programação completa do IndieLisboa

Transcrição

LISBONTALKS UNIVERSIDADE LUSÓFONA
DEBATES E CONVERSAS
FINANCIAMENTOS AO CINEMA
27 SEGUNDA, 18H00, CINEMA SÃO JORGE – SALA MONTEPIO
Europeus (com a presença de um painel de representantes do
Eurimages); Portugueses (com a presença da Allianz)
O actual contexto dos financiamentos europeus e a prometida presença de novas marcas no seu apoio ao cinema.
INDIEBYNIGHT CONSULTE TODA A PROGRAMAÇÃO ACTULIZADA EM WWW.INDIELISBOA.COM/INDIEBYNIGHT
MOMENTS OF THE REAL VS
REASONS OF THE SCRIPT: EDITING ISSUES
29 QUARTA, 18H00, CINEMA SÃO JORGE – SALA MONTEPIO
FESTA DE ANTECIPAÇÃO INDIELISBOA
18 QUARTA, 22H30, TABERNA DAS ALMAS • 5€
Reflexão sobre o cinema do real a partir das opiniões de especialistas ligadas à escola de cinema HEAD e ao IndieLisboa.
JIBÓIA (Concerto) <rock psicadélico>
THE STATE OF THE ART: TAMPERE,
VIENNA AND INDIELISBOA
AQUI, EM LISBOA AFTER-PARTY
1 SEXTA, 18H00, CINEMA SÃO JORGE – SALA MONTEPIO
A partir de uma ideia do festival Vienna Shorts, reconhecido por ter uma programação em prol de um cinema livre
e formalmente ambicioso, complementada pelos festivais de
Tampere (um dos mais reputados festivais de curta metragem
da Europa) e o IndieLisboa, vamos pensar sobre o estado
actual da arte, a partir da curta metragem.
CONVERSA COM WHIT STILLMAN
2 SÁBADO, 17H00, CINEMA SÃO JORGE – SALA MONTEPIO
Um dos Heróis Independentes do IndieLisboa 2015, Whit
Stillman estará à conversa com o público e mostrará alguns
excertos do seu trabalho.
QUIM (DJ set) <um certo swing>
24 SEXTA, 23H00, PRIMEIRO ANDAR • ENTRADA LIVRE
RED trio (Concerto) <jazz. música improvisada>
Depois da muito esperada exibição do filme encomenda a
propósito da comemoração do décimo aniversário do festival IndieLisboa, uma festa merecida que celebra a estreia
mundial do filme e que contará com a presença dos quatro
cineastas convidados e de um concerto dos RED trio, banda
que participa no segmento de Denis Côté.
EDEN AFTER-PARTY (MIA HANSEN-LØVE)
25 SÁBADO, 00H00, CULTURGEST – GARAGEM
CONVITE OU BILHETE ÚLTIMAS SESSÕES DO DIA NA
CULTURGEST E SÃO JORGE(ENTRADA LIMITADA À
LOTAÇÃO DO ESPAÇO)
félix de givry
LISBON SCREENINGS
A Portugal Film – Agência Internacional de Cinema Português organizará de novo, durante o IndieLisboa, as Lisbon
Screenings, uma actividade que pretende dar visibilidade ao
cinema português, concentrando no mesmo lugar filmes,
produtores, realizadores e decisores internacionais.
Empenhada na internacionalização do cinema português,
a Portugal Film promove ao longo do ano diversas acções,
visando fazer chegar os filmes a entidades como distribuidores, festivais e redes de exibição locais que os mostrarão a um
público internacional.
As Lisbon Screenings, que acontecem no Pequeno Auditório da Culturgest nos dias 27, 28 e 29 de Abril, aproveitam o
momento de celebração do cinema, em particular do cinema
português, fortemente representado no festival. Apresentam
uma selecção de novos filmes portugueses, em estreia mundial, a compradores internacionais, distribuidores, directores
e programadores de festivais, convidados exclusivamente para
estas sessões à porta fechada.
Durante três dias, os profissionais da indústria cinematográfica estrangeira, convidados expressamente para esse efeito,
poderão apreciar filmes portugueses inéditos, de diferentes
géneros (ficção, animação, documentário e experimental) e
formatos, seleccionados pelo seu potencial de internacionalização, para que se comece a desenhar para cada filme um
percurso consistente desde o momento da sua finalização.
Mais informações sobre a Portugal Film - Agência Internacional de Cinema Português em www.portugalfilm.org.
ISBN 978-989-99386-1-8
(DJ Set) <garage. french house>
(DJ Set) <disco. house>
O último filme da realizadora, Eden, retrata a ascensão da
música electrónica francesa nos anos 1990. O famoso French
Touch. Depois da projecção do filme, uma festa imperdível no magnífico espaço da garagem da Culturgest que nos
transportará directamente para os ambientes e sons dos clubes franceses dos anos 1990. A música fica a cargo do actor
principal do filme, Félix de Givry, também ele DJ e de Bruno
Cardoso, mais conhecido por XINOBI, um dos mais importantes DJs portugueses da nova geração. Dançar é obrigatório.
xinobi
LEE SCRATCH PERRY’S VISION OF
PARADISE AFTER-PARTY
26 DOMINGO, 23H00, PRIMEIRO ANDAR • ENTRADA LIVRE
mystic fyah (DJ Set) <dub>
Depois da estreia internacional do documentário sobre Lee
Scratch Perry, a festa continua no Primeiro Andar, com um set
de dub em homenagem ao músico jamaicano. Ao comando
dos pratos estarão os Mystic Fyah, amantes da verdadeira
tradição jamaicana e da cultura sound system. Espera-se uma viagem pela história do dub, cheia de boas vibrações.
também a realizadora de um dos filmes que compõem a obra
Aqui, em Lisboa, filme de comemoração do décimo aniversário do IndieLisboa e que terá estreia mundial nesta edição do
festival. Esta noite vamos ficar a conhecer as músicas que inspiram e influenciam o universo mágico de Marie Losier.
FESTA EQUIPA INDIELISBOA
28 TERÇA, 23H00, PRIMEIRO ANDAR • ENTRADA LIVRE
A equipa do IndieLisboa é a melhor equipa do mundo. A
equipa do IndieLisboa sabe divertir-se à grande. Esta noite
marca o meio do festival e por isso é altura de toda a equipa
se reunir para uma festa com boa música, um divertido concurso de karaoke e um mini torneio de basquetebol. Venham
conhecer as pessoas que fazem o festival!
FESTA INDIEBYNIGHT
29 QUARTA, 23H00, PRIMEIRO ANDAR • ENTRADA LIVRE
FESTA INDIEBYNIGHT
30 QUINTA, 23H00, PRIMEIRO ANDAR • ENTRADA LIVRE
FESTA INDIEMUSIC
30 QUINTA, 00H00, METROPOLIS CLUB • 5€
(DJ Set) <indie. rock>
Esta é a festa que se fala antes do festival, durante o festival e
depois do festival. Com apenas uma edição, tornou-se mítica
por tudo o que aconteceu lá dentro. Não se pode falar muito
desta festa. É preciso lá estar.
programadores indiemusic
EVERYBODY DANCE (WHIT STILLMAN)
1 SEXTA, 23H00, PRIMEIRO ANDAR • ENTRADA LIVRE
rodrigo nogueira (DJ Set) <disco. salsa. latina>
Festa de homenagem a um dos Heróis Independentes do
festival: Whit Stillman. O realizador, que estará presente no
festival e na festa, adora música e os seus dois últimos filmes
vivem dela: The Last Days of Disco e Damsels in Distress. Uma
noite que se conjuga para uma festa em que toda a gente vai
dançar ao som de disco, ritmos latinos e um pezinho de salsa.
FESTA SURPRESA
2 SÁBADO, 23H00, LOCAL SURPRESA • 5€
(Concerto) <baile-turbo-punk>
(DJ Set) <cumbia>
O IndieByNight termina com uma festa surpresa, num sítio
surpresa. Fiquem atentos a mais informação no site e facebook do IndieLisboa porque vai ser uma festa inesquecível.
Para já, a única coisa que não é surpresa é o concerto dos
Tochapestana e o DJ set de La Flama Blanca. E mais não
podemos dizer...
tochapestana
la flama blanca
MARIE LOSIER
27 SEGUNDA, 23H00, PRIMEIRO ANDAR • ENTRADA LIVRE
(DJ Set) <world music. 50’s & 70’s. crazy music>
Marie Losier é uma das realizadoras mais queridas do IndieLisboa. Vencedora do grande prémio do festival em 2011
com o belíssimo filme The Ballad of Genesis and Lady Jaye, é
marie losier
competição
internacional
A Competição Internacional do IndieLisboa
é composta por primeiras, segundas e terceiras obras nunca antes mostradas publicamente
em Portugal. Foram finalizadas no ano em que
decorre o festival ou no ano anterior. Nesta secção, concorrem longas e curtas metragens (em
programas separados) de ficção, animação, documentário e filmes experimentais.
Aferim!
AFERIM!
Radu Jude, Roménia/Bulgária/República Checa, fic., 2015, 108’
CHRISTMAS, AGAIN
Charles Poekel, EUA, fic., 2014, 80’
1 SEXTA, 18H00, CULTURGEST GA • CÓD. 210”
30 QUINTA, 19H00, CULTURGEST GA • CÓD. 240
ELA VOLTA NA QUINTA/
SHE COMES BACK ON THURSDAY
André Novais Oliveira, Brasil, fic./doc., 2014, 107’
3 DOMINGO, 18H00, CINEMA IDEAL • CÓD. 212”
2 SÁBADO, 18H00, CINEMA IDEAL • CÓD. 242
28 TERÇA, 21H45, CINEMA SÃO JORGE SMO • CÓD. 310
Radu Jude é um dos maiores destaques da nova vaga do cinema
romeno. Em 2007, a curta The Tube with a Hat foi um dos filmes
mais premiados do ano (incluindo Melhor Curta Metragem no
IndieLisboa), à qual se seguiram quatro curtas e duas longas
(The Happiest Girl in the World e Everybody in Our Family, ambas
exibidas na Competição Internacional do IndieLisboa), um
percurso alvo de retrospectiva na Festa do Cinema Romeno
de 2014. Aferim! é uma aventura pelos territórios feudais da
Roménia do séc. XIX: um terreno pouco visto no novo cinema
romeno, mas sempre domado pelo humor forte, a sátira social
do presente, e personagens herdeiras das histórias de Gogol.
Talvez o Natal seja a pior altura para se viver sozinho. Pior
ainda se formos um vendedor de árvores de Natal chamado
Noel, no frio de Nova Iorque, a quem se pergunta constantemente: “Onde está a rapariga gira que andava aqui no ano
passado?”. Mas a prova de sobrevivência de Noel esquece-se
que o Natal também é feito de anjos e milagres. Um bittersweet
tale do Natal nova-iorquino que junta, na primeira longa de
Charles Poekel, o novo cinema norte-americano: a fotografia
de Sean Price Williams (dos irmãos Safdie e Alex Ross Perry),
a montagem de Robert Greene, e a actriz Hannah Gross (I
Used to Be Darker, exibido no IndieLisboa 2013).
Temos sempre duas famílias: aquela com que crescemos na infância e amamos na nossa memória e a que aprendemos a conhecer,
mais velhos, depois de perceber o que antes eram bastidores da
vida adulta. Ela Volta na Quinta é a aceitação de que a família com
que vivíamos, na mesma casa, já não será a mesma quando a deixarmos para viver na nossa. Todos neste filme partilham, assim, o
apelido do realizador, compondo, a partir de uma separação real
entre mãe e pai (e as suas sugestões de ficção), a primeira longa de
André Novais Oliveira (dando continuidade a Pouco Mais de um Mês,
curta apresentada no IndieLisboa 2014).
competição internacional · 1
than Pryce. Um filme marcado pela escrita mordaz de Perry
— espelhada na personagem de um jovem escritor e do seu
ídolo-mentor — e que encontra, no trabalho de fotografia de
Sean Price Williams, a sua perfeita correspondência.
GÜEROS
Alonso Ruiz Palacios, México, fic., 2014, 106’
QUAND JE NE DORS PAS
Tommy Weber, França, fic., 2014, 80’
25 SÁBADO, 18H00, CULTURGEST GA • CÓD. 352
27 SEGUNDA, 19H00, CULTURGEST GA • CÓD. 492
28 TERÇA, 18H00, CINEMA IDEAL • CÓD. 354
29 QUARTA, 18H00, CINEMA IDEAL • CÓD. 494
O jovem Tomás vê-se recambiado pela mãe para casa do
irmão mais velho na Cidade do México. Munido de uma velha
cassete do lendário Epigmenio Cruz, o músico que podia ter
salvo o rock mexicano (“fez chorar o Bob Dylan, sabias?”),
retira “Sombra” (o irmão) da sua clausura num apartamento
para procurar o músico pelos hospitais da cidade, tal como
Dylan fez por Woody Guthrie. “Sombra” também busca a
sua redenção e decide procurar, nas ocupações estudantis da
cidade universitária, o rosto que o fez chorar - Ana, ex-namorada e paixão presente. Todos parecem vir de uma mesma
música - with no direction home, like a rolling stone.
MELBOURNE
Nima Javidi, Irão, fic., 2014, 93’
1 SEXTA, 18H00, CINEMA IDEAL • CÓD. 458
A primeira obra de Nima Javidi inspira-se nos melhores princípios de Hitchcock para criar uma história de suspense dentro
de um apartamento de Teerão. Aqui, não é tanto o que
sucede lá fora (a vizinhança em A Janela Indiscreta) que suscita o interesse proibido de quem nela vive. É o que acontece
entre as suas paredes que interessa a quem está fora delas:
amigos, vizinhos, e uma autoridade sem rosto que, por visitas não anunciadas, ameaçam uma emigração planeada para
Melbourne. E pelos mecanismos do cinema, revelar uma
população cujos caminhos, da nascença à idade adulta, se
encontram atados às prisões mentais de cada um.
Paris é o local ideal para os românticos que não dormem aqueles que, por uma noite, fazem tudo o que não ousam nos
seus tímidos dias. Assim se lança o filme de Tommy Weber,
seguindo uma personagem que percorre ruas e casas de Paris
em busca de dinheiro para comprar um bilhete de comboio
que o leve até ao mar. Por ecos de um acossado Belmondo
ou de um impulsivo Jean-Pierre Léaud, Quand je ne dors pas
reúne o romantismo solitário dos que se apaixonam à primeira vista, na rua, e cantam por ela sozinhos, com a crueza
de uma cidade em que os sonhos mais esperançosos não
acontecem.
KOZA/GOAT
Ivan Ostrochovský, Eslováquia/República Checa,
fic., 2015, 75’
SIVAS
Kaan Mujdeci, Turquia/Alemanha, fic., 2014, 97’
25 SÁBADO, 16H00, CINEMA SÃO JORGE SMO • CÓD. 420
29 QUARTA, 19H00, CULTURGEST GA • CÓD. 532
27 SEGUNDA, 22H00, CINEMA IDEAL • CÓD. 421
Quase 20 anos depois da sua participação nos Jogos Olímpicos, Koza vê-se na fase decadente da sua carreira, arrastando-se
na sua aldeia natal com o seu manager e amigo enquanto tenta
sobreviver com uma mulher e um filho. Mas uma gravidez inesperada e a ameaça da sua interrupção, por motivos financeiros,
fá-lo pegar outra vez nas luvas para uma tournée europeia por
recintos desportivos (e outros não tão desportivos). De derrota
em derrota, cresce um anti-herói que tenta resistir a todos os
golpes que atingem o seu corpo.
LISTEN UP PHILIP
Alex Ross Perry, EUA, fic., 2014, 108’
MING OF HARLEM:
TWENTY ONE STOREYS IN THE AIR
Phillip Warnell, Reino Unido/Bélgica/EUA, doc., 2014, 71’
26 DOMINGO, 21H30, CULTURGEST GA • CÓD. 466
No início dos anos 2000, o Harlem juntou-se às montanhas
e florestas da Sibéria e da China para formar o habitat natural do tigre-de-bengala. Ming foi esse tigre que viveu, em
segredo, num apartamento nova-iorquino com o seu dono, ao
lado de um crocodilo e de estadias esporádicas de inquilinos.
Depois de uma condenação e fuga de Nova Iorque, Antoine
Yates regressa a Harlem para revelar, entre as ruas da cidade e
as divisões da sua antiga casa, os corredores selvagens que se
movem para além das normas ordeiras de uma sociedade.
Numa aldeia da Turquia, um jovem rapaz vê-se apaixonado
por uma rapariga da sua turma e atormentado pela rivalidade
dos seus colegas para ver um amor correspondido. Numa
história de imaginários reis e pretendentes, Sivas, um cão
branco de combate (qual cavalo branco que salva princesas)
é acolhido pelo rapaz para impressionar a rapariga dos seus
sonhos. Mas a sua história de fantasia vê-se cercada por uma
história de violência: a das relações animais entre combates
clandestinos, o ciúme em escolas e famílias, e jogos de poder
onde predomina o instinto de sobrevivência entre pares.
24 SEXTA, 21H30, CULTURGEST GA • CÓD. 440
UNE JEUNESSE ALLEMANDE/
A GERMAN YOUTH
Jean-Gabriel Périot, França/Suíça/Alemanha, doc., 2015, 93’
26 DOMINGO, 22H00, CINEMA IDEAL • CÓD. 442
28 TERÇA, 19H00, CULTURGEST GA • CÓD. 580
Alex Ross Perry já é uma das certezas do novo cinema
norte-americano. Depois de The Color Wheel (Competição Internacional do IndieLisboa 2012), Listen Up Philip
junta o universo do realizador a rostos mais conhecidos do
meio, como Jason Schwartzman, Elisabeth Moss ou Jona-
30 QUINTA, 22H00, CINEMA IDEAL • CÓD. 582
Sivas
2 · competição internacional
A prolífica actividade de Jean-Gabriel Périot na curta metragem — 21 filmes em 15 anos — vem da urgência com que
olha sobre nós: objectos confessionais, próprios da intimidade, ou ideais revolucionários e as imagens que deles
emanam. Périot monta arquivos e documentos para questionar a forma como vemos a autoridade, as suas imagens,
e a sua moral - tal como um revolucionário que monta uma
bomba-relógio do passado para rebentar no presente. Une jeunesse allemande surge, assim, como um olhar sobre o mundo de
hoje através do nascimento da RAF (Facção do Exército Vermelho) e as suas origens na primeira geração pós-III Reich de
estudantes de cinema em Berlim Ocidental.
OBIEKT/OBJECT
Paulina Skibińska, Polónia, doc., 2015, 14’
I comme Iran
COMPETIÇÃO INTERNACIONAL CURTAS 1
24 SEXTA, 19H00, CULTURGEST PA • CÓD. 244
25 SÁBADO, 21H45, CULTURGEST PA • CÓD. 252
26 DOMINGO, 19H15, CULTURGEST PA • CÓD. 246
27 SEGUNDA, 16H30, CULTURGEST PA • CÓD. 254
JA VI ELSKER/YES WE LOVE
OPOWIEŚĆ O LESIE/OF A FOREST
DAS SATANISCHE DICKICHT – EINS/
THE SATANIC THICKET – ONE
ONDER ONS/AMONG US
Willy Hans, Alemanha, fic., 2014, 30’
TRIUKŠMADARYS/THE NOISEMAKER
Hallvar Witzø, Noruega, fic., 2014, 15’
MY DAD
Marcus Armitage, Reino Unido, anim., 2014, 6’
LETO BEZ MESECA/MOONLESS SUMMER
Stefan Ivancic, Sérvia, fic., 2014, 31’
DESPEDIDA/FAREWELL
Guido Hendrikx, Holanda, doc., 2015, 24’
Karolis Kaupinis, Lituânia/Suécia, fic., 2014, 15’
I COMME IRAN/I FOR IRAN
Sanaz Azari, Bélgica, doc., 2014, 50’
Em Of a Forest, a dor de um cão é trazida pela rejeição do
mundo humano e pela sua ânsia de liberdade numa paisagem
sem rostos. Among Us traz-nos um outro mundo para além
do entendimento humano: a entrada na mente de pedófilos
que vivem entre nós. The Noisemaker centra-se num professor
que tenta resistir a outra realidade: uma escola sem alunos; enquanto que no espaço fechado de uma sala de aulas,
em Bruxelas, um caderno de escola em Farsi, do tempo da
Revolução Islâmica, leva um professor e uma aluna a redescobrirem uma língua, e as imagens que vêm com ela, onde se
esconde uma liberdade, em I comme Iran.
Totems
AGNES
Anja Lind, Suécia, fic., 2014, 15’
ROADTRIP
Xaver Xylophon, Alemanha, anim., 2014, 22’
Janis Rafa, Grécia/Holanda, fic., 2014, 11’
NECHAYANNO/BY ACCIDENT
28 TERÇA, 16H30, CULTURGEST PA • CÓD. 258
29 QUARTA, 19H00, CULTURGEST PA • CÓD. 262
REQUIEM TO A SHIPWRECK
Guillermo Moncayo, França/Colômbia, doc., 2014, 19’
ECHO CHAMBER
Obiekt
Tiago Rosa-Rosso, Portugal, fic., 2015, 13’
Por quatro momentos de quatro gerações, Yes We Love
lança um retrato cómico sobre situações de amor e ruptura
na Noruega. The Satanic Thicket - One dá eco ao desespero
que se esconde na ausência de comunicação de um grupo:
uma família e os caminhos obscuros da densa floresta que
a rodeia, um trato não distante do racismo falado pela voz
de uma criança em My Dad. Moonless Summer, por sua vez,
oferece a mesma paisagem campestre para o tempo agridoce das últimas férias de Verão antes da idade adulta e
das primeiras rupturas. Por fim, Tiago Rosa-Rosso (também presente na Competição Nacional) cria um jogo de
absurdo, no último dia de praia, a partir das referências da
infância e do humor nos códigos de comunicação da amizade masculina.
Katarzyna Melnyk, Polónia, anim., 2014, 4’
Daniel Sandu, Roménia, fic., 2014, 27’
Vida e morte ecoam nas palavras de um sobrevivente que
passeia, em Shipwreck, entre os destroços de um desastre
humanitário: o naufrágio de emigrantes ilegais na costa italiana. Os seus passos ausentes atravessam Hillbrow - figuras
vivas que caminham entre o perigo e as histórias de violência desse bairro sul-africano. É também a tensão eléctrica que
alimenta o movimento da película e a sua vida sonora em Scribbledub. Object traz-nos outra viagem: a da entrada no mundo
subaquático através de uma equipa de salvamento. Horsepower
evoca uma passagem no tempo: a de uma amizade que se desfaz à medida que deixa de cumprir os seus rituais de juventude.
By Accident
My Dad
CAI PUTERE/HORSEPOWER
SHIPWRECK
Morgan Knibbe, Holanda/Itália, doc., 2014, 15’
HILLBROW
Nicolas Boone, França, fic., 2014, 32’
SCRIBBLEDUB
Ross Hogg, Reino Unido, anim., 2014, 3’
Zhora Kryzhovnikov, Rússia, fic., 2014, 19’
Agnes mal consegue dormir para poder estar com o seu irmão
mais velho. Mas a sua jovem idade ainda não a preparou
para uma grande viagem: a da aceitação de outra rapariga no
coração dele. Viagem também frustrada na idade adulta em
Roadtrip, onde um jovem é incapaz de fugir às insónias de
uma cidade atormentada e inquieta. Sentimento reinante da
realidade de uma cidade tropical, onde a voz de uma rádio
anuncia a tempestade iminente de Echo Chamber. Em Requiem
to a Shipwreck, é a calma depois do desastre que é homenageada: os destroços ainda presentes de um barco naufragado
nas águas do Mediterrâneo e as suas honras funerárias. O
prenúncio de uma comédia trágica europeia encarnada nos
corpos presentes (e assassinados) de By Accident.
THIS PARTICULAR NOWHERE – PART
I – SOME OF WIGNER’S FRIENDS
Rita Macedo, Portugal/Alemanha, exp., 2015, 8’
TOTEMS
Sarah Arnold, França, fic., 2014, 29’
A TRAMA E O CÍRCULO/
THE MESH AND THE CIRCLE
Francisco Queimadela, Mariana Caló,
Portugal, doc., 2014, 35’
YEN YEN (DROWN IN SMOKE)
Chunni Lin, Taiwan, fic., 2014, 12’
UDOMOWIENIE/DOMESTICATION
Sylwia Gawel, Polónia, anim., 2015, 6’
O físico Eugene Wigner serve de inspiração para a experiência de This Particular Nowhere, ensaio sobre o caminho da
existência para a escuridão. Por caminhos narrativos, Totems
lança-se como uma aventura por outras incógnitas: o peso
da história na nossa vida, dos ganhos colectivos e das perdas
individuais que deixa. A Trama e o Círculo cria a sua própria
experiência sensorial por um jogo de montagem sobre o trabalho manual e a sua história empírica (também presente
na Competição Nacional). Um motivo não dissociado da
experiência de Yen Yen e a percepção entre a água e o ar, as
suas perspectivas e a sua matéria. Ou ainda entre o homem
e o mundo animal, duas realidades interdependentes de um
mesmo mundo animado em Domestication.
Onder Ons
competição internacional · 3
30 QUINTA, 19H00, CULTURGEST PA • CÓD. 266
LOOP RING CHOP DRINK
Nicolas Ménard, Reino Unido, anim., 2014, 11’
Robin Mognetti, Suíça, fic., 2015, 11’
A recriação gráfica de Seat 26D leva-nos às memórias de um
verdadeiro acidente de avião e do seu impacto na memória de um jovem passageiro: 4 minutos estendidos no tempo.
Uma estranha calma replicada no caminho de um velho casal
em Off the Highway que encontra, numa estrada vazia, a sua
separação. Seven times a day... por sua vez, ecoa as memórias
deixadas por encontros e separações que passam a habitar
os nossos sonhos e pesadelos. Em The Pimp and His Trophies,
são as memórias de alguém, na visita ao bordel da sua família,
que formam, hoje, um olhar sobre a sua sexualidade. Confronto provocado, em Totally Lies, pelo conflito real entre
arquétipos sexuais masculinos e femininos nas redes sociais e
no discurso contemporâneo.
BUFFALO JUGGALOS
Scott Cummings, EUA, fic./doc., 2014, 30’
Tomás von der Osten, Brasil, fic., 2015, 14’
GUY MOQUET
Demis Herenger, França, fic., 2014, 29’
As cores vivas de Nicolas Ménard, em Loop Ring Chop Drink,
contrastam com a tristeza de personagens disfuncionais nos
apartamentos solitários do mesmo prédio. Filme de freaks e
marginais também na realidade paralela dos Juggalos (fãs do
grupo Insane Clown Posse) na cidade de Buffalo, nos EUA.
Um imaginário onde vive Guy Moquet, rapaz que fantasia em
beijar a rapariga dos seus sonhos, no meio do lago da cidade,
tal como nos filmes, depois do conto fantástico de A Invenção
da Noite e de um bosque entregue aos movimentos animais
de uma juventude.
Prose du Transsibérien
A INVENÇÃO DA NOITE/THE INVENTION OF NIGHT
Maurilio Martins, Brasil, fic., 2014, 26’
David Epiney, Suíça, anim., 2014, 11’
Jacky De Groen, Bélgica, anim., 2014, 6’
Abseits der Autobahn
Elisabeth Caravella, França, anim., 2014, 25’
ALL THAT IS SOLID
ABSEITS DER AUTOBAHN/OFF THE HIGHWAY
Rhona Mühlebach, Suíça, fic., 2014, 21’
SIEBEN MAL AM TAG BEKLAGEN WIR UNSER
LOS UND NACHTS STEHEN WIR AUF, UM
NICHT ZU TRÄUMEN/SEVEN TIMES A DAY
WE BEMOAN OUR LOT AND AT NIGHT
WE GET UP TO AVOID DREAMING
Susann Maria Hempel, Alemanha, doc./anim., 2014, 18’
DER ZUHÄLTER UND SEINE TROPHÄEN/
THE PIMP AND HIS TROPHIES
Antoinette Zwirchmayr, Áustria, doc., 2014, 22’
Yen Yen
4 · competição internacional
HOSANNA
QUINZE/FIFTEEN
HOWTO
Karolina Brobäck, Suécia, doc., 2014, 14’
Yoriko Mizushiri, Japão, anim., 2014, 5’
PROSE DU TRANSSIBÉRIEN/
PROSE OF THE TRANS-SIBERIAN
Jani Peltonen, Finlândia, doc., 2014, 24’
SEAT 26D
MAKU/VEIL
Na Young-kil, Coreia do Sul, fic., 2014, 25’
SAVUPIIPPU/WHITE CHIMNEY
Bettina Nürnberg, Dirk Peuker, Áustria/
Alemanha, doc., 2014, 13’
ZEMENT
numa paisagem idílica e residencial, mas sem pessoas, outrora
ocupada por um campo de concentração. White Chimney
revela um mundo que não se salvou - excepto pelos arquivos do cinema - na floresta e num hotel da Finlândia um mês
antes da 2.ª Guerra Mundial. Num tutorial de fabricação de
texto em 3D (Howto), mostra-se como a construção das imagens, por outras maneiras, nunca é feita sem a existência de
fantasmas e imprevistos. All That is Solid também vive num
disco rígido - um ensaio tecnológico à volta do colonialismo
e da exploração mineira.
