Global Economic Symposium (GES)
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Global Economic Symposium (GES)
Pré-Apresentação do GES | 2012 16–17 de Outubro, Rio de Janeiro, Brasil Global Economic Symposium (GES) Crescimento por meio da Educação e da Inovação Parceiros de Cooperação Kiel Institute for the World Economy Colaborador Pré-Apresentação do GES | 2012 4 de setembro de 2012 Índice Introdução2 Temas e Tópicos em 2012 3 Palestrantes Confirmados 2012 5 Programação Preliminar 8 Descrições das Sessões 19 Citações Selecionadas 41 Conselho Consultivo 42 “Reunindo os principais membros da comunidade internacional – legisladores, líderes empresariais e acadêmicos – o GES está prestes a se firmar como um foro fundamental para o diálogo global. Tenho certeza de que o simpósio unirá esforços e dará uma contribuição valiosa para responder às perguntas prementes enfrentadas por nossa economia global”. Joaquín Almunia Vice-Presidente e Diretor de Concorrências da Comissão Europeia Introdução O Global Economic Symposium (GES) é uma iniciativa pioneira para a solução dos problemas globais. Por meio de um diálogo entre líderes acadêmicos, empresariais, políticos e da sociedade civil, gera propostas de soluções para os principais desafios do mundo. O que torna o GES especial é que ele é baseado em pesquisas e voltado para soluções. A pesquisa é apoiada pelo Instituto de Economia Mundial de Kiel e por suas prestigiosas redes acadêmicas, bem como pela Biblioteca Nacional de Economia da Alemanha (a maior biblioteca de economia do mundo). As propostas de soluções pelo GES são publicadas anualmente nos amplamente distribuídos e altamente aclamados Resumos das Soluções Econômicas Globais e da Política do GES. O GES é organizado pelo Instituto de Economia Mundial de Kiel e pela Fundação Bertelsmann, em colaboração com a Biblioteca Nacional Alemã de Economia—o Leibniz Centro de Informação de Economia (ZBW) e com a Fundação Getulio Vargas. O simpósio atrai chefes de Estado, ganhadores do prêmio Nobel, presidentes de grandes empresas, ministros de fazenda, chefes de bancos centrais, chefes de organizações internacionais e outros importantes tomadores de decisões. O GES enfrenta um simples problema: como o mundo se torna cada vez mais interligado, estamos criando problemas cada vez mais conectados – mudança climática, crises financeiras, diferenças maiores entre ricos e pobres e muito mais. A maioria dos instrumentos reguladores está nas mãos de nações que não podem lidar com esses problemas sozinhas. Até as organizações internacionais muitas vezes têm dificuldades para lidar com tais obstáculos, devido a razões estruturais e nacionais. O GES apresenta um espaço neutro e criativo onde podemos pensar naturalmente em enfrentar os problemas globais de uma maneira ousada e de longo alcance. O GES valoriza a integridade intelectual, não o politicamente correto. Suas propostas são profundas, concretas e implementáveis. Ele incentiva as pessoas a trabalharem com todas as diferenças culturais, sociais e religiosas. –2– Pré-Apresentação do GES | 2012 Temas e Tópicos em 2012 A Economia Global O Futuro dos Bancos Centrais: Meta de Inflação versus Estabilidade Financeira Consolidação Fiscal através de Regras Fiscais? Otimização do Uso das Informações através da Internet e das Mídias Sociais Investimentos Efetivos na Educação Melhorias na Educação e na Cultura Financeiras Redefinição das Universidades 19 19 20 21 22 23 A Sociedade Global Formulação de Políticas Inteligentes de Migração da Mão de Obra Combate à Desigualdade de Oportunidades Comportamento Social para uma Economia Sustentável O Ataque ao Problema do Desemprego entre Jovens Expansão das Oportunidades de Trabalho para a Terceira Idade Implementação da Diversidade nos Conselhos 25 26 27 27 28 29 A Política Global Favelas - Desafio e Oportunidade Global Segurança diante da Globalização Promoção de Políticas de Governo Aberto em Serviços Públicos 30 30 31 O Ambiente Global Proteção e Restauração das Florestas do Mundo Exploração dos Recursos Energéticos no Oceano Ártico Reavaliação das Energias Renováveis Promoção da Segurança Alimentar: A Contribuição da Agricultura Climaticamente Inteligente * O assunto desta sessão está sendo desenvolvido –3– 33 34 35 36 Pré-Apresentação do GES | 2012 Temas e Tópicos em 2012 Mesas Redondas e Plenárias Mesas Redondas O Potencial das Redes com Foco em Negócios para o Desenvolvimento Sustentável37 Agência Internacional de Ratings de Crédito Sem Fins Lucrativos para Risco Soberano 38 Global Economic Fellows - Projetos de Educação, Inovação e Mídia* A Política da Economia e a Economia da Política* Políticas de Inclusão Social 39 Educação e Mídia 39 O Desafio na Realização de Grandes Eventos 40 Plenárias Novas Abordagens aos Desafios Econômicos Crescimento por meio da Educação e da Inovação –4– - Pré-Apresentação do GES | 2012 Palestrantes Confirmados 2012 Empresas Aborn, Richard Presidente, CAAS LLC Aneja, Sandeep Fundador e Diretor Administrativo, Kaizen Private Equity Arkless, David Presidente Global de Assuntos Corporativos e Governamentais, Grupo Manpower Banerji, Shumeet Sócio Sênior, Booz & Company Inc. Boreham, Glen Presidente, Screen Australia Brandecker, Philip CEO, Veolia Umweltservice GmbH Cleary, Seán Presidente, Strategic Concepts (Pty) Ltd., África do Sul Dugger, Robert H. Fundador e Sócio, Hanover Investment Group Evans, Richard CEO (aposentado), Alcan Inc. e Rio Tinto Alcan Fama, Paul Gerente Sênior de Recursos Humanos, General Electric, América Latina Haley, John J. CEO, Towers Watson Iyer, Sailesh CEO e Diretor, Visafone Communications Limited Jany, Eduardo Diretor, Lei de Execução de Serviços e Defesa, Mutualink, Inc. Jáuregui, Jorge M. Arquiteto Urbanista, Atelier Metropolitano Liu, Aolin Diretor Executivo do Departamento de Pesquisa, China International Capital Corporation Limited Llopis Rivas, Ana M. Presidente do Conselho, Distribuidora Internacional de Alimentación S.A. (DIA) Massud-Baqa, Zarpana Assistente do Vice-Presidente, Gestão de Ativos-Ambiental e Capital Social, Deutsche Bank AG Merlin, Stefano CEO, Sustainable Carbon Milligan, Patricia Sócia Sênior e Presidente da Mercer’s Talent Business, Membro do Comitê Executivo e Operacional e do Conselho Consultivo, Mercer LLC Orszag, Mike Presidente de Pesquisa, Towers Watson Phillips, Robert Presidente e CEO, EMEA, Edelman Ringbeck, Jürgen Sócio Sênior, Booz & Company Inc. Salo, Rolf CEO, SALO Holding: Labour Market Services and Vocational Rehabilitation Schwartz, Rodney CEO e Fundador, ClearlySo da Silva Júnior, Benedicto Barbosa Executivo, Odebrecht Infrastructure de Souza, Ivan Sócio Sênior, Booz & Company Inc. Turhan, Ibrahim M. CEO e Presidente, Bolsa de Valores de Istambul Weisschuh, Jeanette Diretora de Estratégia Global de Educação, HP Escritório de Sustentabilidade e Inovação Social Werner, Horacio Diretor de Países Emergentes, Cisco Systems Inc., América Latina Yousef, Tarik M. CEO, Silatech –5– Pré-Apresentação do GES | 2012 Palestrantes Confirmados 2012 Política Aguiar, Laudemar AlFaisal Alsaud, HRH Prince Turki Secretário Nacional, Comitê Nacional de Organização da Rio+20 Fundador, King Faisal Foundation Alvarez, Cézar Andor, László Beltrame, José M. Secretário Executivo, Ministério das Comunicações Comissário para Emprego, Assuntos Sociais e Inclusão da UE, Comissão Europeia Secretário de Segurança Pública, Estado do Rio de Janeiro Bergara, Mario Presidente, Banco Central do Uruguai Cabral, Sérgio Governador, Rio de Janeiro Calabi, Andrea S. Secretário da Fazenda, São Paulo Camargo, Aspásia Deputada Estadual, Rio de Janeiro Costin, Claudia Secretária Municipal de Educação, Rio de Janeiro Djombo, Henri Ministro do Desenvolvimento, Economia Florestal e Meio Ambiente, Congo Genro, Tarso Governador, Rio Grande do Sul Gaetani, Francisco Secretário Executivo, Ministério do Meio Ambiente Grochowska, Anna Economista, DG ECFIN, Comissão Europeia Grolig, HE Wilfried Embaixador da República Federal do Brasil, Embaixada da Alemanha Hage Sobrinho, Jorge Ministro de Estado Chefe da Controladoria-Geral da União Holland de Brito, Márcio Secretário de Política Econômica, Ministério da Fazenda, Brasil Kok, Wim Presidente, Club de Madrid Neri, Marcelo Presidente, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) Neer, Nidya C. Assessora do Ministro do Trabalho, Emprego e Previdência Social, Argentina Regout, Baudouin Assessor do Presidente Barroso, Comissão Europeia Silva, Paulo B. Ministro das Comunicações, Brasil Organizações Internacionais e Não-Governamentais Berardi, Nico CEO, TECHO US Bruns, Barbara Economista Chefe, Educação, Banco Mundial Bryant, John H. Fundador, Presidente e CEO, Operation HOPE Inc. Cleary, David Diretor de Estratégia da Agricultura, The Nature Conservancy Davis, Ruth Assessora de Políticas Públicas, Greenpeace Internacional Dräger, Jörg Membro do Conselho Executivo, Bertelsmann Stiftung De Geus, Aart Presidente e CEO, Bertelsmann Stiftung Heuser, Annette Diretora Executiva, Bertelsmann Stiftung, América do Norte Jha, Vimlendu K. Fundador e Diretor Executivo, Swechha; Fundador e CEO, Green the Gap Leterme, Yves Secretário-Geral Adjunto, OECD Mayhew, Douglas Fotógrafo Principal e Fundador, MADOGRAPHY –6– Pré-Apresentação do GES | 2012 Palestrantes Confirmados 2012 Organizações Internacionais e Não-Governamentais McKaughan, Sean CEO, Fundação AVINA Muriithi, C. Muthoni Diretora de Programa, Equality Now, Africa Office Natividad, Irene Presidente, Cúpula Global das Mulheres Pinto, Ignacio Diretor Regional, Southern Cone & Brazil - TECHO US Ricard, Matthieu Cofundador e Presidente da Organização Humanitária, Karuna-Shechen Romasco, Robert G. Presidente, American Association of Retired Persons Snell, Will Diretor de Engajamento Público e Desenvolvimento, Development Media International Thompson, Laura Diretora-Geral Adjunta, Organização Internacional para as Migrações (OIM) Waack, Roberto S. Membro do Conselho de Administração, Forest Stewardship Council Acadêmicos Baden, Thomas Pós-Doutorado do Centro de Neurociência Integrativa, Universidade de Tübingen Berkman, Paul A. Professor na Bren School of Environmental Science & Management, Universidade da Califórnia, Santa Barbara Blumenschein, Fernando Coordenador de Projetos, FGV Projetos Brown, Alessio J. G. Diretor Executivo, Global Economic Symposium (GES), Kiel Institute for the World Economy Campos, Cesar C. Diretor da FGV Projetos, FGV Chartres, Colin Diretor-Geral, International Water Management Institute Clemens, Michael Senior Fellow, Centro para o Desenvolvimento Global Di Miceli da Silveira, Alexandre Professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, Universidade de São Paulo Dolado, Juan J. Professor de Economia, Universidad Carlos III, Madrid Fan, Shenggen Diretor-Geral, International Food Policy Research Institute Freitas, Antonio Diretor de Integração Acadêmica, FGV Gallo Garcia, Fabio Professor, Escola de Administração de São Paulo (EAESP/FGV) Goodhart, Charles Professor Emérito de Bancos e Finanças, The London School of Economics and Political Science Guidotti, Pablo E. Professor da Escola de Governo e Membro do Conselho de Administração, Universidade Torcuato di Tella, Argentina Guimarães, Márcio S. Professor, Direito Rio/FGV e Promotor de Justiça, MPRJ Hanushek, Eric A. Senior Fellow da Hoover Institution, Universidade de Stanford Herren, Hans R. Presidente, Millennium Institute Johnson, Robert A. Diretor Executivo, Institute for New Economic Thinking Karlan, Dean S. Professor de Economia, Universidade de Yale –7– Pré-Apresentação do GES | 2012 Palestrantes Confirmados 2012 Acadêmicos Kirst, Michael W. Professor Emérito de Educação e Administração de Empresas, Universidade de Stanford Langoni, Carlos G. Diretor, Centro de Economia Mundial da FGV Lazear, Edward Professor de Gestão de Recursos Humanos e Economia, Universidade de Stanford Lindbeck, Assar Professor de Economia Internacional, Universidade de Estocolmo Mandell, Lewis Professor Emérito do Departamento de Economia e Finanças Gerenciais, Universidade de Buffalo Moe, Arild Vice-Diretor e Pesquisador Sênior, Instituto Fridtjof Nansen Monzoni, Mario P. Coordenador, Centro de Estudos em Sustentabilidade (GVces/FGV) Nakano, Yoshiaki Diretor, Escola de Economia de São Paulo (EESP/FGV) Nakicenovic, Nebojsa Vice-Diretor, Instituto de Análise de Sistemas Aplicados Quinn, Simon Examination Fellow no All Souls College, Universidade de Oxford Reshef, Shai Presidente, Universidade “University of the People” Rodrigues, Roberto Coordenador, Centro de Agronegócios, FGV Ruediger, Marco A. Diretor de Análise de Políticas Públicas e Coordenador de Projetos, FGV Sassen, Saskia Professora de Sociologia, Universidade de Columbia Seymour, Frances Diretora-Geral, Centro para Pesquisa Florestal Internacional Simonsen Leal, Carlos I. Presidente, FGV Singer, Tania Diretora do Departamento de Neurociência Social, Instituto Max Planck para Ciência Cognitiva e Mental Snower, Dennis J. Presidente, Kiel Institute for the World Economy; Diretor, Global Economic Symposium Tochtermann, Klaus Diretor, ZBW Leibniz Centro de Informação para Economia; Professor de Ciências da Computação, Christian Albrechts-Universidade de Kiel Tuckett, David Professor Visitante e Diretor do Projeto Finance Emocional, Universidade College London Xanthpoylos, Stavros P. Vice-Diretor, Instituto de Desenvolvimento Educacional (IDE/FGV) Mídia Cloete, Kim Jornalista e Colunista Curry, Declan Correspondente Especializado em Negócios, BBC News Fishman, Ted