Memorias Convención Internacional de Salud
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Memorias Convención Internacional de Salud
Memorias Convención Internacional de Salud Pública. Cuba Salud 2012. La Habana 3-7 de diciembre de 2012 ISBN 978-959-212-811-8 PROMOVENDO A SAÚDE DE RECÉM NASCIDOS: INCIDÊNCIA DE DOENÇAS PREVALENTES NA INFÂNCIA EM CRIANÇAS QUE RECEBERAM AME ATÉ 6 MESES DE IDADE Bruno Godinho da Silva Luciana Madeira da Costa Claudia Mattos da Cunha Costa Ronaldo da Silva Moreira Vivian Raymundo da Silva IABAS- Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil do Município do Rio de Janeiro Tel: 21 78499560 Email: [email protected] País: Brasil. INTRODUÇÃO A promoção da saúde, como vem sendo entendida nos últimos 20-25 anos, representa uma estratégia promissora para enfrentar os múltiplos problemas de saúde que afetam as populações humanas e seus entornos neste final de século. Partindo de uma concepção ampla do processo saúde-doença e de seus determinantes, propõe a articulação de saberes técnicos e populares, e a mobilização de recursos institucionais e comunitários, públicos e privados, para seu enfrentamento e resolução (Buss, 1998). O crescimento saudável é alcançado com uma alimentação adequada. Na fase inicial da vida, o leite humano é indiscutivelmente o alimento que reúne as características nutricionais ideais, com balanceamento adequado de nutrientes, além de desenvolver inúmeras vantagens imunológicas e psicológicas, importantes na diminuição da morbidade e mortalidade infantil. A amamentação é, então, importante para a criança, para a mãe, para a família e para a sociedade em geral. No primeiro ano de vida, fase de crescimento rápido, o peso e o comprimento são as variáveis mais importantes para se avaliar o estado nutricional de uma criança e, assim, monitorar seu crescimento. Quanto aos padrões de crescimento, principalmente no segundo trimestre de vida, há necessidade de mais estudos longitudinais sobre crescimento e práticas alimentares em crianças saudáveis, com valores de referência reconhecidos internacionalmente para a validade de comparações (Coutinho, 1988). Estudos disponíveis sobre alimentação infantil e crescimento concluem que não existe nenhuma curva de crescimento disponível e confiável para lactentes alimentados exclusivamente ao seio materno, visto que resultados parcialmente discordantes têm sido encontrados. É consenso que o aleitamento materno exclusivo proporciona um crescimento ótimo de 0 a 3 meses. Dos 3 aos 6 meses, freqüentemente a curva ponderal dessas crianças, em países em desenvolvimento, desvia-se um pouco para baixo em relação às curvas de referência disponíveis. A interpretação desse fenômeno não é unânime: para alguns, representa uma insuficiência de crescimento; para outros, é normal, e as curvas de referência é que não são adequadas. O leite materno oferece a criança, os nutrientes indispensáveis que ela necessita para iniciar uma vida saudável e também representa o alimento essencial e nutritivo para o bebê até o sexto mês de vida como alimento exclusivo, a partir daí poderá ser complementado com a introdução de alimentos complementares, pelo menos até os dois anos de idade. Este estudo é importante para evidenciarmos a importância do leite materno devido as suas inúmeras qualidades e benefícios para a criança. Todos os atributos da amamentação são refletidos diretamente na saúde e na qualidade de vida da criança e, consequentemente de toda a família. Elegemos como objetivo: analisar a ocorrência de doenças prevalentes na infância em crianças em AME até 6 meses de idade. Memorias Convención Internacional de Salud Pública. Cuba Salud 2012. La Habana 3-7 de diciembre de 2012 ISBN 978-959-212-811-8 METODOLOGIA O campo de estudo é um posto de saúde da família localizado na zona oeste do município do Rio de Janeiro, composto por quatro equipes de saúde da família. O objeto do estudo serão dados contidos no SIAB (Sistemas de Informação da Atenção Básica), de janeiro a março de 2012, alimentados mensalmente através do SSA2 e da Planilha de Avaliação e Monitoramento, sob responsabilidade dos agentes comunitários de saúde e enfermeiros, respectivamente. As variáveis