End of Summer
Loop Ring Chop Drink
TOTALLY LIES
Louis Henderson, França/Gana, doc., 2014, 15’
A viagem animada e rodopiante de David Epiney leva-nos
pelas palavras de Blaise Cendars em La Prose du Transsibérien
et de la petite Jehanne de France (livro feito com Sonia Delaunay). Em Zement, serve o silêncio para filmar ecos do passado
ECLIPSE
END OF SUMMER
Jóhann Jóhannsson, Islândia/Dinamarca, doc., 2014, 29’
Veil traz uma experiência sensual e sensorial entre corpos a
partir da nossa perspectiva sobre eles. Também pelo tacto e
pelos sentidos, Hosanna encena um rapaz que ressuscita repetidamente, contra o ciclo da vida, as pessoas e os animais que
o rodeiam. É também numa pobre realidade suburbana que
a vida de uma família gira, desta vez, à volta dos quinze anos
de uma rapariga e dos anseios de uma mãe em tons de conto
de fadas. Tons e cores que habitam a animação de Eclipse
sobre a relação entre um leão e o seu domador, a sua escuridão e magia, antes do negrume que vem com End of Summer,
as suas paisagens antárticas animadas pela sua vida animal e
memórias humanas. ■
A Toca do Lobo
Uma Rapariga da Sua Idade
Gipsofila
Os Olhos de André
A Competição Nacional reúne longas e curtas metragens portuguesas que têm, na sua maioria, a primeira
apresentação mundial no IndieLisboa.
competição
nacional
GIPSOFILA/GYPSOPHILA
Margarida Leitão, Portugal, doc., 2015, 61’
Gipsofila é o espaço pessoal de uma avó visto pela câmara da
sua neta (a realizadora Margarida Leitão): um ensaio sobre a
sua memória através das palavras hesitantes de duas pessoas
que se amam, que se filmam, e que partilham o mesmo sangue. Mas mais do que um olhar sobre o espaço solitário de
uma casa, Gipsofilia é também o espaço exterior a ela: a solidão de uma realizadora que, das ruas exteriores onde a vida
se vislumbra ao longe, encontra, em escuros corredores, um
lugar para criar o seu cinema e filmar uma herança que talvez se julgava perdida: as histórias que deram origem à sua
família e que alimentam, hoje, o seu olhar e o seu desejo de
futuro.
serve de cenário para recriar, com as mesmas pessoas, uma
história verdadeira. Aí, um pai tenta reconstruir a sua vida,
depois de uma separação, para acolher o seu filho André
e voltar a unir uma família. Pelo olhar de António Borges
Correia e a perspectiva da sua câmara, os seus actores (as
pessoas que viveram, nos mesmos papéis, a mesma história), seguem as sugestões que uma nova ficção cria a partir
daquilo que já se viveu, dando-nos a conhecer, pelo cinema,
uma vida real de um país verdadeiro. Mas são os olhos luminosos do jovem André a reunir o seu grande foco: aquilo
que perdeu na sua família, o seu desejo de ver reconhecido o
seu talento para o futebol profissional, e aquilo que ele resguarda, das suas várias figuras familiares, nesse seu jovem
olhar.
A TOCA DO LOBO/THE WOLF’S LAIR
Catarina Mourão, Portugal, doc., 2015, 102’
OS OLHOS DE ANDRÉ/THE EYES OF ANDRÉ
António Borges Correia, Portugal, fic., 2015, 65’
No seguimento do olhar desenvolvido por António Borges
Correia - os moldes do documentário (O Lar, exibido no
IndieLisboa 2008) para recriar histórias de ficção (O Gesto,
2011) -, a paisagem de Arcos de Valdevez, em Portugal,
Catarina Mourão tem-se afirmado como um dos olhares mais
delicados do cinema português. Depois de Pelas Sombras, um
retrato da artista Lourdes Castro exibido no IndieLisboa
2010, a realizadora centra-se agora numa outra figura da vida
cultural portuguesa: o escritor e seu avô Tomaz de Figueiredo. Um olhar que abre as portas secretas de uma vida que
deixou apenas o seu trabalho para a memória dos seus filhos
e dos seus netos, tal como de uma família que se viu separada
pela sua morte e marcada pelo dia-a-dia de um país ditatorial - um país duramente percorrido por quem escreveu sobre
ele. Na sua antiga casa, vivem os segredos e os acontecimentos que nos falam, hoje, por um quarto fechado à chave - um
quarto aberto pela câmara da realizadora e pelo movimento
deste filme: a nossa intimidade.
UMA RAPARIGA DA SUA IDADE/
A GIRL OF HER AGE
Márcio Laranjeira, Portugal/EUA, doc./fic., 2014, 85’
A primeira longa metragem de Márcio Laranjeira não é apenas o retrato de “uma rapariga da sua idade”: é o retrato de
uma geração inteira, à sua volta, que vive perdida entre as
suas origens e os seus desejos adultos numa nova cidade,
enquanto que as suas relações pessoais e familiares se vêem
afectadas por um país condicionado por uma crise económica, política, e de ideias. Uma Rapariga da sua Idade é também,
por isso, um filme inspirado na realidade da juventude portuguesa, nos dias de hoje, e que vive, aqui, pelas histórias de um
grupo de pessoas repartido entre Lisboa, Viana do Castelo,
e Nova Iorque. Retratos de uma geração, ainda sem futuro, à
espera que a vida e os seus sonhos possam acontecer no presente e num futuro já não tão longínquo.
competição nacional · 5
Novíssimos 1
CN Curtas 1
CN Curtas 2
Novíssimos 2
CN Curtas 3
CN Curtas 4
PROVAS, EXORCISMOS/TRIALS, EXORCISMS
novíssimos
DESPEDIDA/FAREWELL
1 SEXTA, 16H00, CINEMA SÃO JORGE SMO • CÓD. 474
COMPETIÇÃO NACIONAL CURTAS 1
27 SEGUNDA, 19H00, CINEMA SÃO JORGE SMO • CÓD. 280
29 QUARTA, 19H00, CINEMA SÃO JORGE SMO • CÓD. 288
29 QUARTA, 21H30, CINEMA SÃO JORGE 3 • CÓD. 282
1 SEXTA, 21H30, CINEMA SÃO JORGE 3 • CÓD. 290
PARA LÁ DO MARÃO/BEYOND MARÃO
THE LAST ANALOG TREE
José Manuel Fernandes Portugal, doc., 2014, 7’
IEC LONG
João Pedro Rodrigues, João Rui Guerra da
Mata, Portugal, fic./doc., 2014, 31’
OUTUBRO ACABOU/OCTOBER IS OVER
Miguel Seabra Lopes, Karen Akerman,
Portugal/Brasil, fic., 2015, 24’
AULA DE CONDUÇÃO/DRIVING LESSON
André Santos, Marco Leão, Portugal, fic., 2015, 17’
Para lá do Marão: uma população em extinção e uma terra,
longe da vista, ameaçada pelo seu próprio desaparecimento.
Iec Long, nova curta de João Pedro Rodrigues e João Rui
Guerra da Mata, que continuam o seu percurso por Macau,
usando o cinema para resgatar a sua memória perante um
presente diferente. Outubro Acabou é, também, um filme resgatado: a infância que pega no cinema pelas suas mãos para
nos devolver as suas origens. André Santos e Marco Leão, em
Aula de Condução, por sua vez, devolvem-nos a esfera onde se
tem formado a maturidade de um jovem olhar: o da intimidade e o seu silêncio enquanto territórios cinematográficos.
Jorge Pelicano, Portugal, fic., 2014, 4’
OTHON
Guillaume Pazat, Martim Ramos,
Portugal/Brasil, doc., 2014, 38’
Susana Nobre, Portugal, fic., 2015, 25’
Em The Last Analog Tree, Jorge Pelicano joga com a perspectiva daquele que filma e de quem é filmado no plano da
natureza - campo de trabalho do realizador. Em Othon, Guillaume Pazat e Martim Ramos entram pelo antigo hotel
Othon Palace, em São Paulo, para filmar a entrada de famílias de ocupantes de uma sociedade (aqui em micro-cosmos)
à espera de acontecer. Provas, Exorcismos, de Susana Nobre,
oferece um olhar fíctício, também de influência documental, sobre o desemprego e uma terra tocada pelo falhanço
da política. Tiago Rosa-Rosso, pelo seu lado, cria um jogo
absurdo, numa Despedida ao Verão, a partir das referências da
infância e do humor nos códigos de comunicação da amizade
masculina.
30 QUINTA, 21H30, CINEMA SÃO JORGE 3 • CÓD. 286
30 QUINTA, 19H00, CINEMA SÃO JORGE SMO • CÓD. 292
LEI DA GRAVIDADE/LAW OF GRAVITY
2 SÁBADO, 21H30, CINEMA SÃO JORGE 3 • CÓD. 294
O REBOCADOR/TOW TRUCK DRIVER
THIS PARTICULAR NOWHERE – PART I –
SOME OF WIGNER’S FRIENDS
Jorge Cramez, Portugal, fic., 2015, 16’
A TRAMA E O CÍRCULO/THE MESH AND THE CIRCLE
Francisco Queimadela, Mariana Caló,
Portugal, doc., 2014, 35’
CINZAS E BRASAS/ASHES AND EMBERS
Manuel Mozos, Portugal, fic., 2015, 21’
A Lei da Gravidade encena uma ficção Beckettiana, onde o
absurdo toma conta de duas personagens à espera que o seu
filme aconteça. Depois de olhar para a infância em Na Escola,
que se estreou em 2013, Jorge Cramez passa para um território que lembra o film noir de Raoul Walsh: They Drive By Night
e as confissões solitárias de quem nela vive em O Rebocador. A
Trama e o Círculo cria a sua própria experiência sensorial por
um jogo de montagem sobre o trabalho manual e a sua história empírica. Em Cinzas e Brasas, Manuel Mozos entra pelo
campo da literatura, com Isabel Ruth como Dulce Maria Cardoso, para filmar uma casa de escrita e de memórias.
6 · competição nacional
Rita Macedo, Portugal/Alemanha, exp., 2015, 8’
FORA DA VIDA/ON THE SIDE
Filipa Reis, João Miller Guerra, Portugal, doc., 2015, 35’
CAMPO À BEIRA MAR/COUNTRYSIDE BY THE SEA
André Ruivo, Portugal, anim., 2015, 8’
UM DIA CABOUQUEIROS
Tomás Baltazar, Portugal, doc., 2015, 37’
O físico Eugene Wigner serve de inspiração para a experiência de This Particular Nowhere, ensaio sobre o caminho da
existência para a escuridão. Fora da Vida dá continuidade ao
olhar de Filipa Reis e João Miller Guerra sobre as vidas que
percorrem os caminhos suburbanos de Lisboa. Campo à Beira
Mar traça o sentido inverso: um fluxo humano a caminho do
mar pelos traços da animação e da comédia. Um Dia Cabouqueiros traz-nos aqueles que, por sua vez, edificam os edifícios
e os pousos eternos das nossas vidas, memórias de silêncio
que ecoam nas suas minas profundas. ■
NOVÍSSIMOS CURTAS 1
SWALLOWS
Sofia Bost, Portugal/Reino Unido, fic., 2014, 15’
MEETING POINT
Miguel Rato, Portugal, doc., 2014, 10’
A RAPARIGA DE BERLIM/THE GIRL FROM BERLIN
Bruno de Freitas Leal, Portugal, fic., 2014, 13’
A RAPARIGA IDEAL/THE IDEAL GIRL
Mariana Trigo Pereira, Portugal, doc., 2015, 34’
Em Londres, Swallows traz a espera de uma vida num país
e numa casa que não é a nossa, longe da relação que deixámos para trás. A mesma metrópole serve para um encontro
entre a cidade real e a cidade imaginada em Meeting Point.
A Rapariga de Berlim filma o segundo capítulo de uma relação, também marcada pela separação, numa Lisboa solitária
e poética. A Rapariga Ideal traz, por seu lado, as memórias de
juventude de duas mulheres que cresceram na Mocidade Portuguesa, à imagem do regime.
NOVÍSSIMOS CURTAS 2
LOGÍSTICA/LOGISTICS
Miguel Tavares, Portugal, fic., 2015, 10’
MAPA MUSEU/MAP MUSEUM
Nuno Lacerda, Portugal, doc., 2014, 8’
A ÚLTIMA NOITE/THE LAST NIGHT
Joana Reis, Portugal, fic., 2015, 12’
CAVERN CLUB
Gonçalo Soares, Portugal, fic., 2014, 54’
Logística faz o retrato de um jovem grupo de amizades igualmente marcado por uma ida para outro país. Mapa Museu
desconstrói o espaço arquitectónico do CCB para criar um
puzzle cinematográfico. Em A Última Noite, um jovem faz
uma última ronda antes de abandonar o colégio interno
onde viveu metade da sua vida. O bar de estreia dos Beatles
empresta o seu nome a Cavern Club, a história de um montador perdido entre uma Lisboa turística, uma precária indústria
de cinema, e manifestações de uma geração sem futuro. ■
Reúne obras de jovens cineastas e autores consagrados, fazendo da singularidade a sua
norma, fundindo as anteriores secções Observatório, Cinema Emergente e Pulsar do Mundo.
Procuraremos mostrar, sob a asa de Silvestre,
extraordinárias obras cuja rebeldia espelhe o
espírito do festival. Em foco, um jovem cineasta
que documenta o mundo BDSM, e que vale a
pena descobrir: Jan Soldat.
silvestre
Hard to Be a God
BEFORE WE GO
Jorge León, Bélgica, doc., 2014, 82’
próprio. A crise do mundo actual espelha-se nas acções e na
frustração desta personagem-terrorista, preso às paranóias, aos
desejos e a fantasias frustradas do mundo em que vive.
Três pessoas aproximam-se do fim da vida - um fim próximo
cuja convivência diária com a doença passa por um longo
caminho para a sua aceitação no dia-a-dia. Com Before We Go,
como o título indica, vem um gesto contra a morte: as passagens regulares pela Opéra de la Monnaie, em Bruxelas, onde
cada uma delas dança com três bailarinos (Benoît Lachambre, Meg Stuart, Simone Aughterlony) para reconquistar, em
improvisação e coreografia, o domínio sobre o tempo que
lhes resta e o movimento livre de corpos outrora clausurados.
BUZZARD
Joel Potrykus, EUA, fic., 2014, 97’
FOR THE PLASMA
Bingham Bryant, Kyle Molzan, EUA, fic., 2014, 94’
As funções de guardas florestais de duas jovens, na paisagem
idílica dos EUA, ultrapassam a imaginação dos comuns mortais: entre ameaças de segurança ao território, investidores
financeiros, ou excursões para comprovar imagens caseiras
de video-vigilância, os perigos do mundo moderno cruzam-se com o desejo de conseguir controlá-lo. Essa floresta de
segurança é também a floresta mágica de um jogo Rivettiano, onde as imagens que vemos, à primeira vista, escondem
Joel Potrykus já tinha trazido Ape ao IndieLisboa 2013, furacão
caseiro sobre um comediante desajustado das normas da sociedade que preferia a piromania e acordos secretos com o diabo
para conseguir sobreviver. Em Buzzard, o rosto de Joshua
Burge volta a marcar o centro do filme e a veia destruidora da
sua personagem, uma toupeira que se aproveita do mercado
de trabalho para perverter o sistema financeiro em proveito
mil significados da nossa percepção. As cores do 16mm e a
música de Keiichi Suzuki embalam o nosso olhar para entrar
nos caminhos dessa floresta chamada cinema. Primeira longa
metragem de Bingham Bryant e Kyle Molzan, o novíssimo
cinema norte-americano.
FORT BUCHANAN
Benjamin Crotty, França/Tunísia, fic., 2014, 65’
Fort Buchanan é uma base militar fictícia habitada por personagens improváveis. Mas as suas histórias entrecruzadas
comportam inspirações reais: correntes da política externa
diluídas em encenações dramáticas, tendências opostas entre
grupos sociais privilegiados ou apatriados, e influências da
cultura norte-americana e europeia no olhar do realizador
silvestre · 7
Benjamin Crotty (conhecido do IndieLisboa pelas curtas
Visionary Iraq e Liberdade, co-realizadas com Gabriel Abrantes).
Entre as diferentes camadas, vive uma ficção que mistura a
escrita do drama televisivo à estética do 16mm para criar uma
comédia inspirada nos eventos do mundo contemporâneo.
DER GELDKOMPLEX (EL COMPLEJO
DE DINERO)/DER GELDKOMPLEX
(THE MONEY COMPLEX)
Juan Rodriganez, Espanha/Alemanha, fic., 2015, 76’
O Complexo do Dinheiro vem, em primeiro lugar, da adaptação do livro de Franziska zu Reventlow, livro de 1916 que
retrata grupos boémios da cena artística de Munique antes
da I Guerra Mundial. O complexo do dinheiro inspira-se,
também, nos jogos financeiros por trás da produção criativa
e das suas ligações à reflexão artística em várias vertentes:
literatura, teatro, ou nas relações íntimas que dela emanam. Finalmente, o complexo serve também para um ensaio
cómico entre linguagens, pelo olhar do cinema, num grupo
de boémios instalados numa casa isolada do Sul de Espanha.
DAS GROSSE MUSEUM/THE GREAT MUSEUM
Johannes Holzhausen, Áustria, doc., 2014, 94’
TRUDNO BYT’ BOGOM/HARD TO BE A GOD
Aleksei German, Rússia, fic., 2013, 170’
É difícil ser um deus: sobretudo se cairmos, como extraterrestres, num planeta igual à Terra, e sermos aclamados como
divindades num tempo vivido há 800 anos. Hard to be a God
pega num livro de Arkadi e Boris Strugatski (cujo Roadside
Picnic serviu para Stalker de Tarkovski) e no conflito entre
dois mundos - o conhecimento de toda uma evolução cognitiva e o desejo de a impor no tempo das trevas - para servir
de estudo sobre a natureza humana. Planeado durante quatro
décadas, o último filme do realizador russo Aleksei German
foi terminado, depois da sua morte em 2013, pelo seu filho e
realizador Aleksei German Jr..
HISTOIRE DE JUDAS/STORY OF JUDAS
Rabah Ameur-Zaïmeche, França, fic., 2015, 99’
26 DOMINGO, 15H00, CINEMA SÃO JORGE 3 • CÓD. 358
Quinta longa metragem de Rabah Ameur-Zaïmeche, realizador francês de origem argelina que tem vindo a marcar os
seus passos no cinema do(s) seu(s) país(es), e que surge, nos
anos 2000, em paralelo com o franco-tunisino Abdellatif
Kechiche, no contexto do cinéma beur, expressão algo vulgar
para determinar um cinema de olhar social e realista (mas
dirigido a um cinema popular), na sociedade francesa, a partir
dos subúrbios e das jovens comunidades emigrantes magrebinas de terceira geração. Em Histoire de Judas, Ameur-Zaïmeche
oferece um olhar sedutor e físico sobre os últimos dias da
vida de Jesus Cristo e a compaixão de Judas, um apóstolo não
traidor mas antes traído pela autoridade de Roma.
O mar é o sítio onde nos desejamos perder de vista: deixar a
cidade e, com ela, os seus problemas e situações. Por vezes,
para onde vamos com alguém para amá-la de novo no tempo
das férias e da ausência de notícias do mundo. Mas o espaço
vazio desse tempo é também um teste: à relação que temos,
ao sufoco familiar, ou àquilo que deixámos na cidade para
perder essa vista. E vermos, num ápice, as rupturas caírem
como os raios de uma tempestade sobre a água do mar. Mar
é também um nome de personagem no filme de Dominga
Sotomayor, uma das autoras mais promissoras do cinema
sul-americano (vencedora da Competição Internacional do
IndieLisboa 2012 com De jueves a domingo).
MANGE TES MORTS/EAT YOUR BONES
Jean-Charles Hue, França, fic., 2014, 94’
O retrato de uma comunidade cigana francesa já tinha sido
ensaiado por Jean-Charles Hue, nos caminhos da ficção, em
La BM du Seigneur (exibido no IndieLisboa 2011). Com Mange
tes morts, o seu olhar marca território no cinema francês contemporâneo. Pelos trilhos da acção e do western, Hue
constrói a história de um jovem rapaz ameaçado pelo regresso do irmão mais velho
da sua longa estadia na prisão. Entre um
desejo de recomeço e uma impetuosa
atracção pelo risco, o futuro de uma família vê-se preso às furiosas acelerações
de um bólide nocturno que carrega,
nos seus rugidos, os seus mortos passados e um inevitável destino.
The Great Museum é um retrato dos bastidores do Museu
de História de Arte de Viena. Não apenas dos seus trabalhadores, mas dos novos tempos
e missões que têm de ser
cumpridas por um
museu nacional - tanto
no restauro das suas
obras, como na crescente importância
do marketing e da
venda da sua marca
junto do público.
Holzhausen junta
conselhos de administração e simples
funcionários para
revelar, por entre
as suas semelhanças e diferenças,
um denominador comum no
trabalho de um
museu: a formação do
olhar dos
seus visitantes.
MAR
Dominga Sotomayor, Chile/Argentina, fic., 2014, 60’
MERCURIALES
Virgil Vernier, França, fic., 2014, 108’
Duas torres gémeas erguem-se nos arredores de Paris perante
a passagem quotidiana de milhares de carros e pessoas em círculos de auto-estradas da paisagem urbana. No topo, duas
raparigas de duas extremidades da Europa conhecem-se num
lugar onde salas e corredores têm nomes de deuses mitológicos.
Mercuriales, o nome dessas torres e da segunda longa metragem de Virgil Vernier (cujos Orléans e Andorre foram exibidos
no IndieLisboa 2013 e 2014, respectivamente), é o encontro
mágico do 16mm com uma fábula sobre o sistema económico
europeu, as ruínas da sua história política, e os desejos das personagens, verdadeiras ou mitológicas, que nelas vivem.
LE PARADIS
Alain Cavalier, França, doc., 2014, 70’
Histoire de Judas
8 · silvestre
Com a sua pequena câmara digital, Alain Cavalier encontrou o paraíso na terra. Um realizador que sonha ao filmar
a natureza e encontra, na dimensão do real, as pontes para a
transcendência, a infância, e uma hipótese de futuro na passagem das estações. Ou seja: a felicidade. Depois do objecto
político de Pater (2011), Cavalier regressa ao modo filmeur
para uma das suas obras mais luminosas: por estar consciente
do privilégio de viver, apesar da proximidade com a morte,
por colocar tudo o que filma ao mesmo nível do seu olhar,
tanto o que é frívolo como da maior importância. E porque
no paraíso, todos somos iguais perante a luz daquilo que vive.
Ritual for a Relict
SILVESTRE CURTAS 1
RITUAL FOR A RELICT
Alexander Glandien, Áustria/Alemanha, doc., 2014, 8’
THIS IS COSMOS
Anton Vidokle, Alemanha/Líbano/Casaquistão/
Rússia/Ucrânia, doc., 2014, 30’
DANS LA JOIE ET LA BONNE
HUMEUR/WITH JOY
AND MERRINESS
Jeanne Boukraa, Bélgica,
anim., 2014, 6’
TRAUERKANTATE IN SECHS
ARIEN/CANTATA OF GRIEF
Pia Hellenthal, Marina Klauser,
Alemanha, fic., 2013, 24’
MOULTON OG MEG/
ME AND MY MOULTON
Para além da estreia em Competição Internacional de Listen
Up Philip, Alex Ross Perry também está presente na secção
Silvestre com a sua quarta longa: Queen of Earth. Um filme
rodado com a mesma actriz (Elisabeth Moss), a quem se
junta Katherine Waterston (Inherent Vice) e um curto elenco.
Entre as duas actrizes, a câmara de Sean Price Williams faz e
refaz os nós de uma crescente neurose entre duas amigas no
espaço de uma casa de férias. Um thriller emocional que ecoa
os caminhos traçados por Bergman em Persona ou a paranóia
dos interiores de Polanski em Rosemary’s Baby.
TAKVA SU PRAVILA/THESE ARE THE RULES
Ognjen Sviličić, Croácia/França/Sérvia/
Macedónia, fic., 2014, 78’
“Estas são as regras”: as que uma família de classe média
seguiu ordeiramente até a uma reforma precária e o futuro
incerto de um filho que irá construir, brevemente, a sua própria vida. Mas a sua única ilusão vê-se brutalmente ameaçada
por um golpe de violência dentro dos muros de uma escola.
O desinteresse de uma autoridade frouxa e a ineficácia de
uma sociedade burocrática levam esses pais - um casal de
“brandos costumes” como qualquer outro - a romper com
tudo o que construíram. Prémio de Melhor Actor no Festival
de Veneza de 2014.
Tempête sur anorak
QUEEN OF EARTH
Alex Ross Perry, EUA, fic., 2015, 90’
Torill Kove, Noruega/Canadá, anim., 2014, 13’
Ritual of a Relict é um ensaio sobre o caminho das ruínas do
mar Báltico pelo artista Alexander Glandien. This is Cosmos
segue, por sua vez, as ideias do filósofo russo Nikolai Fedorov para um ensaio sobre a vida e o universo. With Joy and
Merriness cria uma comédia grotesca sobre uma evolução
humana virada para a vida eterna. Cantata of Grief encena, por
seu lado, um centro de assistência ao suicídio (recordando o
universo de Roy Andersson), enquanto que Me and My Moulton é o novo trabalho da oscarizada Torill Kove — desta
vez, sobre memórias de uma infância “modernista” com pais
arquitectos.
SILVESTRE CURTAS 2
CINZA/ASHES
Micael Espinha, Portugal, anim., 2014, 10’
INSTITUTE ABOVE-GROUND
Florian Zeyfang, Lisa Schmidt-Colinet, Alexander
Schmoeger, Alemanha, doc., 2015, 22’
TEMPÊTE SUR ANORAK/STORM HITS JACKET
LA SAPIENZA
Eugène Green, França/Itália, fic., 2014, 100’
Eugène Green e a cultura portuguesa desenvolveram
uma relação mútua que serve de inspiração para o realizador francês. Para além de A Religiosa Portuguesa (2010),
estreado e produzido por O Som e a Fúria, o IndieLisboa tem sido uma via privilegiada para conhecer a sua
obra (Le monde vivant, 2004; Le pont des arts, 2005; Les signes, 2007). La Sapienza não é apenas uma viagem à
herança artística e arquitectónica barroca italiana — é
uma reflexão sobre a importância da sapiência para a
reconciliação humana em contexto de conflito e para
a sua elevação num tempo de crise. Ou como o amor
e a sua luz servem de salvação para a humanidade.
Paul Cabon, França, anim., 2014, 13’
THE MAD HALF HOUR
UNE HISTOIRE AMÉRICAINE/STUBBORN
Armel Hostiou, França, fic., 2015, 86’
Esta “história americana” vive de duas forças: um amor teimoso que se recusa a morrer na cabeça de um homem que
atravessou o Atlântico, e um dos maiores actores da nova
geração do cinema europeu — Vincent Macaigne (A Batalha de Solferino, 2013; A Rapariga de 14 de Julho, 2013; e Eden de
Mia Hansen-Løve, cuja antestreia decorrerá nesta edição do
IndieLisboa, dentro da retrospectiva dedicada à realizadora).
Rodado nas ruas de Nova Iorque, Macaigne é o rosto de uma
paixão desesperada, infantil, e obsessiva, irresistivelmente
encarnada pela força desconcertante das suas hesitações.
Leonardo Brzezicki, Dinamarca/Argentina, fic., 2015, 22’
SAN SIRO
Yuri Ancarani, Itália, doc., 2014, 26’
A cidade-fantasma de Cinza, parada no tempo, apenas tem
espaço para a voz gravada de António de Oliveira Salazar o prenúncio de uma ruína. Institute Above-Ground traz-nos,
por sua vez, e pelos traços do documentário, os projectos
rurais de uma arquitectura visionária na Cuba pós-revolucionária. Em Tempête sur anorak, uma história de aventura
nasce de uma tempestade sobre uma cidade evacuada. The
Mad Half Hour fala-nos de outra tempestade interior: as
dúvidas existenciais de um jovem casal de Buenos Aires.