Jornalista Glenny, Misha Jornalista e Autor Glick, Bryan Editor-Chefe, Computer Weekly Gowing, Nik Âncora, BBC World Harvey, Fiona Correspondente Especializada em Meio Ambiente, The Guardian Heuser, Uwe J. Diretor de Negócios , DIE ZEIT, Alemanha Joyce, Helen Chefe do Escritório, The Economist Newspaper Limited, São Paulo Lai, Wei Jornalista, Global Times Schnatz, Kerstin Jornalista Freelancer, Deutsche Welle; Voluntários Cineasta, Strahlendes Klima e.V. Seidler, Christoph Editor do Caderno de Ciências, SPIEGEL Online –8– Pré-Apresentação do GES | 2012 Programação Preliminar Terça-feira, 16 de Outubro de 2012 09:00 – 10:15 Sessão 1 Painéis fora do registro O Ataque ao Problema do Desemprego entre Jovens Promoção da Segurança Alimentar: A Contribuição da Agricultura Climaticamente Inteligente Redefinição das Universidades Angra dos Reis A-B Paraty A-B Angra dos Reis C László Andor Comissário para Emprego, Assuntos Sociais e Inclusão da UE, Comissão Europeia David Cleary Diretor de Estratégia da Agricultura, The Nature Conservancy Sandeep Aneja Fundador e Diretor Administrativo, Kaizen Private Equity David Arkless Presidente Global de Assuntos Corporativos e Governamentais, Grupo Manpower Shenggen Fan Diretor-Geral, International Food Policy Research Institute Jörg Dräger Membro do Conselho Executivo, Bertelsmann Stiftung Juan J. Dolado Professor de Economia, Universidad Carlos III de Madrid Hans R. Herren Presidente, Millennium Institute Assar Lindbeck Professor de Economia Internacional, Universidade de Estocolmo Michael W. Kirst Professor Emérito de Educação e Administração de Empresas, Universidade de Stanford Shai Reshef Presidente, Universidade “University of the People” Sailesh Iyer CEO e Diretor, Visafone Communications Limited Moderador: Rodney Schwartz CEO e Fundador, ClearlySo Moderador: Colin Chartres Diretor-Geral, International Water Management Institute * a ser confirmado –9– Moderador: Helen Joyce Chefe do Escritório, The Economist Newspaper Limited, São Paulo Pré-Apresentação do GES | 2012 Programação Preliminar Terça-feira, 16 de Outubro de 2012 09:00 – 10:15 Sessão 1 Mesa Redonda no registro O Desafio na Realização de Grandes Eventos Cabo Frio A-B Laudemar Aguiar Secretário Nacional, Comitê Nacional de Organização da Rio+20 Jürgen Ringbeck Sócio Sênior, Booz & Company Inc. Luis Sá Lucas Diretor Técnico, IBOPE 10:15 – 10:30 Coffee Break 10:30 – 11:45 Sessão 2 Luiz Gustavo Barbosa Coordenador de Projetos, FGV Projetos Eduardo Werneck Consultor de Inteligência, IBOPE Ralf Amann Engenheiro e Arquiteto, GMP Brasil Eduardo da Costa Paes* Prefeito, Rio de Janeiro Fernando Blumenschein Coordenador de Projetos, FGV Projetos Painéis Moderador: Carlos G. Langoni Diretor, Centro de Economia Mundial da Fundação Getulio Vargas (FGV) fora do registro Combate à Desigualdade de Oportunidades O Futuro dos Bancos Centrais: Meta de Inflação versus Estabilidade Financeira A Implementação da Diversidade nos Conselhos Cabo Frio A-B Angra dos Reis A-B Angra dos Reis C Nico Berardi CEO, TECHO US Mario Bergara Presidente, Banco Central do Uruguai Shumeet Banerji Sócio Sênior, Booz & Company Inc. Robert H. Dugger Fundador e Sócio, Hanover Investment Group Eric A. Hanushek Senior Fellow da Hoover Institution, Universidade de Stanford Yves Leterme Secretário-Geral Adjunto, OECD Robert Phillips Presidente e CEO, EMEA, Edelman Charles Goodhart Professor Emérito de Bancos e Finanças, The London School of Economics and Political Science Pablo E. Guidotti Professor da Escola de Governo, Universidade Torcuato di Tella, Argentina Carlos G. Langoni Diretor, Centro de Economia Mundial da Fundação Getulio Vargas (FGV) Glen Boreham Presidente, Screen Australia Alexandre Di Miceli da Silveira Professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, Universidade de São Paulo Ana M. Llopis Rivas Presidente do Conselho, Distribuidora Internacional de Alimentación S.A. (DIA) Fernão Bracher* Vice-Presidente, Banco Itaú Moderador: Declan Curry Correspondente Especializado em Negócios, BBC News Moderador: Wei Lai Jornalista, Global Times * a ser confirmado – 10 – Moderador: Irene Natividad Presidente, Cúpula Global das Mulheres Pré-Apresentação do GES | 2012 Programação Preliminar Terça-feira, 16 de Outubro de 2012 10:30 – 11:45 Sessão 2 Mesa Redonda no registro Educação e Mídia Paraty A-B Claudia Costin Secretária da Educação, Rio de Janeiro Antonio Freitas Diretor de Integração Acadêmica, FGV Stavros Xanthpoylos Vice-Diretor, Instituto de Desenvolvimento Educacional (IDE/FGV) Antonio Vieira de Paiva Neto Subsecretário, Secretaria de Estado de Educação, Rio de Janeiro Sergio Teixeira Costa* Reitor, Instituto Federal de Alagoas (IFAL) 11:45 – 12:00 Coffee Break 12:00 – 13:00 Workshop - Economia Global no registro Promovendo a Cooperação Global através do uso da Solidariedade como Ferramenta Angra dos Reis A-C Matthieu Ricard Cofundador e Presidente da Organização Humanitária, Karuna-Shechen 13:00 – 14:15 Almoço 14:15 – 15:30 Plenária de Abertura Tania Singer Diretora do Departamento de Neurociência Social, Instituto Max Planck para Ciência Cognitiva e Mental Dennis J. Snower Presidente, Kiel lnstitute for the World Economy ; Diretor, Global Economic Symposium no registro Novas Abordagens aos Desafios Econômicos Angra dos Reis A-C 15:30 – 15:45 László Andor Comissário para Emprego, Assuntos Sociais e Inclusão da UE, Comissão Europeia Matthieu Ricard Cofundador e Presidente da Organização Humanitária, Karuna-Shechen John J. Haley CEO, Towers Watson Sérgio Cabral Governador, Rio de Janeiro Coffee Break * a ser confirmado – 11 – Yves Leterme Deputy Secretay-General, OECD Moderador: Declan Curry Correspondente Especializado em Negócios, BBC News Pré-Apresentação do GES | 2012 Programação Preliminar Terça-feira, 16 de Outubro de 2012 15:45 – 17:00 Sessão 3 Painéis fora do registro Comportamento Social para uma Economia Sustentável Consolidação Fiscal através de Regras Fiscais? Segurança diante da Globalização Angra dos Reis C Angra dos Reis A-B Paraty A-B Matthieu Ricard Cofundador e Presidente da Organização Humanitária, Karuna-Shechen Aart De Geus Chairman and CEO, Bertelsmann Stiftung Edward Lazear Professor de Gestão de Recursos Humanos e Economia, Universidade de Stanford Aolin Liu Diretor-Executivo do Departamento de Pesquisa, China International Capital Corporation Limited Robert A. Johnson Diretor-Executivo, Institute for New Economic Thinking Richard Aborn Presidente, CAAS LLC Moderador: Declan Curry Correspondente Especializado em Negócios, BBC News Moderador: Márcio S. Guimarães Professor, Direito Rio/FGV e Promotor de Justiça, MPRJ Tania Singer Diretora do Departamento de Neurociência Social, Instituto Max Planck para Ciência Cognitiva e Mental David Tuckett Professor Visitante e Diretor do Projeto Finance Emocional, Universidade College London Moderador: Dennis J. Snower Presidente, Kiel Institute for the World Economy; Diretor, Global Economic Symposium José M. Beltrame Secretário de Segurança Pública, Estado do Rio de Janeiro Seán Cleary Presidente, Strategic Concepts (Pty) Ltd., África do Sul Misha Glenny Jornalista e Autor Eduardo Jany Diretor, Lei de Execução de Serviços e Defesa, Mutualink, Inc. Mesa Redonda no registro O Potencial das Redes com Foco em Negócios para o Desenvolvimento Sustentável Cabo Frio A-B Mario Monzoni Coordenador, Centro de Estudos em Sustentabilidade (GVces/FGV) Nidya C. Neer Assessora do Ministro do Trabalho, Emprego e Previdência Social, Argentina Sean McKaughan CEO, Fundação AVINA * a ser confirmado – 12 – Moderador: Uwe J. Heuser Diretor de Negócios, DIE ZEIT, Alemanha Pré-Apresentação do GES | 2012 Programação Preliminar Terça-feira, 16 de Outubro de 2012 17:00 – 17:15 Coffee Break 17:15 – 18:30 Sessão 4 Painéis fora do registro Favelas - Desafio e Oportunidade Global Angra dos Reis A-B Jorge M. Jáuregui Arquiteto Urbanista, Atelier Metropolitano Saskia Sassen Professora de Sociologia, Universidade de Columbia Marcelo Neri Presidente, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), Brasil Ignacio Pinto Diretor Regional, Southern Cone & Brazil - TECHO US Moderador: Douglas Mayhew Fotógrafo Principal e Fundador, MADOGRAPHY Mesa Redonda no registro Global Economic Fellows - Projetos de Educação, Inovação e Mídia* Paraty A-B Thomas Baden Pós-Doutorado do Centro de Neurociência Integrativa, Universidade de Tübingen Simon Quinn Examination Fellow no All Souls College, Universidade de Oxford C. Muthoni Muriithi Diretora de Programa, Equality Now, Africa Office Will Snell Diretor de Engajamento Público e Desenvolvimento, Development Media International * a ser confirmado – 13 – Moderador: Kim Cloete Jornalista e Colunista Debatedor: Rodney Schwartz CEO e Fundador, ClearlySo Pré-Apresentação do GES | 2012 Programação Preliminar Terça-feira, 16 de Outubro de 2012 Confiança e Cidadania na Era do Engajamento Edelman Roundtable: Angra dos Reis C David Arkless Assuntos Corporativos e Governamentais, Grupo Manpower Sailesh Iyer* CEO e Diretor, Visafone Communications Limited Jeannette Weisschuh Diretora de Estratégia Global de Educação, HP Escritório de Sustentabilidade e Inovação Social 17:15 – 18:30 Moderador: Robert Phillips Presidente e CEO, EMEA, Edelman Sessão 4 Laboratório de Ideias no registro Cabo Frio A-B Sessões Literárias Darkmarket: How Hackers Became the New Mafia Environmental Security in the Arctic Ocean Paul A. Berkman Pesquisador, Fullbright Professor na Bren School of Environmental Science & Menagement, University of California, Santa Barbara Misha Glenny Jornalista e Autor Quarta-feira, 17 de Outubro de 2012 09:00 – 10:00 Discursos no registro Angra dos Reis A-C Wim Kok Presidente, Club de Madrid * a ser confirmado – 14 – Pré-Apresentação do GES | 2012 Programação Preliminar Quarta-feira, 17 de Outubro de 2012 10:00 – 10:10 Short Break 10:10 – 10:30 Economic Performance Index: A Pilot Angra dos Reis A-C John J. Haley CEO, Towers Watson Urvi Shriram Pesquisador, Towers Watson Mike Orszag Presidente de Pesquisa, Towers Watson 10:30 – 10:45 Coffee Break 10:45 – 12:00 Sessão 1 Painéis fora do registro Formulação de Políticas Inteligentes de Migração da Mão de Obra Melhorias na Educação e na Cultura Financeiras Paraty A-B David Arkless Presidente Global de Assuntos Corporativos e Governamentais, Grupo Manpower John H. Bryant Fundador, Presidente e CEO, Operation HOPE Inc. Michael Clemens Senior Fellow, Centro para o Desenvolvimento Global Patricia Milligan Sócia Sênior e Presidente da Mercer’s Talent Business, Membro do Comitê Executivo e Operacional e do Conselho Consultivo, Mercer LLC Brizola Neto* Ministro do Trabalho, Brasil Laura Thompson Diretora-Geral Adjunta, Organização Internacional para as Migrações (OIM) Marco A. Ruediger Diretor de Análise de Políticas Públicas e Coordenador de Projetos, FGV Moderador: Kim Cloete Jornalista e Colunista Dennis J. Snower Presidente, Kiel Institute for the World Economy; Diretor, Global Economic Symposium Angra dos Reis C Dean S. Karlan Professor de Economia, Universidade de Yale Lewis Mandell Professor Emérito do Departamento de Economia e Finanças Gerenciais, Universidade de Buffalo Fabio Gallo Garcia Professor, Escola de Administração de São Paulo (EAESP/FGV) Reavaliação das Energias Renováveis Angra dos Reis A-B Seán Cleary Presidente, Strategic Concepts (Pty) Ltd., África do Sul Nebojsa Nakicenovic Vice-Diretor, Instituto de Análise de Sistemas Aplicados Roberto Rodrigues Coordenador, Centro de Agronegócios da FGV Rolf Salo CEO, SALO Holding: Labour Market Services and Vocational Rehabilitation HRH Prince Turki AlFaisal Alsaud Fundador, King Faisal Foundation; Presidente, King Faisal Center for Research and Islamic Studies Moderador: Mike Orszag Presidente de Pesquisa, Towers Watson Moderador: Fiona Harvey Correspondente Especializada em Meio Ambiente, The Guardian Challenger: Kerstin Schnatz Jornalista Freelancer, Deutsche Welle, Voluntários Cineasta, Strahlendes Klima e.V. * a ser confirmado – 15 – Pré-Apresentação do GES | 2012 Programação Preliminar Quarta-feira, 17 de Outubro de 2012 10:45 – 12:00 Sessão 1 Mesa Redonda no registro A Política da Economia e a Economia da Política Mesa Redonda Booz & Company Cabo Frio A-B Pathbreaking Insights Shumeet Banerji Sócio Sênior, Booz & Company Inc. Roundtable Discussion Yoshiaki Nakano Diretor, Escola de Economia de São Paulo (EESP/FGV) 12:00 – 12:15 Coffee Break 12:15 – 12:45 Ideas Fair Moderador: Benedicto Barbosa da Silva Júnior Executivo, Odebrecht Infrastructure no registro Angra dos Reis A-C a ser determinado 12:45 – 13:45 Ivan de Souza Sócio Sênior, Booz & Company Inc. Almoço * a ser confirmado – 16 – Pré-Apresentação do GES | 2012 Programação Preliminar Quarta-feira, 17 de Outubro de 2012 13:45 – 15:00 Sessão 2 Painéis Expansão das Oportunidades de Trabalho para a Terceira Idade fora do registro Investimentos Efetivos na Educação Exploração dos Recursos Energéticos no Oceano Ártico Angra dos Reis A-B Angra dos Reis C Paraty A-B Ted Fishman Jornalista Barbara Bruns Economista-Chefe, Educação, Banco Mundial Paul A. Berkman Professor na Bren School of Environmental Science & Management, Universidade da Califórnia, Santa Barbara John J. Haley CEO, Towers Watson Robert G. Romasco Presidente, American Association of Retired Persons Tania Singer Diretora do Departamento de Neurociência Social, Instituto Max Planck para Ciência Cognitiva e Mental Paul Fama Gerente Sênior de Recursos Humanos, General Electric, América Latina Moderador: Baudouin Regout Assessor do Presidente