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Shape Uma revista do Grupo Sapa • # 2 2007 › › › PERFIS ELEVAM O GIROCÓPTERO POSTES DE ILUMINAÇÃO FEITOS DE PERFIS SALVAM VIDAS O MESTRE DOS PEQUENOS PERFIS ENCONTRA-SE EM ESPANHA UMA FONTE DE 12 ENERGIA BRILHANTE Painéis solares: um mercado em crescimento para a Sapa – Página › # 2 2007 SHAPE • CONTEÚDO Génesis indica o caminho a seguir O s meus primeiros tempos na Sapa têm sido marcados pela fusão das áreas de negócio de perfis de alumínio da Sapa e Alcoa. É um trabalho ainda em curso, tendo ainda pela frente novos desafios. Um deles é o investimento contínuo no nosso Sistema de Gestão Genesis, baseado no Sistema de Produção Toyota. Ainda não atingimos completamente a meta pretendida, apesar da maioria dos colaboradores da Sapa já terem recebido formação. O objectivo é que o Génesis impregne toda a empresa e caracterize a cultura empresarial da Sapa. Este sistema de gestão não deve ser considerado como um apoio, mas sim uma solução integral para aumentar a eficiência dos nossos processos de trabalho. O Genesis criou as condições para uma forma de trabalho mais eficaz e racional pela descentralização de tarefas, como sejam, planeamento, coordenação e implementação, o que por sua vez torna a organização da Sapa melhor e mais eficiente. A vantagem do Genesis não se refere apenas a benefícios na cadeia de produção da Sapa. Refere-se também a melhorar e ser mais eficaz para os nossos clientes. Uma organização melhor e mais eficiente resulta em custos reduzidos, o que por sua vez proporciona benefícios para os clientes da Sapa. Esse é o objectivo com o nosso trabalho com o Customer Value Management. Outros desafios para a Sapa são o ambiente, saúde e segurança. O objectivo da Sapa é claro: nenhum colaborador será lesionado no seu trabalho. Vamos agora melhorar a situação através de um número de medidas: acções de formação contínuas, responsáveis de segurança especialmente nomeados em cada unidade e inspecções de segurança regulares vão-nos permitir atingir os nossos objectivos. É minha convicção que a forma mais segura de trabalhar é também a mais eficaz. O Sol – uma fonte inesgotável de energia O fabricante alemão de painéis solares Conergy adquire à Sapa uma grande quantidade de perfis de alumínio. 06 Pequenos perfis de grande precisão são produzidos na Sapa Profiles em La Selva, Espanha. 10 Em caso de colisão, postes de iluminação feitos de perfis de alumínio dobram-se, salvando vidas. 18 Ole Enger, CEO e Presidente do Grupo Nós moldamos o futuro SHAPE • # 2 2007 12 xx 20 A Indecasa espanhola cria um design de Em colaboração com a Sapa, escovas mobiliário de linhas simples com a estrutura industriais suecas limpam neve nos feita de perfis de alumínio. aeroportos. A Sapa é um grupo industrial internacional que desenvolve, fabrica e comercializa perfis de alumínio processados, componentes e sistemas à base de perfis e permutadores de calor. A Sapa tem um volume de negócios de cerca de 3.8 biliões de euros e aproximadamente 15.000 colaboradores espalhados por toda a Europa, assim como EUA e China. A Shape é a revista para os clientes do grupo Sapa, publicado em 14 idiomas duas vezes por ano. O Shape está também disponível em www.sapa.com Editora-Chefe: Eva Ekselius Editores: Anna-Lena Ahlberg Jansen, Mats Lundström Artes gráficas: Karin Löwencrantz Produção: OTW Publishing Impressão: Fagerblads, Västerås Foto da Capa: Adam Lubroth Alteração de endereço: Informação para alteração de endereço de clientes, colaboradores para o departamento de salários e outros departamentos de informação: tel.: +46 (0) 8 459 59 00. FOTO DANIEL CROYDON NOTÍCIAS BREVES Publicidade com moldura iluminada A Prismaflex em Staffanstorp produz painéis publicitários exteriores espalhados pelo mundo inteiro, e a Sapa produz os perfis para estes painéis, em diferentes modelos e tamanhos. As duas empresas desenvolveram em conjunto e em tempo recorde a haloframe: uma moldura luminosa. “Recebemos a encomenda da JC Decaux em finais de Junho”, lembra Anders Janson, do Desenvolvimento de Produtos da Prismaflex. Para fornecer haloframes para onze grandes painéis publicitários em Londres, trabalhámos todo o Verão, tanto nós como a Sapa, de modo a ter tudo pronto no final de Setembro/princípio de Outubro. Os painéis possuem iluminação interior mas agora o efeito é reforçado com a iluminação da moldura que é ajustada à cor da imagem: uma imagem azul terá uma moldura azul e assim por diante. A Sapa fabricou quatro perfis inteiramente novos para os painéis com 10x5 metros. Demorámos apenas dez semanas do papel ao produto final, apesar do período de férias. “Foi um trabalho muito divertido e ter tudo pronto em tão pouco tempo foi um desafio. Não o tínhamos conseguido sem a Sapa, e a JC Decaux não o tinha conseguido sem nós”, diz Anders Janson. Transparente como o vidro A Emhart Glass em Sundsvall é uma empresa multinacional, a única na Suécia que desenvolve e fabrica máquinas para produzir vidro. Este avançado equipamento é desenhado para trabalhar 24horas, em capacidade máxima. Deve ser mencionado que apenas uma máquina produz várias centenas de garrafas por minuto. Com este tipo de objectivos, cada componente das máquinas deve preencher padrões de qualidade extremamente altos. Um perfil tubular de alumínio de extrusão é utilizado na construção do denominado conveyor que transporta as garrafas da máquina. O perfil tubular é utilizado como conduta de ar refrige rado, assim como de ar para as válvulas. “Isto reduz uma grande parte do trabalho na produção, como por exemplo, enfiamento de tubos e soldadura. Apresentar também um acabamento “agradável” é como um bónus”, afirma Rune Bergman da Emhart Glass. Na prática, toda a produção da empresa de máquinas de embalagens de vidro é para exportação. As máquinas são previamente montadas em Sundsvall e ajustadas às necessidades do cliente. Os componentes das máquinas ou são fabricados em Örebro ou são adquiridos a vários fornecedores, entre os quais, a Sapa. “A Sapa é excelente a satisfazer os nossos requisitos e desejos. Temos tido uma boa colaboração na criação de perfis de alumínio que são optimizados para as necessidades dos nossos clientes”, diz Rune Bergman. Sucesso à prova de fogo Apesar da difícil concorrência, a Sapa Building System na Alemanha conseguiu uma encomenda de 600 portas à prova de fogo para um novo edifício de escritórios em Munique. “Esta é uma das nossas maiores encomendas”, afirma o Director de Vendas e Marketing, Udo Büchel. Para a Sapa isto é um grande sucesso no mercado alemão de produtos à prova de fogo, que tem sido caracterizado por um grande crescimento após o incêndio no aeroporto de Düsseldorf em 2004. Desde então cada vez mais edifícios públicos têm vindo a ser equipados com secções à prova de fogo e foram também melhoradas as rotas de evacuação. A Sapa oferece produtos à prova de fogo desde 2005, que são rigorosamente testados e preenchem os mais altos requisitos. A porta Secur II é fabricada em perfis de alumínio anodizado ou lacado de 75 milímetros, e um vidro com uma espessura de 7–32 milímetros. Mesmo sem qualquer material de enchimento resiste a altas temperaturas – mais de 800ºC durante cerca de 30 minutos. # 2 2007 SHAPE • VINJETT › Ole Enger. COMO VAI SER CRIADA a NOVA SAPA Com a nova Sapa Profiler, a nossa colaboração com os clientes será ainda melhor. É por esta razão que a empresa investe agora em aumentar a competência, investigação e desenvolvimento. “O objectivo é ser ainda melhor em encontrar as melhores soluções em conjunto com os nossos clientes”, afirma Ole Enger, CEO e Presidente do Grupo. D a fusão das áreas de negócio de perfis de alumínio da Sapa e da Alcoa, nasceu este último Verão a maior empresa de perfis de alumínio do mundo. Têm sido uns meses bastante intensos para Ole Enger, que foi nomeado ceo