San Siro conduz-nos por todos os passos de um outro
inferno: a preparação de um jogo no mítico estádio de futebol italiano.
silvestre · 9
8 BALLES/8 BULLETS
Frank Ternier, França, anim., 2014, 13’
SILVESTRE CURTAS 5
HEADLANDS LOOKOUT
28 TERÇA, 18H45, CINEMA SÃO JORGE 3 • CÓD. 520
fala-nos de uma outra utopia: as formas que ela tomou na história, nas nossas vidas, e nas maneiras de a filmarmos. Sarina
Hei oferece um conto surrealista, em Small People..., sobre um
mundo onde se dividem pessoas com e sem chapéus. No Wolf
has a House mostra a estranha relação entre um marido e uma
mulher e os desequilíbrios da sua intimidade. In Waking Hours
recria, por seu lado, a magia do quarto escuro e da lanterna
mágica através de um olho verdadeiro, mostrando a origem
das imagens e do cinema.
La légende dorée
SILVESTRE CURTAS 3
Small People with Hats
Kacey Mottet Klein
The Living Need Light, the Dead Need Music segue os seus tons para
mostrar, pelos olhos do artístico The Propeller Group, a experiência musical das celebrações funerárias no Vietname.
Nick Jordan, Jacob Cartwright, Reino Unido, doc., 2014, 24’
KACEY MOTTET KLEIN, NAISSANCE D’UN
ACTEUR, UNE PETITE LEÇON DE CINÉMA/
KACEY MOTTET KLEIN, BIRTH OF AN
ACTOR, A SHORT LESSON IN CINEMA
LE RÊVE DE BAILU/BAILU DREAM
Ursula Meier, Suíça, doc., 2015, 14’
Ben Russell, EUA/Malta, doc., 2014, 24’
SILVESTRE CURTAS 6
SMALL PEOPLE WITH HATS
TON COEUR AU HASARD/YOUR
HEART AT RANDOM
Take What You Can Carry
Aude Léa Rapin, França, fic., 2015, 39’
8 Balles: a memória e os cheiros deixados no sobrevivente de
um crime familiar numa terra longe de casa. É na longa costa
do Pacífico que Headlands Lookout fabrica um ensaio sobre
a sua esfera ecológica e cultural, enquanto que Ursula Meier
olha para o crescimento e o trabalho do seu jovem actor de
Home (2008) e Irmã (2012) em Kacey Mottet Klein.... ton coeur au
hasard remete para outra “criança crescida”: um homem que,
na ausência da pessoa que ele ama, vive com o coração à solta.
SILVESTRE CURTAS 4
EXUVIE
Emmanuel Lantam, França, anim., 2014, 14’
Nicolas Boone, França/China, doc., 2015, 12’
ATLANTIS
Sarina Nihei, Reino Unido, anim., 2014, 7’
DA JE KUĆA DOBRA I VUK BI JE IMAO/
NO WOLF HAS A HOUSE
SALERS
Hana Jušić, Croácia, fic., 2015, 24’
LA LÉGENDE DORÉE/THE GOLDEN LEGEND
IN WAKING HOURS
Katrien Vanagt, Sarah Vanagt, Bélgica, doc., 2015, 18’
Para além de Hillbrow (em Competição Internacional) de
Nicolas Boone, Le rêve de Bailu é um olhar do mesmo autor
sobre a reconstrução de uma cidade chinesa de feições francesas (tal como um estúdio de cinema). Atlantis, de Ben Russell,
Fernando Dominguez, Argentina, anim., 2014, 9’
Olivier Smolders, Bélgica/França, fic./doc., 2015, 24’
CALAMITY QUI?/CALAMITY WHO?
Isabelle Prim, França/Canadá, fic., 2015, 4’
LE SOUFFLEUR DE L’AFFAIRE/
THE PROMPT OF THE AFFAIRE
Isabelle Prim, França, fic., 2014, 54’
Um trabalho sobre a película e a sua matéria servem revisitar, pela memória, a cidade de Salers, em França, durante
a ocupação nazi. “Toda a memória do mundo, é onde
desejo morrer”, diz o narrador de La légende dorée,
atormentado pelas galerias de figuras históricas que ocupam a sua mente - um encontro
entre passado e presente encarnado, por
outro lado, por um retrato da actriz
Christine Boisson, em Calamity qui?,
criado por Isabelle Prim. A mesma
realizadora oferece, em Le souffleur de l’affaire, um cruzamento
entre memórias de cinema,
de teatro, e um misterioso crime guiado
pelas figuras do
TAKE WHAT YOU CAN CARRY
Matthew Porterfield, EUA/
Alemanha, fic., 2015, 30’
O.T.
Markus Scherer, Áustria, exp., 2014, 4’
O COMPLETO ESTRANHO/
TWO IN THE SHADOW
Leonardo Mouramateus,
Brasil, fic., 2014, 25’
THE LIVING NEED LIGHT,
THE DEAD NEED MUSIC
The Propeller Group,
Vietname, doc., 2014, 21’
A vida dos insectos ocupa o espírito de uma
casa colonial e as memórias de um amor passado em Exuvie. Take What You Can Carry é o
mais recente filme do autor de I Used to Be
Darker (IndieLisboa 2013), com a participação de Hannah Gross (Christmas,
Again, em Competição Internacional)
e da realizadora Angela Schanelec. Em O.T., uma limpa paisagem
montanhosa vê-se cortada pelo
movimento humano. Um completo estranho, por sua vez,
perturba os encontros temporários e definitivos de duas
jovens mulheres numa festa
nocturna no Brasil.
10 · silvestre
The Living Need Light...
Der Unfertige
Haftanlage 4614
Die sechste Jahreszeit
FOCO SILVESTRE
Bad at Dancing
I Am a Spy
dramaturgo Edmond Rostand e da actriz Sarah Bernhardt
(Clotilde Hesme).
SILVESTRE CURTAS 7
I AM A SPY
Sarah Wood, Reino Unido, doc., 2015, 23’
PANCHROME I, II, III
T. Marie, EUA, exp., 2014, 15’
BAD AT DANCING
JAN SOLDAT
Nascido em 1984, Jan Soldat já marcou, seguramente, o
seu território no documentário alemão. No foco especial
de doze filmes que o IndieLisboa 2015 lhe dedica, cruzam-se figuras verdadeiras (e as personagens que assumem) no
campo da maior liberdade humana: a da encarnação dos
desejos e jogos sexuais mais íntimos (e proibidos) aos olhos
da sociedade. O olhar de Jan Soldat busca, por isso, não apenas um lugar que a restante sociedade lhe nega dentro da sua
normatividade, mas um cinema que se livre, definitivamente,
do tabu dos discursos e das imagens. Do mesmo modo, o
seu olhar documental encontra também uma atracção pela
reprodução de jogos autoritários (e da presença da sua linguagem e dos seus símbolos) na esfera do prazer físico, seja
no espaço pessoal de um quarto, de uma casa, como na
reprodução de um sistema prisional voluntário onde os protagonistas vivem encarcerados e submissos, entregues ao
poder de uma hierarquia política, familiar ou militar. Um
espelho, portanto, de papéis sociais que vêm da história
recente alemã, dos seus tabus, agora entregues a um novo
prazer libertário.
Joanna Arnow, EUA, fic., 2015, 11’
JAN SOLDAT 1
MY BBY 8L3W
Neozoon Alemanha/França, exp., 2014, 3’
REIN/RAUS/IN/OUT
NOTRE DAME DES HORMONES/
OUR LADY OF HORMONES
Jan Soldat, Alemanha, doc., 2010, 1’
Bertrand Mandico, França, fic., 2014, 30’
Por imagens e filmes de arquivo, Sarah Wood reflecte, em I Am
a Spy, sobre o lugar da observação e da identidade na sociedade
contemporânea de informação. T. Marie, em Panchrome I, II, III,
cria um trabalho de experimentação, a partir de três quadros de
píxeis, que chama pelo poder transcendente dos nossos olhares.
Em Bad at Dancing, uma personagem vive a mais na intimidade
dos outros (e na sua própria). MY BBY 8L3W desafia também
os níveis de intimidade - na apresentação de animais de estimação, na Internet, pelas suas donas. Apontamentos que são
levados para o nível do fantástico e do surrealismo no encontro
de duas actrizes, numa floresta encantada, com um estranho e
feíssimo objecto de prazer: Notre dame des hormones.
WIELANDSTRASSE 20, 3.OG LINKS
EIN WOCHENENDE IN DEUTSCHLAND/A
WEEKEND IN GERMANY
ENDLICH URLAUB/VACATION, FINALLY
DIE SECHSTE JAHRESZEIT/THE SIXTH SEASON
BEZIEHUNGSWEISE/RESPECTIVELY
O automatismo rápido de uma relação sexual, o prazer físico
entre um corpo jovem e um corpo velho, um domingo normal e sadomasoquista numa casa alemã ou num dia de férias,
sozinho, com um corpo a dar-se prazer a si próprio, e ainda
os dias passados numa cela BDSM ou a apresentação do quadro familiar do amor: os retratos de Jan Soldat servem como
uma introdução a relações que quebram os tabus e as barreiras da expressão do prazer que os nossos corpos sentem, tal
como a definição do amor verdadeiro e duradouro.
JAN SOLDAT 2
27 SEGUNDA, 21H30, CINEMA SÃO JORGE 3 • CÓD. 418
GELIEBT/BE LOVED
ZUCHT UND ORDNUNG/LAW AND ORDER
DER UNFERTIGE/THE INCOMPLETE
HOTEL STRAUSSBERG
Geliebt explora o domínio da zoofilia, enquanto que Law And
Order retrata o processo e as regras do prazer sado-masoquista entre dois corpos. The Incomplete conta a história de um
corpo que decidiu ser escravo— e assim ser livre na sua condição —, enquanto que Hotel Straussberg leva-nos para as celas
e os corredores de uma prisão de tons militares destinada ao
prazer de corpos entregues ao bondage.
JAN SOLDAT 3
HAFTANLAGE 4614/PRISON SYSTEM 4614
DER BESUCH/THE VISIT
Haftanlage 4616 entra pelos corredores de uma prisão de
tortura sexual e pelas suas celas para nos revelar um prazer máximo imposto pela autoridade: corpos livres dentro
de regras, em êxtase perante a submissão total. O filme mais
recente de Jan Soldat espelha, de forma definitiva, as entrelinhas que existem nas relações sexuais e de poder, ou como
se olha, por quartos escondidos, para as forças correntes da
sociedade alemã (e, por consequência, da história europeia).
Der Besuch é uma visita privilegiada pelo mesmo espaço através dos passos de uma avó que visita as celas onde trabalha o
seu neto (com protocolo de visita guiada). ■
silvestre · 11
indiejúnior
Esta secção fundamental do IndieLisboa é dedicada aos espectadores mais novos. Desde oseu início que o IndieJúnior visa
contribuir para a formação estético-cultural das crianças e
jovens através de uma experiência artística e lúdica diferenciada do seu habitual consumo de imagens em movimento,
seja na televisão ou no circuito de cinema comercial. Em 2015,
o IndieJúnior preparou um momento especial para além das
sessões de cinema e das oficinas para famílias e escolas que acontecem ao longo de todo o festival: a festa do bairro IndieJúnior,
uma festa para todas as idades no dia 26 de Abril. A festa
começa com uma sessão no Grande Auditório da Culturgest e
continua logo de seguida no jardim do Edifício-sede da Caixa
Geral de Depósitos com um conjunto diversificado de actividades desenvolvidas pelos parceiros do IndieJúnior.
Dois Amigos
PAUS E PEDRAS/STICKS AND STONES
Isaac King, Canadá, anim., 2014, 4’
AAA
A LATA/BANKA
Tatiana Kiseleva, Rússia, anim., 2013, 6’
DOIS AMIGOS/DEUX AMIS
Zebra
Natalia Chernysheva, França, anim., 2014, 4’
SONÂMBULO/SONÁMBULO
PRÉ-ESCOLAR/+3 ANOS
Theodore Ushev, Canadá, anim., 2015, 4’
ROCK’RINO/NASHORNTWIST
Verena Fels, Alemanha, anim., 2013, 3’
A LUA E O LOBO/LUNE ET LE LOUP
O Tempo Mágico
Andreas Hummel, Suíça, anim., 2014, 2’
1.º CICLO/+7 ANOS
Toma Leroux, Patrick Delage, França, anim., 2014, 6’
ZEBRA
A PRIMEIRA VEZ/THE FIRST TIME
Gabriela Sá, Portugal, anim., 2014, 1’
A GRAVATA/THE TIE
An Vrombaut, Bélgica, anim., 2014, 9’
GATINHO/MINOULE
Nicolas Bianco-Levrin, França, anim., 2014, 4’
CHUVINHA/KIŠNI
Ivana Guljašević, Croácia, anim., 2014, 6’
12 · indiejúnior
Julia Ocker, Alemanha, anim., 2013, 3’
Rita conta-nos como partiu o dedo pela primeira vez. A amizade
não tem idade nem altura — nem mesmo entre uma girafa grande
e pequenina, ou um cachorro e um bebé cheios de soluços. Todos
são iguais, até as zebras com riscas ao contrário. A mesma sorte
já não têm os gatos maus que andam atrás de canários. De onde é
que vem a chuva que os faz esconder? As coisas mais importantes do mundo são as mais pequenas, e até a tecnologia nos pode
ajudar a ver melhor o que vive à nossa volta. Ou então, as imagens surrealistas que vivem no céu e que dançam com a poesia do
escritor García Lorca. Até os rinocerontes gostam de dançar!
CAMPO À BEIRA MAR/COUNTRYSIDE BY THE SEA
André Ruivo, Portugal, anim., 2015, 8’
UM PREGUIÇA NO PAÍS DAS MARAVILHAS/
A SLOTH IN WONDERLAND
Wonjin Jang, França, anim., 2014, 5’
VAMOS COMPOSTAR/ILLUSTRATION: COMPOSTAGE
Élise Auffray, França, anim., 2014, 3’
O PELUDÃO/HAIRY MOO MOO
Hadi Tabasi, Rasoul Zarrin, Irão, anim., 2015, 5’
DE MÃO EM MÃO/NUL POISSON OÙ ALLER
Nicola Lemay, Janice Nadeau, Canadá, anim., 2014, 13’
UM HOMEM, OITO CÂMARAS/
ONE MAN, EIGHT CAMERAS
Naren Wilks, Reino Unido, Experimental, 2014, 3’
TONY E O SR. DOENÇAS/TONDA A BACIL
Kateřina Karhánková, República Checa, anim., 2014, 4’
TANTAS FLORESTAS/TANT DE FORÊTS
Burcu Sankur, Geoffrey Godet, França, anim., 2014, 3’
GUNTHER
Erick Oh, Coreia do Sul, anim., 2014, 7’
O TEMPO MÁGICO/DEN MAGISKE TIDEN
O Tronco de Natal
Kine Aune, Noruega, anim., 2013, 9’
Quando o sol chega, as praias são invadidas por pessoas estranhas chamadas “adultos”. Estranhas até para um
bicho-preguiça quando abre os olhos e atravessa a cidade.
E quando somos nós a olhar para a vida no campo, o que
será que acontece? Será que os animais conseguem ser amigos sem se comerem uns aos outros? Um poema de Jacques
Prévert conta-nos a história das florestas onde vivem. E os
homens: será que precisam de destruí-la e aos que vestem
outras cores? Também podemos descobrir muita coisa se nos
virmos num espelho a preto-e-branco.
2.º CICLO/+10ANOS
Mensagens no Ar
GIOVANNI E O BALLET AQUÁTICO/
GIOVANNI EN HET WATERBALLET
Astrid Bussink, Holanda, doc., 2014, 17’
GANDAHORROR/BIGHORROR
Maurice Huvelin, França, anim., 2014, 2’
DESENVOLVIMENTO PESSOAL/
PERSONAL DEVELOPMENT
Tom Sullivan, Irlanda, fic., 2014, 15’
MADEIRA/TIMBER
Nils Hedinger, Suíça, anim., 2014, 6’
EU E A MINHA BICICLETA/MOULTON OG MEG
Torill Kove, Noruega/Canadá, anim., 2014, 13’
Giovanni não gosta de jogar futebol. O que ele gosta é de
um desporto de raparigas: natação sincronizada. Mas descobre que nada disso é verdade quando fazemos aquilo de que
gostamos - mesmo se os nervos da competição lhe dão pesadelos à noite. De certeza que não serão tão maus como os de
Gandahorror. Em Desenvolvimento Pessoal, um pai separado aproxima-se da sua filha mais nova pela forma mais inesperada
- ajudando-a no seu crescimento. As coisas complicam-se
quando um conjunto de troncos tenta aquecer-se junto de
uma fogueira (Madeira). Eu e a Minha Bicicleta é o retrato de
uma família a viver com outra complicação: a vida modernista
dos seus pais arquitectos.
SONHO DE CAUBÓI/COWBOYDRØM
Lars Hegdal, Noruega, anim., 2014, 8’
O TRONCO DE NATAL/
PANIQUE AU VILLAGE: LA BÛCHE DE NOËL
A VIAGEM DO TATU/
POTOVANJE NA LADJI BEAGLE, PASAVEC
Jernej Lunder, Eslovénia, anim., 2014, 11’
FORÇA, DAAN/DAAN DURFT
Mari Sanders, Holanda, fic., 2014, 15’
Bill Benson gostaria de ter sido Lucky Luke, mas uma coisa
mais importante meteu-se no caminho (Sonho de Caubói). Os
índios e os cowboys também esperam pelas suas prendas de
Natal - e não as vão receber se não se portarem bem. Nem
mesmo se viajarem às escondidas até ao Pólo Norte (O Tronco
de Natal)! Foi quase até lá que Charles Darwin viajou para
conhecer todos os animais do mundo. Ele e um pequeno tatu
vão mostrá-los a todos numa viagem de barco e pela terra
(A Viagem do Tatu). Mas é também pela água que fazemos as
nossas maiores viagens: mesmo quando os nossos pais não
nos deixam fazer algumas coisas. Na verdade, só o fazem
para nos proteger e porque gostam de nós (Força, Daan).
Agnes
Stéphane Aubier, Vincent Patar,
Bélgica/França, anim., 2013, 26’
TODAS AS IDADES
O PASSARINHO E O ESQUILO/
DER KLEINE VOGEL UND DAS EICHHÖRNCHEN
Lena von Döhren, Suíça, anim., 2014, 5’
PÉS NA TERRA/DOWN TO EARTH
Anna Vasof, Áustria, anim., 2014, 7’
BLOQUEADOS E EMPILHADOS/
BLOQUEJATS APILATS
Anna Solanas, Marc Riba, Espanha, anim., 2014, 6’
A HISTÓRIA DO URSO/HISTORIA DE UN OSO
Gabriel Osorio, Chile, anim., 2014, 10’
O BANJO DE LATA/COOKIE-TIN BANJO
Peter Baynton, Reino Unido/EUA, anim., 2014, 3’
AGNES
Anja Lind, Suécia, fic., 2014, 15’
Madeira
MENSAGENS NO AR/
MESSAGES DANS L’AIR
3.ºCICLO/+13 ANOS
Isabelle Favez, Suíça/França, anim., 2014, 6’
Um esquilo e um pássaro descobrem uma amizade quando
se tentam proteger de uma raposa. O que é que podemos
fazer quando já ninguém nos deixa viver no planeta Terra?
Um pai urso, que vive sozinho, conta a sua história através
de uma lanterna mágica: aquela que deu origem ao cinema.
Um outro pai passou o seu interesse pela música ao seu
único filho - que cresceu para vir a ser um músico em
nome próprio. Agnes vê o seu irmão mais velho começar
a gostar de outras raparigas. Às vezes falamos melhor uns
com os outros por palavras e cartas que voam entre nós. ■
FESTA DO BAIRRO INDIEJÚNIOR
26 ABRIL · JARDIM DO EDIFÍCIO SEDE DA
CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS · ENTRADA LIVRE
ACTIVIDADES DO BAIRRO · 16H
Biblioteca do Bairro em
parceria com as
Bibliotecas
Municipais de Lisboa
O Corvo Indie é uma proposta que desafia os mais
pequenos a ilustrar e recriar
os corvos do festival de
forma colorida e divertida.
Enquanto uns desenham,
outros ouvem e lêem histórias de encantar.
Cinema do Bairro em
parceria com o serviço
educativo da culturgest
A sala de cinema mais
pequena do festival está
no bairro. Se a encontrarem (está bem escondida)
poderão ver filmes super
divertidos! Haverá também
uma oficina de stop motion
onde massas e riscos vão dar
magia e inspiração a uma tela
em branco.
Arte do Bairro em parceria
com o
Serviço Educativo do
Museu Berardo
Imagina e constrói: Um
espaço dedicado à arte onde
ATELIÊS INDIEJÚNIOR
PAVILHÃO DO
CONHECIMENTO
Tel. 218 917 104
www.pavconhecimento.pt
ANIMA-TE (FAMÍLIAS)
2 E 3 MAIO, 11H30 E 15H30
DOS 6 AOS 12 ANOS · 80’·
GRATUITO (INSCRIÇÃO
OBRIGATÓRIA)
Através da exploração de
diferentes técnicas e materiais, vamos revelar o mundo
da fotografia e do cinema
para descobrir a ciência por
trás das cenas. Esta é uma
actividade sem filtros, onde
criamos movimento e jogamos com perspectivas, tudo à
luz da criatividade de cada um.
SERVIÇO EDUCATIVO
DA CULTURGEST
Tel. 21 761 90 78
[email protected]
MASSA COM RISCOS
(FAMÍLIAS)
25 ABRIL, 1 E 2 MAIO, 14H30 · 90’·
CULTURGEST, SALA Q&A • 1,5€
Massas e riscos dão magia
e inspiração a uma tela em
se desafiam todos os convidados a criar o seu museu.
Com sólidos, cores e matéria orgânica, cada um poderá
construir o seu museu ideal.
Ciência do Bairro em
parceria com o
Pavilhão do
Conhecimento
As bicicletas científicas
vão circular pelo Bairro.
Podem aparecer a qualquer
momento, em qualquer sítio
e desafiá-lo a participar em
diferentes experiências tão
fresquinhas como um gelado
de Verão.
O CONCERTO
NO BAIRRO · 17H15
com a banda TRiSoNTe
Ricardo Barriga (guitarra),
Gonçalo Prazeres (saxofone)
Luís Candeias (bateria).
Para este trio a improvisação
e a interacção são as únicas regras. E para os nossos
IndieJúniores, de certeza que
estas não serão regras difíceis de respeitar!
branco… Cheios de vontade
de ver crescer um filme de
animação. Nesta oficina
vamos modelar formas
em família, vamos recriar
e desenhar um pequeno
momento no grande ecrã.
GEOMETRIAS
SOLTAS (ESCOLAS)
PRÉ-ESCOLAR
24 E 27 ABRIL, 9H30 E 11H20
28 ABRIL, 15H20 · 50’·
1.ºCICLO
29 ABRIL, 9H20 E 11H30
30 ABRIL, 15H30 · 50’·
CULTURGEST, SALA Q&A • 1,5€
BIBLIOTECAS
MUNICIPAIS DE LISBOA
O CORVO INDIE (FAMÍLIAS)
3 DE MAIO, 15H00 •
CINEMA SÃO JORGE
ENTRADA LIVRE
O Corvo Indie é uma proposta que desafia os mais
pequenos a ilustrar e recriar
os corvos do festival de
forma colorida e divertida.
Enquanto uns desenham,
outros ouvem e lêem histórias de encantar. ■
indiejúnior · 13
23 QUINTA THURSDAY
24
OM DE WERELD IN 50 CONCERTEN/
AROUND THE WORLD IN 50 CONCERTS
Heddy Honigmann, 94’ ■ pág. 25 • cód. 300
19h00
CINEMATECA
PORTUGUESA
Museu do Cinema
LOVE IS ALL: 100 YEARS
OF LOVE & COURTSHIP
Kim Longinotto, 70’
you i tourneur
Marylène Negro, 14’
pág. 21 • cód. 446
MAR
Dominga Sotomayor, 60’
pág. 8 • cód. 452
FILS DE/
WHAT’S YOUR JOB DADDY?
HPG , 70’
pág. 22 • cód. 316
GUANGYIN DE GUSHI – TAIWAN XIN DIANYING/
FLOWERS OF TAIPEI – TAIWAN NEW CINEMA
Chinlin Hsieh, 110’
pág. 20 • cód. 322
CCB, ESPAÇO CINEMA
SALA AURÉLIO PAIS DOS REIS
pág. 12
11h20
47’
09h30
OUTROS
ESPAÇOS
14h30
PRÉ-ESCOLAR
18h00
SILVESTRE
CURTAS 2
92’
pág. 9 • cód. 510
FORT B
INDIEJÚNIOR ESCOLAS
OUTROS
ESPAÇOS
55’
pág. 12 • cód. 378
18h00
22h00
Joel Potrykus, 97’
pág. 7 • cód. 236
21h30
18h00
BUZZARD
CINEMA IDEAL
00h00
21h30
Sala 3
80’
pág. 9 • cód. 504
1.º CICLO
SESSÃO SECUNDÁRIO
CINEMA SÃO
JORGE 3
SILVESTRE CURTAS 1
CINEMA
SÃO JORGE
Gregg Ara
pág. 23 • c
14h30
45’
14h30
João Leitão, 100’
pág. 24 • cód. 100
21h30
18h30
Sala Manoel
de Oliveira
CAPITÃO FALCÃO/
THE PORTUGUESE FALCON
10h30
CULTURGEST
GA
CONCERTO ALIS UBBO ENSEMBLE
CERIMÓNIA DE ABERTURA
CINEMA
SÃO JORGE
Jorge León, 82’
pág. 7 • cód. 220
ATELIÊ INDIEJÚNIOR
PRÉ-ESCOLAR
GEOMETRIAS
SOLTAS
Benjamin C
pág. 7 • có
CULTURGEST SALA Q&A
14h30
Pequeno Auditório
47’
pág. 12 • cód. 400
WHITE
A BLIZZ
CULTURGEST
PA
21h45
BEFORE WE GO
CULTURGEST
PRÉ-ESCOLAR
CINEMA SÃO
JORGE SMO
Grande Auditório
CINEMA
IDEAL
CULTURGEST
Noah Baumbach, 97’
pág. 25 • cód. 592
CINEMATECA
PORTUGUESA
21h30
WHILE WE’RE YOUNG
PRÉ-ESCOLAR
47’
CCB, ESPAÇO CINEMA
SALA AURÉLIO PAIS DOS REIS
pág. 12
26 DOMINGO SUNDAY
LISTEN UP PHILIP
ICH SEH ICH SEH/
GOODNIGHT MOMMY
Veronika Franz, Severin Fiala, 99’
pág. 23 • cód. 348
10h30
CULTURGEST
GA
16h30
14h30
55’
pág. 13 • cód. 392
2.º CICLO
60’
pág. 13 • cód. 386
SILVEST
Entrada Livre
LEE SCRATCH PERRY’S VISION
OF PARADISE AFTER-PARTY
DJ SET MYSTIC FYAH
PRIMEIRO ANDAR
15h30
Joe May, 90’
pág. 21 • cód. 216
ATELIÊ INDIEJÚNIOR PRÉ-ESCOLAR
11h20
INDIEBYNIGHT
JARDIM DO EDIFÍCIO SEDE DA
CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS
87’
pág. 11 • có
ASPHALT
LISBONTAL
GEOMETRIAS SOLTAS
18h00
FESTA DO BAIRRO
INDIEJÚNIOR
23h00
16h00
3.º CICLO
CINEMATECA
PORTUGUESA
Alex Ross Perry, 108’
pág. 2 • cód. 442
NESTE DIA NÃO SE REALIZAM SESSÕES DO INDIELISBOA NA CINEMATECA PORTUGUESA – MUSEU DO CINEMA
OUTROS
ESPAÇOS
55’
pág. 12 • cód. 380
93’
pág. 3 • cód. 254
18h00
Jan Soldat, 74’
pág. 11 • cód. 417
CINEMATECA
PORTUGUESA
Museu do Cinema
1.º CICLO
COMPETIÇÃO
INTERNACIONAL
CURTAS 3
14h30
JAN SOLDAT 1
91’
pág. 10 • cód. 524
10h30
21h45
CULTURGEST
PA
Elizabeth Marcus, 97’
pág. 19 • cód. 472
22h00
51’
pág. 12 • cód. 374
NO MANIFESTO: A
FILM ABOUT MANIC
STREET PREACHERS
CINEMA SÃO
JORGE SMO
21h30
Mia Hansen-Løve, 110’
pág. 16 • cód. 432
91’
pág. 3 • cód. 256
FOCO SILVESTRE
SILVESTRE CURTAS 6
+7 ANOS
18h00
11h00
LE PÉRE DE MES
ENFANTS/THE FATHER
OF MY CHILDREN
47’
pág. 12 • cód. 402
CINEMA SÃO
JORGE 3
Virgil Vernier, 108’
pág. 8• cód. 460
PRÉ-ESCOLAR
CINEMA
IDEAL
MERCURIALES
Rabah Ameur-Zaïmeche,
99’
pág. 8 • cód. 358
INDIEJÚNIOR FAMÍLIAS
CINEMA IDEAL
Joaquim Pinto, Nuno Leonel, 103’
pág. 21 • cód. 498
09h30
HISTOIRE
DE JUDAS
94’
pág. 3 • cód. 246
RABO DE PEIXE –
DIRECTOR’S CUT/FISH
TAIL – DIRECTOR’S CUT
COMPETIÇÃO
INTERNACIONAL
CURTAS 4
OUTROS
ESPAÇOS
Volker Schaner, 100’
pág. 18 • cód. 434
Phillip Warnell, 71’
pág. 2 • cód. 466
21h45
18h00
LEE SCRATCH
PERRY’S VISION
OF PARADISE
COMPETIÇÃO
INTERNACIONAL
CURTAS 1
MING OF HARLEM: TWENTY ONE
STOREYS IN THE AIR
00h00
15h00
Sala 3
Bingham Bryant,
Kyle Molzan, 94’
pág. 7 • cód. 332
21h30
16h00
Sala Manoel
de Oliveira
CINEMA
SÃO JORGE
FOR THE PLASMA
Armel Hostiou, 86’
pág. 9 • cód. 578
CINEMA
SÃO JORGE
après mûre réflexion
pág. 16 • cód. 566
19h15
UNE HISTOIRE
AMÉRICAINE/
STUBBORN
19h00
Pequeno Auditório
18h00
CULTURGEST
51’
pág. 13 • cód. 410
17h00
15h00
Grande Auditório
TODAS AS IDADES
16h45
15h00
CULTURGEST
27 SE
TOUT EST PARDONNÉ
CULTURGEST SALA Q&A
Entrada Livre
FINANC
AO CIN
CINEMA SÃ
Entrada Li
29 QUARTA WEDNESDAY
GEOMETRIAS
SOLTAS
CULTURGEST SALA Q&A
MOMENTS OF THE REAL
VS REASONS OF THE
SCRIPT: EDITING ISSUES
CINEMA SÃO JORGE 2 • Entrada Livre
21h00
18h00
11h30
09h20
ATELIÊ INDIEJÚNIOR 1.º CICLO
cód.
