- ADVB-PE

Transcrição

- ADVB-PE
J U L H O D E 2 01 3
Recife se candidata
à sede do Habitat III
Smart City Business
terá segunda edição
em Porto de Galinhas
Personalidade do Interior
e de Pernambuco
Douglas Cintra,
presidente do grupo DFC,
de Caruaru, é a Personalidade
de 2013 da ADVB-PE
Conest:
valorizando a cultura e
apostando no futuro
Cobertura completa
da premiação do
Top Socioambiental
e de RH 2013
EXPEDIENTE
EDITORIAL
Diretoria Executiva
Presidente
Leopoldo de Albuquerque
Vice-presidente de Relacionamento
com o Setor Empresarial Norte
Alex Gomes
Vice-presidente de Qualificação Profissional
Ataliba Cardoso
Vice-presidente Jurídico
Carlos Harten
Vice-presidente de Relações Institucionais
Diva Amélia Cordeiro
Vice-presidente de Relacionamento com o Setor de Construção
Elaine Maria Lyra Marques da Silva
Vice-presidente de Relacionamento
com o Setor Público
Fernando Clímaco
Vice-presidente de Relacionamento
com o Setor Empresarial do Agreste
Ibrain Pereira
Vice-presidente de Marketing
Iúri Maia Leite
Vice-presidente de Tecnologia da Informação
Jaime Sánchez
Vice-presidente de Articulação Empresarial
José Jayme Miranda Vita
Vice-presidente de Mídia Digital
Klaus Hachenburg
Diretor de Relações Internacionais
Lucas Lacombe
Vice-presidente de Smarter Cities
Leonardo Simões
Vice-presidente de Responsabilidade Socioambiental
Márcio Ruiz Schiavo
Tesoureiro
Reinaldo José de Albuquerque
Vice-presidente de Imprensa
Rhaldney Santos
Vice-presidente de Negócios Internacionais
Ricardo Dermachi
Vice-presidente de Planejamento e Estratégia
Robson Oliveira
Vice-presidente de Cerimonial
Silas da Costa e Silva
Vice-presidente Social
Tuca Paes de Andrade
Vice-presidente de Eventos e Promoções
Verônica Dantas
Conselheiros
Conselho Deliberativo
Presidente: Ozires Silva
Conselheiros: Agostinho Turbian, Josias Inojosa
de Oliveira Filho, Leopoldo de Albuquerque, Lívio Antônio
Giosa, Maurício de Sousa e Miguel Alberto Ignátios
Conselho Fiscal
Presidente: Manoel de Deus Alves
Conselho: José Renato da Silva Filho e Nilton Barbosa Lima
Conselho Consultivo
Conselheiros: Alan Oliveira de Souza, André Vercelli, Ângelo
Alberto Belellis, Antônio Lavareda, Antônio Luiz de Almeida
Brennand, Eduardo Barbosa de Moraes, Eduardo de Queiroz
Monteiro, Élcio Aníbal de Lucca, Francisco Deusmar de Queirós,
Gabriel da Costa Bacelar, João Carlos Santos Noronha,
João Carlos Regado, João Luiz Dias Perez, Jorge Côrte Real,
José Carlos Salles Gomes Neto, Júlio Gil Freire, Luísa Saldanha,
Marcelino Guedes Ferreira Mosqueira Gomes, Marcelo Schulman,
Marcus Maimone Ramos de Sena Pereira, Maria de Lourdes de
Araújo, Mauro Santos, Miguel Colasuonno, Milton Vaz, Newton
do Amaral Figueiredo, Norton Glabes Labes, Paulo Dalla Nora
Macêdo, Raimundo José Queiroz Freitas Santos, Ricardo Belo,
Richard Saunders e Sílvio Meira.
Revista Mercado
Projeto gráfico e editoração
GFK Comunicação
Reportagem e Redação
Stela Masson MTb: 13078
D
esde o final do século XX, a cidade do Recife passou a revigorar suas
vocações culturais, urbanas e tecnológicas através de contínuas ações
de planejamento e gestão. Como consequência desse processo, no
ano 2000 surgiu nos bairros do Recife e Santo Amaro, que passavam por um
processo de degradação, o Porto Digital (PD), um polo de desenvolvimento de
softwares e economia criativa, que vinculou aquela região ao desenvolvimento
das áreas urbanas centrais.
Alguns anos depois de sua implantação, o PD foi reconhecido pela A. T. Kearney
(considerada uma das maiores empresas de consultoria do mundo) como o maior
parque tecnológico do Brasil em faturamento e número de empresas, sendo,
portanto, um dos pilares da nova economia de Pernambuco.
O Porto Digital transformou um bairro, ou vários deles, em espaços urbanos
criativos. E esta parece ser a nova vocação do Recife. Atenta às oportunidades
globais dos mercados produtivos e de serviços e, ao mesmo tempo, às
necessidades de requalificação urbana, a capital de Pernambuco também
favoreceu regiões contíguas à cidade, para que surgisse um outro polo, ainda
maior, voltado ao crescimento industrial e econômico – o Complexo de Suape.
Como resultado da ótima sinergia que impulsionou esses dois polos, eles já
não se restringem às empresas envolvidas diretamente na cadeia de produção,
indo muito além, gerando cadeias produtivas paralelas que se beneficiam das
pesquisas acadêmicas, da indústria de equipamentos e até da consolidação do
mercado turístico e gastronômico.
Dínamo da sociedade, onde empresas se voltam ao desenvolvimento
de design, Internet, equipamentos, softwares, bens e serviços, a capital
multimídia de Pernambuco ao mesmo tempo atrai bens e pessoas e emite
informações pelo espaço.
Vocacionada a se reinventar, Recife se converteu numa opção ideal para os
diversos bairros inteligentes que nela estão nascendo e que trazem, em seu
DNA, a genética da infraestrutura tecnológica, social, econômica, ambiental,
cultural e científica, concebida nas últimas décadas de gestão inovadora e
transformadora, da qual participamos entusiasticamente.
Veja, nas páginas desta edição, casos premiados de ações socioambientais
de RH, que a ADVB-PE reconhece e distingue, como atributos das grandes
gestões locais, de pessoas e sustentabilidade.
Acompanhe também os diversos eventos realizados pela ADVB-PE, com o objetivo
de atrair novas empresas e entidades, e proporcionar a articulação necessária
entre as instâncias políticas, sociais e empresarias, para favorecer continuamente
o desenvolvimento que Pernambuco, a partir de sua capital, protagoniza.
Impressão
Gráfica Santa Marta
Re vista Me rca d o
3
SUMÁRIO
PALAVRA
Palavra do Presidente da ADVB-PE ...................................................... 5
Palavra do Presidente do Conselho ADVB-PE .................................. 6
Palavra do Presidente da FENADVB .................................................... 7
Personalidade do Ano ................................................................................ 10
Recife Habitat III ........................................................................................ 32
Júri .................................................................................................................... 44
Resumo dos Trabalhos Premiados
.....................................................
Categoria Meio Ambiente
...................................................................................... 52
......................................................................... 54
Bradesco Capitalização
Compesa - Companhia Pernambucana de Saneamento.
..... 56
SUAPE - Complexo Ind. Portuário Gov. Eraldo Gueiros
.... 58
Consórcio Ipojuca Interligações
Consórcio Rnest Conest
Galvão Engenharia
........................................................ 60
....................................................................... 62
................................................................................... 64
Jiquiá Desenvolvimento Imobiliário
MAN Latin America
................................................ 66
............................................................................... 68
Nov Fiber Glass Systems
...................................................................... 70
Nov Fiber Glass Systems
...................................................................... 72
Categoria Recursos Humanos
ALESAT Combustíveis S.A.
Consórcio Rnest Conest
MAN Latin America
.............................................................. 74
....................................................................... 76
............................................................................... 78
Petrobras Distribuidora
.......................................................................... 80
Categoria Sociocultural
Akzo Nobel Ltda.
..................................................................................... 82
Consórcio Rnest Conest
DETRAN-PE
....................................................................... 84
.............................................................................................. 86
Consórcio Conest .......................................................... 88
ADVB-PE em Ação
Premiação Top Socioambiental e de RH 2013
........................................... 92
Reuniões R.E.D.E. Suape
................................................................................... 108
Happy Hour Empresarial
..................................................................................... 110
Fórum de Marketing Digital e NET Company
Assembleias
Cidades inteligentes estão
sendo geradas em Pernambuco
47
Top Socioambiental e de RH ADVB-PE 2013
Alusa Engenharia
Presidente da ADVB-PE
U
m conceito novo, que vem ganhando força em todo o mundo, é o das
cidades inteligentes. As Smart
Cities são cidades planejadas, que investem em tecnologia para promover sua
própria sustentabilidade.
E como uma cidade pode se tornar inteligente? Adotando soluções bem-sucedidas,
que aliem tecnologia em prol da mobilidade
das pessoas, que ofereçam equipamentos
públicos a favor da qualidade de vida e da
segurança, e que conecte os cidadãos para
poderem conviver em cyberespaços agregadores, próprios de ambientes informacionalmente ricos e adaptados às características
do contexto urbano.
Atento à necessidade de se preparar para
adotar a sustentabilidade em suas cidades,
a começar pelos bairros da Grande Recife,
o Estado de Pernambuco está oportunizando a implantação de inúmeros projetos
imobiliários criativos, concebidos em consonância com as ações dos governos federal, estadual e municipal. A constituição
do Porto Digital – polo tecnológico no Recife, cuja produção lhe rendeu o título de
maior parque tecnológico do Brasil –, foi
um dos primeiros passos para o atual rearranjo urbano que desperta na capital do
Estado. Fruto da conexão entre poder público, a iniciativa privada e a universidade,
o Porto Digital atrai empresas para atender os
mercados nacional e internacional.
Fruto desses avanços, a cidade inteligente será
realidade quando as residências utilizarem energia solar, os carros forem elétricos, as principais
fontes de energia forem limpas e renováveis, os
bairros se conectarem por ciclovias aos setores
comerciais e de lazer, a iluminação pública tiver
lâmpadas de LED. Mas, acima de tudo, as cidades
serão inteligentes quando as pessoas se sentirem
parte delas, podendo viver, estudar, trabalhar e
se divertir com excelente qualidade de vida.
Parece impossível? Em breve, o evento Smart City Business, que
acontece pela segunda vez em Pernambuco e
coloca o Estado no centro das discussões sobre
o tema na América Latina, vai mostrar que essas
iniciativas já estão sendo implantadas, não apenas
em bairros de Londres, Paris, Barcelona, Milão ou
Roma, mas do Recife.
Ao realizar o segundo Smart City Business,
a ADVB-PE dará a Pernambuco mais um suporte à sua concentração de fatores positivos
políticos, intelectuais, financeiros, tecnológicos, sociais e culturais, para articular, de forma
sustentável e lucrativa, com as inúmeras, porém finitas, riquezas naturais, em prol da vida
nas cidades.
Leopoldo de Albuquerque
Presidente da ADVB-PE
......................................... 112
................................................................................................................ 113
Encontro R.E.D.E. Suape
DiálogosCapitais
.................................................................................... 114
........................................................................................................... 116
Re vista Me rca d o
5
PALAVRA
Presidente do Conselho Deliberativo ADVB-PE
Acorde sua capacidade
de observar
N
o final do século XIX, Santos Dumont,
vendo um dos primeiros motores a
explosão funcionando, impressionouse pela sua leveza e capacidade de produzir
potência. Com aquilo na cabeça, pela primeira
vez, em 1906, fez um avião decolar sem necessidade de auxílio externo.
No ano passado, quase três bilhões de pessoas
embarcaram e voaram em aviões comerciais
em todo o mundo, em uma nova dimensão do
transporte usando como meio o ar, um sonho
milenar da humanidade.
Nos Estados Unidos, um desempregado, em
1860, fez amizade com operadores de perfuratrizes que lhe falaram de um subproduto
viscoso do petróleo que emperrava as brocas,
mas parecia ter poderes curativos mágicos.
Interessou-se, experimentou e serviu como
cobaia, criando uma geleia incolor e inodora
que curava ferimentos. Chamou-a de vaselina
e encontrou seu caminho do sucesso.
A história ilustra que muitas invenções simples, como o sabonete, a tesoura, o lápis e
tantas outras são respostas inspiradas para
atender a necessidades. Mas quantas pessoas,
ao se depararem com algo novo, sabem o
que fazer e tomam alguma iniciativa? Muitos sabem que nem todos levam em consideração boas ideias quando, pela primeira
vez, sejam colocadas numa conversa ou
numa proposta. Mesmo nas áreas profissionais poucos lhe darão dinheiro por uma boa
6
Julho de 2013
ideia, mas paga-se bem por uma folha de
papel (uma patente, um registro de projeto
ou de direitos autorais).
É tempo no Brasil de levarmos inventores
mais a sério, pois com os processos inovadores em curso no mundo alterando nossas
vidas intensamente, por força de novos
inventos tecnológicos, vemos nações se
enriquecendo simplesmente exportando
produtos que jamais, por aqui, pensamos
que pudessem existir. E a tendência mundial
é clara: os produtos estão ganhando sofisticação e os que se tornam mais e mais
complexos dominam o mercado mundial,
cruzando fronteiras e atendendo a milhões
de consumidores interessados.
A ideia básica é simples: aguce seu sentido
de observação. Tudo pode ser feito e oferecido de forma melhor, mais barata e eficiente.
A tecnologia oferece respostas impressionantes e as equipes de especialistas mais
competentes, mesmo sobre um produto
tradicional, mostram-se capazes de colocar
algo que, inicialmente parece lógico, mas, de
repente, surge como uma coisa inovadora,
transformando-se em sucesso de vendas em
todo o mundo.
PALAVRA
Presidente FENADVB
Novo desafio
O
progresso tecnológico expressado pela
veloz aceitação de criativas formas
de comunicação, acaba de fincar seu
alicerce na sociedade brasileira. Refiro-me às
manifestações de parcelas conscientes e significativamente grandes em número da população
brasileira, levantando os mais variados motes e
reivindicações, as quais geraram pronta reação
(no sentido de atendê-las) dos poderes executivo
e legislativo.
Erra quem opina sobre o resultado final desse
movimento, que apenas se iniciou no mês de
junho de 2013.
Porém, acerta quem identifica as razões que
motivaram essa imensa mobilização da sociedade brasileira: basta à inércia, à corrupção, aos
descasos com as pessoas expressados pelo baixo
nível de atendimento nas áreas de saúde, transporte, educação, cultura e segurança. Tudo isso,
encapado pelo medo da volta da inflação, corroedora do poder aquisitivo de todos, sem exceção.
A entidade que presido, respaldada pelas associadas representantes dos Estados brasileiros,
sempre se pautou pelas constantes ações geradoras do desenvolvimento do país, por meio
do instrumento legítimo do reconhecimento das
boas práticas empresariais. Nosso entendimento é de que o progresso das empresas gera o
mesmo efeito para o país todo.
O que, então, se pode concluir do momento
tão peculiar quanto significativo que se vive nos
tempos atuais, no país e na sociedade brasileira?
Em nossa ótica, é chegado o momento, o ponto
sem retorno, de mudança geral de costumes, de
práticas, de comportamentos.
Esse é o grande desafio a ser enfrentado por
todos, consubstanciado numa reforma do arcabouço de representação política; numa reforma do arcabouço tributário e fiscal do país,
que mais exaure as empresas do que retorna em
benefícios sociais; numa constante ação de investimentos em infraestrutura, não só física e
material, como também educacional e cultural.
As tarefas são ingentes. Urge iniciá-las, aproveitando esse momento social mágico que se vive,
com a indispensável inclusão das organizações
formais da sociedade, onde incluímos toda nossa
rede de representação associativa.
Miguel Ignátios
Presidente da FENADVB
Ozires Silva
Presidente do Conselho Deliberativo
da ADVB-PE
Re vista Me rca d o
7
Re vista Me rca d o
9
PERSONALIDADE DO ANO
“O Interior oferece boas
oportunidades de negócio”
Douglas Cintra, presidente da ASPA (Associação dos Atacadistas de PE)
D
Douglas Cintra
10
Julho de 2013
ouglas Cintra, 47, é diretor das empresas
Multi Distribuidora e Balcão. Sua trajetória
empresarial foi construída em Caruaru, no
interior de Pernambuco, onde está a sede do Grupo
DFC que ele toca com os irmãos e a supervisão atenta do pai, Djalma, que fundou o negócio há 37 anos.
Hoje, o grupo conta com quatro mil funcionários e
tem operações no varejo, atacado e atacarejo. Veja,
a seguir, a entrevista que o empresário, que também
preside a Associação dos Atacadistas de Pernambuco
(ASPA), deu à Revista Mercado. Ele nos conta sobre
o começo de sua carreira e a influência da família na
decisão de voltar para Caruaru, onde, junto com o pai
e os irmãos, impulsionou o negócio familiar para os
setores de Atacado, Representação, Varejo e outros.
“Trabalhei no supermercado Bonanza até o 2º ano
do segundo grau, antes de me mudar para o Recife, para estudar. Atendia no balcão, ficava no caixa.
Vivia o dia a dia da empresa, ajudando no que fosse
preciso. E aprendi muito nessa época. Mas minha
família sempre deu muito valor à educação. Assim,
quando ingressei no 3º ano, meu pai disse que eu
deveria me dedicar só aos estudos, para conseguir
passar no vestibular. Na época em que mudamos
para o Recife, não foi fácil para meu pai manter dois
filhos estudando fora de Caruaru, mas fazia questão
de que fizéssemos o curso superior. Essa é uma lição
da família dele: nascido na zona rural do município
de São Bento do Una, meu avô sempre incentivou os
filhos a estudar. Tanto que meu pai foi para Caruaru
para fazer o segundo grau (Ginasial, na época). Na
zona rural de São Bento, só existia o Primário (hoje
Ensino Fundamental). No fim do curso Ginasial,
Rita, Douglas, Djalma Jr. e Djalma Cintra
meu pai trabalhou como auxiliar de protético, fazendo próteses dentárias. Conseguiu
depois comprar uma pequena mercearia,
daí uma padaria e depois um supermercado,
o começo da rede Bonanza.
A união da família
fez a força do negócio
Meu pai sempre teve a certeza de que para
a empresa crescer seria necessária nossa
colaboração. A estrutura que ele tinha não
permitiria o crescimento que tivemos sem a
participação dos filhos. E ele me influenciou
‘positivamente’ na decisão de voltar a Caruaru para tocar o negócio da família. Não
houve pressão, tanto que quando terminei o
curso de Administração da Fesp (hoje UPE)
fiz um estágio na Fundação Joaquim Nabuco e logo depois ingressei numa empresa in-
Letícia (filha de Douglas), Douglas, Pequena, Duca e Adriana
Re vista Me rca d o
11
É preciso fazer
como fez o setor atacadista
O contato com a Fazenda Estadual, realizado
pelos comerciantes atacadistas de Pernambuco em 2002, resultou na criação de uma legislação específica para atender o setor, pois
demonstramos para o governo que se houvesse uma redução nos impostos nós conseguiríamos aumentar a competitividade e a arrecadação. E comprovamos tudo na prática. Com
o crescimento de nosso setor, a receita do
Estado também cresceu e conseguimos eliminar as empresas que diziam não ter condições
de pagar os tributos. Foi colocada uma carga
adequada de impostos e acertado pela Associação de Atacadistas de Pernambuco (ASPA)
o pagamento de todos os filiados. O resultado
foi bom para o governo e para nosso setor. E
também para o varejo. Esse é o grande exemplo que gosto de citar de como a área empresarial precisa estar próxima dos governos para
mostrar que a cobrança indiscriminada de impostos não funciona.
Interior, um Brasil mais justo
Para o consumidor de baixa renda, o aumento
real do salário mínimo todos os anos é a garantia
de mais recursos. O Bolsa-Família por si só não
resolve o problema dos menos favorecidos, mas
realimenta a economia. O aumento do salário
mínimo e a distribuição do Bolsa são indutores
do fortalecimento do comércio no Interior. Por
isso, continuamos a ver que o Interior oferece
boas oportunidades de negócios. Nosso foco é lá
e isso é muito bom, porque aqui ficamos mais à
vontade para trabalhar.
Por outro lado, todos nós já sofremos em
algum momento da nossa vida algum tipo de
discriminação por não sermos da Capital. Mas é
preciso registrar que isso também acontece em
relação aos nordestinos que vão para São Paulo
e aos brasileiros que vão para os Estados Unidos.
Mas se há o preconceito contra nós, há também
a força da nossa economia. Saindo das grandes
Regiões Metropolitanas se vê o grande motor da
economia interiorana, de um Brasil mais justo,
onde as pessoas conseguem viver melhor.
Ao centro a matriarca da família e avó de Douglas, Pequena.
ternacional de auditoria. Eu já estava firme no
emprego, com vários meses de casa, quando
recebi um telefonema do meu pai perguntando
se eu preferiria continuar como executivo ou
voltar para tocar o negócio da família. A família falou mais alto. Pedi demissão e arrisquei
naquilo que eu pensava ser a melhor opção,
como ficou comprovado depois.
Com a nossa chegada, eu, meu irmão, também
formado em Administração, e minha irmã, formada em Direito, meu pai teve a tranquilidade
necessária para pensar em abrir mais lojas do
supermercado e ir em busca de novas oportunidades de negócios. Juntos, passamos a planejar o crescimento da empresa, que começou
em 1989, quando abrimos a segunda loja do
supermercado Bonanza. Se havia espaço para
as grandes redes crescerem, haveria também
para as pequenas. E cada um aproveitou me-
12
Julho de 2013
lhor sua vantagem competitiva. As dificuldades pequenas ou grandes sempre existiram e
sempre vão existir. O que faz a diferença é a
atitude que o empresário toma diante delas.
Em nosso caso, tínhamos maior proximidade
com os fornecedores e clientes.
Empresários precisam
reivindicar menos impostos
A elevada tributação retira a competitividade
das empresas. Nesse sentido, a classe empresarial precisa mostrar à população que as empresas recolhem os impostos, mas quem paga é
o consumidor por estar embutido no preço. Os
empresários precisam chegar mais perto do governo e mostrar as inadequações dos impostos.
Esse distanciamento da representação empre
sarial em relação ao governo favorece a elevação da carga tributária.
Duca (avô), Douglas, Letícia e Djalma Cintra
Re vista Me rca d o
13
PERSONALIDADE DO ANO
Pensamento mundial
Círculo virtuoso
Alguns teóricos dizem que a ocupação urbana em cidades com mais de um milhão de
habitantes não é positiva, pois não se vive
bem nesses lugares. Para os seguidores dessa teoria, nas comunidades menores a população pode ter tudo o que precisa sem a
necessidade de procurar centros maiores.
Essa interiorização tão almejada depende,
portanto, do uso de todas as potencialidades
de cada região. Pelo volume das minhas atividades, poderia morar no Recife, mas vivo
em Caruaru. Viajo e volto no mesmo dia e
as pessoas acham que é uma bobagem, mas
minha casa é em Caruaru. É o lugar onde
gosto de estar pela manhã, onde recarrego
minhas baterias. Essa valorização do Interior, das comunidades sustentáveis, é o novo
pensamento mundial.
Ficou para trás o tempo em que quando alguém
queria melhorar de vida ia para São Paulo. Isso foi
nas décadas de 60 e 70. Hoje, a dificuldade para viver nas grandes cidades é uma realidade. E sabemos
que todos podem crescer, se tiverem condições,
mesmo estando no Interior. Nosso objetivo é mostrar que cada um pode crescer onde estiver, como
nós crescemos. E é tarefa do Estado permitir que o
cidadão cresça e se desenvolva onde quer que ele
viva. A mola propulsora do Interior são os estímulos, os insumos, as condições para o desenvolvimento estruturado. E nessa engrenagem estão a atualização do salário mínimo e a manutenção adequada
do Bolsa-Família. Pode não parecer para quem está
de longe, mas para nós que conhecemos a realidade
do Interior, esse círculo virtuoso de benefícios transformou positivamente, e ainda irá melhorar e muito,
a qualidade de vida dos nordestinos do Interior”.
Depoimentos
“Ele sempre revelou preocupação com a comunidade”
Senador Armando Monteiro
Douglas Cintra é um companheiro que conheço há muitos anos. Sempre o admirei como um
grande empreendedor quem vem de uma linhagem de empreendedores. O seu pai e a sua família plantaram as bases de uma grande empresa,
que aliou a tradição da família à modernidade da
gestão. Mas Douglas não é alguém que pensa
apenas em sua empresa, ele sempre revelou uma
preocupação com as questões da comunidade
onde está inserido e do seu Estado. Portanto, ele
sempre manteve vínculos com o movimento empresarial de Pernambuco, especialmente com o
comércio atacadista, setor onde exerce uma posição de protagonismo e liderança. A sua capacidade de poder pensar para além dos limites da
sua empresa lhe permitiu que pudesse estar no
movimento empresarial. Isso o levou também
para uma área que é muito próxima da atividade política e da atividade pública. Por isso é que
ele aceitou o nosso convite, nos honra e honra
Pernambuco sendo nosso suplente. Ele já de-
monstrou que tem espírito público, que tem capacidade de se doar às causas coletivas. Por isso
mesmo, Douglas é um companheiro que valorizou a nossa chapa, que nos ajudou em todos os
momentos e tenho certeza que continuará engajado sempre, com compromisso, nas melhores
causas de Pernambuco.
Vista aérea de Caruaru.
14
Julho de 2013
Re vista Me rca d o
15
PERSONALIDADE DO ANO
História
Tudo começou em 1958,
numa pequena mercearia
Nos anos 80, Djalma Cintra no comando das empresas da família
A primeira Mercearia
D
jalma Farias Cintra, fundador do grupo DFC, nasceu em uma fazenda no
município de São Bento do Una, em
Pernambuco.
Eram sete irmãos e o pai tinha por obstinação
ver todos os seus filhos estudando. Assim, para
poder frequentar a escola, os dois mais velhos foram mandados para a cidade de Caruaru.
Djalma foi trabalhar em uma oficina de prótese, além de estudar como bolsista no colégio
16
Julho de 2013
Diocesano, o mais tradicional da cidade. Em
1958, com apenas 17 anos, apareceu a oportunidade de comprar uma mercearia e ele vislumbrou ali a chance de ter um negócio próprio.
Recorreu à ajuda financeira do pai e fechou a
compra. “Todo início é difícil. Tinha apenas
uma balança, um cofre, uma geladeira e muita
determinação”, lembra.
Em 1962, ou seja, apenas quatro anos depois
da aquisição do primeiro comércio, Djalma
adquiriu um armazém que fornecia insumos
para o quartel da cidade, mediante desconto
em folha de pagamento. “A inadimplência era
zero e conseguimos multiplicar por dez o faturamento”, relembra. Mas a Revolução de
1964 interferiu diretamente no negócio, já que
o novo comandante do quartel proibiu a venda
com desconto em folha de pagamento. Apesar
do baque, Djalma seguiu em frente e, em 1969,
comprou uma padaria, chamada de Rainha do
Ipojuca. Sete anos depois, em 1976, a padaria
deu origem à primeira loja do supermercado
Bonanza, que funciona até os dias de hoje no
bairro Santa Rosa, em Caruaru.
Desde a padaria, os negócios nunca mais pararam de se expandir. Dos seis filhos do fundador,
três trabalham no grupo: Douglas, Djalma Júnior e Rita. “A empresa cresceu muito, depois
da chegada deles”, afirma Djalma.
Trinta anos depois, o atacadista
Foi em 1989, com a entrada dos três filhos no
Grupo, que as empresas dirigidas por Djalma
começaram a vender por atacado. “Junto
com os meninos, montei a Multi Distribuidora, a princípio para produtos da indústria
Pilar. Hoje, também distribuímos produtos
das marcas Unilever, Kraft, Johnson & Johnson, Italac, Ceras Johnson, entre outras”,
informa Djalma.
A Multi tem uma Central de Distribuição
em Caruaru e outra em João Pessoa. Através desses pontos, o atacadista atende
os Estados de Pernambuco e da Paraíba.
Ainda na modalidade de atacado, o Grupo conta com outra operação, o Balcão,
que vende mercadorias de forma direta a
pequenos varejistas, como mercadinhos
e padarias.
Re vista Me rca d o
17
E o futuro, como será?
“O futuro, como diz o provérbio, a Deus pertence, porém, nossa pretensão é continuar crescendo. Faremos o possível para atender mais e
mais gerações, com a qualidade e confiança que
oferecemos desde o final dos anos 50 do século
passado”, finaliza o fundador do Grupo DFC.
Inauguração da padaria Rainha do Ipojuca
Inauguração da primeira loja Bonanza foi motivo de festa em Caruaru
O então prefeito de Caruaru, João Lyra Filho, abre as faixas da primeira loja do Bonanza
18
Julho de 2013
Re vista Me rca d o
19
Desde 1976, a primeira loja Bonanza funciona no mesmo local
20
Julho de 2013
Re vista Me rca d o
21
PERSONALIDADE DO ANO
História
A história do grupo DFC
foi impulsionada pela pujança
de Caruaru
O
cenário político de Caruaru, na década de 1950, era um dos mais inflamados do interior de Pernambuco.
Tanto que, em 1953, o então presidente Getúlio Vargas foi à cidade e lá proferiu comício para uma multidão de pessoas.
Nas décadas de 1950 e 1960, inflamados
também eram os foliões do carnaval. Bastava que em janeiro se retirassem as luzes
que enfeitavam as festas natalinas, para que
todos já começassem a ensaiar os passos do
frevo. O carnaval era tão forte e empolgante que autoridades vinham do Recife para
conferir a folia.
