Relatório de Gestão 2011 - Instituto Evandro Chagas
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Relatório de Gestão 2011 - Instituto Evandro Chagas
PRESTAÇÃO DE CONTAS ORDINÁRIA ANUAL RELATÓRIO DE GESTÃO DO EXERCÍCIO DE 2011 Ananindeua-PA, 30/03/2011 Ministério da Saúde (MS) Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) Instituto Evandro Chagas (IEC) Assessoria de Planejamento (ASPLAN) PRESTAÇÃO DE CONTAS ORDINÁRIA ANUAL RELATÓRIO DE GESTÃO DO EXERCÍCIO DE 2011 Relatório de Gestão apresentado ao Tribunal de Contas da União como prestação de contas anual a que esta Unidade está obrigada nos termos do art. 70 da Constituição Federal, elaborado de acordo com as disposições da Instrução Normativa TCU nº 57/2008 e nº 63/2010, da Decisão Normativa TCU nº 108/2010 e da Portaria TCU nº 123/2011. Ananindeua-PA, 30/03/2011 © 2012, MS/SVS/Instituto Evandro Chagas Presidente da República Dilma Rouseff Ministro da Saúde (MS) Alexandre Rocha dos Santos Padilha Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) Secretário-Executivo Jarbas Barbosa da Silva Júnior Instituto Evandro Chagas IEC Diretora Elisabeth Conceição de Oliveira Santos Serviços, Seções e Unidades de Apoio João Carlos Lopes da Silva Serviço de Administração Gilberta Bensabath Serviço de Epidemiologia Margarete Maria de Figueiredo Garcia Serviço de Recursos Humanos Pedro Fernando da Costa Vasconcelos Seção de Arbovirologia e Febres Hemorrágicas Maria Luiza Lopes Seção de Bacteriologia e Micologia Raimundo Bahia Pantoja Seção de Criação e Produção de Animais de Lab. Manoel do Carmo Pereira Soares Seção de Hepatologia Iracina Maura de Jesus Seção de Meio Ambiente Sebastião Aldo da Silva Valente Seção de Parasitologia Manoel Gomes da Silva Filho Seção de Patologia Alexandre da Costa Linhares Seção de Virologia Vânia Barbosa da Cunha Araújo Biblioteca Nelson Veiga Gonçalves Laboratório de Geoprocessamento José António Picanço Diniz Junior Laboratório de Microscopia Eletrônica Consolidação do relatório Assessoria de Planejamento Maria do Perpétuo Socorro Gonçalves dos Santos Normalização e editoração Biblioteca do IEC Colaboração O conteúdo do relatório é de autoria dos Serviços, Seções e Unidades de apoio à Pesquisa. SERVIÇOS Serviço de Administração Serviço de Epidemiologia Serviço de Recursos Humanos SEÇÕES CIENTÍFICAS Seção de Arbovirologia e Febres Hemorrágicas Seção de Bacteriologia e Micologia Seção de Criação e Produção de Animais de Laboratório Seção de Hepatologia Seção de Meio Ambiente Seção de Parasitologia Seção de Patologia Seção de Virologia UNIDADE DE APOIO A PESQUISA Biblioteca Laboratório de Geoprocessamento Laboratório de Microscopia Eletrônica Instituto Evandro Chagas (Ananindeua Relatório de Gestão 2011. PA) Ananindeua, 2012. 260 f.: il. 1. Relatório anual. 2. Gestão em saúde. 3. Institutos Governamentais de Pesquisa. I. Título. CDU: 061.6 (075) Sumário Introdução ....................................................................................................................................................................... 27 1 Informações de identificação do IEC........................................................................................................................ 31 1.1 Unidades do IEC ........................................................................................................................................................32 1.1.1 Unidades de assistência direta à Diretoria.........................................................................................................32 1.1.2 Unidades Técnico-Administrativas ...................................................................................................................32 1.1.3 Unidades Técnicas de Apoio .............................................................................................................................32 1.1.4 Unidades Técnico-Científicas............................................................................................................................32 2 Informações sobre o planejamento e gestão orçamentária e financeira do IEC considerando o atingimento dos objetivos e metas físicas e financeiras, bem como as ações administrativas consubstanciadas em projetos e atividades, contemplando .......................................................................................................................................... 33 a) Responsabilidades institucionais do IEC ................................................................................................................ 33 I Competência Institucional ..........................................................................................................................................33 II Objetivos estratégicos ...............................................................................................................................................34 b) Estratégia de atuação frente às responsabilidades institucionais ........................................................................ 35 b.1 Atenção à Saúde.........................................................................................................................................................36 b.1.1 Ações desenvolvidas na área de doenças hepáticas ..........................................................................................36 b.1.1.1 Realizações.................................................................................................................................................36 b.1.1.1.1 Exames realizados em apoio à pesquisa.............................................................................................36 b.1.1.1.2 Exames para confirmação diagnóstica ...............................................................................................37 b.1.1.1.3 Investigações de campo ......................................................................................................................37 b.1.2 Estudos relativos às arboviroses e febres hemorrágicas ...................................................................................37 b.1.2.1 Realizações.................................................................................................................................................37 b.1.2.1.1 Pesquisa de anticorpos para Arbovirus...............................................................................................38 b.1.2.1.1.1 Inibição da hemaglutinação (IH) .....................................................................................................38 b.1.2.1.1.2 Ensaio imunoenzimático (ELISA) para Hantavirus........................................................................39 b.1.2.1.1.3 Pesquisa de arbovírus.......................................................................................................................41 b.1.2.1.1.4 Identificação de espécimes hematófagos ........................................................................................43 b.1.2.1.1.5 Produção de imunobiológicos .........................................................................................................44 b.1.2.1.1.6 Diagnóstico de raiva ........................................................................................................................44 b.1.2.1.1.7 Inovações Tecnológicas...................................................................................................................46 b.1.2.1.1.8 Desenvolvimento de testes moleculares..........................................................................................48 b.1.2.1.1.9 Elucidação diagnóstica ....................................................................................................................48 b.1.3 Ações relativas à Vírus ......................................................................................................................................49 b.1.3.1 Realizações.................................................................................................................................................49 b.1.3.1.1 Rotavírus .............................................................................................................................................50 b.1.3.1.1.1 Estudo caso-controle para avaliar a efetividade da vacina Rotarix® na prevenção de gastroenterite grave por rotavírus (SGE por RV) entre crianças hospitalizadas nascidas após 6 de março de 2006 e com pelo menos 12 semanas de idade, em Belém, no Brasil ..................50 b.1.3.1.1.2 Avaliação clínica, epidemiológica e molecular das diarreias por agentes virais e parasitários entre crianças da comunidade quilombola do Abacatal, município de Ananindeua, Pará .........55 b.1.3.1.1.3 Pesquisa de rotavírus em aves criadas na mesorregião metropolitana de Belém, Pará .................56 b.1.3.1.1.4 Rotavírus em neonatos diarréicos e não diarreicos hospitalizados em Belém, Pará......................57 b.1.3.1.2 Pesquisa de astrovírus, norovírus, sapovírus e adenovírus ................................................................57 b.1.3.1.2.1 Estudos envolvendo seres humanos ................................................................................................57 b.1.3.1.3 Pesquisa de enterovírus e vigilância das paralisias flácidas agudas ..................................................61 b.1.3.1.3.1 Exames realizados em apoio à pesquisa e vigilância epidemiológica............................................61 b.1.3.1.4 Vírus respiratórios...............................................................................................................................63 b.1.3.1.4.1 Caracterização molecular das cepas de Vírus Respiratório Sincicial (VRS) e Metapneumovirus Humano (HMPV) detectadas em pacientes hospitalizados com infecção respiratória aguda (IRA) na cidade de Belém, Pará, Brasil .........................................................65 b.1.3.1.4.2 Identificação molecular de cepas de Coronavírus Humanos (HCoV) associadas à infecção respiratória aguda (IRA) na cidade de Belém, Pará, Brasil .........................................................65 b.1.3.1.4.3 Perfil de resistência das cepas de vírus Influenza A circulantes nas regiões Norte e Nordeste do Brasil ........................................................................................................................................66 b.1.3.1.5 Papilomavírus......................................................................................................................................66 b.1.3.1.5.1 Associação do Papilomavírus Humano (HPV) no carcinoma de células escamosas da mucosa oral em pacientes da cidade Belém ..............................................................................................66 b.1.3.1.5.2 Pesquisa da infecção por HPV em pacientes com carcinoma de pênis no Estado do Pará............67 b.1.3.1.5.3 Outras Ações ....................................................................................................................................68 b.1.3.1.6 Retrovírus............................................................................................................................................68 5 b.1.3.1.6.1 Vírus linfotrópico humano de células T ..........................................................................................68 b.1.3.1.7 HIV......................................................................................................................................................70 b.1.3.1.8 Parvovírus B19 e herpesvírus humano tipo 6 (HHV-6).....................................................................71 b.1.3.1.8.1 Parvovírus B19, Herpesvirus humano tipo 6 (HHV-6) e as Viroses Exantemáticas)....................71 b.1.3.1.9 Vírus de Epstein-Barr (EBV)..............................................................................................................73 b.1.3.1.10 Vírus da varicela-zóster ....................................................................................................................75 b.1.3.1.11Cultivos celulares...............................................................................................................................76 b.1.3.1.11.1 Linha de produção..........................................................................................................................76 b.1.3.1.11.2 Apoio à Rede de Vigilância Nacional das Paralisias Flácidas Agudas ........................................76 b.1.3.1.11.3 Apoio à vigilância da influenza.....................................................................................................77 b.1.3.1.11.4 Laboratório de Cultivo Celular e Apoio aos Projetos de Pesquisa Executados na Virologia......77 b.1.4 Ações que envolvem bactérias e micoses..........................................................................................................78 b.1.4.1 Realizações.................................................................................................................................................78 b.1.4.1.1 Exames Realizados em Apoio a Pesquisa ..........................................................................................78 b.1.4.1.1.1 Laboratório de Biologia Molecular .................................................................................................78 b.1.4.1.1.2 Laboratório de Micologia ................................................................................................................79 b.1.4.1.2 Exames Realizados para Elucidação Diagnóstica..............................................................................80 b.1.4.1.2.1 Laboratório de Micobactérias..........................................................................................................80 b.1.4.1.2.2 Laboratório de Leptospirose............................................................................................................80 b.1.4.1.2.3 Laboratório de Biologia Geral.........................................................................................................80 b.1.4.1.2.4 Laboratório de Biologia Molecular .................................................................................................82 b.1.4.1.2.5 Laboratório de Micologia ................................................................................................................82 b.1.4.1.2.6 Laboratório de Enteroinfecções.......................................................................................................83 b.1.4.1.2.7 Laboratório de Hanseníase ..............................................................................................................84 b.1.4.1.2.8 Laboratório de DST/Tracoma..........................................................................................................84 b.1.5 Ações de estudos parasiotológicos ....................................................................................................................87 b.1.5.1 Malacologia................................................................................................................................................87 b.1.5.2 Esquistossomose ........................................................................................................................................89 b.1.5.2.1 Biologia celular ...................................................................................................................................90 b.1.5.3 Protozooses intestinais ...............................................................................................................................91 b.1.5.3.1 Toxocaríase humana ...........................................................................................................................91 b.1.5.3.2 Amebiase.............................................................................................................................................92 b.1.5.3.2.1 Cooperação Técnico-Científica com Instituições Parceiras ...........................................................92 b.1.5.4 Toxoplasmose.............................................................................................................................................92 b.1.5.4.1 Material biológico produzido .............................................................................................................93 b.1.5.4.2 Parcerias firmadas para o desenvolvimento de projetos oficiais ou não ...........................................93 b.1.5.4.3 Dificuldades ........................................................................................................................................93 b.1.5.5 Malária Pesquisas Básicas ......................................................................................................................93 b.1.5.5.1 Exames realizados em apoio a pesquisa.............................................................................................93 b.1.5.5.1.1 Entomologia .....................................................................................................................................93 b.1.5.5.1.2 Parasitos ...........................................................................................................................................94 b.1.5.6 Doença de Chagas ......................................................................................................................................95 b.1.5.6.1 Exame em humanos ............................................................................................................................95 b.1.5.6.1.1 Exames sorológicos .........................................................................................................................95 b.1.5.6.1.2 Exames parasitológicos....................................................................................................................95 b.1.5.6.2 Exames em animais coletados em campo ..........................................................................................96 b.1.5.6.2.1 Triatomíneos coletados em campo ..................................................................................................96 b.1.5.7 Malária Ensaios clínicos .........................................................................................................................96 b.1.5.8 Leishmanioses ............................................................................................................................................98 b.1.5.9 Imunologia..................................................................................................................................................99 b.1.5.9.1 Realizações........................................................................................................................................100 b.1.5.9.2 Resultados Alcançados .....................................................................................................................100 b.1.5.9.2.1 Projetos...........................................................................................................................................100 b.1.5.9.2.2 Número de Exames Realizados em Apoio à Pesquisa em 2011...................................................103 b.1.6 Ações de estudos ambientais ...........................................................................................................................103 b.1.6.1 Linhas de Pesquisa ...................................................................................................................................103 b.1.6.1.1 Estudos da exposição ao mercúrio em populações amazônicas em áreas impactadas e em áreas controle ...........................................................................................................................................103 b.1.6.1.1.1 Avaliação Continuada das Crianças da Região do Tapajós Quanto a Exposição ao Mercúrio, Itaituba-Pa.....................................................................................................................................103 b.1.6.1.1.2 Impactos do Mercúrio na Saúde de Populações Amazônicas: Implicações para a Vigilância em Saúde Ambiental...........................................................................................................................103 6 b.1.6.1.2 Impactos ambientais e saúde nos processos industriais e minerários..............................................104 b.1.6.1.2.1 Interações de Vigilância Ambiental em Saúde na Área Industrial e Portuária dos municípios de Abaetetuba e Barcarena .........................................................................................................104 b.1.6.1.2.2 Estudo da poluição atmosféricas das áreas industriais e portuárias do município de Barcarena.106 b.1.6.1.3 Microorganismos, meio ambiente e saúde .......................................................................................108 b.1.6.1.3.1 Citomegalovírus - diversidade genética e pesquisa de resistência antiviral em pacientes imunodeficientes.........................................................................................................................108 b.1.6.1.3.2 Incidência e prevalência da citomegalovirose em pacientes com câncer do Hospital Ophir Loyola .........................................................................................................................................108 b.1.6.1.3.3 Estudo Epidemiológico de Torch em Gestantes e Mulheres em Idade Fértil no Município de Juruti............................................................................................................................................109 b.1.6.1.3.4 Morbimortalidade da citomegalovirose e pesquisa de resistência antiviral em pacientes com Aids .............................................................................................................................................112 b.1.6.1.3.5 Dinâmica do fitoplâncton de uma região portuária e industrial no estado do Pará, Brasil ..........112 b.1.6.1.3.6 Avaliação da Qualidade da Água Destinada ao Consumo Humano no principal manancial de abastecimento de Belém - Pa, Brasil..........................................................................................113 b.1.6.1.3.7 Uso do Fitoplancton como Bioindicador da Qualidade da Água em uma àrea Industrial no Estado do Pará, Brasil.................................................................................................................114 b.1.6.1.3.8 Zooplâncton como Indicador da Qualidade Ambiental em uma Região portuária no Estado do Pará, Brasil..................................................................................................................................114 b.1.6.1.3.9 Cianobactérias Dinâmica do fitoplâncton de uma região portuária e industrial no estado do Pará, Brasil..................................................................................................................................115 b.1.6.1.3.10 Variação Horizontal e Vertical do Fitoplâncton da lago da Usina Hidrelétrica de Tucuruí (Pará, Brasil) ...............................................................................................................................116 b.1.6.1.3.11 Caracterização da Diversidade Molecular de Cianobactéias na Região de Abaetetuba e Barcarena - Pará, Amazônia, Brasil ...........................................................................................117 b.1.6.1.3.12 Bioprospecção de Moléculas Protéicas de Cianobactérias do Rio Pará - Barcarena, Pará, Amazônia, Brasil ........................................................................................................................117 b.1.6.1.4 Citogenética humana.........................................................................................................................118 b.1.6.1.4.1 Implantação de exames Cariotípicos por Hibridização in situ em casos encaminhados pelo SUS ao laboratório de Citogenética Humana e Médica da Universidade Federal do Pará ......118 b.1.6.1.4.2 Estabelecimento de culturas celulares e do perfil citogenético de diferentes grupos de complementação da Anemia de Fanconi....................................................................................119 b.1.6.1.4.3 Rede Brasileira de Referência e Informação em Síndromes de Microdeleção (RedeBRIM)......119 b.1.6.1.4.4 Comparação do efeito mutagênico do metilmercúrio em fibroblastos e células de glioma humano através do ensaio cometa e teste do micronúcleo ........................................................119 b.1.6.1.5 Ações de vigilância e apoio laboratorial ..........................................................................................120 b.1.6.1.5.1 Vigilância Ambiental para Cólera na Região Metropolitana de Belém-PA no ano de 2011.......120 b.1.6.1.5.2 Análises realizadas na rotina do Laboratório de Microbiologia Ambiental, durante o ano de 2011.............................................................................................................................................121 b.1.6.1.5.3 Monitoramento da qualidade físico-química da água de consumo humano e água superficial nos Portos de Belém e Terminal Petroquímico de Miramar......................................................121 b.1.6.1.5.4 Monitoramento da qualidade físico-química da água superficial e residuária da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária .................................................................................123 b.1.6.1.5.5 Monitoramento da qualidade físico-química da água superficial e residuária do Hospital Rede Sarah ..................................................................................................................................123 b.1.6.1.6 Outras ações por laboratório.............................................................................................................124 b.1.6.1.6.1 Laboratório de Toxicologia ...........................................................................................................124 b.1.6.1.6.2. Laboratório de Microbiologia Ambiental.....................................................................................129 b.1.6.1.6.3 Laboratório de Virologia ...............................................................................................................129 b.1.6.1.6.4. Laboratório de Cultura de Tecidos ...............................................................................................132 b.1.6.1.7 Instituições parceiras.........................................................................................................................133 b.1.6.1.7.1 Locais ou regionais ........................................................................................................................133 b.1.6.1.7.2 Nacionais........................................................................................................................................133 b.1.6.1.7.3 Internacionais .................................................................................................................................133 b.1.7 Investigações anatomopatológicas...................................................................................................................133 b.1.7.1 Realizações...............................................................................................................................................134 b.1.7.1.1 Setor de Análises Clínicas ................................................................................................................134 b.1.7.1.1.1 Serviços ..........................................................................................................................................134 b.1.7.1.2 Setor de Anatomia Patológica ..........................................................................................................134 b.1.7.2 Cooperação Técnico-Científica com Instituições Parceiras....................................................................136 b.1.7.3 Perspectivas ..............................................................................................................................................136 7 b.1.8 Investigações Epidemiológicas........................................................................................................................136 b.1.8.1 Realizações...............................................................................................................................................136 b.1.8.1.1 Central de Recebimento de Espécime Biológicos (CEREC)...........................................................137 b.1.8.1.2 Estudos epidemiológicos estratégicos ..............................................................................................139 b.1.9 Atendimento Único a população com queixas não resolvidas pelos Postos de Saúde e LACEN´s ..............140 b.1.9.1 Realizações...............................................................................................................................................141 b.1.9.2 Necessidades atuais do setor....................................................................................................................144 b.2 Promoção da Saúde..................................................................................................................................................144 b.2.1 Qualificação .....................................................................................................................................................144 b.3 Complexo Industrial/Produtivo da Saúde................................................................................................................146 b.3.1 Produção intelectual.........................................................................................................................................146 b.3.2 Orientações.......................................................................................................................................................147 b.3.3 Iniciação Científica ..........................................................................................................................................147 b.3.3.1 Realizações...............................................................................................................................................148 b.3.4 Premiações .......................................................................................................................................................150 b.3.5 Apoio técnico à pesquisa científica .................................................................................................................150 b.3.5.1 Atividades de documentação, informação e memória ............................................................................150 b 3.5.1.1 Resultados alcançados ......................................................................................................................151 b 3.5.1.1.1 Arquivo ..........................................................................................................................................151 b 3.5.1.1.2 Museu .............................................................................................................................................151 b 3.5.1.1.3 Editora ............................................................................................................................................151 b 3.5.1.1.4 Serviço de Biblioteca Eletrônica e Virtual....................................................................................153 b.3.5.2 Informações georreferenciadas ................................................................................................................160 b.3.5.2.1 Realizações........................................................................................................................................160 b.3.5.2.2 Investigação de campo......................................................................................................................160 b.3.5.2.3 Trabalhos realizados em colaboração/parceria com outras instituições ..........................................161 b.3.5.2.4 Trabalhos realizados em colaboração com outros laboratórios do IEC ..........................................166 b.3.5.3 Animais de Laboratório ...........................................................................................................................168 b.3.5.3.1 Realizações........................................................................................................................................169 b.3.5.3.1.1 Animais produzidos e mantidos no biotério..................................................................................169 b.3.5.3.1.2 Material biológico produzido e distribuído...................................................................................169 b.3.5.3.1.3 Animais produzidos e distribuídos ................................................................................................170 b.4 Força de trabalho em Saúde.....................................................................................................................................171 b.4.1 Capacitação de profissionais para o SUS ........................................................................................................171 b.4.1.1 Curso de longa duração............................................................................................................................171 b.4.1.2 Cursos e/ou treinamentos de curta duração .............................................................................................171 b.4.1.3 Participação em treinamentos internacionais ..........................................................................................171 b.5 Metas da Agenda Estratégica da SVS/MS ..............................................................................................................172 b.6 Apoio administrativo à pesquisa científica .............................................................................................................172 b.6.1 Almoxarifado ...................................................................................................................................................172 b.6.1.1 Realizações...............................................................................................................................................172 b.6.1.1.1 Aquisições no exercício ....................................................................................................................172 b.6.1.1.2 Registros no SICAF de fornecedores inadimplentes .......................................................................173 b.6.1.1.3 Aquisições para o estoque do Almoxarifado....................................................................................173 b.6.1.1.4 Movimentação orçamentária e extra-orçamentária..........................................................................173 b.6.1.1.4.1 Relatório mensal de movimentação do Almoxarifado (RMA).....................................................173 b.6.1.1.4.2 Aquisições ao MS/SVS/CGLAB...................................................................................................174 b.6.1.1.4.3 Saídas de Consumo ........................................................................................................................176 b.6.1.1.4.4 Contrato de fornecimento de gelo seco e gases industriais...........................................................177 b.6.1.1.4.5 Aquisições sustentáveis .................................................................................................................177 c) Programas de Governo sob a responsabilidade do Instituto Evandro Chagas ................................................ 179 I Execução dos Programas de Governo sob a responsabilidade do IEC ...................................................................179 II Execução Física das Ações realizadas pelo IEC ....................................................................................................180 d) Desempenho Orçamentário/Financeiro ................................................................................................................ 181 I - Programação Orçamentária das Despesas ................................................................................................................181 II Execução Orçamentária das Despesas ....................................................................................................................183 III Indicadores de desempenho Institucionais ............................................................................................................192 3 Informações sobre o reconhecimento de passivos por insuficiência de créditos ou recursos........................... 192 4 Informações sobre a movimentação e os saldos de Restos a Pagar de exercícios anteriores ........................... 192 5 Informações sobre recursos humanos do IEC, contemplando as seguintes perspectivas................................. 193 5.1 Composição do quadro de servidores ativos ...........................................................................................................193 5.1.1 Demonstração da força de trabalho à disposição do IEC................................................................................193 8 5.1.2 Situações que reduzem a força de trabalho efetiva do IEC.............................................................................195 5.1.2.1 Quantitativo de Pessoal Cedido ...............................................................................................................195 5.1.2.2 Movimentações ........................................................................................................................................196 5.1.3 Quantificação dos cargos em comissão e das funções gratificadas do IEC ...................................................196 5.1.3.1 Distribuição dos Cargos Comissionados por Unidade............................................................................196 5.1.4 Qualificação do quadro de pessoal do IEC, segundo a idade .........................................................................197 5.1.5 Qualificação do quadro de pessoal do IEC, segundo a escolaridade..............................................................198 5.2 Composição do Quadro de Servidores Inativos e Pensionistas ..............................................................................198 5.2.1 Classificação do quadro de servidores inativos do IEC segundo o regime de proventos e de aposentadoria......................................................................................................................................................198 5.2.2 Demonstração das origens das pensões pagas pelo IEC .................................................................................198 5.2.2.1 Aposentadorias/Pensões...........................................................................................................................199 5.3 Composição do Quadro de Estagiários....................................................................................................................199 5.4 Demonstração do custo de pessoal do IEC .............................................................................................................201 5.5 Terceirização de mão de obra empregada pelo IEC................................................................................................201 5.5.1 Informações sobre terceirização de cargos e atividades do plano de cargo do órgão ....................................202 5.5.2 Autorizações expedidas pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão para realização de concursos públicos para substituição de terceirizados..........................................................................................................203 5.5.3 Informações sobre a contratação de serviços de limpeza, higiene e vigilância ostensiva pela unidade........203 5.5.3.1 Materiais abrangidos pelo contrato..........................................................................................................204 5.5.3.2 Pagamentos efetuados no exercício/despesa orçamentária .....................................................................204 5.5.3.3 Equipamentos ..........................................................................................................................................205 5.5.4 Informações sobre a locação de mão de obra para atividades não abrangidas pelo plano de cargo do órgão...................................................................................................................................................................205 5.6 Indicadores Gerenciais Sobre Recursos Humanos..................................................................................................206 5.7 Avaliação de Desempenho.......................................................................................................................................206 5.8 Saúde do Trabalhador ..............................................................................................................................................206 5.8.1 Realizações.......................................................................................................................................................206 5.8.1.1 Vacinação continuada ..............................................................................................................................206 5.8.1.2 Notificação de acidentes ..........................................................................................................................208 5.8.1.3 Parceria .....................................................................................................................................................208 6 Informações sobre transferências mediante convênio, contrato de repasse, termo de parceria, termo de cooperação, termo de compromisso ou outros acordos, ajustes ou instrumentos congêneres, vigentes no exercício de referência ................................................................................................................................................ 209 7 Declaração da área responsável atestando que as informações referentes a contratos e convênios ou outros instrumentos congêneres estão disponíveis e atualizadas, respectivamente, no sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais SIASG e no sistema de Gestão de Convênio, Contratos de repasse e termos de Parceria SICONV, conforme estabelece o art. 19 da Lei nº 12.309, de 9 de agosto e 2010 ........... 209 8 Informações sobre o cumprimento das obrigações estabelecidas na Lei nº 8.730, de 10 de novembro de 1993, relacionadas à entrega e ao tratamento das declarações de bens e rendas .......................................................... 209 8.1 Situação do cumprimento das obrigações impostas pela Lei nº 8.730/93..............................................................209 9 Informações sobre o funcionamento do sistema de controle interno da UJ, contemplando os seguintes aspectos......................................................................................................................................................................... 210 9.1 Estrutura de controles internos do IEC....................................................................................................................210 10 Informações quanto à adoção de critérios de sustentabilidade ambiental na aquisição de bens, materiais de tecnologia da informação (TI) e na contratação de serviços ou obras, tendo como referência a Instrução Normativa nº 1/2010 e a Portaria nº 2/2010, ambas da Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. E informações relacionadas à separação de resíduos recicláveis descartados em conformidade com o decreto nº 5.940/2006 .............................................................. 211 10.1 Gestão ambiental e Licitações Sustentáveis na área de TI..........................................................................211 10.2 Resíduos recicláveis.....................................................................................................................................213 10.2.1 Coleta Seletiva Solidária do Lixo.............................................................................................................213 10.2.1.1 Realizações............................................................................................................................................213 10.3 Responsabilidade social...............................................................................................................................214 11 Informações sobre a gestão do patrimônio imobiliário de responsabilidade da UJ classificado como ........ 214 12 Informações sobre a gestão de tecnologia da Informação (TI) do IEC, contemplando os seguintes aspectos214 12.1 Planejamento da área .............................................................................................................................................215 12.1.1 Estratégicos ....................................................................................................................................................215 12.1.1.1 Reorganização do sistema de telefonia..................................................................................................215 12.1.1.2 Implantação do sistema gerenciador de ambiente laboratorial - GAL .................................................215 12.1.1.3 Projeto data-center .................................................................................................................................215 12.1.1.3.1 Sala de alta disponibilidade (Sala Cofre) .......................................................................................215 9 12.1.1.3.2 Serviço de reestruturação da rede lógica do backbone principal...................................................216 12.1.1.3.3 Implementação do novo firewall ....................................................................................................216 12.1.1.3.4 Circuito fechado de TV...................................................................................................................216 12.1.1.3.5 IECWAN.........................................................................................................................................216 12.1.1.3.6 CAFE...............................................................................................................................................216 12.1.1.3.7 Projeto bioinformática ....................................................................................................................217 12.1.1.3.8 Aquisição de blade..........................................................................................................................217 12.1.1.3.9 Aquisição de estorage .....................................................................................................................217 12.1.1.3.10 Aquisição de solução de backup...................................................................................................217 12.1.2 Complementares.............................................................................................................................................217 12.1.2.1 Serviço de reestruturação da rede lógica Seção de Patologia ...............................................................217 12.1.2.2 Aquisição de baterias para no- breaks ...................................................................................................218 12.1.2.3 Escola de informática.............................................................................................................................218 12.1.2.4 Realizações.............................................................................................................................................218 12.1.3 Perfil dos recursos humanos envolvidos .......................................................................................................219 12.1.4 Segurança da informação...............................................................................................................................220 12.1.5 Desenvolvimento e produção de sistemas.....................................................................................................220 12.1.5.1 Desenvolvidos em 2011.........................................................................................................................220 12.1.5.1.1 SISHEP Sistema da Seção de Hepatologia .................................................................................220 12.1.5.1.2 Formulário workbio ........................................................................................................................220 12.1.5.1.3 Agendamento de auditórios ............................................................................................................221 12.1.5.1.4 Sistema de help on-line...................................................................................................................221 12.1.5.1.5 Sistemas legados .............................................................................................................................221 12.1.5.1.6 Sistemas em desenvolvimento e aguardando desenvolvimento ....................................................222 12.1.6 Contratação e gestão de bens e serviços de TI ..............................................................................................222 13 Informação sobre a utilização de cartões de pagamento do governo federal, observando-se as disposições dos Decretos nºs 5.355/2005 e 6.370/2008 ................................................................................................................. 223 13.1 Despesas com cartão de crédito corporativo .........................................................................................................223 13.1.1 Utilização dos cartões de crédito corporativo da unidade.............................................................................223 14 Informações sobre as Renúncias Tributárias contendo declaração do gestor de que os beneficiários diretos da renúncia, bem como da contrapartida, comprovaram, no exercício, que estavam em situação regular em relação aos pagamentos dos tributos juntos à Secretaria da Receita Federal do Brasil SRFB, ao Fundo de garantia do tempo de Serviço FGTS e à Seguridade Social................................................................................ 223 15 Informações sobre as providências adotadas para atender às deliberações exaradas em acórdãos do TCU ou em relatórios de auditoria do órgão de controle interno que fiscaliza a unidade jurisdicionada ou as justificativas para o seu não cumprimento .............................................................................................................. 223 16 Informações sobre o tratamento das recomendações realizadas pela unidade e controle interno, caso exista na estrutura do órgão, apresentando as justificativas para os casos de não acatamento................................... 224 17 Outras informações consideradas relevantes pela unidade para demonstrar a conformidade e o desempenho da gestão no exercício........................................................................................................................... 224 17.1 Atividades do Setor de Patrimônio........................................................................................................................224 17.2 Concurso Público ...................................................................................................................................................224 17.3 Unidade Descentralizada do IEC no Acre.............................................................................................................224 18 Declaração do contador responsável pela unidade jurisdicionada atestando que os demonstrativos contábeis (Balanços Orçamentário, Financeiro e Patrimonial e a Demonstração das Variações Patrimoniais, previstos na Lei n.º 4.320, de 17 de março de 1964) e o demonstrativo levantado por unidade gestora responsável - UGR (válido apenas para as unidades gestoras não executoras), refletem a adequada situação orçamentária, financeira e patrimonial do IEC.(Parte B, Item 1, do anexo II da DN TCU N.º 107, de 27/10/2010) ................................................................................................................................................................... 225 Anexos..............................................................................................................................................................................226 10 Lista de tabelas Tabela 1 Quantidade de exames em apoio a pesquisa realizados pelo IEC, na área de doenças hepáticas pelas técnicas de sorologia e biologia molecular, no ano de 2011....................................................................................................................... 36 Quantidade de exames recebidos pelo IEC para elucidação diagnóstica na área de doenças hepáticas pelas técnicas de sorologia e biologia molecular, no ano de 2011.................................................................................................................. 37 Análise das amostras de soros recebidas para pesquisa de anticorpos para arbovírus por inibição de hemaglutinação (IH), no período de Janeiro a dezembro de 2011................................................................................................. 38 Identificação de Arbovirus utilizando o teste de fixação do complemento......................................................................................................... 39 Total de amostras suspeitas e contatos de casos de SCPH examinadas pelo Ensaio Imunoenzimático (ELISA) IgG e IgM para hantavírus Kit IBMP HANTEC no período de janeiro a dezembro de 2011........................................... 39 Distribuição das amostras biológicas examinadas de casos suspeitos de dengue e febre amarela examinadas pelo Ensaio Imunoenzimático de captura de IgM (MAC-ELISA) para dengue e febre amarela no período de janeiro a dezembro de 2011.................................................................................................................. 40 Distribuição das amostras biológicas examinadas de casos suspeitos de febre do Mayaro, Oropouche, virus do Nilo Ocidental, Encefalite São Luiz, Rocio e Chinkugunya examinadas pelo Ensaio Imunoenzimático de captura de IgM (MAC-ELISA) no período de janeiro a dezembro de 2011.................................. 41 Número de amostras biológicas processados para tentativa de isolamento viral em células de Aedes albopictus, clone C6/36, referente ao ano de 2011, distribuídas por Estados........................................................................................ 41 Tabela 9 Amostras biológicas provenientes de casos suspeitos de Humanos...................... 42 Tabela 10 Amostras biológicas de primatas não humanos provenientes de estados da federação, para pesquisa de Febre Amarela, recebidos e processados em 2011... 42 Quantidade de nematóceros divididos por espécimes para a inoculação na tentativa de isolamento viral.................................................................................. 43 Tabela 12 Antígenos produzidos e distribuídos pela SAARB/IEC em 2011......................... 44 Tabela 13 Amostras positivas/examinadas e percentual de positividade por espécie e Estado no período de janeiro a dezembro de 2011................................................ 45 Amostras positivas/examinadas e percentual de positividade por espécie de quiróptero do Estado do Pará no período de janeiro a dezembro de 2011 Laboratório de Diagnóstico de Raiva/SAARB/IEC.............................................. 45 Genótipos de rotavírus identificados entre crianças hospitalizadas com GEA em duas clínicas pediátricas de Belém, Pará: 12/05/2010 a 11/05/2011............... 53 Frequência das exclusões pós-assinatura do termo-de-consentimento livre e esclarecido, de acordo com a clínica de origem e motivos correlatos: 12/05/2010 a 11/05/2011....................................................................................... 53 Tabela 2 Tabela 3 Tabela 4 Tabela 5 Tabela 6 Tabela 7 Tabela 8 Tabela 11 Tabela 14 Tabela 15 Tabela 16 11 Tabela 17 Determinação dos genótipos de rotavírus para os genes estruturais VP4, VP7, VP6, VP1, VP2 e VP3, no período janeiro a dezembro de 2011.......................... 56 Resultados obtidos para astrovírus, norovírus, rotavírus e adenovírus nos diferentes pontos de coleta pelos métodos de RT-PCR e PCR em tempo real..... 60 Distribuição mensal das 97 amostras recebidas no setor de atendimento do Instituto Evandro Chagas, no ano de 2011, e analisadas pelo laboratório de enterovírus............................................................................................................. 61 Distribuição mensal e por unidade federativa das amostras de casos de PFA, provenientes da área de abrangência do IEC e analisados pelo laboratório de enterovírus., no ano e 2011.................................................................................... 62 Distribuição mensal das 89 amostras recebidas no setor de atendimento do Instituto Evandro Chagas, no ano de 2011, e analisadas pelo laboratório de Enterovírus............................................................................................................. 62 Amostras clínicas de pacientes investigados no IEC, referente a víris respiratórios, no ano de 2011................................................................................. 63 Tabela 23 Distribuição dos vírus identificados por estado no ano de 2011........................... 65 Tabela 24 Dados epidemiológicos dos pacientes investigados em 2011............................... 66 Tabela 25 Positividade para o papilomavírus humano (HPV ) nas amostras investigadas em 2011................................................................................................................. 67 Tabela 26 Resultado geral das amostras clínicas analisadas.................................................. 67 Tabela 27 Quantitativos de amostras analisadas para detecção de anticorpos IgM e IgG específicos para o Parvovírus B19 e Herpesvírus humano tipo 6 (HHV-6) no IEC, Ananindeua-PA, em 2011............................................................................. 72 Distribuição mensal dos espécimes clínicos inoculados nos diversos sistemas celulares da Seção de Virologia............................................................................ 76 Distribuição mensal e geográfica das amostras recebidas da área de abrangência do IEC na vigilância oficial das paralisias flácidas agudas, utilizando-se sistemas celulares diversos.................................................................................... 77 Número de tubos, garrafas e placas preparados em apoio à vigilância das Infecções espiratórias Agudas (IRAs) pelo vírus Influenza, no ano de 2011...... 77 Frequência de amostras encaminhadas para tentativa de isolamento do vírus varicela-zóster........................................................................................................ 77 Quantidade de exames realizados para diagnóstico de Tuberculose e seus resultados no Laboratório de Micobactérias em 2011.......................................... 80 Quantidade de exames realizados para diagnóstico de Resistência a Tuberculose e seus resultados no Laboratório de Micobactérias em 2011.......... 80 Quantidade de exames realizados para diagnóstico de Leptospirose, total, reagentes e estado de procedência em 2011.......................................................... 80 Quantidade de material recebido e/ou coletado de pacientes suspeitos de infecções fúngicas e exames realizados pelo Laboratório de Micologia, no período de janeiro a dezembro de 2011................................................................. 82 Doenças fúngicas diagnosticadas em pacientes suspeitos de infecções fúngicas, no período de janeiro a dezembro de 2011........................................................... 82 Tabela 18 Tabela 19 Tabela 20 Tabela 21 Tabela 22 Tabela 28 Tabela 29 Tabela 30 Tabela 31 Tabela 32 Tabela 33 Tabela 34 Tabela 35 Tabela 36 12 Tabela 37 Agentes isolados por meio de Coprocultura no ano de 2011 pelo Laboratório de Enteroinfecções da Seção de Bacteriologia (SABMI).......................................... 83 Resultados da Reação de Widal realizadas no ano de 2011 na Seção de Bacteriologia do IEC/SVS/MS............................................................................. 84 Nº de pacientes atendidos nos municípios de Curionópolis, Serra Leste e Redenção para controle da Hanseníase, através dos testes de Ml Flow e Elisa no ano de 2011....................................................................................................... 86 Distribuição e exame malacológico de caramujos coletados em bairros de Belém, Pará, 2010................................................................................................. 88 Distribuição e exame malacológico de caramujos coletados em bairros de Belém, Pará, 2011.................................................................................................. 88 Nº de coletas de caramujos realizadas pelo IEC em localidades da região Nordeste do Pará em 2011..................................................................................... 89 Tabela 43 Quantidade de exames coproscópicos realizados pelo IEC em 2011................... 89 Tabela 44 Diagnóstico da Esquistossomose mansoni realizado peloIEC em 2011................ 90 Tabela 45 Resultados dos registros intracelulares realizados no IEC em 2011..................... 90 Tabela 46 Distribuição Mensal da Toxocaríase (RIDASCREEN Toxocara IgG), 2011...... 91 Tabela 47 Diagnóstico da Toxocaríase (RIDASCREEN Toxocara IgG) em 2011............... 91 Tabela 48 Quantidade de testes sorológicos para pesquisa de Toxoplasmose realizados no IEC em 2011.......................................................................................................... 92 Tabela 49 Quantidade de anofelinos coletados e identificados em 2011............................... 93 Tabela 50 Demonstrativo dos exames realizados em 2011.................................................... 94 Tabela 51 Resultado das lâminas examinadas no primeiro dia de atendimento em 2011...... 96 Tabela 52 Perfil demográfico, clínico e diagnóstico etiológico de 61 casos de leishmaniose cutânea entre pacientes atendidos no Centro de Controle de Zoonoses de Santarém, de 27/01/2010 a 13/07/2011............................................ 102 Tabela 53 Número de exames realizados em 2011 para o diagnóstico etiológico da leishmaniose tegumentar por meio de métodos parasitológicos e moleculares em 76 amostras de pele de indivíduos com lesão suspeita de LT......................... 103 Tabela 54 Resultados em µg/L de BTEX em amostras de água superficial.......................... 106 Tabela 55 Frequência de faixas etárias do grupo de voluntários do estudo com sorologia positiva para HCMV.............................................................................................. 109 Tabela 56 Distribuição das gestantes segundo informações sobre o recebimento de Vacina Dupla Viral e resultados sorológicos para o vírus da Rubéola.............................. 110 Tabela 57 Distribuição de anticorpos IgG e IgM para o vírus CMV em gestantes, segundo a faixa etária........................................................................................................... 110 Distribuição de anticorpos IgG e IgM para o vírus da Rubéola em mulheres em idade fértil, segundo a faixa etária......................................................................... 111 Distribuição de anticorpos IgG e IgM para o vírus CMV em mulheres em idade fértil, segundo a faixa etária.................................................................................. 111 Tabela 38 Tabela 39 Tabela 40 Tabela 41 Tabela 42 Tabela 58 Tabela 59 13 Tabela 60 Resultado do isolamento de Vibrio cholerae e Vibrio mimicus de acordo com os diferentes pontos de monitoramento e os respectivos números de cepas isoladas, Belém-Pa, no período janeiro a dezembro de 2011................................ 120 Distribuição mensal dos isolados de Vibrio cholerae de acordo com os pontos de monitoramento na região metropolitana de Belém-Pa no período de janeiro a dezembro, 2011..................................................................................................... 120 Quantitativo de amostras analisadas no Laboratório de Microbiologia Ambiental/SAMAM/IEC em 2011, segundo parâmetros, na matriz água............ 121 Número de amostras e análises realizadas no Laboratório de Toxicologia em água de consumo referente ao convênio HIDROSAM, Setor de Físico-Química 2011....................................................................................................................... 122 Número de amostras e análises realizadas no Laboratório de Toxicologia em água superficial referentes ao convênio HIDROSAM, Setor de Físico-Química 2011....................................................................................................................... 122 Número de amostras e análises realizadas no Laboratório de Toxicologia em água superficial e residuária referentes ao convênio HIDROSAM, Setor de Físico-Química 2011............................................................................................. 123 Número de amostras e análises realizadas no Laboratório de Toxicologia em água residuária referentes ao convênio REDE SARAH, Setor de FísicoQuímica 2011........................................................................................................ 124 Tabela 67 Quantidade de amostras analisadas para mercúrio no ano de 2011...................... 125 Tabela 68 Quantitativo de amostras realizadas pelo Laboratório de Cromatografia 2011.... 127 Tabela 69 Valores mensais do número de amostras e análises realizadas no Laboratório Toxicologia, sala de espectrometria analítica, correspondentes ao ano de 2011.. 128 Número de amostras e análises dos elementos Chumbo (Pb) e Cádmio (Cd) realizadas no laboratório toxicologia no ano de 2011........................................... 128 Tabela 71 Análises sorológicas para Rubéola, 2011.............................................................. 129 Tabela 72 Análises sorológicas para HCMV, 2011............................................................... 130 Tabela 73 Análises sorológicas para Sarampo, 2011............................................................. 130 Tabela 74 Nº de casos humanos com resultado de exames positivos para a Dengue, segundo a distribuição por Unidade da Federação em 2011................................. 135 Nº de casos de crianças com resultado de exames positivos para a dengue, segundo a distribuição por Unidade da Federação em 2011................................. 135 Nº de casos de animais examinados pelo IEC, suspeitos de febre amarela, distribuídos por Unidades da Federação em 2011................................................. 136 Número de espécimes encaminhadas ao IEC por região geográfica, no período de janeiro a dezembro de 2011.............................................................................. 138 Número de espécimes encaminhadas com fichas do SINAN, pesquisa e outras finalidades.............................................................................................................. 138 Número de espécimes encaminhadas as áreas técnicas do IEC no período de 01.01.2011 a 20.01.2011....................................................................................... 138 Tabela 61 Tabela 62 Tabela 63 Tabela 64 Tabela 65 Tabela 66 Tabela 70 Tabela 75 Tabela 76 Tabela 77 Tabela 78 Tabela 79 14 Tabela 80 Número de espécimes encaminhados pela Secretaria de Saúde do Estado do Pará, com e sem SINAN, no período de 01.01.2011 a 20.12.2011....................... 139 Quantitativo mensal de demanda espontânea ou referenciada de pessoas ao IEC em 2011......................................................................................................... 141 Principais diagnósticos de etiologia infecciosa em pessoas atendidas. IEC, 2011....................................................................................................................... 142 Quantitativo anual de estudantes de graduação e de nível médio que realizaram estágio de iniciação científica ou voluntários. SOAMU, 2011............................ 143 Quantitativo anual de estudantes de pós-graduação (residência médica em doenças infecciosas) relacionados a pesquisa científica que fizeram estágio no setor. SOAMU, 2011............................................................................................. 144 Tabela 85 Quantidade de profissionais com titulação no IEC em 2011................................. 144 Tabela 86 Trabalhadores qualificados segundo modalidade de capacitação, IEC 2011........ 145 Tabela 87 Evolução da qualificação da força de trabalho nos últimos três anos................... 145 Tabela 88 Produção intelectual do IEC em 2011................................................................... 146 Tabela 89 Quantidade de Alunos orientados por pesquisadores do IEC em 2011, por tipo de orientação realizada.......................................................................................... 147 Tabela 90 Quantidade de Bolsistas PIBIC/IEC aprovados na pós-graduação em 2011........ 148 Tabela 91 Quantidade de bolsas de Iniciação Científica disponibilizadas ao IEC, no exercício de 2011.................................................................................................. 149 Número de alunos alocados a partir de julho de 2011 por Serviço/Seção/Setor Científico............................................................................................................... 149 Consolidado sobre as atividades desenvolvidas pelo Núcleo Editorial da RPAS do IEC em 2011..................................................................................................... 152 Demonstrativo sobre a editoração eletrônica da coleção do Portal de Revistas Eletrônicas em 2011.............................................................................................. 153 Dados comparativos sobre o serviço de atendimento realizados pela Biblioteca do IEC Ananindeua, Pará 2011....................................................................... 154 Resultado da indexação de informações técnicas e científicas em bases de dados realizadas pela Biblioteca do IEC Ananindeua, Pará 2011................... 155 Número de registros migrados pela biblioteca do IEC para certificação na base de dados LILACS Ananindeua, Pará 2011...................................................... 156 Quantitativo de produtos gerados para promover a divulgação da produção técnica e científica realizada pela Biblioteca do IEC Ananindeua, Pará 2011....................................................................................................................... 157 Tabela 99 Quantidade de animais de produzidos e mantidos no IEC em 2011..................... 169 Tabela 100 Quantidade de animais de outras espécies pertencentes ao plantel da SACPA/IEC em 2011............................................................................................ 169 Tabela 101 Material biológico produzido e distribuído pela SACPA em 2011....................... 169 Tabela 102 Nº de animais fornecidos pela SACPA/IEC para as Seções Técnico-científicas em 2011................................................................................................................. 170 Tabela 81 Tabela 82 Tabela 83 Tabela 84 Tabela 92 Tabela 93 Tabela 94 Tabela 95 Tabela 96 Tabela 97 Tabela 98 15 Tabela 103 Nº de animais fornecidos pela SACPA/IEC para outras nstituições em 2011...... 170 Tabela 104 Aquisições realizadas pelo IEC em 2011.............................................................. 172 Tabela 105 Valores dos empenhos de fornecedores inadimplentes registrados no SICAF em 2010 e 2011...................................................................................................... 173 Tabela 106 Movimentação anual do almoxarifado do IEC em 2011....................................... 173 Tabela 107 Aquisições extra-orçamentárias realizadas pelo IEC em 2011............................. 174 Tabela 108 Aquisições Orçamentárias realziadas pelo IEC em 2011...................................... 175 Tabela 109 Suprimentos de fundos situação em 31.12.2011................................................ 175 Tabela 110 Consolidado anual do consumo por Seção, Serviço e/ou Setor, de acordo com o SISMAT Sistema de controle de materiais de consumo Situação em 31.12.2011............................................................................................................. 176 Tabela 111 Quantidades de material/gás e valores consumidos pelo IEC em 2011................ 177 Tabela 112 Quantitativo de pesquisas realizadas no IEC, incluindo as mantidas de anos anteriores e as iniciadas em 2011.......................................................................... 180 Tabela 113 Meta prevista e realizada referente à ação especifica do IEC em 2011................ 181 Tabela 114 Identificação da unidade orçamentária.................................................................. 181 Tabela 115 Programação de despesas correntes....................................................................... 181 Tabela 116 Programação das despesas de capital.................................................................... 182 Tabela 117 Resumo da programação de despesas e da reserva de contingência .................... 182 Tabela 118 Movimentação orçamentária por grupo de despesa.............................................. 183 Tabela 119 Despesas por Modalidade de Contratação dos créditos originários do IEC.......... 183 Tabela 120 Despesas Correntes por Grupo e Elemento de Despesa dos créditos originários pelo IEC em 2011.................................................................................................. 184 Despesas de Capital por Grupo e Elemento de Despesa dos créditos originários do IEC em 2011..................................................................................................... 184 Despesas por Modalidade de Contratação dos créditos recebidos por movimentação........................................................................................................ 186 Despesas Correntes por Grupo e Elemento de Despesa dos créditos recebidos por movimentação................................................................................................. 186 Despesas correntes por Grupo e elemento de Despesa, realizada pelo IEC em 2011....................................................................................................................... 187 Despesas de Capital por Grupo e Elemento de Despesa dos créditos recebidos por movimentação................................................................................................. 188 Despesas de Capital por Grupo e Elemento de Despesa, realizadas pelo IEC em 2011....................................................................................................................... 189 Tabela 127 Evolução dos Gastos Gerais do IEC...................................................................... 190 Tabela 128 Execução física e financeira das ações realizadas pelo IEC em 2011................... 191 Tabela 129 Metas propostas e alcançadas no 1º Ciclo de avaliação de Desempenho............. 192 Tabela 130 Situação dos Restos a Pagar de exercícios anteriores ........................................... 192 Tabela 121 Tabela 122 Tabela 123 Tabela 124 Tabela 125 Tabela 126 16 Tabela 131 Demonstrativo dos pagamentos de restos a pagar................................................. 193 Tabela 132 Força de trabalho do IEC situação apurada em 31 de dezembro de 2011.......... 193 Tabela 133 Quantitativo de servidores ativos do IEC em 2011, por cargo/nível..................... 194 Tabela 134 Número e percentual de servidores por tipo de carreiras existentes no IEC em 2011....................................................................................................................... 194 Situações que reduzem a força de trabalho efetiva do IEC- Situação apurada em 31/12/2011....................................................................................................... 195 Detalhamento da estrutura de cargos em comissão e funções gratificadas do IEC Situação apurada em 31/12/2011................................................................ 196 Tabela 137 Quantidade de cargos comissionados distribuídos por unidade, área meio/fim.... 197 Tabela 138 Quantidade de servidores do IEC por faixa etária situação apurada em 31 de dezembro de 2011.......................................................................................................... 197 Quantidade de servidores do IEC por nível de escolaridade situação apurada em 31.12.2011....................................................................................................... 198 Composição do quadro de Servidores Inativos Situação apurada em 31/12/2011............................................................................................................. 198 Composição do Quadro de Instituidores de Pensão Situação apurada em 31/12/2011............................................................................................................. 198 Atos de admissão, desligamento, concessão de aposentadoria e pensão, praticados no IEC com a instrução de processos e registro no Sistema de Administração de Pessoal (SIAPE) e no Sistema de Apreciação e Registro dos Atos de Admissão e Concessões SISAC em 2011............................................. 199 Relação das aposentadorias e pensões concedidas pelo IEC em 2011, conforme processo no SISAC................................................................................................ 199 Tabela 144 Quantitativo de contratos de estagiários em 2011................................................. 199 Tabela 145 Estagiários do CIEE, distribuídos por Serviço/Seção /Setor no IEC em 2011...... 200 Tabela 146 Custo de pessoal do IEC no exercício de referência e nos dois anos anteriores... 201 Tabela 147 Força de Trabalho Terceirizada do IEC - Campus Belém e Ananindeua em 2011....................................................................................................................... 201 Consolidado da Força de Trabalho, por área fim e meio do IEC - situação em 31.12.2011............................................................................................................. 202 Cargos e atividades inerentes a categorias funcionais do plano de cargos do IEC........................................................................................................................ 202 Relação dos empregados terceirizados substituídos em decorrência da realização de concurso público ou de provimento................................................ 202 Autorizações para realização de concursos públicos ou provimento adicional para substituição de terceirizados.......................................................................... 203 Tabela 152 Contratos de prestação de serviços de limpeza e higiene e vigilância ostensiva.. 203 Tabela 153 Quantidade de material disponibilizado pela Universal Serviços Ltda para a execução dos serviços de higienização e limpeza no IEC em 2011...................... 204 Tabela 135 Tabela 136 Tabela 139 Tabela 140 Tabela 141 Tabela 142 Tabela 143 Tabela 148 Tabela 149 Tabela 150 Tabela 151 17 Tabela 154 Valores pagos mensais a Universal Serviços Ltda, relativo aos serviços prestados de higienização e limpeza nas sedes do IEC em Belém e Ananindeua em 2011................................................................................................................. 204 Relação dos equipamentos fornecidos e utilizados pela Empresa de Conservação, Higienização e Limpeza.................................................................. 205 Tabela 156 Contratos de prestação de serviços com locação de mão de obra......................... 205 Tabela 157 Atendimento dispensado pelos servidores pelo SESAT........................................ 206 Tabela 158 Vacinas realizadas por tipo e local, IEC e CENP. Belém/Ananindeua, Pará. 2011....................................................................................................................... 207 Distribuição de doses de vacina realizadas, por tipo, segundo órgãos federais a que pertencem e unidades do SIASS, Belém/Ananindeua, Pará. 2011................. 207 Distribuição dos trabalhadores do IEC que sofreram acidentes de trabalho por local/tipo. Belém-Pará, 2011................................................................................. 208 Demonstrativo do cumprimento, por autoridades e servidores da UJ, da obrigação de entregar a DBR................................................................................. 209 Tabela 162 Tipos de atendimentos realizados pelo Setor de Informática em 2011................. 218 Tabela 163 Quantidade de pedidos de bens e serviços atendidos pela Área de TI em 2011... 222 Tabela 164 Despesas com cartão de crédito corporativo por UG e por portador em 2011...... 223 Tabela 165 Despesas com cartão de crédito corporativo (Série Histórica) realizadas pelo IEC em 2011.......................................................................................................... 223 Recursos Orçamentários liquidados e inscritos em resto a pagar não processados............................................................................................................ 224 Tabela 155 Tabela 159 Tabela 160 Tabela 161 Tabela 166 18 Lista de figuras Figura 1 Distribuição dos casos de GEA em 2 clínicas pediátricas de Belém, Pará, 12/05/2010 a 11/05/2011.................................................................................... 51 Distribuição dos casos de GEA em 2 clínicas pediátricas de Belém, Pará, 12/05/2010 a 11/05/2011.................................................................................... 51 Distribuição dos casos de GEA em 2 clínicas pediátricas de Belém, Pará, 12/05/2010 a 11/05/2011.................................................................................... 52 Frequência de positividade para rotavírus em 7.527 amostras fecais entre crianças hospitalizadas com GEA em Belém, Pará, 12/05/2009 a 11/05/2011.. 