Prêmio Empreendedor 2009
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Prêmio Empreendedor 2009
CORREIO LAGEANO Serra Catarinense, 1º de dezembro de 2010 Correio Lageano Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010 2 Editorial Índice 6 Isabel Baggio Diretora do Correio Lageano Alimentos e bebidas H á doze anos o Correio Lageano homenageia os empreendedores da Serra Catarinense. São homens e mulheres que com coragem trabalharam duro, arriscaram, trouxeram ideias novas, desafiaram as dificuldades. Com certeza, essas empresas são merecedoras do Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio, pois, com seu trabalho, persistência e determinação, participam do desenvolvimento da região e de Santa Catarina. E o Prêmio José Paschoal Baggio foi criado, justamente para dar o reconhecimento a essas pessoas. A realização do Prêmio Empreendedor durante todos esses anos nos leva a refletir sobre várias situações, mas, de forma especial, sobre a economia da Serra Catarinense e, fazendo essa análise, fica evidente que houve mudanças significativas na base econômica que era essencialmente madeireira e hoje se mostra bastante diversificada. Esse fenômeno está claro se observarmos a oscilação das empresas que recebem o prêmio a cada ano. Exemplo disso, são aquelas que foram premiadas nas primeiras edições e não resistiram às dificuldades, deixaram de existir ou simplesmente saíram da região; outras persistiram, ficaram mais fortes, cresceram e tornaram-se sólidas; mas, o que desperta a satisfação e o encantamento de quem torce pelo sucesso de Lages e da região são as empresas que souberam aproveitar oportunidades, enxergaram possibilidades onde outros não viram nada e transformaram-se em grandes potências, levando o nome da Serra Catarinense por diferentes cantos do mundo e fazendo parte ativa do fenômeno da globalização. No entanto, uma das principais observações que podemos fazer é o fato de que os empresários, assim como a sociedade, têm amadurecido e cada vez mais percebem a necessidade de unir forças para que nossa região volte a ser forte e competitiva no cenário econômico catarinense. E essa tem sido, também, uma bandeira do Correio Lageano, ao longo dos seus 71 anos de existência. Neste ano, em especial, para falarmos sobre desenvolvimento, não podemos deixar de destacar que as esperanças se redobram para a Serra Catarinense, já que teremos um governador aqui dessa terra e torcemos para que ele olhe de forma muito especial para nós. Foi com o apoio do empresariado local, assim como de outros segmentos da sociedade, que Raimundo Colombo chegou ao Governo do Estado de Santa Catarina e, a partir de 1º de janeiro de 2011, somos todos nós, novamente, que teremos que nos unir para ajudá-lo a governar com proficiência o nosso Estado, indicando as nossas necessidades, fazendo cada um a sua parte, trabalhando para gerar emprego e renda, mas, principalmente, cobrando ações efetivas pelo desenvolvimento sustentável. E é com esse espírito de renovação, de início de uma nova jornada e de comprometimento com a sociedade da Serra Catarinense, que o Correio Lageano homenageia os empresários que dão a sua contribuição e sabem fazer a diferença. CORREIO LAGEANO www.clmais.com.br (49) 3221-3300 Coronel Córdova, 84 Centro - 88502-000 Lages - SC 6 7 11 13 15 16 18 19 22 23 Ambev Aviário Moraes BRF - Brasil Foods Cooperplan Cooperserra Copercampos Frutícola Ipê Hiragami Malke Moinho do Nordeste Moinho Vacaria Pomesul Frutas Sanjo Tyson Vossko do Brasil 25 26 27 28 30 Alpha Comercial (Lafi) American Oil Berlanda Havan Obradec Revestimentos Oi Pittol Calçados 31 31 32 34 35 Boa Esperança Gateados JJ Thomazi Kimberly-Clark Klabin 46 Madepar Nereu Rodrigues 47 Polpa de Madeira WF Madeiras 49 49 GTS do Brasil 50 Industrial EWM Mill Indústria de Serras 51 Minusa 54 Energia e mineração 54 55 Supermercados 41 42 43 Comércio e serviços Madeira, papel, celulose e florestal Metal-mecânico 25 41 Alvorada Angeloni Bistek Martendal Mezzalira Myatã Avanex Celesc 57 Tractebel 58 Transporte e logística 58 Binotto 59 Zappellini 37 61 37 38 39 61 62 Veículos e autopeças Disauto Le Monde Superauto Translages Destaques Albras Casa do Marceneiro Credicomin 63 Le Santé SCGÁS O Jornal da Serra Catarinense Diretora Geral Isabel Baggio Diretora Executiva Eliete Santana 3 Central Comercial Redação Editor Chefe Mauro Martinelli Maciel (49) 3221-3300 [email protected] (49) 3221-3322 [email protected] (49) 3221-3344 [email protected] Assinaturas Classificados (49) 3251-8200 [email protected] (49) 3221-3333 [email protected] Prêmio Empreendedor 2010 Textos E FOTOS Luiz Augusto Del Moura, Cláudia Pavão Revisão Gislaine Couto 72340 4 80502 80189 5 alimentos e bebidas 80493 destes, mais de 500 na unidade lageana. Em Santa Catarina, Ambev possui ainda três centros de distribuição direta (CDDs) nos municípios de Palhoça, Balneário Camboriú e Blumenau, gerando mais de mil empregos diretos. Referência em práticas ambientais, a Ambev assumiu o compromisso de reduzir, até 2012, ainda mais o consumo de água (11%), a emissão de CO2 (10%) e também reaproveitar quase a totalidade (99%) dos resíduos da produção. A filial de Lages também é referência quando o assunto é sustentabilidade. Graças ao projeto de utilização de biomassa nas caldeiras da fábrica, a Ambev foi a primeira indústria de bebidas do Brasil a obter certificação da ONU para negociar créditos de carbono alinhada ao Protocolo de Kyoto. A unidade também segue as normas do Sistema de Gestão Ambiental (SGA), adotado há 18 anos em todas as fábricas para estabelecer e monitorar a evolução contínua da ecoeficiência. 1994 2002 Diretor regional fabril, Fabio Kapitanovas • Inauguração da fábrica • Primeira ampliação com instalação da linha long neck 2006 S • Nova ampliação com a linha de lata 2009 Ambev Ser a melhor em um mundo melhor er a “Melhor Empresa de Bebidas do Mundo em um Mundo Melhor”. Esta é a missão da Ambev, empresa de capital aberto, sediada em São Paulo, com operações em 14 países das Américas (Argentina, Brasil, Bolívia, Canadá, Chile, El Salvador, Equador, Guatemala, Nicarágua, Paraguai, Peru, República Dominicana, Uruguai e Venezuela). Dona de um portfólio de “estrelas” como Antarctica, Brahma, Bohemia, Skol, Original, Stella Artois; os refrigerantes Guaraná Antarctica, Soda, Pepsi e Sukita, além das inovações H2OH! e Guarah!, a Ambev é líder no ranking das cervejarias na América Latina. Em Lages, a companhia está instalada desde 1994, com a produção da marca Brahma. A unidade tem capacidade para produzir um volume de 6 milhões de hectolitros por ano das marcas Antarctica, Antarctica Sub Zero, Brahma, Brahma Extra, Skol, Original, Bohemia e Malzebier. O estado de Santa Catarina é considerado estratégico para a Ambev: atualmente, a produção em Lages abastece os três estados da região Sul - Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná. Reconhecida como uma das melhores empresas para se trabalhar, a Ambev tem em seus 40.600 funcionários, em todo o mundo, sua maior fortaleza. Por isso, investe continuamente no desenvolvimento e sucesso de sua gente, que é incentivada a se sentir dona da companhia e pensar grande. Só no Brasil são 26 mil, • Comemoração dos 15 anos de história PB • Fundação do Aviário Moraes 1992 • Novo encubatório, em Lages • Construção de um novo encubatório 2004 de nascidos, são encaminhados às integrações (pequenos e médios produtores rurais que criam os frangos de corte). Depois disso, as aves são comercializadas para os abatedouros. Atualmente, o Aviário Moraes mantém parceria com os maiores e mais importantes frigoríficos como Sadia, Seara (Marfrig), Frango Sul (do grupo francês Doux). Os frangos produzidos na Serra Catarinense são comercializados em Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo e Mato Grosso. Em seus projetos para os próximos cinco anos, Carlos Moraes revela que está a expansão da empresa com a implantação da integração de frangos e o abate. 1975 a presença também marcante de indústrias produtoras de alimentos congelados, casos da BRF Brasil Foods (antiga Perdigão), Tyson do Brasil Alimentos (antiga Frangos Macedo) e Vossko do Brasil. Além disso, nos últimos três anos, vem crescendo a participação das empresas que beneficiam grãos, a exemplo dos moinhos do Nordeste e Vacaria. Nesta linha de produção agrícola, também se destacam as cooperativas de produtores rurais, como a Copercampos e a Cooperplan. Ainda no segmentos de alimentos, o Aviário Moraes, se mantém como uma das mais importantes do setor. 1986 U produzir um volume de 6 milhões de hectolitros por ano das marcas Antarctica, Antarctica Sub Zero, Brahma, Brahma Extra, Skol, Original, Bohemia e Malzebier. O estado de Santa Catarina é considerado estratégico para a Ambev: atualmente, a produção em Lages abastece os três estados da região Sul: Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná. Se por um lado a produção de bebidas se mantém como importante para a região, as empresas que atuam na produção de frutas, estão a cada ano mais consolidadas. Neste ponto, os destaques vão para a Agro Comercial Hiragami, Cooperserra, Frutícola Ipê, Fruticultura Malke, Pomesul e Sanjo. Vale ressaltar erto de que a criação de pintos de um dia era um mercado em expansão, o jovem técnico em Contabilidade, Carlos Luiz Moraes, à época com 24 anos, implantou, em Ponte Alta, a primeira unidade do Aviário Moraes, com uma produção de 300 mil pintos por mês. Hoje, o Aviário Moraes coloca à disposição do mercado, 3,5 milhões de pintos ao mês. Fundado em 1975, o Aviário Moraes, atualmente, conta com uma estrutura bem mais ampla. São cerca de 250 funcionários diretos que trabalham distribuídos em quatro unidades em Ponte Alta, uma em Correia Pinto e uma em Lages. Além disso, a empresa faz o processamento do milho produzido na região e a armazenagem de até 120 mil sacas, o equivalente a 7,2 mil toneladas. O Aviário Moraes também produz, em média, 24 toneladas de ração. A produção de pintos de um dia exige investimentos muito altos e, é por isso, segundo Carlos Moraes, que esse tipo de produção tem espaço no mercado. Nesse sistema, as unidades de recria produzem matrizes que colocam ovos, os quais vão para o incubatório e, depois • Implantação de uma unidade de recria em Correia Pinto 1995 C Alimentos e bebidas ma das atividades mais expressivas da Serra Catarinense e que vem experimentando um grande investimento é a da indústria produtora de alimentos e bebidas. Para se ter uma noção da importância deste segmento para a economia da Serra Catarinense, basta lembrar que no maior município da região, Lages, o faturamento destas empresas representa mais de 50% do movimento econômico local. Embora novas empresas tenham surgido neste setor nos últimos 10 anos, a maior representante continua sendo a AmBev, que está instalada desde 1994, com a produção da marca Brahma. A unidade tem capacidade para Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010 Estrutura ampla e 3,5 milhões de pintos ao mês Cristiano Sant’Anna / Divulgação CORREIO LAGEANO Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010 alimentos e bebidas Aviário Moraes 7 Luiz Carlos Moraes, em frente à unidade de Ponte Alta do Aviário Moraes • Implantação da fábrica de ração CORREIO LAGEANO 6 80137 8 80592 80204 9 • Companhia completa 30 anos no mercado de capitais brasileiro de mercado. Desde o anúncio da associação entre Perdigão e Sadia, foram implantadas a gestão conjunta da área financeira, a coordenação das atividades das duas empresas no mercado externo e a política de comercialização de produtos in natura. A BRF completa, em 2010, 30 anos no mercado de capitais brasileiro e 10 anos de atuação na Bolsa de Nova York. O presidente da BRF, José Antonio Fay, destaca que, “ao longo dos 30 anos na BM&FBovespa, a companhia tornou-se referência no mercado de capitais, pelo exercício das boas práticas de governança corporativa e geração de valor para seus acionistas”. Cooperplan A integração dos agricultores serranos C Couto, Daniel Manfroi, Paulo Moacir Lunardi Baggio, Assis Strasser, Paulino Dal Piva. Na segunda diretoria, gestão 31/05/96 a 27/03/98, teve os seguintes nomes: presidente, Arnaldo Moraes; vice-presidente, Osvaldo Uncini; secretário, Delazir Manfroi; Conselho Administrativo, Arno Manfroi, Marcio Bleyer Zanette, Célio Cezar Branco, Aldo Gava, Enio Ribeiro Bianchini, Susi Couto Köche. A terceira diretoria que seguiu no comando da Cooperplan até março de 2000 alterou apenas seu secretário, que passou a ser Dionisio Manfroi De abril de 2000 até abril de 2002 a Cooperplan foi presidida por Osvaldo Uncini, que permaneceu no cargo até 2006, quando foi sucedido por Arno Manfroi, que por sua vez, comandou os destinos da cooperativa até março de 2010, quando deu lugar a Dionisio Manfroi, que se mantém na presidência até hoje. Completam a atual diretoria da Cooperplan o vice-presidente Paulo Roberto Uncini, e o Secretário Arnaldo Moraes. Seu Conselho Administrativo é formado por Alfeu Schlichting Filho, Mauro Cesar Waltrick Moraes, Antonio Bussolotto, Alex Fernando Manfroi, Raul Manfroi, Eduardo Köche Uncini. 1993 Ary Moraes, Arnaldo Moraes, Osvaldo uncini, Arno Manfroi e Dionisio Manfroi, os presidentes da Cooperplan • É fundada a Cooperativa Agropecuária do Planalto Serrano (Cooperplan) 2010 om a crescente necessidade de apoio para produtores rurais dos municípios de Lages, Campo Belo, São José do Cerrito, Cerro Negro, Urupema, Ponte Alta, Correia Pinto e Otacílio Costa, foi criada, em novembro de 1993, a Cooperativa Agropecuária do Planalto Serrano (Cooperplan). Desde seu início, a Cooperplan tem como objetivo facilitar o desenvolvimento agrícola da região e melhorar os ganhos de seus cooperados. No começo de suas atividades a cooperativa contava com 22 produtores rurais e uma capacidade de armazenamento de grãos de seis mil toneladas. Atualmente, a cooperativa dispõe de um quadro de associados de 226 produtores e uma capacidade de armazenamento de trinta mil toneladas. Tem associados oriundos de todas as regiões de sua abrangência, resultado de uma história de cooperação da organização com seus associados ao longo do tempo de sua existência. A primeira diretoria da Cooperplan, cuja gestão foi de 12/11/93 a 31/05/96, conta com o presidente Ary Moraes, vice-presidente Arno Manfroi e como secretário Hamilton Rogério Weber Xavier, tendo em seu Conselho Administrativo Osvaldo Uncini, Suly Eduardo • Em março assume o atual presidente da Cooperplan, Dionísio Manfroi alimentos e bebidas • Perdigão compra Sadia e torna-se a BRF Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010 • Implantação de uma unidade em Lages Correio Lageano mais de 11.600 funcionários, número que supera a casa dos 28.500 se forem considerados os funcionários da Sadia. E mantém parceria com 6.400 produtores integrados de aves e suínos. Em 2009, a empresa produziu em Santa Catarina 700 mil toneladas de alimentos, sendo 23,7% direcionadas à exportação. Ainda em 2009, a Brasil Foods gerou para o Estado mais de R$ 327 milhões em impostos e contribuições. Com faturamento de R$ 24,4 bilhões e valor de mercado de U$11,4 bilhões, registrados em 2009, a BRF é a terceira maior exportadora brasileira, maior exportadora mundial de aves e maior empresa global de proteínas em valor 1935 S anta Catarina é o berço da BRF - Brasil Foods. A trajetória, que hoje é considerada um dos maiores players globais do setor alimentício, começou há mais de 75 anos no Meio-Oeste Catarinense. A então Perdigão saiu de Videira e se espalhou pela região Sul até ganhar e levar o nome do país para o mundo. Em Lages, a história da BRF começou há 25 anos com a aquisição da Frigoplan. A partir de 1995, com a profissionalização da gestão, a unidade recebeu uma das mais modernas linhas de produção de pratos prontos e novo status na área operacional. Hoje, a planta de Lages emprega cerca de 500 funcionários e produz lasanhas, massas, pizzas, almôndegas, kibes e pão de queijo. Parte da produção é exportada para Rússia e países árabes. Santa Catarina é um dos maiores centros produtivos e um mercado estratégico. A empresa opera no Estado seis complexos industriais de carnes e um de lácteos, duas fábricas de rações e dois centros industriais, além de unidades de industrialização, filiais de compras de grãos e granjas, e outros. Esses números não incluem as unidades operadas pela Sadia, que hoje é subsidiária da BRF. Em 2009, foram investidos no Estado cerca de R$ 82 milhões, em melhorias tecnológicas e novos projetos. A BRF é também uma das maiores empregadoras de Santa Catarina, com 1995 história e negócios sustentáveis 11 • Fundação, em Videira, da Perdigão 2009 BRF 25 anos de José Antonio Fay, presidente da BRFoods 2010 10 80580 12 13 Cooperserra Congrega os pequenos fruticultores da Serra 80450 80197 Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010 CORREIO LAGEANO • Constrói sua primeira câmara fria para armazenar maçãs 2008 • Inaugura sua loja em Urupema 1980 • É criada a Cooperativa Regional Agropecuária Serrana 1979 ni Angelito Franzói, o atual presidente. Desde a sua fundação a Cooperserra tem cumprido com sua finalidade, posto que dispõe de uma área de operação de 10 mil metros quadrados, distribuídos nos municípios de São Joaquim e Urupema, contando com uma capacidade de armazenamento frigorífica de 13 mil toneladas, sendo dividida em atmosfera controlada e convencional, para maçãs, além de Packing-House para processamento da maçã de seus cooperados e terceiros. Desta maneira, a Cooperserra dispõe hoje de um quadro social de 115 cooperados, no setor de fruticultura e consumo das lojas agropecuárias. A Cooperserra possui duas unidades industriais, a unidade 01, onde estão a recepção, armazenagem, classificação, embalagem e comercialização, localizada em São Joaquim, e a unidade 2, que dispõe de recepção e armazenagem, e está situada em Urupema. 