Peter Strickland, 104’
pág. 22 • cód. 550
Vincent Dieutre, 80’
shadowland
John Skoog, 14’ ■ pág. 21 • cód. 584
AULA MAGNA
pág. 25 • cód. 295
14h30
CULTURGEST
GA
14h30
16h30
UN AMOUR DE
JEUNESSE
pág. 16 • cód. 574
90’
pág. 10 • cód. 514
10h30
SILVEST
INDIEBYNIGHT
Göran Hugo Olsson, 78’
SILVESTRE CURTAS 3
SESSÃO SECUNDÁRIO
THE DUKE OF BURGUNDY
VIAGGIO NELLA DOPO-STORIA/
JOURNEY INTO POST HISTORY
CONCERNING
VIOLENCE
55’
pág. 13 • cód. 398
18h00
Phillip Warnell, 71’
pág. 2 • cód. 468
3.º CICLO
15h30
Charlie Lyne, 89’
pág. 20 • cód. 226
21h30
John Hughes, 93’
pág. 21 • cód. 536
MING OF HARLEM:
TWENTY ONE
STOREYS IN THE AIR
FESTA INDIEBYNIGHT
PRIMEIRO ANDAR
Entrada Livre
O ESTRANHO CASO DE
ANGÉLICA/THE STRANGE
CASE OF ANGELICA
Manoel de Oliveira, 97’
pág. 21 • cód. 478
GEOMETRIAS
SOLTAS
CULTURGEST SALA Q&A
19h00
CINEMATECA
PORTUGUESA
Museu do Cinema
OUTROS
ESPAÇOS
11h30
15h30
PAVILHÃO DO CONHECIMENTO
17h00
ANIMA-TE
Entrada Livre
14h30
MASSA COM RISCOS
CULTURGEST SALA Q&A • Entrada Livre
LA TETA ASUSTADA/
THE MILK OF SORROW
Claudia Llosa, 95’
pág. 26 • cód. 426
CINEMA SÃO JORGE 2 • Entrada Livre • cód. 340
18h30
CULTURGEST
GA
André Novais Oliveira, 107’
pág. 1 • cód. 312
BOCA DO INFERNO
CURTAS
85’
pág. 23 • cód. 234
LOURDES
Jessica Hausner, 96’
pág. 25 • cód. 444
FESTA SURPRESA
CONCERTO: TOCHAPESTANA
DJ SET: LA FLAMA BLANCA
Local Surpresa
17h00
15h00
Alain Cavalier, 70’
pág. 8 • cód. 430
16h30
LE PARADIS
INDIEJÚNIOR
FAMÍLIAS
TODAS AS
IDADES
51’
pág. 13 • cód. 414
HEAD C
18h00
16h00
Philippe Costantini, 128’
pág. 25 • cód. 204
67’
pág. 26 • c
AFERIM
INDIEBYNIGHT
CONVERSA COM WHIT STILLMAN
CULTURGEST
PA
ELA VOLTA NA
QUINTA/SHE COMES
BACK ON THURSDAY
HISTOIRE DE JUDAS/
STORY OF JUDAS
Rabah Ameur-Zaïmeche, 99’
pág. 8 • cód. 360
Nikolaus Geyrhalter, 180’
pág. 26 • cód. 488
TODAS AS IDADES
18h00
22h00
90’
pág. 6 • cód. 294
có
ÜBER DIE JAHRE/O
António Borges Correia, 65’
pág. 5 • cód. 484
CINEMA SÃO
JORGE SMO
21h30
Charles Poekel, 80’
pág. 1 • cód. 242
21h30
18h00
CHRISTMAS, AGAIN
CINEMA IDEAL
COMPETIÇÃO
NACIONAL CURTAS 4
OS OLHOS DE
ANDRÉ/THE EYES
OF ANDRÉ
C
E
A CASA DAS MÃES
15h00
Shaun Pettigrew, 150’
pág. 18 • cód. 546
si jamais nous devons disparaître(...)
Jean-Gabriel Périot, 16’
pág. 19 • cód. 471
11h00
THE DEATH AND
RESURRECTION SHOW
Tochapestana, 50’
CINEMA SÃO
JORGE 3
19h00
85’
pág. 10 • cód. 522
MÚSICA MODERNA – UM DISCO
FILME DE TOCHAPESTANA
CINEMA
IDEAL
Jean-Charles Hue, 94’
pág. 8 • cód. 450
SILVESTRE CURTAS 5
Whit Stillman, 101’
pág. 17 • cód. 218
CINEMATECA
PORTUGUESA
Sala 3
MANGE TES
MORTS/EAT
YOUR BONES
18h30
16h00
14h30
CINEMA
SÃO JORGE
BARCELONA
84’
pág. 6 • cód. 476
16h15
Sala Manoel
de Oliveira
91’
pág. 4 • cód. 278
Jorge León, 82’
pág. 7 • cód. 222
OUTROS
ESPAÇOS
NOVÍSSIMOS 2
CINEMA
SÃO JORGE
BEFORE WE GO
23h45
88’
pág. 4 • cód. 274
COMPETIÇÃO
INTERNACIONAL
CURTAS 9
00h00
COMPETIÇÃO
INTERNACIONAL
CURTAS 8
23h00
Margarida Leitão, 61’
pág. 5 • cód. 344
pág. 9 • cód. 496
21h45
GIPSOFILA/
GYPSOPHILA
Aleksei German, 170’
pág. 8 • cód. 356
21h30
Pequeno Auditório
60’
pág. 13 • cód. 366
3 DO
QUEEN OF EARTH
21h30
CULTURGEST
+10 ANOS
TRUDNO BYT’ BOGOM/
HARD TO BE A GOD
19h15
15h00
Grande Auditório
17h30
CULTURGEST
17h00
16h00
2 SÁBADO SATURDAY
INDIEJÚNIOR
FAMÍLIAS
91’
pág. 10 • c
ATELIÊ INDIEJÚNIOR 1.º CICLO
15h30
BEYOND CLUELESS
19h00
15h30
Museu do Cinema
22h00
18h00
SIXTEEN CANDLES
CINEMATECA
PORTUGUESA
OUTROS
ESPAÇOS
Tommy Weber, 80’
pág. 2 • cód. 494
47’
pág. 12 • cód. 408
16h30
77’
pág. 6 • cód. 282
CINEMA IDEAL
CULTURGEST
PA
COMPETIÇÃO
NACIONAL CURTAS 1
Johannes Holzhausen, 94’
pág. 8 • cód. 553
A TOCA DO LOBO/
THE WOLF’S LAIR
Catarina Mourão, 102’
pág. 5 • cód. 208
PRÉ-ESCOLAR
14h30
83’
pág. 26 • cód. 540
DAS GROSSE
MUSEUM/THE
GREAT MUSEUM
10h30
TAMPERE
CINEMA SÃO
JORGE SMO
21h30
STATE OF THE ART
80’
pág. 9 • cód. 506
Eva Michon, 72’
pág. 18 • cód. 438
CINEMA SÃO
JORGE 3
55’
pág. 13 • cód. 396
LIFE AFTER DEATH
FROM ABOVE 1979
51’
pág. 12 • cód. 384
CINEMA
IDEAL
16h30
14h30
Sala 3
3.º CICLO
79’
pág. 6 • cód. 288
1.º CICLO
CINEMATECA
PORTUGUESA
SILVESTRE CURTAS 1
CINEMA
SÃO JORGE
COMPETIÇÃO
NACIONAL CURTAS 3
OUTROS
ESPAÇOS
55’
pág. 13 • cód. 394
84’
pág. 4 • cód. 268
00h00
3.º CICLO
19h00
Sala Manoel
de Oliveira
18h45
10h30
CINEMA
SÃO JORGE
87’
pág. 3 • cód. 262
COMPETIÇÃO
INTERNACIONAL
CURTAS 7
23h00
Juan Rodrigáñez, 76’
pág. 8 • cód. 306
COMPETIÇÃO
INTERNACIONAL
CURTAS 5
Márcio Laranjeira, 85’
pág. 5 • cód. 570
21h45
Pequeno Auditório
DER GELDKOMPLEX
(EL COMPLEJO
DE DINERO)
21h30
CULTURGEST
Kaan Mujdeci, 97’
pág. 2 • cód. 532
UMA RAPARIGA DA SUA IDADE/
A GIRL OF HER AGE
21h45
51’
pág. 12 • cód. 382
17h00
Grande Auditório
19h00
CULTURGEST
30 QU
SIVAS
1.º CICLO
19h00
10h30
51’
pág. 13 • cód. 412
Radu Jude
pág. 1 • có
NESTE DIA NÃO SE REALIZAM SESSÕES DO INDIELISBOA NA CINEMATECA PORTUGUESA – MUSEU DO C
11h30
15h30
PAVILHÃO DO CONHECIMENTO
ANIMA-TE
Entrada Livre
15h00
O CORVO INDIE
CINEMA SÃO JORGE • Entrada Livre
25 SÁBADO SATURDAY
Joel Potrykus, 97’
pág. 7 • cód. 238
Peter Strickland, 104’
pág. 22 • cód. 548
Cem Kaya, 96’
el adios largos
Andrew Lampert, 13’
pág. 21 • cód. 500
Entrada Livre
DJ SET MARIE LOSIER
PRIMEIRO ANDAR
Entrada Livre
21h15
21h30
INDIEBYNIGHT •
HOMENAGEM A MIA HANSEN-LØVE
EDEN AFTER-PARTY
DJ SET FÉLIX DE GIVRY / XINOBI
GARAGEM CULTURGEST
Convite ou bilhete para a sessão
21h45
COMPETIÇÃO
NACIONAL CURTAS 2
83’
pág. 6 • cód. 284
85’
pág. 10 • cód. 520
A TOCA DO LOBO/
THE WOLF’S LAIR
21h45
TAKVA SU PRAVILA/
THESE ARE THE RULES
Ognjen Sviličić, 78’
pág. 9 • cód. 560
SILVESTRE CURTAS 5
84’
pág. 4 • cód. 264
ELA VOLTA NA QUINTA/
SHE COMES BACK ON THURSDAY
André Novais Oliveira, 107’
pág. 1 • cód. 310
Olivier Assayas , 112’
pág. 16 • cód. 320
FOCO SILVESTRE
22h00
FASSBINDER – LIEBEN
OHNE ZU FORDERN
Christian Braad Thomsen, 109’
the vanity tables of
douglas sirk
M. Rappaport, 11’ • pág. 20 • cód. 314
21h30
Rainer Werner Fassbinder, 124’
pág. 21 • cód. 544
COMPETIÇÃO
INTERNACIONAL
CURTAS 6
FIN AOÛT, DÉBUT SEPTEMBRE/
LATE AUGUST, EARLY SEPTEMBER
Alonso Ruiz Palacios, 106’
pág. 2 • cód. 354
DIE BITTEREN TRÄNEN DER
PETRA VON KANT/THE BITTER
TEARS OF PETRA VON KANT
JAN SOLDAT 3
Jan Soldat, 65’
pág. 11 • cód. 419
HOMESICK
Jakob M. Erwa, 98’
pág. 22 • cód. 362
CERNÝ PETR/
BLACK PETER
Milos Forman, 85’
pág. 25 • cód. 228
PRÉ-ESCOLAR
INDIEBYNIGHT
GEOMETRIAS
SOLTAS
CULTURGEST SALA Q&A
FESTA DA EQUIPA
PRIMEIRO ANDAR
Entrada Livre
Louise Traon, 58’
pág. 20 • cód. 436
Emir Kusturica, 136’
pág. 26 • cód. 591
PRIMEIRO ANDAR • Entrada Livre
INDIEBYNIGHT
00h00
FESTA INDIEMUSIC
21h30
94’
pág. 10 • cód. 518
18h30
21h45
COMPETIÇÃO
NACIONAL CURTAS 3
79’
pág. 6 • cód. 290
MELBOURNE
+3 ANOS
47’
pág. 12 • cód. 372
Nima Javidi, 93’
pág. 2 • cód. 458
23h45
SILVESTRE CURTAS 4
pág. 17 • cód. 464
SIVAS
LA SAPIENZA
Eugène Green, 100’
pág. 9 • cód. 424
00h00
18h45
83’
pág. 26 • cód. 542
21h45
19h30
17h00
16h30
J. Hoppe, H. Lange, K. Maeck,
92’ ■ pág. 18 • cód. 230
VIENNA INDEPENDENT
SHORTS
91’
pág. 4 • cód. 276
METROPOLITAN
Mark Shuman, 91’
pág. 19 • cód. 470
21h30
18h00
16h00
16h00
14h30
MORPHINE – JOURNEY
OF DREAMS
STATE OF THE ART
Kaan Mujdeci, 97’
pág. 2 • cód. 534
ICH SEH ICH SEH/
GOODNIGHT MOMMY
Veronika Franz, Severin Fiala, 99’
pág. 23 • cód. 350
INDIEBYNIGHT
FESTA INDIEBYNIGHT
B-MOVIE: LUST
& SOUND IN
WEST-BERLIN
Juan Rodriganez, 76’
pág. 8 • cód. 308
COMPETIÇÃO
INTERNACIONAL
CURTAS 9
22h00
Jonas Alexander Arnby, 84’
pág. 23 • cód. 590
OTAC NA SLUZBENOM
PUTU/WHEN FATHER
WAS AWAY ON BUSINESS
23h00
14h30
CULTURGEST
PA
pág. 2 • cód. 582
NÅR DYRENE DRØMMER/
WHEN ANIMALS DREAM
72’
pág. 6 • cód. 474
DER GELDKOMPLEX
(EL COMPLEJO
DE DINERO)
OS OLHOS DE ANDRÉ/
THE EYES OF ANDRÉ
António Borges Correia, 65’
pág. 5 • cód. 482
INDIEBYNIGHT • HOMENAGEM A WHIT STILLMAN
MASSA COM RISCOS
CULTURGEST SALA Q&A
METROPOLIS CLUB
THE STATE OF THE
ART: TAMPERE, VIENNA
AND INDIELISBOA
23h00
21h30
LES GANTS BLANCS/
THE WHITE GLOVES
UNE JEUNESSE
ALLEMANDE/A
GERMAN YOUTH
Virgil Vernier, 108’
pág. 8 • cód. 462
84’
pág. 4 • cód. 270
18h00
22h00
91’
pág. 10 • cód. 526
Márcio Laranjeira, 85’
pág. 5 • cód. 572
Radu Jude, 108’
pág. 1 • cód. 210
COMPETIÇÃO
INTERNACIONAL
CURTAS 7
18h00
SILVESTRE CURTAS 6
MERCURIALES
14h30
83’
pág. 6 • cód. 286
51’
pág. 12 • cód. 376
NOVÍSSIMOS 1
11h00
COMPETIÇÃO
NACIONAL CURTAS 2
CINEMATECA
PORTUGUESA
21h30
92’
pág. 9 • cód. 508
23h45
SILVESTRE CURTAS 2
pág. 17 • cód. 554
+7 ANOS
UMA RAPARIGA DA
SUA IDADE/A GIRL
OF HER AGE
CINEMA SÃO
JORGE SMO
THE LAST DAYS OF DISCO
90’
pág. 6 • cód. 292
00h00
COMPETIÇÃO
NACIONAL CURTAS 4
88’
pág. 4 • cód. 272
CINEMA SÃO
JORGE 3
84’
pág. 4 • cód. 266
COMPETIÇÃO
INTERNACIONAL
CURTAS 8
CINEMA
IDEAL
21h45
COMPETIÇÃO
INTERNACIONAL
CURTAS 6
Nima Javidi, 93’
pág. 2 • cód. 456
OUTROS
ESPAÇOS
21h30
Charles Poekel, 80’
pág. 1 • cód. 240
AFERIM!
CULTURGEST
GA
MELBOURNE
21h30
CINEMA SÃO JORGE 2 • Entrada Livre
EVERYBODY DANCE
DJ SET RODRIGO NOGUEIRA
PRIMEIRO ANDAR
Entrada Livre
AHRE/OVER THE YEARS
21h45
er, 180’
8
DAMSELS IN DISTRESS
TAKVA SU PRAVILA/
THESE ARE THE RULES
21h45
Sessões regulares · Regular screenings.................................................................... 4€
Sessões Cinemateca Portuguesa · Cinemateca Portuguesa Screenings..... 3,20€
Sessão Especial Concerto+Filme · Special screening film+concert....6€ (preço ùnico)
Sessões IndieJúnior Escolas (para público geral)............................................1€
Cadernetas voucher 20 bilhetes · 20 voucher booklet.................................... 55€
Cadernetas voucher 10 bilhetes · 10 voucher booklet...................................... 30€
Cadernetas voucher 5 bilhetes · 5 voucher booklet........................................... 16€
ŽIVAN PRAVI PANK
FESTIVAL/ZIVAN MAKES
A PUNK FESTIVAL
87’
pág. 11 • cód. 530
00h00
Ognjen Glavonić, 64’
pág. 19 • cód. 596
SILVESTRE
CURTAS 7
5
TERÇA
TUESDAY
BILHETES E DESCONTOS TICKETS AND DISCOUNTS
Norbert Heitker, 95’
pág. 19 • cód. 586
22h00
21h30
HEAD CURTAS
FILME
PREMIADO
FILME
PREMIADO
FILME
PREMIADO
6
QUARTA
WEDNESDAY
FILME
PREMIADO
FILME
PREMIADO
INFORMAÇÕES ÚTEIS USEFUL INFORMATION
Ognjen Sviličić, 78’
pág. 9 • cód. 562
WACKEN 3D
pág. 17 • cód. 302
FILME
PREMIADO
22h00
Ruben Östlund, 118’
pág. 25 • cód. 334
4
SEGUNDA
MONDAY
18h00
FORCE MAJEURE/TURIST
22h00
cód. 102
CINEMA
IDEAL
21h30
FILME DE ENCERRAMENTO
18h00
CERIMÓNIA DE
ENCERRAMENTO
22h00
SESSÕES DE FILMES PREMIADOS AWARDED FILMS SCREENINGS
3 DOMINGO SUNDAY
18h00
19h00
19h00
19h00
Jonas Alexander Arnby, 84’
pág. 23 • cód. 588
1 SEXTA FRIDAY
CHRISTMAS, AGAIN
18h45
23h45
18h45
Anja Salomonowitz, 72’
pág. 26 • cód. 416
30 QUINTA THURSDAY
19h00
WHEN ANIMALS DREAM
Catarina Mourão, 102’
pág. 5 • cód. 206
23h00
MARIE LOSIER
15h20
Entrada Livre • cód.
19h00
Alain Cavalier, 70’
pág. 8 • cód. 428
00h00
60’
pág. 13 • cód. 388
pág. 2 • cód. 580
21h30
2.º CICLO
UNE JEUNESSE
ALLEMANDE/A
GERMAN YOUTH
GÜEROS
OUTROS
ESPAÇOS
23h00
CINEMA SÃO JORGE 2
19h00
19h00
Charlie Lyne, 89’
pág. 20 • cód. 224
KURZ DAVOR IST
ES PASSIERT/
IT HAPPENED
JUST BEFORE
17h00
BEYOND
CLUELESS
18h45
SESSÃO SECUNDÁRIO
INDIEBYNIGHT
FINANCIAMENTOS
AO CINEMA
18h30
21h45
18h00
47’
pág. 12 • cód. 404
CINEMATECA
PORTUGUESA
Roman Polanski, 105’
pág. 26 • cód. 502
19h00
16h30
10h30
PRÉ-ESCOLAR
19h00
85’
pág. 23 • cód. 232
91’
pág. 3 • cód. 258
18h00
BOCA DO INFERNO
CURTAS
COMPETIÇÃO
INTERNACIONAL
CURTAS 4
14h30
CINEMA SÃO
JORGE 3
Ivan Ostrochovský, 75’
pág. 2 • cód. 421
USEU DO CINEMA
19h00
16h30
47’
pág. 12 • cód. 406
15h30
22h00
00h00
21h30
Rüdiger Suchsland, 118’
pág. 21 • cód. 340
KOZA/GOAT
REPULSION
21h30
VON CALIGARI ZU HITLER:
DAS DEUTSCHE KINO IM
ZEITALTER DER MASSEN
14h30
CULTURGEST
GA
Ulrich Seidl, 85’
pág. 23 • cód. 364
Jan Soldat, 99’
pág. 11 • cód. 418
87’
pág. 11 • cód. 528
PRÉ-ESCOLAR
CULTURGEST
PA
IM KELLER/
IN THE BASEMENT
JAN SOLDAT 2
SILVESTRE CURTAS 7
19h00
87’
pág. 3 • cód. 260
FOCO SILVESTRE
Fleur Albert, 80’
pág. 26 • cód. 538
Radu Jude, 108’
pág. 1 • cód. 212
21h30
18h00
16h00
16h00
CULTURGEST SALA Q&A
10h30
77’
pág. 6 • cód. 280
COMPETIÇÃO
INTERNACIONAL
CURTAS 5
CINEMA SÃO
JORGE SMO
COMPETIÇÃO
NACIONAL CURTAS 1
AFERIM!
Benjamin Crotty, 65’
pág. 7 • cód. 338
MASSA COM RISCOS
CINEMA
IDEAL
21h30
90’
pág. 3 • cód. 250
STALINGRAD LOVERS
18h45
Margarida Leitão, 61’
pág. 5 • cód. 342
21h45
COMPETIÇÃO
INTERNACIONAL
CURTAS 2
GIPSOFILA/
GYPSOPHILA
21h45
19h00
19h00
19h00
Tommy Weber, 80’
pág. 2 • cód. 492
67’
pág. 26 • cód. 357
FORT BUCHANAN
LE PARADIS
28 TERÇA TUESDAY
S3
Edward Lovelace, James Hall, 83’
pág. 19 • cód. 556
Dominga Sotomayor, 60’
pág. 8 • cód. 454
27 SEGUNDA MONDAY
/
THE POSSIBILITIES
ARE ENDLESS
14h30
PRIMEIRO ANDAR
OUTROS
ESPAÇOS
23h00
CONCERTO RED TRIO
Eugène Green, 100’
pág. 9 • cód. 422
Stuart Murdoch, 112’
pág. 18 • cód. 346
INDIEBYNIGHT
AQUI, EM LISBOA AFTER-PARTY
LA SAPIENZA
MAR
CINEMATECA
PORTUGUESA
REMAKE, REMIX, RIP-OFF
Constantin Wulff, 52’
pág. 21 • cód. 568
14h30
CULTURGEST
PA
GOD HELP THE GIRL
Marta Pessoa, 86’
pág. 25 • cód. 480
84’
pág. 10 • cód. 516
93’
pág. 3 • cód. 252
00h00
BUZZARD
54’
pág. 13 •
cód. 368
90’
pág. 3 • cód. 248
COMPETIÇÃO
INTERNACIONAL
CURTAS 3
00h00
22h00
ULRICH SEIDL UND DIE
BÖSEN BUBEN/
ULRICH SEIDL – A
DIRECTOR AT WORK
21h30
19h00
Benjamin Crotty, 65’
pág. 7 • cód. 336
+13 ANOS
COMPETIÇÃO
INTERNACIONAL
CURTAS 2
O MEDO À ESPREITA/
THE LURKING FEAR
SILVESTRE CURTAS 4
INDIEJÚNIOR
FAMÍLIAS
pág. 16 • cód. 304
22h00
FORT BUCHANAN
Jean-Charles Hue, 94’
pág. 8 • cód. 448
18h00
Don Hardy Jr., 93’
pág. 19 • cód. 558
MANGE TES MORTS/
EAT YOUR BONES
Ivan Ostrochovský, 75’
pág. 2 • cód. 420
16h15
THEORY OF
OBSCURITY: A FILM
ABOUT THE RESIDENTS
Bingham Bryant, Kyle Molzan, 94’
pág. 7 • cód. 330
KOZA/GOAT
CINEMA SÃO
JORGE SMO
Denis Côté, Dominga Sotomayor,
Gabriel Abrantes, Marie Losier, 88’
pág. 24 • cód. 214
EDEN
Alonso Ruiz Palacios, 106’
pág. 2 • cód. 352
FOR THE PLASMA
Johannes Holzhausen, 94’
pág. 8 • cód. 552
15h00
90’
pág. 10 • cód. 512
21h30
18h45
SILVESTRE CURTAS 3
AQUI, EM LISBOA/
HERE IN LISBON
47’
pág. 12 • cód. 370
DAS GROSSE
MUSEUM/THE
GREAT MUSEUM
CINEMA SÃO
JORGE 3
João Botelho, 55’
nos campos em volta
João Botelho, 12’ ■ pág. 24 • cód. 202
+3 ANOS
CINEMA
IDEAL
A ARTE DA LUZ TEM
20.000 ANOS
Armel Hostiou, 86’
pág. 9 • cód. 576
23h45
94’
pág. 3 • cód. 244
UNE HISTOIRE AMÉRICAINE/
STUBBORN
00h00
21h30
21h45
COMPETIÇÃO
INTERNACIONAL
CURTAS 1
21h30
19h00
19h00
Gregg Araki, 91’
pág. 23 • cód. 594
pág. 2 • cód. 440
GÜEROS
CULTURGEST
GA
LISTEN UP PHILIP
21h45
24 SEXTA FRIDAY
WHITE BIRD IN
A BLIZZARD
FILS DE/
WHAT’S YOUR
JOB DADDY?
HPG , 70’
pág. 22 • cód. 318
Descontos Discounts
Jovens até aos 30, maiores de 65 anos, desempregados (mediante a
apresentação de carta do IEFP) · Under 30, over 65....................................... 3,5€
Bilhete Famílias (4 pessoas nas sessões IndieJúnior Famílias) ·
Family Ticket (4 people on IndieJúnior Famílias screenings)......................................... 12€
Bilhete de Grupo com marcação · Group Ticket ......................................2,5€/pp
Descontos Cinemateca Portuguesa (só na bilheteira da Cinemateca)
Cinemateca Portuguesa Discounts (only at Cinemateca’s ticket office)
Estudantes, cartão jovem, > 65 anos · Students, Youth Card, +65................ 2,15€
Amigos da Cinemateca, Estudantes de Cinema · Film Students.................1,35€
A PROGRAMAÇÃO ESTÁ SUJEITA A ALTERAÇÕES SEM AVISO PRÉVIO. NÃO SE EFECTUAM RESERVAS.
