ler sobre - Universidade Regional do Cariri-URCA
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0 UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI – URCA CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE – CCBS DEPARTAMENTO DE QUÍMICA BIOLÓGICA – DQB PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOPROSPECÇÃO MOLECULAR ANTONIO CARLITO BEZERRA DOS SANTOS ECOFISIOLOGIA E ATIVIDADE BIOLÓGICA DE Secondatia floribunda A. DC. (APOCYNACEAE) CRATO – CE 2011 1 ANTONIO CARLITO BEZERRA DOS SANTOS ECOFISIOLOGIA E ATIVIDADE BIOLÓGICA DE Secondatia floribunda A. DC. (APOCYNACEAE) Dissertação apresentada ao Programa de PósGraduação em Bioprospecção Molecular da Universidade Regional do Cariri – URCA, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Bioprospecção Molecular. Área de Concentração: Bioprospecção de Produtos Naturais Orientadora: Profª. Dra. Maria Arlene Pessoa da Silva CRATO – CE 2011 2 ANTONIO CARLITO BEZERRA DOS SANTOS ECOFISIOLOGIA E ATIVIDADE BIOLÓGICA DE Secondatia floribunda A. DC. (APOCYNACEAE) Dissertação submetida à Coordenação do Programa de Pós-Graduação Strictu Sensu em Bioprospecção Molecular da Universidade Regional do Cariri – URCA, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Bioprospecção Molecular. Área de Concentração: Bioprospecção de Produtos Naturais Aprovado em: 09/09/2011 BANCA EXAMINADORA _________________________________________ Profª. Dra. Maria Arlene Pessôa da Silva Universidade Regional do Cariri – URCA (Orientadora) _________________________________________ Profª. Dra. Maria Iracema Bezerra Loiola Universidade Federal do Ceará - UFC (Membro Avaliador) _________________________________________ Profª. Dra. Cláudia Araújo Marco Universidade Federal do Ceará - UFC (Membro Avaliador) _________________________________________ Prof. Dr. José Galberto Martins da Costa Universidade Regional do Cariri – URCA (Membro Suplente) 3 Dedico este trabalho a minha família por serem minha inspiração todos os dias e minha razão de viver. 4 AGRADECIMENTOS À DEUS, pai todo poderoso pela sua infinita misericórdia, por sempre está trilhando meus caminhos e me conduzindo com força e determinação para alcançar meus objetivos; Aos MEUS PAIS, Estelito Lino dos Santos e Francisca Bezerra dos Santos (Lica), por estarem sempre ao meu lado e dando seu amor incondicional e confiança no meu crescimento intelectual; Aos MEUS IRMÃOS (Estelino, Sinara e Estefson), SOBRINHOS (Estela, Salatiel e Alexandre) e CUNHADA (Delândia), pelo apoio, carinho e força prestada; À minha Amiga, Mãe Ciência e Orientadora, professora Dra. MARIA ARLENE PESSOA DA SILVA, pela orientação e as oportunidades concedidas durante minha vida estudantil, além da confiança que depositou em mim e suas valiosas sugestões; Os professores DRA. MARIA IRACEMA BEZERRA LOIOLA, DRA. CLAÚDIA ARAÚJO MARCO e ao DR. JOSÉ GALBERTO MARTINS DA COSTA, pela disponibilidade de participar da Banca Examinadora e as sugestões dadas para o aperfeiçoamento deste trabalho; As coordenadoras professoras DRA. SIRLEIS RODRIGUES LACERDA e DRA. IMEUDA PEIXOTO FURTADO por mostrarem sempre prestativas as minhas solicitações e reclamações, além do acolhimento durante minha permanência no Programa de Pósgraduação em Bioprospecção Molecular, o qual me sinto muito orgulhoso em fazer parte da história; Ao CORPO DOCENTE que compõem o Programa de Pós-Graduação em Bioprospecção Molecular pelo incentivo e pela contribuição na minha formação profissional e pessoal durante o curso; 5 A secretária do Curso de Mestrado em Bioprospecção Molecular MARIA ANDECIELI ROLIM DE BRITO, uma amiga abençoada por DEUS que sempre estava presentes nos meus momentos de aflições e me fortalecendo com suas palavras de bênçãos; Aos meus COMPANHEIROS DE CURSO que compartilharam toda luta, trabalho e calorosos debates, nos fazendo formadores de nossa própria opinião; À competente equipe do HERBÁRIO CARIRIENSE DÁRDANO DE ANDRADE-LIMA, pela amizade, colaboração e palavras de incentivos que me encorajava todos os dias. Um agradecimento especial a SYLVANNA MARIA VILLAR COSTA por seu amor, carinho e toda ajuda que me proporcionou durante todos os meus anos de permanência sob sua guarda; À equipe do LABORATÓRIO DE PESQUISA EM PRODUTOS NATURAIS (LPPN) por terem contribuído para realização dos experimentos químicos da presente pesquisa; À equipe do LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA E BIOLOGIA MOLECULAR pela valiosa ajuda nos testes microbiológicos que foram indispensáveis neste trabalho; Aos meus ilustríssimos AMIGOS, Filipe Gutierre, Estefson Bezerra, Rosa Carolline, Paula Ferreira, Nara Juliana, Sandrielle Plácido, Odachara Machado, Valéria Nunes, Layla Maysse, Laianne Lopes, entre outros, que são provas vivas do meu empenho e dedicação para realização deste trabalho. À professora DRA. ÂNGELA MARIA MIRANDA FREITAS da Universidade Federal Rural do Pernambuco – UFRPE pela identificação e descrição botânica; A UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI – URCA pelo espaço cedido durante minha permanência nessa instituição; À equipe TÉCNICO-ADMINISTRATIVO dessa instituição que contribuiu de alguma forma para sucesso desse manuscrito; À Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico - FUNCAP pelo financiamento da pesquisa; 6 À Fundação Oswaldo Cruz – FIOCRUZ pela concessão das linhagens de bactérias padrão; Ao HOSPITAL UNIVERSITÁRIO da Universidade Federal da Paraíba – UFPB, pela concessão das linhagens de bactérias multirresistentes; Ao LABORATÓRIO DE MICOLOGIA da Universidade Federal da Paraíba – UFPB, pela concessão das linhagens fúngicas; Por fim, a TODOS meu muito obrigado!!! 7 “A pureza de todos os sentimentos, não é apenas dizer que se ama, mas sim, que em um simples olhar saber que é amado.” Gleydson Gomes Silva 8 RESUMO Nesta pesquisa foram abordadas atividades alelopáticas, observações fenológicas, prospecção fitoquímica, testes antibacterianos, antifúngicos e moduladores dos extratos de folhas de Secondatia floribunda A. DC. (catuaba-de-cipó). O potencial alelopático foi testado em sementes de Lycopersicum esculentum Miller. (tomate) submetidas ao Extrato Bruto Aquoso (EBA) de folhas frescas diluídas em quatro concentrações (25, 50, 75, 100%) com cinco repetições cada, sendo estas comparadas ao controle. Para as observações fenológicas, foram marcados dez indivíduos em uma área de cerrado na Chapada do Araripe para analisar as fenofases de brotamento, queda foliar, floração e frutificação. O extrato etanólico foi obtido de folhas secas por extração exaustiva a frio para averiguar os compostos químicos e atividade biológica. As classes de metabólitos secundários foram reveladas após a adição de reagentes específicos no extrato, sendo observadas mudanças de cores ou formação de precipitado. Para avaliação da atividade antibacteriana, antifúngica e moduladora foram utilizadas cepas padrões e isolados clínicos, testados pelo método de microdiluição em caldo com 96 poços. Os resultados obtidos para atividades alelopáticas demonstraram que não houve inibição na germinação das sementes de tomate quando submetidas às diferentes concentrações do EBA. Por outro lado, verificou-se uma diminuição no Índice de Velocidade de Germinação (IVG) e nos comprimentos dos caulículos e radículas, reduzindo os comprimentos com o aumento das concentrações, causando anormalidade nas plântulas. Durante as observações de campo, verificou-se que a presença de folhas foi fortemente influenciada pela pluviosidade, ocorrendo brotamento nas primeiras chuvas e queda foliar no período de seca. Os espécimes floresceram no início da estação chuvosa e os frutos foram observados ao final desse período. Os testes químicos revelaram a presença de taninos, flavonóides e alcalóides na sua composição. Os resultados microbiológicos demonstraram que não houve inibição de crescimento em todas as linhagens testadas, com Concentração Inibitória Mínima (CIM) superior à 1024µg/mL. Quanto à atividade modificadora de aminoglicosídeo, observou-se uma potencialização da atividade dos antibióticos amicacina e neomicina quando associado ao extrato frente Escherichia coli EC 27, reduzindo as CIMs consideravelmente. Pode-se também observar atividade antagônica quando testado o extrato etanólico com neomicina em contato com Staphylococcus aureus SA 358, assim como, o antifúngico benzoil frente Candida albincans ATCC 40006. Os resultados são pioneiros e promissores pelo indício de que a espécie em estudo apresenta potencial alelopático e antibacteriano. PALAVRAS-CHAVE: Alelopatia, Fenologia, Atividade Antimicrobiana, Cerrado, Chapada do Araripe. 9 ABSTRACT In this study were discussed allelopathic activities, phenological observations, phytochemical prospecting, tests antibacterial, antifungal and modulators of the leaf extracts of Secondatia floribunda A. DC. (catuaba-de-cipo). The allelopathic potential was tested in seeds of Lycopersicon esculentum Miller. (tomate) submitted to the Crude Aqueous Extract (CEA) of fresh leaves diluted in four concentrations (25, 50, 75, 100%) with five repetitions each, which were compared to control. For the phenological observations, ten individuals were marked in an area of cerrado in the Chapada Araripe to analyze phenophases budding, leaf fall, flowering and fruiting. The ethanol extract of dried leaves was obtained by exhaustive extraction cold to investigate the chemical and biological activity. The classes of secondary metabolites were identified after the addition of specific reagents in the extract, being observed color changes or precipitate. To evaluate the antibacterial, antifungal and modulating were used patterns strains and clinical isolates tested by broth microdilution method with 96 wells. The results obtained for allelopathic activity showed no inhibition of germination of tomate seeds when subjected to different concentrations of CEA. On the other hand, there was a decrease in Germination Speed Index (GSI) and the lengths of the shootlets and rootlets, reducing the lengths with increasing concentrations, resulting in abnormal seedlings. During field observations, it was found that the presence of leaves was strongly influenced by rainfall, occurring budding in the first rainfall and leaf fall during the dry season. Specimens flourished at the beginning of the rainy season and fruits were observed at the end of this period. Chemical tests revealed the presence of tannins, flavonoids and alkaloids in their composition. The microbiological results showed no growth inhibition in all strains tested with Minimum Inhibitory Concentration (MIC) higher than 1024μg/mL. The aminoglycoside-modifying activity, there was a potentiation of the activity of antibiotics amikacin and neomycin when combined with the extract against Escherichia coli EC 27, reducing the MICs considerably. One can also observe antagonistic activity when tested with the ethanol extract neomycin in contact with Staphylococcus aureus SA 358, as well as the antifungal benzoyl against Candida albincans ATCC 40006. The results are the pioneers and promising indication that the species under study presents allelopathic potential and antibacterial. KEYWORDS: Allelopathy, Phenology, Antimicrobial Activity, Cerrado, Chapada Araripe. 10 LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 - Distribuição geográfica de Apocynaceae Juss....................................................17 FIGURA 2 - Ramo florífero de Secondatia floribunda A. DC. em ambiente de cerrado na Chapada do Araripe.............................................................................................40 FIGURA 3 - Mapa ilustrativo da distribuição geográfica de Secondatia floribunda A. DC. no Brasil....................................................................................................................41 FIGURA 4 - Aspecto geral da área de estudo no cerrado da Chapada do Araripe – Ceará.....54 FIGURA 5 - Exsicata de Secondatia floribunda A. DC. depositada no Herbário Caririense Dárdano de Andrade-Lima (HCDAL) da Universidade Regional do Cariri (URCA)................................................................................................................55 FIGURA 6 - Metodologia para obtenção dos extratos aquoso e etanólico das folhas de Secondatia floribunda A. DC..............................................................................58 FIGURA 7 - Brotamento e queda foliar de Secondatia floribunda durante os meses de outubro de 2009 a maio de 2011 em uma área de cerrado na Chapada do Araripe.................................................................................................................70 FIGURA 8 - Período de floração de Secondatia floribunda durante os meses de outubro de 2009 a maio de 2011 em uma área de cerrado na Chapada do Araripe...............73 FIGURA 9 - Período de frutificação de Secondatia floribunda durante os meses de Outubro de 2009 a Maio de 2011 em uma área de cerrado na Chapada do Araripe.........75 FIGURA 10 - Área de cerrado na Chapada do Araripe onde foi realizado o estudo fenológico de Secondatia floribunda, destacando suas fenofases.........................................77 11 LISTA DE TABELAS TABELA 1 - Levantamento dos estudos relacionados à importância das espécies de Apocynaceae Juss. no Brasil, seguidas pelos nomes populares, importância, parte usada, forma de uso, estudos farmacológicos, composição química, distribuição geográfica no Brasil e Referências..................................................20 TABELA 2 - Estudos alelopáticos com espécies do cerrado brasileiro...................................45 TABELA 3 - Estudos fenológicos em áreas de cerrado no Brasil...........................................51 TABELA 4 - Indivíduos que foram marcados para observações fenológicas na área de estudo com seus respectivos pontos de localização e altitude........................................59 TABELA 5 - Método proposto por Fournier (1974) para determinação das obervações fenológicas com base nas categorias adotadas....................................................59 TABELA 6 - Massas de folhas frescas, secas, extrato etanólico e o rendimento de Secondatia floribunda A. DC.................................................................................................60 TABELA 7 - Linhagens de bactérias (padrão e isolados clínicos) e fungos utilizadas nos ensaios antibacterianos e antifúngicos.................................................................61 TABELA 8 - Drogas utilizadas para avaliação do extrato etanólico como modulador da atividade antibiótica e antifúngica.......................................................................62 TABELA 9 - Valores médios de porcentagem de germinação e Índice de Velocidade de Germinação (IVG) em sementes de Lycopersicon esculentum Miller., sob o efeito de diferentes concentrações do extrato aquoso de Secondatia floribunda A. DC...................................................................................................................64 TABELA 10 - Valores médios do comprimento caulinar e radicular de plântulas de Lycopersicon esculentum Miller., sob o efeito de diferentes concentrações do extrato aquoso de Secondatia floribunda A. DC................................................67 TABELA 11 - Atividade moduladora do extrato etanólico de Secondatia floribunda frente às linhagens bacterianas multiresistentes.................................................................81 12 TABELA 12 - Atividade moduladora do extrato etanólico de Secondatia floribunda frente às linhagens fúngicas................................................................................................83 13 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................15 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ...........................................................................................17 2.1 Família Apocynaceae Juss.................................................................................................17 2.2 Secondatia floribunda A.DC..............................................................................................40 2.3 Alelopatia em espécies dos cerrados brasileiros................................................................42 2.4 Estudos fenológicos em áreas de cerrado no Brasil...........................................................49 2.5 Atividade antimicrobiana de extratos vegetais em Apocynaceae......................................52 3 MATERIAL E MÉTODOS.................................................................................................54 3.1 Coleta do material botânico...............................................................................................54 3.2 Identificação botânica........................................................................................................55 3.3 Atividade alelopática do Extrato Bruto Aquoso (EBA).....................................................56 3.4 Fenologia............................................................................................................................58 3.5 Preparação do extrato etanólico.........................................................................................60 3.6 Prospecção fitoquímica......................................................................................................60 3.7 Avaliação da atividade biológica.......................................................................................61 3.7.1 Concentração Inibitória Mínima (CIM)......................................................................62 3.7.2 Ensaios da atividade moduladora...............................................................................62 