1977 T endo em vista a crescente produção de pomares de maçãs, implantados nas regiões de São Joaquim, Bom Jardim da Serra e Urupema, pequenos fruticultores aliados à iniciativa de técnicos da Acaresc (hoje Epagri - Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural do Estado de Santa Catarina) sentiram a necessidade de criar um órgão que padronizasse e comercializasse os produtos agrícolas. Por isso, em 1976, criaram uma comissão composta de produtores e técnicos, que passou a trabalhar junto às comunidades do interior dos municípios, viabilizando o projeto de uma cooperativa. No ano seguinte, mais precisamente no dia 14 de fevereiro, fundaram a Cooperativa Regional Agropecuária Serrana, denominada Cooperserra. A assembleia inaugural contou com adesão de 138 sócios, de três municípios da região. Neste início, a Cooperserra operava ainda com feijão e batata semente, produtos que tinham grande produção junto a seus cooperados. Seu primeiro presidente foi Joaquim Godinho dos Santos, que permaneceu por 18 anos no cargo, sendo sucedido por Alfeu de Souza Sá, por dois anos. Na sequência, vieram os presidentes Celito Lemos de Andrade, Celso Matos Nunes, Giovani Rosa Oliveira e Giova- alimentos e bebidas Giovane Franzói comanda as ações da Cooperserra • Inaugura sua nova sede, que conta com moderna loja agropecuária 14 Luiz Carlos Chiocca, atual presidente da Copercampos um frigorífico para industrializar a produção. Meta que se tornou realidade. A Copercampos desfruta da respeitada posição de 2ª colocada entre as cooperativas agropecuárias do Estado de Santa Catarina. A produção de cereais tornou-se tão expressiva que o município de Campos Novos ostenta o título de Celeiro Catarinense. Entre armazéns, lojas agropecuárias, granjas de suínos, indústria de rações, indústria de fertilizantes, frigorífico, supermercado, unidades de beneficiamento de sementes e posto de combustíveis, já são mais de 32 unidades distribuídas em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. Com 1.020 associados e 700 funcionários, teve um faturamento superior a R$ 426 milhões em 2009. Atualmente a Copercampos é presidida por Luiz Carlos Chiocca. Frutícola Ipê Presente na Serra Catarinense com 3 unidades À 1977 tas de caroço e cereais, dentro dos mais rígidos padrões ambientais. Implementos agrícolas modernos, sistemas de irrigação, pessoal treinado e amparado por programas sociais, além de assistência técnica de altíssimo nível conferem aos produtos Agropel padronização e qualidade. A empresa possui ainda mais de 80 câmaras frigoríficas, a capacidade de conservação é superior a 40 mil toneladas, em atmosfera controlada. Isto possibilita à Agropel oferecer frutas em qualquer época do ano. Em catálogo, além das maçãs, uma grande variedade de frutas, nacionais e importadas, distribuídas com as marcas Frupel, Agropel e Paraíso. • Nasce a Agropel Agroindustrial Perazzoli Ltda 2000 Frutícola Ipê é uma subsidiária da Agropel, que tem sede na cidade de Fraiburgo, no Meio-Oeste Catarinense • É instalada a unidade da Frupex no município de Bom Retiro 2006 s margens da SC-430, entre os municípios de Bom Retiro e Urubici, está localizada a unidade 2 da Frutícola Ipê, onde são produzidas maçãs da variedade Gala. A empresa é uma subsidiária da Agropel e inicialmente tinha a denominação de Frupex Agroindustrial Perazzoli Ltda. Ainda na Serra Catarinense a Frutícola Ipê conta com outras duas áreas de produção, a fi lial 3, situada na Fazenda Morros Altos, em Campo Belo do Sul, e a unidade 4, instalada na Colônia Cotia IV, Fazenda Três Pedrinhas – Luizinho, em São Joaquim. Já sua matriz está em Videira, na localidade de Rio das Pedras. Operando no mercado desde 1977, no princípio com comércio e transporte de hortifrutigranjeiros, a Agropel Agroindustrial Perazzoli Ltda alcançou destaque na produção, conservação, classificação e comércio de frutas. Sediada em Fraiburgo, o grande centro produtor, conhecido como a capital brasileira da maçã, a empresa conta com subsidiárias nas cidades de São Paulo/SP, Rio de Janeiro/RJ, Curitiba/PR, Lapa/ PR,Vacaria/RS e ainda Videira, Campo Belo do Sul, São Joaquim e Bom Retiro em Santa Catarina. Presente nos mercados nacional e internacional, a Agropel exporta, importa e distribui uma variada gama de frutas, atendendo grandes redes de supermercados e centrais de abastecimento das mais importantes metrópoles do país. Para atender seus clientes a Agropel conta com mais de 2.000 hectares de fazendas com 1.000 hectares de pomares de maçãs (formados e em implantação), fru- • A Frupex passa a ser denominada de Fruticola Ipê alimentos e bebidas • A Copercampos é considerada a quinta melhor empresa em gestão de pessoas no Brasil Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010 • A direção da Copercampos estimula a plantação de soja na região Correio Lageano 1970 • um grupo de 100 produtores rurais funda a Cooperativa Regional Agropecuária de Campos Novos 1972 G raças ao aumento gradativo da produção agrícola na região do MeioOeste Catarinense e às perspectivas de um futuro promissor para a atividade, um grupo de produtores de Campos Novos decidiu se unir. O projeto inicial era construir apenas um armazém para a produção de trigo e um frigorífico para abate de gado de corte, atividade de destaque no município naquela época. Assim, no dia 8 de novembro de 1970, o salão paroquial da Igreja Matriz de Campos Novos serviu de palco para a pioneira iniciativa de 100 produtores que acreditaram no projeto de constituição de uma cooperativa que é referência no setor agropecuário, a Cooperativa Regional Agropecuária de Campos Novos. O trigo era a principal cultura agrícola na região na década de 1970. Aliás, foi justamente a busca por métodos apropriados de armazenamento do cereal que motivou um grupo de produtores a unir forças e formalizar uma cooperativa agrícola. Em 1971, um ano após ser constituída, um dos principais objetivos – a construção de um armazém – já se tornava realidade. A nova unidade recebeu naquele mesmo ano a produção de uma excelente safra, 24.389 sacos (60kg cada) foram armazenados. Era apenas o início de uma trajetória de sucesso. O planejamento estratégico que passou a ser implantado na década de 1990 – prevendo ações de longo prazo – garantiu um novo rumo aos negócios da cooperativa. Foi nesta época que se passou a planejar o crescimento da suinocultura e a possível construção de 2005 Copercampos Uma união de produtores que dá bons frutos 15 80187 Hiragami Frutas com nome e sobrenome 80266 • É criada a Agropecuária Irmãos Hiragami 2005 Fumio Hiragami está em São Joaquim desde 1973 • Inicia-se o cultivo de uvas finas • A Irmãos Hiragami passa a produzir outras frutas como pêssego, ameixa e pera 2008 Catarinense, Hiroyasu tratava de comercializar a produção em São Paulo. Já no ano seguinte, foi construída a atual estrutura da empresa em São Joaquim, que está localizada às margens da SC-438, saída para Bom Jardim da Serra. Atento às questões de mercado, em 1995 a Irmãos Hiragami começou a diversificar sua produção, apostando em outros frutos como o pêssego, a ameixa e a pera. Em 2005 uma nova ampliação no mix de produtos ocorreu, com a plantação de kiwi e de uvas nobres destinadas à fabricação de vinhos finos. Em termos de vinho, a primeira safra da Hiragami ocorreu em 2008, mas o produto não chegou a ser lançado no mercado, o que deve acontecer em 2011 e inclui vinhos e espumantes. Hoje a Irmãos Hiragami produz, todos os anos, nove mil toneladas de maçãs e outras 250 toneladas de outras frutas, produção totalmente destinada ao mercado de São Paulo. Com relação a Hiragami Vinhos, a intenção é colocar no mercado 20 mil garrafas, principalmente de cabernet. 1980 U m dos cinco pioneiros da colonização japonesa na Serra Catarinense é o empresário Fumio Hiragami, que atua no ramo de fruticultura em São Joaquim. Sua história na região começou em 1973, quando a Cooperativa Agrícola de Cotia, uma das maiores do mundo na época, decidiu expandir os negócios e enviar fi lhos e irmãos de cooperados para iniciar o plantio de maçãs em Santa Catarina. Como as macieiras levavam entre quatro e cinco anos para dar os primeiros frutos, Hiragami e os demais cooperados da Cotia, ao chegarem em São Joaquim, iniciaram a produção de hortaliças e a primeira remessa enviada para São Paulo, foi de ervilha. Já as maçãs, começaram a ser enviadas em 1978, o que se seguiu por mais dois anos até que em 1980, percebendo que a Cotia não estava correspondendo às expectativas, decidiu em parceria com seu irmão Hiroyasu, iniciar o negócio próprio. Nesta época nascia a Agropecuária Irmãos Hiragami, com sede na cidade paulista de Mairinque. Enquanto Fumio produzia e administrava a empresa na Serra 1995 CORREIO LAGEANO Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010 alimentos e bebidas 16 • É obtida a primeira safra de vinhos que deve ser lançada no mercado agora em 2011 17 Iochpe escolhe a fruticultura como alternativa promissora A Fruticultura Malke, foi fundada em 17 de janeiro de 1979, por Israel Iochpe e seus filhos Matuzalém, Mauro e Abrahão, ao final dos anos 70, quando o ciclo econômico de exploração da madeira dava sinais de esgotamento e a fruticultura era promissora. A Malke foi constituída como uma opção familiar para garantir outra fonte de trabalho e renda. O empreendimento iniciou em um pomar de 39 hectares na costa do Rio Amola Faca e, com a a falta de infraestrutura e de conhecimento na condução da cultura. A principal foi conseguir contornar os efeitos da natureza como o granizo que, em minutos, reduz o valor da produção. “Por anos convivemos com estas adversidades até decidirmos investir em maquinário e em coberturas com tela antigranizo”, disse Mauro. “Em 1990, as negociações se apresentavam adversas, com preços baixos, optamos por processarmos os frutos em um Packing House. No mesmo ano, iniciamos a construção das nossas câmaras frias. Essa tomada de decisão significava a continuidade ou o fracasso da nossa atividade”, concluiu. A empresa preserva uma política de renovação de pomares, de aperfeiçoamento da mão de obra e melhorias contínuas na infraestrutura. “Dedicamos esforços e recursos em treinamentos para o atendimento dos padrões de qualidade e de certificações que o mercado exige, inclusive internacionais. E, principalmente, investimos na transparência e na formação de parcerias com nossos clientes”, concluiu Mauro. Com sede no Rio Grande do Sul, o Moinho do Nordeste é líder no mercado de farinha de trigo doméstica gem dos seus produtos que tiveram suporte de várias campanhas promocionais. Além da expansão na venda doméstica, cresce também a participação do Moinho Vacaria na venda em escala industrial. Além do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, passa a abastecer os estados do Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Goiás. Para dar suporte à sua demanda, em 2005 o Moinho Vacaria abre uma filial em Lages, dobrando sua produção. Com o objetivo de ganhar competitividade e garantir sua perpetuação no mercado, o Moinho está investido R$ 10 milhões na construção de sua nova unidade em Vacaria, seguindo os mais modernos critérios de processamento e beneficiamento do trigo. A unidade de Lages continuará ativa.“Participar deste evento que destaca as 50 melhores empresas da Serra Catarinense é um orgulho e um incentivo ao Moinho Vacaria. Mas, não existe mágica, existe é muito trabalho”, encerra o diretor Artur Ting. • O Moinho Vacaria inicia suas atividades • A administração passa para a responsabilidade do empresário Artur Ting • É aberta a filial do Moinho Vacaria em Lages Pomesul Um referencial de qualidade em maçãs F • Surgimento da empresa • Aquisição da Unidade de Pinhais – PR • Abertura do CD de Lages • Certificação da ISO 9001:2008 quirida a primeira máquina mecânica classificadora de frutas. Com a evolução dos negócios, em 2002 nasce a Pomesul e no ano seguinte, eles chegam a capacidade de armazenagem de 6 mil toneladas. Vale ressaltar que para chegar a este volume de estocagem de maçãs aconteceram duas ampliações na estrutura existente em 2000. Outro grande passo na empresa aconteceu em 2005 com a aquisição de uma moderna máquina classificadora eletrônica, com separação por cor. Neste período a empresa amplia suas câmaras em mais cinco mil toneladas. Por fim, em 2008 uma nova obra permite o aumento da armazenagem em mais duas mil toneladas. A Pomesul conta, atualmente, com uma estrutura capaz de estocar até 13 mil toneladas de frutas, sendo 10,5 mil toneladas em câmaras frigoríficas capazes de armazenar em atmosfera controlada; 2 mil toneladas em atmosfera comum, e mais uma câmara de 500 toneladas para armazenar fruta embalada, já classificada. Dessa forma a Pomesul pode oferecer frutos de qualidade o ano inteiro. 1988 gística e qualificar os serviços de distribuição e entrega. Para manter-se líder no mercado, a Moinho do Nordeste prioriza o foco no cliente e na qualidade dos produtos. Com a aquisição de uma unidade em Pinhais (PR), também foi possível aumentar a produção e garantir o abastecimento constante a várias empresas de grande porte do Brasil. Entre os projetos de expansão da empresa, está a ampliação da unidade de Pinhais em termos de capacidade de moagem; a ampliação de estocagem de trigo, sistemas de produção e capacidade de moagem em Antônio Prado; além da conquista da certificação ISO 9001. 2000 A expansão da empresa iniciou a partir do melhoramento do processo de moagem, através da aquisição de máquinas e utilização de novas tecnologias que qualificaram o processo e, consequentemente, a linha de produtos. Com a capacidade de 800 toneladas por dia, hoje a empresa atinge as regiões Sul e Sudeste, com liderança no mercado de farinha de trigo doméstica. Atualmente, a capacidade de estoque dos clientes é reduzida, exigindo que a entrega seja rápida e constante, no menor período de tempo. Por isso, a implantação do Centro de Distribuição em Lages teve como objetivo principal minimizar os custos de lo- • Jair Philippi inicia o cultivo de maçãs em Bom Retiro • É adquirida a primeira máquina classificadora de maçãs (mecânica) 2002 Moinho do Nordeste surgiu em 3 de março de 1946 na cidade de Antônio Prado, época em que a maioria dos moinhos ainda era movido pela força da água. Iniciou operando com a capacidade de moer 10 toneladas de trigo por dia. Sua atuação limitava-se aos municípios próximos da sede, ampliou a partir da parceria com a Adria de Porto Alegre e São Paulo e, posteriormente, com a Isabela, de Bento Gonçalves (RS). A Nordeste se transformou em sinônimo de qualidade de processos e produtos, iniciando sua expansão para outras regiões e tornando-se, rapidamente, referência para o setor. Um líder no Sul do País Jair Philippi Filho, um dos diretores da Pomesul e a linha de produção da empresa • É criada a Pomesul que tem sede às margens da BR-282 em Bom Retiro 2005 Moinho do Nordeste O undada no ano de 2002, a Pomesul se destaca no mercado por ser uma empresa jovem, moderna e atenta aos mais rígidos padrões de qualidade. Desde o inicio a Pomesul busca desenvolver parcerias sólidas com os clientes e fornecedores, comprometendo-se em oferecer maçãs frescas, saborosas e saudáveis. Para melhor entender a história da Pomesul é necessário retornar ao ano de 1988, quando o industrial Jair Philippi, natural de Palhoça, iniciou o plantio de maçãs em Bom Retiro. Decorridos 10 anos, ele começou a sentir dificuldades para comercializar sua produção, então surgiu a idéia de criar uma estrutura capaz de armazenar e embalar a fruta. Foi então que junto com seus sócios, José Antônio Philippi e Benito José Bertuzzi, deram início ao novo empreendimento. Com isso, já no ano seguinte novos pomares começaram a ser implantados, assim como iniciou-se a construção de uma estrutura de câmaras frias, num total de seis unidades, onde era possível armazenar 1,5 mil toneladas de maçãs. Já em 2000 é ad- • Aquisição da nova máquina classificadora de maçãs (eletrônica) alimentos e bebidas 1958 1990 2005 Sede da Moinho Vacaria, no vizinho estado do Rio Grande do Sul Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010 Malke Família produção de maçãs vendida no pomar, pois não se pretendia investir em verticalização. “Ainda visualizo meu pai, com 62 anos de idade, traçando e demarcando as estradas internas montado no lombo de um cavalo. E meu irmão Matuzalém, realizando experiências com porta-enxertos e variedades com culturas intercalares. Foram anos de trabalho duro e aprendizado”, lembra Mauro Iochpe que, hoje, está à frente da Fruticultura Malke. Mudar da atividade madeireira para a fruticultura foi uma necessidade, mas também, uma visão de futuro e coragem de inovar. “Essas eram características de meu pai, Israel Iochpe, que talvez sejam transmitidas pelo DNA, mas em parte foram aprendidas na convivência familiar. Passávamos os dias trabalhando e de noite nos reuníamos para planejar a continuação das tarefas. O sucesso exige dedicação, trabalho e o apoio da família”, relata Mauro. A Malke se constitui em uma empresa sólida, mantendo a visão de futuro. Para chegar a essa posição, muitas foram as dificuldades como E m 1958, o Moinho Vacaria Industrial e Agrícola Ltda inicia suas atividades sendo , então, a primeira indústria a se instalar no município de Vacaria, RS. Com uma capacidade de produção modesta, (limitada) de 500 toneladas/mês , o Moinho Vacaria lança no mercado suas marcas “Boa Safra”e “Cisne”, que se consagraram no mercado consumidor local. Naquela época, as vendas abasteciam as cidades de Vacaria, Lages, Carazinho e Passo Fundo. Em 1990 inicia-se o processo de sucessão familiar e a empresa passa a ser comandada pelo empresário paulista Artur Ting. O cenário é competitivo e desafiador. Neste momento, com a extinção das cotas pelo Governo, muitos moinhos fecham suas portas. Fala-se de globalização, qualidade e código de defesa do consumidor. A empresa passa por uma reestruturação completa de forma a se posicionar frente aos desafios do novo milênio. Neste período, começam as grandes transformações corporativas que acabam por dar notoriedade ao Moinho Vacaria, posicionado-o em lugar de destaque no cenário Rio Grandense. Focado na qualidade de todo processo produtivo, o Moinho Vacaria deu início a uma série de cursos e treinamentos para profissionalizar sua equipe. A empresa, totalmente informatizada, investiu em maquinários e aparelhos controladores de qualidade. São estabelecidas novas metas, objetivos e mercados. Novas embalagens e logotipos revitalizaram a ima- 19 Correio Lageano Família Iochpe escolhe a fruticultura, no final do ciclo da madeira • É aberta a filial do Moinho vacaria em Lages 1958 • Também nesse ano, iniciou-se a construção das câmaras frias trajetória de sucesso com qualidade •A administração passa para a responsabilidade do empresário Artur Ting 1990 • Por causa de uma safra em condições adversas e preços bastante baixos, família decide fazer o processamento das frutas em um Packing House arrendado da Epagri Moinho Vacaria Uma • O moinho vacaria inicia suas atividades 2005 1990 • Israel Iochpe decide mudar da atividade madeireira para a frutícola e funda a empresa Malke 2010 2004 2000 1946 Correio Lageano Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010 alimentos e bebidas 1979 18 80573 20 80486 80512 21 Presidente da Sanjo, Roberto Katto, apresenta a linha de vinhos da empresa boração de vinhos. As áreas escolhidas para o plantio das videiras sempre respeitaram uma altitude mínima de 1000 metros. O sistema de condução utilizado, quase em sua totalidade, é o de espaldeira, voltado para baixas produções e alta qualidade dos frutos. As condições climáticas aliadas às características do solo proporcionam um terroir distinto que é expressado nos vinhos aqui elaborados. As altitudes elevadas da região propiciam uma vitivinicultura de altitude, resul- tando em uvas com grande potencial de cor e açúcar, com o desenvolvimento de aromas mais finos e delicados, devido à maturação das uvas ocorrer de maneira mais lenta e controlada, proporcionada pelas baixas temperaturas. O sistema de elaboração é especialmente desenvolvido, buscando extrair o máximo de qualidade e preservar as características únicas das uvas produzidas na região mais fria do Brasil, a Serra Catarinense. padrão internacional em alimentação Q no município de Bom Retiro. Foram iniciados os projetos “Estuda Macedo” e o “Programa de Qualidade Total Macedo”. O primeiro leva o Ensino Fundamental e Médio para os profissionais e o segundo busca melhorar o atendimento, a qualidade dos produtos e a satisfação dos clientes e consumidores. Já a Tyson Foods começou como uma pequena granja, na década de 1930, na cidade de Springdale, Arkansas (EUA). Hoje, a Tyson Foods é a maior processadora mundial de carnes de frango, bovina e suína. Está na segunda posição 1980 Vitor Hugo Brandalise desde junho preside a Tyson do Brasil • Frangos Macedo passa a fazer parte do grupo Koerich 1990 alimentos e bebidas 80593 Tyson Qualidade uando duas grandes empresas se unem o resultado tende a ser altamente positivo. É exatamente isso que aconteceu em 2008, quando a catarinense Macedo passou a fazer parte da companhia norte-americana Tyson Foods, maior processadora mundial de carnes de frango, bovina e suína. Neste processo se integraram ainda as avícolas Avita, de Itaiópolis (SC), e Frangobras, de Campo Mourão (PR). O primeiro presidente da Tyson Brasil foi Joster Macedo, que deixou o cargo no último mês de junho, passando a presidência para Vitor Hugo Brandalise. A Macedo iniciou suas atividades em 13 de julho de 1973, sob o nome de Frios Macedo Ltda. Possuía sete funcionários que abatiam 300 frangos por dia. Após um ano, em 1974, o Grupo Koerich se associa a Frios Macedo. Com o grupo, a capacidade de abate aumentou para 3 mil frangos por dia. Neste mesmo ano foram construídas as primeiras granjas para frangos de corte. Já a década de 1980 foi um período de expansão com a construção das Unidades de Nutrição Animal, da Central de Distribuição do Norte do Estado de Santa Catarina e do Incubatório. Com isso passou a produzir até 420 mil pintos/mês e o abate subiu para 1.500 frangos por hora. Na década de 1990 a infraestrutura da Macedo deu um novo salto. Foram construídas as Centrais de Distribuição do Sul e Norte do Estado de Santa Catarina, a Granja de Matrizes, rastreabilidade completa dos frangos, desde a granja até o produto pronto, garantindo um alto padrão de segurança de seus produtos. Já a sua matriz alemã foi fundada em 1982 na cidade de Ostbevern – Alemanha pelo senhor Bernhard e por sua esposa, a senhora Maria Vosskötter. É uma empresa familiar que é dirigida até os dias atuais pela família Vosskötter. Sua especialidade e excelência em processamento de carne congelada são reconhecidas nos mercados alemão e internacional. Tradição de fazer produtos com qualidade, flexibilidade para atender aos pedidos especiais dos clientes e a inovação continuada são a fórmula do sucesso da Vossko. • Monta empreendimentos na Serra Catarinense • A Macedo se integra com a empresa norteamericana Tyson das maiores produtoras de alimentos da Fortune 500. A companhia desenvolve grande variedade de produtos à base de