A QUALIDADe tRIUNFA
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A QUALIDADe tRIUNFA
A REVISTA PARA OS VOITHTIANOS Report #1 | 2013 FOCO Retrospectiva 2012 A QUALIDADE TRIUNFA Insight TRENS URBANOS PARA A AMÉRICA No Local BATERIAS PARA A MUDANÇA ENERGÉTICA MARCOS INOVAÇÃO PARA A FABRICAÇÃO DE CELULOSE Rubrik Mais de 400 voithianos estiveram envolvidos na parada de uma refinaria em Gelsenkirchen, incluindo-se planejamento, desmontagem e montagem, reforma e instalação de tubulações. Na imagem, os encarregados Torsten Heller e Bernhard Paul Steinkamp (supervisores de tubulação, da esquerda para a direita). Veja as páginas 16/17. EXPEDIENTE Editor: Voith GmbH Comunicação Corporativa St. Pöltener Straße 43 89522 Heidenheim, Alemanha www.voith.com Responsável: Lars A. Rosumek Redação: Markus Woehl, Gudrun Köpf Contato com a redação: Telefone: +49 73 21 37-69 96 Fax: +49 73 21 37-71 07 E-Mail: [email protected] Em colaboração com: Facts & Figures GmbH, uma empresa Gruner + Jahr AG & Co KG Impressão: Leograf Gráfica e Editora Ltda. Referências de fotografias: Dawin Meckel: Título, P. 3, P. 4, P. 5, P. 10, P. 17, P. 19, P. 20, P. 29, P. 37, P. 40; Stefanie Aumiller: P. 4, P. 6, P. 43; AES Tietê: P. 4, P. 12-13; Cishoren: S.4, P. 48-49; Getty Images/Stock4B Creative: P. 5, P. 30–31; Zainal Abd Halim/Reuters: P. 8; Julian Röder: P. 14, P. 26–28, P. 32–33; Wegner: P. 15; Foto VWT: P. 16; Jan Michael Hosan: P. 18; Germany and India 2011–2012: Infinite Opportunities: P. 23; action press: P. 32; Andreas Pohlmann: P. 33; Rüdiger Nehmzow: P. 34–35, P. 46; Langrock/Zenit/laif: P. 36; Jörg Sikorski: P. 39; Christian Wesser: P. 47; Pascal SITTLER/REA/laif: P. 49; mauritius images/ib: P. 49; Julien Chatelin/laif: P. 49; Voith: demais materiais fotográficos Copyright: Cópias ou reprodução de artigos e imagens somente após prévia aprovação por parte da Voith GmbH. Papel: O papel reciclado Respecta Silk 60 foi fabricado de acordo com o padrão internacional FSC®. A celulose foi fabricada a partir de florestas certificadas contingenciadas, ou seja, tratadas com responsabilidade. Dessa forma, asseguramos que, na produção de papel, a diversidade das espécies e os procedimentos ecológicos da floresta sejam conservados. O papel foi produzido em uma máquina de papel Voith. A Voith Report é impressa nos idiomas alemão, inglês, português e chinês. 2 | report 1/2013 editorial QUERIDOS VOITHTIANOS, Geralmente, o mês de fevereiro tem fama de ser um mês cinzento. Nossa intenção, é dar-lhe uma nova luz: a primeira edição da Voith Report neste novo ano. Nesta edição, repassaremos novamente todos os eventos mais importantes do ano passado. Esse ano apresentou muitos desafios para nossa empresa, que, apesar do ambiente difícil, teve um bom desempenho e demonstrou, mais uma vez, a sua capacitação para o futuro. Muitos dos artigos nesta Report também abordam o mundo de amanhã. Saiba como o CEO Dr. Hubert Lienhard vê 2013, na página 10, e quais os planos do novo presidente da diretoria da Voith Turbo, Carsten J. Reinhardt, para esse segmento, em sua entrevista na página 29. A partir da página 26, você poderá ler como os trens urbanos com tecnologia Voith, se tornam cada vez mais importantes no tráfego em grandes cidades americanas. Acompanhe uma viagem para a América do Sul onde, na costa brasileira no oceano Atlântico, a extração offshore de petróleo alcançou novas dimensões com a ajuda da Voith (página 38). Ou então, siga-nos para Chemnitz, onde os engenheiros da Voith Engineering Services desenvolvem, em função de contratos com clientes de todas as partes do mundo, os conceitos de mobilidade para trilhos e estradas, bem como planejam fábricas inteiras. Esperamos que tenha uma leitura estimulante. Desejamos, ainda, saúde e felicidade para 2013, – e que continuemos a ser uma empresa bem-sucedida e viva. Atenciosamente, Lars A. Rosumek Senior Vice President Corporate Communications report 1/2013 | 3 Rubrik 42 26 ÍNDICE 12 FOCO A QUALIDADE TRIUNFA 10 Dr. Hubert Lienhard Mensagem aos colaboradores. 12 RETROSPECTIVA 2012 Mundial Partimos do primeiro Voith-Wassertrecker, no Japão, passando pela Group Conference sobre o futuro do grupo, para chegar aos novos Centros de Treinamento, em Heidenheim e na China. A Voith vivenciou vários pontos altos em 2012 – ainda que o ano passado não tenha sido apenas de boas notícias. 24BOM DESEMPENHO EM UM AMBIENTE CONTURBADO Mundial O ano passado não foi fácil para a Voith. Embora os principais indicadores tenham sido positivos, eles foram inferiores aos do ano anterior. 02EXPEDIENTE 03EDITORIAL 06NOTAS 4 | report 1/2013 rubrik 48 37 Insight 26 PRÓXIMA ESTAÇÃO: FUTURO EUA Trens urbanos compõem o sistema de tráfego do momento. 29 AINDA HÁ MUITO POR FAZER NO LOCAL 34 SEMPRE ALGO NA RESERVA MUNDIAL Usinas rever- síveis viabilizam uma revolução energética. 37 O CLÃ DOS ENGENHEIROS HEIDENHEIM Entrevista BRASIL A nova série com Carsten Reinhardt, CEO da Voith Turbo. “Especialistas na Voith” retrata Thomas Scherb de São Paulo. 30 EMBALAGENS PARA O MUNDO INTEIRO Mundial Os papéis para embalagem estão em alta, desde o papelão ondulado até o papel cartão. 38 ALTA TECNOLOGIA PARA A BUSCA DE TESOUROS BRASIL Extração de petróleo no Atlântico: dispendiosa, mas rentável. 33 A MISTURA CERTA Mundial A Voith lançou o programa “Diversidade e Inclusão”. 40 DE MÃOS DADAS COM O SUCESSO HUNGRIA O modelo de mentoria da Voith está ajudando no desenvolvimento de novas unidades. 40 30 MARCOS 42 QUANTO MAIS DIFÍCIL, MELHOR CHEMNITZ Voith Engineering Services desenvolve tudo o que roda nas estradas ou sobre os trilhos. 44 NA DIANTEIRA SALZGITTER A nova máscara frontal Galea estabelece padrões de segurança, leveza e flexibilidade. 45PENSAMENTO INOVADOR BRASIL Uma nova ins- talação revoluciona a fabricação de celulose – desenvolvida por engenheiros Voith. PANORAMA 46 DINHEIRO PARA O BEM HEIDENHEIM A Funda- ção Hanns Voith comemora o seu aniversário de 60 anos. 47 SOMENTE VENCEDORES NO TOPO GRÃ-BRETANHA Quatro Voithianos, quatro montanhas, um objetivo: ser rápido. 47 O NÚMERO ONZE VIVE! HEIDENHEIM Cinco es- tagiários da Voith restauraram dois propulsores Voith Schneider com mais de dez anos de fabricação. 48 PÉROLA DO SUL ÍNDIA O colaborador da Voith, TVVS Prasad, leva os leitores à sua cidade natal, Hyderabad. report 1/2013 | 5 Rubrik NOTAS A equipe que obteve sucesso na competição de desenhistas técnicos: Instrutor Eugen Brenner com os estagiários Mathias Ludyga, Julia Riek, Christina Muraschkin e Julia Grossmann (da esquerda para a direita). Estagiários vencedores heidenheim Quatro estagiários da Voith em Heidenheim ocuparam os quatro primeiros lugares na competição nacional (Alemanha) de habilidades de desenho técnico 2012. A medalha de ouro foi para Mathias Ludyga,19 anos, desenhista técnico que está no terceiro ano de estágio. A prata foi para Christina Muraschkin, 21 anos. Julia Grossmann, 18 anos, ganhou o bronze, seguida de perto por Julia Riek,18 anos, em quarto lugar. “Eu realmente não esperava o primeiro lugar, foi uma grande alegria”, diz Mathias Ludyga. Acompanhado de suas colegas e de seu instrutor Eugen Brenner, ele viajou em novembro para a cidade de Sulzbach, na região de Saarland, onde foi realizada a competição de três dias. Havia uma tarefa por dia a ser executada – “A princípio, estávamos um pouco nervosos”, diz Julia Riek amiga de Mathias Ludyga, “mas o nervosismo passou rapidamente.” Não houve muito tempo para cuidados pessoais ou medo do palco. Os jovens talentos foram diariamente ocupados com suas tarefas – levando em torno de seis horas –, altamente concentrados sob os olhos do júri e da Câmara de Comércio. Algo que não poderia ser 6 | report 1/2013 diferente: “O nível estava muito acima do que nos exames finais”, disse Eugen Brenner. Durante a competição, ele teve a ajuda do seu anjo da guarda e ficou impressionado com a forma sistemática com que os estagiários lidaram com suas tarefas. No início de julho, o medalhista de ouro Mathias Ludyga irá representar a Alemanha no Campeonato Mundial Técnico, em Leipzig. Suas colegas da Voith Christina Muraschkin, Julia Grossmann e Julia Riek irão acompanhá-lo. Isto significa que Ludyga vai seguir os passos de seu instrutor, Eugen Brenner, que também participou do Campeonato Mundial Técnico. Em Atlanta (EUA), em 1981, ele ganhou a medalha de ouro na construção em aço. Mesmo naquela época, ele tinha uma característica que agora está passando para os jovens: a capacidade de trabalhar de forma focada e orientada para objectivos, desde o início. “Dedique-se inteiramente e não relaxe até cruzar a linha de chegada! “, este é também o conselho que ele deu a seus aprendizes durante a preparação para a competição de 2012. E eles certamente o ouviram. // notizen NOTAS Uma só fonte EUA Juntas, elas somam 162 anos de experiência em atendimento ao cliente. E agora elas também operam juntas nos EUA: a Peak Hydro Services e a divisão de After Market da Voith Hydro foram incorporadas, e passarão a usar o nome de Voith Hydro Services. Se por um lado o nome da empresa é novo, permanece a diretriz de continuar prestando todos os serviços possíveis e imagináveis ao cliente do setor de energia hidrelétrica. A Voith Hydro Services repara e faz a manutenção de turbinas, geradores e bombas, além de seus componentes e sistemas completos, substitui componentes antigos, está sempre a postos para atender emergências e sua equipe de especialistas analisa falhas e encontra soluções rapidamente. E a extensão do país não é problema: a Voith Hydro Services está sediada em Chattanooga, Tennessee, e conta com outros escritórios pelo país, como Springfield, Oregon, e York, Pensilvânia. O objetivo é estar sempre próximo dos clientes. // Lola em ação: a balsa Loire utiliza dois Voith Schneider Propeller para cruzar, e fazer manobras de atracação. Seguro até lá NANTES Lola ainda não tem dois anos de idade, mas já viajou muito. Todos os dias, ela viaja entre as cidades de Le Pellerin e Couëron, atravessa o rio Loire, sempre com muitos passageiros a bordo. Estamos falando de Lola, a balsa. Uma balsa de duas pontas, para ser exato. Seu nome ilustre, em homenagem ao filme “Lola, a menina do porto”, de Jacques Demy, foi dado na cerimônia de lançamento, em maio de 2011. E, da Voith, ela também recebeu dois Voith Schneider Propeller (VSP), que garantem que as manobras de atracação e desatracação na margem do rio ocorram da forma mais suave possível. No total, a Voith entregou cinco hélices VSPs ao Conselho Geral de LoireAtlantique, que é o operador de serviço de balsa sobre o rio; cada uma delas foi projetada para atingir 470 Kilowatts e uma velocidade de 8,5 nós (cerca de 16 km/h). Duas hélices VSPs foram destinadas à embarcação irmã de Lola, ainda sem nome, que está em construção no estaleiro e deverá entrar em funcionamento no primeiro semestre deste ano. A quinta hélice VSP permanece disponível como reserva. // Dia e noite MUNDIAL A Voith Industrial Services ampliou seu portfólio com um novo serviço: Grande demais para a oficina? Não há problema! Os especialistas da Voith fazem consertos no local. a On-Site Machining (“usinagem local”) para clientes dos setores de processamento de petróleo e gás, petroquímico, químico e de energia. A empresa agora oferece um serviço 24 horas para execução “in loco”, fazendo reparos de componentes com defeito, como eixos ou flanges danificados, sem a necessidade de remover e transportar as