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO.........................................................................................64 14 4.1 Efeito da atividade alelopática sobre a germinação e desenvolvimento inicial de plântulas de tomate...........................................................................................................................64 4.1.1 Germinação e Índice de Velocidade de Germinação (IVG).......................................64 4.1.2 Comprimento do caulículo e radícula........................................................................66 4.2 Fenologia............................................................................................................................69 4.2.1 Formação e queda foliar.............................................................................................69 4.2.2 Floração e Frutificação...............................................................................................72 4.3 Prospecção fitoquímica dos constituintes presentes no extrato etanólico.........................78 4.4 Atividade antibacteriana e moduladora do extrato etanólico.............................................79 4.5 Atividade antifúngica e moduladora do extrato etanólico.................................................82 5 CONCLUSÕES....................................................................................................................85 REFERÊNCIAS...................................................................................................................86 ANEXO...............................................................................................................................115 15 1 INTRODUÇÃO Os estudos de plantas com potencial medicinal têm sido considerado o grande foco para a procura de novos fármacos com propriedades terapêuticas (ELISABETSKY, 1991). Dentre as pesquisas realizadas com essa finalidade, óleos essenciais e extratos vegetais têm sido bastante estudados por apresentarem essas propriedades (BAKKALI et al., 2008), sendo extratos de plantas utilizados desde os primórdios da civilização, como medicamentos, venenos e poções mágicas (HOSTETTMAN; QUEIROZ; VIEIRA, 2003). A necessidade de se estudar as diferentes espécies vegetais em diversos ecossistemas é de grande importância, uma vez que, um dos maiores problemas para o homem na atualidade é o fato de que a destruição do meio ambiente acontece mais rápido que o inventário sobre as espécies de animais e plantas e os ecossistemas onde vivem (PRANCE, 2001). Os cerrados brasileiros contam com áreas cada vez mais restritas, devido à intensa antropização. Esforços vêm sendo realizados para a manutenção e conservação dessas áreas, tendo em vista a importância da biodiversidade nelas existentes (SILVA, G. et al., 2006). As plantas de cerrado são submetidas a condições de estresse, tais como, seca, fogo, fatores abióticos e bióticos. Tais fatores configuram-se como indicativos de que muitas espécies desse domínio fitogeográfico produzam metabólitos secundários em maior escala (FERNANDES et al., 2007). Todas as plantas produzem metabólitos secundários que diferem em qualidade e quantidade de espécies para espécie e em quantidade de um local de ocorrência ou ciclo de cultivo para outro. Essas diferenças se estendem à tolerância e resistência aos metabólitos secundários produzidos por outras espécies vegetais, sendo umas mais sensíveis que as outras (FERREIRA; AQUILA, 2000). Um grande número desses compostos são produzidos, estocados e posteriormente liberados no ambiente (ALVES; SANTOS, 2002). Nesse sentido, esses metabólitos são utilizados pela comunidade de diversas formas, desde produtos farmacológicos, corantes, pesticidas até como estruturas precursoras para a síntese de substâncias orgânicas mais eficientes (ALVES; SANTOS, 2002). Dessa forma, a certificação de novas drogas tendo por base princípios ativos vegetais, requer estudos específicos em botânica e química, tendo início em campo e finalizando em laboratório. Farmácia e Medicina nunca foram totalmente independentes do trabalho dos 16 botânicos, mas as análises químicas conferem critérios mais seguros para legitimar os remédios vegetais (ALMEIDA et al., 2009). Nesse contexto, os estudos fitoquímicos compreendem as etapas de isolamento, elucidação estrutural e identificação dos constituintes mais importantes do vegetal, em especial, substâncias originárias do metabolismo secundário, responsáveis ou não pela ação biológica (TOLEDO et al., 2003; FOGLIO et al., 2006). Apocynaceae Juss. destaca-se dentro da biodiversidade vegetal brasileira por conter um grande número de espécies utilizadas principalmente como ornamentais, medicinais e na construção civil. São ricas em glicosídeos e alcalóides, presentes especialmente nas sementes e no látex, de onde são extraídas substâncias como a leucocristina e a viscristina (Catharanthus roseus (L.) Don) utilizadas no tratamento do câncer (SOUZA; LORENZI, 2008). Secondatia floribunda A. DC. (Apocynaceae) é uma espécie escandente frequentemente encontrada em áreas de cerrado na Chapada do Araripe no sul do estado do Ceará. Conhecida popularmente no Ceará como catuaba-de-cipó, seu caule é usado na medicina popular como afrodisíaco contra impotência e fraqueza (MATOS, 1999; QUINET; ANDREATA, 2005). Não há registros na literatura relacionados aos aspectos ecofisiológico e atividade biológica dessa espécie. Desta forma, tendo em vista a necessidade de se contribuir com a obtenção de tais informações, realizou-se estudos acerca das observações fenológicas e atividades: alelopática, prospecção fitoquímica, antibacterianas, antifúngicas e moduladoras. 17 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.1 Família Apocynaceae Juss. Apocynaceae consta de aproximadamente 355 gêneros e 3700 espécies (Figura 1), estando ampla e predominantemente distribuída nas regiões tropicais e subtropicais, com poucos gêneros ocorrendo em regiões temperadas (JUDD et al., 2009). FIGURA 1 - Distribuição geográfica de Apocynaceae Juss. Fonte: Tropicos, 2010 No Brasil, são encontrados aproximadamente 95 gêneros e 850 espécies (SOUZA; LORENZI, 2008), que ocorrem em formações, como florestas pluviais amazônica, atlântica e de tabuleiro e em floresta seca como restinga, cerrado e caatinga (QUINET; ANDREATA, 2005). Esse país encontra-se na quarta posição mundial em número de espécies coletadas (5310 registros), ficando atrás apenas para México (9429), Madagascar (8176) e Estados Unidos (5496) (TROPICOS, 2010). 18 Seus espécimes apresentam-se como árvores, arbusto, lianas e ervas. Ocasionalmente podem ser suculentas contendo laticíferos. Folhas simples, predominantemente opostas, ocasionalmente alternas e espiraladas, dísticas ou verticiladas; estípulas reduzidas ou ausentes, coléteres geralmente presentes na base do pecíolo. Inflorescência cimosa, racemosa ou raramente flores solitárias. Flores heteroclamídeas, hermafroditas, geralmente actinomorfas. Cálice geralmente com cinco lacínios iguais ou desiguais, com ou sem coléteres basais internamente. Corola simpétala, hipocrateriforme, infundibuliforme, campanulada ou rotácea, geralmente com cinco lobos, providas ou não de apêndices (corona) ou escamas na face interna do tubo floral. Estames geralmente cinco, adnados à corola, sésseis ou com filetes curtos, exsertos ou inclusos; anteras acuminadas, podendo apresentar conectivo prolongado num apêndice caudal, com lóculos totalmente ou parcialmente férteis, geralmente adnadas ao estigma. Disco nectarífero geralmente presente, inteiro ou lobado, pouco distinto ou raramente nulo. Ovário súpero, semi-ínfero ou raramente ínfero, apocárpico ou sincárpico, bicarpelar. Fruto variado, comumente folículo em número de dois, menos freqüentemente baga, drupa ou cápsula. Sementes de uma a muitas, frequentemente comosas, às vezes aladas ou envolvidas por arilo carnoso (BARROSO et al., 1991; SOUZA; LORENZI, 2008; JUDD et al., 2009). Algumas espécies possuem importância econômica e/ou medicinal, devido à presença de metabólitos secundários no látex como, por exemplo, hidrocarbonetos poliisoprénicos (borracha), triterpenos, ácidos graxos, fitoesteróis e alcalóides (METCALFE; CHALK, 1950; YODER; MAHLBERG, 1976). Endress e Bruyns (2000) ressaltam que geralmente o látex é leitoso, mas também pode ser avermelhado ou amarelado. Muitas espécies se destacam pela extensa utilização econômica de seu látex, utilizado na fabricação da borracha (espécies de Landolphia Beauv) e goma de mascar; na produção de sucos e sorvetes (Hancornia speciosa Müll. Arg. - mangabeira); como fornecedoras de madeira de boa qualidade (Aspidosperma Mart., Geissospermum Allemão e Tabernaemontana L.) e como ornamentais, sendo que diversas delas são tóxicas para o ser humano e, por esta razão, não são apropriadas para o cultivo em determinadas áreas (RIZZINI; MORS, 1995; QUINET; ANDREATA, 2005; SOUZA; LORENZI, 2008). No Brasil foram realizados diversos trabalhos relacionados à importância econômica, medicinal e ornamental das espécies dessa família (AMOROZO, 2002; RITTER et al., 2002; NUNES et al., 2003; MORAES et al., 2005; AZEVEDO; SILVA, 2006; AGRA et al., 2007; 19 ALBUQUERQUE et al., 2007; MAIOLI-AZEVEDO; FONSECA-KRUEL, 2007; SILVA; PROENÇA, 2008; BORGES; PEIXOTO, 2009; MOSCA; LOIOLA, 2009). No âmbito químico e farmacológico, merecem destaque os estudos de Silva et al. (2004); Baggio et al. (2005); Moza (2005); Almeida et al. (2007); Biavatti et al. (2007); Pereira et al. (2007); Moraes et al. (2008); Nardin et al. (2009) e Santos et al. (2009). O levantamento realizado neste estudo relata a importância das espécies de Apocynaceae ocorrentes nas diversas regiões do Brasil, assim como, as partes utilizadas, composição química e atividade farmacológica. As informações oriundas desse levantamento foram baseadas, em grande parte, nos trabalhos publicados nos últimos 10 anos (2000-2010), através de periódicos indexados: Acta Botânica Brasilica; Revista Brasileira de Farmacognosia; Revista Brasileira de Biociências; Planta Medica; Química Nova; Journal of Ethnopharmacology; entre outros (Tabela 1). 20 Tabela 1 - Levantamento dos estudos relacionados à importância das espécies de Apocynaceae Juss. no Brasil, seguidas pelos nomes populares, importância, parte usada, forma de uso, estudos farmacológicos, composição química, distribuição geográfica no Brasil e Referências. (continua) Nome Científico Nome popular Importância Parte Usada Forma de Uso Allamanda blanchetii A. DC. “Quatro-patacas-roxa” Md, Or, Tx Fo, Fl, Rz, Lt, Pi Renques, grades, cercas e portais. Problemas cardíacos, hipertensão, laxante, emética, catártica, vermífugo e venenosa A. cathartica L. “Dedal-de-dama" Md, Or, Tx Fo, Rz, Cs, Lt, Sv, Pi Caramanchões, portais e carcas. Analgésica, antihelmínica, purgativo, febrífuga, sarna, piolho, laxante, emética e venenosa Estudos Farmacológicos Composição Química Fenóis Purgativo, antineoplático, tóxica, antipediculose e anti-sárnica Lactonas iridóides pulmericina, isoplumericina, cumarina, éter métilico e allamandina Distribuição Geográfica no Brasil MA, PI, RN, PB, PE, BA, AL AP, PA, AM, MA, BA, GO, SP, RJ, PR Referências Agra et al. (2008) Agra, Freitas e Barbosa-Filho (2007) Albuquerque et al. (2007) Almeida et al. (2005) Lorenzi e Souza (1995) Matos (1999) Rapini et al. (2010) Agra et al. (2008) Agra, Freitas e Barbosa-Filho (2007) Eichemberg, Amorozo e Moura (2009) Fonseca-Kruel e Peixoto (2004) Lorenzi e Matos (2002) Lorenzi e Souza (1995) Matos (1999) Noelli (1998) Rapini et al. (2010) 21 Tabela 1 - Levantamento dos estudos relacionados à importância das espécies de Apocynaceae Juss. no Brasil, seguidas pelos nomes populares, importância, parte usada, forma de uso, estudos farmacológicos, composição química, distribuição geográfica no Brasil e Referências. (continuação) Nome Científico Nome popular Importância Parte Usada Forma de Uso Estudos Farmacológicos Composição Química Distribuição Geográfica no Brasil Referências Teixeira e Melo (2006) A. laevis Markgr. “Alamanda-arbustiva” Or Pi Renques BA, MG Lorenzi e Souza (1995) Rapini et al. (2010) A. puberula A.DC. “Alamanda-de-cerva” Or Pi Cerca-viva e bordadura PI, PE, BA, MG Lorenzi e Souza (1995) Rapini et al. (2010) Asclepias curassavica L. “Oficial-de-sala” Md, Rt, Tx Rz, Pi Venenosa AP, PA, AM, AC, MA, PI, CE, RN, PE, BA, AL, SE, MT, GO, DF, MS, MG, ES, SP, RJ, PR, SC, RS Agra et al. (2008) Agra, Freitas e Barbosa-Filho (2007) Maioli-Azevedo e Fonseca-Kruel (2007) Noelli (1998) Rapini et al. (2010) Aspidosperma sp1. “Pitiá” Tc PE Silva e Andrade (2005) A. sp2. “Pitiá- mandioca” Tc Ca PE Cunha e Albuquerque (2006) A. album (Vahl) Benoist ex Pichon “Cabeça-de-arara” Md Cs AP, PA, AM, AC, RO, MT Pereira et al. (2007) Rapini et al. (2010) Malária Adstringente, antiasmática, antidiarréica e antihistérica Antimalárica Alcalóides indólicos 22 Tabela 1 - Levantamento dos estudos relacionados à importância das espécies de Apocynaceae Juss. no Brasil, seguidas pelos nomes populares, importância, parte usada, forma de uso, estudos farmacológicos, composição química, distribuição geográfica no Brasil e Referências. (continuação) Nome Científico Nome popular Importância Parte Usada Forma de Uso A. australe Müll.Arg. “Peroba” Md A. cuspa (Kunth) S.F.Blake ex Pittier “Piquiá” Tx Cs, Rz Tóxico A. cylindrocarpon Müll.Arg. “Peroba-poca” Or, Md, Ma, Cc Ca, Pi Carpintaria, tacos e carroceira A. discolor A. DC. “Carapanaúba” Or, Md, Ma, Cc Ca, Cs, Pi Confecção de cabos de ferramentas, vigas, esteios, caibros. Malária A. dispermum Müll.Arg. “Catingueira” Md Cs A. excelsum Benth. “Peroba-rosa” Md Rz, Cs Anticonceptiva, inflamações de útero e ovário, diabetes, problemas estomacais, câncer, febre, reumatismo e malária Estudos Farmacológicos Composição Química Distribuição Geográfica no Brasil Referências Alcalóides indólicos MT, GO, DF, MS, MG, SP, RJ, PR, SC, RS Pasa, Soares e Guarim-Neto (2005) Pereira et al. (2007) Rapini et al. (2010) Alcalóides indólicos PI, RN, PE, BA, MT, GO, MS, MG, SP, RJ Matos (1999) Pereira et al. (2007) Rapini et al. (2010) Alcalóides indólicos PA, TO, RO, RN, MT, GO, DF, MS, MG, ES, SP, RJ, PR, SC Guarim-Neto e Morais (2003) Lorenzi (1998) Pereira et al. (2007) Rapini et al. (2010) Antimalárica Alcalóides indólicos AP, PA, AM, TO, RO, MA, PE, BA, AL, MT, GO, DF, MG, ES, SP Lorenzi (1998) Pereira et al. (2007) Rapini et al. (2010) Atividade antimicrobiana Alcalóides indólicos MG Pereira et al. (2007) Rapini et al. (2010) Tanaka et al. (2006) Antimalárica, atividade antimicrobiana e citotóxica Alcalóides indólicos AP, PA, AM, MA, MT, RJ Pereira et al. (2007) Rapini et al. (2010) Rodrigues, DuarteAlmeida e Pires (2010) Tóxico 23 Tabela 1 - Levantamento dos estudos relacionados à importância das espécies de Apocynaceae Juss. no Brasil, seguidas pelos nomes populares, importância, parte usada, forma de uso, estudos farmacológicos, composição química, distribuição geográfica no Brasil e Referências. (continuação) Nome Científico Nome popular Importância Parte Usada A. gomezianum A. DC. “Pequiá-das-pedras” Md Cs A. macrocarpon Mart. “Guatambu-do-cerrado” Or, Md, Ma, Cc Ca, Pi A. olivaceum Müll.Arg. “Guatambuoliva” Md Cs A. parvifolium A. DC. “Guatambu-oliva” Or, Md, Tc, Ma, Cc Ca, Cs, Pi Forma de Uso Naval, cabos de ferramentas, dormentes, marcenaria e carpintaria, confecção de peças flexíveis e xilografia. Febre e malárica Vigas, caibros, ripas, tacos para assoalhos, confecção de peças torneadas, formas para calçadas, cabos de ferramentas agrícolas, dormentes, moirões, cruzetas, madeira serrada, lenha, assoalho e móveis. Dores de estômago, laxante, inapetência, tontura e antidiabética Estudos Farmacológicos Composição Química Distribuição Geográfica no Brasil BA, MG, ES, RJ Referências Tônico Alcalóides indólicos Tripanossomicida Alcalóides indólicos AP, PA, AM, TO, AC, RO, MA, PI, BA, MT, GO, DF, MS, MG, SP Barros (2008) Guarim-Neto e Morais (2003) Lorenzi (1998) Mesquita et al. (2005) Pereira et al. (2007) Rapini et al. (2010) Atividade antimicrobiana Alcalóides indólicos BA, MG, ES, SP, RJ, PR, SC Pereira et al. (2007) Rapini et al. (2010) Tanaka et al. (2006) Antidiabética e hipoglicemiante Alcalóides indólicos RR, AM, AC, MA, CE, PE, BA, DF, MS, MG, ES, SP, RJ, PR, SC Botrel et al. (2006) Fonseca-Kruel e Peixoto (2004) Lorenzi (1998) Pereira et al. (2007) Rapini et al. (2010) Silva et al. (2008) Zuchiwschi et al. (2010) Biavatti et al. (2007) Pereira et al. (2007) Rapini et al. (2010) 24 Tabela 1 - Levantamento dos estudos relacionados à importância das espécies de Apocynaceae Juss. no Brasil, seguidas pelos nomes populares, importância, parte usada, forma de uso, estudos farmacológicos, composição química, distribuição geográfica no Brasil e Referências. (continuação) Nome Científico Nome popular Importância Parte Usada Forma de Uso Estudos Farmacológicos Composição Química A. polyneuron Müll.Arg. “Peroba” Or, Md, Cc, Ma Cs, Ca, Pi Caibros, vigas, batentes de portas e janelas, rodapés, molduras, esquadris, tocas para assoalhos, degraus de escadarias, móveis pesados, carteiras escolares, folhas faqueadas, carroceiras. Malária Antimalárica e atividade antimicrobiana Alcalóides indólicos A. pyricollum Müll.Arg. “Peroba-da-restinga” Md Cs Tônico e atividade antimicrobiana Taninos e alcalóides indólicos RN, PB, PE, BA, AL, GO, DF, MS, MG, ES, SP, RJ, PR, SC Biavatti et al. (2007) Pereira et al. (2007) Rapini et al. (2010) Tanaka et al. (2006) A. pyrifolium Mart. “Pereiro-preto” Md, Cc, Tc, Ma, Cb, Tx Fo, Fl, Rz, Ca, Cs, Ec, Pi Efeito hipotensivo forte na pressão arterial e atividade antimicrobiana Fenóis, taninos, alcalóides indólicos, triterpenos e quinonas PI, CE, RN, PB, PE, BA, AL