Ana Moreira em Entrevista O que é a Moda?
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Ana Moreira em Entrevista O que é a Moda?
pure/ Pure Magazine / Edição Zero / Inverno 2008 Ana Moreira em Entrevista O que é a Moda? Furitas Filipe Trindade Moda Shopping Piet Stockmans Arquitectura: Europa, Arquitectura Portuguesa em Emissão / / / EDITORIAL FICHA TÉCNICA COLABORADORES Um número zero é uma experiência única, no fundo um paradigma. Por um lado define-se uma linha a seguir com conceitos sólidos e unilaterais onde se traçam directrizes e se criam caminhos precisos. Por outro lado, nada é estanque visto fazer tudo parte de um processo experimental que à medida que avança se vai ajustando e moldando para então assumir uma forma mais definitiva. Como projecto independente, Pure Magazine vive do dinamismo criado pelo “amor à camisola” de colaboradores empenhados em desenvolver trabalho criativo. O nome, Pure, é simples, directo e abarca uma quantidade infindável de sinónimos que por associação nos remetem para o universo a retratar. Um projecto trimestral, que abrange várias áreas e sobretudo pretende falar de moda e das suas variantes no contexto contemporâneo marcado pela constante diversidade de abordagens. Pure assume o risco de nascer independente e conta com o apoio de todos os que deste projecto fazem parte. DIRECÇÃO / EDIÇÃO Helga Carvalho Catarina Vicente 32 anos, licenciada em Design de Moda, teve o prazer de iniciar a sua carreira na ModaLisboa. Actualmente faz parte do departamento de Marketing da Nike em Portugal. Começou a escrever sobre moda em 2003, a convite da Vogue Portugal, revista com que colaborou mensalmente durante de um ano. Nesta edição de lançamento da Pure Mag, Catarina escreveu o artigo “O que é a moda?”, uma questão complexa com múltiplas abordagens, que encarou como um desafio. www.helgacarvalho.com DESIGN GRÁFICO Paulo Condez www.designedbynada.com COLABORADORES Edição Marta Varatojo (Assistente) Texto Catarina Vicente Francisco Vaz Fernandes Michele Santos Milene Matos Patrícia Cruz [email protected] Sara Andrade Ilustração Véronique Augry [email protected] Fotografia Luís de Barros www.luisdebarros.com Olivier Jacquet www.olivierjacquet.com Ricardo Cruz www.ricardo-cruz.com Helga Carvalho Marta Varatojo Nascida em Lisboa, desde cedo se lhe despertou um grande fascínio pela moda. O seu percurso caracteriza-se pela mutabilidade constante, com áreas de interesse como a Macrobiótica, o Feng-Shui, uma breve passagem pela fotografia, dança e moda. Em Inglaterra, onde viveu este último ano, foi coordenadora dos Festivais One World e é de momento assistente de edição da Pure Mag. Luís de Barros Nasceu em Lisboa. Teve a sua formação em fotografia no Dewsbury College, Inglaterra. Foi o vencedor de dois concursos de fotografia, “Montblanc” e “Douro Património Nacional”. Já participou em inúmeras exposições a nível nacional e internacional e é colaborador regular da Lux Woman, Máxima, Elle e Cosmopolitan, entre outras. Nesta edição da Pure Magazine fotografou a actriz Ana Moreira. Sónia Pessoa Iniciou a sua carreira em 2003 ao tirar o curso de maquilhadora profissional no A.R. Atelier com Antónia Rosa. Actualmente a sua actividade de freelancer desenvolve-se entre editoriais, desfiles e publicidade. Publica o seu trabalho em revistas como a Elle, Máxima, Vogue, Essential, Dif, Umbigo, Op, Fora de Série e Neo 2. Colaboradora regular da equipa A.R. Atelier, participa em eventos como a Moda Lisboa, Portugal Fashion, entre outros. foto capa : Yana veste vestido Dino Alves, preço sob consulta / Blusão Twenty 8 Twelve, €450 / Óculos Ray Ban, €112 / Fio em metal prateado, Rebecca, €71 / Fios correntes em metal prateado com detalhes em dourado, Rebecca, €243 cada / Lingerie Calvin Klein, preço sob consulta / Meias Wolford no EL CORTE INGLÉS, €30 FotograFADO POR Ricardo Cruz / Styling Helga Carvalho / Assistida por Marta Varatojo / Maquilhagem & cabelos Sónia Pessoa / Modelo Yana, Elite Portugal Ricardo Cruz Nasceu em Lisboa em 1975. Iniciou a sua carreira na “Moda Lisboa Design”. Fotografou editoriais de moda para revistas como a Op, Elle, GQ, Independente, etc. Publicou na Alice, e em várias revistas estrangeiras como a Sportswear International, Lab Magazine, IDN Magazine, SHIFT Magazine, Design Report, Dolce Vita e Glamour. Em Itália, onde viveu, foi colaborador da revista Colors da Fabrica (grupo Benetton). Aqui surge o convite de ver o seu portfólio publicado na Visionaire 41 World. Actualmente, divide o seu tempo entre Lisboa e Milão onde é agenciado pela AG+. www.soniapessoa.com www.puremagazine.pt / ana moreira Foi vista pela primeira vez num ecrã de cinema há dez anos atrás. Tinha apenas 17 anos. A actriz Ana Moreira está agora numa nova fase da sua carreira. Mantém o olhar penetrante e a timidez de como quando começou. Na moda não segue tendências. A roupa que veste no dia-a-dia diz traduzir o seu estado de espírito. por Milene Matos Silva FOTOGRAFADO POR LUÍS DE BARROS / ASSISTIDO POR BERNARDO ARAÚJO E ANA PINA / STYLING HELGA CARVALHO / ASSISTIDA POR MARTA VARATOJO / MAQUILHAGEM ANTÓNIA ROSA COM PRODUTOS MODEL CO / ASSISTIDA POR SARA HILÁRIO / CABELOS JOANA OLIVEIRA PARA TONI & GUY LISBOA / AGRADECIMENTOS AO INSTITUTO MACROBIÓTICO DE PORTUGAL PELO ESPAÇO CONCEDIDO PARA A REALIZAÇÃO DESTE EDITORIAL (WWW.E-MACROBIOTICA.COM) pag esq : Ana veste vestido com aplicações em corda, RICARDO DOURADO, €380 em baixo : Ana veste camisola em algodão, FILIPE TRINDADE, €90 / Saia de plumas de avestruz, FILIPE TRINDADE, €360 / Leggings PLATINO no EL CORTE INGLÉS, €9,90 / Botins em camurça e pele, DIESEL, €180 Ana veste Vestido, ALVES/GONÇALVES ATELIER, preço sob consulta / Pulseira preta em plexiglass, ACESSORIZE, €7 / Pulseira em metal dourado, ACESSORIZE, €12 / Collants, WOLFORD, €25 / Botins em pele OSKLEN, €592 Ana veste vestido com lantejoulas, H&M, €19,90 / Casaco em pele, TWENTY 8 TWELVE, €360 /Leggings PLATINO no EL CORTE INGLÉS, €9,90 / Sapatos em camurça pespontada, JUST CAVALLI, €364,25 Ana veste top em algodão com aplicações de fitas, OSKLEN, €127 / Bolero em organdi de seda, STORYTAILORS, €460 / Leggings PLATINO no EL CORTE INGLÉS, €9,90 Quando participaste pela primeira vez num filme, a curta-metragem “Primavera”, de João Tuna, já tinhas ideia de que querias ser actriz? Não tinha intenções de ser actriz. No entanto, quando me surge o convite, eu já estava no secundário a estudar artes. De alguma maneira, já mostrava algum interesse pela arte, mas ainda não sabia especificamente qual o formato artístico que gostava mais. Tentei o desenho, a pintura que não correu lá muito bem, até que cheguei a design gráfico e, finalmente, percebi que era algo que gostava. Em paralelo, comecei a seguir uma carreira de actriz. No filme “Os Mutantes”, de Teresa Villaverde, a tua segunda participação no cinema, interpretaste um papel que te valeu dois prémios. Este início auspicioso serviu de rampa de lançamento da tua carreira? Na altura não tive noção do que estava a acontecer. Estava a estudar e queria terminar o secundário. Mais tarde percebi que algo de bom me tinha acontecido e que me apetecia experimentar mais. Continuei. Fui recebendo mais convites e tive a sorte de poder filmar no Verão. E o design gráfico? De repente comecei a fazer teatro e cinema, ao mesmo tempo que estava a tirar o curso de design gráfico. Começou a ser muita coisa ao mesmo tempo. Comecei a sentir que a energia estava toda dividida e que não fazia nada a 100%. Por isso, tive que escolher. Ainda penso terminar o meu curso de design gráfico. Qual a personagem que gostaste mais de interpretar? A Sónia do “Transe” (filme de Teresa Villaverde) pela intensidade, complexidade, pelo bom que foi trabalhar naquela pessoa. Aprender Russo. Aprender coisas sobre aquelas mulheres. Perceber como uma pessoa se sente perante todas aquelas situações. A outra personagem foi a Margarida do filme “Capacete Dourado” porque é uma rapariga enamorada, feliz e simples. É algo que me dá imenso prazer fazer e tenho feito pouco. Passaram 10 anos desde a tua primeira participação no cinema. Tens necessidade de um novo desafio, como por exemplo, ir para fora? Já tive oportunidade de trabalhar com uma realizadora espanhola, em Espanha. Correu muito bem, embora o método e trabalho seja diferente. Também trabalhei cá, com um realizador Brasileiro. É bom porque se aprende coisas novas. Ir para fora trabalhar seria sempre um grande desafio, mas é muito complicado porque é difícil entrar numa outra indústria mesmo que se tenha para apresentar um currículo ou um portfolio, como é o meu caso. É necessário ter um agente. A visibilidade que os actores portugueses têm é tão pequena. Nós não estamos preparados para entrar nesse tipo de mercado do trabalho. Não sabemos sequer como se faz. Como é que vês o cinema Português? Na minha opinião nós temos um cinema muito bom. Temos pessoas muito boas a fazer cinema, quer realizadores, equipas técnicas e actores. Onde há mais queixas é em relação aos subsídios, ao produtor e aos dinheiros. No entanto, cada vez mais temos várias gerações de realizadores e muitos são muito bons. E acho que o nosso cinema tem uma identidade muito grande. Tens um novo projecto em mãos. Queres-nos falar dele? Trata-se de uma longa-metragem de João Botelho, uma adaptação de “A Corte do