peças quebradas até uma oficina, o que reduz perda e otimiza a utilização dos equipamentos, poupando tempo e dinheiro ao cliente. Isso é possível graças às máquinas-ferramentas móveis e modulares que realizam fresagem, torneamento, trituração e perfuração. Com elas, eixos ou flanges de bombas, compressores, ventiladores e turbinas podem ser trabalhados diretamente no site do cliente. Pode-se, por exemplo, corrigir desbalanceamento decorrente de desgaste. As máquinas da Voith Industrial Services são muito flexíveis, adaptando-se a equipamentos de vários tamanhos e tipos. A máquina é montada em torno da peça que deverá ser processada. Este processo é ainda mais vantajoso para bombas de médio porte, trocadores de calor e reatores. // report 1/2013 | 7 NOTAS NO CAMINHO CERTO, COM CERTEZA HEIDENHEIM O número de acidentes na Voith alcançou uma nova baixa histórica: em um milhão de horas trabalhadas no ano fiscal de 2011/12, no grupo inteiro ocorreram apenas 2,8 acidentes em que um empregado feriu-se tão gravemente que, consequentemente, não pode trabalhar por pelo menos um dia. No ano fiscal de 2010/11, o número foi de 4,7. A comparação de longo prazo dos números absolutos mostra a tendência positiva ainda mais acentuada: em 2006/07 houve 1352 acidentes de trabalho em comparação com apenas 208 em 2011/12. A causa da melhoria é, principalmente, uma campanha realizada em toda a empresa e que envolveu diversos treinamentos e auditorias. “Estou muito orgulhoso de que tenhamos feito progressos nesta área”, diz Hubert Lienhard, CEO do Grupo. Com isso, a Voith alcançou de forma significativa o objetivo, adotado cinco anos atrás, de ter a ocorrência de menos de cinco acidentes por milhão de horas de trabalho. Os gestores do grupo agora querem reduzir esse número, no médio prazo, para menos de dois acidentes. As empresas que atingem esta meta são, em termos de segurança, as melhores empresas do mundo. // Acidentes de trabalho por 1 milhão de horas trabalhadas 22,8 19,4 13,9 6,7 4,7 2,8 2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 Posição de pódio Substituição obvia MUNDIAL Em 2012, a Voith recebeu Europa Acende-se uma luz para a OMV: nos próximos anos, a companhia prêmios em diversos países. Entre outros, a companhia ferroviária alemã (Deutsche Bahn) indicou a Voith para “Fornecedor do Ano 2012” na categoria “Carros”. Os Serviços Industriais do Grupo conquistaram três prêmios: pelo excelente desempenho na área de segurança, no ano passado, o cliente ExxonMobil Production Deutschland concedeu o prêmio “Safety Award 2011”. Nos Estados Unidos, os funcionários da Voith que trabalham na Honda, em Marysville, pela segunda vez tiveram a honra de receber o título de “Fornecedor do Ano”; em 2012, apenas seis dos 4.500 prestadores de serviços do Grupo receberam esse prestigioso prêmio. Por fim, por seu trabalho com diversas montadoras de automóveis no país, a Voith ganhou, na Índia, o “Prêmio de Liderança de Produção” na categoria “Estratégia e Gestão da Produção”. // petrolífera austríaca deverá substituir a iluminação nos postos de venda de combustível de toda a Europa pelo eficiente sistema de energia LED. O conceito de iluminação e o desenvolvimento de produtos foram feitos pela DIW, uma empresa subsidiária da Voith Industrial Services. Nas filiais da OMV, os pontos de luz permanecerão no teto, sendo substituídos por lâmpadas LED de longa duração. Além da eficácia do LED, a OMV também desenvolveu um mecanismo que diminui a demanda de energia para iluminação em até 30%. Como os LEDs não esquentam tanto quanto as lâmpadas tradicionais, os climatizadores nos postos de venda de combustível trabalharão menos. E, apesar de seu menor consumo de energia, a forte iluminação ajuda a realçar a mercadoria nos suportes giratórios concebidos pela DIW. // 8 | report 1/2013 Os novos sistemas de iluminação LED iluminam as lojas de postos de combustíveis da OMV. NOTAS Jovem talento é premiado heidenheim No último outubro, na homenagem anual da Câmara de Comércio e Indústria (IHK) de Ostwürttemberg aos melhores estagiários que se formaram, a Voith Heidenheim teve a satisfação de ver agraciados 26 de seus estagiários. Em 2012, 63 estagiários da Voith em Heidenheim concluíram a graduação. Onze obtiveram nota média de 2,5 ou mais e foram condecorados pela IHK; quinze obtiveram no mínimo 1,4 e receberam um prêmio. Isso significa que, 41% dos candidatos da Voith foram premiados. Os estagiários da Voith conquistaram 16% de todos os prêmios na área coberta pela Câmara, um feito inédito. Hubert Lienhard, presidente do Conselho Diretor da Voith GmbH, participou da solenidade no Schwäbisch Gmünd Congress Centrum. Para ele, deve ter sido uma grande satisfação perceber que os homenageados abrangem todas as profissões ensinadas na Voith Heidenheim: desenhistas técnicos, técnicos em eletrônica, mecânicos industriais, técnicos em mecatrônica, mecânicos de projeto e mecânicos de usinagem, compradores industriais e compradores para comunicação de escritórios. E não apenas na região sudoeste os jovens talentos da Voith comemoraram vitórias: em 2012, em Krefeld, 23 estagiários concluíram seus estudos conseguindo resultados muito bons. Ao contrário de Baden-Württemberg, em Norte-Vestfália, os aprendizes não receberam prêmios ou elogios, mas o resultado final fala por si. A pontuação máxima de uma pós-graduação é 100. Sete dos estagiários da Voith em Krefeld obtiveram mais de 92 pontos, o equivalente a um premio Baden-Württemberg. Outros sete conseguiram de 87 a 92 pontos, o que proporcionaria, na região sudoeste, o recebimento de uma comenda. // Dr. Hubert Lienhard com os estagiários que foram homenageados pela Câmara de Comércio. report 1/2013 | 9 FOCO Caros colaboradores e colaboradoras, A primeira edição da nossa “revista para funcionários da Voith”, ainda no início de 2013, está sendo apresentada. Eu espero que vocês todos tenham iniciado o ano com saúde e uma grande quantidade de energia. Os últimos 12 meses, pelo que me lembro, se passaram com uma velocidade incrível para nós. Não pelo fato de 2012 ter sido um ano muito agitado e difícil para nossa empresa e para todos os colaboradores da Voith. As interferências do ambiente externo não foram fáceis, pois tivemos de lidar com muitos desafios. Principalmente por causa da menor demanda da indústria papeleira, o Grupo teve, no ano passado, um movimento lateral. Os pedidos diminuíram em comparação ao movimentado ano anterior, e o 10 | report 1/2013 faturamento aumentou apenas ligeiramente. Os resultados apresentados têm diminuído, principalmente devido ao custo do programa de reestruturação da Voith Paper. Os resultados globais do último ano fiscal podem e devem nos decepcionar, mas quero enfatizar um ponto: todos os colaboradores da Voith posicionaram-se corretamente em um ambiente muito difícil para a empresa. Nós produzimos, apesar dos muitos desafios, um dos melhores resultados operacionais da história da Voith. Eu sei que, sem o seu empenho pessoal, sua grande lealdade e sua diligência, isso não teria sido possível. Por isso, gostaria hoje de agradecer pessoalmente, em nome do Conselho Diretor, a todos os colaboradores da Voith. FOCO Como será o ano de 2013? É certo que a crise financeira e dívidas do euro, bem como a mudança estrutural fundamental no mercado de ações, vão continuar nos ocupando em 2013. Ninguém pode dizer com certeza como a economia global se desenvolverá ao longo dos próximos meses. No entanto, atualmente, não vejo sinais de cenários de crises extremas, como um colapso do euro ou uma recessão global. Por outro lado, no entanto, distingue-se o fato de que o grande impulso para o crescimento não virá de nossos mercados, mas continuaremos a ter de lidar com uma dinâmica bastante restrita. É nesse contexto que fizemos nossos planos para 2013. Partimos do pressuposto de que este ano também não será fácil para a Voith. Não prevemos um forte crescimento para o grupo em 2013, mas um desempenho estável. A situação continuará tensa, em particular para a Voith Paper. As mudanças fundamentais no mercado de papel e a consequente recessão na indústria papeleira continuarão ser de grande perocupação para nós em 2013. Nosso amplo portfólio, que atende muitos mercados e indústrias, ajudará nesta situação. Podemos dizer que, para todo o Grupo Voith, será uma das nossas principais tarefas utilizar o melhor ritmo de crescimento existente. Há muitas lacunas nos países em que atuamos que podemos preencher, um potencial que deverá ser esgotado em 2013. Nosso objetivo deve ser o de melhorar nossos resultados e estabelecer um desenvolvimento sustentável para a Voith. Uma tarefa importante, neste caso, será a de tornar nossos processos ainda mais enxutos, mais simples e mais eficientes – desde a fabricação até a administração. Por essa razão, lançaremos o OpEx, um programa que futuramente será implentado em toda a empresa, com a mesma abordagem e intensidade, para torná-la mais rápida e eficiente. Peço-lhe, então, que me ajude nessa tarefa e em sua área de trabalho, a fim de mantermos nossos processos e estruturas tão simples quanto possível, e evitar despesas desnecessárias, onde quer que ocorram. Tudo isso serve para atender ao objetivo central: tornarmo-nos ainda mais atraente para nossos clientes; e permarnecermos, indiscutivelmente, o cliente número um para nossos fornecedores. Ajude-nos a desenvolver a empresa. Isso só será possível se você, do seu ponto de vista, abordar de forma aberta a melhor forma de executar as coisas com seus empregados ou supervisores. Mesmo que a economia global seja difícil de prever, temos muito em nossas próprias mãos, muitas coisas que podemos mudar por nossa conta. Nossa história já provou, muitas vezes, que os colaboradores da Voith são capazes de mover montanhas: um exemplo claro, para mim, é a segurança. Em 2006, tivemos 1.352 acidentes e, durante o ano passado, foram somente 208. Isso significa menos 1.144 acidentes graves! 1.144 colaboradores saudáveis. Por que a taxa de acidentes tem diminuído de forma tão clara? Porque nós nos empenhamos com força e de forma consistente. Em 2006, estávamos bem acima da taxa de acidentes dos outros anos. Agora, seis anos depois, estamos no caminho para o topo. Isso mostra que nossa própria força pode fazer grandes mudanças. As condições são favoráveis: a Voith é financeiramente saudável. Somos uma empresa familiar independente, cujos proprietários estão totalmente por trás de sua empresa. Isso nos traz liberdade de negociação. Podemos enfrentar os desafios futuros e, ativamente, operar em uma posição vantajosa. Isso é o que precisamos, e o que vamos fazer em 2013: observar de perto a evolução e, se necessário, responder de forma rápida e decisiva às mudanças do mercado. Com o seu compromisso, sua experiência e sua lealdade vamos superar os desafios à frente. Eu sei que posso contar com o seu apoio para tornar este Grupo ainda mais poderoso, aberto e eficiente em 2013. Estou ansioso para trabalhar com você neste começo de ano e desejo, a você e família, duas coisas: saúde e felicidade. Atenciosamente, report 1/2013 | 11 FOCO | RETROSPECTIVA 2012 A QUALIDADE TRIUNFA O ano de 2012 nos mostrou novamente que o mundo está mudando mais rápido do que nunca, e a Voith está contribuindo para formatar essa mudança, porém, mantendo-se fiel a seus altos padrões. No ano que terminou, a empresa impressionou com inovações, ganhou muitos contratos e prêmios e investiu no futuro. 