NÃO SE EFECTUAM TROCAS DE BILHETES. TODAS AS SESSÕES SÃO LEGENDADAS EM PORTUGUÊS.
CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA INDIELISBOA: M/16 · CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA INDIEJÚNIOR M/4.
BILHETEIRAS CENTRAIS
CENTRAL TICKET OFFICES
217 905 155
CULTURGEST • Rua Arco do Cego, 50
De 9 a 22 de Abril, das 11h às 19h ∙ De
23 de Abril a 3 de Maio, das 10h até
ao início da última sessão · April 9 to
April 22, 11am–7pm · April 23 to May 3, 10 am
until the begning of the last screening
BILHETEIRAS LOCAIS
LOCAL TICKET OFFICES
CINEMATECA PORTUGUESA •
Rua Barata Salgueiro, 39
Bilhetes apenas para sessões
do próprio dia na Cinemateca
Portuguesa/Tickets only for screenings at
Cinemateca Portuguesa
24 de Abril a 2 de Maio,
das 14h30 às 15h30 e das 18h às 22h ·
April 24 to May 2, 2pm–3:30pm & 6pm–10pm
CINEMA SÃO JORGE • Av. da Liberdade, 175
CINEMA IDEAL • Rua do Loreto, 15/17
De 20 a 22 de Abril, das 14h às 20h
Apenas para sessões no Cinema Ideal/
∙ De 23 de Abril a 3 de Maio, das 10h
Tickets only for screenings at Cinema Ideal
até ao início da última sessão · April
De 9 a 22 de Abril, das 13h às 22h ∙
20 to April 22, 2pm–8pm · April 23 to May 3,
De 23 de Abril a 3 de Maio, das 13h
10am–until the begning of the last screening
até ao início da última sessão ∙ No
dia 26 de Abril, 1 e 3 de Maio, das 11h
BALCÕES FNAC
até ao início da última sessão ∙ April
9 Abril a 3 de Maio
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9 Abril a 3 de Maio. Venda de bilhetes
para todas as sessões do festival
9 to April 22, 1pm–10pm ∙ April 23 to May 3,
1 pm–until the begning of the last screening
∙ April 26, May 1 and May 3, 11am–until the
begning of the last screening
herói independente
Mia Hansen-Løve já afirmou que, por se
sentir demasiado infeliz na vida, tomou
a decisão de se dedicar ao cinema. No
entanto, não é a tristeza que domina a
sua obra, nem sequer o pessimismo que
comanda as personagens que escreve e
filma. Pelo contrário: os filmes da realizadora francesa são tocados, em igual medida,
pela luz e pela sombra, por momentos de
grande paixão como pela melancolia. Por
outras palavras, retratos doces, verdadeiros,
profundos e emotivos de personagens que
buscam um caminho para as suas vidas e
um lugar para os seus sentimentos, seja por
uma correspondência no amor e no espaço
familiar, como em desejos secretos que se
movem na intimidade, no nosso olhar, ou
nos sonhos aos quais se prestam a nossa
vocação e o nosso destino.
Esse encontro com o cinema veio cedo:
depois do fim de um grande amor na sua
adolescência (do qual se inspiraria para a
sua terceira longa - Un amour de jeunesse, de
2011), Mia Hansen-Løve dedicou-se ao
estudo da interpretação dramática (ou ao
estudo das emoções) para fazer dois papéis
em filmes de Olivier Assayas: Fin août,
début septembre (1998) e Les destinées sentimentales (2000). Essa experiência dar-lhe-ia
outro gosto: uma proximidade com os seus
intérpretes, o gosto pela experiência das filmagens e o privilégio dado ao tempo dos
actores, mas acima de tudo, a importância
de encontrar talentos por descobrir, oferecendo uma gama rara de idades e emoções
dentro do mesmo papel.
Ainda antes da sua primeira longa (Tout est
pardonné, de 2007, sem estreia comercial
portuguesa), Mia Hansen-Løve dedicou-se
à crítica de cinema nos Cahiers du Cinéma,
onde revelou um certo gosto pela transparência - filmes com olhares sobre a vida
quotidiana, à semelhança da tradição fran-
cesa com raízes em Eric Rohmer e o seu
Raio Verde, em François Truffaut e o seu
cinema da paixão - mas tocada, também,
pela herança de Robert Bresson, em que os
gestos, os passos, e a postura dos actores
respondem a uma encenação que privilegia o movimento interior das palavras, dos
olhares, e dos destinos para os quais nos
vemos empurrados.
Esse contacto directo com o universo das
emoções - centrado nos encontros e os
sentimentos que deles emanam - viu-se
igualmente fomentado pelo olhar de realizadores asiáticos que então influíam sobre
o cinema contemporâneo (presentes,
nesta edição do festival, no documentário Flowers of Taipei: Taiwan
New Cinema): Hou Hsiao-Hsien e
Edward Yang, autores que abriram novas possibilidades para
o retrato do tempo, a sua
passagem, e o seu influir
sobre os caminhos da
nossa inocência, da sua
perda, e do tempo
definitivo da idade
adulta. É esse o
movimento para
onde Mia Hansen-Løve se tem
dirigido — tal
como no seu novo
filme, Eden (2014), a
sua revolução musical e dos sentimentos
— encontrando, no
cinema, uma forma definitiva para se falar do que é
irremediavelmente temporário: o tempo da vida.
FIN AOÛT, DÉBUT SEPTEMBRE/
LATE AUGUST, EARLY SEPTEMBER
Olivier Assayas, França, fic., 1998, 112’
No fim do seu “amor de juventude”, Mia Hansen-Løve
recorre ao cinema para preencher um vazio. A sua porta de
entrada surge, primeiro, pela interpretação, ganhando um
papel neste filme de Olivier Assayas - não por acaso, sobre
personagens entre estados de vida, relações, idades maduras
e vontades jovens. Junto de actores emblemáticos do cinema
francês, Hansen-Løve fomentaria o seu olhar para um trabalho futuro: a proximidade com actores e o seu desejo em
filmá-los, vendo neles um espelho para entender e encerrar o
mundo em que se vive.
Un amour de jeunesse
ceralidade de um amor que nasce e a temperança de saber
vivê-lo. Aqui, o afastamento de um pai das pessoas com quem
quis fundar a sua vida, antes do surgimento de uma filha que
busca uma renovada possibilidade para viver a sua relação. E
na passagem do tempo, uma união que a escrita ajuda a fazer
viver, tanto nos seus reencontros como no tempo futuro (a
memória) que dá eternidade aos seus sentimentos. A abrir a
sessão, o primeiro filme e curta metragem da realizadora.
LE PÉRE DE MES ENFANTS/
THE FATHER OF MY CHILDREN
Mia Hansen-Løve, França/Alemanha/Bélgica, fic., 2009, 110’
A segunda longa de Mia Hansen-Løve retoma o tema da ausência, inspirada na vida do produtor Humbert Balsan. Se um pai é
a sua principal figura, é também na sua ausência que deixa uma
marca nos olhares de cada membro das suas famílias: aquela
com que se casou e gerou novas infâncias, e aquela que fundou
para dar filmes aos outros (a sua produtora). O sensível retrato
dos temas graves da vida e dos seus sentimentos ganham delicadeza na subtileza do trato com que são filmados, unindo o
tempo de um amor presente ao tempo da memória para se
reencontrarem, por fim, nas casas onde vivem: a de uma família unida e dos filmes que outros realizaram.
TOUT EST PARDONNÉ/ALL IS FORGIVEN
Mia Hansen-Løve, França, fic., 2007, 105’
UN AMOUR DE JEUNESSE/GOODBYE FIRST LOVE
Mia Hansen-Løve, França/Alemanha, fic., 2011, 110’
APRÈS MÛRE RÉFLEXION
A primeira longa de Mia Hansen-Løve é um berço para o que
viria a surgir na sua obra: a ausência de quem amamos, a vis16 · herói independente
nada determina mais as nossas acções do que os nossos sentimentos. O seu amor de juventude, assim, não é apenas feito
de luz - são dias de escuridão que se percorrem até saber viver
com a ausência e amar de novo. E descobrir, por fim, uma
vocação e a sua derradeira relação com o mundo. O amor de
juventude é, por isso, a história de um amor que nunca morre
e que vive, enquanto respirarmos, por outras maneiras.
Se Camille (Lola Créton) chora sozinha a perda de um grande
amor, será por nem todos entenderem por que uma jovem de
15 anos sente ter perdido o amor da sua vida. Talvez não sintam, ao contrário dela e de outros que também amam, que
EDEN
“Jogámos com as fontes da vida e perdemos”: uma confissão
de Jules et Jim (1962), de Truffaut, ao falar do tempo eufórico da
juventude, dos primeiros grandes amores e das barreiras que eles
quebraram, fazendo-nos crer que nada era maior do que o cumprimento dos nossos sonhos e a força dos nossos sentimentos.
Aqui, a euforia e as suas transgressões encontrariam, também,
a realidade da vida adulta e a precariedade de um tempo que
se tinha imaginado sem fim. Esse Eden são os 20 anos de uma
época de ouro parisiense — a french touch dos anos 1990 e 2000,
onde viveram os Daft Punk — em que um DJ vive preso ao
ritmo constante que marca a sua vida, o amor e a sua noite. ■
Barcelona
Apesar de nenhum filme seu ter sido distribuído nas salas de cinema portuguesas,
Whit Stillman surge como uma figura
paternal da actual geração do cinema
norte-americano: Wes Anderson, Noah
Baumbach, Greta Gerwig, ou mesmo da
escrita de Lena Dunham para a televisão (um terreno onde Stillman começa a
aventurar-se). Por outras palavras, retratos
da jovem idade adulta geralmente pertencente à alta burguesia nova-iorquina (ou o
que resta dela), onde se tenta mergulhar,
de forma obsessiva, em jogos de prazer encadeados por diálogos inteligentes
e ríspidos, na descodificação dos desejos sexuais assumidos e reprimidos, ou na
crítica da frequentação social que se avalia pela linguagem, pela aparência, e pela
incessante atracção pelo artifício nas escalas sociais.
Talvez tenham sido as origens de Stillman
e um impiedoso poder de observação que
lhe tenham dado o poder de construir
esses filmes. Nascido no meio político
de Washington D.C., Stillman seguiu
ainda, por momentos, os caminhos
académicos de Harvard, um tempo
retratado com argúcia em Damsels in
Distress - filme de 2011 escrito para
a mais recente geração de intérpretes do seu país (Greta Gerwig, Adam
Brody ou Aubrey Plaza), não sem
uma homenagem às comédias clássicas de Preston Sturges e os musicais
de Fred Astaire. Contudo, aproximou-se do cinema ao trabalhar, primeiro,
como agente de filmes em Barcelona,
algo que viria a ser reproduzido em Barcelona (1994). Aí, um pequeno grupo de
expatriados americanos na cidade espa-
nhola vive o choque cultural entre a sua
sociedade e a europeia, os seus costumes e
vontades, tal como visões políticas divergentes e a experimentação sexual que vem
com a saída dos grupos sociais em que
crescemos (um olhar superior à visão da
Barcelona de Woody Allen e a quem Stillman costuma ser comparado).
O poder de Stillman em concentrar restritos períodos históricos da sociedade viria
a encontrar um ponto alto na sua maior
produção: The Last Days of Disco (1998),
filme que, talvez como nenhum outro seu,
se foca, precisamente, nos jogos de sedução e atracção, potenciados pela euforia
da música disco e das memórias deixadas pelo Studio 54. E, acima de tudo, uma
homenagem à vontade de corpos reais e
desajeitados (os de Chlöe Sevigny e Kate
Beckinsdale) em expressarem-se na dança,
num poder de aproximação que nem as
obsessivas e ritmadas conversas das suas
personagens atingem.
Em retrospectiva, e olhando 25 anos
depois para a sua primeira obra Metropolitan (1990), identificamos todos os
ingredientes que compõem o seu percurso inimitável. Reconhecido com uma
nomeação para o Óscar de Melhor Argumento, o filme revela hoje as camadas da
obra de Stillman dentro do micro-cosmos
dos filhos da aristocracia de Manhattan,
que emulam antigos costumes dos bailes
de debutantes para descobrirem os seus
sonhos, desejos e as ansiedades de personagens que, curiosamente, tinham a
mesma idade que a geração seguinte do
cinema independente norte-americano, na
qual a escrita de Stillman deixaria o seu
rasto para construir os seus universos.
pirado pelos repatriados americanos que encontra e círculos
sociais europeus com outros códigos de conduta, o realizador
espelha o choque cultural da cidade e desenvolve a sua linguagem para outros níveis, reflectindo a luxúria de uma geração
que vive as suas primeiras experiências de independência financeira. Uma Barcelona de inuendos sexuais e políticos, superior
a outras versões estrangeiras (como a de Woody Allen).
METROPOLITAN
Whit Stillman, EUA, fic., 1990, 98’
DAMSELS IN DISTRESS
3 DOMINGO, 19H00, CINEMA SÃO JORGE SMO • CÓD. 302
Nomeado para Melhor Argumento Original nos Óscares de
1991, a argúcia de Metropolitan — uma primeira obra a roçar
a perfeição — viria a marcar o cinema dos EUA (“era aquilo
que sonhávamos fazer”, disse Wes Anderson sobre o filme).
Em Nova Iorque, um grupo de jovem adultos vive na bolha
da alta burguesia para se distanciar, conscientemente, dos
códigos da restante sociedade, promovendo serões de obsessivos jogos e conversas de sedução e sarcasmo. Um universo
não tanto obcecado por si mesmo e as suas impecáveis aparências como pelas relações entre sexos e teorias sobre os
sentimentos, pedindo para serem desfeitas por desejos inocentes e paixões inesperadas.
Após um longo interregno, Whit Stillman regressou à realização com mais um olhar sobre um momento da sua vida: os
tempos passados em Harvard e a vivência dos seus núcleos
e fraternidades. Greta Gerwig, nova heroína do seu universo
(e do cinema do “herdeiro” Noah Baumbach), presta-se
à contradição de figuras tocadas pela ingenuidade e pelo
egocentrismo. Responsáveis pela gestão do centro “anti-suicídio” da faculdade (promovendo aulas de sapateado e salsa),
Gerwig e o seu grupo acabam por formar a homenagem do
realizador à inteligência e perversidade das
comédias de Preston Sturges e aos musicais de Fred Astaire. ■
BARCELONA
Depois de frequentar círculos sociais em Nova Iorque que
tinham Fred Astaire como código de elegância, Whit Stillman
muda-se para Barcelona e trabalha como agente de filmes. Ins-
THE LAST DAYS OF DISCO
À sua habitual troupe de actores, Whit Stillman juntou
Chloë Sevigny e Kate Beckinsale para um fascinante filme
de época sobre uma paixão da sua vida: a música, ou mais
especificamente, música para dançar. The Last Days of Disco
não é apenas mais um retrato íntimo sobre quem definiu os costumes de uma geração: é uma ode ao desejo de
dançar ou, simplesmente, de mover os corpos, natural e
desajeitadamente, para viver e seduzir quem nos observa,
respondendo ao caminho de interrogações, provocações e
desejos escondidos na escrita do realizador. Start a love train.
herói independente · 17
indiemusic
A música é o epicentro da programação IndieMusic. A secção mostra
ficções, documentários ou filmes-concerto sobre artistas e bandas de culto
de todo o mundo. Em 2015, o foco
estará apontado para os Belle and
Sebastian, Morphine, Death From
Above 1979, Manic Street Preachers,
Lee Scratch Perry e Tochapestana,
entre outros.
Theory of Obscurity
zem a sua incrível história e as etiquetas vulgarmente usadas
para os géneros onde vivem (punk, industrial, gótico, o que
seja). Se a sua influência atravessa algumas das bandas mais
conhecidas do rock americano, nenhuma chega ao alcance
de uma história oculta que passa por experiências místicas
em palco, as pirâmides do Egipto, os segredos das Linhas de
Nasca do Peru, ou interpretações proféticas sobre a música e
a humanidade.
B-MOVIE: LUST & SOUND IN WEST-BERLIN
Jörg A. Hoppe, Heiko Lange, Klaus Maeck,
Alemanha, doc., 2015, 92’
LEE SCRATCH PERRY’S VISION OF PARADISE
Volker Schaner, Alemanha/Reino Unido, doc., 2014, 100’
Berlim Ocidental era uma cidade em estado de emergência:
uma utopia artística alimentada por uma constante ameaça
de guerra antes da queda do muro em 1989. Aí, um conjunto
de influências entre a cultura pop e punk, a música e as artes
plásticas, e a sua vida nocturna viria a chamar uma categoria
especial de emigrantes de toda a Europa, marcando as carreiras de David Bowie, Nick Cave, e bandas como Joy Division,
New Order, ou a música electrónica europeia. Berlim Ocidental só voltará a existir nas marcas desse som, aqui relatado pela
memória do produtor inglês e cidadão berlinense Mark Reeder.
THE DEATH AND RESURRECTION SHOW
Shaun Pettigrew, Reino Unido/Nova Zelândia,
doc., 2014, 150’
A música da banda pós-punk Killing Joke parece sair algures
de entre as trevas, o misticismo, ou um sentimento de ameaça
sobre a sobrevivência da civilização. Palavras que nem tradu18 · indiemusic
GOD HELP THE GIRL
Stuart Murdoch, Reino Unido, fic., 2014, 112’
O realizador Volker Schaner acompanhou Lee Scratch Perry,
figura maior da música dub e reggae, durante treze anos na
intimidade. O resultado não é apenas um olhar sobre o seu
contributo para a música - é o retrato de um seguidor sobre
um profeta rastafari que atingiu a vida de milhares de pessoas
através do seu talento e estilo de vida. Um caminho de elevação, reclusão, e, por fim, de revelação musical e espiritual
através da vibração da sua música.
God Help the Girl é uma pop opera sonhada e filmada por Stuart
Murdoch, compositor de uma das melhores bandas da história da música (os fãs concordarão): os Belle and Sebastian.
Depois de lançar um projecto musical com o mesmo título
em 2013, Murdoch acabaria por filmar a história que inspirou esse projecto paralelo: uma jovem rapariga que procura
escapar dos seus problemas pessoais através do poder da
composição e das músicas pop, espelho ideal de sentimentos,
aspirações e angústias. Uma primeira longa que reflecte todo
o universo da banda escocesa.
LIFE AFTER DEATH FROM ABOVE 1979
Eva Michon, Canadá, doc., 2014, 72’
Tal como os helicópteros que desciam do céu, em Apocalypse
Now (1979), para dizimar a paisagem com a inscrição Death
from Above, a banda com o mesmo nome surgiu, em 2004,
com motivações semelhantes: um baixo e uma bateria alimentados pelo fuzz e o napalm. Mas um disco de culto de
meia-hora e tournées intermináveis acabariam por interromper
o projecto. Mas Life after Death from Above 1979, para além de
testemunhos do grupo e amigos (Justice, Albert Hammond
Jr.), olha para o futuro: discos a solo (Sebastian Grainger and
the Mountains), projectos paralelos (MSTRKRFT), uma reunião definitiva e o lançamento do segundo álbum.
“The masses against the classes”: grito de guerra fundado
pelos Manic Street Preachers e obedecido em No Manifesto,
filme que relata a história do grupo de rock galês na primeira
pessoa e que o coloca ao mesmo nível que o testemunho
de fãs espalhados pelo mundo. Desde a infância de James
Dean Bradfield e Nicky Wire até ao surgimento de Richey
Edwards, figura tutelar que ainda hoje, após o seu desaparecimento, comanda o grupo em espírito, este documentário é
também, inevitavelmente, um filme sobre como a dedicação a
uma banda pode ser um gesto político.
MORPHINE – JOURNEY OF DREAMS
Mark Shuman, EUA/Itália, doc., 2014, 91’
Música Moderna
NO MANIFESTO: A FILM ABOUT
MANIC STREET PREACHERS
Elizabeth Marcus, EUA, doc., 2015, 97’
THE POSSIBILITIES ARE ENDLESS
Edward Lovelace, James Hall, Reino Unido, doc., 2014, 83’
The Possibilities Are Endless: as primeiras palavras que Edwyn
Collins, compositor da mítica banda escocesa Orange Juice,
pronunciou depois de acordar de uma segunda hemorragia cerebral e internamento hospitalar. Uma das figuras mais
emblemáticas da música britânica viu-se obrigado a segui-las:
apesar da dificuldade em falar e movimentar-se, ou de executar tarefas tão simples como pegar numa guitarra, Collins viu
uma salvação na sua grande paixão: a música e o seu poder
de cura. O filme de Edward Lovelace e James Hall é um
objecto à medida dessa zona: a confusão entre passado e presente, uma memória que perdeu as suas coordenadas e se vê
obrigada a virar-se para o futuro.
THEORY OF OBSCURITY:
A FILM ABOUT THE RESIDENTS
Don Hardy Jr., EUA/Áustria/Alemanha/
Holanda, doc., 2015, 93’
Fatos de smoking, olhos gigantes a cobrir a cabeça e uma
cartola — se a apresentação dos Residents é iconográfica,
aquilo que se sabe por trás desse “disfarce” é do absoluto
anonimato e especulação (bem antes de outros adoptarem
semelhantes métodos, como os Daft Punk). No entanto, é
esse mistério que garante, a um dos grupos mais singulares da história da música, uma liberdade criativa sem limites.
Com origens nas artes plásticas e preferência pelo trabalho conceptual, o experimentalismo dos Residents e a sua
teatralidade tornam-nos num dos objectos de estudo mais
profundos da música dos últimos 40 anos.
ŽIVAN PRAVI PANK FESTIVAL/
ZIVAN MAKES A PUNK FESTIVAL
Ognjen Glavonić, Sérvia, doc., 2013, 64’
Tomasevac, Sérvia. Zivan prepara-se para as últimas horas que
antecedem a sexta edição do seu festival de música punk na
sua aldeia natal. Mas sucedem-se os problemas: um orçamento
de pouco mais de 100€, um público local que desconhece o
evento, bilhetes escritos à esferográfica que não se vendem e,
por fim, bandas que não aparecem. Mas a ambição de Zivan
e os seus ideais punk tornam-se na chave para ultrapassar os
obstáculos — incluindo lâmpadas fundidas, amplificadores
intermitentes, músicos inconscientes que têm de se ir embora.
Zivan nunca desistirá até o mundo compreender.
Si jamais nous devons(...)
Morphine - Journey of Dreams não é tanto o retrato de uma
banda que já não existe mas daqueles que ainda vivem: antigos membros do grupo, pessoas próximas, palavras que se
relembram e que foram escritas durante as suas digressões
pelo saxofonista Dana Colley. Por outros termos, as memórias de um som que surgiu nos anos 1990 e que deixou as
suas marcas, tal como a morte repentina e inesperada do
seu líder e baixista Mark Sandman, em palco, durante um
concerto em Itália, uma voz inconfundível que criou, em
Portugal e no estrangeiro, um seguimento de culto.
MÚSICA MODERNA – UM DISCO FILME DE
TOCHAPESTANA/MODERN MUSIC –
A FILM DISC BY TOCHAPESTANA
Tochapestana, Portugal, fic., 2015, 50’
SI JAMAIS NOUS DEVONS DISPARAÎTRE CE
SERA SANS INQUIÉTUDE MAIS EN COMBATTANT
JUSQU’À LA FIN/IF WE EVER HAVE TO
DISAPPEAR IT WILL BE WITHOUT DISQUIET
BUT WE WILL FIGHT UNTIL THE END
WACKEN 3D
Norbert Heitker, Alemanha, doc., 2014, 95’
Life After Death From Above 1979
Wacken é uma aldeia do norte da Alemanha com pouco
menos de dois mil habitantes. Mas a cada Verão, e durante
quatro dias, a pequena localidade transforma-se no maior
festival de heavy-metal do mundo: Wacken Open Air. Aí
mesmo, no meio de dezenas de bandas, muita lama, e muito
headbanging, milhares de devotos juntam-se para uma das
maiores celebrações musicais do mundo. No cinema, a experiência do festival é reproduzida em 3D. A tela transforma-se
em palco, as guitarras entram-nos pelos olhos, e os berros do
público mandam nos nossos sentidos. Talvez as colunas de
som aguentem e os óculos não caiam no meio do mosh.
Jean-Gabriel Périot, França, fic., 2014, 16’
A força bruta de uma guitarra eléctrica e de uma bateria derrubam a inércia de uma mulher, no meio do público, para
chamar o seu corpo a um movimento: de combate pela
vida, de expressão do seu climax pela música e coreografia
(a curta que abre a sessão é assinada pelo autor de Une jeunesse allemande, em Competição Internacional). O conjunto
Tochapestana, também num contexto performático, chama
os nossos corpos pela via do glitter (ou no género associado à sua música: baile-turbo-punk). Pela estética dos anos
1980 e a sua atracção pelo imaginário popular português, os
videoclips do duo musical (onde se inclui o realizador Gonçalo Tocha) espelham todo o universo do seu álbum Música
Moderna. ■
indiemusic · 19
director’s cut
Filmes novos que mergulham na
memória do cinema como sua principal inspiração e matéria-prima,
incluindo documentários sobre realizadores e actores de culto, e filmes
experimentais que retrabalham o
património visual cinematográfico.
A secção volta a desdobrar-se num
Director’s Cut em Contexto, programa organizado em colaboração
com a Cinemateca Portuguesa-Museu do Cinema, apresentando filmes
dos autores abordados. São aqui
revisitados os universos de cineastas
como Manoel de Oliveira, Joaquim
Pinto e Nuno Leonel, Rainer Werner
Fassbinder e Ulrich Seidl, mas também universos de culto como os teen
movies dos anos oitenta e noventa ou
o cinema de série Z turco.
Flowers of Taipei
BEYOND CLUELESS
Charlie Lyne, Reino Unido, doc., 2014, 89’
29 QUARTA, 19H00, CINEMATECA PORTUGUESA • CÓD. 226
Beyond Clueless junta os nossos filmes preferidos secretos -—
os clássicos do teen-movie - para espelhar as ânsias da nossa
adolescência. Muito para além de qualquer estereótipo, o
documentário expõe, tal como o título sublinha, um olhar
para além da erradíssima ideia de que a adolescência é feita
de pessoas perdidas, estranhas e sem interesse. Na verdade, a
tela é pequena demais para tantos desejos, fúria ou medo de
existir. De Larry Clark a Alicia Silverstone, de Winona Ryder
a Mean Girls, memórias de Freddie Prinze Jr. e uma narração
de Fairuza Balk, a adolescência, como sabemos, é a questão
mais profunda das nossas vidas.
Para além de ser realizador, produtor e distribuidor na Dinamarca, Christian Braad Thomsen foi marcado pela amizade
com Rainer W. Fassbinder. Depois de um livro (Fassbinder:
The Life and Work of a Provocative Genius), Thomsen lança um
documentário sobre uma obra em que a intimidade e história política da Alemanha se cruzam numa encenação mordaz
sobre a sua sociedade corrupta e amores desfeitos. Com o testemunho inédito de actores e do realizador alemão, Thomsen
traça a marca de Fassbinder na história do cinema - incluindo
a influência e um encontro com Douglas Sirk (revisitado na
curta The Vanity Tables of Douglas Sirk, um olhar sobre as suas
actrizes e o reflexo dos seus desejos em espelhos).
de famílias, de um país, e dos seus conflitos jogaram com o
percurso das suas paixões e sentimentos. Entre a China continental e a atracção pelo Ocidente, as duas faces de Taiwan
deixaram uma marca profunda tanto em realizadores asiáticos (Apichatpong Weerasethakul, Tsai Ming-Liang) como
europeus (Olivier Assayas), todos eles deixando aqui o seu
testemunho.
