Edição Fevereiro 2013
Transcrição
Edição Fevereiro 2013
1 Revista Ano 6 / Edição 31 / Jan-Fev de 2013 / www.editorastilo.com.br Graxaria Brasileira Reciclagem Animal Insumos e matérias-primas Em busca de qualidade, segurança alimentar e alto desempenho 2 3 1 08/02/13 17:02 Revista Ano 6 / Edição 31 / Jan-Fev de 2013 / www.editorastilo.com.br Graxaria Brasileira Reciclagem Animal Insumos e matérias-primas C M Y Prezado Leitor CM MY CY Em busca de qualidade, segurança alimentar e alto desempenho CMY K De acordo com dados divulgados no 1º Diagnóstico da Indústria Brasileira de Reciclagem Animal pela ABRA – Associação Brasileira de Reciclagem Animal, os abatedouros, frigoríficos e açougues geraram em 2010, aproximadamente 65 kgs de ROAs – Resíduos de Origem Animal – não destinados ao consumo humano, para cada brasileiro. Estes resíduos foram processados, tratados, estabilizados e reaproveitados, tanto na própria cadeia de produção da carne como em outros setores, como o de higiene e energia (biocombustíveis). Mediante estes dados calcula-se que o Brasil processou, em 2010, aproximadamente 12,4 milhões de toneladas de ROIs, gerando cerca de 5,4 milhões de toneladas de farinhas e óleos, produtos nobres, ricos em energia, proteínas e minerais. É na fase do processamento e tratamento destes resíduos que são usadas matérias-primas para que os produtos estejam adequados para a utilização industrial. O mercado tem solicitado insumos com alta eficiência, que mantenham a estabilidade de seus produtos, que estejam livres de resíduos e a custos competitivos, o que é conseguido normalmente com blends de diversos princípios ativos. Fornecedores como Oil Dri, Eurotec, Kemin, Nutract, Nutriad e Uniamerica destacam as suas linhas e recentes lançamentos, apontando as tendências neste mercado. Nosso entrevistado nesta edição é Francisco Sérgio Turra, ex-ministro da Agricultura e Abastecimento, atual presidente da União Brasileira de Avicultura (UBABEF) e vice-presidente da Associação Latino-Americana de Avicultura (ALA). Em nosso bate-papo, Turra analisa a atual situação do mercado brasileiro de avicultura, fala das expectativas para 2013, os próximos desafios a serem enfrentados pelo setor e os objetivos da UBABEF para este ano. FENAGRA 2013 Estamos próximos de mais uma FENAGRA. Este ano teremos muitas novidades como: o evento será em Campinas (SP); o Congresso agora também é organizado pela ABRA em parceria com o Sincobesp; teremos um jantar (dia 24/04) para todos os expositores. Acreditamos que desta forma, além de inovarmos o evento, teremos uma grande presença de público, com qualidade técnica nas palestras. Faça sua inscrição. Confira! Boa Leitura! Daniel Geraldes Edição 31 - Jan-Fev de 2013 Editorial CAPA ed 31_A.pdf 5 Sumário / Expediente 4 Abra _6 Notícias Diretor Daniel Geraldes _8 Informe Publicitário _ Em Em foco foco _ 26 1 2 3 _ 30 Em foco 4 _ 32 5 Direção de Arte e Produção Leonardo Piva Denise Ferreira [email protected] _ 28 foco foco Conselho Editorial Bruno Montero Claudio Mathias Clênio Antonio Gonçal ves Daniel Geraldes José Antonio Fernandes Moreira Luiz Guilherme Razzo Valdirene Dalmas Comitê Tecnico Cláudio Bellaver Dirceu Zanotto Lucas Cypriano _ 34 _ 36 Em foco De olho no mercado Capa Foco 6 _ 38 _ 40 Capa: www.123rf.com Impressão Gráfica Referência Editora _ 46 Editora Stilo Rua Sampaio Viana, 167 - Conj. 61 Cep: 04004-000 / São Paulo (SP) (11) 2384-0047 [email protected] Entrevista _ 48 Caderno técnico 1 _ 52 Caderno técnico 2 _ 56 Caderno técnico 3_ 65 Fontes Seção “Notícias” BeefPoint, Avisite, Valor Econômico, Gazeta Mercantil, Sincobesp, Abra, Sindirações, National Render, Embrapa, Biodiesel, AgriPoint, Aliança Pecuarista. Distribuição ACF Alfonso Bovero na qualidade Evento _ Jornalista Colaboradora Lia Freire - MTB 30222 [email protected] Publicidade [email protected] Em Em 24 Editor Chefe Daniel Geraldes – MTB 41.523 [email protected] 60 A Revista Graxaria Brasileira é uma publicação bimestral do mercado de Graxarias, clientes de graxarias, fornecedores de: máquinas, equipamentos, insumos, matérias-primas, biodisel, frigoríficos e prestadores de serviços, com tiragem de 4.200 exemplares. Distribuída entre as empresas nos setores de engenharia, projetos, manutenção, compras, diretoria, gerentes. É enviada aos executivos e especificadores destes segmentos. Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores e não necessariamente refletem as opiniões da revista. Não é permitida a reprodução total ou parcial das matérias sem expressa autorização da Editora. 7 Abra 6 ABRA – A INBESP está localizada em um estado que tem um grande potencial de animais para abate. Quanto de matéria-prima processada e quais produtos são originados? Sr. Adriano Sales - Realmente, o Mato Grosso é um Estado com grande potencial em abate, principalmente de bovinos. Atualmente nós coletamos cerca de 3.700 toneladas por mês de matéria-prima in natura, que dá origem a farinha de carne e ossos, farinha de sangue e o sebo bovino. O Sebo bovino em parte tem sido aproveitado na produção de biocombustível pela empresa SSIL que tem autorização da ANP - Agência Nacional de Petróleo para produzir mensalmente cerca de 1,5 milhões de litros. A farinha de carne e ossos é aproveitada na produção de fertilizantes orgânominerais pela Empresa ADUMAT, com produção estimada de 600 Toneladas/mês. INBESP: 15 anos em Reciclagem Animal E Por: Ana Paula Michnik m 2013 a INBESP – Indústria e Beneficiamento de Subprodutos de Origem Animal completará 15 anos. A empresa está localizada no município de Várzea Grande no estado de Mato Grosso. Fazem parte do Grupo também as empresas: SSIL SOCIEDADE SALES em RondonópolisMT, ADUMAT – Fertilizantes em Várzea Grande-MT e SSIL Transporte em Várzea GrandeMT, empresas tradicionais em suas cidades no setor de Reciclagem Animal, biocombustível, fertilizantes e transportes. Atualmente o grupo conta com 142 colaboradores diretos e para este ano tem a pretensão de dobrar este número com um investimento no ramo de abate de animais (frigorífico). A INBESP mantém o seu compromisso com o meio ambiente e com a comunidade de onde faz parte. Conheça mais sobre a empresa na entrevista que a Associação Brasileira de Reciclagem Animal realizou com o Sr. Adriano Sales, sócio do grupo. ABRA – Os senhores estão atentos às novidades do mercado e investem em tecnologia? Sr. Adriano Sales - Sim. Assim como a INBESP, todas as empresas do grupo se mantém atentas às novidades do mercado tecnológico, o grupo investe forte em Pesquisa Desenvolvimento e Inovação (P&D&I), tanto é que uma das empresas do grupo, a ADUMAT é vencedora do edital de INOVAÇÃO PAPPE 2012 – FINEP/FAPEMAT, com o projeto de inovação ADUBO ORGÂNICO FA-100, visitamos feiras e realizamos benchmarketing buscando as melhores praticas de gestão que estão dando certo no mercado para implantar em nossas empresas, e assim garantimos a qualidade de nossos produtos para atender as exigências do consumidor. ABRA - Neste ano a INBESP começará a atuar em um novo ramo, conte-nos sobre essa nova atividade e as expectativas. Sr. Adriano Sales - O Mato Grosso é um estado verde, propício para o agronegócio. Graças aos bons resultados das empresas do grupo com a diversificação do aproveitamento do processamento de resíduos de origem animal, resolvemos também investir no ramo frigorifico. Nossas expectativas são muito boas em relação a essa nova atividade. Pretendemos Iniciar o abate de animais ainda no ano de 2013. Com essa nova atividade, dobraremos o número de colaboradores e aumentaremos consideravelmente nossa produção de produtos de Origem Animal. ABRA - A INBESP possui algum programa Social e como trata os resíduos industriais gerados na empresa? Sr. Adriano Sales - A nossa preocupação com o meio ambiente vai além de práticas sustentáveis, nós nos preocupamos também com o desenvolvimento da nossa região, e por isso estamos envolvidos com vários projetos, um deles é junto a Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá, onde patrocinamos todo leite consumido mensalmente pela mesma. Todo nosso efluente é devidamente tratado, na empresa INBESP estamos implantando um novo sistema de tratamento onde vamos recuperar 90% de toda água residual, e pretendemos com isso reutilizar novamente em nosso processo de produção. As indústrias de Reciclagem Animal são em sua maioria 100% sustentável. Somos recicladores de resíduos potencialmente poluidores e ainda temos uma produção industrial com baixo volume de resíduos gerados. ABRA - Como o Sr. avalia o ano de 2012 e o que espera de 2013? Sr. Adriano Sales - O ano de 2012 foi um ano de muito trabalho para setor de Reciclagem Animal, que vem em franco crescimento. Espero que nesse ano nós tenhamos finalmente a identidade do setor definida e com isso mais reconhecimento do setor público. Assim, nós teremos benefícios que outros setores industriais já o têm. Somos um setor muito importante para o meio ambiente e para a sociedade em si. Nossos produtos fazem parte do cotidiano do agronegócio, então quando todos estiverem cientes da importância da reciclagem de produtos de origem animal, nós seremos um setor mais valorizado. ABRA - Qual a importância da ABRA para a sua empresa? Sr. Adriano Sales - Nós somos um dos primeiros associados da ABRA e ela foi fundamental no crescimento e organização da atividade de Reciclagem dos produtos de origem animal. A ABRA nos deu da suporte necessário ao crescimento técnico, tecnológico e jurídico para nossas empresas. ABRA - O Sr. acha importante que as empresas de Reciclagem Animal se associem a uma entidade? Sr. Adriano Sales - É fundamental, pois a união faz a força. Quanto mais unido o setor estiver, maior será a preocupação do poder público para atender a nossa classe, e a ABRA vem como forma de representatividade do setor, organizando, dando apoio técnico, nos informando das novidades e incentivando o crescimento das indústrias de Reciclagem Animal. Todas essas indústrias precisam dessa representatividade para que possam ir à diante. Se não mostrarmos aos órgãos governamentais e a toda sociedade que nosso trabalho é essencial na colaboração da preservação do meio ambiente não alcançaremos os nossos objetivos que é poder oferecer uma melhor qualidade de vida à sociedade em geral. 9 Notícias 8 Bioprocessos ambientais Atualmente, há disponível no mercado uma ampla variedade de produtos e serviços técnicos voltados às soluções ambientais, que visam a remediação biológica e atuam na recuperação de ambientes e ecossistemas contaminados, no tratamento de efluentes e resíduos, na desobstrução e limpeza de dutos e equipamentos, atuando como agente de processo físico, químico, biológico ou combinados entre si. O uso da remediação biológica auxilia na formação do floco em lodo ativado - assim como resistem às variações de choques de cargas geradas pelas variações de vazões, facilitam a decomposição da matéria orgânica - para este caso expressa em proteínas e lipídios em sua maioria. Desta forma, favorecem o crescimento de consumidores (protozoários - metaprotozoários, ciliados), ainda podem controlar a alta concentração tanto de fungos filamentosos, quanto bactérias filamentosas que em altas concentrações podem acarretar arrastes nos decantadores. Em efluentes ricos em matéria orgânica, as bactérias e protozoários apresentam um crescimento disperso. À medida que a energia (matéria orgânica) é consumida durante o tratamento do efluente, ocorre um aglomeramento das bactérias, pois já não existe tanta energia para que elas gastem em deslocamento, formando um floco. Além disso, forma-se também uma zoogléa (gelatina com característica adesiva) ao redor da membrana celular das bactérias, conferindo peso ao floco, resultando na decantação onde pode-se definir como estabilização. Neste momento, há possibilidades de reduções totais ou eliminação das dosagens. O remediador (bioaumentador) à base de microorganismos hidrolíticos produz enzimas que catalisam reações de quebra de lipídios, proteínas, amido, celulose e carboidratos, representando a matéria orgânica específica para cada tipo de poluente. A adição deste bioaumentador facilita a redução de matéria orgânica da ETE, reduzindo possíveis maus odores e o DBO. JBS aluga fábricas de processamento de aves em SC A JBS informou que assinou contrato para alugar por cinco anos, com possibilidade de prorrogação por mais cinco, as instalações da Tramonto Alimentos, localizadas no município de Morro Grande, no estado de Santa Catarina. As instalações são compostas por uma fábrica de processamento de até 120 mil aves por dia, em pleno funcionamento, e aprovada para os principais mercados de exportação, e uma fábrica de ração, compatível com a capacidade de processamento da unidade. A JBS pretende incorporar as atividades dessas fábricas às outras unidades de frango localizadas na região sob a bandeira JBS Aves. “O objetivo é atender, principalmente, os mercados de exportação, ofertando a seus clientes produtos de qualidade e custos competitivos, trazendo, dessa forma, maior valor para seus acionistas”, diz a empresa, em nota. Fonte: Brasil Econômico Abate mundial de bovinos cresce 1,2%, segundo USDA O abate mundial de bovinos atingiu 233,53 milhões de cabeças, 1,2% mais que no ano anterior, de acordo com estimativa divulgada pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O Brasil deve ser responsável por 19,5% deste total, com 45,45 milhões de cabeças de gado abatidas em 2012 contra 42,25 milhões em 2011, alta de 7,6%, conforme projeção da Scot Consultoria. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que, de janeiro a setembro, foram abatidos 22,893 milhões de bovinos no país, considerando apenas os abates oficiais. O incremento é de 6% sobre o mesmo período do ano anterior. A divulgação dos dados do quarto trimestre deve ocorrer em março, segundo informações do IBGE. O ano passado foi marcado pelo elevado índice de abate de fêmeas, que chegou a 9.906.435 de cabeças de janeiro a setembro, 11,74% a mais do que no mesmo período de 2011, quando foram abatidas 8.865.315. A quantidade corresponde a 43,3% do total abatido no período. Sobre 2010, o aumento de abates de fêmeas chega a 24%. Conforme Gustavo Aguiar, analista da Scot Consultoria, este já é o segundo ano em que isso acontece. Em 2011, o abate de fêmeas cresceu 10,37% em relação a 2010. “O grande motivador é a redução dos preços do boi, que levam à venda de fêmeas para manutenção do fluxo de caixa. O preço do bezerro também ficou depreciado, o que faz com que tenha menor sentido reter fêmeas”, disse. Em 2011, a média dos preços da arroba atingiu R$ 100,87 a prazo. Embora a média seja maior que a de 2010, que foi de R$ 87,05/@, no primeiro semestre de 2011 já foi possível identificar um aumento no abate de fêmeas devido aos preços da arroba em baixa. Já em 2012, a média da cotação foi de R$ 96,67 a prazo, 4,16% menor do que a média do ano anterior. O ano começou com preço médio de R$99,98/@ em janeiro e terminou com R$96,78 em dezembro, variação negativa de 3,2%. Para ele, com base nestas informações, já é possível ver que há uma mudança de ciclo pecuário. “O ciclo tem um período de alta, depois de estabilidade e, então, de queda. Já estamos neste período de transição e, possivelmente, nestes primeiros anos de queda”, avalia o analista. A expectativa, portanto, é de que 2013 seja mais um ano de pressão sobre os preços. Para os abates mundiais, o USDA estima aumento de 2,4% nos abates mundiais para 239,05 milhões de cabeças. O Brasil deve participar com 19,9% deste total, atingindo 47,54 milhões de cabeças abatidas, o que tende a ajudar tanto curtumes como frigoríficos, pelo lado da matéria-prima. Fonte: Portal DBO Agroindústria tem queda de 1,6% em 2012, aponta IBGE A agroindústria brasileira registrou uma queda de 1,6% em 2012, o segundo ano consecutivo de perdas. Em 2011, a agroindústria tinha registrado redução de 2,2%, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os setores vinculados à agricultura, com maior peso no total da agroindústria, recuaram 2,4% no ano passado, enquanto os setores relacionados à pecuária tiveram retração de 5,4%. O grupo dos inseticidas, herbicidas e outros defensivos para uso agropecuário cresceram 25,5%, em 2012, enquanto o segmento de madeira avançou 3,5%. Segundo o IBGE, a queda na produção da agroindústria em 2012 foi puxada pelo recuo nos subgrupos derivados da pecuária e derivados da agricultura. A produção dos derivados da pecuária caiu 4,3%, por conta de aves (-6,0%), bovinos e suínos (-4,2%). Os derivados da agricultura tiveram queda de 3,0%, pela menor produção dos derivados fumo (-13,4%), laranja (-12,9%), soja (-4,3%) e canade-açúcar (-2,4%). O subgrupo de máquinas e equipamentos utilizados pela agricultura foi destaque de alta: 3,1%. Fonte: Estadão Conteúdo 11 Notícias 10 JBS conclui aquisição de ativos do frigorífico Independência A processadora de alimentos JBS informou que foi concretizada a aquisição de ativos do frigorífico Independência, que pertenciam de BNY Mellon Serviços Financeiros Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S/A, na qualidade de agente fiduciária de credores detentores de notas (bonds) emitidos pelo Independência International. De acordo com comunicado, veiculado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), estes ativos haviam sido dados como alienação fiduciária a referidos credores. Os Ativos incluem quatro unidades frigoríficas em Nova Andradina (MS), Campo Grande (MS), Senador Canedo (GO) e Rolim de Moura (RO); dois curtumes em Nova Andradina (MS) e Colorado D’Oeste (RO); e dois centros de distribuição e armazéns em Cajamar (SP) e Santos (SP). A aquisição foi realizada mediante a alienação de 22.987.331 ações ordinárias de emissão da companhia mantidas em tesouraria. Fonte: Agência CMA Mapa elabora Manual de Boas Práticas para fortalecer a defesa agropecuária Responsável pela edição de atos normativos com o objetivo de reger a sanidade animal e vegetal, bem como o controle e a padronização de insumos e serviços agropecuários e de produtos de origem animal e vegetal, a Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SDA/Mapa) trabalha na elaboração do seu Manual de Boas Práticas de Regulamentação. A ideia é garantir que os regulamentos estabelecidos no âmbito da Secretaria sejam implementados de maneira flexível, consistente, coerente e proporcional aos objetivos pretendidos. De acordo com o Secretário da SDA, Ênio Marques, o manual busca harmonizar o procedimento de elaboração de normas, gerando maior eficácia no seu cumprimento e fortalecendo a defesa agropecuária nacional. A adoção de boas práticas de regulamentação proporciona benefícios à eficácia e eficiência na atuação do Estado, no sentido de promover a cidadania, o progresso econômico e a minimização dos impactos sociais, econômicos e ambientais da regulamentação técnica. O piloto do manual será finalizado pelo Comitê Permanente de Análise e Revisão de Atos Normativos da Secretaria de Defesa Agropecuária CPAR/SDA, até o final de janeiro, para então ser submetido a todos os setores da Secretaria, para avaliação e sugestões quanto à sua aplicação como instrumento que direcione a elaboração e implementação de atos normativos. Fonte: Mapa Produção global de carnes tem aumento de 402,6% nos últimos 50 anos O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) estima que a produção de carnes em 2012, considerando bovina, suína e de frango, seja de 244,0 milhões de toneladas equivalente carcaça (tec). Segundo o USDA, em 1962 a produção destas carnes foi de 48,5 milhões de tec. No período, o aumento na produção foi de 402,6%. Neste