e a gestão de riscos e
oportunidades relevantes, bem como a adesão ou conformidade com
normas internacionalmente aceites, códigos de conduta e princípios.
Total
Pág. 14, 17, 20
4.10
Processos para a avaliação do desempenho do órgão de governação
hierarquicamente mais elevado, especialmente em relação ao
desempenho económico, ambiental e social.
Total
Pág. 16
COMPROMISSOS COM INICIATIVAS EXTERNAS
4.11
Explicação sobre se o princípio da precaução é abordado pela
organização e de que forma.
Total
Pág. 20
4.12
Cartas, princípios ou outras iniciativas desenvolvidas externamente
de caráter económico, ambiental e social que a organização
subscreve ou defende.
Total
Pág. 14
4.13
Participação significativa em associações (tais como associações
industriais) e/ou organizações de defesa nacionais/internacionais.
Total
Pág. 26
As ações desenvolvidas neste âmbito são em geral
efetuadas no campo de ação das associações a que a
Somague pertence.
ENVOLVIMENTO DAS PARTES INTERESSADAS
4.14
Relação dos grupos que constituem as partes interessadas envolvidas
pela organização.
Total
Pág. 22
4.15
Base para a identificação e seleção das partes interessadas a serem
envolvidas.
Total
Pág. 22, 24, 25
4.16
Abordagens utilizadas para envolver as partes interessadas, incluindo
a frequência do envolvimento, por tipo e por grupos, das partes
interessadas.
Total
Pág. 24, 25
4.17
Principais questões e preocupações identificadas através do
envolvimento das partes interessadas e as medidas adotadas pela
organização no tratamento das mesmas, nomeadamente através do
relatório.
Total
Pág. 24, 25
Desempenho económica
Total
Pág. 2, 10, 76
Presença no mercado
Total
Pág. 3, 10
Impactos económicos indiretos
Total
Pág. 10, 120
Materiais
Total
Pág. 110
Energia
Total
Pág. 112
Água
Total
Pág. 111
Biodiversidade
Total
Pág. 116
Emissões, efluentes e resíduos
Total
Pág. 113
Degradação, contaminação e recuperação dos solos
Total
Pág. 108
Produtos e serviços
Total
Pág. 86, 108
Conformidade
Total
Pág. 86, 106
Transporte
Total
Pág. 113
Geral
Total
Pág. 92,95
Emprego
Total
Pág. 10, 92
Relações entre colaboradores e administração
Total
Pág. 10, 94, 90
Segurança e saúde no trabalho
Total
Pág. 100
Formação e educação
Total
Pág. 98
PARTE 2 - ABORDAGEM DE GESTÃO
ABORDAGEM DE GESTÃO EC - ECONÓMICO
ABORDAGEM DE GESTÃO EN - AMBIENTE
ABORDAGEM DE GESTÃO LA - SOCIAL: PRÁTICAS LABORAIS E TRABALHO CONDIGNO
220
13
ANEXO AOS
INDICADORES DE
SUSTENTABILIDADE (GRI)
GRI
Designação
Status
Referência/Resposta
Diversidade e igualdade de oportunidades
Total
Pág. 96
Igualdade de remuneração entre géneros
Total
Pág. 92, 95
ABORDAGEM DE GESTÃO HR - SOCIAL: DIREITOS HUMANOS
Práticas de investimento e aquisições
Total
Pág. 10, 20, 86
Não-discriminação
Total
Pág. 96
Liberdade de associação e acordo de negociação coletiva
Total
Pág. 96
Trabalho infantil
Total
Pág. 20
Trabalho forçado e escravo
Total
Pág. 20
Práticas de segurança
Total
Pág. 99
Direitos dos povos indígenas
Total
Pág. 20
Avaliação
Total
Pág. 20
Ação corretiva
Total
Pág. 20
Comunidade local
Total
Pág. 120
Corrupção
Total
Pág. 20
Políticas públicas
Total
Pág. 22
Concorrência desleal
Total
Pág. 86
Conformidade
Total
Pág. 86
ABORDAGEM DE GESTÃO SO - SOCIAL: SOCIEDADE
ABORDAGEM DE GESTÃO PR - SOCIAL: RESPONSABILIDADE PELO PRODUTO
Segurança e saúde do cliente
Total
Pág. 99
Rotulagem de produtos e de serviços
N.A.
Ver PR3, PR4
Comunicações de marketing
N.A.
