Colunas - Livraria Resposta
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Diretor Executivo: Ricardo Stival Editora Chefe: Rhuana Ramos Diretora Comercial: Stael Camargo Colaboradores: Ana Carolina da Matta, Chayane Godoy, Diana Axelrud, Diego Ramos, Fernando Willadino, Guilherme Delenski, Juliana Ribas, Kiko de Paula Soares, Letícia Mattos Mueller, Luca Barcik Glaser, Lucio Ernlund, Luiz Felipe Petrochinski Taques, Maik Penner, Marcel Branco Veras, Marcelo Lefèvre, Melissa Manzoni, Pedro Domingues, Pedro Kuchminski, Raphael Macek, Ricardo Almada, Rômulo Porthos, Victor Paulino. *os artigos assinados são de exclusiva responsabilidade dos autores e não refletem a opinião da revista. Capa: Raphael Macek Projeto Gráfico e Diagramação: GRANADA . Design + Estratégia : granadadesign.com.br Diretor de Atendimento: Heraldo Fantinatti Diretor de Criação: Ciro Karam Geara Revisão: André Riekes Designers: Camila Bernardino, Caroline Lemes, Ciro Karam Geara, Heraldo Fantinatti, Katherine Inoue, Marcus Cicarello. Departamento Jurídico: Fortes & Linsmeyer – Janaína A. Linsmeyer OAB/SC 31.825 – [email protected] Impressão e Acabamento: Gráfica Capital Publicidade: sportyard.com.br/comercial : comercial @ sportyard.com.br sportyard.com.br : contato @ sportyard.com.br ANO 2 . EDIÇÃO 9 : NOVEMBRO / DEZEMBRO 2012 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA / 13.000 EXEMPLARES REVISTA IMPRESSA EM PAPEL COUCHE FOSCO - certificado FSC® A Editora Tallinn, consciente de sua responsabilidade ambiental e social, utiliza papéis com certificado FSC® para impressão desta revista. tallinn.com.br contato @ tallinn.com.br Sabemos que o nosso leitor é muito exigente, por isso precisamos da sua opinião! POSSUI ALGUMA CRÍTICA, ELOGIO OU SUGESTÃO? @sportyard @sportyardbr “A variedade de esportes na revista “Parabéns à Revista Sportyard “Prezada Letícia [colunista de fisioterapia a torna muito interessante. Uma pela grandeza e dedicação de seus da Sportyard]. Li seu artigo sobre o “glúteo boa fonte de informações” participantes! Sucesso” médio” na Sportyard. Parabéns! Também sou fisioterapeuta e é muito bom ler artigos de qualidade e bem explicados. Sucesso!” Renato Carvalho Catarina Stival Cristoph Enns SUGIRA MATÉRIAS PARA A SPORTYARD: [email protected] R E V I S T A S P O R T YA R D EDITORIAL 12 FITNESS CLUB da telinha do celular 14 TOP SPIN US Open Semana Guga Copa Davis 18 20 24 CHEVALIER Athina Onassis GP Paraná 26 32 SUNSET BAY nas ondas da Tedesco 34 9ª EDIÇÃO - NOVEMBRO / DEZEMBRO - 2012 BURNOUT 36 38 Schumacher: o segundo adeus Barrichello: o início do veterano GROUND & POUND 42 44 UFC 152: duelo de leões UFC 153: será Anderson Silva o próximo ídolo? BACKYARD 48 50 o Paddle invade o Brasil entrevista: Mauricio Letzow SPORT&ART 54 Luiz Melão SOCIALYARD 66 GP “Paraná” de turfe 70 COLUNAS esporte no cinema, golfe, hipismo, fisioterapia, nutrição, squash, triathlon, medicina e psicologia 86 CALENDÁRIO Editorial FOTOS RAPHAEL MACEK Quem gosta de cavalos, com certeza vai adorar esta edição da Sportyard. Nos últimos meses de 2012, foram realizadas provas importantíssimas tanto do hipismo quanto do turfe. O primeiro esporte ganha destaque no Athina Onassis Horse Show, realizado na primeira semana de outubro, no Rio de Janeiro — contamos com imagens incríveis do fotógrafo Raphael Macek. No mesmo final de semana, Paris esbanjou glamour na prova turfística Arco do Triunfo, uma das mais importantes do mundo. Já no Brasil, o Grande Prêmio “Paraná” cumpriu o calendário. E não é só isso! Na Sport&Art, apresentamos o fotógrafo de cavalos de corrida, Luiz Melão. Nesta nona edição da Sportyard, e última de 2012, você ainda poderá conferir tudo o que aconteceu na Copa Davis e no US Open de tênis, na etapa de Curitiba da Stock Car, nas lutas de Victor Belfort e Anderson Silva pelos UFC 152 e 153, respectivamente, no rally náutico da Tedesco Marina em Balneário Camboriu, na Semana Guga e muito mais! Boa leitura! RHUANA RAMOS Editora-Chefe - Revista Sportyard Editorial 16 FITNESS CLUB DA TELINHA DO CELULAR POR DIANA AXELRUD FOTOS DIVULGAÇÃO O mundo nunca mais foi o mesmo desde que de uma pequena tela de celular foi possível fazer tudo e saber tudo. Antes objetos de luxo, os smartphones estão cada vez mais difundidos pelo mundo, e o brasileiro, antenado nas tecnologias e consumista como é, não fica de fora da febre dos celulares inteligentes. Junto com os smartphones surgiram os aplicativos, cujo crescimento é muito grande. Por exemplo, um ano após a Apple Store ser criada, em 2008, um bilhão de aplicativos já tinham sidos baixados por usuários em todo o mundo. Em 2011, o número chegou a 10 bilhões e a estimativa para 2016 é de 44 bilhões, segundo a empresa americana Neolane. Os aplicativos estão dominando o mundo, são práticos, fáceis de utilizar e têm as mais distintas funções. Para quase todas as nossas necessidades e banalidades há um aplicativo. A implacável busca pela boa forma que ronda a cabeça de todos já foi atingida pelos aplicativos. Há uma série de produtos destinados aos esportistas e aos caçadores da boa nutrição. Acompanhando a febre da corrida, surgiu o Nike Running, aplicativo da famosa marca que auxilia os corredores, veteranos ou não, a se aprimorarem no esporte. A estudante de medicina Lais Prigol utiliza a ferramenta e aprova. “O Nike Running faz a contagem dos quilômetros, da velocidade e do tempo de cada corrida. Além disso, 17 faz comparações com as corridas anteriores e mostra a evolução. Utilizar este aplicativo ajudou a monitorar melhor a minha corrida e o meu ritmo.” O Nike Running é gratuito e funciona nos sistemas operacionais iOS e Android. Para os sedentários, que estão começando a praticar esportes e pretendem participar de corridas de rua, normalmente se inscrevendo nas distâncias de 5km e 10km, surgiram o 5k runner e o 10k runner. Disponíveis apenas para iPhone, os aplicativos prometem um programa de corrida eficiente. Para percorrer cinco quilômetros, o 5k runner pede treinos de 35 minutos, por três dias da semana, durante dois meses. O programa indica caminhadas intercaladas com corridas, de forma gradual. O 10k runner segue o mesmo tipo de treinamento, mas prevê que, treinando de 30 a 60 minutos, três vezes por semana, durante três meses e meio, o esportista correrá dez quilômetros. Em um nível mais avançado, o 21k runner promete a meia maratona em apenas 12 semanas. CALCULANDO AS CALORIAS Fazer dieta não é mais a mesma coisa quando se tem um aplicativo destinado a orientar o usuário. A nutricionista Thayse Chaves recomenda o uso dos aplicativos, desde que sejam para complementar o acompanhamento de um profissional. “Eu recomendo o uso esses aplicativos como auxiliares no tratamento dietético, para ajudar a controlar a ingestão calórica e até para solucionar dúvidas referentes à quantidade de caloria. Nenhum aplicativo vai fazer uma orientação nutricional como um profissional faria. Eles podem ser usados, mas com supervisão de um profissional da nutrição.” Um dos aplicativos mais utilizados para a nutrição saudável é o NutraBem, que foi o décimo aplicativo mais baixado do Brasil, segundo o Blog do Iphone. Para usuários de iOS, este aplicativo custa US$0,99, enquanto os de Android não pagam nada. Nele, é possível atualizar informações do usuário, tais como IMC (índice de massa corporal), peso, nível de atividade física e faixa calórica diária. Nesta última opção, é possível estabelecer a meta de calorias (ou seja, basta inserir aquela que foi passada pelo nutricionista), separando-a pelas refeições diárias. Fazer exercício e se alimentar bem ganharam aliados, e as desculpas dos preguiçosos de plantão estão acabando. O verão está chegando, por isso, baixe o seu aplicativo e vá já para a academia. DICAS DE APLICATIVOS NIKE RUNNING - Permitem que o usuário escute músicas durante o - Registra sua distância, velocidade e tempo de trajeto treino. com precisão. - É possível compartilhar o desempenho no Facebook, - Feedback em áudio durante a corrida e informação Twitter e por e-mail. das métricas a cada quilômetro percorrido. - Uma gravação indica quando caminhar ou correr e - Possibilita o incentivo de amigos do Facebook em a intensidade. tempo real sempre que publicar o início de uma - Não é possível calcular velocidade e perda de corrida. calorias. - Configura as músicas favoritas para realizar o NUTRABEM esporte. - Oferece um monitoramento diário da alimentação - Compara a última corrida e as sete anteriores e por refeições. fornece informações atualizadas com base na última - Proporciona informações sobre o equilíbrio atividade sempre que o aplicativo for iniciado. nutricional e não somente sobre as calorias dos alimentos - Disponibiliza os dados das corridas lado a lado e é consumidos. possível conferir o progresso em um gráfico com o - Auxilia o usuário a ter mais controle sobre suas escolhas seu histórico. alimentares. - Adequa as informações ao peso do usuário. 5K RUNNER, 10K RUNNER e - É o primeiro aplicativo elaborado para os hábitos 21K RUNNER alimentares dos brasileiros. - Utilizam treinos que intercalam caminhadas e corridas. SPORTYARD.COM.BR TOP SPIN FOTO ANA CAROLINA DA MATTA 18 Murray e Djokovic se encontraram na final, que rendeu um jogo emocionante Um jogo que foi comparado à história de super-heróis e batalhas épicas. Não foi para menos. Em quadra estavam o segundo melhor tenista do mundo, o sérvio Novak Djokovic, e o terceiro, o britânico Andy Murray. O jogo era a final do US Open 2012, realizada no dia 10 de setembro, em Nova York. Foi um duelo de 4h54m, com direito a cinco sets. Com o vento soprando forte (24 km/h), tanto Murray quanto Djokovic demoraram um pouco para se adaptarem. Os saques eram questão de sorte. No primeiro set, o sérvio chegou a abrir 2/0. Murray reagiu, chegando ao empate, mas logo cedeu o terceiro game a Djokovic, que também ficou com o quarto. O placar era de 4/2. Ninguém esperava por tamanha reação, mas Murray virou para 6/5, com o set point na mão. Mas foram necessários seis set points e 1h27m para que ele fechasse o primeiro set em 7/6 (12/10). Na segunda parcial, Murray abriu 4/0, mas o placar foi igualado em 5/5 após um incrível lob de Djokovic. Apesar disso, o britânico se mostrou focado: confirmou seu saque e derrubou o do sérvio, fechando em 7/5. Com dois sets a zero, Murray já estava a um passo de ficar a taça do Grand Slam, mas Djokovic não deixaria isso acontecer tão facilmente. No terceiro set, o sérvio começou melhor. Com um controle mental invejável, fechou em 6/2. No quarto, ele sabia da importância de chegar a um empate, e usou todas as suas forças para cumprir esse objetivo. Os saques se confirmaram até o nono game. Foi então que Djokovic fechou mais um set, com parcial 6/3. Tudo igual: 2 a 2. No set decisivo, Murray abriu 4/0, com duas quebras nos três primeiros games. Djokovic esboçou uma reação, mas viu Murray vencer por 6/2. Com três sets a dois, Murray finalmente venceu um Grand Slam. CURIOSIDADES - Além de vencer o torneio, Murray subiu uma posição no ranking mundial com o resultado. Ao vencer Tomas Berdych por 3 a 1 na semifinal, ele já havia chegado à terceira colocação, que pertencia a Rafael Nadal. - Há 75 anos um britânico não vencia um Grand Slam. O último havia sido Fred Perry, em 1936. - Com a derrota para Murray, a sequência de 27 vitórias em quadras duras de Djokovic foi interrompida. - Antes da final, Djokovic havia perdido apenas um set no torneio, para David Ferrer, na semifinal. 19 SPORTYARD.COM.BR USOPEN MURRAY VENCE O UD OPEN 2012 E CONQUISTA SEU PRIMEIRO GRAND SLAM RESULTADOS CONFIRA A TRAJETÓRIA DE ANDY MURRAY E NOVAK DJOKOVIC ATÉ A FINAL: 03/09/2012 – OITAVAS DE FINAL: Andy Murray 3 x 0 Milos Raonic (6/4 6/4 6/2) 05/09/2012 – OITAVAS DE FINAL: Novak Djokovic 2 x 0 Stanislas Wawrinka (6/4 6/1 3/1 – abandono) 05/09/2012 – QUARTAS DE FINAL: Andy Murray 3 x 1 Marin Cilic (3/6 7/6 (7/4) 6/2 6/0) 06/09/2012 – QUARTAS DE FINAL: Novak Djokovic 3 x 0 Juan Martin Del Potro (6/2 7/6 (7/3) 6/4) 08/09/2012 – SEMIFINAL: Andy Murray 3 x 1 Tomas Berdych (5/7 6/2 6/1 7/6 (9/7)) 09/09/2012 – SEMIFINAL: Novak Djokovic 3 x 1 David Ferrer (2/6 6/1 6/4 6/2) 10/09/2012 – FINAL: Andy Murray 3 x 2 Novak Djokovic (7/6 (12/10) 7/5 2/6 3/6) FOTO AFP POR RHUANA RAMOS 20 TOP SPIN POR RICARDO STIVAL SEMANA FOTOS FERNANDO WILLADINO GUSTAVO KUERTEN DERROTA LAPENTTI Diante de um público que praticamente lotou a Arena São José, o tricampeão de Roland Garros voltou a vencer na Semana Guga Kuerten. O ex-número 1 do mundo derrotou o equatoriano Nicolas Lapentti por 6-2 e 7-6 (5) Durante toda a partida, o público vibrou com as belas jogadas, em especial as protagonizadas pelo tricampeão de Roland Garros, Gustavo Kuerten, com sua inconfundível paralela de esquerda e alguns winners de direita. Logo no primeiro ponto do jogo, o catarinense mostrou que a sorte também estaria ao seu lado: a bola tocou na fita da rede e caprichosamente caiu do outro lado. No game seguinte, o convidado fez uma jogada que levantou a torcida: uma zique-zira (a bola quicou do lado de Guga e voltou para a quadra do equatoriano). Ainda assim, nesse mesmo game, o anfitrião quebrou o saque do amigo. Depois, Guga abriu 3 a 0 e 4 a 1. No último game, após uma sequência de smashes do adversário, o tricampeão de Roland Garros chamou à quadra o Guguinha (boneco símbolo da Semana Guga Kuerten), que em vão tentou devolver dois saques de Lapentti. O hispânico sacou em 5 a 2 e o brasileiro voltou a quebrá-lo, fechando o set inicial. O ex-número 1 do mundo também conquistou a quebra no segundo game do set seguinte. Dessa vez, no entanto, o equatoriano deu o troco no sétimo game, quando o “manezinho da ilha” sacava em 4 a 2. O jogo foi para o tiebreak, e Guga abriu 2 a 0, 3 a 1 e 5 a 3, fechando em 7 a 5. - A partida foi ótima, mas ainda bem que tem um mês para descansar. A responsabilidade de manter a invencibilidade aqui é minha, lá vai ser do Djoko, vou jogar solto. 