intervalo, a produção de carne suína aumentou 405,5% e a de carne bovina teve acréscimo de 123,1%. Estima-se que as produções de carne suína e bovina tenham sido de 104,4 milhões e 57,2 milhões de tec, respectivamente, em 2012. Embora tenham sido expressivos, não se comparam ao incremento da produção de carne de frango, que saltou de 2,3 milhões para 82,4 milhões de toneladas, aumento de 36,4 vezes no período. Fonte: Scot Consultoria Óleos e gorduras continuam a diminuir O índice da FAO para os preços dos óleos e gorduras situou-se nos 197 pontos em dezembro, uma queda de 1,9%, ou 4 pontos, em relação a novembro, quarto mês consecutivo de queda e o nível mais baixo desde setembro de 2010. O principal motivo foi a acumulação contínua de grandes estoques de óleo de palma a nível mundial. Em 2012, o índice registrou uma média de 225 pontos, contra 252 no ano de 2011. O índice da FAO para os preços da carne alcançou 176 pontos em dezembro, uma queda marginal em relação a novembro. Os preços de todas as categorias de carne mantiveram-se próximos dos seus níveis de novembro, à exceção da carne de porco, que caiu 2,0% (3 pontos). Em 2012, o índice registrou uma média de 175 pontos, a segunda mais baixa após os 177 pontos registrados no ano de 2011. O índice da FAO para os preços dos lacticínios foi de 197 pontos em dezembro, 0,9 por cento, ou dois pontos, acima do nível de novembro. No último trimestre de 2012, os preços dos lacticínios estabilizaram após uma subida constante a partir dos níveis mínimos observados a meio do ano. O valor médio do índice em 2012 foi de 189 pontos, bem abaixo dos 221 em 2011. No geral, o mercado de laticínios mantémse equilibrado, mas está cada vez mais suscetível a mudanças nas condições da oferta relacionadas com a pastagem e com a disponibilidade e acessibilidade das rações. O índice da FAO para os preços do açúcar atingiu uma média de 274 pontos em dezembro, uma queda marginal em relação a novembro, e o valor mais baixo desde agosto de 2010. O índice registrou uma média de 306 pontos em 2012, uma queda de 17,1% em relação ao ano anterior. A expectativa de um terceiro aumento consecutivo na produção mundial e a grande oferta para exportação na temporada comercial de 2012/13, nomeadamente no Brasil, mantiveram baixos os preços internacionais durante grande parte do segundo semestre de 2012. Fonte: FAO 13 Ministro lança Plano Safra da Pesca e Aquicultura no Rio Grande do Sul Índice de preços da FAO declina outra vez em dezembro e inclui carnes O ministro da Pesca e Aquicultura, Marcelo Crivella anunciou o Plano Safra da Pesca e Aquicultura, que disponibiliza R$ 4 bilhões em crédito para assistência técnica, escavação de tanques, formação de cooperativas, compra de material e de novas embarcações para os pescadores brasileiros. As linhas de financiamento com juros subsidiados são do governo federal. De acordo com o ministro, o programa prevê a assistência técnica para cerca de 120 mil famílias de pescadores em todo o país, com o objetivo de tornar o Brasil uma potência pesqueira e, até 2020, ser um dos maiores exportadores de pescado do mundo. Crivella estimou que o país deva produzir mais de 2 milhões de toneladas de peixes daqui a dois anos. Também destacou que os rios gaúchos são ricos em pescado e disse que a Lagoa dos Patos pode ser um dos maiores produtores do país. O secretário estadual do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, Ivar Pavan, destacou que o Rio Grande do Sul é o segundo maior produtor de peixe de água doce do país e que o estímulo do governo federal complementará as ações já adotadas pelo governo gaúcho para o desenvolvimento da produção. – Isto significa que podemos estruturar, passo a passo, esta nova cadeia produtiva para abastecer os supermercados, a agroindústria, a alimentação escolar e as compras públicas, já que há uma demanda crescente e uma vocação do Estado para a criação de peixes – salientou. Pavan disse que o Programa RS Pesca e Aquicultura tem como público-alvo, os pescadores artesanais, aquicultores familiares, quilombolas, indígenas, assentados da reforma agrária, jovens rurais e pessoas do meio rural em situação de extrema pobreza. Fonte: Rural BR O Índice de Preços da FAO baixou pelo terceiro mês consecutivo em dezembro de 2012, caindo 1,1%, ou dois pontos abaixo do nível mais baixo em seis meses. A queda de dezembro, com o índice em 209 pontos, foi liderada por quedas nos preços internacionais dos principais cereais e óleos e gorduras. O Índice mais baixo anterior foi em junho, com 200 pontos. No ano de 2012 o índice teve uma média de 212 pontos, ou seja, 7,0% abaixo dos níveis de 2011, com as reduções mais acentuadas durante o ano no açúcar (17,1 por cento), lacticínios (14,5 por cento) e óleos (10,7 por cento). No ano que passou, a descida de preços foi bastante mais modesta em relação aos cereais (2,4 por cento) e à carne (1,1 por cento). “O resultado marca uma inversão da situação em relação a julho, quando o súbito aumento de preços despertou o receio de uma nova crise alimentar”, afirmou Jomo Sundaram, Diretor-Geral Adjunto da FAO do Departamento de Desenvolvimento Económico e Social. “Mas a coordenação internacional, em particular por meio do Sistema de Informação de Mercados Agrícolas (AMIS) e a queda na procura no âmbito de uma economia estagnada, ajudaram a garantir que o aumento dos preços fosse de curta duração e a acalmar os mercados, sendo que 2012 encerrou com preços abaixo dos níveis do ano anterior”, explicou. O índice da FAO para os preços dos cereais registou uma média de 250 pontos em dezembro, uma queda de 2,3%, ou seis pontos, em relação ao mês de novembro. Em 2012, o índice teve uma média de 241 pontos, 2,4% abaixo em relação a 2011. Após ter subido entre julho e setembro de 2012, devido às incertezas da produção e a escassez da oferta, os preços de exportação dos cereais desceram devido a uma procura mais baixa para rações e usos industriais. Em dezembro os preços do milho caíram acentuadamente, com os grandes exportadores da América do Sul aliviando a pressão dos mercados. Os preços do arroz também caíram em dezembro na expectativa de boas colheitas, mas os valores do trigo variaram pouco já que o comércio se manteve moderado. Foto Douglas Gomes Notícias 12 Petrobras deve pagar mais de R$ 2 por óleo de peixe para biodiesel A Associação Brasileira de Reciclagem Animal - ABRA firmou o convênio com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos. Os investimentos do convênio serão para o Programa Brasileiro para a Expansão das Exportações de Farinhas e Gorduras de Origem Animal elaborado pela ABRA. O Programa vem para suprir as necessidades identificadas no I Diagnóstico da Indústria Brasileira de Reciclagem Animal elaborado pela ABRA, onde aponta um baixo volume da produção nacional das farinhas e gorduras de origem animal – FGOA que são exportados. Com o objetivo de aumentar o número de indústrias de Reciclagem Animal no mercado externo, promovendo a diversificação dos mercados, e ainda intensificar o marketing internacional para as indústrias brasileiras e intensificar a articulação interna. Poderão ser beneficiados pelo programa pequenas, médias e grandes indústrias de Reciclagem Animal. Essas indústrias terão a divulgação de sua marca e seus produtos em feiras internacionais de grande relevância para o setor. Para a gestora da ABRA Sra. Catia Macedo, o Programa Brasileiro para a Expansão das Exportações de Farinhas e Gorduras de Origem Animal da ABRA integrará o mercado nacional “O Brasil ainda tem pouca visibilidade no mercado externo dos produtos de Reciclagem Animal. Esse programa vem para aumentar as exportações desses produtos para o mercado externo, alavancando a economia das indústrias de Reciclagem Animal e mostrando o nosso potencial e qualidade para outros países” afirma. As metas são de ter 30 empresas participando do projeto no primeiro ano, aumentar o nível exportado que em 2010 era de 1,73% da produção nacional para 6% em 2013. Fonte: ABRA 15 Coopercentral Aurora define investimentos para reabrir indústria de aves de Xaxim Ministro assina portaria de criação de três Comitês Permanentes de Gestão da Pesca A Coopercentral Aurora Alimentos desembolsará 60 milhões de reais neste semestre para recolocar em pleno funcionamento a unidade industrial de abate e processamento de aves de Xaxim (SC). A indústria - que pertence à Massa Falida do antigo Grupo Chapecó e até meados de dezembro era operada pelo Frigorífico Diplomata – foi arrendada pela Aurora por prazo inicial de três anos. O presidente Mário Lanznaster expôs que os investimentos físicos somam 20 milhões de reais e estão representados pela aquisição de duas linhas de evisceração de aves, recuperação de equipamentos e instalações do abatedouro, além de outras melhorias. Outros 40 milhões, em forma de capital de giro, são necessários para financiar a retomada da operação industrial, o alojamento de frangos e a aquisição de matérias-primas e dos demais insumos para produção. Por outro lado, a Aurora iniciou o processo administrativo de recrutamento, seleção e admissão tendo como prioridade os cerca de 2.200 empregados que trabalhavam para a ex-arrendatária da planta industrial, o Frigorífico Diplomata. As primeiras contratações já foram concretizadas e se destinam à Fábrica de Rações. As admissões para a indústria serão paulatinas porque manterão sincronia com a reativação da produção avícola à campo. “Não adianta termos toda a força de trabalho da indústria a postos se os lotes de frango nem foram alojados”, esclarece o vice-presidente Neivor Canton. A Cooperativa Central habilitará a base produtiva de campo que fornecia matéria-prima para a ex-arrendatária, formada por 600 avicultores com, aproximadamente, 800 aviários. Os técnicos da Aurora visitarão esses estabelecimentos rurais para transmitir as orientações técnicas e os padrões de produção avícola. Com isso, iniciará o processo de organização da produção para que o abate e o processamento sejam retomados e atinjam, plenamente, a capacidade instalada de 280 mil aves por dia, em dois turnos. As ações para reestruturação da base produtiva começam, imediatamente, para alojamento de pintinhos e início efetivo do abate em março, tornando possível atingir a plena capacidade industrial em junho de 2013. O mix de produtos será formado, inicialmente, por cortes e salgados de frango. O diretor de agropecuária Marcos Antônio Zordan antecipou que a Aurora pretende acolher em seu sistema de integração todos os criadores de aves que atendiam o Frigorífico Diplomata. Uma grande parcela dos avicultores interessados já se apresentou na unidade de Xaxim. Tranqüilizou os avicultores: “O sistema de produção integrada será semelhante ao da empresa arrendatária anterior. A demora que está ocorrendo deve-se aos procedimentos legais e burocráticos. Logo iniciarão as visitas de nossos técnicos para orientação. Os produtores não precisam ficar preocupados.” Todo o conjunto produtivo pertencente à Massa Falida da Chapecó Alimentos foi arrendado, o que inclui, além do abatedouro, as seguintes estruturas: fábrica de rações (capacidade de produção mensal de 32.000 toneladas ou 60 toneladas/ hora), incubatório (capacidade de produção de pintinhos de 4 milhões por mês), setor de congelamento da unidade industrial (420 toneladas por dia), armazéns (capacidade de armazenagem de 1.200 toneladas) e granjas-matrizes (alojamento para 200 mil matrizes). Atualmente, em plantas próprias ou alugadas, a Coopercentral Aurora opera cinco unidades avícolas e abate 700 mil aves por dia, o que significa 15 milhões de aves por mês. Com o arrendamento da planta de Xaxim, o abate diário crescerá até 31%, totalizando 938 mil aves por dia no segundo semestre de 2013. A meta da diretoria é otimizar todas as indústrias para atingir 1 milhão de aves por dia no segundo semestre deste ano. A Aurora arrendou a planta industrial de Xaxim por meio de contrato direto com o síndico da Massa Falida da Chapecó Alimentos, Alexandre Brito de Araújo, em ato negocial submetido ao Juízo de Falências da Comarca. A Aurora não é sucessora da Diplomata. Portanto, não tem nenhum encargo ou responsabilidade com os credores do Frigorífico Diplomata, sejam empregados, fornecedores ou avicultores integrados. Fonte: Assessoria de Imprensa Aurora O ministro Marcelo Crivella, da Pesca e Aquicultura, assinou, juntamente com o Ministério do Meio Ambiente, a criação de três Comitês Permanentes de Gestão da Pesca e do Uso Sustentável de Recursos, sendo um para a Bacia do Rio São Francisco, outro para os Recursos Demersais (peixes que habitam águas mais profundas) das regiões Norte e Nordeste e o último para a Bacia Amazônica. Cada Comitê envolve representantes de seis Ministérios do Governo Federal, dos órgãos estaduais de meio ambiente e de fomento à pesca e aquicultura, além de representantes da sociedade civil organizada, dos pescadores artesanais e industriais, armadores e o setor de indústria, comércio e exportação. Há também uma estrutura de assessoramento composta por um subcomitê científico e de acompanhamento e câmaras técnicas. Todo esse esforço é feito no sentido de que a exploração dos recursos seja realizada de maneira sustentável para garantir o emprego de milhões de pescadores, a segurança alimentar dos brasileiros e a garantia de que as próximas gerações poderão usufruir do mesmo que a presente. Fonte: Ministério da Pesca e Aquicultura Diretor da OIE reitera qualidade da defesa sanitária brasileira O delegado do Brasil perante a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), Guilherme Marques – servidor do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), reiterou as declarações do diretor geral da entidade sobre a qualidade do sistema veterinário brasileiro. De acordo com Marques, as recentes manifestações da OIE corroboram como injustificáveis tecnicamente as suspensões das compras de carne brasileira por alguns países. Em declaração à imprensa, o Diretor Geral da OIE, Bernard Vallat, pediu a países que estão impondo embargos às importações de carne bovina do Brasil que suspendam as restrições, afirmando que a medida é injustificada. De acordo com a entidade, a classificação oficial de EEB é determinada com base em uma avaliação de risco global. A aparição de um caso não conduz automaticamente a uma reavaliação do status sanitário oficial do país – salvo em caso de uma mudança da situação epidemiológica que indique falhas nas medidas de mitigação vigentes, o que não ocorreu no Brasil. Todos os anos, no mês de fevereiro, são realizadas reuniões da Comissão Científica da OIE para avaliar questões sanitárias de todos os países. No encontro deste ano, o Brasil apresentará todas as ações decorridas após a identificação do caso de EEB no país, conforme os preceitos técnicos estabelecidos pelo Código Zoosanitário da OIE. “Não há razões para alterar a classificação do Brasil de risco insignificante, uma vez que o país vem cumprindo integralmente com todas as recomendações descritas no Código Sanitário da Organização”, afirmou Marques. De acordo com esse regulamento, o país membro pode ser reconhecido como de risco insignificante se atende todas as medidas de mitigação de risco e nunca tiver ocorrido um caso nativo da doença ou que tenha ocorrido em animais com idade superior a onze anos. No caso brasileiro, o animal que veio a óbito tinha 13 anos. Fonte: MAPA www.portaldoagronegocio.com.br Notícias 14 17 Notícias 16 Representantes dos três maiores frigoríficos do país projetam ano otimista para o setor em 2013 Mesmo com alguma dificuldade encontrada em 2012, consequência do alto custo com os grãos, o ano termina com saldo positivo. Segundo os representantes dos três maiores frigoríficos do país, as projeções do setor são otimistas para 2013. José Antônio Fay, presidente da BRFoods, Wesley Batista, do Grupo JBS, e Ricardo Florence, vice-presidente de finanças da Marfrig, foram homenageados no prêmio líderes do Brasil, que aconteceu no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo do estado de São Paulo. Segundo os representantes, o ano de 2012 não foi fácil para o setor. Para compensar os altos custos com a produção, neste final de ano, quando tradicionalmente aumenta o consumo da carne, o reajuste no preço final das carnes chega a 10%. Para o presidente da BRFoods, a tendência é de aumento no valor da carne bovina. Já o preço das aves deve se manter estável. “Foi um ano difícil por causa do grão. A gente esperava que o grão começasse a perder um pouco do preço e ainda não cedeu. Os custos continuam altos”, avalia Fay. Para o presidente do JBS, maior frigorífico do mundo, o crescimento do setor poderia ter sido maior em 2012. Mesmo assim, ele comemora o resultado do ano. “Nós assistimos um crescimento tímido do brasil. O agronegócio brasileiro até que cresceu melhor que a média. Nós vamos terminar o ano com o saldo bastante positivo”, diz Batista. Os representantes dos três maiores frigoríficos brasileiros fizeram previsões otimistas para 2013. “Estou otimista. Acho que o grão cede um pouco no fim do ano, cede nos custos. Acho que os sinais são bons”, afirma Fay. “Um ano de muito trabalho, um ano de realizações, com a Seara crescendo bastante, prenúncio bom do que está por vir em 2013 e próximos anos”, prevê Florence. “Nós estamos super otimistas. Acreditamos que a economia brasileira cresce de forma expressiva. Acreditamos que o Brasil tem como crescer na casa dos 4% e o agronegócio até mais do que isto. Então estamos super otimistas com 2013”, diz Batista. Fonte: Canal Rural JBS reinaugura quatro unidades de bovinos arrendadas no ano passado O Grupo JBS informou que reinaugurou duas unidades de abate e desossa de bovinos. Os estabelecimentos estão localizados em Pontes e Lacerda (MT) e Vila Rica (MT) e são decorrentes dos seis arrendamentos anunciados no ano passado que ampliarão a capacidade de bovinos na empresa no País em 15% - ou processamento adicional de 1,2 milhão de cabeças anual - até o final do primeiro semestre deste ano. Além dessas duas unidades, a JBS iniciou as operações, no fim do ano passado, dos estabelecimentos de Rolim de Moura (RO) e Nova Andradina (MS) - ambas adquiridas do Independência. Até abril serão inauguradas as fábricas de Senador Canedo (GO), também do Independência, e Castelo dos Sonhos (PA). No município de Pontes e Lacerda (MT), a JBS pretende gerar 700 empregos diretos na unidade que terá capacidade para processar 1.000 cabeças por dia. Em Vila Rica (MT), serão 700 empregos diretos na unidade com capacidade para processar 1.000 cabeças por dia. “A abertura dessas duas unidades demonstra o compromisso assumido pela JBS com os pecuaristas e também com a sociedade nas regiões onde estamos nos instalando”, afirma Renato Costa, presidente da divisão carnes da JBS, em nota. Fonte: Estadão Indústria da carne: altos custos de produção marcarão 2013 O ano de 2013 será marcado pelos elevados custos de produção para todos os setores da indústria da carne em razão da crise do encarecimento dos insumos, de acordo com projeções do presidente do Sindicato das Indústrias da Carne e Derivados no Estado de Santa Catarina (Sindicarne), Clever Pirola Ávila. O dirigente realça que a agroindústria catarinense, em especial, teve em 2012 um dos seus períodos mais desafiadores da história. O setor enfrentou muitos problemas e, “não bastassem os altos custos de matérias-primas, tivemos ainda as quase rotineiras barreiras não-comerciais estabelecidas pelos nossos parceiros comerciais como Argentina, África do Sul e Rússia, entre outros”. O presidente do Sindicarne reclama da inoperância do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em aplicar políticas agrícolas para regularizar o abastecimento de grãos em Santa Catarina - em função da quebra de safra regional e mesmo dos Estados Unidos. “Tivemos que enfrentar sozinhos esse desafio, pagando custos ainda mais altos. Enquanto outras regiões são beneficiadas com essas políticas, nosso Estado continua sendo colocado em segundo plano”. Ávila enfatiza que esses fatores se refletiram de forma muita negativa, levando alguns empresários a venderem seus ativos e outros a encerrarem suas atividades. Observa que muitos frigoríficos de aves ou de suínos fecharam no País. Entre os aspectos positivos do ano recém-concluído, aponta os avanços na abertura de novos mercados para a carne suína catarinense: “Estamos perto de iniciar negócios com os Estados Unidos e intensificar a relação com a China. Completamos as fases de exigências para abertura do Japão e estamos aguardando a troca do Governo Japonês para carimbar nosso passaporte.” Sob a ótica das novas tecnologias e da inovação, o Sindicarne trouxe para Santa Catarina com o apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica do Estado de Santa Catarina (Fapesc) a aplicação do sistema de RFId, ou radiofreqüência de identificação, que revelou-se de extrema utilidade para a rastreabilidade da produção. O Sindicato aguarda homologação no Governo Federal para massificação da tecnologia - a primeira e única do Brasil no setor de aves e suínos. Projeção para 2013 - “Não precisa ter bola de cristal para afirmar que 2013 também será um ano de custos altos”, expõe. Sublinha que a nova safra já está sendo comercializada a futuro com patamares de preços similares a 2012 - o que continuará afetando a competitividade da indústria catarinense. Mesmo que as próximas safras mundiais normalizem o mercado, iniciará a reposição dos estoques de segurança alimentar - os quais neste momento são muito menores que o necessário. Por isso, o setor continuará a alinhar (elevar) seus preços em função dos custos já absorvidos, tanto no mercado interno como no mercado externo. No plano comercial, Clever Ávila acredita que o Brasil abrirá o mercado do Japão para suínos, o que influenciará também na abertura da Coréia do Sul.