BOLETIM INFORMATIVO LABRE

Transcrição

BOLETIM INFORMATIVO LABRE
BOLETIM INFORMATIVO
LABRELABRE-SP
BOLETIM OFICIAL DA LABRELABRE-SP ANO II
II – Nº14 MAIO/2011
MAIO/2011
Rua Dr. Miguel Vieira Ferreira, 345A –Tatuapé – São Paulo – SP
Cep 030071030071-080
www.labre-sp.org.br – [email protected]
Editor Chefe Responsável:: Faustino Prado Moreira – PY2VOA – E-mail:
mail: [email protected]
Expediente: BOLETIM INFORMATIVO OFICIAL DA LABRE-SP
LABRE SP é uma publicação mensal, de integração e
comunicação social da Liga de Amadores Brasileiros de Rádio Emissão – LABRE-SP
LABRE
______________________________________________________________________________________________________
O BOLETIM INFORMATIVO DA LABRE-SP
LABRE SP É DISTRIBUÍDO MENSALMENTE AOS ASSOCIADOS.
ASSOCIADOS É
CONSTITUÍDO DE INFORMAÇÕES E ASSUNTOS RELACIONADOS AO MUNDO RADIOAMADORÍSTICO.
QUALQUER ASSUNTO SOBRE O NOSSO HOBBY SERÁ MUITO BEM VINDO PARA A EDIÇÃO DESTE
BOLETIM, E VOCÊ, CARO LEITOR, É O RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO E EXISTÊNCIA DESTE
INFORMATIVO LABREANO.
BREANO. PARA CONTRIBUIR COM NOTÍCIAS, INFORMAÇÕES, REUNIÕES,
CONCURSOS, ETC, BASTA ENVIAR UM E-MAIL
E
PARA: [email protected] E NO ITEM “ASSUNTO”
ESCREVA: NOTÍCIAS PARA O BOLETIM INFORMATIVO LABRE-SP.
LABRE SP. E, COM ISTO, VOCÊ RADIOAMADOR
(A) ESTARÁ CONTRIBUINDO PARA FORTALECER AINDA MAIS O RADIOAMADORISMO.
SUSPENSAS ESCUTAS DE EVENTUAIS CIVILIZAÇÕES EXTRA-TERRESTRE
EXTRA TERRESTRE
ESTADOS UNIDOS
O sistema norte-americano
americano de escutas para captar eventuais mensagens extraterrestres cessou as suas
actividades desde 15 de Abril por falta de verbas, resultante das contenções orçamentais federais. A
diminuição dos fundos concedidos à SETI (Search for Extraterrestrial Intelligence) forçou esta
organização com fins não lucrativos, instalada na Califórnia, a suspender a actividade dos seus 42
radiotelescópios, conhecidos como "Allen Telescope Array" ou ATA, desde 15 de Abril. Estes
telescópios situam-se
se no nordeste da Califórnia, quase 500 Km a norte de São Francisco, e são o principal
instrumento de detecção de possíveis comunicações extraterrestres. "A partir desta semana, o ATA foi
suspenso devido a falta de financiamento para o funcionamento dos radiotelescópios
radiotelescópios de Hat Creek
(HCRO), onde se situam", escreveu o líder da SETI, Tom Pierson, numa carta enviada aos doadores
privados, datada de 22 de Abril e publicada no site de Internet da SETI.
"A suspensão significa que a partir desta semana, os equipamentos
equipamentos já não estão disponíveis para
observações de rotina e a sua manutenção é assegurada por equipas fortemente reduzidas", acrescentou.
Fonte: Agencia LUSA
Notícia cedida por: João Gonçalves Costa [email protected]
ARLA/CLUSTER : Resumo Noticioso Electrónico ARLA [email protected]
amador.net
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BOLETIM ELETRÔNICO
TRÔNICO LABRE-SP
LABRE
– ANO II – Nº 14 MAIO/2011
/2011
O RADIOAMADORISMO, PORQUE NÃO?
Autor : Mário Keiteris - PY2 M X K
O Radioamadorismo é um dos "hobbys" e prestação de serviços dos mais fascinantes. Muitos anos antes de se
ter conhecimento e de se falar em Internet, os radioamadores já possuíam e formavam uma teia de amigos e
solidariedade em todo o mundo. Transversalmente o Radioamadorismo, principalmente aqueles mais jovens,
poderão adquirir diversos conhecimentos gerais, tomar gosto pelas coisas raras ou diferentes em muitas áreas do
conhecimento humano
Social – O radioamadorismo oferece relações e convivências sociais com as pessoas no mundo .
Geografia - Através do radioamadorismo pode-se manter contatos com diversos locais do Brasil e do mundo, o
operador da estação radioamadora estará sempre adquirindo conhecimentos de geografia, ao consultar os locais
dos contatos em mapas e Atlas.
Radioastronomia – Onde o objetivo é o conhecimento dos astros e das leis que regem seus movimentos, via
ondas de rádio.
Eletrônica - O operador da estação radioamadora é um experimentador nato movido pela curiosidade; o interesse
pela eletrônica logo aparecerá e esse operador ira montar seus próprios equipamentos e acessórios.
Física e matemática – Através do radioamadorismo é desenvolvida a aptidão para o cálculo e construção de
antenas, torres, etc.
Mecânica – Parte da física que trata das forças e dos movimentos e da teoria a qual os fenômenos luminosos
apresentam corpúsculos cujo movimento assemelha-se aos das ondas, conhecimentos que o radioamador
assimila.
Línguas - o operador da estação radioamadora poderá praticar a conversação com pessoas de todo o mundo
falando centenas de línguas e milhares de dialetos.
Cultura geral – Instrução, educação, desenvolvimento das potencialidades, muitas idéias e assuntos,
curiosidades sobre os mais diversos locais do Brasil e do mundo.
Transmissão de imagens - fixas ( em branco e preto ou a cores ), via SSTV (televisão de varredura lenta), ATV
(televisão radioamadora), com imagens comparáveis aos canais comerciais.
Desenvolvimento próprio – O radioamador adestra-se tanto no campo técnico, bem como no operacional.
Prestador de serviço social – Para a comunidade em que vive.
Tecnologia espacial - Assim mesmo, o desenvolvimento da tecnologia espacial permite agora a existência de
pequenos satélites de comunicações de funcionamento totalmente digitalizado, acessíveis desde o “shack “, de
qualquer operador de rádio.
Tecnologia interplanetária – Atualmente o radioamador já possui a comunicação espacial onde se comunica
com os transportadores espaciais, ônibus espaciais, cargueiros, e até possuem uma estação radioamadora dentro
da ISS (plataforma internacional em órbita da Terra), alem de um grande numero de satélites, (comunicação
espacial). A AMSAT da Alemanha e a ARRIS já estão se preparando para colocar ainda este ano artefatos nas
cercanias de Marte e Vênus, daí o radioamador começa a entrar na comunicação interplanetária ( não é sonho
não, é a pura realidade).