Frente Popular
Comércio vigoroso
Cidade cultural e politizada, a Princesa do
Agreste, da época em que Djalma Cintra começou a expandir o seu comércio, também
demonstrava inquietudes frente à disputa
entre a União Democrática Nacional (UDN)
e o Partido Social Democrata (PSD). E foi
no município, no ano de 1959, que se criou
a Frente Popular, movimento que elegeu o
prefeito João Lyra Filho em Caruaru e, no
Recife, deu a vitória a Miguel Arraes. Essas
foram as duas primeiras frentes populares que
se formaram em Pernambuco.
Enquanto Djalma dava os primeiros passos de
inovação na administração do que viria a ser
o grupo DFC, a administração de João Lyra
Filho criava um plano gestor para o crescimento ordenado de Caruaru. Essas administrações inovadoras caminharam juntas, ainda no limiar da década de 1960. Assim como
João Lyra Filho teve papel importante na vida
pública de Caruaru, Drayton Nejaim foi outra
personalidade presente na hegemonia da política local.
Naquela época, o comércio local tinha à frente os próprios moradores e só a partir da década de 1970 esse perfil mudou e cedeu espaço para lojistas de outras cidades.
Centro regional do Agreste Pernambucano,
Caruaru exerce papel cada vez mais importante
na distribuição de serviços e na concentração
de atividades industriais e comerciais. Ainda
hoje, o comércio é um elemento propulsor da
economia do município, gerando mais de 16 mil
empregos no setor. “Em muitos momentos da
história de Caruaru, a atividade comercial gerou
surto populacional e ofereceu novas oportunidades. A história do comércio na região constitui um capítulo fascinante da própria história da
cidade que ainda não foi encerrado”, observa o
historiador Veridiano Santos.
Filhos ilustres
Entre os inúmeros filhos ilustres de Caruaru
está o jornalista, professor, cronista, ensaísta e
orador Austregésilo de Athayde, que integrou a
comissão que redigiu a Declaração Universal dos
Direitos do Homem, em 1948, na Assembleia
Geral das Nações Unidas, realizada em Paris. Foi
também um dos imortais da Academia Brasileira
de Letras e nos deixou este pensamento: “Viver
é cultivar os valores espirituais, para superar os
embaraços materiais. E chegar à conclusão de
que, em última análise, dado o balanço geral, a
vida é boa”. Austregésilo de Athayde
Central Sport Club
Na década de 1980, mais especificamente
no ano de 1986, aconteceu a maior glória do
Central Sport Club, fundado em Caruaru em
1919 e primeiro time de Pernambuco a vencer
um título nacional. O Central venceu o Campeonato Brasileiro da Série B, numa disputa
emocionante com o Americano, conseguindo
acesso à série A, ao lado de times como Flamengo, Grêmio e Fluminense, entre outros.
Nesse mesmo ano, no dia 22 de outubro, Caruaru teve o maior recorde de público da história do interior de Pernambuco, com 24.450
pessoas assistindo ao vivo a vitória do Central
por 2x1 contra o Flamengo.
E foi ao final dessa década de vitórias inesquecíveis para o município que se deu a entrada
dos três filhos de Djalma ao Grupo, impulsionando as empresas a uma conquista muito almejada: a venda por atacado.
22
Julho de 2013
Re vista Me rca d o
23
PERSONALIDADE DO ANO
Empresas
Ousadia, compromisso e poder
de negociação fazem o sucesso
das empresas do Grupo DFC
O
Grupo DFC atua no varejo com a
operação Bonanza, no atacarejo
com a marca Comprão e no atacado com a Multi Distribuidora e o Balcão.
Juntas, essas empresas empregam cerca de
quatro mil funcionários com atuação nos
mercados de Pernambuco e Paraíba.
Varejo
São 18 lojas de supermercado Bonanza, localizadas nos Estados de Pernambuco e da
Paraíba. Em Pernambuco, as lojas estão instaladas nas seguintes cidades: seis em Caruaru; quatro em Garanhuns; duas em Arcoverde; uma em Pesqueira; uma em Belo
Jardim; uma em Gravatá; e uma em Santa
Cruz do Capibaribe. Na Paraíba, uma loja
fica em Patos e outra em João Pessoa.
Autosserviço Atacarejo
O Comprão conta com duas operações na
Paraíba. Uma localizada em Patos e outra no
município de Guarabira.
Atacado
Para atender às necessidades do mercado,
há 24 anos o Grupo decidiu investir no setor
de atacado. Essa decisão se mostrou acertada, pois acabou preenchendo uma lacuna
importante do mercado regional. Coube à
Douglas Cintra tocar a operação.
24
Julho de 2013
Multi Distribuidora:
ponte entre a indústria
e o consumidor final
A Multi Distribuidora ganhou destaque
ao distribuir marcas tradicionais e confiáveis, como Unilever, Kraft, Claro, Danone,
Johnson&Johnson, Diageo, Ceras Johnson,
Purina, Italac, Goiás Verde, entre outras.
Hoje, a Multi se encontra entre as 20 maiores distribuidoras do país, de acordo como
ranking da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad), e ocupa o
primeiro lugar no ranking estadual. Possui
escritórios em Recife, João Pessoa, Campina Grande, Petrolina e Patos, com mais de
10 mil clientes cadastrados.
Para chegar até aqui, a empresa investiu na
modernização dos depósitos das cidades de
Caruaru e João Pessoa, que juntos somam
mais de 14 mil metros quadrados de área
construída. Outra garantia de logística eficiente é a frota renovada com frequência.
Todos os esforços são concentrados para
fidelizar a ligação entre empresa e cliente.
“Acreditamos que tanto os fornecedores
quanto os clientes precisam de parceiros
que tragam a melhor relação custo-benefício. A Multi Distribuidora procura atender bem as duas pontas, facilitando, assim,
a vida dos consumidores finais”, destacou
Douglas Cintra.
Djalma Cintra, no programa Banco de Alimentos, do SESC
Balcão – Venda direta
O Balcão também oferece um atendimento
diferenciado, onde o cliente busca a mercadoria. É uma operação de venda direta que
oferece diversas opções de marcas e produtos, com preço competitivo. A marca vem
ultrapassando fronteiras e, além de Caruaru, já tem operações em Campina Grande,
Petrolina e Recife. A equipe de vendas passa por constantes capacitações para oferecer as melhores condições aos clientes e
atender aos consumidores mais exigentes.
O motivo do sucesso desses empreendimentos é o investimento constante em pessoas,
equipamentos, sistemas, treinamentos e boa
política de negociação com os fornecedores,
que sempre disponibilizam os melhores preços
para as mercadorias de qualidade.
Foco no cliente
“O nosso principal foco, em qualquer uma de nossas operações, é o cliente. Seja vendendo cartão,
através da Claro, seja entregando Danone, disponibilizando produtos mais em conta pelo Balcão,
ou ainda distribuindo marcas fortes com a Multi.
Em todas as nossas atividades, procuramos oferecer atendimento e produtos de qualidade, com
logística eficiente e as melhores condições possíveis de negócio”, conclui Douglas Cintra, diretor
das empresas Multi Distribuidora e Balcão.
Re vista Me rca d o
25
Jackson Carvalho
PERSONALIDADE DO ANO
Caruaru tem motivos de sobra
para ser visitada o ano todo
A
138 km do Recife, Caruaru é um dos
mais importantes municípios da região Nordeste e o maior do interior de
Pernambuco. Cortado pelas BRs 232 e 104,
possui logística adequada para escoar sua diversificada produção para todo o interior e
Estados vizinhos.
Com pouco mais de 314 mil habitantes e dona
de muitas distinções, Caruaru exerce influência em mais de 50 cidades, atingindo um público estimado de 1,5 milhão de pessoas.
Polo de confecções do Agreste
Com aproximadamente 1.215 indústrias em
funcionamento e 16.000 empresas de todos
26
Julho de 2013
os setores, incluindo lojas, que geram aproximadamente 5.000 empregos diretos, a cidade
também realiza anualmente alguns dos principais eventos de negócios do Norte/Nordeste,
como a Rodada de Negócios da Moda Pernambucana, com duas edições por ano.
O Polo de Confecções do Agreste, que engloba 16 municípios, é composto por cerca de 15
mil indústrias, sendo a grande maioria informal. Entre as cidades de maior destaque no
polo estão Santa Cruz do Capibaribe, Toritama e Caruaru que, juntas, detêm cerca de 90%
dos estabelecimentos e empregos gerados. De
acordo com a Associação Comercial e Empresarial de Caruaru (ACIC), o Arranjo Produtivo
Local (APL) de Confecções é o segundo maior
do Brasil em peças produzidas, com estimativa
de movimentação de R$ 2 bilhões ao ano.
Investimentos privados e públicos são constantes
na região da cidade, onde existem inúmeros cursos de graduação superior e de pós-graduação. A
chegada de extensões da UFPE e UPE com cursos para a produção e gestão da moda demonstram a grande demanda por conhecimentos.
Turismo
Entre os principais atrativos turísticos está o
São João de Caruaru, realizado anualmente
durante o mês de junho e popularmente conhecido como o “maior São João do mundo”.
Só em 2012, a festa gerou uma movimentação
financeira de 204 milhões de reais e recebeu
1,5 milhãos de turistas. Na capital do forró
está ainda “o maior centro de Artes Figurativas das Américas”, o Alto do Moura, vila
onde estão a casa-museu do Mestre Vitalino,
mundialmente conhecido por sua arte no barro, e o Memorial do Mestre Galdino, artesão
também reconhecido por sua habilidade.
A Feira de Caruaru, cantada nos versos de Luiz
Gonzaga, tornou-se patrimônio imaterial e cultural do Brasil e atrai milhares de turistas por
suas riquezas, cores, sabores e aromas – carnes
de sol e de bode, ervas medicinais, roupas, calçados, utensílios de cozinha, móveis, animais
vivos, artigos eletrônicos – e um permanente
clima de festa. Também vale a visita ao Museu
do Barro, ao Museu do Cordel (mantido pela família de Olegário Fernandes, cordelista já falecido) e ao Museu do Forró, que homenageia Luiz
Gonzaga e outros gênios regionais.
Com uma rede hoteleira com 18 hotéis executivos e de lazer, totalizando mais de 1.100 leitos, a
cidade também atrai pela gastronomia. Com
tantos atrativos, Caruaru merece muitas visitas.
Re vista Me rca d o
27
Pátio do Forró
Alto do Moura
Sulanca (Sul e Elanca)
A apenas sete quilômetros do centro de Caruaru,
fica o tranquilo bairro de Alto do Moura, onde o
principal atrativo é uma rua central de paralelepípedos, que parece ter parado na época em que
Mestre Vitalino punha as mãos no barro para dar
vida a essa arte que, décadas mais tarde, levaria
Caruaru na rota internacional da arte figurativa.
A região, com suas casinhas coloridas, bares,
restaurantes e muitos turistas, abriga ateliês de
mais de 200 artesãos, discípulos dos mestres
Vitalino, Eudócio e tantos outros artistas que
fazem esculturas moldadas no barro natural
que também deram ao lugar o título de maior
centro de artes figurativas das Américas.
Aos poucos, Caruaru cativa mais e mais os turistas,
tanto pelas esculturas figurativas de barro, quanto
pela poesia de cordel ou pelo duelo dos antigos repentistas da feira da cidade. Não à toa, a Feira de
Caruaru é uma das mais antigas e famosas do Brasil.
Suas histórias são suficientes para convencer os turistas a deixar-se ficar e se encantar por vários dias.
Apesar de todas as partes da feira serem
cheias, nenhuma é tão concorrida como o
polo de compras de confecção popular Sulanca, que atrai compradores de diversas regiões
para adquirir peças de roupas e revendêlas em
seus Estados de origem. São cerca de 9.000
bancas que funcionam às terças-feiras, a partir das 5 horas.
A Sulanca tem a origem do nome em décadas passadas, quando comerciantes de roupas vinham do Sul do Brasil comprar na feira
retalhos de helanca (malha de poliéster) para
usar em suas confecções. Hoje, gera mais de
75 mil empregos diretos e indiretos, sendo,
portanto, muito importante para a economia
de Caruaru.
Com a crescente importância da Sulanca, há
planos de se criar uma universidade de moda
em Caruaru, para qualificar profissionais de
produção de roupas.
Feira de Caruaru
Feira de Caruaru
Caruaru cativa pela sua gente,
sua arte, suas festas
Localizada “nas entranhas do Nordeste”
como descreve um cordelista local, Caruaru não é destino para os adeptos do turismo
de um dia, de fácil assimilação, como os que
acontecem em alguns destinos do litoral.
A cidade se revela aos poucos aos forasteiros
e seu centro oferece poucos atrativos turísticos fora da época da Semana Santa e do
famoso São João. Mas sua gente é cativante
o ano todo. E ao conhecer as manifestações
culturais da região de Caruaru se vê que ela
proporciona uma das mais interessantes e ricas viagens no Estado.
28
Julho de 2013
Principal atração da cidade – garantida durante o ano
todo – a feira é considerada uma das maiores ao ar
livre do Brasil. Iniciada no final do século 18, essa tradicional feira comercial hoje abrange 13 mercados temáticos, com uma variedade de produtos que inclui
trabalhos artesanais, roupas e acessórios, animais,
alimentos, produtos importados e até um museu dedicado à mais internacional das literaturas regionais:
o cordel. Inúmeros artistas mostram sua alma no
cordel literário, publicados em folhas, livretos e livros
que viajam o mundo pelas mãos dos turistas.
Na palha, junco ou barro – materiais mais usados na
criação de peças decorativas e utilitárias da Feira de
Caruaru, comerciantes trabalham em quiosques,
que permitem ao turista assistir à confecção de peças – como cestas de palha e junco, trabalhadas pelas mãos habilidosas dos artesãos – que às vezes não
levam mais de três minutos para serem produzidas.
Cheiros e sabores
Na feira livre estão também os sabores de Caruaru
onde se prova a culinária e as frutas típicas da região,
como o umbu, de sabor azedo e característico. Nas
bancas de carne, tem carne-seca e de bode, carrochefe dos principais cardápios de Caruaru, encontrado em versões como linguiça e espeto.
Maior São João do Mundo
Em junho, toda a cidade se transforma em um
imenso arraial com vilas cenográficas inteiras
dedicadas ao forró e com barracas de comida
típica. Neste ano, cerca de 1,2 milhão de pessoas visitaram a cidade durante o São João. E
mesmo depois do final desse evento, que chega a durar mais de um mês, a cidade parece
esperar o restante do ano na expectativa do
São João seguinte.
Visitar o museu Luiz Gonzaga é conhecer e
valorizar a cultura nordestina tão profundamente amada pelos que ali habitam. Além da
história de Gonzagão, o lugar tem muito de
Elba Ramalho e do onipresente Mestre Vitalino. O museu fica no pátio do forró, área
com muitos bares e muita gente jovem se divertindo, onde durante todo o mês de junho
acontecem atrações gratuitas de música para
festejar o São João.
Milho dá energia para dançar
forró no São João
Assado na fogueira, cozido, na pamonha ou
na canjica, o milho é a base de muitos pratos
consumidos no São João de Caruaru. Ele é
gostoso e faz bem à saúde, dá energia e proteção ao corpo.
Excelente fonte de fibras, por ser consumido
com a casca, ao contrário do arroz, por exemplo. O milho ajuda a reduzir os níveis do colesterol e glicose no sangue e auxilia o bom
funcionamento do intestino.
Nas festas juninas, o maior benefício do milho
é a energia que ele fornece. No mês de dançar
forró, sua energia ajuda no arrasta-pé, por ser
fonte de carboidratos.
Cidade é musa inspiradora
de compositores e repentistas
Caruaru é uma das cidades mais cantadas do Brasil – sua gente, produção artística e características inspiram verso e prosa, ajudando a divulgar sua fama em
todo o país. São João, forró, feira livre, Mestre Vitalino,
Alto do Moura, estão nas letras que falam da musa inspiradora de tantos filhos, naturais ou adotados, da terra.
A primeira música nacionalmente conhecida que cantou a cidade, foi “Caruaru”, de Belmiro Barrela, gravada por Cauby
Peixoto: “Foi num belo dia de verão / Que eu perdi meu coração / Foi numa cidade do Sertão / Que guardo na recordação / Caruaru, Caruaru / A princesinha do norte és tu.”
Na ocasião, Caruaru já era tema para artistas locais e servia
de mote para repentistas e poesias de cordel, mas esta canção abriu novos espaços. Em 1957, veio o grande reconhecimento através de Luiz Gonzaga, com “Feira de Caruaru” (O.
Almeida) e “Caruaru – Capital do Agreste” (O. Almeida/
Nelson Barbalho). Dois anos antes, Luiz Gonzaga e Jackson
do Pandeiro já haviam gravado músicas sobre as festas de
Caruaru. A massificação da cidade como tema musical
se deu nos anos 70 e 80, com a ida de diversos forrozeiros
para a cidade, como Azulão, Jacinto Silva, Jorge de Altinho, Petrúcio Amorim, Alceu Valença, Elba Ramalho,
Geraldo Azevedo e tantas bandas de pífanos. O forró passou a ser o rosto musical de Caruaru e o período junino
ampliou suas manifestações artístico-culturais. Atualmente,
artistas continuam cantando Caruaru, na maioria os da própria terra. São trios de forró, falando do município e mostrando a cidade para outras regiões, e levando a todos a “cultura
caruaruense”, notadamente o forró.
Pesquisa de José Daniel da Silva, pesquisador e professor
de História
Re vista Me rca d o
29
ORGULHO
DE SER
ESTE É O COMBUSTÍVEL
QUE NOS TROUXE ATÉ AQUI.
30
Julho de 2013
Tem compromisso com
as pessoas? É ALE.
A ALE conquistou o Prêmio “TOP Socioambiental e de
RH”, da ADVB-PE, na categoria “Recursos Humanos”.
Esse reconhecimento quer dizer que valorizamos todos
os que fazem parte da ALE, dos funcionários aos nossos
consumidores. Nós sabemos que pessoas realizadas
levam nossa empresa cada dia mais longe.
Re vista Me rca d o
31
RECIFE - HABITAT III
Brasileira, Recife valoriza suas
raízes urbanísticas internacionais
A
os 33 anos, o conde Maurício de
Nassau era funcionário da Companhia das Índias Ocidentais da Holanda, quando foi enviado para administrar a
colônia holandesa no Brasil, que explorava o
comércio do açúcar.
Nomeado governador da Nieuw Holland
(Nova Holanda), em 1637, em Recife, Nassau,
acompanhado por uma equipe de engenheiros
liderados pelo arquiteto Pieter Post, responsável pelo traçado da nova cidade, começou
a construir a Mauritsstad (Cidade Maurícia,
ou Mauriceia). Essa iniciativa foi muito além
da ocupação e exploração da colônia e desenvolveu um projeto urbano para a cidade, gerando um importante legado que marca sua
administração e o futuro do Recife.
Nassau pavimentou ruas, renou pântanos,
construiu diques, pontes, canais, estradas, escolas, um jardim botânico (o primeiro do Brasil) e um observatório astronômico (o primeiro
do continente americano). Transformou o que
era um pequeno vilarejo, fundado em 12 de
março de 1537, num moderno centro urbano,
O palácio do Campo das Princesas e o Tribunal de Justiça de Pernambuco
no bairro de Santo Antônio (dir.). No canto esquerdo, as pontes Buarque de Macedo,
Maurício de Nassau e a 12 de Setembro, também conhecida como antiga ponte giratória.
Foto aérea
Zona Sul do Recife
32
Julho de 2013
para os padrões da época. E ainda trouxe missões artísticas e científicas para a cidade, tornando-a o polo cultural do novo continente.
Com essas obras de modernização urbanística
em Recife, Nassau promoveu a melhoria da
qualidade dos serviços públicos, como a
coleta de lixo e os serviços dos bombeiros,
construiu o Zoológico e o Museu Natural e
dinamizou o sistema de produção de açúcar
no Nordeste.
Com uma postura progressista, Nassau envolveu parte da população pernambucana em
suas obras de melhorias urbanas. Sua saída
do Recife se deu de forma bastante curiosa,
pois coincide com o momento que vive o Brasil: por não concordar com a pesada cobrança
de impostos holandeses sobre os senhores de
engenho, entregou o cargo. Sua saída estimulou a Insurreição Pernambucana e os donos de
terras, unidos aos negros e aos índios, lutaram
durante nove anos para expulsar os holandeses, vencendo em 1654.
Cidade se candidata á sede
da próxima Conferência das
Nações Unidas sobre Planejamento
Urbano e Moradia - HABITAT III,
que acontecerá em 2016
Após quase 400 anos, desde que recebeu seu
primeiro projeto urbanístico, Recife agora
quer honrar suas origens centenárias de inovação em urbanismo, sediando a III Conferência das Nações Unidas sobre Planejamento
Urbano e Moradia, a HABITAT III, que acontecerá em 2016.
Para tanto, o Comitê Pró Recife HABITAT
III foi organizado unindo a sociedade civil, organizações não governamentais e grupos empresarias nacionais e internacionais, visando
trazer o evento para o Brasil e para uma cidade que reúna condições fundamentais para
sediar esse encontro. A cidade deverá ter um
conjunto de características, tais como diversidade, tradição, inovação, conquistas, desafios
e contrastes. Entretanto, em meio às grandes
Re vista Me rca d o
33
Inovacidade
Entrada do antigo porto no centro do Recife.
dificuldades contemporâneas ela deverá apontar
soluções que se integrem à sua região metropolitana, cujos efeitos ultrapassem os limites
das fronteiras municipais, regionais e nacionais, congregando os setores público e privado
e a sociedade civil neste caminho.
Para os integrantes do Comitê Recife Pró
HABITAT 2016, Recife tem todas as condições
de sediar a próxima conferência mundial sobre
planejamento urbano e moradia.
Recife, por quê?
A retomada da indústria do petróleo, com a refinaria Abreu e Lima, o Complexo de Suape, a
Fiat, e a indústria naval, com o Estaleiro Atlântico Sul (EAS), além dos investimentos em
bairros planejados justificam um maior crescimento da produção na construção civil do
Recife, como também novos desafios urbanos.
A cidade e sua região metropolitana já têm 13
projetos de bairros planejados e uma cidade
inteligente, que somam cerca de 90.000 moradias em todos os segmentos econômicos. A
Cidade da Copa, a Cidade Atlântica e o Complexo Multiuso Convida Suape são alguns dos
empreendimentos que colaboram para remodelar o perfil e as características da região me34
Julho de 2013
tropolitana, contribuindo para descentralizar e
distribuir o desenvolvimento regional, gerando
milhares de empregos temporários e permanentes, frutos de mais de 20 bilhões de dólares
em investimentos.
Recife é o coração de uma região que busca,
de forma conjunta, a solução dos problemas
típicos das regiões metropolitanas brasileiras:
trânsito complexo, contrastes sociais, especulação imobiliária e ocupações desordenadas,
sendo um imenso laboratório a céu aberto
para a aplicação de inovações tecnológicas,
planejamento urbano e infraestrutura.
Esse gigantesco trabalho já começou na cidade e
conta com o envolvimento das instituições acadêmicas, entidades da sociedade civil e empresas
de destaque, brasileiras e mundiais, além dos
gestores públicos, na busca de melhores soluções
para esses desafios do século 21.
Esse conjunto de iniciativas vai de encontro às
pautas do Habitat III, pois atendem aos diversos segmentos econômicos e objetivam distribuir, de forma racional, a ocupação dos novos
espaços urbanos. Juntam também a iniciativa
privada e o setor público e envolvem inovação
e novas tecnologias, para criar uma cidade mais
justa e inteligente.
O Brasil é o maior país da América do Sul, o
quinto maior do mundo e conta com mais de 192
milhões de habitantes. Com certeza, o governo
federal terá muito trabalho na hora de distribuir
verbas ou definir onde serão feitas novas obras.
O Nordeste, com uma área territorial de 1,5 milhão de quilômetros quadrados – do tamanho da
França, Itália, Reino Unido e Alemanha juntos,
onde vivem 53 milhões de habitantes (2010) ou
28% da população brasileira e com um Produto
Interno Bruto de 538 bilhões de reais (2012), se
projeta como uma terra de oportunidades. Um
evento como o Habitat III atrairá os olhares do
mundo para o Brasil e para o Nordeste, com sua
natureza exuberante e condições climáticas favoráveis, onde o sol brilha o ano inteiro, e grandes oportunidades nascem a partir das várias
obras e ações estruturantes.
Recife e sua região metropolitana vivem uma importante expansão econômica com vários projetos
industriais e empresariais, que criam desafios, mas
possibilitam também grandes conquistas, como a
ampliação de emprego, renda e qualidade de vida.
O projeto Navega Recife, por exemplo, se apresenta como uma nova forma de mobilidade urbana, com transporte fluvial pelo rio Capibaribe. Ele
vai conectar rios e canais da região metropolitana,
integrando vários modais, melhorando o trânsito
e o conforto dos passageiros, colaborando, ainda,
para disciplinar a expansão demográfica. Única
obra de corredor fluvial do Brasil com transporte
público de passageiros, o Navega Recife é fruto de
parcerias entre as prefeituras do Recife, de Olinda
e governo federal. Deverá ser entregue em 2014.
Para incorporar a cultura da navegabilidade numa
cidade que é naturalmente cercada por rios, ele
terá 14 quilômetros navegáveis por 12 embarcações, que transportarão 350 mil passageiros por
dia. Nesse projeto, ganha a mobilidade urbana,
o meio ambiente – porque a dragagem vai tirar
materiais contaminados do leito dos rios – e o turismo da cidade, com a bela paisagem sobre um
novo ângulo, e a tranquilidade de uma viagem
sem congestionamentos. Navegar será preciso
sim, tanto como forma de deslocamento, integrado com outros modais, quanto para se criar
uma cultura de transporte fluvial na cidade.
A integração dos sistemas de mobilidade está
acontecendo na região metropolitana através do
Consórcio Grande Recife de Transportes, uma
estrutura em rede que viabilizará a universalização dos serviços e a inclusão social, ao integrar
o sistema operacional e tarifário entre as linhas
Os belíssimos casarões coloniais ás margens do Rio Capibaribe
Re vista Me rca d o
35
metropolitanas e municipais da grande Recife.
A área coberta pelos transportes do consórcio estão melhorando a eficiência e a qualidade dos serviços e geram economia em escala para o usuário.
Recife 500 anos e Habitat III Planejamento participativo
desenhando o futuro da cidade
A prefeitura do Recife está comprometida com
a construção de um projeto que possa superar
os desequilíbrios e desigualdades gerados nos
últimos séculos pelo processo espontâneo e
desordenado de ocupação urbana. Para tanto,
mobiliza os segmentos sociais com um planejamento participativo capaz de tornar realidade uma visão de futuro. O projeto Recife 500
Anos tem como referência o aniversário oficial
da cidade, em 2037, para estabelecer diretrizes que orientem a implementação do modelo
resultante desse consenso.
Assumindo o conceito de desenvolvimento
sustentável, serão trabalhados valores que
garantam qualidade urbana, equilíbrio ambiental e territorial e geração de oportunidades socioeconômicas com participação e
controle social. A cidade conta com importantes polos de geração de conhecimento e
tecnologia, prestação de serviços modernos
e condição logística que permitem a consolidação de um diferencial como ambiente inovador, criativo e empreendedor.
Conforme o secretario de desenvolvimento
Urbano de Recife, Antonio Alexandre, “a realização da conferência ONU Habitat III 2016
encontrará no Recife um verdadeiro laboratório de soluções urbanas em ritmo intenso,
com uma sociedade engajada na construção de
futuro e receptiva para absorver novos olhares e percepções, incorporando também suas
contribuições. Apostamos que são fortes os
motivos para oferecer nossa reconhecida hospitalidade para irmãos de todo o mundo”. O HABITAT III
Em 2010, ao assumir o comando da ONU
HABITAT, Joan Clos, ex-prefeito de Barcelona,
declarou: “70% dos problemas ambientais,
sociais e econômicos do planeta têm sua origem nas áreas urbanas, que representam apenas 2% da superfície habitável”. A frase deixou
36
Julho de 2013
claro que o modelo de urbanização e o modelo
econômico vigente convergiam para agravar
ainda mais a crise climática, econômica e outras
em curso, tais como: poluição, fome, migrações, desertificação, extinção de espécies etc.,
e resumia a fragilidade das decisões tomadas até
então, pois seu foco estava mais nas consequências do que nas causas dos problemas.
O Habitat III, portanto, pretende mudar essa
cena e desempenhar um papel agregador no
desafio de conectar um modelo mais equilibrado e distribuído de desenvolvimento, com um
planejamento urbano mais inteligente que vá,
inclusive, para além das cidades.
Dois pontos já estão definidos para serem objeto
dessa Conferência, a saber:
1. Desenvolver uma nova infraestrutura de comunicação e informação conectada à infraestrutura básica, que atinja todos os cantos do
planeta e permita o desenvolvimento das pessoas onde elas estejam, criando fatores que
facilitem a reversão dos fluxos migratórios da
cidade em direção ao campo.
2. Criar uma cooperação entre os setores público e privado e a sociedade civil, promovendo ações econômicas de forte impacto ambiental positivo.
Esses dois pontos vão contribuir, ao mesmo
tempo, para melhor distribuição do desenvolvimento do planeta, ampliando os empregos e
a distribuição das atividades econômicas sustentáveis, diminuindo as diferenças regionais
e a migração em direção às cidades (promovendo sua inversão) e ampliando as fontes de
energia renováveis, entre outras.
Ilustramos o que poderá ser o Habitat III e o por
que de Recife ser o lugar ideal para sediá-lo.
