relatório do 1º encontro

Transcrição

relatório do 1º encontro
COMITÊ BRASILEIRO SOBRE
RECUSAS E DEMORAS NO TRANSPORTE DE MATERIAIS
NUCLEARES E OUTROS MATERIAIS RADIOATIVOS
Relatório do Primeiro Encontro e
Plano de Ação Nacional
2
Introdução e breve histórico
O transporte de materiais nucleares e outros materiais radioativos representa uma
parte importante das diversas etapas do processo da aplicação da energia nuclear.
A manutenção de um eficiente e seguro processo de transporte é do interesse de
consignadores, consigatários, expedidores, transportadores, mineradores,
operadores e prestadores de serviços especializados que direta ou indiretamente
estão ou venham estar envolvidos com o transporte da classe 7 dos produtos
perigosos.
O crescente número de ocorrências de recusa ou demora em aceitar cargas
contendo material radioativo para transporte no Brasil, tem causado prejuízos
financeiros, sociais e de imagem institucional a médicos, pacientes, hospitais,
empresas de prestação de serviços especializados, empresas de geração de
energia elétrica e pessoas que fazem uso de materiais radioativos. A situação gera
preocupação e sugere a necessidade de atuação da Comissão Nacional de Energia
Nuclear, através de sua Diretoria de Radioproteção e Segurança Nuclear, para
minimizar essas ocorrências.
Recusas e demoras no transporte de materiais nucleares e outros materiais
radioativos têm ocorrido em todos os modais e em diferentes países. Em julho de
2003 a Agência Internacional de Energia Atômica/AIEA organizou uma conferência
Internacional sobre a Segurança do Transporte de Materiais Radioativos. Na
conferência foram relatados e discutidos os primeiros registros de ocorrência de
recusas e demoras. A conferência recomendou à AIEA que iniciasse projetos de
cooperação com as agências de transporte modal (IMO, ICAO, ECE), com
Organizações de classe (IATA, IFALPA, UPU) e outras partes interessadas
(empresas e associações de classe) para identificar e eliminar as causas da nãoaceitação de cargas radioativas para fins de transporte. A conferência recomendou
também que a AIEA desenvolvesse estratégia e plano de ação para abordar e
ajudar a minimizar o problema.
A AIEA criou então o Comitê Diretivo Internacional sobre Recusas e Demoras
(International Steering Committee - ISC). O comitê internacional recomendou aos
países membros da AIEA que comitês nacionais fossem criados para disseminar a
estratégia desenvolvida em nível internacional e para estabelecer o plano de ação
nacional para o combate às recusas e demoras. A DRS/Diretoria de Radioproteção
e Segurança Nuclear da CNEN divulgou mensagem informando sua decisão de
estabelecer e coordenar ações que levem à redução de ocorrências de recusas e
demoras e nomeou um Ponto Focal Brasileiro para interagir com as diversas partes
interessadas.
Em cooperação com a ABENDI/Associação Brasileira de Ensaios Não Destrutivos e
Inspeção, a DRS/CNEN realizou nos dias 19 e 20 de abril de 2010 o primeiro
encontro nacional para disseminar as informações existentes sobre o assunto,
discutir possíveis ações em nível nacional e criar um comitê dedicado a unir
esforços para a solução do problema. No mencionado encontro foi criado o Comitê
Brasileiro sobre Recusas e Demoras no Transporte de Materiais Nucleares e outros
Materiais Radioativos. Um plano de ação foi delineado e foram criados três grupos
de trabalho:
 Instalações radiativas;
 Instalações nucleares;
 Instalações mínero-industriais
3
O encontro definiu e adotou as premissas listadas a seguir.
Recusas e demoras resultam de:

Apreensão e percepção equivocada do risco por parte de transportadores,
armadores, companhias aéreas e marítimas e membros do público;

Falta de informação sobre a segurança do transporte;

Preocupação quanto ao possível custo elevado de
profissionais envolvidos em operações de transporte;

Multiplicidade, excessiva e, às vezes, contraditória regulamentação sobre os
materiais radioativos e seu transporte;

Interpretação incorreta da regulamentação.