“Se não houver nenhuma catástrofe climática, podemos afirmar que estaremos melhor posicionados no mercado para obtenção de resultados positivos”. Ávila antecipa que, entre as novas tecnologias que serão desenvolvidas em 2013 no setor de proteína animal, situa-se a implantação do projeto-piloto de identificação dos animais por DNA com o apoio da Fapesc e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Fonte: MB Comunicação Empresarial 19 Notícias 18 Valor bruto da produção agropecuária deve crescer 4,3% em 2013 A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu (PSD-TO) afirmou, durante o balanço do agronegócio em 2012, que a instituição estima que o Valor Bruto da Produção Agropecuária ( VBP) irá crescer 4,3% em 2013, atingindo R$ 382,8 bilhões. As explicações para a perspectiva de alta se devem aos baixos estoques mundiais e o maior consumo de alimentos em países asiáticos. A projeção do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio deve ser de alta de 4% frente a 2012. A CNA estima que os produtores devem colher 180 milhões de toneladas de grãos e fibras no ano que vem, “volume suficiente para abastecer o mercado interno e exportar”, disse a senadora. Segundo a entidade, a balança do agronegócio deve chegar a US$ 83 bilhões em 2013, alta de 5,5% em relação a 2012. A entidade, porém, prevê recuo nas cotações de soja de 17,4% em relação à média de 2012. Um levantamento da Superintendência Técnica da CNA aponta alta de 13% no Custo Operacional Efetivo (COE) da soja em decorrência do aumento de 20% no preço dos fertilizantes. Fonte: Valor Econômico ABRA assina convênio com APEX A Associação Brasileira de Reciclagem Animal - ABRA firmou o convênio com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos. Os investimentos do convênio serão para o Programa Brasileiro para a Expansão das Exportações de Farinhas e Gorduras de Origem Animal elaborado pela ABRA. O Programa vem para suprir as necessidades identificadas no I Diagnóstico da Indústria Brasileira de Reciclagem Animal elaborado pela ABRA, onde aponta um baixo volume da produção nacional das farinhas e gorduras de origem animal – FGOA que são exportados. Com o objetivo de aumentar o número de indústrias de Reciclagem Animal no mercado externo, promovendo a diversificação dos mercados, e ainda intensificar o marketing internacional para as indústrias brasileiras e intensificar a articulação interna. Poderão ser beneficiados pelo programa pequenas, médias e grandes indústrias de Reciclagem Animal. Essas indústrias terão a divulgação de sua marca e seus produtos em feiras internacionais de grande relevância para o setor. Para a gestora da ABRA Sra. Catia Macedo, o Programa Brasileiro para a Expansão das Exportações de Farinhas e Gorduras de Origem Animal da ABRA integrará o mercado nacional “O Brasil ainda tem pouca visibilidade no mercado externo dos produtos de Reciclagem Animal. Esse programa vem para aumentar as exportações desses produtos para o mercado externo, alavancando a economia das indústrias de Reciclagem Animal e mostrando o nosso potencial e qualidade para outros países” afirma. As metas são de ter 30 empresas participando do projeto no primeiro ano, aumentar o nível exportado que em 2010 era de 1,73% da produção nacional para 6% em 2013. Fonte: ABRA ABRA e SEBRAE firmam convênio A Associação Brasileira de Reciclagem Animal – ABRA firmou o convênio com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE para disseminação tecnológica para o setor de Reciclagem Animal. O convênio tem o objetivo de contribuir para o avanço tecnológico da Reciclagem Animal no Brasil através da ampliação do conhecimento teórico e tecnológico que serão aplicados aos sistemas de produção. Para isso, a ABRA irá elaborar e editar um manual de Boas Práticas de Fabricação específico para o setor. Através desse manual será desenvolvido o selo de qualidade para as indústrias de Reciclagem Animal, que servirá de base para a rastreabilidade e certificação da produção brasileira de farinhas e gorduras de origem animal. Além disso, o selo tem a finalidade de reduzir os custos, aumentar a confiabilidade e garantir aos clientes dessas indústrias que estão sendo realizadas todas as etapas de processamento dentro do padrão de qualidade exigido pela legislação e pelo mercado. A gestora da ABRA, Sra. Catia Macedo considera que o projeto é de grande importância por suprir uma das necessidades do setor. “Nós como entidade oficial do setor estamos trabalhando nas linhas para o desenvolvimento da Reciclagem Animal. Esse é um projeto grandioso e que abrange todo o Brasil. A partir do selo, as indústrias transmitirão maior confiabilidade sobre as gorduras e farinhas de origem animal e isso agrega valor aos produtos das nossas indústrias” afirma. Serão elaborados livretos voltados para as boas praticas na produção de farinhas e gorduras, com as principais técnicas relacionadas à produção de farinhas e gorduras de origem animal desde o início do ciclo. A ABRA realizará ainda cinco seminários legais que terão a presença de técnicos responsáveis pelas fiscalizações e os beneficiários para abrir um canal de comunicação e facilitar o entendimento da legislação, melhorando a comunicação com as autoridades competentes. Os seminários serão realizados nas cinco regiões brasileiras o que facilita o acesso e o deslocamento dos interessados. O convênio também permite que sejam identificados e escritos os cases de sucesso do setor para incentivar a promoção da Reciclagem Animal e para criar um livreto que preservará a memória do setor. A meta é ter até o final do primeiro ano, cerca de 10 empresas certificadas com o Selo de Qualidade, capacitar 150 pessoas nos seminários legais e capacitar pelo menos 600 pessoas no ciclo de capacitação de qualidade. Fonte: ABRA Análise da CNA aponta problemas para setores do agronegócio em 2013 A CNA, Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, apresentou em Brasília as perspectivas para o agronegócio em 2013. Apesar do otimismo de safra recorde, alguns setores podem enfrentar problemas. O faturamento dos 25 principais produtos agrícolas deve chegar a R$ 382,2 bilhões em 2013, com aumento de 4,3% em relação a 2012. A previsão leva em conta fatores como o aumento do consumo de alimentos principalmente de países asiáticos como a China. De acordo com a CNA, os bons números para 2013 são impulsionados, por exemplo, pela safra recorde de grãos, que pode passar de 180 milhões de toneladas. No plantio da safra de verão, os produtores preferiram a soja em vez do milho por causa dos bons preços. Segundo a CNA, a escolha aponta para um problema em 2013. Como o milho é muito usado na alimentação animal, a previsão é de queda no ritmo de crescimento da bovinocultura, principalmente a leiteira. “Milho é o principal alimento, junto com outros produtos, para a silagem do rebanho bovino leiteiro. Pode haver uma redução e uma necessidade de importação deste leite, que seria o pior dos mundos. O leite da Argentina e do Uruguai, temos que reconhecer, é mais competitivo do que o leite brasileiro”, diz Kátia Abreu, presidente da CNA. A CNA estimou também um crescimento de 5,5% para as exportações brasileiras em 2013. Fonte: G1 Fonte: Departamento Estatístico da Editora Stilo. Ração: produção nacional pode chegar a 62 milhões de toneladas em 2012 A indústria de alimentação animal no Brasil deve fechar o ano com produção de 62 milhões de toneladas de ração e dois milhões de toneladas de sal mineral, além de movimento de R$ 47 bilhões para aquisição de insumos nacionais e importados, segundo dados do Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações). De janeiro a setembro deste ano, foram consumidas 46,6 milhões de toneladas de rações e 1,6 milhão de toneladas de sal mineral, de acordo com a entidade. Se a previsão for confirmada, o a produção será 3% menor do que a de 2011. Por segmentos, o Sindirações calcula que a avicultura de corte brasileira totalizará o consumo de 30 milhões de toneladas de ração e a avicultura de postura comercial 5,2 milhões de toneladas em 2012. No ano passado, a indústria de alimentação animal no Brasil havia produzido 64,5 milhões de toneladas de rações e mais 2,35 milhões de toneladas de sal mineral, um crescimento de 5,2% em relação a 2010. “O setor engatou a marcha à ré já no primeiro trimestre de 2012 e o recuo tem se intensificado por causa da coexistência de três fatores: alto custo do farelo de soja e do milho, baixos preços pagos aos produtores e desaceleração no ritmo exportador das carnes”, explica o vice-presidente executivo do Sindirações, Ariovaldo Zani. “A descapitalização de muitos produtores independentes vem reduzindo o rebanho de suínos ao longo do ano, além do alojamento de matrizes, pintinhos e o abate de aves, que perdeu fôlego nos últimos meses”, completa. A indústria produtora de frangos de corte e suínos, juntas, demandam mais de 70% das rações produzidas no Brasil e são formuladas com quase 90% da mistura de milho (subiu o preço em 40% nos primeiros 20 dias de julho por efeito da estiagem no cinturão produtor americano) e farelo de soja (mais que dobrou de preço de janeiro até agosto do corrente ano em razão da forte estiagem na Argentina e Brasil). De acordo com Zani, é possível que no próximo ano a indústria de alimentação animal global e brasileira seja capaz de compensar a perda acumulada em 2012. Para isso, no entanto, será necessária a convergência de alguns fatores como a emergência da nova classe média brasileira e seu potencial de consumo, a recuperação dos empregos nos Estados Unidos, o redirecionamento dos investimentos para o mercado doméstico na China e a interrupção do caos econômico na União Europeia. Projeção para 2020 Considerada as potencialidades da demanda doméstica e internacional por proteína animal, as projeções para 2020 revelam a oportunidade de produção brasileira de cerca de 40 milhões de toneladas de rações para frangos de corte, seis milhões de toneladas para poedeiras, 19 milhões de toneladas para suínos, três milhões de toneladas para gado de corte, sete milhões para gado leiteiro, mais de um milhão de toneladas para peixes e camarões, 3,5 milhões para cães e gatos e dois milhões para caprinos, ovinos, equinos, etc, totalizando 81,5 milhões de toneladas (crescimento médio de 2,54% ao ano desde 2011). No caso dos suplementos, o crescimento médio de 8,1% poderá culminar na produção de quase cinco milhões de toneladas. A evolução prevista de 2011 até 2020 na demanda de rações é de 2,4% ao ano para frangos de corte, 2,7% para poedeiras, 2,1% para suínos, 2,3% para gado de corte, 3% para gado leiteiro, 12,3% para peixes e camarões, 4,9% para cães e gatos e 2,0% para ovinos, caprinos, equinos, etc. Fonte: Sindirações Como a seca no início de 2012 afetou a oferta de bois abatidos? Segundo Alberto Pessina, pecuarista e confinador (Agropecuária Pessina) a seca do início do ano teve algum efeito sobre a maior oferta que ocorreu no mês de março e no final da safra (jun/ago). Ele utilizou essas informações para responder uma pergunta enviada por uma participante do Seminário mercado do boi gordo no final de 2012 e 2013. Em março, devido à baixa produção dos pastos, houve a necessidade de aliviá-los antecipadamente. E em jul a ago, devido à entrada antecipada de animais em confinamento, pois os pastos produziram menos. Porém, também existe um aumento por causa do momento do ciclo pecuário,“que está entrando em fase de aumento de oferta”. Alberto Pessina é diretor executivo da Aliança Pecuarista, Assocon-SP, da Agropecuária Pessina Ltda (6.000 cabeças, SP) e participa do Seminário mercado do boi gordo junto com o BeefPoint.Este seminário acontece periodicamente durante o ano,e tem o objetivo de apresentar as perspectivas para o mercado no curto e médio prazo. Alberto faz um acompanhamento diário do mercado do boi gordo detalhado, e aplica todo seu conhecimento e experiência em seu confinamento. Ele também é especialista em operações no mercado futuro buscando melhores preços médios de venda da arroba assim como segurar seu custo de produção. Fonte: Beef Point 21 Índices de mercado Notícias 20 Colaboração de Dados – Aboissa, Sincobesp, Mapa. As informações destes índices são dados baseados no CIFSP podendo variar um pouco para cima ou para baixo. 23 Notícias 22 Governo prevê país livre de aftosa em 2015 Depois de descumprir a meta estipulada pelo ministro Mendes Ribeiro, de tonar o Brasil livre da febre aftosa até o fim do ano passado, o Ministério da Agricultura alterou o cronograma de combate à doença. A Pasta agora prevê que o país será reconhecido pela Organização Mundial de Animal (OIE) como um território livre de aftosa com vacinação apenas em 2015. Atualmente, dez Estados e a porção norte do Pará ainda fazem parte das chamadas “zonas não livres” de aftosa. Juntas, as áreas que ainda não são consideradas livres – com ou sem vacinação – representam 11% do rebanho de bovinos e bubalinos do país, cerca de 25 milhões de cabeças. Para cumprir a nova meta, o ministério pretende atuar em duas frentes, segundo o coordenador de febre aftosa da Pasta, Plínio Lopes. A primeira fase terá caráter estritamente nacional e acontecerá ao longo de 2013, segundo Lopes. Pelo novo cronograma do ministério, as chamadas “zonas não livres de aftosa de médio risco” – Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí, Maranhão e o norte do Pará – serão consideradas regiões “livres da doença com vacinação” no primeiro semestre deste ano. O ministério não registrou mais casos da doença nesses Estados – o último caso no país foi em 2006, em Mato Grosso do Sul, mas os técnicos da Pasta farão testes no primeiro semestre para verificar se o vírus ainda circula na região. Esta é a última etapa para que a nova classificação de risco seja atingida. As “zonas não livres de aftosa de alto risco”,por sua vez, devem se tornar regiões de “médio risco” até o fim de 2013. São os casos de Amazonas, Roraima e Amapá. O aguardado reconhecimento da OIE, no entanto, só acontecerá num segundo momento, afirma Lopes. Para os Estados que hoje são considerados de “médio risco”,o status de livre de aftosa com vacinação está previsto para 2014. No ano seguinte, o mesmo status seria conferido pela OIE aos Estados do Amazonas,Amapá e Roraima.A chancela da instituição,que deve ser acompanhada pelos países-membro da Organização Mundial do Comércio (OMC), é fundamental para que esses Estados ampliem os mercados para os quais podem exportar carne bovina. Apesar de não ter o mesmo impacto que o status conferido pela OIE, o reconhecimento nacional previsto para 2013 trará benefícios econômicos, garante o coordenador de aftosa do ministério. O principal deles seria a maior facilidade em transportar animais e carne das regiões “não livres” para o resto do país. Atualmente, os produtores de gado precisam seguir uma série de recomendações sanitárias, que encarecem o produto. “O animal que está em uma zona não livre, de médio risco ou alto risco, não pode entrar na zona livre, com ou sem vacinação. Para a carne de um animal que estava em uma zona de médio risco entrar em zonas livres, existe a necessidade de diversos processos que encarecem a carne como, por exemplo, a quarentena, exames e processamento da carne”,explica Lopes. Para que um Estado atinja um novo status, o pedido deve partir dele próprio, com a apresentação de um documento que garanta a existência de medidas de segurança adotadas para evitar o contágio.“Em Santa Catarina, o governo construiu 67 postos de fiscalização para evitar trânsito indevido de animais. Na zona livre sem vacinação, o animal não pode ser vacinado. Por isso, devem existir barreiras como os postos de fiscalização”, explicou Lopes. Atualmente, não existem pleitos nesse sentido, de acordo com ele. Não é prioridade do ministério, por enquanto, expandir o número de Estados que são livres de aftosa sem vacinação, classificação exigida por relevantes importadores de carne bovina, como Japão, Coreia do Sul e Indonésia. Hoje, apenas Santa Catarina detém esse status. O governo entende que essa decisão poderia criar “ilhas”dentro do país, restringindo a movimentação de animais e criando desvantagens econômicas para Estados que fazem fronteira com vários outros, como São Paulo e Minas Gerais. Para o diretor de saúde animal do Conselho Nacional de Pecuária de Corte (CNPC), Sebastião Guedes, “falta coragem” para outros Estados seguirem o exemplo dos catarinenses.