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A ecologia Estratégico da inovação e o papel do Design The ecology of innovation and the role of Strategic Design Moura, Heloisa Tavares de; PhD; MJV Tecnologia e Inovação [email protected] Adler, Isabel Krumholz; MSc; MJV Tecnologia e Inovação [email protected] Resumo Inovação não é apenas uma condição para diferenciação no competitivo mercado global, mas para sobrevivência. Criar inovações continuamente, entretanto, é um desafio, e requer um processo estruturante e um ecossistema de apoio, capazes de integrar inovação desde a estratégia da empresa até a comercialização das soluções no mercado. Neste sentido, o design estratégico oferece um caminho para orquestrar os elementos tangíveis e intangíveis necessários para apoiar a inovação – quer incremental ou radical. Este artigo discute a ecologia da inovação e o papel central do design estratégico neste processo. Palavras Chave: Ecologia da Inovação; Cultura de Inovação; Design Estratégico. Abstract In the competitive global market, innovation is not simply a condition to differentiation, but to survival. Creating continuous innovations, however, is a challenge, and requires a structuring process and a supportive ecosystem, capable of integrating innovation from the firm’s strategy to the commercialization of solutions in the market. In this way, Strategic Design offers a path to orchestrate the tangible and intangible elements that are necessary to support innovation – whether incremental or radical. This article discusses the innovation ecology and the central role of Strategic Design in this process. IMPORTANTE: na parte inferior desta primeira página deve ser deixado um espaço de pelo menos 7,0 cm de altura, medido da borda inferior, no qual serão acrescentadas, pelos editores, informações para referência bibliográfica A ecologia da inovação e o papel do Design Estratégico Keywords: Ecology of Innovation; Innovation Culture; Strategic Design. Introdução Inovação tornou-se a pedra angular de empresas bem sucedidas em todo o mundo (Fasnacht 2009, P&G, 2007). Barrett e Sexton (2006) propõem que a inovação é um fim e um meio para alcançar vantagem competitiva sustentável. Entretanto, na incansável busca pelo crescimento, aumento de margens e fidelização de clientes, empresas desenvolvem novas tecnologias, produtos, processos, conteúdos, serviços e formas de apresentação, muitos dos quais mal sucedidos no mercado. Assim, ainda que a inovação seja condição para diferenciação e sobrevivência de empresas no competitivo mercado global, investimentos na mesma nem sempre trazem os resultados esperados. Na última década, por exemplo, o número de novos produtos introduzidos para o consumidor no mercado americano cresceu de uma taxa de 7% para 32.000 ao ano, conforme pesquisa da Productscan Online (Kandybin e Kihn, 2004), enquanto as vendas aumentaram apenas 3%. O caminho para inovação rentável, conseqüentemente, ainda que alvo de muitos, ocorre com freqüência de forma desestruturada, fragmentada e distante da compreensão das reais necessidades dos usuários para a qual o produto ou serviço se destina. Em 2005, a BusinessWeek publicou um relatório especial sobre empresas inovadoras, celebrando a emergência da economia da criatividade, onde executivos começam a descobrir o design estratégico, assim como o design thinking ou pensamento estratégico do design, e seu papel na estruturação do processo de inovação. Um aspecto central dessas empresas é a presença de uma cultura de inovação formando um ecossistema que apóia a colaboração multidisciplinar, dentre outros elementos interrelacionados, como uma cyber infraestrutura. Schull (2006) enfatiza que inovação e criatividade têm a colaboração como essência e agonizam sem ela. Rigby, Gruver e Allen (2009) destacam que a liderança dupla, combinando o hemisfério-direito com habilidades criativas, ao hemisfério esquerdo com capacidade de gestão do negócio, dá às empresas a melhor chance de sucesso. E o uso de estruturas empresariais híbridas, combinando estratégias de negócio de baixo para cima e de cima para baixo, em contraste, por exemplo, com as unicamente hierárquicas, favorece a viabilização de soluções inovadoras (Coffman, 2007). Este artigo discute a ecologia da inovação e o papel central do design estratégico nesse processo. Definindo Inovação Por definição, inovação está relacionada à mudança – quer incremental, radical ou revolucionária – em conceitos, produtos, processos ou organizações. Segundo Rogers (1998), “é o processo de introdução de novas ideias para uma firma, resultando no seu aumento de desempenho” (p.2). O manual de Oslo (OECD, 2005) define inovação como a implementação de um novo, ou significativamente melhorado, produto (bem ou serviço), processo, estratégia 9º Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design A ecologia da inovação e o papel do Design Estratégico de mercado, método organizacional de prática de negócio, ambiente de trabalho ou relações externas. A sua visão