Aspectos econômicos x exigências para a execução do transporte
treinamento para
Sobre o Comitê:
Grupo de partes interessadas - composto por profissionais, empresas, organizações
de classe, autoridades competentes e outros - dedicados a unir esforços para
reduzir, a níveis aceitáveis, as ocorrências de recusas e demoras no transporte de
materiais nucleares e outros materiais radioativos no Brasil. (definição)
Objetivos do Comitê:
Assegurar a sustentabilidade do transporte de materiais nucleares e outros
materiais radioativos, garantindo assim a continuidade das atividades que envolvem
a utilização dos materiais nucleares e outros materiais radioativos.
Quais as funções do Comitê:
Identificar, planejar e programar ações que levem à redução de casos de recusas e
demoras no transporte de materiais nucleares e outros materiais radioativos no
Brasil.
Buscar informações e contatos que possam auxiliar no cumprimento dos objetivos e
participar ativamente das atividades ligadas ao tema recusas e demoras no
transporte.
Sobre as responsabilidades de seus membros:
o
Difundir a existência e as funções do Comitê e contribuir para que seus objetivos
sejam alcançados.
o
Identificar e buscar recursos técnicos, humanos e (quando aplicável) recursos
financeiros que auxiliem na consecução dos objetivos do comitê.
Nota: os membros do Comitê estão desobrigados de executar qualquer ação,
participar de qualquer evento ou atividade que se mostre de potencial ou real
conflito com atribuições, funções ou deveres seus ou de suas organizações de
origem.
Custos da participação nas atividades e eventos do comitê:
Os membros arcarão com os custos de sua participação em reuniões e outros
eventos associados ao trabalho do comitê. Isto não impede que esses membros se
beneficiem de um eventual suporte financeiro.
4
Bases para o plano de ação:
o
Educação e treinamento formam a base das ações;
o
Deve haver medição do sucesso;
o
Deve haver um combinado esforço e uso da sinergia;
o
Deve haver constante troca de informações;
o
Deve ser encorajado o relato de ocorrências de recusas e demoras de forma a
facilitar a identificação de suas causas e causas-raiz;
Método de funcionamento:
O Ponto Focal desempenhará as funções de secretário do comitê. O secretário será
responsável pela preparação dos documentos de trabalho e de informação. O
secretário conduzirá as reuniões do comitê, podendo solicitar ou convidar pessoas
envolvidas com este tema ou pessoas de reconhecido conhecimento para auxiliá-lo
nas reuniões.
O comitê deve se reunir periodicamente (ex. a cada seis meses) para avaliar as
ações, rever o plano de ação nacional e programar atividades a serem
desenvolvidas. O resultado deve ser divulgado e relatado ao Comitê Diretivo
Internacional.
O Plano de Ação:
O plano de ação delineado no primeiro encontro tem como base o plano
estabelecido pelo Comitê Diretivo Internacional, mas não se restringe ou limita
àquele documento. O plano de ação leva em conta as características nacionais. Ele
será considerado como um documento vivo; podendo ser ampliado à medida que as
ações nele contidas sejam implementadas. O plano se divide em seis áreas de
atuação, a saber.
1. Alerta, sensibilização e mobilização;
2. Educação, treinamento e competência;
3. Comunicação, aproximação dos diferentes interessados;
4. Promoção do uso da energia nuclear;
5. Estudo e avaliação do impacto econômico;
6. Harmonização da legislação e da regulamentação
Nas páginas seguintes são detalhadas ações que compõem o plano nacional. São
também identificados os responsáveis imediatos pelas ações e respectivos prazos
para implementação.
É responsabilidade do Secretário do Comitê manter o plano atualizado.
5
DEFINIÇÃO E DETALHAMENTO DAS ÁREAS E DE AÇÕES
ALERTA, SENSIBILIZAÇÃO E MOBILIZAÇÃO
Método de registro das ocorrências de recusas e demoras no transporte de materiais radioativos com o objetivo de sensibilizar e
mobilizar as partes interessadas* quanto às conseqüências e prejuízos financeiros, sociais e de imagem.
*consignadores, consigatários, expedidores, transportadores, mineradores, operadores e prestadores de serviços especializados que direta ou indiretamente
estão ou venham a estar envolvidos com o transporte de materiais nucleares e/ou outros materiais radioativos.
AÇÃO
QUEM EXECUTA
QUANDO
Identificar as companhias marítimas potenciais para o transporte de Todos
materiais nucleares, outros materiais radioativos, minérios e associados.