Norte”, um romance de Agustina Bessa-Luís. Eu desempenho o papel de cinco mulheres da mesma família, mas de gerações diferentes. Um filme sobre mulheres com temperamentos arrojados para a época, mais independentes. Um desafio interessante, como se pode imaginar, encarnar cinco personagens ao mesmo tempo. Actrizes como a Grace Kelly ou a Audrey Hepburn, nos anos 50 e 60 ditaram a moda. Achas que o cinema continua a criar divas que são seguidas? Acho que sim. Vê-se com as novas telenovelas, mais direccionadas para os jovens, existem muitas semelhanças com a maneira como os jovens se vestem no dia-a-dia. Acho que influencia bastante, quer o cinema, a televisão e a música. No dia-a-dia segues a moda? Sou de apetências. Não de tendências. Depende do dia. Acho que sou um pouco Freestyle. O estilo Freestyle é vestir o que se gosta? É conseguir vestir vários géneros. Tanto conseguir parecer uma menina muito bem comportada, como de repente vestir um blusão de cabedal, despentear o cabelo e sair para a rua. Ou seja, não tem a ver com o mudar de personalidades, vestir de acordo com o estado de espírito. Há alguma loja, marca ou criador da tua preferência? Gosto de variar. Tanto gosto de ir a um centro comercial, embora tente evitar, como compro a peça de um estilista. Gosto também de ir a uma loja de roupa em segunda mão. Qual o teu criador de moda português preferido? O Dino Alves. Há divulgação da moda portuguesa? Acho que começa a haver cada vez mais. Acho que está a crescer. As pessoas, assim como eu, começam a estar um pouco mais atentas. O guarda-roupa ajuda a construir uma personagem ou é só um acessório? É uma peça muito importante para a construção de uma personagem. Quando se define um guarda-roupa para uma personagem. Quando se pensa o que essa pessoa usaria está-se a definila e a tentar encontrá-la. pag dir : Ana veste casaco, RICARDO PRETO, €372 / Mini-saia em algodão estampado, BOSS ORANGE, preço sob consulta / Collants, WOLFORD, €25 / news Eley Kishimoto para Cacharel Mark Eley e Wakako Kishimoto substituem a criadora Estrella Archs que abandonou a casa Cacharel sem ter chegado a apresentar colecção. Os criadores conheceram-se no princípio dos anos 90 e em meados da mesma década criaram a Eley Kishimoto. O duo possui uma forte reputação na criação de estampados e no seu currículo estão colaborações para grandes marcas como a Louis Vuitton, Marc Jacobs e Alexander McQueen. A primeira colecção “Eley Kishimoto para Cacharel” está prevista para a estação Outono Inverno de 2009. www.cacharel.com Livro “OUT”, Bob Colacello Em 1973, Bob Colacello editor da revista Interview, de Andy Warhol, começa a escrever a rubrica mensal intitulada “Out” e para ilustrá-la, dois anos mais tarde, com a sua 35mm, imortaliza momentos que fizeram parte dos acontecimentos sociais de Nova Iorque. Bob auto intitula-se “fotógrafo acidental” e os seus snap shots são um autêntico testemunho de uma época ávida de agitações, entre o fim da Guerra do Vietname e antes do aparecimento do vírus da sida onde a música disco e a droga faziam parte da noite que era vivida intensamente em ambientes de festa. Fotos inéditas de um observador perspicaz no novo livro “Out” de Bob Colacello, Édition 7L.. Viktor&Rolf e Piper-Heidsieck Viktor&Rolf criam garrafa de champanhe, flûte e balde em versão invertida para a marca Piper-Heidsieck. Rosé Sauvage pode agora ser servido de forma “upside down”, degustado em bases de flûtes invertidas que servem de copo e mantido fresco num balde com a base voltada para cima. Um jogo de ilusões repleto de fantasia muito ao gosto dos criadores. A garrafa de 750ml está disponível para venda a €65. www.piper-heidsieck.com Livro “Stylists The Interpreters Of Fashion” Escrito pela Editora do style.com, Sara Mower e com prefácio de Anna Wintour, este livro dá-nos a conhecer uma selecção do trabalho dos melhores “Stylists” da actualidade. Estes “image makers”, têm criado por todo o mundo imagens que marcaram a fotografia de moda. Num total de 260 páginas, encontram-se colaborações de fotógrafos tais como Richard Avedon, Annie Leibovitz, Helmut Newton, Mario Testino, entre outros. Os perfis traçados são de: Paul Cavaco, Carlyne Cerf de Dudzeele, Grace Coddington, Edward Enninful, Lori Goldstein, Tonne Goodman, Andrea Lieberman, Polly Mellen, Camilla Nickerson, Carine Roitfeld, Venetia Scott, Karl Templer, Melanie Ward, Alex White, Brana Wolf e Joe Zee. Baccarat aposta em novos projectos A Baccarat acaba de lançar a sua nova campanha publicitária fotografada por Ellen Von Unwerth intitulada “Crystal party by Ellen Von Unwerth” constituída por 18 imagens que reflectem todo o universo da marca. De 29 de Outubro a 29 de Fevereiro está patente na galeria da casa Baccarat em Paris, uma exposição onde serão apresentadas peças seleccionadas dos arquivos da marca sob a temática dos anos 20. Há 240 anos que Baccarat trabalha o cristal e desenvolve colecções de objectos decorativos, bijuteria e serviços de mesa. Maison Baccarat, 11, Place des Etats-Unis, 75116 Paris www.baccarat.com Posters vintage em edição limitada, Biba Biba, em Londres representa o apogeu do cool dos anos 60 e 70. Em 1974 a loja com a sua estética romântico-boémia utilizou imagens icónicas para as suas campanhas fotografadas por James Wedge e criou posters que acabaram por nunca aparecerem no mercado porque a companhia foi à falência antes de serem lançados. A imagem de uma modelo deitada sobre almofadas “Nude on a Sofa”, e vestindo nada mais do que um pequeno chapéu vermelho com véu e umas longas luvas, está disponível em exclusividade e edição limitada na galeria de posters on-line 55Max. Cada poster tem o preço de €300, com a opção de se comprar com moldura incorporada por aproximadamente €590. www.55max.com Central Saint Martins College & Louis Vuitton A Louis Vuitton convi-dou os alunos do Central Saint Martins College of Art & Design de Londres a apresentarem um projecto para a decoração das suas montras de Natal. O trabalho vencedor de nome Latitude 48.914 / Longitude 02.286, faz referência à localização precisa onde se encontra o atelier histórico da casa Vuitton em Asnières e é apresentado por dois jovens criadores. Christopher Lawson, irlandês de 21 anos, e Marcos Villalba, espanhol de 26 anos, ambos estudantes do segundo ano de Design Gráfico, inspiraram-se na história, imagem e identidade da Louis Vuitton e o seu projecto consiste num cenário em madeira que reproduz os contornos de um mapa de forma a criar uma paisagem abstracta. Os trabalhos foram apresentados em 370 boutiques da marca no passado mês de Dezembro. Bob Richardson Bob Richardson, o controverso fotógrafo de moda dos anos 70 destruiu a grande parte das suas imagens enquanto era vivo. Com o seu desaparecimento em 2005 e como forma de imortalizar o seu trabalho, o filho Terry Richardson reuniu cerca de 200 imagens de moda publicadas em revistas como a Vogue e Harpers’S Bazaar e reuniu-as num livro que acaba de ser lançado intitulado Bob Richardson. Bob Richardson, Damiani Editori, €70. / o que é a moda? por Catarina Vicente “A moda é uma forma de fealdade tão intolerável que temos de a alterar de 6 em 6 meses”, disse Oscar Wilde. Provocadora e irónica, a afirmação de Wilde, enfatiza uma das principais características da moda, a sua efemeridade. A moda corresponde à actualidade, persegue o novo. Reage rapidamente às nuances sociais, políticas e culturais do seu tempo e reflecte-as. Traduz as alterações na forma de pensar e agir, num mundo em perpétua e acelerada mudança, estando condenada a perder a sua validade. Validade, muitas vezes, recuperada num futuro que a interpreta, à luz do presente desse tempo, e a faz reviver. O designer de moda Yohji Yamamoto acredita que “Se a moda é o vestuário, não é indispensável. Mas se a moda é uma forma de perceber o nosso quotidiano, então é muito importante. Entre o que chamamos as artes: pintura, escultura, etc, são muito poucas as que podem, como a moda ou a música, influenciar directamente as pessoas. A moda é uma comunicação única, essencial, que diz respeito às sensações sentidas por uma geração que usa as peças de vestuário que desejou.” Fazer a distinção entre moda e vestuário é fundamental. Se a existência do vestuário pode ser justificada pela necessidade de protecção climática, ou mesmo psicológica, de modéstia e de decoração pessoal, como afirmado pela Antropologia; estas mesmas necessidades não conseguem explicar a permanente transformação do estilo, que a moda constitui. A moda, definida pela Estatística, pressupõe frequência. É o valor mais frequente num conjunto de valores. Uma selecção colectiva, que resulta de acções conscientes de indivíduos influenciados inconscientemente por um conjunto de aspirações, de ideais, de valores, de crenças, de emoções. A moda, enquanto processo de difusão social da inovação, não se cinge à roupa, afecta todos os fenómenos culturais. Processo que o Marketing e a Gestão procuram compreender e dominar através da identificação dos inovadores e dos líderes de opinião das diferentes sub culturas. Infiltra todas as áreas e, por elas é infiltrada. Está, contudo, intrinsecamente associada ao vestuário, da mesma forma que este é indissociável do corpo. Motivada pela necessidade do indivíduo que a habita de estar em consonância com o seu tempo. Pela necessidade