e Presidente do Grupo em Fevereiro, mas até agora diz-se satisfeito com os resultados. “Tem tudo corrido muito bem, ultrapassando as expectativas. Duplicámos em tamanho, mas conseguimos ao mesmo tempo criar uma organização descentralizada. O entusiasmo é grande e o ambiente muito bom em toda a empresa”, afirma ele. A ORGANIZAÇÃO DA ALCOA TEM sofrido mais alterações devido à fusão do que a Sapa. De acordo com Ole Enger, isto é devido ao modelo de organização centralizado anteriormente em vigor na Alcoa. “Lá as alterações têm sido mais visíveis, mas a razão pela qual tudo tem corrido muito bem é porque os colaboradores da organização já desejavam SHAPE • # 2 2007 esta mudança há muito tempo. Tem havido em toda a organização uma vontade de desenvolver neste sentido.” De acordo com Ole Enger, um dos maiores desafios da fusão da Sapa e Alcoa foi desenvolver uma estrutura para transacções entre os países do Grupo Sapa. “Na nossa estrutura de organização descentralizada, cada empresa do mercado local é responsável pelas vendas e marketing nos seus respectivos mercados, o que significa que a empresa tem que enfrentar com igual entusiasmo a venda de produtos de outros fornecedores e de produtos que fabricamos. Encontrar uma forma de trabalho que se coadune com isto tem sido um grande desafio.” COM A NOVA organização já implementada, a Sapa esforça-se agora ainda mais em melhorar a empresa – principalmente da perspectiva do cliente. Ole Enger toma a organização da Suécia como exemplo ao descrever como a Sapa irá ser um parceiro de colaboração ainda melhor. “Já há algum tempo que na Suécia temos tido uma relação próxima com os nossos clientes, o que resultou que desenvolvemos competências na própria cadeia de produção do cliente. Encontrámos novas áreas de utilização para o alumínio, desenvolvemos novos produtos e designs. Esta estratégia fez da Sapa líder mundial, e é o que vamos utilizar em todo o Grupo.” Uma outra forma de melhorar a empresa é investir no aumento da competência e mais em pesquisa e desenvolvimento. O programa de formação para colaboradores a decorrer actualmente será alargado. Para além disso, vamos agora recrutar mais engenheiros para a Sapa. “Temos que aumentar ainda mais a nossa competência. Só assim conseguimos ser melhor nos nossos processos, e também melhor em encontrar soluções para as suas necessidades em conjunto com os clientes.” Actualmente a Sapa é o líder mundial em perfis de alumínio, mas Ole Enger afirma que a empresa tem um grande potencial para crescer ainda mais, estabelecendo a área de perfis da Sapa em mercados onde hoje não tem uma presença significativa. “Refiro-me em primeiro lugar à China. Estamos a analisar oportunidades de aquisição mas não foi ainda tomada uma decisão. Temos como objectivo estar estabelecidos na China dentro de dois anos.” Ole Enger afirma que a Sapa se esforça continua mente por melhorar, ser mais eficaz e aumentar a produtividade, mas o que está sempre no centro deste trabalho de mudança a longo prazo é a perspectiva do cliente. “O objectivo geral é que a Sapa seja mais eficaz a resolver os problemas dos nossos clientes. Se não fornecemos aos clientes as melhores soluções é porque falhámos”, diz Ole Enger. TEXTO CARL HJELM foto Danilo Schiavella › AS RESPOSTAS DE CINCO GESTORES DA SAPA A nova organização da Sapa está dividida em regiões, com cinco novos gestores de áreas de negócio. A nossa pergunta: qual vai ser no futuro o ponto focal? Arne Rengstedt, Gestor de Área de Negócios da Europa Central (Alemanha, Hungria, Polónia, Roménia e Eslováquia). Resposta: “Vamos concentrar-nos no mercado alemão onde vamos lançar vários novos produtos. Vamos também conquis tar a liderança nos dez novos estados membro da EU, e temos uma base estável para desenvolver a empresa nesta área em rápida expansão.” Torbjörn Sternsjö, Gestor da Área de Negócios da Ásia. (Business Area President Asia) Resposta: “O nosso enfoque na Ásia vai estar no crescimento, uma vez que aí, a Sapa Profiler é actualmente um jogador relativamente pequeno. Temos a intenção de nos estabelecer nesse enorme mercado mediante busca activa e aproveitando todas as oportunidades possíveis. Só então seremos um actor realmente global, usufruindo de todas as vantagens inerentes.” Paul Warton, Gestor da Área de Negócios do Norte da Europa (Bélgica, Grã Bretanha, Holanda, Suécia e Dinamarca). Também responsável por Key Account Management e pela organização dos segmentos de mercado. Resposta: “Eu gostaria que nos concentrássemos mais na saúde e segurança dos nossos colaboradores durante este importante processo de mudança.” Jack Miller, Chefe da Área de Negócios da América de Norte: Resposta: “O nosso sucesso na América do Norte baseia-se na nossa capacidade de satisfazer as necessidades dos clientes. Para nos aproximar ainda mais dos clientes voltámos a uma estrutura descentralizada, onde as vendas, produção e administração trabalham em conjunto para levar a empresa para a frente.” Tor Gule, Gestor da Área de Negócios da Europa do Sul (Portugal, Espanha, França e Itália). Resposta: “Continuamos a desenvolver as relações com os nossos clientes, beneficiando do design inovador, apoio e parcerias. Factores importantes são a nossa capacidade de fornecer soluções completas e auxiliar o cliente a melhorar a sua produtividade. A marca Sapa deverá estar ligada à melhor qualidade e serviço possíveis.” # 2 2007 SHAPE • EM FOCO: ESPANHA QUANDO O PEQUENO SE TORNA GRANDE Numa época em que muitos produtores investem em prensas cada vez maiores, a Sapa Profiles La Selva em Espanha seguiu o seu próprio caminho. Tendo-se especializado em perfis pequenos, estão a conseguir algo grande de algo pequeno. A cidade catalã de Tarragona, uma grande cidade do império romano e os seus monumentos ancestrais atraem milhares de turistas, assim como a Costa Dorada, esta costa de grande beleza natural ao longo do Mediterrâneo. Um pouco mais na obscuridade, Tarragona atrai também cada vez mais compradores de soluções avançadas de alumínio espanhóis e internacio SHAPE • # 2 2007 nais. A fábrica da Sapa em La Selva, situada num parque industrial moderno fora da cidade velha, foi transformada nos últimos tempos num player instalado no mercado europeu de extrusão de perfis pequenos. “Eu costumo dizer que La Selva é uma fábrica com uma personalidade própria e forte“, explica o director da fábrica Francesc Clos, com 20 anos de experiência de extrusão. “Considerando que a nossa especialidade são perfis com muito pouco peso, fabricado com tolerâncias muito reduzidas, posso afirmar que não fornecemos perfis mas sim soluções. Os nossos produtos são na realidade “especialidades”, cada vez mais um produto final pronto para montagem.” A FÁBRICA EM LA SELVA tem duas modernas prensas de seis polegadas de 1.350 e 1.500 toneladas que produziram no ano passado 16 milhões de metros de perfis de alumínio. “Quando começamos a medir o nosso sucesso em metros em vez de toneladas, é sinal que estamos › # 2 2007 SHAPE • ” Quando começamos a medir o nosso sucesso em metros em vez de toneladas ” entre os gigantes, diz Francesc Clos com um sorriso, dando ênfase aos produtos que são realmente pesos leves. O perfil mais pequeno da gama pesa apenas 30 gramas. Os diâmetros variam entre os 5 e os 170 milímetros. Francesc Clos. “Nós mantivemonos firmes num segmento de mercado que muitos outros produtores abandonaram no seu esforço para aumentar a produção em número de toneladas por hora. Nós ganhámos competitividade, continuando a trabalhar com os nossos métodos de trabalho e organização, num segmento que requer muita mão- de-obra mas que é também muito técnico”, diz ele. O SUCESSO É TAMBÉM VISÍVEL nas alterações que ocor- rem no mercado. As vendas para a construção civil têm vindo a descer, ao contrário das vendas de aplicações industriais avançadas, por exemplo no sector