proteína e alimentos preparados e é reconhecidamente líder nos setores de varejo e serviços de alimentação nos mercados em que atua. A Tyson Foods tem clientes e consumidores em todo os Estados Unidos e em mais de 90 países. A companhia conta com aproximadamente 107 mil colaboradores atuando em mais de 300 unidades norte-americanas e escritórios ao redor do mundo. PB • É inaugurada a Vossko do Brasil • Inicia a exportação de sua produção para a Alemanha Desde que a Vossko decidiu expandir sua empresa e abrir uma filial no Brasil, a administração da nova unidade está sob os cuidados de Joachim Gerecht Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010 • A Sanjo se transforma em agroindústria e firma parceria com a Disney para produzir uma linha de sucos CORREIO LAGEANO J á se vão sete anos que Lages passou a contar com a Vossko do Brasil Alimentos Congelados Ltda, que foi criada com a meta de produzir artigos de frango cozido para o atacado e supermercados, assim como produtos especiais para o processamento industrial. A unidade de Lages é fi lial da indústria alemã Vossko, para a qual desde abril de 2004 exporta a maior parte de seus produtos semiprontos. Desde o início, sua administração está sob o comando de Joachim Gerecht. Com apenas quatro anos de atuação, a direção da Vossko do Brasil constatou uma crescente procura de seus produtos, que estão dentro da tendência do mercado e isto determinou a construção de uma terceira linha de produção, a qual iniciou em dezembro de 2007. Com isso, a empresa expandiu seu quadro de funcionários de 270 para 340 colaboradores. Com uma fábrica moderna e funcionários capacitados a Vossko do Brasil busca oferecer para o mercado brasileiro produtos com padrão de qualidade da Europa com sabor do Brasil. A Vossko do Brasil é especialista no processamento de carne de frango e desde fevereiro de 2007 em carne bovina crua para produtos processados cozidos e assados. A carne é cortada e cozida de acordo com a vontade específica dos clientes em duas linhas de produção. Sob a supervisão constante de médicos veterinários, as exigências da União Europeia são obedecidas. A Vossko possui um sistema moderno que garante a 2007 • A Sanjo passa a fabricar vinhos nobres 2004 Catarinense para o exigente mercado europeu 23 2003 1993 • É criada a Sanjo – Cooperativa Agrícola de São Joaquim 2002 F undada em 1993 por um grupo de 34 fruticultores, a Sanjo – Cooperativa Agrícola de São Joaquim, representa o coroamento dos esforços pioneiros de um grupo de imigrantes japoneses e jovens descendentes, que na década de 70 transferiram-se de diversas regiões do Brasil para São Joaquim, na região serrana de Santa Catarina. Hoje a Sanjo é uma referência em fruticultura com a produção e beneficiamento de maçãs que são comercializadas em todo território nacional e exportadas para parte do mundo. A chegada destes imigrantes japoneses e seus descendentes à região de São Joaquim, em 1974, atendeu ao convite e estímulo dado pela Cooperativa Agrícola de Cotia, que queria expandir seus negócios. Eles permaneceram filiados a esta cooperativa até meados dos anos de 1990, quando a Cotia entrou num processo de falência. O primeiro presidente da Sanjo foi Paulo Iida, que permaneceu no cargo por 10 anos e foi substituído por Makoto Umemya, que por sua vez, cedeu o lugar a Lauro Sato e atualmente é comandada por Roberto Katto. Pela excelência do clima da Serra Catarinense a Sanjo, no início do ano de 2002, iniciou a implantação de seus vinhedos, inicialmente com a variedade Cabernet Sauvignon; posteriormente vieram Merlot, Chardonay e Sauvignon Blanc, cultivadas com as mais avançadas tecnologias de produção de uvas para ela- Vossko do Brasil Da Serra 2008 Sanjo Maçãs e vinhos que são sinônimo de qualidade 2008 CORREIO LAGEANO Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010 alimentos e bebidas 22 • Monta sua terceira linha de produção e começa a trabalhar com carne bovina Alpha Comercial Ltda, uma empresa a serviço da beleza 80289 80314 comércio e serviços Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010 • Surge a Lafi Cosméticos, instalada no Shopping Gemini • Surge a primeira filial da Lafi Cosméticos, também no centro • A Lafi Cosméticos resolve investir em um curso de aperfeiçoamento direcionado a cabeleireiros e surge o Fashion Hair, que passou a fazer parte do calendário de eventos de Santa Catarina • Mais uma loja é aberta, agora no bairro Coral • Lafi inaugura nova loja no Centro de Lages, que se torna referência em Cosmética no Estado como um Supermercado da Beleza CORREIO LAGEANO tor de veículos e autopeças está representado por quatro empreendimentos: a Translages (concessionária Chevrolet); Le Monde (concessionária Citröen); e SuperAuto (concessionária Ford); e a distribuidora de autopeças Disauto. Na prestação de serviços a maior empresa atuante na região é a Oi, serviços de telefonia e internet banda larga. Três distribuidoras de produtos integram a relação das 5o empresas homenageadas. São elas a American Oil, a Alpha Comercial e a Valmir Ramos Revestimentos (Obradec). No setor de venda no varejo o destaque vai para a Berlanda, a Havan e a Pittol Calçados. 2001 presentação dos supermercados no movimento econômico da região que entram com as marcas locais, além das grandes redes. Nesse segmento, nada menos que seis empresas se destacaram no ano passado, período analisado para a definição dos empreendimentos agraciados. São eles: Angeloni, Bistek, Martendal, Super Alvorada, Mezzalira & Cia, e Myatã. Vale ressaltar que Angeloni e Bistek participam desde a primeira edição do prêmio. No caso de veículos e autopeças, o destaque fica evidente se citarmos as últimas pesquisas de crescimento do setor, as quais mostram que a Serra foi a região com os números mais expressivos em Santa Catarina. Este ano o se- 2002 S etor responsável pelo maior número de empregos com carteira assinada na Serra Catarinense, o comércio e serviços é o segmento em que mais empresas aparecem entre as 50 com maior participação no ICMS adicionado, critério definido pelo Correio Lageano para homenagear os empreendedores com o Troféu José Paschoal Baggio. No total são 19 empreendimentos que estão na lista. Amplo e variado, o setor pode ser dividido em uma série de subitens. No caso do Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio, foram três as categorias: geral, supermercados, e veículos e autopeças. Essa fórmula foi definida por causa da re- 1993 Comércio e serviços Figueiredo é o responsável por uma das principais distribuídoras de cosméticos do Brasil 1995 L uiz Figueiredo tem se firmado, cada vez mais, como um empresário de sucesso em Lages. Com persistência e ideias inovadoras, iniciou com uma loja de cosméticos, a Lafi Cosméticos. Mas, percebendo a dificuldade da clientela em encontrar boas marcas para uso profissional também no interior do estado, buscou alternativas para atender à demanda dessa fatia do mercado e passou a trabalhar com venda e entrega direta desses produtos no local de atuação do cabeleireiro e criou a Alpha Comercial Ltda que, atualmente, se constitui em uma das mais importantes empresas da indústria da beleza no Sul do Brasil. A Alpha é a distribuidora atacadista de cosméticos, que atende o Sul do Brasil, através de representantes comerciais que atuam diretamente nos salões de beleza. Seu principal fornecedor é a Alfaparf, uma marca italiana que atua no ramo de cosméticos em todo cenário mundial e é uma da mais bem conceituadas do setor. Tem sua distribuição no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro. Hoje consolidada como Alfaparf Group, é mentora também das linhas de Cosméticos Yellow e AltaModa. A Lafi, Alpha Comercial, é sua maior distribuidora no Brasil. Criatividade, liderança e visão de futuro para inovar e ocupar o espaço no mercado nunca faltaram ao empresário que busca manter o ritmo de trabalho, sempre procurando acompanhar as exigências do mercado, além de desenvolver ações voltadas à sustentabilidade. “A cosmetologia é um grande negócio. A edição do mês de outubro da revista Exame nos mostra que com R$ 49,4 bilhões em receita, o mercado da beleza não para de crescer no Brasil e de gerar oportunidades para pequenas e médias empresas. Com isso, o Brasil passou do oitavo para o terceiro maior mercado de produtos de beleza do mundo. Perdemos apenas para os Estados Unidos e o Japão”, revela Figueiredo, que confirma a continuidade de investimentos na área. 25 1996 CORREIO LAGEANO Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010 comércio e serviços 24 80524 1992 • Para ocupar as tardes livres, o bancário Nilso Berlanda decide abrir uma loja de móveis e eletrodomésticos em Curitibanos 1996 E próximo estar em todos os municípios catarinenses, para depois desbravar o restante do país. Para expandir os negócios, Nilso idealizou o modelo de negócios batizado de Berlanda Fácil, para pequenos municípios, e investiu nos polos regionais. • Com sete lojas distribuídas no interior do Estado, Nilso pede demissão do banco e passa a trabalhar exclusivamente para a rede em parceria com a esposa Leoni 2003 Berlanda Uma rede genuinamente catarinense m 1992 os irmãos Nilso e Wanderley Berlanda deram início a maior rede de eletrodomésticos das regiões Oeste, Meio-Oeste e Serra Catarinense, as lojas Berlanda. Junto permaneceram por 11 anos, quando em 2002, fizeram a cisão da empresa. Nilso ficou com a marca Berlanda e Wanderley passou a usar a marca Lojas Base, vendida à Magazine Luiza em 2005. Ex-funcionário do Banco do Estado de Santa Catarina (Besc), e formado em Administração de Empresas, Nilso Berlanda ingressou no comércio varejista em 1992 com a única pretensão de ocupar o tempo vago. Funcionário do setor de compensação do Banco do Estado de Santa Catarina (Besc), seu turno de trabalho ia das 18 h às 2 da madrugada. Como dormia no máximo até as 10 da manhã, lhe sobrava a tarde inteira livre. O irmão Wanderlei havia recém-inaugurado uma loja de móveis e eletrodomésticos em Chapecó, terra natal da família, e convidou Nilso para trabalhar com ele. O futuro lojista achou mais seguro continuar com o emprego no banco. O irmão sugeriu, então, que ele abrisse uma loja em Curitibanos, onde morava com a esposa Leoni e os filhos Aline e Leonardo. O casal vendia, entregava e até montava os móveis. A família já tinha tradição em indústria de móveis, pois – o pai e um tio eram proprietários de marcenarias –, e os fornecedores estavam garantidos. Hoje, são mais de uma centena de pontos de venda. A matriz está situada na cidade de Curitibanos, centro do estado de Santa Catarina, a Berlanda é hoje uma das maiores redes de móveis e eletro do estado e pretende, em um futuro • Fundação da empresa • Nilso compra a marca Berlanda do irmão Wanderlei, que passa a operar suas unidades com o nome de Lojas Base • O irmão Wanderlei vende a rede Base para o Magazine Luiza; e a Berlanda passa a ter liberdade para expandir seus negócios para o Oeste Catarinense No início da loja em Curitibanos, Nilso e sua esposa, vendiam, montavam e entregavam os móveis. Hoje a rede tem mais de 100 pontos de vendas PB comércio e serviços Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010 • Com a abertura das fronteiras passa a importar tecidos e artigos de baixo valor agregado • Curitiba já contava com duas filiais da Havan • Instalação da Havan em Lages Correio Lageano • Entra no mercado de revenda de GNV em Lages Luciano Hang vislumbrou a possibilidade de crescimento acelerado com a abertura da fronteira aos produtos importados 2008 • É criada a American Oil Distribuidora de Combustíveis a capital paranaense foi escolhida para iniciar a expansão. Em 1999 a Havan já contava com duas fi liais em Curitiba. A desvalorização cambial fez a Havan definir um novo rumo, passando a atuar no segmento de loja de departamentos. Novas fi liais foram abertas em Curitiba, Florianópolis, Criciúma e Joinville e novas unidades estão em construção ou sendo planejadas. Luciano Hang acredita que a empresa se consolida pela forma inovadora de fazer varejo. A Havan foi pioneira no Sul na expansão do horário de atendimento, abrindo suas lojas aos domingos e feriados. Mantém um sistema próprio de financiamento, com o Cartão Havan. Além disso, está ligada à comunidade, pois além dos programas sociais, a empresa promove eventos que atraem grande público. Exemplo disso é o Natal Luz, uma programação com shows gratuitos, chegada do Papai Noel e acendimento de milhares de lâmpadas nas fachadas das lojas. “Em 23 anos um pequeno balcão de tecidos se transformou em uma rede reconhecida pela qualidade e variedade de seus produtos e a excelência no atendimento ao público”, destaca Luciano Hang. 27 1999 • Incorporação da transportadora Petrolages história de Luciano Hang é tão impressionante quanto os números colecionados por seu empreendimento: as Lojas Havan. Ao completar 24 anos de fundação, a Havan conta com 18 lojas em Santa Catarina e no Paraná; cerca de 4 mil funcionários; um total de mais de 110 mil metros de área construída; mais de 100 mil itens comercializados; investimentos de R$ 100 milhões em expansão e R$ 100 milhões ao ano em tributos e benefícios. Fundada em 26 de junho de 1986, em Brusque, como uma pequena loja de atacado de tecidos, com apenas três anos conquistou a sede própria, no atual endereço, na Rodovia Antonio Heil. As instalações passaram por várias expansões, até chegar à estrutura atual, de 30 mil metros quadrados de área de vendas e, com a adoção de uma fachada estilizada da Casa Branca – sede do governo americano – que caracteriza alguns projetos arquitetônicos da Havan. Outro elemento incorporado à marca foi a réplica da Estátua da Liberdade. Nos anos de 1990, o diretor-presidente, Luciano Hang vislumbrou um novo potencial, com a abertura das fronteiras aos produtos estrangeiros. Passou a importar tecidos e artigos de baixo valor agregado, para atender ao varejo em todo o Brasil. Esta fórmula, aliada a uma estratégia agressiva de mídia em todo o Brasil, alavancou o nome Havan. O sucesso da marca estimulou a abertura de novas lojas e 1990 1969 1977 • Empresa transfere sua sede de Xanxerê para Lages 1988 Rafaelli Sgarbossa, o idealizador da Amercian Oil • Ari Sgarbossa abre seu primeiro posto de revenda de combustíveis 1998 A veis a diversos postos revendedores, indústrias e consumidores localizados em diversos estados brasileiros. Décadas de bom relacionamento com empresários do ramo e a grande credibilidade e liderança exercida no mercado de combustíveis, conferiram capacitação técnica e administrativa para, com a abertura do mercado de distribuição de combustíveis, iniciar os trabalhos da American Oil. A American Oil surgiu em 1998 e desde o início é administrada pela segunda geração da família Sgarbossa no ramo de combustíveis. Atualmente a Transportadora Petrolages atua conjuntamente com a American Oil, tendo como um de seus focos agilizar a logística de entregas. A American Oil tem como seus principais diferenciais apresentar soluções eficazes em combustíveis industriais. Possui escritórios de atendimento nos estados de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul. 2008 A visão de mercado do empresário Rafaelli Sgarbossa fez nascer em Lages, no ano de 1998, a American Oil, com o intuito de gerar oportunidades de negócios para operadores de postos de combustíveis, e para investidores com interesse no setor. A empresa comercializa e distribui produtos derivados de petróleo, através da concessão do uso de sua marca dentro de uma rede de revendedores. Atende também aqueles revendedores que não possuem vínculo contratual com nenhuma distribuidora de combustíveis. O empresário lembra que a semente da American Oil foi plantada antes mesmo de ele nascer, quando o grupo iniciou suas atividades no ramo em 1969, com um posto revendedor de combustíveis, no Oeste Catarinense, mais precisamente na cidade de Xanxerê, onde permaneceu até 1977. Neste intervalo de tempo, começou a operar mais uma unidade de revenda de combustíveis. Foi neste ano de 1977 que a empresa se mudou para Lages e nasceu uma parceria de décadas com a Petrobras Distribuidora. Em meados dos anos 1980 houve a incorporação da Transportadora Petrolages Ltda. A transportadora tinha como objetivo o transporte de combustí- Havan Uma história de muito sucesso 1986 American Oil Uma logística eficiente no setor de combustíveis 2005 Correio Lageano Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010 comércio e serviços 26 80325 1975 1990 para uso residencial e comercial, carpetes residenciais e comerciais, incluindo linhas com desenhos para hotéis, forrações para feiras e eventos e ainda colas e acessórios. Agora no final de 2010, a Obradec estará lançando um novo produto; O ForthArt®, piso em réguas de PVC, que vai competir com os pisos laminados de madeira pela sua caracterização, com a vantagem de serem resistentes à água. “Os padrões de cores do piso ForthArt® foram escolhidos por nós, especialmente para atender os gostos do mercado brasileiro”, explica Valmir Ramos, destacando que o produto será lançado com um grande volume de estoque pois o objetivo é atender a todo mercado nacional. 1992 O empresário Valmir Ramos, natural de Gaspar, começou a trabalhar com revestimentos em Blumenau. Transferiu-se para Lages em 1970, onde fundou a Obradec em 1975, uma empresa revendedora a varejo de revestimentos para pisos, forros, papéis de parede e carpetes. “Foram muitos anos trabalhando diretamente em obras, naquela época eu mesmo vendia e instalava”, comenta Valmir Ramos, que adquiriu experiência e passou a atender também pequenos lojistas da região, vindo mais tarde a se especializar no sistema de distribuição de revestimentos com estoque a pronta entrega. Além de produtos nacionais, passou a importar de diversos países linhas de produtos especialmente desenvolvidas para atender o mercado brasileiro. Atua principalmente na região sul e, mais recentemente, passou a atender os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Distrito Federal entre outros. Hoje, constitui-se em uma das maiores distribuidoras especializadas em revestimentos para pisos do Brasil, concorrendo com empresas de projeção nacional e atuando tanto no varejo, quanto no atacado. A Obradec Revestimentos atende seus clientes pelo sistema de televendas, de forma que os mesmos não necessitem formar estoque, pois o sistema de logística da Obradec garante a entrega do produto em 24 horas nos grandes centros, em 48 horas nas cidades polos e 72 horas nos municípios do interior. “Para atender o mercado a empresa possui hoje uma enorme variedade de produtos, disponibilizando o maior estoque de revestimentos de pisos do sul do Brasil”, diz Valmir Ramos. Dentre os principais produtos que a Obradec comercializa e mantém em estoque, destacam-se os pisos laminados de alto tráfego, os pisos vinílicos em mantas de médio e alto tráfego, os pisos vinílicos em placas e em réguas, • Especializa-se em revestimentos para pisos • Passa a ser uma empresa também de atacado 1996 empreendedorismo • Inicia processo de importação com produtos diferenciados para atender o mercado de revestimentos 2000 Obradec 35 anos de história, dedicação e • Valmir Ramos funda a Obradec • Passa a atender grandes obras, como Hospitais, Tribunais, Fóruns, Shopping Center, entre outros 2005 CORREIO LAGEANO Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010 comércio e serviços 28 • Passa atender empresas de grande porte em grandes centros comerciais 80571 Valmir Ramos e Maria Clara Ramos 80329 29 Oi A maior operadora de telecomunicações do Brasil / supermercados comércio e serviços • Oi assume o controle da BrTelecom, lança movimento “Multa Não” e decreta o fim da multa para cancelamentos todos os portes e regiões pela WB Telecom. Para o presidente da Acats, Adriano Manoel dos Santos, o resultado de 2009 ficou dentro da meta que a entidade havia projetado no início do ano passado. “Desde o início do ano de 2009, já trabalhávamos com esta projeção porque tínhamos uma base comparativa para 2008 muito alta. Considerando que os 4% foram acima da inflação do período, dá para concluir que o resultado foi muito bom”. A previsão para 2010 é muito semelhante a 2009, de acordo com o dirigente. “Acreditamos que o setor ainda tem mais espaço para crescer através do consumo das nossas três principais âncoras, segmentos de alimentação, higiene pessoal e limpeza, porém acho que isso deva acontecer sempre em percentuais mais baixos, positivos, porém baixos. Os primeiros números de janeiro já indicam essa