Embaixador da PAZ – O operador de rádio neste instante esta representando seu pais quando em comunicados
entre radioamadores internacionais.
Para ser radioamador o primeiro passo é obter uma licença de radioamador. Comece "com o pé direito",
procurando a ANATEL ou a associação de radioamadores de sua localidade.
Não deixe-se levar pelo caminho "mais curto" da clandestinidade, pois além de sua atividade não ser reconhecida
legalmente e inclusive entre os próprios radioamadores, o uso de equipamento de radiocomunicação sem a
devida licença expedida pela Anatel, infringe leis e poderá ser punido com pesadas multas e processo federal,
Pôr ultimo, e não menos importante o interesse pelo radioamadorismo não tem limitações de idade, sexo, raça,
religião, político, ocupação profissional ou nível social.
Tenha bons contatos pelo resto da vida.
Mário Keiteris – PY2MXK
Na esperança de que o presente artigo seja do agrado de todos espero seus comentários, críticas ou sugestões,
pôr agora despeço-me com um forte e cordial 73.
Fonte: PY2MOK Informativo Radioamadorístico PY2MXK
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BOLETIM ELETRÔNICO LABRE-SP – ANO II – Nº 14 MAIO/2011
PATRULHA BP EM 80 M
Aproveito para divulgar a NOVA RODADA ESCOTEIRA BP que será feita pelo nosso amigo PS7EB / PT2AC
Glauber Viana por Brasilia-DF.
Banda: 80 metros
QRG: 3.740kHz (Freqüência)
QTR: 20:30h. (Hora)
Dia: Todas as 6ª Feiras
Contamos com a presença de todos os GRUPOS ESCOTEIROS, PATRULHEIROS e RADIOAMADORES.
Saudações LABREANAS
PY2LL
Hélio Polilo
[email protected]
Guarulhos - SP - Brasil
PY2-63398 (SWL)
Patrulheiro 1001 BP
Membro do PPC
"PICA-PAU GUARULHENSE"
RADIOAMADOR!!! Valoriza a tua conquista, afinal
você estudou e foi aprovado por mérito teu e a tua
classe é uma vitória, porisso, NÃO fale com os
clandestinos que invadem as nossas faixas!
www.radioescotismo.com.br
PS7EB-PT2AC Glauber Viana
Patrulheiro 1003
Organizador Regional do DF (OR-DF)
Diretor de radioescotismo da LABRE-DF
Coordenador da Patrulha BP em 3.740 mhz
Membro da Equipe Nacional de Radioescotismo
11° LORENA DX CAMP
Dias 19, 20, 21, e 22 de MAIO de 2011
Maiores informações: www.amantesdoradio.com.br
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BOLETIM ELETRÔNICO LABRE-SP – ANO II – Nº 14 MAIO/2011
DIA DAS YLs": 21 e 22 DE MAIO DE 2011
Pela primeira vez no mundo o "DIA DAS YLs": 21 e 22 de maio de 2011.
Este final de semana destina-se a concentrar no ar todas as mulheres Radioamadoras de todo o mundo e, claro,
todas os OM estão convidados a participar.
REGULAMENTO DO DIA DAS YLs 2011:
Organização: F5ISY Carine, HK3JJB Sandra, DF5ZV Petra, KI4PJC Mona.
Objetivo: Promover atividades YLs ao redor do mundo.
Horário: 00h00 UTC de 21/05/2011 às 24:00 UTC de 22/05/2011
Bandas: 3,5 - 7 - 14 - 21 - 28 MHz
Para ajudar os concorrentes a se encontrar nos propomos a utilização de frequências + / - 10 kHz das frequências
centrais seguintes atividades:
3,533 MHz, 7,033, 14,033, 21,033 e 28,033: CW
3,588 MHz, 7,044, 14,088, 21,088 e 28,088: RTTY
3,733 MHz, 7,133, 14,233, 21,233 e 28,433: SSB
Modos: SSB CW, DATA (RTTY, PSK ...)
Reportagem: RS(T) + nome + YL/OM [por exemplo, 59(9) Carine + YL]
A mesma estação pode ser trabalhada uma vez em cada banda e modo.
Diploma: Um Diploma será concedido a todos os participantes (SWLs são bem-vindos), que alcançarem ou
ouvirem mais de 33 estações YLs (arquivo pdf)
Os resultados serão publicados separadamente para OM e YLs de acordo com o número de QSO com YLs.
Históricos:
- Log via e-mail para
[email protected] até em 26/06/2011
conteúdo do e-mail: call + OM/YL + Número QSO YL + número total de QSO
- Log software: f1agw.free.fr/AGW_YL/AGW_YL.htm
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PT2AZ JAFFER
--Tnx PT2FR e PY2ADZ
Fonte: PY2HS - Claudio [email protected]
QTC DX <[email protected]
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Câmara municipal de São Paulo prestará homenagem ao Pe. Roberto. Landell de Moura no
dia 17/05
A LABRE-SP convida todos os Radioamadores e seus familiares a participarem da cerimônia de homenagem ao
Padre Roberto Landell de Moura na Câmara Municipal de São Paulo, Patrono dos Radioamadores do Brasil, no
dia 17.05.2011, às 19:00h, no Salão Nobre, onde será outorgado, IN MEMORIAN, o Título de Cidadão
Paulistano
ao
nosso
querido
Patrono.
Na oportunidade, a LABRE-SP estará participando, com muita honra, compondo a Mesa Diretora dos Trabalhos.
Diretoria Executiva.
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BOLETIM ELETRÔNICO LABRE-SP – ANO II – Nº 14 MAIO/2011
RADIOAMADOR LABREANO. PARTICIPE DO CONSELHO ESTADUAL
Prezado Labreano,
Nas últimas eleições para eleger os membros para o Conselho Estadual, validamos as inscrições dos
10 candidatos que se apresentaram para o pleito, ficando o Conselho composto com os membros
efetivos. Todavia, o quadro de suplentes, bem como para o conselho fiscal ficaram vagos. Assim, de
acordo com o estatuto oficial, temos a honra de convidá-lo a participar conosco desta empreitada
visando apresentar novas idéias para a nossa Entidade. Não há limite para a quantidade de
conselheiros suplentes e assim nosso desejo é contar com sua colaboração de todos que puderem
colaborar com nossa entidade. Lembramos que as reuniões do Conselho Estadual acontecem
"apenas" 1 vez no último sábado do mês pela manhã. Assim tornamos público que a colaboração a
ser emprestada por vocês não é tão grande quando ao tempo dispendido, mas essencial para a
sobrevivência de nossa entidade. Esse pode ser o seu dia de levar e retirar cartões na Labre, rever
amigos, bater um bom papo e ainda participar ativamente das decisões tomadas em nossa entidade.