12 | report 1/2013 FOCO | RETROSPECTIVA 2012 Barragem da usina hidrelétrica UHE Água Vermelha, no rio Grande, Brasil. A Voith recebeu um pedido para recuperar os geradores, turbinas e sistemas eletromecânicos, bem como substituir uma grande parte deles. report 1/2013 | 13 FOCO | RETROSPECTIVA 2012 2 3 FEVEREIRO JANEIRO A Voith assina com a Irkutskenergo – maior empresa privada de energia da Rússia – um contrato para a substituição de seis rotores Francis da usina hidrelétrica de Bratsk, na Sibéria Oriental. Os novos rotores, que possuem um diâmetro de 6 metros e foram projetados para gerar 255 megawatts cada um, serão fabricados pela Voith em St. Pölten. A usina de Bratsk é a maior de seu tipo no rio Angara, na Sibéria. Com capacidade instalada de 4.500 megawatts, a usina fornece energia para a cidade de Bratsk e sua fábrica de alumínio. (1) A SCA Hygiene Products GmbH encomendou à Voith as instalações completas de uma fábrica de papéis tissue. A nova linha Voith TM 5 será instalada na localidade de Kostheim, perto de Mainz. Ela é capaz de produzir cerca de 60.000 toneladas/ano de papel toalha de alta qualidade. (2) 14 | report 1/2013 A Voith Turbo Scharfenberg ganhou um dos maiores pedidos da sua história: a empresa fornecerá 260 máscaras frontais, 260 engates automáticos e 2.070 engates semi-permanentes para o trem expresso ICx da Siemens/Bombardier. Na Deutsche Bahn, o trem ICx deverá substituir gradualmente os antigos Intercitys e Eurocitys, a partir de 2016. (3) Pela primeira vez na história, a Voith pegou um crédito chinês: um consórcio de bancos de Xangai concedeu um empréstimo à Voith de 2,25 bilhões de yuans de renminbi (aproximadamente 270 milhões de euros). Com isso, a empresa ficará mais independente das variações cambiais. Nos próximos anos, a Voith pretende investir cerca de 400 milhões de euros na China e expandir o número de seus colaboradores em torno de 5.000 pessoas. FOCO | RETROSPECTIVA 2012 (1) A Voith produzirá seis rotores Francis para a usina hidrelétrica de Bratsk, na Sibéria Oriental. As unidades serão fabricados em St. Pölten. report 1/2013 | 15 FOCO | RETROSPECTIVA 2012 1 MARÇO No porto da cidade japonesa de Iwaki, o primeiro rebocador marítimo Voith no Japão fez a sua estreia. O navio foi projetado para assistência portuária, operações de manobras, rebocagem e utiliza 2 Voith Schneider Propeller. Além disso, o “Shiano” é o primeiro rebocador com comando totalmente eletrônico. (1) A empresa indiana Bank Note Paper Mill India escolheu a Voith como fornecedora de duas máquinas para produção de papel-moeda para Mysore, Índia. O projeto compreende duas linhas de produção completas, inclusive todos as vestimentas de máquina. Cada uma das máquinas pode produzir 6.000 ton/ano. (2) 16 | report 1/2013 ABRIL A Voith assumiu os trabalhos de reparos globais e manutenção com parada total por seis semanas em uma refinaria em Gelsenkirchen. Até 430 colaboradores trabalharam na reforma mecânica das instalações de óleo bruto e na área de energia, fornecendo cerca de 1.400 horas/homem - sem um único acidente de trabalho e sem vazamentos na fábrica. (3) A Voith recebe um pedido para o fornecimento de 60 Vorecon - variadores de velocidade combinados com redutores planetários, destinados à petrolífera brasileira Petrobrás. Eles serão destinados à extração de óleo Offshore a partir de um dos maiores poços do mundo, localizados na camada do Pré-Sal. FOCO | RETROSPECTIVA 2012 2 3 MAIO Em um fórum do segmento de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH), na cidade austríaca de Zell am See, a Voith apresentou o StreamDiver, uma miniturbina que pode ser instalada em barragens já existentes. O StreamDiver permite gerar energia de forma ecológica em rios de pequeno porte onde não é possível construir usinas hidrelétricas convencionais. A Voith recebeu um dos maiores pedidos individuais da história para o fornecimento de transmissões automáticas Voith DIWA para ônibus da empresa SBS Transit, de Cingapura. 1.000 ônibus de um e de dois andares deverão ser equipados com estas transmissões, e ainda existe a opção de equipar outros 200 ônibus. A utilização em Cingapura se deve ao tráfego intenso, com constante “stop-andgo”, e às condições climáticas extremas, o que exige bastante da tecnologia. A máquina PM 1 da Stora Enso volta a operar em Eilenburg, Saxônia, após a reforma feita pela Voith, – que aumentou a capacidade de produção de papel jornal em cerca de 10%. A Voith Paper anuncia sua reestruturação: devido à queda da demanda para papel gráfico e às baixas perspectivas de longo prazo para máquinas de papel gráfico, a direção decide adotar medidas de adaptação. Particularmente, foram afetados os locais de produção na Alemanha e na Áustria, onde 670 empregos serão eliminados. Demissões desnecessárias serão evitadas, e os cortes de empregos são socialmente aceitáveis. report 1/2013 | 17 FOCO | RETROSPECTIVA 2012 (1) Compromisso total: funcionário da Voith montando uma tubulação em uma usina a carvão, em Mannheim. 18 | report 1/2013 FOCO | RETROSPECTIVA 2012 2 JULHO JUNHO Uma equipe da Voith Industrial Services recebeu um grande pedido para a usina termoelétrica de carvão mineral de Mannheim, que deverá ser modernizada até 2015 através da construção de uma nova unidade de carvão mineral. Os colaboradores da Voith estão planejando, produzindo e montando dutos com um peso de até 2,5 toneladas por metro no resfriador de água principal e secundário. O start-up e a entrega ao cliente serão realizados dentro do prazo estabelecido. (1) Cerca de 500 líderes da Voith vindos de 31 países, discutiram as oportunidades e os desafios futuros durante os três dias da Group Conference 2012, em Heidenheim. Sob o lema “Our Future Starts Now“, a Conferência explorou o tema da mudança pela qual o mundo passará até o ano de 2020, e que papel a Voith pode ter na definição dessa mudança. A Group Conference ocorre a cada três anos. (2) A Voith entrega oito eixos cardan para o sistema de elevação de navios que está em construção na represa das Três Gargantas, na China. Esse sistema é responsável em garantir que os navios possam superar a diferença de altura na barragem, de forma segura e confiável. Com uma altura de elevação de até 113 metros, esse sistema de elevação de navio será o maior do mundo, após a sua conclusão. report 1/2013 | 19 FOCO | RETROSPECTIVA 2012 1 2 AGOSTO SETEMBRO A State Grid Corporation of China, maior companhia de energia da China, encomendou à Voith quatro unidades para a sua usina hidrelétrica reversível localizada em Hongping, no sudeste do país. O contrato supera os 70 milhões de euros. Cada uma das unidades reversíveis produzidas pela Voith terá uma potência de 300 megawatts. Após a primeira etapa da obra, a ser concluída em 2015, a usina gerará um total de 1.200 megawatts. Na foto: funcionário da Voith Hydro de Xangai. (1) Na IAA, a Voith apresentou o conceito tecnológico ElvoDrive – um acionamento serial híbrido para linhas de ônibus. O ElvoDrive pode ser combinado com diferentes fontes de energia e transmite a potência necessária de maneira totalmente elétrica. Ele reduz o consumo de combustível e as emissões e possibilita, por exemplo, rodar nos centros das cidades livre de emissões. (2) Além disso, a Voith recebeu um pedido da empresa Vorarlberger Illwerke AG para a modernização da usina reversível de Kops I, nos Alpes austríacos. O escopo do pedido inclui três turbinas Pelton duplas e componentes dos reguladores. Com a modernização, a potência de Kops I aumentará dos atuais 247 para 276 megawatts. A Voith foi contratada para a modernização da usina hidrelétrica “UHE Água Vermelha”, no rio Grande, Brasil. O valor do contrato é de aproximadamente 80 milhões de euros. A Voith realizará uma manutenção geral nos geradores e turbinas, além dos sistemas eletromecânicos associados, que serão, em grande parte, substituídos. 20 | report 1/2013 A Voith Hydro comemorou o aniversário de 135 anos em York, na Pensilvânia (EUA). Nossa filial de York é um dos maiores produtores do setor hidrelétrico na América do Norte. Por ser a única fábrica especializada na produção de turbinas nos Estados Unidos, a unidade dispõe de seu próprio centro de pesquisas e testes. (3) FOCO | RETROSPECTIVA 2012 3 4 OUTUBRO O inicio das obras para o novo centro de treinamento da Voith em Heidenheim foi celebrado com o lançamento da pedra fundamental. No total, a Voith está investindo 16 milhões de euros no centro de treinamento. A inauguração está prevista para o fim de 2013. Atualmente, a Voith treina cerca de 180 jovens, em 13 profissões. (4) A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, inaugura a usina hidrelétrica de Estreito, localizada no rio Tocantins. A usina possui um total de 1.087 megawatts de potência instalada. Entre outros equipamentos, a Voith forneceu para a usina a maior turbina Kaplan em operação no Brasil, além do sistema de controle Hycon, um produto desenvolvido pela Voith. report 1/2013 | 21 FOCO | RETROSPECTIVA 2012 2 DEZEMBRO NOVEMBRO A relação diplomática entre Alemanha e Índia completou 60 anos, o que foi comemorado pelos dois países na “Indo German Urban Mela”, uma feira realizada em diversas cidades indianas. A Voith foi representada na Urban Mela como “City Partner” (Parceiro da Cidade) de Délhi, com um estande próprio onde apresentou as suas atividades na Índia, dentre elas as da filial da Voith Turbo em Hyderabad, que, em 2012, comemorou seu jubileu de prata pelos 25 anos de existência. (1) Teve início a construção do novo centro de treinamento da Voith na região de Kunshan, no sul da China. O início da obra foi celebrado com o lançamento da pedra fundamental, com a presença de Hubert Lienhard, presidente do Conselho Diretor do Grupo Voith GmbH. A Voith está investindo cerca de 7,3 milhões de euros no novo centro de treinamento, a ser inaugurado em 2014 e que será o maior local de treinamento da Voith fora da Alemanha. Com isso, a Voith pretende suprir a crescente necessidade de colaboradores qualificados na China. (2) 22 | report 1/2013 Em uma conferência de imprensa, a Voith apresentou os resultados relativos ao ano fiscal encerrado. A empresa teve um bom desempenho, apesar do complicado ambiente do mercado, e está apostando no futuro, acima de tudo. Em comparação com o ano anterior, a Voith ampliou os investimentos em 29%, para 272 milhões de euros. A fundição da Voith Hydro em São Paulo recebeu a “Premiação Gestão de Fornecedores Nacionais” como melhor fornecedor na categoria “Matéria-prima”. A premiação é promovida pela Prensas Schuler S/A, a filial brasileira da fabricante de prensas alemã Schuler Group. FOCO | RETROSPECTIVA 2012 (1) O pavilhão da feira “Indo German Urban Mela”, em Dehli, iluminado na noite. report 1/2013 | 23 FOCO | RETROSPECTIVA 2012 SAIR-SE BEM EM UM AMBIENTE DIFÍCIL O ano fiscal passado não foi fácil para a Voith. Os indicadores de desempenho foram positivos, mas a um nível inferior ao do ano anterior. No ano fiscal de 2012, a Voith enfrentou grandes desafios. O faturamento teve um ligeiro aumento, e a entrada de pedidos diminuiu. O desenvolvimento global moderado também se refletiu nos resultados: embora todas as divisões da empresa tenham apresentado os principais resultados positivos, o movimento foi em um nível muito inferior ao do ano anterior. Apesar da difícil situação de mercado em algumas áreas e dos custos de reestruturação