de construção e expressão da sua identidade mutável, redefinida a cada instante e em cada espaço social. Capaz de confundir fantasia e realidade, aproxima o Eu real do Eu ideal, que a selecção colectiva aprova e preconiza. da esq para a dir : YOHJI YAMAMOTO: colecção Primavera/Verão 2007, Fotografado por Monica Feudi / VIKTOR & ROLF: Colecção Outono/Inverno, Haute Couture 2000 / VIKTOR & ROLF: Colecção Outono/Inverno 2001/2002 / HUSSEIN CHALAYAN: Colecção Outono/Inverno 2000, Afterwords, Fotografado por Chris Moore / VIKTOR & ROLF: Colecção Outono/Inverno 2003/2004 / VIKTOR & ROLF: Colecção Outono/Inverno 2005/2006 / YOHJI YAMAMOTO: Colecção Outono/ Inverno 2005/2006 Fotografado por Monica Feudi Resolve o conflito entre o querer ser diferente, único, e o querer pertencer. Assegura, simultaneamente, a representação social e a expressão do Eu, que a Sociologia e a Psicologia advogam, através da sua capacidade de comunicar não verbalmente, descrita pela Semiótica. Paradoxal, é, simultaneamente, espelho de convenções e transgressora das barreiras sociais e de género. São inúmeros os exemplos em que a moda vestiu atitudes radicais, assinalando a ruptura com o passado. Da transposição do vestuário masculino para o vestuário feminino orquestrada por Coco Chanel, na década de 20, aos movimentos contra cultura, como o punk. E, quando se apropria dos símbolos destes movimentos e os difunde socialmente, mostra a sua faceta canibal, que fazem dela um código complexo, dificilmente decifrável. Os limites entre Moda e Arte, vistos tradicionalmente como bem definidos e intransponíveis, são postos à prova por designers como Hussein Chalayan, Rei Kawakubo da Comme des Garçons, ou Viktor & Rolf, entre outros. Mostram-nos que a moda vai além do universo dos artefactos funcionais e aborda questões diversas. Os desfiles performativos de Hussein Chalayan, bem como os seus projectos artísticos, de que Afterwords é um exemplo, esbatem as fronteiras entre moda e arte. A dupla holandesa Viktor&Rolf opõe-se, igualmente, à visão dum mundo bifurcado e situa a sua área de acção entre a Moda e a Arte, testemunhada em criações como Le Parfum (1996). Um frasco de perfume como um packaging tão elegante e sofisticado quanto esperado, mas com total ausência de aroma do seu conteúdo. Outro exemplo ilustrativo, também da área da perfumaria, é a linha Comme des Garcons Series 6: Synthetic, composta por cinco fragrâncias socialmente inaceitáveis baseadas nos materiais e locais do nosso quotidiano urbano: Tar (alcatrão), Garage (garagem), Skay (imitação de pele), Dry Clean (limpeza a seco) e Soda. A moda é veículo estético de construção e comunicação da identidade; posiciona o indivíduo na sociedade e na cultura por ela reflectidas e, sobre as quais reflecte; fantasia e torna acessíveis o corpo e o Eu ideais que o colectivo preconiza. Moda é uma ideia que é transmitida por poucos e quando chega a muitos deixa de o ser. Luís Buchinho Designer de Moda Fotografado por Ricardo Cruz Assistido por Tiago Cunha Ferreira Fotografado por Ricardo Cruz Assistido por Tiago Cunha Ferreira maquilhagem Rita sousa Fotografado por Pedro Ferreira Fotografado por Ricardo Cruz maquilhagem Rita sousa Assistido por Tiago Cunha Ferreira A Moda reflecte necessariamente uma cultura, um modo de vida e um conceito de Arte e Criatividade verdadeiramente global, sem fronteiras, sem discriminações de sexo raça ou religião. Poder participar e ser parte activa neste processo é o que me apaixona. Efémera, actual, mutável e artificiosa por natureza, está na moda o que, em breve, vai sair de moda. Pela sua essência, destina-se a não perdurar, mas no entanto consegue ser o “ar do tempo”, o espelho de cada época, dando-nos informações sobre a história da beleza e do corpo, os vários contextos políticos e socioculturais, a mudança de mentalidades, hábitos e atitudes… É pois, parafraseando Baudelaire, o fenómeno paradigmático da modernidade e da vida urbana. Fascinante é também a sua dose de mentira, teatralidade e espectáculo, na medida em que cada um encena um determinado eu para actuar no palco social. Moda é um território de sensações com vários mapas. Eu em 1234- Vera Fonseca Manequim da L’agence Paulo Gomes Director Artístico ModaLisboa e Stylist defino a Moda 4 palavras: Tempo Sensação Vivência Paixão Luís Pereira Coordenador de Desfiles ModaLisboa e Coordenador do Showroom de Imprensa Showpress A Moda inscreve-se num sistema em constante mutação e transladação, mudando de natureza e variando aleatoriamente de contexto, sem previsibilidade. Essa é a sua própria natureza imaterial, etérea e efémera. Manifestação da cultura visual contemporânea exprime-se e autopropaga-se através de múltiplos suportes de comunicação. Eduarda Abbondanza Directora ModaLisboa e Professora Curso Design de Moda da Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa Fotografado por Ricardo Cruz Assistido por Tiago Cunha Ferreira Fotografado por Ricardo Cruz maquilhagem sónia pessoa assistida por Sara Hilário Moda é mil coisas. É essencialmente o que está dentro de mim e de ti e de todos os que traduzem inspirações, desgostos, motivações, alegrias, vivências, revolta e manifestações, em comportamento e se regem segundo ele. O reflexo de como nos comportamos. Para mim, moda é comunicação, criatividade e fantasia. É uma forma de expressão da individualidade e da personalidade de cada um. Valorizo, acima de tudo, o lado lúdico que nos permite construir personagens consoante a disposição e o momento. Talvez porque seja uma apaixonada por cinema... Dino Alves Designer de Moda Anabela Becho Jornalista de Moda Bárbara Coutinho Directora do MUDE A moda pode duma forma, alcançar um que com ela ser vista de diferentes perspectivas. As visões são diversas. A Sociologia apresenta-a a Psicologia aborda um outro aspecto. Todas estas visões são válidas e nos permitem pouco da complexidade deste fenómeno. Igualmente importantes são os olhares das pessoas trabalham quotidianamente, sua forma de a ver, de a sentir, de a perceber. / furitas estilos de vida Quanto vale ser “Furita”? Para uma parcela significativa de jovens no Japão vale a Liberdade. por Patrícia Cruz Em qualquer sociedade e pela necessidade que todos temos de viver em sub-comunidades, existem tribos urbanas. Fenómeno típico das grandes metrópoles, são basicamente grupos de pessoas nos quais se partilham ideais, comportamentos ou gostos comuns. Grupos em que se ouve a mesma música, pratica um desporto, venera alguém, mas sempre onde a imagem é decisiva. É pela conivência de atitudes que se traçam fronteiras entre tribos e, acrescentam os entendidos, se busca conforto junto dos nossos iguais. Numa das cidades do mundo onde mais tribos coabitam, Tóquio, alguns jovens entre os 20 e os 35 anos são “furitas”. O nome, que resulta do inglês “free” (livre) e do alemão “arbeit” (trabalho), é utilizado para caracterizar indivíduos que adiam o investimento numa carreira em troca da realização dos seus sonhos. A verdade é que, na capital que tanto produz, o modelo tradicional de emprego deixou de fazer sentido. Rapazes e raparigas confrontados com questões existenciais como as de viver em função do trabalho em detrimento da vida em família e com os amigos, acabaram por mudar o seu estilo de vida. Foi assim que para alguns, uma carreira estável, horários espartilhados e relações profissionais sufocantes, deram lugar à cultura do part-time e dos contratos de curta duração. Tendencialmente não conformistas, entendem que a segurança (laboral e monetária) deve ser substituída por uma vida mais simples na qual haja tempo e qualidade. Enquanto lhes for possível, optam por sucessivos empregos em livrarias, cafés ou cadeias de fast-food, alternativa de vida às rotinas e à permanente competição que se vive nos dias de hoje e que fizeram parte do modelo de vida dos pais, a quem sobrava pouco tempo para brincar. Saídos do liceu ou de faculdades (preferem literatura, história e arte), une-os o facto de abdicarem de empregos expectáveis em nome de um trabalho precário desde que suficiente para sustentar as suas necessidades, sejam elas pagar as contas da internet e telemóvel, ou o verdadeiro sonho: juntar dinheiro para viajar. Acontece que o que começou por este desejo de vida “leve”, conjugado com a crise económica que o país atravessa, hoje tornou-se um problema. Assim, no mesmo grupo é possível encontrar quem viva folgadamente, quem ganha para o gasto e quem é marginal. As facilidades são visíveis para os que continuam a viver em casa dos pais, porque mesmo para um “furita” há tradições que dão jeito não desvalorizar (são “furitas” dependentes). Poupam tudo o que podem para viver confortavelmente. Para além de hobbies e viagens, consomem moda mas em zonas de comércio alternativo. Outros, dividem apartamentos com amigos, vivem em tendas e há os que fazem de ciber cafés um lar (“furitas” independentes). Enquanto aguardam por poder pagar casa própria, alugam divisões exíguas nestes cafés convertidos em pensões. São mais baratos que um hotel e incluem pelo menos, uma cadeira-reclinável-cama, manta e acesso à internet. Pagando um pouco mais, é possível que o “quarto” tenha livros Manga, microondas e duche. Se não tiver, encontram alternativas como tomar banho e comer nos cafés mais próximos. Vivem o dia-a-dia entre locais