O planejamento urbano e a infraestrutura das
novas cidades são a chave para a qualidade de
vida e para os negócios neste século.
Grande Recife avança no domínio brasileiro da tecnologia LED
Instituição de pesquisa, em parceria com cidades da Grande Recife, Marinha Brasileira e
o grupo Neo Energia, colaboram com o desenvolvimento aplicado de tecnologia inovadora em LED, que beneficia principalmente as áreas periféricas das cidades dos países
em desenvolvimento.
Na foto o antes
(parte inferior) e depois
(parte superior) do uso de
iluminação com LED.
Projetos de iluminação bem planejados promovem a queda da criminalidade, valorizam o
lazer noturno, o comércio, o turismo, auxiliam
no desempenho do sistema viário e também
reduzem o consumo de energia. Ou seja, hoje,
a tecnologia de iluminação está na pauta dos
municípios, sobretudo agora que todos precisam observar, além da eficiência, a economia,
a durabilidade, a facilidade de manutenção, a
renovação dos sistemas, considerando também
a poluição residual no descarte das lâmpadas.
Pesquisa desenvolvida pela empresa LEDBrasil e o Instituto ILED, em Olinda e Recife,
já está sendo utilizada em programa de eficiência energética na Escola de Aprendizes de
Marinheiros em Olinda e começa a ser utili-
JUNHO 2013
Baseados na tecnologia e resultados da
Led Brasil, Cree (fabricante de led) e a
cidade de Los Angeles iniciam projeto
de Retrofit de 140.000 luminárias, que
economizará 63%, 5 milhões de dólares
ao ano, em energia e seu retorno de
investimento será em seis anos.
Re vista Me rca d o
37
zada nas ruas de várias cidades da região.
As duas organizações chegaram a uma tecnologia modular, denominada Moduled, que garante trazer economia e eficiência às luminárias e aos postes convencionais que migrarem
para o novo sistema. Patenteada internacionalmente, a tecnologia Moduled reaproveita
as luminárias existentes, adaptando-as para
LED e gerando uma economia na implantação de até cinco vezes menor que os produtos similares (importados). Essa tecnologia
economiza até 65% de energia em relação às
lâmpadas de sódio e de vapor metálico convencionais (comprovado por testes e ensaios
produzidos pela Celpe e Neo Energia).
“Ainda estamos na idade da pedra da iluminação de LED”, argumenta Robson Oliveira,
pesquisador especializado em LED e eficiência
energética e presidente do ILED – instituição
que nasceu a partir do desenvolvimento de
pesquisas aplicadas de LED em várias cidades
de pequeno e médio portes e regiões periféricas do Brasil, onde a eficiência e a economia
de energia e manutenção são fundamentais.
Nas pequenas e médias cidades, 90% das
luminárias de rua têm menos de 200 watts e
até hoje a maioria das empresas que desenvolvem LED não demonstraram interesse em
desenvolver um produto para as necessidades dessas áreas periféricas, que representam 90% dos pontos luminosos de qualquer
cidade. Para elas, é mais interessante continuar ganhando com as lâmpadas conven-
cionais de descarga, das quais têm completo
domínio, ou, eventualmente, nas luminárias
mais caras de LED, voltadas para grandes
avenidas das metrópoles.
Ao final de 2011, teve início um projeto ousado,
visando pela primeira vez transformar 100% da
iluminação pública de uma cidade em LED, incluindo as vielas de comunidades, avenidas comerciais e rodovias. A cidade é Abreu e Lima,
na Grande Recife, e com apoio do ex-prefeito
Flávio Gadelha, do atual Marcos Silva e do secretário de Administração Sérgio Aroucha já
está em fase de conclusão.
O resultado dos três anos de estudos culminou
com o já patenteado Moduled, tecnologia mundialmente inovadora no uso do LED, e permitiu
criar sistemas modulares de média e alta potências, adaptáveis para vielas, ruas, avenidas e
rodovias, utilizando e reaproveitando 100% das
luminárias existentes nas cidades. “A equação
econômica do projeto foi usar a tecnologia a
favor da economia na implantação do sistema,
para que municípios de qualquer porte possam
pagar pela implantação dos módulos de LED
com a própria economia gerada com o uso do
sistema”, garante Oliveira.
Cidade da Grande Recife já tem
iluminação de LED
Abreu e Lima, cidade de 95 mil habitantes,
apostou na tecnologia Moduled, dando início ao
projeto Nova Luz, que já iluminou toda a comunidade do bairro Fosfato, localizado na periferia,
Iluminação em sódio e LED, na parte superior o destaque da claridade para a iluminação em LED.
38
Julho de 2013
Abreu e Lima - PE – Favela Fosfato junho 2012
e que está migrando 100% da iluminação da cidade para a tecnologia de LED.
Desenvolvido pelo ILED, o projeto Nova Luz
utiliza a energia convencional em conjunto
com painéis solares de alto rendimento e turbinas eólicas, que irão colaborar com 10% de
energia renovável. Em sua primeira fase de
implantação, o projeto economizará importantes recursos da prefeitura em energia e
também na sua implantação, por ter um custo
de 5 a 6 vezes menor do que qualquer outro
disponível no mercado. “Essa economia retornará o investimento ao município em menos de três anos”, garante Oliveira. Segundo
Alberto Cardoso, da empresa Real Energy,
responsável pela manutenção do projeto, “a
troca de tecnologia vai gerar ao município
uma economia anual de um milhão de reais
em custos com energia, graças à redução de
consumo de 60% a 70%, em comparação às
lâmpadas usadas anteriormente e à durabilidade, que chega a ser 10 vezes maior do que a
das convencionais”.
JUNHO 2012
Led Brasil inicia projeto pioneiro
mundialmente de Retrofit Led em
iluminação pública, com economia
comprovada de 65%.
Iniciado na comunidade do Fosfato,
cidade de Abreu e Lima, Pernambuco,
a primeira favela 100% iluminada a led
no planeta. O projeto estará concluído
até o final de 2013, com um retorno de
investimento recorde: dois anos e meio.
Re vista Me rca d o
39
RECIFE - HABITAT III
Depoimentos
Cidades seguras, cidades
competitivas
Murilo Cavalcanti e Sérgio C. Buarque
maioria concentrada nas grandes cidades degradadas e miseráveis; além de vulneráveis às atividades
criminosas, os jovens se matam nos finais de semana
de droga e alcoolismo, frustrados e sem perspectiva.
A violência e desagregação social reduzem a competitividade econômica que acentua o desemprego,
favorecendo a ampliação da violência. Quebrar o circulo vicioso e reverter o quadro de miséria, degradação urbana e baixa competitividade constitui o grande desafio da gestão das cidades e, portanto, dos
futuros prefeitos. Como lideranças locais, os Prefeitos são responsáveis pelas políticas e investimentos
que enfrentem a desagregação social, tornando as
cidades centros de inovação e iniciativas empresariais. A cidade empreendedora tem dois aspectos:
primeiro, a introdução de métodos gerenciais modernos e empresariais no sistema de planejamento
e gestão da cidade, para garantir eficiência e eficácia
na administração municipal; e, segundo, o estímulo
à capacidade e iniciativa empresarial na população,
particularmente entre os jovens dos bairros pobres.
A reconstrução de um ambiente de inovação e
competitividade das cidades requer a redução significativa da violência para criar um espaço público de
segurança para o cidadão e para os negócios. Para
tanto, deve combinar o uso da força do Estado e da
repressão policial, para quebrar a estrutura do crime
organizado, com a implementação de políticas sociais que ofereçam à juventude escola de qualidade,
capacitação profissional, oportunidades de trabalho,
atividades culturais e esportes saudáveis, afastando
os jovens do ambiente de drogas e delinqüência, na
fronteira da criminalidade; além disso, deve contemplar a recuperação dos espaços urbanos desordenados e degradados da periferia e das favelas.
A cidade saudável deve ser também o espaço
dos empreendedores que descubram oportunidades de negócios e apostem diretamente em
empreendimentos produtivos que geram renda
e emprego; que não esperam pelos governos e
assumem também as responsabilidades pelo desenvolvimento da cidade, ao mesmo tempo em
que crescem com seus próprios negócios.
Neste aspecto cabe à gestão das cidades a criação
das condições sócio-culturais e urbanas adequadas
para os empreendimentos da sociedade, estimulando a formação de uma cultura de inovação, criatividade e iniciativa na população, principalmente entre
os jovens. Os gestores públicos das cidades devem,
portanto, atuar como facilitadores do empreendedorismo, criando o ambiente favorável ao florescimento dos pequenos negócios na periferia, grande
alternativa de renda e de geração de emprego.
Murilo Cavalcanti
Secretário de Segurança Urbana da
Cidade do Recife
Sérgio C. Buarque
Economista e consultor
Murilo Cavalcanti em uma megabiblioteca em Bogotá
A
s cidades são espaços de concentração
da economia e da população que exercem um papel central na difusão da
cultura, das inovações tecnológicas, e de serviços sociais básicos. A aglomeração das atividades produtivas e das pessoas no espaço urbano
confere eficiência e competitividade à economia,
tornando as cidades o centro dinâmico do desenvolvimento nacional. Entretanto, as cidades
também concentram a pobreza e os grandes
problemas sociais do país, resultado do processo
40
Julho de 2013
desordenado de ocupação e uso do espaço; cada
vez mais, elas são uma síntese da degradação social e ambiental e fonte irradiadora da violência.
O desemprego e a ociosidade da população jovem e as degradantes condições de vida das favelas e bairros pobres dos centros urbanos formam
o ambiente social propício á propagação da droga
e da criminalidade, comprometendo a eficiência e a competitividade econômica das cidades;
segundo estudo do Banco Mundial, o Brasil tem
9,5 de jovens sem escola e sem emprego, a grande
Murilo Cavalcanti com
o colombiano Hugo
Acero, ex-secretário
de Segurança Cidadã
de Bogotá por 9 anos
consecutivos
Re vista Me rca d o
41
42
Julho de 2013
Re vista Me rca d o
43
JÚRI
Top Socioambiental e de RH – ADVB-PE 2013
O júri foi constituído pelas seguintes personalidades:
Jurados elegem 18 casos em
três categorias
N
Meio Ambiente
Sociocultural
o dia 17 de abril último, a ADVB-PE reuniu um seleto grupo de jurados
para analisar e eleger os ganhadores do Prêmio Top Socioambiental e de RH 2013.
Ao todo, 38 trabalhos foram inscritos, sendo
sete na categoria Sociocultural, 22 na classe de
Meio Ambiente e nove concorrendo com projetos de Recursos Humanos. Destes, apenas 18
tiveram aclamação dos jurados.
Presidido por Bruno Bomeny, CEO do World
Trabalho premiado
Akzo Nobel
Projeto clube da terra
Consórcio Rnest Conest (Odebrecht/OAS)
Carnaval sustentável
Detran-PE Departamento Estadual de Trânsito de Pernambuco
Trânsito é vida
Alusa Engenharia S.A.
Energia renovável, uma solução sustentável
Bradesco Capitalização S.A.
Projeto TAMAR
Compesa - Companhia Pernambucana de Saneamento
Robô Bio nas ações de educação ambiental da Compesa
Galvão Engenharia S.A.
Projeto ambiental descarte zero
Jiquiá Desenvolvimento Imobiliário
Concepção urbanística e ambiental
RH
Nov Fiber Glass Systems
Caminhão de lixo híbrido hidráulico - redução de 25% do consumo de combustível
Aspectos do produto e seus processos de fabricação
voltados às questões ambientais e iniciativas verdes
Aspectos de projeto e detalhes construtivos da planta
NOV FGS voltados às questões ambientais
Alesat Combustíveis S.A.
Orgulho de ser ALE
Consórcio Rnest Conest (Odebrecht/OAS)
Jovem aprendiz
MAN Latin America (Volkswagen Caminhões)
Sistema de gestão de saúde e segurança ocupacional
Petrobras Distribuidora S.A.
Processo de gestão da ambiência organizacional
Julho de 2013
Maurício Vergani
Diretor da Unidade de
Negócios de clientes
corporativos da Oi
Educação ambiental para construção da cidadania
Reciclando fashion
Nov Fiber Glass Systems
Bruno Bomeny
Presidente do World Trade Center Business Club
São Paulo
Diretor da Unidade de Negócios de
clientes corporativos da Oi desde
março de 2011. Foi vice-presidente
da Embratel Empresas e vice-presidente de operações comerciais da
Xerox do Brasil.
É membro do Instituto de Marketing
Industrial e do LIDE e atua como
mentor na Endeavor. Graduado em
Marketing, possui extensão em Marketing Estratégico pela PUC-RJ e
Desenvolvimento Empresarial pela
Fundação Dom Cabral.
Heloisa Helena Silva
de Oliveira
Executiva da Fundação
Abrinq
Brasileira, Bacharel em Ciências
Econômicas, pelo UNICEUB (DF),
com MBA para Executivos e especialização em Governança Corporativa pela USP. Atuou em diversas
áreas no Banco do Brasil S.A., é
membro de conselhos em diversas
instituições, tais como Instituto
Desiderata e Brasil Foods S.A. atualmente, exerce a função de Administradora executiva na Fundação
Abrinq pelos Direitos da Criança e
do Adolescente.
Projeto pedagogia ambiental Suape: Evolução e avanços 2010-2012
Consórcio Rnest Conest (Odebrecht/OAS)
Man Latin America (Volkswagen Caminhões)
44
Trade Center Business Club São Paulo, o corpo
de jurados teve ainda a presença das ilustres personalidades: Élcio Aníbal de Lucca, presidente da
Luccra; Gilmar Pinto Caldeira, vice-presidente
da Top Service; Heloísa Helena Silva de Oliveira,
executiva da Fundação Abrinq; e Maurício Vergani, diretor-geral da Oi Telecomunicações.
Confira, abaixo, por categoria e em ordem
alfabética, os vencedores do Prêmio Top Socioambiental e de RH 2013:
Organização
Complexo Industrial Portuário de Suape Governador Eraldo
Gueiros
Consórcio Ipojuca Interligações (Construtora Queiroz
Galvão/IESA Óleo e Gás)
Presidente do World Trade Center Business Club São Paulo, cursou
Programação na Kyoei-Facom em 1988 e graduou-se em Engenharia
pela Universidade Paulista em 1993. Fundou a Comlog Informática, a
Veg Eventos, a Sortcom, em parceria com Alcatel e a WTC Santos.
Foi diretor de marketing do WTC São Paulo por quatro anos, representou o Brasil em várias missões internacionais como Halifax (Canadá),
Washington (EUA) e Sofia (Bulgária). Em sua gestão na WTC SP,
criou a revista WTC News, WTC Club, WTC da Paz, programa de
responsabilidade social, criação de conteúdo para eventos, nova bandeira WTC Hotel e ações do Shopping D&D.
Gilmar Pinto Caldeira
Vice-presidente da Top
Service
Vice-presidente Top Service
Incentive Travel
CEO Nucleo Copa do Mundo
Grupo Aguia
Administrador de Empresas
Ex-diretor do Board Grupo
Accor no Brasil
Fundador da Incentive House
Marketing/Empresa pioneira e
líder de mercado
Élcio Anibal de Lucca
Presidente da Luccra
Administrador com mestrado na
EASP/FGV. Admin. Emérito CRA.
Autor livro Gestão para um Mundo
Melhor. Presid.: LUCCRA–Lucro c/
responsabilidade; Presidente Cons.
Movim. Brasil Competitivo, Cons.
Notáveis e-Learnig & Perform.
Brasil. vice-presid.: Cons. de Autorregulação FEBRABAN. Conselheiro certif. IBGC, Akatu, Ayrton
Senna, CIEE, ADVB, FNQ, WTC,
etc, e empresas: Martins Atacad.,
Eurofarma. Membro CPA-EASP/
FGV; Academia Baras. MKT; Academia Bras. Qualidade.
Re vista Me rca d o
45
RESUMO DOS TRABALHOS
Meio Ambiente
ALUSA Engenharia - Obra CAFOR RENEST
Projeto piloto de iluminação limpa para o Nordeste
A Alusa Engenharia mostrou seu
comprometimento com o desenvolvimento
socioambiental, através da implantação de dez
postes movidos a energia limpa e renovável,
na área de estacionamento e acesso ao
canteiro da CAFOR-I.
O sistema de iluminação híbrido é
alimentado por geração de energia elétrica
limpa e renovável, através de fonte eólica
(aerogeradores) e solar (painéis fotovoltaicos).
A autonomia do sistema independente é de 36
horas. Por ser 100% autônomo, o projeto não
depende da rede de alimentação de energia
elétrica existente.
Márcio Borges
Diretor de Óleo e Gás
Bradesco Capitalização
O mar está para as tartarugas, com o Pé Quente Tamar
A Bradesco Capitalização criou uma
linha de títulos exclusiva, com parte da
receita proveniente de sua comercialização
destinada a projetos ecológicos. O título de
capitalização Pé Quente Bradesco Projeto
Tamar é específico para a parceria com o
Projeto Tamar, de proteção às tartarugas
marinhas. O Tamar mantém 22 bases em
áreas costeiras e oceânicas de nove Estados
brasileiros. Entre 2011 e 2012, foram
protegidos 3.153.401 filhotes e criados em
média 691 empregos diretos e 152 indiretos
por ano. O Bradesco repassou, no período,
R$ 9.408.731,00 ao projeto.
Norton Glabes Labes
Presidente da Bradesco
Capitalização
Compesa - Companhia Pernambucana de Saneamento
Um simpático robô que sensibiliza o público sobre a importância da água
Ciente da importância da educação ambiental
associada às inovações pedagógicas, a
Compesa desenvolveu o Robô Bio, uma
nova mascote para interagir com o público.
Sua cabeça é uma tela de computador
em que são projetadas suas expressões,
imagens e áudio. A programação contém
apresentação em vídeo, mostrando o que é
a Compesa, o tratamento de água e esgoto,
as redes de distribuição e captação, a função
do hidrômetro, a Tarifa Social, o consumo
eficiente da água e o meio ambiente em
geral. As apresentações já beneficiaram
mais de 6.000 pessoas.
Fabíola Coelho
Assessora de
Responsabilidade Social
SUAPE - Complexo Industrial Portuário
Governador Eraldo Gueiros
Informar, sensibilizar e mobilizar pessoas em prol
da sustentabilidade de Suape
Para informar quanto à correta ocupação dos
espaços do Complexo de Suape do ponto de vista
econômico, ambiental e social, foi implantado um
programa de Educação Ambiental para formar
funcionários proativos quanto à preservação da
cultura, da economia e do bioma locais.
O programa é composto de cursos e oficinas;
coleta seletiva de papel; campanha permanente
de combate à dengue; Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes – CIPA; curso de
aperfeiçoamento da gestão pública; e dos
projetos Visitando Suape e Horizonte
Profissional. De 2010 a 2012, foram
realizados 88 treinamentos.
José Roberto Carvalho
Zaponi
Coordenador de
Educação Ambiental
Re vista Me rca d o
47
RESUMO DOS TRABALHOS
Marcelo Fernandes
da Cunha
Coordenador de Meio
Ambiente
Waldir Martins dos
Santos Filho
Coordenador de
Sustentabilidade
Deiseane Ayres Pinto
Coordenadora de Meio
Ambiente
Meio Ambiente
48
Julho de 2013
Meio Ambiente / Recursos Humanos
Consórcio Ipojuca Interligações
MAN Latin America
A construção civil também pode edificar a cidadania
Um caminhão de lixo projetado no Brasil que é uma joia
A atividade da construção gera impactos
ambientais pelo consumo de recursos
naturais, modificação da paisagem e
geração de resíduos. Consciente de que a
preservação ambiental depende de atitudes
ecológicas e que esta depende de educação,
o Consórcio Ipojuca implantou o projeto
O caminhão de lixo híbrido, dieselhidráulico, foi projetado e desenvolvido
pela engenharia brasileira e é inédito no
mercado latino-americano. Com grande
potencial ambiental, proporciona uma
redução de 25% no consumo de combustível
em situações do tipo anda e para. Nesses
Educação Ambiental para Construção da
Cidadania. O público-alvo são os estudantes
de escolas públicas, da educação infantil
à fundamental. Visitas a empresas de
reciclagens, palestras e oficinas mostram
aos alunos como ações simples melhoram
o meio ambiente.
ciclos, o veículo consome uma quantidade
mínima de combustível de 0 a 25 km/h,
pois é movido apenas pela energia potencial
armazenada nos acumuladores hidráulicos.
Além dos ganhos em redução de consumo
de combustível, também há um aumento de
50% na durabilidade do sistema de freio.
Consórcio Rnest Conest
Nov Fiber Glass Systems
Do fardamento às passarelas, uma atitude moderna e sustentável
O segredo: compartilhar com os colaboradores
a responsabilidade ambiental dos produtos
O Conest realizou o desfile Reciclando
Fashion, que teve a sustentabilidade como
marca registrada. A iniciativa surgiu da
necessidade de minimizar os impactos
causados pela empresa ao meio ambiente,
no descarte de fardamentos nos aterros
sanitários, e promover novas alternativas
de reaproveitar os uniformes descartados.
Foram criados 112 modelos de roupas, através
das parcerias entre o Conest e a Cooperativa
Coopcost (estilista e costureiras), o Núcleo
Reciclando (oficinas de reciclagem) e o grupo
Acauã Cia. de Dança (jovens do projeto
social que desfilaram).
Vazamentos de óleo em tubulações submarinas
e grandes incêndios com perdas de vidas são
desastres frequentes em empresas do setor
petroquímico. Por isso, foi um desafio desenvolver
produtos compatíveis com essas exigências, que
evitem danos ambientais durante a produção e o
uso dos mesmos, deem segurança aos clientes e,
ao mesmo tempo, vendam aos colaboradores a
ideia de melhorar a linha operacional e ambiental.
A empresa realizou processos de melhoria
na produção, diminuindo o peso e o custo de
instalação e da manutenção dos mesmos.
Galvão Engenharia
Nov Fiber Glass Systems
“Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma” Lavoisier
Solução que aproveita luz e calor
economiza energia e aumenta o bem-estar
A madeira inservível é reaproveitada na
manutenção das estruturas físicas do
canteiro de obras ou doada para instituições
sem fins lucrativos. O concreto in natura
é aproveitado na fabricação de blocos
de concreto, utilizados em manutenção
de estruturas do canteiro ou também é
O forte calor e a farta iluminação gerados pelo
clima do Nordeste possibilitaram à Nov Fiber
Glass Systems desenvolver um projeto, com
custo mínimo, de racionalização do consumo de
energia, principalmente durante o dia. Luz natural
constante e ventos provenientes do litoral próximo
doado. O concreto sólido é entregue a uma
empresa de reaproveitamento sustentável,
os efluentes gerados na obra são tratados e a
água residual é reutilizada para o controle da
poeira, na umectação das vias da RNEST.
O programa reduziu em mais de 60% o envio
de resíduos para os aterros.
Jiquiá Desenvolvimento Imobiliário
Cesar Barros
Arquiteto
RESUMO DOS TRABALHOS
Felipe Poggliali Bretas
Diretor-comercial
Bonifácio Rocha Filho
Gerente de Manutenção
Recursos Humanos
Inspirado nos projetos urbanísticos
mais modernos e sustentáveis do mundo
ALESAT Combustíveis S.A.
O Ecocity Jiquiá foi inspirado em Tianjin,
metrópole chinesa inteiramente sustentável. As
calçadas, vias e ciclovias do bairro se integram às
estruturas viárias metropolitanas e ao Parque do
Jiquiá, tendo o pedestre calçadas sombreadas, e
os meios motorizados trafegando em harmonia
com pedestres e bikes.
Trabalhar em uma empresa da qual seus
profissionais sentem orgulho, cria alicerces
para melhorar o ambiente organizacional.
Ao longo de 2012, a campanha Orgulho
de Ser Ale promoveu diversos programas
motivacionais para reforçar os valores
relacionados a vestir a camisa da empresa.
Com a coleta seletiva municipal e coletores
para reaproveitamento da água da chuva,
o empreendimento sustentável vai gerar
milhares de empregos à população do
entorno. Traz o novo conceito dos futuros
empreendimentos imobiliários que ainda
vão surgir.
ao Cabo de Santo Agostinho, quando tratados
adequadamente propiciam um clima ameno,
trazendo aos funcionários da fábrica o conforto
necessário para que realizem suas atividades.
Com o uso racional da energia elétrica, houve
diminuição no consumo em torno de 25%.
Gian Gomes
Marques
Especialista
A prosperidade como resultado de colaboradores orgulhosos
Os gestores foram convocados a promover
o máximo envolvimento dos funcionários
com as campanhas propostas. Em 2012, a
Companhia faturou R$ 9 bilhões e prevê
chegar a R$ 9,5 bilhões neste ano, com
um acréscimo de 200 novos postos
revendedores à sua rede.
Christina Barker
Coordenadora de
Desenvolvimento
Organizacional
Re vista Me rca d o
49
RESUMO DOS TRABALHOS
Recursos Humanos / Sociocultural
Sociocultural
Consórcio Rnest Conest
Consórcio Rnest Conest
Fernanda Oliveira
Sampaio Santos
RP de P&O
RESUMO DOS TRABALHOS
Satisfeitas em trabalhar no mesmo ambiente, famílias geram maior renda
Frevo, suor e reciclagem colocam o bloco Acauã nas ruas de Olinda
O programa Jovem Aprendiz incentiva a
indicação de filhos e parentes dos integrantes
do Conest, além de pessoas com deficiência,
para receberem melhores condições de
competir no mercado de trabalho. A premissa
é formar mão de obra qualificada, a partir
dos núcleos familiares do Conest, para um
No primeiro carnaval em que o frevo
foi considerado Patrimônio Imaterial da
Humanidade, as ladeiras de Olinda foram
tomadas pelas cores azul e laranja do
Conest e as fitas refletivas do fardamento
iluminaram as vielas da cidade.
As fantasias foram feitas pelas costureiras
cenário econômico em permanente evolução
tecnológica. O público-alvo é composto de
pessoas com deficiência (PCDs), a partir
de 18 anos, e jovens entre 18 e 22 anos que
estejam cursando ou concluíram o ensino
médio, para receber formação técnicoprofissional nas unidades do Senai.
da cooperativa Na Emenda, com uniformes
descartados pelos trabalhadores, e usadas
pelo grupo Acauã Cia. de Dança para
desfilar nas ladeiras históricas de Olinda,
demonstrando que é possível
recriar preservando a natureza
e propagando a cultura.
Waldir Martins dos
Santos Filho
Coordenador de
Sustentabilidade
MAN Latin America
Consórcio de fornecedores gera compartilhamento
de estrutura, cultura e qualidade
Fernando Ferreira
Supervisor
A Man Latin America adotou, em sua unidade
de Resende (RJ), um modelo inovador de
gestão no formato de Consórcio Modular,
em que oito parceiros fazem a montagem de
conjuntos completos de peças: chassi, eixos e
suspensão, rodas e pneus, motores, armação da
cabine, pintura e acabamento da cabine.
O controle de qualidade é da MAN.
Os parceiros não participam do lucro,
continuam sendo fornecedores, mas também
montam as peças que vendem. Na fábrica,
compartilham toda a infraestrutura:
restaurante, ambulatório e manutenção de
máquinas e equipamentos.
Petrobras Distribuidora
Clima organizacional monitorado
amplia o sucesso nos processos de mudança
Solange Musa
Gerente-executiva de
Recursos Humanos
Líderes não são apenas gestores de processos
e de negócios, mas de pessoas. Para
contribuir com o desenvolvimento de um
ambiente de trabalho favorável ao alcance
de metas, com equipes comprometidas
com os valores da Companhia, a Petrobras
Distribuidora implantou o projeto de
Ambiência Organizacional. Foram
identificados os pontos críticos e elaborados
planos de ações de responsabilidade de cada
setor, com a área de RH como consultora e
parceira, sobretudo daquelas localizadas fora
da sede. A empresa tem obtido sucesso nos
processos internos de mudança.
Sociocultural
Akzo Nobel Ltda.
Crianças recebem educação ambiental através da alegria das cores
Rosângela Kirzner
Gerente-técnica R&D.
Responsabilidade Social
e Sustentabilidade
50
Julho de 2013
A Coral está no Brasil desde 1954, através do
grupo holandês Akzo Nobel, maior fabricante
de tintas e revestimentos do mundo. Hoje, tem
1.200 colaboradores nas unidades de Mauá
(SP), Recife (PE) e São Paulo.
Desde 2005, realiza o projeto Clube da Terra
que já beneficiou 18 escolas. Voluntários
das unidades ensinam práticas de educação
ambiental a alunos de escolas públicas.
Desenhos infantis desenvolvidos no projeto
são pintados nos muros das escolas, trazendo
orgulho aos alunos e professores, criando
vínculos com a comunidade e mostrando o
valor dessa arte.
DETRAN-PE
Se essa rua fosse minha, os motoristas eu iria conscientizar
Levar aos motoristas e usuários de variados
veículos noções de obediência às leis de
trânsito e da importância de adotarem
um comportamento mais responsável na
direção dos mesmos, a fim de evitar ou pelo
menos minimizar acidentes, é o objetivo do
programa Trânsito é Vida, do DETRAN-PE.
Uma das prioridades da ação é diminuir
as ocorrências com motociclistas, que
apresentam elevada taxa de óbitos no
Estado. Escolas públicas e particulares,
bem como maior fiscalização, contribuíram
para a formação de agentes multiplicadores
da educação no trânsito.