da Voith Paper, o grupo alcançou um lucro líquido de 114 milhões de euros em 2012 – consideravelmente menor do que no ano anterior. Mas isso é uma indicação clara da rentabilidade e força da estrutura da Voith. Continuamos a não ter dívida líquida, e a quota de capital próprio aumentou em 4,5%: atualmente, 23,1%. Novos pedidos totalizaram 5,7 bilhões de euros, uma queda de 10% abaixo do forte ano anterior. Há duas razões principais para este declínio: em primeiro lugar, o nível de novos negócios na Voith Hydro voltou ao normal. Em 2011, recebemos vários grandes projetos de hidrelétricas, como, por exemplo, Belo Monte e Teles Pires que, no valor de várias centenas de milhões de euros, não ocorrem todos os O lucro do grupo depois de impostos Total de encomendas € 5.703 milhões € em milhões por divisão 200 121 2009/10 Voith Turbo 27 % Voith Hydro 23 % Voith Paper 31 % Voith Industrial Services 19 % 114 2010/11 2011/12 por região America 27 % Ásia 28 % 24 | report 1/2013 Alemanha 19 % Resto da Europa 24 % Outros 2 % FOCO | RETROSPECTIVA 2012 anos. E em segundo lugar, a situação na Voith Paper deixou claramente a sua marca. Não houve grandes contratos para máquinas de papel gráfico. Este mercado desabou completamente e não vai voltar. Além destas mudanças estruturais, a situação agravou-se devido à desaceleração econômica na indústria de papel. Muitos clientes cancelaram ou suspenderam pedidos já colocados. O faturamento ainda aumentou ligeiramente em 2%, para 5,7 bilhões de euros em 2012. Três das nossas quatro divisões contribuíram para esse crescimento: Voith Hydro ( 7%), a Voith Industrial Services ( 9%) e a Voith Turbo (2%). A Voith Paper sofreu quedas significativas em faturamento no mercado de máquinas de papel gráfico, que não puderam ser compensadas pelas boas vendas de Fabrics & Rolls. Como consequência, o resultado do faturamento da Voith Paper caiu em cinco por cento. No entanto, a Voith Paper ainda contribuiu em 30% na participação no faturamento do grupo, seguida pela Voith Turbo (27%), a Hydro Voith (23%) e Voith Industrial Services (19%). Tanto o faturamento quanto os pedidos estão distribuídos uniformemente nas principais regiões econômicas: América, Ásia, Alemanha e Europa. Isso é bom, e este é um objetivo estratégico que sempre temos em mente. Mesmo que, na era da globalização, a economia mundial esteja cada vez mais interligada e não haja região que possa ser completamente desassociada do clima econômico mundial, vale ainda considerar o seguinte ponto: a distribuição regional uniforme de seus negócios faz da Voith uma empresa estável para diferentes desenvolvimentos econômicos, em diferentes regiões do mundo Em todo o Grupo, no exercício de 2011/12, foram criados 1.636 novos postos de trabalho. O número de empregados aumentou em 4%, para um total de 42.327 pessoas. O maior aumento de colaboradores ocorreu na Ásia, onde todas as divisões da empresa contrataram funcionários num total de 920. Na América do Norte, a força de trabalho cresceu em 460 pessoas. A Alemanha registrou um declínio de 110 funcionários, enquanto o resto da Europa teve um acréscimo de 350 postos de trabalho. Como antes, a maior parte da força de trabalho está empregada na Voith Industrial Services (19.984). Na Voith Paper trabalham 9.819 funcionários. A Voith Turbo tem 6.363 colaboradores e a Voith Hydro, 5.087. A Voith manteve, no ano passado, um alto índice de vagas para estagiários, fornecendo aos jovens uma oportunidade excelente de aprendizado: em todo o mundo, nos anos de 2011/12, foram empregados pela Voith mais de 1.200 aprendizes e estagiários. A receita total 5.724 bilhões de € Total de colaboradores 42.327 por divisão por divisão Voith Turbo 27 % Voith Hydro 23 % Voith Paper 30 % Voith Industrial Services 19 % por região America 27 % Ásia 24 % Voith Turbo 15 % Voith Paper 23 % Outros 3 % Voith Hydro 12 % Voith Industrial Services 47 % por região Alemanha 21 % Resto da Europa 26 % Outros 2 % America 27 % Ásia 13 % Alemanha 41 % Resto da Europa 18 % Outros 1 % report 1/2013 | 25 Rubrik Insight PRÓXIMA parada: futuro Os EUA adoram carros, mas esse grande amor está começando a se desgastar: em certas áreas metropolitanas a mobilidade está em seu limite, devido ao tráfego pesado. Por isso, cada vez mais cidades estão considerando sistemas modernos de transporte público como solução. 26 | report 1/2013 Insight Em grandes cidades como Chicago encontra-se uma conexão inteligente de diferentes sistemas de transporte. O s Estados Unidos são a terra do transporte individual: em nenhum outro país há tantos carros por família –, em média, dois veículos. O carro é uma expressão da liberdade pessoal e o meio de transporte escolhido para fazer compras, lazer, viagens, e, claro, para ir ao trabalho – 85% dos norte-americanos vão para o trabalho com o seu próprio carro e passam horas em engarrafamentos cada vez maiores das grandes cidades. Motivo suficiente para que os líderes Passageiros no Highliner, trem que faz parte do sistema de trânsito Metra, em Chicago. políticos recoloquem o assunto em pauta. Muitas cidades estão promovendo o transporte público e têm introduzido no mercado urbano os chamados VLTs - veículos leves sobre trilhos, comparados aos sistemas ferroviários vistos na Europa. A Voith fornece a tecnologia necessária para manter o mercado em movimento. Um mercado que ainda é jovem. Em 1981, San Diego tornou-se a primeira cidade dos Estados Unidos a adotar um sistema ferroviário moderno, agora são 34 em todo o país. Os sistemas ferroviários urbanos ainda representam somente 4,7% das viagens no transporte urbano, mas vêm crescendo de maneira constante.“ O tráfego em muitas cidades simplesmente atingiu o limite”, diz Kevin Simms, vice-presidente da divisão ferroviária da Voith Turbo em York, Pensilvânia, “e os sistemas ferroviários são muitas vezes as soluções mais eficientes e eficazes. Eles podem ser bem integrados report 1/2013 | 27 Insight à infraestrutura existente e o investimento inicial é relativamente baixo, porque não há a necessidade de construção de túneis”. Os municípios podem investir, de uma só vez, em uma frota com tecnologia de ponta da Voith. Atualmente, os sistemas ferroviários de nove cidades americanas utilizam veículos Siemens S70, que têm as transmissões fabricadas e entregues pela Voith, em Heidenheim. Um desses sistemas é o San Diego Trolley, que deu início, há mais de 30 anos, à era do transporte ferroviário moderno nos EUA. Diariamente, ele é utilizado por 94.300 passageiros, o que o torna o sexto sistema VLT em número de passageiros de todo o país. O transporte é muito popular também em outras cidades: “Toda vez que um novo sistema de trens leves entra em operação nos EUA, o número de passageiros geralmente se revela muito maior do que o esperado”, diz Simms. O alto nível de aceitação entre a população mostra que a expansão dos sistemas de transporte ferroviário tem futu- Shane Weaver (esquerda) Lawson e Mike na Voith em York, onde os eixos de transmissão são montados e testados. 28 | report 1/2013 ro e por isso Kevin Simms é otimista. Ele prevê um crescimento acentuado da Voith nos próximos dois anos, pois o momento está bom em termos de pedidos, e não só para componentes do sistema ferroviário. “Atualmente, estamos trabalhando em um pedido de 656 transmissões para os novos trens da Metra, o sistema de trânsito de Chicago”, diz Simms. As novas transmissões Voith são montadas e testadas em York onde 150 colaboradores asseguram que as peças atendam a alta exigência da Metra. Além disso, a Voith atualmente desenvolve eixos de transmissões e conjuntos completos de rodas para 364 vagões, que visam substituir a frota antiga do metrô de Washington D.C., inclusive com opção para mais 392 veículos. A montagem e os testes em série também são feitos em York. Simms está particularmente orgulhoso com o pedido: “somos a primeira empresa a introduzir um sistema de dissipação de energia para veículos ferroviários nos EUA e, portanto, defini- mos novos padrões de segurança”. Em York, a Voith produziu 234 embreagens e elementos laterais de absorção de energia para 117 trens. Eles serão entregues ao operador da rede Metrolink, na Grande Los Angeles. A viagem em trens metropolitanos é, ainda hoje, mais seguro e mais confiável do que em automóveis particulares. Os passageiros do primeiro bonde do mundo, que começou a funcionar em 1832, tinham que lidar com paradas devido à fome ou ao cansaço, pois os bondes eram puxados por cavalos. O local da estreia foi nada mais, nada menos do que a cidade de Nova York, que, depois, tornaria-se a cidade do automóvel. // James Michonski durante a montagem final das transmissões. Insight Ainda há muito a ser feito Desde 1º de julho de 2012, Carsten J. Reinhardt é membro do conselho administrativo do grupo Voith GmbH e CEO da Voith Turbo. Nesta entrevista, ele, que tem 45 anos de idade, fala sobre seus primeiros meses e seus planos para o futuro. Reinhard, como foi sua adaptação à Voith? Carsten Reinhardt Os primeiros meses foram muito emocionantes. Desde a minha chegada, em julho, eu viajei muito para aprender sobre a nossa organização global, nossas pessoas, produtos e clientes. Eu já pude reunir insights profundos, vindos de nossos locais na Alemanha, na China, no Brasil, nos EUA e na Índia. Em todos os lugares, conheci pessoas fascinantes. Em poucas palavras, como você resumiria suas recentes impressões sobre a Voith Turbo? Com presença em tantos mercados e setores diferentes, a Voith Turbo é muito ampla. Isso é bom! Nosso modelo de negócios também traz consigo uma complexidade que devemos dominar. É realmente impressionante o crescimento conquistado por nossa divisão nestes últimos anos. Nossos produtos são únicos e têm demanda mundial. Nossos funcionários estão ligados à “sua Voith” com o máximo empenho e paixão. Quais são seus planos para 2013? O que está no topo da sua agenda? Para mim é importante estarmos juntos novamente e nos concentrarmos totalmente no negócio e em nossos clientes. Em curto prazo, vamos fazer de tudo para cumprir as previsões do exercício 2012/13 neste difícil ambiente do mercado. Ao mesmo tempo, queremos garantir o sucesso da Voith Turbo ao longo prazo. Queremos continuar a crescer e proteger nossa rentabilidade ao longo prazo; em 2013, vamos começar o nosso “programa de sucesso” para os próximos anos. Como é esse programa de sucesso? Junto com meus colegas do Conselho da Voith Turbo, lançamos o programa “VT2020”. Com o “VT2020”, aumentaremos nosso crescimento através de uma presença ainda mais forte nas regiões em crescimento do mundo, através do desenvolvimento de mais produtos inovadores e da Carsten expansão de nosso negócio de serviReinhardt é engenheiro ços. Ao mesmo tempo, queremos graduado (FH) e melhorar a nossa competitividade mestre em ciências aprofundando nossas atividades da engenharia automotiva. Ele tem 20 OPEX, reduzindo especificamente anos de experiência nossos custos de materiais e fortaleem gestão internacendo nosso portfólio de produtos, cional. além de continuar expandindo nossa confiabilidade em termos de qualidade e de entrega. Além disso, é uma questão de otimização de nossas despesas administrativas. Como você faz isso? Decidimos realizar nosso programa com colaboradores experientes da Voith Turbo de todas as divisões e sem apoio externo. Na primeira fase, nós observamos os pontos fortes e fracos das diferentes áreas e