como estes e trabalhos ocasionais que oscilam entre a caixa de um supermercado ou pesquisas em conhecidas agências de publicidade, conforme a sorte e a vontade. Neste contexto, há um mercado específico destinado a tornar a vida destes jovens mais institucionalizada. Agências de emprego, ciber cafés mais elegantes, uniões de trabalhadores e linhas telefónicas de apoio. Quando precisam de se fazer ouvir estes jovens saem à rua vestidos de personagens de animação. Acusam as multinacionais de crescer à sua custa por não lhes garantirem regalias de contratos efectivos e não lhes assegurarem sistemas de saúde. Há quem não aceite esta filosofia inclusive o governo, por considerá-la um “desperdício de capacidades” de um grupo de preguiçosos que não só não contribui para o crescimento do país como representa uma perda em impostos. Segundo eles é necessário tomar medidas que incentivem a procura dos chamados “empregos decentes”, entenda-se com vínculos duradouros, com vista a evitar os trabalhadores do tipo “só onde e quando quero”. O lado triste da história deste estilo de vida que até roça o cool, é que para alguns, o ser “furita“ deixou de ser opção. Muitos não conseguem arranjar emprego, pela idade tardia com que decidem fazê-lo ou insatisfação generalizada, acabando sem abrigo. Seja como for, este movimento não é nada exclusivo do Japão, só que lá deram-lhe um nome. De facto, é a tendência a que se assiste também na maior parte das cidades europeias. São características próprias de uma juventude desencantada com a monotonia, a falta de iniciativa para largar o rebanho e a escassez de tempo. É o reflexo de uma realidade social que deixa poucas alternativas. Sem ser preciso sair do Japão, muito próximo dos “furitas” estão os “neet” (not in employment, education or training), e os “hikikomori”, igualmente olhados por alguns como inadaptados, “nerds” dos computadores ou seres que se despedem do mundo e vão até aos seus quartos passar a próxima década. Assim, entre estilos de vida liberais, contra-corrente ou aumentando a lista oficial de desequilíbrios, existem milhares de pitorescos bandos que fazem a cidade ir acontecendo e mudando. Ilustração de Véronique Augry / plus por Sara Andrade (Dis)Funcionalidades no MUDE O Museu do Design e da Moda, em Lisboa, expõe, a partir de 10 de Dezembro, uma colecção denominada (Dis)Funcionalidades. A exposição apresenta peças que, entre o design e a arte, acabaram por se assumir e reivindicar estatuto de culto e de colecção, sem ser preciso atribuir-lhes uma categorização: elas ganham grandeza pela sua beleza estética e dimensão artística, independentemente da sua funcionalidade. Com um conteúdo expressivo e uma qualidade plástica de formas a raiar o escultórico, é a relação sensorial que o objecto consegue criar com o utilizador que lhe confere valor. E, neste sentido, a sua funcionalidade torna-se obsoleta – daí, o título disfuncionalidades. Uma colecção que promete falar para os seus visitantes, em exibição no MUDE até 1 de Fevereiro. www.mude.pt Sofá Marshmallow, 1956, George Nelson / Vestido Issey Miyake, Colecção Outono/Inverno 1999/2000 Dias de Tempestade de Yamamoto Yohji Yamamoto sempre foi conhecido por ser fiel à sua própria visão de moda. Numa estação onde o corpo feminino está em evidência, Yamamoto mantém as silhuetas largas, as sobreposições e os volumes que se tornaram a sua imagem de marca. Talvez por isso, enquanto outros se inspiram no lado florido e colorido do meio ambiente para criar jóias, o designer, na sua irreverência, olha para o mau humor do mundo natural e cria a sua primeira colecção de joalharia sob o título de Stormy Weather. Em parceria com o gigante joalheiro (e seu conterrâneo) Mikimoto, o criador japonês estreia-se na arte da Alta Joalharia, com as míticas pérolas a surgirem como material base – por um lado, devido à sua intrínseca ligação com o Japão (as Akoya crescem nos seus mares) e, por outro, pelo seu vínculo à natureza. Lançada em Novembro, a colecção subdivide-se em três temas: The Moon, porque se diz que as pérolas são as suas lágrimas; The Drop, a simbolizar essas mesmas lágrimas; e Le Cri, o mais peculiar e original, porque é a reinterpretação tridimensional do quadro de Edward Munch, “O Grito”. Em comum, as três linhas têm os tons nacarado das pérolas brancas e cinza sobre uma base de ouro branco, a lembrar as nuvens carregadas e o céu encoberto numa noite tempestuosa. O resultado são peças intemporais, dignas do nome Mikimoto, mas de design avant-garde e formas inovadoras (quase como se um quadro de Dali se tratasse), e com uma inegável aura negra, contudo bela e sofisticada - bem ao género Yohji Yamamoto. Os Mistérios do Rosto, Visages Dominique Baqué é autora de textos que abordam a questão da imagem, em geral, e da fotografia, em particular. Especialista em ensaios sobre a imagem fotográfica, a autora publica agora um estudo sobre a representação da face e as suas épocas de crise na História e na Arte. Visages: Du masque grec à la greffe du visage aborda a figuração da face partindo de duas vias de pesquisa: por um lado, mostrar que a grandeza do rosto é uma invenção recente dentro da História do Ocidente; por outro, perceber a dimensão dos golpes e ferimentos que o século XX, mais que qualquer outro, tem vindo a infligir na imagem facial. A ideia foi fazer o percurso histórico através das épocas, como a Antiga Grécia, a Idade Média, o Renascimento, dentro dos campos de conhecimento e artes visuais dominados pela autora, analisando em particular os momentos de dúvida e de receio em que a História e a Arte puseram em crise a representação do rosto. Um livro das Éditions du Regard, a custar €30. Revista Façade reeditada A revista de culto dos anos 70 e 80 é agora reeditada para os fãs que tiverem a ambição e o poder de compra para adquiri-la. Na sua época áurea, de 1976 a 1983, a Façade magazine surge como testemunha das noites excessivas e glamourosas de Paris, centrando o seu foco jornalístico no clube nocturno Palace. A versão parisiense do nova-iorquino Studio 54, era o local que atraía todo o tipo de grupos e géneros de pessoas que se juntavam para dançar, criar ou até fazer negócio num ambiente de humor, sumptuosidade e alguma loucura. Criada pelos publicitários Alain Benoist e Hervé Pinard, a magazine boémia nasce como a irmã mais nova da já existente Interview de Andy Warhol, e consegue 13 edições nos seus 7 anos de existência, numeradas de 1 a 14 e não datadas. A reverência do nome Façade tornou-os coleccionáveis e, hoje, os 13 juntam-se em 7 colecções integrais, à venda na Colette, a partir de €8.000. E, depois do sucesso da sua exposição em Outubro, na Passage du Désir, a verdadeira notícia para a elite artística que adora, colecciona e troca em círculo fechado os exemplares desta revista de culto, é o lançamento eventual do número 15. Informações: www.colette.fr e www.facadeparis.com. Livro Exactitudes Não é nova a ideia de grupos sociais que se relacionam pela partilha de traços comuns e que expressam essa identidade através do modo de vestir. Mas nunca uma série de imagens foi tão capaz de traduzir visualmente e artisticamente este conceito como o projecto feito pelo fotógrafo Ari Versluis e pela stylist Ellie Uyttenbroek. 13 anos a documentar o dress code de inúmeras identidades sociais, em diversas cidades, resultam no lançamento do livro Exactitudes, uma justaposição entre a ideia de exacto e a de atitude, que mostra, numa sucessão de fotografias com o mesmo enquadramento, poses e vestuário parecidos, o modo como as pessoas tentam distinguir-se umas das outras através da adopção de uma imagem ligada a uma comunidade social. Um trabalho que raia o foro do científico e do antropológico, sem dúvida, uma vez que estuda esta contradição entre individualidade e conformidade, mas que ganha principal visibilidade pela imagética criada pela dupla: ao retirar estas identidades uniformizadas do ambiente urbano e colocando-as contra o fundo branco de um estúdio, Versluis e Uyttenbroek ultrapassaram o aspecto puramente documental da tarefa e criaram um testemunho artístico absolutamente avassalador. Preço de venda: €32,50, 010 Publishers, Roterdão. www.exactitudes.com www.010publishers.nl/ Factory Boy Imortalizado em filme, livros e pintura, o nome Andy Warhol ganha dimensão novamente em estado líquido e gasoso. Silver Factory é o primeiro de uma série de fragrâncias unissexo lançadas pela casa de perfumes Bond No. 9 sob a égide da Andy Warhol Foundation, que tutela e zela pelo interesse do nome que representa. Numa mistura de notas de base de madeira, resina e âmbar, e outras de topo como lavanda e bergamota, as mais emblemáticas, mais características e essenciais ao título Warhol são, sem dúvida, as notas de incenso (um aroma típico dos anos 60) e de violeta, uma preferência do artista. O aroma final é suave, com um toque de especiarias, uma certa doçura floral, mas é especialmente simbólico pelo facto de evocar um efeito metálico, de prata aquecida e fundida – uma das razões para o seu título: Silver Factory. A outra razão tem a ver com o estúdio do artista em Manhattan, com o mesmo nome, onde as paredes estavam decoradas com folha de alumínio e tinta prateada. O remate final na materialização de Warhol nesta nova linha de perfumes surge na embalagem: digna de uma