Maria de Fátima
Bezerra Rodrigues
Costa
Diretora-presidente
do Detran PE
DESCRIÇÃO DOS TRABALHOS
Meio Ambiente
OBJETIVO
ALUSA Engenharia - Obra CAFOR RNEST
Energia Renovável, uma Solução Sustentável
Projeto piloto de iluminação
limpa para o Nordeste
A
Alusa Engenharia é uma empresa de
infraestrutura presente no mercado há
mais de 50 anos. Atua como integradora de projetos, obras e serviços ligados ao setor
elétrico, de telecomunicações, óleo e gás, ampliando gradativamente a participação em outros
segmentos da engenharia e construção civil, com
obras desenvolvidas no Brasil e no exterior com
mais de 10.000 km de linhas de transmissão de
extra-alta tensão construídas.
Presente na construção e montagem da Casa
de Força da Refinaria Abreu e Lima (obra
CAFOR RNEST), o setor de óleo e gás da
Alusa Engenharia mostrou seu comprometimento com o desenvolvimento socioambiental, através da implantação de dez postes
movidos a energia limpa e renovável, na área
de estacionamento e acesso ao canteiro da
CAFOR-I.
Esse sistema de iluminação é híbrido, ou seja, é
alimentado através das fontes eólica (aerogeradores) e solar (painéis fotovoltaicos), energias elétricas limpas e renováveis.
Armazenada em banco de baterias que alimentam as luminárias a LED, a energia é acionada
por fotossensores. A autonomia do sistema independente é de 36 horas, suficientes para a iluminação de três noites. Por ser um sistema 100%
autônomo, não depende da rede de alimentação
de energia elétrica existente. A Alusa também
cedeu cinco unidades para iluminação viária do
acesso principal do canteiro de obras da Casa de
Força da Refinaria Abreu e Lima, que estava desprovida de iluminação noturna.
Entre os principais objetivos do projeto,
destacam-se: contribuir para economizar e evitar o uso inadequado e predatório dos recursos naturais disponíveis;
atuar com resultados financeiramente
mais econômicos e ambientalmente
mais sustentáveis; e utilizar energias
renováveis como instrumento de melhoria da consciência e da educação ambiental da empresa e da sociedade.
A criação do projeto Energia Renovável, uma Solução Sustentável vai de
encontro à política de qualidade, segurança, saúde, meio ambiente responsabilidade social da Alusa. Mais do que
atender a requisitos legais, a empresa
busca implantar energias renováveis
para reduzir os impactos ambientais
inerentes às suas atividades na refinaria.
Para tanto, oferece constantes treina-
mentos aos seus colaboradores, com
o objetivo de capacitar, sensibilizar e
conscientizar frente às responsabilidades quanto à segurança, à saúde e
à preservação ambiental.
Assim, adota soluções energéticas
que vão de encontro aos objetivos do
Sistema Integrado de Gestão (SIG)
quanto à melhoria contínua dos seus
diversos processos operacionais.
O sistema consiste na geração da energia elétrica limpa e hibrida, através de
aerogeradores e painéis fotovoltaicos.
A energia é armazenada em banco de
baterias que alimentam as luminárias
LED, acionadas por fotossensor. A
autonomia do sistema independente é
de 36 horas, suficientes para iluminar
por três noites. O sistema é 100% autônomo, não dependendo da rede de
alimentação elétrica existente.
O diferencial do sistema híbrido é a
utilização das fontes de energia limpas e renováveis, complementares e
eventualmente concomitantes, que
garantem a autonomia necessária.
Todas as soluções energéticas são
dimensionadas de acordo com as
condições climáticas, que otimizam
o aproveitamento da energia solar e
eólica. Durante o dia, são utilizadas
as fontes solar e eólica. Não são
instaladas as baterias no topo dos
postes, método comumente usado
no mercado de postes com sistema
solar. Isso colabora para que as baterias trabalhem em temperatura
adequada, permitindo que sua vida
útil chegue a 36 meses. O dimensionamento de cada solução visa
reduzir os custos e dar maior eficiência às plantas.
carbono, como esse projeto, que
apresenta grau zero de carbono,
através desse sistema, promovendo
a compensação nos impactos ambientais da obra CAFOR RNEST.
Com apenas dez unidades em operação, trabalhando em média dez horas
diárias, o projeto piloto de iluminação limpa para o Nordeste já promo-
veu uma economia diária de cerca
de 27.200 W/h (algo em torno de
R$ 367,20/mês, ou R$ 4.467,00/ano).
Graças à total sustentabilidade, o
projeto também gerou interesse espontâneo da mídia em modelos mais
sustentáveis, fortalecendo o canal de
comunicação e marketing entre usuários e potenciais clientes do projeto.
ESTRATÉGIA
Através de visita técnica realizada
pela equipe de engenheiros, analisouse a melhor composição do sistema a
ser instalado no local. Os profissionais foram devidamente capacitados
para implantar e manter fontes limpas de energia renovável. Assim, os
postes instalados no estacionamento
da CAFOR-I são exemplo de inovação, pois a origem da energia, além de
ser limpa, não depende da rede elétrica para funcionar. Os postes foram
fornecidos pela Greenluce, empresa
do grupo Alusa Engenharia, especializada em microgeração de energia e
soluções de iluminação.
RESULTADO
Postes movidos a energia limpa e sustentável
52
Julho de 2013
Iluminação 100% autônoma não depende da rede de energia elétrica
Diminuir o aquecimento global depende de mudanças de hábitos e
intervenções no mundo em que vivemos. Não adianta apenas reciclar
o lixo doméstico se, a cada hora, 1,6
km2 da floresta amazônica é derrubado (segundo o Inpe). É preciso
focar na preservação do meio ambiente e na redução da emissão de
Re vista Me rca d o
53
DESCRIÇÃO DOS TRABALHOS
Meio Ambiente
OBJETIVO
Bradesco Capitalização
ProjetoTartarugas Marinhas do Brasil – Tamar
O mar está para as tartarugas,
com o Pé Quente Tamar
As atividades de proteção às tartarugas marinhas tiveram início há mais de
30 anos, com um amplo levantamento na costa brasileira, em que foram
percorridos quatro mil quilômetros,
do Rio de Janeiro até o Amapá, em
sua divisa com a Guiana Francesa.
Cerca de dois anos depois, esse trabalho resultou na identificação das
espécies existentes no Brasil, sua distribuição e abundância, as áreas de
desova, período de reprodução, locais
de alimentação comprovados e principais problemas enfrentados para a
sobrevivência da espécie. Hoje, o Projeto Tamar promove ações de apoio às
atividades de proteção e pesquisa das
tartarugas marinhas do Brasil e dá suporte ao caráter científico, educacional
e cultural que envolve todo o projeto.
A parceria com a Bradesco Capitalização começou em 2011 e dela
resultou o título de capitalização Pé
Quente Bradesco Projeto Tamar,
para prover de recursos financeiros
parte das atividades direcionadas
às tartarugas.
Assim, a partir da conservação do meio
ambiente, com atividades de proteção e
pesquisa, são realizadas, pela Fundação
Pró-Tamar, ações conexas que envolvem as comunidades carentes locais
para integrá-las ao mercado de trabalho
e também para promover a conscientização social, através de atividades de
educação ambiental.
aqueles localizados em áreas de risco.
Nas zonas de alimentação, migração
e descanso das tartarugas marinhas,
os esforços são concentrados no monitoramento e redução do número de
tartarugas capturadas incidentalmente nas pescarias costeiras e oceânicas,
bem como no resgate e recuperação
dos animais que chegam às praias.
Outro programa é o de geração de emprego e renda nas comunidades litorâneas, vinculado às ações de proteção
das tartarugas, aos Centros de Visi-
tantes e lojas e unidades de confecções
de camisetas. São também proporcionadas oportunidades de capacitação e
qualificação profissional.
Nas comunidades das bases há o
programa de inclusão social para
formação e manutenção de grupos
produtivos, para reduzir a pressão
sobre os recursos naturais, associar
a conservação do meio ambiente
às tradições e expressões artísticas
locais e fortalecer a autoestima
dessas populações.
nidades litorâneas junto às bases, e
152 empregos indiretos, através dos
grupos produtivos e de artesanato.
Os programas de inclusão social desenvolvidos ou apoiados para moradores das comunidades envolveram
836 pessoas em média, por ano.
Os Centros de Visitantes do Projeto Tamar receberam 1.626.232 visitantes, dos quais 377.346 atendidos
gratuitamente, e estudantes de 3.303
escolas. Soltura de tartarugas, palestras, exposições, programas de ecoturismo e atividades nas escolas atingiram ainda 848.156 pessoas, entre
moradores locais, turistas e alunos.
O valor captado e investido através
da Bradesco Capitalização, durante
os anos de 2011 e 2012, é da ordem
de mais de R$ 9,4 milhões.
ESTRATÉGIA
No Brasil, a desova vai de setembro a
março no continente e de dezembro
a junho nas ilhas oceânicas. Em áreas
de desova são desenvolvidos, de forma integrada, programas de pesquisa científica, conservação e manejo
do meio ambiente. As fêmeas vivas
flagradas recebem duas marcas metálicas individuais, sendo coletados
seus dados biométricos. Os ninhos
são localizados e monitorados até o
nascimento dos filhotes, sendo transferidos para cercados de incubação
Parceria entre projeto Tamar
e Bradesco Capitalização
reverte recursos valiosos
ao programa de proteção às
tartarugas marinhas da
costa brasileira
S
Projeto está em 22 bases
onde se concentram as
tartarugas marinhas
54
Julho de 2013
eguindo as diretrizes da Organização
Bradesco de apoiar iniciativas que visem
à restauração e à proteção do patrimônio
ecológico e ambiental brasileiro, a Bradesco Capitalização criou uma linha de títulos em que parte
da receita financeira, proveniente da comercialização, é destinada a projetos cujos resultados
e benefícios sejam reconhecidos e consagrados
pela sociedade.
Empresa que tem posição de destaque no negócio de capitalização no país, a Bradesco Capitalização realiza, desde 2004, essas ações inovadoras e pioneiras em seu segmento, lançando
nacionalmente linhas de títulos de perfil socioambiental em apoio a programas nas áreas de
educação, saúde, meio ambiente e ecologia que,
em 2011, incluiu o projeto Tartarugas Marinhas do
Brasil - Tamar. Criado em 1980, o Tamar é um programa de proteção às cinco espécies de tartarugas
marinhas da costa brasileira, há décadas ameaçadas de extinção. Ele atua nas áreas do litoral
onde estão as maiores concentrações de desovas
e, consequentemente, as principais ameaças: coletas de ovos, abate de fêmeas, uso de seus cascos
para confecção de bijuterias e decorações, além
da pesca incidental.
Atualmente, as atividades de proteção e pesquisa dessas espécies são desenvolvidas através de
22 bases, áreas de concentração das tartarugas
marinhas – aparentemente zonas de alimentação
ou desova – que coincidem com um alto índice de
captura incidental na pesca costeira.
RESULTADO
Com a parceria entre a Bradesco
Capitalização e o Projeto Tamar, nos
anos de 2011 e 2012 as ações de proteção e pesquisa em áreas de desova
e alimentação das cinco espécies de
tartarugas marinhas da costa brasileira protegeram 3.153.401 filhotes.
Foram criados em média, por ano,
cerca de 691 empregos diretos, a
maioria para moradores das comu-
Re vista Me rca d o
55
DESCRIÇÃO DOS TRABALHOS
Meio Ambiente
OBJETIVO
Compesa - Companhia Pernambucana de Saneamento
Robô Bio
Um simpático robô que nos
ensina a economizar água
O
desenvolvimento de novas técnicas
de ensino tem sido um dos grandes
desafios da pedagogia contemporânea. As inovações tecnológicas da computação
e da informática oferecem lazer, informação e
despertam a curiosidade dos jovens e dos adultos, tornando-se forte concorrente em relação
às práticas comuns de ensino e de aprendizado.
Percebendo esse papel associativo que a tecnologia, sobretudo a informática, tem ao despertar
o interesse das pessoas em relação ao seu conteúdo, a Compesa, responsável pelo saneamento e serviços de abastecimento de água e esgoto
sanitário em 173 municípios de Pernambuco e
no Distrito de Fernando de Noronha, adicionou
ao seu arsenal de instrumentos educativos um
novo mascote: o Robô Bio.
Criado especialmente para a Compesa, desde
sua concepção visual ao conteúdo que apresenta, o Robô Bio tem na cabeça uma tela de
computador, onde são projetadas suas expressões, imagens e áudio. Os movimentos são
controlados por um operador, que fica posicionado estrategicamente, observando a reação
do público. Em suas atividades, o Robô Bio
causa euforia desde o momento de sua aparição, pois desperta curiosidade e encantamento
no público.
A sua programação contém uma apresentação
em slides sobre o que é a Compesa, como se dá
o tratamento da água e do esgoto, as redes de
distribuição e captação, a função do hidrômetro,
a Tarifa Social da Compesa, o consumo eficiente
da água e o meio ambiente de maneira geral.
O Robô Bio divide a palestra com um
assistente social, que o auxilia na interação com os ouvintes. A função da
dupla é difundir informações e estimular os ouvintes a participar do processo de conscientização ambiental em
relação às questões do uso eficiente da água e da preservação dos
recursos hídricos.
Entre os objetivos dessa estratégia
está ampliar a participação e interação dos alunos com as ações da
Compesa, bem como o envolvimento de funcionários, diretores e colaboradores das instituições que recebem as apresentações.
Aproximar a Compesa dos clientes e
usuários do segmento de baixa renda,
divulgar e apresentar a Tarifa Social,
estimular o aprendizado via recursos
tecnológicos que sensibilizam para o
uso correto e racional da água – um
bem precioso e finito – também são
objetivos do projeto, assim como
uniformizar a linguagem e os conteúdos apresentados aos diversos segmentos da sociedade.
baseadas em conceitos de inovação,
otimizando procedimentos e processos dentro da própria Compesa.
Durante a realização das palestras são
realizados sorteios em que os alunos
se dividem em grupos e participam de
jogos educativos que verificam o conteúdo apreendido pelos participantes.
Esse é o momento de maior interação
entre a equipe, o robô e os alunos,
uma vez que os jogos engendram a
atmosfera lúdica necessária para a participação de todos. Podem ser feitas
perguntas aos participantes e quem
responde corretamente também ganha um brinde. Entre os jogos educativos estão: caça-palavras, labirinto,
jogo da memória, trilha e verdadeiro
ou falso. O aluno ou a equipe que
fizer maior pontuação é premiada com
brindes da Compesa, que podem ser
joguinhos, squeezes, camisas e bonés,
entre outros. Todo o sistema de projeção, áudio, movimentos e interação
com o assistente social são controlados pelo operador do Robô Bio.
suas ações de cunho socioambiental, hoje há necessidade de agendamento prévio para atender à grande
demanda por apresentações nas
instituições de ensino.
Além das escolas, a Compesa foi
recebida por dois shoppings, eventos que serviram como experiência
inicial para a apresentação do Bio
ao grande público, abrindo um novo
horizonte para a disseminação desse
conhecimento em espaços comunitários, como praças e parques.
O despertar da curiosidade, o
estímulo à assimilação do conteúdo e a abertura de novos ambientes de forma espontânea para a
realização do trabalho socioambiental da Compesa, demonstram
a boa aceitação e o acerto na
utilização dos recursos aplicados
neste projeto. As apresentações
já beneficiaram mais de 6.000
pessoas de 23 escolas e dois shoppings centers, em Pernambuco, e
devem ter continuidade.
ESTRATÉGIA
Por ser uma experiência interativa, lúdica e prazerosa, a aparição do Robô
Bio provoca uma lembrança muito
mais forte do que uma explanação do
mesmo conteúdo, porém sem o artifício da mascote. A disponibilidade
desse recurso tão inovador também
despertou nos colaboradores envolvidos, direta e indiretamente, a cultura
da reciclagem no seu dia a dia, que
eles relatam ao público. A experiência
com o Robô Bio ainda abriu caminho
para a criação de novas metodologias
RESULTADO
Mais de seis mil crianças já assistiram á apresentação interativa
de preservação da água
56
Julho de 2013
Ao fundo, o Robô Bio durante uma de suas visitas às escolas
Após a primeira escola participante, no Recife, diversas instituições
em Olinda, Paulista, Tamandaré,
Cabo de Santo Agostinho, Jaboatão
dos Guararapes, Caruaru, Carpina,
Aliança e Petrolina foram agraciadas com a presença do Robô Bio.
A notícia de sua existência despertou interesse imediato nas escolas,
que passaram a solicitar a palestra,
fato que mudou a rotina do projeto. Onde inicialmente a Compesa
solicitava permissão para efetuar
Re vista Me rca d o
57
DESCRIÇÃO DOS TRABALHOS
Meio Ambiente
SUAPE - Complexo Industrial Portuário Governador Eraldo Gueiros
Programa de Educação Ambiental PEA - Suape
Funcionários unidos em prol da
sustentabilidade de Suape
O
Complexo Industrial Portuário Governador Eraldo Gueiros – Suape (CIPS)
tem empreendido esforços e recursos
para atender às exigências da legislação ambiental aplicadas ao contexto portuário e industrial,
a fim de manter sua gestão adequada do ponto
de vista econômico, social e ambiental. Executado no presente com olhar no futuro, o programa de Educação Ambiental (PEA) foi criado no
CIPS para formar funcionários proativos quanto
à preservação da cultura, da economia e do meio
ambiente locais.
O PEA, portanto, está introduzindo na empresa
ferramentas e processos capazes de formar uma
consciência de comprometimento com a minimização ou a reversão dos efeitos nocivos das ocu-
pações e dos processos produtivos que acontecem no complexo e em seu entorno.
Por ser fundamental para a sustentabilidade
da região, a educação ambiental do projeto
quer formar agentes multiplicadores, que fomentem a reflexão crítica e contribuam para
fortalecer a participação de atores sociais e
institucionais na implantação dos instrumentos estratégicos necessário a um planejamento
ambiental qualificado.
O programa é composto de cursos e oficinas, coleta seletiva de papel, campanha permanente de
combate à dengue, Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA, curso de aperfeiçoamento da gestão pública, e dos projetos Visitando Suape e Horizonte Profissional.
OBJETIVO
São objetivos do PEA treinar e capacitar um público diverso, através de
cursos livres de educação ambiental,
segundo preceitos do Programa das
Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA); treinar e capacitar profissionais do ensino formal e informal,
especialmente professores, seguindo a
Lei de Diretrizes e Bases da Educação
(LDB) e as diretrizes dos Parâmetros
Curriculares Nacionais (PCNs - Meio
Ambiente). O projeto também tem
como metas difundir metodologias da
pedagogia ambiental, através de oficinas ecopedagógicas, utilizando como
bases teóricas os princípios norteadores
da educação ambiental e da transversalidade; produzir e expandir conhecimentos acerca do processo de
restauração florestal, através do Ciclo
de Oficinas Ecológicas sobre a proteção, conservação ou recuperação dos
recursos naturais, em especial à Mata
Atlântica do CIPS e do seu entorno;
monitorar a evolução e os avanços da
replicabilidade das atividades desenvolvidas. E ainda, por meio do Plano
de Ação em Educação Ambiental
para a coleta seletiva de papel, ampliar
a campanha permanente de combate
à dengue, as atuações junto à CIPA,
aplicar o curso de aperfeiçoamento da
gestão pública para funcionários da
organização e manter o projeto Visitando Suape, juntamente com o Horizonte Profissional.
no de ação em Educação Ambiental
está a Coleta Seletiva de Papel, a
Campanha Permanente de Combate à Dengue, a Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes - CIPA, o
Curso de Aperfeiçoamento da Gestão Pública para Funcionários de
Suape, e o Projeto Visitando Suape
– Horizonte Profissional.
A logística dos trabalhos tem participação de atores públicos, privados
e do terceiro setor, por meio de reuniões internas e palestras, além de
encontros contínuos com os gestores
de Suape. Nesses grupos de trabalho,
a linha de sustentabilidade da empresa leva a parcerias também com a
Rede de Defesa Ambiental do Cabo
de Santo Agostinho, dos setores industriais e acadêmicos, que buscam
atender às necessidades ambientais
do desenvolvimento local.
no de ação da coleta seletiva de papel
em Suape arrecadou 3.513,50 kg de
materiais recicláveis, doados à cooperativa RECICLE. O programa teve
a publicação de 14 boletins informativos na intranet sobre coleta seletiva
(Boletim da Lua Cheia), ampliando a
adesão e incluindo a doação também
para equipamentos eletrônicos em
torno de 480 kg. A Comissão Interna
de Prevenção de Acidentes – CIPA
elaborou um novo mapeamento de
risco para Suape. A campanha permanente de combate à dengue gerou 23
boletins informativos para o plano de
intensificação das ações de controle à
infestação do aedes aegypti. O curso
de Aperfeiçoamento da Gestão Pública para os Funcionários de Suape
teve a adesão de 27% de funcionários
e culminou com a publicação da Carta de Sustentabilidade de Suape, com
25 ações de práticas sustentáveis. E o
Balanço Ambiental de 2012 proporcionou o replantio de 280 hectares de
Mata Atlântica (a meta para 2013 é de
360 ha), restaurou 61 ha de restinga e
9 ha de mangue no Engenho Ilha.
ESTRATÉGIA
O Projeto de Educação Ambiental
(PEA) trabalha com treinamentos
voltados ao desenvolvimento econômico, à produção e difusão de tecnologias e aos conhecimentos na área
socioambiental. O programa tem, no
Instituto de Tecnologia de Pernambuco – ITEP, sua instituição executora,
responsável para que a educação ambiental seja desenvolvida em caráter
permanente. Entre as práticas do pla-
RESULTADO
Flagrantes do projeto de Pedagogia ambiental
Projeto teve adesão de 27% dos funcionários
58
Julho de 2013
Entre 2010 e 2012, foram oferecidos 88
cursos e oficinas pelo projeto Pedagogia Ambiental, com 2.076 concluintes.
O índice geral de aprovação ao projeto
vem crescendo a cada ano, com 96,3%
de alcance e 50% de replicabilidade.
Os projetos Visitando Suape e Horizonte Profissional recebeu 50.664 visitantes. Foi implantado o projeto Suapinho Ambiental para crianças, com
três roteiros de visitação: econômico,
ecológico e cultural.
Cerca de 244 pessoas estão envolvidas nos subprogramas do PEA. O pla-
Re vista Me rca d o
59
DESCRIÇÃO DOS TRABALHOS
Meio Ambiente
OBJETIVO
Consórcio Ipojuca Interligações
Educação Ambiental para Construção da Cidadania
A construção civil também pode
edificar a cidadania
A
atividade da construção é reconhecida
como uma das mais importantes para
o desenvolvimento econômico do Brasil, mas se caracteriza ainda como uma grande
geradora de impactos ambientais, seja pelo alto
consumo de recursos naturais, pela modificação
da paisagem ou pela grande geração de resíduos.
Considerando o tamanho e a importância dos
seus impactos, o segmento da construção pode
e deve ter um compromisso para a preservação ambiental na região em que atua, buscando processos com menor consumo de recursos naturais e menor geração de poluentes.
Mas não adianta se restringir a isso; é preciso
levar a conscientização ambiental para além
dos muros, através da construção da cidadania
na comunidade.
A educação ambiental vem, portanto, de encontro
a essa necessidade, fazendo com que toda a sociedade seja capaz de entender as causas e a evolução
dos problemas gerados na natureza ao longo do
tempo, deixando rastros da agressão exacerbada
sobre os recursos naturais. Esses problemas tendem a se agravar, se não houver uma mudança da
atual postura degradante que impera em boa parte
da população.
Para o Consórcio Ipojuca, educação ambiental e
cidadania são indissociáveis. Quanto mais o cidadão for educado, mais será capaz de exigir seus
direitos e cumprir seus deveres. Praticando a máxima da Eco 92: “Pensar globalmente, agir localmente”, o Consórcio espera, a partir da educação
ambiental, ultrapassar os paradigmas e construir
uma nova sociedade, mais sustentável, com a formação de cidadãos conscientes.
60
Julho de 2013
Educar ambientalmente crianças em
idade escolar, colaborando para a
construção da cidadania foi o primeiro objetivo traçado pelo programa de
educação ambiental proposto. Através dessa postura, as crianças tendem a adquirir a compreensão sobre
a importância do consumo consciente dos recursos naturais e de como
prevenir a poluição.
O foco do programa são as escolas
dos municípios de Ipojuca e Cabo
de Santo Agostinho. A elas foi proposto criar alternativas que visem à
construção do cidadão num contexto interdisciplinar, trazendo para as
escolas municipais da região, através
de oficinas e atividades intra e extraclasse, como visitas a empresas de
reciclagens, a reflexão sobre os problemas ambientais locais, regionais,
nacionais e mundiais.
Ações conectadas entre os colaboradores do Consórcio, a Secretaria de
Meio Ambiente de Ipojuca e Cabo
de Santo Agostinho, professores da
escola, instrutores e parceria com
ONGs oportunizaram a captação de
recursos físicos e financeiros para viabilizar essas propostas de sensibilizar
os estudantes quanto à importância
do cuidado ambiental na melhoria da
qualidade de vida.
cias e os vocabulários do público-alvo,
enfim, considerando a realidade e o
próprio ambiente na qual a comunidade está inserida.
Temas como o reaproveitamento de
materiais, segregação de resíduos e
a preservação da natureza são abordados de acordo com o momento e
o evento específico a ser trabalhado,
procurando colocar os alunos em situações que estimulem a formação
de uma opinião crítica, como, por
exemplo, diante de uma agressão ou,
ao contrário, conservação ambiental,
apresentando os meios de compreensão daquelas situações distintas.
A cada etapa do projeto, os alunos são
observados sob os aspectos de interesse, participação e realização das
atividades orais, escritas e práticas, de
modo que se possa acompanhar junto
ao aluno sua compreensão dos conceitos propostos. O fundamento do projeto é a prática do voluntariado, seja da
própria empresa, seja da comunidade,
sendo a maioria servidores públicos
das escolas ou das entidades e órgãos
parceiros. Assim, não há custos com
os recursos humanos. Os recursos financeiros são aplicados na confecção
ou aquisição de materiais usados nas
atividades, assim como no transporte e
alimentação dos alunos.
Vários materiais também são empregados nas atividades, como banners, cartilhas, materiais recicláveis,
priorizando sempre a criatividade
dos participantes e enfatizando a
reutilização de materiais comuns
em seu cotidiano.
ambiental foram desenvolvidas ao
longo dos anos de 2010, 2011 e 2012
e estão sendo planejadas para 2013.
Os alunos já surpreendem, frente às
situações do cotidiano, não jogando
resíduos no chão, economizando
água nos sanitários e reutilizando os
papéis para rascunho. São essas ati-
tudes que eles têm levado para dentro de suas casas e para os seus locais de lazer. Assim, multiplicadores
da consciência ambiental, possivelmente serão futuros cidadãos mais
conscientes dos impactos das suas
ações e capazes de atuarem como
agentes sociais.
ESTRATÉGIA
Alunos visitam empresa de reciclagem de lixo
Atividades em classe também conscientizam sobre
os problemas ambientais
O público-alvo, eleito para participar
do projeto, são os estudantes de escolas carentes da rede pública, desde
a educação infantil até a fundamental.
São elas: Escola Nossa Senhora do
Desterro, Escola Professora Maria das
Dores Cavalcante Albuquerque e Escola Municipal Manoel Maria Caetano.
As atividades propostas são estruturadas conjuntamente entre Consórcio
Ipojuca Interligações e os professores
e instrutores dessas escolas, sendo
programadas e avaliadas em reuniões
pedagógicas realizadas periodicamente
entre todos os envolvidos.
As metodologias de trabalho utilizadas são diversas, como pesquisa de
campo, confecção de panfletos, cartilhas e cartazes informativos, levando
em conta os conhecimentos, as vivên-
RESULTADO
Toda a comunidade é mobilizada para aprender sobre
cuidados ambientais
Houve uma rápida resposta das
crianças frente aos conceitos trabalhados e forte interesse nos temas
propostos. As participações se tornaram maciças nas palestras, visitas externas e nas oficinas lúdicas,
com muitas perguntas, curiosidades
e sugestões. As ações de educação
Re vista Me rca d o
61
DESCRIÇÃO DOS TRABALHOS
Meio Ambiente
OBJETIVO
Consórcio Rnest Conest
Reciclando Fashion
Do fardamento às passarelas - uma
atitude moderna e sustentável
A grande imprensa divulgou
o projeto Reciclando Fashion,
de preservação ambiental,
e desenvolvimento
econômico e social
O Reciclando Fashion foi estruturado
ao longo de três meses e cada entidade envolvida buscava desempenhar da
melhor forma as tarefas para a realização do desfile. Foram estabelecidas
parcerias com a Cooperativa Coopcost
(estilista e costureiras) do município de
Cabo de Santo Agostinho; com o Núcleo Reciclando (oficinas de reciclagem)
do Conest, e com o grupo Acauã Cia
de Dança (jovens de um projeto social
de Olinda,) que desfilaram.
Como base inicial, a metodologia
foi específica e o Conest forneceu
a matéria prima para a Coopcost,
recomprou as roupas e agregou ao
62
Julho de 2013
jados na Vila Residencial, que é possível preservar o meio ambiente com
o que seria considerado “lixo”, com
uma mobilização cultural de grande
adesão, seja dos públicos internos ou
externos à companhia, ou dos participantes da execução do desfile.
projeto o grupo Acauã, que desfilou
com as criações.
Até o dia do evento, várias etapas
foram implantadas. O Grupo Acauã
escolheu as músicas, os integrantes
e através de ensaios diários, passou
o conceito da ação aos jovens participantes. Enquanto isso, o estilista
desenhava os novos modelos juntamente com as costureiras que deram
seguimento com a confecção das
roupas, utilizando todo o maquinário
da própria Cooperativa.