tendência”, destaca Santos. Em Santa Catarina, o acumulado de venda do ano é de 6,69% superior ao mesmo período de 2009. (dados computados até agosto). Para se ter uma idéia da importância do setor, somente em Lages o retorno do ICMS adicionado foi de R$ 141 milhões (base 2008). Pittol Calçados A maior rede calçadista de Santa Catarina 1969 • Serafim Pittol chega a Concórdia e abre sua primeira loja de sapatos • A empresa inicia um imenso processo de expansão 1998 1958 A família Pittol chegou em Santa Catarina nos anos 1920, com os três irmãos sapateiros, Horácio, Bonifácio e Serafim, que criaram a fábrica Pittol em Herval do Oeste. Como os negócios não deram muito certo, o irmão Serafim mudou-se para Concórdia em 1958, carregando consigo alguns pares de sapatos e o espírito empreendedor. Seu Serafim comprou uma pequena loja, ao lado da praça central. Nascia então, a empresa que se tornaria símbolo do comércio varejista no Brasil. No início, a loja vendia apenas pares fabricados, mas com o tempo e a necessidade, a Pittol começou a vender somente calçados de fornecedores. A família se envolvia no negócio, além do filho Arnaldo já gerente na época, a irmã Salete iniciava sua trajetória como empresária. A Pittol se tornou a principal loja de calçados da cidade, e a partir de 1969, a empresa iniciou um imenso processo de expansão. O espírito empreendedor está no sangue dos filhos do seu Serafim que assumiram o negócio e multiplicaram as lojas da Pittol em todo o estado de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, criando assim uma rede com 25 lojas. Toda a rede vende hoje, cerca de milhões de pares de calçados anualmente, o que rendeu o reconhecimento de maior lojista de Santa Catarina neste ramo. Um crescimento impressionante que tem por trás muito trabalho, disciplina e coragem para investir. Para a Pittol, vender não é só • No mês de novembro ocorre a inauguração da loja em Lages Serafim Pittol e esposa Hermelinda, os pioneiros da rede Pittol Calçados uma questão de atender à necessidade de quem entra numa das lojas. “Um calçado envolve desejo e emoção. É preciso encantar o cliente”, acreditam os proprietários da empresa. Por isso, seu grupo de colaboradores é mais do que um time de vendedores, e já fazem parte da família Pittol. A diretoria garante que seu maior patrimônio não são as lojas confortáveis com seus imensos estoques, o bem mais valioso é cada um dos milhares de clientes e cada um dos colaboradores, que formam a família Pittol. E como toda grande família, tem histórias para contar. A Pittol é feita de gente que acredita no que faz e faz com carinho. Como Serafim Pittol, que sempre acreditou no crescimento da empresa. Terezinha e Maurilio sempre juntos e orgulhosos pela Família Alvorada Alvorada Uma vida de dedicação de Maurilio e Terezinha em bem atender o cliente S ob a influência de seu irmão e com a intenção de constituir sua família, o então caminhoneiro, Maurilio Marin, decidiu entrar no ramo do comércio. Seu primeiro empreendimento foi um pequeno ponto comercial, localizado na rua Marechal Deodoro, em Lages, onde hoje existe a loja Fio de Ouro, e que foi aberto graças à venda de seu caminhão, o qual havia comprado sete anos antes. Após casar com Terezinha Madalena, continuaram o comércio que na época era denominado de lojas de venda de secos e molhados. Em 1973, por um processo de incorporação, passou a integrar a organização de seu irmão que havia lhe incentivado a entrar no setor de comercio e assim passou a participar da organização Mercantil Achyles Marin S/A, quando começou a explorar também o comércio de produtos agrícolas e veterinários. Este processo continuou em expansão, estabelecendo filiais dos dois ramos levando estabelecimentos até para fora de nosso estado. No auge do seu desenvolvimento chegou a ter 17 estabelecimentos em atividade, oferecendo aproximadamente 500 empregos diretos. • Maurilio Marin inicia as atividades no setor do comércio • O supermercado Alvorada se une com a Mercantil Achiles Marin • Ocorre a cisão e surge a rede de supermercados Alvorada, com duas lojas em Lages Uma nova mudança veio acontecer em 1995, através de um processo de cisão, retornou à razão social Maurilio Marin & CIA LTDA, na atividade de origem, estabelecendo-se como sua matriz na avenida Castelo Branco, bairro Universitário, com uma filial na avenida Presidente Vargas, onde permanecem até hoje. Sempre contando com o apoio decisivo de sua esposa, com a qual teve quatro filhas (Luciane, Tassiana, Fabiola e Caroline), Maurilio Marin explica que sua empresa orgulha-se em ter no quadro de colaboradores, pessoas que iniciaram aqui sua vida profissional, já estão até aposentadas, e continuam integrados à empresa. Também por esta razão a empresa caracterizou-se pela Cognominação de Família Alvorada. A empresa sente-se orgulhosa por estar presente no mercado alimentício, oferecendo a seus clientes amplas e modernas instalações e mais, por estar contribuindo com a geração de emprego e renda no município de Lages e na região. Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010 D entro do setor de comércio e serviços o segmento supermercadista historicamente ocupa posições entre os cinco que mais arrecadam impostos, considerando-se o ICMS. De acordo com o resultado da pesquisa do Termômetro de Vendas da Acats– Associação Catarinense de Supermercados, em 2009 as vendas apresentaram um crescimento de 4,19% em relação a 2008, índice já deflacionado pelo IPCA. Foram considerados os resultados de vendas de janeiro a dezembro de maneira comparativa entre os dois períodos. A pesquisa foi feita junto a 50 principais empresas catarinenses de Correio Lageano • Empresa passa a fazer parte do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), da Bovespa 1968 Supermercados 1973 • Empresa anuncia adoção de marca única para telefonias fixa e móvel, internet e entretenimento, em substituição ao nome “Telemar” 1995 1988 2002 ro de mobile payment Oi Paggo. O acordo potencializa o pagamento com celulares por combinar a tecnologia da Oi, a capacidade de crédito do Banco do Brasil e a maior rede de pagamentos do país, a Cielo. Outras inovações são a ampliação da oferta de TV por assinatura com o lançamento do serviço via satélite em capitais e regiões metropolitanas. Com isso, passou a oferecer Oi TV em 14 estados, incluindo Santa Catarina, onde o serviço foi lançado no ano passado. • Oi lança primeira operadora GSM do Brasil 2007 sado. Contribuíram para esse resultado o desempenho em São Paulo e na região II, área da antiga Brasil Telecom. Em banda larga, considerando os acessos fixos e o 3G, a companhia encerrou o trimestre com quase 5 milhões de clientes. A base no serviço 3G cresceu 55% de setembro de 2009 a setembro deste ano, chegando a 629 mil clientes. Constantemente, a Oi lança novidades entre as mais recentes está a parceria com Banco do Brasil e a Cielo para operar o sistema pionei- • Surgimento da Oi com a privatização do Sistema Telebrás 2008 D esde a compra da Brasil Telecom pela Oi, em 2009, a empresa passou a atuar em todo o território nacional como a maior empresa brasileira de telecomunicações e pioneira na prestação de serviços convergentes, oferecendo transmissão de voz local e de longa distância, telefonia móvel, comunicação de dados, internet e entretenimento. Em setembro de 2010, a empresa possuía 62,4 milhões de clientes. Destes, 20,4 milhões em telefonia fixa, 37,4 milhões em telefonia móvel, 4,3 milhões em banda larga fixa e 280 mil em TV por assinatura. Nacionalmente, os investimentos somaram R$ 1,41 bilhão nos primeiros nove meses de 2010. Desse total, 77,7% foram destinados à expansão da cobertura de telefonia móvel em todas as regiões, além da ampliação da velocidade e da oferta dos serviços de banda larga. Entre setembro de 2009 e setembro de 2010, a Oi conquistou 1,9 milhão de novos clientes em todo o Brasil e, mais uma vez, o crescimento foi impulsionado pelos serviços de telefonia móvel e de banda larga. O serviço de telefonia móvel apresentou aumento de 7,4% na base de clientes em setembro em comparação com o mesmo mês do ano pas- 31 2009 Correio Lageano Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010 comércio e serviços 30 Angeloni O hipermercado da Serra E 80496 80617 Catarinense 1958 • Abre em Criciúma a primeira loja do Angeloni 1992 • Segue a expansão em solo catarinense com um hipermercado em Blumenau • Criado o primeiro slogan “O Angeloni tem de tudo” 1995 • Chegada ao Norte do Estado com a inauguração da primeira loja em Joinville • Inaugurada a loja de Lages, totalmente reformada em 2006. 2002 • Inauguração da loja em Curitiba. Criado o sistema “Tempo” de compras pela internet • Santa Catarina ganha o seu primeiro hipermercado, em Florianópolis, com 16 mil m² de área construída. 2006 posto de combustíveis em 1988, em Criciúma, e a primeira das 19 farmácias da rede em 1997, na cidade de Blumenau. Ultrapassou as fronteiras estaduais com a chegada a Curitiba, no Paraná, em 2002, e em 2006 entrou em funcionamento o novo Centro de Distribuição, em Porto Belo. Nesse meio tempo, criou o Clube Angeloni, hoje com cerca de 850 mil sócios, implantou novidades como vendas pela internet e abriu os horizontes dos consumidores com os espaços culturais, além de disponibilizar inúmeros serviços que reafirmam seu permanente compromisso com os clientes. O plano de expansão do Angeloni prevê a abertura de mais lojas. Hoje são 22 lojas no total, 19 farmácias e 6 postos de combustíveis. 1978 A loja de Lages foi ampliada e reformada em 2006 1986 m maio de 1958 nascia o Angeloni, que viria a ser a maior empresa do setor de supermercados de Santa Catarina, a 9ª do país e a 3ª da Região Sul. Foram os irmãos Antenor e Arnaldo Angeloni que ousaram sonhar e abriram as portas para a modernidade a partir do Sul de Santa Catarina, na cidade de Criciúma. A ideia era, aos poucos, oferecer o conforto das lojas de autosserviço encontradas nos grandes centros. Assim, exatamente um ano depois, em maio de 1959, era inaugurado o primeiro mercado do gênero no estado, com uma área de 280 metros quadrados. Chegava, assim, a Santa Catarina, a loja sem balcão, onde o cliente podia ir direto à prateleira, escolher o produto e pagar na saída. Um espanto na época, mas a ousadia dos pioneiros perseverava e, aos poucos, foi caindo no gosto dos velhos fregueses e conquistando novos, pois representava mais espaço, conforto e serviços até então inexistentes. A segunda loja foi inaugurada em 1969 no Balneário Rincão, seguida de Laguna em 1974 e de Tubarão em 1976. A chegada a Florianópolis aconteceu em 1983, através da primeira loja climatizada do estado, com estacionamento coberto e elevadores. O primeiro hipermercado de Santa Catarina surgiu no final da década de 1980, no bairro Capoeiras, em Florianópolis, com 16 mil metros quadrados de área construída. Nos anos seguintes, o Angeloni expandiu cada vez mais, com lojas em Blumenau, Joinville, Lages, Jaraguá do Sul, Balneário Camboriú e Itajaí. Inaugurou o primeiro 33 1987 Correio Lageano Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010 comércio e serviços / supermercados 32 • Entra em atividade o novo Centro de Distribuição, em Porto Belo Mezzalira 1986 1983 • Tem início a empresa Mezzalira • Os irmãos João Carlos, Euclides e Alberto Mezzalira assumem a empresa • Inaugurado o primeiro supermercado • Inaugurada a loja Mezzalira Mix 1975 • Fundação, na avenida Marechal Floriano 1999 1990 • Instalação da loja na rua São Joaquim, com 700 metros quadrados de área construída 2008/9 disso, sempre procurei evoluir. A concorrência nos obriga a fazer assim”, completa. Além de focado em seu próprio negócio, Jackson Martendal se integra ao corporativismo, objetivando o desenvolvimento do setor e da região da Serra Catarinense, fazendo parte de associações de classe como a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e a Associação Catarinense de Supermercados (Acats). “Aprendi muito na Acats. Hoje, as coisas evoluem muito rapidamente. Por meio da associação, temos a oportunidade de acompanhar essas mudanças, de trocar ideias, de saber o que está acontecendo dentro do setor desde os menores aos maiores do mundo”, conclui Martendal. Jackson Martendal está sempre de olho nos acontecimentos de setor • Primeira ampliação. Loja passou para 1.200 metros quadrados de área • Segunda ampliação. Área total de 7.400 metros quadrados de área Irineu Ceron e Pedro Dirceu Ceron estão no comando da rede de supermercados ano passado. Ao todo, a rede gera 500 empregos diretos e cerca de outros 1,5 mil indiretos. Desde 2005, a rede Myatã tem como seu diretor comercial, Pedro Dirceu Ceron e como diretor de controladoria, Irineu Ceron. Ambos fazem parte do quadro funcional da empresa desde o final dos anos de 1970, sendo que Dirceu iniciou como auxiliar de escritório. O Myatã tem como grande diferencial a qualidade no seu atendimento. Apontado por mais de 90% dos clientes como bom e ótimo em recente pesquisa realizada. Todos os colaboradores recebem apoio de uma equipe de gerentes e supervisores para o bom desempenho de suas funções, periodicamente são realizadas palestras ou cursos atualizando os conhecimentos da equipe. A empresa reconhece a importância de seus colaboradores oferecendo planos e benefícios. Os funcionários da rede Myatã têm oportunidade de crescer com a empresa, que valoriza e oferece chances reais de uma carreira dentro da rede. 1944 A empresa Supermercados Myatã Ltda originou-se da cisão da empresa S/A Maffessoni Comércio e Indústria, estabelecida na cidade de Caçador e fundada em 1944, pelos sócios Erminio, Luiz e Reinaldo Maffessoni. A princípio, a empresa atuava no ramo de atacado de gêneros alimentícios e de secos e molhados, mas diversificou suas atividades passando para o setor industrial com o moinho fabricando a farinha de trigo Myatã. Em 1968 inaugurou a sua primeira loja com o nome fantasia de Supermercado Myatã. O nome Myatã é de origem tupi e significa “fortaleza, firmeza”. Já em junho de 1981 surgiu a nova razão social “Supermercados Myatã Ltda”, quando sua matriz passou a operar na cidade de Lages, onde já havia três lojas: uma no Centro, outra no bairro Coral e a terceira na rua São Joaquim, no bairro Copacabana. A Rede de Supermercados Myatã é uma empresa do ramo supermercadista em constante busca da excelência no atendimento a seus clientes. Atuando no mercado catarinense, o Myatã tem realizado grandes esforços para oferecer aos seus clientes produtos e atendimento de qualidade. A modernização e a renovação dos equipamentos são realizadas com frequência, a fim de garantir a qualidade dos produtos e agilidade nos serviços. Atualmente, a rede conta com nove lojas, sendo seis em Lages, duas em Curitibanos e uma em Porto Belo, esta inaugurada no • Nasce na cidade de Caçador a empresa Myatã 1981 Myatã O cliente sempre em primeiro lugar Foco no consumidor final V ender em grande quantidade, com margem de lucro menor e com foco no consumidor. Este tem sido o caminho traçado pelo empresário Jackson Martendal, fundador do Supermercado Martendal, que hoje está instalado na rua São Joaquim, em Lages. Jackson Martendal é natural de uma família de comerciantes e, muito jovem, também definiu seu futuro por esse setor. Em 1975, instalou um pequeno comércio na avenida Marechal Floriano, no Centro de Lages. “Era um minimercado e eu tinha apenas um funcionário”, conta o empresário. Com foco no futuro, o pequeno comércio cresceu e, anos depois, em 1990, teve que ser ampliado. O primeiro grande passo do jovem empreendedor foi transferir seu negócio para a rua São Joaquim, em uma área de 700 metros quadrados. Em 1999, a loja foi ampliada para 1.200 metros quadrados e em 2008/9, nova ampliação. O minimercado da Marechal Floriano se transformou em um supermercado com 7.200 metros quadrados de área construída, 180 funcionários diretos, mais 200 terceirizados e uma loja comparável às melhores e maiores de Santa Catarina. Martendal destaca que o setor supermercadista, por si só, é empreendedor, pois, nas últimas décadas enfrentou todas as crises econômicas, sendo a pior delas em 1986, com o congelamento dos preços. “Meu grande trunfo sempre foi vender bastante e ter fluxo de caixa, com margem de lucro menor e renda maior”, revela o empresário. “Além Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010 • Os supermercados Bistek chegam à Serra Catarinense com a abertura de uma filial em Lages Rio do Sul, administrados pelos irmãos Euclides, João Carlos e Alberto, gerando um total de 130 empregos diretos. No início deste ano, o Mezzalira voltou a inovar e abriu, em Lages, a moderna loja Mezzalira Mix, voltada à comercialização de artigos tradicionalistas. Administrado pelos irmãos Euclides, João Carlos e Alberto, o grupo Mezzalira é um exemplo de capacidade de gerenciamento e de empreendedorismo herdados dos pais: José Mezzalira (in memoriam) e Claudia Marin Mezzalira. Os maiores diferenciais da empresa, além da qualidade nos produtos e da infraestrutura para as compras, são a preocupação com um atendimento cada vez melhor e mais qualificado e os baixos preços praticados, o que demonstra uma gestão responsável e competente. Correio Lageano • Aberta a primeira filial do Bistek na cidade de Cocal do Sul Os irmãos e sócios Alberto, Euclides e João Carlos 2010 1989 • O nome fantasia Bistek começa a ser utilizado 1985 • Começa a funcionar em Nova Veneza a Comercial Adelino Ghislandi 1996 Vanderlei Rossi, gerente da filial de Lages do Bistek, que fica na Luiz de Camões, no Coral uando em 1983 a empresária Claudia Marin Mezzalira, em parceria com Vilson Tchaik, abriu uma empresa no ramo de confecções de lençóis, cobertores, toucas e cintas térmicas, em Lages, era plantada a semente de um grupo sinônimo de qualidade, o Mezzalira. Desde então, a empresa passou por diversas mudanças, sempre buscando diversificar os negócios e ampliar suas realizações comerciais. Nesta constante evolução, a primeira grande modificação aconteceu no ano de 1986, quando os irmãos João Carlos, Euclides e Alberto Mezzalira, todos filhos de Claudia, incorporaram-se como sócios da empresa e esta passou também a atuar no ramo de confecções de artigos de apicultura e revenda de ferragens. Dois anos depois surgiu o atual Mezzalira e Cia Ltda, que expandiu seus negócios abrangendo um novo nicho do mercado com a revenda e produção de artigos de cutelaria, montaria, produtos veterinários e representações. Em 1989, o Mezzalira expande mais uma vez os seus negócios e passa a trabalhar no ramo supermercadista. Hoje, conta com duas lojas para comércio de artigos gauchescos e artefatos de couro, uma em Lages e outra em São José, além de dois supermercados, um em Lages e outro em • Surge a razão social “Supermercados Myatã Ltda” e a matriz muda-se para Lages 2009 Martendal Q 1968 A autosserviço como as encontradas nos grandes centros. Estavam neste momento, dando o primeiro passo rumo à consolidação do que seria mais tarde a rede Bistek Supermercados. Em 1985 foi inaugurada a loja de Cocal do Sul, desde então, outros municípios passaram a contar com o supermercado, como aconteceu em Criciúma em 1991 e 2003, Lages em 1996, Blumenau em 1997, Brusque em 2000, Joinville no ano de 2002. São José em 2004, e em 2007 foi inaugurada a loja em Florianópolis (Costeira). A rede Bistek de supermercado conta hoje com 10 unidades espalhadas pelo território catarinense. E se constitui em um dos principais faturamentos do setor em Santa Catarina. Consolidada como uma empresa familiar, o Bistek continua sendo dirigido pela família. Cabe ainda ressaltar, que esta rede de supermercado desenvolve projetos que estão em sintonia com os princípios de responsabilidade social, que visam desenvolver o potencial do ser humano, e que também propicia aos seus funcionários conhecimento técnico e comportamental durante o horário de trabalho, desenvolvendo o sentimento de equipe tão necessário para o aprimoramento coletivo. comércio e serviços Prestes a entrar na maioridade se destaca pelo bom atendimento uma empresa familiar de sucesso história de sucesso da rede de supermercados Bistek tem grande vínculo e até se confunde com a própria trajetória da família Ghislandi, que chegou a Nova Veneza em 1892, vinda de Bérgamo, na Itália. O nome Bistek é uma homenagem ao seu patriarca, Césare Ghislandi, que ganhou o apelido de “Bistech”, após chegar ao Sul Catarinense. Foi justamente um dos netos de Césare, Adelino Ghislandi, que aos 28 de agosto de 1968, resolve abrir uma venda no centro da cidade, a Comercial Adelino