21 GUGA ENCERRA A QUARTA EDIÇÃO DA SEMANA GUGA KUERTEN A quarta edição da Semana Guga Kuerten foi realizada no Jurerê Sports Center e reuniu 880 atletas de 18 países. A SGK começou com o Torneio de Cadeirantes e contou também com diversas ações promocionais. E coube ao anfitrião da festa fazer o discurso de encerramento: - Essa foi nossa melhor edição. Tem gente que vem aqui há quatro anos, outros estão começando a participar da Semana agora. Para nós, é muito lindo ver tudo isso, CONFIRA, OS CAMPEÕES DA COPA GUGA KUERTEN, QUE NESTE ANO REVELOU UM BICAMPEÃO: IVONE E ZORMANN – CAMPEÕES NOS 18 ANOS Na categoria 18 anos, o título ficou com o paulista Marcelo Zormann e a portuguesa Ivone Álvaro. Enquanto o primeiro derrotou o gaúcho Orlando Luz por 6-1 e 6-2, a tenista europeia levou a melhor sobre a carioca Ingrid Martins por 6-2 e 6-0. GUGA promover essa integração, que sempre foi o objetivo. É incrível como esta ideia simples de resgatar esta convivência com o tênis juvenil nos trouxe tantas coisas boas, tantos novos amigos. Esta nova geração está fazendo bonito. É sensacional como essa garotada nova vem evoluindo ao longo dos anos. Vocês estão de parabéns – disse Guga, que prometeu, em 2013, promover alguma atividade para os pais dos juvenis. - O placar não mostrou o que foi o jogo. Poderia ser tanto para ele quanto para mim, acabou sendo para mim. Este é um dos melhores torneios que temos no Brasil. Ano passado fui vice nos 16 e dessa vez consegui ser campeão – relembrou Zormann, que mora em São José do Rio Preto. - Essa vitória é fruto de muito trabalho. Trabalhei muito para chegar até aqui e essa é a recompensa – disse a tenista que treina há sete meses na academia Tennis Route, no Recreio dos Bandeirantes, no Rio de Janeiro. SPORTYARD.COM.BR 22 TOP CHOW VENCE NOS 16 ANOS E EVALDO SILVA COMEMORA BICAMPEONATO NO TORNEIO Nos 16 anos, a paulista Sophia Chow ganhou de virada da carioca Juliana Cardoso por 3-6, 6-3 e 6-2. - É uma grande felicidade, uma honra vencer este torneio – disse Sophia. Quem conquistou o título no masculino foi o baiano José Evaldo Silva Neto, que venceu o curitibano Gabriel Sidney por 7-5 e 6-0. Ano passado, o tenista da Bahia conquistara o título nos 14 anos. - A partida foi boa. Comecei cometendo algumas falhas, e ele abriu 5 a 2. Depois, coloquei a cabeça no lugar. Estou muito feliz, é o meu maior título, porque este é o torneio mais legal, mais importante do Brasil – elogiou Silva Neto, primeiro bicampeão da Copa Guga Kuerten. SPIN ALVES E PEDRETTI CONQUISTAM O TÍTULO NOS 14 ANOS Sobrinho de Fernando Meligeni, o paulista Felipe Alves derrotou na decisão o mineiro João Garreto por duplo 6-2 e conquistou seu mais importante título: - Estou muito feliz, é a primeira vez que ganho um torneio que conta pontos para o Cosat – comemorou Alves. Já a campeã foi a número 1 do Brasil, a paulistana Thaísa Pedretti, que derrotou Eduarda Ferreira por 6-2, 0-6 e 6-1. - Ano passado tinha perdido na primeira rodada. Uma experiência muito boa, contra uma menina que joga bem. Foi muito bom ganhar – disse a Sophia. MARINA E PADILHA SÃO OS CAMPEÕES NOS 12 ANOS A decisão dos 12 anos feminino foi entre as mineiras Marina Figueiredo e Mariane Silva. A primeira levou a melhor por 6-0 e 6-3, conquistando pela primeira vez a Copa Guga: - Esse título mostra a evolução que tive este ano, onde não ganhei muitos torneios. E venci na final uma menina que joga muito bem. Eu me sinto uma Guga júnior. Ele ganhou Roland Garros e eu sinto que posso ganhar também – disse a mineira de Belo Horizonte. O título do masculino ficou com o paulistano Diego Padilha, que venceu o catarinense Henrique Klann por 7-5 e 7-6. - A partida foi muito dura, mas eu fiz 5 a 3 no primeiro set e 4 a 1 no segundo. Poderia ter fechado antes, mas ele joga bem, ataca bastante e estou muito feliz por vencer o torneio organizado pelo Guga – analisou Padilha. 23 COPA GUGA KUERTEN A Copa Guga Kuerten é um dos principais torneios de tênis do país e as competições somam pontos no ranking internacional: nas categorias 14 e 16 anos, a Copa Guga Kuerten integra o Circuito Sul-Americano (COSAT G3), já os tenistas inscritos na 18 anos somam pontos no Circuito Mundial Júnior da ITF (G4). A categoria 12 anos é G2 no ranking da CBT (Confederação Brasileira de Tênis). PREMIAÇÃO Os campeões e vice-campeões de cada categoria da Copa Guga Kuerten recebem um troféu em forma de um coração estilizado. Essa premiação é alusiva ao coração que Gustavo Kuerten desenhou no saibro francês no momento em que ganhou o torneio de Roland Garros no ano de 2001. A exemplo do que acontece nos grandes torneios internacionais, os vencedores da categoria 18 anos levam para casa uma réplica, já que o troféu original, com os nomes dos ganhadores, fica exposto na sala de troféus do acervo Gustavo Kuerten, localizado em Florianópolis. SPORTYARD.COM.BR 24 TOP SPIN ROGÉRINHO COMEMORA VITÓRIA SOBRE O RUSSO IGOR ANDREEV JEJUM DA ERA POR PEDRO KUCHMINSKI FOTOS LUIZ PIRES / FOTOJUMP “PÓS GUGA” ENFIM ACABA Uma década depois, o tênis brasileiro volta à primeira divisão da Copa Davis. Com a vitória sobre o time russo na competição, o Brasil novamente colocou-se entre os 16 melhores países do mundo no tênis. A última vez que o país frequentou a elite do tênis mundial foi há nove anos, época em que Gustavo Kuerten ainda jogava e era o ponto de referência daquela delegação. A disputa aconteceu no Harmonia Tênis Clube, em São José do Rio Preto (SP), entre 14 e 16 de setembro. No primeiro dia, o Brasil venceu os dois jogos de simples abrindo 2/0 sobre os russos. Em pouco mais de uma hora, Rogério Dutra Silva, o Rogerinho, venceu a primeira partida do dia. Bastante agressivo, abusando das jogadas de fundo de quadra e contando com os erros do adversário, o brasileiro não teve dificuldades para abrir 2 sets a 0, com parciais de 6/2 e 6/1, para depois contar com o abandono do russo Igor Andreev, que alegou dores no ombro. Logo depois, Thomaz Bellucci venceu o russo Teymuraz Gabashvili por 3 sets a 1, com parciais de 6/3, 4/6, 6/0 e 7/6 (4), em 3h18min de jogo. De forma muita aguerrida, Thomaz fechou o primeiro set com uma quebra de vantagem. Já no segundo set, Gabashvili aproveitou-se da desconcentração do brasileiro no final do set para conseguir quebrar o saque de Bellucci e empatar o jogo. O número um do Brasil, se recuperou no terceiro set. Com uma grande atuação, Bellucci não perdeu nenhum game e obteve grande aproveitamento no saque para aplicar um “pneu” no adversário. O russo endureceu o jogo na quarta parcial, mas o brasileiro acabou fechando o jogo no tie-break, abrindo 2 a 0 no placar geral para o Brasil. O Brasil foi para o segundo dia de competição precisando de apenas mais uma vitória para garantir o acesso à primeira divisão da Copa Davis. Na única partida do dia, a dupla brasileira formada por Marcelo Melo e Bruno Soares triunfou sobre os russos Alex Bogomolov Jr e Teymuraz Gabashvili por 3 sets a 0, com parciais de 7/5, 6/2 e 7/6(9-7), fazendo 25 3 a 0 no placar geral com somente dois jogos faltando e conquistando a classificação antecipada. Os brasileiros, que atuavam juntos no circuito até ano passado, chegaram a abrir 5/1 no primeiro set, mas se complicaram ao cederem dois break points aos russos. Somente no 11º game, os mineiros quebraram novamente o serviço dos russos e, em seguida, Melo confirmou seu serviço, fechando a parcial. No segundo set, os brasileiros novamente abriram 5/1, mas dessa vez não perderam o foco e fecharam a parcial com facilidade em 6/2. O terceiro set foi o mais equilibrado de todos. Decidido apenas no tie-break, Melo e Soares mantiveram a calma e encerraram o jogo com 9-7 no desempate. Nas duas partidas de simples que restavam no último dia, tanto Bellucci como Rogerinho não tiveram dificuldades para vencer seus respectivos jogos e fecharem o placar geral com um massacrante placar de 5 a 0 a favor do Brasil. Aproveitando-se da ausência do principal tenista russo, Mikhail Youzhny, do fator casa e do apoio de Guga, que esteve nos três dias incentivando os tenistas do capitão João Zwetsch, a delegação brasileira enfim retorna ao Grupo Mundial da Copa Davis. Na sua última aparição, em 2003, quando era liderado por Guga, o Brasil sucumbiu diante da Suécia ainda na primeira rodada. De lá para cá, o Brasil colecionou derrotas para seleções como o Canadá, Suécia, Áustria, Equador e, ano passado, para a própria Rússia. BRASIL ENFRENTA OS EUA EM FEVEREIRO Copa Davis, com 32 títulos, enfrentará o selecionado brasileiro entre os dias 1º e 3 de fevereiro. A disputa acontecerá em território americano, já que o último confronto entre as duas equipes aconteceu no Brasil, em 1997, na cidade de Ribeirão Preto. Naquela ocasião, os norte-americanos venceram por 4 a 1. A cidade que vai abrigar os jogos em 2013 ainda não foi escolhida. Integra o time americano a melhor dupla do mundo, Bob e Mike Bryan, além do top 10 John Fisner. Historicamente, os EUA levam vantagem nos confrontos diretos contra os brasileiros, com três vitórias e apenas uma derrota. Se vencer, o Brasil enfrentará Bélgica ou Sérvia em abril do ano que vem. Caso perca, retornará aos playoffs, em setembro. Após nove anos de espera, o Brasil vai encarar os EUA pelas oitavas de final da Copa Davis, em 2013. O time americano, o mais vitorioso da CONFRONTOS DA 1ª FASE DA COPA DAVIS 2013: Canadá x Espanha Itália x Croácia Bélgica x Sérvia Estados Unidos x Brasil THOMAZ BELLUCCI EM PARTIDA CONTRA TEYMURAZ GABASHVILI França x Israel Argentina x Alemanha Cazaquistão x Áustria Suíça x República Tcheca SPORTYARD.COM.BR 26 CHEVALIER Grande Prêmio Oi: objetivo dos melhores cavaleiros do contrasta com a cor caramelada dos pelos. Um conjunto mundo. Três dias de prova na Sociedade Hípica Brasileira, no impecável, que conhece o doce sabor da vitória e sabe como Rio de Janeiro. A surpresa estava garantida para a última e mais se chega lá. importante prova do evento. Cada um dos 37 conjuntos entrou na prova de 1,60m Guerdat não peca nos movimentos. Nino des Buissonets não peca na elegância. para mostrar o que tinha de melhor para oferecer, e um desses O conjunto faz a plateia parar de respirar. E nem brasileiro poderia ter saído vencedor se um suíço não estivesse por perto. ele é. A essa altura, a torcida acompanha os cavaleiros, Uma exibição de gala de um conjunto iluminado. independentemente da nacionalidade. Impossível não vibrar Os galopes de Nino des Buissonets pareciam ritmados por música. O conjunto foi conduzido pelo ritmo brilhante do campeão olímpico em Londres, o cavaleiro Steve Guerdat. com a volta perfeita em 33 segundos e 23 centésimos. A volta olímpica, comemorando a vitória, durou muito mais. O prêmio de 330 mil euros e a medalha no valor de 50 A cada salto elegante, a conquista ficava mais próxima. mil euros ficarão no coração de um suíço bem humorado. Os adversários, de altíssimo nível técnico, como a australiana Steve Guerdat continua no impulso da vitória conquistada em Edwina Tops-Alexander e a suíça Clarissa Crotta, assistiram a Londres. uma exibição de gala do medalhista de ouro na Olimpíada de Bicampeonato do cavaleiro que, em 2009, também havia 2012. Diferentemente dos outros esportes, no hipismo homens conquistado o GP organizado por Athina Onassis e Álvaro de e mulheres competem juntos, sem diferenças entre os sexos. Miranda Neto. A conquista deixou o suíço bem descontraído. A diferença da terceira colocada, Clarissa, para Edwina, vice-campeã pelo segundo ano consecutivo, não chegou a meio segundo, enquanto Guerdat conquistou o título com um abismo de quase dois segundos. Ele chegou inclusive a suspeitar, em uma brincadeira, é claro, de uma possível trapaça do cavalo cor de caramelo. - Não é possível ele saltar assim. Acho que ele – Nino des Buissonets – tem molas nas patas. Nino des Buissonets é um cavalo de rara beleza, que faz Ganhar o Oi Grand Prix não é pra qualquer um – 38 o tempo parar enquanto salta e paira no ar. A crina escura conjuntos entraram na pista, 18 se classificaram para a segunda 27 UM SHOW DE LEVEZA POR RICARDO ALMADA FOTOS RAPHAEL MACEK A sexta edição do Athina Onassis Horse Show reuniu os melhores conjuntos do ranking mundial SPORTYARD.COM.BR 28 CHEVALIER fase. Rodrigo Pessoa, com Winson, ficou na primeira eliminatória. Não conseguiu passar do 25º lugar. Marlon Zanotelli zerou o percurso e Álvaro de Miranda Neto, o Doda, conseguiu a classificação em 18º lugar. A última chance. O conjunto formado por Doda e AD Rahmannshof’s Bogeno abriu o percurso na segunda rodada e cometeu mais uma falta. Com as penalizações cumulativas, somou 8 e não chegou nem perto do pódio. Zanotelli e Edesa S Banjan também cometeram duas faltas e acumularam mais 8 pontos, não conseguindo chegar à fase final. Outros favoritos ficaram pelo caminho, como Nick Skelton, o britânico medalhista olímpico em Londres, Gerco Schroder e Eurocommerce London, campeões de Grand Prix em 2011, e o alemão Ludger Beerbaum. A prova de que o nível estava alto foi a eliminação de Beerbaum, cavaleiro tetracampeão olímpico entre Seul 1988 e Sydney 2000. Se as medalhas de ouro não são o suficiente, Ludger mostrou o valor do hipismo alemão ao conquistar a inédita Disputa das Nações, realizada um dia antes de uma das maiores provas do hipismo mundial. A inédita competição entre os países reuniu dez seleções, sendo que o Brasil aproveitou seus quatro melhores cavaleiros e os dividiu em duas equipes. Doda e Rodrigo Pessoa, e José Reynoso Filho e José Francisco Musa. A esperança de o Brasil subir ao pódio ficou com o bom desempenho de Doda, montando AD Ashleigh Drossel DanHH Ashley, e Pessoa, com HH Ashley, que conseguiram cravar um ótimo tempo. Doda passou em 39,39s e zerou o percurso, enquanto Rodrigo Pessoa cravou 42,79s com uma falta. Somadas as faltas da primeira e segunda rodadas, o time brasileiro somou 8 pontos de penalização. A média dos obstáculos era de 1,50m e, a uma altura como essa, não pode haver erros. A amazona Jessica Springsteen representou os Estados Unidos, montando Temmie. Ela não conseguiu distância suficiente para saltar e acabou sendo arremessada ao chão. Intensidade de mais e leveza de menos, por 29 o outro. pouco o acidente não foi mais grave. alemães. Vale ressaltar o reconhecimento Sem grandes danos, a amazona se de Beerbaum, que já conquistou um Maravilhoso para quem conhece levantou e foi aplaudida pela calorosa título em cada canto do mundo, sobre a pela primeira vez, como Julia Fernandez. torcida. técnica dos adversários: A pequena amazona é de São Paulo e tem Os brasileiros estavam liderando, - Venci meus adversários por oito anos. Ela foi assistir às competições até a entrada de Ludger Beerbaum. uma diferença mínima. Menor que um com o pai, o engenheiro civil Ubirajara O alemão lembra a consistência de cabelo. O nível do evento é fantástico. Os Fernandez, que pela terceira vez seguida outro alemão, das pistas, mas este tem melhores estão aqui. Quero muito estar confere o Athina