52 Distribuição de amostras provenientes da Rede de Vigilância de rotavírus do ano de 2011......................................................................................................... 55 Distribuição de genótipos provenientes da Rede de Vigilância de rotavírus do ano de 2011......................................................................................................... 55 Frequência de astrovírus e norovírus em 483 espécimes fecais provenientes de crianças diarreicas atendidas em um hospital de Belém, Pará. Maio/ 2008 a abril/2011............................................................................................................ 58 Frequência de norovírus, adenovírus, astrovírus e sapovírus em 80 espécimes fecais de crianças diarreicas provenientes da Comunidade quilombola de Abacatal, abril de 2008 a setembro de 2010....................................................... 58 Frequência de norovírus em 387 espécimes fecais provenientes de crianças diarréicas atendidas em diferentes localidades, no ano de 2011......................... 59 Frequência de norovírus, sapovírus e astrovírus em 130 espécimes fecais provenientes de neonatos e crianças diarreicas atendidas em um hospital de Belém, Pará, no ano de 2011............................................................................... 59 Detecção de Sapovírus e Norovírus em amostras fecais provenientes de suínos oriundos de cinco granjas do estado do Pará entre janeiro de 2008 e fevereiro de 2009................................................................................................ 61 Percentuais de agentes virais detectados em casos de infecção respiratória no ano de 2011......................................................................................................... 64 Distribuição sazonal dos casos suspeitos e confirmados de infecção respiratória a vírus em 2011............................................................................... 64 Figura 14 Distribuição das infecções detectadas, de acordo com o tipo viral identificado. 68 Figura 15 Distribuição mensal das amostras analisadas para o Parvovírus B19 e a respectiva positividade para anticorpos da classe IgM, durante o ano de 2011.................................................................................................................... 72 Distribuição mensal das amostras analisadas para o Parvovírus B19 e a respectiva positividade para anticorpos da classe IgM, considerando o período de abrangência (ano de 2011) em relação à data de coleta das mesmas............. 73 Frequência de casos analisados quanto à pesquisa de anticorpos IgM/VCA para o vírus de Epstein-Barr, segundo o sexo. 2011........................................... 74 Figura 18 Distribuição por faixas etárias dos casos analisados em 2011............................ 74 Figura 19 Positividade de anticorpos IgM/VCA por faixas etárias, 2011........................... 75 Figura 2 Figura 3 Figura 4 Figura 5 Figura 6 Figura 7 Figura 8 Figura 9 Figura 10 Figura 11 Figura 12 Figura 13 Figura 16 Figura 17 19 Figura 20 Número de flebotomíneos capturados nas localidades Paraense (A) e Santa Maria (B), de julho de 2009 a junho de 2011, e os índices de precipitação pluvial para o mesmo período no município de Juruti, Pará............................... 101 Figura 21 Análise de macroelementos encontradas nas folhas de T. pallida...................... 107 Figura 22 Análise de metais encontrados nas folhas de T. pallida por FRX...................... 107 Figura 23 Análise de metais encontrados nas folhas de T. pallida...................................... 107 Figura 24 Nº de amostras analisadas nos meses relativos ao ano de 2011.......................... 125 Figura 25 Nº de Alunos alocados no PIBIC-IEC em 2011, de acordo com os Serviços, Seções e Setores Científicos................................................................................ 150 Figura 26 Imagem da área de influência direta da futura UHBM, no município de Vitória do Xingu-Pará......................................................................................... Imagem classificada da área de influência direta do projeto da futura UHBM, no município de Vitória do Xingu-Pa................................................................. Imagem do banco de dados georreferenciado da distribuição espacial de pacientes chagásicos, no município de Barcarena-PA........................................ Imagem do Satélite CBERS-2B do sensor CCD, classificada............................ Expressão visual de casos de hanseníase x gravidez no estado do Pará, por Região de Integração........................................................................................... Expressão visual de casos de hanseníase x gravidez na Região de Integração do Carajás............................................................................................................ Limites da área de estudo direta do antigo Lixão do Parque Clube Ariri........... Delimitação em campo da área de estudo com pontos de controle..................... Imagem da localização de planórbideos por distritos administrativos, no município de Belém............................................................................................ Imagem da localização de planórbideos nos distritos administrativos de Mosqueiro........................................................................................................... Visualização geográfica das principais vias de acesso a três municípios do nordeste paraense Delimitação da área do Assentamento Expedito Ribeiro, no município de Santa Bárbara, para o estudo de diversos agravos.............................................. Distribuição do Molecular de Salmonela Typhi................................................. Mapa do município de Marabá PA, mostrando as principais áreas de extração mineral, áreas de inundação, área de reserva indígena, localidades e povoados............................................................................................................. Consolidado anual do consumo por Seção, Serviço e/ou Setor, de acordo com o SISMAT Sistema de controle de materiais de consumo Situação em 31.12.2011.......................................................................................................... Distribuição das doses de vacina aplicadas em trabalhadores do IEC e CENP, por tipo. Belém/Ananindeua, Pará. 2011............................................................ Distribuição das doses de vacina aplicadas em trabalhadores de órgãos federais pertencentes ao SIASS, por tipo. Belém/Ananindeua, Pará. 2011........ Figura 27 Figura 28 Figura 29 Figura 30 Figura 31 Figura 32 Figura 33 Figura 34 Figura 35 Figura 36 Figura 37 Figura 38 Figura 39 Figura 40 Figura 41 Figura 42 161 162 162 163 163 164 164 165 165 166 166 167 167 167 176 207 208 20 Lista de quadros Quadro 1 Viagens a campo para coleta de material biológico e atendimento a surto..................................................................................................................... 42 Quantidade de nematóceros identificados, de acordo com local, mês, ano, nº de vetores e lote................................................................................................... 43 Quantidade de exames realizados pelo Laboratório de Biologia Molecular do IEC, no ano de 2011............................................................................................ 78 Atividades desenvolvidas pelo Laboratório de Micologia do IEC, no ano de 2011..................................................................................................................... 79 Quantidade de exames de biopsia, escarro, exsudato de lesão no pé, LCR, pool de formigas, hemocultura, sorologia, urina, swabs e antibiograma,realizados no Laboratório de Bacteriologia Geral........................ 81 Demonstrativo das atividades realizadas pelo Laboratório de Hanseníase do IEC em 2011....................................................................................................... 84 Investigações de campo realizadas pelo Laboratório de Pesquisas Clínicas de Malária em 2011................................................................................................. 94 Quadro 8 Relação dos servidores que participaram de capacitações internacionais.......... 171 Quadro 9 Números de pesquisas realizadas nas áreas de Leishmaniose, doença de Chagas e Esquistossomose no ano de 2011........................................................ 172 Quadro 10 Números de pesquisas realizadas nas áreas de Arboviroses e metais pesados no ano de 2011.................................................................................................... 172 Quadro 11 Avaliação do gestor sobre gestão ambiental e as licitações sustentáveis............ 177 Quadro 12 Dados do programa............................................................................................. 179 Quadro 13 Dados da Ação.................................................................................................... 180 Quadro 14 Servidores do IEC cedidos a outros órgãos Situação em 31 de dezembro de 2011..................................................................................................................... 195 Quadro 15 Servidores do IEC removidos e redistribuídos a outros órgãos Situação em 31 de dezembro de 2011..................................................................................... 196 Quadro 16 Pesquisa de controle interno do IEC................................................................... Quadro 17 Gestão de Tecnologia da Informação em 2011................................................... 212 Quadro 18 Cargo e escolaridade do corpo técnico da Área de TI do IEC em 2011............. 219 Quadro 19 Sistemas desenvolvidos no IEC em 2011........................................................... 221 Quadro 20 Sistemas solicitados pelas unidades do IEC que estão em desenvolvimento ou aguardando desenvolvimento em 2011............................................................... 222 Quadro 2 Quadro 3 Quadro 4 Quadro 5 Quadro 6 Quadro 7 210 21 Lista de Siglas ADCA Assessoria de Desenvolvimento Científico e Acadêmico ASCOM Assessoria de Comunicação ASPLAN Assessoria de Planejamento BTEX Benzeno, tolueno, etilbenzeno, xileno BVS Biblioteca Virtual em Saúde CAPES Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior CAT Comunicação de Acidente de Trabalho CDC Centers for Disease Control CDP Companhia Docas do Pará CENP Centro Nacional de Primatas CEP Comitê de Ética em Pesquisa CEREC Central de Recebimento de Espécimes Biológicas CESUPA Centro Universitário do Estado do Pará CGLAB Coordenação Geral de Laboratórios CGPLO Coordenação Geral de Planejamento e Orçamento CIEE Centro de Integração Empresa-Escola CIT Centro de Inovações Tecnológicas CNAE Classificação Nacional de Atividades Econômicas CNPq Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente DDE Diclorodifeniltricloroeteno (inseticida organoclorado) DDT Diclorodifeniltricloroetano DENV Vírus Dengue DMAF Deficiência motora aguda e flácida DNA Deoxyribonucleic Acid / Ácido Desoxirribonucléico DOU Diário Oficial da União DST Doenças Sexualmente Transmissíveis EBV Epstein-Barr Virus / Vírus de Epstein-Barr ECP Efeito citopatológico EGPA Eletroforese em gel de poliacrilamida ELISA Enzyme-Linked Immunosorbent Assay / Ensaio Imunoabsorvente Ligado à Enzima ENC Enchente FAPESP Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo 22 FAPESPA Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Pará FGTS Fundo de garantia do Tempo de Serviço FHV Febres Hemorrágicas Virais FIDESA Fundação Instituto para o Desenvolvimento da Amazônia FIOCRUZ Fundação Oswaldo Cruz FNS Fundo Nacional de Saúde FSCMPA Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará FTA-Abs Absorção de Anticorpos Treponêmicos Fluorescentes FUNASA Fundação Nacional de Saúde GE Técnica de Gota Espessa GF-AAS Espectrometria de Absorção Atômica Acoplada a Forno de Grafite HCMV Citomegalovírus humano HEMA Testes sorológicos de hemaglutinação HHV-6 Human Herpesvirus 6 / Herpesvirus Humano 6 HIV Human Immunodeficiency Viruses / Vírus da Imunodeficiência Humana hMPV Metapneumovirus humano HPV Human Papillomavirus / Papilomavírus Humano HTLV Human T-lymphotropic virus / Virus Linfotrópico de Células T Humanas HUJBB Hospital Universitário João de Barros Barreto IDRM Reação Intradérmica de Montenegro IEC Instituto Evandro Chagas IFD Imunofluorescência direta IgG Imunoglobulina G IgM Imunoglobulina M IH Inibição da hemaglutinação INCT Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia INCTC Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Terapia Celular INFRAERO Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária LABGEO Laboratório de Geoprocessamento LACEN Laboratório Central LCR Liquido cefalorraquidiano LMA Laboratório de Microbiologia Ambiental LNV Vírus Laguna Negra LOA Lei Orçamentária Anual LVR Laboratório de Vírus Respiratórios MAC-ELISA Captura de anticorpos IgM 23 MCT Ministério da Ciência e Tecnologia MDCK Mardin Darby Canine Kidney MET Microscopia Eletrônica de Transmissão MPEG Museu Paraense Emílio Goeldi MS Ministério da Saúde NB3 Nível de biossegurança 3 NIH National Institutes of Health OMS Organização Mundial de Saúde PCR Polimerase Chain Reaction / Reação em Cadeia da Polimerase PECEM Principal do Laboratório de Ensaios Clínicos em Malária PET Paraparesia Espática Tropical PFA Paralisias flácidas agudas PIATAM Potenciais Impactos Ambientais do Transporte de Petróleo e Derivados na Zona Costeira Amazônica PIBIC Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica PNHV Programa Nacional de Prevenção e controle das Hepatites Virais PPSUS Programa de Pesquisa para o Sistema Único de Saúde RAPD Random Amplified Polymorphic DNA Technique / Técnica de Amplificação ao Acaso de DNA Polimórfico RIFI Reação de imunofluorescência indireta RIM Reação intradérmica de Montenegro RMA Relatório mensal de movimentação do Almoxarifado RNA Ribonucleic Acid / Ácido Ribonucleico RT-PCR Reação em Cadeia da Polimerase Via Transcriptase Reversa SAARB Seção de Arbovirologia e Febres Hemorrágicas SABMI Seção de Bacteriologia e Micologia SACPA Seção de Criação e Reprodução de Animais de Laboratório SAHEP Seção de Hepatologia SAMAM Seção de Meio Ambiente SAPAR Seção de Parasitologia SAPAT Seção de Patologia SAVIR Seção de Virologia SCPH Síndrome Cardiopulmonar por Hantavírus SEADM Serviço de Administração SeCS Seriados em Ciências da Saúde SECTAM Secretaria Executiva de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente SEMIE Microscopia Eletrônica 24 SEOFI Seção de Execução Orçamentária e Financeira SERH Serviço de Recursos Humanos SESAT Setor de Saúde do Trabalhador SESPA Secretaria de Estado de Saúde Pública SEVEP Serviço de Epidemiologia SIAPE Sistema de Administração de Pessoal SIASG Sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais SICONV Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse SINAN Sistema de Informações de Agravos de Notificação SIORG Sistema de Informações Organizacionais do Governo Federal SISMAT Sistema de Controle de Materiais SOALM Setor de Almoxarifado SOAMU Serviço de Atendimento Único SOCAD Setor de Cadastro SOCOM Setor de Compras SODRH Setor de Desenvolvimento de Recursos Humanos SOMAT Setor de Material e Patrimônio SOPAG Setor de Pagamento SRFB Secretaria da Receita Federal do Brasil SUS Sistema Único de Saúde SVS Secretaria de Vigilância em Saúde TCC Trabalho de Conclusão de Curso TCU Tribunal de Contas da União TDR Teste de Diagnóstico Rápido TI Tecnologia da Informação TORCH Sindrome de Torch: Toxoplasma, Herpes, Citomegalovirus y Rubéola TS Teste de sensibilidade UBS Unidades Básicas de Saúde UD Unidade Descentralizada UEPA Universidade do Estado do Pará UFPA Universidade Federal do Pará UFPE Universidade Federal de Pernambuco UFRA Universidade Federal Rural da Amazônia UFRJ Universidade Federal do Rio de Janeiro UG Unidade Gestora UGR Unidade gestora responsável 25 UJ Unidade Jurisdicionada UNG Uretrite não gonocócica UNIFESP Universidade Federal de São Paulo UO Unidade Orçamentária VAZ Vazante VCA Viral Capsid Antigen VDRL Venereal Disease Research Laboratory VRS Vírus respiratório sincicial 26 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 Introdução Neste relatório a Direção do Instituto Evandro Chagas vem apresentar ao Tribunal de Contas da União e ao público interno e externo a prestação de contas de sua gestão a frente do órgão no exercício de 2011. Buscando melhorar a saúde pública e as pesquisas no Pará e na Amazônia brasileira, no decorrer deste ano o IEC realizou várias conquistas em todas as suas áreas. Nessa busca conta com a parceria das Instituições de ensino e pesquisa locais, regionais, nacionais e internacionais, além de contar incondicionalmente com o apoio da Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde e de todo o seu quadro funcional e de seus colaboradores. No decorrer deste ano, vários foram os avanços mais significativos nas áreas de pesquisa, saúde pública e gestão, os quais serão apresentados a seguir de forma resumida, e que serão melhor explanados nos itens específicos deste relatório: Com relação às ações relativas a vírus o IEC prosseguiu com o desenvolvimento das atribuições que lhe compete nas áreas da investigação científica, apoio laboratorial à vigilância epidemiológica e elucidação diagnóstica. Concluiu o Estudo Rotavírus Caso-Controle ; Como Centro Nacional de Referência em Rotavírus, processou mais de 500 amostras oriundas da Amazônia; Incluiu novos estudos, envolvendo crianças recém-nascidas, comunidades quilombolas assim como infecções em aves e suínos se no campo das gastrenterites por rotavírus; Nos estudos com vírus entéricos como astrovírus, norovírus, sapovírus e adenovírus observou-se a expressiva prevalência (35%) das infecções por norovírus entre crianças hospitalizadas com gastrenterite aguda e quanto ao norovírus no tocante à rede oficial de vigilância dessa condição mórbida, ressalte-se que 37% das 87 amostras testadas se mostraram positivas; Nos estudos dirigidos as coleções hídricas superficiais de Belém, registrou-se a elevada frequência (23%; 33/143) de adenovírus nas amostras coletadas; Na vigilância das paralisias flácidas agudas no norte e nordeste do Brasil das 92 amostras oriundas da região amazônica, para enterovírus obtivemos o resultando positivo de 5 (5,4%); O IEc enquanto Centro credenciado pela OMS para os vírus respiratórios, e referência no âmbito da rede oficial de vigilância da influenza no Brasil, processou 1.132 amostras oriundas das regiões norte e nordeste, obteve a positividade global para vírus respiratórios de aproximadamente 22%, com destaque (>40%) para influenza; No que tange aos papilomavírus humanos (HPVs), registrem-se os estudos sobre carcinoma de células escamosas da mucosa oral e do pênis em Belém e São José do Rio Preto. O laboratório de retrovírus do IEC introduziu uma nova linha de investigações voltada à transmissão intrafamiliar do vírus linfotrópico humano de células T (htlv) e os resultados preliminares envolvendo 11 famílias indicam uma taxa de transmissão superior a 90%, enfatizando, pois, a importância epidemiológica da via horizontal nas infecções pelo HTLV; Na condição de um centro macrorregional de referência para o HIV, examinaram-se 819 amostras, a maioria (~75%) oriunda da Demanda excedente dos LACEN´s que o IEC atende, 5% das quais com resultado positivo;No diagnóstico das doenças exantemáticas, observou-se a frequência de infecções recentes pelo B19 e HHV-6 que alcançaram 9,6% (53/550) e 25,7% (35/136), respectivamente; Também considerável se revelou o número (1.241) de amostras encaminhadas ao IEC com vistas ao diagnóstico da infecção pelo vírus de Epstein-Barr (EBV), nas condições clínicas compatíveis com mononucleose infecciosa; em aproximadamente 10% desse total se caracterizou infecção recente. Através da confirmação diagnóstica dos casos suspeitos de arboviroses (Dengue, Febre Amarela, entre outros), hantaviroses e raiva o IEC apóia a vigilância epidemiológica na área de Arbovirologia, o que vem sendo de grande relevância para o acompanhamento da expansão do Dengue 4 no Brasil e dos casos importados de infecção pelo vírus Chikungunya no Brasil. Depois da inauguração do laboratório com nível de biossegurança 3 (NB3), único na região Norte ampliaram-se os horizontes para a pesquisa em arbovirologia e hantavirose. Com a implantação do 27 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Febres Hemorrágicas Virais (INCT/FHV), com a coordenadoria geral na Seção de Arbovirologia do IEC, novas metodologias que permitem resposta rápida e etiologia definida vem sendo utilizadas, o que significa a melhoria e a agilidade nas ações de saúde pública. Com a implantação em 2011 do Centro de Inovações Tecnológicas, estão efetivamente em funcionamento quatro núcleos (Laboratórios), o de Genômica, o de Proteômica, de Bioinformática e o de Citotaxonomia, que realizam o sequenciamento dos vírus pertencentes à coleção do IEC, dos quais podemos citar as diferentes cepas do Vírus Dengue (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4), Vírus da Febre Amarela, Vírus Mayaro, Vírus Oropouche, diferentes Phlebovírus do complexo Candiru, Vírus Tucunduba, Vírus Xiburema e Vírus Inhangapi (Rhabdovirus), bem como do Vírus da Raiva. Com o sequenciamento completo do genoma e a análise filogenética e filogeográfica, podem se evidenciadas múltiplas portas de entrada para estes vírus ao longo do período estudado e a co-circulação de genótipos, além da capacidade de replicação do vírus e dos efeitos adversos das vacinas, no caso da Febre Amarela. Dos genomas bacterianos, apenas duas bactérias foram completamente seqüenciadas, sendo um Vibrio cholerae e uma cianobactéria. Encontra-se em fase de implantação o estudo de metagenoma e metatranscriptomas em diferentes ambientes da fauna e flora do Estado do Acre, visando descrever a biodiversidade de microorganismos e avaliar o potencial biotecnológico da região. A descrição da presença de genomas (DNA e/ou RNA) de diferentes microorganismos permitirá a determinação do que se denomina de fenótipo ambiental , aonde será possível o conhecimento de grupos específicos de microorganismos (bactérias, fungos, vírus) associados a um determinado ambiente (solo, água, sangue, etc.) e a um grupo de fatores intrínsecos a este ambiente ou meio. Será possível associar um determinado microorganismo a características específicas do meio do qual foi isolado (ex. Nitrificação do solo, no caso de bactérias). Estudos associativos entre microorganismos poderão indicar presença de proteínas inibitórias de um agente microbiano em relação ao outro, e o conhecimento dos genomas permitirá o desenvolvimento de bioprodutos, tais como antígenos recombinantes, anticorpos monoclonais, além do desenvolvimento de sondas específicas para construção de arrays e PCR isotérmicos. Recebemos este ano de vários estados da Federação 1.563 amostras de tecido nervoso de animais suspeitos de raiva para exame, das quais nove, foram positivas, sendo sete de caninos, uma de felino e uma de quiróptero. Vale ressaltar que a nomeação de novos pesquisadores para a Seção de Arbovirologia deu um avanço nas atividades desenvolvidas, e aguarda-se a nomeação dos demais concursados, pois com o aumento de sua estrutura e das atividades o contingente de recursos humanos precisa ser ampliado para o atingimento de seus objetivos. Vem sendo feito o estudo da presença de infecção por Chlamydia trachomatis em cérvice de gestantes atendidas no pré-natal em Unidades Básicas de Saúde (UBS). Visando prevenir complicações na mulher e na criança esta sendo realizada a busca ativa dessas pacientes utilizandose a técnica de entrevista com agendamento para novos exames laboratoriais no Instituto e constatação de presença/ausência de tratamento específico. A importância desse estudo é melhorar o fluxo de atenção às gestantes, instituir o tratamento específico para infecção por Chlamydia nos serviços de pré-natal, assim como orientar o tratamento para o parceiro sexual. De 248 amostras sorológicas analisadas pelo VDRL, 49 (19,7%) foram reagentes para sífilis primária e secundária, por isso é de vital importância para a saúde pública o comprometimento dos órgãos de saúde com o monitoramento da sífilis no Pará e no Brasil. Estudo na área de Malacologia vem sendo realizado visando o controle dos vetores da esquistossomose, sua distribuição geográfica, epidemiologia e a prevalência da infecção em 28 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 planorbideos das espécies Biomphalaria glabrata e Biomphalaria straminea coletados em áreas urbanas ou rurais de Belém, do interior do Pará e outras áreas da Amazônia Legal. Em 2011 foram realizados 2.546 exames fezes para diagnóstico de Esquistossomose mansônica, geohelmintos e protozoários em pacientes do Estado do Pará. Todos os resultados dos exames parasitológicos de fezes foram comunicados aos pacientes e, em caso de algum resultado positivo, os pacientes foram encaminhados para tratamento adequado. Para pesquisa de Toxoplasmose foram realizados 4.336 testes sorológicos (RIFI e /ou ELISA). Foram atendidos 1.974 pacientes nas dependências do laboratório de Chagas no ano de 2011. Deste total, 88 foram positivos para a presença de T. cruzi, detectados utilizando as técnicas convencionais. Foram examinadas este ano um total de 3.120 lâminas pelo IEC para detecção de malária isso é prova incontestável de que a população sabe onde buscar um diagnóstico confiável de malária e conseqüentemente o tratamento.. O IEC atende há uma demanda espontânea de indivíduos para exames laboratoriais para diagnóstico das leishmanioses tegumentar (leishmaniose cutânea) ou visceral ( kalazar ). Para leishmaniose tegumentar, foram atendidos, 228 indivíduos portadores de sinais clínicos da doença, cujos resultados revelaram 106 (46.5%) casos positivos, portanto, com média de 8,8 casos/mês. Em 2011 foram concluídas as análises de dados relativas ao projeto Avaliação Continuada das Crianças da Região do Tapajós quanto a Exposição ao Mercúrio, Itaituba-Pa, culminando com a apresentação de tese de doutorado no IESC/UFRJ sobre possíveis impactos da exposição ao Hg nos limiares auditivos dos escolares, além da submissão de artigos a periódicos indexados. Em continuidade ao projeto de Avaliação da qualidade das águas superficiais de drenagens localizadas nas proximidades do Porto de Vila do Conde no município de Barcarena foram realizadas 04 (quatro) viagens para coleta de amostras ambientais. Já no projeto de Vigilância Ambiental em Saúde na Área Industrial e Portuária dos municípios de Abaetetuba e Barcarena-PA, que avalia a qualidade da água consumida pela população de 11 comunidades. Um total de 827 amostras foram coletadas perfazendo um total de 21.502 análises realizadas. Para o estudo sobre a epidemiologia do Citomegalovírus em pacientes com câncer foram coletadas 251 amostras sanguíneas dos pacientes voluntários que concordaram em participar do estudo e através dos dados epidemiológicos verificou-se das 112 mulheres a freqüência é de 44,6% e nos 139 homens a freqüência é de 55,4%. Foram realizados 59.215 exames de hematologia, bioquímica, imunologia e urinálise, em apoio as pesquisas biomédicas, assim como de pacientes encaminhados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Dos 340 cortes de tecidos humano recebidos de diversos estados da federação e analisados, através de técnicas de histoquímica, 143 apresentaram resultado positivo para dengue. O IEC recebeu dos estados da federação 12.330 espécimes biológicos para confirmação diagnóstica nas áreas de parasitologia, patologia, bacteriologia, hepatologia, meio ambiente, arbovirologia e virologia. Foram realizados atendimentos de uma demanda total de 4.373 pessoas referenciadas pela rede básica de saúde SUS do Estado do Pará ao IEC, com média de atendimento mensal de 364,4 pessoas. Informa-se que alguns itens do anexo II da Decisão Normativa TCU nº 108/2010 não se aplicam a realidade do Instituto, a saber: Item 3 - Reconhecimento de passivos por insuficiência de 29 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 créditos ou recursos; Item 5.6 - Indicadores de Desempenho de Recursos Humanos; Item 6 Informações sobre transferências (recebidas e realizadas) no exercício; Item 7 Declaração do responsável pelo SIASG/SICONV; Item 8 Declaração relativa ao cumprimento da Lei nº 8.730: Item 9 - Informações sobre o funcionamento do sistema de controle interno da UJ; Item 11 Informações sobre a gestão do patrimônio imobiliário de responsabilidade da UJ classificado como Bens de Uso Especial de propriedade da União ou locado de terceiros; Item 14 - Renúncias Tributárias; Item 15 - Informações sobre as providências adotadas para atender às deliberações exaradas em acórdãos do TCU ou em relatórios de auditoria do órgão de controle interno que fiscaliza a unidade jurisdicionada ou as justificativas para o seu não cumprimento; Item 16 Informações sobre o tratamento das recomendações realizadas pela unidade e controle interno, caso exista na estrutura do órgão, apresentando as justificativas para os casos de não acatamento. Das perspectivas previstas para o ano de 2011 foram efetivamente realizadas as seguintes: A Superintendência do Patrimônio da União no Estado do Pará já efetuou a entrega a este Instituto de 2/3 do terreno pleiteado, situado a Rodovia BR-316 Km 7 s/n, está área corresponde a 356.633,00 m²; No dia 20 de dezembro de 2011, o Conselho Técnico-Científico da Educação Superior (CTC-ES) da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), aprovou o Programa de Pós Graduação em Virologia do Instituto Evandro Chagas (PPGV-IEC), para a implementação dos cursos de Mestrado e Doutorado, com nota CTC 4. Em 2012 os procedimentos obrigatórios exigidos pela CAPES para implementação de novos cursos que serão realizados para posterior publicação do Edital de provimento de vagas, o que deverá ocorrer ainda no primeiro semestre, após o necessário trâmite burocrático; O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão autorizou a nomeação de 93 aprovados no Concurso Público. Perspectivas para 2012 Como as atividades do IEC vêm crescendo ao longo dos anos a necessidade de expansão de sua área física é essencial, por isso estão previstas para 2012 as seguintes obras: Construção da Seção de Hepatologia; Construção do Complexo que abrigará o Almoxarifado, o Patrimônio, o Transporte e o Arquivo Desativado; Construção de um Biotério de Inoculação; Construção de muros nos terrenos do Acre e no terreno anexo ao IEC recebido do Patrimônio da União; Construção do Posto Avançado na floresta da Pirelli; Construção do Centro de Inovações Tecnológicas. Além das reformas: Nas Seções de Meio Ambiente, Virologia e Parasitologia com a ampliação da parte superior do prédios e no Laboratório do Acre. 30 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 1 Informações de identificação do IEC Poder e Órgão de vinculação Poder: Executivo Órgão de Vinculação: Secretaria de Vigilância em Saúde Código SIORG: 74933 Identificação da Unidade Jurisdicionada Denominação completa: INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Denominação abreviada: IEC Código LOA: Não se aplica Código SIORG: 002394 Código SIAFI: 257003, Gestão 1 Situação: Ativa Natureza Jurídica: Órgão da Administração Direta do Poder Executivo Principal Atividade: Administração pública em geral Telefones/Fax de contato: (091) 3214-2214 Código CNAE: 84.116-00 (091) 3214-2238 (091) 3214-2264 Endereço eletrônico: [email protected] Página da Internet: http://www.iec.pa.gov.br Endereço Postal: BR-316 Km 07 s/n, CEP 67.030-000, Levilândia, Ananindeua-Pará Normas relacionadas à Unidade Jurisdicionada Normas de criação e alteração da Unidade Jurisdicionada Instituído pela Lei Estadual nº 59, de 11 de novembro de 1936. recebeu a sua denominação atual em 11 de dezembro de 1940, através do Decreto nº 3.624 em homenagem ao pesquisador Evandro Chagas. Outras normas infralegais relacionadas à gestão e estrutura da Unidade Jurisdicionada Tem suas competências definidas no Decreto nº 7.530, de 21.07.2011, publicado no Diário Oficial da União (DOU) nº 140, de 22 de julho de 2011, Seção 1, página nº 9 e estrutura organizacional na Portaria nº 2.123, de 07.10.2004, publicada no D.O.U nº 196, de 11.10.2004. Manuais e publicações relacionadas às atividades da Unidade Jurisdicionada Não se aplica Unidades Gestoras e Gestões relacionadas à Unidade Jurisdicionada Unidades Gestoras relacionadas à Unidade Jurisdicionada Código SIAFI Nome 257015 Coordenação Geral de Contabilidade do Ministério da Saúde Gestões relacionadas à Unidade Jurisdicionada Código SIAFI Nome 000001 Tesouro Relacionamento entre Unidades Gestoras e Gestões Código SIAFI da Unidade Gestora Código SIAFI da Gestão 257015 000001 257005 000001 O IEC não possui código na LOA, pois não é unidade orçamentária. A unidade orçamentária a qual está subordinado é o Fundo Nacional de Saúde código 36901. 31 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 O Instituto Evandro Chagas é órgão da Administração Direta do Poder Executivo, é dotado de personalidade jurídica de direito público (CNPJ 00.394.544/0025-52) e possui Código SIORG 002394, está vinculado ao Ministério da Saúde, através da Secretaria de Vigilância em Saúde SVS, inscrita no Código SIORG nº 74.933. Tem como dirigente máximo sua Diretora, hierarquicamente subordinada ao Sr. Secretario de Vigilância em Saúde. Está estabelecido no Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (SIAFI) sob o código e nome 36201 Instituto Evandro Chagas, denominação abreviada IEC, Unidade Gestora 257003, Gestão 01, situação Ativa, tendo como função de governo predominante a área da Saúde (Estudos no campo da Saúde Pública e da Biomedicina) e como tipo de atividade Administração Pública em Geral, sob o Código CNAE 84.116-00. O Instituto possui dois campi, sendo a sede principal em Ananindeua-PA, Rodovia BR316 Km 07 s/n Levilândia, CEP 67.030-000, telefones (91) 3214-2214, 3214-2238, 3214-2258 e 3214-2264, onde estão estabelecidas a maior parte das seções e serviços e outro em Belém, ficando neste, temporariamente, apenas alguns projetos, a Seção de Hepatologia e Microscopia Eletrônica, onde futuramente será instalado um museu. Sua página institucional na internet é http://www.iec.pa.gov.br e seu endereço eletrônico: [email protected] 1.1 Unidades do IEC 1.1.1 Unidades de assistência direta à Diretoria a) Assessoria de Comunicação (ASCOM;) b) Assessoria de Desenvolvimento Científico e Acadêmico (ADCA) c) Assessoria de Planejamento (ASPLAN) 1.1.2 Unidades Técnico-Administrativas d) Serviço de Administração (SEADM) Seção de Execução Orçamentária e Financeira (SEOFI) Setor de Almoxarifado (SOALM) Setor de Compras (SOCOM) Setor de Material e Patrimônio (SOMAT) e) Serviço de Recursos Humanos (SERH) Setor de Desenvolvimento de Recursos Humanos (SODRH) Setor de Cadastro (SOCAD) Setor de Pagamento (SOPAG) 1.1.3 Unidades Técnicas de Apoio f) Centro de Documentação Informação e Memória (CEDIM) g) Laboratório de Georeferenciamento (LABGEO) h) Microscopia Eletrônica (SEMIE) campus Belém 1.1.4 Unidades Técnico-Científicas i) Serviço de Epidemiologia (SEVEP) j) Seção de Arbovirologia e Febres Hemorrágicas (SAARB) k) Seção de Bacteriologia e Micologia (SABMI) 32 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 l) Seção de Criação e Reprodução de Animais de Laboratório (SACPA) m) Seção de Meio Ambiente (SAMAM) n) Seção de Parasitologia (SAPAR) o) Seção de Patologia (SAPAT) p) Seção de Virologia (SAVIR) q) Seção de Hepatologia (SAHEP) r) Laboratório de Análises Clínicas de Malária (campus Belém) s) Laboratório de Coccídeos (campus Belém) No anexo A apresenta-se o organograma oficial do Ministério da Saúde, localizando o Instituto Evandro Chagas como unidade descentralizada subordinada a Secretaria de Vigilância em Saúde SVS. 2 Informações sobre o planejamento e gestão orçamentária e financeira do IEC considerando o atingimento dos objetivos e metas físicas e financeiras, bem como as ações administrativas consubstanciadas em projetos e atividades, contemplando: a) Responsabilidades institucionais do IEC I Competência Institucional O Instituto Evandro Chagas (IEC) foi criado pela Lei Estadual nº 59, 10 de novembro de 1936, revogada pelo Decreto Estadual nº 3.624, de 11.12.1940, que alterou sua denominação. Têm suas competências definidas no Decreto nº 7.530, de 21.07.2011, publicado no Diário Oficial da União (DOU) nº 140, de 22 de julho de 2011, Seção 1, página nº 9 e estrutura organizacional na Portaria nº 2.123, de 07.10.2004, publicada no Diário Oficial da União nº 196, de 11.10.2004. O IEC tem como missão instituir a saúde pública e a pesquisa biomédica. Para isso a Instituição precisa realizar ações que vão da pesquisa clínica, diagnóstico, detecção de agentes etiológicos das doenças até a vigilância epidemiológica dos agravos. Atua ainda, em seis principais instâncias diferentes da saúde pública e da pesquisa biomédica: Vigilância em Saúde e Meio Ambiente; Atendendo a problemas de saúde e meio ambiente que emergem nos Estados amazônicos, tais como: surtos de doenças em humanos; mortandade de peixes; suspeita de contaminação da água por metais, e ou pesticidas clorados ou fosforados; casos de doença humana não diagnosticada; e outros Como apoio das instâncias Estaduais e Municipais em demandas que não são atendidas pelos LACEN´s; Em projetos de pesquisa na área de saúde e Meio Ambiente, custeados por agências financiadoras no Brasil e do exterior e pelo IEC/Ministério da Saúde; 33 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 Capacitação de recursos humanos; Apoio a SVS/MS em diferentes circunstâncias. Dadas as suas características peculiares na área da investigação científica e saúde pública, o Instituto Evandro Chagas, atua hoje como: Referências nacionais Laboratório de referência nacional para dengue; Laboratório de referência nacional para febre amarela; Laboratório de referência nacional para rotaviroses. Referências regionais Laboratório de referência regional para cólera e enteropatógenos; Laboratório de referência regional para coqueluche; Laboratório de referência regional para difteria; Laboratório de referência regional para esquistossomose; Laboratório de referência regional para gripe; Laboratório de referência regional para hantaviroses; Laboratório de referência regional para hepatites virais; Laboratório de referência regional para meningites bacterianas; Laboratório de referência regional para poliomielite e outras enteroviroses. Além das demandas de interesse técnico e científico o Instituto realiza em sua maioria, de forma assistemática, as demandas urgentes desencadeadas a nível regional e nacional. De acordo com o seu Regimento, ao IEC compete: desenvolver pesquisas científicas no âmbito das ciências biológicas, do meio ambiente e da medicina tropical que visem, primordialmente, à identificação e ao manejo dos problemas médico sanitários, com ênfase na Amazônia brasileira; realizar estudos, pesquisas e investigação científica nas áreas de epidemiologia e controle de doenças e vigilância ambiental em saúde; planejar e executar administrativamente todas as atividades necessárias ao desenvolvimento técnico-científico institucional; exercer as atividades de laboratório de referência nacional e regional que lhe forem atribuídas; disseminar a produção dos conhecimentos técnico e científico para subsidiar as ações de vigilância em saúde; e coordenar a produção e o fornecimento de insumos biológicos para o diagnóstico laboratorial em apoio às demandas da rede nacional de laboratórios de saúde pública em sua área de competência. No Anexo B apresenta-se o organograma da estrutura do IEC. II Objetivos estratégicos O Instituto tem como objetivo estratégico dentro da Agenda da Secretaria de Vigilância em Saúde para o período de 2011-2015: Fortalecer a pesquisa, o ensino e as inovações biomédicas e tecnológicas em Medicina Tropical e Meio Ambiente. E como ações estratégicas: a) Ação: Implantação do Centro de Inovação e Tecnologia no âmbito do IEC; Meta 1: Construir e equipar, no campus de Ananindeua, as dependências do Centro de Inovação e Tecnologia no âmbito do IEC, cuja construção está prevista para 34 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 2012 e a aquisição dos oito equipamentos a partir de 2013, sendo: dois em 2013, três em 2014 e três em 2015; Meta 2: Construir no campus de ananidneua, as novas instalações da Seção de Hepatopatias no ano de 2013. b) Ação: Ampliação da capacidade de vigilância da Leishmaniose , Doença de Chagas e Esquistossomose; Meta: Realizar 78 pesquisas nas populações suscetíveis à Leishmaniose, doença de Chagas e Esquistossomose ou em casos de surtos dessas enfermidades na Amazônia legal, com foco nos agentes isolados por meio de técnicas laboratoriais. A realização dessas pesquisas estão previstas para: 14 em 2011; 16 em 2012; 16 em 2013; 16 em 2014 e 16 em 2015. Indicador: Número de pesquisas realizadas c) Ação: Vigilância clínica, epidemiológica e laboratorial das arboviroses e metais pesados na Amazônia. Meta 1: Realizar 175 pesquisas nas populações suscetíveis às Arboviroses ou em casos de surtos dessas enfermidades na Amazônia legal, com foco nos agentes isolados por meio de técnicas laboratoriais, no período de 2011 a 2015. A realização dessas pesquisas estão previstas para: 31 em 2011; 33 em 2012; 35 em 2013; 37 em 2014 e 39 em 2015. Indicador: Número de pesquisas realizadas Meta 2: Realizar 115 pesquisas nas populações sob o risco de intoxicação por metais pesados na Amazônia Legal. A realização dessas pesquisas estão previstas para: 17 em 2011; 20 em 2012; 23 em 2013; 26 em 2014 e 29 em 2015. Indicador: Número de pesquisas realizadas b) Estratégia de institucionais atuação frente às responsabilidades Dentro de suas responsabilidades institucionais o IEC executa no Plano Plurianual sua ação específica ( Ação 4386 Pesquisas e Inovações Tecnológicas em Medicina Tropical e Meio Ambiente no Instituto Evandro Chagas), dentro do Programa do Ministério da Saúde ( Programa 1201 Ciência Tecnologia e Inovação no Complexo da Saúde), além de executar as políticas públicas emanadas do Governo Federal dentro do Programa Mais Saúde conforme especificado a seguir: Atenção à Saúde Promoção à Saúde Complexo Industrial/Produtivo da Saúde Cooperação Internacional Força de Trabalho em Saúde Qualificação da Gestão Participação e Controle Social 35 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 b.1 Atenção à Saúde b.1.1 Ações desenvolvidas na área de doenças hepáticas O Instituto tem parceria com o Hospital da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (HFSCMPA) e com o Departamento de Patologia da Universidade Federal do Pará (UFPA), no Programa de hepatopatias desse hospital da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará infraestrutura e epidemiologia clínica em 15 anos de atendimento relacionado às hepatopatias crônicas da região, realizando exames sorológicos e biomoleculares. Atua também como Laboratório de Referência para a Região Norte e parte da Região Nordeste no que concerne a sorologia e biologia molecular para identificação de marcadores de infecções agudas e crônicas pelos vírus das Hepatites A, B, C, D e E. Em parceria com a SVS/MS e a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), vem participando do Estudo de prevalência da base populacional das infecções pelos vírus das Hepatites A, B e C nas capitais do Brasil , examinando 10% das amostras para contraprova, além das amostras indeterminadas coletadas nas capitais do Norte e Nordeste. O IEC vem trabalhando com a Coordenação Geral de Laboratórios (CGLAB/SVS/MS), nos testes de biologia molecular para diagnóstico quantitativo (carga viral) do HBV-DNA, atendendo a demanda dos estados do Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Tais exames apóiam o Programa Nacional de Hepatites Virais para a região Amazônica. b.1.1.1 Realizações b.1.1.1.1 Exames realizados em apoio à pesquisa No cumprimento de suas atividades junto ao Programa Nacional de Prevenção e controle das Hepatites Virais (PNHV) e na Coordenação Nacional de Laboratórios, o IEC vem envidando esforços específicos na padronização de técnicas biomoleculares para a detecção de infecções pelo vírus da hepatite D (Delta), no levantamento de reservatórios e para a detecção de hidatidose hepática policística. Para o diagnóstico das hepatites virais foram realizados 11.152 exames em apoio à pesquisa e vigilância, sendo 10.273 sorológicos e 879 de biologia molecular, conforme tabela 1. Tabela 1 Quantidade de exames em apoio a pesquisa realizados pelo IEC, na área de doenças hepáticas pelas técnicas de sorologia e biologia molecular, no ano de 2011 Meses Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Total Sorologia 639 681 680 841 654 949 1.374 968 1.039 938 736 774 10.273 Biologia molecular 29 18 51 28 45 67 97 119 8 170 86 161 879 Total 668 699 731 869 699 1.016 1.471 1.087 1.047 1.108 822 935 11.152 Fonte: Seção de Hepatologia/IEC/SVS/MS 36 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 b.1.1.1.2 Exames para confirmação diagnóstica O Instituto enquanto referência nas regiões norte e nordeste, recebe dos LACEN´s e das Secretarias Municipais de Saúde, material biológico de pacientes de vários municípios e estados para confirmação diagnóstica. Para a confirmação diagnóstica das hepatites virais realizou 13.016 exames, sendo 12.010 sorológicos e 1.006 de biologia molecular, conforme tabela 2. Tabela 2 Quantidade de exames recebidos pelo IEC para elucidação diagnóstica na área de doenças hepáticas pelas técnicas de sorologia e biologia molecular, no ano de 2011 Meses Sorologia Biologia molecular Total 579 247 826 Fevereiro 2.630 54 2.684 Março 2.613 88 2.701 Abril 924 91 1.015 Maio 138 130 268 Junho 401 48 449 Julho 171 23 194 Agosto 244 14 258 Setembro 619 212 831 Outubro Janeiro 2.328 15 2.343 Novembro 591 29 620 Dezembro 772 55 827 12.010 1.006 13.016 Total Fonte: Seção de Hepatologia/IEC/SVS/MS b.1.1.1.3 Investigações de campo a) Viagem para o município de Anajás-PA, para proceder levantamento de reservatórios silvestres de Hidatidose Policística do fígado, no período de 28/04/2011 a 07/05/2011; b) Viagem para Ilha do Mosqueiro no dia 21.07.2011 para realizar a coleta de soro humano, de 80 pessoas para análise dos marcadores sorológicos das hepatites B e C, em parceria com a Sespa; c) No dia 28.07.2011 foram realizadas 149 coletas de soro humano no terminal rodoviário de Belém, para a serem submetidos à análise dos marcadores sorológicos das hepatites B e C, em parceria com a Sespa. d) Viagem para o município de Marabá-PA, em parceria com a SESPA, na "Ação Saúde" do Governo do Estado do Pará, onde foram realizadas 194 coletas de soro humano, para serem submetidos à análise dos marcadores sorológicos das hepatites B e C, no periodo de 31/08 a 02/09/2011. b.1.2 Estudos relativos às arboviroses e febres hemorrágicas b.1.2.1 Realizações O diagnóstico laboratorial realizado no Instituto Evandro Chagas, na área de Arbovirologia como apoio a vigilância epidemiológica foi essencial para a confirmação dos casos suspeitos de arboviroses (Dengue, Febre Amarela, entre outros), hantaviroses e raiva. Sendo de 37 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 grande relevância para o acompanhamento da expnasão do Dengue 4 no Brasil e dos casos importados de infecção pelo vírus Chikungunya no Brasil. Os horizontes para a pesquisa em arbovirologia e hantavirose se expandiram, com a inauguração do laboratório com nível de biossegurança 3 (NB3), único na região Norte, que viabilizará o estudo de agentes que necessitam de nível 3 de biossegurança, como os arenavírus entre outros. O Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Febres Hemorrágicas Virais (INCT/FHV), com a coordenadoria geral na Seção de Arbovirologia, possibilitou, entre outros resultados obtidos, a utilização de novas metodologias que permitem resposta rápida e etiologia definida, significando melhoria e agilidade nas ações de saúde pública. Durante o ano de 2011, no Centro de Inovações Tecnológicas (CIT) do IEC ocorreu à expansão das instalações físicas (laboratórios) dos núcleos de Genômica, Proteômica, Bioinformática e Citotaxonomia. No final do ano de 2011 o Núcleo de Proteômica iniciou sua ativação, entrando efetivamente em funcionamento em Fevereiro de 2012. Atualmente o CIT conta com quatro Núcleos em funcionamento. É importante ressaltar que a nomeação de novos pesquisadores deu um avanço nas atividades desenvolvidas na área de arbovírus, e se espera que os demais concursados sejam nomeados, pois com o aumento de sua estrutura e atividades se torna necessária a ampliação de recursos humanos para dar suporte na obtenção de seus objetivos: a) Realizar o diagnóstico laboratorial na área de Arbovirologia, como apoio a vigilância epidemiológica para elucuidar casos suspeitos de arboviroses (Dengue, Febre Amarela, entre outros), hantaviroses e raiva; b) Caracterizar cepas virais isolados sem definição taxonômica; c) Produzir antígenos dos arbovírus de importância em saúde pública para distribuir na rede de diagnóstico laboratorial de dengue e febre amarela e para o diagnóstico de outras arboviroses. (Atividade para o desenvolvimento de estudos de arbovírus em diferentes laboratorios, melhorar a capacidade de cada laboratório na identificação de arboviroses doenças produzidas pelas espécies arbovírus mais comuns na região). d) Produzir imunobiológio para o diagnóstico laboratorial do virus da raiva. b.1.2.1.1 Pesquisa de anticorpos para Arbovirus b.1.2.1.1.1 Inibição da hemaglutinação (IH) Tabela 3 Tipo de Amostras Análise das amostras de soros recebidas para pesquisa de anticorpos para arbovírus por inibição de hemaglutinação (IH), no período de Janeiro a dezembro de 2011 Número de amostras Positivos por gênero viral** Testadas* Negativas Positivas Alphavirus Flavivirus Orthobunyavirus Humanos 1830 453 1377 155 1235 270 Animais 115 79 36 18 15 11 Aves 155 141 13 6 9 1 Total 2100 673 1426 179 1259 282 Fonte: SAARB/IEC/SVS/MS Notas: * As amostras foram testadas para 18 tipos de vírus pertencentes aos gêneros Alphavirus, Flavivírus e Orthobunyavirus. ** Uma mesma amostra pode apresentar anticorpos IH para vírus pertencentes a diferentes gêneros 38 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 Fixação do Complemento (FC) Tabela 4 Identificação de Arbovirus utilizando o teste de fixação do complemento Número de amostras Material Testadas* Isolamento Fase de Caracterização 12 1 amostra Vírus Mayaro 11 Amostras Fonte: SAARB/IEC/SVS/MS b.1.2.1.1.2 Ensaio imunoenzimático (ELISA) para Hantavirus Estudo em Humanos Tabela 5 Total de amostras suspeitas e contatos de casos de SCPH examinadas pelo Ensaio Imunoenzimático (ELISA) IgG e IgM para hantavírus Kit IBMP HANTEC no período de janeiro a dezembro de 2011 Procedência nº amostras examinadas Elisa positivos Casos positivos IgG IgM Acre 1 0 0 0 Amapá 3 0 0 0 Amazonas 55 (1*) 7 (1*) + 1ind + 2nt 3 (1*) 2 Maranhão 3 0 0 0 Mato Grossso 10 (1*) 0 + 1 nt 0 0 Minas Gerais 4 (1*) 0 0 0 Pará 77 (8*) 7 + 1inc +10nt 11 (2*) + 1inc 9 Pernambuco 1 0 0 0 Rio Grande do Norte 3 0 0 0 Rondônia 13 (1*) 0 0 0 Tocantins 16 0 0 + 1inc 0 186 (12*) 14 (1*) + 1ind +1inc +13nt 14 (3*) + 2inc 11 Total Notas: * Segunda amostra; ind: Indeterminado; inc: Inconclusivo; nt: não testado (falta de Kit) 39 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 No período de janeiro a dezembro de 2011, foram testadas pelo Ensaio Imunoenzimático (ELISA) com a utilização dos Kits IBMP HANTEC, encaminhados pela CGLAB/SVS/MS, para detecção de anticorpos IgM e IgG para hantavírus, 186 amostras de soro e/ou sangue de 174 casos humanos suspeitos e/ou contatos de casos de Síndrome Cardiopulmonar por Hantavírus (SCPH). Em 14 amostras foram detectados anticorpos específicos da classe IgM, referentes a 11 casos, sendo nove procedentes do Estado do Pará, municípios de Novo Progresso (n=6), Itaituba (n=1), Oriximiná (n=1) e Santarém (n=1) e duas do Estado do Amazonas (município de Carreiro da Várzea). Em 14 amostras foram também detectados anticorpos da classe IgG, referentes a 13 casos. Do total de amostras submetidas a exame, em três detectou-se somente anticorpos da classe IgM e de apenas uma, somente IgG. Uma amostra do Pará e uma de Tocantins tiveram resultados inconclusivos na detecção de IgM e uma do Pará mostrou resultado inconclusivo na detecção de IgG. Em uma amostra do Amazonas obteve-se resultado indeterminado para detecção de IgG e em 13 não foi possível a realização do teste para detecção de anticorpos IgG em decorrência da falta de Kit (Tabela 3). Estudo em roedores silvestres No ano de 2011, 115 amostras de sangue de roedores silvestres capturados por ocasião de investigação eco-epidemiológica para hantavírus no município de Alta Floresta, Mato Grosso, coordenada pela SVS/MS e realizada em setembro de 2010, foram testadas pelo Ensaio Imunoenzimático (ELISA) para detecção de anticorpos IgG para hantavírus, sendo todas negativas. Ensaio imunoenzimático (ELISA) para Dengue e Febre Amarela Tabela 6 Distribuição das amostras biológicas examinadas de casos suspeitos de dengue e febre amarela examinadas pelo Ensaio Imunoenzimático de captura de IgM (MAC-ELISA) para dengue e febre amarela no período de janeiro a dezembro de 2011 Estado DEN FA INC NEG Total Acre 19 0 1 92 112 Amazonas 29 2 0 74 105 Amapa 16 0 2 74 92 Bahia 0 0 0 5 5 Ceará 0 0 0 2 2 Distrito Federal 1 0 0 0 1 Espírito Santo 0 0 0 4 4 Goiás 2 0 0 2 4 Maranhão 34 0 0 66 100 Minas Gerais 4 0 1 29 34 Mato Grosso do Sul 3 0 0 73 76 Mato Grosso 5 0 0 49 54 646 2 15 2505 3168 Pernambuco 0 0 0 2 2 Piauí 0 0 0 13 13 Rio Grande do Norte 1 0 1 8 10 Rodônia 4 0 0 23 27 Roraima 22 0 0 109 131 2 788 19,85% 0 4 0,10% 1 21 0,53% 26 3.156 79,52% 29 3.969 100% Pará Rio Grande do Sul Total geral % Fonte: SAARB/IEC/SVS/MS 40 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Tabela 7 Relatório de Gestão/2011 Distribuição das amostras biológicas examinadas de casos suspeitos de febre do Mayaro, Oropouche, virus do Nilo Ocidental, Encefalite São Luiz, Rocio e Chinkugunya examinadas pelo Ensaio Imunoenzimático de captura de IgM (MAC-ELISA) no período de janeiro a dezembro de 2011 Vírus Ano Data Negativo Positivo Total ORO 2011 07.11.11 643 18 661 MAY 2011 07.11.11 556 11 567 VNO 2011 07.11.11 66 0 66 SLE 2011 07.11.11 66 1 67 ROC 2011 07.11.11 66 0 66 CHIK 2011 07.11.11 30 0 30 1427 30 1457 Total Geral Fonte: SAARB/IEC/SVS/MS Notas: ORO: oropouche, MAY: Mayaro, VNO: vírus do Nilo Ocidental, SLE: encefalite São Luiz, ROC: Rocio, CHIK: Chinkugunya. b.1.2.1.1.3 Pesquisa de arbovírus Isolamento em Cultivo Celular Tabela 8 Número de amostras biológicas processados para tentativa de isolamento viral em células de Aedes albopictus, clone C6/36, referente ao ano de 2011, distribuídas por Estados Estados Testados Positivos VDEN* -1 VDEN -2 VDEN-4 Acre 175 21 16 04 01 Amazonas 786 260 58 104 98 Amapá 25 1 1 - - Bahia 3 1 - - 1 Ceará 1 - - - - Distrito Federal 5 - - - - Espírito Santo 2 - - - - Goiás 71 - - - - Maranhão 289 17 8 1 8 Minas Gerais 17 1 - - 1 Mato Grosso do Sul Mato Grosso 23 86 1 1 1 1 - - 1.540 198 104 44 50 Paraíba 10 - - - - Pernambuco 3 - - - - Piauí 4 - - - - Rio de Janeiro 2 - - - - Rio Grande do Norte 47 4 3 1 - Pará Rio Grande do Sul 2 - - - - Roraima 130 13 2 3 8 Tocantins 33 6 2 2 2 Transito 2 - - - - 3.256 524 196 159 169 Total Fonte: SAARB/IEC/SVS/MS Nota: * VDEN: Vírus Dengue 41 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 Detecção genômica por RT-PCR em amostras biológicas suspeitas de vírus dengue e febre amarela Tabela 9 Amostras biológicas provenientes de casos suspeitos de Humanos Dengue - Humanos Estados Testado Negativo VDEN1 VDEN2 Febre amarela - Humanos VDEN3 VDEN4 AM 215 117 11 43 PA 305 248 18 19 BA 3 1 DF 2 2 ES 1 1 GO 117 114 3 MA 52 52 MG 17 17 MT 19 16 3 MS 5 5 PB 17 17 PE PI 1 1 RN 93 79 6 2 6 RO 1 1 TO 8 7 Total 856 678 38 67 6 Fonte: SAARB/IEC/SVS/MS Nota: Sinal convencional utilizado: - Dado numérico igual a zero não resultante de arredondamento Tabela 10 Testado 44 20 2 1 67 Negativo 5 9 1 37 14 4 13 5 9 1 37 14 4 13 7 1 1 36 2 130 7 1 1 36 2 130 Positivo - Amostras biológicas de primatas não humanos provenientes de estados da federação, para pesquisa de Febre Amarela, recebidos e processados em 2011 Estados Testados Distrito Federal 16 Goiás 4 Minas Gerais 18 Rio Grande do Norte 14 Santa Catarina 5 São Paulo 26 Total 83 Fonte: SAARB/IEC/SVS/MS Nota: Sinal convencional utilizado: - Dado numérico igual a zero não resultante de arredondamento Resultados Negativo 16 4 18 14 5 26 83 Positivo - Investigação de campo Local da Investigação Santarém Novo PA Salinopólis PA Belém (Distrito de Icoaraci) PA Manaus AM Abaetetuba PA Data da Viagem 10 e 11 de Janeiro 12 a 14 de Janeiro 18 a 20 de janeiro 11 a 20 de Janeiro 11 a 14 de Janeiro Santa Bárbara 07 a 18 de Janeiro Porto Acre PA AC Santa Bárbara PA 16 de fevereiro a 05 de Março 4 a 24 de Março (continua) Justificativa Verificar caso de dengue 4 Verificar caso de dengue 4 Verificar caso de dengue 4 Verificar caso de dengue 4 Verificar caso de dengue 4 Captura de vetores para tentativa de isolamento de arbovírus. Captura de vetores para tentativa de isolamento de arbovírus. Captura de vetores para tentativa de isolamento de arbovírus. Quadro 1 Viagens a campo para coleta de material biológico e atendimento a surto. 42 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 (conclusão) Justificativa Captura de vetores para tentativa de Santa Bárbara PA 04 a 15 de Abril isolamento de arbovírus. Captura de vetores para tentativa de Vitória do Xingu Pa 09 a 20 de Maio isolamento de arbovírus. Captura de vetores para tentativa de São João da Ponta PA 16 a 27 de Maio isolamento de arbovírus. Captura de vetores para tentativa de Mazagão AP 01 a 11 de Junho isolamento de arbovírus. Captura de vetores para tentativa de Porto Acre AC 08 a 22 de Junho isolamento de arbovírus. Captura de vetores para tentativa de Porto Acre AC 09 a 26 de Novembro isolamento de arbovírus. Quadro 1 Viagens a campo para coleta de material biológico e atendimento a surto. Fonte: SAARB/IEC/SVS/MS Local da Investigação Data da Viagem b.1.2.1.1.4 Identificação de espécimes hematófagos Foram identificados 51.989 nematóceros possíveis vetores de arbovírus, divididos em 1.931 grupos para a inoculação na tentativa de isolamento viral, esse total está dividido nos espécimes demonstrados na tabela 11. Tabela 11 Quantidade de nematóceros divididos por espécimes para a inoculação na tentativa de isolamento viral Espécimes Quantidade Grupos Culicidae 33.118 1.627 Flebotominae 14.392 249 3.942 44 537 11 51.989 1.931 Ceratopogonidae Simulidae Total Fonte: SAARB/IEC/SVS/MS (continua) Local Nº Vetores Nº de Lotes Janeiro/2011 291 14 Salinópolis Pa Janeiro/2011 1.356 61 Manaus AM Janeiro/2011 976 91 Belém (distrito de Icoaraci)-PA Janeiro/2011 359 16 Parauapebas PA Fevereiro/2011 886 36 Abaetetuba Fevereiro/2011 960 41 Março/2011 2.985 104 Março/2011 810 57 Março/2011 400 27 Santarém Novo Mês PA PA Santa Bárbara do Pará PA Jacaraci, Luiu, Jaborandi e Coribe Salvador BA BA Quadro 2 Quantidade de nematóceros identificados, de acordo com local, mês, ano, nº de vetores e lote. 43 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 (conclusão) Local Mês Nº Vetores Nº de Lotes Março/2011 5.602 143 Abril/2011 2.255 78 Maio/2011 53 12 Junho/2011 1.870 75 Junho/2011 53 17 Junho/2011 5.251 200 Mazagão AP Junho/2011 2.600 154 Conceição Junho/2011 9 3 São Francisco de Assis, Jaguari e Barra do Quaraí RS Julho/2011 1.107 65 Vitória do Xingú PA Agosto/2011 5.551 141 Porto Acre Agosto/2011 10.265 346 Agosto/2011 6.411 129 Outubro/2011 45 3 1.841 111 53 7 Parauapebas PA Santa Bárbara do Pará Filadélfia TO São João da Ponta Brasília PA DF Santa Bárbara do Pará PA TO AC Canaã dos Carajás Paranã PA PA TO Porto Acre Novembro, Dezembro/2011 AC Santa Bárbara do Pará PA Janeiro/2012 Quadro 2 Quantidade de nematóceros identificados, de acordo com local, mês, ano, nº de vetores e lote. Fonte: SAARB/IEC/SVS/MS b.1.2.1.1.5 Produção de imunobiológicos Tabela 12 Antígenos produzidos e distribuídos pela SAARB/IEC em 2011 Antígenos Produzidos (mL) Distribuidos (mL) DEN-1 257 187,5 DEN-2 239 105 DEN-3 202 135 DEN-4 * 0 30 Febre Amarela * 0 52,5 Raiva CCN 150 35 Fonte: SAARB/IEC/SVS/MS Nota: * antígenos distribuídos de estoque de anos anteriores b.1.2.1.1.6 Diagnóstico de raiva No período de Janeiro a dezembro de 2011 foram recebidas para exame 1.563 amostras de tecido nervoso de animais suspeitos de raiva, dos quais, 1.302, procedentes do Estado do Pará, 251, do Amazonas, duas, do Acre e oito da Bahia. Do total recebido, nove, do Estado do Pará, foram positivas, sendo caninos (n=7), felino (n=1) procedentes de Marabá, e quiróptero (n=1) de Belém (Tabela 13) 44 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Tabela 13 Relatório de Gestão/2011 Amostras positivas/examinadas e percentual de positividade por espécie e Estado no período de janeiro a dezembro de 2011. Laboratório de Diagnóstico de Raiva/SAARB/IEC Espécie Quiróptero Pará Amazonas Acre Bahia Total 1 /548(0,18%) 0/84 0/2 - 1/634(0,16%) + ++ Canino 7 /704(0,1%) 0/113 - - 7/817(0,86%) Felino 1++/37(2,7%) 0/6 - - 1/43(2,32%) Equino 0/3 0/1 - 0/8 0/12 Bovino 0/10 - - - 0/10 Caprino - 0/1 - - 0/1 Edentado* - 0/10 - - 0/10 Primata não humano - 0/25 - - 0/25 Outros animais silvestres** - 0/11 - - 0/11 Total 9/1.302(0,69%) 0/251 0/2 0/8 9/1.563(0,57%) Fonte: SAARB/IEC/SVS/MS Nota: * Tamanduá, Tatu e Preguiça; **Marsupiais, Irara, Roedores, Paca e Cutia; + Belém; ++ Marabá. As amostras positivas (n=9) foram submetidas ao teste de Imunofluorescência Indireta (IFI) utilizando-se o painel de anticorpos monoclonais contra a nucleoproteína viral, produzidos pelo Center of Disease Control and Prevention (CDC-Atlanta) para a caracterização antigênica. Cinco amostras de cães e uma de felino mostraram um perfil de leitura compatível com o da Variante 2, que é comumente encontrado em cães. As demais ainda encontram-se em estudo. Todos os morcegos recebidos do Estado do Pará foram identificados morfologicamente segundo chaves dicotômicas, onde as características externas e morfométricas de cada grupo taxonômico serão analisadas, tais como: tamanho de antebraço, cabeça-corpo, orelha, membrana interfemural, arcada dentária, cor de pêlo, presença ou não de apêndice nasal e de outras estruturas que possam distinguir cada gênero e/ou espécie, seguindo as recomendações de Vizotto e Taddei (1973) (Tabela 14). Tabela 14 - Amostras positivas/examinadas e percentual de positividade por espécie de quiróptero do Estado do Pará no período de janeiro a dezembro de 2011. Laboratório de Diagnóstico de Raiva/SAARB/IEC (continua) Positivo/ Família Subfamília Espécie Examinado 1/504 (0,2%) Desmodus rotundus 0/100 Desmodontinae Diaemus youngi 0/10 Artibeus cinereus 0/12 Artibeus lituratus 0/1 Artibeus planirostris 1/228 (0,44%) Platyrrhinus helleri 0/1 Stenodermatinae Sturnira lilium 0/10 Sturnira tildae 0/3 Phyllostomidae Uroderma bilobatum 0/3 Dermanura cinerea 0/2 Lophostoma brasiliense 0/2 Micronycteris hirsuta 0/1 Phyllostominae Mimon crenulatum 0/1 Phyllostomus discolor 0/14 Phyllostomus elongatus 0/1 Carollia perspicillata 0/94 Carollinae Rhinophylla pumilio 0/1 Glossophaginae Glossophaga soricina 0/20 45 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 Tabela 14 - Amostras positivas/examinadas e percentual de positividade por espécie de quiróptero do Estadodo Pará no período de janeiro a dezembro de 2011. Laboratório de Diagnóstico de Raiva/SAARB/IEC (conclusão) Positivo/ Família Subfamília Espécie Examinado 0/31 Cynomops abrasus 0/3 Eumops auripendulus 0/1 Eumops glaucinus 0/1 Mollosidae Eumops perotis 0/1 Eumops trumbulli 0/1 Molossus molossus 0/21 Molossus rufus 0/3 0/8 Peropteryx kappleri 0/1 Emballorunidae Peropteryx macrotis 0/3 Rhynchonycteris naso 0/3 Saccopteryx bilineata 0/1 0/3 Eptesicus furinalis 0/1 Vespertilionidae Myotis riparius 0/1 Myotis simus 0/1 0/2 Mormopidae Pteronotus parnellii 0/2 Total 1/548 (0,18%) Fonte: SAARB/IEC/SVS/MS b.1.2.1.1.7 Inovações Tecnológicas Sequenciamento Nucleotídico O total de 3.630.000 nucleotídeos (nt) foram obtidos correspondentes a 330 cepas virais (média de 11.000 nt/ cepa) e duas bactérias (10 milhões de bases; média de 5 milhões por bactéria) foram completamente sequenciadas empregando três plataformas de seqüenciamento: GSFLX 454 (Roche, Life Science), SOLID v.3 plus (Life Technologies) e o ABI 3130 (Life Technologies). Dentre as capas virais, o genoma completo foi obtido para diferentes arbovírus pertencentes a família Flaviviridae, Gênero Flavivirus, dentre os quais citam-se os Vírus Dengue (VDEN-1, VDEN-2, VDEN-3 e VDEN-4), Vírus da Febre Amarela e Vírus Naranjal-like; família Bunyaviridae, gêneros Orthobunyavirus (Grupos Simbu, Bunyamwera, Anopheles A, Gamboa, Guamá) e Phlebovirus; família Togaviridae, gênero Alphavirus (Vírus Mayaro), além de vírus isolados de vertebrados pertencentes as famílias Rabdoviridae, Gênero Lyssavirus e Bunyaviridae, gênero Hantavirus. Ademais, vírus não grupados identificados até o nível de família (Bunyaviridae e Rhabdoviridae) foram também sequenciados. Em relação as bactérias, uma cepa de Vibrio cholerae (ambiental) e Cianobactéria (ambiental) foram completamente seqüenciadas. Análise de caracterização Genética e Evolução Genomas virais Os genomas sequenciados foram obtidos mediante montagem por dois diferentes métodos (DeNovo e Mapping reference) empregando diferentes programas computacionais (Newbler, Mira e Geneiuos). A caracterização do genoma pós montagem foi realizada pelo programa Geneious pro e possibilitou a determinação das características específicas de cada grupo viral (número de segmentos genômicos, tamanho do genoma, regiões codificantes e não codificantes, regiões intergênicas, bem como o tamanho das proteínas expresso em aminoácidos. 46 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 A análise de similaridade genética realizada para os vírus sequenciados (Flavivírus, Alphavirus -no caso o Vírus Mayaro, Orthobunyavírus , Phlebovírus, Hantavírus, Vírus da Raiva, Rhabdovirus e bunyavirus não grupados) mostraram que os VDEN apresentam cerca de 1-5% de divergência genética intra sorotipo e 10% de divergência genética intersorotipo. Os orthobunyavirus apresentaram variabilidade genética distinta para cada um dos segmentos genômicos, sendo que os maiores percentuais de similaridade, dentro de cada grupo viral, foram observados para o segmento SRNA, em seguida para o segmento LRNA e por fim para o segmento MRNA, este último considerado o mais divergente. As cepas do VMAY, membro da família Togaviridae, gênero Alphavirus, apresentaramse bastante conservadas evidenciando similaridade média de 95% para o genoma completo enquanto que os hantavirus apresentaram grande variabilidade genética apresentando similaridade média de 83% entre as espécies virais seqüenciadas (Castelo dos Sonhos, Anajatuba, Rio Mamoré e Laguna Negra). Em relação aos membros da família Rhabdoviridae, para o Vírus da raiva,alta similaridade genética foi observada (98.4% a 99.8%), enquanto que para os vírus não grupados (Inhangapi, Xiburema e Aruac) a similaridade foi de cerca de 80%. Dentre os flavivirus sequenciados, identificou-se o Vírus Naranjal-like associado geneticamente ao Flavivírus Naranjal isolado no Equador. Quanto aos vírus Dengue, a análise filogenética para cada um dos sorotipos demonstrou um complexo padrão de dispersão evidenciando múltiplas portas de entrada para estes vírus ao longo do período estudado (1991 a 2008). No caso das cepas do VDEN-4 analisadas (isoladas em Roraima, Manaus, Pará, Roraima e Bahia), as análises filogenética e filogeográfica demonstraram co-circulação de dois genótipos (I e II), além de múltiplas portas de entrada no Brasil mais precisamente pela região do caribe, Venezuela, Colombia e Asia (no caso específico da cepa isolada em Salvador). Quanto ao Vírus da Febre Amarela, o sequenciamento completo do genoma proporcionau a descrição de diferentes padrões de ciclização do RNA viral ao nível das sequencias terminais, que podem estar associadas a capacidade de replicação do vírus. A análise filogeográfica e de dispersão usando o genoma completo confirmou dados prévios gerados com o genoma parcial referente à origem do Vírus da Febre Amarela associada ao continente Africano e a introdução do vírus amarílico no Brasil pela região Norte/Nordeste no ano de 1642, período contemporâneo a chegada dos escravos negros ao país. Ademais se determinou importantes assinaturas genéticas ao longo do genoma do VFA que podem ser usadas para o diagnóstico diferencial da Febre Amarela Silvestre e efeitos adversos vacinais. Para os orthobunyavírus dados inéditos quanto a sequencia nucleotídica de vírus pertencentes aos grupos Anopheles A, Simbu, Bunyamwera e Guamá foram gerados, dados estes que poderão futuramente ser usados para o desenvolvimento de métodos moleculares para a detecção do genoma destes agentes virais. Ressalte-se a observação de processo de rearranjo genético para os vírus do complexo Wyeomia corroborando com dados prévios na literatura que enfatizam o rearranjo de segmentos genômicos entre os Orthobunyavírus como o principal mecanismo de geração de biodiversidade entre estes agentes virais No caso dos hantavírus observou-se a presença de pelo menos três grupos de vírus novos associados aos vírus Laguna Negra, Rio Mamoré e Castelo dos Sonhos, denominados de Laguna Negra-like vírus, Rio Mamoré-Like vírus e Castelo dos Sonhos-like vírus com similaridade nucleotídica média de 83% e aminoacídica de 92%, respectivamente, que resultaram em artigos científicos publicados na Emerging Infectious Diseases (Travassos da Rosa et al., 2011) Em relação aos vírus não grupados sequencias completas inéditas foram obtidas para Bunyavirus não grupados (Vírus Belém, Vírus Mojui dos Campos, Vírus Pará, e Vírus Santarém) e Rhabdovirus (Vírus Aruac, Vírus Inhangapi e Vírus Xiburema) evidenciando que estes agentes 47 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 virais constituem novas espécies dentro da família Bunyaviridae, gênero Orthobunyavirus e família Rhabdoviridae, respectivamente. Genomas bacterianos Duas bactérias foram completamente seqüenciadas, sendo um Vibrio cholerae e uma cianobactéria. O V. cholerae (ambiental) evidenciou dois cromossomos circulares, sendo um com aproximadamente 1 milhão de pares de bases (pb) e outro com 3 milhões pb. Diversos aspectos funcionais do genoma estão em análise para entender como a cepa ambiental adquiriu patogenicidade. A presença de elementos móveis pode estar associada a este fato. Em relação a cianobactéria, o genoma seqüenciado correspondeu a cerca de 5 milhões de pb constituindo um único cromossomo circular. A análise do genoma encontra-se em andamento para identificação taxonômica e de elementos móveis do genoma que possam ser usados a nível biotecnólico. b.1.2.1.1.8 Desenvolvimento de testes moleculares Com a obtenção dos mais de 300 genomas completos, desenvolveu-se métodos moleculares (RT-Nested PCR e qRT-PCR) para a detecção do genoma do Vírus da Febre Amarela (Nunes et al., 2011, Journal of Virological Methods), Vírus Dengue, Hantavírus (Genérico e específico) e para o Vírus Oropouche, Orthobunyavírus (Genérico e específico). Métodos para a detecção do genoma do Vírus da Raiva se encontram em fase de análise de especificidade e sensibilidade. b.1.2.1.1.9 Elucidação diagnóstica a) Para elucidação diagnóstica das arboviroses foi analisado um total de 2.100 amostras séricas para 18 tipos de vírus pertencentes aos gêneros Alphavirus, Flavivírus e Orthobunyavirus. Destes 1426 foram reativas para algum dos vírus pertencentes aos gêneros Alphavirus, Flavivirus e/ou Orthobunyavirus; b) Para as investigações de dengue e febre amarela pro detecção de anticorpo IgM, foram analisados 3969 soros procedentes de vários estados brasileiros, destes 788 foram positivos para dengue e 4 febre amarela. Para vigilância para outros arbovirus de interesse em saúde publica foram analisados 1457 amostras de soros, sendo 18 reativos para ORO, 11 MAY e 1 SLE, os demais foram negativos; c) No monitoramento viral pelo isolamento em cultivo celular foram processadas 3256 amostras biológicas de diferentes tipos, destas foram obtidos 524 isolados, que estão distribuídos como segue: 196 VDEN1, 159 VDEN2 e 169 VDEN4. As analises feitas utilizando técnicas moleculares foram processadas 856 amostras biológicas provenientes de humanos, destas 38 positivas para VDEN1, 67 VDEN2, 6 VDEN3 e 67 VDEN4. Não houve nenhum isolamento ou detecção do vírus da febre amarela procedentes de humanos no período. Na vigilância das epizootias forma analisadas amostras de primatas não humanos, sendo todos negativos; d) O apoio a vigilância das Hantaviroses utilizando o diagnóstico laboratorial nos permitiu analisar 186 amostras biológicas suspeitas de infecção por Hantavirus, destes 11 foram positivos por detecção de IgM e IgG; e) Para o diagnóstico do vírus da raiva forma analisados 1563 amostras biológicas provenientes de quirópteros, canino, felino, eqüino, bovino, caprino, edentado, primata não humano e outros animais silvestres, destes 9 foram detectados estar infectado pelo vírus rábico; 48 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 f) Os avanços obtidos utilizando tecnologia de ponta, na caracterização de agentes infecciosos e desenvolvimento de técnicas moleculares para o diagnóstico tem sido realizado desde a criação do centro de inovação tecnológica. Desde sua implantação foram obtidas 330 sequencias completas para diferentes arbovírus, hantavírus e rhabdovirus isolados na Amazônia Brasileira, bem como para duas bactérias (V. cholerae e cianobacteria) empregando três plataformas de sequenciamento (GS FLX 454-Roche, SOLID v.plus e ABI 3130-Life Technologies). Os estudos de investigação realizados pela SAARB também recebe apoio financeiro do CNPq, FAPESPA e CAPES. b.1.3 Ações relativas à Vírus b.1.3.1 Realizações Ao longo de 2011 o IEC prosseguiu com o desenvolvimento das atribuições que lhe compete nas áreas da investigação científica, apoio laboratorial à vigilância epidemiológica e elucidação diagnóstica. Finalizou-se o Estudo Rotavírus Caso-Controle na sua extensão com o propósito de monitorar as amostras virais circulantes; nesse contexto foram recrutadas aproximadamente 2.500 crianças, demonstrando-se a predominância do genótipo G1P[8] (~50%) de rotavírus. Como Centro Nacional de Referência em Rotavírus, foram processadas mais de 500 amostras oriundas da Amazônia, alcançando-se positividade de 30%; o genótipo G2P[4] prevaleceu entre as amostras tipificadas, concorrendo com 48% do total caracterizado. Outros estudos, envolvendo crianças recém-nascidas, comunidades quilombolas assim como infecções em aves e suínos se constituíram em linhas novas no campo das gastrenterites por rotavírus. Outros vírus entéricos como astrovírus, norovírus, sapovírus e adenovírus também representaram objeto de investigação no IEC. Destaca-se, nesse contexto, a expressiva prevalência (35%) das infecções por norovírus entre crianças hospitalizadas com gastrenterite aguda. No tocante à rede oficial de vigilância dessa condição mórbida, ressalte-se que 37% das 87 amostras testadas para norovírus se mostraram positivas. Ainda no contexto desses outros agentes de gastrenterite, cabe assinalar a implantação dos estudos dirigidos a quilombos locais, neonatos, suínos e coleções hídricas superficiais de Belém; particularmente interessante nesses estudos ambientais, registre-se a elevada frequência (23%; 33/143) de adenovírus nas amostras coletadas. A vigilância das paralisias flácidas agudas no norte e nordeste do Brasil compreendeu o exame de 92 amostras oriundas da região amazônica, daí resultando 5 (5,4%) positivas para enterovírus; esse laboratório também propiciou apoio sistemático ao Setor de Atendimento Médico Unificado com vistas à elucidação diagnóstica. O Laboratório de Vírus Respiratórios do IEC, centro credenciado pela OMS e referência no âmbito da rede oficial de vigilância da influenza no Brasil, processou 1.132 amostras oriundas das regiões norte e nordeste. A positividade global para vírus respiratórios alcançou aproximadamente 22%, com destaque (>40%) para influenza. Estudos adicionais no campo das viroses respiratórias também compuseram o elenco de ações desse laboratório, compreendendo análises moleculares do vírus respiratório sincicial, coronavírus humanos, e, importante, o perfil de resistência exibido por amostras de influenza nas regiões norte e nordeste. No que tange aos papilomavírus humanos (HPVs), registrem-se os estudos sobre carcinoma de células escamosas da mucosa oral e do pênis em Belém e São José do Rio Preto. Na primeira investigação denotou-se positividade em apenas uma das 74 amostras examinadas; na segunda, assinale-se a elevada prevalência de positividade (63%) nas 82 biópsias processadas, com destaque (48% dos positivos) para HPVs dotados de elevado risco oncogênico. O laboratório de retrovírus introduziu uma nova linha de investigações voltada à transmissão intrafamiliar do vírus linfotrópico humano de células T (htlv) e resultados preliminares envolvendo 11 famílias indicam uma taxa de transmissão superior a 90%, enfatizando, pois, a importância epidemiológica da via horizontal nas infecções pelo HTLV. Na condição de um centro macrorregional de referência para o HIV, examinaram-se 819 amostras, a maioria (~75%) 49 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 oriunda da demanda excedente dos LACEN´s atendida pelo IEC, IEC, 5% das quais com resultado positivo. Acresçam-se ações de apoio à pesquisa do HIV na região do Projeto Salobo, Parauapebas, Pará, assim como estudos em perspectiva em Rio Branco, Acre. Expressiva parcela das atividades da área de estudos com vírus compreende o diagnóstico das doenças exantemáticas, particularmente as causadas pelo parvovírus B19 e herpesvírus humano do tipo 6 (HHV-6). As frequências de infecção recente pelo B19 e HHV-6 alcançaram 9,6% (53/550) e 25,7% (35/136), respectivamente; entretanto, a última taxa pode não refletir a incidência real em 2011 já que, por falta temporária de kits para o HHV-6 não se processaram amostras durante todo o primeiro semestre. Também considerável se revelou o número (1.241) de amostras encaminhadas ao IEC com vistas ao diagnóstico da infecção pelo vírus de Epstein-Barr (EBV), particularmente nas condições clínicas compatíveis com mononucleose infecciosa; em aproximadamente 10% desse total se caracterizou infecção recente. Considerem-se ainda os estudos voltados ao diagnóstico da infecção pelo vírus da varicela-zóster nos quadros clinicamente compatíveis. O IEC conta com múltiplas linhagens celulares, fundamentais para os estudos epidemiológicos desenvolvidos no âmbito das redes oficiais de vigilância no País, com ênfase às paralisias flácidas agudas e síndromes respiratórias. Cite-se, a título de exemplo, a produção de 5.760 tubos contendo as linhagens celulares RD, HEp-2 e L20/B, com o propósito de isolamento viral. De um modo geral se revelaram expressivos os resultados obtidos durante 2011, não obstante alguns fatores restritivos concernentes ao pessoal disponível e acesso em tempo hábil aos insumos rotineiros. A seguir descrevem-se mais detalhadamente os produtos do trabalho desenvolvido nos estudos com vírus, distribuindo-os por agravos e/ou doença. b.1.3.1.1 Rotavírus b.1.3.1.1.1 Estudo caso-controle para avaliar a efetividade da vacina Rotarix® na prevenção de gastroenterite grave por rotavírus (SGE por RV) entre crianças hospitalizadas nascidas após 6 de março de 2006 e com pelo menos 12 semanas de idade, em Belém, no Brasil: terceiro ano de vigilância Em uma primeira fase do estudo, transcorrida de 12/5/2008 a 11/05/2009, o Estudo Rotavírus Caso-Controle (abreviação aplicada ao título oficial do projeto) visava à vigilância das gastrenterites agudas (GEA) em 4 clínicas pediátricas de Belém, Pará, com o propósito de determinar a efetividade vacinal. Os resultados da análise indicaram a expressiva efetividade de 75,8% [IC95%: 58,1-86,0%], comparativamente a controles domiciliares constituídos por crianças sem GEA, idades comparáveis às dos casos e habitantes do mesmo bairro. O estudo se estendeu por mais 2 anos (12/05/2009 a 11/05/2011), período em que a vigilância das GEAs se restringiu a apenas duas clínicas (Pio XII e Pediátrica do Pará), visando-se essencialmente ao monitoramento das amostras circulantes de rotavírus. Resumiram-se os dados do segundo ano em relatório pregresso, no qual se assinalaram 7.586 hospitalizações e 2.954 casos em potencial representados por crianças internadas com GEA. Desse último universo se obtiveram 2.118 amostras fecais (71,7%), daí resultando 378 (17,8%) amostras positivas para rotavírus; deste subgrupo, 250 se configuraram casos propriamente ditos, subsequentemente à assinatura dos termos de consentimento pelos pais. O presente relato contempla basicamente uma extensão do monitoramento das amostras circulantes de rotavírus no terceiro ano da vigilância em duas clínicas pediátricas de Belém. A seguir se sintetizam os achados mais relevantes desse período final de investigação. 