Mogi tem sua Natalie Portman Terreno baratinho
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Mogi tem sua Natalie Portman Terreno baratinho
do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo Mogi tem sua Natalie Portman Divulgação Caio meu caro Impossível deixar de lembrar de você após um encontro que tive há duas ou três semanas com uma querida amiga. Eu não via Tidika há muitos anos; não sei quantos. Encontramo-nos por acaso na porta de um cinema em São Paulo. Eu saindo, ela chegando. Como não havia ingresso disponível para a sessão seguinte, acabamos dividindo uma mesa no café do shopping que serve de ante-sala para o cinema. Falamos de quase tudo, inclusive do namorico que vocês dois tiveram na época do curso Clássico do Instituto de Educação. Lembramos de professores como Horácio da Silveira, Dr. Melo, Jair Batalha, Luiz Carvalho. E de colegas como Bila, Keith e Arístio. Lembramos dos sábados à noite no Cine Urupema e domingos à tarde no Cine Avenida, com direito a dois ou três bailes no Itapety e no Clube de Campo. Também dos almoços no restaurante de dona Helena e seo Carlos Baratino no Hotel Estância dos Reis. Até contei a ela que um neto deles é hoje um conceituado chefe de cozinha em São Paulo. Ela me perguntou como estava, disse-lhe que me preparando para ser avô. Falei da vida, das muitas alegrias e poucas tristezas - bati três vezes na mesa. Perguntei-lhe em seguida: E você? A i começou o que, visto em detalhes, rende um roteiro. Eu sabia que Tidika havia se casado com um namorado do seu tempo de Mogi. O casamento durou cerca de 15 anos e rendeu dois filhos lindos. Separaram-se, segundo ela, por "incompatibilidade de gênios". Há quanto tempo não escutava isso. Co- Natalie Portman, a stripper de "Closer" dirigido por Mike Nichols, inspiração para a nossa conterrânea. Eu sei, adivinho como você tenta visualizar a minha cara frente às revelações de nossa amiga. Pois eu consegui me manter impassível. Por mais impossível que isto lhe pareça, eu me mantive impassível. Ela seguiu em frente, contando-me que não teve bom desempenho no pompoarismo nem na massagem sensual. Mas no stripe-tease foi perfeita. Palavra de Tidika, em rementei que já estava fora de moda - bem uns seis meses de assédio. "Se celebrado segundo a lei brasileira que lação à qual não tenho motivos para se separar por "incompatibilidade de eu não estivesse a fim poderia até pro- instituiu o divórcio, se decidisse por um duvidar. Contou-me mais: disse-me que gênios" e ela concordou. Disse-me cessar a empresa". Mas não era o caso curso de auto-estima feminina. Quem o novo casamento segue hoje, tantos que sua separação foi no velho estilo e, seis meses depois, foram para o pri- lhe indicou o tal curso foi uma conhe- anos depois de estabelecido, como um de esperar dois anos antes de homo- meiro almoço. "Não me atrevi a um jan- cida com quem ela travou contato na namoro permanente. E que seu amai tar; almoço a gente pode sempre saber sala de espera no analista. Tidika fre- marido não cansa de dizer-lhe que ela logar o divórcio. Bem... mas bem antes desses dois como termina". O jantar aconteceu 15 qüentava o analista há alguns meses, é ainda melhor nisso do que Natalie anos ela já estava com marido novo; dias depois e terminou, segundo Tidika, tentando resolver questões de convi- Portman, a stripper do "Closer". Falamos mais algumas coisas de não marido jovem. Pelo menos nisso como terminam muitos dos jantares en- vência com a filha adolescente. A cada ela não decidiu se modernizar demais tre dois adultos de sexos opostos. No observação que a mãe fazia, a filha Mogi, outras de São Paulo; também retrucava que estava sendo vítima da de viagens passadas. Nos despedie trocar o de 40 anos por dois de 20. côncavo e no convexo. Ficou mesmo com um 10 anos mais Mais três meses e juntaram os tra- baixa auto-estima materna, que não se mos ali mesmo e eu voltei para casa velho do que ela. Que regula de ida- pos. O novo marido vinha de um ca- conformava com a diferença de ida- imaginando aquela senhora tão quede conosco. Ela, não o marido. samento de mais de 30 anos. Que já des e queria estabelecer uma compe- rida, envolta em esvoaçantes panos. não ia bem. Disse-lhe ele, na época, tição. Tanto a filha falou que a mãe A lingerie será preta ou vermelha? Disse-me que o conheceu no trabalho. Dividiam sala em uma empresa de que também não ia mal. Apenas ia. acabou no analista. E ali, logo ali, sur- Acho que a preta cai-lhe melhor. engenharia. Tidika cuidando da decora- Foi esta, pelo que me contou Tidika no ge alguém que lhe comenta do curso Um grande abraço do ção de novos empreendimentos da com- café do shopping, a observação defi- de auto-estima feminina. Não deu oupanhia; o novo