Adotaremos a ordem em que os interessados se manifestarem para elaborar a lista de suplentes. Há
necessidade de que o interessado tenha mais de 2 anos de filiação e esta adimplente. O e-mail
manifestando o interesse, destacando se para o Conselho Estadual ou para o Conselho Fiscal deverá
ser encaminhado para [email protected]
Saudações Labreanas e forte 73
Luis Antonio Palhares – PY2SET
Vice-Presidente do Conselho Estadual
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Rádio Nacional – 1936
.
Quando de sua inauguração, a Rádio Nacional já possuía um elenco de artistas contratados, que pouco tempo depois fariam
com que a nova emissora se transformasse em um sucesso absoluto de audiência.
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BOLETIM ELETRÔNICO LABRE-SP – ANO II – Nº 14 MAIO/2011
Estes artistas eram exclusivos da Rádio Nacional, e no dia da inauguração estavam todos presentes à solenidade. Na foto, da
esquerda para a direita : Sônia Carvalho , Marília Baptista , Sylvinha Mello , Amália Dias , Celso Guimarães , Roxane, Ismênia
dos Santos, Aracy de Almeida e Elisa Coelho.
Postado por Jaime G. de Moraes em 06/05/2011
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Milton Rangel – 1953
Pode ser que você não se recorde de quem foi Milton Rangel, mas certamente terá ouvido falar do
personagem que interpretava na Rádio Nacional : Jerônimo, o Herói do Sertão. Criado por Moisés
Weltman , Jerônimo ( que teria inicialmente o nome de Bento Faria ) era o defensor que lutava pelos
fracos e oprimidos nos sertões do Brasil . Sua mãe, Maria Homem ( interpretada por Tina Vita) , havia lhe
ensinado a lutar a favor do Bem contra o Mal. Jerônimo era sempre acompanhado pelo Moleque Saci (
Cauê Filho) e sua eterna namorada Aninha (Dulce Martins) e tinha como arqui – inimigo, o “Caveira”,
sempre disposto a conspirar contra ele. O seriado, que ia ao ar, de segunda a sexta entre 18:35 ( após as
Aventuras do Anjo) e 19 horas, permaneceu no ar entre 1953 e 1967, ao longo de 3276 capítulos.
Na década de 1960 a TV Tupi lançou o seriado, porém a audiência ficou muito aquém em relação àquela
do Rádio, o mesmo acontecendo nos anos de 1980 no SBT.
Postado por Jaime G. de Moraes em 09/05/2011
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BOLETIM ELETRÔNICO LABRE-SP – ANO II – Nº 14 MAIO/2011
Esta é uma informação da DW, a primeira montagem de radio em automóveis, iniciou a
grande revolução na Radio. A grande mudança agora no século XXI, será o radio digital.
Na Europa, já é possível receber uma emissão em alta fidelidade no formato digital,
emitida da Alemanha e ser recebida num automóvel, numa viagem iniciada neste País e
em continuo, sem quebras, ser sintonizada sem problemas, durante toda uma viagem
efectuada até ao ponto mais ocidental do continente Europeu, localizado em Portugal.
1922: Instalado o primeiro rádio em um carro
Auto-rádios modernos podem captar sinais de satélites
No dia 5 de maio de 1922, pela primeira vez um automóvel – um Ford modelo T – foi
equipado com um rádio. O que a princípio parecia excêntrico, em cinco anos tornou-se
produção em série.
Duas importantes invenções do mundo moderno aconteceram quase simultaneamente. O automóvel existia há
algumas décadas e Henry Ford havia começado sua produção em série no começo do século.
A técnica do rádio, no entanto, ainda estava sendo desenvolvida quando, em 1922, George Frost sentou-se
confortavelmente em seu modelo T, deu a partida e ligou o rádio. Um gesto que entrou para a história.
Hoje mal se pode imaginar um carro sem rádio. O jovem estudante de 18 anos e presidente de um radioclube
pode, entretanto, não ter sido o primeiro na invenção, como conta um porta-voz da Ford em Colônia: "Como nesta
época houve vários que adaptaram um receptor no seu carro, é difícil dizer quem foi o primeiro, mas oficialmente
Frost é considerado seu inventor".
Dos gigantescos aos removíveis
Nos seus primórdios, o autorádio ocupava tanto espaço que, se o automóvel tivesse dois bancos, os de trás
seriam tomados pelo rádio e a antena.
Hoje, os modelos são cada vez mais compactos e versáteis. Além de música e informação, os modelos mais
avançados já oferecem sistema de navegação, telefone e internet. Avanços que tornam o autorádio um objeto
cada vez mais cobiçado pelos ladrões.
Mas também esse problema foi resolvido pela indústria, com autorádios cada vez menores e de painel removível.
Um conforto, desde que não seja esquecido em casa.
Dirk Ulrich Kaufmann (rw)
Best regards.
Manuel Jesus – [email protected]
visite: www.sitesmaisuteis.pt
Colaboração: Faustino Prado – PY2VOA / PY2021SWL
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A ÁGUA DO MAR PODE SERVIR COMO ANTENA DE RÁDIO
A SPAWAR System Center Pacific,organização da marinha americana,descobriu uma forma de
utilizar a água do mar como antena de rádio para receber e transmitir sinais a partir da indução
magnética. O processo se dá pelo bombeamento do fluxo de água marítima, vindo de uma
corrente, que gera sinais radiofônicos. De acordo com a força da corrente e da consequente altura
do jato, estabelece-se o alcance das ondas de frequência de rádio HF, VHF ou UHF. A simplicidade
do design facilita e permite variações no uso. Pode ser utilizada em embarcações militares, pois
estas possuem um espaço limitado para as antenas atuais, ou em embarcações marítimas
comerciais em situação de emergência ou como backup de antena. "Navios da marinha americana
têm cerca de 80 antenas. Executar a integração entre as elas é um grande desafio, pois elas
interferem facilmente entre si. A antena de água do mar foi criada para resolver este problema",
disse Daniel Tam, engenheiro da SS Pacific. Ainda não há previsão de quando essa antena
receberá a patente ou será utilizada ou comercializada, mas as pesquisas continuam.
Foto: Divulgação
http://verde.br.msn.com/artigo.aspx?cp-documentid=26552148
Fonte: http://www.casadoradioamador.org.br/docs/projetos/AntenaAguaMar.pdf
Colaboração: Faustino Prado – PY2VOA / PY2021SWL
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"A LABRE-SP informa a todos os membros da RENER, para que
atualizem URGENTEMENTE seus dados junto àquela entidade, através do
site www.defesacivil.gov.br, coluna da esquerda, 7º tópico de baixo para
cima".
Secretaria da LABRE-SP.
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NOÇÕES BÁSICAS PARA O DEXISMO EM ONDAS ONDAS TROPICAIS
a)
Introdução:
Quando surgiram estes tais Trópicos de Câncer e Trópico de Capricórnio, os quais deram origem á
faixa Tropical do globo terrestre ?