50 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 Identificação de casos e coleta das amostras Ao longo do terceiro ano de estudo (12/05/2010 a 11/05/2011) registraram-se 6.617 internações por GEA nas duas clínicas pediátricas em Belém, Pará, onde se procedeu à vigilância intensiva dessa condição mórbida (Figuras 1, 2 e 3). Desse total, 2.547 situações se configuraram como casos em potencial, obtendo-se espécimes fecais de 1.854 (72,8%) deles. A positividade para rotavírus nesse último subgrupo, por sua vez, traduziu-se em 453 (24,5%) amostras; daí derivou um total de 290 casos (64%), efetivamente, mercê do consentimento formal oferecido pelos pais ou responsáveis legais. As figuras 1 e 2 denotam o rendimento nas duas clínicas per se, que concorreram com 164 (Pio XII) e 126 casos (Pediátrica do Pará), respectivamente. Figura 1 Distribuição dos casos de GEA em 2 clínicas pediátricas de Belém, Pará, 12/05/2010 a 11/05/2011 Fonte: Clínica Pio XII, 3.107 internações por GEA Figura 2 Distribuição dos casos de GEA em 2 clínicas pediátricas de Belém, Pará, 12/05/2010 a 11/05/2011 Fonte: Clínica Pediátrica do Pará, 3.610 internações por GEA 51 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 Figura 3 Distribuição dos casos de GEA em 2 clínicas pediátricas de Belém, Pará, 12/05/2010 a 11/05/2011 Fonte: As duas Clínicas Pediátricas, 6.717 internações por GEA Distribuição temporal das gastrenterites por rotavírus A figura 4 exibe a positividade para rotavírus ao longo do estudo (12/05/2009 a 11/05/2011), compreendendo 7.527 amostras fecais testadas para rotavírus. Desse total, se distribuíram durante o terceiro ano de monitoramento (12/05/2010 a 11/05/2011), conforme destaque constante da figura em questão. No curso desse terceiro ano as taxas de prevalência da positividade variaram de 9% (fevereiro de 2011) a 41% (agosto de 2010), corroborando-se achados prévios em que se delineia nítida predominância dos casos nos meses mais secos do ano em nossa região. * Figura 4 Frequência de positividade para rotavírus em 7.527 amostras fecais entre crianças hospitalizadas com GEA em Belém, Pará, 12/05/2009 a 11/05/2011 Nota: *Testadas até 11 de maio de 2011 Genótipos de rotavírus identificados no terceiro ano de vigilância A tabela 15 apresenta os genótipos de rotavírus definidos nos 290 casos detectados ao longo do terceiro em que se procedeu à vigilância intensiva. Os rotavírus caracterizados como G1P[8] e G2P[4] prevaleceram expressivamente em relação aos demais genótipos identificados, 52 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 representando 38,6% (112/290) e 19,7% (57/290) dos casos, respectivamente. Além de 26 (9%) amostras virais com dupla especificidade em relação aos genótipos G e P, destaquem-se outras 23 (7,9%) nas quais não se determinou o genótipo. Tabela 15 - Genótipos de rotavírus identificados entre crianças hospitalizadas com GEA em duas clínicas pediátricas de Belém, Pará: 12/05/2010 a 11/05/2011 Genótipos G1+G2P[4] G1+G2P[4]+P[8] G1+G2P[6] G1+G2P[NT] G1P[NT] G1P[4]+P[8] G1P[6] G1P[6]+P[8] G1P[8] G2P[4] G2P[4]+P[6] G2P[4]+P[8] G2P[6] G2P[NT] GNTP[6] G3P[8] G9P[8] GNTP[NT] Total Fonte: Seção de Virologia/IEC/SVS/MS Nota: NT, Genótipo não determinado Nº. % 8 6 2 2 15 3 6 1 112 57 1 5 1 5 41 1 1 23 290 2.8 2.1 0.7 0.7 5.2 1.0 2.1 0.3 38.6 19.7 0.3 1.7 0.3 1.7 14.1 0.3 0.3 7.9 100 Exclusões ocorridas ao longo do terceiro ano de estudo A tabela 16 apresenta 9 situações formalizadas ao Comitê de Ética em Pesquisa do Instituto Evandro Chagas (CEP-IEC) configurando exclusões ocorridas ao longo do terceiro ano de estudo. As frequências de exclusão nas unidades de vigilância se distribuíram como segue: Pio XII (4/164; 2,4%) e Pediátrica do Pará (5/126; 4%). A inobservância da definição de diarréia revelouse o motivo predominante de exclusão, concorrendo com 5 das 9 situações identificadas. Tabela 16 Frequência das exclusões pós-assinatura do termo-de-consentimento livre e esclarecido, de acordo com a clínica de origem e motivos correlatos: 12/05/2010 a 11/05/2011 Clínicas de origem Condição e causa da exclusão Total Pio XII Pediátrica do Pará - Diarreia crônica 1 - 1 - Sem diarreia por definição 1 4 5 - Coleta >48 horas pós-admissão 1 - 1 - Diarreia nosocomial 1 1 1 - Novo TCLE impossível* - 1 1 Total 4 5 9 Fonte: Seção de Virologia/IEC/SVS/MS Nota: * Responsável legal errou a grafia do próprio nome ao consentimento original 53 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 Breves comentários gerais Os dados descritos sucintamente acima refletem as atividades levadas a efeito durante o terceiro e último ano do Estudo Rotavírus Caso-Controle, cujo foco se dirigiu essencialmente à vigilância das amostras virais circulantes entre pacientes caracterizados como casos . Na totalidade efetuou-se a triagem de 2.547 crianças hospitalizadas como GEA, do que resultaram 290 casos. Tais indicadores se mostram compatíveis com aqueles registrados no segundo ano (2.954 e 250, respectivamente), do que se infere haver ocorrido rendimento satisfatório da vigilância intensiva dos casos levada nas duas clínicas pediátricas de Belém. Por outro lado, refletem a contínua adesão dos profissionais atuantes nessas clínicas quanto à execução do estudo em pauta. A estratégia operacional de manter um visitador fixo em cada clínica certamente que concorreu para o pleno alcance das metas originalmente estabelecidas. O percentual de obtenção das amostras fecais para rotavírus (73%) também se mostrou similar àquele alcançado no segundo ano de acompanhamento, qual seja, 72%, fato que assegurou a representatividade do total sujeito a testes de laboratório. A positividade global para rotavírus no terceiro ano se situou em 24%, revelando-se superior àquela do segundo período, 17%; conquanto tal achado mereça análise mais detalhada, não se pode descartar um eventual nível de cobertura vacinal declinante, com reflexo na morbidade. Os dados de genotipagem denotam uma expressiva mudança quanto ao tipo predominante (G1P[8]), comparativamente ao que ocorria em anos anteriores quanto o G2P[4] dominava o cenário. Tais achados corroboram a hipótese de que as variedades antigênicas de rotavírus ocorrem em frequências que flutuam temporalmente, parecendo não haver impacto direto da vacina na designada ecologia viral. Durante o terceiro ano de investigação ocorreram 9 exclusões, mercê das revisões sistemáticas, quer pela equipe médica, quer através da constante monitoria propiciada pela GlaxoSmithKline do Brasil Ltda. Como fator determinante da exclusão predominou (5 das 9 situações) a coleta dos espécimes fecais naquelas situações em que não se observada efetivamente a definição de diarréia à luz do protocolo oficial. Como de praxe, houve particular empenho do grupo nesse processo de revisão, paralelamente ao cleaning dos dados registrados em RDE (Remote Data Entry), via emissão regular de queries oriundas da GSK, Rixensart, Bélgica, sujeitas a resolução sistemática pela equipe. Vigilância das gastrenterites por rotavírus no âmbito da rede oficial No período de janeiro a dezembro de 2011 foram recebidos no laboratório de Rotavírus da Seção de Virologia do IEC 537 espécimes fecais. Essas amostras foram provenientes dos Laboratórios Centrais dos estados do Acre (83), Amazonas (317), Amapá (26), Pará (86) e Roraima (25) (Figura 5). Das 470 amostras processadas pelo teste imunoenzimático usando o kit Rotaclone para detecção de rotavírus 143 foram positivas (30%) e 327 negativas (70%). Quatrocentos e trinta e dois espécimes foram testados pela técnica de eletroforese em gel de poliacrilamida, dos quais 35 apresentaram perfil longo (8%), 75 (17%) curto e 322 (75%) foram negativos. Com relação à genotipagem, 164 amostras foram submetidas a reação em cadeia mediada pela polimerase das quais 142 foram positivas. A combinação G2P[4] foi a mais frequente, responsável por 48% dos casos (68/142), seguida por G1P[8] (12%, 17/142) e G9P[8] (6%, 8/142). O genótipo G12, emergente em todo mundo, esteve presente em 7 (5%) espécimes. Infecções mistas foram detectadas em 19 amostras (14%) (Figura 6). 54 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 Figura 5 Distribuição de amostras provenientes da Rede de Vigilância de rotavírus do ano de 2011. Fonte: Seção de Virologia/IEC/SVS/MS Figura 6 Distribuição de genótipos provenientes da Rede de Vigilância de rotavírus do ano de 2011. Fonte: Seção de Virologia/IEC/SVS/MS b.1.3.1.1.2 Avaliação clínica, epidemiológica e molecular das diarreias por agentes virais e parasitários entre crianças da comunidade quilombola do Abacatal, município de Ananindeua, Pará As atividades laboratoriais relativas à caracterização molecular de rotavírus em crianças da Comunidade Quilombola do Abacatal, localizada no município de Ananindeua, Pará, Brasil foram continuadas com a amplificação e purificação dos produtos de PCR e posterior sequenciamento dos genes VP4, VP7, VP6, VP1, VP2 e VP3 dos rotavírus do grupo A (RVs-A). Tal análise foi realizada com base no novo sistema de classificação proposto por Matthijnssens et al., (2008a, 2008b). Desta forma, foi possível a caracterização dos genótipos sob análise conforme descrito na tabela 17 abaixo. 55 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 Tabela 17 Determinação dos genótipos de rotavírus para os genes estruturais VP4, VP7, VP6, VP1, VP2 e VP3, no período janeiro a dezembro de 2011 Total de genótipos Genes Genótipos detectados VP6 I1 I2 I5 13 VP4 P[4] P[6] P[8] P[9] 20 VP7 G1 G12 G3 19 VP1 R1 R2 R3 19 VP2 C1(1) C2(1) C3(1) 3 Fonte: Seção de Virologia/IEC/SVS/MS Nota: VP2 18 amostras se encontram em análise VP3 - 21 amostras se encontram em análise Com relação aos Picobirnavírus foram analisadas cinco amostras e caracterizadas no Genogrupo I. b.1.3.1.1.3 Pesquisa de rotavírus em aves criadas na mesorregião metropolitana de Belém, Pará Rotavírus aviário do grupo D No período de janeiro a dezembro de 2011, 85 amostras fecais de aves (pools fecais) depositadas sobre a cama de frango do gênero Gallus e pertencentes a 37 granjas de oito municipios da mesoregião metropolitana de Belém (Belém, Ananindeua, Benevides, Castanhal, Santa Isabel do Pará, Inhagapi, Santa Bárbara do Pará e Santo Antônio do Tauá), foram testadas por Eletroforese em Gel de Poliacrilamida (EGPA). Desse total, 14 espécimes (16,5%) resultaram positivos para Rotavírus do Grupo D (RVs-D) exibindo perfil eletroforético de rotavírus aviário (AvRv) com padrão de migração característico: 5:2:2:2. Foram desenhados primers específicos para os genes VP6 e VP7 de RVs-D, os quais amplificaram um fragmento de 742 e 879 pares de base (pb), respectivamente. Os primers construídos demonstraram boa especificidade e sensibilidade e confirmaram todas as amostras positivas por EGPA, além de exibir positividade em 16 amostras dadas como negativas por EGPA. Desta forma, o total de amostras positivas para RVsD foi de 30 (35,3%) os quais ocorreram em oito dos sete municípios estudados. Uma amostra de cada município foi sequenciada e confirmada a sua classificação no grupo D de rotavírus. O Rotavírus do grupo D é encontrado com frequência em aves de corte (TROJNAR et al., 2010; JOHNE et al., 2011). No Brasil até o presente momento, não há relatos de detecção de rotavírus D por RT-PCR. Portanto, o presente registro se constitui num achado pioneiro e demonstra que este grupo de rotavírus circula entre as aves de corte da mesoregião metropolitana de Belém em freqüência de 35,3%. Rotavírus aviário do grupo A Com relação às atividades laboratoriais relativas à pesquisa de Rotavírus aviário do grupo A, no ano de 2011 foi dado prosseguimento a amplificação e purificação dos produtos de PCR para os genes: VP4, VP7, VP6 e NSP4 e ao seqüenciamento dos genes NSP4 e VP6 e Picobirnavírus. A análise de sequenciamento para os genes NSP4 e VP6 permitiu classificar as amostras analisadas nos genótipos E10 e I11, respectivamente. Quanto aos picobirnavírus, os mesmos foram classificados no Genogrupo I. 56 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 b.1.3.1.1.4 Rotavírus em neonatos diarréicos e não diarreicos hospitalizados em Belém, Pará As doenças diarreicas agudas representam um problema de saúde pública mundial, sendo um dos principais fatores de morbi-mortalidade infantil, principalmente em países desenvolvidos e em desenvolvimento. A maior incidência das infecções por rotavírus (RV) se concentra na faixa etária de 6 a 24 meses, podendo, entretanto, ocorrer em idade mais precoce, como observado nos países em desenvolvimento. Em neonatos, predomina a forma assintomática, provavelmente por transferência passiva dos anticorpos maternos e/ou circulação de amostras atenuadas em berçário, ou por imaturidade anatomofisiológica. Este estudo objetivou detectar os rotavírus circulantes em neonatos que apresentem ou não de diarreia. Os espécimes clínicos que foram sujeitos a análise no presente estudo são oriundos de neonatos internados na clínica de neonatologia e na UTI neonatal da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (FSCM), com diarreia aguda ou sem diarreia. As amostras fecais foram colhidas três vezes por semana e enviadas para a Seção de Virologia, do Instituto Evandro Chagas. Foram realizados testes de imunocromatografia para todas as amostras coletadas usando o kit (RIDASCREEN®, R-Biopharm). No período de janeiro a dezembro de 2011, foram testados 125 espécimes fecais pelo teste imunocromatográfico resultando em 14 amostras positivas para rotavírus (11,2%). Os RVs foram detectados circulando em 1/14 - 7,1% no grupo diarreico e 13/14 - 92,9% no grupo controle. A maior freqüência de positividade para RV ocorreu no mês de fevereiro com 4/37 10,8% dos casos. No presente estudo foi encontrada uma positividade de 11,2% para rotavírus sendo que 92,8% dos neonatos foram assintomáticos para diarreia corroborando com estudos prévios conduzidos em neonatos hospitalizados em Belém Pará, onde foi encontrada uma freqüência de 11,7% com 82,3% dos casos assintomáticos (Linhares et al., 2002). Este trabalho demonstrou que medidas preventivas se fazem necessárias para o controle de surtos, principalmente em âmbito hospitalar. Quanto mais precocemente for identificado o rotavírus e os neonatos forem isolados e tratados, melhores as chances de evitar o óbito nesse grupo. b.1.3.1.2 Pesquisa de astrovírus, norovírus, sapovírus e adenovírus Durante o ano de 2011, amostras fecais provenientes de diversos estudos foram testadas quanto a presença dos norovírus, astrovírus, sapovírus e adenovírus, dentre esses destacamos: b.1.3.1.2.1 Estudos envolvendo seres humanos Estudo rotavírus caso-controle Teve seu início em maio de 2008 e encerramento das coletas em abril 2010. Detecção de norovírus e astrovírus foi realizada em cerca de 20% das amostras fecais que apresentaram resultado negativo na pesquisa dos rotavírus. Para a investigação dos norovírus utilizou-se o teste imunoenzimático (EIA) e a reação em cadeia pela polimerase precedida de transcrição reversa (RTPCR). Nestes três anos de estudo foram testados 483 espécimes, sendo que o resultado de 219 amostras foi citado no relatório de 2010. A positividade total para norovírus foi de 35,4% (171/483), sendo 74,9% detectada por ambas as técnicas, 14,0% só pelo EIA e 11,1% só pelo RTPCR. Quanto aos astrovírus foram observados em 3,5% (17/483) das amostras (Figura 7). Até o momento já foram sequenciados 48 produtos positivos para norovírus com a obtenção de 30 do genotipo GII-4d, 5 do GII-b e 13 em fase de análise. Quanto aos astrovírus, 11 foram classificadas como tipo 1, 4 como tipo 2, uma como tipo 3 e uma não tipada. 57 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 HAstVs Total NoVs 200 Nº DE CASOS 150 100 44,4% 179 169 30,2% 50 75 4,7% 2,8% 8 31,1% 135 54 3,0% 42 5 4 0 1º ano 2º ano 3º ano OB S.=1 ano- maio/08 a abril/09; 2 ano- maio/09 a abril/10; 3 ano- maio/10 a abril/11 Figura 7 Frequência de astrovírus e norovírus em 483 espécimes fecais provenientes de crianças diarreicas atendidas em um hospital de Belém, Pará. Maio/ 2008 a abril/2011. Fonte: Seção de Virologia/IEC/SVS/MS Projeto Quilombola Realizado na Comunidade Quilombola do Abacatal, localizada nos limites dos municípios de Ananindeua e Marituba, PA, cujo objetivo foi identificar a etiologia das gastrenterites agudas na população, principalmente entre crianças menores de dez anos. As coletas foram realizadas no período de abril de 2008 a setembro de 2010, resultando em um total de 380 amostras coletadas. A pesquisa de calicivírus humano (norovírus e sapovírus), astrovírus humano e adenovírus entérico foi realizada em 159 amostras de crianças, sendo 80 sintomáticas e 79 assintomáticas. No ano de 2011 foram analisadas 33 amostras pela técnica de ensaio imunoenzimático (EIE) obtendo-se um percentual de 9,1 (3/33) para norovírus. Pela técnica de RTPCR os norovírus foram detectados em 7 (17,5%), de um total de 40 amostras analisadas. A pesquisa de adenovírus foi realizada em 61 amostras pela técnica de EIA, não sendo observado resultado positivo. Astrovírus e sapovírus não foram detectados em nenhuma das análises feitas durante este ano. Considerando-se todos os resultados obtidos nesta pesquisa concluiu-se que no grupo sintomático 16 (20%) das amostras foram positivas para norovírus, 8 (10%) para adenovírus, 2 (2,5%) para sapovírus e uma (1,2%) para astrovírus (Figura 8). Todas as amostras assintomáticas apresentaram resultado negativo. A análise de sequenciamento foi realisada em 6 amostras positivas para norovírus, sendo todas caracterizadas como genogrupo GII. Vale mencionar a ocorrência de dois surtos de diarreia no ano de 2010, acometendo tanto crianças como adultos. Os espécimes (N=32) foram testados quanto a presença desses vírus com resultado negativo. Ad 10,0% SaV 2,5% NoV 20,0% 2 8 16 1 HAstV 1,3% 53 Neg 66,3% Figura 8 Frequência de norovírus, adenovírus, astrovírus e sapovírus em 80 espécimes fecais de crianças diarreicas provenientes da Comunidade quilombola de Abacatal, abril de 2008 a setembro de 2010. Fonte: Seção de Virologia/IEC/SVS/MS 58 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 Rede de Vigilância de Gastrenterites Este estudo utiliza para a pesquisa de norovírus, amostras oriundas da rede Rede Nacional de Vigilância das Diarréias por Rotavírus , que apresentam resultado negativo para este agente por EIE. Em 2011, foram processadas pelo método de EIE, 387 amostras provenientes dos estados do Amazonas (n=317), Amapá (n=12) e Pará (n=58), com uma positividade de 23,8% (92/387), sendo 79,3% (73/92) oriundas do Amazonas, 4,3% (4/92) do Amapá e 16,3% (15/92) do Pará (Figura 9). Foram submetidas ao teste de RT-PCR 87 amostras originárias do estado de Amazonas, com uma positividade de 36,8% (32/87). Positivo Total 350 Nº DE CASOS 300 250 200 317 150 23,0% 100 25,9% 33,3% 50 73 58 4 12 15 0 Amazonas Amapá Pará Figura 9 Frequência de norovírus em 387 espécimes fecais provenientes de crianças diarréicas atendidas em diferentes localidades, no ano de 2011. Fonte: Seção de Virologia/IEC/SVS/MS Estudo em neonatos Foi realizado entre neonatos internados na Unidade de Terapia Intensiva, como também entre crianças internadas na ala pediátrica da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (FSCM). No período de janeiro a dezembro de 2011 foram coletadas 145 amostras sendo que até o momento 130 foram testadas quanto a presença dos norovírus, sapovírus e astrovírus com positividade de 7,7%, 0,8% e 2,3% respectivamente (Figura 10). SaV 0,8% NoV 7,7% 1 10 3 HAstV 2,3% 116 Neg 89,2% Figura 10 - Frequência de norovírus, sapovírus e astrovírus em 130 espécimes fecais provenientes de neonatos e crianças diarreicas atendidas em um hospital de Belém, Pará, no ano de 2011. Fonte: Seção de Virologia/IEC/SVS/MS 59 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 Apoio ao SOAMU Durante o ano foram testados materiais de pacientes que apresentavam diarréia e foram atendidos no IEC (rotina). Neste caso, se utilizou o teste de imunocromatografia ou EIA para detecção dos norovírus por serem métodos mais rápidos. Dos 20 espécimes testados dois foram positivos. A RT-PCR foi empregada na pesquisa dos astrovírus. Pesquisa em coleções hídricas De outubro de 2008 a setembro de 2010, 168 amostras foram coletadas de sete locais previamente selecionados, envolvendo cinco águas superficiais (Igarapé Tucunduba, Ver-o-Peso, Porto do Açaí, Lago Bolonha e Canal que liga o Lago Água Preta ao Bolonha), uma de esgoto não tratado (Estação Elevatória de esgoto do Canal do UNA) e uma de água tratada para consumo (saída da Estação de Tratamento de água Bolonha). Utilizando-se a técnica de RT-PCR os adenovírus foram os mais frequentes com uma positividade de 23,1% (33/143), seguido dos norovírus 20,2% (34/168), astrovírus 11,9 (20/168) e rotavírus 11% (18/163). Quatro amostras positivas para norovírus e quatro para astrovírus foram sequenciadas e classificadas como pertencentes ao genogrupo GII-4c de norovírus e genotipo 1A de astrovírus. Vale ressaltar que o genogrupo GII-4c foi o mesmo detectado em amostras clínicas provenientes de crianças hospitalizadas com quadro de gastrenterite no ano de 2003. Já nos anos de 2008/2010 o genogrupo prevalente nesses casos foi o GII-4d. O genotipo de astrovírus encontrado nesta pesquisa (1A) é o mais frequentemente detectado mundialmente. Essas amostras também foram testadas quanto a presença de rotavírus e norovírus pela PCR em tempo real com uma positividade de 50,6% e 25,6% respectivamente. A tabela 18 demonstra os resultados obtidos em cada local estudado com relação à detecção dos vírus e técnicas utilizadas. Este estudo é pioneiro na pesquisa desses vírus entéricos em águas/esgoto de Belém, sendo que os dados obtidos demonstram a circulação desses agentes nesses ambientes, comprovando a importância da via hídrica como forma de transmissão desses patógenos. Tabela 18 Resultados obtidos para astrovírus, norovírus, rotavírus e adenovírus nos diferentes pontos de coleta pelos métodos de RT-PCR e PCR em tempo real Astrovírus Norovírus RT-PCR RT-PCR RT-PCR tempo real ETA- Bolonha 0% (0/24) 0% (0/24) 0% (0/24) Lago Bolonha 4,2% (1/24) 4,2% (1/24) 0% (0/24) Água Preta 8,3% (2/24) 4,2% (1/24) 8,7% (2/23) Porto do Açaí 0% (0/24) 12,5% (3/24) 25%(6/24) Ver-o-Peso 12,5% (3/24) 16,7% (4/24) 17,4% (4/23) Tucunduba 29,2% (7/24) 54,2% (13/24) 59,1% (13/22) EEE-UNA 29,2% (7/24) 50% (12/24) 70,8% (17/24) 11,9% 20,2% 25,6% Total (20/168) (34/168) (42/164) Fonte: Seção de Virologia/IEC/SVS/MS Local Rotavírus RT-PCR RT-PCR tempo real 0% (0/23) 17,4% (4/23) 8,7% (2/23) 56,5% (13/23) 4,3% (1/23) 43,5% (10/23) 0% (0/23) 33,3% (8/24) 4,2% (1/24) 57,1% (12/21) 13% (3/23) 63,6% (14/22) 45,8% (11/24) 77,3% (17/22) 11% (18/163) 50,6% (78/154) Adenovírus PCR 0% (0/20) 0% (0/20) 0% (0/24) 0% (0/21) 0% (0/21) 83,3% (15/18) 94,7% (18/19) 23% (33/143) Pesquisa em suínos No período de janeiro de 2008 a fevereiro de 2009, foram coletados 130 espécimes fecais de suínos individuais, na fase de maternidade (1 a 28 dias de idade) e de creche (28 a 60 dias), provenientes de cinco granjas comerciais de médio porte situadas no Estado do Pará, sendo uma no município de Belém e as outras quatro em Ananindeua, Mosqueiro, Santa Izabel e Castanhal. A coleta das amostras foi de forma aleatória, realizada pela estimulação por massagem na região anal e perianal, utilizando-se sonda uretral siliconizada nº 10, lubrificada com vaselina. Dos 130 espécimes fecais testados 29 já tinham sido testadas no ano de 2010 e as demais foram este ano. Uma positividade total de 20% (26/130) foi observada, sendo 16 amostras detectadas pelo uso dos iniciadores p289/290 (sendo posteriormente todas classificadas como SaVs) e 10 pelos específicos 60 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 para NoVs (Figura 11). As 16 amostras positivas para CVs foram sequeciadas e todas caracterizadas como SaVs, sendo 14 pertencentes ao genogrupo GIII-B, uma como GVII e uma que não foi possível classificar. Esta pesquisa foi ser pioneira no Estado do Pará. sapo 12,3% 16 10 noro 7,7% 104 neg 80,0% Figura 11 Detecção de Sapovírus e Norovírus em amostras fecais provenientes de suínos oriundos de cinco granjas do estado do Pará entre janeiro de 2008 e fevereiro de 2009 Fonte: Seção de Virologia/IEC/SVS/MS b.1.3.1.3 Pesquisa de enterovírus e vigilância das paralisias flácidas agudas O Instituto Evandro Chagas atua como Laboratório Regional de Referência para Poliovírus do Ministério da Saúde, integrando a rede oficial de vigilância das paralisias flácidas agudas (PFA) para Poliovírus. O objetivo principal da rede é monitorar os casos de PFA em menores de 15 anos de idade. b.1.3.1.3.1 Exames realizados em apoio à pesquisa e vigilância epidemiológica Elucidação diagnóstica No período de janeiro a dezembro foram realizadas pesquisas com relação aos casos de deficiência motora aguda e flácida (DMAF) ocorridos na região norte do Brasil e também em dois estados da região nordeste (Maranhão e Piauí) (Tabelas 19 e 20). Tabela19 - Distribuição mensal das 97 amostras recebidas no setor de atendimento do Instituto Evandro Chagas, no ano de 2011, e analisadas pelo laboratório de enterovírus Mês Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Amostras investigadas 2 11 12 10 2 8 15 9 10 4 6 7 Negativos 2 10 12 10 02 7 15 9 7 4 6 7 Positivos 1 1 3* - Fonte: Seção de Virologia/IEC/SVS/MS Notas: * 2 EVNP 1 Adenovírus 61 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 Tabela 20 - Distribuição mensal e por unidade federativa das amostras de casos de PFA, provenientes da área de abrangência do IEC e analisados pelo laboratório de enterovírus., no ano de 2011 Mês Janeiro AC - AM - Fevereiro - 3 AP 1 PI 2 (1)* 3 1 2 1 1 Março Abril Maio Junho Julho Agosto 3 1 2 1 1 2 1 2 1* 1 1 1 3 Setembro 1* 1* (1)* Outubro 2 2 Novembro 1 1 Dezembro 2 1 Fonte: Seção de Virologia/IEC/SVS/MS Nota: *Amostras positivas 4 EVNP 1 ADENOVÍRUS Estados MA PA 1 RR - TO - RO - Total 2 Resultados Negativos Positivos 2 - 1 1 - 1 2 11 10 1 4 2 3 2 1 3 3 3 1 - 1 - 2 1 5 2 12 10 2 8 17 8 12 10 2 8 16 8 1 - 5 - - - - 10 7 3 1 1 1 1 4 4 6 7 4 6 7 - Foram examinadas amostras clínicas de pacientes (fezes, LCR, Swab de pênis (S.P), S.Conjuntiva (S.C), S.Garganta (S.G), S. Saliva (S.S), S. Orofaringe, S. Labial (S.L), Lesão Ascistica (L.A), S.Lesão (S.L) destinados a Seção de Virologia durante o ano de 2011. Houve positividade para isolamento viral do corrente ano quando inoculadas em cultivos celulares (L20B, RD e HEp-2), conforme descrito na tabela 21. Tabela 21 Distribuição mensal das 89 amostras recebidas no setor de atendimento do Instituto Evandro Chagas, no ano de 2011, e analisadas pelo laboratório de Enterovírus F S.L S.G S.A S.C S.Lab S.Sal. S.O S.P LCR Janeiro Fevereiro Março Abril Maio 2 1 3 5 4 1 1 1 - - - 2 - 1 - 1 1 4 3 Junho Julho Agosto 1 3 2 - - - - - - 1 - 4 4 Setembro Outubro Novembro Dezembro Total 3 1 4 4 33 1 3 5 (2)* 4 1 4 (1)* 2 1 2 23 Amostras Investigadas 4 3 9 8 15 2 1 2 2 1 1 2 4 2 1 3 2 1 18 Mês Neg. Pos. 3 3 9 8 13 1 2 5 9 10 4 8 9 1 1 1 5 2 7 12 89 5 2 7 12 83 6 Fonte: Seção de Virologia/IEC/SVS/MS Nota: * 2 swab de lesão positivo. F=Fezes S.L= Swab de Lesão S.G= Swab de Garganta S.A= Swab Ascístico S.C= Swab Conjuntiva S. Lab = Swab Lábial S. Sal.= Swab de Saliva S. O = Swab de Orofaringe S. P = Swab de Pênis LCR= líquido cefalorraquidiano 62 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 b.1.3.1.4 Vírus respiratórios O Instituto Evandro Chagas (IEC) é credenciado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como Centro de Referencia Nacional em Influenza, desenvolve a 37 anos atividades de apoio ao monitoramento da circulação deste vírus na população e integra o Sistema de Vigilância Epidemiológica da gripe do Ministério da Saúde (SIVEP Gripe) tendo sob sua responsabilidade a investigação da ocorrência de surtos ou epidemias de influenza nos Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Ceará, Maranhão, Mato grosso do Sul, Pará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Roraima. Entre os objetivos deste sistema, destaca-se a detecção precoce de cepas virais epidêmicas para a atualização anual da vacina antigripal. Ainda no contexto, merece destaque as investigações relacionadas à identificação de cepas resistentes a antivirais e acompanhamento da morbidade / mortalidade associadas à doença. Na investigação de outros agentes virais associados à infecção respiratória aguda (IRA) o IEC também realiza o diagnóstico laboratorial de infecções ocasionadas por Vírus respiratório sincicial (VRS), adenovírus, parainfluenza, metapneumovirus (hMPV), Bocavirus e Coronavírus Humanos (HCoV) em pacientes da cidade de Belém e nos Estados anteriormente citados. A metodologia laboratorial de diagnóstico envolve a utilização das técnicas de Imunofluorescência indireta (IF), isolamento de vírus (em ovos embrionados / cultivo celular) bem como a caracterização molecular por PCR (Reação em Cadeia mediada pela Polimerase) tradicional e RTPCR (real time PCR). No período de janeiro a dezembro de 2011 o LVR processou 1.132 amostras clínicas (aspirado de nasofaringe e swab de nariz/garganta) de pacientes com infecção respiratória aguda (IRA), oriundos de dez Estados da Federação. A maioria dos pacientes investigados eram provenientes de unidades de atendimento médico ambulatorial. (Tabela 22). Tabela 22 Amostras clínicas de pacientes investigados no IEC, referente a víris respiratórios, no ano de 2011 Natureza dos casos investigados Estado de Origem Acre Amazonas Amapá Ceará Maranhão Mato Grosso do Sul Pará Paraíba Pernambuco Rio Grande do Norte Roraima Total Pacientes de atendimento ambulatorial 444 16 148 85 9 142 1 196 2 1043 Pacientes de atendimento Hospitalar Total 1 17 2 13 38 3 6 9 89 445 33 148 87 22 180 4 202 11 1132 Fonte: Seção de Virologia/IEC/SVS/MS Entre as amostras clínicas investigadas foi possível estabelecer a etiologia viral em espécimes de 245 (21.6%) pacientes. Os agentes virais detectados com maior freqüência foram os vírus Influenza (40.4%) seguidos das infecções por VRS (19.2%), Parainfluenza (16,3%), hMPV (15,1%) e Adenovírus (9%) (Figura 12). 63 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Negativo Relatório de Gestão/2011 78,4% 21,6% Positivo 9,0% Adenovírus 16,3% Parainfluenza 15,1% HMPV 19,2% VRS 40,4% Influenza Figura 12 Percentuais de agentes virais detectados em casos de infecção respiratória no ano de 2011 Fonte: Seção de Virologia/IEC/SVS/MS A distribuição sazonal dos casos suspeitos e confirmados de infecção respiratória a vírus em 2011 é observado na figura 13. A exemplo da ocorrência em anos anteriores, a incidência das infecções virais foi mais freqüente nos primeiros seis meses do ano. Amostras Positivas Amostras Analisadas Número de amostras 160 140 120 100 80 60 40 20 0 N JA V FE A M R BR A M I A N JU L JU G A O T SE O T U O N V EZ D Me se s Figura 13 - Distribuição sazonal dos casos suspeitos e confirmados de infecção respiratória a vírus em 2011 Fonte: Seção de Virologia/IEC/SVS/MS Na tabela 23 se observa a distribuição dos vírus respiratórios identificados em cada Estado da Federação. Neste contexto, as infecções pelo vírus da influenza foram as mais prevalentes com a infecção pelo vírus pandêmico (H1N1 2009) sendo registradas nos Estados do Acre, Ceará e Mato Grosso do Sul. Doenças respiratórias ocasionadas por outros agentes virais também foram comprovadas nos diferentes Estados. 64 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Tabela 23 Distribuição dos vírus identificados por estado no ano de 2011 Vírus detectados Estados Influenza A (H1N1) Influenza A VRS hMPV pandêmico (H3N2) Acre 23 3 1 15 Amazonas 1 2 Amapá Ceará 19 14 22 3 Maranhão 14 7 1 Mato Grosso do Sul 5 4 Pará 1 2 6 Paraíba Pernambuco 13 15 9 Rio Grande do Norte 2 1 Roraima Total 47 52 47 37 Relatório de Gestão/2011 PFlu Adeno Total 21 6 10 3 40 10 6 1 5 22 73 3 64 37 10 9 45 3 245 Fonte: Seção de Virologia/IEC/SVS/MS No decorrer do ano de 2011, o IEC deu continuidade a execução de distintos projetos de pesquisa na área. Neste contexto são mencionados abaixo alguns estudos desenvolvidos e os resultados obtidos mais relevantes. b.1.3.1.4.1 Caracterização molecular das cepas de Vírus Respiratório Sincicial (VRS) e Metapneumovirus Humano (HMPV) detectadas em pacientes hospitalizados com infecção respiratória aguda (IRA) na cidade de Belém, Pará, Brasil Espécimes clínicos (aspirado de nasofaringe e swab de nariz/garganta) de pacientes menores de cinco anos de idade e hospitalizados com sintomas respiratórios foram investigados para determinar qual o subgrupo de VRS e hMPV mais freqüentemente associados a casos de IRA. A metodologia laboratorial de diagnóstico envolveu a utilização das técnicas moleculares de Real time PCR, seqüenciamento de nucleotídeos e análise filogenética. Os resultados obtidos revelaram uma incidência de infecção de 51.8% (57/110) para o VRS e 48.2% (53/110) para o HMPV. A análise filogenética demonstrou que o subgrupo B foi predominante entre as cepas de VRS detectadas. Semelhantemente o subgrupo B, também foi mais o mais freqüente entre os HMPV identificados. Os procedimentos de genotipagem revelaram que o genótipo BA de VRS foi o mais rotineiramente encontrado enquanto dentre os HMPV, o genótipo B1 foi o mais incidente. A distribuição do temporal dos casos positivos evidenciou uma circulação maior dos dois agentes infecciosos durante o mês de abril. b.1.3.1.4.2 Identificação molecular de cepas de Coronavírus Humanos (HCoV) associadas à infecção respiratória aguda (IRA) na cidade de Belém, Pará, Brasil Este projeto, ainda em curso, tem por objetivo investigar o envolvimento etiológico dos HCoV em casos de IRA atendidos em unidades ambulatoriais de saúde da cidade de Belém. Os HCoV detectados serão submetidos à caracterização genética e comparados filogeneticamente a outros CoVh identificados em diferentes regiões do Brasil e do mundo. O estudo encontra-se em fase de execução e até o momento foram analisadas 70 amostras, nas quais ainda não foi evidenciado nenhuma infecção pelos distintos CoVh: 229E, OC43, NL63 e HKU1. 65 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 b.1.3.1.4.3 Perfil de resistência das cepas de vírus Influenza A circulantes nas regiões Norte e Nordeste do Brasil O objetivo desta investigação foi promover a caracterização molecular das cepas de vírus Influenza A circulantes na busca de eventuais mutações no gene codificador da Neuraminidase (NA) implicado na resistência aos antivirais atualmente utilizados. A análise de cepas virais em 2011, não revelou nenhuma substituição aminoacídica implicada em resistência. Contudo mutações significativas foram encontradas em sítios antigênicos da proteína N2 de algumas cepas do vírus da Influenza A H3N2 incriminadas no favorecimento do escape destes agentes infecciosos as defesas do hospedeiro. Este projeto ainda permanece em execução no LVR. b.1.3.1.5 Papilomavírus O IEC, através de seu laboratório de Papilomavírus é reconhecido pelo Ministério da Saúde como Laboratório de Referência Nacional para o diagnóstico das infecções por este patógeno através da Portaria do MS nº 346, de 25 de março de 1993. Neste contexto, atividades de pesquisa e apoio a investigação clínica de infecções por Papilomavírus (PV) são conduzidas mediante a utilização de técnicas moleculares de diagnóstico tais como PCR, seqüenciamento de nucleotídeos e hibridação tipo específica. No decorrer do ano de 2011, foram realizadas investigações distintas sobre a associação do Papilomavírus (PV) a processos neoplásicos que ocorrem na Amazônia. Abaixo são mencionados os principais estudos desenvolvidos e os resultados obtidos mais relevantes. b.1.3.1.5.1 Associação do Papilomavírus Humano (HPV) no carcinoma de células escamosas da mucosa oral em pacientes da cidade Belém Esta pesquisa foi desenvolvida em cooperação com o departamento de odontologia da Universidade Federal do Pará (UFPA) e o Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB) na cidade de Belém. Pacientes tabagistas e/ou alcoólatras com diagnóstico histopatológico de carcinoma epidermóide do assoalho bucal, palato, língua, orofaringe, crista alveolar, mandíbula e seio maxilar, com estadiamento tumoral de I a II, foram investigados quanto à infecção por papilomavírus humano (HPV) (Tabela 24). Tabela 24 Dados epidemiológicos dos pacientes investigados em 2011 Parâmetros Faixa Etária Gênero Fumantes Não fumantes Localização anatômica da lesão Estadiamento da lesão Grupos Nº (%) Pacientes <45 anos Pacientes >45anos masculinos femininos + 5 (6,7) 69 (93,3) 42 (56,7) 32 (43,3) 57 (79) Palato Língua Assoalho Bucal Mucosa Bucal Orofaringe Crista Alveolar Mandíbula Seio Maxilar I/II III/IV 15 (21) 13 (12,6) 23 (22,2) 22 (21,3) 14 (13,6) 9 (8,8) 19 (18,4) 3 (3) 1 (0,1) 19 (35,2) 35 (64,8) Fonte: Seção de Virologia/IEC/SVS/MS 66 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 Os espécimes clínicos (biópsias de tecido inserido em parafina) de 74 pacientes de ambos os sexos foram analisados quanto à detecção do papilomavírus humano (HPV) pela técnica de PCR seguido da identificação do tipo viral infectante através do sequenciamento de nucleotídeos (Tabela 25). Tabela 25 Positividade para o papilomavírus humano (HPV ) nas amostras investigadas em 2011 Número de espécimes investigados 74 Número de pacientes com PCR positivo para HPV (%) 1 (1,35) Tipo de HPV identificado HPV-16 Fonte: Seção de Virologia/IEC/SVS/MS Os resultados das análises laboratoriais revelaram a presença do DNA de HPV tipo 16 no espécime de um único paciente, sugerindo uma fraca associação dos PV na gênese de lesões neoplásicas malignas da mucosa oral. b.1.3.1.5.2 Pesquisa da infecção por HPV em pacientes com carcinoma de pênis no Estado do Pará Esta investigação foi realizada no período de setembro a dezembro de 2011 em cooperação com o Serviço de Urologia do Hospital Ophir Loyola (HOL) e a Universidade Estadual Paulista (UNESP) de São José do Rio Preto. O estudo envolveu a detecção do DNA viral de HPV em 82 espécimes de pacientes com diagnóstico de carcinoma de pênis atendidos no referido hospital nos anos de 2002 á 2011. Amostras de clínicas (biópsias de tecido peniano inserido em parafina) foram analisadas quanto á presença do DNA de HPV através da técnica de PCR seguido do seqüenciamento nucleotídeo direto do produto obtido na reação. Nas amostras em que não foi possível se identificar o tipo viral infectante pelo seqüenciamento, utilizou-se uma hibridização tipo específica com sondas complementares ao segmento do genoma viral amplificado na PCR. As análises uma vez concluídas revelaram uma positividade de 63,41% de pacientes infectados com distintos tipos de HPV (Tabela 26 e Figura 14). Infecções por HPV de alto risco oncogênico compreenderam 48,08% de todos os pacientes infectados. Tabela 26 Resultado geral das amostras clínicas analisadas Pacientes N absoluto % 82 100 Positivos para HPV 52 63,41 Positivos para apenas um tipo de HPV de baixo risco oncogênic 17 32,69 Positivos para apenas um tipo de HPV de alto risco oncogênico 13,46 Positivos com infecções múltiplas (alto e baixo risco) 27 51,92 Positivos com infecções múltiplas de alto risco oncogênico 25 30,48 Positivos com infecções múltiplas de baixo risco 13 15,85 Negativos para HPV 30 36,59 Com resultado indeterminado 1 1,22 Fonte: Seção de Virologia/IEC/SVS/MS 67 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 35 30 25 Número de 20 infecções 15 10 5 0 16 211 316 418 533 45 6 751 52 8 53 9 58 10 68 11 Tipos de HPV tiposidentificados virais HPV de Baixo Risco HPV de Alto Risco Figura 14 Distribuição das infecções detectadas, de acordo com o tipo viral identificado Fonte: Seção de Virologia/IEC/SVS/MS Os achados laboratoriais revelaram que 30% dos casos de carcinoma de pênis estavam infectados com HPV de alto risco oncogênico havendo uma prevalência de infecções pelo HPV tipo 16. O percentual total de pacientes infectados por algum tipo de HPV foi de 63.41% considerado alto quando comparado a outros estudos semelhantes já realizados. A investigação evidenciou uma forte associação (30,48%) das infecções por HPV de alto risco oncogênico com o carcinoma de pênis. b.1.3.1.5.3 Outras Ações Em 2011 foi implantado no laboratório de Papilomavírus, procedimentos de clonagem gênica em apoio ás atividades de seqüenciamento genômico realizadas no IEC. Esta metodologia é de particular importância na investigação de mutações ou variações genéticas em genomas virais e humanos. b.1.3.1.6 Retrovírus b.1.3.1.6.1 Vírus linfotrópico humano de células T Caracterização Molecular da Transmissão intrafamiliar do HTLV 1 em portadores atendidos no Núcleo de Medicina Tropical, Belém, Pará, Brasil O vírus linfotrópico humano de células T (HTLV) está associado a diversas doenças, como a Paraparesia Espática Tropical (PET), Leucemia /Linfoma de células T do Adulto (LLTA), estrongiloidíase, uveítes, etc. A infecção por este vírus se caracteriza por ser lenta e persistente e pode ocorrer de forma vertical (de mãe para filho) e horizontal (por relação sexual e parenteral). A maioria dos infectados por HTLV é assintomática, tornando-se a principal fonte de infecção para comunicantes e familiares. Um estudo molecular da transmissão familiar do HTLV é necessário, não só para o conhecimento da situação desta transmissão em Belém, como também é importante para a identificação dos tipos e subtipos de vírus presentes nestas famílias. Objetivou-se, na presente investigação, realizar estudo molecular da transmissão familiar do HTLV-1 em portadores de HTLV atendidos no Núcleo de Medicina Tropical. 68 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 Objetivos Específicos - Confirmar a transmissão familiar do vírus nas famílias portadoras de HTLV-1; - Identificar o grau de diversidade genética entre as cepas isoladas no presente estudo, e entre estas e as depositadas no Genbank; - Determinar as relações filogenéticas entre os HTLV-1 isolados no presente estudo com os descritos na literatura. Resumo Descritivo das Atividades Para a amplificação da região 5'LTR as reações foram executadas em um volume total de 25 L, contendo 500 ng de DNA extraído, 125 M de cada dNTP, 20 pmol/ L de cada iniciador, MgCl2 3,0 M, KCI 50 mM, Tris-HCI pH 8,3 10 mM e 1,0 U de Taq DNA polimerase. O par de iniciadores usado na reação de amplificação para HTLV-1 foi: (LTR-I.01) 5'TGACAATGACCATGAGCCCCAA-3' e (LTR-I.02) 5'CGCGGAATAGGGCTAGCGCT-3', da cepa HTLV-IATK (SEIKI et al., 1983). No segundo passo da amplificação (Nested PCR) foram utilizados 3,0 L do produto da amplificação anterior e um par de iniciadores internos à região anteriormente amplificada, que possuem as seguintes seqüências: (L TR-I.03) 5'-GGCTTAGAGCCTCCCAGTGA-3' e (LTR-I.04) 5'-GCCTAGGGAATAAAGGGGCG-3', da cepa HTLV-1ATK respectivamente (SEIKI et al., 1983). Em cada reação de amplificação, após a desnaturação inicial a 94°C por 5 minutos, foram efetivados 35 ciclos de 40 segundos a 94°C, 30 segundos a 57°C e 1 minuto a 72°C. Os 35 ciclos seguiram por uma extensão final de 10 minutos a 72°C. Os produtos da amplificação foram visualizados após eletroforese (100 V/1 hora) em gel de agarose a 2% em tampão TAE 1x (TAE 40x estoque Tris-Base 1,6 M, Acetato de Na 0,8 M e EDTA-Na2 40 mM/1000 mL de água deionizada), mediante a utilização de um transiluminador com fonte de luz ultravioleta. Após a amplificação de material genético este foi submetido a purificação do produto de Nested PCR, usando o seguinte kit: HiYield Gel/PCR DNA Mini kit (Cat. Nº YDF 100) Kit de reagentes para purificação de produtos de PCR. Após a purificação do produto da PCR (região 5 'LTR), o DNA foi submetido ao seqüenciamento automático. A metodologia a ser empregada foi baseada na síntese bioquímica da cadeia de DNA através do método de Sanger et al., (1977) utilizando o Kit Big Dye Terminator standard v. 3.1. Kit de reagentes para sequenciamento automático de DNA. Acompanha amostra do tampão para diluição 5X-1mL. Para uso durante a eletroforese de DNA nos Analisadores Automáticos de DNA ABI PRISM modelo 3130 As fitas de DNA foram sequenciadas em ambas as direções, usando-se o equipamento de seqüenciamento automático ABI 377 DNA Sequencer (Applied Biosystems). A técnica foi realizada de acordo com o seguinte protocolo. Para cada reação, misturou-se 2,0 L de Terminator Ready Reaction Mix, 1,0 L de DNA (10 ng) (produto da PCR amplificado), 1,0 L de cada Iniciador (5 pmol/ L) e 16,0 L de H2O deionizada. Análise das sequências nucleotídicas - Edição e Alinhamento das Seqüências: A análise comparativa entre as seqüências nucleotídicas requer que elas estejam perfeitamente alinhadas, considerando o pareamento de bases homólogas. O alinhamento foi realizado por meio do programa Clustal X (THOMPSON et al., 1997) operado em Windows. 69 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 - Análise Nucleotídica: As análises referentes à freqüência das bases nucleotídicas, à determinação das taxas de transversão/transição e o grau de divergência genética, entre as seqüências nucleotídicas, foram realizadas com o auxilio do programa MEGA2 Molecular Evolutionary Genetics Analysis versão 2.1 (KUMAR et al., 2001). - Análise Filogenética: As seqüências nucleotídicas da região 5' LTR foram utilizadas para estabelecer as relações filogenéticas entre os HTLV-1 isolados neste estudo, assim como, com outras seqüências previamente descritas na literatura e que estão disponíveis no Genbank. Essas seqüências serão avaliadas para efeito de comparação e discussão, com o auxílio do método de Agrupamento de Vizinhos (Neighbor-Joining) para reconstrução das relações filogenéticas. Resultados Um total de 37 famílias portadoras de HTLV-1 (90 pessoas), atendidas no Núcleo de medicina Tropical no período de janeiro de 2007 a dezembro de 2011, foi inicialmente selecionado para este estudo. Foram excluídas cinco famílias (17 pessoas) da análise da transmissão intrafamiliar, por motivo de amplificação molecular de apenas um dos membros familiares, juntamente com a impossibilidade de coleta de nova amostra. Já foram analisadas 11 famílias (28 pessoas), confirmando a transmissão intrafamiliar em 91% delas (n=10), pois demonstraram 100% de similaridade entre os genomas virais isolados dos membros familiares. Em uma das famílias, não foi evidenciada a transmissão intrafamiliar, pois os vírus identificados entre os membros familiares analisados demonstraram divergência de 2,3%. As demais 21 famílias ainda estão em fase de amplificação e análise do genoma viral, pois os familiares compareceram somente em dezembro de 2011 para coleta de sangue. Do total das famílias pré-selecionadas (n=37), estima-se estudar a transmissão intrafamiliar em 32 famílias até a primeira quinzena de janeiro de 2012. b.1.3.1.7 HIV O IEC, através do laboratório de Retrovírus, realizou durante o período de janeiro a dezembro de 2011, 819 testes para HIV/Aids encontrando um percentual de positividade de 5,4%; a maioria dos exames foi solicitada pela Seção de Atendimento Unificado do IEC que atende a demanda excedente dos LACEN´s o que correspondeu a 75,7%. Os testes empregados na realização das análises foram: inicialmente, o de ELISA para triagem e, posteriormente, para a confirmação Imunofluorescência Indireta (IFI) e/ou W. Blot (WB). Ainda em novembro deste ano foi treinado um técnico para realizar um novo teste denominado Imunoblot o qual substituiu a (IFI). Esta nova prova por ser mais sensível poderá detectar anticorpos para o outro Retrovírus o HIV-2. Em 2012 esse laboratório prosseguirá dando suporte ao Projeto Salobo, desenvolvido em Parauapebas, Sul do Pará, resultado de convênio com a Vale. Dentre outros também elaborou e apresentou projeto para iniciação dos trabalhos com HIV, na Unidade Descentralziada do IEC, no estado do Acre. Não foi apresentado problemas em relação a aquisição de Kits para o processamento das análises, pois todos os Pedidos de Bens e Serviços foram atendidos. A grande dificuldade se deu na demora do desdobramento do processo para que os mesmos fossem atendidos. 70 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 b.1.3.1.8 Parvovírus B19 e herpesvírus humano tipo 6 (HHV-6) b.1.3.1.8.1 Parvovírus B19, Herpesvirus humano tipo 6 (HHV-6) e as Viroses Exantemáticas) A associação de febre e erupção cutânea é frequente como manifestação de doenças infecciosas. Conceitua-se doença exantemática como a doença infecciosa sistêmica na qual a manifestação cutânea é marcante e dado fundamental para o diagnóstico. As manifestações cutâneas costumam ser comuns a várias infecções, o que torna o diagnóstico das doenças exantemáticas um desafio para os profissionais da saúde. Como essas doenças apresentam manifestações clínicas bastante semelhantes, o diagnóstico laboratorial é indicado tanto para confirmar o caso quanto para diferenciá-lo de outras doenças que evoluem com exantema. Desta forma, a vigilância epidemiológica dessas doenças possibilita o melhor conhecimento do comportamento clínicoepidemiológico e a implementação de técnicas laboratoriais para o seu diagnóstico. No tocante ao parvovírus B19, atualmente denominado eritrovírus B19, a infecção por este agente em pacientes imunocompetentes é frequentemente benigna e autolimitada. Em crianças, a manifestação mais observada é o eritema infeccioso, e em adultos a artralgia e/ou artrite. Entretanto, grupos susceptíveis podem desenvolver formas graves da doença, tais como: pacientes imunodeprimidos, que evoluem com anemia crônica e pacientes com doenças hemolíticas que apresentam crise aplástica transitória. Durante a gestação, o B19 pode atravessar a placenta causando aborto e hidropsia fetal. No caso de infecções pelo HHV-6, classicamente denominadas exantema súbito, a doença é descrita como benigna, de início agudo, com febre alta de três a cinco dias de duração, cujo término coincide com o surgimento de um exantema máculo-papular róseo, mais acentuado no pescoço e no tronco. Apesar da evolução característica, esta doença é frequentemente confundida com outras viroses exantemáticas. Na literatura nacional ainda há escassez de estudos sobre o comportamento clínico-epidemiológico das infecções primárias pelo HHV-6, o que torna necessário o desenvolvimento de pesquisas adicionais sobre a importância dessas infecções no diagnóstico diferencial de outras doenças exantemáticas e a aplicabilidade dos testes laboratoriais utilizados no seu diagnóstico. Além disso, apesar de as doenças citadas anteriormente serem descritas classicamente com manifestações clínicas características, as apresentações atípicas não são incomuns e podem levar ao diagnóstico incorreto. O Instituto Evandro Chagas (IEC) atuou em estudos pioneiros sobre esses vírus, contribuindo grandemente na elucidação dos aspectos epidemiológicos dos mesmos. Em adição às pesquisas realizadas, os laboratórios de Parvovírus B19 e Herpesvírus realizam o processamento de amostras de pacientes atendidos pelo Serviço de Atendimento Médico Unificado e auxilia outros centros da região Norte no esclarecimento diagnóstico em casos de síndromes febris e outros agravos em que há a suspeita de infecção por esses patógenos. Resultados No tocante às atividades dos laboratórios de Parvovirus B19 e Herpesvírus durante o ano de 2011, a tabela 27 e a figura 15 ilustram a distribuição mensal do quantitativo de exames realizados, amostras analisadas e a positividade encontrada para ambos os vírus. 71 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Tabela 27 Mês Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto A Setembro B Outubro C Novembro D Dezembro E Total Relatório de Gestão/2011 Quantitativos de amostras analisadas para detecção de anticorpos IgM e IgG específicos para o Parvovírus B19 e Herpesvírus humano tipo 6 (HHV-6) no IEC, Ananindeua-PA, em 2011 B19 Amostras Analisadas IgM Pos (%) IgG Pos (%) IgM 37 60 30 33 63 68 32 53 19 91 56 63 605 37 60 30 33 63 68 32 46 15 77 27 62 550 1 (2,7) 7 (11,7) 0 (0) 3 (9,1) 5 (7,9) 10 (14,7) 3 (9,4) 9 (19,6) 1 (6,7) 2 (2,6) 4 (14,8) 8 (12,9) 53 (9,6) 37 60 30 33 63 68 32 46 15 77 27 62 550 13 (35,1) 11 (18,3) 2 (6,7) 4 (12,1) 10 (15,9) 23 (33,8) 6 (18,8) 17 (37,0) 6 (40,0) 34 (44,2) 9 (33,3) 27 (43,5) 162 (29,5) 19 14 33 42 28 136 HHV-6 Pos IgG (%) 4 (21,1) 19 6 (42,9) 14 8 (24,8) 33 6 (14,3) 42 11 (39,3) 28 35 (25,7) 136 Pos (%) 12 (63,2) 11 (78,6) 27 (81,8) 36 (85,7) 25 (89,3) 111 (81,6) Total Exames Realizados 74 120 60 66 126 136 64 130 58 220 138 180 1.372 Fonte: Seção de Virologia/IEC/SVS/MS Notas: A Em 12 amostras foram realizados testes para os dois vírus; B Em 10 amostras foram realizados testes para os dois vírus; C Em 19 amostras foram realizados testes para os dois vírus; D Em 13 amostras foram realizados testes para os dois vírus; E Em 27 amostras foram realizados testes para os dois vírus; Nesses meses, devido a problemas de natureza técnica, não foi possível realizar os testes para o Herpesvírus humano tipo 6 (HHV-6). 90 77 80 68 70 Número de Amostras Analisadas 63 62 60 60 50 40 46 37 33 32 30 27 30 20 10 1 (2,7%) 7 (11,7%) 3 (9,1%) 5 (7,9%) 10 (14,7%) 3 (9,4%) 9 (19,6%) 0 15 1 (6,7%) 2 (2,6%) Set Out 8 (12,9%) 4 (14,8%) 0 Jan Fev Mar Abr Mai Total de amostras analisadas Jun Jul Ago Nov Dez Total de amostras IgM Positivas Figura 15 Distribuição mensal das amostras analisadas para o Parvovírus B19 e a respectiva positividade para anticorpos da classe IgM, durante o ano de 2011. Fonte: Seção de Virologia/IEC/SVS/MS No cômputo dos totais apresentados estão inclusos aqueles casos encaminhados por hospitais e/ou centros aos quais o IEC presta assistência no âmbito da investigação diagnóstica, a saber: (i) município de Marituba-PA (1 ofício; 1 amostra), (ii) Hospital Universitário João de Barros Barreto-HUJBB-PA (6 ofícios; 6 amostras), (iii) Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará-PA (2 ofícios; 2 amostras), (iv) LACEN-PA (2 ofícios; 2 amostras), (v) LACEN-AP (5 ofícios; 5 amostras), (vi) LACEN-AM (2 ofícios; 2 amostras), (vii) LACEN-TO (2 ofícios; 2 amostras). Como pode ser observado na tabela 27, devido a dificuldades técnicas, durante os meses de janeiro a julho não foram realizados testes para o diagnóstico do HHV-6, em um total de 112 solicitações que deixaram de ser atendidas. A figura 16 nos apresenta um vislumbre de aspectos epidemiológicos, em termos de distribuição temporal, das infecções recentes pelo parvovirus B19. Sendo que aqui temos o agrupamento das amostras em função da data de coleta, observamos uma soropositividade de 2,1 18,2% para anticorpos de classe IgM, com maior frequência no mês de agosto. 72 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 80 Nú m er o d e Am o st r as An ali sad as 70 67 62 60 54 50 50 48 44 43 45 47 40 33 30 33 26 20 10 4 (8,3%) 4 (9,3%) Jan Fev 3 (6%) 1 (3,8%) 10 (14,9%) 6 (11,1%) 10 (16,1%) 8 (18,2%) 2 (6,1%) 2 (4,4%) 1 (2,1%) Set Out 5 (15,2%) 0 Mar Abr Mai Total de amostras analisadas Jun Jul Ago Nov Dez Tot al de amost ras IgM Posit ivas Figura 16 D istribuição m ensal das am ostras analisadas para o Parvovírus B 19 e a respectiva positividade para anticorpos da classe IgM, considerando o período de abrangência (ano de 2011) em relação à data de coleta das mesmas. Fonte: Seção de Virologia/IEC/SVS/MS b.1.3.1.9 Vírus de Epstein-Barr (EBV) O vírus Epstein-Barr (EBV) descoberto em 1964, a partir de estudos realizados in vitro de células de linfoma, recebeu o nome que homenageia seus descobridores Michael Epstein e Yvone Barr. O EBV está amplamente distribuído no mundo e estima-se que mais de 90-95% da população mundial adulta apresentam anticorpos para o antígeno viral do capsídeo. Diferencia-se dos demais herpesvírus pela sua capacidade de coexistir no hospedeiro na forma latente e replicativa, sendo causador da mononucleose infecciosa (MNI) também designada como doença de Pfeiffer. O EBV é transmitido pela saliva, infectando inicialmente as células da orofaringe, nasofaringe e glândulas salivares onde frequentemente ocorre replicação e posteriormente os vírus alcançam tecidos linfóides adjacentes e linfócitos B. O período de incubação varia de 4 a 6 semanas caracterizada pelas manifestações clínicas como febre, faringite, linfadenomegalia, amigdalite com adenopatia na infância, e a mononucleose na adolescência que cursa com leucocitose com atipia linfocitária e aumento de mononucleares. Foram recebidas 1.241 amostras sorológicas de casos suspeitos de mononucleose infecciosa encaminhados ao Laboratório de Vírus Epstein Barr (SAVIR/IEC) pela rede pública e privada de Saúde da região metropolitana de Belém, durante o período de janeiro a dezembro de 2011. Para as análises quanto a presença de anticorpos IgM/VCA do EBV foi utilizado o Kit da R-BIOPHARM RIDASCREEN (Germany). Das 1.241 amostras sorológicas analisadas, 652 (53%) eram do sexo masculino com taxa de positividade em termos de anticorpos IgM/VCA foi de 9,5% (118/1241), sendo 57,6% (68/118) do sexo feminino e 42,4% (50/118) do sexo masculino (Figura 17). 73 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 FEM; 589; 47% MAS ; 652; 53% Figura 17 - Frequência de casos analisados quanto à pesquisa de anticorpos IgM/VCA para o vírus de Epstein-Barr, segundo o sexo. 2011. Fonte: Seção de Virologia/IEC/SVS/MS 500 487 450 400 350 300 256 250 198 200 Casos IgM EBV + 172 128 150 100 49 50 27 12 16 14 0 0-10 11-20 21-30 31-40 > 40 Figura 18 Distribuição por faixas etárias dos casos analisados em 2011. Fonte: Seção de Virologia/IEC/SVS/MS A freqüência total de positividade para IgM/VCA EBV foi de 9,5% (118/1.241) sendo 57, 6% (68/118) do sexo feminino e 42,4% (50/118) do sexo masculino. As freqüências de positividade para anticorpos IgM/VCA foram de 41,5% (49/118), 22,9% (27/118), 10,1% (12/118), 11,9% (14/118) e 13,6% (16/118) nas faixas etárias de 0-10, 11-20, 21-30, 31-40 e > 40 anos, respectivamente (Figura 19). 74 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 I 50 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0 49 0-10 27 11-20 21-30 0-10 11-20 12 14 21-30 31-40 16 31-40 > 40 > 40 Figura 19 Positividade de anticorpos IgM/VCA por faixas etárias, 2011 Fonte: Seção de Virologia/IEC/SVS/MS O padrão sorológico da infecção ativa (IgM/VCA+) pelo vírus de Epstein Barr foi mais evidente na faixa infanto-juvenil, todavia merece uma atenção especial os menores com até 10 anos de idade com taxas de aproximadamente 60%, ainda estão suscetíveis à infecção pelo vírus de Epstein Barr (Figura 19). b.1.3.1.10 Vírus da varicela-zóster O vírus da varicela-zoster (VVZ) pertence à família Herpesviridae, causa à varicela (catapora) e o herpes zoster (dermatoma). A patogenia da varicela inicia-se com a infecção das membranas mucosas do trato respiratório superior, os vírus se movem para os linfonodos regionais, onde são replicados. Segue-se uma viremia primária, quando o vírus é conduzido por via hematogênica para o fígado, baço e outros tecidos do sistema reticuloendotelial. Nessa fase, o vírus é isolado das células mononucleares do sangue periférico (PBMC), linfócitos e monócitos. Uma segunda viremia ocorre ao final de 4-5 dias, quando os vírus poderão ser detectados no sangue na forma livre ou associados às células leucocitárias, ou no caso da varicela aguda após 24 horas. Nessa fase, ocorre a disseminação do vírus para o tecido cutâneo epitelial. A viremia continua mesmo após o aparecimento da primeira lesão da epiderme e ocorrem várias vezes depois do primeiro exantema. No herpes zoster, ocorre á reativação do vírus que evolui de um gânglio sensorial via axônio neuronal para a epiderme desencadeando a fase conhecida como dermatoma, que corresponde à doença localizada. O laboratório de vírus Epstein Barr analisou durante o ano de 2011, 42 casos suspeitos de infecção pelo vírus da varcela zoster. Para as análises quanto a presença de anticorpos IgM/VVZ do EBV foi utilizado o Kit da R-BIOPHARM RIDASCREEN (Germany). Dos quais 16,6% (7/42) foram positivos em termos de anticorpos da classe IgM/VVZ; sendo 43% (3/7) e 57% (4/7) as taxas para o sexo masculino e feminino dos casos positivos, respectivamente. A confirmação diagnóstica das infecções recentes foi mais observada no grupo de indivíduos abaixo de 10 anos de idade em 42,8% (3/7). Preconiza-se que a vacinação sistemática e isolamento do doente sejam intensificados para reduzir o aparecimento de novos casos clínicos pelo Varicela Zoster Vírus (VZV), os quais, geralmente apresentam gravidade quando acometem adultos e idosos. 75 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 b.1.3.1.11 Cultivos celulares b.1.3.1.11.1 Linha de produção No período de janeiro a dezembro de 2011 foram preparados 5760 tubos contendo as linhagens celulares (RD, HEp-2 e L20B) com a finalidade de isolamento viral; 864 garrafas contendo as linhagens citadas acima e, cerca de 240 garrafas semanais de MDCK (Determinação de padrões de células em cultura). Foram examinadas 88 amostras clínicas de pacientes (fezes, LCR, swab de pênis, saliva, garganta, lesão, conjuntiva, orofaringe, pênis e líquido ascítico) destinados a Seção de Virologia, no período de 20.01.11 a 21.12.11. Houve isolamento de enterovírus e herpesvírus em 2 e 3 amostras, respectivamente quando inoculadas em cultivos celulares (L-20B, RD e HEp-2) (Tabela 28). Tabela 28 Distribuição mensal dos espécimes clínicos inoculados nos diversos sistemas celulares da Seção de Virologia Meses LA Fezes Janeiro 1 Fevereiro Março Abril - 2 (+1entero) 1 3 5 Meses LA Fezes LCR S. P. S. G. S. L. S. S. S. C. S. O. S. Lab. 1 - - - - - - - 1 4 - 1 - 1 - 1 3 - - - - LCR S. P. S. G. S. L. S. S. S. C. S. O. S. Lab. 2 - - - 5 (+2 herpes) Maio - 4 2 - 1 Junho - 1 (+entero) - 1 - 3 - - - - Julho - 3 4 - 2 - - - - Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro - 2 3 1 4 4 4 1 - 4 1 1 2 2 2 2 1 1 - 1 (+ herpes) - Fonte: Seção de Virologia/IEC/SVS/MS L.A: liquido ascítio S.L.: swab de lesão S.O.: swab de orofaringe S. P.: swab de pênis S.S.: swab de saliva S.L.: swab labial S.G.: swab de garganta S.C.: swab de conjuntiva b.1.3.1.11.2 Apoio à Rede de Vigilância Nacional das Paralisias Flácidas Agudas Em 96 amostras fecais inoculadas em cultivos celulares (L-20B e RD), de pacientes pertencentes ao Programa da Rede de Vigilância Nacional para Deficiência Motora Aguda oriundos dos estados de: MA (15), PA (14), RO (17), AM (13), TO (04), AC (09), PI (14), AP (06) e RR (02) foi possível isolar 04 enterovírus não póliovírus e 01 adenovírus das amostras fecais analisadas no período de janeiro (20.01.11) a dezembro (2.12.11) (Tabela 29). 76 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 Tabela 29 Distribuição mensal e geográfica das amostras recebidas da área de abrangência do IEC na vigilância oficial das paralisias flácidas agudas, utilizando-se sistemas celulares diversos Meses AP PA PI AM TO MA AC RO RR Janeiro 1 1 Fevereiro 1 1 2(1+) Março 1 1 3 Abril 1 2 Maio Junho 1 3 1 Julho 1 3 2 Agosto 1 2 Setembro 1(1+) 1(1+) Outubro 2 Novembro 1 Dezembro 1 Fonte: Seção de Virologia/IEC/SVS/MS 3 3 1 2(1+) 1 1 1 1 1 1 1 1 - 1 4 2 3 2 2 1 2 1 2 1 2(+1adeno) 1 2 2 1 5 2 1 4 - 1 1 b.1.3.1.11.3 Apoio à vigilância da influenza O Laboratório de Cultivos Celulares também ofereceu apoio à vigilância das infecções respiratórias agudas (IRAs) pelo vírus influenza, fornecendo a linhagem MDCK necessária ao isolamento viral (Tabela 30). Tabela 30 Número de tubos, garrafas e placas preparados em apoio à vigilância das Infecções espiratórias Agudas (IRAs) pelo vírus Influenza, no ano de 2011 Sistema de cultivo Número oferecido Tubos preparados 34 Garrafas 192 Placas 445 Fonte: Seção de Virologia/IEC/SVS/MS b.1.3.1.11.4 Laboratório de Cultivo Celular e Apoio aos Projetos de Pesquisa Executados na Virologia Em apoio ao supracitado projeto Caracterização Molecular do Vírus Varicela Zoster em Casos de Varicela, Herpes Zoster e Paralisia Facial Periférica, da Universidade Federal do Pará (UFPa), de novembro a dezembro de 2011 receberam-se 15 amostras clínicas de 12 pacientes com a finalidade de obter esclarecimento diagnóstico para o vírus da varicela-zóster (Tabela 31). Tabela 31 - Frequência de amostras encaminhadas para tentativa de isolamento do vírus varicela-zóster Meses Novembro Dezembro SL 4 2 SG 3 1 SC 2 - SO 2 - Saliva 1 Total 11 4 Fonte: Seção de Virologia/IEC/SVS/MS SL: Swab de lesão SC: Swab de conjuntiva SG: Swab de garganta SO: Swab de orofaringe Também se propiciou apoio ao projeto intitulado Epidemiologia molecular do vírus influenza A (H1N1) pandêmico: investigação de determinantes de patogenicidade nos genes codificadores da hemaglutinina e PB2, oferecendo-se 81 tubos com linhagens celulares apropriadas ao isolamento. 77 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 b.1.4 Ações que envolvem bactérias e micoses O IEC, através da Seção de Bacteriologia e Micologia (SABMI) realizou atendimento à população com suspeita de infecções bacterianas ou fúngicas, encaminhada pela rede pública e privada de saúde, por meio da execução de testes laboratoriais para confirmação diagnóstica é composta por nove Laboratórios que realizam exames em atendimento às demandas de diagnóstico para a população do Estado do Pará e de outros da região Norte no âmbito do Sistema Único de Saúde, quais sejam: o Laboratório de Micobactérias, o Laboratório de Leptospirose, o Laboratório de Biologia Geral, o Laboratório de Enteroinfecções Bacterianas, o Laboratório de Hanseníase, o Laboratório de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Tracoma, o Laboratório de Micologia, o Laboratório de Biologia Molecular, o Setor de Esterilização, o Setor de Preparo de Meios de Cultura e a Bacterioteca. O IEC também desenvolve projetos de pesquisa na área das doenças bacterianas e fúngicas com objetivo de investigar suas características epidemiológicas bem como elaborar e avaliar novos métodos de diagnóstico laboratorial. b.1.4.1 Realizações b.1.4.1.1 Exames Realizados em Apoio a Pesquisa b.1.4.1.1.1 Laboratório de Biologia Molecular Atividade Sequenciamento do gene 16S rDNA Sequenciamento do gene hsp65 Sequenciamento do gene rpoB Sequenciamento parcial do espaçador ITS Sequenciamento parcial do gene rpoB N 120 120 120 28 2 Finalidade Para caracterização de micobactérias não tuberculosas, Para caracterização molecular de resistência às drogas em M. tuberculosis; Seqüenciamento da região 1 do gene 96 katG Para caracterização molecular da resistência à isoniazida em isolados do Complexo Mycobacterium tuberculosis; Seqüenciamento da região 2 do gene 76 katG Sequenciamento parcial do gene inhA 36 Para caracterização molecular de resistência às drogas em M. tuberculosis; Sequenciamento parcial do gene ahpC 25 Tipagem molecular por multilocus 112 Para caracterização de membros do complexo M. chelonae-M. sequence typing (MLST) abscessus Tipagem molecular por multilocus 112 Para caracterização de Salmonella Typhi sequence typing (MLST) Tipagem molecular por MIRU-VNTR 2.035 Para caracterização de membros do complexo M. tuberculosis; Tipagem molecular por Spoligotyping 800 Para caracterização de membros do complexo M. tuberculosis; Pesquisa de genes de resistência 47 Para caracterização de Pseudomonas aeruginosa; blasSPM Tipagem molecular por ERIC-PCR 50 Para caracterização de isolados clínicos de Serratia marcescens; Tipagem molecular por AF-RFLP 50 Para caracterização de isolados clínicos de Serratia marcescens; Tipagem molecular em Sistema 80 Para caracterização de isolados clínicos de Serratia marcescens; DiversiLab Tipagem molecular por ERIC-PCR 83 Para caracterização de Serratia marcescens e Salmonella Typhi; Detecção de Chlamydia trachomatis 170 por N-PCR Sequenciamento parcial do gene ompA 14 Padronização de PCR 22 Para detecção molecular de linhagens patogênicas de Leptospira. Quadro 3 Quantidade de exames realizados pelo Laboratório de Biologia Molecular do IEC, no ano de 2011 Fonte: Seção de Bacteriologia e Micologia/IEC/SVS/MS 78 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 b.1.4.1.1.2 Laboratório de Micologia Atividade Produção e padronização de solução antigênica de Histoplama capsulatum Para ensaios sorológicos do projeto Infecções Fúngicas Sistêmicas em Pacientes portadores do HIV-1 Infecções Fúngicas Sistêmicas em Pacientes portadores do HIV-1 Tese de Doutorado (responsável Maurimélia Mesquita da Costa). Ensaio de Imunodifusão Dupla (n=100) Para detecção de anticorpos contra Aspergillus fumigatus em pacientes portadores do HIV-1 como parte integrante de projeto de pesquisa (Infecções Fúngicas Sistêmicas em Pacientes portadores do HIV-1 Tese de Doutorado). Identificação bioquímica de leveduras Candida recuperadas da cavidade bucal de indivíduos portadores de estomatite protéticaAvaliação da Concentração Inibitória Mínima (CIM) do óleo essencial de Alecrim (Rosmarinus officinallis), sob leveduras do gênero Cândida recuperadas da cavidade oral de pacientes com estomatite protética Análise da sensibilidade de leveduras do gênero Candida ao óleo essencial de Alecrim (Rosmarinus officinallis); Análise da sensibilidade de leveduras do gênero Candida ao extrato de Alecrim (Rosmarinus officinallis); Análise da sensibilidade de leveduras do gênero Candida ao óleo essencial de Copaíba; Quimiotipagem de isolados clínicos de Cryptococcus neoformans e Cryptococcus gattii; Análise da aplicabilidade do Caldo Sabouraud hipertônico e ágar tabaco na diferenciação de Candida albicans e Candida dubliniensis Caracterização micromorfológica de fungos do gênero Trichosporon; Detecção de exoenzimas de fungos do gênero Trichosporon; Identificação de glicoproteínas de isolados de Trichosporon Padronização da técnica de PCR para detecção e identificação de leveduras patogênicas; Análise do Perfil protéico/glicoproteíco de exoantígenos de Fonsecaea pedrosoi; Estudo da resposta imune humoral de pacientes com Cromoblastomicose Ensaios de Eletroforese em gel de SDS-PAGE, Western Blotting, e imunodifusão dupla, para caracterização da resposta imune humoral de pacientes com suspeita de infecção por Paracoccidioidomicose, não reativos no ensaio de imunodifusão, utilizando pool de exoantígenos de P. brasiliensis; Produção de exoantígenos bruto de isolados regionais de Paracoccidioides brasiliensis e estudo de seu perfil protéico/glicoprotéico e antigênico Análise das características fenotípicas e genotípicas de fungos do gênero Paraccocidioides; Padronização da técnica de PCR para detecção e identificação de fungos patogênicos, utilizando primers para a região ITS 1, ITS 2, 5.8S, IGS e SSU; Realização de cultura e microcultivo para Identificação de fungos demácios Realização de cultura e microcultivo para identificação de fungos causadores de micoses oportunistas; Realização de cultura e microcultivo para identificação de fungos causadores de dermatofitose; Caracterização do perfil protéico de exoantígeno bruto de Histoplasma capsulatum; Análise da qualidade de exoantígenos, liofilizados e em solução, de Paracoccidioides brasiliensis, após 4 anos de armazenamento Análise da qualidade de exoantígenos, liofilizados e em solução, de Paracoccidioides brasiliensis, após 4 anos de armazenamento Imunização de coelhos para obtenção de soro hiperimune: Utilização no ensaio de acoplamento em partículas de láte x para desenvolvimento de metodologia sorológica que permita a detecção de antígenos circulantes na paracoccidioid omicose. Avaliação de protocolos para a análise molecular de leveduras da espécie Candida parapsilosis; Identificação presuntiva de leveduras da espécie Candida parapsilosis utilizando Agar Eosina Azul de Metileno; Desenvolvimento e avaliação de diferentes protocolos de extração de DNA para fungos filamentosos; Quadro 4 Atividades desenvolvidas pelo Laboratório de Micologia do IEC, no ano de 2011 Fonte: Seção de Bacteriologia e Micologia/IEC/SVS/MS 79 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 b.1.4.1.2 Exames Realizados para Elucidação Diagnóstica b.1.4.1.2.1 Laboratório de Micobactérias Tabela 32 Quantidade de exames realizados para diagnóstico de Tuberculose e seus resultados no Laboratório de Micobactérias em 2011 Exame Total Positivos Exames para o Diagnóstico da Tuberculose Pulmonar 337 103 Exames para o Diagnóstico da Tuberculose Extra-Pulmonar 120 06 Baciloscopia do Escarro 43 02 Identificação de Cepas de Micobactérias Não causadoras de Tuberculose (MNT) 24 24 Fonte: Seção de Bacteriologia e Micologia/IEC/SVS/MS Tabela 33 Quantidade de exames realizados para diagnóstico de Resistência a Tuberculose e seus resultados no Laboratório de Micobactérias em 2011 Exame Total Resistentes 157 - Micobacterium tuberculosis - 64 MNT - 11 Teste de Suscetibilidade aos Fármacos Anti-Tuberculose Fonte: Seção de Bacteriologia e Micologia/IEC/SVS/MS b.1.4.1.2.2 Laboratório de Leptospirose Tabela 34 Quantidade de exames realizados para diagnóstico de Leptospirose, total, reagentes e estado de procedência em 2011 Exame Soroaglutinação Microscópica para o Diagnóstico de Leptospira Total Reagentes Estado de Procedência 217 28 Pará - 2 Rondônia - 1 Mato Grosso Fonte: Seção de Bacteriologia e Micologia/IEC/SVS/MS b.1.4.1.2.3 Laboratório de Biologia Geral Foram realizados 1.249 exames no ano de 2011, distribuídos conforme o quadro 5. 80 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 Exames Quantidade Biópsia Do pulmão 1 Bacterioscopia - GRAM Cultura Baciloscopia Exsudato de lesão pé (E) Cultura 1 2 3 Escarro Lavado Broncoalveolar Cultura LCR Baciloscopia Bacterioscopia Cultura com resultado Negativo Cultura de BAAR Positivo Negativo Medula em caldo TSB Cultura Não houve crescimento Pool de formigas Cultura Hemoculturas Resultado negativo Prejudicados Salmonella Typhi Escherichia coli Klebsiella pneumoniae Alcaligenis spp Contaminado com bacilos gram positivo Kocuria rosea Mycrococcus luteus/lylae Staphylococcus Staphylococcus aureus Staphylococcus epidermidis Staphylococcus haemolyticcus Staphylococcus hominis Staphylococcus intermedius Staphylococcus ovis Staphylococcus saprophyticcus Staphylococcus simulans Staphylococcus xylosus Streptococcus epidermidis Streptococcus pneumoniae Cultura de Secreção De articulação contalateral De fístola no braço E De gânglio cervical De lesão De ulcera Ocular De orofaringe Sorologia Brucelose - NEGATIVO Brucelose - POSITIVO Urina Urocultura Swabs Diversos /Antibiograma 1 1 1 11 5 5 15 12 1 4 559 5 16 1 1 1 1 1 3 10 1 14 3 1 1 1 2 1 1 1 1 1 2 1 12 2 12 17 17 13 328 30 - Total 1 6 1 1 37 1 04 665 46 7 30 328 30 99 Quadro 5 Quantidade de exames de biopsia, escarro, exsudato de lesão no pé, LCR, pool de formigas, hemocultura, sorologia, urina, swabs e antibiograma,realizados no Laboratório de Bacteriologia Geral. Fonte: Seção de Bacteriologia e Micologia/IEC/SVS/MS 81 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 b.1.4.1.2.4 Laboratório de Biologia Molecular a) 360 testes: seqüenciamento de 16S rRNA, hsp65 e rpoB para identificação molecular de micobactérias não tuberculosas; b) 13 testes: realização de is6110 para caracterização de membros do complexo M. tuberculosis; c) 4 testes: Seqüenciamento dos genes katG e rpoB para detecção de mutações associadas com a resistência à isoniazida. b.1.4.1.2.5 Laboratório de Micologia Este Laboratório atendeu 374 pacientes com suspeita de infecção fúngica, sendo coletados ou encaminhados diversos materiais clínicos, totalizando 401 exames realizados, distribuídos conforme a tabelas 35. Na tabela 36 são descritas as doenças fúngicas diagnosticadas. Tabela 35 Meses Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Total Quantidade de material recebido e/ou coletado de pacientes suspeitos de infecções fúngicas e exames realizados pelo Laboratório de Micologia, no período de janeiro a dezembro de 2011 EMD 11 14 17 21 6 4 10 5 8 9 9 7 121 EMD+ CULT 15 15 15 11 11 8 26 15 20 16 9 12 173 EMD +CULT +SOROL. 5 2 1 1 2 3 3 2 4 23 Sorologia 8 12 16 2 9 10 11 4 8 3 11 9 72 Pesquisa Pneumocystis jirovecii 3 3 1 1 1 2 1 12 Total 42 43 52 36 27 23 51 24 39 31 31 33 374 Fonte: Laboratório de Micologia/SABMI/IECSVS/MS Nota: EMD: Exame Micológico Direto; CULT: Cultura; SOROL.: Sorologia; Tabela 36 Doenças fúngicas diagnosticadas em pacientes suspeitos de infecções fúngicas, no período de janeiro a dezembro de 2011 Micoses Diagnosticadas Dermatofitose Malasseziose Histoplasmose Paracoccidioidomicose Aspergilose Criptococose Cromoblastomicose Lacaziose Hialohifomicose Total Quantidade 5 12 5 4 1 6 2 1 1 37 Fonte: Seção de Bacteriologia e Micologia/SABMI/IEC/SVS/MS 82 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 b.1.4.1.2.6 Laboratório de Enteroinfecções No ano 2011, foram realizados 1.087 exames, sendo 572 coproculturas e 515 testes de Widal. Um total de 564 coproculturas apresentou positividade com destaque para o isolamento de Salmonella Typhi, agente etiológico da febre tifoide em 27 pacientes. Os resultados estão discriminados na tabela 37. Tabela 37 Agentes isolados por meio de Coprocultura no ano de 2011 pelo Laboratório de Enteroinfecções da Seção de Bacteriologia (SABMI) Salmonella Typhi spp Grupo H entérica 27 5 1 7 flexinerii 3 Shigella Escherichia coli fergusonii 469 1 Klebsilla oxitoca pneumoniae spp 3 32 73 amalonaticus freudii spp 5 7 73 aerogenes asburiae cloacae fergusonii spp youngae 7 3 46 1 93 1 mirabilis vulgaris 38 8 morganii 9 Alcaligenis 5 testosteroni 2 cryicrescens ascorbata 1 1 lacunata 1 spp 4 shigelloides 2 Citrobacter Enterobacter Proteus Morganella Alcaligenis Camamonas Kluyvera Moraxella Pantoae Plesiomonas Providencia retigerii alcalifaciens Pseudomonas aeroginosa spp Roultella ormithinolytica Serratia fonticola 3 1 1 1 1 1 40 3 470 107 86 151 46 9 5 2 2 1 4 2 4 2 1 1 - Fonte: Seção de Bacteriologia e Micologia/SABMI/IEC/SVS/MS 83 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 Tabela 38 Resultados da Reação de Widal realizadas no ano de 2011 na Seção de Bacteriologia do IEC/SVS/MS Reação de Widal 515 Titulação a partir de 1/20 (+) 130 Titulação inferior a 1/20 (-) 385 Fonte: Seção de Bacteriologia e Micologia/SABMI/IEC/SVS/MS b.1.4.1.2.7 Laboratório de Hanseníase Otimização da técnica imunológica para pesquisa de anticorpos IgM e IgG contra PGL-I do M.leprae em amostras de saliva IEC/Belém e interior testes sorológicos para pesquisa de IgM contra PGL-I do Mycobacterium leprae Treinamento em serviço na técnica de cultura de células do sangue total e ELISA para medir a produção de INF gama pelas células T 2.619 Quadro 6 Demonstrativo das atividades realizadas pelo Laboratório de Hanseníase do IEC em 2011. Fonte: Seção de Bacteriologia e Micologia/IEC/SVS/MS b.1.4.1.2.8 Laboratório de DST/Tracoma Os portadores de DST, atualmente, são pessoas de vida cotidiana normal e não têm obrigatoriamente múltiplos parceiros sexuais. A gravidade da doença e o fato do agravo ser silencioso podem evoluir nos portadores, prejudicando a população sexualmente ativa de baixo e alto nível socioeconômico. No agravo dessas infecções sobre o desenvolvimento do concepto, como por exemplo, mães colonizadas com Chlamydia trachomatis apresentam significativo aumento da mortalidade intra-uterina e neonatal, é causa de abortamento, ruptura prematura de membranas, da prematuridade, baixo peso do recém-nascido e infecção puerperal. O diagnóstico laboratorial para as infecções sexualmente transmissíveis envolve a pesquisa soroepidemiológica em amostra de pacientes com quadro clínico sugestivo de IST, oriundo de diferentes órgãos de Saúde Pública que foram encaminhados ao laboratório de DST na Seção de Bacteriologia e Micologia (SABMI). Na detecção da infecção pelo Treponema pallidum, as amostras foram submetidas à técnica Venereal Disease Research Laboratory (VDRL) para triagem e FTA-Abs confirmatório, estes testes são realizados na rotina. Para apoio à pesquisa ensaios de anticorpos anti-Chlamydia, são realizados, assim como, a técnica de ELISA /IFI. Para o diagnóstico de cervicites, uretrites e tracoma são realizados de rotina a técnica de Imunofluorescência Direta (IFD). Ainda para elucidação de casos de cervicites e uretrites utilizamos a cultura específica para Neisseria gonorrhoeae e a inespecífica para outros agentes de interesse de DST, vale ressaltar que a cultura específica não esta sendo realizada, estamos aguardando a nova servidora para assumir este método diagnóstico. Um projeto de pesquisa Perfil da Infecção por Clamídia em grávidas: Aspectos diagnósticos e preventivos esta em andamento para avaliar a presença de infecção por Chlamydia trachomatis em cérvice de gestantes atendidas no pré-natal em Unidades Básicas de Saúde (UBS), iniciado no mês de setembro, outubro e novembro de 2010 e renovado, para possibilitar a oportunidade de esclarecer o 2º objetivo da pesquisa: Prevenir complicações na mulher e na criança , no que pese a inadequada condução do tratamento nas UBS, influenciando diretamente nas avaliações de desfecho do projeto de pesquisa. Dessa forma, uma bolsista pesquisadora da FAPESPA e uma aluna do PIBIC continuam o trabalho para avaliar a situação das gestantes que foram positivas nos ensaios laboratoriais biomoleculares, na ausência do tratamento adequado. 84 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 No ano de 2011-2012 está sendo realizada uma busca ativa dessas pacientes utilizandose a técnica de entrevista com agendamento para novos exames laboratoriais no Instituto Evandro Chagas (IEC), e constatação de presença/ausência de tratamento específico. Estes resultados vêm realçar a importância de melhorar o fluxo de atenção às gestantes, instituindo o tratamento específico para infecção por Chlamydia nos serviços de pré-natal, assim como orientar o tratamento para o parceiro sexual. Tracoma: Tracoma devido à infecção ocular pela bactéria Chlamydia trachomatis é a principal causa de cegueira evitável em todo o mundo. Com a eliminação prevista até o ano 2020, medidas assistenciais para o agravo não são previstas no estado do Pará. A partir da década passada o IEC vem contribuindo com o Ministério da Saúde para Inquérito Nacional, diagnóstico laboratorial de rotina, nas pesquisas e em capacitações específicas para o agravo, cujos indicadores epidemiológicos para obter o certificado de eliminação do tracoma como causa de cegueira junto a OMS são: menos de um caso de triquíase tracomatosa por 1.000 habitantes e menos de 5% de tracoma ativo, em crianças menores de 10 anos, em todas as comunidades ou bairros de um município. Sífilis Foram analisadas 248 amostras sorológicas pertencentes a todas as faixas etárias pelo procedimento clássico de Veneral Disease Research Laboratories (VDRL), para detecção de anticorpos anticardiolipínicos, também chamados reaginas, que serviu para triagem, quanto à pesquisa de anticorpos para os títulos no VDRL até 1/16 foi confirmado com Absorção de Anticorpos Treponêmicos Fluorescentes (FTA-Abs) para o Treponema pallidum segundo o Kit da Wama Diagnostic. Das 248 amostras sorológicas analisadas pelo VDRL, 49 (19,7%) foram reagentes para sífilis primária e secundária. A frequência de anticorpos IgG (FTA-Abs) para o Treponema pallidum em títulos baixos (40/88) foi de 45,4% para ambos os sexos. Diante do exposto, o compromisso de monitoramento da sífilis permanece um grande problema de saúde pública no Pará e no Brasil. Clamídia Genital Para a detecção de anticorpos anti-Chlamydia trachomatis foi utilizado o teste imunoenzimático Chlamydia trachomatis IgG (Diagnostic Automation Inc.) que detectou anticorpos contra o gênero Chlamydia. A microplaca é sensibilizada com antígenos do sorotipo L2 de Chlamydia trachomatis, comum a todas as espécies do gênero. O método por Imunofluorescência Direta para Chlamydia trachomatis (IFD) foi utilizado visando o diagnóstico das cervicites nos testes de rotina. Cervicites Dos testes de IFD realizados em 144/184 (78%) foi confirmada a presença de Clamídia. Uretrite Suspeitos de uretrite não gonocócica (UNG) 46/58 (79%) foram confirmados pelo teste de IFD. Vaginoses e Vaginites O método de Gram foi utilizado para avaliar as vaginoses e vaginites. Realizou-se 93 bacterioscopias, 66 a fresco . Nos testes pelo método A fresco foi encontrado dois casos de Trichomonas vaginalis. 