Onassis. Júlia não pensa controle sobre um único cavalo. Ele é na Olimpíada de 2016. duas vezes se vai ou não se espelhar em algum grande ídolo do esporte. A campeão há quase três décadas. Mais Um grande público assistiu às uma vez, o hipismo se coloca como uma vitórias de Suíça e Alemanha. Um resposta é super original: modalidade pioneira. A juventude abre desfile que valeu cada centavo pago - Eu mesma, ué! passagem pela precisão da experiência. no ingresso. A soma do valor de todos Talvez ela esteja certa. Aprender que os cavalos ultrapassou os 200 milhões o máximo dos melhores, mas manter Beerbaum faz questão de desenvolver, de euros. Mais de 500 milhões de a essência individual pode ser o que desafiando limites com o poderoso reais. Premiação de 1 milhão de euros transforma cada ser humano em um Chaman. Um percurso perfeito em em apenas uma prova, a maior do atleta único. A pequena amazona ainda 41,56s. Sem falta. Sem truques. Só calendário mundial. Outros prêmios. está nos obstáculos de 40cm, e o pai fica faltou o outro conjunto alemão, Marco Provas inéditas. Três dias de provas todo bobo só de contar isso. Imagina Kutscher, montando Cornet´s Cristallo, de alto nível técnico. Dias incríveis no se um dia ela chegar até um evento saltar os obstáculos em 43,26s, mais uma reduto dos maiores cavaleiros e cavalos internacional, como o Athina Onassis vez sem falta. do mundo. Cada cavalo mais belo que o Horse Show, ou, quem sabe, uma outro. Cada cavalo mais valorizado que Olimpíada? Trata-se de um talento Um merecido primeiro lugar aos SPORTYARD.COM.BR 30 CHEVALIER BASTIDORES, ATHINA ONASSIS HORSE SHOW POR RICARDO ALMADA FOTOS RICARDO ALMADA A amazona Camila Mazza de Benedicto passou por um sufoco no Athina Onassis Horse Show. A Sportyard teve acesso exclusivo à área de aquecimento dos conjuntos. Enquanto a amazona se concentrava para entrar na Prova de Dificuldade Progressiva, uma aparente preocupação chamou a atenção. Coincidência ou não, Camilla teve de ter sangue frio para domar Kavanagh IV no sétimo obstáculo do percurso. Ela contornou o refugo do animal e se manteve elegante no controle da situação, mas completou o percurso em 70,57s e não se classificou para a final. A amazona paulistana é uma esperança para o futuro do esporte no Brasil. Ela tem apenas 35 anos e integrou a equipe brasileira que foi aos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008. Camila mora na Holanda e atualmente está montando uma nova cocheira para treinar outros cavalos. Dá-lhe, Camila! O acesso aos bastidores só foi garantido porque Pedro Cebulka garantiu a entrada da Sportyard. Cebulka é um alemão, de origem polonesa, nome latino e criatividade brasileira, além de ser organizador e locutor oficial de eventos internacionais, como as Olimpíadas. O mais legal é que ele se veste da forma que bem entende. Na Sociedade Hípica Brasileira, misturou ousadia e elegância ao usar temas britânicos nas roupas. Dá só uma olhada nessas fotos. É ou não é uma figura? Simpático que só, o alemão, que tem 36 anos de experiência no ramo, disse que virá aos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. É mais um personagem olímpico em solo brasileiro. Os famosos deram as caras por lá. Evento chique tem gente chique. Murilo Benício, Sabrina Sato, Ronaldo Fenômeno, entre outras celebridades, deram as caras. No último dia, a cantora Claudia Leitte apareceu com o marido. A baiana mais quente do momento é jurada do The Voice Brasil, programa que escolhe novos talentos da MPB. Lá, ela fica virada de costas e só observa o cantor se a voz for convincente. No Athina Onassis Horse Show, ficou difícil repetir a performance de jurada: - Só vim aqui para me divertir. Não entendo tanto para chegar a esse ponto, não. No programa, já tenho meu favorito, mas aqui vim para torcer pelo Brasil, só isso. Meu marido tem fazenda, tem uns cavalos, hipismo é mais com ele mesmo. Tudo bem, Claudia! Ninguém espera que você seja escolhida para julgar o The Horse Brasil. Aliás, Claudia Leitte fez o show de encerramento do evento, e só recebeu elogios. Como sempre. 32 CHEVALIER STOCKHOLDER, O VENCEDOR DO GP PARANÁ RESPONSÁVEIS PELO VENCEDOR RECEBEM OS TROFÉUS LARGADA DO GP PARANÁ 2012 STOCKHOLDER: O MELHOR DO GP PARANÁ 2012 POR RHUANA RAMOS FOTOS MAIK PENNER Mais um Grande Prêmio Paraná surpreendente. Na largada, tudo indicava que os mais comentados (Stockholder, Blue di Job e Beduíno do Brasil) ficariam apenas com os comentários. Uma boa largada, com muita briga pelas primeiras colocações. Na curva do Pinheirão, Zagoon puxava o pelotão seguido por Full Poket, Ticky Indy, e só depois apareciam Beduíno do Brasil e Blue di Job. Na reta oposta, pouca coisa mudou. Na curva de chegada, Full Poket permanecia na primeira colocação. Visible Wind surpreendeu, ficando com a segunda colocação por boa parte da reta. Mas, nos metros finais, Stockholder entrou em ação. Com força máxima, passou todos os que estavam à sua frente, passando em primeiro pelo arco de chegada. Para o proprietário de Stockholder, Luiz Antonio Monteiro, a prova já estava garantida. Agora, o plano é vencer o “Bento Gonçalves”, em Porto Alegre. “Ele disputou o ano passado no Rio Grande do Sul e venceu. Pretendemos repetir este ano. Vamos competir lá em novembro e depois disso ainda não sabemos”, explicou Monteiro. Ele agradeceu sua equipe e ressaltou a qualidade do campeão: “Ele é o melhor em pista de areia do Brasil. O resultado não poderia ser outro”, concluiu. 34 SUNSET BAY NAS ONDAS DA T POR ROMULO PORTHOS FOTOS ROMULO PORTHOS Festival náutico da marina completa 6 anos e se firma como maior evento do ramo na região Sul Durante os dias 6 e 9 de setembro, a Tedesco Marina perto lançamentos de imóveis, carros de luxo, helicópteros, Garden Plaza foi palco de mais uma edição de sucesso do empreendimentos turísticos, entre outras novidades Festival Náutico, evento que comemorou o 6º aniversário da apresentadas pelos 18 expositores presentes no evento. E o marina 5 estrelas do sul do Brasil. resultado foi positivo. “Houve um grande fluxo de visitantes, o Cerca de 14 mil visitantes movimentaram os 3 dias de que já resultou em vendas, e ainda há a possibilidade de futuras evento e puderam conferir as mais de 50 embarcações expostas, negociações, que começaram aqui”, revela o executivo de que variavam de lanchas de pequeno porte a luxuosos iates vendas da BMW, Ricardo Rocha. que custam até 20 milhões de reais. Segundo dados da Tedesco, o volume de negócios A Schaefer Iates participou de todas as edições do Festival fechados nesta 5ª edição superou os R$ 40 milhões, Náutico e, segundo a analista comercial da empresa, Luana representando um aumento de mais de 30% em relação ao Martins, esse foi o melhor deles, “pois a distribuição dos stands ano anterior. “O Festival Náutico da Tedesco se consagra como fez com que eles ganhassem visibilidade e o público tivesse um dos principais eventos do setor náutico nacional, tanto maior agilidade na locomoção”. pela qualidade das marcas expositoras quanto pelo volume Além dos barcos, o público pôde acompanhar de de negócios gerados”, comemora Juliana Tedesco dos Santos, diretora executiva da Tedesco Marina. 35 Farid Othman, um dos empresários do ramo náutico presentes no evento, acredita que o Festival Náutico da Marina Tedesco se firma como o maior da região Sul do Brasil, ficando atrás apenas de megaeventos nacionais em São Paulo e como o Rio Boat Show, que chegam a ter 40 mil visitantes. “Esta região do país tem tudo para ser cada vez mais explorada pelo mercado náutico, pois há muitos empresários e executivos migrando da região Sudeste para cá, além dos que já estão instalados e frequentam”, completa. O evento ainda teve um show nacional da banda The Originals, além de um rally náutico que contou com a presença de 25 barcos e que foi disputado no sábado, em duas categorias. Durante os 55 km de prova, as embarcações chegaram a atingir os 40 km/h. Os vencedores da categoria RN GRAD foram João Bosco Azevedo Jr. e Joel Kravtchenko, e quem levou o troféu na RN-ESPECIAL foi a dupla formada por Sérgio Ribas e Andrea Ribas. O sucesso do festival náutico da Marina Tedesco deve se repetir pelos próximos anos. Segundo a analista comercial da Schaefer Iates, Luana Martins, “o Brasil é a bola da vez no ramo náutico, a cada dia chegam mais marcas ao mercado e onde houver feiras, vão querer expor”. TEDESCO Um dos destaques da feira era o iate Fly 35, uma embarcação que possui um espaço interno muito bem aproveitado que lhe rendeu o prêmio internacional A’ design award 2012, em Milão (Itália). O barco de 35 pés (11 metros) possui 2 camarotes, 2 banheiros e cozinha, além da área externa. “É o único que eu vi assim no mercado. Surpreende ainda mais quem conhece barco por conta do excelente aproveitamento interno que ele possui. É um barco pensado, moderno, inteligente”, elogia o empresário João Bosco, que visitava o modelo em exposição. O DIRETOR COMERCIAL DA NAUTIMAX, MÁRIO SÉRGIO SERGENTI, COM O EMPRESÁRIO JOÃO BOSCO, NA EMBARCAÇÃO FLY 35 SPORTYARD.COM.BR 36 BURNOUT O SEGUNDO ADEUS A Fórmula 1 se despede pela segunda vez do piloto sete vezes campeão POR VICTOR PAULINO FOTOS PAUL GILHAM / GETTY IMAGES A despedida de algo que gostamos nunca é fácil, menos uma volta em todos os carros principalmente se somos bons naquilo de que estamos da pista. No GP do Pacifico, em Aida, no nos despedindo. No caso de Michael Schumacher, apenas Japão, Schumacher foi um pouco mais uma despedida não foi suficiente. O alemão que quebrou modesto e só não deu volta no segundo e estabeleceu boa parte dos atuais recordes da Fórmula 1, colocado Gerhard Berger, então piloto marcou história ao se tornar o piloto com o maior número da Ferrari. Mesmo vencendo oito das de títulos, vitórias, poles, pódios, voltas mais rápidas, hat tricks 16 provas do ano, o alemão só venceu o campeonato em um (poles-positions, vitórias e voltas mais rápidas em um mesmo toque com o inglês Damon Hill na última corrida, o que até hoje final de semana) e vários outros números que podem demorar gera muita polêmica. para serem superados. Com o ano de 1995 vieram o bicampeonato e o O caso de Schumacher, como o próprio piloto, é diferente. fechamento de contrato com a Ferrari para os anos seguintes. Aos 43 anos, o alemão é o piloto mais velho do atual grid da O jejum de quatro anos na escuderia italiana só foi quebrado Fórmula 1 e, em 2006, já havia anunciado sua aposentadoria da com a chegada do brasileiro Rubens Barrichello, em 2000. De lá categoria, quando ainda corria pela Ferrari. até 2004, a Fórmula 1 viveu um dos maiores períodos na história Criado em Kerpen, cidade do interior da Alemanha, Michael Schumacher sempre foi muito rápido no kart, se destacando rapidamente em eventos locais e não demorando muito para em que um piloto e uma equipe dominaram a categoria. Foi também nessa época que boa parte do recordes citados no início deste texto foi registrada. fechar um contrato junto à Mercedes-Benz. Correu em diversas Em 2006, mesmo detendo boa parte das maiores marcas categorias de turismo vinculado à montadora alemã até fazer da categoria, o alemão disputava o título contra Fernando sua estreia na Fórmula 1 pela modesta Jordan, no GP da Bélgica Alonso e mostrou uma de suas faces: a de Dick Vigarista (apelido em 1991. Schumy, como é conhecido no “circo” da categoria, que veio por diversas vigarices que aprontou contra adversários encerraria sua primeira temporada com quatro pontos. No na pista e também pela semelhança física com o personagem mesmo circuito onde estreou, Spa-Francorchamps, o alemão dos desenhos animados e que sempre armava alguma trapaça venceu sua primeira corrida pela Benetton, já no ano de 1992. para vencer seus concorrentes na “Corrida Maluca”). Um dos Após um 1993 apagado, a Benetton ressurgiu em parceria com a Ford no ano de 1994, vencendo as quatro primeiras provas do campeonato com o jovem Michael Schumacher. No GP do Brasil, prova que abriu a temporada, o alemão venceu sem tomar conhecimento de qualquer adversário e colocou pelo vários exemplos aconteceu durante o treino que definiria o grid de largada para o GP de Mônaco daquele ano, quando Schumacher parou o carro no trecho final da pista e atrapalhou Alonso e todos os outros pilotos que terminavam as suas voltas rápidas nos segundos finais de treino. O alemão foi punido com 37 SPORTYARD.COM.BR a desclassificação do treino e largou da última posição. Mesmo assim, o piloto é muito mais lembrado pelas belas atuações do que pelas trapaças. “Parado”, o heptacampeão da Fórmula 1 não ficou longe da velocidade e se aventurou no motociclismo, onde sofreu um acidente sério que o deixou hospitalizado NÚMEROS DE SCHUMACHER*: por alguns dias, impedindo-o de substituir o brasileiro Felipe Massa na Ferrari, ao final da temporada de 2009. Na pré-temporada de 2010, veio a surpresa e a reedição de r 303 GRANDES PRÊMIOS DISPUTADOS; uma velha parceria. Michael Schumacher retornava para a Fórmula 1 pelas mãos de seu r 7 TÍTULOS DA FÓRMULA 1; amigo Ross Brawn, correndo pela mesma Mercedes que o apoiou no início da carreira. r 91 VITÓRIAS; Bem longe do desempenho que o consagrou, e sendo um dos pilotos mais velhos do grid, Schumacher conseguiu como melhores resultados um oitavo lugar no campeonato do ano passado e um pódio neste ano. Isso pode explicar o motivo da contratação de Lewis Hamilton antes mesmo de uma definição do futuro do maior campeão da Fórmula 1. A despedida de Michael Schumacher contrasta com a de outro multicampeão do automobilismo mundial: o francês Sebastian Loeb. Atual detentor dos últimos nove títulos no Campeonato Mundial de Rali da FIA (2004-2012), Loeb só correrá algumas etapas do Mundial de Rali de 2013 e se despedirá da categoria para seguir novos projetos da Citröen, montadora pela qual conquistou os seus campeonatos. No caso de Schumy, o futuro ainda é incerto e não se sabe o que ele fará daqui para frente. Independentemente do que Schumacher fez ou ainda fará, o fato é que o alemão deixará uma legião de fãs, ferraristas ou não, alemães ou não, espalhados pelo mundo e que farão questão de que aquele rápido kartista de Kerpen fique eternizado na memória de todos por muitos anos. r 68 POLE POSITIONS; r 155 PÓDIOS; r 1560 PONTOS; *NÚMEROS CONQUISTADOS ATÉ O GP DO JAPÃO DE 2012 38 BURNOUT POR VICTOR PAULINO FOTOS VICTOR PAULINO POR VICTOR PAULINO FOTOS PAUL GILHAM / GETTY IMAGES O INÍCIO A Stock Car desembarcou em Curitiba com várias