Ver PR6, PR7
Privacidade do cliente
Total
Ver PR8
Conformidade
Total
Pág. 86
Total
Pág. 77, 126, 196
Parcial
Pág. 20, 112, 113
PARTE 3 - INDICADORES DE DESEMPENHO
ECONÓMICO
DESEMPENHO ECONÓMICO
EC1
Valor económico direto gerado e distribuído, incluindo receitas,
custos operacionais, indemnizações a colaboradores, donativos,
e outros investimentos na comunidade, lucros não distribuídos e
pagamentos a investidores e governos.
EC2
Implicações financeiras e outros riscos e oportunidades para as
atividades da organização devido às alterações climáticas e outros
assuntos sustentáveis.
EC3
Cobertura das obrigações referente ao plano de benefícios definidos
pela Organização.
N.A.
A Somague não possui planos de reforma.
EC4
Apoio financeira significativa recebida do governo.
Total
Em 2014, a Somague não obteve ajuda financeira do
Governo.
PRESENÇA NO MERCADO
EC5
Rácio entre o salário mais baixo e o salário mínimo local nas unidades
operacionais importantes, discriminados por género.
Total
Pág. 95
O salário mais baixo pago é igual para os dois géneros.
EC6
Políticas, práticas e proporção de custos com fornecedores locais em
unidades operacionais importantes.
Total
Pág. 84
EC7
Procedimentos para contratação local e proporção de cargos
de gestão de topo colaboradores de quadro, contratados e
subcontratados ocupado por indivíduos provenientes da comunidade
local nas unidades operacionais importantes.
Total
Pág. 97
221
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
GRI
Designação
Status
Referência/Resposta
IMPACTES ECONÓMICOS INDIRETOS
EC8
Desenvolvimento e impacto dos investimentos em infraestrutura e
serviços que visem essencialmente o beneficio público através de
envolvimento comercial, em géneros ou pro bono.
Total
Pág. 120
EC9
Descrição e análise dos impactes económicos indiretos mais
significativos, incluindo a sua extensão.
Total
Pág. 120
AMBIENTAL
MATERIAIS
EN1
Materiais utilizados por peso, valor ou volume.
Total
Pág. 110
EN2
Percentual de materiais utilizados que são provenientes de
reciclagem e da reutilização
Total
Pág. 111
Consumo direto de energia, discriminado por fonte de energia
primária.
Total
Pág. 112
ENERGIA
EN3
EN4
Consumo indireto de energia discriminado por fonte primária.
Total
Pág. 112
CR1
Intensidade energética de edifícios.
Total
Portugal: 137,53 kWh/m2
EN5
Total de poupança de energia devido a melhorias na conservação e
eficiência.
Total
Pág. 112
EN6
Iniciativas para fornecer produtos e serviços baseados na eficiência
energética ou nas energias renováveis, reduções no consumo de
energia em resultado dessas iniciativas.
Total
Pág. 112
EN7
Iniciativas para reduzir o consumo de energia indireta e as reduções
obtidas.
Total
Pág. 112
ÁGUA
EN8
Consumo total de água por fonte.
Total
Pág. 111
EN9
Recursos hídricos significativamente afetadas pela recolha de água.
Total
Pág. 111
EN10
Percentagem e volume total de água reciclada e reutilizada.
Parcial
Pág. 111
CR2
Intensidade de consumo de água em edifícios
Total
Portugal: 0,13 m3/m2
BIODIVERSIDADE
EN11
Localização e área dos terrenos pertencentes, arrendados ou
administrados pela organização, no interior de zonas protegidas, ou a
elas adjacentes, e em áreas de alto índice de biodiversidade fora das
zonas protegidas.
Total
Pág. 116
EN12
Descrição dos impactos significativos de atividades, produtos e
serviços sobre a biodiversidade das áreas protegidas e sobre as áreas
de alto índice de biodiversidade fora das áreas protegidas
Total
Pág. 116
EN13
Habitats protegidos ou recuperados.
Total
Em 2014 não foram recuperados habitats. Na pág. 114
listam-se as áreas protegidas onde a Somague operou e
implementou, com sucesso, medidas protetoras.
EN14
Estratégias, ações em curso e planeadas para a gestão de impactes na
biodiversidade.
Total
Pág. 116
As ações de gestão de impactes na biodiversidade são
definidos projeto a projeto.
