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_ DIAGNÓSTICO DIAGNÓSTICO SOCIAL SOCIAL E PLANO DE E PLANO DE DESENVOLVIMENTO DESENVOLVIMENTO SOCIAL SOCIAL TORRES VEDRAS 2010.2011 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL ÍNDICE Nota Introdutória Capítulo I: Do Diagnóstico ao Plano Enquadramento Teórico Metodologia Prioridades de Intervenção Eixo 1 - Pobreza e/ou Exclusão Social Breve Enquadramento Temático Dados de Fundamentação Conclusões por Eixo Eixo 2 - Crianças e Jovens em Situação de Risco Breve Enquadramento Temático Dados de Fundamentação Conclusões por Eixo Eixo 3 – Idosos em Situação de Vulnerabilidade Breve Enquadramento Temático Dados de Fundamentação Conclusões por Eixo Eixo 4 – Respostas Sociais Breve Enquadramento Temático Dados de Fundamentação Conclusões por Eixo Considerações Finais Capítulo II: Plano de Desenvolvimento Social Quadro - Síntese PDS Eixos de Intervenção Capítulo III: Monitorização e Avaliação Estrutura Conceptual Glossários Índice dos Gráficos Índice dos Quadros Índice de Mapa Referências Bibliográficas Anexos Ficha Técnica TORRES VEDRAS 2010.2011 03 04 05 06 08 09 10 11 29 31 32 33 55 56 57 59 66 68 69 71 82 83 87 88 90 102 103 107 112 117 120 121 126 137 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL NOTA INTRODUTÓRIA O Diagnóstico Social e o Plano de Desenvolvimento Social constituem ferramentas de planeamento estratégico complementares: o primeiro corresponde à análise da realidade social num determinado contexto espacial, temporal e social, enquanto que o Plano de Desenvolvimento Social consiste num instrumento estruturado, participado e prospectivo, no qual é definido uma matriz orientadora das políticas sociais do concelho, que assegura e partilha a responsabilidade social. e Jovens em Risco; Idosos em Situação de Vulnerabilidade e Respostas Sociais. Em cada eixo apresenta-se um breve enquadramento temático, dados de fundamentação e considerações por eixo, para as quais se consideraram os dados recolhidos no âmbito do “Diagnóstico Social Participado” (Anexo). O documento que aqui se apresenta radica na actualização de alguns dados mais relevantes, ainda não considerados noutros instrumentos de planeamento a nível local (Perfil de Saúde e Agenda XXI Local), e numa reflexão conjunta com os parceiros locais, conforme metodologia adoptada no 1º Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social (2005/2008). Para além disso, assenta nas lógicas de planeamento estratégico e sistémico e tem por base princípios de integração e de racionalidade, uma vez que também se encontra articulado com planos estratégicos nacionais, como o Plano Nacional de Acção para a Inclusão (PNAI), Carta Social e Plano Operacional de Respostas Integradas (PORI). Com base numa intervenção estratégica e numa parceria dinâmica e efectiva, pretendeu-se articular a intervenção social dos diferentes agentes locais e desenvolver um planeamento integrado e sistemático, de forma a potenciar sinergias, competências e recursos a nível local, com vista a garantir uma maior eficácia do conjunto de respostas no concelho. O referido capítulo expõe o quadro-síntese dos projectos definidos por eixo; a identificação dos objectivos gerais e específicos; acções e resultados esperados referentes aos três problemas hierarquizados por eixo, que deram origem a um plano com vigência de 2 anos (2010/2011). Para uma leitura mais fácil do documento importa referir que é composto por 3 capítulos: CAPÍTULO I do Diagnóstico ao Plano Na primeira parte, apresenta-se a definição da metodologia e enquadramento teórico. A segunda parte identifica os 4 eixos de intervenção: Pobreza e/ou Exclusão Social; Crianças TORRES VEDRAS 2010.2011 CAPÍTULO II Plano de Desenvolvimento Social CAPÍTULO III Avaliação e Monitorização O sistema de avaliação e monitorização visa proporcionar um acompanhamento sistemático, rigoroso e estruturado do trabalho desenvolvido pela Rede Social de Torres Vedras, de forma a conhecer os resultados do seu trabalho a nível do desenvolvimento social local. Neste capítulo expõe-se a estrutura e descrição conceptual do modelo a utilizar neste concelho. 03 DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE _ DESENVOLVIMENTO CAPÍTULO SOCIALI DO DIAGNÓSTICO AO PLANO TORRES VEDRAS 2010.2011 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL ENQUADRAMENTO TEÓRICO 1 A Rede Social afigura-se como um programa estruturante e um instrumento fundamental para o processo de desenvolvimento local, pela implementação de processos de planeamento estratégico territorializados como base da intervenção social. Esta metodologia assenta na realização de Diagnósticos Sociais participados, na implementação de Sistemas Locais de Informação e na realização de Planos de Desenvolvimento Social. A noção de desenvolvimento social, concretizado pela Cimeira de Copenhaga em 1995, reflecte o objectivo central de contribuir para a igualdade de oportunidades e garantir condições de vida dignas e direitos de cidadania para todos. Esta ideia pressupõe a tomada de consciência colectiva dos problemas existentes, a mobilização dos actores sociais para a resolução dos mesmos e a promoção do desenvolvimento apoiado nas redes locais e nas forças endógenas que estas consubstanciam. A intervenção em rede constitui, assim, o motor dos processos de desenvolvimento social local. _ CONSIDERAM-SE COMO PILARES DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL: › a erradicação da pobreza, dando especial atenção às situações de pobreza mais extremas, incluindo o acesso ao rendimento e de uma maneira geral, a promoção dos direitos económicos, sociais, culturais e civis; a promoção do emprego, generalizando o direito ao trabalho, dirigindo esforços para a redução do desemprego através da sensibilização do sector comercial para o seu papel social, do desenvolvimento do mercado social de emprego, da promoção do auto-emprego e do investimento na empregabilidade (dar prioridade à educação e formação). › a integração social entendida como a construção de uma sociedade justa, fundada na defesa dos direitos humanos, na tolerância, no respeito pela diversidade, na igualdade oportunidades, na solidariedade, na segurança e participação social, cultural e política de todos, incluindo grupos desfavorecidos e vulneráveis. Deste modo, pressupõe-se uma noção de desenvolvimento sustentável que articula o desenvolvimento económico, social e ambiental, bem como a participação activa e concertada dos actores interessados. _ O PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL O planeamento no domínio social é uma metodologia de investigação-acção que associa o conhecimento das especificidades dos problemas locais à intenção de provocar uma mudança social. Deste modo, o Plano de Desenvolvimento Social constitui um instrumento de definição conjunta e negociada de objectivos prioritários para a promoção do desenvolvimento social local. Tem em vista tanto a produção de efeitos correctivos como também de efeitos preventivos gerados por um aumento da dinâmica institucional, com vista à melhoria das condições de vida das populações. 1 Plano de Desenvolvimento Social, Núcleo da Rede Social (2002) DIC – Departamento de Investigação e Conhecimento. TORRES VEDRAS 2010.2011 05 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL METODOLOGIA Este processo, numa fase inicial, implicou a análise dos planos e medidas a nível local e nacional, definição conceptual das dimensões, pesquisa e análise documental, recolha de indicadores estatísticos e análise e tratamento da informação estatística. No entanto, os desafios que se colocam são cada vez mais exigentes e complexos, implicando a integração de conhecimentos e a participação activa dos actores sociais locais para que a atribuição de prioridades de intervenção seja a mais rigorosa e isenta possível. Face a isto, iniciou-se um processo de Planeamento Estratégico Participado, utilizando numa 1ª fase (Diagnóstico Social) como metodologias, a nuvem de problemas, a matriz de causalidades e a discussão em grupos focais e, numa 2ª fase (Plano de Desenvolvimento Social), a elaboração de um documento com contributos para uma intervenção social integrada e concertada no concelho de Torres Vedras. É de salientar que o Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Social constituem uma fase essencial e determinante, ao nível do envolvimento e participação dos actores sociais locais, facto que desencadeou a participação de cerca de 80 parceiros, em cada sessão de planeamento participativo, realizadas em Março e Novembro, em torno dos seguintes eixos: EIXO I – Pobreza e/ou Exclusão Social; EIXO II – Crianças e Jovens em situação de Risco EIXO III – Idosos em Situação de Vulnerabilidade EIXO IV – Respostas Sociais TORRES VEDRAS 2010.2011 06 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL ANÁLISE DOCUMENTAL LEVANTAMENTO E ANÁLISE ESTATÍSTICA CONSTITUIÇÃO DO GRUPO DE TRABALHO - RESPOSTAS SOCIAIS - CONSTITUIÇÃO DOS WORKSHOPS › Pobreza e/ou Exclusão Social GRUPO FOCAL PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DEFINIÇÃO DOS INDICADORES DIAGNÓSTICO SOCIAL DEFINIÇÃO CONCEPTUAL DAS DIMENSÕES › Crianças e Jovens em risco › Idosos em situação de vulnerabilidade DOCUMENTO DE PLANEAMENTO A NÍVEL LOCAL TORRES VEDRAS 2010.2011 07 DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE _ DESENVOLVIMENTO PRIORIDADES SOCIAL DE INTERVENÇÃO TORRES VEDRAS 2010.2011 DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE _ DESENVOLVIMENTO EIXO 1 SOCIAL POBREZA E /OU EXCLUSÃO SOCIAL TORRES VEDRAS 2010.2011 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL BREVE ENQUADRAMENTO TEMÁTICO Segundo João Ferreira de Almeida (1993) existem sete principais conjuntos de pessoas vulneráveis à pobreza, nomeadamente, idosos pensionistas, agricultores de baixos rendimentos, assalariados de baixo nível de remuneração, trabalhadores precários e da economia informal, minorias étnicas, desempregados e jovens de baixas qualificações à procura do primeiro emprego. Os idosos pensionistas caracterizam-se pelos baixos montantes de pensões e/ou reformas que recebem, os quais podem resultar no prolongamento de uma situação de pobreza, visto que muitos sempre tiveram baixos salários, ou numa efectivação de pobreza. Associadas a esses factores, estão as necessidades em matéria