Agra et al. (2007) Agra et al. (2008) Agra, Freitas e Barbosa-Filho (2007) Albuquerque e Andrade (2002a) Albuquerque e Andrade (2002b) Albuquerque e Oliveira (2007) Albuquerque et al. (2007) Inflamação do trato urinário, dermatite, dor de estômago, cólicas, coceira, problemas cardíacos, aflições, diarréia, sedativo e venenosa Distribuição Geográfica no Brasil BA, AL, MT, GO, MS, MG, ES, SP, RJ, PR Referências Borges e Peixoto (2009) Guarim-Neto e Morais (2003) Lorenzi (1998) Pasa, Soares e Guarim-Neto (2005) Pereira et al. (2007) Rapini et al. (2010) Tanaka et al. (2006) 25 Tabela 1 - Levantamento dos estudos relacionados à importância das espécies de Apocynaceae Juss. no Brasil, seguidas pelos nomes populares, importância, parte usada, forma de uso, estudos farmacológicos, composição química, distribuição geográfica no Brasil e Referências. (continuação) Nome Científico Nome popular Importância Parte Usada Forma de Uso Estudos Farmacológicos Composição Química Distribuição Geográfica no Brasil Referências Albuquerque, Andrade e Caballero (2005) Albuquerque, Andrade e Silva (2005) Almeida et al. (2005) Ferraz, Albuquerque e Meunier (2006) Lucena et al. (2007) Matos (1999) Pereira et al. (2007) Rapini et al. (2010) Silva e Albuquerque (2005) Tanaka et al. (2006) A. quebracho-blanco Schltdl. “Quebracho-branco” Md Cs Afrodisíaco, febre, enfisema, bronquite, pneumonia, impotência, hiperplasia prostática benigna, dispnéia asmática e cardíaca Atividade bloqueadora αadrenérgica e ação inibitória de contrações de músculo liso, ação hipotensora e analgésica Alcalóides monoterpênicos MT, MS Pereira et al. (2007) Rapini et al. (2010) 26 Tabela 1 - Levantamento dos estudos relacionados à importância das espécies de Apocynaceae Juss. no Brasil, seguidas pelos nomes populares, importância, parte usada, forma de uso, estudos farmacológicos, composição química, distribuição geográfica no Brasil e Referências. (continuação) Nome Científico Nome popular Importância Parte Usada Forma de Uso Estudos Farmacológicos Composição Química Distribuição Geográfica no Brasil BA, MG, ES, SP, RJ, PR, SC Referências A. ramiflorum Müll.Arg. “Matiambu” Or, Cc, Ma, Md Ca, Cs, Pi Caibros, vigas, revestimentos internos, tacos e tábuas para assoalho, batentes rodapés, móveis, peças torneadas utensílios de cozinha, laminados, cangas de boi, cabos de ferrementas. Tratamento de leishmaniose Atividade antimicrobiana Alcalóides indólicos A. spruceanum Benth. ex Müll.Arg. “Guatambu-canário” Ma Ca Móveis Alcalóides indólicos AP, PA, AM, AC, MA, PB, PE, BA, AL, MT, GO, DF, MG, SP, RJ Botrel et al. (2006) Pereira et al. (2007) Rapini et al. (2010) A. subincanum Mart. “Guatambu-vermelho” Ma, Cc Ca Batentes de portas e janelas, tacos e tábuas para assoalho, esquadrias, divisórias, móveis, carrocerias, formas de calçadas, cabos de ferramentas Alcalóides indólicos PA, MA, PI, MT, GO, DF, MS, MG, SP, PR, SC Lorenzi (1998) Pereira et al. (2007) Rapini et al. (2010) Beaumontia grandiflora Wall. “Trombeta-de-arauto” Or Pi Revestir caramanções e pérgolas grandes Botrel et al. (2006) Lorenzi (1998) Pereira et al. (2007) Rapini et al. (2010) Tanaka et al. (2006) Lorenzi e Souza (1995) 27 Tabela 1 - Levantamento dos estudos relacionados à importância das espécies de Apocynaceae Juss. no Brasil, seguidas pelos nomes populares, importância, parte usada, forma de uso, estudos farmacológicos, composição química, distribuição geográfica no Brasil e Referências. (continuação) Nome Científico Nome popular Importância Parte Usada Forma de Uso Estudos Farmacológicos Calotropis procera (Aiton) W.T.Aiton “Algodão-de-seda” Md Fo, Fl, Fr, Ca, Cs, Lt Reumatismo, asma, sedativo, odontológico, vermífugo, tônico e estimulante Tóxico e alimento na dieta de ovinos Catharanthus roseo-alba (L.) G. Don “Boa-noite-branca” Md Fo, Fl Tosse e gripe C. roseus (L.) Don “Boa-noite” Or, Md Fo, Fl, Rz, Pi Jardim, bordaduras ou maciços em canteiros. Sudorífica, diurética, hipoglicemiante, febrífuga, antileucêmica, diabetes, tuberculose e expectorante Atividade citostática, vasodilatador, antihipertensivo e Antileucêmico Composição Química Alcalóides binários vimblastina, vincristina, ajmalicina e vindesina Distribuição Geográfica no Brasil AP, PA, TO, MA, PI, CE, RN, PB, PE, BA, SE, DF, MS, MG, ES, SP Referências Agra et al. (2008) Agra, Freitas e Barbosa-Filho (2007) Lima et al. (2005) Mascolo et al. (1988) Rapini et al. (2010) RN Mosca e Loiola (2009) PE, CE, SP, MT Agra et al. (2008) Agra, Freitas e Barbosa-Filho (2007) Amorozo (2002) Eichemberg, Amorozo e Moura (2009) Florentino, Araújo e Albuquerque (2007) Lorenzi e Matos (2002) Lorenzi e Souza (1995) Matos (1999) Moraes et al. (2005) Rapini et al. (2010) 28 Tabela 1 - Levantamento dos estudos relacionados à importância das espécies de Apocynaceae Juss. no Brasil, seguidas pelos nomes populares, importância, parte usada, forma de uso, estudos farmacológicos, composição química, distribuição geográfica no Brasil e Referências. (continuação) Nome Científico Nome popular Importância Parte Usada Forma de Uso Estudos Farmacológicos Composição Química Distribuição Geográfica no Brasil Referências Silva e Andrade (2005) Sousa et al. (1991) Echites cururu Mart. “Cipó-cururu” Md Ca Ervatamia sp1. “Jasmim-cambraia” Ou PE Silva e Andrade (2005) E. sp2. “Jasmim-pera” Ou PE Silva e Andrade (2005) E. coronaria (Jacq.) Stapf “Jasmim-café” Or SP, PE. Eichemberg, Amorozo e Moura (2009) Lorenzi e Souza (1995) Silva e Andrade (2005) Forsteronia refracta Müll.Arg. “Cipó-leiteiro” Md PA, GO, DF, MS, MG, SP, RJ, PR, SC, RS Moza (2005) Rapini et al. (2010) Silva e Proença (2008) Geissospermum laeve (Vell.) Miers. “Pau-pereira” Md AP, PA, AM, MA, BA, DF, MG, ES, RJ Arjona, Montezuma e Silva (2007) Azevedo e Silva (2006) Pi Baço e fígado Matos (1999) Parques Câncer de Mama Cs Dor no estomago, febre e tontura 29 Tabela 1 - Levantamento dos estudos relacionados à importância das espécies de Apocynaceae Juss. no Brasil, seguidas pelos nomes populares, importância, parte usada, forma de uso, estudos farmacológicos, composição química, distribuição geográfica no Brasil e Referências. (continuação) Nome Científico Nome popular Importância Parte Usada Forma de Uso Estudos Farmacológicos Composição Química Distribuição Geográfica no Brasil Referências Leitão et al. (2009) Medeiros, Andreata e Valle (2010) Rapini et al. (2010) G. vellosii Allemão “Pau-pereira” Md Cs Febre Tônico Taninos e alcalóide ES, RJ, MG, BA Almeida et al. (2007) Biavatti et al. (2007) Hancornia speciosa Gomes “Mangabeira” Md, Al, Cc, Ma Fo, Cs, Ca, Fr, Lt Caixotaria, lenha e carvão. Tuberculose, dores na coluna, rins, cólicas, doenças respiratórias, cólica menstrual, luxações, hipertensão, diabetes, obesidade, doenças venérias, verruga, dermatoses, poupa, sorvete e doce Antidiabética, antihipertensiva, vasodilatadora, atividade antiulcerogênica, antiinflamatória, quimiopreventiva e antimicrobiana Monoterpenos, ésteres, álcool, aldeídos e cetonas AP, PA, AM, TO, RO, MA, PI, RN, PB, PE, BA, AL, SE, MT, GO, DF, MS, MG, ES, SP, RJ, PR Agra et al. (2008) Agra, Freitas e Barbosa-Filho (2007) Amorozo (2002) Andrades-Miranda et al. (2002) Barros (2008) Endringer et al. (2006) Ferreira et al. (2007) Guarim-Neto e Morais (2003) Guilherme et al. (2007) Lorenzi e Matos (2002) Lorenzi (1998) Matos (1999) Moraes et al. (2008) 30 Tabela 1 - Levantamento dos estudos relacionados à importância das espécies de Apocynaceae Juss. no Brasil, seguidas pelos nomes populares, importância, parte usada, forma de uso, estudos farmacológicos, composição química, distribuição geográfica no Brasil e Referências. (continuação) Nome Científico Nome popular Importância Parte Usada Forma de Uso Estudos Farmacológicos Composição Química Distribuição Geográfica no Brasil Referências Nunes et al. (2003) Pasa, Soares e Guarim-Neto (2005) Rapini et al. (2010) Ritter et al. (2002) Rodrigues e Carvalho (2001) Sampaio e Nogueira (2006) Serra et al. (2005) Silva e Andrade (2005) Soares et al. (2006) Souza e Felfili (2006) Himatanthus sp. “Janaguba” Md Cs, Lt Inflamação, câncer, problemas digestivos, gástricos e hepáticos H. articulatus (Vahl) Woodson “Janaúba” Md Lt H. attenuatus (Benth.) Woodson “Sucuba” Md Fo, Cs Antiinflamatório, cicatrizante e vermicide CE, PI Magalhães (2006) Úlceras externas, tumores, inflamações e câncer AP, PA, AM, RO, MA Agra et al. (2008) Agra, Freitas e Barbosa-Filho (2007) Rapini et al. (2010) Inflamação, dor de dente e pancada PA, AM, RO, ES Rapini et al. (2010) Rodrigues, DuarteAlmeida e Pires (2010) 31 Tabela 1 - Levantamento dos estudos relacionados à importância das espécies de Apocynaceae Juss. no Brasil, seguidas pelos nomes populares, importância, parte usada, forma de uso, estudos farmacológicos, composição química, distribuição geográfica no Brasil e Referências. (continuação) Nome Científico Nome popular Importância Parte Usada Forma de Uso Estudos Farmacológicos Composição Química Distribuição Geográfica no Brasil RR, PA, AC, RN, PB, PE, BA, AL, SE, MG, ES, RJ Referências H. bracteatus (A.DC.) Woodson “Janaguba” Md, Tc, Cb, Cc Ec, Ca, Lt Úlceras externas, tumores, inflamações, antipirético e câncer H. drasticus (Mart.) Plumel “Janaguba” Md Fo, Cs, Lt Vermes intestinais, febre, regras irregulares, infertilidade feminina, úlcera gástrica, câncer, luxação das articulações, fraturas, herpes, inflamação e reumatismo Verminose e artrite Glicosídio iridóidenplumierid e e triterpenóides PA, TO, MA, PI, CE, RN, BA, MT, GO, MG Lorenzi e Matos (2002) Magalhães (2006) Matos (1999) Rapini et al. (2010) H. lancifolius (Müll.Arg.) Woodson “Agoniada” Md Fo, Cs, Rz, Lt Antiasmática, purgativa, doenças de pele, sífilis, distúrbios menstruais, induzindo contrações uterinas, afecções do útero e ovários, adenite, clorose, problemas digestivos, febre intermitente, histeria, vermífugo, anti-helmínico, febrífugo e galactogogas Atividade antimicrobiana, gastroprotetora e antiinflamatória Alcalóides indólicos e esteróides BA, MG, ES, RJ Baggio et al. (2005) Baratto (2010) Brandão et al. (2009) Corrêa (1926) Lopes (2008) Lorenzi e Matos (2002) Nardin et al. (2009) Plumel (1991) Rapini et al. (2010) Souza, Stinghen e Santos (2004) Agra et al. (2008) Agra, Freitas e Barbosa-Filho (2007) Castillo et al. (2007) Cunha e Albuquerque (2006) Rapini et al. (2010) 32 Tabela 1 - Levantamento dos estudos relacionados à importância das espécies de Apocynaceae Juss. no Brasil, seguidas pelos nomes populares, importância, parte usada, forma de uso, estudos farmacológicos, composição química, distribuição geográfica no Brasil e Referências. (continuação) Nome Científico Nome popular Importância Parte Usada Forma de Uso H. obovatus (Müll.Arg.) Woodson “Angélica” Md Fo, Ca, Rz H. phagedaenicus (Mart.) Woodson “Banana-de-papagaio” Md, Tc Fr, Lt Úlceras externas, diabetes e inflamações H. sucuuba (Spruce ex Müll.Arg.) Woodson “Sucuúba” Md Fo, Cs, Rz, Lt Gastrites, hemorróidas, anemia, dor nas costas, pancada, dor de dente, inflamação, ferida, verme, artrite, tumor, úlcera, gripe, herpes, leishmaniose, inflamação no útero e diarréia e miíase Estudos Farmacológicos Composição Química Leishmanicida e inibição da replicação de células sanguíneas mononuclares periféricas Tratamento de feridas externas, atividade antimicrobiana, antiinflamatória e analgésica, aumento da permeabilidade capilar, citotóxica e Distribuição Geográfica no Brasil PA, TO, RO, MA, PI, BA, SE, MT, GO, DF, MS, MG, SP Referências Amorozo (2002) Guarim-Neto e Morais (2003) Mesquita et al. (2005) Pasa, Soares e Guarim-Neto (2005) Rapini et al. (2010) Souza-Fagundes et al. (2002) Triterpenóides, esteróides, iridóides e glucosidios RO, PA, AM, AC, RR Agra et al. (2008) Agra, Freitas e Barbosa-Filho (2007) Oliveira (1854) Rapini et al. (2010) Silva e Andrade (2005) Silva e Franco (2010) Alcalóides, cumarinas, compostos fenólicos, flavonóides, taninos, iridóides e triterpenóides RR, AP, PA, AM, TO, AC, RO, MA, MT, GO, DF, MS Endo et al. (1994) Lorenzi e Matos (2002) Miranda et al. (2000) Neto et al. (2002) Rapini et al. (2010) 33 Tabela 1 - Levantamento dos estudos relacionados à importância das espécies de Apocynaceae Juss. no Brasil, seguidas pelos nomes populares, importância, parte usada, forma de uso, estudos farmacológicos, composição química, distribuição geográfica no Brasil e Referências. (continuação) Nome Científico Nome popular Importância Parte Usada Forma de Uso Estudos Farmacológicos Composição Química Distribuição Geográfica no Brasil inibição da MAO-B e cicatrizante Kopsia fruticosa (Ker Gawl.) A. DC. “Cópsia” Or Pi Macrosiphonia longiflora (Desf.) Müll. Arg. “Velame” Md M. petraea (A. St.-Hil.) Kuntze “Velame” Md Fo M. velame (A. St.-Hil.) Müll. Arg. “Velame-branco” Md Mandevilla illustris (Vell.) Woodson “Purga-do-campo” Md Referências Rodrigues, DuarteAlmeida e Pires (2010) Villegas et al. (1997) Wood et al. (2001) Muros, muretas, cercas e paredes Lorenzi e Souza (1995) MT Amorozo (2002) Guarim-Neto e Morais (2003) Inflamação MT Guarim-Neto e Morais (2003) Jesus et al. (2009) Fo, Rz, Pi Inflamação de dente, cicatrizante, febres, intestino, coluna, depurativo, anti-sifilítico, gripe, hemorragias, depurativo, anti-reumática e úlceras pécticas MT, MG, GO Borba e Macedo (2006) Guarim-Neto e Morais (2003) Rodrigues e Carvalho (2001) Souza e Felfili (2006) Lt Doenças hepaticas BA, MT, GO, DF, MG, SP, PR, RS Agra et al. (2008) Agra, Freitas e Barbosa-Filho (2007) 34 Tabela 1 - Levantamento dos estudos relacionados à importância das espécies de Apocynaceae Juss. no Brasil, seguidas pelos nomes populares, importância, parte usada, forma de uso, estudos farmacológicos, composição química, distribuição geográfica no Brasil e Referências. (continuação) Nome Científico Nome popular Importância Parte Usada Forma de Uso Estudos Farmacológicos Composição Química Distribuição Geográfica no Brasil Referências Guarim-Neto e Morais (2003) Rapini et al. (2010) M. tenuifolia (J.C.Mikan) Woodson “Flor-de-santo-antonio” Md Fo, Fl Problemas cardíacos PA, PB, BA, MT, GO, DF, MG, SP, RJ Agra et al. (2008) Albuquerque et al. (2007) Rapini et al. (2010) Marsdenia altissima (Jacq.) Dugand “Cipó-seda” Md Cs, Rz Gonorréia, asma, abortivo, amenorréia, câncer e aumento da fertilidade RR, PA, RO, MA, PI, CE, RN, PB, PE, BA, AL, SE, MT, GO, MS, MG, SP, RJ Agra et al. (2008) Agra, Freitas e Barbosa-Filho (2007) Albuquerque et al. (2007) Rapini et al. (2010) Nerium oleander L. “Espirradeira” Or, Md, Rt, Tx Fo, Fl, Cs, Rz, Se, Sv, Pi Praças, parque, terrenos de residências. Insuficiência cardíaca, aborto, escabiose, acelerar a maturação de abscessos e tumores, piolho, sarna, dor de dente, doenças dermatológicas, doenças respiratórias e venenosa MA, PI, CE, RN, PB, PE, AL, SE, BA, SP Agra, Freitas e Barbosa-Filho (2007) Eichemberg, Amorozo e Moura (2009) Florentino, Araújo e Albuquerque (2007) Frei et al. (1998) Kissmann e Groth (1999) Lorenzi e Matos (2002) Atividade antitumoral, espasmolítica, expulsão do feto, depressora do sistema nervoso central, depressora do coração em alta concentração e estimulante em baixa, cardiotônica, diurética, cardenolídios e tóxico cardíaco Glicosídeos cardioativos, flavonóides, ácido betulínico, triterpenóide, ácido cumárico e taninos 35 Tabela 1 - Levantamento dos estudos relacionados à importância das espécies de Apocynaceae Juss. no Brasil, seguidas pelos nomes populares, importância, parte usada, forma de uso, estudos farmacológicos, composição química, distribuição geográfica no Brasil e Referências. (continuação) Nome Científico Nome popular Importância Parte Usada Forma de Uso Estudos Farmacológicos Composição Química Distribuição Geográfica no Brasil Referências Lorenzi e Souza (1995) Matos (1999) Oliveira e Trovão (2009) Sousa et al. (1991) Peschiera affinis (Müll. Arg.) Miers “Grão-de-galo” Md Ca, Rz, Lt Impingens Atividade antioxidante Alcalóides indólico e iboga, triterpenos e esteróides CE Matos (1999) Moraes et al. (2005) Santos et al. (2009) P. fuchsiaefolia (A. DC.) Miers “Leiteiro” Or, Ma Ca Caibros, vigotas, lenha, carvão e tabuados em geral Atividade antineoplásica Alcalóides endólicos RJ, SP, PR Braga (1980) Lorenzi (1998) Kissmann e Groth (1999) Plumeria sp. “Jasmim-vapor” Tc PE Silva e Andrade (2005) P. alba L. “Jasmim” Md Lt Cicatrizante RN Mosca e Loiola (2009) P. rubra L. “Jasmim-de-são-josé” Md Fl, Cs, Lx Contusões, luxações locais, dermatite, expectorante, doenças respiratórias e vermífugo MA, PI, CE, RN, PB, PE, AL, SE, BA Agra et al. (2008) Agra, Freitas e Barbosa-Filho (2007) Frei et al. (1998) Matos (1999) 36 Tabela 1 - Levantamento dos estudos relacionados à importância das espécies de Apocynaceae Juss. no Brasil, seguidas pelos nomes populares, importância, parte usada, forma de uso, estudos farmacológicos, composição química, distribuição geográfica no Brasil e Referências. (continuação) Nome Científico Nome popular Importância Parte Usada Forma de Uso Estudos Farmacológicos Composição Química Distribuição Geográfica no Brasil PE, BA, AL, ES, RJ Referências Rauvolfia grandiflora Mart. “Mamão-de-sapo” Md Rz, Pi Venenosa Atividade Antimicrobiana Alcalóides indólicos R. ligustrina Willd. “Arrebenta-boi” Md Fo, Rz, Pi Ansiedade e venenosa Anticonvulsivante Alcalóides PA, MA, PI, CE, RN, PB, PE, BA, AL, MT, MS Agra et al. (2008) Agra, Freitas e Barbosa-Filho (2007) Quintans-Júnior et al. (2007) Quintans-Júnior et al. (2008) Quintans-Júnior et al. (2010) Matos (1999) Rapini et al. (2010) R. mattfeldiana Markgr. Md Fo, Rz Atividade Antimicrobiana Alcalóides AC, BA, ES Carlos (2007) Rapini et al. (2010) R. obscura K. Schum. Md Rz, Lt Antiamebiana e atividade antibacteriana Agra et al. (2008) Agra, Freitas e Barbosa-Filho (2007) Canceleri (2001) Carlos (2007) Rapini et al. (2010) Pesewu, Cultler e Himber (2008) Tona et al. (1998) 37 Tabela 1 - Levantamento dos estudos relacionados à importância das espécies de Apocynaceae Juss. no Brasil, seguidas pelos nomes populares, importância, parte usada, forma de uso, estudos farmacológicos, composição química, distribuição geográfica no Brasil e Referências. (continuação) Nome Científico Nome popular Importância Parte Usada Forma de Uso Estudos Farmacológicos Composição Química R. sellowii Müll.Arg “Casca-d’anta” Ma, Md Ca, Cs, Rz Forros, caixotaria, confecção de brinquedos e artesanatos leves. Cólica na barriga, redução dos níveis de glicose e colesterol sanguíneos Anti-hipertensivo, tônico digestivo, atividade antioxidante e tratamento da malária Alcalóides indólicos R. serpentina (L.) Benth. ex Kurz. “Rauwolfia” Md Rz Mordida de serpentes, picadas de insetos, distúrbios mentais, epilepsia, antipirético, ocitotóxico, sedativo, dores de estômagos e dentes, vômitos, doenças de pele e olhos, diarréia, cóleca e anti-helmíntico Doenças cardiovasculares, anti-hipetensivas e psiquiátrico, câncer e doenças de Reynaud Alcalóides indólicos, dihidroindólicos e esteróides Schubertia grandiflora Mart. “Maria-da-costa” Md Tu Abortivo Distribuição Geográfica no Brasil MG, SP, RJ, PR, SC, RS Referências Baratto (2010) Batista et al. (1996) Koch (2002) Lorenzi (1998) Menezes, Schwarz e Santos (2004) Rapini et al. (2010) Rech et al. (1998) Silva et al. (2004) Souza e Felfili (2006) Zuchiwschi et al. (2010) Baratto (2010) Bhatia (1942) Duke (1997) Goenka (2007) Isharwal e Gupta (2006) Jin et al. (2002) Kreig (1964) Schripsema et al. (2004) Wachsmuth e Mutusch (2002) PA, AM, TO, RO, MA, PI, CE, PB, PE, BA, MT, GO, DF Agra et al. (2008) Agra, Freitas e Barbosa-Filho (2007) 38 Tabela 1 - Levantamento dos estudos relacionados à importância das espécies de Apocynaceae Juss. no Brasil, seguidas pelos nomes populares, importância, parte usada, forma de uso, estudos farmacológicos, composição química, distribuição geográfica no Brasil e Referências. (continuação) Nome Científico Nome popular Importância Parte Usada Forma de Uso Estudos Farmacológicos S. multiflora Mart. “Maria-da-costa” Md Tu Abortivo Secondatia floribunda A.DC “Catuaba-de-cipó” Md Ca Impotência e fraqueza AM, CE, BA, MG, RJ Matos (1999) Rapini et al. (2010) Skytanthus hancorniifolius (A.DC.) Miers “Leiteiro” Md Fo, Fl, Cs, Ec Sedativo, insônia, hipertensão, problemas cardíacos, asma, resfriados, angústia, gripe e calmante PE, BA, AL, SE, MG, ES, RJ Agra et al. (2008) Albuquerque et al. (2007) Rapini et al. (2010) Tabernaemontana sp. “Jasmim-bravo” Md Ca, Rz, Lt Sífilis, verrugas e expectorante MA, PI, CE, RN, PB, PE, AL, SE, BA Agra et al. (2008) Agra, Freitas e Barbosa-Filho (2007) T. divaricata (L.) R. Br. ex Roem. e Schult. “Jasmim” Md Pi Venenosa MA, PI, CE, RN, PB, PE, AL, SE, BA Agra, Freitas e Barbosa-Filho (2007) T. laeta Mart. “Jasmin-de-leite” Or Pi Renques densos PE, BA, DF, MG, ES, SP, RJ Lorenzi e Souza (1995) Rapini et al. (2010) Thevetia neriifolia Juss. ex Steud. “Aguairo” Md Cs Antiinflamatório Composição Química Distribuição Geográfica no Brasil PI, CE, RN, PB, PE, BA, SE Referências Agra et al. (2008) Agra, Freitas e Barbosa-Filho (2007) Rapini et al. (2010) Noelli (1998) 39 Tabela 1 - Levantamento dos estudos relacionados à importância das espécies de Apocynaceae Juss. no Brasil, seguidas pelos nomes populares, importância, parte usada, forma de uso, estudos farmacológicos, composição química, distribuição geográfica no Brasil e Referências. (conclusão) Nome Científico Nome popular Importância Parte Usada Forma de Uso Estudos Farmacológicos Composição Química T. peruviana (Pers.) K.Schum. “Chapéu-de-napoleão” Or, Rt, Tx Fo, Fr, Lt, Pi Látex cáustico, forte irritante de mucosa, tóxico e venenosa Ação cardíaca, causando bloqueio antro-ventricular e tóxico cardíaco Glicosídeos T. thevetioides (Kunth) K. Schum. “Chapéu-de-Napoleão” Md Sv Doenças dermatológicas e respiratórias Trachelospermum jasminoides (Lindl.) Lem. “Jasmim-estrela” Or Pi Revestir caramanchões, pérgolas, pórticos e grades Vinca major L. “Vinca-pendente” Or Pi Vasos e jardineiras V. rosea L. “Boa-noite” Or, Md Pi Distribuição Geográfica no Brasil RR, PA, AM, AC, RO, PB, PE, BA, SE, MT, GO, MS, ES, SP, RJ Referências Agra, Freitas e Barbosa-Filho (2007) Fonseca-Kruel e Peixoto (2004) Kissmann e Groth (1999) Matos (1999) Rapini et al. (2010) Frei et al. (1998) SP Eichemberg, Amorozo e Moura (2009) Lorenzi e Souza (1995) Lorenzi e Souza (1995) Silva e Proença (2008) Importância (Or: Ornamental, Md: Medicinal, Ma: Madeireira, Al: Alimentícia, Rt: Ritual, Tc: Tecnológica, Cc: Construção Cível, Cb: Combustível, Tx: Tóxica, Ou: Outros) Parte Usada (Fo: Folha, Fl: Flor, Fr: Fruto, Rz: Raiz, Ca: Caule, Ec: Entrecasca, Cs: Casca; Se: Semente; Tu: Tubérculo; Sv: Seiva, Lt: Látex, Pi: Planta inteira) Distribuição Geográfica no Brasil (MA: Maranhão, PI: Piauí, RN: Rio Grande do Norte, PB: Paraíba, PE: Pernambuco, BA: Bahia, AL: Alagoas, CE: Ceará, SE: Sergipe, AP: Amapá, PA: Pará, AM: Amazonas, TO: Tocantins, RO: Rondônia, RR: Roraima, AC: Acre, GO: Goiás, SP: São Paulo, RJ: Rio de Janeiro, PR: Paraná, SC: Santa Catarina, RS: Rio Grande do Sul, MG: Minas Gerais, MT: Mato Grosso, DF: Distrito Federal, MS: Mato Grosso do Sul, ES: Espírito Santo). 40 2.2 Secondatia floribunda A.DC. Secondatia A. DC. contém 12 espécies, distribuídas exclusivamente na América do sul, abrangendo Brasil, Bolívia, Peru, Venezuela, Paraguai, Equador, Guiana e Colômbia (TROPICOS, 2010). No Brasil são encontradas três espécies, sendo duas endêmicas (S. floribunda e S. duckei), nas regiões do Norte (Roraima, Pará, Amazonas, Acre, Rondônia), Nordeste (Ceará, Bahia), Centro-Oeste (Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul) e Sudeste (Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro) estando presente nos mais diversos ambientes tais como: floresta amazônica, caatinga, cerrado e mata atlântica, (KOCH; RAPINI, 2011). Secondatia floribunda A. DC. (Figura 2) ocorre nos Estados do Amazonas, Ceará, Bahia, Minas Gerais e Rio de Janeiro (Figura 3), em áreas de caatinga, cerrado e floresta amazônica (RAPINI et al., 2010), sendo conhecida popularmente no Ceará, como catuaba-decipó. FIGURA 2 - Ramo florífero de Secondatia floribunda A. DC. em ambiente de cerrado na Chapada do Araripe. 41 FIGURA 3 - Mapa ilustrativo da distribuição geográfica de Secondatia floribunda A. DC. no Brasil. Fonte: Lista de Espécies: Flora do Brasil 2010. Liana; caule cilíndrico, amarronzado, glabro, inconspicuamente lenticelado; látex branco abundante. Folhas opostas, simples, pecioladas; coléteres nodais interpeciolares, dentiformes, lâmina 4-5,9 x 1,8-2,2 cm, levemente coriácea, oval a oval-elíptica, base obtusa, ápice acuminado, margem inteira, faces adaxial e abaxial glabras. Inflorescência terminal, laxa, densiflora; brácteas oval a oval-lanceolada, glabras. Flores ca. 2,2 cm comp., pediceladas, actinomorfas, hipocrateriformes, odoriferas; sépalas 5, levemente conadas, glabras; pétalas 5, conadas, brancas, tubo externamente glabro, internamente piloso; estames 5, inclusos, epipétalos, inseridos na base do tubo; anteras sagitadas, caudadas, dorsalmente puberulentas; estigma 1, séssil; ovário globoso, glabro; disco nectarífero lobado, menor que o ovário. Fruto folículo ca. 14 cm comp., glabro. 42 2.3 Alelopatia em espécies dos cerrados brasileiros O uso indiscriminado de defensivos agrícolas vem repercutindo mundialmente, tanto pelas conseqüências ambientais, quanto pela contaminação dos alimentos, sendo os herbicidas um dos meios mais utilizados no combate a plantas daninhas (CARVALHO; FONTANÉTTI; CANÇADO, 2002). Uma alternativa que vem sendo pesquisada no controle dessas espécies é a alelopatia, que consiste na utilização de plantas que produzam aleloquímicos através do seu metabolismo secundário, capazes de interferir em alguma etapa do ciclo de vida de outra planta (GOMIDE, 1993). O termo alelopatia é de origem grega e significa allelon = de um para outro (mútuo) e pathos = sofrer (prejuízo), referindo-se à influência, seja ela positiva ou negativa, de um indivíduo sobre outro (MOLISCH, 1937; FERREIRA; AQUILA, 2000). Fuerst e Putnam (1983) diferenciam alelopatia da competição, sendo a competição a redução ou remoção do ambiente fatores responsáveis pelo crescimento de ambas às plantas (luz, água, nutrientes, entre outros); enquanto a alelopatia ocorre pela adição de um produto químico no ambiente. A alelopatia representa qualquer efeito direto ou indireto, danoso ou benéfico que espécies vegetais exercem sobre outra, pela produção de compostos químicos que são liberados no ambiente. Esses compostos podem variar na planta em concentração, localização e composição, podendo ser excretados para o meio, tanto no solo quanto no ar de diferentes formas, tais como: volatilização, exsudação radicular, lixiviação de partes das plantas vivas e mortas e decomposição de resíduos (PUTNAM, 1983; RICE, 1984; FERREIRA; AQUILA, 2000). Essas substâncias químicas eventualmente lançadas no ambiente pela planta doadora podem ser absorvidas por meio da epiderme foliar ou raiz da planta receptora, afetando seu padrão de crescimento e/ou diferenciação (SOUZA-FILHO; ALVES, 2002a; FERREIRA, 2004). Rice (1984) afirmou que a quantidade de produtos lixiviados depende da espécie, sua constituição e idade, bem como, das condições edafoclimáticas e intensidade de lavagem. Desse modo, a sua eficiência no ambiente depende de suas concentrações (WEIDENHAMER; HARTNETT; ROMEO, 1989) e de variações climáticas (SOUZAFILHO; ALVES, 2002a), uma vez que, ambientes com déficit hídrico podem provocar efeitos alelopáticos mais severos (AIRES, 2007). 43 Os efeitos alelopáticos são mediados através de substâncias químicas produzidas no metabolismo secundário, chamados aleloquímicos, que estão relacionados ao mecanismo de defesa das plantas contra ataques de microrganismos e insetos (MEDEIROS, 1990), podendo ser encontrados em diversas partes das plantas, incluindo folhas, flores, frutos, raízes, rizomas, caules e sementes (PUTNAM; TANG, 1986). A distribuição dessas substâncias pode ocorrer de maneira não uniforme em todos os órgãos do vegetal, porém grande parte concentra-se na epiderme das folhas e nas raízes (OLIVEIRA; GILBERT; MORS, 1968). O modo de ação dos aleloquímicos ocorre quando o composto químico liga-se às membranas da planta receptora ou penetra nas suas células, interferindo diretamente no seu metabolismo. Sua ação também pode ocorrer indiretamente, quando relacionados às alterações nas propriedades do solo, suas condições nutricionais, alterações de populações e/ou atividade dos microorganismos (FERREIRA; AQUILA, 2000). Esses tipos de ações são marcados pela especificidade da composição bioquímica e das características biológicas pertinente às espécies doadoras e receptoras que promovem a ocorrência dessa interação (SANTOS et al., 2001). De acordo com Rizvi et al. (1992), os aleloquímicos presentes na planta podem afetar de diferentes formas outros vegetais, como nas estruturas citológicas e ultra-estruturais, nos hormônios, membranas e sua permeabilidade, absorção de minerais, movimento dos estômatos, síntese de pigmentos e fotossíntese, respiração, síntese de proteínas, atividade enzimática, relações hídricas e condução, material genético, induzindo alterações no DNA e RNA. A alelopatia tem sido relatada por Gorla e Perez (1997), como um meio para se resolver uma variedade de problemas ambientais, dentre eles, a regeneração de florestas, recuperação de áreas degradadas, problemas com espécies invasoras, fitotoxidade de restevas, rotação de culturas, adubação verde e consorciação de espécies. São conhecidos mais de 10 mil produtos químicos com atividade alelopática, pertencentes aos mais diversos grupos de substâncias, sendo tal atividade raramente provocada por um único fator isolado, mas pela união de várias destas substâncias e sua ação sinergética somada às condições ambientais (ALMEIDA, 1988). Dentre esses produtos encontram-se os terpenóides, esteróides, alcalóides, taninos, fenóis, cumarinas, flavanóides, glicosídeos, cianogênicos, derivados do ácido benzóico, ácidos graxos e quinonas complexas, sendo os mais importantes os fenóis e terpenóides (PUTNAM; DUKE, 1978; MEDEIROS, 1990; Rizvi et al., 1992; INDERJIT, 1996). 44 A resistência ou tolerância aos metabólitos secundários que funcionam como aleloquímicos é uma característica espécie-específica, existindo umas mais sensíveis que outras, tais como Lactuca sativa L. (alface) e Lycopersicum esculentum Miller (tomate). Esses vegetais apresentam germinação rápida, uniforme e sem dormência, sendo bastante sensíveis aos aleloquímicos, portanto, indicadas como planta-teste para experimentos alelopáticos (FERREIRA; AQUILA, 2000). Além dessas características, elas apresentam um comportamento diferenciado em resposta à aplicação dos herbicidas sintéticos (SEINGLER, 1996; MACIAS; GALLINDO; MOLINILLO, 2000). Estudos com espécies do cerrado brasileiro tem demonstrado que extratos aquosos (GORLA; PEREZ, 1997; OLIVEIRA et al., 2002; GATTI; PEREZ; LIMA, 2004; BARREIRO; DELACHIAVE; SOUZA; 2005; AIRES, 2007; FERNANDES et al., 2007; GATTI; PEREZ; FERREIRA, 2007; POVH et al., 2007; GATTI, 2008) e etanólicos (COUTINHO; HASHIMOTO, 1971; OLIVEIRA et al., 2002; SILVA, G. et al., 2006; FERNANDES et al., 2007; SILVA, 2007) afetaram a germinação e o crescimento de espécies-alvo (Tabela 2). Nesse contexto, em experimentos realizados em laboratório, Santos et al. (2002) afirmaram que para se determinar o potencial alelopático de uma planta, os pesquisadores tem recorrido inicialmente à técnica dos extratos aquosos, sendo considerada por Gomide (1993) a mais simples e usual, pois é capaz de melhor isolar o efeito alelopático de outras interferências. Nesse sentido, Inderjit (1996) afirmou que deve ser evitada a extração com solventes orgânicos, pois na natureza isto não ocorre e poder-se-ia estar liberando compostos que em condições naturais não atuariam alelopaticamente. Estudos com efeitos alelopáticos geralmente se referem aos resultados facilmente observados, tais como, inibição ou atraso da germinação; estímulo ou redução do desenvolvimento inicial e necrose de tecidos de plântulas (Tabela 2). No entanto, esses efeitos são meramente secundários e possivelmente são resultados de alterações primárias em nível celular e molecular (FERREIRA, 2004; LOVETT; RYUNTYU, 1992). Outros autores citam que massa seca da raiz ou parte aérea, bem como, o comprimento das plântulas, são os parâmetros mais usados para avaliar o efeito alelopático sobre o crescimento (JACOBI; FERREIRA, 1991; INDERJIT; DAKSHINI; 1995; PRATLEY; NA; HAIG, 1999). As investigações de processos alelopáticos são iniciadas a partir de observações de campo, as quais sugerem uma modificação no padrão de vegetação (EINHELLIG, 2002). Ferreira e Aquila (2000) afirmaram que nestas observações, faz-se necessário verificar se na vegetação há algumas espécies que formem agrupamentos quase puros, se mantendo afastadas 45 das demais. Monteiro e Vieira (2002) asseveram que essas características são atribuídas à liberação de toxinas da planta doadora, dificultando ou não permitindo o estabelecimento de outras espécies em sua proximidade. Ferreira e Aquila (2000) sugerem que, se possível, sejam coletadas amostras de solo, serrapilheira e material vegetal, com o intuito de realizar em canteiro e/ou em casa de vegetação experimentos mais controlados. Com isso, dependendo da finalidade da pesquisa, pode-se lixiviar o material ou até mesmo fazer extratos aquosos e testá-los em placas de petri ou gerbox em laboratório, podendo averiguar a germinação e crescimento das plantas alvo. Por fim, para se obter sucesso na pesquisa, faz-se necessário analisar com cautela os resultados adquiridos, se significativos e posteriormente realizar uma análise química dos extratos, sendo nesta etapa, se necessário, o uso de solventes orgânicos. Enfim, plantas com potencial alelopático podem auxiliar na descoberta de novos modelos de herbicidas naturais, os quais têm uso potencial em programas de biocontrole de plantas sendo ambientalmente e toxicologicamente mais seguros que produtos sintéticos. Além disso, fitotoxinas naturais exibem maior diversidade química em relação àqueles produzidos pela química sintética (DUKE; SCHEFFLER; DAYAN, 2001). Tabela 2 - Estudos alelopáticos com espécies do cerrado brasileiro. (continua) Espécie Nome Popular Anadenanthera falcata Speg. “Angico-do-cerrado” Espécie Teste Alface Teste Atividade EE e Pó Parte da Planta Fo Área de Cerrado SP Referências Alface e gergilim EA Fo Atraso na velocidade de germinação SP Gatti, Perez e Ferreira (2007); Gatti (2008) Aristolochia esperanzae O. Kuntze Alface, gergilim e rabanete EA Fo, Ca, Rz, Fr, Fl Redução na porcentagem de germinação, retardo na velocidade de germinação e inibição ou diminuição no crescimento SP Gatti, Perez e Lima (2004); Gatti (2008) Aspidosperma tomentosum Mart. “Peroba-do-campo” Alface EE e Pó Fo Ausente SP Silva, G. et al. (2006) Alface e EA Fo Atraso na SP Gatti, Perez e Ausente Silva, G. et al. (2006) 46 Tabela 2 - Estudos alelopáticos com espécies do cerrado brasileiro. (continuação) Espécie Nome Popular Espécie Teste gergilim Teste Parte da Planta Atividade Área de Cerrado Butia capitata (Mart) Becc. “Coquinho-azedo” Alface EA e EE Fr Interferência negativa do endocarpo e exocarpo na matéria seca das plântulas MG Fernandes et al. (2007) Byrsonima coccolobifolia (Spr.) Kunth “Muricimirim” Alface EE e Pó Fo Ausente SP Silva, G. et al. (2006) Byrsonima verbacifolia Rich ex A. Juss. “Murici” Alface EE e Pó Fo Ausente SP Silva, G. et al. (2006) Calea cuneifolia DC. Tomate EE Fo Inibição da germinação DF Coutinho e Hashimoto (1971) Caryocar brasiliense Cambess. “Pequi” Picão-preto, capimcolchão, capimgordura e arroz EA Fo Atraso na velocidade de germinação e inibição de crescimento DF Aires (2007) Coffea arabica L. “Café” Caruru-demancha CM Cs Estímulo ao crescimento MG Santos et al. (2001) Davilla elliptica A.St.