Barroso, Comissão Europeia Jörg Dräger Membro do Conselho Executivo, Bertelsmann Stiftung Eric A. Hanushek Senior Fellow da Hoover Institution, Universidade de Stanford Aloizio Mercadante* Ministro da Educação, Brasil Arild Moe Vice-Diretor e Pesquisador Sênior, Instituto Fridtjof Nansen Ruth Davis Assessora de Políticas Públicas, Greenpeace Internacional Carlos I. Simonsen Leal Presidente, FGV Jeannette Weisschuh Diretora de Estratégia Global de Educação, HP Escritório de Sustentabilidade e Inovação Social Moderador: Rodney Schwartz CEO e Fundador, ClearlySo Mesa Redonda Moderador: Christoph Seidler Editor do Caderno de Ciências, SPIEGEL Online no registro Políticas de Inclusão Social Cabo Frio A-B Yves Leterme Secretário-Geral Adjunto, OECD Aspásia Camargo Deputada Estadual, Rio de Janeiro Aloizio Mercadante* Ministro da Educação, Brasil Wim Kok Presidente, Club de Madrid Carlos Alberto Vieira Muniz Vice-Prefeito, Rio de Janeiro Moderadora: Elena Lazarou Professora e Pesquisadora CPDOC - FGV Flavio Costa Abreu Diretor Industrial, Bayer 15:00 – 15:15 Claudio Cezar C. de Almeida Assessor, BNDES Coffee Break * a ser confirmado – 17 – Pré-Apresentação do GES | 2012 Programação Preliminar Quarta-feira, 17 de Outubro de 2012 15:15 – 16:30 Sessão 3 Painéis fora do registro A Promoção de Políticas de Governo Aberto em Serviços Públicos Otimização do Uso das Informações através da Internet e das Mídias Sociais Proteção e Restauração das Florestas do Mundo Paraty A-B Angra dos Reis C Angra dos Reis A-B Jorge Hage Sobrinho Ministro de Estado Chefe da Controladoria-Geral da União Paul A. Berkman Professor, Bren School of Environmental Science & Management, Universidade da Califórnia, Santa Barbara Henri Djombo Ministro do Desenvolvimento, Economia Florestal e Meio Ambiente, Congo Tarso Genro Governador, Rio Grande do Sul Yves Leterme Secretário-Geral Adjunto, OECD Robert Phillips Presidente e CEO, EMEA, Edelman Klaus Tochtermann Diretor, ZBW Leibniz Centro de Informação para Economia Horacio Werner Diretor de Países Emergentes, Cisco Systems Inc., América Latina Moderador: Aart De Geus Presidente e CEO, Bertelsmann Stiftung Moderador: Bryan Glick Editor-Chefe, Computer Weekly * a ser confirmado – 18 – Richard Evans CEO (aposentado), Alcan Inc. e Rio Tinto Alcan Stefano Merlin CEO, Sustainable Carbon Frances Seymour Diretora-Geral, Centro para Pesquisa Florestal Internacional Roberto S. Waack Membro do Conselho de Administração, Forest Stewardship Council Moderador: Fiona Harvey Correspondente Especializada em Meio Ambiente, The Guardian Pré-Apresentação do GES | 2012 Programação Preliminar Quarta-feira, 17 de Outubro de 2012 15:15 – 16:30 Sessão 3 Mesa Redonda no registro Agência Internacional de Ratings de Crédito Sem Fins Lucrativos para Risco Soberano Cabo Frio A-B Andrea S. Calabi Secretário da Fazenda, São Paulo Annette Heuser Diretora-Executiva, Bertelsmann Stiftung, América do Norte David Tuckett Professor Visitante e Diretor do Projeto Finance Emocional, Universidade College London Moderador: Uwe J. Heuser Diretor de Negócios, DIE ZEIT, Alemanha Márcio Holland de Brito Secretário de Política Econômica, Ministério da Fazenda, Brasil 16:30 – 16:45 Coffee Break 16:45 – 18:00 Plenária de Encerramento Charles Goodhart Professor Emérito de Banca e Finanças, The London School of Economics and Political Science no registro Crescimento por meio da Educação e da Inovação Angra dos Reis A-C Ana M. Llopis Rivas* Presidente do Conselho, Distribuidora Internacional de Alimentación S.A. (DIA) Aloizio Mercadante* Ministro da Educação, Brasil Carlos I. Simonsen Leal Presidente, FGV Jorge A. Portanova Mendes Ribeiro Filho* Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Brasil Declan Curry Correspondente Especializado em Negócios, BBC News 18:00 Declarações Finais Shumeet Banerji Sócio Sênior, Booz & Company Inc. Moderador: Aart De Geus Presidente e CEO, Bertelsmann Stiftung no registro * a ser confirmado – 19 – Pré-Apresentação do GES | 2012 A Economia Global O Futuro dos Bancos Centrais: Meta de Inflação versus Estabilidade Financeira Consolidação Fiscal através de Regras Fiscais? Otimização do Uso das Informações através da Internet e das Mídias Sociais Investimentos Efetivos na Educação Melhorias na Educação e na Cultura Financeiras Redefinição das Universidades O Futuro dos Bancos Centrais: Meta de Inflação versus Estabilidade Financeira A crise financeira global de 2008/9 levou a uma profunda reavaliação do consenso da política monetária anterior à crise. Desde a grande moderação até o ano de 2007, houve uma extraordinária convergência da teoria e da política monetárias dos bancos centrais do mundo inteiro. Esse consenso pode ser resumido como “meta inflacionária flexível”. A maioria dos economistas monetários concordava até a crise que o foco sobre a estabilidade dos preços e a estabilização do hiato do produto era uma política suficiente e apropriada para condução da política monetária. Em particular, o consenso afirmava que essa política levaria automaticamente à estabilidade financeira e que essa estrutura lida, de maneira apropriada, com os fluxos de capitais entre países como um canal de transmissão. A crise financeira global mostrou que esse consenso agora é visto como cada vez mais inadequado e insuficiente. Portanto, os economistas monetários e os bancos centrais ampliam cada vez mais sua visão sobre a estabilidade financeira como um grande problema para condução da política monetária. A principal tarefa da autoridade monetária é manter a estabilidade financeira. Os bancos centrais do mundo inteiro publicaram um relatório sobre estabilidade financeira e desenvolveram indicadores que refletem o estado do sistema financeiro. Quanta reavaliação dos princípios monetários é necessária após a crise? Quanto do consenso anterior à crise pode ser mantido como princípio monetário? Em particular, as seguintes questões precisam ser abordadas: Devem os bancos centrais ampliar suas metas para incluírem não somente a meta inflacionária, mas também a estabilidade financeira? Caso afirmativo, até onde deverão os bancos centrais se voltar para a estabilidade financeira? Será que o consenso anterior à crise realmente não é mais válido? Se essas duas metas entrarem em conflito, como os bancos centrais poderão lidar com esse conflito? Quais ferramentas serão apropriadas para a condução da política monetária no futuro? Em particular, a meta inflacionária e a estabilidade financeira deveriam ser tratadas através dos mesmos instrumentos de política monetária ou de instrumentos diferentes? Haverá uma política explícita para a estabilidade financeira, como uma meta para o crescimento do crédito e dos preços dos ativos? Até onde os bancos centrais serão envolvidos na regulamentação financeira? Consolidação Fiscal através de Regras Fiscais? O grande aumento dos índices de dívida/PIB em muitos países exige grandes esforços para consolidação. As regras fiscais são muitas vezes consideradas fator principal para uma estratégia de consolidação bem sucedida, já que elas res- – 20 – tringem o espaço para ações discricionárias e, portanto, fortalecem a credibilidade do processo de consolidação. No entanto, no que se refere à especificação precisa da regra fiscal, há substanciais diferenças de opinião. Elas resultam do fato Pré-Apresentação do GES | 2012 A Economia Global O Futuro dos Bancos Centrais: Meta de Inflação versus Estabilidade Financeira Consolidação Fiscal através de Regras Fiscais? Otimização do Uso das Informações através da Internet e das Mídias Sociais Investimentos Efetivos na Educação Melhorias na Educação e na Cultura Financeiras Redefinição das Universidades de que há diferentes exigências a serem atendidas por uma regra fiscal. Para ser transparente ao público, a regra deverá ser simples e fácil de ser monitorada; para ser estabilizadora, a regra deverá reduzir os índices da dívida/PIB a médio prazo sem agravar as flutuações cíclicas. Para ser confiável, garantias de que a regra realmente será seguida deverão ser estabelecidas. Para serem legítimas, as regras e as garantias deverão estar de acordo com os dispositivos constitucionais. Há várias questões abertas no atual debate. A regra deveria estar voltada para o índice do or- çamento ou para o índice da dívida? Qual é o prazo apropriado para o caminho da consolidação? Como os efeitos dos ciclos de negócios poderão ser incluídos nessa regra? Quais são as garantias apropriadas contra desvios da regra? As restrições anteriores à política monetária são superiores às penalidades posteriores a ela? Qual é o incentivo político para se adotar regras fiscais? Quanta diferença faz a existência de regras fiscais em termos de resultados da política fiscal? Como as regras fiscais deveriam ser aplicadas em países com federalismo fiscal? Otimização do Uso das Informações através da Internet e das Mídias Sociais O recente progresso sem precedentes das tecnologias da informação e das telecomunicações (TIC) permite que as pessoas e as organizações nos dias de hoje superem as restrições pessoais e regionais aos processos de aquisição de informações. Em particular, a Internet e as mídias sociais facilitam o acesso a uma riqueza de informações sem paralelo, além de oferecerem oportunidades para novas atividades inovadoras e interações sociais. O progresso tecnológico por si só, no entanto, não leva automaticamente a uma eficiente aplicação das tecnologias e ferramentas pelas pessoas e organizações. O grande desafio aqui é como as pessoas e as organizações podem ser motivadas e incentivadas a aplicar a Internet e as mídias sociais com eficiência para otimizar o uso das informações. Enfrentar esse desafio requer acima de tudo uma dramática mudança comportamental e organizacional em toda a sociedade, além de melhorar a distribuição geral das informações, respaldada pelas tecnologias avançadas. – 21 – Quais mudanças comportamentais e organizacionais são necessárias para estimular uma aplicação eficiente e benéfica da Internet e das mídias sociais? Quais fatores causam resistência individual e organizacional à mudança e como essa resistência poderia ser efetivamente enfrentada? Como a sobrecarga de informações pode ser evitada para se otimizar a distribuição e o uso de informações relevantes entre os usuários da Internet? Como os usuários da Internet podem ser incentivados e treinados a fazer uso das mídias sociais e interagir com os outros de uma maneira socialmente responsável tendo sua privacidade e seus direitos de propriedade mais bem protegidos em geral? Como os conflitos que surgem entre a regulamentação governamental da Internet, a exemplo dos atuais projetos de lei americanos “Shop Online Piracy Act (SOPA)” e “Protect IP Act (PIPA)”, e a liberdade de expressão e os direitos de compartilhamento de informações dos usuários da Internet podem ser resolvidos? Pré-Apresentação do GES | 2012 A Economia Global O Futuro dos Bancos Centrais: Meta de Inflação versus Estabilidade Financeira Consolidação Fiscal através de Regras Fiscais? Otimização do Uso das Informações através da Internet e das Mídias Sociais Investimentos Efetivos na Educação Melhorias na Educação e na Cultura Financeiras Redefinição das Universidades Investimentos Efetivos na Educação A educação é um direito fundamental de todos e uma chave para o futuro de qualquer país. A educação tem seu preço, mas a única coisa mais cara do que investir nesta área é não o fazer. A educação inadequada traz altos custos para a sociedade, por exemplo, nos campos do gasto público, criminalidade, saúde e crescimento econômico. Nenhum país pode se dar o luxo de deixar muitas de suas crianças para trás sem ajudá-las a obter as aptidões necessárias para uma vida autorrealizada de independência econômica. No entanto, os principais desafios no campo da educação diferem entre continentes e países. O mundo industrializado enfrenta os impactos da mudança demográfica, como a falta de mão de obra especializada e sociedades envelhecidas. Os países emergentes precisam encontrar uma solução para uma crescente demanda na educação. Em algumas partes do mundo, ainda não é uma realidade toda criança ter o direito de ir para a escola ou para outras instituições de ensino e, consequentemente, grande parte da sua população não sabe ler nem escrever. Apesar dessas diferenças, também há desafios comuns. A “herança do status educacional” é um problema global: a obtenção da educação depende bastante da origem socioeconômica e da formação dos pais – tanto em um país emergente como no mundo industrializado. Embora alguns países já ofereçam oportunidades mais equilibradas do que outros, continua sendo um grande desafio para todas as nações melhorar as chances das crianças entregues a uma educação inadequada. Contudo, os orçamentos para a educação – 22 – são limitados – especialmente em épocas de crise econômica. Logo, devemos comparar os países que reduziram e os que aumentaram seus orçamentos para a educação durante a crise e avaliar as consequências dessas decisões. Se, de um lado, os investimentos em educação são vitais e do outro, as limitações orçamentárias restringem os recursos existentes, os investimentos deverão ser os mais eficazes. Onde devemos investir mais na área da educação? Os pesquisadores educacionais concordam amplamente que investir na educação infantil produz os maiores resultados. Investimentos mais cedo melhoram as oportunidades iguais e a maior realização ao mesmo tempo, como mostra o ganhador do Prêmio Nobel, James Heckman. Como