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J U L H O D E 2 01 3 Recife se candidata à sede do Habitat III Smart City Business terá segunda edição em Porto de Galinhas Personalidade do Interior e de Pernambuco Douglas Cintra, presidente do grupo DFC, de Caruaru, é a Personalidade de 2013 da ADVB-PE Conest: valorizando a cultura e apostando no futuro Cobertura completa da premiação do Top Socioambiental e de RH 2013 EXPEDIENTE EDITORIAL Diretoria Executiva Presidente Leopoldo de Albuquerque Vice-presidente de Relacionamento com o Setor Empresarial Norte Alex Gomes Vice-presidente de Qualificação Profissional Ataliba Cardoso Vice-presidente Jurídico Carlos Harten Vice-presidente de Relações Institucionais Diva Amélia Cordeiro Vice-presidente de Relacionamento com o Setor de Construção Elaine Maria Lyra Marques da Silva Vice-presidente de Relacionamento com o Setor Público Fernando Clímaco Vice-presidente de Relacionamento com o Setor Empresarial do Agreste Ibrain Pereira Vice-presidente de Marketing Iúri Maia Leite Vice-presidente de Tecnologia da Informação Jaime Sánchez Vice-presidente de Articulação Empresarial José Jayme Miranda Vita Vice-presidente de Mídia Digital Klaus Hachenburg Diretor de Relações Internacionais Lucas Lacombe Vice-presidente de Smarter Cities Leonardo Simões Vice-presidente de Responsabilidade Socioambiental Márcio Ruiz Schiavo Tesoureiro Reinaldo José de Albuquerque Vice-presidente de Imprensa Rhaldney Santos Vice-presidente de Negócios Internacionais Ricardo Dermachi Vice-presidente de Planejamento e Estratégia Robson Oliveira Vice-presidente de Cerimonial Silas da Costa e Silva Vice-presidente Social Tuca Paes de Andrade Vice-presidente de Eventos e Promoções Verônica Dantas Conselheiros Conselho Deliberativo Presidente: Ozires Silva Conselheiros: Agostinho Turbian, Josias Inojosa de Oliveira Filho, Leopoldo de Albuquerque, Lívio Antônio Giosa, Maurício de Sousa e Miguel Alberto Ignátios Conselho Fiscal Presidente: Manoel de Deus Alves Conselho: José Renato da Silva Filho e Nilton Barbosa Lima Conselho Consultivo Conselheiros: Alan Oliveira de Souza, André Vercelli, Ângelo Alberto Belellis, Antônio Lavareda, Antônio Luiz de Almeida Brennand, Eduardo Barbosa de Moraes, Eduardo de Queiroz Monteiro, Élcio Aníbal de Lucca, Francisco Deusmar de Queirós, Gabriel da Costa Bacelar, João Carlos Santos Noronha, João Carlos Regado, João Luiz Dias Perez, Jorge Côrte Real, José Carlos Salles Gomes Neto, Júlio Gil Freire, Luísa Saldanha, Marcelino Guedes Ferreira Mosqueira Gomes, Marcelo Schulman, Marcus Maimone Ramos de Sena Pereira, Maria de Lourdes de Araújo, Mauro Santos, Miguel Colasuonno, Milton Vaz, Newton do Amaral Figueiredo, Norton Glabes Labes, Paulo Dalla Nora Macêdo, Raimundo José Queiroz Freitas Santos, Ricardo Belo, Richard Saunders e Sílvio Meira. Revista Mercado Projeto gráfico e editoração GFK Comunicação Reportagem e Redação Stela Masson MTb: 13078 D esde o final do século XX, a cidade do Recife passou a revigorar suas vocações culturais, urbanas e tecnológicas através de contínuas ações de planejamento e gestão. Como consequência desse processo, no ano 2000 surgiu nos bairros do Recife e Santo Amaro, que passavam por um processo de degradação, o Porto Digital (PD), um polo de desenvolvimento de softwares e economia criativa, que vinculou aquela região ao desenvolvimento das áreas urbanas centrais. Alguns anos depois de sua implantação, o PD foi reconhecido pela A. T. Kearney (considerada uma das maiores empresas de consultoria do mundo) como o maior parque tecnológico do Brasil em faturamento e número de empresas, sendo, portanto, um dos pilares da nova economia de Pernambuco. O Porto Digital transformou um bairro, ou vários deles, em espaços urbanos criativos. E esta parece ser a nova vocação do Recife. Atenta às oportunidades globais dos mercados produtivos e de serviços e, ao mesmo tempo, às necessidades de requalificação urbana, a capital de Pernambuco também favoreceu regiões contíguas à cidade, para que surgisse um outro polo, ainda maior, voltado ao crescimento industrial e econômico – o Complexo de Suape. Como resultado da ótima sinergia que impulsionou esses dois polos, eles já não se restringem às empresas envolvidas diretamente na cadeia de produção, indo muito além, gerando cadeias produtivas paralelas que se beneficiam das pesquisas acadêmicas, da indústria de equipamentos e até da consolidação do mercado turístico e gastronômico. Dínamo da sociedade, onde empresas se voltam ao desenvolvimento de design, Internet, equipamentos, softwares, bens e serviços, a capital multimídia de Pernambuco ao mesmo tempo atrai bens e pessoas e emite informações pelo espaço. Vocacionada a se reinventar, Recife se converteu numa opção ideal para os diversos bairros inteligentes que nela estão nascendo e que trazem, em seu DNA, a genética da infraestrutura tecnológica, social, econômica, ambiental, cultural e científica, concebida nas últimas décadas de gestão inovadora e transformadora, da qual participamos entusiasticamente. Veja, nas páginas desta edição, casos premiados de ações socioambientais de RH, que a ADVB-PE reconhece e distingue, como atributos das grandes gestões locais, de pessoas e sustentabilidade. Acompanhe também os diversos eventos realizados pela ADVB-PE, com o objetivo de atrair novas empresas e entidades, e proporcionar a articulação necessária entre as instâncias políticas, sociais e empresarias, para favorecer continuamente o desenvolvimento que Pernambuco, a partir de sua capital, protagoniza. Impressão Gráfica Santa Marta Re vista Me rca d o 3 SUMÁRIO PALAVRA Palavra do Presidente da ADVB-PE ...................................................... 5 Palavra do Presidente do Conselho ADVB-PE .................................. 6 Palavra do Presidente da FENADVB .................................................... 7 Personalidade do Ano ................................................................................ 10 Recife Habitat III ........................................................................................ 32 Júri .................................................................................................................... 44 Resumo dos Trabalhos Premiados ..................................................... Categoria Meio Ambiente ...................................................................................... 52 ......................................................................... 54 Bradesco Capitalização Compesa - Companhia Pernambucana de Saneamento. ..... 56 SUAPE - Complexo Ind. Portuário Gov. Eraldo Gueiros .... 58 Consórcio Ipojuca Interligações Consórcio Rnest Conest Galvão Engenharia ........................................................ 60 ....................................................................... 62 ................................................................................... 64 Jiquiá Desenvolvimento Imobiliário MAN Latin America ................................................ 66 ............................................................................... 68 Nov Fiber Glass Systems ...................................................................... 70 Nov Fiber Glass Systems ...................................................................... 72 Categoria Recursos Humanos ALESAT Combustíveis S.A. Consórcio Rnest Conest MAN Latin America .............................................................. 74 ....................................................................... 76 ............................................................................... 78 Petrobras Distribuidora .......................................................................... 80 Categoria Sociocultural Akzo Nobel Ltda. ..................................................................................... 82 Consórcio Rnest Conest DETRAN-PE ....................................................................... 84 .............................................................................................. 86 Consórcio Conest .......................................................... 88 ADVB-PE em Ação Premiação Top Socioambiental e de RH 2013 ........................................... 92 Reuniões R.E.D.E. Suape ................................................................................... 108 Happy Hour Empresarial ..................................................................................... 110 Fórum de Marketing Digital e NET Company Assembleias Cidades inteligentes estão sendo geradas em Pernambuco 47 Top Socioambiental e de RH ADVB-PE 2013 Alusa Engenharia Presidente da ADVB-PE U m conceito novo, que vem ganhando força em todo o mundo, é o das cidades inteligentes. As Smart Cities são cidades planejadas, que investem em tecnologia para promover sua própria sustentabilidade. E como uma cidade pode se tornar inteligente? Adotando soluções bem-sucedidas, que aliem tecnologia em prol da mobilidade das pessoas, que ofereçam equipamentos públicos a favor da qualidade de vida e da segurança, e que conecte os cidadãos para poderem conviver em cyberespaços agregadores, próprios de ambientes informacionalmente ricos e adaptados às características do contexto urbano. Atento à necessidade de se preparar para adotar a sustentabilidade em suas cidades, a começar pelos bairros da Grande Recife, o Estado de Pernambuco está oportunizando a implantação de inúmeros projetos imobiliários criativos, concebidos em consonância com as ações dos governos federal, estadual e municipal. A constituição do Porto Digital – polo tecnológico no Recife, cuja produção lhe rendeu o título de maior parque tecnológico do Brasil –, foi um dos primeiros passos para o atual rearranjo urbano que desperta na capital do Estado. Fruto da conexão entre poder público, a iniciativa privada e a universidade, o Porto Digital atrai empresas para atender os mercados nacional e internacional. Fruto desses avanços, a cidade inteligente será realidade quando as residências utilizarem energia solar, os carros forem elétricos, as principais fontes de energia forem limpas e renováveis, os bairros se conectarem por ciclovias aos setores comerciais e de lazer, a iluminação pública tiver lâmpadas de LED. Mas, acima de tudo, as cidades serão inteligentes quando as pessoas se sentirem parte delas, podendo viver, estudar, trabalhar e se divertir com excelente qualidade de vida. Parece impossível? Em breve, o evento Smart City Business, que acontece pela segunda vez em Pernambuco e coloca o Estado no centro das discussões sobre o tema na América Latina, vai mostrar que essas iniciativas já estão sendo implantadas, não apenas em bairros de Londres, Paris, Barcelona, Milão ou Roma, mas do Recife. Ao realizar o segundo Smart City Business, a ADVB-PE dará a Pernambuco mais um suporte à sua concentração de fatores positivos políticos, intelectuais, financeiros, tecnológicos, sociais e culturais, para articular, de forma sustentável e lucrativa, com as inúmeras, porém finitas, riquezas naturais, em prol da vida nas cidades. Leopoldo de Albuquerque Presidente da ADVB-PE ......................................... 112 ................................................................................................................ 113 Encontro R.E.D.E. Suape DiálogosCapitais .................................................................................... 114 ........................................................................................................... 116 Re vista Me rca d o 5 PALAVRA Presidente do Conselho Deliberativo ADVB-PE Acorde sua capacidade de observar N o final do século XIX, Santos Dumont, vendo um dos primeiros motores a explosão funcionando, impressionouse pela sua leveza e capacidade de produzir potência. Com aquilo na cabeça, pela primeira vez, em 1906, fez um avião decolar sem necessidade de auxílio externo. No ano passado, quase três bilhões de pessoas embarcaram e voaram em aviões comerciais em todo o mundo, em uma nova dimensão do transporte usando como meio o ar, um sonho milenar da humanidade. Nos Estados Unidos, um desempregado, em 1860, fez amizade com operadores de perfuratrizes que lhe falaram de um subproduto viscoso do petróleo que emperrava as brocas, mas parecia ter poderes curativos mágicos. Interessou-se, experimentou e serviu como cobaia, criando uma geleia incolor e inodora que curava ferimentos. Chamou-a de vaselina e encontrou seu caminho do sucesso. A história ilustra que muitas invenções simples, como o sabonete, a tesoura, o lápis e tantas outras são respostas inspiradas para atender a necessidades. Mas quantas pessoas, ao se depararem com algo novo, sabem o que fazer e tomam alguma iniciativa? Muitos sabem que nem todos levam em consideração boas ideias quando, pela primeira vez, sejam colocadas numa conversa ou numa proposta. Mesmo nas áreas profissionais poucos lhe darão dinheiro por uma boa 6 Julho de 2013 ideia, mas paga-se bem por uma folha de papel (uma patente, um registro de projeto ou de direitos autorais). É tempo no Brasil de levarmos inventores mais a sério, pois com os processos inovadores em curso no mundo alterando nossas vidas intensamente, por força de novos inventos tecnológicos, vemos nações se enriquecendo simplesmente exportando produtos que jamais, por aqui, pensamos que pudessem existir. E a tendência mundial é clara: os produtos estão ganhando sofisticação e os que se tornam mais e mais complexos dominam o mercado mundial, cruzando fronteiras e atendendo a milhões de consumidores interessados. A ideia básica é simples: aguce seu sentido de observação. Tudo pode ser feito e oferecido de forma melhor, mais barata e eficiente. A tecnologia oferece respostas impressionantes e as equipes de especialistas mais competentes, mesmo sobre um produto tradicional, mostram-se capazes de colocar algo que, inicialmente parece lógico, mas, de repente, surge como uma coisa inovadora, transformando-se em sucesso de vendas em todo o mundo. PALAVRA Presidente FENADVB Novo desafio O progresso tecnológico expressado pela veloz aceitação de criativas formas de comunicação, acaba de fincar seu alicerce na sociedade brasileira. Refiro-me às manifestações de parcelas conscientes e significativamente grandes em número da população brasileira, levantando os mais variados motes e reivindicações, as quais geraram pronta reação (no sentido de atendê-las) dos poderes executivo e legislativo. Erra quem opina sobre o resultado final desse movimento, que apenas se iniciou no mês de junho de 2013. Porém, acerta quem identifica as razões que motivaram essa imensa mobilização da sociedade brasileira: basta à inércia, à corrupção, aos descasos com as pessoas expressados pelo baixo nível de atendimento nas áreas de saúde, transporte, educação, cultura e segurança. Tudo isso, encapado pelo medo da volta da inflação, corroedora do poder aquisitivo de todos, sem exceção. A entidade que presido, respaldada pelas associadas representantes dos Estados brasileiros, sempre se pautou pelas constantes ações geradoras do desenvolvimento do país, por meio do instrumento legítimo do reconhecimento das boas práticas empresariais. Nosso entendimento é de que o progresso das empresas gera o mesmo efeito para o país todo. O que, então, se pode concluir do momento tão peculiar quanto significativo que se vive nos tempos atuais, no país e na sociedade brasileira? Em nossa ótica, é chegado o momento, o ponto sem retorno, de mudança geral de costumes, de práticas, de comportamentos. Esse é o grande desafio a ser enfrentado por todos, consubstanciado numa reforma do arcabouço de representação política; numa reforma do arcabouço tributário e fiscal do país, que mais exaure as empresas do que retorna em benefícios sociais; numa constante ação de investimentos em infraestrutura, não só física e material, como também educacional e cultural. As tarefas são ingentes. Urge iniciá-las, aproveitando esse momento social mágico que se vive, com a indispensável inclusão das organizações formais da sociedade, onde incluímos toda nossa rede de representação associativa. Miguel Ignátios Presidente da FENADVB Ozires Silva Presidente do Conselho Deliberativo da ADVB-PE Re vista Me rca d o 7 Re vista Me rca d o 9 PERSONALIDADE DO ANO “O Interior oferece boas oportunidades de negócio” Douglas Cintra, presidente da ASPA (Associação dos Atacadistas de PE) D Douglas Cintra 10 Julho de 2013 ouglas Cintra, 47, é diretor das empresas Multi Distribuidora e Balcão. Sua trajetória empresarial foi construída em Caruaru, no interior de Pernambuco, onde está a sede do Grupo DFC que ele toca com os irmãos e a supervisão atenta do pai, Djalma, que fundou o negócio há 37 anos. Hoje, o grupo conta com quatro mil funcionários e tem operações no varejo, atacado e atacarejo. Veja, a seguir, a entrevista que o empresário, que também preside a Associação dos Atacadistas de Pernambuco (ASPA), deu à Revista Mercado. Ele nos conta sobre o começo de sua carreira e a influência da família na decisão de voltar para Caruaru, onde, junto com o pai e os irmãos, impulsionou o negócio familiar para os setores de Atacado, Representação, Varejo e outros. “Trabalhei no supermercado Bonanza até o 2º ano do segundo grau, antes de me mudar para o Recife, para estudar. Atendia no balcão, ficava no caixa. Vivia o dia a dia da empresa, ajudando no que fosse preciso. E aprendi muito nessa época. Mas minha família sempre deu muito valor à educação. Assim, quando ingressei no 3º ano, meu pai disse que eu deveria me dedicar só aos estudos, para conseguir passar no vestibular. Na época em que mudamos para o Recife, não foi fácil para meu pai manter dois filhos estudando fora de Caruaru, mas fazia questão de que fizéssemos o curso superior. Essa é uma lição da família dele: nascido na zona rural do município de São Bento do Una, meu avô sempre incentivou os filhos a estudar. Tanto que meu pai foi para Caruaru para fazer o segundo grau (Ginasial, na época). Na zona rural de São Bento, só existia o Primário (hoje Ensino Fundamental). No fim do curso Ginasial, Rita, Douglas, Djalma Jr. e Djalma Cintra meu pai trabalhou como auxiliar de protético, fazendo próteses dentárias. Conseguiu depois comprar uma pequena mercearia, daí uma padaria e depois um supermercado, o começo da rede Bonanza. A união da família fez a força do negócio Meu pai sempre teve a certeza de que para a empresa crescer seria necessária nossa colaboração. A estrutura que ele tinha não permitiria o crescimento que tivemos sem a participação dos filhos. E ele me influenciou ‘positivamente’ na decisão de voltar a Caruaru para tocar o negócio da família. Não houve pressão, tanto que quando terminei o curso de Administração da Fesp (hoje UPE) fiz um estágio na Fundação Joaquim Nabuco e logo depois ingressei numa empresa in- Letícia (filha de Douglas), Douglas, Pequena, Duca e Adriana Re vista Me rca d o 11 É preciso fazer como fez o setor atacadista O contato com a Fazenda Estadual, realizado pelos comerciantes atacadistas de Pernambuco em 2002, resultou na criação de uma legislação específica para atender o setor, pois demonstramos para o governo que se houvesse uma redução nos impostos nós conseguiríamos aumentar a competitividade e a arrecadação. E comprovamos tudo na prática. Com o crescimento de nosso setor, a receita do Estado também cresceu e conseguimos eliminar as empresas que diziam não ter condições de pagar os tributos. Foi colocada uma carga adequada de impostos e acertado pela Associação de Atacadistas de Pernambuco (ASPA) o pagamento de todos os filiados. O resultado foi bom para o governo e para nosso setor. E também para o varejo. Esse é o grande exemplo que gosto de citar de como a área empresarial precisa estar próxima dos governos para mostrar que a cobrança indiscriminada de impostos não funciona. Interior, um Brasil mais justo Para o consumidor de baixa renda, o aumento real do salário mínimo todos os anos é a garantia de mais recursos. O Bolsa-Família por si só não resolve o problema dos menos favorecidos, mas realimenta a economia. O aumento do salário mínimo e a distribuição do Bolsa são indutores do fortalecimento do comércio no Interior. Por isso, continuamos a ver que o Interior oferece boas oportunidades de negócios. Nosso foco é lá e isso é muito bom, porque aqui ficamos mais à vontade para trabalhar. Por outro lado, todos nós já sofremos em algum momento da nossa vida algum tipo de discriminação por não sermos da Capital. Mas é preciso registrar que isso também acontece em relação aos nordestinos que vão para São Paulo e aos brasileiros que vão para os Estados Unidos. Mas se há o preconceito contra nós, há também a força da nossa economia. Saindo das grandes Regiões Metropolitanas se vê o grande motor da economia interiorana, de um Brasil mais justo, onde as pessoas conseguem viver melhor. Ao centro a matriarca da família e avó de Douglas, Pequena. ternacional de auditoria. Eu já estava firme no emprego, com vários meses de casa, quando recebi um telefonema do meu pai perguntando se eu preferiria continuar como executivo ou voltar para tocar o negócio da família. A família falou mais alto. Pedi demissão e arrisquei naquilo que eu pensava ser a melhor opção, como ficou comprovado depois. Com a nossa chegada, eu, meu irmão, também formado em Administração, e minha irmã, formada em Direito, meu pai teve a tranquilidade necessária para pensar em abrir mais lojas do supermercado e ir em busca de novas oportunidades de negócios. Juntos, passamos a planejar o crescimento da empresa, que começou em 1989, quando abrimos a segunda loja do supermercado Bonanza. Se havia espaço para as grandes redes crescerem, haveria também para as pequenas. E cada um aproveitou me- 12 Julho de 2013 lhor sua vantagem competitiva. As dificuldades pequenas ou grandes sempre existiram e sempre vão existir. O que faz a diferença é a atitude que o empresário toma diante delas. Em nosso caso, tínhamos maior proximidade com os fornecedores e clientes. Empresários precisam reivindicar menos impostos A elevada tributação retira a competitividade das empresas. Nesse sentido, a classe empresarial precisa mostrar à população que as empresas recolhem os impostos, mas quem paga é o consumidor por estar embutido no preço. Os empresários precisam chegar mais perto do governo e mostrar as inadequações dos impostos. Esse distanciamento da representação empre sarial em relação ao governo favorece a elevação da carga tributária. Duca (avô), Douglas, Letícia e Djalma Cintra Re vista Me rca d o 13 PERSONALIDADE DO ANO Pensamento mundial Círculo virtuoso Alguns teóricos dizem que a ocupação urbana em cidades com mais de um milhão de habitantes não é positiva, pois não se vive bem nesses lugares. Para os seguidores dessa teoria, nas comunidades menores a população pode ter tudo o que precisa sem a necessidade de procurar centros maiores. Essa interiorização tão almejada depende, portanto, do uso de todas as potencialidades de cada região. Pelo volume das minhas atividades, poderia morar no Recife, mas vivo em Caruaru. Viajo e volto no mesmo dia e as pessoas acham que é uma bobagem, mas minha casa é em Caruaru. É o lugar onde gosto de estar pela manhã, onde recarrego minhas baterias. Essa valorização do Interior, das comunidades sustentáveis, é o novo pensamento mundial. Ficou para trás o tempo em que quando alguém queria melhorar de vida ia para São Paulo. Isso foi nas décadas de 60 e 70. Hoje, a dificuldade para viver nas grandes cidades é uma realidade. E sabemos que todos podem crescer, se tiverem condições, mesmo estando no Interior. Nosso objetivo é mostrar que cada um pode crescer onde estiver, como nós crescemos. E é tarefa do Estado permitir que o cidadão cresça e se desenvolva onde quer que ele viva. A mola propulsora do Interior são os estímulos, os insumos, as condições para o desenvolvimento estruturado. E nessa engrenagem estão a atualização do salário mínimo e a manutenção adequada do Bolsa-Família. Pode não parecer para quem está de longe, mas para nós que conhecemos a realidade do Interior, esse círculo virtuoso de benefícios transformou positivamente, e ainda irá melhorar e muito, a qualidade de vida dos nordestinos do Interior”. Depoimentos “Ele sempre revelou preocupação com a comunidade” Senador Armando Monteiro Douglas Cintra é um companheiro que conheço há muitos anos. Sempre o admirei como um grande empreendedor quem vem de uma linhagem de empreendedores. O seu pai e a sua família plantaram as bases de uma grande empresa, que aliou a tradição da família à modernidade da gestão. Mas Douglas não é alguém que pensa apenas em sua empresa, ele sempre revelou uma preocupação com as questões da comunidade onde está inserido e do seu Estado. Portanto, ele sempre manteve vínculos com o movimento empresarial de Pernambuco, especialmente com o comércio atacadista, setor onde exerce uma posição de protagonismo e liderança. A sua capacidade de poder pensar para além dos limites da sua empresa lhe permitiu que pudesse estar no movimento empresarial. Isso o levou também para uma área que é muito próxima da atividade política e da atividade pública. Por isso é que ele aceitou o nosso convite, nos honra e honra Pernambuco sendo nosso suplente. Ele já de- monstrou que tem espírito público, que tem capacidade de se doar às causas coletivas. Por isso mesmo, Douglas é um companheiro que valorizou a nossa chapa, que nos ajudou em todos os momentos e tenho certeza que continuará engajado sempre, com compromisso, nas melhores causas de Pernambuco. Vista aérea de Caruaru. 