“Todos querem ser livres sem vacinação, mas falta coragem. Tivemos isso em 2001, no Rio Grande do Sul, e foi um desastre”,recorda Guedes. Livres sem vacinação naquele ano, os gaúchos viram um surto de aftosa se alastrar a partir da fronteira com o Uruguai. Apesar de não avançar rumo às áreas sem vacinação, o combate à doença cresceu. Em 1998, a campanha de vacinação imunizou 83% das 158 milhões de cabeças pretendidas. Em 2011, essa taxa chegou a 97,9%, segundo o ministério. Fonte: jornal Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint. CENTRÍFUGA DECANTER CHIBRAS A SOLUÇÃO EFETIVA PARA A PRODUÇÃO DE SEBO BOVINO, GORDURA SUÍNA, ÓLEO DE AVES E FARINHA DE SANGUE A Chibrascenter é uma empresa 100 % nacional que se dedica a fabricação de Centrífugas Decanters para o processamento de subprodutos de origem animal. www.chibrascenter.com.br Coagulador contínuo de sangue animal Chibras O destino correto e econômico do sangue C M Y • Totalmente construído em aço inoxidável • Baixo consumo de vapor • Compacto e de fácil limpeza • Para operação contínua, com ou sem Decanter CM MY CY CMY K Reformas, manutenção e assistência técnica em Decanters de qualquer marca ou procedência, com qualidade e garantia comprovadas. Recomposição de roscas transportadoras com balanceamento eletrônico. Reparos em caixas de engrenagens e cicloredutores. Consulte-nos. Antes Depois A Chibrascenter é representante oficial da Tomoe para o Brasil e América Latina, tradicional fabricante de Centrífugas Decanters de grande porte e de alta tecnologia, especialmente voltadas em benefício do meio ambiente. www.tomo-e.co.jp CHIBRASCENTER SEPARADORES LTDA. São Paulo/SP – BRASIL - fone e fax: (55-11) 5521-3373 E-mail: [email protected] / Visite: www.chibrascenter.com.br Japan 25 Informe Publicitário 24 Kemin Nutrisegurança: parceria com a indústria de Graxaria para fornecer matéria-prima fresca e seguraem todo o mundo! Barb Howe PhD,P.A.S. / Gerente / América do Sul A indústria mundial de rações para pets utiliza materiais considerados “não comestíveis” ou “inaceitáveis” para consumo humano. Nas últimas 3 décadas este mercado sofreu transformações enormes pois o material “não comestível ” que no passado era considerado de baixo valor, tornou-se um importante centro de lucro para a maioria das empresas ligadas a produção de alimentos para animais. O crescimento global da indústria de rações para pets, propulsionado pelos Estados Unidos, União Europeia e Brasil, deu a indústria de graxaria uma via de escoamento para materiais que não podem ser usados na cadeia de alimentos humanos, mas podem ser usados com fonte de proteína e energia para nossos animais de estimação. Com esta mudança, surgiu a necessidade e foco na segurança e frescura desta matéria-prima. Se considerarmos que mais de 62% das famílias americanas possuem um animal doméstico (cerca de 72 milhões de famílias) chegamos a 78 milhões de cães e 82 milhões de gatos 1 e que no Brasil as famílias tem cerca de 30 milhões de cães e 18 milhões de gatos 2, torna-se claro que os pets são uma parte importante da vida nas Américas! Esta população cresceu consideravelmente com o passar dos anos e hoje não são mais considerados “animais”, mas membros da família. Esta mudança de paradigma levou os donos de animais a procurar alimentos de alta qualidade, nutritivos, deliciosos e preparados com ingredientes seguros e frescos. Qual a importância disto para indústria de graxaria? Oferece ao mercado de matéria-prima uma oportunidade de produzir produtos de alta qualidade e valor que diversificam seu portfólio e permite que a indústria cresça a cada ano. A segurança da matéria-prima é garantida de várias maneiras, entre elas o uso de antimicrobianos e antioxidantes de qualidade e eficazes. A proteção da segurança e frescura da matéria-prima durante o processamento, pós-processamento e para o usuário final (a empresa que produz rações para pets) exige parceria com uma empresa que possa prover esta competência. Kemin já trabalha com a indústria de processamento a décadas e tem parcerias globais que são essenciais para o fornecimento da melhor matéria-prima possível para o mercado de rações para pets. O processo de graxaria é vital para nosso ambiente e a empresas que produzem esta matéria-prima processada são especialistas. Usando os sistemas e soluções fornecidos pela Kemin , ou seja, otimização da umidade, antimicrobianos ou antioxidantes, esta parcerias garantem o crescimento e lucratividade do fornecedor de matéria-prima. O mercado brasileiro de rações para pets cresceu dramaticamente nos últimos dez anos. Na realidade, no presente, o mercado brasileiro de rações para pets é o de crescimento mais rápido do mundo e as vendas anuais de 2011 foram de mais de 6 bilhões de dólares sendo 69% deste valor originário de rações 2. Das 10 principais empresas fabricantes de rações para pets do mundo, 3 (30%) são brasileiras. Este crescimento fantástico continuará no futuro e o mercado exigirá a melhor matériaprima possível. Este crescimento oferece à indústria de graxaria brasileira uma oportunidade incrível de crescer e desenvolver ainda mais produtos premium de maior valor A Kemin testa mais de 10.000 amostras de farinhas de proteína e gorduras anualmente em todo o mundo. Esta frequência de testes deu a Kemin uma vantagem especial para compreender as matérias primas regional e globalmente. Monitorando os valores de peróxido, antioxidantes residuais e níveis de FFA em muitas amostras a cada ano somos capazes de detectar as tendências de qualidade e oferecer a nossos clientes soluções sobre a manutenção e aprimoramento de seus processos e produtos. Neste mercado brasileiro em mutação e expansão, a necessidade de especialistas e produtos de eficácia comprovada continua a crescer. A Kemin pode ajudar a fornecer soluções customizadas para sua empresa e seus consumidores. 1. APPA 2013. www.AmericanPetProducts.org 2. Pet Food Market in Brazil – An Expert’s View about Animal Food in Brazil, May 2012. www.globaltrade.net 27 Em Foco 1 26 anos foi muito rápida para que ficasse em equilíbrio com reportado vendas relativamente fortes neste ano, um dos a atual demanda de mercado. Isso resultou em um excesso dez principais players do mercado, a Optifood, recentemente de oferta no mercado doméstico da Tailândia e redução nas passou por problemas financeiros. Nos Estados Unidos, o receitas devido maiores custos dos grãos. principal desenvolvimento foi a venda da Perdue de sua O comércio global de carne de aves está sendo afetado planta de processamento de Alabama para a Wayne Farms. pelas condições econômicas fracas na Europa e na Ásia, No Brasil, o processo local de consolidação continua, com a bem como pela menor demanda de regiões importadoras fusão recentemente anunciada entre Avarama e BR Frango, importantes, como Japão, Hong Kong e Arábia Saudita. Essas enquanto o JBS comprou a companhia de frango médio três regiões também têm programas locais de expansão: a porte, Agrovêneto. indústria avícola do Japão se recuperou totalmente dos danos do terremoto de 2011, a demanda de importação de negativos nas principais regiões produtoras do mundo Hong Kong tem pressionado a expansão da produção local e, então, dependerá da redução de produção e da melhor e a China e Arábia Saudita têm um grande programa para produção agrícola. Do lado positivo, a menor produção de dar suporte à produção local. carne bovina nos Estados Unidos e suína na Europa poderão A lucratividade em 2013 vai começar em patamares O monitor comercial do Rabobank do terceiro trimestre fornecer alguma proteção de preços para o mercado global indica que o comércio global nesse trimestre caiu 4% de frango, mas como é previsível, o preço da carne frango comparado com o mesmo período do ano anterior. Essa depende de sua oferta e demanda. é a primeira vez que o comércio caiu com relação ao ano anterior desde 2008. Os três principais exportadores de carne de aves – Brasil, Estados Unidos e UE – deverão ser afetados, com quedas de 3% a 5%. Somente a Tailândia está mostrando um crescimento no volume de exportação, mas os preços estão fracos devido à situação de excesso de oferta no país. O investimento da indústria em geral e sua expansão está atualmente focado em novos projetos nos mercados emergentes. A Brasil Foods recentemente anunciou planos Mercado global do frango tem más perspectivas ainda em 2013 O mercado global de carne de aves está enfrentando como o excesso de oferta e restrições do Governo referente os mesmos desafios do trimestre anterior: o alto custo dos ao fechamento de plantas, a fragmentação da indústria. grãos (alimentos para animais). Em grande parte do mundo as margens estão sob pressão, tornando-se negativas no o dos Estados Unidos, da União Europeia (UE), da Tailândia quarto trimestre de 2012 e aproximando-se de 2013. De e da África do Sul. Os Estados Unidos recentemente forma geral, há previsões de que as condições em 2013 começaram a fazer cortes na oferta. Esse também é o caso serão melhores – ou, pelo menos, não tão ruins comparadas da UE, apesar dos níveis das margens não estarem tão com a última crise, devido aos preços melhores. fracos como nos Estados Unidos em 2011. A maioria das Os mercados avícolas mais prejudicados atualmente são Oscilações de rentabilidade são um problema constante companhias avícolas está ainda obtendo margens EBITDA para a indústria, que também passou por aumento similar positivas, apesar dos níveis terem caído de médias históricas no custo dos alimentos para animais em 2008 e 2010. de 6%-7% para apenas 4%-5. Principalmente nos países desenvolvidos, a indústria não consegue repassar aos consumidores estes maiores custos. frango importado da UE, com forte queda nos preços locais. Outros fatores também contribuem para a má situação, A expansão da produção da Tailândia nos dois últimos A África do Sul está atualmente com alto volume de de construir uma planta de processamento na China, com seu sócio em Hong Kong, DCH, enquanto outras companhias como Marfrig, Tyson, CP e Cargill anunciaram grandes programas de expansão da produção na China. Embora a maioria das companhias russas tenham Fonte: Rabobank PoultryQuarterly, (quarto trimestre), traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint. 29 Em Foco 2 28 Produção em 2004 Produção em 2011 Bovinos - efetivo dos rebanhos 97.600 cabeças Bovinos - efetivo dos rebanhos 104.500 cabeças Suínos - efetivo dos rebanhos 7.700 cabeças Eqüinos - efetivo dos rebanhos 2.100 cabeças Eqüinos - efetivo dos rebanhos 2.350 cabeças Bubalinos - efetivo dos rebanhos 100 cabeças Asininos - efetivo dos rebanhos 10 cabeças Asininos - efetivo dos rebanhos 15 cabeças Muares - efetivo dos rebanhos 180 cabeças Muares - efetivo dos rebanhos 180 cabeças Bubalinos - efetivo dos rebanhos 60 cabeças Suínos - efetivo dos rebanhos 6.350 cabeças Coelhos - efetivo dos rebanhos - cabeças Caprinos - efetivo dos rebanhos 150 cabeças Ovinos - efetivo dos rebanhos 370 cabeças Ovinos - efetivo dos rebanhos 750 cabeças Galinhas - efetivo dos rebanhos 28.500 cabeças Galos, frangas, frangos e pintos - efetivo dos rebanhos 23.600 cabeças Galos, frangas, frangos e pintos - efetivo dos rebanhos 41.500 cabeças Galinhas - efetivo dos rebanhos 16.400 cabeças Dados do IBGE: Pecuária avança, mas cai suinocultura e avicultura E ntre 2004 e 2011, muita coisa aconteceu no setor produtivo do município de Iporá. O OG, fazendo uso de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE,) fez uma análise sobre o assunto. O que se constata é que a pecuária passou por um incremento. Nada porém, de tão expressivo. Em seis anos o rebanho bovino do município aumentou 6,6%. O rebanho que era de 97.600 cabeças em 2004 passou para 104.500 cabeças em 2011. Junto com esse incremento veio um aumento na produção de leite. O município de Iporá, em 6 anos, aumentou o rebanho de assininos, caprinos, bubalinos e ovinos. Houve incremento na produção de mel. Mas vários itens do setor produtivo passaram por retrocesso. Decresceu o número de aves e a produção de ovos. A produção de arroz de casca caiu drasticamente. Em 2004, produziu 460 toneladas. Em 2011, isso caiu para 270 toneladas. No período a produção de feijão praticamente zerou. Em 2004 ainda produziu 20 toneladas. A produção de milho aumentou. Foi de 4.500 toneladas em 2004 e, em 2011, de 5.400. Veja o quadro produtivo em dois tempos diferentes (anos de 2004 e 2011) Codornas - efetivo dos rebanhos 270 cabeças Codornas - efetivo dos rebanhos 260 cabeças Caprinos - efetivo dos rebanhos 70 cabeças Coelhos - efetivo dos rebanhos - cabeças Vacas ordenhadas - quantidade (cabeças) 16.000 cabeças Vacas ordenhadas - quantidade 16.100 cabeças Leite de vaca - produção - quantidade (mil litros) 17.650 mil litros Ovinos tosquiados - quantidade - cabeças Ovinos tosquiados - quantidade (cabeças) - cabeças Leite de vaca - produção - quantidade 19.680 Mil litros Lã - produção - quantidade (kg) - kg Ovos de galinha - produção - quantidade 100 Mil dúzias Casulos do bicho-da-seda - produção - quantidade (kg) - kg Ovos de codorna - produção - quantidade 1 Mil dúzias Ovos de galinha - produção - quantidade (mil dúzias) 175 mil dúzias Mel de abelha - produção - quantidade 5.100 Kg Ovos de codorna - produção - quantidade (mil dúzias) 1 mil dúzias Casulos do bicho-da-seda - produção - quantidade - Kg Mel de Abelha - produção - quantidade (kg) 2.600 kg Lã - produção - quantidade - Kg Arroz em casca / toneladas - 460 Arroz em casca / toneladas - 270 Feijão em grão - 20 toneladas Feijão em grão - nenhuma produção Milho em grão - 4.500 toneladas Milho em grão - 5.400 toneladas Fonte: Oeste Goiano 31 Em Foco 3 30 farinhas e preparações (60,3%; de US$ 4,16 bilhões para US$ 6,67 bilhões); fibras e produtos têxteis (20,7%; de US$ 2,17 bilhões para US$ 2,62 bilhões); e animais vivos (30,7%; de US$ 492 milhões para US$ 643 milhões). O milho contribuiu como destaque para o aumento das vendas - que dobraram - passando de US$ 2,63 bilhões em 2011 para US$ 5,29 bilhões (US$ 2,66 bilhões), aumento de 101,5%. A quantidade embarcada subiu de 9,46 milhões de toneladas em 2011 para 19,78 milhões de toneladas em 2012 (109,1%). Outro produto que se manteve em alta em 2012 foi a soja em grão. As exportações subiram de US$ 16,31 bilhões para US$ 17,45 bilhões (US$ 1,14 bilhão). A quantidade embarcada permaneceu praticamente a mesma de 2011, com cerca de 33,0 milhões de toneladas. Valor das exportações de carne bovina foi recorde em 2012 - A carne bovina registrou alta de 7,39%, com aumento das vendas de US$ 5,35 bilhões em 2011 para US$ 5,74 bilhões em 2012 (US$ 395,4 milhões), com valor recorde. Houve elevação da quantidade exportada: de 1,09 milhão de toneladas para 1,24 milhão de toneladas (13,4%), enquanto o preço médio de exportação caiu 5,3%. As exportações de animais vivos cresceram 30,7%, o que representa 10% das compras de carne. O fumo também teve aumento de US$ 2,94 bilhões para US$ 3,26 bilhões (+US$ 322 milhões). Já as Exportações do agronegócio registram maior valor da história A s exportações brasileiras do agronegócio de 2012 somaram o valor recorde de US$ 95,81 bilhões, o que representou incremento de cerca de 1% (US$ 846 milhões) em relação a 2011, quando as exportações atingiram US$ 94,97 bilhões. Já as importações chegaram a US$ 16,41 bilhões, número 6,2% inferior a 2011. O saldo da balança comercial foi recorde, de 79,41 bilhões. As informações são da Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a partir dos dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). “Os números comprovam a força do agronegócio brasileiro. O país está cada vez mais competitivo internacionalmente e continuaremos trabalhando, ao lado dos produtores, na busca de novos mercados”, destacou o Ministro Mendes Ribeiro Filho. Segundo ele, a economia nacional depende dos bons resultados do agronegócio para manter o Brasil entre as principais potências econômicas mundiais. Em 2012, as vendas externas foram influenciadas pela redução dos valores de mercado dos principais produtos exportados pelo Brasil, em função da crise econômica mundial. Os preços caíram, em média, 7,1%, enquanto o peso total exportado em produtos do agronegócio teve aumento de 8,6%. Os setores que tiveram maior crescimento de vendas foram o complexo soja (8,2%; de US$ 24,14 bilhões para US$ 26,11 bilhões), seguido por fumo e seus produtos (11,0%; de US$ 2,94 bilhões para US$ 3,26 bilhões); cereais, vendas externas de álcool subiram 46,6% (US$ 694 milhões), com acréscimo da quantidade embarcada de 1,57 milhões de toneladas para 2,48 milhões de toneladas (57,5%). Mercados - A China continua sendo de forma crescente o principal destino dos produtos do agronegócio brasileiro, passando de 17,4% para 18,8%, com US$ 17,975 bilhões em compras em 2012. Em seguida, aparecem Estados Unidos (US$ 7 bilhões), Países Baixos (US$ 6,12 bilhões), Japão (US$ 3,5 bilhões) e Alemanha (US$ 3,1 bilhões). Destacam-se o crescimento das exportações para nações da Ásia: Coreia do Sul (40,9%), Taiwan (35,9%), Tailândia (13,5%), China (8,9%), Hong Kong (6,6%) e Japão (0,2%). Juntos, os asiáticos expandiram as aquisições em US$ 3,59 bilhões. A Coreia do Sul ampliou suas aquisições em US$ 637,60 milhões em 2012, cifra registrada em função da elevação das vendas de milho ao país, que subiram de US$ 37,20 milhões para US$ 701,12 milhões. As vendas do cereal e da soja em grão também possibilitaram um forte crescimento das vendas para Taiwan. Além dos países asiáticos, h ouve elevação das vendas para: Egito (12,9%); Emirados Árabes (7,9%); Estados Unidos (2,6%); e Arábia Saudita (0,1%). Fonte: Mapa 33 Em Foco 4 32 respaldo de manter seu status de risco insignificante para vaca louca. Assumindo que as barreiras serão levantadas e os impactos serão pequenos, quais lições devem ser aprendidas com esse caso? O primeiro alerta é que defesa sanitária não é brinquedo. O país tem regulamentações avançadas, mas precisa investir pesado para controlar certas doenças e manter-se livre de outras (como é o caso da vaca louca), construir laboratórios modernos e investir em pessoal qualificado, ter capacidade de resposta rápida e consistente. A pujança da agropecuária brasileira não é vista com bons olhos por muita gente, e a criatividade de certos países para impor barreiras ao comércio é enorme. Nessa linha, a capacidade de negociar acordos sanitários, de fazer análises de risco, de manter adidos agrícolas em paíseschave e questionar barreiras injustas são apenas alguns pontos fundamentais para manter esse potencial. O desafio de agregar valor aos produtos do agronegócio por meio da exportação de carnes é outro ponto. O argumento de que poucos países são provedores de proteína animal e, por isso, os compradores precisam do Brasil cai por terra nas crises sanitárias. Vale lembrar que Lições da vaca louca A s barreiras sanitárias contra a carne bovina brasileira por causa de um animal que morreu no fim de 2010 com suspeita da doença da vaca louca não possuem fundamentos científicos e podem ser facilmente questionadas na Organização Mundial do Comércio (OMC). O animal não morreu em decorrência da doença. Na realidade, os exames detectaram uma forma de proteína, conhecida como príon, que causa a doença da vaca louca. Na literatura, esses casos são tratados como atípicos, e não justificam restrições ao comércio para proteger a saúde dos animais e dos consumidores. Japão, Arábia Saudita, África do Sul, Coreia do Sul, China e Taiwan restringiram a carne de todo o país, enquanto Jordânia e Líbano barraram a carne do Paraná. O Peru adotou uma barreira de três meses e o Chile proibiu a compra de farinha de carne e de osso. Esses mercados representam aproximadamente 5% das exportações e não devem causar impactos significativos, até porque se espera uma solução rápida e consensual. O Ministério da Agricultura seguiu os protocolos internacionais, comunicou o caso à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), e agora trata as restrições com o em 2003 os Estados Unidos exportavam 1,14 milhão de toneladas de carne bovina e o caso de vaca louca derrubou as exportações para meras 209 mil toneladas em 2004. A capacidade de intensificar a produção de carne, liberar pastos para outras culturas, cuidar das questões logísticas, equacionar a demanda por milho e farelo, adotar práticas que permitam aumentar a produtividade e conservar os recursos naturais são desafios da agropecuária brasileira. Mas de nada adianta vencê-los sem investir com a mesma seriedade nas questões sanitárias. Os dados finais de 2012 deverão recolocar o Brasil