isso pode ser aplicado às atuais estruturas de financiamento dos diferentes países? E qual deveria ser a participação financeira das famílias na educação de seus filhos, isto é, como podemos lidar com o fato de que o ensino na primeira infância é muitas vezes dispendioso para os pais, enquanto o ensino básico é geralmente gratuito? Os investimentos deverão ser maiores onde os problemas são mais acentuados. Um maior esforço é necessário para a redução da educação inadequada, devendo ser injetada mais verba em programas para a parcela de crianças que ficam para trás. A pesquisa mostra que a educação inadequada é um problema de toda a sociedade – mesmo das elites – e que toda a sociedade se beneficia da minimização da parcela de pessoas com baixa escolaridade. Esse argumento é Pré-Apresentação do GES | 2012 A Economia Global O Futuro dos Bancos Centrais: Meta de Inflação versus Estabilidade Financeira Consolidação Fiscal através de Regras Fiscais? Otimização do Uso das Informações através da Internet e das Mídias Sociais Investimentos Efetivos na Educação Melhorias na Educação e na Cultura Financeiras Redefinição das Universidades bastante convincente para se realocar recursos das partes privilegiadas para as partes carentes da sociedade? Como podemos investir em mais qualidade na educação? Como podemos qualificar professores e pedagogos? Que mecanismos deverão ser usados para alocação de recursos? A educação é e continua sendo um dos deveres mais importantes de qualquer governo. É uma responsabilidade pública proporcionar acesso a uma educação de alta qualidade para todos. Portanto, os investimentos governamentais precisam assegurar uma boa infraestrutura educacional para o aprendizado durante a vida inteira. No entanto, deve ser discutido como as empresas, as organizações privadas, as sem fins lucrativos poderão oferecer uma ver- ba adicional. Elas poderiam se tornar substitutas ou deveriam funcionar como complementos das instituições públicas? Conceitos inteligentes de financiamento deveriam ser baseados nas necessidades e nas origens específicas ao invés de distribuir subsídios não direcionados. Novos conceitos de distribuição de recursos exigem uma maior transparência, mas como deveria ser essa transparência? A responsabilidade externa melhora a qualidade ou deveríamos nos voltar mais para a capacitação e para a autoavaliação para melhorar o sistema educacional? Como os mecanismos de financiamento podem oferecer investimentos eficazes e suficientes na educação, mesmo em tempos de crise? Melhorias na Educação e na Cultura Financeiras À medida que os governos enfrentam sobrecargas crescentes de dívidas e as empresas do mundo inteiro enfrentam sobrecargas significativas de custos, há um claro movimento na direção da responsabilidade individual pelo risco e pelos benefícios da aposentadoria. Esse movimento está ocorrendo precisamente no momento em que os indivíduos aumentam suas demandas por segurança por causa da queda da estabilidade empregatícia, bem como da maior relutância das instituições financeiras em conceder créditos a pessoas físicas. As pessoas enfrentam desafios desconcertantes ao navegarem na complexa paisagem dos produtos e fornecedores financeiros para obter as soluções mais eficientes e eficazes que atendam às suas necessidades de risco e benefícios de – 23 – aposentadoria. Há, naturalmente, intermediários que, a princípio, poderiam ajudar as pessoas a atenderem às suas necessidades, mas, na prática, os intermediários são, na maioria dos casos, cheios de conflitos de interesses e altas cargas de despesas. No cerne da questão está a necessidade de se aumentar a capacidade individual e a de tomar decisões financeiras. Enquanto as pessoas permanecerem em níveis relativamente baixos de formação e cultura financeiras, elas serão vítimas de problemas com altos encargos ou produtos inapropriados. Ao mesmo tempo, esforços para aumentar a formação e cultura financeiras demonstraram ser ilusórios. Quando sessões de educação financeira Pré-Apresentação do GES | 2012 A Economia Global O Futuro dos Bancos Centrais: Meta de Inflação versus Estabilidade Financeira Consolidação Fiscal através de Regras Fiscais? Otimização do Uso das Informações através da Internet e das Mídias Sociais Investimentos Efetivos na Educação Melhorias na Educação e na Cultura Financeiras Redefinição das Universidades são oferecidas pela indústria, ela geralmente está estreitamente vinculada a um processo de vendas que não é bem confiável para os consumidores. E quando elas são oferecidas pelo governo, a posterior execução no mundo real demonstra ser difícil. Que novas soluções estão ao alcance para melhoria da educação e da cultura financeiras? Abordagens como das mídias sociais e jogos são mais eficazes do que os métodos tradicionais? E quanto à TV e ao rádio? Como o desempenho é avaliado? Quais são alguns dos métodos inovadores para o futuro? E como a execução de programas de educação e cultura financeiras deveria ser regulamentada e supervisionada pelo governo? Redefinição das Universidades Podem ser descritas duas megatendências no ensino superior: individualização e massificação. A individualização é importante principalmente nos países desenvolvidos, enquanto a massificação ocorre basicamente nos países em desenvolvimento. Ainda assim, não é possível traçar claramente uma distinção entre os sistemas educacionais desses dois grupos de países: de um lado, alunos excepcionais de países em desenvolvimento desejam educação individualizada, enquanto os alunos em fase de ascensão social dos países desenvolvidos desejam receber um bom retorno pelo seu investimento (o que também significa massificação). Três fatores essenciais (simultaneamente estímulo e resposta) reagem às megatendências acima mencionadas e as intensificam: • Mudanças tecnológicas podem permitir abordar ambas as tendências e estimular a individualização e a massificação (por exemplo, via e-learning); • As mudanças das necessidades da sociedade e das exigências de nossas economias e mercados de trabalho, particularmente a massificação e a individualização influenciam a esfera do ensino – 24 – superior. As universidades precisam adaptar suas estratégias e ações. A meta unidimensional de ser um centro de pesquisas de excelência mundial revela padrões intelectuais presumivelmente baseados em formatos acadêmicos tradicionais. A maioria das universidades de todo o mundo ainda aspira atingir a mesma meta: ser uma instituição de pesquisas de renome, que crie em seu campus um ambiente convidativo, atraindo assim os melhores alunos e pesquisadores. Em resumo, ser semelhante às universidades da Ivy League. Mas, ao mesmo tempo, a maioria das pessoas reconhece que existem poucas “universidades realmente como as da Ivy League”, algumas “universidades mais ou menos como as da Ivy League” e muitas “universidades que gostariam de ser como as da Ivy League”. Entretanto, a excelência relevante deve ser definida não apenas verticalmente (por uma classificação estática relativa à qualidade total de todas as universidades), mas também com diferenciação horizontal (por classificações multidimensionais baseadas em diversos critérios; por exemplo, a prática de orientações novas ou o cultivo de um perfil específico por meio do foco em um determinado tópico, método de ensino ou grupo alvo bastante específico). Contudo, a Pré-Apresentação do GES | 2012 A Economia Global O Futuro dos Bancos Centrais: Meta de Inflação versus Estabilidade Financeira Consolidação Fiscal através de Regras Fiscais? Otimização do Uso das Informações através da Internet e das Mídias Sociais Investimentos Efetivos na Educação Melhorias na Educação e na Cultura Financeiras Redefinição das Universidades mídia ainda utiliza uma abordagem unidimensional na definição de excelência; • A individualização e a ampliação da participação estão mudando não apenas os perfis e estruturas organizacionais das universidades, mas a própria ideia do ensino superior: é chegado o momento de redefinir a universidade. Por exemplo, na Alemanha as universidades privadas devem comprovar ser capazes de apresentar desempenho em ensino e pesquisa que atenda padrões científicos e acadêmicos estabelecidos. Isso pode ser feito, por exemplo, com um levantamento da área ocupada pelas salas de aula e especificação do acervo da biblioteca. Essa continua a ser uma forma adequada para avaliar uma instituição de ensino superior que poderia provavelmente ser organizada por meio de redes sociais? Os regulamentos governamentais presumem ser possível definir os limites inferiores do ensino universitário, mas onde se encontra o ponto abaixo do qual uma instituição não pode ser considerada de “ensino superior”? – 25 – As instituições novas, que desenvolvem perfis inovadores, reagirão às necessidades existentes de forma mais adequada que as universidades tradicionais, ou as universidades existentes irão se ajustar com mais sucesso? Sem ajustes e regulamentação governamental, uma grande variedade de perfis universitários está emergindo, por exemplo, nos EUA. É responsabilidade do governo assegurar um cenário equilibrado de universidades que atenda tanto à excelência acadêmica quanto às demandas da sociedade ou isso pode ser feito mais adequadamente pela “livre” iniciativa? A diversidade pode ser imposta pelo governo? Se a solução for a liberdade de mercado conjugada com a transparência, será necessário que diversos tipos de excelência ganhem a aceitação da sociedade, do mercado de trabalho e do ambiente acadêmico. Como a transparência multidimensional pode ser atingida? Pré-Apresentação do GES | 2012 A Sociedade Global Formulação de Políticas Inteligentes de Migração da Mão de Obra Combate à Desigualdade de Oportunidades Comportamento Social para uma Economia Sustentável O Ataque ao Problema do Desemprego entre Jovens Expansão das Oportunidades de Trabalho para a Terceira Idade A Implementação da Diversidade nos Conselhos Formulação de Políticas Inteligentes de Migração da Mão de Obra Embora o mundo esteja se globalizando rapidamente, a mobilidade internacional da mão de obra continua sendo gravemente restrita para todos, menos para aqueles com raras ou altas aptidões. Muitos habitantes de países em desenvolvimento gostariam de emigrar legalmente para trabalhar no exterior, mas não se qualificam para uma entrada legal nos países de destino. Isso ocorre porque os legisladores naturalmente se voltam para o seu impacto econômico nacional líquido ao considerarem as reformas e dão ênfase à opinião pública nacional ao formularem essas políticas migratórias de mão de obra. Todavia, os impactos sociais e econômicos da migração são globais e não particularmente nacionais. Um balanço global da migração teria que abranger o impacto econômico e social sobre três partes fundamentais: os países de destino, os países de origem e os próprios migrantes. Vários estudos avaliaram o impacto econômico nacional da migração. Esses estudos tendem a achar que a imigração tem apenas pequenos efeitos globais sobre os resultados do mercado de trabalho dos nativos e sobre as finanças públicas dos países de destino. Sob uma perspectiva global, o ‘saldo da migração’ nacional deveria ser ampliado para incluir o impacto líquido sobre os países de origem e sobre os próprios migrantes. O cálculo do ganho com a migração deverá incluir os aspectos sociais e econômicos, tais como o ganho do migrante no rendimento do trabalho, as contribuições das remessas para o desenvolvimento, o desperdício de capital humano (brain waste), os impactos sobre a coesão social e os custos humanos do tráfico e do contrabando. Esse balanço – 26 – global poderá, então, orientar internacionalmente políticas migratórias eficazes. Todavia, mesmo as políticas migratórias globalmente eficientes devem ser transpostas por políticos nacionalmente eleitos. O desafio à frente é, pois, formular políticas migratórias que sejam tanto globalmente eficientes como politicamente possíveis de serem implementadas. Sessões anteriores de GES sugeriram promover a integração dos imigrantes e concluírem acordos bilaterais de migração entre os países de origem e de destino. Essas políticas poderiam ser também ferramentas viáveis na busca de políticas migratórias globalmente eficientes. Pode um imposto especial sobre os migrantes, um dos principais beneficiários da migração, ajudar na criação de apoio político para políticas migratórias menos restritivas e mais eficientes? Afinal, uma transferência direta da renda dos migrantes (aqueles que ganham) para os trabalhadores nativos menos qualificados (aqueles que perdem) pode não ser viável dentro do atual sistema de assistência social. A promoção de uma migração temporária ou circular poderia ajudar na colheita dos benefícios da mobilidade internacional da mão de obra e ao mesmo tempo aliviar a oposição à migração nos países de destino? As políticas de integração, como cursos de idioma, poderiam aliviar os efeitos negativos (observados) da imigração para os nativos e, assim, criar apoio para políticas migratórias menos restritivas? Mais informações públicas sobre os benefícios da imigração para os próprios migrantes, mas também para os países de origem e de destino, poderiam preparar o caminho para Pré-Apresentação do GES | 2012 A Sociedade Global Formulação de Políticas Inteligentes de Migração da Mão de Obra Combate à Desigualdade de Oportunidades Comportamento Social para uma Economia Sustentável O Ataque ao Problema do Desemprego entre Jovens Expansão das Oportunidades de