Flyer 2010-11
Transcrição
Alexandre Farto, “I was here the whole time”, 2010 “O Dia pela Noite” é o nome do conjunto de 10 intervenções feitas por 10 artistas plásticos, que durante 10 meses transformam o Lux. É desta maneira que queremos marcar o começo de uma nova década. A trocar “O Dia pela Noite”. Quando subimos as escadas até ao terraço, para apanhar ar, pode passar despercebida, mas uma das instalações de Alexandre Farto (n.1987, Lisboa) criadas para “O Dia Pela Noite” é bem visível quando regressamos, em movimento descendente, de volta ao bar. Lemos claramente as letras escavadas na parede branca à nossa frente anunciando o tempo e a presença de alguma coisa, de alguém ou do próprio espectador – “I was here the whole time”. 10 Artistas Plásticos / 10 Intervenções / 10 Meses / 01 Nova Década Gabriel Abrantes, Vasco Araújo, Pedro Barateiro, Alexandre Farto, Pedro Gomes, Rodrigo Oliveira, Francisco Queirós, Mafalda Santos, João Pedro Vale e Francisco Vidal odiapelanoite.luxfragil.com Alexandre Farto “I was here the whole time”, 2010 Parede esculpida 300 x 400 cm (aprox.) “Fading Remains”, 2010 Posters recolhidos na rua, cola, tinta branca 100 x 400 cm (aprox.) “Glimpse”, 2010 Vídeo, Stencil 300 x 200 cm (aprox.) As outras intervenções de Farto situam-se igualmente em espaços de transição, de caminho para. “Fading Remains” apresenta-nos um skyline lisboeta trazido para o interior, nas escadas que descem para o piso térreo, e a meio do caminho temos “Glimpse”, uma instalação vídeo que parece pulsar e anunciar o som vindo da discoteca... SP Foto: Luísa Ferreira em parceria com a alexandrefarto.com Cortesia do artista, Vera Cortês Agência de Arte e Lazarides Gallery. O silêncio é quando ninguém se ouve. Quem quer dançar e conversar sem ouvir só consegue mover-se e falar. Calas quando te calas, calas quando só falas. A música é um apêndice se ninguém a dançar, uma canção não vale nada se ninguém a ouvir. Se ninguém te ouvir é provável que tu não ouças ninguém. Uma discoteca não é lugar para silêncio. Este mês aprende e ensina a ouvir. Fairmont Sexta 05 Quinta 04 Há um grupo de produtores de música de dança que tem destruído as barreiras entre géneros, dificultando a vida aos críticos e facilitando a vida a quem gosta de música sem fronteiras. O canadiano Fairmont, aliás Jake Fairley, é um deles. Os seus discos ainda são techno, mas são já algo mais e é esse algo mais que é simultaneamente encantador e indefinível. Entre o trance e o indie rock, tão depressa sombrio como luminoso, Fairmont tem lugar na inclassificável Border Community, mas também nas já clássicas Areal e Traum. Os dois novos 12’’ editados no segundo semestre deste ano trazem a promessa de que o live act de Fairmont será daqueles em que gostamos de nos perder quando os ouvimos. PR — Bar !!! (Chk Chk Chk) Terça 09 Falar sobre o tempo é encobrir o verdadeiro propósito de uma conversa. “Strange Weather Isn’t It?” Interroga a interjeição. Os !!! reformularam-se numa cave em Berlim depois de uma tempestade que envolveu morte e abandono. O diálogo mudou, menos punk, mais funk e mais estóico que hedonista, compacto ou assertivo. Porém, em plena digressão mundial, a exclamativa party-machine mantém o ritmo que lhe trouxe notoriedade, porque Nick Offer é irrequieta frequência: eficaz como o AM e popular como o FM. mjc — Seth Troxler, Quinta 11 Jovem, sexy e bem-humorado são adjectivos que servem tão bem a música como quem a passa na pista. Falamos de Seth Troxler, um americano divertido que nos últimos dois anos foi uma das mais excitantes revelações das pistas de dança que amam bom house e techno suave. O homem que deixou