automóvel ou energia, que têm vindo a aumentar. As exportações crescem e representam agora 60 % das vendas. Os países do Benelux, França, Grã-Bretanha e Alemanha são os maiores mercados estrangeiros. A precisão é o maior desafio no fabrico de perfis pequenos. As tolerâncias de desvios são praticamente inexistentes. Estes requisitos aplicam-se também ao acabamento da superfície. La Selva pode fornecer produtos com um acabamento equivalente a uma rugosidade menor de seis mícrones. Um exemplo aparentemente simples de um produto perfeito, são as calhas no telhado dos modelos Audi. Estes pequenos perfis, com uma superfície perfeita e lisa, ligam o telhado do carro às peças laterais e são também a base para fixação de acessórios. “Uma tendência muito clara é que os nossos clientes constroem cada vez mais funções embutidas nos perfis, com um design mais sofisticado. Aumentámos as nossas capacidades para satisfazer os requisitos das soluções avançadas, ou seja, a possibilidade de preencher as especificações de qualidade e performance das nossas máquinas e equipamento de produção”, afirma Francesc Clos. “No nosso sector industrial a entrega ao cliente é determinante e nós temos feito grandes esforços por optimizar serviços e logística. Podemos por isso oferecer a um cliente, por exemplo na Alemanha, o mesmo prazo de entrega dos nossos concorrentes alemães.” O que os romanos conseguiram fazer de Tarragona durante a sua época parece ser o que a Sapa Profiles La Selva também conseguiu na sua fábrica: um centro moderno e internacional situado na bonita costa mediterrânica. Texto Erico Oller Westerberg Foto David Levin Pequenos produtos – grande precisão Um dos clientes da La Selva, encomenda grandes quantidades de tubos de alumínio para o sistema de refrigeração de ringues de gelo artificiais. “Na realidade é uma construção muito simples, mas a tolerância dos SHAPE • # 2 2007 diâmetros são apenas algumas décimas de milímetro. Apenas a La Selva conseguiu manter a percentagem de tubos recusados abaixo do acordado”, diz Francesc Clos. CURTAS & BOAS Insonorização com vidro e alumínio Autocarro à prova de fogo A empresa dinamarquesa Milewide fabrica painéis de insonorização de alumínio e vidro acrílico para reduzir o ruído ao longo de auto-estradas, uma combinação que é tão eficaz como atraente. Os painéis são montados no local, mas as primeiras versões eram compostas por vários perfis de alumínio que eram montados com uma enorme quantidade de parafusos. Por este ser um processo moroso e caro, a Milewide e a Sapa deram início a um trabalho de desenvolvimento. “Encontrámos uma solução que satisfaz todos”, afirma Gustav Lundkvist, técnico na Sapa. É composta por um perfil grande e um pequeno que encaixam um no outro. Não são necessárias ferramentas especiais para a montagem, apenas um martelo de borracha. O cliente poupa nos custos de enroscar e furar, sendo a montagem muito mais rápida, proporcionando também aos técnicos um melhor ambiente de trabalho. “O novo modelo foi utilizado pela primeira vez ao longo da auto-estrada em Herning. Numa distância de 600 metros “desapareceram” 20.000 parafusos. É realmente um melhoramento significativo, diz Ole Refshauge da Milewide.” A evolução de um incêndio dentro de vum autocarro é muitas vezes intensa e o tempo para evacuação muito curto. De acordo com as normas suecas de segurança contra incêndio, todos os autocarros com mais de 10 toneladas devem ter uma unidade fixa de extintor. Há alguns anos, a empresa sueca Dafo Brand desenvolveu em conjunto com a Sapa um recipiente em alumínio para agentes extintores a utilizar em veículos pesados como autocarros, camiões ou máquinas florestais. Este recipiente pode ser deitado, ao contrário dos extintores manuais comuns que contém agentes extintores com base líquida. Não necessita de muito espaço, é de fácil manutenção e simples de montar. Os perfis de alumínio maiores para o recipiente são muito complexos, com grande exigência de correcção na forma. “A Sapa contactou-nos dizendo que pretendia desenvolvê-lo”, conta Kaj Dahlström, técnico da Dafo Brand. Temos tido uma excelente colaboração que resultou num novo interior, um perfil simplificado e um exterior que é fácil de encaixar. Farol azul mais verde poupa dinheiro e o ambiente “Se todos os carros da polícia na Suécia mudassem para os nossos faróis azuis mais ”verdes” de um dia para o outro, os custos de combustíveis seriam reduzidos em cerca de 2 milhões de euro por ano”, afirma Anders Wiqvist, CEO da Standby AB, fabricante de equipamento de alarmes e aviso para veículos de salvamento e utilitários. O segredo da poupança está na aerodinâmica e na aplicação de novas tecnologias. Este farol ecológico – com seis perfis de alumínio especialmente produzidos pela Sapa, iluminação e coberturas de plástico – tem uma nova forma aerodinâmica. Em comparação com modelos anteriores, a resistência aerodinâmica foi reduzida em 75 %. “O farol foi testado num túnel aerodinâmico em Estugarda, por isso o efeito está comprovado. A menor resistência aerodinâmica beneficia o ambiente, proporcionando menor consumo de combustível e reduzindo também o ruído no interior do carro. As lâmpadas comuns foram substituídas por diodos (LED) de baixo consumo de energia.” “Os diodos são montados em substrato de alumínio. Somos os primeiros a aplicar esta nova tecnologia que remove o excedente de calor, podendo assim os diodos emitir mais luz”, afirma Anders Wiqvist. “Vão ser feitos testes climáticos durante o Inverno e contamos que os novos faróis possam começar a ser entregues durante a Primavera de 2008.“ O substrato de alumínio funciona como uma espécie de placa de circuito dado que a placa de alumínio é coberta com várias camadas de isolamento e calhas para electrónica. # 2 2007 SHAPE • NA ESTRADA Postes dobráveis mais seguros Os postes de iluminação em alumínio têm várias vantagens. Com uma longa vida útil, não necessitam de manutenção e dobram-se no caso de colisões, o que reduz o risco de danos físicos. A sua produção é feita na fábrica da Sapa Pole Products na cidade holandesa de Drunen, onde são fabricados postes de iluminação em alumínio desde os anos sessenta. Os benefícios dos postes de iluminação de alumínio em vez de aço são seriamente reconhecidos na Holanda, onde 40 % dos postes de iluminação são de alumínio, comparado com 3 % no resto da Europa. “Ainda temos uma grande tarefa de difusão pela frente. Os produtos precisam de mais marketing, principalmente para com as autoridades responsáveis por arruamentos e estradas de cada país. O que determina a selecção de material é muitas vezes baseado em cultura e tradição”, afirma o Director de Vendas Leopold Moormann. Postes fáceis de montar, transportar, decorar ou formar, sem apresentar juntas de soldadura, sendo ainda 100 % recicláveis são vantagens adicionais. Para além disso, alguns modelos são facilmente dobrados por uma única pessoa quando é necessário substituir uma lâmpada ou montar algo no poste, mas o argumento de maior peso é o da segurança rodoviária. Seleccionar o poste com as características adequadas depende do tipo de estrada, situação de trânsito ou meio ambiente. Os postes de iluminação preenchem os requisitos das normas de segurança da ue (en 12767 e en40) estão divididos em três classes, baseado na energia absorvida numa colisão: alta, baixa ou sem absorção. NUMA AUTO-ESTRADA rodeada por campos será mais adequado utilizar postes que não absorvam nenhuma energia e que se dividem em dois ao nível da superfície, ao contrário do trânsito numa ponte ou no interior duma cidade que exigem postes de maior densidade. No ano passado foram produzidos cerca de 70.000 postes de iluminação em Drunen. Pensamos aumentar a produção no futuro, à medida que mais países descobrem os benefícios do alumínio. Texto THOMAS ÖSTBERG Ser dobrável facilita também a manutenção. 