Meio-ambiente e mudanças climáticas
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Meio-ambiente e mudanças climáticas
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2015 Meio-Ambiente e Mudanças Climáticas Meio-Ambiente e Mudanças Climáticas A gestão ambiental do Banco Santander é chave para a estratégia de sustentabilidade do Grupo e está integrada no modelo de negócio do Banco. O Banco Santander mantém um firme compromisso com o meio ambiente e o combate às mudanças climáticas, colocada em prática em três aspectos: análise dos riscos socioambientais de suas operações de financiamento, medição da pegada ambiental e financiamento de energias renováveis e projetos de eficiência energética. A Conferência do Clima, realizada em Paris em dezembro de 2015, foi um marco importante em matéria de mudanças climáticas. O Acordo de Paris representa um passo importante para a transição para uma economia de baixo carbono. Esse acordo internacional impulsionou o conhecimento sobre o impacto das mudanças climáticas na economia. Consequentemente, organizações internacionais influentes, como UNEP FI, FSB ou o G20, começaram a estudar e avaliar marcos de referência sobre os riscos e as oportunidades resultantes das mudanças climáticas no setor financeiro. 64 Com o objetivo de definir uma estratégia e estabelecer planos e ações prioritárias nesse âmbito, em resposta aos novos acordos internacionais definidos em dezembro após a Conferência de Paris, será criado o Comitê de Mudanças Climáticas, conforme segue. Criado em 2012, o objetivo principal do comitê é identificar os riscos e oportunidades de negócio em matéria de mudanças climáticas, incentivar e difundir a atuação do Banco em termos de meio-ambiente. Fazem parte deste comitê as áreas de Banco de Atacado, Banco Comercial, Riscos, Imóveis, Santander Universidades, Public Policy e Sustentabilidade. Em 2015, a política corporativa de mudanças climáticas foi atualizada, a fim de incorporar o novo marco internacional após o Acordo de Paris. RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2015 Meio-Ambiente e Mudanças Climáticas O Grupo manteve as certificações LEED ou ISO 14001 nos principais centros de trabalho na Espanha, Brasil, Chile, México e Reino Unido. Em outros países, como Alemanha e Estados Unidos, estamos estudando a certificação de suas sedes centrais Pegada Ambiental O Banco Santander faz o cálculo e controle de sua pegada ambiental desde 2009, por meio de uma série de indicadores agrupados em três categorias: consumo (energia e recursos naturais); geração de resíduos (papel e papelão principalmente); emissões de CO2 (derivados do consumo de energia, viagens de negócio e descolamentos ao local de trabalho). Indicadores mais relevantes de 2015: • Consumo de eletricidade: 1,2 bilhões de kWh. • Consumo de papel: 26.560 toneladas. • Emissões de gases de efeito estufa: 422.849 toneladas de CO2 equivalente. • A eletricidade verde representa 40% do total da eletricidade consumida no Grupo. No Reino Unido, Alemanha e Espanha é de 100%. As iniciativas de maior destaque para conseguir redução de consumo e emissões em 2015 foram trocas de luminárias no Santander UK, Polônia e na Ciudad Grupo Santander na Espanha por lâmpadas tipo LED. No México, foram substituídos os equipamentos de ar condicionado das agências. Também realizamos outras iniciativas em diferentes regiões, como a instalação de equipamentos para gestão e controle da iluminação e climatização e instalação de equipamentos de climatização energeticamente eficientes. 40% da energia consumida são provenientes de fontes renováveis 65 RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2015 Meio-Ambiente e Mudanças Climáticas Pegada ambiental 2014-20151 2015 2014 Var. (%) 3.190.762 3.798.556 -16,0 17,52 21,29 -17,7 Energia elétrica normal (milhões de KWh) 728 735 -0,9 Energia elétrica verde (milhões de KWh) 480 480 0,1 Energia elétrica total (milhões de KWh) 1.208 1.215 -0,5 4.874.250 4.937.583 -1,3 26,77 27,67 -3,3 Papel total (t) 4 26.560 27.319 -2,8 Papel reciclado ou certificado (t) 21.682 18.645 16,3 0,15 0,15 -4,7 9.543.869 10.606.328 -10,0 52,42 59,45 -11,8 29.078 31.139 -6,6 Emissões indiretas eletricidade (CO2 teq)7 256.372 259.567 -1,2 Emissões indiretas derivadas do deslocamento dos funcionários (CO2 teq)8 137.399 139.369 -1,4 422.849 430.075 -1,7 2,32 2,41 -3,7 182.080 178.416 2,0 Consumo Água (m3)2 3 9 