85 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 Cultura inespecífica Foram realizadas 23 culturas inespecíficas, com isolamento para agentes de interesse de DST, e um antibiograma. Clamídia de Ocular Tracoma Há dez anos o Instituto Evandro Chagas vem oferecendo apoio laboratorial ao diagnóstico de tracoma. No ano de 2011, 114 pessoas com doença clínica foram encaminhadas à Seção de Bacteriologia e Micologia (SABMI) na faixa etária de 5 a 80 anos de ambos os gêneros, cinquenta e um por cento foram confirmados com infecção ativa de tracoma inflamatório folicular (TF). Os seus contatos foram captados pelo laboratório de DST/Tracoma. Olhos vermelhos, prurido e lacrimejamento foram relatados como sintoma mais frequente, seguido de sensação de corpo estranho como, areia nos olhos, manifestação clínica clássica. Entretanto atributos que favorecem o desenvolvimento de alergias estão presentes em nosso clima equatorial. Em crianças de 3 a 10 anos de idade e menores de 11 a 18 anos 4/8 (50%) respectivamente, não se obteve diferença de prevalência dos casos que apresentaram TF. Foi observado demanda maior de adultos sintomáticos 43/98 (43,9%), variando a faixa etária de 19 a 80 anos. Uma amostra de 35/114 (30,7%) realizaram testes de IFD. Estes resultados denotam a necessidade de se obter mais apoio das Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde. Recomendamos capacitar profissionais da área para detecção, controle e monitoramento de situação epidemiológica do tracoma no estado do Pará e adotar atividades de educação em saúde, com enfoque em medidas de controle e prevenção. Além disso, recomendamos instituir medidas assistenciais dessa natureza, como tratamento em massa e busca ativa de casos, com objetivo de diminuir a circulação da clamídia na comunidade. Todos os casos e seus contatos intradomiciliares foram encaminhados ao serviço de origem para tratamento com Azitromicina de uso sistêmico e seguimento de cura após registros em formulários do MS específicos para o controle do agravo. Laboratório de Hanseníase Tabela 39 Nº de pacientes atendidos nos municípios de Curionópolis, Serra Leste e Redenção para controle da Hanseníase, através dos testes de Ml Flow e Elisa no ano de 2011 Atividade Relatório Técnico Campanha de diagnóstico da hanseníase Rotina Local/Período Curionópolis-PA/09 a 24/02/2011 Serra Leste (Serra Pelada) : 09 a 23/06/2011 Redenção: 12 a 27/09/2011 01.01 a 31.12.2011 Nº Pacientes Atendidos Positividade ao teste Ml Flow Positividade ao teste Elisa Total 559 37/314 (11,78%) 15/559 (2,68%) 873 666 14/49 (28.57%) 65/666 (9.75% = 10%) 715 717 32/166 = 19.27% 30/717= 4.18% 883 148 23 117 Total Geral 148 2.619 Fonte: Seção de Bacteriologia e Micologia/IEC/SVS/MS Laboratório de DST/Tracoma a) Busca ativa do projeto de pesquisa Perfil da Infecção por Clamídia em grávidas: Aspectos diagnósticos e preventivos em andamento, Belém e Ananindeua; b) Busca Ativa de Casos de Tracoma para o Treinamento nas Ações de Diagnóstico e Controle do Tracoma, São Gabriel da Cachoeira, AM de 22 a 26/10/2011. 86 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 Cooperação Técnico-Científica com Instituições Parceiras Projeto: Diversidade de micobactérias em pacientes HIV positivos atendidos pelo Hospital Universitário João de Barros Barreto em Belém Pará em parceria com a Universidade Federal de Pará (UFPA); Projeto: Perfil epidemiológico e molecular de Pseudomonas aeruginosa, isolados de amostras clínicas de pacientes internados em unidade de terapia intensiva de um hospital sentinela de Belém Pará; Projeto: Avaliação do padrão de resistência, epidemiológico e genético dos casos de tuberculose encaminhados para teste de sensibilidade no Pará em parceria com a Universidade Federal do Pará (UFPA); Projeto: Heterogeneidade genética de isolados de Shigella spp no estado do Pará, revelada por eletroforese de campo pulsado (PFGE). Laboratório de Enterobactérias e Zoonoses Bacterianas do Instituto Oswaldo Cruz-FIOCRUZ; Projeto: Caracterização genética de Serratia marcescens proveniente de ambiente hospitalar Santa Casa de Misericórdia; Projeto: Infecções Fúngicas Sistêmicas em Pacientes portadores do HIV-1 em parceria com a Universidade Federal do Pará (BAIP/UFPA) Laboratório de Virologia - Tese de Doutorado; Projeto: Diagnóstico sorológico da paracoccidioidomicose utilizando partículas de látex em parceria com a Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP/EPM), Laboratório de Sorologia das Micoses. b.1.5 Ações de estudos parasiotológicos O Laboratório de Parasitoses Intestinais e Malacologia do IEC, executa as ações de vigilância epidemio-molecular de doenças veiculadas por caramujos na Amazônia; diagnóstico coproscópico e sorológico da esquistossomose; diagnóstico coproscópico das parasitoses intestinais (helmintos e protozoários); diagnóstico sorológico da toxocaríase humana; diagnóstico diferencial das amebíases por métodos moleculares. b.1.5.1 Malacologia A Malacologia estuda os vetores da esquistossomose, sua distribuição geográfica, epidemiologia e a prevalência da infecção em planorbideos das espécies Biomphalaria glabrata e Biomphalaria straminea coletados em áreas urbanas ou rurais de Belém, do interior do Pará e outras áreas da Amazônia Legal. No período de estiagem (julho e Agosto/2010) foram avaliados 10 logradouros de diferentes bairros de Belém: Guamá, Telégrafo, Sacramenta e Montese (ex-Terra Firme). Coletouse 509 caramujos com 408 vivos e 24 (5,8%) exemplares positivos para cercarias de S.mansoni. (Tabela 40). 87 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Tabela 40 Relatório de Gestão/2011 Distribuição e exame malacológico de caramujos coletados em bairros de Belém, Pará, 2010 Logradouro Bairro Coletados Positivos Vivos Mortos Espécie N.S. da Guia Sacramenta 26 - 20 6 B.glabrata Pass. Boa Fé Sacramenta 73 2 60 13 B.glabrata Sub total 99 2 80 19 Pass. União Telégrafo 40 1 38 2 B.glabrata Pass. Brotinho Telégrafo 23 9 21 2 B.glabrata Sub total Pass. Omega Guamá 63 88 10 10 59 81 4 7 B.glabrata Pass.Vitória Guamá 42 - 41 1 B.glabrata Pass. Abraão Guamá 67 - 62 5 B.glabrata Sub total 197 10 144 13 Pass. 6 de Set. Montese 55 - 49 7 B.glabrata Av. Perimetral Montese 59 - 46 13 B.glabrata Pass. Vitór. Régia Total Montese 35 150 2 2 30 125 5 25 B.glabrata Fonte: Seção de Parasitologia/IEC/SVS/MS Em 2011 os mesmos logradouros foram avaliados com 418 coletados, 402 vivos e apenas 8 (2%) positivos para cercárias de S.mansoni (Tabela 41). Tabela 41 Distribuição e exame malacológico de caramujos coletados em bairros de Belém, Pará, 2011 Logradouro Pass. Stelio Maroja Pass. Boa fé Sub Total Pass. União Pass. Brotinho Sub Total Pres. Abraão Pass. Omega Pass. Rosa de Saron Bairro Sacramenta Sacramenta Telégrafo Telégrafo Guamá Guamá Guamá Coletados 60 60 63 63 48 23 Positivos 2 2 5 Vivos 58 59 48 23 Mortos 3 4 4 Espécie B. glabrata B. glabrata B. glabrata B. glabrata B. glabrata B. glabrata B. glabrata Sub Total Pass. Vitoria Régia Montese 71 65 5 - 57 4 B. glabrata Av. Perimetral Pass. 6 de Setembro Montese Montese 85 74 1 83 74 1 2 B. glabrata B. glabrata 418 8 402 - - Total Fonte: Seção de Parasitologia/IEC/SVS/MS As Tabelas 40 e 41 mostram os estímulos a que os caramujos foram submetidos para obtenção dos resultados. O Laboratório de Malacologia realizou ainda a identificação dos espécimes coletados sendo identificados como Biomphalaria glabrata. Foram aplicadas técnicas clássicas (morfologia) e de biologia molecular (PCR). No Nordeste do Pará foram feitas coletas de caramujos nas localidades de Cumarú/Quatipurú, Campo Grande, Primavera e Capanema com a captura de 36, 102, 36 e 228 88 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 caramujos vivos, respectivamente. Nenhum dos caramujos vivos foi encontrado infectado com Schistosoma mansoni. ( Tabela 42). Tabela 42 Nº de coletas de caramujos realizadas pelo IEC em localidades da região Nordeste do Pará em 2011 Município Quantidade de Caramujos Cumarú/Quatipurú 36 Campo Grande 102 Primavera 36 Capanema 228 Total 402 Fonte: Seção de Parasitologia/IEC/SVS/MS No Bairro Cereja, na cidade de Bragança, foram coletados um total 1.609 caramujos da espécie de B. glabrata com 6 caramujos positivos (0,4%) para S. mansoni. b.1.5.2 Esquistossomose A doença é diagnosticada por técnicas coproscópicas qualitativas e quantitativas. Os indivíduos positivos recebem Praziquantel dose única no IEC ou nos serviços de saúde da rede municipal para onde são encaminhados. O controle de cura é realizado de 60-90 dias depois da medicação. As tabelas 43 e 44 demonstram a distribuição dos exames parasitológicos de fezes para diagnóstico de Esquistossomose mansônica, geohelmintos e protozoários realizados pelo IEC em 2011 dirigidos à população do Estado do Pará. Em total foram processadas 2.546 amostras de fezes para detecção de parasitas intestinais, 19 colorações específicas para Cryptosporidium spp. e 487 amostras examinadas por método de Kato-Katz. Das 487 amostras processadas por método de Kato-Katz, 20 foram positivas para S. mansoni (4,1%) com uma carga média de 128 ovos/grama de fezes. De 491 amostras fecais examinadas por sedimentação, 120 amostras (24,4%) foram positivas para outros helmintos intestinas. Todos os resultados dos exames parasitológicos de fezes foram comunicados aos pacientes e, em caso de algum resultado positivo, os pacientes foram encaminhados para tratamento adequado. Tabela 43 Quantidade de exames coproscópicos realizados pelo IEC em 2011 Métodos DIRETO Total 2.546 Masc. 1.202 Fem. 1.344 FAUST - Masc - Fem. - SEDIM. 2.546 Masc. 1.202 Fem. 1.344 MIF 47 Masc. 20 Fem. 27 KINYOUN 19 Masc. 1 Fem. 18 Fonte: Seção de Parasitologia/IEC/SVS/MS 89 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 Tabela 44 Diagnóstico da Esquistossomose mansoni realizado peloIEC em 2011 Métodos Jan Fev Marc Abr Mai Jun Jul Ago DIRETO 27 31 13 18 18 29 42 47 Positivo S.m. 6 6 KATO27 31 12 18 18 27 42 46 KATZ Posit. S.m. 2 1 - - Carga Parasitária 40 24 (ovos por grama) SEDIM. 27 31 13 13 Posit. S.m. Outros helm. 10 6 4 4 Total 81 93 38 38 Fonte: Seção de Parasitologia/IEC/SVS/MS Set 53 - Out 68 - Nov 74 - Dez 67 - Total 492 15 53 68 74 67 487 - 2 7 1 1 2 2 1 20 - 192 208 392 328 4 24 40 128 18 9 54 29 3 10 85 42 5 21 126 46 5 139 53 2 20 159 68 7 204 74 16 222 67 5 6 201 491 18 120 b.1.5.2.1 Biologia celular Estuda a interação entre os caramujos (vetor) e Schistosoma mansoni para esclarecer mecanismos de defesa e observar mudanças fisiológicas durante a infecção em diferentes espécies de Biomphalaria. Hemócitos, células de defesa do caramujo, são investigados a nível ultraestrutural e através de técnicas eletrofisiológicas (patch-clamp) ao longo da infecção. Durante o ano foram realizados registros intracelulares como forma de testes do Amplificador Axopatch 200B através dos seguintes testes: a)Teste de ruído elétrico ; b) Teste de compensação da capacitância da pipeta; c) Resultados dos registros intracelulares a partir do registro de células piramidais os quais estão demonstrados na tabela 45. Foram ainda analisados Dosagem do Fator de Crescimento Neuronal (NGF) em 53 ratos (Hooded Lister) e 23 camundongos albinos inoculados com S. mansoni. Este trabalho mostrou que a reação de produção de NGF no SNC ocorre mais rapidamente em modelos resistentes do que nos suscetíveis. Tabela 45 Resultados dos registros intracelulares realizados no IEC em 2011 Parâmetros Biofísicos Média Desvio Padrão Potencial de Repouso (mV) - 56,11 5,16 Limiar de Disparo (mV) - 42,31 2,61 Resistência de Entrada (M ) 530,50 203,58 Frequencia de Disparo (Hz) 31,05 13,00 Amplitude de Disparo (mV) 99,77 12,12 Tempo na Metade da Amplitude (ms) 1,02 0,21 Tempo de Despolarização (ms) 0,41 0,09 Tempo de Repolarização (ms) 0,70 0,17 Constante de Tempo (ms) 47,74 21,82 Fonte: Seção de Parasitologia/IEC/SVS/MS Nota: n = 17 células 90 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 b.1.5.3 Protozooses intestinais O objetivo principal é realizar o diagnóstico de protozooses intestinais humanas por diferentes técnicas tais como Direto, Sedimentação, MIF e Kinyoun, geralmente solicitadas pela rede de saúde pública estadual ou municipal ou particular e serviço médico do IEC (em total 2.612 amostras em 2011, (Tabela 4). Além dos diagnósticos, atende-se aos projetos internos (IEC) e trabalhos de colaboração com outras instituições de pesquisa (UFPA, UEPA, e outras) e parceiros do IEC. Realiza diagnóstico diferencial entre Entamoeba histolytica e E. dispar utilizando ferramentas moleculares e cultivo do protozoário. Foi implantado o dignóstico coproscópico de Cryptosporidium spp., através de coloração específica e por diagnóstico molecular. Ainda em apoio à pesquisa foram realizados 536 exames e 319 exames para elucidação diagnóstica para Entamoeba histolystica, Giardia lamblia e Cryptosporidium spp. b.1.5.3.1 Toxocaríase humana A doença é uma zoonose de difícil diagnóstico direto em humanos. Um ensaio imunoenzimático indireto é aplicado para detecção de anticorpos IgG contra antígenos secretados de Toxocara canis no soro humano (RIDASCREEN Toxocara IgG. Nas tabelas 46 e 47 apresenta-se a quantidade de exames sorológicos para toxocaríase realizadas em 2011. Em total, foram feitos 209 exames sorológicos em 2011 com 88 amostras positivas, 78 negativos e 43 inconclusivos, que corresponde a 42,1%, 37,3% e 20,6%, respectivamente. No período de 2008 a 2011 a demanda de exames solicitados no IEC aumentou de 41 para 209 amostras anuais. Tabela 46 Distribuição Mensal da Toxocaríase (RIDASCREEN Toxocara IgG), 2011 Mês Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Atendidos 29 9 16 14 18 16 24 NA NA 42 NA 41 Masc. 18 5 11 9 9 7 16 NA NA 28 NA 27 130 Total 209 (62,2%) Fonte: Seção de Parasitologia/IEC/SVS/MS Fem. 11 4 5 5 9 9 8 NA NA 14 NA 14 79 (37,8%) Reagente 7 4 4 3 4 7 13 NA NA 23 NA 23 88 (42,1%) Não Reagente 12 3 8 6 10 4 9 NA NA 14 NA 12 Inconclusivo 10 2 4 5 4 5 2 NA NA 5 NA 6 78 (37,3%) 43 (20,6%) Tabela 47 Diagnóstico da Toxocaríase (RIDASCREEN Toxocara IgG) em 2011 Exames 78 Negativo 43 Inconclusivo 88 Positivos Total 209 Fonte: Seção de Parasitologia/IEC/SVS/MS Masc. 36 29 65 130 (62,2%) % 46,2 67,4 73,9 Fem. 42 14 23 79 (37,8%) % 53,8 32,6 26,1 Total 91 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 b.1.5.3.2 Amebiase No Laboratório de Amebíase é realizado o diagnóstico de protozooses intestinais humanas por diferentes técnicas parasitológicas e imunológicas, solicitados pela rede de saúde pública estadual ou municipal ou particular e serviço médico do IEC. Realizou 539 exames em apoio a pesquisa, sendo: 140 para Entamoeba histolytica, 140 para Giardia lambliae 259 para Cryptosporidium sp. Realizou ainda, a elucidação diagnóstica de 319 amostras, das quais 70 para Entamoeba histolystica, 70 para Giárdia lamblia e 179 para Cryptosporidium sp. b.1.5.3.2.1 Cooperação Técnico-Científica com Instituições Parceiras Realiza projetos integrados com outras Seções do IEC e com as seguintes universidades:Universidade Federal do Pará (UFPA), Universidade do Estado do Pará (UEPA), Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) e Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com ênfase em pesquisas epidemiológicas da amebíase, giardíase e cryptosporidiose em humanos e animais. Em parceria coma Secretaria Esatdual de Saúde do Acre, encontra-se em andamento o Projeto: Avaliação epidemiológica, clínica e molecular dos casos de diarréia aguda em crianças atendidas no Hospital da Criança e na Unidade de Pronto Atendimento do II Distrito, Rio Branco, Acre. b.1.5.4 Toxoplasmose Em 2011 o Laboratório de Toxoplasmose deu continuidade às atividades já desenvolvidas, como o apoio laboratorial aos projetos realizados em outras Seções do IEC e ao diagnóstico sorológico em pacientes oriundos de outros municípios do estado do Pará. Além das atividades rotineiras para estudo da toxoplasmose humana, com apoio de estudantes e profissionais do Curso de Medicina Veterinária da UFPA (Campus: Castanhal), foram concluídas as análise sorológicas em animais domésticos (Cães e gatos) e de produção (bovinos) da área metropolitana de Belém. No período de janeiro a dezembro de 2011 foram realizados 4.336 testes sorológicos (RIFI e /ou ELISA), distribuídos conforme tabela 48. Tabela 48 Quantidade de testes sorológicos para pesquisa de Toxoplasmose realizados no IEC em 2011 Seção Jan Fev Mar Abr Mai 5 5 4 2 8 SAPAR 217 214 201 224 285 SAMAM 121 152 180 145 173 SOAMU 1 1 2 SAVIR SABAC 2 2 5 6 4 SAHEP 3 3 2 3 SEVEP 8 3 1 2 MUNICIPIOS* 4 1 3 2 OUTROS** TOCANTINS 110 Proj. UEPA Proj. UFPA.1 Proj. UFPA.2 TOTAL 352 386 396 386 584 Fonte: Seção de Parasitologia/IEC/SVS/MS Nota: * Abaetetuba, Bragança, Novo Repartimento, Salinópolis. ** Clínicas, hospitais e unidades de saúde de Belém. - Sem informação. Jun 3 262 142 7 3 1 4 154 576 Jul 2 34 144 7 1 9 1 198 Ago 11 11 156 2 5 1 79 265 Set 59 7 133 6 3 1 209 Out 68 8 115 1 5 1 16 34 248 Nov 80 4 150 1 2 8 1 5 4 96 351 Dez 5 57 166 1 11 2 2 3 138 385 92 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 b.1.5.4.1 Material biológico produzido Para a RIFI foram produzidos cerca de 10 ml de antígeno íntegro concentrado, a cada dois meses. Para MAD, técnicas sorológicas para diagnóstico de toxoplasmose animal, são produzidos 10 ml de antígeno a cada seis meses. A utilização desses antígenos é somente para demanda própria do laboratório. b.1.5.4.2 Parcerias firmadas para o desenvolvimento de projetos oficiais ou não a) Estudo da Toxoplasmose congênita: Análise sorológica do binômio mãe/neonato. Em parceria com a UEPA e com a colaboração da Santa Casa de Misericórdia do Pará; b) Investigação de Toxoplasmose em Manipuladores de Alimentos (Feirantes) em AnanindeuaPará, em parceria com a Faculdade de Medicina Veterinária UFPA; c) Investigação de Toxoplasmose em Estudantes da Faculdade de Medicina Veterinária da UFPA. b.1.5.4.3 Dificuldades A principal dificuldade para manutenção das atividades de pesquisa e de rotina no Laboratório de Toxoplasmose em 2011 foi a falta de profissionais técnicos efetivos do quadro institucional no referido laboratório. Atualmente, a equipe é composta apenas por um pesquisador efetivo nomeado em novembro de 2011 e dois bolsistas de apoio técnico, que desenvolvem suas atividades apenas no turno da manhã, fato que compromete consideravelmente a rotina do laboratório. b.1.5.5 Malária Pesquisas Básicas O Laboratório de Pesquisas Básicas em Malária abrange as áreas de Parasitos e Entomologia, abordagens essenciais para subsidiar as estratégicas de vigilância, controle e estudos sobre os vetores de malária na região Amazônica. As linhas de atuação são direcionadas para a caracterização dos aspectos da biologia, epidemiologia, diagnóstico e resistência in vitro e molecular dos plasmódios humanos (Plasmodium falciparum e Plasmodium vivax); estudos sobre drogas antimaláricas (qualidade e dosagem de níveis séricos); Avaliação Externa da Qualidade do Diagnóstico Laboratorial da Malária Humana (AEQ-MAL); avaliação de métodos de diagnóstico laboratorial de malária humana e determinação da forma de transmissão, espécies de mosquitos envolvidos na transmissão e índice de infectividade das espécies de mosquitos. Vale ressaltar que este Laboratório é Referência Nacional para a Amazônia quanto ao diagnóstico laboratorial de malária (Memorando nº 298 /CGLAB/DEVEP/SVS/MS, de 21 de julho de 2004). b.1.5.5.1 Exames realizados em apoio a pesquisa b.1.5.5.1.1 Entomologia (Mosquitos Anofelinos) No tabela 49 demonstra-se a quantidade de anofelinos coletados e identificados no laboratório em 2011. Tabela 49 Quantidade de anofelinos coletados e identificados em 2011 Ano Quantidade avaliada (detecção de infecção) Quantidade avaliada (detecção de fonte alimentar) 2011 1.829 - Quantidade de anofelinos coletados e identificados (formas imaturas e adultas) 2.667 Fonte: Laboratório de Pesquisas Básicas em Malária/IEC/SVS/MS 93 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 b.1.5.5.1.2 Parasitos Tabela 50 Demonstrativo dos exames realizados em 2011 Exames Técnica de Gota Espessa (GE) corada pelo método de Walker Teste de Diagnóstico Rápido (TDR) Técnica de Reação em Cadeia mediada pela Polimerase (Nested-PCR) Fonte: Laboratório de Pesquisas Básicas em Malária/IEC/SVS/MS Resultado 1.146 lâminas 150 testes 230 Reações Exames realizados para elucidação diagnóstica Técnica de Gota Espessa (GE) corada pelo método de Walker = 20 testes, Técnica de Reação em Cadeia mediada pela Polimerase (Nested-PCR) = 25 Reações. Investigações de campo realizadas Local Goianésia-PA Porto Velho-RO Goianésia-PA Roraima-RR Goianésia /PA Itaituba/PA Peixe-Boi/PA Goianésia/PA Vitória do Xingu/PA, Senador José Porfírio e Anapu Objetivo da viagem Verificar a situação da malária (número de casos, local de transmissão, etc.), coletar amostra(s) de sangue de pacientes com resultado de Gota Espessa (GE) positiva para Plasmodium malariae detectado neste município e coletar formas adultas e imaturas de mosquitos anofelinos par ao estudo da transmissão de malária neste município. Realizar Bioensaio (prova de garrafas) para determinação da susceptibilidade dos mosquitos anofelinos adultos aos inseticidas. Coletar amostra(s) de sangue de pacientes com resultados de Gotas Espessas (GE) positivas para Plasmodium falciparum e P. vivax detectados neste município, como parte dos projetos de pesquisa intitulados Rede Paraense de Malária e Vigilância da Expressão dos Genes para HRP2 e HRP3 em Plasmodium falciparum na América do Sul: Uma avaliação Prospectiva no Brasil e coletar formas adultas e imaturas de mosquitos anofelinos par ao estudo da transmissão de malária neste município. coletar formas adultas e imaturas de mosquitos anofelinos par ao estudo da transmissão de malária nestes municípios, atividade do projeto Vetores de Malária no Brasil: Genética e Ecologia, financiado pelo NIH. Coletar amostra(s) de sangue de pacientes com resultados de Gotas Espessas (GE) positivas para Plasmodium falciparum e P. vivax detectados neste município, como parte dos projetos de pesquisa intitulados Rede Paraense de Malária e Vigilância da Expressão dos Genes para HRP2 e HRP3 em Plasmodium falciparum na América do Sul: Uma avaliação Prospectiva no Brasil . Coletar amostra(s) de sangue de pacientes com resultados de Gotas Espessas (GE) positivas para Plasmodium falciparum e P. vivax detectados neste município, como parte do projeto de doutorado intitulado Associação de polimorfismos do complexo de genes KIR com infecção por Plasmodium falciparum e Plasmodium vivax em localidades de dois municípios do estado do Pará e do projeto de pesquisa Vigilância da Expressão dos Genes para HRP2 e HRP3 em Plasmodium falciparum na América do Sul: Uma avaliação Prospectiva no Brasil e coletar formas adultas e imaturas de mosquitos anofelinos para o estudo da transmissão de malária neste município, atividade do projeto Vetores de Malária no Brasil: Genética e Ecologia, financiado pelo NIH. Realizar Bioensaio (prova de garrafas) para determinação da susceptibilidade dos mosquitos anofelinos adultos aos inseticidas Coletar amostra(s) de sangue de pacientes com resultados de Gotas Espessas (GE) positivas para Plasmodium falciparum e P. vivax detectados neste município, como parte dos projetos de pesquisa intitulados Rede Paraense de Malária e Vigilância da Expressão dos Genes para HRP2 e HRP3 em Plasmodium falciparum na América do Sul: Uma avaliação Prospectiva no Brasil e coletar formas adultas e imaturas de mosquitos anofelinos par ao estudo da transmissão de malária neste município. Reconhecimento dos locais de coleta nos municípios visitados, referente projeto . Monitoramento da transmissão de malária, leishmanioses e filariose Período 02 e 10.02.2011 15 a 20.05.2011 12 a 17.06.2011 10.06 a 2.07.2011 24 a 30.07.2011 10 a 21.09.2011 03 a 05.11.2011 12 a 17.11.2011 07 a 10.12.2011 Quadro 7 Investigações de campo realizadas pelo Laboratório de Pesquisas Clínicas de Malária em 2011. 94 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 Cooperação Técnico-Científica com Instituições Parceiras Projeto de colaboração entre IEC/SVS/MS (Instituto Evandro Chagas) e CDC (Malaria Branch, Division of Parasitic Diseases Centers for Disease Control and Prevention 4770 Buford Highway Mailstop F-22 Atlanta, GA 30341) consolidado e em execução para detecção das proteínas HRP2 e HRP3 em amostras de sangue total de indivíduos portadores de P. falciparum procedentes do Estado do Pará, Atlanta Geórgia - USA, novembro/2011. b.1.5.6 Doença de Chagas O laboratório de doença de Chagas realiza atendimento de pacientes suspeitos de estarem infectados com o Trypanosoma cruzi geralmente solicitadas pela rede de saúde pública estadual, municipal, particular e serviço médico do IEC, mas também de demanda de projetos de pesquisa no qual o laboratório é colaborador. Para tal, são realizadas as seguintes atividades: a) Testes sorológicos de hemaglutinação (HEMA) e reação de imunofluorescência indireta (RIFI), Quantitative Buffy Coat (QBC); b) Xenodiagnósticos: utilizando triatomíneos provenientes de colônia mantidas no insetário do laboratório, que são alimentados através de um sistema artificial; c) Hemocultura: cultura de parasitos em sistema artificial, para posterior isolamento e criopreservação. Também são realizadas atividades de captura de vetores e reservatórios do T. cruzi em localidades de todo o Estado. Em geral, esse tipo de atividade são realizadas nessas localidades devido à ocorrência de caso(s) ou surtos de doença de Chagas aguda. Desta forma, o resumo numérico das atividades desenvolvidas durante o ano de 2011 é apresentado abaixo: b.1.5.6.1 Exame em humanos Um total de 1.974 pacientes foi atendido nas dependências do laboratório de Chagas no ano de 2011. Deste total, 88 foram positivos para a presença de T. cruzi, detectados utilizando as técnicas convencionais acima descritas. b.1.5.6.1.1 Exames sorológicos No ano de 2011 foram realizadas 1.598 reações de imunofluorescência indireta (RIFI) e 3.607 hemaglutinações (HEMA). b.1.5.6.1.2 Exames parasitológicos Foram utilizados 307 exames utilizando kits QBC, dos quais 54 tiveram leitura positiva. Quanto as hemoculturas, 387 tubos de cultura foram semeados, dos quais 44 se encontram positivos. Das amostras de sangue de pacientes, foram realizados 279 xenodiagnósticos utilizando ninfas de 3° estádio, provenientes das colônias do laboratório, dos quais 29 foram positivos, 208 negativos e 42 ainda estão em andamento. 95 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 b.1.5.6.2 Exames em animais coletados em campo Das duas expedições realizadas foram coletados 30 espécimes, entre marsupiais e roedores. Amostras de sangue destes animais foram coletadas a fim de se verificar a infecção natural por T. cruzi/T. rangeli. Das amostras obtidas dos espécimes coletados na 1ª expedição, foram feitos 23 tubos de hemocultura, dos quais 6 foram positivos, 17 negativos e 3 já foram isolados e criopreservados. Exames de xenodiagnósticos também foram realizados (14), sendo dois positivos, 12 negativos e nenhum isolamento foi obtido. Das amostras da 2ª expedição, foram feitos 16 tubos de hemocultura, e 16 testes de xenodiagnósticos, os quais ainda estão em andamento. b.1.5.6.2.1 Triatomíneos coletados em campo Durante as viagens mencionadas no item 2, coletas de vetores também foram realizadas, totalizando 76 espécimes, dos quais 9 foram positivos, 1 negativo, 47 foram destinados a colonização em laboratório, 19 morreram e 3 isolamentos foram feitos a partir destes espécimes. b.1.5.7 Malária Ensaios clínicos O Laboratório de Ensaios Clínicos em Malária estuda todos os aspectos clínicolaboratoriais e epidemiológicos da malária em nosso Estado, tendo contribuído com estudos meticulosos de avaliação da resposta dos plasmódios aos antimaláricos de uso oficial segundo o Manual de Terapêutica de Malária do Ministério da Saúde do Brasil. Este laboratório, cumprindo com seu papel dentro desta Instituição, colheu e examinou 3.120 (três mil, cento e vinte) lâminas, das quais 260 (duzentas e sessenta) foram positivas, de acordo com a tabela 51, que está relacionando apenas as lâminas realizadas no primeiro dia de atendimento: Tabela 51 Resultado das lâminas examinadas no primeiro dia de atendimento em 2011 Tipo de Malária Quantidade de lâminas P.vivax 232 P. falciparum 20 Infecção mista 08 Fonte: PECEM/IEC/SVS/MS Cumpre ressaltar que sendo a malária uma patologia febril, o sinal clínico febre é o principal motivo pelo qual os pacientes procuram o serviço. Enquanto os pacientes aguardam o resultado do exame parasitológico para malária, os médicos (do quadro efetivo ou colaboradorprojetos de pesquisa) realizam uma anamnese minunciosa e de posse de alguns exames laboratoriais realizados nos serviços de apoio do IEC conseguem diagnosticar e encaminhar para tratamento de diversas patologias, particularmente Febre tifóide, Leishamniose visceral, Dengue, Doença de Chagas, Hepatites B e C, Infecção Urinária, dentre outras. Essa atividade tem permitido não somente prestar assistência à população (em sua grande maioria carente de recursos sociais e econômicos) como tem permitido comparar manifestações clínicas comuns à malária e outras patologias, ao mesmo tempo em que possibilita diagnosticar co-infecções, que muitas vezes modificam o curso clínico da malária, com possível interferência na resposta terapêutica. A parceria que desse modo se estabelece entre os diversos serviços do IEC, inclusive com o Laboratório de Análises Clínicas é a nosso ver, de fundamental importância pois desse modo os esforços são 96 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 canalizados, com reflexos positivos na qualidade do atendimento prestado, com economia de recursos humanos e material. Em 2011, o IEC procurou sempre alcançar os objetivos para os quais foi criado, apesar das dificuldades como as deficiências de pessoal qualificado (ex. médicos, laboratoristas...), de orçamento, e de equipamentos. Com relação a pessoal, o Laboratório recebeu uma médica infectologista para contribuir com a elucidação diagnóstica da malária, com o tratamento e acompanhamento do paciente. A falta de um banco de dados adequadamente organizado, que há muito vínhamos pleiteando já está sendo implantado no Laboartório, ainda em fase de adaptação. A principal ação do Laboratório de Ensaios Clínicos em Malária (PECEM) está centrada no atendimento ao paciente portador de malária para realização de diversas pesquisas clínicas com apoio laboratorial, técnicas de biologia molecular e imunologia. Os benéficos são obtidos de imediato, na instituição do tratamento e a médio e curto prazo revelando o efeito terapêutico das drogas utilizadas bem como os eventuais efeitos colaterais com os resultados das pesquisas divulgadas em eventos científicos, em publicações (teses, dissertações). Indiretamente, há também a considerar a satisfação de nossos pacientes, ao ter seu diagnóstico estabelecido, num atendimento realizado por uma equipe que busca a humanização na relação com o paciente. Os objetivos são atingidos pelo trabalho conjunto da equipe com apoio da direção do IEC, sempre que solicitada. Em nosso entendimento, cumprimos com nossa meta: Ensaios clínicos e terapêuticos em malária, através do recebimento e seleção de casos de malária de diversas localidades da Região Amazônica e mesmo de garimpos situados em Paises limítrofes, ratificando a idéia de que a pesquisa sobre o tema deva ser realizada in vivo com o apoio dos estudos in vitro. Por ter contato diretamente com os pacientes com malária, impõe-se seu tratamento e acompanhamento, bem como o rastreamento de patologias febris em pacientes que procuram o serviço. Para a execução de nosso objetivo é fundamental a equipe do laboratório, pois é a partir do diagnóstico microscópico confirmativo de malária que o paciente é convidado a ingressar em nossas pesquisas. O laboratório de diagnóstico microscópico de malária possui atualmente dois microscopistas capacitados na função que exercem, cedidos pela Secretaria Municipal de Saúde do Município de Belém e oriundos da FUNASA por ocasião da descentralização, sendo igualmente capazes de realizar outros diagnósticos de interesse, como o encontro do Tripanosoma cruzii, agente etiológico da doença de Chagas que vem determinando importante morbimortalidade no Estado do Pará. Participam também no acompanhamento dos pacientes, ao realizar o controle do número de parasitas por mm3 de sangue nas sucessivas vindas do paciente durante a realização do tratamento e do controle de cura. Não menos importante, são os Agentes de Saúde, igualmente cedidos pela Secretaria Municipal de Saude de Belém ,que registram os dados dos pacientes nas fichas de notificação do Sistema de Vigilância da Malária Ministério da Saúde (Sivep Malária) e realizam um inquérito preliminar para verificar o possível local de infecção do caso de malária. O atendimento clínico é realizado por médicos com o apoio de uma agente de saúde, que realiza a coleta de exames de apoio diagnóstico e no preenchimento das fichas de coleta de dados. É nessa oportunidade que os dados clínicos e terapêuticos, dentre outros, são consolidados Em ambos os setores, é freqüente a presença de estudantes de graduação ou de pósgraduação que auxiliam a equipe do PECEM, ao mesmo tempo que adquirem e compartilham conhecimentos. 97 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 A equipe do PECEM não mede esforços para elucidar o diagnóstico do paciente febril e investigar co-infecções que possam estar influenciando no curso evolutivo da malária. Nesse particular conta com o apoio de vários setores do IEC, numa parceria que é de todo benéfica para a Instituição que cada vez mais se firma como um Centro de Referência não somente para a comunidade científica, mas para o público em geral, que pelo pagamento de seus impostos e tributos é responsável por grande parte das verbas destinadas à Instituição pelo governo federal. As parcerias com as instituições de ensino superior também contribuíram para o cumprimento dos objetivos, com a participação de seu corpo discente em estágios, de docentes em atividades de pósgraduação ou mediante fomento. Sobre este último item citam-se as verbas obtidas junto à Sectam para o desenvolvimento de uma pesquisa científica sobre malária e outras co-infecções na gravidez (tese de doutoramento), junto à Universidade do Estado do Pará (trabalho científico), junto à Universidade Federal do Pará (dissertação de mestrado), junto à Fiocruz (tese de doutoramento) e junto a Universidade Federal de São Paulo ( tese de doutorado ). Um total de 3.120 lâminas examinadas pelo PECEM no ano de 2011 é prova incontestável de que a população sabe onde buscar um diagnóstico confiável de malária e consequentemente o tratamento. Em geral, mostra-se disposta a colaborar nos ensaios clínicos e terapêuticos, sendo-lhes fornecidos os resultados de exames laboratoriais que possam ser úteis para o entendimento de sua patologia. Os gastos financeiros no PECEM foram relacionados às atividades desempenhadas e constaram sobretudo de material de consumo. O material permanente adquirido foi para dar viabilidade à execução das atividades de rotina. Houve também despesas relacionadas à capacitação dos servidores, em viagens para realização de testes imunológicos não realizados no IEC com vistas a finalizar os resultados de tese de doutoramento e também para o aprimoramento do conhecimento em eventos científicos relacionados à malária. b.1.5.8 Leishmanioses As atividades de rotina dizem respeito aos exames laboratoriais realizados em demanda espontânea de indivíduos que procuram o laboratório de leishmanioses do IEC para diagnóstico das leishmanioses tegumentar (leishmaniose cutânea) ou visceral ( kalazar ). Desse modo, em se tratando da leishmaniose tegumentar, foram atendidos, no ano de 2011, 228 indivíduos portadores de sinais clínicos da doença, cujos resultados revelaram 106 (46.5%) casos positivos, com freqüência de 67 (63.2%) casos diagnosticados através de exame parasitológico e imunológico (reação intradérmica de Montenegro = RIM); 27 (25.5%) através somente do exame parasitológico; e 12 (11.3%) através somente do exame imunológico (RIM). Portanto, com média de 8.8 casos/mês. Em relação à leishmaniose visceral ou kalazar , foram atendidos 425 indivíduos com sinais e sintomas sugestivos dessa protozoose, cuja reação sorológica de imunofluorescência indireta (IgG) confirmou o diagnóstico da doença em 115 (27%) indivíduos examinados, com média de 9.5 casos/mês. Além dos casos humanos, foram realizados também 149 atendimentos de cães com sinais clínicos suspeitos de leishmaniose visceral canina, cuja reação sorológica de imunofluorescência indireta (IgG) confirmou o diagnóstico da doença em apenas 8 (5.5%) cães. Com respeito às atividades de pesquisa, faz-se importante salientar o trabalho que vem sendo realizado em parceria com as secretarias de saúde dos municípios de Bujarú e Barcarena, onde estão sendo realizados dois projetos de pesquisa, visando entender não só a dinâmica, como também, o comportamento da infecção humana e canina, respectivamente, por Leishmania (L.) chagasi, o agente da leishmaniose visceral nesses dois hospedeiros. Assim sendo, o Laboratório de Leishmanioses realizou no período de agosto-outubro/2011 um inquérito epidemiológico na área de abrangência da localidade Tracuateua, no município de Bujarú, período no qual foram examinados 98 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 1.144 indivíduos, a partir de um ano de idade, residentes na referida área, pertencentes a 291 famílias (média de 3.9 indivíduos/família), aos quais foram realizadas as provas da reação de imunofluorescência indireta (IgG-RIFI) e reação intradérmica de Montenegro (RIM), visando o diagnóstico da infecção humana por L. (L.) chagasi. Desse modo, esses testes laboratoriais, RIFI e RIM, possibilitaram diagnosticar 149 pessoas portadoras da infecção pela L. (L.) chagasi, o que representa uma taxa de prevalência da infecção de 13% na área do estudo. Além disto, faz-se importante salientar ainda, que, felizmente, não foi diagnosticado nenhum caso grave da infecção, ou seja, nenhum caso de leishmaniose visceral ou kalazar em atividade. Entretanto, foram confirmados 8 (5.4%) casos com história recente da leishmaniose visceral (até dois anos atrás), que já haviam sido tratados e que não apresentavam mais sinais da doença. Desse modo, além destes 8 casos que já tinham feito tratamento para a doença, foram diagnosticados, ainda, 141 (94.6%) casos da infecção assintomática, dos quais, 32 (21.5%) eram casos recentes da infecção. Em adição ao inquérito humano, foi realizado ainda no município de Bujarú, localidade Tracuateua, um inquérito entomológico, no período de 05 a 10/12/2011, com objetivo de verificação da fauna flebotomínica e de pesquisa de infecção natural por Leishmania sp. Foram coletados 699 flebotomíneos (482 machos e 217 fêmeas) de 10 espécies diferentes, sendo três espécies (Lutzomyia longipalpis, Lutzomyia antunesi e Lutzomyia flaviscutellata) consideradas vetoras de leishmanioses. Entretanto, nenhuma infecção natural foi encontrada nesse material. O outro inquérito epidemiológico foi realizado na localidade Santa Maria, no município de Barcarena, onde foram examinados, através da RIFI (IgG) e RIM, 285 cães, visando o diagnóstico da infecção. Do total examinado, foi confirmada a infecção em 90 cães, com prevalência de 31.6%, sendo 85 (29.8%) pela RIFI e 5 (1.8%) pela RIM. b.1.5.9 Imunologia O Laboratório de Imunologia abriga atividades relacionadas a epidemiologia e imunologia aplicada às leishmanioses. Em 2011, deu-se continuidade às pesquisas em dois municípios do oeste do Pará (Santarém e Juruti), onde é significante a degradação ambiental pelo acelerado processo de ocupação e transformações ambientais: os estudos sobre epidemiologia molecular da Leishmaniose Tegumentar objetivam elucidar a distribuição geográfica das espécies e a diversidade genética interespecífica, além de investigar associações entre agente etiológico, aspectos clínicos da Leishmaniose Tegumentar e resposta ao tratamento. O tema é objeto de uma dissertação de Mestrado e uma tese de Doutorado. As pesquisas sobre Leishmaniose Visceral são centradas na identificação e caracterização das áreas de risco para futuras intervenções e incluem estudos de entomoepidemiologia, soroepidemiologia e diagnóstico da infecção humana e canina. Uma pesquisa sobre Leishmaniose Visceral conduzida pela equipe do Laboratório de Imunologia no município de Barcarena foi concluída em 2011. Neste mesmo ano, um outro tema foi também abordado pelo grupo tracoma, uma doença ocular que causa cegueira dada a necessidade de atender às demandas regionais. A pesquisa sobre Tracoma foi realizada no Estado do Amapá e finalizada em 2011. Os resultados dos estudos conduzidos em Barcarena (Leishmaniose Visceral) e no Amapá (tracoma) geraram bases para o planejamento de ações de vigilância e controle dessas doenças nas respectivas áreas e foram objeto de dissertações de mestrado em um Programa de Mestrado Profissional da Fiocruz. Um interesse recente é o estudo da Ehrlichiose canina, haja vista a semelhança da doença com a leishmaniose visceral canina. O tema é objeto de uma dissertação de mestrado já em curso. Algumas das principais atividades realizadas em 2011 estão elencadas abaixo: 99 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 b.1.5.9.1 Realizações a) Epidemiologia molecular Leishmaniose tegumentar (Juruti e Santarém) - Identificação de espécies causando leishmaniose tegumentar nos municípios de Juruti e Santarém, localizados no oeste do Estado do Pará - Introdução de novas técnicas para o diagnóstico molecular da LT (novos oligonucleotídeos e PCR-RAPD) - Isolamento de Leishmania de amostras de pele de pacientes suspeitos de LTA de Juruti e Santarém b) Estudos epidemiológicos com uso de base de dados e geoprocessamento - Leishmaniose visceral (Barcarena) - SINAN - Tracoma (Amapá) - SINAN - Leishmaniose tegumentar (Santarém) dados primários c) Conclusão do monitoramento entomológico de L. longipalpis em Juruti b.1.5.9.2 Resultados Alcançados b.1.5.9.2.1 Projetos Leishmaniose visceral em Barcarena Perfil epidemiológico recente da LV em Barcarena (2004 a 2008) e principais áreas de risco descritas para orientar ações de vigilância e controle. Ocorreram 201 casos novos de LV no período, mas com redução anual do coeficiente de incidência por 100 mil habitantes, respectivamente: 76,8; 82,3; 55,2; 27,0 e 25,6 (p<0,0001). A taxa de letalidade foi zero, exceto em 2007 (4,2% = 1 óbito). Os meses com maior número de novas ocorrências foram dezembro (23), janeiro (24) e maio (26) em relação aos demais (12 a 20) no período. Crianças menores de 05 anos, do sexo masculino e da zona rural foram mais atingidas (p<0,05), mas a proporção anual de casos novos nos extremos de idades (<5 e >60) também reduziu (p<0,05). A confirmação laboratorial de LV prevaleceu sobre o diagnóstico clinico-epidemiológico isoladamente. Em 2004, confirmou-se a maioria dos casos pelo exame parasitológico direto (60%) e o restante pela Imunoflourescência indireta - IFI (40%). A partir de 2005 ocorreu o inverso e a IFI confirmou a maioria dos casos novos (2005: 54%; 2006: 71%; 2007: 86% e 2008: 90%). Houve registro de esquemas de tratamento com período menor ou maior do que o recomendado pelo Ministério da Saúde nos 05 anos (30%). A análise de Kernel revelou circuitos de produção de casos de LV no centro e norte de Barcarena, abrangendo as localidades Santa Maria, Bacuri e Araticu, zona rural de floresta densa e estradas antropizadas, assim como a localidade de Aipi e áreas limites da sede urbana. Leishmaniose visceral em Juruti Monitoramento entomológico de L. longipalpis em áreas de transmissão (interface urbano rural): Foi concluído em junho de 2011 e é parte de uma tese de doutorado. 100 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS 3000 Relatório de Gestão/2011 L. longipalpis Outras espécies Preciptação 800 Número de Flebotomíneos A 600 2000 500 1500 400 300 1000 200 500 100 0 ju l/0 ag 9 o/ 09 se t/0 9 ou t/0 9 no v/ 09 de z/ 09 ja n/ 10 fe v/ 10 m ar /1 0 ab r/1 0 m ai /1 0 ju n/ 10 ju l/1 ag 0 o/ 10 se t/1 0 ou t/1 0 no v/ 10 de z/ 10 ja n/ 11 fe v/ 11 m ar /1 1 ab r/1 1 m ai /1 1 ju n/ 11 0 Preciptação Mensal Acumulada (mm) 700 2500 3000 800 Número de Flebotomíneos B 600 2000 500 1500 400 300 1000 200 500 Preciptação Mensal Acumulada (mm) 700 2500 100 0 ju l/0 ag 9 o/ 09 se t/0 9 ou t/0 9 no v/ 09 de z/ 09 ja n/ 10 fe v/ 10 m ar /1 0 ab r/1 0 m ai /1 0 ju n/ 10 ju l/1 ag 0 o/ 10 se t/1 0 ou t/1 0 no v/ 10 de z/ 10 ja n/ 11 fe v/ 11 m ar /1 1 ab r/1 1 m ai /1 1 ju n/ 11 0 Meses Figura 20 Número de flebotomíneos capturados nas localidades Paraense (A) e Santa Maria (B), de julho de 2009 a junho de 2011, e os índices de precipitação pluvial para o mesmo período no município de Juruti, Pará. Tracoma no Amapá Aspectos epidemiológicos do tracoma em escolares descritos nos municípios do estado do Amapá (15/16) com índice de desenvolvimento humano abaixo da média nacional. Utilizaram-se os dados do inquérito epidemiológico nacional de tracoma, ocorrido no estado entre maio e setembro de 2007. As prevalências e taxas de detecção do tracoma foram calculadas por município na amostra de escolares (n= 6766) e o perfil epidemiológico composto com as variáveis disponíveis no banco de dados: sexo, idade e zona de localização das escolas. O 2 da independência, testes binomial (duas proporções) e G (Williams) detectaram diferenças entre os grupos. Investigou-se a associação entre prevalência do tracoma e variáveis socioeconômicas dos municípios (Pearson): IDH, densidade demográfica, renda per capta, percentual de pessoas dispondo de água encanada, de coleta de lixo e analfabetos maiores de 25 anos. Uma análise geoestatística (Kernel) identificou aglomerados de casos prevalentes. Houve especial referência ao município com a mais alta prevalência. O tracoma folicular, única forma diagnosticada nos escolares, ocorreu em 100% dos municípios. A prevalência no Amapá foi de 6%. Observou-se maior e menor prevalência da doença nos municípios de Santana (10,3%) e Vitória do Jari (1,3%), respectivamente. A taxa de detecção do tracoma foi mais elevada em indivíduos do sexo feminino, da zona rural e entre 5 e 9 anos de idade. Houve associação positiva moderada entre prevalência do tracoma e o percentual de pessoas em domicílios com água encanada. Em Santana, os bairros que apresentaram as maiores prevalências foram Centro, Paraíso e Área Portuária. 101 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 Leishmaniose tegumentar em Santarém Os dados abaixo são objeto de um manuscrito em fase de redação que será enviado brevemente para publicação em revista indexada. Tabela 52 Perfil demográfico, clínico e diagnóstico etiológico de 61 casos de leishmaniose cutânea entre pacientes atendidos no Centro de Controle de Zoonoses de Santarém, de 27/01/2010 a 13/07/2011 Dados Número Frequência (%) masculino 51 84 feminino 10 16 61 100 Sexo Número Frequência (%) única 39 64 múltiplas 21 34 Lesão (número) NI* Idade (anos) 1 2 61 100 Lesão (tipo) 10 | | 18 7 11 ulcerosa 37 60,5 19 | | 27 17 28 placa 3 5 28 | | 36 20 33 papulosa 1 1,5 37 | | 45 12 20 NI 20 33 46 | | 54 2 3 61 100 55 | | 63 3 5 61 100 Tempo de doença (meses) Lesão (localização) 0,6 | | 1 12 20 membros inferiores 31 51 1,1 | | 2 15 24,5 membros superiores 11 18 2,1 | | 3 9 15 superiores e inferiores 5 8 3,1 | | 4 5 8 cabeça 2 3 4,1 | | 5 1 1,5 tronco 3 5 5,1 | | 6 1 1,5 NI 9 15 6,1 | |12 3 5 NI 15 24,5 61 100 61 100 Gênero Leishmania 23 38 Subgênero Viannia 17 28 Procedência Etiologia** PARÁ (municípios) Alenquer 1 2 Anapu 1 2 Belterra 7 11 Novo Progresso 2 3 L. (V.) braziliensis 12 20 Placas 2 3 L. (V.) lainsoni 3 5 Prainha 14 23 L. (V.) naiffi 2 3 Santarém 32 52 L. (L.) amazonensis 4 6 1 2 61 100 AMAZONAS (município) Itaquatiara GUIANA FRANCESA (área NI) Garimpo 1 2 61 100 Fonte: Laboratório de Imunologia/SAPAR/IEC Nota: *NI = Não identificado; **Determinada pelas PCRs : SSUr e G6PD; RFLP de ITs e Hsp70_234; 102 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 b.1.5.9.2.2 Número de Exames Realizados em Apoio à Pesquisa em 2011 Tabela 53 Número de exames realizados em 2011 para o diagnóstico etiológico da leishmaniose tegumentar por meio de métodos parasitológicos e moleculares em 76 amostras de pele de indivíduos com lesão suspeita de LT Exames Cultura PCR SSUrDNA PCR G6PD PCR ITs PCR hsp70 Total Santarém 50 57 30 70 70 277 Juruti 14 14 11 6 6 51 Total 64 71 41 76 76 328 Fonte: Laboratório de Imunologia/SAPAR/IEC Número de flebotomíneos identificados em 2011 (monitoramento entomológico) Flebotomíneos capturados: 1.403; Espécies identificadas na amostra: 25 b.1.6 Ações de estudos ambientais Os estudos ambientais são realizados pelo IEC, através da Seção de Meio Ambiente SAMAM, criada em 1992 para desenvolver estudos de saúde humana e ambiental na Amazônia brasileira. Ao longo de seus 20 anos, a Seção já trabalhou, em quase todos os estados da região e no estado do Pará tem trabalhado de forma permanente. Atua em diversas linhas de pesquisa que são: Estudos da exposição ao Mercúrio em populações Amazônicas residentes em áreas impactadas e em áreas Controle; Impactos Ambientais e Saúde nos processos Industriais e Minerários; Microorganismos, Meio Ambiente e Saúde; Citogenética Humana. Fazem parte da Seção de Meio Ambiente os seguintes laboratórios: Toxicologia, Microbiologia ambiental, Virologia, Cultura de Tecidos, Biologia molecular e Físico-Química de água, além dos setores de apoio como esterilização, epidemiologia, atendimento e secretaria que em conjunto possibilitam a execução dos trabalhos, cumprindo com a meta estabelecida em cada seguimento do processo de pesquisa e execução das ações. b.1.6.1 Linhas de Pesquisa b.1.6.1.1 Estudos da exposição ao mercúrio em populações amazônicas em áreas impactadas e em áreas controle b.1.6.1.1.1 Avaliação Continuada das Crianças da Região do Tapajós Quanto a Exposição ao Mercúrio, Itaituba-Pa Este estudo é um prosseguimento da pesquisa inicial com mães e recém-nascidos da região do Tapajós, atendidos em maternidades da cidade de Itaituba, Pará, na primeira metade da década de 2000. Nesta etapa, o estudo foi realizado em parceria com o Instituto de Estudos de Saúde Coletiva-IESC/UFRJ, em 94 escolares da cidade de Itaituba que haviam participado da pesquisa inicial, os quais foram avaliados em 2010, quanto à exposição ao mercúrio (níveis de mercúrio em cabelo), epidemiologia da exposição e os limiares auditivos das crianças expostas. Em 2011, foram concluídas as análises de dados do estudo e apresentada tese de doutorado no IESC/UFRJ sobre possíveis impactos da exposição ao Hg nos limiares auditivos dos escolares, tendo sido submetidos artigos a periódicos indexados. 103 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 b.1.6.1.1.2 Impactos do Mercúrio na Saúde de Populações Amazônicas: Implicações para a Vigilância em Saúde Ambiental Esta pesquisa tem abrangido grupos populacionais expostos ao mercúrio na bacia do rio Tapajós. No âmbito da Cooperação com a JICA e Núcleo de Medicina Tropical/UFPA, foi visitada em 2010 a comunidade Barreiras, Itaituba, Pará, objetivando a avaliação epidemiológica, clínica e exposição ao mercúrio em uma amostragem de 104 indivíduos, cujas análises laboratoriais foram concluídas em 2011. b.1.6.1.2 Impactos ambientais e saúde nos processos industriais e minerários b.1.6.1.2.1 Interações de Vigilância Ambiental em Saúde na Área Industrial e Portuária dos municípios de Abaetetuba e Barcarena O IEC vem desenvolvendo nos últimos anos estudos sistemáticos para acompanhamento dos impactos gerados pelas atividades minero-industriais na Amazônia e conseqüentes riscos a saúde. Suas principais pesquisas e objetivos são apresentadas abaixo relatando-se as atividades desenvolvidas no ano de 2010. A partir do projeto Avaliação da qualidade das águas superficiais de duas drenagens localizadas nas proximidades do Porto de Vila do Conde considerando as condições sócioeconômicas, ambientais e da qualidade de vida da população residente no município de Barcarena, o IEC passou a desenvolver desde 2007 estudos dos impactos das atividades industriais em ecossistemas aquáticos do município de Barcarena. Em 2010 este estudo foi abrangido pelo Programa Barcarena, envolvendo os municípios de Barcarena e Abaetetuba, a partir da assinatura do Termo de Ajuste de Conduta (Procedimento n°001/2007-MP/1ªPJB), assinado entre o Ministério público do Pará e a empresa Rio Capim Caulim S/A, tendo como intervenientes o Instituto Evandro Chagas e o Instituto Internacional de Educação do Brasil. O Programa visa o monitoramento ambiental e avaliação da saúde de comunidades adjacentes à área industrial e portuária, bem como comunidades controle. No ano de 2011 foram realizadas 04 (quatro) viagens nos meses de Fevereiro, Maio, Agosto e Novembro para coleta de amostras ambientais (água superficial, material em suspensão e sedimentos de fundo) nas drenagens estudadas. Nas amostras coletadas serão realizadas análises físico-químicas, e determinação dos teores de metais pesados. Em cada viagem são coletados amostras em 06 pontos nos igarapés Curuperê, Dendê, Arrozal, Murucupi, Arienga, Arapiranga, Guajará do Beja, São Francisco e 10 pontos no Rio Pará. Além disso, nos meses de março, junho e setembro foram realizadas coletas de água de consumo em comunidades localizadas no município de Barcarena e Abaetetuba. Qualidade da água de consumo Em 2011, no âmbito do Programa Interações de Vigilância Ambiental em Saúde na Área Industrial e Portuária dos municípios de Abaetetuba e Barcarena-PA os Laboratórios de Microbiologia Ambiental, Físico-química da água e Espectrometria Analítica realizaram ações no sentido de avaliar a qualidade da água consumida pela população de 11 comunidades nos municípios de Barcarena e Abaetetuba, Pará. Em Barcarena as amostragens foram realizadas nas seguintes localidades: Vila do Conde Distrito, Bairro Industrial, Bairro Canaã, Ilha São João, Itupanema, Laranjal, Curuperê, Comunidade Burajuba e Ilha de Trambioca. Em Abaetetuba: Vila de Beja e Comunidade Maranhão. Utilizou-se como critério para amostragem as considerações da Portaria no 518 do Ministério da saúde de 25 de março de 2004. As amostras de água foram coletadas diretamente dos locais utilizados para armazenamento da água nos domicílios antes do consumo (Potes de barro, Filtros, vasilhames na geladeira, entre outros), 104 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 em poços individuais e amostras da rede de abastecimento coletivo de água nos locais em que existia tal estrutura. Um total de 827 amostras foram coletadas perfazendo um total de 21.502 análises realizadas. Em 783(94,6%) amostras a água estava fora dos padrões preconizados pela legislação vigente (Portaria nº 518/04/MS), considerando pelo menos uma das variáveis analisadas (pH, Temperatura, Condutividade, Sólidos Totais Dissolvidos, Salinidade, Turbidez, Sólidos Totais Solúveis, Cor, Cloro Livre, Fluoreto, Cloreto, Nitrito, Nitrato, Nitrogênio Amoniacal, Sulfato, Dureza ,Coliformes Totais, Coliformes Termotolerantes, E.coli, Alumínio, Bário, Cromo, Cobre, Ferro, Manganês e Zinco). Qualidade da água superficial Dando continuidade as ações do Programa Interações de Vigilância Ambiental em Saúde na Área Industrial e Portuária dos municípios de Abaetetuba e Barcarena-PA os Laboratórios de Microbiologia Ambiental, Físico-química da água e Espectrometria Analítica realizaram a coleta e análise de amostras de água superficial de 9 drenagens dos referidos municípios. Em Barcarena as amostragens foram realizadas nas seguintes drenagens: Furo do Arrozal, Murucupi, Curuperê, Dendê, São Francisco e Rio Pará. Em Abaetetuba: Arapiranga, Arienga e Guajará do Beja. Utilizou-se como critério para amostragem e discussão dos resultados a Resolução CONAMA nº357/2005. Foram realizadas quatro campanhas de amostragem em 2011: fevereiro, maio, agosto e novembro. Um total de 408 amostras foram coletadas nas marés vazante e enchente nas referidas drenagens dos dois municípios, sendo analisadas as variáveis pH, temperatura, Condutividade Elétrica (CE), Sólidos Totais Dissolvidos (STD), salinidade, Oxigênio Dissolvido (OD), turbidez, Sólidos Totais Suspensos (STS), cor verdadeira, Demanda Química de Oxigênio (DQO), Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO), N-Amoniacal, N-Nitrito, N-Nitrato, Fosfato, Sulfato, Fluoreto, Dureza, Alcalinidade Total , Alumínio, Bário, Cromo, Cobre, Ferro, Manganês e Zinco sendo 10.608 análises mrealizadas. Utilizando-se como critério de enquadramento conforme a legislação pertinente para águas doces classe 2, observou-se que as variáveis que geralmente estiveram em desacordo com os padrões estabelecidos pela Resolução CONAMA nº357/2005 foram: pH, OD, cor verdadeira e DBO, sendo que, no rio Pará estes valores foram registrados próximo da área central de amostragem, isto é, nos pontos de amostragem intermediários próximos da área portuária de Barcarena/PA. Nas outras drenagens menores estes valores foram registrados nos pontos de amostragem próximos das nascentes destes corpos hídricos. Os compostos Orgânicos Voláteis (COVs) representam uma classe de substâncias caracterizadas principalmente pela alta volatilidade em condições ambientais. Um dos principais subgrupos desses poluentes é os denominados BTEX, formados por benzeno, tolueno, etilbenzeno e m-, p-, o-xileno. O BTEX é amplamente usado em indústrias de impressão, tintas, resinas e borrachas sintéticas. As principais fontes de COVs, bem como BTEX, para ambientes aquáticos são efluentes oriundos das atividades urbanas e industriais, acidentes em procedimentos de extração, transporte e transformação de combustíveis fósseis, intensa atividade de embarcações, além das fontes naturais, petrogênicas e biogênicas. Os efeitos carcinogênicos e a elevada toxicidade do BTEX motivam estudos da distribuição desses contaminantes em ambientes aquáticos. A contaminação de rios por esses compostos orgânicos voláteis pode ocorrer por descarga direta ou por lixiviação de lixo químico depositado ao longo do rio. Os BTEX são classificados como poluentes prioritários pela Agência Americana de Proteção Ambiental (EPA) e estão entre os principais contaminantes das águas. E devido à alta toxicidade, representam um risco à saúde humana e animal. Este estudo tem como objetivo avaliar a concentração e a distribuição do BTEX nas drenagens localizadas nos municípios de Barcarena e Abaetetuba, Estado do Pará. 105 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 Foram coletadas 48 amostras de água em frascos de vidro âmbar e preservados a ±4º C até o momento das análises. As amostras eram procedentes de sete drenagens dos municípios de Barcarena e Abaetetuba. A tabela 54 mostra os resultados obtidos nas drenagens estudadas. Tabela 54 Resultados em µg/L de BTEX em amostras de água superficial Drenagem Benzeno Tolueno Arienga < LD 10,3 Arapiranga 17,13 12,95 Arrozal < LD 21,50 Dendê 9,65 16,94 Guajará do Beja 7,74 10,40 Murucupi < LD 22,36 São Francisco 6,38 13,60 Fonte: SAMAM/IEC/SVS/MS Etilbenzeno < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD Xileno < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD O limite de detecção dos analitos foi de 0,5 µg/L de benzeno e 1,0 µg/L para os demais compostos. Não foram encontrados resíduos de etilbenzeno e xilenos nas amostras analisadas, o que mostra que elas podem ter sido volatilizadas ou estão em valores abaixo do limite de detecção do método. Foram encontrados resíduos de benzeno nas drenagens dos rios Arapiranga, Dendê, Guajará do Beja e São Francisco em limites acima do que é preconizado na Resolução CONAMA 357/2005 (5 µg/L) . Foram encontrados resíduos de tolueno em todas as amostras analisadas em valores abaixo do que o valor recomendado pela Resolução CONAMA 357/2005 (300 µg/L). Os valores encontrados de benzeno requerem um monitoramento contínuo nos rios estudados, pois ele é uma substância com potente ação carcinogênica e devido a esta alta toxicidade pode representar risco a saúde humana e animal. b.1.6.1.2.2 Estudo da poluição atmosféricas das áreas industriais e portuárias do município de Barcarena Este projeto participa da rede do Instituto Nacional de Análise Integrada de Risco Ambiental (INAIRA) desde a aprovação deste Instituto pelo CNPQ em janeiro de 2009 e tem como um principal fortalecer a Vigilância Ambiental em Saúde no monitoramento do impacto da poluição atmosférica na saúde humana em áreas sem sistemas de monitoramento convencionais. O acréscimo das concentrações atmosféricas de substâncias químicas é responsável por danos na saúde, e a sua deposição no solo e ar, nos vegetais e nos materiais, causa redução da produção agrícola, danos nas florestas, degradação de construções e obras de arte e, de uma forma geral, origina desequilíbrios nos ecossistemas. Esta emissão de poluentes na atmosfera vem nos últimos tempos alterando significativamente, além do meio ambiente, a saúde do homem. Os bioindicadores naturais são atualmente, reconhecidos como excelentes indicadores de efeitos citogenéticos ocasionados por substâncias químicas presentes no ambiente. De maneira geral, as plantas são mais sensíveis a poluição que os animais, incluindo o homem, e, portanto, estudos sobre os efeitos dos poluentes sobre os vegetais fornecem importantes subsídios para os programas de controle da poluição do ar. Para desenvolver esse estudo selecionou-se a espécie Tradescantia pallida (Rose) D. R. Hunt, da família Commelinaceae, comumente encontrada em canteiros e jardins, pode ser utilizada como indicativo do nível de concentração de poluentes oxidantes, através da contagem de micronúcleos, que se separam caso a planta esteja sob efeitos de poluentes. Pesquisas sobre Tradescantia pallida referem-se às alterações anatômicas ao nível da lâmina foliar (espessura do mesófilo, da hipoderme, índice estômato e camada epicuticular), sob a ação de luz em várias intensidades. Os resultados obtidos sugerem que a espécie tem uma grande capacidade de adaptação, podendo colonizar diferentes ambientes, desenvolvendo-se sob luz forte, bem como em lugares sombrios. 106 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 Este estudo tem como objetivo realizar um estudo da qualidade do ar com utilização da espécie Tradescantia pallida, como bioindicador ambiental na região metropolitana de Belém, através do teste de micronúcleo e da técnica de fluorescência de Raio X, para ser utilizado como fortalecimento do Programa de Vigilância em Saúde de Populações Expostas à Poluição do Ar (VIGIAR) do Ministério da Saúde. As mudas da espécie Tradescantia Pallida foram cultivadas em canteiros de residências nas comunidades de D. Manoel e Bairro Industrial, na Vila dos Cabanos, município de BarcarenaPa. Foram selecionados três pontos de amostragem, incluindo o controle. Os valores encontrados de % de micronúcleos (MCN) após a exposição inicial das plantas no ambiente foram de 0,5% de MCN (mínimo) a 2% de MCN (máximo), valores considerados normais, de acordo com os padrões estabelecidos na literatura especializada. Na análise por Espectrometria de Fluorescência de raio-X, foi possível fazer o levantamento dos possíveis elementos químicos concentrados nas folhas da espécie Tradescantia pallida através do uso da técnica FRX. Os elementos químicos encontrados nas folhas de Tradescantia pallida foram: S, K, Ca, Fe, Sr, Si, P, Zn e Mn. As figuras 21, 22 e 23 mostram os resultados obtidos. Figura 21 Análise de macroelementos encontradas nas folhas de T. pallida Figura 22 Análise de metais encontrados nas encontrados nas folhas de T. pallida por FRX Figura 23 Análise de metais encontrados nas folhas de T. pallida Os resultados demonstraram que a espécie foi sensível aos efeitos genotóxicos de poluentes atmosféricos, vários dos quais também foram medidos diretamente na folha da planta, concordando com outros estudos com esse bioindicador em relação a impactos ambientais. 107 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 b.1.6.1.3 Microorganismos, meio ambiente e saúde b.1.6.1.3.1 Citomegalovírus - diversidade genética e pesquisa de resistência antiviral em pacientes imunodeficientes Este projeto é a tese de doutorado de uma pesquisadora do IEC e tem como objetivo principal investigar a diversidade genética do citomegalovírus em grupos de pacientes imunodeficientes (pacientes com câncer, pacientes transplantados, pacientes com AIDS, pacientes com Lúpus e recém-nascidos suspeitos de TORCH) da cidade de Belém e verificar a ocorrência de genótipos com presença de mutações que conferem resistência antiviral. Este projeto está em andamento, na fase de encerramento de coleta de material sanguíneo e de dados epidemiológicos de pacientes com AIDS, pacientes com câncer. As demais categorias de pacientes estão em fase de coleta, devendo ser iniciada neste semestre as coletas de sangue e de dados epidemiológicos dos recém-nascidos. Foram coletadas amostras de 257 pacientes com câncer em tratamento de quimioterapia, 292 amostras de pacientes com AIDS, 49 amostras de pacientes transplantados e 29 amostras de pacientes com Lúpus. Neste estudo foram realizadas as pesquisas de anticorpos anti-CMV IgG e IgM, e a pesquisa do DNA viral pelo PCR convencional. Os resultados obtidos referentes a categoria de pacientes com AIDS e pacientes com câncer serão apresentados nos sub-projetos correspondentes as duas categorias. Os dados dos pacientes transplantados serão demonstrados em outra oportunidade devidos algumas alterações necessárias no banco de dados o que não poderá ser apresentado no presente documento. Os perfis sorológicos obtidos através da pesquisa de anticorpos anti-CMV para os pacientes com lúpus são os seguintes: IgG+ IgM+ (n=2 , 6,9%), IgG+ IgM(n=22, 75,9%), o restante está em processo de análise laboratorial. Instituições parceiras Hospital Universitário João de Barros Barreto, Hospital Ophyr Loiola, Maternidade Santa Casa de Misericórdia. b.1.6.1.3.2 Incidência e prevalência da citomegalovirose em pacientes com câncer do Hospital Ophir Loyola Este projeto é um sub-projeto do projeto de tese de doutorado sobre a Diversidade genética do Citomegalovírus. O estudo sobre a epidemiologia do Citomegalovírus em pacientes com câncer foi aprovado em edital PIBIC/IEC/CNPq-2010, com direito a um bolsista de iniciação científica. Este sub-projeto iniciou em 2010 e finalizou em 2011. Em um período de doze meses foram coletadas 251 amostras sanguíneas dos pacientes voluntários que concordaram em participar do estudo. Através dos dados epidemiológicos verificou-se que a faixa etária dos pacientes variou 1 a < 60 anos de idade com amplitude 78, sendo que a média de idade foi 34 anos, mediana 37. Houve participação efetiva tanto do sexo masculino quanto do sexo feminino com frequência de 44,6 % (n=112) dos homens e 55,4% (n=139) de mulheres. A faixa etária infantil compreendida entre 1 a 9 anos de idade foi a de maior frequência, correspondente a 23,1% (n= 58) e a menor frequência ocorreu nas faixas etárias de 20 a 29 anos com 6,8% (n=17). A prevalência de anticorpos IgG anti-CMV no grupo estudado foi de 96,8% (n=243) e para o anticorpo IgM de 1,6% (n=4) apresentaram sorologia positiva para CMV (Tabela 55) com infecção recente. Esses pacientes apresentaram sintomas gerais como febre, linfadenopatia, astenia, cefaléia, diarréia e perda de peso. Adicionalmente, outros pacientes referiram ter tido em algum momento do tratamento quimioterápico sintomatologia como dispnéia, agitação psicomotora, convulsão, enjôos e vômitos. Embora os dados clínicos gerais sejam semelhantes a sintomatologia 108 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 causada pelo CMV, não podemos afirmar que estejam associados exclusivamente a infecção viral, pois os pacientes que não apresentaram anticorpos IgM-CMV, também referiram os mesmos sintomas. Um dado importante que pode ter contribuído para melhora na qualidade de vida dos pacientes, foi a introdução de medicação intercalada ao tratamento quimioterápico para melhorar a resposta imunológica frente aos agentes oportunistas. Acreditamos que esse fato contribuiu para o baixo índice de infecção pelo Citomegalovírus, como fator de proteção no curso do tratamento. Tabela 55 Frequência de faixas etárias do grupo de voluntários do estudo com sorologia positiva para HCMV Faixas Etárias (anos) 1a9 10 a 19 20 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 59 60 Total Fonte: SAMAM/IEC/SVS/MS N (%) 58 (23.1) 32 (12.8) 17 (6.8) 26 (10.4) 40 (15.9) 32 (12.7) 46 (18.3) 251 (100.0) IgG+ (%) 54 (22.2) 30 (12.4) 17 (6.9) 25 (10.3) 40 (16.5) 31 (12.8) 46 (18.9) 243 (100.0) IgM+ (%) 1 (25.0) 0.0 (0.0) 1 (25.0) 1 (25.0) 0.0 (0.0) 0.0 (0.0) 1 (25.0) 4 (100.0) b.1.6.1.3.3 Estudo Epidemiológico de Torch em Gestantes e Mulheres em Idade Fértil no Município de Juruti O estudo epidemiológico no Município de Juruti em gestantes e mulheres em idade fértil objetivou traçar o perfil epidemiológico de mulheres grávidas e mulheres em idade fértil com base nas pesquisas sorológicas de TORCHS (Toxoplasmose, Rubéola, CMV Herpes e Sífilis). Durante o período 10 a 20/09/2009 a equipe do Projeto TORCH realizou a primeira fase de coleta do estudo no Município de Juruti. Nessa ocasião foi possível coletar dados epidemiológicos e amostras de sangue de 283 mulheres, sendo 122 amostras de mulheres grávidas e 161 amostras de mulheres não gestantes em idade fértil. Todas as amostras coletadas foram analisadas para pesquisa de Toxoplasmose, rubéola, CMV e VDRL. A pesquisa de anticorpos para Herpes foi realizada com base na presença de anticorpos totais para Herpes 1 e 2, conjuntamente. Na segunda coleta realizada no período de 10 a 19/12/2010 foi possível obter um total de 324 amostras de sangue entre as quais 144 amostras de gestantes e 180 de mulheres em idade fértil, totalizando 266 amostras de gestantes e 341 amostras de não gestantes, num total geral de 607 amostras. As amostras de sangue foram analisadas pelo método ELISA para pesquisa de anticorpos IgG e IgM para Toxoplasmose, Rubéola e CMV, e para pesquisa de sífilis, utilizamos o método de triagem VDRL e confirmamos ou descartamos pelo método FTA-Abs. De acordo com o perfil de imunidade para Toxoplasmose, a maior frequência foi verificada no 2º e 3º trimestre de gestação: perfil de imunidade (38,5 e 41,7 % respectivamente), possível infecção aguda (33,3 e 44,5% respectivamente), suscetibilidade (40,3 e 41,9%). Através da pesquisa anticorpos pelo método ELISA para Rubéola pode-se observar que do total das 266 gestantes, 243 (91,4%) eram IgG positivo e IgM negativo e 23 (8,6%) não apresentaram anticorpos de proteção contra rubéola, devido a ausência de IgG e IgM. As duas amostras testadas para rubéola pelo método ELISA, as quais foram inconclusivas nas pesquisas de anticorpos IgG, também foram analisadas pelo método ELFA e os resultados desta análise, foi positiva para a presença de anticorpos IgG e negativa para o anticorpo IgM, sem evidência de infecção recente. Uma amostra havia sido reagente para ambos anticorpos IgG e IgM pelo método de triagem sorológica ELISA, representando possível infecção viral pelo vírus da rubéola, não confirmou o diagnóstico pelo método ELFA, sendo a mesma considerada como infecção pregressa. 109 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 Portanto, conclui-se que não houve infecção pelo vírus da rubéola em nenhuma das amostras das mulheres gestantes testadas nos períodos de coleta. Ao relacionarmos a pesquisa de anticorpos com as informações acerca da vacina dupla viral, foi observado que 6,5% gestantes vacinadas não continham anticorpos protetores vacinais classe IgG, ao passo que dentre as não vacinadas, foi observado que 92,6% apresentavam anticorpos de proteção. A tabela 56 apresenta a distribuição das freqüências de anticorpos das gestantes vacinadas e não vacinadas para rubéola. Tabela 56. Distribuição das gestantes segundo informações sobre o recebimento de Vacina Dupla Viral e resultados sorológicos para o vírus da Rubéola Sorologia para o vírus da rubéola Imunização n % IgG + % IgG - % IgM + % IgM - % Vacinadas 123 46,2 115 47,3 8 36,4 0 0,0 122 46,2 Não Vacinadas 121 45,5 112 46,1 8 36,4 0 0,0 120 45,5 22 8,3 16 6,6 6 27,2 0 0,0 22 8,3 266 100,0 106 100,0 22 13,1 0 0,0 264 100,0 Ignorado Total Fonte: SAMAM/IEC/SVS/MS Os dados relacionados a pesquisa de anticorpos para CMV em gestantes estão demonstrados na tabela 57. Esses dados comprovam ausência de infecção viral aguda pelo vírus CMV. A maior frequência de anticorpos foi na faixa etária de 20-29 anos e a menor na faixa acima de 40 anos. Tabela 57 Distribuição de anticorpos IgG e IgM para o vírus CMV em gestantes, segundo a faixa etária Sorologia para CMV Faixa etária (anos) IgG + % IgG - % IgM + % IgM - % 14 - 19 79 30,0 1 33,3 0 0 80 30,1 20 - 29 152 57,8 2 66,7 0 0 154 57,9 30 - 39 29 11,0 0 0,0 0 0 29 10,9 3 1,1 0 0,0 0 0 3 1,1 263 100,0 3 100,0 0 0 266 100,0 > 40 Total Fonte: SAMAM/IEC/SVS/MS Devido algumas dificuldades durante a execução das análises sorológicas das mulheres em idade fértil, nossa análise considerou para este relatório os dados epidemiológicos e laboratoriais de apenas 338 mulheres em idade fértil. Na pesquisa de anticorpos anti-rubéola em mulheres em idade fértil foi observado que 94% apresentavam imunidade contra rubéola pela presença de anticorpos IgG, e 6% ainda eram suscetível ao vírus. Os resultados da sorologia para CMV nas mulheres não gestantes, também foi observada elevada prevalência de anticorpos anti-CMV correspondente a 98,5% e somente 0,9% não haviam tido contato com o vírus, amostras inconclusivas corresponderam a 0,6%. Nas tabelas 58 e 59, observa-se a distribuição das freqüências de anticorpos por faixa etária, sendo que a faixa de 20-29 anos apresenta elevada freqüência de mulheres em idade fértil imune aos vírus rubéola e ao CMV. Nesta mesma faixa etária observa-se maior freqüência de susceptíveis ao vírus Rubéola. A faixa etária de 40-49 anos apresentou a menor freqüência de anticorpos de proteção para ambos os vírus. 110 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Tabela 58 Distribuição de anticorpos IgG e IgM para o vírus da Rubéola em mulheres em idade fértil, segundo a faixa etária. Faixa etária IgG + % 12 - 19 81 25,6 20 - 29 176 55,5 30 - 39 55 17,4 40 - 49 5 1,6 Total 317 100,0 Fonte: SAMAM/IEC/SVS/MS Tabela 59 Relatório de Gestão/2011 IgG 6 14 0 1 21 Sorologia para o vírus da Rubéola % IgM + % 28,6 0 0,0 66,7 0 0,0 0,0 0 0,0 4,8 0 0,0 100,0 0 0,0 IgM 87 190 55 6 338 % 25,7 56,2 16,3 1,8 100,0 Distribuição de anticorpos IgG e IgM para o vírus CMV em mulheres em idade fértil, segundo a faixa etária Faixa etária IgG + 14 19 87 20 - 29 187 30 - 39 53 40 - 49 6 Total 333 Fonte: SAMAM/IEC/SVS/MS % 26.1 56.2 15.9 1.8 100.0 IgG 0 2 2 0 4 Sorologia para CMV % IgM + 0.0 0 50.0 0 50.0 0 0.0 0 100.0 0 % 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 IgM 87 190 55 6 338 % 25.7 56.2 16.3 1.8 100.0 Outros agentes foram pesquisados no estudo, Sífilis e Herpes. A pesquisa de sífilis foi inicialmente realizada por VDRL e confirmada por FTA-abs e Herpes pelo método Elisa. Na pesquisa de Sífilis por VDRL em gestantes, não foi observada nenhuma amostra reagente nesse grupo de estudo, ou seja, houve 100% de negatividade para sífilis entre as mulheres grávidas. Por outro lado, não foi o mesmo padrão de resultado entre as mulheres em idade fértil, pois duas amostras foram reagentes no teste de VDRL. Os títulos de reatividade observados foram 1:2 e 1:4. Esses resultados foram confirmados pelo método laboratorial FTA-Abs que é um teste anti-treponêmico de pesquisa de anticorpos IgG. O resultado desta análise confirmou a presença desse anticorpo nas amostras reagentes no VDRL, significando que as pacientes estiveram infectadas ou continuavam com a infecção em curso caso não tenham feito tratamento. A pesquisa de anticorpos para Herpes foi realizada com base na determinação de anticorpos totais tanto para herpes 1 quanto para herpes 2. Foi observado que 93% das gestantes apresentam anticorpos contra o herpesvírus. Como na apresentação dos kits estão agregadas em ambas as pesquisas para herpes 1 e 2, tornou-se inviável proceder a pesquisa de anticorpos IgM para determinação do vírus herpes 1 e 2, separadamente, tornando-se possível a pesquisa de IgM viral total para ambos os tipos 1 e 2 conjuntamente, a fim de identificar quais mulheres poderiam apresentar herpes ativa durante a fase da pesquisa. Foi verificado na análise sorológica para pesquisa de anticorpos IgM-Herpes que 6 gestantes apresentavam anticorpos de infecção recente. Nesse caso foi recomendado avaliar clinicamente o recém-nascido no pós-parto para excluir ou confirmar qualquer possibilidade de infecção pelo agente em questão. Dentre as gestantes IgM+ para herpes, apenas uma gestante da faixa etária de 20-24 anos referiu ter tido alguma DST, onde acredita-se que possa estar relacionada ao herpes genital. Entre as mulheres em idade fértil que relataram ter tido alguma DST somente 4 mulheres haviam reagido na pesquisa de Herpes IgG, sendo 3 mulheres da faixa etária de 20-24 anos e 1 da faixa de 25-29 anos. Na análise dos dados epidemiológicos entre as mulheres de idade fértil com histórico de DSTs, foi verificada maior freqüência de relatos dessa categoria de doença era entre as mulheres com 1º e 2º graus completos, sendo 32,1% e 42,9%, respectivamente. A renda familiar estava compreendida entre 1,5 a 3 salários mínimos (67,8%). 111 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 Os dados sobre a imunidade da mulher no período reprodutivo ou no pré-natal é importante para determinar a densidade demográfica de suscetíveis contra os agentes do complexo TORCH, principalmente àqueles que podem ser prevenidos com a vacinação como é o caso da rubéola que é uma das doenças de notificação compulsória que faz parte do Programa de Eliminação do Ministério da Saúde. Embora o perfil epidemiológico da rubéola entre as mulheres do estudo tenha sido de imunidade, recomenda-se o monitoramento laboratorial das mulheres no pré-natal, das mulheres em idade de engravidar, assim como a inclusão dos homens na investigação, por serem um grupo suscetíveis devido a não implementação desses grupo nas campanhas de vacinação e por não se ter conhecimento do perfil de imunidade contra a rubéola em nosso Estado. b.1.6.1.3.4 Morbimortalidade da citomegalovirose e pesquisa de resistência antiviral em pacientes com Aids Este projeto é um sub-projeto do projeto de tese de doutorado sobre a Diversidade genética do Citomegalovírus. Este sub-projeto foi aprovado no edital Edital nº 013/2009-PPSUSMS/CNPq/FAPESPA/SESPA. Foram coletadas 291 amostras de sangue e de dados epidemiológicos dos pacientes internados com HI/AIDS do Hospital Universitário João de Barros Barreto-HUJBB. As amostras sanguíneas foram encaminhadas para o laboratório de Virologia e Biologia Molecular para as pesquisas de anticorpos pelo método ELISA e PCR. Os perfis sorológicos obtidos foram os seguintes: IgG+ IgM+ (n=3; 1,0%), IgG- IgM- (n=1; 0,3%) e IgG+ IgM- (n=286; 98,7%). De acordo com os dados das análises moleculares, foram detectados DNA viral do CMV em 160 (54,8%) amostras, contra 131 (44,9%) amostras negativas por este método. Pode-se observar que entre os 160 pacientes positivos na análise molecular não obteve-se o mesmo resultados na análise conjunta de ambos os métodos de diagnósticos. Nesta análise, os perfis sorológicos com a detecção do DNA viral demonstrou concordância em ambas as análises em apenas 3 (1,9%) pacientes, os quais apresentaram o seguinte perfil: IgG e IgM+ PCR +, enquanto que 157 (98,1%) pacientes apresentaram discordância entre os resultados de ambos os métodos utilizados. Nesse caso, o perfil observado foi de infecção pregressa na sorologia IgG+ IgM- e possível infecção ativa pela análise molecular, o que pode configurar que os pacientes com os perfis IgG+ IgM- PCR+ podem ter sofrido reativação viral da cepa endógena ou reinfecção com outra cepa exógena, o que não é possível esclarecer sem a análise do seqüenciamento direcionado para este fim. Projeto financiado pelo PPSUS-MS/CNPq/FAPESPA/SESPA para colaborar no desenvolvimento das técnicas moleculares e um do PIBIC/FAPESPA/2011 para desenvolver um plano de trabalho intitulado: EPIDEMIOLOGIA E CARGA VIRAL DO CITOMEGALOVÍRUS EM PACIENTES COM HIV/AIDS DO HOSPITAL JOÃO DE BARROS BARRETO. O objetivo desta atividade de trabalho é avaliar o Citomegalovírus como causa importante de morbimortalidade em portadores do HIV/AIDS, hospitalizados no HUJBB, dentro do contexto do sub-projeto acima descrito. b.1.6.1.3.5 Dinâmica do fitoplâncton de uma região portuária e industrial no estado do Pará, Brasil Este sub-projeto vem sendo desenvolvido no âmbito do projeto Barcarena: Programa de Monitoramento e Controle em Saúde e Meio Ambiente nas Áreas Industriais e Portuárias dos Municípios de Abaetetuba e Barcarena. O objeto de estudo foi a comunidade fitoplanctônica, a qual representa a base da cadeia alimentar nos ecossistemas aquáticos, respondendo rapidamente a qualquer alteração natural ou antrópica no ambiente. Assim, o objetivo do presente estudo foi monitorar o fitoplâncton de três drenagem (Arapiranga, Arienga e Murucupi) ao longo de um ciclo sazonal. As amostragens foram realizada trimestralmente, no período de janeiro a outubro de 2009, nas marés enchente (ENC) e vazante (VAZ), em dois pontos localizados em cada drenagem estudada (rios Apapiranga, Arienga e Murucupi). As amostras biológicas destinadas ao estudo 112 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 qualitativo do fitoplâncton foram adquiridas por meio de rede de plâncton com malha de 20 m de abertura, através da filtragem de água por arrastos horizontais durante 3 minutos na superfície da água. O levantamento taxonômico da comunidade fitoplanctônica realizado no período de janeiro à outubro de 2009, nas principais drenagens dos municípios de Abaetetuba e Barcarena mostrou uma alta riqueza de espécies para a região, observando-se que a maior diversidade de espécies, tanto foi registrada nos pontos localizados próximo ao rio Pará, sendo importante destacar a ocorrência de espécies tanto de origem marinha quanto de origem dulcícola, demonstrando a grande complexidade e a grande variabilidade de fatores ambientais exercendo influencia sobre a estrutura destas comunidades desta região. Sendo assim, é necessário que o monitoramente seja contínuo, abrangendo todos os períodos sazonais, para que seja possível identificar quais fatores exercem influencia sobre as comunidades aquáticas e como cada uma delas responde a tais fatores. b.1.6.1.3.6 Avaliação da Qualidade da Água Destinada ao Consumo Humano no principal manancial de abastecimento de Belém - Pa, Brasil Durante o período de julho a dezembro de 2011 foram realizadas seis amostragens no Manancial do Utinga perfazendo um total de 18 amostras já coletadas e analisadas. A colimetria das amostras de água superficial (Lagos Bolonha e Canal do Água Preta), que tem como parâmetro para discussão a Resolução CONAMA nº357/2005, revelou valores que variaram de 464 (mínimo) e 2489 (máximo) NMP/100 mL no Lago Bolonha e de 364 (mínimo) e 2851(máximo) no canal do Água Preta. Em quatro de doze oportunidades (33,33%) o limite de 1000 coliformes termotolerantes (Classe 2/CONAMA nº357/2005) foi ultrapassado, indicando impacto ambiental de origem sanitária na área. Em nenhuma amostra coletada na saída da ETA Bolonha observou-se a presença de coliformes, estando, portanto, de acordo com o estabelecido pela Portaria n 518/2004/MS. Em relação à pesquisa de potencias patógenos bacterianos, o ponto que apresentou maior diversidade foi aquele localizado no Lago Bolonha, onde foi possível isolar espécimes dos gêneros Aeromonas, Edwardiziella, Enterobacter, Klebsiella e Salmonella spp., além da espécie E. coli. No canal do Água Preta obteve-se apenas isolados de Aeromonas e E.coli. Este fato pode estar relacionado com a proximidade do Manancial do Utinga com o processo de ocupação humana desordenado na área que acaba por introduzir via lixiviação e/ou efluentes domésticos possíveis patógenos potenciais na água superficial do Manancial do Utinga. A exemplo do resultado da colimetria realizada nas amostras de água da saída da ETA Bolonha, nenhum dos patógenos bacterianos pesquisados foi detectado. Nenhuma amostra de água potável (saída da ETA-Bolonha) ou água superficial (Lago Bolonha/Canal do Água Preta) mostrou resultado positivo para a presença do vírus da Hepatite A e para a espécie bacteriana Vibrio cholerae. O DNA dos isolados de E.coli (n=5) já foi extraído. A pesquisa dos genes de virulência será realizada em etapa posterior utilizando a mesma metodologia descrita no projeto original. Do ponto de vista físico-químico, o pH das águas do Manancial do Utinga mostrou-se próximo da neutralidade (Média=6,41). A condutividade elétrica e os sólidos totais dissolvidos (TDS), variáveis diretamente relacionadas, mostraram uma tendência crescente na medida em que se aproxima do período de maior precipitação pluviométrica em Belém (dezembro a maio). Provavelmente, este fato relaciona-se com a lixiviação crescente de matéria orgânica e íons para o manancial superficial. Durante o período estudado, o oxigênio dissolvido manteve-se em concentrações consideradas boas (média de 4,98), com apenas uma exceção ocorrida no mês de setembro de 2011, fato comum em ambientes lênticos submetidos a ocorrência de ventos muito fracos. 