10 SHAPE • # 2 2007 “ Este é um edifício que vamos poder mostrar com orgulho aos nossos filhos e netos ” Arte CÚBICA O New Museum em Nova Iorque é um dos edifícios mais falados do ano. O museu foi desenhado pela dupla de arquitectos japoneses Sanaa, sendo o ponto de partida de uma grande renovação da zona sul de Manhattan. A fachada é composta por perfis de decoração da Sapa. O bairro na Bowery fica mesmo a leste de Little Italy e não é uma zona muito atraente - para já. O New Museum of Contemporary Art foi inaugurado em Dezembro e foi o início dum projecto de revitalização da zona, financiado por fundos privados e estatais. Um novo museu de arte em Manhattan suscita automaticamente um grande interesse, mas desta vez é o edifício em si que está no centro das atenções. O New Museum foi desenhado por uma das duplas famosas do mundo da arquitectura, os japoneses Kazuyo Sejima e Ryue Nishizawa. Trabalham sob a marca Sanaa e tornaram-se famosos pelo seu estilo refinado e simples de formas cúbicas. O NEW MUSEUM tem a forma de uma torre constituída por caixas meio transparentes empilhadas umas nas outras. São perfis da Sapa que compõem o padrão xadrez que se vislumbra por trás da rede transparente de alumínio expandido e escovado que cobre a fachada. “Nunca tínhamos participado antes num projecto de construção tão prestigioso como este. Este é um edifício que vamos poder mostrar com orgulho aos nossos filhos e netos”, diz Tim Fox, Director Regional de Vendas do Midwest da Sapa norte-americana. Apesar de Nova Iorque ser uma das cidades na vanguarda da arte, não havia ainda nenhum museu de arte contemporânea na cidade. O New Museum vai preencher esta lacuna. O empreiteiro da fachada foi McGrath Architectural Sheet Metal, com sede em Minnesota, uma empresa especializada em edifícios arquitectónicos que já havia previamente construído fachadas para outros museus de arte, nomeadamente em Denver, Dellaware e o Walker Art Museum em Minnesota. Esta foi a primeira vez que escolheram trabalhar com alumínio de extrusão. “Proporcionou-nos as melhores opções para construir uma fachada que é tão flexível como resistente. Este é um edifício especial e a sua forma colocou grandes exigências de qualidade e precisão. Não há muitas empresas nos Estados Unidos que conseguissem fazê-lo”, afirma Mark LaSalle da McGrath. MARK LASALLE DESENVOLVEU um novo tipo de fachada, fabricada pela Sapa, que permite movimentos nos edifícios assim como expansão térmica de painéis de parede de extrusão que se ajustam à fachada irregular. A decoração da fachada foi prensada na unidade fabril da Sapa em South Dakota e mais tarde transportada para uma empresa em Ohio O New Museum é o primeiro museu a ser construído de raiz no sul de Manhattan em Nova Iorque. para ser lacada. Para criar um desenho coerente, os arquitectos escolheram utilizar a mesma solução para as fachadas dos elevadores do edifício. “A logística de um projecto desta dimensão em Manhattan é complicada. Não é possível armazenar material no local de trabalho, as entregas têm ser feitas sempre que o material é necessário.” A colaboração com a Sapa foi exactamente de encontro às nossas expectativas, e estamos agora a concorrer para um novo contrato na Florida com o mesmo tipo de solução da Sapa, afirma Mark LaSalle. TEXTO Thomas Arnroth # 2 2007 SHAPE • 11 Uma das muitas instalações de painéis solares em Corral de Almaguer em Toledo, ao sul de Madrid. 12 SHAPE • # 2 2007 FOTO ADAM LUBROTH NA VANGUARDA AO SOL É difícil imaginar uma empresa que esteja mais na vanguarda do seu tempo do que a Conergy. Esta empresa em rápida expansão fornece energias renováveis e é líder mundial em várias áreas. A Conergy tornou-se um dos clientes mais importantes para a Sapa alemã. Conergy, sedeada em Hamburgo, trabalha com energias renováveis através de várias subsidiárias – fabrico de painéis solares, energia eólica, bioenergia assim como bombas de calor. A Conergy está também envolvida em financiamento, manutenção e operação de grandes unidades de captação de energia solar. A expansão meteórica desta empresa cotada na bolsa demarcou-a como uma das estrelas mais brilhantes do universo empresarial alemão. Em menos de dez anos, a Conergy partiu do zero para um atingir um volume de negócios de mais de 1 bilião de euros e as perspectivas para o futuro são extremamente favoráveis. “Apesar disso, estamos ainda na primeira etapa de crescimento, Notamos um crescente interesse, especialmente por parte de grandes empresas do sector da energia, como a Siemens, General Electric, Eon, Vattenfall e algumas empresas petrolíferas começam também a aproximar-se”, diz Nikolaus Krane, membro da administração da empresa e responsável pelas subsidiárias Epuron e Conergy Service. Encontramos Nikolaus Krane na sede da empresa, numa sala de reuniões de design sóbrio com vista sobre um dos muitos canais de Hamburgo. Marcámos encontro com uma das pessoas responsáveis pelo crescimento fenomenal da Conergy. “Eu sou o quinto empregado da empresa. Foi em 1998. Actualmente somos mais de dois mil colaboradores”, diz ele. é como é possível uma empresa aparecer mesmo na altura certa, em termos de desenvolvimento. “É claro que o timing foi bom, mas temos também um bom instinto para estratégia e capacidade de valorização apoiando-nos em colaboradores competentes e novas tecnologias. Por último, tivemos coragem de arriscar para ganhar. Tivemos tanto de espírito lutador como de sorte”, afirma Nikolaus Krane. O sector de energias alternativas é uma história de sucesso alemão – um investimento bem orquestrado pelo estado e a indústria privada para criar um novo sector no que é possivelmente o país mais consciente da Europa em matéria ambiental. Um proprietário que instale painéis solares no telhado de sua casa recebe um PERGUNTA QUE SE IMPÕE subsídio do estado, e as empresas fornecedoras de electricidade são obrigadas a receber a corrente produzida pelos painéis solares, pagando o preço do mercado. Desta forma, o mercado alemão de energia solar foi criado em apenas alguns anos e o país tem actualmente o maior mercado nacional de painéis solares. O nosso esforço foi ainda mais estimulado dado o preço do petróleo ter estabilizado em alta, ao mesmo tempo que as emissões de dióxidos de carbono são cada vez mais postas em causa. Outros 40 países já implementaram regulamentos semelhantes aos da Alemanha e deram início a programas de estímulo para facilitar o investimento em energias renováveis. O crescimento internacional está estimado em 20 % ao ano. A quantidade de energia de fontes renováveis ultrapassa actualmente a energia produzida por centrais nucleares. novos mercados: em 2006 as vendas para o estrangeiro aumentaram 268 %. Muito acima das expectativas. “Os painéis solares terem apresentado um crescimento tão grande foi uma surpresa. Somos os maiores no mercado alemão de painéis, mas o mercado nacional está a amadurecer com cada vez mais produtores. O grande potencial está no PARA A CONERGY ISTO SIGNIFICA › # 2 2007 SHAPE • 13 A produção na nova fábrica de células fotovoltaicas em Frankfurt Oder é totalmente automatizada. › estrangeiro, principalmente no sul da Europa. Actualmente já somos os maiores fornecedores da Europa”, afirma Nikolaus Krane. Naturalmente PARA A SAPA isto implica um aumento das vendas dos perfis utilizados para a moldura e estrutura dos painéis solares. “As vendas de perfis de alumínio à Conergy têm vinda a crescer continuamente, de 500 toneladas em 2003 até quase 2.000 toneladas no ano passado”, diz Lothar Kanowski, o gestor de clientes da Sapa responsável pela Conergy. A colaboração teve início quando a Sapa modificou o design dos perfis da moldura para os painéis solares da Conergy, reduzindo o peso e assim poupando nos custos de manuseamento. Lothar Kanowski espera poder expandir esta colaboração, oferecendo à