2 - SOI - Simulação de Organizações Internacionais
Transcrição
2 - SOI - Simulação de Organizações Internacionais
2 SUMÁRIO INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 4 1 LINKS GERAIS ...................................................................................................................... 5 2 PAÍSES MEMBROS ............................................................................................................... 6 2.1. África do Sul........................................................................................................................ 6 2.2 Alemanha .............................................................................................................................. 7 2.3 Arábia Saudita ...................................................................................................................... 8 2.4 Argentina .............................................................................................................................. 9 2.5 Austrália ............................................................................................................................. 10 2.6 Bélgica ................................................................................................................................ 11 2.7 Brasil................................................................................................................................... 12 2.8 Bulgária .............................................................................................................................. 13 2.9 Canadá ................................................................................................................................ 14 2.10 Chile ................................................................................................................................. 15 2.11 China................................................................................................................................. 16 2.12 Cingapura ......................................................................................................................... 17 2.13 Coréia do Sul .................................................................................................................... 18 2.14 Cuba .................................................................................................................................. 19 2.15 Egito ................................................................................................................................. 20 2.16 Emirados Árabes Unidos .................................................................................................. 21 2.17 Equador............................................................................................................................. 22 2.18 Estados Unidos da América.............................................................................................. 23 2.19 Federação Russa ............................................................................................................... 24 2.20 França ............................................................................................................................... 25 2.21 Holanda............................................................................................................................. 26 2.22 Hungria ............................................................................................................................. 27 2.23 Índia .................................................................................................................................. 28 2.24 Indonésia........................................................................................................................... 29 2.25 Itália .................................................................................................................................. 30 2.26 Japão ................................................................................................................................. 31 2.27 Jordânia............................................................................................................................. 32 2.28 México .............................................................................................................................. 33 3 2.29 Níger ................................................................................................................................. 34 2.30 Portugal............................................................................................................................. 35 2.31 Reino Unido...................................................................................................................... 36 2.32 Republica Tcheca ............................................................................................................. 37 2.33 Suécia ............................................................................................................................... 38 2. 34 Tanzânia........................................................................................................................... 39 2.35 Tunísia .............................................................................................................................. 40 3 PAÍSES OBSERVADORES ................................................................................................. 41 3.1 Áustria ................................................................................................................................ 41 3.2 Finlândia ............................................................................................................................. 42 3.3 Irã ........................................................................................................................................ 43 3.4 Paquistão............................................................................................................................. 44 3.5 Ucrânia ............................................................................................................................... 45 4. ORGANISMOS ESPECIALIZADOS ................................................................................. 46 4.1 Associação Nuclear Mundial .............................................................................................. 46 4.2 Comunidade Europeia de Energia Atômica ....................................................................... 47 4 INTRODUÇÃO Caros DeleAtômicos, Este guia auxiliar tem o intuito de norteá-los quanto à conjuntura dos países e fornecer um ponto de partida para as pesquisas complementares ao Guia de Estudos. Não representa, contudo, o posicionamento político de cada Estado, mas visa, tão somente, apresentar a realidade destes no plano da energia nuclear. As informações provêm, principalmente, do “Worldwide Panorama of Nuclear Energy”, elaborado pela Eletronuclear, sob a organização de Ruth Soares Alves, do qual recomendamos a leitura integral 1 , bem como dos sítios oficiais de diversas organizações relacionadas à atividade nuclear. Este guia apresenta um tópico contendo links essenciais a todos os países, seguido dos “perfis” propriamente ditos, contendo um pequeno resumo das características da matriz energética de cada um deles, além de links específicos. Salientamos, entretanto, que este guia não exaure as pesquisas individuais dos senhores, mas é apenas um pontapé inicial para seus estudos. Deve-se ter em mente que um bom desempenho durante a simulação depende, necessariamente, da qualidade da preparação dos delegados. Esperamos que os senhores façam bom uso deste material, e que ele possa ser útil às pesquisas desenvolvidas. Atenciosamente/Beijos, Diretoria da AIEA – XII SOI. 1 Disponível em: <http://www.eletronuclear.gov.br/LinkClick.aspx?fileticket=1tu2ShkXtJ8%3D&tabid=95>. 5 1 LINKS GERAIS Agência Internacional de Energia: http://www.iea.org Agência Internacional de Energia Atômica: http://www.iaea.org.br Canal da AIEA no YouTube: http://www.youtube.com/user/IAEAvideo CIA World Factbook: https://www.cia.gov/library/publications/the-world- factbook/index.html Comissão Nacional de Energia Nuclear: http://www.cnen.gov.br Nuclear Energy Institute: http://www.nei.org/ Organização das Nações Unidas: http://www.un.org The Nuclear Threat Initiative: http://www.nti.org/ World Nuclear Association: http://www.world-nuclear.org World Nuclear News: http://www.world-nuclear-news.org World Nuclear Transport Institute: http://www.wnti.co.uk/portugues.aspx 6 2 PAÍSES MEMBROS 2.1. África do Sul A África do Sul possui dois reatores em funcionamento (Keoberg I e II), estando o mais antigo deles em operação desde 1984. No ano de 2011, geraram, juntos, 5,19% da energia consumida no país. O governo sul africano se comprometeu, recentemente, quanto à necessidade de investir na geração de energia, sobretudo em fontes renováveis, com o fim de reduzir a emissão de gases de efeito estufa e diversificar a matriz energética do país, ainda bastante dependente do carvão, abundante em seu território. Os resíduos de baixa e média radioatividade provenientes de Koeberg são armazenados em tambores de aço e contêineres de concreto no repositório Vaalputs, operado pela estatal NECSA, criada com o fito de promover a pesquisa e o desenvolvimento no campo da energia nuclear, tendo em vista que a África do Sul sempre buscou sua autossuficiência. O país possuiu um programa de desenvolvimento de armamentos nucleares, por volta da década de 1970, do qual desistiu, voluntariamente, em 1990, assinando o TNP no ano seguinte. 