Trabalho para a Terceira Idade A Implementação da Diversidade nos Conselhos políticas migratórias menos restritivas? Como dar início a um debate construtivo sobre migração, que equilibre as necessidades do país de destino, os desejos dos migrantes e as necessidades dos países de origem? Como debates nacionais e políticas migratórias podem se tornar mais sensíveis às consequências negativas das barreiras para aqueles que estão determinados a imigrar? Dar mais informações é suficiente? Como as bar- reiras não econômicas para a mobilidade, como a xenofobia e o sentimento anti-imigrantes, podem ser superadas? Que narrativa é necessária para se construir e que tipo de balanço é preciso ser usado para se conceber uma política migratória que tenha resultados triplamente favoráveis para os países de destino e de origem, e para os migrantes? Combate à Desigualdade de Oportunidades A desigualdade nos países do mundo inteiro aumentou substancialmente nas últimas décadas, como confirmado recentemente em um estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Ganhos espetaculares na renda e na riqueza da parcela mais rica da sociedade muitas vezes contrastam com a grande pobreza dentro do mesmo país. Todavia, esse fato se torna ainda mais preocupante, tendo em vista que a desigualdade de resultados anda de mãos dadas com a desigualdade de oportunidades. Os pobres do mundo inteiro sofrem os sintomas de exclusão social, como o acesso desigual à educação e aos serviços de saúde, altos índices de desemprego entre os jovens ou um trabalho precário e falta de reconhecimento social. Sem estruturas adequadas para uma mobilidade social ascendente, os pobres continuam presos em suas áreas e se sentem cada vez mais afastados de seus concidadãos ricos. Eventualmente, não somente a coesão social, como também as estruturas políticas e democráticas são ameaçadas à medida que as desigualdades se tornam mais extremas e mais elas persistem. Sentimentos populistas, naciona- – 27 – listas e protecionistas têm mais probabilidade de ocorrer quando as pessoas se sentem desprovidas de esperanças no futuro e chances na vida. Logo, a legitimidade e a estabilidade de qualquer comunidade política dependem decisivamente da existência de oportunidades iguais. Como pode o sistema tributário, por exemplo, os impostos sobre riqueza, heranças e consumo, ser usado para reduzir a desigualdade de oportunidades? Como os sistemas nacionais de redistribuição deveriam ser elaborados para impedir que os ricos se beneficiem livremente desses sistemas e evitar uma corrida ao fundo do poço entre países? Que tipo de sistema de educação e formação poderá possibilitar a melhor participação dos pobres na sociedade? Como fortalecer uma atitude mais pró-social nas sociedades individualistas, uma vez que qualquer política de redistribuição requer um senso de solidariedade e uma responsabilidade mútua entre os cidadãos? Quais atores e instituições deverão promover esses valores entres os vencedores dos processos econômicos e de globalização? Como modelos empresariais específicos, tais como a participação nos lucros, as Pré-Apresentação do GES | 2012 A Sociedade Global Formulação de Políticas Inteligentes de Migração da Mão de Obra Combate à Desigualdade de Oportunidades Comportamento Social para uma Economia Sustentável O Ataque ao Problema do Desemprego entre Jovens Expansão das Oportunidades de Trabalho para a Terceira Idade A Implementação da Diversidade nos Conselhos formas de organização de empregados ou as cooperativas, podem gerar mais igualdade? Como as empresas deveriam estabelecer seus sistemas de recrutamento e suas hierarquias para recompensar o talento e o esforço ao invés das raízes familiares? Os países desenvolvidos e emergentes exigem estratégias, uma sequência de reformas e medidas normativas diferentes daquelas dos chamados países desenvolvidos? Comportamento Social para uma Economia Sustentável Vivemos em um mundo cada vez mais complexo, onde problemas, como a mudança climática ou a utilização irresponsável de recursos, são difíceis de se resolver sem a participação global de parceiros colaboradores. Até agora esses problemas têm sido resolvidos através de abordagens de cima para baixo, nas quais as instituições e os governos assumem o papel de tomadores de decisões. No entanto, pode haver espaço para mais envolvimento em nível individual: o crescimento pessoal poderia ser usado para conduzir a mudança global através de uma abordagem de baixo para cima. No entanto, vários fatores atrapalham o caminho desse envolvimento: afastamento da vida comunitária e atitudes individuais cada vez mais egoístas, estilos de vida movimentados e estressantes que agravam mais ainda essas tendências egocêntricas. Os recentes acontecimentos nas neurociências afetivo-sociais e contemplativas mostram que empatia, compaixão, senso de justiça e outras “emoções sociais” exigidas para uma percepção do mundo mais “voltada para os outros” podem ser treinadas do mesmo modo que as aptidões físicas ou mentais. Embora a importância da boa condição física e das faculdades mentais para o desempenho econômico já tenha sido reconhecida, o valor da “inteligência social e emocional” ainda é subestimado apesar da crescente evidência de que o treinamento apropriado é eficaz na mudança das funções cerebrais para estipular a consciência moral, a responsabilidade pessoal, a cooperação e o comportamento prósocial. Como podemos estimular o comportamento prósocial? Que incentivos extrínsecos para o comportamento pró-social podemos conceber sem afastar a motivação intrínseca? Como podemos intensificar a motivação intrínseca para ações socialmente benéficas? O Ataque ao Problema do Desemprego entre Jovens Entre os desempregados do mundo, os jovens são particularmente os mais atingidos. Os índices de desemprego de jovens são significativamente mais altos do que os índices de desemprego de adultos, tanto no mundo desenvolvido como em desenvolvimento. Os movimentos globais de – 28 – protesto dos cidadãos jovens são uma manifestação de sua falta de perspectiva. De um lado, índices mais altos de desemprego entre jovens podem simplesmente resultar de frequentes trocas de emprego e curtos períodos intermediários de desemprego. Pode ser natural para os traba- Pré-Apresentação do GES | 2012 A Sociedade Global Formulação de Políticas Inteligentes de Migração da Mão de Obra Combate à Desigualdade de Oportunidades Comportamento Social para uma Economia Sustentável O Ataque ao Problema do Desemprego entre Jovens Expansão das Oportunidades de Trabalho para a Terceira Idade A Implementação da Diversidade nos Conselhos lhadores jovens trocarem de emprego com mais frequência antes que um bom acerto com um empregador seja alcançado. Por outro lado, o alto desemprego entre jovens pode resultar de problemas profundamente arraigados, como a falta de educação e treinamento competente, mercados de trabalho rígidos ou discriminação. Além disso, os períodos de desemprego nas idades mais baixas podem ter consequências negativas persistentes para as carreiras subsequentes. Jovens não são como adultos: eles têm aptidões e metas diferentes. Isso exige uma política diver- sa para o desemprego de jovens. Precisamos dessas políticas de emprego específicas por idade? Como elas deverão ser? A regulamentação do mercado de trabalho deverá dar uma atenção específica aos jovens? As inovações tecnológicas e a globalização continuam a mudar rapidamente o modo como trabalhamos. Como podemos ajudar os nossos jovens desempregados a lidar com as mudanças organizacionais que estão surgindo? De quais aptidões os jovens trabalhadores precisam e como elas podem ser ensinadas e adquiridas? Expansão das Oportunidades de Trabalho para a Terceira Idade Sessão da Agência Europeia de Consultores Econômicos, Bureau of European Policy Advisers (BEPA) Em muitas partes do mundo (EUA, Europa, China), a principal tendência socioeconômica é o envelhecimento, resultante da combinação de menor fertilidade com o aumento na expectativa de vida, impulsionado principalmente por este último. Isso significa que o aumento na dependência dos idosos (razão entre velhos inativos e jovens ativos) não desaparecerá com o fim da geração do baby boom, mas continuará aumentando, o que gera as seguintes dificuldades: desaceleração do crescimento econômico (associada à passagem de dividendos demográficos para passivo demográfico), pressões orçamentárias sobre os sistemas de aposentadoria e previdência social e conflitos na distribuição intergeracional da riqueza (inclusive conceitos conflitantes de justiça). Já foram propostas diversas respostas de política econômica a esses desafios: elevação da idade – 29 – para aposentadoria, fomento da fertilidade, promoção da imigração, estímulo à participação das mulheres no mercado de trabalho, redução do desemprego, incremento da produtividade e aumento das horas trabalhadas por pessoa. Entre todas elas, pode-se esperar que apenas uma tenha efeito eficaz, concretizável a curto prazo e persistente a longo prazo: o aumento da idade para a aposentadoria. Atualmente, solucionar esse problema parece inevitável em muitas economias desenvolvidas. Entretanto, conseguir uma elevação na idade para a aposentadoria continua a ser difícil. Para que isso ocorra na prática, é necessário aumentar a oferta e a demanda por trabalho pelas pessoas mais velhas. Do lado da oferta, a decisão de aposentadoria depende, em parte, dos incentivos criados pelas regras financeiras e regulamentos das Pré-Apresentação do GES | 2012 A Sociedade Global Formulação de Políticas Inteligentes de Migração da Mão de Obra Combate à Desigualdade de Oportunidades Comportamento Social para uma Economia Sustentável O Ataque ao Problema do Desemprego entre Jovens Expansão das Oportunidades de Trabalho para a Terceira Idade A Implementação da Diversidade nos Conselhos aposentadorias, bem como das políticas sociais e de emprego. Esses incentivos são razoavelmente bem compreendidos. Comprovadamente, a questão política mais desafiadora está no lado da demanda: como os empregadores podem ser induzidos a reter por mais tempo os funcionários mais velhos e contratar trabalhadores da terceira idade? Quais são as mudanças necessárias nas condições políticas, econômicas e sociais para que as empresas reconheçam que a contratação de pessoas mais velhas atende a seus próprios interesses? Como é possível alterar as percepções e expectativas em relação aos planos de carreira para permitir uma transição mais progressiva na direção da aposentadoria? Precisamos de mais treinamento durante toda a vida? Esse treinamento deve ser promovido pelas próprias empresas ou pela comunidade? A legislação trabalhista deveria ser adaptada para proteger os mais velhos? Isso poderia gerar consequências negativas imprevistas? Deve ser permitido que a progressão de carreira, e os avanços salariais associados, atinjam um pico e comecem a diminuir a partir de uma certa idade, acompanhando a produtividade ao longo do ciclo de vida? A Implementação da Diversidade nos Conselhos É evidentemente o momento certo para alterar a composição dos conselhos empresariais a fim de incluir importantes partes interessadas como as mulheres, que representam a metade da força de trabalho global, a maioria dos consumidores em economias desenvolvidas e o motor do crescimento de pequenas empresas. Nesse sentido, a Europa lidera através das suas políticas de cotas, que determinam a inclusão de certa percentagem de mulheres nos conselhos de grandes empresas, bem como a inclusão de linguagem de gênero em seus códigos de práticas de governança corporativa. Essas iniciativas estão se alastrando para países fora da Europa, como Austrália, Brasil, Jamaica, Malásia e Nigéria, que estão pondo em prática programas similares ou o desejem fazer. Atualmente, o desafio consiste em implementar efetivamente essas iniciativas, já que a maioria foi instaurada apenas recentemente. Nem todas – 30 – as leis de cotas são iguais, por exemplo, algumas têm medidas punitivas, como as instituídas pela Noruega, já outras determinam prazos rigorosos. O que os governos podem fazer para promover o cumprimento desses regulamentos? Será que recursos para fiscalização podem ser disponibilizados mesmo durante a atual crise econômica? Há possibilidade das empresas adicionarem mulheres somente aos seus conselhos, mas não ao quadro sênior de gerência? Existe vontade política para fazer o duro trabalho de instituir políticas corporativas internas que permitam a ascensão de um maior número de mulheres a posições empresariais elevadas? É possível que a diversidade de gênero nos conselhos diminua quando a mídia perder o interesse por tal assunto? Será que as multinacionais europeias imporão suas políticas de cotas em suas subsidiárias localizadas em outros países, como os Estados Unidos? Pré-Apresentação do GES | 2012 A Política Global Favelas—Desafio e Oportunidade Global Segurança diante da Globalização A Promoção de Políticas de Governo Aberto em Serviços Públicos Favelas - Desafio e Oportunidade Global Sendo as favelas uma característica distintiva da paisagem das grandes metrópoles, cidades como Caracas, Hong Kong, Manila, Mumbai e Rio de Janeiro seriam diferentes se elas não fizessem parte de suas paisagens. As favelas também se tornaram um fenômeno social e de planejamento urbano o que é extremamente desafiador para os responsáveis pelas cidades. Os problemas envolvem geração de empregos, habitação, saúde, saneamento e infraestrutura urbana, e se tornaram uma