Contínuo
Contatar armadores, autoridades portuárias e aeroportuárias para Participantes locais
desenvolver ações de treinamento e sensibilização.
Contínuo
Realizar levantamento de mercado para estimar demandas e custos de Empresas
fretes/transportes.
Imediato
Relatar ao NFP os casos de recusas e demoras identificadas.
Continuo
Consignadores,
ANDAMENTO
Expedidores,
Consignatários,
Transportadores
Agentes de carga.
Entrar em contato com o SIPRON e solicitar apoio para que as agências Walter Ferreira ou
tradicional e culturalmente ligadas ao Ministério da Defesa sejam
NFP, via DRS
“motivadas” a participar das atividades do comitê. Em especial a
participação da ANTAQ.
Imediato
6
EDUCAÇÃO, TREINAMENTO E COMPETÊNCIA.
Fornecer bases para o entendimento sobre as operações de transporte, por parte dos prestadores de serviço, expedidores,
transportadores, consignadores, consignatários e outros envolvidos neste tema, de forma a capacitá-los para cumprir os requisitos
impostos pela regulamentação.
AÇÃO
QUEM EXECUTA
QUANDO
Priorizar, de acordo com a visão do Comitê Nacional e levando em conta Todos
os grupos de trabalho (instalações nucleares, radiativas e míneroindustriais), os módulos de treinamento dirigido que serão oferecidos e/ou
disponibilizados.
28/05/2010
Solicitar à AIEA que providencie a tradução dos módulos específicos para RC, DRS/CNEN
o espanhol.
10/06/2010
De acordo com a prioridade estabelecida pelos grupos, organizar cursos NFP + empresas
dirigidos usufruindo-se dos módulos traduzidos pela AIEA.
Depende de
a AIEA
fornecer o
material.
Data
referencia:
Março 2011.
Solicitar que o Diretor da DRS interceda junto à AIEA visando a RC
realização, no Brasil, de um curso formal (2 semanas) de segurança no
transporte de materiais nucleares e outros materiais radioativos.
28/05/2010
Identificar os candidatos a treinamento em módulos dirigidos e informar à Todos
CNEN (NFP).
31/08/2010
Apoiar e aderir ao programa de auto-estudo preparatório a ser NFP + Empresas +
desenvolvido pela CNEN (NFP) para os candidatos a treinamento Agencias
dirigido.
Contínuo
Apoiar financeiramente seus respectivos candidatos a treinamento em Empresas
módulos dirigidos.
Contínuo
ANDAMENTO
7
AÇÃO
QUEM EXECUTA
QUANDO
ANDAMENTO
Buscar junto às agências de fomento recursos para viabilizar o programa NFP coordena as Contínuo
de treinamento e educação.
ações
Buscar informações sobre o programa de parceria público-privada para AMBIENTIS
viabilizar o programa.
Junho 2010
COMUNICAÇÃO
Estabelecer uma rede de comunicação entre as partes interessadas de forma a assegurar que casos de recusas e demoras, bem
como situações potencialmente causadoras de recusas e demoras possam ser identificadas e relatadas ao comitê.
AÇÃO
Relatar ao NFP os casos de recusas e demoras identificadas.
QUEM EXECUTA
Consignadores,
QUANDO
ANDAMENTO
Continuo
Expedidores,
Consignatários,
Transportadores,
Agentes de carga.
Informar ao NFP o resultado prático do alerta, sensibilização e
mobilização aplicadas.
Todos
Continuo
Estabelecer contato com potenciais interessados (consignadores, Todos
consigatários, expedidores, transportadores, mineradores, operadores e
prestadores de serviços especializados) informando-os sobre as
atividades e eventos do Comitê e convidando-os a integrarem-se nestas
atividades e eventos.
Contínuo
Solicitar espaço no site da CNEN na Internet e criar uma página sobre NFP
recusas e demoras. Definir com o comitê as informações que serão
disponibilizadas na página.
Junho 2010
8
PROMOÇÃO DO USO DA ENERGIA NUCLEAR
Atividade de competência de todos os envolvidos. Promover uma imagem positiva do uso da energia e das técnicas nucleares
para o beneficio da sociedade.
