Bateria .solar revoluciona energias renováveis
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Bateria .solar revoluciona energias renováveis
ID: 64458368 16-05-2016 Tiragem: 70287 Pág: 16 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 25,50 x 30,00 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 3 Nacional Ambiente Tecnologia três em um: produz e armazena energia elétrica e gera calor para aquecer águas. Painéis para casas e escritórios dentro de uma década Bateria .solar revoluciona energias renováveis Alfredo Nela lamaiatign.pt detalhes Baterias solares em painéis nas coberturas dos edifícios deverão revolucionar, em menos de uma década, o aproveitamento da energia solar para abastecer as nossas casas com eletricidade e aquecer água, usando uma tecnologia inovadora que está a ser desenvolvida na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP). Trata-se de um semicondutor por enquanto hematite, mas que dentro de um ano usará um material dez vezes mais eficiente - desenvolvido no Laboratório de Engenharia de Processos, Ambiente, Biotecnologia e Energia daquela escola, que faz a conversão direta da luz solar em energia eletroquímica. armazenada numa bateria redox de caudal (nas quais os compostos químicos estão dissolvidas em soluções liquidas). Fotovoitaico acessível no setor doméstico • 0 custo dos painéis fotovoltaicos é de cerca de dois mil euros por cada quilowatt (kW) de potência no caso do uso doméstico. A potência instalada média para este tipo de utilização é de 1,5 kW, o que representa um investimento de 2500 euros com retorno em seis anos. Indústria Condições de cnidito dificultam • Nas aplicações industriais, de verdadeiras centrais de produção, o custo é de mil euros por kW. Com potências instaladas de 200 ou 400 kW, por exemplo, o investimento pode ascender a 400 mil euros - pouco atrativo nas atuais condições de crédito, alerta o setor. As baterias redox de caudal. que transformam a energia química em energia elétrica, estão em desenvolvimento há três décadas, usando circuitos líquidos (geralmente com vanádio, enquanto a pesquisa tia FEUP recorre a sais de ferro), prometendo ser muito mais baratas do que as sólidas (de chumbo-ácido ou de iões de titio, por exemplo). As inovações do projeto da FEUP, dirigido pelo catedrático de Engenharia Química Adélio Mendes, consistem na utilização da nova célula fotoeletroquímica ali inventada que absorvem a luz solar através de painéis semelhantes a painéis solares térmicos. Desse modo, o circuito líquido da bateria/painel absorve a luz do sol, transformando-a em corrente elétrica, bem como o calor (como a água dos painéis térmicos convencionais) - um painel -trés em um". Além de produzir eletricidade, ar- AdEllo Mendes lidera a equipa da FEUP que desenvolve o semicondutor e a bateria solar Metas para 2020 em dúvida DEBATE O cancelamento de duas no- energia: renovável Potanda instalada (Megawatt, MW) FOTAl RtNOVAVEL Hídrica Eólica Numas* Resíduos vindos °banias Migas 600%1011ra Fotimiltaica Mar0s, ondas e tini) nica 2006 7008 4848 1699 335 86 29 3 2010 2014 2015 9687 11 677 12 277 4898 5 571 6 024 3914 4 953 5 033 592 539 566 86 86 86 34 81 83 29 29 29 134 418 455 Produção anual (Gigawat I. hora, GWh) Meta 2020 15 824 8 940 5 300 omino 59 29 670 6 2015 16 188 28 754 32 405 25 357 11 467 16 547 16 412 9 762 2 926 9 182 12 111 11 609 1 360 2 226 2 530 2 293 289 481 33 100 278 297 85 197 205 204 215 627 797 2006 2010 2014 RENAVEIS•ESIAnSTIUS IWIDÁS OE %NEMO DE 2016: REM. OACOS TE-MICOS - 2,31 PLMO amimai DE AEIO MIA AS ENERGIAS RENOVÁVEIS Ni\ ER Produção total de eletricidade por fonte em 2015 Meta 2020 dwa tt-hota, Carvão à 32 300 14 529 1 Eólica 11 671 4 718 omisso MI 413 Gás natural 226 Biomassa 1039 15 Saldo importador IA IN O Solar vas barragens e a suspensão de outra por três anos levantam a discussão. Portugal vai cumprir a meta de 60% do consumo de energia elétrica através de fontes renováveis em 2020? O Plano Nacional de Ação para as Energias Renováveis previa 623 megawatts (MW) de potência instalada em Girabolhos, Seja, e em Fridão. Amarante, para alcançar um total de 8940 MW em aproveitamentos hidroelétricos. Governo e ambientalistas dispensam-nas. O Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e do Ambiente (GEOTA) quer o cancelamento dos sistemas de Tâmega (Vidago. Gouvâes e Dalvões, totalizando 1200 MW). em desenvolvimento, e de Foz- ID: 64458368 16-05-2016 mazena-a e produz "uma brutalidade de calor" a um custo inferior em 30 % a 40 % ao dos painéis fotovoltaicos. Nas estimativas do cientista, a nova bateria solar deverá ter uma eficiência energética de 80 % e um custo de armazenamento de apenas três cêntimos por quilowatt-hora (kWh). Por exemplo. uma área de 20 metros quadrados de painéis produzirá diariamente nove kWh, o equivalente ao consumo médio de uma famfila. Por outro lado, permitirá aquecer até 60 graus Celsius cerca de 900 litros de água, mais do que suficiente para o banho, o lava-louça, o aquecimento central e ainda para "pendurar" as máquinas de lavar roupa e louça, diminuindo o consumo de eletricidade. Se essa família Tecnologia em desenvolvimento na Faculdade de Engenharia do Porto forma de painel Tua (251 MW). que entrará este ano em exploração. Sio caros e têm alternativas, como os fotovoltalcos, alega. No ano passado. 