14 Julho de 2013 Re vista Me rca d o 15 PERSONALIDADE DO ANO História Tudo começou em 1958, numa pequena mercearia Nos anos 80, Djalma Cintra no comando das empresas da família A primeira Mercearia D jalma Farias Cintra, fundador do grupo DFC, nasceu em uma fazenda no município de São Bento do Una, em Pernambuco. Eram sete irmãos e o pai tinha por obstinação ver todos os seus filhos estudando. Assim, para poder frequentar a escola, os dois mais velhos foram mandados para a cidade de Caruaru. Djalma foi trabalhar em uma oficina de prótese, além de estudar como bolsista no colégio 16 Julho de 2013 Diocesano, o mais tradicional da cidade. Em 1958, com apenas 17 anos, apareceu a oportunidade de comprar uma mercearia e ele vislumbrou ali a chance de ter um negócio próprio. Recorreu à ajuda financeira do pai e fechou a compra. “Todo início é difícil. Tinha apenas uma balança, um cofre, uma geladeira e muita determinação”, lembra. Em 1962, ou seja, apenas quatro anos depois da aquisição do primeiro comércio, Djalma adquiriu um armazém que fornecia insumos para o quartel da cidade, mediante desconto em folha de pagamento. “A inadimplência era zero e conseguimos multiplicar por dez o faturamento”, relembra. Mas a Revolução de 1964 interferiu diretamente no negócio, já que o novo comandante do quartel proibiu a venda com desconto em folha de pagamento. Apesar do baque, Djalma seguiu em frente e, em 1969, comprou uma padaria, chamada de Rainha do Ipojuca. Sete anos depois, em 1976, a padaria deu origem à primeira loja do supermercado Bonanza, que funciona até os dias de hoje no bairro Santa Rosa, em Caruaru. Desde a padaria, os negócios nunca mais pararam de se expandir. Dos seis filhos do fundador, três trabalham no grupo: Douglas, Djalma Júnior e Rita. “A empresa cresceu muito, depois da chegada deles”, afirma Djalma. Trinta anos depois, o atacadista Foi em 1989, com a entrada dos três filhos no Grupo, que as empresas dirigidas por Djalma começaram a vender por atacado. “Junto com os meninos, montei a Multi Distribuidora, a princípio para produtos da indústria Pilar. Hoje, também distribuímos produtos das marcas Unilever, Kraft, Johnson & Johnson, Italac, Ceras Johnson, entre outras”, informa Djalma. A Multi tem uma Central de Distribuição em Caruaru e outra em João Pessoa. Através desses pontos, o atacadista atende os Estados de Pernambuco e da Paraíba. Ainda na modalidade de atacado, o Grupo conta com outra operação, o Balcão, que vende mercadorias de forma direta a pequenos varejistas, como mercadinhos e padarias. Re vista Me rca d o 17 E o futuro, como será? “O futuro, como diz o provérbio, a Deus pertence, porém, nossa pretensão é continuar crescendo. Faremos o possível para atender mais e mais gerações, com a qualidade e confiança que oferecemos desde o final dos anos 50 do século passado”, finaliza o fundador do Grupo DFC. Inauguração da padaria Rainha do Ipojuca Inauguração da primeira loja Bonanza foi motivo de festa em Caruaru O então prefeito de Caruaru, João Lyra Filho, abre as faixas da primeira loja do Bonanza 18 Julho de 2013 Re vista Me rca d o 19 Desde 1976, a primeira loja Bonanza funciona no mesmo local 20 Julho de 2013 Re vista Me rca d o 21 PERSONALIDADE DO ANO História A história do grupo DFC foi impulsionada pela pujança de Caruaru O cenário político de Caruaru, na década de 1950, era um dos mais inflamados do interior de Pernambuco. Tanto que, em 1953, o então presidente Getúlio Vargas foi à cidade e lá proferiu comício para uma multidão de pessoas. Nas décadas de 1950 e 1960, inflamados também eram os foliões do carnaval. Bastava que em janeiro se retirassem as luzes que enfeitavam as festas natalinas, para que todos já começassem a ensaiar os passos do frevo. O carnaval era tão forte e empolgante que autoridades vinham do Recife para conferir a folia. Frente Popular Comércio vigoroso Cidade cultural e politizada, a Princesa do Agreste, da época em que Djalma Cintra começou a expandir o seu comércio, também demonstrava inquietudes frente à disputa entre a União Democrática Nacional (UDN) e o Partido Social Democrata (PSD). E foi no município, no ano de 1959, que se criou a Frente Popular, movimento que elegeu o prefeito João Lyra Filho em Caruaru e, no Recife, deu a vitória a Miguel Arraes. Essas foram as duas primeiras frentes populares que se formaram em Pernambuco. Enquanto Djalma dava os primeiros passos de inovação na administração do que viria a ser o grupo DFC, a administração de João Lyra Filho criava um plano gestor para o crescimento ordenado de Caruaru. Essas administrações inovadoras caminharam juntas, ainda no limiar da década de 1960. Assim como João Lyra Filho teve papel importante na vida pública de Caruaru, Drayton Nejaim foi outra personalidade presente na hegemonia da política local. Naquela época, o comércio local tinha à frente os próprios moradores e só a partir da década de 1970 esse perfil mudou e cedeu espaço para lojistas de outras cidades. Centro regional do Agreste Pernambucano, Caruaru exerce papel cada vez mais importante na distribuição de serviços e na concentração de atividades industriais e comerciais. Ainda hoje, o comércio é um elemento propulsor da economia do município, gerando mais de 16 mil empregos no setor. “Em muitos momentos da história de Caruaru, a atividade comercial gerou surto populacional e ofereceu novas oportunidades. A história do comércio na região constitui um capítulo fascinante da própria história da cidade que ainda não foi encerrado”, observa o historiador Veridiano Santos. Filhos ilustres Entre os inúmeros filhos ilustres de Caruaru está o jornalista, professor, cronista, ensaísta e orador Austregésilo de Athayde, que integrou a comissão que redigiu a Declaração Universal dos Direitos do Homem, em 1948, na Assembleia Geral das Nações Unidas, realizada em Paris. Foi também um dos imortais da Academia Brasileira de Letras e nos deixou este pensamento: “Viver é cultivar os valores espirituais, para superar os embaraços materiais. E chegar à conclusão de que, em última análise, dado o balanço geral, a vida é boa”. Austregésilo de Athayde Central Sport Club Na década de 1980, mais especificamente no ano de 1986, aconteceu a maior glória do Central Sport Club, fundado em Caruaru em 1919 e primeiro time de Pernambuco a vencer um título nacional. O Central venceu o Campeonato Brasileiro da Série B, numa disputa emocionante com o Americano, conseguindo acesso à série A, ao lado de times como Flamengo, Grêmio e Fluminense, entre outros. Nesse mesmo ano, no dia 22 de outubro, Caruaru teve o maior recorde de público da história do interior de Pernambuco, com 24.450 pessoas assistindo ao vivo a vitória do Central por 2x1 contra o Flamengo. E foi ao final dessa década de vitórias inesquecíveis para o município que se deu a entrada dos três filhos de Djalma ao Grupo, impulsionando as empresas a uma conquista muito almejada: a venda por atacado. 22 Julho de 2013 Re vista Me rca d o 23 PERSONALIDADE DO ANO Empresas Ousadia, compromisso e poder de negociação fazem o sucesso das empresas do Grupo DFC O Grupo DFC atua no varejo com a operação Bonanza, no atacarejo com a marca Comprão e no atacado com a Multi Distribuidora e o Balcão. Juntas, essas empresas empregam cerca de quatro mil funcionários com atuação nos mercados de Pernambuco e Paraíba. Varejo São 18 lojas de supermercado Bonanza, localizadas nos Estados de Pernambuco e da Paraíba. Em Pernambuco, as lojas estão instaladas nas seguintes cidades: seis em Caruaru; quatro em Garanhuns; duas em Arcoverde; uma em Pesqueira; uma em Belo Jardim; uma em Gravatá; e uma em Santa Cruz do Capibaribe. Na Paraíba, uma loja fica em Patos e outra em João Pessoa. Autosserviço Atacarejo O Comprão conta com duas operações na Paraíba. Uma localizada em Patos e outra no município de Guarabira. Atacado Para atender às necessidades do mercado, há 24 anos o Grupo decidiu investir no setor de atacado. Essa decisão se mostrou acertada, pois acabou preenchendo uma lacuna importante do mercado regional. Coube à Douglas Cintra tocar a operação. 24 Julho de 2013 Multi Distribuidora: ponte entre a indústria e o consumidor final A Multi Distribuidora ganhou destaque ao distribuir marcas tradicionais e confiáveis, como Unilever, Kraft, Claro, Danone, Johnson&Johnson, Diageo, Ceras Johnson, Purina, Italac, Goiás Verde, entre outras. Hoje, a Multi se encontra entre as 20 maiores distribuidoras do país, de acordo como ranking da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad), e ocupa o primeiro lugar no ranking estadual. Possui escritórios em Recife, João Pessoa, Campina Grande, Petrolina e Patos, com mais de 10 mil clientes cadastrados. Para chegar até aqui, a empresa investiu na modernização dos depósitos das cidades de Caruaru e João Pessoa, que juntos somam mais de 14 mil metros quadrados de área construída. Outra garantia de logística eficiente é a frota renovada com frequência. Todos os esforços são concentrados para fidelizar a ligação entre empresa e cliente. “Acreditamos que tanto os fornecedores quanto os clientes precisam de parceiros que tragam a melhor relação custo-benefício. A Multi Distribuidora procura atender bem as duas pontas, facilitando, assim, a vida dos consumidores finais”, destacou Douglas Cintra. Djalma Cintra, no programa Banco de Alimentos, do SESC Balcão – Venda direta O Balcão também oferece um atendimento diferenciado, onde o cliente busca a mercadoria. É uma operação de venda direta que oferece diversas opções de marcas e produtos, com preço competitivo. A marca vem ultrapassando fronteiras e, além de Caruaru, já tem operações em Campina Grande, Petrolina e Recife. A equipe de vendas passa por constantes capacitações para oferecer as melhores condições aos clientes e atender aos consumidores mais exigentes. O motivo do sucesso desses empreendimentos é o investimento constante em pessoas, equipamentos, sistemas, treinamentos e boa política de negociação com os fornecedores, que sempre disponibilizam os melhores preços para as mercadorias de qualidade. Foco no cliente “O nosso principal foco, em qualquer uma de nossas operações, é o cliente. Seja vendendo cartão, através da Claro, seja entregando Danone, disponibilizando produtos mais em conta pelo Balcão, ou ainda distribuindo marcas fortes com a Multi. Em todas as nossas atividades, procuramos oferecer atendimento e produtos de qualidade, com logística eficiente e as melhores condições possíveis de negócio”, conclui Douglas Cintra, diretor das empresas Multi Distribuidora e Balcão. Re vista Me rca d o 25 Jackson Carvalho PERSONALIDADE DO ANO Caruaru tem motivos de sobra para ser visitada o ano todo A 138 km do Recife, Caruaru é um dos mais importantes municípios da região Nordeste e o maior do interior de Pernambuco. Cortado pelas BRs 232 e 104, possui logística adequada para escoar sua diversificada produção para todo o interior e Estados vizinhos. Com pouco mais de 314 mil habitantes e dona de muitas distinções, Caruaru exerce influência em mais de 50 cidades, atingindo um público estimado de 1,5 milhão de pessoas. Polo de confecções do Agreste Com aproximadamente 1.215 indústrias em funcionamento e 16.000 empresas de todos 26 Julho de 2013 os setores, incluindo lojas, que geram aproximadamente 5.000 empregos diretos, a cidade também realiza anualmente alguns dos principais eventos de negócios do Norte/Nordeste, como a Rodada de Negócios da Moda Pernambucana, com duas edições por ano. O Polo de Confecções do Agreste, que engloba 16 municípios, é composto por cerca de 15 mil indústrias, sendo a grande maioria informal. Entre as cidades de maior destaque no polo estão Santa Cruz do Capibaribe, Toritama e Caruaru que, juntas, detêm cerca de 90% dos estabelecimentos e empregos gerados. De acordo com a Associação Comercial e Empresarial de Caruaru (ACIC), o Arranjo Produtivo Local (APL) de Confecções é o segundo maior do Brasil em peças produzidas, com estimativa de movimentação de R$ 2 bilhões ao ano. Investimentos privados e públicos são constantes na região da cidade, onde existem inúmeros cursos de graduação superior e de pós-graduação. A chegada de extensões da UFPE e UPE com cursos para a produção e gestão da moda demonstram a grande demanda por conhecimentos. Turismo Entre os principais atrativos turísticos está o São João de Caruaru, realizado anualmente durante o mês de junho e popularmente conhecido como o “maior São João do mundo”. Só em 2012, a festa gerou uma movimentação financeira de 204 milhões de reais e recebeu 1,5 milhãos de turistas. Na capital do forró está ainda “o maior centro de Artes Figurativas das Américas”, o Alto do Moura, vila onde estão a casa-museu do Mestre Vitalino, mundialmente conhecido por sua arte no barro, e o Memorial do Mestre Galdino, artesão também reconhecido por sua habilidade. A Feira de Caruaru, cantada nos versos de Luiz Gonzaga, tornou-se patrimônio imaterial e cultural do Brasil e atrai milhares de turistas por suas riquezas, cores, sabores e aromas – carnes de sol e de bode, ervas medicinais, roupas, calçados, utensílios de cozinha, móveis, animais vivos, artigos eletrônicos – e um permanente clima de festa. Também vale a visita ao Museu do Barro, ao Museu do Cordel (mantido pela família de Olegário Fernandes, cordelista já falecido) e ao Museu do Forró, que homenageia Luiz Gonzaga e outros gênios regionais. Com uma rede hoteleira com 18 hotéis executivos e de lazer, totalizando mais de 1.100 leitos, a cidade também atrai pela gastronomia. Com tantos atrativos, Caruaru merece muitas visitas. Re vista Me rca d o 27 Pátio do Forró Alto do Moura Sulanca (Sul e Elanca) A apenas sete quilômetros do centro de Caruaru, fica o tranquilo bairro de Alto do Moura, onde o principal atrativo é uma rua central de paralelepípedos, que parece ter parado na época em que Mestre Vitalino punha as mãos no barro para dar vida a essa arte que, décadas mais tarde, levaria Caruaru na rota internacional da arte figurativa. A região, com suas casinhas coloridas, bares, restaurantes e muitos turistas, abriga ateliês de mais de 200 artesãos, discípulos dos mestres Vitalino, Eudócio e tantos outros artistas que fazem esculturas moldadas no barro natural que também deram ao lugar o título de maior centro de artes figurativas das Américas. Aos poucos, Caruaru cativa mais e mais os turistas, tanto pelas esculturas figurativas de barro, quanto pela poesia de cordel ou pelo duelo dos antigos repentistas da feira da cidade. Não à toa, a Feira de Caruaru é uma das mais antigas e famosas do Brasil. Suas histórias são suficientes para convencer os turistas a deixar-se ficar e se encantar por vários dias. Apesar de todas as partes da feira serem cheias, nenhuma é tão concorrida como o polo de compras de confecção popular Sulanca, que atrai compradores de diversas regiões para adquirir peças de roupas e revendêlas em seus Estados de origem. São cerca de 9.000 bancas que funcionam às terças-feiras, a partir das 5 horas. A Sulanca tem a origem do nome em décadas passadas, quando comerciantes de roupas vinham do Sul do Brasil comprar na feira retalhos de helanca (malha de poliéster) para usar em suas confecções. Hoje, gera mais de 75 mil empregos diretos e indiretos, sendo, portanto, muito importante para a economia de Caruaru. Com a crescente importância da Sulanca, há planos de se criar uma universidade de moda em Caruaru, para qualificar profissionais de produção de roupas. Feira de Caruaru Feira de Caruaru Caruaru cativa pela sua gente, sua arte, suas festas Localizada “nas entranhas do Nordeste” como descreve um cordelista local, Caruaru não é destino para os adeptos do turismo de um dia, de fácil assimilação, como os que acontecem em alguns destinos do litoral. A cidade se revela aos poucos aos forasteiros e seu centro oferece poucos atrativos turísticos fora da época da Semana Santa e do famoso São João. Mas sua gente é cativante o ano todo. E ao conhecer as manifestações culturais da região de Caruaru se vê que ela proporciona uma das mais interessantes e ricas viagens no Estado. 28 Julho de 2013 Principal atração da cidade – garantida durante o ano todo – a feira é considerada uma das maiores ao ar livre do Brasil. Iniciada no final do século 18, essa tradicional feira comercial hoje abrange 13 mercados temáticos, com uma variedade de produtos que inclui trabalhos artesanais, roupas e acessórios, animais, alimentos, produtos importados e até um museu dedicado à mais internacional das literaturas regionais: o cordel. Inúmeros artistas mostram sua alma no cordel literário, publicados em folhas, livretos e livros que viajam o mundo pelas mãos dos turistas. Na palha, junco ou barro – materiais mais usados na criação de peças decorativas e utilitárias da Feira de Caruaru, comerciantes trabalham em quiosques, que permitem ao turista assistir à confecção de peças – como cestas de palha e junco, trabalhadas pelas mãos habilidosas dos artesãos – que às vezes não levam mais de três minutos para serem produzidas. Cheiros e sabores Na feira livre estão também os sabores de Caruaru onde se prova a culinária e as frutas típicas da região, como o umbu, de sabor azedo e característico. Nas bancas de carne, tem carne-seca e de bode, carrochefe dos principais cardápios de Caruaru, encontrado em versões como linguiça e espeto. Maior São João do Mundo Em junho, toda a cidade se transforma em um imenso arraial com vilas cenográficas inteiras dedicadas ao forró e com barracas de comida típica. Neste ano, cerca de 1,2 milhão de pessoas visitaram a cidade durante o São João. E mesmo depois do final desse evento, que chega a durar mais de um mês, a cidade parece esperar o restante do ano na expectativa do São João seguinte. Visitar o museu Luiz Gonzaga é conhecer e valorizar a cultura nordestina tão profundamente amada pelos que ali habitam. Além da história de Gonzagão, o lugar tem muito de Elba Ramalho e do onipresente Mestre Vitalino. O museu fica no pátio do forró, área com muitos bares e muita gente jovem se divertindo, onde durante todo o mês de junho acontecem atrações gratuitas de música para festejar o São João. Milho dá energia para dançar forró no São João Assado na fogueira, cozido, na pamonha ou na canjica, o milho é a base de muitos pratos consumidos no São João de Caruaru. Ele é gostoso e faz bem à saúde, dá energia e proteção ao corpo. Excelente fonte de fibras, por ser consumido com a casca, ao contrário do arroz, por exemplo. O milho ajuda a reduzir os níveis do colesterol e glicose no sangue e auxilia o bom funcionamento do intestino. Nas festas juninas, o maior benefício do milho é a energia que ele fornece. No mês de dançar forró, sua energia ajuda no arrasta-pé, por ser fonte de carboidratos. Cidade é musa inspiradora de compositores e repentistas Caruaru é uma das cidades mais cantadas do Brasil – sua gente, produção artística e características inspiram verso e prosa, ajudando a divulgar sua fama em todo o país. São João, forró, feira livre, Mestre Vitalino, Alto do Moura, estão nas letras que falam da musa inspiradora de tantos filhos, naturais ou adotados, da terra. A primeira música nacionalmente conhecida que cantou a cidade, foi “Caruaru”, de Belmiro Barrela, gravada por Cauby Peixoto: “Foi num belo dia de verão / Que eu perdi meu coração / Foi numa cidade do Sertão / Que guardo na recordação / Caruaru, Caruaru / A princesinha do norte és tu.” Na ocasião, Caruaru já era tema para artistas locais e servia de mote para repentistas e poesias de cordel, mas esta canção abriu novos espaços. Em 1957, veio o grande reconhecimento através de Luiz Gonzaga, com “Feira de Caruaru” (O. Almeida) e “Caruaru – Capital do Agreste” (O. Almeida/ Nelson Barbalho). Dois anos antes, Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro já haviam gravado músicas sobre as festas de Caruaru. A massificação da cidade como tema musical se deu nos anos 70 e 80, com a ida de diversos forrozeiros para a cidade, como Azulão, Jacinto Silva, Jorge de Altinho, Petrúcio Amorim, Alceu Valença, Elba Ramalho, Geraldo Azevedo e tantas bandas de pífanos. O forró passou a ser o rosto musical de Caruaru e o período junino ampliou suas manifestações artístico-culturais. Atualmente, artistas continuam cantando Caruaru, na maioria os da própria terra. São trios de forró, falando do município e mostrando a cidade para outras regiões, e levando a todos a “cultura caruaruense”, notadamente o forró. Pesquisa de José Daniel da Silva, pesquisador e professor de História Re vista Me rca d o 29 ORGULHO DE SER ESTE É O COMBUSTÍVEL QUE NOS TROUXE ATÉ AQUI. 30 Julho de 2013 Tem compromisso com as pessoas? É ALE. A ALE conquistou o Prêmio “TOP Socioambiental e de RH”, da ADVB-PE, na categoria “Recursos Humanos”. Esse reconhecimento quer dizer que valorizamos todos os que fazem parte da ALE, dos funcionários aos nossos consumidores. Nós sabemos que pessoas realizadas levam nossa empresa cada dia mais longe. Re vista Me rca d o 31 RECIFE - HABITAT III Brasileira, Recife valoriza suas raízes urbanísticas internacionais A os 33 anos, o conde Maurício de Nassau era funcionário da Companhia das Índias Ocidentais da Holanda, quando foi enviado para administrar a colônia holandesa no Brasil, que explorava o comércio do açúcar. Nomeado governador da Nieuw Holland (Nova Holanda), em 1637, em Recife, Nassau, acompanhado por uma equipe de engenheiros liderados pelo arquiteto Pieter Post, responsável pelo traçado da nova cidade, começou a construir a Mauritsstad (Cidade Maurícia, ou Mauriceia). Essa iniciativa foi muito além da ocupação e exploração da colônia e desenvolveu um projeto urbano para a cidade, gerando um importante legado que marca sua administração e o futuro do Recife. Nassau pavimentou ruas, renou pântanos, construiu diques, pontes, canais, estradas, escolas, um jardim botânico (o primeiro do Brasil) e um observatório astronômico (o primeiro do continente americano). Transformou o que era um pequeno vilarejo, fundado em 12 de março de 1537, num moderno centro urbano, O palácio do Campo das Princesas e o Tribunal de Justiça de Pernambuco no bairro de Santo Antônio (dir.). No canto esquerdo, as pontes Buarque de Macedo, Maurício de Nassau e a 12 de Setembro, também conhecida como antiga ponte giratória. Foto aérea Zona Sul do Recife 32 Julho de 2013 para os padrões da época. E ainda trouxe missões artísticas e científicas para a cidade, tornando-a o polo cultural do novo continente. Com essas obras de modernização urbanística em Recife, Nassau promoveu a melhoria da qualidade dos serviços públicos, como a coleta de lixo e os serviços dos bombeiros, construiu o Zoológico e o Museu Natural e dinamizou o sistema de produção de açúcar no Nordeste. Com uma postura progressista, Nassau envolveu parte da população pernambucana em suas obras de melhorias urbanas. Sua saída do Recife se deu de forma bastante curiosa, pois coincide com o momento que vive o Brasil: por não concordar com a pesada cobrança de impostos holandeses sobre os senhores de engenho, entregou o cargo. Sua saída estimulou a Insurreição Pernambucana e os donos de terras, unidos aos negros e aos índios, lutaram durante nove anos para expulsar os holandeses, vencendo em 1654. Cidade se candidata á sede da próxima Conferência das Nações Unidas sobre Planejamento Urbano e Moradia - HABITAT III, que acontecerá em 2016 Após quase 400 anos, desde que recebeu seu primeiro projeto urbanístico, Recife agora quer honrar suas origens centenárias de inovação em urbanismo, sediando a III Conferência das Nações Unidas sobre Planejamento Urbano e Moradia, a HABITAT III, que acontecerá em 2016. Para tanto, o Comitê Pró Recife HABITAT III foi organizado unindo a sociedade civil, organizações não governamentais e grupos empresarias nacionais e internacionais, visando trazer o evento para o Brasil e para uma cidade que reúna condições fundamentais para sediar esse encontro. A cidade deverá ter um conjunto de características, tais como diversidade, tradição, inovação, conquistas, desafios e contrastes. Entretanto, em meio às grandes Re vista Me rca d o 33 Inovacidade Entrada do antigo porto no centro do Recife. dificuldades contemporâneas ela deverá apontar soluções que se integrem à sua região metropolitana, cujos efeitos ultrapassem os limites das fronteiras municipais, regionais e nacionais, congregando os setores público e privado e a sociedade civil neste caminho. Para os integrantes do Comitê Recife Pró HABITAT 2016, Recife tem todas as condições de sediar a próxima conferência mundial sobre planejamento urbano e moradia. Recife, por quê? A retomada da indústria do petróleo, com a refinaria Abreu e Lima, o Complexo de Suape, a Fiat, e a indústria naval, com o Estaleiro Atlântico Sul (EAS), além dos investimentos em bairros planejados justificam um maior crescimento da produção na construção civil do Recife, como também novos desafios urbanos. A cidade e sua região metropolitana já têm 13 projetos de bairros planejados e uma cidade inteligente, que somam cerca de 90.000 moradias em todos os segmentos econômicos. A Cidade da Copa, a Cidade Atlântica e o Complexo Multiuso Convida Suape são alguns dos empreendimentos que colaboram para remodelar o perfil e as características da região me34 Julho de 2013 tropolitana, contribuindo para descentralizar e distribuir o desenvolvimento regional, gerando milhares de empregos temporários e permanentes, frutos de mais de 20 bilhões de dólares em investimentos. Recife é o coração de uma região que busca, de forma conjunta, a solução dos problemas típicos das regiões metropolitanas brasileiras: trânsito complexo, contrastes sociais, especulação imobiliária e ocupações desordenadas, sendo um imenso laboratório a céu aberto para a aplicação de inovações tecnológicas, planejamento urbano e infraestrutura. Esse gigantesco trabalho já começou na cidade e conta com o envolvimento das instituições acadêmicas, entidades da sociedade civil e empresas de destaque, brasileiras e mundiais, além dos gestores públicos, na busca de melhores soluções para esses desafios do século 21. Esse conjunto de iniciativas vai de encontro às pautas do Habitat III, pois atendem aos diversos segmentos econômicos e objetivam distribuir, de forma racional, a ocupação dos novos espaços urbanos. Juntam também a iniciativa privada e o setor público e envolvem inovação e novas tecnologias, para criar uma cidade mais justa e inteligente. O Brasil é o maior país da América do Sul, o quinto maior do mundo e conta com mais de 192 milhões de habitantes. Com certeza, o governo federal terá muito trabalho na hora de distribuir verbas ou definir onde serão feitas novas obras. O Nordeste, com uma área territorial de 1,5 milhão de quilômetros quadrados – do tamanho da França, Itália, Reino Unido e Alemanha juntos, onde vivem 53 milhões de habitantes (2010) ou 28% da população brasileira e com um Produto Interno Bruto de 538 bilhões de reais (2012), se projeta como uma terra de oportunidades. Um evento como o Habitat III atrairá os olhares do mundo para o Brasil e para o Nordeste, com sua natureza exuberante e condições climáticas favoráveis, onde o sol brilha o ano inteiro, e grandes oportunidades nascem a partir das várias obras e ações estruturantes. Recife e sua região metropolitana vivem uma importante expansão econômica com vários projetos industriais e empresariais, que criam desafios, mas possibilitam também grandes conquistas, como a ampliação de emprego, renda e qualidade de vida. O projeto Navega Recife, por exemplo, se apresenta como uma nova forma de mobilidade urbana, com transporte fluvial pelo rio Capibaribe. Ele vai conectar rios e canais da região metropolitana, integrando vários modais, melhorando o trânsito e o conforto dos passageiros, colaborando, ainda, para disciplinar a expansão demográfica. Única obra de corredor fluvial do Brasil com transporte público de passageiros, o Navega Recife é fruto de parcerias entre as prefeituras do Recife, de Olinda e governo federal. Deverá ser entregue em 2014. Para incorporar a cultura da navegabilidade numa cidade que é naturalmente cercada por rios, ele terá 14 quilômetros navegáveis por 12 embarcações, que transportarão 350 mil passageiros por dia. Nesse projeto, ganha a mobilidade urbana, o meio ambiente – porque a dragagem vai tirar materiais contaminados do leito dos rios – e o turismo da cidade, com a bela paisagem sobre um novo ângulo, e a tranquilidade de uma viagem sem congestionamentos. Navegar será preciso sim, tanto como forma de deslocamento, integrado com outros modais, quanto para se criar uma cultura de transporte fluvial na cidade. A integração dos sistemas de mobilidade está acontecendo na região metropolitana através do Consórcio Grande Recife de Transportes, uma estrutura em rede que viabilizará a universalização dos serviços e a inclusão social, ao integrar o sistema operacional e tarifário entre as linhas Os belíssimos casarões coloniais ás margens do Rio Capibaribe Re vista Me rca d o 35 metropolitanas e municipais da grande Recife. A área coberta pelos transportes do consórcio estão melhorando a eficiência e a qualidade dos serviços e geram economia em escala para o usuário. Recife 500 anos e Habitat III Planejamento participativo desenhando o futuro da cidade A prefeitura do Recife está comprometida com a construção de um projeto que possa superar os desequilíbrios e desigualdades gerados nos últimos séculos pelo processo espontâneo e desordenado de ocupação urbana. Para tanto, mobiliza os segmentos sociais com um planejamento participativo capaz de tornar realidade uma visão de futuro. O projeto Recife 500 Anos tem como referência o aniversário oficial da cidade, em 2037, para estabelecer diretrizes que orientem a implementação do modelo resultante desse consenso. Assumindo o conceito de desenvolvimento sustentável, serão trabalhados valores que garantam qualidade urbana, equilíbrio ambiental e territorial e geração de oportunidades socioeconômicas com participação e controle social. A cidade conta com importantes polos de geração de conhecimento e tecnologia, prestação de serviços modernos e condição logística que permitem a consolidação de um diferencial como ambiente inovador, criativo e empreendedor. Conforme o secretario de desenvolvimento Urbano de Recife, Antonio Alexandre, “a realização da conferência ONU Habitat III 2016 encontrará no Recife um verdadeiro laboratório de soluções urbanas em ritmo intenso, com uma sociedade engajada na construção de futuro e receptiva para absorver novos olhares e percepções, incorporando também suas contribuições. Apostamos que são fortes os motivos para oferecer nossa reconhecida hospitalidade para irmãos de todo o mundo”. O HABITAT III Em 2010, ao assumir o comando da ONU HABITAT, Joan Clos, ex-prefeito de Barcelona, declarou: “70% dos problemas ambientais, sociais e econômicos do planeta têm sua origem nas áreas urbanas, que representam apenas 2% da superfície habitável”. A frase deixou 36 Julho de 2013 claro que o modelo de urbanização e o modelo econômico vigente convergiam para agravar ainda mais a crise climática, econômica e outras em curso, tais como: poluição, fome, migrações, desertificação, extinção de espécies etc., e resumia a fragilidade das decisões tomadas até então, pois seu foco estava mais nas consequências do que nas causas dos problemas. O Habitat III, portanto, pretende mudar essa cena e desempenhar um papel agregador no desafio de conectar um modelo mais equilibrado e distribuído de desenvolvimento, com um planejamento urbano mais inteligente que vá, inclusive, para além das cidades. Dois pontos já estão definidos para serem objeto dessa Conferência, a saber: 1. Desenvolver uma nova infraestrutura de comunicação e informação conectada à infraestrutura básica, que atinja todos os cantos do planeta e permita o desenvolvimento das pessoas onde elas estejam, criando fatores que facilitem a reversão dos fluxos migratórios da cidade em direção ao campo. 