das suas obras Pop Art, o design do frasco é inspirado na versão das latas de Campbell’s Soup, desenhadas pelo próprio em 1965. À venda desde Dezembro, nas lojas norte-americanas Bond No. 9 e Saks, e em www.bondno9.com e www.saks.com. / filipe trindade Foi o vencedor do concurso organizado pela ANJE (Associação Nacional de Jovens Empresários) que se realizou em 2006 no âmbito do programa Aliança, trampolim que lhe valeu a participação como novo talento no evento Portugal Fashion. Após 2 edições de desfiles, Filipe ruma para Paris em busca de novas experiências. por Helga Carvalho Este jovem criador não me deixou indiferente quando há duas estações atrás tive a oportunidade de observar pela primeira vez o seu trabalho. Filipe Trindade não se limitou a apresentar uma colecção coerente a nível de cores, materiais e silhuetas, foi mais longe: trabalhou volumes, explorou formas e demonstrou facilidade na manipulação de técnicas de modelagem. - “I have a hole in my heart” foi o tema da colecção, inspirada na austeridade religiosa e na iconografia de Santa Teresa d’Ávila. Entre cinzas e pretos, Filipe descontextualiza detalhes sport-jogging em conjugação com drapeados, proporcionando volumes e assimetrias. O capuz, funcionou como peça-chave deste interessante trabalho. Confesso que aguardei curiosamente pelo resultado da colecção seguinte e verifico que Filipe se mantém na mesma linha desta vez, onde a utilização de materiais é mais explorada, proporcionando um ar mais rico e acabado à colecção. O seu lado experimental é contrabalançado com uma silhueta feminina que concebe uma espécie de equilíbrio perfeito garantindo-lhe a identidade que o distancia das grandes correntes. Com influências da arte Carolíngia e da Alta Idade Média, evoca registos Couture e continua a trabalhar volumes. Aposta nos plissados e utiliza de forma ecléctica materiais e formas à partida incompatíveis. Conjuga matérias naturais como a lã, seda, algodão, plumas de avestruz e cabedal com sintéticos como o neoprene e tecidos reflectores. A paleta de cores estende-se pelos neutros; cinza, bege, branco, toupeira e preto. Sob um registo contemporâneo e com um suave toque de sofisticação, esta colecção, abre caminho para o percurso deste jovem talento que não apresentará Verão 2008, mas que promete! Filipe, fala-me no teu percurso na área da moda. Sempre me interessei por moda, mas nunca foi uma área que pensei seguir como profissão. Comprava umas revistas de vez em quando, e ia à Moda Lisboa quando conseguia convite. Foi no 2º ano da faculdade do curso de História da Arte que senti vontade de experimentar estudar moda. Fiz alguma pesquisa, e acabei por mudar-me para o Porto para estudar no CITEX, onde entrei em 2004. O curso durou 3 anos mais o estágio que fiz com o Luís Buchinho. Ganhaste um concurso que te valeu a participação no Portugal Fashion. Como aconteceu? No último ano do CITEX temos a oportunidade de desenvolver um trabalho mais pessoal, uma vez que já temos as bases necessárias para o fazer. Nessa altura soube que a ANJE tinha aberto as inscrições para o concurso Programa Aliança (que prevê a ligação entre os designers e a indústria). Concorri, em Julho de 2006 ganhei o 1º lugar, e em Outubro estava a apresentar em desfile a minha primeira colecção. Como novo talento quais as maiores dificuldades que sentiste na concepção das colecções? É complicado conseguir articular todas as etapas da execução de uma colecção quando se está a começar e ainda não se tem uma estrutura. O facto de ainda estar inserido numa escola quando fiz o primeiro desfile ajudou, tive o apoio do CITEX na modelagem, por exemplo. A segunda colecção foi a primeira experiência que tive já sozinho, foi mais difícil mas aconteceu na mesma (também com muita ajuda dos amigos!). No que respeita aos materiais, uma grande parte foram patrocínios da indústria, só tive de investir nas matérias que não se produzem mesmo no nosso país. Tenho muito a agradecer a fábricas como a Confetil S.A., A Penteadora, Helsar, entre outras. O calçado também é um grande investimento, mas penso que no fim compensa. Quanto a apoios financeiros, nunca recebi. pag esq : Filipe Trindade, Fotografado por Olivier Jacquet imgs esq & dir : Desfile Filipe Trindade, Outono/ Inverno2007/2008, Portugal Fashion Sentiste algum feedback da parte do público após estas 2 colecções? Recebi um óptimo feedback do meu trabalho, quer do público quer da imprensa. Fiquei muito espantado com a rapidez com que as coisas foram acontecendo e com a aceitação que o meu trabalho teve. Vendi quase todas as peças da minha primeira colecção tendo sido as de homem foram as mais procuradas. As peças da segunda colecção vão estar à venda na Mousse em Lisboa e no Muuda no Porto. Sei que és representado num showroom, o que é fantástico para um jovem criador, sentes que de alguma forma isso te tem ajudado a dar visibilidade ao teu trabalho? Como? O facto de ter o meu trabalho representado num showroom é uma grande ajuda. Senti-me muito feliz com o convite do Luís. Estar ao lado de criadores cujo percurso já é conhecido é também uma forma de fazer acreditar o meu trabalho. É importante também a ponte que o showroom faz entre o designer e a imprensa. A pouco e pouco as pessoas vão-se começando a habituar ao teu nome, a interessar-se pelo teu trabalho. Estás em Paris a estagiar com o Felipe Oliveira Baptista, como surgiu essa oportunidade? Enquanto estudei tive sempre vontade de uma vez terminado o curso, vir para Paris estagiar ou trabalhar. Acho importante na formação de um designer de moda ter contacto com aquilo que de melhor se faz, poder ver e perceber como funcionam as coisas aqui. O Felipe, foi sempre uma das minhas referências, sendo também português achei que era o sítio ideal para começar em Paris. Contactei-o, apresentei-lhe o meu portfolio e consegui um estágio de 6 meses. Quando é que acabas o teu estágio e o que pensas fazer posteriormente? Termino o estágio em Março. Depois ainda é tudo muito incerto, mas gostaria de ficar por Paris mais algum tempo. Paris é uma boa experiência para um jovem criador de moda, sentiste alguma dificuldade em te integrar? Sentes na pele a concorrência e a agressividade da cidade ou pelo contrário? Ainda estou longe de estar totalmente integrado, mas já me começo a ambientar e até agora as coisas têm corrido bem, felizmente. Quanto à concorrência, sem dúvida que aqui é tudo muito mais agressivo, a concorrência é feroz e não há espaço para principiantes. Não existem de todo as facilidades que temos em Portugal quando se começa. Referências a nível de criadores internacionais? Azzedine Alaia, Nicolas Ghesquière e Rick Owens. Planos para uma nova colecção “Filipe Trindade”? Gostaria muito de poder retomar o meu projecto, mas quando o fizer quero que seja com outra perspectiva, com mais conhecimentos e também mais capital! Quem sabe daqui a algum tempo. Quais os teus objectivos num futuro próximo? O meu principal objectivo é conseguir estar profissionalmente rea-lizado e feliz, seja com uma marca minha, seja como designer para alguém. Até lá, quero aproveitar da melhor forma a fase que estou a viver. pag esq & img dir : Colecção Primavera/Verão 2007 Fotografado por Virgílio Ferreira / beauty 3 FOTOGRAFADO POR Olivier Jacquet 1 2 6 4 5 8 7 9 10 1 Baton Rouge Unlimited Red Collection, SHU UEMURA, €24 / 2 Face Powder, SHU UEMURA, €36 / 3 Pó de maquilhagem, The Powder, HAKANSSON à venda no MAKEUPBAR no MIGUEL VIANA, €35 / 4 Sombras multiusos, The Colour Box nº 7 e nº 8, HAKANSSON, à venda no MAKEUPBAR no MIGUEL VIANA, €48,50 / 5 Wonderfull lip plumper, MODEL CO, €29 / 6 Mousse desmaquilhante, STELLA MCCARTNEY, €30 / 7 Eau de toilette White, 50ml, COMME DES GARÇONS, €70 (preço aproximado) / 8 Cubos de gelo perfumados para o corpo, 12 unidades, KENZOKI, €25 (preço aproximado) / 9 Creme Loaded The anti-ager, KORNER SKINCARE, €180 / 10 Espuma de banho lavanda, KIEHL’S, €25,50 / best of / trendy 2 1 1 3 2 3 5 6 4 4 6 7 5 8 7 9 10 1 “Organic Chair” Design de Charles Eames & Eero Saarinen, 1940 ©VITRA, €1362 Fotografia Andreas Sütterlin / 2 Óculos com armação em massa, LOUIS VUITTON, €325 / 3 Sapato em pele com salto metálico, SONIA RYKIEL, preço sob consulta / 4 Luvas em pele, HOSS, preço sob consulta / 5 Carteira em pele matelassé, CAROLINA HERRERA, €410 / 6 Anel “Gourmette” em ouro amarelo e olho de Tigre, DIOR, €2100 / 7 Clutch em acrílico com logo em pele, FENDI, €890 / 8 Cinto em pele e elástico, MANGO, €14,90 / 9 Baton “Antiquitease”, M.A.C., €17,30 (preço aproximado) / 10 Bota em camurça e pele polida, COSTUME NATIONAL, preço sob consulta 9 8 10 1 Capacete em pele, BOSS ORANGE, €330 / 2 Óculos com armações em massa e metal, RAY BAN, €125 / 3 Candeeiro “Quin.mgx,” em nylon e aço, Design de Bathsheba Grossman, MGX by MATERIALISE, preço sob consulta / 4 Livro Trash de Loïc Malle, Pascal Rostain e Bruno Mouron, ÉDITIONS DU REGARD, €32 / 5 Corrente com chapa gravada, HUGO, preço sob consulta / 6 Aparelho fotográfico, edição limitada de 3000 exemplares, “MEG” DIANA, €200 à venda na COLETTE / 7 Headphones SWAROVSKI para PHILIPS, à venda na COLETTE / 8 Eau de Parfum - 50 ml natural spray, COMME DES GARÇONS / 9 Ténis Chuck Taylor® All Star®, CONVERSE, €164 (preço aproximado) / 10 Blusão, H&M, €39,90 / / nature 1 2 chic 3 1 2 4 4 5 6 3 5 7 6 7 9 8 