Essas coordenadas são muito antigas. Por volta do século 2 a.C. elas já apareciam em mapas feitos
pelo astrônomo grego Hiparco de Nicéia (161-127 a.C.). Depois, elas surgem em um mapa-múndi
de outro grego, Cláudio Ptolomeu (c. 90-170 d.C.). Tanto o Equador como os trópicos são projeções
na superfície terrestre de fenômenos celestes. O Equador, por exemplo, é uma projeção na Terra de
uma linha imaginária, chamada Equinocial, que divide o céu em duas metades iguais. Os trópicos de
Câncer e Capricórnio também são linhas projetadas na Terra a partir de posições alcançadas pelo
Sol em seu deslocamento no céu. Os antigos astrônomos observaram que, quando o astro chegava
ao seu máximo distanciamento ao norte, a Constelação de Câncer estava ao fundo no céu. E,
quando este deslocamento era ao sul, o astro passava pela Constelação de Capricórnio. Daí os
nomes.
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Se tivermos um pouco de paciência e formos brindados com algumas condições favoráveis, temos
condições de ouvir o mundo, através da chamada Banda Tropical.
Nesta faixa do espectro de Radio Freqüências, iremos encontrar emissoras Africanas, Asiáticas,
Européias, das três Américas e até da Oceania., pois em ondas tropicais conseguimos captar
emissões de todos os continentes, sempre que unirmos paciência, boas antenas, condições
favoráveis de propagação e principalmente saber o que ouvir e no momento certo do dia.
No Brasil, este segmento de onda já foi muito mais utilizado do que é hoje.
Eu tenho saudades das emissões em 2.460 KHz da Radio Alvorada de Rio Branco no Acre, que era
muito bem captada aqui em Minas Gerais. Essa emissora anteriormente se chamava Radio
Progresso e sempre retransmitia a programação da Radio Bandeirantes de São Paulo e por isso
funcionava para mim como o meu “estepe” para ouvir os jogos do Corinthians, quando a
Bandeirantes não chegava em meu Shack ou tinha interferência de emissoras adjacentes. Eram
outros tempos, mas hoje, mesmo com a saída de algumas emissoras brasileiras, algumas ainda se
mantém e temos no cenário mundial um campo muito vasto para a pesquisa de escutas. Acredito
que o envio de informes de recepção que fizermos ás nossas emissoras de Ondas Tropicais será o
material principal para o manutenção das mesmas no ar.
O segmento de 2300 a 5060 kHz é conhecido como Ondas Tropicais por ter sido escolhido
mundialmente, para abrigar as estações de rádio que se situam dentro da faixa tropical do globo
terrestre (entre os trópicos de Capricórnio e Câncer).
Porém existem muitas exceções mundiais á esta regra, e a principal exceção está na faixa de 75
metros (3900 a 4000 kHz) que é ocupada por emissoras de diversas partes do mundo, dentro e fora
dos trópicos
b) Os limites da Banda:
Mas, para falarmos de um determinado segmento do espectro de RF, temos antes, de partir de
definições que sejam embasadas em caráter oficial, na forma da lei, para podermos determinar com
exatidão os limites do campo onde iremos semear nosso trigo.
Falo isso porque tenho observado em diversas publicações, a menção do segmento de Ondas
Tropicais com diversos “:bandwiths” diferentes. Alguns falam que está situado entre as freqüências
de 2.300 KHz e 5060 KHz, outros que é a faixa de 2.300 KHz a 5.900 KHz e além destas aparecem
outras menções diferentes.
Como estamos no Brasil, acredito que o correto é nos resguardarmos dentro do que determina a lei
de telecomunicações brasileira, e assim sendo pesquisei na ANATEL (Agência Nacional de
Telecomunicações), de onde retirei a definição considerada oficial do que chamamos de Ondas
Tropicais, bem como a extensão desta faixa para a legislação brasileira.
A ANATEL, amparada pela legislação Nacional de Telecomunicações, determina que:
“OT (Ondas Tropicais) - é a modulação em amplitude (AM) cuja portadora está compreendida na
faixa de freqüência de 2.300 kHz até 5 060 kHz. E a outorga para execução dos serviços de
Radiodifusão OT, será precedido de um processo licitatório, observadas as disposições legais e
regulamentares.”
Outrossim, até para também ser coerente com um artigo publicado pelo Robert Veltmeijer no
Atividade DX número 125 de Dezembro de 1994, ainda sob a tutela do DX Clube Paulista; acredito
que, nós brasileiros, devemos considerar como segmento de ondas tropicais a faixa que
compreende as freqüências de 2.300 KHz á 5.060 KHz e nenhum Hz a mais ou a menos.
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Desta maneira, se ouvirmos o Serviço em espanhol da KBS, transmitindo desde Sackville no Canadá
na freqüência de 6.045 KHz podemos considerar como uma transmissão de Ondas Tropicais, porém
já a transmissão da Radio Guaíba em 6.000 KHz deve ser considerada uma emissão em Ondas
Curtas e nunca em Ondas Tropicais.
Outro fato, que de acordo com a legislação brasileira de Telecomunicações deve ser levado em conta
é o modo da emissão pois assim sendo, qualquer transmissão em SSB nesta banda especificada não
pode ser considerada como Ondas Tropicais na conformidade de nossa lei que determina somente
emissões em AM nesta faixa.
c) O que existe para ouvir:
Este segmento de 2.300 á 5.060 KHz , compreendido pela Ondas Tropicais, é um espaço muito
significativo aos dexistas no dial do rádio pois proporcionam excelentes escutas nacionais e
internacionais.
Além disso, temos nesta faixa uma quantidade muito grande de países, tais como Botswana, Bolívia,
México, Beni, Nigéria, Nepal, Equador, Colômbia e localidades que são apenas um ínfimo ponto (ou
nem constam)no mapa mundi tal como, Krasnoyarsk, Perm, Khanty-Mansiysk, Petropavlo na Rússia
Asiática, também outras como Guwahati, Port Blair, Leh e muitas mais a serem adicionados á nossa
coleção de escutas.
Por um acordo internacional, ocorrido em 1959, as freqüências compreendidas entre 2.300 KHz e
5.060 KHz, foram reservadas especialmente para as emissoras situadas em países das áreas
tropicais.
Mas nem todos no mundo seguem esta diretriz e assim temos diversas exceções.
Nestes casos, podemos citar a Austrália e a África do Sul, que mesmo não sendo países tropicais
emitem neste segmento de onda.