Água (m /funcionário) 3 2 Total do consumo de energia interna (GJ) Total do consumo de energia interna (GJ/funcionário) Papel Total (t/funcionário) Resíduos Resíduos de papel e papelão (kg)5 Resíduos de papel e papelão (kg/funcionário) Emissão de gases de efeito estufa Emissões diretas (CO2 teq)6 Total de emissões de (CO2 teq) Total de emissões (CO2 teq/funcionário) Média de funcionários por exercício 1. O escopo das informações inclui os principais países onde o Banco opera: Alemanha, Argentina, Brasil, Chile, Espanha, México, Polônia, Portugal, Reino Unido e Estados Unidos (sem incluir Porto Rico e Miami). Para efeitos de comparação, as informações de 2014 são apresentadas recalculadas para o referido escopo. 2. O consumo registrado em cada país tem como base as informações disponíveis, de maneira que em alguns casos foram obtidos a partir de dados dos consumos que aparecem nas contas dos fornecedores e, em outros, foi estimado a partir do custo de fornecimento, aplicando tarifas médias. 3. As únicas informações são sobre o consumo de água da rede pública. 4. É informada a estimativa de consumo de papel com base nos dados de compras dos principais fornecedores aplicando preços e pesos médios de cada um dos países. O papel certificado provém de florestas administradas de acordo com os padrões de sustentabilidade internacionalmente reconhecidos. 5. Os dados de 2014 não incluem Argentina, USA Consumer, Chile e a rede comercial do Brasil. Os dados de 2015 não incluem os resíduos da Argentina e da rede comercial do Brasil. 6. Essas emissões incluem as decorrentes do consumo direto de energia (gás natural e diesel) e correspondem ao Escopo 1, definido pelo padrão do GHG Protocol. Para o cálculo dessas emissões foram aplicados os fatores de emissão DEFRA 2015. As emissões de 2014 foram recalculadas com os referidos fatores de emissão. 7. Essas emissões incluem as decorrentes do consumo de energia elétrica e correspondem ao Escopo 2, definido pelo padrão do GHG Protocol. Em 2015, utilizamos os fatores de emissão da IEA (International Energy Agency) do ano de 2013 (o último disponível) e recalculamos as emissões de 2014 com os referidos fatores. As emissões de energia elétrica verde consumida na Espanha, Reino Unido e Brasil foram consideradas nulas, o que representa uma redução de 151.985 toneladas de CO2 equivalente em 2015 e 159.622 toneladas de CO2 equivalente em 2014. 8. Essas emissões incluem as emissões derivadas do deslocamento de funcionários dos serviços centrais de cada país ao local de trabalho em veículo próprio, coletivo e transporte ferroviário e das viagens de negócios dos funcionários por avião e carro. A distribuição dos funcionários por tipo de deslocamento foi feita com base em pesquisas e outras estimativas. O deslocamento dos funcionários em veículo próprio para o local de trabalhado é estimado levando-se em conta exclusivamente o número de locais de estacionamento nos edifícios de serviços centrais de cada um dos países e o mix de consumo de diesel/gasolina do parque automobilístico de cada país. Não foram divulgados os dados de deslocamento dos funcionários em veículos próprios na Argentina, Polônia Zachodnini e Reino Unido devido à indisponibilidade de informações. O deslocamento dos funcionários por transporte coletivo foi calculado a partir da distância média percorrida pelos veículos alugados pelo Grupo Santander para esse tipo de transporte nos seguintes países: Alemanha, Brasil, Espanha, México, Polonia Consumer, Portugal, EUA, e no interior dos serviços centrais da Espanha (CGS). Não foram divulgados os dados sobre as viagens a negócios por avião da Polonia Geoban tampouco as por carro da Polônia Geoban e USA Consumer em função da indisponibilidade da informação. Para o cálculo das emissões derivadas do deslocamento de funcionários foram aplicados os fatores de conversão DEFRA (DEFRA 2015 Guidelines to Defra/ DECC’s GHG Conversion Factors for Company Reporting), além disso, procedemos com o recálculo de 2014 com os referidos fatores. Não foram incluídas emissões derivadas do uso de serviços de mensagens nem as derivadas do transporte de fundos, tampouco de qualquer outra compra de produtos e serviços, ou as emissões indiretas derivadas de serviços financeiros prestados. 