estabelecemos metas para o futuro. Agora, queremos instalar o programa com solidez em nossas empresas e regiões e começar a implementar. Qual a sua mensagem para os funcionários da Turbo para 2013? Talvez você conheça o ditado: “quem deixa de querer melhorar, deixa de ser bom”. Vamos, juntos, trabalhar ativamente para um futuro de sucesso! // report 1/2013 | 29 Insight Uma embalagem para o mundo inteiro 30 | report 1/2013 O papelão ondulado é o material mais estável e padrão para caixas de mudanças e de transporte de mercadorias em todo o mundo Insight O papel é a matéria-prima para embalagens de todos os tipos, que protegem as mercadorias. Por isso, a demanda mundial por papel ondulado e cartonagem aumenta continuamente. No dia 20 de fevereiro de 1872, teve início nos EUA, ainda que sob condições adversas, a história de duas instituições que viriam a ser conhecidas mundialmente. Em Nova Iorque, a abertura do Metropolitan Museum of Modern Art (até hoje um dos mais importantes museus do mundo) ofusca o ex-oficial naval Luther Childs Crowell, que recebe a patente nº 123.811 para uma máquina. Embora o produto fabricado pela máquina não pudesse competir com a exclusividade das peças de arte em exposição, ele adquiriria uma grande importância para muitas pessoas: sacos de papel para embalagens de produtos alimentares e do dia a dia. Desde então, o saco de papel marrom tornou-se um clássico, com exposições próprias. Mas a gama de embalagens modernas que se baseia no milenar papel cresceu de maneira imensurável. Não há quase nada que não seja empacotado em papel: produtos alimentares, medicamentos, presentes, artigos de luxo, produtos do dia a dia, peças de motores, máquinas de lavar e utensílios domésticos. E, para as diferentes aplicações existem também os mais diferentes tipos de papel, dentre os quais se destacam dois desenvolvimentos: de um lado a demanda de papel liner e miolo para serem convertidos em papelão report 1/2013 | 31 Insight ondulado, que cresce continuamente, uma vez que ele desempenha uma função cada vez mais importante no transporte mundial de mercadorias e na embalagem de alimentos. Por outro, cresce a demanda por papel cartão com impressão de qualidade, que é usado, por exemplo, em embalagens rotuladas de alimentos ou em caixas dobráveis; e, cada vez mais, em embalagens de produtos nobres, como perfume ou joias. Seja qual for a necessidade dos fabricantes de diferentes tipos de papel, a Voith desenvolve tecnologias e máquinas para todos os segmentos. Por exemplo, os fabricantes de papel ao redor do mundo utilizam máquinas Voith para produzir as várias camadas do papelão ondulado. A camada exterior é conhecida como testliner quando é feita a partir de aparas de papel e kraftliner quando fibras virgens são predominantemente utilizados. “Fibras virgens são mais estáveis do que papel recliclado”, diz Thomas Ristl, chefe do processo de gerencia- mento de produtos da Voith Paper. “Por isso, o kraftliner é importante principalmente em embalagens de segurança de mercadorias mais pesadas, como na indústria automotiva, por exemplo, em que é necessário transportar peças de motores e de transmissões de uma fábrica para outra.” O miolo ondulado do papelão ajuda a estruturar e manter a distância entre as duas camadas exteriores, impedindo que elas se rompam em um empilhamento de caixas. A demanda por papelão ondulado continua a crescer. De acordo com um estudo da empresa de consultoria Smithers Pira, o consumo mundial em 2011 foi de 102 milhões de toneladas. Até 2017, deverá crescer cerca de 27 %, ou aproximadamente 130 milhões de toneladas. Como causa mais importante, os analistas consideram os crescentes fluxos globais de mercadorias, para os quais se exigem embalagens de transporte. A Smithers Pira nota uma tendência de crescimento semelhante do papel cartão: a Seja de papel cartão elegante ou de papelão ondulado: As máquinas de papel Voith produzem a matéria-prima para todos os tipos de embalagens. 32 | report 1/2013 principal causa decorre das necessidades do consumidor tipicamente urbano, que compra cada vez mais produtos congelados e pratos prontos em embalagens de cartão, porque economizam tempo. “O papel cartão é um produto que pode ser impresso, estampado, revestido e aplicado em todas as formas possíveis; com isso, o papel cartão se presta à embalagem de cosméticos, produtos de saúde, cigarros ou produtos alimentares”, diz Thomas Ristl. O papel cartão é fabricado a partir de fibras virgens ou papel reciclado e se compõe, como o papelão ondulado, de várias camadas, com diferentes características. A Voith desenvolveu uma tecnologia que ajuda a minimizar a utilização de matéria-prima branqueada (e mais cara) na camada externa: o DFCoat. “Trata-se de um agregado de revestimento em cortina que, tal como uma cascata de água, é distribuído uniformemente sobre o papel, podendo assim substituir uma camada de fibras branqueadas”, diz Ristl. As muitas possibilidades para refinar e personalizar o papel cartão tornaram esse material interessante também para os fabricantes de bens de consumo de alta qualidade. Marcas como Tommy Hilfiger ou Marc O’Polo fazem de suas embalagens de cartão para perfumes, pequenas obras de arte; acompanhando a forma do frasco, as embalagens têm um brilho metálico, apresentam cunhos e estampas e, ainda, são estáveis. O fabricante de máquinas fotográficas Leica apresentou sua câmera compacta X1 em um papel cartão preto-fosco e cintilante, cuja estética justifica o preço de compra: 1.500 euros. Uma pechincha quando comparada com outros artigos de luxo, em que a embalagem em si já é o produto. Em 2012, a grife Jil Sander apresentou o mais caro saco de papel do mundo, por 290 dólares. O que Luther Childs Crowell teria achado disso? // Insight A diversidade é uma meta fundamental da Voith. A empresa também quer expandir o número de mulheres em posições de liderança. A MISTURA CERTA MUNDIAL Estudos internacionais mos- tram que empresas que apostam em um quadro de funcionários heterogêneo vencem os desafios do mundo globalizado com maior sucesso. Por isso, a Voith iniciou um abrangente programa denominado “Diversity & Inclusion” (D&I), ou Diversidade e Inclusão. A Diversidade consiste em garantir variedade e heterogeneidade. O objetivo do programa é tanto respeitar a diversidade dos colaboradores como promover o potencial que existe em um quadro de funcionários multifacetado e diversificado. E é justamente isso que vem com o termo “inclusão”: a diversidade e as diferenças são reconhecidas e vistas como oportunidades. A diversidade e a inclusão estão sendo analisadas no presente momento nas diversas regiões em que a Voith opera. Roland Münch, membro do Conselho de Administração Corporativo e presidente do Conselho de Administração da Voith Hydro, é o “patrocinador mundial” do projeto. Na entrevista a seguir, ele explica essa iniciativa. Roland, porque a Voith precisa de um programa de D&I? Inúmeros estudos comprovam as vantagens da D&I para as empresas. No entanto, já no início do nosso trabalho neste projeto, procuramos entender quais as vantagens que um programa de D&I traria especificamente na Voith. Por isso, em primeiro lugar definimos qual seria o foco da análise. Também foi importante entendermos as diferenças regionais dentro da empresa. Como está evoluindo o projeto? Já designamos gestores e patrocinadores da D&I para cada região. Agora eles estão avaliando os números, dados e fatos, discutindo com os colaboradores e líderes em grupos de foco e trabalhando as primeiras ideias. Dr. Roland Münch, presidente do Conselho de Administração da Voith Hydro, é responsável pelo Programa Mundial de Diversidade e Inclusão. Paralelamente, entrevistamos colaboradores de todas as regiões de maneira anônima. Os resultados dessa análise estão sendo avaliados, e estamos planejando as primeiras ações. Mas de uma coisa já temos certeza: a D&I é relevante para a Voith. Estamos convencidos de que vale a pena consolidar a D&I em nossa cultura empresarial. Como a diversidade será, de fato, promovida na Voith? Daremos liberdade para a formulação e a implantação de metas às diferentes regiões, pois nossa análise mostrou que cada região tem diferentes abordagens e prioridades em relação à D&I. Como não existe uma receita única para a D&I, levaremos essas variações em consideração. Isso não significa que vamos deixar as regiões sozinhas durante a implantação; ofereceremos todo o suporte para que elas possam desenvolver cada projeto regional com sucesso, e para isso trabalharemos em estreita cooperação com elas. report 1/2013 | 33 No Local Sempre algo na reserva As usinas hidrelétricas reversíveis são as baterias da revolução energética. Elas conseguem armazenar a energia produzida por usinas eólicas e solares e atender a picos de demanda, contribuindo assim para a estabilidade e a segurança do fornecimento da energia em redes sensíveis. E 14 de novembro de 1908, em Heidenheim, entrava em operação a primeira usina hidrelétrica reversível da Alemanha. Naquela época, contudo, ninguém a chamaria assim, já que, em realidade, ela havia sido construída para equipar um laboratório de pesquisa de turbinas hidráulicas montado por Friedrich Voith. O filho do fundador da Voith era um homem visionário, não há dúvida. Apesar disso, ele provavelmente não sabia que o princípio por trás daquela instalação viria a constituir, 100 anos mais tarde, a base de um dos tipos de usina mais promissoras do futuro. As usinas hidrelétricas reversíveis têm uma longa história mas, mais do que isso, elas têm um grande futuro associado ao surto de crescimento de geração de eletricidade a partir de energias renováveis no mundo. As usinas reversíveis constituem a tecnologia mais conveniente, tanto do ponto de vista econômico como técnico, para se armazenar a eletricidade produzida por fontes de energia como a eólica e a solar. Além disso, elas também desempenham um importante papel na estabilização e na segurança do abastecimento das redes, já que seu potencial pode ser utilizado rapidamente. Essas vantagens decorrem da forma como essas usinas hidrelétricas funcionam: quando há excedentes de eletricidade, as turbinas bombeiam água para o reservatório superior da usina; e quando há grande demanda de eletricidade, a água escoa de volta para as turbinas, gerando eletricidade. E a Voith faz a sua parte para garantir que as usinas reversíveis possam operar de forma confiável: a empresa fornece toda a tecnologia para novas usinas reversíveis, bem como moderniza e recupera instalações existentes em todo o mundo. Um dos projetos mais recentes é um pedido feito à Voith pela maior companhia de energia da China, a State Grid Corporation of China. A Voith fornecerá quatro unidades, cada ELETRICIDADE VERDE PARA A FERROVIÁRIA A central hidrelétrica reversível de Langenprozelten, em Gemünden (baixa Franconia) no distrito de MainSpessart tem uma tarefa específica: fornecer eletricidade exclusivamente para a rede autárquica da Deutsche Bahn (DB). A central hidrelétrica atende principalmente a picos de carga, resultantes das fortes variações de demanda da rede DB, que se eleva especialmente em feriados. O coração de Langenprozelten se compõe de duas 34 | report 1/2013 turbinas-bomba da Voith, que operam de forma confiável desde 1976. Porém, mesmo a mais robusta das tecnologias precisa, um dia, ser recondicionada. Por isso, a Voith começou a reparar os geradores em agosto de 2012. Uma serviço de muita responsabilidade, pois, enquanto uma das máquinas, de 700 toneladas, continuava girando, a outra foi desmontada e remontada com a mesma rapidez – o que só é possível de ser feito por quem está minuciosamente familiarizado com os planos de projeto de uma máquina exclusiva e única. “Ainda que a máquina tenha sido construída há mais de 40 anos, nós conhecemos até hoje cada detalhe”, diz Alexander Schechner, líder de manutenção da Voith Hydro. O conhecimento valeu a pena: pontualmente no Natal, ambos os geradores estavam novamente prontos para continuar a operação e atender ao tráfego. // No Local A água armazenada na represa de Kops, no vale de Montafon, move as turbinas das usinas reversíveis de Kops I e II. report 1/2013 | 35 No Local A Deutsche Bahn, empresa ferroviária alemã, utiliza uma rede elétrica própria para alimentar seus trens. 