EN15
Número de espécies, na Lista Vermelha da IUCN e na lista nacional
de conservação das espécies, com habitats em áreas afetadas por
operações, discriminadas por nível de risco de extinção.
N.D.
Este indicador não é reportado pois a organização não
dispõe da informação necessária.
EMISSÕES, EFLUENTES E RESÍDUOS
EN16
Emissões totais diretas e indiretas de gases com efeito de estufa, por
peso.
Total
Pág. 113
EN17
Outras emissões indiretas relevantes de gases com efeito de estufa,
por peso.
Total
Pág. 113
CR3
Intensidade de emissões de gases com efeito de estufa em edifícios.
Total
Edifício Sede: 21,12 kg CO2/m2
CR4
Intensidade de emissões de gases com efeito de estufa em atividades
de construção e reabilitação.
Total
49,93 ton CO2 / M€
222
13
ANEXO AOS
INDICADORES DE
SUSTENTABILIDADE (GRI)
GRI
Designação
Status
Referência/Resposta
EN18
Iniciativas para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa,
assim como reduções alcançadas.
Total
Em 2014 não foram desenvolvidas novas iniciativas.
EN19
Emissão de substâncias destruidoras da camada de ozono, por peso.
N.M.
Não foi efetuado o levantamento da emissão de
substâncias destruidoras da camada de ozono, no entanto,
considera-se que dada a atividade da Somague, este é um
assunto não material.
EN20
NOx, SOx e outras emissões atmosféricas significativas, por tipo e por
peso.
N.A.
Dada a atividade da Somague, as emissões efetuadas estão
maioritariamente associadas a instalações móveis, pelo
que se considera este indicador não aplicável.
EN21
Descarga total de água, por qualidade e destino.
Parcial
Pág. 111, 113
A Somague não possui sistemas de contagem de águas
residuais, pois em geral estes estão ligados às redes
municipais. Estima-se que cerca de 30% da água
consumida da rede é para uso nos escritórios e a restante
para incorporação nos produtos (assim estima-se uma
produção de cerca de 14.887 m3 de efluentes líquidos).
EN22
Quantidade total de resíduos, por tipo e método de eliminação.
Total
Pág. 115
EN23
Número e volume total de derrames significativos.
Total
Em 2014, não foram identificados derrames significativos
resultantes da atividade da organização.
EN24
Peso dos resíduos transportados, importados, exportados ou tratados,
considerados perigosos nos termos da Convenção de Basileia Anexos I, II, III e VIII, e percentagem de resíduos transportados por
navio, a nível internacional.
N.A.
A Somague não efetua movimentos transfronteiriços de
resíduos perigosos.
EN25
Identidade, dimensão, estatuto de proteção e valor para a
biodiversidade dos recursos hídricos e respetivos habitats, afetados de
forma significativa pelas descargas de água e escoamento superficial.
Total
Pág. 113
Em 2014, não foram identificados recursos hídricos
significativamente afetados pela atividade da organização.
Total
Em dezembro de 2014, a Somague não possuía ou geria
terrenos ou recursos hídricos contaminados.
DEGRADAÇÃO, CONTAMINAÇÃO E RECUPERAÇÃO DOS SOLOS
CR5
Solos e outros ativos recuperados ou com necessidades de
recuperação para o uso existente ou previsto de acordo com
disposições legais aplicáveis.
PRODUTOS E SERVIÇOS
EN26
Iniciativas para aumentar a eficiência e mitigar os impactes
ambientais de produtos e serviços e grau de redução do impacte.
Total
Pág. 108
EN27
Percentagem recuperada de produtos vendidos e respetivas
embalagens, por categoria.
N.A.
Dada a natureza dos produtos e serviços fornecidos pela
Somague, este indicador foi considerado não aplicável.
Total
Pág. 85
Impactes ambientais significativos, resultantes do transporte de
produtos e outros bens ou matérias-primas utilizados nas operações
da organização, bem como o transporte de colaboradores.
Total
Pág. 113
Total de custos e investimentos com a proteção ambiental, por tipo.
Total
Pág. 108
CONFORMIDADE
EN28
Montantes envolvidos no pagamento de coimas significativas e o
número total de sanções não-monetárias por incumprimento das leis
e regulamentos ambientais.
TRANSPORTE
EN29
GERAL
EN30
SOCIAL: PRÁTICAS LABORAIS E TRABALHO CONDIGNO
EMPREGO
LA1
Discrimine a mão de obra total, por tipo de emprego, por contrato de
trabalho, por região e por género.