1. http://www.state.gov/r/pa/ei/bgn/2898.htm 2. http://www.nti.org/country-profiles/south-africa/ 3. http://www.nti.org/media/pdfs/south_africa_nuclear.pdf?_=1316466791 4. http://www.nti.org/treaties-and-regimes/nuclear-suppliers-group-nsg/ 5. http://www.world-nuclear.org/info/inf88.html 6. http://www- pub.iaea.org/MTCD/publications/PDF/cnpp2009/countryprofiles/SouthAfrica/SouthAfrica20 03.htm 7. http://www.energy.gov.za/files/media/pr/INTEGRATED_RESOURCE_PLAN_ELECTRICI TY_2010.pdf 8. http://www.necsa.co.za/ 7 2.2 Alemanha A Alemanha possui 17 reatores nucleares em funcionamento e capacidade instalada de 21.366 MW. Em 2011, 102.311 TWH de energia elétrica foram gerados a partir da matriz nuclear, representando 17,79% da produção energética do país. Em 2010, o Congresso aprovou uma medida aumentando a vida útil das usinas nucleares alemãs por um período de 8 a 12 anos, mas o governo voltou atrás após o acidente em Fukushima, quando todas as usinas do país foram desligadas por três meses para testes de segurança. As oito usinas mais antigas não serão religadas e as demais continuarão fechadas até 2022. O fechamento das usinas já elevou o custo da energia elétrica na Alemanha em 12% e provocou um aumento de mais de 10% nas emissões de carbono. Além disso, estima-se a perda de 19.000 empregos diretos na indústria nuclear alemã. Existem dois depósitos definitivos para resíduos nucleares de baixa e média radioatividade no território alemão: o de Morsleben, construído ainda pelo governo comunista da antiga RDA; e o de Konrad, licenciado em 2002 e liberado para funcionamento em 2007. 1. http://www.state.gov/p/eur/ci/gm/ 2. http://www.bmu.de/english/aktuell/4152.php 3. http://www.world-nuclear.org/info/inf43.html 4. http://newmdb.iaea.org/profiles.aspx?ByCountry=DE 5. http://ces.fgvsp.br/index.php?r=noticias/view&id=198021 6. http://www.auswaertiges-amt.de/EN/Startseite_node.html 7. http://www.atividadesnucleares.com.br/materia.asp?id=1338 8. http://www.brasil.diplo.de/Vertretung/brasilien/pt/12__Umwelt/FAQ_20Energia_20Nuclear_ 20Seite.html 9. http://g1.globo.com/natureza/rio20/noticia/2012/06/alemanha-promete-fechar-todas-suasusinas-nucleares-em-dez-anos.html 10. http://uipi.com.br/noticias/geral/2010/11/05/alemanha-e-a-principal-cliente-de-usina-dereprocessamento-nuclear-na-franca/ 11. http://www- pub.iaea.org/MTCD/publications/PDF/CNPP2011_CD/countryprofiles/Germany/Germany20 11.htm 8 2.3 Arábia Saudita É o principal produtor de energia elétrica dos Estados do Golfo, tendo assinado acordos de cooperação para o desenvolvimento de um programa civil de geração de energia nuclear e dessalinização da água em 2008, 2011 e 2012 com Estados Unidos, França e China, respectivamente. Em junho de 2011, o governo saudita confirmou o plano de construir 16 reatores nucleares nas próximas duas décadas, com um custo aproximado de 80 bilhões de dólares. A expectativa é que a energia nuclear atinja 20% do consumo doméstico. Os rumores de que o país contribuiu na construção dos armamentos nucleares iraniano e paquistanês, ou mesmo de que ele próprio tenha planos de adquirir armas nucleares de destruição em massa nunca foram concretamente evidenciados. 1. http://www.world-nuclear.org/info/nuclear_power_in_saudi_arabia.html 2. http://www.nti.org/country-profiles/saudi-arabia/ 3. http://www.mofa.gov.sa/sites/mofaen/Pages/Default.aspx 4. http://af.reuters.com/article/worldNews/idAFTRE7AE0GW20111115 5. http://oglobo.globo.com/mundo/ira-levaria-arabia-saudita-corrida-nuclear-diz-jornal- 3938112 6. http://www.gazetadopovo.com.br/mundo/conteudo.phtml?id=1213340 7. http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,obama-e-rei-da-arabia-saudita-fazem- apelo-contra-programa-nuclear-do-ira,573792,0.htm 9 2.4 Argentina A Argentina possui duas usinas nucleares em operação e mais uma em construção. Em agosto de 2011 o governo assinou um contrato com o Canadá para a ampliação da vida útil de sua usina mais antiga em 30 anos. Há previsão de expansão da utilização da energia nuclear em submarinos, podendo entrar em operação em 2015. O acidente em Fukushima não interferiu no trabalho das usinas, sendo feitas constantes análises e monitoramento para a contínua melhoria deste. A gestão pelos rejeitos radioativos fica a cargo, única e exclusivamente, da Comisión Nacional de Energía Atómica – CNEA, que administra os rejeitos por meio de um fundo financiado pelas próprias usinas. Os resíduos de baixa e média radioatividade são tratados nas instalações da CNEA em Ezeiza e o combustível irradiado é armazenado nas próprias usinas. 1. http://www.world-nuclear.org/info/inf96.html 2. http://www.nti.org/country-profiles/argentina/ 3. http://www.cnea.gov.ar/ 4. http://newmdb.iaea.org/profiles.aspx 5. http://en.mercopress.com/2011/09/29/argentina-leader-in-use-of-nuclear-power-for- peaceful-purposes-says-cfk 6. http://www.reuters.com/article/2010/09/09/us-argentina-energy-nuclear- idUSTRE6884TS20100909 7. http://www.carnegieendowment.org/2009/01/08/brazil-and-argentina-s-nuclear- cooperation/i5u 8. http://www.upi.com/Business_News/Energy-Resources/2011/08/25/Argentina-keen-for- more-nuclear-power/UPI-42281314304135/ 9. http://www- pub.iaea.org/MTCD/publications/PDF/CNPP2011_CD/countryprofiles/Argentina/Argentina2 011.htm 10 2.5 Austrália A Austrália não possui usinas nucleares, tendo somente reatores de pesquisas e para fins medicinais. Sua relevância deve-se por possuir a maior reserva mundial de urânio do mundo (23% do total mundial), sendo o terceiro maior produtor de Óxido de Uranio, com 7.000 toneladas em 2010-11, atrás do Cazaquistão e do Canadá. Sua decisão de não utilizar de energia nuclear deve-se ao fato de também possuir grandes jazidas de carvão e gás natural, além de razões políticas. Após o ocorrido no Japão, o movimento anti nuclear aumentou, chegando a haver manifestações objetivando proibir a mineração de urânio no país. Entretanto, em virtude de questões ambientais envolvendo a liberação de gás carbônico proveniente do consumo de carvão e gás natural, não se descarta totalmente a utilização da energia atômica no país. É, ainda, uma possibilidade, visto que o país possui infraestrutura suficiente para suportar construções desse porte. Os resíduos gerados pelos reatores de pesquisa (45 m³) são de baixa e média radioatividade e armazenados em mais de 100 locais ao redor do país. Tal estratégia, para alguns estudiosos, não é considerada adequada a longo prazo. Em março de 2012, o parlamento aprovou o Projeto de Lei Nacional de Gestão de Resíduos Radioativos 2010, que prevê um repositório nacional para o armazenamento de resíduos de níveis de radioatividade baixo e intermediário, provavelmente na Estação Muckaty, no Território do Norte. 1. http://www.abc.net.au/science/programs/nuclearpower/ 2. http://www.theage.com.au/national/for-australia-nuclear-is-the-power-of-last-resort- 20111008-1lexm.html 3. http://www.world-nuclear.org/info/inf48.html 4. http://www.smh.com.au/opinion/blogs/the-party-line/should-we-fast-track-our-carbon- reduction-by-removing-barriers-to-nuclear-energy-in-australia-20120322-1vla8.html 5. http://www.nti.org/country-profiles/australia/ 6. http://www.ansto.gov.au/ 11 2.6 Bélgica Possui sete reatores nucleares em operação que representam 53,96% de sua matriz energética. Apesar de a Bélgica depender crucialmente da energia nuclear, o Senado aprovou, em 2003, uma lei que proíbe a construção de novas unidades nucleares e limitou em 40 anos a vida útil das que se encontram em operação atualmente – a primeira será fechada em 2015 e as últimas em 2025. Vale salientar, ainda, que em 1993 o governo decidiu suspender o reprocessamento de seu combustível nuclear e quase todo o lixo é armazenado na cidade de Dessel. O país ainda investe fortemente em pesquisa, na busca de meios para eliminação de resíduos de alta e média radioatividade, destacando-se, neste âmbito, o laboratório Hades e o SCK-CEN (Centro de Estudo de Energia Nuclear Belga). Uma agência nacional é responsável pela administração dos rejeitos radioativos belgas, cuidando do processo desde o transporte até o tratamento e o armazenamento final. Além disso, a fundação de utilidade pública SCK-CEN, em Mol, é responsável por guardar rejeitos de vida curta e intermediária. 