Coube à equipe do Núcleo Reciclando disponibilizar o tecido para a
confecção das roupas e acompanhar
todas as frentes de trabalho, enquanto preparava a infraestrutura necessária para o dia do evento. Houve
grande envolvimento e sinergia entre
os integrantes dos grupos participantes. O Reciclando buscou agregar
também os demais setores do Conest
nesta iniciativa. Sustentabilidade,
Qualidade (comunicação), Serviço
Social, Produção, Prefeitura da Vila
Residencial, Transporte e Refeitório
contribuíram neste contexto. Há que
se ressaltar a participação dos carpinteiros de um dos contratos, que
confeccionaram a estrutura física do
palco utilizado.
e perspectivas de atuações ao grupo.
A propagação do conceito de sustentabilidade para a força de trabalho e
para as comunidades envolvidas foi
determinante para o entendimento
de todos os benefícios gerados.
A imagem do Conest ficou associada
a uma empresa que trabalha para o
desenvolvimento da região e a repercussão positiva na grande mídia levou
a uma matéria de quase quatro minutos na Rede Globo Nordeste.
O evento aconteceu na Vila Residencial do Consórcio, onde moram
3.500 funcionários. A montagem da
estrutura física do palco foi feita por
integrantes do próprio Conest.
Os desfiles foram assistidos por funcionários e gerentes, ONGs e convidados de Suape, do Recife e da comunidade de Cabo de Santo Agostinho,
numa ação de sustentabilidade, aliada
aos seus três pilares: ambiental, econômico e social.
Modelo “fashion” encantou o público
já adotadas pela empresa a fim de preservar o
meio ambiente.
Graças ao comprometimento da direção em
reinvestir na comunidade onde a obra está instalada, e de agregar ao Conest o conceito de
sustentabilidade, o desfile Reciclando Fashion
aconteceu como um evento cultural inédito.
Essa ação acabou por reunir ONG´s, cooperativas e funcionários, demonstrando o amadurecimento do Conest frente ao atendimento
de normas e requisitos legais, e sua busca em
fomentar o desenvolvimento da comunidade ao
seu entorno e, assim, ter na sustentabilidade a
marca registrada.
Desfile de roupas feitas com fardamentos reciclados na Vila Residencial atraiu grande público
descartadas nos aterros sanitários.
A ação também focou no envolvimento com a comunidade, pois visou
o seu bem-estar sustentável, com a
preservação do ambiente onde ela
se insere. E permitiu demonstrar aos
integrantes da força de trabalho, alo-
ESTRATÉGIA
O
Consórcio Conest é formado pelas
construtoras Norberto Odebrecht e
OAS, que atuam na construção da
Refinaria Abreu e Lima, em Suape, a 40 km
do Recife. O Conest dispõe, em seus quadros,
de 9.000 trabalhadores atuando no canteiro de
obras e na administração, muitos oriundos de cidades distantes e de outros Estados. Com todo
esse contingente, o Consórcio descartava nos
aterros sanitários uma média de 60 toneladas de
tecidos dos fardamentos desgastados por ano.
Estes dados alarmaram a empresa e a impulsionaram a buscar alternativas para minimizar
os impactos ao meio ambiente, resultantes dos
resíduos gerados pela obra.
O projeto Reciclando Fashion foi pensado, portanto, como uma nova ação sustentável para
reutilizar os tecidos que iriam parar nos aterros.
E esta ação viria a ser somada às outras práticas
A iniciativa surgiu da necessidade de
minimizar os impactos causados pela
empresa ao meio ambiente, mas também serviu para apresentar alternativas
de reutilização dos tecidos desgastados
das fardas dos trabalhadores, que normalmente só teriam um destino: serem
RESULTADO
A principal conquista do projeto Reciclando Fashion foi a preservação ambiental, mas vários outros produtos
da ação foram contabilizados positivamente, a começar pela geração de
renda para a Cooperativa Coopcost,
através da produção de 112 modelos
alternativos, com tecidos de fardamentos que seriam descartados nos
aterros. O envolvimento social dos
jovens do grupo Acauã Cia de Dança
suscitou uma nova fase de trabalhos
Re vista Me rca d o
63
DESCRIÇÃO DOS TRABALHOS
Meio Ambiente
OBJETIVO
Galvão Engenharia
Descarte Zero
Na natureza nada se cria,
mas tudo se transforma
O
projeto Descarte Zero foi desenvolvido pelo setor de Meio Ambiente da Galvão Engenharia no empreendimento RNEST, para diminuir custos
com o transporte e a destinação final de resíduos em aterros, cumprindo a meta de reciclar ou reutilizar no mínimo 60% da massa
bruta de resíduos gerados no empreendimento
mensalmente. A Galvão busca, através desse
programa, consolidar um modelo de gestão focado na sustentabilidade, por meio da adoção
de práticas de responsabilidade social, respeito
ao meio ambiente e interação ética com a sociedade, o poder público, a concorrência e o
mercado. Além de práticas sustentáveis, a Galvão Engenharia busca desenvolver e prover as-
sistencialismo, através de ações diretas de colaboradores, parcerias com empresas privadas
responsáveis pelo recebimento e reciclagem,
ou reutilização dos resíduos gerados nas obras,
e parcerias com instituições localizadas no entorno do empreendimento, com o objetivo de
implementar programas que visem minimizar os
impactos gerados ao meio ambiente e permitam
difundir a consciência ambiental. A idealização
do projeto surgiu após ser detectada a carência de empresas próximas ao empreendimento
licenciadas para receber os resíduos recicláveis
gerados na obra e que pudessem oferecer alternativas de gerenciamento em atendimento
às legislações ambientais nos âmbitos federal,
estadual e municipal.
Viabilizar a prática da sustentabilidade na construção pesada juntamente com os funcionários, em
beneficio do meio ambiente e das
comunidades circunvizinhas à obra
RNEST, de forma a minimizar os
impactos ambientais e sociais provenientes da execução do empreendimento Galvão/RNEST. Trabalhar a
consciência ambiental, minimizando
a geração e a destinação de resíduos e diminuindo o uso de recursos
naturais. Também estão entre os
objetivos do programa monitorar
e quantificar mensalmente os materiais ou resíduos reciclados e reaproveitados no empreendimento;
os reciclados e reaproveitáveis serem encaminhados às instituições
assistidas pelo setor de responsabi-
lidade social da Galvão; fazer relatório específico de cada tipo de resíduo gerado no empreendimento,
bem como o tratamento aplicado
aos mesmos. Manter registros dos
receptores finais dos resíduos, assinados pelos representantes das
instituições receptoras de materiais, amparadas socialmente pela
Galvão Engenharia.
forma final, conhecida como pellets,
um composto 100% natural de elevado poder calorífico.
O material mais utilizado no empreendimento é o concreto usinado – cerca
de 1.500 m3 por mês –, que geram 1 m3
de resíduo por dia. Com esse resíduo,
a empresa fabrica tijolos de concreto,
que posteriormente são utilizados na
construção de estruturas do próprio
canteiro do empreendimento e também doados periodicamente à Comunidade Terapêutica Boa Nova, para
uso em suas estruturas.
Diariamente, o resíduo de concreto
é encaminhado para a área de produção dos tijolos, onde as formas estão
montadas, totalizando 230 tijolos por
dia. Os resíduos da construção são
utilizados para melhorias do canteiro,
como delimitação das vagas de estacionamento. Parte desse resíduo de
construção também é encaminhada à
empresa Firmino Sotero, que o utiliza como base para melhorias em ruas
não pavimentadas.
O efluente doméstico conta com uma
estação de tratamento dentro do canteiro central. A água proveniente desse
processo de tratamento é analisada em
laboratório e, se atender aos parâmetros do Estado de Pernambuco, é direcionada ao sistema de abastecimento
das descargas sanitárias dos prédios
administrativos. Os caminhões-tanque
também coletam essa água para fazer
a umectação das vias do empreendimento na dispersão de poeira.
de ações socioambientais através
de doação de materiais produzidos
com resíduos e materiais inservíveis para instituições assistidas pela
empresa; e educação ambiental dos
colaboradores, a partir da divulgação das ações sustentáveis realizadas pela Galvão/RNEST. O fortale-
cimento do trabalho em equipe e a
interação dos setores diminuíram a
geração de resíduos, aumentando o
reaproveitamento dos materiais nas
frentes de serviço e reduzindo o
consumo dos recursos naturais. Se
houver necessidade de uso, é feito
de forma consciente.
ESTRATÉGIA
Toda madeira inservível é separada e
a de boas condições é, em parte, reaproveitada para a confecção de placas e painéis, entre outros. Através
do projeto Criando Laços, a outra
parte da madeira inservível é encaminhada à Comunidade Terapêutica
Boa Nova, que atende homens com
mais de 18 anos com dependência
química. A comunidade católica disponibiliza a madeira para as oficinas
de artesanato (vassoura ecológica,
esculturas religiosas) e o cuidado de
animais (curral, galinheiro). O resíduo da madeira é encaminhado para
a empresa especializada Remade –
Reciclagem de Madeira, para trituração e secagem, transformando-se
em pó que é comprimido para obter a
RESULTADO
Reúso de materiais sólidos diminuíram gastos com aquisição
de novos materiais
64
Julho de 2013
Materiais não usados são destinados a entidades necessitadas
Diminuição de custos com envio de
resíduos sólidos e líquidos para receptores finais, como aterros, contribuindo para o aumento da vida
útil dos mesmos; reúso de materiais
no empreendimento, diminuindo
gastos com aquisição e consumo
de novos materiais; implementação
Re vista Me rca d o
65
DESCRIÇÃO DOS TRABALHOS
Meio Ambiente
OBJETIVO
Jiquiá Desenvolvimento Imobiliário
Ecocity Jiquiá
Projetos urbanísticos modernos
e sustentáveis
H
á 100 anos, apenas 10% da população
mundial habitava nas cidades, enquanto as perspectivas atuais são de que,
até 2050, cerca de 80% dos habitantes mundiais
sejam metropolitanos. Assim, os conglomerados
urbanos estão sendo afetados radicalmente
pelas superfícies impermeabilizadas, que formam ilhas de calor e aumentam as temperaturas, comprometendo a qualidade do ar e a
ambiência urbana.
Esses fatores alteraram também as demandas,
necessidades, desejos e exigências dos habi-
Ruas arborizadas e reaproveitamento da água da chuva para irrigação
tantes das cidades, que agora buscam lugares
mais tranquilos, arborizados, seguros e sustentáveis para viver com seus familiares. Nesse
cenário, o Ecocity Jiquiá será um divisor de
águas para o mercado imobiliário de Pernambuco, mostrando que já é possível viver em um
bairro inteligente com muito mais qualidade de
vida. Inspirado em Tianjin – metrópole chinesa inteiramente sustentável, o Ecocity Jiquiá
terá calçadas, vias e ciclovias integradas às
estruturas viárias do Recife e ao Parque do
Jiquiá. O pedestre e o ciclista serão os elementos prioritários nos passeios sombreados
e poderão transitar em harmonia com os veículos motorizados. O empreendimento oferecerá
ainda uma imensa gama de serviços e opções
de lazer, incluindo um shopping center. Todas
as áreas residenciais, empresariais e comerciais
terão uma infraestrutura moderna, com vistas
a economizar energia e água e recuperar o aspecto socioambiental do seu entorno.
Uma cidade sustentável se estabelece a partir da consolidação plena
do seu território de oportunidades,
enquanto cidade compacta e polinuclear. O conceito Ecocity foi criado
a partir de um novo cenário mundial
em curso, que busca garantir um
futuro melhor para as moradias das
próximas gerações. Primeiro bairro
do Recife concebido inteiramente
com premissas de sustentabilidade
urbana, o projeto aborda questões
fundamentais para uma cidade inteligente, como meio ambiente, mobilidade e integração social.
Sendo assim, o objetivo do projeto é
garantir uma densidade qualificada,
com diversidade social e riqueza
ambiental criadas a partir da normatização de uso misto, com amplos espaços públicos e incentivo ao senso de
comunidade. Nele, as novas e antigas
centralidades se integrarão, como polos
autônomos de desenvolvimento local,
metropolitano e regional, respondendo
às necessidades de uma cidade com
melhor qualidade de vida.
lojas, megalojas, praça de alimentação, restaurantes e cinema, que vão
gerar milhares de empregos e trazer
a cidade para o bairro. A sustentabilidade também é palavra-chave na
concepção do shopping, que movimentará a economia da região do Jiquiá. O projeto já está transformando
a região num polo âncora, que possibilitará a consolidação dessa nova
centralidade em simbiose com as comunidades formais e informais existentes no entorno. A área contempla diversos acessos, além de grande
facilidade de deslocamento para os
principais pontos de interesse, e total
integração com o transporte público,
como terminais de ônibus, estações
de metrô e aeroporto.
Para o planejamento e concepção do
projeto foram utilizados vários indicadores de sustentabilidade urbana,
como infraestrutura sustentável,
acessibilidade, mobilidade, moradia,
ordenamento territorial, meio ambiente, segurança, inclusão social,
equipamentos públicos, serviços e
governança. A democratização do
espaço público e o compartilhamento das vias possibilitam ao usuário,
motorizado ou não, optar pela forma
de deslocamento mais conveniente.
Essa intermodalidade permite que
todo o território do Ecocity Jiquiá
seja utilizado de várias formas e que
suas calçadas e vias se integrem ao
entorno imediato, assim como com
as estruturas viárias metropolitanas.
um shopping center. A instalação de coletores para reaproveitamento da água
da chuva, coleta seletiva de lixo e construção de calçadas verdes e ciclovias
farão os habitantes dispensarem seus
automóveis e vão proporcionar a experiência de viver num bairro sustentável.
Torna-se, portanto, o novo conceito
dos empreendimentos imobiliários que
ainda vão surgir, onde espaços de uso
coletivo possibilitarão maior integração
entre as áreas públicas e privadas, gerando nova dinâmica urbana, segurança e inclusão social.
ESTRATÉGIA
O processo foi iniciado com a aquisição de uma área com localização
estratégica, a fim de garantir a sobrevida natural após o território
ter sido consolidado. O empreendimento está localizado na Avenida Recife, uma das principais portas de entrada da cidade, próxima
ao entroncamento da BR-101 com
a BR-232, ao Campus Universitário, ao Parque Tecnológico e ao
Jardim Botânico.
O Ecocity Jiquiá contará com 26
torres residenciais de 19 andares, integradas a grandes áreas verdes, com
parques, praças e muitas outras opções de lazer para todas as idades. Os
moradores também terão um moderno e completo shopping center com
RESULTADO
Calçadas seguras e amplas para estimular a vida ao ar livre
66
Julho de 2013
Coleta seletiva de lixo
O Ecocity prova que é possível realizar
um empreendimento imobiliário sustentável, justo e rentável. Ao ser inaugurado no próximo ano, oferecerá a seus habitantes áreas residenciais, empresariais
e comerciais, além de uma imensa gama
de serviços e opções de lazer, incluindo
Re vista Me rca d o
67
DESCRIÇÃO DOS TRABALHOS
Meio Ambiente
MAN Latin America
Caminhão híbrido diesel/hidráulico, uma oportunidade para o Brasil
Um caminhão de lixo, projetado
no Brasil, que é uma joia
OBJETIVO
Líder nas vendas de caminhões no país
há dez anos consecutivos, com uma
participação de mercado acima de
30%, a MAN Latin America, para
aumentar a eficiência energética dos
seus caminhões urbanos com um
baixo investimento inicial, criou uma
solução simples e robusta. Além de
maximizar o resultado operacional,
o projeto do caminhão de lixo VW
17.280 6x2 híbrido, diesel/hidráulico, buscou também contribuir com
a redução da emissão de carbono
na atmosfera. Este projeto, que foi
adaptado às condições brasileiras,
gera um impacto econômico mínimo
de operação e manutenção para os
frotistas. Ao aumentar a eficiência
energética de caminhões urbanos
com baixo investimento inicial, a
MAN apresentou uma solução de
transporte sob medida com a melhor
relação custo-benefício para seus
clientes do Brasil.
litros cada um, utilizando bexigas de
alta resistência e uma bomba com capacidade volumétrica de 250 cc, capaz
de fornecer uma potência adicional ao
veículo de 250 kW. Também compõem
este sistema um reservatório de óleo
de 120 litros, uma válvula controladora de fluxo, uma bomba piloto e uma
unidade de gerenciamento eletrônica
(ECU) do sistema de hibridização. Os
componentes requeridos pelo sistema de hibridização hidráulico incluem
componentes já disponíveis comercialmente no país. Isso garante uma boa
disponibilidade de oferta e qualidade,
a um baixo custo. Além disso, este
conceito requer poucas modificações
no trem de força, o que se traduz num
menor investimento inicial para aquisição do veículo.
Por se tratar de um produto inédito no
mercado latinoamericano, não existiu
a possibilidade de utilização da ferramenta de benchmarking, fato que
impôs desafios adicionais para a conceituação desse veículo inédito.
Um protótipo físico deste caminhão de
lixo foi apresentado na Fentran 2011,
a maior feira de transporte de cargas
da América Latina, além dos eventos
internacionais Rio+20, de sustentabilidade ambiental, promovido pela ONU,
e IAA Nutzfharzeuge 2012, na Alemanha, considerada a maior feira de veículos comerciais do mundo.
Como o próximo passo será a realização de testes com frotistas, está sendo
discutida uma avaliação em condições
reais de operação. Clientes do Rio de
Janeiro e de São Paulo já demonstraram interesse na participação desse
projeto piloto.
custo operacional dos frotistas.
Testes experimentais realizados pela
MAN Latin America, monitorados pelo
programa de engenharia de transportes
da COPPE/UFRJ, demonstraram redução de consumo de combustível de 25%.
Devido ao ineditismo desse produto,
seus resultados foram apresentados no
21st Aachen Colloquium, realizado na
Alemanha, considerado um dos maiores e mais renomados congressos de
engenharia automotiva mundiais.
ESTRATÉGIA
Caminhão de lixo VW híbrido,
diesel/hidráulico, fabricado
no Brasil
A
palavra híbrido vem do latim e significa “duas ou mais origens”. Veículos
híbridos são aqueles que utilizam duas
ou mais fontes de potência para atingir a melhor
propulsão. Embora sua configuração seja mais
comum, a tecnologia híbrida nem sempre está
associada a um motor de combustão interna e
outro elétrico. Qualquer sistema capaz de recuperar a energia do movimento, durante a frenagem, e devolvê-la ao veículo para impulsioná-lo,
também pode ser caracterizado como híbrido.
O caminhão de lixo híbrido VW 17.280 6x2,
diesel-hidráulico, projetado e desenvolvido pela
engenharia da MAN, é inédito no mercado latinoamericano. Com grande potencial ambiental,
proporciona uma redução de 25% no consumo de combustível em situações do tipo anda
68
Julho de 2013
e para. Nesses ciclos, o veículo consome uma
quantidade mínima de combustível de zero a 25
km/h, pois é movido apenas pela energia potencial armazenada nos acumuladores hidráulicos.
Além dos ganhos em redução de consumo de
combustível, também há um aumento de 50%
na durabilidade do sistema de freio. O uso de
acumuladores hidráulicos, ao invés de baterias
(que têm baixa vida útil e custo elevado), apresenta vantagens para aplicações urbanas, nos
citados ciclos de direção do tipo anda e para.
Podem recuperar até 70% da energia da frenagem e assim fazer de 0 a 25 km/h consumindo
uma quantidade mínima de combustível, sendo
movido apenas pela energia potencial armazenada nos acumuladores hidráulicos e recuperada no ciclo de frenagem.
Com uma capacidade total de produção de 80 mil veículos por ano, a
MAN é a maior fabricante de caminhões e a segunda maior de ônibus
da América do Sul. Para desenvolver
este projeto, a montadora considerou
um caminhão de lixo com necessidade de aplicação do tipo anda e para,
em que haja energia de frenagem suficiente para ser recuperada de forma
a torná-lo economicamente atraente. Chegou, então, ao modelo VW
17.280 6x2, PBT de 23 toneladas,
motor MAN D0836, com potência de
208 kW e transmissão ZF automatizada de seis velocidades.
O sistema de hibridização foi projetado de modo a conseguir acelerar o
caminhão, pela força energética, até a
25 km/h. Para tal, o sistema foi dimensionado com dois acumuladores de 32
RESULTADO
Além dos ganhos em redução de consumo de combustível, já reportados internacionalmente, também foi constatado aumento de 50% na durabilidade
dos componentes do sistema de freio,
contribuindo ainda mais na redução do
Re vista Me rca d o
69
DESCRIÇÃO DOS TRABALHOS
Meio Ambiente
Nov Fiber Glass Systems
Aspectos do produto e seus processos de fabricação voltados às questões
ambientais e iniciativas verdes
Responsabilidade compartilhada
aumenta a preservação ambiental
N
os últimos tempos da chamada Era
Moderna, inúmeros acidentes vêm
afetando o meio ambiente, atuando
negativamente para o equilíbrio ecológico do
planeta. Vazamentos de óleo em tubulações submarinas e grandes incêndios com perdas de vidas
são desastres frequentes em empresas do setor
petroquímico. Tais ocorrências preocupam grandes
organizações, não só ONGs, ecologistas e grupos
de defesa do meio ambiente, como também as empresas que, por sua atuação, são apontadas como
as principais vilãs de tais fatos, a exemplo das refinarias, organizações do setor petroquímico e afins.
Para fugir desse estigma, as organizações vêm
tomando todas as precauções, utilizando produ-
tos estruturais de alta qualidade que evitem a
ocorrência de acidentes ecológicos, alguns de
grande monta, como os vazamentos marítimos,
grandes incêndios e outros com efeitos danosos
à natureza. Essa busca pela qualidade por parte
das empresas atuantes no ramo coloca os fabricantes de tubos, conexões e demais itens usados
na montagem de linhas e dutos equivalentes em
situação de total controle. Por isso, tornou-se
um desafio desenvolver produtos compatíveis a
essas exigências, que ao mesmo tempo evitem
danos ambientais durante a produção e o uso,
deem segurança aos clientes e ainda convençam
os colaboradores de que é preciso melhorar a
linha operacional e ambiental.
OBJETIVO
A Petrobras, as demais empresas do
setor petroquímico, além dos navios
que transportam produtos considerados perigosos estão extremamente
exigentes nas especificações de seus
dutos, tubulações, caldeiras e outras
aplicações, o que leva os fornecedores, como a Nov Fiber Glass Systems,
a desenvolver tecnologias de ponta.
Numa clara visão de futuro, a empresa já havia se antecipado a tais
exigências, iniciando projetos que
melhorassem a qualidade de seus já
reconhecidos produtos, que contam
com uma série de certificações e
aprovações, tais como ISO 9001, em
todas as unidades fabris.
Para não perder mercado, novas tecnologias foram adotadas. Através de
aplicações e investimentos feitos na capacitação e instrução do pessoal envolvido no setor operacional e nos serviços
prestados, foram estabelecidos novos
objetivos pela empresa, como a redução
drástica no consumo de energia, cujo
gasto na fábrica é altíssimo. A preocupação com a preservação da natureza
também passou a ser compartilhada, a
fim de evitar a poluição, principalmente
de CO2, e outras formas.
A empresa realizou processos de melhoria na produção, diminuindo o peso e
o custo de instalação e de manutenção
dos dutos e tubulações. Com os altos
índices de qualidade na produtividade
e serviços que foram fixados, equipes
motivacionais ficaram encarregadas de
desenvolver programas para motivar
os colaboradores a desempenhar um
trabalho ainda mais qualificado e, para
tanto, a autoestima e o autorreconhecimento foram valorizados.
se tornando mais verdes e eficientes
no uso da energia aplicada em todas
as pontas da produção. As mudanças, portanto, precisam ocorrer em
várias camadas.
O processo de fabricação de tubos
GRE ou metálicos é complexo. Ambos
consomem e emitem diferentes níveis
de energia e CO2. Os requisitos de
matéria-prima, especificação de produtos e processo de fabricação precisam ser levados em conta, quando se
compara GRE a metálicos.
A maioria dos tubos em produção
hoje é de aço carbono, que tem consumo altíssimo de energia.
Partindo do diagnóstico da área de
tecnologia, serviços e distribuição,
foram criados tubos e conexões em
FRP / ERFV / PRFV, que passaram
por diversos testes de qualidade e
cujos benefícios puderam ser constatados. Todos esses produtos requerem especialização no manuseio
e instalação em linhas, quer submarinas, subterrâneas e demais processos. Para tanto, somente pessoal altamente credenciado pode atuar em
tais circunstâncias e toda a linha de
produção empenhou-se para colocar
esses produtos no mercado, com as
exigências requeridas.
de serviços. O processo teve ainda
alto significado pessoal e motivacional para os colaboradores que
participaram das ações conjuntas
para que se chegasse a esse patamar. Melhoria da passagem do fluxo, fim de qualquer forma de cor-
rosão, peso reduzido, assim como
os custos de instalação e manutenção diminuídos foram os principais
saltos de qualidade obtidos com
os novos processos de fabricação
voltados às questões ambientais e
iniciativas verdes.
ESTRATÉGIA
As tubulações têm papel importante
no dia a dia, pois os dutos nos trazem
água, gás de cozinha e transportam os
esgotos urbanos, além de inúmeros tipos de fluidos como petróleo e vários
químicos. Portanto, o projeto de produção de um tubo tem papel importante na manutenção de um ambiente
limpo ou ambientalmente sustentável.
Para reduzir os efeitos do CO2 na
produção, se faz necessário buscar
fontes de energia mais sustentáveis
e essa mudança requer desenvolvimento de novas tecnologias e toma
tempo. Paralelamente, as empresas
de hoje necessitam fazer a sua parte
RESULTADO
Com os tubos e conexões
comercializados com as novas
especificações quanto a
resistência e segurança, a Nov
Fiber Glass Systems passou
a atender à meta de
qualidade ambiental
70
Julho de 2013
Com os tubos e conexões em FRP
/ ERFV / PRFV comercializados
com as novas especificações quanto à vida útil, resistência e segurança, a Nov Fiber Glass Systems passou a atender à meta proposta de
qualidade ambiental, operacional e
Re vista Me rca d o
71
DESCRIÇÃO DOS TRABALHOS
Meio Ambiente
Nov Fiber Glass Systems
Aspectos da planta Nov Fiber Glass Systems voltados às questões ambientais
Luz e calor naturais para aumentar
a economia e o bem-estar
D
esde o início deste século, as questões
ambientais vêm preocupando cientistas e a sociedade como um todo.
Observa-se que na maioria das empresas, principalmente nos escritórios, em plena luz do dia
as pessoas trabalham com cortinas e janelas
fechadas, fazendo uso da energia elétrica sem
que haja justificativa para tal.
Por outro lado, cuidados específicos visando minimizar as consequências nefastas dessas ações
têm sido desenvolvidos na busca de soluções
favoráveis para a preservação da cadeia ambiental – ar, água e terra, em prol da sustentação da
qualidade de vida.
A Nov Fiber Glass Systems entrou nesse movimento e elegeu o projeto de valorização da energia natural, para evitar o consumo desnecessário
de energia elétrica, que priorize o bem-estar dos
funcionários. A localização e a representatividade
da planta de Suape são estratégicas, por estar no
centro da região Nordeste, mais precisamente na
orla marítima, contando com uma área construída
de 8.687 m2 em um espaço de 7,6 hectares. Assim,
a nova fábrica da Nov Fiber Glass Systems, localizada em Suape, a 60 km de Recife, foi a primeira
da América Latina a desenvolver e aplicar com o
maior sucesso, desde 2012, o projeto aqui descrito,
comprovando o acerto das ações mais abrangentes.
OBJETIVO
Com uma bagagem de mais de 60 anos
em testes e experiências com componentes e bombas para campos de petróleo, indústrias químicas e extração de
petróleo em águas marinhas, a Nov Fiber Glass Systems detém vasto conhecimento em temperaturas, pressões e
barreiras anticorrosivas, produzindo os
melhores produtos de acordo com as
necessidades especificadas.
O projeto desenvolvido na planta de
Suape foi relativamente simples, pois
aproveitou a própria arquitetura da
Unidade Recife, substituindo itens
de construção por peças adequadas
e favoráveis à otimização da energia
natural e do clima locais. O prédio da
administração seguiu a planta usual,
com refrigeração e material convencional, mas a produção, que ocupa
uma enorme área e normalmente teria que ter dezenas de ventiladores ou
processos afins de ventilação mecânica e centenas de focos de luz elétrica,
foi a prioridade do projeto, que fixou
como metas o uso racional da energia
elétrica, com diminuição do consumo
em torno de no mínimo 20%, a preservação do meio ambiente e a satisfação dos colaboradores pelo maior
conforto experimentado e por estarem participando de um projeto de
natureza sustentável.
tantes num projeto sustentável, tendo
o espaço sido concebido para aproveitar ao máximo a energia natural, em
detrimento ao consumo de energia
elétrica gasta com ventilação e iluminação durante o dia.
Os pavilhões tiveram os pés direitos
aumentados e as paredes vazadas,
para permitir a circulação do ar em
todos os sentidos. Alguns recortes no
teto passaram a ter telhas transparentes, para aproveitar a incidência da luz
natural. Os portões de acesso aos pavilhões foram alargados, para quando
abertos auxiliarem também na venti-
lação e na iluminação.
A arquitetura desenvolvida para a
planta da Unidade Recife inova ao
adotar materiais adequados à energia
natural do Nordeste, que tem luz solar constante e ventos provenientes
do litoral próximo ao Cabo de Santo
Agostinho. Com a luz e o vento tratados adequadamente, o projeto racionaliza o consumo de energia com
custo mínimo, trazendo à fábrica
ótima iluminação e clima ameno, e
aos 67 funcionários o conforto necessário para que realizem suas atividades com satisfação.