10 1 Banco pertencente a “Cork Family”, Design de Jasper Morrison, 2004 ©VITRA, €318 Fotografia Andreas Sütterlin / 2 Colar em pele e moleton, OSKLEN, €187 / 3 Cachecol em lã, PATRIZIA PEPE, €71 / 4 Porta-documentos, PUMA, €140,00 / 5 Sabrinas em lã com laço em veludo, JUICY COUTURE, €105 / 6 Banco em madeira “Butterfly Stool”, Design de Sori Yanagi, 1954 ©VITRA, € 498,00 Fotografia Andreas Sütterlin / 7 Jarra em vidro, KATE HUME na ARTE ASSINADA, preço sob consulta / 8 Cardigan em lã de merino, CHLOÉ, €984,00 / 9 Óculos com armações em massa, CHLOÉ, €270 / 10 Cadeira em madeira “Nananu”, design de David Trubridge, WHITEFLAX na ARTE ASSINADA, preço sob consulta 8 9 10 1 Conjunto de três batons “Royal Assets”, M.A.C., €38 (aproximadamente) / 2 Anel “Grenouille” em ouro amarelo, ouro branco, diamantes e esmeraldas, BOUCHERON, €6950 / 3 Verniz DIOR, €20,50 / 4 Papillon, H&M, €9,90 / 5 Óculos com armação em massa, MARC JACOBS €230 / 6 Sandália com salto compensado, “PIC”, CHRISTIAN LOUBOUTIN / 7 Jarra em vidro, KATE HUME na ARTE ASSINADA / 8 Anel Miss Protocole em ouro branco 18 quilates engastado com 66 diamantes, PIAGET, €4700 / 9 Clutch em pele de crocodilo, LOEWE / 10 Caneta, LOUIS VUITTON €225 / go yana FOTOGRAFADO POR RICARDO CRUZ / ASSISTIDO POR TIAGO CUNHA FERREIRA / STYLING HELGA CARVALHO / ASSISTIDA POR MARTA VARATOJO / MAQUILHAGEM RITA SOUSA COM PRODUTOS LANCÔME E STUDIO FACE / CABELOS JOANA OLIVEIRA PARA TONI & GUY LISBOA / MODELO YANA, ELITE PORTUGAL nesta pag : Yana veste blusão em pele forrado com pêlo, BOSS ORANGE, €700 / Macacão em sarja de algodão, DIESEL, €390 / Gargantilha em pele e metal, DIESEL, €35 / Fio em metal prateado, ACESSORIZE, €14,90 pag dir : Yana veste macacão em sarja de algodão, DIESEL, €390 / Botas em pele, GANT, €322 / Gargantilha em pele e metal, DIESEL, €35 / Fio em metal prateado, ACESSORIZE, €14,90 / Pulseiras em metal prateado e com detalhe em borracha, REBECCA, €181 e €173 respectivamente / Pulseira em camurça com aplicações de strass, DIESEL, €40,00 / Pulseira em pele com tachas, DIESEL, €50 nesta pag : Yana veste t-shirt em algodão estampado, LEE X-LINE, €35 / Casaco em lã, MARLBORO CLASSICS, €106,10 / Gargantilha em pele e metal, DIESEL, €35 / Fio em metal prateado, ACESSORIZE, €14,90 / Fio em metal prateado, REBECCA, €41 / Fios corrente em metal prateado com detalhes em dourado REBECCA, €243 cada / Pulseiras em metal prateado e com detalhe em borracha, REBECCA, €181 e €173 respectivamente pag dir : Yana veste t-shirt em algodão estampado, NIKE, €30,50 / Camisa em algodão, LEVI’S RED TAB, €72 / Jeans extra large com suspensórios, LEE, €130 / Gargantilha em pele e metal, DIESEL, €35 / Fio em metal prateado, ACESSORIZE, €14,90 / Fio em metal prateado, REBECCA, €41 / Fios corrente em metal prateado com detalhes em dourado REBECCA, €243 cada / Pulseiras em metal prateado e com detalhe em borracha, REBECCA, €181 e €173 respectivamente / Pulseira em camurça com aplicações de strass, DIESEL, €40 / Pulseira em pele com tachas, DIESEL, €50 nesta pag : Yana veste t-shirt em algodão, JOHN VARVATOS para CONVERSE, preço sob consulta / Camisa xadrez, RARE, €162,15 / Sweat em algodão destruído, OSKLEN, €193 / Jeans brancas bordadas, DIESEL, €250 / Ténis Air Force One, NIKE, €92 / Gargantilha em pele e metal, DIESEL, €35 / Fio em metal prateado, ACESSORIZE, €14,90 nesta pag : Yana veste t-shirt em algodão, JOHN VARVATOS para CONVERSE, preço sob consulta / Camisa xadrez, RARE, €162,15 / Sweat em algodão destruído, OSKLEN, €193 / Gargantilha em pele e metal, DIESEL, €35 / Fio em metal prateado, ACESSORIZE, €14,90 pag dir : Yana veste camisola em algodão, OSKLEN, €139 / Vestido em fazenda de lã com aplicações em pele envernizada, BOSS ORANGE, €450 / Leggings, WOLFORD, €25 / Botas em pele, GANT, €322 / Gargantilha em pele e metal, DIESEL, €35 / Fio em metal prateado, ACESSORIZE, €14,90 / Pulseiras em metal prateado e com detalhe em borracha, REBECCA, €181 e €173 respectivamente / Pulseira em camurça com aplicações de strass, DIESEL, €40 / Pulseira em pele com tachas, DIESEL, €50 pag esq : Yana veste blusão em pele, TWENTY 8 TWELVE, €450 / Óculos, PERSOL, €190 / Mini-saia, FILIPE TRINDADE, €80 / Jeans pretos slim fit, TWENTY 8 TWELVE, €190 / Pulseiras em metal prateado e com detalhe em borracha, Rebecca, €181 e €173 respectivamente / Botins em pele, HUGO, €270 nesta pag : Yana veste blusa em algodão, GANT, €85 nesta pag : Yana veste t-shirt em algodão, JOHN VARVATOS para CONVERSE, preço sob consulta / Camisa em flanela, H&M, €16,90 / Gorro em lã, ACESSORIZE, €23,50 / Fio corrente em metal prateado, REBECCA, €243 / Gargantilha em pele e metal, DIESEL, €35 / Fio em metal prateado, ACESSORIZE, €14,90 / Pulseiras em metal prateado e com detalhe em borracha, REBECCA, €181 e € 173 respectivamente / Saia em pele, HUGO, €230 / Botas em pele, GANT, €322 pag dir : Yana veste t-shirt em algodão, JOHN VARVATOS para CONVERSE, preço sob consulta / Blusão em pele forrado com pêlo, BOSS ORANGE, €700 / Calças slim fit em pele envernizada, BOSS ORANGE, preço sob consulta / Carteira “urso”, STORYTAILORS, €68,70 / Gargantilha em pele e metal, DIESEL, €35 / Fio em metal prateado, ACESSORIZE, €14,90 / Pulseira em metal prateado com detalhe em borracha, REBECCA, €173 pag esq : Yana veste t-shirt em algodão estampado, NIKE, €42,25 / Gargantilha em pele e metal, DIESEL, €35 / Fio em metal prateado, ACESSORIZE, €14,90 / Pulseira em camurça com aplicações de strass, DIESEL, €40 / Pulseira em pele com tachas, DIESEL, €50 / Pulseira em metal prateado com detalhe em borracha, REBECCA, €173 nesta pag : Yana veste macacão em sarja de algodão, DIESEL, €390 / Gargantilha em pele e metal, DIESEL, €35 / Fio em metal prateado, ACESSORIZE, €14,90 / Pulseiras em metal prateado e com detalhe em borracha, REBECCA, €181 e €173 respectivamente / Pulseira em camurça com aplicações de strass, DIESEL, €40 / Pulseira em pele com tachas, DIESEL, €50 pag esq : Yana veste blusão em pele, TWENTY 8 TWELVE, €450 / Óculos, PERSOL, €190 / Mini-saia, FILIPE TRINDADE, €80 / Jeans pretos slim fit, TWENTY 8 TWELVE, €190 nesta pag : Yana veste blusão em pele, TWENTY 8 TWELVE, €450 / Óculos, PERSOL, €190 / piet stockmans Piet Stockmans - Entre a Arte e o Design da Cerâmica por Milene Matos Silva Piet Stockmans é um ceramista Belga, um dos mais importantes da sua geração. No seu trabalho explora a porcelana como matéria em todas as suas vertentes. Desenha produtos industriais, constrói objectos artesanais e cria instalações artísticas. Entre 1966 e 1989, trabalhou na companhia alemã Royal Mosa como designer industrial. Um período que ficou marcado pela criação da chávena de café “Sonja”, em 1967. Um objecto de design que cumpre todas as suas funções: é fácil de reproduzir, de manejar, de encaixar e arrumar. Mas todas essas finalidades convivem com a beleza estética do objecto. Décadas depois da sua criação, já foram reproduzidas mais de 50 milhões de chávenas e houve muitas cópias não autorizadas. Stockmans é também o responsável por um sistema que distribui a comida por pequenos pratos que se encaixam entre si. Esta peça contribui para a eficiência do trabalho na cozinha, ao mesmo tempo que é usado para aproveitar o espaço na mesa quando a refeição é servida. Para acompanhar estes recipientes, Piet Stockmans pensou também em tampas feitas de material sintético que ajudam a manter a comida quente. Mas muitas outras criações de objectos de design cerâmico poderiam ser aqui mencionadas. No entanto, seria redutor referir apenas o trabalho de Piet Stockmans como designer. Ele explora várias vertentes. No seu trabalho como ceramista, utiliza a matéria para produzir peças únicas, de colecção, moldando-as manualmente. Desenvolvendo um trabalho criativo, no seu estúdio concebe serviços de mesa, copos, pratos, vasos, pequenos souvenirs e até jóias. Peças que estão distribuídas por lojas de design ou em museus em toda a Europa, Estados Unidos da América, Japão e Austrália. Nesta vertente da cerâmica, Stockmans dá às peças, por vezes, um aspecto frágil e delicado e noutras um aspecto bruto e inacabado. Utiliza, em grande parte das suas criações, apenas duas cores: o Branco e Azul. Mas as suas criações acabam sempre por surpreender, porque nenhuma se repete. São disso exemplo, os seus pratos azuis, cuja forma redonda está ligeiramente deformada, como se alguém os tivesse amachucado. Piet Stockmans pode assim relativizar as limitações de um designer. Por outro lado, a repetição do trabalho industrial serve de inspiração no seu trabalho como artista. Tentando sempre uma coexistência de todas as vertentes: a do ceramista, designer e do artista. É como artista plástico que Piet Stockmans desconstrói os condicionalismos de um designer. As peças, muitas vezes repetidas, continuam a ter o seu valor estético, mas perdem toda a funcionalidade, tornando-se uma forma de expressão artística. “No que toca à porcelana, qualquer pessoa a associa a figuras da china e do Japão, à porcelana de Limoges, ao serviços de jantar bem decorados. Houve uma necessidade de quebrar com esta imagem tradicional e mostrar que usando a porcelana como material podem ser feitas ou construídas coisas realmente excepcionais, que ao mesmo tempo dão à matéria a expressão certa da sua realidade”, refere Piet Stockamans em Monografie, Piet