AÇÃO
QUEM EXECUTA
QUANDO
ANDAMENTO
Desmistificar a imagem atualmente ainda negativa de material radioativo, Empresas
através de seminários e workshops dirigidos a usuários e responsáveis
dos diferentes modais.
IMPACTO ECONÔMICO
Identificar e definir ações que reduzam o impacto de recusas e demoras no transporte de materiais nucleares e outros materiais
radioativos.
AÇÃO
QUEM EXECUTA
QUANDO
Relatar casos de prejuízos já contabilizados e estimar possíveis prejuízos Empresas
sociais, de imagem e econômicos por futuras recusas ou demoras.
Contínuo
Esclarecimento aos responsáveis pelos diferentes modais dos custos Todos
financeiros e conseqüências à sociedade quando da ocorrência de
recusas e demoras.
Contínuo
Esclarecer com os colegas da África do Sul o que significam os NFP
percentuais de transporte de produtos perigosos em relação aos produtos
transportados por via aérea, marítima e terrestre.
Imediato
ANDAMENTO
9
HARMONIZAÇÃO DA LEGISLAÇÃO E REGULAMENTAÇÃO
Identificar inconsistências entre os requisitos regulatórios e orientações contidas no Termo de Referencia CNEN-Ibama, Sistema
Global de Harmonização de Rotulação e Marcação/GHS, Norma de Transporte CNEN-NN-5.01, Resolução 420 da ANTT,
Regulamento Brasileiro de Aviação Civil RBAC 175 da ANAC e Resolução CONAMA no. 237.
AÇÃO
Familiarizar-se com a regulamentação em
harmonização quando necessário ou aplicável.
QUEM EXECUTA
geral e
QUANDO
propor sua Todos
Contínuo
Identificar as inconsistências existentes entre a regulamentação dos Todos
diferentes modais e informar ao Comitê.
Continuo
ANDAMENTO
Cobertura, na regulamentação, do transporte fluvial. Verificar normas da NFP
Marinha (NORMAM 01 e 02) e saber se há alguma regulamentação que Kenia Mares
as substitua. Estudar possível inclusão de requisito na Norma de
transporte da CNEN.
Identificar publicações, ex. revistas de produtos e serviços especializados NFP + AMBIENTIS
e verificar a exatidão das informações ali fornecidas (ex. material para
sinalização de veículos). A publicação de informações incorretas leva à
interpretação equivocada de requisitos normativos.
Resultado
para
a
próxima
reunião.
10
Anexo 1 - Agenda
Reunião com a CNEN sobre
Recusas e demoras no transporte de materiais radioativos e
criação do comitê nacional sobre o tema
Dias: 19 e 20 de abril 2010
Hora: 08h30min
Local: Sede da ABENDI
Rua Guapiaçu, 05 Vila Clementino - São Paulo/SP
PRIMEIRO DIA
08h30min - Abertura e boas vindas – ABENDI e CNEN
o
o
o
o
Por que estamos aqui?
Qual nosso objetivo?
Palavras do presidente
Oportunidades
08h45min Histórico do tema recusas e demoras
O que são recusas e demoras?
o
Definição de recusa
o
Definição de demora
o
Razões
o
Política das empresas
o
Preço
Onde acontecem recusas e demoras?
o
Modal aéreo
o
Modal marítimo
o
Modal terrestre
Quis são as causas de recusas e demoras?
o
Histórico
o
Casos isolados (Brasil e exterior)
Quando o tema começou a ser tratado?
o
Conferencia de transporte de 2003
o
Casos isolados x registro formal
Quem trata e como trata do assunto?
o
IMO
o
ICAO
o
AIEA
O que é o Comitê Diretivo Internacional?
o
Participantes
o
Funções e o Plano de Ação Internacional
o
Quando/onde/porque se reúnem
O que são Coordenadores Regionais?
o
Participantes e Networks
o
Funções dos coordenadores
o
Quando/onde/pra que se reúnem
11
O que faz um coordenador regional?
o
Referencia
o
Lições aprendidas
o
Aconselhamento do ISC
o
Interface com Secretariado
o
representação
Qual o perfil um Ponto Focal Nacional?
o
Planejamento estratégico
o
Formulação e abordagem do problema
o
Ações operacionais
Quais as responsabilidades de um NFP?
o
Quanto ao planejamento
o
Quanto a formulação e abordagem
o
Quanto a operacionalização de ações
Quem notifica/relata casos de recusas e demoras?