questão de gestão da violência. As favelas normalmente ocupam áreas impróprias para construção, principalmente por causa das características topográficas ou problemas de saneamento. Essa estrutura física e a falta de planejamento dificultam muito a construção de estradas de acesso, entretanto, estimulam também criatividade e soluções urbanas nunca vistas. Em algumas cidades, as favelas têm características mais efêmeras. Elas surgem em campos abandonados próximos a áreas de urbanização recente ou de rápida expansão industrial. Uma abordagem multidisciplinar é, portanto, o único caminho possível para encontrar soluções. No caso de um problema mundial como este, só podemos ter a confiança de lidar com essa questão como um projeto prioritário para o desenvolvimento social, buscando soluções de longo prazo. Como esse desafio de planejamento urbano e social pode ser superado? Quais são as abordagens promissoras em termos de geração de empregos, habitação, saúde, saneamento e infraestrutura urbana? As iniciativas implementadas por diferentes setores do governo e outras partes interessadas, como instituições multilaterais de desenvolvimento, que obtiveram resultados consistentes principalmente em termos de habitação e controle da violência, devem ser ampliadas? Implementações bem-sucedidas, como é o caso das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) instaladas em favelas do Rio e em Medellín, podem ser aplicadas em outros países e regiões? Quais soluções culturais e de transporte são possíveis implementar? O setor privado pode contribuir com quais inovações? A disponibilidade de uma educação melhor é a base para o processo de transformação dessas comunidades? Como é possível aumentar a consciência para que os cidadãos das favelas exijam a realização de melhorias nos padrões de qualidade de vida? Segurança diante da Globalização A globalização transformou a natureza do crime e, consequentemente, as necessidades de segurança das pessoas. Nos atuais sistemas de justiça, as ações de combate ao crime e a prevenção da criminalidade tendem a ser realizadas em feudos – 31 – políticos locais, nacionais e internacionais. Esses sistemas não são mais adequados para lidar com a globalização do crime, que passou a incluir domínios multifacetados, complexos e altamente inter-relacionados, como o terrorismo, tráfico de Pré-Apresentação do GES | 2012 A Política Global Favelas—Desafio e Oportunidade Global Segurança diante da Globalização A Promoção de Políticas de Governo Aberto em Serviços Públicos drogas, crime cibernético e violência urbana. O crime se tornou globalizado por meio das redes mundiais de comércio, da migração e das informações, que também são responsáveis por grande parte do crescimento econômico mundial e pelas oportunidades que as pessoas carentes e os países emergentes têm para fugir da pobreza extrema. Devido a essa globalização do crime, a soberania dos Estados-Nação e de suas esferas de poder executivo, legislativo e judiciário é prejudicada. A única maneira de enfrentar esse desafio é reexaminar a organização da ordem pública, os limites da função que os Estados-Nação têm de manter a segurança, a necessidade de referências e valores mundiais para enfrentar a criminalidade e a influência das decisões jurídicas de segurança. O grupo se concentrará em propostas concretas e inovadoras para responder às seguintes perguntas. Como o sistema de segurança pública local deve interagir com os projetos nacionais estratégicos para lidar com o crime globalizado? Quais são as estratégias adequadas para lidar com as empresas envolvidas em crime globalizado e com os fluxos de capital transnacional associados? Que princípios – como o utilitarismo ou o contratualismo – devem orientar os nossos esforços para proteger a ordem pública? Como as necessidades de segurança pública podem ser reconciliadas com os princípios democráticos e os direitos humanos em sociedades civis? Como as referências atuais da ordem pública devem ser reconciliadas com os conceitos atuais de soberania nacional? A Promoção de Políticas de Governo Aberto em Serviços Públicos A prestação de serviços eficientes e eficazes para cidadãos, como saúde, educação ou justiça criminal, é uma tarefa fundamental para os governos de todo o mundo. Nos últimos anos, a crise econômica e financeira, a digitalização e outras megatendências têm não somente tornado as iniciativas governamentais em tais áreas complicadas, mas também intensificaram os pedidos de reforma em grande escala. Um aspecto importante para qualquer reestruturação significativa é a política de Governo Aberto, que, por dar voz aos cidadãos e lhes proporcionar fácil acesso a dados sobre serviços públicos, desencadeia maior interesse e participação política. Consequentemente, através da gestão segundo o modelo de Governo Aberto, pode-se aprofundar – 32 – a responsabilidade e a eficácia do país, transformando a relação entre Estado e cidadãos. Um número crescente de países têm lançado iniciativas de Governo Aberto para explorar seus potenciais benefícios na esfera dos serviços públicos. Em escala nacional, alguns países começaram a desenvolver planos de ação com consulta pública e comprometeram-se à prestação independente de informações. Ações essas que são esforços rumo à obtenção de um Governo Aberto. Em escala internacional, países uniram forças em iniciativas multilaterais visando à troca de experiências e de inovação. O esforço mais proeminente é a Parceria para Governo Aberto – Open Government Partnership (OPG). Lançado em setembro de 2011, a OPG é atualmente liderada Pré-Apresentação do GES | 2012 A Política Global Favelas—Desafio e Oportunidade Global Segurança diante da Globalização A Promoção de Políticas de Governo Aberto em Serviços Públicos pelo Brasil e Reino Unido, compreendendo 55 países participantes em total. Na tentativa de conceber políticas de Governo Aberto bem sucedidas em serviços públicos, tomadores de decisões devem enfrentar alguns questionamentos. Quais passos concretos visando à obtenção de um Governo Aberto prometem os maiores ganhos econômicos e políticos? Como o sucesso de políticas de Governo Aberto pode ser medido, avaliado e monitorado? Qual – 33 – é a melhor maneira de institucionalizar as políticas de Governo Aberto a nível nacional e internacional? Como a participação do público será garantida para além de uma minoria de cidadãos bem formados e altamente engajados? Como a participação pode complementar o sistema de democracia representativa? Quais são os limites da abertura política em relação a direitos pessoais, informações relevantes de segurança e outros temas? Pré-Apresentação do GES | 2012 O Ambiente Global Proteção e Restauração das Florestas do Mundo Exploração dos Recursos Energéticos no Oceano Ártico Reavaliação das Energias Renováveis Promoção da Segurança Alimentar: A Contribuição da Agricultura Climaticamente Inteligente Proteção e Restauração das Florestas do Mundo As florestas são uma das maiores fontes de serviços ecossistêmicos do mundo, inclusive madeira e recursos hídricos, remoção do carbono e diversidade biológica. A derrubada destrutiva das árvores e uma crescente demanda global por áreas agrícolas para produção de alimentos, ração e bioenergia exercem continuamente uma forte pressão sobre as florestas do mundo, causando, assim, a perda da biodiversidade e a degradação dos serviços ecossistêmicos. Depois de um longo período de alta conversão e degradação de florestas, os índices de desflorestamento estão caindo recentemente. Em algumas regiões, a cobertura florestal está até crescendo devido a contínuos esforços de restauração. Em consequência, o desflorestamento se tornou menos importante na agenda política das negociações climáticas, enquanto os avanços dos projetos globais, como a REDD+ (redução das emissões de desflorestamento e degradação florestal) diminuíram. No entanto, diante de um cenário de uma crescente ameaça de mudança climática, permanece a dúvida se as medidas que foram tomadas são realmente suficientes para conservar e restaurar as florestas. Além disso, o fato de que novas plantações e florestas restauradas muitas vezes têm menos capacidade biológica e uma qualidade mais baixa do que as florestas naturais deixa também a dúvida sobre a necessidade de esforços que claramente levem em consideração outros serviços ecossistêmicos florestais. Portanto, deve ser discutido se mais incentivos precisam ser fixados e quais instrumentos são – 34 – apropriados para manter ou restaurar os serviços ecossistêmicos prestados pelas florestas. Os seguintes desafios precisam ser abordados: • Decidir o volume de esforço que é necessário, os serviços ecossistêmicos importantes e os pontos-chave de biodiversidade que precisam ser identificados, bem como as informações que precisam ser coletadas caso eles sejam afetados pelo desflorestamento ou pelo reflorestamento de baixa qualidade. Um maior conhecimento sobre os serviços ecossistêmicos locais precisa ser obtido, assim como os causadores de pressões negativas precisam ser identificados. Finalmente, o valor econômico dos serviços ecossistêmicos precisa ser avaliado para permitir uma tomada de decisão política sustentável. Como essas informações podem ser coletadas e quem é o responsável? • Há vários anos, a comunidade científica discute a implementação de um esquema eficiente de pagamentos dos serviços ecossistêmicos (PES). A remoção do carbono é o único serviço ecossistêmico para o qual esforços têm sido feitos em escala global para criar incentivos econômicos para seu aprovisionamento. Seria necessário haver maiores esforços para se implementar esquemas de PES para outros serviços ecossistêmicos? • A remoção do carbono é o único serviço ecossistêmico que é amplamente aceito como relacionado a uma exterioridade global, ou seja, mudança climática. Exterioridades decorrentes da degradação de outros serviços ecossistêmicos parecem ter uma referência local à primeira vis- Pré-Apresentação do GES | 2012 O Ambiente Global Proteção e Restauração das Florestas do Mundo Exploração dos Recursos Energéticos no Oceano Ártico Reavaliação das Energias Renováveis Promoção da Segurança Alimentar: A Contribuição da Agricultura Climaticamente Inteligente ta. Considerando as crescentes pressões globais sobre os ecossistemas naturais e contra o cenário de possíveis irreversibilidades, surge a dúvida se uma estrutura reguladora global também é apropriada para tais serviços ecossistêmicos ou se isso está puramente sob a responsabilidade da política local. Experiências feitas no processo do REDD+ são importantes para se avaliar a viabilidade prática dos instrumentos baseados em incentivos para a prestação de outros serviços ecossistêmicos. • Particularmente nos países em desenvolvimento, medidas insuficientes para a proteção e restauração dos serviços ecossistêmicos florestais decorrem muitas vezes da falta de recursos para o desenvolvimento e para a implementação dessas medidas. A comunidade internacional deveria dar ajuda financeira para a implementação dessas medidas? • O desflorestamento destrutivo e o reflorestamento insuficiente ocorrem com frequência, muito embora leis e medidas de proteção existam oficialmente. Como podem os problemas de instituições públicas fracas, corrupção e falta de direitos de propriedade serem resolvidos? As medidas normativas baseadas em incentivos para a proteção dos serviços ecossistêmicos promovem uma melhor aplicação da norma existente? Exploração dos Recursos Energéticos no Oceano Ártico À medida que as temperaturas sobem durante uma mudança climática, o gelo do mar do Ártico se derrete. Em consequência, o Oceano Ártico anteriormente coberto de gelo se torna cada vez mais acessível, com implicações para vários setores econômicos. Principalmente os recursos de petróleo e gás abaixo do fundo do mar estimulam o apetite dos países litorâneos - Canadá, Estados Unidos, Rússia, Noruega e Dinamarca bem como os países de fora, como a China ou os da União Europeia, desenvolvem ou reconsideram suas estratégias no Ártico. Uma corrida para reivindicação de grandes partes do fundo do Oceano Ártico já começou. Não obstante, as condições especiais do Ártico, ou sejam, as baixas temperaturas, a presença de gelo e icebergs, a falta de infraestrutura e os riscos ambientais, agravam a extração dos recursos e a tornam mais cara e arriscada. – 35 – Como a energia do Oceano Ártico irá afetar os mercados mundiais de petróleo ou gás natural? Que papel poderá ser desempenhado pela energia do Ártico na segurança da energia dos países litorâneos e seus potenciais compradores? É realmente possível produzir hidrocarbonetos no Oceano Ártico sem risco previsível para os ecossistemas árticos, especialmente já estando esses ecossistemas sob uma grande pressão da mudança climática e do degelo do mar? Que regras precisam ser estabelecidas para se evitar catástrofes ambientais e como elas poderão ser aplicadas? Ao contrário do caso do Acordo de Busca e Resgate do Ártico, um acordo similar sobre prevenção, preparação e atendimento a emergências ainda não existe. Como o tratamento eficaz de catástrofes, por exemplo, vazamentos de Pré-Apresentação do GES | 2012 O Ambiente Global Proteção e Restauração das Florestas do Mundo Exploração dos Recursos Energéticos no Oceano Ártico Reavaliação das Energias Renováveis Promoção da Segurança Alimentar: A Contribuição da Agricultura Climaticamente Inteligente petróleo no Ártico, pode ser garantido? Como a responsabilidade, a obrigação e o ônus dos programas