1. http://www.world-nuclear.org/info/inf94.html 2. http://www- pub.iaea.org/MTCD/publications/PDF/CNPP2011_CD/countryprofiles/Belgium/Belgium201 1.htm 3. http://diplomatie.belgium.be/en/ 4. http://www.bnsorg.eu/ 5. http://www.sckcen.be/ 6. http://pt.euronews.com/2011/03/18/huy-a-localidade-belga-que-vive-com-o-nuclear/ 7. http://www.eletronuclear.gov.br/Not%C3%ADcias/NoticiaDetalhes.aspx?NoticiaID=562 8. http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI5445244-EI8142,00- Belgica+confirma+abandono+da+energia+nuclear+a+partir+de.html 9. http://visao.sapo.pt/nuclear-eua-franca-belgica-e-coreia-do-sul-vao-cooperar-para-garantirmaior-seguranca-dos-reatores=f655132 10. http://www.cnen.gov.br/noticias/lst-noticias-informe.asp?ano=2011&num=35 12 2.7 Brasil Os dois reatores em operação no Brasil, Angra I e II, geram em torno de 3% da totalidade da energia gerada no país, sendo que sua matriz energética é baseada, principalmente, em fontes hidrelétricas. Visualizando um forte crescimento econômico, em médio prazo, o país necessita expandir sua matriz, sendo previstos investimentos em fontes diversas e, também, no campo nuclear, com planos que visam à construção de quatro a oito novas nucleares. O acidente em Fukushima motivou a realização de diversas análises para averiguação dos riscos aos quais poderiam estar submetidas as usinas brasileiras. O Brasil possui competências nas principais dimensões do ciclo do combustível nuclear, da prospecção mineral ao enriquecimento de urânio e fabricação do combustível, embora ainda não em escala industrial, além de deter consideráveis reservas de urânio. Em 2008, o governo brasileiro aprovou uma estratégia nacional de defesa que prioriza o uso da tecnologia nuclear. Como parte da estratégia, entrou em acordo com o governo francês para a construção de submarinos de propulsão nuclear. A CNEN – Comissão Nacional de Energia Nuclear – é o órgão governamental responsável pela gestão dos resíduos, sendo que o combustível utilizado nas usinas é armazenado em seu próprio território, enquanto não é formulada uma política de reprocessamento adequada ou descarte direto. Esses aspectos deverão ser definidos antes do comissionamento de Angra III. 1. http://www- pub.iaea.org/MTCD/publications/PDF/CNPP2011_CD/countryprofiles/Brazil/Brazil2011.htm 2. http://www.state.gov/r/pa/ei/bgn/35640.htm 3. http://newmdb.iaea.org/profiles.aspx?ByCountry=BR 4. http://www.nti.org/country-profiles/brazil/ 5. http://www.nti.org/treaties-and-regimes/nuclear-suppliers-group-nsg/ 6. http://www.cnen.gov.br/Default.asp 7. http://www.aben.com.br/ 8. http://www.eletronuclear.gov.br/AEmpresa/CentralNuclear.aspx 9. http://www.world-nuclear.org/info/inf95.html 10. http://www.globalsecurity.org/wmd/world/brazil/nuke.htm 11. http://www.abacc.org.br/ 13 2.8 Bulgária O desenvolvimento nuclear da Bulgária contou com a ajuda da União Soviética e teve início após a conferência de Genebra “Atoms for peace" em 1956, passando, desde então, a compor seu programa energético. A Bulgária tem seis unidades nucleares funcionando em Kozloduy que entraram em operação entre 1974 e 1991. Em 2005, começou a construção de uma nova usina nuclear na central de Belene, com capacidade elétrica total de 2000 MWe Após a discussão pública realizada em março de 2004, concluiu-se que a construção dessa nova central nuclear teria forte apoio político do público local (mais de 97%) e nacional (mais de 76%). A energia nuclear corresponde, atualmente, a 28,4% da capacidade de geração total instalada pelo país, contribuindo significativamente para satisfazer a necessidade energética da economia e da população da região. Trata-se de mais um país cujos recursos energéticos são limitados e que visualiza a energia nuclear como parte da solução para atender as suas necessidades energéticas, bem como uma forma de mitigação das mudanças climáticas. 1. http://www.state.gov/r/pa/ei/bgn/ 2. http://newmdb.iaea.org/profiles.aspx?ByCountry=BG 3. http://www- pub.iaea.org/MTCD/publications/PDF/CNPP2011_CD/countryprofiles/Bulgaria/Bulgaria201 1.htm 4. http://46.4.92.154/energy/bulgaria-drops-nuclear-power-pla-news-511816 5. http://www.world-nuclear.org/info/inf87.html 6. http://www.iaea.org/Publications/Magazines/Bulletin/Bull166/16604701923.pdf 7. http://www.state.gov/r/pa/ei/bgn/3236.htm 14 2.9 Canadá O Canadá possui 18 usinas nucleares em operação, com capacidade instalada de 13.553 MW, que produziram 90,034 TWh em 2011, o equivalente a 15,33% da energia elétrica do país. A política interna canadense está voltada para um programa nuclear civil de fins pacíficos e redução do efeito estufa, concentrando-se, atualmente, na reforma dos reatores já existentes. O planejamento energético de longo prazo, aprovado em novembro de 2010, prevê, pelo menos, duas novas usinas nucleares, com capacidade total de 2.000 MW, e a reforma de outras dez até 2020. O Canadá prevê o depósito geológico profundo (DGR) para resíduos nucleares de baixa e média radioatividade. Os trabalhos de preparação de sítio, construção e operação para a construção do depósito que deverá atender a todas as usinas das centrais de Bruce, Pickering e Darlington, estão propostos para a região de Tiverton, próximo ao local da primeira Central. Em 2007, o país decidiu que todo seu combustível irradiado seria selado em contêineres seguros e guardados em depósitos subterrâneos rochosos para uso no futuro, um megaprojeto com previsão de gastos da ordem de US$20 bilhões. 1. http://www.nwmo.ca/ 2. http://curriculum.cna.ca/ 3. http://nuclearsafety.gc.ca/eng/ 4. http://www.dfait-maeci.gc.ca/ 5. http://www.energy.gov.on.ca/ 6. http://www.state.gov/p/wha/ci/ca/ 7. http://www.nrcan.gc.ca/energy/home 8. http://newmdb.iaea.org/profiles.aspx?ByCountry=CA 9. http://www.oecd-nea.org/general/profiles/canada.html 10. http://www.oecd-nea.org/rwm/profiles/Canada_profile_web.pdf 11. http://www.world-nuclear.org/info/inf49a_Nuclear_Power_in_Canada.html 12. http://www- pub.iaea.org/MTCD/publications/PDF/CNPP2011_CD/countryprofiles/Canada/Canada2011.h tm 15 2.10 Chile Com uma matriz energética pouco diversificada, o Chile importa cerca de 70% de sua energia, sua maioria por hidrocarbonetos, não havendo nenhum reator nuclear na produção de energia. No entanto, a alta dependência externa e as dificuldades climáticas relacionadas às secas levam o governo a estudar as possibilidades da energia nuclear. Atualmente, o Chile possui apenas dois reatores de pesquisa. Em 2011 o país assinou um acordo de cooperação nuclear com a França com a finalidade de treinar cientistas e profissionais e promover estudos de projetos de construção e operação de grandes centrais nucleares de potência. Contudo, apesar dos avanços governamentais, a sociedade não apoia o desenvolvimento da energia nuclear. 1. http://www.minrel.gob.cl/prontus_minrel/site/edic/base/port/home.php 2. http://www.cchen.cl/ 3. http://newmdb.iaea.org/profiles.aspx?ByCountry=CL 4. http://ultimosegundo.ig.com.br/visitaobama/dialogo+nuclear+deve+marcar+visita+de+obama +ao+chile/n1238182561779.html 5. http://nuclearchile.blogspot.com.br/ 6. http://energia-nuclear.net/es/situacion/energia_nuclear_chile.html 7. http://www.state.gov/r/pa/ei/bgn/1981.htm 8. http://infosurhoy.com/cocoon/saii/xhtml/pt/features/saii/features/main/2011/04/04/feature01 9. http://www.wharton.universia.net/index.cfm?fa=viewArticle&id=1829&language=portuguese 10. http://www.bcn.cl/carpeta_temas_profundidad/energia-nuclear/ 11. http://delegeagraria.blogspot.com.br/2007/03/energa-nuclear-en-chile.html 16 2.11 China A China é o maior consumidor global de energia (4.722 TWh). Sua maior fonte de eletricidade vem do carvão (cerca de 86%) mas, devido às pressões ambientais, o governo tende a diminuir o seu uso. Possui 15 usinas nucleares em operação, com previsão de colocar em funcionamento mais 54 até 2030; destas, 27 já estão em construção e 16 tem construção aprovada. Tudo isso faz parte do plano de diversificação da matriz energética chinesa. Após o acidente em Fukushima foi ordenado um amplo programa de inspeção da segurança nas usinas existentes, nas quais não foram encontrados problemas. A aprovação de novos reatores ficou condicionada ao resultado dos testes de segurança, sendo descartados como sítios os locais sujeitos a atividades geológicas graves, além de áreas densamente povoadas, condições estas que não preocupavam os chineses antes. Quanto aos resíduos, a China contempla o reprocessamento do combustível irradiado e uma planta piloto, com capacidade para 50 toneladas métricas por ano, em Gansu Province, foi testada em 2006. Em 2011, foi anunciado o desenvolvimento de uma tecnologia de reprocessamento de combustível nuclear, de modo a reaproveitar integralmente o urânio irradiado e o plutônio, frutos da geração de energia, o que significa o alcance da autossuficiência do país em combustível nuclear. 