como maior exportador de carne bovina, na casa de 1,25 milhão de toneladas. Espera-se que o caso atípico de vaca louca sirva de lição. O país felizmente é livre desta e de outras doenças que já devastaram a agropecuária de muitos países, e continuar assim é um desafio constante que dependerá da capacidade brasileira de enxergar e tratar a defesa sanitária como assunto prioritário da agenda agropecuária. Rodrigo Lima, advogado, é gerente-geral do Instituto de Estudos do Comércio e Negociações Internacionais (Icone). Fonte: Icone 35 Em Foco 5 34 da cadeia produtiva. Estarão reunidas no mesmo evento iniciativas pioneiras, como os projetos Comprador e Imagem, realizados com o apoio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil), com a proposta de apresentar para jornalistas, representantes de associações de consumidores e potenciais compradores estrangeiros a qualidade, sanidade e sustentabilidade da avicultura brasileira; o Projeto Produtor, que leva ao evento produtores de vários polos de produção do Brasil; assim como o Projeto Estudante, que aborda o futuro profissional da cadeia produtiva. Esse ambiente de negócios receberá lideranças nacionais e internacionais, presidentes de empresas, responsáveis pelas áreas comerciais, compradores e técnicos, entre vários outros elos da cadeia produtiva. Segundo o presidente da UBABEF, Francisco Turra, o 23° Congresso e Feira da Avicultura Brasileira desenvolverá, ainda, mais ações voltadas para públicos diversos relacionados à produção avícola. A proposta é tornar o evento mais plural, unindo todos os elos da cadeia produtiva, buscando visitantes do mercado interno e externo. “Nosso objetivo é expandir o leque de atuação do evento, ressaltando seu papel institucional de fomento a novos negócios em prol do desenvolvimento da avicultura brasileira”, destaca Turra. UBABEF promove em agosto o Salão Internacional da Avicultura A União Brasileira de Avicultura (UBABEF) promove, entre os dias 27 e 29 de agosto, no Anhembi, em São Paulo (SP), o Salão Internacional da Avicultura (SIAV), um dos maiores eventos do setor avícola mundial, que terá como tema “Menos Impostos, Mais Alimentos”. O Salão, principal encontro comercial, técnico e político realizado no Brasil, contará com uma feira com os representantes da cadeia produtiva e somará, ainda, em sua programação a 23ª edição do Congresso Brasileiro de Avicultura. Considerado “o evento oficial da avicultura brasileira”, o congresso e a feira da UBABEF repetirão o sucesso de 2011, unindo os elos da cadeia produtiva em um grande encontro político, técnico e comercial, com a presença de autoridades, líderes, empresários, técnicos, compradores, consultores e pesquisadores. Uma rica programação de palestras com especialistas de renome internacional e temas com foco técnico e políticoempresarial dividirão espaço com a maior feira do segmento avícola, com mais de 30 agroindústrias produtoras de frangos e ovos, equipamentos para granjas e processadoras de corte e postura, indústrias farmacêuticas, produtoras de rações, casas genéticas, consultorias, entre outras empresas SALÃO INTERNACIONAL DA AVICULTURA (SIAV ) O evento oficial da Avicultura Brasileira! De 27 a 29 de agosto de 2013 Anhembi – SP Saiba mais: União Brasileira de Avicultura - UBABEF Av. Brigadeiro Faria Lima, 1912 Conj. 20-L 20º andar Jardim Paulistano CEP: 01452-922 - São Paulo - SP Fone: (11) 3031-4115 www.ubabef.com.br [email protected] www.blogdofranciscoturra.com.br http://twitter.com/ubabef_oficial Assessoria de Comunicação: Marilia Ferreira Tel.: (21)2509-5399 37 Em Foco 6 36 Atuação da Fiesp promove o crescimento das Micro, Pequenas e Médias Indústrias O Departamento da Micro, Pequena e Média Indústria – DEMPI da FIESP, atua em diversas frentes para apoiar e desburocratizar o dia-a-dia das micro, pequenas e médias empresas, que hoje, representam 99% das que contribuem com mais de 20% do PIB Nacional, e empregam mais de 67% da mão-de-obra. Com parcerias junto aos órgãos federais, estaduais e municipais, bancos públicos e privados, universidades, institutos de pesquisas, entre outros, e atendendo demandas setoriais dos Sindicatos Filiados e das indústrias paulistas, estamos trazendo resultados concretos para este segmento. Estes resultados já puderam ser percebidos nas ações de: Aprovação da Lei Geral; Convênios bancários; Salas de Crédito conjuntas entre agentes financeiros e o BNDES; Facilitação do licenciamento ambiental; Cursos com Universidades; ferramentas de apoio ao empreendedorismo, etc Mas, o nosso desafio é ampliar cada vez mais o apoio a este segmento, visando serem mais competitivos, e também atuar no mercado internacional. Hoje, não basta abrirmos a empresa, precisamos melhorar ainda mais a sua gestão e fomentar o acesso à inovação, porque se assim não fizer a empresa ficará para trás. E para estarmos mais próximos dos nossos empresários, promovemos o programa “Atendimento Fiesp para Micro, Pequena e Média Indústria”, que através de parceiros, estamos presentes em eventos setoriais dos Sindicatos e regionais, como feiras, seminários e encontros. Neste ano, iremos ampliar ainda mais as parcerias com as Universidades/Institutos incentivando ainda mais a capacitação empresarial e a sinergia entre Universidade e Empresa, teremos novos programas de crédito, promoveremos o acesso a novos mercados e oportunidades de negócios, fomentando e divulgando o Programa de Compras Governamentais e no âmbito internacional buscaremos mercados que tenham demanda e facilidade de acesso às nossas empresas, entre outras. A FIESP/DEMPI, estará presente na 8ª FENAGRA - Feira Internacional de Graxarias, onde os empresários poderão apresentar suas necessidades técnicas e gerenciais e conhecer as ferramentas disponíveis que irão apoiá-los na solução de suas demandas. Milton A. Bogus é Diretor Titular do Departamento da Micro, Pequena e Média Indústria da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo - FIESP 39 Em Foco 6 38 As novidades da 8ª edição Desta vez o setor de Reciclagem de Resíduos de Origem Animal se reunirá na cidade de Campinas (SP). A novidade trará benefícios para expositores, congressistas e visitantes Por: Lia Freire N o mundo dos negócios, inovação e flexibilidade são aspectos imprescindíveis para a evolução e a Editora Stilo partilha deste mesmo princípio em sua atuação, o que justifica as mudanças e adaptações pelas quais o seu evento técnico, FENAGRA - Feira Internacional das Graxarias vem se submetendo. A fim de aprimorá-lo e atender as reais necessidades do mercado decidiu-se nesta oitava edição realizá-lo na cidade de Campinas (SP), que está a 92 km de distância de São Paulo. A região é o maior pólo tecnológico da América Latina, alia na atualidade diferentes competências e dinâmicas: cidade de serviços, de comércio tradicional, de produção agrícola, de geração de ciência e tecnologia. Campinas é considerada o terceiro maior centro industrial do país (atrás da região metropolitana de São Paulo e Rio de Janeiro), gerando 3% do PIB brasileiro. E não são apenas estes atrativos que levaram o evento para a região. “Mais de cinquenta graxarias estão localizadas no interior de São Paulo, centenas de fábricas de ração animal estão situadas na proximidade de Campinas e na própria cidade, ou seja, o deslocamento para a feira além de economicamente ser mais atraente, favorece também a logística, o que certamente irá contribuir para um número maior de visitantes. Ainda em termos financeiros, a 8ª FENAGRA terá um custo inferior para os expositores com a isenção de taxas municipais. Para quem necessitar hospedar-se na região, a rede hoteleira é extensa e os valores também mais baixos do que na cidade de São Paulo. Além disso, o pavilhão onde será realizada a feira – Via Appia Eventos – está apenas a 7 km do centro de Campinas e próximo dali há o Aeroporto Internacional de Viracopos – Campinas. Por todas estas razões acreditamos que a mudança seja benéfica e o retorno do mercado está sendo bastante positivo”, afirma Daniel Geraldes, diretor da Editora Stilo. A edição 2013 da FENAGRA será realizada entre os dias 24 e 25 de abril e mais uma vez além de reunir os principais fornecedores de tecnologias, novidades e tendências para as indústrias de ração animal, cosméticos, produtos de higiene e limpeza, biodiesel, entre outros, sediará o 12° Congresso Internacional de Graxarias (SINCOBESP – Sindicato Nacional dos Coletores e Beneficiadores de Subprodutos de Origem Animal e da ABRA – Associação Brasileira de Reciclagem Animal); a 3ª Expo Pet Food, que trará os principais fornecedores de rações, equipamentos, embalagens, insumos e demais itens voltados à nutrição animal, além do V Congresso Internacional e o XII Simpósio sobre Nutrição de Animais de Estimação, estes dois últimos organizados pelo CBNA – Colégio Brasileiro de Nutrição Animal. Informações poderão ser obtidas por meio do endereço eletrônico da Editora Stilo www.editorastilo.com.br ou no email [email protected]. 40 41 De Olho no Mercado Grupo BC Organizações Empresariais Baltazar de Castro Ano novo, novos desafios C Higiene e Limpeza Nutrição Animal Gordura Animal Produtos de Higiene e Limpeza Sabão e Derivados Farinha de Carne Esterilizada Farinha de Sangue Farinha de Ossos Calcinado Farinha de Penas Farinha de Vísceras Farinha de Peixe Sebo Industrial Óleo de Frango e Óleo de Peixe M Y CM N esta primeira edição da coluna, de olho no mercado, do ano de 2013 gostaria de cumprimentar e agradecer a todos os leitores que nos acompanham nesta revista de grande importância para nosso setor e desejar que este ano, que esta começando, seja próspero e produtivo para todos os leitores. Gostaria de começar falando de alguns rumores que vem dos EUA onde a indústria petrolífera do País está se unindo, para em conjunto lançar uma campanha contra os Biocombustíveis, com foco principal nos países produtores da América Latina. Este grupo estaria disponibilizando alguns milhões de dólares, segundo informações, para que fosse lançada esta campanha na mídia a nível mundial. Estas campanhas tratariam o tema Alimentos x Biocombustíveis. É esperar para ver qual será a reação do nosso Governo que também investe milhões de reais na exploração do pré-sal abdicando de investimentos no Biocombustível. Como sempre o ano começa com uma tendência de queda no setor, com a safra da soja que está iniciando e os preços do óleo de soja (bruto e degomado) já começaram a cair mesmo que lentamente, mas de qualquer maneira afetando o mercado de sebo devido à migração de algumas usinas de biodiesel do sebo para a soja como matéria prima principal neste período. Isto faz com que a oferta de sebo MY CY no mercado aumente e consequentemente ocorra uma baixa nos preços. No mercado de farinhas não é diferente, visto que a oferta de farelo de soja é grande nesse período e neste caso a queda deve ser mais acentuada. No caso do mercado de farinhas outra preocupação é a crise financeira que algumas empresas do setor de avicultura e Pet estão enfrentando. Neste período os atrasos constantes causam desconfiança por parte dos fornecedores, inclusive alguns enfrentando dificuldades por meio desta inadimplência dos clientes. Podemos enfrentar uma crise no setor se nada for feito para amenizar a crise sentida na avicultura nos últimos meses. Já no primeiro semestre do ano passado a crise era mais acentuada na suinocultura, principalmente no sul do País, que gerou uma onda de inadimplência no mercado, tendo inclusive alguns grandes criadores encerrado as atividades. Espero que ocorra uma intervenção rápida na Avicultura para que o mesmo não aconteça. A abertura de novos mercados para exportação do produto pode ser uma saída. Até já J. Moreira Gestor Ambiental CMY K BC Participações e Empreendimentos Goiânia (GO) - Administração Geral Fone: (62) 3243-5100 Transportadora Sta Edwiges Reciclagem - Amiga da Natureza [email protected] [email protected] Repar [email protected] [email protected] ReBras - Reciclagem Brasileira de Resíduos Animais [email protected] [email protected] Sabao Geo [email protected] [email protected] [email protected] Nordeste Industrial [email protected] AR Nutrição Animal [email protected] [email protected] [email protected] D Capa 42 Insumos e matérias-primas Foco na alta eficiência Por: Lia Freire Importantes parceiros das graxarias, os fornecedores de insumos e matériasprimas buscam o aprimoramento em seus processos e produtos e acordo com dados divulgados no 1º Diagnóstico da Indústria Brasileira de Reciclagem Animal pela ABRA – Associação Brasileira de Reciclagem Animal, os abatedouros, frigoríficos e açougues geraram em 2010, aproximadamente 65 kgs de ROAs – Resíduos de Origem Animal – não destinados ao consumo humano, para cada brasileiro. Estes resíduos foram processados, tratados, estabilizados e reaproveitados, tanto na própria cadeia de produção da carne como em outros setores, como o de higiene e energia (biocombustíveis). Mediante estes dados calcula-se que o Brasil processou, em 2010, aproximadamente 12,4 milhões de toneladas de ROIs, gerando cerca de 5,4 milhões de toneladas de farinhas e óleos, produtos nobres, ricos em energia, proteínas e minerais. É na fase do processamento e tratamento destes resíduos que são usadas matérias-primas e insumos para que os produtos estejam adequados para a utilização industrial. De acordo com Ricardo Ferrari Sales, executivo da Kemin, os clientes têm solicitado insumos com alta eficiência, que mantenham a estabilidade de seus produtos, que estes estejam livres de resíduos e a custos competitivos, o que é conseguido normalmente com blends de diversos princípios ativos. Destaca ainda que muitos mercados têm restringido o uso de alguns princípios ativos como o etoxiquim em antioxidantes e de formaldeido em antisalmonela.“O aumento da qualidade e também da segurança têm sido aspectos cada vez mais determinantes para os consumidores finais e isso se repete ao longo da cadeia, com todos os fornecedores de insumos”, observa Sales. Em 2013, a Kemin promete novas soluções para atender às necessidades do mercado, tanto com relação à estabilização de farinhas e óleos, quanto no controle de salmonela, entre outras demandas. “A Kemin possui uma série de divisões que atuam em diferentes segmentos. No entanto, temos focado no mercado de farinhas e óleos, além de rações comerciais e pet. Aumentamos nossos recursos disponibilizados para o setor de ingredientes/ insumos, inclusive com o lançamento de antioxidantes e antifúngicos para farinhas de origem animal”, explica Sales. A companhia segue investindo em seus laboratórios localizados no Brasil e Estados Unidos e assim conta com um dos maiores banco de dados do mundo, que os torna capazes de desenvolver produtos com ótimo desempenho, transmitindo confiança e segurança aos seus clientes. “Nossos esforços estão voltados para estarmos mais 43 “Neste ano teremos novidades como o adsorvente a base de silicato natural para a purificação do biodiesel”, Marcus Dore, da Oil-Dri. próximos dos clientes, com produtos, equipamentos, laboratório e serviços de alta qualidade, oferecendo-lhes um suporte ainda mais abrangente, auxiliando-os a produzir os melhores produtos com um excelente custo-benefício”, afirma o executivo da Kemin. Presente no mercado brasileiro desde o ano 2000, por meio da representação da Aboissa, a Oil-Dri Corporation of America, que atende a 70 países, é produtora de uma ampla gama de adsorventes naturais e produtos minerais. Seus principais mercados são a purificação de óleos e gorduras vegetais, animais e minerais, a indústria de ração animal (fornecendo adsorventes de micotoxinas), purificação de QAV, agricultura (melhoramento de solo), adsorventes industriais para controle ambiental, argilas sanitárias para gatos e carriers para pesticidas e herbicidas. No entanto, dentre os insumos oferecidos pela empresa, os que vêm obtendo uma maior demanda são as argilas para branqueamento de óleos e gorduras animais. De acordo com a empresa, isso se deve em virtude da alta atividade da indústria, impulsionada pela demanda interna, pelo biodiesel e, também, graças aos acordos internacionais que a Oil-Dri fechou recentemente com as principais produtoras multinacionais. E, novidades para 2013 chegarão em 45 Capa 44 No nononono No nononono No nononono No nononono No nononono No nononono No nononono No nononono No nononono breve ao mercado, como um novo adsorvente a base de silicato natural para a purificação do biodiesel. “Investimos cerca de U$ 40 milhões em nossa fábrica nos Estados Unidos para a implantação desta nova linha e para a ampliação de capacidade de produção”, informa Marcus Dore, gerente no Brasil da Oil-Dri. A companhia possui um Centro de Pesquisas e Desenvolvimento no Estado de Ilinois (EUA), que conta com 25 PhD’s considerados na indústria como “State of the Art”. “Nosso Innovation Center fornece suporte à nossa produção e assistência permanente aos clientes, em todo o mundo”, acrescenta o executivo. Além de oferecer consultoria nas exportações e em investimentos, a corretora Uniamerica também disponibiliza variedade de insumos, tais como, óleos vegetais, sebo bovino, glicerina e ácidos graxos aos clientes dos ramos alimentício, cosmética e household. A empresa segue investindo em serviços ainda mais personalizados comandados por especialistas que buscam novas tecnologias e matérias-primas de maior rentabilidade. “Observamos, independente do segmento de negócios, que há uma forte procura por insumos sustentáveis. Somado a isso, as empresas estão investindo em processos produtivos ecológicos, resultando em atuações ecologicamente corretas”, analisa Carlos Eduardo O. Alexandre, diretor da Uniamerica. O executivo acrescenta que, de modo geral, fornecedores de insumos e matérias-primas buscam continuamente a qualidade. “Quanto menor a margem de produtos que estejam fora das especificações, mais simplificado e automatizado tornar-se-á os processos produtivos das empresas.” Um acidificante para água de bebida, um gel para nutrição e hidratação de suínos, antioxidantes a base de compostos naturais e duas novas formulações para o controle bacteriano, especialmente da salmonella em matérias-primas e rações, são as novidades que a Eurotec Nutrition apresentará em 2013. Também para este ano está prevista a ampliação da unidade em Palhoça (SC). Uma área de 3.250 m2 que se somará à estrutura existente, aumentando a capacidade de produção e armazenagem. Está prevista ainda, a fabricação, no Brasil, de dois novos produtos nutricionais, que atualmente são importados. “Acreditamos que permanecerá a preocupação pelo aumento de algumas matérias-primas, especialmente as de origem vegetal, o que por outro lado, possibilitará o uso de “novos” aditivos que otimizam sua eficiência”,analisa Guillermo A. Vieira, diretor geral da Eurotec. Para o desenvolvimento dos seus aditivos e dependendo do tipo, a empresa trabalha em várias frentes. A companhia realiza uma pesquisa complementar própria e outra em associação com universidades e empresas parceiras como o Grupo Ferrer, da Espanha; Delacon, da Áustria e Land’O Lakes, dos Estados Unidos. Todos os trabalhos relacionados ao desenvolvimento de novos produtos retornam aos testes nas universidades e/ou centros de pesquisa para confirmar seus resultados, em condições locais, antes de serem lançados. A Eurotec também mantém parcerias “Observamos, independente do segmento de negócios, que há uma forte procura por insumos sustentáveis”, Carlos Eduardo O. Alexandre, da Uniamerica. No nononono No nononono No nononono No nononono No nononono No nononono No nononono No nononono No nononono Capa 46 47 com as Universidades Federais de Santa Catarina e de Santa Maria, Universidade de Viçosa e a Embrapa. Muitos dos trabalhos de pesquisa contam com a participação da equipe técnica da Eurotec, seja no Brasil ou exterior, alguns destes trabalhos possuem publicação em nível mundial. São vários os aditivos que se destacam no portfólio da Eurotec, dentre eles os programas de antioxidantes (Eurotiox), antifúngicos (Euromold) e antisalmonela (Bactiguard e Euroguard), para as distintas matérias-primas, farinhas, premixes e rações, há aditivos fitogênicos melhoradores de desempenho (Biostrong, Fresta e Aromex) e flavorizantes (Euroarom). A Eurotec reforça a questão da qualidade em seus produtos e nos processos produtivos, assegurada em virtude das Boas Práticas de Fabricação (BPF) e Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC). Além de atender estas exigências, trabalha em parceria com o SENAI na implementação e certificação do Sistema de Gestão Integrado, que compreende as ISO’s 9001, 14001 e 22000 em forma simultânea, como também no desenvolvimento de ferramentas de auxílio aos clientes na implementação da BPF em suas fábricas.