Seguindo esta vertente de dissidentes temos muitos outros países que também não aderiram a este
acordo e entre estes estão a ex União Soviética (atual Rússia), que se reserva o direito de
transmitir em qualquer freqüência entre 3.950 KHz e 27.500 KHz, a China, a Mongólia, e mais
alguns outros que a medida que você for pesquisando a faixa, irá encontrar pois na faixa de OT não
é impossível se ouvir algum país do qual nunca se teve idéia de existir. Devido a estes dissidentes
do acordo mundial é que ouvimos muitas emissoras chinesas e de paises da Ex URSS, nesta banda.
d) Materiais necessários para se efetuar as escutas:
Para o dexista que resolva se dedicar ás escutas das Ondas Tropicais, tenho alguns conselhos que
julgo importes e básicos:
Escolha um bom receptor, que tenha uma resposta satisfatória na banda de Ondas Tropicais.
Não queira fazer isso “do dia pra noite”, com pressa, verifique os diversos receptores á que tiver
acesso, até se decidir por um, através sempre da experimentação.
Para tomar esta decisão nem sempre será necessário se optar por um receptor digital, caro e até e
específico para estas escutas, pois existem receptores digitais por preço acessível que trabalham
muito bem em OT e também muito radio antigos, até valvulados que apresentam um desempenho
muito bom na Banda Tropical. Eu por exemplo, utilizo os receptores chineses fabricados pela Degen,
os modelos DE1121 e o DE1103, mas também tenho realizado boas escutas com um receptor militar
da Telefunkem, modelo KW, que pesa 53 kilos ,foi fabricado em 1964 e é valvulado.
Utilize um sistema de antena compatível com a faixa de freqüência que pretende ouvir.
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BOLETIM ELETRÔNICO LABRE-SP – ANO II – Nº 14 MAIO/2011
Não queira ouvir ondas Tropicais com uma antena cortada para a banda de OM ou para a Banda de
OC, você terá de utilizar uma antena específica.
No caso de possuir espaço em sua residência, aconselho a utilização de uma antena Long Wire
cortada para oscilar com melhor eficiência nas Ondas Tropicais e para calcular e construir uma
antena assim repasso algumas informações úteis.
Para calcularmos o comprimento de uma antena Long-Wire para uma banda de freqüência
determinada, temos de calculá-la para o centro desta banda.
Como a banda de Ondas Tropicais vai de 2.300 a 5.060 KHz, temos que calcular a freqüência central
da Banda através do cálculo de média aritmética:
2.300 + 5.060
= 7.360 =
2
3.680
2
Com base neste valor de 3.680 que é a sua freqüência central de operação, teremos condições de
calcular o comprimento de uma antena em condições de oscilar em toda a Banda Tropical.
Agora completemos os cálculos para determinar o comprimento do fio desta nossa LW/OT.
Uma antena ideal deve ter o comprimento da onda sob qual irá trabalhar, ou então múltiplos desta
onda (1/2 ou ¼ de onda) e para se chegar a se chegar a esta medida usa-se dividir a velocidade da
luz pela freqüência .
Porém devemos considerar em nossos cálculos que a velocidade da radiofreqüência no condutor da
antena não é igual a velocidade da RF no espaço livre, pois o condutor sempre oferece uma
resistência maior á passagem da RF que o ar livre. Quando menciono resistência, faço isso
incorretamente somente para facilitar o entendimento de quem lê, pois resistência é uma grandeza
que se aplica somente aos circuitos de corrente contínua, que não é nosso caso. Uma antena está
sujeita á ação de corrente alternada que é o sinal de RF variável segundo sua freqüência. O correto
seríamos falarmos reatância resistiva, mas isso poderia dificultar o entendimento por ser um termo
bem menos compreendido pelo público em geral. Assim sendo foi especificado uma constante para
o valor de resistência (reatância Resistiva) do condutor e este valor é 0,95.
Montando nossa fórmula temos:
Como sabemos que:
Velocidade da RF no espaço = 150.000 Metros por segundo
Constante de perda do Condutor = 0,95
Freqüência central da banda de OT = 3.680 Khz
Substituindo estes valores na fórmula e fazendo a resolução da mesma, temos:
150.000 x 0,95
3.680
= 142.500 = 38,7228... que podemos arredondar para 39 metros
3.680
Logo 39 metros seria o comprimento para uma antena ideal, de onda completa, em OT.
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BOLETIM ELETRÔNICO LABRE-SP – ANO II – Nº 14 MAIO/2011
Mas, pelas dificuldade de espaço que sempre temos em nossas residências, nem sempre se
apresentam condições de montar um sistema de antena com este comprimento e assim somos
obrigados a trabalhar com múltiplos deste comprimento de onda, mas esse recurso não contribui
significativamente para a diminuição do desempenho da antena e assim:
Se fôssemos utilizar uma LW/OT de ½ onda, esta teria
39
= 19,5 metros.
2
E se fôssemos trabalhar com ¼ de onda nossa antena teria 39 = 9,75 metros.
4
Atualmente, montei uma long-Wire específica para Ondas Tropicais e utilizei o comprimento de 9,75
metros por ser um comprimento menor e mais fácil de ser trabalhado mecanicamente e o qual tem
se mostrado muito efetivo na banda.
Mas, determinado o comprimento ideal, antes de executarmos a montagem final, passemos ao
“enriquecimento” do projeto de nossa antena de fio para Ondas Tropicais.
No “tecniquês”da atualidade aparecem diversas expressões que são utilizada com o intuito de tornar
uma apresentação aparentemente mais técnica ainda, uma delas é o tal “agregar valor”, e eu
despudoradamente, vou utilizar esta expressão agora.
Como primeira providência para agregar valor á nossa antena Long-Wire de Ondas Tropicais, temos
de aumentar o “Q”da antena.
Infelizmente terei de intercalar algumas considerações técnicas sobre isso, mas vou procurar utilizar
uma linguagem bem “dow” para não complicar a vida dos que não são da área.
Quando uma antena está cortada no comprimento correto ela ressona na freqüência para a qual
está calculada e desta maneira a chamamos de antena ressonante, pois ela ressona na freqüência
especificada.
Na medida em que uma antena vai perdendo esta qualidade de ressonar ela vai se tornando reativa,
e o que determina isso é primordialmente o “Q” da antena.
Este famigerado “Q”, está sempre diretamente relacionado com a resistência (reatância resistiva) de
uma antena, é determinado pela capacidade dessa antena de conduzir a corrente elétrica. Quanto
menor resistência (reatância resistiva) ela opuser á passagem da corrente, menor será o seu “Q” e
conseqüentemente melhor será sua ressonância.
Ora, se eu montar minha long-Wire com um fio de Ouro, este “Q “será muito baixo e sua
ressonância magnífica. Mas isso fica caro e impraticável.
Como posso encontrar um subterfúgio mais econômico para baixar o “Q “de minha antena ?
Ora, se um condutor de cobre tem um determinado valor de condutância, dois condutores em
paralelo terão, conseqüentemente um valor maior de condutância.
Podemos, aqui, fazer uma analogia que facilitará ainda mais o entendimento: dois canos de água de
½ polegada conduzem mais água que um apenas...