de inovação em nível sistêmico destaca a importância tanto da transferência como da difusão de ideias, habilidades, conhecimentos, informações e mensagens de vários tipos. O design estratégico (Ainamo, 2008; Eckersley, 2003) acrescenta que ela deve, ainda, agregar valor e trazer lucro sustentável para ser considerada inovação. Joseph Schumpter é freqüentemente citado como o primeiro economista a ressaltar a importância da inovação. Em 1930, definiu cinco tipos de inovação: a) introdução de um novo produto ou mudança qualitativa em produto existente, b) inovação em processo que seja novo para determinada indústria, c) abertura de um novo mercado, d) desenvolvimento de novas fontes de suprimento de matéria prima ou outros componentes, e e) mudança na organização da indústria. O grupo Doblin (2007), em contraste, define dez tipos de inovação, organizados em quatro categorias: a) Financeira, b) Processual, c) Produtiva, e d) Apresentativa. São elas: a.1) Modelo de Negócios, a.2) Parcerias e Alianças Estratégicas, b.1) Processos Facilitadores, b.2) Processos Centrais, c.1) Desempenho, c.2) Sistema de Produção, c.3) Produtos e Serviços, d.1) Meio, d.2) Marca, e d.3) Experiência. Palmer e Kaplan (2007) contrastam as inovações intencionais àquelas que ocorrem por acaso (Figura 1), e as disruptivas ou radicais às incrementais, afirmando que muitas organizações se baseiam, com freqüência, em atos de serendipidade para inovar, utilizando uma abordagem desestruturada, que resulta apenas em melhorias incrementais, com implementação precária. A inovação estratégica, em contrapartida, oferece um modelo estruturado e um processo replicável, com foco na inovação disruptiva, afirmam os autores, permitindo que empresas inovem continua e deliberadamente. O Design Estratégico de Inovação (Moura, 2010a, 2010b), combina o pensamento estratégico do design a este processo, tornando-o mais humano e responsivo a necessidades reais – quer articuladas ou latentes – ao aproximar o universo das empresas ao dos usuários. Figura 1: Tipos de Inovação 9º Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design A ecologia da inovação e o papel do Design Estratégico Judy Estrin (2008) acrescenta a inovação do tipo ortogonal, ao lado das inovações incrementais e disruptivas – referindo-se à combinação de inovações existentes para um uso inteiramente novo. Adicionalmente, Chesbrough (2003) distingue dois outros tipos de inovação, referindo-se ao modelo de gestão da inovação: aberta e fechada. Inovação aberta refere-se ao fluxo aberto de recursos entre a empresa e o mercado, onde, em um mundo com informações distribuídas, os recursos das empresas são também aplicados interna e externamente, como na compra de patentes de outras empresas, assim como, por exemplo, a licença para fora das invenções internas que não forem usadas pelos negócios da empresa. Em contraste, a inovação fechada se refere ao processo de limitar o conhecimento da empresa ao uso interno e não fazer uso, ou fazer uso limitado, do conhecimento exterior. A Ecologia da Inovação Inovação não é uma atividade isolada em uma empresa, e existe dentro de um ecossistema envolvendo e interrelacionando elementos tangíveis e intangíveis, internos e externos a ela, dentre os quais (Figura 2): a) recursos internos, a.1) recursos humanos (pessoas, conhecimentos, habilidades, competências), a.2) recursos materiais e tecnológicos (espaços físicos, artefatos, materiais de produção, ferramentas, infra-estrutura tecnológica), a.3) recursos culturais (culturas, subculturas, valores, relações interpessoais, maturidade para a inovação), a.4) recursos estratégicos (objetivos, estruturas organizacionais, estratégias, processos), e a.5) recursos financeiros (patrimônio líquido, ativos e passivos); b) forças externas, b.1) forças da indústria, b.2) forças de mercado, b.3) forças macro econômicas, e b.4) tendências relevantes (regulatórias, tecnológicas, socioculturais, econômicas); e c) articuladores, c.1) informações, c.2) comunicações, e c.3) interações. Esse ecossistema interage com outros ecossistemas de clientes e parceiros, gerando, como resultado, novos produtos ou serviços inovadores. Ecossistemas são comunidades ecológicas e seus ambientes interagindo uns com os outros, em um conjunto complexo de relações entre os elementos – vivos e inanimados – que funcionam como unidade. Egils Milbergs e Nicholas Vonortas (2005) propõem que um ecossistema de inovação engloba mais do que entradas de conhecimento e incorpora todos os fatores e atores relevantes para criar valor para o cliente. Um ecossistema de inovação muito evoluído permite que seus participantes trabalhem através dos limites da empresa, foquem na criação de valor para o cliente, respondam rapidamente às mudanças em demanda do mercado, acelerem a transição de pesquisa para produção, e adaptem-se mais rapidamente às mudanças. Ecossistemas de inovação, afirmam, constroem vantagem competitiva – um recurso estratégico para crescimento e lucratividade nos muitos anos futuros. Bill