novidades, entre elas a estreia de Rubens Barrichello Domingo ensolarado, quente e abafado, mas mesmo mostrar a Rubens Barrichello que o carro da Stock Car tem que estivesse caindo uma tempestade o fã do automobilismo bem menos visibilidade e aerodinâmica bem diferente que não deixaria de ir até o Autódromo Internacional de Curitiba os carros de fórmula que ele tanto se acostumou a pilotar. “A para acompanhar a segunda etapa da Stock Car na capital adaptação está sendo boa. Foi uma boa classificação [15º], não paranaense em 2012. Tudo pela estreia do experiente Rubens tenha dúvida que a gente sempre pensa que poderia ter tirado Barrichello em uma das principais categorias do automobilismo um pouco mais, mas falta bastante tempo dentro do carro, nacional. O apaixonado pelo esporte queria ver de perto o principalmente nas aproximações e nas reduções, que ainda desempenho do piloto que só está acostumado a assistir pela vão vir com o tempo. Eu tenho certeza que se você perguntar televisão, fosse durante os 19 anos de Fórmula 1 ou em sua como foi o Rubinho para os 32 pilotos do grid, quase todos irão temporada de estreia da Fórmula Indy, nos Estados Unidos. dizer que foi bom”, disse Rubens Barrichello ao final do treino Até mesmo a disputa acirrada pela ponta do campeonato e o classificatório de sábado. Desempenho confirmado por Allam novo item de segurança da categoria ficaram de lado diante da Khodair depois da corrida, no domingo: “Com certeza é um presença de Barrichello. marco muito grande ter uma pessoa ímpar do automobilismo A estreia do decano teve início na segunda-feira (15), quando o paulista sentou no carro da categoria pela primeira vez para realizar um teste de adaptação. O treino serviu para mundial. É um prestígio muito grande, já chegou andando bem e em breve ele vai subir no pódio com a gente”. Elogios parecidos foram tecidos por Átila Abreu, pole 39 e vencedor da etapa de Curitiba, que lembrou a dificuldade a nossa segurança e só vem a acrescentar à categoria”, declarou de adaptação que o carro oferece para os novos pilotos que Júlio Campos. Quem seguiu na mesma linha de discurso foi o chegam à categoria: “Eu lembro como foi a minha estreia aqui companheiro de Cacá, o paulista Daniel Serra, que tem estatura e lembro o quão difícil foi para mim. Se ele correr a temporada parecida com a de Campos: “Eu não tive problema nenhum aqui, logo vai subir ao pódio porque a experiência dele conta com o banco, talvez pelo tamanho, eu achei bom”. muito e talento ele tem de sobra”. SPORTYARD.COM.BR Mesmo com 1,92m de altura, Átila Abreu marcou a pole e O futuro foi assunto recorrente nas entrevistas feitas com o venceu a corrida de ponta a ponta em Curitiba. Allam Khodair piloto durante o final de semana. Em todas, ele deixou sempre terminou em segundo com uma pequena vantagem para muito claro que sua preferência atualmente é permanecer na Daniel Serra, o terceiro colocado. O líder do campeonato, Cacá Fórmula Indy, fazer mais uma temporada e somente depois Bueno, terminou a corrida em quinto e ampliou a vantagem de pensar em vir correr no Brasil: “Eu quero voltar para Fórmula dois para 12 pontos, já que o então vice-líder Ricardo Maurício Indy. Foi uma experiência ótima e quero procurar mais bateu logo no início da corrida e não terminou a prova. O novo competitividade porque eu tive muito problema por não vice-líder é Daniel Serra. conhecer as pistas. Eu quero voltar e fazer melhor”. Enquanto ainda não tem uma decisão, Barrichello segue no Brasil, onde corre as etapas de Brasília e a Corrida do Milhão, em São Paulo, DO VETERANO onde vai contar com a presença do “irmão” Tony Kanaan e do ex-Fórmula Indy Raphael Matos. Outra novidade, bem menos aparente ao público, chegou à Stock Car no final de semana da décima etapa da temporada. A categoria adotou um novo banco, feito de fibra de carbono, que no geral foi aprovado pelos pilotos, mas pediu mais tempo de adaptação para pilotos mais altos, como o líder do campeonato, o carioca Cacá Bueno. “Eu estou com muita dor nas costas porque ainda não encontrei uma posição confortável dentro do carro. Agora estou cansando mais e tendo mais dor nas costas. Acho que os pilotos maiores estão tendo uma dificuldade para caber neste banco, mas sem dúvida nenhuma houve um avanço enorme em termos de segurança, isso é o principal”. Para Thiago Camilo, esse processo de adaptação é normal para todos os concorrentes: “A gente sempre faz o ajuste inicial na oficina, mas sempre que você anda no carro sente uma diferença. Mas está tudo tranquilo, mesmo estando com um pouco de dor no ombro, pela posição nova. Eu acho que é questão de costume”. A diferença de adaptação ficou clara quando a pergunta foi feita para pilotos de menor estatura, que foram só elogios ao novo item de segurança da categoria: “Eu acho que os pilotos maiores vão ficar um pouco mais desconfortáveis, mas é para 42 GROUND & POUND UFC 152 DUELO D POR DIEGO RAMOS FOTOS DIVULGAÇÃO UFC Jones machuca o braço, mas mantém o cinturão “Penso que é possível vencê-lo, mas é difícil achar uma arte suave. Aos 3 minutos e 50 segundos do 1º round, Jones maneira de fazer isso.” Com essas palavras, Vitor Belfort resumiu tentou o confronto e o brasileiro conseguiu prender o braço como se sentiu após fracassar na estratégia de trazer o cinturão direito do campeão e logo em seguida passou com as pernas da categoria meio-pesado do Ultimate Fighting Championship em torno do corpo do adversário, fechando um golpe chamado para o Brasil. O palco foi o Air Canada Centre, em Toronto, de triângulo. “Ele me pegou de um jeito que nunca senti, mas no Canadá, recebendo lotação máxima para presenciar um tinha trabalhado duro demais para desistir tão rápido. Achei que evento em que dois leões duelariam - o americano Jon Jones, meu braço ia quebrar, mas continuei”, analisou Jones, sobre o defendendo o título do evento, contra o brasileiro Vitor Belfort. momento de maior risco de perder o cinturão desde março do “Não devemos ter medo de nada. Somos todos leões e foi isso ano passado, quando ganhou de Maurício Shogun Rua. “Tive que eu mostrei aqui”, explicou o brasileiro na entrevista coletiva minha oportunidade, mas quando ouvi o estalo no braço dele, após o combate. No entanto, o outro rei da selva demonstrava acabei permitindo que ele escapasse. Pensei que tinha pegado o fôlego de um jovem correndo atrás da presa, com a barriga ele de jeito, mas não deu”, lamentou Belfort. Jones também roncando, dentes longos, afiados e muita saliva escorrendo. falou sobre o brasileiro ter aliviado, por preocupação, a pressão Faixa preta em jiu-jitsu, Vitor começou a luta aguardando exercida na tentativa de finalização, após ter ouvido o estalo uma brecha para colocar em prática seus domínios sobre a no braço durante o golpe em que quase perdeu a luta. “Isso só 43 SPORTYARD.COM.BR CASTIGADO, MAS COM O BOLSO MAIS CHEIO Apesar de vários traumas na cabeça e espalhados pelo corpo, Vitor Belfort saiu do UFC152 com bons motivos para comemorar. Além de ter sido o lutador que chegou mais perto de “roubar” o cinturão, o brasileiro aumentou sua conta bancária em cerca de R$ 550 mil. Já Jones, que manteve o título, ganhou pouco mais de R$ 900 mil na noite. De acordo com dados do UFC, cerca de 16.800 pessoas compareceram ao evento, que movimentou quase R$ 4 milhões. DE LEÕES dos meio-pesados do UFC com os Estados Unidos mostra que tipo de pessoa ele é. Ele é uma pessoa fenomenal. Lyoto Machida no UFC 14O. Realmente o respeito, é uma pessoa incrível e estou honrado Mesmo assim, muitos acreditam que realmente a melhor em enfrentá-lo. Se ele aliviou um pouco a pressão, tenho que maneira de se parar o campeão é mesmo com a finalização. Em tirar o chapéu para ele, é uma pessoa de classe. Houve um uma conversa com a Sport Ardy, o mestre de jiu-jitsu Francis momento em que pensei que ele poderia ter estendido ainda Maurer, da equipe Killer Bees, representada por nada menos que mais. Em 25 anos, não tinha sentido nada daquele jeito, estava Anderson Silva, concordou com a estratégia adotada por Belfort. conformado com aquilo, pensando que não acreditava que ia “Ele foi o que mais chegou perto de ganhar do Jones”, analisou perder daquele jeito. Depois, quando soltei, fiquei com o braço Maurer, mais conhecido como “Mestre Urso”, praticante de jiu- dormente e não tinha força no soco”, refletiu o campeão. Após jitsu há 16 anos, além de outras artes marciais. Questionado defender com bravura a tentativa de finalização, o americano sobre qual estratégia adotaria em um combate imaginário colocou em prática seu jogo de golpes rápidos e certeiros, com Jones, não titubeou. “Ele tem uma ótima envergadura, isso fazendo com que Vitor puxasse a luta para o chão, uma tática favorece muito. Eu tentaria ganhar com o jiu-jitsu”, explica o ousada, sabendo que o adversário tem como um dos pontos professor da equipe das “abelhas assassinas”. fortes cotoveladas cortantes, capazes de determinar o rumo de uma luta, como o golpe distribuído por Jones contra o brasileiro 44 GROUND UFC 153 & POUND POR DIEGO RAMOS FOTOS DIVULGAÇÃO UFC SERÁ ANDERSON SILVA O PRÓXIMO ÍDO Após outra vitória, brasileiro está cada vez mais próximo de se tornar uma lenda O Brasil é conhecido por diversas junto”, revelou Minotauro na coletiva de só hoje para salvar o evento. Minha coisas. Carnaval, belo e extenso litoral, imprensa. Em solo brasileiro, o lutador categoria é 84 kg e é nela que vou me lindas mulheres, jogadores de futebol demonstra força de vontade adicional, manter”, explicou logo após a luta, se com rara qualidade e, nos últimos somando os prêmios de nocaute da referindo ao evento original, que previa a tempos, por ótimos lutadores de artes noite na primeira edição, contra Brendan participação do campeão do peso pena marciais. Um deles pode ser analisado Schaub, e de finalização da noite no UFC José Aldo, que sofreu um acidente de em um capítulo à parte. Trata-se de Rio 3, contra Dave Herman, na HSBC moto e não pôde competir. Anderson Silva, o “Spider”. Curitibano de Arena. “Eu entrei querendo vencer da Parece não haver adversário capaz coração, Anderson já ganhou o mundo. maneira que pudesse. Na montada, de derrubar Spider. No entanto, a É o lutador mais respeitado dentro do poderia terminar no ground and pound, sensação do momento e campeão dos Ultimate Fighting Championship, com até com cotoveladas, mas teve um gosto meio-pesados, o americano Jon Jones, 16 vitórias seguidas, além de deter o especial de tentar terminar com jiu-jitsu, há tempos é alvo dos apaixonados pelas maior número de defesas de cinturão a arte marcial brasileira”, completou. artes marciais como o adversário perfeito na história do evento. Com tantas Na luta principal na HSBC Arena, para uma luta épica. “São os dois maiores conquistas, Spider parece entrar em uma Silva lutadores da atualidade. Em caso de uma seleta lista de atletas brasileiros que competindo na categoria dos meio- uma luta combinada, acho que o Jones deixaram o nome marcado na história, pesados, uma acima dos médios, na qual pode parar o Anderson”, argumenta o como Pelé, Gustavo Kuerten, Ayrton detém o título, contra um lutador que fã do esporte Lucas Tatarin, em um bar Senna, dentre outros. detinha dados importantes no UFC, pois completamente lotado e com fila de novidade – Anderson Em outubro, o Rio de Janeiro foi até então nunca havia sido nocauteado espera para acompanhar as lutas em palco do UFC pela 3ª vez e, assim como ou finalizado, o americano Stephan solo carioca. Dana White, presidente do em agosto do ano passado, na primeira Bonnar. Bastou menos de um round UFC, falou na coletiva sobre o sonho de edição realizada na Cidade Maravilhosa, para Spider derrubar, além da estatística muitas pessoas. “O Anderson Silva é o dois ícones do MMA lutaram na do yankee, o próprio lutador. Com uma melhor lutador de todos os tempos e já mesma noite – Rodrigo Minotauro joelhada daquelas vistas nos filmes de fez coisas que ninguém nunca sonhou e Anderson Silva. Coincidência ou Hollywood, o brasileiro nocauteou o em fazer. O Jon Jones é uma nova não, o resultado se repetiu nos dois adversário, dando tempo de distribuir realidade no esporte e tem tudo para momentos, vitória brasileira. “Para mim, mais alguns socos antes de o árbitro bater novos recordes. Essa seria uma é um super incentivo lutar no mesmo interromper o combate. “Eu não sou grande luta. Eles falam que não querem dia do Anderson Silva, sou amigo e o melhor não, mas sou capaz de fazer se enfrentar, mas com muito dinheiro fã. Luto melhor quando luto com ele, o que muitas pessoas não acreditam. eu garanto que isso pode acontecer”. treino melhor quando a gente treina Team Nogueira, lutei nessa categoria Questionado se toparia, Anderson Silva 45 SPORTYARD.COM.BR OLO? não respondeu afirmativa nem negativamente, mas declarou Além das vitórias de Minotauro e Spider, o UFC Rio que, caso acontecesse, não valeria título de categoria – nem apresentou momentos marcantes, como a interrupção da para ele, nem para o americano. “Não gostaria de lutar contra o luta entre Glover Teixeira e Fábio Maldonado devido a graves Jon Jones. Mas, se essa luta for acontecer, teria que ser no peso ferimentos sofridos por este último, atleta da Nogueira Team, combinado. Não valeria o cinturão dele. Eu já tenho o meu e não equipe de Minotauro. Com isso, Teixeira somou a segunda quero um título para deixar largado. As pessoas falam dessa luta vitória no UFC e, para alguns fãs, é outro brasileiro que pode e sou funcionário do UFC. Posso estar falando que não quero, futuramente tentar tomar o cinturão de Jones nos meio- mas e se o Jon Jones vai lá e aceita a grana que o Dana White pesados. “Ele tem jogo para ganhar do Jones. Nessa categoria, vai dar para ele? Vai ficar difícil”, cravou o atleta, que está com todos os brasileiros perderam para ele, só restou o Glover”, o nome cada vez mais consolidado no hall da fama brasileiro. analisa Halan Freitas, estudante e apaixonado por artes marciais. OUTRAS LUTAS DA NOITE t Serginho Moraes, que está treinando em Curitiba com Maurício Shogun, venceu Renée Forte por finalização, aplicando um mata-leão no terceiro assalto. t Demian Maia demonstrou seu domínio da arte suave e aplicou um mata-leão em Rick ainda no primeiro round. t Jon Fitch venceu Erick Silva por decisão unânime dos juízes em luta eleita como a melhor da noite. t Phil Davis aplicou um triângulo de mão e derrotou Wagner Caldeirão aos 4m29s do segundo round. t Rony Jason, integrante da Nogueira Team e campeão do TUF Brasil, venceu Sam Sicilia por nocaute técnico aos 4m16s do segundo round. t Gleison Tibau venceu Francisco Massaranduba e Diego Brandão venceu Joey Gambino por decisão unânime dos juízes. t Chris Camozzi venceu Luiz Banha na decisão unânime dos juízes. t Cristiano Marcello venceu Reza Madadi em decisão dividida da arbitragem. Localizado no vale europeu, em meio a natureza exuberante, o Timbó Park Hotel oferece diversas opções de lazer a menos de 3 horas de Curitiba. Conheça nossos pacotes e programe suas férias conosco. TIMBÓ PARK HOTEL 3VB#MVNFOBVt$FOUSPt5JNC¸t4BOUB$BUBSJOB Tel: 55 47 3281.0700t'BY3281.0101 WWW.TIMBOPARK.COM.BR PACOTE CICLOTURISMO PREPARE O SEU FÔLEGO. SE NÃO FOR PARA OS PEDAIS, QUE SEJA PARA A PAISAGEM. $POIF®BP$JSDVJUPEP7BMF&VSPQFVVNQFEBDJOIPEB&VSPQBFN4BOUB Catarina. Participe de um circuito cheio de belezas naturais nos moldes do $BNJOIPEF4BOUJBHPEF$PNQPTUFMBFSFDFCBPDFSUJGJDBEPFPQBTTBQPSUF do passeio. Depois de um dia de aventuras, aproveite o ambiente aconchegante do Timbó Park Hotel. A partir de R$ 368,00. PACOTE CERVEJARIAS GOURMET. O SEU PALADAR TAMBÉM MERECE UM CARTÃO POSTAL DE VEZ EM QUANDO. Venha experimentar a degustação acompanhada por mestres cervejeiros em várias cervejarias típicas da região. Aproveite dois dias com jantares harmonizados com cervejas artesanais. 