Conergy melhor serviço e mais benefícios para o cliente. “Podemos acompanhar a expansão internacional da Conergy com a nossa grande rede de fábricas em todos os mercados. Já mencionámos nas nossas conversas com a Conergy que estamos prontos para projectos em conjunto, por exemplo, estruturas para painéis ou um novo sistema de painéis móveis!, diz Lothar Kanowski. A Conergy investiu numa nova fábrica em Frankfurt Oder, no leste da Alemanha perto da fronteira com a Polónia para à venda de produtos mas sim acompanhar esta explosão de novos ao financiamento e projectos de clientes, onde a produção foi iniciada energias renováveis de grande recentemente. dimensão. “Podemos manter na produção “O fabrico de painéis solares o mesmo ritmo da procura com continuará a ser o núcleo das actia nossa fábrica, mas no início do vidades da Conergy durante os próximo ano corremos novamente próximos tempos, mas é importano risco da produção não acompate diversificar a empresa pois estão Nikolaus Krane, memnhar a procura”, afirma Nikolaus sempre a ser criadas novas tecnobro da administração da Krane, que se mostra satisfeito pelo logias e novas oportunidades em Conergy, acredita que facto da Conergy com esta unidade energias renováveis. Nós queremos unidades de painéis fabril ter também a possibilidade continuar a prosseguir para novas solares, por exemplo no de ter controlo sobre mais sectores etapas de valorização”, afirma Norte de África, podeda produção, como o fabrico de Nikolaus Krane. riam fornecer grandes placas de silício assim como céluquantidades de energia eléctrica à Europa. las e painéis solares. A empresa UMA DAS OPORTUNIDADES que se apresenconcentra-se acima de tudo, no tam são colectores solares concentradesenvolvimento de inversores para reciclar dos, uma área que Nikolaus Krane acredita que irá refrigeração, estruturas para painéis solares e sofrer uma grande expansão. sistemas de gestão de unidades de painéis de “Reflectir os raios solares para um ponto pode grandes dimensões. reciclar grande quantidade de energia. Se esta tecOs painéis solares prontos são depois entrenologia for mesmo desenvolvida, podem ser consgues através de uma empresa própria de retalho, truídas grandes unidades por exemplo no Norte sob a marca Conergy. As vendas a retalhistas e de África, o que seria uma alternativa real para as consumidores são feitas através da subsidiária necessidades de energia dos países Europeus.” SunTechnics. A outra subsidiária, a Epuron não se dedica texto Mats Lundström Sumário sobre energia solar Em apenas quatro horas a terra recebe a mesma quantidade de energia solar que é consumida por toda a humanidade durante um ano. Mas transformar raios solares em energia utilizável requer grandes conhecimentos e investigação. 14 SHAPE • # 2 2007 › Um colector solar é composto por tubos paralelos interligados por onde circula uma mistura de glicol que é aquecida pelos raios solares. Este conjunto está isolado numa caixa com uma placa de vidro à frente. Um dos proble mas dos colectores solares é ser difícil guardar o excesso de calor da época mais quente do ano. NA VANGUARDA ou no sector de energia convencional. Investimos exclusivamente em energia solar e fornecimento de energia sustentável”, afirma Julián Bellido. A Isofotón desenvolve e fabrica soluções técnicas para beneficiar da energia solar utilizando células Julián Bellido, fotovoltaicas baseadas em Vice-Director de silício. A empresa começou Compras da Isofotón já em 2000 a construir soluções ópticas para captar e concentrar os raios solares numa área mais reduzida. TRATAM-SE DE construções modulares que podem Um conto solarengo EM ESPANHOL A Isofotón foi fundada em 1981 em Málaga, por um grupo de universitários, investigadores sobre tecnologia de células fotovoltaicas. Passados 26 anos a empresa é líder em tecnologia, com vendas que atingem os 177 milhões de euros. D e acordo com Julián Bellido, vice-director de compras da Isofotón, as energias renováveis são o futuro, especialmente a energia solar. “Não é apenas uma questão de substituir combustíveis fósseis mas sim oferecer fornecimento de energia aos dois biliões de pessoas que actualmente não têm acesso a redes de energia eléctrica.” A Isofotón foi fundada como consequência de um projecto da universidade, com o objectivo de desenvolver tecnologia de ponta para energia solar, tendo o ambiente em mente e contribuir para o › Uma das áreas de utilização mais importantes da energia solar é geração de electricidade, que é obtida expondo o silício de uma célula fotovoltaica à luz, causando uma reacção que produz energia. As células fotovoltaicas são ligadas em série em grandes painéis solares porque um sensor fotovoltaico produz apenas uma tensão muito baixa. desenvolvimento de localidades rurais isoladas. Uma importante parte dos esforços da empresa são por isso dirigidos a projectos de energia em zonas rurais da América Latina, Caraíbas e África. A Isofotón conseguiu expandir, desenvolver novos produtos e ser lucrativa, mantendo-se amiga do ambiente e criando bem-estar para camponeses pobres em zonas remotas do mundo. De acordo com Julián Bellido, uma parte da explicação é que não competem contra eles próprios. “Somos a única empresa do ramo que não é propriedade ou tem interesses na indústria petrolífera ser utilizadas em telhados de casas ou para construir armazéns com uma superfície total até 4.000 metros quadrados. A escolha de novos material, como o silício, contribuiu fortemente para o aumento da eficácia das células. A Isofotón pode fornecer sistemas menores para zonas rurais em países em vias de desenvolvimento, como os 35.000 sistemas vendidos a uma empresa de electricidade em Marrocos, ou construir sistemas complexos para centrais de energia solar com painéis que seguem os movimentos do Sol. A empresa está por trás da central de energia solar em Carmona, no sul de Espanha, que é a maior da Europa com 6mw. Independentemente do modelo ou objectivo, os painéis são normalmente emoldurados em perfis de alumínio. A Isofotón compra cerca de 1.500 toneladas de produtos de alumínio por ano. A Sapa em Espanha iniciou agora uma colaboração com a Isofotón, e já começou a entregar molduras de alumínio anodizado para painéis solares. “Estamos muito dependentes de produtos de alumínio por isso escolhemos trabalhar com três fornecedores. Um que seja local, um da ue e um terceiro que seja global. Queremos assegurar os fornecimentos para a nossa fábrica e a nossa expectativa é que, após uma avaliação à primeira entrega, a Sapa em Espanha venha a ser um dos nossos fornecedores”, afirma Julián Bellido. Texto Erico Oller Westerberg › Até à data, o grau de efeito das células fotovoltaicas é relativamente baixo, cerca de 20 %. É por esta razão que é necessária muito luz solar para gerar grandes quantidades de energia. Uma forma de incrementar a produção de energia é montar os painéis solares em construções móveis que permitem seguir o movimento do sol e desta forma optimizar a produção de electricidade. # 2 2007 SHAPE • 15 CURTAS & BOAS Ar 10.000 vezes mais limpo Andaimes de alumínio ganham terreno Como o peso é um factor importante na montagem de andaimes há cada vez mais clientes a optarem por andaimes leves de alumínio. Foi o que constatou a empresa alemã Wilhelm Layher, o líder entre os produtores Europeus de sistemas de andaimes. A sua gama inclui os módulos de andaimes clássicos que são flexíveis e rápidos de montar, assim como estruturas de andaimes para montagem rápida e simples numa fachada mas também escadotes, andaimes móveis, palcos e bancadas de espectadores. A Wilhelm Layher esforça-se por fabricar componentes para andaimes o mais leves possível, sem afectar a estabilidade. Por isso utilizam perfis de alumínio da Sapa, prensados, serrados, cortados, rebitados e soldados na fábrica em Eibensbach. O interesse