Assim sendo se ao invés de um condutor somente, eu montar a minha Long-Wire com dez
condutores em paralelo, aumentarei consideravelmente sua condutibilidade e por conseqüência
diminuirei o seu “Q” o que resultará em melhores condições de ressonância.
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Diminuir o “Q” faz, diretamente, uma antena ficar menos reativa e o efeito reativo é o que diminui
a faixa de ressonância da antena. A antena mais reativa irá atuar em uma faixa muito estreita
dentro da banda e não nela toda. Uma antena assim atua bem somente em algumas freqüências.
Para diminuir este “Q”, podemos utilizar o seguinte artifício.
Como um rolo da cabinho de 1 mm, possuem 100 metros de cabo e tem um preço relativamente
baixo, os quais podem ser divididos em 10 “pernas” de 9,75 metros (LW de ¼ de onda), as quais
poderão ser unidas em paralelo, aumentando a condutância o sistema e por conseguinte diminuindo
o “Q”da antena.
O incrível, é que por diversos outros fatores técnicos, estes dez cabinhos de 1 mm, diminuem mais o
“Q” da antena que se em seu lugar fosse utilizado apenas um condutor de 10 mm.
Porém, estas 10 “pernas”deverão ser esticadas longitudinalmente, em paralelo, sem serem
enroladas, para evitar o efeito indutivo. Terão ainda, mesmo que sejam isoladas individualmente ( o
cabinho já é isolado), serem unidas por solda, todas juntas, nas extremidades. Para manter o fios
paralelos, deve-se prende-los juntos, a cada 50 cm da extensão com fita isolante, para dar
uniformidade ao conjunto.
Na figura seguinte mostramos o aspecto que ficaria uma montagem como esta que citamos.
Mas, podemos “agregar mais valor” á nossa Long-Wire de OT, se lhe acrescentarmos um Balum.
Que é um dispositivo muito importante no caso desta antena de fio longo, por dois motivos
específicos.
O primeiro motivo é o de nossa antena ter uma impedância específica em torno de 400 a 500 ohms
e deverá estar conectada por um cabo coaxial de 50 a 75 ohms a um receptor que apresenta uma
impedância de entrada de 50 ohms. Para que exista um acoplamento perfeito neste sistema temos
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de fazer uma adequação nestas impedâncias tão diferentes e isso é feito através de um balum.
No caso desta antena utilizamos um balum de relação 9:1, que em resumo é um transformador de
impedância que ao receber uma determinada impedância de entrada entrega em sua saída um valor
nove vezes menor. Assim , um valor de 450 ohms na entrada do balum resulta em 50 ohms em sua
saída e desta maneira o sistema fica com um, quase perfeito, “casamento de impedância”
Nesta atividade de casamento de impedância, a péssima qualidade dos cabos coaxiais que
encontramos no Brasil, sem exceção para nenhum fabricante, faz com que tenhamos uma margem
de erro muito grande nos baluns. Por terem de exportar receptores para países onde sabidamente
serão conectados a cabos coaxiais de impedância diferente da especificada, os fabricantes já
confeccionam a entrada destes receptores com uma faixa larga de impedância. Com isso a
confecção do balun torna-se muito menos crítica do que seria se tivéssemos de faze-lo para
condições de valores mais precisos. Já o segundo motivo da utilização de um balum em nossa longWire é para transformar a saída desbalanceada da antena long-Wire em uma saída balanceada que
permita a conexão equilibrada de um cabo coaxial à mesma pois as entradas dos receptores
transistorizados digitais (ICOM, SONY, etc ) são desbalanceadas. Lembro que a grande maioria dos
receptores valvulados, possuem entrada desbalanceada, mas isso não é regra geral, pois meu
receptor Telefunkem KW possue duas saídas para antena, uma `desbalanceada e outra balanceada.
Para não enriquecer o artigo com vernacular “tecniquês” vou definir estas saídas como:
Desbalanceada é a que é feita com cabo coaxial e balanceada é a que é feita com fio singelo.
Mostrarei agora algumas maneiras fáceis e econômicas de você mesmo confeccionar o seu balum de
relação de 9:1 a ser utilizado em sua Long-Wire de Ondas Tropicais. Cheguei a estes resultados de
montagens, após muitas experimentações e consultas á literaturas técnicas específicas sobre o
tema.
Porém procurei me ater ao desejo de efetuar uma montagem utilizando materiais fáceis de serem
encontrados
por
qualquer
radioescuta,
mesmo
em
pequenas
cidades
do
interior.
Nas três figuras seguintes, mostro as maneiras de se efetuar estas montagens, sendo que o
radioescuta deverá optar pelo processo que lhe seja mais fácil de executar. Todos os três
apresentaram resultados Parelhos na sua aplicação. Os desenhos seguintes são auto-explicativos de
cada montagem sendo que devo esclarecer que os enrolamentos são feitos com três fios em
paralelos (Batizados por A, B e C) sendo que realizei experiências com as bitolas 18, 19 e 20 AWG
(fio de enrolamento de motores) como também cabinho colorido de cabos telefônicos e todos se
mostraram com resultado onde as diferenças eram desprezíveis no resultado final.
A fiação do balun não é feita com as bobinas enroladas paralelamente umas as outras, na realidade
deve-se enrolar os fios das três bobinas, formando uma “cordinha” com eles e será com esta
“cordinha” que se enrolará as bobinas. É importante marcar as extremidades de cada fio (A,B e C)
para poder se identificar cada bobina na hora de fazer as conexões entre elas, mas se utilizar
cabinho de cabo telefônico utilize de três cores diferentes. A maneira de efetuar as conexões dos fios
aparecem em cada desenho. Como o balum deverá ficar logo na saída da antena, ali bem na ponta
da Long-Wire, fazendo a interligação dela com o cabo de descida que será levado ao receptor. Por
estar montado sempre externamente, estará sujeito ás intempéries climáticas, e assim você deverá
protege-lo do sol e da chuva, acondicionando-o em uma caixa plástica (saboneteira, tubo de Cebion,
recipiente de filme fotográfico, etc), vede bem para evitar umidade, com silicone, Araldite, durepoxi,
massa plástica ou fita de auto fusão.
Nas figuras seguinte vemos a montagem prática dos diversos modelos de baluns citados no texto.
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Balum 9:1 confecionado com núcleo de barra de ferrite:
Balum confecionado com núcleo de ferrite aproveitado de Fly-Back de televisor:
Balum confeccionado com núcleo toroidal, aproveitado de fontes de computadores:
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E para encerrar este tópico sobre a montagem da Long-Wire, apresento aquilo que julgo mais
importante neste tipo de antena: o aterramento.
A sua Long-Wire é um tipo de antena, que devido as suas características eletromecânicas, possui
uma imensa capacidade de captação de interferências eletromagnéticas. É por isso que as longWires são consideradas antenas ruidosas.