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Lendo a primeira frase é inevitável: Loko, um parceiro que trouxe da Califórnia um Hamboard o primeiro esporte que vem à cabeça de qualquer pessoa é (skate usado no Paddle) com eixos de skate normal.” Adepto o skate. E sim, o pensamento não está errado, mas se trata de de diversos outros tipos de esportes radicais, Malvadão logo uma evolução dele, que vem fazendo sucesso no mundo dos adotou o paddle, virando uma das referências do esporte. esportes radicais. Em parceria com a empresa Dropboards, espera disseminar o O skate surgiu em meados dos anos 60, na Califórnia, EUA. esporte pelo país. “Com a chegada do esporte ao Brasil, logo Com a falta do que fazer nos dias sem ondas, alguns surfistas comecei a praticar. A Dropboards, que é a empresa pioneira na com sede por esporte e com muita criatividade pegaram um fabricação do Carveboard (tipo de prancha), é também a minha par de patins, um pedaço de madeira, e ali surgia esse novo patrocinadora, e teve a ideia de fabricar o Hamboard aqui esporte que faz sucesso até hoje. Mas a inovação vinda do no Brasil, com um sistema de molas igual ao do Carveboard, surf não acabaria por ali, e hoje o esporte que vem ganhando criando assim o Hangboard Dropboards, que é atualmente o espaço nas cidades é o paddle skate. Nele, a junção do surf com modelo de paddle skate fabricado no Brasil.” o skate fica mais evidente do que no skate tradicional. Com uma Segundo Malvadão, a facilidade na hora de fazer manobras prancha mais parecida com a usada pelos surfistas, mas com será preponderante para o crescimento do paddle skate no rodinhas para poder rodar na cidade, o paddle skate tem seu Brasil. “Eu acredito muito no crescimento da modalidade, diferencial no remo utilizado pelos atletas. Feito de madeira ou principalmente pelo fato de o Hamboard e o remo permitirem de fibra de carbono, esse remo tem a função de impulsionar o tanto manobras no plano, como em ladeiras, praticando o skate, que possui cerca de 2m de comprimento. downhill.’’ O paddle skate, assim como o skate, também nasceu 49 SPORTYARD.COM.BR Com regras semelhantes às do skate, o paddle começa a ser totalmente novidade aqui no país, acho que só tende a crescer no país. Com o número de adeptos aumentando cada crescer. É uma boa forma de perder o medo do mar e de ter vez mais, o esporte também tem sua versão aquática. Com o mais equilíbrio, principalmente pra quem quer começar o surf nome de paddle surf, a modalidade tem grande semelhança normal, pois o remo facilita muito isso.’’ com a versão urbana, mas a prancha é do tamanho de uma de surf normal e o remo, logicamente, não tem as rodinhas. Ambas as modalidades do paddle têm um crescimento contínuo no Brasil, atraindo principalmente praticantes do skate e do surf tradicionais. Porém, a facilidade maior em subir numa prancha e remar atrai mais ainda quem tem o sonho de surfar e desiste pela dificuldade do esporte. É o que diz a praticante do paddle surf, Gabriela Buffara Scharf, de 17 anos. Surfista, ela conheceu o paddle por meio de um amigo, adorou, e desde então não parou mais. Acreditando no sucesso futuro do ainda pouco conhecido paddle surf, Gabriela acha que a facilidade criada pelo remo deve impulsionar o crescimento do esporte. “Pelo fato de o esporte Apesar da influência do surf tradicional na hora de praticar o paddle, Gabriela afirma que o crescimento do paddle surf não está condicionado apenas ao surf. “Além de o esporte atrair quem já surfa, eu mesma conheço muitas pessoas que praticam só o paddle. Ele com certeza pode ser considerado um esporte à parte, até por conta do tamanho da prancha, da inclusão do remo e outras coisas particulares.’’ As modalidades são conhecidas também como stand up, tanto no skate como no surf. O esporte ainda está em fase de crescimento no Brasil, mas logo deve dividir o espaço com as pranchas de surf no mar e os skates na cidade. Entrevista: Mauricio Letzow, 36, começou a praticar triathlon em 1992, aos 15 anos. Formado em Educação Física pela UFPR, Letzow já antes disso, já nadava um pouco e gostava de pedalar nos finais de semana. participou de 15 competições do Ironman (Brasil, Canadá, África do Sul, Nova Zelândia, Suíça, Roth e Kona), um campeonato mundial de X-Terra no Havaí, dois campeonatos mundiais de Triathlon, do ITU, na Suíça (1998) e no Canadá (1999), e do mundial 70.3 nos Estados Unidos (2012). No início de outubro, o atleta participou do maior desafio da sua carreira: o Ironman Kona, no Havaí. Já nos Estados Unidos, preparando-se para a prova, Letzow conversou com a S: Por que começou a praticar triathlon? M: É um esporte desafiador, que engloba três modalidades muito diferentes. Por isso, sempre encontramos motivação para treinar, pois a modalidade é dinâmica. Gosto de desafios e me sinto melhor nos esportes individuais, já que o resultado depende apenas do seu esforço, e não de toda uma equipe. reportagem da Sportyard sobre a sua carreira e a expectativa para o Ironman. S: Como é sua rotina de treino? M: Treino natação de segunda à sexta, pedalo quatro vezes Sportyard: Antes de praticar o triathlon, você já treinava corrida, ciclismo ou natação? Maurício: Comecei a prática do triathlon em 1992, mas, por semana - em média 250 km (na semana) - e corro outras quatro vezes - em média 50 km semanais. MAURICIO LETZOW, POR RHUANA RAMOS FOTOS MUNDO TRI O IRONMAN BRASILEIRO S: Além dos treinos, quais são os outros cuidados para competir? S: Quais são suas atividades além do triathlon? M: Bom, vivo o triathlon intensamente há 20 anos. Além M: Alimentação e descanso fazem parte da rotina dos de atleta, sou técnico da modalidade e tenho uma equipe. atletas da mesma forma que os treinamentos. Esse trio precisa Trabalho como diretor técnico da Webtreino Assessoria andar junto para que tudo funcione perfeitamente. Esportiva e desenvolvemos programas de corrida e caminhada em empresas. Além disso, também tenho alunos como personal S: Quais são as principais provas em que você competiu? trainer. Tem alguma que é mais especial? M: Competi em dois mundiais na distância olímpica S: Como você vê o triathlon no Brasil? (Canadá e Suíça), um mundial de triathlon cross country (X-Terra M: O triathlon no Brasil não para de crescer. Novas em Maui, no Havaí), um mundial de 70.3 (meio ironman) em Las provas, um número crescente de participantes e uma procura Vegas, fiz o Ironman da Nova Zelândia, África do Sul, Canadá e muito grande pelas assessorias esportivas. A modalidade vem Suíça, fiz muitas provas no Chile, e inúmeras pelo Brasil. Mas, conquistando cada vez mais espaço e aos poucos cai aquela sem dúvida, a prova mais marcante foi o mundial de Ironman imagem de que é um esporte apenas para “homens de ferro”. no Havaí, este ano. S: Quem é o seu principal ídolo dentro deste esporte? S: Como está sendo sua preparação para o Ironman no Havaí? M: É difícil citar um nome. Como já estou há 20 anos no esporte, muitos ídolos já surgiram nesse tempo (risos). Tive M: Este ano fiz uma dobradinha de mundiais. Fui para a oportunidade de conhecer e treinar com Dave Scott, agora Las Vegas competir no mundial de meio Ironman e, após a em Boulder. Ele é uma lenda no esporte, já ganhou seis vezes prova, fui para Boulder, no Colorado. Lá, permaneci treinando o Ironman do Havaí. Mark Allen também estava no Havaí, para o mundial de Ironman do Havaí. Boulder é um centro de outra lenda, com seis títulos. No Brasil, admiro muito o Leandro treinamento com excelentes condições de treino e onde vivem Macedo e o Alexandre Manzan, ambos de Brasília, que já se muitos atletas profissionais de vários países. Pude vivenciar aposentaram. Enfim, tem muita gente em quem se espelhar. o treinamento de grandes nomes do triathlon por lá, ver a realidade dos treinos de atletas profissionais e usufruir das condições de treino que o local oferece. Sem dúvida, foi uma grande experiência. S: Você acredita ser melhor na corrida, ciclismo ou natação? M: No ciclismo, com certeza. S: Qual é seu principal objetivo no triathlon? M: Qualidade de vida, sem dúvida. Treinar faz parte da minha rotina. Não consigo me imaginar sem o triathlon. * Maurício Letzow completou o Ironman Havaí 2012 em 10:49:33, sendo 1:02:50 dedicadas à natação, 5:36:14 ao ciclismo e 4:02:58 para a corrida. Luiz Melão POR RHUANA RAMOS Luiz Felipe Petrochinski Taques, 28, mais conhecido como Luiz Melão, é fotógrafo desde 2006. Destaca-se por ter uma visão delicada, sensível e diferenciada das corridas de cavalo, objetos de seus cliques. Começou a fotografar por hobby, mas acabou fazendo disso uma profissão. “Comprei uma máquina fotográfica, mas quase nunca a usava. Levei-a um dia ao Jockey e fiz minhas primeiras imagens”, conta. Foi assim que ele conseguiu unir a profissão a uma paixão: o turfe. “Desde criança eu vou ao Jockey assistir às carreiras com a minha família”, lembra. As primeiras imagens registradas lhe agradaram e, a partir de então, começou a fotografar com maior frequência. As dificuldades em fazer imagens de corridas de cavalo foram e são especiais, independentemente do tamanho ele carrega até hoje. “Eu trabalho sozinho, então não posso do evento. Cada um tem as suas características”, explica. errar nem perder nenhum momento importante do animal”, Além de fotografar o momento das corridas, ele também explica. Antes de iniciar o trabalho, ele já cria algumas ideias faz questão de registrar o treinamento, os profissionais e apenas tenta concretizá-las na prática. “Mesmo assim, envolvidos no cuidado do cavalo, o galope de apresentação sempre me surpreendo com movimentos inusitados dos (cânter), os preparativos antes do partidor e a comemoração cavalos, que garantem belas fotos. Tento capturar imagens dos proprietários e sua equipe. diferentes das tradicionais, que demonstrem sentimento e emoção”, diz. Luiz Melão é formado em Sistemas de Informação, Luiz Melão já fotografou no hipódromo de Uvaranas professor universitário, empresário de mídia digital out (Ponta Grossa), Tarumã (Curitiba), Cidade Jardim (São of home e proprietário dos sites Disco Final e Luiz Melão Paulo), Linneo de Paula Machado (Campos dos Goytacazes), Fotografia. Gávea (Rio de Janeiro) e Palermo (Buenos Aires). “Todos 62 CHECK IN POR RHUANA RAMOS FOTOS MARCELO LEFÈVRE TRIUNFANTE PARIS A cidade do romance, das paixões avassaladoras. Onde Em 2012, o festival turfístico foi realizado nos dias 6 e 7 de Coco Chanel, uma das estilistas mais revolucionárias de que outubro, quando 17 provas foram disputadas. A premiação total o mundo já ouviu falar, viveu seus últimos momentos. Cidade atingiu a astronômica soma de 7,9 milhões de euros (cerca de em que Victor Hugo passou a infância e que é descrita pelo 20,5 milhões de reais). Desse valor, quatro milhões foram pagos dramaturgo em seu momento medieval, no romance Notre- no Grande Prêmio “Arco do Triunfo”. Dame de Paris. Em uma breve comparação, a principal prova francesa Paris banhada pelo Rio Sena. Paris de elegância indiscutível. é disputada em pista de grama, em 2.400 metros. A mesma Paris dos amores perdidos. Paris dos ballets. Paris das lojas de distância é percorrida no Grande Prêmio “Brasil”, prova máxima grife. Paris do “biquinho” para desejar “bonjour”. Paris da Torre daqui e realizada no Hipódromo da Gávea (Rio de Janeiro). Eiffel. Paris da Champs Elysées. Paris dos Jardins de Luxemburgo. Porém, os cavalos correm em pista de areia. Mas, a grande Paris do Arco do Triunfo. Paris do turfe. diferença, talvez, esteja justamente no prêmio pago aos Do turfe? Sim. A cidade recebe todos os anos, no primeiro responsáveis pelo campeão. No GP “Brasil”, o prêmio beira os final de semana de outubro, uma das principais provas mundiais R$100 mil. Outra diferença é percebida no número de inscrições: deste esporte, o Grande Prêmio “Arco do Triunfo”. Disputada no 13 cavalos participaram da prova brasileira, enquanto 18 hipódromo de Longchamp, a prova costuma reunir milhares estiverem na edição francesa. de pessoas (cerca de 60 mil). Muitas delas são francesas, outras Uma curiosidade que envolve a festividade é a realização tantas europeias, vindas principalmente de Inglaterra e Itália. de uma prova com cavalos da raça Puro Sangue Árabe. Mas, ultimamente, o “Arco do Triunfo” tem atraído a Paris muitos Normalmente, as corridas são disputadas por cavalos Puro japoneses e brasileiros. Além disso, segundo organizadores Sangue Inglês. Porém, esta prova especial acontece durante as do evento, cerca de um bilhão de pessoas, em trinta países, festividades francesas devido ao patrocínio da empresa árabe acompanham a prova. Qatar. 