de assistência médica e medicamentosa de que as pessoas idosas carecem. No que respeita aos agricultores de baixos rendimentos, trata-se de pessoas que, por viverem em regime de auto-subsistência, através de explorações agrícolas de pequena dimensão e economicamente inviáveis, estão sujeitas à pobreza. Os assalariados de baixo nível de remuneração são considerados um grupo de vulnerabilidade devido aos baixos salários que recebem bem como as baixas habilitações escolares e profissionais. A pobreza assume contornos ainda mais visíveis quando atinge os desempregados porque inclui o indivíduo e a TORRES VEDRAS 2010.2011 família. A precariedade deste grupo social relaciona-se com o baixo montante do subsídio de desemprego, por um período limitado de tempo. É ainda de relevar que os desempregados se encontram, particularmente, nos centros urbanos e em todo o seu conjunto existe uma grande parte a que se pode aplicar o conceito da nova pobreza. As minorias étnicas e os trabalhadores precários aumentam ainda mais esta categoria social, bem como os jovens de baixas qualificações à procura de primeiro emprego, uma vez que os seus níveis de escolarização e qualificação profissional agudizam as próprias situações e diminuem-lhes a competitividade no mercado de trabalho. O autor refere ainda que estas são as categorias que estão associadas aos casos de maior pobreza e vulnerabilidade de maior dimensão e durabilidade. Paralelamente, e ainda no mesmo âmbito, emergem as novas categorias sociais desfavorecidas, nas quais podem incluir-se os desempregados de longa duração; as famílias monoparentais; as pessoas com deficiência, caracterizadas pela dependência sócio-familiar, associadas à baixa capacidade para obter emprego; os jovens em risco, cuja exclusão se manifesta desde logo, pelas principais instituições sociais (família, escola e emprego); os sem abrigo e os trabalhadores de emprego precário. Acrescentam-se ainda as mulheres, os jovens à procura do 1º emprego e os beneficiários de Rendimento Social de Inserção. 10 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DADOS DE FUNDAMENTAÇÃO › CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO QUADRO 01 › CONCELHO DE TORRES VEDRAS: POPULAÇÃO RESIDENTE SEGUNDO O GRUPO ETÁRIO, POR FREGUESIA, EM 2001 E ESTIMADA, EM 2007 POPULAÇÃO RESIDENTE SEGUNDO O GRUPO ETÁRIO (Nº HAB.) 2001 FREGUESIA 0 a 14 anos A dos Cunhados 15 a 64 anos 2007 (ESTIMATIVA) 65 e mais anos TOTAL 0 a 14 anos 15 a 64 anos 65 e mais anos TOTAL 1,149 4,721 1,066 6,936 1,207 5,007 1,189 7,403 Campelos 438 1,853 417 2,708 460 1,965 465 2,891 Carmões 106 504 237 847 111 534 264 910 Carvoeira 219 1,018 373 1,610 230 1,080 416 1,726 Dois Portos 288 1,322 543 2,153 303 1,402 606 2,310 Freiria 431 1,603 430 2,464 453 1,700 480 2,633 Matacães 156 758 308 1,222 164 804 344 1,311 Maxial 443 1,895 624 2,962 465 2,010 696 3,171 Monte Redondo 115 477 195 787 121 506 218 844 Ponte do Rol 312 1,421 348 2,081 328 1,507 388 2,223 Ramalhal 487 1,985 580 3,052 512 2,105 647 3,264 Runa 115 668 249 1,032 121 708 278 1,107 Sta Maria e S. Miguel 735 3,382 944 5,061 772 3,587 1,053 5,412 S. Pedro da Cadeira 757 2,929 653 4,339 759 3,106 729 4,630 S. Pedro e Santiago 2,824 11,989 2,735 17,548 2,967 12,714 3,052 18,733 Silveira 1,063 4,409 1,024 6,496 1,117 4,676 1,143 6,935 Turcifal 428 2,023 557 3,008 450 2,145 621 3,217 Ventosa 865 3,423 879 5,167 909 3,630 981 5,520 Outeiro da Cabeça 129 638 165 932 136 677 184 996 Maceira 251 1,357 237 1,845 264 1,439 264 1,967 Concelho 11,311 48,375 12,564 72,250 11,887 51,301 14,018 77,203 Fonte: INE, Estimativas Anuais da População Residente, 2008 e Estimativa por Freguesia realizadas por: Gabinete de Informação e Cartografia, Câmara Municipal de Torres Vedras, 2008 TORRES VEDRAS 2010.2011 11 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DADOS DE FUNDAMENTAÇÃO Segundo os censos de 2001, existiam 72250 habitantes no concelho prevendo-se, de acordo com as estimativas para 2007, um crescimento demográfico de 7%. No que se refere à população entre os 0 e os 14 anos, verifica-se uma variação de 5%; no grupo dos 14 aos 64 anos a evolução é de 6%, enquanto no grupo dos seniores (65 e mais anos) é de 12%. Estes dados, quando comparados com a estrutura da população a nível nacional, mostram que em 2007, segundo as estimativas da população, o número de indivíduos entre os 0 e 14 anos era de 15,3%, enquanto que o grupo de 65 ou mais anos atinge 17,4%, tendência que permite concluir que o envelhecimento a nível nacional é superior ao concelhio. para o mesmo ano (4,0%). Em 2009, as estimativas do INE indicam que a taxa de desemprego a nível nacional no 1º trimestre é de 8,9%, ou seja, bastante superior à taxa referente ao ano de 2001. De acordo com os dados do IEFP a nível concelhio, o desemprego segundo o género em Jan. 2008 e Jan. 2009, afecta particularmente a população do sexo feminino, facto que se mantém desde 2004 (vide Perfil de Saúde). Apesar de se manter este predomínio, verifica-se uma ligeira redução da percentagem de mulheres desempregadas no período temporal abaixo referido (GRÁFICO 01). Verifica-se ainda que as freguesias do concelho com maior número de habitantes são as freguesias de S. Pedro e Santiago, A dos Cunhados, Silveira, Ventosa e Sta Maria e S. Miguel. GRÁFICO 01 › _ 60% EMPREGO 40% Desemprego registado segundo o género, 2008-2009, no concelho de Torres Vedras. 60% 50% No que se refere ao Emprego e consultando os documentos a nível local, constata-se que a taxa de actividade concelhia em 2001 era de 47,8%, inferior à nacional nesse mesmo ano que era de 51,7%. Segundo os censos de 2001, a taxa de desemprego no concelho era de 5,3%, ou seja, superior ao nível nacional TORRES VEDRAS 2010.2011 55% 45% 40% 30% 20% 10% 0% H M JANEIRO 2008 H M JANEIRO 2009 Fonte: Instituto de Emprego e Formação Profissional, 2009. 12 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DADOS DE FUNDAMENTAÇÃO GRÁFICO 02 › Desemprego Inscrito segundo o Nível Etário, 2008-2009, no concelho de Torres Vedras. 1000 900 Ao analisar-se o gráfico, observa-se que predominam os desempregados de curta duração e que entre Jan. 2008 e Jan. 2009 surge um aumento desta categoria. Porém, o mesmo indicador (empregados de longa duração), em igual período temporal sofre um ligeiro decréscimo (GRÁFICO 03). 800 700 GRÁFICO 04 › 600 Desempregados Inscritos face à Situação de Emprego, 2008-2009, no concelho de Torres Vedras. 500 400 2500 300 200 1979 2200 2000 100 0 25 anos 25-34 anos 35-54 anos JANEIRO 2008 55 e mais anos JANEIRO 2009 1500 1000 Fonte: Instituto de Emprego e Formação Profissional, 2009. Constata-se ainda que o grupo etário mais atingido se situa entre os 35 e os 54 anos, situação que se mantém desde Janeiro de 2004 (GRÁFICO 02). 500 253 228 0 1º Emprego JANEIRO 2008 GRÁFICO 03 › Desemprego por Tempo de Inscrição, 2008-2009, no concelho de Torres Vedras. 1856 2000 1634 1500 1000 596 Novo Emprego JANEIRO 2009 Fonte: Instituto de Emprego e Formação Profissional, 2009. Ao comparar-se os desempregados inscritos face à situação de emprego, pode afirmar-se que existem mais pessoas à procura de um novo emprego, tendo este grupo aumentado entre Jan. 2008 e Jan. 2009, e que os desempregados à procura do 1º emprego constituem um grupo muito reduzido (GRÁFICO 04). 572 500 0 1 ano JANEIRO 2008 1 ano e mais JANEIRO 2009 Fonte: Instituto de Emprego e Formação Profissional, 2009. TORRES VEDRAS 2010.2011 13 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DADOS DE FUNDAMENTAÇÃO _ GRÁFICO 05 › Desemprego Inscrito segundo Nível de Ensino, 2008-2009, no concelho de Torres Vedras. 700 600 500 400 300 200 EDUCAÇÃO A estrutura do Sistema Educativo Português compreende a Educação Pré-Escolar, a Educação Escolar e a Educação Extra-Escolar. A Educação Pré-Escolar não é obrigatória. A Educação Escolar inclui os Ensinos Básico, Secundário e Superior, sendo que os nove anos que compõem o Ensino Básico são de frequência obrigatória. A Educação Extra-Escolar engloba actividades de alfabetização e de educação de base, de aperfeiçoamento e actualização cultural e científica e a iniciação, reconversão e aperfeiçoamento profissional. 100 JANEIRO 2008 Superior Secundário 3º Ciclo 2º Ciclo 1º Ciclo Nenhum inferior ao 1º Ciclo 0 GRÁFICO 06 › Representatividade da População Residente no Concelho de Torres Vedras segundo o Nível de Ensino Atingido face à População Total, em 2001. JANEIRO 2009 Outro Ensino › 0% Fonte: Instituto de Emprego e Formação Profissional, 2009. Ensino Superior › 8% Verifica-se que o maior nº de desempregados face ao nível de ensino se situa no 3º ciclo, ainda que se tenha constatado um aumento de desemprego, em 2009, em indivíduos detentores do 2º ciclo, Ensino Secundário e Superior. (GRÁFICO 05). Nenhum Nível de Ensino › 16% Ensino Secundário › 15% 3º Ciclo › 12% 2º Ciclo › 12% 1º Ciclo › 37% Fonte: Concelho de Torres Vedras, 2001, Torres Vedras em Números, p.79 TORRES VEDRAS 2010.2011 14 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DADOS DE FUNDAMENTAÇÃO Segundo o GRÁFICO 06, uma percentagem considerável da população residente no concelho (15,8%) não concluiu nenhum nível de ensino (sendo de salvaguardar que neste grupo estão incluídas as crianças até aos 6 anos de idade e as que ainda se encontram a frequentar o 1º ciclo do ensino básico), percentagem semelhante à da população que apresenta como habilitações académicas o Ensino Secundário (15,2%). A maioria da população residente (60,9%) encontra-se ao nível do Ensino Básico, com predomínio do 1º Ciclo deste nível de ensino (37%). Esta constatação poderá relacionarse com a distribuição etária da população, já que os mais idosos, frequentemente, viram restringido o seu acesso à escola e que a determinação do nível de ensino obrigatório foi evoluindo progressivamente. De realçar o peso ainda reduzido da conclusão do Ensino Superior, que se situa nos 8%, bem como do recurso a propostas alternativas ao ensino regular, de apenas 0,5%, situação que parece ter evoluído positivamente nos últimos anos. A taxa de Analfabetismo, em 2001, encontrava-se para a população do concelho, num nível consideravelmente elevado, face à taxa nacional (9%), afectando 10,8% dos residentes. Esta realidade é condicionada pelos níveis de analfabetismo apresentados por algumas freguesias do interior, nomeadamente Matacães (19,6%), Dois Portos (18,0%) e Carmões (17,3%), sendo os residentes nas freguesias de S. Pedro e Santiago e de Santa Maria e São Miguel os que apresentam as taxas mais reduzidas. Este facto encontra-se fortemente associado ao índice de envelhecimento (111,1, em 2001) do concelho (GRÁFICO 07). GRÁFICO 07 › Taxa de Analfabetismo por Freguesia do concelho de Torres Vedras, em 2001. 