Client Value Team - ArcelorMittal Europe
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Client Value Team - ArcelorMittal Europe
Revista clientes | Junho 2006 Fast Prototyping Um novo serviço técnico com vantagens inéditas Clientes colhem os frutos Arcelor e Nippon Steel: cinco anos de parceria Nova abordagem logística Uma verdadeira parceria com a Lindab Client Value Team Flat Carbon Steel Europe Índice 3 Sob o signo da evolução e do crescimento 4 Entrevista com Walter Vermeirsch Capa © Lindab Uma tecnologia própria para condutos de ventilação Editor responsável Cecile Van den Hof Arcelor Flat Carbon Steel Europe 19, avenue de la Liberté L-2930 Luxemburg www.arcelor.com/fcse 7 Arcelor Steel Service Centre Slovakia Arcelor dá o tom na Europa Central Redatora-chefe Cecile Van den Hof Equipe de redação Dieter Vandenhende Philip van Ootegem (Aware) 8 A Lindab descobre uma nova abordagem logística Concepção gráfica Julie Verzelen Fotografia pp. 3, 5 e 17: Tom D’Haenens pp. 6, 7, 12, 13-14 (na parte superior da página) e 16: Philip van Ootegem p. 4: Fernand Konnen pp. 8-9: Lindab p. 10: Studio Pons p. 11: Paul Robin p. 13: Arcelor Research Industry Gent pp. 14-15: Vaillant p. 18: Severstal p. 19: Dofasco p. 20: Arcelor Eisenhüttenstadt Copyright Todos os direitos reservados. Nenhum conteúdo da presente publicação pode ser reproduzido sem consentimento escrito prévio, sejam quais forem as formas ou os suportes de difusão. 12 Fast Prototyping, um novo serviço técnico com vantagens inéditas 14 Vaillant, o especialista de aquecedores que mantém o sangue-frio 16 Aço Arcelor para enfrentar os choques mais violentos Nova norma européia para barreiras antiderrapagem 10 Clientes colhem os frutos de nossa colaboração 18 Arcelor: uma marca única e forte Arcelor e Nippon Steel: cinco anos de parceria 18 A expansão da Arcelor • • • • Laiwu Sonasid Severgal Dofasco, fator decisivo para a estratégia de crescimento da Arcelor 20 News • • • Arcelor organiza Jornada Mundial de Segurança e Saúde Arcelor recebe Toyota Award pela qualidade de seus produtos Acería Compacta de Bizkaia indicada para um prêmio ambiental Sob o signo da evolução e do crescimento Todo ser vivo evolui constantemente. O grande segredo é fazer com que as mudanças transcorram sem problemas e com que os objetivos sejam atingidos. E é exatamente isso que fazemos na Arcelor. Você, cliente, certamente precisou se familiarizar com novas denominações e novos profissionais no âmbito de nossa organização. Lançamos novos produtos, instauramos novos processos, siglas e métodos, mas através da revista Update sempre mantivemos nossos clientes informados sobre os objetivos de nossas metamorfoses e sobre o cronograma fixado. Nesta edição, oferecemos um balanço intermediário, tendo, como primeiro ponto positivo, o fato de que o cliente é um elemento determinante em tudo o que empreendemos. Cecile Van den Hof Senior Manager Communications Na entrevista que concedeu à revista, Walter Vermeirsch, que assumiu recentemente a Executive Vice-President da Arcelor Client Value Team (CVT), declarou que já há algum tempo só recebe dos clientes feedbacks positivos sobre a maneira como a Arcelor tem evoluído. Afirmou também que o Grupo Arcelor está firmemente determinado a atingir os objetivos OTIF 95 até o final do ano. E este não será o único resultado dos esforços realizados ao longo dos últimos meses. Walter Vermeirsch evocou as primeiras e promissoras inovações em matéria de cadeia de abastecimento, bem como medidas importantes de aprimoramento aplicadas às fases Upstream de nosso sistema de produção. A maneira como os clientes se referem à colaboração que mantêm com a Arcelor CVT só vem confirmar essas declarações. No artigo dedicado à Lindab, você poderá conferir a primeira experiência positiva desta empresa sueca com nosso projeto piloto Committed Volume & Lead Time. A empresa alemã Vaillant também manifesta sua satisfação com a parceria estabelecida com a Arcelor CVT. A Arcelor evolui… e cresce – em particular através da aquisição da Dofasco pelo Grupo. Mas isso não é tudo: nesta edição da Update, apresentamos vários acordos de colaboração firmados recentemente, entre os quais a aliança com a Nippon Steel Corporation, o novo Steel Service Centre na Eslováquia e a participação da Arcelor na siderúrgica chinesa Laiwu. Paralelamente, a Arcelor continua avançando no caminho da inovação. Desta vez, daremos destaque à nossa nova técnica de produção acelerada de protótipos, além de explicarmos por que é melhor optar por barreiras antiderrapagem em aço Arcelor. Espero que apreciem a leitura da revista. Cecile Van den Hof Client Value Team | Revista clientes | Junho 2006 Entrevista com Walter Vermeirsch “Não é por acaso nosso nome é Client Value Team”! Walter Vermeirsch As transformações pelas quais a empresa vem passando provocam, inevitavelmente, mudanças no organograma. É assim que, desde 23 de janeiro passado, Walter Vermeirsch ocupa o cargo de Executive Vice-President da Arcelor Client Value Team (CVT), sucedendo a Christophe Cornier, que atualmente é responsável pela divisão de produtos planos para a Europa (Arcelor Flat Carbon Steel Europe) e pelo pólo automotivo mundial. Durante uma entrevista que durou mais de uma hora, pudemos conhecer melhor a personalidade de Walter Vermeirsch, alto executivo experiente e metódico com vasta bagagem no setor de produção e de relações com os clientes. Desde meados de 2005, uma brisa de transformação vem soprando na Arcelor. Hoje, os primeiros resultados começam a se manifestar. Tudo está correndo como previsto? Inicialmente, o objetivo era finalizar a integração das diversas equipes comerciais que ainda coexistiam depois da fusão. Este tipo de operação sempre cria turbulências, mas resolvemos não esperar o final da reorganização e lançamos uma série de projetos de mudanças voltados para os clientes. O mais importante desses projetos é sem dúvida o OTIF 95. OTIF significa “On Time In Full” e designa uma meta a atingir: queremos que 95% das encomendas rotuladas como “superior service” sejam entregues por completo e no prazo fixado. Este projeto está sendo desenvolvido como previsto e já obtivemos uma taxa OTIF de cerca de 90%, o que nos valeu muitos comentários positivos por parte dos clientes. O que foi feito, concretamente, para aumentar esta porcentagem? Procuramos combater as causas funda- mentais. Primeiramente, constatamos problemas de qualidade. Neste aspecto, a Arcelor sempre teve uma boa reputação, mas ainda acontece com freqüência que sejamos obrigados a recusar bobinas e a fabricá-las novamente. Graças a projetos internos de qualidade desenvolvidos em todas as fábricas, tem havido um real progresso. Quanto menos precisarmos refazer o trabalho, mais rápido trabalharemos. O segundo problema, intimamente ligado ao primeiro, é a complexidade de nossa produção por lotes. Quando uma empresa instala uma nova linha de montagem, sabe praticamente por antecipação quanto vai produzir. Trata-se efetivamente de um processo contínuo, cujos parâmetros são conhecidos e fáceis de controlar. No setor de produção de aço, é totalmente diferente. Temos, na Europa, 16 alto-fornos, mas nenhum é idêntico ao outro. Quando modificamos os parâmetros de um deles, às vezes só podemos avaliar as conseqüências da mudança semanas mais tarde. Cada alto- forno reage de uma maneira diferente. Por isso, hoje todas as usinas siderúrgicas estão reunidas em uma única entidade “Upstream”. Desta forma, contamos com um maior intercâmbio de conhecimentos e benchmarking entre as unidades e conseguimos controlar cada vez melhor a produção por lotes de todos os altofornos. O processamento administrativo que vai da encomenda à emissão da fatura constitui também um grande obstáculo. Pouco depois da criação da Arcelor, lançamos um audacioso projeto de racionalização dos processos e sistemas comerciais. Atualmente, 90% deste projeto já foi desenvolvido, mas é na reta final que estão os maiores obstáculos. Até o final de 2006, deveremos ter finalizado este projeto. A quarta dificuldade é a expedição de produtos. Hoje, ainda, um grande número de caminhões e trens entrega as mercadorias com atraso aos clientes. Para melhorar esta situação, foi criado um projeto específico. A Arcelor tem investido consideravelmente em tempo, recursos e