“Para atendermos todas estas exigências, contamos ainda com um sistema de produção de aditivos, na unidade fabril, totalmente automatizada e com excelente rastreabilidade”,destaca Guilhermo. A aposta nos antioxidantes naturais Os antioxidantes livres de etoxiquim e os eliminadores de salmonella sem a presença de formaldeído, ou seja, aditivos menos agressivos, que não fazem mal à saúde dos seres humanos e animais, também vêm apresentando aumentos significativos nas vendas da Nutract, reforçando a tendência de mercado observada há anos na Europa e EUA, e que hoje também faz parte da demanda brasileira. “Investimos em torno de R$ 1.000.000,00 em melhorias no processo de fabricação, com readequação da capacidade de produção e automação total do processo produtivo”, Mauricio Marcos, da Nutract. Todo o processo de desenvolvimento dos insumos e matériasprimas da empresa acontece a partir da necessidade do mercado. O setor de P&D é responsável por transformar a demanda do campo em um produto comercial, que tenha eficiência e custo adequado. “Antes de lançarmos qualquer produto, realizamos testes laboratoriais e, posteriormente, testes industriais em clientes parceiros. Partindo do princípio que a qualidade do produto não é mais um diferencial, acreditamos que as principais preocupações dos nossos clientes estejam relacionadas à prestação de serviços, manutenção preventiva e o acompanhamento dos sistemas de dosagem. Por conta disso, investimos pesado em equipe e equipamentos”, explica Mauricio Marcos Junior, executivo da Nutract Agroindustrial Ltda. A companhia pretende investir em torno de R$ 1.000.000,00 em melhorias no processo de fabricação, com readequação da capacidade de produção e automação total do seu processo produtivo. Os aditivos para desempenho e os de preservação e estabilização de produtos, como antifúngicos, antioxidantes e ácidos orgânicos são os mais procurados pelos clientes da Nutriad. A empresa trabalha com pesquisa de princípios ativos naturais para desenvolver itens seguros para toda a cadeia produtiva, desde quem manipula na graxaria ou fábrica de ração até o consumidor final. Aliado a isso, a cada dia percebe-se no mercado a exigência por preços menores e produtos modernos e eficientes, ao mesmo tempo, que boa parte destes aditivos começam a se tornar commodities, observa Newton Padovani, responsável pela área de marketing e comunicação da empresa. Este cenário tem como pano de fundo a necessidade de se produzir ração a baixo custo, forçando o mercado de reciclagem animal a oferecer produtos mais baratos, porém saudáveis, biologicamente seguros e duráveis. Compartilhando da mesma opinião sobre as tendências em termos de insumos e matérias-primas, Padovani lembra que pelo fato do Brasil ser um dos principais exportadores mundiais de carne, vem se guiando pelas exigências internacionais de controle de qualidade.“Em vários países da comunidade europeia o uso de formaldeído não é autorizado, por isso, para continuar exportando para estes países é fundamental a adaptação. Outra tendência que se solidifica é a utilização de produtos livres de etoxiquim em alimentos para cães e gatos. Embora não haja uma lei que proíba o uso neste tipo de ração no Brasil, os produtores já estão se adequando as exigências, que também vêm do mercado europeu. É importante considerar que quando falamos de produtos livres de etoxiquim, não falamos apenas do item antioxidante que será usado para proteger a ração, mas nos antioxidantes que fazem parte de outras matérias-primas que são usadas na formulação, como gorduras, palatabilizantes, farinhas e até alguns aditivos nutricionais. A Nutriad, por exemplo, possui o Oxy-Nil Nat, antioxidante livre de etoxiquim, que tem na formulação extratos botânicos e vitamina E.” Para este ano de 2013, a Nutriad destaca o Salmo-Nil Pro. Produto antisalmonela à base de extratos botânicos e ácidos orgânicos, que não deixa resíduos nos subprodutos animais, aumenta a eficiência contra bactérias e diminui o tempo de ação. O processo de desenvolvimento e de aprimoramento de produtos é constante na Nutriad. Seu foco é oferecer alternativas que levem à obtenção da melhor rentabilidade na produção, evitando perdas, sem deixar de lado a questão da sustentabilidade. Para tanto, estão cientes de que manter um departamento forte de Pesquisa e Desenvolvimento é fundamental. “Possuímos dois centros de pesquisa aplicada, um na Andaluzia (Espanha) e outro em Dendermonde (Bélgica), em ambos os países também mantemos laboratórios, além de outros em: Chester (Inglaterra) e Chicago (EUA). Contamos com uma equipe de zootecnistas, veterinários, químicos, biólogos e engenheiros que trabalham continuamente no desenvolvimento e aprimoramento de produtos para atender as necessidades específicas de cada espécie e de cada mercado. Além disso, trabalhamos em cooperação com centros de pesquisa e universidades ao redor do mundo, buscando ideias inovadoras e novas oportunidades de aplicação dos produtos”, afirma Padovani. O ano de 2012 e as expectativas para 2013 Segundo análise de Sales, executivo da Kemin, 2012 fui um ano de forte demanda e, ao que parece, deverá se repetir neste início de 2013 devido à grande concorrência entre os mercados de ração para animais (tanto de produção, quanto pets), com diferentes perfis de produtos. “O ano de 2012 foi pressionado pela maior demanda do que oferta de insumos em geral, principalmente pela dificuldade norte-americana de milho e soja, refletindo diretamente no Brasil que é considerado um dos grandes exportadores destes itens. Com isso, também ocorreu no país, menor disponibilidade de alguns insumos. O mesmo aconteceu com a oferta de vísceras utilizadas para a fabricação das farinhas.” Tendo em vista os investimentos realizados, o foco em novos produtos, protocolos de aplicação e participação mais próxima nos clientes, a Kemin tem uma boa expectativa de crescimento. “O mercado deverá se ajustar e buscar por produtos de alta qualidade e segurança, como farinhas e óleos de origem animal, estáveis e seguros, sempre a custos enxutos. E nós estamos preparados para atender tais necessidades”, afirma Sales. Tendo entre seus atuais clientes, empresas como ADM, Cargill, Louis, Dreyfus, Coamo, Cocamar, Teiú, Razzo, Granol, entre outras importantes companhias, o objetivo da Oil-Dri é consolidar os acordos de fornecimento a longo prazo e conquistar novos com os principais grupos nacionais. E, a indústria de biodiesel será o seu principal foco em 2013. “Almejamos um crescimento entre 30% a 35% e isso se deve às boas perspectivas no setor de biodiesel, aliadas a excelente aceitação de nossos produtos”, destaca Dore. Desde que entrou no segmento de aditivos para subprodutos, a Nutract, que tem entre os seus clientes empresas como JBS, Seara/ Marfrig, Minerva, Tyson, Alibem, Cooperativa Lar, Frimesa, Grupo Faros, Grupo Fuga, Grupo BC, entre outros, vem aumentando seu faturamento. Em 2012 teve um crescimento de quase 40%, acima das suas perspectivas, em função do aumento do dólar. Para o ano de 2013, acredita num crescimento de 20% sobre o faturamento, considerando certa estabilidade da moeda norte-americana. 49 Foco na Qualidade 48 Claudio Bellaver M.Vet., Ph.D. Qualyfoco Consultoria Ltda, ProEmbrapa, [email protected] Desenvolvimento industrial com sustentabilidade O aumento do Produto Interno Bruto (PIB), a soma não são atrativas e que estamos em tempo de investir. A de todos os bens e serviços produzidos no país, constante pergunta que fica é o quanto e no que investir? do Relatório de Inflação, divulgado em 20/12/12 pelo BC, passou de 1,6% para 1%. O crescimento da economia em participação brasileira em alguns mercados no âmbito 2012 vinha sendo revisado e reduzido a cada trimestre, global ainda é pequena e que teremos muita dificuldade sendo que a projeção do crescimento do PIB no período de de competir, caso não se atue no momento. Aqui, entenda- quatro trimestres, a concluir em setembro de 2013, é de 3,3%. se como momento o ano ou, quem sabe, o restante da Com a economia em ritmo mais lento do que o esperado, o década. Mas é preciso ler e perceber os sinais que estão governo tem adotado uma série de medidas para estimular nos rodeando. Na agricultura nos envaidecemos com a a atividade econômica. Entre elas, há ações para incentivar o prospectiva safra de 180 milhões de toneladas de grãos em consumo e os investimentos. Além disso, o Comitê de Política 2013, valor respeitável, mas que, por exemplo, nos EUA há Monetária do BC vem reduzindo a taxa básica de juros e a mais de 10 anos já se produz 240 milhões de toneladas/ano, Selic, que está na casa de 7,25% ao ano. Isso quer dizer que há só de milho. Então, a agricultura está num caminho bastante dinheiro mais barato no mercado, que as taxas de poupança competitivo, mas há espaços para o desenvolvimento, pois Não precisa muito esforço para compreender que a o Brasil tem vocação agrícola. Por outro lado, no setor em condições controladas para reduzir o desconforto industrial de apoio a agricultura como frigoríficos, laticínios ambiental. Em um frigorífico, os resíduos do abate devem e alimentos em geral, sabe-se que é através da inovação que ter diferentes destinações que podem incluir a produção é possível garantir a maior competitividade. de farinhas de qualidade certificada por parâmetros Bem, já sabemos que é necessário inovar para técnicos adequados à demanda da produção animal. Mas, competir, mas precisamos decidir em que inovar. Aqui os lodos, as mortalidades, a gordura ácida e os resíduos saltam aos olhos as tecnologias ambientais e entre elas de incubatório devem ser tratados diferentemente do que aquelas ligadas na melhoria da eficiência energética, seja hoje é feito. A prioridade de destinação desses resíduos na geração ou no consumo; na produção mais limpa; na deve ser a Compostagem Acelerada (3 a 5 dias), que é uma compensação das emissões de carbono; no manejo dos tecnologia inovadora. Essa tecnologia tem vantagens de resíduos sólidos urbanos, no esgotamento sanitário e uso não produzir chorume, odores, insetos e gases prejudiciais racional da água e no manejo e agregação de valor aos ao ambiente, sendo conduzida com extrema rapidez, resíduos orgânicos agroindustriais. Nesse mercado, em comparada com outros tipos de compostagem. crescente ascensão,ficam oportunizados empreendimentos isso qualifica-se a produção de farinhas e gorduras para que buscam a certificação de projetos na área ambiental, alimentação animal, sem prejuízo a saúde animal e humana estimulando a competitividade e a sustentabilidade. e, oportuniza-se a produção de fertilizante orgânico Entretanto, a inovação visando a sustentabilidade para uso agrícola. Então, não é só optar pela tecnologia precisa ser praticada e não apenas usada como ferramenta de menor custo, mas incluir a vantagem diferencial da mercadológica, onde a solução intermediaria e mais barata sustentabilidade (econômico, social, ambiental e saúde), deve ser comparada com a melhor solução ambiental. Por a que conquista novos mercados e proporciona melhor exemplo, em uma planta de celulose a formação de gases imagem do setor. Fica uma pergunta para discussão que se odoríficos em função do enxofre pode ser incinerada queira fazer: - Por que a demora em inovar? Com 51 Entrevista 50 Revista Graxaria Brasileira - Qual é a representatividade da avicultura para a economia brasileira? Francisco Sérgio Turra – Hoje, o setor é responsável por 3,5 milhões de trabalhadores em empregos diretos/ indiretos. Revista Graxaria Brasileira - Quanto movimentou em 2012? A que se deve tal desempenho? Turra - Ainda não temos os dados consolidados de 2012, mas estimativas anteriores indicam que a avicultura responde, sozinha, por um PIB em torno de R$ 36 bilhões. Revista Graxaria Brasileira - Qual a expectativa desse setor para 2013? Turra - Com relação a 2013, a UBABEF prevê que, sem um crescimento maior da economia, não há perspectiva de um aumento expressivo do consumo da carne de frango no Brasil, a não ser decorrente da expansão do consumo por parte das classes C e D. A consolidação da posição da carne de frango, como uma proteína animal nutritiva e saudável, também poderá contribuir para um aumento da demanda no mercado interno. Já no âmbito internacional há espaço para ampliar os embarques. Estimamos um crescimento de até 3% tanto na produção, quanto nas exportações. “Contribuir, ao lado de minha equipe, para o crescimento de um setor tão importante para a economia nacional é motivo de imenso orgulho”, Francisco Sérgio Turra. Francisco Sérgio Turra F Por: Lia Freire ormado em Direito pela Universidade de Passo Fundo (RS) e em Comunicação Social pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), Francisco Sérgio Turra, 67 anos, foi Prefeito de Marau (RS) de 1983 a 1986. Presidiu a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em 1996/1997 e foi ministro da Agricultura e Abastecimento em 1998/1999. No biênio 2000/2001 foi Superintendente Executivo do Sebrae-RS, e entre 2001 e 2003 respondeu pela Diretoria Institucional da FIERGS. Eleito Deputado Federal, exerceu mandato entre 2003 e 2006. Assumiu em 2007, a Vice-Presidência e a Diretoria de Operações do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), cargo que ocupou antes da Presidência Executiva da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frangos (ABEF). Desde 28 de abril de 2010, na presidência da União Brasileira de Avicultura (UBABEF), entidade formada a partir da junção com a União Brasileira de Avicultura (UBA) com a ABEF. Turra é também vice-presidente da Associação Latino-Americana de Avicultura (ALA). E m entrevista à R evista G raxaria B rasileira , T urra analisa a atual situação do mercado brasileiro de avicultura , fala das expectativas para 2013, os próximos desafios a serem enfrentados pelo setor e os objetivos da UBABEF para este ano . C onfira ! Revista Graxaria Brasileira - Qual é a análise do setor brasileiro de avicultura? O que nos difere dos mercados internacionais? Turra - A avicultura brasileira alcançou reconhecimento e está em mais de 150 países graças à qualidade, sanidade “Somos o terceiro produtor mundial de carne de frango. Em 2012, a produção atingiu 12.645 milhões de toneladas.” e sustentabilidade de sua produção. O sucesso alcançado é fruto de características próprias de produção, que tem no sistema de integração entre produtores e frigoríficos um dos fatores preponderantes para manter a média de crescimento de quase 10% desde o ano 2000 e ser um dos mais importantes do agronegócio nacional. Na base da produção estão 130 mil famílias de integrados, pequenos produtores avícolas que, graças a esse modelo brasileiro de produção – baseado na integração entre avicultores e agroindústrias –, podem continuar em suas propriedades, 53 Entrevista 52 “A avicultura brasileira alcançou reconhecimento e está em mais de 150 países graças à qualidade, sanidade e sustentabilidade de sua produção.” evitando, assim, que essa massa se incorpore às populações marginais dos grandes centros. O setor conta ainda com mão de obra qualificada, abundância de grãos, condições climáticas favoráveis, recursos naturais, status sanitário e sustentabilidade. Revista Graxaria Brasileira - Qual a posição atual ocupada pelo Brasil entre os produtores mundiais da carne de frango? Turra - Somos o terceiro produtor mundial de carne de frango. Em 2012, a produção atingiu 12.645 milhões de toneladas. Revista Graxaria Brasileira - Com relação às exportações, qual é a posição mundial ocupada pelo Brasil? Como foi o desempenho no último ano? Turra – Desde 2004, o Brasil é o maior exportador mundial de carne de frango. Os embarques somaram em 2012, 3,918 milhões de toneladas, com redução de 0,6% em relação a 2011. A receita totalizou US$ 7,703 bilhões, com queda de 6,7%. A retração foi provocada pela maior crise já enfrentada pelo setor devido à disparada de preços do milho e da soja, principais custos da produção avícola. Mas a solidez da avicultura brasileira impediu um impacto maior. Revista Graxaria Brasileira - Quais os gargalos que dificultam o progresso da avicultura? Quais seriam as soluções ou alternativas para minimizar os problemas? Turra – A competitividade do setor enfrenta problemas causados pelos gargalos logísticos, como a nova legislação, que estabelece diretrizes sobre o exercício da profissão do motorista (Lei n° 12.619, conhecida como “Lei do Caminhoneiro”), a tolerância na pesagem dos caminhões, a cabotagem, a racionalização de processos nos portos, assim como, as necessidades e os investimentos prioritários em infraestrutura. A UBABEF continuará a promover ações junto ao governo para reduzir os impactos dessas e de outras questões que afetam a competitividade e o aproveitamento de oportunidades para o setor avícola nacional. Revista Graxaria Brasileira - Quais os avanços até hoje obtidos no setor brasileiro de avicultura? Turra – Não existe mais espaço para amadorismo na produção de aves e ovos no Brasil. Além do profissionalismo, a tecnologia faz parte do dia a dia das granjas e das agroindústrias, garantindo um produto seguro, de qualidade e com foco na sustentabilidade. É preciso citar também as pesquisas realizadas para melhoramento genético das aves. Revista Graxaria Brasileira - Quais os próximos desafios a serem enfrentados? Turra – Monetização dos créditos acumulados atrelada a investimentos produtivos; rentabilização da atividade no mercado interno com a ampliação da comercialização de produtos de valor agregado; desoneração da cesta básica ampliada; consolidação do Salão Internacional da Avicultura (SIAV ) como maior evento do setor no Brasil; e maior aproximação com o Governo Federal para contribuir com propostas para superar gargalos de competitividade, especialmente logística e grãos. Revista Graxaria Brasileira - O que o mercado pode esperar da edição 2013 do Salão Internacional de Avicultura (SIAV) – antes chamado de Congresso Brasileiro de Avicultura? Turra – Esse ano ampliamos o escopo do evento que passou a se chamar Salão Internacional de Avicultura (SIAV ). O evento, que terá como tema “Menos Impostos, Mais Alimentos”, acontece entre os dias 27 e 29 de agosto, no Anhembi, em São Paulo, e é um dos maiores do setor avícola mundial. Considerado o principal encontro comercial, técnico e político realizado no Brasil, o Salão contará com a participação dos representantes da cadeia produtiva e somará, ainda, em sua programação, a 23ª edição do Congresso Brasileiro de Avicultura. Está prevista uma rica programação de palestras com especialistas de renome internacional e temas com foco técnico e político-empresarial, que dividirão espaço com a maior feira do segmento avícola, com mais de 30 agroindústrias produtoras de frangos e ovos, equipamentos para granjas e processadoras de corte e postura, indústrias farmacêuticas, produtoras de rações, casas genéticas e consultorias, entre outras empresas da cadeia produtiva. O 23° Congresso e a Feira da Avicultura Brasileira desenvolverão ainda, mais ações voltadas para públicos diversos relacionados à produção avícola. A proposta é levar pluralidade ao evento, unindo todos os elos da cadeia produtiva, buscando visitantes de todo mundo. Revista Graxaria Brasileira - Qual o foco de atuação e as prioridades da UBABEF para 2013? Turra – A UBABEF continuará a atuar pelo desenvolvimento da avicultura. Esse trabalho inclui representar o setor avícola brasileiro em foros nacionais e internacionais, zelar pela qualidade, sanidade e sustentabilidade da nossa produção e promover a integração de toda a cadeia com elevado padrão tecnológico, visando a rentabilização e consolidação dos mercados interno e externo, bem como, divulgar o frango brasileiro em mais países. Revista Graxaria Brasileira - O que representa ser presidente executivo da UBABEF? Turra - É um trabalho de desafios permanentes, mas extremamente gratificante. Contribuir, ao lado de minha equipe, para o crescimento de um setor tão importante para a economia nacional, e ainda fornecedor de proteína animal para consumidores de mais de 150 países, é motivo de imenso orgulho. 