2. Criar uma cooperação entre os setores público e privado e a sociedade civil, promovendo ações econômicas de forte impacto ambiental positivo. Esses dois pontos vão contribuir, ao mesmo tempo, para melhor distribuição do desenvolvimento do planeta, ampliando os empregos e a distribuição das atividades econômicas sustentáveis, diminuindo as diferenças regionais e a migração em direção às cidades (promovendo sua inversão) e ampliando as fontes de energia renováveis, entre outras. Ilustramos o que poderá ser o Habitat III e o por que de Recife ser o lugar ideal para sediá-lo. O planejamento urbano e a infraestrutura das novas cidades são a chave para a qualidade de vida e para os negócios neste século. Grande Recife avança no domínio brasileiro da tecnologia LED Instituição de pesquisa, em parceria com cidades da Grande Recife, Marinha Brasileira e o grupo Neo Energia, colaboram com o desenvolvimento aplicado de tecnologia inovadora em LED, que beneficia principalmente as áreas periféricas das cidades dos países em desenvolvimento. Na foto o antes (parte inferior) e depois (parte superior) do uso de iluminação com LED. Projetos de iluminação bem planejados promovem a queda da criminalidade, valorizam o lazer noturno, o comércio, o turismo, auxiliam no desempenho do sistema viário e também reduzem o consumo de energia. Ou seja, hoje, a tecnologia de iluminação está na pauta dos municípios, sobretudo agora que todos precisam observar, além da eficiência, a economia, a durabilidade, a facilidade de manutenção, a renovação dos sistemas, considerando também a poluição residual no descarte das lâmpadas. Pesquisa desenvolvida pela empresa LEDBrasil e o Instituto ILED, em Olinda e Recife, já está sendo utilizada em programa de eficiência energética na Escola de Aprendizes de Marinheiros em Olinda e começa a ser utili- JUNHO 2013 Baseados na tecnologia e resultados da Led Brasil, Cree (fabricante de led) e a cidade de Los Angeles iniciam projeto de Retrofit de 140.000 luminárias, que economizará 63%, 5 milhões de dólares ao ano, em energia e seu retorno de investimento será em seis anos. Re vista Me rca d o 37 zada nas ruas de várias cidades da região. As duas organizações chegaram a uma tecnologia modular, denominada Moduled, que garante trazer economia e eficiência às luminárias e aos postes convencionais que migrarem para o novo sistema. Patenteada internacionalmente, a tecnologia Moduled reaproveita as luminárias existentes, adaptando-as para LED e gerando uma economia na implantação de até cinco vezes menor que os produtos similares (importados). Essa tecnologia economiza até 65% de energia em relação às lâmpadas de sódio e de vapor metálico convencionais (comprovado por testes e ensaios produzidos pela Celpe e Neo Energia). “Ainda estamos na idade da pedra da iluminação de LED”, argumenta Robson Oliveira, pesquisador especializado em LED e eficiência energética e presidente do ILED – instituição que nasceu a partir do desenvolvimento de pesquisas aplicadas de LED em várias cidades de pequeno e médio portes e regiões periféricas do Brasil, onde a eficiência e a economia de energia e manutenção são fundamentais. Nas pequenas e médias cidades, 90% das luminárias de rua têm menos de 200 watts e até hoje a maioria das empresas que desenvolvem LED não demonstraram interesse em desenvolver um produto para as necessidades dessas áreas periféricas, que representam 90% dos pontos luminosos de qualquer cidade. Para elas, é mais interessante continuar ganhando com as lâmpadas conven- cionais de descarga, das quais têm completo domínio, ou, eventualmente, nas luminárias mais caras de LED, voltadas para grandes avenidas das metrópoles. Ao final de 2011, teve início um projeto ousado, visando pela primeira vez transformar 100% da iluminação pública de uma cidade em LED, incluindo as vielas de comunidades, avenidas comerciais e rodovias. A cidade é Abreu e Lima, na Grande Recife, e com apoio do ex-prefeito Flávio Gadelha, do atual Marcos Silva e do secretário de Administração Sérgio Aroucha já está em fase de conclusão. O resultado dos três anos de estudos culminou com o já patenteado Moduled, tecnologia mundialmente inovadora no uso do LED, e permitiu criar sistemas modulares de média e alta potências, adaptáveis para vielas, ruas, avenidas e rodovias, utilizando e reaproveitando 100% das luminárias existentes nas cidades. “A equação econômica do projeto foi usar a tecnologia a favor da economia na implantação do sistema, para que municípios de qualquer porte possam pagar pela implantação dos módulos de LED com a própria economia gerada com o uso do sistema”, garante Oliveira. Cidade da Grande Recife já tem iluminação de LED Abreu e Lima, cidade de 95 mil habitantes, apostou na tecnologia Moduled, dando início ao projeto Nova Luz, que já iluminou toda a comunidade do bairro Fosfato, localizado na periferia, Iluminação em sódio e LED, na parte superior o destaque da claridade para a iluminação em LED. 38 Julho de 2013 Abreu e Lima - PE – Favela Fosfato junho 2012 e que está migrando 100% da iluminação da cidade para a tecnologia de LED. Desenvolvido pelo ILED, o projeto Nova Luz utiliza a energia convencional em conjunto com painéis solares de alto rendimento e turbinas eólicas, que irão colaborar com 10% de energia renovável. Em sua primeira fase de implantação, o projeto economizará importantes recursos da prefeitura em energia e também na sua implantação, por ter um custo de 5 a 6 vezes menor do que qualquer outro disponível no mercado. “Essa economia retornará o investimento ao município em menos de três anos”, garante Oliveira. Segundo Alberto Cardoso, da empresa Real Energy, responsável pela manutenção do projeto, “a troca de tecnologia vai gerar ao município uma economia anual de um milhão de reais em custos com energia, graças à redução de consumo de 60% a 70%, em comparação às lâmpadas usadas anteriormente e à durabilidade, que chega a ser 10 vezes maior do que a das convencionais”. JUNHO 2012 Led Brasil inicia projeto pioneiro mundialmente de Retrofit Led em iluminação pública, com economia comprovada de 65%. Iniciado na comunidade do Fosfato, cidade de Abreu e Lima, Pernambuco, a primeira favela 100% iluminada a led no planeta. O projeto estará concluído até o final de 2013, com um retorno de investimento recorde: dois anos e meio. Re vista Me rca d o 39 RECIFE - HABITAT III Depoimentos Cidades seguras, cidades competitivas Murilo Cavalcanti e Sérgio C. Buarque maioria concentrada nas grandes cidades degradadas e miseráveis; além de vulneráveis às atividades criminosas, os jovens se matam nos finais de semana de droga e alcoolismo, frustrados e sem perspectiva. A violência e desagregação social reduzem a competitividade econômica que acentua o desemprego, favorecendo a ampliação da violência. Quebrar o circulo vicioso e reverter o quadro de miséria, degradação urbana e baixa competitividade constitui o grande desafio da gestão das cidades e, portanto, dos futuros prefeitos. Como lideranças locais, os Prefeitos são responsáveis pelas políticas e investimentos que enfrentem a desagregação social, tornando as cidades centros de inovação e iniciativas empresariais. A cidade empreendedora tem dois aspectos: primeiro, a introdução de métodos gerenciais modernos e empresariais no sistema de planejamento e gestão da cidade, para garantir eficiência e eficácia na administração municipal; e, segundo, o estímulo à capacidade e iniciativa empresarial na população, particularmente entre os jovens dos bairros pobres. A reconstrução de um ambiente de inovação e competitividade das cidades requer a redução significativa da violência para criar um espaço público de segurança para o cidadão e para os negócios. Para tanto, deve combinar o uso da força do Estado e da repressão policial, para quebrar a estrutura do crime organizado, com a implementação de políticas sociais que ofereçam à juventude escola de qualidade, capacitação profissional, oportunidades de trabalho, atividades culturais e esportes saudáveis, afastando os jovens do ambiente de drogas e delinqüência, na fronteira da criminalidade; além disso, deve contemplar a recuperação dos espaços urbanos desordenados e degradados da periferia e das favelas. A cidade saudável deve ser também o espaço dos empreendedores que descubram oportunidades de negócios e apostem diretamente em empreendimentos produtivos que geram renda e emprego; que não esperam pelos governos e assumem também as responsabilidades pelo desenvolvimento da cidade, ao mesmo tempo em que crescem com seus próprios negócios. Neste aspecto cabe à gestão das cidades a criação das condições sócio-culturais e urbanas adequadas para os empreendimentos da sociedade, estimulando a formação de uma cultura de inovação, criatividade e iniciativa na população, principalmente entre os jovens. Os gestores públicos das cidades devem, portanto, atuar como facilitadores do empreendedorismo, criando o ambiente favorável ao florescimento dos pequenos negócios na periferia, grande alternativa de renda e de geração de emprego. Murilo Cavalcanti Secretário de Segurança Urbana da Cidade do Recife Sérgio C. Buarque Economista e consultor Murilo Cavalcanti em uma megabiblioteca em Bogotá A s cidades são espaços de concentração da economia e da população que exercem um papel central na difusão da cultura, das inovações tecnológicas, e de serviços sociais básicos. A aglomeração das atividades produtivas e das pessoas no espaço urbano confere eficiência e competitividade à economia, tornando as cidades o centro dinâmico do desenvolvimento nacional. Entretanto, as cidades também concentram a pobreza e os grandes problemas sociais do país, resultado do processo 40 Julho de 2013 desordenado de ocupação e uso do espaço; cada vez mais, elas são uma síntese da degradação social e ambiental e fonte irradiadora da violência. O desemprego e a ociosidade da população jovem e as degradantes condições de vida das favelas e bairros pobres dos centros urbanos formam o ambiente social propício á propagação da droga e da criminalidade, comprometendo a eficiência e a competitividade econômica das cidades; segundo estudo do Banco Mundial, o Brasil tem 9,5 de jovens sem escola e sem emprego, a grande Murilo Cavalcanti com o colombiano Hugo Acero, ex-secretário de Segurança Cidadã de Bogotá por 9 anos consecutivos Re vista Me rca d o 41 42 Julho de 2013 Re vista Me rca d o 43 JÚRI Top Socioambiental e de RH – ADVB-PE 2013 O júri foi constituído pelas seguintes personalidades: Jurados elegem 18 casos em três categorias N Meio Ambiente Sociocultural o dia 17 de abril último, a ADVB-PE reuniu um seleto grupo de jurados para analisar e eleger os ganhadores do Prêmio Top Socioambiental e de RH 2013. Ao todo, 38 trabalhos foram inscritos, sendo sete na categoria Sociocultural, 22 na classe de Meio Ambiente e nove concorrendo com projetos de Recursos Humanos. Destes, apenas 18 tiveram aclamação dos jurados. Presidido por Bruno Bomeny, CEO do World Trabalho premiado Akzo Nobel Projeto clube da terra Consórcio Rnest Conest (Odebrecht/OAS) Carnaval sustentável Detran-PE Departamento Estadual de Trânsito de Pernambuco Trânsito é vida Alusa Engenharia S.A. Energia renovável, uma solução sustentável Bradesco Capitalização S.A. Projeto TAMAR Compesa - Companhia Pernambucana de Saneamento Robô Bio nas ações de educação ambiental da Compesa Galvão Engenharia S.A. Projeto ambiental descarte zero Jiquiá Desenvolvimento Imobiliário Concepção urbanística e ambiental RH Nov Fiber Glass Systems Caminhão de lixo híbrido hidráulico - redução de 25% do consumo de combustível Aspectos do produto e seus processos de fabricação voltados às questões ambientais e iniciativas verdes Aspectos de projeto e detalhes construtivos da planta NOV FGS voltados às questões ambientais Alesat Combustíveis S.A. Orgulho de ser ALE Consórcio Rnest Conest (Odebrecht/OAS) Jovem aprendiz MAN Latin America (Volkswagen Caminhões) Sistema de gestão de saúde e segurança ocupacional Petrobras Distribuidora S.A. Processo de gestão da ambiência organizacional Julho de 2013 Maurício Vergani Diretor da Unidade de Negócios de clientes corporativos da Oi Educação ambiental para construção da cidadania Reciclando fashion Nov Fiber Glass Systems Bruno Bomeny Presidente do World Trade Center Business Club São Paulo Diretor da Unidade de Negócios de clientes corporativos da Oi desde março de 2011. Foi vice-presidente da Embratel Empresas e vice-presidente de operações comerciais da Xerox do Brasil. É membro do Instituto de Marketing Industrial e do LIDE e atua como mentor na Endeavor. Graduado em Marketing, possui extensão em Marketing Estratégico pela PUC-RJ e Desenvolvimento Empresarial pela Fundação Dom Cabral. Heloisa Helena Silva de Oliveira Executiva da Fundação Abrinq Brasileira, Bacharel em Ciências Econômicas, pelo UNICEUB (DF), com MBA para Executivos e especialização em Governança Corporativa pela USP. Atuou em diversas áreas no Banco do Brasil S.A., é membro de conselhos em diversas instituições, tais como Instituto Desiderata e Brasil Foods S.A. atualmente, exerce a função de Administradora executiva na Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança e do Adolescente. Projeto pedagogia ambiental Suape: Evolução e avanços 2010-2012 Consórcio Rnest Conest (Odebrecht/OAS) Man Latin America (Volkswagen Caminhões) 44 Trade Center Business Club São Paulo, o corpo de jurados teve ainda a presença das ilustres personalidades: Élcio Aníbal de Lucca, presidente da Luccra; Gilmar Pinto Caldeira, vice-presidente da Top Service; Heloísa Helena Silva de Oliveira, executiva da Fundação Abrinq; e Maurício Vergani, diretor-geral da Oi Telecomunicações. Confira, abaixo, por categoria e em ordem alfabética, os vencedores do Prêmio Top Socioambiental e de RH 2013: Organização Complexo Industrial Portuário de Suape Governador Eraldo Gueiros Consórcio Ipojuca Interligações (Construtora Queiroz Galvão/IESA Óleo e Gás) Presidente do World Trade Center Business Club São Paulo, cursou Programação na Kyoei-Facom em 1988 e graduou-se em Engenharia pela Universidade Paulista em 1993. Fundou a Comlog Informática, a Veg Eventos, a Sortcom, em parceria com Alcatel e a WTC Santos. Foi diretor de marketing do WTC São Paulo por quatro anos, representou o Brasil em várias missões internacionais como Halifax (Canadá), Washington (EUA) e Sofia (Bulgária). Em sua gestão na WTC SP, criou a revista WTC News, WTC Club, WTC da Paz, programa de responsabilidade social, criação de conteúdo para eventos, nova bandeira WTC Hotel e ações do Shopping D&D. Gilmar Pinto Caldeira Vice-presidente da Top Service Vice-presidente Top Service Incentive Travel CEO Nucleo Copa do Mundo Grupo Aguia Administrador de Empresas Ex-diretor do Board Grupo Accor no Brasil Fundador da Incentive House Marketing/Empresa pioneira e líder de mercado Élcio Anibal de Lucca Presidente da Luccra Administrador com mestrado na EASP/FGV. Admin. Emérito CRA. Autor livro Gestão para um Mundo Melhor. Presid.: LUCCRA–Lucro c/ responsabilidade; Presidente Cons. Movim. Brasil Competitivo, Cons. Notáveis e-Learnig & Perform. Brasil. vice-presid.: Cons. de Autorregulação FEBRABAN. Conselheiro certif. IBGC, Akatu, Ayrton Senna, CIEE, ADVB, FNQ, WTC, etc, e empresas: Martins Atacad., Eurofarma. Membro CPA-EASP/ FGV; Academia Baras. MKT; Academia Bras. Qualidade. Re vista Me rca d o 45 RESUMO DOS TRABALHOS Meio Ambiente ALUSA Engenharia - Obra CAFOR RENEST Projeto piloto de iluminação limpa para o Nordeste A Alusa Engenharia mostrou seu comprometimento com o desenvolvimento socioambiental, através da implantação de dez postes movidos a energia limpa e renovável, na área de estacionamento e acesso ao canteiro da CAFOR-I. O sistema de iluminação híbrido é alimentado por geração de energia elétrica limpa e renovável, através de fonte eólica (aerogeradores) e solar (painéis fotovoltaicos). A autonomia do sistema independente é de 36 horas. Por ser 100% autônomo, o projeto não depende da rede de alimentação de energia elétrica existente. Márcio Borges Diretor de Óleo e Gás Bradesco Capitalização O mar está para as tartarugas, com o Pé Quente Tamar A Bradesco Capitalização criou uma linha de títulos exclusiva, com parte da receita proveniente de sua comercialização destinada a projetos ecológicos. O título de capitalização Pé Quente Bradesco Projeto Tamar é específico para a parceria com o Projeto Tamar, de proteção às tartarugas marinhas. O Tamar mantém 22 bases em áreas costeiras e oceânicas de nove Estados brasileiros. Entre 2011 e 2012, foram protegidos 3.153.401 filhotes e criados em média 691 empregos diretos e 152 indiretos por ano. O Bradesco repassou, no período, R$ 9.408.731,00 ao projeto. Norton Glabes Labes Presidente da Bradesco Capitalização Compesa - Companhia Pernambucana de Saneamento Um simpático robô que sensibiliza o público sobre a importância da água Ciente da importância da educação ambiental associada às inovações pedagógicas, a Compesa desenvolveu o Robô Bio, uma nova mascote para interagir com o público. Sua cabeça é uma tela de computador em que são projetadas suas expressões, imagens e áudio. A programação contém apresentação em vídeo, mostrando o que é a Compesa, o tratamento de água e esgoto, as redes de distribuição e captação, a função do hidrômetro, a Tarifa Social, o consumo eficiente da água e o meio ambiente em geral. As apresentações já beneficiaram mais de 6.000 pessoas. Fabíola Coelho Assessora de Responsabilidade Social SUAPE - Complexo Industrial Portuário Governador Eraldo Gueiros Informar, sensibilizar e mobilizar pessoas em prol da sustentabilidade de Suape Para informar quanto à correta ocupação dos espaços do Complexo de Suape do ponto de vista econômico, ambiental e social, foi implantado um programa de Educação Ambiental para formar funcionários proativos quanto à preservação da cultura, da economia e do bioma locais. O programa é composto de cursos e oficinas; coleta seletiva de papel; campanha permanente de combate à dengue; Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA; curso de aperfeiçoamento da gestão pública; e dos projetos Visitando Suape e Horizonte Profissional. De 2010 a 2012, foram realizados 88 treinamentos. José Roberto Carvalho Zaponi Coordenador de Educação Ambiental Re vista Me rca d o 47 RESUMO DOS TRABALHOS Marcelo Fernandes da Cunha Coordenador de Meio Ambiente Waldir Martins dos Santos Filho Coordenador de Sustentabilidade Deiseane Ayres Pinto Coordenadora de Meio Ambiente Meio Ambiente 48 Julho de 2013 Meio Ambiente / Recursos Humanos Consórcio Ipojuca Interligações MAN Latin America A construção civil também pode edificar a cidadania Um caminhão de lixo projetado no Brasil que é uma joia A atividade da construção gera impactos ambientais pelo consumo de recursos naturais, modificação da paisagem e geração de resíduos. Consciente de que a preservação ambiental depende de atitudes ecológicas e que esta depende de educação, o Consórcio Ipojuca implantou o projeto O caminhão de lixo híbrido, dieselhidráulico, foi projetado e desenvolvido pela engenharia brasileira e é inédito no mercado latino-americano. Com grande potencial ambiental, proporciona uma redução de 25% no consumo de combustível em situações do tipo anda e para. Nesses Educação Ambiental para Construção da Cidadania. O público-alvo são os estudantes de escolas públicas, da educação infantil à fundamental. Visitas a empresas de reciclagens, palestras e oficinas mostram aos alunos como ações simples melhoram o meio ambiente. ciclos, o veículo consome uma quantidade mínima de combustível de 0 a 25 km/h, pois é movido apenas pela energia potencial armazenada nos acumuladores hidráulicos. Além dos ganhos em redução de consumo de combustível, também há um aumento de 50% na durabilidade do sistema de freio. Consórcio Rnest Conest Nov Fiber Glass Systems Do fardamento às passarelas, uma atitude moderna e sustentável O segredo: compartilhar com os colaboradores a responsabilidade ambiental dos produtos O Conest realizou o desfile Reciclando Fashion, que teve a sustentabilidade como marca registrada. A iniciativa surgiu da necessidade de minimizar os impactos causados pela empresa ao meio ambiente, no descarte de fardamentos nos aterros sanitários, e promover novas alternativas de reaproveitar os uniformes descartados. Foram criados 112 modelos de roupas, através das parcerias entre o Conest e a Cooperativa Coopcost (estilista e costureiras), o Núcleo Reciclando (oficinas de reciclagem) e o grupo Acauã Cia. de Dança (jovens do projeto social que desfilaram). Vazamentos de óleo em tubulações submarinas e grandes incêndios com perdas de vidas são desastres frequentes em empresas do setor petroquímico. Por isso, foi um desafio desenvolver produtos compatíveis com essas exigências, que evitem danos ambientais durante a produção e o uso dos mesmos, deem segurança aos clientes e, ao mesmo tempo, vendam aos colaboradores a ideia de melhorar a linha operacional e ambiental. A empresa realizou processos de melhoria na produção, diminuindo o peso e o custo de instalação e da manutenção dos mesmos. Galvão Engenharia Nov Fiber Glass Systems “Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma” Lavoisier Solução que aproveita luz e calor economiza energia e aumenta o bem-estar A madeira inservível é reaproveitada na manutenção das estruturas físicas do canteiro de obras ou doada para instituições sem fins lucrativos. O concreto in natura é aproveitado na fabricação de blocos de concreto, utilizados em manutenção de estruturas do canteiro ou também é O forte calor e a farta iluminação gerados pelo clima do Nordeste possibilitaram à Nov Fiber Glass Systems desenvolver um projeto, com custo mínimo, de racionalização do consumo de energia, principalmente durante o dia. Luz natural constante e ventos provenientes do litoral próximo doado. O concreto sólido é entregue a uma empresa de reaproveitamento sustentável, os efluentes gerados na obra são tratados e a água residual é reutilizada para o controle da poeira, na umectação das vias da RNEST. O programa reduziu em mais de 60% o envio de resíduos para os aterros. Jiquiá Desenvolvimento Imobiliário Cesar Barros Arquiteto RESUMO DOS TRABALHOS Felipe Poggliali Bretas Diretor-comercial Bonifácio Rocha Filho Gerente de Manutenção Recursos Humanos Inspirado nos projetos urbanísticos mais modernos e sustentáveis do mundo ALESAT Combustíveis S.A. O Ecocity Jiquiá foi inspirado em Tianjin, metrópole chinesa inteiramente sustentável. As calçadas, vias e ciclovias do bairro se integram às estruturas viárias metropolitanas e ao Parque do Jiquiá, tendo o pedestre calçadas sombreadas, e os meios motorizados trafegando em harmonia com pedestres e bikes. Trabalhar em uma empresa da qual seus profissionais sentem orgulho, cria alicerces para melhorar o ambiente organizacional. Ao longo de 2012, a campanha Orgulho de Ser Ale promoveu diversos programas motivacionais para reforçar os valores relacionados a vestir a camisa da empresa. Com a coleta seletiva municipal e coletores para reaproveitamento da água da chuva, o empreendimento sustentável vai gerar milhares de empregos à população do entorno. Traz o novo conceito dos futuros empreendimentos imobiliários que ainda vão surgir. ao Cabo de Santo Agostinho, quando tratados adequadamente propiciam um clima ameno, trazendo aos funcionários da fábrica o conforto necessário para que realizem suas atividades. Com o uso racional da energia elétrica, houve diminuição no consumo em torno de 25%. Gian Gomes Marques Especialista A prosperidade como resultado de colaboradores orgulhosos Os gestores foram convocados a promover o máximo envolvimento dos funcionários com as campanhas propostas. Em 2012, a Companhia faturou R$ 9 bilhões e prevê chegar a R$ 9,5 bilhões neste ano, com um acréscimo de 200 novos postos revendedores à sua rede. Christina Barker Coordenadora de Desenvolvimento Organizacional Re vista Me rca d o 49 RESUMO DOS TRABALHOS Recursos Humanos / Sociocultural Sociocultural Consórcio Rnest Conest Consórcio Rnest Conest Fernanda Oliveira Sampaio Santos RP de P&O RESUMO DOS TRABALHOS Satisfeitas em trabalhar no mesmo ambiente, famílias geram maior renda Frevo, suor e reciclagem colocam o bloco Acauã nas ruas de Olinda O programa Jovem Aprendiz incentiva a indicação de filhos e parentes dos integrantes do Conest, além de pessoas com deficiência, para receberem melhores condições de competir no mercado de trabalho. A premissa é formar mão de obra qualificada, a partir dos núcleos familiares do Conest, para um No primeiro carnaval em que o frevo foi considerado Patrimônio Imaterial da Humanidade, as ladeiras de Olinda foram tomadas pelas cores azul e laranja do Conest e as fitas refletivas do fardamento iluminaram as vielas da cidade. As fantasias foram feitas pelas costureiras cenário econômico em permanente evolução tecnológica. O público-alvo é composto de pessoas com deficiência (PCDs), a partir de 18 anos, e jovens entre 18 e 22 anos que estejam cursando ou concluíram o ensino médio, para receber formação técnicoprofissional nas unidades do Senai. da cooperativa Na Emenda, com uniformes descartados pelos trabalhadores, e usadas pelo grupo Acauã Cia. de Dança para desfilar nas ladeiras históricas de Olinda, demonstrando que é possível recriar preservando a natureza e propagando a cultura. Waldir Martins dos Santos Filho Coordenador de Sustentabilidade MAN Latin America Consórcio de fornecedores gera compartilhamento de estrutura, cultura e qualidade Fernando Ferreira Supervisor A Man Latin America adotou, em sua unidade de Resende (RJ), um modelo inovador de gestão no formato de Consórcio Modular, em que oito parceiros fazem a montagem de conjuntos completos de peças: chassi, eixos e suspensão, rodas e pneus, motores, armação da cabine, pintura e acabamento da cabine. O controle de qualidade é da MAN. Os parceiros não participam do lucro, continuam sendo fornecedores, mas também montam as peças que vendem. Na fábrica, compartilham toda a infraestrutura: restaurante, ambulatório e manutenção de máquinas e equipamentos. Petrobras Distribuidora Clima organizacional monitorado amplia o sucesso nos processos de mudança Solange Musa Gerente-executiva de Recursos Humanos Líderes não são apenas gestores de processos e de negócios, mas de pessoas. Para contribuir com o desenvolvimento de um ambiente de trabalho favorável ao alcance de metas, com equipes comprometidas com os valores da Companhia, a Petrobras Distribuidora implantou o projeto de Ambiência Organizacional. Foram identificados os pontos críticos e elaborados planos de ações de responsabilidade de cada setor, com a área de RH como consultora e parceira, sobretudo daquelas localizadas fora da sede. A empresa tem obtido sucesso nos processos internos de mudança. Sociocultural Akzo Nobel Ltda. Crianças recebem educação ambiental através da alegria das cores Rosângela Kirzner Gerente-técnica R&D. Responsabilidade Social e Sustentabilidade 50 Julho de 2013 A Coral está no Brasil desde 1954, através do grupo holandês Akzo Nobel, maior fabricante de tintas e revestimentos do mundo. Hoje, tem 1.200 colaboradores nas unidades de Mauá (SP), Recife (PE) e São Paulo. Desde 2005, realiza o projeto Clube da Terra que já beneficiou 18 escolas. Voluntários das unidades ensinam práticas de educação ambiental a alunos de escolas públicas. Desenhos infantis desenvolvidos no projeto são pintados nos muros das escolas, trazendo orgulho aos alunos e professores, criando vínculos com a comunidade e mostrando o valor dessa arte. DETRAN-PE Se