mão-de-obra em todas essas operações, e não tem sido em vão. Temos observado muitos progressos e os resultados que obtivemos parecem estáveis. Até o final do ano, teremos chegado bem perto da meta OTIF 95. No ano passado, no âmbito da Arcelor CVT, foi também criada uma equipe Client Logistics & Services (CLS) que, a exemplo das equipes Client Technical Support (CTS), deve elaborar soluções sob medida, mas no plano logístico. Esta nova equipe já pode se orgulhar de muitas conquistas… É verdade. Esta equipe foi criada no momento certo, pois hoje, no plano mundial, a procura por aços é muito maior que a oferta, o que às vezes perturba a regularidade das entregas. No caso de clientes para os quais o abastecimento regular é absolutamente vital, a equipe CLS desenvolveu o sistema CV<, forma abreviada de “Committed Volume & Lead Time”. “Committed Volume” significa que, em comum acordo com o cliente em questão, determinamos a quantidade de aço que podemos entregar durante o trimestre seguinte, ou seja, reservamos para ele uma determinada capacidade de produção. Até algumas semanas antes da entrega efetiva do aço e pouco antes que nosso lead time comece a correr, o cliente tem a possibilidade de modificar o volume solicitado. Mas, a cada trimestre, só é possível uma variação limitada em relação à quantidade de aço que a Arcelor reservou para a empresa. Trata-se, portanto, de um compromisso recíproco. Este tipo de sistema é com freqüência indispensável para clientes do setor automotivo, mas constitui também um diferencial para uma série de clientes do setor industrial em relação ao sistema existente. Outra conseqüência importante da transformação: três Business Units foram integradas à Arcelor CVT. Que comentários o Senhor faria a este respeito? Graças a esta integração, a ACB (Acería Compacta de Bizkaia) ganhou muito em segurança e qualidade. A linha de produtos também foi ampliada. A Arcelor Packaging ainda enfrenta dificuldades em matéria de rentabilidade global, mas registrou melhoras consideráveis no plano da qualidade e da linha de produtos. A generalização das melhores práticas permite posicionar as cinco fábricas da Arcelor Packaging num nível elevado de qualidade. Aliás, não temos escolha, pois somos um dos principais produtores de aços para embalagens. Por fim, a Arcelor Tailored Blank também registrou uma evolução positiva nos últimos meses. Esta Business Unit tem novamente a possibilidade de promover, junto aos clientes efetivos e potenciais, as enormes vantagens dos tailored blanks em termos de preço, qualidade e funcionalidade. Os ganhos para clientes que precisem produzir um blank específico em grande série são inigualáveis, mas poucas pessoas estão a par dessas vantagens. Walter Vermeirsch, o novo Executive Vice-President da Arcelor Client Value Team “A Dofasco é, nada mais nada menos, que o pontade-lança da Arcelor no mercado norte-americano”. Falemos agora da Dofasco. Esta empresa norte-americana produz sobretudo aços planos de primeira qualidade, bem como tailored blanks e ferro branco de embalagens. Foi este o motivo da aquisição? A Dofasco é, nada mais nada menos, que o ponta-de-lança da Arcelor no mercado norte-americano. Como o Senhor sugeriu muito bem, existem efetivamente muitas possibilidades de sinergia. Primeiramente, a Dofasco é bem-conceituada junto aos fabricantes de automóveis da América do Norte. Cerca de metade de sua produção destina-se ao setor automotivo. A Arcelor dispõe de uma implantação da Arcelor Tailored Blank nas proximidades, o que, naturalmente, abre muitas perspectivas. Mas, a meu ver, a principal vantagem reside no fato de que a Dofasco passou também a ter acesso a todas as inovações tecnológicas oriundas da colaboração entre a Arcelor e a Nippon Steel Corporation. Penso particularmente em ExtragalTM, aço com revestimento metálico destinado principalmente à indústria automotiva e até então desconhecido no mercado americano. Os fabricantes de automóveis japoneses que implantaram linhas de montagem na América do Norte estão particularmente entusiasmados com a compra da Dofasco pela Arcelor, pois poderão dispor de aços com os quais estão habituados a trabalhar. No campo de aços para embalagens, a Dofasco e a Arcelor Packaging são extremamente complementares, o que também abre muitas perspectivas de sinergia. Quais são as prioridades para os próximos meses e anos? Para os clientes do setor industrial, certamente não procederemos a uma otimização transcontinental das normas de nossos produtos. Em compensação, a padronização é recomendada para os produtos automotivos. Alguns fabricantes, como a Toyota e a Honda, desejam trabalhar com as mesmas qualidades de aço nos quatro cantos do mundo, enquanto outros preferem não seguir este princípio, aplicando normas diferentes de um continente a outro. É claro que a situação ainda vai evoluir, mas devemos estar prontos para servir nossos clientes, seja qual for a direção que o mercado tomar. Penso também que devemos procurar chegar ao que chamo clockwise factory, ou seja, uma fábrica em que tudo funciona com a precisão de um relógio suíço, como é o caso das coquerias. Precisamos aplicar este mesmo princípio em nossas usinas siderúrgicas. Os processos de produção por lotes devem tornar-se tão previsíveis quanto os processos de montagem. Quanto ao aspecto comercial, devemos estar ainda mais atentos às reais necessidades dos clientes. Precisamos alinhar melhor nossos serviços com os volumes de produtos que eles compram e com suas atividades nos diversos mercados. Além disso, devemos ter a coragem de questionar periodicamente a maneira como trabalhamos com os nossos clientes. O que hoje funciona bem pode estar ultrapassado no ano que vem. É evidente também que a função das filiais de venda está mudando. Cada vez mais, elas constituem bases a partir das quais os client teams podem trabalhar mais estreita e intensamente com os clientes. Quanto mais adequadas forem as respostas da nossa rede comercial às necessidades do cliente, mais crescerá o valor agregado. Esta é a nossa meta. Não é por acaso que nosso nome é “Client Value Team”! Arcelor Steel Service Centre Slovakia Arcelor dá o tom na Europa Central Peter Duriac, Diretor da Arcelor SSC Slovakia Março de 2006. Ainda é inverno. A neve reduz o ritmo do tráfego, denso na autoestrada que liga Bratislava a Brno, mas mesmo assim chegamos sem atraso ao Arcelor Steel Service Centre Slovakia de Senica (pronuncia-se “senitsa”). É a partir daí que a Arcelor pretende abastecer um número em franca ascensão de fabricantes de automóveis, especialistas siderúrgicos e fabricantes de aparelhos eletrodomésticos que estão se instalando na Europa Central. Peter Duriac, Diretor da Arcelor SSC Slovakia, nos recebe no seu escritório. “Este Steel Service Centre (SSC) foi construído a partir do nada”, esclarece. Tudo começou em 2004, pouco tempo após a decisão da Arcelor de criar um novo Steel Service Centre na Europa Central. Com a sua equipe, Peter Duriac buscava um local adequado, que fosse facilmente acessível a partir da Áustria, da República Tcheca, da Eslováquia e da Hungria. Finalmente, foi escolhida a Eslováquia. A Prefeitura de Senica imediatamente compreendeu que a Arcelor poderia servir de pólo de atração para outras empresas em busca de um bom local de implantação. Assim, sua colaboração foi total desde o início. Numa primeira fase, a Arcelor investiu 10,8 milhões de euros na construção deste Service Centre. As obras começaram em dezembro de 2004. Como o novo SSC é abastecido a partir de Bremen e Eisenhüttenstadt, é fundamental que haja uma ligação com a rede ferroviária eslovaca. Por isso, a Arcelor instalou 600 metros de vias suplementares. Na segunda fase, que iniciará em julho/agosto, o Grupo investirá 5 milhões de euros na construção de instalações complementares para a Arcelor Tailored Blank. Possibilidades únicas Nestes últimos anos, um número cada vez maior de fabricantes de automóveis temse instalado na Europa Central. A Skoda, a Hyundai, a Volkswagen, a PSA Peugeot Citroën, a Kia, a Audi, a Opel e a Suzuki possuem ou pretendem construir fábricas em um raio de 200 quilômetros em torno do SSC de Senica. “Os subcontratados dos fabricantes de automóveis também são clientes importantes”, salienta Peter Duriac. “Em 2006, escoaremos 42% da nossa produção no