marido exercendo a di- nitiva para que ela, cinco anos depois tra. Lá se foi nossa amiga. reção financeira. Foram - segundo ela de iniciar o novo casamento, agora já Chico Imaginou que encontraria um cur; Terreno baratinho Com Fábio Zogbi eu tive poucos contatos. Mas, com João Affonso Neto, o Lonzinho, muitos. E inesquecíveis. Eram dois mogianos carimbados. Fábio exerceu, durante muito tempo, a profissão de dentista na C i dade. Tinha uma clientela de fazer inveja ao corintiano Shizuo Yonezaki e ao palmeirense Miguel Nagib nos tempos de consultório particular. Lonzinho era advogado, utilizando por escritório a sala da casa de seus pais na Rua Dr. Corrêa, em frente onde está hoje a Doceira Mirela. Foi no seu escritório que ele me aprontou grandes e boas. Amigo de infância de seu irmão, Bila, eu sempre passava por lá. Certa manhã, cheguei e perguntei pelo B i l a . Lonzinho reagiu de pronto, com cara de preocupado: "Você não soube? O Bila foi atropelado faz 10 minutos, está na Santa Casa e eu só espero o telefonema de um cliente importante para correr até lá". Olhei-o sem reagir. Fiquei na dúvida. "Brincadeira ou sério?" Por desencargo, fui até a Santa Casa. Não havia paciente algum de sobrenome Affonso. Outra tarde eu estava em frente à Igreja do Rosário. Esperava um ônibus para ir a São Paulo. Lonzinho passou. Perguntou: "Quer carona para São Paulo?". Cai mais uma vez: levou-me até a Avenida São Paulo, no bairro do Socorro. Por essas e outras ele não tinha como reclamar quando eu lhe dava o troco nas páginas de O Diário de Mogi. Havia uma foto no arquivo, dos tempos de carnaval. Lonzinho sentado em uma calçada, bermudas, com uma lata de cerveja na mão. Era so semelhante aos da Colméia, a célebre instituição fundada em 1942 por Marina Cintra ou, então, da Liga das Senhoras Católicas, fundada em 1921 por dom Duarte Leopoldo e Silva e que ganhou notoriedade em 1964 ao liderar a Marcha da Família com Deus pela Liberdade. Tomaram-se, a partir de então, as marchadeiras. Nada disso. O curso de auto-estima feminina ao qual foi ter Tidika ensinava, entre outras coisas, pompoarismo, massagem sensual e stripe-tease. Arquivo Pessoal Tesouro mogiano Os dois casarões foram construídos entre 1910 e 1920 na Rua José Bonifácio, para filhas do coronel Souza Franco. 0 da esquerda permaneceu pouco como residência de Nono e Deodato Wertheimer. Ainda nos anos 30 passou a abrigar o gabinete do prefeito. 0 da direita serviu a Nenê e Leôncio Arouche até 1965, quando também foi adquirido pela Prefeitura. Os dois acabaram demolidos em 1976. só o carnaval se aproximar e eu Dessas que não acariciam o ego. Isto tascava a foto no jornal. Não impor- durou menos que a foto com a lata tasse se Lonzinho fosse apenas um de cerveja: certa tarde sua mãe, dona advogado ou já vereador e secretá- Mirthes, telefonou para o Tote, direrio do Governo local. A foto saía. tor do jornal, pedindo pelo filho. AfiQuando ele assumiu a Secretaria do nal, não havia nada de tão grave que Governo, nos idos de 1960, época do justificasse marcação tão intensa. prefeito Carlos Alberto Lopes, o jor- Impossível deixar de atender dona nal passou a lhe fazer marcação cer- Mirthes. Não tivesse sido ela a prirada. Ele piscava... virava notícia. meira professora do Tote, era como uma segunda mãe para os amigos dos filhos. Eu inclusive. Mas o caso é outro: Fábio Zogbi e Lonzinho Affonso sempre foram muito amigos. Lonzinho, além de advogado, construía casas para venda e tinha algumas propriedades na Vila Oliveira. Por isso Fábio pediu-lhe que, se soubesse de um "terreninho barato para comprar na Vila Oliveira", não deixasse de avisá-lo". Demorou pouco para Lonzinho dar a resposta ao amigo Fábio: um primo do advogado pediu-lhe socorro para um loteamento que administrava nas cercanias do bairro mais valorizado da cidade. Queria sugestões para ampliar as vendas. De pronto, Lonzinho telefonou a Fábio e o convidou para conhecer o "terreninho barato da Vila Oliveira". Fábio chegou logo ao escritório da Rua Dr. Corrêa e dali foram juntos pela Capitão Manoel Rudge. Atravessaram vários quarteirões e chegaram ao loteamento. Uma placa indicava o nome: "Cemitério Parque das Oliveiras". 0 bife de chorizo da Coronel Hamburgueria na subida da Rua Coronel Souza Franco, rumo da Vila Oliveira. Não deixa nada a desejar em relação aos pratos originais de Puerto Madera, em Buenos Aires. É barato até hoje: os jazigos são Difícil de acreditar: em tempos de Sociedade da Comunicação vendidos em suaves prestações mené possível falar por telefone desde os confins da floresta sais. amazônica, mas os moradores de Sabaúna continuam com muitos problemas para ter sinal de telefone celular.
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