essa rua fosse minha, os motoristas eu iria conscientizar Levar aos motoristas e usuários de variados veículos noções de obediência às leis de trânsito e da importância de adotarem um comportamento mais responsável na direção dos mesmos, a fim de evitar ou pelo menos minimizar acidentes, é o objetivo do programa Trânsito é Vida, do DETRAN-PE. Uma das prioridades da ação é diminuir as ocorrências com motociclistas, que apresentam elevada taxa de óbitos no Estado. Escolas públicas e particulares, bem como maior fiscalização, contribuíram para a formação de agentes multiplicadores da educação no trânsito. Maria de Fátima Bezerra Rodrigues Costa Diretora-presidente do Detran PE DESCRIÇÃO DOS TRABALHOS Meio Ambiente OBJETIVO ALUSA Engenharia - Obra CAFOR RNEST Energia Renovável, uma Solução Sustentável Projeto piloto de iluminação limpa para o Nordeste A Alusa Engenharia é uma empresa de infraestrutura presente no mercado há mais de 50 anos. Atua como integradora de projetos, obras e serviços ligados ao setor elétrico, de telecomunicações, óleo e gás, ampliando gradativamente a participação em outros segmentos da engenharia e construção civil, com obras desenvolvidas no Brasil e no exterior com mais de 10.000 km de linhas de transmissão de extra-alta tensão construídas. Presente na construção e montagem da Casa de Força da Refinaria Abreu e Lima (obra CAFOR RNEST), o setor de óleo e gás da Alusa Engenharia mostrou seu comprometimento com o desenvolvimento socioambiental, através da implantação de dez postes movidos a energia limpa e renovável, na área de estacionamento e acesso ao canteiro da CAFOR-I. Esse sistema de iluminação é híbrido, ou seja, é alimentado através das fontes eólica (aerogeradores) e solar (painéis fotovoltaicos), energias elétricas limpas e renováveis. Armazenada em banco de baterias que alimentam as luminárias a LED, a energia é acionada por fotossensores. A autonomia do sistema independente é de 36 horas, suficientes para a iluminação de três noites. Por ser um sistema 100% autônomo, não depende da rede de alimentação de energia elétrica existente. A Alusa também cedeu cinco unidades para iluminação viária do acesso principal do canteiro de obras da Casa de Força da Refinaria Abreu e Lima, que estava desprovida de iluminação noturna. Entre os principais objetivos do projeto, destacam-se: contribuir para economizar e evitar o uso inadequado e predatório dos recursos naturais disponíveis; atuar com resultados financeiramente mais econômicos e ambientalmente mais sustentáveis; e utilizar energias renováveis como instrumento de melhoria da consciência e da educação ambiental da empresa e da sociedade. A criação do projeto Energia Renovável, uma Solução Sustentável vai de encontro à política de qualidade, segurança, saúde, meio ambiente responsabilidade social da Alusa. Mais do que atender a requisitos legais, a empresa busca implantar energias renováveis para reduzir os impactos ambientais inerentes às suas atividades na refinaria. Para tanto, oferece constantes treina- mentos aos seus colaboradores, com o objetivo de capacitar, sensibilizar e conscientizar frente às responsabilidades quanto à segurança, à saúde e à preservação ambiental. Assim, adota soluções energéticas que vão de encontro aos objetivos do Sistema Integrado de Gestão (SIG) quanto à melhoria contínua dos seus diversos processos operacionais. O sistema consiste na geração da energia elétrica limpa e hibrida, através de aerogeradores e painéis fotovoltaicos. A energia é armazenada em banco de baterias que alimentam as luminárias LED, acionadas por fotossensor. A autonomia do sistema independente é de 36 horas, suficientes para iluminar por três noites. O sistema é 100% autônomo, não dependendo da rede de alimentação elétrica existente. O diferencial do sistema híbrido é a utilização das fontes de energia limpas e renováveis, complementares e eventualmente concomitantes, que garantem a autonomia necessária. Todas as soluções energéticas são dimensionadas de acordo com as condições climáticas, que otimizam o aproveitamento da energia solar e eólica. Durante o dia, são utilizadas as fontes solar e eólica. Não são instaladas as baterias no topo dos postes, método comumente usado no mercado de postes com sistema solar. Isso colabora para que as baterias trabalhem em temperatura adequada, permitindo que sua vida útil chegue a 36 meses. O dimensionamento de cada solução visa reduzir os custos e dar maior eficiência às plantas. carbono, como esse projeto, que apresenta grau zero de carbono, através desse sistema, promovendo a compensação nos impactos ambientais da obra CAFOR RNEST. Com apenas dez unidades em operação, trabalhando em média dez horas diárias, o projeto piloto de iluminação limpa para o Nordeste já promo- veu uma economia diária de cerca de 27.200 W/h (algo em torno de R$ 367,20/mês, ou R$ 4.467,00/ano). Graças à total sustentabilidade, o projeto também gerou interesse espontâneo da mídia em modelos mais sustentáveis, fortalecendo o canal de comunicação e marketing entre usuários e potenciais clientes do projeto. ESTRATÉGIA Através de visita técnica realizada pela equipe de engenheiros, analisouse a melhor composição do sistema a ser instalado no local. Os profissionais foram devidamente capacitados para implantar e manter fontes limpas de energia renovável. Assim, os postes instalados no estacionamento da CAFOR-I são exemplo de inovação, pois a origem da energia, além de ser limpa, não depende da rede elétrica para funcionar. Os postes foram fornecidos pela Greenluce, empresa do grupo Alusa Engenharia, especializada em microgeração de energia e soluções de iluminação. RESULTADO Postes movidos a energia limpa e sustentável 52 Julho de 2013 Iluminação 100% autônoma não depende da rede de energia elétrica Diminuir o aquecimento global depende de mudanças de hábitos e intervenções no mundo em que vivemos. Não adianta apenas reciclar o lixo doméstico se, a cada hora, 1,6 km2 da floresta amazônica é derrubado (segundo o Inpe). É preciso focar na preservação do meio ambiente e na redução da emissão de Re vista Me rca d o 53 DESCRIÇÃO DOS TRABALHOS Meio Ambiente OBJETIVO Bradesco Capitalização ProjetoTartarugas Marinhas do Brasil – Tamar O mar está para as tartarugas, com o Pé Quente Tamar As atividades de proteção às tartarugas marinhas tiveram início há mais de 30 anos, com um amplo levantamento na costa brasileira, em que foram percorridos quatro mil quilômetros, do Rio de Janeiro até o Amapá, em sua divisa com a Guiana Francesa. Cerca de dois anos depois, esse trabalho resultou na identificação das espécies existentes no Brasil, sua distribuição e abundância, as áreas de desova, período de reprodução, locais de alimentação comprovados e principais problemas enfrentados para a sobrevivência da espécie. Hoje, o Projeto Tamar promove ações de apoio às atividades de proteção e pesquisa das tartarugas marinhas do Brasil e dá suporte ao caráter científico, educacional e cultural que envolve todo o projeto. A parceria com a Bradesco Capitalização começou em 2011 e dela resultou o título de capitalização Pé Quente Bradesco Projeto Tamar, para prover de recursos financeiros parte das atividades direcionadas às tartarugas. Assim, a partir da conservação do meio ambiente, com atividades de proteção e pesquisa, são realizadas, pela Fundação Pró-Tamar, ações conexas que envolvem as comunidades carentes locais para integrá-las ao mercado de trabalho e também para promover a conscientização social, através de atividades de educação ambiental. aqueles localizados em áreas de risco. Nas zonas de alimentação, migração e descanso das tartarugas marinhas, os esforços são concentrados no monitoramento e redução do número de tartarugas capturadas incidentalmente nas pescarias costeiras e oceânicas, bem como no resgate e recuperação dos animais que chegam às praias. Outro programa é o de geração de emprego e renda nas comunidades litorâneas, vinculado às ações de proteção das tartarugas, aos Centros de Visi- tantes e lojas e unidades de confecções de camisetas. São também proporcionadas oportunidades de capacitação e qualificação profissional. Nas comunidades das bases há o programa de inclusão social para formação e manutenção de grupos produtivos, para reduzir a pressão sobre os recursos naturais, associar a conservação do meio ambiente às tradições e expressões artísticas locais e fortalecer a autoestima dessas populações. nidades litorâneas junto às bases, e 152 empregos indiretos, através dos grupos produtivos e de artesanato. Os programas de inclusão social desenvolvidos ou apoiados para moradores das comunidades envolveram 836 pessoas em média, por ano. Os Centros de Visitantes do Projeto Tamar receberam 1.626.232 visitantes, dos quais 377.346 atendidos gratuitamente, e estudantes de 3.303 escolas. Soltura de tartarugas, palestras, exposições, programas de ecoturismo e atividades nas escolas atingiram ainda 848.156 pessoas, entre moradores locais, turistas e alunos. O valor captado e investido através da Bradesco Capitalização, durante os anos de 2011 e 2012, é da ordem de mais de R$ 9,4 milhões. ESTRATÉGIA No Brasil, a desova vai de setembro a março no continente e de dezembro a junho nas ilhas oceânicas. Em áreas de desova são desenvolvidos, de forma integrada, programas de pesquisa científica, conservação e manejo do meio ambiente. As fêmeas vivas flagradas recebem duas marcas metálicas individuais, sendo coletados seus dados biométricos. Os ninhos são localizados e monitorados até o nascimento dos filhotes, sendo transferidos para cercados de incubação Parceria entre projeto Tamar e Bradesco Capitalização reverte recursos valiosos ao programa de proteção às tartarugas marinhas da costa brasileira S Projeto está em 22 bases onde se concentram as tartarugas marinhas 54 Julho de 2013 eguindo as diretrizes da Organização Bradesco de apoiar iniciativas que visem à restauração e à proteção do patrimônio ecológico e ambiental brasileiro, a Bradesco Capitalização criou uma linha de títulos em que parte da receita financeira, proveniente da comercialização, é destinada a projetos cujos resultados e benefícios sejam reconhecidos e consagrados pela sociedade. Empresa que tem posição de destaque no negócio de capitalização no país, a Bradesco Capitalização realiza, desde 2004, essas ações inovadoras e pioneiras em seu segmento, lançando nacionalmente linhas de títulos de perfil socioambiental em apoio a programas nas áreas de educação, saúde, meio ambiente e ecologia que, em 2011, incluiu o projeto Tartarugas Marinhas do Brasil - Tamar. Criado em 1980, o Tamar é um programa de proteção às cinco espécies de tartarugas marinhas da costa brasileira, há décadas ameaçadas de extinção. Ele atua nas áreas do litoral onde estão as maiores concentrações de desovas e, consequentemente, as principais ameaças: coletas de ovos, abate de fêmeas, uso de seus cascos para confecção de bijuterias e decorações, além da pesca incidental. Atualmente, as atividades de proteção e pesquisa dessas espécies são desenvolvidas através de 22 bases, áreas de concentração das tartarugas marinhas – aparentemente zonas de alimentação ou desova – que coincidem com um alto índice de captura incidental na pesca costeira. RESULTADO Com a parceria entre a Bradesco Capitalização e o Projeto Tamar, nos anos de 2011 e 2012 as ações de proteção e pesquisa em áreas de desova e alimentação das cinco espécies de tartarugas marinhas da costa brasileira protegeram 3.153.401 filhotes. Foram criados em média, por ano, cerca de 691 empregos diretos, a maioria para moradores das comu- Re vista Me rca d o 55 DESCRIÇÃO DOS TRABALHOS Meio Ambiente OBJETIVO Compesa - Companhia Pernambucana de Saneamento Robô Bio Um simpático robô que nos ensina a economizar água O desenvolvimento de novas técnicas de ensino tem sido um dos grandes desafios da pedagogia contemporânea. As inovações tecnológicas da computação e da informática oferecem lazer, informação e despertam a curiosidade dos jovens e dos adultos, tornando-se forte concorrente em relação às práticas comuns de ensino e de aprendizado. Percebendo esse papel associativo que a tecnologia, sobretudo a informática, tem ao despertar o interesse das pessoas em relação ao seu conteúdo, a Compesa, responsável pelo saneamento e serviços de abastecimento de água e esgoto sanitário em 173 municípios de Pernambuco e no Distrito de Fernando de Noronha, adicionou ao seu arsenal de instrumentos educativos um novo mascote: o Robô Bio. Criado especialmente para a Compesa, desde sua concepção visual ao conteúdo que apresenta, o Robô Bio tem na cabeça uma tela de computador, onde são projetadas suas expressões, imagens e áudio. Os movimentos são controlados por um operador, que fica posicionado estrategicamente, observando a reação do público. Em suas atividades, o Robô Bio causa euforia desde o momento de sua aparição, pois desperta curiosidade e encantamento no público. A sua programação contém uma apresentação em slides sobre o que é a Compesa, como se dá o tratamento da água e do esgoto, as redes de distribuição e captação, a função do hidrômetro, a Tarifa Social da Compesa, o consumo eficiente da água e o meio ambiente de maneira geral. O Robô Bio divide a palestra com um assistente social, que o auxilia na interação com os ouvintes. A função da dupla é difundir informações e estimular os ouvintes a participar do processo de conscientização ambiental em relação às questões do uso eficiente da água e da preservação dos recursos hídricos. Entre os objetivos dessa estratégia está ampliar a participação e interação dos alunos com as ações da Compesa, bem como o envolvimento de funcionários, diretores e colaboradores das instituições que recebem as apresentações. Aproximar a Compesa dos clientes e usuários do segmento de baixa renda, divulgar e apresentar a Tarifa Social, estimular o aprendizado via recursos tecnológicos que sensibilizam para o uso correto e racional da água – um bem precioso e finito – também são objetivos do projeto, assim como uniformizar a linguagem e os conteúdos apresentados aos diversos segmentos da sociedade. baseadas em conceitos de inovação, otimizando procedimentos e processos dentro da própria Compesa. Durante a realização das palestras são realizados sorteios em que os alunos se dividem em grupos e participam de jogos educativos que verificam o conteúdo apreendido pelos participantes. Esse é o momento de maior interação entre a equipe, o robô e os alunos, uma vez que os jogos engendram a atmosfera lúdica necessária para a participação de todos. Podem ser feitas perguntas aos participantes e quem responde corretamente também ganha um brinde. Entre os jogos educativos estão: caça-palavras, labirinto, jogo da memória, trilha e verdadeiro ou falso. O aluno ou a equipe que fizer maior pontuação é premiada com brindes da Compesa, que podem ser joguinhos, squeezes, camisas e bonés, entre outros. Todo o sistema de projeção, áudio, movimentos e interação com o assistente social são controlados pelo operador do Robô Bio. suas ações de cunho socioambiental, hoje há necessidade de agendamento prévio para atender à grande demanda por apresentações nas instituições de ensino. Além das escolas, a Compesa foi recebida por dois shoppings, eventos que serviram como experiência inicial para a apresentação do Bio ao grande público, abrindo um novo horizonte para a disseminação desse conhecimento em espaços comunitários, como praças e parques. O despertar da curiosidade, o estímulo à assimilação do conteúdo e a abertura de novos ambientes de forma espontânea para a realização do trabalho socioambiental da Compesa, demonstram a boa aceitação e o acerto na utilização dos recursos aplicados neste projeto. As apresentações já beneficiaram mais de 6.000 pessoas de 23 escolas e dois shoppings centers, em Pernambuco, e devem ter continuidade. ESTRATÉGIA Por ser uma experiência interativa, lúdica e prazerosa, a aparição do Robô Bio provoca uma lembrança muito mais forte do que uma explanação do mesmo conteúdo, porém sem o artifício da mascote. A disponibilidade desse recurso tão inovador também despertou nos colaboradores envolvidos, direta e indiretamente, a cultura da reciclagem no seu dia a dia, que eles relatam ao público. A experiência com o Robô Bio ainda abriu caminho para a criação de novas metodologias RESULTADO Mais de seis mil crianças já assistiram á apresentação interativa de preservação da água 56 Julho de 2013 Ao fundo, o Robô Bio durante uma de suas visitas às escolas Após a primeira escola participante, no Recife, diversas instituições em Olinda, Paulista, Tamandaré, Cabo de Santo Agostinho, Jaboatão dos Guararapes, Caruaru, Carpina, Aliança e Petrolina foram agraciadas com a presença do Robô Bio. A notícia de sua existência despertou interesse imediato nas escolas, que passaram a solicitar a palestra, fato que mudou a rotina do projeto. Onde inicialmente a Compesa solicitava permissão para efetuar Re vista Me rca d o 57 DESCRIÇÃO DOS TRABALHOS Meio Ambiente SUAPE - Complexo Industrial Portuário Governador Eraldo Gueiros Programa de Educação Ambiental PEA - Suape Funcionários unidos em prol da sustentabilidade de Suape O Complexo Industrial Portuário Governador Eraldo Gueiros – Suape (CIPS) tem empreendido esforços e recursos para atender às exigências da legislação ambiental aplicadas ao contexto portuário e industrial, a fim de manter sua gestão adequada do ponto de vista econômico, social e ambiental. Executado no presente com olhar no futuro, o programa de Educação Ambiental (PEA) foi criado no CIPS para formar funcionários proativos quanto à preservação da cultura, da economia e do meio ambiente locais. O PEA, portanto, está introduzindo na empresa ferramentas e processos capazes de formar uma consciência de comprometimento com a minimização ou a reversão dos efeitos nocivos das ocu- pações e dos processos produtivos que acontecem no complexo e em seu entorno. Por ser fundamental para a sustentabilidade da região, a educação ambiental do projeto quer formar agentes multiplicadores, que fomentem a reflexão crítica e contribuam para fortalecer a participação de atores sociais e institucionais na implantação dos instrumentos estratégicos necessário a um planejamento ambiental qualificado. O programa é composto de cursos e oficinas, coleta seletiva de papel, campanha permanente de combate à dengue, Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA, curso de aperfeiçoamento da gestão pública, e dos projetos Visitando Suape e Horizonte Profissional. OBJETIVO São objetivos do PEA treinar e capacitar um público diverso, através de cursos livres de educação ambiental, segundo preceitos do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA); treinar e capacitar profissionais do ensino formal e informal, especialmente professores, seguindo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) e as diretrizes dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs - Meio Ambiente). O projeto também tem como metas difundir metodologias da pedagogia ambiental, através de oficinas ecopedagógicas, utilizando como bases teóricas os princípios norteadores da educação ambiental e da transversalidade; produzir e expandir conhecimentos acerca do processo de restauração florestal, através do Ciclo de Oficinas Ecológicas sobre a proteção, conservação ou recuperação dos recursos naturais, em especial à Mata Atlântica do CIPS e do seu entorno; monitorar a evolução e os avanços da replicabilidade das atividades desenvolvidas. E ainda, por meio do Plano de Ação em Educação Ambiental para a coleta seletiva de papel, ampliar a campanha permanente de combate à dengue, as atuações junto à CIPA, aplicar o curso de aperfeiçoamento da gestão pública para funcionários da organização e manter o projeto Visitando Suape, juntamente com o Horizonte Profissional. no de ação em Educação Ambiental está a Coleta Seletiva de Papel, a Campanha Permanente de Combate à Dengue, a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA, o Curso de Aperfeiçoamento da Gestão Pública para Funcionários de Suape, e o Projeto Visitando Suape – Horizonte Profissional. A logística dos trabalhos tem participação de atores públicos, privados e do terceiro setor, por meio de reuniões internas e palestras, além de encontros contínuos com os gestores de Suape. Nesses grupos de trabalho, a linha de sustentabilidade da empresa leva a parcerias também com a Rede de Defesa Ambiental do Cabo de Santo Agostinho, dos setores industriais e acadêmicos, que buscam atender às necessidades ambientais do desenvolvimento local. no de ação da coleta seletiva de papel em Suape arrecadou 3.513,50 kg de materiais recicláveis, doados à cooperativa RECICLE. O programa teve a publicação de 14 boletins informativos na intranet sobre coleta seletiva (Boletim da Lua Cheia), ampliando a adesão e incluindo a doação também para equipamentos eletrônicos em torno de 480 kg. A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA elaborou um novo mapeamento de risco para Suape. A campanha permanente de combate à dengue gerou 23 boletins informativos para o plano de intensificação das ações de controle à infestação do aedes aegypti. O curso de Aperfeiçoamento da Gestão Pública para os Funcionários de Suape teve a adesão de 27% de funcionários e culminou com a publicação da Carta de Sustentabilidade de Suape, com 25 ações de práticas sustentáveis. E o Balanço Ambiental de 2012 proporcionou o replantio de 280 hectares de Mata Atlântica (a meta para 2013 é de 360 ha), restaurou 61 ha de restinga e 9 ha de mangue no Engenho Ilha. ESTRATÉGIA O Projeto de Educação Ambiental (PEA) trabalha com treinamentos voltados ao desenvolvimento econômico, à produção e difusão de tecnologias e aos conhecimentos na área socioambiental. O programa tem, no Instituto de Tecnologia de Pernambuco – ITEP, sua instituição executora, responsável para que a educação ambiental seja desenvolvida em caráter permanente. Entre as práticas do pla- RESULTADO Flagrantes do projeto de Pedagogia ambiental Projeto teve adesão de 27% dos funcionários 58 Julho de 2013 Entre 2010 e 2012, foram oferecidos 88 cursos e oficinas pelo projeto Pedagogia Ambiental, com 2.076 concluintes. O índice geral de aprovação ao projeto vem crescendo a cada ano, com 96,3% de alcance e 50% de replicabilidade. Os projetos Visitando Suape e Horizonte Profissional recebeu 50.664 visitantes. Foi implantado o projeto Suapinho Ambiental para crianças, com três roteiros de visitação: econômico, ecológico e cultural. Cerca de 244 pessoas estão envolvidas nos subprogramas do PEA. O pla- Re vista Me rca d o 59 DESCRIÇÃO DOS TRABALHOS Meio Ambiente OBJETIVO Consórcio Ipojuca Interligações Educação Ambiental para Construção da Cidadania A construção civil também pode edificar a cidadania A atividade da construção é reconhecida como uma das mais importantes para o desenvolvimento econômico do Brasil, mas se caracteriza ainda como uma grande geradora de impactos ambientais, seja pelo alto consumo de recursos naturais, pela modificação da paisagem ou pela grande geração de resíduos. Considerando o tamanho e a importância dos seus impactos, o segmento da construção pode e deve ter um compromisso para a preservação ambiental na região em que atua, buscando processos com menor consumo de recursos naturais e menor geração de poluentes. Mas não adianta se restringir a isso; é preciso levar a conscientização ambiental para além dos muros, através da construção da cidadania na comunidade. A educação ambiental vem, portanto, de encontro a essa necessidade, fazendo com que toda a sociedade seja capaz de entender as causas e a evolução dos problemas gerados na natureza ao longo do tempo, deixando rastros da agressão exacerbada sobre os recursos naturais. Esses problemas tendem a se agravar, se não houver uma mudança da atual postura degradante que impera em boa parte da população. Para o Consórcio Ipojuca, educação ambiental e cidadania são indissociáveis. Quanto mais o cidadão for educado, mais será capaz de exigir seus direitos e cumprir seus deveres. Praticando a máxima da Eco 92: “Pensar globalmente, agir localmente”, o Consórcio espera, a partir da educação ambiental, ultrapassar os paradigmas e construir uma nova sociedade, mais sustentável, com a formação de cidadãos conscientes. 