setor automobilístico, 13% entre os fabricantes de aparelhos eletrodomésticos e 45% na indústria geral”. A Arcelor SSC Slovakia utiliza por enquanto quatro instrumentos. Ao lado do hall que serve para o abastecimento das bobinas de aço por via férrea, encontra-se uma decoiling line, que desenrola as bobinas e efetua o corte transversal. Também há duas linhas de desdobramento para seccionar o aço no sentido do comprimento, bem como uma prensa multi-blanking. “Assim, podemos seccionar no sentido da largura e do comprimento, em uma só passagem”, explica Peter Duriac. “Nossos produtos acabados são chapas e faixas retangulares, bem como blanks trapezoidais para a indústria automobilística. Nessa região, somos os únicos que oferecem essas possibilidades técnicas”. As grandes multinacionais da região esperavam impacientemente a chegada deste Steel Service Centre. “E os clientes locais também estão muito impressionados pelos produtos e serviços de qualidade que podemos oferecer”, acrescenta nosso interlocutor. “Para a maioria desses clientes, nós desempenhamos um papel de pioneiros. Muitas empresas locais ainda ignoram, por exemplo, que a Europa proíbe a presença de cromo hexavalente (Cr+6) nos seus produtos, a partir de 1° de julho de 2006. Chamamos a atenção dessa clientela para esta legislação, fazendo, ao mesmo tempo, com que possa dispor de produtos adequados. O SSC Slovakia é a primeira verdadeira empresa siderúrgica da Europa Ocidental nessa região”. A Lindab descobre uma nova abordagem logística Jonas Stenbeck, Key Account Manager da Arcelor, e Stefan Johansson, Senior Purchasing Manager da Lindab Segundo um velho clichê, a Suécia é mestre na arte de combinar realidade econômica e vida sadia e agradável. O município de Grevie, que se situa no sul da Suécia, demonstra que essa idéia não tem nada de errada. Grevie é acima de tudo o paraíso dos praticantes de golfe. Desde o início da primavera até o final do outono, os gramados ficam repletos de pessoas que vêm se espairecer, após uma jornada de trabalho. Muitas delas trabalham para o Lindab Group, em uma das fábricas ou em um dos escritórios inseridos em uma moldura verdejante. A empresa tem-se consideravelmente desenvolvido nestes últimos anos e um certo número de funcionários estão hoje envolvidos em um apaixonante projeto logístico lançado conjuntamente com a Arcelor. O Lindab Group desenvolve e fabrica sistemas de ventilação, bem como perfilados para construção. Para tanto, compra a cada ano cerca de 260 mil toneladas de bobinas de aço, principalmente da Arcelor. A Lindab dispõe de seu próprio Steel Service Centre, que realiza a separação de camadas de um pouco menos da metade dessas bobinas. “A maior parte deste aço é encaminhado diretamente por navio às nossas 19 fábricas espalhadas por toda a Europa e a América do Norte”, esclarece Stefan Johansson, Senior Purchasing Manager Steel. Técnicas próprias A Lindab é conhecida pela qualidade excepcional dos seus produtos. Segundo Stefan Johansson, esta boa reputação é essencialmente devida aos sistemas de ventilação e de climatização: “Utilizamos água para veicular o calor e o frio. A climatização da peça em que estamos funciona a água. Ouve-se algum ruído? Nenhum! Isto mostra perfeitamente as vantagens do sistema Comfort Line. A água circula através das canalizações planas acima das quais passa o ar, que é rapidamente levado à temperatura desejada. Em relação aos sistemas que utilizam fluxos de ar, o Comfort Line é mais compacto, mais silencioso e mais preciso ao nível da regulagem”. Também para a ventilação, a empresa dispõe de uma tecnologia própria muito eficaz. “Aqui, optamos por condutos cilíndricos, porque asseguram uma melhor circulação do ar e são significativamente mais silenciosos que tubos quadrados ou retangulares. Também são menos sujeitos às turbulências e ao depósito de poeira, oferecendo ao mesmo tempo vantagens consideráveis no plano da produção. Os tubos de secção quadrada ou retangular têm de ser primeiro dobrados e depois fechados em todo o comprimento. Os nossos tubos cilíndricos são enrolados em espiral e fechados durante um processo contínuo, uma técnica patenteada chamada de ‘Spiro’, que é o nome da empresa suíça que a elaborou. A Spiro é hoje uma filial a 100% do Lindab Group”. A Lindab em números • A Lindab foi criada em 1959, ano em que registrou um faturamento de cerca de 1 milhão de coroas suecas (cerca de 107 mil euros). Em 2005, o faturamento do Grupo foi de 6,2 bilhões de coroas (cerca de 666 milhões de euros). • Atualmente, o Grupo emprega 4 mil funcionários em 28 países. A Lindab constrói a nova Europa Desde a sua criação em 1959, a Lindab também tem fabricado perfilados de aço para construções, desde canaletas para o escoamento de águas pluviais e calhas até revestimentos de paredes e tetos, passando por perfilados para paredes divisórias. “É a nossa outra atividade”, explica Stefan Johansson. “Nestes últimos anos, temos consideravelmente consolidado a nossa posição no continente europeu, através de várias aquisições estratégicas e estamos conquistando quotas cada vez mais elevadas de mercado na Europa Central, onde hoje se constrói muito”. Em 2002, a Lindab comprou as atividades européias do antigo grupo americano Butler, assumindo assim o controle de uma empresa húngara com alto desempenho, especializada em prédios comerciais e industriais pré-fabricados. “Ela concebe o projeto e produz os elementos, mas a construção propriamente dita é entregue a empreiteiras credenciadas”, esclarece o nosso interlocutor. Em setembro de 2005, o Lindab Group também ingressou na Astron, um dos líderes europeus na área das construções de aço. Há duas unidades de produção: uma no Luxemburgo e outra na República Tcheca. Graças à Astron, a Lindab também é agora o líder europeu das construções metálicas pré-fabricadas. Committed Volume & Lead Time Stefan Johansson qualifica sem hesitar a Arcelor de excelente fornecedor. “Mas, poderá melhorar ainda”, acrescenta. “Oferecemos bons prazos de entrega aos nossos clientes. Assim, esperamos dos nossos fornecedores que também façam um esforço particular neste sentido. Temos estoques suficientes que nos permitem atender a todos os pedidos Client Value Team | Revista clientes | Junho 2006 reais durante pouco menos de duas semanas. Mas os nossos fornecedores de aço nos solicitam previsões de oito a dez semanas. Se os meus clientes encomendarem ao mesmo tempo qualidades de aço menos freqüentes, ficarei em situação de dificuldade, pois eles prevêem a entrega dentro de duas semanas, ao passo que o meu fornecedor precisa de pelo menos algumas semanas a mais para me abastecer”. “No que concerne o aço pré-pintado, elaboramos um projeto particular”, explica Jonas Stenbeck, Key Account Manager para a Lindab. “Concluímos um acordo que prevê que a Arcelor deverá estocar bobinas de aço para a Lindab e realizar a pré-pintura das mesmas logo que a Lindab tiver mais pormenores sobre os pedidos dos seus clientes. Assim, conseguiremos reduzir consideravelmente os lead times”. “Este sistema representa uma grande melhoria no plano do método”, declara Stefan Johansson. “Em tempos passados, a Arcelor podia bruscamente fazer passar os seus prazos de entrega de 7 a 12 semanas, o que minava a nossa fiabilidade junto aos nossos clientes. Graças ao projeto piloto com prazo garantido, o impacto nos nossos estoques é extremamente positivo e podemos reagir muito melhor aos pedidos dos nossos clientes. Só temos a ganhar”! Para a terceirização do aço galvanizado a quente, a Arcelor CVT lançou o projeto CV< (Committed Volume & Lead Time). A Lindab desempenha aqui o papel de cliente piloto. “Em primeiro lugar, acertamos entre nós a questão do volume de aço que a Lindab deverá comprar no decorrer do próximo trimestre, com base numa repartição semanal”, esclarece Jonas Stenbeck. “Graças ao novo sistema, a Lindab pode registrar os seus pedidos com um prazo estável e previamente combinado. Além disso, o sistema permite uma variação predeterminada por semana. Imaginemos que a quantidade combinada seja de 12 mil toneladas. Será repartida ao longo das semanas do trimestre, o que corresponde, no caso, a mil toneladas por semana. A partir do momento em que o pedido é feito, a Lindab pode alterar o volume semanal previsto, dentro dos limites combinados. É