Análise “on-site”: uma nova abordagem para o
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Análise “on-site”: uma nova abordagem para o
09 a 11 de dezembro de 2015 Auditório da Universidade UNIT Aracaju - SE INSTRUÇÕES PARA A ELABORAÇÃO DE TRABALHOS COMPLETOS Análise “on-site”: uma nova abordagem para o monitoramento de espécies metálicas em ambientes aquáticos ID 196 Resumo Adnívia Santos Costa Monteiro , André Henrique Rosa , Corinne Parat , José Paulo Pinheiro 1 1 2 3 (1) Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP); Sorocaba, São Paulo; Université de Pau et des Pays de l’Adour, Pau; France. (3)Professor; Ecole Nationale Supérieure de Géologie (E.N.S.G.) Université de Lorraine; Nancy; França; (2) Pesquisadora; RESUMO Basicamente três procedimentos têm sido utilizados no monitoramento e caracterização da qualidade de água. A maioria utiliza após a amostragem, o armazenamento, tratamento e análise em laboratório. Este procedimento é oneroso, podendo alterar as características originais da amostra. Um segundo procedimento denominado “on-site” consiste em experimentos feitos próximos às margens do manancial e imediatamente após amostragem, geralmente, utilizam procedimentos e instrumentos previamente testados em laboratório e adaptados às condições de campo, sendo ideais para medidas em tempo real e minimizando a possível contaminação gerada durante o armazenamento da amostra. Um terceiro procedimento, o qual ainda está em desenvolvimento e desta forma tem sido pouco utilizado, é denominado “in-situ”. Em termos de sistemas portáteis para especiação de metais os dispositivos eletroquímicos são os mais vantajosos, dentre outros fatores, por apresentarem um dos limites de detecção mais baixos disponíveis para determinações de metais traço, da ordem de nmoL L , como por exemplo, a cronopotenciometria de redissolução anódica (SCP). Neste trabalho, propomos uma metodologia para realizar a quantificação de metal total e de metal livre ambos por técnicas eletroquímicas e sua comparação com a ultrafiltração tangencial com detecção eletroquímica que pode ser facilmente realizada “on-site”, avaliando a influência do tipo de matéria orgânica natural (MON) na especiação do Cd. A metodologia proposta foi aplicada fazendo adição de cádmio em duas amostras de águas naturais, rio Itapanhaú e Sorocabinha localizados no Estado de São Paulo. Os resultados de metal total obtidos pelas técnicas SCP e pela espectrometria de absorção atômica com atomização em forno de grafite (GF-AAS) apresentaram uma boa concordância (recuperação entre 87-97%). Os resultados de metal livre obtido diretamente através da técnica de redissolução nernstiana na ausência de gradientes (AGNES) e no ultrafiltrado são concordantes no rio Itapanhaú enquanto no Sorocabinha o ultrafiltrado é cerca do dobro do obtido por AGNES, o que se deve provavelmente à maior quantidade de ligantes inorgânicos neste rio devido à sua proximidade do mar. -1 Palavras-chave: especiação, ultrafiltração, técnicas eletroanalíticas. 1 1. INTRODUÇÃO Os metais traço podem ser encontrados no ambiente aquático associados ao material particulado em suspensão e à fração dissolvida na forma de íons livres hidratados e complexados a ligantes orgânicos (macromoléculas ou ligantes coloidais, por exemplo, aminoácidos, carboidratos, ácidos húmicos e fúlvicos) e inorgânicos (HCO 3-, CO32-, SO42-, HS-, Cl-, OH-), apresentando-se assim, em uma variedade de formas físico-químicas, que governam seu transporte, biodisponibilidade, mobilidade e toxicidade frente à biota aquática. Nesses ambientes, a toxicidade está relacionada