Ghislandi, e em 1972 recebe o nome fantasia de Bistek, que para trazer novidades, viaja para São Paulo e Porto Alegre. Em setembro de 1976, Adelino resolve com um amigo, fazer uma sociedade para ampliar o negócio. Sociedade que após ter sido desfeita, reabre em 1º de novembro de 1979. Agora, além de uma loja de confecção, a família tinha um supermercado, que se chamou Bistek. A inauguração deste supermercado, administrado pelos seus filhos Walter, Mário César, Aldo Sérgio, João Carlos e Gláucio Wagner, moços ainda, representou a concretização de um velho sonho: colocar à disposição da população de Nova Veneza uma loja de 35 / supermercados Bistek Do Sul catarinense, 1979 Correio Lageano Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010 comércio e serviços / supermercados 34 • Abre sua primeira filial no litoral, na cidade de Porto Belo 80367 80392 • Abre no bairro Coral a Disauto Distribuidora de autopeças • Abre sua primeira filial na cidade de Joaçaba 2004 vendidos 206.742 veículos novos em Santa Catarina, crescimento de 8,29% em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados são da Federação Nacional de Distribuição de Veículos em Santa Catarina (Fenabrave/SC). O melhor desempenho regional foi o da Serra Catarinense, com 4.329 unidades vendidas e crescimento de 20,62%. As vendas de automóveis também movimentam o comércio de autopeças. Com diversas lojas especializadas na mecânica leve e pesada, Lages atualmente é referência do setor para a Serra Catarinense e também para o Sul do Brasil. • João Gomes chega a Lages e começa a trabalhar como mecânico • Abre sua filial na cidade de Itajaí 2008 recuperar o segmento ao longo de 2009. A queda de 26%, em novembro e dezembro de 2008, em relação ao mesmo período do ano anterior, foi sinalização para que o governo implementasse as medidas fiscais. A iniciativa levou a um crescimento de 12,9%, acima até da expansão observada em 2008, de 11%. No Brasil, o segmento de automóveis apresentou crescimento de 12,94% nos emplacamentos de 2009 em relação ao ano anterior. O desempenho foi superior aos registrados em 2008 (11,04%), mas inferior a 2007 (27,0%). De janeiro a outubro de 2010, foram 1967 U m dos grandes termômetros da economia nacional está na venda de veículos automotores. De acordo com dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores o ano de 2009 terminou melhor do que o esperado, especialmente para o setor de automóveis e comerciais leves. As medidas de isenção de IPI foram fundamentais para estimular o setor ao longo do ano. No entanto, devido à atividade muito fraca, em virtude da crise internacional, os segmentos de caminhões, ônibus, motos e implementos sofreram mais. As medidas de redução do IPI foram fundamentais para investimento, o objetivo deste empreendimento é ampliar a fatia de mercado e melhor atender a região do Vale do Itajaí e Litoral Norte do estado de Santa Catarina. No final de 2007, em contrapartida à boa aceitação e ótimo relacionamento com a clientela, a direção da empresa decidiu investir mais. Foi adquirido um terreno na cidade de Itajaí, para as futuras instalações desta filial. Já no ano seguinte foi aberta a quarta filial, para atender a cidade de Tubarão e o Litoral Sul do estado. Mas apesar de todo o sucesso, João Gomes não esconde que seu maior orgulho é o fato de todos os seus filhos terem seguido seus passos e estarem integrados ao cotidiano da empresa. Cada um com uma função específica, Sandra comanda Joaçaba, Janaina a loja de Itajaí, Samuel está em Tubarão e Rafael é seu braço direito em Lages. 1988 • uma nova loja da Disauto é inaugurada, desta vez na cidade de Tubarão / veículos e autopeças comércio e serviços Veículos e autopeças João Gomes com seu filho e braço direito nos negócios em Lages, Rafael Gomes Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010 O setor automotivo passou a fazer parte do cotidiano de João Gomes, desde a hora que ele deixou sua terra natal, Pouso Redondo, para se instalar em Lages, isto quando tinha apenas 17 anos. Num primeiro momento, ele trabalhou como mecânico em uma oficina. Percebendo que esta não era sua vocação, trocou de emprego e começou a vender autopeças numa grande loja existente em Lages. Não foi necessário muito tempo para que ele percebesse que esta era a profissão que desejava seguir e com muito esforço, acabou por montar seu próprio negócio, a Disauto. Sua empresa foi fundada em 1988 com o objetivo de atender o mercado varejista na cidade de Lages. Iniciando suas atividades em uma sala comercial locada na Avenida Luis de Camões, com um bom espaço físico, que em pouco tempo tornou-se insuficiente, havendo necessidade de ampliar seu estoque. Em 1989 foi adquirido um terreno próximo à antiga loja, e construído um novo prédio, onde foi elaborado um projeto que supria a demanda, obtendo boa aceitação da clientela, e onde está estabelecida a matriz até os dias atuais. Com o passar dos anos a Disauto ficou cada vez mais conhecida tanto em Lages quanto na Serra Catarinense. Visando à oportunidade de aumentar sua fatia no mercado, a empresa procurou abranger outras regiões do estado de Santa Catarina, região sul do Paraná, e região norte do Rio Grande do Sul, iniciando no ramo atacadista de autopeças. A empresa tinha planos de abrir uma filial em um ponto estratégico, e acabou escolhendo a cidade de Joaçaba, que foi fundada em 1990. Em 2004 a Disauto inaugurou uma nova filial, escolhendo a cidade de Itajaí como sede desse novo 1990 Correio Lageano Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010 comércio e serviços / veículos e autopeças Disauto A paixão pelo comércio compartilhada com os filhos 37 Correio Lageano 36 atendimento pós-venda. Para isso, o grupo seguiu as indicações de uma pesquisa de mercado, com expectativa de conquistar 5% do mercado do setor na cidade, meta essa que foi superada. Füchter destaca que foi empreendedor apostar em uma marca que ninguém conhecia e, mais do que isso, consolidar essa marca. “Fizemos isso de forma bastante inovadora, tanto na estratégia de marketing, quanto no relacionamento com o cliente. Tratamos nossos produtos como uma marca sofisticada, como uma grife”, comenta Nelson Füchter. “Tem que ter coragem, pois exige altos investimentos e visão de futuro”, completa o empresário. Atualmente, o grupo Le Monde conta com 415 funcionários e, em 2010, vendeu cerca de 10 mil carros novos e usados, com expectativa de fechar 35 mil atendimentos de oficina, consagrando-se como uma das maiores revendas de Santa Catarina. óleo. A central entra em contato com o cliente para agendar estes serviços. Todas essas inovações trouxeram a Translages resultados como a liderança no mercado de automóveis e comerciais leves na região da Amures, além do recorde em faturamento no pós-venda , tanto em oficina como em funilaria, contando com 70 colaboradores. Nesse processo de transformação, a Translages mostrou sua preocupação com o meio ambiente e implantou ações de sustentabilidade como a reciclagem e destinação correta dos resíduos. Segundo Michel, a Translages tem como visão ser a melhor concessionária Chevrolet em atendimento e satisfação do cliente, comercializando produtos e prestando serviços com qualidade. 80591 SuperAuto Uma parceria de crescimento com a Ford O Franco Carlos da Silva é o gerente geral da Superauto de Lages e de outras cidades do estado 1983 gico e dedicação”, finaliza. A SuperAuto Comércio de Veículos Ltda foi fundada em 7 de janeiro de 1983, com o objetivo de comercializar automóveis e pick-ups da marca Ford, além de peças originais e prestação de assistência técnica especializada para Santa Maria e cidades da região central do Rio Grande do Sul. Com 27 anos de experiência acumulada, a Superauto é comprometida com os clientes. Profissionais qualificados tornaram as concessionárias da rede, o distribuidor Ford que possui o melhor atendimento ao cliente no sul do país. PB • Fundação da SuperAuto Comércio de Veículos Ltda 1990 começo pequeno, com apenas uma loja de seminovos em Florianópolis, não impediu a SuperAuto de se tornar a rede de concessionárias que mais cresce no Sul do Brasil. Hoje, com mais de 25 anos de mercado, opera 3 lojas de seminovos em Florianópolis, além das bandeiras GM– em São Bento do Sul, Mafra, Rio Negrinho, Canoinhas e Joaçaba (SC), São Mateus do Sul (PR), e Ford em Lages e Curitibanos (SC), Porto Alegre (RS) e em Brasília (DF). A cidade de Lages sempre se mostrou como um mercado interessante para a Ford, que firmou com a SuperAuto o compromisso de aumentar o share de mercado da montadora na região. Hoje quem gerencia o desafio é Franco Carlos da Silva, gerente geral. Além da revenda de Lages, Franco ainda é responsável pela gestão das concessionárias da rede localizadas em Curitibanos, Canoinhas, Mafra, São Mateus do Sul e Joaçaba. Através de um sistema de coordenação remota, a operação é controlada de forma efetiva, respeitando as particularidades de cada praça. “É um grande desafio e uma grande responsabilidade manter o ritmo de crescimento da rede”, diz Franco. “Mas acredito que o caminho para o sucesso passa por muito trabalho estraté- • É criada a Conesul Administradora de Consórcios Ltda, uma empresa subsidiária da Superauto que objetiva agregar o segmento de consórcios de veículos novos e seminovos às atividades principais da empresa • Nova sede localizada na BR-158 em Santa Maria • Transição da administração da Translages para o Grupo Marambaia • Translages recebe a classificação Padrão “A”, concedida pela Chevrolet / veículos e autopeças comércio e serviços Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010 grupo já conta com oito lojas, distribuídas pelo estado em cidades estratégicas como Florianópolis, onde também funciona o Centro Administrativo, Blumenau, Joinville, Itajaí, Lages, Jaraguá do Sul e Tubarão, e o centro de distribuição, instalado em Palhoça, em 2008. Em Lages, a Le Monde se instalou em 2008, em função da localização geográfica do município e pelo tamanho do mercado, além da necessidade de dar suporte aos clientes fora do litoral e manter o • Assinatura do contrato de concessão entre a General Motors do Brasil e a Translages Correio Lageano DNA de vendedor de carros 1968 • Inauguração da loja em Lages Os gerentes Alfredo Beisheim Filho (de vendas), Patrícia da Silva Possamai Signor (de pós-vendas) e o diretor Michel Joest Khater, equipe responsável pela gestão das novas ações que deu a Translages a classificação Padrão “A”, concedida pela Chevrolet 2008 á três gerações trabalhando no setor automotivo, a família Füchter fundou, em julho de 2001, inicialmente em Blumenau, a concessionária Le Monde e foi a responsável pela consolidação da marca francesa Citroën em Santa Catarina. A oportunidade surgiu quando a fabricante instalou uma unidade no Brasil, com a intenção de expandir com credibilidade, segundo o diretor geral, Nelson Füchter Filho. Em nove anos de atuação, o • Instalação do Centro de distribuição, em Palhoça N a nova administração da Translages, a empresa passou por mudanças importantes que levaram a concessionária Chevrolet de Lages a conquistar a classificação “Padrão A”, um reconhecimento da GM que atesta a qualidade dos serviços prestados pela concessionária no atendimento aos consumidores da marca Chevrolet. Do total de 500 concessionárias, apenas 60 em todo o Brasil e 2 em Santa Catarina, receberam esta classificação, entre elas, está a Translages. O diretor da Translages, Michel Joest Khater, está à frente dessa administração e conta que todas as áreas passaram por modificações, tanto em estrutura, quanto na forma de atendimento. A empresa ganhou novas estruturas no salão de vendas, na oficina e na funilaria e pintura, onde foi implantado o serviço rápido com um laboratório de tintas, tendo como diferencial a qualidade e secagem rápida. Na mecânica, para maior comodidade do cliente a concessionária oferece o agendamento, onde o cliente pode marcar hora e até escolher o técnico de sua preferência. Outro diferencial da Translages é sua Central de Relacionamento com seus clientes, onde é feito o acompanhamento dos “compromissos” do veículo, entre eles revisões e trocas de 2010 2001 • Mudança da matriz para Florianópolis, com a criação do Centro Administrativo 2008 • Início das operações da Le Monde 1999 Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010 Correio Lageano Le Monde H 39 Translages Uma concessionária Padrão “A” 2004 Marco Cezar / divulgação Rodrigo Füchter, Dorotéia Füchter, Nelson Füchter, Fernando Füchter e Nelson Füchter Filho comércio e serviços / veículos e autopeças 38 Boa Esperança 80393 80398 , papel, celulose e florestal Empresa investiu para superar as crises econômicas Implantação da Boa Esperança, em Capão Alto Início das exportações e novos investimentos Aquisição de uma nova linha de produção Importação de caldeira para quatro estufas Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010 a Klabin atua na região com três unidades fabris (Lages, Otacílio Costa e Correia Pinto). No segmento madeira, a Serra Catarinense conta com empresas que atuam em três vertentes distintas e ao mesmo tempo, interligadas. São o de produção de papel e celulose, onde se enquadram a própria Klabin, a Polpa de Madeiras e a Kimberly-Clark Brasil; o de beneficiamento da madeira, como a JJ Thomazzi, a Indústria e Comércio de Madeiras WF, a Nereu Rodrigues e a Madepar. A terceira vertente está ligada à produção de madeira, que é o caso da Florestal Gateados. 2002 emprega cerca de 19 mil pessoas (diretos e indiretos) na região serrana. No Estado, dos 548 mil hectares de área reflorestada, 285 mil, ou 52%, são na região da Associação dos Municípios da Região Serrana (Amures). Outra prova da importância da atividade é que entre as 50 empresas de maior retorno em termos de ICMS adicionado, nove fazem parte dele. Vale ressaltar que, numa análise mais criteriosa, este número poderia subir para 11, já que 2005 P or mais de duas décadas, entre os anos de 1940 e 1960, o setor madeireiro foi o mais importante da economia da Serra Catarinense, proporcionando à região ser a mais rica e próspera de Santa Catarina. Apesar de inúmeras crises e dificuldades, o setor madeireiro/florestal, ainda desempenha um importante papel na economia regional. Hoje, a indústria de base florestal (madeireira, papel celulose, reflorestamento, entre outros), 1992 Madeira, papel, celulose e florestal ano de 2007 e início de 2008, foram os períodos mais difíceis para a empresa, devido às crises econômicas. Mas, destaca que, para quem resistiu, continuou investindo e apostou na exportação, o ano de 2010 foi de retomada do crescimento. “Apesar das dificuldades, conseguimos nos manter na exportação. Hoje, 65% da nossa produção vai para o mercado externo e o restante serve ao mercado nacional”, explica o empresário. Como estratégias futuras, a Boa Esperança definiu que 50% da produção será mantida para a exportação e 50% no mercado brasileiro. Marcon projeta chegar a uma produção de 3 mil metros cúbicos, mas, seu principal desafio é produzir o mesmo, com mais qualidade e menores custos, além da certificação com oferta de produtos com FSC (Forest Stewardship Council). Objetivo principal é promover o manejo e a certificação florestal no Brasil. Para isso, a empresa planeja melhorar a performace da caldeira, a fim de desperdiçar menos matéria-prima, reduzir os prejuízos ao meio ambiente e melhorar a produção. A Boa Esperança também quer investir em uma nova serraria e em uma nova área administrativa. 1998 A Boa Esperança Indústria, Comércio e Exportação de Madeiras está completando 18 anos. Quando iniciou suas atividades, em 1992, com Ary Marcon, apenas mais cinco pessoas trabalhavam na empresa. Hoje, são 93 colaboradores que apresentam uma produção média de 2.400 metros cúbicos. Israel Marcon passou a trabalhar na empresa do pai em 1999 e conta que no segundo ano em que a empresa estava produzindo, já se pensava em alternativas de melhor aproveitamento da matéria-prima. Em 1998, uma nova linha de produção foi adquirida e conseguiu-se reduzir a quantidade de matéria-prima em 30% para produzir mais. Seguindo a busca por melhorias, em 2002, a Boa Esperança deu o seu grande salto, com o início das exportações. Recebeu investimentos na ordem de R$ 2 milhões em novas estruturas. Com uma serraria 100% nova, a produção que, inicialmente, era de apenas 90 metros cúbicos, aproximou-se dos 2 mil metros cúbicos. Em 2005 o investimento foi na importação de uma caldeira para quatro estufas, melhorando o processo de secagem da madeira. Marcon lembra que o final de 2004, o madeira Indústria, comércio e exportação. Boas práticas que resultam em crescimento madeira Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010 Correio Lageano 41 Correio Lageano , papel, celulose e florestal 40 Referência em produtos de higiene • São iniciados os plantios de pinus • A fazenda é transformada em pessoa jurídica, com a denominação de Florestal Gateados Ltda madeira • A Kimberly adquire 100% do comando da unidade de Correia Pinto e inaugura um planta de aparas Klabin A maior produtora de JJ Thomazi e Cia Ltda Apesar da • Início do processo para serrar toras • Investimentos em nova linha de produção apostando na retomada da economia • Foi criada a M.F. Klabin e Irmão, em São Paulo (SP) – o berço da Klabin S.A • A Papel e Celulose Catarinense S.A. (PCC), de Lages (SC), constituída em 1961 durante Projeto de Expansão 2, entrou em operação com a produção de celulose e papel kraft natural 2000 2003 • Início das exportações • A Klabin adquiriu a unidade de Otacílio Costa (SC), que passou a ser a segunda maior fábrica da empresa, voltada à produção de kraftliner 2006 1989 • Retomada da empresa que havia encerrado as atividades 2007 descascamento de toras, e a produção de cavaco. Para o próximo ano, será implantado sistema de gerenciamento da caldeira e das atuais estufas de secagem da madeira, buscando a redução de custos e a melhoria da qualidade de secagem. Pretende-se também ampliar a base de reflorestamentos próprio que, hoje, garante 10% de sua matéria-prima. A meta é chegar a 50% de abastecimento com florestas próprias. Outra preocupação da direção da JJ Thomazi é a integração da empresa com a comunidade, bem como em relação à qualidade de vida dos seus colaboradores e, por isso, procura garantir cada vez mais qualificação e benefícios, como em parceria com o Sesi, mantendo uma escola dentro da empresa, o investimento em um novo restaurante, que deverá a partir de janeiro de 2011, fornecer alimentação aos atuais 120 funcionários. “É necessário fidelizar os funcionários e, para isso, devemos proporcionar uma melhor qualidade de vida”, diz o diretor geral. 2009 Os irmãos Denise, Alceu, Edelmar e Cláudio trabalham juntos pelo crescimento da JJ Thomazi 1890 C Além das florestas, a Klabin foi a primeira empresa do mundo a obter certificação FSC conjunta para o processo produtivo de papel-cartão, kraftliner e sacos industriais, o que ocorreu em 2006. Em 2007, a certificação foi estendida para o processo produtivo de papelão ondulado e papel reciclado, abrangendo assim todas as linhas de papéis e embalagens de papel da Klabin. A empresa tem longo histórico de comprometimento com a preservação do meio ambiente e desenvolve suas atividades de forma a garantir o equilíbrio dos ecossistemas das regiões onde atua. Nesse sentido, o manejo florestal da companhia segue o conceito de mosaico, que consiste em plantios de pinus e eucaliptos entremeados por matas nativas preservadas. Para cada 100 hectares de florestas plantadas, a Klabin preserva mais de 80 hectares de matas nativas. Dessa forma, até dezembro de 2009, as áreas de conservação da empresa somavam 192 mil hectares, o correspondente a cerca de 40% do total das propriedades da companhia. 