1. http://www.world-nuclear.org/info/inf63.html 2. http://www.technologyandpolicy.org/2012/03/05/chinas-nuclear-energy-industry-one-yearafter-fukushima/ 3. http://www.chinadaily.com.cn/business/2012-03/12/content_14812467.htm 4. http://japanfocus.org/-Augustin-Boey/3698 5. http://www.upi.com/Business_News/Energy-Resources/2012/04/09/China-expands-oldestnuclear-power-plant/UPI-98371333989816/ 6. http://www.nti.org/country-profiles/china/ 7. http://www.cnnc.com.cn/tabid/141/Default.aspx 17 2.12 Cingapura Embora ainda não integre o programa energético de Cingapura, a produção energética pela via nuclear é considerada peça fundamental na corrida asiática para suprir a crescente demanda diante da expansão do consumo. Assim como outros países de diminuta extensão territorial, Cingapura é desprovido de recursos energéticos suficientes a comportar as perspectivas de seu desenvolvimento. Quanto à instalação da sua primeira usina nuclear, muito se discute sobre sua viabilidade e o local no qual viria a ser implantada, visto que se trata de um país pequeno, porém, muito populoso. 1. http://www.asiaone.com/News/AsiaOne+News/Singapore/Story/A1Story20101102- 245235.html 2. http://theonlinecitizen.com/2011/09/wikileaks-singapore%E2%80%99s-nuclear-energy- ambition/ 3. http://www.channelnewsasia.com/stories/singaporelocalnews/view/1207156/1/.html 4. http://www.state.gov/r/pa/ei/bgn/2798.htm 5. http://www.forbes.com/sites/alexknapp/2011/03/29/singapore-considers-underground- nuclear-reactors/ 18 2.13 Coréia do Sul O país iniciou a construção do seu primeiro reator nuclear ainda na década de 70, contando, atualmente, com 23 reatores nucleares em operação (34% da energia do país). O governo planeja ampliar o número de reatores até 2030 – já na próxima década, por exemplo, a expectativa é que ultrapassem os 56% da produção energética do país. O governo sul coreano investe fortemente em tecnologia, de forma que, hoje, o país precisa cada vez menos da importação de maquinário para construção de novas unidades nucleares, sendo sua tecnologia própria exportada para países que pretendem iniciar seus programas nucleares e reconhecida em nível global. O manejo dos resíduos radioativos é de responsabilidade exclusiva da Companhia de Administração de Lixo Radioativo coreana. Grande parte desses resíduos tem sido armazenados nas proximidades das usinas e nas províncias de Kyongju/Gyeonju, locais escolhidos através de votação como destinos de resíduos atômicos. 1. http://world-nuclear.org/info/inf81.html 2. http://www- pub.iaea.org/MTCD/publications/PDF/CNPP2011_CD/countryprofiles/Korea,Republicof/Kor ea,Republicof2011.htm 3. http://www.mofat.go.kr/ENG/main/index.jsp 4. http://www.cscap.nuctrans.org/Nuc_Trans/locations/korea/korea.htm 5. http://www.nti.org/country-profiles/south-korea/ 6. http://www.kedo.org/ 7. http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/reuters/2012/01/02/coreia-do-sul-pede-fim-da- atividade-nuclear-norte-coreana.htm 8. http://sol.sapo.ao/inicio/Internacional/Interior.aspx?content_id=45112 9. http://portuguese.ruvr.ru/2012_05_04/coreia-do-sul-reactor-nuclear/ 10. http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=179085&id_secao=9 19 2.14 Cuba Após a ruptura de relações diplomáticas entre Cuba e os Estados Unidos, e o subsequente embargo imposto por este último, o governo cubano, comandado por Fidel Castro, estreitou laços econômicos e políticos com a então União Soviética. Nesse contexto, foi com o auxílio soviético nos campos técnico e financeiro que Cuba desenvolveu o projeto de construção da central nuclear de Cienfuegos. A construção da central foi iniciada em 1983 e interrompida em 1992, devido ao colapso da União Soviética. O governo da Rússia, junto ao cubano, buscou, ainda, financiamento internacional para concluir a obra, causando preocupação nos EUA quanto à proliferação de armamentos nucleares, mas não houve sucesso. Em 1997 Cuba adiou o projeto indefinidamente e, em 2002 assinou o TNP, além do Tratado de Tlatelolco. 1. http://www.state.gov/r/pa/ei/bgn/2886.htm 2. https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/cu.html 3. http://newmdb.iaea.org/profiles.aspx?ByCountry=CU 4. http://www.nti.org/country-profiles/cuba/ 5. http://www.globalsecurity.org/wmd/world/cuba/nuke.htm 6. http://www.latinamericanstudies.org/book/Cuban-Nuclear-Program.pdf 7. http://cns.miis.edu/npr/pdfs/benjam12.pdf 20 2.15 Egito O Egito, como alguns outros países, sofre com a limitação de seus recursos energéticos. Os recursos disponíveis estão restritos ao petróleo e ao gás (o óleo é quase totalmente utilizado internamente e o gás natural está disponível, apenas, para cobrir 30 anos do consumo atual). O potencial hídrico é completamente explorado, já as demais potencialidades renováveis (eólica e solar) estão em andamento. Para assegurar um desenvolvimento sustentável, diversas políticas e estratégias foram desenvolvidas e implementadas ao longo dos últimos 50 anos. Estas são direcionadas à otimização dos recursos energéticos, buscando desenvolver opções alternativas e melhorar a eficiência e conservação energética. O programa nuclear egípcio foi congelado no fim da década de 1980, após o acidente no reator soviético de Chernobyl, em 1986. Até pouco tempo, o Egito não planejava fazer uso da energia nuclear. Porém, em 2011, teve início a construção da primeira usina nuclear do país, na cidade mediterrânea de Daba, ao custo de aproximadamente US$ 1,5 bilhões. 1. http://exame.abril.com.br/meio-ambiente-e-energia/noticias/presidente-egito-anuncia- construcao-1a-usina-nuclear-pais-591028 2. http://www- pub.iaea.org/MTCD/publications/PDF/CNPP2011_CD/countryprofiles/Egypt/Egypt2011.htm 3. http://energianuclearbr.blogspot.com.br/2010/11/egito-voltara-investir-em-usinas.html 4. http://www.state.gov/r/pa/ei/bgn/5309.htm 5. http://www.danielpipes.org/blog/2012/01/egyptian-nuclear-power-plant-ransacked 6. http://latimesblogs.latimes.com/babylonbeyond/2010/08/egypt-government-turn-to- nuclear-energy-to-face-increasing-power-needs.html 7. http://www.egyptindependent.com/news/dabaa-nuclear-power-sit-continues-wake-clashes 8. http://www.nti.org/country-profiles/egypt/ 21 2.16 Emirados Árabes Unidos Os Emirados Árabes tem um amplo projeto de investimento na energia nuclear e, atualmente, estão construindo a central nuclear de Braka. A empresa sul coreana que venceu a concorrência para a construção da central principiou as obras nesse ano e a operação comercial deve iniciar-se somente em 2017, podendo conter até 4 reatores. A expectativa é que até 2020 a matriz nuclear represente 20% do consumo energético nacional. Além da parceria com a Coreia do Sul, há um acordo para cooperação nuclear civil com os EUA, ainda pendente de aprovação pelo parlamento estadunidense, em que os Emirados Árabes se comprometem a não desenvolver um programa de enriquecimento e reprocessamento de urânio. 1. http://www.government.ae/web/guest/home/en 2. http://enec.gov.ae/?lang=en 3. http://www.nti.org/country-profiles/united-arab-emirates/ 4. http://country-facts.com/pt/country/asia/209-united-arab-emirates/2056-united-arab- emirates-foreign-policy-and-military.html 5. http://www.anba.com.br/noticia_eletrica.kmf?cod=14084191 6. http://www.state.gov/r/pa/ei/bgn/5444.htm 7. http://www.world-nuclear.org/info/UAE_nuclear_power_inf123.html 8. http://noticias.r7.com/economia/noticias/emirados-arabes-unidos-concendem-contrato- nuclear-bilionario-a-consorcio-sul-coreano-20091227.html 9. http://www.world-nuclear-news.org/NP-UAE_Australia_agree_to_cooperate-0108124.html 10. http://www.world-nuclear-news.org/NN-Braka_gains_environmental_approval- 1607125.html 11. 1907124.html http://www.world-nuclear-news.org/NN-Construction_under_way_at_Barakah- 22 2.17 Equador O Equador, atualmente, não tem usinas nucleares nem tecnologia para produzir energia por meio nuclear. Contudo, busca dominar o conhecimento na área, contando com a ajuda do governo russo para obter a tecnologia necessária para o uso de tal fonte energética com fins pacíficos. 1. http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u612733.shtml 2. http://www.americaeconomia.com/politica-sociedad/politica/ecuador-propone-fortalecer- infraestructura-nuclear-pacifica-de-paises-en3. http://thestar.com.my/news/story.asp?file=/2009/3/25/apworld/20090325075209&sec=apworl d 4. http://nuclearstreet.com/nuclear_power_industry_news/b/nuclear_power_news/archive/2009/ 03/25/iaea-will-finance-seven-projects-in-ecuador.aspx 5. http://uraniuminvestingnews.com/2093/russia-ecuador-strike-deal-on-nuclear-power- cooperation.html 6. http://www.state.gov/r/pa/ei/bgn/35761.htm 7. http://newmdb.iaea.org/profiles.aspx?ByCountry=EC 23 2.18 Estados Unidos da América Os EUA possuem o maior parque nuclear do mundo, com capacidade instalada de 107.714 MW, distribuída entre 104 usinas em operação, que produziram 790.225 TWh de energia elétrica em 2011, o equivalente a cerca de 20% da produção energética nacional e 31% de toda energia nuclear produzida no mundo. Há, ainda, uma usina em construção, com capacidade de 1.180 MW, e outras 30 em processo de licenciamento. Além disso, a vida útil das usinas americanas está sendo estendida para 60 anos: 71 usinas já tiveram sua vida útil ampliada, 20 estão em processo de ampliação no NRC, órgão regulador americano, e outras 13 iniciaram o processo, mas ainda não concluíram o envio da documentação necessária. Para garantir o abastecimento do parque nuclear americano, o NCR autorizou a operação das novas cascatas na fábrica da Urenco no Novo México, sendo este o primeiro enriquecimento americano pelo processo de centrifugação a gás. O uso de combustível óxido misto de urânio e plutônio, retirado de ogivas nucleares desativadas, também está previsto. Embora não haja solução definitiva quanto à destinação dos resíduos nucleares após o término do projeto de Yucca Mountain, o NRC já estabeleceu a possibilidade de armazenálos com segurança por, pelo menos, 60 anos após o término da vida útil da usina. 