aula 17 Agosto
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aula 17 Agosto
STV ➢ 10 MAR 2010 1 Em consequência, uma cor genérica Ce pode ser matematicamente expressa por: Cc = XX + YY + ZZ ➢ em que X, Y, Z podem ser entendidas como as "quantidades" das primarias X, Y e Z que sao exigidas para a formação da cor Cc à semelhança do triedro de Maxwell, a representação gráfica da cor Cc = XX + YY + ZZ é efetuada em um sistema cartesiano tridimensional, com a execução de uma alteração nesse processo, visando a alocação de Cc em um plano, conforme a figura abaixo: ➢ ➢ executandose as manipulações matemáticas que se seguem: x= Z X Y , y= e z= Z XYZ XYZ X Y em que X + Y + Z = 1, sendo x, y e z denominados coeficientes tricromáticos, é possível demonstrarse que são suficientes apenas dois destes coeficientes (conforme citado anteriormente) para que qualquer cor espectral seja representada (a menos do parâmetro luminosidade) de fato, ao se verificar a ilustração esboçada na figura acima, a qual apresenta em destaque o triângulo X'Y'Z', devidamente vinculado aos eixos de mesma denominação, tornase evidente a maior conveniência de uma representação bidimensional convencionouse que o triângulo X'Y'Z', ao ser projetado no plano XY, determina um triânguloretângulo X'Y'O cada um dos pontos do triânguloretângulo X'Y'O encontra uma correspondência relativamente aos pontos contidos em X'Y'Z' ➢ ➢ o porquê das manipulações algébricas comentadas: através da suposição de que X'máx = Y'máx = 1, ficam delimitados os vértices do triângulo retângulo assim formado (X'Y'O) no entanto, nesse plano podem existir pontos p (p x,py) abrangidos pelas inequações 0≤p x≤1 0≤p y≤1 , os quais não encontram correspondência direta no triangulo X'Y'Z', o que é um problema STV 10 MAR 2010 2 impondose uma restrição pela qual a todo e qualquer ponto do triânguloretângulo X'Y'O esteja vinculado um e somente um ponto no espaço que pertence ao triângulo X'Y'Z', evitase esse inconveniente de acordo com as leis de Grassmann (a segunda) se para uma cor tal que Cc = XX + YY + ZZ (em que X, Y e Z correspondem aos tristímulos da referida cor) multiplicamos X, Y e Z por urn fator "", determinase então Cc de cromaticidade equivalente a Cc : X Y Y Z Z X Z =1 , impõese obrigatoriamente que os pontos Y Se, por outro lado, valer X ,Y e Z estarão no plano do triangulo ABC (X'Y'Z'), descritos por tais valores X sendo X e Y nada mais que as coordenadas da projeção desses pontos no plano XY (ou seja, no triângulo X'Y'O) executandose as seguintes transformações: X Y Z x= y= z= Z X Y Z X Y Z X Y temse as coordenadas de cromaticidade associadas à cor Cc , em que os coeficientes tricromáticos (não confundir com as componentes tricromáticas X, Y, Z) são dados por: Z X x= e z= Y Z Y Z X X ➢ ➢ ➢ exemplo: tomandose das curvas mostradas na figura 3.18, um dado comprimento de onda – no caso 460 nanômetros – e traçandose um segmento paralelo ao eixo das ordenadas, no ponto correspondente ao comprimento de onda considerado, temse que: o segmento de reta cruza com as curvas X, Y, Z referentes às componentes tricromáticas, respectivamente, nos pontos 0,2908, 0,0600 e 1,6692 (tristímulus) os quais, se aplicados às expressões anteriores, originam os seguintes valores para os coeficientes tricromáticos x, y e z: 0,2908 x= =0,14396 0,29080,06001,6692 0,0600 y= =0,0297 0,29080,06001,6692 1,6692 x= =0,82634 0,29080,06001,6692 cuja soma é unitária: 0,14396 0,0297 0,82634 = 1 a cor espectral correspondente ao comprimento de onda = 460 nanômetros pode ser STV ➢ 10 MAR 2010 3 representada em um diagrama bidimensional, cartesiano, por meio das coordenadas x = 0,14396 e y = 0,0297 tomandose mais alguns comprimentos de onda, calculandose os coeficientes (x,y) e alocandoos no gráfico cartesiano, vaise gradualmente determinando o spectrum locus, ou lugar geométrico das cores do espectro visível no diagrama de cromaticidade a Tabela 3.2 contém alguns valores de d tomados aleatoriamente, junto com os respectivos coeficientes tricromáticos (x,y) na figura 3.20 estão representados os comprimentos de onda dominantes no gráfico cartesiano, correspondendo ao traçado do spectrum locus no diagrama de cromaticidade STV ➢ 10 MAR 2010 4 nas tabelas 3.3 e 3.4 são mostrados, respectivamente, os valores das componentes tricromáticas X, Y, Z e as magnitudes dos coeficientes tricromáticos x, y e z para comprimentos de onda situados entre 380 e 780 nanômetros STV 10 MAR 2010 5 ➢ ➢ ➢ Nesta tabela alguns símbolos