63 A MELHOR ÉGUA Em 2012, a grande campeã do Grande Prêmio “Arco do Triunfo” foi a irlandesa Solemia, pilotada pelo francês Olivier Peslier. Muito esperada era a atuação do animal japonês Orfevre, tríplice coroado em seu país. Porém, em uma disputa emocionante com Solemia, Orfreve ficou com a segunda colocação. Em terceiro chegou o canadense Masterstrokea, seguido pela francesa Haya Landa e pelo inglês Yellow and Green. Solemia tem apenas quatro anos e é treinada por Carlos Laffon-Parias. Esse foi o primeiro “Arco” do treinador, enquanto o jóquei vencedor o disputava pela quarta vez (já tendo vencido em 1993, 1997 e 1998). SPORTYARD.COM.BR 64 CHECK IN UM BRASILEIROEM ENTREVISTA PARIS O turfista residente em São Paulo, Marcelo Lefèvre, 62, Internacional de Imprensa e conviver com os demais colegas acompanha o esporte há mais de 40 anos. Ele trabalha como jornalistas especializados do mundo todo, especialmente os consultor de RH, mas mantém um site sobre o esporte, o Pega ingleses e japoneses. Pelo Rabo, como hobby. Lefèvre já assistiu a corridas em diversos hipódromos. S: Quais as principais diferenças entre o hipódromo francês e os brasileiros? Dentre os brasileiros: Cidade Jardim (SP), Gávea (RJ), Tarumã M: São diferenças enormes, mas vou me ater somente às (PR), Cristal (RS) e da Madalena (PE). Pelo mundo, já passou pelo principais. Primeiramente, os hipódromos na França só têm pista turfe argentino, uruguaio, inglês e francês. Em 2012, esteve em de grama, não existem pistas de areia. Quando chove demais Paris pela nona vez para acompanhar o Grande Prêmio “Arco do e a grama fica impraticável, as corridas são transferidas para Triunfo”. outra data. Outra grande diferença é o conforto e as facilidades Em entrevista à SPORTYARD, Lefèvre conta um pouco sobre o turfe e a capital francesa. Sportyard: Há quantos anos você vai a Paris assistir ao Arco do Triunfo? Marcelo: Fui pela primeira vez em 1971, quando tinha 21 anos, e mais recentemente vou desde 2004. Só não fui em 2010, devido a compromissos familiares (casamento do meu filho). Portanto, já assisti a nove Arcos. S: Teve algum ano que foi mais marcante? Por quê? oferecidas para o apostador, que vão desde os horários das corridas (cumpridos religiosamente) e sempre terminando no final da tarde, deixando a noite livre, até a qualidade impecável das imagens, das narrações, dos serviços e informações para os apostadores — seja por meio de funcionários treinados e bem preparados (a grande maioria bilíngues), seja pelos monitores de alta definição distribuídos por todo o hipódromo e agências, telões ou mesmo pela mídia impressa. A propósito, existe um jornal diário na França especializado em turfe chamado Paris Turf, além de diversas revistas e seções de turfe nos jornais de maior circulação. M: O mais marcante foi o ano de 2006, quando pela primeira vez fui como jornalista credenciado pela France Galop. Aliás, era o único brasileiro e pude conhecer um verdadeiro Centro S: Quantas provas foram disputadas no dia do Arco do Triunfo? 65 M: Em todos os hipódromos da França, as reuniões são M: Nenhuma especial diferença, apenas que depois de ir compostas por oito provas. Porém, excepcionalmente no dia tantas vezes você já domina melhor a cidade, não se perde no do Arco, pelo fato de o evento ser patrocinado pela Qatar, uma metrô, aproveita mais o tempo. Idem com relação ao esporte, prova a mais é incluída na programação, disputada por cavalos isso porque todos os anos os animais que competem nas da raça árabe. Vale lembrar que as corridas de cavalos são principais provas do weekend do Arco são os melhores do disputadas por animais da raça PSI – Puro Sangue Inglês. mundo, bem como os jóqueis e treinadores. Talvez a única S: Poderia descrever a prova de 2012? Conte, com as suas palavras, como foi o desempenho dos cavalos, quem venceu, para quem era sua torcida... M: As maiores atrações da prova de 2012, disputada na distância de 2.400 metros, foram a participação do melhor cavalo europeu de três anos, Camelot, montado pelo italiano Frankie Dettori e considerado por muitos o melhor jóquei do diferença seja que, a cada ano, mais aficionados brasileiros vão a Paris para assistir ao Arco, alguns dos quais atraídos pelas matérias que costumo produzir para o meu site Pega Pelo Rabo, destacando o evento com bonitas fotos, inclusive sobre a tradicional elegância das mulheres no dia da festa. S: Para entrar no hipódromo, no dia do Arco do Triunfo, é preciso pagar entrada? mundo; e do craque japonês tríplice coroado Orfevre, montado M: Sim, no dia do Arco o público paga para entrar. Jornalistas por um dos melhores jóqueis em atividade na França, chamado credenciados não, é claro. O valor depende da localização, como Christophe Soumillon, que levou a minha particular torcida. em qualquer espetáculo. O bilhete mais barato custa dez euros. Todavia, nenhum dos dois sagrou-se vencedor. Ganhou uma A condução para o hipódromo é gratuita, com ônibus saindo de égua irlandesa chamada Solemia, pouco visada nas apostas, várias estações de metrô localizadas nas proximidades. em um final eletrizante contra o cavalo japonês, decidido S: Desde 2006, você frequenta a área de imprensa do por diferença de uma cabeça. É importante destacar que a evento. Como é o trabalho dos jornalistas com relação ao turfe? premiação total do páreo do Arco foi de 4 milhões de euros, O esporte é mais valorizado na França do que no Brasil? sendo que aproximadamente 2,3 milhões destinados ao vencedor. S: Quando você vai a Paris, fica quanto tempo? M: Não existe termo de comparação entre o turfe na França e no primeiro mundo com o brasileiro. Lá, o esporte é tratado profissionalmente em todos os sentidos, ao contrário do nosso, M: Varia muito, já fiquei três meses na Europa, sendo um totalmente amador. Para se ter uma ideia, este ano havia mais apenas em Paris, e já viajei em uma quinta-feira para retornar de 100 profissionais de imprensa japoneses credenciados, entre no domingo. Depende dos compromissos profissionais em fotógrafos e jornalistas, além dos ingleses, alemães, italianos e São Paulo e também do saldo na conta bancária, é claro. árabes. É outro mundo. Ultimamente, tenho ficado de uma semana a dez dias. S: O que você faz em Paris enquanto não está no hipódromo? S: Conte um pouquinho como é o dia de provas em Paris. M: O dia do Arco é muito especial. Após uma noite de sono bem dormido de sábado para domingo, já prevendo a M: Simplesmente passear por Paris já seria mais do agitação do evento, ao acordar vem a escolha daquela roupa que prazeroso, mas costumo também ir a concertos de especial, a preparação da mochila com o material de trabalho, música clássica em igrejas ou teatros, museus e exposições, especialmente o notebook, e a partida do hotel por volta das restaurantes, visitar amigos, fazer compras. Lembro que apenas 11h da manhã. No metrô, em direção à estação onde se pegam em Paris, além de Longchamp, que é o principal hipódromo os ônibus para o hipódromo, os vagões já estão lotados de e onde acontece o Arco, existem mais dois hipódromos, além turfistas do mundo todo. Chegando ao hipódromo, aquele de diversos outros nas proximidades, de modo que costumo clima de festa, milhares e milhares de pessoas – este ano, devido também assistir às corridas ao vivo em outros locais. à crise na Europa, o público foi de “apenas” 60 mil pessoas; no S: Você tem um lugar preferido em Paris? Qual é e por quê? M: Sim, um lindo ponto turístico chamado Place des Vosges, onde morou Victor Hugo, uma praça que meu saudoso pai, que amava Paris e era também turfista, gostava muito. Todos os anos passo algumas horas lá “conversando” com ele, contando as novidades minhas, da família e matando as saudades. S: Pensando na primeira vez em que você foi e nessa última, em 2012, que diferenças você percebeu na cidade e no esporte? ano passado, foram mais de 80 mil —, o Centro Internacional de Imprensa lotado, difícil conseguir um lugar nas bancadas para instalar o computador e guardar o material. Após várias provas de G1, chega o momento do Arco, o padoque abarrotado de aficionados, as arquibancadas idem. Durante a corrida, aquela adrenalina total, e no disco final uma loucura, a entrega das taças, os vencedores em uma carruagem, a Marselhesa tocando. Para quem gosta de turfe, é o máximo! SPORTYARD.COM.BR Socialyard FOTOS EQUIPE SPORTYARD Entre os dias 19 e 21 de outubro o Hipódromo do Tarumã, em Curitiba, foi palco das festividades do Grande Prêmio “Paraná” de turfe. Todos os detalhes da festa foram registrados pela equipe da Sportyard. ALVENIR RAMOS DA SILVEIRA, RHUANA RAMOS E IARA RAMOS DA SILVEIRA HELENA MÜLLER, FERNANDO MÜLLER E DENIR MÜLLER DIANE LEITE E ROSE RONCONI FERNANDA CAMARGO, CRESUS A. W CAMARGO (VICE PRESIDENTE DO JOCKEY CLUB DO PARANÁ) E RICARDO STIVAL JORDANA SANTOS, FLAVIA BERNARDES, CAMILA RIBEIRO, CHIARA MIRANDA E THAIS JUSTINO MARCELO LEFÈVRE, RHUANA RAMOS E RICARDO STIVAL MAURÍCIO PERDONSINI, FERNANDA CAMARGO, FELIPE SANTINI E WILLIAN SANTINI MAYARA CASTANHEIRA, THAÍS CASTELIANO, SYBELLY BARON E MARCELA DEFERT MICHELA OLIVEIRA, RICARDO LECINK E TANIA RIBAS RICARDO STIVAL E FERNANDA CAMARGO It’s 2 am somewhere A new VIP Club experience. Coming soon to your fingertips. www.hostess.fm POR GUILHERME DELENSKI Colunas FOTOS DIVULGAÇÃO ESPORTE NO CINEMA THE LONELINESS OF THE LONG DISTANCE RUNNER A indústria cinematográfica da Inglaterra não era ao norte de Londres, tem uma família desestruturada – três considerada de grande qualidade até 5 de fevereiro de 1956, irmãos ainda crianças, pai recém-falecido e mãe que traz o quando um grupo de diretores, entre os quais Lindsay Anderson, substituto para dentro de casa um dia depois de enviuvar. Tony Richardson e Karl Reisz, lançou um manifesto em uma exibição de seus curtas-metragens. Os curtas não foram realizados por um coletivo – como é Esse garoto, chamado Smith, comete um roubo, é pego e vai para o reformatório. Ele é um rebelde, mas um rebelde diferente de James Dean ou dos mods e dos rockers londrinos. uma moda de gosto duvidoso que acontece hoje em dia – mas Smith tem consciência dos problemas sociais e da moral por diretores aparentemente sem afinidade que notaram que hipócrita que vive a Inglaterra de sua época, porém, apesar de ser seus filmes tinham algo de novo perto do congelado cinema contra isso, como assaltar, discutir e até brigar no reformatório, comercial inglês da época. vemos uma ingenuidade infantil em sua rebeldia. A nova estética proposta por eles era de produções baratas, Smith está preso em sua classe social, na sua família atuações realistas e técnicas simples de fotografia, não possuía desajustada e, depois, fisicamente no reformatório. A única coisa invenções estilísticas e tratava de problemas sociais dos jovens. que lhe dá liberdade são as corridas de fundo no reformatório, Esses conceitos acabaram criando identificação entre esses durante as quais descobre ser bom. As longas cenas de corrida filmes e a cultura do rock que florescia na época. A banda Iron aos embalos do jazz são o ponto alto do filme. Maiden chegou inclusive a fazer uma música chamada The Loneliness of the Long Distance Runner. A corrida final, de 7,5 Km, que envolve os garotos do reformatório contra os de uma escola particular, é muito bem Esse é o mesmo nome do filme de 1962, sobre o qual filmada, com uma tensão crescente. Não em sua dificuldade em comentaremos nesta edição – uso o nome em inglês, pois não si, mas nas divagações e interrogações de Smith entre ganhar houve tradução brasileira para esse filme. a corrida e conseguir vantagens no reformatório ou se rebelar, The Loneliness of the Long Distance Runner é dirigido por Tony Richardson, um dos diretores que haviam assinado o citado manifesto, intitulado de Free Cinema. O tema do filme é comum: um garoto pobre de Nottingham, de sua forma infantil, contra as prisões que querem tirar a única coisa que pode torná-lo livre, sua dignidade. Um filme simples, com história e técnica simples, mas que consegue fazer refletir, através da reflexão, a solidão do fundista. 72 Colunas POR KIKO DE PAULA SOARES FOTOS DIVULGAÇÃO GOLFE SPORTYARD.COM.BR A DIFERENÇA ENTRE O PROFESSOR E O JOGADOR Para fazer a distinção entre o profissional de Golf professor troféu de um torneio de final de semana. e o jogador profissional de Golf, é importante se destacar o fim Um doa, outro toma; um ensina, outro treina; um está a que o conhecimento se destina. Ser professor é aprender e observando, o outro jogando. São duas personalidades e dois escolher entre várias hipóteses para, mais tarde, transmitir a objetivos completamente diferentes. mais conveniente em benefício do aluno. Ser jogador de Golf é escolher o que melhor se adapta para o benefício próprio. Um A maioria das pessoas acha que um bom jogador divide, o outro toma para si. Ser professor é resolver se doar ao necessariamente é um bom professor. Ledo engano. Mesmo ensino do esporte mais difícil que existe e exige, além de cultura com bons resultados, fruto de sua habilidade natural e treino específica do esporte, a paciência somada à didática. Ser jogador continuado, em geral o jogador não tem o conhecimento exige treino, técnica, persistência e cabeça. tampouco a paixão pelo ensino: ele joga e ensina por dinheiro. A glória passa, as contas ficam, ele precisa da “grana” para se O professor adora ajudar o desesperado com uma dica, manter jogando. Por outro lado, o professor faz isso de maneira curar males do swing mal nascido, incorporar o novo jogador à natural e não pode ver alguém errando que já quer ajudar. Claro, cultura e ao clã de cada clube. O jogador adora ver o desesperado ele deve ser remunerado, mas a recompensa maior surge na se matar, jamais dando uma dica, e pouco se importa com o tacada perfeita do aluno e em sua expressão de deleite ao ver a swing, mas com o resultado sim. Ser professor é ter carinho e se bola voando na direção desejada. divertir ao educar os pequenos deixados no putting green sob Uma grande injustiça é manter o professor, mesmo que sua responsabilidade. O jogador pro é um tomador de segredos, formado em Educação Física e não jogando a dinheiro, fora do tudo para sua técnica, seu preparo mental e físico, sem direito à Estatuto do Golfista Amador. Uma coisa é ser professor e viver divisão, em nome da competição e do show. Em geral, não tolera disso, outra é jogar por dinheiro. Um ensina e raramente tem crianças e suas bagunças por perto, adorando a solidão do treino tempo para treinar, praticando muito menos do que a maioria e a multidão do jogo. O professor adora a multidão do treino dos bons amadores, enquanto tudo o que o jogador faz é treinar e sofre a solidão na hora da vitória de seus pupilos. O jogador e viajar para jogar valendo premiação. Pessoas, trabalhos e fins sabe que a recompensa do treino árduo e paciente é a vitória completamente diferentes. Está na