36 | report 1/2013 uma com 300 megawatts de potência, para a central hidrelétrica reversível de Hongping, no sudoeste do país. Na primeira etapa de expansão, a ser finalizada em 2015, a usina reversível terá uma capacidade de 1.200 megawatts. Já quando a expansão for concluída, a geração de Hongping será de até 2.400 megawatts, o que a colocará entre as maiores usinas reversíveis do mundo. Essa é a mesma potência gerada pela usina reversível de Guangzhou, localizada na província de Guangdong, e que já opera com quatro turbinas fornecidas pela Voith. “Na China, nossas tecnologias fazem uma contribuição significativa para a garantia do abastecimento de energia e a preservação de recursos. Assim, a empresa está ajudando a promover o desenvolvimento contínuo do país no que tange a energias renováveis”, afirma o Dr. Roland Münch, presidente do Conselho de Administração da Voith Hydro. Também na Europa, a maioria dos países está se focando em energias verdes e usinas reversíveis no longo prazo. Nos países europeus da OECD, está sendo construído e planejado um total de 76 usinas reversíveis. E a Voith observa esse desenvolvimento com atenção. Nas palavras de Roland Münch: “Nós acreditamos que a proporção de usinas reversíveis no mercado de energia hidrelétrica como um todo aumen- tará de forma significativa, de aproximadamente 3% para 7%. Dessa forma, as futuras oportunidades para a Voith continuarão muito atraentes nesse segmento”. Para isso, a empresa pode contar com as experiências de projetos recentes e bem-sucedidos. Um exemplo é a recuperação da central hidrelétrica reversível de Rodund II, em Vorarlberg, na Áustria. Em julho de 2009, um incêndio paralisou toda a operação dessa usina, e já em fevereiro de 2012 a usina voltou a operar com uma turbina-bomba de 295 megawatts de potência e um gerador de 345 megavolt-ampéres fornecidos pela Voith. A operadora, a empresa Vorarlberger Illwerke AG (VIW), há muito tempo mantém uma relação de confiança com a Voith. Um exemplo disso é que a Voith forneceu três conjuntos de máquinas para a central hidrelétrica de Kops II, a maior usina reversível em caverna do mundo. Além disso, há alguns meses a empresa recebeu um pedido da VIW para ampliar e modernizar a usina reversível de Kops I. O valor desse contrato é de aproximadamente 16 milhões de euros. Um valor como esse certamente teria deixado contente o pioneiro da usina reversível, Friedrich Voith, já que, além de tudo, ele também era um grande homem de negócios. // No Local | Serie O especialista na Voith O clã de engenheiros este é o título da nova série de reportagens da Voith Report sobre colaboradores que se tornaram especialistas de renome em suas áreas. A história do primeiro deles com a Voith vai muito além da simples relação profissional. Thomas Scherb, gerente do Innovation Center, em São Paulo. O que distingue nossos colaboradores dos da concorrência? Para Thomas Scherb, a resposta é clara: “competência, motivação e perseverança”. Três características que também se aplicam ao brasileiro, que tem 49 anos de idade, e que são a razão para que ele esteja no comando do Innovation Center em São Paulo desde 1998, onde está o coração da pesquisa e desenvolvimento da Voith no domínio dos produtos de papel para a higiene, como lenços de papel, toalhas de papel ou guardanapos. Thomas Scherb estabeleceu e influenciou o Think Tank. Sob a sua égide, foi desenvolvida a exclusiva e mundialmente conhecida tecnologia ATMOS, que possibilita a produção de papel tissue premium, muito macio e absorvente, com fibras virgens ou 100% recicladas. A inovação traz vantagens econômicas para o cliente pois reduz o consumo de fibra em até 30% e o de energia em até 50%, em comparação a tecnologias similares existentes. Porém, até o processo atingir a excelência, todos os participantes tiveram que suar muito a camisa. “Nos sete anos de desenvolvimento, tivemos que lidar com muitos contratempos”, disse Thomas Scherb, “mas o esforço foi finalmente recompensado. E o longo caminho até o lançamento no mercado deixou mais uma vez claro o que é a coisa mais importante que aprendi na Voith: sozinho não se consegue absolutamente nada, mas com uma equipe na qual todos dão o seu melhor, tudo é possível”. Thomas Scherb fala com a experiência de quem tem 25 anos de trabalho na Voith – ele nunca teve um outro empregador, e por uma boa razão: “eu permaneci todos esses anos na Voith porque sou feliz em trabalhar em uma empresa que persegue tão persistentemente a inovação e a criatividade, e onde a excelência é sempre uma obrigação.” No início de sua carreira, em 1987, Thomas Scherb cresceu como estagiário na Voith Paper em São Paulo; em 1991, passou dois anos em Heidenheim, onde desenvolveu o sistema ModuleJet OnQ com controle de diluição. Não precisou aprender alemão, pois fala a língua fluentemente. Seu avô, Dr. Otto Scherb, veio da Áustria e participou ativamente da elaboração da fábrica da Voith no Brasil. A tradição continua: o pai de Thomas Scherb, depois de se formar, fez um estágio em Heidenheim, na Alemanha, onde conheceu sua esposa alemã e levou-a para o Brasil. “Nossa história familiar está intimamente ligada à empresa”, diz Scherb; “pode-se até dizer que ela não existiria sem a Voith. E o entusiasmo pela tecnologia está no nosso sangue – para mim sempre esteve claro que eu seria um engenheiro”. // report 1/2013 | 37 No Local ALTA TECNOLOGIA PARA A CAÇA AO TESOURO Em meio ao oceano, a 7.000 metros de profundidade a Petrobrás enfrentará um grande desafio com a ajuda da tecnologia Voith. Se você voar de helicóptero do Rio de Janeiro para o Atlântico, não verá nada além de. água por centenas de quilômetros. Porém, de repente, surgem construções enormes no meio do mar, com guindastes com lanças, torres vermelhas e brancas e helipontos. Estas são as plataformas flutuantes, usadas pela Petrobras para fazer a extração de óleo a partir de depósitos na assim chamada camada do Pré-Sal, no subsolo marinho. Existem vários campos de petróleo em uma área de cerca de 800 km de comprimento por 200 km de largura ao longo da costa brasileira, que, nos próximos anos, transformarão o país em um grande produtor de petróleo. Estima-se um total de cerca de 50 bilhões de barris de matéria-prima. A escalada de produção de petróleo em alto-mar (off-shore) ganha importância mundial: um em cada três barris dos quase quatro bilhões de toneladas de petróleo bruto extraídos em 2011 já vieram de depósitos afastados do continente, e essa tendência é crescente. O petróleo é uma necessidade urgente, porque a demanda global por energia está crescendo 1,3% ao ano, segundo a Agência Internacional de Energia. A demanda pressiona os preços para cima, o que viabiliza a produção off-shore, tecnicamente mais complexa. Graças à tecnologia moderna, hoje vale a pena promover a extração em depósitos de difícil acesso, cuja exploração, até recentemente, não era rentável. Para tanto, brocas serão inseridas a milhares de metros de profundidade, onde a temperatura aproxima-se do ponto de congelamento. As brocas devem penetrar quilômetros de crosta espessa de rocha para alcançar o petróleo. Elas são dirigíveis e capazes até mesmo de cavar horizontalmente na rocha, ou em curvas, para desviar de camadas 38 | report 1/2013 São Paulo Brasil Os campos de petróleo No caminho para o topo No meio do Atlântico, a centenas de quilômetros da costa do Brasil, a Petrobrás descobriu vários campos de petróleo na chamada camada pré-sal. Especialistas estimam que estes depósitos estejam entre os mais ricos da terra. Com base na produção de petróleo offshore, o Brasil será, nos próximos anos, um dos maiores produtores de petróleo do mundo. Mais informações sobre a produção de petróleo no Pré-sal sob www.petrobras.com Montagem do Vorecon em Crailsheim: Ao fundo, dois mecânicos industriais Manuel Drescher e Anke Weible, à frente os designers Igor Wedel e Eric Schill com Frazdilon Duarte (da esquerda). No Local rochosas especialmente duras. Nesse processo, ocorrem extrema pressão e altas temperaturas – uma grande responsabilidade para a tecnologia, principalmente na costa do Brasil, onde o óleo encontra-se enterrado até sete mil metros abaixo de pedra, água e sal. A Voith dá sua parte de contribuição tecnológica para enfrentar o desafio: atualmente, estão sendo produzidos, em Crailsheim e em São Paulo, 60 Vorecon – variadores de velocidade combinados com redutores planetários – que entrarão em ação em embarcações especiais ao longo da costa brasileira. Essas pequenas fábricas separam a mistura de petróleo, gás e água bombeada em seus componentes. O óleo é armazenado em navios, o gás é comprimido e bombeado de volta às profundezas, para uso posterior – uma inovação, pois até então o excesso de gás era fre- quentemente queimado. Esta nova abordagem só é possível graças ao Vorecon Voith: é possível controlar a velocidade dos compressores e garantir sempre a pressão certa. Os grandes variadores foram projetados para as condições adversas no Atlântico, sendo robustos, compactos e praticamente indestrutíveis. E é bem possível que, ao longo prazo, as 60 unidades produzidas para a Petrobras tenham mais o que fazer: a petrolífera quer investir mais de 270 bilhões de dólares, até 2020, na produção off-shore e na exploração e desenvolvimento das reservas de petróleo da camada do Pré-Sal. // report 1/2013 | 39 No Local Rubrik De mãos dadas com o sucesso A Voith Industrial Services conta com especialistas em diferentes áreas, interessados em compartilhar seus conhecimentos com os colegas de outros sites – como acontece agora, em que promovem a formação de uma forte equipe para a nova fábrica de uma montadora de automóveis. 