1969 A Klabin, empresa brasileira de 111 anos, é a maior produtora de papéis e cartões para embalagens, embalagens de papelão ondulado e sacos industriais do Brasil, além de ser a maior produtora de toras para serrarias e laminadoras. É também a maior recicladora de papéis e a principal exportadora do setor no país. Mantém 17 unidades industriais em oito Estados brasileiros e uma fábrica na Argentina, totalizando capacidade anual para produzir 1,9 milhão de toneladas de papel, parte convertida em embalagens de papel e parte comercializada em mais de 50 países. A empresa foi a primeira do setor de papel e celulose no hemisfério sul a obter a certificação FSC (Forest Stewardship Council) para suas áreas florestais no Paraná, em 1998. Em 2005, as florestas localizadas em Santa Catarina também receberam a certificação. Quatro anos depois, em 2009, as florestas de São Paulo receberam o selo FSC, o que tornou a área florestal produtiva da companhia 100% certificada. • A unidade de Correia Pinto passa a se chamar Kimberly-Clark Brasil Indústria de Produtos de Higiene Reinoldo Poernbacher, diretor-geral da Klabin S.A papel e celulose das Américas crise, a decisão de investir om a ideia de seguir os passos do pai Jacyr José Thomazi, os irmãos Edelmar (diretor geral), Alceu (diretor técnico), Denise (diretora financeira) e Claudio (diretor industrial) retomaram as atividades da JJ Thomazi e Cia Ltda. Inicialmente como uma serraria pequena, mas com perspectivas e projetos de crescimento. Para fazer com que a empresa atingisse as metas de crescimento, foram necessárias a substituição gradativa do maquinário e a adaptação da nova matéria-prima, o pinus. “Na madeireira do meu pai, o trabalho era com araucária”, conta Edelmar José Thomazi, reforçando que uma das decisões mais importantes foi justamente readaptarse à nova realidade e investir, sempre buscando a qualidade do produto, e com menores custos. Edelmar destaca que, mesmo com a crise de 2008/2009, a madeireira investiu na modernização da linha de produção. “Essa decisão foi acertada, pois quando o mercado começou a reagir, nós estávamos prontos para atender à demanda, conseguindo manter a empresa operando em plenitude”, explica Edelmar, destacando que os investimentos garantiram incremento de 30% na produção, mantendo um custo fixo, o que tornou a empresa mais competitiva. A partir dos investimentos dos últimos anos, a JJ Thomazi passou a produzir mensalmente em torno de 5 mil metros cúbicos de madeira serrada, sendo 40% destinados à exportação direta e 60% ao mercado interno. Os investimentos continuam, no sentido de agregar valor ao produto, com a implantação de projeto com sistema para • A Kimberly-Clark se une a Klabin e dá origem a Klabin Kimberly em Correia Pinto Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010 • A Florestal Gateados obtém o selo FSC lhões de árvores anualmente. No ano seguinte, dando sequência ao processo de reformulação, a unidade de Correia Pinto passa a se chamar Kimberly-Clark Brasil Indústria e Comércio de Produtos de Higiene. O constante aprimoramento de processos e a estratégia de estar ao alcance de todo o Brasil, em todos os pontos de venda possíveis, permitiram à empresa tornar a vida de seus consumidores mais confortável por todo o país. A Kimberly-Clark é uma empresa americana com operação em 47 países e tem seus produtos comercializados em 150. A K-C está presente em todo o Brasil, onde é líder de mercado nas categorias de bens de consumo onde atua, oferecendo aos consumidores uma linha completa de produtos de higiene pessoal, produtos para o cuidado infantil e de proteção feminina. A empresa também atua no segmento institucional por meio da K-C Professional que oferece soluções de higiene e segurança para bares, restaurantes, indústrias e empresas que prestam serviços ao público em geral. 2003 2008 • Criação da RPPN Emílio Einsfeld Filho 2010 •A administração da Fazenda Gateados passa a ser feita por Emílio Einsfeld Filho 1981 do rigor legal, com eficiência empresarial e manejo florestal dentro da melhor qualidade técnica. É pioneira no Brasil na utilização de (re)florestamentos de Pinus para uso múltiplo, de alta qualidade. A empresa também criou uma Unidade de Conservação de Uso Sustentável. A Reserva Particular do Patrimônio Natural – RPPN Emílio Einsfeld Filho. Possui área total de 6.328,60 ha nos municípios de Campo Belo do Sul e Capão Alto – SC. Em 2010 obteve a certificação FSC (Forest Stewardship Council). Ele atesta que a matéria prima utilizada é oriunda de uma floresta manejada de forma ecologicamente correta, socialmente justa e economicamente viável, com o cumprimento de todas as leis vigentes e aplicáveis. 1975 O plantio e corte das madeiras respeitam as rigorosas normas ambientais á 14 anos a Kimberly-Clark Brasil conquista diariamente milhões de brasileiros com seus produtos de alta tecnologia e qualidade no setor de higiene e bem-estar. São mais de três mil colaboradores, em quatro fábricas: Eldorado do Sul-RS, Correia Pinto-SC, Suzano e Mogi das Cruzes-SP. Líder mundial no segmento de higiene e bem-estar, a Kimberly-Clark trabalha para oferecer produtos que já fazem parte do dia-a-dia das pessoas. Das oito categorias de produtos que oferece, foi pioneira em seis. Na Serra Catarinense, iniciou suas atividades em 1998, quando no mês de maio firma a parceria com a Klabin Papel e Celulose, dando origem à Klabin Kimberly, cuja unidade fabril foi instalada no município de Correia Pinto. A sociedade com a Klabin durou até 2003, quando a Kimberly decidiu unificar e padronizar seus processos no Brasil e acabou por adquirir 100% da empresa que mantinha com a Klabin. No mesmo ano de 2003, a Kimberly inova em sua unidade de Correia Pinto e cria a divisão de aparas, que é a utilização de papel reciclado na produção de sua linha, numa ação que, além de reduzir os custos operacionais, é uma importante ação de preservação ambiental, uma vez que com a utilização de papel reciclado, deixa de cortar mi- 1998 H Q uando no final do século XIX e início do XX o tropeiro Firmino da Silva Rosa começou a adquirir terras na região onde é hoje o município de Campo Belo do Sul, não imaginava que tudo se transformaria, no século XXI, em uma das principais empresas florestais do Sul do Brasil: a Florestal Gateados. Sua intenção era criar sua tropilha de cavalos de cor amarelo queimado, denominado “Pelagem Gateado”. Com o passar do tempo, o local passou a ser chamado de “Tropilha dos Gateados”, e depois, “Fazenda dos Gateados”. A Fazenda tinha como principal atividade a pecuária extensiva nas áreas de campo até 1980, o extrativismo de Araucária angustifolia até junho de 1989 e gado leiteiro até 1993. Em 1975, a administração passou para Emílio Einsfeld Filho, que a partir de 1978 iniciou o (re)florestamento com Araucaria angustifolia e com pinus em 1981. Até 1982 esse era o nome de todas as terras pertencentes ao “Condomínio Einsfeld”, dos irmãos Emílio, Ervino e Magdalena. Com a extinção da comunhão, surgiram as Fazendas Paequerê (Magdalena Presser Einsfeld), Guamirim (Emílio Einsfeld Filho) e Gateados (Ervino Presser Einsfeld). Emílio e Ervino passaram a administrar seus bens em parceria, a denominação ficou Fazenda Guamirim Gateados. Em setembro de 2001 passou à denominação de Florestal Gateados Ltda, que hoje centraliza suas atividades na produção e comercialização de toras de pinus de florestas implantadas com recursos próprios, gerando 250 empregos diretos e 700 indiretos. A empresa desenvolve suas atividades dentro Correio Lageano preservação do Meio Ambiente unidade de Correia Pinto da Kimberly-Clark Brasil em operação desde 1998 , papel, celulose e florestal Kimberly-Clark Brasil 43 2004 Gateados Referencial em produção com respeito à 2001 Correio Lageano Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010 madeira , papel, celulose e florestal 42 • Foi a primeira empresa do mundo a receber a certificação FSC conjunta para o processo produtivo de papel-cartão, kraftliner e sacos industriais 80521 44 80136 45 Mais força para a nossa indústria 80587 Fortalecer a nossa indústria. Essa é a missão diária da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina, que trabalha há sessenta anos para promover o bem-estar econômico, social e, principalmente, o desenvolvimento sustentável do nosso estado. Acesse www.fiescnet.com.br e veja de que outras formas a FIESC contribui para desenvolver Santa Catarina. Rodovia Admar Gonzaga, 2765 | Itacorubi | 88034-001 | Florianópolis | SC | Tel 48 3231 4100 | Fax 48 3334 5623 , papel, celulose e florestal madeira reflorestamentos que visam o mínimo de degradação ao meio ambiente e o melhor aproveitamento de madeira. Bem como o respeito ao funcionário e às exigências do mercado consumidor. “Nossa missão é fornecer aos clientes paletes de qualidade, por meio de um padrão de produção de alto desempenho, respeitando às exigências legais e o meio ambiente. Bem como oferecer serviços diferenciados e proporcionar boas condições técnicas e de estrutura aos funcionários. Além de manter bom relacionamento e parceria com todos os fornecedores da empresa. E nossa visão é sermos reconhecidos e nos tornarmos referência como fabricante e fornecedor de paletes com tratamento fitossanitário no sul do país”, destacam os proprietários da WF Madeiras. Final do Século XIX • A Nereu Rodrigues inicia suas atividades produtivas em Correia Pinto A WF Madeiras possui sua matriz em urussanga e uma unidade em Lages com mil metros quadrados • João Bez Fontana chega ao Brasil, vindo da Itália 1979 Nereu Rodrigues iniciou no setor madeireiro com seu pai Adolfo indo da Itália para o Brasil, no início do século XIX, com a esperança de novos tempos, João Bez Fontana ajudou a edificar o município de Urussanga, um lugar ainda inexplorado e que exigia muito trabalho para ser construído. No velho continente, a extração de madeira já era a atividade da família e continuou sendo em terras catarinenses, onde passaram-se gerações e, em 1979, o descendente de João, Sebastião Bez, revolucionou a atividade na região, adquirindo a primeira serrafita. A tradição de família e experiência no trabalho de extração e transformação da madeira fez com que, no ano de 1996, surgisse a WF Madeireira Ltda. Seus sócios, Wagner Bez Fontana e Franck Charles Bez Fontana, inspirados pelo patrono da família, resolveram abrir novos caminhos e seguir um novo rumo ao segmentar seu negócio para uma área de atuação específica, direcionada ao fornecimento de paletes para exportação, pautados por modernos conceitos de qualidade e logística. A WF Madeiras, com matriz em Urussanga, dispõe de uma estrutura de mais de 2 mil metros quadrados de área construída, 45 empregos diretos e ainda conta com uma filial em Lages, com mais de mil metros quadrados de área. A capacidade de produção, com as tecnologias implantadas recentemente, chega a 50 mil paletes mensais para atender a diversos setores. Entre eles a indústria de revestimento cerâmico, indústrias plásticas, petroquímicas, alimentícias, papel e celulose de todo o país. A postura da WF Madeiras em relação às questões ambientais conta com investimentos em tecnologias e • Sebastião Bez revoluciona a extração de madeira, em Urussanga, com a primeira serrafita na região •Wagner e Franck Bez fundam a WF Madeiras Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010 • A unidade de fabricação de papelão ondulado é transferida para Lages 1996 • A Empresa se transfere para a cidade paranaense de Pinhão • A empresa passa a produzir papel Maculatura e cartões duplex V 2004 1993 com o empenho e dedicação de seus fi lhos Sergio Roni Rodrigues, César Luis Rodrigues, Célio Luis Rodrigues e Gilson Pedro Rodrigues os quais, com os ensinamentos do pai, hoje estão comprometidos em fazer com que a empresa tenha um desenvolvimento tecnológico, administrativo e comercial. Sabendo disso, eles participam de todo o processo de tomada de decisão e se empenham pessoalmente na gestão de todas as fases do processo industrial, comercial e administrativo, dando continuidade aos ideais do patriarca. Hoje a indústria conta com equipamento moderno e de alto rendimento, isso faz com que seu produto atinja alto índice de qualidade, e também que a empresa atinja excelência nos itens de tecnologia, produtividade, meio ambiente e satisfação do cliente. A Nereu Rodrigues & Cia Ltda exporta para países da Europa e América, dentre os quais Alemanha, Reino Unido, Bélgica, Itália, Holanda, Estados Unidos e Porto Rico. • É criada no município de Aripuanã – MT, a Nereu Rodrigues & Cia • É criada na cidade de Santa Cecília a Polpa de Madeiras Família, madeira e história que permanece compensados de madeira para o mundo O uma nova impressora, tornando a Polpa de Madeiras uma empresa ainda mais ágil e competitiva para atender às demandas do mercado. Na produção de caixas de papelão ondulado, são utilizados papéis reciclados de várias gramaturas com excelente desempenho, e chapas de papelão ondulado em ondas simples e duplas. A Polpa de Madeiras desenvolve seus processos e produtos com a cultura da Qualidade Total, através do seu programa estratégico “Qualidade Total Polpa”, com o pleno envolvimento de seus colaboradores, criando mudanças comportamentais e estruturais, buscando melhorias contínuas para a satisfação de seus clientes, em todos os seus mercados de atuação. Trabalhando em estreita parceria com seus clientes, a Polpa de Madeiras está permanentemente envolvida com o desenvolvimento de novos produtos e soluções para atender às especificações e necessidades particulares de cada um de seus clientes. WF Madeiras Nereu Rodrigues Produção de empresário Nereu Rodrigues teve o primeiro contato com o setor madeireiro auxiliando seu pai, Adolfo Rodrigues, na retirada de pinheiros, utilizando bois, na região de Mariópolis, no Paraná. Isto no início dos anos de 1960. Em 1965, Nereu passou a trabalhar na Indústria de Madeiras Guarujá, no município de União da Vitória, também no Paraná, onde permaneceu até 1976. Após esta experiência, Nereu Rodrigues iniciou sua empresa, a Orquídea, a qual fabricava vasos de xaxim, na cidade paranaense de Paulo de Frontin. Seu passo seguinte foi criar a empresa que até hoje leva seu nome a Nereu Rodrigues & Cia Ltda. A primeira sede da empresa foi instalada no município de Aripuanã - MT, onde permaneceu até 1993, quando se decidiu pelo retorno ao Paraná, mas desta vez para a cidade de Pinhão. Atento às questões de mercado e às possibilidades de crescimento de seu empreendimento, em 2003, Nereu Rodrigues decidiu mudar a sede de sua empresa para a Serra Catarinense, mais precisamente para a cidade de Correia Pinto. Esta decisão teve como principal fator a existência de matéria-prima em boa quantidade para a produção dos compensados que são exportados. O início efetivo das operações no município aconteceu em 2004. A empresa, em sua administração, além da experiência de Nereu Rodrigues, conta Vista parcial da unidade da Polpa de Madeiras em Lages Correio Lageano • Certificação em FSC U ma trajetória de muito trabalho e sucesso, assim pode ser resumida a história da Polpa de Madeiras. A empresa foi fundada em dezembro de 1958 por Lugindo Dall’Asta e João Santo Damo, em Santa Cecília. Sua localização inicial foi estrategicamente escolhida, devido à abundância de madeira e água, com a possibilidade de geração de energia hidrelétrica. A atividade industrial concentrou-se inicialmente na produção de pasta mecânica, abastecendo as pequenas fábricas de papel da região. Numa segunda etapa, a empresa iniciou a produção de Papelão Paraná, destinado à fabricação de pratos e embalagens. A partir de 1985, a empresa passou a produzir papel Maculatura e cartões duplex, com uma produção diária de 34 mil quilos. Iniciou-se então a diversificação das atividades empresariais. Além da produção de papel, a empresa passou a exportar madeira serrada e beneficiada em serraria própria. Para isso, extensas áreas passaram a ser continuamente preparadas para reflorestamento, visando assegurar a autossuficiência em madeira. A partir de 2007, por decisão de sua diretoria, a Polpa de Madeiras transfere para a cidade de Lages, a unidade de fabricação de papelão ondulado, visando atender o mercado de embalagens, verticalizando estrategicamente as operações da empresa e agregando valor à cadeia produtiva. Os investimentos realizados compreenderam a instalação de uma onduladeira e 1958 • Iniciou a produção para a exportação Excelência em embalagens de papelão 1985 • Instalação da empresa na Área Industrial Polpa de Madeiras Ltda 47 2007 Fundada em 1977 pelos sócios empreendedores Oswaldo Santos Parizotto e Walter Antonio Bunn. Oswaldo, nascido em Vacaria/RS, formado em Administração de Empresas, chegou a Lages com 12 anos. Walter, natural de Angelina, chegou a Lages com nove anos, é técnico contábil e após o serviço obrigatório do exército, iniciou os seus trabalhos no ramo madeireiro. Buscando sempre agregar valor, os sócios investem de forma contínua em novas práticas de gestão, pois sabem que só através do incentivo ao conhecimento conquistarão a sustentabilidade do negócio. 1977 a autossustentabilidade em matériaprima, tomando os devidos cuidados desde a implantação da floresta até o produto final, agregando valor durante todas as etapas do processo e obtendo produtos com qualidade. As florestas são manejadas em 36 unidades da Região Sul do Brasil. A Madepar exporta para mais de 30 países em todos os continentes entre eles EUA, Inglaterra, Canadá, Alemanha, Holanda, Escócia, Israel, Bélgica, Palestina, Itália, Irlanda, Espanha entre outros, além de produzir portas e conjuntos de portas para o mercado interno. 1980 Os kits de portas fabricados especialmente para o mercado brasileiro é uma das inovações da Madepar • Fundação da Madepar 1986 H á 33 anos no mercado, a Madepar está localizada em Lages e oferece como diferencial a diversidade de modelos em portas de pinus e eucalipto, o que permitiu ser a primeira fábrica do Brasil a desenvolver o processo de “Portas Pinus Clear Engineered”. Para isso, preza pela qualidade, desde a extração da matéria-prima até a entrega da mercadoria, buscando sempre a satisfação de seu cliente. A Madepar iniciou sua atividade no bairro da Penha, no ramo de madeiras serradas para a construção civil e embalagens para produtos hortifrutigranjeiros. A expansão foi o resultado da visão de futuro dos empresários Oswaldo Parizotto e Walter Antônio Bunn que, na década de 1980, buscaram uma forma de agregar valor ao seu produto e instalaram-se na Área Industrial de Lages. Atualmente, o parque fabril da Madepar ocupa uma área construída de 34.300 m² e conta com mais de 700 colaboradores, onde produz portas de pinus, eucalipto, MDF, pintadas e o Conjunto Porta Madepar, com uma capacidade de produção de 36.000 portas/mês. A Madepar desenvolve programas de reflorestamento e preservação ambiental, com o objetivo de assegurar 2003 Madepar Indústria e Comércio de Madeiras Ltda 1976 Correio Lageano Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010 madeira , papel, celulose e florestal 46 80457 tata que das quatro empresas metalmecânicas incluídas na listagem das 50 mais arrecadadoras de impostos na região, três exportaram entre US$ 1 milhão e US$ 10 milhões ao longo de 2008. São elas a GTS do Brasil, a Mill Indústrias de Serras e a Minusa Tratorpeças. A quarta integrante da listagem, a Mecânica Industrial EWM, se destacou nos últimos anos graças a grandes empreendimentos dos quais participou, como na construção da Sudati, em Otacílio Costa e de uma fábrica de MDF em Paragominas, no Pará. Somente em Lages, de acordo com dados do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Lages (Simmmel), o setor gera cerca de 2.500 empregos diretos, em aproximadamente 450 diferentes empresas. Parte das empresas do setor metal-mecânico de Lages nasceu da parceria com o setor madeireiroflorestal, oferecendo peças para seu maquinário. Desta maneira nasceram empresas que hoje são destaque no setor de peças para tratores e uma das maiores fabricantes de máquinas para corte e beneficiamento de madeira. 80464 Assis Strasser, diretor comercial da GTS, fala sobre a necessidade de levar soluções ao campo O empresário destaca, também, que a GTS tem o maior portfólio de plataformas agrícolas do mundo, sendo que, neste ano, passou a lançar a linha completa de pós-colheita que são as embolsadoras de grãos e extratoras; bem como a linha completa de carretas graneleiras. “Assim, a GTS oferece tecnologia para o plantio, a colheita e, agora, para a pós-colheita”, contou Assis. “O desafio é o que me encanta. Sobrevive a empresa que tiver tecnologia, competência e serviço de venda e pós-venda”, concluiu o empresário. 