25 20 15 10 5 Maceira Ventosa Outeiro da Cabeça Silveira Turcifal S. Pedro e Santiago S. Pedro da Cadeira Runa Santa Maria Ramalhal Ponte do Rol Maxial Monte Redondo Freiria Matacães Dois Portos Carmões Carvoeira Campelos A dos Cunhados 0 Fonte: Concelho de Torres Vedras, 2001, Torres Vedras em Números, p.82 TORRES VEDRAS 2010.2011 15 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DADOS DE FUNDAMENTAÇÃO QUADRO 02 › INSUCESSO E ABANDONO ESCOLAR NO ENSINO BÁSICO, NO CONCELHO DE TORRES VEDRAS, POR CICLO E TIPO DE CURSO (ANO LECTIVO 2006/2007) Ensino / Modalidade / Ano ou Tipo Básico Básico Regular CEF EFA Recorrente Não Transitou / Não Concluiu / Retido ou Excluído por Faltas 1º Ano 735 2º Ano 3º Ano 4º Ano 1º Ciclo 5º Ano 6º Ano 2º Ciclo 7º Ano 8º Ano 9º Ano 3º Ciclo Tipo 2 Tipo 3 B3 Totais do Ensino Básico 5 71 76 6 158 59 77 136 118 92 103 313 0 2 0 0 607 Taxa de Insucesso (%) Abandonou/ Anulou Matrícula 0,78 10,31 12,10 0,92 6,06 8,83 10,76 9,83 16,80 13,79 14,56 15,07 0,00 15,38 0,00 0,00 10,01 3 0 2 0 5 1 1 2 13 17 27 57 3 1 3 1 64 Taxa de Abandono (%) 0,47 0,00 0,31 0,00 0,19 0,14 0,13 0,14 1,85 2,54 3,81 2,74 5,66 7,69 25 7,69 1,05 Total de Alunos Matriculados 635 688 628 652 2603 668 715 1383 702 667 707 2076 53 13 12 13 6062 Fonte: MISI (Gabinete Coordenador do Sistema de Informação do Ministério da Educação), 2008. A nível nacional, no ano lectivo de 2006/2007, a taxa de retenção e desistência no Ensino Básico foi de 10,1 %, ou seja, por cada 100 alunos que iniciaram qualquer nível de ensino básico, 10,1 permaneceram, por razão de insucesso ou de tentativa voluntária de melhoria de qualificação, nesse mesmo nível de ensino. A nível concelhio o aproveitamento escolar no Ensino Básico foi, no ano lectivo de 2006/2007, condicionado pelos níveis de Insucesso e Abandono Escolar, com especial relevância para o primeiro factor, já que afectou, nesse ano lectivo, um total de 10,1 % dos alunos matriculados, ou seja, a mesma taxa que a nível nacional. De destacar que o 1º ano do Ensino Básico Regular apresenta taxas muito reduzidas de TORRES VEDRAS 2010.2011 insucesso e abandono e que estes fenómenos se agravam progressivamente nos ciclos de formação seguintes. No terceiro ciclo do Ensino Básico, 15,07% dos alunos matriculados não concluíram ou não obtiveram aproveitamento, em especial os que frequentavam o 7º ano de escolaridade (16,8%). Os cursos alternativos (CEF, EFA e Ensino Recorrente), talvez pela sua estrutura de funcionamento, apresentam menores taxas de insucesso face ao Ensino Básico Regular (exceptuando o CEF Tipo 3 com 15,38%). No entanto, as taxas de abandono são consideravelmente superiores, em especial no curso EFAB3, para o qual a taxa de abandono é de 25% (QUADRO 02). 16 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DADOS DE FUNDAMENTAÇÃO QUADRO 03 › INSUCESSO E ABANDONO ESCOLAR NO ENSINO SECUNDÁRIO, NO CONCELHO DE TORRES VEDRAS, POR ANO E TIPO DE CURSO (ANO LECTIVO 2006/2007) Ensino / Modalidade / Ano ou Tipo CEF Profissional Secundário Recorrente Regular CH Regular Tecnológico Regular Geral Não Transitou / Não Concluiu / Retido ou Excluído por Faltas Tipo 5 735 1º Ano Unid Mod 10º Ano 11º Ano 12º Ano 10º Ano 11º Ano 12º Ano 12º Ano Total 0 4 0 24 41 27 109 30 7 74 9 325 Taxa de Insucesso (%) Abandonou/ Anulou Matrícula 0,00 4,12 0,00 17,39 10,09 8,33 30,79 4 10 5 35 18 17 15 31 13 9 6 163 16,75 5,10 46,25 27,27 15,69 Taxa de Abandono (%) 25,00 10,30 2,20 25,36 4,43 5,24 4,23 17,31 9,48 5,62 18,18 7,87 Total de Alunos Matriculados 16 97 227 138 406 324 354 179 137 160 33 2071 Fonte: MISI (Gabinete Coordenador do Sistema de Informação do Ministério da Educação), 2008. NOTAS: CEF - Curso de Educação Formação – Jovens; EFA - Educação e Formação de Adultos No Ensino Secundário, ambos os indicadores (taxa de insucesso e taxa de abandono) apresentam níveis mais elevados do que no Ensino Básico, em especial a taxa de abandono (7,87%), o que se pode ficar a dever ao facto de este se tratar de um nível de ensino facultativo. A nível nacional verifica-se uma tendência ainda menos favorável, ou seja, 18,4% dos alunos encontram-se em situação de insucesso escolar. TORRES VEDRAS 2010.2011 No Ensino Recorrente por módulos e no CEF o abandono é mais acentuado, já que, em ambos, cerca de 25% dos alunos matriculados abandonaram a frequência dos cursos. Com menores taxas de abandono, mas maiores taxas de insucesso encontram-se os alunos do Ensino Secundário Regular, em especial no 12º ano, ano terminal de fim de ciclo (QUADRO 03). 17 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DADOS DE FUNDAMENTAÇÃO QUADRO 04 › INSUCESSO E ABANDONO ESCOLAR NO ENSINO BÁSICO, NO CONCELHO DE TORRES VEDRAS, POR CICLO E TIPO DE CURSO (ANO LECTIVO 2007/2008) Ensino / Modalidade / Ano ou Tipo Básico Básico Regular CEF EFA Não Transitou / Não Concluiu / Retido ou Excluído por Faltas 1º Ano 735 2º Ano 3º Ano 4º Ano 1º Ciclo 5º Ano 6º Ano 2º Ciclo 7º Ano 8º Ano 9º Ano 3º Ciclo Tipo 2 Tipo 3 B3 Totais do Ensino Básico 0 75 36 40 151 59 70 129 128 64 93 285 2 0 0 567 Taxa de Insucesso (%) Abandonou/ Anulou Matrícula 0,00 8,05 4,29 4,70 4,39 8,47 10,27 9,36 17,95 10,24 14,26 14,32 1,73 0,00 0,00 8,17 0 1 0 0 1 1 0 1 4 8 11 23 1 0 0 26 Taxa de Abandono (%) 0 0,11 0 0 0,03 0,14 0 0,07 0,56 12,8 16,87 1,16 8,69 0 0 0,37 Total de Alunos Matriculados 816 931 839 850 3436 696 681 1377 713 625 652 1990 115 8 17 6943 Fonte: MISI (Gabinete Coordenador do Sistema de Informação do Ministério da Educação), 2008. Comparativamente ao anterior ano lectivo, no ano de 2007/2008, reduziram-se as taxas globais de insucesso e de abandono escolar do Ensino Básico (insucesso de 10% para 8% e abandono de 1% para 0,37%), continuando o 1º ano TORRES VEDRAS 2010.2011 do 1º ciclo a apresentar taxas mais reduzidas e o 3º ciclo, (em especial o 7º ano), a apresentar as taxas mais elevadas (QUADRO 04). 18 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DADOS DE FUNDAMENTAÇÃO QUADRO 05 › INSUCESSO E ABANDONO ESCOLAR NO ENSINO SECUNDÁRIO, NO CONCELHO DE TORRES VEDRAS, POR ANO E TIPO DE CURSO (ANO LECTIVO 2007/2008) Ensino / Modalidade / Ano ou Tipo CEF Secundário Profissional Recorrente Regular CH Regular Tecnológico Não Transitou / Não Concluiu / Retido ou Excluído por Faltas Tipo 5 735 1º Ano 2º Ano Unid Mod 10º Ano 11º Ano 12º Ano 10º Ano 11º Ano 12º Ano Total 0 4 0 0 24 57 45 92 10 6 44 282 Taxa de Insucesso (%) Abandonou/ Anulou Matrícula 0,00 1,94 0,00 00,00 19,67 12,61 12,16 27,46 20,00 5,45 33,84 14,66 0 32 2 1 8 17 22 22 5 7 4 120 Taxa de Abandono (%) 0,00 15,53 2,73 1,58 6,55 3,76 5,94 6,56 10,00 6,36 3,07 6,24 Total de Alunos Matriculados 12 206 73 63 122 452 370 335 50 110 130 1923 Fonte: MISI (Gabinete Coordenador do Sistema de Informação do Ministério da Educação), 2008. Por comparação com o ano lectivo anterior, também ao nível do Ensino Secundário as tendências se mantêm, encontrandose as taxas mais elevadas nos anos terminais (12º Ano) do Secundário Regular. Constitui excepção a taxa de abandono de 15,5%, verificada no 1º Ano do Ensino Profissional (QUADRO 05). TORRES VEDRAS 2010.2011 19 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DADOS DE FUNDAMENTAÇÃO QUADRO 06 › TAXA DE INSUCESSO E ABANDONO ESCOLAR NO ENSINO BÁSICO, NO CONCELHO DE TORRES VEDRAS, NOS ANOS LECTIVOS 2006/2007 E 2007/2008 Anos Lectivos 2006/2007 2007/2008 Níveis de Escolaridade 1º Ciclo 1º Ciclo 1º Ciclo Total 1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo Total Taxa de Insucesso (%) 735 Taxa Taxa de de Abandono Abandono (%) (%) 6,06 9,83 15,07 10,01 4,39 9,36 14,32 8,17 0,19 0,14 2,74 1,05 0,03 0,07 1,16 0,37 Fonte: MISI (Gabinete Coordenador do Sistema de Informação do Ministério da Educação), 2008. Uma análise evolutiva do Insucesso e do Abandono Escolar no Ensino Básico no concelho de Torres Vedras, permite constatar que entre os anos de 2001/2002 e 2006/2007 houve uma redução da taxa de Insucesso no 1º Ciclo de 8,14% para 6,06%, tendência que se mantém em 2007/2008, ano lectivo em que a taxa se situa em 4,39%. Esta tendência não ocorre no 2º Ciclo, em que a taxa de insucesso se mantém TORRES VEDRAS 2010.2011 quase constante no referido período de tempo. O 3º Ciclo apresenta níveis mais elevados do que os anteriores ciclos e a sua evolução apresenta um sentido contrário à do 1º Ciclo, com um aumento no primeiro intervalo de tempo, de 12,6% para 15% e uma ligeira redução entre 2006/2007 e 2007/2008, para 14,3% (QUADRO 06). 20 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DADOS DE FUNDAMENTAÇÃO _ RVCC Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências Os Centros Novas Oportunidades (CNO’s) vêm responder à necessidade de elevar o nível académico da população portuguesa. Dão forma a um processo que permite reconhecer, validar e certificar as competências adquiridas pelos adultos ao longo da vida, com vista à obtenção de uma certificação escolar de nível básico (4.º, 6.º ou 9.º ano de escolaridade) ou de nível secundário (12.º ano de escolaridade). Os Centros Novas Oportunidades destinam-se a todos os adultos com mais de 18 anos que não frequentaram ou concluíram um nível de Ensino Básico ou Secundário e que tenham adquirido conhecimentos e competências; através da experiência em diferentes contextos, que possam ser formalizadas numa certificação escolar. O RVCC Escolar confere uma certificação equivalente ao 1.º, 2.º ou 3.º ciclo do Ensino Básico (4.º, 6.º ou 9.º ano de escolaridade), bem como uma certificação equivalente ao En- sino Secundário (12.º ano de escolaridade), válidas para todos os efeitos legais. No concelho de Torres Vedras, estão em funcionamento 3 Centros de Novas Oportunidades, a saber: ADRO Agência de Desenvolvimento Regional do Oeste; Escola Secundária com 3º Ciclo do Ensino Básico de Madeira Torres e Escola Secundária com 3.