12h30min – Almoço
14h00min – O plano de ação e a experiência acumulada
Quem notifica/relata casos de recusas e demoras?
o
A base de dados da IMO/ICAO/IAEA
o
Quantos casos relatados
o
Importância de relatar
O que acontece com os relatos?
o
o
o
o
Ponto focal
Base de dados
Numero de relatos
importância
Como se relatam os casos?
o
Apresentação do formulário
o
Casos típicos
o
Novos casos a relatar (discussão por grupos)
Qual o impacto das recusas e demoras?
o
Saúde
o
Financeiro
o
Social
o
institucional
Quem resolve os problemas?
o
NFP, RC, ISC
o
O caso do Porto de Santos
o
O caso da ANAC
o
Outros casos
17h00min - encerramento
12
SEGUNDO DIA
O que é o Comitê Nacional?
o
Funções
o
Responsabilidades
o
Custos
o
Estrutura
Deve haver um plano de ação nacional?
o
Mesma estrutura
o
Metas x Atividades
o
calendário
O que deve fazer este comitê?
o
Plano de ação nacional
o
Metas x atividades
o
calendário
Quem integra o comitê?
o
Indústria
o
Saúde
o
Agricultura
o
Geração de energia
Como o comitê deve ser estruturado?
o
Medicina
o
Ciclo do Combustível
o
NDT
Quem serão os representantes?
o
Responsabilidades e tarefas
o
Disponibilidade
o
Calendário
o
Metas
Metas da AIEA
Treinamento dirigido
12h30min – Encerramento
14h30min – Refinamento do plano de ação (para aqueles que puderem ficar)
13
Anexo 2
14
Anexo 3 - Resolução DP No. 44 da Companhia DOCAS de Santos
RESOLUÇÃO CODESP NO. 44/2007, DE 14 DE MAIO DE 2007
REGULA A MOVIMENTAÇÃO DE MERCADORIAS
CLASSIFICADAS
PELO
CÓDIGO
MARÍTIMO
INTERNACIONAL DE MERCADORIAS PERIGOSAS
(CÓDIGO IMDG), DA ORGANIZAÇÃO MARITIMA
INTERNACIONAL (IMO), NA ÁREA DO PORTO
ORGANIZADO DE SANTOS.
O DIRETOR-PRESIDENTE DA COMPANHIA DOCAS DO ESTADO DE SÃO PAULOCODESP, Administração e Autoridade Portuária do Porto Organizado de Santos, no
uso das competências que lhe são conferidas pela Lei n° 8.630, de 25 de fevereiro de
1993, das atribuições dispostas no inciso I do Artigo 18 do Estatuto e,





considerando as medidas de segurança previstas pela "Organização Marítima
Internacional (IMO)”;
considerando o Código Internacional de Gerenciamento de Segurança CÓDIGO ISM, IMO;
considerando o estabelecido na NBR 7500/2003, NBR 7501/2003, NBR
7503/2003 e na NBR 14253/98;
considerando o estabelecido no Decreto n° 96.044/88 , de 18 de maio de 1988,
que aprova o Regulamento para o Transporte Rodoviário de Produtos
Perigosos e a Resolução n° 420/04, da ANTT ;
considerando a Norma Regulamentadora n° 29/97 da Secretaria de Segurança
e Saúde do Ministério do Trabalho,
RESOLVE:
1. As mercadorias a seguir relacionadas poderão ser movimentadas na área sob
jurisdição da Autoridade Portuária de Santos, obedecidas às normas citadas,
observando-se as operações de descarga direta para rua ou o seu embarque
direto de rua, não se permitindo sua permanência ou armazenamento na Área do
Porto Organizado de Santos.
a)
b)
c)
d)
e)
f)
g)
h)
Explosivos (Classe 1);
Gases inflamáveis (Classe 2.1) e venenosos (Classe 2.3);
Perclorato de Amônia (Classe 5.1);
Mercadorias Perigosas acondicionadas em contêineres refrigerados, como por
exemplo: Peróxidos Orgânicos (Classe 5.2);
Chumbo Tetraetila (Classe 6.1);
Substâncias Tóxicas Infectantes (Classe 6.2);
Radioativos (Classe 7); e
Poliestileno Expansível (Classe 9), como por exemplo: Styrocell.