113 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 b.1.6.1.3.7 Uso do Fitoplancton como Bioindicador da Qualidade da Água em uma àrea Industrial no Estado do Pará, Brasil Este sub-projeto vem sendo desenvolvido no âmbito do projeto Barcarena: Programa de Monitoramento e Controle em Saúde e Meio Ambiente nas Áreas Industriais e Portuárias dos Municípios de Abaetetuba e Barcarena. O objeto de estudo foram as algas fitoplanctônicas como bioindicadoras de qualidade da água, assim, é possível afirmar que indicadores ambientais são definidos a partir de medições que melhor representem os elementos chaves de um ecossistema. As microalgas representam a base da cadeia alimentar e por isso tem sido cada vez mais utilizadas como indicadoras de qualidade ambiental. O objetivo deste trabalho é caracterizar a estrutura comunidade fitoplanctônica, e sua variação espaço-temporal, ao longo do rio Pará, correlacionando sua ocorrência com as características de cada ponto, identificando espécies que possam ser utilizadas como indicadoras da qualidade ambiental. A amostragem foi realizada, no período de janeiro a outubro de 2009, nas marés enchente (ENC) e vazante (VAZ), em três pontos (RPA 03, RPA 07 e RPA 13). As amostras biológicas destinadas ao estudo qualitativo do fitoplâncton foram adquiridas por meio de rede de plâncton com malha de 20 m de abertura, através da filtragem de água por arrastos horizontais durante 3 minutos na superfície da água. A identificação dos táxons foi realizada até o nível específico, quando possível, de acordo com a literatura especializada. A freqüência de ocorrência (F) das espécies foi determinada pela seguinte equação: F= (PA/P)*100. Já a abundância relativa (AR) das espécies identificadas foi obtida através da contagem dos 100 primeiros organismos onde: AR = 100* (N/n), seguindo a classificação adequada. A flora da área esteve representada por um total de 209 táxons infragenéricos, distribuídos em 4 divisões, 8 classes, 30 ordens, 45 famílias e 71 gêneros, representantes das divisões Bacillariophyta (102 spp.), Chlorophyta (96 spp.), Cyanophyta (17 spp.), Dinophyta (1 spp.) e Xanthophyta (1 spp.). As espécies Actinoptychus splendens, Aulacoseira granulata, Aulacoseira sp.1, Thalassiosira subtilis, Eudorina elegans, Surirela robusta, Merismopedia sp., e Aulacoseira pseudogranulata foram muito frequentes. Com base no seu grau de ocorrência observou-se que Actinoptychus splendens, Aulacoseira granulata, Aulacoseira sp.1, Thalassiosira subtilis, Eudorina elegans, Surirela robusta, Merismopedia sp., Aulacoseira muzanensis e Aulacoseira pseudogranulata foram muito frequentes no rio Pará e as espécies Actinoptychus splendens e Aulacoseira granulata, estiveram presentes em 100% das amostras. Em relação aos dados de abundancia relativa, a espécie Aulacoseira granulata ocorreu de forma dominante no ponto RPA 13 (maré vazante) do mês de janeiro, ocorrendo também de forma abundante em todo o mês de outubro e pouco abundante no mês de julho. Actinoptychus splendens se destacou no mês de julho como pouco abundante, exceto no ponto 03 (maré enchente), onde foi abundante. A densidade total no período estudado variou de 0,2 x 104 cel.L-1 (RPA 07 VAZ/ABR) a 19,28 x 104 cel.L-1 (RPA 07 ENC/JAN), destacando a divisão Bacillariophyta como a característica do fitoplâncton local, a qual apresentou média de 74,62% no período chuvoso (JAN e ABR) e 56,80% no seco (JUL e OUT). De maneira geral todos os parâmetros analisados apresentaram variação sazonal significativa, com os maiores valores registrados no período seco, tal padrão pode estar associado ao fato de se registrarem neste período, maiores valores de transparência da água, o que permite maior penetração de luz e consequentemente favorece o processo de fotossíntese multiplicação dos indivíduos. b.1.6.1.3.8 Zooplâncton como Indicador da Qualidade Ambiental em uma Região portuária no Estado do Pará, Brasil Este sub-projeto foi desenvolvido no âmbito do projeto Barcarena: Programa de Monitoramento e Controle em Saúde e Meio Ambiente nas Áreas Industriais e Portuárias dos Municípios de Abaetetuba e Barcarena, Estado do Pará onde foi proposto determinar a composição dos organismos zooplanctônicos, além de avaliar os efeitos dos parâmetros hidrológicos sobre a 114 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 comunidade destes organismos em uma área industrial e portuária. As coletas foram realizadas trimestralmente, nos rios Murucupi e Arapiranga, durante os meses de janeiro, abril, julho e outubro de 2009, durante o período de maré enchente e vazante, totalizando 32 amostras. Os organismos foram obtidos através de arrastos horizontais na sub-superfície da coluna d água, utilizando-se rede de plâncton (64 m) provida de fluxômetro; e através da filtragem de 200L de água com o auxílio de um balde graduado (10L). De acordo com os resultados obtidos foi possível verificar que em ambos os rios estudados, os parâmetros físico-químicos que mais sofreram variação foram: Oxigênio dissolvido (O2), Totais de sólidos dissolvidos (TDS) e Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO). A comunidade zooplanctônica esteve representada por 99 gêneros e 59 espécies. As maiores densidades foram registradas no mês de janeiro/09, período de maior precipitação. As espécies: Keratella americana, Bosminopsis deitersi, Cyclopoida sp1, além dos naúplio de crustáceo foram responsáveis por essas elevadas densidades. Naúplios de crustáceos, Bosminopsis deitersi e Cyclopoida sp1 foram classificados como muito freqüentes ( 70%.), em ambos os rios estudados. Os índices de diversidade e eqüitabilidade apresentaram o mesmo padrão de variação durante todo o período estudado. No entanto, no rio Arapiranga foi registrado os maiores valores de diversidade (3,3 bits.ind-1) e concentrações de clorofila a (11,87mg.m-3) (ponto 08). A comunidade zooplanctônica foi constituída principalmente pelos estágios iniciais de naúplios e copepoditos. Além disso, foi possível evidenciar a ocorrência de gêneros, como Rotatoria, característicos de ambientes impactados. Deste modo, faz-se necessário o monitoramento mais detalhado desses rios para uma melhor avaliação, onde provavelmente a biota aquática está em risco devido às mudanças frequentes impostas por ação antrópica, comprometendo o funcionamento natural deste ecossistema. b.1.6.1.3.9 Cianobactérias Dinâmica do fitoplâncton de uma região portuária e industrial no estado do Pará, Brasil Este sub-projeto vem sendo desenvolvido no âmbito do projeto Barcarena: Programa de Monitoramento e Controle em Saúde e Meio Ambiente nas Áreas Industriais e Portuárias dos Municípios de Abaetetuba e Barcarena, Estado do Pará . O objeto de estudo foram as cianobactérias, as quais, nos ecossistemas aquáticos, apresentam elevada importância ecológica, contribuindo com grande parte da produção primária. Em determinadas condições ambientais, por exemplo, eutrofização, estas podem formar florações e liberar toxinas. Uma vez que apresentam um caráter dinâmico, respondendo rapidamente às mudanças físico-químicas do ambiente, a avaliação da influência de alguns fatores abióticos sobre esta comunidade constitui uma ferramenta importante para análise da diversidade e abundancia das cianobactérias em diferentes ecossistemas aquáticos. A região em estudo, trecho que compreende a área industrial e portuária instalada no distrito de Vila do Conde (Barcarena) até a sede municipal de Abaetetuba, sofreu significativas alterações ambientais nos ecossistemas terrestres e aquáticos, ocasionadas por instalações industriais nas últimas décadas, sendo assim, o objetivo deste estudo é determinar a variação espaço-temporal da composição e abundância de cianobactérias do rio Pará. A área de estudo está inserida na área de influência do complexo portuário de Vila do Conde, no trecho do rio Pará localizado entre os municípios de Abaetetuba e Barcarena. As amostragens foram realizadas trimestralmente, abrangendo os meses de janeiro e abril (período de maior precipitação pluviométrica) julho e outubro (período de menor precipitação pluviométrica) de 2009, em três pontos distribuídos ao longo do rio Pará: RPA 03, RPA 07 e RPA 13, em condição de maré vazante. Para o estudo qualitativo das cianobactérias, as amostras foram coletadas utilizandose rede de plâncton (64µm) e fixadas em solução de transeau. Uma vez que organismos foram identificados e quantificados, a freqüência e abundância foram estimadas. As amostras para determinação da clorofila a, foram coletadas na superfície da água e analisadas espectrofotometricamente (Espectrofotômetro Hanna DDR 2000). A análise de variância (ANOVA 115 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 fator único) foi realizada para comparar os parâmetros abióticos e os biológicos entre as diferentes estações de coleta, meses e períodos sazonais. Ao longo do período estudado, foi registrado um total de 28 espécies, distribuídas em 13 gêneros, oito famílias, três ordens e uma classe. A ordem Chroococcales apresentou a maior representatividade, seguida por Oscillatoriales e Nostocales. É importante destacar que a ordem Chroococcales, que inclui formas unicelulares ou coloniais apresentam inúmeras espécies potencialmente produtoras de toxinas. O período menos chuvoso (janeiro e abril/09) foi caracterizado por apresentar a maior riqueza de espécies (21 spp.), enquanto que o período chuvoso apresentou menor riqueza (17 spp.), não tendo sido observadas diferenças significativas entre as estações de coleta (p=0,52), e entre os períodos sazonais (0,27). Entre os meses de coleta observou-se que a riqueza de espécies em abril foi significativamente menor que a do em julho (p=0, 028 e F= 3,16). O gênero Microcystis foi o mais representativo em termos de número de espécies identificadas (6 spp.), e este é frequentemente relacionado a florações, além de serem potenciais produtores de microcistina. No que se refere à distribuição das espécies no total de amostras analisadas, as espécies Microcystis aeruginosa, Microcystis wesenbergii, Aphanocapsa sp. e Pseudanabaena mucicola se destacaram como frequêntes, enquanto que Microcystis protocystis como muito freqüente ocorrendo em mais de 75% do total das amostras coletadas.Em relação à abundância relativa, as espécies Pseudanabaena mucicola, Microcystis aeruginosa e Microcystis wesenbergii foram quantitativamente importantes, enquadrando-se nas categorias dominante, abundante e pouco abundante, respectivamente. No Brasil, as espécies Microcystis aeruginosa, Microcystis panniformis e Microcystis protocystis são bastante comuns e formadoras de florações. É importante ressaltar que das três espécies citadas por estes autores, duas destacaramse em termos de freqüência e abundância. E a espécie Pseudanabaena mucicola, teve sua ocorrência sempre associada à mucilagem de Microcystis aeruginosa. De uma forma geral se observou que a flora de cianobactérias do rio Pará foi caracterizada por três grandes ordens, destacando-se entre elas as Chroococcales e que z maior riqueza de espécies ocorreu durante o período menos chuvoso da região quando comparado com o período chuvoso. Além disso, a área em estudo está submetida a várias pressões antrópicas, que em conjunto podem contribuir para eventos sucessivos de florações, servindo de alerta, para a necessidade de intensificação de estudos de monitoramento ambiental na área. b.1.6.1.3.10 Variação Horizontal e Vertical do Fitoplâncton da lago da Usina Hidrelétrica de Tucuruí (Pará, Brasil) Este sub-projeto vem sendo desenvolvido no âmbito do projeto intitulado Utilização de Modelagem Matemática 3D na gestão da qualidade da água em mananciais: Aplicação no Reservatório de Tucuruí PA . O objeto de estudo foram as algas fitoplanctônicas, as quais se destacam por constituírem a base da cadeia alimentar, sendo responsáveis diretamente por grande parte da produção primária desses ambientes. Além disso, as microalgas são consideradas bioindicadores ecológicos devido a sua grande sensibilidade às alterações ambientais (naturais ou antrópicas), uma vez que desencadeiam modificações na estrutura e dinâmica da comunidade. Estudos biológicos de tal comunidade são de fundamental importância para o entendimento dos principais mecanismos de funcionamento dos ecossistemas aquáticos. Nesse sentido, o presente trabalho teve como objetivo realizar a caracterização preliminar da comunidade fitoplanctônica do Reservatório da Usina Hidrelétrica de Tucuruí (Pará, Brasil), com relação a sua composição e riqueza de espécies, frequência de ocorrência e abundância. Para alcançar esse objetivo foram realizadas 3 coletas no Reservatório da Usina Hidrelétrica de Tucuruí, nos meses de fevereiro, julho e dezembro de 2011, em dez estações de amostragem. As amostras biológicas destinadas ao estudo qualitativo do fitoplâncton foram adquiridas por meio de rede de plâncton com 116 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 malha de 64 m de abertura, através da filtragem de água por arrastos horizontais durante 3 minutos na sub-superfície da água. A identificação dos táxons foi realizada até o nível específico, quando possível, de acordo com a literatura especializada. A freqüência de ocorrência (F) das espécies foi determinada pela seguinte equação: F= (PA/P)*100. Já a abundância relativa (AR) das espécies identificadas foi obtida através da contagem dos 100 primeiros organismos onde: AR = 100* (N/n), seguindo a classificação adequada. A comunidade fitoplanctônica esteve representada por 74 espécies, distribuídas em 6 classes, 20 famílias e 31 gêneros identificadas à nível específico e infraespecífico, pertencentes às divisões: Chlorophyta (45 spp.), Bacillariophyta (12 spp.), Chrysophyta (1 spp.), Dinophyta (1 spp.), Cianophyta (13 spp.) e Euglenophyta (2 spp.). Composição similar foi encontrada no médio rio Xingu (Pará, Brasil), onde o grupo mais representativo foi de clorofíceas, o qual é o mais diverso das microalgas em reservatórios tropicais, geralmente correspondendo a cerca de metade dos gêneros componentes do fitoplâncton. Dentre os 74 táxons registrados, 31,08% foram classificados como freqüentes e 52,70% como pouco freqüentes, representando a categoria com maior percentual de táxons registrados. As espécies categorizadas como muito freqüentes foram Eudorina elegans Ehrenberg e Microcystis aeruginosa Kutzing ex Lemmermann. Resultados semelhantes foram encontrados para o reservatório da UHT de Luis Eduardo Magalhães, no médio rio Tocantins (Tocantins, Brasil). Com relação à abundância relativa, Eudorina elegans, Anabaena sp.e Microcystis sp. foram classificadas como dominantes no período estudado. É importante ressaltar que no Brasil dentre os diversos gêneros de cianofíceas, os encontrados nesse estudo, inclusive Microcystis, são produtores de toxinas e podem causar florações, comprometendo a saúde ambiental. b.1.6.1.3.11 Caracterização da Diversidade Molecular de Cianobactéias na Região de Abaetetuba e Barcarena - Pará, Amazônia, Brasil As cianobactérias são organismos procariotos fotossintetizantes, pertencentes ao domínio Bactéria, que apresenta apenas uma classe, Cyanobacteria. São também conhecidas por algas-azuis por apresentarem pigmentos acessórios (ficocianina, ficoeritrina e aloficocianina) nos tilacóides, que lhes conferiram esta nomenclatura. Este estudo objetiva caracterizar a diversidade molecular de cianobactérias coletadas em três pontos do Rio Pará nos municípios de Barcarena e Abaetetuba. Para a coleta foram realizados arrastos na sub-superfície da água com auxílio de um barco em movimento (3,4 Km/h), utilizando redes de plâncton, com abertura de malha de 20, 64, 120 µm. Parte do material coletado foi acondicionado em frascos de 250 mL, sem fixador, e conservado em caixas térmicas e encaminhado até o IEC. As amostras (vivas e fixadas) foram analisadas no Laboratório de Microbiologia Ambiental, através de Microscópio Óptico Trinocular (Axiostar Plus-Marca Carl Zeiss), acoplados a um sistema de captura de imagem (Axiocam MRc). No laboratório, as amostras foram alíquotadas em tubos falcon de 50 ml, congeladas em freezer 70º C e posteriormente liofilizadas. Em seguida foi extraído DNA metagenômico do material liofilizado. A partir das análises morfológicas foram identificados para a área de estudo um total de 19 táxons, distribuídos em 10 gêneros, oito famílias, três ordens e uma classe. A ordem Oscillatoriales apresentou a maior representatividade, seguida por Chroococcales e Nostocales. Uma biblioteca com 50 clones foi construída até momento com primers específicos para cianobactérias, sendo que dos 12 clones seqüenciados até o momento, nove deles foram homólogos para cianobactérias. b.1.6.1.3.12 Bioprospecção de Moléculas Protéicas de Cianobactérias do Rio Pará Barcarena, Pará, Amazônia, Brasil Este projeto tem como objetivo geral iniciar estudos proteômicos em cianobactérias dos recursos hídricos amazônicos com ênfase na identificação de novas moléculas protéicas de interesse 117 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 industrial e biotecnológico. Os objetivos específicos é isolar e identificar as principais cianobactérias da área industrial situada no Rio Pará (Barcarena-Pará); identificar novas moléculas protéicas das cianobactérias isoladas. As amostras foram coletadas nos seguintes pontos do Rio Pará: RPA 03 no município de Abaetetuba; RPA 07 entre os municípios de Abaetetuba e Barcarena e RPA 13 município de Barcarena. Para a coleta de cianobactérias foram realizados arrastos na subsuperfície da água com auxílio de um barco em movimento (3,4 Km/h), utilizando redes de plâncton, com abertura de malha de 20, 64, 120 µm. Parte do material coletado foi acondicionado em frascos de 250 mL, sem fixador, e conservado em caixas térmicas e encaminhado até o Laboratório de Microbiologia Ambiental (LMA), do IEC. Uma alíquota do material foi fixada em solução de Transeau para análise posterior. As amostras (vivas e fixadas) foram analisadas no Laboratório, através de Microscópio Óptico Trinocular (Axiostar Plus-Marca Carl Zeiss), acoplados a um sistema de captura de imagem (Axiocam MRc). A identificação das cianobactérias foi realizada segundo características morfológicas e morfométricas, sendo essa análise efetuada ao menor nível taxonômico possível, com base em bibliografia específica. O isolamento das cianobactérias está sendo realizado no Laboratório de Microbiologia Ambiental do Instituto Evandro Chagas, iniciando-se até no máximo 24 horas após a coleta das amostras, as quais foram mantidas a 4°C em frascos escuros. Esse procedimento visa à obtenção de biomassa necessária para extração de proteínas. Inicialmente, procede-se à homogeneização manual das amostras e, em fluxo laminar, inocula-se 100 µL das amostras em meio de cultura específico para crescimento de cianobactérias, BG-11 e AA solidificado com 2% de ágar em placas de Petri esterilizadas e acrescidas com ciclohexamida com concentração final de 70 mg/L. Repiques sucessivos até a obtenção das linhagens em estado uniespecífico foram realizados e após a confirmação por meio de visualização em microscópio óptico, as linhagens foram transferidas para o respectivo meio de cultivo em estado líquido. A manutenção das culturas é feita em temperatura de 24±1ºC, sob luminosidade fluorescente constante de 40 µmol photon.m-2s. A partir das análises morfológicas foram identificados para a área de estudo um total de 19 táxons, distribuídos em 10 gêneros, oito famílias, três ordens e uma classe. A ordem Oscillatoriales apresentou a maior representatividade, seguida por Chroococcales e Nostocales. Até o presente momento foi possível isolar três táxons de cianobactérias: Microcystis aeruginosa, Microcystis wesenbergii e Pseudanabaena. As mesmas estão sendo cultivadas para a obtenção de uma maior biomassa para posterior extração de proteínas. Estão sendo feitos repiques diários para se conseguir isolarmos um maior número de táxons para região de estudo. b.1.6.1.4 Citogenética humana b.1.6.1.4.1 Implantação de exames Cariotípicos por Hibridização in situ em casos encaminhados pelo SUS ao laboratório de Citogenética Humana e Médica da Universidade Federal do Pará O presente projeto pretende analisar, através de técnicas de citogenética clássica e molecular, o cariótipo de pacientes encaminhados pelo Sistema Único de Saúde para o Laboratório de Citogenética Humana e Médica. Esses pacientes normalmente apresentam retardo no desenvolvimento mental e físico. Muitos rearranjos cromossômicos, como translocações complexas e micro-deleções, passam sem serem devidamente diagnosticadas devido à falta da tecnologia necessária (nesse caso, hibridização in situ com fluorescência). O projeto se iniciou em dezembro de 2010, com a liberação de uma parcela dos recursos financeiros. Com essa parcela, foram comprados dois sistemas de captura e análise cariotípica. Esses sistemas de captura foram instalados no Laboratório de Cultura de Tecidos, e no Laboratório de Citogenética Humana e Médica (ICB UFPA). Foi feita uma triagem dos casos que apresentam cariótipos com rearranjos complexos para início da aplicação dos experimentos de pintura cromossômica. Dos quase 1600 casos atendidos nos quatorze anos de funcionamento do serviço de 118 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 diagnóstico, foram selecionados em torno de 60 casos com cariótipos apresentando rearranjos complexos. b.1.6.1.4.2 Estabelecimento de culturas celulares e do perfil citogenético de diferentes grupos de complementação da Anemia de Fanconi A anemia de Fanconi é uma doença geneticamente heterogênea, com diferentes grupos de complementação, e recentes estudos evidenciaram que essas formas diferentes provavelmente podem ser distinguíveis através de suas características citogenéticas. O conhecimento do grupo de complementação, na atualidade, só pode ser feito através de estudos de fusão celular ou de sequenciamento à procura das mutações relacionadas a cada um deles. Apesar de algumas evidências apontarem para diferentes perfis citogenéticos relacionados a esses grupos, envolvendo translocações e quebras (Konrat et al., 2007), ainda não foi feito um estudo pormenorizado para a utilização dessas características citogenéticas diferenciadas no diagnóstico do grupo de complementação. Esse fato possibilitaria uma maior acessibilidade à distinção desses grupos, e assim, ao prognóstico dos pacientes. Dessa forma, o projeto visa obter e manter culturas celulares a partir de biopsias de pele de pacientes com anemia de Fanconi. Através de sequenciamento, seus grupos de complementação serão determinados. Com posse dessas informações, cromossomos metafásicos expostos ao DEB serão analisados por citogenética clássica e molecular (tecnologia de sondas região-específicas obtidas por microdissecção e de cromossomos totais obtidas por citometria de fluxo) para determinar se rearranjos cromossômicos específicos podem ser relacionados com cada grupo de complementação, facilitando assim a deteminação desse grupo e consequentemente o prognóstico dos pacientes. Em 2011, uma aluna de doutorado permaneceu no Laboratório de Citogenética Humana da Universidade de Jena (Alemanha), sob a orientação do Dr. Thomas Liehr, desenvolvendo o projeto através da aplicação de sondas derivadas de BACs para caracterização dos pontos de quebra em pacientes com anemia de Fanconi. b.1.6.1.4.3 Rede Brasileira de Referência e Informação em Síndromes de Microdeleção (RedeBRIM) O projeto tem como objetivo o estabelecimento de uma rede multicêntrica e multidisciplinar para diagnóstico e informação sobre síndromes de microdeleção no Brasil, que possa atuar como apoio assistencial para os serviços de genética médica vinculados ao SUS, estabelecendo progressivamente bases operacionais em todas as regiões do país e impulsionando as pesquisas sobre esse grupo de doenças genéticas. No ano de 2011 foram triados pacientes de todo o Brasil, com suspeita de microdeleções, para análises por array-CGH e aplicação de sondas lócusespecíficas. Os experimentos devem se iniciar nos próximos meses. b.1.6.1.4.4 Comparação do efeito mutagênico do metilmercúrio em fibroblastos e células de glioma humano através do ensaio cometa e teste do micronúcleo O presente estudo, inserido no Programa de Bolsas de Iniciação Científica IEC-CNPq, foi iniciado em agosto de 2011 e visa comparar as propriedades citotóxicas, genotóxicas e mutagênicas do metil-mercúrio, por meio da aplicação do teste de micronúcleo e ensaio cometa em dois tipos diferentes de células humanas mantidas em cultura representadas por células de tecido epitelial e células derivadas de gliomas. Foram desenvolvidas culturas in vitro das duas linhagens pertencentes ao Banco de Células da Seção de Meio Ambiente do Instituto Evandro Chagas, sendo uma derivada de epitélio (prepúcio, AN-21), e a outra de um glioma (CSN-20). Após a padronização das técnicas, as culturas foram expostas a soluções de mercúrio em duas 119 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 concentrações diferentes (5 M e 20 M). Após a exposição ao mercúrio, as culturas foram incubadas com citocalasina B. No caso das garrafas utilizadas como controle negativo, as culturas foram expostas apenas à citocalasina B. Os resultados preliminares mostraram uma maior fequencia de morte celular nas culturas de tecido epitelial e células de glioma (p<0,0001 para ambas as culturas) expostas a Cloreto de metil mercúrio (MeHgCl) na concentração de 5µM em relação ao controle negativo. Ambas as culturas apresentaram freqüências semelhantes de micronúcleos indicando sensibilidade equivalente ao composto tóxico. As atividades desse estudo estão em prosseguimento em 2012 em relação ao ensaio cometa. b.1.6.1.5 Ações de vigilância e apoio laboratorial b.1.6.1.5.1 Vigilância Ambiental para Cólera na Região Metropolitana de Belém-PA no ano de 2011 O monitoramento ambiental para cólera é realizado pela Seção de Meio Ambiente do Instituto Evandro Chagas desde 1992. Os pontos monitorados no ano de 2011 foram: igarapé Tucunduba-P01, Ver-o-Pêso-P02, Estação Elevatória de Esgoto do Canal do UNA-P03 e Porto do Açaí-P04. O resumo dos resultados obtidos no projeto neste ano encontram-se descritos nas tabelas 60 e 61. Nenhum isolado de V.cholerae demonstrou possuir o gene da toxina colérica (ctx) ou do pilus TCP (tcp), portanto, tratam-se de isolados ambientais não toxigênicos. Tabela 60 Resultado do isolamento de Vibrio cholerae e Vibrio mimicus de acordo com os diferentes pontos de monitoramento e os respectivos números de cepas isoladas, Belém-Pa, no período janeiro a dezembro de 2011 Total de amostras avaliadas Ponto Local Tipo de água M008 Tucunduba M012 Ver-o-Peso M013 ETEUNA Porto Açaí Superficial (Igarapé) Superficial (rio Guamá) Esgoto (estação de tratamento) Superficial (rio Guamá) M014 Total Positivas V.cholerae Nº cepas Positivas V.mimicus Nº cepas 22 12 39 0 0 22 13 61 1 2 22 3 15 0 0 22 12 37 0 0 88 40 152 1 2 Fonte: Seção de meio Ambiente/IEC/SVS/MS Tabela 61 . Distribuição mensal dos isolados de Vibrio cholerae de acordo com os pontos de monitoramento na região metropolitana de Belém-Pa no período de janeiro a dezembro, 2011 Características Pontos Local M008 Tucunduba M012 M013 M014 Tipo de água Sup. (Ig.) Sup. (rio Ver-o-Peso Guamá) Esgoto (Est ETE-UNA de Trat.) Sup. (rio Porto Açaí Guamá) Meses do ano jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez Total 1 - 1 2 1 - 2 2 1 1 - 1 12 2 2 2 1 2 - 1 1 2 1 - - 13 - - 1 1 1 - - - - - - - 3 2 2 1 1 1 2 1 1 12 Total 1 40 Fonte: Seção de meio Ambiente/IEC/SVS/MS 120 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 b.1.6.1.5.2 Análises realizadas na rotina do Laboratório de Microbiologia Ambiental, durante o ano de 2011 O Laboratório de Microbiologia Ambiental realizou em 2011 análises bacteriológicas no âmbito da demanda de rotina para avaliação da qualidade da água conforme quantitativo discriminado na tabela 62. Tabela 62 Mês Quantitativo de amostras analisadas no Laboratório de Microbiologia Ambiental/SAMAM/IEC em 2011, segundo parâmetros, na matriz água No. Amostras Análises realizadas Janeiro 40 3 Fevereiro 207 3 Março 346 3 Abril 54 3 Maio 249 3 Junho 373 3 Julho 72 3 Agosto 163 3 Setembro 571 3 Outubro 60 3 Novembro 234 3 Dezembro 109 3 Total Parâmetros Coliformes totais; Coliformes termotolerantes; E.coli Matriz Água 2.478 amostras x 3 parâmetros = 7.434 análises Fonte: Seção de meio Ambiente/IEC/SVS/MS b.1.6.1.5.3 Monitoramento da qualidade físico-química da água de consumo humano e água superficial nos Portos de Belém e Terminal Petroquímico de Miramar Em 2011 foi realizado o monitoramento mensal da qualidade da água potável utilizada para o consumo humano nos Portos de Belém e Terminal Petroquímico de Miramar em Belém/PA e Vila do Conde em Barcarena/PA, todos sob responsabilidade da Companhia Docas do Pará (CDP). Observa-se na tabela 63 as variáveis analisadas nos meses de 2011 na água consumida nos prédios da CDP nos Portos de Belém, Terminal Petroquímico de Miramar e Porto de Vila do conde. Ressalta-se que o número de amostras coletadas em cada mês foi de acordo com o número solicitado pela empresa conveniada ou por problemas de fornecimento de água em alguns pontos de amostragem no momento da coleta. 121 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 Tabela 63 Número de amostras e análises realizadas no Laboratório de Toxicologia em água de consumo referente ao convênio HIDROSAM, Setor de Físico-Química 2011. Mês Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Tipo de amostra Água de Consumo Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Total Variáveis analisadas pH; Temperatura;Condutividade;TDS; Salinidade; Turbidez; STS; Cor; Fluoreto; Cloreto; Nitrito; Brometo; Nitrato;Nitrogênio Amoniacal; Sulfato; Fosfato; Lítio; Sódio; Amônio; Potássio; Magnésio; Cálcio; Alcalinidade total; Dureza; Cloro Livre. Número de amostras Número de análises 06 23 06 15 15 15 15 162 621 162 405 405 405 405 08 216 04 06 06 06 125 108 162 162 162 3375 Fonte: SAMAM/IEC/SVS/MS A água superficial no entorno dos portos da Companhia Docas do Pará (CDP) também foi monitorada mensalmente, abrangendo os portos de Belém e Terminal Petroquímico de Miramar alocados em Belém/PA e Porto de Vila do conde em Barcarena/PA. Foram monitorados quinze (15) pontos de amostragem nos portos de Belém, Terminal Petroquímico de Miramar e Porto de Vila do conde. Os pontos de amostragem monitorados foram definidos pela empresa conveniada. Em Belém e Miramar os pontos de amostragem condizem com a área portuária de Belém/PA no corpo hídrico denominado de Baia do Guajará, já em Vila do Conde no município de Barcarena/PA, os pontos de amostragem foram definidos no Rio Pará no entorno da área portuária. Observa-se na tabela 64 as variáveis analisadas nos meses de 2011 na água superficial no entorno dos Portos de Belém, Terminal Petroquímico de Miramar e Porto de Vila do conde. Ressalta-se que o número de amostras coletadas em cada mês foi pré-estabelecido pela empresa conveniada e que em algumas amostragens estes valores foram maiores por solicitação da empresa. Tabela 64 Número de amostras e análises realizadas no Laboratório de Toxicologia em água superficial referentes ao convênio HIDROSAM, Setor de Físico-Química 2011 Número de amostras 15 15 Número de análises 345 345 Março 15 345 Abril 15 345 Maio 15 345 15 33 345 759 Mês Tipo de amostra Variáveis analisadas Janeiro Fevereiro Junho Água Superficial Julho Agosto pH; Temperatura; Condutividade; TDS; Salinidade; OD; DBO; DQO; Fluoreto; Cloreto; Nitrito; Brometo; Nitrato; Nitrogênio Amoniacal; Sulfato; Fosfato; Lítio; Sódio; Amônio; Potássio; Magnésio; Cálcio; Dureza. 33 759 Setembro 33 759 Outubro 15 345 Novembro 35 805 Dezembro 30 690 Total 269 6.187 Fonte: SAMAM/IEC/SVS/MS 122 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 b.1.6.1.5.4 Monitoramento da qualidade físico-química da água superficial residuária da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária e Em 2011 também foi realizado o monitoramento de água superficial e do esgoto da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (INFRAERO) localizada no Município de Belém, estado do Pará com coordenadas geográficas para latitude e longitude respectivamente de 01º23 05" S e 48º28 44" W. Este monitoramento abrangeu o Igarapé de Val-de-Cães em pontos de amostragem à montante e à jusante da ETE e em outras unidades de tratamento da ETE, tais como: esgoto bruto na entrada da ETE, aerador, decantador secundário, tanque de contato com o cloro e saída da ETE. O número de análises e variáveis analisadas, assim como, outras informações podem ser observadas na tabela 65. Foram definidos pela empresa conveniada quatorze (14) pontos de amostragem, os quais foram contemplados nos doze meses de monitoramento. Tabela 65 - Número de amostras e análises realizadas no Laboratório de Toxicologia em água superficial e residuária referentes ao convênio HIDROSAM, Setor de Físico-Química 2011 Número de Amostras 14 14 Número de Análises 448 448 14 448 14 448 14 448 14 448 14 448 14 448 14 448 Outubro 14 448 Novembro 14 448 Dezembro 14 448 Total 168 5.376 Mês Tipo de Amostra Variáveis Analisadas Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Água Superficial/Água Residuária Agosto Setembro pH; Temperatura; Condutividade; TDS; Salinidade; OD; Turbidez; STS; Cor; DBO; DQO; Fluoreto; Cloreto; Nitrito; Brometo; Nitrato; Nitrogênio Amoniacal; Sulfato; Sulfeto; Fosfato; Lítio; Sódio; Amônio; Potássio; Magnésio; Cálcio; Alcalinidade Total; Fósforo Total; Cloro Livre; Sólidos Sedimentáveis. Fonte: SAMAM/IEC/SVS/MS b.1.6.1.5.5 Monitoramento da qualidade físico-química da água superficial residuária do Hospital Rede Sarah e Foram monitoradas as águas residuárias produzidas nas instalações hidráulicas prediais do Hospital Rede Sarah, abrangendo quatro (04) caixas de passagem de esgoto com pontos afluentes e efluentes em cada caixa e dois (02) pontos no canal São Joaquim totalizando dez pontos de amostragem, o qual é receptor desta carga despejada pelo hospital. As variáveis monitoradas, assim como, outras informações podem ser observadas na tabela 66. 123 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Tabela 66 Mês Relatório de Gestão/2011 Número de amostras e análises realizadas no Laboratório de Toxicologia em água residuária referentes ao convênio REDE SARAH, Setor de Físico-Química 2011 Tipo de amostra Número de amostras Número de análises Janeiro - - Fevereiro - - Março - - Abril - - 10 270 - - Maio Água residuária e água superficial Junho Julho Agosto Setembro Variáveis analisadas pH; Temperatura; Condutividade; TDS; Salinidade; OD; SST; DBO; DQO; Fluoreto; Cloreto; Nitrito; Brometo; Nitrato; Nitrogênio Amoniacal; Sulfato; Fosfato; Lítio; Sódio; Amônio; Potássio; Magnésio; Cálcio; Alcalinidade Total; Fósforo Total; Cloro Livre Outubro Novembro Dezembro Total - - 20 520 - - - - 10 270 - - 40 1.060 Fonte: SAMAM/IEC/SVS/MS b.1.6.1.6 Outras ações por laboratório b.1.6.1.6.1 Laboratório de Toxicologia O laboratório de mercúrio faz parte do laboratório de toxicologia da Seção de meio ambiente (SAMAM). Possui uma equipe formada por um pesquisador Químico o qual é responsável pelo o laboratório e três colaboradores capacitados e treinados, que compõem a equipe técnica os quais também são Químicos. Controle de qualidade Para manter o padrão de qualidade, as análises foram realizadas com o acompanhamento de amostras de referência certificadas, limpeza adequada e identificação das vidrarias, controle de acesso ao laboratório com o uso de sapatilhas (controle de poeira) e divisão do espaço interno. Metodologia utilizadas na análise de mercúrio e metilmercúrio Determinação de mercúrio total em amostras biológicas e ambientais Para se determinar mercúrio total foi utilizada a técnica de espectrometria de absorção atômica por vapor frio acompanhada do método que envolve redução e espectrometria de absorção atômica por vapor frio (CVAAS) (sistema aberto de circulação do fluxo de ar) é, em princípio, semelhante ao sistema de circulação convencional em que o método inclui o seguinte: redução de íons Hg2+ na solução da amostra com cloreto estanhoso para gerar vapor de mercúrio elementar (Hg0); e a introdução de vapor de mercúrio na célula de foto-absorção para a medida de absorbância a 253,7 nm. Determinação de metilmercúrio em amostras biológicas e ambientais Para medida de mercúrio orgânico, cromatografia gás-líquido com detecção de captura de elétrons (GLC-ECD) foi usado para análise seletiva de metilmercúrio e outros compostos organomercuriais. O procedimento analítico envolve a extração de metilmercúrio nas amostras como seu haleto em um solvente orgânico após acidificação; a extração de volta em uma solução aquosa de 124 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 cisteína ou glutationa; a re-extração em um solvente orgânico; e medida de metilmercúrio por GLCECD. Produção Realizou-se no período de 2011 em média, cerca de 258 análises mensais incluindo matrizes biológicas e ambientais tais como tecido capilar, sangue, urina, leite materno, pescado, ostras, boto e sedimento, totalizando 3.091 análises anual. O ápice ocorreu em Abril com 622 análises realizadas (Figura 24). Devido à ministração de curso pelo Dr. Akagi, não foi possível realizar nenhuma análise de rotina. Atividades do laboratório de mercúrio 2011 Dez Nov Out Set Ago Meses Jul Jun Mai Abr Mar Fev Jan 0 100 200 300 400 500 600 700 Quantidade de análises Figura 24 Nº de amostras analisadas nos meses relativos ao ano de 2011 Tabela 67 Quantidade de amostras analisadas para mercúrio no ano de 2011 (continua) Procedência (Projetos) Barreiras Barcarena Barcarena Barcarena Maernita I Maernita II Maernita I Macrodenagem Macrodrenagem Barreiro Macrodrenagem CDP Tucuruí Brasília Legal 1994 C. Maranhão Abaetetuba Rio Claro Amostras certificadas Amostras certificadas Matriz jan fev mar abr mai jun jul ago out nov dez Cabelo Sedimento Cabelo Plâncton Cabelo Cabelo Leite materno Cabelo 2 174 - 50 - 36 176 - - - 123 110 - - - - - - - - - - - - - 115 - - - - - 580 - - - - - - - Cabelo - - - - - - - - - - 168 Cabelo - - - - 260 - 253 - - - - Plâncton - - - - - - 14 - - - - Cabelo - - - - - - 115 - - - - Cabelo - - - - 40 - - - - - - Sedimento - - - - 47 - - - - - - IAEA SL1 4 - - - - - - - - - - IAEA-086 2 - - 20 - - - - - - - 125 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 Tabela 67 Quantidade de amostras analisadas para mercúrio no ano de 2011 (conclusão) Procedência (Projetos) Matriz jan fev mar abr mai jun jul ago out nov dez Ostra - - - - - - 40 - - 41 - Peixes - - - - - - - - 59 - - Sangue - 2 15 12 6 - - 2 11 5 3 Atendimento rotina Cabelo - 3 2 10 3 - - 3 11 5 - Atendimento rotina Urina - 2 3 - - - - - - - - Sedimento - - - - - - - 5 - - - Cabelos - - - - - 277 - - - - - Boto - - - - - - - - - 23 - Peixes - - - - - - - - - 145 - Doutorado parceria IEC UFOPA Solo - - - - - - - - - 70 - Treinamento Cabelo - - 16 - - - - - - - - Treinamento Peixe - - 10 - - - - - - - - Treinamento Sedimento - - 8 - - - - - - - - 182 57 266 622 356 410 532 10 196 289 171 Parcerias UFPA Bragança UFPA Atendimento rotina Material certificado Mestrados UFPA parceria com o IEC Doutorado parceria IEC FIOCRUZ Doutorado UFPA parceria com IEC Total Fonte: SAMAM/IEC/SVS/MS O Setor de Cromatografia do Laboratório de Toxicologia realizou em 2011, exames de DDT em soro sangüíneo em pacientes oriundos da Fundação nacional de saúde (FUNASA), por solicitação judicial, colinesterase sérica em trabalhadores expostos a agrotóxicos, análise de resíduos orgânicos volatéis em água de consumo e superficial, análise de agrotóxicos em amostras de água, solo e sedimento, análises utilizando a planta Tradescantia pallida como bioindicador ambiental através da análise microscópica e de metais de suas folhas. Essas amostras analisadas estão inseridas em projetos de pesquisa da Seção de Meio Ambiente e de demandas provenientes das diversas instâncias do poder público como as Secretarias Municipais de Saúde e Meio Ambiente, Secretaria Estadual de Meio ambiente, Centro de Perícias Renato Chaves, Promotoria de Justiça de Meio Ambiente do Estado do Pará, Promotoria de Justiça de Barcarena e outros municípios e Justiça Estadual e Federal, Fundação Nacional de Saúde (FUNASA). 126 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 Tabela 68 Quantitativo de amostras realizadas pelo Laboratório de Cromatografia 2011 Mês Nº análises Matriz Parâmetros - Soro (11 análises) DDT (Soro, água) Janeiro 23 análises - Plantas (12 análises) Fevereiro Março 86 análises 226 análises Abril 196 análises Maio 327 análises Junho 46 análises Julho 160 análises Agosto 75 análises Setembro 85 análises Outubro 83 análises Novembro 178 análises Dezembro 247 análises Total 1.732 análises - Soro (8 análises) - Peixe (78 análises) - Soro (21 análises) DDE (Soro, água) BTEX (Água) - Plantas (2 análises) - Água (203 análises) - Soro (94 análises) - Plantas (2 análises) - Água (100 análises) - Água (327 análises) - Soro (2 análises) - Água (44 análises) - Soro (2 análises) - Água (158 análises) - Soro (4 análises) - Água (71 análises) - Soro (33 análises) - Água (52 análises) - Soro (42 análises) ORGANOFOSFORADOS (soro, água) COLINESTERASE (soro) CARBAMATOS (água) METAIS (folhas) - - Água (41 análises) - - Soro (2 análises) - Água (176 análises) - - Soro (65 análises) - Água (182 análises) 1.732 análises - Fonte: SAMAM/IEC/SVS/MS *DDT: Diclorodifeniltricloroetano (inseticida organoclorado) **DDE: Diclorodifeniltricloroeteno (inseticida organoclorado) ***BTEX: Benzeno, tolueno, etilbenzeno, xileno A sala de Espectrometria Analítica está vinculada ao Laboratório de Toxicologia/SAMAM/IEC e foi criada para realizar a determinação de constituintes inorgânicos (metais) nas mais variadas matrizes (água, solo, sedimento, pescado, plantas, etc..) possui um parque analítico capaz de avaliar teores de metais em uma ampla faixa de concentração que varia no teor de traços a até em percentagem. Tem como objetivo, determinar os teores de metais (Al, As, Ba, B, Ca, Cd, Co, Cr, Cu, Fe, K, Mg, Mn,Mo, Na, Ni, Sb, Se, Sn, Sr, Ti, V, Zr e Zn) nas mais variadas matrizes (água, pescado, plantas, solo, urina, etc..) fomentando projetos de pesquisa que abrangem as áreas ambientais e biológicas. 127 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 Espectrometria de Emissão Ótica (ICP-OES) Tabela 69 Valores mensais do número de amostras e análises realizadas no Laboratório Toxicologia, sala de espectrometria analítica, correspondentes ao ano de 2011 Mês Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Tipos de Amostra Água Superficial Água de consumo Água de Esgoto Vegetais Sedimento de fundo Solo Fígado Gordura animal Fuligem Tecido Capilar Água de Coco Pescado Plâncton Lodo Tipos de Análises Espectrometria de Emissão Ótica com Plasma Induzido (ICP OES) Total Nº Amostras Nº Análises 304 2935 266 2504 513 7695 277 4155 * * 670 10.093 256 2758 345 345 494 7568 215 1167 123 1406 336 3565 3.799 44.191 Fonte: SAMAM/IEC/SVS/MS Nota: * No mês de Maio a Sala de Espectrometria Analítica estava passando por reforma estrutural. Espectrometria de Absorção Atômica Acoplada a Forno de Grafite (GF-AAS) Tabela 70 Número de amostras e análises dos elementos Chumbo (Pb) e Cádmio (Cd) realizadas no laboratório toxicologia no ano de 2011 Nº Amostras Nº Análises Janeiro 335 670 Fevereiro 275 550 Março 379 758 309 618 228 456 235 470 164 328 243 486 Setembro 274 548 Outubro 210 420 Novembro 105 210 Dezembro 185 370 Mês Abril Maio Junho Julho Agosto Tipos de amostra Água Superficial Água de consumo Pescado Sangue total Urina Total Tipos de análises Espectrometria de Absorção Atômica Acoplada a Forno de Grafite (GF-AAS) 5884 Fonte: SAMAM/IEC/SVS/MS 128 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 b.1.6.1.6.2. Laboratório de Microbiologia Ambiental Em 2011 o Laboratório de Microbiologia Ambiental com apoio do Laboratório de Físico-química da água, desenvolveram atividades no âmbito do projeto Avaliação da qualidade da água destinada ao consumo humano no principal manancial de abastecimento de Belém - PA, Brasil com o objetivo de Avaliar a qualidade da água destinada ao consumo humano do manancial do Utinga e Estação de Tratamento de Água (ETA) Bolonha, Município de Belém, PA, Brasil, além de Quantificar os coliformes totais, termotolerantes e E.coli nas amostras de água coletadas; Determinar as variáveis físico-químicas (Ph, temperatura, condutividade elétrica, sólidos totais dissolvidos (TDS) e oxigênio dissolvido (OD)) nas amostras de água coletadas; Pesquisar a ocorrência de potenciais patógenos bacterianos (Escherichia coli, Salmonella spp., Vibrio cholerae e Vibrio mimicus nas amostras de água coletadas; Identificar fatores de virulência nos isolados de E.coli e Vibrio cholerae eventualmente obtidos; Realizar a detecção e quantificação do Virus da Hepatite A nas amostras de água coletadas; Avaliar a ocorrência de sazonalidade para coliformes, patógenos e variáveis físico-químicas nas amostras estudadas. b.1.6.1.6.3 Laboratório de Virologia No ano de 2011, o laboratório de virologia realizou 6.038 análises sorológicas para pesquisa de Citomegalovírus (HCMV), Rubéola e Sarampo. Desse universo, 3.327 solicitações eram para CMV, 2.348 para Rubéola e 363 para Sarampo para diagnósticos por sorologia. Os diagnósticos fornecidos atenderam a demanda de solicitações feitas através do atendimento médico da Central de atendimento Unificado do Instituto Evandro Chagas (IEC), do atendimento ambulatorial de gestantes do pré-natal na Seção de Meio Ambiente e de algumas solicitações feitas por busca ativa em Hospitais da rede pública como o Hospital Ophir Loiola em atendimento a solicitação médica. A pesquisa de anticorpos para os vírus Rubéola, CMV e Sarampo, estão representados nas tabelas 71, 72 e 73. Tabela 71 Análises sorológicas para Rubéola, 2011 Rubéola IgG analis. IgG (+) IgM analis. IgM (+) Janeiro 311 283 293 2 Fevereiro 300 275 282 2 Março 285 255 263 - Abril 274 259 264 1 Maio 375 345 346 - Junho 366 332 333 - Julho 67 48 49 1 Agosto 58 43 42 - Setembro 56 43 46 1 Outubro 52 50 52 1 Novembro 72 67 69 1 Dezembro 132 113 124 1 2.348 2.113 2.163 10 Total Fonte: SAMAM/IEC/SVS/MS 129 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 Tabela 72 Análises sorológicas para HCMV, 2011 IgG analis. IgG (+) IgM analis. IgM (+) Janeiro HCMV 383 372 381 1 Fevereiro 371 362 369 2 Março 384 368 376 2 Abril 360 353 364 4 Maio Junho 469 452 465 7 358 347 341 5 Julho 126 107 115 7 Agosto 157 149 149 7 Setembro 146 141 141 5 Outubro 166 154 160 Novembro 174 171 173 2 1 Dezembro 233 214 239 2 3.327 3.190 3.273 45 Total Fonte: SAMAM/IEC/SVS/MS Do total de análise realizada, 1.621 eram gestantes entre as quais 1.491 eram assintomáticas. As sorologias foram realizadas nas gestantes por diversos motivos diagnósticos, assim distribuídos: 35 gestantes eram motivo de doença, 95 por contato com casos exantemáticos e 1.491 grávidas para diagnóstico pré-natal, assintomáticas. Do total de assintomáticas, houve 1 caso de positividade para rubéola e 2 casos positivos para Citomegalovírus. Outros grupos de pacientes foram investigados, tais como mães de recém-nascidos suspeitos de TORCH (1 caso positivo para rubéola), recém-nascidos suspeitos de doença congênita (1 casos positivo para rubéola e 17 casos positivos para CMV), doentes com suspeitas diversas sintomáticos (7 casos positivos para rubéola; 23 para CMV e 4 sarampo); transplantados ( 1 caso de CMV positivo), pacientes com SIDA (1 caso positivo para o CMV) e pacientes renais crônicos (1 caso positivo para CMV). Tabela 73 Análises sorológicas para Sarampo, 2011 Sarampo IgG analis. IgG (+) IgM analis. IgM (+) Janeiro 36 24 36 - Fevereiro 27 16 25 1 Março 35 27 33 - Abril 18 15 18 - Maio 34 19 34 - Junho 45 24 45 - Julho 21 13 21 - Agosto 21 11 19 - Setembro 29 19 26 - Outubro 31 23 31 - Novembro 23 19 23 - Dezembro 44 31 42 3 Total 363 240 352 4 Fonte: SAMAM/IEC/SVS/MS 130 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 Em fevereiro de 2011 ocorreu 1 caso de sarampo e em dezembro outros 4 casos, confirmados pela presença de IgM. Dentre os casos positivos para sarampo, 3 eram suspeitos de sarampo vacinal. Um único caso de sarampo não vacinal, suspeito de sarampo selvagem está em processo de confirmação. Este caso também foi positivo para Sífilis, mono e HIV. Outras metodologias são comumente utilizadas como complementação diagnóstica de rotina no laboratório de Virologia, tais como: técnicas moleculares (PCR) e de isolamento viral. O laboratório de Biologia molecular efetuou diagnóstico molecular para CMV em 87 amostras da rotina. Foram analisadas 29 amostras de urina, 58 amostras de sangue total e 16 amostras de LCR. Ressalta-se o fato de que alguns materiais pertencem a um mesmo paciente, principalmente relacionada as amostras de urina e sangue. Entre os diagnósticos realizados pelo método molecular, 38 eram transplantados, 3 pacientes de SIDA, 6 eram gestantes e 12 recémnascidos, sendo detectada a presença do DNA viral de 16 transplantados, 1 paciente de SIDA e em 9 recém-nascidos, não tendo sido detectado DNA viral do CMV em nenhuma das gestantes investigadas. O procedimento de isolamento viral foi realizado conjuntamente às técnicas sorológicas. O laboratório utiliza para diagnóstico viral culturas primárias e linhagens celulares específicas para os vírus da Rubéola, Citomegalovírus e Sarampo. Para o isolamento do Citomegalovírus Humano (HCMV) são utilizadas culturas primárias de células de prepúcio humano (fibroblastos de humanos), usadas como células alvo para replicação do HCMV; para o isolamento viral do vírus da Rubéola, são utilizadas células de rim de macaco verde africano (VERO - ATCC) e para o isolamento do vírus do Sarampo, são utilizadas células do tipo Linfócitos B de macaco imortalizadas pelo vírus do Epstain-Barr. Os espécimes biológicos utilizados para o isolamento viral são secreções de orofaringe, liquido cefalorraquidiano (LCR) e urina. Todos os procedimentos adotados no isolamento viral bem como as células utilizadas nesses ensaios estão de acordo com o descrito na literatura biomédica e já fazem parte do protocolo de isolamento viral deste Instituto de Pesquisa. No ano de 2011, o laboratório de virologia da SAMAM/IEC, recebeu um total de 57 amostras, obedecendo à seguinte discriminação: Do total de amostras recebido em nosso laboratório, o número mais expressivo foi para o isolamento de HCMV, o que pode se justificar, considerando que este vírus é encontrado amplamente distribuído nas populações humanas ao redor do mundo. Das 51 amostras testadas para isolamento de HCMV, 14 foram encaminhadas pelo serviço de atendimento local; 18 foram oriundas do Hospital Ophir Loiola, sendo que dessas, 13 foram de pacientes renais transplantados; 6 foram do Hospital Universitário João de Barros Barreto (3 oriundas de pacientes portadores de SIDA). As demais amostras foram encaminhadas do LACEN/PI (02), do LACEN/TO (01), da Santa Casa de Misericórdia do Pará (03) e de outras entidades diversas (07). Todos os espécimes biológicos foram submetidos por no mínimo seis passagens em cultura de células, sendo cada passagem incubada num intervalo mínimo de cinco dias. Dentre as 57 amostras recebidas no laboratório de virologia da SAMAM, não houve nenhum resultado condizente com o Efeito Citopatológico (ECP) característico dos vírus do HCMV, Rubéola ou Sarampo. Apesar da negatividade para ECP ter se mostrado em todas as amostras, inferimos a necessidade do isolamento viral como um passo importante na confirmação de casos de suspeita de infecção aguda pelos referidos vírus, bem como no auxílio ao diagnóstico molecular (reação em cadeia da Polimerase PCR) e de caracterização estrutural por Microscopia Eletrônica de Transmissão (MET). Todos os resultados foram emitidos em laudos técnicos contendo informações sobre o tipo celular utilizado no isolamento, o espécime biológico, o numero de passagens em célula e o resultado presuntivo. Dentre as possíveis causas de negatividade em alguns espécimes biológicos, ressaltamos, além do fato de a maioria das solicitações estarem pautadas em diagnóstico diferencial, 131 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 a dificuldade de se obter, em alguns casos, amostras satisfatórias para um correto isolamento viral, citamos: condições de armazenamento e estocagem, temperatura ideal para transporte, alíquotas contaminadas por microorganismos (bactérias), amostras com padrão de turbidez inadequados para o isolamento e alíquotas de LCR contendo vestígios de sangue (hemolisadas) foram algumas das ocorrências mais identificadas no recebimento das amostras. Apesar das dificuldades aparentes, todas as mostras foram submetidas à técnica de isolamento viral, até que se pudesse haver um diagnostico presuntivo. b.1.6.1.6.4. Laboratório de Cultura de Tecidos O laboratório de cultura de tecidos vem executando as funções de rotina de uso de culturas primárias e linhagens celulares para a análise de isolamento viral e qualquer outro estudo na área de biologia que necessite de células em cultura. Além disso, faz parte da Rede para estudos de Células Tronco e Terapia Celular INCTC do CNPq, estando ligado ao Hemocentro de Ribeirão Preto SP, fornecendo células tronco adultas e embrionárias para pesquisa em terapia celular para subsidiar o subprojeto Cultura de Células Tronco Adultas e Embrionárias de animais e Humanos para uso em Terapias Celulares, desde 2008. Desde 2010 foram iniciados novos projetos de pesquisa, com a participação de alunos de Iniciação cientifica, Mestrado e Doutorado. Os projetos implantados foram: a) Manutenção de Culturas Celulares do Banco de Células do Laboratório de Cultura de Tecidos (SAMAM - Instituto Evandro Chagas), vigência de 2010 a 2012 Apoio: CNPq (bolsa de IC). b) Citotaxonomia e Evolução Cromossômica em Aves Através da Aplicação de Pintura Cromossômica vigência: desde 2006- Apoio: CNPq (2006-2008). Participação de uma aluna de IC (bolsa CNPq-UFPA), dois alunos de Mestrado (Programa de Pós Graduação em Neurociências e Biologia Celular e Programa de Pós Graduação em Genética e Biologia Molecular), uma aluna de doutorado (Programa de Pós Graduação em Neurociências e Biologia Celular); c) Estabelecimento de Culturas Celulares e do Perfil Citogenético de diferentes Grupos de Complementação da anemia de Fanconi, vigência de 2010 a 2012 Apoio CNPq (bolsa de Mestrado). Uma aluna de Mestrado (Programa de Pós Graduação em Neurociências e Biologia Celular) e uma de doutorado (Programa de Pós Graduação em Genética e Biologia Molecular) envolvidas. d) Caracterização citogenética e molecular de Tumores de sistema Nervoso Central Humano, desde 2008. Participação de uma aluno de IC, um de Mestrado (Programa de Pós Graduação em Neurociências e Biologia Celular) e um de doutorado (Programa de Pós Graduação em Genética e Biologia Molecular). e) REDE BIM Rede Brasileira de Referência e Informação em Síndromes de Microdeleção coordenado pela Profa. Dra. Mariluce Riegel (UFRS), vigência: 2011-2014 -o Laboratório de Cultura de Tecidos consta como ponto de apoio da Região Norte. f) Implantação de exames cariotípicos por hibridização in situ em casos encaminhados pelo SUS ao laboratório de citogenética humana e médica da universidade federal do pará vigência 2011-2014 apoio CNPq, com a participação de dois alunos de IC (bolsas CNPqUFPA) e uma aluna de doutorado (Programa de Pós Graduação em Genética e Biologia Molecular). g) Comparação do efeito mutagênico do metilmercúrio em fibroblastos e células de glioma humano através do ensaio cometa e teste do micronúcleo, vigência 2011-2012 Participação de um aluno de IC (Bolsa CNPq-IEC). 132 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 b.1.6.1.7 Instituições parceiras b.1.6.1.7.1 Locais ou regionais Secretarias de Saúde e de Ambiente do Estado do Pará; Instituto Estadual de Proteção Ambiental do Amapá; Secretarias Municipais de Saúde e de Meio Ambiente dos municípios de Itaituba, Santarém e Barcarena; Fundação Nacional de Saúde Coordenação Regional do Pará e Unidades de Santarém e de Itaituba; Associação dos Mineradores de Ouro do Tapajós (AMOT); Hospital Menino Jesus de Itaituba; Universidade Federal do Pará (Núcleo de Medicina Tropical, Instituto de Ciências Biológicas, Geociências e de Química); Museu Paraense Emílio Goeldi, Companhia de Pesquisas de Recursos Minerais (CPRM); Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), Hospital da Rede Sarah Kubistchek; Ministério Público dos Estados do Pará e Amapá; Sistema de Proteção da Amazônia - Centros Regionais do Pará e de Rondônia. b.1.6.1.7.2 Nacionais Universidade Federal do Rio de Janeiro (Instituto de Saúde Coletiva), Fundação Oswaldo Cruz; Centro de Tecnologia Mineral (CETEM), Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (CENSIPAM); FUNASA - Brasília. b.1.6.1.7.3 Internacionais Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA); Instituto Nacional para a Doença de Minamata. b.1.7 Investigações anatomopatológicas A Seção de Patologia do IEC e composto por dois Setores: Análises Clínicas e Anatomia Patológica. O Setor de Anatomia Patológica, esta subdividido em seis laboratórios: - Laboratório de Macroscopia; - Laboratório de Rotina; - Laboratório de Imuno-Histoquímica - Laboratório de Biologia Molecular/ELISA; - Laboratório de Apoio; - Laboratório de Microscopia. 133 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 b.1.7.1 Realizações b.1.7.1.1 Setor de Análises Clínicas Em 2011 o Instituto atendeu 8.619 pacientes, através de suas Seções científicas e realizou, através do Setor de Analises Clínicas 59.215 exames de hematologia, bioquímica, imunologia e urinálise, em apoio as pesquisas biomédicas, assim como de pacientes encaminhados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). b.1.7.1.1.1 Serviços a) Coleta e realização de exames laboratoriais na área de hematologia e bioquímica em apoio ao projeto Rede Paraense de Malária da Seção de Parasitologia na viagem de campo ao município de Goianésia-Pa; b) Elaboração de projeto para autorização do curso técnico em Análises Clínicas, para aprovação do Conselho Estadual de Educação do Estado do Pará; c) Elaboração de material didático e realização de aulas teóricas e práticas em apoio as atividades do curso técnico em Análises Clínicas promovido pelo IEC em apoio ao Sistema Único de Saúde; d) Os pesquisadores e técnicos da Seção ministraram curso de atualização em hematologia para 30 servidores do Instituto Evandro Chagas e Centro Nacional de Primatas, no período de 04 a 08.04.2011; e) Coleta de amostras de sangue em população selecionada do projeto Análise das Alterações metabólicas em crianças e adolescentes Obesos e não obesos de Belém-Pa; f) Implantação do Programa de Controle de Qualidade externo contratado junto a empresa Controllab, com o objetivo de monitoramento dos exames laboratorias realizados pelo Laboratório de Patologia nas áreas de hematologia, bioquímica, urinálise e imunologia. b.1.7.1.2 Setor de Anatomia Patológica Principais ações da Anatomia Patológica dentro do cenário de políticas públicas do Governo Federal: a) Estudo das alterações do nível de citocinas em humanos acometidos de doenças infecciosas e parasitárias graves; b) Estudo sobre a etiopatogênese e imunopatologia das doenças infecto-parasitárias; c) Vigilância epidemiológica das síndromes: hemorrágicas e ictéricas; d) Diagnóstico de doenças virais e parasitárias transmitidas por vetores; Arboviroses, Malária, doença de Chagas e Leishmanioses; e) Contribuir para a etioepidemiologia das endemias, epidemias e epizootias. Como Laboratório de Referência Nacional para Febres Hemorrágicas realizou 15.090 análises anatomopatológicos pelas técnicas de histoquímica e Imuno-histoquímica em amostras de cérebro, cerebelo, pulmões, coração, fígado, baço e rins obtidas após óbito de seres humanos e após morte de animais em períodos de epizootias, como ocorre com primatas não-humanos que serve para monitoramento da ocorrência de febre amarela que pode atingir trabalhadores e turistas nãoimunizados em regiões onde esta doença é endêmica em amostras vindas de vários estados da federação. Além disso, utilizou animais de laboratório em estudo de pesquisa, por meio da manipulação de microrganismos, para verificação das alterações histopatológicas, constituindo em trabalhos de patologia experimental. 134 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 Foram analisados 503 indivíduos, dos quais 340 humanos suspeitos de sindromes ictero-hemorrágicas, sendo que destes, 70 eram menores de 14 anos. e 163 animais, sendo 64 primatas não-humanos suspeitos de febre amarela oriundos das diversas unidades da Federação onde a febre amarela é endêmica e os restantes animais de laboratório, utilizados em estudos de patologia experimental com três diferentes vírus com o objetivo de caracterizar as alterações histológicas nos diferentes tecidos desses animais. Todos foram submetidos à análise macro e microscópica, sendo esta última, por meio de técnica de hematoxilina-eosina e de imuno-histoquímica, como parte de um estudo imunopatológico do Laboratório de Anatomia Patológica, o que resultou no preparo de um número bastante elevado de lâminas histológicas, e que foram analisadas por meio de microscopia de luz. Como resultado das análises realizadas, nos diversos corte de tecidos, e considerando que nosso país atravessa uma epidemia de dengue, observou-se que do total de 340 humanos analisados, 143 apresentaram resultado positivo para dengue, por técnica de imuno-histoquímica, distribuídos por Unidade da Federação, segundo a tabela 74. Tabela 74 Nº de casos humanos com resultado de exames positivos para a Dengue, segundo a distribuição por Unidade da Federação em 2011 Estado Nº de Casos Pernambuco 40 Ceará 37 Goiás 32 Rio Grande do Norte 17 Maranhão 12 Minas Gerais 3 Pará 1 Piauí 1 Total 143 Fonte: Setor de Anatomia Patológica/SAPAT/IEC/SVS/MS Na distribuição de 143 casos nas unidades da federação, cujos resultados laboratoriais foram positivos para dengue, chama atenção para maior número de ocorrência, no estado de Pernambuco com 40 casos e um único caso no estado do Pará, onde, este caso, talvez seja reflexo da ausência do Serviço de Verificação de Óbito no estado, o que deve influenciar de sobremaneira para o número reduzido de casos post mortem. Dos 143 casos positivos, e considerando a idade da população que foi a óbito, verificouse que 23 pertenciam a menores de 14 anos cuja distribuição está disposta na tabela 75. Tabela 75 Nº de casos de crianças com resultado de exames positivos para a dengue, segundo a distribuição por Unidade da Federação em 2011 Estado Nº de Casos Ceará 9 Rio Grande do Norte 5 Goiás 4 Pernambuco 3 Maranhão 1 Minas Gerais 1 Total 23 Fonte: Setor de Anatomia Patológica/SAPAT/IEC/SVS/MS Ainda como laboratório de referência, e considerando a ocorrência de epizootias em diversos estados, foram analisadas vísceras de 64 primatas não-humanos para controle da febre amarela, cujos resultados foram negativos para todos os animais, para aquela patologia (Tabela 76). 135 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 Ainda como laboratório de referência, e considerando a ocorrência de epizootias em primatas não-humanos seguido de morte em diversos estados brasileiros, levou a vigilância epidemiológica destes estados a solicitar exames laboratoriais, a fim de detectar possível infecção por vírus amarílico. Sessenta e quatro animais foram examinados e todos apresentaram resultado negativo por técnica de imuno-histoquímica. Na tabela 76, apresenta-se a distribuição dos animias recebidos e examinados, por Unidade da Federação. Tabela 76 Nº de casos de animais examinados pelo IEC, suspeitos de febre amarela, distribuídos por Unidades da Federação em 2011 Estado Nº de Casos Distrito Federal 33 Goiás 14 Minas Gerais 7 Bahia 4 Tocantins 4 Rio Grande do Norte 2 Total 64 Fonte: Setor de Anatomia Patológica/SAPAT/IEC/SVS/MS b.1.7.2 Cooperação Técnico-Científica com Instituições Parceiras Parceria inter institucional com a Universidade Estadual do Pará (UEPA) através do projeto Análise das alterações metabólicas em crianças e adolescentes obesos e não obesos de Belém do Pará . Projeto já aprovado no Comitê de Ética e Pesquisa em seres humanos. b.1.7.3 Perspectivas a) Expandir os conhecimentos na área das síndromes metabólicas relacionadas a infância e adolescência, visto que a produção cientifica nessa área na região é escassa; b) Expandir os conhecimentos nas áreas de malária em área endêmica envolvendo gestantes e/ou puérperas; c) Apoiar à melhoria da assistência laboratorial em municípios da região Amazônica, através do curso técnico em Análises Clínicas. b.1.8 Investigações Epidemiológicas b.1.8.1 Realizações Em 2011, parte das atividades incluídas nas atribuições regimentais estabelecidas pela Portaria do Ministério da Saúde nº 2.123, de 7.10.2004 para o Serviço de Epidemiologia do IEC (SEVEP), foram submetidas a alterações em conseqüência de injunções circunstanciais. Entre essas circunstancias, a falta de pessoal que impediu a formação de uma equipe com a especialização adequada, restringiu nesse ano, as atividades de campo das pesquisas epidemiológicas, inclusive estudos de surtos, estudos de avaliação de situação de saúde em área específicas, ambos com abordagem multidisciplinar. Permaneceram, das atividades ligadas ao apoio à vigilância epidemiológica, a central de recebimentos de espécime biológico para exames de laboratório e das atividades referentes à pesquisas a elaboração de um banco de dados em SQL e a estatística analítica dos resultados laboratoriais do Projeto Avaliação das Alterações Ambientais e Sociais e sua Influência nas Áreas de Abrangência das Minas de Ferro do Complexo Carajás, da Mina do Manganês do Azul e de cobre do Salobo. 136 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 O SEVEP criado em 2000 com as vagas proposições quanto as sua atribuições expressas no Decreto nº 3.450, de 9 de maio desse ano, em cujo anexo II, no quadro demonstrativo dos cargos comissionados consta a chefia do Serviço de Epidemiologia entre as os quatro serviços criados na estrutura organizacional do Instituto Evandro Chagas (IEC). A inclusão desse serviço, por decisão da Presidência da Fundação Nacional de Saúde (FUNASA), foi comunicada à Direção do IEC por meio do memorando circular daquela Presidência no 0052/GABPRE de 10 de maio de 2000, sem orientação sobre atribuições, funcionamento e lotação. A chefia foi indicada pelos chefes das unidades técnicas e Direção do IEC e aprovada pela Presidência da FUNASA ( Portaria nº 329 publicada no Diário Oficial da União de 26 de junho de 2000). À essa chefia com o apoio da Direção e corpo técnico do IEC, coube o planejamento, implementação técnica e administrativa para esse novo serviço. Assim, ainda em 2000, foi organizada e implantada uma Central de Recebimento de Espécime Biológicos (CEREC) destinados a serem examinados, frequentemente o mesmo espécime, por mais de uma área técnica (CEREC), criado o estudo de surtos com abordagem multidisciplinar e, nos anos seguintes, um Núcleo de Bioestatística. Essas atividades de pesquisa epidemiológica constituem o que a Portaria 2.123 denomina estudos epidemiológicos estratégicos. Essas ações permitiram que ao ensejo da inclusão do IEC na estrutura organizacional da nova secretaria do Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS/MS), em 2003, já fosse apresentada uma proposta de operacionalização para o Serviço de Epidemiologia (então com a sigla de SEEPI), e que foram consideradas como atribuições pela Portaria referida no início deste relatório e na qual consta como atribuição do SEVEP/IEC: I. Coordenar e orientar as ações de diagnostico laboratorial realizadas pelo Instituto quando demandadas pelos serviços de Vigilância Epidemiológica de estados e municípios, promovendo a articulação entre o laboratório e as demais áreas do SUS; e II. Coordenar e executar estudos epidemiológicos estratégicos. b.1.8.1.1 Central de Recebimento de Espécime Biológicos (CEREC) Nos seus 11 anos de funcionamento ininterruptos, as atividades evoluíram para se adaptarem ao sistema de Vigilância Epidemiológica do MS, em constantes mudanças visando a adaptação ao SUS, porém permaneceram, como demonstram as tabelas 77 e 78, a sua abrangência por todo o Brasil. A maioria dos espécimes é proveniente da região Norte (68,7 %), fortemente influenciada pela quantidade proveniente do Pará (tabela 80). Nessa tabela, mesmo considerando que, talvez alguns municípios envie os espécimes por intermédio de outros, os municípios onde estão implantados projetos de mineração como Paragominas e Parauapebas não os encaminharam para confirmação etiológica no IEC. Quanto ao número de espécimes em relação ao encaminhamento por meses e por área técnica (tabela 79) há dois aspectos que necessitam maiores análises: nos meses de dezembro, setembro, julho e janeiro foram encaminhados menos espécimes que a média mensal. Esses dados deveriam ser comparados com os dos anos anteriores, pois essa diminuição pode estar associada à problemas administrativos em vez de uma menor incidência. Outro aspecto a ser analisado, é o elevado número, cerca de 26% dos espécimes enviados (tabela 78), que não puderam ser incluídos nem na vigilância epidemiológica nem em pesquisas por falta de informações dos remetentes. Como, não existe entrosamento entre as áreas técnicas e o SEVEP, quanto aos resultados laboratoriais, a participação do IEC na vigilância epidemiológica pode ser bem maior. Por outro lado, esta falta de entrosamento prejudica outros tipos de análise. 137 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Tabela 77 Relatório de Gestão/2011 Número de espécimes encaminhadas ao IEC por região geográfica, no período de janeiro a dezembro de 2011 Regiões Janeiro a Dezembro Norte 8469 Sul 164 Centro-Oeste 1733 Sudeste 231 Nordeste 1733 Total 12.330 Fonte: SEVEP/CEREC/IEC/SVS/MS Tabela 78 Número de espécimes encaminhadas com fichas do SINAN, pesquisa e outras finalidades Áreas Técnicas SINAN Pesquisa Outros* Patologia 1.091 87 507 Arbovirologia 4.702 1.210 1.205 Bacteriologia 114 30 139 Hepatologia 173 58 515 Meio ambiente 62 45 322 Parasitologia 610 308 195 Virologia 582 56 319 7.334 1.794 3.202 Total Fonte: SEVEP/CEREC/IEC/SVS/MS Nota: *Em outros incluímos os espécimes encaminhadas com oficio sem ficha de pesquisa ou do SINAN Tabela 79 Número de espécimes encaminhadas as átreas técnicas do IEC no período de 01.01.2011 a 20.01.2011 Meses SAPAT SAARB SABMI SAHEP SAMAM SAPAR SAVIR Total Jan 67 603 34 26 30 81 65 906 Fev 186 999 46 72 54 82 54 1.493 Mar 153 607 37 31 38 225 75 1.166 Abr 165 908 18 37 66 82 76 1.352 Mai 172 501 24 93 39 77 117 1.023 Jun 203 398 22 75 58 183 179 1.118 Jul 53 310 26 82 30 142 96 739 Ago 217 784 18 102 17 76 117 1.331 Set 95 370 17 38 26 76 52 674 Out 164 679 10 79 25 51 20 1.028 Nov 166 812 29 107 40 33 98 1.285 Dez 44 146 2 4 6 5 8 215 Total 1.685 7.117 746 429 1.113 957 283 12.330 Fonte: SEVEP/CEREC/IEC/SVS/MS 138 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 Tabela 80 Número de espécimes encaminhados pela Secretaria de Saúde do Estado do Pará, com e sem SINAN, no período de 01.01.2011 a 20.12.2011 Ficha do SINAN Município do Pará Total Com ficha Sem ficha Ananindeua 3 17 20 Abaetetuba 689 0 689 Aurora do Pará 1 0 1 Altamira 575 11 586 Belém 1.058 1.472 2.530 Barcarena 10 3 13 Benevides 1 0 1 Bragança 14 43 57 Castanhal 14 120 134 Cametá 2 7 9 Curuçá 2 5 7 Igarapé Miri 8 1 9 Inhangapi 6 26 32 Jacundá 1 0 1 Juruti 46 0 46 Marabá 6 121 127 Maracanã 1 0 1 Marituba 21 44 65 Moju 13 0 13 Nova Ipixuna 1 0 1 Novo Progresso 44 0 44 Pacajá 4 0 4 Redenção 1 8 9 Salinas 81 9 90 Santa Izabel 10 0 10 Santarém 123 133 256 Santarém Novo 15 0 15 São Geraldo do Araguaia 6 253 259 Total 2.756 2.273 5.029 Fonte: SEVEP/CEREC/IEC/SVS/MS b.1.8.1.2 Estudos epidemiológicos estratégicos Os dados coletados e resultados laboratoriais do projeto de pesquisa AVALIAÇÃO DAS ALTERAÇÕES AMBIENTAIS E SOCIAIS E SUA INFLUÊNCIA NO QUADRO NOSOLÓGICO NAS ÁREAS DE INFLUÊNCIA DAS MINAS DE FERRO DO COMPLEXO CARAJÁS, DA MINA DE MANGANÊS DO AZUL E DO SALOBO necessitaram da elaboração de um banco de dados em SQL que, ficou em fase de testes, principalmente os analíticos, este ano (2011). O aperfeiçoamento desse banco foi imprescindível pois, as análises dos resultados das atividades desse Projeto, por envolverem estudos epidemiológicos tipo transversal e vigilância ativa com abordagem multidisciplinar das síndromes nas áreas referidas, incluindo elevado número de pessoas (9364), algumas das quais examinadas mais de uma vez, resultados laboratoriais executados em diferentes áreas técnicas, variáveis demográficas, são muito complexos. Esse banco permitirá que um maior número de analises sejam efetuadas, permitindo que os técnicos elaborem dissertações como a iniciada em 2011, cujo protocolo ficou com a seguinte denominação: Saneamento e enteroparasitoses em área de mudanças sócio-econômicas no sudeste da Amazônia . 139 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 b.1.9 Atendimento Único a população com queixas não resolvidas pelos Postos de Saúde e LACEN´s Criado em 2008, o Setor de Atendimento Médico Unificado (SOAMU) tinha a proposta estratégica inicial de convergir a entrada de pacientes no IEC e com isso exercer melhor controle na triagem médica diagnóstica de agravos de origem infecciosa e/ou ambientais, cujas demandas eram feitas de forma dispersa nas diversas Seções e áreas de laboratórios. Esta demanda desordenada, provavelmente proporcionou desperdício não mensurável de reagentes e de recursos humanos, considerada a grave falência do sistema de saúde que vêm sofrendo todos os Estados brasileiros e em especial o Pará. Após dois anos de atividade configurou-se no Setor uma triagem médica organizada de forma centralizada que alcançou avanços na correção das demandas diagnósticas do IEC consolidando maior rapidez na já qualificada resposta laboratorial em saúde pública oferecida. Secundariamente, a experiência adquirida e uma demanda crescente ao longo de dois anos, proporcionou visibilidade e convênios com instituições de ensino de dentro e de fora do Pará. Assim, o Setor passou a receber alunos da área de saúde nos diversos níveis de graduação a pósgraduação, com ênfase no curso de Medicina, para estágios voluntários ou interinstitucionais obrigatórios. Tem como competências institucionais as ações de vigilância e Saúde Pública em endemias prevalentes na Amazônia com especial atenção a triagem diagnóstica em síndromes febris, exantemáticas, ictéricas, neurológicas, mistas e sensor precoce de surtos de doenças de etiologia infecciosa em casuísticas de atendimento de pessoas febris no IEC. Assim, o setor se presta ao cumprimento de metas do IEC em duas ênfases: vigilância em saúde atuando na assistência diagnóstica e vigilância epidemiológica, atuando como sensor, diagnóstico e interventor em surtos de doenças infecciosas de várias etiologias. Além disso, através da manutenção de projeto de pesquisa operacional para doença de Chagas (DC) auxilia os níveis de atenção primária para este importante e pouco conhecido agravo da região Amazônica. A doença de Chagas é uma doença emergente na região e estudada de forma aplicada desde 1992 no IEC. Por sua incipiência, não tem políticas eficazes e bem estruturadas de saúde pública voltadas para a população vitimada, considerando seu potencial mórbido de cronicidade. Portanto, o setor funciona como uma referência natural de acompanhamento de casos de doença de Chagas. Além disso, funciona como incubadora de políticas de atenção delineadas para a população vítima deste agravo. Tem como objetivo estratégico atender, orientar e assistir clinicamente um público alvo constituído por pacientes com quadros suspeitos de doenças de etiologia infecciosa, com ênfase em síndromes febris prolongados e exantemáticos, referenciados ao IEC por profissionais médicos e das vigilâncias epidemiológicas municipais ou de hospitais da rede SUS que necessitem de apoio diagnóstico rápido. Além disso, o setor também atende as demandas clínicas de seções técnicas com interesse em pesquisa que envolva seres humanos, na perspectiva de operar em conformidade completa com o Guia de Boas Práticas Clínicas. Assim espera-se dar maior visibilidade médica com aplicação direta aos problemas de saúde da população atendida tornando mais rápida à aplicação de medidas de controle como diagnóstico rápido e intervenção imediata da vigilância epidemiológica naqueles agravos de notificação compulsória, ou a intervenção médica necessária no que se refere à saúde individual. 140 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 Consideradas as graves falhas existentes na rede de atenção básica de saúde dos municípios de Belém e Ananindeua e todos os municípios vizinhos, nos quais a maioria da população com quadros febris ou exantemáticos súbitos é atendida em unidades de urgência, submetida a intervenção medicamentosa sintomática e retorna ao domicílio sem orientação diagnóstica adequada, o IEC, como Instituição de pesquisa em Saúde Pública vem auxiliando cada vez mais efetivamente em diagnósticos precisos e cada vez mais rápidos. Isto se deve a prática rigorosa da tríplice condição para diagnóstico médico de qualidade: suspeição clínicoepidemiológica precisa, norteando laboratórios de excelência técnica e resposta diagnóstica com retorno imediato ao norteador (clínico) para intervenção/conduta, seja esta direcionada a Vigilância epidemiológica local, seja para a saúde individual. Este objetivo possibilita coadunar pesquisa científica e serviço de forma operacional, ou seja, as pessoas por nós atendidas o são de modo diferenciado em protocolos clínicos inseridos institucionalmente e em conformidade com os preceitos éticos de pesquisa que envolva seres humanos e simultaneamente são convidados voluntariamente a participar de pesquisas delineadas para o agravo em questão. b.1.9.1 Realizações Foram realizados atendimentos de uma demanda total de 4.373 pessoas referenciadas pela rede básica de saúde SUS do Estado do Pará ao IEC, com média de atendimento mensal de 364,4 pessoas (Tabela 81). Tabela 81 Quantitativo mensal de demanda espontânea ou referenciada de pessoas ao IEC em 2011 Mês Freqüência Janeiro 389 Fevereiro 398 Março 405 Abril 338 Maio 392 Junho 365 Julho 313 Agosto 375 Setembro 341 Outubro 374 Novembro 365 Dezembro 318 Total 4.373 Fonte: SOAMU/IEC/SVS/MS Os principais diagnósticos finalizados com resolutividade intra-IEC e que tenham tido etiologia infecciosa estão destacados na Tabela 82 . Entre pessoas atendidas e cujos diagnósticos finais resultaram em doenças de provável etiologia não infecciosa (exames negativos para a triagem do IEC), foram observados casos de: hipotiroidismo; hipertireoidismo, cardiopatias adquiridas; doença autoimune; mielite transversa; síndromes respiratórias de etiologia não identificada ou de etiologia bacteriana sem isolamento do agente; síndromes diarréicas de origem indefinida; anemias de causa não esclarecida e síndromes Não estão incluídas as contagens referentes às doenças parasitárias de diagnóstico coproparasitológico 141 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 mielodisplásicas de demanda proveniente do hemobanco do Pará (HEMOPA); portadores de Insuficiência renal crônica candidatos a transplantes para diagnóstico sistemático sorológico de doenças infecciosas; portadores de infecção pelo HIV em triagem sorológica dos programas de controle. Tabela 82 Principais diagnósticos de etiologia infecciosa em pessoas atendidas. IEC, 2011 Diagnóstico etiológico Nº de pacientes Dengue 95 Doença de Chagas aguda 72 Infecção pelo HIV 55 Malária por P. vivax 30 Febre tifóide 24 Toxoplasmose 12 Leishmaniose visceral 10 Esquistossomose 8 Hepatite A 6 Mononucleose 6 Herpes zoster 5 Parvovirose 3 Tuberculose pulmonar 3 Toxocaríase 1 Outras arboviroses 1 Hepatite C 1 Infecção do trato urinário 1 Leishmaniose tegumentar 1 Doença priônica 1 Leptospirose 1 Sífilis 1 Total 337 Fonte: SOAMU/IEC/SVS/MS Os desfechos diagnósticos da tabela 82 para causas infecciosas e analisados retrospectivamente, sugere diferentes interpretações operacionais: a) Demanda equivocada de pacientes ao IEC: esta contagem não foi realizada no momento, mas pode-se afirmar, por simples observação, que grande parte da demanda, em especial ao 1º semestre, foi proveniente das seguintes origens: pessoas com critérios clínicos não adequadas àqueles das síndromes acima descritas, ou seja que não tinham quadros infecciosos, pessoas não referenciadas ao IEC (busca espontânea), pessoas referenciadas ao IEC por profissional não médico; b) Consultas de retorno ainda em fase de estruturação: as consultas de retorno funcionam como o momento em que o fechamento diagnóstico será consolidado. Este retorno foi realizado com mais ênfase a partir do segundo semestre de 2011; c) Falhas do pessoal médico nos registros seqüenciais de resultados liberados na ficha clínica; d) Falta de registros informatizados de atendimento médico seqüencial. 