60 Julho de 2013 Educar ambientalmente crianças em idade escolar, colaborando para a construção da cidadania foi o primeiro objetivo traçado pelo programa de educação ambiental proposto. Através dessa postura, as crianças tendem a adquirir a compreensão sobre a importância do consumo consciente dos recursos naturais e de como prevenir a poluição. O foco do programa são as escolas dos municípios de Ipojuca e Cabo de Santo Agostinho. A elas foi proposto criar alternativas que visem à construção do cidadão num contexto interdisciplinar, trazendo para as escolas municipais da região, através de oficinas e atividades intra e extraclasse, como visitas a empresas de reciclagens, a reflexão sobre os problemas ambientais locais, regionais, nacionais e mundiais. Ações conectadas entre os colaboradores do Consórcio, a Secretaria de Meio Ambiente de Ipojuca e Cabo de Santo Agostinho, professores da escola, instrutores e parceria com ONGs oportunizaram a captação de recursos físicos e financeiros para viabilizar essas propostas de sensibilizar os estudantes quanto à importância do cuidado ambiental na melhoria da qualidade de vida. cias e os vocabulários do público-alvo, enfim, considerando a realidade e o próprio ambiente na qual a comunidade está inserida. Temas como o reaproveitamento de materiais, segregação de resíduos e a preservação da natureza são abordados de acordo com o momento e o evento específico a ser trabalhado, procurando colocar os alunos em situações que estimulem a formação de uma opinião crítica, como, por exemplo, diante de uma agressão ou, ao contrário, conservação ambiental, apresentando os meios de compreensão daquelas situações distintas. A cada etapa do projeto, os alunos são observados sob os aspectos de interesse, participação e realização das atividades orais, escritas e práticas, de modo que se possa acompanhar junto ao aluno sua compreensão dos conceitos propostos. O fundamento do projeto é a prática do voluntariado, seja da própria empresa, seja da comunidade, sendo a maioria servidores públicos das escolas ou das entidades e órgãos parceiros. Assim, não há custos com os recursos humanos. Os recursos financeiros são aplicados na confecção ou aquisição de materiais usados nas atividades, assim como no transporte e alimentação dos alunos. Vários materiais também são empregados nas atividades, como banners, cartilhas, materiais recicláveis, priorizando sempre a criatividade dos participantes e enfatizando a reutilização de materiais comuns em seu cotidiano. ambiental foram desenvolvidas ao longo dos anos de 2010, 2011 e 2012 e estão sendo planejadas para 2013. Os alunos já surpreendem, frente às situações do cotidiano, não jogando resíduos no chão, economizando água nos sanitários e reutilizando os papéis para rascunho. São essas ati- tudes que eles têm levado para dentro de suas casas e para os seus locais de lazer. Assim, multiplicadores da consciência ambiental, possivelmente serão futuros cidadãos mais conscientes dos impactos das suas ações e capazes de atuarem como agentes sociais. ESTRATÉGIA Alunos visitam empresa de reciclagem de lixo Atividades em classe também conscientizam sobre os problemas ambientais O público-alvo, eleito para participar do projeto, são os estudantes de escolas carentes da rede pública, desde a educação infantil até a fundamental. São elas: Escola Nossa Senhora do Desterro, Escola Professora Maria das Dores Cavalcante Albuquerque e Escola Municipal Manoel Maria Caetano. As atividades propostas são estruturadas conjuntamente entre Consórcio Ipojuca Interligações e os professores e instrutores dessas escolas, sendo programadas e avaliadas em reuniões pedagógicas realizadas periodicamente entre todos os envolvidos. As metodologias de trabalho utilizadas são diversas, como pesquisa de campo, confecção de panfletos, cartilhas e cartazes informativos, levando em conta os conhecimentos, as vivên- RESULTADO Toda a comunidade é mobilizada para aprender sobre cuidados ambientais Houve uma rápida resposta das crianças frente aos conceitos trabalhados e forte interesse nos temas propostos. As participações se tornaram maciças nas palestras, visitas externas e nas oficinas lúdicas, com muitas perguntas, curiosidades e sugestões. As ações de educação Re vista Me rca d o 61 DESCRIÇÃO DOS TRABALHOS Meio Ambiente OBJETIVO Consórcio Rnest Conest Reciclando Fashion Do fardamento às passarelas - uma atitude moderna e sustentável A grande imprensa divulgou o projeto Reciclando Fashion, de preservação ambiental, e desenvolvimento econômico e social O Reciclando Fashion foi estruturado ao longo de três meses e cada entidade envolvida buscava desempenhar da melhor forma as tarefas para a realização do desfile. Foram estabelecidas parcerias com a Cooperativa Coopcost (estilista e costureiras) do município de Cabo de Santo Agostinho; com o Núcleo Reciclando (oficinas de reciclagem) do Conest, e com o grupo Acauã Cia de Dança (jovens de um projeto social de Olinda,) que desfilaram. Como base inicial, a metodologia foi específica e o Conest forneceu a matéria prima para a Coopcost, recomprou as roupas e agregou ao 62 Julho de 2013 jados na Vila Residencial, que é possível preservar o meio ambiente com o que seria considerado “lixo”, com uma mobilização cultural de grande adesão, seja dos públicos internos ou externos à companhia, ou dos participantes da execução do desfile. projeto o grupo Acauã, que desfilou com as criações. Até o dia do evento, várias etapas foram implantadas. O Grupo Acauã escolheu as músicas, os integrantes e através de ensaios diários, passou o conceito da ação aos jovens participantes. Enquanto isso, o estilista desenhava os novos modelos juntamente com as costureiras que deram seguimento com a confecção das roupas, utilizando todo o maquinário da própria Cooperativa. Coube à equipe do Núcleo Reciclando disponibilizar o tecido para a confecção das roupas e acompanhar todas as frentes de trabalho, enquanto preparava a infraestrutura necessária para o dia do evento. Houve grande envolvimento e sinergia entre os integrantes dos grupos participantes. O Reciclando buscou agregar também os demais setores do Conest nesta iniciativa. Sustentabilidade, Qualidade (comunicação), Serviço Social, Produção, Prefeitura da Vila Residencial, Transporte e Refeitório contribuíram neste contexto. Há que se ressaltar a participação dos carpinteiros de um dos contratos, que confeccionaram a estrutura física do palco utilizado. e perspectivas de atuações ao grupo. A propagação do conceito de sustentabilidade para a força de trabalho e para as comunidades envolvidas foi determinante para o entendimento de todos os benefícios gerados. A imagem do Conest ficou associada a uma empresa que trabalha para o desenvolvimento da região e a repercussão positiva na grande mídia levou a uma matéria de quase quatro minutos na Rede Globo Nordeste. O evento aconteceu na Vila Residencial do Consórcio, onde moram 3.500 funcionários. A montagem da estrutura física do palco foi feita por integrantes do próprio Conest. Os desfiles foram assistidos por funcionários e gerentes, ONGs e convidados de Suape, do Recife e da comunidade de Cabo de Santo Agostinho, numa ação de sustentabilidade, aliada aos seus três pilares: ambiental, econômico e social. Modelo “fashion” encantou o público já adotadas pela empresa a fim de preservar o meio ambiente. Graças ao comprometimento da direção em reinvestir na comunidade onde a obra está instalada, e de agregar ao Conest o conceito de sustentabilidade, o desfile Reciclando Fashion aconteceu como um evento cultural inédito. Essa ação acabou por reunir ONG´s, cooperativas e funcionários, demonstrando o amadurecimento do Conest frente ao atendimento de normas e requisitos legais, e sua busca em fomentar o desenvolvimento da comunidade ao seu entorno e, assim, ter na sustentabilidade a marca registrada. Desfile de roupas feitas com fardamentos reciclados na Vila Residencial atraiu grande público descartadas nos aterros sanitários. A ação também focou no envolvimento com a comunidade, pois visou o seu bem-estar sustentável, com a preservação do ambiente onde ela se insere. E permitiu demonstrar aos integrantes da força de trabalho, alo- ESTRATÉGIA O Consórcio Conest é formado pelas construtoras Norberto Odebrecht e OAS, que atuam na construção da Refinaria Abreu e Lima, em Suape, a 40 km do Recife. O Conest dispõe, em seus quadros, de 9.000 trabalhadores atuando no canteiro de obras e na administração, muitos oriundos de cidades distantes e de outros Estados. Com todo esse contingente, o Consórcio descartava nos aterros sanitários uma média de 60 toneladas de tecidos dos fardamentos desgastados por ano. Estes dados alarmaram a empresa e a impulsionaram a buscar alternativas para minimizar os impactos ao meio ambiente, resultantes dos resíduos gerados pela obra. O projeto Reciclando Fashion foi pensado, portanto, como uma nova ação sustentável para reutilizar os tecidos que iriam parar nos aterros. E esta ação viria a ser somada às outras práticas A iniciativa surgiu da necessidade de minimizar os impactos causados pela empresa ao meio ambiente, mas também serviu para apresentar alternativas de reutilização dos tecidos desgastados das fardas dos trabalhadores, que normalmente só teriam um destino: serem RESULTADO A principal conquista do projeto Reciclando Fashion foi a preservação ambiental, mas vários outros produtos da ação foram contabilizados positivamente, a começar pela geração de renda para a Cooperativa Coopcost, através da produção de 112 modelos alternativos, com tecidos de fardamentos que seriam descartados nos aterros. O envolvimento social dos jovens do grupo Acauã Cia de Dança suscitou uma nova fase de trabalhos Re vista Me rca d o 63 DESCRIÇÃO DOS TRABALHOS Meio Ambiente OBJETIVO Galvão Engenharia Descarte Zero Na natureza nada se cria, mas tudo se transforma O projeto Descarte Zero foi desenvolvido pelo setor de Meio Ambiente da Galvão Engenharia no empreendimento RNEST, para diminuir custos com o transporte e a destinação final de resíduos em aterros, cumprindo a meta de reciclar ou reutilizar no mínimo 60% da massa bruta de resíduos gerados no empreendimento mensalmente. A Galvão busca, através desse programa, consolidar um modelo de gestão focado na sustentabilidade, por meio da adoção de práticas de responsabilidade social, respeito ao meio ambiente e interação ética com a sociedade, o poder público, a concorrência e o mercado. Além de práticas sustentáveis, a Galvão Engenharia busca desenvolver e prover as- sistencialismo, através de ações diretas de colaboradores, parcerias com empresas privadas responsáveis pelo recebimento e reciclagem, ou reutilização dos resíduos gerados nas obras, e parcerias com instituições localizadas no entorno do empreendimento, com o objetivo de implementar programas que visem minimizar os impactos gerados ao meio ambiente e permitam difundir a consciência ambiental. A idealização do projeto surgiu após ser detectada a carência de empresas próximas ao empreendimento licenciadas para receber os resíduos recicláveis gerados na obra e que pudessem oferecer alternativas de gerenciamento em atendimento às legislações ambientais nos âmbitos federal, estadual e municipal. Viabilizar a prática da sustentabilidade na construção pesada juntamente com os funcionários, em beneficio do meio ambiente e das comunidades circunvizinhas à obra RNEST, de forma a minimizar os impactos ambientais e sociais provenientes da execução do empreendimento Galvão/RNEST. Trabalhar a consciência ambiental, minimizando a geração e a destinação de resíduos e diminuindo o uso de recursos naturais. Também estão entre os objetivos do programa monitorar e quantificar mensalmente os materiais ou resíduos reciclados e reaproveitados no empreendimento; os reciclados e reaproveitáveis serem encaminhados às instituições assistidas pelo setor de responsabi- lidade social da Galvão; fazer relatório específico de cada tipo de resíduo gerado no empreendimento, bem como o tratamento aplicado aos mesmos. Manter registros dos receptores finais dos resíduos, assinados pelos representantes das instituições receptoras de materiais, amparadas socialmente pela Galvão Engenharia. forma final, conhecida como pellets, um composto 100% natural de elevado poder calorífico. O material mais utilizado no empreendimento é o concreto usinado – cerca de 1.500 m3 por mês –, que geram 1 m3 de resíduo por dia. Com esse resíduo, a empresa fabrica tijolos de concreto, que posteriormente são utilizados na construção de estruturas do próprio canteiro do empreendimento e também doados periodicamente à Comunidade Terapêutica Boa Nova, para uso em suas estruturas. Diariamente, o resíduo de concreto é encaminhado para a área de produção dos tijolos, onde as formas estão montadas, totalizando 230 tijolos por dia. Os resíduos da construção são utilizados para melhorias do canteiro, como delimitação das vagas de estacionamento. Parte desse resíduo de construção também é encaminhada à empresa Firmino Sotero, que o utiliza como base para melhorias em ruas não pavimentadas. O efluente doméstico conta com uma estação de tratamento dentro do canteiro central. A água proveniente desse processo de tratamento é analisada em laboratório e, se atender aos parâmetros do Estado de Pernambuco, é direcionada ao sistema de abastecimento das descargas sanitárias dos prédios administrativos. Os caminhões-tanque também coletam essa água para fazer a umectação das vias do empreendimento na dispersão de poeira. de ações socioambientais através de doação de materiais produzidos com resíduos e materiais inservíveis para instituições assistidas pela empresa; e educação ambiental dos colaboradores, a partir da divulgação das ações sustentáveis realizadas pela Galvão/RNEST. O fortale- cimento do trabalho em equipe e a interação dos setores diminuíram a geração de resíduos, aumentando o reaproveitamento dos materiais nas frentes de serviço e reduzindo o consumo dos recursos naturais. Se houver necessidade de uso, é feito de forma consciente. ESTRATÉGIA Toda madeira inservível é separada e a de boas condições é, em parte, reaproveitada para a confecção de placas e painéis, entre outros. Através do projeto Criando Laços, a outra parte da madeira inservível é encaminhada à Comunidade Terapêutica Boa Nova, que atende homens com mais de 18 anos com dependência química. A comunidade católica disponibiliza a madeira para as oficinas de artesanato (vassoura ecológica, esculturas religiosas) e o cuidado de animais (curral, galinheiro). O resíduo da madeira é encaminhado para a empresa especializada Remade – Reciclagem de Madeira, para trituração e secagem, transformando-se em pó que é comprimido para obter a RESULTADO Reúso de materiais sólidos diminuíram gastos com aquisição de novos materiais 64 Julho de 2013 Materiais não usados são destinados a entidades necessitadas Diminuição de custos com envio de resíduos sólidos e líquidos para receptores finais, como aterros, contribuindo para o aumento da vida útil dos mesmos; reúso de materiais no empreendimento, diminuindo gastos com aquisição e consumo de novos materiais; implementação Re vista Me rca d o 65 DESCRIÇÃO DOS TRABALHOS Meio Ambiente OBJETIVO Jiquiá Desenvolvimento Imobiliário Ecocity Jiquiá Projetos urbanísticos modernos e sustentáveis H á 100 anos, apenas 10% da população mundial habitava nas cidades, enquanto as perspectivas atuais são de que, até 2050, cerca de 80% dos habitantes mundiais sejam metropolitanos. Assim, os conglomerados urbanos estão sendo afetados radicalmente pelas superfícies impermeabilizadas, que formam ilhas de calor e aumentam as temperaturas, comprometendo a qualidade do ar e a ambiência urbana. Esses fatores alteraram também as demandas, necessidades, desejos e exigências dos habi- Ruas arborizadas e reaproveitamento da água da chuva para irrigação tantes das cidades, que agora buscam lugares mais tranquilos, arborizados, seguros e sustentáveis para viver com seus familiares. Nesse cenário, o Ecocity Jiquiá será um divisor de águas para o mercado imobiliário de Pernambuco, mostrando que já é possível viver em um bairro inteligente com muito mais qualidade de vida. Inspirado em Tianjin – metrópole chinesa inteiramente sustentável, o Ecocity Jiquiá terá calçadas, vias e ciclovias integradas às estruturas viárias do Recife e ao Parque do Jiquiá. O pedestre e o ciclista serão os elementos prioritários nos passeios sombreados e poderão transitar em harmonia com os veículos motorizados. O empreendimento oferecerá ainda uma imensa gama de serviços e opções de lazer, incluindo um shopping center. Todas as áreas residenciais, empresariais e comerciais terão uma infraestrutura moderna, com vistas a economizar energia e água e recuperar o aspecto socioambiental do seu entorno. Uma cidade sustentável se estabelece a partir da consolidação plena do seu território de oportunidades, enquanto cidade compacta e polinuclear. O conceito Ecocity foi criado a partir de um novo cenário mundial em curso, que busca garantir um futuro melhor para as moradias das próximas gerações. Primeiro bairro do Recife concebido inteiramente com premissas de sustentabilidade urbana, o projeto aborda questões fundamentais para uma cidade inteligente, como meio ambiente, mobilidade e integração social. Sendo assim, o objetivo do projeto é garantir uma densidade qualificada, com diversidade social e riqueza ambiental criadas a partir da normatização de uso misto, com amplos espaços públicos e incentivo ao senso de comunidade. Nele, as novas e antigas centralidades se integrarão, como polos autônomos de desenvolvimento local, metropolitano e regional, respondendo às necessidades de uma cidade com melhor qualidade de vida. lojas, megalojas, praça de alimentação, restaurantes e cinema, que vão gerar milhares de empregos e trazer a cidade para o bairro. A sustentabilidade também é palavra-chave na concepção do shopping, que movimentará a economia da região do Jiquiá. O projeto já está transformando a região num polo âncora, que possibilitará a consolidação dessa nova centralidade em simbiose com as comunidades formais e informais existentes no entorno. A área contempla diversos acessos, além de grande facilidade de deslocamento para os principais pontos de interesse, e total integração com o transporte público, como terminais de ônibus, estações de metrô e aeroporto. Para o planejamento e concepção do projeto foram utilizados vários indicadores de sustentabilidade urbana, como infraestrutura sustentável, acessibilidade, mobilidade, moradia, ordenamento territorial, meio ambiente, segurança, inclusão social, equipamentos públicos, serviços e governança. A democratização do espaço público e o compartilhamento das vias possibilitam ao usuário, motorizado ou não, optar pela forma de deslocamento mais conveniente. Essa intermodalidade permite que todo o território do Ecocity Jiquiá seja utilizado de várias formas e que suas calçadas e vias se integrem ao entorno imediato, assim como com as estruturas viárias metropolitanas. um shopping center. A instalação de coletores para reaproveitamento da água da chuva, coleta seletiva de lixo e construção de calçadas verdes e ciclovias farão os habitantes dispensarem seus automóveis e vão proporcionar a experiência de viver num bairro sustentável. Torna-se, portanto, o novo conceito dos empreendimentos imobiliários que ainda vão surgir, onde espaços de uso coletivo possibilitarão maior integração entre as áreas públicas e privadas, gerando nova dinâmica urbana, segurança e inclusão social. ESTRATÉGIA O processo foi iniciado com a aquisição de uma área com localização estratégica, a fim de garantir a sobrevida natural após o território ter sido consolidado. O empreendimento está localizado na Avenida Recife, uma das principais portas de entrada da cidade, próxima ao entroncamento da BR-101 com a BR-232, ao Campus Universitário, ao Parque Tecnológico e ao Jardim Botânico. O Ecocity Jiquiá contará com 26 torres residenciais de 19 andares, integradas a grandes áreas verdes, com parques, praças e muitas outras opções de lazer para todas as idades. Os moradores também terão um moderno e completo shopping center com RESULTADO Calçadas seguras e amplas para estimular a vida ao ar livre 66 Julho de 2013 Coleta seletiva de lixo O Ecocity prova que é possível realizar um empreendimento imobiliário sustentável, justo e rentável. Ao ser inaugurado no próximo ano, oferecerá a seus habitantes áreas residenciais, empresariais e comerciais, além de uma imensa gama de serviços e opções de lazer, incluindo Re vista Me rca d o 67 DESCRIÇÃO DOS TRABALHOS Meio Ambiente MAN Latin America Caminhão híbrido diesel/hidráulico, uma oportunidade para o Brasil Um caminhão de lixo, projetado no Brasil, que é uma joia OBJETIVO Líder nas vendas de caminhões no país há dez anos consecutivos, com uma participação de mercado acima de 30%, a MAN Latin America, para aumentar a eficiência energética dos seus caminhões urbanos com um baixo investimento inicial, criou uma solução simples e robusta. Além de maximizar o resultado operacional, o projeto do caminhão de lixo VW 17.280 6x2 híbrido, diesel/hidráulico, buscou também contribuir com a redução da emissão de carbono na atmosfera. Este projeto, que foi adaptado às condições brasileiras, gera um impacto econômico mínimo de operação e manutenção para os frotistas. Ao aumentar a eficiência energética de caminhões urbanos com baixo investimento inicial, a MAN apresentou uma solução de transporte sob medida com a melhor relação custo-benefício para seus clientes do Brasil. litros cada um, utilizando bexigas de alta resistência e uma bomba com capacidade volumétrica de 250 cc, capaz de fornecer uma potência adicional ao veículo de 250 kW. Também compõem este sistema um reservatório de óleo de 120 litros, uma válvula controladora de fluxo, uma bomba piloto e uma unidade de gerenciamento eletrônica (ECU) do sistema de hibridização. Os componentes requeridos pelo sistema de hibridização hidráulico incluem componentes já disponíveis comercialmente no país. Isso garante uma boa disponibilidade de oferta e qualidade, a um baixo custo. Além disso, este conceito requer poucas modificações no trem de força, o que se traduz num menor investimento inicial para aquisição do veículo. Por se tratar de um produto inédito no mercado latinoamericano, não existiu a possibilidade de utilização da ferramenta de benchmarking, fato que impôs desafios adicionais para a conceituação desse veículo inédito. Um protótipo físico deste caminhão de lixo foi apresentado na Fentran 2011, a maior feira de transporte de cargas da América Latina, além dos eventos internacionais Rio+20, de sustentabilidade ambiental, promovido pela ONU, e IAA Nutzfharzeuge 2012, na Alemanha, considerada a maior feira de veículos comerciais do mundo. Como o próximo passo será a realização de testes com frotistas, está sendo discutida uma avaliação em condições reais de operação. Clientes do Rio de Janeiro e de São Paulo já demonstraram interesse na participação desse projeto piloto. custo operacional dos frotistas. Testes experimentais realizados pela MAN Latin America, monitorados pelo programa de engenharia de transportes da COPPE/UFRJ, demonstraram redução de consumo de combustível de 25%. Devido ao ineditismo desse produto, seus resultados foram apresentados no 21st Aachen Colloquium, realizado na Alemanha, considerado um dos maiores e mais renomados congressos de engenharia automotiva mundiais. ESTRATÉGIA Caminhão de lixo VW híbrido, diesel/hidráulico, fabricado no Brasil A palavra híbrido vem do latim e significa “duas ou mais origens”. Veículos híbridos são aqueles que utilizam duas ou mais fontes de potência para atingir a melhor propulsão. Embora sua configuração seja mais comum, a tecnologia híbrida nem sempre está associada a um motor de combustão interna e outro elétrico. Qualquer sistema capaz de recuperar a energia do movimento, durante a frenagem, e devolvê-la ao veículo para impulsioná-lo, também pode ser caracterizado como híbrido. O caminhão de lixo híbrido VW 17.280 6x2, diesel-hidráulico, projetado e desenvolvido pela engenharia da MAN, é inédito no mercado latinoamericano. Com grande potencial ambiental, proporciona uma redução de 25% no consumo de combustível em situações do tipo anda 68 Julho de 2013 e para. Nesses ciclos, o veículo consome uma quantidade mínima de combustível de zero a 25 km/h, pois é movido apenas pela energia potencial armazenada nos acumuladores hidráulicos. Além dos ganhos em redução de consumo de combustível, também há um aumento de 50% na durabilidade do sistema de freio. O uso de acumuladores hidráulicos, ao invés de baterias (que têm baixa vida útil e custo elevado), apresenta vantagens para aplicações urbanas, nos citados ciclos de direção do tipo anda e para. Podem recuperar até 70% da energia da frenagem e assim fazer de 0 a 25 km/h consumindo uma quantidade mínima de combustível, sendo movido apenas pela energia potencial armazenada nos acumuladores hidráulicos e recuperada no ciclo de frenagem. Com uma capacidade total de produção de 80 mil veículos por ano, a MAN é a maior fabricante de caminhões e a segunda maior de ônibus da América do Sul. Para desenvolver este projeto, a montadora considerou um caminhão de lixo com necessidade de aplicação do tipo anda e para, em que haja energia de frenagem suficiente para ser recuperada de forma a torná-lo economicamente atraente. Chegou, então, ao modelo VW 17.280 6x2, PBT de 23 toneladas, motor MAN D0836, com potência de 208 kW e transmissão ZF automatizada de seis velocidades. O sistema de hibridização foi projetado de modo a conseguir acelerar o caminhão, pela força energética, até a 25 km/h. Para tal, o sistema foi dimensionado com dois acumuladores de 32 RESULTADO Além dos ganhos em redução de consumo de combustível, já reportados internacionalmente, também foi constatado aumento de 50% na durabilidade dos componentes do sistema de freio, contribuindo ainda mais na redução do Re vista Me rca d o 69 DESCRIÇÃO DOS TRABALHOS Meio Ambiente Nov Fiber Glass Systems Aspectos do produto e seus processos de fabricação voltados às questões ambientais e iniciativas verdes Responsabilidade compartilhada aumenta a preservação ambiental N os últimos tempos da chamada Era Moderna, inúmeros acidentes vêm afetando o meio ambiente, atuando negativamente para o equilíbrio ecológico do planeta. Vazamentos de óleo em tubulações submarinas e grandes incêndios com perdas de vidas são desastres frequentes em empresas do setor petroquímico. Tais ocorrências preocupam grandes organizações, não só ONGs, ecologistas e grupos de defesa do meio ambiente, como também as empresas que, por sua atuação, são apontadas como as principais vilãs de tais fatos, a exemplo das refinarias, organizações do setor petroquímico e afins. Para fugir desse estigma, as organizações vêm tomando todas as precauções, utilizando produ- tos estruturais de alta qualidade que evitem a ocorrência de acidentes ecológicos, alguns de grande monta, como os vazamentos marítimos, grandes incêndios e outros com efeitos danosos à natureza. Essa busca pela qualidade por parte das empresas atuantes no ramo coloca os fabricantes de tubos, conexões e demais itens usados na montagem de linhas e dutos equivalentes em situação de total controle. Por isso, tornou-se um desafio desenvolver produtos compatíveis a essas exigências, que ao mesmo tempo evitem danos ambientais durante a produção e o uso, deem segurança aos clientes e ainda convençam os colaboradores de que é preciso melhorar a linha operacional e ambiental. OBJETIVO A Petrobras, as demais empresas do setor petroquímico, além dos navios que transportam produtos considerados perigosos estão extremamente exigentes nas especificações de seus dutos, tubulações, caldeiras e outras aplicações, o que leva os fornecedores, como a Nov Fiber Glass Systems, a desenvolver tecnologias de ponta. Numa clara visão de futuro, a empresa já havia se antecipado a tais exigências, iniciando projetos que melhorassem a qualidade de seus já reconhecidos produtos, que contam com uma série de certificações e aprovações, tais como ISO 9001, em todas as unidades fabris. Para não perder mercado, novas tecnologias foram adotadas. Através de aplicações e investimentos feitos na capacitação e instrução do pessoal envolvido no setor operacional e nos serviços prestados, foram estabelecidos novos objetivos pela empresa, como a redução drástica no consumo de energia, cujo gasto na fábrica é altíssimo. A preocupação com a preservação da natureza também passou a ser compartilhada, a fim de evitar a poluição, principalmente de CO2, e outras formas. A empresa realizou processos de melhoria na produção, diminuindo o peso e o custo de instalação e de manutenção dos dutos e tubulações. Com os altos índices de qualidade na produtividade e serviços que foram fixados, equipes motivacionais ficaram encarregadas de desenvolver programas para motivar os colaboradores a desempenhar um trabalho ainda mais qualificado e, para tanto, a autoestima e o autorreconhecimento foram valorizados. se tornando mais verdes e eficientes no uso da energia aplicada em todas as pontas da produção. As mudanças, portanto, precisam ocorrer em várias camadas. O processo de fabricação de tubos GRE ou metálicos é complexo. Ambos consomem e emitem diferentes níveis de energia e CO2. Os requisitos de matéria-prima, especificação de produtos e processo de fabricação precisam ser levados em conta, quando se compara GRE a metálicos. A maioria dos tubos em produção hoje é de aço carbono, que tem consumo altíssimo de energia. Partindo do diagnóstico da área de tecnologia, serviços e distribuição, foram criados tubos e conexões em FRP / ERFV / PRFV, que passaram por diversos testes de qualidade e cujos benefícios puderam ser constatados. Todos esses produtos requerem especialização no manuseio e instalação em linhas, quer submarinas, subterrâneas e demais processos. Para tanto, somente pessoal altamente credenciado pode atuar em tais circunstâncias e toda a linha de produção empenhou-se para colocar esses produtos no mercado, com as exigências requeridas. de serviços. O processo teve ainda alto significado pessoal e motivacional para os colaboradores que participaram das ações conjuntas para que se chegasse a esse patamar. Melhoria da passagem do fluxo, fim de qualquer forma de cor- rosão, peso reduzido, assim como os custos de instalação e manutenção diminuídos foram os principais saltos de qualidade obtidos com os novos processos de fabricação voltados às questões ambientais e iniciativas verdes. ESTRATÉGIA As tubulações têm papel importante no dia a dia, pois os dutos nos trazem água, gás de cozinha e transportam os esgotos urbanos, além de inúmeros tipos de fluidos como petróleo e vários químicos. Portanto, o projeto de produção de um tubo tem papel importante na manutenção de um ambiente limpo ou ambientalmente sustentável. Para reduzir os efeitos do CO2 na produção, se faz necessário buscar fontes de energia mais sustentáveis e essa mudança requer desenvolvimento de novas tecnologias e toma tempo. Paralelamente, as empresas de hoje necessitam fazer a sua parte RESULTADO Com os tubos e conexões comercializados com as novas especificações quanto a resistência e segurança, a Nov Fiber Glass Systems passou a atender à meta de qualidade ambiental 70 Julho de 2013 Com os tubos e conexões em FRP / ERFV / PRFV comercializados com as novas especificações quanto à vida útil, resistência e segurança, a Nov Fiber Glass Systems passou a atender à meta proposta de qualidade ambiental, operacional e Re vista Me rca d o 71 DESCRIÇÃO DOS TRABALHOS Meio Ambiente Nov Fiber Glass Systems Aspectos da planta Nov Fiber Glass Systems voltados às questões ambientais Luz e calor naturais para aumentar a economia e o bem-estar D esde o início deste século, as questões ambientais vêm preocupando cientistas e a sociedade como um todo. Observa-se que na maioria das empresas, principalmente nos escritórios, em plena luz do dia as pessoas trabalham com cortinas e janelas fechadas, fazendo uso da energia elétrica sem que haja justificativa para tal. Por outro lado, cuidados específicos visando minimizar as consequências nefastas dessas ações têm sido desenvolvidos na busca de soluções favoráveis para a preservação da cadeia ambiental – ar, água e terra, em