Mas vejamos que é esta tal interferência eletromagnética, para que possamos adotar medidas que
possam eliminá-la ou mesmo diminuí-la consideravelmente.
A interferência eletromagnética é um campo ou onda elétrica ou magnética que altera o
funcionamento de um equipamento, no nosso caso o nosso receptor. Em alguns casos a
interferência pode ser insignificante não comprometendo o resultado final do rádio pois o mesmo
continua desempenhando sua função a pesar da interferência há a compatibilidade eletromagnética.
A interferência pode ser proposital ou acidental e pode ser de origem natural ou artificial. O campo
geomagnético é de origem natural e causa interferência em sistemas elétricos em geral. As manchas
solares também causam interferência em sinais de telecomunicação aqui na Terra. Outros exemplos
de causas naturais de IEM são as descargas atmosféricas e os ventos. Podem ser citados alguns
equipamentos que geram campos eletromagnéticos interferentes como: microcomputadores,
microcontroladores, linhas de transmissão de energia elétrica, explosão nuclear, motores elétricos,
circuitos de eletrônica digital, velas de automóveis e motocicletas, rádios de comunicação. A IEM
pode ser radiada (pelo ar) ou conduzida (se propaga por condutores) É comum encontrar a sigla IEM
para interferência eletromagnética.
Existem várias técnicas para evitar ou reduzir a IEM, entre estas técnicas estão o aterramento
elétrico, a blindagem magnética, a blindagem elétrica, o uso de filtros, o isolamento ótico, os
protetores elétricos.
No caso de nossa Long-Wire, optamos (por questões de maior facilidade e economia) pelo
aterramento.
Porém antes até de falarmos sobre o processo de aterramento que iremos utilizar devemos
esclarecer que ele estará sendo utilizado somente para a diminuição do nível de ruído captado pela
antena e nunca poderá em hipótese nenhuma ser tratado como um dispositivo de proteção do
sistema contra surtos de tensão ou descargas atmosféricas. O nosso aterramento será usado como
um “bypass” do sinal de ruído para a terra.
Como vimos nos desenhos de montagens dos baluns de relação 9:1, todos eles possuem quatro
pontos de conexões externas, um para a malha do cabo coaxial, um para o “vivo”do cabo coaxial,
um para a antena propriamente dita e o quarto para o aterramento.
Este aterramento, deverá ser feito com uma barra metálica, de mais de 1,5 metro de comprimento,
que deverá ser fincada no solo em local bem próximo a haste isolante que sustenta um dos lados da
antena.
Deve-se interligar esta haste fincada ao ponto de aterramento do balum, de preferência por
conexões soldadas e no caso de isso ser impossível, que seja utilizado parafusos bem apertado
nesta função.
Como não se trata de um aterramento de proteção, mas sim um desvio de sinais indesejáveis,
poderá ser utilizado fio fino, nesta interligação.
Um cuidado especial que se deve ter é o de evitar o chamado “loop de terra” que, por um pequeno
descuido ou desconhecimento, poderá gerar muitos ruídos indesejáveis nos nossos Shacks
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Um loop de terra (“ground loop”) ocorre quando existe mais de um caminho de aterramento entre
duas partes do equipamento. Como temos um aterramento na nossa antena, se não tomarmos
cuidado e, por exemplo, utilizarmos uma mesa metálica para acomodar nosso receptor, sem uma
toalha isolante sobre ela; esta mesa, por ter os pés metálicos sobre a terra, formará um segundo
caminho de aterramento o qual se interligará ao nosso aterramento da antena, através da própria
terra e este caminho duplo forma o equivalente ao loop de uma antena, que muito eficientemente
capta as correntes de interferência.
Muitas outras condições podem gerar este caminho duplo e é importante analisarmos bem nosso
sistema de recepção para verificar se eles não estão presentes nele.
Outra providência que deverá ser tomada, é para se evitar a ocorrência de cargas estáticas
induzidas na antena, e nisso deve-se utilizar dois diodos retificadores de alta capacidade de
isolamento de tensão, montados um inverso ao outro, entre as conexões de “vivo”e malha do cabo
coaxial.
Estes diodos podem ser da especificação 1N7007, que são muito baratos e fáceis de serem
encontrados
No desenho seguinte mostramos como fazer a montagem destes diodos.
Falamos até aqui da parte dita “mecânica” necessária a uma estação dexista para Ondas Tropicais.
Certo é que poderiam ser acrescentados mais algumas informações dentro deste tópico, tais como o
uso do gravador, a utilização de acoplador, etc.
Mas julgamos que estas serão medidas que o próprio dexista irá acrescentando ao longo de sua
aquisição de experiência na área. Procuraremos agora, mudar um pouco o rumo destas nossas
palavras, em direção a outras informações complementares do que consideramos como técnicas de
dexismo.
A primordial delas e se municiar de um bom material de apoio em termos de bibliografia de
consulta, pois será muito desgastante ouvir uma emissora que presumimos ser de um continente
distante, não entendermos o idioma falado e não termos nenhuma referência que nos permita
identificá-la.
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O primeiro passo para isso é ter sempre ao lado o máximo de informações sobre tudo o que se está
ouvindo em Ondas Tropicais no momento. É importante que estas informações sejam recentes e
atualizadas, sendo a melhor fonte para isso as diversas listas de escutas do mundo, onde podemos
coletar informações sobre as diversas emissoras que estão aparecendo nos diais.
Assim sendo o pretenso dexista de OT deverá se cadastrar nos grupos nacionais e internacionais tais
como Hard-Core DX, Cumbre DX, Lista Radioescutas, etc...Outro ponto importante é possuir
também boletins impressos que tragam informações sobre escutas em Ondas Tropicais, como o
Atividade DX do DX Clube do Brasil. Agora, para encerrar esta nossa explanação básica, falaremos
de maneira mais específica sobre o campo de jogo onde o Dexista de Ondas Tropicais irá atuar, que
são as delimitações da banda e suas subdivisões, bem como o conhecimento que o dexista deverá
ter sobre as condições de propagação para cada segmento durante o dia, pois estas informações
serão de vital importância para o seu desempenho na caça ás estações “Tropicalenses”.
e) As Sub-Bandas e as respectivas condições de escuta:
A banda Tropical, para maior facilidade de operação é dividida em quatro sub-bandas, que são: 120
metros, 90 metros, 75 metros e 60 metros e então irei falar um pouco das virtudes e defeitos dos
diversos segmentos desta Banda.
120 metros - 2.300 KHz á 2.495 KHz
A recepção neste segmento, durante o dia, varia para emissoras situadas de 150 a 200 Km de
distância do receptor, mas á noite, pode-se captar emissoras de pouca potência situada a distâncias
muito maiores, desde que possua um bom sistema de antenas e um receptor de boa sensibilidade.