1. http://energy.gov/ 2. http://www.nrc.gov/ 3. http://www.state.gov/ 4. http://www.world-nuclear.org/info/inf41.html 5. http://www.nti.org/country-profiles/united-states/ 6. http://www.oecd-nea.org/general/profiles/usa.html 7. http://newmdb.iaea.org/profiles.aspx?ByCountry=US 8. http://www.oecd-nea.org/rwm/profiles/US_report_web.pdf 9. http://www.oecd-nea.org/rwm/profiles/US_profile_web.pdf 10. http://www.world-nuclear.org/info/countries/US_nuclear_fuel_cycle.html 11. http://www.world-nuclear.org/info/inf41_US_nuclear_power_policy.html 12. http://www- pub.iaea.org/MTCD/publications/PDF/CNPP2011_CD/countryprofiles/UnitedStatesofAmeric a/UnitedStatesofAmerica2011.htm 24 2.19 Federação Russa A Rússia herdou, após o fim da União Soviética, o arsenal de armas nucleares produzido por esta durante o período da Guerra Fria. É um dos cinco países nuclearmente armados signatários do TNP e vem sofrendo pressão internacional para destruir tais armamentos. O país possui, atualmente, 33 usinas em operação, sendo que 15 delas utilizam reator do tipo LWGR, o mesmo utilizado na usina de Chernobyl, na Ucrânia. Existem, também, dez novas usinas em construção e cinco planejadas. A geração de energia pela fonte nuclear já representa 17,09 % do total gerado no país, havendo pretensão do governo em atingir os 25% ou 30% até 2020. A empresa estatal Rosatom é responsável pelo reprocessamento do combustível irradiado em uma central de reprocessamento localizada nos Montes Urais. A Rússia tem investido no desenvolvimento de projetos de cooperação com diversos países em áreas como: tratamento de resíduos da geração nuclear; descontaminação de territórios infectados; construção de novos reatores; além do enriquecimento de urânio. 1. http://www- pub.iaea.org/MTCD/publications/PDF/CNPP2011_CD/countryprofiles/Brazil/Brazil2011.htm 2. http://www.state.gov/r/pa/ei/bgn/3183.htm 3. http://www.nti.org/country-profiles/russia/ 4. http://www.world-nuclear.org/info/inf45.html 5. http://www.world-nuclear.org/info/inf13.html 6. http://www.rosatom.ru/en/ 25 2.20 França A República Francesa é uma das maiores potências no campo nuclear, detendo vasto aparato tecnológico na área civil e militar. A França tem 59 usinas em operação, as quais são responsáveis por quase 75% da energia gerada pelo país, e uma em construção. Além de sua importância para o desenvolvimento nacional, a geração de energia tem significativo papel na balança comercial francesa, visto que o país é o maior exportador mundial de eletricidade, recebendo mais de 3 bilhões de euros em 2010. A política francesa de tratamento dos resíduos nucleares é uma das mais bem estruturadas do mundo. O país reprocessa todo o combustível usado, reutilizando-o, em parte, em outros reatores. Além disso, há estudos para a instalação de depósitos de resíduos de baixa atividade nuclear e importantes pesquisas nas áreas de descomissionamento das usinas. Devido ao alto domínio tecnológico, a França mantém acordos de cooperação nuclear com vários países, dentre eles: Índia, Espanha, Congo, Marrocos, Rússia, Japão, Chile, China, EUA e Brasil. 1. http://www.oecd-nea.org/general/profiles/france.html 2. http://www.diplomatie.gouv.fr/fr/ 3. http://www.areva.com/ 4. http://www.nti.org/country-profiles/france/ 5. http://newmdb.iaea.org/profiles.aspx?ByCountry=FR 6. http://www.world-nuclear.org/info/default.aspx?id=330&terms=France 7. http://www.state.gov/r/pa/ei/bgn/3842.htm 8. http://www.cea.fr/jeunes/themes/l_energie_nucleaire/questions_sur_le_nucleaire/l_energie_n ucleaire_en_france 9. http://www.sfen.org/ 10. http://www.developpement-durable.gouv.fr/-Nucleaire,275-.html 26 2.21 Holanda A Holanda possui apenas uma usina em operação, que teve sua capacidade ampliada em 2006, e deve operar até 2033, a qual deverá passar pelos testes de estresse estabelecidos pela União Europeia após o acidente de Fukushima. O governo iniciou o processo de licenciamento de uma nova unidade que utilizaria o combustível MOX, cuja construção está prevista para iniciar em 2015, contribuindo para a meta de redução das emissões de carbono do país em cerca de 15%. A nova usina contribuirá, ainda, para a autonomia energética do país, que importa mais de 20% de sua energia elétrica, sobretudo da Alemanha. Quanto à gestão dos resíduos, está a cargo da empresa governamental Central Organization for Radioactive Waste, COVRA N.V.. A Holanda possui um acordo com a França para a reciclagem, até 2015, de parte de seu combustível irradiado, que retorna ao país para ser reutilizado posteriormente. Até 2016 o governo deverá, ainda, decidir acerca da destinação dos resíduos de alta radioatividade já existentes. 1. http://www- pub.iaea.org/MTCD/publications/PDF/CNPP2011_CD/countryprofiles/Netherlands/Netherlan ds2011.htm 2. http://www.state.gov/r/pa/ei/bgn/3204.htm 3. http://newmdb.iaea.org/profiles.aspx?ByCountry=NL 4. http://www.world-nuclear.org/info/inf107.html 5. http://en.wikipedia.org/wiki/Nuclear_energy_in_the_Netherlands 6. http://www.covra.nl/ 7. http://www.government.nl/issues/energy/nuclear-power 8. http://www.oecd-nea.org/general/profiles/netherlands.html 27 2.22 Hungria Os quatro reatores em operação na Hungria, que possuem capacidade instalada de 2.000 MW, foram responsáveis por 43,25% (14.711 TWh) de toda energia elétrica produzia no país em 2011. O Plano Energético de 2030-2050 recomenda a extensão em 20 anos da vida útil das quatro unidades de Paks, que, com isso, deixariam de funcionar somente entre 2032 e 2037. Além disso, o país pretende aumentar a capacidade da central nuclear de Paks construindo duas unidades de 1.000 MW cada até 2025. Segundo o Primeiro Ministro Viktor Orban, objetiva-se que as usinas nucleares sejam responsáveis por 60% da eletricidade produzida no país. A PURAM (Public Limited Company for Radioactive Waste Management) é responsável pela operação das instalações de armazenamento de rejeitos nucleares já existentes e preparação da deposição final de rejeitos de alta radioatividade, além do descomissionamento de usinas nucleares. O Act on Atomic Energy estabeleceu o Central Nuclear Financial Fund, financiado pelas instituições onde o lixo atômico do país é gerado, para cobrir os custos do gerenciamento deste e do combustível irradiado. 1. http://www.state.gov/p/eur/ci/hu/ 2. http://www.world-nuclear.org/info/inf92.html 3. http://www.ensreg.eu/country-profile/Hungary 4. http://www.kulugyminiszterium.hu/kum/en/bal/ 5. http://www.kormany.hu/en/ministry-of-foreign-affairs 6. http://newmdb.iaea.org/profiles.aspx?ByCountry=HU 7. http://www.oecd-nea.org/general/profiles/hungary.html 8. http://www.haea.gov.hu/web/v2/portal.nsf/introduction_en 9. http://www.oecd-nea.org/rwm/profiles/Hungary_profile_web_2009.pdf 10. http://www- pub.iaea.org/MTCD/publications/PDF/CNPP2011_CD/countryprofiles/Hungary/Hungary201 1.htm 28 2.23 Índia Com a demanda de energia crescendo rapidamente, a Índia possui, hoje, 20 reatores nucleares em operação e outros sete em construção. Uma vez que apenas 40% da população tem acesso à energia elétrica, não se pode ignorar a necessidade de ampliação da matriz nuclear em território indiano. A República da Índia não é signatária do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares e declara abertamente que possui armas de destruição em massa. O governo considera o tratado injusto e garante que permanecerá nuclearmente armado enquanto outras potências mundiais não destruírem seus arsenais. O lixo nuclear do país é reprocessado nas próprias unidades e, no fim, armazenado ao longo do território. O país é signatário, ainda, de uma série de acordos relacionados à energia nuclear com França, Estados Unidos, Rússia, Canadá, Mongólia, Cazaquistão, Argentina e Namíbia. Por último, sabe-se que o país tem investido na construção de um submarino nuclear. 