Stockmans, Lannoo, 1996. / novas tecnologias Vestuário e tecnologia. A tecnologia está cada vez mais próxima e incorporada no nosso dia a dia, e não me refiro só aos telemóveis e gadgets de última geração, refiro-me ao vestuário e ao calçado. Com o intuito de melhorar o nosso bem-estar e a nossa saúde, cientistas têm-se dedicado a inovar produtos de consumo básico com particularidades e preciosidades escondidas. por Michele Santos 1 2 4 A Geox patenteou um sistema com micro aberturas numa sola de borracha que permitem que o suor produzido pelos pés seja expelido, mantendo os pés secos e impedindo que a água entre nos sapatos. Assim sendo, a sola de borracha exterior apresenta pequenos orifícios nas zonas de maior concentração de suor, e a membrana entre a sola e o sapato permite a absorção do suor expelindo-o sob a forma de vapor de água. Este processo é possível devido aos micro poros da membrana, um pouco maiores que as moléculas de vapor de água, e ao mesmo tempo menores que as gotas de água, evitando que a água entre, e mantendo os pés sempre secos. O benefício para os seus utilizadores traduz-se na conservação de um micro clima ideal dentro dos sapatos, sem humidade e com menor aquecimento dos pés em relação ao uso de sapatos convencionais com sola de borracha. Existem vários sistemas GPS desenhados para serem incorporados em calçado destinado a uma variedade de públicos e de necessidades, sob a forma de sapatilhas ou até mesmo de sandálias. Estes sistemas permitem localizar em tempo real as pessoas que os usam, oferecendo uma supervisão e segurança úteis e funcionais. Estes sistemas podem funcionar 24 horas sob 24 horas, se estiverem ligados, e em qualquer parte do mundo. A localização do utilizador é captada via satélite e direccionada para um centro de monitorização, acessível aos responsáveis por essas pessoas via internet ou telefone. Este sistema tem sido aplicado por várias empresas e para vários alvos, desde crianças, pessoas de idade ou com problemas mentais, prostitutas, bem como, desportistas, aventureiros, forças armadas, entre outros. Dentro da área do vestuário comunicativo (communication clothing), destaco o casaco BT iJacket da Zegna Sport que permite aos seus utilizadores ouvirem em simultâneo o seu iPod e seu telemóvel devido ao sistema Bluetooth incorporado no casaco. Este casaco multifuncional permite controlar tanto o telemóvel como o iPod através dos comandos de toque Elek Tex à prova de água, inseridos na manga esquerda do casaco. Na gola, encontra-se a interface Bluetooth e o microfone necessário para as comunicações. Quando o telemóvel recebe uma chamada e o iPod está a tocar, o som é automaticamente reduzido para que o utilizador possa ouvir o telemóvel e assim e responder à sua chamada, o painel de controlo passa para o modo de telefone. O tecido do casaco é um algodão à prova de água com costuras termo coláveis, de modo a assegurar que os compartimentos do casaco estejam protegidos dos riscos da água, mesmo durante as lavagens. www.zegna.com/bt-jacket www.sexygpsshoes.com www.gtxcorp.com www.geox.com Nem todas as invenções são meros delírios de cientistas, alguns transformam-se em coisas úteis e benéficas para o nosso dia a dia. É assim que a inovação e a tecnologia vão entrando dentro do nosso vestuário. 3 1 Sistema Geox uqe permite que o suor seja expelido, mantendo os pés secos / 2 e 3 Calçado munido de GPS / 4 Casaco BT Jacket Zegna Sport com sistema de iPod e telemóvel incorporado / arquitectura “Europa, Arquitectura Portuguesa em Emissão” A relação difícil de Portugal com a Europa tanto na Arquitectura como no Festival da Canção são o motor de análise de dois comissários de arquitectura, Jorge Figueira e Nuno Grande que tornaram “Europa, Arquitectura Portuguesa em Emissão” numa exposição seriamente estimulante. por Francisco Vaz Fernandes A exposição “Europa Arquitectura Portuguesa em Emissão” foi uma das grandes surpresas em matéria de projecto expositivo no ano de 2007 por ter conseguido cruzar parâmetros díspares que dificilmente encontramos agregados. Visitar elementos da cultura popular e pensá-los ao lado de elementos da cultura erudita é no essencial a proposta de análise de Jorge Figueira e Nuno Grande, que conceberam esta exposição para a Trienal de Lisboa e que pôde ser vista, até 16 de Dezembro, na 7ª Bienal Internacional de arquitectura de S. Paulo. A proposta destes comissários vem assim contrariar uma certa secura que marca em geral as exposições de arquitectura onde predominam maquetas, desenhos técnicos e fotografias de edifícios que exigem uma atenção minuciosa impossível, nas condições em que o público as recebe. De certa forma este projecto vem questionar as condições de apresentação da arquitectura em espaços expositivos para um público alargado propondo um entendimento do objecto arquitectónico nos seus múltiplos aspectos, que tanto podem ser de natureza material como psicológico e social. Nesse sentido, para além do percurso documental e histórico da produção arquitectónica portuguesa, os comissários convocam outros elementos visuais a um convívio mais próximo do mundo real. É nesse sentido que a “Televisão” enquanto espelho de uma sociedade, serve de pretexto para os comissários equacionarem as propostas arquitectónicas portuguesas, tanto nas suas relações com o local como nas suas relações com o exterior. Interessa-lhes analisar a televisão enquanto projecto de contemporaneidade a partir da adaptação de formatos e linguagens a um contexto sócio-cultural português. Este é aliás, um fenómeno que encontrava paralelo em muitos dos parâmetros da nossa sociedade da qual a arquitectura também não podia fugir. É este esforço, o de uma sociedade em perspectiva de se modernizar seduzida pelos níveis de desenvolvimento da Europa e ao mesmo tempo receosa do fantasma da perda da sua individualidade cultural, face às forças centrífugas e aglutinadoras de uma Europa central que estão em foco nesta exposição. Na primeira parte da exposição, os projectos arquitectónicos que vão de 1956 até 1985, data da entrada de Portugal na CEE, são vistos em paralelo com algumas prestações portuguesas no Festival da Canção da Eurovisão. A segunda parte, o tempo da pós integração na CEE, é apresentado ao lado da Euro News, em tempo real. A primeira parte, a mais interessante enquanto objecto expositivo, coloca em evidência a partir das prestações nacionais no festival da canção, a busca de um reconhecimento internacional e o seu esforço de transmitir uma imagem de contemporaneidade. Esse esforço encontra paralelo nas criações arquitectónicas portuguesas tanto no antes como no pós 25 de Abril, com evidentes estratégias, sempre diferentes, de adaptação das linguagens internacionais às realidades culturais locais e ao momento político vivido. Essa consciência marca o projecto de Pancho Guedes (Edifício Leão que Ri) em Maputo onde há uma adaptação de elementos típicos modernistas a uma realidade colonial a partir da aculturação de elementos de expressão africana. Marca igualmente Siza Vieira que com o projecto de São Vítor, responde às necessidades ideológicas de um programa de construção social em período pós revolucionário adaptado a um revisionismo modernista afecto a uma expressão minimal baseada numa realidade popular. Ou ainda o conjunto habitacional de Chelas de Tomás Taveira, expressão de um país em vias de desenvolvimento, fascinado pelas promessas glicodoces de uma economia de mercado concretizadas com a entrada de Portugal na Comunidade Europeia. Das diferentes aproximações que se fazem as canções do festival, pelo optimismo que ambas encerram, nenhuma parece tão bem sucedida como a que podemos encontrar entre Chelas (também podia ser a Torre das Amoreiras) e a interpretação das Doce. O ponto alto do vídeo nem é tanto a prestação das 4 jovens no palco vestidas de mosqueteiras, mas as imagens vídeo promocionais da canção, com poses ousadas das interpretes, em vários décors de Portugal. Uma forma ingénua de promoção turística concebida por uma sociedade preparada para uma cosmética arquitectural em formato de cenário para esconder as pobrezas do país. Relativamente ao segundo grupo, pontuado pela Euro News, os autores da exposição apresentaram 16 projectos, numa síntese da arquitectura actual portuguesa, privilegiando no entanto a obra construída no estrangeiro. Alguns deles realizados dentro de políticas comunitárias que favorecem o deslocamento de criadores num ideal de partilha europeu. Não só por isso, o certo é que actualmente grande parte desses arquitectos portugueses vê os seus nomes projectados internacionalmente. Fala-se de um reconhecimento das particularidades da arquitectura portuguesa e do seu contributo para a definição de uma linguagem arquitectónica contemporânea. Nestas condições, estão dois projectos recentemente inaugurados de Siza Vieira, (o Equipamento Desportivo Ribera-Serrallo, Cornella de Llobregat, Barcelona e a Fundação Iberê Camargo, em Porto-Alegre) um projecto de Gonçalo Byrne (Sede do Governo da Província do Brabante Flamengo, Louvain) e um projecto de João Luís Carrilho da Graça (Teatro-Auditório de Poitiers). Para além destes dois núcleos, existe um apontamento humorístico, um vídeo-instalação encomendado a Edgar Pêra que convida um cantor pimba para demonstrar o “fôlego” de