por estações de fumo móveis tem aumentado rapidamente devido à proibição de fumar que se espalha pelo mundo. Estas estações captam o fumo do tabaco eficazmente e proporcionam aos fumadores salas de fumo que não são desagradáveis. As estações de fumo da empresa sueca Smoke Free Systems são feitas com uma estrutura de perfis de alumínio. Há vários filtros nas paredes que limpam o ar de partículas e gases tornando-o 10.000 vezes mais limpo do que o ar em ambientes normais. Uma nova série para o mercado francês foi desenvolvida em conjunto com a Sapa. “Nós recomendamos estações abertas ou meio-abertas, mas de acordo com a legislação francesa, têm que estar fechadas. Ver os novos modelos SF 6000 e o mais pequeno SF 4000 prontos foi uma grande alegria”, afirma Bo DolkPetersson, gestor do projecto da Smoke Free Systems. A Sapa participou activamente no trabalho de desenvolvimento, e foi tudo muito rápido. O SF 6000 levou apenas quatro meses do papel ao protótipo e é agora produzido em série pela Sapa. “Isto mostra o lado forte da Sapa. Perfis de alumínio há por todo o lado, mas não em combinação com trabalho de desenvolvimento, construção de protótipos, preparação e consultoria”, diz Bo Dolk-Petersson. Um Spa em casa O novo produto do fabricante de saunas Tylös, o chuveiro de vapor Felicity, proporciona a experiência de um Spa em casa. O chuveiro é o resultado de um trabalho de desenvolvimento muito coeso entre a Tylö e a Sapa. O Felicity, que ocupa apenas o espaço de uma cabine de chuveiro, está disponível em três variantes. Todos têm um gerador de vapor, um termóstato misturador, chuveiro de mão, tecto com plafond de chuveiro, painel de manobras, assento e uma banheira no fundo. No modelo mais exclusivo há também um bocal para massagens, função de chuva, luz 16 SHAPE • # 2 2007 embutida e queda de água. A estrutura de suporte é feita de alumínio anodizado com paredes e porta de vidro armado reforçado. A tubagem e electrónica estão escondidas por trás dos perfis de alumínio. Tudo isto implica especificações de tolerâncias de dimensões e acabamentos muito altas. A Sapa e a Tylö já são parceiros há muito tempo. Patrick Karlsson dos Serviços Técnicos participou em todo o trabalho de desenvolvimento. “Podíamos discutir ideias e a nossa colaboração foi muito proveitosa, tanto financeiramente como pela rapidez do projecto, diz Jan Bjärnhag, chefe de produto da Tylö”. UMA PÉROLA no Qatar Um dos projectos mais extraordinários a nível mundial é The Pearl. Uma ilha artificial de 400 hectares que irá ser preenchida com residências de luxo, hotéis de cinco estrelas, marinas e centros comerciais de luxo. A Sapa participou e vai fornecer sistemas de construção para dois dos primeiros prédios. A pesar do Qatar ser o país mais rico per capita da península árabe, não tem acompanhado o desenvolvimento do turismo de, por exemplo, o seu país vizinho Dubai. Mas agora vai ser tudo alterado. A Pearl já atraiu muita atenção e quanto mais o projecto toma forma, mais atenção vai ter. A Pearl é uma ilha artificial, completamente nova, que foi concebida para aproveitar ao máximo a costa, adicionando marinas que são formadas como portos naturais. a investidores internacionais, e no futuro a visitantes e residentes de todo o mundo. Este projecto milionário estará completamente pronto daqui a cinco anos, e nessa altura o Qatar terá a sua própria Riviera, pois foi este o modelo para esta exploração. O crescimento da Pearl pode ser acompanhado na Internet, através de imagens de satélite, câmaras web e imagens que são continuamente actualizaA PEARL DIRIGE-SE das. Tudo será como diz a publicidade que a Pearl um dia será – ostentação, luxo e segurança. A Sapa vai fornecer os perfis de alumínio para dois dos primeiros prédios a serem construídos à volta de uma das marinas. “Trabalhámos anteriormente em alguns projectos exclusivos no Médio Oriente, mas temos agora uma produção local através de uma empresa certificada por nós. Isto significa que produzimos localmente os nossos sistemas de construção segundo todas as especificações Europeias e NorteAmericanas, o que nos permite ter uma grande vantagem concorrencial no que se refere a prazos de entrega”, diz o chefe de exportação Bernard de Bruyckere. O ritmo na Pearl é muito alto, tudo tem que estar pronto já em 2009. A Sapa tem grandes expectativas de poder fornecer soluções para mais edifícios a serem construídos na ilha. “A vantagem das nossas soluções não é só os produtos, mas sim o apoio que oferece- mos aos empreiteiros que nos contratam. Acompanhamos todo o projecto até o edifício estar pronto, com a nossa equipa local no Qatar e em Abu Dhabi. O cliente tem assim uma segurança que é muito importante num projecto elevado e de tão grande prestígio como a Pearl”, afirma Bernard de Bruyckere. Texto Thomas Arnroth A Pearl no Qatar foi concebida com a Riviera francesa e italiana como modelo. Sumário sobre The Pearl • 400 hectares de ilha artificial situada vinte quilómetros a norte da capital do Qatar, Doa. •4 0 quilómetros de costa fazem parte da Pearl, sendo metade praia • 11.000 moradias de luxo a ser construídas, podendo viver na ilha um total de 40.000 pessoas •7 00 ancoradouros nas marinas e estão a serem construídos três hotéis de cinco estrelas • 15.000 metros quadrados de centros comerciais luxuosos # 2 2007 SHAPE • 17 design PAIXÃO PELO ALUMÍNIO Uma peça de mobiliário da Indecasa pode ser caracterizada como minimalista, simples, futurista e por último, confortável. A empresa espanhola já faz mobiliário em alumínio há várias décadas. Por vezes em combinação com outro material, mas sempre com um design de sucesso. A empresa Indecasa fabrica mobiliário principalmente para ambientes públicos, com ênfase em cadeiras, bancos e sofás para interior e exterior. O alumínio é sempre a estrutura base do móvel, mas são também usadas combinações com materiais como o cabedal, plástico ou têxteis. A Indecasa já produziu mobiliário para aeroportos, escritórios, restaurantes, bares e cafés, exportando para o mundo inteiro. A Indecasa foi fundada em 1963, fabricando inicialmente mobiliário de jardim e para o exterior, daí a coração, o que se torna visível quando Francisco López de Vega descreve o processo desde a ideia até ao produto pronto para entrega. Ele próprio está envolvido em quase todo o processo. Mesmo que não tenha formação de design, sabe muito bem o que funciona ou não. Pessoalmente, prefere o estilo mais sóbrio. “Ou gosto logo de uma coisa, ou não gosto. É assim que ele explica a sua atitude para com o design.” Francisco López de Vega, CEO da Indecasa. selecção de material forte e resistente para o exterior. “Se uma das nossas peças de mobiliário não inclui alumínio, não é uma peça da Indecasa”, afirma Francisco López de Vega, ceo da Indecasa e filho do fundador. QUANDO O PAI DO FRANCISCO fundou a empresa, o A cadeira Barcino foi galardoada com “200 Melhores Produtos do Século” pela revista de design MD. 18 SHAPE • # 2 2007 alumínio era algo fora do comum, mobiliário feito deste material era totalmente novo e inovador. A Indecasa era relativamente única no mercado e o mobiliário de alumínio só se tornou moderno bastante mais tarde. A escolha de material, assim como o investimento em bom design comprovou ser um conceito de sucesso. Actualmente a empresa tem a sua sede na pequena cidade de Artes, a alguns quilómetros de Barcelona e conta com 60 colaboradores. Há diversas máquinas especiais na fábrica para cortar, dobrar, polir e dar o acabamento ao mobiliário. A Indecasa é uma empresa familiar com muito O mercado mudou desde o primeiro mobiliário de jardim da indecasa dos anos sessenta, e a empresa mudou com o mercado. o significado da funcionalidade tem aumentado, a consciencialização ecológica também, e o interesse por decoração e design disparou. Bom design é algo que caracteriza o mobiliário