de preparação para emergências deverão ser distribuídos entre os países e as pessoas envolvidas? A atual estrutura da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM) é conveniente para lidar com reivindicações territoriais dos países do litoral do Oceano Ártico? Como ela precisa ser reformada? Reavaliação das Energias Renováveis Dois terços da eletricidade global são gerados de combustíveis fósseis, o que significa que mais de 40% das emissões globais de CO2 provêm da queima de combustíveis fósseis para geração de eletricidade. Embora haja potencial para melhorias da eficiência, a demanda global por eletricidade deverá aumentar, agravando o problema especialmente nas economias emergentes. Para reduzir as emissões da eletricidade, a geração de carvão e, até certo ponto, de gás natural terá que ser substituída por alternativas de baixo teor de carbono, incluindo a energia hidroelétrica, a bioenergia, a energia solar, eólica e nuclear, ou pela captura e armazenamento do carbono (CCS). A nível global, há facilmente um potencial suficiente para alimentar a demanda global de eletricidade por meio do uso da energia solar ou eólica ou de outras opções de geração, como a biomassa ou a energia geotérmica, entretanto, a eletricidade gerada através de fontes renováveis é atualmente mais cara do que a eletricidade convencional. Isso se daria ainda mais pelas altas parcelas de eletricidade intermitente, como energia flutuante solar ou eólica, uma vez que a capacidade adicional de armazenamento e/ou reserva precisaria também ser avaliada. Pelo contrário, a energia renovável é mais bem expansível do que os grandes sistemas centralizados, podendo, assim, ser distribuída de uma forma mais descentralizada próximo ao consumidor. Especialmente nos países em desenvol– 36 – vimento, os sistemas descentralizados são capazes de melhorar o acesso à eletricidade. Qual é a mistura ideal de energia (agora e no futuro)? O mundo deveria acompanhar a Alemanha e desativar a energia nuclear ou acompanhar a China e ativar a energia nuclear? A CCS poderia considerar um uso permanente dos combustíveis fósseis, mas a tecnologia ainda precisa provar sua viabilidade em escala comercial e seus custos são incertos. Além disso, o armazenamento subterrâneo de carbono poderá não ser aceito pela população. A construção de usinas de energia de combustível fóssil iria piorar os efeitos desse aprisionamento? Quais são as implicações da mistura ideal com relação ao investimento e à política de energia renovável? Poderão as pequenas fontes renováveis, como a bioenergia, desempenhar um papel importante nos sistemas descentralizados para o reforço e para a sustentabilidade de cidades e comunidades rurais? Pode a experiência de países como o Brasil ser transferida para outros países e incrementada? Caso afirmativo, que providências precisam ser tomadas para criação de um projeto regional que, em grande escala, ajude a resolver o problema global referente à distribuição e ao uso da energia renovável? Que estrutura é necessária para melhorar a coordenação internacional? É necessária a existência de uma estrutura jurídica internacional básica? Pré-Apresentação do GES | 2012 O Ambiente Global Proteção e Restauração das Florestas do Mundo Exploração dos Recursos Energéticos no Oceano Ártico Reavaliação das Energias Renováveis Promoção da Segurança Alimentar: A Contribuição da Agricultura Climaticamente Inteligente Promoção da Segurança Alimentar: A Contribuição da Agricultura Climaticamente Inteligente Com uma população mundial com a previsão de crescimento de cerca de 6,9 bilhões para 9,2 bilhões de habitantes até 2050, assim como as mudanças nos estilos de vida e nos padrões de consumo para dietas contendo mais proteínas, a Organização para Alimentos e Agricultura (FAO) calcula que o atendimento da demanda mundial por alimentos requer um aumento de 70 por cento da produção agrícola total. A produtividade das terras aumentou consideravelmente ao longo das últimas 6 décadas, de vez que, nesse período, a produção de alimentos dobrou, enquanto as terras agrícolas só aumentaram 10 por cento. No entanto, as produções agrícolas, bem como a estabilidade dessa produção, estão ameaçadas pelas mudanças do regime pluviométrico, da temperatura e por eventos atmosféricos extremos como a mudança climática. As regiões que já têm uma produtividade agrícola baixa e estagnada e, portanto, um maior risco de insegurança alimentar, como grandes partes da África, deverão ser as mais afetadas. Como a segurança alimentar nessas regiões poderia ter uma melhor sustentabilidade diante dessas tendências desfavoráveis e ameaçadoras? Como a agricultura em regiões de insegurança alimentar e de clima vulnerável pode ser melhorada a fim de possibilitar a adaptação dos agricultores às mudanças climáticas e, ao mesmo tempo, reduzindo – 37 – suas contribuições para tais mudanças e usando recursos escassos como fertilizantes minerais e água de modo sustentável? A necessidade de se unir esforços para a preservação e melhoria da segurança alimentar, bem como para as atividades de adaptação e atenuação no setor agrícola, foi discutida sob o nome de agricultura climaticamente inteligente durante o Evento Secundário de Alto Nível na Conferência de Durban sobre Mudança Climática. Como os sistemas, técnicas e políticas de agricultura climaticamente inteligente podem, na prática, ajudar a melhorar a segurança alimentar nas regiões mais vulneráveis ao clima através da adaptação e atenuação? Como elas podem ser integradas às políticas e estratégias agrícolas nacionais e regionais existentes? Como as regiões pertinentes são dominadas por pequenos proprietários sem recursos, é necessário examinar se eles estão preparados e como eles podem ser capazes de fazer a transição para uma agricultura climaticamente inteligente. Perguntas correlatas são como investimentos em desenvolvimento, tecnologias, métodos e falta de conhecimento podem ser financiados e qual suporte institucional é necessário. Pré-Apresentação do GES | 2012 Mesas Redondas e Plenárias Mesas Redondas O Potencial das Redes com Foco em Negócios para o Desenvolvimento Sustentável Agência Internacional de Ratings de Crédito Sem Fins Lucrativos para Risco Soberano Global Economic Fellows — Projetos de Educação, Inovação e Mídia* A Política da Economia e a Economia da Política* Políticas de Inclusão Social Educação e Mídia O Desafio na Realização de Grandes Eventos O Potencial das Redes com Foco em Negócios para o Desenvolvimento Sustentável Uma mudança em grande escala para o desenvolvimento sustentável requer estruturas adequadas de governança nas quais o empresariado, a política e a sociedade civil trabalhem juntas para identificar os riscos comuns e criar janelas mútuas de oportunidade através da ação coletiva em diferentes níveis. Essas estruturas de governança deverão contribuir para uma agenda normativa coerente por parte do empresariado, mas também entre ele e outros setores, bem como criar uma ligação entre o global e o local. O problema é que os desafios globais, como a mudança climática, as normas trabalhistas das cadeias globais de abastecimento, a corrupção e os direitos humanos, não podem ser enfrentados pelas empresas nem pelos governos individualmente. Estruturas alternativas de governança são essenciais. A Ação Coletiva (AC) e o Diálogo Político (DP) são novos mecanismos de governança que podem enfrentar esses desafios. No entanto, é difícil implementá-los devido a cinco fatores: conflitos de interesse, ilegitimidade percebida, problemas de administração, a natureza simultaneamente global e local dos problemas, e a falta de recursos. Como as Redes Locais (LNs) do Pacto Global das Nações Unidas (UNGC - United Nations Global Compact) ou os Parceiros para o Desenvolvimento, iniciativa da Fundação Bertelsmann, uma vez que atendem aos fatores citados acima, estão parti- – 38 – cularmente bem posicionadas como plataformas para AC e DP para enfrentar os desafios globais. As metas, estruturas e processos corretos podem assegurar que AC e DP sejam eficazes ao lidarem com os desafios. Portanto, as LNs (Redes Locais) — mas também as empresas, governos e intermediários — podem e devem tomar medidas para possibilitar AC e DP mais eficazes. As seguintes medidas são particularmente importantes nesse sentido: estabelecer a estrutura correta para promover as redes empresariais locais/ regionais, como alavancagem de plataformas de sustentabilidade e diálogo para as empresas; melhorar a cooperação entre essas redes, a política e a sociedade civil; ampliar os modelos já existentes de parcerias entre setores; e identificar os objetivos, estruturas e processos que assegurem a efetividade da AC e DP para enfrentar desafios sociais. O relato destina-se a defender a tese das empresas, bem como das políticas para AC e DP e apresentar as UNGC LNs como plataformas especialmente apropriadas para AC e DP. Ele tenta responder a três perguntas fundamentais: Que papel as redes voltadas para empresas podem desempenhar no desenvolvimento da AC e DP? Por que as UNGC LN representam uma plataforma promissora para facilitar AC e DP? Como elas podem ser mais bem apoiadas pelos outros nesse esforço? Pré-Apresentação do GES | 2012 Mesas Redondas e Plenárias Mesas Redondas O Potencial das Redes com Foco em Negócios para o Desenvolvimento Sustentável Agência Internacional de Ratings de Crédito Sem Fins Lucrativos para Risco Soberano Global Economic Fellows — Projetos de Educação, Inovação e Mídia* A Política da Economia e a Economia da Política* Políticas de Inclusão Social Educação e Mídia O Desafio na Realização de Grandes Eventos Agência Internacional de Ratings de Crédito Sem Fins Lucrativos para Risco Soberano A crise financeira em 2008 funcionou como um catalisador para chamar a atenção das deficiências do setor financeiro para o público em geral. Algumas das principais instituições examinadas cuidadosamente com relação a suas operações e resultados foram as agências de ratings de crédito (CRAs). As CRAs são provedoras de serviços que se especializaram no fornecimento de ratings de crédito de forma profissional. Sua “descrição de função” é informar os investidores sobre a probabilidade do recebimento por eles de todo o principal e pagamento de juros conforme programado para um determinado valor mobiliário. O ano passado marcou a primeira vez em que os ratings dos EUA e de alguns países da Europa foram rebaixados. À luz destes rebaixamentos e de seu momento crucial, a aceitação, transparência e legitimidade de ratings de soberania foram questionadas. Muitos atores, desde governos, passando por corporações, até organizações da sociedade civil, estão pedindo uma reforma do setor. As CRAs podem desempenhar um papel principal no prognóstico e prevenção de crises financeiras; portanto, é importante discutir como tornar este setor mais eficiente. As CRAs do futuro precisam refletir as necessidades e demandas em constante mudança dos investidores e respeitar os padrões estabelecidos e novos desenvol- – 39 – vimentos no setor. Elas também devem levar em conta as necessidades do mercado emergente e países em desenvolvimento. A Fundação Bertelsmann publicou recentemente uma proposta para uma alternativa às agências existentes de ratings de crédito: uma CRA internacional sem fins lucrativos chamada INCRA. A proposta fornece uma nova estrutura legal que é baseada em uma solução de dotação para assegurar sustentabilidade e segurança para sua existência duradoura. Esta CRA executaria suas avaliações não solicitadas de risco soberano em um conjunto de indicadores macroeconômicos e preditivos que forneceriam uma base para análises de alta qualidade. Esta proposta é uma solução para um conjunto de problemas altamente complexos enfrentados hoje pelo setor de agências de ratings de crédito. Como a comunidade internacional pode trabalhar para reformar o setor de ratings de crédito? As análises de risco de soberania devem ser separadas da análise de risco corporativo? Como podem ser minimizados os conflitos de interesses? Como a transparência e a qualidade dos ratings podem ser asseguradas? Qual tipo de CRA melhor respeitará as necessidades e demandas em constante mutação da sociedade? Pré-Apresentação do GES | 2012 Mesas Redondas e Plenárias Mesas Redondas O Potencial das Redes com Foco em Negócios para o Desenvolvimento Sustentável Agência Internacional de Ratings de Crédito Sem Fins Lucrativos para Risco Soberano Global Economic Fellows — Projetos de Educação, Inovação e Mídia* A Política da Economia e a Economia da Política* Políticas de Inclusão Social Educação e Mídia O Desafio na Realização de Grandes Eventos Políticas de Inclusão Social A atual crise vivida pelo mundo força os países em desenvolvimento a repensar a organização de sua sociedade, enquanto abre novas possibilidades aos países em ascensão. Se os modelos que pregavam o controle completo do Estado sobre todos os níveis da sociedade se mostraram ineficientes, agora é a vez do liberalismo começar a mostrar seus limites. Nesse contexto, novas políticas de inclusão social são um dos focos mais importantes. No redesenho dos objetivos das políticas públicas, é importante que medidas de renda e riqueza sejam entendidas como apenas parte de um quadro que deve incorporar também métricas de desigualdade, pobreza e a dimensão distributiva da política econômica. No Brasil, durante o período de 2001 a 2009, a taxa de crescimento da renda real per capita da metade mais pobre foi cinco vezes maior que a dos 10% mais