prol da sustentação da qualidade de vida. A Nov Fiber Glass Systems entrou nesse movimento e elegeu o projeto de valorização da energia natural, para evitar o consumo desnecessário de energia elétrica, que priorize o bem-estar dos funcionários. A localização e a representatividade da planta de Suape são estratégicas, por estar no centro da região Nordeste, mais precisamente na orla marítima, contando com uma área construída de 8.687 m2 em um espaço de 7,6 hectares. Assim, a nova fábrica da Nov Fiber Glass Systems, localizada em Suape, a 60 km de Recife, foi a primeira da América Latina a desenvolver e aplicar com o maior sucesso, desde 2012, o projeto aqui descrito, comprovando o acerto das ações mais abrangentes. OBJETIVO Com uma bagagem de mais de 60 anos em testes e experiências com componentes e bombas para campos de petróleo, indústrias químicas e extração de petróleo em águas marinhas, a Nov Fiber Glass Systems detém vasto conhecimento em temperaturas, pressões e barreiras anticorrosivas, produzindo os melhores produtos de acordo com as necessidades especificadas. O projeto desenvolvido na planta de Suape foi relativamente simples, pois aproveitou a própria arquitetura da Unidade Recife, substituindo itens de construção por peças adequadas e favoráveis à otimização da energia natural e do clima locais. O prédio da administração seguiu a planta usual, com refrigeração e material convencional, mas a produção, que ocupa uma enorme área e normalmente teria que ter dezenas de ventiladores ou processos afins de ventilação mecânica e centenas de focos de luz elétrica, foi a prioridade do projeto, que fixou como metas o uso racional da energia elétrica, com diminuição do consumo em torno de no mínimo 20%, a preservação do meio ambiente e a satisfação dos colaboradores pelo maior conforto experimentado e por estarem participando de um projeto de natureza sustentável. tantes num projeto sustentável, tendo o espaço sido concebido para aproveitar ao máximo a energia natural, em detrimento ao consumo de energia elétrica gasta com ventilação e iluminação durante o dia. Os pavilhões tiveram os pés direitos aumentados e as paredes vazadas, para permitir a circulação do ar em todos os sentidos. Alguns recortes no teto passaram a ter telhas transparentes, para aproveitar a incidência da luz natural. Os portões de acesso aos pavilhões foram alargados, para quando abertos auxiliarem também na venti- lação e na iluminação. A arquitetura desenvolvida para a planta da Unidade Recife inova ao adotar materiais adequados à energia natural do Nordeste, que tem luz solar constante e ventos provenientes do litoral próximo ao Cabo de Santo Agostinho. Com a luz e o vento tratados adequadamente, o projeto racionaliza o consumo de energia com custo mínimo, trazendo à fábrica ótima iluminação e clima ameno, e aos 67 funcionários o conforto necessário para que realizem suas atividades com satisfação. E assim foi feito na Nov Fiber Glass Systems do Recife. Já nos primeiros meses constatou-se que as metas propostas diminuíram o consumo de energia para abaixo da média de outras organizações. Na unidade, que se destina à produção de tubos e conexões para aplicação terrestre (API 15HR), naval, offshore e química industrial, preenchendo o espaço de demanda exis- tente no Nordeste, o uso racional da energia elétrica possibilitou diminuir o consumo em torno de 25%. Os focos de luz elétrica só são acionados após as 17h30 até o final das atividades do dia. O maior bem-estar no trabalho e a satisfação de participar de um projeto que favorece o meio ambiente proporcionaram aos colaboradores melhor concentração e produtividade nas tarefas. ESTRATÉGIA A Nov Fiber Glass Systems tem escritórios na Rússia, Eslováquia, Casaquistão, Emirados Árabes, Nigéria e China, além do Brasil. Ciente de que a qualidade ambiental é importante para o aumento da produtividade e do bem-estar dos seus colaboradores e que, entre trabalhar em ambientes fechados ou com vista para a área externa, com luz natural, a segunda opção é muito mais saudável, a ideia foi posta em prática na oitava fábrica dessa organização mundial. Assim, a unidade foi construída atendendo a todas as especificações cons- RESULTADO Clientes e integrantes da equipe da Nov Fiber Glass que participaram de seminário na fábrica sobre o uso dos tubos em fibra de vidro e suas aplicações 72 Julho de 2013 Pesquisas já comprovaram que tanto as cores usadas nos ambientes quanto o conforto e bem-estar gerados por processos de ventilação, climatização e iluminação natural auxiliam na qualidade de vida e na produtividade. Sabe-se que, principalmente em áreas administrativas, o uso de aparelhos de ar condicionado é necessário, mas pode-se resolver isso nas áreas destinadas à fabricação. Re vista Me rca d o 73 DESCRIÇÃO DOS TRABALHOS Recursos Humanos OBJETIVO ALESAT Combustíveis S.A. Orgulho de ser Ale A prosperidade como resultado de colaboradores orgulhosos O segmento de combustíveis é bastante regulamentado e de imenso grau de dificuldades, no que diz respeito ao controle e armazenamento de produtos, bem como aos complexos processos logísticos, que exigem grande estrutura. Por isso, são poucas as empresas que conseguem se destacar neste cenário, dominado por gigantes multinacionais e empresas com quase um século de tradição. A Ale, com apenas 17 anos, é uma exceção. Fruto da fusão ocorrida em 2006 entre a distribuidora nordestina SAT e a mineira ALE, ambas fundadas em 1996, hoje formam a quarta maior distribuidora de combustíveis do Brasil, com uma rede de cerca de 1.800 postos em 22 Estados. A empresa atua na compra, logística, distribuição, armazenamento e comercialização de combustíveis (etanol, gasolina, asfaltos e produtos especiais). Postos revendedores e grandes consumidores são os principais clientes. Sua estrutura é formada por 45 unidades em atividade, entre escritórios e bases de distribuição. Gera 12 mil empregos diretos e indiretos e comercializa e distribui aproximadamente 4,2 bilhões de litros de combustíveis por ano a cinco mil clientes. Em 2012, a Companhia faturou R$ 9 bilhões e prevê chegar a R$ 9,5 bilhões neste ano, com um acréscimo de 200 novos postos revendedores em sua rede. Ao longo de 2012, a campanha Orgulho de Ser Ale promoveu diversos programas motivacionais para reforçar os valores relacionados a vestir a camisa da empresa. O que fazer para se diferenciar no mercado, se as empresas comercializam os mesmos produtos (combustíveis da Petrobras) com a mesma qualidade, na mesma quantidade, nos mesmos lugares e com praticamente os mesmos preços? Trabalhar em uma empresa na qual seus profissionais sintam orgulho, criar alicerces para melhorar o ambiente organizacional, a comunicação e o relacionamento interpessoal é um passo para conquistar essa diferenciação. Assim, a empresa criou a campanha Orgulho de Ser Ale, para manter fortalecido o sentimento de sentir-se parte, ser valorizado e responsável pelos frutos colhidos. A preferência dos consumidores ao abastecer seus veículos advém da valorização do profissional e do fortalecimento da marca junto ao consumidor. forçar vínculos presentes, criar empatia com a trajetória da organização e refletir sobre o futuro. Fotos, vídeos, objetos e documentos foram expostos numa linha do tempo, assim como prêmios, troféus e outros objetos significativos da trajetória da empresa, como equipamentos, imobiliário, crachás antigos, etc. viraram um acervo. As exposições itinerantes passaram pelos escritórios de Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro, Natal, Betim (MG), Guarulhos (SP), Duque de Caxias (RJ), Goiânia e Luis Eduardo Magalhães (BA). Dentro do Viva Esse Momento, um colaborador era eleito para assumir a função de Repórter Ale por Um Dia, para relatar uma inauguração de um novo posto Ale. Coube aos repórteres escolhidos mostrar toda a sua experiência para os demais colaboradores, entrevistando o novo reven- dedor, conversando com os gestores da Ale, conhecendo a estrutura do novo posto, a cidade em que ele está localizado, a cultura, os costumes e o sotaque local. Houve 12 edições, ao longo de 2012, que renderam vídeos, entrevistas, fotografias, textos e depoimentos. Reconhecer com Capricho deu aos colaboradores um reconhecimento pela contribuição, trabalho e serviços prestados. O material de escritório oferecido os colaboradores – agendas, cartões e datas comemorativas – é personalizado com a sua foto, assim como as notícias na intranet e no blog. Na coluna periódica Você Conhece, quinzenalmente uma reportagem destaca um colaborador no desempenho de suas funções e é publicada em todos os meios de comunicação disponíveis na empresa. recebidas ultrapassou a centena, mostrando o real compromisso dos colaboradores com os resultados da em presa. A campanha também foi importante para levar mais informações aos colaboradores, seja a partir do Memorial Itinerante, com curiosidades sobre a história da em- presa, passagens antigas e marcantes, fotos e vídeos dos profissionais que deram os primeiros passos, seja por meio do Repórter Ale, na visão dequem está em campo recebendoo suporte das áreas internas e usufruindo, na prática, das ações realizadas no escritório. ESTRATÉGIA Os gestores da rede de combustíveis Alesat foram convocados a promover o máximo envolvimento dos funcionários com a campanha proposta, realizada a partir dos meios de comunicação interna (blog, intranet, e-mail, murais e jornal informativo). Quatro programas foram desenvolvidos, no intuito de fortalecer o tema Orgulho: 2012 em Suas Mãos; Memorial Ale, Viva Esse Momento; e Reconhecer com Capricho. Um comitê foi criado para selecionar as 10 melhores ideias sugeridas pelos colaboradores e as cinco principais foram levadas pelos seus criadores a um debate com o vice-presidente. As que receberam aprovação do corpo diretivo foram colocadas em prática imediatamente. No Memorial Ale, considerou-se que a história da empresa deve levar a edescobrir valores e experiências, re- RESULTADO A estratégia conseguiu elevar o envolvimento, o comprometimento e a dedicação aos trabalhos realizados, resultando num ambiente altamente motivado e produtivo, que vem sendo mantido, tanto em produtividade, quanto em satisfação pessoal. O número de sugestões Campanhas motivacionais enaltecem o espírito de equipe 74 Julho de 2013 Reportagens destacam colaboradores no exercício da função Re vista Me rca d o 75 DESCRIÇÃO DOS TRABALHOS Recursos Humanos OBJETIVO Consórcio Rnest Conest Jovem Aprendiz Famílias que trabalham unidas, permanecem empregadas A busca incessante por produtividade e qualidade leva os gestores de recursos humanos a criar novas políticas e estratégias, principalmente no que se refere ao comprometimento dos trabalhadores. É preciso investir na qualidade de vida dos funcioná rios e de seus familiares, a fim de desenvolver um sentimento de satisfação e responsabilidade maiores com a empresa. Com base neste princípio, o Conest tem apostado em programas que valorizam as pessoas e estimulam os laços entre empresa-trabalhador-família. Nesse sentido, foi criado o programa Jovem Aprendiz para incentivar a indicação dos filhos e parentes dos integrantes do Conest, além de pessoas com deficiência, para receberem uma formação técnica e assim se inserirem no mercado de trabalho. A premissa é: a partir dos núcleos familiares do Conest, formar mão de obra qualificada para um cenário econômico em permanente evolução tecnológica. O público-alvo é composto de pessoas com deficiência (PCDs) a partir de 18 anos, sem limite de idade, e jovens entre 18 e 24 anos que estejam cursando ou concluíram o ensino médio, para receber formação técnicoprofissional nas unidades do Senai. O treinamento é constituído por atividades teóricas e práticas, organizadas em tarefas de complexidade progressiva, em programa correlato às atividades desenvolvidas nas empresas contratantes, proporcionando ao aprendiz uma formação profissional básica. Os funcionários são estimulados a ajudar jovens de sua família, ou deficientes de qualquer idade, a transformar a sua realidade pessoal e social, por meio da formação e geração de renda. Ao serem indicados, esses familiares têm a oportunidade de obter novas experiências profissionais, valores de cidadania e possibilidade de contratação imediata. Através das indicações recebidas, o Conest enaltece o trabalho dos fami- liares, que servem de exemplo profissional para os jovens contratados. O projeto pratica, assim, uma ação efetiva de responsabilidade social, instituindo políticas eficazes de educação e de formação profissional. O projeto valoriza o papel da empresa nas questões sociais e desenvolvimentistas, com base nos seguintes itens: colaborar para o enfrentamento do desafio brasileiro de inclusão social e de superação da desigualdade e da pobreza; auxiliar o jovem a transformar a sua realidade pessoal e familiar; ser ao mesmo tempo um orientador profissional e um educador interessado em transmitir experiência e valores de civilidade, direitos e deveres; contribuir para a criação de políticas eficazes de educação e formação profissional que capacite as novas gerações; e praticar uma ação efetiva de responsabilidade social. divulgadas as vagas na região metropolitana do Recife e encaminhados os candidatos indicados no Conest para cadastro e participação da seleção. Cerca de 600 currículos foram enviados para o minucioso processo de seleção, onde foram realizadas provas de português e de matemática, avaliação psicotécnica e avaliação médica. Foram selecionados 282 candidatos, dos quais 275 passam por aulas que abordam as disciplinas de competências comportamentais e técnicas. Desde o início do curso, os jovens aprendizes foram contratados como integrantes e dessa forma passaram a ter seus direitos trabalhistas garantidos. Enquanto os ingressantes estavam sendo preparados no Senai, os funcionários do Conest recebiam informações atualizadas sobre os treinamentos, por meio dos veículos internos de comunicação. Houve uma sensibilização interna para receber a primeira turma, com produção de vídeo e cartazes destacando a chegada dos novos integrantes do Conest. Para recebê-los, foi promovido um encontro com as lideranças que iriam acompanhá-los. estagia na empresa. A previsão é de que até junho de 2014 360 jovens estejam capacitados e inseridos no mercado de trabalho. Eles estão tendo a oportunidade de receber qualificação profissional de qualidade, feita por entidade respeitada pelo mercado de trabalho, além de estarem integrando o programa de um consórcio formado por duas grandes empresas: Construtora Norberto Odebrecht e OAS. Os Jovens Aprendizes já são reconhecidos como integrantes do Conest e possuem os mesmos benefícios dos demais funcionários. ESTRATÉGIA Ingressantes indicados por familiares já estagiam na empresa Para ser implantado, o Programa Jovem Aprendiz passou por várias etapas, que tiveram início pelo diagnóstico da região do contrato – as cidades de Recife, Olinda, Cabo de Santo Agostinho, Ipojuca e cidades circunvizinhas ao complexo de Suape. Foi estabelecida parceria com o Senai e obtido apoio da Secretaria de Trabalho, Qualificação e Empreendedorismo (STQE). Em seguida teve início a divulgação interna do programa, para que a força de trabalho pudesse fazer as indicações para as vagas disponíveis. Através da STQE foram Parceria com o Senai e Secretaria de Trabalho promove os treinamentos RESULTADO Foram abertas 16 turmas, com carga horária que varia de 10 meses para os cursos de qualificação e de um ano e meio a dois anos para os cursos técnicos. Dos indicados, 80% chegaram através do Conest. Até o momento, 15 turmas estão em aulas teóricas e uma turma já Até junho de 2014, serão 360 jovens capacitados ao trabalho 76 Julho de 2013 Re vista Me rca d o 77 DESCRIÇÃO DOS TRABALHOS Recursos Humanos MAN Latin America Certificação do Sistema de Gestão de Saúde e Segurança Ocupacional na norma OHSAS 18001:2007 Compartilhamento de estrutura, cultura e qualidade A MAN Latin America é uma das Desde o início de suas operações, a MAN intromaiores fabricantes de caminhões e duziu a cultura integrada de saúde e segurança ônibus da América Latina e há nove ocupacional entre as empresas do Consórcio anos consecutivos líder no mercado brasileiro de Modular e, a partir de 2011, implantou o Siscaminhões. Essa história começou a ser escrita tema de Gestão de Saúde e Segurança Ocuem 1996, com a construção da fábrica de Re- pacional para mapear os riscos e implementar sende (RJ), que adotou o Consórcio Modular medidas preventivas e de controle. como modelo inovador de gestão. O sistema compreende a participação de oito parceiros (fornecedores) na montagem de conjuntos completos de peças. São eles: Maxion (que cuida da montagem do chassi), Arvin Meritor (eixos e suspensão), Remon (rodas e pneus), Powertrain (motores), AKC (armação da cabine), Carese (pintura) e Continental (acabamento da cabine). O controle de qualidade do produto é de total responsabilidade da MAN. Os parceiros não participam do lucro final dos produtos. Eles continuam sendo fornecedores, com a diferença de também montarem as peças que vendem. Na fábrica, compartilham com a MAN toda a infraestrutura, que inclui o restaurante, o ambulatório, os serviços de logística interna e de manutenção de máquinas e equipamentos. Essa estratégia aumenta a produtividade e torna a montagem mais Auditores constatam total conformidade do sistema Consórcio Modular com a norma OHSAS 18001, de saúde e segurança eficiente e flexível. 78 Julho de 2013 OBJETIVO O principal objetivo do Sistema de Gestão de Saúde e Segurança Ocupacional foi dar maior robustez aos processos de prevenção de acidentes e de doenças ocupacionais na empresa, permitindo ampliar o controle e fortalecer ainda mais a cultura de prevenção entre as organizações integrantes do Consórcio Modular, incluindo todas as prestadoras de serviços que mantêm empregados em Resende. O processo de implantação do Sistema de Gestão foi pensado para ser participativo, reconhecendo que cada empresa é responsável por seus empregados, mas determinando que a segurança é uma responsabilidade compartilhada por todos. Apesar do bom desempenho do Consórcio Modular em Saúde e Segurança do Trabalho, a MAN queria aperfeiçoar suas práticas de gestão. Para aumentar ainda mais a segurança nas operações internas, buscou obter uma certificação do sistema por um organismo externo. E encontrou na norma OHSAS 18001:2007, o modelo a ser seguido. ria da empresa, que realiza uma análise crítica do funcionamento do Sistema de Gestão de Saúde e Segurança Ocupacional, inclusive aprovando recursos financeiros, quando necessário. Durante o ano de 2011, todas as ações de levantamento, procedimentos, medidas preventivas e integração com outros sistemas foram realizadas através de 10.000 horas de treinamento, além de comunicados impressos e on-line periódicos. Em novembro daquele ano, após o sistema ter sido implantado foi integrado aos outros já existentes na fábrica (Sistema de Qualidade e Sistema Ambiental), com uma política única de Gestão Integrada do Consórcio Modular MAN Latin America. Desde então, os procedimentos e a gestão operacional são compartilhados por um Comitê Gestor do Sistema de Gestão Integrado, com representantes dos três sistemas e das oito empresas do Consórcio Modular. Os empregados participam diretamente do mapeamento dos riscos e das propostas de prevenção. A interatividade dos colaboradores se dá por meio dos seguintes canais de comunicação: Fale conosco – urnas instaladas em pontos da fábrica; Geração de Ideias – para sugestões de melhorias (as ideias aprovadas valem prêmios em dinheiro); Mentes Brilhantes – premiação para os projetos mais inovadores da fábrica; e Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – onde todas as empresas que atuam no Consórcio mantêm suas próprias comissões. certificação com louvor. O atual Sistema de Saúde e Segurança Ocupacional beneficia, com procedimentos e medidas de prevenção e controles de riscos, todos os empregados que adentram a fábrica de Resende, incluindo os das empresas do Consórcio Modular, das prestadoras de serviços, de consultorias e os visitantes. O resultado é uma mudança perceptível na cultura de segurança dos empregados, que se sentem mais motivados a trabalhar e a participar da vida da fábrica no que se refere à segurança. ESTRATÉGIA O sistema Consórcio Modular é, em si, uma inovação gerencial, já que todas as decisões são compartilhadas entre os responsáveis das empresas participantes, o que faz seu diferencial. Para administrar essa responsabilidade corporativa, o sistema conta com reuniões mensais gerenciais onde são compartilhados os resultados de todas as empresas do Consórcio, além de apresentadas as propostas de melhorias. Para ampliar a comunicação entre os colaboradores e as empresas, há um encontro mensal dos presidentes das CIPAs das companhias atuantes no Consórcio, chamada CIPA Central, em que são debatidos assuntos de saúde e segurança e quais ações devem ser tomadas como medidas de correção. Periodicamente, os assuntos também são levados em reuniões para a direto- RESULTADO Em março de 2012, o Consórcio Modular recebeu uma equipe de auditores externos, que constatou o pleno atendimento da legislação e a total conformidade do sistema com a norma OHSAS 18001. Como consequência, as empresas do Consórcio receberam a Re vista Me rca d o 79 DESCRIÇÃO DOS TRABALHOS Recursos Humanos OBJETIVO Petrobras Distribuidora Processo de Gestão da Ambiência Organizacional Processos de mudança dependem da ambiência organizacional A o longo dos anos, o sistema de gestão brasileiro vem se moldando às necessidades das organizações e da sociedade. A globalização trouxe necessidades e mudanças, tanto para as pessoas quanto para as corporações. As pessoas passaram a ser o grande diferencial dos negócios. Os líderes não são apenas gestores de processos e negócios, mas de pessoas. Para contribuir com o desenvolvimento de um ambiente de trabalho favorável ao alcance de metas, com equipes comprometidas com os valores da Companhia, a Petrobras Distribuidora implantou o projeto de Ambiência Organizacional. Composto, basicamente, pela aplicação de pesquisa, execução de planos de ação setoriais e assessoria em ambiência (suporte a gerentes e equipes que desenvolvem ações relacionadas à gestão de pessoas da Petrobras Distribuidora), o projeto foi criado para atuar diretamente no apoio aos gestores e no desdobramento dos pontos críticos identificados na pesquisa. Foram elaborados planos de ações de responsabilidade de cada setor, com a área de RH como consultora e parceira, sobretudo daquelas localizadas fora da sede. Uma pesquisa de Ambiência Organizacional, realizada anualmente, emite relatórios parciais de estímulo à participação no processo. Ela também gera dados sobre a cultura baseada em valores, crenças, mitos, tradições e normas comuns aos colaboradores. Com essas ações, a empresa tem obtido sucesso no estabelecimento de processos internos de mudança. O objetivo da Gestão da Ambiência Organizacional é contribuir com o desenvolvimento de um ambiente de trabalho que favoreça o alcance de metas e resultados, com equipes comprometidas e aderentes aos valores e à cultura da Companhia. É uma ferramenta para o alinhamento gerencial, que mostra a realidade da organização na percepção dos empregados, ao mesmo tempo que pontua o resultado de cada gestor sobre sua equipe. A ferramenta possibilita elaborar estratégias de gestão de pessoas e ações organizacionais a partir da percepção dos empregados. Os objetivos secundários são a melhoria dos indicadores de ambiência das áreas, tendo como base a análise dos resultados da pesquisa, a identificação dos pontos críticos e a elaboração dos planos de ações setoriais, de responsabilidade de cada área. Pretende-se que a Gestão da Ambiência Organizacional contribua para a constituição de um corpo de empregados satisfeitos, motivados e comprometidos com os resultados da empresa. pondentes, visando ao estímulo à participação. A divulgação dos resultados é realizada via sistema, a partir da emissão de relatórios. Anualmente, a Gerência de Ambiência (ligada ao RH) realiza apresentações para a presidência, diretorias e todas as gerências executivas, fornecendo informações a respeito dos resultados quantitativos e qualitativos obtidos. A gerência informa também sobre a evolução desses resultados ao longo do tempo, identificando os pontos mais críticos dos fatores formadores do clima organizacional. A pesquisa de ambiência abrange itens que tiram uma “fotografia anual” do clima, avaliando os fatores que mais impactam na motivação das pessoas. O instrumento também gera dados sobre a cultura baseada em valores, crenças, mitos, tradições e normas comuns aos membros da organização. A Gerência de Ambiência identifica as gerências com resultados acima da média e as que têm oportunidades de melhoria. Elas são mapeadas e todos os gestores da Companhia divulgam os resultados para as suas equipes. Desde 2002, constam no Planejamento Estratégico da Petrobras Distribuidora dois indicadores extraídos da Pesquisa de Ambiência Organizacional: Índice de Satisfação do Empregado – ISE e Nível de Comprometimento com a Empresa – NCE. O monitoramento desses resultados é constante e visa ao alcance das metas estabelecidas no Plano de Negócios e Gestão 2012-2016. favorecido pelo tratamento dado em nível de consultoria interna, com a criação da Assessoria em Ambiência. Embora os resultados apontem para a grande contribuição do processo de assessoria, vale destacar que não é possível afirmar categoricamente que o aumento dos indicadores está associado di- retamente ao trabalho desenvolvido pela Gerência de Recursos Humanos. Com essas ações estruturadas e contínuas, a Petrobras Distribuidora tem obtido sucesso no estabelecimento de processos internos de mudança, com as pessoas protagonizando o diferencial da Companhia. ESTRATÉGIA O processo de Gestão da Ambiência conta com um ciclo ininterrupto de coleta de dados e estabelecimento de ações, cujas etapas podem ser: Insatisfação – Necessidade de mudança – Motivação – Novo comportamento – Novo resultado – Satisfação – Objetivo alcançado. A operacionalização do processo de Gestão da Ambiência envolve monitorar, de modo permanente e preventivo, a Ambiência Organizacional da Petrobras Distribuidora, por meio da análise dos indicadores fornecidos pela pesquisa de ambiência, e tratar as questões evidenciadas. O processo se inicia com uma pré– pesquisa, quando ajustes são realizados. Durante a pesquisa, são emitidos relatórios parciais dos res- RESULTADO A assessoria em ambiência avalia os fatores que mais impactam na motivação das pessoas 80 Julho de 2013 Pesquisa mede Índice de Satisfação do Empregado - ISE e Nível de Comprometimento com a Empresa - NCE O processo de Assessoria em Ambiência começa a obter resultados positivos, como demonstram os casos de sucesso nas comparações de resultados entre as edições 2010-2011-2012, considerando-se a totalidade dos órgãos assessorados. Todo o processo de Gestão da Ambiência Organizacional foi Re vista Me rca d o 81 DESCRIÇÃO DOS TRABALHOS Sociocultural OBJETIVO Akzo Nobel Ltda. Projeto de Voluntariado Clube da Terra Educação ambiental através da alegria das cores A Coral participa da vida dos brasileiros desde 1954, quando iniciou suas atividades no país através do grupo holandês Akzo Nobel, maior fabricante de tintas e revestimentos do mundo, com sede em Amsterdam. No Brasil, a unidade de negócios Tintas Decorativas é detentora das marcas Coral e Sparlak. Ambas têm como missão levar alegria, através das cores, à vida das pessoas. Hoje, a Coral tem mais de 1.200 colaboradores nas duas unidades industriais, uma em Mauá (SP) e outra em Recife (PE). O centro administrativo da Akzo Nobel fica em São Paulo e sua produção atende ao mercado interno nacional, sendo exportada para cerca de dez países. A Akzo Nobel estimula o engajamento dos seus funcionários em projetos sociais, a fim de aumentar a satisfação da equipe enquanto indivíduos participantes do desenvolvimento sustentável e responsáveis pela preservação do meio ambiente nas comunidades das quais fazem parte. O Projeto de Voluntariado Clube da Terra tem, como missão, educar e conscientizar as crianças de escolas públicas, da 1ª à 4ª série, sobre as questões ambientais que afetam diretamente a vida da população. Assim, o projeto atende ao objetivo da empresa, de se empenhar cada vez mais para ser sustentável nos produtos que oferece, na maneira como se comporta em relação às pessoas e às comunidades com as quais interage, na redução do impacto ambiental das suas atividades, e na forma como utiliza os recursos do planeta para minimizar o impacto ambiental e o desperdício. Temas ambientais são explorados mensalmente, durante um expediente escolar, em que os voluntários desenvolvem as problemáticas ambientais. O Uso Consciente da Água aborda o funcionamento do ciclo e a importância do uso responsável da água. Nas dinâmicas são feitas explanações sobre a quantidade de água potável disponível no planeta. Na oficina Coleta Seletiva & Reciclagem, os voluntários explicam sobre os 4 Rs (reduzir, reutilizar, reciclar e repensar), a destinação correta dos resíduos sólidos e o impacto ambiental gerado. Para melhor compreensão do tema, são instalados coletores de lixo nos pátios das escolas para coleta seletiva. O tema Desmatamento e Queimadas mostra aos alunos o que se deve fazer para preservar a Mata Atlântica e suas espécies e o risco que se corre ao construir casas nas margens dos rios. São utilizados jogos de memória, pinturas e dinâmicas sobre a importância da mata ciliar. Poluição & Aquecimento Global aborda os tipos de poluições existentes, o que é o aquecimento global e o saneamento básico. Fauna & Flora apresenta às crianças as diversas espécies de animais, suas diferenças e necessidades, o ecossistema e as mais importantes vegetações existentes. À medida que cada ação é realizada, um concurso de desenhos ou pinturas é realizado para que as crianças traduzam seus aprendizados sobre o meio ambiente e as formas de preservá-lo. No segundo semestre, alguns dos desenhos que mais retratem os temas abordados pelos voluntários do Clube da Terra são escolhidos para serem pintados nos muros da escola. 