-Hil. Alface e gergilim EA Fo Inibição ou diminuição na germinação e atraso na velocidade de germinação SP Gatti, Perez e Ferreira (2007); Gatti (2008) Dicranopteris flexuosa (Schrad.) Underw. Alface, tomate, alho e trigo EE e FS Redução da velocidade e/ou inibição da germinação, estímulo e inibição do crescimento. MS Silva (2007) Didymopanax vilosum E. March “Mandioquinha” Alface EE e Pó Fo Ausente SP Silva, G. et al. (2006) Diospyros hispida A.DC. “Caqui-do-cerrado” Alface e gergilim EA Fo Atraso na velocidade de germinação SP Gatti, Perez e Ferreira (2007); Gatti (2008) velocidade de germinação Referências Ferreira (2007) 47 Tabela 2 - Estudos alelopáticos com espécies do cerrado brasileiro. (continuação) Espécie Nome Popular Drimys winteri Forst. Espécie Teste Tomate e pepino Teste Atividade EA Parte da Planta Fo Área de Cerrado SP Referências Eugenia dysenterica DC. “Cagaita” Picão-preto, capimcolchão, capimgordura e arroz EA Fo Atraso na velocidade de germinação e inibição de crescimento DF Aires (2007) Hymenaea stigonocarpa Mart. “Jatobá-do-cerrado” Alface EA e EE Fo, Fr Redução na taxa de germinação, atraso ou inibição na germinação MG Oliveira et al. (2002) Kielmeyera coriacea (Spreng.) Mart. “Pau-santo” Alface e gergilim EA Fo Atraso na velocidade de germinação SP Gatti, Perez e Ferreira (2007); Gatti (2008) Kielmeyera variabilis Mart. “Pau-santo” Alface EE e Pó Fo Ausente SP Silva, G. et al. (2006) Lantana camara L. Tomate e pepino EA Fo Inibição ou estímulo da germinação SP Gorla e Perez (1997) Leucaena leucocephala (Lam) de Wit. Tomate e pepino EA Fo Inibição ou estímulo da germinação SP Gorla e Perez (1997) Machaerium acutifolium Vog. Alface EA Fo Inibição na porcentagem de germinação e atraso na velocidade de germinação SP Povh et al. (2007) Machaerium villosum Vog. “Jacarandá-paulista” Alface EE e Pó Fo Ausente SP Silva, G. et al. (2006) Miconia albicans (Sw.) Triana “Quaresmeira-branca” Tomate, pepino, alface e gergilim EA Fo Inibição ou diminuição na germinação e atraso na velocidade de germinação SP Gorla e Perez (1997); Gatti, Perez e Ferreira (2007); Gatti (2008) Oryza sativa L. “Arroz” Caruru-demancha CM Cs Inibição da germinação MG Santos et al. (2001) Ouratea spectabilis (Mart.) Engl. Alface EE e Pó Fo Inibição da germinação SP Silva, G. et al. (2006) Inibição da germinação Gorla e Perez (1997) 48 Tabela 2 - Estudos alelopáticos com espécies do cerrado brasileiro. (continuação) Espécie Nome Popular Piptocarpha rotundifolia (Less.) Baker “Candeia” Espécie Teste Alface e gergilim Teste Atividade EA Parte da Planta Fo Área de Cerrado SP Referências Pouteria ramiflora (Mart.) Radlk. “Brasa-viva” Alface EE e Pó Fo Inibição da germinação SP Silva, G. et al. (2006) Qualea parviflora Mart. “Pau-terrinha” Alface EE e Pó Fo Inibição da germinação SP Silva, G. et al. (2006) Picão-preto, capimcolchão, capimgordura e arroz EA Fo Atraso na velocidade de germinação e inibição de crescimento DF Aires (2007) Rapanea guianensis Aubl. “Pororoca” Alface EE e Pó Fo Ausente SP Silva, G. et al. (2006) Schefflera vinosa (Cham. & Schltdl.) Frodin Alface e gergilim EA Fo Atraso na velocidade de germinação SP Gatti, Perez e Ferreira (2007); Gatti (2008) Senna rugosa (G. Don) Irwin & Barneby “Boi-gordo” Alface e gergilim EA Fo Atraso na velocidade de germinação SP Gatti, Perez e Ferreira (2007); Gatti (2008) Siparuna guianensis (Aubl.) “Limãozinho” Alface e gergilim EA Fo Atraso na velocidade de germinação SP Gatti, Perez e Ferreira (2007); Gatti (2008) Stryphnodendron adstringens (Mart.) Coville “Barbatimão” Alface e pepino EA, EE, Pó Fo Inibição da germinação e redução no desenvolviment o das plântulas SP Silva, G. et al. (2006); Barreiro, Delachiave e Souza (2005) Stryphnodendron polyphyllum Mart. “Barbatimão” Alface e gergilim EA Fo Atraso na velocidade de germinação SP Gatti, Perez e Ferreira (2007); Gatti (2008) Styrax ferrugineus Nees & Mart. “Benjoeiro” Alface EE e Pó Fo Ausente SP Silva, G. et al. (2006) Triticum aestivum L. “Perobinha” Alface EE e Pó Fo Ausente SP Silva, G. et al. (2006) Atraso na velocidade de germinação Gatti, Perez e Ferreira (2007); Gatti (2008) 49 Tabela 2 - Estudos alelopáticos com espécies do cerrado brasileiro. (conclusão) Espécie Nome Popular Vochysia tucanorum Mart. “Pau-de-tucano” Espécie Teste Alface Teste Atividade EE e Pó Parte da Planta Fo Xylopia aromatica (Lam.) Mart. “Pimenta-de-macaco” Alface e gergilim EA Fo Atraso na velocidade de germinação Ausente Área de Cerrado SP Referências Silva, G. et al. (2006) SP Gatti, Perez e Ferreira (2007); Gatti (2008) Espécie Teste (Alface: Lactuca sativa L.; Rabanete: Raphanus sativus L.; Caruru-de-mancha: Amaranthus viridis L.; Picão-preto: Bidens pilosa L.; Capim-colchão: Digitaria horizontalis Willd.; Capim-gordura: Melinis minutiflora P.Beauv; Arroz: Zea mays L.; Tomate: Lycopersicon esculentum L.; Alho: Allium cepa L.; Trigo: Triticum aestivum L.; Pepino: Cucumis sativus L.; Gergilim: Sesamum indicum L.). Teste (EA: Extrato Aquoso; CM: Cobertura Morta; EE: Extrato Etanólico; FS: Frações Semipurificadas). Parte da Planta (Fo: Folha, Fl: Flor, Fr: Fruto, Rz: Raiz, Ca: Caule, Cs: Casca). 2.4 Estudos fenológicos em áreas de cerrado no Brasil A fenologia é definida como o estudo da periodicidade ou época de ocorrência de eventos biológicos repetidos, a influência dos fatores bióticos ou abióticos nestes eventos e as relações entre as fenofases de uma mesma espécie ou espécies distintas (LIETH, 1974). O estudo dos padrões fenológicos é importante para a compreensão da dinâmica de comunidades vegetais e, conseqüentemente, para o manejo da vegetação (FOURNIER, 1969; RIBEIRO; CASTRO, 1986). Desse modo, contribui para o entendimento da regeneração e reprodução das plantas, da organização temporal dos recursos dentro das comunidades, das interações ecológicas planta-animal e da evolução da história de vida dos animais que dependem de plantas para alimentação, como herbívoros, polinizadores e dispersores (MORELLATO, 1991; VAN SCHAIK; TERBORGH; WHIGHT, 1993; MORELLATO; LEITÃO-FILHO, 1996; JUSTINIANO; FREDERICKSEN, 2000; TALORA; MORELLATO, 2000; PINTO et al., 2005). Segundo Fenner (1998), o estudo fenológico dos vegetais envolve a observação, registro e interpretação da ocorrência dos eventos de sua história de vida, tais como: brotamento foliar, queda foliar, floração, frutificação, dispersão de sementes e germinação. Essas ocorrências servem como indicadores das respostas destes organismos às condições climáticas e edáficas (FOURNIER, 1974). Estudos com espécies tropicais sugerem que os padrões fenológicos em geral são influenciados por vários fatores abióticos e bióticos, como o regime de chuvas, irradiação, 50 temperatura, além da atividade de polinizadores e dispersores (FRANKIE; BAKER; OPLER, 1974; RATHKE; LACEY, 1985; SILVA, 1987; VAN SCHAIK; TERBORGH; WRIGHT, 1993; SEGHIERI; FLORET; PONTANIER, 1995). De acordo com Bulhão e Figueiredo (2002), os padrões fenológicos na vegetação do cerrado ainda são pouco estudados, assim como, a periodicidade das fenofases relacionadas aos fatores abióticos e/ou bióticos. A intensa sazonalidade no cerrado brasileiro vem sendo alvo de investigações sobre o padrão da fenodinâmica exibido por espécies vegetais arbóreo-arbustivo (GOTTSBERGER, 1986; BATALHA; ARAGAKI; MANTOVANI, 1997; MADEIRA; FERNANDES, 1999). Porém, ainda são escassos os trabalhos fenológicos do estrato herbáceo-subarbustivo desse bioma (MANTOVANI; MARTINS, 1988; ALMEIDA, 1995; BATALHA; MANTOVANI, 2000). Na maioria das espécies desse ecossistema, o crescimento é periódico e sazonal, com hábito freqüentemente decíduo ou semidecíduo, com a renovação das folhas ocorrendo no final da estação seca e início da chuvosa, e sua queda foliar no período mais seco do ano. O período de floração pode ser encontrado durante todo o ano, com pico final da estação seca e início da chuvosa. O período de frutificação é sazonal, sendo os frutos carnosos (zoocóricos) geralmente produzidos durante a estação chuvosa e os secos (anemo ou autocóricos), durante a seca (Tabela 3). Nesse contexto, os ciclos fenológicos de plantas tropicais são complexos, apresentando padrões irregulares de difícil reconhecimento em curto prazo. Daí a importância da escolha ideal dos métodos de avaliação, pois estes podem auxiliar no reconhecimento dos padrões fenológicos ou dificultar as interpretações e comparações dos resultados (NEWSTROM et al., 1994; NEWSTROM; FRANKIE; BAKER, 1994). 51 Tabela 3 – Estudos fenológicos em áreas de cerrado no Brasil. Área de Cerrado Precipitação Média Anual Reserva Particular de Patrimônio Natural (RPPN/UFMS) Campo Grande – RS Precipitação Média Anual: 1532mm Número de Espécies 02 Brotamento Queda foliar Floração Frutificação Referências Final da estação seca e início da chuvosa (outubro-novembro); Final da estação chuvosa e início da seca (marçoabril) Estação seca Final da estação seca e início da chuvosa (setembro-outubro); Estação seca (abril-agosto) Estação chuvosa (dezembro-janeiro) Boas (2009) Não houve Estação seca (setembrooutubro) Reserva Particular (Comercial e Agrícola Paineras Ltda) Santa Quitéria – MA Precipitação Média Anual: 1500 mm 10 Final da estação seca (outubro-novembro) Estação seca (agosto-outubro) Estação seca (setembro-novembro); Estação chuvosa (março) Final da estação chuvosa e início da seca (maioagosto) Bulhão e Figueiredo (2002) Fazenda Água Limpa Distrito Federal Precipitação Média Anual: 1500 mm 61 Início da estação chuvosa (outubro-dezembro) Estação seca (julho) Estação chuvosa (novembro-março); Início da estação chuvosa (setembro-novembro) Estação chuvosa até a seca (dezembro-julho) Munhoz e Felfili (2005) Fazenda Água Limpa Distrito Federal Precipitação Média Anual: 1574 mm 01 Final da estação seca e início da chuvosa (setembro-novembro) Estação seca Final da estação seca (setembro) Estação seca (agosto) Felfili et al. (1999) Distrito de Emas Pirassununga – SP Precipitação Média Anual: 1499 mm 358 Final da estação seca e início da chuvosa (outubro) Estação seca (julhoagosto) Estação chuvosa (outubro-abril) Estação chuvosa (marçomaio) Batalha, Aragaki e Mantovani (1997) Floresta Nacional do Araripe (FLONA) Chapada do Araripe Brabalha – CE Precipitação Média Anual: 759 mm 107 Final da estação seca (outubro); período chuvoso (janeiro-abril) Período chuvoso (janeiro-abril) Costa, Araújo e Lima-Verde (2004) - - 52 2.5 Atividade antimicrobiana de extratos vegetais em Apocynaceae Nos países em desenvolvimento as doenças estão relacionadas principalmente com a falta de saneamento básico, desnutrição e dificuldade de acesso aos medicamentos (KUMATE, 1997). Nesse contexto, comunidades carentes fazem uso de espécies vegetais para o tratamento de enfermidades, onde poucas tiveram seu potencial curativo comprovado. Entretanto, o conhecimento popular tradicional acerca dessas plantas medicinais tem sido referência para pesquisas farmacológicas (ELISABETSKY, 1987; BABU et al., 1997). O desenvolvimento de novos fármacos a partir de produtos naturais tem apresentado alguns benefícios, tais como, maior eficácia terapêutica, diminuição de possíveis efeitos colaterais e variedade de estruturas químicas (LAWRENCE, 1999; HARVEY, 2000; STROHL, 2000; CAMARGO, 2010). De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), as plantas medicinais são a melhor fonte para se obter uma variedade de drogas, uma vez que, cerca de 80% da população mundial já usam a medicina tradicional na busca de alívio de alguma sintomatologia (NASCIMENTO et al., 2000; CAETANO et al., 2002). Entretanto, as investigações científicas visando determinar o potencial terapêutico das plantas são limitadas, sendo escassos os estudos científicos experimentais que confirmem as suas possíveis propriedades medicinais (DUARTE, 2006). No Brasil, apenas 8% das espécies vegetais nativas foram analisadas com o propósito de obtenção de novas moléculas bioativas (PIMM, 1995). Dessas, extratos e óleos essenciais de cerca de 80 espécies medicinais utilizadas popularmente foram investigadas quanto à atividade antibacteriana e antifúngica (SARTORATTO et al., 2004; DUARTE et al., 2005; DUARTE, 2006). Estudos realizados com 14 extratos de plantas medicinais brasileiras utilizadas no tratamento de doenças infecciosas apresentaram potencial antimicrobiano frente a microrganismos resistentes de importância médica (MACHADO et al., 2003). Alcalóides indólicos isolados do caule de Aspidosperma ramiflorum Woodson apresentaram atividade antimicrobiana contra bactérias Gram-positivas (TANAKA et al., 2006). Em outras espécies desse gênero também foram verificadas atividade antibacteriana (PEREIRA et al., 2007; RODRIGUES; DUARTE-ALMEIDA; PIRES, 2010) (Tabela 1). 53 Souza, Stinghen e Santos (2004) verificaram que alcalóides indólicos de Himatanthus lancifolius (Müll.Arg.) Woodson apresentavam-se ativos frente as bactérias Gram-positivas e Gram-negativas (Staphylococcus aureus, S. epidermidis, Enterococcus faecalis, Escherichia coli, Pantoea agglomerans e Acinetobacter baumanii). Suffredini et al. (2002), analisando a atividade biológica de 38 extratos aquosos e orgânicos de 11 espécies de Apocynaceae da Amazônia contra Staphylococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa e Candida albicans, observaram que o extrato orgânico do caule de Tabernaemontana angulata Mart. apresentou atividade contra Staphylococcus aureus Grampositiva. Embora diversas indústrias farmacêuticas tenham produzido novos antibióticos e, modificado algumas drogas já existentes, nas últimas décadas, a resistência a essas substâncias pelos microrganismos vem aumentando. Com isso, cresce o número de pacientes com imunidade suprimida e, consequentemente, novas infecções poderão ocorrer, resultando em uma elevada mortalidade (FARIAS et al., 1997; NASCIMENTO et al., 2000; CAETANO et al., 2002; OLIVEIRA, F. et al., 2006; OLIVEIRA, R. et al., 2006). Nesse sentido, produtos naturais têm sido avaliados não apenas para revelar sua atividade antimicrobiana, mas também como fontes de substâncias capazes de modificar a ação antibiótica (GIBBONS, 2004; GURIB-FAKIM, 2006). Dessa forma, o aumento da atividade antibiótica ou a reversão da resistência através de antibióticos não convencionais, são denominados como agentes modificadores da ação antibiótica (MOLNAR et al., 2004; WOLFART et al., 2006). 54 3 MATERIAL E MÉTODOS 3.1 Coleta do material botânico As folhas de Secondatia floribunda (catuaba-de-cipó) foram coletas no mês de março de 2010 no período da manhã, em uma área de cerrado na Chapada do Araripe (Figura 4). Essa área localiza-se na estrada do Barreiro Novo, divisa com os municípios Crato - CE/Exu – PE, situado a 7º17’ S e 39º32’ W, com altitude de 925m. O solo predominante é constituído por associação de Latossolo Vermelho-distrófico (JACOMINE; ALMEIDA; MEDEIROS, 1973), com precipitação média anual de 760mm e temperatura média anual de 24,1ºC (COSTA; ARAÚJO, 2007). Essa região apresenta duas estações bem definidas, uma seca e outra chuvosa, sendo a última concentrada entre os meses de janeiro a abril (COSTA; ARAÚJO; LIMA-VERDE, 2004). FIGURA 4 - Aspecto geral da área de estudo no cerrado da Chapada do Araripe – Ceará. 55 As atividades com finalidade científica (coleta de material botânico e observações fenológicas) tiveram autorização do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e do Sistema de Autorização e Informação em Biodiversidade (SISBIO) sob o número 26874-1 emitido em 19 de Janeiro de 2011, conforme anexo A. 3.2 Identificação botânica A descrição e identificação do material botânico foram realizadas pela especialista na família Apocynaceae, Dra. Ângela Maria Miranda Freitas no Herbarium Sérgio Tavares (HST) da Universidade Federal Rural do Pernambuco (UFRPE), Recife – PE. A exsicata encontra-se depositada no Herbário Caririense Dárdano de Andrade-Lima (HCDAL) da Universidade Regional do Cariri – URCA, registrada sob o número de tombo nº 5901 (Figura 5). FIGURA 5 - Exsicata de Secondatia floribunda A. DC. depositada no Herbário Caririense Dárdano de Andrade-Lima (HCDAL) da Universidade Regional do Cariri (URCA). 56 3.3 Atividade alelopática do Extrato Bruto Aquoso (EBA) Os bioensaios foram conduzidos no Laboratório de Botânica Aplicada – LBA do Departamento de Ciências Biológicas da Universidade Regional do Cariri – URCA. O extrato vegetal foi obtido a partir de folhas frescas que foram selecionadas e trituradas 200g.L-1 em liquidificador industrial conforme metodologia proposta por Cruz, Nozaki e Batista (2000). Posteriormente, a mistura foi filtrada em gazes, homogeneizada em chapa magnética por 24h e em seguida, centrifugada a 3000rpm durante 10 min. (MEDEIROS, 1989). O Extrato Bruto Aquoso (EBA) foi considerado concentrado (100%), sendo a partir dele feitas diluições obtendo três concentrações diferentes (75, 50, 25%). O efeito destas concentrações foi comparado com água destilada, considerada controle (0%) (Figura 6). Para a realização do experimento foram utilizadas como planta-teste, sementes de Lycopersicum esculentum (tomate). As sementes foram previamente desinfectadas em solução de hipoclorito de sódio (2%) de acordo com técnica descrita por Silva, W. et al. (2006). O delineamento experimental adotado foi inteiramente casualizado com quatro tratamentos (25, 50, 75 e 100%) e um controle (água destilada) com cinco repetições de 20 sementes cada, totalizando 100 sementes por tratamento. As sementes foram acondicionadas em placas de Petri esterilizadas, revestidas com duas folhas de papel filtro, umedecidas com 3mL de extrato nas diferentes concentrações e com água destilada (controle). O experimento foi incubado durante sete dias em câmara de germinação (BOD) sob temperatura controlada de 25ºC e fotoperíodo de 12h. Os parâmetros analisados foram: porcentagem de germinação (G); índice de velocidade de germinação (IVG) e teste de crescimento do caulículo e radícula. Os dados foram submetidos à análise de variância (ANOVA) e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. A taxa de germinação foi verificada a cada 24 horas durante sete dias, possibilitando a avaliação da velocidade de germinação, sendo consideradas germinadas as sementes que apresentaram 2mm de protusão radicular (BRASIL, 1992). Os comprimentos dos caulículos e das radículas foram mensurados com auxílio de régua milimetrada, sete dias após a semeadura. A porcentagem de germinação (LABOURIAU, 1983) e Índice de Velocidade de Germinação (FERNANDES; MIRANDA; SANQUETTA, 2007) foram calculados pelas seguintes fórmulas: 57 a) Porcentagem de germinação (G): G=(N/A). 