ricos. Pesquisas mais recentes do Centro de Políticas Sociais (CPS - FGV) indicam a continuidade desta dinâmica de redistribuição da renda. Contudo, este processo não tem sido visto em muitos países, e o aumento da desigualdade tem marcado tanto países desenvolvidos, como EUA e Reino Unido, quanto em economias emergentes tais como Índia e China. Esta mesa redonda tem como objetivo apresentar a evolução dos indicadores sociais baseados em renda no Brasil e em particular nas áreas rurais, suas causas e conseqüências com foco na superação da pobreza e na emergência de uma nova classe média. Serão também discutidos programas sociais brasileiros exitosos tais como Fome Zero, Bolsa Família e Brasil Sem Miséria. Estas estratégias do Governo Federal para garantir o direito dos cidadãos brasileiros à cidadania e alimentação tem sido exportadas para outros países Estes programas de inclusão trouxeram grandes avanços na equalização das disparidades sociais e estão sendo exportados a outros países. Este momento de sucesso nas políticas de inclusão social inspira, assim, perguntas e olhares diversos sobre a evolução de políticas sociais, distribuição de renda e de oportunidades para, assim, debater perspectivas para o futuro. Educação e Mídia Num cenário de inclusão digital, os novos meios de comunicação têm influenciado de modo determinante não apenas o aprendizado das novas gerações, mas também a maneira de pensar e fazer educação. Tecnologia e educação se combinam para criação de novos materiais e estímulos educativos, além de possibilitar cursos de formação – 40 – a distância em todos os níveis de ensino, multiplicando o acesso. Nesse sentido, a mídia se faz um importante aliado, servindo como espelho e fonte para compreensão da sociedade. A imprensa atua indiretamente como disseminadora de valores e conceitos fundamentais à coesão social, certas vezes Pré-Apresentação do GES | 2012 Mesas Redondas e Plenárias Mesas Redondas O Potencial das Redes com Foco em Negócios para o Desenvolvimento Sustentável Agência Internacional de Ratings de Crédito Sem Fins Lucrativos para Risco Soberano Global Economic Fellows — Projetos de Educação, Inovação e Mídia* A Política da Economia e a Economia da Política* Políticas de Inclusão Social Educação e Mídia O Desafio na Realização de Grandes Eventos atingindo a população de modo mais efetivo do que a educação formal. Como resultado, atenção especial deve ser dada à qualidade das informações e à transparência no que se refere às sinergias na sua relação com as instituições e as políticas públicas. A mídia tem importância como instrumento direto de inclusão social. Em um contexto de crescente inclusão social, o conteúdo de mídia produzida por escolas e universidades gera uma pluralidade de visões sobre os grandes temas sociais que explicita horizontalmente o consenso efetivo em torno de valores fundamentais. Além de um aliado na difusão dos conceitos importantes para a política educacional, este tipo de mídia tem também importante papel como canal de feedback, que podem apontar para campanhas e revisões de política educacional. O Desafio na Realização de Grandes Eventos Grandes eventos provocam alterações profundas nas cidades que lhes servem de sede. Investimentos maciços são feitos em infraestrutura, segurança, sistema de transporte e serviços. Um ponto a ser discutido é a questão da sustentabilidade. Estruturas destinadas a jogos esportivos, por exemplo, devem ser pensadas também para utilização em outras atividades após a realização do evento. O grande desafio é construir estruturas que possam servir depois dos eventos, deixando um legado olímpico que siga estimulando uma trajetória de crescimento sustentável. Se, por um lado, trata-se de uma excelente oportunidade de movimentar a economia para deixar importantes legados físicos à população local, por outro lado, esses eventos também trazem um importante legado institucional e social. O institucional é aquele obtido com a experiência em gestão de um grande evento e com as alian- – 41 – ças formadas. No que se refere ao legado social, existem reflexões bastante abrangentes, cobrindo tanto as melhorias obtidas com investimentos em segurança e saúde quanto a inclusão social proporcionada por empregos temporários. Todos os legados influenciam diretamente a relação da sociedade com o seu espaço, proporcionando novas opções de lazer, aprendizado e oportunidades de investimento. Para atender aos interesses da sociedade, um evento deve ser realizado com gestão transparente onde não haja desperdício de recursos públicos e que deixe um legado tanto material quanto cultural que justifique o alto investimento. Trata-se, portanto, de um planejamento a longo prazo que deve levar em conta a esfera do pós-evento e, por conseqüência, envolver dimensões econômicas e sociais. Pré-Apresentação do GES | 2012 Citações Selecionadas “GES 2009 - um evento de alta qualidade: muito bem preparado, substancial, profundo e sempre voltado para soluções, com uma seleção de participantes que torna todas e cada uma das sessões altamente estimulantes”. “O Simpósio Econômico Global oferece uma plataforma incomparável para se trocar ideias e desafiar as opiniões convencionais sobre os mais urgentes desafios dos dias de hoje. Foi uma oportunidade maravilhosa para se enfocar as soluções para o desafio e adicionar a diversidade às estruturas de governança corporativa com os pensadores mais influentes do setor privado, da política e do ambiente acadêmico”. Barbara J. Krumsiek Presidente, CEO e Presidente da Diretoria, Calvert Investments, Inc.; Diretora e Presidente da Diretoria, Acacia Life Insurance Company 0 foi uma “Eu achei que o GES 201 rdinariaconferência que extrao nforme Co . mente valeu a pena umas alg eu rec anunciado, ela ofe bem e s nte ssa ere int propostas de ão luç fundamentadas para so uárd nte sta problemas globais ba s, rai ge is ma s mo os. Porém, em ter ra pa de ida un ort op a bo ela foi uma reunir um grupo problemas “O GES teve sucesso em se descobrir com quais a par s nte ine em políticos, pro s s diferenciado de pessoa específicos os lídere solude ade ied s estão var co a to mi jun dê con aca desenvolver em empresariais e pro os a ”. par os eis ad sív ções pos mais preocup blemas globais”. Paul Bulcke CEO, Nestlé SA Eric Stark Maskin Ganhador do Prêmio Nobel; Professor de Economia, Universidade de Harvard “O GES 2010 me impressionou bast ante tanto pela qualidade das discussões e prop ostas como pelo nível dos palestrantes. Seu form ato incomparável, baseado nas discussões de propostas concretas, tornou-o mais interessante , enquanto a logística e outros aspectos da orga nização foram sinceramente marcantes”. Thomas Mirow Presidente, Banco Europeu de Reconstrução e Desenvolvimento Carlos Magariños CEO, Global Business Development anizado, alta“GES - um foro bem org mente busira de da mente eficaz e ver s do diálogo, cador de soluções atravé nsenso”. debate e formação de co Jiahua Pan Pesquisa Diretor Executivo do Centro devel, entá Sust to men olvi env Des do Sociais Academia Chinesa de Ciências Network “Fiquei impressionado com o núm ero e o alto nível das pessoas que participaram do GES 201 0 em Istambul. Além disso, a organização foi realmente perfeita . Uma grande ocasião para uma troca interessante de pontos de vista eficientemente organizada pelo GES . Parabéns ao Instituto Kiel de Economia Mun dial”. Yves Leterme Secretário-Geral Adjunto, OCDE – 42 – Pré-Apresentação do GES | 2012 Conselho Consultivo Acadêmicos Akerlof, George A. Blanchard, Olivier J. Ernst, Richard R. Feldstein, Martin Freeman, Richard B. Frost, David Guidotti, Pablo E. Heckman, James J. Johnson, Robert A. Krueger, Anne O. Lazear, Edward Lindbeck, Assar McFadden, Daniel L. Naím Moisés Portes, Richard Rajan, Raghuram G. Rogoff, Kenneth S. Tochtermann, Klaus Victor, David G. Yu, Yongding Ganhador do Prêmio Nobel; Professor de Economia, Universidade da Califórnia, Berkeley Conselheiro Econômico e Diretor do Departamento de Pesquisa, Fundo Monetário Internacional Ganhador do Prêmio Nobel; Professor Emérito do Departamento de Química e Biociências Aplicadas, Instituto Federal de Tecnologia da Suíça em Zurique Professor de Economia, Universidade de Harvard Professor de Economia, Universidade de Harvard Presidente Executivo, National Center for Entrepreneurship in Education Professor da Escola de Governo e Membro da Diretoria, Universidade Torcuato di Tella, Argentina Ganhador do Prêmio Nobel; Professor de Economia e Direito, Universidade de Chicago Diretor Executivo, Institute for New Economic Thinking Professor de Economia Internacional, The Johns Hopkins University Professor de Gestão de Recursos Humanos e Economia, Universidade de Stanford Professor de Economia Internacional, Universidade de Estocolmo Ganhador do Prêmio Nobel; Professor de Economia, Universidade da Califórnia, Berkeley Membro Sênior, The Carnegie Endowment for International Peace, International Economics Program Professor de Economia, Escola de Administração de Londres Professor de Finanças, Universidade de Chicago Professor de Economia, Universidade de Harvard Diretor, ZBW – Centro de Informações de Economia de Leibniz; Professor de Ciência da Computação, Universidade Christian-Albrechts de Kiel Professor da Escola de Relações Internacionais e Estudos Pacíficos, Universidade da Califórnia, San Diego Ex-Diretor, Instituto de Economia e Política Mundiais, Beijing Política Presidente Honorário Schmidt, Helmut Ex-Primeiro Ministro, Alemanha Membros Ahluwalia, Montek Singh Almunia, Joaquín Al Qasimi, Sheikha Lubna Arthur, Sir Michael Başçı, Erdem Borg, Anders Cabral, Antonio José Liikanen, Erkki Regling, Klaus Şimşek, Mehmet Torry, Sir Peter Presidente-Adjunto, Comissão de Planejamento, Índia Vice-Presidente e Diretor de Concorrências, Comissão Europeia Ministro de Comércio Exterior, EAU Ex-Embaixador na Alemanha, Embaixada do Reino Unido Diretor, Banco Central da Turquia Ministro da Fazenda, Suécia Assessor Sênior do Presidente, Comissão Europeia Diretor, Banco da Finlândia CEO, Fundo Europeu de Estabilização Financeira Ministro da Fazenda, Turquia Ex-Embaixador na Alemanha, Embaixada do Reino Unido – 43 – Pré-Apresentação do GES | 2012 Conselho Consultivo Política Visco, Ignazio Yamaguchi, Yukata Diretor, Banco Central da Itália Ex-Diretor Adjunto, Banco Central do Japão Organizações Internacionais e Não Governamentais Cotis, Jean Philippe De Geus, Aart El-Baradei, Mohamed Feldmann, John Leterme, Yves Mohieldin, Mahmoud Natividad, Irene Pachauri, Rajendra K. Panitchpakdi, Supachai Simonsen Leal, Carlos I. Spence, Michael A. Thielen, Gunter Assessor, Cour des Comptes Presidente e CEO, Bertelsmann Stiftung Ex-Diretor-Geral, IAEA Presidente da Diretoria, Hertie Foundation Secretário-Geral Adjunto, OECD Diretor-Gerente, World Bank Group Presidente, Cúpula Global das Mulheres Ganhador do Prêmio Nobel; Presidente, Grupo Intergovernamental de Mudança Climática; Diretor-Geral, Instituto de Energia e Recursos, Nova Delhi Secretário-Geral, Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) Presidente, Fundação Getulio Vargas Ganhador do Prêmio Nobel; Presidente, Comissão para Crescimento e Desenvolvimento Ex-Presidente e Ex-CEO, Bertelsmann Stiftung Empresas Banerji, Shumeet Bürkner, Hans-Paul Chu, Victor L. L. Cleary, Sean Evans, Richard Frenkel, Jacob A. Haley, John J. Mittal, Sunil B. Obermann, René Phillips, Robert Schwartz, Rodney Turhan, Ibrahim Weber, Axel Zemlin, Jim Sócio Sênior, Booz & Company Inc. Presidente da Diretoria e CEO, The Boston Consulting Group Presidente da Diretoria, First Eastern Investment Group Presidente, Strategic Concepts Ltd (Pty); Vice-Presidente Executivo, Future World Foundation, Suíça CEO (aposentado), Alcan Inc e Rio Tinto Alcan Presidente, Grupo dos Trinta; Presidente da Diretoria, J.P. Morgan Chase International CEO, Towers Watson Fundador, Presidente da Diretoria e CEO, Grupo Bharti Enterprises CEO, Deutsche Telekom Presidente e CEO da Edelman Europa, Oriente Médio e África (EMEA), Daniel J Edelman Ltd CEO e Fundador, ClearlySo CEO e Presidente, Bolsa de Valores de Istambul Presidente da Diretoria, UBS AG Diretor Executivo, Linux Foundation – 44 – Organizadores Parceiro de Cooperação Colaborador Parceiro Estratégico Parceiro Estratégico de Mídia Patrocinadores Blau 100c/90m/30y/40k HKS 41 RAL 5003 Companhia Aérea Oficial Parceiros Acadêmicos Berlin 9 November 2012 Parceiros de Mídia Parceiros Associados The International Conference on Future Breakthroughs in Science and Society Pré-Apresentação do GES | 2012 Kiel Institute for the World Economy Hindenburgufer 66, D-24105 Kiel, Alemanha Telefone: +49(431)8814-1 Telefax:+49(431)85853 www.ifw-kiel.de www.global-economic-symposium.org [email protected] Desenho e Layout: www.christian-ulrich.de, Kerstin Stark, Birgit Wolfrath Imagens Capa Pág. 3 f.l.t.r. superior: © Nikada / iStockphoto; © Huguette Roe / iStockphoto; © mustafa deliormanli / iStockphoto; © Roberto Gennaro / iStockphoto; © Christian Jakimowitsch - Fotolia.com; f.l.t.r. inferior: © woraput chawalitphon / iStockphoto; © Mehmet Salih Guler / iStockphoto A Economia Global: © Hayden Bird - iStockphoto (também págs. 19–24); A Sociedade Global: © Francesco Ridolfi - iStockphoto (também págs. 25–29); A Política Global: © Mark Law - iStockphoto (também págs. 30–32); O Ambiente Global: © Stefano Alberti - iStockphoto (também págs. 33–36) Mesas Redondas: © Karl Dolenc / istockphoto (também págs. 37–40) Pág. 41 Foto de Eric Stark Maskin: © Cliff Moore, Fotógrafo