evidente que este sistema não é à la carte, mas supõe um compromisso recíproco”. Clientes colhem os frutos de nossa colaboração Arcelor e Nippon Steel: cinco anos de parceria Em janeiro de 2006, o acordo estratégico de colaboração técnica firmado entre a Arcelor e a Nippon Steel completou cinco anos. A revista Update entrevistou Vincent Guyot, Senior Manager CVT e Technical Coordinator Alliances & Joint Ventures, que voltou recentemente de uma viagem de trabalho ao Japão. Que motivos o levaram a decidir estabelecer uma estreita colaboração com os japoneses?. “Por uma razão essencial”, responde ele: “queríamos oferecer mais vantagens aos nossos clientes”. Em 2005, o Grupo Arcelor investiu 140 milhões de euros em diversos projetos de pesquisa. A maioria desses projetos foi implementada durante um longo período, tendo por objetivo o desenvolvimento de novos produtos e aplicações. Além disso, no decorrer do ano passado, a Arcelor destinou 50 milhões de euros suplementares a projetos de pesquisa em parceria com outras empresas. Ao todo, 1.100 pesquisadores europeus e seus 200 colegas brasileiros da Arcelor trabalham atualmente em estreita colaboração com seus congêneres da Nippon Steel Corporation, o que faz com que a Arcelor e a Nippon Steel representem, juntas, cerca de 60% de toda a pesquisa mundial do setor siderúrgico. Esta colaboração é desenvolvida em função das expectativas dos clientes, que são os maiores beneficiados por esta cooperação intercontinental. A conselho dos clientes Renault e a Nissan foi firmada, em 1999, o interesse europeu pelas parcerias mundiais deu um salto espetacular. “A necessidade dos clientes da indústria automotiva, que queriam dispor de uma linha realmente mundial de produtos e serviços, foi certamente a principal razão do acordo entre a Arcelor e a Nippon Steel”, confirma Vincent Guyot. “Mas não foi a única. Nosso contrato com a Nippon Steel abrange também os setores de compras, aços para construção, aço inoxidável, preservação do meio ambiente e Pesquisa e Desenvolvimento. Todos esses motivos pesaram na decisão”. No dia 22 de janeiro de 2001, a antiga Usinor e a Nippon Steel assinaram um audacioso contrato de colaboração, que a Arcelor mantém em vigor até hoje. “Desde meados dos anos 90, o setor siderúrgico europeu compreendeu que devia se organizar no plano mundial”, explica Vincent Guyot. “Foram principalmente os clientes da indústria automotiva que nos incentivaram a cruzar fronteiras, pois é verdade que a maioria deles está presente no plano internacional”. Os fabricantes de automóveis japoneses, que também passaram a trabalhar em escala planetária, pediram que seus fornecedores de aço concluíssem parcerias com siderúrgicas européias. Quando a fusão entre a Como está sendo a experiência de colaboração? “Muito positiva! Um Global Steering Committee (GSC) foi criado para coordenar todos os projetos que se enquadram no âmbito do acordo. Os projetos propriamente ditos são confiados a grupos de trabalho supervisados por responsáveis que se reúnem três vezes por ano, alternadamente no Japão ou na Europa. Por razões evidentes, as reuniões eram mais freqüentes durante a fase liminar. Os pesquisadores devem aprender a se conhecer melhor e ainda precisamos assegurar um maior crescimento mútuo. Periodicamente, são constituídas equipes técnicas para analisar questões específicas”. Abordagem técnica conjunta do setor automotivo Oferecer uma linha de produtos equivalente para a indústria automotiva mundial Propor aços e tecnologias comuns aos dois Grupos Atender mais rapidamente às exigências qualitativas e necessidades técnicas correntes P&D conjunta Licenças Rede de abastecimento mundial de produtos equivalentes Acordo de colaboração para o setor automotivo Lista de produtos Rede de abastecimento mundial de produtos equivalentes 10 Mais rapidez no desenvolvimento de produtos Novos tipos de aço e tecnologias A decisão de desenvolver uma linha de produtos mundial para os clientes nasceu de uma necessidade do mercado automotivo. Hoje, outros tipos de indústria vêm exprimindo a mesma necessidade. É por isso que a Arcelor lançará em breve SuperDyma®, graças a uma licença concedida pela Nippon Steel. Voltaremos a falar sobre este aço revolucionário, capaz de se reparar sozinho, numa próxima edição. Resultados proveitosos A pedra angular da parceria estratégica entre a Arcelor e a Nippon Steel é incontestavelmente o acordo de colaboração relativo a aços destinados à indústria automotiva. Um acordo que já produziu resultados muito proveitosos. Acima de tudo, a Arcelor e a Nippon Steel dispõem de uma lista de produtos comum aos dois grupos. A lista, que contém uma centena de itens, entre os quais diversos aços de alta resistência (até 1500 MPa), está atualmente à disposição de todos os clientes na Europa, no Japão, na América do Norte, na América do Sul e na China. “Para preparar esta lista, os produtos e processos de produção das duas empresas foram cuidadosamente comparados”, conta Vincent Guyot. “A lista é periodicamente completada com novos produtos resultantes dos trabalhos conjuntos de Pesquisa e Desenvolvimento”. Naturalmente, a colaboração não se limita a uma lista de produtos comum às duas empresas. A Arcelor e a Nippon Steel desenvolvem também o chamado cross licensing. Sete licenças já foram trocadas entre as duas empresas e ainda haverá outras. Vincent Guyot conta que “o trabalho de P&D conjunto também já produziu resultados notáveis. Nos últimos cinco anos, uma dezena de projetos de P&D voltados para a indústria automotiva foram desenvolvidos. Juntas, as duas empresas lançaram novos produtos, como os aços TRIP 590 e 780 galvannealed (recozidos após a galvanização) e galvanised (galvanizados). Não é por acaso que nos referimos a aços TRIP AN: o A representa a Arcelor e o N, Client Value Team | Revista clientes | Junho 2006 a Nippon Steel. A importância das novas soluções em matéria de aço desenvolvidas em conjunto também é imensa. Nesta área, o mais impressionante são as técnicas de simulação digital, que oferecem potência e grande precisão para a estamparia de aços de altíssima resistência. Nesse período, também solicitamos, junto com a Nippon Steel, o registro de cerca de 50 patentes, das quais umas 20 são hoje propriedade conjunta dos dois parceiros”. Além disso, desenvolvemos também uma abordagem técnica conjunta dos fabricantes de automóveis e de autopeças. Neste sentido, a Arcelor e a Nippon Steel vêm promovendo a utilização de aços de altíssima resistência junto aos clientes. E com sucesso, visto que os grandes nomes do setor automotivo mundial já aprovaram mais de dez tipos de aço de altíssima resistência. Graças a esta parceria, a Arcelor hoje trabalha com um grande número de empresas japonesas implantadas na Europa, tendo criado importantes sinergias. “Finalmente, buscamos o mesmo objetivo: a satisfação dos clientes”, declara nosso interlocutor. “Atualmente, a Arcelor e a Nippon Steel são consideradas pelos clientes como os principais fornecedores de aço da indústria automotiva”. Triplamente vantajoso para o cliente As vantagens desta abordagem para o cliente são evidentes. Primeiro, a Arcelor e a Nippon Steel oferecem atualmente uma linha de produtos e serviços de âmbito mundial. Vincent Guyot confirma: “os serviços também são muito importantes. Todos os serviços técnicos que a Arcelor e a Nippon Steel propõem aos clientes devem ser de altíssimo nível. Penso sobretudo em simulações, na regulagem de equipamentos e em tudo o que se relacione ao early involvement. Para cada fase do desenvolvimento de um novo modelo, podemos prestar assistência ao cliente com produtos e consultoria. Por exemplo, quando um fabricante de automóveis deseja realizar crash tests com materiais da Nippon Steel, pode também utilizar nossos materiais em caso de emergência. E vice-versa. Os produtos que fazem parte de nossa linha conjunta se comportam da mesma maneira durante os testes, seja qual for o país em que forem fabricados”. A segunda grande vantagem é a Global Supply Network da Nippon Steel e Arcelor. No mundo todo, o cliente pode obter o aço apropriado às suas atividades através da rede mundial das duas siderúrgicas e da NBA, empresa conjunta sediada em Xangai. “Mas continuamos sendo concorrentes”, ressalta Vincent Guyot. “Os clientes sabem que oferecemos produtos comparáveis ou equivalentes, mas podem negociar separadamente com cada grupo. Isso não impede que sejamos solidários. Se, por exemplo, surgirem problemas com um aço da Arcelor num determinado país, a Nippon Steel pode resolver a situação. E vice-versa”. A terceira vantagem importante para o cliente é que a Arcelor e a Nippon Steel são empresas que desenvolvem aços de alta tecnologia. Trata-se de uma condição sine qua non para que se possa sempre oferecer novos tipos de aço com melhor desempenho. “Como nossos recursos são compartilhados, podemos reduzir o time-to-market”, explica Vincent Guyot. Nosso entrevistado poderia contar muitas anedotas saborosas sobre as diferenças culturais entre japoneses e europeus. “Mas quando o assunto é linha de produtos, inovação e serviços, os pontos em comum ficam evidentes. Temos o mesmo compromisso e recusamos quaisquer concessões”, conclui Vincent Guyot. 