às espécies mais biodisponíveis, principalmente com a atividade do íon metálico livre, no entanto, apenas uma pequena fração dos metais dissolvidos se encontra na forma de cátions livres, visto que estes interagem com microrganismos e formam complexos estáveis com uma variedade de ligantes presentes na água [1]. Logo, avaliar a concentração total de um metal é um parâmetro importante, porém limitado para inferir sobre seu comportamento e destino no ambiente, assim como sobre seus reais impactos na biota aquática, como se acreditava no passado [2]. Dessa maneira, o estudo e o conhecimento de como essas formas influenciam no ambiente aquático, denominado de especiação química (distribuição das diferentes espécies de um dado elemento químico em uma amostra), fornece informações importantes do ponto de vista ecotoxicológico, pois permite fazer uma avaliação real da presença de metais potencialmente tóxicos em ambientes aquáticos [3]. Uma das abordagens utilizada para estudar a especiação de metais em águas naturais é a ultrafiltração em fluxo tangencial (UF). O ultrafiltrado é geralmente definido como a fração livre, embora os íons podem aparecer complexados à pequenos ligantes orgânicos ou inorgânicos [4]. Nesta técnica as amostras são coletadas e em seguida, transportadas para o laboratório para filtração e posterior quantificação, por espectrometria de absorção atômica com atomização em forno de grafite (GF-AAS) e/ou espectrometria de emissão atômica com plasma indutivamente acoplado (ICP OES), por exemplo. A coleta e manuseio das amostras podem induzir mudanças na especiação, devido à possibilidade de contaminações ou perda das espécies de interesse. Nesse sentido, as medidas “on site”, são desejáveis, pois além de minimizar adulterações da amostra original, podem possibilitar análise em tempo real, em localidades de difícil acesso e a redução do custo analítico. Em termos de sistemas portáteis para especiação de metais os dispositivos eletroquímicos são os mais vantajosos, dentre outros fatores, por apresentarem um dos limites de detecção mais baixos disponíveis para determinações de metais traço, da ordem de nmoL L , como por exemplo, a cronopotenciometria de redissolução anódica (SCP) e a técnica de redissolução nernstiana na ausência de gradientes (AGNES). A SCP é insensível às interferências de adsorção orgânica, sendo o sinal analítico obtido unicamente a espécies metálicas definidas como lábeis, sendo possível ainda a determinação da concentração total do metal após a acidificação da amostra. Já a AGNES, é utilizada para a determinação direta da concentração de metal livre [5]. -1 2. OBJETIVO Desenvolver uma metodologia para quantificar o metal total (numa amostra acidificada) e o metal livre em águas naturais, ambos por técnicas eletroquímicas e validar por meio da comparação dos resultados obtidos com o GF-AAS e com a ultrafiltração tangencial com detecção por SCP (UF-SCP) e UF/GF-AAS, visando futuramente à aplicação da metodologia em sistemas portáteis “on-site”. 3. MÉTODOS E MATERIAIS Duas áreas de estudo, rio Itapanhaú e Sorocabinha, Figura 1, foram escolhidas a fim de investigar e comparar a influência de ambientes diferentes, na formação da matéria orgânica e sua interação com o Cd. O rio Itapanhaú está localizado no Parque Estadual da Serra (24°41’59” e 47°35’43.68”), situando-se na 7ª Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos, município de Bertioga-SP. Já o rio Sorocabinha situa-se na cidade de Iguape-SP, (23°50’23” e 46°08’21”), e é um dos afluentes do Rio Ribeiro de Iguape, localizado próximo à Estação Ecológica da Jureia, situandose na 11ª Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos - Ribeira do Iguape-litoral Sul. 2 Figura 1. Localização da área de Estudo. 