142 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 Foram identificados 2 surtos de doença de origem infecto-parasitária, como descrito a seguir: a) Esquistossomose na forma intestinal, com origem em Belém durante o mês de agosto de 2011. b) Doença de Chagas Aguda (DCA), com origens em Belém e no município de Acará, de ocorrência referente ao período entre agosto e outubro de 2011. Para ambos os surtos identificados, a imediata ação medicamentosa e articulações entre Vigilância epidemiológica (VE) municipal de Belém para o agravo Esquistossomose e com a Secretaria de Saúde do Estado (SESPA) para o agravo DCA, proporcionaram resultados rápidos de intervenção naqueles pacientes referenciados precocemente ao IEC. O mesmo não aconteceu para aqueles pacientes que, por falhas de suspeição clínica quanto ao agravo DCA, especialmente, cuja fisiopatogenia de fase aguda exige diagnóstico e intervenção rápidos, tiveram diagnóstico tardio e índices de letalidade nunca antes registrados. Para estes surtos, não houve movimentação do setor para intervenção completa (ações de busca de assintomáticos, por exemplo). Contudo, foram realizadas, além da ação diagnósticoterapêutica, a busca em familiares sintomáticos e repasse desburocratizado da informação a outras autoridades de saúde locais para os procedimentos de controle sanitário necessários a demanda específica. Paralelamente e de forma articulada com setores médicos de média e alta complexidade, o setor mantém pesquisa médica aplicada em Protocolos Clínicos de seguimento de pacientes tratados nos agravos de interesse da vigilância epidemiológica nacional e regional e que tenham ou não, potencial para cronicidade, como é o caso de Doença de Chagas, por exemplo. Entre portadores de DCA identificados 90% aceitaram fazer acompanhamentos sob protocolo clínico de pesquisa de DCA do SOAMU. Entre portadores de Febre tifóide diagnosticados, 100% aceitaram fazer parte dos protocolos clínicos desenhados para a doença no SOAMU. Pacientes portadores de toxoplasmose, leishmanioses e outros agravos, na dependência do nível de complexidade da atenção necessários, eram tratados e/ou referenciados para os níveis de assistência básica ou secundária ou terciária locais. No que se refere à atividade secundária do SOAMU de apoio ao ensino, as tabelas 83 e 85 demonstram o quantitativo de estudantes orientados por períodos temporários no IEC. Tabela 83 Quantitativo anual de estudantes de graduação e de nível médio que realizaram estágio de iniciação científica ou voluntários. SOAMU, 2011 Instituição de Ensino No. de alunos Universidade Federal do Pará (UFPa) 1 CEFAE/Médio 3 Centro de Ensino Superior do Pará (CESUPA) 3 Universidade Estadual do Pará (UEPA) 2 Total 9 Fonte: SOAMU/IEC/SVS/MS 143 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Tabela 84 Relatório de Gestão/2011 Quantitativo anual de estudantes de pós-graduação (residência médica em doenças relacionados a pesquisa científica que fizeram estágio no setor. SOAMU, 2011 Instituição de Ensino infecciosas) No. de alunos Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB/UFPa.) 3 Universidade Federal de São Paulo (FSP)/Escola Paulista de Medicina 2 Universidade de Marília/SP 2 UNIFESP 3 Total 10 Fonte: SOAMU/IEC/SVS/MS Foram atendidos em demandas passivas e ativas, 4373 doentes durante o ano de 2011. Dois surtos foram identificados nesta demanda passiva e foram devidamente notificados e desencadeados os procedimentos necessários a intervenção de VE e atenção individual. b.1.9.2 Necessidades atuais do setor a) Expectativa de informatização, incluindo banco de dados epidemiológico, dará maior rapidez e funcionalidade ao fluxo de informações intra-SOAMU, inter setores do IEC e às demais seções técnicas que tenham interesse em informações clínicas; b) Um segundo banco de dados estruturado para gestão do setor dará suporte aos relatórios técnicos necessários a qualificação crescente e correções de vieses de demanda com análises de desfechos, resolutividade, tempo de resolutividade etc; c) Duas (2) salas informatizadas que possam ser utilizadas para mais um consultório e coordenação respectivamente; d) Articulações institucionais com dois hospitais de interesse, para encaminhamento simples de pacientes que necessitem atendimento de urgência de ocorrência eventual, mas não rara. b.2 Promoção da Saúde b.2.1 Qualificação Através da celebração de convênios com as universidades regionais, nacionais e internacionais, o IEC vem buscando qualificar sua força de trabalho. Como resultado desta atividade, 162 profissionais, possuem adicional de titulação, ou seja, especialização, mestrado ou doutorado, conforme tabela 85. Tabela 85 Quantidade de profissionais com titulação no IEC em 2011 Titulação Especialistas Mestres Doutores Total Quantidade 47 71 44 162 Fonte: ASPLAN/IEC/SVS/MS Se considerarmos que a força de trabalho do IEC é de 801 servidores, incluindo estagiários, bolsistas, servidores efetivos e terceirizados, esse total (162) representa 20,22%. Porém, 144 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 se levarmos em consideração apenas o quadro efetivo (293) o percentual passa a ser de 55,29%. Conclui-se portanto, que o IEC vem incentivando a sua força de trabalho a buscar a qualificação. Em 2011 dos 162 profissionais que possuem titulação, 70,98% já são mestres e/ou doutores. Em 2011 foram qualificados 132 trabalhadores nas modalidades de capacitação, demonstradas na tabela 86. Tabela 86 Trabalhadores qualificados segundo modalidade de capacitação, IEC 2011 Atividade Trabalhador qualificado Cursos de atualização, aperfeiçoamento 18 Especialização - Mestrado 2 Doutorado 6 Participação em eventos 106 Total de Trabalhador Qualificado 132 Fonte:ASPLAN/IEC Na tabela 87 apresenta-se a evolução anual desse processo de qualificação dos profissionais, no período de 2009 a 2011. Tabela 87 Evolução da qualificação da força de trabalho nos últimos três anos Anos Titulação 2009 2010 2011 Especialização 36 38 47 Mestrado 59 56 71 Doutorado 30 33 44 Total 125 127 162 Fonte:ASPLAN/IEC Considerando a variação de crescimento entre o ano de 2009 e 2010, percebe-se que o aumento, foi discreto, porque foi a partir de 2008 que o processo de incentivo a qualificação se iniciou. Porém na variação de 2010 para 2011, observa-se que houve um aumento de 35 profissionais pós graduados, que corresponde um aumento de 78,39% em relação ao ano de 2010. Por exemplo: Em 2011 obtivemos mais 9 (nove) especialistas, através da aprovação no concurso público. Obtivemos também mais 15 (quinze) mestres, dos quais 13 (treze) foram nomeados e os 2 (dois) restantes já eram do quadro e por último obtivemos mais 11 onze) doutores, dos quais 5 foram nomeados e 6 (seis) eram do quadro e obtiveram o título. 145 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 b.3 Complexo Industrial/Produtivo da Saúde b.3.1 Produção intelectual A tabela 88 apresenta a produção intelectual do IEC em 2011 e no link http://bvs.iec.pa.gov.br apresenta-se a relação descritiva dos artigos (publicados, no prelo, submetidos e aceitos), dos livros e capítulos de livros publicados e dos resumos publicados em anais de congressos. Tabela 88 Produção intelectual do IEC em 2011 Artigos de periódicos, livros e trabalhos acadêmicos Total Artigos em revista Publicados 62 No prelo 2 Aceitos 4 Submetidos 9 Trabalhos acadêmicos defendidos Tese 7 Dissertação 2 Monografia de Especialização - Livro Publicado 2 Capitulos de livro No prelo 1 Atividades técnicas Reuniões 53 Organização e Coordenação de eventos 35 Participação em Bancas Examinadoras 31 Participação em Comissão de Concursos 1 Documentos institucionais Manuais - Relatórios técnicos e de produtos 3 Folhetos Eventos Conferências, palestras e Comunicação oral 24 Mesa redonda - Oficina - Apresentação de pôsteres (Painéis) 50 Resumos publicados em anais de congresso 56 Resumos submetidos - Resumos aceitos - Workshop - Fonte: BIB/IEC 146 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 b.3.2 Orientações Tabela 89 Quantidade de Alunos orientados por pesquisadores do IEC em 2011, por tipo de orientação realizada Programa Iniciação Científica - PIBIC/CNPQ/IEC Iniciação Científica - PIBIC/FAPESPA/IEC Nível superior IC/CNPq - Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia sobre Célula Tronco. Trabalho de conclusão de curso Especialização Estágio não obrigatório Estágio supervisionado (CIEE) Mestrado Doutorado Total Fonte: PIBIC/SERH/IEC Alunos 40 10 3 13 5 130 28 24 16 269 b.3.3 Iniciação Científica O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica PIBIC é um programa voltado para o desenvolvimento do pensamento científico e iniciação à pesquisa de estudantes de graduação do ensino superior e segue as orientações da Resolução Normativa (RN) nº 017/2006 (Bolsas por Cotas no País - Conselho Nacional de Pesquisa - CNPq). O Instituto Evandro Chagas, em convênio com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico-CNPq, implantou em agosto de 1996 o PIBIC na Instituição, tendo com o objetivo incentivar à formulação de uma política de iniciação científica, possibilitando maior interação entre a graduação e a pós-graduação. Além disto, também visa qualificar alunos para os programas de pós-graduação e ainda estimular os pesquisadores produtivos a envolverem estudantes de graduação nas atividades científica e tecnológica. Através da iniciação científica o IEC proporciona ao bolsista, orientado por pesquisador qualificado, a aprendizagem de técnicas e métodos de pesquisa, bem como estimula o desenvolvimento do pensar científico e da criatividade, decorrentes das condições criadas pelo confronto direto com os problemas de pesquisa. A seleção desses alunos é feita através das seguintes fases: a) Realiza duas reuniões científicas anuais, na forma de seminário ou congresso, sendo que na segunda reunião os bolsistas apresentam sua produção científica, sob a forma de pôsteres, resumos e/ou apresentações orais; b) Avaliação do desempenho do bolsista pelos membros do Comitê Institucional do PIBIC-IEC durante a primeira reunião na forma de relatório parcial e durante a segunda reunião pelo Comitê Institucional interno e externo, este último selecionado de acordo com as normativas do CNPq; c) Publicação dos resumos e trabalhos dos bolsistas que foram apresentados durante o processo de avaliação em livro, cd ou na página da Instituição na Internet; d) Presta assessoria e consultoria aos órgãos de pesquisa; e) Fornece resultados dos projetos que estão sendo executados pelos bolsistas à direção do IEC, sempre que solicitado. 147 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 b.3.3.1 Realizações a) Formação de recursos humanos para região Norte, inclusive com demanda absorvida pela própria Instituição, visto que vários ex-bolsistas atuam como pesquisadores visitantes ou consultores em projetos que estão em vigência. Outro fato relevante é que vários exbolsistas têm se destacado durante seus cursos de graduação e pós graduação, mostrando um excelente rendimento. b) Criação do sistema online PIBIC-IEC: durante a vigência de 2011 e com o apoio da Biblioteca Virtual em Saúde do Instituto Evandro Chagas (BVS-IEC), foi implantado um site para a submissão, avaliação e acompanhamento de todos os projetos submetidos durante o período de edital. A criação do sistema online PIBIC-IEC possibilitou a criação de um banco de dados, desta forma viabilizando a manutenção das informações do Programa atualizadas. O site para acesso ao sistema online PIBIC-IEC é http://www.iec.pa.gov.br/pibic/pibic_index.htm c) Avaliação pelo Comitê Institucional e pelos membros do Comitê Externo (consultores ad hoc) do relatório parcial seguido de apresentação oral por cada bolsista, objetivando acompanhar o andamento dos seis primeiros meses dos projetos. Realizado no Instituto Evandro Chagas, em 21 a 25 de fevereiro 2011. d) Realização do XVI Seminário Interno do PIBIC-IEC, intitulado: Sustentabilidade e Humanização na Saúde com apresentação oral e exposição de pôsteres pelos bolsistas, visando à avaliação final dos projetos pelos membros dos Comitês Institucional e Externo e também por representantes do CNPq e Instituto Evandro Chagas, realizado no período de 24 a 26 de agosto de 2011. Participaram deste seminário os 35 bolsistas e mais 152 participantes envolvendo orientadores, Comitês Interno e Externo, servidores, estagiários do IEC e alunos de outras instituições. e) Elaboração do CD do livro de resumos do XVI Seminário Interno. Seminário Interno do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro Chagas (16: 2011 24 a 26 de Ago.: Ananindeua, PA). f) Livro de resumos.- Ananindeua:- Instituto Evandro Chagas, 2011. 93p. g) Ingresso de percentual de 30% (16/53) de bolsistas do PIBIC-IEC em programas de PósGraduação, conforme Tabela 90. Tabela 90 Quantidade de Bolsistas PIBIC/IEC aprovados na pós-graduação em 2011 Programa de Mestrado/Instituição Quantidade Bioinformática / Universidade Federal do Pará (UFPA) 1 Genética e Biologia Molecular / Universidade Federal do Pará (UFPA) 1 Biologia de Agentes Infecciosos e Parasitários (BAIP) /Universidade Federal do Pará. 1 Biologia Parasitária na Amazônia (PPG-BPA) / Universidade do Estado do Pará 7 UEPA. Biologia Parasitária / FIOCRUZ 1 Ciências Farmacêuticas / Universidade Federal do Pará (UFPA) 2 Ciências Ambientais / Universidade do Estado do Pará-UEPA. 2 Ciência da Computação / Universidade Federal do Pará-UFPA 1 Total 16 Fonte: PIBIC/IECSVS/MS 148 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 h) Premiação de oito alunos que mais se destacaram no XV Seminário do PIBIC-IEC 2010 para apresentação de seus trabalhos na 63ª Reunião Anual da SBPC. Goiânia/GO, 10 a 15/07/2011. Em virtude da indisponibilidade de cotas para pagamento de diárias e passagens, os alunos não puderam participar da SBPC-2011 (Decreto nº 7.446/2011). i) Apresentações de trabalhos de doze bolsistas do PIBIC-IEC na III Semana Nacional de Ciência e Tecnologia do Estado do Pará, no Centro de Convenções e Feiras da Amazônia HANGAR, 19 a 25/10/2011. j) Ao longo dos anos, o CNPq vem disponibilizando para o Instituto Evandro Chagas 35 bolsas de Iniciação Científica para alunos de graduação. Em 2011, foram acrescidas mais 05 bolsas, totalizando 40 cotas. k) Em outubro de 2008, foi assinado o convênio entre o Instituto Evandro Chagas e a Fundação de Amparo à Pesquisa FAPESPA, viabilizando para o ano de 2011/2012 o fomento de 10 bolsas de Iniciação Científica para alunos de graduação. Vale ressaltar que três bolsas de Iniciação Científica pertencem ao IC/CNPq Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia sobre Célula Tronco, distribuídos conforme demonstrado na tabela 91. Tabela 91 Quantidade de bolsas de Iniciação Científica disponibilizadas ao IEC, no exercício de 2011 Programa/convênios Quantidade de bolsas PIBIC/CNPq/IEC 40 PIBIC/FAPESPA/IEC 10 IC/CNPq - Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia sobre Células Tronco 3 Total 53 Fonte: PIBIC/IECSVS/MS. A tabela 92 e figura 25 representam a quantidade de bolsistas distribuídos nos diversos Serviços, Seções e Setores Científicos do IEC para o biênio 2011-2012 Tabela 92 Número de alunos alocados a partir de julho de 2011 por Serviço/Seção/Setor Científico Seção Nº de Projetos Arbovírus 12 Atendimento Unificado 1 Bacteriologia 5 Biotério 3 Geoprocessamento 1 Hepatologia 1 Meio Ambiente 12 Microscopia Eletrônica 2 Parasitologia 6 Virologia 10 Total 53 Fonte: PIBIC/IECSVS/MS. 149 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 SAPAR 12 SAVIR 10 SABMI 8 SAARB 6 SAHEP SEMIE 4 SOAMU 2 LABGEO SAMAM 0 Quantidade de Bolsistas SACPA Figura 25 Nº de Alunos alocados no PIBIC-IEC em 2011, de acordo com os Serviços, Seções e Setores Científicos. b.3.4 Premiações a) Honra ao Mérito concedido aos autores GARZA, D.R.; OLIVEIRA, K.R.M.; SÁ, L.L.C.; GARCIA, T.B.; CRESPO-LOPEZ, M.H.C.; HERCULANO, A.M. pela apresentação do trabalho intitulado REGULATION OF SODIUM INDEPENDENT GLUTAMATE TRANSPORT BY HYDROCORTISONE IN CULTURED CHICK RETINAL CELLS NA XXVI Reunião Anual da Federação de Sociedades de Biologia Experimental FeSBE, realizado no período de 24 a 27 de agosto de 2011 no Rio de Janeiro, RJ. b) Trabalho Classificado em 4° Lugar dentre todos os trabalhos apresentados no 51 Congresso Brasileiro de Quimica (CBQ), realizado em São Luis MA, no período de 09 a 13 de outubro de 2011 entitulado "Avaliação de constituintes Inorganicos (Al, Fe e Na) em Sedimento de fundo no Rio Murucupi próximo a uma bacia de sedimentação de Lama vermelha, Barcarena - Pará". Este trabalho é parte do Projeto de monitoramento realizado nos municipios de Abaetetuba e Barcarena. c) O trabalho "PAPILOMAVIRUS HUMANO (HPV) EM MULHERES SUBMETIDAS A RASTREAMENTO PARA CÂNCER DE CÉRVICE UTERINA foi classificado em 1º lugar na categoria de Melhor Trabalho Completo no VIII Congresso da Sociedade Brasileira de DST, IV Congresso Brasileiro de AIDS e I Congresso ALAC/IUSTI Latino America, realizado período de 18 a 21 de maio de 2001 em Curitiba-PR. Autores: Vânia Lúcia Noronha (Universidade do Estado do Pará) Ermelinda Moutinho da Cruz e Cecília Naum Pinho (LACEN/PA) Wylller Alencar Mello (Instituto Evandro Chagas) Luisa Lin a Villa ( Instituto Ludwig de Pesquisas b.3.5 Apoio técnico à pesquisa científica b.3.5.1 Atividades de documentação, informação e memória A Biblioteca, embora como já sinalizado nos relatórios de gestão de exercícios anteriores como inexistindo oficialmente, é o setor que vem se responsabilizando pelas atividades inerentes às áreas de documentação, informação e memória, que a cada ano, vem crescendo e assumindo novas frentes de trabalho, e que por isso, fica evidente a necessidade de oficializá-la, por meio da criação de um centro que congregue as atividades afins, onde a biblioteca será uma das células desse complexo. Desde 2008, a Biblioteca, além de desenvolver suas atividades de rotina, já vinha incorporando outras inerentes a um centro de documentação, e em razão disso, já em 2009 começou a trabalhar assumindo, mesmo que informalmente, a configuração que esse setor passará a desempenhar no desenho do IEC como Fundação. Nessa nova proposta o setor se dividirá em: 150 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 Arquivo, Biblioteca, Editora e Museu. Portanto, as realizações e resultados registrados em 2011 foram desenvolvidos tomando por essas novas áreas. b 3.5.1.1 Resultados alcançados b 3.5.1.1.1 Arquivo Estava prevista para o exercício de 2011 a capacitação dos concursados e assim iniciar as atividades de seleção e tratamento da documentação referente ao IEC que se encontra sob guarda da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz). Entretanto nenhuma ação prevista foi executada. O serviço ficou totalmente prejudicado pelo fato de o governo federal não ter nomeado os profissionais aprovados no concurso. Quanto ao material recuperado na COC, o mesmo está aguardando o projeto da Coordenação Geral de Documentação e Informação/MS (CGDI/MS) para, junto com outros documentos do Ministério, ser microfilmado e escaneado. b 3.5.1.1.2 Museu Da mesma forma e pelos mesmos motivos registrados no Arquivo, o Serviço de Museu, também sofreu solução de continuidade. Não se registrou nenhuma ação durante o ano, a situação, inclusive, julgamos que ainda foi pior do que em 2010 quando, naquela época, pelo menos algum material de acervo foi guardado. Vale ressaltar, que essas ações estavam prevista para ocorrer em 2010, por conta de um convênio com COC/Fiocruz. Entretanto, como não foi realizada nenhuma ação prevista no cronograma, a COC realizou cobrança ao IEC, consultando, inclusive se ainda há interesse de o Instituto renovar o convênio. Quanto ao prédio destinado ao Museu continua precisando de reforma, que deixou de ser realizada por determinação do Governo Federal. b 3.5.1.1.3 Editora Editoração Impressa No ano de 2011, foram editadas as seguintes publicações: Livro de Resumos do XVI do PIBIC/IEC ; Livro Atlas de Parasitas Protozoários da Fauna da Amazônia Brasileira , volume 1. Haemosporida de Répteis; do autor, dr. Ralph Lainson; Livro Oswaldo Cruz e a Febre Amarela no Pará de autoria do Habib Fraiha Neto; Informativo Rota Caso-Controle , do Projeto Rotavírus da Seção de Virologia/IEC; Informativo SOAMU-Flash , do Setor de Atendimento Unificado/IEC. Foram ainda confeccionados material de divulgação como: cartazes, convites, pressrelease no website do IEC, para o lançamento do livro Letras Apaixonadas , de autoria do dr. Francisco Lúzio, da Seção de Bacteriologia/IEC; Postal de divulgação da BVS/IEC. Foram feitas também reimpressões de alguns materiais de divulgação, visando atender a eventos realizados durante o ano. São eles: folheto Instituto Evandro Chagas: breve história de quase tudo , nas versões português e inglês, constituído a partir de resumo da palestra proferida pela Dra. Elisabeth Santos por ocasião de evento realizado na SVS/MS em dezembro de 2007; Folders de divulgação da Revista Pan-Amazônica de Saúde, nas versões português, inglês e espanhol. Núcleo Editorial da Revista Científica do IEC Em 2011, foram publicados apenas dois fascículos da Revista Pan-Amazônica de Saúde (RPAS), deixando de atender à periodicidade que, por ser trimestral, exige a publicação de quatro fascículos ao ano. Tal atraso ocorreu devido ao grande número de artigos rejeitados, ou seja, que 151 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 não estavam aptos a serem publicados, tanto por questões de formato (atendimento às normas, coerência e coesão na exposição das ideias, presença de plágio) quanto de mérito científico (originalidade, ineditismo, relevância e contribuição ao meio científico). Apesar de registrado um aumento de 34,21% no número de submissões em relação a 2010, esse número não foi suficiente para suprir a quantidade de artigos que deveriam ser publicados por fascículo. Na busca pela submissão de novos artigos, o Núcleo Editorial empenhou-se em dar continuidade às ações de divulgação do periódico, que compreendeu diversas frentes de atuação, como a distribuição de exemplares da Revista, materiais de divulgação como folders, cartazes, publicação de anúncio em revistas parceiras e, sobretudo, com o envio de e-mails para instituições e para os chamados possíveis autores , que são pesquisadores, técnicos, acadêmicos e professores que poderiam vir a enviar trabalhos para publicação na Revista. Além disso, buscou-se também aumentar o número de consultores ad hoc no intuito de ampliar a agilidade no processo de avaliação. Dessa forma, em 2011, foram integrados mais 104 novos consultores (Tabela 93). Tabela 93 Consolidado sobre as atividades desenvolvidas pelo Núcleo Editorial da RPAS do IEC em 2011 Ação 2010 2011 Composição do Corpo Editorial NAC INT NAC INT Editor Científico 1 1 Editor Executivo 1 1 Editor Associado 12 15 Conselheiro Editorial 33 24 33 23 Consultores ad hoc 147 4 249 5 Quantitativo de e-mails de divulgação emitidos a pesquisadores e NAC INT NAC INT instituições IEC 204 105 Autores e possíveis autores 1.085 222 2.893 547 Instituições 47 62 Subtotal 1.336 284 2.998 547 Total enviado 1.620 3.545 Quantitativo de manuscritos submetidos para publicação IEC RN EXT IEC RN EXT Editorial 1 2 Artigo Histórico 1 1 2 1 Artigo Original 6 17 16 8 22 27 Artigo de Revisão 1 2 4 11 10 Relato de Caso 4 6 1 2 4 Nota Técnica 1 Comunicação 3 2 4 Resumo de Tese e Dissertação 4 7 2 1 4 Resenha 1 Subtotal 13 31 32 12 44 46 Total 76 102 Quantidade de artigos publicados IEC RN EXT IEC RN EXT Editorial 3 2 Artigo Histórico 2 1 1 1 1 Artigo Original 25 11 9 3 5 8 Artigo de Revisão 2 2 1 2 Relato de Caso 2 2 1 1 Nota Técnica 1 Comunicação 2 1 Resumo de Tese e Dissertação 1 1 1 5 1 Resenha 1 Subtotal 34 15 17 11 10 12 Total 66 33 Fonte: Núcleo Editorial da RPAS, 2011. Notas: NAC: Nacionais; INT: Internacionais; IEC: Instituto Evandro Chagas; RN: Região norte; EXT: Outras regiões/países. Sinal convencional utilizado: Dado numérico igual a zero não resultante de arredondamento. 152 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 Vale mencionar ainda que a Revista passou pelo primeiro processo de avaliação do comitê LILACS/Bireme visando sua indexação naquela base de dados e, assim, começar seu processo de qualificação pelo CNPq. Muito embora a Revista tenha cumprido quase todos os requisitos e apresentado todas as características de um periódico de primeira linha aqueles com maior fator de impacto tanto na qualidade do conteúdo, quanto na editoração, e de disponibilizar ferramentas, as mais modernas, que imprimem maior visibilidade e acesso à informação, mesmo assim, aquele comitê decidiu por não acatar a submissão em decorrência de dois quesitos. O primeiro deles, apontado como o principal, foi o fato da RPAS não cumprir com a periodicidade e pontualidade ; e o outro, não menos comprometedor, estava relacionado à endogenia (quantidade de artigos internos, ou seja, originários do IEC ou da região norte, ser maior que os externos ) alegando um percentual superior ao de 50%. Mesmo com essas observações, aquele comitê considerou a Revista indicada para seleção sob condição e acenou para seu aceite sem novo processo de avaliação se até julho de 2012 a RPAS conseguir atualizar os fascículos, o que significa que o Núcleo Editorial terá que produzir mais cinco fascículos até o final do semestre. Entretanto, para atingir essa meta a Revista precisa receber mais contribuições e, para isso, depende muito do apoio da área científica do IEC em conseguir trabalhos junto aos seus pares. O Núcleo editorial continua prestando assessoria à SVS, auxiliando-os na reestruturação das normas para publicação de sua revista científica, e na correção das referências dos artigos submetidos à mesma. Editoração Eletrônica O Portal de Periódicos Eletrônicos da BVS/IEC manteve a editoração eletrônica de um título de revista editada pela SVS, um do IEC e apenas do MPEG. Em 2010, não foram mais editados o Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi, Série Ciências Humanas, por ter sido integrado à coleção SciELO, e a Revista Paraense de Medicina, publicada pela Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará, pela interrupção na parceria com o órgão. Entretanto, essa redução no número de periódicos não representa um decréscimo na produção, pelo contrário, houve um aumento significativo, considerando que a quantidade de artigos por fascículo também aumentou. Em 2010 foram cinco volumes, 11 fascículos, 249 artigos convertidos de Portable Document Format (PDF) para HyperText Markup Language (HTML), 1.558 páginas revisadas e 701 imagens captadas, enquanto que em 2011 esse número aumentou para oito volumes, 20 fascículos, 281 artigos convertidos de PDF para HTML, 2.353 páginas revisadas e 1.158 imagens captadas (Tabela 94). Tabela 94 Demonstrativo sobre a editoração eletrônica da coleção do Portal de Revistas Eletrônicas em 2011 2010 2011 Volume Fascículo Artigos Volume Fascículo Artigos 5 11 249 8 20 281 Fonte: Editora IEC, 2011. b 3.5.1.1.4 Serviço de Biblioteca Eletrônica e Virtual Tanto a Biblioteca Virtual em saúde quanto a Biográfica permanecem com o status em desenvolvimento na rede Bireme. Muito embora o setor tenha se empenhado para certificá-las em 2011, após nova ressubmissão aquele órgão ainda exigiu outras alterações além daquela já executadas. Com relação a questão da construção do acervo físico, desde 2010 foi realizado estudo para atualização das obras desatualizadas. O estudo incluía também a aquisição de novas publicação para atender aos alunos das pós-graduações das universidades regionais. Entretanto, nem no ano de 153 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 2011 essas obras foram adquiridas, sendo que fomos comunicados pelo Setor de Compras de que há previsão de atendimento para 2012. Outro ganho se refere ao contrato entre a Biblioteca e a Comunidade Cafe, que possibilitará o acesso dentre outros ao Portal da CAPES, uma das concessões daquele órgão aos cursos integrantes das pós-graduações reconhecidas pelo MEC. Unidade de Atendimento Ao Usuário Em 2011, os usuários cadastrados no sistema de acesso ao Portal de Periódicos da CAPES tiveram alguns problemas de conexão e, por conta disso, passaram a maioria dos seus pedidos para a Biblioteca do IEC que atendeu 334 usuários do IEC para 675 artigos e 3 usuários do MS para 4 artigos Dados superiores aos de 2010, quando foram contabilizados 204 usuários, entre profissionais do IEC e do MS, perfazendo um total de 428 artigos. (Tabela 95). Quanto ao atendimento a rede BIREME, observa-se na mesma tabela, que foram atendidos 23 artigos, número um pouco acima aos 17 registrados em 2010. Quanto ao serviço de comutação através da rede BIREME, observa-se que 29 usuários do IEC solicitaram o serviço totalizando 45 artigos. Número bastante baixo, pois, até 2009, a média de artigos solicitados era de 192. Esses dados também se justificam devido, a partir de 2010, os usuários terem acesso ao Portal de Periódicos da CAPES. Outras atividades atribuídas ao serviço de atendimento como: consulta a publicações disponíveis no acervo da Biblioteca do IEC; pesquisa bibliográfica, elaboração de ficha catalográfica, foram realizadas normalmente. Merece destaque a diminuição do número de cópias solicitadas para a Biblioteca, em 2011, apenas 353 cópias foram atendidas, número inferior ao apresentado em 2010 617 cópias Este fato é atribuído aos serviços online oferecidos pela Biblioteca (Tabela 95). Com relação as referências bibliográficas, ainda na tabela 95, observa-se um certa diminuição no número de revisões se comparado aos dados de 2010. Isto pode ser justificado devido, em 2011, a Biblioteca do IEC não ter normalizado nenhum documento acadêmico teses, dissertações, monografias de especialização, e outros a procedência maior das revisões deu-se por conta de publicações editadas pelo IEC e da revista Epidemiologia e Serviços e Saúde da SVS. Tabela 95 Dados comparativos sobre o serviço de atendimento realizados pela Biblioteca do IEC 2011 2010 Ananindeua, Pará 2011 Serviço Portal da CAPES Solicitado Atendimento Solicitado Atendimento - 428 - 679 104 17 45 23 Consulta - 39 - 27 Empréstimo - 10 - 6 Reprografia - 617 - 353 Pesquisa bibliográfica - 26 - 26 Normalização de documentos Comutação/BIREME - 3 - 3 Ficha catalográfica - 13 - 11 Impressão - 18 - 3 Referências - 3890 - 2623 Conversão PDF - 3 - 3 Fonte: Biblioteca IEC 154 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 Unidade de Processamento Técnico da Informação Descrição e indexação de documentos na BVS IEC Em 2011, o tratamento técnico de indexação de registros na base coleção Biomedicina e Saúde Pública totalizou 192 inserções (Tabela 96). Número considerado baixo se comparado aos 270 indexados em 2010, mas, esta diferença se justifica devido a saída em abril de um dos bibliotecários responsáveis pela alimentação da base. Além disso, os bibliotecários tiveram de dar também continuidade ao processo de revisões das referências dos artigos submetidos para os periódicos: Revista Epidemiologia e Serviço de Saúde e Revista Pan-Amazônica de Saúde e de outras publicações. Quanto a base de Saúde Pública, foram indexados 139 registros, número superior ao apresentado em 2010, quando foram computadas 110 indexações. Foi significativo também, em 2011, o número de indexações realizadas na base de Encontros Científicos. Os documentos resultantes de trabalhos apresentados em eventos, totalizando 675 registros certificados. Dado elevado se comparado as 102 indexações realizadas em 2010 Tabela 96). O processo de coleta e processamento técnico de materiais especiais, estava paralisado devido falta de pessoal. Esta atividade foi retomada no inicio de 2011, mas em abril foi interrompida novamente, pois, o técnico responsável pela base pediu demissão. Mas mesmo com esses entraves, foi possível contabilizar, no período de janeiro a março, 46 registros (Tabela X). Ainda na tabela 96, observa-se que a base de Noticias, em 2011, teve uma diminuição nos números de registros indexados, quando computou-se apenas 48 ocorrências. Esses dados se justificam por dois motivos: primeiro, devido as várias substituições de funcionários que alimentavam a base de dados, e segundo, o mais grave, é que a partir de março de 2011 a atividade de pesquisa sobre os recortes das matérias citando o Instituto e a SVS, veiculadas em jornais de circulação nacional e/ou internacional, foi atribuída ao funcionário efetivo da ASCOM, mas o mesmo, apresentou várias dificuldades operacionais. Muito embora a equipe da Biblioteca do IEC, tenha sido colocada a disposição para ajudá-lo, os resultados não foram satisfatórios, e por conta disso, não houve continuidade no processamento técnico, o que comprometeu o andamento dessa atividade. As bases Legislação e Viagens, além de Desenho Técnico, não registraram nenhum tipo de ocorrência em 2011, devido o funcionário ter sido transferido para uma outra função. Tabela 96 Resultado da indexação de informações técnicas e científicas em bases de dados realizadas pela Biblioteca do IEC Ananindeua, Pará 2011. Anos Bases de dados 2010 2011 Coleção Biomedicina 270 192 Coleção Saúde Pública 110 139 Encontros Científicos 102 675 4 46 Noticias 165 48 Desenho técnico 71 - Legislação - - Viagens - - Multimeios Fonte: Biblioteca do IEC Vale registrar que, em de 2010, devido a realização de vários projetos da biblioteca como por exemplo: lançamento da Revista Pan-Amazônica de Saúde, I Simpósio Brasileiro de 155 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 Saúde Ambiental, e outros, a alimentação do Banco de dados da Produção científica do IEC, foi comprometida, pois, o funcionário que executava esta ação geralmente era deslocado para outra função. Entretanto, em 2011, um Bibliotecário passou a tirar férias de alguns funcionários da biblioteca, e isto, contribui para que fossem retomadas algumas ações que estavam paralisadas, dentre estas, o Banco de dados da Produção científica que em 2011 recebeu 324 novos registros Cooperação técnica A Biblioteca do IEC nos último anos vem elevando sua contribuição para a Base LILACS e outras instituições, em 2011, foram migrados 288 registros. Para a LILACS foram 153 registros, superando os anos de 2009 e 2010 quando foram computados 63 e 128 ocorrências respectivamente (Tabela 97). Cabe informar que são aproximadamente 460 Centros Cooperantes da América Latina e Caribe. A Biblioteca do IEC ocupa a 98ª posição no ranking geral de contribuição. Se for considerado apenas os registros de 2011, esta posição se elevará para a 32ª (LILACS, 2012). Vale registrar ainda, em 2011, um aumento significativo de migrações de registros para outras instituições. Foram enviados 135 registros superando as 30 ocorrências computadas em 2010 (Tabela 97). Tabela 97 Número de registros migrados pela biblioteca do IEC para certificação na base de dados LILACS Ananindeua, Pará 2011. Registro Instituições Total Artigos Capítulos Tese/Diss BIREME/LILACS 115 38 - 153 BVS DIP/FIOCRUZ 58 - - 58 BVS ENSP - - 7 7 BIBLIOSUS/MS - 70 - 70 173 108 7 288 Total Fonte: Biblioteca IEC Nota:- = sem produção. Unidade de Aquisição, Divulgação e Intercâmbio Aquisição Muito embora em 2011 não tenha sido adquirido publicações por meio de compra, houve um acréscimo no número de registros incluídos no acervo. Foram registradas 514 doações entre livros, folhetos e fascículos de periódicos, número superior aos 474 registrados em 2010. Destacamos nesta modalidade os 49 títulos de livros e 83 títulos de periódicos doados pelo pesquisador José Maria de Souza da Seção de Parasitologia do IEC. Vale registrar também, que em 2011, foi confeccionado PBS para a aquisição de aproximadamente 50 títulos de livros. Esta solicitação foi baseada em sugestões dos pesquisadores do IEC, mas especificamente, nas bibliografias do Programa de Pós-Graduação em Virologia do IEC, aprovado no final de 2011. Entretanto, a entrega das publicações está prevista apenas para o primeiro semestre de 2012. Dando continuidade ao Projeto de Cooperação Técnica entre a rede BIREME e a Biblioteca do IEC, foram incluídos, na Coleção de Seriados em Ciências da Saúde (SeCS), 169 registros de fascículo ou suplemento de periódicos. Levando-se em consideração as 120 ocorrências de 2010, pode-se afirmar que, em 2011, o envio de registros da Coleção de Periódicos da Biblioteca do IEC para o Portal de Revistas Científicas da BIREME foi significativo. 156 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 Divulgação Não diferente de 2010, quando foram publicadas 155 títulos de livros/periódicos no Alerta Bibliográfico, em 2011, este número baixou para 129. Isso se justifica devido a aquisição através do modelo compra está parado. Com relação aos resultados das investigações realizadas por pesquisadores do IEC, mantiveram-se na média de 2010, totalizando em 2011, 60 artigos. Com relação a Disseminação Seletiva da Informação (DSI), em 2010, o serviço computou o envio de 445 sumários eletrônicos de fascículos de revistas da CAPES, número inferior a 2011, que totalizou 483 ocorrências (Tabela 98). Tabela 98 Quantitativo de produtos gerados para promover a divulgação da produção técnica e científica realizada pela Biblioteca do IEC Ananindeua, Pará 2011 Divulgação 2010 2011 Alerta bibliográfico 155 129 DSI Portal CAPES 445 483 Produção Científica IEC 64 60 Fonte: Biblioteca IEC A Biblioteca do IEC, em 2011, com o objetivo de dar maior visibilidade aos projetos realizados na Instituição, produziu vários materiais de divulgação como: cartão, folder, cartaz e outros. Colaborou ainda na confecção do material de lançamento do livro Letras apaixonadas de autoria do médico Francisco Lúzio, da Seção de Bacteriologia do IEC (Tabela 40). Além disso, distribuiu outros materiais como: 1.571 pastas (papel e plástica), 345 CDs do Livro de Resumos do PIBIC XV. Com relação as publicações editadas pela Editora do IEC, em 2011, foram distribuídas 2.959, número inferior se comparado aos 4.589 exemplares distribuídos em 2010. Isso se justifica devido no ano anterior, o IEC ter lançado a Revista Pan-Amazônica de Saúde, como também, ter promovido o I Simpósio Brasileiro de Saúde Ambiental, realizado na cidade de Belém. O serviço de divulgação, em parceria com o Núcleo Editorial da Revista PanAmazônica de Saúde, continuou o processo de divulgação da revista, em 2011, foram enviados 3.547 emails para divulgação de novos fascículos, além do convite solicitando envio de artigos para a RPAS. Ainda sobre o serviço de Divulgação da revista do IEC, continuou-se realizando pesquisa em bases de dados nacionais e internacionais, com o objetivo de conseguir novos autores para a revista. Sendo assim, a equipe de divulgação, desempenhou uma atividade intensa de envio de convite por meio de e-mails para que os autores conhecessem a RPAS e submetessem seus artigos para futuras publicações. Intercâmbio Em 2011, a Biblioteca recebeu apenas 69 exemplares de duplicatas, mas em compensação realizou 90 doações de publicações, diferente de 2010, quando realizou apenas 23 doações. Com relação as permutas, o Setor enviou para as instituições com que mantêm parcerias apenas publicações que estavam em duplicatas, um total de 36, pois, em 2011 não foi editada nenhuma obra impressa do IEC. 157 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 Suporte Técnico de Informática As atividades do ano começaram com a migração de alguns aplicativos da biblioteca para um novo servidor web, com o objetivo de melhorar os serviços, pois, este tem uma capacidade maior tanto de espaço quanto de processamento. As aplicações migradas foram: Biblioteca Virtual em Saúde do IEC, Biblioteca Biográfica Evandro Chagas, SciELO, Iah e as páginas do INCT. Foi reorganizada as pastas do servidor que são compartilhadas por toda a equipe da Biblioteca (fileserver), e foi iniciada a organização das documentações de seus aplicativos e serviços. Após esta migração, foi alterada algumas configurações do SciELO, como banners e alguns textos e imagens. As atividades realizadas para atualização da BVS foram executadas dentro do previsto. No período, foram transferidos 213 arquivos PDF do File Server para servidor da Biblioteca, relativos as base de Eventos, Notícias, Coleção Biomedicina e Saúde Pública, Desenho técnico. Com relação às atualizações e gerações dessas bases, foram realizadas 539 ocorrências referentes a novos registros indexados no LILDBI da BVS/IEC. Sobre as variantes de nomes de autor, foram gerados nove arquivos de autor normalizado dos artigos científicos produzidos no âmbito institucional, com a finalidade de recuperar todos os registros, embora grafados de formas diferentes nas revistas. Foram realizados 110 atendimentos com a finalidade de editar/atualizar bases, corrigir falhas de indexação e problemas com arquivos PDF. Além dessas atividades a Biblioteca deu continuidade ao desenvolvimento na Nova Biblioteca Virtual em Saúde do Instituto Evandro Chagas e da Biblioteca Virtual Evandro Chagas, e da Nova Página do IEC, que foram disponibilizadas para acesso este ano. Biblioteca Virtual de Saúde do IEC A partir de fevereiro de 2011, a BVS recebeu novas customizações por recomendação da BIREME. Uma das novas funcionalidades da BVS é a implementação do diretório de eventos (DIREVE), que tem como objetivo dar a conhecer quais são os eventos científicos (congressos, seminários, conferências, etc.) da área da saúde, promovidos principalmente nos países da região.A partir dia 27 de maio de 2011, o aplicativo DIREVE/IEC já estava disponível para acesso. No dia 28 de julho de 2011 a nova BVS já estava no ar, e também foi encaminhada para avaliação da BIREME para certificação. No dia 18 de novembro de 2011, foi enviado para a Biblioteca a resposta da BIREME: eles encaminharam novas recomendações de alterações em nossa BVS, para que pudesse ser encaminhada novamente para posterior aprovação para certificação. Em julho de 2011 a nova BVS já estava no ar, e também foi encaminhada para avaliação da BIREME para certificação. No dia 18 de novembro de 2011, recebemos a resposta da BIREME: eles encaminharam novas recomendações de alterações em nossa BVS, para que pudesse ser encaminhada novamente para posterior aprovação para certificação. Biblioteca Virtual Biográfica Evandro Chagas (BV biográfica) Desde 2010 estamos desenvolvendo a Biblioteca Biográfica Evandro Chagas, em 2011 continuamos adequar de acordo com o padrão exigido pela BIREME, e também adicionando as fontes de informação, ajustando o layout, e em junho de 2011, foi encaminhando para avaliação de certificação pelo Comitê da BIREME. Em 21 de dezembro de 2011 foi enviado a respostas com as recomendações exigidas pelo Comitê. Website do Instituto Evandro Chagas A partir de maio de 2011, foi iniciada a projeção do layout da nova página do IEC. A partir desta fase, toda estrutura da página foi sendo alterada, incluindo subpáginas, páginas das seções cientificas e serviços e, algumas páginas adicionais, como banco de imagens e diretório do pesquisador e o Website do Centro de Inovações Tecnológicas do IEC e suas subpáginas. 158 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 Unidade e Estudos e Pesquisas Estudos de acesso - Página do IEC Em 2011, foram computados 357.911 por países. O Brasil continuou sendo o país com mais acessos à página, totalizando 355.762 exibições. Entretanto, este número foi inferior aos 490.968 computados em 2010, esta diferença, significativa de acesso, ocorreu devido o IEC ter hospedado em sua página, o I Simpósio de Saúde Ambiental realizado em 2010 em Belém, ou seja, a procura por informações sobre o evento foi grande, pois, todo o processo de inscrição, submissão de trabalho, e outras, era realizado através da página do IEC. Sendo assim, considera-se que, em 2011, a pesquisa na página do IEC, em se tratando de Brasil, ocorreu na média esperada. Em 2010, o acesso dos outros países foi de 1.900 ocorrências, este número aumentou consideravelmente em 2011 2.148 acessos com destaque para os Estados Unidos com 385 acessos, seguido por Reino Unido com 259, além da 6ª posição de Taiwan, com 82 acessos. As cidades brasileira que apresentaram maior índice de consultas, destacam-se, Belém (PA), com 326.823 acessos, Rio de Janeiro (RJ) com 6.363, Fortaleza (CE) com 4.712 consultas, seguido de Belo Horizonte (MG) com 2.481 consultas. Dentre as instituições parceiras, no âmbito nacional, se destaca a Fundação Oswaldo Cruz, com 420 visitas, seguido da Universidade de São Paulo com 209 consultas e Universidade do Rio de Janeiro. Quanto as instituições internacionais, foram computados 227 acessos, desses aparece em primeiro lugar a The University of St. Andrews com 199, seguido da Universidade do Texas com 12 consultas. - Página da BVS IEC O número de acessos durante o ano de 2011 foi de 47.467 pesquisas, por visitantes de diversos países. O Brasil continua liderando com 45.710 acessos, seguido de Portugal com 984, Angola 161. Se comparado com 2010, onde foram computados 86.806 acessos, houve uma diferença significativa. Estes dados se justificam devido, em 2011, a BVS IEC ter lançado seu novo layout de página e muitos usuários ainda não estavam habituados com a nova BVS. Ainda por falta de conhecimento de acesso à nova BVS, os usuários tiveram dificuldades também em acessar os conteúdos da BVS, mesmo assim, foi computado 8.225 acessos a pesquisa por bases de dados que contempla os principais estudos realizados pelas seções científicas, com 8.225 consultas; seguido das informações sobre a biblioteca do IEC com 114 acessos. Dentre as instituições nacionais que consultaram a BVS destacam-se a Universidade de São Paulo com 183 acessos, a Fundação Oswaldo Cruz 101 e a Universidade Estadual de Campinas com 38 com consultas. Entre as internacionais destaca-se a Universidade do Porto com 10. - Página do Setor de Compras (SOCOM) A página do SOCOM/SEADM, obteve um crescimento significativo de acessos no ano de 2011. Dentre as cidades brasileiras que mais acessaram, destacam-se Belém com 2.373 consultas, São Paulo 213, Rio de Janeiro 209. O número de acesso por países temos a liderança do Brasil, com 3.573. Com relação aos países estrangeiros temos registros de 32 acessos, os Estados Unidos está na frente com 12. A tabela 62 demonstra o nível de acessos quanto aos conteúdos disponíveis na página de compra do IEC. Em 2011, foram identificados um total de 12.250 acessos. 159 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 b.3.5.2 Informações georreferenciadas Partindo da premissa que a informação em saúde possui intrinsecamente componentes espaciais e temporais e objetivando a construção de cenários ecoepidemiológicos precisos e contextualizados, de caráter preditivo, o IEC criou em 2000 o Laboratório de Geoprocessamento (LabGeo) , que desde sua criação tem procurado incorporar recursos de geotecnologias emergentes em análises de situação de saúde na Amazônia. As principais tecnologias utilizadas no IEC são: Sistemas de Informação Geográfica (SIG), Sensoriamento Remoto (SR), Sistemas Inteligentes (SI), Computação Gráfica (CG) e Ambientes Multimídia (AM), Processamento de Imagem, Sistemas de Informação voltados para WEB e Dataming, que são utilizadas no desenvolvimento de rotinas computacionais para manipulação e visualização de dados epidemiológicos, socioeconômicos e ambientais interrelacionados. O Instituto tem apoiado, no âmbito de suas atividades, diversas Secretarias Estaduais e Municipais de saúde pública, bem como outros órgãos governamentais tanto de pesquisas científicas como de áreas técnicas, da iniciativa privada e do terceiro setor que atuam na Amazônia, com treinamentos e auxílios em análises de situação de saúde, através de cooperações técnicas e institucionais. O Laboratório de Geoprocessamento tem como competência institucional: atender às atividades de pesquisa e extensão realizadas no âmbito do IEC, desenvolvendo conhecimentos e prestando assessoria na implantação de sistemas baseados em tecnologia de Geoprocessamento; Desenvolver metodologias e recursos de ensino, essenciais na formação de profissionais da área da saúde, com vistas à aplicação de geotecnologia em análises de dados em saúde e Apoiar o desenvolvimento de trabalhos técnicos utilizando geotecnologias tais como, Cartografia digital, Sensoriamento Remoto e Bancos de Dados Geográficos, todos aplicados a análise de epidemiológicos b.3.5.2.1 Realizações a) Desenvolvimento de análises relacionadas à distribuição espacial da malária na área de influência da futura Usina Hidrelétrica de Belo Monte (UHBM); b) Desenvolvimento de análises epidemiológicas da associação hanseníase X gravidez, na região de integração do Carajás; c) Desenvolvimento de estudos exploratórios da distribuição espaço-temporal da incidência da doença de Chagas, nos municípios de Barcarena e Abaetetuba, utilizando geotecnologias emergentes; d) Desenvolvimento do um modelo de análise espacial da co-infecção TB X HIV, no município de Castanhal-Pa; e) Apoio ao projeto de investigação dos fatores de risco de esquistossomose, no distrito de Mosqueiro, do município de Belém-Pa; f) Apoio ao estudo de distribuição da leishmaniose tegumentar, em dois municípios do estado do Pará; g) Apoio ao projeto de análise da correlação de fatores de risco de doenças de veiculação hídrica, na área de influência de um lixão extinto, em um bairro do município de Ananindeua-Pa. b.3.5.2.2 Investigação de campo a) Georreferenciamento e caracterização de variáveis intervenientes (tipos de vegetação, drenagem, solos, povoamento, etc.) e determinantes (vetores e patógenos), para estudos de malária no arquipélago do Marajó, no mês de janeiro de 2011; 160 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 b) Georreferenciamento e identificação de variáveis intervenientes (tipos de vegetação, drenagem, solos, povoamento, etc.) e determinantes (vetores e patógenos), para estudos de doenças de Chagas, nos municípios de Barcarena e Abaetetuba, novembro e dezembro de 2011; c) Georreferenciamento e caracterização de dados epidemiológicos relacionados à co-infecção TB X HIV, no município de Castanhal-Pa, no mês de janeiro de 2011; d) Georreferenciamento de locais de coletas de águas para pesquisa microbiológica e físicoquímica, na área do lixão do parque clube Ariri, no município de Ananindeua, nos meses de abril, junho, agosto e outubro de 2011; e) Georrefrenciamento de variáveis ambientais, socioeconômicas e malacológicas relacionadas ao projeto de estudo da esquistossomose mansônica, na ilha do Mosqueiro, nos meses de maio, julho, setembro de 2011; f) Georreferenciamento e caracterização de variáveis intervenientes (tipos de vegetação, povoamento, etc.) e determinantes (vetores e patógenos), para estudos de leishmaniose tegumentar, nos municípios de Cametá e Juruti, no estado do Pará; g) Georreferenciamento e identificação de padrões epidemiológicos, com caracterização socioeconômica, da associação hanseníase X gravidez, na região de integração do Carajás, no mês de novembro de 2011. b.3.5.2.3 Trabalhos realizados em colaboração/parceria com outras instituições Com relação ao desenvolvimento das análises relacionadas à distribuição espacial da malária na área de influência da futura Usina Hidrelétrica de Belo Monte (UHBM) foi possível identificar e caracterizar nas imagens de satélites as a distribuição espacial das principais variáveis intervenientes e determinantes, em três áreas com características geográficas e epidemilógicas diferentes. Estas análises foram expressas visualmente em 7 imagens digitais, que permitirão futuramente avaliar as alterações nos perfis epidemiológicos desta região, em face de todo o processo de antropização que a mesma deverá sofrer. Desta forma um dos grandes objetivos dos trabalhos praticados pelo LabGeo foi atingido, que é o registro da memória epidemiológica, como podemos verificar nos dois mapas temáticos (Figuras 26 e 27). Figura 26 Imagem da área de influência direta da futura UHBM, no município de Vitória do Xingu-Pará. 161 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Figura 27 Relatório de Gestão/2011 Imagem classificada da área de influência direta do projeto da futura UHBM, no município de Vitória do Xingu-Pa. Os resultados alcançados pelos trabalhos de georreferenciamento, em campo, de variáveis intervenientes (tipos de vegetação, drenagem, solos, povoamento, etc.) e determinantes (vetores e patógenos), para estudos de doenças de Chagas, nos municípios de barcarena e Abetetuba, permitiram caracterizar a incidência desta doença, em diferentes áreas destes municípios, mostrando as áreas onde os fatores de risco eram mais expressivos, Neste trabalho foi muito importante a participação de técnicos da Secretaria de Estado de Saúde Pública SESPA, onde foram gerados 10 mapas temáticos, no qual podemos visualizar dois (Figura 28 e 29). Figura 28 Imagem do banco de dados georreferenciado da distribuição espacial de pacientes chagásicos, no município de Barcarena-PA. 162 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Figura 29 Relatório de Gestão/2011 Imagem do Satélite CBERS-2B do sensor CCD, classificada. A partir do desenvolvimento de análises epidemiológicas da associação hanseníase X gravidez, na região de integração do Carajás, a partir de análises espaciais foi possível identificar padrões de distribuição desta doença. Onde foi possível observar que a mesma, nesta área de estudo, estava diretamente relacionada a variáveis socioeconômicas, como renda e demografia (induzida por processos migratórios estimulados por macroprojetos desenvolvimentistas, tais como práticas de mineração, na região do Carajás). Os trabalhos mostraram como esta doença milenar se mantém ainda ativa na atualidade, e se produzindo socialmente nos espaços geográficos. Neste trabalho foi muito importante a participação de pesquisadores e professores do Departamento de Saúde Comunitária, da Universidade do Estado do Pará, sendo produzidos 12 expressões visuais, como podemos ver duas (Figuras 30 e 31). Figura 30 Expressão visual de casos de hanseníase x gravidez no estado do Pará, por Região de Integração 163 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 Figura 31 Expressão visual de casos de hanseníase x gravidez na Região de Integração do Carajás. O apoio ao projeto de correlação entre fatores de risco de doenças de veiculação hídrica, na área de influência do Lixão do Parque Clube Ariri, no município de Ananindeua-Pa, possibilitou identificar diferentes padrões de distribuição dos fatores de risco estudados, o que explica os diferentes perfis epidemiológicos na área, neste trabalho foi gerado 9 cartas digitais, como podemos ilustrar duas delas (Figura 32 e 33). Figura 32 limites da área de estudo direta do antigo Lixão do Parque Clube Ariri. 164 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Figura 33 Relatório de Gestão/2011 Delimitação em campo da área de estudo com pontos de controle. O apoio ao projeto análise da distribuição de fatores de risco de esquistossomose mansônica, no distrito de Mosqueiro, no município de Belém-Pa, possibilitou identificar diferentes distribuição dos fatores de risco como a confecção de 7 carta com a localização de planorbídeos, onde pode ser observada a sua relação com as coleções hídricas existentes na área de pesquisa, abaixo alguma cartas (Figuras 34 e 35). Figura 34 Imagem da localização de planórbideos por distritos administrativos, no município de Belém 165 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 Figura 35 Imagem da localização de planórbideos nos distritos administrativos de Mosqueiro. b.3.5.2.4 Trabalhos realizados em colaboração com outros laboratórios do IEC Foram realizados, em cooperação com os diversos laboratórios do IEC, aproximadamente 7 (sete) mapas temáticos mensais, relacionados às diversas pesquisas e agravos estudados pelos mesmos. Desta forma, foi gerado um total de 84 (oitenta e quatro) expressões visuais desses estudos. Abaixo, podemos observar alguns destes trabalhos (Figuras 36, 37, 38 e 39). Figura 36 Visualização geográfica das principais vias de acesso a três municípios do nordeste paraense. 166 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Figura 37 Relatório de Gestão/2011 Delimitação da área do Assentamento Expedito Ribeiro, no município de Santa Bárbara, para o estudo de diversos agravos. Figura 38 : Distribuição do Molecular de Salmonela Typhi. Figura 39 Mapa do município de Marabá PA, mostrando as principais áreas de extração mineral, áreas de inundação, área de reserva indígena, localidades e povoados. 167 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 b.3.5.3 Animais de Laboratório A Seção de Criação e Produção de Animais de Laboratório (SACPA) tem como missão criar e produzir animais de laboratório de boa qualidade, isentos de contaminação, necessários às pesquisas do IEC e às instituições de ensino e pesquisa da região Norte. Além disso, desenvolve pesquisas científicas voltas ao bem-estar animal e a qualidade de animais experimentais ofertados para estas pesquisas. A Seção possui um biotério central, que ocupa 2.000 m2, e possui diversas salas destinadas à criação e produção de camundongos (Mus musculus), ratos (Rattus norvegicus), hamsters (Mesocricetus auratus), cobaias (Cavia porcellus) e coelhos (Oryctolagus cuniculus), tendo produzido, em 2011, cerca de 30 mil animais/mês. Todos os pequenos roedores são criados em mini-isoladores mantidos em racks ventilados conferindo a qualidade necessária para esta criação, isolando-os de microorganismos presentes no ambiente de criação. Atualmente, este prédio central continua em obras para reforma, adequação e ampliação das áreas internas, e os animais estão sendo mantidos em outros prédios do IEC até sua conclusão. Além do prédio central, as criações de ovinos e aves são mantidas em ambientes adaptados para essas criações. Há um aprisco em alvenaria e um pasto com forrageiras regionais em uma área de 3.000 m2 onde são criados os ovinos (Ovis aries), além de uma sala para sangria de ovinos e manejo dos animais, com baias de maternidade e de manutenção de adultos com bebedouros automáticos e cochos em alumínio. Os gansos (Anser cygnoides) são mantidos atualmente em uma área próxima ao aprisco, com local apropriado para banho e abrigo para proteção noturna dos animais. Um aviário de perus (Meleagris gallopavo); mantém estes animais que fornecem sangue semanalmente à Seção de Virologia para produção de subproduto, utilizado em exames identificadores de vírus respiratórios, e um aviário de galinhas (Gallus domesticus) serve para abrigar as galinhas que são utilizadas para alimentação de barbeiros mantidos para uso nas pesquisas de Doença de Chagas. Todos os animais mantidos pela Seção recebem em suas dietas ração específica balanceada, sendo que alguns ainda recebem complementação através da oferta de plantas forrageiras cultivadas no IEC. A Seção de Criação e Produção de Animais de Laboratório (SACPA) mantém ainda setores que são responsáveis pela manutenção da qualidade dos ambientes e animais, como: área de esterilização de materiais, lavanderia profissional, laboratório para controle de qualidade dos animais, sala de necropsia e almoxarifado próprio. Os animais produzidos na Seção são destinados, em sua maioria, às pesquisas de rotina do IEC que envolvem exames diagnósticos como os de arboviroses e febres hemorrágicas, leishmaniose, mal de chagas, esquistossomose, dentre outros, auxiliando, desta forma, na elucidação de casos envolvendo doenças infecto-contagiosas amazônicas e na pesquisa de novos diagnósticos para estas. 168 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 b.3.5.3.1 Realizações b.3.5.3.1.1 Animais produzidos e mantidos no biotério Roedores Tabela 99 Quantidade de animais de produzidos e mantidos no IEC em 2011 Sala Hamsters Ratos Mc Coy (produção) Ratos Mc Coy (estoque) Camundongos Balb C An Camundongos Swiss Weber (piloto) Camundongos Swiss Weber (fundação I) Camundongos Swiss Weber (fundação II) Camundongos Swiss Weber (produção) Camundongos Swiss Weber (estoque ) Camundongos Swiss Weber (estoque ) Total Geral Jan 4999 Fev 5042 Mar 5191 Abr 6761 Mai 5371 Jun 5436 Jul 7587 Agos 2942 Set 7905 Out 5640 Nov 6359 Dez 4935 Total 68168 - - - - - 201 879 755 1106 1081 - 1142 6441 - - - - - - - 238 685 735 - 629 3005 - - 564 1534 1332 1119 873 601 727 835 892 755 5422 5878 6009 5702 7035 6032 5954 7309 5407 6428 4631 5172 2558 68115 3257 3116 3191 3455 2415 2623 3888 3133 3375 1495 2341 2340 34629 2300 2316 4766 5996 4109 3370 4232 2406 2639 2116 2395 604 37249 6720 6720 5043 8705 6720 5376 6720 6720 8400 6720 6720 5040 79604 1957 1989 1448 2657 2119 1963 3484 3483 4783 2965 3834 1599 32281 2260 2280 2408 2562 2088 2486 3380 2236 2639 2274 1612 1066 27291 27371 27472 28313 38705 30186 28528 38352 27320 37960 27657 28433 11650 362205 Fonte: Seção de Criação e Produção de Animais de Laboratório/IEC/SVS/MS Outras espécies de animais Tabela 100 Quantidade de animais de outras espécies pertencentes ao plantel da SACPA/IEC em 2011 Plantel Ovinos Coelhos Gansos Perus Total 13 103 22 6 Nascimentos 65 12 Óbitos 1 27 3 6 Galinhas 4 3 Fonte: Seção de Criação e Produção de Animais de Laboratório/IEC/SVS/MS Obs: Os óbitos de coelhos referem-se a animais utilizados em sangria total. b.3.5.3.1.2 Material biológico produzido e distribuído Tabela 101 Material biológico produzido e distribuído pela SACPA em 2011 Solicitante Arbovírus Bacteriologia Barros Barreto Doença de Chagas LACEN LANAGRO Leishmaniose Santa Casa Virologia UFPA Imunologia Total Ovino 3.110 4.150 420 7.770 2.090 4.470 22.010 Tipo de sangue (ML) Coelho Ganso 3.775 10 505 2.650 80 390 3.635 3.775 Peru 215 215 Quantidade total (ML) 3775 3120 4150 925 7770 2090 2650 4470 215 80 390 29.635 ML ML ML ML ML ML ML ML ML ML ML ML Fonte: Seção de Criação e Produção de Animais de Laboratório/IEC/SVS/MS 169 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 b.3.5.3.1.3 Animais produzidos e distribuídos Animais fornecidos a Seções do IEC Tabela 102 Nº de animais fornecidos pela SACPA/IEC para as Seções Técnico-científicas em 2011 Espécies e Linhagens Seções/Setores Arbovirologia Bacteriologia D. de Chagas Leishmaniose Microscopia Malacologia SACPA ** Toxoplasmose Total Geral Camundongo Swiss weber 240 1227 487 415 40 1585 3.954 Hamster Ratos MC coy Camundongo Balbi C 24 300 14 338 7 108 115 6 100 579 220 905 Família de Camundongos Swiss weber (1 e 6 neonatos * 15 71 Total 270 * 100 1.234 300 1.081 757 40 1.585 5.383 Fonte: Seção de Criação e Produção de Animais de Laboratório/IEC/SVS/MS Nota: * Além destes 270 animais foram entregues a Seção de Arbovirologia 12.500 famílias de camundongos em fluxo contínuo, que são utilizados na rotina da Seção. ** Experimento de TCC Animais fornecidos a outras instituições Tabela 103 Nº de animais fornecidos pela SACPA/IEC para outras nstituições em 2011 Espécies / Linhagens Solicitante Hamster Ratos Mac coy Neonatos de Swiss weber Camundongos Balbi C Família de Camundongos Swiss weber (1 e 6 neonatos) 2854 376 99 - 340 - 3669 100 - 0 23738 1400 - 25238 Camundongo Swiss weber UFPA MANGAL Total CESUPA 360 - 187 - - - 547 MUSEU 2934 1003 50 - - - 3987 LANAGRO 70 - - - - 40 110 PARICUIÃ 2149 839 72 - - - 3060 SITIO XERIMBABO 1385 286 142 - - - 1813 EXERCITO 605 265 165 - - - 1035 B. BARRETO 155 - - - - - 155 BIOPARQUE Total Geral 860 33 6 - - - 899 11.472 2.802 721 23.738 1.740 40 40.513 Fonte: Seção de Criação e Produção de Animais de Laboratório/IEC/SVS/MS Nota: - (não ocorreu fornecimento) 170 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 b.4 Força de trabalho em Saúde b.4.1 Capacitação de profissionais para o SUS b.4.1.1 Curso de longa duração Curso técnico de nível médio em Análises Clínicas, autorizado pelo Conselho Estadual de Educação do Pará, resolução nº 172 de 04.04.2011, para 35 alunos, oriundos de vários municípios entre os quais destacamos: Belém, Mojú, Cametá, Bujarú, Limoeiro do Ajurú, Porto de Moz, Gurupá, Benevides, Santarém Novo, Igarapé Mirin e Anajás no estado do Pará além de Boca do Acre no estado do Amazonas. O curso teve início no dia 08/08/2011 e tem seu término previsto para 30/06/2012, totalizando uma carga horária de 1.440 horas distribuídas em conteúdo teórico, prático e estágio supervisionado. Foram concluídos até o presente, quatro módulos de um total de seis. b.4.1.2 Cursos e/ou treinamentos de curta duração a) Curso ministrado para os técnicos do LACEN-PA (Laboratório Central Pará) intitulado: Curso de Atualização para o Diagnóstico Laboratorial de Malária no Instituto Evandro Chagas IEC/SVS/MS, 16 a 20 de maio/2011, Ananindeua-PA; b) Curso ministrado para os técnicos do Ministério da Saúde de Angola intitulado: Curso de Atualização para o Diagnóstico Laboratorial de Malária realizado em Luanda, Angola, 27 de junho a 08 de julho/2011, Luanda-Angola; c) Curso ministrado para os técnicos do SESAI (Secretaria Especial de Saúde Indígena) intitulado: Atualização em Malária para Multiplicadores com Ênfase em Microscopia no Instituto Evandro Chagas IEC/SVS/MS, 17 a 21 de outubro/2011, Ananindeua-PA; d) Curso ministrado para um técnico e um médico do Ministério da Saúde do Congo intitulado: Curso de Atualização para o Diagnóstico Laboratorial de Malária no Instituto Evandro Chagas IEC/SVS/MS, 21 a 25 de novembro/2011, Ananindeua-PA; e) Organização do curso intitulado: Curso sobre resistência a inseticidas em vetores de malária . Rede de Investigação e Desenvolvimento em Saúde Malária (RIDES-Malária). 2011; f) Treinamento de sete técnicos e estudantes do Laboratório de Biologia Celular e Helmintologia "Profa Dra Reinalda Marisa Lanfredi" -ICB-UFPA em identificação de formas adultas e imaturas de mosquitos anofelinos. Março e Agosto de 2011. b.4.1.3 Participação em treinamentos internacionais Servidores que realizaram capacitação fora do país, conforme decrito no quadro 8. Nome Sueli Guerreiro Rodrigues Marinete Marins Póvoa Pedro Fernando Vasconcelos da Costa Evento 12º Curso Internacional de dengue e 3ª Reunião da relda Havana - Cuba ASTMH 60th Annual Meeting Filadélfia /Pensilvânia - USA 60º Congresso Anual da sociedade Americana de Higiene e Medicina Tropical Filadélfia - EUA Período 11 a 19.08.2011 29.11 a 08.12.2011 04 a 06.12.2011 Quadro 8 Relação dos servidores que participaram de capacitações internacionais Fonte: SEARH/IEC/SVS/MS 171 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 b.5 Metas da Agenda Estratégica da SVS/MS Resultado das metas propostas pelo IEC na Agenda Estratégica da SVS para o exercício de 2011: a) Ação: Ampliação da capacidade de vigilância da Leishmaniose, Doença de Chagas e Esquistossomose. - Indicador: Número de pesquisas realizadas Meta Proposta para 2011 Descrição da Meta Meta Realizada em 2011 1. Realizar 78 pesquisas nas populações suscetíveis à Leishmaniose, doença de Chagas e Esquistossomose ou em casos de surtos dessas enfermidades na Amazônia legal, 14 18 com foco nos agentes isolados por meio de técnicas laboratoriais, de 2011 a 2015. Classificação do alcance da meta: < = 10 Ruim Quadro 9 Números de pesquisas realizadas nas áreas de Leishmaniose, doença de Chagas e Esquistossomose no ano de 2011. b) Ação: Vigilância clínica, epidemiológica e laboratorial das arboviroses e metais pesados na Amazônia - indicador: Número de pesquisas realizadas Proposta 2011 Meta Realizada 2011 a) Realizar 175 pesquisas nas populações suscetíveis às Arboviroses ou em casos de surtos dessas enfermidades na Amazônia legal, com foco nos agentes isolados por 31 meio de técnicas laboratoriais, no período de 2011 a 2015. Classificação do alcance da meta: < = 10 Ruim 2. Realizar 115 pesquisas nas populações sob o risco de intoxicação por metais pesados 17 na Amazônia Legal, no período de 2011 a 2015. Classificação do alcance da meta: < = 10 Ruim Quadro 10 Números de pesquisas realizadas nas áreas de Arboviroses e metais pesados no ano de 2011 43 20 b.6 Apoio administrativo à pesquisa científica b.6.1 Almoxarifado b.6.1.1 Realizações b.6.1.1.1 Aquisições no exercício Tabela 104 Aquisições realizadas pelo IEC em 2011 Mês Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Total Geral Extra-Orçamentária 333.430,80 985.140,00 164.308,07 834.569,95 88.329,24 22.705,08 21.715,50 117.754,00 85.283,60 7.530,00 0,00 0,00 2.660.766,24 Orçamentária 34.348,00 98.057,29 438.739,97 558.318,91 492.796,51 313.079,99 360.543,88 370.434,88 396.583,94 273.215,68 160.724,69 2.130.831,54 5.627.675,28 Total 367.778,80 1.083.197,29 603.048,04 1.392.888,86 581.125,75 335.785,07 382.259,38 488.188,88 481.867,54 280.745,68 160.724,69 2.130.831,54 8.288.441,52 Fonte: SOALM/IEC/SVS/MS 172 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 b.6.1.1.2 Registros no SICAF de fornecedores inadimplentes Efetuados em torno de 18 registros no Sistema de Cadastro de Fornecedores por não cumpriram com as entregas de materiais no prazo estabelecido em edital. Tabela 105 Valores dos empenhos de fornecedores inadimplentes registrados no SICAF em 2010 e 2011 Empenhos inadimplentes registrados no SICAF Extra-Orçamentário / 2010 Orçamentário / 2011 R$50.958,45 R$166.704,90 Fonte: SOALM/IEC/SVS/MS b.6.1.1.3 Aquisições para o estoque do Almoxarifado Foi adquirido para o estoque do Almoxarifado, R$ 299.404,14, em 2011, com vistas ao atendimento interno do Instituto Evandro Chagas, sendo: R$ 213.312,03 orçamentário e R$ 86.146,11 extra-orçamentário. b.6.1.1.4 Movimentação orçamentária e extra-orçamentária b.6.1.1.4.1 Relatório mensal de movimentação do Almoxarifado (RMA) No RMA consolidamos as aquisições de materiais de consumo no exercício, assim como as doações, pagamentos à fornecedores, transferência à SVS, CENP e atendimentos de materiais de estocados no Almoxarifado. O IEC adquiriu R$ 8.253.316,14, sendo R$ 5.558.985,49 despesa orçamentária, R$ 2.677.123,37 despesa extra-orçamentária. Remanescente do exercício de 2010, R$ 432.457,69 e encerramos o exercício de 2011 com R$ 415.250,41. Tabela 106 Movimentação anual do almoxarifado do IEC em 2011 (continua) Código Títulos 11.318.01.00 Saldo Entradas Anterior Orçam Saídas Saldo atual Ext. Orçam 01 Combustíveis e Lub. Automotivos 0,00 70.225,01 0,00 70.225,01 0,00 02 Combustíveis e Lub. de Aviaçâo 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 03 Combust. e Lub. p/ Outras Finalidades 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 04 Gás e outros Materiais Engarrafados 0,00 330.092,59 12.457,00 337.943,09 4.606,50 05 Explosivos e Muniçôes 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 06 Alimentos Para Animais 0,00 150.088,20 0,00 150.088,20 0,00 07 Gêneros de Alimentação 401,65 33.968,44 9.439,20 33.378,82 10.430,47 08 Animais Para Pesquisa e Abate 0,00 7.600,00 0,00 7.600,00 0,00 09 Material Farmacológico 0,00 3.209,00 0,00 3.209,00 0,00 10 Material Odontológico 0,00 8.934,83 0,00 8.934,83 0,00 11 Material Químico 25.765,27 3.423.816,12 1.698.394,90 5.101.851,75 46.124,54 12 Mat. de Coudel. ou de uso Zootécnico 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 13 Material de Caça e Pesca 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 14 Material Educativo e Esportivo 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 15 Material P/ Festivid. e Homenagens. 0,00 0,00 400,00 400,00 0,00 16 Material de Expediente 101.512,25 56.442,67 7.425,00 74.758,50 90.621,42 17 Material de Proc. de Dados 0,00 35.158,17 166,00 35.324,17 0,00 18 Mat. e Medicamentos p/ Uso Veterinário 0,00 23.610,00 5.500,00 29.110,00 0,00 173 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 Tabela 106 Movimentação anual do almoxarifado do IEC em 2011 (conclusão) 19 Mat. de Acondicionam. e Embalagem 9.321,89 27.331,99 12.429,90 30.245,55 20 Material de Cama, Mesa e Banho 1.062,22 3.900,00 0,00 4.212,79 749,43 21 Material de Copa e Cozinha 30.481,16 14.163,98 7.720,00 17.379,67 34.985,47 22 Mat. de Limp. e Prod. de Higienização 97.350,25 17.642,50 8.639,00 65.736,62 57.895,13 23 Uniformes, Tecidos e Aviamentos 33.862,90 14.676,10 2.624,00 30.982,70 20.180,30 24 Material p/ Manut. de Bens Imóveis 0,00 82.625,55 6.656,05 89.281,60 0,00 25 Material p/ Manut. de Bens Móveis 520,00 11.566,17 2.220,00 13.851,17 455,00 26 Material Elétrico e Eletrônico 54,93 107.389,19 0,00 107.444,12 0,00 27 Mat. de Manobra e Patrulhamento 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 28 Mater. de Proteção e Segurança 2.302,99 17.999,55 312,50 17.672,88 2.942,16 29 Mat. p/ Áudio, Vídeo e Foto 0,00 412,00 0,00 412,00 0,00 30 Material p/ Comunicações 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 31 Sementes, Mudas de Plantas e Insumos 0,00 23.555,00 0,00 23.555,00 0,00 32 Suprimento de Avião 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 33 Material p/ Produção Industrial 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 34 Sobres. de Maq. e Mot. Nav. e Embarc. 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 35 Material Laboratorial 36.405,68 901.951,62 535.840,04 1.418.235,91 55.961,43 36 Material Hospitalar 93.416,50 104.985,54 366.899,78 493.841,49 71.460,33 37 Sobressalentes e Armamento 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 38 Suprimento de Proteção de Vôo 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 39 Material p/ Manutenção de Veículos 0,00 66.382,28 0,00 66.382,28 0,00 40 Material Biológico 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 41 Material p/ Utilização em Gráfica 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 42 Ferramentas 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 43 Mat. p/ Reabilitação Profissional 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 44 Mat. de Sinalização Visual e Outros 0,00 7.519,00 0,00 7.519,00 0,00 46 Livros Didáticos 0,00 9.939,99 0,00 9.939,99 0,00 47 Aquisição de Softwares de Base 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 92 Bens Móveis em Almoxarifado 0,00 3.800,00 0,00 3.800,00 0,00 99 Outros Materiais de Consumo 0,00 0,00 0,00 0,00 Total 432.457,69 5.558.985,49 2.677.123,37 8.253.316,14 18.838,23 0,00 415.250,41 Fonte: SOALM/IEC/SVS/MS b.6.1.1.4.2 Aquisições ao MS/SVS/CGLAB Foram adquiridos diversos materiais ao Ministério da Saúde / CGLAB, os quais foram distribuídos em diversos estados brasileiros. Aquisições extra-orçamentária Tabela 107 Aquisições extra-orçamentárias realizadas pelo IEC em 2011 Empenho 2010900738 2010900738 2010901256 2010901718 2010901256 2010901257 Fornecedor Saldanha Rodrigues Ltda Saldanha Rodrigues Ltda Cetepa Comercio e Serviço Ltda Medivax Indústria e Comercio Ltda Cetepa Comercio e Serv. Saúde. Goes Goes Distribuidora Ltda Total Valor 10.679,50 321.857,50 23.617,44 709.500,00 1.260,00 1.720,00 1.068.634,44 Fonte: SOALM/IEC/SVS/MS 174 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 Aquisição Orçamentária Tabela 108 Aquisições Orçamentárias realziadas pelo IEC em 2011 Empenho Fornecedor 2011800643 Leonor Comercial Ltda 2011800645 Ge Healthcare/Life Sciences Brasil 2011800647 Multimarcas Comercial Ltda 2011800652 Aolab Equip. P/ Laboratorio Ltda 2011800653 Neobio Com Prod. P/ Laboratorio 2011800655 Belemlab Comercial Ltda 2011800658 Ludwig Biotecnologia Ltda 2010901718 Medivax Ind. e Com. Ltda 2011800644 Orbital Produtos Ltda 2011800656 Diprod Dist. de Prod. e Com. Ltda 2010901256 Cetepa Com Serviço Prod. P/ Saude 2011800649 Sanbio Cientifica Ltda 2011800656 Diprod Dist. Prod. e Comercio Ltda 2011800657 Sarstedt Ltda 2011800646 Instrumentos Cirurg Priscilla Ltda 2011800652 Aolab Equipamentos Laborat Ldta 2011801291 Specialab Prod Laboratorio Ltda 2011800656 Diprod Dist. Produtos e Com Ltda 2011800654 Bioquest Com. Equip. P/ Lab. Ltda 2011800650 Guilherme Caldeira Stefanovicz 2011800648 Crq Produtos Quimicos Ltda - Epp Valor Total 890,00 833,00 1.687,00 6.105,84 1.129,00 177,08 757,00 19.450,00 2.400,00 31.500,00 600,00 1.310,00 10.500,00 816,10 7.564,99 6.106,16 6.005,02 800,00 3.308,32 3.149,32 1.397,27 106.486,10 Fonte: SOALM/IEC/SVS/MS Aquisições Suprimento de Fundos Foram adquiridos através de suprimento de fundos, R$ 94.568,98, com registro contábil no RMA, entretanto, sem registro no SISMAT (Tabela 109). Tabela 109 Suprimentos de fundos situação em 31.12.2011 Mês Janeiro Fevereiro Março Valor 0,00 1.381,71 10.172,01 Abril 7.161,47 Maio 11.039,13 Junho 12.581,42 Julho 8.838,17 Agosto 6.422,52 Setembro 8.585,21 Outubro 6.164,67 Novembro 7.066,10 Dezembro 15.156,60 Total Fonte: SOALM/IEC/SVS/MS 94.568,98 175 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 b.6.1.1.4.3 Saídas de Consumo Na tabela 110 e figura 40, relacionamos o consolidado anual em 2011, do consumo por Seção, Serviço e/ou Setor, de acordo com o SISMAT Sistema de controle de materiais de consumo. Tabela 110 - Consolidado anual do consumo por Seção, Serviço e/ou Setor, de acordo com o SISMAT controle de materiais de consumo Situação em 31.12.2011 Descrição da Despesa/Setor Consumo ADCA Consumo Assessoria de Comunicações Consumo Assessoria de Planejamento Consumo Setor de Atendimento Unificado Consumo Biblioteca Consumo Curso De Laboratório Consumo Diretoria Consumo Laboratório de Geoprocessamento Consumo Programa de Iniciação Científica Consumo Programa de Malária Consumo Secretaria de Apoio Científico Consumo Seção de Patologia Consumo Seção de Arbovirologia e Febres Hemorrágicas Consumo Seção de Bacteriologia e Micologia Consumo Seção de Criação e Produção de Animais em Laboratório Consumo Serviço de Epidemiologia Consumo Seção de Hepatologia / Laboratório de Microscopia Eletrônica Consumo Seção de Meio Ambiente Consumo Seção de Parasitologia Consumo Seção de Virologia Consumo Serviço de Recursos Humanos Consumo Serviço de Administração Consumo Seção Orçamentária e Financeira Consumo Setor de Almoxarifado Consumo Setor de Compras Consumo Setor de Informática Consumo Setor de Manutenção Consumo Setor de Material e Patrimônio Consumo Setor de Transportes Consumo Setor de Protocolo Total Fonte: SOALM/IEC/SVS/MS R$ 1.400.000,00 R$ 1.200.000,00 R$ 1.000.000,00 R$ 800.000,00 R$ 600.000,00 R$ 400.000,00 R$ 200.000,00 R$ 0,00 1 Sistema de Valor 124,97 4.076,75 415,01 48.717,40 2.262,72 14.717,81 492.737,59 234,95 3.350,94 2.696,89 467,56 424.150,64 1.265.145,89 935.887,36 338.440,76 12.135,40 1.016.654,67 1.248.442,36 369.543,09 676.294,05 19.163,34 89.984,90 1.110,67 8.064,96 3.645,52 24.749,97 201.958,71 1.598,23 133.447,15 2.444,66 7.342.664,92 ADCA ASCOM ASPLAN SOAMU BIBLIOTECA CTLAB DIRETORIA LABGEL PIBIC MALÁRIA SEAC SAPAT SAARB SABMI SACPA SEVEP SAHEP/ SEMIE SAMAM SAPAR SAVIR SEARH SEADM SAOFI SOALM SECOM SOINF SOMAN SOMAT SOTRA PROTOCOLO Figura 40 Consolidado anual do consumo por Seção, Serviço e/ou Setor, de acordo com o SISMAT Sistema de controle de materiais de consumo Situação em 31.12.2011 Fonte: SISMAT/IEC 176 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 b.6.1.1.4.4 Contrato de fornecimento de gelo seco e gases industriais O Instituto Evandro Chagas clebebrou ocontrato administrativo nº 03/2011 com a empresa White Martins Gases Industriais do Norte S/A, especializada no fornecimento de gases industriais, utilizado em pesquisas científicas, o qual está sendo cumprido de acordo com as cláusulas contratuais (Tabela 111). Tabela 111 Quantidades de material/gás consumidos pelo IEC em 2011, com seu custo Material/gás Quantidade Gelo Seco Oxigênio Gás cil pat Oxigênio 4.0 Analítico, Cilindrico c/ 9m³ Nitrogênio Gás cil pat Dióxido de Carbono Gás Cil Pat Acetileno Carga A-40 Oxigeni Carga Tpg Argônio 5.0 Analitico Cil T Hélio 5.0 Analitico Cil T Nitrogênio 5.0 Anal, Cilindrico com 9m³ Hidrogênio 5.0 Analítico Cil com 9m³ Nitrogênio Liquido Valor 75 kg 07 m3 10 m3 09 kg 650 kg 04 m3 08 kg 349 m3 26 m3 162 m3 14 m3 41.600 m3 R$ 2.100,00 R$ 154,00 R$ 2.800,00 R$ 306,00 R$ 8.450,00 R$ 440,00 R$ 640,00 R$ 41.880,00 R$ 7.650,00 R$ 21.060,00 R$ 1.728,00 R$ 195.519,48 Total: R$ 283.639,48 Fonte: SISMAT/IEC b.6.1.1.4.5 Aquisições sustentáveis No quadro 11 apresenta-se as questões sobre gestão ambiental e licitações sustentáveis avaliadas pelo gestor. (continua) Aspectos sobre a gestão ambiental Licitações Sustentáveis 1. A UJ tem incluído critérios de sustentabilidade ambiental em suas licitações que levem em consideração os processos de extração ou fabricação, utilização e descarte dos produtos e matérias primas. Se houver concordância com a afirmação acima, quais critérios de sustentabilidade ambiental foram aplicados? Num percentual muito pequeno existe essa exigência, o ideal é atingir um grupo maior e quem sabe até todos os produtos que são adquiridos na instituição. 2. Em uma análise das aquisições dos últimos cinco anos, os produtos atualmente adquiridos pela unidade são produzidos com menor consumo de matéria-prima e maior quantidade de conteúdo reciclável. 3. A aquisição de produtos pela unidade é feita dando-se preferência àqueles fabricados por fonte não poluidora bem como por materiais que não prejudicam a natureza (ex. produtos de limpeza biodegradáveis). 4. Nos procedimentos licitatórios realizados pela unidade, tem sido considerada a existência de certificação ambiental por parte das empresas participantes e produtoras (ex: ISO), como critério avaliativo ou mesmo condição na aquisição de produtos e serviços. Se houver concordância com a afirmação acima, qual certificação ambiental tem sido considerada nesses procedimentos? Apenas alguns pesquisadores têm essa preocupação e o Almoxarifado não faz essa exigência para todos os materiais. Precisamos mudar esse percentual. Quadro 11 1 Avaliação 2 3 4 5 X X X X Avaliação do gestor sobre gestão ambiental e as licitações sustentáveis. 177 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 Aspectos sobre a gestão ambiental Licitações Sustentáveis 5. No último exercício, a unidade adquiriu bens/produtos que colaboram para o menor consumo de energia e/ou água (ex: torneiras automáticas, lâmpadas econômicas). Se houver concordância com a afirmação acima, qual o impacto da aquisição desses produtos sobre o consumo de água e energia? Todas as lâmpadas adquiridas possuem o selo de redução do consumo de energia. 6. No último exercício, a unidade adquiriu bens/produtos reciclados (ex: papel reciclado). Se houver concordância com a afirmação acima, quais foram os produtos adquiridos? Adquirimos papeis para impressão, totalmente reciclável, tipo A4, com certificação do Programa Brasileiro de certificação florestal - CERFLOR, com 100% de florestas plantadas e renováveis. 7. No último exercício, a instituição adquiriu veículos automotores mais eficientes e menos poluentes ou que utilizam combustíveis alternativos. Se houver concordância com a afirmação acima, este critério específico utilizado foi incluído no procedimento licitatório? 8. Existe uma preferência pela aquisição de bens/produtos passíveis de reutilização, reciclagem ou reabastecimento (refil e/ou recarga). Se houver concordância com a afirmação acima, como essa preferência tem sido manifestada nos procedimentos licitatórios? Implantamos saboneteiras para higienização das mãos nos laboratórios científicos e áreas administrativas com substituição de refil, diminuindo a aquisição e o consumo de embalagens plásticas. 9. Para a aquisição de bens/produtos é levada em conta os aspectos de durabilidade e qualidade de tais bens/produtos. 10. Os projetos básicos ou executivos, na contratação de obras e serviços de engenharia, possuem exigências que levem à economia da manutenção e operacionalização da edificação, à redução do consumo de energia e água e à utilização de tecnologias e materiais que reduzam o impacto ambiental. 11. Na unidade ocorre separação dos resíduos recicláveis descartados, bem como sua destinação, como referido no Decreto nº 5.940/2006. 12. Nos últimos exercícios, a UJ promoveu campanhas entre os servidores visando a diminuir o consumo de água e energia elétrica. Se houver concordância com a afirmação acima, como se procedeu a essa campanha (palestras, folders, comunicações oficiais, etc.)? Realizamos reunião para conscientização apenas em nosso setor. 