º Ciclo do Ensino Básico Henriques Nogueira. No entanto, existem candidatos deste concelho que são certificados pelos seguintes Centros Novas Oportunidades: CENFIM - Centro de Formação Profissional da Indústria Metalúrgica e Metalomecânica III - Oliveira de Azeméis; Centro de Formação Profissional de Alverca; Centro de Formação Profissional de Alverca II – Odivelas; CERCIPENICHE - Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados de Peniche, CRL. QUADRO 07 › CARACTERIZAÇÃO DOS CANDIDATOS AOS CNO’S RESIDENTES NO CONCELHO DE TORRES VEDRAS, POR GÉNERO, GRUPO ETÁRIO E ANO DE CERTIFICAÇÃO, ENTRE 2007 E 2009 Total Nº 2007 % Nº 2009 (até Julho) 2008 % Nº % Nº % Género Masculino 301 37,3 77 31,7 144 36,9 80 46,0 Feminino 506 62,7 166 68,3 246 63,1 94 54,0 Total 807 100 243 100 390 100 174 100 18 - 24 anos 31 3,8 10 4,1 11 2,8 10 5,7 25 - 34 anos 165 20,4 48 19,8 76 19,5 41 23,6 35 - 44 anos 374 46,3 114 46,9 190 48,7 70 40,2 45 - 54 anos 191 23,7 55 22,6 92 23,6 44 25,3 55 - 64 anos 46 5,7 16 6,6 21 5,4 9 5,2 65 anos ou mais anos 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 Total 807 100 243 100 390 100 174 100 Empregado 584 72,4 142 58,4 305 78,2 137 78,7 Desempregado 178 22,1 80 32,9 67 17,2 31 17,8 Doméstico 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 Reformado 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 Outra Situação 45 5,6 21 8,6 18 4,6 6 3,4 Total 807 100 243 100 390 100 174 100 Grupo Etário Condições Perante o Trabalho Fonte: Plataforma SIGO, dados provisórios actualizados a 31 de Julho de 2009. Em 2007, foram certificados 243 candidatos, 390 em 2008 e primeiro, observa-se uma considerável diferença, con- 174 até Julho de 2009 o que perfaz o total de 807 candidatos forme se pode verificar ao analisar as frequências relati- certificados. vas dos respectivos anos. Ao analisar o quadro verifica-se que 63% dos candidatos No que se refere à condição perante o trabalho, con- certificados são do sexo feminino, sendo que esta tendência stata-se que a maioria está empregada, ou seja, 72,4%, se confirma nos diferentes anos (2007, 2008 e 2009). estando 22, 1% desempregados e 5,6% noutras situações. Este indicador, associado aos restantes, permite Relativamente ao total do grupo etário, a maioria (46%) sit- demonstrar que os candidatos certificados recorrem ao ua-se entre os 35-44 anos, verificando-se este padrão nos sistema RVCC devido às exigências e necessidades do diferentes anos. Destaca-se, posteriormente, o grupo etário seu contexto profissional. situado entre os 45-55 anos mas, comparativamente com o TORRES VEDRAS 2010.2011 21 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DADOS DE FUNDAMENTAÇÃO _ FAMÍLIAS Segundo os censos de 2001, existiam no concelho de Torres natalidade tem vindo a decrescer, situando-se nos 9,3% a Vedras 25491 famílias, sendo a sua maioria famílias clás- nível concelhio (segundo as estimativas de 2008), ou seja, sicas (constituídas por 2 indivíduos). É de salientar que a ligeiramente abaixo da taxa a nível nacional que é de 9,8% (QUADRO 08). › PROCESSOS DE ACÇÃO SOCIAL E RENDIMENTO SOCIAL DE INSERÇÃO QUADRO 08 › PROCESSOS DE ACÇÃO SOCIAL E RENDIMENTO SOCIAL DE INSERÇÃO, ACOMPANHADOS PELO SERVIÇO LOCAL, NO CONCELHO DE TORRES VEDRAS, NOS ANOS 2007 E 2008 PROCESSOS DE ACÇÃO SOCIAL ACOMPANHADOS 2007 2008 524 671 VARIAÇÃO ENTRE 2007 E 2008 PROCESSOS DE RSI ACOMPANHADOS 2007 2008 473 553 28% VARIAÇÃO ENTRE 2007 E 2008 TOTAL DE PROCESSOS ACOMPANHADOS EM 2007 TOTAL DE PROCESSOS ACOMPANHADOS EM 2008 VARIAÇÃO ENTRE 2007 E 2008 17% 997 1224 23% Fonte: ISS,IP – Equipa de Famílias e Territórios de Torres Vedras e II,IP – Departamento de Gestão de Informação. No que se refere às famílias que foram acompanhadas no concelho pelo Instituto de Segurança Social – Serviço Local de Torres Vedras, durante os anos 2007 e 2008, concluiu-se que no total de processos acompanhados existe um aumento 23%, bem como nos processos de Acção Social (28%) e de Rendimento Social de Inserção (17%). TORRES VEDRAS 2010.2011 Em termos comparativos com o 1º Diagnóstico Social, verifica-se que, entre 2004 e 2008, existiu um aumento de 226 processos na Acção Social e de 172 no Rendimento Social de Inserção, facto que se pode considerar bastante expressivo quando comparado o total de processos acompanhados em 2004 (826) com os de 2008 (1224). 22 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DADOS DE FUNDAMENTAÇÃO Em 2004, o número de famílias acompanhadas pela Segurança Social representava 3%, em 2007, 4% e, em 2008, 5%. O aumento do número de famílias acompanhadas deve-se à conjuntura social, bem como ao facto de a Segurança Social ter investido no aumento da sua capacidade de resposta, ou seja, ter celebrado protocolos de cooperação com as Instituições Particulares de Solidariedade Social, permitindo a criação de três equipas de Rendimento Social de Inserção e a integração de mais Técnicos de atendimento/ acompanhamento a nível local. No âmbito do Rendimento Social de Inserção (Lei nº 13/2003 de 21 de Maio, com alterações da Lei 45/2005 de 29 de Agosto) constata-se que 68% das 553 famílias acompanhadas no ano de 2008 celebraram Acordos de Inserção, tendo envolvido 987 beneficiários. É de salientar que a celebração de Acordos de Inserção, em sede de Núcleo de Inserção, definiu acções contratualizadas com os referidos beneficiários em diferentes áreas, evidenciando-se com maior expressão a áreas da Acção Social (42%) e Saúde (37%) e, seguidamente, as áreas da Formação e Emprego (9%), Educação (8%) e Habitação (4%). Relativamente aos rendimentos destes agregados, verifica-se que o valor médio mensal do Rendimento Social de Inserção em 2008 é de 222,54€, tendo-se verificado um aumento de 21,00€, entre 2007 e 2008, enquanto que o valor médio da prestação de desemprego, processado por beneficiário, em 2008, é de 558,14€, observando-se comparativamente um aumento de 101,00€, no mesmo período temporal. É de realçar que se desconhece o universo de famílias com este tipo de necessidades, uma vez que os dados apresentados apenas se referem às famílias que solicitam acompanhamento ao Instituto de Segurança Social – Serviço Local de Torres Vedras. GRÁFICO 08 › GRÁFICO 09 › Valor Médio Mensal de RSI Processado por Família, no concelho de Torres Vedras, entre 2007 e 2008. Valor Médio Mensal da Prestação de Desemprego Processado por Beneficiário, no concelho de Torres Vedras, entre 2007 e 2008. 600,00E 558,14E 550,00E 600,00E 500,00E 500,00E 450,00E 400,00E 400,00E 300,00E 200,00E 350,00E 222,54E 201,56E 456,89E 300,00E 100,00E 250,00E 0,00E 200,00E 2006,8 2007 2007,2 2007,4 2007,6 2007,8 Fonte: II,IP – Departamento de Gestão de Informação. TORRES VEDRAS 2010.2011 2008 2008,2 2006,8 2007 2007,2 2007,4 2007,6 2007,8 2008 2008,2 Fonte: II,IP – Departamento de Gestão de Informação. 23 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DADOS DE FUNDAMENTAÇÃO _ SUBSTÂNCIAS PSICOACTIVAS O Plano Operacional de Respostas Integradas (PORI) é uma A nível concelhio, Torres Vedras não foi considerado um ter- medida estruturante ao nível da intervenção integrada, no ritório prioritário, comparativamente aos restantes. No en- âmbito do consumo de substâncias psicoactivas, que privile- tanto, a análise desta realidade impõe-se quando se pretende gia a existência de diagnósticos rigorosos que fundamentem reflectir sobre um eixo como a pobreza e/ou exclusão social. a intervenção no território. Neste sentido, foi elaborado um diagnóstico de âmbito nacional (2006/2007), que permitiu Ao observar-se os gráficos, constata-se que o número de identificar 163 territórios em Portugal Continental onde é utentes activos no Centro de Respostas Integradas do Oeste, urgente o desenvolvimento de uma intervenção articulada adiante designado por CRIOeste, apesar de não ser significa- no âmbito do consumo de substâncias psicoactivas tivo, diminuiu (2007) de 335 utentes para 326 utentes (2008). No entanto, é de destacar que, em 2008, integraram o CRI- Considerando o elevado número de territórios identificados, Oeste mais 7 novos utentes do que em 2007. (GRÁFICO 10 e11). as Delegações Regionais do Instituto da Droga e Toxicodependência seleccionaram aqueles com necessidade de uma intervenção prioritária, tendo sido seleccionados 92, localizados em 71 concelhos. GRÁFICO 10 › GRÁFICO 11 › Utentes em Tratamento no Centro de Respostas Integradas do Oeste, nos anos 2007 e 2008. Novas Entradas de Utentes, no Centro de Respostas Integradas do Oeste, nos anos 2007 e 2008. 336 335 334 332 82 330 80 328 326 326 78 76 324 74 322 72 320 70 Nº de Utentes 2007 2008 Fonte: Centro de Respostas Integradas do Oeste, 2009. TORRES VEDRAS 2010.2011 81 74 Nº de Utentes 2007 2008 Fonte: Centro de Respostas Integradas do Oeste, 2009. 24 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DADOS DE FUNDAMENTAÇÃO GRÁFICO 12 › GRÁFICO 13 › Utentes em Tratamento, no Centro de Respostas Integradas do Oeste, por Grupo Etário, nos anos 2007 e 2008. Tipo de Substâncias Psicoactivas Consumidas pelos Utentes do Centro de Respostas Integradas do Oeste, nos anos 2007 e 2008. 