sistema de suporte à vida para recintos aquáticos de
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SISTEMA DE SUPORTE À VIDA PARA RECINTOS AQUÁTICOS DE ZOOLÓGICOS E AQUÁRIOS: O EXEMPLO DO CENTRO DE VISITANTES DO PROJETO LONTRA DE FLORIANÓPOLIS/SC Henrique Luís de Paula e Silva de Almeida, Hugo Gallo Netto Terramare: Consultoria, Projetos e Construção de Aquários Ltda. Rua Guarani, 835 (sala 2) – Itaguá, Ubatuba/SP – 11680-000, [email protected] Palavras Chaves: sistema de suporte à vida, tratamento de água, sustentabilidade O Sistema de Suporte à Vida (SSV) em Aquários e Zoológicos pode ser definido como o conjunto de instrumentos e estratégias para a melhoria e manutenção da qualidade da água de recintos aquáticos, a um nível suficiente para controlar os parâmetros físico-químicos e biológicos, visando a saúde dos animais e a boa visualização sub-aquática (1). Existem muitos fatores que influenciam a configuração de um SSV, tais como: características arquitetônicas; disponibilidade e facilidade de insumos e manutenção; restrições orçamentárias; filosofia da direção do zoológico/aquário, o estado da arte no momento da concepção e o conhecimento do projetista (2). O presente trabalho tem como objetivo apresentar o novo sistema de suporte à vida dos recintos expositivos do centro de visitantes do Projeto Lontra de Florianópolis, fazendo uso do mesmo para refletir sobre a importância do tratamento da água em recintos aquáticos em zoológicos e aquários, buscando-se o equilíbrio entre a qualidade de água e o custo ambiental e financeiro do sistema. No Projeto Lontra a água dos novos recintos: 3 de lontras (Lutra longicaudis), 1 de Mão-pelada (Procyon cancrivorus), 1 de Furão-pequeno (Galictis cuja) e 1 de Irara (Eira barbara) é tratada através de um único sistema. A taxa de recirculação utilizada permite a renovação total da água a cada 2 hs. A água sai dos tanques por gravidade, se mistura com a água dos demais recintos, passa por uma caixa de decantação e entra no lago de tratamento, preenchido com leito de substrato filtrante e densamente plantado com macrófitas aquáticas típicas da região. A água é bombeada, saindo pela superfície, pelo substrato filtrante e pelo fundo do lago, passa por filtro de areia, por filtro de carvão ativado, por equipamentos ultra-violeta para eliminação de organismos patógenos e retorna aos recintos expositivos. Foi prevista ainda a possibilidade de instalação de sistema de injeção de ozônio. Um Sistema de Suporte à Vida pode ser projetado de muitas maneiras, utilizando-se diferentes premissas, equipamentos e estratégias. Pode ser totalmente automatizado e utilizar equipamentos complexos ou adotar medidas simples, equipamentos usualmente utilizados em sistemas de tratamento de água. Em todos os casos, deve-se, principalmente, proporcionar condições adequadas para o cultivo de bactérias e/ou plantas, capazes de dotar a água da qualidade necessária para suportar a vida aquática e proporcionar uma boa visualização do recinto. O Sistema ideal é aquele que considera todos os fatores mencionados, buscando a sustentabilidade ambiental e econômica de sua implantação e operação. 1. AZA Small Carnivore TAG, (2009). Otter (Lutrinae) Care Manual. Association of Zoos and Aquariums (AZA), Silver Spring, MD. pp. 154. 2. Case, P. A., (1998) Reviewing Life Support Systems for Marine Mammals — What To Look For. Em: Coakley, J. and Crawford, R. L. (Eds) Marine Mammal Water Quality: Proceedings of a Symposium. USDA, Boletim Técnico 1868, pp. 67-73.
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