9. A redução do consumo em 2015 deve-se, em grande parte, às medidas de redução de consumo no Brasil e à modificação do método de estimativa de consumo na Argentina e nos EUA. 66 RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2015 Meio-Ambiente e Mudanças Climáticas Novo complexo de escritórios em Mönchengladbach, Alemanha. Planos de eficiência energética Resultado do Plano 20-20-15 O Plano 20-20-15*, lançado em 2011, tinha como objetivo chegar a 20% de redução do consumo de energia elétrica e 20% de redução de emissões de CO2 no período 2011-2015 em 10 países do Grupo**, excluindo os Centros de Processamento de Dados (CPD), construídos no período. Os objetivos do Plano 20-20-15 foram superados no caso das emissões de CO2, tendo conseguido uma redução de 22%, enquanto a redução no consumo de eletricidade foi de 12%. Algumas das medidas que tomamos para a redução de consumo e emissões são: troca de lâmpadas, compra de eletricidade verde, substituição de caldeiras, etc. Nesse período, também construímos imóveis de acordo com o critério de alta eficiência energética, contribuindo com a redução do consumo elétrico total do Grupo e com a minimização de seu impacto ambiental. Esses imóveis são o Arquivo Histórico (Santander), o Centro Médico (CGS), bem com o CPD no Brasil (Campinas), México (Queretaro), Reino Unido (Carlton Park) e Espanha (Santander). Além disso, inauguramos um complexo de edifícios sustentáveis na Alemanha em 2015 e estamos construindo novos prédios na Polônia, Portugal e Argentina projetados com materiais e tecnologias eficientes e que contribuem na redução na pegada do Grupo. Asset & Based Finance Na área de Negócios do Banco (Asset & Based Finance), estruturamos e financiamos um projeto de eficiência energética no Santander UK no valor de 15 milhões de libras, no qual a General Electric, nosso parceiro técnico, instalou 90.000 lâmpadas LED em 791 agências e 13 prédios corporativos. Esse produto financeiro permitiu acelerar a implantação do projeto, contribuindo com os objetivos estipulados no Plano 20-20-15. Foi projetado para conseguir uma redução de custos e de demanda energética, chegando a uma economia de energia de mais de 50% com as novas lâmpadas, reduzindo também a pegada ambiental. * As emissões calculadas no Plano 20-20-15 correspondem aos escopos 1 e 2 definidos na norma GHG Protocol. Os dados de 2015 para o cálculo de redução não incluem dos novos CPDs inaugurados no período do plano (CPD Santander na Espanha, CPD Campinas no Brasil, CPD Carlton Park no Reino Unido e CPS Querétaro no México). O consumo de eletricidade nesses CPDs representa 8% do total de 2015, e as emissões derivadas desses CPDs 4% do total de 2015. ** Alemanha, Argentina, Brasil, Chile, Espanha, México, Polônia, Portugal, Reino Unido e Estados Unidos. 67 RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2015 Meio-Ambiente e Mudanças Climáticas Plano 2016-2018 Após a experiência e aprendizado do Plano 202015, lançamos um novo plano trienal, aprovado pelo comitê de Sustentabilidade. Esse novo Plano se baseia na implementação de mais de 200 iniciativas encaminhadas para reduzir, no período de 2016 a 2018, o consumo de eletricidade dos prédios (-9%), reduzir o consumo de papel (-4%), reduzir a emissão de gases de efeito estufa (-9%)* e conseguir um aumento na conscientização e sensibilização dos funcionários do Grupo sobre temas ambientais. Esse Plano inclui os 10 principais mercados do Grupo, bem como todos os CPDs excluídos no plano anterior. Os principais projetos a serem implementados nas diferentes regiões onde atuamos se referem à redução do consumo de papel, a troca de caldeiras por outras mais eficientes, redução de viagens, compra de eletricidade verde e outras obras indicadas no gráfico. * As emissões calculadas no Plano 2016-2018 correspondem aos escopos 1, 2 e 3 definidos na norma GHG Protocol. • Políticas para o uso racional de papel • Impressão em dupla face • Novos equipamentos multifuncionais • Digitalização de documentos impressos • Gestão da demanda • Programa de assinatura eletrônica • Eliminação de correspondência desnecessária • Compra de papel certificado • Otimização dos espaços • Equipamentos de climatização e iluminação mais eficientes • Detectores de presença • Controle dos horários em que os equipamentos são ligados e desligados • Renovação do parque de elevadores • Gestão da demanda Objetivo da pegada ambiental 2016-2018 • redução de 9% no consumo de energia elétrica. • redução de 9% nas emissões de CO2. • redução de 4% no consumo de