25 47 2007 7 2007 3 2 0 3 2 2 Opiáceos Álcool Tabaco Mais de 45 anos 40-44 anos 35-39 anos 25-29 anos 30-34 anos 2008 23 11 10 0 29 Alucinogéneos 21 20 6 Estimulantes 30 Sedativos 10 8 12 53 58 54 40 15 11 1 20-24 anos Menos de 14 anos 0 0 0 15-19 anos 3 5 9 48 Cannabis 9 10 53 50 Abuso de Álcool 16 15 20 18 66 60 17 20 70 5 Ecstasy 70 Cocaína 80 2008 Fonte: Centro de Respostas Integradas do Oeste, 2009. Fonte: Centro de Respostas Integradas do Oeste, 2009. Segundo o grupo etário, verifica-se maior incidência na faixa etária entre os 35 e 39 anos, conforme se pode verificar em 2004 (Diagnóstico Social), em 2006 (Perfil de Através do GRÁFICO 13 é possível observar-se que em qualquer um dos anos em análise, o tabaco é a substância que os utentes mais consomem (70 em 2007 e 66 em 2008), seguida dos opiáceos (58 em 2007 e 54 em 2008) e cocaína (47 em 2007 e 53 em 2008). Porém, a maioria dos utentes apresenta poli-consumos, ou seja, consome mais do que uma substância. Ao comparar-se estes dados com o ano de 2004 (vide 1º Diagnóstico Social) verifica-se que o tipo de substâncias mais consumidas mantém-se, mas o número relativo aumenta de 38 (2004) para 66 (2008), 34 (2004) para 54 (2008) ou 35 (2004) para 53 (2008), respectivamente, nas substâncias de tabaco, opiáceos e cocaína. Saúde) e nos dados referentes a 2007 e 2008. (GRÁFICO 12). TORRES VEDRAS 2010.2011 25 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DADOS DE FUNDAMENTAÇÃO Comparativamente, a nível nacional, e no que se refere à cocaína, apesar de ser a terceira droga na população total (1564 anos) e a primeira na população jovem adulta (15-34 anos), com as taxas de continuidade de consumo mais elevadas em 2007, constata-se que existe uma diminuição destas taxas entre 2001 e 2007, tanto na população total (de 34,1% para 32,2%) como na população jovem adulta (de 46,4% para 41,4%). Porém, quando se analisam as taxas de continuidade de consumo nos opiáceos/heroína, verifica-se uma diminuição ao nível da população geral (de 26% para 24%) e um aumento entre a população jovem adulta (de 28,2% para 34,6%). A nível concelhio, relativamente à substância – álcool - denota-se um grande acréscimo de os novos utentes consumidores, sendo que aumentam de 21 em 2007 para 53 em 2008, assim como dos utentes abusadores de álcool (11 em 2007 para 29 em 2008). A nível local, regista-se também um aumento dos consumidores de cannabis, que passam de 23, em 2007, para 48, em 2008, tendo sido esta a substância mais consumida em 2006 (vide Perfil de Saúde), enquanto que a nível nacional se verifica uma descida das taxas de continuidade de consumo desta substância na população total (15-64 anos) entre 2001- 43,2% e 2007- 30,5% e na população jovem adulta (15-34 anos) de 50,3% - 2001 e 39,4% - 2007. Os resultados apresentados referentes ao consumo de álcool revelam-se preocupantes e indicam a necessidade de conhecer a realidade noutras faixas etárias, tanto a nível nacional como local. A nível nacional efectuou-se um estudo, em Maio de 2007, a jovens até aos 16 anos, no qual se verificou que este tipo de consumo (álcool) é uma tendência crescente, uma vez que entre 2003 e 2007 se verificou em Portugal um aumento de 25% para 56%. As substâncias que registam um menor número de novos utentes são os estimulantes (2 em 2007 e 0 em 2008) e os alucinogéneos (2 em cada um dos anos de referência). TORRES VEDRAS 2010.2011 26 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DADOS DE FUNDAMENTAÇÃO _ HABITAÇÃO A política social de habitação no concelho de Torres Vedras emergiu com vista a dar início a um processo global da melhoria da qualidade de vida da população alvo. Entre 1983 e 2003 o município deixou de se centrar unicamente na gestão e acompanhamento de 18 fogos, tendo surgido a necessidade de se implicar na criação de uma resposta que se adequasse às necessidades que figuravam nas diferentes freguesias do concelho, ou seja, as habitações degradadas, facto que impulsionou a implementação do Programa de Comparticipação em Obras de Conservação, Reparação ou Beneficiação de Habitações Degradadas (Edital 324/2003). No início de 2005, a transferência do património habitacional, situado no Bairro Boavista/Olheiros (49 fogos), por parte do Instituto da Gestão e Alienação do Património de Habitação do Estado (IGHAPE) para a Câmara Municipal de Torres Vedras, obrigou a reconsiderar outras formas de actuação, facto que desencadeou a criação de novas políticas sociais de habitação a nível concelhio, o aumento do património habitacional (em 2009 - 67 fogos) e a afectação exclusiva de um recurso humano. QUADRO 09 › Nº DE AGREGADOS REALOJADOS E DE INSCRIÇÕES PARA HABITAÇÃO SOCIAL, NO CONCELHO DE TORRES VEDRAS, EM 2007 E 2008. HABITAÇÃO SOCIAL Nº DE AGREGADOS REALOJADOS 58 Nº DE INSCRIÇÕES PARA HABITAÇÃO SOCIAL 2007 2008 16 30 TOTAL DE INSCRIÇÕES 46 Fonte: Câmara Municipal de Torres Vedras, 2008. Actualmente, conforme se pode constatar ao analisar o candidaturas do Programa de Comparticipação em Obras QUADRO 09, estão realojados 58 agregados familiares e, de Conservação, Reparação e Beneficiação de Habitações entre 2007 e 2008, inscreveram-se 46 pessoas. Face a esta Degradadas e procurado a criação de novas respostas realidade, o município tem efectuado um trabalho ao nível como o Programa de Apoio ao Arrendamento (Edital nº do acompanhamento da população realojada; análise das 24/2009) e a Constituição da Bolsa de Fogos (em execução). TORRES VEDRAS 2010.2011 27 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DADOS DE FUNDAMENTAÇÃO GRÁFICO 14 › GRÁFICO 15 › Evolução das Candidaturas do Programa de Comparticipação em Obras de Conservação, Reparação ou Beneficiação de Habitações Degradadas, 2003-2008, no concelho de Torres Vedras. Nº de Candidaturas Instauradas e Agregados Familiares Apoiados, Programa de Apoio ao Arrendamento, no ano 2009, no concelho de Torres Vedras. NÚMEROS 160 50 120 74 100 40 30 140 140 48 33 24 27 80 60 28 20 40 20 20 0 10 Nº de Candidaturas 0 2003 2004 2005 2006 2007 Entre 2003 e 2008 candidataram-se 179 pessoas verificando-se maior incidência no ano de 2006 (GRÁFICO 14). ANO 2009 2008 Fonte: Câmara Municipal de Torres Vedras, 2008. Nº de Agregados Familiar Apoiados Fonte: Câmara Municipal de Torres Vedras, 2009. A implementação (2009) do Programa de Arrendamento, como alternativa ao realojamento em habitação social, criado com base num diagnóstico preliminar efectuado pelo município, foi validada pelos dados apresentados nas metodologias participativas, ou seja, as dificuldades no acesso ao mercado normal de arrendamento e à falta de incentivos/apoios ao arrendamento privado. Actualmente, encontram-se a ser apoiados 74 agregados familiares, num total de 149 candidaturas instauradas (GRÁFICO 15). TORRES VEDRAS 2010.2011 28 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL CONCLUSÕES EIXO 1 – POBREZA E/OU EXCLUSÃO SOCIAL CONCLUSÕES Aumento da taxa de desemprego a nível nacional face a 2001; Elevada taxa de desemprego. DADOS DE FUNDAMENTAÇÃO (FONTE) Taxa de desemprego a nível nacional em 2001 é de 4,0% e em 2009 (estimativas) é de 8,9%; Taxa de desemprego a nível concelhio em 2001 é de 5,3% e em 2009 (dados indisponíveis). DESEMPREGO NO CONCELHO Maior incidência de desemprego no sexo feminino; Maior incidência de desemprego na faixa etária 35 e os 54 anos; Predomínio de desempregados de curta duração; Predomínio de desempregados com habilitações no 3º ciclo. Jan. 2009 – Sexo Masc. – 45% Jan. 2009 – Sexo Fem. – 55% (Fonte: IEFP) Jan. 2008 – < 1 ano ou mais – 596 Jan. 2009 – < 1 ano ou mais – 572 ANALFABETISMO Subsistência de uma elevada taxa de analfabetismo; 16% - (Torres Vedras em Números, p. 79) • Baixo Grau de Escolaridade. EDUCAÇÃO Diminuição da taxa de insucesso escolar no 1º ciclo face ao ano lectivo 2001/2002; 2001/2002 – 8,14% 2007/2008 – 4,29% Estabilização da taxa de insucesso escolar do 2º ciclo face ao ano lectivo 2001/2002; Aumento da taxa de insucesso escolar no 3º ciclo face ao ano lectivo 2001/2002; 2001/2002 – 12,6% 2007/2008 – 14,3% (Fonte: MISI) Aumento em 60% das certificações pelo Centro de Novas Oportunidades entre 2007 e 2008. 807 Candidatos obtiveram certificação entre 2007 e 2009. | 62,7% do sexo feminino | 46,3% 35 – 44 anos | 72,4% Empregados | 22,1% desempregados | 5,6% noutras situações. (Fonte: MISI) LEGENDA: • Diagnóstico Social Participado (Anexos) Diagnóstico – Dados de Fundamentação TORRES VEDRAS 2010.2011 29 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL CONCLUSÕES EIXO 1 – POBREZA E/OU EXCLUSÃO SOCIAL CONCLUSÕES DADOS DE FUNDAMENTAÇÃO (FONTE) SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS • Elevado consumo de substâncias tóxicas; Estabilização do nº de consumidores de substâncias psicoactivas que recorrem ao CRIOeste face a 2007; Aumento, entre 2007 e 2008, do nº de consumidores de álcool. Nº de Utentes activos em 2008 – 326 utentes (Fonte: CRIOESTE) 21 em 2007 para 53 em 2008 (Fonte: CRIOESTE) FAMÍLIAS Aumento do nº famílias companhadas, no âmbito da acção social e RSI pelo ISS, IP, desde 2004. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA Aumento dos casos de violência doméstica; • Aumento de 31% dos casos de violência doméstica, entre 2006 e 2008. HABITAÇÃO • Dificuldade de acesso ao mercado habitacional, desde 2007; • Aumento do nº de inscrições em habitação social; Implementação a partir de 2004 de novas respostas a nível habitacional. Nº de famílias acompanhadas em 2004 – 3%; 2007 – 4%; 2008 – 5% (Fonte: ISS, IP –SLTV) Nº de situações sinalizadas em: 2006 – 175; 2007 – 187 2008 – 230 (Caracterização de situações de violência doméstica identificadas por diversas entidades parceiras, Outubro 2008, CMTV) HABITAÇÃO SOCIAL 46 Inscrições (2007/2008) Programa de Comparticipação em Obras de Conservação, Reparação ou Beneficiação de Habitações Degradadas 179 Candidaturas (2003/2008) Programa de Arrendamento (2009) 149 Candidaturas /74 Agregados Apoiados (Fonte: CMTV) LEGENDA: • Diagnóstico Social Participado (Anexos) Diagnóstico – Dados de Fundamentação TORRES VEDRAS 2010.2011 30 _ EIXO 2 CRIANÇAS E JOVENS EM SITUAÇÃO DE RISCO TORRES VEDRAS 2010.2011 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL BREVE ENQUADRAMENTO TEMÁTICO Segundo a Lei nº 147/99 de 1de Setembro, capítulo I, artigo 3º, considera-se que a criança ou o jovem está em perigo quando, designadamente, se encontra numa das seguintes situações: A) Está abandonada ou vive entregue a si própria; B) Sofre maus-tratos físicos ou psíquicos ou é vítima de abusos sexuais; C) Não recebe os cuidados ou a afeição adequados à sua idade e situação pessoal; D) É obrigada a actividades ou trabalhos excessivos ou inadequados à sua idade, dignidade e situação pessoal ou prejudiciais à sua formação ou desenvolvimento; TORRES VEDRAS 2010.2011 E) Está sujeita, de forma directa ou indirecta, a comportamentos que afectem gravemente a sua segurança ou o seu equilíbrio emocional. Assume comportamentos ou se entrega a actividades ou consumos que afectem gravemente a sua saúde, segurança, formação, educação ou desenvolvimento sem que os pais, o representante legal ou quem tenha a guarda de facto se lhes oponham de modo adequado a remover essa situação. A intervenção junto dos menores complementa-se, sempre que exista a prática de facto qualificado pela lei como crime, nos menores com idade entre os 12 e os 16 anos, pela aplicação de medida tutelar educativa em conformidade com as disposições da Lei nº 166/99, de 14 de Setembro. 