Portugal. A canção verbaliza tudo o que em geral a voz popular pensa de negativo sobre a arquitectura de peso do estado, em particular, sobre os projectos do Centro Cultural de Belém e do Parque Expo. É um vídeo que nos deixa sem dúvida bem humorados, mas sem ofuscar o conjunto da proposta expositiva. O interesse desta exposição continua ainda a residir essencialmente na capacidade de lançar diferentes anzóis que são como layers de entendimento de um mesmo fenómeno abrindo-o a uma polarização de interpretações. De facto, este projecto vem mostrar como o fenómeno da arquitectura não é propriamente um acto isolado de um criador, mas um fenómeno que obedece à expressão de um tempo e de um colectivo em que está integrado. Ou seja, é uma resposta aos anseios e aspirações de uma comunidade. pag esq : Conjunto Habitacional de Chelas, Lisboa, 1975-1978, Tomás Taveira nesta pag : Madalena Iglésias RTP – Radiotelevisão Portuguesa S.P.T, S.A. / expos moda MATTHEW WILLIAMSON NO DESIGN MUSEUM DE LONDRES Para celebrar os seus 10 anos de carreira, Matthew Williamson, director artístico da marca Pucci, expõe o seu trabalho no Design Museum de Londres onde estão em exibição numerosos registos, desde desenhos a peças de vestuário do criador. Matthew Williamson apresentou pela primeira vez a sua colecção em 1997 na Fashion Week de Londres , onde rapidamente se fez notar pelo seu exímio trabalho. Desde aí não tem parado. Esta exposição está organizada segundo quatro temas fetiche: “Cores e Psicadelismo”, “Hiper-Nature”, “Global Extravaganza” e “Modo de Vida”. Matthew Williamson – 10 Years in Fashion, sponsored by Coutts & Co. Até 31 de Janeiro 2008, Design Museum Shad Thames, SE1 Londres, www.designmuseum.org A MODA DOS ANOS LOUCOS (1919-1929), MUSEU GALLIERA, PARIS Após a 1º Guerra mundial, descobrimos uma geração sedenta de movimento, frenesim e loucura. A emancipação do corpo feminino está mais presente que nunca e expressa-se elegantemente sob as mais variadas formas. Como testemunha fiel desta época, o Museu Galliera de Paris apresenta uma colecção onde estão expostas cerca de 170 peças de guarda-roupa, 200 acessórios e 50 perfumes e cosméticos representativos da chique garçonette parisiense dos anos 20. Criações de Chanel a Vionnet, passando pelas irmãs Callot, Heim, Jenny, Poiret e Worth. Até 29 de Fevereiro de 2008, Museu Galliera 10, Avenue Pierre 1er de Serbie – 75116 Paris. TAKASHI MURAKAMI NO MOCA L.A. O Museum of Contemporary of Art de Los Angeles (MOCA) apresenta uma retrospectiva do trabalho do conceituado artista japonês Takashi Murakami. Nascido no início dos anos 60, Murakami pertence à geração de artistas cuja linguagem pictórica se baseia na fusão entre a cultura popular e a linguagem mais formal da arte tradicional japonesa inspirada em motivos de padrões e ornamentos, Mais de 90 trabalhos sob forma de pintura, filmes, instalações e esculturas serão exibidos até 11 de Fevereiro de 2008 no MOCA. Museum of Contemporary of Art de Los Angeles 250 S. Grand Ave. Los Angeles CA 90012 www.moca.org CONTOMODA, FLORENÇA Cerca de 200 criações dos mais conceituados designers pertencentes à colecção permanente do Los Angeles County Museum of Art (LACMA) vão estar expostas no Palazzo Strozzi em Florença. Esta exposição demonstra como a moda tem sido restruturada nas últimas tês décadas e como está associada a mudanças culturais e sociais. A moda é observada segundo quatro perspectivas: construção, materiais, formas e conceito. Uma galeria educacional terá disponível roupa desenhada por Issey Miyake para William Forsythe e Frankfurt Ballet onde o público é convidado a vestir algumas das suas peças proporcionando-lhes um contacto directo com o trabalho do designer. ControModa organizada pelo Los Angeles County Museum of Art, curado por Kaye Spilker e Sharon Takeda. Até 20 de Janeiro de 2008, Florence, Palazzo Strozzi www.fondazionepalazzostrozzi.it CHANEL CRIA MUSEU MÓVEL DE ARTE CONTEMPORÂNEA Foi na abertura da 52ª Bienal de Arte de Veneza que a Chanel anunciou o seu novo projecto de mecenato: a criação de um museu móvel. Uma estrutura desmontável, sob forma de cápsula futurista, com a assinatura da arquitecta Zaha Hadid. A partir de Janeiro de 2008 será apresentada uma exposição de obras de arte contemporânea em ligação com o universo Chanel e com o seu saco matelassé. Curado por Fabrice Bousteau, director da redacção da revista Beaux Arts Magazine, o evento contará com a presença de cerca de 15 artistas consagrados de várias nacionalidades e vai estar exposto durante algumas semanas até 2010 em diferentes cidades como Hong Kong, Tóquio, Nova Iorque, Los Angeles, Londres, Moscovo e Paris. BLOG DE MODA NO METROPOLITAN MUSEUM OF ART DE NOVA IORQUE O Metropolitan Museum de Nova Iorque apresenta uma exposição única . Através de cinco galerias do Costume Institute Museum, os visitantes além de terem acesso à colecção de Moda, poderão igualmente comentá-la através de um blog interactivo que será criado especialmente para este evento. Cada pessoa poderá fazer a sua própria crítica, comentário e discutir a escolha de materiais, de peças de vestuário, acessórios, etc. Mais que uma simples exposição, “blog.mode : addressing fashion“ é um evento onde o público é convidado a reagir em tempo real criando assim um diálogo dinâmico sobre a Moda, arte viva. A exposição apresentará uma mostra de peças de vestuário de variados criadores contemporâneos e não só. De 18 Dezembro a 13 de Abril de 2008 www.metmuseum.org VIVIENNE WESTWOOD, EM MILÃO Trinta e cinco anos de excentricidade e cultura underground em retrospectiva num tributo a Vivienne Westwood. A exposição apresenta ideias e conceitos que têm feito parte das colecções da criadora ao longo das três últimas décadas. Do estilo Punk Rock dos anos 70, altura que vestiu os Sex Pistols, aos padrões Tartar e Kilts escoceses, passando pelas silhuetas espartilhadas em revivalismos do século XVIII, podem encontrar-se em exposição cerca de 150 coordenados da autoria da criadora. Até 20 de Janeiro de 2008, Palazzo Reale de Milão, Piazza Duomo 12 20122 Milão www.comune.milano.it/palazzoreal GUARDA-ROUPA DE ESPECTÁCULO DE YVES SAINT LAURENT A Fundação Pierre Bergé Yves Saint Laurent expõe uma faceta menos conhecida do criador, o seu trabalho para o mundo do espectáculo. Vestidos de Catherine Deneuve em Belle de Jour, de Arletty em Les monstres sacrés ou de Adjani em Subway são alguns bons exemplos do contributo de YSL para a sétima arte. Contam-se um total de 17 vestidos, extractos de filmes, de fotos, croquis originais e inéditos. Alguns deles remontam à data de 1959, onde Saint Laurent colabora pela primeira vez num espectáculo ao desenhar o guarda-roupa do bailado Cyrano de Bergerac. Saint Laurent ao longo das décadas seguintes continua a colaborar em variadas experiências deste tipo vestindo artistas como Zizi Jeanmaire, Sylvie Vartan ou ainda Johnny Halliday. Ao longo da sua carreira YSL participa em cerca de 10 filmes e 15 peças de teatro. “Yves Saint Laurent : teatro, cinema, musichall, ballet” , Até 27 de Janeiro de 2008, Fundação Pierre Bergé Yves Saint Laurent, 5 avenue Marceau, 75016 Paris / guia de compras ACCESSORIZE tel + 351 21 712 24 17 ÉDITIONS DU REGARD ARTE ASSINADA Porta do Mar 3.11.09 (Torre Galp) Parque das Nações. Lisboa tel + 351 21 894 80 47/8 FASHION CLINIC Tivoli Forum, Av. da Liberdade, 180, Lj.2 e Lj.5. Lisboa C.C. Amoreiras,Lj. 2063/4. Lisboa R. Pedro Homem de Melo, 125/127. Porto www.editions-du-regard.com HUGO BY HUGO BOSS tel. + 351 21 234 31 95 www.hugoboss.com www.arteassinada.pt BOSS ORANGE tel + 351 21 234 31 95 JUICY COUTURE www.juicycouture.com www.maccosmetics.com www.kiehls.com www.mango.es. www.boucheron.com CAROLINA HERRERA Av. Liberdade, 150. Lisboa FENDI Na Fashion Clinic LEE www.fendi.com www.lee-eu.com FILIPE Muuda, tel. + tlm. + LEVI’S C.C. Colombo. Lisboa C.C. Vasco da Gama. Lisboa Almada Forum. Almada Forum Coimbra. Coimbra Forum Algarve. Algarve Guimarães Shopping Center. Guimarães C.C. Norte Shopping. Matosinhos R. de Sta. Catarina, 312/350. Porto Shopping Via Catarina. Porto Lg. da Misericórdia, 42-44/2900–502. Setúbal Arrábida Shopping. Vila Nova da Gaia BOUCHERON CHLOÉ Na Fátima Mendes, Gatsby, Loja das Meias e Stivali www.chloe.com CHRISTIAN LOUBOUTIN R. 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Lisboa Forum Montijo, Lj. 139, Montijo tel. 800 200 034 www.hm.com HAKANSSON MAKEUPBAR no Miguel Viana. www.hakanssonskin.com LOEWE Hotel Tivoli, Av. da Liberdade, 185. Lisboa tel. + 351 21 354 00 54 www.loewe.com HOSS Na Decode, Forum Algarve, Lj. 0.44. Faro R. José Gomes Ferreira, 254. Porto Para mais informações, contactar: André Costa & Cia, Lda. tel. + 351 22 619 90 50/22 www.homeless.es M.A.C. KIEHL’S (since 1851) R. Antº Maria Cardoso, 39-D, Chiado. Lisboa tel. + 351 21 345 67 89 FÁTIMA MENDES Av. Londres, Bl. B4, 1º piso. Guimarães R. Pedro Homem de Melo, 357. Porto www.hugoboss.com LOUIS VUITTON Av. da Liberdade, 190A. Lisboa R. Augusta, 196. Lisboa tel. + 351. 21 346 86 00 LOJA DAS MEIAS Av. Valbom, 4. Cascais Ed. Castil, R. Castilho, 39. Lisboa Pç.D. Pedro IV, 1. Lisboa C.C. Amoreiras, Lj. 2001/2/4. Lisboa MANGO Punto Fa: + 34 93 860 22 22 Vendas por internet: www.mangoshop.com. MARC JACOBS Paris Royal, R. Montpensier, 34. 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