14% do efetivo total da Akzo Nobel Decorativa, o que representa uma taxa alta de adesão, visto que o padrão para esse tipo de participação é, segundo o Instituto Ethos, de 7% sobre o número total de colaboradores da empresa. A grafitagem feita nos muros pelos voluntários e crianças com a ajuda dos grafiteiros transforma as escolas, trazendo orgulho e autoestima aos alunos e professores, criando vínculos com a comunidade e mostrando o valor dessa arte, evitando pichações. ESTRATÉGIA Preocupada não apenas em oferecer produtos de alta tecnologia, mas em fabricá-los de maneira sustentável com o menor impacto possível ao meio ambiente e sem riscos à saúde dos consumidores e colaboradores, a Akzo Nobel participa de diversos projetos de educação e proteção ambiental, além de criar e gerir iniciativas importantes, como o Clube da Terra – Programa de Voluntariado Empresarial, lançado em parceria com a Fundação SOS Mata Atlântica. A característica mais importante do Clube da Terra é o fato de ser uma iniciativa dos próprios funcionários, que definiram o foco do programa: a educação ambiental para crianças de escolas públicas que vivem no entorno das fábricas de Mauá e de Recife. Para serem capacitados e atuarem como multiplicadores da educação ambiental nas escolas, os funcionários voluntários participam de treinamentos, palestras, caminhadas ecológicas e outras atividades vivenciais. Desde 2005, a escolha da escola adotada a cada ano é realizada pela Equipe de Responsabilidade Social com base nas indicações dos próprios funcionários. As escolas são contatadas e avaliadas frente aos objetivos, à receptividade à afinidade do corpo docente com o projeto a ser desenvolvido, bem como à necessidade da comunidade em seu entorno. Durante todo o ano letivo são realizadas, pelos voluntários do Clube da Terra, diversas ações abordando temas ambientais em que as crianças aprendem, através de atividades lúdicas, contação de histórias, músicas, brincadeiras, trabalhos manuais e pinturas. RESULTADO 170 voluntários (funcionários das fábricas de Mauá, Raposo Tavares e Recife), participam do Clube da Terra 82 Julho de 2013 Projeto que beneficia 18 escolas cria vínculos entre a comunidade, alunos e professores, evitando pichações e transformando a arte em orgulho O primeiro contato com as escolas foi em 2005. De lá para cá, 18 escolas já foram beneficiadas pelo projeto, que hoje tem cerca de 170 voluntários (funcionários das fábricas de Mauá, Raposo Tavares e Recife). Esse número representa Re vista Me rca d o 83 DESCRIÇÃO DOS TRABALHOS Sociocultural OBJETIVO Consórcio Rnest Conest Carnaval Sustentável Frevo, suor e reciclagem colocam o bloco Acauã nas ruas de Olinda N o primeiro carnaval em que o frevo foi considerado Patrimônio Imaterial da Humanidade, as ladeiras de Olinda foram tomadas pelas cores azul e laranja do Conest e as fitas refletivas do fardamento iluminaram as vielas da cidade. As roupas utilizadas pelos trabalhadores, que seriam descartadas nos Costureiras da Cooperativa Na Emenda preparam as fantasias feitas com fardamentos aterros, foram reutilizadas pelas costureiras da cooperativa Na Emenda, de Ipojuca, e transformadas em fantasias para que o grupo Acauã Cia. de Dança desfilasse pelas ladeiras históricas da cidade de Olinda. Esse projeto surgiu a partir de atividades distintas que o Conest já fazia com os dois grupos envolvidos. Com o Acauã, formado por crianças e jovens de Olinda, muitos em situação de vulnerabilidade, o Conest já realizava trabalhos de inserção social e cultural através do ensino do frevo e outras danças para o carnaval, além de se apresentarem aos integrantes do Conest, tanto da refinaria quanto da Vila Residencial. Com a cooperativa Na Emenda, formada por senhoras moradoras do distrito de Camela, município de Ipojuca, a parceria era para a produção de brindes, feitos a partir dos tecidos e lonas que seriam descartados nos aterros. Desse triângulo, formado pelo Conest, Acauã e Na Emenda, surgiu o Carnaval Sustentável 2013, onde uma tonelada de tecidos que seriam descartados nos aterros sanitários se transformaram em 300 peças de fantasias. Após conhecer e se envolver com as atividades dos dois grupos, o Conest tomou conhecimento de queno ano da comemoração do título do Frevo Patrimônio Imaterial da Humanidade, o grupo Acauã Cia. de Dança estava ameaçado de não desfilar no carnaval de Olinda, devido à falta de recursos para confecção das fantasias. Ao mesmo tempo, o Núcleo Reciclando, do Conest, buscava diversificar o reaproveitamento dos tecidos e banners para que não fossem descartados nos aterros. E por que não unir essas duas necessidades e fazer um carnaval sustentável? O Conest decidiu realizar o projeto e estimular o desenvolvimento sustentável e a preservação ambiental, através da cultura e da cidadania. Ao promo- ver o repasse do fardamento, reconheceu os valores e tradições culturais do Estado, fortaleceu o Acauã – grupo historicamente ligado à tradição carnavalesca – e a cooperativa Na Emenda, proporcionando o envolvimento das comunidades pela capacitação, geração de renda, inclusão social de vulneráveis e preservação cultural do frevo e do carnaval. Um dos pontos merecedores de destaque é que a criação das fantasias foi coletiva. Após a finalização do corte e costura por parte das costureiras da cooperativa, as roupas eram levadas para o espaço onde o Acauã realizava os ensaios para a segunda etapa, quando os próprios integrantes do grupo faziam os bordados nas roupas e confeccionavam os demais adornos que seriam utilizados por eles no desfile. Para que eles também pudessem adornar as peças, o Conest doou seis máquinas de costura ao Acauã, equipamentos que serão parte do curso de capacitação a ser desenvolvido posteriormente, buscando promover a autossustentação do grupo, que passará a produzir suas fantasias nos próximos anos. A confecção das rou- pas durou três meses e contou com o envolvimento de 30 costureiras e 50 integrantes do Acuã. O ponto culminante aconteceu no dia do primeiro desfile, incluído na programação de abertura do carnaval da cidade. Centenas de pessoas aguardavam a saída do bloco. Foram fogos, aplausos e uma multidão que acompanhou o desfile pelas ruas da cidade histórica. As fantasias chamavam a atenção pelas fitas luminosas (existentes no fardamento do Conest e que também foram utilizadas nas fantasias), que brilhavam com as luzes da noite. Para que a força de trabalho da refinaria pudesse conhecer o projeto, eles se apresentaram na festa de carnaval realizada pelo Consórcio. pados e, principalmente, a promoção da cultura assegurada. Foram viabilizadas quatro apresentações do grupo com as fantasias, sendo duas na área de vivência da refinaria, uma no Pipe Shop e a outra na Vila Residencial, onde estão alojados 3.500 homens. Durante as apresentações, os trabalhadores puderam conhecer a cultura local, brincar o carnaval e saber que é possível fazer tudo isso preservando o meio ambiente. ESTRATÉGIA O Conest foi o responsável por entregar à cooperativa os tecidos e materiais necessários à confecção das fantasias e, em seguida, recomprar o produto final para doar para o grupo Acauã usar na maior festa popular do Brasil, o carnaval. Foi criado o conceito “da África ao Brasil, do Kuduro ao Frevo” que conduziria o desfile do Carnaval Sustentável. O tema daria, ainda, continuidade ao desfile Reciclando Fashion (ver caso nesta edição). As fantasias foram criadas por um estilista que trabalha com o Acauã. Após a criação dos modelos, foi elaborado um estandarte do Reciclando para marcar esta parceria e desfilar juntamente com o grupo na ocasião. RESULTADO Passistas do grupo Acauã prontas para o desfile carnavalesco em Olinda 84 Julho de 2013 Fantasias femininas Fantasias masculinas Promoção e preservação do patrimônio cultural, realização do tradicional desfile do grupo Acauã no carnaval, 300 peças produzidas com material reaproveitado, meio ambiente preservado, renda para a comunidade, jovens envolvidos e ocu- Re vista Me rca d o 85 DESCRIÇÃO DOS TRABALHOS Sociocultural OBJETIVO DETRAN-PE Trânsito é Vida Se essa rua fosse minha, os motoristas eu iria conscientizar P ernambuco vem crescendo acima da média nacional em vários setores da economia, propiciando melhores condições de consumo. Depois da casa própria, o sonho de todo brasileiro é comprar veículos automotivos, com destaque para carros e motos. O desejo somado à isenção de IPI dada pelo governo para incentivar o consumo tem levado multidões às revendedoras de automóveis, em busca de realizar este sonho. Porém, essa conquista tem resultado em grandes congestionamentos, falta de vaga para estacionamento e, o que é pior, a um aumento de acidentes envolvendo principalmente automóveis e motos, alguns com mortes e outros deixando pessoas com lesões irreversíveis (paraplégicos, tetraplégicos, amputações, etc.). Apesar das diversas cam- panhas realizadas pelo Detran-PE, este órgão do governo decidiu ir além e mudar a sua estratégia. Desde 1999, vários projetos foram implantados, muitos dos quais ainda estão em ação, como o Trânsito é Vida, que busca levar aos motoristas e usuários dos veículos noções de obediência às leis de trânsito. Uma das prioridades da ação é diminuir as ocorrências com motociclistas, que apresentam elevada taxa de óbitos no Estado. Escolas públicas e particulares, bem como maior fiscalização, contribuíram para a formação de agentes multiplicadores da educação no trânsito, que ensinam sobre a importância de se adotar um comportamento mais responsável na direção, a fim de evitar, ou pelo menos minimizar os acidentes. O objetivo do programa Trânsito é Vida é estabelecer índices cada vez menores de acidentes e eventos paralelos, tomando como base os indicadores hoje existentes em diversas circunstâncias. O efeito dominó que tais ocorrências propiciam vem sendo sentido inclusive nos índices de produtividade das empresas e no aspecto econômico, com inúmeras faltas ao trabalho, perdas de vidas, custos enormes dos planos de saúde e das intervenções do SUS. Como resultantes das ações preventivas do programa Trânsito é Vida é esperado que esses índices caiam a médio e longo prazos. O programa desenvolve um trabalho com vistas a esclarecer, educar, conscientizar e fiscalizar os usuários e mi- nimizar os acidentes, atropelamentos e correlatos. Como os filhos muitas vezes orientam os pais que praticam direção perigosa, o programa acontece também nas escolas, junto aos milhares de futuros motoristas, motociclistas e ciclistas para que já comecem a ter noção de direção responsável e defensiva e repassem essa orientação ao motorista da família. entregou 124 kits para escolas já conveniadas em 2011 e mais 25 kits para escolas conveniadas em 2012, totalizando 149 kits, atendendo a 46 educadores e beneficiando 7.560 alunos no ano passado. Outra ação educativa do Trânsito é Vida é As Crianças Exercendo a Cidadania no Trânsito, que atendeu 212 educadores, beneficiando 29.285 alunos. Ela distribuiu cartilha educativa e realizou apresentações teatrais para alunos do 2º ao 6º ano do ensino fundamental. Apenas em 2012, os dez municípios com maior índice de acidentes de motocicleta no Estado ganharam 59 agentes multiplicadores (educadores e técnicos do setor trânsito) em 25 instituições de ensino (escolas e se- cretarias de educação). Os eixos conceituais do programa são locomoção, comunicação e convívio social. Para que esses profissionais se tornassem aptos a orientar pedagogicamente os professores e alunos em seus municípios, os participantes receberam um kit contendo o material didático Vida em Trânsito, uma cartilha educativa para motociclista e um código de trânsito brasileiro. Diversos encontros e palestras foram realizados, com foco na prevenção de acidentes de motos e na importância de obedecer a Operação Lei Seca. Ao final dos encontros foram entregues materiais para pesquisas junto às comunidades dos municípios participantes do evento. foram contratados. A fiscalização, em 2012, teve um crescimento de 145%, com 241.022 abordagens realizadas em todo o Estado. Observou-se que algumas mudanças começam a ocorrer na direção defensiva, segurança e uso de equipamentos, como cinto de segurança nos automóveis, e uso de capacetes e demais equipamentos necessários aos motociclistas e passageiros. Grande parte dos alunos das escolas trabalhadas atua como verdadeiros fiscais junto aos pais ou pessoas da família que dirigem, chamando atenção dos mesmos para eventuais infrações. ESTRATÉGIA Diversas ações fazem parte do programa Trânsito é Vida, entre elas a de Educação de Trânsito – PET, com inserção do conteúdo sobre trânsito nas disciplinas da grade curricular das escolas das redes pública e privada do Estado, realizado em parceria com a Secretaria de Educação do Estado, e que teve início em julho de 1999. De lá até dezembro de 2012, o PET atingiu escolas particulares, municipais e estaduais de 88 municípios. Se Essa Rua Fosse Minha é um programa para adolescentes, que visa passar noções de cidadania, cuidados com a saúde, defesa do patrimônio público e valorização da família, além de reforçar a educação para o trânsito. Ele orientou 258 educadores de 41 municípios e RESULTADO Agentes Multiplicadores da Educação no Trânsito capacitaram 8.160 professores e beneficiaram 327.360 alunos 86 Julho de 2013 Crianças foram conscientizadas a orientar seus familiares sobre a prevenção de acidentes de motos e da importância de obedecer a Lei Seca Com recursos audiovisuais, didáticos, pedagógicos, de informática e publicações, os Agentes Multiplicadores da Educação no Trânsito atingiram 1.700 instituições de ensino conveniadas, capacitando 8.160 professores e beneficiando 327.360 alunos. Quase dois mil agentes de trânsito Re vista Me rca d o 87 CONEST Consórcio Conest: valorizando a cultura e apostanto no futuro Os projetos do Conest privilegiam as várias camadas socioambientais que envolvem a Refinaria Abreu e Lima. O diretor do empreendimento, Antenor de Castro R esponsável por grande parte do contingente de integrantes que trabalham na construção da Refinaria Abreu e Lima, no Complexo de Suape, o Consórcio Conest, formado pelas construtoras Odebrecht e OAS, quer fixar sua marca para além da estrutura física das unidades de processo UDA (Unidade de Destilação Atmosférica) e HDT (Unidades de Hidrotratamento de Diesel, Nafta e Geração de Hidrogênio), que edifica no local. “Quando sairmos, queremos deixar um legado à co- 88 Julho de 2013 munidade local e um incentivo às empresas que atuam na região, para que deem continuidade a esse trabalho desenvolvido pelo Conest”, afirmma o diretor do empreendimento, Antenor de Castro. Esse legado se refere aos projetos de sustentabilidade estruturados nos eixos econômico, social e cultural que o Conest desenvolve no canteiro de obras. Para implantar e desenvolver essas ações socioambientais, foram mobilizados diversos setores, como Administração, Qualidade, Saúde, Segurança e Meio Ambiente, que deliberam sobre o tipo e a abrangência dos projetos a serem implantados. Por serem multidisciplinares, esses programas desenvolvidos pelo Conest contam com profissionais de diversas áreas, tais como Psicologia, Educação, Assistência Social e Comunicação, entre outros. Qualificação para jovens investimento no futuro da geração produtiva Um dos programas em atividade no Conest é o Jovem Aprendiz. Desenvolvido pelo setor de P&O (Pessoas e Organização) tem por objetivo incentivar a indicação dos filhos ou parentes dos integrantes para as vagas disponíveis na empresa. Além de possibilitar treinamento e empregabilidade aos jovens sem experiência profissional, o Programa também engloba pessoas portadoras de deficiência e oferece a esses dois públicos formação técnica pelo Senai, estágio na obra e, para os que se adaptam à experiência, contratação na empresa. O público-alvo do Programa Jovem Aprendiz é composto de pessoas entre 18 e 24 anos que estejam cursando ou tenham concluído o Ensino Médio, além de pessoas portadoras de deficiência (PCDs) a partir de 18 anos, sem limite de idade. O treinamento é constituído de atividades teóricas e práticas, organizadas em tarefas de complexidade progressiva, em programas correlatos às atividades desenvolvidas na obra, proporcionando ao aprendiz uma formação profissional básica, porém, direcionada às vagas disponíveis. A conquista da profissão Para atrair interessados em ingressar no Programa, os integrantes são estimulados, através de campanhas comunicacionais internas, a indicar jovens ou deficientes de qualquer idade a se inscrever e, assim, transformar a realidade pessoal e familiar dos habitantes de Ipojuca, Cabo de Santo Agostinho e adjacências. Além de serem inseridos em novas experiências profissionais, os jovens recebem noções de valores cidadãos e demais conhecimentos éticos e técnicos, necessários para os que vão atuar em um cenário econômico de permanente evolução tecnológica. A previsão é de que até junho de 2014 360 jovens estejam capacitados e atuantes no mercado de trabalho. Além da oportunidade de receber qualificação profissional de qualidade certificada pelo Senai, referência em capacitação para o mercado de trabalho, os formados integrarão diretamente o quadro funcional do Conest, composto por duas grandes empresas. O Conest enaltece o trabalho dos seus atuais integrantes, pois eles servem de exemplo profissional para os que estão em treinamento. O programa Jovem Aprendiz, por outro lado, também valoriza o papel da empresa nas questões sociais e desenvolvimentistas, com base nos seguintes itens: colaborar para enfrentar o desafio brasileiro de inclusão social e de superação da desigualdade e da pobreza; auxiliar o jovem a transformar a sua realidade pessoal e familiar; ser, ao mesmo tempo, um orientador profissional e um educador interessado em transmitir experiências e valores de civilidade, direitos e deveres, e contribuir para a criação de políticas eficazes de educação e de formação profissional que capacitem as novas gerações. Os jovens aprendizes que já iniciaram o estágio na obra são reconhecidos como integrantes do Conest e possuem os mesmos benefícios dos demais funcionários. Ao invés de terem como destino o aterro sanitário, fardamentos ganham as passarelas O Conest dispõe de 10.000 trabalhadores que atuam no canteiro de obras e na administração, muitos, inclusive, oriundos de cidades distantes e de outros Estados. Com todo esse contingente trabalhando uniformizado, o consórcio descartava por mês nos aterros sanitários cerca de 300 fardas desgastadas, que totalizavam 60 toneladas de tecidos por ano. Incomodada com esses dados e respectivos custos associados, a empresa partiu em busca de alternativas para minimizar o impacto ambiental resultante desses resíduos gerados pela obra. Com essa preocupação e buscando seguir os três Rs da sustentabilidade – reduzir, reutilizar e reciclar – foi lançado o projeto Reciclando Fashion, que acabou por se tornar uma nova ação sustentável ao dar um novo uso aos tecidos que seriam descartados em aterros sanitários. Esta ação, de caráter socioambiental, como se verá adiante, veio se somar às outras práticas já adotadas pelo Conest, de preservação ambiental e apoio social. A ação reúne uma ONG de apoio a jovens carentes de Olinda, uma cooperativa de costureiras de Ipojuca e integrantes do Conest. Graças ao comprometimento de reinvestir na região onde a obra está instalada (a 40 km do Recife) e de agregar ao Conest o conceito de sustentabilidade, o desfile Reciclando Fashion recebeu grande apoio de todos os públicos envolvidos. Para implantá-lo, o Núcleo Reciclando estabeleceu parcerias com a Cooperativa Coopcost (estilista e costureiras), do município vizinho de Cabo de Santo Agostinho, e com o Grupo Acauã Cia. de Dança (jovens de um projeto social de Olinda), que desfilou usando as peças criadas e produzidas pelas costureiras com os tecidos reciclados. Re vista Me rca d o 89 CONEST Fardamentos reciclados viraram fantasias de carnaval e embelezaram modelos em desfiles de moda O Consórcio forneceu a matériaprima (tecidos) para a Coopcost, recomprou as roupas depois de prontas e agregou ao projeto o Grupo Acauã, 90 Julho de 2013 cujos integrantes desfilaram com os modelos inéditos. O Grupo Acauã escolheu as músicas e os que desfilariam e, através de ensaios diários, passou aos jovens participantes o conceito da ação. Enquanto isso, o estilista desenhava os novos modelos juntamente com as costureiras, que deram seguimento na confecção das roupas utilizando todo o maquinário da própria Cooperativa. O Núcleo Reciclando acompanhou todas as frentes dos trabalhos, desde o desenho das peças, e montou toda a infraestrutura necessária para o desfile, que aconteceu na Vila Residencial do Consórcio onde moram 3.500 funcionários. Houve grande envolvimento e sinergia entre os integrantes dos grupos participantes: Sustentabilidade, Qualidade (comunicação), Serviço Social, Produção, Prefeitura da Vila Residencial, Transporte e Refeitório. Os carpinteiros de um dos contratos da Rnest confeccionaram a estrutura física do palco utilizado. A principal conquista do projeto Reciclando Fashion foi a preservação ambiental, mas vários outros produtos da ação foram contabilizados positivamente, a começar pela geração de renda para a Cooperativa Coopcost, através da produção de 112 modelos alternativos com tecidos higienizados de fardamentos que seriam descartados. Por ter sido na Vila Residencial, o desfile permitiu demonstrar aos integrantes da força de trabalho ali alojados que é possível preservar o meio ambiente com o que seria considerado lixo. Isso gerou uma mobilização cultural de grande adesão por parte dos públicos interno e externo do Conest, assim como dos participantes da execução do desfile. Assistido ao vivo por funcionários e gerentes da Rnest, participantes de ONGs, e convidados de Suape, do governo e da comunidade de Ipojuca e de Cabo de Santo Agostinho, o evento sustentável e fashion teve três pilares: ambiental, econômico e social. A pro- pagação do conceito de sustentabilidade para os funcionários presentes, convidados e comunidades envolvidas foi determinante para o entendimento de todos os benefícios gerados pela ação. Associada a uma empresa que trabalha para o desenvolvimento da região, a imagem do Conest ficou fortalecida e a repercussão positiva na grande mídia levou a uma matéria espontânea de quase quatro minutos na Rede Globo Nordeste. O envolvimento social dos jovens do Grupo Acauã Cia. de Dança suscitou uma nova fase de trabalhos e atuações do grupo, que acabou por se integrar a um novo programa – o Carnaval Sustentável –, apresentado a seguir. No primeiro Carnaval em que o frevo foi considerado Patrimônio Imaterial da Humanidade, as ladeiras de Olinda foram tomadas pelas cores do Conest As cores azul e laranja brilharam nas faixas reflexivas dos uniformes do Conest, iluminando as vielas de Olinda no último Carnaval, quando o frevo foi considerado patrimônio imaterial da humanidade. Como isso foi possível, você vai saber agora, conhecendo o projeto Carnaval Sustentável, que reutilizou parte dos fardamentos que iriam para o aterro sanitário, usados pelos trabalhadores, transformando-os em fantasias que o Grupo Acauã Cia. de Dança usou para desfilar nas ladeiras históricas de Olinda. Após serem higienizadas, as roupas foram encaminhadas às costureiras da Cooperativa Na Emenda, de Ipojuca, e transformadas em belas e alegres fantasias usadas pelo grupo de dança olindense. A presidente do Acauã, Verônica Santos, afirmou: “se não fos- se a parceria com o Conest o nosso grupo, que atua com jovens carentes através da prática da dança, não iria se apresentar este ano, pois não tínhamos dinheiro para o figurino. Deu tudo certo, ficou tudo muito bonito”, comemorou. Com a Cooperativa Na Emenda, formada por senhoras moradoras do distrito de Camela, município de Ipojuca, a parceria era para a produção de brindes, bonés, porta-garrafas de água e de ferramentas, feitos a partir dos tecidos e lonas que seriam descartados nos aterros. Após conhecer e se envolver com as atividades do Na Emenda e do Acauã, representantes do Núcleo Reciclando (voluntários que desenvolvem os projetos socioambientais e culturais dentro do Conest) souberam que no ano da conquista do título do Frevo como Patrimônio Imaterial da Humanidade, o Grupo Acauã Cia. de Dança estava ameaçado de não desfilar, devido à falta de recursos para comprar as fantasias. Assim, o Reciclando decidiu diversificar o reaproveitamento dos tecidos e banners para confeccionar as fantasias necessárias para o Carnaval Sustentável 2013, em que uma tonelada de tecidos que seriam descartados nos aterros sanitários se transformou em 300 peças alegres, chamativas e elegantes de pura fantasia. Além de entregar à Cooperativa os tecidos e materiais necessários à confecção das peças, o Conest também recomprou o produto final para doar ao Grupo Acauã usar na maior festa popular do Brasil. O desfile do Carnaval teve como tema “Da África ao Brasil, do Kuduro ao Frevo” e as fantasias foram criadas por um estilista que trabalha com o Acauã. Após a criação dos modelos, foi elaborado um estandarte do Reciclando para marcar a parceria e desfilar juntamente com o Acauã na abertura do Carnaval. A criação das fantasias foi coletiva. Os próprios integrantes do grupo fizeram os bordados nas roupas e confeccionaram os demais adornos utilizados por eles no desfile. Para que também pudessem enriquecer as peças, o Conest doou seis máquinas de costura ao Acauã, equipamentos que farão parte do curso de capacitação a ser desenvolvido posteriormente, buscando promover a autossustentação do grupo, que nos próximos anos passará a produzir suas próprias fantasias. O ponto culminante do projeto aconteceu no primeiro dia do desfile, tendo o Acauã sido incluído na programação de abertura oficial do Carnaval de Olinda. Centenas de pessoas aguardaram a saída do bloco, que foi saudado com fogos, aplausos e seguido por uma multidão de foliões que acompanhou o desfile pelas ruas da cidade histórica. As fantasias chamavam a atenção pelas fitas luminosas (existentes no fardamento do Conest e que também foram utilizadas nas fantasias) que brilhavam com as luzes da noite. Para que a força de trabalho da Rnest também pudesse brincar o Carnaval, o Grupo Acauã se apresentou na refinaria, quando todos os que estavam de folga puderam cair na folia. Para alegria geral de seus colaboradores, foram quatro apresentações do grupo com as fantasias, sendo duas na área de vivência da refinaria, uma no Pipe Shop e outra na Vila Residencial, onde vivem 3.500 pessoas. Durante as apresentações, os trabalhadores brincaram o Carnaval e muitos que são de outros Estados puderam conhecer a cultura local e saber que é possível fazer folia preservando o meio ambiente. Re vista Me rca d o 91 PREMIAÇÃO Foto oficial dos vencedores do Prêmio FOTOS DOS VENCEDORES Meio Ambiente COMPESA ALUSA ENGENHARIA Luiz Gustavo Vianna, Gerente de Contrato Cafor/Rnest; Heloísa Helena Silva de Oliveira, jurada e Executiva da Fundação Abrinq; João Luiz Dias Perez, Presidente do Conselho do Grupo Provider; Rafael Miranda Magalhães, Coordenador de Administração Contratual Cafor/Rnest. Frederico Cavalcanti Montenegro, Diretor-presidente do ITEP; Roberto Tavares, Diretor Presidente da Compesa; Claudenilson Barreto, Superintendente Substituto do Ibama PE; Cap. de Fragata Marcelo Campbell Mauad, Comandante da Escola de Aprendizes de Marinheiro PE; Fabíola Coelho, Assessora de Responsabilidade Social da Compesa; Carlos Harten, Sócio-diretor da Queiroz Cavalcanti Advocacia; Leopoldo de Albuquerque, Presidente da ADVB-PE; na frente do palco Robô Bio. COMPLEXO INDUSTRIAL PORTUÁRIO DE SUAPE GOV. ERALDO GUEIROS BRADESCO CAPITALIZAÇÃO Romero Albuquerque, Gerente Regional; Claudenilson Barreto, Superintendente Substituto do Ibama PE; Helena Silva de Oliveira, Jurada e Executiva da Fundação Abrinq; João Luiz Dias Perez, Presidente do Conselho do Grupo Provider; Carlos Harten, Sócio-diretor da Queiroz Cavalcanti Advocacia; Alberto Gordilho, Superintendente Regional Bradesco Capitalização. 