Diabetes Mellitus Tipo 1
Transcrição
Como é que se monitora os níveis de açúcar no sangue de uma pessoa com diabetes tipo 1? Para monitorar o açúcar no sangue, o indivíduo faz uma pequena picada no seu dedo ou no seu antebraço com uma lanceta ou agulha. Em seguida, coloca uma pequenina gotade sangue em uma tira reagente que está inserida em um pequeno aparelho computadorizado que é chamado de glicosímetro. Esse aparelho faz a leitura da glicemia na gota de sangue e o valor aparece na tela. A leitura das glicemias é utilizada para fazer o ajuste nas doses de insulina usadas diariamente. O seu médico irá discutir com você sobre os vários tipos de tiras e glicosímetros disponíveis no mercado e o instruirá sobre a freqüência e os horários da realização destes testes. Porque esta informação é importante para mim? Se você tem algum dos sintomas mencionados anteriormente ou história de diabetes na família, pergunte ao seu médico se é necessário fazer algum exame. Se você tiver diabetes é importante que ele esteja bem controlado para evitar as complicações que podem aparecer ao longo da vida. Ter diabetes requer atenção, cuidados diários e visitas regulares ao endocrinologista. Revisores: Valéria Guimarães Luiz Cláudio Castro Mariângela Sampaio João Lindolfo Borges Referências Este é um texto original, traduzido e adaptado pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia–Regional do DF, com autorização e permissão de divulgação da The Hormone Foundation e The Endocrine Society. Para conhecer a versão original em inglês ou em espanhol, deste ou de outros temas em Endocrinologia e Metabologia, acesse os seguintes sites: • The Hormone Foundation: www.hormone.org • The Endocrine Society: www.endo-society.org • Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia: www.endocrino.org.br • Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional do DF: www.sbem.org.br/df Este folder é uma cortesia de seu endocrinologista: Diabetes Mellitus Tipo 1 Diabetes Mellitus Tipo 1 O que é diabetes? O diabetes mellitus é uma doença caracterizada pelo excesso de glicose (açúcar) no sangue. A doença ocorre quando o pâncreas (uma glândula que fica atrás do estômago) deixa de produzir quantidades suficientes de insulina. As células do nosso corpo usam a glicose como fonte de energia para seu funcionamento adequado e a insulina é o hormônio responsável pelo transporte da glicose do sangue para dentro das células. Quando não há insulina suficiente, a glicose se acumula no sangue e esta hiperglicemia pode desencadear sérios problemas no organismo, tais como: • Doenças do coração, dos rins e do sistema nervoso • Dificuldade na cicatrização de feridas • Problemas visuais (até perda da visão) • Impotência masculina, entre outras complicações Por isso, é importante que os portadores de diabetes mellitus mantenham os níveis de açúcar no sangue o mais próximo possível da normalidade. Isto evitará o aparecimento de complicações que podem ocorrer em qualquer momento ao longo da vida. Neste caso, a quantidade de insulina produzida pelo pâncreas passa a não ser suficiente para vencer esta resistência, levando assim ao acúmulo de glicose no sangue. É por esta razão que no DM tipo 2 nem sem-pre é necessário o tratamento com insulina, ao con-trário do tipo 1, no qual a administração da insulina é essencial para a vida. O diabetes mellitus tipo 1 (antigamente conhecido como insulino dependente ou diabetes juvenil) é causado por alterações do sistema imunológico, o qual passa a agredir as células pancreáticas que produzem a insulina (chamadas células beta). Este tipo de diabetes pode manifestar-se em qualquer idade, mas é mais freqüente iniciar na infância ou pré-puberdade. Ele também é mais grave do que o diabetes tipo 2. As causas do diabetes tipo 1 ainda não são totalmente conhecidas. Sabemos que se trata de uma doença auto-imune, na qual o sistema imunológico do indivíduo ataca e destrói as células do pâncreas que produzem a insulina. Apesar do histórico familiar da pessoa ser um fator de risco para se desenvolver diabetes, sabe-se que no caso do diabetes tipo 1 somente 10% a 15% dos portadores tem familiares afetados. Também há um risco maior de se desenvolver diabetes tipo 1 se o indivíduo apresentar outras doenças auto-imunes, como a tiroidite de Hashimoto, a doença de Addison, entre outras. Como os sintomas do diabetes tipo 1 podem estar presentes em outras doenças, é importante que você converse com seu médico caso apresente alguma destas queixas. A quantidade de glicose no sangue é chamada de glicemia: quando a glicemia está alta, temos a hiperglicemia e quando está baixa, a hipoglicemia. Como é que o diabetes tipo 1 é diagnosticado e tratado? O seu médico solicitará exames de sangue para diagnosticar o diabetes, identificar qual o tipo e a sua severidade. Se sua dosagem de glicose no sangue estiver acima de 126 mg/dL antes do café da manhã ou acima de 200 mg/dL ao longo do dia, isto pode indicar diabetes. Glicemia acima de 300 mg/dl pode ser perigoso e exige atenção imediata. O exame para identificar a presença de cetona na urina também é importante se o portador de diabetes estiver doente (com alguma infecção, por exemplo) ou se os níveis de açúcar estiverem muito altos (acima de 300 mg/dL). A presença de cetona pode significar que não há insulina suficiente no corpo para manter o controle da glicemia. Qual a diferença entre o diabetes tipo 1 e o tipo 2? Existem dois tipos de diabetes - o tipo 1 e o tipo 2 ( antes conhecido como diabetes do adulto). O diabetes mellitus tipo 2 normalmente aparece após os 40 anos, mas pode aparecer em crianças, principalmente se estiverem obesas. No tipo 2, ou o pâncreas produz quantidade insuficiente de insulina ou o indivíduo desenvolve uma resistência à insulina. • Fadiga ou a sensação de cansaço • Perda de peso Quais os sintomas do diabetes? • Aumento de sede • Aumento na quantidade de vezes que urina • Fome constante • Visão embaçada Pessoas com diabetes tipo 1 precisam aplicar injeções diárias de insulina para manter um nível normal de açúcar no sangue e conseguir um bom controle. Uma dieta apropriada, exercícios físicos regulares e monitoramento constante dos níveis de açúcar no sangue são fundamentais para o controle do diabetes.
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