Aulet (2008) do MIT Entrepreneurship Center identifica sete componentes em sua representação do ecossistema da inovação: a) cultura, b) regulamentação, c) demanda, d) pesquisa, e) financiamento, f) infraestrutura, e g) competências. Em contraste, Bloom e Dees 9º Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design A ecologia da inovação e o papel do Design Estratégico (2008) dividem o ecossistema da inovação em duas categorias principais – distinguidas artificialmente – já que freqüentemente uma afeta a outra: a) atores, e b) condições ambientais. A primeira inclui indivíduos e organizações; e a segunda inclui normas, regulamentações e mercados que, potencialmente, podem influenciar a habilidade de criar ou manter o impacto intencionado pela organização. Smith (2006) destaca três componentes principais em um ecossistema de inovação: processo, cultura e competências. E Ghemawat (2007) aponta três componentes críticos para o ecossistema da inovação: recursos, competências e conectividade. Mohan (2007), exemplificando as ações de sua empresa para apoiar o ecossistema da inovação, destaca a inclusão de: visão de Oceano Azul extremo, processo de aceleração, times de velocidade, redes de troca de informação, redes de mentores, dias da inovação, espaço de experimentação, centros de informações para o cliente ou briefing centers, laboratórios de desenvolvimento de soluções por indústria, cafés de patentes, e instituto para valor do negócio. Figura 2: Ecossistema da Inovação Christopher Meyer (1998) sugere um ecossistema onde as métricas para a inovação ficam no centro de uma rede de relações entre: 1) liderança e gestão, 2) alinhamento estratégico, 3) processo de inovação, e 4) organização e pessoas. Segundo o autor, os líderes oferecem o solo fértil para novas ideias e fazem as decisões críticas – como seleção de projetos, alocação de recursos, estratégia de tecnologia, e gestão de risco. Para o mesmo, inovação rápida e efetiva é o resultado de uma liderança ao mesmo tempo frouxa e apertada, onde a criatividade é equilibrada com a seleção criteriosa de alternativas. O alinhamento estratégico, afirma ainda, é um processo de definição, avaliação e conexão de alternativas de inovação à estratégia da empresa e processos operacionais. E utilizando uma abordagem de 9º Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design A ecologia da inovação e o papel do Design Estratégico portfólio é possível acessar o risco e reduzi-lo em relação aos requerimentos de mercado, ações competitivas e capacidade de execução interna. Já o processo de inovação é responsável pela definição de papéis-chave, responsabilidades, formação de times, infraestrutura de fluxo de trabalho, e ferramentas para a execução efetiva. Começando pela pesquisa e ideação, o processo de inovação prossegue até o lançamento. Quanto ao quarto item do ecossistema, organização e pessoas, os autores propõem que somente os indivíduos podem criar e executar as ideias necessárias para a inovação bem sucedida. E a forma de cultivar e utilizar as diferenças individuais determina, com freqüência, o resultado. Assim, sem a organização flexível de estruturas e papéis claramente definidos, boas ideias podem ser abandonadas facilmente ou tropeçar na sua execução. Além disso, métricas para a inovação orientam e oferecem feedback sistêmico. Sem elas, não é possível identificar problemas e corrigir o percurso de modo eficiente. Por fim, Estrin (2008) descreve um ecossistema para inovação sustentável, incluindo variáveis em dois níveis: a) núcleo - pesquisa, desenvolvimento, e aplicação; e b) forças de influência – cultura, educação, políticas, financiamento, e liderança. Segundo Albanese et al. (2005), inovação sustentável refere-se às inovações, conceitos ou ideias acerca de produtos ou serviços, as quais possuem efeito construtivo nos aspectos social, econômico ou ambiental do desenvolvimento. E de acordo com Charter e Clark (2007), inovação sustentável é um processo onde as considerações sobre a sustentabilidade – ambiental, social e financeira – são integradas nos sistemas organizacionais ou empresariais, desde a geração da ideia, através da pesquisa e desenvolvimento, até a comercialização – aplicando-se a produtos, serviços e tecnologias, assim como a novos modelos de negócio e organização. Desse modo, assim como a definição genérica de inovação, existe o reconhecimento de que inovação sustentável não está apenas relacionada a novos conceitos, mas também a: comercialização de tecnologias, produtos e serviços; empreendedorismo; e adoção de novos processos e sistemas pela sociedade. Conseqüentemente, um ecossistema para inovação sustentável não apenas cria condições para inovar estruturada e continuamente, como também garante a sustentabilidade ambiental, social e financeira das inovações geradas – da concepção à comercialização. Competências para a Inovação e o Papel do Design Estratégico Inovação é uma capacidade multifuncional que requer diversos tipos de competências. Em verdade, inovações