100 Onde: N = número total de sementes germinadas; A = número total de sementes colocadas para germinar. b) Índice de Velocidade de Germinação (IVG): IVG = ∑(ni/i) Onde: ni = número de sementes germinadas no dia i i = número de dias 58 Material Vegetal Folhas Secas Folhas Frescas 1’ - Trituração 1 - Trituração 2 - Filtração 3 - Homogeneização 4 - Centrifugação Extração com Etanol (72h) 2’ - Filtração Controle Extrato Aquoso Bruto (100%) 6 - Repetições (R1, R2, R3, R4, R5) 5 - Repetições (C1, C2, C3, C4, C5) 75% Diluições 7 - Repetições (R1, R2, R3, R4, R5) 8 - Repetições (R1, R2, R3, R4, R5) Extrato Diluído Torta 3’ - Desprezada 4’ - Destilação Extrato Etanólico Bruto 5’ - Armazenamento 50% 25% Análise Fitoquímica 9 - Repetições (R1, R2, R3, R4, R5) Ensaios Antimicrobianos Atividade Alelopática FIGURA 6 - Metodologia para obtenção dos extratos aquoso e etanólico das folhas de Secondatia floribunda A. DC. 3.4 Fenologia Dez indivíduos foram selecionados e marcados ao acaso em uma área de cerrado na Chapada do Araripe (Tabela 4) para realização do estudo das fenofases desta espécie conforme técnica utilizada por Fournier e Charpantier (1975). Os dados foram utilizados para auxiliar na determinação dos padrões de floração e frutificação da espécie. 59 Tabela 4 - Indivíduos que foram marcados para observações fenológicas na área de estudo com seus respectivos pontos de localização e altitude. INDIVÍDUOS COORDENADAS ALTITUDE 1 S 7º17’34” / W 39º32’39” 930m 2 S 7º17’34” / W 39º32’39” 923m 3 S 7º17’34”/ W 39º32’41” 922m 4 S 7º17’34” / W 39º32’45” 927m 5 S 7º17’34” / W 39º32’50” 917m 6 S 7º17’35” / W 39º32’55” 922m 7 S 7º17’35” / W 39º32’55” 941m 8 S 7º17’34” / W 39º32’55” 927m 9 S 7º17’35” / W 39º32’57” 929m 10 S 7º17’35” / W 39º32’64” 925m As observações fenológicas foram realizadas em intervalos mensais, sempre pela manhã, no período de outubro de 2009 a maio de 2011 (20 meses). Todos os indivíduos amostrados foram numerados com plaquetas de identificação para facilitar sua localização em campo. Para as fenofases adotou-se os critérios de Locatelli e Machado (2004) sendo considerado como período de floração aquele em que os indivíduos apresentaram flores em antese; como período de frutificação, frutos verdes e/ou maduros; como brotamento, surgimento de novas folhas até atingir ¾ do tamanho das folhas adultas e queda de folhas, quando as mesmas mudaram de cor e tornaram-se senescentes. Para estimar a intensidade de cada fenosase foi adotado o método proposto por Fournier (1974) através de uma escala intervalar semi-quantitativa de cinco categorias (0 a 4), com intervalos de 25% entre cada uma delas (Tabela 5). Tabela 5 - Método proposto por Fournier (1974) para determinação das obervações fenológicas com base nas categorias adotadas. Categoria 0 1 2 3 4 Fenofase Observadas Ausência de fenofase Presença da fenofase com magnitude atingindo entre 1 a 25% Presença de fenofase com magnitude atingindo entre 26% a 50%, Presença de fenofase com magnitude atingindo entre 51% a 75% Presença de fenofase com magnitude atingindo entre 76% a 100%. 60 O regime pluviométrico registrado no período de outubro de 2009 a maio de 2011 seguiu os dados de chuvas dos postos pluviométricos disponível na Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME) referente ao posto Crato. 3.5 Preparação do extrato etanólico O extrato etanólico (Figura 6) foi obtido pelo método de extração exaustiva a frio (MATOS, 2009). Folhas frescas (500g) foram selecionadas e colocadas para secar em estufa de circulação forçada com temperatura controlada de 40ºC por 3 dias. Após secas, as folhas (369g) foram previamente trituradas para aumentar a superfície de contato e submetidas à extração com etanol durante oito dias. Em seguida, o material foi filtrado e concentrado em evaporador rotativo sob pressão reduzida, sendo o extrato bruto etanólico levado ao banhomaria para a retirada completa do solvente. Ao final, o extrato etanólico de Secondatia floribunda (EESF) obtido foi pesado e armazenado a temperatura ambiente até a realização das análises fitoquímicas e ensaios antimicrobianos, oferecendo rendimento de 16,24% (Tabela 6). Tabela 6 - Massas de folhas frescas, secas, extrato etanólico e o rendimento de Secondatia floribunda A. DC. Massa Fresca (g) S. foribunda 500 Massa Seca (g) 369 Massa EESF (g) 59,92 Rendimento (%) 16,24 3.6 Prospecção fitoquímica Os testes fitoquímicos foram realizados no Laboratório de Pesquisa de Produtos Naturais (LPPN) da Universidade Regional do Cariri – URCA. Para identificação das classes de metabólitos secundários presentes no extrato etanólico adotou-se metodologia descrita por Matos (2009), observando-se mudança de cor ou formação de precipitados após a adição de reagentes específicos (Anexo B). 61 3.7 Avaliação da atividade biológica Os testes biológicos foram realizados no Laboratório de Microbiologia e Biologia Molecular da Universidade Regional do Cariri – URCA. Para obtenção da solução inicial do extrato etanólico, utilizou-se 200mg da amostra solubilizada em 1mL de dimetilsulfóxido (DMSO- Merck, Darmstadt, Alemanha), obtendo uma concentração inicial de 200mg/mL. Em seguida, a solução foi diluída em água destilada atingindo uma concentração de 1024μg/mL, sendo posteriormente realizadas diluições seriadas 1:1 em placas de microdiluição. Os microrganismos utilizados nos testes foram obtidos através do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) da Fundação Oswaldo Cruz, Ministério da Saúde. Para linhagens bacterianas foram utilizadas quatro cepas padrão, sendo uma Grampositiva: Staphylococcus aureus ATCC 25923 e três Gram-negativas: Escherichia coli ATCC 10536, Pseudomonas aeruginosa ATCC 15442 e Klebsiella pneumoniae ATCC 4362. Além destas, utilizou-se duas cepas multirresistentes isoladas de material clínico: Escherichia coli EC 27 e Staphylococcus aureus SA 358, oriundas do Hospital Universitário da Universidade Federal da Paraíba – UFPB. Em relação às linhagens fúngicas foram testadas três tipos de Candida, dentre elas: Candida tropicalis ATCC 40042, C. krusei ATCC 2538 e C. albicans ATCC 40006 (Tabela 7). Todas as cepas foram inoculadas em meio de cultura do tipo Brain Heart Infusion (BHI) a 3,8% e incubadas durante 24 horas a 37ºC em estufa de circulação forçada. Tabela 7 - Linhagens de bactérias (padrão e isolados clínicos) e fungos utilizadas nos ensaios antibacterianos e antifúngicos. BACTÉRIAS FUNGOS Padrão Isolados Clínicos Padrão Staphylococcus aureus ATCC 25923 Staphylococcus aureus SA 358 Candida tropicalis ATCC 40042 Escherichia coli ATCC 10536 Escherichia coli EC 27 Candida krusei ATCC 2538 Pseudomonas aeruginosa ATCC 15442 - Klebsiella pneumonia ATCC 4362 - Candida albicans ATCC 40006 62 3.7.1 Concentração Inibitória Mínima (CIM) A Concentração Inibitória Mínima (CIM) foi definida como a menor concentração capaz de inibir completamente o crescimento microbiano. Dessa forma, os ensaios para determinação da CIM do extrato etanólico foi realizado através do Método de Microdiluição em Caldo com 96 poços. Em cada poço contido na placa de microdiluição foram adicionados 100µL do meio de cultura das cepas (inóculo e BHI 10%) e 100µL da amostra, obedecendo a uma diluição seriada 1:1, variando as concentrações de 512 a 8μg/mL para cada microorganismo testado. O material foi encubado em estufa microbiológica em temperatura constante de 35±2ºC durante 24h (JAVADPOUR et al., 1996). Após a incubação, foram adicionados 20µL de corante revelador de resazurina sódica (SIGMA) em cada poço nos teste antibacteriano, deixando em repouso a temperatura ambiente durante 1 hora. A leitura dos resultados foi considerada como positiva para os poços que permaneceram com coloração azul e negativa os que obtiveram coloração vermelha (SALVAT et al., 2001). Para atividade fúngica, os resultados encontrados da CIM foram verificados através da turbidez do meio. 3.7.2 Ensaios da atividade moduladora Para avaliação do extrato etanólico como modulador da atividade antibiótica e antifúngica, as Concentrações Inibitórias Mínimas dos antibióticos (Neomicina, Amicacina e Gentamicina) e antifúngicos convencionais (Metronidazol, Anfotericina B, Nistatina e Benzoil) foram determinadas na presença e ausência do extrato pelo método de microdiluição em concentrações subinibitórias (CIM 1/8) (Tabela 8). Tabela 8 - Drogas utilizadas para avaliação do extrato etanólico como modulador da atividade antibiótica e antifúngica. Antibiótico Antifúngico Amicacina Gentamicina Neomicina - Anfotericina B Benzoil Metronidazol Nistatina 63 Foram utilizadas duas linhagens de bactérias multiresistentes: Staphylococcus aureus SA 358 e Escherichia coli EC 27 e três linhagens de fungos do gênero Candida. As soluções dos antibióticos e antifúngicos foram preparadas com a adição de água destilada em uma concentração de 5000μg/mL. Um volume de 100μL de cada solução foi diluído seriadamente (1:1) nos poços contendo o caldo BHI a 10%, extrato etanólico e a suspensão do microorganismo (1:10). As concentrações das drogas no meio de cultura variaram de 2500 a 2,5μg/mL. A incubação dos ensaios e a leitura dos resultados corrependeram as mesmas referidas na Concentração Inibitória Mínima (CIM) citada anteriormente. 64 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 4.1 Efeito da atividade alelopática sobre a germinação e desenvolvimento inicial de plântulas de tomate 4.1.1 Germinação e Índice de Velocidade de Germinação (IVG) Nos bioensaios realizados observou-se que o Extrato Bruto Aquoso das folhas frescas de Secondatia floribunda (catuaba-de-cipó) não apresentou ação inibitória na germinabilidade de sementes de Lycopersicon esculentum (tomate) em nenhuma das concentrações testadas quando comparada ao controle. No controle, germinaram 70% das sementes; enquanto nos tratamentos analisados, a taxa de germinação variou entre 58 a 63%, não ocorrendo diferenças significativas entre as concentrações testadas (Tabela 9). Desta forma, é possível que os constituintes químicos presentes no extrato não apresentem atividade fitotóxica na germinação das sementes testadas. Tabela 9 - Valores médios de porcentagem de germinação e Índice de Velocidade de Germinação (IVG) em sementes de Lycopersicon esculentum Miller., sob o efeito de diferentes concentrações do extrato aquoso de Secondatia floribunda A. DC. Concentrações (%) Germinação (%)ns Índice de Velocidade de Germinação (IVG)** 0 70a 0.248a 25 63a 0.236b 50 63a 0.222c 75 58a 0.216c 100 61a 0.212c CV% 17.06 2.57 Médias seguidas da mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de 5% de significância. ns: Não significativo. ** significativo ao nível de 1% de probabilidade. CV%: Coeficiente de Variação em porcentagem. 65 Os resultados corroboram com Silva, G. et al. (2006), após analisarem o potencial alelopático de 15 espécies arbóreas nativas do cerrado da Reserva Biológica e Estação Experimental de Mogi-Guaçu (SP), onde a maioria das espécies não apresentava ação inibitória em relação a germinação de semente de Lactuca sativa var. grand rapids (Asteraceae), dentre elas, Aspidosperma tomentosum Mart. (Apocynaceae). Destacaram ainda que embora em áreas de cerrado não tem sido observado nenhum fenômeno que indique a ocorrência de alelopatia, tal fato contudo, não implicaria em que espécies do cerrado não sejam capazes de produzir defesas químicas. Em experimentos realizados com Bidens pilosa L. (Asteraceae) por Ferreira, Souza e Faria (2007), a germinação não foi afetada pelo extrato etanólico de Pinus elliottii L. (Pinaceae) nas cinco concentrações testadas (0,25; 0,50; 1,0 e 2,0%); enquanto Eucalyptus citriodora Hook. (Myrtaceae) reduziu significativamente a germinação das sementes até o terceiro dia nas concentrações de 1,0% e 2,0%, não sendo possível observar diferença no final do sétimo dia nas concentrações testadas quando comparados com a testemunha. Teixeira, Araújo e Carvalho (2004), trabalhando com sementes de Lactuca sativa L. (alface) e aquênios de Bidens pilosa L. (picão-preto), verificaram que não houve em ambas as plantas-teste, redução significativa na porcentagem de germinação quando em contato com o extrato aquoso de Stilozobium aterrimum Piper e Tracy (Fabaceae), Stilozobium sp. (Fabaceae), Crotalaria spectabilis Roth (Fabaceae) e Cajanus cajan (L.) Druce (Fabaceae). Embora a porcentagem final de germinação possa não ser significativamente afetada pela ação de aleloquímicos, o padrão de germinação pode ser modificado, apresentando diferenças na velocidade e na sincronia da germinação de sementes quando submetidas a extratos de plantas (SANTANA et al., 2006). Quanto à velocidade de germinação das sementes-teste na presente pesquisa, pode-se observar que o extrato aquoso retardou a germinação em todas as concentrações testadas, diminuindo sua velocidade na medida em que aumentava as concentrações (Tabela 9). Resultados semelhantes foram observados por Capobiango, Vestena e Bittencourt (2009), ao verificarem que o Índice de Velocidade de Germinação (IVG) de sementes de tomate foi afetado negativamente pelos extratos aquosos de Joannesia princeps Vell. (Euphorbiaceae) e Casearia sylvestris Sw. (Salicaceae) a partir da concentração de 30%, tendo este índice diminuído com o aumento das concentrações. Ferreira, Souza e Faria (2007) afirmam que o extrato de Eucalyptus citriodora causou atraso significativo na germinação em todas as concentrações testadas quando analisada à 66 velocidade de germinação das sementes de picão-preto. Por outro lado, quando testado em sementes de alface promoveu redução somente na concentração de 2,0%. Em relação aos dados obtidos por Teixeira, Araújo e Carvalho (2004) quando calculado o IVG de sementes de alface sobre efeito do extrato aquoso de Crotalaria juncea L., Stilozobium aterrimum Piper e Tracy (mucuna-preta), Stilozobium sp. (mucuna-rajada) e Cajanus cajan (L.) Druce (guandu-anão), concluíram que ocorreu reduções significativas nos tratamentos analisados. Já em relação ao picão-preto, só ocorreu efeito significativo para o extrato de Stilozobium aterrimum. Reduções significativas no IVG de sementes de Lactuca sativa L. (alface) e Bidens pilosa L. (picão-preto) também foram verificadas por Hoffmann et al. (2007) em relação aos extratos aquosos de Nerium oleander L. (Apocynaceae) e Dieffenbachia picta Schott (Araceae), sendo constatado que em ambos os extratos a redução do IVG se deu com o aumento das concentrações; fato este responsável pela diminuição na velocidade de desdobramento e translocação dos componentes nutritivos para a radícula e hipocótilo. Conforme Labouriau (1983) e Ferreira e Aquila (2000), o efeito alelopático muitas vezes não se manisfesta sobre a germinabilidade, mas sobre a velocidade de germinação ou outros parâmetros, sendo os testes de germinação geralmente menos sensíveis aos aleloquímicos do que aqueles que influenciam no desenvolvimento das plântulas. Oliveira (2003) afirmou que o atraso da germinação pode significar uma desvantagem para as sementes em campo, pois estas ficarão expostas por mais tempo a patógenos como fungos, fatores ambientais e predação. Outra desvantagem é que sementes que demoram a germinar irão competir com plântulas já pré-estabelecidas em crescimento. Este fator pode ter um significado ecológico, pois plantas que germinam mais lentamente podem apresentar tamanho reduzido (JEFFERSON; PENANCHIO, 2005), consequentemente, podem ser mais suscetíveis a estresses ambientais e terem menor chance na competição por recursos (GATTI; PEREZ; FERREIRA, 2007). 