1. http://www.world-nuclear.org/info/inf53.html 2. http://www- pub.iaea.org/MTCD/publications/PDF/CNPP2011_CD/countryprofiles/India/India2011.htm 3. http://www.nti.org/country-profiles/india/ 4. http://meaindia.nic.in/ 5. http://www.npcil.nic.in/ 6. http://novasenergias.org/politica/india-considera-nuclear-vital-para-emergentes/ 7. http://outrapolitica.wordpress.com/2011/04/27/india-confirma-plano-de-megausina- nuclear/ 8. http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/07/acidentes-em-usina-nuclear-afetam- funcionarios-na-india-diz-empresa.html 9. http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI5895642-EI8143,00- India+testa+com+sucesso+missil+nuclear+de+curto+alcance+Agni+I.html 10. http://mais.uol.com.br/view/65k9fo807g7i/lixo-nuclear-vira-ameaca-para-populacao-da- india-04029B3066D4A98366?types=A 29 2.24 Indonésia A Indonésia adiou a construção de sua primeira usina anos atrás, em parte por causa de protestos de camponeses que temiam possíveis danos ocasionados por terremotos. Apesar dos reveses sofridos inicialmente, as autoridades estudam retomar o planejamento de novas usinas. Os defensores da energia nuclear querem a construção de duas usinas nas ilhas Bangka Belitung, na Costa de Sumatra e ao sul de Cingapura, onde a indústria local demanda cada vez mais eletricidade, argumentando, ainda, que o solo tem base de granito, o que o tornaria mais estável que outras áreas. Após o incidente ocorrido em Fukushima, reacendendo a polêmica que gira em torno da implantação da primeira usina nuclear no território indonésio, Teuku Faiza, porta-voz do presidente, Susilo Bambang Yudhoyono, disse que "ainda é cedo para comentar" como os problemas do Japão vão afetar os planos locais de desenvolvimento de projetos nucleares. 1. http://online.wsj.com/article/SB130006146650294187.html 2. http://www- pub.iaea.org/MTCD/publications/PDF/CNPP2011_CD/countryprofiles/Indonesia/Indonesia20 11.htm 3. http://www.state.gov/r/pa/ei/bgn/2748.htm 4. http://www.nytimes.com/2011/03/18/business/global/18atomic.html 5. http://oilprice.com/Latest-Energy-News/World-News/Indonesias-First-Nuclear-Power- Plant-Delayed.html 6. http://newmdb.iaea.org/profiles.aspx?ByCountry=ID 7. http://www.nti.org/country-profiles/indonesia/ 30 2.25 Itália Atualmente não existem usinas nucleares em operação na Itália. O país já possuiu quatro centrais em funcionamento, fechadas desde a década de 1990 devido ao término de sua vida útil ou em razão de decisão popular (após acidente em Chernobyl), quando se iniciou o processo de descomissionamento dessas, ainda em curso. Em 2008 o país decidiu retomar seu programa nuclear, tendo sido aprovado no Senado um pacote legislativo que objetivava selecionar sítios para a construção de novas usinas, que deveriam gerar, até 2030, 25% da energia consumida na Itália. Visava, com isso, minimizar a dependência de combustíveis fósseis em sua matriz energética. Contudo, após o acidente japonês, a população votou, novamente, pela não utilização da energia nuclear, temendo a ocorrência de acidentes, posto que o território italiano é propenso à ocorrência de terremotos de expressiva magnitude. Ainda, cabe mencionar que cerca de 10% da energia consumida na Itália é importada, principalmente da França, que tem 74% de sua geração através de centrais nucleares. 1. http://www- pub.iaea.org/MTCD/publications/PDF/CNPP2011_CD/countryprofiles/Italy/Italy2011.htm 2. http://www.state.gov/r/pa/ei/bgn/4033.htm 3. http://newmdb.iaea.org/profiles.aspx?ByCountry=IT 4. http://www.world-nuclear.org/info/inf101.html 5. http://ec.europa.eu/energy/energy_policy/doc/factsheets/mix/mix_it_en.pdf 6. http://ec.europa.eu/energy/demand/legislation/doc/neeap/italy_en.pdf 7. http://en.wikipedia.org/wiki/Nuclear_power_in_Italy 8. http://www.wmsym.org/archives/2001/66/66-6.pdf 9. http://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=4&ved=0CGQQFj AD&url=http%3A%2F%2Fciteseerx.ist.psu.edu%2Fviewdoc%2Fdownload%3Fdoi%3D10.1. 1.26.736%26rep%3Drep1%26type%3Dpdf&ei=KzwWUPPiFJS60QG9tID4Cg&usg=AFQjC NH7ytq_FMPhvo7USTHQ0ltNn35DrA 10. http://www.climatesceptics.org/location/europe/italy 31 2.26 Japão O Japão, com 50 reatores e capacidade instalada de 44.114 MW, possui o maior parque nuclear da Ásia. Além desses, existem dois reatores em construção e nove desativados permanentemente – incluindo os quatro que sofreram perda total em função do tsunami que atingiu a Central Nuclear de Fukushima em 2011. À época do referido acidente, alguns reatores estavam desligados devido às revisões anuais previstas pelas leis japonesas. O governo ordenou, então, o desligamento de todos os demais reatores, submetendo-os aos mesmos testes de estresse aos quais os reatores europeus foram submetidos. Em novembro de 2011, as usinas nucleares em operação eram apenas 18,5% da capacidade nuclear do país e, em termos de geração de energia, representaram apenas 9,4% de toda produção nacional, totalizando 6,73 TWh. Até julho de 2012, o Japão havia religado apenas dois de seus reatores. Analistas acreditam que os testes poderiam ser realizados com os reatores em operação e que o governo estaria usando a segurança como questão política. Embora reprocesse seus resíduos nucleares em usinas de reprocessamento na França e na Inglaterra, o Japão está construindo sua própria central de processamento comercial em Rokkasho-mura, na ilha de Honshu. 1. http://www.mofa.go.jp/ 2. http://www.state.gov/p/eap/ci/ja/ 3. http://www.nti.org/country-profiles/japan/ 4. http://www.world-nuclear.org/info/inf79.html 5. http://www.enecho.meti.go.jp/english/index.htm 6. http://www.dw.de/dw/article/0,,16073830,00.html 7. http://www.oecd-nea.org/general/profiles/japan.html 8. http://www.oecd-nea.org/rwm/profiles/Japan_report_web.pdf 9. http://www.oecd-nea.org/rwm/profiles/Japan_profile_web.pdf 10. http://www.iaea.org/newscenter/focus/fukushima/status-reports.html 11. http://www- pub.iaea.org/MTCD/publications/PDF/CNPP2011_CD/countryprofiles/Japan/Japan2011.htm 32 2.27 Jordânia O país está buscando a ajuda internacional para desenvolver um programa nuclear pacífico. A Jordânia não possui, atualmente, quaisquer capacidades significativas no tocante à aplicação de tal tecnologia em seu panorama energético. O país concluiu um acordo com a Coreia do Sul em 2009 para a construção de um reator de pesquisa de 5MW alimentado por 19% de urânio de baixo enriquecimento, que deverá ser concluído até 2015. 1. http://www.nti.org/country-profiles/jordan/ 2. http://www.state.gov/r/pa/ei/bgn/3464.htm 3. http://www- pub.iaea.org/MTCD/publications/PDF/CNPP2011_CD/countryprofiles/Jordan/Jordan2011.ht m 4. http://www.jnrc.gov.jo 5. http://theenergycollective.com/dan-yurman/86819/update-jordans-nuclear-program 6. http://www.greenprophet.com/2012/06/jordan-nuclear-plans/ 33 2.28 México Os mexicanos possuem apenas duas usinas em operação, as quais representam cerca de 4% da energia gerada no país. No entanto, uma importante política governamental voltada para a proteção do meio ambiente encaminha investimentos para o aumento da capacidade instalada de geração elétrica dessas usinas. Estudos preveem a necessidade de construção de mais 10 usinas, devendo a primeira ser operacionalizada até 2021. 1. http://newmdb.iaea.org/profiles.aspx?ByCountry=MX 2. http://www.sre.gob.mx/ 3. http://www.cnsns.gob.mx/ 4. http://www.sener.gob.mx/ 5. http://energia-nuclear.net/es/situacion/energia_nuclear_mexico.html 6. http://www.state.gov/r/pa/ei/bgn/35749.htm 7. http://www.world-nuclear.org/info/default.aspx?id=352&terms=mexico 8. http://www.world-nuclear- news.org/NP_Nuclear_and_wind_to_partner_for_Mexico_0203121.html 9. http://www.reuters.com/article/2010/05/12/us-mexico-nuclear-idUSTRE64B6CF20100512 10. http://www.worldpolicy.org/blog/2012/05/14/latin-america-nuclear-power-shaky-ground 11. http://www.cfe.gob.mx/Paginas/Home.aspx 12. http://www.inin.gob.mx/ 13. http://www.cnnexpansion.com/economia/2010/05/13/mexico-apostara-por-mas-energia- nuclear 34 2.29 Níger O Níger, um dos países mais pobres do mundo, é detentor do quarto maior depósito de urânio do mundo, sendo o quinto maior extrator. A principal empresa atuante na extração é a francesa AREVA. Contudo, empresas sul-coreanas tem manifestado interesse em fechar parceria com o governo do Níger. Os problemas ambientais causados pela exploração das minas e a diminuição na demanda pelo urânio, decorrente do fechamento das usinas nucleares após o acidente de Fukushima, são grandes problemas para o governo local, que ambiciona investimentos na construção de uma central nuclear no país. 1. http://www.world-nuclear.org/info/inf110.html 2. http://www.nigerdiaspora.net/index.php?option=com_content&view=article&id=3890:usinedenergie-nucleaire-au-niger-&catid=14:politique&Itemid=54 3. http://www.gouv.ne/ 4. http://www.areva.com/EN/operations-587/representation-exploration-and-mining-in- niger.html 5. http://www.panapress.com/Coreia-do-Sul-pronta-para-cooperar-com-Niger-em-energia- nuclear--13-742627-17-lang2-index.html 6. http://www.state.gov/r/pa/ei/bgn/5474.htm 35 2.30 Portugal A nação lusitana não possui reator para fins de geração de energia nuclear, somente um reator para fins investigatórios, sem planejamento de outras atividades envolvendo essa fonte energética. Outra aplicação da energia atômica é o uso na medicina, como, por exemplo, a radiologia e a medicina nuclear. Embora não exista nenhuma pretensão em utilizar essa fonte energética, já houve planos na década de 70 para a construção de uma usina nuclear com capacidade de gerar 8.000MW. Tais planos foram adiados desde a Revolução dos Cravos até 1995, quando foram definitivamente abandonados. Os eventuais resíduos existentes, produzidos pelo reator de investigação, são armazenados nas próprias dependências do reator. Os demais resíduos, de radioatividade intermediária, são armazenados em uma central nacional. 