11 Fast Prototyping, um novo serviço técnico com vantagens inéditas Tradicionalmente, existem dois métodos para a realização de protótipos em chapa de aço. O primeiro consiste numa estampagem profunda em pequenas prensas com matrizes leves. O segundo recorre à fabricação inteiramente manual do protótipo, o que resulta, naturalmente, numa série de falhas no plano estético. Na falta de uma alternativa correta, esses dois métodos tradicionais, com todos os seus defeitos, se mantiveram durante muito tempo. Mas agora as coisas estão mudando. Paredes verticais também Pieter Vanduynslager, pesquisador Steel Solutions & Design na Arcelor Research Industry Gent, e Olivier Brun, Manager Technical Service Offer da Arcelor CVT O desenvolvimento de uma lavadora de louça, de uma máquina ou de um carro sempre é acompanhado de protótipos. Um protótipo permite visualizar o conceito, cabendo ao cliente ver em que medida poderá ser realizado no plano técnico. A realização de protótipos de aço segundo os métodos tradicionais leva muito tempo e custa muito caro. Mas as coisas estão mudando. A Arcelor está lançando uma novíssima técnica , o Fast Prototyping. Com base nos dados de um desenho obtido através de computador, uma máquina especial prensa progressivamente uma chapa, através de um pino metálico contra um modelo de madeira ou de plástico, produzindo, em geral em apenas um dia, um protó tipo impecável, com uma superfície quase perfeita. 12 “A Arcelor continuamente amplia a sua oferta de produtos e serviços”, salienta Olivier Brun, Manager Technical Service Offer da Arcelor CVT. “Desde o final do ano passado, estamos oferecendo aos nossos clientes uma solução Fast Prototyping, técnica nitidamente mais rápida e mais barata que todos os sistemas convencionais. Quanto maior for o número de exemplares a serem realizados, mais baixo será o preço unitário”. A Arcelor descobriu esta técnica de realização rápida de protótipos no Japão e a equipe da Arcelor Research Industry Gent fez alguns aperfeiçoamentos e reajustes. Foi assim que, contrariamente ao modelo original, a máquina adaptada pode realizar paredes verticais. Por outro lado, os pesquisadores da Arcelor também desenvolveram um método para garantir a perfeita uniformidade das superfícies do protótipo. O Fast Prototyping representa uma evolução importante para a indústria de transformação do aço. “O ponto de partida do nosso Fast Prototyping sempre é o arquivo de CAC (concepção assistida por computador) fornecido pelo cliente”, declara Pieter Vanduynslager, pesquisador Steel Solutions & Design na Arcelor Research Industry Gent. “Nossos aparelhos lêem os dados conceptuais e os utilizam para recortar um modelo em um material macio como o plástico ou a madeira. Um vez terminado o recorte, o modelo fica na máquina e nós estendemos por cima uma chapa de aço”. Um belo exemplo de know-how A nova técnica Fast Prototyping se baseia no princípio da deformação local e recorre a uma série de pinos metálicos permutáveis com extremidade dura e arredondada. Pieter Vanduynslager: “Uma vez estendida a chapa por cima do modelo, montamos, segundo o modelo, um pino com extremidade fina ou grossa por cima da chapa. Um sistema pneumático prensa levemente o aço contra o modelo. Simultaneamente, uma pressão também é exercida no pino, que começa o percurso ditado pelo desenho de CAC. Este percurso começa na parte mais alta do modelo. A partir deste ponto, o pino realiza traços cada vez mais largos à medida em que desce e segue as curvas e contornos do modelo. O trabalho está terminado quando a chapa adota perfeitamente as formas do modelo. Quanto menor for a distância entre os traços sucessivos realizados pelo pino, mais baixo será o risco de sulcos e irregularidades”. A equipe da Arcelor Research Industry Gent se ocupa também do acabamento do protótipo. “Logo que os pinos metálicos terminam o seu trabalho, uma recortadora a laser 3D separa as bordas do protótipo”, explica Pieter Vanduynslager. “Se for o caso, podemos pôr o protótipo em cores, para um resultado de acabamento. O prazo de entrega do protótipo depende da qualidade do desenho de CAC e da complexidade do protótipo, mas em geral leva no máximo alguns dias”. A máquina pode produzir protótipos de 2 metros por 1,3 metro, com altura máxima de 0,5 metro. “Mas também podemos Esta nova técnica lhe interessa? Neste caso, visite o nosso site www.arcelor.com/fcse. Ali encontrará um vídeo dedicado ao Fast Prototyping. Você também poderá solicitar maiores informações ao seu interlocutor principal na Arcelor. Com base em um arquivo de CAC, estudaremos a viabilidade do seu projeto e calcularemos o seu custo. Uma a três semanas após o seu consentimento, você terá um protótipo de primeiríssima qualidade. realizar peças nitidamente maiores, unindo através de solda peças menores”. Conquista imediata Em todo o caso, um protótipo deste tipo só dá uma imagem visual da aparência que terá a peça após estampagem profunda da chapa. Não leva em conta as eventuais fissuras que podem ocorrer durante a estampagem. “O princípio da deformação local é, na verdade, muito diferente da verdadeira estampagem”, confirma Olivier Brun. “É difícil comparar a resistência do protótipo com a de uma peça real. Para determinarmos as verdadeiras deformações e os lugares em que o aço arrisca fazer fissuras, utilizamos as famosas análises do método dos elementos acabados e podemos simular paralelamente o processo de estampagem profunda”. O protótipo de um elemento de carro, por exemplo, não pode ser utilizado em um teste de colisão. Mas, temos que concluir que este tipo de protótipo não pode ser submetido a nenhum teste? “Não”, responde Pieter Vanduynslager. “O protótipo é de aço e é portanto possível testar qualidades próprias ao aço, como as propriedades eletromagnéticas”. Segundo Olivier Brun, a nova aplicação pode ser utilizada nos setores mais diversos. “Esta técnica é preciosa para a produção de aparelhos eletrodomésticos e industriais, bem como peças para construções metálicas. Já fabricamos vários protótipos e foi uma conquista imediata para todos os que descobriram o Fast Prototyping. No setor do aço, simplesmente não há alternativas pertinentes”. Client Value Team | Revista clientes | Junho 2006 Preparação do suporte de conformação Com base no desenho de CAC de uma peça determinada, um instrumento de FAC (Fabricação Assistida por omputador) subdivide a peça em questão em várias camadas, seguindo o eixo vertical. Cada intersecção de um plano do eixo vertical com o desenho de CAC representa um trajeto que o instrumento de conformação deverá seguir. Modelo de plástico para conformação progressiva A etapa seguinte é a produção do modelo em um material macio, como madeira ou plástico. A operação é realizada rapidamente na máquina de conformação progressiva, que é equipada, para esta fase, com uma cabeça de fresagem. As etapas sucessivas da conformação progressiva de uma peça A peça de aço pode, agora, ser conformada: uma chapa é estendida sobre o modelo. O cilindro metálico descreve o seu primeiro circuito, antes de ser abaixado. Uma vez que estiverem traçados todos os circuitos, o protótipo estará pronto. Acabamento do protótipo A Arcelor Research Industry Gent dispõe de várias instalações que permitem o acabamento da peça, que pode, por exemplo, ser soldada ou laqueada. 