4.1.2 Comprimento do caulículo e radícula Verificando a importância do eixo hipocótilo para o desenvolvimento caulinar da planta e analisando os valores médios do comprimento do caulículo das plântulas de tomate 67 quando submetidas ao Extrato Bruto Aquoso de catuaba-de-cipó, observou-se uma redução no seu crescimento caulinar, sendo significativo nas concentrações acima de 50%. Os dados apresentados na Tabela 10 demonstram que provavelmente alguma substância química existente no extrato tenha a capacidade de diminuir o crescimento das partes aéreas das plântulas da espécie receptora, caracterizando um efeito alelopático negativo. Tabela 10 - Valores médios do comprimento caulinar e radicular de plântulas de Lycopersicon esculentum Miller., sob o efeito de diferentes concentrações do extrato aquoso de Secondatia floribunda A. DC. Concentrações (%) Comprimento do Caulículo (cm)** Comprimento da radícula (cm)** 0 3.36a 10.28a 25 2.54a 5.76b 50 1.36b 2.90c 75 1.54b 2.78c 100 1.46b 2.78c CV% 24.41 17.82 Médias seguidas da mesma letra não difere entre si pelo teste de Tukey ao nível de 5% de significância. ** significativo ao nível de 1% de probabilidade. CV%: Coeficiente de Variação em porcentagem. Para Oliveira (2003) e Burgos et al. (2004), as partes aéreas das plântulas não ficam em contato direto com os aleloquímicos, no entanto, as raízes mesmo comprometidas continuam absorvendo solutos, o que indiretamente acaba por afetar a parte aérea. No trabalho de Felix et al. (2007) foi descrito que o efeito alelopático de Amburana cearensis (Fr. All.) AC Smith (Fabaceae) foi mais eficaz sobre o desenvolvimento das plântulas de Lactuca sativa L. (Asteraceae) e Raphanus sativus L. (Brassicaceae) do que na germinação propriamente dita, pois, mesmo em concentrações baixas que não impediram a germinação das sementes, as plântulas apresentaram-se anormais, sendo incapazes de se desenvolverem futuramente. Anese et al. (2007) apontaram que em todas as concentrações, os extratos tanto de caule quanto de folhas de Ateleia glazioveana Baill (Fabaceae) afetaram o comprimento da parte aérea de plântulas de alface. As concentrações mais elevadas (20 e 30%) apresentaram efeitos mais tóxicos, com menor tamanho e escurecimento da parte aérea. O crescimento do hipocótilo de tomate analisado por Silva (2007) foi alterado em todas as concentrações, inibindo seu desenvolvimento nas frações semipurificadas hexano e 68 acetato de etila oriundas a partir do extrato etanólico de Dicranopteris flexuosa (Schrad.) Underw. (Gleicheniaceae). Dentre os parâmetros analisados, o sistema radicular é um fator decisivo para o desenvolvimento das plântulas. Nesse sentindo, analisando os valores médios do comprimento radicular na Tabela 10, nota-se que houve uma diminuição no tamanho da radícula das plântulas de tomate em todas as concentrações testadas, sendo mais acentuado nas concentrações mais elevadas. O alongamento da parte aérea, assim como das raízes, depende das divisões celulares, formação do câmbio e dos vasos xilemáticos, sendo essas estruturas dependentes da partição de nutrientes pela plântula. Nesse contexto, os extratos aquosos reduzindo o sistema radicular ou caulinar, poderão afetar essas estruturas, causando anormalidades nas plântulas e consequentemente sua morte (HOFFMANN et al., 2007). Avaliando a ação do extrato aquoso de folhas de Miconia albicans Triana (Melastomataceae) sobre germinação e crescimento inicial de plântulas de tomate, Gorla e Perez (1997) observaram interferência negativa no desenvolvimento radicular a partir da menor concentração (25%), sendo o efeito tóxico mais evidenciado a medida que foram aumentadas as concentrações. O crescimento aéreo e radicular das plantas receptoras Bidens pilosa L. (Asteraceae), Digitaria horizontalis Willd. (Poaceae), Melinis minutiflora P.Beauv. (Poaceae) e Zea mays L. (Poaceae) foram inibidos de maneira dose-dependente nas concentrações de 1, 3 e 5% (p/v) pelos extratos aquosos foliares de Caryocar brasiliense Cambess. (Caryocaraceae), Eugenia dysenterica DC. (Myrtaceae) e Qualea parviflora Mart. (Vochysiaceae), sendo a radícula à porção mais afetada (AIRES, 2007). O mesmo ainda observou mudanças morfológicas nas radículas, como redução de pêlos radiculares, diminuição no número de raízes laterais e escurecimento de tecidos. Anormalidade em plântulas de alface e rabanete também foram registrados por Felix et al. (2007), principalmente no seu sistema radicular, com raízes primárias apresentando-se atrofiadas e defeituosas. Nesse contexto, os efeitos deletérios sobre o metabolismo do sistema radicular são mais drásticos, uma vez que é alvo primário dos aleloquímicos, principalmente durante o desenvolvimento inicial da planta, onde é caracterizado por um alto metabolismo e sensibilidade ao estresse ambiental (CRUZ-ORTEGA et al., 1998). O conhecimento das interações e das substâncias químicas envolvidas nesses processos abre perspectivas para aproveitamento dos aleloquímicos na descoberta de novos 69 produtos, como agroquímicos e bioherbicidas (ANAYA, 1999; SOUZA-FILHO; ALVES, 2002b; FERREIRA, 2004). 4.2 Fenologia 4.2.1 Formação e queda foliar Nas observações realizadas em campo (outubro de 2009 a maio de 2011) pode-se verificar que grande parte dos indivíduos de Secondatia floribunda apresentou folhas durante todo o ano. O brotamento se deu no início de outubro até meados de dezembro, advindo possivelmente, das primeiras chuvas ocorrentes na região (chuva do cajú). Por outro lado, a partir de janeiro alguns indivíduos apresentaram folhas secas, com maior intensidade registrada no período de estiagem (agosto-setembro), onde perderam quase que totalmente sua folhagem (Figura 7). O pico de produção de folhas novas coincide com o início de floração. Este comportamento é vantajoso para a espécie, pois garante produção de recursos fotossintéticos na primeira etapa do processo reprodutivo (OLIVEIRA, 1998). Nas espécies de áreas de cerrado estudadas em Goiânia - GO (RIZZO et al., 1971), Mogi-Guaçu - SP (MANTOVANI; MARTINS, 1988), Cuiabá - MT (NASCIMENTO; VILLELA; LACERDA, 1990) e Pirassununga – SP (BATALHA; ARAGAKI; MANTOVANI, 1997), o brotamento também se deu no início de outubro, coincidindo com o final da estação seca e início da chuvosa. Os resultados da queda foliar estão de acordo com aqueles obtidos no cerrado de São Paulo por Batalha, Aragaki e Mantovani (1997), onde a deciduidade foliar e a morte dos ramos de várias espécies tornaram-se evidentes a partir de junho, atingindo seu máximo no final de julho a agosto, alcançando o mínimo de cobertura vegetal no início de setembro em seus diferentes estratos. Para os autores, esse momento coincide com o período mais seco do ano naquela região (junho-setembro), quando concomitantemente ocorre à diminuição da pluviosidade e da temperatura média mensal. 70 A B FIGURA 7 - Brotamento e queda foliar de Secondatia floribunda durante os meses de outubro de 2009 a maio de 2011 em uma área de cerrado na Chapada do Araripe. (A) Formação e queda das folhas; (B) Precipitação Média Mensal das Chuvas no posto Crato. 71 A abscisão foliar na maioria das espécies de Leguminosas arbóreas de uma área de cerrado do Maranhão coincide com os primeiros meses da seca, atingindo máximo nos meses de agosto, setembro e outubro, enquanto a rebrota e expansão inicial das folhas ocorrem ainda nesta estação, entre os meses de outubro e novembro, antes das primeiras chuvas (BULHÃO; FIGUEIREDO, 2002). Destacaram ainda que a abscisão das folhas no início da seca é precedida da redução da atividade de crescimento nos meristemas apicais da parte aérea, manifestada pela interrupção da produção de novas folhas. Na Estação Ecológica e Experimental da Universidade de Brasília em uma área de cerrado sensu stricto na Fazenda Água Limpa, Felfili et al. (1999) observaram que o pico de queda de folhas em Stryphnodendron adstringens (Mart.) (Fabaceae) se deu concomitantemente com a emissão de folhas novas, no período de estiagem (Setembro). As espécies de cerrado apresentam variações sazonais quanto a produção de folhas, flores e frutos, representando com isso, adaptações a fatores bióticos ou abióticos (VAN SCHAIK, TERBORGH e WRIGHT, 1993). Amorim, Sampaio e Araújo (2009) constataram em um trecho de caatinga na Estação Ecológica de Seridó, Serra Negra do Norte – RN que o fluxo de folhas de Aspidosperma pyrifolium Mart (Apocynaceae) também havia se iniciado um pouco antes da estação chuvosa ter-se consolidado e sua formação foi fortemente influenciada pela pluviosidade. A perda foliar ocorreu entre agosto e novembro, podendo não ocorrer na totalidade em um ano e perder por um a dois meses em outro ano. Em estudos anteriores realizados em áreas de caatinga, todas as plantas analisadas perderam suas folhas a partir de junho, julho ou agosto, logo depois da estação das chuvas (BARBOSA et al., 1989; PEREIRA et al., 1989; MACHADO; BARROS; SAMPAIO, 1997). Esse processo não depende somente das chuvas, mas também da reserva hídrica no solo, que pode assegurar a disponibilidade de água para as plantas por diferentes períodos, em distintos microssítios, criando uma variabilidade maior na comunidade (JOLLY; RUNNING, 2004). Nesse contexto, a abscisão foliar seria uma adaptação vegetativa contra a perda de água e carbono, permitindo a sobrevivência dos indivíduos em condições desfavoráveis (RIZZINI, 1979; KIKUZAWA, 1995). 72 4.2.2 Floração e Frutificação Em relação ao período de floração, os espécimes de Secondatia floribunda apresentaram tanto botões florais quanto flores durante os meses de outubro a janeiro, com pico no final da estação seca e início da chuvosa (outubro) (Figura 8). Este padrão foi o mesmo observado por Aoki e Santos (1980) nas espécies de cerrado do Distrito Federal; Miranda (1995) no Pará e Costa, Araújo e Lima-Verde (2004) na Chapada do Araripe - CE, onde a maioria das espécies floresceu no período seco do ano. O componente herbáceo-subarbustivo de 61 espécies estudadas em uma comunidade de campo no Distrito Federal apresentou período de floração distribuído durante todo estudo, com concentração na estação chuvosa (MUNHOZ; FELFILI, 2005). Estudos realizados com 358 espécies em uma área de cerrado no Distrito de Emas, Pirassununda - SP, os componentes herbáceo-subarbustivo e arbustivo-arbóreo comportaramse de maneira distinta. As espécies arbustivo-arbóreas floresceram principalmente no início da estação chuvosa, enquanto que as herbáceo-subarbustivas floresceram, de modo geral, apenas no final da estação úmida, após período de acúmulo de carboidratos (BATALHA; ARAGARI; MANTOVANI, 1997). Desse modo, assincronia ou divergência no período de floração entre espécies geralmente ocorrem para evitar transferência interespecífica de pólen e hibridização (RATHCKE; LACEY, 1985). Durante o período de floração da espécie em estudo, nem todos os indivíduos selecionados apresentaram flores, não havendo sincronismo entre os indivíduos, sendo esse comprotamento também verificado em Aspidosperma pyrifolium Mart. (Apocynaceae), onde tiveram no máximo cinco indivíduos florescendo (AMORIM; SAMPAIO; ARAÚJO, 2009). No ano de 2010, foram observados em S. floribunda dois meses sem flores e frutos (fevereiro e março), enquanto em 2011 tal ocorrência registrou-se somente em fevereiro, caracterizando o período vegetativo da espécie. Desse modo, Amorim, Sampaio e Araújo (2009) afirmaram que os padrões de floração em relação às chuvas não revelam uma correspondência nítida, indicando que, possivelmente, há interação com outros fatores, o que torna as interpretações bastante complexas. 73 A B FIGURA 8 - Período de floração de Secondatia floribunda durante os meses de outubro de 2009 a maio de 2011 em uma área de cerrado na Chapada do Araripe. (A) Botões florais e período de floração; (B) Precipitação Média Mensal das Chuvas no posto Crato. 74 Nesse contexto, alguns fatores precisam ser levados em consideração quando analisados as fenofases associadas aos fatores abióticos. Dentre elas estão as que relacionam às chuvas com disponibilidade hídrica para as plantas (JOLLY; RUNNING, 2004), bem como, topografia, profundidade de solo e posição de lençol freático (BORCHERT et al., 2004). Além dos fatores ligados às reservas hídricas, a temperatura, a luz e umidade do ar também têm sido apontados como fatores que influenciam os fenômenos fenológicos, isoladamente ou interagindo entre si (VAN SCHAIK; TERBORGH; WRIGHT, 1993; BORCHERT et al., 2004). Os episódios de frutificação em S. floribunda registraram presença de frutos de março a setembro, sendo a partir de maio observado indivíduos com frutos secos. O período de frutificação se inicia na estação chuvosa, prolongando-se até a queda das folhas (Figura 9). Esse comportamento também foi verificado na maioria das espécies ocorrendo em áreas de cerrado no município de Barbalha – CE por Costa, Araújo e Lima-Verde (2004) e em um campo sujo estudado por Munhoz e Felfili (2005) no Distrito Federal. Em remanescente de cerrado da Reserva Particular de Patrimônio Natural da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campo Grande – MS, o período de frutificação de Byrsonima intermedia A. Juss. (Malpighiaceae) durou cerca de oito meses, ocorrendo principalmente na estação chuvosa, com pico em dezembro-janeiro, enquanto em B. pachyphylla Griseb (Malpighiaceae) durou até seis meses, ocorrendo na estação seca, com pico em setembro-outubro (BOAS, 2009). A frutificação em espécies de cerrado maranhense corrobora com os apresentados neste trabalho, se iniciando na estação chuvosa, estendendo-se até os meses de seca (agosto e setembro), com pico no final da estação chuvosa e início da seca que se estendeu de maio a agosto (BULHÃO; FIGUEIREDO, 2002). Os frutos da espécie em estudo são deiscentes do tipo folículo e sua dispersão é anemocórica, considerada por Augspurger e Franson (1987) mais eficiente na estação seca. No entanto, os frutos secos apresentam um prolongado período de frutificação, diferentemente de frutos do tipo carnoso, onde a oferta como alimento para a fauna se restinge a um curto período do ano (AMORIM; SAMPAIO; ARAÚJO, 2009). Desse modo, a maturação dos frutos na estação seca, pouco antes do início das chuvas, aumenta a probabilidade de germinação e crescimento das plântulas (FELFILI et al., 1999). 75 A B FIGURA 9 - Período de frutificação de Secondatia floribunda durante os meses de outubro de 2009 à maio de 2011 em uma área de cerrado na Chapada do Araripe. (A) Período de frutificação; (B) Precipitação Média Mensal das Chuvas no posto Crato. 76 Verificou-se que dos indivíduos florados, apenas quatro frutificaram, observando-se 1 a 12 frutos por espécime. Tal fato pode está relacionado de acordo Vieira e Grabalos (2003), a um baixo nível de polinização natural, resultando em baixa frutificação, devido a um complexo mecanismo de polinização, que parece ser compensado pela produção de muitas sementes por fruto. Resultados contrastantes podem ser observados no trabalho de Amorim, Sampaio e Araújo (2009) com Aspidosperma pyrifolium Mart (Apocynaceae), onde a frutificação ocorreu em todos os indivíduos que floresceram em 2000. Os autores verificaram ainda que os baixos índices pluviométricos e irregularidade na distribuição das chuvas podem favorecer a baixa taxa de fecundidade de flores de espécies com frutificação irregular. Na figura 10 encontra-se um resumo das observações fenológicas de Secondatia floribunda na área estudada, destacando as fenofases de floração, frutificação e período vegetativo. Em suma, estudos sobre fenologia em áreas de cerrado no Brasil são escassos, principalmente nos estratos herbáceo-arbustivos, merecendo mais esforço dos pesquisadores com investigações a longo prazo que permitam o entendimento da história de vida da espécie em estudo, visando à obtenção de informações mais precisas sobre os padrões fenológicos evidenciados nesta pesquisa. 77 A D B E C F FIGURA 10 - Área de cerrado na Chapada do Araripe onde foi realizado o estudo fenológico de Secondatia floribunda, destacando suas fenofases em (A) Período vegetativo; (B) Botões florais; (C) Floração; (D) Perda das folhas; (E) Frutificação; (F) Final de Frutificação. 78 4.3 Prospecção fitoquímica dos constituintes presentes no extrato etanólico Nas análises químicas do extrato etanólico de folhas secas de S. floribunda, verificouse a presença de taninos, flavononas, flavononóis, flavonas, flavonóis, xantonas e alcalóides na sua constituição. Dessas classes de metabólitos secundários, flavanóides e alcalóides já foram registrados em abundância nos gêneros Tabernaemontana e Zeyheria, assim como, saponinas, terpenos e esteróides (DE MIRANDA et al., 2001; TAESOTIKUL, 2003; CHI et al., 2005; BÉLO et al., 2009). Barros (2008) pesquisando as principais classes de metabólitos presentes no Extrato Etanólico Bruto (EEB) em folhas de Hancornia speciosa Gomes (Mangaba), constatou a presença de terpenos, composto nitrogenados, flavonóides, cumarinas, saponinas e ácidos de cadeia longa. No trabalho comparativo entre o extrato etanólico das cascas de Aspidosperma parvifolium A. DC. (Apocynaceae) e Geissospermum vellosii Allemão (Apocynaceae), foi observada a presença de alcalóides e flavonóides no primeiro, enquanto que na tintura do segundo verificou-se apenas a presença de polifenóis (JÁCOME; SOUZA; OLIVEIRA, 2003). Estudos com extratos de raízes e caule de Peschiera affinis (Müll. Arg.) Miers (Apocynaceae) observaram a presença de alcalóides do tipo iboga (SANTOS et al., 2009). Já o trabalho de Henrique, Nunomura e Pohlit (2010) com extratos alcalódicos das cascas de Aspidosperma vargasii A. DC. (Apocynaceae) e A. desmanthum Benth ex. Mull. (Apocynaceae), observaram uma fonte promissora de alcalóides indólicos, dos quais foram isolados elipticina, N-metiltetra-hidroelipticina e aspidoscarpina. No trabalho de Rodrigues, Duarte-Almeida e Pires (2010) com extatos hidroalcoólicos obtidos das cascas e folhas de Himatanthus sucuuba (Spruce ex Müll. Arg.) Woodson (Apocynaceae) foram observados a presença de alcalóides, cumarinas, compostos fenólicos, flavonóides, taninos, iridóides e triterpenóides, utilizando técnicas cromatográficas de acordo com Markhan (1982). Segundo Figueiredo et al. (2010), os alcalóides indólicos monoterpênicos isolados e identificados das raízes e folhas de Tabernaemontana salzmannii A. DC. (Apocynaceae) apresentaram atividade antileucêmica. Além dessa, inúmeras atividades biológicas foram encontradas para esses tipos de alcalóides, das quais se podem destacar as atividades 79 antitumoral, antimicrobiana, anti-hipertensiva e estimulante do sistema nervoso central (VERPOORTE, 1998). Os metabólitos secundários possuem funções de extrema importância no organismo vegetal, tais como: atração de polinizadores (pigmentos e aromas), sinalização (feromônios), defesa contra patógenos (fitotoxinas e fitoalexinas), alelopatia, desefa contra herbivoria (substâncias impalatáveis) e estrutura física (lignina) (LARCHER, 2000; TAIZ; ZEIGER, 2004). Nesse contexto, quaisquer danos celulares ao nível de organelas podem vir a prejudicar o transporte de proteínas e a exploração de substâncias para o desenvolvimento e crescimento celular (KOITABASHI et al., 1997; BURGOS et al., 2004). Assim sendo, em plântulas de tomate o crescimento radicular foi inibido por flavonóides que impediam o transporte de auxina induzindo menor desenvolvimento radicular (BRUNN et al., 1992). Os aleloquímicos podem corresponder a alcalóides, terpenos e a uma variedade de compostos fenólicos (PUTNAM; DUKE, 1978; PUTNAM, 1985). Os ácidos fenólicos, as cumarinas, os polifenóis e os flavonóides são apontados como aleloquímicos que atuam como herbicidas inibitórios da fotossíntese, alterando o transporte de elétrons e a fosforilação nos fotossistemas (RIZVI et al., 1992; DURIGAN; ALMEIDA, 1993). 