32 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DADOS DE FUNDAMENTAÇÃO _ ENTIDADES DE 1ª INSTÂNCIA Comissão de Protecção de Crianças e Jovens e Equipa de Crianças e Jovens Ao comparar-se os dados actuais com os dados do 1º Diagnóstico, verifica-se um aumento significativo dos menores acompanhados entre de 2004 e 2008, pela Segurança Social de Torres Vedras - Equipa de Infância e Juventude (ECJ) e pela Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Torres Vedras (CPCJ). Acresce referir que, neste período temporal, a ECJ aumentou em 57% e a CPCJ em 65%, o número de processos acompanhados. Evidencia-se, quer nos dados de 2004 – 1º Diagnóstico Social -, quer nos supra indicados anos de 2007 e 2008 que, pese embora o tipo de medida mais aplicada seja o apoio junto dos pais, existe um significativo aumento de outras medidas, nomeadamente, o apoio junto de outro familiar e o acolhimento institucional. Esta informação consubstancia a forte preocupação manifestada nas dinâmicas participativas quanto à insuficiente intervenção na prevenção do risco em crianças, jovens e suas famílias. Entre 2007 e 2008, constata-se um aumento de 77 menores acompanhados no âmbito da CPCJ, enquanto na ECJ se manteve o mesmo número. (GRÁFICO 16). GRÁFICO 16 › Nº de Menores Acompanhados pela ECJ e CPCJ, nos anos 2007 e 2008, no concelho de Torres Vedras. 500 400 300 200 100 0 333 256 130 130 2007 2008 ECJ CPCJ Fonte: ISS, IP – Equipa de Infância e Juventude de Torres Vedras e Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Risco de Torres Vedras, 2009. TORRES VEDRAS 2010.2011 33 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DADOS DE FUNDAMENTAÇÃO QUADRO 10 › MEDIDAS DE PROMOÇÃO E PROTECÇÃO APLICADAS PELA CPCJ E ECJ DE TORRES ANOS TIPO DE MEDIDAS APLICADAS TOTAL APOIO JUNTO DOS PAIS APOIO JUNTO OUTRO FAMILIAR CONFIANÇA PESSOA IDÓNEA APOIO PARA AUTONOMIA DE VIDA ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL CONFIANÇA JUDICIAL COM VISTA À ADOPÇÃO 2007 152 12 2 0 5 0 171 2008 135 23 3 1 2 0 164 2007 49 16 2 2 30 5 104 2008 58 18 3 3 22 10 114 ECJ CPCJ ENTIDADES VEDRAS, NOS ANOS 2007 E 2008. Fonte: ISS,IP – Equipa de Infância e Juventude de Torres Vedras e Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Torres Vedras, 2009 Ao analisar o QUADRO 10, (da página seguinte) facilmente se constata que as medidas de promoção e protecção mais aplicadas pelas diferentes entidades anteriormente enunciadas, nos anos 2007 e 2008, foram: › apoio junto dos pais (consiste em proporcionar à criança ou jovem apoio de natureza psicopedagógica e social e, quando necessário, ajuda económica), no qual se contabiliza o total de 394 aplicações, ou seja, 71% das medidas aplicadas; › apoio junto de outro familiar (colocação de uma criança ou jovem sob a guarda de um familiar com apoio psicopedagógico e social e, quando necessário, ajuda económica), ou seja, 12% das medidas aplicadas; › acolhimento institucional (colocação da criança ou jovem aos cuidados de uma entidade que disponha de instalações e equipamento de acolhimento permanente e de uma equipa que lhes garanta os cuidados adequados às suas necessidades), que representa 11% do total das medidas. TORRES VEDRAS 2010.2011 Verifica-se ainda que, durante estes últimos dois anos, foi aplicada a 15 crianças a medida de confiança judicial com vista à adopção (pode consistir na colocação da criança ou jovem sob a guarda de candidato seleccionado para adopção pelo o organismo da Segurança Social, desde que não ocorra oposição expressa do mesmo); observando-se menor impacto nas medidas confiança da pessoa idónea (colocação da criança ou jovem sob a guarda de uma pessoa, que não pertencendo à sua família, com eles tenha estabelecido relação de afectividade recíproca) e apoio para a autonomia de vida (proporcionar directamente ao jovem com idade superior a 15 anos apoio económico e acompanhamento psicopedagógico e social, facultando-lhe condições que o habilitem e lhe permitam viver por si só adquirindo progressivamente autonomia de vida.) (QUADRO 10). 34 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DADOS DE FUNDAMENTAÇÃO _ CRIMINALIDADE JUVENIL Com base em pesquisas sociológicas tem-se a possibilidade de compreender os processos e mecanismos que levam à existência do crime na sociedade. Segundo Giddens (2005, p. 176) para “as teorias funcionalistas, o crime e o desvio são resultados de tensões estruturais e de uma falta de regulação social dentro da sociedade.” Na concepção interaccionista tem-se a noção apresentada por Sutherlan (2005) de que, numa sociedade que contém uma variedade de subculturas, alguns ambientes sociais tendem a estimular actividades ilegais. Dessa forma, “os indivíduos podem-se tornar delinquentes pela associação com outras pessoas que são portadoras de normas criminais.” (2005, p. 177). Ainda para Giddens (2005, p.178), o sociólogo que se destaca na teoria da rotulação é Howard Becker, cuja ideia era de que “o comportamento desviante não é o factor determinante no tornar-se “desviante”. Há sim processos que não estão relacionados com o comportamento propriamente dito, mas que exercem grande influência ao se rotular ou não uma pessoa de desviante.” De acordo com Giddens (2005, p.180), a teoria do controle postula que o crime ocorre como resultado de um desequilíbrio entre os impulsos em direcção à actividade criminosa e os controles sociais ou físicos que a detêm. Interessa-se menos pelas motivações que os indivíduos possuem para executar os crimes. QUADRO 11 › Nº DE JOVENS SINALIZADOS (ATÉ AOS 18 ANOS), SEGUNDO O TIPO DE CRIME, NOS ANOS DE 2007 E 2008, NO CONCELHO DE TORRES VEDRAS (GNR). Nº FURTO DE VEÍCULO 2 POSSE ARMA BRANCA 1 FURTO EM RESIDÊNCIA 3 FURTO ESTABELECIMENTO 5 OUTROS FURTOS 2 AMEAÇAS 1 AGRESSÃO 2 DIFAMAÇÃO 1 DANO 1 ROUBO 1 TOTAL 19 2008 TIPO DE CRIME TIPO DE CRIME 2007 Nº FURTO DE VEÍCULO 11 AGRESSÃO 5 CONDUÇÃO ILEGAL 8 POSSE MUNIÇÃO GUERRA 1 OFENSAS INTEGRIDADE FÍSICA 3 VIOLÊNCIA DOMÉSTICA 1 AMEAÇAS 2 TOTAL 31 Fonte: GNR de Torres Vedras, 2009. TORRES VEDRAS 2010.2011 35 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DADOS DE FUNDAMENTAÇÃO QUADRO 12 › Nº DE JOVENS DETIDOS (ATÉ AOS 18 ANOS), POR TIPO DE CRIME, NOS ANOS 2007 E 2008, NO CONCELHO DE TORRES VEDRAS (GNR). CONDUÇÃO ILEGAL TOTAL Nº 1 1 2008 TIPO DE CRIME TIPO DE CRIME 2007 FURTO EM VEÍCULO CONDUÇÃO SOB O EFEITO DE ÁLCOOL Nº 3 2 CONDUÇÃO ILEGAL 3 TOTAL 8 Fonte: GNR de Torres Vedras, 2009. QUADRO 13 › Nº DE JOVENS DETIDOS (ATÉ AOS 18 ANOS), POR TIPO DE CRIME, NOS ANOS 2007 E 2008, NO CONCELHO DE TORRES VEDRAS (PSP). MANDADO DETENÇÃO E CONDUÇÃO A TRIBUNAL CONDUÇÃO ILEGAL VEÍCULO TOTAL Nº 1 2 3 2008 TIPO DE CRIME TIPO DE CRIME 2007 Nº CONDUÇÃO ILEGAL VEÍCULO 2 AGRESSÃO A AGENTE AUTORIDADE 1 MANDADO DETENÇÃO E CONDUÇÃO A TRIBUNAL 1 AMEAÇAS E INJÚRIAS AGENTE AUTORIDADE 1 SITUAÇÃO IRREGULAR EM TERRITÓRIO NACIONAL 1 AMEAÇAS E COACÇÃO A AGENTE AUTORIDADE TOTAL 2 8 Fonte: PSP de Torres Vedras, 2009. TORRES VEDRAS 2010.2011 36 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DADOS DE FUNDAMENTAÇÃO QUADRO 14 › Nº DE JOVENS SINALIZADOS (ATÉ AOS 18 ANOS), POR FACTOS ILÍCITOS E TIPO DE CRIME, NOS ANOS 2007 E 2008, NO CONCELHO DE TORRES VEDRAS (PSP). 2007 Nº FACTOS ILÍCITOS 2007 Nº TIPO DE CRIME 2007 Nº FACTOS ILÍCITOS 2007 Nº TIPO DE CRIME DANO 2 POSSE DE DROGA 3 DANO 7 FURTO 6 FURTO 14 CONDUÇÃO ILEGAL 1 FURTO 18 CONDUÇÃO ILEGAL 3 AMEAÇA 1 AGRESSÕES 1 AGRESSÕES 8 AGRESSÕES 1 DANOS 2 FURTO 2 INJÚRIAS DE AUTORIDADE 2 AMEAÇAS 1 ABUSO DE CONFIANÇA 1 IMIGRAÇÃO ILEGAL 1 TOTAL Nº 12 FOGO POSTO 1 CONDUÇÃO ILEGAL 1 AMEAÇAS COM ARMA BRANCA 1 CONDUÇÃO ILEGAL 1 TOTAL Nº 21 TOTAL Nº 12 SUSPEITA DE PROSTITUIÇÃO 1 AMEAÇAS 2 IMIGRAÇÃO ILEGAL 1 DESORDEM PÚBLICA 1 BURLA 1 CONSUMO HAXIXE 1 TOTAL Nº 40 Fonte: PSP, de Torres Vedras, 2009. Ao analisar o número de jovens sinalizados, pela GNR e PSP, verifica-se que entre 2007 e 2008 houve um aumento total de 60% de jovens que praticaram algum tipo de crime, facto que também se verifica no número de jovens detidos, uma vez que no mesmo período temporal, existe um aumento de 36%. É de salientar que do total dos tipos de crime identificados pelas forças de segurança, nos anos 2007 e 2008, 49% são furtos, ainda que neste tipo de crime existam diversas TORRES VEDRAS 2010.2011 variáveis (furto a residência, furto em veículo, etc.), 13% são agressões, enquadrando-se os restantes tipo de crime, na posse e consumo de substâncias psicoativas, danos, ameaças, desordem pública, condução ilegal, entre outros. A maioria dos jovens sinalizados ou detidos, senão a quase totalidade, é do sexo masculino, com idades compreendidas entre os 8 e os 18 anos, verificando-se maior incidência entre os 15 e os 17 anos de idade. 37 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DADOS DE FUNDAMENTAÇÃO _ DIRECÇÃO GERAL DE REINSERÇÃO SOCIAL A Direcção Geral de Reinserção Social, adiante designada por DGRS, é um organismo público do Ministério da Justiça que tem por missão definir e executar as políticas de prevenção criminal e de reinserção social de jovens e adultos, designadamente pela promoção e execução de medidas tutelares educativas e de penas alternativas à prisão. A DGRS tem a atribuição, entre outras, de contribuir para a definição da política criminal especialmente nas áreas da reinserção de jovens e da prevenção da criminalidade, assegurar o apoio técnico aos tribunais na tomada de decisão no âmbito dos processos penal e tutelar educativo, bem como na execução de medidas tutelares educativas e de penas e medidas alternativas à prisão. È um organismo que acredita na capacidade de mudança do ser humano, na promoção dos direitos humanos, na importância da reinserção social, num serviço para a comunidade e com a comunidade. GRÁFICO 17 › Nº de Jovens Sinalizadas à DGRS, no âmbito da Lei Tutelar Educativa, nos anos 2007 e 2008, no concelho de Torres Vedras. 55 60 50 40 30 23 20 10 0 3 1 MASC. FEM. MASC. 2007 FEM. 2008 Fonte: Direcção Geral de Reinserção Social, 2009. Como se pode observar no GRÁFICO 17, regista-se um aumento significativo das solicitações em 2008, comparativamente ao ano de 2007, devendo ser ponderado como um indicador do aumento da criminalidade juvenil no concelho de Torres Vedras. A Equipa dos Serviços de Reinserção Social existe no Concelho de Torres Vedras desde Janeiro de 1991, com uma área territorial de intervenção que actualmente abrange também outros concelhos da região do Oeste, nomeadamente, Lourinhã, Cadaval, Alenquer, Sobral de Monte Agraço, Bombarral, Peniche, Rio Maior, Óbidos e Caldas da Rainha. Quanto à actividade operativa da DGRS, referente a jovens residentes no Concelho de Torres Vedras, no âmbito da lei tutelar educativa, ou seja com idades compreendidas entre os 12-16 anos, as solicitações efectuadas pelos tribunais, em 2007 e 2008, foram as contempladas no gráfico seguinte. TORRES VEDRAS 2010.2011 38 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DADOS DE FUNDAMENTAÇÃO _ GRÁFICO 18 › Nº de Jovens Sinalizadas à DGRS, no âmbito da Lei Penal, nos anos 2007 e 2008, no concelho de Torres Vedras. 