analisadas serão: crianças em AME até 6 meses e doenças prevalentes na infância, enfocando as doenças respiratórias e diarréia. RESULTADOS Dados obtidos através da análise das planilhas do SSA2 e Planilha de Avaliação e Monitoramento: MESES - 2012 JANEIROFEVEREIROMARÇO Crianças em AME até 6 meses 68 41 47 Crianças com Doenças Respiratórias 0 0 0 Incidência 0% 0% 0% MESES - 2012 JANEIRO FEVEREIRO MARÇO Crianças em AME até 6 meses 32 41 47 Crianças com Diarréia 0 0 0 Incidência 0% 0% 0% CONSIDERAÇÕES FINAIS De acordo com os dados obtidos, percebemos que a incidência das doenças prevalentes na infâncias em crianças em AME até, no mínimo, 6 meses de vida é nula, ou seja, não há ocorrência de casos de diarréia e/ou infecções respiratórias em menores de 6 meses em AME da população adscrita na área assistida pelas equipes da unidade. Isso demonstra a eficácia do aleitamento materno, interferindo diretamente nas condições de saúde do lactente. A Estratégia Saúde da Família pode ser uma boa tática para promoção e apoio ao AM, na medida em que oferece às famílias atenção à saúde preventiva e curativa, em suas próprias comunidades. Especificamente com relação à amamentação, a equipe de saúde da família pode desenvolver atividades educativas desde o período pré-natal, buscando interagir mais efetivamente com as mulheres, possibilitando conhecer suas experiências anteriores, o que significa para ela, naquele momento, a gravidez e outros aspectos subjetivos que possam favorecer ou não o processo do aleitamento materno. Também é possível atuar efetivamente nas intercorrências comuns no início da amamentação, como traumas mamilares, ingurgitamento mamário e mastite, responsáveis muitas vezes pelo desmame precoce. Entretanto, mesmo em áreas de atuação de equipes de saúde da família, tem sido um desafio ampliar a adesão à prática do aleitamento materno, especialmente na forma exclusiva. Entre as vantagens da amamentação para a mãe são freqüentemente citadas a aceleração da perda de peso ganho na gravidez e da involução uterina pós-parto, a proteção contra anemia, decorrente da amenorréia Memorias Convención Internacional de Salud Pública. Cuba Salud 2012. La Habana 3-7 de diciembre de 2012 ISBN 978-959-212-811-8 puerperal mais prolongada, a menor incidência de câncer de mama e de ovário, entre outras. O aleitamento também traz benefícios para a família: é opção econômica e prática. A promoção do Aleitamento Materno deveria ser vista como ação prioritária para a melhoria da saúde e da qualidade de vida das crianças e de suas famílias. Promover o AM pode ser um bom exemplo de política pública que envolve a família, comunidade, governos e sociedade civil, com baixo custo e excelente impacto sobre o desenvolvimento infantil. Assim, comprovamos ser o leite materno (como fonte única de nutrientes) o alimento ideal para um crescimento adequado nos primeiros 6 meses de vida, sem a necessidade de complementações; basta dar apoio à mãe quanto à amamentação e orientar e incentivar o aleitamento materno exclusivo. Dessa forma, compreendemos a importância do aleitamento materno exclusivo até os 6 meses de idade e o prolongamento desta oferta de acordo com a aceitação da criança. O leite materno é fundamental para a saúde física, mental e bem-estar das crianças, além do mais, o ato de amamentar é importante para favorecer as relações afetivas entre mãe e filho, refletindo diretamente no crescimento saudável das crianças. REFERÊNCIAS Coutinho SB. Influência do tipo de aleitamento sobre o ganho pondo-estatural de crianças no primeiro ano de vida. J Pediatria (Rio J). 1988;64:75-82. Organização Mundial de Saúde, Organização Pan-Americana de Saúde, Ministério da Saúde, Sociedade Brasileira de Pediatria. [OMS/OPAS/MS/SBP]. .Os dez passos da alimentação saudável para crianças brasileiras menores de dois anos.. In: Manejo da desnutrição grave: um manual para profissionais de saúde de nível superior Médicos, enfermeiros, nutricionistas, e outros) e suas equipes de auxiliares. Brasília: OMS/OPAS Representação do Brasil; 2000. Buss PM 1998. Promoção da Saúde e Saúde Pública. ENSP, Rio de Janeiro. 178 pp. (Mimeo).
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