13 Thomas Quattelbaum, o interlocutor oficial na filial de vendas da Arcelor, e Christine Weitzmann, que coordena as compras na Vaillant Pensando bem, foi realmente Johann Vaillant que inventou a água quente. Em 1894, pouco tempo depois de ter criado sua empresa, ele registrou a patente de um “aquecedor de banho” fechado, que assegurava o aquecimento contínuo de água em banheiros. Depois de aperfeiçoar sua invenção, ele registrou, em 1905, a patente de um aparelho denominado “Geyser”, aquecedor de água a gás que ainda hoje equipa muitas casas. Desde então, criatividade, inovação e qualidade são características inerentes dos produtos Vaillant. Hoje, a Vaillant ocupa a liderança do mercado europeu no setor de tecnologia para sistemas de aquecimento. A empresa está presente em todo o mundo e, a cada ano, seus 8.600 funcionários produzem mais de 2,5 milhões de aquecedores de água, painéis solares e, mais recentemente, sistemas de clima tização. Em 2005, o faturamento do Grupo alcançou 1,8 bilhão de euros. 14 Vaillant, o especialista de aquecedores que mantém o sangue-frio Trabalhando na sede principal de Remscheid, ao leste do eixo ColôniaDüsseldorf, Christine Weitzmann coordena as compras de todas as matérias-primas, entre as quais o aço, para todas as unidades de produção da Vaillant. É torcedora entusiasta do time de hóquei no gelo de Colônia, enquanto Thomas Quattelbaum, seu interlocutor oficial na filial de vendas da Arcelor, é fã do time de Düsseldorf. Na véspera da entrevista, Colônia tinha perdido para Düsseldorf, e nossa conversa começou com uma rápida avaliação do jogo. “Os jogadores do Düsseldorf são muito moles”, lança Christine Weitzmann. “Colônia tem um jogo muito mais agressivo e infelizmente acabou perdendo pontos por isso. É uma pena, porque, para mim, quando uma equipe entra em campo tem de partir para o ataque”. E nas relações comerciais, é a mesma coisa? Ela dá uma gargalhada e concorda. Nos últimos anos, o Grupo Vaillant registrou um marcado crescimento. No início de suas atividades, consolidou sua osição no mercado, concretizando mais p tarde uma série de aquisições estratégicas. Em 2000, a Vaillant comprou a empresa italiana Bongioanni Pensotti Kalore; em 2001, adquiriu a empresa britânica Hepworth PLC, que por sua vez tinha absorvido a compatriota Glowworm, a francesa Saunier Duval, a neerlandesa AWB e a tcheca Protherm. Fabricante de aquecedores em busca de ar fresco “Todas essas empresas eram muito atuantes no setor de HVAC”, explica Christine Weitzmann (HVAC significa Heating, Ventilation, Air Conditioning). “O Grupo Vaillant focaliza suas atividades principalmente em tecnologias para sistemas de aquecimento. Entretanto, decidimos recentemente acrescentar o setor de climatização às nossas atividades, pois é natural que uma empresa especializada em aquecimento se interesse por sistemas de refrigeração. Paralelamente, lançamos a produção de painéis e células solares. Estas novas aplicações foram reunidas Johann Vaillant, que inventou a água quente em uma divisão à parte (Renewables), que muito certamente ganhará vulto no futuro”. O Grupo Vaillant compra cerca de 24 mil toneladas de aço carbono plano por ano. A Arcelor fornece aproximadamente 10.500 toneladas, essencialmente aços laminados a frio e Alusi®. A maior parte do aço laminado a frio é processado nas linhas de pré-pintura da Vaillant e utilizado na parte externa dos aparelhos. O Alusi®, aço revestido de liga de alumínio-silício, é o material de base de todos os componentes responsáveis pelo aquecimento, em virtude de sua excelente resistência térmica. Para os reservatórios de água dos aquecedores, a Arcelor fornece aços laminados a quente, que são esmaltados na empresa para assegurar uma proteção duradoura contra corrosão. Por fim, a Vaillant compra também aços galvanizados por imersão e aços eletrozincados. “Na Alemanha, todos os produtos que fabricamos atualmente são da marca Vaillant”, explica Christine Weitzmann, “mas esses produtos são vendidos no mundo inteiro. No Reino Unido, fabricamos aparelhos Vaillant mas também Glow-worm, marca exclusivamente britânica. Nossa fábrica em Nantes, na França, só produz aparelhos da marca Saunier Duval, essencialmente destinados ao mercado francês. Por fim, em Skalica, na Eslováquia, fabricamos produtos Vaillant e Protherm. Toda a linha de produção de aquecedores de água para instalação no piso também foi transferida para lá”. A rota do Oriente Atualmente, o Grupo Vaillant vem promovendo uma ampla padronização da produção. No futuro, um número crescente de produtos será construído em uma mesma plataforma. “Desta maneira, racionalizamos a produção, conservando a possibilidade de reagir com rapidez às Client Value Team | Revista clientes | Junho 2006 colaboração com um produtor de aços como a Arcelor, que dispõe de centros de pesquisa especializados e pode, portanto, prestar uma consultoria técnica preciosa. No futuro, pretendemos inclusive comprar mais bobinas e menos materiais cortados”. necessidades e às verbas de diferentes mercados”, explica Christine Weitzmann. Como a empresa está se preparando para enfrentar a concorrência de países como a China e a Turquia? Afinal, eles estão cada vez mais presentes nos mercados europeus, não? Aparentemente, os dirigentes da Vaillant consideram que a melhor defesa é o ataque. Christine Weitzmann afirma que a empresa pretende inclusive garantir uma forte presença na China: “Por enquanto, estamos construindo uma nova fábrica próximo de Xangai, onde produziremos aquecedores de parede para o mercado asiático. Além disso, graças a nossos sistemas de climatização, poderemos explorar um mercado colossal naquela região. Até o final de 2006, estaremos operando na China e, a partir de então, também compraremos matériasprimas”. Isto implica uma ampliação considerável das responsabilidades de Christine Weitzmann, pois é ela que deverá assegurar a coordenação das atividades de compras na China. Dos fornecedores, o que ela espera acima de tudo é qualidade, flexibilidade e parceria. E nesses três aspectos, a Arcelor já ganhou muitos pontos. Christine Weitzmann ressalta, entretanto, que uma tarifação justa e a estabilidade de preços constituem dois aspectos importantes: “Naturalmente, trabalhamos também com Steel Service Centres, que nos oferecem mais flexibilidade que as siderúrgicas. Por vezes, somos obrigados a impor prazos de cinco a sete dias aos fornecedores, o que é impossível para uma siderúrgica. Por outro lado, considero importante manter uma estreita Balanço positivo “Colaborar com um grupo do porte da Arcelor oferece grandes vantagens”, reconhece nossa interlocutora: “Por enquanto, participamos, por exemplo, do projeto Quantum. Em outras palavras, a Arcelor nos fornece diretamente aços estampados. Estamos também muito satisfeitos com a simplificação promovida pelo intercâmbio informatizado de dados (EDI)”. Quanto à questão do movimento de consolidação de empresas no setor siderúrgico e do papel que a Arcelor vem desempenhando, Christine Weitzmann não tem uma opinião definitiva: “Reconheço que a Vaillant também busca consolidar e portanto compreendo perfeitamente esta necessidade. A vantagem é que todas as fábricas poderão fornecer a mesma qualidade. Mas espero que isso não provoque uma alta dos preços”. Quando perguntamos de que maneira as recentes transformações no âmbito da Arcelor repercutiram em seu trabalho, a resposta é imediata: “Positivamente”! Seus primeiros contatos passavam por Liège (Bélgica), bem como Mouzon e Florange (França). “Na época, eu tinha vários interlocutores. Hoje, estou em contato com uma única pessoa – Thomas Quattelbaum – o que para mim é perfeito. Gostaria inclusive de poder negociar com ele todos os produtos que compramos da Arcelor. Mesmo não torcendo para o mesmo time de hóquei”! 