O nível de ruído neste trecho é relativamente alto e torna-se mais alto ainda no verão. Outra coisa
digna de menção é que nestas freqüências ocorre muito o aparecimento de harmônicos de
emissoras de Ondas médias, além de imagens (espelhamento) de alguns receptores digitais.
90 metros – 3.200 KHz á 3.400 KHz
A recepção durante o dia, neste trecho, é maior que a recepção em 120 metros, chegando a atingir
um alcance de 1.000 km. No período noturno, com propagação favorável, todas as regiões tropicais
podem ser captadas. Os radio escutas que residem nas regiões tropicais e subtropicais, tem uma
dificuldade maior de captar este trecho durante o verão. Mesmo assim, até no inverno esta subfaixa apresenta um alto índice de ruído atmosférico(comum durante o ano todo), o que prejudica em
muito a recepção.
75 metros – 3.900 KHz á 4.000 KHz
Esta sub-banda não é usada para radiodifusão nos países das Américas pois por aqui é reservada
aos radioamadores. Porém podem ser ouvidas muitas emissoras de outras regiões pois muitas
utilizam este segmento para suas transmissões internacionais. Mas o melhor horário para a
recepção é sempre á noite.
60 metros – 4.750 KHz á 5.060 Khz
A recepção neste trecho é muito semelhante aos 90 metros, sendo porém um pouco mais fácil. Sob
condições de boa propagação pode-se ouvir emissoras situadas a mais de 1.500 Km de distância do
receptor. Á noite, a recepção é muito melhor e o nível de ruído, mesmo sendo ainda alto, é bem
menor que nos 90 metros.
Para finalizar, apresento bons motivos para os dexistas procurarem ouvir um pouco mais a banda de
Ondas Tropicais no inverno.
Enunciando os motivos, falo da baixa incidência de descargas atmosféricas no inverno, as quais
causam a tão temida QRN que atrapalha totalmente nossas escutas no verão.
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Outra coisa é que no inverno a propagação para estações de curta distância cai sensivelmente,
principalmente quando o número de manchas solares é baixo, tal como agora onde estamos no
mínimo solar, o que não ocorre para estações de longa distância. Por isso as estações mais distantes
podem ser captada sem a interferência das estações próximas que se tornam praticamente
inaudíveis. Além disso a propagação nos oferece como opção de melhor escuta as estações do
hemisfério norte, o que é realmente muito interessante para o dexista de Ondas Tropicais.
Este período de safra das Ondas Tropicais se inicia em Junho e vai até o início do mês de Agosto.
Então, o que está esperando ?
Mãos á obra e boas escutas.... em Ondas Tropicais !
Fontes consultadas:
“Cálculo de fator Q em antenas com diferentes amplitudes, fases e orientações” – Karlo Q. da Costa
e
Victor A. Dimitriev.
“Desmistificando o balum 9:1” – Adalberto M. Azevedo.
” Loop Coaxial para Ondas Tropicais” – Martin Genny
Joe's Carr Loop Antena Handbook
Engenheiro Adalberto Marques de Azevedo - Barbacena / Minas GeraisFonte:
www.sarmento.eng.br/navegandoOT.htm
_____________________________________________________________________________________
INFORMAÇÕES:
João Delmont PY4 ACQ e-mail: [email protected]
Mario Wilson PY4 RY e-mail: [email protected]
Data: 21 de Maio de 2011
Local: SEST/SENAT
Endereço: Av Juiz de Fora Nº 1500 - Bairro Grama
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Saida de Juiz de Fora para ÚBA, após a faculdade da UNIPAC
Telefone: 32-3249-2247
Repetidora de VHF de Juiz de Fora
146.850.00 mhz
Haverá exposição e vendas de equipamentos
Durante o evento haverá a entrega da premiação do concurso de VHF
"CQ ZONA DA MATA E VERTENTES"
_____________________________________________________________________________________
Nuevo diploma IARU R2
IARU Región 2 otorgará el DIPLOMA IARU-R2 a los radioaficionados y radioescuchas (SWL) que
acrediten haber hecho contacto con 20 países o entidades reconocidas en la Región 2 IARU,
correspondiente a la R2 de la Unión Internacional de Telecomunicaciones ITU. Serán validos los
contactos realizados a partir del 16 de abril de 1964, fecha en que fue fundada la IARU-R2.
El juego completo de instrucciones y la solicitud pueden obtenerse aquí.
http://www.iaru-r2.org/wp-content/uploads/r2-award.pdf#pdf
Colaboração: Faustino Prado – PY2VOA / PY2021SWL
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Predicta Philco 1961
Alô Amigos;
Como todos sabem, eu gosto de desafios..perdi para um Zenith a poucos dias pois algum OIDARTÉCNICO(Rádio-técnico ao contrário) fez a substituição de uns diodos especiais por diodos 1N4148...
ora amigos se em Transglobe isso acaba com o rádio, imaginem com um Zenith Royal 7001 que depende
dos diodos PIN para o chaveamento entre SSB e AM.... esse eu perdi....mas, como tudo na vida tem um
mais, chegou uma TV Predicta em muito bom estado, com algumas lascas no móvel e sem funcionar,
óbvio!!!
Estou com uma TV dessas parada aqui que está sendo uma das maiores restaurações que já fiz e já lá vão
2 anos e meio, dado ao estrago total que a mesma chegou...mas a deste post estava facinho..coisas simples
e digo, entre as que restaurei a de melhor resultado...vejam as fotos dela funcionando...como foi feita às
pressas, só tirei essas fotos no local de entrega, todo aberto e com luz do dia, então as imagens da TV não
são muito nítidas, mas o fósforo desse tubo está 100%....impressionante para uma TV de quase 50 anos....
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O único pecado desse televisor, assim como o do outro que está aqui é não ter o Knob do Seletor de canais Original, mas nada
que impressa o seu funcionamento normal....
A máscara do tubo foi polida interna e externamente com um produto americano...gostei do resultado...
Para o resultado ser perfeito, foram trocados todos os capacitores, duas válvulas e claro, a enorme ajuda do meu
amigo Flaudemir Botelho, um gênio em televisores e coisas mais modernas.....
Depois dessa, eu deveria ter parado para descansar, mas amanhã vou postar mais dois grandes desafios....aguardem
Officina do Rádio Antigo. (16)3412-6692 Rua Dona Alexandrina, No. 398 - Centro São Carlos - SP CEP
13560-290 [email protected]
Indalécio A. de Oliveira
São Carlos, São Paulo, Brazil
Técnico Restaurador Officina do Rádio Antigo Este é o nosso Blog sobre Conserto &
Restaurações de Rádios Antigos. Confira nas páginas, um pouco mais sobre a história de cada
restauração e, pela nossa rádio web, conheça os grandes Músicos, Interpretes e solistas do
passado.
Colaboração: Faustino Prado – PY2VOA/PY2021SWL
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