da Indecasa. O mobiliário leva-nos a pensar em termos como futurista, high-tech e minimalista, e uma das cadeiras apareceu no filme de ficção científica “Matrix”. A Indecasa mantém uma colaboração criativa com vários designers externos, e procura frequentemente encontrar a pessoa certa fora de Espanha. Nico Smeenk, Kurt Thut e Sapiens Design são alguns dos designers de mobiliário com quem já colaboraram. O designer Joan Casas, recentemente reformado, teve um grande significado para a empresa e grande influência na linguagem das formas. Francisco López de Vega considera ser importante que a colaboração entre a empresa e o designer seja baseada num bom entendimento e que a tecnologia e estética andem de mãos dadas. Ele diz que muitos designers se concen- TRIAL A cadeira de linhas sóbrias Trial, com pés e base em alumínio e assento em cabedal preto apareceu no filme “Matrix”. › tram demasiado na beleza do resultado final e não no processo técnico em si. Os técnicos e designers da empresa têm grande experiência em trabalhar com alumínio, mas há sempre alguns detalhes que podem dificultar a produção. “O alumínio não é sempre um material fácil de trabalhar. Temos que escolher a estrutura e liga adequadas para conseguir obter peças pequenas e resistentes”, explica Francisco López de Vega, que adiciona que muitas peças de mobiliário são fabricadas com perfis de alumínio da Sapa. NA FÁBRICA DE MANRESA trabalha-se dia e noite com processos avançados de controlo. Há um grande investimento em análise, pesquisa e desenvolvimento de materiais, assim como qualidade e ambiente. O alumínio é um material reciclável e o mobiliário preenche os requisitos das especificações ecológicas do mercado. Mas este material também traz muitos desafios e obstáculos, justifica Francisco López de Vega. “As complicações aparecem durante o percurso, mas eu tenho a atitude que tudo é possível – com alguns compromissos.” OYYO OYYO A cadeira Oyyo foi desenhada pelo designer industrial holandês Nico Smeenk. O processo técnico para criar a cadeira foi complicado, mas quando o protótipo ficou pronto – a cadeira em alumínio com o assento em plástico rígido com orifícios – foi muito fácil de produzir.då inte helt isolerad. Texto Jessica Johansson Foto Indecasa # 2 2007 SHAPE • 19 LIMPAR A N ATERRAGENS SEGURAS APESAR DO TEMPO Limpeza de neve eficaz é determinante para a segurança de muitos aeroportos. No aeroporto de Lycksele é utilizado um sistema único de escovas industriais que foram desenvolvidas em colaboração com a Sapa. “É muito simples e flexível”, diz o colaborador do aeroporto Rune Hedman. A lta qualidade nas pistas de aterragem e descolagem são uma condição para que os aeroportos possam garantir a segurança dos passageiros. O clima de certas localidades do mundo coloca requisitos especiais de manutenção – principalmente em localidades onde neva frequentemente. Isto é algo que os colaboradores do aeroporto de Lycksele conhecem bem. A localização geográfica do norte da Suécia implica que os aeroportos têm grandes quantidades de neve durante o Inverno. Dado que mesmo uma camada muito fina de neve pode afectar o avião na descolagem ou aterragem, a limpeza de neve tem que funcionar optimamente. A neve pode afectar o denominado factor de travagem da pista de aterragem, que é regularmente medido com equipamento especial. “Um factor de travagem baixo implica que o efeito de travagem do avião é prejudicado. 20 SHAPE • # 2 2007 Aumenta o risco do avião não conseguir parar na pista de aterragem, entre outros. Para além disso, o avião é também afectado por ventos laterais”, afirma o colaborador do aeroporto Rune Hedman. Para manter as pistas de aterragem e descolagem com factores de travagem suficientemente altos são normalmente utilizadas máquinas de limpar e de ar que são puxadas pelos carros de limpeza de neve. Depois da pista ser limpa, as máquinas escovam o restante da neve e limpam a pista com ar. “Durante o Inverno operamos as máquinas quase diariamente. Quando há grandes nevões, são várias vezes ao dia”, afirma Rune Hedman. As escovas das máquinas são de grande importância para a eficácia da limpeza de neve. Como as máquinas do aeroporto de Lycksele são utilizadas com muita frequência, as escovas gastas têm que ser substituídas várias vezes em cada época. O sistema de escovas utilizado pela empresa Svenska Industriborstar (sib) implica que as escovas estão colocadas em cassetes, o que permite substitui-las sem ser necessário desmontar o eixo das escovas. Isto é uma grande vantagem comparado com outros sistemas em que as escovas têm que ser desmontadas para as substituir, conforme nos diz Rune Hedman. “Basta soltar um anel, puxar pela calha a cassete usada para fora e montar uma nova. É um sistema muito simples e fácil que nos poupa muito tempo”, afirma ele. AS MÁQUINAS DE LIMPEZA E DE AR também podem ser utilizadas no verão, mesmo com o terreno sem neve. O aeroporto de Lycksele foi ampliado em 2004. As máquinas limpam as respectivas pistas antes de descolagem e aterragem para remover areia ou cascalho. NEVE As escovas são utilizadas principalmente quando neva, mas são usadas também para remover areia e cascalho das pistas de aterragem. As cassetes de escovas são fixas em calhas nos perfis o que facilita a sua subs tituição. Rune Hedman é um técnico de limpeza de neve do aeroporto de Lycksele com muita experiência. As máquinas são também utilizadas para remover camadas de borracha das pistas. A sib, fundada em 1955, é uma empresa com 15 colaborares sedeada em Västerås. Em finais dos anos setenta a empresa lançou este sistema único de escovas já patenteado, que actualmente representa o seu maior volume de negócios. Este sistema de escovas é vendido na Escandinávia, Rússia, Gronelândia, Canadá e eua. O sistema da sib é composto por um eixo em que a cassete é fixa em calhas. Anteriormente os perfis de alumínio eram fixos num eixo composto por um tubo de aço. Actualmente o eixo é fabricado apenas de perfis de alumínio fabricados pela Sapa. O eixo é composto por cinco peças, cinco perfis que são unidos para formar um cilindro. A SIB fabrica os eixos em dois diâmetros diferentes, sendo o comprimento ajustado às necessidades do cliente final. “Passou a ser caro e difícil de adquirir tubos de aço para a produção, e por isso optámos por fabricar os eixos em perfis de alumínio. O alumínio é mais barato e mais leve. Para além disso, o alumínio permite maiores opções de variações no design”, afirma Caroline Droeser, ceo da sib. A SAPA JÁ É FORNECEDOR da sib há cerca de 20 anos, e participou no desenvolvimento do sistema. De acordo com Caroline Droeser, a competência da Sapa é uma razão de peso para a sib ter incrementado esta colaboração. “Levamos a cabo discussões contínuas em como melhorar o produto. Tentamos encontrar novas soluções em conjunto. Graças à Sapa temo-nos mantido actualizados com novas tecnologias e como trabalhar com o alumínio. A competência é uma das principais razões porque escolhemos a Sapa como parceiro”, diz ela. Comparado com cinco anos atrás, a Sapa fornece actualmente cinco vezes mais perfis de alumínio à sib. Patrick Massana, vendedor da Sapa, diz que a Sapa e a sib mantêm contactos frequentes, normalmente duas vezes por mês. Para além disso, a Sapa visita a sib regularmente, cerca de cinco vezes por ano. “Poderá ser mais frequente quando estamos a desenvolver novos produtos. Eu acredito que este tipo de colaboração é o melhor para os ambos os parceiros. É importante para nós na Sapa, que o produto que desenvolvemos funcione da melhor forma para os nossos clientes. Trabalhamos arduamente para melhorar continuamente os nossos produtos e apresentar ideias e sugestões”, afirma ele. Text Carl Hjelm foto SAMUEL ARNFJELL # 2 2007 SHAPE • 21 NA parede A empresa dinamarquesa BANG & OLUFSEN contactou a Sapa quando necessitou de perfis