E assim foi feito na Nov Fiber Glass
Systems do Recife.
Já nos primeiros meses constatou-se
que as metas propostas diminuíram
o consumo de energia para abaixo
da média de outras organizações.
Na unidade, que se destina à produção de tubos e conexões para aplicação terrestre (API 15HR), naval,
offshore e química industrial, preenchendo o espaço de demanda exis-
tente no Nordeste, o uso racional da
energia elétrica possibilitou diminuir o
consumo em torno de 25%. Os focos
de luz elétrica só são acionados após
as 17h30 até o final das atividades do
dia. O maior bem-estar no trabalho e
a satisfação de participar de um projeto que favorece o meio ambiente
proporcionaram aos colaboradores
melhor concentração e produtividade nas tarefas.
ESTRATÉGIA
A Nov Fiber Glass Systems tem escritórios na Rússia, Eslováquia, Casaquistão, Emirados Árabes, Nigéria
e China, além do Brasil. Ciente de
que a qualidade ambiental é importante para o aumento da produtividade e do bem-estar dos seus colaboradores e que, entre trabalhar em
ambientes fechados ou com vista para
a área externa, com luz natural, a segunda opção é muito mais saudável,
a ideia foi posta em prática na oitava
fábrica dessa organização mundial.
Assim, a unidade foi construída atendendo a todas as especificações cons-
RESULTADO
Clientes e integrantes
da equipe da Nov Fiber
Glass que participaram de
seminário na fábrica sobre
o uso dos tubos em fibra de
vidro e suas aplicações
72
Julho de 2013
Pesquisas já comprovaram que tanto
as cores usadas nos ambientes quanto o conforto e bem-estar gerados
por processos de ventilação, climatização e iluminação natural auxiliam
na qualidade de vida e na produtividade. Sabe-se que, principalmente
em áreas administrativas, o uso de
aparelhos de ar condicionado é necessário, mas pode-se resolver isso
nas áreas destinadas à fabricação.
Re vista Me rca d o
73
DESCRIÇÃO DOS TRABALHOS
Recursos Humanos
OBJETIVO
ALESAT Combustíveis S.A.
Orgulho de ser Ale
A prosperidade como resultado
de colaboradores orgulhosos
O
segmento de combustíveis é bastante
regulamentado e de imenso grau de
dificuldades, no que diz respeito ao
controle e armazenamento de produtos, bem
como aos complexos processos logísticos, que
exigem grande estrutura. Por isso, são poucas
as empresas que conseguem se destacar neste
cenário, dominado por gigantes multinacionais e
empresas com quase um século de tradição. A
Ale, com apenas 17 anos, é uma exceção. Fruto da fusão ocorrida em 2006 entre a distribuidora nordestina SAT e a mineira ALE, ambas fundadas em 1996, hoje formam a quarta
maior distribuidora de combustíveis do Brasil,
com uma rede de cerca de 1.800 postos em 22
Estados. A empresa atua na compra, logística,
distribuição, armazenamento e comercialização
de combustíveis (etanol, gasolina, asfaltos e produtos especiais). Postos revendedores e grandes
consumidores são os principais clientes.
Sua estrutura é formada por 45 unidades em
atividade, entre escritórios e bases de distribuição. Gera 12 mil empregos diretos e indiretos e
comercializa e distribui aproximadamente 4,2
bilhões de litros de combustíveis por ano a cinco
mil clientes. Em 2012, a Companhia faturou R$ 9
bilhões e prevê chegar a R$ 9,5 bilhões neste ano,
com um acréscimo de 200 novos postos revendedores em sua rede. Ao longo de 2012, a campanha Orgulho de Ser Ale promoveu diversos
programas motivacionais para reforçar os valores
relacionados a vestir a camisa da empresa.
O que fazer para se diferenciar no mercado, se as empresas comercializam os
mesmos produtos (combustíveis da
Petrobras) com a mesma qualidade,
na mesma quantidade, nos mesmos lugares e com praticamente os mesmos
preços? Trabalhar em uma empresa na
qual seus profissionais sintam orgulho,
criar alicerces para melhorar o ambiente organizacional, a comunicação
e o relacionamento interpessoal é um
passo para conquistar essa diferenciação. Assim, a empresa criou a campanha Orgulho de Ser Ale, para manter
fortalecido o sentimento de sentir-se
parte, ser valorizado e responsável pelos frutos colhidos. A preferência dos
consumidores ao abastecer seus veículos advém da valorização do profissional e do fortalecimento da marca junto
ao consumidor.
forçar vínculos presentes, criar empatia com a trajetória da organização e
refletir sobre o futuro. Fotos, vídeos,
objetos e documentos foram expostos numa linha do tempo, assim como
prêmios, troféus e outros objetos significativos da trajetória da empresa,
como equipamentos, imobiliário, crachás antigos, etc. viraram um acervo.
As exposições itinerantes passaram pelos
escritórios de Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro, Natal, Betim (MG),
Guarulhos (SP), Duque de Caxias (RJ),
Goiânia e Luis Eduardo Magalhães (BA).
Dentro do Viva Esse Momento, um
colaborador era eleito para assumir
a função de Repórter Ale por Um
Dia, para relatar uma inauguração de
um novo posto Ale. Coube aos repórteres escolhidos mostrar toda a
sua experiência para os demais colaboradores, entrevistando o novo reven-
dedor, conversando com os gestores
da Ale, conhecendo a estrutura do
novo posto, a cidade em que ele está
localizado, a cultura, os costumes e o
sotaque local. Houve 12 edições, ao
longo de 2012, que renderam vídeos, entrevistas, fotografias, textos e
depoimentos. Reconhecer com Capricho deu aos colaboradores um reconhecimento pela contribuição, trabalho e serviços prestados. O material
de escritório oferecido os colaboradores – agendas, cartões e datas comemorativas – é personalizado com
a sua foto, assim como as notícias
na intranet e no blog. Na coluna periódica Você Conhece, quinzenalmente
uma reportagem destaca um colaborador no desempenho de suas
funções e é publicada em todos os
meios de comunicação disponíveis
na empresa.
recebidas ultrapassou a centena,
mostrando o real compromisso dos
colaboradores com os resultados da
em presa. A campanha também foi
importante para levar mais informações aos colaboradores, seja a
partir do Memorial Itinerante, com
curiosidades sobre a história da em-
presa, passagens antigas e marcantes, fotos e vídeos dos profissionais
que deram os primeiros passos, seja
por meio do Repórter Ale, na visão
dequem está em campo recebendoo
suporte das áreas internas e usufruindo, na prática, das ações realizadas no escritório.
ESTRATÉGIA
Os gestores da rede de combustíveis
Alesat foram convocados a promover
o máximo envolvimento dos funcionários com a campanha proposta, realizada a partir dos meios de comunicação
interna (blog, intranet, e-mail, murais
e jornal informativo). Quatro programas foram desenvolvidos, no intuito
de fortalecer o tema Orgulho: 2012
em Suas Mãos; Memorial Ale, Viva
Esse Momento; e Reconhecer com
Capricho. Um comitê foi criado para
selecionar as 10 melhores ideias sugeridas pelos colaboradores e as cinco
principais foram levadas pelos seus
criadores a um debate com o vice-presidente. As que receberam aprovação
do corpo diretivo foram colocadas em
prática imediatamente.
No Memorial Ale, considerou-se que
a história da empresa deve levar a
edescobrir valores e experiências, re-
RESULTADO
A estratégia conseguiu elevar o envolvimento, o comprometimento e
a dedicação aos trabalhos realizados, resultando num ambiente altamente motivado e produtivo, que
vem sendo mantido, tanto em produtividade, quanto em satisfação
pessoal. O número de sugestões
Campanhas motivacionais enaltecem o espírito de equipe
74
Julho de 2013
Reportagens destacam colaboradores no exercício da função
Re vista Me rca d o
75
DESCRIÇÃO DOS TRABALHOS
Recursos Humanos
OBJETIVO
Consórcio Rnest Conest
Jovem Aprendiz
Famílias que trabalham unidas,
permanecem empregadas
A
busca incessante por produtividade e
qualidade leva os gestores de recursos humanos a criar novas políticas e
estratégias, principalmente no que se refere ao
comprometimento dos trabalhadores. É preciso investir na qualidade de vida dos funcioná
rios e de seus familiares, a fim de desenvolver um sentimento de satisfação e responsabilidade maiores com a empresa. Com base
neste princípio, o Conest tem apostado em programas que valorizam as pessoas e estimulam
os laços entre empresa-trabalhador-família.
Nesse sentido, foi criado o programa Jovem
Aprendiz para incentivar a indicação dos filhos
e parentes dos integrantes do Conest, além de
pessoas com deficiência, para receberem uma
formação técnica e assim se inserirem no mercado de trabalho.
A premissa é: a partir dos núcleos familiares do
Conest, formar mão de obra qualificada para
um cenário econômico em permanente evolução tecnológica. O público-alvo é composto de
pessoas com deficiência (PCDs) a partir de 18
anos, sem limite de idade, e jovens entre 18 e
24 anos que estejam cursando ou concluíram
o ensino médio, para receber formação técnicoprofissional nas unidades do Senai. O treinamento é constituído por atividades teóricas
e práticas, organizadas em tarefas de complexidade progressiva, em programa correlato às
atividades desenvolvidas nas empresas contratantes, proporcionando ao aprendiz uma formação profissional básica.
Os funcionários são estimulados a
ajudar jovens de sua família, ou deficientes de qualquer idade, a transformar a sua realidade pessoal e social,
por meio da formação e geração de
renda. Ao serem indicados, esses familiares têm a oportunidade de obter
novas experiências profissionais, valores de cidadania e possibilidade de
contratação imediata.
Através das indicações recebidas, o
Conest enaltece o trabalho dos fami-
liares, que servem de exemplo profissional para os jovens contratados. O
projeto pratica, assim, uma ação efetiva de responsabilidade social, instituindo políticas eficazes de educação
e de formação profissional.
O projeto valoriza o papel da empresa nas questões sociais e desenvolvimentistas, com base nos seguintes
itens: colaborar para o enfrentamento
do desafio brasileiro de inclusão social
e de superação da desigualdade e da
pobreza; auxiliar o jovem a transformar a sua realidade pessoal e
familiar; ser ao mesmo tempo um
orientador profissional e um educador interessado em transmitir
experiência e valores de civilidade,
direitos e deveres; contribuir para
a criação de políticas eficazes de
educação e formação profissional
que capacite as novas gerações; e
praticar uma ação efetiva de responsabilidade social.
divulgadas as vagas na região metropolitana do Recife e encaminhados
os candidatos indicados no Conest
para cadastro e participação da seleção. Cerca de 600 currículos foram
enviados para o minucioso processo
de seleção, onde foram realizadas
provas de português e de matemática, avaliação psicotécnica e avaliação médica. Foram selecionados 282
candidatos, dos quais 275 passam
por aulas que abordam as disciplinas
de competências comportamentais e
técnicas. Desde o início do curso, os
jovens aprendizes foram contratados
como integrantes e dessa forma passaram a ter seus direitos trabalhistas
garantidos. Enquanto os ingressantes
estavam sendo preparados no Senai,
os funcionários do Conest recebiam
informações atualizadas sobre os treinamentos, por meio dos veículos internos de comunicação. Houve uma
sensibilização interna para receber
a primeira turma, com produção
de vídeo e cartazes destacando a
chegada dos novos integrantes do
Conest. Para recebê-los, foi promovido um encontro com as lideranças
que iriam acompanhá-los.
estagia na empresa. A previsão é de
que até junho de 2014 360 jovens
estejam capacitados e inseridos no
mercado de trabalho. Eles estão
tendo a oportunidade de receber
qualificação profissional de qualidade, feita por entidade respeitada pelo mercado de trabalho, além
de estarem integrando o programa
de um consórcio formado por duas
grandes empresas: Construtora
Norberto Odebrecht e OAS. Os
Jovens Aprendizes já são reconhecidos como integrantes do Conest
e possuem os mesmos benefícios
dos demais funcionários.
ESTRATÉGIA
Ingressantes indicados por familiares já estagiam na empresa
Para ser implantado, o Programa Jovem Aprendiz passou por várias etapas, que tiveram início pelo diagnóstico da região do contrato – as cidades
de Recife, Olinda, Cabo de Santo
Agostinho, Ipojuca e cidades circunvizinhas ao complexo de Suape. Foi
estabelecida parceria com o Senai e
obtido apoio da Secretaria de Trabalho, Qualificação e Empreendedorismo (STQE). Em seguida teve início
a divulgação interna do programa,
para que a força de trabalho pudesse fazer as indicações para as vagas
disponíveis. Através da STQE foram
Parceria com o Senai e Secretaria de Trabalho
promove os treinamentos
RESULTADO
Foram abertas 16 turmas, com carga horária que varia de 10 meses
para os cursos de qualificação e
de um ano e meio a dois anos para
os cursos técnicos. Dos indicados,
80% chegaram através do Conest.
Até o momento, 15 turmas estão
em aulas teóricas e uma turma já
Até junho de 2014, serão 360 jovens capacitados ao trabalho
76
Julho de 2013
Re vista Me rca d o
77
DESCRIÇÃO DOS TRABALHOS
Recursos Humanos
MAN Latin America
Certificação do Sistema de Gestão de Saúde e Segurança Ocupacional na norma OHSAS 18001:2007
Compartilhamento de estrutura,
cultura e qualidade
A
MAN Latin America é uma das Desde o início de suas operações, a MAN intromaiores fabricantes de caminhões e duziu a cultura integrada de saúde e segurança
ônibus da América Latina e há nove ocupacional entre as empresas do Consórcio
anos consecutivos líder no mercado brasileiro de Modular e, a partir de 2011, implantou o Siscaminhões. Essa história começou a ser escrita tema de Gestão de Saúde e Segurança Ocuem 1996, com a construção da fábrica de Re- pacional para mapear os riscos e implementar
sende (RJ), que adotou o Consórcio Modular medidas preventivas e de controle.
como modelo inovador de gestão.
O sistema compreende a participação de oito parceiros (fornecedores) na montagem de conjuntos
completos de peças. São eles:
Maxion (que cuida da montagem
do chassi), Arvin Meritor (eixos
e suspensão), Remon (rodas e
pneus), Powertrain (motores),
AKC (armação da cabine), Carese (pintura) e Continental (acabamento da cabine). O controle
de qualidade do produto é de total
responsabilidade da MAN.
Os parceiros não participam do
lucro final dos produtos. Eles continuam sendo fornecedores, com
a diferença de também montarem
as peças que vendem. Na fábrica,
compartilham com a MAN toda a
infraestrutura, que inclui o restaurante, o ambulatório, os serviços
de logística interna e de manutenção de máquinas e equipamentos.
Essa estratégia aumenta a produtividade e torna a montagem mais Auditores constatam total conformidade do sistema Consórcio Modular com a
norma OHSAS 18001, de saúde e segurança
eficiente e flexível.
78
Julho de 2013
OBJETIVO
O principal objetivo do Sistema de
Gestão de Saúde e Segurança Ocupacional foi dar maior robustez aos processos de prevenção de acidentes e
de doenças ocupacionais na empresa,
permitindo ampliar o controle e fortalecer ainda mais a cultura de prevenção entre as organizações integrantes do Consórcio Modular, incluindo
todas as prestadoras de serviços que
mantêm empregados em Resende.
O processo de implantação do Sistema de Gestão foi pensado para
ser participativo, reconhecendo que
cada empresa é responsável por seus
empregados, mas determinando que
a segurança é uma responsabilidade
compartilhada por todos.
Apesar do bom desempenho do Consórcio Modular em Saúde e Segurança
do Trabalho, a MAN queria aperfeiçoar
suas práticas de gestão. Para aumentar
ainda mais a segurança nas operações
internas, buscou obter uma certificação do sistema por um organismo externo. E encontrou na norma OHSAS
18001:2007, o modelo a ser seguido.
ria da empresa, que realiza uma análise
crítica do funcionamento do Sistema
de Gestão de Saúde e Segurança Ocupacional, inclusive aprovando recursos
financeiros, quando necessário.
Durante o ano de 2011, todas as
ações de levantamento, procedimentos, medidas preventivas e integração com outros sistemas foram
realizadas através de 10.000 horas
de treinamento, além de comunicados impressos e on-line periódicos.
Em novembro daquele ano, após o sistema ter sido implantado foi integrado aos outros já existentes na fábrica (Sistema de Qualidade e Sistema
Ambiental), com uma política única
de Gestão Integrada do Consórcio
Modular MAN Latin America. Desde
então, os procedimentos e a gestão
operacional são compartilhados por
um Comitê Gestor do Sistema de
Gestão Integrado, com representantes dos três sistemas e das oito
empresas do Consórcio Modular.
Os empregados participam diretamente do mapeamento dos riscos
e das propostas de prevenção. A
interatividade dos colaboradores
se dá por meio dos seguintes canais de comunicação: Fale conosco – urnas instaladas em pontos da
fábrica; Geração de Ideias – para
sugestões de melhorias (as ideias
aprovadas valem prêmios em dinheiro); Mentes Brilhantes – premiação para os projetos mais inovadores da fábrica; e Comissão
Interna de Prevenção de Acidentes – onde todas as empresas que
atuam no Consórcio mantêm suas
próprias comissões.
certificação com louvor. O atual Sistema de Saúde e Segurança Ocupacional
beneficia, com procedimentos e medidas de prevenção e controles de riscos,
todos os empregados que adentram a
fábrica de Resende, incluindo os das
empresas do Consórcio Modular, das
prestadoras de serviços, de consultorias e os visitantes. O resultado é uma
mudança perceptível na cultura de
segurança dos empregados, que se
sentem mais motivados a trabalhar e
a participar da vida da fábrica no que
se refere à segurança.
ESTRATÉGIA
O sistema Consórcio Modular é, em si,
uma inovação gerencial, já que todas
as decisões são compartilhadas entre
os responsáveis das empresas participantes, o que faz seu diferencial.
Para administrar essa responsabilidade corporativa, o sistema conta com
reuniões mensais gerenciais onde são
compartilhados os resultados de todas
as empresas do Consórcio, além de
apresentadas as propostas de melhorias. Para ampliar a comunicação entre
os colaboradores e as empresas, há um
encontro mensal dos presidentes das
CIPAs das companhias atuantes no
Consórcio, chamada CIPA Central,
em que são debatidos assuntos de saúde e segurança e quais ações devem ser
tomadas como medidas de correção.
Periodicamente, os assuntos também
são levados em reuniões para a direto-
RESULTADO
Em março de 2012, o Consórcio Modular recebeu uma equipe de auditores
externos, que constatou o pleno atendimento da legislação e a total conformidade do sistema com a norma OHSAS 18001. Como consequência, as
empresas do Consórcio receberam a
Re vista Me rca d o
79
DESCRIÇÃO DOS TRABALHOS
Recursos Humanos
OBJETIVO
Petrobras Distribuidora
Processo de Gestão da Ambiência Organizacional
Processos de mudança dependem
da ambiência organizacional
A
o longo dos anos, o sistema de gestão
brasileiro vem se moldando às necessidades das organizações e da sociedade. A globalização trouxe necessidades e
mudanças, tanto para as pessoas quanto para
as corporações. As pessoas passaram a ser o
grande diferencial dos negócios. Os líderes
não são apenas gestores de processos e negócios, mas de pessoas. Para contribuir com o
desenvolvimento de um ambiente de trabalho
favorável ao alcance de metas, com equipes
comprometidas com os valores da Companhia, a Petrobras Distribuidora implantou o
projeto de Ambiência Organizacional. Composto, basicamente, pela aplicação de pesquisa, execução de planos de ação setoriais e
assessoria em ambiência (suporte a gerentes e
equipes que desenvolvem ações relacionadas
à gestão de pessoas da Petrobras Distribuidora), o projeto foi criado para atuar diretamente no apoio aos gestores e no desdobramento
dos pontos críticos identificados na pesquisa.
Foram elaborados planos de ações de responsabilidade de cada setor, com a área de RH
como consultora e parceira, sobretudo daquelas localizadas fora da sede. Uma pesquisa
de Ambiência Organizacional, realizada anualmente, emite relatórios parciais de estímulo
à participação no processo. Ela também gera
dados sobre a cultura baseada em valores,
crenças, mitos, tradições e normas comuns
aos colaboradores. Com essas ações, a empresa tem obtido sucesso no estabelecimento
de processos internos de mudança.
O objetivo da Gestão da Ambiência
Organizacional é contribuir com o desenvolvimento de um ambiente de trabalho que favoreça o alcance de metas
e resultados, com equipes comprometidas e aderentes aos valores e à cultura
da Companhia. É uma ferramenta para
o alinhamento gerencial, que mostra a
realidade da organização na percepção
dos empregados, ao mesmo tempo que
pontua o resultado de cada gestor sobre
sua equipe. A ferramenta possibilita elaborar estratégias de gestão de pessoas
e ações organizacionais a partir da percepção dos empregados.
Os objetivos secundários são a melhoria dos indicadores de ambiência das
áreas, tendo como base a análise dos
resultados da pesquisa, a identificação
dos pontos críticos e a elaboração dos
planos de ações setoriais, de responsabilidade de cada área. Pretende-se
que a Gestão da Ambiência Organizacional contribua para a constituição
de um corpo de empregados satisfeitos, motivados e comprometidos com
os resultados da empresa.
pondentes, visando ao estímulo à
participação. A divulgação dos resultados é realizada via sistema, a
partir da emissão de relatórios.
Anualmente, a Gerência de Ambiência (ligada ao RH) realiza apresentações para a presidência, diretorias
e todas as gerências executivas, fornecendo informações a respeito dos
resultados quantitativos e qualitativos
obtidos. A gerência informa também
sobre a evolução desses resultados
ao longo do tempo, identificando os
pontos mais críticos dos fatores formadores do clima organizacional. A
pesquisa de ambiência abrange itens
que tiram uma “fotografia anual” do
clima, avaliando os fatores que mais
impactam na motivação das pessoas.
O instrumento também gera dados
sobre a cultura baseada em valores,
crenças, mitos, tradições e normas
comuns aos membros da organização.
A Gerência de Ambiência identifica
as gerências com resultados acima da
média e as que têm oportunidades de
melhoria. Elas são mapeadas e todos
os gestores da Companhia divulgam
os resultados para as suas equipes.
Desde 2002, constam no Planejamento Estratégico da Petrobras Distribuidora dois indicadores extraídos
da Pesquisa de Ambiência Organizacional: Índice de Satisfação do Empregado – ISE e Nível de Comprometimento com a Empresa – NCE.
O monitoramento desses resultados
é constante e visa ao alcance das metas estabelecidas no Plano de Negócios e Gestão 2012-2016.
favorecido pelo tratamento dado
em nível de consultoria interna,
com a criação da Assessoria em
Ambiência. Embora os resultados
apontem para a grande contribuição do processo de assessoria, vale
destacar que não é possível afirmar
categoricamente que o aumento
dos indicadores está associado di-
retamente ao trabalho desenvolvido pela Gerência de Recursos
Humanos. Com essas ações estruturadas e contínuas, a Petrobras
Distribuidora tem obtido sucesso
no estabelecimento de processos
internos de mudança, com as pessoas protagonizando o diferencial
da Companhia.
ESTRATÉGIA
O processo de Gestão da Ambiência
conta com um ciclo ininterrupto de
coleta de dados e estabelecimento de
ações, cujas etapas podem ser: Insatisfação – Necessidade de mudança
– Motivação – Novo comportamento
– Novo resultado – Satisfação – Objetivo alcançado.
A operacionalização do processo de
Gestão da Ambiência envolve monitorar, de modo permanente e preventivo, a Ambiência Organizacional
da Petrobras Distribuidora, por meio
da análise dos indicadores fornecidos
pela pesquisa de ambiência, e tratar as
questões evidenciadas.
O processo se inicia com uma pré–
pesquisa, quando ajustes são realizados. Durante a pesquisa, são
emitidos relatórios parciais dos res-
RESULTADO
A assessoria em ambiência avalia os fatores que mais impactam
na motivação das pessoas
80
Julho de 2013
Pesquisa mede Índice de Satisfação do Empregado - ISE e Nível de
Comprometimento com a Empresa - NCE
O processo de Assessoria em Ambiência começa a obter resultados
positivos, como demonstram os
casos de sucesso nas comparações
de resultados entre as edições
2010-2011-2012, considerando-se
a totalidade dos órgãos assessorados. Todo o processo de Gestão
da Ambiência Organizacional foi
Re vista Me rca d o
81
DESCRIÇÃO DOS TRABALHOS
Sociocultural
OBJETIVO
Akzo Nobel Ltda.
Projeto de Voluntariado Clube da Terra
Educação ambiental através
da alegria das cores
A
Coral participa da vida dos brasileiros
desde 1954, quando iniciou suas atividades no país através do grupo holandês
Akzo Nobel, maior fabricante de tintas e revestimentos do mundo, com sede em Amsterdam. No
Brasil, a unidade de negócios Tintas Decorativas
é detentora das marcas Coral e Sparlak. Ambas
têm como missão levar alegria, através das cores,
à vida das pessoas.
Hoje, a Coral tem mais de 1.200 colaboradores
nas duas unidades industriais, uma em Mauá (SP)
e outra em Recife (PE). O centro administrativo
da Akzo Nobel fica em São Paulo e sua produção
atende ao mercado interno nacional, sendo exportada para cerca de dez países.
A Akzo Nobel estimula o engajamento dos seus funcionários em projetos
sociais, a fim de aumentar a satisfação
da equipe enquanto indivíduos participantes do desenvolvimento sustentável e responsáveis pela preservação
do meio ambiente nas comunidades
das quais fazem parte.
O Projeto de Voluntariado Clube da
Terra tem, como missão, educar e
conscientizar as crianças de escolas
públicas, da 1ª à 4ª série, sobre as
questões ambientais que afetam diretamente a vida da população.
Assim, o projeto atende ao objetivo
da empresa, de se empenhar cada vez
mais para ser sustentável nos produtos que oferece, na maneira como se
comporta em relação às pessoas e às
comunidades com as quais interage, na
redução do impacto ambiental das suas
atividades, e na forma como utiliza os
recursos do planeta para minimizar o
impacto ambiental e o desperdício.
Temas ambientais são explorados
mensalmente, durante um expediente
escolar, em que os voluntários desenvolvem as problemáticas ambientais.
O Uso Consciente da Água aborda
o funcionamento do ciclo e a importância do uso responsável da água.
Nas dinâmicas são feitas explanações
sobre a quantidade de água potável
disponível no planeta.
Na oficina Coleta Seletiva & Reciclagem, os voluntários explicam sobre
os 4 Rs (reduzir, reutilizar, reciclar e
repensar), a destinação correta dos
resíduos sólidos e o impacto ambiental gerado. Para melhor compreensão do tema, são instalados coletores de lixo nos pátios das escolas
para coleta seletiva.
O tema Desmatamento e Queimadas
mostra aos alunos o que se deve fazer para preservar a Mata Atlântica e
suas espécies e o risco que se corre ao
construir casas nas margens dos rios.
São utilizados jogos de memória, pinturas e dinâmicas sobre a importância
da mata ciliar.
Poluição & Aquecimento Global aborda os tipos de poluições existentes, o
que é o aquecimento global e o saneamento básico. Fauna & Flora apresenta às crianças as diversas espécies
de animais, suas diferenças e necessidades, o ecossistema e as mais importantes vegetações existentes.
À medida que cada ação é realizada,
um concurso de desenhos ou pinturas é realizado para que as crianças traduzam seus aprendizados
sobre o meio ambiente e as formas
de preservá-lo. No segundo semestre, alguns dos desenhos que mais
retratem os temas abordados pelos
voluntários do Clube da Terra são
escolhidos para serem pintados nos
muros da escola.
14% do efetivo total da Akzo Nobel
Decorativa, o que representa uma
taxa alta de adesão, visto que o padrão para esse tipo de participação
é, segundo o Instituto Ethos, de 7%
sobre o número total de colaboradores da empresa.
A grafitagem feita nos muros pelos
voluntários e crianças com a ajuda
dos grafiteiros transforma as escolas,
trazendo orgulho e autoestima aos
alunos e professores, criando vínculos com a comunidade e mostrando o
valor dessa arte, evitando pichações.
ESTRATÉGIA
Preocupada não apenas em oferecer produtos de
alta tecnologia, mas em fabricá-los de maneira
sustentável com o menor impacto possível ao meio
ambiente e sem riscos à saúde dos consumidores e
colaboradores, a Akzo Nobel participa de diversos
projetos de educação e proteção ambiental, além
de criar e gerir iniciativas importantes, como o
Clube da Terra – Programa de Voluntariado Empresarial, lançado em parceria com a Fundação
SOS Mata Atlântica.
A característica mais importante do Clube da Terra
é o fato de ser uma iniciativa dos próprios funcionários, que definiram o foco do programa: a educação
ambiental para crianças de escolas públicas que vivem no entorno das fábricas de Mauá e de Recife.
Para serem capacitados e atuarem como
multiplicadores da educação ambiental nas escolas, os funcionários
voluntários participam de treinamentos, palestras, caminhadas ecológicas
e outras atividades vivenciais. Desde
2005, a escolha da escola adotada a
cada ano é realizada pela Equipe de
Responsabilidade Social com base nas
indicações dos próprios funcionários.
As escolas são contatadas e avaliadas
frente aos objetivos, à receptividade
à afinidade do corpo docente com
o projeto a ser desenvolvido, bem
como à necessidade da comunidade
em seu entorno.