2. As operações de carga e descarga das seguintes mercadorias explosivas: Azida
de Chumbo, Dinitrato de Dietilenoglicol, Nitroglicerina e Fulminatos em Geral serão
permitidas desde que sejam atendidas as exigências constante no item 1 e
OBRIGATORIAMENTE adotada as seguintes medidas preventivas:
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Apresentação da seguinte documentação:




Autorização do Ministério da Defesa;
Termo de vistoria do Ministério do Exército;
Guia de Tráfego emitida pela Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados
pelo Exército Brasileiro; e
Ficha de emergência da mercadoria.
Acompanhamento de escolta e de Equipe Técnica durante toda a movimentação da
mercadoria até o término das operações na área do porto organizado;
3. Os veículos utilizados no transporte de mercadorias perigosas, quer nas atividades
de suprimento, quer das operações de navios para armazéns e pátios externos e
vice-versa, deverão atender às exigências especificadas nas normas supras
citadas.
4. O pessoal que participa das operações com Mercadorias Perigosas, deve estar
habilitado, treinado e utilizando devidamente o Equipamento de Proteção
Individual (E.P.I.) apropriado.
5. Determina a Superintendência da Guarda Portuária e Vigilância Patrimonial - DFG
a incumbência de exercer a fiscalização documental de transporte e as condições
dos veículos e a Superintendência de Fiscalização de Operações - DSF, a
incumbência de exercer a fiscalização sobre às operações de carga e descarga,
em colaboração e estreito entendimento com as autoridades responsáveis, para
exigir o cumprimento dessas normas.
Ficam revogadas as disposições em contrário, em especial a Resolução DP n°
138.99, de 19 de novembro de 1999, e esta Resolução entra em vigor a partir desta
data.
José Carlos Mello Rego
Diretor-Presidente
16
Anexo 4 - Mensagem de Marcos Valero
Olá Natanael,
Da última vez que lhe contactei trabalhava para o Centro de Energia Nuclear na Agricultura
como especialista em proteção radiológica, logo que comunicou acerca de sua transferência
para a Agência. De lá para cá, não ouvimos mais sobre Você. Será um prazer poder
contribuir, principalmente sabendo que Você é um daqueles que realmente quer resolver as
coisas da melhor forma. Recebi o ABENDI News, e nele citam um formulário. Entrando no link
http://www-ns.iaea.org/tech-areas/radiation-safety/denial-of-shipment.htm eu não localizei o
mesmo para download. Imagino certamente que o foco principal é o transporte aéreo e
marítimo.
Porém, uma das questões que gostaria de enfatizar - para ver se isso gera reflexos na ABNT
- é sobre a composição ou melhor, alguns itens, do kit de ferramentas e o kit de emergência
que tem sido estendido para o Classe 7: ex. Capacete; Volume do extintor frente ao estado,
forma (cápsula selada ou material radioativo sob forma dispersiva) e inflamabilidade do
embalado. Embora isso possa ser resolvido num fórum interno, se houvesse alguma
recomendação nesse sentido, seria de mais fácil aceitação.
Também me preocupo com a orientação geral que é indicada nas fichas de emergência para
situações de emergência e que me parece ser de consenso geral e adotada quase como
padrão em todas as fichas que tenho visto, como ações em primeira abordagem, a exemplo
do caso em que o condutor (motorista) pode estar inconsciente e um leigo ou equipe de
socorro não preparada procure adotar os primeiros procedimentos com base na ficha: a
exemplo da orientação geral hoje repassada de se aproximar do veículo para resgatar o
envelope de emergência ou mesmo para retirar os cones, cordas e demais kit dentro do
veículo para sinalização.
Em virtude do tipo de veículo utilizado em nossa área, tais kits em geral são colocados no
mesmo compartimento do embalado e não num compartimento isolado à parte. E mesmo
assim, isso evitaria risco de contaminação e não o de exposição. E talvez um procedimento
mais simples e genérico, como o de isolar área e apenas resgatar feridos até aguardar a
equipe do expedidor seria mais factível e de fácil assimilação.