15 Aço Arcelor para enfrentar os choques mais violentos Nova norma européia para barreiras antiderrapagem Em 1999, a União Européia anunciou que pretendia reduzir, até 2010, em 50% o número de vítimas de acidentes rodoviários. Por esta razão, os governos nacionais se mostram hoje cada vez mais severos em relação a comportamentos irresponsáveis por parte dos automobilistas. Mas isto não basta para diminuir suficientemente o número de mortos: também é preciso adaptar a infra-estrutura rodoviária. Neste contexto, o Comitê Europeu de Normalização (CEN) instaurou uma nova norma em matéria de barreiras antiderrapagem: a EN 1317. Esta norma deverá ajudar as autoridades nacionais e locais a instalar barreiras antiderrapagem adaptadas ao tipo de tráfego nas suas estradas. A Arcelor deverá, naturalmente, auxiliar essas autoridades a escolherem as soluções mais adequadas. Nível de severidade de choque e amplitude de funcionamento Thierry Renaudin, Senior Manager Steel Solutions & Processing da Arcelor CVT “Se um dia o seu carro vier a percutir uma barreira antiderrapante, o que ninguém lhe deseja, espera-se que seja de aço e não de concreto”. A potência do choque que o condutor e os passageiros sofrem por ocasião de uma colisão é um dos principais critérios nos quais se baseia a nova norma de classificação das barreiras antiderrapagem. O CEN utiliza, neste caso, o Acceleration Severity Index (ASI). Este índice é obtido a partir dos danos causados pela aceleração brutal ocasionada pelo acionamento da ejeção dos assentos em aviões de combate. Quanto ao nível de severidade do choque, distinguem-se atualmente três categorias: A, B e C. Cada categoria corresponde a uma série de valores ASI. Quanto mais elevados forem esses valores, mais devastador será o choque para o condutor e os passageiros. Nível de severidade Índice ASI Categoria A ≤ 1,0 Categoria B ≤ 1,4 Categoria C ≤ 1,9 Um índice ASI entre 0,1 e 1 provoca danos ao veículo, mas os ocupantes sofrem, na pior das hipóteses, ferimentos leves. Se o índice ASI for superior a 1 mas inferior ou igual a 1,4, o choque poderá provocar fraturas e perda de consciência de 16 curta duração. Se for ainda mais elevado (até um máximo de 1,9), os ferimentos poderão ser graves ou muito graves, com danos irreparáveis para o veículo. A boa notícia é que, com barreiras antiderrapagem de aço, os níveis de severidade do choque se situam nas categorias A ou B, contrariamente aos dispositivos de proteção de concreto, que provocam choques de categoria B ou até mesmo C. Uma boa proteção de acostamento também pode, evidentemente, impedir que os veículos se desgovernem e derrapem para a pista em sentido contrário. Por isso, a norma EN 1317 leva em conta a medida em que uma barreira antiderrapagem cede em caso de colisão. É o que se chama, no jargão dos profissionais, a amplitude de funcionamento. A nova norma estipula que tanto a amplitude de funcionamento como o índice ASI das barreiras antiderrapagem devem ser validados através de testes de colisão (crash tests). Para determinar o índice ASI, carros de turismo de 900 kg são projetados segundo um ângulo determinado contra as barreiras antiderrapagem. Os testes de colisão com caminhões de 10 a 38 toneladas são determinantes para a amplitude de funcionamento. É evidente que as proteções de acostamento em concreto cedem menos facilmente que as variantes em aço, obtendo assim melhores resultados em termos de amplitude de funcionamento, mas as barreiras antiderrapagem em aço também podem corresponder perfeitamente às novas normas européias. E quando se trata de amortecer choques, o aço apresenta vantagens incomparáveis. Modelos matemáticos Nos últimos anos, as barreiras antiderrapagem em aço têm sido cada vez mais substituídas por dispositivos de concreto. A resposta à questão de saber se este procedimento é errôneo e se as tradicionais barreiras antiderrapagem em aço devem ser reabilitadas é bastante relativa. “As antigas barreiras antiderrapagem em aço eram, de maneira geral, construídas em aço galvanizado com têmpera de baixa qualidade”, explica Thierry Renaudin, Senior Manager Steel Solutions & Processing na Arcelor CVT. “Hoje, temos melhores soluções. Um bom número de novas qualidades de aço especialmente desenvolvidas para a indústria automobilística também convêm perfeitamente à produção de barreiras antiderrapagem. Absorvem o choque da colisão de maneira satisfatória, garantindo ao mesmo tempo uma maior solidez. Esses novos aços podem ser revestidos por uma camada ininterrupta de 600 a 900 gramas Client Value Team | Revista clientes | Junho 2006 por metro quadrado. É o suficiente para protegê-los durante mais de dez anos contra a corrosão”. Um período de intenso ritmo de produção se anuncia, pois, para os fabricantes de dispositivos rodoviários anticolisão. Terão de se familiarizar com a nova norma européia e descobrir as interessantes propriedades das novas qualidades de aço. “Pretendemos, é claro, ajudá-los neste empreendimento”, declara Thierry Renaudin. “Por isso, os pesquisadores do nosso centro de pesquisas de Liège estão atualmente desenvolvendo uma série de modelos matemáticos que ajudarão, sem dúvida alguma, nossos clientes a oferecerem excelentes produtos baseados em nossos aços”. Hoje a Arcelor já oferece e continuará a oferecer aos seus clientes toda a assistência técnica necessária. Os modelos matemáticos servirão sobretudo ao dimensionamento e à geometria das novas barreiras antiderrapagem. “E isto não é apenas um detalhe”, diz Thierry Renaudin. “Nas estradas em que trafegam muitos caminhões, têm de ser instaladas atualmente barreiras antiderrapagem duplas que sejam capazes de reter com toda a segurança um caminhão de 40 toneladas. Graças a novos tipos de aço mais resistentes e com geometria especial, é possível aumentar ainda consideravelmente a capacidade de retenção de barreiras antiderrapagem mais leves. Agora queremos informar o mais rapidamente possível os nossos clientes quanto às possibilidades das novas tecnologias. E daqui até o fim do ano, disponibilizaremos uma série de meios suplementares que lhes permitam conceber novas barreiras antiderrapantes de alto desempenho, graças a essas novas tecnologias”. Mais aço a partir de 2008! Se um dia o seu carro vier a percutir uma barreira antiderrapante, o que ninguém lhe deseja, espera-se que seja de aço e não de concreto. As barreiras antiderrapantes de aço amortecem o choque, limitam o risco de ferimentos graves, garantindo porém que os veículos mais pesados não sejam projetados para fora da estrada. Infelizmente, hoje encontramos ainda muitos dispositivos de concreto. Mas, as coisas poderão mudar em breve, graças às novas diretrizes e normas européias. O aço da Arcelor está, em todo o caso, pronto para absorver os choques mais violentos, aumentando assim a segurança nas estradas européias. 17 A expansão da Arcelor Arcelor: uma marca única e forte Para os clientes, muitas vezes os nomes das empresas que compõem o Grupo Arcelor são mais conhecidos que a própria marca Arcelor, o que reflete a grande diversidade dos elementos que constituem o Grupo. Esta diversidade não impede, no entanto, que as empresas compartilhem os mesmos valores e objetivos. Por isso, estava na hora de a Arcelor caracterizar melhor esta comunidade, optando por uma marca unificada. Afinal, identificabilidade, valor agregado e “business excellence” são indispensáveis! Em outras palavras, a Arcelor resolveu instaurar um novo estilismo, adotando uma imagem única: o famoso logotipo Arcelor. Não se trata de uma simples mudança estética: o objetivo é oferecer maior simplicidade e clareza. Dispor de uma marca única e forte traz vantagens para todos, em particular para os clientes. A segunda conseqüência do lifting é a nova denominação das unidades industriais e filiais de venda do Grupo. Com a mudança, os antigos nomes desaparecem definitivamente, sendo substituídos pela designação Arcelor e o local de implantação. Assim, por exemplo, a unidade “Stahlwerke Bremen” passa a se chamar “Arcelor Bremen”. A nova lista das unidades de produção de aços planos e filiais de venda da Arcelor Flat Carbon Steel Europe já está disponível no site Internet www.arcelor.com/fcse, módulo About us > Where we are. Arcelor adquire participação minoritária na Laiwu Severstal e Arcelor inauguram a linha Severgal No dia 24 de fevereiro passado, a siderúrgica chinesa Laiwu Steel Group, que em 2005 produziu mais de 10 milhões de toneladas de aço, aceitou vender à Arcelor 38,41% das ações de sua filial Laiwu Steel Corporation, principal fabricante chinês de vigas e perfis de aço. Com este investimento, a Arcelor pretende garantir um serviço otimizado aos clientes implantados na China. Quanto à Laiwu Steel Corporation, terá acesso à tecnologia fina bem como à ampla rede comercial da Arcelor. No dia 13 de abril de 2006, representantes da Severstal e da Arcelor