Total
Pág. 4, 90, 91
Atualmente a empresa não desenvolve atividade em
locais considerados de elevada insegurança para os seus
trabalhadores.
LA2
Número total de colaboradores, respetiva taxa de novas contratações
e rotação média de emprego por faixa etária, género e região.
Total
Pág. 91
LA3
Benefícios assegurados aos colaboradores a tempo inteiro que não
são concedidos a colaboradores temporários ou a tempo parcial.
Total
Pág. 93
223
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
GRI
LA15
Designação
Retorno ao trabalho e taxas de retenção após licença paternal, por
género.
Status
Referência/Resposta
Total
Em 2014, estiveram em licença paternal 30 colaboradores
(10 mulheres e 20 homens), sendo que 100% deles
voltaram ao trabalho quando a licença terminou.
RELAÇÕES ENTRE COLABORADORES E ADMINISTRAÇÃO
LA4
Percentagem de colaboradores abrangidos por acordos de
contratação coletiva.
Total
Pág. 97
LA5
Prazos mínimos de notificação prévia em relação a mudanças
operacionais, incluindo se esse procedimento é mencionado nos
acordos de contratação coletiva.
Total
Os prazos mínimos de notificação prévia dependem de
caso a caso. No entanto, a Somague cumpre o previsto na
legislação e nos contratos coletivos de trabalho.
Total
Pág. 102
SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO
LA6
Percentagem da totalidade da mão de obra representada
em comissões formais de segurança e saúde, que ajudam no
acompanhamento e aconselhamento sobre programas de segurança e
saúde ocupacional.
LA7
Taxa de lesões, doenças profissionais, dias perdidos, absentismo e
óbitos relacionados com o trabalho, por região e por género.
Parcial
CR6
Percentagem da empresa que opera de acordo com um Sistema de
Gestão da Segurança e Saúde reconhecido internacionalmente.
Total
Toda a organização opera de acordo com um sistema de
gestão de segurança e saúde definido de acordo com a
OHSAS 18001. 49% dos colaboradores desenvolvem a
sua atividade no âmbito de um sistema certificado por
entidade externa.
LA8
Programas de educação, formação, aconselhamento, prevenção
e controlo de risco, em curso, para garantir assistência aos
colaboradores, às suas famílias ou aos membros da comunidade
afetados por doenças graves.
Total
Pág. 98, 102
LA9
Tópicos relativos a saúde e segurança, abrangidos por acordos
formais com sindicatos.
Total
Pág. 102
Pág. 93, 104, 105
Dado que os trabalhos com risco especial são
desenvolvidos quase na sua totalidade por colaboradores
do género masculino, não se considera relevante proceder
ao reporte dos índices de sinistralidade por género.
FORMAÇÃO E EDUCAÇÃO
LA10
Média de horas de formação, por ano, por colaborador, discriminadas
por categoria de funções e género.
Total
Pág. 99
Em 2014, o número médio de horas de formação foi de
14,92 h/colaborador do género feminino e 25,62 h/
colaborador do género masculino, em Portugal.
LA11
Programas para a gestão de competências e aprendizagem contínua
que apoiam a continuidade da empregabilidade dos colaboradores e
para a gestão de carreira.
Total
Pág. 99
LA12
Percentagem de colaboradores que recebem, regularmente, análises
de desempenho e de desenvolvimento da carreira, por género.
Total
Em 2014, a empresa optou por não dar início ao processo
de avaliação de desempenho.
Total
Pág. 91, 96
Total
Pág. 97
Total
Pág. 20
Em 2014 não foi efetuado nenhum novo investimento
significativo, continuando a Somague a operar nos mesmos
países que em 2013.
DIVERSIDADE E IGUALDADE DE OPORTUNIDADES
LA13
Composição dos órgãos sociais da empresa e relação dos
colaboradores por categoria, de acordo com o género, a faixa etária,
as minorias e outros indicadores de diversidade.
IGUALDADE DE REMUNERAÇÃO ENTRE GÉNEROS
LA14
Discriminação do rácio do salário base entre homens e mulheres, por
categoria de funções e por unidades operacionais impotentes.