Durante todo o ano letivo são realizadas, pelos voluntários do Clube da Terra, diversas ações abordando temas
ambientais em que as crianças aprendem, através de atividades lúdicas,
contação de histórias, músicas, brincadeiras, trabalhos manuais e pinturas.
RESULTADO
170 voluntários (funcionários das fábricas de Mauá, Raposo Tavares e Recife),
participam do Clube da Terra
82
Julho de 2013
Projeto que beneficia 18 escolas cria vínculos entre a
comunidade, alunos e professores, evitando pichações
e transformando a arte em orgulho
O primeiro contato com as escolas foi em 2005. De lá para cá, 18
escolas já foram beneficiadas pelo
projeto, que hoje tem cerca de 170
voluntários (funcionários das fábricas de Mauá, Raposo Tavares e
Recife). Esse número representa
Re vista Me rca d o
83
DESCRIÇÃO DOS TRABALHOS
Sociocultural
OBJETIVO
Consórcio Rnest Conest
Carnaval Sustentável
Frevo, suor e reciclagem colocam
o bloco Acauã nas ruas de Olinda
N
o primeiro carnaval em que o frevo
foi considerado Patrimônio Imaterial
da Humanidade, as ladeiras de Olinda
foram tomadas pelas cores azul e laranja do
Conest e as fitas refletivas do fardamento iluminaram as vielas da cidade. As roupas utilizadas
pelos trabalhadores, que seriam descartadas nos
Costureiras da Cooperativa Na Emenda preparam as fantasias feitas com fardamentos
aterros, foram reutilizadas pelas costureiras da
cooperativa Na Emenda, de Ipojuca, e transformadas em fantasias para que o grupo Acauã
Cia. de Dança desfilasse pelas ladeiras históricas
da cidade de Olinda.
Esse projeto surgiu a partir de atividades distintas
que o Conest já fazia com os dois grupos envolvidos. Com o Acauã, formado por crianças e jovens
de Olinda, muitos em situação de vulnerabilidade,
o Conest já realizava trabalhos de inserção social
e cultural através do ensino do frevo e outras danças para o carnaval, além de se apresentarem aos
integrantes do Conest, tanto da refinaria quanto
da Vila Residencial. Com a cooperativa Na Emenda, formada por senhoras moradoras do distrito
de Camela, município de Ipojuca, a parceria era
para a produção de brindes, feitos a partir dos tecidos e lonas que seriam descartados nos aterros.
Desse triângulo, formado pelo Conest, Acauã e
Na Emenda, surgiu o Carnaval Sustentável 2013,
onde uma tonelada de tecidos que seriam descartados nos aterros sanitários se transformaram
em 300 peças de fantasias.
Após conhecer e se envolver com as
atividades dos dois grupos, o Conest
tomou conhecimento de queno ano
da comemoração do título do Frevo
Patrimônio Imaterial da Humanidade,
o grupo Acauã Cia. de Dança estava
ameaçado de não desfilar no carnaval
de Olinda, devido à falta de recursos para confecção das fantasias. Ao
mesmo tempo, o Núcleo Reciclando,
do Conest, buscava diversificar o reaproveitamento dos tecidos e banners para que não fossem descartados nos aterros. E por que não unir
essas duas necessidades e fazer um
carnaval sustentável? O Conest decidiu realizar o projeto e estimular
o desenvolvimento sustentável e a
preservação ambiental, através da
cultura e da cidadania. Ao promo-
ver o repasse do fardamento, reconheceu os valores e tradições culturais
do Estado, fortaleceu o Acauã – grupo historicamente ligado à tradição
carnavalesca – e a cooperativa Na
Emenda, proporcionando o envolvimento das comunidades pela capacitação, geração de renda, inclusão
social de vulneráveis e preservação
cultural do frevo e do carnaval.
Um dos pontos merecedores de destaque é que a criação das fantasias foi
coletiva. Após a finalização do corte
e costura por parte das costureiras da
cooperativa, as roupas eram levadas
para o espaço onde o Acauã realizava os ensaios para a segunda etapa,
quando os próprios integrantes do
grupo faziam os bordados nas roupas
e confeccionavam os demais adornos
que seriam utilizados por eles no desfile. Para que eles também pudessem
adornar as peças, o Conest doou seis
máquinas de costura ao Acauã, equipamentos que serão parte do curso
de capacitação a ser desenvolvido
posteriormente, buscando promover
a autossustentação do grupo, que
passará a produzir suas fantasias nos
próximos anos. A confecção das rou-
pas durou três meses e contou com o
envolvimento de 30 costureiras e 50
integrantes do Acuã.
O ponto culminante aconteceu no
dia do primeiro desfile, incluído na
programação de abertura do carnaval da cidade. Centenas de pessoas
aguardavam a saída do bloco. Foram
fogos, aplausos e uma multidão que
acompanhou o desfile pelas ruas da
cidade histórica. As fantasias chamavam a atenção pelas fitas luminosas
(existentes no fardamento do Conest e que também foram utilizadas
nas fantasias), que brilhavam com as
luzes da noite. Para que a força de
trabalho da refinaria pudesse conhecer o projeto, eles se apresentaram
na festa de carnaval realizada pelo
Consórcio.
pados e, principalmente, a promoção da
cultura assegurada.
Foram viabilizadas quatro apresentações do grupo com as fantasias, sendo
duas na área de vivência da refinaria,
uma no Pipe Shop e a outra na Vila
Residencial, onde estão alojados 3.500
homens. Durante as apresentações,
os trabalhadores puderam conhecer a
cultura local, brincar o carnaval e saber
que é possível fazer tudo isso preservando o meio ambiente.
ESTRATÉGIA
O Conest foi o responsável por entregar à cooperativa os tecidos e materiais necessários à confecção das
fantasias e, em seguida, recomprar o
produto final para doar para o grupo
Acauã usar na maior festa popular do
Brasil, o carnaval.
Foi criado o conceito “da África ao
Brasil, do Kuduro ao Frevo” que
conduziria o desfile do Carnaval
Sustentável. O tema daria, ainda,
continuidade ao desfile Reciclando
Fashion (ver caso nesta edição).
As fantasias foram criadas por um
estilista que trabalha com o Acauã.
Após a criação dos modelos, foi
elaborado um estandarte do Reciclando para marcar esta parceria
e desfilar juntamente com o grupo
na ocasião.
RESULTADO
Passistas do grupo Acauã prontas para o desfile carnavalesco em Olinda
84
Julho de 2013
Fantasias femininas
Fantasias masculinas
Promoção e preservação do patrimônio
cultural, realização do tradicional desfile
do grupo Acauã no carnaval, 300 peças
produzidas com material reaproveitado,
meio ambiente preservado, renda para
a comunidade, jovens envolvidos e ocu-
Re vista Me rca d o
85
DESCRIÇÃO DOS TRABALHOS
Sociocultural
OBJETIVO
DETRAN-PE
Trânsito é Vida
Se essa rua fosse minha, os
motoristas eu iria conscientizar
P
ernambuco vem crescendo acima da média
nacional em vários setores da economia,
propiciando melhores condições de consumo. Depois da casa própria, o sonho de todo
brasileiro é comprar veículos automotivos, com
destaque para carros e motos. O desejo somado
à isenção de IPI dada pelo governo para incentivar
o consumo tem levado multidões às revendedoras
de automóveis, em busca de realizar este sonho.
Porém, essa conquista tem resultado em grandes
congestionamentos, falta de vaga para estacionamento e, o que é pior, a um aumento de acidentes
envolvendo principalmente automóveis e motos,
alguns com mortes e outros deixando pessoas
com lesões irreversíveis (paraplégicos, tetraplégicos, amputações, etc.). Apesar das diversas cam-
panhas realizadas pelo Detran-PE, este órgão do
governo decidiu ir além e mudar a sua estratégia.
Desde 1999, vários projetos foram implantados,
muitos dos quais ainda estão em ação, como o
Trânsito é Vida, que busca levar aos motoristas
e usuários dos veículos noções de obediência às
leis de trânsito. Uma das prioridades da ação é
diminuir as ocorrências com motociclistas, que
apresentam elevada taxa de óbitos no Estado. Escolas públicas e particulares, bem como
maior fiscalização, contribuíram para a formação de agentes multiplicadores da educação
no trânsito, que ensinam sobre a importância de
se adotar um comportamento mais responsável
na direção, a fim de evitar, ou pelo menos minimizar os acidentes.
O objetivo do programa Trânsito é
Vida é estabelecer índices cada vez
menores de acidentes e eventos paralelos, tomando como base os indicadores hoje existentes em diversas
circunstâncias. O efeito dominó que
tais ocorrências propiciam vem sendo sentido inclusive nos índices de
produtividade das empresas e no
aspecto econômico, com inúmeras
faltas ao trabalho, perdas de vidas,
custos enormes dos planos de saúde
e das intervenções do SUS. Como
resultantes das ações preventivas do
programa Trânsito é Vida é esperado
que esses índices caiam a médio e
longo prazos.
O programa desenvolve um trabalho
com vistas a esclarecer, educar, conscientizar e fiscalizar os usuários e mi-
nimizar os acidentes, atropelamentos
e correlatos. Como os filhos muitas
vezes orientam os pais que praticam
direção perigosa, o programa acontece também nas escolas, junto aos milhares de futuros motoristas, motociclistas e ciclistas para que já comecem
a ter noção de direção responsável e
defensiva e repassem essa orientação
ao motorista da família.
entregou 124 kits para escolas já conveniadas em 2011 e mais 25 kits para
escolas conveniadas em 2012, totalizando 149 kits, atendendo a 46 educadores e beneficiando 7.560 alunos no
ano passado.
Outra ação educativa do Trânsito é
Vida é As Crianças Exercendo a Cidadania no Trânsito, que atendeu 212 educadores, beneficiando 29.285 alunos.
Ela distribuiu cartilha educativa e realizou apresentações teatrais para alunos
do 2º ao 6º ano do ensino fundamental.
Apenas em 2012, os dez municípios
com maior índice de acidentes de
motocicleta no Estado ganharam 59
agentes multiplicadores (educadores
e técnicos do setor trânsito) em 25
instituições de ensino (escolas e se-
cretarias de educação). Os eixos conceituais do programa são locomoção,
comunicação e convívio social. Para
que esses profissionais se tornassem
aptos a orientar pedagogicamente os
professores e alunos em seus municípios, os participantes receberam
um kit contendo o material didático
Vida em Trânsito, uma cartilha educativa para motociclista e um código
de trânsito brasileiro. Diversos encontros e palestras foram realizados,
com foco na prevenção de acidentes
de motos e na importância de obedecer a Operação Lei Seca. Ao final
dos encontros foram entregues materiais para pesquisas junto às comunidades dos municípios participantes
do evento.
foram contratados. A fiscalização, em
2012, teve um crescimento de 145%,
com 241.022 abordagens realizadas
em todo o Estado. Observou-se que
algumas mudanças começam a ocorrer na direção defensiva, segurança e
uso de equipamentos, como cinto de
segurança nos automóveis, e uso de
capacetes e demais equipamentos
necessários aos motociclistas e passageiros. Grande parte dos alunos
das escolas trabalhadas atua como
verdadeiros fiscais junto aos pais ou
pessoas da família que dirigem, chamando atenção dos mesmos para
eventuais infrações.
ESTRATÉGIA
Diversas ações fazem parte do programa Trânsito é Vida, entre elas a
de Educação de Trânsito – PET, com
inserção do conteúdo sobre trânsito
nas disciplinas da grade curricular das
escolas das redes pública e privada do
Estado, realizado em parceria com a
Secretaria de Educação do Estado, e
que teve início em julho de 1999. De lá
até dezembro de 2012, o PET atingiu
escolas particulares, municipais e estaduais de 88 municípios.
Se Essa Rua Fosse Minha é um programa para adolescentes, que visa passar
noções de cidadania, cuidados com a
saúde, defesa do patrimônio público e
valorização da família, além de reforçar
a educação para o trânsito. Ele orientou 258 educadores de 41 municípios e
RESULTADO
Agentes Multiplicadores da Educação no Trânsito capacitaram 8.160 professores
e beneficiaram 327.360 alunos
86
Julho de 2013
Crianças foram conscientizadas a orientar seus familiares
sobre a prevenção de acidentes de motos e da importância
de obedecer a Lei Seca
Com recursos audiovisuais, didáticos,
pedagógicos, de informática e publicações, os Agentes Multiplicadores
da Educação no Trânsito atingiram
1.700 instituições de ensino conveniadas, capacitando 8.160 professores e beneficiando 327.360 alunos.
Quase dois mil agentes de trânsito
Re vista Me rca d o
87
CONEST
Consórcio Conest: valorizando
a cultura e apostanto no futuro
Os projetos do Conest privilegiam as várias camadas
socioambientais que envolvem a Refinaria Abreu e Lima.
O diretor do
empreendimento,
Antenor de Castro
R
esponsável por grande parte do
contingente de integrantes que trabalham na construção da Refinaria
Abreu e Lima, no Complexo de Suape, o
Consórcio Conest, formado pelas construtoras Odebrecht e OAS, quer fixar sua marca para além da estrutura física das unidades
de processo UDA (Unidade de Destilação
Atmosférica) e HDT (Unidades de Hidrotratamento de Diesel, Nafta e Geração de
Hidrogênio), que edifica no local. “Quando
sairmos, queremos deixar um legado à co-
88
Julho de 2013
munidade local e um incentivo às empresas
que atuam na região, para que deem continuidade a esse trabalho desenvolvido pelo
Conest”, afirmma o diretor do empreendimento, Antenor de Castro.
Esse legado se refere aos projetos de sustentabilidade estruturados nos eixos econômico,
social e cultural que o Conest desenvolve no
canteiro de obras. Para implantar e desenvolver essas ações socioambientais, foram
mobilizados diversos setores, como Administração, Qualidade, Saúde, Segurança e Meio
Ambiente, que deliberam sobre o tipo
e a abrangência dos projetos a serem
implantados. Por serem multidisciplinares, esses programas desenvolvidos
pelo Conest contam com profissionais de diversas áreas, tais como Psicologia, Educação, Assistência Social
e Comunicação, entre outros.
Qualificação para jovens investimento no futuro da
geração produtiva
Um dos programas em atividade no Conest é o Jovem Aprendiz. Desenvolvido
pelo setor de P&O (Pessoas e Organização) tem por objetivo incentivar a indicação dos filhos ou parentes dos integrantes para as vagas disponíveis na empresa.
Além de possibilitar treinamento e empregabilidade aos jovens sem experiência
profissional, o Programa também engloba
pessoas portadoras de deficiência e oferece a esses dois públicos formação técnica
pelo Senai, estágio na obra e, para os que
se adaptam à experiência, contratação
na empresa.
O público-alvo do Programa Jovem
Aprendiz é composto de pessoas entre
18 e 24 anos que estejam cursando ou tenham concluído o Ensino Médio, além de
pessoas portadoras de deficiência (PCDs)
a partir de 18 anos, sem limite de idade. O
treinamento é constituído de atividades
teóricas e práticas, organizadas em tarefas
de complexidade progressiva, em programas correlatos às atividades desenvolvidas na obra, proporcionando ao aprendiz
uma formação profissional básica, porém,
direcionada às vagas disponíveis.
A conquista da profissão
Para atrair interessados em ingressar
no Programa, os integrantes são estimulados, através de campanhas comunicacionais internas, a indicar jovens
ou deficientes de qualquer idade a
se inscrever e, assim, transformar a
realidade pessoal e familiar dos habitantes de Ipojuca, Cabo de Santo
Agostinho e adjacências.
Além de serem inseridos em novas experiências profissionais, os
jovens recebem noções de valores
cidadãos e demais conhecimentos
éticos e técnicos, necessários para
os que vão atuar em um cenário
econômico de permanente evolução tecnológica.
A previsão é de que até junho de
2014 360 jovens estejam capacitados e atuantes no mercado de trabalho. Além da oportunidade de
receber qualificação profissional de
qualidade certificada pelo Senai,
referência em capacitação para o
mercado de trabalho, os formados
integrarão diretamente o quadro
funcional do Conest, composto por
duas grandes empresas.
O Conest enaltece o trabalho dos
seus atuais integrantes, pois eles servem de exemplo profissional para os
que estão em treinamento. O programa Jovem Aprendiz, por outro lado,
também valoriza o papel da empresa
nas questões sociais e desenvolvimentistas, com base nos seguintes
itens: colaborar para enfrentar o desafio brasileiro de inclusão social e de
superação da desigualdade e da pobreza; auxiliar o jovem a transformar
a sua realidade pessoal e familiar;
ser, ao mesmo tempo, um orientador
profissional e um educador interessado em transmitir experiências e
valores de civilidade, direitos e deveres, e contribuir para a criação de políticas eficazes de educação e de formação profissional que capacitem as
novas gerações. Os jovens aprendizes que já iniciaram o estágio na obra
são reconhecidos como integrantes
do Conest e possuem os mesmos benefícios dos demais funcionários.
Ao invés de terem como destino o aterro sanitário, fardamentos ganham as passarelas
O Conest dispõe de 10.000 trabalhadores que atuam no canteiro de obras
e na administração, muitos, inclusive,
oriundos de cidades distantes e de
outros Estados. Com todo esse contingente trabalhando uniformizado,
o consórcio descartava por mês nos
aterros sanitários cerca de 300 fardas
desgastadas, que totalizavam 60 toneladas de tecidos por ano. Incomodada
com esses dados e respectivos custos
associados, a empresa partiu em busca de alternativas para minimizar o
impacto ambiental resultante desses
resíduos gerados pela obra.
Com essa preocupação e buscando
seguir os três Rs da sustentabilidade – reduzir, reutilizar e reciclar – foi
lançado o projeto Reciclando Fashion,
que acabou por se tornar uma nova
ação sustentável ao dar um novo uso
aos tecidos que seriam descartados
em aterros sanitários. Esta ação, de
caráter socioambiental, como se verá
adiante, veio se somar às outras práticas já adotadas pelo Conest, de preservação ambiental e apoio social.
A ação reúne uma ONG de apoio a jovens carentes de Olinda, uma cooperativa
de costureiras de Ipojuca e integrantes do
Conest. Graças ao comprometimento de
reinvestir na região onde a obra está instalada (a 40 km do Recife) e de agregar ao
Conest o conceito de sustentabilidade, o
desfile Reciclando Fashion recebeu grande apoio de todos os públicos envolvidos.
Para implantá-lo, o Núcleo Reciclando
estabeleceu parcerias com a Cooperativa Coopcost (estilista e costureiras),
do município vizinho de Cabo de Santo
Agostinho, e com o Grupo Acauã Cia.
de Dança (jovens de um projeto social
de Olinda), que desfilou usando as peças
criadas e produzidas pelas costureiras
com os tecidos reciclados.
Re vista Me rca d o
89
CONEST
Fardamentos reciclados viraram fantasias de carnaval e embelezaram modelos
em desfiles de moda
O Consórcio forneceu a matériaprima (tecidos) para a Coopcost,
recomprou as roupas depois de prontas
e agregou ao projeto o Grupo Acauã,
90
Julho de 2013
cujos integrantes desfilaram com os
modelos inéditos.
O Grupo Acauã escolheu as músicas e
os que desfilariam e, através de ensaios
diários, passou aos jovens participantes o conceito da ação. Enquanto isso,
o estilista desenhava os novos modelos juntamente com as costureiras,
que deram seguimento na confecção
das roupas utilizando todo o maquinário da própria Cooperativa.
O Núcleo Reciclando acompanhou todas as frentes dos trabalhos, desde o
desenho das peças, e montou toda a
infraestrutura necessária para o desfile, que aconteceu na Vila Residencial
do Consórcio onde moram 3.500 funcionários. Houve grande envolvimento e sinergia entre os integrantes dos
grupos participantes: Sustentabilidade, Qualidade (comunicação), Serviço
Social, Produção, Prefeitura da Vila
Residencial, Transporte e Refeitório.
Os carpinteiros de um dos contratos
da Rnest confeccionaram a estrutura
física do palco utilizado.
A principal conquista do projeto Reciclando Fashion foi a preservação ambiental, mas vários outros produtos
da ação foram contabilizados positivamente, a começar pela geração de
renda para a Cooperativa Coopcost,
através da produção de 112 modelos alternativos com tecidos higienizados de
fardamentos que seriam descartados.
Por ter sido na Vila Residencial, o
desfile permitiu demonstrar aos integrantes da força de trabalho ali alojados que é possível preservar o meio
ambiente com o que seria considerado
lixo. Isso gerou uma mobilização cultural de grande adesão por parte dos
públicos interno e externo do Conest,
assim como dos participantes da execução do desfile.
Assistido ao vivo por funcionários e
gerentes da Rnest, participantes de
ONGs, e convidados de Suape, do governo e da comunidade de Ipojuca e de
Cabo de Santo Agostinho, o evento
sustentável e fashion teve três pilares:
ambiental, econômico e social. A pro-
pagação do conceito de sustentabilidade para os funcionários presentes,
convidados e comunidades envolvidas foi determinante para o entendimento de todos os benefícios gerados pela ação.
Associada a uma empresa que trabalha para o desenvolvimento da
região, a imagem do Conest ficou
fortalecida e a repercussão positiva
na grande mídia levou a uma matéria
espontânea de quase quatro minutos
na Rede Globo Nordeste. O envolvimento social dos jovens do Grupo
Acauã Cia. de Dança suscitou uma
nova fase de trabalhos e atuações do
grupo, que acabou por se integrar a
um novo programa – o Carnaval Sustentável –, apresentado a seguir.
No primeiro Carnaval em que
o frevo foi considerado Patrimônio Imaterial da Humanidade, as ladeiras de Olinda
foram tomadas pelas cores
do Conest
As cores azul e laranja brilharam nas faixas reflexivas dos uniformes do Conest,
iluminando as vielas de Olinda no último
Carnaval, quando o frevo foi considerado patrimônio imaterial da humanidade.
Como isso foi possível, você vai saber
agora, conhecendo o projeto Carnaval
Sustentável, que reutilizou parte dos
fardamentos que iriam para o aterro
sanitário, usados pelos trabalhadores,
transformando-os em fantasias que o
Grupo Acauã Cia. de Dança usou para
desfilar nas ladeiras históricas de Olinda.
Após serem higienizadas, as roupas
foram encaminhadas às costureiras da
Cooperativa Na Emenda, de Ipojuca,
e transformadas em belas e alegres
fantasias usadas pelo grupo de dança olindense. A presidente do Acauã,
Verônica Santos, afirmou: “se não fos-
se a parceria com o Conest o nosso
grupo, que atua com jovens carentes
através da prática da dança, não iria
se apresentar este ano, pois não tínhamos dinheiro para o figurino. Deu
tudo certo, ficou tudo muito bonito”,
comemorou.
Com a Cooperativa Na Emenda, formada por senhoras moradoras do distrito de Camela, município de Ipojuca,
a parceria era para a produção de brindes, bonés, porta-garrafas de água e
de ferramentas, feitos a partir dos tecidos e lonas que seriam descartados
nos aterros.
Após conhecer e se envolver com as
atividades do Na Emenda e do Acauã,
representantes do Núcleo Reciclando (voluntários que desenvolvem os
projetos socioambientais e culturais
dentro do Conest) souberam que no
ano da conquista do título do Frevo
como Patrimônio Imaterial da Humanidade, o Grupo Acauã Cia. de Dança
estava ameaçado de não desfilar, devido à falta de recursos para comprar
as fantasias. Assim, o Reciclando decidiu diversificar o reaproveitamento
dos tecidos e banners para confeccionar as fantasias necessárias para
o Carnaval Sustentável 2013, em que
uma tonelada de tecidos que seriam
descartados nos aterros sanitários se
transformou em 300 peças alegres,
chamativas e elegantes de pura fantasia. Além de entregar à Cooperativa
os tecidos e materiais necessários à
confecção das peças, o Conest também recomprou o produto final para
doar ao Grupo Acauã usar na maior
festa popular do Brasil.
O desfile do Carnaval teve como
tema “Da África ao Brasil, do Kuduro
ao Frevo” e as fantasias foram criadas por um estilista que trabalha com
o Acauã. Após a criação dos modelos, foi elaborado um estandarte do
Reciclando para marcar a parceria e
desfilar juntamente com o Acauã na
abertura do Carnaval.
A criação das fantasias foi coletiva. Os
próprios integrantes do grupo fizeram
os bordados nas roupas e confeccionaram os demais adornos utilizados por
eles no desfile.
Para que também pudessem enriquecer as peças, o Conest doou seis
máquinas de costura ao Acauã, equipamentos que farão parte do curso
de capacitação a ser desenvolvido
posteriormente, buscando promover
a autossustentação do grupo, que nos
próximos anos passará a produzir suas
próprias fantasias. O ponto culminante do projeto aconteceu no primeiro
dia do desfile, tendo o Acauã sido
incluído na programação de abertura
oficial do Carnaval de Olinda. Centenas de pessoas aguardaram a saída
do bloco, que foi saudado com fogos,
aplausos e seguido por uma multidão
de foliões que acompanhou o desfile
pelas ruas da cidade histórica. As fantasias chamavam a atenção pelas fitas
luminosas (existentes no fardamento
do Conest e que também foram utilizadas nas fantasias) que brilhavam
com as luzes da noite.
Para que a força de trabalho da
Rnest também pudesse brincar o
Carnaval, o Grupo Acauã se apresentou na refinaria, quando todos
os que estavam de folga puderam
cair na folia. Para alegria geral de
seus colaboradores, foram quatro
apresentações do grupo com as
fantasias, sendo duas na área de
vivência da refinaria, uma no Pipe
Shop e outra na Vila Residencial,
onde vivem 3.500 pessoas. Durante
as apresentações, os trabalhadores
brincaram o Carnaval e muitos que
são de outros Estados puderam conhecer a cultura local e saber que
é possível fazer folia preservando
o meio ambiente.
Re vista Me rca d o
91
PREMIAÇÃO
Foto oficial dos
vencedores do Prêmio
FOTOS DOS VENCEDORES
Meio Ambiente
COMPESA
ALUSA ENGENHARIA
Luiz Gustavo Vianna, Gerente de Contrato Cafor/Rnest;
Heloísa Helena Silva de Oliveira, jurada e Executiva da
Fundação Abrinq; João Luiz Dias Perez, Presidente do
Conselho do Grupo Provider; Rafael Miranda Magalhães,
Coordenador de Administração Contratual Cafor/Rnest.
Frederico Cavalcanti Montenegro, Diretor-presidente do ITEP;
Roberto Tavares, Diretor Presidente da Compesa; Claudenilson
Barreto, Superintendente Substituto do Ibama PE; Cap. de Fragata
Marcelo Campbell Mauad, Comandante da Escola de Aprendizes
de Marinheiro PE; Fabíola Coelho, Assessora de Responsabilidade
Social da Compesa; Carlos Harten, Sócio-diretor da Queiroz
Cavalcanti Advocacia; Leopoldo de Albuquerque, Presidente da
ADVB-PE; na frente do palco Robô Bio.
COMPLEXO INDUSTRIAL PORTUÁRIO DE SUAPE
GOV. ERALDO GUEIROS
BRADESCO CAPITALIZAÇÃO
Romero Albuquerque, Gerente Regional; Claudenilson
Barreto, Superintendente Substituto do Ibama PE; Helena
Silva de Oliveira, Jurada e Executiva da Fundação Abrinq;
João Luiz Dias Perez, Presidente do Conselho do Grupo
Provider; Carlos Harten, Sócio-diretor da Queiroz Cavalcanti
Advocacia; Alberto Gordilho, Superintendente Regional
Bradesco Capitalização.
94
Julho de 2013
Victor Alexander Almeida Vieira, Dir. de Engenharia e
Meio Ambiente do Complexo Industrial e Portuário de
Suape; Nelcy Campos Filho, Advogado da BFC Advogados
Associados; José Roberto Carvalho Zaponi, Coord. de
Educação Ambiental; Frederico Cavalcanti Montenegro,
Diretor-presidente do ITEP; Cap. de Fragata Marcelo
Campbell Mauad, Comandante da Escola de Aprendizes
de Marinheiro PE; Caio Cavalcanti Ramos, Vice-presidente
do Complexo Industrial Portuário de Suape.
Re vista Me rca d o
95
FOTOS DOS VENCEDORES
Meio Ambiente
CONSÓRCIO IPOJUCA INTERLIGAÇÕES
Nelcy Campos Filho, Advogado da BFC Advogados
Associados; Marcelo Fernandes da Cunha, Coord. de Meio
Ambiente do Consórcio Ipojuca Interligações; Frederico
Cavalcanti Montenegro, Diretor-presidente do ITEP; Anna
Maria de França Vicente, Analista de Meio Ambiente; Martin
Mann, Representante Consulado Alemão; Johny Lopes dos
Santos, Gestor Operacional de SMS.
GALVÃO ENGENHARIA
Allex Gomes, Gerente de Relações Institucionais TV Nova –
Canal 22; Diva Meli, Diretora da Diva Meli Imóveis; Allan Ruschi,
Gerente de SMS – RS; Lú Vieira, Gerente da OD Collections;
Edson Coracini, Gerente de Contrato; César Mafra, Gerente
Regional da Fiat Automóveis.
CONSÓRCIO CONEST
Nelcy Campos Filho, Advogado da BFC Advogados Associados;
Eduardo Borges, Gerente Geral de Admnist. Contratual; Diva
Meli, Diretora da Diva Meli Imóveis; Antônio Carlos Telles Filho,
Gerente de Contrato; César Mafra, Gerente Regional da Fiat
Automóveis; Alessandra Cavalcanti, Técnica de Meio Ambiente
do Núcleo Reciclando.