LES GANTS BLANCS/THE WHITE GLOVES
Louise Traon, França, doc., 2014, 58’
30 QUINTA, 19H00, CINEMATECA PORTUGUESA • CÓD. 436
FASSBINDER – LIEBEN OHNE ZU FORDERN/
FASSBINDER – TO LOVE WITHOUT DEMANDS
Christian Braad Thomsen, Dinamarca, doc., 2015, 109’
THE VANITY TABLES OF DOUGLAS SIRK
Mark Rappaport, EUA/França, doc., 2015, 11’
28 TERÇA, 19H00, CINEMATECA PORTUGUESA • CÓD. 314
20 · director’s cut
GUANGYIN DE GUSHI – TAIWAN XIN DIANYING/
FLOWERS OF TAIPEI – TAIWAN NEW CINEMA
Chinlin Hsieh, Taiwan/França, doc., 2014, 110’
A partir de 1980 e durante 20 anos, Taipei foi a capital mundial do cinema. Autores como Hou Hsiao-Hsien (A Cidade
da Dor, 1989; Millennium Mambo, 2002), Edward Yang (A Bright Summer Day, 1991; Yi Yi, 2000) e outros abriram novas
possibilidades para o retrato do tempo e de como a história
O cinema cuida-se com luvas brancas - assim o era quando
metros de película exigiam cortes e recortes, pelo olhar de
montadores e realizadores, antes de se encontrar um filme
numa rodagem de muitas horas. A era digital veio dispensar
as luvas - mas não uma delicadeza redobrada em imagens vistas e revistas até surgir o corpo de um filme e, depois, o seu
espírito e versão definitiva. Mais ainda se falarmos de Manoel
de Oliveira e da sua montadora Valérie Loiseleux (Vale
Abraão, 1993; O Convento, 1995; Vou Para Casa, 2001; Espelho Mágico, 2005; O Estranho Caso de Angélica, 2010; O Gebo e a
Sombra, 2012; entre outros).
director’s cut
em contexto
ASPHALT
Joe May, Alemanha, fic., 1929, 90’
27 SEGUNDA, 15H30, CINEMATECA PORTUGUESA • CÓD. 216
LOVE IS ALL: 100 YEARS OF
LOVE & COURTSHIP
Kim Longinotto, Reino Unido, doc., 2014, 70’
ULRICH SEIDL UND DIE BÖSEN BUBEN/
ULRICH SEIDL – A DIRECTOR AT WORK
Constantin Wulff, Áustria/Suíça/Alemanha, doc., 2014, 52’
YOU I TOURNEUR
24 SEXTA, 19H00, CINEMATECA PORTUGUESA • CÓD. 568
Marylène Negro, França, exp., 2014, 14’
Kim Longinotto mergulha no arquivo do BFI, entre outras
fontes, para criar um objecto singular numa carreira de documentarismo social: a montagem de uma história do amor
através da história do cinema britânico, levada pela música
de Richard Hawley. “O amor é tudo”: palavras que ecoam no
romantismo do músico e que traduzem o olhar sentido da
realizadora britânica, também ecoado nas palavras lidas sobre
os rostos femininos do cinema de Jacques Tourneur em You I
Tourneur na curta metragem que abre a sessão.
A trilogia Paradies já tinha recebido um foco especial no
IndieLisboa 2013, revelando a visão de um autor inimitável do cinema europeu. Ulrich Seidl – A Director at Work é um
olhar privilegiado sobre os motivos que o prendem aos corpos que filma: figuras verdadeiras que se dispõem a abrir as
portas da sua intimidade para jogos de prazer, de dor, ou
manipulação. Palavras que também se aplicam, no caso de
Seidl, à fabricação de um filme (aqui, o documentário In the
Basement e a encenação de uma peça de teatro).
Uma das obras-primas da cinematografia muda alemã, apesar do argumento não ser dos mais típicos do cinema alemão
do período (um polícia é seduzido por uma ladra). O historiador de cinema Siegfried Kracauer classificou-o entre os
“filmes da rua”, uma das correntes do cinema alemão mudo.
De facto, os cenários exteriores, que descrevem a cidade,
são simplesmente extraordinários, ao passo que a iluminação
“expressionista” realça os momentos mais dramáticos. Um
grande momento de cinema, que também é um dos muitos
exemplos da influência que o cinema alemão mudo viria a ter
no cinema americano dos anos trinta e quarenta. A primeira
sequência reproduz, em estúdio, a zona da Potsdamer Platz,
“mais real do que a realidade”. (Cinemateca Portuguesa)
DIE BITTEREN TRÄNEN DER PETRA VON KANT/
THE BITTER TEARS OF PETRA VON KANT
Rainer Werner Fassbinder, Alemanha, fic., 1972, 124’
RABO DE PEIXE – DIRECTOR’S CUT/
FISH TAIL – DIRECTOR’S CUT
Joaquim Pinto, Nuno Leonel, Portugal, doc., 2015, 103’
VIAGGIO NELLA DOPO-STORIA/
JOURNEY INTO POST HISTORY
Vincent Dieutre, França/Itália, fic., 2015, 80’
SHADOWLAND
John Skoog, Suécia, fic., 2014, 14’
Em E Agora? Lembra-me (2013), Joaquim Pinto evoca uma
passagem pelos Açores quando buscava uma aproximação à
vida. Rabo de Peixe foi esse lugar intocado: onde as pessoas de
uma terra renovaram o olhar de dois autores e companheiros (Pinto e Nuno Leonel), movidos pela beleza humilde das
suas pessoas, dos seus corpos e do seu trabalho. Tal como
Visconti viu, em A Terra Treme (1948), que o cinema vibrava
na realidade, Joaquim Pinto e Nuno Leonel viram, nos pescadores de Rabo de Peixe, a razão para continuarem a filmar.
Versão remontada e definitiva para cinema.
Há filmes marcados por paisagens e paisagens para sempre marcadas por filmes. Talvez não seja possível andar por
Nápoles e pelos caminhos de Pompeia sem nos lembrarmos de Viagem a Itália (1954) de Rossellini e uma relação que
parece terminar antes de conhecer um verdadeiro milagre.
Nos mesmos lugares, um outro casal (o realizador Vincent
Dieutre e Simon Versnel) tenta reencontrar-se, no presente,
entre a memória de um filme e as mudanças de uma paisagem filmada 50 anos depois. Shadowland, de John Skoog,
traça a sombra das históricas paisagens de John Ford nos
dias de hoje.
Na opinião de Christian Braad Thomsen, As Lágrimas
Amargas de Petra Von Kant é “a primeira obra-prima popular dentre os ‘filmes de cinema’ de Fassbinder”, que retoma
aqui o género hollywoodiano do filme de mulheres, “mas tendo
como protagonista uma mulher cujas ideias são fortemente
marcadas pelos movimentos femininos dos anos setenta.
A protagonista, Petra von Kant, divorcia-se por se sentir
oprimida pelo marido e passa a ter uma relação lésbica, tornando-se de imediato a opressora no seio do novo casal.
Sucumbe ao comportamento que ela própria criticara, o que
não tornou o filme muito popular entre os movimentos feministas da época”. (Cinemateca Portuguesa)
O ESTRANHO CASO DE ANGÉLICA/
THE STRANGE CASE OF ANGELICA
Manoel de Oliveira, Portugal/Espanha/
França/Brasil, fic., 2010, 97’
REMAKE, REMIX, RIP-OFF
Cem Kaya, Alemanha/Turquia, doc., 2014, 96’
EL ADIOS LARGOS
Andrew Lampert, EUA/México, exp., 2013, 13’
24 SEXTA, 21H30, CINEMATECA PORTUGUESA • CÓD. 500
Actores e técnicos com grandes carreiras podem ultrapassar a centena de filmes. Na Turquia, menos de mil talvez não
seja tão impressionante. Entre os anos 1960 e 1980, antes dos
televisores e de uma lei de direitos de autor, um realizador
poderia fazer vários filmes por mês e os seus actores vários
por semana: não apenas a enésima versão da mesma história de amor, mas um remake caseiro de sucessos do cinema
norte-americano com as mesmas músicas, cenários e “efeitos
especiais”. Remake, Remix, Rip-Off é uma viagem pela série Z
turca: Tarzans, Guerras das Estrelas, ou o Exorcista revistos
à sua luz. A introduzir a sessão, El Adios Largos reapropria-se
de The Long Goodbye de Robert Altman.
VON CALIGARI ZU HITLER: DAS DEUTSCHE
KINO IM ZEITALTER DER MASSEN/
FROM CALIGARI TO HITLER: GERMAN CINEMA
IN THE AGE OF THE MASSES
Rüdiger Suchsland, Alemanha, doc., 2014, 118’
Pegando no ensaio de Siegfried Kracauer sobre o cinema
alemão dos anos 1920 e 1930 (a relação do expressionismo
alemão com os medos escondidos da sua sociedade), Rüdiger
Suchsland cria um percurso que conjuga a liberdade criativa
da indústria cinematográfica alemã da República de Weimar
com os perigos iminentes da sua sociedade democrática (a
recessão económica e a subida dos extremismos - tempos
não muito longínquos, portanto) através dos filmes de Fritz
Lang, F.W. Murnau, G.W. Pabst, Joseph von Sternberg, ou os
inícios de Wilder e Lubitsch.
O Estranho Caso de Angélica é a concretização de um projeto
perseguido ao longo de várias décadas. Mantendo o essencial
da história, Oliveira adaptou-a aos dias de hoje: “Uma noite,
Isaac, jovem fotógrafo, hóspede da pensão de Dona Rosa na
Régua, é chamado de urgência por uma família rica para tirar
o último retrato da filha da mesma, Angélica, uma jovem que
morreu logo após o casamento. Na casa em luto, Isaac descobre Angélica e fica siderado pela sua beleza. Quando coloca o
olho na objetiva da sua máquina fotográfica, a jovem parece
retomar vida, apenas para ele. Isaac fica instantaneamente
apaixonado por ela. A partir daí, Angélica atormentá-lo-á
noite e dia, até ao esgotamento.” (Cinemateca Portuguesa)
SIXTEEN CANDLES
John Hughes, EUA, fic., 1984, 93’
Escrito e realizado por John Hughes, Sixteen Candles pode descrever-se como uma comédia de iniciação. De meados dos
anos oitenta, segue a personagem de uma miúda prestes a
fazer dezasseis anos, um aniversário para ela importante mas
que toda a gente à sua volta parece ter esquecido. “It’s the time
of your life that may last a life time” / “É o grande momento
da tua vida e pode durar a vida toda”, dizia o cartaz. (Cinemateca Portuguesa) ■
director’s cut · 21
A Boca do Inferno nasceu de forma inesperada com a programação que se foi
desenhando e esculpiu sozinha o seu
lugar no festival. Os filmes aqui mostrados marcham sem medo à beira do
precipício, em festivas demonstrações de
desafio. Zombies mais ou menos funcionais, realizadores de filmes porno com
problemas existenciais, camarões ninfomaníacos e lobisomens adolescentes são
algumas das personagens que glorificamos.
boca do
inferno
Ich seh Ich seh
Peter Strickland, Reino Unido, fic., 2014, 104’
FILS DE/WHAT’S YOUR JOB DADDY?
HPG, França, doc., 2014, 70’
HOMESICK
Jakob M. Erwa, Alemanha, fic., 2014, 98’
Ecos de The Servant (1963) de Joseph Losey e Le journal d’une
femme de chambre de Buñuel (1964) entram pelo ambiente
da mais recente longa do realizador britânico Peter Strickland (autor de Katalin Varga, de 2009, e Berberian Sound
Studio, homenagem ao cinema giallo, de 2012). No interior de
uma aristocrática casa de campo, uma mulher dedicada ao
estudo amador de insectos e borboletas vive com um outro
objecto: uma empregada que obedece às suas ordens repetitivas, tal como um corpo-escravo que se dedica à satisfação
de prazeres escondidos e à descoberta dos seus anseios de
dominação.
A figura de HPG (Hervé Pierre-Gustave: actor, produtor,
realizador de filmes pornográficos e não-tão-pornográficos)
já tinha sido dissecada em Il n’y a pas de rapport sexuel, documentário com imagens de bastidores dos seus filmes (exibido
no IndieLisboa 2012). Numa crise de idade e de família, provocada pelo crescimento de duas crianças, em casa, e pelas
fatídicas perguntas sobre a vida do seu pai, HPG tenta responder-lhes da melhor maneira possível: com um novo filme.
Entre confissões familiares e pornografia existencial, HPG
abre esse espaço (não sem surpresas) que antes lhes tinha
sido vedado.
As paredes velhas de uma nova casa não trazem apenas um
espaço novo para fazermos delas o novo lugar das nossas
vidas - escondem também as palavras e os retratos de quem
viveu e morreu dentro delas. A chegada de um novo casal
e dos sonhos de uma jovem violoncelista, que treina diariamente para uma etapa decisiva do seu reconhecimento
profissional, vê-se atormentada por uma ameaça sem nome
e sem corpo, excepto pelo rosto de uma vizinha que paira
em permanência sobre os seus dias. O medo de não se ver
reconhecida - pela sua família, pelos seus pares, pela negação dos seus sonhos -, torna-se em obsessão e ganha a voz
da loucura.
22 · boca do inferno
ICH SEH ICH SEH/GOODNIGHT MOMMY
Veronika Franz, Severin Fiala, Áustria, fic., 2014, 99’
WHEN ANIMALS DREAM
Jonas Alexander Arnby, Dinamarca, fic., 2014, 84’
Para além de co-argumentista e colaboradora em filmes do
seu marido Ulrich Seidl (como a trilogia Paradies, exibida no
IndieLisboa 2013), Veronika Franz é também autora de filmes em nome próprio. Ich seh ich seh, a sua primeira longa de
ficção, desafia os limites da representação do horror, construindo, pela encenação rigorosa dos interiores de uma casa
isolada, a história de dois irmãos gémeos que esperam o
regresso de uma mãe depois de um acidente que a levou a
reconstruir o seu rosto. Um filme em que a relação maternal é um palco de terror para personagens que são vítimas,
durante o dia e nos seus sonhos, dos seus próprios medos.
Na primeira longa metragem de Jonas Alexander Arnby, uma
jovem dinamarquesa começa a descobrir os seus impulsos
e desejos sexuais contra a protecção de um pai e o cuidado
de uma mãe em estado vegetativo. No entanto, os crimes
misteriosos que surgem na aldeia, o descontrolo dos seus
impulsos, tal como a crescente preocupação da sua família,
levam a crer que algo mais se passa no corpo da adolescente.
Afinal, não serão tanto os sonhos e pesadelos de uma jovem
rapariga, mas antes os de um animal a nascer em si, que serão
o alvo da fúria de uma pequena localidade.
How Olin Lost His Eye
in a Blizzard, o realizador foca-se, de novo, no despertar dos
instintos sexuais de uma jovem personagem, juntando-lhe,
aqui, o misterioso desaparecimento, aos dezassete anos, da
sua mãe. Apesar dessa “ausência”, é esse papel - e a interpretação de Eva Green, uma das actrizes mais interessantes do
cinema contemporâneo - a comandar uma narrativa familiar,
em tons de policial, dentro do universo suburbano norte-americano.
BOCA DO INFERNO CURTAS
SPLINTERTIME
Rosto França/Holanda/Bélgica, anim., 2014, 10’
HOW OLIN LOST HIS EYE
Damian Mc Carthy, Irlanda, fic., 2013, 6’
UNDEAD WOMAN
Shanti Masud, França, fic., 2014, 12’
TUCK ME IN
Ignacio F. Rodó, Espanha, fic., 2014, 1’
DEEP SPACE
Bruno Tondeur, Bélgica, anim., 2014, 7’
POLAROID
Lars Klevberg, Noruega, fic., 2015, 16’
YOU ME AND IT
IM KELLER/IN THE BASEMENT
Ulrich Seidl, Áustria, doc., 2014, 85’
27 SEGUNDA, 21H45,
CINEMA SÃO JORGE SMO • CÓD. 364
Depois do foco dedicado ao realizador austríaco
no IndieLisboa 2013, In the Basement vem mostrar os
lugares secretos do cinema de Ulrich Seidl. Mais ainda
do que personagens - e pessoas reais -, são as extensões
desses universos que ocupam o centro deste filme,
desfilando entre os subsolos, garagens, e os sótãos
secretos da Áustria para mostrar, em domicílios e
áreas pessoais, os desejos mais cavernosos dos seus
habitantes. Tanto pelas obsessivas
colecções de parafernália
proibida como no prazer a que se prestam
os seus corpos, é
nestas caves que
o cinema de
Seidl encontra um lugar
para o seu
paraíso.
WHITE BIRD IN A BLIZZARD
Gregg Araki, EUA/França, fic., 2014, 91’
24 SEXTA, 18H00,
CULTURGEST GA • CÓD. 594
Gregg Araki (The Doom Generation,
1995; Mysterious Skin, 2004) já deixou de ser um dos nomes mais
conceituados do cinema independente e de temática queer para se
tornar, hoje, num dos realizadores
de linguagem mais reconhecível
da indústria de cinema norte-americana. Esse mesmo facto, por
outro lado, não o afasta do seu
universo pessoal: em White Bird
Anita Delaney, Irlanda, fic., 2014, 4’
CHAUD LAPIN/HOT RABBIT
Alexis Magaud, Soline Béjuy, Maël Berreur, Géraldine
Gaston, Flora Andrivon, França, anim., 2014, 5’
PORTRAIT
Donato Sansone, Itália, anim., 2014, 3’
LOJA DE RÉPTEIS/REPTILE SHOP
Pedro Severien, Brasil, fic., 2014, 17’
SEAFOOD PORN
Momoko Seto, França, anim., 2013, 6’
A sessão de curtas da Boca do Inferno promete acordar
todos os espíritos adormecidos das salas de cinema e no
subconsciente dos espectadores. Seja por mortos à solta
(Splintertime), zombies que nos roubam os olhos (How Olin
Lost His Eye), metamorfoses humanas que surgem com o
desaparecimento do Rei-Sol (Undead Woman), monstros
queridinhos escondidos debaixo da cama (Tuck Me In), extraterrestes apaixonados que não se contêm à frente de nós
(Deep Space), casas assombradas com mães assassinas (Polaroid), filmes que contagiam os nossos sentidos com um
vírus (You Me and It), crimes domésticos cometidos
por animais gigantes (Chaud Lapin), rostos desfeitos
(Portrait) e corpos deformados por dentadas (Loja
de Reptéis), ou pela animação de pornografia stop-motion feita com pescado e vozes
humanas (Seafood Porn). Dispensam-se as
pipocas, tragam os vossos pesadelos. ■
boca do inferno · 23
sessões
especiais
As sessões especiais incluem uma programação de filmes portugueses, como
a estreia do aguardado Capitão
Falcão, de João Leitão, e internacionais, como a estreia de Concerning
Violence, de Göran Hugo Olsson.
Para além disso, existem três programas especiais: uma reflexão sobre o
actual estado da curta metragem com
o VIS: Vienna Independent Shorts
Film Festival e o Tampere Film Festival; um olhar sobre os fluxos entre
documentário e ficção com a Escola
de Genebra HEAD; e um ciclo
que assinala o 90.º aniversário da
FIPRESCI – Federação Internacional de Críticos de Cinema.
Aqui, em Lisboa
de liberdade e expressão artística da paisagem portuguesa e
mundial. A anteceder o filme, projecção da curta Nos Campos em Volta do mesmo autor, filme sobre as histórias e lendas
que se escondem na paisagem de Serpa.
AQUI, EM LISBOA/HERE IN LISBON
Denis Côté, Dominga Sotomayor, Gabriel Abrantes,
Marie Losier, Portugal, fic./doc., 2015, 88’
A ARTE DA LUZ TEM 20.000 ANOS/THE ART OF
LIGHT HAS 20.000 YEARS
João Botelho, Portugal, doc., 2014, 55’
NOS CAMPOS EM VOLTA/
IN THE SURROUNDING FIELDS
Em 2013, para celebrar o seu décimo aniversário, o IndieLisboa tinha convidado quatro realizadores a filmarem em
Lisboa: Dominga Sotomayor e Marie Losier (vencedoras
da Competição Internacional com De Jueves a Domingo, em
2012, e The Ballad of Genesis and Lady Jaye, em 2011, respectivamente), e Denis Côté e Gabriel Abrantes, duas presenças
recorrentes do festival. Aqui, em Lisboa é o surpreendente
resultado - quatro autores com quatro visões diferentes da
cidade de Lisboa, passando pelos registos da ficção, do documentário, da comédia ou do fantástico. Mas com o traço
comum que espelha o festival que os acolhe: a independência.
24 · sessões especiais
João Botelho, Portugal, doc., 2015, 12’
CAPITÃO FALCÃO/THE PORTUGUESE FALCON
João Leitão, Portugal, fic., 2015, 100’
Se o cinema ainda é descrito como uma arte jovem (por ter
pouco mais de cem anos), as suas origens - a de contar histórias pela arte da luz e das sombras - vêm quase desde o início
da existência humana. Luzes e sombras são uma mesma
marca do cinema de João Botelho, buscando, desde sempre,
um encontro com a pintura e o poder da sua encenação. Em
A Arte da Luz tem 20.000 anos, é esse cinema e o seu traço
que encontra correspondência no Vale do Coa, lugar máximo
Em 1968, várias ameaças parecem cercar o regime que salvou
Portugal da bancarrota: o Estado Novo. Entre elas, grupos de
comunistas, feministas, e os chamados Capitães de Abril conspiram contra António de Oliveira Salazar e os seus princípios
nacionalistas. A autoridade do Estado já não chega para proteger os portugueses. Nasce então o super-herói português por
excelência para salvar Portugal de todos os seus males: Capitão
Falcão (e o seu sidekick Puto Perdiz). O resto da história é conhe-
cida. Novo trabalho de João Leitão (Um Mundo Catita, 2008) com
uma inesquecível participação de Gonçalo Waddington.
A CASA DAS MÃES
Philippe Costantini, Portugal, doc., 2014, 128’
O documentarista Philippe Costantini (e antigo colaborador
de Jean Rouch) entra na Casa de Santo António, em Lisboa,
para acompanhar a história de vida das jovens adolescentes
e adultas que formam a Casa das Mães: tanto o seu presente numa casa e instituição de solidariedade social, como
o passado que se esconde detrás dos seus olhares e das suas
decisões - histórias de rejeição, de violência, ou de afastamento com aqueles que lhes deram vida. A seu lado, crianças
que partilham o seu olhar e outros desejos perante uma hipótese de futuro, relembrando, na sua presença, uma razão
maior de ser: ser mãe, amar os outros e a si mesmas.
CONCERNING VIOLENCE
Göran Hugo Olsson, Suécia/EUA/
Dinamarca/Finlândia, doc., 2014, 78’
29 QUARTA, 21HOO, AULA MAGNA • CÓD. 295
Depois de The Black Power Mixtape 1967-1975, um olhar sobre
o Black Panther Party através de material de época filmado
pela televisão sueca, ao qual se juntou a intervenção de figuras da cultura afro-americana no presente, Göran Olsson
assina em Concerning Violence, com o mesmo poder e vinculação ao olhar dos espectadores, um relato decisivo sobre
a história do racismo e do colonialismo europeu no continente africano (narrado pela voz de Lauryn Hill a partir da
leitura de textos de Frantz Fanon). Por outras palavras, a história africana, europeia, e as suas presentes tensões políticas
e sociais - onde vive, naturalmente, a história de Portugal. A
seguir à sessão, e em colaboração com a Reitoria da Universidade de Lisboa, terá lugar um debate sobre o filme.
clausura repetitiva das férias. A força maior deste filme é de
talvez não conseguirmos sair dele. Nas palavras de Leonard
Cohen: “I stepped into an avalanche, it covered up my soul”.
O MEDO À ESPREITA/THE LURKING FEAR
Marta Pessoa, Portugal, doc., 2015, 86’
Depois de Lisboa Domiciliária, estreado nas nossas salas em
2009, Marta Pessoa filma outras memórias secretas: a de cidadãos que viveram, até à queda do Estado Novo, uma vida de
perseguição pessoal e política. Ao longo de toda a sua existência, uma das piores faces da ditadura movia-se por passos
secretos, informações ocultas, e perseguições, no dia-a-dia,
a pessoas suspeitas de viverem contra o regime. O Medo à
Espreita é o retrato, assim, de pessoas que viveram diariamente debaixo da sombra dos informadores da PIDE/DGS
e da sua tortura. Mas é também o retrato de um país onde o
instrumento da denúncia cresceu para além
dos círculos políticos para se
instalar, sorrateiramente,
no nosso
quotidiano.
CONCERTO ALIS UBBO ENSEMBLE
45’
OM DE WERELD IN 50 CONCERTEN/
AROUND THE WORLD IN 50 CONCERTS
Heddy Honigmann, Holanda, doc., 2014, 94’
Uma das orquestras mais respeitadas do mundo — a Orquestra Real do Concertgebouw da Holanda — numa viagem
por vários continentes. Um dos maiores nomes do cinema
documental, a realizadora Heddy Honigmann junta-se aos
músicos da orquestra, aos espectadores que os ouvem, e a
quem descobre, pela primeira vez, a influência da música
sobre os sentidos. Antes da exibição do filme realiza-se um
concerto do Alis Ubbo Ensemble que, tendo como formação um quarteto de cordas, interpreta temas de sempre
apropriados pela história do cinema, numa ante-estreia, em
parceria com o CCB, de Os Dias da Música em Belém, este
ano subordinados ao tema “Luzes, Câmara… Música!”.
WHILE WE’RE YOUNG
Noah Baumbach, EUA, fic., 2014, 97’
Inspirado por Solness, o Construtor, peça de Ibsen, Noah
Baumbach (um dos herdeiros de Whit Stillman, herói independente do IndieLisboa 2015) cria a história de um casal de
meia-idade (Adam Sandler e Naomi Watts) que vê a sua vida
contagiada pelo encontro com um jovem casal na casa dos
vinte (Adam Driver — actor da série Girls que Baumbach
levou para Frances Ha — e Amanda Seyfried), oferecendo, de
novo, o retrato de uma classe urbana e artística de traços disfuncionais, em que o peso da idade (depois da entrada na
idade adulta do seu filme anterior) serve para uma nova
comédia de costumes e de tempos com Nova Iorque em pano de fundo (e banda-sonora de James
Murphy).
Programa
FIPRESCI
O IndieLisboa e a Cinemateca Portuguesa - Museu do Cinema juntam-se
para celebrar os 90 anos da Federação Internacional de Críticos de
Cinema, exibindo uma selecção de
filmes premiados por esta.
CERNÝ PETR/BLACK PETER
Milos Forman, Checoslováquia, fic., 1964, 85’
FORCE MAJEURE/TURIST
Ruben Östlund, Suécia/França/Noruega, fic., 2014, 118’
Uma “força maior” poderá tanto levar ao fim de um contrato
entre duas partes como ao inevitável encontro com o que se
esconde numa relação de longos anos. No seio de uma família, no espaço de um hotel e da uniforme paisagem da neve, o
impulso de tudo poder terminar vive lado a lado com a segurança de se ter uma vida feita dentro dela. Ruben Östlund
inspira-se na mise-en-scène de Kubrick e no olhar buñueliano
sobre as diferenças de classes para desfazer as imagens feitas
das nossas relações - amorosas ou profissionais - dentro da
A segunda longa metragem de Milos Forman é típica das
Novas Vagas da Europa Central, de que Forman é um representante ilustre. Forman recusa as alegorias, contrariamente
a outros cineastas dos países comunistas, mas opta por uma
narrativa “desconstruída”, onde as cenas não se resolvem de
modo tradicional. Em Cerný Petr, Forman acompanha personagens jovens, outra caraterística das novas vagas. Neste filme,
o protagonista é um adolescente canhestro e tímido, em plena
educação sentimental e profissional. (Cinemateca Portuguesa)
LOURDES
Jessica Hausner, Áustria/França/Alemanha, fic., 2009, 96’
2 SÁBADO, 21H30, CINEMATECA PORTUGUESA • CÓD. 444
“Lourdes é um conto cruel – um sonho ou um pesadelo.
Doentes do mundo inteiro deslocam-se a Lourdes para recuperar a sua saúde. Esperam por um milagre neste local que é
sinónimo de esperança, conforto e cura para os moribundos
e desesperados. Mas os desígnios de Deus são insondáveis, e
sessões especiais · 25
a esperança de que, mesmo à beira da morte, tudo possa voltar a ficar bem, parece um absurdo. Lourdes é o cenário onde
esta comédia humana é levada à cena” (Jessica Hausner).
KURZ DAVOR IST ES PASSIERT/
IT HAPPENED JUST BEFORE
Anja Salomonowitz, Áustria, fic., 2006, 72’
OTAC NA SLUZBENOM PUTU/
WHEN FATHER WAS AWAY ON BUSINESS
Emir Kusturica, Jugoslávia, fic., 1985, 136’
Se Underground é muito mais espetacular e muito mais conhecido, há boas razões para defender que Otac na sluzbenom putu
é o melhor filme de Kusturica, aquele em que existe um equilíbrio mais delicado entre o olhar sobre a história de um país
– a Jugoslávia – e o registo “mágico” que se tornou um ex-libris do realizador (é neste filme que pessoas, animais e coisas
começam inopinada e literalmente a voar). O sítio é uma
aldeia bósnia, a época os anos cinquenta, a perspetiva a da
infância, e a história a de um pai ausente por motivos políticos (foi internado num campo de trabalho), ausência que é
explicada ao filho como uma “viagem de negócios”. (Cinemateca Portuguesa)
Ao criar um filme sobre o tráfico humano, Anja
Salomonowitz opta, em vez de incluir as verdadeiras vítimas
no filme, por fazer ouvir as suas histórias pela boca (e pela
vida) de outras pessoas - pessoas aparentemente estranhas
às suas situações, mas que encontram as suas pontes
para as vidas secretas desses rostos nunca revelados.