hora de mudar e deixar de efêmera, esquecida na segunda-feira com direito a um cheque punir o professor, amador de Golf, ao impedi-lo de disputar polpudo no bolso. O professor sabe de sua importância perene torneios amadores. na formação de um golfista e da felicidade eterna estampada no 74 POR JULIANA RIBAS Colunas FOTOS JULIANA RIBAS HIPISMO SPORTYARD.COM.BR EQUOTERAPIA O Hipismo tem diferentes modalidades e uma delas é o Adestramento Clássico. Muito popular na Europa, onde surgiu no século XIX a partir de movimentos típicos de evoluções de guerra, o Adestramento se espalhou pelo mundo como uma das mais refinadas e charmosas modalidades esportivas. O objetivo geral do Adestramento é auxiliar o cavalo a desenvolver, através de diversos exercícios, a capacidade de executar todos os seus movimentos naturais, tornando-o um animal flexível, calmo, atento ao cavaleiro e, portanto, agradável de montar. Essa modalidade, onde dois seres vivos atuam e trabalham em conjunto, é muito mais que equitação, é uma arte. Durante as provas de adestramento, o conjunto (cavalo/cavaleiro) executa uma coreografia que se parece com uma dança, um “ballet equino”. Para se obter a melhor pontuação, os movimentos devem ser feitos com liberdade, leveza e calma, dando a impressão de que o animal “flutua” pela pista. A avaliação é feita através de critérios subjetivos e técnicos por juízes especializados que analisam cada pequeno detalhe na execução de figuras, tais como: passage, piaffe, mudanças de andamento e piruetas, entre outras. A competição mais popular dentro do adestramento é o Freestyle, onde a apresentação do cavaleiro e cavalo tem que estar sincronizada com uma música. Todos os cavalos e cavaleiros que praticam qualquer outra modalidade do Hipismo deveriam primeiro ter uma boa base de Adestramento, que é fundamental para uma equitação segura e harmônica. O Hipismo no Brasil é mais conhecido pelo Salto, mas o Adestramento vem ganhando mais adeptos a cada dia no país. Destaque especial para o Puro Sangue Lusitano, cavalo que se consolidou nas pistas e conquistou resultados na modalidade, destacandose no cenário internacional e fazendo com que alguns criadores brasileiros enxergassem a qualidade da raça. * Fonte: Textos da juíza de adestramento Ingrid Borghoff Troyko Colunas POR LETÍCIA MATTOS MUELLER FISIOTERAPIA MOVIMENTOS BÁSICOS X MOVIMENTOS ESPECÍFICOS Vamos falar de movimento, no sentido mais amplo da palavra? Mover-se é deixar que os nossos ossos - arcabouço estrutural – se musculares podem causar fadiga precoce de alguns músculos e fraca atividade de outros. afastem ou se aproximem entre si, de acordo com o comando que nossos Então, fica a pergunta: o praticante de esporte fatalmente se neurônios dão aos nossos músculos, gerando o livre deslocamento do lesionará com o tempo? Pode-se dizer que a prática rotineira de um corpo no espaço. A arquitetura corporal do homem permite quantidades movimento específico está PROPENSA a trazer como consequência: específicas de movimento para cada articulação. E quando falamos em fadiga muscular, tensionamento e encurtamento de certos músculos, gestos, atividades e posturas naturais do homem moderno, deixamos alongamento excessivo de outros, uso desequilibrado de músculos de de falar de uma única articulação para falar em várias articulações, que um só lado do corpo (quando o esporte é unilateral), descoordenação e funcionam de forma coordenada, intuitiva e instintiva. Esses movimentos déficit de controle postural e da estabilidade da região abdominal (core), podem ser chamados de movimentos básicos. Quando um movimento entre outras. Não é difícil que esse quadro resulte em lesões significativas básico está limitado ou comprometido, ocorre a chamada lei natural da e comprometa até mesmo movimentos simples do nosso dia a dia. A conservação de energia: compensação do movimento e tentativas de falta da rotina da avaliação dos MOVIMENTOS BÁSICOS do indivíduo evitar a dor, mantendo o novo padrão de movimento o mais parecido acoberta informações vitais acerca das deficiências iniciais do corpo. Essas possível com o original. deficiências PODEM E DEVEM ser abordadas CONCOMITANTEMENTE ao A maioria dos profissionais que lidam com movimento concorda treinamento que o esportista faz para ganhar força, potência e resistência. que nosso corpo precisa de uma base fundamental antes de encararmos Quebrar a casca de um ovo cozido é de fato mais difícil do que fazer o atividades mais específicas. Atividades específicas, e aqui podemos mesmo em um ovo cru. O interior mole e frágil do ovo cru não fornece a ressaltar as esportivas de alto nível ou não, podem servir para anular o sustentação necessária para a casca resistir a qualquer golpe externo, por nível funcional básico do corpo, ou seja, comprometer a qualidade dos menor que ele seja. nossos movimentos básicos, pois força o corpo a trabalhar sempre no A criança ou o adolescente tem o corpo imaturo em termos mesmo padrão de movimento requisitado pelo esporte. Não haveria de padrões de movimento, estabilidade, controle, flexibilidade e repercussões maiores se fosse comum o praticante tomar medidas coordenação. Aqueles que iniciam cedo a prática regular de esportes que contrabalanceassem, os chamados exercícios corretivos. Examine que exigem duros treinos semanais e participação em provas e torneios atividades esportivas que exploram um movimento particular mais do podem ser alvo fácil de lesões esportivas que encurtarão a saúde articular, que outros: a jogada do golfe, que normalmente tem um foco unilateral capsular e ligamentar. Averiguar o movimento da criança, avaliando suas (swing da direita ou da esquerda); a corrida, que desenvolve muito mais principais deficiências, é imprescindível desde o seu ingresso em qualquer os músculos e padrões de movimento das pernas, negligenciando outros. esporte. Os exercícios corretivos, aplicados para cada caso em particular, As atividades especializadas ou específicas do esporte indiscutivelmente são a chave de um programa de sucesso na trajetória desses jovens atletas. elevam a força, a resistência e a potência de certos padrões de movimento, mas pioram a mobilidade e a estabilidade em outros. Por fim, os termos DIFICULDADE e DESAFIO (no inglês, challenge), tantas vezes usados no meio esportivo, não são palavras sinônimas, uma Para qualquer esporte, a manutenção de um corpo em equilíbrio e vez que dificuldade representa algo difícil de completar, lidar ou entender, longe de chances de lesões, a partir de uma base de exercícios corretivos enquanto o desafio é uma tarefa ou situação que testa habilidades. Onde ou de contrabalanceamento, é uma batalha constante. Quanto mais quero chegar com essa comparação de termos é que profissionais do específica, complicada e extrema a atividade praticada pelo esportista, exercício e da reabilitação devem focar em atividades que aceleram a maior a ênfase a ser dada nos movimentos básicos. Muito embora conquista prática e não apenas em atividades difíceis. O termo “no pain, no movimentos especializados como o saque no tênis ou a posição gain” foi muito utilizado no passado e, mesmo usado hoje com certa ironia, aerodinâmica do ciclista em provas curtas possam promover algum grau ainda é presente em academias e entre atletas que têm o esgotamento de aptidão física, eles possuem efeitos globais ou benefícios a longo prazo físico como diretriz de treinamento. Sofrer, perseguir dores musculares muito limitados. Altos níveis de aptidão física e atividade frequentemente tardias excruciantes, não deve ser um objetivo em si. Conquistar mascaram ou encobrem disfunções básicas. competência e eficiência em um movimento deve, sim, ser o objetivo Como o esporte envolve o treinamento maciço de um movimento de profissionais da área do treinamento e reabilitação. Os benefícios específico, o corpo desenvolverá a capacidade física de exceder os limites secundários – mais segurança e facilidade para treinar e melhorar aptidões dos padrões básicos de movimento: a capacidade do músculo excederá físicas, corpo torneado com menor percentual de gordura, e redução da a integridade articular; a força pode exceder a estabilidade; problemas de frequência de lesões – vêm naturalmente associados. flexibilidade podem comprometer o controle postural; e os desequilíbrios 75 76 Colunas POR CHAYANE GODOY SPORTYARD.COM.BR NUTRIÇÃO COMO E POR QUE PERDER A GORDURAABDOMINAL A gordura acumulada em excesso na região abdominal, além de incomodar os mais vaidosos, está fortemente associada ao risco de complicações cardiovasculares. A circunferência da cintura, somada a fatores como pressão arterial alta, glicemia e perfil lipídico, é um indicativo preciso de doenças cardiovasculares e diabetes do tipo 2. Em média, a medida da circunferência de cintura maior que 80cm para mulheres e acima de 95cm para os homens eleva as chances de se desenvolver doenças cardíacas. Portanto, vale o alerta: combater o excesso de gordura abdominal é mais do que uma preocupação estética, é uma questão de saúde. O IMC (índice de massa corporal), obtido pela divisão do peso em quilos (Kg) pelo quadrado da altura em metros (m²), e a medida de CC (circunferência da cintura), aferida com fita métrica, têm sido amplamente utilizados na avaliação do excesso de peso e da obesidade abdominal, conforme recomendado pela Organização Mundial de Saúde e pelo National Heart, Lung, and Blood Institute of the National Institute of Health, com sede nos Estados Unidos. Segundo os pontos de corte recomendados por esses órgãos internacionais, o risco de morbidade em homens adultos eleva-se à medida que o indivíduo migra da categoria de IMC normal (IMC: 18,5 a 24,9kg/m²) para a categoria de sobrepeso (IMC: 25,0 a 29,9kg/ m²) ou obesidade (IMC > 30kg/m²), e quando se apresenta a medida de circunferência de cintura maior ou igual a 94cm e/ou quando a relação cintura-quadril é maior ou igual a um. Como perder a gordura abdominal Essa pergunta é uma das mais frequentes entre quem pratica atividade física. É muito importante que se entenda que não existe um determinado exercício que vai acabar com a gordura localizada na região abdominal, e sim a associação entre alimentação adequada e prática de exercícios físicos regulares. Estudos indicam que uma perda de 10% no peso pode proporcionar redução de até 30% na gordura abdominal. Algumas dicas são válidas para a perda de peso: comer mais vezes por dia e diminuir a quantidade de alimentos de cada refeição. Isso evitará que o seu metabolismo fique lento e que seu organismo use massa muscular como fonte de energia. É mais importante prestar atenção ao consumo de certos carboidratos e açúcares e controlar a ingestão de gorduras ruins, do que apenas à contagem de calorias. Quando comemos um doce, por exemplo, a glicose aumenta rapidamente o nível de insulina no sangue. Essa, por sua vez, digere a substância depressa, e você acaba sentindo fome poucas horas após ter comido. É importante não comer muito doce para a produção de insulina ser lenta. Assim, sua fome fica controlada. O QUE É PERMITIDO COMER - Frutas – duas a 3 por dia. - Verduras e legumes – 4 a 6 por dia. - Carboidratos integrais. - Geleia sem adição de açúcar. - Proteínas magras como frango, peixe, ovo caipira. - Gordura poli-insaturada e monoinsaturada como peixes, óleos vegetais, abacate, azeite de oliva, oleaginosas, semente de linhaça e gergelim. - Cereais – as fibras fazem com que a absorção de nutrientes seja lenta e não haja picos de insulina. Por passarem mais devagar por todo o sistema digestivo, essas substâncias retardam a vontade de comer e beneficiam o trânsito intestinal. - Leguminosas. - Chá verde – 4 a 6 xícaras ao dia. - Alimentos como fonte de cálcio: sementes como gergelim branco, oleaginosas em geral, vegetais de folhas verdes escuras. O cálcio atua no controle glicêmico, diminuindo a resistência à insulina e facilitando a perda de gordura visceral. O QUE É PROIBIDO COMER - Carboidratos simples, como em bolachas recheadas, sobremesas em geral, balas. - Gordura saturada, como no bacon, banha de porco, carnes gordurosas, frituras em geral. - Produtos industrializados – contêm sódio, corante e conservante, açúcar ou adoçante em excesso, além de gordura trans. Portanto, uma dieta equilibrada em nutrientes (carboidrato, gordura e proteína) e baixa em calorias combinada à prática de exercícios físicos regulares é o grande segredo para conquistar a uma barriga ‘’sequinha’’. 78 Colunas POR MARCEL BRANCO VERAS SPORTYARD.COM.BR SQUASH TREINAMENTO VERSUS EVOLUÇÃO NO SQUASH Muitos alunos sentem-se um pouco decepcionados quando sua evolução não é tão rápida quanto imaginavam ou então pelo fato de serem mal orientados quando iniciam no Squash. Na verdade como qualquer esporte, atividade cultural ou educacional que realizamos em nossas vidas, a rapidez no aprendizado depende muito mais de nós mesmos. Temos diversos iniciantes no esporte que só fazem uma aula semanal de meia hora e no intervalo semanal entre as aulas nem passam perto de uma quadra. Quando estes me perguntam o porquê evoluem tão lentamente faço a seguinte analogia: Vamos imaginar que você esteja fazendo aulas de violão. Você pega seu violão ou empresta um violão, faz meia hora de aula e durante a próxima semana nem encosta no violão. Na outra semana você se reúne com seu professor para fazer outra aula e assim por diante. Com certeza esta pessoa vai aprender a tocar violão, mas em vez de levar 3 meses vai levar 3 anos para tocar alguma coisa decentemente. É a mesma coisa no Squash e em qualquer outro esporte! Temos o aluno intermediário que já joga Squash há algum tempo, mas quer fazer aulas para melhorar seu desempenho e alçar voos mais altos. Neste caso é um pouco pior, pois no início ele vai piorar...Como? Vou piorar? Vai. Durante muitos meses ou até anos este praticante obteve certa eficiência jogando do jeito que jogava. Quebrava o pulso ali...compensava a postura curvando a coluna, corria mais que o necessário e assim foi levando. Ao ir para uma verdadeira aula de Squash, descobre que nem pegar na raquete corretamente ele sabia! De repente ele passa a conviver com uma enxurrada de novas informações. Empunhadura nova, dar somente 3 passos em direção a bola, chegar com a perna certa, rotacionar o ombro entre outras coisas mais. São muitas informações e correções para um esporte em que uma decisão tem que ser tomada em menos de um segundo. Para estes alunos é preciso explicar que em certos momentos é necessário piorar para depois melhorar, ou seja, depois que todas as novas informações sejam absorvidas pelo cérebro seu novo jeito de jogar e seus novos golpes surgirão naturalmente, é só insistir. Para os jogadores mais avançados onde a evolução é mais minuciosa e localizada é necessário treinar mais e jogar pouco. Muita repetição dos golpes para aumentar a precisão e a velocidade e nos jogos tentar impor o mesmo ritmo dos treinos. O ponto comum a qualquer nível de jogo e o assunto principal desta coluna é a importância de treinar sozinho ao menos duas vezes por semana por uma hora. Faça deste momento sua lição de casa, concentre-se, pegue um horário de pouco movimento na sua academia e tente executar o aprendido nas aulas repetidas vezes. Procure filmar seu treino e depois assista e tente identificar seus defeitos, minha preparação está correta, minha raquete está bem posicionada, meu corpo está longe da bola, estou me abaixando corretamente, minha terminação do movimento está correta, enfim faça um diagnóstico de cada golpe e tente corrigi-los, se possível comente com seu professor suas observações e veja como ele pode auxiliá-lo. Outro ponto de fundamental importância é entender o jogo de squash. Isto poucos sabem, acham que o squash é simplesmente bater a bola o mais forte possível e ver o que acontece, não conseguem enxergar a lógica do jogo, como construir um ponto, o porquê de cada golpe...mas isso é assunto para nossa próxima coluna! 