10 Centro de Acolhimento “Renascer” 11 12 9 8 6 4 2 0 1 0 MASC. FEM. MASC. 2007 PROJECTOS E RESPOSTAS SOCIAIS DESENVOLVIDAS NO CONCELHO DE TORRES VEDRAS FEM. 2008 Fonte: Direcção Geral de Reinserção Social, 2009. Acresce ainda apontar que, no âmbito da Lei Penal, no caso de jovens com idade compreendida entre os 16 e os 18 anos de idade com responsabilidade penal, residentes no Concelho de Torres Vedras, a DGRS também regista um aumento de solicitações entre 2007 e 2008. Na sequência do crescimento das medidas aplicadas pelas entidades anteriormente referidas, o Centro de Acolhimento “Renascer” foi implementado em 2006 no âmbito do Plano de Desenvolvimento Social (2005/208). Esta resposta criada pelo Centro Comunitário de Torres Vedras tem por objectivos garantir às crianças e jovens a satisfação das suas necessidades básicas; proporcionar o apoio sócio-educativo adequado à idade e características de cada criança ou jovem; assegurar o alojamento temporário e promover a intervenção junto das famílias, em articulação com as entidades e as instituições cuja acção seja indispensável à efectiva promoção dos direitos das crianças e jovens. GRÁFICO 19 › Verifica-se assim igualmente um aumento de solicitações efectuadas pelos tribunais a estes Serviços no âmbito da criminalidade juvenil com responsabilidade penal, embora não tão significativo como no âmbito tutelar educativo, dos jovens entre os 12 e os 16 anos. Crianças e Jovens, segundo o Género, Acolhidas no Centro Acolhimento Temporário “Renascer”, entre 2006 e 2008. 15 16 14 12 10 8 8 6 4 2 0 MASC. FEM. GÉNERO Fonte: Direcção Geral de Reinserção Social, 2009. TORRES VEDRAS 2010.2011 39 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DADOS DE FUNDAMENTAÇÃO É de salientar que nos primeiros 4 meses de funcionamento do equipamento social (Set. a Dez. /2006) foram admitidas 9 crianças, com idades compreendidas entre os 12 meses e os 9 anos de idade, mantendo-se sempre elevada a taxa de ocupação entre 2006-2008. GRÁFICO 20 › GRÁFICO 21 › Crianças e Jovens, por Grupo Etário, Acolhidas no Centro Acolhimento Temporário “Renascer”, entre 2006 e 2008. Evolução da Frequência dos Menores no Centro de Acolhimento Temporário “Renascer”, nos anos 2006, 2007 e 2008. 10 9 9 8 12 11 10 6 5 < 4 anos 3 3 1 2 0 4 3 4 6 6 8 8 7 7 2 1 1 59 anos 10-14 anos 15-19 anos GRUPO ETÁRIO Fonte: Centro Comunitário de Torres Vedras, Centro de Acolhimento “Renascer”, 2009 TORRES VEDRAS 2010.2011 0 3 Entradas Saídas SET a DEZ 2006 Entradas Saídas JAN a DEZ 2006 Entradas Saídas JAN a DEZ 2008 Fonte: Centro Comunitário de Torres Vedras, Centro de Acolhimento “Renascer”, 2009. 40 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DADOS DE FUNDAMENTAÇÃO QUADRO 15 › MEDIDAS APLICADAS ÀS CRIANÇAS E JOVENS QUE FREQUENTAM O CENTRO DE ACOLHIMENTO TEMPORÁRIO “RENASCER”, ENTRE 2006 E 2008 TIPO DE MEDIDAS MANTÉM-SE POR DECISÃO CPCJ MANTÉM-SE POR JUDICIAL COM VISTA À ADOPÇÃO MANTÉM-SE POR DECISÃO JUDICIAL ADOPÇÃO REGRESSO FAMÍLIA BIOLÓGICA CONFIANÇA A PESSOA INDÓNEA TOTAL 1 2 12 3 4 1 23 Fonte: Centro Comunitário de Torres Vedras, Centro de Acolhimento “Renascer”, 2009. Da análise do quadro pode observar-se que a maioria dos menores (52%) se mantém por decisão judicial e apenas 17% regressam à família biológica. De acordo com a informação TORRES VEDRAS 2010.2011 recolhida, são 11 os menores do concelho de Torres Vedras, encaminhados na sua maioria pela CPCJ e por Tribunais de Família e Menores. 41 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DADOS DE FUNDAMENTAÇÃO _ PROJECTO “MÃO CHEIA” em sete freguesias da zona litoral do Concelho de Torres Vedras, nomeadamente, Silveira, Ponte do Rol, Campelos, Ramalhal, Maceira, S. Pedro da Cadeira e A dos Cunhados. O Centro Social e Paroquial de Sto. António de Campelos implementou o projecto “Mão Cheia” que surgiu no âmbito do Plano de Desenvolvimento Social. Visa colmatar as necessidades ao nível da falta de acompanhamento multidisciplinar nas escolas, para apoiar alunos e famílias e combater o insucesso escolar. O Projecto “Mão Cheia” iniciou actividade em Maio de 2006, acompanhando, como se pode verificar no quadro 16, no ano lectivo de 2006/2007, 92 crianças entre os 6 e os 12 anos de idade. Este número foi potenciado no ano lectivo seguinte para 102 crianças da mesma faixa etária. O referido projecto tem como objectivo diminuir em 80%, até 31 de Dezembro de 2010, o insucesso escolar no 1º ciclo QUADRO 16 › Nº DE CRIANÇAS ACOMPANHADAS PELO PROJECTO “MÃO CHEIA”, NOS ANOS LECTIVOS 2006/2007 E 2007/2008. 2006/2007 VARIAÇÃO ENTRE OS ANOS LECTIVOS 2006/2007 E 2007/2008 2007/2008 SEXO FEM. SEXO MASC. TOTAL 28 64 92 SEXO FEM. SEXO MASC. TOTAL 39 63 102 11% Fonte: Centro Social e Paroquial Sto. António de Campelos - Projecto Mão Cheia, Maio 2009. A equipa Multidisciplinar deste Projecto promoveu ainda o acompanhamento a 70 famílias de alunos beneficiários desta intervenção. TORRES VEDRAS 2010.2011 Após três anos de intervenção, os resultados de avaliação da intervenção do Projecto indicam uma diminuição da taxa de insucesso escolar nas freguesias do litoral na ordem dos 20%. 42 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DADOS DE FUNDAMENTAÇÃO _ CENTRO DE INTERVENÇÃO COMUNITÁRIA O Centro de Intervenção Comunitária, resposta social desenvolvida no Bairro da Boavista/Olheiros, pelo Centro Social Paroquial de Torres Vedras, baseia a sua intervenção no princípio da igualdade, onde todos os indivíduos têm direitos e deveres, oportunidade, capacidade e responsabilidade no desenvolvimento da sua valorização pessoal e social. Com base neste princípio, entre 2001 e 2008, o Centro de Intervenção Comunitária tem vindo a desenvolver trabalho na comunidade, no qual foram acompanhadas 224 famílias, entre 2007/2008, sendo criados todos os anos novos projectos que se adequam às necessidades da população. Assim, para além das estratégias de intervenção, nomeadamente a concepção de projectos, actividades de âmbito psicossocial e sociopedagógico, foram criadas associações locais como a Associação de Pais do 1º Ciclo e a Associação de Iniciativas e Melhoramentos da Boavista/Olheiros. TORRES VEDRAS 2010.2011 No ano de 2008, iniciou um novo projecto denominado “Curto Circuito” que emergiu da necessidade de se criar um espaço aberto aos jovens da comunidade, particularmente aos residentes e estudantes do Bairro da Boavista/Olheiros. O referido projecto é um espaço com actividades de carácter lúdico e pedagógico, no qual foi implementada uma bolsa de explicações, através da colaboração de voluntários que integram o Banco Local de Voluntariado (projecto inscrito no Plano de Desenvolvimento social 2005/2008, cuja entidade enquadradora é a Câmara Municipal de Torres Vedras). Desde então foram acompanhados 183 crianças e jovens, dos quais a 51% são do sexo masculino, sendo que o grupo etário com maior participação se situa entre os 11 -16 anos. 43 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DADOS DE FUNDAMENTAÇÃO _ PROJECTO “ATITUDE POSITIVA” O Académico de Torres Vedras implementou o projecto Atitude Positiva, em parceria com a Câmara Municipal de Torres Vedras, tendo-se este iniciado no ano lectivo de 2004/2005 em três escolas Básicas de 2º e 3º ciclo do concelho de Torres Vedras (EB23 Gaspar Campelo, EB23 Maxial e EB23 S. Gonçalo). Durante o ano lectivo de 2005/2006 o projecto foi alargado aos agrupamentos da Freiria, Padre Francisco Soares e Padre Victor Melícias. O Projecto é composto pelo Programa de Desenvolvimento de Competências Sócio - Emocionais e pelo Programa Transição Positiva, visando, no geral, criar condições mais favoráveis para adopção de comportamentos saudáveis alternativos, seja através do desenvolvimento de competências, seja pela informação e divulgação de oportunidades. No ano lectivo de 2006/2007, o Programa Transição Positiva, após um ano de experiência, focou-se definitivamente no 4º ano (inicialmente abrangia grupos de 9º ano), o que permitiu um aumento de 9 para 20 escolas de 1º ciclo abrangidas por este programa. Com esta iniciativa pretende-se facilitar as transições escolares das escolas de 1º ciclo de dimensão mais reduzida e afastadas do agrupamento, diminuindo-se os vários tipos de stress escolar, absentismo e insucesso escolar no 5º ano junto destes alunos. QUADRO 17 › Nº DE ACOMPANHAMENTOS INDIVIDUAIS, PROJECTO “ATITUDE POSITIVA”, POR GÉNERO, NOS ANOS LECTIVOS DE 2006/2007 E DE 2007/2008, NO CONCELHO DE TORRES VEDRAS. Anos Lectivos 2006/2007 Níveis de Escolaridade Sexo Masc. 1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo Sexo Fem. Total 3 5 9 1 3 5 2 5 9 3 5 10 Total 2007/2008 1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo Total 4 8 16 28 5 10 19 34 Fonte: Projecto Atitude Positiva, Académico de Torres Vedras, 2008. No ano de 2006/2007, o projecto abrangeu 2158 alunos nas várias actividades desenvolvidas, tendo efectuado 28 acompanhamentos individualizados e 34 no ano lectivo de 2007/2008, ou seja, verificando-se um aumento de mais 6 alunos. TORRES VEDRAS 2010.2011 No ano lectivo de 2007/2008, o projecto decorreu em 6 agrupamentos, tendo abrangido 2390 alunos nas várias actividades desenvolvidas. 