STALINGRAD LOVERS
Fleur Albert, França, fic., 2012, 80’
dentro de uma paisagem natural, lugar que também serve de
cenário para um olhar sobre os rituais da vida e o seu movimento secreto em Komorebitachi. Por fim, Meccarillos mostra-nos
a maneira da vida tratar a morte: ou seja, como o trabalho de
uma mãe continua, apesar de uma perda, enquanto que as suas
filhas se encarregam das cerimónias fúnebres do seu pai (e do
ritual, sempre teatral, de se enterrar uma vida).
State Of The Art
O programa State of the Art é uma colaboração entre o
IndieLisboa e dois dos festivais mais reputados do universo
das curtas: Vienna Independent Shorts e Tampere Film
Festival. Em conjunto, a selecção de filmes, aqui apresentada
em dois blocos (e seleccionada por estes dois últimos), visa
espelhar o trabalho de cada festival mas também reflectir
sobre o papel da curta metragem, as questões próprias da
sua linguagem, tal como o seu potencial para a criação de
uma forma artística inovadora, arriscada e livre. Por outras
palavras, um programa privilegiado para se descobrir a
evolução das curtas e os caminhos que apontam para o
seu futuro (discutidos na presente edição das LisbonTalks
no dia 1 de Maio, às 18h00, no Cinema São Jorge).
REPULSION
Roman Polanski, Reino Unido, fic., 1965, 105’
Primeiro filme de ficção numa jovem carreira de documentário, Stalingrad Lovers, de Fleur Albert, foca-se, precisamente, nas
personagens verdadeiras do bairro de Stalingrad em Paris. Um
submundo controlado pelo tráfico de droga e que entrega a vida
de marginais verdadeiros aos ecos perdidos de um romanesco
tóxico. Todos eles tocados pela mesma realidade: a de que o destino das nossas vidas será invariavelmente o mesmo.
Um dos mais perturbadores filmes de Polanski, anterior a
Rosemary’s Baby e The Tenant (1968/76), que com ele enfileiram numa designável “trilogia de apartamentos”. Destilando
terror psicológico por todos os fotogramas, com Catherine
Deneuve num papel alucinante e alucinado, constrói-se à
volta das fobias sexuais de uma personagem aterrorizada pelo
pesadelo recorrente de uma violação, cuja obsessão a conduz
a uma loucura com consequências assassinas. (Cinemateca
Portuguesa)
Les barbares
TAMPERE FILM FESTIVAL
LES BARBARES
Jean-Gabriel Périot, França, doc., 2010, 5’
J.M. MONDÉSIR
Alice Colomer-Kang, França, fic., 2012, 25’
MUSEUM PIECE
ÜBER DIE JAHRE/OVER THE YEARS
Nikolaus Geyrhalter, Áustria, doc., 2015, 180’
Três horas reúnem dez anos de vida: uma localidade, na Áustria, que gira à volta de uma mesma fábrica. Com o passar
dos anos, a sua população vê-se mergulhada no desemprego.
Gerações dedicadas a um mesmo trabalho vivem, agora, num
mar de silêncio. Über die jahre dá-lhes o tempo de seguir e
pensar novos rumos. Novas pessoas crescem, outras vivem
na memória, a paisagem e as suas emoções transfiguram-se.
O cinema torna-se no lugar constante da passagem do tempo.
John Smith, Reino Unido, doc., 2004, 12’
LUMIKKO
Miia Tervo, Finlândia, doc., 2009, 19’
HABANA
Edouard Salier, frança, fic., 2014, 22’
Les barbares retrata o confronto entre a classe política e todas
as outras. J.M. Mondésir é um ensaio sobre a morte de Georges
Mondésir. Em Museum Piece, um quarto de hotel serve de reflexão
para a Guerra do Iraque. Lumikko é uma reflexão sobre o tempo
e o lugar do amor. Habana leva-nos por Havana à beira da guerra.
VIENNA INDEPENDENT SHORTS
2 SÁBADO, 19H00, CINEMATECA PORTUGUESA • CÓD. 426
Esta segunda longa metragem da jovem realizadora peruana
Claudia Llosa (depois de Madeinusa, de 2006) recebeu o grande
prémio no Festival de Berlim, o Urso de Ouro, projetando
internacionalmente a sua autora e argumentista. O filme mistura antigas tradições culturais andinas com a brutalidade
causada pelos movimentos de guerrilha recentes e a sua repressão. A protagonista, cuja mãe fora violada, herdou no leite
materno (segundo uma tradição inca, o que explica o título)
o medo à vida. Mas depois da morte da mãe, a mulher saberá
lutar. Um filme de grande beleza. (Cinemateca Portuguesa)
programa HEAD
Se as sessões de longas promovidas pela HEAD de Genebra e o IndieLisboa apontam para os caminhos que a escola
deseja percorrer na busca de uma linguagem cinematográfica contaminada por várias formas (e, em particular, pelos
contactos que surgem entre a ficção e o olhar documental
de um filme), a sessão de curtas já nos traz alguns dos trabalhos que foram produzidos, no seu âmbito escolar, desde há
um ano.
26 · sessões especiais
AIM
Les évangiles d’anasyrma
LA TETA ASUSTADA/THE MILK OF SORROW
Claudia Llosa, Espanha/Peru, fic., 2009, 95’
HEAD CURTAS
Björn Kämmerer, Karoline Meiberger, Áustria, fic., 2005, 3’
USO JUSTO
Coleman Miller, EUA, Experimental, 2005, 23’
MYSTERY MUSIC
Nicolas Mahler, Áustria, anim., 2009, 6’
SUNNY AFTERNOON
Thomas Redoldner, Áustria, anim., 2012, 7’
ANOMALIES
Ben Cady, Reino Unido, anim., 2012, 12’
BLUE MOON
Bjørn Melhus, Alemanha, Experimental, 1998, 4’
LES ÉVANGILES D’ANASYRMA/
GOSPEL OF ANASYRMA
KROCHACARRALDO
Elene Naveriani, Suíça, fic., 2014, 29’
BOOGODOBIEGODONGO
MAPALÉ
Jorge Cadena, Suíça, Experimental, 2014, 5’
KOMOREBITACHI
Sophie Perrier, Masanori Omori, Suíça/Japão, doc., 2014, 15’
MECCARILLOS
Aurelie Pernet, Suíça, fic., 2014, 18’
Gospel of Anasyrma traz-nos uma história de amor entre um
jovem adulto e um transgénero nos subúrbios de Tbilisi, na
Geórgia. Mapalé é um conto experimental sobre a intimidade
Christoph Schwarz, Áustria, fic., 2013, 18’
Peter Millard, Reino Unido, anim., 2012, 4’
Aim é uma experiência sobre o western. Uso Justo inspira-se
no melodrama mexicano dos anos 1950. Mystery Music é uma
experiência sobre a música e os sentidos. Sunny Afternoon lança
um olhar sobre o encontro entre cinema avant-garde e o videoclip. Anomalies é uma animação minimalista sobre o mundo
contemporâneo. Em Blue Moon, um estrunfe canta uma música
de Elvis Presley. Krochacarraldo é um remake de Fitzcarraldo. Boogodobiegodongo desfaz os arquétipos do desenho animado. ■
programme
(ENGLISH)
INTERNATIONAL COMPETITION
AFERIM! Radu Jude
Radu Jude is one of the highlights of the Romanian new
wave. In 2007, The Tube with a Hat was one of the most prized
short-films of the year (including Best Short-Film in IndieLisboa), followed by four short-films and two feature films:The
Happiest Girl in the World (2009) and Everybody in Our Family
(2012), both shown in IndieLisboa’s International Competition and 2014 retrospective of Romanian cinema. Aferim!
takes us through Romania’s feudal lands in the 19th century.
CHRISTMAS, AGAIN Charles Poekel
A heartbroken Christmas-tree salesman returns to New York
City hoping to put his past behind him. Living in a trailer
and working the night shift, he begins to spiral downwards
until a mysterious woman and some colorful customers rescue him from self-destruction.
ELA VOLTA NA QUINTA
André Novais Oliveira
She Comes Back on Thursday is a personal and playful look on
the director’s parents true separation and its fictional games,
pursuing the work started in About a Month (presented in
IndieLisboa 2014’s International Competition”).
GÜEROS Alonso Ruiz Palacios
Tomás is sent by his mother to his older brother’s house in
Mexico City. With a tape of old songs by legendary Epigmenio Cruz, he manages to take his brother Shadow out of
his apartment to look for the musician in the city’s hospitals (like Dylan did for Woody Guthrie). Shadow goes after
the one who made him cry - Ana, his ex-girlfriend. They
all seem to come from an old song -- with no direction home,
like a rolling stone.
KOZA Ivan Ostrochovský
Koza once was boxing at the Olympics. Twenty years later,
he’s still dragging himself in his hometown with his manager, his wife and a small kid. A second pregnancy makes
him put on his gloves one last time to fight for his baby’s
life — and his own.
LISTEN UP PHILIP Alex Ross Perry
Anger rages in Philip (Jason Schwartzman) as he awaits
the publication of his sure-to-succeed second novel. He
feels pushed out of his adopted hometown by the constant crowds and noise, a deteriorating relationship with his
photographer girlfriend Ashley, and his own indifference
to promoting the novel. When Philip’s idol offers him his
isolated summer home as a refuge, he finally gets the peace
and quiet he needs to focus.
MELBOURNE Nima Javidi
A young couple, Amir and Sara, are about to move to Melbourne to begin a new life as foreign exchange students.
The day of their departure has finally arrived, but they are
suddenly faced with a constant stream of friends and relatives, slowing their preparations down to a snail’s pace. Just
as they are returning their apartment to its owner and talking
to a friend in Australia on Skype about what to do after they
arrive there, something unexpected happens.
MING OF HARLEM: TWENTY ONE
STOREYS IN THE AIR Phillip Warnell
A part narrative, part imagined film on the presence of displaced, predatory animals in a NY apartment with owner
Antoine Yates’ and their shared time in an almost unimaginable domicile.
QUAND JE NE DORS PAS Tommy Weber
Paris. Winter. One night, Antoine, a 22 year-old boy, decides to go to the seaside. All night long, dealing with drug
and love, he will try to buy the ticket for his train, which
will leave at the crack of dawn.
SIVAS Kaan Mujdeci
In the rural lands of Turkey, a young boy falls in love with
a girl of her class despite strong rivalry from other classmates. Sivas, a white dog (like white horses in princess’ tales) is
saved from illegal dog fights by the boy to impress the girl
of his dreams. But his fairy tale is threatened by the village’s hitory of violence.
UNE JEUNESSE ALLEMANDE
Jean-Gabriel Périot
Périot edits archival footage and questions the way we look
at authority and its morals — like a revolutionary setting up
a ticking bomb to blow up the present. A German Youth is
a film about the present through the birth of the German
RAF (Red Army Faction) and its origins in the first post-III
Reich generation of West Berlin film students.
absurd situation of By Accident.
INTERNATIONAL
COMPETITION SHORTS 1
JA VI ELSKER Hallvar Witzø
DAS SATANISCHE DICKICHT
– EINS Willy Hans
MY DAD Marcus Armitage
LETO BEZ MESECA Stefan Ivancic
DESPEDIDA Tiago Rosa-Rosso
Yes We Love builds a comical portrait on love and hate of
four generations in Norway. The Satanic Thicket - One builds
on the despair that lurks between the silence of a family
hiding away behind a deep forest - not far from the animated portrait of racism in My Dad. The same rural landscape
offers a delicate portrait on the loss of innocence and the
last summer vacations before adulthood in Moonless Summer.
Tiago Rossa-Rosso, also present in the National Competition, films an absurd and comical game between three friends
stuck in childhood in the last day of summer in farewell.
INTERNATIONAL
THIS PARTICULAR NOWHERE – PART I
– SOME OF WIGNER’S FRIENDS Rita Macedo
TOTEMS Sarah Arnold
A TRAMA E O CÍRCULOFrancisco
Queimadela, Mariana Caló
YEN YEN (DROWN IN SMOKE) Chunni Lin
UDOMOWIENIE Sylwia Gawel
Physician Eugene Wigner is the inspiration for This Particular Nowhere and its experimental walk towards darkness.
Through more narrative ways, Totems walks through the unknown land that history takes up in our lives -- its past and
irrational present. The Mesh and the Circle creates its own sensorial land by editing together an empirical study of manual
labor, not far from the experience that water and land have
on human perspective in Yen Yen and its differences between
animal and human life in Domestication.
INTERNATIONAL
LOOP RING CHOP DRINK Nicolas Ménard
BUFFALO JUGGALOS Scott Cummings
A INVENÇÃO DA NOITE Tomás von der Osten
GUY MOQUET Demis Herenger
Disfuncional characters share the same apartment of Loop
Ring Chop Drink -- freaks and geeks who also live in the alternate reality of Buffalo Juggalos made by Insane Clown Posse
fans. The Invention of Night brings us the dark universe of a
haunted forest and the animals desires of a rambling youth,
before Guy Moquet brings us the story of a romantic young
man who wishes to kiss the girl of his dreams in the middle
of his hometown lake - just like in the movies.
INTERNATIONAL
SEAT 26D Karolina Brobäck
ABSEITS DER AUTOBAHN Rhona Mühlebach
SIEBEN MAL AM TAG BEKLAGEN
WIR UNSER LOS UND NACHTS
STEHEN WIR AUF, UM NICHT ZU
TRÄUMEN Susann Maria Hempel
DER ZUHÄLTER UND SEINE
TROPHÄEN Antoinette Zwirchmayr
TOTALLY LIES Robin Mognetti
Seat 26D takes us through the graphical reenactment of
a plane crash. Its strange calmness seems to echo in the
separation of a middle age couple in Off the Highway, while
Seven times a day... places our new beginnings and endings in
the realm of dreams and nightmares. The Pimp and His Trophies is a recollection of a family brothel by a young child,
while Totally Lies faces the conflict between male and female
archetypes in social media and contemporary discourse.
INTERNATIONAL
OPOWIEŚĆ O LESIE Katarzyna Melnyk
ONDER ONS Guido Hendrikx
TRIUKŠMADARYS Karolis Kaupinis
I COMME IRAN Sanaz Azari
A dog fights for freedom against human indifference in Of
a Forest until his heart burns. Among Us takes us through
the mind of real pedophiles living in our society, while The
Noisemaker shows us a professor fighting against reality —
a school without students. I for Iran unites a teacher and a
student around their native language (Persian) in an empty
classroom to look for freedom behind it.
PROSE DU TRANSSIBÉRIEN David Epiney
ZEMENT Bettina Nürnberg, Dirk Peuker
SAVUPIIPPU Jani Peltonen
HOWTO Elisabeth Caravella
ALL THAT IS SOLID Louis Henderson
David Epiney takes us through the words of Blaise Cendrars
in Prose of the Trans-Siberian and of Little Jehanne de France. Zement
stays in silence in order to dig out the past behind a residential neighbourhood in Austria: a concentration camp. White
Chimney looks for the remains of a past life (during World
War II) in a famous hotel and forest in Finland. Forgotten
images that serve as an experiment in the technological tutorial of Howto and All That is Solid, hitting upon the political
context of neo-colonialism in Africa.
INTERNATIONAL
INTERNATIONAL
INTERNATIONAL
SHIPWRECK Morgan Knibbe
HILLBROW Nicolas Boone
SCRIBBLEDUB Ross Hogg
OBIEKT Paulina Skibińska
CAI PUTERE Daniel Sandu
Life and death ring through the words of a shipwreck survivor in the coast of Italy, as if its dead were also walking in
Hillbrow, a once hip neighbourhood of Johannesburg that
now tells stories of violence. Scribbledub is born out of that
same tension between sound and image in the movement of
film, while Object travels through the underwater world with
the help of a rescue team. Horsepower speaks of a different
passage of time: the decay of friendship and the refusal to
keep up with old traditions.
INTERNATIONAL
AGNES Anja Lind
ROADTRIP Xaver Xylophon
ECHO CHAMBER Guillermo Moncayo
REQUIEM TO A SHIPWRECK Janis Rafa
NECHAYANNO Zhora Kryzhovnikov
Jealousy is too long a trip for Agnes to deal with in her young
age. Frustration also grows in adulthood and a faceless
city in Roadtrip, sharing the feeling of an impending storm
announced through public speakers of a tropical city in Echo
Chamber. Calm after death is then celebrated in Requiem to
a Shipwreck in the Mediterranean sea -— a comical tragedy
also reproduced by the living bodies (and a dead one) in the
MAKU Yoriko Mizushiri
HOSANNA Na Young-kil
QUINZE Maurilio Martins
ECLIPSE Jacky De Groen
END OF SUMMER Jóhann Jóhannsson
Veil is an animated sensual and sensorial experience on
desire and our perspective over bodies. A boy in Hosanna
also uses his senses to repeatedly bring back to life his
fellow ones against the cycle of life. In Fifteen, the poor
reality of a suburban life also determines its characters’
actions - albeit a desire for fantasy and personal happiness.
The same colourful tones bring Eclipse to life under the dark
relation between a lion and its tamer, before the cold, grey
Antarctic lands are recalled through human memory and
film in End of Summer.
NATIONAL COMPETITION
GIPSOFILA Margarida Leitão
In Gypsophila film director Margarida Leitão looks at the
life of her grandmother through the memories and hesitant words of two people who love each other and share
the same blood.
OS OLHOS DE ANDRÉ
António Borges Correia
The Eyes of André is a fictional reenactment of a true family
story in Arcos de Valdevez, Portugal, through the eyes of
a young boy.
A TOCA DO LOBO Catarina Mourão
Catarina Mourão has become one of the most delicate filmmakers in Portuguese cinema. The director now presents
a portrait of another figure in Portuguese cultural history:
her grandfather and writer Tomaz de Figueiredo. A film that
gently unveils a family separated by his death through stories
written in a country controlled by the fascist dictatorship.
UMA RAPARIGA DA SUA
IDADE Márcio Laranjeira
Márcio Laranjeira’s first feature film is a tale about a generation between Lisbon, Viana do Castelo, and New York:
young people torn between their hometowns and new cities,
while their relationships are affected by the country’s crisis.
NATIONAL COMPETITION SHORTS 1
PARA LÁ DO MARÃO José Manuel Fernandes
IEC LONG João Pedro Rodrigues,
João Rui Guerra da Mata
OUTUBRO ACABOU
Miguel Seabra Lopes, Karen Akerman
AULA DE CONDUÇÃO
André Santos, Marco Leão
Beyond Marão films an abandoned land and a hanging menace
over its remaining population, while Iec Long continues the
work started by João Pedro Rodrigues and João Rui Guerra
da Mata around Macau’s heritage in real life and film. October is
Over also deals with film heritage -- through the eyes of a very
young film director and its parents. Driving Lesson is another
step in André Santos and Marco Leão’s gaze over intimacy
and loneliness in an unusual couple and a mother figure.
LEI DA GRAVIDADE Tiago Rosa-Rosso
O REBOCADOR Jorge Cramez
A TRAMA E O CÍRCULO
Francisco Queimadela, Mariana Caló
CINZAS E BRASAS Manuel Mozos
Law of Gravity seems to follow Beckett’s steps in the absurd
tale of two friends waiting for their film to happen. Jorge
Cramez recalls the film noir heritage in Tow Truck Driver.
The Mesh and the Circle shifts into an empirical history of
manual labor through a sensorial and editing experience.
In Ashes and Embers, Manuel Mozos uses literature to film
Isabel Ruth as writer Dulce Maria Cardoso and cinema to
welcome its ghosts and memories.
THE LAST ANALOG TREE Jorge Pelicano
OTHON Martim Ramos, Guillaume Pazat
PROVAS, EXORCISMOS Susana Nobre
DESPEDIDA Tiago Rosa-Rosso
The Last Analog Tree plays on the perspective of those who
film and those who are filmed. Othon is a documentary on
families who have occupied the Brazilian hotel Othon Palace
in São Paulo. Trials, Exorcisms offers a documentary influence
on a fictional story about unemployment in Portugal. Tiago
Rosa-Rosso’s Farewell says goodbye to summer through an
absurd game on male friendship and childhood references.
THIS PARTICULAR NOWHERE – PART I –
SOME OF WIGNER’S FRIENDS Rita Macedo
FORA DA VIDA Filipa Reis, João Miller Guerra
CAMPO À BEIRA MAR André Ruivo
UM DIA CABOUQUEIROS Tomás Baltazar
Physician Eugene Wigner is the inspiration for This Particular Nowhere and its experimental walk towards darkness. On
the Side is a new look by Filipa Reis and João Miller Guerra
on Lisbon’s suburban life. Countryside by the Sea plays, on
the other hand, with overpopulated beaches through the
look of comedy and animation.Um Dia Cabouqueiros is a
documentary on the history of quarrymen who have built
our land’s homes.
BRAND NEW 1
SWALLOWS Sofia Bost
MEETING POINT Miguel Rato
A RAPARIGA DE BERLIM Bruno de Freitas Leal
A RAPARIGA IDEAL Mariana Pereira
Swallows is about living in a country and a house that is not
our own -- in this case, a young Portuguese graphic designer in London. The same city stages an experiment on the
differences between a real and imagined urban landscape in
Meeting Point. The Girl From Berlin films the silent and poe-
programme (english) · 27
tic moments of a young love between Lisbon and Berlin.
The Ideal Girl brings back the memories of two older Portuguese women who coped with the female image nurtured
by the fascist regime.
BRAND NEW 2
LOGÍSTICA Miguel Tavares
MAPA MUSEU Nuno Lacerda
A ÚLTIMA NOITE Joana Reis
CAVERN CLUB Gonçalo Soares
Logistics tells another story of separation between a group
of friends — those who leave and those who decide to
stay in their country. Map Museum builds an architectural
puzzle out of Centro Cultural de Belém exhibitions spaces. The Last Night shows the last round of a young man
before he leaves his boarding school, while Cavern Club
tells the story of a young editor lost in a Lisbon for tourists, a decaying film industry, and demonstrations for a
hopeless generation.
SILVESTRE
BEFORE WE GO Jorge León
Brussels, La Monnaie Opera House. Three people near the
end of their lives meet with choreographers, actors and
musicians. They take part in a unique experience which
involves music, dance and silence. Their journey becomes
a tribute to the fragility of the human condition, between
reality and representation, tragedy of the body and freedom
of the spirit. Together they question their own relationship
with death.
BUZZARD Joel Potrykus
Paranoia forces small-time scam artist Marty to flee his hometown and hide out in a dangerous Detroit. With nothing but
a pocket full of bogus checks, his Power Glove, and a bad
temper, the horror metal slacker lashes out.
FOR THE PLASMA Bingham Bryant,
Kyle Molzan
A young woman named Helen has found work as a forest
fire lookout responsible for monitoring a large Maine woodland. While there she has made an inexplicable but lucrative
discovery: by analyzing the images of the forest that surveillance cameras relay to her base in a seaside 19th century
home, she is able to predict future developments and trends
in the world financial market.
FORT BUCHANAN Benjamin Crotty
When his husband Frank is sent on a mission to Djibouti,
Roger remains behind with his adopted daughter, the temperamental Roxy, at Fort Buchanan, a remote base in the
middle of the woods. Over the course of four seasons he
seeks advice, company and consolation from a middle-aged
woman, three pretty wives abandoned by their husbands,
and a farmer-cum-personal-trainer, all of whom have their
own romantic turmoil.
DER GELDKOMPLEX (EL COMPLEJO
DE DINERO) Juan Rodriganez
Rafael resides on his southern Spanish finca with his friends,
a group of bohemian refuseniks, adventurers and leftover revolutionaries. They loaf about in style in the idyllic
surroundings, playing around, drinking, chatting, reciting
verse, posing and performing. Early on, Rafael’s son shows
up with his German fiancée, who soon runs off with Julio
after some four-handed piano playing.
DAS GROSSE MUSEUM
Johannes Holzhausen
The Great Museum looks into the background work of Vienna’s
Museum of National History. Through the eyes of board
meetings and Johannes Holzhausen reveals the common
goal inside a museum: a visual and human education through
its collection.
TRUDNO BYT’ BOGOM Aleksey German
A group of scientists is sent to another planet to help the
local civilization, which is in the Medieval phase of its own
history, to find the right path to progress. Their task is a
difficult one: they cannot interfere violently and in no case
can they kill. The scientist Don Rumata tries to save the
local intellectuals from their punishment and cannot avoid
taking a position.
HISTOIRE DE JUDAS Rabah Ameur-Zaïmeche
Rabah Ameur-Zaïmeche’s fifth feature film is an alternate
version of the story of Judas -- a passionate and physical look
on the last days of Jesus Christ and the love of his apostle.
MANGE TES MORTS Jean-Charles Hue
Jean-Charles Hue had already created a film about a Gypsy
community in France with The Lord’s Ride (shown at IndieLisboa 2011). With Eat Your Bones, his work becomes a
landmark in French contemporary cinema. Through the
shape of action and western films, a family’s future is now
tangled between a new life and a vicious one, tied to the
furious growls of a racing car that carries its dead and an
unavoidable destiny with it.
MAR Dominga Sotomayor
The sea is where we go to lose sight of ourselves, the city,
and what we’ve left behind, a place that soon becomes one
of trial: our relationships, our families, and the life we’ve
abandoned. Sea is also the name of a character in Dominga
Sotomayor’s new film, one of the most promising directors of South American cinema (winner of IndieLisboa’s
2012 International Competition with Thursday Till Sunday).
MERCURIALES Virgil Vernier
Two twin towers rise in the outskirts of Paris between
the daily rush of thousands of cars and people driving
28 · programme (english)
in highways. At the top, two girls from opposite sides of
Europe meet in rooms and hallways that carry the names
of mythological gods. Mercuriales is a magical tale on the
European economic system, the ruins of its political history,
and the dreams of people - real or mythical - who live in it.
LE PARADIS Alain Cavalier
With his small digital camera, Alain Cavalier found paradise
on earth. After the political study of Pater (2011), Cavalier
goes back to his filmeur mode to create one of his most enlightening works. For we are all equal in paradise before the
light of what is living.
QUEEN OF EARTH Alex Ross Perry
Besides the International Competition, Alex Ross Perry is
also present in the Silvestre section with Queen of Earth, an
emotional thriller with Elizabeth Moss, Katherine Waterston,
and the influence of Ingmar Bergman and Roman Polanski.
LA SAPIENZA Eugène Green
At the height of his career, Alexandre decides to set off for
Italy with the idea of completing his draft – interrupted years
earlier – of a book on Borromini. He is accompanied by his
wife Alienor who feels her relationship with her husband gradually slipping away along with the passion it used to inspire.
TAKVA SU PRAVILA Ognjen Sviličić
Ivo and Maja live an ordinary life in Zagreb. One night their
only son, Tomica, is assaulted on the street by a boy his own
age, and is seriously wounded. The parents are forced to
rethink their values.
UNE HISTOIRE AMÉRICAINE
Armel Hostiou
Vincent Macaigne is the driving force of a transatlantic love,
shot in the streets of New York City, that refuses to die.
SILVESTRE SHORTS 1
RITUAL FOR A RELICT Alexander Glandien
THIS IS COSMOS Anton Vidokle
DANS LA JOIE ET LA BONNE
HUMEUR Jeanne Boukraa
TRAUERKANTATE IN SECHS ARIEN
Pia Hellenthal, Marina Klauser
MOULTON OG MEG Torill Kove
Ritual of a Relict is a new film by artist Alexander Glandien
on the ruins of the Baltic sea. This is Cosmos follows the
ideas of Russian philosopher Nikolai Fedorov. With Joy and
Merriness is an animated gore comedy on eternal life, while
Cantata of Grief echoes its despair through the portrait of a
suicide-assistance center before the latest work from Oscar
winner Torill Kove: Me and My Moulton.
SILVESTRE SHORTS 2
CINZA Micael Espinha
INSTITUTE ABOVE-GROUND Florian Zeyfang,
Lisa Schmidt-Colinet, Alexander Schmoeger
TEMPÊTE SUR ANORAK Paul Cabon
THE MAD HALF HOUR Leonardo Brzezicki
SAN SIRO Yuri Ancarani
Ashes shows a ghost town lost in time where only the recorded voice of Salazar still lives. Institut Above Ground shows us
another side of architecture: Cuba’s post-revolutionary one.