1995 S e o setor alimentício é o que gera mais retorno de impostos para a região e o de base florestal é o mais famoso e tradicional, a Serra Catarinense tem na atividade das indústrias metal-mecânicas um filão muito importante. Embora não tão desenvolvido como, por exemplo, a região de Joinville, as empresas existentes na Serra ganham mercado graças à qualidade que apresentam em seus produtos. Este fato é facilmente observado no relatório divulgado este ano pelo Sebrae, intitulado Santa Catarina em Números. Neste documento se cons- 1996 Metal-mecânico • Início do plantio em espaçamento reduzido • Criação da primeira colheitadeira a partir do novo conceito de espaçamento 2001 P rodutor agrícola, em Campo Belo do Sul, Assis Strasser, juntamente com seus irmãos, buscou levar soluções efetivas para o homem do campo. Foi assim, com ideias práticas e inovadoras, nascidas da experiência das próprias dificuldades, que nasceu a GTS do Brasil. Assis, que hoje é o diretor comercial da GTS do Brasil, conta que o primeiro equipamento idealizado e produzido surgiu a partir da necessidade de modernizar a agricultura, mais especificamente a cultura do milho. “Na época, o milho era plantado a 80 e 90 centímetros de entrelinha. Tivemos a ideia de reduzir o espaçamento para 52 centímetros e adotamos o mesmo sistema nas culturas soja, e feijão. Dessa forma, o agricultor passou a não precisar mudar os equipamentos para o plantio e a colheita. A cada vez que o agricultor mudava de cultura, tinha que mudar o equipamento. Isso tomava muito tempo, às vezes dois ou três dias”, explicou Assis, destacando que isso alterou o conceito da agricultura no país, racionalizando tempo e mão de obra. “Com pequenos ajustes, o produtor pode usar a mesma plantadeira para diferentes culturas”, completou. A ideia da família Strasser se disseminou pelo Brasil e o país, hoje, conta com a maior área com espaçamento reduzido, na agricultura. Além disso, a GTS também tem disseminado essa ideia pelo mundo e já atua em 15 países. Atualmente, a GTS do Brasil trabalha com grandes parcerias para produzir os mais avançados produtos como as duas maiores plataformas de colheita das Américas como a X10, usada na cultura do milho; e o modelo denominado de Flexer FD 7045 pés, para a soja. • GTS entra, efetivamente, no mercado com a participação de feiras como a Expodireto e a Não-Me-Toques, maior feira de agronegócios, realizada no Rio Grande do Sul 2006 muda os conceitos da agricultura • GTS ganha primeiro prêmio Gerdau. Depois recebeu o mesmo prêmio em 2007 e 2008 Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010 metal-mecânico GTS Uma ideia que metal-mecânico Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010 Correio Lageano 49 Correio Lageano 48 familiar que rende bons frutos na Serra Catarinense De Otacílio Costa para todo o território nacional G • Realiza a implantação do sistema mecânico da Sudati • Realiza a implantação de uma fábrica de MDF na cidade de Paragominas 80586 Mill Serras Máquinas de Lages para todo o planeta D 1991 gasse até perder alguns negócios, mas com o decorrer do tempo e a cada nova máquina entregue, foi conquistando a confiança dos usuários dos equipamentos Mill Serras. Armando destaca ainda que um dos pontos fortes da Mill Serras está no quadro de colaboradores que possui, todos altamente comprometidos com o sucesso da empresa, que não medem esforços para bem atender clientes e fornecedores. Ele ressalta também a participação de seu filho, Lucas de Zorzi, que desde os 14 anos, tem lhe ajudado a crescer. 1996 ta vez para a área industrial no bairro Cidade Alta, próximo da Lampauto. Graças à alta qualidade da máquinas que produzia, a demanda de serviço só fez aumentar e em 2006 a Mill Serras procedeu com uma nova mudança de endereço, desta vez foi se instalar na região do bairro Ferrovia. Um dos segredos do sucesso de Armando de Zorzi e da Mill Serras está no fato da qualidade do atendimento, que é realizado na exata medida das necessidades de cada cliente. Armando lembra que esta política num primeiro momento fez com que a empresa che- • Armando de Zorzi chega a Lages, proveniente da cidade gaúcha de Caxias do Sul • É criada a Mill Indústria de Serras 2006 Armando de Zorzi, fundador da Mill Serras • A Mill se instala em sua atual sede no bairro Ferrovia 2010 eterminação e muito trabalho, foi assim que o empresário Armando de Zorzi deu início ao que hoje é uma das principais indústrias de máquinas e equipamentos para o setor madeireiro, a Mill Indústria de Serras Ltda, que foi fundada em 1º de Julho de 1996. Com seu espírito empreendedor, decidiu fabricar equipamentos que suprissem as necessidades dos madeireiros, que enfrentavam dificuldades com equipamentos, de certa forma frágeis, que exigiam muita manutenção e que principalmente, causavam um altíssimo desperdício de madeira. Tendo trabalhado toda a sua vida no setor madeireiro, desde sua terra natal Caxias do Sul, Armando de Zorzi montou sua primeira fábrica, na garagem de sua casa, então localizada na rua Lauro Müller, nos fundos do Centro Educacional Vidal Ramos. Armando lembra que a primeira máquina, um projeto de terceiros, foi feita na cidade de Lontras e que funcionou apenas por uma hora e meia. Vendo os problemas, ele fez uma série de modificações no projeto e assim nasceu a primeira máquina da Mill. Com o crescimento da empresa, Armando de Zorzi decidiu pela mudança para um espaço mais amplo, desta maneira a Mill Serras se transferiu para um imóvel nas proximidades do colégio São Judas. Em pouco tempo, este espaço também ficou pequeno, o que determinou uma nova mudança, des- • A Mill inicia a fabricação de caldeiras para a geração de energia PB 1967 • Entra em funcionamento a EWM Mecânica Industrial 1972 trabalho desenvolvido lhe valeu o convite da Florapac, uma empresa do conceituado Grupo Concrem, para realizar a implantação da fábrica de MDF com capacidade de 400m³ /dia, na cidade de Paragominas no estado do Pará, com equipamentos adquiridos da SWPM, Highnew, Andritz e Steinemann. Este trabalho teve início de 2009 e foi concluído este ano. Diante do rápido crescimento verificado no últimos anos, em breve a EWM Mecânica Industrial Ltda instalará seu novo centro de Usinagem e Caldeiraria na cidade de Curitibanos - SC, às margens da BR-470, Km 249 em uma área total de 21.000m², sendo 6.000m² de área construída. A projeção é que esta sua nova sede já esteja em operação em fevereiro do próximo ano. reno edificaram uma construção com 2.1 mil metros quadrados. Nos anos seguintes novas ampliações foram realizadas, até que em 1982 ocorreu a maior de todas, inclusive com a implantação da área de escritórios, que permanece até hoje. Atualmente encontra-se instalada em uma área de 100 mil metros quadrados, com área construída de 20 mil metros quadrados, concentrando fundição, forjaria, laminação, usinagem e tratamento térmico, e toda logística necessária a suas atividades. Ao longo do tempo surgiu a necessidade de abrir novos mercados, com isto a Minusa iniciou a abertura de vinte filiais, distribuídas nas principais regiões brasileiras. No ano de 1996, implantou em seus processos produtivos, o sistema de Gestão pela Qualidade Total, a qual obteve em 1998 a certificação de acordo com as normas ISO 9001 versão 2000, pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. • A Minusa inicia suas atividades como uma oficina mecânica • A empresa se transfere para o então recém criado Distrito Industrial, às margens da BR-116 1982 Os irmãos Márcia e Marcelo estão a frente da EWM Mecânica Industrial Ltda Carlos Kracik Rosa, diretor da Minusa Tratorpeças, é um dos sete irmãos que iniciaram o empreendimento • Realiza uma grande ampliação com a instalação de uma nova área para seus escritórios 1998 pós anos colaborando com o pai, Elemar Wolcholz, na execução e administração da empresa Ferramentas EE, os irmãos Marcelo Leandro Wolcholz e Márcia Adriana Wolcholz, decidiram iniciar o próprio negócio. Com isto, em 1998 nascia a EWM Mecânica Industrial, na cidade de Otacílio Costa. A empresa tem seu trabalho focado na montagem, manutenção e fabricação de peças, máquinas e equipamentos industriais e florestais. Para bem atender seus clientes, a EWM possui ferramental, equipamentos e veículos próprios, no qual vem se destacando na agilidade do atendimento, além de dispor de colaboradores altamente capacitados para execução de serviços de rotina e emergência. Os custos e a excelência das instalações de um sistema de produção e controle de processos dependem muito da agilidade. Dentro das normas técnicas com montagem e manutenção qualificada pode-se alcançar os melhores resultados. A EWM dispõe de uma equipe de funcionários com mais de 10 anos de vivência industrial. São profissionais altamente capacitados desde a fabricação até a montagem de rotina e emergência. Esta é a empresa que quer ser sua parceira no compromisso com a eficiência. Mas o grande destaque da EWM aconteceu em 2008, quando a empresa foi escolhida para ser a responsável pela instalação dos sistemas mecânicos na fábrica da Sudati, em Otacílio Costa. O excelente metal-mecânico A raças ao trabalho e dedicação de sete filhos do casal José Maria Ramos Rosa e Barbara Kracik Rosa, que um simples escritório de representação e venda de peças de reposição para tratores se transformou em uma das principais indústrias do setor metal-mecânico instalada em Lages, com qualidade reconhecida internacionalmente. Estamos falando da Minusa Tratorpeças e dos irmãos Rogério (in memoriam), Alexandre, Celso, Carlos, Sérgio, Marcelo e Rubens. A trajetória de sucesso destes sete irmãos começou a se consolidar em 1967, quando decidiram montar uma oficina mecânica para atender os proprietários de tratores da região, já que eles trabalhavam num escritório de venda de peças para estas máquinas e perceberam a carência de mão de obra no setor. O local escolhido para a implantação da oficina foi a avenida Duque de Caxias, no mesmo lugar onde hoje se situa uma loja dos Supermercados Myatã. Poucos anos se passaram e os irmãos perceberam que o trabalho desenvolvido por eles era dificultado pelo fato de a maioria das peças necessárias na manutenção dos tratores, tanto das madeireiras da região como dos agricultores, terem de ser importadas. Então em 1972, o prefeito de Lages na época, Juarez Furtado, decidiu pela criação de um distrito industrial às margens da BR-116. Os irmãos Kracik Rosa não tiveram dúvidas e foram os primeiros a se instalar no local. Num primeiro momento a Minusa Tratorpeças Ltda mudou-se para uma área de 20.000 metros quadrados, doada pela Prefeitura com incentivos fiscais. Neste ter- Industrial Ltda • Obtém a certificação de acordo com as normas ISO 9001 versão 2000, pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010 Minusa A união 51 CORREIO LAGEANO EWM Mecânica 2009 / 10 2008 1998 CORREIO LAGEANO Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010 metal-mecânico 50 80629 52 80589 80492 53 • Vindo de São Paulo, Wandir Candido da Silva funda a Avanex • A Avanex passa a ter como sócio o empresário Oswaldo Parizotto • Wandir Candido deixa o controle societário da Avanex para os filhos Rogério e Milena O empresário paulista Wandir Candido da Silva, fundador da Avanex Avanex A riqueza do subsolo da Serra Catarinense E m 1985, quando o empresário paulista Wandir Candido da Silva chegou no município de Palmeira (hoje desmembrado de Otacílio Costa), para fornecer sulfato de alumínio líquido à indústria Olinkraft, estava nascendo uma das principais empresas químicas da Serra Catarinense, a Avanex. Ela tem como seu principal ramo de atuação a customização de soluções para o tratamento de águas. Atualmente a Avanex possui uma extensa gama de produtos destinados ao tratamento de água, possuindo também inúmeras soluções para os setores industriais. Antes de se instalar na Serra Catarinense Wandir Silva já atuava no segmento, só que a partir da cidade paulista de Porto Feliz, mas produzia principalmente a forma sólida do sulfato. Ao sair, ele transferiu a administração da empresa para seus dois irmãos, para poder se dedicar com mais afinco ao recém-criado empreendimento em território catarinense. Em 2003, a fim de ampliar os negócios, Wandir decidiu firmar uma sociedade com o empresário Oswaldo Parizotto. Desde o início deste ano, ele delegou aos seus dois filhos, Rogério e Milena, o comando de sua parte na Avanex, passando a prestar consultoria na empresa. A Avanex é detentora de fontes minerais de onde são extraídas as principais matérias-primas, garantindo a qualidade e a continuidade da produção. “Nossa empresa vem investindo dia a dia em ferramentas e recursos humanos que lhe permitem uma constante evolu- ção na qualidade dos produtos e atendimento das necessidades de nossos clientes,” diz o empresário. A Avanex possibilita a customização de produtos e sistemas de acordo com as necessidades específicas de cada cliente. Com a união de know-how e flexibilidade de uma empresa com centro de pesquisa junto ao cliente gera produtos específicos de alto valor agregado. O Grupo Avanex é composto por três empresas associadas que têm como objetivo conferir mais agilidade e eficiência logística ao nossos clientes. Através de uma verticalização do processo produtivo a Avanex consegue gerar um grande diferencial competitivo em qualidade, produtividade e logística. Celesc Empresa referência na distribuição de energia P or iniciativa do então governador do Estado, Irineu Bornhausen, há 55 anos, a serem completados agora no dia 9 de dezembro, nascia a Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc). Na época, a necessidade energética do Estado era suprida por pequenos e médios sistemas elétricos regionalizados, geralmente mantidos pela iniciativa privada, que foram construídos a partir do início daquele século. O modelo regionalizado, porém, começou a mostrar-se incapaz de responder ao incremento da demanda quando o ciclo desenvolvimentista implementado por Juscelino Kubitschek começou a tomar conta do País. Preocupado em oferecer condições de infraestrutura para os novos investimentos, o Governo do Estado decidiu, então, pela criação de uma pasta com atribuições voltadas à ampliação da infraestrutura básica. A princípio, então, a Celesc funcionou como um órgão de planejamento e como responsável pelo re- 80517 PB passe de recursos públicos às companhias que operavam o sistema elétrico, para garantir a expansão necessária dos serviços. Com o passar do tempo, ela passou a assumiu, gradativamente, o controle acionário das empresas regionais, com a atribuição de planejar e, também, operar o sistema elétrico estadual. Hoje, a Celesc é uma sociedade de economia mista, controladora de empresas concessionárias de serviços de geração e distribuição de energia elétrica. Atualmente, sua área de atuação corresponde a qua- se 92% do território catarinense, além do atendimento ao município de Rio Negro, no Paraná. Recém-estruturada no formato de holding, em atenção ao novo marco regulatório do setor, que obriga a desverticalização das atividades de concessão de serviço público de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, a companhia controla, desde outubro de 2006, participações societárias em atividades afins do seu negócio e duas subsidiárias: a Celesc Distribuição S.A. e a Celesc Geração S.A. energia e mineração Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010 1955 1965 • A Celesc é dividida em duas subsidiárias, a Celesc Distribuição e a Celesc Geração 55 CORREIO LAGEANO ções do parque eólico de Bom Jardim da Serra. O complexo eólico de Bom Jardim da Serra terá quatro grupos de aerogeradores denominados: Parque Bom Jardim, Parque Rio do Ouro, Parque Púlpito e Parque Santo Antônio, sendo que os três primeiros serão formados por 20 torres eólicas cada e o Santo Antônio, por apenas duas. Isso faz da unidade o segundo maior parque eólico de Santa Catarina, já que o primeiro é o de Mirim Doce com 86 aerogeradores. Já as riquezas minerais da Serra Catarinense ainda são um potencial não explorado em sua potencialidade. Existem reservas de fluorita, sílex, argila cerâmica, bauxita e outras. Atualmente, a maior exploração é da matéria-prima para a fabricação do sulfato de alumínio, produto utilizado na purificação das águas. 1985 deve ser inferior a 3 quilômetros quadrados. Uma PCH típica, normalmente opera a fio d’água, isto é, o reservatório não permite a regularização do fluxo. Com isso, em ocasiões de estiagem a vazão disponível pode ser menor que a capacidade das turbinas, causando ociosidade. Em outras situações, as vazões são maiores que a capacidade de engolimento das máquinas, permitindo a passagem da água pelo vertedor. Por isso, o custo da energia elétrica produzida pelas PCHs é maior que o de uma usina hidrelétrica de grande porte, onde o reservatório pode ser operado de forma a diminuir a ociosidade ou os desperdícios de água. A região conta ainda com o potencial de geração de energia a partir das forças dos ventos. Está previsto para este mês o início das opera- 2003 A o olhar para o futuro da Serra Catarinense, logo se observa que um dos setores com maior potencial de crescimento é o de geração de energia elétrica, sendo que a região já conta com importantes empreendimentos, como as usinas hidrelétricas de Barra Grande e Campos Novos, e a usina de biomassa da Tractebel. Graças à existência de um grande volume de rios e à geografia “acidentada” da região, criam-se condições propícias para a instalação de empreendimentos geradores de energia hidrelétrica. Neste sentido já existem projetos para a construção de 19 Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), somente em Lages serão 15. Uma PCH é toda usina hidrelétrica de pequeno porte cuja capacidade instalada seja superior a 1 MW e inferior a 30 MW. Além disso, a área do reservatório • A Celesc começa a controlar a geração de energia elétrica no Estado 2006 Energia e mineração • O governador Irineu Bornhausen cria a Centrais Elétricas de Santa Catarina Sede da Celesc Distribuição em Florianópolis 2010 CORREIO LAGEANO Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010 energia e mineração 54 80632 56 80438 80633 2004 Hidrelétrica Estreito (TO), e que irá acrescentar 435 MW a sua capacidade instalada. “Os novos projetos e os investimentos em manutenção devem somar R$ 2,2 bilhões neste ano. Para o próximo ano, planejamos investir na hidrelétrica Jirau, em construção pelo nosso controlador, o grupo GDF Suez, em consórcio com outras empresas”, revela o executivo. A Tractebel Energia atua apenas no Brasil, e produz energia em 11 estados, sendo responsável por cerca de 7% do suprimento do mercado nacional. Líder no ranking das geradoras privadas possui capacidade instalada de 6.469 MW e opera um parque gerador de 21 usinas com 7.543 MW. Em Santa Catarina, faz parte dos consórcios das hidrelétricas Machadinho e Itá; do Complexo Termelétrico Jorge Lacerda e da Unidade de Cogeração Lages, totalizando 2.416 MW instalados. • Entra em Operação a Unidade Cogeração Lages 2010 Manoel Zaroni, presidente da Tractebel, que comanda os destinos da empresa, inclusive da Lages Bioenergética • Entra em operação a usina Termelétrica Ibitiúva Bioenergética energia e mineração V encer as dificuldades de atender à demanda de energia elétrica no país foi o desafio de algumas empresas do setor. A Tractebel Energia está entre essas empresas e investe em diferentes regiões do Brasil. Em Lages, o investimento de cerca de R$ 80 milhões foi na implantação da Unidade Cogeração, que começou a operar em 2004, com 28megawatt (MW) de capacidade instalada, energia suficiente para abastecer uma cidade com cerca de 120 mil habitantes. A geração de energia dessa unidade é feita por meio dos resíduos do processo de beneficiamento da madeira, fornecidos por cerca de 150 madeireiras da região. O processo contribui para reduzir a emissão do equivalente a 220 mil toneladas/ano de dióxido de carbono. Além disso, as cinzas resultantes da combustão da biomassa, com poder fertilizante, são doadas a agricultores, fruticultores e reflorestadores, para aplicação no solo, fechando um ciclo de sustentabilidade. Dessa forma, a unidade foi o primeiro projeto da Tractebel Energia a obter certificação pelo MDL (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo), do Protocolo de Kyoto, e ter autorização de negociar créditos de carbono no mercado internacional. Projetando seu crescimento, em 2010, em parceria com o Grupo Guarani, iniciou a operação da Usina Termelétrica Ibitiúva Bioenergética (SP), com capacidade instalada de 33 MW, que utiliza como combustível o bagaço da cana-de-açúcar. Também iniciou a operação comercial da Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Areia Branca (MG), com 19 MW de capacidade instalada. Além disso, adquiriu 40% do consórcio que está construindo a Usina Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010 energia, economia e sustentabilidade ambiental Correio Lageano Michele Monteiro/divulgação Tractebel Gerando 57 Zappellini Elizabeth Binotto Bazzo – Diretora AdministrativoFinanceira sive com sugestões de