SOCIAL: DIREITOS HUMANOS
PRÁTICAS DE INVESTIMENTO E DE AQUISIÇÕES
HR1
Percentagem e número total de contratos e acordos de investimento
significativos que incluam cláusulas referentes aos direitos humanos
ou que foram submetidos a análise referentes aos direitos humanos.
HR2
Percentagem dos principais fornecedores, empresas contratadas
e outros parceiros de negócio que foram submetidos a avaliações
relativas a direitos humanos e medidas tomadas.
224
Parcial
Pág. 84
Dada a revisão em curso do processo de avaliação de
fornecedores, ainda não existem resultados.
13
ANEXO AOS
INDICADORES DE
SUSTENTABILIDADE (GRI)
GRI
HR3
Designação
Número total de horas de formação em políticas e procedimentos
relativos a aspetos dos direitos humanos relevantes para as
operações, incluindo a percentagem de colaboradores que
beneficiaram de formação.
Status
Referência/Resposta
Total
Pág. 99
Apesar de em 2014 não se terem desenvolvido ações
de formação específicas em políticas e procedimentos
relativos a aspetos de direitos humanos, na generalidade
das ações de formação interna são revistos os valores da
Somague e os princípios de ética e conduta que deverão
ser adotados por todos os colaboradores.
Total
Durante o ano de 2014 a Somague não teve conhecimento
da existência de nenhum incidente de discriminação
ocorrido na empresa.
Total
Pág. 96
Total
Pág. 20
Total
Pág. 22
NÃO-DISCRIMINAÇÃO
HR4
Número total de casos de discriminação e ações tomadas.
LIBERDADE DE ASSOCIAÇÃO E ACORDO DE NEGOCIAÇÃO COLECTIVA
HR5
Operações e fornecedores relevantes identificados nos quais exista
um risco significativo ao livre exercício da liberdade de associação
e realização de acordos de contratação coletiva, e medidas que
contribuam para a sua eliminação.
TRABALHO INFANTIL
HR6
Operações e fornecedores relevantes identificados nos quais exista
um risco significativo de ocorrência de trabalho infantil, e medidas
que contribuam para a sua eliminação.
TRABALHO FORÇADO E ESCRAVO
HR7
Operações e fornecedores relevantes identificados nos quais exista
um risco significativo de ocorrência de trabalho forçado ou escravo, e
medidas que contribuam para a sua eliminação.
PRÁTICAS DE SEGURANÇA
HR8
Percentagem do pessoal de segurança submetido a formação nas
políticas ou procedimentos da organização, relativos aos direitos
humanos, e que são relevantes para as operações.
Parcial
As ações de formação referidas no indicador HR3 são
extensivas aos vigilantes das instalações da Empresa.
DIREITOS DOS POVOS INDÍGENAS
HR9
Número total de incidentes que envolvam a violação dos direitos dos
povos indígenas e ações tomadas.
Total
Em 2014 a Somague não teve conhecimento da existência
de nenhum incidente deste tipo na empresa.
Total
Pág. 20
As novas operações em países com risco elevado de
violação dos direitos humanos são, na fase comercial/
angariação, sujeitos a uma avaliação de riscos.
Total
Em 2014 não foi apresentada nenhuma reclamação
relacionada com os direitos humanos.
AVALIAÇÃO
HR10
Percentagem e número total de operações que foram sujeitos a
análises ou avaliação de impactos relativos aos direitos humanos.
AÇÃO CORRETIVA
HR11
Número de reclamações, relacionadas com os direitos humanos,
apresentadas, tratadas e resolvidas por meio de mecanismos formais.
SOCIAL: SOCIEDADE
COMUNIDADE LOCAL
SO1
Percentagem de operações com implementação de mecanismos de
relacionamento com a comunidade local, avaliação de impactos e
desenvolvimentos de programas.
Total
Pág. 120
Em todos os locais onde a Somague possui instalações
permanentes são desenvolvidas relações com as
comunidades locais. No caso das obras (instalações
temporárias) estas ações são promovidas tipicamente
pelo dono de obra / promotores, contando sempre com a
colaboração da Somague na implementação das medidas
definidas. Adicionalmente, a Somague procede sempre
a uma avaliação dos impactos na comunidade local,
associada aos seus trabalhos.
SO9
Operação com potenciais ou reais impactes significativos na
comunidade local.
Total
As atividades fixas da Somague não provocam impactes
negativos significativos nas comunidades locais. No
caso das obras (instalações temporárias) é efetuada uma
avaliação de impactes na comunidade local.