de ser a mais recente novidade de Detroit para ser uma das novas certezas de Berlim, chega ao Lux depois de ter misturado um álbum em Março, de ter colaborado com Matthew Dear e Tiefschwarz e de ter corrido os Estados Unidos em tournée com a equipa da Crosstown Rebels. Seth Troxler pode já não ser um segredo bem guardado, mas este mês deverá ser como na primeira vez que nos visitou: uma boa surpresa na pista do Lux. PR — Disco Design Gráfico: Diogo Potes (Alva DesignStudio • alva-alva.com) Textos de: Isilda Sanches, João Freitas, Mário João Camolas, Pedro Rodrigues, Quim Albergaria, Susana Pomba. Dexter A discotexas AFFAIR with BLACK VAN Light Jokeys: Vídeo: Luís Cruz,Gabriel Rodriguez 2m mísia (concerto) 22h30 Zé Pedro Moura & Mário Valente Disco Fairmont SwitchSt(d)ance “José e Pilar” Concerto com camané, noiserv, pedro gonçalves (deadcombo) e pedro granato 00h00 Chungaria Disco Dside Boris Dlugosch Gunrose Yen Sung Tiago Disco Rui Vargas & André Cascais Bar Sexta 19 Trol 2000 Tiago Disco lume (Concerto) 22h30 Stardust Balls presents: Rub N Tug Dexter Bar Terça 09 André !!! (Chk Chk Chk) (concerto) 22h30 Quinta 11 Chk Chk Chk —Terça 09 / Concerto / 22h30— —Quinta 11 / Concerto /22h30 — Pinkboy Disco The Drums (concerto) 22h30 Seth Troxler Rui Vargas Bar Disco Alcides Hard Ass Sessions Roska Nic Sarno Marfox Bar U-NIGHT Slight Delay (Tiago & Alcides) Disco Márcia (22h30) concerto HORSE MEAT DISCO Jim Stanton & James Hillard Pedro Tenreiro Disco —Sexta 26 — (DJ PA Audio Visual Installation) Sexta 26 Sábado 13 Geen Ray Róisín Murphy (DJ PA Audio Visual Installation) Yen Sung Dexter Disco Cassius Gunrose Bar Leonaldo de Almeida Dexter Yen Sung Zé Pedro Moura —Sexta 26 — Sábado 27 Bar Boris Dlugosch Quinta 18 Disco Boris Dlugosch foi sempre capaz de se adaptar e evoluir a par das correntes musicais envolventes, porque o tempo não é um problema para este nativo de Hamburgo, mas sim um desafio. Com o seu toque de produtor remisturou “Sing It Back” (sim, esse) para o êxito mundial e, com Erol Alkan, criou “Bangkok”, faixa capital nos sets explosivos de Crookers, A-Trak, Diplo, Boys Noize, Jack Beats e Busy P. Vinte anos de clubbing dão-lhe as armas para o futuro, porque quem conhece e ama a música como um todo, não envelhece, refina. — Bar Disco Leonaldo de Almeida Ka§par Trust! Fiasco Pinkboy & Pansorbe Zé Pedro Moura & José Belo Stardust Balls presents: —Sexta 05 / Concerto / 22h30 — —Sexta 19 /Concerto / 22h30 — Róisín Murphy tem as qualidades certas: talento, ousadia, inteligência, sensualidade, drama, sentido de humor e de estilo. E fama de ser completamente louca. Trabalha a forma, mas também o conteúdo. É por isso que não se mistura com a classe habitual de divas pop. Tem uma categoria só sua, onde não cabem rivais nem comparações. Conhecemo-la como vocalista de Moloko, já a vimos gravar pop conceptual com Herbert, lançarse à pista de dança com épicos modernos como “Overpowered” ou versões de clássicos como “Slave to Love”, em videoclips que homenageiam John Waters, a cantar em desfiles de Viktor & Rolf, vestida de Alexander McQueen e até de Bambi às costas. Sempre que a vemos é diferente, por isso é sempre a primeira vez. Esta primeira vez é no Lux! IS — Cassius Sexta 26 Nos anos 90 uma onda de agitação social varreu a França de forma inesperada. Toda a gente começou a dançar. Chamaram-lhe french touch e o fenómeno mudou radicalmente a percepção que o mundo tinha de França e da sua música francesa. Cassius herdaram o melhor do french touch. Na verdade foram mais protagonistas do que herdeiros. Os dois produtores que usam o nome de um lendário boxeur estiveram por detrás