3.1. Experimentos de Ultrafiltração Os ensaios de ultrafiltração foram realizados após spike de Cd2+ (a partir da solução padrão), em aproximadamente 1000 mL das amostras “in natura”, dos Rios Itapanhaú e Sorocabinha cujas concentrações naturais de carbono orgânico dissolvido (COD) eram de 13,97 e 16,80 mg L-1, respectivamente. Durante todo o experimento as amostras ficaram em agitação constante, foi mantido o pH natural das amostras, 6,2 para as amostras do Rio Itapanhaú e 6,7 para o Rio Sorocabinha, ajustando-o com solução de NaOH 1.0 mol L-1, quando necessário, e a força iônica foi mantida em 0.01 mol L-1 para ambas amostras. O sistema de ultrafiltração, foi equipado com membrana de celulose regenerada de 1kDa e 76 mm de diâmetro. Antes do spike da solução de Cd2+, deixou-se o sistema bombeando por cerca de quinze minutos para condicionamento da membrana e foi retirada uma alíquota da amostra para a quantificação do Cd total originalmente presente na amostra. Em seguida, filtrou-se a primeira alíquota, que corresponde à fração inicial de cd “livre” mais a fração ligada a compostos com tamanho molecular menor que 1 kDa presente na amostra. Após a coleta dos filtrados, volumes de 80 a 305 μL de solução padrão de Cd 2+ 8,90x10-4 mol L-1 foram adicionados às amostras “in natura” denominada de amostra “MÃE”, para obter solução final com 0,7; 1,5; 2,4 e 3,2 x10-7 mol L-1 de Cd. Depois de 15 minutos de cada adição de metal, retirou-se alíquotas dessa amostra, para os testes de recuperação do Cádmio total adicionado e posterior comparação dos resultados obtidos através das técnicas SCP e GF-AAS. Após intervalos de 20 minutos, para o estabelecimento do equilíbrio dos íons Cd 2+ adicionados, cerca de 25 mL da amostra “MÃE” e 25 mL da amostra ultrafiltrada foram coletados para a determinação da concentração do Cd total por SCP e GF-AAS, e do Cd livre por AGNES. Para a determinação do Cd total adicionado na amostra MÃE e a determinação do Cd “total livre” após ultrafiltração por SCP cerca de 20 mL da amostra foi acidificada previamente com 0,2 mL de HNO3 1 mol L-1, sendo nomeadas respectivamente, como MÃE acidificada e UF acidificada. 3 3.2. Experimentos de SCP e AGNES Os experimentos de SCP e AGNES foram realizados, utilizando um galvanostato/potenciostato Autolab PGStat 12 acoplado ao Metrohm 663 VA Stand e a um computador utilizando o software GPES 4.8 (Eco Chemie). As condições experimentais serão detalhadas a seguir: SCP: Potencial de deposição -0,78 V, tempo de deposição (td) 45s, corrente stripping (Is) 2.5×10-6 A, aplicada até o potencial alcançar -0,30 V. AGNES: As medidas foram realizadas aplicando um potencial de deposição E1 -0.72 V por um período de tempo t1 de 240 s. A etapa de reoxidação foi realizada através da SCP com as mesmas condições acima. A velocidade de rotação foi de 1000 rpm. Spike Cd (x 10-7mol L-1) 0,7 1,5 2,4 3,2 Filtração em 0,45µm 200 µL de HNO3 200 µL de HNO3 1 mol L-1 AGNES (a) “MÃE” Acidificada SCP Metal Total (b) “MÃE” Metal Livre SCP (c) Ultrafiltrada (UF) Acidificada Metal Livre + Pequenos complexos inorgânicos A validação Analítica do método proposto foi realizada por comparação dos resultados obtidos por GF-AAS em (a) e (c); Figura 2. Resumo do desenvolvimento analítico do método proposto neste trabalho. 