47% da eletricidade consumida tiveram origem em fontes renováveis. contra os 62% no ano anterior - bom em termos hídricos, quando as barragens responderam a 31% da procura total, contra apenas 17% em 2015. "Atingir os 60% em menos de quatro anos só seria possível com algumas centrais previstas no programa de barragens e mil MW adicionais de fotovoltalco". diz o secretário-geral da Associação de Energias Renováveis (Apren). criticando a falta de alternativas às barragens canceladas e suspensa. adicionar uma bateria de armazenamento ligada à rede pública de eletricidade (da qual necessitará nos dias sem sol), observa Adélio Mendes, existe ainda ganho. porque, com o fornecimento continuo, sem picos ao longo do dia, a tarifa é mais baixa. No final deste ano, é provável que empresas do setor manifestem interesse em passar a bateria solar ainda em escala laboratorial - à escala industrial. "Se as coisas continuarem a correr bem", ressalva o investigador. aquela tecnologia poderá estar disponível dentro de cinco anos para os consumidores mais tentados às inovações e para teste na escala real. não sendo de descartar que em menos de uma década esteja em comercialização generalizada. • Embora haja pedidos para mais 1845 MW. José Medeiros Pinto duvida que se concretizem, porque `o mercado ibérico da eletricidade anda nos 50 euros por MWh e os cinco cêntimos por kWh que paga não remunera nenhuma central fotovoltaica". Com crédito caro, não há investimento, observa o presidente da Associação Portuguesa da Indústria Solar (Apisolar). João Carvalho também não crê que sejam alcançados os 670 MW de potência fotovoltaica em 2020. Apesar de os custos terem descido cinco vezes entre 2007 e 2012 e de serem mais acessível e com retorno mais rápido para autoconsumo, o investimento a uma escala mais Industrial é caro. A.M. Tiragem: 70287 Pág: 17 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 25,50 x 30,00 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 2 de 3 Eletricidade 100% limpa durante 4 dias ENERGIA O consumo de eletridda de em Portugal foi totalmente assegurado durante quatro dias e meio, seguidos, por fontes renováveis, atingindo um "recorde nacional" neste século, anunciou a associação ambientalista Zero. A Zero - Associação Sistema Terrestre Sustentável, em colaboração com a Associação Portuguesa de Energias. Renováveis (Apren). analisou os dados da Rede Elétrica Nacional (REN) e concluiu que entre as 6.45 horas do dia 7 de maio e as 17.45 horas do dia 11 de maio, correspondendo a um total de 107 horas seguidas. "se atingiu um recorde muito importante neste século". Para o presidente da Apren. António Sá Costa, trata-se de um prenúncio do que se vai tornar realidade num futuro próximo, que serão 365 dias por ano". António Sá Costa salienta que este marco "é também uma prova do que é possível. para todos os que duvidavam", acrescentando que. "atualmente, mais de metade da eletricidade consumida em cerca Renováveis evitam que o pais gaste dinheiro a importar outras energias de meio ano é de renováveis", mas não são ainda dias seguidos. O especialista em energia Ribeiro da Silva realçou o facto de nesses quatro dias se ter abastecido o pais "sem a emissão de uma tonelada de CO2 para a atmosfera, o que é um ganho. O outro ganho é que não se importou carvão nem petróleo". Referiu, ainda, que "é um teste a como é possível ter um sistema elétrico apenas alimentado por renováveis". Por outro lado. "é um desafio para a implementação de políticas para uma maior eletrificação". mesmo em termos de mobilidade, referindo-se aos carros elétricos, que ainda são poucos, mas, defende ele, "isso também tem que mudar". Quanto ao que o pais conseguiu poupar durante os quatro dias e meio, António Sá Costa sublinha que a análise do mercado "é complicada: em termos ambientais, cada português deixou de libertar para a atmosfera 250 quilogramas de CO2. Quanto a valores em dinheiro, os consumidores ainda não ganharam com isso, porque têm um contrato com os comercializadores. um preço estabelecido, que não altera com o preço a que o comercializador compra a energia" . Mas. em termos gerais. "pode no futuro haver uma poupança, basta pensar que os anos de 2013 e 2014. que foram muito húmidos, os preços da eletricidade proveniente das fontes hídricas desceu para 40 euros. Em 2015. um ano seco, subiu para 50 euros. e este ano, até anteontem, está em 29 euros, em média". "Não quer isto dizer que 100% renovável é gratuita, mas o preço fica mais baixo, mais estável e previsível, porque não depende das variações dos preços do petróleo e do gás". concluiu. Ribeiro da Silva remata: "Para já, é um ganho para o pais. ao não importar". VIRGINIA ALVES ID: 64458368 16-05-2016 Tiragem: 70287 Pág: 1 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 5,19 x 3,15 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 3 de 3 1:nergia solar Bateria feita no Porto pode mudar tudo numa década Página 16
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