de alguns dos melhores discos franceses do final do século passado. Boom Bass, militante hip hop, produziu MC Solaar, Philippe Zdar redifiniu a ideia de house com os Motorbass. Juntos assinaram como La Funk Mob, um dos mais densos e preciosos projectos da Mo’Wax. Cassius tem um pouco de tudo isso e ainda a energia aditivada do french touch dos anos mais recentes. Eles sabem o que fazem e fazem-nos dançar como poucos. Voulez vous dancer avec Cassius? IS — Terça 30 Rub N Tug Sexta 19 Eric Duncan e Thomas Bullock usam nome de massagem erótica chinesa para recuperar o espírito e a liberdade do disco. E fazem-no descurando as regras do próprio género e acreditando no poder do improvável. De obscuro segredo nova-iorquino que foram durante anos, construindo reputação em festas que se tornaram míticas, acabaram por chegar a referência de culto no mundo inteiro, com mixtapes a circular como manuais de iniciação para novos seguidores. Corte e colagem, misturas potencialmente impossíveis, grooves lentos e longos, sets como narrativas, o fascínio de Rub N Tug está na surpresa permanente e no seu poder de contágio em pista de dança. Rub N Tug são várias coisas, todas boas. Eric também é metade de Still Going, Thomas era dos A.R.E Weapons, grava como Bobbie Marie e tem Map Of Africa com Harvey. O prazer é garantido! IS Róisín Murphy Sexta 26 Chocolate City Yen Sung convida Dj Kwan Rui Vargas Quinta 25 Bar Disco Sábado 20 Bar Sexta 12 Quem foi à primeira Hard Ass Sessions no Lux, certamente saiu de lá com o rabinho a tremer e com vontade de outra logo a seguir. Eis a segunda edição: O DJ/produtor – Marfox destruiu completamente o Lux na primeira edição, por isso tínhamos de o convidar novamente. Residência nas Hard Ass Sessions? Outro nome que não podia deixar de estar presente nesta segunda edição era o de Nic Sarno. O tema “Mana Wasa”, um dos melhores das edições de Hard Ass Sessions (no Vol. II), teve direito a menção em toda a imprensa digital do mundo e arredores e é possivelmente o que mais encarna o conceito desta série digital. E só por isso, já tinha passaporte e tapete vermelho para a edição feita festa, no Lux. E para finalizar, nesta edição queríamos dar-vos a experienciar o UK funk. Um dos grandes responsáveis pela definição deste género é Roska. O seu álbum de estreia foi lançado na Rinse (rádio onde também tem o seu próprio programa) e conta com temas como “Squark” ou “I Need It” e veio delimitar as fronteiras de um género que já enche a Wembley Arena. — Bar Sábado 06 Bar André The Pains Of Being Pure At Heart (concerto) 22h30 Quinta 18 Bar Hard Ass Sessions Quinta 25 Bar Sexta 5 Bar Terça 16 —Sexta 19 — “José e Pilar” de Miguel Gonçalves Mendes Deixar coisas feitas pode ser uma forma de eternidade. E um pouco de tudo das tantas coisas que fizeram José Saramago e Pilar del Río é o que vemos em “José e Pilar”, o filme de Miguel Gonçalves Mendes. No Lux, na apresentação da banda sonora, junta-se aos músicos a voz de Saramago, com as palavras que não couberam no filme e as imagens de um documentário imperdível. Uma noite para ver que tudo pode ser contado de outra maneira. Mesmo uma banda sonora. JF —Quinta 18 — —Sexta 05 — —Quinta 25 — —Terça 16 / Concerto / 22h30— Roska / Nic Sarno / Marfox —Quinta 11 — Dezembro 2010 Dia 02 —Sexta 12 — Dia 03 Dia 09 Dia 10 Dia 13 Dia 16 Dia 17 Dia 23 The Chromatics (concerto) A Discotexas Affair Dixon + Marcus Worgull (Innervisions) Cibelle (concerto) Paul Ritch Balla (concerto) Horse Meat Disco Caribou (concerto) Só desta vez—Paus convidam Amigos Guillaume & the Coutu Dumonts LIVE Guy Gerber
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