80 Colunas POR LUCA BARCIK GLASER TRIATHLON SPORTYARD.COM.BR PLANEJANDO A TEMPORADA DE 2013 Final de ano é igual para todos os esportes. Férias planejadas e a programação do ano seguinte em andamento. Nesse período, as dúvidas são frequentes. Qual prova realizar? Como me programar? Qual destino escolher? Como começar? E, para tentar ajudar a esclarecer o calendário nacional do triathlon, listo os principais campeonatos e provas do ano para você montar o seu planejamento. CAMPEONATOS BRASILEIROS A Confederação Brasileira de Triathlon (CBTRI) está com o calendário mais completo a cada ano. As provas da CBTRI são indicadas para quem visa performance e resultado, gosta de viajar e almeja competir em campeonatos mundiais. A Copa Brasil de Sprint Triathlon é a distância com maior presença no calendário, são seis etapas durante o ano. A CBTRI também organiza campeonatos brasileiros de triathlon standard, duathlon terrestre, triathlon longa distância e aquathlon. As provas acontecem em todo o Brasil e é necessário ser filiado à federação para participar. TROFÉU BRASIL O tradicional campeonato de triathlon irá para a sua 23ª edição. São seis etapas durante o ano com provas em Santos, litoral de São Paulo, e na USP, na capital paulista. A prova oferece duas distâncias, short triathlon ou sprint triathlon (750m natação / 20km de ciclismo / 5km de corrida) e a distância olímpica, também conhecida como standard (1500m natação / 40km de ciclismo / 10km de corrida). As provas são indicadas para quem está iniciando na modalidade, devido à facilidade do percurso (das etapas de Santos), e para performance (na prova do profissional, não é liberado o vácuo e existe premiação em dinheiro). CIRCUITO SESC TRIATHLON Assim como o Troféu Brasil, o circuito Sesc é apenas promocional, sem validação da Confederação Brasileira de Triathlon, e possui seis etapas que acontecem por ano em seis estados diferentes (PR, DF, PA, BA, CE e RS). Os comerciantes filiados à entidade têm vantagens na inscrição e participam de categoria especial com premiação diferenciada. Para a categoria amadora a distância é o sprint e para os profissionais é o standard. LONG DISTANCE As provas de long distance no Brasil são poucas, a Cia de Eventos organiza duas etapas, o Long Distance Caiobá em abril e o Long Distance Pirassununga em novembro. As duas principais provas, e singulares no quesito organização, são o Ironman Brasil 2013, que acontece em Florianópolis em maio (inscrições encerradas), e o Ironman 70.3 (meio Ironman), que acontece na Penha, também em Santa Catarina. Ambas são indicadas tanto para participar como apenas para assistir. Ainda nessa categoria entra o GP Extreme, que acontece em São Carlos, interior de São Paulo, e o Tristar 111, cuja 2ª edição ainda não está confirmada para 2013, e o brasileiro de longa distância organizado pela CBTRI. PROVAS PROMOCIONAIS São provas individuais que acontecem isoladas de qualquer entidade, possivelmente aliadas a grandes marcas que promovem os eventos. Entre elas, listo as provas do GP Triathlon, em suas edições summer (novembro) e winter (junho), que acontece em Balneário Camboriú. Há ainda a inédita prova que acontece no Rio de Janeiro em abril, a Escape to Rio, que será uma das etapas do circuito mundial e classificatória para a 2ª prova mais famosa do esporte após o Ironman, a Escape to Alcatraz. Existem inúmeras provas que não citadas aqui, como aquelas das federações de cada estado e os famosos X-terras, mas a ideia foi contextualizar as principais provas com organização mínima para que qualquer pessoa possa fazer de uma dessas citadas acima o seu primeiro triathlon. Recomenda-se excluir as provas de longa distância, pois a intenção é que você se apaixone pelo esporte e não se traumatize, ok? Mais informações: Confederação Brasileira de Triathlon / www.cbtri.org.com.br Troféu Brasil de Triathlon / www.trofeubrasil.com.br GP Triathlon / www.sb5.com.br Tristar Rio / www.tristarriodejaneiro.com Escape to Rio / www.escapetorio.com 82 Colunas POR DR. LUCIO ERNLUND SPORTYARD.COM.BR PREVENÇÃO DE LESÕES NO SKI A chegada do mês de dezembro é comemorada não somente pela proximidade do Natal, mas também pelo início das férias de inverno. Inverno? Sim, é o início das férias de inverno, no hemisfério norte. Hora de preparar as malas, os skis e os snowboards para descer as montanhas da Europa e América do Norte. É cada vez maior o número de praticantes de esportes de inverno entre os brasileiros. Uma associação virtuosa entre economia interna aquecida, valorização do Real e paixão pela aventura e esportes, típica de nosso povo, tem lotado estações de inverno com brasileiros deslumbrados com as belas paisagens, pessoas bonitas, infraestrutura de primeira, frio intenso e esportes de alto nível. Aqueles ainda mais privilegiados têm praticado durante o inverno do sul e o inverno do norte! Como médico ortopedista, especializado em Traumatologia do Esporte pela University of Pittsburgh, dos Estados Unidos, e com 17 anos de experiência no tratamento de atletas de alto rendimento, tenho a obrigação de trabalhar com a conscientização sobre a prevenção de lesões esportivas. Isso significa aumentar a relação benefício/risco envolvido na prática esportiva, já que nenhum esporte é totalmente isento do risco de lesões. Para que haja prevenção, há a necessidade, primeiramente, de se identificar os riscos a serem prevenidos, a sua incidência e a sua gravidade. Em seguida, devemos identificar os mecanismos da lesão, ou seja, como ela ocorre, para só então introduzir as medidas preventivas e, por último, porém não menos importante, medir a sua eficácia. E é isso que se faz nos esportes de inverno desde que eles surgiram. Pistas, botas, capacetes, skis e snowboards sofreram modificações ao longo dos tempos com o intuito de prevenir lesões e aumentar o benefício do esporte. Hoje, muitas estações de ski em todas as partes do mundo não permitem que crianças desçam os slopes sem capacete. O comprimento e largura dos equipamentos têm relação direta com o nível do atleta. As botas prendem mais ou menos na dependência do grau de torsão que se espera do equipamento, no momento de se cortar a neve. Existem 10 parâmetros gerais de segurança para a prática de esportes de inverno: 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. Aquecimento muscular; Alongamento; Uso de joelheiras, cotoveleiras, etc.; Uso de equipamentos de proteção, como capacete; Uso de equipamento adequado para o nível esportivo, faixa etária, peso, altura, etc.; Praticar em superfícies adequadamente preparadas para a prática, isto é, off the track (fora da pista) aumenta o risco de lesões; Treinamento adequado, contratar aulas; MEDICINA 8. respeitar o tempo de descanso; 9. equilíbrio psicológico; 10. nutrição e hidratação adequada para a montanha. Preocupada com a segurança de atletas de esportes de inverno, a F.I.S. (Federation Internationale de Ski), órgão internacional fundado em 1910 e com sede em Thunersee, Suíça, criou em 2002 os 10 Códigos de Conduta na montanha: 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. Respeite os outros esquiadores; Controle sua velocidade, levando em consideração suas habilidades, condições de terreno e climáticas; Controle sua rota, quem vem atrás é o responsável pela manobra segura; Ultrapassagem segura, ao ultrapassar, respeite distância segura do esquiador que está à frente; Cuidado ao entrar em uma pista, olhe para ambos os lados antes de descer; Não pare na pista, a não ser que seja absolutamente Necessário; Se precisar descer ou subir a pé, siga pelos lados da pista; Respeite os sinais e marcações da pista, NUNCA desça uma pista fechada; Em caso de acidente, é sua obrigação prestar socorro; Identifique-se sempre que prestar assistência e informe ao Ski Patrol o que você presenciou do acidente. Estudos realizados pelas equipes de atendimento nas principais estações de ski mostram que as partes do corpo sob maior risco de lesões no ski são: 1. 2. 3. Joelhos, 33%; Cabeça, 13%; Ombro, 9%. E no snowboard: 1. 2. 3. Punho, 25%; Cabeça, 14%; Ombro, 13%. Todas essas informações têm a intenção de esclarecer e não assustar os praticantes de esportes de inverno. Dessa forma, mais e mais atletas retornarão na próxima temporada para experimentar, uma vez mais, a alegria da prática esportiva de inverno com segurança. 84 Colunas POR FLÁVIA JUSTUS PSICOLOGIA SPORTYARD.COM.BR PSICOLOGIA DO ESPORTE NA ACADEMIA DE GINÁSTICA Com o verão se aproximando é muito comum nesta época do ano vermos pessoas motivadas a praticar exercício físico. Outra situação bastante comum é no início do ano as pessoas incluírem em suas resoluções de Ano Novo, objetivos relacionados à atividade física, como por exemplo, se matricular em uma academia de ginástica. Até aí tudo bem! São muitas as motivações: saúde, verão, praia, ano novo, objetivos novos. Mas e depois? A maioria das academias possui um problema em comum: a alta rotatividade de alunos. Mas por que, se hoje encontramos academias voltadas somente para o público feminino, academias que possuem equipamentos de última geração, profissionais altamente qualificados, flexibilidade de horários, várias opções de aulas e atividades, encontros sociais, desafios, entre tantos outros agentes motivadores? O que fazer quando existe este cenário e mesmo assim muitos alunos não conseguem vencer a barreira dos três meses de exercícios? Não basta agir de fora para dentro, ou seja, ter apenas motivadores externos para a prática de alguma atividade física. É preciso também, criar nos alunos o hábito do exercício, valorizando seus benefícios, estabelecendo metas e objetivos e adequando à rotina da pessoa, além de entender qual é a atividade que traz maior sensação de prazer e bem estar, pois o que vemos muitas vezes, são pessoas praticando alguma atividade física que não gostam, somente pelo fato de estarem fazendo algum exercício, e aí, correse um risco muito grande de abandono desta prática. Portanto, é imprescindível criar motivação intrínseca para que este hábito perdure por toda a vida. Neste cenário, o psicólogo do esporte inserido na academia de ginástica pode desenvolver trabalhos diversos, tanto para a instituição e professores como para os clientes. Para a academia, o essencial é investir em ações e intervenções para diminuir a rotatividade de alunos e promover o bem estar integral, a promoção de saúde e a qualidade de vida. Para os professores, o interessante é oferecer um treinamento com temas específicos cujo aprendizado possa ser implementado no dia-a-dia do trabalho com seus alunos. Para os praticantes da atividade física é possível oferecer avaliação e acompanhamento psicológico para conquista dos objetivos e compreensão da atividade mais adequada para o perfil do aluno, desenvolver a motivação intrínseca e promover palestras e grupos de discussão com temas diversos como, motivação, manejo do estresse, depressão, ansiedade, imagem corporal, auto estima, comportamento alimentar, emagrecimento, transtorno alimentar, vigorexia, overtrainning, anabolizantes, relacionamentos, estabelecimento de metas e objetivos, saúde, entre outros. E você, já está praticando alguma atividade física ou vai deixar para as resoluções de Ano Novo? RESULTADOS ESPERADOS DO TRABALHO DO PSICÓLOGO DO ESPORTE NA ACADEMIA: t t t t t t Diminuição da alta rotatividade de alunos; Desenvolvimento de um ambiente ainda mais propício para a prática da atividade física; Contribuição na promoção da saúde; Equipe de professores mais unida e consciente das necessidades de seus alunos; Otimização no relacionamento entre professores e alunos; Alunos satisfeitos com metas e objetivos atingidos. BENEFÍCIOS PSICOLÓGICOS DA ATIVIDADE FÍSICA: t t t t t t Diminuição da ansiedade; Alívio do estresse; Diminuição dos sintomas de depressão; Aumento da auto estima; Aumento da autoconfiança; Sensação de bem estar. PROJETO REALIZADO COM CORTINAS VF PARA TETO DE VIDRO AUTOMATIZADAS COM TECNOLOGIA SOMFY Gc`iŦċYg UcaY`\cfYgh]`c* cgYi, <źeiUgYſżUbcg*UJYfh]WU`cZYfYWYgc`iŦċYg* XYU`hcdUXfŲcYadfchYŦŲcgc`Uf*Wcfh]bUgXYhYhc* dYfg]UbUg*hc`Xcg*[iUfXU+gĒ]gYdfc^YhcgUihcaUh]nUXcg dUfUgYiUaV]YbhY, 5j,DfYZY]hcCaUfGUVVU[*ƁƀƄ >UfX]a6chŸb]Wc*7if]h]VUDF 41 3264 1975 pv e r t i c a l p e r s i a n a s . c o m . b r DfcXin]XcgWcaU`hUhYWbc`c[]U* cgdfcXihcgXUJYfh]WU`dcggi]U`hU fYg]ghŐbW]UŶFU]cgIJdfcdcfW]cbUbXc YlWY`YbhYWcbZcfhchœfa]WcYj]giU`, NOVEMBRO 11/11 15/11 a 18/11 18/11 19/11 a 24/11 MOTOGP – VALÊNCIA CAMPEONATO BRASILEIRO DE TIRO COM ARCO – RECIFE (PE) GRANDE PRÊMIO “BENTO GONÇALVES” (TURFE) – PORTO ALEGRE (RS) CAMPEONATO SUL AMERICANO DE GOLFE – COPA LOS ANDES - VENEZUELA 25/11 FINAL DA FÓRMULA 1 – SÃO PAULO (SP) 26/11 MOTOGP – REPÚBLICA TCHECA DEZEMBRO 03/12 e 04/12 CAMPEONATO BRASILEIRO DE PENTATLO MODERNO – RIO DE JANEIRO (RJ) 06/12 a 09/12 TAÇA BRASIL DE SALTOS ORNAMENTAIS – BELÉM (PA) 12/12 a 14/12 COPA DO MUNDO DE SNOWBOARD - EUA 31/12 SÃO SILVESTRE (ATLETISMO) – SÃO PAULO