para os seus novos expositores para lojas. O resultado foi não só um expositor discreto e fácil de usar mas também o princípio de uma cooperação mais profunda. O expositor Fokus Wall é uma peça importante das lojas bang & olufsen, desenhadas para expor os produtos e sua mensagem. É por esta razão que deve ser fácil alterá-los regularmente. “A decoração das nossas lojas deve em primeiro lugar ser discreta e elegante. O ênfase deve estar nos nossos produtos. Os perfis de alumínio ajustam-se perfeitamente a isto”, afirma Juval Friis Philosof, Inhouse Store Designer da bang & olufsen. A Sapa Dinamarca recebeu um pedido de informações da bang & olufsen em Agosto de 2006. Deu-se início a um diálogo, onde foram implementadas uma série de melhoramentos ao caderno de encargos. A solução integral da Sapa oferece tudo embalado num conjunto, que inclui a estrutura de alumínio, parafusos e ferragens, como um ”kit Ikea”, que é entregue directamente no armazém da bang & olufsen. O conjunto completo pesa actualmente 16 quilos, em vez de 25 quilos, ao substituirmos o aço por alumínio. A embalagem simplificada também diminuiu os custos de manuseamento. “Temos beneficiado bastante da perícia técnica da Sapa. Os limites foram sempre ultrapassados, até encontrarmos em conjunto novas soluções”, afirma Thomas Svendsgaard, técnico de compras da bang & olufsen. Há uma grande procura pela Fokus Wall versão 2.0. Em parte porque são necessários mais expositores para um grande número de novas lojas, e também para a renovação das existentes. Para poder satisfazer as exigências de preço e qualidade da bang & olufsen, a Sapa teve que repensar 22 SHAPE • # 2 2007 a produção. A Sapa investiu num robot para facilitar a transformação dos perfis, entre outros. “Este trabalho tem sido um desafio para optimizar os nossos próprios processos”, conta o engenheiro Johnny Christensen e Thomas Berndtz, gestor responsável pelo cliente na Sapa Profiler a/s. A automatização juntamente com uma combinação de novas tecnologias permite à Sapa melhorar tanto no preço como na qualidade. “Uma peça central da filosofia da Sapa é ser um parceiro. Juntamente com os clientes criamos situações “win-win”. O projecto Fokus Wall proporcionou tanto à bang & olufsen como à Sapa vários ganhos, e não só financeiros”, afirma Thomas Behrndtz. texto Jesper Elm Larsen FOTO MAGNUS GLANS Sumário sobre a Fokus Wall • O expositor é composto por uma placa de MDF como base, uma estrutura de perfis de alumínio assim como perfis transversais para as prateleiras. Os perfis transversais são facilmente montados na placa de MDF com parafusos resistentes com a rosca embutida, especificamente desenvolvidos para o efeito. • O Fokus Wall está disponível em dois tamanhos, com larguras de 120 ou 180 centímetros. As bandas têxteis são facilmente montadas na estrutura de alumínio utilizando a orla de silicone. PERFIL NAS MÃOS DE David Marshall David Marshall é o artista que mistura alumínio com outros materiais como vidro, cabedal ou madeira. O resultado são obras de arte fantasiosas. O multi-criador escocês David Marshall trabalha há muitos anos em Espanha, a sua nova pátria, nomeadamente em Ronda na Andaluzia. O seu percurso é bastante variado, tendo trabalhado como copywriter, soldador, arquitecto e designer de jóias (com encomendas para a Christian Dior entre outros). No entanto, David Marshall é mais conhecido pelas suas esculturas e design de mobiliário e candeeiros. O seu primeiro contacto com o alumínio foi durante uma viagem à Colômbia há cerca de trinta anos. David Marshall arranjou trabalho como soldador e teve então oportunidade de experimentar trabalhar com alumínio, e aprendeu a conhecer as suas características, tanto as vantagens como as desvantagens. “Pode-se fazer objectos com alumínio que não é possível com outros materiais. Eu consigo que o material se mova, dobre e posso também fundi-lo, é assim que ele explica a sua fascinação por este material”. No início da sua carreira, David Marshall utilizou muito material do lixo – porque não transformar lixo em algo de bonito? Ferro-velho, carros velhos e caixas de engrenagem são transformados em arte nas suas mãos. “Uma forma de reciclagem criativa” como ele lhe chama. este é o desafio perfeito para mim. Eu tenho alguns limites técnicos, mas o resultado é sempre único e diferente, nenhum objecto é igual a outro.” David Marshall não gosta de minimalismo, e acha que o mundo já teve uma dose suficiente de material simples. Ele acha que há muito poucas pessoas a fazerem coisas com as suas próprias mãos, por isso viaja pelo mundo para aprender com outros artistas e artesãos. Ele trabalhou, por exemplo, com David Marshall trabalha em Espanha mas a joalheiros em Rajasthan, fabrisua arte é vendida também nos países DE ACORDO COM david cantes de tambores do Ghana e marshall o alumínio não Nórdicos, Irlanda e Arábia Saudita. artesãos de cabedal da Indonésia é um material fácil de – uma mistura de tradição e instrabalhar, ele teve que fazer várias experiências para piração que caracteriza a sua arte pelas suas formas obter o resultado pretendido. É um material frágil orgânicas e cheias de fantasia. e quebradiço, o que ele encara como um desafio, Ele não tem problema em misturar o seu matemas que adora trabalhar com os métodos artesanais rial favorito com pele de porco, vidro, madeira ou antigos. lã, trazendo ainda das suas viagens diferentes mateDavid Marshall tanto utiliza o material como ele riais. Ele iniciou recentemente uma colaboração é, ou derrete-o para fazer moldes e esculturas. com vidreiros locais na Tailândia, por exemplo. “É necessário ter disciplina para trabalhar com alumínio, mas como eu me aborreço facilmente Texto Jessica Johansson # 2 2007 SHAPE • 23 POR ÚLTIMO PERFIS ELEVAM O GIROCÓPTERO Não é um avião, mas também não é um helicóptero. O girocóptero ou Autogyro pode ser descrito como um misto de ambos, mas muito mais barato. Poderá estacionar o popular modelo AutoGyro MT-03 na sua garagem por apenas 50.000 euros. U m Autogyro é operado como um avião de uma hélice. Uma grande diferença é que o autogyro não tem asas. Em vez de asas, está equipado com uma pá de rotor que roda à velocidade do vento que vem pela frente e por 24 SHAPE • # 2 2007 baixo, mantendo uma boa capacidade de elevação mesmo em velocidades baixas. Comparado com o helicóptero, as diferenças são que não necessita de um rotor na cauda (que evita que o helicóptero entre em rodopio) e o girocóptero não pode descolar verticalmente. Tudo o que necessita é de vento frontal e dez metros de distância para descolar. É utilizado um pré-rotor para a descolagem, o que permite uma velocidade de 250 rotações por minuto no rotor. E É PRECISAMENTE este importante rotor do AutoGyro mt03, fabricado pela htc/AutoGyro na cidade alemã de Hildesheim que coloca a Sapa no mapa. As pás do rotor são compostas por dois perfis de alumínio com quatro metros de comprimento. O design dos perfis foi um desafio técnico. As paredes dos perfis têm apenas 1,1 milímetros de espessura, mas têm que ser muito resistentes, resistir a grandes pressões verticais e não se dobrar. “ Para acrescentar a isto, têm também um corte vertical muito assimétrico. Em conjunto com As pás do rotor de perfis. a Sapa da Bélgica, conseguimos criar uma forma geométrica que preencheu todos os requisitos”, afirma Michael Brodam, responsável por Application & Engineering na Sapa de Dusseldorf. o mt-03 é descrito como seguro e relativamente fácil de aprender a voar. Incluindo equipamento normal o seu custo é um pouco mais de 50.000 de euros. Há também a acrescentar a formação para um certificado Ultra Light-B de cerca de eur 5.000. Esta pequena máquina voadora pode ser facilmente transportada num atrelado e estacionada em qualquer garagem normal. TEXTO THOMAS ÖSTBERG
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