4 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO A Tabela 1 exibe os resultados da concentração total do íon cádmio e a porcentagem de recuperação obtidas por SCP e GF-AAS nas amostras estudadas. Os resultados evidenciam que a técnica eletroanalítica SCP pode ser uma nova ferramenta analítica para análise “on-site”, uma vez que, comparando os resultados obtidos por esta técnica com os encontrados por GF-AAS após o spike na amostra MÃE, as porcentagens de recuperação se mostraram satisfatórias e variaram de 85-106%, confirmando o bom desempenho do método proposto. Além disso, estes resultados evidenciaram que a presença da matéria orgânica presente nos rios Sorocabinha e Itapanhaú, não interferiram na determinação total do Cd por SCP, confirmando assim a potencialidade da aplicação dessa técnica em campo, uma vez que, não se faz necessário a aplicação de métodos prévios para a destruição da matéria orgânica. Tabela 1. Resultados da determinação de Cd total (n=3) por SCP e GF-AAS nas amostras coletadas nos rios Sorocabinha e Itapanhaú. Rio Spike MÃE 10-7 mol L-1 SCP 10-7 mol L-1 Recuperação (%) GF-AAS 10-7 mol L-1 Recuperação (%) Itapanhaú 0.73 0.75 102 0.72 97 1.54 1.43 93 1.35 88 2.38 2.53 106 2.09 88 3.26 2.96 91 2.98 91 Sorocabinha 0.75 0.68 91 0.70 93 Sorocabinha 1.57 1.33 85 1.44 92 Sorocabinha 2.43 2.42 100 2.24 92 Sorocabinha 3.34 3.35 100 2.84 85 Itapanhaú Itapanhaú Itapanhaú -7 -1 Concentração Determinada (10 mol L ) A precisão da SCP foi avaliada através da comparação das replicatas (n=3) obtidas nesta técnica com as replicatas do GF-AAS. Os valores do declive e os coeficientes de correlação, exibidos na Figura 3, mostram que a SCP é tão precisa quanto o GF-ASS para a quantificação do metal total nestas amostras. Y=0,953x R2=0,976 SCP Y=0,892x R2=0,995 GF-AAS -7 -1 Concentração Adicionada (10 mol L ) Figura 3. Comparação das medidas (n=3) de Cd total obtidas por SCP e GF-AAS após Spike. 5 A Tabela 2 mostra as concentrações do Cd “livre” medido por SCP e GF-AAS após a ultrafiltração (UF) das amostras dos rios Sorocabinha e Itapanhaú. Os resultados obtidos com as duas técnicas apresentaram-se concordantes, evidenciando o bom desempenho do método proposto por SCP para esse tipo de análise e que se houver a possibilidade de levar o sistema de ultrafiltração para campo pode-se usar a SCP como técnica de quantificação das espécies livres, minimizando assim, a possibilidade de adulteração da amostra durante o transporte e armazenamento da amostra. É possível observar que apenas parte do metal total adicionado apresenta-se na forma “livre” ou complexados a compostos de tamanho menor que 1kDa, evidenciando que a afinidade da matéria orgânica dissolvida presente naturalmente no ambiente e que fica retida na membrana de 1kDa em complexar o Cd. Uma outra observação interessante, é que embora os valores de pH e COD serem semelhantes em ambas amostras, o “metal livre” medido nas amostras UF é mais elevado nas amostras do rio Sorocabinha comparada com as do rio Itapanhaú. Tabela 2. Comparação dos resultados obtidos por SCP e GF-AAS após a ultrafiltração das amostras dos rios Sorocabinha e Itapanhaú. Metal Total adicionado na UF “MÃE” SCP (10-7M) (10-7M) Rio Itapanhaú 0.3 0.7 0.5 1.5 UF GF-AAS (10-7M) 0.2 0.5 2.4 3.2 1.0 1.3 0.9 0.9* 0.7 1.5 Rio Sorocabinha 0.4 0.9 0.5 0.9 2.4 1.4 1.4 3.2 1.8 1.9 A Tabela 3 exibe a comparação da determinação do Cd nas amostras ultrafiltradas com detecção por SCP (UF-SCP) que representa o Cd que pode está na sua forma livre ou complexados a ligantes menores que 1kDa com os resultados do Cd livre medido diretamente nas amostras “MÃES” por AGNES, técnica onde sinal gerado é proporcional às espécies livres apenas. Com os resultados foi possível fazer as seguintes observações: 1) para o