96
Julho de 2013
JIQUIÁ DESENVOLVIMENTO IMOBILIÁRIO
Allex Gomes, Gerente de Relações Institucionais TV Nova –
Canal 22; César Barros – Arquiteto; Lú Vieira, Gerente da OD
Collections; Jayme Vita, Sócio da Vita Logística, Serviços.
Re vista Me rca d o
97
FOTOS DOS VENCEDORES
Meio Ambiente
FOTOS DOS VENCEDORES
Recursos Humanos
ALESAT COMBUSTÍVEIS
MAN LATIN AMERICA
Lú Vieira, Gerente da OD Collections; Marcos Franco, Gerente
Executivo/Escritório Regional; Jayme Vita, Sócio da Vita
Logística, Serviços.
Ten. Cel. Jonas Barbosa, Secretário Executivo da Secretaria
de Segurança Urbana do Recife; Vladimir Barros, Gerente
Executivo de RH; Christina Barker, Coordenadora de
Desenvolvimento Organizacional; João Cruz, Gerente
Nacional de Vendas da Gráfica Santa Marta; Tuca de
Andrade, Sócia-diretora da Midiavox.
CONSÓRCIO CONEST
NOV FIBER GLASS SYSTEMS
Charles Blackledge, Gerente de Planta; Robson Oliveira,
Gerente Regional da Led Brasil; Tuca de Andrade, Sócio-diretor
da Midiavox; Felipe Bretas, Diretor Comercial; Kent Mode,
Gerente de Qualidade; Jayme Vita, Sócio da Vita Logística
Serviços; Ibrain Pereira, Presidente da Tauá Comunicação;
Bonifácio Rocha, Gerente de Manutenção.
98
Julho de 2013
Ten. Cel. Jonas Barbosa, Secretário Executivo da Secretaria de
Segurança Urbana do Recife; Fernanda Sampaio, Responsável
pelo Programa Pessoas e Organização do Consórcio Conest;
João Cruz, Gerente Nacional de Vendas da Gráfica Santa
Marta; André Chagas, Gerente Administrativo Financeiro; Jean
Gomes, Coordenador Técnico do Programa Jovem Aprendiz;
Tuca de Andrade, Sócia-diretora da Midiavox.
Re vista Me rca d o
99
FOTOS DOS VENCEDORES
Recursos Humanos
FOTOS DOS VENCEDORES
Sociocultural
MAN LATIN AMERICA
Pedro Galdêncio, Presidente do Conselho Fiscal da Chesf;
Rhaldney Santos, Diretor Geral da Expressão Produtora;
Marcos Franco, Gerente Executivo/Escritório Regional; João
Cruz, Gerente Nacional de Vendas da Gráfica Santa Marta;
Karla Paes, Assessora de Marketing do Delta Expresso.
AKZO NOBEL LTDA.
Robson Oliveira, Gerente Regional da Led Brasil;Adeildo Flor,
Operador de matérias-primas e voluntariado do Clube da Terra;
Jayme Vita, Sócio da Vita Logística, Serviços; Rosângela Kirzner,
Gerente-técnica R&D Responsabilidade Social & Sustentabilidade.
CONSÓRCIO CONEST
PETROBRAS DISTRIBUIDORA
Heloísa Helena Silva de Oliveira, Jurada e Executiva da Fundação
Abrinq; Pedro Galdêncio, Presidente do Conselho Fiscal da Chesf;
Gláucio Santoro Nunes, Gerente de Ambiência; Karla Paes,
Assessora de Marketing do Delta Expresso.
100
Julho de 2013
Naim Rached, Diretor da Pilar Alimentos; Waldir Martins, Coord.
de Sustentabilidade do Consórcio Conest; Caroline Toledo,
Representante da Equipe de Comunicaação do Consórcio
Conest; Ibrain Pereira, Presidente da Tauá Comunicação; Judson
Mariotti, Gerente de Apoio a Gestão; Verônica Dantas, Diretora
da RPA Relações Públicas Associados.
Re vista Me rca d o
101
FOTOS DOS VENCEDORES
Sociocultural
FOTOS DA PREMIAÇÃO
Lounges
DETRAN-PE
Ten. Cel. Jonas Barbosa, Secretário Executivo da Secretaria
de Segurança Urbana do Recife; Naim Rached, Diretor da
Pilar Alimentos; Maria Fernanda Cordeiro, Coordenadora
de Educação de Trânsito; Verônica Dantas, Diretora da RPA
Relações Públicas Associados; João Cruz, Gerente Nacional
de Vendas da Gráfica Santa Marta.
Lounge da Conest
PRÊMIO DESTAQUE CONSÓRCIO CONEST
Heloísa Helena Silva de Oliveira, Jurada e Executiva da
Fundação Abrinq; Frederico Cavalcanti Montenegro,
Diretor-presidente do ITEP; Antenor de Castro, Gerente de
Contrato; Cristiano Carrilho, Gestor Educação Ambiental
da Secret. Estadual Meio Ambiente; Cap. de Fragata
Marcelo Campbell Mauad, Comandante da Escola de
Aprendizes de Marinheiros PE.
102
Julho de 2013
E-D: OD Collections marcando presença, Tábata Sá, Assessora de Marketing,
Marcelo Siqueira, Decorador e responsável pelos belíssimos lounges do
evento, e Lú Vieira, Gerente
Lounge amplo e confortável da Petrobras Distribuidora
Lounge do Complexo Industrial e Portuário de SUAPE
Complexo Industrial e Portuário de Suape com seu concorrido lounge.
Re vista Me rca d o
103
FOTOS DA PREMIAÇÃO
Convidados da Premiação foram recepcionados com distinção.
Ataliba Gonçalves, Vice-pres. da ADVB-PE, foi o mestre de cerimônia
da 6ª edição do Prêmio Top Socioambiental e de RH 2013.
Equipe Galvão Engenharia.
E-D: Edson Coracini, Gerente de Contrato da Galvão Engenharia; Cap. de
Fragata Marcelo Campbell Mauad, Escola de Aprendizes de Marinheiros de PE;
e Leopoldo de Albuquerque, Presidente da ADVB-PE.
Leopoldo de Albuquerque, Presidente da ADVB-PE, em seu discurso de abertura
do evento.
Heloísa Helena de Oliveira, Executiva da Fundação Abrinq e uma das
personalidades do júri técnico.
E-D: Descontraída conversa entre Edson Coracini, Gerente de Contrato da Galvão
Engenharia; Leopoldo de Albuquerque, Presidente da ADVB-PE; e Heloísa Helena
de Oliveira, Executiva da Fundação Abrinq e jurada.
E-D: João Machado, Diretor Comercial da Patrimonial Investimentos; João Luiz
Dias Perez, Pres. do Conselho do Grupo Provider; e Leopoldo de Albuquerque,
Presidente da ADVB-PE.
Público reunido no auditório do JCPM Trade Center.
Troféus e diplomas entregues aos ganhadores do Prêmio.
E-D: Paulo César Cavalcanti Pugliesi, Diretor Executivo da Folha de PE; e Toni
Almeida, Apresentador do Programa Acontece.
E-D: Ataliba Gonçalves, Vice-pres. da ADVB-PE; Paulo César Cavalcanti Pugliesi,
Diretor Executivo da Folha de PE; Allex Gomes, Gerente de Relações Institucionais TV
Nova – Canal 22; e Nelcy Campos Filho, Advogado da BFC Advogados Associados.
104
Julho de 2013
Re vista Me rca d o
105
FOTOS DA PREMIAÇÃO
E-D: Victor Alexander Almeida Vieira, Dir. de Engenharia e Meio Ambiente do
Complexo Industrial e Portuário de Suape; Leopoldo de Albuquerque, Presidente
da ADVB-PE; e Roberto Tavares, Diretor-Presidente da Compesa.
Um público extremamente seleto compareceu ao evento.
E-D: Cap. de Fragata Marcelo Campbell Mauad, Escola de Aprendizes de
Marinheiros de PE; Ana Patricia de Lacerda Campbell Mauad, esposa do capitão;
e Ataliba Gonçalves, Vice-presidente de Qualificação Profissional da ADVB-PE.
Equipe da Conest.
106
Julho de 2013
E-D: Sílvio Leimig, Diretor Suape Global; e Leopoldo de Albuquerque, Presidente
da ADVB-PE.
E-D: Ricardo Demarchi, sócio-diretor da Lirneo; Leopoldo de Albuquerque,
Presidente da ADVB-PE; Lucas Lacombe, Diretor de Relações Internacionais da
ADVB-PE; e Verônica Dantas, Diretora da RPA Relações Públicas Associados.
E-D: João Machado, Diretor Comercial da Patrimonial Investimentos; João Luiz Dias
Perez, Pres. do Conselho do Grupo Provider, Claudenilson Barreto, Superintendente
Substituto do Ibama PE; e César Barros, Diretor da César Barros Arquitetura.
Leopoldo de Albuquerque, Presidente da ADVB-PE, e sua filha Luciana de
Albuquerque durante o evento.
E-D: Veronica Dantas, vice-presidente de eventos e promoções da ADVBPE; Karla Paes, Assessora de marketing do Delta Expresso; Martin Mahn,
Representante do Consulado Alemão; e Ataliba Gonçalves, vice-presidente de
Qualificação Profissional da ADVB-PE.
E-D: Verônica Dantas, Diretora da RPA Relações Públicas Associados; Prof. Cristiano
Carrilho, Gestor de Educação Ambiental da Secret. Estadual do Meio Ambiente; e
Major Jefferson Dalamura Nascimento, Chefe de divisão do II Comando Aéreo.
Espaço saboroso do Delta Expresso.
Entrevista de Toni Almeida com Antenor de Castro, Gerente de Contrato da Conest.
Re vista Me rca d o
107
ADVB-PE EM AÇÃO
Reuniões R.E.D.E. Suape
R.E.D.E. Suape delibera sobre
prioridades do Complexo
A
fim de dar andamento às discussões relativas a acesso, sustentabilidade e mobilidade, questões definidas como prioritárias
na reunia anterior da R.E.D.E. Suape.
Jaime Alheiros, diretor de Planejamento e Urbanismo de Suape, falou sobre o projeto de mobilidade
do Complexo, o volume de chegada e de saída de
veículos, o percurso atualizado do VLT, que sairá de
Cajueiro Seco e irá até Suape, numa estrutura de
R$ 60 milhões, que envolve VLT e VLT + Circulares.
Em seguida, o assunto analisado foi a Free Way, os
pontos de pedágio, confirmando a informação de
que todas as empresas e trabalhadores terão que
pagar o pedágio para ter acesso às áreas de Suape.
Alheiros enfatizou, porém, que a situação de mobilidade de Suape será bem diferente num futuro próximo, pois com o fim das obras dos grandes empreendimentos mais de 50.000 funcionários deixarão os
canteiros de obras, o que, por si só, já diminuirá o impacto que hoje sobrecarrega as vias do porto. Segun-
Leopoldo de Albuquerque,
presidente da ADVB-PE,
abrindo a reunião.
108
Julho de 2013
do o diretor de planejamento de Suape, além da Free
Way outras obras viárias e melhorias do transporte
público tirarão a sobrecarga da malha viária local, eliminando a maioria dos transtornos atuais.
Recursos Humanos das empresas
da R.E.D.E. Suape entraram na pauta
No dia 2 de abril, outro encontro, reunindo os membros do setor de Recursos Humanos das empresas
da R.E.D.E. Suape, teve como pauta o próprio funcionamento entidade, a definição de estratégias e
regras para o funcionamento do Comitê de RH, a
gestão para benchmarking de RH entre as empresas
participantes, e a criação de uma intranet de comunicação entre os membros. O sr. Ataliba Gonçalves,
vice-presidente da ADVB-PE presidiu os trabalhos
e o sr. Miguel Vasconcelos, executivo da Ernst &
Young Terco secretariou o encontro. Na ocasião, a
Grupos reunidos para definir as prioridades.
superintendente de Negócios da R.E.D.E.
Suape, Euza Pires, fez uma breve exposição aos presentes sobre o modelo de funcionamento aprovado pelo Conselho Estratégico da R.E.D.E. Suape, esclarecendo
que o RH passa a se envolver diretamente
no processo de construção de um Plano
Diretor para ser implantado nos próximos
anos. O concorrido encontro registrou a
participação de representantes das seguintes empresas:
Amanco Brasil
Arcor do Brasil
Bunge Moinho
Coca-Cola Guararapes
Comer Bem Refeições
Cone S.A
Copagaz Distribuidora de Gás
Duratex S.A.
Emplal
Engevix
Estaleiro Atlântico Sul
Gafor Logística
Galvão Engenharia
Hypermarcas
IMPSA Wind Power
IFPE - Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia
Komboogie Logística
Max Pinturas e Revestimentos
Maxen
Nov Fiber Glass Systems
PDI-Pernambuco Desenvolvimento
Industrial
Pepsico
Pernambuco Construtora
Pernord Ricard Brasil
PQS – Complexo Industrial Químico
Refinaria Abreu e Lima
Suape Complexo Industrial e Portuário
Singular Saúde
Suata Log Serviços e Logística
Tecon Suape
TERMOPE – Iberdrola Energia
Terranor
Transpaz
Transpetro.
No mês de junho, em novo encontro, os representantes da área de
Recursos Humanos das empresas da
R.E.D.E. Suape tiveram a oportunidade de assistir à palestra Mobilidade
e Acesso em Suape, proferida por Jaime Alheiros - diretor de Planejamento e Urbanismo do Porto de Suape.
Os participantes aproveitaram para
avaliar o uso da intranet como ferramenta de comunicação entre os
membros da R.E.D.E., entre outras
pautas sugeridas.
Jaime Alheiros fazendo sua explanação.
César Cavalcanti, fazendo a apresentação do contrato
firmado entre o Complexo Industrial e Portuário de
Suape e a ATP Engenharia.
Re vista Me rca d o
109
ADVB-PE EM AÇÃO
Happy Hour Empresarial
Happy Hour Empresarial presta
homenagem às Forças Armadas
N
o dia 12 de março o Restaurante Barbarico Bongiovanni, no bairro de Boa
Viagem, foi palco de um concorrido
Happy Hour onde a ADVB-PE, através do seu
presidente, Leopoldo de Albuquerque, e do presidente do Conselho Deliberativo, Ozires Silva,
homenageou as Forças Armadas Brasileiras.
A personalidade destaque da noite, por distinção e reconhecido mérito, foi o general Odilson Sampaio Benzi, comandante do Comando Militar do Nordeste.
As organizações homenageadas pela excelência
no desenvolvimento de suas atividades foram o
Comando do 3º Distrito Naval, representado pelo
seu comandante, almirante Bernardo José Pierantoni Gambôa, e o Segundo Comando Aéreo Regional – II COMAR, representado pelo seu comandante, brigadeiro Luiz Antônio Pinto Machado.
Todos foram brilhantemente saudados e receberam
os diplomas das mãos do arquiteto e urbanista
Waldecy Pinto.
Veja nas fotos as imagens de mais este Happy
Hour Empresarial da ADVB-PE, que tem por
tradição reunir as personalidades de destaque no
mercado pernambucano.
Alm. Bernardo José Pierantoni Gambôa, Gen. Odilson
Sampaio Benzi e Brig. Luiz Antônio Pinto MACHADO.
Momento de descontração entre os convidados
presentes.
Saudante Waldecy Pinto, Arquiteto e Urbanista; Veronica
Dantas, vice-presidente de Eventos e Promoções da
ADVB-PE; Leopoldo de Albuquerque, presidente da
ADVB-PE; Alm. Bernardo José Pierantoni Gambôa;
Brig. Luiz Antônio Pinto Machado; Sra. Dayse Benzi,
esposa do General Benzi, com belíssimo buquê da Sônia
Design de Flores e Odilson Sampaio Benzi.
110
Julho de 2013
Tecnologia da Informação ganha
Happy Hour Empresarial
A
ADVB-PE, através do seu presidente,
Leopoldo de Albuquerque, e do presidente do Conselho Deliberativo, Ozires Silva, reuniu o segmento de Tecnologia da
Informação do Estado no dia 15 de maio para
um agradável Happy Hour Empresarial, no
restaurante Barbarico Bongiovanni.
O evento, muito prestigiado, homenageou
por distinção e reconhecido mérito no desenvolvimento de suas atividades o cientista
Silvio Meira, Chefe do C.E.S.A.R., que foi
saudado na ocasião e recebeu o diploma das
mãos de Cláudio Marinho, diretor da Porto
Marinho Consultoria.
A organização homenageada foi o Porto Digital, através do seu presidente Francisco Sabóya Albuquerque Neto, que foi saudado e
recebeu o diploma das mãos de Paulo Gomes
Sales, presidente executivo do Grupo Moura.
Veja nas fotos os momentos inesquecíveis
de mais este Happy Hour Empresarial da
ADVB-PE, que tem por tradição reunir
executivos, empresários e personalidades
de destaque no mercado pernambucano.
Paulo Gomes Sales, saudante e presidente Executivo do
Grupo Moura, Francisco Sabóya , presidente do Porto
Digital, Sílvio Meira, Cientista-Chefe do C.E.S.A.R., e
seu saudante Cláudio Marinho, Diretor do Porto Marinho
Consultoria.
Leopoldo de Albuquerque, presidente da ADVB-PE, Cap.de Mar e Guerra Cláudio
Grilli, Capitania dos Portos de Pernambuco, Caio Cavalcanti Ramos, vice-presidente
do Complexo Indl e Protuário de Suape, Gen. de Brigada Fernando Sérgio Nunes
Ferreira, Chefe do Estado Maior do Comando Militar do Nordeste, Usha Pitts,
Côsul dos EUA Recife, Paulo Gomes Sales presidente Executivo do Grupo Moura,
Francisco Sabóya , presidente do Porto Digital, Sílvio Meira, Cientista-Chefe do
C.E.S.A.R., Cláudio Marinho, Diretor do Porto Marinho Consultoria, Cap. de
Fragata Marcelo Campbell Mauad, Escola de Aprendizes de Marinheiros de PE e
Ataliba Gonçalves,vice-presidente de Qualificação Profissional da ADVB-PE.
Leopoldo de Albuquerque, Presidente da ADVB-PE;
Alm. Bernardo José Pierantoni Gambôa, Gen. Odilson
Sampaio BENZI e Brig. Luiz Antônio Pinto Machado;
e Sílvio Leimig, Diretor Suape Global.
Leopoldo de Albuquerque, presidente da ADVB-PE,
entre os homenageados.
Re vista Me rca d o
111
ADVB-PE EM AÇÃO
Fórum de Marketing Digital e NET Company
Comando Militar e Marketing
Digital presentes na ADVB em ação
ADVB-PE EM AÇÃO
Assembleias
ADVB-PE realizou duas
assembleias ordinárias
Os eventos da ADVB em Ação do primeiro semestre foram estratégicos
O
Comando da 7ª Região Militar, na pessoa de seu
comandante, general Marcelo Aguiar, recebeu o
presidente da ADVB-PE, Leopoldo de Albuquerque
e convidados, para um agradável almoço de confraternização,
como parte do Net Company da ADVB em Ação. O gene-ral Aguiar recebeu os convidados acompanhado dos colegas
do Comando, a saber: coronel Miguel, tenente-coronel Ivar
e tenente Mayara. Além do presidente da ADVB-PE, foram
recebidos à mesa da 7a Região Militar os seguintes convidados: Alberto Ferreira Júnior, diretor da Construtora Ave;
Claudenilson Barreto, superintendente substituto do Ibama;
e Cláudia Fernanda Oliveira, assessora do gabinete da superintendência do Ibama.
Cláudia Fernanda Oliveira, assessora do Gabinete da Superintendência do Ibama;
Claudenilson Barreto, superintendente substituto do Ibama; gen. Marcelo Aguiar,
comandante da 7a Região Militar; Leopoldo de Albuquerque, presidente da
ADVB-PE; e Alberto Júnior, diretor da Rio Ave Construtora.
112
Julho de 2013
O
Fórum de Marketing Digital 2013 realizado pela
Digitalks reuniu grande público, dando continuidade ao calendário da ADVB em Ação, e também
teve apoio da ADVB-PE. Realizado no Golden Tulip Recife
Palace, no dia 7 de março, o Fórum teve como foco o mercado local e os níveis de engajamento em comunidades on-line.
Os novos desafios sobre como se comunicar no mundo digital e gerar negócios pautaram o evento. Mais de 250 pessoas
lotaram o auditório para acompanhar os debates e as palestras sobre Videomarketing, E-commerce e Mensuração de
resultados apresentados por especialistas nacionais.
O evento gerou, por consequência, excelente oportunidade de
networking entre os presentes, nos intervalos das apresentações.
Veja, nas fotos, o saboroso encontro com os militares e, ainda, o Fórum de Marketing Digital, etapa Recife, ambos com
a marca ADVB-PE.
N
o primeiro semestre deste ano, a ADVB-PE realizou
dois encontros com sua diretoria, para deliberar sobre
diversos assuntos e articular novas ações de interação
empresarial e institucional. No dia 29 de janeiro, a reunião foi
na sede da Ernst & Young Terco, em assembleia ordinária, para
deliberar sobre o calendário de eventos do primeiro semestre,
que incluiu treinamentos, Happy Hours Empresariais, Prêmio
Personalidade do Ano e o programa Propac - Profissionalizar
para Competir, entre outros temas relevantes. Leopoldo de
Albuquerque, presidente da entidade, recebeu os seguintes
membros da diretoria-executiva: Elaine Lyra, vice-presidente
de Relacionamento com o Mercado da Construção Civil; José
Jayme de Miranda Vita, vice-presidente de Articulação Empresarial; Klaus Hachenburg, vice-presidente de Mídia Digital;
Tuca Paes de Andrade, vice-presidente de Tecnologia;
Ataliba Gonçalves, vice-presidente de Qualificação Profissional; e
Verônica Dantas, vice-presidente de Eventos e Promoções. Como
convidados especiais, Jaime Sánchez, diretor-executivo do Grupo
Citec, e Nathalie Távora, gerente de operações da ADVB-PE.
Já na segunda assembleia, no dia 25 de junho, foi abordado o calendário de eventos do segundo semestre que se inicia e definidos
os nomes dos homenageados dos Happy Hours Empresariais a
se realizarem nos meses de agosto e outubro próximos.
A pauta incluiu, ainda, ajustes na configuração da diretoriaexecutiva da ADVB-PE. Na ocasião, Leopoldo de Albuquerque
recebeu os seguintes diretores: José Renato da Silva Filho,
conselheiro fiscal; José Jayme de Miranda Vita, vice-presidente
de Articulação Empresarial; Allex Gomes, vice-presidente de
Relacionamento com o Setor Empresarial Norte; Diva Amélia
Cordeiro, vice-presidente de Relações Institucionais; Rhaldney
Santos, vice-presidente de Imprensa; Tuca Paes de Andrade, vice-presidente Social; Elaine Lyra, vice-presidente de
Relacionamento com o Setor de Construção; Ricardo Demarchi, vice-presidente de Negócios Internacionais; Reinaldo de
Albuquerque, tesoureiro; Ataliba Gonçalves, vice-presidente
de Qualificação Profissional; e Verônica Dantas, vice-presidente de Eventos e Promoções.
Como convidados especiais da presidência, estiveram presentes Leonardo Simões, gerente do Setor Público da Oracle do
Brasil, e Nathalie Távora, gerente de Operações da ADVB-PE.
Veja nas imagens, alguns momentos da ADVB-PE, durante as
assembleias ordinárias.
A reunião da diretoria-executiva que aconteceu no escritório da Ernst &
Young Terco.
A participação ativa dos membros da diretoria-executiva é um dos
motivos de sucesso da Entidade.
Maria Carvalhal, gerente do Fórum - Digitalks, dando as boas-vindas
e iniciando o evento.
Re vista Me rca d o
113
ADVB-PE EM AÇÃO
Encontro R.E.D.E. Suape
R.E.D.E. Suape reúne comitiva
das Forças Armadas no
Complexo de Suape
N
o último dia 13 de março, o secretário-executivo da
Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Felipe
Chaves, e o diretor da Suape Global, Sílvio Leimig,
receberam uma comitiva na sede do Complexo Portuário de
Suape capitaneada pelos comandantes militares do Nordeste
(Marinha, Exército e Aeronáutica).
Promovido pela R.E.D.E. Suape, a fim de estreitar laços de
relacionamento entre o porto e as Forças Armadas e estabelecer um canal de diálogo para parcerias futuras, o encontro teve como representante do Exército o comandante
da 7ª Região Militar do Exército, general Marcelo Aguiar;
da Marinha, o comandante do 3º Distrito Naval, almiran-
Felipe Chaves, secretário executivo da Secretaria de Desenvolvimento
Econômico, agradeceu aos convidados e se disse honrado com a visita.
Leopoldo de Albuquerque, presidente da ADVB-PE, enfatizou que o
papel da R.E.D.E. Suape é o de promover o relacionamento estratégico
entre diversos setores.
Diretor do Suape Global, Sílvio Leimig fez uma apresentação do
Complexo Portuário de Suape.
Brig. Pinto Machado, Gen. Aguiar, Leopoldo de Albuquerque
e Alm. Gambôa.
114
Julho de 2013
te Bernardo Pieratone Gambôa; e da Aeronáutica,
o comandante do II Comar, brigadeiro Luiz Antônio
Pinto Machado, que estavam acompanhados pelo presidente da R.E.D.E. Suape e da ADVB-PE, Leopoldo
de Albuquerque.
O evento foi considerado, pelo secretário estadual Felipe Chaves, como “um novo patamar no relacionamento
entre o governo de Pernambuco e as Forças Armadas do
Estado”. Ele agradeceu ao presidente da ADVB-PE por
proporcionar o estabelecimento dessa ponte estratégica.
Albuquerque destacou que o papel da R.E.D.E. Suape “é
promover o desenvolvimento do Complexo e, nesta missão, se inclui trabalhar em prol de uma relação sólida entre
o Estado e as Forças Armadas”.
Coube ao diretor da Suape Global fazer a apresentação
ao ar livre do Complexo aos convidados, que também
sobrevoaram o porto. Sílvio Leimig destacou ter sido
“a primeira oportunidade de Suape receber visitas tão
ilustres”. Para o general Aguiar, esta parceria será “muito profícua para o desenvolvimento de projetos em conjunto”. O almirante Gambôa, ao fazer uso da palavra,
lembrou que “esta aproximação pessoal potencializará
as futuras relações estratégicas”.
Brig. Pinto Machado, Alm. Gambôa e Leopoldo de Albuquerque
sobrevoando o Complexo Portuário de Suape.
Estimulado, o brigadeiro Pinto Machado se disse “feliz
pela visita, que inaugura um novo padrão de relacionamento entre a Aeronáutica e o Estado de Pernambuco,
e que todas as frentes da sociedade terão muito a ganhar
com esse importante entrosamento”.
Veja nas imagens os flagrantes desse evento que marcou,
em definitivo, o início de uma nova etapa entre o Complexo de Suape, com suas empresas estratégicas para o
Nordeste, e as Forças Armadas, base de sustentação da
ordem e do progresso nacionais.
Registro do momento logo após a reunião formal, onde aparecem os oficiais das Forças Armadas e os Diretores de Suape.
Re vista Me rca d o
115
ADVB-PE EM AÇÃO
DiálogosCapitais
“Como enfrentar as dores do
crescimento?”
Foi a questão colocada por DiálogosCapitais, com apoio da ADVB-PE
N
o dia 25 de fevereiro, o Mar Hotel
Recife foi palco de um evento grandioso não apenas pelo público presente,
mas, sobretudo, pelo conteúdo abordado. Realizado pela CartaCapital com apoio da ADVB-PE,
o encontro da série DiálogosCapitais abordou os
desafiantes problemas do atual crescimento
do Nordeste, que podem se transformar em
oportunidades de negócios.
Empresários e estudiosos lotaram o anfiteatro,
que teve como palestrante convidado o governador Eduardo Campo (PSB), além de grandes
estrategistas, realizadores e pensadores, como
Cledorvino Bellini, presidente da Fiat; João
Luiz Dias Perez, sócio do grupo Provider; José
Carlos Consenza, diretor de Abastecimento da
Petrobras; Marcus Temke, diretor de Operações
da MPX; Enrique de Las Morenas, diretor-geral
da Enel Green Power; Tânia Bacelar, professora da Universidade Federal de Pernambuco e
sócia da Ceplan; Manuela Carta, publisher da
CartaCapital; Leopoldo de Albuquerque, presidente da ADVB-PE; e Jaques Wagner (PT),
governador da Bahia, convidado a fazer o encerramento do evento.
Além das concorridas palestras, o DiálogosCapitais teve mesa-redonda, debates e muitas trocas de informação ao longo do almoço
e intervalos para cafés, em que o público pôde
se confraternizar.
O Governador de Pernambuco, Eduardo Campos.
Entre outros nomes de destaque que fortaleceram o encontro, registramos Henrique Tinoco de Aguiar, diretor da
Sudene; João Lyra Neto, vice-governador de Pernambuco;
e os secretários estaduais Tadeu Alencar (Casa Civil),
Frederico Amâncio (Planejamento e Gestão), Márcio
Stefanni (Desenvolvimento Econômico), Evaldo Costa
(Imprensa) e Laura Gomes (Desenvolvimento Social e
Direitos Humanos).
Veja nas fotos flagrantes do expressivo evento, não só para
o Nordeste, como para todo o país.
Leopoldo de Albuquerque, presidente da ADVB-PE mediando o debate
Energia para Crescer.
Governador
da Bahia,
Jaques Wagner.
116
Julho de 2013
Manuela Carta, Publisher da Carta Capital.
Presidente da Fiat do Brasil, Cledorvino Belini.
Re vista Me rca d o
117