x, y e z foram grafados em maiúsculas (X, Y e Z ) por engano o spectrum locus possui o aspecto de uma barbatana de tubarão (ferradura) a figura 3.21 apresenta o diagrama CIE de cromaticidade a linha reta esta associada ao spectrum locus das cores púrpuras, nãoespectrais no que concerne às cores espectrais, os comprimentos de onda de menor magnitude estão vinculados aos pontos situados no extremo inferior esquerdo da curva: cores "magentadas" os comprimentos de onda de magnitude intermediaria (verde) estão no extremo superior, ao passo que os maiores comprimentos de onda estão localizados no extremo inferior direito da "barbatana": cores vermelhas os pontos da região interna da figura considerada incluem as cores não saturadas STV ➢ 10 MAR 2010 6 na figura 3.22 a posição designada como C, de coordenadas x = 0,310 e y = 0,316, corresponde ao branco do tipo C, relevante nas técnicas televisivas, embora, na realidade, exista uma região de "brancos" existem brancos designados como A, B, C, D, E etc, dependendo de sua localização nessa região o tipo C, ou iluminante C ou, ainda, branco 1 tratandose das técnicas de televisão cromática, é frequentemente considerado o branco de referencia o branco de referência adotado pela CIE consiste no branco de igual energia – a energia está equitativamente distribuída no espectro de frequências –, em que as coordenadas são dadas por x = 0,333, y = 0,333 STV ➢ ➢ ➢ ➢ ➢ ➢ ➢ 10 MAR 2010 7 adotaramse outros "brancos", dados os problemas envolvidos com a obtenção deste iluminante exemplo: o iluminante A, que se encontra bastante próximo da luz emitida por uma lampada incandescente em termos de realização prática, o CIE definiu três tipos de iluminantes brancos que podem ser gerados através de meios práticos: iluminantes A, B e C, cujas características são apresentadas na Tabela 3.5 a equação da luminância na televisão cromática tradicional são utilizados três transdutores de natureza visual elétrica nas câmeras, sendo um sensível à luz vermelha, outro à verde e o terceiro à azul tornase possível obter as informações de crominância e de luminância correspondentes a cada ponto explorado segundo os princípios da colorimetria, o branco é obtido a partir da mistura em corretas proporções de vermelho, verde e azul: uso do conceito das cores aditivas quando da percepção dessa mistura pelo sistema visual humano, o olho, em função de sua resposta espectral, ocorre uma sensibilização diferenciada das componentes, de tal modo que ao vermelho corresponde uma intensidade de 30% do total, ao verde 59% e ao azul apenas 11% intensidades de luz colorida – vermelha, verde e azul – adicionadas nesta proporção, são interpretadas pelo sistema visual humano como a luz branca o sistema visual humano não possui uma resposta plana com a frequência da radiação entrante o olho necessita, para a interpretação de cada cor, de uma cerra quantidade de energia para que a mesma sensação de luminosidade seja percebida partindose do princípio de que os sensores acoplados a câmera estejam simulando o comportamento do sistema visual humano, os três sinais elétricos obtidos devem ser convenientemente atenuados de modo que se reproduza as características naturais do olho, ou seja, com base nos percentuais apresentados anteriormente estabelecese, assim, a chamada equação da luminância, cuja importância nas técnicas televisivas está na manutenção das compatibilidades direta e reversa entre os receptores cromáticos e monocromáticos dos processos analógicos convencionais chamandose de Y a informação de luminância e de R, G e B os sinais elétricos gerados pelos sensores sensíveis ao vermelho, verde e azul respectivamente, temse: Y = 0,30 R 0,59 G 0,11 B STV ➢ ➢ ➢ ➢ 10 MAR 2010 8 uma cena puramente vermelha caracterizase por portar luminosidade dada por 0,3 numa escala de zero a um uma cena amarela, resultante de intensidades iguais e máximas para os sensores R e G, corresponde a uma luminosidade de 0,89 relações entre X, Y, Z e R, G, B as componentes tricromáticas X, Y e Z não são mensuráveis por técnicas de colorimetria, como o vermelho, o verde e o azul no entanto, por meio do conhecimento de R, G e B podese deduzir os valores de X, Y e Z mediante a aplicação das seguintes equações: X = 2,7689 R + 1,7519 G + 1,1302 B Y = 1,0000 R + 4,5909 G + 0,0602 B Z = 0,0000 R + 0,0565 G + 5,5944 B notação: para que não ocorram confusões sobre a utilizacão da simbologia Y aplicada à luminância ou a cor fictícia Y associada a representação