1. http://portuguese-american-journal.com/nuclear-power-rejected-%E2%80%93-portugal/ 2. http://ardent.mit.edu/real_options/Real_opts_portfolio%20applications/2006%20Set/Ponce%2 0de%20Ponce%20de%20Leon%20-%20Gas%20&%20Nuclear%20Portugal.pdf 3. https://dspace.ist.utl.pt/bitstream/2295/787477/1/Lorenzo%20Cimarossa%20- %20Model%20for%20Evaluation%20of%20Nuclear%20Energy%20Costs%20in%20Portuga l.pdf 4. http://lfcacador.files.wordpress.com/2011/03/nuclear-resumo.pdf&ei=_HcVUOYho5jRAc0gLgK&usg=AFQjCNHWcDiWLb0opQw0EGF8AUjxC_g_OA 5. http://www.am-oeste.pt/_uploads/EnergiasRenovaveiseEnergiaNuclearemPortugal.pdf 6. http://www.dn.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=2276668 7. http://luzligada.blogspot.com.br/2012/02/defender-nuclear-e-uma-uphill-battle.html 36 2.31 Reino Unido O Reino Unido possui o parque nuclear mais antigo da Europa, com 17 usinas em operação e 26 fechadas em função do fim de suas vidas úteis, totalizando uma capacidade instalada de 11.442 MW. Em 2011, 18,8% (69,00 TWh) da energia elétrica do país foi gerada a partir de usinas nucleares. Como parte da política de redução de emissões de carbono vigente no país, o governo prevê a construção de novas usinas que devem começar a operar até 2017, substituindo as mais antigas em funcionamento e as que já foram fechadas. O apoio da população britânica à construção dessas chega a 61%, vistas principalmente como forma de prevenir as mudanças climáticas e garantir a segurança energética, evidenciando, assim, o suporte elevado que a energia nuclear recebe no país. O resíduo nuclear britânico é reprocessado nas usinas de reprocessamento de Sellafield e o governo está negociando com a GE-Hitachi para utilizar a tecnologia do reator Fat Breeder Prism na redução dos montantes de plutônio – que chegam a 80 toneladas e continuam crescendo – utilizando-o como combustível MOX a partir de 2025. 1. http://www.decc.gov.uk/ 2. http://www.fco.gov.uk/en/ 3. http://www.state.gov/p/eur/ci/uk/ 4. http://www.hse.gov.uk/nuclear/index.htm 5. http://www.world-nuclear.org/info/inf84.html 6. http://www.oecd-nea.org/general/profiles/uk.html 7. http://www.nti.org/country-profiles/united-kingdom/ 8. http://newmdb.iaea.org/profiles.aspx?ByCountry=GB 9. http://www.oecd-nea.org/rwm/profiles/UK_report_web.pdf 10. http://www.oecd-nea.org/rwm/profiles/UK_profile_web.pdf 11. http://www.legislation.gov.uk/uksi/2002/1093/contents/made 12. http://www.nti.org/gsn/article/uk-highlights-data-protection-preventing-nuclear-terror/ 13. http://www.opendemocracy.net/matthew-moran-matthew-cottee/nuclear-terrorism-shoulduk-be-concerned 14. http://www- pub.iaea.org/MTCD/publications/PDF/CNPP2011_CD/countryprofiles/UnitedKingdom/Unite dKingdom2011.htm 37 2.32 Republica Tcheca Atualmente, a República Tcheca é o terceiro maior exportador de energia da Europa e possui oito reatores nucleares em funcionamento, sendo dois deles de pesquisa e os demais responsáveis por 32,6% da energia produzida no país. Mesmo após o incidente na Central de Fukushima, o governo segue firme com o plano de acrescer dois outros reatores à central de Temelin, que só possui dois, apesar de projetada para quatro. Essa central destaca-se, também, por dar origem a desentendimentos entre o país e a Áustria – não adepta à energia nuclear – por estar próxima à fronteira dos dois países. A destinação dos resíduos nucleares é de incumbência da Companhia de Energia Tcheca (CEZ). Essa não acredita ser o reprocessamento viável economicamente e todo resíduo é armazenado até que a responsabilidade seja transferida para a organização estatal específica (RAWRA – Radioactive Waste Repository Authority). Em 2015, possivelmente, o governo selecionará um local para construção de um depósito para armazenamento de lixo nuclear de alta atividade. Até 2060, espera-se que a energia nuclear seja responsável por 60% da produção de energia do país. A expansão conta com amplo apoio popular (60%). 1. http://www.world-nuclear.org/info/inf90.html 2. http://www.mzv.cz/en/ 3. http://www- pub.iaea.org/MTCD/publications/PDF/CNPP2011_CD/countryprofiles/CzechRepublic/Czech Republic2011.htm 4. http://www.sujb.cz/en/ 5. http://www.cez.cz/en/power-plants-and-environment/nuclear-power-plants.html 6. http://www.atividadesnucleares.com.br/materia.asp?id=1144 7. http://sol.sapo.pt/inicio/Internacional/Interior.aspx?content_id=33551 8. http://portuguese.ruvr.ru/2012_07_23/combustivel-nuclear-republica-checa/ 38 2.33 Suécia Com dez usinas em operação, a energia nuclear corresponde a 45% da geração total de energia elétrica do país. Até o primeiro semestre de 2010, uma lei que proibia a construção de novos reatores junto aos rios limitava a ampliação das usinas nucleares. A revogação desta, em junho daquele ano, ampliou a possibilidade de construção de novas usinas. Mesmo com a ocorrência dos acidentes de março de 2011, o governo pretende manter sua política nuclear, de modo a repor os reatores, após o término de sua vida útil. A Suécia importa a maior parte do seu combustível nuclear. No caso da usina de Forsmark, este tem sido fornecido pelas seguintes empresas: Eurodif (França) 20%; Urenco (Reino Unido) 60%; e Tenex (Rússia) 20%. Tendo em vista que a usinas operam durante um longo período – entre 20 e 38 anos – a questão dos resíduos é uma preocupação constante. O sítio de Östhammar, próximo a central de Forsmark, foi escolhido pela empresa independente Svensk Kärnbränslehantering AB - SKB para o depósito final de combustível irradiado, após uma competição entre cidades que desejavam também sediar o depósito, contando com 80% de aceitação da população local. A população foi incentivada a conhecer a área onde serão armazenados os resíduos, com previsão de funcionamento a partir de 2023. 1. http://www.world-nuclear.org/info/inf42.html 2. http://en.wikipedia.org/wiki/Nuclear_power_in_Sweden 3. http://www.stimson.org/spotlight/nuclear-power-in-sweden/ 4. http://www.muchissaidinjest.com/2011/03/29/nuclearsweden/ 5. http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-40142007000100018&script=sci_arttext 6. http://www.world-nuclear-news.org/NP-Nuclear_is_competitive_in_Sweden_says_report0710104.html 39 2. 34 Tanzânia Até pouco tempo, não estava prevista a inserção da energia nuclear na matriz energética da Tanzânia, ou mesmo o desenvolvimento tecnológico necessário para tanto. Contudo, o país possui uma das maiores jazidas de urânio do globo, o que atrai empresas de países como Rússia e Estados Unidos para extração de tal minério. 1. http://portuguese.ruvr.ru/2010/12/24/37640302.html 2. http://www.tanzania.go.tz/ 3. http://www.state.gov/r/pa/ei/bgn/3464.htm 4. http://www.taec.or.tz/ 5. http://www.scidev.net/en/news/tanzania-turns-to-nuclear-power.html 40 2.35 Tunísia Por ser extremamente dependente de combustíveis fósseis, a Tunísia planeja o incremento de sua matriz energética com a adição da energia nuclear. Os planos do governo do ex ditador Zine El Abidine Ben Ali eram de construir e operacionalizar duas usinas até 2019. No entanto, devido às instabilidades políticas decorrentes da primavera árabe, não há informações concretas sobre o desenvolvimento desses projetos. 1. http://www.tunisie.gov.tn/index.php?lang=french 2. http://www.diplomatie.gov.tn/ 3. http://www.cnstn.rnrt.tn/ 4. http://www.tunisia-today.com/archives/46767 5. http://www.tap.info.tn/fr/fr/politique/300-politique/28301-lintroduction-de-lenergie- nucleaire-en-tunisie-nest-pas-du-ressort-de-laiea-dg-de-liaea.html 6. http://www.state.gov/r/pa/ei/bgn/5439.htm 7. http://newmdb.iaea.org/profiles.aspx?ByCountry=TN 41 3 PAÍSES OBSERVADORES 3.1 Áustria O país sede da AIEA não utiliza a energia nuclear em sua matriz energética. Uma usina foi construída no final da década de 70, mas jamais entrou em operação devido a um plebiscito em que a população (50,47%) rejeitou o uso desta fonte energética. Desde 1999, a energia nuclear é constitucionalmente proibida na Áustria. Apesar disso, no campo de pesquisa e desenvolvimento, a Áustria tem significativa relevância. 1. http://newmdb.iaea.org/profiles.aspx?ByCountry=AT 2. http://www.bmeia.gv.at/en/foreign-ministry.html 3. http://ati.tuwien.ac.at/startpage/EN/ 4. http://www.euronuclear.org/e-news/e-news-18/austria.htm 5. http://www.state.gov/r/pa/ei/bgn/3165.htm 6. http://www.praguepost.com/business/9422-austria-to-ban-import-of-nuclear-fueled- energy.html 7. http://cleantechnica.com/2009/07/25/austrian-nuclear-power-station-converts-to-100-solarenergy/ 42 3.2 Finlândia Com quatro usinas em operação, a geração nuclear corresponde a 31,58% da produção energética do país. Em 2002, após análises detalhadas e participação favorável da população, a Finlândia optou pela construção de sua quinta usina nuclear, com previsão de operação em 2014, utilizando o novo tipo de reator EPR (European Pressurised Water Reactor). A tecnologia nuclear possui uma boa reputação com a população nacional. Após os acidentes no Japão, a Finlândia submeteu suas usinas aos testes de estresse exigidos pela União Europeia, sem grandes modificações a serem feitas. Indo de encontro à precaução mundial, o país anunciou o aumento da potência da usina de Olkiluoto II, além de convidar empresas a propor a construção de um novo reator menos de quatro meses após os acidentes. Em 2001, o parlamento finlandês aprovou o projeto de deposito subterrâneo profundo, para o armazenamento definitivo dos resíduos oriundos de suas usinas. Atualmente, os sítios de Olkiluoto e Loviisa recebem os resíduos de baixa e média radioatividade. 