55 Caderno Técnico 1 54 O papel da América Latina na próxima década C riada no começo deste ano, a Associação Latino formados vários grupos de trabalho para realizar análises, Americana de Graxaria, La Asociación Latino Americana pesquisa, educação e a abordagem de questões urgentes de Plantas de Rendimiento (ALAPRE), é uma associação que afetam a indústria da graxaria na América Latina. Com o privada sem fins lucrativos dirigida por um Conselho de objetivo principal de promover a bio reciclagem sustentável Administração formado por membros de sete países. e a segurança de produtos alimentícios e de ração, A ALAPRE é apoiada por várias empresas independentes principalmente na América Latina, mas também em todo o e por quatro associações, ela possui entre os seus membros: mundo, a ALAPRE está planejando a promoção de políticas Camara de Sub-productos Ganaderos (Argentina), Sindicato que melhorem a segurança local e regional dos alimentos de Nacional dos Coletores e Beneficiadores de Sub Produtos maneiras economicamente válidas, socialmente éticas e que de Origem Animal (SINCOBESP) e Associação Brasileira de respeitem o meio-ambiente. Reciclagem Animal (Brasil), Scipem (Colômbia), Prodeca (Costa Rica), Asociacion Nacional de Rendidores (México), Os objetivos específicos dos membros da ALAPRE são: Agro Industrial Ganadera (Paraguai) e Mini Bruno (Venezuela). • Tornar os sistemas de produção mais sustentáveis; A sede fica em San José, Costa Rica, e as atividades públicas • Atingir padrões de qualidade da cadeia de produtos são centralizadas em Monterey, México e em São Paulo, alimentícios e de ração cada vez mais rigorosos; Brasil. • Desenvolver uma indústria mais ecológica; • Gerenciar as fontes de água e de energia mais A ALAPRE definiu um plano estratégico em sua primeira reunião realizada em São Paulo em maio de 2012. Foram eficientemente; • Manter um sistema de comércio aberto; e e carne de vísceras); 22.200 toneladas métricas de óleos de • Utilizar as tecnologias de comunicação e de informação de origem de aves; 12.300 toneladas métricas de farinha de modo melhor. peixe; 5.200 toneladas métricas de óleo de peixe e 15.600 A Indústria da Graxaria na América Latina toneladas métricas de farinha de carne e de ossos e de farinha de sangue de ruminantes. Estima-se que ao final de 2012, a indústria da graxaria no Brasil alcançará um volume de aproximadamente 3,5 A situação da saúde animal no Chile é única no milhões de toneladas métricas com exportações de menos hemisfério e bastante excepcional em termos internacionais. de 2%. A indústria da graxaria no Brasil engloba 512 plantas O Chile é livre das principais doenças animais, incluindo a registradas sob inspeção federal; entre elas, frigoríficos e encefalopatia espongiforme bovina (EEB) e a gripe aviária. A recicladores formam o maior segmento. indústria de graxaria chilena é representada por 47 plantas Um grupo de 35 recicladores de subprodutos animais de processamento, das quais 30 são de operação de farinha formam o SINCOBESP, uma organização dedicada ao ensino, de peixe. Foi recentemente anunciado que a Salmofood S.A., à certificação e ao lobby governamental. Aproximadamente que controla mais de 10% da produção de farinha de peixe 34% da indústria (169 plantas) é formada por processadores no Chile, foi vendida para a Alicorp do Peru. independentes, sendo que 343 estão integrados com matadouros. Matadouros com operações integradas de incluindo ovelhas, cabras, cavalos e gado. Além disso, um processamento de gordura produzem 60% da gordura total de 750 milhões de galinhas e de perus são abatidos bovina do país. A produção de biodiesel focada em gordura anualmente. Cerca de 64 plantas de processamento animal está concentrada em quatro estados: São Paulo, Mato obtém produtos de abatedouros municipais e federais Grosso, Mato Grosso do Sul e Rondônia. inspecionados. Quarenta empresas registradas no Servicio Nacional de Salud Animal representam a indústria de graxaria México, de acordo com a Senasica (autoridade animal de na Argentina, com aproximadamente 60% da produção cuidado animal): uma na qual as operações de processamento concentrada em 5 empresas. Outras plantas incluem processam especificamente matéria-prima de ruminantes operações de aves. (categoria 2) e uma onde são processadas matéria-prima livre De modo semelhante ao Brasil, um número significativo de material de ruminantes. Das 64 plantas de processamento de pequenas plantas existe sem nenhum tipo de registro. registradas, 39 plantas são categoria 2 e 25 são categoria 1. Em 2011, a produção de farinhas e de gorduras de resíduos As plantas são distribuídas por todo o país. animais atingiu 800.000 toneladas métricas. O processamento de subprodutos animais na Colômbia plantas operacionais, não é tão desenvolvida e não conta é relativamente novo (menos do que 20 anos), exceto por com a tecnologia mais recente que inclui os cozedores e algumas empresas que começaram no início dos anos 70. secadoras contínuos como existem nos EUA, no Canadá As estatísticas de subprodutos animais não correspondem e no Brasil. Entretanto, há duas empresas que estão se com o número de animais abatidos, indicando que há uma desenvolvendo para usar a tecnologia utilizada em indústrias grande quantidade de matéria-prima que acaba indo para de processamento mais desenvolvidas. Prodeca, um membro aterros sanitários. da ALAPRE, processa subprodutos de carne bovina e suína No México, 16 milhões de animais são abatidos por ano, Há duas categorias de plantas de processamento no A indústria da graxaria na Costa Rica, que tem sete Na verdade, no setor de carnes, uma prática comum é para produzir farinha de carne e de ossos para consumo incinerar o material/ossos. A maior parte do equipamento animal. As plantas de processamento na Costa Rica têm a utilizado nas operações de processamento na Colômbia foi capacidade de processar ao menos 50 toneladas métricas importada do Brasil, dos EUA ou manufaturada por algumas por dia. empresas locais. De acordo com o Instituto Colombiano Agropecuario, um necessidade e não um negócio. A maioria dos produtos existem 75 plantas registradas e em torno de 30 a 40 finais do país são consumidos localmente com exceção de sem registro. As plantas são pouco automatizadas, com a uma pequena quantidade de sebo que é exportado para a capacidade diária de processamento variando entre 20 a 200 Nicarágua. O estado de saúde da Costa Rica de acordo com toneladas métricas. a Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) é ainda “risco O conceito de graxaria na Costa Risca é ainda considerado Cerca de 80% da farinha de aves é processada por indeterminado”, mas as autoridades locais estão fazendo abatedouros verticalmente integrados, com a estimativa da um esforço enorme para classificar o país como “risco produção anual em 2011 de: 64.000 toneladas métricas de controlado” permitindo que possam exportar seus produtos farinha de subprodutos de aves (farinha de penas, sangue para outros países onde os preços são mais atrativos do que 57 Caderno Técnico 1 56 adequadas para expansão mundial que estão a uma distância de seis horas de viagem do mercado mais próximo. Além disso, com aproximadamente um terço dos 42.000 km cúbicos de fontes de água renováveis mundialmente, a América Latina é também dotada deste recurso, um fator fundamental para o desenvolvimento da aquacultura com o maior dotação de água entre as regiões em desenvolvimento. Na verdade, os avanços na reforma econômica, em tecnologia, em educação e na competência administrativa nos países da América Latina elevou algumas das maiores empresas da região a posições de liderança mundial. Empresas multimilionárias incluem a brasileira JBS, que se tornou a maior processadora mundial de carne depois de adquirir uma grande parcela na produção de frango da Pilgrim’s Pride nos Estados Unidos e de fazer em 2009 uma fusão com a Bertin, uma empresa brasileira de produtos lácteos, de carne e de couro. Alguns outros exemplos incluem Molinos de Río de la Plata, o maior exportados de produtos alimentícios de marca na Argentina; Alicorp, o maior fabricante de gêneros alimentícios do Peru e proprietário da Nicovita, o maior produtos de ração para aquacultura da América Latina; e Brasil Foods S.A., uma fusão entre Perdigão e Sadia, com uma receita anual combinada de aproximadamente US$ 11 bilhões, uma força de trabalho de 119.000 e 42 plantas. Por outro lado, a população da América Latina deve crescer para 665 milhões, dos quais 83% deverão estar vivendo em cidades até 2020. Portanto, a pobreza é um problema não apenas para as áreas rurais, mas também para localmente. Rural, Pesca y Alimentacion as cidades. Todos os outros países na América Central possuem • Panamá – Autoridad Panameña de Seguridad de Alimentos apenas uma pequena operação de processamento ou não • Venezuela – Ministerio del Poder Popular para La Agricultura 10% das safras agrícolas mundiais estão na América Latina. O crescimento tem nenhuma. and Tierras anual previsto para a produção de leite e de carne é de cerca de 2,2% para o De acordo com um estudo da Wageningen University na Holanda, quase período entre 1990 e 2020. É importante notar que dos 19 países reconhecidos Geral da OIE em maio de 2012 como tendo uma posição Produção de animais e de alimentos na América Latina de “risco negligenciável de EED” de acordo com o Capítulo na América Latina aumentou 67% em comparação com o ano 2000. 11.5 do Código Sanitário dos Animais Terrestres da OIE, oito o papel da indústria de graxaria na cadeia de fornecimento de países (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Panamá, Paraguai, alimentos, pois a América Latina tem uma grande vantagem Considerações Finais Peru, e Uruguai) estão localizados na América Latina. comparativa na agricultura, como mostra a participação Sem dúvida nenhuma, a América Latina como um todo está se crescente dela do comércio de alimentos. A vantagem latino desenvolvendo, e nos próximos 10 anos, a região deve atingir um melhor Agências Regul atórias americana é especialmente forte em alguns tipos específicos estado nutricional, com menos pobreza e mais agricultura. Agências regulatórias com responsabilidade em relação de alimentos – particularmente carnes – que terão uma às indústrias de alimentos e de ração (incluindo subprodutos grande demanda à medida que os países de baixa renda se animal, sobre o gerenciamento do meio ambiente e sobre a segurança de processamento e a indústria de graxaria) na América desenvolverem. alimentar. O acesso aos mercados internacionais dependerá do progresso Latina são: em direção à remoção da barreiras protecionistas e no estado de doenças e • Argentina – Instituto Argentino de Sanidad y Calidad Mundial, durante a próxima década, a América Latina terá dos controles de qualidade para a segurança dos produtos alimentícios. Vegetal um papel fundamental na produção de alimentos. Dos • Brasil – Ministério do Gado, Agricultura e Abastecimento cerca de 445,6 milhões de hectares de terras do mundo processo do aumento da produção de alimentos e do comércio na América • Colômbia – Instituto Colombiano Agropecuario potencialmente adequados para uma expansão sustentável Latina, é neste ponto em que a ALAPRE terá um papel fundamental na • Costa Rica – Servicio Nacional de Salud Animal de área cultivada, aproximadamente 28% está na América próxima década. • Chile – Servicio Agricola y Ganadero Latina, o que representa mais do que em qualquer outra • Equador – Ministerio de Agricultura região, com exceção da África. • México – Secretaria de Agricultura, Ganaderia, Desarrollo mundialmente na Resolução No. 16 adotada na 80a. Sessão A ALAPRE também procura oportunidades para melhorar Como foi destacado em um relatório recente do Banco A região tem 36% dos 262,9 milhões de hectares de terras Para a carne, a produção crescerá para cerca de 60 kg per capita e para o leite para 120 kg per capita em 2020. Em 2011, o consumo de carne de frango A agricultura intensiva demandará maior conhecimento sobre a produção Como o direcionamento das políticas governamentais será decisivo no Material técnico gentilmente cedido pela Revista Render (The National Magazine of Rendering), edição Dezembro de 2012. Reprodução autorizada pelo autor. Tradução de Anna Maria Franco. 59 Caderno Técnico 2 58 período de implementação de dois a três anos. McChesney encorajou todos a A Indústria ouve e espera o FSMA M ais de 300 participantes ouviram as apresentações com foco básico nos regulamentos do governo, na conferência realizada pelo Instituto de Rações para Pets e Associação Nacional de Grãos e Rações ( Pet Food Institute and National Grain and Feed Association -NGFA). O Dr. Dan McChesney, diretor do Escritório de Vigilância e Cumprimento/ Centro de Medicina Veterinária da FDA declarou que os Estados Unidos têm o suprimento mais seguro de alimentos e rações do mundo, “ mas nos tornamos um sistema de suprimentos globais e o atual sistema de Inspeção da FDA , ainda que bom, não consegue se manter a par de tudo”. Ele explicou que FSMA (Food Safety Modernization Act) obriga a uma mudança na forma de trabalho da FDA , dividindo o trabalho em “Quatro Regras Principais +1” : produção, controles preventivos de alimentos para humanos , controles preventivos de alimentos para animais, programa de verificação de fornecedor estrangeiro e o mais um, certificação de terceiros. McChesney reiterou que o sistema atual de segurança alimentar dos Estados Unidos não é sustentável como um sistema reativo e que FSMA está levando o sistema para uma abordagem preventiva. Mencionou ainda que FDA conseguiu “muito” na FSMA, lembrando que os regulamentos sobre a encefalopatia espongiforme bovina levaram quarto anos para ser finalizados. Todos os regulamentos propostos pela FSMA, exceto certificação de terceiros, estão sendo revistos pelo Escritório de Gestão e Orçamento e os regulamentos sobre rótulos de rações para pets terão um participar do site da atualizações da FMSA - www.fda.gov/food/foodsafety/fsma. Um ponto positivo mencionado foi que os recalls de rações para pets no período de outubro de 2011 a setembro de 2012 diminuíram em relação ao ano anterior, com 24 empresas neste ano comparado a 64 no ano anterior e o número total de produtos que tiveram recall foi 85 em 2012 em comparação a 212 no ano passado . Scott MacIntire, diretor do Escritório do Distrito de Chicago da FDA mudou totalmente de assunto, passando a comentar os planos de treinamento e inspeção da FDA e encorajando os fabricantes de rações a procurar seus representantes locais da FDA e a começar um diálogo. Sob uma liderança revisada, as Operações de Alimentos e Rações da FDA focalizam agora apenas um produto e não todas as áreas de produtos e inspecionam fisicamente menos de 1% de todas as importações, que neste ano atingiram 24 milhões de remessas de alimentos, dispositivos, medicamentos e cosméticos aos portos dos Estados Unidos. MacIntire calculou que de 15 a 20% de todos os alimentos consumidos nos Estados Unidos se originam no exterior, que até 40% dos medicamentos usados por americanos são importados e até 80% dos ingredientes farmacêuticos ativos dos medicamentos vem de fontes do exterior. “Somos os policiais bons,” disse MacIntire . “Só precisamos virar policiais ruins quando as empresas não obedecem regularmente. ” Mencionou ainda que segundo o Manual de Operações de Investigação da FDA fotografias podem ser usadas para documentar infrações e que a agência fará amostras de dioxina para vigilância. Ross Korves, analista de política econômica, The ProExporter Network, focalizou os impactos da seca nos Estados Unidos e da produção de etanol sobre as indústrias de rações para pets que tem como ingrediente primário vegetais. Disse que os estoques de milho e soja estão muito pequenos e a plantação está no início no Brasil e na América do Sul. “Se a safra na América do Sul não for o que esperamos, teremos problemas maiores do que imaginamos,” avisou Korves . Ainda que os produtores de etanol estejam se retraindo, ele calculou o uso de 4,5 bilhões de bushels de milho em 2012 em comparação a 5 bilhões em 2011 e Korves não acredita na eliminação das Normas de Combustível Renovável. Ele também não prevê que a produção de etanol de milho cresça muito nos Estados Unidos e acredita que haverá aumento da importação de álcool de cana de açúcar do Brasil. O Dr. Craig Henry, da Deloitte and Touche, LLP discutiu o desenvolvimento e implementação de um programa de verificação da cadeia de suprimentos que a FDA e os consumidores podem exigir. “A gestão da cadeia de suprimentos é sobre “due diligence” para garantir que os produtos fornecidos atendem às normas regulatórias, legais e contratuais de segurança”, explicou acrescentando que a maior dificuldade da FSMA é que os fabricantes de rações precisarão conhecer o fornecedor do fornecedor do seu fornecedor, percorrendo toda a cadeia de suprimentos. Henry disse também que os reguladores exigirão que uma parte responsável (a empresa) proteja em primeiro lugar o consumidor e em segundo lugar a marca, que as agências governamentais tenham muito mais ferramentas em forma de regulamentos do que a cinco anos atrás e que a documentação, incluindo acreditação de certificados de terceiros serão a chave para garantir conformidade . Continuando a discussão sobre FSMA , Rachel Lattimore, sócia da Arent Fox, disse que o ato realmente mudou o jogo de inspeção. O termo “razoável” é usado 61 Caderno Técnico 2 60 nos regulamentos e está aberto a interpretações por todos , de reguladores a agências governamentais , aos tribunais e a indústria. “FDA quer ser o policial bom, mas eles são policiais,” lembrou Lattimore. Ela sugeriu aos fabricantes que tenham mais de uma pessoa na planta/empresa treinada para trabalhar com os inspetores da FDA, pois esta pessoa pode estar fora da empresa no dia em que aparece um inspetor da FDA. As empresas são aconselhadas a consultar um advogado antes de permitir que