13. Nos últimos exercícios, a UJ promoveu campanhas de conscientização da necessidade de proteção do meio ambiente e preservação de recursos naturais voltadas para os seus servidores. Se houver concordância com a afirmação acima, como se procedeu a essa campanha (palestras, folders, comunicações oficiais, etc.)? Realizamos palestras para todos os servidores, folders foram encaminhados a todas as seções, serviços e setores internos e nas áreas externas da instituição e a aquisição de materiais que contribuem com a redução dos impactos ambientais. Considerações Gerais: Questionário respondido individualmente pela chefia do Setor de Almoxarifado. 1 (conclusão) Avaliação 2 3 4 5 X X X X X X X X Quadro 11 Avaliação do gestor sobre gestão ambiental e as licitações sustentáveis Fonte: SOALM/IEC Legenda Níveis de Avaliação: (1) Totalmente inválida: Significa que o fundamento descrito na afirmativa é integralmente não aplicado no contexto da UJ. (2) Parcialmente inválida: Significa que o fundamento descrito na afirmativa é parcialmente aplicado no contexto da UJ, porém, em sua minoria. (3) Neutra: Significa que não há como afirmar a proporção de aplicação do fundamento descrito na afirmativa no contexto da UJ. (4) Parcialmente válida: Significa que o fundamento descrito na afirmativa é parcialmente aplicado no contexto da UJ, porém, em sua maioria. (5) Totalmente válida: Significa que o fundamento descrito na afirmativa é integralmente aplicado no contexto da UJ. 178 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 c) Programas de Governo sob a responsabilidade do Instituto Evandro Chagas I Execução dos Programas de Governo sob a responsabilidade do IEC Em cumprimento as políticas públicas emanadas pelo Governo Federal, o IEC executa uma ação do Programa 1201 Ciência, Tecnologia e Inovação no Complexo da Saúde do Ministério da Saúde (Quadro 12). Dados Gerais do Programa Tipo de Programa Objetivo Geral Contribuição do Programa para que o objetivo setorial seja alcançado Finalístico Estabelecer uma estratégia nacional de desenvolvimento e inovação para o complexo produtivo de bens e serviços de saúde no país, por intermédio da interação entre saúde, pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação no complexo de saúde, orientando, apoiando e realizando investimentos para a produção científica e de insumos estratégicos para saúde. A ciência, tecnologia e inovação contribui na superação das disparidades e dos problemas de saúde. A articulação entre os sistemas de saúde e de CT&I norteada por prioridades é condição indispensável para que ocorra a efetiva aplicação de novos conhecimentos e tecnologias na solução de problemas de saúde. Dados Gerais do Programa Tipo de Programa Finalístico Gerente do Programa Reinaldo Guimarães Responsável pelo programa no âmbito da UJ Não se aplica Indicadores ou parâmetros utilizados Público-alvo (beneficiários) 1) Número de Insumos e Produtos de saúde Desenvolvidos pela FIOCRUZ 2) Número de Patentes Depositadas 3) Número de Métodos e Processos em Saúde Pública Desenvolvidos pela FIOCRUZ 4) Taxa de Pesquisas Publicadas em Revistas de Relevante Importância para a Comunidade Científica 5) Número de Pesquisas Realizadas na Região Sul 6) Número de Pesquisas Realizadas na Região Nordeste 7) Número de Pesquisas Realizadas na Região Norte 8) Número de Pesquisas Realizadas na Região Sudeste Usuários do SUS; Gestores e instituições de Saúde do SUS; Laboratórios Públicos de produção de Insumos da Saúde; Instituições de Ensino e Pesquisa; Instituições do Complexo Produtivo da Saúde. Fonte: ASPLAN/IEC Quadro 12 Dados do programa 179 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 II Execução Física das Ações realizadas pelo IEC O Instituto possui apenas a Ação 4386 Pesquisas e Inovações Tecnológicas em Medicina Tropical e Meio Ambiente no IEC, dentro do Programa que é sua ação específica dentro do PPA 2008-2011 (Quadro 13). Dados da Ação Tipo Finalidade Descrição Finalística Obter e difundir conhecimentos científicos e técnicos no âmbito da vigilância em saúde, das ciências biológicas, do meio ambiente e da medicina tropical com atuação nacional e com ênfase na Amazônia Legal Desenvolvimento de pesquisas; elaboração de protocolos; viagens de campo para atender surtos e obter material biológico para as pesquisas; treinamento de equipes de campo; apresentação de trabalhos científicos em congressos; publicações de trabalhos científicos; oficinas de trabalho para definição de linhas de pesquisa; realização de eventos técnicos; contratação de consultores e pesquisadores; intercâmbio com universidades e outras instituições de pesquisa nacional e internacional; aquisição de insumos e material permanente; transporte de material e carga. Unidade responsável Secretaria de Vigilância em Saúde SVS/MS pelas decisões estratégicas Coordenador Nacional da Elisabeth Conceição de Oliveira Santos ação Áreas da UJ responsáveis por gerenciamento ou Seções técnico-científicas execução da ação Unidade executora Instituto Evandro Chagas- IEC Quadro 13 Dados da Ação Fonte: ASPLAN/IEC O Instituto no decorrer deste ano realizou 201 pesquisas nas diferentes áreas de sua abrangência, das quais 25 iniciaram neste exercício e 176 prosseguiram de exercícios anteriores, conforme tabela 112. Tabela 112 Quantitativo de pesquisas realizadas no IEC, incluindo as mantidas de anos anteriores e as iniciadas em 2011 Seção Mantidas Iniciadas Total / Seção Arbovirologia 43 6 49 Bacteriologia 23 9 32 Biotério 12 12 Epidemiologia 1 1 Hepatologia 3 2 5 Meio ambiente 17 3 20 Patologia 1 1 Parasitologia 49 49 Virologia 28 4 32 Total geral 176 25 201 Fonte: ASPLAN/SEADM/IEC. Nota: - = Não realizado. A relação das pesquisas em andamento neste exercício no Instituto, distribuídos por Seção Técnico-científica, encontra-se discriminada no anexo C. Na execução da Ação 4386 Pesquisas e Inovações Tecnológicas em Medicina Tropical e Meio Ambiente no IEC, dentro do Programa 1201 Ciência, Tecnologia e Inovação no Complexo da Saúde do Ministério da Saúde, de acordo com a Lei Orçamentária Anual de 2011 o Instituto Evandro Chagas obtém e difunde conhecimentos científicos e técnicos no âmbito da vigilância em saúde, das ciências biológicas, do meio ambiente e da medicina tropical com atuação 180 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 nacional e com ênfase na Amazônia Legal às instituições de pesquisa, ensino e saúde, que direta ou indiretamente se utilizam dos resultados de estudos de pesquisa publicados pelo IEC, tanto para tomada de decisões e implementação de políticas públicas, quanto para a comunidade acadêmica, no que se refere à produção do conhecimento, beneficiando a população em geral em relação às medidas de promoção de saúde, principalmente, na prevenção e controle de doenças. As metas físicas e financeiras da Ação, registradas no Sistema PLAMSUS do Ministério do Planejamento e Orçamento, para este ano, encontram-se demonstradas na tabela 113 Tabela 113 Meta prevista e realizada referente à ação especifica do IEC em 2011 Meta Prevista Meta Realizada Física Financeira Física Financeira Realizar 100 pesquisas R$ 34.600.000,00 201 pesquisas realizadas R$ 41.775.882,40 Fonte: SAOFI/SEADM/IEC Conforme se verifica na tabela 113 a meta foi cumprida com êxito, registrando um acréscimo de mais de 100% nas pesquisas, apesar do reduzido quadro de pessoal. Ressalta-se que o atingimento dessa meta só foi alcançado em decorrência da contratação de bolsistas e técnicos que se somaram aos pesquisadores do quadro. d) Desempenho Orçamentário/Financeiro I - Programação Orçamentária das Despesas A programação orçamentária do IEC é realizada pela Secretaria de Vigilância em Saúde, órgão ao qual está subordinado, em conjunto com o Fundo Nacional de Saúde, Unidade Orçamentária (Tabela 114). Tabela 114 Identificação da unidade orçamentária Denominação das Unidades Orçamentárias Fundo Nacional de Saúde Fonte: SAOFI/SEADM/IEC. Código da UO 257001 Código SIAFI da UGO 257001 Programação de Despesas Correntes Tabela 115 Programação de despesas correntes 1 Origem dos Créditos Orçamentários CRÉDITOS LOA Dotação proposta pela UO PLOA LOA Suplementares Abertos Especiais Reabertos Abertos Extraordinários Reabertos Créditos Cancelados Outras Operações Total Grupos de Despesas Correntes Pessoal e Encargos 2 Juros e Encargos da Sociais Dívida 3- Outras Despesas Correntes Exercícios Exercícios Exercícios 2011 2010 2010 2011 2011 2010 4.985,41 24.688,48 29.236.731,43 13.306.554,10 22.416.042,31 6.580.929,39 4.985,41 24.688,48 29.236.731,43 42.303.525,80 - Fonte: SAOFI/SEADM/IEC. 181 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 Programação de Despesas de Capital Tabela 116 Programação das despesas de capital Grupos de Despesa de Capital 4 Origem dos Créditos Orçamentários Investimentos CRÉDITOS LOA Exercícios 5 Inversões Financeiras 6- Amortização da Dívida Exercícios 2010 2011 Exercícios 2010 2011 2010 2011 Dotação proposta pela UO 7.121.269,17 12.534.165,56 - - - - PLOA LOA Suplementares 9.341.395,05 - - - - - - 16.462.664,22 12.534.165,56 - - - - Abertos Reabertos Extraordinári Abertos os Reabertos Créditos Cancelados Outras Operações Especiais Total Fonte: SAOFI/SEADM/IEC Resumo da Programação de Despesas Tabela 117 Resumo da programação de despesas e da reserva de contingência Despesas Correntes Despesas de Capital 9 Reserva de Contingência Exercícios Exercícios Exercícios CRÉDITOS LOA Origem dos Créditos Orçamentários 2010 2011 2009 2010 2009 2010 13.331.242,58 29.236.731,43 7.121.269,17 12.534.165,56 - - PLOA - - - - - - LOA - - - - - - Suplementares - - - - - - Abertos - - - - - - Reabertos - - - - - - Abertos - - - - - - Reabertos - - - - - - - - - - - - - - - - - - 13.331.242,58 29.236.731,43 7.121.269,17 12.534.165,56 - - Dotação proposta pela UO Especiais Extraordinários Créditos Cancelados Outras Operações Total Fonte: SAOFI/SEADM/IEC 182 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 Movimentação Orçamentária por Grupo de Despesa Tabela 118 Movimentação orçamentária por grupo de despesa Natureza da Movimentação de Crédito Movimentação Interna Movimentação Externa Concedidos Recebidos Concedidos Recebidos Natureza da Movimentação de Crédito Movimentação Interna Movimentação Externa Concedidos Recebidos Concedidos Recebidos UG concedente ou recebedora 257003 257005 UG concedente ou recebedora 257003 257005 257003 Classificação da ação Classificação da ação - Despesas Correntes 2 Juros e 1 Pessoal e 3 Outras Despesas Encargos da Encargos Sociais Correntes Dívida 115.212,40 115.212,40 Despesas de Capital 5 Inversões 6 Amortização da 4 Investimentos Financeiras Dívida 104.727,33 104.727,33 104.727,33 - Fonte: SAOFI/SEADM/IEC Analisando a tabela 118 observamos movimentações de créditos orçamentários para utilização em despesas correntes no valor de R$115.212,40 e em despesas de capital no valor de R$104.727,33, as quais foram executadas no final do exercício em decorrência de solicitação feita pela direção do Centro Nacional de Primatas CENP à direção do IEC visando suprir necessidades daquele Centro. Tal solicitação, bem como a referida transferência de crédito orçamentário, se justifica, pois conforme Portaria nº 1. 367, em seu Art. 1º, as atividades do CENP estão subordinadas técnica e administrativamente ao IEC, ambos pertencentes à Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. II Execução Orçamentária das Despesas Execução orçamentária de créditos originários do IEC Tabela 119 Despesas por Modalidade de Contratação dos créditos originários do IEC Despesa Liquidada Despesa paga Modalidade de Contratação 2010 2011 2010 2011 Modalidade de Licitação Convite 32.994,80 178.547,70 32.994,80 178.547,70 Tomada de Preços 524.965,28 119.449,42 524.965,28 119.449,42 Concorrência 489.845,74 93.212,07 489.845,74 93.212,07 Pregão 34.056.864,12 31.730.495,26 34.016.795,18 31.730.495,26 Concurso Consulta Registro de Preços 1.263.657,80 1.263.657,80 Carona Contratações Diretas Dispensa 4.514.829,07 4.455.751,33 4.514.829,07 4.455.751,33 Inexigibilidade 609.534,92 3.056.966,17 609.534,92 3.056.966,17 Total Geral 41.124.208,88 40.798.079,75 41.084.239,94 40.798.079,75 Regime de Execução Especial Suprimento de Fundos 197.998,78 195.774,57 126.067,46 124.205,31 Pagamento de Pessoal Auxílio Funeral 24.688,48 4.985,41 24.688,48 4.985,41 Diárias 1.093.218,40 381.692,10 1.093.218,40 381.692,10 Outros Fonte: SAOFI/SEADM/IEC 183 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 Despesas Correntes por Grupo e Elemento de Despesa Tabela 120 Grupos de Despesa 1 Despesas de Pessoal 1º elemento de despesa 2º elemento de despesa 3º elemento de despesa Demais elementos do grupo 2 Juros e Encargos da Dívida 1º elemento de despesa 2º elemento de despesa 3º elemento de despesa Demais elementos do grupo 3 Outras Despesas Correntes 1º elemento de despesa 2º elemento de despesa 3º elemento de despesa Demais elementos do grupo Despesas Correntes por Grupo e Elemento de Despesa dos créditos originários pelo IEC em 2011 Despesa Empenhada Despesa Liquidada RP não processados Valores Pagos 2011 2010 2011 2010 2011 2010 2011 2010 - 24.688,48 - 24.688,48 - - - 24.688,48 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 29.236.731,43 25.865.550,06 22.835.862,04 25.865.550,06 6.400.869,39 0,00 22.835.862,04 25.865.550,06 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Fonte: SAOFI/SEADM/IEC Despesas de Capital por Grupo e Elemento de Despesa Tabela 121 Despesas de Capital por Grupo e Elemento de Despesa dos créditos originários do IEC em 2011 Despesa Empenhada 2011 2010 Grupos de Despesa 4 Investimentos 1º elemento de despesa 2º elemento de despesa 3º elemento de despesa Demais elementos do grupo 5 Inversões Financeiras 1º elemento de despesa 2º elemento de despesa 3º elemento de despesa Demais elementos do grupo 6 Amortização da Dívida 1º elemento de despesa 2º elemento de despesa 3º elemento de despesa Demais elementos do grupo Despesa Liquidada 2011 2010 12.534.165,56 16.462.664,22 5.265.680,02 - - RP não processados 2011 2010 - 5.504.786,75 - 7.268.485,54 - Valores Pagos 2011 2010 5.265.680,02 - - - - - - - - - - - - - - - - - - Fonte: SAOFI/SEADM/IEC Análise é dividir em partes alguma coisa, visando conhecer como esta se comporta em seu universo próprio; também, abrange a idéia de observar as correlações pertinentes das parcelas como um todo, visando a um sentido de exame buscando obter julgamento. Necessário, pois, é a escolha de um método de qualidade, quando o que se visa é o conhecimento da realidade, esta que é o apanágio do mundo científico. 184 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 A tabela 119 refere-se à análise pertinente as Despesas por Modalidade de Contratação Crédito Originário da Unidade Jurisdicionada, distribuído nas Modalidades: Convite, Tomada de Preço, Concorrência, Pregão; e nas Modalidades Diretas Dispensa e Inexigibilidade, dentre outros itens da tabela. Adotando-se uma análise vertical, relativa aos itens, da Modalidade de contratação das licitações, o Instituto Evandro Chagas IEC apresentou no ano de 2010 o valor de R$41.124.208,88 e em 2011 de R$ 40.798.079,75. Analisamos que dentre todas as modalidades de licitação, podemos destacar a do tipo Pregão , que se apresentou durante os dois anos analisados uma elevação dos valores destinados a essa modalidade, o que representa uma tendência positiva para os próximos exercícios, também podemos destacar a modalidade do tipo Dispensa que vem decaindo ao logo dos anos analisados, apresentando uma tendência, mesma que discreta mais positiva para instituição, uma vez que a administração vem controlando esse tipo de modalidade; o que é pertinente e salutar, uma vez, que o governo federal, implantou esta modalidade com o objetivo de dar mais transparência aos gastos das Instituições Públicas. O Instituto vem cumprido com as determinações emanadas pelo governo, com o propósito de dar clareza aos gastos públicos, cumprindo com eficiência e eficácia as metas traçadas por esta administração. No Regime de Execução Especial, na Modalidade Suprimento de Fundos, realizamos uma análise horizontal entre os anos de 2010 e 2011. Foi constatado que houve uma ligeira queda dos valores em termos absolutos em 2011, em torno de 2%, o que representa para Instituição o controle na aplicação desses recursos. É bom salientar que os recursos destinados para aplicação de Suprimentos é considerável, porém se justifica pela preocupação da administração com as doenças tropicais, direcionando maiores recursos para pesquisa e enviando mais equipes de trabalhos para as regiões mais atingidas por certas doenças. As devoluções dos recursos não aplicados no ano de 2010 assim como em 2011 ficaram em torno de 36,66%, o que representa um aumento considerável, que é justificado pelo maior número de pessoas que se utilizaram dos recursos para custear as viagens em missão de pesquisa, e outros servidores que se utilizam para custear despesas, que pela urgência e necessidade não possam subordinar-se ao processo normal de licitação. Em 2008 com a implantação do Cartão Corporativo pelo Governo Federal a Instituição passou a utilizar também este recurso para as despesas com suprimentos de fundos. Em 2011 foi concedido para aplicação de Suprimento de Fundos o montante de R$137.774,57 deste valor R$ 58.000,00 foi concedido através do Cartão Corporativo, o que corresponde 33,97%, e os recursos efetivamente utilizados nesta modalidade foram de R$ 17.774,57, o que equivale em termos percentuais 30,65%. O que mostra uma tendência evolutiva na utilização dessa modalidade. A Instituição tem como meta em 2012, atingir um percentual mais expressivo na utilização do cartão, uma vez, que os supridos já estão capacitados para gerir as despesas através desse mecanismo. Vale ressaltar que as viagens destinadas às pesquisas envolvem um contingente de pessoal bastante expressivo e se deslocam para localidades que não tem estabelecimento comercial que aceite o cartão do governo federal, por este motivo se faz necessário a destinação desses recursos fora do cartão. As devoluções dos recursos recebidos, não refletem má utilização dos recursos e sim uma maior transparência e fiscalização dos gastos. O julgamento global sobre a situação dos recursos financeiros destinados para custear as diárias dos servidores da Instituição e outros, através dos elementos contábeis, depende do exame da eficácia de todos os sistemas de funções dos setores direcionados diretamente a pesquisa ou não. Em 2011 houve uma queda expressiva nos valores absolutos dos recursos destinados a custear as diárias em decorrência do decreto nº 7.446 de 1º de abril de 2011, o qual estipulou limites para empenho de despesa com diárias, passagens e locomoção. O limite para a Instituição ficou em R$ 624.000,00, muito abaixo das necessidades reais. A direção encaminhou a Secretaria de Vigilância em saúde um documento solicitando o aumento do limite estabelecido, com a justificativa da real necessidade das viagens para pesquisas e capacitação do corpo técnico e administrativo. 185 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 Execução Orçamentária de Créditos Recebidos pelo IEC por Movimentação Tabela 122 Despesas por Modalidade de Contratação dos créditos recebidos por movimentação Despesa Liquidada Modalidade de Contratação Despesa paga 2011 2010 2011 2010 - - - - Convite - - - - Tomada de Preços - - - - Concorrência - - - - Pregão - - - - Concurso - - - - Consulta - - - - Licitação Contratações Diretas - - - - Dispensa - - - - Inexigibilidade - - - - - - - - - - - - - - - - Regime de Execução Especial Suprimento de Fundos Pagamento de Pessoal Pagamento em Folha Diárias Outras 4.985,41 8.977,20 4.985,41 8.977,20 695.032,34 1.093.218,40 695.032,34 1.093.218,40 - - - - Fonte: SAOFI/SEADM/IEC Tabela 123 Despesas Correntes por Grupo e Elemento de Despesa dos créditos recebidos por movimentação Despesa Empenhada Despesa Liquidada RP não processados Valores Pagos Grupos de Despesa 2011 1 2010 2011 2010 2011 2010 - - 2011 2010 Despesas de Pessoal 1º elemento de despesa 4.985,41 24.688,48 4.985,41 24.688,48 4.985,41 24.688,48 2º elemento de despesa - - - - - - - - 3º elemento de despesa - - - - - - - - Demais elementos do grupo - - - - - - - - 2 Juros e Encargos da Dívida - - - - - - - - 1º elemento de despesa - - - - - - - - 2º elemento de despesa - - - - - - - - 3º elemento de despesa - - - - - - - - Demais elementos do grupo - - - - - - - - - - 3- Outras Despesas Correntes - - - - 1º elemento de despesa 29.236.731,43 25.865.550,06 22.835.862,04 25.865.550,06 - 2º elemento de despesa - - - - - - - - 3º elemento de despesa - - - - - - - - Demais elementos do grupo - - - - - - - - 6.400.869,39 0,00 22.835.862,04 0,00 Fonte: SAOFI/SEADM/IEC 186 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 Tabela 124 Despesas correntes por Grupo e elemento de Despesa, realizada pelo IEC em 2011 Grupos de Despesas 1- Despesas Correntes Auxílio Funeral Diárias - Pessoal Civil Material de Consumo Material de Consumo R.a Pagar Pass.e Desp.com Locomoção Outros Serv.terc.-Pessoa Física Locação de Mão-de-Obra Outros Serv.terc.-Pessoa Jurídica Out.Serv.terc.-P. Jurídica-R.a Pagar O.Trib.e Cont.OP.Intra Orçamentária Idenizações e Restituições Despesas de Exercícios anteriores Material de Consumo -OP.Intre Orç. Mat.Cons.-OP.Intre Orç.R.a Pagar O.Serv.T.Pes.Jurid-OP.Intra-Orç. O.Trib.e Cont.OP.Intra Orçamentária Desp Exercícios anteriores Intra Orç. Material de Consumo (0153000000) Mat de Consumo (0153 R.a Pagar) Out.Serv.terc.-P.Jurídica(0153000000) Out.Serv.terc.-P.Juríd(0153 R.a Pagar) Total 2010 24.688,48 1.093.218,40 6.122.026,16 2.750.715,87 576.846,95 596.419,83 5.135.749,07 8.502.677,73 1.334.125,72 266,12 10.459,25 47.643,56 4.565,22 81.285,62 29.569,12 3.867,11 - Valores Pagos % 2011 0,09 4.985,41 4,15 381.692,10 23,27 5.705.247,58 10,45 4.900.987,71 2,19 496.697,49 2,27 463.388,90 19,52 5.552.578,17 32,31 10.060.830,11 5,07 1.473.222,38 0,00 281,11 0,04 19.945,92 0,18 78.142,00 0,00 0,02 26.659,30 0,31 47.199,47 0,11 29.859,19 0,01 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 - % 0,02 1,31 19,51 16,76 1,70 1,58 18,99 34,41 5,04 0,00 0,07 0,27 0,00 0,09 0,16 0,10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 26.314.124,21 100,00 29.241.716,84 100,00 2011 - 2010 2011 - 2010 % -19.703,07 -79,81 -711.526,30 -65,09 -416.778,58 -6,81 2.150.271,84 78,17 -80.149,46 -13,89 -133.030,93 -22,30 416.829,10 8,12 1.558.152,38 18,33 139.096,66 10,43 14,99 5,63 9.486,67 90,70 30.498,44 64,01 0,00 22.094,08 483,97 -34.086,15 -41,93 290,07 0,98 -3.867,11 -100,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2.927.592,63 11,13 Fonte: SAOFI/SEADM/IEC Análise das Despesas Correntes O julgamento global sobre a situação da Instituição, através dos elementos contábeis, depende do exame da eficácia de todos os sistemas de funções patrimoniais. Foi adotado sistema de análise horizontal e vertical entre os anos 2010 e 2011, para as despesas correntes, com o objetivo de mostrar ao público interessado a evolução ou não dos valores no período de dois anos. A nossa análise se deteve as despesas correntes que tiveram maior evolução ou crescimento no decorrer do período relativo a dois anos (2010/2011). As despesas com Serviços de Terceiros Pessoa Jurídica no ano de 2010 foram de R$9.836.803,45 o que corresponde 37,38% do montante destinados as Despesas Correntes de R$26.314.124,21, em 2011 estes gastos foram de R$11.534.052,49 o que corresponde 39,45% do montante de R$29.241.716,84, observa-se um crescimento discreto no ano de 2011, o que é explicável pelo acordo entre a instituição e os prestadores de serviços que através de um contrato fica estabelecido a repactuação dos valores para menor ou maior dependendo da conjuntura, também se justifica pelo crescimento da estrutura física e patrimonial da instituição, necessitando de maiores investimentos para manter a integridade dos bens pertencentes a esta instituição. A instituição com o propósito de atender bem aos seus usuários aloca um montante expressivo de seus recursos na compra de materiais, com a finalidade de manutenção e funcionamento de seu parque cientifico e administrativo. Analisando a natureza da despesa Material de Consumo (33390-30) nos anos 2010 e 2011, observou-se, também que os recursos financeiros destinados a essa modalidade de despesa tiveram um crescimento discreto de 2,55% no ano de 2011 em relação ao ano de 2010, perfeitamente justificável em virtude do crescimento da estrutura física e patrimonial do órgão. No ano de 2011 o montante das despesas com Locação de mão-de-obra foi de R$5.552.578,17 o que representa 18,99% dos recursos destinados a atender as despesas Correntes 187 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 do exercício. Devemos salientar que a instituição ainda conta com os serviços terceirizados para diversas áreas administrativas, a fim de dá prosseguimento as atividades inerentes ao órgão, sem eles era impossível administrativamente atingir a metas as quais se propôs. Vale ressaltar que a instituição realizou o concurso público para preencherem essas lacunas de pessoal nas áreas de trabalho, que hoje e gerida pelos terceirizados; salientamos que a partir de dezembro/2011, os aprovados no concurso começaram a ingressar na instituição em substituição aqueles, a administração ressalta que todos os aprovados no concurso serão chamados no ano de 2012, para os cargos o qual foram aprovados, ao atingir essa meta, consequentemente, haverá uma redução nos recursos aplicados a locação de mão-de-obra. De todas as contas o que mais preocupa a administração são aquelas que passam para o exercício seguinte como Restos a Pagar, todos os exercícios analisados desde 2005 até 2011, apresentaram valores expressivos em seu saldo. A explicação para tal problemática está na liberação dos créditos orçamentários pelo Fundo Nacional de Saúde à Instituição, que só ocorre no final do exercício, tal procedimento prejudica os estágios das despesas que não se completa, representadas pelos empenhos não processados. No exercício de 2008, foram inscritos em restos a pagar não processados do exercício 2007, o montante de R$22.279.373,71 (Vinte e dois milhões, duzentos e setenta e novel mil, trezentos e setenta e três reais e setenta e um centavos), apenas 0,59 desse montante foram cancelados, sendo pago 99,41%, em 2011 houve uma redução de 59,17% dos Restos a pagar não processados em relação ao ano de 2010, esta redução mostra que a administração vem planejando seus compromissos para que sejam pagos dentro do exercício que se originaram, assim como o cumprimento da lei que determina que os valores inscritos em restos a pagar sejam pagos dentro do exercício seguinte os quais foram inscritos. Espera-se, o mais breve possível, que a liberação dos créditos ocorra de acordo com o que foi planejado pelas UGs, ou com bastante antecedência para que se complete o ciclo da despesa que é: Empenho, Liquidação e Pagamento. Despesas de Capital por Grupo e Elemento de Despesa dos créditos recebidos por movimentação Tabela 125 - Despesas de Capital por Grupo e Elemento de Despesa dos créditos recebidos por movimentação Grupos de Despesa 4 - Investimentos 1º elemento de despesa 2º elemento de despesa 3º elemento de despesa Demais elementos do grupo 5 - Inversões Financeiras 1º elemento de despesa 2º elemento de despesa 3º elemento de despesa Demais elementos do grupo 6 - Amortização da Dívida 1º elemento de despesa 2º elemento de despesa 3º elemento de despesa Demais elementos do grupo Despesa Empenhada 2011 2010 Despesa Liquidada 2011 2010 RP não processados 2011 2010 Valores Pagos 2011 2010 12.534.165,56 - 16.462.664,22 - 5.265.680,02 - - 7.268.485,54 - 5.504.786,75 - 4.985,41 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Fonte: SAOFI/SEADM/IEC 188 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 Tabela 126 Despesas de Capital por Grupo e Elemento de Despesa, realizadas pelo IEC em 2011 Grupos de Despesas Anos 1- Despesas de Capital 2009 Obras e intalações 1.669.337,93 10,19 199.401,22 1,21 477.479,87 3,79 278.078,65 Obras e intalações (R.a Pagar) 2.868.451,34 17,51 994.247,26 6,04 2.503.955,30 19,85 1.509.708,04 Equip. e Mat. Permanente 2.606.616,69 15,91 10.724.951,12 65,15 4.788.200,15 37,96 -5.936.750,97 Equip. e Mat.Permanente (R.a Pagar) 9.238.220,26 56,39 4.510.539,49 27,40 4.764.530,24 37,78 253.990,75 0,00 33.525,13 0,20 0,62 44.616,87 100,00 16.462.664,22 100,00 100,00 -3.850.356,66 Desp.exercício Anteriores Invest. Total 16.382.626,22 % 2010 % 2011 12.534.165,56 % 2011-2010 Fonte: SAOFI/SEADM/IEC Análise das Despesas de Capital A análise dessas despesas (Obras e instalações e Equipamentos e Material Permanente), referentes aos recursos alocados, evidencia o quão grande é a preocupação da Instituição em mostrar para o Brasil e porque não para o mundo a importância, a grandeza e os objetivos de todos que trabalham nesta casa a preocupação com a saúde do povo dessas regiões e com a ciência. Os investimentos relativos a estas despesas no ano de 2008 atingiram o montante de R$6.667.147,01(seis milhões, seiscentos e sessenta e sete mil, cento e quarenta e sete reais e um centavo), em 2009 estas despesas tiveram um aumento para R$16.382.626,22(dezesseis milhões, trezentos e oitenta e dois mil, seiscentos e vinte e seis reais e vinte e dois centavos), em 2010 estes recursos tiveram um aumento discreto e em 2011 as despesas de capital tiveram uma redução significativa de R$3.850.356,66, a tendência desses investimentos é manter essa discreta elevação, atéque surjam novos projetos de reestruturação do parque cientifico e administrativos. As despesas com Equipamentos e Materiais Permanentes, seguiram a mesma linha de investimento em 2011, para alavancar as pesquisas nas áreas científicas, necessário se fez os investimentos em equipamentos de primeira linha e tecnologia de ponta, com o propósito de justificar através da ciência a necessidade de aplicação desses recursos. 189 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 Evolução de Gastos Gerais Tabela 127 Evolução dos Gastos Gerais do IEC Anos Descrição 2009 % 2010 % 2011 % 2010 % 2011-2010 % 1. Passagens 352.532,82 38,02 576.846,95 47,22 496.697,49 86,11 576.846,95 163,63 -80.149,46 -13,89 2. Diarias e Ressarc. Desp.em Viagens 574.575,23 61,98 644.644,25 52,78 695.785,00 107,93 644.644,25 112,19 51.140,75 7,93 Total 927.108,05 100,00 1.221.491,20 100,00 1.221.491,20 131,75 -29.008,71 -2,37 % 1.192.482,49 97,63 3. SERVIÇOS TERCEIRIZADOS 2009 % 2010 3.1. Publicidade 339001/339101 66.558,70 0,64 67.829,12 2,33 3.2. Vigilância, Limpeza e Conservação 3.352.809,74 32,12 2.914.989,60 115,02 3.337.276,16 114,49 2.914.989,60 3.3. Tecnologia da Informação 1.488.225,26 14,26 1.648.743,32 90,26 4. Outras Terceirizações 5.530.855,32 52,99 6.853.934,41 10.438.449,02 100,00 11.485.496,45 Total SUPRIMENTO DE FUNDOS 2009 5. Cartão de Pagamento do Gov.Federal 27.024,41 6.Suprimento de Fundos 97.767,03 Total 124.791,44 % 2011 % % 86,94 422.286,56 14,49 1.748.875,26 106,07 1.648.743,32 110,79 100.131,94 6,07 80,70 5.833.121,25 85,11 6.853.934,41 123,92 -1.020.813,16 -14,89 90,88 10.936.499,67 95,22 2011 21,66 29.783,85 21,44 17.344,75 78,34 96.283,61 77,55 98,99 25,40 11.485.496,45 110,03 2010 58,24 106.860,56 110,99 124.205,31 67.829,12 101,91 2011-2010 -74,60 % 126.067,46 2010 -50.602,12 17.227,00 2010 100,00 % 98,52 29.783,85 110,21 96.283,61 126.067,46 -548.996,78 -4,78 2011-2010 % -12.439,10 -41,76 98,48 10.576,95 10,99 101,02 -1.862,15 -1,48 Fonte: SAOFI/SEADM/IEC 190 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 Execução Física e Financeira das ações realizadas pelo IEC Tabela 128 Execução física e financeira das ações realizadas pelo IEC em 2011 Unidade Gestora IEC SVS Descentralização Orçamentária PTRES-5708 Outros PTRES TOTAL Fonte 15100000 15100000 Dotação Recebida do FNS 32.506.987,49 9.268.894,91 41.775.882,40 Total 32.506.987,49 9.268.894,91 41.775.882,40 Fonte: SAOFI/SEADM/IEC O Fundo Nacional de Saúde (FNS) transferiu ao IEC, no PTRES 05708, o montante de R$32.506.987,49 (Trinta e dois milhões, quinhentos e seis mil, novecentos e oitenta e sete reais e quarenta e nove centavos), para investimento em Pesquisa e Inovações Tecnológicas em Medicina Tropical e Meio Ambiente e R$ 9.268.894,91 (nove milhões, duzentos e sessentae oito mil, oitocentos e noventa e quatro reais e noventa e um centavos), são investimentos em outros PTRES, destinados a projetos específicos de caráter científico e educacional, voltados ao desenvolvimento da ciência e da saúde de nossa região. Fazendo uma análise horizontal dos investimentos entre o exercício de 2008, 2009, 2010, houve uma alavancada em termos de investimento destacando-se o ano de 2010 com a descentralização de R$ 46.883.824,54(quarenta e seis milhões, oitocentos e oitenta e três mil, oitocentos e vinte e quatro reais e cinqüenta e quatro centavos) vale ressaltar que em 2010 a SVS descentralizou em outros PTRES recursos orçamentários para à Instituição com o objetivo desta adquirir ativos permanentes e transferir a outros setores da saúde, isto fez o orçamento alavancar, inclusive ultrapassar as descentralizações de 2011, que também utilizou-se de suas licitações para a mesma finalidade, em menor valor comparado no ano de 2010. A Instituição considera essas descentralizações como aspecto positivo para administração, porque determina a confiabilidade de outros órgãos do governo nas licitações elaboradas pelo IEC, para a aquisição de bens e serviços. Finalizando as análises dos demonstrativos financeiros devemos levar em consideração que: As funções patrimoniais são, em realidade, movimentos da riqueza. Como o movimento que provoca mutações ou transformações sucessivas, o caso da aplicação de paradigmas quantitativos em contabilidade deve ser observado com relatividade (isto enseja produzir modelos sob vários ângulos de observação). Isso não implica desconsiderar a eficácia, mas, apenas a entender como uma satisfação relativa da necessidade (porque o suprimento das necessidades é ilimitado em relação ao tempo ou continuidade de vida de um empreendimento). As necessidades patrimoniais tendem ao infinito, ou ainda, renovam-se e de cada satisfação pode defluir uma nova necessidade. Ou seja, em tese: Um modelo de Sistema de funções patrimoniais, portanto, deve considerar as razões existentes entre a resultante do mesmo e as necessidades conhecidas (para mensurar uma relação entre o efeito funcional e a capacidade exercida perante a necessidade); deve também considerar a correlação entre os meios e as necessidades patrimoniais. Pode-se, ainda, alternativamente, estabelecer relações diretas entre a resultante e os meios (se esta for uma opção metodológica), mas o objetivo tenderá sempre ao conhecimento do comportamento da resultante perante os componentes do sistema. 191 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 III Indicadores de desempenho Institucionais Em 2011 o Ministério da Saúde implantou o 1º Ciclo de Avaliação de Desempenho e foram definidos para o Instituto os seguintes indicadores de ação/indicadores de objetivos de contribuição e as Metas Intermediárias de Desempenho do IEC, conforme tabela 129. Tabela 129 Metas propostas e alcançadas no 1º Ciclo de avaliação de Desempenho Meta Proposto Alcançado Número de exames realizados 147.100 162.487 Número de pacientes investigados 16.528 26.703 Número de projetos em desenvolvimento 92 176 Número de artigos publicados 38 32 Fonte: SEARH/IEC 3 Informações sobre o reconhecimento de passivos por insuficiência de créditos ou recursos O Instituto não executou está atividade neste exercício, conforme Declaração contida no anexo D. 4 Informações sobre a movimentação e os saldos de Restos a Pagar de exercícios anteriores Tabela 130 Situação dos Restos a Pagar de exercícios anteriores Restos a Pagar Processados Ano de Inscrição Montante Inscrito Cancelamentos acumulados Pagamentos acumulados Saldo a Pagar em 31/12/2010 2011 - - - - 2010 - - - - 2009 - - - - 2008 50.000,00 43.075,00 6.925,00 - Restos a Pagar não Processados Ano de Inscrição Montante Inscrito Cancelamentos acumulados Pagamentos acumulados Saldo a Pagar em 31/12/2010 2011 9.594.193,56 404.299,53 0,00 9.189.894,03 2010 - - - - 2009 - - - - 2008 - - - - Observações: Este crédito remanescente de restos a pagar foi inscrito em obrigações com fornecedor e liquidado conforme acima especificado. Fonte: SAOFI/SEADM/IEC 192 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 Tabela 131 Demonstrativo dos pagamentos de restos a pagar Ano de Inscrição 2009 2008 2007 Restos a Pagar Processados Inscritos Cancelados 50.000,00 43.075,00 Restos a Pagar Não Processados Ano de Inscrição 2011 2010 2009 2008 2007 Inscritos 9.594.193,56 16.213.821,38 9.009.774,68 22.279.373,71 6.671.457,93 Pagos 6.925,00 - Cancelados 404.299,53 642.607,82 567.012,50 131.003,51 72.049,39 Pagos 9.189.894,03 15.571.213,56 8.442.762,18 22.148.370,20 6.549.408,54 A Pagar A Pagar 50.000,00 Fonte: SAOFI/SEADM/IEC No exercício de 2008, foram inscritos em restos a pagar não processados do exercício 2007, o montante de R$22.279.373,71 (Vinte e dois milhões, duzentos e setenta e novel mil, trezentos e setenta e três reais e setenta e um centavos), apenas 0,59 desse montante foram cancelados, sendo pago 99,41%, em 2011 houve uma redução de 59,17% dos restos a pagar não processados em relação ao ano de 2010, esta redução mostra que a administração vem planejando seus compromissos para que sejam pagos dentro do exercício que se originaram, assim como o cumprimento da lei que determina que os valores inscritos em restos a pagar sejam pagos dentro do exercício seguinte os quais foram inscritos. Espera-se, o mais breve possível, que a liberação dos créditos ocorra de acordo com o que foi planejado pelas UG s, ou com bastante antecedência para que se complete o ciclo da despesa que é: Empenho, Liquidação e Pagamento. 5 Informações sobre recursos humanos do IEC, contemplando as seguintes perspectivas 5.1 Composição do quadro de servidores ativos 5.1.1 Demonstração da força de trabalho à disposição do IEC Tabela 132 Força de trabalho do IEC situação apurada em 31 de dezembro de 2011 Tipologias dos Cargos 1 Provimento de cargo efetivo Lotação Autorizada Efetiva Ingressos em 2011 Egressos em 2011 - - - - 1.1 Membros de poder e agentes políticos - - - - 1.2 Servidores de Carreira - - - - 1.2.1 Servidor de carreira vinculada ao órgão - 288 71 6 1.2.2 Servidor de carreira em exercício descentralizado - - - - 1.2.3 Servidor de carreira em exercício provisório - - - - 1.2.4 Servidor requisitado de outros órgãos e esferas - - - - 2 Servidores com Contratos Temporários - - - - 3 Total de servidores (1+2) - 288 71 6 Fonte: SEARH/IEC. 193 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 Tabela 133 Quantitativo de servidores ativos do IEC em 2011, por cargo/nível Quant. Quant 1 Laboratorista 6 Analista em C & T 2 Motorista Oficial 1 Arquiteto 1 Técnico Bibliotecário 1 Técnico de Pesq. Invest. Biomédica 1 Economista 1 Técnico em Cartografia 1 Enfermeiro 4 Técnico em Contabilidade 1 Médico 9 Técnico de Laboratório 2 Odontólogo 1 Visitador Sanitário 7 Pesquisador 12 Auxiliar de Enfermagem 8 Pesquisador em Saúde Pública 63 Auxiliar de Serv. Gerais 5 Tecnólogo 16 Guarda de Endemias 1 Nível Médio Administrador Subtotal Nível Médio Cargos Agente Administrativo 8 Agente Portaria 2 Agente Saúde Pública 3 Artífice Especializado 1 Assistente de Administração 1 Assistente em C & T 41 Atendente 17 Auxiliar Administrativo 2 Auxiliar de Administração 2 Digitador 1 Ecônomo 1 Subtotal 79 54 Subtotal 111 Nível Auxiliar Nível Superior Cargos 87 Auxiliar de Serviços Gerais 1 Auxiliar em C&T 1 Auxiliar Técnico 14 Subtotal 16 Total geral 293 Fonte: SEARH/IEC. Nota: Aposentados: 94; Pensionistas: 30. Tabela134 Número e percentual de servidores por tipo de carreiras existentes no IEC em 2011 Situação funcional Quantidade % Servidores da Carreira de C&T 124 42,04 Servidores da Carreira de Pesquisa e Investigação Biomédica 168 56,95 Servidores da Carreira da Previdência, Saúde e Trabalho 1 0,33 Cargo Comissionado 2 0,68 295 100 Total Fonte: SEARH/IEC. 194 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 5.1.2 Situações que reduzem a força de trabalho efetiva do IEC Tabela 135 Situações que reduzem a força de trabalho efetiva do IEC- Situação apurada em 31/12/2011 Tipologias dos afastamentos 1. Cedidos (1.1+1.2+1.3) 1.1. Exercício de Cargo em Comissão 1.2. Exercício de Função de Confiança 1.3. Outras situações previstas em leis específicas (especificar as leis) 2. Afastamentos (2.1+2.2+2.3+2.4) 2.1. Para Exercício de Mandato Eletivo 2.2. Para Estudo ou Missão no Exterior 2.3. Para Serviço em Organismo Internacional 2.4. Para Participação em Programa de Pós-Gradução Stricto Sensu no País 3. Removidos (3.1+3.2+3.3+3.4+3.5) 3.1. De oficio, no interesse da Administração 3.2. A pedido, a critério da Administração 3.3. A pedido, independentemente do interesse da Administração para acompanhar cônjuge/companheiro 3.4. A pedido, independentemente do interesse da Administração por Motivo de saúde 3.5. A pedido, independentemente do interesse da Administração por Processo seletivo 4. Licença remunerada (4.1+4.2) 4.1. Doença em pessoa da família 4.2. Capacitação 5. Licença não remunerada (5.1+5.2+5.3+5.4+5.5) 5.1. Afastamento do cônjuge ou companheiro 5.2. Serviço militar 5.3. Atividade política 5.4. Interesses particulares 5.5. Mandato classista 6. Outras situações (Especificar o ato normativo) 7. Total de servidores afastados em 31 de dezembro (1+2+3+4+5+6) Fonte: SEARH/IEC/SVS/MS Quantidade de pessoas na situação em 31 de dezembro 2 2* 3 1 8 5.1.2.1 Quantitativo de Pessoal Cedido O IEC possui quatro servidores cedidos a outros órgãos, conforme descrito no quadro 14. NOME ÓRGÃO DOCUMENTO LEGAL Siape nº 0.500.649 Universidade Estadual do Pará - Portaria nº 526/07, publicada no *Paulo Humberto Mendes de UEPA D.O.U, de 26.11.2007 Figueiredo Siape nº 477.807 Secretaria Municipal de Saúde de Portaria nº 541/07,publicada no DOU *Rosimar Soares Palheta Altamira de 28.11.07 Siape nº 477.496 SIPAM Portaria nº 2.852/08, publicada no *José Paulo Nascimento Cruz DOU de 26.11.08 Siape nº 1.105.777 SIPAM Portaria nº 3.671/10, publicada no * Rose Mary Ferreira da Silva D.O.U nº 26.11.2010 Quadro 14 Servidores do IEC cedidos a outros órgãos Situação em 31 de dezembro de 2011 Fonte: SERH/IEC. Nota: * Ônus para o órgão cedente. 195 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 5.1.2.2 Movimentações TIPO SERVIDOR VIGÊNCIA ÓRGÃO DOCUMENTO LEGAL Remoção Sônia Maria B. Prazeres 09.05.2011 SVS/CENP Portaria IEC 45/2011 Remoção Gilberto Alexandre Carlos de Almeida 11.07.2011 SVS/CENP Portaria IEC 64/2011 Remoção Geraldo Mendes dos Santos 29.08.2011 SVS/CENP Portaria IEC 69/2011 Redistribuição Cláudia de Queiroz Gonçalves e Matos 14.11.2011 MCT/INPA Portaria Interministerial 2.662/11 DOU 14.11.11 Blair nº Quadro 15 Servidores do IEC removidos e redistribuidos a outros órgãos Situação em 31 de dezembro de 2011. Fonte: SERH/IEC. 5.1.3 Quantificação dos cargos em comissão e das funções gratificadas do IEC Tabela 136 Detalhamento da estrutura de cargos em comissão e funções gratificadas do IEC 31/12/2011 Situação apurada em Ingressos Egressos no no exercício Autorizada Efetiva exercício Lotação Tipologias dos cargos em comissão e das funções gratificadas - - - - 1.1. Cargos Natureza Especial - - - - 1.2. Grupo Direção e Assessoramento superior - - - - 1.2.1. Servidores de carreira vinculada ao órgão - 5 - - 1.2.2. Servidores de carreira em exercício descentralizado - - - - 1.2.3. Servidores de outros órgãos e esferas - - - - 1.2.4. Sem vínculo - - - - 1.2.5. Aposentados - 2 - - - - - - 2.1. Servidores de carreira vinculada ao órgão - 15 - - 2.2. Servidores de carreira em exercício descentralizado - - - - 2.3. Servidores de outros órgãos e esferas - - - - - 22 - - 1. Cargos em comissão 2. Funções gratificadas 3. Total de servidores em cargo e em função (1 + 2) Fonte: SEARH/IEC/SVS/MS 5.1.3.1 Distribuição dos Cargos Comissionados por Unidade O IEC possui 22 cargos comissionados, sendo 13 ocupados pela área meio e 9 (nove) pela área fim, distribuídos por unidade, conforme tabela 137. 196 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 Tabela 137 Quantidade de cargos comissionados distribuídos por unidade, área meio/fim Área meio Unidade Cargo Código Quant. DAS 101.4 DAS 102.1 DAS 102.1 DAS 101.1 DAS 101.1 DAS 101.1 FG-1 FG-2 FG-2 FG-2 FG-2 FG-2 FG-2 Total área meio DAS 101.1 FG-1 FG-1 FG-1 FG-1 FG-1 FG-1 FG-1 FG-1 Total área fim Total geral 38.0062 38.0063 38.0064 38.0065 38.0070 38.0075 38.0066 38.0067 38.0068 38.0069 38.0071 38.0072 38.0073 Gabinete Gabinete Gabinete/Informática Serviço de Administração Serviço de Recursos Humanos Serviço Técnico Científico/Biblioteca Seção de Execução Orçamentária e Financeira Setor de Almoxarifado Setor de Compras Setor de Material e Patrimônio Setor de Desenvolvimento de RH Setor de Cadastro Setor de Pagamento 38.0074 38.0076 38.0077 38.0078 38.0079 38.0080 38.0081 38.0082 38.0083 Serviço de Epidemiologia Seção de Arbovirologia e Febres Hemorrágicas Seção de Bacteriologia Seção de Hepatologia Seção de Meio Ambiente Seção de Parasitologia Seção de Patologia Seção de Virologia Seção de Criação e Produção de Animais de Laboratório 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 13 1 1 1 1 1 1 1 1 1 9 22 Fonte: SERH/IEC. 5.1.4 Qualificação do quadro de pessoal do IEC, segundo a idade Tabela 138 Quantidade de servidores do IEC por faixa etária situação apurada em 31 de dezembro de 2011 Faixa Etária (anos) Tipologias do Cargo Até 30 De 31 a 40 De 41 a 50 De 51 a 60 Acima de 60 - - - - - 1.1. Membros de poder e agentes políticos - - - - - 1.2. Servidores de Carreira 8 45 76 129 35 1.3. Servidores com Contratos Temporários - - - - - 2. Provimento de cargo em comissão - - - - - 2.1. Cargos de Natureza Especial - - - - - 2.2. Grupo Direção e Assessoramento Superior - - - - 2 2.3. Funções gratificadas - - - - - 8 45 76 129 37 1. Provimento de cargo efetivo 3 Totais (1+2) Fonte: SEARH/IEC. 197 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 5.1.5 Qualificação do quadro de pessoal do IEC, segundo a escolaridade Tabela 139 Quantidade de servidores do IEC por nível de escolaridade situação apurada em 31.12.2011 Nível de Escolaridade Tipologias do Cargo 1 2 3 4 5 6 7 1 Provimento de cargo efetivo 1.1 Membros de poder e agentes políticos 1.2 Servidores de Carreira 11 125 65 33 1.3 Servidores com Contratos Temporários 2 Provimento de cargo em comissão 2.1 Cargos de Natureza Especial 2.2 Grupo Direção e Assessoramento Superior 2 2.3 Funções gratificadas 3 Totais (1+2) 11 125 65 35 8 36 36 9 23 23 Fonte: SEARH/IEC Nota: Nível de Escolaridade 1 - Analfabeto; 2 - Alfabetizado sem cursos regulares; 3 - Primeiro grau incompleto 4 - Primeiro grau; 5 - Segundo grau ou técnico; 6 - Superior 7 - Aperfeiçoamento / Especialização / Pós-Graduação 8 Mestrado 9 Doutorado/Pós doutorado/PhD/Livre Docência; 10 - Não Classificada. 5.2 Composição do Quadro de Servidores Inativos e Pensionistas 5.2.1 Classificação do quadro de servidores inativos do IEC segundo o regime de proventos e de aposentadoria Tabela 140 Composição do quadro de Servidores Inativos Situação apurada em 31/12/2011 Regime de proventos / Regime de aposentadoria 1. Integral 1.1 Voluntária 1.2 Compulsória 1.3 Invalidez Permanente 1.4 Outras 2. Proporcional 2.1 Voluntária 2.2 Compulsória 2.3 Invalidez Permanente 2.4 Outras 3. Totais (1+2) Quantidade De Servidores Aposentados De Aposentadorias iniciadas até 31/12 no exercício de referência 5 72 2 5 6 1 7 93 5 Fonte: SEARH/IEC. 5.2.2 Demonstração das origens das pensões pagas pelo IEC Tabela 141 Composição do Quadro de Instituidores de Pensão Situação apurada em 31/12/2011 Quantidade de Beneficiários de Pensão Regime de proventos do servidor instituidor 1. Aposentado 1.1. Integral 1.2. Proporcional -2. Em Atividade 3. Total (1+2) Acumulada até 31/12/2011 16 18 34 Iniciada no exercício de referência 3 3 Fonte: SEARH/IEC. 198 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Tabela 142 Relatório de Gestão/2011 Atos de admissão, desligamento, concessão de aposentadoria e pensão, praticados no IEC com a instrução de processos e registro no Sistema de Administração de Pessoal (SIAPE) e no Sistema de Apreciação e Registro dos Atos de Admissão e Concessões SISAC em 2011 Atos Admissão Desligamento Aposentadoria Pensão Fonte: SEARH/IEC. Quantidade 71 2 5 3 Registrados no SISAC 71 2 5 3 5.2.2.1 Aposentadorias/Pensões Em 2011, foram aposentados 05 (cinco) servidores, concedidas 03 (três) pensões, 01 (uma) exoneração e 01 (uma) vacância por cargo inacumulável, conforme abaixo relacionado: Tabela 143 Relação das aposentadorias e pensões concedidas pelo IEC em 2011, conforme processo no SISAC TIPO Aposentadoria Aposentadoria Aposentadoria Aposentadoria Aposentadoria Pensão Pensão Pensão Exoneração Vacância (cargo inacumulável) SERVIDOR/PENSIONISTA Benedita dos Santos da Costa Benedita Selma Elleres Fadul Dirceu Ferreira Lourinho Maria do Socorro Correa Rocha Maria Odete Melo Arouche Dailma Azevedo Soares da Paixão Thiago Fernando A. Soares da Paixão Vera Lúcia Magno da Costa Sueli Moreno Vieira Raimunda do Socorro da Silva Azevedo VIGÊNCIA 01.03.2011 01.03.2011 24.05.2011 09.02.2011 01.06.2011 03.05.2011 04.08.2011 02.02.2011 18.10.2011 22.11.2011 PROCESSO 25209 000.737/2011-88 001.258/2011-89 003.747/2011-75 000.049/2011-18 003.771/2011-12 004.163/2011-17 004.163/2011-17 007.815/2010-94 007.017/2011-43 007.766/2011-01 SISAC 100031000 04.2011.02.8 04.2011.03-6 04.2011.06-0 04.2011.04.4 04.2011.05-2 05.2011.07-8 05.2011.07-8 05.2011.01-9 02.2011.07-0 02.2011.08-9 Fonte: SEARH/IEC. 5.3 Composição do Quadro de Estagiários Tabela 144 Quantitativo de contratos de estagiários em 2011 Quantitativo de contratos de estágio vigentes Nível de escolaridade 1º Trimestre 2º Trimestre 3º Trimestre 4º Trimestre 1. Nível superior 9 10 9 8 1.1 Área Fim 8 9 8 8 1.2 Área Meio 1 1 1 2. Nível Médio 19 21 21 20 2.1 Área Fim 4 4 4 4 2.2 Área Meio 15 17 17 16 3. Total (1+2) 28 31 30 28 Despesa no exercício (em R$ 1,00) 151.221,59 Fonte: SEARH/IEC. Como sabemos a região norte é carente de Instituições formadoras de massa crítica e o Instituto ao longo de seus 75 anos vem contribuindo para formar pesquisadores e abre as suas portas para as Universidades Locais e Regionais onde estes alunos vêm atuar em projetos de Pesquisa, uma vez que somente a graduação não é suficiente para a formação teórica em cursos de Mestrado e Doutorado. Para isso, o IEC busca parceria, através de convênios com universidades públicas e privadas com o objetivo de propiciar estágio curricular obrigatório e não obrigatório, em conformidade com o que determina a Lei 11.788/08 e ON-07/08 do Ministério do Planejamento. Esse estágio é supervisionado por profissional qualificado e tem a duração de 6 meses há 2 anos. Os pesquisadores do Instituto orientam alunos em nível de Iniciação Científica, Trabalho de Conclusão de Cursos, Aperfeiçoamento/Especializações, Mestrados, Doutorados, Estágios não obrigatórios, Estágios Supervisionados e Treinamentos em Serviço. 199 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 Através de contrato celebrado com o Centro de Integração Empresa e Escola CIEE, hoje o IEC dispõe de 30 vagas para estagiários de nível médio e superior distribuídas, pelos diversos Serviços/Seções/Setores, das quais nove são para estudantes de nível superior e 21 para nível médio. Entretanto, em 2011 das 30 vagas disponibilizadas ao IEC, foram preenchidas apenas 28 vagas, sendo 7 de nível superior e 21 de nível médio, conforme demonstra a tabela 145. Tabela 145 Estagiários do CIEE, distribuídos por Serviço/Seção /Setor no IEC em 2011 Seção/Serviço/Setor Nível Superior Nível Médio TOTAL Administração - 6 6 Arbovirologia - 2 2 Atendimento Unificado - 1 1 Bacteriologia e Micologia 1 2 3 Criação de Animais de Laboratório - 1 1 Hepatologia 1 1 2 Meio Ambiente 1 1 2 Patologia - 2 2 Parasitologia 1 2 3 Recursos Humanos 1 1 2 Virologia 2 2 4 Total 7 21 28 Fonte: SEARH/IEC O Instituto também recebeu 53 bolsistas de iniciação científica para o desenvolvimento de projetos em seus diversos Serviços, Seções e Setores para o biênio 2011/2012, fruto de convênios com o CNPq e a FAPESPA, conforme já demonstrado no Item b.3.3 Iniciação Científica, deste relatório. Como o quantitativo de bolsas para estagiários disponibilizado é muito pequeno (30 bolsas), por força da legislação em vigor, o IEC, visando atender parte da grande demanda, e conscientes da nossa responsabilidade em poder colaborar na formação de alunos de instituições de ensino público e privado, proporcionou também a oportunidade de 120 estágios não obrigatórios e treinamentos em serviço para estudantes, sem percepção de bolsa, no ano de 2011. Ressalta-se ainda, que através do Projeto Estudo de Vigilância em Saúde, Pesquisa Biomédica, Inovação e Tecnologia, conseguiu-se contratar 43 bolsistas, através do edital FAPESPA nº 003/2011 para dar suporte às atividades de vigilância em saúde e pesquisas do IEC, Convênio nº 749.200/2010 (Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado do Pará FAPESPA e Ministério da Saúde). Porém, destes 43 bolsistas , apenas 15 continuam executando suas atividades no IEC, uma vez que os demais solicitaram cancelamento da bolsa, entre outros motivos alegaram a ausência de pagamento. O Instituto vem tentando, embora sem sucesso, equacionar o impasse ocorrido entre a Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado do Pará FAPESPA e o Ministério da Saúde, quanto a assinatura de um Termo Aditivo ao Convênio, a fim de que os recursos possam então ser repassados a FAPESPA, através do Fundo Nacional de Saúde, e com isso o pagamento das bolsas seja realizado. 200 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 5.4 Demonstração do custo de pessoal do IEC Tabela 146 Custo de pessoal do IEC no exercício de referência e nos dois anos anteriores Tipologias/ Exercícios Exercícios Exercícios Exercícios Exercícios Exercícios Exercícios Exercícios Vencimentos e vantagens fixas Despesas Variáveis Retri- Gratifibuições cações Adicio-nais Benefícios Indeniza- Assistenciais ções e previdenciários Demais despesas variáveis Despesas Decisões de Exercícios Judiciais Anteriores Membros de poder e agentes políticos 1.152.422,12 891.178,98 1728.141,66 2011 29.658.057,23 2010 2009 Servidores de Carreira que não ocupam cargo de provimento em comissão 2011 2010 2009 Servidores com Contratos Temporários 2011 2010 2009 Servidores Cedidos com ônus ou em Licença 2011 2010 2009 Servidores ocupantes de Cargos de Natureza Especial 2011 2010 2009 Servidores ocupantes de cargos do Grupo Direção e Assessoramento Superior 2011 2010 2009 Servidores ocupantes de Funções gratificadas 2011 2010 2009 Total 33.576.680,49 76.165,80 70.714,70 Fonte SEARH/IEC. 5.5 Terceirização de mão de obra empregada pelo IEC O Instituto é deficitário de recursos humanos, tendo em vista que à medida que são ampliadas as atividades técnico-científicas, faz-se necessário ampliar o apoio administrativo e logístico e enquanto todos os aprovados no concurso não forem nomeados, precisa-se utiliza-se a terceirização para suprir essa necessidade, contratando pessoal para executar as atividades de apoio administrativo, informática, manutenção, vigilância, e conservação e limpeza, conforme Tabela 147. Tabela 147 Força de Trabalho Terceirizada do IEC - Campus Belém e Ananindeua em 2011 Empresas Terceirizadas Belém 10 3 12 3 1 29 Quantitativo de Funcionários Terceirizados Campus Ananindeua 94 50 32 29* 11 29 245 Total Universal 104 S.G.E 53 Fiel Vigilância 44 M.I Montreal 32 SINETEL 12 Al Science 29** Total 274 Fonte: SOCOM/IEC/SVS/MS Nota: * Contratação de mão de obra de acordo com a demanda do serviço a ser executado. ** Além dos 29, possui ainda 11 da equipe móvel e mais uma equipe fixa em Fortaleza que administra pessoal e compras. 201 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 Somando os servidores efetivos, os estagiários, bolsistas e terceirizados o IEC hoje possui uma força de trabalho de 801 profissionais, exercendo suas atividades nas áreas meio e fim, conforme discriminado na Tabela 148. Tabela 148 Consolidado da Força de Trabalho, por área fim e meio do IEC - situação em 31.12.2011 Força de trabalho Categoria Área fim Área meio Servidores efetivos 215 78 Bolsistas CIEE 12 16 Bolsistas PIBIC 53 Bolsistas FAPESPA 15 Bolsistas FADESP 18 Estagiários 120 Terceirizados 80 194 Total 513 288 Fonte: RH/IEC Total 293 28 53 15 18 120 274 801 A carência de recursos humanos nas áreas fim e meio, continuarão, ainda que sejam chamados todos os aprovados no concurso público, uma vez que a Instituição ampliou muito suas áreas científicas, para fazer frente as crescentes demandas da saúde pública e da pesquisa na região e no país. 5.5.1 Informações sobre terceirização de cargos e atividades do plano de cargo do órgão Tabela 149 cargos e atividades inerentes a categorias funcionais do plano de cargos do IEC Descrição dos cargos e atividades do plano de cargos do órgão em que há ocorrência de servidores terceirizados Quantidade no final do exercício 2011 2010 2009 Serviço de apoio a área administrativa e atividades auxiliares 53 53 53 Ingressos Egressos no no exercício exercício - - Fonte SEARH/IEC. Tabela 150 Relação dos empregados terceirizados substituídos em decorrência da realização de concurso público ou de provimento. Nome do empregado terceirizado substituído Cargo que ocupava no órgão Data do D.O.U. de publicação da dispensa - - - Fonte: SEARH/IEC. Nota: Dado numérico igual a zero não resultante de arredondamento Ainda não foi nomeado nenhum servidor da área administrativa em substituição aos tercerizados, tendo em vista que o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) autorizou tanto para o IEC quanto para o Centro Nacional de Primatas (CENP) a nomeação de apenas 93 cadidatos aprovados no Concurso público autorizado pela MP nº 371 de 28 de outubro de 2009, para os seguintes cargos: a) Pesquisador em Saúde Pública 56 (IEC) b) Tecnologista em Pequisa e Investigação Biomédica 19 (16 para o IEC e 3 para o CENP) c) Assistente Técnico de Gestão em Pesquisa e Investigação Biomédica 18 (CENP). 202 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 Portanto, para a area administarativa do IEC não houve nenhuma nomeação em 2011. O Instituto continua solicitando ao MPOG que autorize a nomeação dos 299 concursados distribuídos em diversos cargos que ainda não foram chamados, com o objetivo de substituir os tercerizados. 5.5.2 Autorizações expedidas pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão para realização de concursos públicos para substituição de terceirizados Tabela 151 Autorizações para realização de concursos públicos ou provimento adicional para substituição de terceirizados Nome do órgão autorizado a realizar o concurso ou provimento adicional Instituto Evandro Chagas Norma ou expediente autorizador, do exercício e dos dois anteriores Número Data Portaria 371/2009 28/10/2009 Quantidade autorizada de servidores 392 Fonte SEARH/IEC. 5.5.3 Informações sobre a contratação de serviços de limpeza, higiene e vigilância ostensiva pela unidade Tabela 152 Contratos de prestação de serviços de limpeza e higiene e vigilância ostensiva Unidade Contratante Nome: Ministério da Saúde/Instituto Evandro Chagas UG/Gestão: 257003/01 CNPJ: 00.394.544/0025-52 Informações sobre os contratos Ano do contrato 2010 Área Natureza L O Identificação do Contrato 23/2010 Empresa Contratada (CNPJ) 02.373.813/0001-52 Período contratual de execução das atividades contratadas Nível de Escolaridade exigido dos trabalhadores contratados Sit. Início P 8.3.2010 Fim F 58 M C P C 46 S P C P Observações: Fonte: Fiscal contrato/IEC Nota: Área: (L) Limpeza e Higiene; (V) Vigilância Ostensiva. Natureza: (O) Ordinária; (E) Emergencial. Nível de Escolaridade: (F) Ensino Fundamental; (M) Ensino Médio; (S) Ensino Superior. Situação do Contrato: (A) Ativo Normal; (P) Ativo Prorrogado; (E) Encerrado. Encontra-se em vigência o 3º Termo Aditivo ao contrato nº 23/2010, celebrado entre o Instituto Evandro Chagas e a Universal Serviços Ltda, empresa especializada na prestação de serviços de limpeza, conservação e higienização predial, abrangendo o fornecimento dos materiais relacionados na tabela 153, cujo pagamento anual foi de R$ 2.121.518,04, conforme tabela 154 203 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 5.5.3.1 Materiais abrangidos pelo contrato Tabela 153 Quantidade de material disponibilizado pela Universal Serviços Ltda para a execução dos serviços de higienização e limpeza no IEC em 2011 Item Unidade 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 Litro Unidade Unidade Litro Bomb Bomb Par Unidade Unidade Pacote Unidade Metro Unidade Unidade Par Unidade Unidade Fardo Fardo Caixa Unidade Pacote Bomb Unidade Unidade Unidade Unidade Unidade Material Quant Água Sanitária Alcool 97 Bom Ar 400 Ml. Cera Wax Poliflex Desinfetante Mega Sept Detergente Wax Clean 2000 - Lavanda Luva De Pvc De 46 Cm Detergente Fc 500 Ml. Escovinha De Nylon Esponja De Lã De Aço Esponja Dupla Face Flanela (Metro) Limpa Vidro Archote Ilustra Moveis Archote Luva De Latex Rodo De Plastico Pano De Chão Papel Higiênico C/64 Unid. Papel Toalha Econoclean 22x21x2400 Pastilha Sanitária Ki-Odor (Cx C/4 Unid.) Sabão Em Barra 1 Kg Sabão Em Pó 500g Sabonete Liquido Perolado Bb 05 Saco De Lixo Preto 100 L Pacote C/5 Unid. Saco De Lixo Preto 30 L Pacote C/10 Unid. Saco De Lixo Preto 50 L Pacote C/10 Unid. Refio Mopinho Vassoura De Piaçava C/ Chapa Alvorada 816 432 288 120 60 300 480 288 144 336 600 84 288 240 480 96 600 480 780 300 144 480 96 3.600 1.800 3.000 180 288 Fonte: Fiscal contrato/IEC 5.5.3.2 Pagamentos efetuados no exercício/despesa orçamentária Tabela 154 Valores pagos mensais a Universal Serviços Ltda, relativo aos serviços prestados de higienização e limpeza nas sedes do IEC em Belém e Ananindeua em 2011 Mês Serviços executados em Ananindeua Serviços executados em Belém Valor Janeiro 147.008,39 13.591,02 160.599,41 Fevereiro 162.625,41 15.639,92 178.265,33 Março 162.625,41 15.639,92 178.265,33 Abril 162.625,41 15.639,92 178.265,33 Maio 162.625,41 15.639,92 178.265,33 Junho 162.625,41 15.639,92 178.265,33 Julho 162.625,41 15.639,92 178.265,33 Agosto 162.625,41 15.639,92 178.265,33 Setembro 162.625,41 15.639,92 178.265,33 Outubro 162.625,41 15.639,92 178.265,33 Novembro 162.625,41 15.639,92 178.265,33 Dezembro 162.625,41 15.639,92 178.265,33 1.935.887,9 185.630,14 2.121.518,04 Total Fonte: Fiscal contrato/IEC 204 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 5.5.3.3 Equipamentos Tabela 155 Relação dos equipamentos fornecidos e utilizados pela Empresa de Conservação, Higienização e Limpeza Descrição dos equipamentos Aspirador de pó/água comum Carro de mão Enceradeira grande Enceradeira pequena Enxada Escada de alumínio c/4 degraus Escada de alumínio c/5 degraus Motosserra Machado Roçadeira elétrica 220 volts Roçadeira costal Terçado Tesoura de poda Maquina para poda de jardim Quantidade 2 9 2 2 9 2 2 1 2 2 2 18 2 1 Fonte: Fiscal contrato/IEC 5.5.4 Informações sobre a locação de mão de obra para atividades não abrangidas pelo plano de cargo do órgão Tabela 156 Contratos de prestação de serviços com locação de mão de obra Unidade Contratante Nome: Ministério da Saúde/Instituto Evandro Chagas UG/Gestão:257003/01 CNPJ: 00.394.544/0025-52 Informações sobre os contratos Nível de Período Escolaridade contratual de Empresa exigido dos execução das Ano do Identificação do Contratada trabalhadores Área Natureza Sit. atividades contrato Contrato (CNPJ) contratados contratadas F M S Início Fim P C P C P C 2007 14 O 08/2007 83.343.665/0001-25 2.4.07 1.4.2012 7 7 41 41 5 5 A Observações: Fonte SEARH/IEC. LEGENDA Área: 1. Conservação e Limpeza; 2. Segurança; 3. Vigilância; 4. Transportes; 5. Informática; 6. Copeiragem; 7. Recepção; 8. Reprografia; 9. Telecomunicações; 10. Manutenção de bens móvies 11. Manutenção de bens imóveis 12. Brigadistas 13. Apoio Administrativo Menores Aprendizes 14. Outras Natureza: (O) Ordinária; (E) Emergencial. Nível de Escolaridade: (F) Ensino Fundamental; (M) Ensino Médio; (S) Ensino Superior. Situação do Contrato: (A) Ativo Normal; (P) Ativo Prorrogado; (E) Encerrado. Quantidade de trabalhadores: (P) Prevista no contrato; (C) Efetivamente contratada. 205 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 5.6 Indicadores Gerenciais Sobre Recursos Humanos Não temos ainda estabelecido indicadores de recursos humanos no âmbito do IEC, conforme declaração (Anexo E). 5.7 Avaliação de Desempenho Em vista da publicação do Decreto nº 7.133/10, de 19.03.10, e a Portaria nº 3.627/10, de 19.11.10, que fixa os critérios e procedimentos específicos de avaliação de desempenho individual e institucional, finalizamos o 1º ciclo de avaliação de desempenho que teve a duração de 6 meses, compreendido de 1º de janeiro a 30 de junho de 2011. Iniciamos o 2º ciclo de avaliação de desempenho, compreendido entre 1º de julho de 2011 a 30 de junho de 2012. 5.8 Saúde do Trabalhador O Setor de Saúde do Trabalhador (SESAT) tem como objetivo atender as necessidades de uma relação de cidadania em função do bem-estar dos servidores e da qualidade do serviço público prestado através de mecanismos de atenção que lhe garantam o atendimento às suas necessidades, trazendo melhoria às condições de vida. Este Setor está vinculado ao Serviço de Recursos Humanos do Instituto Evandro Chagas (IEC), possui uma equipe constituída por uma servidora e três estagiários de enfermagem; uma vinculada ao CIEE da Universidade do Estado do Pará e dois alunos voluntários da Universidade da Amazônia. O SESAT foi implantado, através do memorando circular nº. 034/2005/SERH/IEC/MS, em 08 de setembro de 2005, com objetivo de promover a saúde e a redução da morbidade dos trabalhadores, mediante ações integradas intra e extra-institucional. Ocupa uma sala na sede do IEC, à Avenida Almirante Barroso, aguardando novas instalações para o desempenho das atividades relativas à Saúde do Trabalhador, onde se faz mister a garantia de um espaço mínimo, para atendimento dos trabalhadores, como: recepção, sala de triagem, consultório/emergência e sala para vacinação, exclusiva para administração de imunobiológicos. 5.8.1 Realizações Tabela 157 Atendimento dispensado pelos servidores pelo SESAT Atividades Verificação de Pressão arterial: Atendimento Curativos Administração de medicação injetável Domiciliar Visitas Hospitalar Febre Amarela Influenza A (H1N1) Vacinas Tríplice Viral Hepatite B Nº de atendimentos 8 5 4 5 12 10 950 61 1.501 Fonte: SEARH/IEC. 5.8.1.1 Vacinação continuada Dando continuidade às atividades do programa de vacinação continuada do Instituto Evandro Chagas (IEC) e Centro Nacional de Primatas (CENP), além de atender as solicitações de 206 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 órgãos vinculados a unidades do Subsistema Integrado de Atenção à Saúde do Servidor (SIASS), quantificadas por tipo e instituição as doses de vacina aplicadas. Tabela 158 Vacinas realizadas por tipo e local, IEC e CENP. Belém/Ananindeua, Pará. 2011 Local/Tipo de Vacina Influenza Febre Amarela Dupla bacteriana Trípice Viral Hepatite B Total IEC 554 135 384 111 279 1.463 CENP 128 39 116 45 167 495 TOTAL 682 174 500 156 446 1.958 Fonte: SESAT/SEARH/IEC/SVS/MS Na figura 41 apresenta-se a quantidade de vacinas ministradas na força de trabalho do IEC em 2011 Figura 41 Distribuição das doses de vacina aplicadas em trabalhadores do IEC e CENP, por tipo. Belém/Ananindeua, Pará. 2011. Fonte: SESAT/SEARH/IEC/SVS/MS Tabela 159 Distribuição de doses de vacina realizadas, por tipo, segundo órgãos federais a que pertencem e unidades do SIASS, Belém/Ananindeua, Pará. 2011 Tipo de Vacina /Local Influenza Febre amarela Dupla Bacteriana Heaptite B Total Núcleo do Ministério da Saúde 113 46 20 25 204 Polícia Rodoviária Federal (PRF) 61 32 - - 93 Polícia Federal (PF) 135 30 - - 165 Unidade do SIASS no Ministério da Agricultura - 155 - - 155 Unidade do SIASS no Ministério da Fazenda 181 - - - 181 Total 490 263 20 25 798 Fonte: SESAT/SEARH/IEC/SVS/MS Na figura 42 apresenta-se a quantidade de vacinas ministradas pelo IEC em trabalhadores de órgãos públicos federais, pertencentes ao SIASS em 2011. 207 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 Figura 42 Distribuição das doses de vacina aplicadas em trabalhadores de órgãos federais pertencentes ao SIASS, por tipo. Belém/Ananindeua, Pará. 2011. Fonte: SESAT/SEARH/IEC/SVS/MS 5.8.1.2 Notificação de acidentes Recebemos 5 fichas de Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT), mas continua a Subnotificação dos acidentes, apesar de melhora, continuamos solicitando apoio da direção, chefias imediatas e dos servidores em geral para melhorar a cada dia a situação. Tabela 160 Local Distribuição dos trabalhadores do IEC que sofreram acidentes de trabalho por local/tipo. Belém-Pará, 2011 Percurso Subst. Química Contusão/ Trauma Perfuro Cortante Carro Moto Seção de Bacteriologia - - 1 - Seção de Arbovirologia - - 2 Serviço de Epidemiologia - - 1 Protocolo - 1 Total - 1 Tipo 4 Vidraria Espécime Biológico Total - - - 1 - - - - 2 - - - - 1 - - - - 1 - - - - 5 Fonte: SESAT/SEARH/IEC/SVS/MS 5.8.1.3 Parceria Com o objetivo de contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores do Instituto, considerando que as técnicas de atividades laborais propiciam a diminuição dos elementos causadores da fadiga, firmamos contrato de prestação de serviços com o SESI Serviço Social da Indústria, para a realização de ginástica laboral, que está sendo ministrada durante dois dias por semana, em sessões de 15 minutos cada. 208 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 6 Informações sobre transferências mediante convênio, contrato de repasse, termo de parceria, termo de cooperação, termo de compromisso ou outros acordos, ajustes ou instrumentos congêneres, vigentes no exercício de referência O Instituto recebe financiamentos de projetos de pesquisa celebrados com instituições nacionais e organismos internacionais, porém estes são executados pela interveniência de fundações como: Fundação Instituto para o Desenvolvimento da Amazônia (FIDESA) e FAPESPA, conforme declaração (Anexo F). 7 Declaração da área responsável atestando que as informações referentes a contratos e convênios ou outros instrumentos congêneres estão disponíveis e atualizadas, respectivamente, no sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais SIASG e no sistema de Gestão de Convênio, Contratos de repasse e termos de Parceria SICONV, conforme estabelece o art. 19 da Lei nº 12.309, de 9 de agosto e 2010. Todas as informações referentes a contratos, convênios e instrumentos congêneres firmados até o exercício de 2011 por esta Unidade estão disponíveis e atualizadas no SIASG e no SICONV, conforme declaração (Anexo G). 8 Informações sobre o cumprimento das obrigações estabelecidas na Lei nº 8.730, de 10 de novembro de 1993, relacionadas à entrega e ao tratamento das declarações de bens e rendas 8.1 Situação do cumprimento das obrigações impostas pela Lei nº 8.730/93 Tabela 161 Demonstrativo do cumprimento, por autoridades e servidores da UJ, da obrigação de entregar a DBR Detentores de Cargos e Funções obrigados a entregar a DBR Autoridades (Incisos I a VI do art. 1º da Lei nº 8.730/93) Cargos Eletivos Funções Comissionadas (Cargo, Emprego, Função de Confiança ou em comissão) Situação em relação às exigências da Lei nº 8.730/93 Obrigados a entregar a DBR Entregaram a DBR Não cumpriram a obrigação Obrigados a entregar a DBR Entregaram a DBR Não cumpriram a obrigação Obrigados a entregar a DBR Entregaram a DBR Não cumpriram a obrigação Momento da Ocorrência da Obrigação de Entregar a DBR Posse ou Início do Final do Final do exercício de exercício da exercício Função ou Cargo Função ou Cargo financeiro 22 22 22 22 22 22 - - - Fonte: RH/IEC 209 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 No anexo H estão contidas as declarações da responsável pelo serviço de Recursos Humanos do IEC e da SVS de que as RDB`S foram entregues pelos servidores que possuem cargo de confiança. 9 Informações sobre o funcionamento do sistema de controle interno da UJ, contemplando os seguintes aspectos O IEC não possui Setor de Controle Interno, conforme Declaração (Anexo I). 9.1 Estrutura de controles internos do IEC Aspectos do sistema de controle interno Ambiente de Controle 1. Os altos dirigentes da UJ percebem os controles internos como essenciais à consecução dos objetivos da unidade e dão suporte adequado ao seu funcionamento. 2. Os mecanismos gerais de controle instituídos pela UJ são percebidos por todos os servidores e funcionários nos diversos níveis da estrutura da unidade. 3. A comunicação dentro da UJ é adequada e eficiente. 4. Existe código formalizado de ética ou de conduta. 5. Os procedimentos e as instruções operacionais são padronizados e estão postos em documentos formais. 6. Há mecanismos que garantem ou incentivam a participação dos funcionários e servidores dos diversos níveis da estrutura da UJ na elaboração dos procedimentos, das instruções operacionais ou código de ética ou conduta. 7. As delegações de autoridade e competência são acompanhadas de definições claras das responsabilidades. 8. Existe adequada segregação de funções nos processos da competência da UJ. 9. Os controles internos adotados contribuem para a consecução dos resultados planejados pela UJ. Avaliação de Risco 10. Os objetivos e metas da unidade jurisdicionada estão formalizados. 11. Há clara identificação dos processos críticos para a consecução dos objetivos e metas da unidade. 12. É prática da unidade o diagnóstico dos riscos (de origem interna ou externa) envolvidos nos seus processos estratégicos, bem como a identificação da probabilidade de ocorrência desses riscos e a consequente adoção de medidas para mitigá-los. 13. É prática da unidade a definição de níveis de riscos operacionais, de informações e de conformidade que podem ser assumidos pelos diversos níveis da gestão. 14. A avaliação de riscos é feita de forma contínua, de modo a identificar mudanças no perfil de risco da UJ, ocasionadas por transformações nos ambientes interno e externo. 15. Os riscos identificados são mensurados e classificados de modo a serem tratados em uma escala de prioridades e a gerar informações úteis à tomada de decisão. 16. Existe histórico de fraudes e perdas decorrentes de fragilidades nos processos internos da unidade. 17. Na ocorrência de fraudes e desvios, é prática da unidade instaurar sindicância para apurar responsabilidades e exigir eventuais ressarcimentos. 18. Há norma ou regulamento para as atividades de guarda, estoque e inventário de bens e valores de responsabilidade da unidade. Procedimentos de Controle 19. Existem políticas e ações, de natureza preventiva ou de detecção, para diminuir os riscos e alcançar os objetivos da UJ, claramente estabelecidas. 20. As atividades de controle adotadas pela UJ são apropriadas e funcionam consistentemente de acordo com um plano de longo prazo. 21. As atividades de controle adotadas pela UJ possuem custo apropriado ao nível de benefícios que possam derivar de sua aplicação. 22. As atividades de controle adotadas pela UJ são abrangentes e razoáveis e estão diretamente relacionados com os objetivos de controle. 1 (continua) Avaliação 2 3 4 5 X X X X X X X X X 1 2 3 4 X X 5 X X X X X X 1 2 3 4 5 X X X X Quadro 16 Pesquisa de controle interno do IEC 210 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 Aspectos do sistema de controle interno Informação e Comunicação 23. A informação relevante para UJ é devidamente identificada, documentada, armazenada e comunicada tempestivamente às pessoas adequadas. 24. As informações consideradas relevantes pela UJ são dotadas de qualidade suficiente para permitir ao gestor tomar as decisões apropriadas. 25. A informação disponível à UJ é apropriada, tempestiva, atual, precisa e acessível. 26. A Informação divulgada internamente atende às expectativas dos diversos grupos e indivíduos da UJ, contribuindo para a execução das responsabilidades de forma eficaz. 27. A comunicação das informações perpassa todos os níveis hierárquicos da UJ, em todas as direções, por todos os seus componentes e por toda a sua estrutura. Monitoramento 28. O sistema de controle interno da UJ é constantemente monitorado para avaliar sua validade e qualidade ao longo do tempo. 29. O sistema de controle interno da UJ tem sido considerado adequado e efetivo pelas avaliações sofridas. 30. O sistema de controle interno da UJ tem contribuído para a melhoria de seu desempenho. Considerações gerais: 1 (conclusão) Avaliação 2 3 4 5 X X X X X 1 2 3 4 X 5 X X LEGENDA Níveis de Avaliação: (1) Totalmente inválida: Significa que o fundamento descrito na afirmativa é integralmente não aplicado no contexto da UJ. (2) Parcialmente inválida: Significa que o fundamento descrito na afirmativa é parcialmente aplicado no contexto da UJ, porém, em sua minoria. (3) Neutra: Significa que não há como afirmar a proporção de aplicação do fundamento descrito na afirmativa no contexto da UJ. (4) Parcialmente válida: Significa que o fundamento descrito na afirmativa é parcialmente aplicado no contexto da UJ, porém, em sua maioria. (5) Totalmente válido. Significa que o fundamento descrito na afirmativa é integralmente aplicado no contexto da UJ. Quadro 16 Pesquisa de controle interno do IEC Fonte: SEADM/IEC 10 Informações quanto à adoção de critérios de sustentabilidade ambiental na aquisição de bens, materiais de tecnologia da informação (TI) e na contratação de serviços ou obras, tendo como referência a Instrução Normativa nº 1/2010 e a Portaria nº 2/2010, ambas da Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. E informações relacionadas à separação de resíduos recicláveis descartados em conformidade com o decreto nº 5.940/2006. 10.1 Gestão ambiental e Licitações Sustentáveis na área de TI Quanto à adoção de critérios de sustentabilidade ambiental na aquisição de bens, materiais de tecnologia da informação (TI) e na contratação de serviços ou obras, tendo como referência a Instrução Normativa nº 1/2010 e a Portaria nº 2/2010 da Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, mantém-se a 211 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 prática de se exigir critérios de sustentabilidade ambiental nos Termos de Referência feitos pela Área de TI sem frustrar a competitividade. Quesitos a serem avaliados Planejamento 1. Há planejamento institucional em vigor ou existe área que faz o planejamento da UJ como um todo. 2. Há Planejamento Estratégico para a área de TI em vigor. 3. Há comitê que decida sobre a priorização das ações e investimentos de TI para a UJ. Recursos Humanos de TI 4. Quantitativo de servidores e de terceirizados atuando na área de TI. 1 2 Avaliação 3 4 5 X X X Informar quantitativos S=1 T=39(IEC/CENP) 5. Há carreiras específicas para a área de TI no plano de cargos do X Órgão/Entidade. Segurança da Informação 6. Existe uma área específica, com responsabilidades definidas, para lidar X estrategicamente com segurança da informação. 7. Existe Política de Segurança da Informação (PSI) em vigor que tenha sido X instituída mediante documento específico. Desenvolvimento e Produção de Sistemas 8. É efetuada avaliação para verificar se os recursos de TI são compatíveis X com as necessidades da UJ. 9. O desenvolvimento de sistemas quando feito na UJ segue metodologia X definida. 10. É efetuada a gestão de acordos de níveis de serviço das soluções de TI do X Órgão/Entidade oferecidas aos seus clientes. 11. Nos contratos celebrados pela UJ é exigido acordo de nível de serviço. X Informar o percentual de participação Contratação e Gestão de Bens e Serviços de TI 12. Nível de participação de terceirização de bens e serviços de TI em relação 90% ao desenvolvimento interno da própria UJ. 12. Na elaboração do projeto básico das contratações de TI são explicitados os X benefícios da contratação em termos de resultado para UJ e não somente em termos de TI. 13. O Órgão/Entidade adota processo de trabalho formalizado ou possui área X específica de gestão de contratos de bens e serviços de TI. 14. Há transferência de conhecimento para servidores do Órgão/Entidade X referente a produtos e serviços de TI terceirizados? Considerações Gerais: O planejamento para a Área de TI é feito pela própria área; A segurança da informação é tratada pela Área de TI; A política de segurança da informação foi criada pela Área de TI e falta ser homologada pela Direção; As avaliações são feitas pela Área de TI. Quadro 17 Gestão de Tecnologia da Informação em 2011 Fonte: SOINF/IEC. Legenda: Níveis de avaliação: (1) Totalmente inválida (2) Parcialmente inválida (3) Neutra (4) Parcialmente válida: (5) Totalmente válida: Significa que a afirmativa é integralmente NÃO aplicada ao contexto da UJ. Significa que a afirmativa é parcialmente aplicada ao contexto da UJ, porém, em sua minoria. Significa que não há como afirmar a proporção de aplicação do fundamento descrito na afirmativa no contexto da UJ. Significa que a afirmativa é parcialmente aplicada ao contexto da UJ, porém, em sua maioria. Significa que a afirmativa é integralmente aplicada ao contexto da UJ. 212 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 10.2 Resíduos recicláveis 10.2.1 Coleta Seletiva Solidária do Lixo O Instituto através da Comissão para a Coleta Seletiva Solidária do Lixo (CSSL/IEC) a cada ano vem desenvolvendo ações com a proposta de estruturar a coleta seletiva dos resíduos recicláveis no âmbito institucional, amparada pela Portaria nº 43 de 10 de junho de 2008 e em conformidade com Decreto nº 5.940/2006. Atualmente são cinco (05) as entidades beneficiadas pelo Programa: Associação de Recicladores das Águas Lindas; Associação Cidadania para Todos; Cooperativa de Trabalho dos Profissionais do Aurá; Associação de Catadores da Coleta Seletiva de Belém e Cooperativa dos Catadores de Materiais Recicláveis. 