1. http://www.world-nuclear.org/info/inf76.html 2. http://www.tem.fi/index.phtml?l=en&s=186 3. https://www.oecd-nea.org/general/profiles/finland.html 4. http://en.gtk.fi/research/program/energy/waste/index.html 5. http://www.tem.fi/files/30820/250811_Nuclear_web.pdf 6. http://www- pub.iaea.org/MTCD/publications/PDF/CNPP2011_CD/countryprofiles/Finland/Finland2011. htm 43 3.3 Irã O único reator nuclear do país – Busherh –, em operação desde setembro de 2011, é administrado pela Rússia devido à inexperiência do governo iraniano. Planeja-se a construção de outras cinco unidades nucleares nos próximos anos e essa expansão conta com o apoio de 90% da população. Embora o programa nuclear iraniano seja fortemente questionado pela comunidade internacional, o país, que não é signatário do Tratado de Não Proliferação, alega que todo seu urânio é enriquecido apenas a 5%, muito aquém dos 90% necessários à produção de bombas. Dentre os pontos interessantes relacionados ao país, é possível citar: suas constantes negativas às inspeções da AIEA, o que, de certa forma, aumenta a desconfiança internacional; e as sete resoluções do Conselho de Segurança em relação ao programa nuclear iraniano2, três delas contendo forte caráter sancionatório. 1. http://www.aeoi.org.ir/portal/Home/Default.aspx?CategoryID=b75076ee-c700-4709-87b1e64579180d14 2. http://www.world-nuclear.org/info/inf119_nucleariran.html 3. http://www.mfa.gov.ir/Default.aspx?lang=en 4. http://www- pub.iaea.org/MTCD/publications/PDF/CNPP2011_CD/countryprofiles/Iran,IslamicRepublico f/Iran,IslamicRepublicof2011.htm 5. http://www.iaea.org/newscenter/focus/iaeairan/index.shtml 6. http://www.nti.org/country-profiles/iran/ 7. http://topics.nytimes.com/top/news/international/countriesandterritories/iran/nuclear_program /index.html 8. http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2012/07/virus-no-programa-nuclear-do-ira-toca- musica-do-acdc.html 9. http://www.rodrigovianna.com.br/outras-palavras/potencias-nao-dao-alternativas-ao- ira.html 2 Ver Resoluções 1696 (31/07/2006), 1737 (23/12/2006), 1747 (24/03/2007), 1803 (03/03/2008), 1835 (27/09/2008), 1929 (09/06/2010) e 1984 (08/06/2011). 44 3.4 Paquistão O Paquistão possui três usinas em operação e uma em construção, o que corresponde a 2% da geração de energia do país. O país não é signatário do TNP e os atritos com a Índia levaram o país a desenvolver um programa de armamento nuclear independente do civil de geração de energia, além de elevar, obviamente, os riscos de um conflito nuclear. O acidente de Fukushima não abalou os planos paquistaneses, tanto é que dois meses depois do desastre foi iniciada a construção da usina de Chashma, que pode entrar em operação já em 2015. Mesmo possuindo uma pequena usina de enriquecimento de urânio, todo o combustível paquistanês é importado da China. Não há planos de armazenamento/reprocessamento em longo prazo para os rejeitos. Atualmente estes são armazenados em piscinas dentro das próprias usinas. Um Repositório Nacional para resíduos de níveis baixo e intermediário de radioatividade deve entrar em funcionamento em 2015. 1. http://www.world-nuclear.org/info/inf108.html 2. http://www.pnra.org/NSAP%20Seminar/Presentations/Session-1/PNRA2011_PAEC.pdf 3. http://www.paec.gov.pk/ 4. http://www.stimson.org/summaries/role-of-nuclear-energy-in-pakistans-future-energy-mix/ 5. http://oilprice.com/Alternative-Energy/Nuclear-Power/Pakistan-Chooses-Nuclear-Energyover-Climate-Change-in-New-Budget.html 6. http://www.nti.org/country-profiles/pakistan/ 45 3.5 Ucrânia Apesar de ter sido fortemente afetada pelo acidente em Chernobyl IV em 1986, o país, como um dos maiores dependentes europeus de energia nuclear – seus 15 reatores em operação produzem 48,11% de toda energia –, planeja construir 22 novas unidades, sendo nove delas destinadas a repor antigos reatores a serem descomissionados até 2035. O país destaca-se ainda por seu elevado consumo energético: os ucranianos consomem duas vezes mais energia do que os alemães, por exemplo. A Ucrânia não reprocessa seus resíduos nucleares, que são armazenados nas proximidades dos reatores. Ademais, apesar de ter feito parte da União Soviética, foi um dos países que decidiu assinar o TNP e devolver seu arsenal nuclear a Rússia, país de onde obtém combustível e tecnologia para a manutenção de suas usinas. 1. http://www.world-nuclear.org/info/inf46.html 2. http://www- pub.iaea.org/MTCD/publications/PDF/CNPP2011_CD/countryprofiles/Ukraine/Ukraine2011. htm 3. http://www.mfa.gov.ua/en 4. http://www.nti.org/country-profiles/ukraine/ 5. http://country-facts.com/pt/country/europe/143-ukraine/3929-ukraine-energy.html 6. http://bankwatch.org/our-work/projects/nuclear-power-plant-safety-upgrades-ukraine 7. http://news.bbc.co.uk/2/hi/europe/4948976.stm 8. http://ultimosegundo.ig.com.br/ciencia/ucrania+defende+energia+nuclear+25+anos+apos+ch ernobyl/n1300098237053.html 9. http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI196159-17770,00- UCRANIA+ABRE+AREA+DE+CHERNOBYL+PARA+TURISMO.html 10. http://exame.abril.com.br/meio-ambiente-e-energia/noticias/ucrania-reclama-falta-de- financiamento-para-desativar-chernobyl 11. http://www.youtube.com/watch?v=iaYkMFDYptM 46 4. ORGANISMOS ESPECIALIZADOS 4.1 Associação Nuclear Mundial A Associação Nuclear Mundial – WNA 3 – é uma organização internacional que promove a energia nuclear e fornece suporte às várias empresas que integram a indústria nuclear global através de quatro premissas básicas: promover um fórum global para o compartilhamento de conhecimentos relacionados ao desenvolvimento industrial; fortalecer as capacidades operacionais da indústria nuclear através da promoção das melhores práticas, em âmbito internacional; falar, com a autoridade que lhe compete, pela indústria nuclear em fóruns internacionais (Agência Internacional de Energia Atômica; Agência de Energia Nuclear 4 ; fóruns da Organização das Nações Unidas sobre desenvolvimento sustentável e mudanças climáticas; e deliberações da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico e da Comissão OSPAR 5 sobre proteção radiológica); e aprimorar a política internacional e o ambiente público no qual a indústria opera. Juntos, seus membros são responsáveis por (i) praticamente toda a extração, conversão, enriquecimento e fabricação de combustível do urânio no mundo; (ii) todos os fornecedores mundiais de reatores; (iii) grandes companhias de engenharia nuclear, construção de instalações nucleares e gerenciamento de resíduos nucleares; e (iv) cerca de 85% da geração mundial de energia nuclear. Há ainda membros que fornecem serviços nas áreas de transporte, direito, seguro, corretagem, análise industrial e finanças voltadas às necessidades da indústria nuclear. 1. http://www.oecd.org/ 2. http://www.ospar.org/ 3. http://www.oecd-nea.org/ 4. http://www.world-nuclear.org/ 5. http://www.world-nuclear-news.org/ 6. http://www.world-nuclear.org/uploadedFiles/WNA_Brochure_(4_Pillars).pdf 3 Sigla do nome oficial da organização em inglês: World Nuclear Association. Em inglês: Nuclear Energy Agency (NEA). 5 Convenção Para a Proteção do Meio Marinho do Atlântico Nordeste. 4 47 4.2 Comunidade Europeia de Energia Atômica A EURATOM – Comunidade Europeia de Energia Atômica – foi criada em 25 de março de 1957, juntamente com a Comunidade Econômica Europeia (que veio a se tornar União Europeia), através do Tratado de Roma. Possui natureza legal distinta da União Europeia, mas foi enquadrada nas instituições executivas desta e é governada por seus Estados Membros. O objetivo precípuo da EURATOM é o de coordenar os programas de pesquisa e desenvolvimento da tecnologia nuclear pacífica de seus Estados Membros, atualmente os auxiliando nas áreas de pesquisa, infraestrutura e financiamento da geração nuclear. A EURATOM Supply Agency foi criada especialmente para garantir a distribuição equitativa de suprimentos e combustível nuclear. A EURATOM tem assumido, ainda, o importante papel de colaborar com os países no intuito de promover a segurança nas instalações nucleares, buscando estabelecer normas de segurança uniformes entre estes. 1. http://ec.europa.eu/energy/nuclear/euratom/euratom_en.htm 2. http://europa.eu/agencies/euratom_agencies/index_en.htm 3. http://ec.europa.eu/euratom/index.html 4. http://www.fd.unl.pt/docentes_docs/ma/jlcv_ma_12585.pdf 5. http://ftp.infoeuropa.eurocid.pt/database/000044001-000045000/000044198_2.pdf http://ec.europa.eu/energy/strategies/2008/doc/2008_11_ser2/nuclear_illustrative_programme _annexe1.pdf 6. http://ec.europa.eu/research/energy/euratom/index_en.cfm