papel. • Otimização dos espaços • Caldeiras mais eficientes • Gestão da demanda • Modificação dos limites para controle (setpoint) de temperaturas Eletricidade • Separação de resíduos • Colaboração dos fornecedores • Reduzir os resíduos de aterro • Compostagem de resíduos orgânicos • Reutilização de óleos • Doação do excedente de comida • Programa de reutilização de copos • Reciclagem de embalagens de comida Gás Natural Papel Campanhas de conscientização Resíduos Água CO2 • Compra de eletricidade verde • Seleção de fornecedores de eletricidade em função do mix energético 68 • Torneiras automáticas • Arejador de torneiras • Substituição das torres de refrigeração • Gestão da demanda Viagens • Política de viagens • Salas de telepresença e vídeoconferência • Acompanhamento das emissões em viagens • Redirecionamento de voos para o uso de trens • Implantação da Semana Sem Viagens • Incentivar o uso de tecnologia RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2015 Meio-Ambiente e Mudanças Climáticas Desenvolvimento de produtos financeiros O compromisso do Banco com o meio ambiente e o combate às mudanças climáticas manifesta-se por meio do financiamento de projetos de eficiência energética e de energias renováveis, setores nos quais o Banco mantém uma posição de liderança mundial. Nesse aspecto, cabe destacar: Project Finance: • O Banco participou, em 2015, no financiamento de novos projetos de energias renováveis: parques eólicos, hidrelétricas, usinas fotovoltaicas no Brasil, Estados Unidos, Alemanha, Itália, Chile, Portugal, Reino Unido e Uruguai. Após sua entrada em funcionamento, a potência total instalada desses projetos será de 7.362 MW (megawatts), o que representa um aumento de 42% em comparação ao ano anterior. • O Banco desempenhou o papel de assessor em 81 operações de energia eólica no Brasil, o que representa um investimento total acumulado de mais de 1,3 bilhão de euros e que serviram para implementar 3.547 MW, dos quais 73% receberam financiamento. Linhas BEI: • Foram assinadas novas linhas de financiamento com o Banco Europeu de Investimentos (BEI) no valor de 361 milhões. Esses empréstimos foram concedidos na Espanha e Reino Unido para projetos de eficiência energética e energias renováveis. Energias renováveis (MW financiados) 7.477 7.362 5.197 2013 2014 2015 Reconhecimentos Os Centros de Processamento de Dados (CPDs) são construídos de acordo com os mais altos padrões de eficiência energética e segurança. Desse modo, fica assegurado um serviço ininterrupto, minimizando o consumo de energia e tendo em conta critérios de sustentabilidade e confiabilidade. Paulo, e o CPD de Querétaro (México) recebeu o prêmio pelo Melhor Centro de Processamento de Dados Enterprise nesse mesmo Congresso. Além disso, o ICREA (Internacional Computer Room Experts Association) concedeu ao CPD do México o prêmio de melhor CPD certificado do mundo. Em 2015, o CPD de Campinas (Brasil) recebeu o prêmio pela Melhoria de Eficiência Energética em CPD no Congresso DCD Converged Brasil, em São O Arquivo Histórico Banco Santander (Espanha) obteve a certificação energética A, concedida pelo Ministério da Indústria. Iniciativas por país No Brasil, o programa “Reduza e Compense” visa envolver toda a sociedade em sua própria redução do impacto ambiental, com campanhas de conscientização e uma ferramenta online para o cálculo das emissões de CO2, aprendendo como reduzi-las e compensá-las. As compensações ocorrem por meio de créditos de carbono voluntários, conhecidos como VER (Verified Emission Reduction), os quais são utilizados posteriormente para viabilizar projetos sustentáveis (reflorestamento, por exemplo) e que promovam benefícios sociais nas comunidades. Desde seu lançamento em 2013, registramos 134.812 visitas na plataforma (www.santander.com. br/compenso), compensando 75.891 toneladas de CO2. Na Polônia, 53 agências estão certificadas com o selo Green Office, concedido pelo Partnership for Environment Foundation, o que confirma o cumprimento das normas ecológicas no mais alto nível. Pela sexta vez, a iniciativa A Hora do Planeta, uma campanha mundial de conscientização organizada pelo World Wide Fund (WWF) para promover uma conduta de respeito ao meio ambiente, foi celebrada em todo o Grupo. Apagamos as luzes em 137 prédios e agências no Brasil, Espanha, México, Reino Unido, Polônia, Chile, Alemanha, Estados Unidos, Argentina e Portugal. 69