rio Itapanhaú, o metal livre determinado por AGNES e por UF-SCP são semelhantes, já para o rio Sorocabinha o metal livre determinado por AGNES é menor do que o determinado pela UF-SCP, possivelmente porque este rio deve apresentar uma maior concentração de pequenos ligantes inorgânicos comparado ao o rio Itapanhaú, capazes de permear a membrana de 1kDa e por isso, a medida de UF-SCP é mais elevada que a medida do metal verdadeiramente livre obtida por AGNES na amostra MÃE. Esta suposição está associada ao fato de o rio Sorocabinha apresentar uma condutividade muito superior (1043µS cm-1) em relação à encontrada no Itapanhaú (189 µS cm-1). 2) A concentração do metal na fração ultrafiltrada do rio Sorocabinha é aproximadamente o dobro da encontrada no rio Itapanhaú, enquanto que a sua concentração livre medida por AGNES na “MÃE” é menor. Esta observação sugere que a especiação Cd é diferente em ambas as amostras de rio, sendo controlada principalmente pela matéria orgânica no rio Itapanhaú, enquanto no rio Sorocabinha, além da contribuição da matéria orgânica, a presença dos pequenos ligantes inorgânicos influenciou de maneira significativa e devem ser levados em consideração. 6 Tabela 3. Determinação de Cd livre nas águas dos rios Sorocabinha e Itapanhaú, utilizando duas abordagens analíticas, UF-SCP e AGNES. Spike Cd (10-7M) 0,72 1,51 2,33 3,19 Rio Itapanhaú Metal Livre Cd (mol L-1) UF-SCP AGNES (10-7M) (10-7M) 0.23 0.26 0.45 0.48 0.95 0.94 1.42 1.28 Rio Sorocabinha UF-SCP (10-7M) 0.47 0.87 1.40 1.88 AGNES (10-7M) 0.18 0.34 0.65 1.04 5. CONCLUSÃO A metodologia proposta neste trabalho e validada em laboratório foi eficiente para a determinação do Cd total em uma amostra acidificada por SCP e para a determinação do Cd livre tanto por UF-SCP quanto por AGNES sendo capaz de fornecer informações válidas a respeito da especiação do Cd em ambientes naturais, além de determinações precisas e confiáveis. Dessa forma, o método pode ser aplicado facilmente em análises “on-site”, utilizando sistemas portáteis e dessa forma, permite a análise em tempo real, minimizando assim, possíveis adulterações da amostra original, além de facilitar o monitoramento das espécies metálicas em ambientes aquáticos. 6. RECONHECIMENTOS Os autores agradecem às agências de fomento FAPESP, CNPQ, CAPES, FCT-ANR/AAG-MAA/0065/2012 e Blanc International II - SIMI 6 pelo suporte financeiro. 7. REFERÊNCIAS [1] BUFFLE, J. “Complexation reactions in aquatic systems: an analytical approach.” New York: Ellis Horwood, p. 692, 1990. [2]JAMALI, M. K.; KAZIA, T. G.; ARAINA, M. B.; AFRIDI, H. I.; JALBANI, N.; KANDHOROA, A.Q.S.; BAIGA, J.A. Speciation of heavy metals in untreated sewage sludge by using microwave assisted sequential extraction procedure. Journal of Hazardous Materials (2009) 163:1157–1164, 2009. [3] DE JONGE, M.; LOFTS, S.; BERVOETS, L.; BLUST, R. Relating metal exposure and chemical speciation to trace metal accumulation in aquatic insects under natural field conditions. Science of the Total Environment (2014) 496:11– 21. [4] TONELLO, P. S.; ROSA, A. H.; ABREU JR, C. H.; MENEGÁRIO, A. A. Use of diffusive gradients in thin films and tangential flow ultrafiltration for fractionation of Al(III) and Cu(II) in organic-rich river waters. Analytica Chimica Acta, (2007) 598:162-168. [5] VAN LEEUWEN, H. P.; TOWN, R. M. Electrochemical metal speciation analysis of chemically heterogeneous samples: the outstanding features of stripping chronopotentiometry at scanned deposition potential. Environmental Science & Technology (2003) 37:3945-3952. 7
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