4.4 Atividade antibacteriana e moduladora do extrato etanólico Analisando os resultados obtidos para atividade antibacteriana do extrato etanólico frente às linhagens padrões gram-positivas e gram-negativas, verificou-se que em todas as linhagens a Concentração Inibitória Mínina (CIM) foi igual ou superior a 1024µg/mL, não havendo atividade inibitória do ponto de vista clínico para os organismos testados nesta concentração. Os resultados corroboram com Santos et al. (2007) em análises feitas com o látex de Hancornia speciosa Gomes (Apocynaceae) frente as linhagens Staphylococcus aureus, Neisseria meningitidis, Streptococcus sp., S. pneumoniae e Mycobacterium tuberculosis, onde as mesmas não apresentaram atividade antimicrobiana, havendo crescimento dos microrgamismos em todos os testes analisados. 80 O extrato metanólico do caule de Aspidosperma ramiflorum Müll.Arg. (Apocynaceae) foi inativo contra as bactérias Gram-negativas Escherichia coli e Pseudomonas aeruginosa nas concentrações ≤1000μg/mL (TANAKA et al., 2006). Contudo, estudos realizados com 38 extratos orgânicos e aquosos obtidos de 11 espécies de Apocynaceae ocorrentes na Amazônia, demonstram que apenas o extrato orgânico do caule de Tabernaemontana angulata Mart. ex Müell. Arg não apresentou ativo contra S. aureus ATCC 6538 com uma CIM na faixa de 2,51,25mg/mL. Porém, o extrato orgânico das folhas de Himatanthus attenuatus (Benth.) Woodson (Apocynaceae) frente Pseudomonas aeruginosa ATCC 9027 apresentou pouca atividade contra o organismo testado (SUFFREDINI et al., 2002). Por outro lado, Assis et al. (2009) testando a atividade antibacteriana do caule de Tabernaemontana angulata Mart. ex Müll. Arg. (Apocynaceae) pelo método de diluição em caldo, observou que o Extrato Bruto (EB) apresentou atividade antimicrobiana significativa contra S. aureus ATCC 6538, com uma CIM de 4,0mg/mL e uma Concentração Bactericida Mínima (CBM) de 8,0 mg/mL. Entretanto, os Alcalóides Totais (AT), bem como, todas as frações obtidas da separação cromatográfica dos mesmos, não revelaram atividade relevante. Essa atividade encontrada no EB se deve provavelmente a presença de flavonóides, classe essas comum dentre as espécies de Apocynaceae (SUFFREDINI et al., 2002; SCHRODER et al., 2004; CHATTOPADHYAY et al., 2006). Os dados publicados acerca da atividade antibacteriana para espécies de Apocynaceae parecem muitas vezes conflitantes, conforme apresentado acima para T. angulata. Estas inconsistências podem está relacionandas as variações na técnica de cada ensaio (NG et al., 1996; KIM; BAE; HAN, 1999; VERAS et al., 2011). Em relação à atividade moduladora de antibióticos frente às linhagens bacterianas multiressistentes, observou a interferência do extrato quando associado aos aminoglicosídeos nas concentrações subinibitórias (CIM 1/8). Verificou-se que para E. coli o extrato potencializou a atividade dos antibióticos amicacina e neomicina, reduzindo as CIMs de 312,5 para 19,53 e 78,12 para 19,53, respectivamente. Por outro lado, o efeito do extrato associado à neomicina quando em contato com S. aureus aumentou de 9,76 para 39,06, apresentando um efeito antagônico (Tabela 11). 81 Tabela 11 - Atividade moduladora do extrato etanólico de Secondatia floribunda frente às linhagens bacterianas multiresistentes. Antibióticos Staphylococcus aureus SA 358 Controle EESF (µg/mL)* Escherichia coli EC 27 Controle EESF (µg/mL) Amicacina 19,53 19,53 Gentamicina 2,44 2,44 Neomicina 9,76 39,06 * EESF: Extrato Etanólico de Secondatia floribunda 312,5 39,06 78,12 19,53 39,06 19,53 O efeito sinérgico verificado na tabela acima para E. coli EC 27 (multiressistente) não foi observado para E. coli ATCC 10536 (padrão). Isso se deve ao fato da ausência de quaisquer mecanismos de resistência aos aminoglicosídeos nas cepas padrões (COUTINHO et al., 2010), confirmando, com isso, um efeito potenciador do EESF na atividade aminoglicosídeo. Nesse sentido, a atividade sinérgica observada no EESF quando associado à amicacina e neomicina frente a E. coli EC 27, provavelmente está relacionada com a presença de alcalóides, uma vez que, já foi descrito na literatura que alcalóides de Apocynaceae possivelmente é detentora de atividade antimicrobiana (ROJAS-HERNANDEZ, 1979; VAN BEEK et al., 1985, MUNOZ et al., 1994; ASSIS et al., 2009). Bruneton (1999) afirmou que alguns alcalóides isolados já tiveram seu potencial medicinal confirmados, destacando-se a atividade anestésica (cocaína), antitumoral (vimblastina e vincristina), antimalárica (quinina) e antibacteriana (berberina). A combinação de produtos naturais com drogas sintéticas para melhorar a eficácia da atividade também tem sido investigada em estudos com plantas da família Apocynaceae. O extrato metanólico do caule de Aspidosperma ramiflorum potencializou a atividade dos aminoglicosídeos, apresentando uma CIM de 1,5 e 6,2μg/mL para tetraciclina frente E. coli e P. aeruginosa, respectivamente, e uma CIM de 0,01μg/mL para penicilina quando em contato com S. aureus (TANAKA et al., 2006). Em estudos anteriores já foram relatados atividade contra as bactérias Gram positivas em alguns extratos de espécies de Apocynaceae (SUFFREDINI, 2000; SUFFREDINI et al., 2002). O extrato etanólico das folhas de Momordica charantia L. (Curcubitaceae) quando analisado para a atividade antibacteriana frente a E. coli multirresistente, não apresentou atividade do ponto de vista clínico com CIM ≥ 1024 μg/mL, porém, quando associado a amicacina e neomicina apresentou sinergismos com efeito aditivo (COUTINHO et al., 2008a). 82 O efeito antagônico observado para Staphylococcus aureus SA 358 possivelmente está relacionado à presença de flavonóides no extrato. Segundo Veras et al. (2011), o uso combinado de antibióticos com outras substâncias pode levar a vários efeitos, como o antagonismo observado entre aminoglicosídeos e o flavonóide isoquercetina. Para Costa et al. (2007), a busca de novos drogas com potencial antibacteriano é importante devido o aumento da resistência das linhagens bacterianas aos antibióticos. Dessa forma, as bactérias têm apresentado inúmeros mecanismos para desenvolver resistência às drogas, podendo alterar o sítio de ligação, inativando ou destruindo a ação enzimática, diminuindo a entrada ou aumentando a retirada dos antibióticos (BROOKS; BUTEL; MORSE, 2000). Assim, os produtos naturais de origem vegetal podem alterar o efeito dos antibióticos, seja aumentando a atividade antibiótica ou revertendo à resistência (COUTINHO et al., 2008b). Com isso, os estudos relacionados com a associação de produtos naturais e drogas sintéticas têm aumentado progressivamente e os resultados mostram-se ainda promissores (SOUSA, 2010). De acordo com Cowan (1999), enquanto 25 a 50% dos medicamentos atuais são derivados de plantas, nenhum deles são usados como agentes antimicrobianos. As plantas produzem moléculas altamente bioativos que lhes permitem interagir com outros organismos em seu ambiente. Muitas destas substâncias são importantes na defesa contra herbívoros e contribui para a resistência às doenças. 4.5 Atividade antifúngica e moduladora do extrato etanólico O extrato etanólico não inibiu o crescimento das três espécies de Candida testadas, apresentando uma CIM ≥ 1024. Entretanto, quando o extrato associado ao antifúngico Benzoil antagonizou o meio frente à linhagem C. albicans ATCC 40006, aumentando a CIM de 128 para ≥ 1024 (Tabela 12). 83 Tabela 12 - Atividade moduladora do extrato etanólico de Secondatia floribunda frente às linhagens fúngicas. Antifúngicos C. albicans ATCC 40006 Controle EESF (µg/mL)* Anfotericina B ≥ 1024 ≥ 1024 Benzoil 128 ≥ 1024 Metronidazol ≥ 1024 ≥ 1024 Nistatina ≥ 1024 ≥ 1024 * EESF: Extrato Etanólico de Secondatia floribunda C. krusei ATCC 2538 Controle EESF (µg/mL) ≥ 1024 ≥ 1024 ≥ 1024 ≥ 1024 ≥ 1024 ≥ 1024 ≥ 1024 ≥ 1024 C. tropicalis ATCC 40042 Controle EESF (µg/mL) ≥ 1024 ≥ 1024 ≥ 1024 ≥ 1024 ≥ 1024 ≥ 1024 ≥ 1024 ≥ 1024 Resultados semelhante foram obtidos por Santos et al. (2007), ao verificarem que o látex de Hancornia speciosa Gomes (Mangabeira) quando em contato com Candida albicans não inibiu o crescimento fúngico, portanto, não apresentou ação antifúngica. Em outros estudos com folhas de mangabeira, os Extratos Hexânico (EH) e Etanólico (EE) também não inibiram o crescimento das cepas de Mucor hiemalis CCT 2235, Rhizopus sp CCT 3248, Geotrichum candidum CCT 1205, Penicillium sp. CCT 2147, Epidermophyton floccosum URM 4799, Trichophyton mentagrophytes ATCC 9533, Candida parapsilosis CCT 3438 e Aspergillus fumigatus CCT 1277, não havendo formação de halos de inibição para as concentrações avaliadas (BARROS, 2008). Por outro lado, extratos obtidos de espécies de Apocynaceae da Amazônia, como: o extrato orgânico de colmo juntamente com as folhas de Aspidosperma sp.; extrato orgânico do caule de Macoubea sprucei; extratos aquosos e orgânicos do caule de Malouetia tamaquarina; extrato orgânico do caule de Microplumeria anomala e extrato orgânico do caule de T. angulata apresentaram pouca atividade antifúngica frente a C. albicans (SUFFREDINI et al., 2002). De acordo com Granowitz e Brown (2008), os efeitos antagônicos do uso combinado de drogas podem ser atribuídos à quelação mútua, ou seja, a presença de extratos vegetais pode reduzir a atividade dos antifúngicos convencionais. Apesar do EESF não apresentar atividade de inibição de fungos, existem trabalhos com técnicas de difusão em disco que mostraram-se eficazes na inibição do crescimento dos microrganismos testados quanto analisado a atividade modificadora de anfotericina B e nistatina em contato direto com extratos vegetais (BARROS, 2008). Segundo Menezes et al. (2009), alguns fatores devem ser levados em consideração quando for analisado os resultados da atividade biológica, como a técnica utilizada, o meio de crescimento, o microorganismo, o material botânico, a colheita, a técnica de extração e as 84 variações genéticas de uma mesma espécie, podendo algum desses fatores alterar o teor de princípio ativo da espécie. Para Lee et al. (2001), avaliar a resistência a agentes antifúngicos utilizando o teste de microdiluição é trabalhoso e caro, sendo o teste de difusão em discos mais adequados para procedimentos laboratoriais de triagem da resistência de cepas de Candida. Nesse sentido, o estudo de Pfaller et al. (2004) com 2.949 Candida spp testadas pelo método de difusão em disco e pelo método de microdiluição em caldo, reveleram que o teste em difusão de disco mostrou-se excelente para detectar cepas de Candida spp. resistentes aos antifúngicos. Dessa forma, nota-se que há muitas variáveis, e o fato de não ter sido verificado resultado positivo para a atividade antifúngica, não invalida novos estudos de cunho farmacológico e microbiológico, afim de avaliar, caracterizar e confirmar o potencial do extrato da espécie em estudo. 85 5 CONCLUSÕES O extrato aquoso de catuaba-de-cipó não apresentou atividade sobre a germinabilidade de sementes de tomate. O extrato aquoso das folhas frescas de Secontia floribunda (catuaba-de-cipó) provocou um atraso na velocidade de germinação e uma diminuição no desenvolvimento das plântulas. As manifestações fenológicas foram observadas durante todo ano, sendo a presença de folhas fortemente influenciada pela pluviosidade, ocorrendo brotamento nas primeiras chuvas e queda foliar no período de seca. Os indivíduos floresceram ao final do período seco e os frutos foram observados no período chuvoso. A análise do Extrato Etanólico de Secondatia floribunda (EESF) revelou a presença de taninos, flavonóides e alcalóides, sendo estes provavelmente, detentores das atividades alelopática e biológica, observadas nesta pesquisa. O Extrato Etanólico de Secondatia floribunda (EESF) não apresentou atividade antibacteriana e antifúngica relevantes do ponto de vista clínico para todas as linhagens testadas. O Extrato etanólico quando associado a drogas sintéticas, potencializou a atividade sinérgica dos aminoglicosídeos quando em contato com Escherichia coli EC 27. Atividade antagônica foi observada no extrato etanólico quando associado ao antibiótico neomicina em contato com Staphylococcus aureus AS 358, assim como, o antifúngico Benzoil, frente à Candida albicans ATCC 40006, aumentando as Concentrações Inibitórias Míninas, consideravelmente. 86 REFERÊNCIAS AGRA, M.F.; BARACHO, G.S.; BASÍLIO, I.J.D.; NURIT, K.; COELHO, V.P; BARBOSA, D.A. Sinopse da flora medicinal do Cariri Paraibano. Oecologia Brasiliensis, v.11, n.3, p.323-330, 2007. AGRA, M.F.; FREITAS, P.F.; BARBOSA-FILHO, J.M. Synopsis of the plants known as medicinal and poisonous in Northeast of Brazil. Brazilian Journal of Pharmacognosy, v.17, n.1, p.114-140, 2007. AGRA, M.F.; SILVA, K.N.; BASÍLIO, I.J.L.D.; FREITAS, P.F.; BARBOSA-FILHO, J.M. Survey of medicinal plants used in the region Northeast of Brazil. Brazilian Journal of Pharmacognosy, v.18, n.3, p.472-508, 2008. AIRES, S.S. 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Preparação de extrato: Material: 300mg de extrato; Solvente hidrofílico: 30mL de álcool (70%). II. o Prospecção de constituintes do extrato hidroalcoólico: Operações preliminares Separe sete porções de 3mL em frasco numerados. o Teste de fenóis e taninos Tome fraco (1) e junto três gotas de solução alcoólica de FeCl3. Agite bem e observe qualquer variação de sua cor ou formação de precipitado abundante, escuro. Compare com um teste em branco, isto é, usando apenas água destilada e cloreto de férrico. Análise dos Resultados Coloração variável entre azul e vermelho é indicativo da presença de fenóis, quando o teste “branco” for negativo. Precipitado escuro de tonalidade azul indica a presença de taninos pirogálicos (taninos hidrolizáveis). Precipitado escuro de tonalidade verde indica presença de taninos flababênicos (taninos condensados ou catéquicos). o Teste para antocianinas, antocianidinas e flavonóides Tome os frascos de número 2, 3 e 4, acidule (HCl 1%) um deles a pH 3, alcalinize (NaOH 2,5%) outro a pH 8,5 e o terceiro a pH 11. Observe qualquer mudança da coloração do material. Aparecimento de cores diversas indica a presença de vários constituintes, de acordo com a tabela seguinte: 117 ANEXO B - Prospecção de constituintes químicos de extratos de plantas descrita por MATOS (2009), adaptado pelo Laboratório de Química de Produtos Naturais (LPPN) da Universidade Regional do Cariri – URCA Continuação... Análise dos Resultados Constituintes Cor do meio Ácido (pH 3) Alcalino (pH 8,5) Alcalino (pH 11) Vermelha Lilás Azul-púrpura - - Amarela Chalconas e Auronas Vermelha - Vermelha púrpura Flavononóis - - Vermelha laranja Antocianinas e Antocianidinas Flavonas, Flavonóis e Xantonas Obs.: A presença de um constituinte pode mascarar a cor indicativa da presença de outro. o Teste para leucoantocianidinas, catequinas e flavononas Toma os fracos numerados 5 e 6, acidule o primeiro por adição de HCl até pH 1-3 e alcalinize o outro com NaOH até pH 11. Aqueça-os com auxílio de uma lâmpada de álcool durante 2-3 minutos, cuidadosamente. Observe qualquer modificação na cor, por comparação com os tubos correspondentes usados no teste anterior. Aquecimento ou intensificação de cor indica a presença de constituintes específicos na tabela seguinte: Análise dos Resultados Constituintes Cor do meio Ácido Alcalino Leucoantocianidinas Vermelha - Catequinas Pardo-amarelada - Flavononas - Vermelha laranja Obs.: No caso da presença de ambos, um constituinte pode mascarar a cor do indicativo de outro. 118 ANEXO B - Prospecção de constituintes químicos de extratos de plantas descrita por MATOS (2009), adaptado pelo Laboratório de Química de Produtos Naturais (LPPN) da Universidade Regional do Cariri – URCA Continuação... o Teste para alcalóides Preparação do extrato: Material: 300mg de extrato etanólico bruto. Solvente: 30mL de ácido acético 5%. Aquecer essa solução até a fervura por alguns minutos. Transferir para um funil de separação. Em seguida, alcalinizar com NH4OH 10% (10mL). Acompanhar o pH com auxílio de papel indicador. Adicionar clorofórmio (15mL), agita-se e deixar em repouso. Se houver a presença de alcalóides esses irão passar para a fase clorofórmica denominada “fração alcaloídica”. Coletar a fase clorofórmica com auxílio de um béquer. Fazer a evaporação do solvente, restando apenas um resíduo que deve conter alcalóide. Adiciona-se gotas de HCl 1% e homogeneizar a solução. Aplicar sobre uma lâmina de vidro uma gota da solução clorídrica obtida ao lado de 1 gota de reagente Draggendorff. Misturam-se as duas soluções. Análise dos Resultados O aparecimento de precipitado é indicativo da presença de alcalóides.