10.2.1.1 Realizações a) No período de janeiro a dezembro de 2011 foram doadas 4,8 toneladas de resíduos recicláveis para as associações e cooperativas de catadores. Uma média mensal de 400 kg importante redução ao se comparar com a média do ano anterior (1.267kg); b) Intensificação das estratégias de orientação e conscientização entre os servidores, contratados, colaboradores e estagiários, em visitas diretas às Seções, com a proposta de manter o estímulo relativo ao gerenciamento e manejo adequado dos resíduos sólidos, c) Distribuição de canecas em inox personalizadas em substituição/redução ao consumo de copos descartáveis; d) Confecção de material informativo em forma de pôsteres fixados em diferentes ambientes do IEC; e) Participação da Comissão no I Seminário da Coleta Seletiva dos Órgãos Federais no Estado do Pará, realizado no dia 24/03/2011, no auditório do Tribunal Regional do Trabalho da 8º Região, Belém, Pará; f) Visita ao Palacete Pinho, no dia 14/04/2011, às 09 h, dos alunos do Curso de Informática e Língua Portuguesa, pertencentes ao Projeto de Coleta Seletiva Solidária que é realizado no Instituto Evandro Chagas, sob a orientação desta Comissão; g) Em 29/11/2011, participação na sessão especial da Câmara Municipal de Belém sobre a municipalização dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), plataforma de desenvolvimento, criada por 191 nações entre elas o Brasil, há oito anos na Organização das Nações Unidas (ONU) e gerenciada no Brasil pela Secretaria Geral da Presidência da República, Movimento Nacional pela Cidadania e Solidariedade e Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD); h) Participação de membro da Comissão para a Coleta Seletiva Solidária/IEC, no VIII Congresso Nacional de Meio Ambiente, no período de 25 a 28/05/2011, Poços de Caldas/MG. 213 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 10.3 Responsabilidade social a) Continuidade do Programa de estágio para filhos de catadores no ano de 2011 o IEC agregou 8 alunos da rede pública de ensino, dependentes de catadores, cumprindo estágio remunerado; b) Visando a inclusão digital dos jovens filhos de catadores na faixa etária de 12 a 19 anos, regularmente matriculados em escolas públicas, assim como promover a qualificação de modo a facilitar-lhes o acesso a novos conhecimentos e ao domínio dessa tecnologia, ferramenta indispensável nos dias atuais para o mercado de trabalho, selecionaram-se um total de 26 jovens, para o Curso de Informática, que teve a duração de cinco meses, iniciados em 01.12.2011. O Curso que já está na sua 4ª edição, englobou conceitos básicos de Informática, tais como: Introdução a Computação (Noções de Montagem de Micros), Ferramentas Windows XP e Internet e Ferramentas Office 2003 e contemplou duas turmas compostas de 13 alunos cada, sendo que quatro vagas já são preenchidas por estagiários do IEC pertencentes às Associações. Como melhoria nas atividades na edição 2011 do Curso, destacamos a criação de um banco de dados para armazenar as informações cadastrais dos alunos, a utilização de uma cartilha com orientações sobre o uso correto da internet, para orientar sobre a utilização correta deste recurso fornecido pelo IEC, a participação de profissionais da área do Meio Ambiente e de outras áreas da Instituição, ministrando palestras sobre suas profissões e carreiras, a realização de um mini-curso de Redação e Gramática, ministrado pela Sra. Ivete Noronha, na condição de voluntária e parceira do projeto. Fora das dependências do Instituto, organizamos um passeio ao Complexo Feliz Lusitânia e ao Palacete Pinho e contamos com a colaboração do projeto AVON, que esteve presente e acompanhou os alunos durante as visitas. No Modulo de Word os alunos realizaram atividades com jornais locais como O Liberal e o Diário do Pará para que aprendessem a ler e manusear de forma correta jornais e tirarem mais proveito deste meio de comunicação. 11 Informações sobre a gestão do patrimônio imobiliário de responsabilidade da UJ classificado como Bens de Uso Especial de propriedade da União ou locado de terceiros O Instituto não possui em seu patrimônio imobiliário classificado como Bens de uso Especial , conforme Anexo J. 12 Informações sobre a gestão de tecnologia da Informação (TI) do IEC, contemplando os seguintes aspectos A Área de Tecnologia da Informação e Comunicação tem por finalidade dar sustentabilidade aos serviços da área para que não haja solução de continuidade, bem como atender aos objetivos institucionais para corresponder às expectativas da Administração do Instituto Evandro Chagas. Nas alíneas abaixo estão relacionados os projetos da Área concluídos e não concluídos, de acordo com o que foi planejado para 2011: 214 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 12.1 Planejamento da área Os projetos para 2011 foram divididos em Estratégicos e Complementares, de acordo com as necessidades institucionais emergentes. 12.1.1 Estratégicos 12.1.1.1 Reorganização do sistema de telefonia Projeto criado para organizar e documentar a distribuição dos ramais instalados no IEC de forma a facilitar e agilizar o trabalho dos técnicos no atendimento às solicitações dos usuários. Foi realizado um mapeamento gráfico dos ramais existentes contendo a localização, a situação e as melhorias necessárias ao sistema para ampliar a capacidade de distribuição de ramais aos usuários. Pretendia-se finalizar o trabalho em 2011, porém com a entrada dos concursados houve a necessidade de continuar a reorganização em 2012. 12.1.1.2 Implantação do sistema gerenciador de ambiente laboratorial GAL Para execução desse trabalho deveria ser criada uma equipe formada por um profissional da Área de TI, um de Laboratório e pelo Consultor da Cordenação Geral de Laboratórios (CGLAB) da SVS/MS, o qual vem realizando visitas periódicas ao Instituto para conhecer a rotina dos laboratórios. No entanto, a permanência do Biomédico indicado para gerência do GAL não foi possível devido a sua aprovação no Mestrado de Bioinformática. Mesmo assim a atividade foi assumida pela Área de TI e o levantamento dos dados finalizado nos laboratórios da Virologia e no CEREC. Foi programado o início da utilização do sistema fevereiro de 2012, com a Central de Recebimento de Amostras Biológicas recebendo as requisições e encaminhando-as à Virologia. Foi iniciado o levantamento dos dados dos laboratórios da Bacteriologia que será a próxima seção a utilizar o sistema. 12.1.1.3 Projeto data-center 12.1.1.3.1 Sala de alta disponibilidade (Sala Cofre) O DATACENTER do Instituto Evandro Chagas continua apresentando características não adequadas para o tipo de serviço a que se destina. O piso denominado fundo falso empoeirado, recortado e suscetível às intempéries do ambiente. Os cabos de comunicação (Utp, CI e Fibras) expostos de forma não segura podendo provocar acidentes; os servidores estão empilhados em rack com seus cabos de energia tencionados dificultando as manobras de manutenção; os racks estão com sua capacidade esgotada impossibilitando o acréscimo de equipamentos; o controle de acesso à sala não é tão rigoroso, pois não existe registro dos acessos ou identificação de autorização de forma automática, comprometendo a segurança do ambiente; o sistema de refrigeração não atende às recomendações necessárias ao bom funcionamento dos equipamentos reduzindo assim a vida útil destes e provocando paradas; não existe controle de temperatura, proteção contra sinistros, bem como plano de controle de incêndio. O tempo prolongado de uma parada não programada das atividades ou a perda de informações causada por sinistros, atentados ou falhas da infra-estrutura pode levar o Instituto Evandro Chagas à perda de sua capacidade operacional o que causaria grandes danos à saúde pública e a pesquisa, a prejuízos financeiros e à imagem da Instituição. O projeto Sala de Alta disponibilidade (Sala Cofre) atenderá às necessidades atuais e futuras de segurança e infra-estrutura do DATACENTER e seu custo foi estimado em R$ 2.496.120,00. O processo foi parcialmente empenhado ao final de 2011. 215 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 12.1.1.3.2 Serviço de reestruturação da rede lógica do backbone principal Tendo em vista a implantação do Centro de Inovação Tecnológica Avançada - CITA que compreende as áreas de Genômica e Proteômica, Biotecnologia, Nanotecnologia, Imunobiológicos e Citotaxionomia faz-se necessário repensar o sistema de comunicação da Instituição. A estrutura em funcionamento atende às necessidades atuais, porém não irá suportar a demanda dos serviços previstos para o IEC. Devido a este desafio, este projeto visa garantir a alta disponibilidade e melhoria dos serviços de voz e dados, propondo a construção de salas técnicas e a implementação de um link de backup interligando os vários prédios que compõem as diferentes seções do IEC Ananindeua, com o lançamento de links em fibras ópticas para a transmissão de dados e com cabos CTP-APL para os serviços de voz. O Projeto ainda aguarda recursos para sua execução. 12.1.1.3.3 Implementação do novo firewall O projeto de firewall consistia na substituição do atual firewall (MS Isa Server 2006) por uma solução baseada em Linux, com segurança e escalabilidade. No entanto, foi verificado que soluções de segurança baseadas em appliance são mais confiáveis. Sendo assim foi definido que essa solução deveria ser atendida pelo projeto IECWAN, o qual trata da aquisição de equipamentos para segurança da informação. 12.1.1.3.4 Circuito fechado de TV Foi realizado estudo e avaliação das câmeras utilizadas no mercado, seguindo os padrões e levando em consideração as características técnicas dos principais fabricantes. Além disso, foi feito o levantamento e mapeamento dos principais pontos de monitoramento do Campus de Belém para subsidiar um processo de implantação do monitoramento naquele campus. Com relação ao Campus de Ananindeua, foi feito o levantamento e mapeamento dos principais pontos de monitoramento da área e apresentado à equipe de TI, faltando ainda a elaboração do projeto de infra-estrutura da rede elétrica e de dados. O projeto está em andamento e deverá ser finalizado em 2012. 12.1.1.3.5 IECWAN Objetiva garantir a Segurança da Informação (Confidencialidade, Integridade, Disponibilidade e outros) em conformidade ao Decreto N.º 3.505, de 13 de junho de 2000. Fez-se necessária a aquisição de tecnologia que possibilite a proteção contra software malicioso e controle de acessos, os quais suportem os processos de TI contra as ameaças virtuais que as organizações, sejam elas de cunho público ou privado, estão sujeitas. É definida nesse projeto uma solução de VPN, Firewall e IPS, com tecnologia capaz de fornecer acesso completo às aplicações corporativas com total segurança, controle de acesso e gerenciamento. A solução definida tem como propósito fundamental minimizar a possibilidade da ocorrência de situações que venham a colocar em risco a segurança das informações que trafegam sobre a rede de dados do IEC e seus usuários. Em outubro foi iniciado um processo de aquisição de uma solução cujo objetivo foi garantir a disponibilidade de todos os serviços providos por meio de acesso à Internet (INFOSUS, EMBRATEL e METROBEL) no Instituto Evandro Chagas Campus Ananindeua e Belém e Centro Nacional de Primatas, balanceando a carga de conexões nos 02 (dois) links de forma transparente e muito mais segura, visto que a proteção via hardware é consideravelmente superior à proteção via software. O processo está em fase de publicação. 12.1.1.3.6 CAFE Projeto para incluir o Instituto Evandro Chagas na condição de participante da Comunidade Acadêmica Federada (CAFe), que é uma federação de identidade que reúne 216 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 instituições de ensino e pesquisa brasileiras. Através da CAFe, um usuário mantém todas as suas informações na instituição de origem e pode acessar serviços oferecidos pelas instituições que participam da federação. A CAFe é composta por um conjunto de organizações que, sobre uma infraestrutura de autenticação e autorização multidomínios, estabelece uma rede de confiança que simplifica o acesso a serviços federados oferecidos, como por exemplo o acesso ao Portal da CAPES. O projeto será finalizado em 2012. 12.1.1.3.7 Projeto bioinformática Com o objetivo de implantar uma rede de bioinformática para atender a todos os pesquisadores interessados em desenvolver análise de ADN por sequenciamento nucleotídico, utilizando pacote de programas de multiusuários para estudo de genoma, foi desenhada uma solução (equipamentos e softwares) com capacidade de atender às demandas da área administrativa e técnico-científica. A instalação dessa nova estrutura visa permitir a montagem de fragmentos (assembler) de ADN, após sequenciamento genômico utilizando a técnica de shut gun; implantar o sequenciamento de fragmentos grandes de ADN, diminuindo a indução de mutação; utilizar software para desenho de primers e elaboração de clonagem; maximizar o uso de banco de dados genômicos disponíveis na internet; realizar análises filogenéticas com sequencias grandes e com maior número de sequencias. A solução completa para atender ao Projeto Bioinformática depende das seguintes aquisições: 12.1.1.3.8 Aquisição de blade Aquisição de equipamentos para atendimento à demanda que será gerada de imediato pelo Núcleo de Bioinformática e posteriormente pelo Centro de Inovação Tecnológica da Amazônia. O processo não foi efetivado, pois o IEC não conseguiu fazer adesão à ARP por problemas no sistema de compras do órgão detentor da ata. Será feito novo processo de licitação em 2012 para aquisição dos equipamentos. 12.1.1.3.9 Aquisição de estorage Aquisição de equipamentos para atendimento à necessidade de ampliação do Sistema de Armazenamento Corporativo de Dados (ambiente do site principal, prédio sede) atualmente existente no IEC. O processo não foi efetivado, pois o IEC não conseguiu fazer adesão à ARP por problemas no sistema de compras do órgão detentor da ata. Será feito novo processo de licitação em 2012 para aquisição dos equipamentos. 12.1.1.3.10 Aquisição de solução de backup Aquisição de Tape Library para atender à necessidade de armazenamento e salvaguarda dos dados do Instituto e dos serviços prestados, além de manutenção dos históricos de dados dos usuários do IEC/SVS. O processo não foi efetivado, pois o IEC não conseguiu fazer adesão à ARP por problemas no sistema de compras do órgão detentor da ata. Será feito novo processo de licitação em 2012 para aquisição dos equipamentos. 12.1.2 Complementares 12.1.2.1 Serviço de reestruturação da rede lógica Seção de Patologia Em virtude do projeto de aquisição e implantação dos novos ativos de rede o cabeamento que atualmente dá sustentação à comunicação de dados do Instituto é baseado em cabos CAT4. Tal configuração atende às necessidades atuais, porém não irá suportar a demanda dos serviços previstos para a Instituição. O cabeamento CAT6 foi escolhido devido ser um sistema de cabeamento estruturado para tráfego de voz, dados e imagens, segundo requisitos das normas ANSI/TIA/EIA-568B (Balanced Twisted 217 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 Pair Cabling Components) e ISO/IEC-11801, para cabeamento horizontal ousecundário entre os painéis de distribuição (Patch Panels) e os conectores nas áreas de trabalho, em sistemas que requeiram grande margem de segurança sobre as especificações normalizadas para garantia de suporte a aplicações futuras. O Projeto continua em andamento e será executado em conjunto com o de reestruturação da rede lógica backbone principal. 12.1.2.2 Aquisição de baterias para no- breaks Foi providenciado processo para aquisição de Bateria selada para No-break 12V X7A para manutenção preventiva ou reativa, no valor de R$ 3.560,00. O processo foi finalizado e atendido na integra possibilitando ações de melhoria no atendimento às solicitações dos usuários, permitindo ao setor desempenhar de forma satisfatória suas atribuições. 12.1.2.3 Escola de informática O Setor de Informática apóia a iniciativa do IEC na promoção do Curso de Informática Básica para os filhos de catadores das associações que integram o programa de coleta seletiva de lixo do IEC. O objetivo é promover a inclusão digital e prepará-los para o mercado de trabalho. O Treinamento engloba conceitos básicos de Informática, que inclui Introdução à Computação, Ferramentas Windows XP e Ferramentas Office 2007. 12.1.2.4 Realizações Tabela 162 Tipos de atendimentos realizados pelo Setor de Informática em 2011 Tipos de Atendimento Atendimento a aplicativos corporativos (SCA, SERPRO, outros.) Instalação de 550 equipamentos áudios-visuais: instalação e desinstalação de projetores multimídia em auditórios (interno e externo) e nas seções Manutenção de impressoras Manutenção de monitores Manutenção de no-breaks Melhorias da infra-estrutura de rede com a criação e remanejamentos de pontos Reinstalação de sistemas operacionais Remanejamento de estações de trabalho Criação de pontos de telefone, ativação e remanejamento Suporte aos usuários de atendimento on-line Criação de contas usuários Total 50 900 25 15 350 600 365 650 825 2.950 400 7.130 Atendimento por Campus Site IEC Ananindeua Site IEC Belém Site CENP Total 5.984 786 360 7.130 Atendimento por Equipe. Central de Serviço Coordenadores Desenvolvimento Eletrônica Gerência de Problema Rede Suporte Telefonia Total 2.662 207 46 136 3 1.008 2.826 242 7.130 Fonte: SOINF/IEC. 218 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 12.1.3 Perfil dos recursos humanos envolvidos O corpo técnico que compõe a Equipe da Área de TI do IEC é formado pelos perfis abaixo relacionados. Quant. Cargo Escolaridade Certificações 1 Técnico de Informática Superior - incompleto Itil Foundation 2 Técnico de Informática Jr. Pós-Graduação - cursando Itil Foundation / CCNA 3 Técnico de Informática Superior - cursando Itil Foundation 4 Analista de Suporte Pleno Pós-Graduação - completo 5 Analista de Suporte Jr. Superior - completo Itil Foundation 6 Técnico de Informática Superior - cursando Itil Foundation 7 Analista de Suporte Jr. Pós-Graduação - completo Itil Foundation / Itil OSA / Itil SOA / Cobit 8 Analista de Suporte Pleno Pós-Graduação - cursando Cobit 9 Técnico de Informática Jr. Pós-Graduação - cursando 10 Técnico de Informática Pós-Graduação - cursando 11 Técnico de Informática Pós-Graduação - cursando 12 Técnico de Informática Superior - cursando 13 Técnico de Hardware I Pos-Graduação - completo 14 Técnico de Hardware I 2º Grau Completo 15 Técnico de Hardware I Superior - completo 16 Técnico de Hardware I 2º Grau Completo 17 Analista de Suporte Jr. Pos-Graduação - completo 18 Analista de Suporte Jr. Pos-Graduação - completo 19 Técnico de Informática Superior - completo 20 Analista de Suporte Pleno Superior - completo 21 Analista de Suporte Pleno Mestrado - cursando 22 Técnico de Informática Superior Cursando 23 Analista de Suporte Pleno Superior - completo Itil Foundation / Cobit 24 Técnico de Telecomunicações 2º Grau Completo Itil Foundation 25 Técnico de Informática Pos-Graduação - incompleto Itil Foundation / Cobit 26 Técnico de Informática Pos-Graduação - completo 27 Técnico de Informática Pos-Graduação - completo Itil Foundation 28 Analista de Suporte Jr. Superior - completo Itil Foundation 29 Técnico de Informática Superior - cursando Itil Foundation 30 Analista de Suporte Pleno Superior - completo Itil Foundation / Cobit 31 Técnico de Informática Superior - incompleto Itil Foundation 32 Técnico de Informática 2º Grau Completo Itil Foundation 33 Analista de Suporte Pleno Pós-Graduação - completo Itil Foundation / Itil OSA / Itil SOA / Cobit 34 Técnico de Informática Pós-Graduação - completo 35 Técnico de Informática Superior - incompleto 36 Técnico de Informática Superior - cursando 37 Técnico de Informática Superior - cursando 38 Técnico de Informática Superior - cursando Itil Foundation Itil Foundation Itil Foundation Itil Foundation Itil Foundation Itil Foundation Quadro 18 Cargo e escolaridade do corpo técnico da Área de TI do IEC em 2011 Fonte: SOINF/IEC. 219 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 12.1.4 Segurança da informação A preocupação em manter a segurança dos dados que trafegam na rede do Instituto Evandro Chagas motiva a Área de TI a adotar políticas que, a primeira vista, podem parecer arbitrárias e desprovidas de comprometimento com as necessidades dos usuários, porém elas são absolutamente necessárias para diminuir as possibilidades de o usuário executar alguma ação que o prejudique e prejudique a outros usuários, direta ou indiretamente. A iniciativa mais básica adotada em 2008 pela Área foi a instalação de softwares de segurança para a proteção contra códigos maliciosos e implementação de controle de acesso, em conformidade com o Decreto N.º 3.505, de 13 de junho de 2000. Outras ações que vêm complementando a política de segurança são a implementação de firewall baseado em appliance e do IWVA, ambos voltados à segurança lógica. Quanto à segurança física optou-se pela construção da sala de alta disponibilidade (sala cofre) e pela aquisição de blade, storage e solução de backup, todos a fim de proteger o patrimônio essencial da Instituição que são as informações geradas pela pesquisa. Em 2011 não foi possível finalizar a maior parte destas ações por falta de recursos financeiros, porém espera-se que em 2012 novos recursos sejam destinados à Área de TI para a concretização de projetos estratégicos principalmente os que envolvem a segurança da informação. 12.1.5 Desenvolvimento e produção de sistemas A estrutura dos sistemas desenvolvidos pela equipe de desenvolvimento do IEC está distribuída em sistemas legados, em desenvolvimento e aguardando desenvolvimento. 12.1.5.1 Desenvolvidos em 2011 12.1.5.1.1 SISHEP Sistema da Seção de Hepatologia O projeto teve como objetivo o desenvolvimento de um sistema para atender a Seção de Hepatologia (SAHEP) do Instituto Evandro Chagas (IEC) visando à substituição do antigo sistema denominado HEPATOWARE. A seção SAHEP utilizava o sistema HEPATOWARE para o gerenciamento e controle de resultado de exames de sorologia assim como de bioquímica, porém o sistema encontrava-se em uma plataforma de tecnologia ultrapassada e possuía uma limitação de utilização em apenas uma máquina, além das informações serem armazenadas e um banco de dados local sem nenhuma rotinas de backup ou segurança de acesso. O Sistema de Hepatologia (SISHEP) foi desenvolvido para atender todos os processos e funcionalizadas do antigo sistema HEPATOWARE além de agregar novos recursos. Desenvolvido em plataforma web o sistema conta com um controle de acesso e perfis de usuários gerando uma maior segurança das informações, além de contar com toda uma politica de armazenamento das informações em um banco de dados robusto e seguro localizado em um servidor de banco de dados (SGBD), com rotinas de backup e controle de acesso e segurança. O projeto foi finalizado em setembro/2011. 12.1.5.1.2 Formulário workbio O projeto teve como objetivo o desenvolvimento de um sistema de formulário on-line para a inscrição de alunos, professores entre outros no I Workshop de Bioinformática realizado pela Instituição nos dias 08 a 12 de setembro de 2011. Através do formulário on-line os interessados no Workshop puderam realizar sua pré-inscrição no evento através do preenchimento do mesmo e envio de seus currículos para analise. O sistema realizava também o gerenciamento das quantidades de vagas disponíveis para o evento para que não fosse possível se cadastrar mais pessoas do que o 220 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 evento poderia comportar. Esse controle era feito em uma plataforma especifica para o administrador do sistema o qual aprovava ou não a pré-inscrição do candidato. O projeto foi finalizado em julho/2011. 12.1.5.1.3 Agendamento de auditórios O projeto teve como objetivo o desenvolvimento de um sistema para melhorar a eficácia e eficiência no acompanhamento e controle dos agendamentos de auditórios do Instituto Evandro Chagas. Antes do desenvolvimento do sistema os agendamentos eram realizados pelo setor de Administração em uma ficha de controle preenchida de acordo com a solicitação feita através de Memorando. Tal agendamento era passível de erros por se tratar de um processo manual além de dificultar seu gerenciamento e consulta por se tratar de uma ficha de cadastro não informatizada. O sistema permitiu um melhor gerenciamento dos agendamentos, evitando conflitos de horário, garantindo reserva de recursos via sistema tais como: datashow e microfones, histórico dos agendamentos para eventuais consultas e controles de acesso para que os agendamentos sejam realizados apenas por pessoas autorizadas. Esse projeto foi finalizado em maio/2011. 12.1.5.1.4 Sistema de help on-line O projeto teve como objetivo criar uma solução para auxiliar os usuários que utilizam os sistemas desenvolvidos pelo setor de Tecnologia da Informação do Instituto Evandro Chagas. Com o sistema de help on-line os usuários podem aprender, por meio de vídeos autoexplicativos, a como utilizar os sistemas de forma muito mais dinâmica e interativa em relação aos manuais de usuários entregues juntamente com a finalização do sistema. O projeto atendeu aos sistemas dos setores de Informática (controle interno de equipe ControleINF), ASCOM (sistema de agendamento de auditório), Biotério (Sistema de pedidos de sangue - Sangria), Bacteriologia (Sistema de controle de material - SEBAC), Arbovirus (Sistema de controle de material - SISCOM) e Hepatologia (Sistema de controle de exames SISHEP). O projeto foi finalizado em setembro/2011. 12.1.5.1.5 Sistemas legados Os sistemas legados representam os sistemas entregues e que estão em produção, os quais passam por manutenções e/ou atualizações propostas pela equipe de desenvolvimento ou solicitadas pelo usuário. Enquadram-se também no legado os formulários desenvolvidos para eventos realizados pelo IEC, os quais tem sua publicação por determinado período. Sistemas Sistema Gerenciador de Ambiente Laboratorial - GAL Sistema DESKMI Sistema de Gestão de Primatas- CENP Formulário da BIOINFORMÁTICA - FORMBIO Sistema SANGRIA Sistema da Seção de Bacteriologia e Micologia Sistema de Exames da Seção de Meio Ambiente Sistema Gestão de TI - CONTROLEINF Sistema de Questionário PHP (SIASS) Sistema Controle de Material - SISCOM Sistema de Agendamento de Auditório Sistema Secretaria de Apoio aos Comitês Sistema Serviço de Epidemiologia Sistema de Solicitação de Serviço Sistema de Agenda- DIRETORIA Sistema da Hepatologia - HEPSIS Sistema BM Sistema de Malária - SISAMA Formulário Simpósio Seção de Arbovirologia e Febres Hemorrágicas Formulário WORKBIO - Seção de Arbovirologia e Febres Hemorrágicas Quadro 19 Sistemas desenvolvidos no IEC em 2011 221 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 12.1.5.1.6 Sistemas em desenvolvimento e aguardando desenvolvimento Os sistemas em desenvolvimento são os que estão sendo atendidos pela equipe, os quais passam pelo processo de desenvolvimento de software: levantamento de requisitos, modelagem dos dados, programação, teste, homologação com o usuário, reajuste caso precise e entrega, os quais, após a entrega, fazem parte dos sistemas legados. Os sistemas que estão aguardando desenvolvimento são aqueles solicitados pelos usuários da Instituição via memorando, os propostos pela Área de TI e as manutenções sugeridas pela equipe de desenvolvimento. Sistemas Sesat (Cadastro Individual do Trabalhador) Sistema Gerenciador de Ambiente Laboratorial GAL Módulo Bioinformática Sistema SEAC Sistema CENP Módulo Biologia Molecular - HEPSIS em desenvolvimento em desenvolvimento em desenvolvimento aguardando desenvolvimento aguardando desenvolvimento Programa de Iniciação Científica (PIBIC) aguardando desenvolvimento DESKMI - OS aguardando desenvolvimento DESKMI aguardando desenvolvimento Contratos de Apoio Manutenção em desenvolvimento Assessoria de Desenvolvimento Científico e Acadêmico Controle de Versão Consulta Dinâmica aguardando desenvolvimento aguardando desenvolvimento aguardando desenvolvimento Atualização Sistema Exame Samam aguardando desenvolvimento Relatório Sistema Sangria aguardando desenvolvimento Sistema de Agenda Diretoria aguardando desenvolvimento Quadro 20 Sistemas solicitados pelas unidades do IEC que estão em desenvolvimento ou aguardando desenvolvimento em 2011. Fonte: SOINF/IEC 12.1.6 Contratação e gestão de bens e serviços de TI Renovado o contrato IEC nº 31/2008, cujo objeto é a contratação de empresa especializada para fornecimento de serviços técnicos na área de Tecnologia da Informação (TI) do IEC e Centro Nacional de Primatas, compreendendo os serviços de administração, operação e monitoração à infra-estrutura da rede do IEC, e o atendimento e suporte técnico aos usuários da infra-estrutura das estações de trabalho. Renovado o contrato IEC nº 62/2010, cujo objeto é a locação de impressoras e multifuncionais para impressão e cópia de documentos, incluindo software de gerenciamento e monitoramento, software de gestão, bilhetagem de impressão e cópia, treinamento e fornecimento de suprimentos (toner, revelador, cilindro, kit de manutenção, manutenção corretiva/preventiva e peças). Atendidos os seguintes Pedidos de Bens e Serviços da Área de TI: Tabela 163 Quantidade de pedidos de bens e serviços atendidos pela Área de TI em 2011 PBS Nº 001/11 002/11 003/11 005/11 006/11 007/11 008/11 011/11 012/11 Objeto Aquisição de rádio intercomunicador digital Aquisição de imaging drum (kit tambor) e fusor Aquisição de toner LaserJet para impressora HP 1320 Aquisição de baterias seladas para nobreak 12V Aquisição de toner SHARP AL 100TD Interface para gerenciamento de nobreaks SMS NET ADAPTER II Aquisição de aparelhos telefônicos analógicos Aquisição de apoios ergonômicos para os pés Aquisição de mouse pad com gel e encosto de braços para teclado Valor R$ 13.632,00 1.098,00 2.640,00 3.560,00 380,00 3.967,50 5.040,00 850,00 747,23 Fonte: SOINF/IEC. 222 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 13 Informação sobre a utilização de cartões de pagamento do governo federal, observando-se as disposições dos Decretos nºs 5.355/2005 e 6.370/2008 13.1 Despesas com cartão de crédito corporativo Tabela 164 Despesas com cartão de crédito corporativo por UG e por portador em 2011 Código da UG 1 257003/01 Limite de Utilização da UG Valor 109.660.642-91 Valor do Limite Individual 22.000,00 Saque - Fatura 3.091,21 124.579.812-04 20.000,00 - 6.293,47 6.293,47 218.203.762-49 16.000,00 - 7.960,07 17.344,75 7.960,07 17.344,75 Portador Raimundo Bahia Pantoja Luiz Carlos Gomes dos Santos Augusto Pereira Cordeiro Total utilizado pela UG Fonte: SOINF/IEC. R$ 58.000,00 CPF Total 3.091,21 13.1.1 Utilização dos cartões de crédito corporativo da unidade Tabela 165 Despesas com cartão de crédito corporativo (Série Histórica) realizadas pelo IEC em 2011 Exercícios Quantidade 2011 2010 2009 Fonte: SOINF/IEC. Saque Fatura (a) Valor - Quantidade 21 23 25 (b) Valor 17.344,75 29.783,85 27.024,41 Total (R$) (a+b) 17.344,75 29.783,85 27.024,41 14 Informações sobre as Renúncias Tributárias contendo declaração do gestor de que os beneficiários diretos da renúncia, bem como da contrapartida, comprovaram, no exercício, que estavam em situação regular em relação aos pagamentos dos tributos juntos à Secretaria da Receita Federal do Brasil SRFB, ao Fundo de garantia do tempo de Serviço FGTS e à Seguridade Social O IEC não realizou renúncias tributárias no exercício de 2011, conforme Declaração (Anexo K). 15 Informações sobre as providências adotadas para atender às deliberações exaradas em acórdãos do TCU ou em relatórios de auditoria do órgão de controle interno que fiscaliza a unidade jurisdicionada ou as justificativas para o seu não cumprimento O IEC não recebeu deliberações exaradas pelo TCU no exercício de 2011, conforme Declaração (Anexo L). 223 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 16 Informações sobre o tratamento das recomendações realizadas pela unidade e controle interno, caso exista na estrutura do órgão, apresentando as justificativas para os casos de não acatamento O IEC não posse Setor de Controle Interno, conforme Declaração (Anexo M). 17 Outras informações consideradas relevantes pela unidade para demonstrar a conformidade e o desempenho da gestão no exercício 17.1 Atividades do Setor de Patrimônio Para cumprir seu papel de registro e controle dos bens patrimoniais móveis e imóveis, o Setor de Patrimônio registrou este ano a aquisição de equipamentos na ordem de R$-9.111.367,26 (Nove milhões, cento e onze mil, trezentos e sessenta e sete reais e vinte seis centavos), visando implementar algumas Seções e modernizar outras, além de ter atendido as demandas de projetos coordenados pela SVS/MS, conforme demonstrativo por Conta Contábil na tabela 166. Tabela 166 Recursos Orçamentários liquidados e inscritos em resto a pagar não processados Restos a Pagar não processados em 2010 (pagos em 2011) 4.323.167,11 Pagamentos efetuados em 2011 (aquisições) 4.788.200,15 Total 9.111.367,26 Fonte: SOMAT/IEC 17.2 Concurso Público Após anos de luta, o IEC conquistou mais uma vitória: a autorização para a realização de concurso público para provimento de 392 cargos, através da Portaria nº 371, de 28.10.2009, publicada no DOU de 29.10.09. Porém o resultado final e homologação do nível superior (área técnica), conforme Edital nº 08, de 28.3.2011.foi publicada no Diário Oficial da União nº 60, apenas no dia 29.3.2011 e a autorização para nomeação se efetivou através da Portaria nº 422, de 5.10.11, publicada no DOU de 6.10.11, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, onde foi autorizada a nomeação de 93 candidatos do concurso público e finalmente através da portaria nº 1.092, de 1.11.11, publicada no DOU de 3.1.11, foi autorizado a nomeação dos 93 candidatos aprovados no concurso , distribuídos da seguinte forma: 56 Pesquisadores em Saúde Pública; 19 Tecnologistas em Pesquisa e Investigação Biomédica e 18 Assistentes Técnicos de Gestão e pesquisa e Investigação Biomédica. O Instituto aguarda agora a nomeação dos 299 aprovados restantes. 17.3 Unidade Descentralizada do IEC no Acre Sempre na perspectiva do que serve melhor para o País e para a região amazônica, o IEC precisava estar em outro Estado amazônico como presença institucional, além da constante interação que tem com todos eles, para servir melhor, inclusive encurtando distâncias. Assim O IEC chegou ao Acre, Estado da Amazônia que acumula diferenças importantes com o resto da região, como por exemplo, a geologia, a colonização feita, sobretudo pelos nordestinos, o que resultou em 224 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 hábitos peculiares. É o único Estado da região onde a pescado não é a principal fonte de proteínas da população. Aliás, parece que a pecuária que lá praticam é da melhor qualidade e, como alternativa alimentar, mais barata do que o pescado. Tem mais, o estado faz limite com partes importantes da Pan Amazônia. Também é por lá que teremos a saída para o pacífico. O estado tem agravos locais que possuem epidemiologia diferenciada e pouco esclarecida. Como exemplo importante tem a Hanseníase e a Hepatite. Para não falar da presença do mercúrio em alguns compartimentos ambientais, que o IEC constatou pela primeira vez e não esclareceu a contento, por falta de estrutura física adequada. Por isso o IEC precisa estar lá com toda a qualidade que possui, e já não era sem tempo. A Fundação Nacional de Saúde (FUNASA) cedeu ao IEC um espaço para sua instalação provisória até que tenha sua sede própria, composto de: uma casa, dois laboratórios no térreo e um galpão. Além desse espaço o LACEN cedeu duas salas, onde será instalado o diagnóstico das infecções respiratórias, inclusive a gripe A (H1N1). 18 Declaração do contador responsável pela unidade jurisdicionada atestando que os demonstrativos contábeis (Balanços Orçamentário, Financeiro e Patrimonial e a Demonstração das Variações Patrimoniais, previstos na Lei n.º 4.320, de 17 de março de 1964) e o demonstrativo levantado por unidade gestora responsável - UGR (válido apenas para as unidades gestoras não executoras), refletem a adequada situação orçamentária, financeira e patrimonial do IEC.(Parte B, Item 1, do anexo II da DN TCU N.º 107, de 27/10/2010) A declaração do contador responsável pelos demonstrativos contábeis do IEC encontrase no anexo N. 225 INSTITUTO EVANDRO CHAGAS Relatório de Gestão/2011 Anexos 226 ORGANOGRAMA DO MINISTÉRIO DA SAÚDE ANEXO A ANEXO B ORGANOGRAMA DO INSTITUTO EVANDRO CHAGAS DIRETORIA ASSESSORIA SEADM CTC SEARH SERV. TEC. CENTIFICO SEVEP SAOFI SODRH SAARB SOALM SOCAD SABMI SOCOM SOPAG SAHEP SOMAT SAMAM CTC – Conselho Técnico Científico SEADM - Serviço de Administração SAOFI – Seção de Execução Orçamentária e Financeira SOALM – Setor de Almoxarifado SOCOM – Setor de Compras SOMAT – Setor de Material e Patrimônio SEARH – Serviço de Recursos Humanos SODRH – Setor de Desenvolvimento de Recursos Humanos SOCAD – Setor de Cadastro SOPAG – Setor de Pagamento SEVEP – Serviço de Epidemiologia SETEC – Serviço Técnico Científico SAARB – Seção de Arbovirologia e Febres Hemorrágicas SABMI – Seção de Bacteriologia e Micologia SAHEP – Seção de Hepatologia SAMAM – Seção de Meio Ambiente SAPAR – Seção de Parasitologia SAPAT – Seção de Patologia SAVIR de Virologia CTC – Seção Conselho Técnico Científico, composto de membros, sendo: SACPA – Seção de Criação e Produção de Animais de Laboratório Presidente: SAPAR SAPAT SAVIR SACPA O Regimento Interno do Instituto Evandro Chagas foi aprovado pela Portaria 2.123, de 07.10.2004, publicada na Seção 1 do D.O.U nº 196, de 11.10.2004, /2003, conforme abaixo: Ao Instituto Evandro Chagas compete: I - desenvolver pesquisas científicas no âmbito das ciências biológicas, do meio ambiente e da medicina tropical que visem, primordialmente, à identificação e ao manejo dos problemas médicosanitários, com ênfase na Amazônia brasileira; II - realizar estudos, pesquisas e investigação científica nas áreas de epidemiologia e controle de doenças e vigilância ambiental em saúde; III - planejar e executar administrativamente todas as atividades necessárias ao desenvolvimento técnico-científico institucional; IV - exercer as atividades de laboratório de referência nacional e regional que lhe forem atribuídas; V - disseminar a produção dos conhecimentos técnico e científico para subsidiar as ações de vigilância em saúde; e VI - coordenar a produção e o fornecimento de insumos biológicos para o diagnóstico laboratorial em apoio às demandas da rede nacional de laboratórios de saúde pública em sua área de competência. Parágrafo único. Para o desempenho de suas funções, o Diretor do Instituto Evandro Chagas contará com dois assistentes técnicos. Ao Serviço de Administração compete coordenar e executar as atividades relacionadas a planejamento, orçamento, finanças, informática e recursos logísticos no âmbito do Instituto Evandro Chagas. À Seção de Execução Orçamentária e Financeira compete: I - executar as atividades relacionadas à programação e à execução orçamentária e financeira; II - analisar os balancetes financeiros; e III - registrar conformidade contábil. Ao Setor de Almoxarifado compete: I - elaborar a relação de materiais de uso comum, necessários à reposição de estoque; II - acompanhar o saldo de materiais, subsidiando informações para fins de planejamento de reposição de estoque; e III - elaborar o relatório mensal de almoxarifado. Ao Setor de Compras compete: I - coordenar, planejar e executar as atividades relativas a compras de bens e à contratação de serviços; e II - controlar e manter atualizados os cadastros de fornecedores, dos prestadores de serviços e dos preços de produtos no mercado. Ao Setor de Material e Patrimônio compete: I - executar as atividades pertinentes ao registro e à atualização de bens móveis e imóveis; e II - elaborar o relatório mensal de bens móveis e imóveis e consolidar os inventários anuais. Ao Serviço de Recursos Humanos compete coordenar, planejar e executar as atividades relacionadas às áreas de administração e desenvolvimento de recursos humanos. Ao Setor de Desenvolvimento de Recursos Humanos compete: I - proceder ao desenvolvimento continuado, incluindo capacitações e treinamentos, dos recursos humanos do Instituto; II - manter registro atualizado de estágios supervisionados; e III - acompanhar as ações relativas ao Plano de Carreiras e ao processo de avaliação de desempenho dos servidores. Ao Setor de Cadastro compete promover os registros e o controle da vida funcional do servidor. Ao Setor de Pagamento compete: I - supervisionar e executar as atividades de pagamento dos servidores ativos, aposentados e pensionistas; II - analisar e encaminhar os expedientes para inclusão em folha de pagamento; e III - instruir processos para reconhecimento de dívidas de pessoal e de exercícios anteriores. Ao Serviço de Epidemiologia compete: I - coordenar e orientar as ações de diagnóstico laboratorial realizadas pelo Instituto, quando demandadas pelos serviços de vigilância epidemiológica de estados e de municípios, promovendo a articulação entre o laboratório e as demais áreas do SUS; e II - coordenar e executar estudos epidemiológicos estratégicos. Ao Serviço Técnico-Científico compete: I - coordenar pesquisas básicas e aplicadas; II - coordenar as atividades de apoio à vigilância epidemiológica na realização do diagnóstico laboratorial; e III - coordenar a execução das atividades laboratoriais, segundo suas atribuições na Rede Nacional de Laboratórios de Saúde Pública, em apoio à vigilância epidemiológica. A Seção de Arbovirologia e Febres Hemorrágicas compete: I - realizar pesquisas básicas e aplicadas das arboviroses e febres hemorrágicas, inclusive as emergentes e reemergentes; II - apoiar as ações de vigilância epidemiológica na realização do diagnóstico laboratorial; e III - executar as atividades laboratoriais, segundo suas atribuições na Rede Nacional de Laboratórios de Saúde Pública, em apoio à vigilância epidemiológica. À Seção de Bacteriologia e Micologia compete: I - realizar pesquisas básicas e aplicadas de doenças bacterianas que integram a lista de doenças de notificação compulsória ou que venham a assumir importância na saúde pública, bem como das micoses; II - apoiar as ações de vigilância epidemiológica na realização do diagnóstico laboratorial; e III - executar as atividades laboratoriais, segundo suas atribuições na Rede Nacional de Laboratórios de Saúde Pública, em apoio à vigilância epidemiológica. À Seção de Hepatologia compete: I - realizar pesquisas básicas e aplicadas relacionadas à hepatologia regional, com a finalidade de caracterizar os agentes infecciosos e não-infecciosos, bem como os demais fatores causais relacionados com os respectivos agravos e doenças, visando à elaboração de estratégias de prevenção e controle; II - apoiar as ações de vigilância epidemiológica na realização do diagnóstico laboratorial; e III - executar as atividades laboratoriais, segundo suas atribuições na Rede Nacional de Laboratórios de Saúde Pública, em apoio à vigilância epidemiológica. À Seção de Meio Ambiente compete: I - realizar pesquisas básicas e aplicadas das doenças e fatores de risco relacionados à vigilância ambiental; II - apoiar as ações de vigilância ambiental na realização do diagnóstico laboratorial; e III - executar as atividades laboratoriais, segundo suas atribuições na Rede Nacional de Laboratórios de Saúde Pública, em apoio à vigilância ambiental. À Seção de Parasitologia compete: I - realizar pesquisas básicas e aplicadas das doenças parasitológicas que venham assumir importância na saúde pública, além de intervir em situações emergenciais; II - apoiar as ações de vigilância epidemiológica na realização do diagnóstico laboratorial; e III - executar as atividades laboratoriais, segundo suas atribuições na Rede Nacional de Laboratórios de Saúde Pública, em apoio à vigilância epidemiológica. À Seção de Patologia compete: I - realizar pesquisas básicas e aplicadas de doenças transmissíveis e outras de interesse em saúde pública; II - apoiar as ações de vigilância epidemiológica na realização do diagnóstico laboratorial; e III - executar as atividades laboratoriais, segundo suas atribuições na Rede Nacional de Laboratórios de Saúde Pública, em apoio à vigilância epidemiológica. À Seção de Virologia compete: I - realizar pesquisas básicas e aplicadas das doenças virais que integram a lista de doenças de notificação compulsória ou que venham a assumir importância na saúde pública; II - apoiar as ações de vigilância epidemiológica na realização do diagnóstico laboratorial; e III - executar as atividades laboratoriais, segundo suas atribuições na Rede Nacional de Laboratórios de Saúde Pública, em apoio à vigilância epidemiológica. À Seção de Criação e Produção de Animais de Laboratório compete: I - criar e promover a reprodução de animais de pequeno e médio porte para os experimentos científicos; II - produzir e fornecer insumos para fins de pesquisas biomédicas; e III - desenvolver estudos e projetos de pesquisas em relação ao comportamento desses animais em cativeiro. ANEXO C RELAÇAO DAS PESQUISAS EM ANDAMENTO NO INSTITUTO EVANDRO CHAGAS EM 2011 PESQUISADOR RESPONSÁVEL FONTES DE RECURSOS TEMPO DE DURAÇÃO Caracterização ultraestrutural e antigênica de novos arbovírus sem taxonomia definida. Pedro Vasconcelos, Sueli Rodrigues, Elizabeth Salbé, Lívia Martins, Socorro Azevedo IEC/SVS 1999-2012 Estudos ecoepidemiológicos da FA e outras arboviroses na Amazônia Brasileira. Pedro Vasconcelos, Sueli Rodrigues, Ana Cecília, Elizabeth Salbé, Socorro Azevedo, Lívia Martins. IEC/SVS 1999-2012 Ana Cecília, Pedro Vasconcelos, Elizabeth Salbé, Márcio Nunes, Sueli Rodrigues FIOCRUZ 2006-2012 Caracterização genética de Phlebo vírus (Bunyaviridae) do complexo Candiru, isolados no IEC Pedro Fernando da Costa Vasconcelos CNPq 2005-2013 Dengue: Produção de antígenos para uso em testes de ELISA para diagnóstico Pedro Fernando da Costa Vasconcelos OPAS/ WASHINGTON (Carta Acordo 107) 2006-2014 Ana Cecília, Pedro Vasconcelos, Elizabeth Salbé, Márcio Nunes, Sueli Rodrigues IEC/SVS e FAPESPA 2009-2011 Pedro Fernando da Costa Vasconcelos CNPq 2006-2012 Ana Cecília, Pedro Fernando da Costa Vasconcelos, Lívia Carício Martins, Jannifer Chiang, Sueli Rodrigues IEC/SVS 2009-2012 Pedro F. C. Vasconelos, Jorge Travassos, Lívia Martins, Socorro Azevedo. IEC/UFPA 2006-2012 Estudo experimental da Febre Amarela em primatas não humanos Callitrix penincillata. Pedro F. C. Vasconcelos, Lívia Carício Martins, Jannifer O. Chiang, Juarez A. S. Quaresma, José A.P.C. Muniz, Paulo Castro. IEC/SVS/MS 2009-2012 Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Febres Hemorrágicas Virais Pedro Fernando da Costa Vasconcelos UFPA; USP; Instituto Butantan; LACENAmapá eTocantins. 2009-2014 Caracterização molecular do genoma de cepas do vírus da Raiva correlacionada à imunopatologia e desenvolvimento de RT-PCR em tempo real. Pedro Fernando da Costa Vasconcelos UFPA e USP 2009-2012 Caracterização genética e desenvolvimento de testes sorológicos e moleculares para os vírus pertencentes ao grupo da febre dos flebótomos (Bunyaviridae: Phlebovirus) isolados na Amazônia Brasileira Pedro Fernando da Costa Vasconcelos, Sueli Guerreiro Rodrigues, Márcio R.T. Nunes IEC/SVS, UTMB, CU 2009-2012 Análise clínico-epidemiológica dos casos notificados de dengue no estado de Rondônia Pedro Fernando da Costa Vasconcelos, Sueli Guerreiro Rodrigues, Rodrigo Paes de Menezes IEC/SVS 2009-2011 PESQUISA ARBOVIROLOGIA Caracterização genotípica de amostras de dengue isoladas no Brasil. Caracterização biológica e molecular do vírus Dengue 2 e 3 causadores de manifestações neurológicas Epidemiologia das infecções causadas por arbovírus, arenavírus e hantavírus na região Amazônica brasileira: Eco-epidemiologia, biologia molecular e infecção experimental Investigação de circulação de Arbovirus em soros de humanos procedentes da cidade de Juruti, Pará Brasil. Caracterização Molecular de cepas do vírus da Raiva no Estado do Pará 1 ANEXO C RELAÇAO DAS PESQUISAS EM ANDAMENTO NO INSTITUTO EVANDRO CHAGAS EM 2011 PESQUISADOR RESPONSÁVEL FONTES DE RECURSOS TEMPO DE DURAÇÃO Estudo epidemiológico dos arbovírus na Amazônia brasileira: estudo da fauna de vertebrados silvestres e entomológica da área de abrangêngia do projeto Juruti, Pará Pedro Fernando da Costa Vasconcelos, Ana Cecília Ribeiro Cruz, Sueli Guerreiro Rodrigues, Maxwell Furtado de Lima IEC/SVS 2009-2011 Caracterização da resposta imune citocínica em infecções humanas por febre do Oropouche Pedro Fernando da Costa Vasconcelos, Euzébio de Oliveira, Juarez Quaresma, Olindo Martins Jr. IEC/SVS, INCT-FHV 2009-2012 Sueli G Rodrigues, Pedro FC Vasconcelos, Maura V dos Anjos IEC/SVS 2010-2011 Pedro F. C. Vasconcelos, Sueli G. Rodrigues, Lívia Caricio Martins IEC/UFPA 2004-2012 OPAS/ Washington (Carta Acordo) 2006 - 2011 Daniele B A Medeiros, Pedro FC Vasconcelos, Elizabeth S T Rosa, Darlene B Simith, Márcio R T Nunes, Ivy Tsuia Esashika Prazeres IEC/SVS 2010-2011 Márcio R T Nunes, Pedro F C Vasconcelos, Darlene B Simith, Elizabeth S T Rosa, Daniele B A Medeiros IEC/SVS 2009-2011 Pedro Fernando da Costa Vasconcelos IEC/SVS 2006-2011 Caracterização molecular de cepas do vírus da encefalite Saint Louis isoladas de mosquitos do gênero Culex no Estado do Pará, Brasil Márcio R T Nunes, Pedro F C Vasconcelos, Daniela S G Rodrigues, Sueli G Rodrigues IEC/SVS, CNPq 2010-2012 Anotação genômica de cepas do vírus dengue 3 sequenciadas por pirossequenciamento Márcio R.T Nunes, Pedro FC Vasconcelos, Davi Toshio Inada, Samir MM Casseb IEC/SVS, Columbia University, CNPq 2010-2012 Pedro F C Vasconcelos, Márcio R T Nunes, Valéria L Carvalho, Helena B Vasconcelos, Clayton Silva IEC/SVS 2008-2012 Márcio R T Nunes, Pedro F C Vasconcelos, Jose A. S. Pantoja, Sueli G. Rodrigues IEC/SVS 2010-2012 Márcio R T Nunes, Pedro F C Vasconcelos, C. Araújo, Sueli G. Rodrigues IEC/SVS 2010-2012 PESQUISA ARBOVIROLOGIA - Continuação... Estudo soroepidemiológico retrospectivo da circulação do vírus da encefalite Saint Louis em populações humanas do estado do Pará, Brasil Neurotropismo e neuropatogenicidade de Infecções experimentais intranasais de certos rhabdovírus amazônicos em camundongos recém nascidos e adultos Vigilance of encephalitis caused by arboviruses in the Brazilian Amazon: perform of Pedro Fernando da Costa Vasconcelos, Sueli G. Rodrigues, serologic survey in equines and birds in two different sentinel sites Lívia C. Martins, Jennifer O. Chiang Caracterização genética de Hantavírus em amostras biológicas de casos de síndrome cardiopulmonar por hantavírus procedentes do estado de Mato Grosso, no período de 2003 a 2007 Caracterização molecular de hantavírus em amostras de roedores procedentes dos estados de Rondônia e Amazonas e padronização da técnica de RT-PCR em tempo real para hantavírus amazônicos Caracterização molecular de flavivírus brasileiros Caracterização molecular e evolutiva dos vírus pertencentes ao grupo Guamá (Bunyaviridae: Orthobunyavirus) isolados na Amazônia brasileira Epidemiologia molecular do vírus Dengue sorotipo 3 no Brasil Desenvolvimento e padronização de testes de RT-PCR e RT-PCR em tempo real para detecção de genoma de diferentes orthobunyavirus 2 ANEXO C RELAÇAO DAS PESQUISAS EM ANDAMENTO NO INSTITUTO EVANDRO CHAGAS EM 2011 PESQUISADOR RESPONSÁVEL FONTES DE RECURSOS TEMPO DE DURAÇÃO Márcio R T Nunes, Pedro F C Vasconcelos, Sueli G Rodrigues, Daisy E A Silva IEC/SVS, St. Andrews University 2010-2013 Epidemiologia sorológica e molecular do vírus Bluetongue no estado do Pará Márcio R T Nunes, Pedro F C Vasconcelos, S. P. Silva IEC/SVS 2010-2013 Estudo molecular e patológico para o vírus Mayaro (Togaviridae: Alphavirus) Ana C R Cruz, Pedro F C Vasconcelos, Sueli G Rodrigues, IEC/SVS,CNPq 2010-2012 Caracterização Molecular de flavivírus isolados na Amazônia brasileira Márcio R T Nunes, Pedro F C Vasconcelos, C. S. Codama, Suel G. Rodrigues IEC/SVS 2010-2012 Epidemiologia molecular da raiva transmitida por morcegos na Amazônia brasileira Pedro F C Vasconcelos, Elizabeth S. T Rosa, Taciana F Barbosa, Márcio R T Nunes, Daniele A B Medeiros, Lívia Casseb IEC/SVS, Columbia University, CNPq 2009-2012 Epidemiologia da raiva rural no estado do Pará Lívia M. Casseb, Pedro F C Vasconcelos, Elizabeth S. T Rosa, Taciana F Barbosa, Márcio R T Nunes, Daniele A B Medeiros, Nábia Rodrigues da Silva Lopes IEC/SVS 2010-2012 Sequenciamento nucleotídico completo e estudo experimental em camundongos jovens de cinco cepas de vírus rábico isoladas no estado do Pará Pedro F C Vasconcelos, Elizabeth S. T Rosa, Taciana F Barbosa, Márcio R T Nunes, Daniele A B Medeiros, Lívia Casseb IEC/SVS, Columbia University, CNPq 2009-2012 Estudo experimental de Dengue em primatas não humanos callitrix penincillata: análise histopatológica e histoquímica Pedro F. C. Vasconcelos, Lívia Caricio Martins, Jannifer O Chiang, Juarez A. S. quaresma, José A. P.C. Muniz, Paulo Castro IEC/SVS 2009-2012 Caracterização molecular de cepas do vírus Mayaro e estudo experimental em camundongos Pedro Vasconcelos, Eliana da Silva, Ana cecília Cruz, Valéria Carvalho, Helena Baldez, Márcio Nunes e Juarez Quaresma IEC/SVS 2009-2012 Estudo da fauna de artropódes hematófagos da suordem nematocara no município de Santa Bárbara, Pará Pedro Fernando Vasconcelos IEC/SVS/MS 2010-2012 Avaliação de 3 protocolos de testes moleculares utilizados no diagnóstico do vírus Dengue Ana Cecília Cruz, Pedro Vasconcelos, Sueli Roderigues e Marcos Moraes Prazeres IEC/SVS/MS 2010-2011 Ana cecília Cruz, Pedro Vasconcelos, Alessandra da C. Miranda IEC/SVS/MS 2010-2012 PESQUISA ARBOVIROLOGIA - Continuação... Papel das proteinas não estruturais e regiões não codificantes do vírus Oropouche (Bunyaviridae: Orthobunyavirus) Caracterização genética do Mosquito aedes aegypti na região norte do Brasil. 3 ANEXO C RELAÇAO DAS PESQUISAS EM ANDAMENTO NO INSTITUTO EVANDRO CHAGAS EM 2011 PESQUISADOR RESPONSÁVEL FONTES DE RECURSOS TEMPO DE DURAÇÃO Márcio Nunes, Pedro Vasconcelos e R. Saldanha IEC/SVS/MS 2010-2012 Efeito genotóxico do metilmercúrio avaliado em cromossomos metafásicos obtidos a partir de cultura de linfócitos Nelson Antonio Bailão Ribeiro IEC/SVS 2010-2011 Caracterização Citogenética em Primatas Não-Humanos, da Família Callitrichidae, Mantidos em Cativeiro, no Centro Nacional de Primatas. Nelson Antonio Bailão Ribeiro IEC/SVS 2010-2011 Efeito genotóxico de antivirais a serem utilizados no tratamento da Hepatite B – Tenofovir, Adefovir e Entecavir, avaliado em cromossomos metafásicos obtidos a partir de cultura de linfócitos. Nelson Antonio Bailão Ribeiro IEC/SVS 2010-2011 Pedro Fernando da Costa Vasconcelos, Antonio Gregório Dias Jr., Ana C Cruz, Márcio R. T. Nunes INCT-FHV, CNPq, CAPES 2011-2013 Pedro Fernando da Costa Vasconcelos, Alice Louise Nunes Queiroz, José Antônio Picanço Diniz, Márcio R. T. Nunes IEC/SVS/MS 2011-2013 Pedro Fernando da Costa Vasconcelos, Ana Letícia Scaldelai Bernardi, Elizabeth Salbé travassos da Rosa, Darlene B Simith INCT-FHV 2011-2013 Caracterização de linhagenm celular derivada de adenoma pleomórfico. Nelson Antonio Bailão Ribeiro IEC/SVS/MS 2011-2013 Análise Filogenética a partir de dados moleculares, de espécies pertencentes à família Phyllostomatidae Nelson Antonio Bailão Ribeiro IEC/SVS/MS 2011-2013 Caracterização molecular e análise filogenética de primatas da família Callitrichidae, mantidos no Centro Nacional de Primatas Nelson Antonio Bailão Ribeiro IEC/SVS/MS 2011-2013 Olinda Macêdo IEC/SVS/MS 2001 Contínua Wyller Alencar de Mello OPAS Estudo prospectivo Mirleide Cordeiro dos Santos IEC/SVS/MS Estudo prospectivo Rita Catarina Medeiros de Souza IEC/CNPq Estudo prospectivo PESQUISA ARBOVIROLOGIA - Continuação... Caracterização do vírus Tucunduba na Amazônia Brasileira, cepas AR279 e H409029 Caracterização de Micro RNA em Dengue Caracterização antigênicas, estrutural e molecular de vírus isolado em Rio Branco, Acre Pequisa de anticorpos para Arenavírus em soros negativos para Hantavírus na Amazônia Brasileira VIROLOGIA Diagnóstico Sorológico do HIV/AIDS. Caracterização antigênica e genética de cepas do vírus da influenza Detecção e caracterização molecular de vírus respiratório sincicial (VRS) em casos de infecção respiratória aguda Perfil da resistência dos vírus da influenza humana aos antivirais 4 ANEXO C RELAÇAO DAS PESQUISAS EM ANDAMENTO NO INSTITUTO EVANDRO CHAGAS EM 2011 PESQUISADOR RESPONSÁVEL FONTES DE RECURSOS TEMPO DE DURAÇÃO Pesquisa de novos agentes virais (metapneumovírus, bocavírus e coronavírus) associados a infecção respiratória Wyller Alencar de Mello IEC/CNPq Estudo prospectivo Pesquisa de papiloma vírus na Amazônia Wyller Alencar de Mello ILPC/IEC/SVS Estudo prospectivo Detecção de papilomavírus humano em neoplasia de prostata no Estado do Pará Rodrigo Velasco Duarte Silvestre IEC/CNPq 2008 - Estudo prospectivo Caracterização molecular do vírus de Epstein Barr (EBV) em tecidos de pacientes suspeitos de doença de Hodgkin da região Amazônica Brasileira, no período de 2007 a 2009 Talita Monteiro IEC/SVS 2007-2011 Pesquisa em enterovírus em casos de paralisia flácida aguda (PFA) ocorridos na Região Norte do Brasil e em dois estados da região Nordeste. Mª de Lourdes C. Gomes IEC/SVS/MS, OPAS Desde 2001 Contínua Sorotipagem de enterovírus isolados de casos de paralisia flácida aguda Maria de Lourdes C. Gomes IEC/SVS/MS 2007-2011 Caracterização molecular de rotavírus em crianças de Belém-PA e outras localidades. Joana Mascarenhas IEC/SVS/MS Continua Genes estruturais e não-estruturais de rotavírus A circulantes em Belém, Pará Joana Mascarenhas CNPq 2009 - 2013 Detecção de picobirnavírus em crianças com gastrenterite aguda hospitalizadas em Belém, Pará Joana Mascarenhas IEC/SVS 2010-2012 Detecção de rotavírus do Grupo C circulantes em crianças com gastrenterite aguda hospitalizadas em Belém, Pará Joana Mascarenhas IEC/SVS 2010-2012 Detecção e caracterização molecular de rotavírus associados a casos esporádicos e surtos de gastrenterite em neonatos e crianças internados na Santa Casa de Misericórdia do Pará. Joana Mascarenhas IEC/SVS 2011-2013 Detecção de vírus causadores de gastroenterite em amostras de água oriundas de diferentes ecossistemas aquáticos na Região Metropolitana de Belém-Pa. Yvone Gabbay Mendes/ Joana D'Arc Pereira Mascarenhas SEDECT/ FAPESPA/ IEC 2008-2011 Joana D´arc Pereira Mascarenhas SEDECT/FAPESPA/ IEC 2008-2012 Detecção e caracterização molecular das diarréias por astrovírus e calcivírus entre crianças da comunidade quilombola de Abacatal, município de Ananindeua Yvone Gabbay Mendes, Joana D´arc Pereira Mascarenhas SEDECT/PAPESPA/IEC /SVS 2008-2011 Pesquisa de rotavírus em leitões durante o pré-desmame na região metropolitana de Belém Joana D´arc Pereira Mascarenhas SEDECT/PAPESPA/IEC /SVS 2008-2011 PESQUISA VIROLOGIA - Continuação Avaliação clínica, epidemiológica e molecular das diarréias por agentes virais e parasitários entre crianças da comunidade quilomba do Abacatal, município de Ananindeua 5 ANEXO C RELAÇAO DAS PESQUISAS EM ANDAMENTO NO INSTITUTO EVANDRO CHAGAS EM 2011 PESQUISADOR RESPONSÁVEL FONTES DE RECURSOS TEMPO DE DURAÇÃO Pesquisa de calcivírus em leitões durante o pré-desmame na região metropolitana de Belém Yvone Gabbay Mendes, Joana D´arc Pereira Mascarenhas SEDECT/PAPESPA/IEC /SVS 2008-2011 Impacto da doença causada por rotavírus: morbidade, mortalidade e monitorização de amostras. (Projeto multicêntrico com a coordenação central da SVS) . Alexandre Linhares IEC/SVS/MS e OPAS Contínua Estudo caso-controle para avaliar a efetividade da vacina Rotarix na prevenção de gastroenterite grave por rotavírus (SGE por RV) entre crianças hospitalizadas nascidas após 6 de março de 2006 e com pelo menos 12 semanas de idade em Belém, no Brasil Alexandre Linhares GlaxoSmithKline do Brasil Ltda. e IEC 2008-2011 HHV-6 e HHV-7 na gênese de síndromes diversas Darleise Oliveira IEC/SVS 2009-2011 Caracterização molecular dos Eritrovírus B19 e de suas variantes V9 e A6 Darleise Oliveira IEC/SVS 2009-2011 Análise sorológica e Molecular da Associação do Vírus Varicela-Zoster em individuos com Diagnóstico Clínico de Paralisia Facial Periférica em Belém, Pará, Brasil. Talita Monteiro, Marcos Rogério Menezes IEC/SVS/MS e Santa Casa de Misericórdia 2008-2011 Caracterização molecular dos enterovírus não pólio (EVNP) isolados de casos de deficiência motora aguda e flácida, na região norte do Brasil no período de 1996 a 2006. Alexandre Linhares IEC/ SVS 2010-2011 Rodrigo Vellasco Duarte Silvestre IEC/SVS Estudo prospectivo 5 anos Análise Molecular de rotavírus tipo G9 de crianças na região norte do Brasil. Joana Mascarenhas IEC/SVS 2011-2015 Caracterização genética dos genes que codificam para as proteínas estruturais e não estruturais dos rotavírus genótipo G2 que circularam na região norte do Brasil antes e após a introdução da vacina contra rotavírus. Joana Masca-renhas IEC/SVS 2011-2015 Detecção e caracterização molecular de norovírus e astrovírus associados a casos esporádicos e surtos de gastrenterite em neonatos e crianças internados na Santa Casa de Misericórdia do Pará. Yvone Gabbay Mendes/Joana Mascarenhas IEC/SVS 2011-2013 Yvone Gabbay/Alexandre Linhares IEC/SVS e OPAS Contínua Yvone Gabbay IEC 2008-2011 PESQUISA VIROLOGIA - Continuação Projeto de rastreamento do carcinama de colo uterino e de suas lesoes precursoras com sistema "co-teste" Belém - Pará Detecção de norovírus em amostras provenientes da Rede de Vigilância das Gastrenterites por Rotavírus- Região Norte. Detecção de norovírus e astrovírus em amostras provenientes do estudo casocontrole realizado para avaliar a efetividade da vacina Rotarix na prevenção de gastroenterite grave por rotavírus (SGE por RV) 6 ANEXO C RELAÇAO DAS PESQUISAS EM ANDAMENTO NO INSTITUTO EVANDRO CHAGAS EM 2011 PESQUISA PESQUISADOR RESPONSÁVEL FONTES DE RECURSOS TEMPO DE DURAÇÃO Avaliação das alterações ambientais e sociais e sua influência no quadro nosológico nas áreas de influência das minas de ferro do complexo Carajás S11D, Projeto Serra Leste, Mina do Manganês do Azul e do Salobo. Lívia Carício VALE/FVRD/ SALOBO/RDM 05.10.2011 a 04.10.2014 Hepatites virais na àrea do Projeto Juruti, Pará: aspectos epidemiológicos, clínicos e prevenção Manoel Soares OMNIA/IEC/SVS 2006-2011 Desenvolvimento e padronização de técnicas biomoleculares para detecção, quantificação e genotipagem dos virus das hepatites B e D em casos de hepatite fulminante. Manoel Soares MCT-CNPq-IEC/SVS 2008-2011 Desenvolvimento e padronização de técnicas biomoleculares para detecção, quantificação e genotipagem dos virus das hepatites B e D em casos de hepatite fulminante. Manoel Soares MCT-CNPq-IEC/SVS 2008-2011 “Reavaliação laboratorial de infecção pelo vírus da hepatite C em dialisados atendidos no período de 1990-1993, Belém, Pará, Brasil” Manoel Soares IEC/SVS 2011-2012 “Manifestações dermatológicas numa casuística de doença hepática, em um hospital de referência, Belém, Pará, Brasil” Manoel Soares IEC/SVS 2011-2012 Francisco Lúzio de Paula Ramos IEC/SVS/MS Início 1965 Contínua Mª Luiza Lopes IEC/SVS/MS 1999 - Contínua Estudo etioepidemiológico das doenças bacterianas nas áreas de influência do projeto SALOBO. Maria Luiza Lopes CVRD 2006-2012 Implantação da técnica de cultura de células monucleadas do sangue periférico com proteinas específicas de M. Leprae e posterior de mensuração da citocina interferograma para implementar o diagnóstico da Hanseníase Pance Bacilar Maria do Perpétuo Socorro Corrêa Amador IEC/SVS/MS, FIOCRUZ 2006-2015 Caracterização Fenotípica e Genotípica de Serratia marcescens Associadas à Infecção Nosocomial Karla Valéria Batista Lima Laboratório Paulo Azevedo/ IEC 2006-2011 Estudo de portadores de enteropatogenos bacterianos entre trabalhadores imigrantes contratados pelo projeto de mineração Edvaldo Carlos Brito Loureiro VALE/FVRD/ SALOBO/IEC/SVS 2008-2012 Estudo de transmissores e reservatórios silvestres de Salmonella Edvaldo Carlos Brito Loureiro VALE/FVRD/ SALOBO/IEC/SVS 2008-2012 Silvia Helena Marques da Silva IEC/ SVS/ MS 2006-2012 EPIDEMIOLOGIA HEPATOLOGIA BACTERIOLOGIA Estudo Clínico Epidemiológico e Laboratorial da Febre Tifóide na Amazônia com particular referência ao Estado do Pará Perfil da Resistência Primária de M. tuberculosis aos Tuberculostáticos Padronizados em Portadores de Tuberculose Pulmonar Identificação molecular de leveduras 7 ANEXO C RELAÇAO DAS PESQUISAS EM ANDAMENTO NO INSTITUTO EVANDRO CHAGAS EM 2011 PESQUISADOR RESPONSÁVEL FONTES DE RECURSOS TEMPO DE DURAÇÃO Ana Roberta Fusco da Costa IEC/ SVS/ MS 2009-2013 Diagnóstico Molecular da Leptospirose Ana Roberta Fusco da Costa e Maria Luíza Lopes IEC/ SVS/ MS 2009-2012 Diagnóstico Molecular de Menigites Bacterianas Ana Roberta Fusco da Costa e Maria Luíza Lopes IEC/ SVS/ MS 2009-2012 Infecções Fúngicas Sistêmicas em Pacientes Portadores do Vírus HIV: Soroepidemiologia, Caracterização do Perfil Imune e Análise do Polimorfismo do Gene da Proteína MBL (Mannose Binding Lectin ) Maurimélia Costa IEC/SVS/MS 2008-2012 Diversidade genética de Mycobacterium tuberculosis obtidos a partir de pacientes multibacilares diagnosticados no município de Belém e Ananindeua, Pará, Brasil. Karla Valéria Batista Lima IEC/ CNPq 2009- 2012 Flávia Corrêa Bastos IEC/SVS/MS 2009-2012 Neila Brito IEC/SVS/MS 2009-2011 Marcia Baia IEC/SVS/MS 2009-2011 Maísa da Silva Sousa UFPA/ IEC 2010-2012 Karla Valéria Batista Lima SANTA CASA DE MISERICÓRDIA/ IEC 2010-2012 Diagnóstico sorológico da paracoccidioidomicose utilizando partículas de látex Silvia Helena Marques da Silva UFPA/ LAB. DE SOROLOGIA DAS MICOSES/ IEC 2010-2012 Características Morfológicas e Imunogênicas de Isolados Fúngicos de Fonsecaea pedrosoi Silvia Helena Marques da Silva IEC/MS 2008-2012 Francisco Lúzio IEC/MS 2008-2012 Silvia Helena Marques da Silva IEC/MS 2011 a 2012 Silvia Helena Marques da Silva IEC/MS 2011 a 2012 PESQUISA BACTERIOLOGIA - Continuação.... Taxonomia polifásica de membros do complexo Mycobacterium simiae isolados de espécimes pulmonares no estado do Pará, Brasil Heterogeneidade genética de isolados de Shigella spp no estado do Pará, revelada por eletroforese de campo pulsado (PFGE) Caracterização Genética de Salmonella entérica sorovar Panama isoladas de Ambientes Aquáticos no Estado do Pará, determinados por PFGE. Caracterização Molecular de Vibrio cholerae O1 sacarose negativa, isolados de processos entéricos humanos e de ambiente na Amazônia Brasileira. Diversidade de micobactérias em pacientes HIV positivos atendidos pelo Hospital Universitário João de Barros Barreto em Belém – Pará Caracterização genética de Serratia marcescens proveniente de ambiente hospitalar Estudo Bacteriológico, com ênfase à Salmonella Typhi , do conteúdo biliar de colecistopatas submetidos à colesitectomia em Hospital Público de Belém Avaliação de exoantígenos bruto de isolados de Paracoccidioides brasiliensis no diagnóstico sorológico da paracoccidioidomicose experimental Características bioquímicas, imunogênicas e moleculares de fungos do gênero Trichosporon. 8 ANEXO C RELAÇAO DAS PESQUISAS EM ANDAMENTO NO INSTITUTO EVANDRO CHAGAS EM 2011 PESQUISADOR RESPONSÁVEL FONTES DE RECURSOS TEMPO DE DURAÇÃO Silvia Helena Marques da Silva IEC/MS 2011 a 2012 Silvia Helena Marques da Silva IEC/MS 2011 a 2013 Silvia Helena Marques da Silva IEC/MS 2011 a 2013 Joana Favacho IEC/UFPA 2011-2016 Caracterização Epidemiologica e Molecular de Infecções bacterianas Sexualmente Transmissiveis Joyce Favacho Nogueira IEC/UFPA 2011-2016 Avaliação do padrão de resistência, epidemiológico e genético dos casos de tuberculose encaminhados para teste de sensibilidade no Pará Karla Valéria Batista Lima IEC/MS 2010-2012 Silvia Helena Marques da Silva CNPq/IEC 2008-2013 Perfil da Infecção por Clamídia em Grávidas: Aséctos diagnósticos e Preventivos Joana Favacho IEC/PIBIC-CNPq 2011-2012 Otimização de PCR para o Diagnóstico de Chlamydia trachomatis em grávidas oriundas do APS/SUS de Belém e Ananindeua Joyce Nogueira IEC 2011-2012 Impactos do Mercúrio na saúde de populações Amazônicas: implicações para a vigilância em saúde ambiental Dra. Elizabeth Santos IEC/SVS/MS 2007-2011 Avaliação de Saúde Humana e ambiente com ênfase em mercúrio em cidades do Estado do Acre Dra. Elizabeth Santos IEC/CENSIPAM 2009-2011 Dr. Bruno Santana Carneiro IEC e SECTAM 2002-2011 Programa de Monitoramento e Controle em Saúde e Meio Ambiente nas Áreas Industriais e Portuárias dos Municípios de Barcarena e Abaetetuba, Estado do Pará Dr. Marcelo de O. Lima IEC/SVSV/MS 2008-2012 (com previsão de prorrogação até 2014) Estudo da poluição atmosférica das áreas industriais e portuárias do município de Barcarena Dr. Rosivaldo de A. Mendes IEC/ SVS 2008- 2011 PESQUISA BACTERIOLOGIA - Continuação.... Dermatofitose e Seus Agentes Etiológicos: casos registrados no Serviço de Dermatologia da Universidade Federal do Pará no período de 2010 a 2012. Desenvolvimento e avaliação do teste de aglutinação com partículas de látex utilizando anticorpo policlonal para detecção da antigenemia na paracoccidioidomicose. Avaliação da atividade Antifúngica dos óleos essenciais de Alecrim e Copaíba sobre leveduras do gênero Candida recuperadas da cavidade oral de pacientes com estomatite protética. Estudo Epidemiologico e Imunologico de infecções bacterianas sexualmente transmissiveis Uso de partículas de látex no diagnóstico da paracoccidioidomicose MEIO AMBIENTE Dinamica fisico-quimica de Ions contaminantes nas águas superficiais na região do entorno da cidade de Belém-Pará. 9 ANEXO C RELAÇAO DAS PESQUISAS EM ANDAMENTO NO INSTITUTO EVANDRO CHAGAS EM 2011 PESQUISADOR RESPONSÁVEL FONTES DE RECURSOS TEMPO DE DURAÇÃO Estudo epidemiológico de TORCH em gestantes e mulheres em idade fértil no município de Juruti Dra. Dorotéia L. da Silva IEC/SVS 2009-2011 Morbimortalidade da citomegalovirose e pesquisa de resistência antiviral em pacientes com AIDS Dra. Dorotéia L. da Silva IEC/SVS 2010-2011 Zooplâncton como Indicador da Qualidade Ambiental em uma Região portuária no Estado do Pará, Brasil Samara Cristina Pinheiro IEC/SVS 2009-2011 Dra. Lena Lilian Canto de Sá IEC/ FAPESPA 2010-2013 Caracterização da Diversidade Molecular de Cianobactéias na Região de Abaetetuba e Barcarena - Pará, Amazônia, Brasil. Francisco Arimatéia dos Santos Alves IEC/SVS 2009-2011 Diversidade genética e aplicações na pesquisa de resistência antiviral em pacientes imunodeficientes Dra. Dorotéia L. da Silva IEC/SVS 2010-2013 Uso do Fitoplancton como Bioindicador da qualidade de Água em uma área industrial do Estado do Pará, Brasil Vanessa Bandeira da Costa IEC/SVS 2009-2011 Incidência e prevalência da Citomegalovirose em pacientes com câncer do Hospital Ophir Loyola Dra. Dorotéia L. da Silva IEC/SVS 2010-2011 Avaliação continuada das crianças da região do Tapajós quanto a exposição ao mercúrio, Itaituba-Pa Dra. Elisabeth Conceição Oliveira Santos SECTAM/ PA 2010-2012 Dinâmica do fitoplâncton de uma região portuária e industrial no estado do Pará, Brasil Vanessa Bandeira da Costa IEC/SVS 2011-2014 Avaliação da Qualidade da Água Destinada ao Consumo Humano no principal manancial de abastecimento de Belém - Pa, Brasil Dra. Lena Lilian Canto de Sá IEC/SVS 2009-2011 Cianobactérias Dinâmica do fitoplâncton de uma região portuária e industrial no estado do Pará, Brasil Aline Lemos Gomes IEC/SVS 2011-2013 Variação Horizontal e Vertical do Fitoplâncton do lago da Usina Hidrelétrica de Tucuruí (Pará, Brasil) Vanessa IEC/SVS 2011-2013 Francisco Arimatéia dos Santos Alves IEC/SVS 2010-2014 Dr. Edvaldo Oliveira IEC/SVS 2010-2011 PESQUISA MEIO AMBIENTE - Continuação.... Estudo multicêntrico de demografia e saúde no arquipelago do Marajó Bioprospecção de Moléculas Protéicas de Cianobactérias do Rio Pará - Barcarena, Pará, Amazônia, Brasil. Implantação de exames Cariotípicos por Hibridização in situ em casos encaminhados pelo SUS ao laboratório de Citogenética Humana e Médica da Universidade Federal do Pará 10 ANEXO C RELAÇAO DAS PESQUISAS EM ANDAMENTO NO INSTITUTO EVANDRO CHAGAS EM 2011 PESQUISA PESQUISADOR RESPONSÁVEL FONTES DE RECURSOS TEMPO DE DURAÇÃO Sebastião Aldo Valente IEC/SVSV/MS Contínua Sebastião Aldo Valente, Vera Valente e Ana Yecê Pinto IEC/SVSV/MS 2008 - Contínua Vera e Sebastião Aldo Valente IEC/SVSV/MS 2008 - Contínua Vera Valente, Sebastião Aldo Valente e Ana Yecê Pinto SES e SMS do PA, AP e MA 2008 - Contínua Ana Yecê Pinto e Sebastião Aldo Valente IEC/SVS/MS, Hospital de Clínicas Gaspar Viana, Hoispital Fundação Santa Casa de Misericórdia 2008 - Contínua Ediclei do Carmo, Marinete Póvoa IEC Início 1996 Continuada Dra. Marinete Marins Póvoa / Ediclei Lima do Carmo CNPq (edital universal) 2009-2011 Ediclei do Carmo/Marinete Póvoa IEC 2010-2011 Izabel Rodrigues, Iracilda Sampaio, Marcelo Valinoto, Horácio Schneider IEC/SVS Início em 2010 Contínua Izabel Rodrigues, Iracilda Sampaio, Stefan Geiger e Daniel V. Santos IEC/SVSV/MS 2010 - Contínua PARASITOLOGIA Adequação e credenciamento do IEC como Laboratório Macro regional de referência para doença de Chagas na Amazonia Brasileira de pessoal e automação Epidemiologia clínica(seguimento de casos e respostas ao tratamento) e molecular de tripanossomíases em populações da Amazônia Novos métodos diagnósticos de Doença de Chagas Dinâmica de transmissão da doença de Chagas na Amazônia Brasileira. importãncia da transmissão oral e os surtos de DCA ocorridos na Amazônia. Relação com alimentos ingerido in natura, com ênfase no açaí Adequação do IEC como ambulatório de referência para seguimento de casos tratados sob protocolos de pesquisa médica Estudo da Toxoplasmose no Pará Características soroepidemiológicas e moleculares da infecção pelo Toxoplasma gondii em humanos, suínos e galináceos no Estado do Pará Investigação epidemiológica e laboratorial para toxoplasmose no Municipio de Novo Repartimento-Pa Identificação molecular e de infecção em planorbídeos vetores da esquistossomose pela técnica do Multiplex-PCR Colonização em laboratório de espécies de planorbídeos de interesse médico para a esquistossomose mansônica com aplicação em estudos biológicos e imunológicos Estudo de sazonalidade de caramujos Biomphalaria com importância epidemiológica. Rede Amazônica de Vigilância da Resistência às Drogas Antimaláricas RAVREDA Brasil (USAID/OPAS/OMS/IEC/SVS/MS) Saúde no Município de Juruti: Cenário atual, desafios e possibilidades - Subprojeto: Doenças transmitidas por vetores Izabel Rodrigues , Marcelo Valinoto, Martin Enk, Stefan Geiger IEC/SVS-MS-CVRD, Continuação prevista até Projeto SALOBO, VALE 2014 Marinete Póvoa USAID/OPAS/OMS/IEC/ SVS/MS Contínua Marinete Marins Póvoa IEC/CNPq/ ALCOA 2006-2011 11 ANEXO C RELAÇAO DAS PESQUISAS EM ANDAMENTO NO INSTITUTO EVANDRO CHAGAS EM 2011 PESQUISADOR RESPONSÁVEL FONTES DE RECURSOS TEMPO DE DURAÇÃO Marinete Marins Póvoa CDC-USA/IEC 2010-2012 Dra. Marinete Marins Póvoa IEC/FAPESPA/CNPq 2010-2013 Estudo genético dos vetores de Malária Marinete Póvoa IEC/SVS/ NIH/USA 2004-2012 Malária: Prevalência e seus transmissores na área de influência do projeto SALOBO Marinete Póvoa CVRD 2008-2011 Dra. Marinete Marins Póvoa UFMG 2008-2012 Ediclei do Carmo, Marinete Póvoa IEC/SVSV/MS Contínua Dra. Mônica Silva PIBIC/CNPq/ IEC/SVSV/MS 2007- Contínua Fatores de risco para Leishmaniose Visceral em área de influência da mineração de bauxita em Juruti, Pará. Dra. Lourdes Maria Garcez OMNIA MINÉRIOS LTDA e CNPq 2008 - 2011 Focos de Leishmaniose visceral canina no município de Juruti, Pará: Um fator de risco para urbanização da doença humana. Dra. Lourdes Maria Garcez Alcoa Alumínio S/A e CNPq 2008 - 2011 Dr. Fernando Silveira e Dra. Edna Ishakawa CNPq/FUNTEC Contínua Dr. Adelson Alcimar Almeida Souza IEC/SVSV/MS Início 1965 Continuada Dr. Adelson Souza e Dr. Fernando Silveira IEC/SVSV/MS Continuada Dr. Fernando Silveira IEC/SVSV/MS Início 1988 Contínua Resposta Terapêutica inadequada na malária por Plasmodium vivax tratada com cloroquina - Resistência e/ou nível sanguíneo insuficiente da droga José Ribamar Mesquita Teixeira IEC e UEPA set/2006 - fev/2011 Adesão ao tratamento da malária durante o pré-natal, com realização simultânea de rastreamento para co-infecções com potencial para complicações maternofetais: sífilis, HIV e HTLV José Maria de Souza SEDECT/ FAPESPA out/2008 a 30.10.2011 PESQUISA PARASITOLOGIA - Continuação.... Vigilância da Expressão dos Genes para HRP2 e HRP3 em Plasmodium falciparum na América do Sul: Uma avaliação Prospectiva Rede Paraense de Malária Atividade antiplasmodial de produtos de plantas amazônicas Atualização do perfil soroepidemiológico de toxoplasmose nos diferentes grupos de risco Diagnóstico da Criptosporidiose e identificação molecular de Cryptosporidium parvum em pacientes com o vírus da Imunodeficiência Humana Estudo e caracterização dos parasitas causadores de Leishmaniose Identificação e classificação dos vetores de Leishmaniose Identificação e classificação dos reservatórios de Leishmaniose Estudo imunológico das Leishmaniose em humanos e primatas não humanos 12 ANEXO C RELAÇAO DAS PESQUISAS EM ANDAMENTO NO INSTITUTO EVANDRO CHAGAS EM 2011 PESQUISA PESQUISADOR RESPONSÁVEL FONTES DE RECURSOS TEMPO DE DURAÇÃO Rosana Libonati e Julius C. M. Soares Monteiro IEC 2009- 2011 Marco Antonio V. Santos IEC/SVSV/MS 2006-2011 Izabel Rodrigues e Marco Antonio V Santos IEC/SVSV/MS Início 2007 - contínua Izabel Rodrigues, Mônica Moraes, Regina Peralta e J. Mauro Peralta CNPq/UFRJ, CDC(Atlanta) 2008-Contínua PARASITOLOGIA - Continuação.... Malária por Plasmodium Falciparum: Análise da associação dos níveis séricos e eritrocitários da mefloquina e da carboximefloquina com os níveis séricos das lipoproteínas de alta densidade - HDL Estudo de hemócitos de Biomphalaria glabrata através de técnica de "Patch-clamp Determinação dos índices de infecção em planorbídeos vetores da esquistossomose em Belém e Nordeste do Pará Genotipagem de protozoários intestinais com importância médica Determinação dos índices de infecção por helmintos em humanos atendidos no IEC Izabel Rodrigues Estudo epidemiológico das geohelmintoses Izabel Rodrigues UFPA, 4ª RPS 2007-2011 Pedro Melillo de Magalhães IEC/ SVS/ MS 2010-2012 Maria Deise de Oliveira Ohnishi IEC/ SVS/ MS 2010-2011 IEC-CDC 2010 - 2011 Pesquisa clínica do Fitoterápico de artemisia Annua L (Follium) no tratamento da malária P. Falciparum Comprometimento pulmonar e sua relação com as variantes do Plasmodium vivax e com as citocinas TNF-ɒ IL-10 e IL-12β Estudo Multicêntrico Aberto, Randomizado, Fase 4, Sobre Uso das Combinações Artemether-Lumefantrine(AL) ou Mefloquine-Artesunate no Tratamento da Malária José Maria de Souza e Ana Maria Revorêdo da Silva Ventura Falciparum Não Complicada em Grávidas no Brasil CORE-PA, SESPA , 4ª Início 2007 - Contínua RPS Avaliação da correlação das manifestações clínico-hematológicas com o perfil lipídico e o estresse oxidativo em indivíduos com malária vivax. Ana Maria R. S. Ventura UEPA 2010 - 2011 Correlação entre a intensidade das manifestações clínicas, presença do pigmento malárico intraleucocítico e níveis de fator de necrose tumoral e de interleucina-10 em indivíduos com malária vivax. Ana Maria R. S. Ventura IEC/ SVS/ MS 2010 - 2011 Ary Chaves da Costa Braga IEC/ SVS/ MS 2010-2011 Frederico Augusto Rocha Neves IEC/ SVS/ MS 2010-2011 Avaliação do perfil lipídico em gestantes com malária Perfil lipidico de uma população residente em área endêmica para malária 13 ANEXO C RELAÇAO DAS PESQUISAS EM ANDAMENTO NO INSTITUTO EVANDRO CHAGAS EM 2011 PESQUISADOR RESPONSÁVEL FONTES DE RECURSOS TEMPO DE DURAÇÃO Rosana Libonati IEC/ SVS/ MS 2010-2011 Estudo prospectivo sobre a dinâmica de evolução clínica e imunológica de infecção canina por L. (L.) chagasi no município de Barcarena, Estado do Pará Fernando Tobias Silveira IEC/ SVS/ MS 2010-2011 Preparo de antígeno com a cepa L. (L.) chagasi para realização da reação intradérmica de Montenegro em cães. Fernando Tobias Silveira IEC/ SVS/ MS 2010-2011 Dra. Lourdes Garcez FAPESPA 2010 - 2012 Diversidade na etiologia da Leishmaniose Tegumentar em dois municípios no Oeste do Pará: Relação com o perfil clínico-epidemiológico e com a resposta ao tratamento. Dra. Lourdes Garcez CNPq 2010 - 2012 Epidemiologia da Leishmaniose visceral em área sob influência de mineração de bauxita no município de Juruti, Pará Dra. Lourdes Garcez ALCOA e CNPq 2007 - 2011 Lourdes Maria Garcez ENSP/FIOCRUZ, UEPA E IEC 2009 - 2011 Lourdes Maria Garcez ENSP/FIOCRUZ, UEPA E IEC 2009 - 2011 Disponibilização de primatas neotropicais (novo mundo) e da espécie Chlorocebus aethiops (espécie do velho mundo) para pesquisas com células-tronco adultas e embrionárias como modelo biológico para terapias celulares” Klena Sarges Marruaz da Silva IEC/ SVS/ CNPQ 2009-2012 “Avaliação de Parâmetros hematológicos e fisiológicos em Chlorocebus aethiops induzidos ao Mal de Parkinson e à Leucemia Aguda” Klena Sarges Marruaz da Silva IEC/SVS/CNPQ 2009- Maio de 2011 PESQUISA PARASITOLOGIA - Continuação.... Malária por Plasmodium Vivax: Análise da possível influência da composição corporal na resposta terapêutica primaquina Bases Epidemiológicas para Vigilância e Controle da Leishmaniose Tegumentar no Município de Santarém, Estado do Pará. Fatores epidemiológicos associados à prevalência do tracoma em escolares no estado do Amapá Perfil epidemiológico da leishmaniose visceral humana em Barcarena, um município minerário no estado do Pará, Brasil SEÇÃO DE PRODUÇÃO E CRIAÇÃO DE ANIMAIS DE LABORATÓRIO Uso de células-tronco mesenquimais diferenciadas de medula óssea em primatas da espécie Chlorocebus aethiops submetidos à ostectomia do terço distal do rádio Caracterização de modelo experimental e Estudo dos efeitos terapêuticos do transplante de células tronco humanas em primatas não humanos das espécies Chlorocebus aethiops e Cebus apella induzidos ao Mal de Parkinson. Profª. Érika Branco Klena Sarges Marruaz da Silva IEC/SVS/ FUNDHERP IEC/ SVS/ CNPQ 2009-2011 2009-2013 14 ANEXO C RELAÇAO DAS PESQUISAS EM ANDAMENTO NO INSTITUTO EVANDRO CHAGAS EM 2011 FONTES DE RECURSOS TEMPO DE DURAÇÃO Klena Sarges Marruaz da Silva IEC/ SVS/ CNPQ 2009- julho de 2011 Prof. Eduardo Rego IEC/ SVS/ CNPQ 2009-2012 Implantação de novo método de criação de animais de laboratório e recolonização do plantel de roedores e lagomorfos do biotério do Instituto Evandro Chagas – IECSVS/MS Klena Sarges Marruaz da Silva IEC/SVS/ UNESCO 2008-2012 “Avaliação de enzimas cardíacas em coelhos (Oryctolagus cuniculus ) mantidos me biotério de criação no município de Ananindeua/PA” Profa. Nazaré Fonseca IEC/SVS/MS/UFRA 2009- julho de 2011 Estudo da depressão em primatas não humanos induzidos a Doença de Parkinson. Klena Sarges Marruaz da Silva IEC/ SVS/ CNPQ 2010-2011 Mensuração de parâmetros fisiológicos de Chlorocebus aethiops utilizados em pesquisas biomédicas através da telemetria não invasiva. Klena Sarges Marruaz da Silva IEC/ SVS/ CNPQ 2010-2012 “Mensuração da Pressão Arterial através de telemetria não-invasiva em Chlorocebus aethiops induzidos ao Mal de Parkinson” Klena Sarges Marruaz da Silva IEC/ SVS/ CNPQ 2010-2011 Inibição da propriedade tumorigênica de células-tronco embrionárias humanas por silenciamento gênico Klena Sarges Marruaz da Silva IEC/ SVS/ CNPQ 2010-2011 Roseli Ribeiro Braga/ Frederico Augusto Rocha Neves IEC/ SVS/MS 2009-2011 PESQUISA PESQUISADOR RESPONSÁVEL SEÇÃO DE PRODUÇÃO E CRIAÇÃO DE ANIMAIS DE LABORATÓRIO - Continuação “Perfil hematológico e bioquímico das colônias de roedores produzidos pela Seção de Criação e Produção de Animais de Laboratório do IEC/SVS/MS” Modelo de Leucemia Aguda em Chlorocebus aethiops Usando Células Tronco Hematopoéticas Transduzidas com Vetor Retroviral Contendo o Gene Híbrido CALM-AF10 PATOLOGIA Análise das Alterações metabólicas em crianças e adolescentes obesos e não obesos de Belém do Pará 15 ANEXO D Declaro para efeito do Relatório de Gestão, que o Instituto Evandro Chagas não executou reconhecimento de passivos por insuficiência de créditos ou recursos do exercicio de 201 I,(Ptern 3 parte A do Anexo II da Decisão Normativa TCU no 10812010). Ananindeua-PA, 09 de março de 201 I. - - RODOVIA RR 316- KM úi. çNn BAIRRO LMIANDIA-GEP: 67,030-000-ANANINDEUA-PA- FOME: (091)214-2000 hnp Iirmw ia pa p v ANEXO E ANEXO F ANEXO G ANEXO H ANEXO I ANEXO J ANEXO K ANEXO L ANEXO M ANEXO N