225
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
GRI
Designação
Status
Referência/Resposta
SO10
Ações de prevenção e mitigação implementadas nas operações com
potenciais ou reais impactes negativos ou positivos significativos na
comunidade local.
Total
Pág. 120
CR7
Número de pessoas, voluntária ou involuntariamente, deslocadas e/
ou realojadas pelo desenvolvimento, discriminada por projeto.
N.A.
A deslocação e/ou realojamento de pessoas é da
responsabilidade dos donos de obra / promotores dos
projetos onde a Somague está envolvida.
CORRUPÇÃO
SO2
Percentagem e número total de unidades de negócio alvo de análise
de riscos à corrupção.
Total
Pág. 20
Todas as unidades de negócio da organização são objeto
do processo de gestão de riscos e auditoria interna.
SO3
Percentagem de colaboradores que tenham efetuado formação nas
políticas e práticas de anticorrupção da organização.
Parcial
Pág. 20
No âmbito dos trabalhos de auditoria interna realizados
em 2014, a direção de auditoria interna sensibiliza as
respetivas áreas no que se refere à política global de
controlo e gestão de riscos da organização. Assim, e
considerando as ações de formação de anos anteriores,
os 100% dos gestores de topo e chefias intermédias
possuem formação nesse âmbito.
SO4
Medidas tomadas em resposta a casos de corrupção.
Total
Durante o ano de 2014, a Somague não teve conhecimento
da existência de nenhum incidente relacionado com
corrupção envolvendo elementos da sua organização.
POLÍTICAS PÚBLICAS
SO5
Posições quanto a políticas públicas e participação na elaboração de
políticas públicas e em grupos de pressão.
Total
Pág. 26
As ações desenvolvidas neste âmbito são em geral
efetuadas no campo de ação das associações a que a
Somague pertence.
SO6
Valor total de contribuições financeiras e em género a partidos
políticos, políticos e instituições relacionadas, por país.
Total
Em 2014, não foram efetuadas quaisquer contribuições
financeiras ou em género a partidos políticos ou institutos
relacionados.
Total
Durante o ano de 2014, a Somague não esteve envolvida
em qualquer ação judicial neste âmbito.
Total
Pág. 85
CONCORRÊNCIA DESLEAL
SO7
Número total de ações judiciais por concorrência desleal, antitrust e
práticas de monopólio, bem como os seus resultados.
CONFORMIDADE
SO8
Montantes das coimas significativas e número total de sanções não
monetárias por incumprimento das leis e regulamentos ambientais.
SOCIAL: RESPONSABILIDADE PELO PRODUTO
SEGURANÇA E SAÚDE DO CLIENTE
PR1
Indique os ciclos de vida dos produtos e serviços em que os impactes
de saúde e segurança são avaliados com o objetivo de efetuar
melhorias, bem como a percentagem das principais categorias de
produtos e serviços sujeitas a tais procedimentos.
Total
Pág. 102
PR2
Refira o número total de incidentes resultantes da não conformidade
com os regulamentos e códigos voluntários relativos aos impactes, na
saúde e segurança, dos produtos e serviços durante o respetivo ciclo
de vida, discriminado por tipo de resultado.
Total
Pág. 85
ROTULAGEM DE PRODUTOS E SERVIÇOS
PR3
Tipo de informação sobre produtos e serviços exigida por
regulamentos, e a percentagem de produtos e serviços significativos
sujeitos a tais requisitos.
N.A.
Dada a natureza dos produtos e serviços fornecidos pela
Somague, este indicador considerou-se não aplicável.
CR8
Número e tipo de certificações de sustentabilidade, sistemas de
classificação e rotulagem para novas construções, gestão, utilização e
remodelação.
Total
Em 2014 a Somague deu continuidade ao processo de certificação LEED na obra PT Data Center, reportado em 2013.
PR4
Indique o número total de incidentes resultantes da não
conformidade com os regulamentos e códigos voluntários relativos
à informação e rotulagem de produtos e serviços, discriminados por
tipo de resultado.
N.A.
Dada a natureza dos produtos e serviços fornecidos pela
Somague, este indicador foi considerado não aplicável.
PR5
Praticas relacionadas com a satisfação do Cliente, incluindo
resultados de pesquisas que meçam a satisfação do Cliente.