lançaram oficialmente a nova linha de galvanização da Severgal. No âmbito desta empresa conjunta, o Grupo Severstal detém 75% das ações, enquanto a Arcelor possui 25%. Para Roland Junck, Senior Executive VicePresident da Arcelor, a participação na Laiwu representa para o Grupo a oportunidade de conquistar um lugar de destaque no mais importante mercado siderúrgico do planeta – mercado que, por sinal, vem registrando um acelerado crescimento. Sonasid consolida o posicionamento da Arcelor em mercados emergentes No dia 3 de março, a Sociedade Nacional de Investimentos (SNI) do Marrocos e os principais acionistas da Sonasid (Sociedade Nacional de Siderurgia) firmaram uma parceria estratégica com o objetivo de consolidar a presença da Sonasid no mercado marroquino. Para tanto, a Sonasid vem utilizando tecnologia fornecida pela Arcelor, reforçando assim o posicionamento do Grupo em vários mercados emergentes. Número um do setor siderúrgico marroquino, a Sonasid lidera o mercado de produtos longos (vigas, trilhos, etc.) com a produção de cerca de 1,4 milhão de toneladas por ano. 18 A Severgal está implantada em Cherepovets, a cerca de 400 quilômetros ao norte de Moscou, bem próximo à unidade de produção da Severstal. A empresa conjunta ficará essencialmente encarregada da produção de ExtragalTM para o mercado automotivo russo, mercado este em franca expansão. Desenvolvido pelo Grupo Arcelor, ExtragalTM é um aço revestido de primeira qualidade. Vadim Makhov, presidente do Conselho de Administração da Severgal, ressaltou em seu discurso inaugural que a empresa pôde ter acesso, graças à Arcelor, a uma tecnologia de revestimento inédita na Rússia. A inauguração contou com a presença de Christophe Cornier, Deputy Senior Executive Vice-President da Arcelor, e do príncipe Guillaume de Luxemburgo. A Severgal empregará 300 pessoas e, a médio prazo, produzirá também Galvalia, revestimento de ferro e zinco para tiras de grandes dimensões. Os projetos da Arcelor em matéria de expansão internacional visam não somente a atender ao potencial de crescimento econômico de países em pleno desenvolvimento, mas principalmente a oferecer tecnologia, produtos e soluções a clientes implantados nos quatro cantos do mundo. É por isso que o Grupo está sempre atento a oportunidades específicas que possam surgir no setor siderúrgico. Dofasco, fator decisivo para a estratégia de crescimento da Arcelor Dofasco reúne atualmente cerca de 12 mil pessoas, repartidas em unidades no Canadá, nos Estados Unidos e no México. A Dofasco é freqüentemente descrita na mídia como “a pérola da indústria siderúrgica do Canadá”. Há muitas razões para isso. A empresa foi criada em 1912 em Hamilton, próximo de Toronto, e inicialmente dedicava-se à produção de peças fundidas de aço para as estradas de ferro canadenses. Hoje, fornece aços planos, tubos e tailored blanks soldados a laser de primeiríssima qualidade para clientes presentes no mercado norteamericano. O quadro de funcionários da A alma da Dofasco é a siderúrgica de Hamilton, que dispõe de dois alto-fornos, um conversor clássico e um forno elétrico a arco que tem as vantagens de utilizar unicamente resíduos de sucata, gerar emissões mínimas e consumir muito pouca energia. Além disso, a usina possui duas estações de fundição contínua, três coquerias, duas fábricas de tubos e uma série de linhas de revestimentos, entre as quais cinco linhas de galvanização e a única linha de galvanização eletrolítica do Canadá. Das cerca de cinco milhões de toneladas de aço laminado que a Dofasco produz por ano, aproximadamente 40% são destinadas ao setor automotivo. O knowhow e a experiência da empresa foram determinantes para a decisão da Arcelor de lançar uma oferta pública de aquisição de ações. Guy Dollé, CEO da Arcelor, reconheceu explicitamente este fato ao declarar, recentemente, que a Dofasco desempenharia um papel preponderante na estratégia de crescimento da Arcelor na América do Norte. Para ele, a empresa canadense constitui o alicerce norteamericano sobre o qual a Arcelor constrói uma liderança mundial duradoura no setor de produção de aço para a indústria automotiva. Dofasco e Arcelor: dois dos três produtores de aço que fazem parte do International Dow Jones Sustainability Index 19 Arcelor organiza Jornada Mundial de Segurança e Saúde Na quarta-feira 29 de março, a Arcelor organizou pela primeira vez uma Jornada Mundial de Segurança e Saúde. Nesse dia, em mais de 700 divisões do Grupo divididas em 60 países, a atenção dos 96 mil funcionários (110 mil incluindo a Dofasco) se focalizou nos aspectos relacionados à segurança e à saúde ocupacional. Esta iniciativa da diretoria do Grupo foi desenvolvida em parceria com o Conselho Europeu de Empresas. PR-UP-UP2-PT Nos últimos anos, a Arcelor investiu tempo e recursos consideráveis em prol da segurança e saúde dos funcionários, clientes, fornecedores e pessoas que vivem nas proximidades das indústrias do Grupo. Um investimento que não foi em vão: em 2005, a taxa de freqüência de acidentes na Arcelor foi de 2,4%, o que representa uma redução de 73% em relação a 2002 e um dos melhores resultados registrados em toda a indústria européia. Neste mesmo período, o nível de gravidade dos acidentes diminuiu em 45%: para cada mil horas trabalhadas, o índice de incapacidade de trabalho devida a acidentes foi de 0,23 dia. 20 Assim, em todas as divisões da Arcelor, foram abordados, no dia da Jornada, os mais variados temas relacionados com segurança e saúde, como o consumo de álcool e o tabagismo, a utilização segura das instalações de produção e a evacuação das unidades em caso de emergência, sem esquecer os conselhos sobre alimentação sadia, levantamento de cargas, ergonomia para usuários de computadores, etc. Este tipo de evento conscientiza as pessoas e contribui para que o Grupo chegue mais perto de sua meta final: a eliminação total de acidentes e de riscos ligados à segurança. FlashFla Arcelor recebe Toyota Award pela qualidade de seus produtos Acería Compacta de Bizkaia indicada para um prêmio ambiental No final de março, a Arcelor foi condecorada pela Toyota Motor Europe com um Supplier Award for Achievement in Quality. A premiação foi feita durante o Business Meeting anual que a empresa organizou em Bruxelas para os seus fornecedores. Os prêmios distribuídos abrangiam diversas categorias, entre as quais “gerenciamento de projeto” e “qualidade”. A Arcelor recebeu um Achievement Award pela excelente qualidade dos produtos fornecidos. Aliás, não é a primeira vez que a Toyota atribui um prêmio à Arcelor. Em 2002, o Grupo já tinha sido recompensado com dois Certificates of Recognition pelo notável trabalho realizado nas categorias “abastecimento” e “qualidade”. A Arcelor é a primeira empresa siderúrgica a receber um Achievement Award da Toyota. Esta nova recompensa confirma a estreita colaboração entre a Arcelor e a Toyota Motor Europe. No futuro, este gigante do setor automotivo pretende confiar à Arcelor um papel preponderante na produção de seus veículos, que aliam inovação e excelente qualidade. Com mais de 50% de participação no mercado, a Arcelor é de longe o principal fornecedor de aço para a indústria automotiva européia. Em 2006, o Grupo fornecerá nada menos que 200 mil toneladas de aço para as fábricas européias da Toyota. No dia 23 de fevereiro de 2006, a ACB (Acería Compacta de Bizkaia) e 11 outras empresas foram indicadas para o prêmio European Business Awards for the Environment. Com este “oscar” atribuído a cada dois anos, a Comissão Européia recompensa as empresas que contribuíram de maneira excepcional para o desenvolvimento sustentável da indústria européia. Como se trata de um setor muito vasto, os prêmios são repartidos em várias categorias: produtos, processos, gerenciamento e colaboração internacional. A siderúrgica espanhola ACB, única minimill do Grupo Arcelor, está concorrendo na categoria “gerenciamento”. Por si só, a indicação já significa que, para o júri, a ACB conseguiu adotar medidas eficazes de gerenciamento que, além de serem benéficas para o meio ambiente, mantêm um elevado nível de competitividade. A Arcelor considera esta indicação como um legítimo reconhecimento do contínuo empenho da direção e dos funcionários da ACB, e como um forte incentivo ao prosseguimento do trabalho nesta via traçada.