40 | report 1/2013 No Local O mecatrônico Boldizsár Habran (à esquerda) e o eletricista Zsolt Funcionário da Voith Szabó, funcionário da Voith na fábrica da Daimler em Kecskemét. E m novembro de 2010, Jörn Brand aceitou um dos maiores desafios de sua vida profissional: antes, gerenciava a limpeza técnica da Voith Industrial Services na fábrica da Daimler em Untertürkheim; desde então, assumiu o desafio de trabalhar, nos próximos 2 anos, para que a Voith possa ajudar o cliente Daimler a construir a nova fábrica da Mercedes-Benz em Kecskemét, Hungria. A Daimler planeja produzir, dentre outros modelos, o novo Classe B e contratou os serviços industriais da Sociedade Húngara da Voith Industrial Services. Para fazer um trabalho de qualidade, a Voith irá aprimorar seu know how na Hungria e entender melhor as necessidades do cliente. Para isso, vieram para Kecskemét especialistas de outras unidades da Voith, que estão familiarizados com grandes clientes, a fim de compartilhar seus conhecimentos com os colegas húngaros, como uma espécie de “mentores”. O modelo de patrocínio sem fronteiras da transferência de conhecimento mostrou-se eficiente para novas encomendas. Executivos como Jörn Brand trabalham no plano operacional e montam uma equipe de profissionais para trocar experiências com o pessoal da nova unidade, tornando os colegas autoespecialistas. “No entanto, nunca houve tantas áreas de trabalho e locais envolvidos como em Kecskemét”, diz Jörn Brand. Os mentores vêm de Sindelfingen, Kirchseeon, Rastatt, Bratislava eslovaca, Polkowice, na Polônia e Győr, na Hungria. Mas, antes do grande lançamento, Jörn deve executar um trabalho básico juntamente com dois funcionários: montar um escritório, comprar materiais e equipamentos e encontrar pessoal para trabalhar. A Daimler vai colo- cando as instalações e equipamentos da nova fábrica em funcionamento enquanto o mentor insere seus novos funcionários nas diferentes áreas especializadas. Os novos colegas aprenderam a operar o sistema de transportadores da sala principal, o depósito central de carroceria e a montagem final, além de zelar pelas tecnologias de utilidades da planta. Depois da abertura oficial das instalações em março de 2012, será adicionada a limpeza técnica na linha de pintura, robôs e máquinas de solda. Nesse mesmo ano, o Classe B já estará sobre a esteira de produção. A limpeza técnica das linhas altamente sensíveis é particularmente desafiadora. Praticamente todos os mentores da Voith vieram da fábrica da Daimler em Sindelfingen. Por meses, entraram em ação para transmitirem seus conhecimentos: como o robô usa gelo seco para se livrar completamente da sujeira? Como a linha de pintura deve ser limpa? Que recursos especiais existem na operação do equipamento de limpeza? Existem, ainda, barreiras linguísticas. Sandor Farkas, de Kecskemét, braço direito de Brand, lembra: “no início, a comunicação foi complicada, mas com o passar das semanas começou a melhorar.” E Brand acrescenta: “Por isso, temos tomado muito cuidado, para transmitir com clareza os conhecimentos, através de frequentes demonstrações, exercícios práticos, perguntas e respostas, além da revisão dos exercícios práticos e de melhorias”. O húngaro Viktor Mato, sucessor de Brand, o acompanhou por três meses. Agora, há um núcleo bem definido com cerca de 220 funcionários locais, que executam todo o processo. O trabalho foi concluído com êxito e o patrocinador Jörn voltou para a Alema- Kecskemét Hungria Assistência à reconstrução, na Hungria Desde 2012, a Daimler produz na cidade húngara de Kecskemét seu carro Mercedes Classe B. A Voith tem acompanhado o desenvolvimento dos trabalhos desde novembro de 2010, e apoiado seu antigo cliente Daimler com a indústria de numerosos serviços. Entre outros, a Voith assumiu a remoção, limpeza de neve, paisagismo e serviços de zeladoria, limpeza técnica de máquinas e equipamentos, manutenção de sistemas de transporte e gestão de edifícios técnicos. nha. Ele agora gerencia para a Voith a filial de Sindelfingen, mas permanece sendo o “patrocinador principal” de Kecskemét e já planeja algo novo: “estamos convidando as pessoas da Hungria para virem a Sindelfingen e continuarem a sua formação aqui”. E já existe a próxima edição do modelo de colaboração da Hungria: não só para os colegas da Alemanha, mas também para Viktor Mato e sua equipe, que estarão juntos – pois eles mesmos são mentores do conhecimento. Mato afirma que “a relação entre nós e os nossos colegas alemães continua. Juntos, ganhamos mais experiência e compartilharemos o nosso conhecimento com os novos colegas de Kecskemét. Isso é extremamente motivador para a minha equipe”. // report 1/2013 | 41 Marcos Quanto mais difícil, melhor Não importa quão incomuns e desafiadoras sejam as necessidades dos fabricantes de veículos rodoviários e ferroviários, os engenheiros da Voith Engineering Services de Chemnitz sempre encontram uma solução. O pedido da Changchun Railway Vehicles (CRC) da China vem bem ao gosto do Dr. Volkmar Vogel, diretor da Voith Engineering Services GmbH, em Chemnitz: os especialistas da Saxônia poderiam construir uma linha completa de bondes elétricos de piso baixo para a metrópole chinesa de Shenyang... no prazo de nove meses? “Tive que engolir a seco”, diz Vogel. “Geralmente, algo assim leva pelo menos um ano e meio.” Mas o pessoal da Engineering Services, que faz parte da Voith Industrial Services, encontrou uma solução criativa. Enquanto os trabalhos de construção dos engenheiros são executados, as primeiras peças do veículo já vão sendo construídas. A fim de cumprir o prazo, estão trabalhando de modo paralelo no que, normalmente, é feito em sequência. E ele convida os engenheiros da CRC para cooperação imediata com a Saxônia. Assim, às vezes trabalham no projeto até dez especialistas da China junto com 40 colegas da Alemanha. Os funcionários de Chemnitz estão acostumados a grandes desafios. Os fabricantes de veículos automoto42 | report 1/2013 res e veículos sobre trilhos confiam à Engineering Services toda a cadeia de geração de valor, do desenvolvimento, cálculo e planejamento à montagem dos protótipos. Quer seja um fornecedor especializado em bondes buscando um veículo que considere alturas de plataformas específicas, quer sejam fabricantes de veículos ferroviários que queiram construir trens inteiros; quer se necessite de um especialista que construa um protótipo em tamanho original de uma cabeça de tração para um novo trem ICE, quer montadoras de automóveis precisem de ajuda no planejamento de seus processos, a Engineering Services está sempre de prontidão para fazer o serviço. “Nós somos um fornecedor de soluções”, diz Vogel. “Mera produção é atitude de outros fornecedores”. Um modelo promissor, como comprova o desenvolvimento de programas em Chemnitz. Com vendas anuais acima de 30 milhões de euros e 540 funcionários, os saxões construtores de veículos ferroviários jogam na primeira liga de serviços de engenharia. O número de funcionários cresce rapidamente. Somente em 2011, foram contratados mais de 100 funcionários. Cerca de 110 dos peritos em engenharia estão trabalhando atualmente no grande projeto da área ferroviária, um pedido da Bombardier Transportation Görlitz para a companhia ferroviária alemã (DB – Deusche Bahn) no qual serão construídos trens de longa distância de dois andares. Os funcionários desenvolvem carros de controle e reboque, que deverão atingir a velocidade de até 160 km/h em áreas regionais atualmente classificadas para 120 km/h. “É tecnicamente muito desafiador, e só podemos implementar a ordem porque trocamos informações constantemente com os especialistas do cliente”, diz o gerente de projeto Ullrich Meixner. Portanto, a Voith está diretamente ligada à rede de desenvolvimento da Bombardier, para que os engenheiros tenham acesso a todos os documentos necessários. Em contrapartida, os clientes têm a contínua percepção do resultado dos trabalhos, o que facilita a tomada de decisões. A parceria é tão intensa que os engenheiros da Voith se envolvem até mesmo na liberação dos componentes desenvolvidos. Marcos Em ação para o cliente – os funcionários de Serviços de Engenharia da Voith. De cima e à esquerda: engenheiro de cálculo Jianwu Guo e designer Matthias Gessell, designer chefe Ullrich Meixner com o designer Christian Laarz, modeladores Felix May com Mathias Hubert, a mecânica industrial e construtora Katrin Schneider. Tanta responsabilidade pode ser assumida apenas por quem se envolve inteiramente com a perspectiva de seus clientes. Isto também se aplica ao papel da Voith como especialista na assim chamada “fábrica digital”. Desde o início dos anos noventa, os engenheiros planejam, implementam e gerenciam instalações e processos de fabricação; por exemplo, para a fábrica da Volkswagen, são usados modelos digitais, simulações e visualizações 3D. Dessa forma, antes de fazer qualquer investimento, a Voith pode simular e analisar processos de fabricação com sistemas de diferentes fornecedores de máquinas, a fim de encontrar o modelo que melhor atenda aos requisitos. Olhar para o futuro para planejar e agir de modo a encontrar uma estratégia exata para cada desafio – são estes os principais pontos fortes da Engineering Services. Isso também se reflete na execução dos pisos rebaixados para a Shenyang: enquanto os engenheiros de Chemnitz trabalham no processo de construção, a CRC já fabrica os primeiros componentes na China, desde o verão. // report 1/2013 | 43 Marcos A nova máscara frontal do veículo Galea da Voith pode ser adaptada a vários modelos de veículos ferroviários. Na dianteira Na Innotrans 2012 os visitantes puderam ver a inovadora máscara frontal Galea da Voith. A concepção única baseada em materiais compostos de fibra a faz segura, flexível e leve. Tecnologia literalmente de ponta: a Voith Turbo Scharfenberg desenvolveu a Galea, uma nova máscara frontal para veículos ferroviários na qual estabelece novos padrões em termos de eficiência energética, segurança e versatilidade. O sistema frontal foi apresentado pela primeira vez em tamanho original na feira InnoTrans do ano passado. Ele é quase inteiramente feito de materiais compostos de fibras, por isso, a Galea é significativamente mais leve do que as máscaras frontais convencionais, em aço. O baixo peso reduz o consumo de energia dos veículos e contribui para uma operação econômica e que respeita o meio-ambiente. A Voith conta com anos de experiência em elementos de absorção de energia: os plásticos reforçados com fibra de vidro (GRP) usados frequentemente absorvem a energia de impacto 44 | report 1/2013 melhor do que estruturas metálicas comparáveis e os elementos de absorção estruturais e de energia da máscara frontal do veículo aumentam a segurança passiva do maquinista e dos passageiros. Além disso, o material da Galea oferece ótima proteção contra incêndios, bem como isolamento térmico e acústico. A Galea é adequada para trens com velocidade máxima de 200 km/h. O conceito é tão flexível que pode ser adaptado a todos os chassis de veículos atuais. Quem mais se beneficia são fabricantes de pequeno e médio porte, que não possuem um departamento de desenvolvimento próprio ou experiência na produção e cálculo de elementos GRP. Ao mesmo tempo, a Galea é, ainda, uma plataforma de tecnologia para outros desenvolvimentos. Assim, podem ser integrados conceitos individuais dos elementos de absorção de energia como solução única e integrada a conceitos de veículos existentes. E também para os operadores de sistemas de transporte, o inovador sistema Galea é atraente: materiais compostos de fibra permitem design bastante variável, contornos aerodinâmicos, geometrias complexas e superfícies de forma livre com custo viável. Dependendo das ideias de design da empresa, a máscara frontal pode, por fim, ser personalizada com logotipos e cores para que os operadores fortalecem a identidade da marca e se diferenciem da concorrência. // Marcos Pensar de forma inovadora “Por que não imaginamos isto antes?” É uma frase dita com frequência pelas pessoas diante de invenções genais cuja ideia não foi sua. E que se ouvirá sobre o novo e revolucionário processo para secagem de celulose desenvolvido na Voith de São Paulo. Os bons engenheiros estão constantemente em busca