Total
Pág. 82
226
13
ANEXO AOS
INDICADORES DE
SUSTENTABILIDADE (GRI)
GRI
Designação
Status
Referência/Resposta
PR6
Programas de cumprimento das leis, normas e códigos voluntários
relacionados com comunicações de marketing, incluindo publicidade,
promoção e patrocínio.
N.M.
Dada a escassa atividade de marketing que a Somague
desenvolve, este indicador foi considerado não material.
PR7
Indique o número total de incidentes resultantes da não
conformidade com os regulamentos e códigos voluntários relativos
a comunicações de marketing, incluindo publicidade, promoção e
patrocínio, discriminados por tipo de resultado.
N.M.
Dada a escassa atividade de marketing que a Somague
desenvolve, este indicador foi considerado não material.
Total
Durante o ano de 2014, a Somague não teve nenhuma
reclamação neste âmbito.
Total
Pág. 85
COMUNICAÇÕES DE MARKETING
PRIVACIDADE DO CLIENTE
PR8
Número total de reclamações registadas relativas à violação da
privacidade de Clientes.
CONFORMIDADE
Montante das coimas (significativas) por incumprimento de leis e
regulamentos relativos ao fornecimento e utilização de produtos e
serviços.
Subestação de Fafe - Portugal
PR9
227
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO ANUAL 2014
13.3
Critérios de Cálculos de Indicadores
QUALIDADE E INOVAÇÃO (Cap. 4)
Satisfação dos clientes
A avaliação da satisfação do cliente foi determinada através de inquéritos online, que incluíram um conjunto de 15 perguntas num grau de classificação
de 1 a 4.
Subcontratação/Fornecimento local
Este indicador inclui as subempreitadas/fornecimentos efetuados localmente em Angola, Cabo Verde, Açores e Madeira, e foi calculado com base no
valor de subcontratações e fornecimentos relativo a empresas locais sobre o valor total de subcontratações e fornecimentos.
Conformidade legal
As coimas consideradas neste indicador são as que foram pagas no ano em análise. A discriminação por tipologia foi calculada com base no número de
coimas por tipo (fiscais, ambientais, segurança e outras) sobre o número total de coimas.
RECURSOS HUMANOS (Cap.5)
Caracterização de colaboradores
Na caracterização dos colaboradores da Somague foram consideradas as seguintes definições:
• Titulares Superiores: colaboradores com grau académico de Licenciatura ou superior
• Titulares Médios: colaboradores com grau académico de Bacharelato
• Técnicos não Titulares: colaboradores com funções técnicas, em curso superior
• Administrativos: colaboradores com funções administrativas, sem habilitações superiores
• Outros: colaboradores que não se enquadram em nenhuma das anteriores.
• Curso Superior: Licenciatura, Pós-Graduação, Mestrado, Doutoramento
• Curso de Nível Médio: Bacharelato
• Quadro permanente: Efetivos; colaboradores com contrato sem termo
• Temporários: Colaboradores contratados a termo (certo ou incerto)
• Trabalho a Tempo Inteiro: Colaboradores com jornada completa.
• Trabalho a Tempo Parcial: Colaboradores que trabalham em part-time
• Quadros: Dirigentes, Quadros Superiores, Quadros Médios, Quadros Intermédios
• Operacionais: Profissionais Qualificados, Profissionais Semiqualificados, Profissionais Não Qualificados, Praticantes e Aprendizes
Custo Total Médio por Colaborador
Custo total com colaboradores/número total de colaboradores
Encargos Médios com Proteção Social de Caráter não obrigatório
Encargos totais com seguros de saúde, seguros de vida e seguro de acidentes pessoais/número total de colaboradores
Encargos Médios com cuidados de Saúde por colaborador
Encargos totais com medicina do trabalho (exames, consultas)/número total de colaboradores abrangidos
Taxa de rotatividade
Total de admissões e demissões/2 * 100/total de efetivos no final do ano
Taxa de absentismo
Número total de horas perdidas/potencial máximo de horas trabalhadas no ano
Contratação local
Colaboradores locais: número de colaboradores contratados na comunidade local/número total de colaboradores no país
Colaboradores expatriados: número de colaboradores expatriados/número total de colaboradores no país
Relação salário base homem/mulher