Por exemplo, e isso teria valor inclusive para outros meios de transporte, permitir pela simples
leitura direta dos rótulos de risco (com subclasses) ou dos painéis de segurança (no
veículo/compartimento de carga) ou rótulos de segurança (este último do embalado) que
equipes de primeiro atendimento saibam quais os primeiros procedimentos a adotar, o raio de
balizamento inicial (sem necessidade de uso de um monitor de radiação), etc., os quais
estariam pautados no projeto do embalado, no radionuclídeo, bem como seu estado e forma e
na atividade e taxa de exposição crítica em caso de emergência. Isso exigiria por parte da
Agência estudos de cenários mais específicos e depois a compilação e agrupamento em
subclasses gerais.
Numa situação de pane seca ou elétrica ou mesmo defeito mecânico ou pneu furado, tudo
bem o condutor se aproximar, abrir o compartimento e retirar os cones e demais itens do kit
para balizamento e sinalização. Mas será que podemos generalizar esse procedimento?
Tais questões se não esclarecidas e definidas, podem servir de argumentos para a recusa de
transporte diante da ignorância de como agir de maneira segura sem se aproximar.
Até mais e bom trabalho.
Marcos Aurélio Alves Valero
Supervisor de Proteção Radiológica
CNEN MN-0707 / GP-0041 / IR-0639
Tel. +55 16 3601-0500 ramal 0514
Cel. +55 16 9228-2283
[email protected]
17
Anexo 5 - Relato de demora
Report Form
DIFFICULTIES ENCOUNTERED IN RELATION TO THE CARRIAGE OF
CLASS 7 DANGEROUS GOODS – RADIOACTIVE MATERIAL
1
Report submitted by: REM/Ms. Nathalia Alba
Date of Report (dd/mm/yyyy): 26/04/2010
Details of Product Shipped
Product name:
18FDG
UN number:
2915
Proper shipping name
RADIOACTIVE MATERIAL IN TYPE A PACKAGE
Dangerous Goods Class or Division
7
Shipment reference number (consignor ID)
N/A
The carriage of the above consignment was
delayed
X
denied
□
Details of Consignment
Consignor
R2 Soluções em Radiofarmácia
Consignee
CETAC – no other information available
Carrier
TAM Airlines
Mode of transport:
Air
Name of aircraft/ship/vehicle
N/A
Type of aircraft/ship/vehicle
N/A
X
Sea
□
Rail
□
Road
□
Transit
Aircraft tail/IMO ship/vehicle identification number
Flight number/voyage reference/route reference
3834
Location of loading:
(Airport/Port/Pickup)
Porto Alegre/Rio Grande do Sul
City/Town/State
Country
Date
Brazil
19/04/2010
Origin Airport/Port/City
POA/Porto Alegre airport
Arrival Airport/Port/City
CWB/Curitiba airport
Details of Difficulty
Date of difficulty
19/04/2010
Name of entity with whom the alleged difficulty
TAM Airlines
1
Name of Member Government’s Civil Aviation, Maritime Administration or other Government Organisation or NonGovernmental Organization with consultative status, Manufacturer/Producer/Shipper submitting the Report.
18
□
Location(s) and date(s) of transit
N/A
Destination
As above
Brief description of events
The cargo was destinated to Curitiba city, a stop
between the city of origin (Porto Alegre) and final
destination (Campinas). The Class 7 package was
forgotten on the aircraft.
Reasons stated for difficulty of carriage
Operational failure. Procedure not followed.
Actions taken to resolve the matter (if any)
Event reported to the NFP.
Airlines contacted to seek for the causes for this
event.
Consequences of the development(s)
The medical procedures couldn’t be performed.
Patients re-scheduled for another date.
Other relevant information or comments
The shipment was composed by two packages. This
was not the first time for such kind of failure is
reported.
The material was destinated to four patients.
Suggestions (if any)
1.Cargo handlers should be re-trained;
2. Indoctrination of cargo handlers may be
necessary;
3.More information about the contact person at
airline should be provided on this form (suggestion
to the IAEA’s ISC and Regional Coordinators).
Details of Contact
Name
Ms. Alba, Nathalia
Title
Health physic
Address
Rua Columbus 282
Vila Leopoldina
City, State, Country, Postal Code
Sao Paulo
Telephone Number
+55 11 3377 9727
E-mail Address
[email protected]
19