de melhorias para as tecnologias estabelecidas; mas os engenheiros muito bons também questionam princípios básicos nessa hora. Foi assim com os especialistas do Innovation Center da Voith em São Paulo, que, desde 2009, vêm desenvolvendo uma máquina piloto para a secagem de celulose, com sistema revolucionário. Já existe uma referência comercial em funcionamento no mercado, com sucesso. O que torna a instalação extraordinária é uma inovação no processo de secagem. Na seção de formação, a água é drenada inicialmente por gravidade e baixo vácuo, seguida por uma área de dupla tela que provoca desaguamento por tensão entre telas e rolos e, finalmente, por um elemento de alto vácuo; mais água é extraída da massa por rolos na seção de prensas; e, por fim, quando a folha de celulose chega à área de secagem, ela é conduzida pelo secador por fluxo de ar e rolos guias. Em todas as instalações de produção de celulose do mundo, a folha de celulose se movimenta horizontalmente através da área de secagem. Isso só não acontece na máquina piloto da Voith: nela, a folha é encaminhada verticalmente. Isto economiza energia, pois a manta não é A planta piloto para a secagem de celulose, construída na Voith em São Paulo, mostra como a celulose pode ser produzida a partir da mais alta qualidade e da forma mais eficiente. conduzida pelo ar quente, como no processo horizontal, mas por meio de rolos guias superiores e inferiores; o ar se destina apenas à secagem, o que reduz o consumo de vapor. Por outro lado, a máquina opera com mais eficiência, pois pode ser limpa em poucos minutos, em caso de quebra – no processo horizontal, a limpeza leva várias horas. A recompensa da engenharia da Voith é o sucesso no mercado: desde junho de 2012, um secador vertical opera na empresa brasileira Lwarcel Celulose, em Lençóis Paulista. Nessa instalação, a tecnologia inovadora apresenta ainda outra vantagem: o cliente necessitava aumentar urgentemente a capacidade de secagem, mas não tinha espaço suficiente para uma nova área de secagem... e o secador vertical requer muito menos espaço. No caso desta reforma, a montagem pode ser realizada com a máquina em operação. // report 1/2013 | 45 panorama Dinheiro para o bem A fundação Hanns Voith apoia estudantes, a orquestra Voith e as escavações arqueológicas na Gruta Vogelherd, onde foram encontradas as esculturas mais antigas da história da humanidade. A Fundação Hanns Voith é conhecida na região de Heidenheim pela promoção de inúmeros projetos culturais, sociais e educativos. Neste ano, esta organização comunitária comemora o seu 60º aniversário. H anns Voith, neto do fundador da Voith GmbH, foi uma pessoa de muitos talentos: após a Segunda Guerra Mundial, foi ele o responsável pela prosperidade da empresa. Além disso, Hanns Voith se preocupava com o bem-estar dos colaboradores e de seus filhos e fornecia auxílio a comunidades carentes. A Fundação Hanns Voith foi criada em sua homenagem, em 1953. Ela continua a promover o espírito de filantropia de Voith e, principalmente no distrito de Heidenheim, apoia projetos culturais, sociais e ecológicos, além de distribuir bolsas para estudantes de ciências naturais, engenharia e economia. O jubileu da Fundação, celebrado no dia 14 de junho com uma festa na Casa de Concertos de Heidenheim, lançou um olhar retrospectivo sobre 60 anos de empreendimentos bem-sucedi- 46 | report 1/2013 dos. Apenas no ano de 2012, a Fundação Hanns Voith doou um total de 372 mil euros a várias iniciativas e instituições de Heidenheim, como a Academia do Futuro, o Simpósio de Escultores, a Escola Waldorf, a Academia de Alunos de Engenharia, a captação de recursos para o Museu de Arte, o Festival de Ópera de Heidenheim e a orquestra Voith. Um total de 20 mil euros serão investidos na restauração do Brenz, enquanto que as escavações arqueológicas na gruta Vogelherd, em Niederstotzingen, receberão uma doação de 40 mil euros anualmente e o parque arqueológico planejado para esse local deverá receber 10 mil euros por ano. Além disso, através da organização de intercâmbio AFS, a Fundação também dá bolsas de 5 mil euros a alunos que desejam realizar intercâmbio de um ano escolar no Brasil ou na China. Em fun- Hanns Voith (1885-1971), neto do fundador da JM Voith. ção do jubileu, a Fundação iniciará em 2013 uma distribuição anual de prêmios de incentivo para trabalhos acadêmicos de destaque. A mais nova iniciativa da Fundação Hanns Voith, em parceria com o banco local Sparkasse, é o apoio ao prêmio Cidadão Alemão 2013 do distrito de Heidenheim. O objetivo do prêmio é condecorar cidadãos que se engajaram voluntariamente e de forma especial – como no ideal de Hanns Voith. // panorama SOMENTE VENCEDORES NO TOPO O time Voith da Four Peaks Challenge: Adam Hart, Phil Rickhuss, Martin Dunne e Paul Nicholson (da esquerda). Não em primeiro lugar, porém vencedores. Esta é certamente a verdade para os quatro funcionários da Voith Industrial Services de Warwick que, no verão passado, participaram da famosa competição de caminhadas “Four Peaks Challenge”. O objetivo era subir rapidamente até os picos mais altos da Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte respectivamente. Paul Nicholson, Adam Hart e Martin Dunne conseguiram cumprir o desafio em 48 horas e 19 minutos, incluindo o traslado de carro entre um pico e outro com o colega Phil, que foi o motorista. A equipe Voith atingiu a linha de chegada em sétimo lugar entre as 18 equipes participantes; porém, considerando-se somente o tempo de escalada, de 17 horas, 7 minutos e 31 segundos, os rapazes obtiveram o primeiro lugar na votação dos veteranos. Eles também conquistaram o prêmio de “veículo de traslado mais bonito” pela excepcional decoração do veículo. De toda forma, a verdadeira vencedora da competição foi outra: a taxa de inscrição paga pelos participantes – mais de 4.000 libras (cerca de R$ 13.300,00) – que será utilizada para auxiliar crianças carentes. // O número onze vive! Cinco potenciais mecânicos industriais em Heidenheim restauraram duas hélices históricas do Voith Schneider Propeller (VSP): VSP Nº. 11, do ano de 1931, e VSP Nº 507, de 1947. A de número 11 é proveniente de um barco de passageiros do lago Bodensee; a de número 507, de uma lancha da polícia fluvial francesa. Os estagiários Chris Stampfer, Johannes Perfahl, Lars Hartmann, Paul Mettmann e Mario Kreisel tiveram o suporte do instrutor Harald Kottmann – e de uma pessoa capaz de montar um VSP de olhos vendados: Werner Luz. Werner entrou para a Voith em 1955, como aprendiz, e trabalhou 50 anos na empresa, dos quais quarenta e seis atuando mundialmente como montador-chefe da VSP. Seus pupilos levaram um semestre para desmontar, limpar, polir e remontar um VSP; agora, as aletas do acionamento brilham como se fossem de ouro, e a de número 507 está, inclusive, totalmente funcional. Em breve, todos poderão ver o resultado do trabalho com os próprios olhos: a hélice 507 será exposta no foyer do prédio da Voith Turbo Schneider Propulsion, em Heidenheim. // Os estagiários Johannes Perfahl, Mario Kreisel, Paulo Mettmann, Chris Stampfer e Lars Hartmann (em sentido horário, a partir da esquerda inferior) com a hélice VSP restaurada de no. 507. report 1/2013 | 47 panorama PÉROLA DO SUL B TVVS Prasad, 44 anos, é gerente de recursos humanos e administrativo da Voith Turbo em Hyderabad. Ele leva o leitor da Voith Report a uma viagem nessa cidade colorida e diversificada, com suas muitas atrações. 48 | report 1/2013 em vindo a Hyderabad, a cidade em que nasci e fui criado. Hyderabad é a capital de Andhra Pradesh, no sul da Índia – com 6,8 milhões de habitantes, é a quinta maior metrópole do país. O lugar teve um passado conturbado: com seus mais de 400 anos de história antiga, Hyderabad já foi governada por muitas famílias soberanas, dentre as quais os Shahi Qutb, os Mughals e os Nizam. Essa história variada contribuiu para que, em nossa província, línguas regionais como o urdu e o telugu alcançassem uma alta predominância. Além dessas línguas: muitas pessoas também dominam o híndi e o inglês. Hyderabad é uma cidade colorida, cunhada por religiões distintas e influências culturais e pela atual migração de pessoas vindas de todas as partes da Índia para trabalharem aqui, por exem- plo no ramo de TI, que tem grande reputação. Na verdade, Hyderabad é uma cidade gêmea: Secunderabad foi separada de Hyderabad pelo sistema de lagos Sagar Hussain, que existe desde 1562 e é muito popular entre os turistas. Seja como for, os visitantes encontram uma série de atrações em Hyderabad: desde tesouros culturais –, como a antiga cidade fortaleza de Golkonda e a mesquita Charminar – em parques, jardins e museus da cidade, até a cidade cinematográfica de Ramoji e um cinema com uma das maiores telas IMAX do mundo. Hyderabad é também um paraíso das compras, conhecida por suas pérolas, tecidos, moda e artesanato tradicionais, como as pulseiras de vidro. A comida típica de Hyderabad faz sucesso tanto en- panorama A Charminar, uma mesquita com quatro minaretes, é o centro da antiga cidade de Hyderabad. Foi construída em 1591, pelo fundador da cidade, o rei Quli Qutb Shah. Se v oc Hyde ê quise rs r e x c e a b a d , p o a b o re a r lente d p s re s e e s c o l h r a t o s t í p taura er en ic ntes t re o o s d e . s mu itos cese p ro , d e e oda idad de m os da c o o re s r c t n d e m c e s m e rc a p a n o s d u é o d e raba no. N idos Hyde to de pa trar tec n n o e c sam ível en ss é po onais. ici d a tr tre os moradores, quanto entre os turistas. Dum Biryani é uma combinação picante de carne e arroz de grão longo. Todos os anos durante o Ramadã é consumido um prato chamado Haleem, composto de carne, trigo e muitas especiarias; naturalmente, o verdadeiro Haleem só é encontrado em Hyderabad! E, para falarmos de esportes, o críquete é muito popular em Hyderabad: a cidade conta com diversos estádios para disputas nacionais e internacionais. Hyderabad também tem uma boa academia de badminton que, nos últimos tempos, formou jogadores de nível mundial. Eu, pessoalmente, gosto de jogar críquete com amigos no fim semana ou sair para uma caminhada noturna no lago Hussain Sagar e desfrutar de um jantar com especialidades regionais. // Críquete na Índia é o espo rte número um milhões de in – dianos batem bola em seu tempo livre. Nosso local As instalações da Voith Turbo estão localizadas em Nacharam, uma área industrial de Hyderabad. Foi construída em 1987 em um terreno de 20.000 metros quadrados. Em nossa fábrica, produzimos acoplamentos hidrodinâmicos e, atualmente, empregamos 255 colaboradores. Eu sou responsável pelos departamentos de recursos humanos e a administração geral da empresa. Trabalho na Voith há quatro anos e meio e estou contente de ter celebrado o jubileu de prata da nossa filial da Voith Turbo em 2012, quando o Presidente e CEO do Grupo Voith, Dr. Hubert Lienhard, em pessoa, inaugurou uma placa memorial. Hyderabad Índia report 1/2013 | 49 Gostaria de saber mais sobre nós? www.voith.com PaPeR TeCHnoloGY JouRnal T wOgE THER #33 | 2012 CoVer sTory CLOSE TO THE CUSTOMER New PlaNTs DonGHae PM 1: ReSouRCe-SaVinG anD eConoMiCal A revista de tecnologia para papel Editor: Voith GmbH Comunicação Corporativa St. Pöltener Straße 43 89522 Heidenheim, Alemanha www.voith.com A revista de tecnologia de acionamento A revista de tecnologia de energia hidrelétrica
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