Média ponderada do vencimento base ilíquido anual dos colaboradores do género masculino/média ponderada do vencimento base ilíquido anual dos
colaboradores do género feminino
Média de horas de formação por ano por colaborador
Número total de horas de formação por categoria profissional/número total de colaboradores por categoria profissional
228
13
ANEXO AOS
INDICADORES DE
SUSTENTABILIDADE (GRI)
SEGURANÇA E SAÚDE (Cap.6)
Índice de frequência
Número de acidentes com baixa x 1.000.000/n.º de horas trabalhadas
Índice de incidência
Número de acidentes com baixa x 1.000/n.º médio de colaboradores
Índice de gravidade
Dias perdidos x 1.000.000/n.º horas trabalhadas
AMBIENTE (Cap. 7)
Consumos de materiais de construção
No cálculo do consumo indireto de cimento e agregados foi considerado que a 1 m3 de betão pronto corresponde aproximadamente 300 kg de cimento
e 2.000 kg de agregados
Consumos de água
Os consumos de água foram agregados de acordo com as faturas emitidas pelos fornecedores de água e / ou através de contadores instalados nos
diferentes estabelecimentos da empresa. Foram também considerados os consumos provenientes de captações subterrâneas, cuja contabilização é
efetuada através de contadores, e de catações superficiais cuja contabilização é efetuada por estimativa do número de horas de funcionamento das
bombas ou dos depósitos utilizados no seu transporte
Consumo de energia
O consumo de eletricidade (kW.h) e gás natural (m3) foi obtido através das respetivas faturas e/ou através de contadores instalados nos diferentes
estabelecimentos da empresa. Relativamente aos consumos de gasolina e gasóleo, estes foram obtidos em litros diretamente do fornecedor. Na
conversão dos consumos para GJ foram utilizados os seguintes fatores de conversão:
• Eletricidade: 0,0036 GJ/kW.h / Gás natural: 0,039 GJ/m3 / Gasóleo: 0,03645 GJ/l / Gasolina: 0,0331 GJ/l
O consumo de energia indireto (avião, comboio e autocarro):
• Avião: 70,72 GJ/tonCO2 / Comboio: 0,35 GJ/km / Autocarro: 0,0365 GJ/l
Emissões de CO2 diretas e indiretas
Este inventário foi realizado de acordo com a metodologia proposta pelo “Greenhouse Gases Protocol”, que classifica as emissões em três âmbitos:
Âmbito 1 - emissões diretas que ocorrem em fontes controladas pela Somague, por exemplo, viaturas da frota, os grupos de geradores de emergência e
o equipamentos e maquinaria utilizada nas obras;
Âmbito 2 - emissões indiretas associadas à produção de eletricidade consumida (estimativa e comunicação obrigatória);
Âmbito 3 - emissões indiretas associadas a fontes que não são controladas pela Somague, por exemplo, viagens de avião e deslocações casa-trabalhocasa (estimativa e comunicação voluntária).
No inventário de emissões de GEE foram considerados os seguintes fatores de conversão:
• Gasóleo: 74,01 kgCO2/GJ
• Gasolina: 69,25 kgCO2/GJ
• Gás natural: 56,06 kgCO2/GJ
• Eletricidade: 200 gCO2/kW.h
• Avião (curta distância, <500km): 0,18 kg/pkm
• Avião (longa distância, >500km): 0,11 kg/pkm
• Comboio: 0,06 kg/pkm
• Autocarro: 1,035 kgCO2/km
Emissões de CO2 evitadas
Para o cálculo das emissões de CO2 que a Somague evitou através da disponibilização do transporte gratuito aos seus colaboradores, teve-se em linha
de conta os seguintes dados associados às rotas existentes para a viagem até a sede da Somague
Ponto de
Partida
Rota
Via
Distância
percorrida (Km)
N.º médio de
colaboradores transportados
pkm
1
Sete Rios
A5
25
18
202.500
2
Terreiro Paço
Marginal
20
10
90.000
3
Loures
IC19
20
23
207.000
Fator de
conversão
TOTAL
Emissões evitadas
0,000233
116,38
Resíduos
Valorização: qualquer operação cujo resultado principal seja a transformação dos resíduos de modo a servirem um fim útil, substituindo outros materiais
que, caso contrário, teriam sido utilizados para um fim específico ou a preparação dos resíduos para esse fim na instalação ou conjunto da economia
Eliminação: qualquer operação que não seja de valorização
Solos e rochas não contaminados (código LER 17 05 04) não foram considerados resíduos no cálculo deste indicador
229
Depósito Legal: 327826/11
Tiragem: 100 exemplares