94 Julho de 2013 Victor Alexander Almeida Vieira, Dir. de Engenharia e Meio Ambiente do Complexo Industrial e Portuário de Suape; Nelcy Campos Filho, Advogado da BFC Advogados Associados; José Roberto Carvalho Zaponi, Coord. de Educação Ambiental; Frederico Cavalcanti Montenegro, Diretor-presidente do ITEP; Cap. de Fragata Marcelo Campbell Mauad, Comandante da Escola de Aprendizes de Marinheiro PE; Caio Cavalcanti Ramos, Vice-presidente do Complexo Industrial Portuário de Suape. Re vista Me rca d o 95 FOTOS DOS VENCEDORES Meio Ambiente CONSÓRCIO IPOJUCA INTERLIGAÇÕES Nelcy Campos Filho, Advogado da BFC Advogados Associados; Marcelo Fernandes da Cunha, Coord. de Meio Ambiente do Consórcio Ipojuca Interligações; Frederico Cavalcanti Montenegro, Diretor-presidente do ITEP; Anna Maria de França Vicente, Analista de Meio Ambiente; Martin Mann, Representante Consulado Alemão; Johny Lopes dos Santos, Gestor Operacional de SMS. GALVÃO ENGENHARIA Allex Gomes, Gerente de Relações Institucionais TV Nova – Canal 22; Diva Meli, Diretora da Diva Meli Imóveis; Allan Ruschi, Gerente de SMS – RS; Lú Vieira, Gerente da OD Collections; Edson Coracini, Gerente de Contrato; César Mafra, Gerente Regional da Fiat Automóveis. CONSÓRCIO CONEST Nelcy Campos Filho, Advogado da BFC Advogados Associados; Eduardo Borges, Gerente Geral de Admnist. Contratual; Diva Meli, Diretora da Diva Meli Imóveis; Antônio Carlos Telles Filho, Gerente de Contrato; César Mafra, Gerente Regional da Fiat Automóveis; Alessandra Cavalcanti, Técnica de Meio Ambiente do Núcleo Reciclando. 96 Julho de 2013 JIQUIÁ DESENVOLVIMENTO IMOBILIÁRIO Allex Gomes, Gerente de Relações Institucionais TV Nova – Canal 22; César Barros – Arquiteto; Lú Vieira, Gerente da OD Collections; Jayme Vita, Sócio da Vita Logística, Serviços. Re vista Me rca d o 97 FOTOS DOS VENCEDORES Meio Ambiente FOTOS DOS VENCEDORES Recursos Humanos ALESAT COMBUSTÍVEIS MAN LATIN AMERICA Lú Vieira, Gerente da OD Collections; Marcos Franco, Gerente Executivo/Escritório Regional; Jayme Vita, Sócio da Vita Logística, Serviços. Ten. Cel. Jonas Barbosa, Secretário Executivo da Secretaria de Segurança Urbana do Recife; Vladimir Barros, Gerente Executivo de RH; Christina Barker, Coordenadora de Desenvolvimento Organizacional; João Cruz, Gerente Nacional de Vendas da Gráfica Santa Marta; Tuca de Andrade, Sócia-diretora da Midiavox. CONSÓRCIO CONEST NOV FIBER GLASS SYSTEMS Charles Blackledge, Gerente de Planta; Robson Oliveira, Gerente Regional da Led Brasil; Tuca de Andrade, Sócio-diretor da Midiavox; Felipe Bretas, Diretor Comercial; Kent Mode, Gerente de Qualidade; Jayme Vita, Sócio da Vita Logística Serviços; Ibrain Pereira, Presidente da Tauá Comunicação; Bonifácio Rocha, Gerente de Manutenção. 98 Julho de 2013 Ten. Cel. Jonas Barbosa, Secretário Executivo da Secretaria de Segurança Urbana do Recife; Fernanda Sampaio, Responsável pelo Programa Pessoas e Organização do Consórcio Conest; João Cruz, Gerente Nacional de Vendas da Gráfica Santa Marta; André Chagas, Gerente Administrativo Financeiro; Jean Gomes, Coordenador Técnico do Programa Jovem Aprendiz; Tuca de Andrade, Sócia-diretora da Midiavox. Re vista Me rca d o 99 FOTOS DOS VENCEDORES Recursos Humanos FOTOS DOS VENCEDORES Sociocultural MAN LATIN AMERICA Pedro Galdêncio, Presidente do Conselho Fiscal da Chesf; Rhaldney Santos, Diretor Geral da Expressão Produtora; Marcos Franco, Gerente Executivo/Escritório Regional; João Cruz, Gerente Nacional de Vendas da Gráfica Santa Marta; Karla Paes, Assessora de Marketing do Delta Expresso. AKZO NOBEL LTDA. Robson Oliveira, Gerente Regional da Led Brasil;Adeildo Flor, Operador de matérias-primas e voluntariado do Clube da Terra; Jayme Vita, Sócio da Vita Logística, Serviços; Rosângela Kirzner, Gerente-técnica R&D Responsabilidade Social & Sustentabilidade. CONSÓRCIO CONEST PETROBRAS DISTRIBUIDORA Heloísa Helena Silva de Oliveira, Jurada e Executiva da Fundação Abrinq; Pedro Galdêncio, Presidente do Conselho Fiscal da Chesf; Gláucio Santoro Nunes, Gerente de Ambiência; Karla Paes, Assessora de Marketing do Delta Expresso. 100 Julho de 2013 Naim Rached, Diretor da Pilar Alimentos; Waldir Martins, Coord. de Sustentabilidade do Consórcio Conest; Caroline Toledo, Representante da Equipe de Comunicaação do Consórcio Conest; Ibrain Pereira, Presidente da Tauá Comunicação; Judson Mariotti, Gerente de Apoio a Gestão; Verônica Dantas, Diretora da RPA Relações Públicas Associados. Re vista Me rca d o 101 FOTOS DOS VENCEDORES Sociocultural FOTOS DA PREMIAÇÃO Lounges DETRAN-PE Ten. Cel. Jonas Barbosa, Secretário Executivo da Secretaria de Segurança Urbana do Recife; Naim Rached, Diretor da Pilar Alimentos; Maria Fernanda Cordeiro, Coordenadora de Educação de Trânsito; Verônica Dantas, Diretora da RPA Relações Públicas Associados; João Cruz, Gerente Nacional de Vendas da Gráfica Santa Marta. Lounge da Conest PRÊMIO DESTAQUE CONSÓRCIO CONEST Heloísa Helena Silva de Oliveira, Jurada e Executiva da Fundação Abrinq; Frederico Cavalcanti Montenegro, Diretor-presidente do ITEP; Antenor de Castro, Gerente de Contrato; Cristiano Carrilho, Gestor Educação Ambiental da Secret. Estadual Meio Ambiente; Cap. de Fragata Marcelo Campbell Mauad, Comandante da Escola de Aprendizes de Marinheiros PE. 102 Julho de 2013 E-D: OD Collections marcando presença, Tábata Sá, Assessora de Marketing, Marcelo Siqueira, Decorador e responsável pelos belíssimos lounges do evento, e Lú Vieira, Gerente Lounge amplo e confortável da Petrobras Distribuidora Lounge do Complexo Industrial e Portuário de SUAPE Complexo Industrial e Portuário de Suape com seu concorrido lounge. Re vista Me rca d o 103 FOTOS DA PREMIAÇÃO Convidados da Premiação foram recepcionados com distinção. Ataliba Gonçalves, Vice-pres. da ADVB-PE, foi o mestre de cerimônia da 6ª edição do Prêmio Top Socioambiental e de RH 2013. Equipe Galvão Engenharia. E-D: Edson Coracini, Gerente de Contrato da Galvão Engenharia; Cap. de Fragata Marcelo Campbell Mauad, Escola de Aprendizes de Marinheiros de PE; e Leopoldo de Albuquerque, Presidente da ADVB-PE. Leopoldo de Albuquerque, Presidente da ADVB-PE, em seu discurso de abertura do evento. Heloísa Helena de Oliveira, Executiva da Fundação Abrinq e uma das personalidades do júri técnico. E-D: Descontraída conversa entre Edson Coracini, Gerente de Contrato da Galvão Engenharia; Leopoldo de Albuquerque, Presidente da ADVB-PE; e Heloísa Helena de Oliveira, Executiva da Fundação Abrinq e jurada. E-D: João Machado, Diretor Comercial da Patrimonial Investimentos; João Luiz Dias Perez, Pres. do Conselho do Grupo Provider; e Leopoldo de Albuquerque, Presidente da ADVB-PE. Público reunido no auditório do JCPM Trade Center. Troféus e diplomas entregues aos ganhadores do Prêmio. E-D: Paulo César Cavalcanti Pugliesi, Diretor Executivo da Folha de PE; e Toni Almeida, Apresentador do Programa Acontece. E-D: Ataliba Gonçalves, Vice-pres. da ADVB-PE; Paulo César Cavalcanti Pugliesi, Diretor Executivo da Folha de PE; Allex Gomes, Gerente de Relações Institucionais TV Nova – Canal 22; e Nelcy Campos Filho, Advogado da BFC Advogados Associados. 104 Julho de 2013 Re vista Me rca d o 105 FOTOS DA PREMIAÇÃO E-D: Victor Alexander Almeida Vieira, Dir. de Engenharia e Meio Ambiente do Complexo Industrial e Portuário de Suape; Leopoldo de Albuquerque, Presidente da ADVB-PE; e Roberto Tavares, Diretor-Presidente da Compesa. Um público extremamente seleto compareceu ao evento. E-D: Cap. de Fragata Marcelo Campbell Mauad, Escola de Aprendizes de Marinheiros de PE; Ana Patricia de Lacerda Campbell Mauad, esposa do capitão; e Ataliba Gonçalves, Vice-presidente de Qualificação Profissional da ADVB-PE. Equipe da Conest. 106 Julho de 2013 E-D: Sílvio Leimig, Diretor Suape Global; e Leopoldo de Albuquerque, Presidente da ADVB-PE. E-D: Ricardo Demarchi, sócio-diretor da Lirneo; Leopoldo de Albuquerque, Presidente da ADVB-PE; Lucas Lacombe, Diretor de Relações Internacionais da ADVB-PE; e Verônica Dantas, Diretora da RPA Relações Públicas Associados. E-D: João Machado, Diretor Comercial da Patrimonial Investimentos; João Luiz Dias Perez, Pres. do Conselho do Grupo Provider, Claudenilson Barreto, Superintendente Substituto do Ibama PE; e César Barros, Diretor da César Barros Arquitetura. Leopoldo de Albuquerque, Presidente da ADVB-PE, e sua filha Luciana de Albuquerque durante o evento. E-D: Veronica Dantas, vice-presidente de eventos e promoções da ADVBPE; Karla Paes, Assessora de marketing do Delta Expresso; Martin Mahn, Representante do Consulado Alemão; e Ataliba Gonçalves, vice-presidente de Qualificação Profissional da ADVB-PE. E-D: Verônica Dantas, Diretora da RPA Relações Públicas Associados; Prof. Cristiano Carrilho, Gestor de Educação Ambiental da Secret. Estadual do Meio Ambiente; e Major Jefferson Dalamura Nascimento, Chefe de divisão do II Comando Aéreo. Espaço saboroso do Delta Expresso. Entrevista de Toni Almeida com Antenor de Castro, Gerente de Contrato da Conest. Re vista Me rca d o 107 ADVB-PE EM AÇÃO Reuniões R.E.D.E. Suape R.E.D.E. Suape delibera sobre prioridades do Complexo A fim de dar andamento às discussões relativas a acesso, sustentabilidade e mobilidade, questões definidas como prioritárias na reunia anterior da R.E.D.E. Suape. Jaime Alheiros, diretor de Planejamento e Urbanismo de Suape, falou sobre o projeto de mobilidade do Complexo, o volume de chegada e de saída de veículos, o percurso atualizado do VLT, que sairá de Cajueiro Seco e irá até Suape, numa estrutura de R$ 60 milhões, que envolve VLT e VLT + Circulares. Em seguida, o assunto analisado foi a Free Way, os pontos de pedágio, confirmando a informação de que todas as empresas e trabalhadores terão que pagar o pedágio para ter acesso às áreas de Suape. Alheiros enfatizou, porém, que a situação de mobilidade de Suape será bem diferente num futuro próximo, pois com o fim das obras dos grandes empreendimentos mais de 50.000 funcionários deixarão os canteiros de obras, o que, por si só, já diminuirá o impacto que hoje sobrecarrega as vias do porto. Segun- Leopoldo de Albuquerque, presidente da ADVB-PE, abrindo a reunião. 108 Julho de 2013 do o diretor de planejamento de Suape, além da Free Way outras obras viárias e melhorias do transporte público tirarão a sobrecarga da malha viária local, eliminando a maioria dos transtornos atuais. Recursos Humanos das empresas da R.E.D.E. Suape entraram na pauta No dia 2 de abril, outro encontro, reunindo os membros do setor de Recursos Humanos das empresas da R.E.D.E. Suape, teve como pauta o próprio funcionamento entidade, a definição de estratégias e regras para o funcionamento do Comitê de RH, a gestão para benchmarking de RH entre as empresas participantes, e a criação de uma intranet de comunicação entre os membros. O sr. Ataliba Gonçalves, vice-presidente da ADVB-PE presidiu os trabalhos e o sr. Miguel Vasconcelos, executivo da Ernst & Young Terco secretariou o encontro. Na ocasião, a Grupos reunidos para definir as prioridades. superintendente de Negócios da R.E.D.E. Suape, Euza Pires, fez uma breve exposição aos presentes sobre o modelo de funcionamento aprovado pelo Conselho Estratégico da R.E.D.E. Suape, esclarecendo que o RH passa a se envolver diretamente no processo de construção de um Plano Diretor para ser implantado nos próximos anos. O concorrido encontro registrou a participação de representantes das seguintes empresas: Amanco Brasil Arcor do Brasil Bunge Moinho Coca-Cola Guararapes Comer Bem Refeições Cone S.A Copagaz Distribuidora de Gás Duratex S.A. Emplal Engevix Estaleiro Atlântico Sul Gafor Logística Galvão Engenharia Hypermarcas IMPSA Wind Power IFPE - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Komboogie Logística Max Pinturas e Revestimentos Maxen Nov Fiber Glass Systems PDI-Pernambuco Desenvolvimento Industrial Pepsico Pernambuco Construtora Pernord Ricard Brasil PQS – Complexo Industrial Químico Refinaria Abreu e Lima Suape Complexo Industrial e Portuário Singular Saúde Suata Log Serviços e Logística Tecon Suape TERMOPE – Iberdrola Energia Terranor Transpaz Transpetro. No mês de junho, em novo encontro, os representantes da área de Recursos Humanos das empresas da R.E.D.E. Suape tiveram a oportunidade de assistir à palestra Mobilidade e Acesso em Suape, proferida por Jaime Alheiros - diretor de Planejamento e Urbanismo do Porto de Suape. Os participantes aproveitaram para avaliar o uso da intranet como ferramenta de comunicação entre os membros da R.E.D.E., entre outras pautas sugeridas. Jaime Alheiros fazendo sua explanação. César Cavalcanti, fazendo a apresentação do contrato firmado entre o Complexo Industrial e Portuário de Suape e a ATP Engenharia. Re vista Me rca d o 109 ADVB-PE EM AÇÃO Happy Hour Empresarial Happy Hour Empresarial presta homenagem às Forças Armadas N o dia 12 de março o Restaurante Barbarico Bongiovanni, no bairro de Boa Viagem, foi palco de um concorrido Happy Hour onde a ADVB-PE, através do seu presidente, Leopoldo de Albuquerque, e do presidente do Conselho Deliberativo, Ozires Silva, homenageou as Forças Armadas Brasileiras. A personalidade destaque da noite, por distinção e reconhecido mérito, foi o general Odilson Sampaio Benzi, comandante do Comando Militar do Nordeste. As organizações homenageadas pela excelência no desenvolvimento de suas atividades foram o Comando do 3º Distrito Naval, representado pelo seu comandante, almirante Bernardo José Pierantoni Gambôa, e o Segundo Comando Aéreo Regional – II COMAR, representado pelo seu comandante, brigadeiro Luiz Antônio Pinto Machado. Todos foram brilhantemente saudados e receberam os diplomas das mãos do arquiteto e urbanista Waldecy Pinto. Veja nas fotos as imagens de mais este Happy Hour Empresarial da ADVB-PE, que tem por tradição reunir as personalidades de destaque no mercado pernambucano. Alm. Bernardo José Pierantoni Gambôa, Gen. Odilson Sampaio Benzi e Brig. Luiz Antônio Pinto MACHADO. Momento de descontração entre os convidados presentes. Saudante Waldecy Pinto, Arquiteto e Urbanista; Veronica Dantas, vice-presidente de Eventos e Promoções da ADVB-PE; Leopoldo de Albuquerque, presidente da ADVB-PE; Alm. Bernardo José Pierantoni Gambôa; Brig. Luiz Antônio Pinto Machado; Sra. Dayse Benzi, esposa do General Benzi, com belíssimo buquê da Sônia Design de Flores e Odilson Sampaio Benzi. 110 Julho de 2013 Tecnologia da Informação ganha Happy Hour Empresarial A ADVB-PE, através do seu presidente, Leopoldo de Albuquerque, e do presidente do Conselho Deliberativo, Ozires Silva, reuniu o segmento de Tecnologia da Informação do Estado no dia 15 de maio para um agradável Happy Hour Empresarial, no restaurante Barbarico Bongiovanni. O evento, muito prestigiado, homenageou por distinção e reconhecido mérito no desenvolvimento de suas atividades o cientista Silvio Meira, Chefe do C.E.S.A.R., que foi saudado na ocasião e recebeu o diploma das mãos de Cláudio Marinho, diretor da Porto Marinho Consultoria. A organização homenageada foi o Porto Digital, através do seu presidente Francisco Sabóya Albuquerque Neto, que foi saudado e recebeu o diploma das mãos de Paulo Gomes Sales, presidente executivo do Grupo Moura. Veja nas fotos os momentos inesquecíveis de mais este Happy Hour Empresarial da ADVB-PE, que tem por tradição reunir executivos, empresários e personalidades de destaque no mercado pernambucano. Paulo Gomes Sales, saudante e presidente Executivo do Grupo Moura, Francisco Sabóya , presidente do Porto Digital, Sílvio Meira, Cientista-Chefe do C.E.S.A.R., e seu saudante Cláudio Marinho, Diretor do Porto Marinho Consultoria. Leopoldo de Albuquerque, presidente da ADVB-PE, Cap.de Mar e Guerra Cláudio Grilli, Capitania dos Portos de Pernambuco, Caio Cavalcanti Ramos, vice-presidente do Complexo Indl e Protuário de Suape, Gen. de Brigada Fernando Sérgio Nunes Ferreira, Chefe do Estado Maior do Comando Militar do Nordeste, Usha Pitts, Côsul dos EUA Recife, Paulo Gomes Sales presidente Executivo do Grupo Moura, Francisco Sabóya , presidente do Porto Digital, Sílvio Meira, Cientista-Chefe do C.E.S.A.R., Cláudio Marinho, Diretor do Porto Marinho Consultoria, Cap. de Fragata Marcelo Campbell Mauad, Escola de Aprendizes de Marinheiros de PE e Ataliba Gonçalves,vice-presidente de Qualificação Profissional da ADVB-PE. Leopoldo de Albuquerque, Presidente da ADVB-PE; Alm. Bernardo José Pierantoni Gambôa, Gen. Odilson Sampaio BENZI e Brig. Luiz Antônio Pinto Machado; e Sílvio Leimig, Diretor Suape Global. Leopoldo de Albuquerque, presidente da ADVB-PE, entre os homenageados. Re vista Me rca d o 111 ADVB-PE EM AÇÃO Fórum de Marketing Digital e NET Company Comando Militar e Marketing Digital presentes na ADVB em ação ADVB-PE EM AÇÃO Assembleias ADVB-PE realizou duas assembleias ordinárias Os eventos da ADVB em Ação do primeiro semestre foram estratégicos O Comando da 7ª Região Militar, na pessoa de seu comandante, general Marcelo Aguiar, recebeu o presidente da ADVB-PE, Leopoldo de Albuquerque e convidados, para um agradável almoço de confraternização, como parte do Net Company da ADVB em Ação. O gene-ral Aguiar recebeu os convidados acompanhado dos colegas do Comando, a saber: coronel Miguel, tenente-coronel Ivar e tenente Mayara. Além do presidente da ADVB-PE, foram recebidos à mesa da 7a Região Militar os seguintes convidados: Alberto Ferreira Júnior, diretor da Construtora Ave; Claudenilson Barreto, superintendente substituto do Ibama; e Cláudia Fernanda Oliveira, assessora do gabinete da superintendência do Ibama. Cláudia Fernanda Oliveira, assessora do Gabinete da Superintendência do Ibama; Claudenilson Barreto, superintendente substituto do Ibama; gen. Marcelo Aguiar, comandante da 7a Região Militar; Leopoldo de Albuquerque, presidente da ADVB-PE; e Alberto Júnior, diretor da Rio Ave Construtora. 112 Julho de 2013 O Fórum de Marketing Digital 2013 realizado pela Digitalks reuniu grande público, dando continuidade ao calendário da ADVB em Ação, e também teve apoio da ADVB-PE. Realizado no Golden Tulip Recife Palace, no dia 7 de março, o Fórum teve como foco o mercado local e os níveis de engajamento em comunidades on-line. Os novos desafios sobre como se comunicar no mundo digital e gerar negócios pautaram o evento. Mais de 250 pessoas lotaram o auditório para acompanhar os debates e as palestras sobre Videomarketing, E-commerce e Mensuração de resultados apresentados por especialistas nacionais. O evento gerou, por consequência, excelente oportunidade de networking entre os presentes, nos intervalos das apresentações. Veja, nas fotos, o saboroso encontro com os militares e, ainda, o Fórum de Marketing Digital, etapa Recife, ambos com a marca ADVB-PE. N o primeiro semestre deste ano, a ADVB-PE realizou dois encontros com sua diretoria, para deliberar sobre diversos assuntos e articular novas ações de interação empresarial e institucional. No dia 29 de janeiro, a reunião foi na sede da Ernst & Young Terco, em assembleia ordinária, para deliberar sobre o calendário de eventos do primeiro semestre, que incluiu treinamentos, Happy Hours Empresariais, Prêmio Personalidade do Ano e o programa Propac - Profissionalizar para Competir, entre outros temas relevantes. Leopoldo de Albuquerque, presidente da entidade, recebeu os seguintes membros da diretoria-executiva: Elaine Lyra, vice-presidente de Relacionamento com o Mercado da Construção Civil; José Jayme de Miranda Vita, vice-presidente de Articulação Empresarial; Klaus Hachenburg, vice-presidente de Mídia Digital; Tuca Paes de Andrade, vice-presidente de Tecnologia; Ataliba Gonçalves, vice-presidente de Qualificação Profissional; e Verônica Dantas, vice-presidente de Eventos e Promoções. Como convidados especiais, Jaime Sánchez, diretor-executivo do Grupo Citec, e Nathalie Távora, gerente de operações da ADVB-PE. Já na segunda assembleia, no dia 25 de junho, foi abordado o calendário de eventos do segundo semestre que se inicia e definidos os nomes dos homenageados dos Happy Hours Empresariais a se realizarem nos meses de agosto e outubro próximos. A pauta incluiu, ainda, ajustes na configuração da diretoriaexecutiva da ADVB-PE. Na ocasião, Leopoldo de Albuquerque recebeu os seguintes diretores: José Renato da Silva Filho, conselheiro fiscal; José Jayme de Miranda Vita, vice-presidente de Articulação Empresarial; Allex Gomes, vice-presidente de Relacionamento com o Setor Empresarial Norte; Diva Amélia Cordeiro, vice-presidente de Relações Institucionais; Rhaldney Santos, vice-presidente de Imprensa; Tuca Paes de Andrade, vice-presidente Social; Elaine Lyra, vice-presidente de Relacionamento com o Setor de Construção; Ricardo Demarchi, vice-presidente de Negócios Internacionais; Reinaldo de Albuquerque, tesoureiro; Ataliba Gonçalves, vice-presidente de Qualificação Profissional; e Verônica Dantas, vice-presidente de Eventos e Promoções. Como convidados especiais da presidência, estiveram presentes Leonardo Simões, gerente do Setor Público da Oracle do Brasil, e Nathalie Távora, gerente de Operações da ADVB-PE. Veja nas imagens, alguns momentos da ADVB-PE, durante as assembleias ordinárias. A reunião da diretoria-executiva que aconteceu no escritório da Ernst & Young Terco. A participação ativa dos membros da diretoria-executiva é um dos motivos de sucesso da Entidade. Maria Carvalhal, gerente do Fórum - Digitalks, dando as boas-vindas e iniciando o evento. Re vista Me rca d o 113 ADVB-PE EM AÇÃO Encontro R.E.D.E. Suape R.E.D.E. Suape reúne comitiva das Forças Armadas no Complexo de Suape N o último dia 13 de março, o secretário-executivo da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Felipe Chaves, e o diretor da Suape Global, Sílvio Leimig, receberam uma comitiva na sede do Complexo Portuário de Suape capitaneada pelos comandantes militares do Nordeste (Marinha, Exército e Aeronáutica). Promovido pela R.E.D.E. Suape, a fim de estreitar laços de relacionamento entre o porto e as Forças Armadas e estabelecer um canal de diálogo para parcerias futuras, o encontro teve como representante do Exército o comandante da 7ª Região Militar do Exército, general Marcelo Aguiar; da Marinha, o comandante do 3º Distrito Naval, almiran- Felipe Chaves, secretário executivo da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, agradeceu aos convidados e se disse honrado com a visita. Leopoldo de Albuquerque, presidente da ADVB-PE, enfatizou que o papel da R.E.D.E. Suape é o de promover o relacionamento estratégico entre diversos setores. Diretor do Suape Global, Sílvio Leimig fez uma apresentação do Complexo Portuário de Suape. Brig. Pinto Machado, Gen. Aguiar, Leopoldo de Albuquerque e Alm. Gambôa. 114 Julho de 2013 te Bernardo Pieratone Gambôa; e da Aeronáutica, o comandante do II Comar, brigadeiro Luiz Antônio Pinto Machado, que estavam acompanhados pelo presidente da R.E.D.E. Suape e da ADVB-PE, Leopoldo de Albuquerque. O evento foi considerado, pelo secretário estadual Felipe Chaves, como “um novo patamar no relacionamento entre o governo de Pernambuco e as Forças Armadas do Estado”. Ele agradeceu ao presidente da ADVB-PE por proporcionar o estabelecimento dessa ponte estratégica. Albuquerque destacou que o papel da R.E.D.E. Suape “é promover o desenvolvimento do Complexo e, nesta missão, se inclui trabalhar em prol de uma relação sólida entre o Estado e as Forças Armadas”. Coube ao diretor da Suape Global fazer a apresentação ao ar livre do Complexo aos convidados, que também sobrevoaram o porto. Sílvio Leimig destacou ter sido “a primeira oportunidade de Suape receber visitas tão ilustres”. Para o general Aguiar, esta parceria será “muito profícua para o desenvolvimento de projetos em conjunto”. O almirante Gambôa, ao fazer uso da palavra, lembrou que “esta aproximação pessoal potencializará as futuras relações estratégicas”. Brig. Pinto Machado, Alm. Gambôa e Leopoldo de Albuquerque sobrevoando o Complexo Portuário de Suape. Estimulado, o brigadeiro Pinto Machado se disse “feliz pela visita, que inaugura um novo padrão de relacionamento entre a Aeronáutica e o Estado de Pernambuco, e que todas as frentes da sociedade terão muito a ganhar com esse importante entrosamento”. Veja nas imagens os flagrantes desse evento que marcou, em definitivo, o início de uma nova etapa entre o Complexo de Suape, com suas empresas estratégicas para o Nordeste, e as Forças Armadas, base de sustentação da ordem e do progresso nacionais. Registro do momento logo após a reunião formal, onde aparecem os oficiais das Forças Armadas e os Diretores de Suape. Re vista Me rca d o 115 ADVB-PE EM AÇÃO DiálogosCapitais “Como enfrentar as dores do crescimento?” Foi a questão colocada por DiálogosCapitais, com apoio da ADVB-PE N o dia 25 de fevereiro, o Mar Hotel Recife foi palco de um evento grandioso não apenas pelo público presente, mas, sobretudo, pelo conteúdo abordado. Realizado pela CartaCapital com apoio da ADVB-PE, o encontro da série DiálogosCapitais abordou os desafiantes problemas do atual crescimento do Nordeste, que podem se transformar em oportunidades de negócios. Empresários e estudiosos lotaram o anfiteatro, que teve como palestrante convidado o governador Eduardo Campo (PSB), além de grandes estrategistas, realizadores e pensadores, como Cledorvino Bellini, presidente da Fiat; João Luiz Dias Perez, sócio do grupo Provider; José Carlos Consenza, diretor de Abastecimento da Petrobras; Marcus Temke, diretor de Operações da MPX; Enrique de Las Morenas, diretor-geral da Enel Green Power; Tânia Bacelar, professora da Universidade Federal de Pernambuco e sócia da Ceplan; Manuela Carta, publisher da CartaCapital; Leopoldo de Albuquerque, presidente da ADVB-PE; e Jaques Wagner (PT), governador da Bahia, convidado a fazer o encerramento do evento. Além das concorridas palestras, o DiálogosCapitais teve mesa-redonda, debates e muitas trocas de informação ao longo do almoço e intervalos para cafés, em que o público pôde se confraternizar. O Governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Entre outros nomes de destaque que fortaleceram o encontro, registramos Henrique Tinoco de Aguiar, diretor da Sudene; João Lyra Neto, vice-governador de Pernambuco; e os secretários estaduais Tadeu Alencar (Casa Civil), Frederico Amâncio (Planejamento e Gestão), Márcio Stefanni (Desenvolvimento Econômico), Evaldo Costa (Imprensa) e Laura Gomes (Desenvolvimento Social e Direitos Humanos). Veja nas fotos flagrantes do expressivo evento, não só para o Nordeste, como para todo o país. Leopoldo de Albuquerque, presidente da ADVB-PE mediando o debate Energia para Crescer. Governador da Bahia, Jaques Wagner. 116 Julho de 2013 Manuela Carta, Publisher da Carta Capital. Presidente da Fiat do Brasil, Cledorvino Belini. Re vista Me rca d o 117