Tempête sur anorak is an animated adventure in an evacuated
town by sea, while The Mad Half Hour brings us the existencial doubts of a young couple in the streets of Buenos
Aires. San Siro takes us through the many steps of preparing
a football match at the Italian stadium.
SILVESTRE SHORTS 3
8 BALLES Frank Ternier
HEADLANDS LOOKOUT Nick
Jordan, Jacob Cartwright
KACEY MOTTET KLEIN, NAISSANCE
D’UN ACTEUR, UNE PETITE LEÇON
DE CINÉMA Ursula Meier
TON COEUR AU HASARD Aude Léa Rapin
8 Bullets brings the memories and the scent of a family killing
in a land far away from home. Headlands Lookout looks into
the ecological and cultural heritage of the Pacific Coast,
while Ursula Meier builds a portrait of her young actor Kacey
Mottet Klein and his work. Your Heart at Random speaks of another child: a grown man speaking his heart out to strangers.
SILVESTRE SHORTS 4
EXUVIE Emmanuel Lantam
TAKE WHAT YOU CAN CARRY
Matthew Porterfield
O.T. Markus Scherer
O COMPLETO ESTRANHO
Leonardo Mouramateus
THE LIVING NEED LIGHT, THE DEAD
NEED MUSIC The Propeller Group
Insects’ life and the memories of a past love haunt a colonial
house in Exuvie. Take What You Can Carry is the latest film
from Matthew Porterfield (I Used to Be Darker, IndieLisboa
2013), with Hannah Gross and German filmmaker Angela
Schanelec. O.T. is an experiment on movement over a still
landscape. Two in the Shadow is an intimate portrait of relationships in a Brazilian party, at night, while The Living Need
Light, the Dead Need Music follows the musical celebrations
of traditional funerals in Vietnam.
SILVESTRE SHORTS 5
LE RÊVE DE BAILU Nicolas Boone
ATLANTIS Ben Russell
SMALL PEOPLE WITH HATS Sarina Nihei
DA JE KUĆA DOBRA I VUK
BI JE IMAO Hana Jušić
IN WAKING HOURS Katrien
Vanagt, Sarah Vanagt
Bailu Dream is the filmlike reconstruction of a Chinese town
with French features. Atlantis speaks of another utopia:
how its idea has influenced our lives and ways of filming it.
Sarina Hei tells a surrealist tale of a universe divided by people with and without hat (Small People with Hats). A strange
look on intimacy is reflected in the fictional portrait of a
couple in No Wolf has a House. In Waking Hours reproduces
the mechanism of a magic lantern inside a real eye to show
us the source of images and cinema.
SILVESTRE SHORTS 6
SALERS Fernando Dominguez
LA LÉGENDE DORÉE Olivier Smolders
CALAMITY QUI? Isabelle Prim
LE SOUFFLEUR DE L’AFFAIRE Isabelle Prim
Salers is an experimental work on someone’s memories of
the French city during the Nazi occupation. The Golden
Legend takes us through the mind of a psychiatric patient
and his fascination for certain historical figures. Calamity
who? is a portrait of actress Christine Boisson through film
heritage and her work by Isabelle Prim, also responsible for
The Prompt of the Affaire -- an artistic puzzle between theatre, cinema, and a mysterious crime through the voice of
playwright Edmond Rostand.
SILVESTRE SHORTS 7
I AM A SPY Sarah Wood
PANCHROME I, II, III T. Marie
BAD AT DANCING Joanna Arnow
MY BBY 8L3W Neozoon
NOTRE DAME DES HORMONES
Bertrand Mandico
I Am a Spy is a study on observation and identity in a society
ruled by information. Panchrome I, II, III builds an experimental look on the colours and shapes of pixels to give a
transcendental experience on perspective. Bad at Dancing is
an uncomfortable portrait of someone who refuses to acknowledge the limits of intimacy, something which is also
challenged by the true portraits of dog-loving women on
the Internet. Our Lady of Hormones goes into the surreal and
fantastic realm of two actresses lost in a magical land where
a strange, ugly object of pleasure rules.
SILVESTRE FOCUS
JAN SOLDAT
JAN SOLDAT 1
REIN/RAUS Jan Soldat
WIELANDSTRASSE 20, 3.OG LINKS Jan Soldat
EIN WOCHENENDE IN
DEUTSCHLAND Jan Soldat
ENDLICH URLAUB Jan Soldat
DIE SECHSTE JAHRESZEIT Jan Soldat
BEZIEHUNGSWEISE Jan Soldat
The first screening of Jan Soldat’s films is an introduction to the
secret behind his work: new definitions of lasting love through
the broken barriers of physical pleasure between people.
JAN SOLDAT 2
GELIEBT Jan Soldat
ZUCHT UND ORDNUNG Jan Soldat
DER UNFERTIGE Jan Soldat
HOTEL STRAUSSBERG Jan Soldat
Jan Soldat’s second screening shows us the love between
couples and their pets, as well as the rules and procedures
between a BDSM couple. But also the realm of voluntary
body slavery and the choice of living in a military flavoured
prison to improve their lives as slaves.
JAN SOLDAT 3
HAFTANLAGE 4614 Jan Soldat
DER BESUCH Jan Soldat
Haftlange 4616, Jan Soldat’s latest film, is his definite look on
the sexual and power relations that hide in a sexual torture
prison -- in other words, an alternate way to look at the current tensions of German history and, consequently, European
society. In Der Besuch, a grandmother visits his grandson’s cells.
INDIEJUNIOR
INDIEJUNIOR ALL AGES
DER KLEINE VOGEL UND DAS
EICHHÖRNCHEN Lena von Döhren
DOWN TO EARTH Anna Vasof
BLOQUEJATS APILATS Anna Solanas, Marc Riba
HISTORIA DE UN OSO Gabriel Osorio
COOKIE-TIN BANJO Peter Baynton
AGNES Anja Lind
MESSAGES DANS L’AIR Isabelle Favez
A squirrel and a bird find a friendship when facing a dangerous fox. What will we do if no one allows us to live on
planet Earth? A lonely bear dad tells his story through a magic
box: one that gave birth to cinema. Another dad passes on
his love for music to his only son. Agnes sees her brother
begin to like other girls. Sometimes, it’s just better to talk to
other people through letters flying between us.
INDIEJUNIOR +3
A PRIMEIRA VEZ Gabriela Sá
THE TIE An Vrombaut
MINOULE Nicolas Bianco-Levrin
KIŠNI Ivana Guljašević
STICKS AND STONES Isaac King
AAA Andreas Hummel
BANKA Tatiana Kiseleva
DEUX AMIS Natalia Chernysheva
SONÁMBULO Theodore Ushev
NASHORNTWIST Verena Fels
LUNE ET LE LOUP Toma Leroux, Patrick Delage
ZEBRA Julia Ocker
Rita tells us how she broke her finger for the first time.
Friendship bears no age or height differences - not even
between a small and a big girafe, or a wolf and a baby full
of hiccups. Everyone is the same, even zebras who grow
up with strange stripes. But things don’t work that way with
bad cats who like to hunt cute canaries. The most important thing in the world are small things - even technology
helps us see them. Like surreal images hidden in the sky
who dance to the words of Federico García Lorca. Even
rhinoceroses love to dance!
INDIEJUNIOR +7
CAMPO À BEIRA MAR André Ruivo
A SLOTH IN WONDERLAND Wonjin Jang
ILLUSTRATION: COMPOSTAGE Élise Auffray
HAIRY MOO MOO Hadi Tabasi, Rasoul Zarrin
NUL POISSON OÙ ALLER
Nicola Lemay, Janice Nadeau
ONE MAN, EIGHT CAMERAS Naren Wilks
TONDA A BACIL Kateřina Karhánková
TANT DE FORÊTS Burcu Sankur, Geoffrey Godet
GUNTHER Erick Oh
DEN MAGISKE TIDEN Kine Aune
When the sun comes, strange people called adults invade the
coast. Even the sloth finds them too strange. What happens
when it’s our turn to look at the countryside? Can animals
live together without eating each other? A poem by Jacques
Prévert tells us what happens in forests. Can men live without
destroying them and people who wear other colours? But
there’s also much to see when we look ourselves in mirrors
in black and white.
INDIEJUNIOR +10
COWBOYDRØM Lars Hegdal
PANIQUE AU VILLAGE: LA BÛCHE DE
NOËL Stéphane Patar, Vincent Aubier
POTOVANJE NA LADJI BEAGLE,
PASAVEC Jernej Lunder
DAAN DURFT Mari Sanders
Bill Benson dreams of being Lucky Luke, but something
gets in the way. Indians and cowboys also hope to get presents for Christmas - unless they’ve been bad boys. Charles
Darwin travelled half the world away to study animals and
species - a small armadillo will show us how many are them.
But our biggest trips can also be made by water. That’s what
small Daan will show his parents.
INDIEJUNIOR +13
GIOVANNI EN HET WATERBALLET
Astrid Bussink
BIGHORROR Maurice Huvelin
PERSONAL DEVELOPMENT Tom Sullivan
TIMBER Nils Hedinger
MOULTON OG MEG Torill Kove
Giovanni prefers synchronized swimming to playing football. But his nightmares won’t stop him from going through
its competition. They’re surely not as bad as in Bighorror. In
Personal Development, a divorced father renews his relationship
to his youngest daughter through unexpected news. Things
also turn out bad when a bunch of tree trunks try to heat
themselves by the fire. Me and My Moulton is also a complicated portrait: a family trying to live under the modernist
rules of its architect parents.
INDEPENDENT HERO
MIA HANSEN-LØVE
EDEN Mia Hansen-Løve
The life of a French DJ who’s credited with inventing “French
house” or the “French touch,” a type of French electronic
music that became popular in the 1990s.
FIN AOÛT, DÉBUT
SEPTEMBRE Olivier Assayas
Late August, Early September by Olivier Assayas was Mia Hansen-Løve’s gateway to cinema and her first role as an actress.
LE PÉRE DE MES ENFANTS
Mia Hansen-Løve
A film producer struggles with suicidal despair.
TOUT EST PARDONNÉ Mia Hansen-Løve
APRÈS MÛRE RÉFLEXION Mia Hansen-Løve
All Is Forgiven, Mia Hansen-Løve’s first feature, is a reflection of her future work: love, absence, and the feelings one
goes through as time passes (here, the relationship between
an estranged father and his daughter). Après mûre réflexion
is her first short-film.
UN AMOUR DE JEUNESSE
Mia Hansen-Løve
A chronicle of the romance between Camille and Sullivan,
which begins during their adolescence and picks up after
Sullivan’s 8-year absence from exploring the world.
INDEPENDENT HERO
WHIT STILLMAN
BARCELONA Whit Stillman
Ted, a stuffy white guy from Illinois working in a Barcelona
office for US corporation, is paid an unexpected visit by his
somewhat less stuffy cousin Fred, who is an officer in the
US Navy. Over the next few months, both their lives are
irrevocably altered by the events which follow Fred’s arrival,
events which are the trivial stuff of a comedy of manners
at first but which gradually grow increasingly dramatic.
DAMSELS IN DISTRESS Whit Stillman
A trio of girls set out to change the male-dominated environment of the Seven Oaks college campus, and to rescue
their fellow students from depression, grunge and low standards of every kind.
THE LAST DAYS OF DISCO Whit Stillman
Story of two female Manhattan book editors fresh out of
college, both finding love and themselves while frequenting the local disco.
METROPOLITAN Whit Stillman
A group of young upper-class Manhattanites are blithely
passing through the gala debutante season, when an unusual outsider joins them and stirs them up.
INDIEMUSIC
B-MOVIE: LUST & SOUND IN WESTBERLIN Jörg A. Hoppe, Heiko Lange, Klaus Maeck
West Berlin was a city under a state of emergency. Its mixture of pop and punk influences, music and plastic arts,
and a particular nightlife would call groups of people from
all sides of Europe, influencing the music of David Bowie,
Nick Cave, and bands such as Joy Division, New Order, and
European electronic music.
THE DEATH AND RESURRECTION
SHOW Shaun Pettigrew
The Death and Resurrection Show is a look into the indescribable life of an indescribable band: Killing Joke. Somewhere
between mysticism, industrial post-punk, or evil worshippers
- nothing’s good enough to describe its uncanny universe.
GOD HELP THE GIRL Stuart Murdoch
God Help the Girl is a pop opera written by Stuart Murdoch
of Belle and Sebastian, one of the greatest pop bands in
music history (fans will agree).
LEE SCRATCH PERRY’S VISION
OF PARADISE Volker Schaner
A unique project in many ways. It is the life story of the
legendary musician, but it is not a biography, it is a fairytale documentary!
LIFE AFTER DEATH FROM
ABOVE 1979 Eva Michon
Life After Death and Above is a personal look into the band
that took his name from Apocalypse Now’s helicopters
(1979), with the help of band members, friends, and an
insight into their future projects.
MORPHINE – JOURNEY OF
DREAMS Mark Shuman
The story of the iconic genre-busting 1990s ‘Low Rock’ band
Morphine is told by its surviving members and the coterie
around them, sans narration, and made palpable through
saxophonist Dana Colley’s tour journals.
NO MANIFESTO: A FILM
ABOUT MANIC STREET
PREACHERS Elizabeth Marcus
No Manifesto is a film about Welsh rock group Manic Street
Preachers and the dedication of their worldwide fans somewhere between their passion for music and the political
stance that comes with it.
THE POSSIBILITIES ARE ENDLESS
Edward Lovelace, James Hall
The possibilities are endless: those were the first words Edwyn
Collins (Orange Juice) spoke after waking up from a brain
hemorrhage. Edward Lovelace and James Hall’s film follows
a zone where past and present become one in order to fight
for a new future.
THEORY OF OBSCURITY: A FILM
ABOUT THE RESIDENTS Don Hardy Jr.
The story of the renegade sound and video collective known
as The Residents. A story that spans 40 years and is clouded in mystery.
WACKEN 3D Norbert Heitker
The greatest Heavy Metal Open Air Festival on the planet.
ŽIVAN PRAVI PANK
FESTIVAL Ognjen Glavonić
The 6th edition of a punk rock festival in Tomasevac, Serbia, might not be the greatest idea to succeed as a music
promoter. But Zivan’s determination, despite missing bands
and audience, will try to prove otherwise.
MÚSICA MODERNA – UM DISCO
FILME DE TOCHAPESTANA Tochapestana
SI JAMAIS NOUS DEVONS
DISPARAÎTRE CE SERA SANS
INQUIÉTUDE MAIS EN COMBATTANT
JUSQU’À LA FIN Jean-Gabriel Périot
Jean-Gabriel Périot (A German Youth) directs a performative
experience between a rock duo and a dancer, while Portuguese duo Tochapestana brings the 1980’s esthetics and its
musical influence to Portuguese popular culture.
DIRECTOR’S CUT
BEYOND CLUELESS Charlie Lyne
On one level, High School movies all share the same themes:
fitting in, making the grade and getting laid. But buried deeper
in these guilty pleasures are certain truths we choose to ignore.
FASSBINDER – LIEBEN OHNE ZU
FORDERN Christian Braad Thomsen
THE VANITY TABLES OF
DOUGLAS SIRK Mark Rappaport
Fassbinder –To Love Without Demands is a documentary on the
German film director with the help of close collaborators
and unreleased footage. The influence of Douglas Sirk in
the German film director’s work is also recalled in The Vanity
Tables of Douglas Sirk, an essay by Mark Rappaport on his
actresses and the role of mirrors in his films.
GUANGYIN DE GUSHI – TAIWAN
XIN DIANYING Chinlin Hsieh
Taipei once was the world capital of cinema. Authors such
as Hou Hsiao-Hsien (A City of Sadness, 1989; Millennium
Mambo, 2002) and Edward Yang (A Bright Summer Day,
1991; Yi Yi, 2000) opened new ways for the portrait of time
and how their country’s political history determined their
feelings. Growing between China and an attraction for the
Western world, Taiwan’s cinema changed the life of Asian
film directors (Apichatpong Weerasethakul, Tsai Ming-Liang)
and European ones (Olivier Assayas).
LES GANTS BLANCS Louise Traon
The digital era spared the use of gloves in editing -- but not
a more delicate look when looking at the hours of images
until finding the body of a film and, later, its spirit. Even
more in the case of Manoel de Oliveira and editor Valérie
Loiseleux (Abraham’s Valley, 1993; The Convent, 1995; I’m
Going Home, 2001; Magic Mirror, 2005; The Strange Case of
Angélica, 2010; Gebo and the Shadow, 2012).
LOVE IS ALL: 100 YEARS OF
LOVE & COURTSHIP Kim Longinotto
YOU I TOURNEUR Marylène Negro
Kim Longinotto builds an unusual object in a career driven
by social documentary film: a collage of love stories from
the history of British film, driven by the music of Hawley.
Love is all: words that echo in the romantic songs of Richard
Hawley and the gaze of the British filmmaker, as well as a
love letter read over the female faces of Jacques Tourneur’s
films in You I Tourneur.
RABO DE PEIXE – DIRECTOR’S
CUT Joaquim Pinto, Nuno Leonel
As in Visconti’s The Earth Trembles (1948), where cinema
came to life through reality, Joaquim Pinto and Nuno Leonel saw, in Rabo de Peixe’s fishermen, their reason to keep
making films.
REMAKE, REMIX, RIP-OFF Cem Kaya
EL ADIOS LARGOS Andrew Lampert
Remake, Remix, Rip-Off is a hallucinating journey through
Turkish Z movies. In similar ways, El Adios Largos remakes
Robert Altman’s The Long Goodbye.
ULRICH SEIDL UND DIE BÖSEN
BUBEN Constantin Wulff
Ulrich Seidl - A Director at Work is a look into the curiosity
of a filmmaker and the universe he shares with people who
open the doors of their intimate world and show their games
of pain, pleasure, and manipulation. Words that also apply
to Seidl’s methods in filmmaking and theatre direction.
VIAGGIO NELLA DOPOSTORIA Vincent Dieutre
SHADOWLAND John Skoog
A couple (filmmaker Vincent Dieutre and Simon Versnel)
tries to find itself between their lives and their memories
of Journey to Italy (1954) in a transformed Italian landscape.
Shadowland, by John Skoog, films the shadows left by John
Ford’s historical landscapes in contemporary times.
VON CALIGARI ZU HITLER: DAS
DEUTSCHE KINO IM ZEITALTER
DER MASSEN Rüdiger Suchsland
Rüdiger Suchsland sets a parallel between the freedom of the
Weimar Republic’s film industry and the imminent threats of
its democratic society (the economic recession and the rise
of extremist movements) through the films of Fritz Lang,
F.W. Murnau, G.W. Pabst, Joseph von Sternberg, and the
beginnings of Billy Wilder and Ernst Lubitsch.
DIRECTOR’S CUT IN CONTEXT
ASPHALT Joe May
One of the last German UFA silent films and one of the
greatest examples of German expressionism (and a major
influence in American film noir). Set design by Erich Kettelhut (Dr. Mabuse, Metropolis) and cinematography by Günther
Rittau (Metropolis, The Blue Angel).
DIE BITTEREN TRÄNEN DER PETRA
VON KANT Rainer Werner Fassbinder
An adaptation by Fassbinder of his own play, The Bitter Tears
of Petra von Kant is one of the major films of his career, starring Hanna Schygulla and Irm Hermman.
O ESTRANHO CASO DE
ANGÉLICA Manoel de Oliveira
A photographer is asked by hotel owners to take portraits
of their recently deceased daughter.
SIXTEEN CANDLES John Hughes
A dizzying journey into the mind, body and soul of the
teen movie, as seen through the eyes of over 200 modern
coming of age classics.
MOUTH OF MADNESS
THE DUKE OF BURGUNDY Peter Strickland
Peter Strickland’s new film echoes Losey and Buñuel’s universe
to tell the strange and passionate story of an amateur butterfly
and moth researcher and her part-maid, full-time sex-slave.
FILS DE HPG
What’s your job, daddy?. HPG (Hervé Pierre-Gustave), porno
film director and actor, tries to answer his kids the best way
he can: with a new film.
HOMESICK Jakob M. Erwa
Jessica, an ambitious cello student, moves into a new flat, with
her boyfriend Lorenz. When she receives the honorable invitation to represent Germany in an international contest for
classical music it seems to be her great opportunity – but at
the same time an enormous pressure.
ICH SEH ICH SEH Veronika Franz, Severin Fiala
In the heat of the summer. A lonesome house in the countryside between woods and corn fields. Nine-year-old twin
brothers are waiting for their mother. When she comes home,
bandaged after cosmetic surgery, nothing is like before.
IM KELLER Ulrich Seidl
A film about people and basements and what people do in
their basements in their free time.
NÅR DYRENE DRØMMER
Jonas Alexander Arnby
16-year old Marie lives on a small island with her seriously ill mother and her father, who takes care of the family.
But suddenly mysterious deaths happen and Marie can feel
something strange happening to her body.
Swedish television, Göran Olsson edits together a history
of racism and European colonialism (narrated by Lauryn
Hill) based on the book by Frantz Fanon.
FORCE MAJEURE Ruben Östlund
A Swedish family travels to the French Alps to enjoy a few
days of skiing. The sun is shining and the slopes are spectacular but, during a lunch at a mountainside restaurant, an
avalanche turns everything upside down.
O MEDO À ESPREITA Marta Pessoa
The Lurking Fear interviews Portuguese citizens whose lives
where hit by the torture of its fascist political police (PIDE/
DGS) and the work of its informants.
OM DE WERELD IN 50
CONCERTEN Heddy Honigmann
Heddy Honigmann follows one of the most respected
orchestras in the world - the Royal Concertgebouw Orchestra - throughout several continents. Around the World in 50
Concerts shows how music is a place of freedom against
political and personal oppressions and opens the way for
our pursuit of happiness.
WHILE WE’RE YOUNG Noah Baumbach
A middle-aged couple’s career and marriage are overturned
when a disarming young couple enters their lives.
FIPRESCI PROGRAM
CERNÝ PETR Milos Forman
Milos Forman’s first fiction film about the sentimental education of a young man and one of the best examples of the
European New Wave in the 1960’s.
LOURDES Jessica Hausner
In order to escape her isolation, wheelchair-bound Christine
makes a life changing journey to Lourdes, the iconic site of
pilgrimage in the Pyrenees Mountains.
OTAC NA SLUZBENOM
PUTU Emir Kusturica
Emir Kusturica’s second feature film about the history of
Jugoslavia and a father who went away, for political reasons, on a business trip.
REPULSION Roman Polanski
Born in 1933 he is Polish and, since 1976, naturalized-French
film director, producer and writer. He is best known for Rosemary’s Baby e Chinatown.
LA TETA ASUSTADA Claudia Llosa
WHITE BIRD IN A BLIZZARD Gregg Araki
Second feature film by Peruvian filmmaker Claudia Llosa:
an intimate and delicate portrait of a young woman and
her fear of repression and physical abuse in her country.
MOUTH OF MADNESS SHORTS
HEAD GENEVE PROGRAM
KURZ DAVOR IST ES
PASSIERT Anja Salomonowitz
In 1988, a teenage girl’s life is thrown into chaos when her
mother disappears.
SPLINTERTIME Rosto
HOW OLIN LOST HIS EYE Damian McCarthy
UNDEAD WOMAN Shanti Masud
TUCK ME IN Ignacio F. Rodó
DEEP SPACE Bruno Tondeur
POLAROID Lars Klevberg
YOU ME AND IT Anita Delaney
CHAUD LAPIN Alexis Magaud, Soline Béjuy,
Maël Berreur, Géraldine Gaston, Flora Andrivon
PORTRAIT Donato Sansone
LOJA DE RÉPTEIS Pedro Severien
SEAFOOD PORN Momoko Seto
The short-film screening of Mouth of Madness will wake
up the darkest spirits in film theaters.
SPECIAL SCREENINGS
AQUI, EM LISBOA Denis Côté, Dominga
Sotomayor, Gabriel Abrantes, Marie Losier
Here, in Lisbon is a film directed by Denis Côté, Dominga
Sotomayor, Gabriel Abrantes, and Marie Losier to celebrate
IndieLisboa’s tenth anniversary. Four different segments
filmed in Lisbon that celebrate the richness and values of
independent filmmaking.
A ARTE DA LUZ TEM 20.000
ANOS João Botelho
NOS CAMPOS EM VOLTA João Botelho
Although cinema is a young centenary art, the light and
shadows that gave birth to it have been living since the
beginning of human existence. João Botelho’s new film
follows their trace in the Côa Valley, one of the largest
prehistoric rock-art sites in the world, preceded by his shortfilm Nos campos em volta.
CAPITÃO FALCÃO João Leitão
Captain Falcon was the national fascist superhero that
Portugal and António de Oliveira Salazar were waiting for.
The rest is history.
A CASA DAS MÃES Philippe Costantini
Documentary filmmaker and Jean Rouch collaborator Philippe Costantini goes inside the House of Santo António
to film a House of Mothers: a social institution destined for
young single mothers to raise their children and hope for a
second chance in their troubled lives.
CONCERNING VIOLENCE
Göran Hugo Olsson
After The Black Power Mixtape 1967-1975 (2011) and the history of the Black Panther Party through archival footage of
Kurz davor ist es passiert redefines the process of documentary
filmmaking. By making a film about human trafficking, Anja
Salomonowitz tells the story of its victims not by filming
them, but by making other people (apparently with no relation
to their stories) tell them through their bodies and daily lives.
STALINGRAD LOVERS Fleur Albert
Stalingrad Lovers is the first fiction film by Fleur Albert -- still,
a dramatic story inspired by the lost lives of drug users and
drug dealers in the Parisian neighbourhood of Stalingrad.
ÜBER DIE JAHRE Nikolaus Geyrhalter
Over the years follows ten years in the life of a small Austrian
town during and after the closure of its textile industry.
HEAD SHORTS
LES ÉVANGILE D’ANASYRMA Elene Naveriani
MAPALÉ Jorge Cadena
KOMOREBITACHI Sophie Perrier, Masanori Omori
MECCARILLOS Aurelie Pernet
If the feature films screenings promoted by HEAD and
IndieLisboa point out a few examples of what the Geneva
school aims for in its academic mission (namely the contact
between fictional and documentary forms in filmmaking),
these short-films are a few of the latest works that have been
produced in it and shown around film festivals in the past year.
STATE OF THE ART
TAMPERE
LES BARBARES Jean-Gabriel Périot
J.M. MONDÉSIR Alice Colomer-Kang
MUSEUM PIECE John Smith
LUMIKKO Miia Tervo
HABANA Edouard Salier
VIENNA INDEPENDENT SHORTS
AIM Björn Kämmerer, Karoline Meiberger
USO JUSTO Coleman Miller
MYSTERY MUSIC Nicolas Mahler
SUNNY AFTERNOON Thomas Redoldner
ANOMALIES Ben Cady
BLUE MOON Bjørn Melhus
KROCHACARRALDO Christoph Schwarz
BOOGODOBIEGODONGO Peter Millard
The State of the Art program is a collaboration between IndieLisboa, Vienna Independent Shorts, and Tampere Film
Festival. The three festivals have united to create a program
that translates the present and future of the short-film format — a proposal that will also be discussed during the
LisbonTalks on May 1st, with the festival directors, at 6 PM
(São Jorge cinema). ■
programme (english) · 29
PARCEIROS INSTITUCIONAIS
ORGANIZAÇÃO
PARCEIRO DE
PROGRAMAÇÃO
CO-PRODUÇÃO
PARCERIA ESTRATÉGICA
PATROCINADOR
PRINCIPAL
PARCEIROS MEDIA
PATROCINADORES
PARCEIRO OFICIAL
DE ACOMODAÇÃO
TELEVISÃO OFICIAL
PARCEIRO OFICIAL
MULTIBEBIDAS
JORNAL E SITE OFICIAL
RÁDIO OFICIAL
PATROCINADORES DE PRÉMIOS
PARCEIRO
TECNOLÓGICO
PARCEIRO OFICIAL
DE ACOMODAÇÃO
PARCEIRO OFICIAL
MULTIBEBIDAS
PIXEL BUNKER
APOIOS
APOIOS À COMUNICAÇÃO
ESPAÇO OFICIAL
INDIEBYNIGHT
APOIO AO
VOLUNTARIADO
APOIOS À DIVULGAÇÃO
APOIOS INDIEJÚNIOR
APOIOS À PROGRAMAÇÃO
Embaixada da
Argentina
Norwegian
Film Institute

programação completa do IndieLisboa

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