melhoria dentro dos processos. Para que isso aconteça é necessário outro formato de empresa, com alto nível de profissionais, preparados para atuar dentro destas empresas, discutindo o que sempre pertenceu a elas; esse é o papel da Binotto como operador logístico O diretor-presidente, Edílson Binotto, explica que “o processo de produção da indústria é receber a matéria-prima, processar e produzir a peça 1963 A Binotto está iniciando uma nova fase, a da profissionalização da empresa. Segundo a diretoria esta é a terceira fase que a empresa viverá ao longo dos seus 47 anos e, assim como das outras vezes, o objetivo é proporcionar crescimento à empresa e aos seus colaboradores. Esta fase concentra-se na conquista de uma gestão profissional, para isso os profissionais estão sendo treinados para assumir ou se reposicionar em seus cargos. Este crescimento que se pretende alcançar nos próximos anos é uma forma de preparar a empresa para a nova fase que o mercado logístico brasileiro vai viver em alguns anos. Além de adequar a empresa às necessidades de mercado, existem dois objetivos que fazem parte da transformação que a Binotto vai viver agora: 1º) Substituir a administração familiar pela administração profissional; 2º) Tornar a empresa apta à abertura de capital, aquisição de novas empresas e consolidação no mercado. O grande diferencial da empresa nesta nova fase será as pessoas. “Nós vamos valorizar ainda mais o profissional da casa. Estamos investindo fortemente na formação profissional da nossa gente, do motorista até a diretoria da empresa”, diz a diretora administrativo-financeira, Elizabeth Binotto Bazzo. A Binotto está se preparando para nos próximos dois anos se posicionar como uma das mais importantes operadoras logísticas do país. Orientando que, logística hoje ainda se confunde muito com transporte, só que cada vez mais se pode ver que a logística tem que estar dentro da indústria e fazendo parte dos processos. Inclu- • Fundação da Binotto 1990 Binotto Preparada para uma nova forma de fazer transporte • Inicia atuação como Operadora Logística • Substitui administração familiar pela profissional e acabou aí, daí pra frente é logística, com centro de distribuição, embalagem e etc. Isso é logística para ter um melhor processo, um melhor custo. Outro impacto muito importante vai ser a questão do transporte nas grandes cidades, com essa restrição de caminhão e com o crescimento que o Brasil está tendo no número de veículos, vai mudar a forma de se fazer transporte no Brasil. E a Binotto já está preparada para isso.” • Aquisição das concessionárias Mercedes Benz e Toyota, e ampliação dos escritórios • Conquista das certificações ISO 9001 e Sassmaq • Renovação da frota com aquisição de caminhões Axor, da Mercedes Benz O fundador da Transportadora Zappellini, Arnaldo Zappellini, com os filhos Daniel (E) e Gilberto (D) que, hoje, também estão à frente da empresa Correio Lageano Isso possibilitará a utilização do local para exportações de produtos vindos do Oeste, MeioOeste e da própria Serra. Além disso, a região é cortada por uma linha férrea e que poderá ser interligada ao aeroporto regional. Nesse cenário é que a tendência é de que a Serra Catarinense se torne um importante polo do setor de logística em Santa Catarina. Por conta de todas estas vantagens, a Serra Catarinense acabou se tornando sede de importantes de empresas de transporte e logística. Duas delas estão na lista de maiores arrecadadoras de ICMS adicionado e também receberão o Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio: a Binotto e a Zappellini. 1981 SCs, as mais destacadas estão a SC-438 que faz a ligação com o litoral Sul, e a SC-425, que interliga as BRs 282 e 470, à SC-430, também conhecida como Caminhos da Neve e à SC458, em Anita Garibaldi. Além da estrutura viária existente, a região é fortalecida com um projeto para a criação de um porto seco, com uma base alfandegária, principalmente de produtos que têm como destinos os portos catarinenses e o paranaense de Paranaguá. A expectativa é de que essa base alfandegária seja instalada no Aeroporto Regional do Planalto Serrano, que está em construção no município de Correia Pinto, às margens da BR-116 e a apenas 17 quilômetros de Lages. 1999 S ua posição estratégica no Sul do Brasil, ou seja, estar a menos de 370 quilômetros de Porto Alegre e Curitiba e a 220 de Florianópolis, confere à Serra Catarinense uma situação privilegiada e um forte ponto para a logística dentro do Estado. Além disso, a região é cortada por três importantes rodovias federais; a BR-116, que faz a ligação com o Paraná e o Rio Grande do Sul, a BR-282, que liga Florianópolis até a divisa de Santa Catarina com a Argentina, e a BR-470 que liga o porto de Itajaí ao Oeste Catarinense e à divisa com a Argentina. Rodovias estaduais completam o traçado de estradas da Serra Catarinense. Entre as mais pesadas. Além dos investimentos em equipamentos e tecnologia, a Transportadora Zappellini está preocupada em deixar um mundo melhor para as próximas gerações, trabalhando em programas ambientais, por meio do Programa Ambiental Vida Verde, que envolve ações de controle da emissão de carbono, racionalização de energia e água e o monitoramento e tratamento de resíduos provenientes da lavação de peças usadas pela empresa. Outras ações ambientais envolvem o gerenciamento e destinação correta de resíduos; a redução, a reutilização e a reciclagem de materiais. • Fundação da transportadora TRC 2002 Logística 2006 F undada em Correia Pinto na década de 1970, a transportadora de cargas Zappellini começou transportando toras para a empresa Klabin. Logo transferiu sua sede para Lages e, hoje, sua atuação se entendeu para todo o território nacional e até o exterior, com o serviço de transporte para os setores de papel e celulose, produtos alimentícios, madeireiro, produtos químicos não perigosos e fios elétricos. Ao longo de sua trajetória, a Transportadora Zapellinni investiu em qualidade, renovação e tecnologia. Atualmente conta com 500 funcionários, 400 caminhões que percorreram, somente neste ano de 2010, 40 milhões de quilômetros, transportando mais de um milhão de toneladas de cargas. “Manter a frota e os equipamentos sempre novos e atualizados, investindo em tecnologia, buscando oferecer exatamente o que o cliente precisa, é um dos maiores desafios da empresa”, diz o diretor Gilberto Zappellini, revelando que uma das ações empreendedoras e pioneiras foi a aquisição de um bitrem com três eixos e a carreta Vanderléia com três eixos distanciados, destinados para o transporte das cargas Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010 logística 59 O transporte com foco na eficiência e qualidade do transporte 2010 Correio Lageano Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010 logística 58 Albras 80487 80474 destaques Celso Marcolin em sua empresa, que atua na manutenção e montagem das indústrias brasileiras de”, revelou Celso, ressaltando a obra como um marco para a empresa. Os investimentos futuros, segundo Celso, continuam sendo na especialização da mão de obra de seus colaboradores, e no desenvolvimento tecnológico e sustentável da empresa, ampliando também a sua atuação em países do Mercosul. Atualmente, além dos serviços de manutenção industrial, a Albras também passa a investir no setor de transportes de cargas, seguindo com a mesma filosofia de qualidade e excelência com seus clientes. • Criação da Albras • Obra Nestlé – unidade de Cordeiropolis - SP , quando foram superados todos os índices de qualidade • Instalação da Albras em sua atual sede na Área Industrial – Bairro São Paulo – Lages - SC • Obra Seara Alimentos (Marfrig Group) – unidade Dourados – MS 2004 Com o objetivo de promover a saúde e a qualidade de vida, com foco na excelência dos serviços prestados, oferecendo atendimento personalizado e dedicação completa a cada paciente surgiu a Clínica Le Santé quem em pouco mais de dois anos se tornou referência e hoje é uma das mais lembradas nas suas especialidades: Oncologia, Hematologia, Hemoterapia, Nutrição, Clínica Médica e Psicologia Clínica. Seus idealizadores são os médicos: Charles Alain Córdova Pinto e Marcelo Antônio Ceron. A SCGás encerra a lista dos destaques de 2010. A empresa responsável pelo abastecimento de gás natural em Santa Catarina, sendo fundada em 1994, quando investiu cerca de R$ 309 milhões em infraestrutura de rede. O início das operações aconteceu em 2000, somando até hoje mais de 4 bilhões de metros cúbicos de gás natural distribuídos em Santa Catarina. 2008 caldeiras, inspeções periódicas e extraordinárias, entre outros serviços. A Casa do Marceneiro nasceu em 1986, por iniciativa do engenheiro químico José Luiz Pagliosa, uma loja voltada aos profissionais de marcenaria. Inicialmente, a empresa revendia material pesado para a fabricação de móveis, chapas de madeira compensada. No entanto, com sua visão de futuro, Pagliosa observou que a carência no segmento moveleiro era ainda maior e aumentou gradativamente o mix de produtos oferecidos, como tintas, puxadores e acessórios diversos. Com o objetivo de oferecer atendimento personalizado e suprir as necessidades de micro e pequenos empresários de Lages, nasce em 2008, a Credicomin, uma instituição sem fins lucrativos, onde todos os resultados conquistados retornam aos cooperados. A iniciativa foi de 30 empresários da cidade, que acreditavam no projeto. • Obra Brahma (atual Ambev) - unidade Teresina – PI • Obra JBS Friboi – unidade de Vilhena – RO • Obra Klabin – unidade Telemaco Borba - PR • Obra Coca-Cola – unidades Cariacica – ES e Rio de Janeiro – RJ CORREIO LAGEANO D urante anos o engenheiro Celso Marcolin trabalhou em grandes empresas como Klabin, Ambev, Trombini e Battistella. Com o tempo, percebeu que a mão de obra especializada para a manutenção industrial era uma necessidade no mercado. Foi assim que o empresário decidiu dar início a sua empresa: a Albras. A Albras surgiu em 1996, oferecendo mão de obra especializada na manutenção e montagem industrial, na área de mecânica e isolamento térmico. A empresa seguiu priorizando o aprimoramento e hoje oferece também a fabricação de equipamentos especiais em aço inox e aço carbono, pintura industrial, montagens de câmaras frias, montagens de caldeiras, inspeções periódicas e extraordinárias, entre outros serviços. “Trabalhamos sempre determinados a fazer o melhor”, diz Celso Marcolin, destacando que a dedicação e a qualidade do serviço prestado lhe renderam contratos com grandes empresas brasileiras e multinacionais como a Nestlé. “Para fazer essa obra da Nestlé, tivemos que superar todos os índices de qualida- 2009 É Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010 Fornecendo mão de obra para as maiores indústrias do País Destaques notório que algumas empresas embora não se destaquem no item arrecadação de impostos, se diferenciam no mercado pela maneira inovadora com que atuam, ou ainda, pelos serviços de qualidade que prestam. Para também ressaltar as virtudes destes empreendimentos, todos os anos a organização do Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio homenageia cinco empresas destaques. Na edição deste ano as escolhidas foram a Albras Manutenção Industrial, a Casa do Marceneiro, a Credicomin, a Le Santé, e a SC Gás. A Albras surgiu em 1996, oferecendo mão de obra especializada na manutenção e montagem industrial, na área de mecânica e isolamento térmico. A empresa seguiu priorizando o aprimoramento e hoje oferece também a fabricação de equipamentos especiais em aço inox e aço carbono, pintura industrial, montagens de câmaras frias, montagens de 61 2003 2002 2000 1996 CORREIO LAGEANO Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010 destaques 60 Le Santé Há 2 anos acreditando na vida • Novas lojas, novos conceitos • Instalação da Casa do Marceneiro – Espaço Interior • Lançamento do e-commerce • Passa a atuar com compensação própria. Atualmente a Credicomin possui 900 cooperados e capital de R$ 6 milhões Correio Lageano busca constantemente a expansão da rede. “Nas cidades onde a rede não chegou, levamos o gás de caminhão para os postos de combustíveis. O gás natural é um grande impulsionador da economia. Onde há gás natural, há desenvolvimento”, conclui. Para os próximos cinco anos, as metas de crescimento da SCGÁS mostram seu compromisso com o desenvolvimento do estado. Hoje, a companhia leva o gás natural a 54 municípios, e pretende chegar a 72 em 2015. Para isso, planeja aumentar a rede de distribuição dos 889 km atuais para 1280 km. O volume de investimentos chegará a R$ 242 milhões. Um dos projetos que receberá investimentos é o gasoduto que levará o gás natural à Serra Catarinense. A licitação para o primeiro trecho da obra, que vai de Indaial a Ascurra, já teve seu resultado homologado, sendo vencedora a empresa Elecnor. O investimento total do gasoduto será de R$ 111 milhões. Para Ranzolin, esta obra é uma vitória e reitera o compromisso com o estado de Santa Catarina. “É uma obra tecnicamente difícil, que requer um investimento grande, mas nós fomos buscar a aprovação do projeto porque sabemos o quanto o gás natural beneficiará a região serrana”, declara Ranzolin. • Fundação da SCGás • Início das operações 2008 • Credicomin atinge os 500 cooperados 2010 2008 Nilton Alves, Elisabeth Neves e Carlos Rath estão à frente da Credicomin • Fundação da Credicomin • Conquista da certificação ISO 9001 2006 A Companhia de Gás de Santa Catarina - SCGÁS aprovou seu Plano Plurianual de Negócios (PPN) para o período de 2011 a 2015, que prevê o investimento de aproximadamente R$ 242 milhões na expansão da rede de gás natural no Estado. Desde a sua fundação, em 1994, a empresa investiu cerca de R$ 309 milhões em infraestrutura de rede. O início das operações aconteceu em 2000, somando até hoje mais de 4 bilhões de metros cúbicos de gás natural distribuídos em Santa Catarina. Há uma década em operação, conta com 54 municípios interligados, Santa Catarina é o 2º estado brasileiro em número de municípios atendidos. Com mais de 800 km de rede, é o terceiro em extensão de rede e também em número de postos de GNV. À frente das companhias de São Paulo e Rio de Janeiro. A empresa possui, hoje, uma forte carteira de clientes nos segmentos industrial, residencial, comercial e automotivo. São mais de 1.300 residências, 189 estabelecimentos comerciais, 180 indústrias e 130 postos de combustíveis. Os maiores usuários são as indústrias, com destaque para as cerâmicas, metal-mecânicas e têxteis. Segundo Ivan Ranzolin, diretor presidente da SCGÁS, a empresa 1994 C pessoas atendidas são office-boys. Na cooperativa, 80% são empresários, justamente pela agilidade que oferecemos”, conta o presidente da cooperativa. Atualmente, a Credicomin está sob a direção de Nilton Rogério Alves (presidente), Elisabeth Neves (vice-presidente) e Carlos Rath (secretário), Aroldo Lemos (conselheiro) e Luciano Müller (conselheiro). • Fundação da Clínica Le Santé • Conclusão da obra do serviço de quimioterapia SCGÁS Energia que gera desenvolvimento Credicomin Com foco nos seus cooperados om o objetivo de oferecer atendimento personalizado e suprir as necessidades de micro e pequenos empresários de Lages, nasce em 2008, a Credicomin, uma instituição sem fins lucrativos, onde todos os resultados conquistados retornam aos cooperados. A iniciativa foi de 30 empresários da cidade, que acreditavam no projeto. Depois de tramitar por três anos no banco Central (BC), a Credicomin iniciou sua trajetória com os 30 sócios e R$ 60 mil. Hoje, a cooperativa de crédito conta com 900 cooperados e um capital de R$ 6 milhões. De acordo com o presidente Nilton Rogério Alves, a movimentação financeira mensal é de R$ 10 milhões e a carteira de empréstimos é de R$ 4 milhões, atingindo todas as metas estabelecidas até o ano de 2010. “Esses números comprovam que o sucesso se alavanca com a união do empresariado, que acreditou no projeto”, diz Alves. Para 2011, a expectativa de crescimento é dobrar o número de cooperados e de ativos, além de instalar uma agência no bairro Coral. A Credicomin oferece todos os serviços bancários, com o diferencial que o cliente também é dono da cooperativa. Para os serviços de crédito, as taxas de juros são mais baixas do que as praticadas no mercado, com prazos especiais e sem burocracia. Nesse sentido, o cooperado e seus familiares têm acesso a linhas de crédito para capital de giro, crédito pessoal, crédito reforma, financiamentos diversos (carro, moto, computador...), além das opções de investimentos . “Nos bancos tradicionais cerca de 80% das Marcelo Ceron e Charles Pinto, sócios da Le Santé, trabalham pela excelência dos serviços prestados 2011 • Surge a Casa do Marceneiro 2010 2010 ência e filiais foram criadas em Tubarão (1991), Joinville (1994) e Balneário Camboriú (1997), além de uma nova loja em Lages (2008). Atualmente, a empresa é também atacadista de pisos laminados e gesso acartonado (drywall). Outra importante inovação começou há um ano, com a criação do departamento de marketing, comandado por Luise Spuldaro Pagliosa, que passou a trabalhar na criação e implantação do sistema e-commerce (www.cmarceneiro.com.br), ação que introduziu a Casa do Marceneiro no mundo globalizado da internet, transpondo barreiras geográficas, para levar seus produtos a qualquer parte do país. “É o primeiro site e-commerce do setor, no Brasil. Foram computadas 120.000 visitas em 6 meses”, explica o empresário. A expectativa é de que em um ano atingiremos nossas metas, especialmente pela crescente ampliação do acesso à rede mundial de computadores e o crescimento da internet móvel”, conclui Pagliosa. 2004 1991 1986 José Luiz Pagliosa 2008 A filosofia de trabalho da Le Santé é promover a saúde e a qualidade de vida, com foco na excelência dos serviços prestados, oferecendo atendimento personalizado e dedicação completa a cada paciente. É por isso que em pouco mais de dois anos, a Clínica Le Santé se tornou referência e hoje é uma das mais lembradas nas suas especialidades: Oncologia, Hematologia, Hemoterapia, Nutrição, Clínica Médica e Psicologia Clínica. Seus idealizadores são os médicos: Charles Alain Córdova Pinto e Marcelo Antônio Ceron, dois visionários que desde o início pensaram num empreendimento que tivesse como foco o atendimento humanizado. A busca pela qualidade é constante, prova disso são os cursos de especialização que seus profissionais realizam com frequência, e os encontros científicos promovidos pela Clínica, nos quais, profissionais de diversas áreas discutem temas em comum, bem como estudos de casos clínicos. Em 2011 a Clínica Le Santé promete muitas novidades, pois estará inaugurando um dos mais modernos serviços na área de oncologia e hematologia e também receberá a certificação do ISO 9001, consolidando assim o padrão de qualidade primado por seus idealizadores desde o início do projeto. Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010 A Inovação e tecnologia em materiais para móveis creditar no novo, fazer algo diferente, beneficiar pessoas, reciclar ideias, isso está no sangue de poucos. E esse propósito foi o que motivou o engenheiro químico José Luiz Pagliosa a montar, em 1986, a Casa do Marceneiro, uma loja voltada aos profissionais de marcenaria que atuavam em Lages. Inicialmente, a empresa revendia material pesado para a fabricação de móveis, chapas de madeira compensada. No entanto, com sua visão de futuro, Pagliosa observou que a carência no segmento moveleiro era ainda maior e aumentou gradativamente o mix de produtos oferecidos, como tintas, puxadores e acessórios diversos. Com o objetivo de transformar a Casa do Marceneiro em um referencial de excelência, o empresário investiu em uma nova loja no Centro de Lages, sob a direção de Rosane Spuldaro Pagliosa, bióloga e designer de interiores, que idealizou e introduziu novos conceitos na apresentação de tendências e design. “A partir dessa nova visão, decidimos criar uma loja conceito, mais ampla totalmente ambientada e harmônica, capaz de provocar o encantamento e a satisfação visual, objetivando oferecer sempre o melhor em termos de qualidade no que se refere a produtos e a atendimento. Surge assim, em 2004 a Casa do Marceneiro – Espaço Interior”, diz Rosane. “É o espaço onde o marceneiro, o especificador e o consumidor final decidem a personalização do móvel”, completa Pagliosa. A expansão da Casa do Marceneiro foi uma consequ- 63 destaques Casa do Marceneiro 2009 Correio Lageano Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010 destaques 62 • Chegada do GNV a Lages