XYZ, devese atentar ao contexto em análise elipses de Mac Adam experimentalmente constatase que a percepção do sistema visual humano para as cores é muito menor que aquela vinculada à capacidade de reconhecimento de detalhes de luminância Mac Adam, ao estudar essas características do olho, aplicou ao diagrama cromático um conjunto de elipses, conforme a figura acima, correspondentes à regiões em que o olho não percebe diferenças entre a informação de crominância associada a região central da elipse, relativamente a qualquer ponto de sua superfície em media, os eixos maiores das elipses tendem a acompanhar uma dada direção enquanto os menores, outra STV ➢ 10 MAR 2010 9 os sinais diferença de cor considerandose que o sistema visual humano seja menos sensível às rápidas variações de crominância, bem como aos detalhes da crominância – as elipses de Mac Adam – , não e necessário, na prática, que tais detalhes e altas variações sejam transmitidos no entanto, o olho é sensível às variações de luminância associadas à tais detalhes e mudanças bruscas, o que implica no tratamento desse parâmetro nas condições mais extremas na televisão analógica convencional as informações de luminância são geradas em banda base, entre DC e cerca de 4,2 MHz, dependendo do padrão empregado (no caso da TV digital, em que maiores resoluções são alcançadas, essa faixa é ampliada) as informações referentes à crominância (matiz e saturação) são moduladas em quadratura e incorporadas ao espectro da luminância matematicamente, podese descrever o procedimento com que a crominância é agregada a partir do estabelecimento de dois eixos ortogonais entre si: o vertical, denominado (RY) e o horizontal, (BY) essas magnitudes são resultantes da subtração da luminância de R e de B, respectivamente e para cada ponto tratado são os assim chamados sinais diferença de cor, figura abaixo . um vetor crominância qualquer, posicionado nesse sistema de coordenadas e designado como OC , possui uma angulação que se relaciona ao matiz (quantitativamente, ao comprimento de onda dominante) e uma magnitude que está vinculada a saturação (ou pureza) a informação de luminância (Y) associada a um dado ponto, supostamente conhecida e enviada com os dois sinais diferença de cor citados, consiste nos elementos que possibilitam, ➢ STV ➢ ➢ ➢ ➢ ➢ 10 MAR 2010 10 pelo usa da equação da luminância, a reconstituição das componentes R, G e B características do ponto tratado a ideia por trás da transmissão dos sinais diferença de cor consiste na ausência, nesse par de sinais, de qualquer resquício de luminância, o que elimina a possibilidade da presença de informações redundantes matematicamente qualquer par de combinações tomadas dentre os três sinais diferença de cor possíveis de serem estabelecidos (ou seja, RY, BY e GY) poderia ser eleito para a transmissão com o sinal de luminância no entanto, por uma questão de relação sinal/ruído, sob o ponto de vista estatístico é possível constatar que, em media, a componente GY é a que apresenta menos variações pico a pico devido às altas amplitudes associadas à parcela G, considerandose as características do sistema visual humano, bem como as menores diferenças surgidas quando dela G se subtrai a informação de luminância isto determina a escolha de RY e BY outra grande vantagem associada ao uso dos sinais diferença de cor reside no fato de que, quando do tratamento do branco, tons de cinza e preto, os sinais diferença de cor se anulam para tais informações luminosas não estão presentes as componentes de crominância, o que implica menos dados transmitidos nos padrões de vídeo digital é usual a utilização das notações Cr e Cb para designar os sinais diferença de cor no caso, tratamse das informações já consideradas agregadas a fatores de atenuação normatizados: se designarmos esses fatores simplesmente por k1 e k2 , temse: Cr = k1 (RY) Cb = k2 (BY) Y, Cr e Cb consistem nas informações necessárias para se caracterizar um ponto a ser transmitido e reproduzido em termos de luminância e crominância Questões Propostas 1. Do que depende, basicamente a cor? 2. Em que consiste o efeito tritanópico em se tratando das técnicas televisivas? 3. Quando nos referimos a uma cor, como se correlacionam os atributos objetivos e subjetivos a ela relacionados? 4. Como as cores puras do espectro se posicionam no diagrama CIE? 5. Analise a equação da luminância Y = 0,30R + 0,59G + O,l1B. 6. Como os sinais diferença de cor e a representação RGB se relacionam?