bem sucedidas são o resultado da expressão de uma cadeia de valor bem organizada. Ao invés de simplesmente criar capacidade de responder à mudança, a capacidade de inovar cria o tipo de mudança que ao mesmo tempo permite a organização adaptar-se ao mundo que está ao seu redor, e também influencia este mundo a adaptar-se. A capacidade de inovar não é neutralizadora de mudanças, mas sim geradora de mudanças. E é também natural, pois todos os indivíduos são inovadores por natureza. Em organizações, a inovação pode ser desenvolvida em uma prática e nas habilidades que são encorajadas pelos 9º Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design A ecologia da inovação e o papel do Design Estratégico indivíduos através do tempo, como nas estratégias para a inovação propostas por Moura e Adler (2010). Considerando o desenvolvimento de competências para a inovação, a W. K. Kellogg Foundation (2008) propõe um arcabouço ou framework para a inovação que representa, de forma simplificada, o que significa inovar, e introduz os elementos fundamentais para a criação de inovações bem sucedidas dentro do padrão: pensar, fazer, melhorar, difundir. Tal framework (Figura 3) inclui cinco estágios contidos dentro da cultura da inovação: a) Criação das condições necessárias para apoiar a inovação, b) Identificação do problema ou oportunidade para inovação, c) Geração de ideias para resolver o problema ou capturar a oportunidade, d) Experimentação e piloto das ideias para testar o quão bem funcionam na prática, e e) Compartilhamento das inovações para um raio maior de atores. Figura 3: Framework Kellogg de Inovação Segundo Kandybin e Kihn (2004), a habilidade de inovar requer a presença de quatro grupos de capacidades: ideação, seleção de projeto, desenvolvimento e comercialização. Tais frameworks excluem a necessidade de compreender as necessidades reais das pessoas para as quais a solução está sendo desenvolvida. Neste sentido, o Ciclo Estratégico de Design e Gestão da Inovação (Moura, 2010a, 2010b) – com base no Design Estratégico e no design thinking (Brown, 2009) ou pensamento estratégico do design – propõe um modelo estruturante de seis fases, com foco na co-criação, de modo a incluir o usuário e o cliente em todo o processo, e certificar-se de que o resultado vai ao encontro das necessidades humanas não atendidas ou articuladas, e das oportunidades de mercado. Em resumo, o referido ciclo sugere grupos adicionais de capacidades para a inovação, dentre as quais: direcionamento estratégico; posicionamento ou enquadramento do projeto; imersão etnográfica no contexto de 9º Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design A ecologia da inovação e o papel do Design Estratégico usuários; pesquisa de mercado; análise e síntese de dados qualitativos e quantitativos; ideação colaborativa; prototipação iterativa; desenvolvimento apoiado em métodos Ágeis; monitoramento e suporte continuado; e gestão da inovação. A fim de desenvolver tais competências para a inovação, Moura e Adler (2010) sugerem, além da definição de uma visão estratégica, dentre outras ações já mencionadas, a capacitação de todos os membros da empresa em design thinking, também chamado de integrative thinking (Martin, 2009) – ou pensamento integrador, enfatizando a união entre as visões do design e business. Conseqüentemente, o design estratégico tem um papel central na estruturação do processo de inovação, e deve ser adotado por empresas que almejam inovar sistematicamente, seguindo a tendência norte-americana e européia, onde ele começa a substituir o planejamento estratégico em grandes corporações como a Procter & Gamble, e onde programas de MBA, como o da Rotman School of Management na Toronto University ou da Kellogg School of Management na Northwestern University, originalmente com foco apenas em business, começam a incluir design em seu currículo. Conclusão O reconhecimento da importância da inovação em empresas de todos os setores vem crescendo mundialmente, assim como o investimento na mesma. Investimentos em inovação, no entanto, nem sempre trazem os resultados esperados, e a estratégia e processo de inovação de muitas empresas ocorre com freqüência de forma desestruturada, e distante da compreensão das reais necessidades dos usuários para a qual o produto ou serviço se destinam. Nesse contexto, é importante a criação de um ecossistema de inovação centrado em uma visão estratégica, e permeado por uma cultura de inovação, de modo a apoiar a colaboração multidisciplinar, a criatividade e a sustentabilidade. No centro desse processo, o design estratégico tem um papel importante na estruturação do processo de inovação e instrumentação de todas as suas etapas, ligando necessidades humanas não atendidas ou articuladas a soluções de negócio que ao mesmo tempo agregam valor e geram lucro. Referências AHMED, P. K. Culture and climate for innovation. European Journal of Innovation Management, v. 1, n. 1, p. 30-43, 1998. AINAMO, A. 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