um inspetor tire fotos ou pegue amostras, mas se permitirem, o representante da empresa deve tirar as mesmas fotografias e pegar as mesmas amostras que o inspetor. David Fairchild, NGFA,anunciou o desenvolvimento da Aliança de Controles Preventivos para Segurança de Alimentos ( Food Safety Preventive Controls Alliance -FSPCA) no Instituto de Segurança de Alimentos e Saúde ( Institute for Food Safety and Health) . O objetivo básico da FSPCA é o desenvolvimento de um currículo de treinamento sobre controles padronizados de segurança alimentar para funcionários da indústria de alimentos que trata de análise de risco, controles de prevenção, monitoração, ações corretivas , verificação e manutenção de registros. Todos estes itens são especificados na FSMA. Uma comissão diretiva composta por 27 membros representantes da área regulatória, academia e indústria estabeleceu um grupo de trabalho, com a meta de criar uma comissão diretiva sobre rações para animais e pets para dirigir as atividades da aliança, especificamente relacionadas a estes tipos de rações. O objetivo é tomar o currículo padrão da indústria de alimentos, esperado em janeiro de 2013, e adaptalo para rações/alimentos de animais e pets. Deixando de lado o item FSMA para falar sobre clima e mudança climáticas, , o prof. de Meteorologia Agrícola da Universidade Estadual de Iowa, Dr. Elwynn Taylor declarou que o clima está mudando; sempre mudou e sempre mudará. “Só não sabemos quanto e quando mudará,” disse ele. Taylor afirmou que a demanda por biocombustíveis, que pode consumir um terço da produção agrícola do mundo, está afetando o preço de grãos e que o mundo está usando mais combustível fóssil do que a terra cria , aumentando os níveis de dióxido de carbono. “Se usarmos os biocombustíveis que cultivamos, a produção de carbono é neutra e economizaremos combustível fóssil,”comentou ele. “Biocombustível é ótimo se usado sabiamente. O biocombustível não precisa substituir o combustível fóssil , apenas complementá-lo. ” Taylor prosseguiu dizendo que a produção de biocombustível de milho não é, atualmente, a mais eficiente, mas é a escolha. Só quando a safra de milho atingir 2000 bushels por ano ( o dobro do momento) será a planta mais eficiente para produção de biocombustível. Charlie Arnot, Center for Food Integrity, explicou porque a ciência não é suficiente e que os consumidores precisam confiar nas indústrias de rações para pets e animais. “É muito importante passar a mensagem certa para o público certo no momento certo,” afirmou ele. Mais preocupações surgiram sobre alimentos para pets, pois os consumidores amam seus pets e estão se tornando mais conscientes sobre produtos usados nas rações (antibióticos, organismos geneticamente modificados, etc.). Arnot mencionou que compartilhar valores entre consumidores e empresas se mostrou mais importante na construção de confiança do que a demonstração de competência por meio de pesquisa. “A ciência precisa desempenhar um papel diferente na construção de confiança dos consumidores,” e acrescentou ainda que a transparência não é mais opcional. . “Estamos passando de comunicação para massas de massas com comunicação.” Sobre o incidente da carne bovina magra com textura fina, Arnot aconselhou a indústria a dar apoio coletivo a “tecnologia de recuperação ” independentemente da fonte (por ex. , fruta, carne bovina, etc.) como sustentável e ecológica. Também recomendou a busca por legislação que tornasse ilegal a não denúncia de mal tratos de animais se testemunhada, em oposição à proibição de câmaras , como se a indústria tivesse algo a esconder. John Augspurger, DeBruce Feed Ingredients, e David Barrett, Cunningham and Eselgroth, LLP falaram sobre contratos e regras de comércio. Augspurger disse que as regras de comércio são importantes devido a volatilidade e encorajou os participantes a conhecer a diferença entre em contrato, uma confirmação, uma confirmação de contraparte e uma confirmação de um intermediário , se aplicável. Salientou que tudo pode ser negociado. Barrett enfatizou que os fabricantes precisam conhecer seus fornecedores , a comunicação deve ter dupla mão para ser eficaz e que o risco pode ser alocado em contratos . Mencionou, também, a necessidade de uma cláusula de arbitragem e que muitas remessas em containers seguem as regras da Associação de Comércio de Grãos e Rações (Grain and Feed Trade Association – GAFTA) , de Londres, Inglaterra. Durante a conferência os participantes tiveram a oportunidade de conhecer varias empresas que exibiam seus produtos e serviços. Uma destas empresas foi a Darling International/Griffin Industries com sua nova marca - Dar Pro. Steve Thomas, das indústrias Griffin , comentou que ainda que a industria de rações para pets continue a usar proteínas animais como base das rações , viu uma mudança para produtos não rotulados como “subprodutos.” Salientou, ainda, que pets digerem produtos de carne melhor do que produtos vegetais. Material técnico gentilmente cedido pela Revista Render (The National Magazine of Rendering), edição Dezembro de 2012. Reprodução autorizada pelo autor. Tradução de Anna Maria Franco. 63 Caderno Técnico 3 62 conter, porém, penas, exceto aquelas que podem ocorrer não intencionalmente, e, tampouco, é permitida utilização de resíduos de incubatórios e de outras matérias estranhas à sua composição, como cascas de ovos. Deve conter, no máximo, 8% de umidade, 15% de matéria mineral e 5% de cálcio e apresentar, no mínimo, 55% de proteína, 10% de extrato etéreo e 1,50% de fósforo. Em relação às suas características qualitativas, pode apresentar até 3 mg NaOH/g de acidez, 10 mEq/ kg de índice de peróxido e deve ser ausente em Salmonella spp. (Compêndio Brasileiro de Alimentação Animal, 2009). Para cães e gatos, de forma geral, ingredientes proteicos de origem animal apresentam melhor balanço de aminoácidos essenciais quando comparados às matérias-primas de origem vegetal (Neirinck et al., 1991; Clapper et al., 2001). Contudo, variações nas proporções empregadas de diferentes tecidos animais e na qualidade destes, bem como no processamento adotado na indústria de farinhas, tornam bastante distintas as características qualitativas e de composição química, o que implica em diferenças importantes no valor nutricional dos subprodutos de origem animal fabricados por diferentes indústrias processadoras e mesmo entre partidas de uma mesma empresa. Destaca-se que subprodutos de origem animal são ingredientes chaves na indústria de alimentos para cães e gatos há décadas. Entretanto, observou-se que na Europa e América do Norte, a relação entre o setor petfood e tais ingredientes estreitou-se nos últimos anos em virtude de alterações nas demandas de mercado, particularmente, aquelas relacionadas à qualidade dos produtos. A indústria de alimentos para animais de companhia mostrou-se disposta a pagar valores diferenciados por matérias-primas com determinados padrões de qualidade. Logo, fabricantes de subprodutos de origem animal que pretendiam atender ao setor petfood responderam por meio de alterações em determinados procedimentos Farinha de vísceras de aves na alimentação de cães Iris Mayumi Kawauchi , , Nilva Kazue Sakomura , Aulus Cavalieri Carciofi , Cristiana Fonseca Ferreira Pontieri 2 3 2 2 3 e critérios, o que favoreceu a segmentação do mercado e resultou na oferta de ingredientes com ampla diversidade quantitativa e qualitativa (Woodgate, 2007). No Brasil, tal tendência também foi verificada, embora, determinados atributos ainda não estejam bem estabelecidos. Observa-se, portanto, que a FVA é uma fonte de proteína de grande expressividade em dietas para cães, porém, informações acerca do valor nutricional do ingrediente ainda são escassas. Além da dificuldade relacionada à diversidade na natureza dos materiais que compõem o ingrediente e no processamento a que o mesmo é submetido, soma-se a isto o fato de que diferente A do que ocorre na nutrição de animais de produção, para cães e gatos os grupos de pesquisa, sobretudo, os internacionais, concentram seus esforços em determinar o aproveitamento de dietas contendo a matéria-prima de interesse e não se pós grande expansão inicial em volume produzido, do mercado têm proporcionado resultados positivos sobre preocupam em avaliar o ingrediente em si. com crescimento de mais de 8% em produção ao ano, o as características nutricionais das rações. Neste cenário, a mercado petfood encontra-se hoje mais amadurecido e demanda por matérias-primas de qualidade tem crescido relação à quantidade e qualidade das fontes proteicas utilizadas em suas com maior competitividade entre as empresas. Nos últimos e apesar dos esforços na busca por novos ingredientes, a dietas. Características nutricionais como teor de proteína, sua digestibilidade e anos, em função da dificuldade de expansão em volume farinha de vísceras de aves (FVA) continua a ser a fonte de composição ou perfil em aminoácidos essenciais biodisponíveis são determinantes de vendas, as empresas têm sido obrigadas a direcionar proteína primordial na formulação de rações para cães e na eficiência de utilização da proteína do alimento (Case et al., 2000). seus esforços de crescimento em faturamento por meio gatos. da criação e diferenciação de novos produtos, que tenham Conceitualmente, a FVA é definida como sendo o produto vista de atendimento das necessidades nutricionais de cães, como de cumprimento maior valor agregado. Além disso, a implantação de Boas resultante da cocção, prensagem e moagem de vísceras de da legislação vigente para produção e comercialização de alimentos completos Práticas de Fabricação e a especialização e competitividade aves, sendo permitida inclusão de cabeças e pés. Não deve e balanceados. Logo, verifica-se que muitas são as causas de variação, a iniciar Além disso, é importante considerar que cães e gatos são exigentes em Este conjunto de fatores dificulta a formulação de dietas, tanto do ponto de pela natureza e proporções distintas dos constituintes que contaminação por Salmonella spp. por parte de algumas darão origem à FVA. Por outro lado, é de suma importância o amostras, boa digestibilidade dos nutrientes e adequada conhecimento da composição química e do valor nutricional densidade dos ingredientes a partir dos quais serão formulados os industrializados para cães. Destaca-se que as informações alimentos completos e balanceados. Este desencontro entre obtidas no referido estudo auxiliarão e otimizarão o processo características intrínsecas do ingrediente e carência de de formulação de dietas, e quiçá, em um futuro breve informações acerca do mesmo motivou o grupo de pesquisa integrarão, juntamente com outros estudos de ingredientes em nutrição de cães e gatos da UNESP de Jaboticabal a já desenvolvidos pelo mesmo grupo de pesquisa, uma realizar um estudo no qual foram avaliadas FVA de diversas tabela de composição e valor nutricional dos alimentos, procedências no intuito de determinar suas características à semelhança do que ocorre na nutrição de animais de qualitativas, sua composição química e seu valor nutricional produção. energética para utilização em alimentos Reciclagem Animal Brasileira é bem Representada durante a IPPE médios. Para tanto, procedeu-se à amostragem de diversas Agradecimentos FVA comercializadas por empresas processadoras de subprodutos de origem animal localizadas no Estado de São à Capes pela concessão de bolsa de estudos, à Grandfood Paulo e que atendem à indústria petfood. Foi determinada Indústria e Comércio Ltda (Premier Pet) pela colaboração a composição química de 15 amostras e verificou-se que a nas análises laboratoriais e à Mogiana Alimentos S/A (Guabi) FVA comercializada no Estado de São Paulo caracterizou- pela manutenção do Laboratório de Pesquisa em Nutrição se por apresentar, em média, 952±13,5 g/kg de matéria de Cães e Gatos. À FAPESP pelo financiamento da pesquisa, ao CNPq e seca, 797±26,3 g/kg de matéria orgânica, 637±35,7 g/kg de proteína bruta, 36,46±8,21 g/kg de cálcio, 23,65±4,25 g/ Referências kg de fósforo, 123±27,7 g de colágeno por kg de proteína, ASSOCIATION OF AMERICAN FEED CONTROL OFFICIALS 143,2±13,8 g/kg de extrato etéreo hidrólise ácida e 4946±208 (AAFCO). Official Publication 2009. Association of American kcal/kg de energia bruta. Em relação às características Feed Control Officials, Oxford, 2009. qualitativas a FVA apresentou, em média, 1,54±1,30 mg CASE, L.P.; CAREY, D.P.; HIRAKAWA, D.A. Carbohydrates. In: NaOH/g de acidez, 0,355±0,091 de atividade de água, as CASE, L.P.; CAREY, D.P.; HIRAKAWA, D.A. Canine and feline amostras foram negativas para peróxido, porém, constatou- nutrition: a resource for companion animal professionals. St. se, em média, 3,47±1,45 mg/kg de TBA, 30,75±11,02 mg/100 Louis: Mosby-Year Book, 2000. p. 17-94. g de aminas totais e presença de Salmonella spp. em 20% CLAPPER, G.M.; GRIESHOP, C.M.; MERCHEN, N.R.; RUSSET, J.C.; das FVA avaliadas. BRENT-JR., J.L.; FAHEY-JR., G.C. Ileal and total tract nutrient O valor nutricional médio de oito amostras de FVA foi digestibilities and fecal characteristics of dogs as affected by determinado em ensaio de digestibilidade com cães pelo soybean protein inclusion in dry, extruded diets. Journal of método da substituição. Para tanto, formulou-se uma dieta Animal Science, v.79, p.1523-1532, 2001. basal e oito dietas teste foram obtidas pela mistura de 70% COMPÊNDIO BRASILEIRO DE ALIMENTAÇÃO ANIMAL, São da dieta basal e 30% de cada uma das oito FVA avaliadas. Paulo: Sindirações, 3.ed. 2009. Dezoito cães adultos da raça beagle foram distribuídos em NEIRINCK, K.; ISTASSE, L.; GABRIEL, A.; EENEEME, C.V.; BIENFAIT, delineamento em blocos casualizados, com três blocos, J.M. Amino acid composition and digestibility of four protein nove dietas e duas repetições por dieta. O ensaio de sources for dogs. Journal of Nutrition, v.121, p.S64-S65, 1991. digestibilidade foi realizado de acordo com o procedimento WOODGATE, S.L. Animal by-product use in foods for de coleta total de fezes e urina seguindo as recomendações companion animals: the European rendering industry – a da AAFCO (2009). Os coeficientes médios de digestibilidade critical review. 2007. Disponível em: http://en.engormix. aparente da FVA foram: 0,758±0,0507 para matéria seca, com/MA-pets/articles/animal-byproduct-use-foods_427. 0,848±0,0270 para matéria orgânica, 0,846±0,0263 para htm. Acesso em 09 de junho de 2012. proteína, 0,750±0,0863 para extrato etéreo hidrólise ácida 1 e metabolizável média da FVA foi de, respectivamente, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias – UNESP, Campus de Verificou-se, portanto, que a FVA apresenta, de forma geral, características qualitativas adequadas, exceto pela Em janeiro passado a Associação Brasileira de Reciclagem Animal - ABRA representou as indústrias brasileiras de Reciclagem Animal durante a IPPE - International Poultry Processing Expo (Feira Internacional de Avicultura e Processamento) que aconteceu entre os dias 29 e 31 de janeiro no Georgia World Congress Center, em Altanta, GA, Estados Unidos. A ABRA participou do evento com um estande, onde promoveu as gorduras e farinhas de origem animal produzidas no Brasil para os mais de 100 países que participaram da IPPE. Durante os três dias de evento o estande da ABRA recebeu autoridades de outros países e um grande número de visitantes interessados em conhecer os produtos de Reciclagem Animal e o que as indústrias tem feito para se manterem no padrão de “indústrias verdes”. A participação na IPPE é parte do Programa Brasileiro para a Expansão das Exportações de Farinhas e Gorduras de Origem Animal elaborado pela ABRA, realizado através de um convênio firmado entre a Associação e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos – APEX. Para o Sr. Clênio Gonçalves, presidente da ABRA a feira foi bem sucedida, com estande movimentado, onde os representantes das empresas tiveram grandes oportunidades de negócios. “A feira foi um sucesso, recebemos grande número de visitantes, autoridades e pessoas chaves para o setor. Pudemos mostrar a qualidade das nossas farinhas e gorduras de origem animal e enfatizar a sustentabilidade por parte das nossas indústrias. Sem dúvida a representação de nossos produtos na IPPE trará grandes oportunidades de negócios e maior credibilidade para e 0,845±0,0248 para energia bruta. A energia digestível 4344±335 e 4111±309 kcal/kg. Parte da tese de doutorado do primeiro autor desenvolvida na Jaboticabal, [email protected] 2 Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias – UNESP, Campus de Jaboticabal 3 Grandfood Indústria e Comércio Ltda o setor no Brasil” afirma. A IPPE é uma das maiores feiras de produção de carnes e processamento. Nesse ano a IPPE bateu o recorde de visitantes e expositores. Mais de 25 mil visitantes estiveram na feira circulando pelos 430 mil m² e pudendo visitar os 1.189 expositores que estiveram presentes no evento. Fonte: ABRA - Site Eventos 65 Caderno Técnico 3 64 66 67 Assinaturas Índice ASSINATURA DA REVISTA Graxaria Brasileira Você pode solicitar o recebimento da Revista Graxaria Brasileira. Após preenchimento do formulário a seguir, envie-o para: _3a Capa Aboissa (11) 4227-9500 [email protected] [email protected] www.aboissa.com.br www.grupobraido.com Abra _ Haarslev Industries 47 (41) 3389-0055 [email protected] [email protected] www.abra.ind.br www.haarslev.com Agricarnitec _ Informe Agro Business 43 (11) 3853-4288 www.zametal.com.br [email protected] _63 www.agroinforme.com.br _ 61 (11) 3685-8907 Ipufol [email protected] (49) 3449-0372 _ 53 [email protected] (11) 4161-1090 Julian Máquinas www.benger.com.br (14) 3621-6937 Bovimex _ Endereço: _ 63 (49) 3442-0665 Benger Máquinas Empresa: _ 35 (61) 3201-7199 Anhembi Agro Industrial Nome: _ 53 Grupo Braido (11) 3353-3000 _ 33 [email protected] 59 _ 2a Capa (14) 3413-2700 LDS Máquinas www.bovimex.com.br (14) 2104-3200 [email protected] Nº: Complemento: Braido _ 51 www.ldsmaquinas.com.br (11) 4368-4933 Cidade: [email protected] Cep: Chibrascenter UF: Fone: ( ) Fax: _ 23 (11) 5521-3373 [email protected] www.chibrascenter.com.br ( ) Dupps _ Cargo: www.dupps.com ( ) Graxaria Independente Eurotec Nutrition (48) 3279-4000 [email protected] _ 49 ( ) Fornecedor de Máquinas / Equipamentos [email protected] (44) 3544-1292 www.farima.com.br _ 37 ( ) Prestadores de Serviços Fimaco do Brasil ( ) Biodiesel [email protected] ( ) Consultoria / Assessoria ( ) Universidades / Escolas (47) 3525-1000 www.fimacodobrasil.com.br _ 61 Folem (46) 3544-2000 [email protected] www.folem.com.br ( ) Outros: Gava _ 27 (11) 3105-2146 [email protected] www.joaogava.com.br Giglio _ 49 (11) 4368-1822 [email protected] www.giglio.com.br Rua Sampaio Viana, 167 - Conj. 61 Cep: 04004-000 / São Paulo (SP) (11) 2384-0047 ou por [email protected] Nord Kemin _ 39 (49) 3312-8650 www.kemin.com Nutract _ 45 (49) 3329-1111 www.nutract.com.br Nutriad _ 29 (19) 3206-0199 www.nutriad.com.br Farima ( ) Cliente Graxaria (11) 4018-4222 [email protected] _ 21 ( ) Graxaria / Frigorífico ( ) Fornecedor de Insumos e Matérias-Primas _ 57 (14) 3342-3301 5 (+1) 937-855-6555 Tipo de Empresa: Martec – Grupo SJG Patense _4a Capa (34) 3818-1800 [email protected] www.patense.com.br Prestatti _ 61 (54) 2107-7500 www.prestatti.com.br Qualyfoco _ 59 (49) 3444-1422 [email protected] www.qualyfoco.netcon.com.br Razzo _ 25 (11) 2164-1313 [email protected] www.razzo.com.br Reciclagem _ 41 (65) 3029-1063 [email protected] www.reciclagemind.com.br _ 31 Grande Rio Reciclagem Sincobesp (21) 2765-9550 (11) 3237-2860 [email protected] [email protected] www.grgrupo.com.br www.sincobesp.com.br _ 11 68