44 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DADOS DE FUNDAMENTAÇÃO _ _ PROJECTO “EDUCAÇÃO: VALOR +” PROJECTO “RUMO CERTO” Os três projectos seguidamente enunciados resultaram do Plano de Desenvolvimento em Saúde (2007/2010), especificamente do vector Educação, Formação e Emprego. O projecto iniciou-se em meados de 2008 e destina-se aos alunos dos Agrupamentos de Escolas do concelho. Esta resposta tem como objectivo geral o combate ao insucesso e abandono escolar, através da detecção precoce dessas situações. No âmbito do Perfil de Saúde foram diagnosticados alguns problemas como a desadequada perspectiva das famílias em relação à educação e a desmotivação escolar. O projecto “Educação: Valor +” tem como objectivos o desenvolvimento de competências parentais, a promoção e a valorização da escola junto dos agregados familiares, bem como do sucesso escolar. O referido projecto destina-se a famílias acompanhadas pelas equipas do Rendimento Social de Inserção (actualmente 6 famílias), cuja entidade promotora é a Câmara Municipal de Torres Vedras em parceria com o Instituto de Segurança Social – Equipas de Rendimento Social de Inserção. Esta resposta teve início em Maio do corrente ano, prevendo-se a sua continuidade até finais de 2010. Nesse período de tempo decorreram 6 formações que incidiram sobre a relação pais-filhos, com enfoque na individualidade de cada um dos filhos e a importância da definição de um modelo de autoridade no processo educativo. TORRES VEDRAS 2010.2011 Actualmente encontra-se em fase de diagnóstico, ou seja, a efectuar um levantamento junto das escolas e tecido empresarial (parceiros do projecto), com vista a avaliar as necessidades formativas e de intervenção. _ PROJECTO “BÚSSOLA” O “Bússola” encetou em meados de Março de 2009 e tem como objectivo a prevenção primária e secundária direccionada para jovens com comportamentos desviantes. A dinamização dos referidos recursos é da responsabilidade do Município, prevendo uma articulação necessária com a rede de parcerias estabelecidas (Dianova, Cooperativa de Comunicação e Cultura de Torres Vedras, Académico de Torres Vedras, Centro de Respostas Integradas do Oeste), com vista a promover e agir nos domínios da Educação/ Qualificação, Integração/Socialização e Expressão/Criação. 45 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DADOS DE FUNDAMENTAÇÃO A ideia central do projecto incide numa política e rede de actividades orientadas por uma dinâmica de “Educação pela Arte”, através da qual se intenta promover a qualificação e integração social dos jovens, combatendo em simultâneo comportamentos de risco e delinquência e, promovendo, em contrapartida, a criatividade e o valor que estes jovens possuem. Esta resposta não surge assim como um projecto de intervenção que trabalha com jovens “sinalizados”, mas como uma res-posta alternativa aos jovens que se encontrem interessados. Mais do que um projecto de acção social, o “Bússola” definir-se-á, deste modo, como um projecto dinâmico de hermenêutica identitária, baseado nas possibilidades que a expressão e a criação conferem – um processo de apoio a um (re)edificar e (re)definir existencial. TORRES VEDRAS 2010.2011 O projecto, no entanto, estará aberto a todo o espectro de jovens entre os 15 e os 25 anos de idade, assumindo-se um serviço público criado pelo Município em prole de uma mais-valia em termos de oferta extra-curricular. Para além da rede formal de parceiros criada, este projecto está aberto a todas as instituições que trabalhem com jovens com as características mencionadas anteriormente, podendo direccioná-los para este tipo de respostas (CPCJ; Centro de Intervenção Comunitária; DGRS, equipa da ECJ da Segurança Social). 46 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DADOS DE FUNDAMENTAÇÃO _ FORMAÇÃO PROFISSIONAL Programa Integrado de Educação e Formação - PIEF qualificação profissional relativamente a menores com idade igual ou superior a 16 anos que celebrem contratos de trabalho. O PIEF (Programa Integrado de Educação e Formação) foi criado pelo Despacho conjunto nº 882/99 do Ministério da Educação e Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, tendo sido revisto e reformulado pelo Despacho conjunto nº 948/2003 dos Ministério da Educação e do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social. O PIEF concretiza-se, relativamente a cada menor, mediante a elaboração de um Plano de Educação e Formação individualizado, que integra, uma componente da escolarização que favorece o cumprimento da escolaridade obrigatória e uma componente de formação em contexto de trabalho, de acordo com os interesses e expectativas evidenciadas por cada menor durante a intervenção. Esta medida tem como objectivo favorecer o cumprimento da escolaridade obrigatória a menores e a certificação escolar e profissional de menores a partir dos 15 anos, em situação de exploração de trabalho infantil e favorecer o cumprimento da escolaridade obrigatória associada a uma QUADRO 18 › CICLO DE FORMAÇÃO DO PIEF, NOS ANOS LECTIVOS DE 2006/2007 E DE 2007/2008, NO CONCELHO DE TORRES VEDRAS. GRUPO NÍVEL ETÁRIO DE ENSINO Nº DE JOVENS ABANDONO CERTIFICAÇÃO ESCOLAR ANO LECTIVO M M 6º ANO 9º ANO ALUNOS A CONCLUÍREM O PERCURSO NO ANO SEGUINTE 6º ANO 9º ANO 6º ANO 9º ANO 6º ANO 9º ANO 12 5 6 2 3 3 3 0 2006/2007 12 5 2007/2008 20 10 17 13 12 4 4 5 1 4 TOTAL 32 15 29 18 18 6 7 8 4 4 14-17 ANOS Fonte: PIEF de Torres Vedras, 2008. TORRES VEDRAS 2010.2011 47 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DADOS DE FUNDAMENTAÇÃO No concelho de Torres Vedras os jovens que integram o PIEF Tipo 1 (6ºano), na sua maioria têm apenas o 4º ano do ensino básico. Os jovens que integram o PIEF para concluírem o 9º ano no âmbito do programa PETI-Empresa, têm formação vocacional em contexto de trabalho (3 dias por semana numa empresa com uma bolsa de formação e 2 dias no PIEF) a maioria são alunos que vieram do PIEF Tipo1, com o 6º ano e 16 anos. Do total de jovens que frequentam o 6º ano, 62% abandonaram o percurso escolar, 24 % obtiveram a certificação e 14% dos alunos irão concluir o percurso no ano seguinte. Relativamente ao 9º ano, 33% abandonaram a escola, 44% concluíram o referido ano escolar e 22% concluirão o percurso no ano seguinte. Nos anos lectivos de 2006/2007 e de 2007/2008 os jovens que mais frequentaram esta resposta educativa são maioritariamente do sexo masculino, tendo-se verificado um aumento de 8 jovens no último ano lectivo. TORRES VEDRAS 2010.2011 48 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DADOS DE FUNDAMENTAÇÃO _ ESCOLA DE SERVIÇOS E COMÉRCIO DO OESTE - ESCO QUADRO 19 › CICLO DE FORMAÇÃO 2005/2008 – ESCO CONTINUAM EM FORMAÇÃO APROVADOS CURSOS MATRÍCULA DESIST./ REPROV FIM 3º ANO APROV. APROV. APROV. E SUP. EMPREG. DESEMP. C.F. EMPREG. C.F. DESEMP. APROV. FINAL 2008 Animador Sociocultural (A8) 23 2 21 3 7 2 5 4 12 C.T. Auxiliar de Infância (AI1) 23 3 20 0 7 2 6 5 9 C.T. Gestão Equip. Inf. (IM2) 23 5 17 2 2 3 7 4 7 C.Técnico de Informática (TI1) 20 4 16 1 10 5 0 0 16 C.Técnico de Marketing (C8) 23 9 14 4 1 4 2 3 9 TOTAIS 112 23 89 10 27 16 20 16 53 36 53 Fonte: SEFO - Sociedade de Educação e Formação do Oeste, Lda, 2008 Ao analisar-se o quadro verifica-se que, dos alunos matriculados no início do ciclo de formação, 21% desistiram ou reprovaram e 79% concluíram o ciclo de formação, compreendido no período de 2005 a 2008. Do grupo de alunos que concluíram o ciclo de formação, 60 % obtiveram certificação, enquanto que 40% não obtiveram Face ao número de alunos aprovados, 19% encontram-se a frequentar o ensino superior, 51% estão integrados no mercado de trabalho e 30% estão desempregados. É de salientar que, dos que não obtiveram aproveitamento, 56% se encontram integrados profissionalmente e 44% estão desempregados. aproveitamento. TORRES VEDRAS 2010.2011 49 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DADOS DE FUNDAMENTAÇÃO _ CENTRO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL DA INDÚSTRIA METALÚRGICA E METALOMECÂNICA - CENFIM O CENFIM – Centro de Formação Profissional da Industria Metalúrgica e Metalomecânica, constitui o maior centro de Formação protocolar em Portugal e encontra-se vocacionado para a formação profissional nos seus 13 Núcleos de Formação, designadamente, Amarante, Trofa, Porto, Arcos de Valdevez, Oliveira de Azeméis, Ermesinde, Marinha Grande, Peniche, Caldas da Rainha, Torres Vedras, Santarém, Lisboa e Sines. QUADRO 20 › INSUCESSO E ABANDONO ESCOLAR NO CENFIM, NOS ANOS LECTIVOS 2006/2007 E 2007/2008, NO CONCELHO DE TORRES VEDRAS. NÍVEL II (3.º CICLO) Nº DE JOVENS (SEXO MASCULINO) TX DE SUCESSO ESCOLAR TX DE ABSENTISMO ESCOLAR TX DE ABANDONO ESCOLAR 2006/2007 65 85% 5% 6% 2007/2008 62 86% 4,5% 5% NÍVEL III (SECUNDÁRIO) E NÍVEL IV (ESPECIALIZAÇÃO TECNOLÓGICA) Nº DE JOVENS (SEXO MASCULINO) TX DE SUCESSO ESCOLAR TX DE ABSENTISMO ESCOLAR TX DE ABANDONO ESCOLAR 2006/2007 128 93% 2% 3% 2007/2008 130 92% 3% 3% Fonte: SEFO - Sociedade de Educação e Formação do Oeste, Lda, 2008 No concelho de Torres Vedras frequentaram durante os anos lectivos 2006/2007 e 2007/2008, 385 alunos do sexo masculino, nos diferentes níveis de formação. TORRES VEDRAS 2010.2011 Ao analisar-se a taxa de sucesso escolar nos referidos níveis verifica-se que é elevada, particularmente nos níveis III e IV. No que se refere às taxas de abandono e absentismo escolar constata-se que são superiores no nível de II, mas ambas pouco significativas. 50 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DADOS DE FUNDAMENTAÇÃO _ ESCOLA PROFISSIONAL AGRÍCOLA FERNANDO BARROS LEAL A Escola Profissional Agrícola Fernando Barros Leal tem como objectivo prioritário contribuir para a valorização dos sectores Agro-Alimentar da região Oeste de Portugal, quer através da formação e integração profissional de jovens, quer ainda prestando serviços de divulgação e de apoio técnico à comunidade. Sendo uma instituição de ensino profissional, a Escola Profissional Agrícola, mantém uma estreita colaboração com outras escolas análogas (nacionais e estrangeiras), assim como com empresas e outras entidades públicas ou privadas, de modo a permitir o desenvolvimento efectivo das componentes práticas da formação. No ano de 2007/2008 assiste-se uma diminuição do número de formandos, ainda que pouco significativa no nível II, sendo que no nível III esta diferença é de -3%. GRÁFICO 22 › Nº de Formandos por Nível, nos anos lectivos de 2006/2007 e 2007/2008, na Escola Profissional Agrícola Fernando Barros Leal. 174 180 160 160 140 120 100 80 60 60 53 40 20 0 NÍVEL II NÍVEL III ANO LECTIVO 2006/2007 NÍVEL II NÍVEL III ANO LECTIVO 2007/2008 Fonte: Escola Profissional Agrícola Fernando Barros Leal, 2009. Legenda: Nível II – EFA e Nível III – Cursos de Formação Profissional TORRES VEDRAS 2010.2011 51 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DADOS DE FUNDAMENTAÇÃO QUADRO 21 › INSUCESSO E ABANDONO ESCOLAR NOS ANOS LECTIVOS 2006/2007 E 2007/2008, NA ESCOLA PROFISSIONAL AGRÍCOLA FERNANDO BARROS LEAL. INSUCESSO ESCOLAR TOTAIS POR NÍVEL ANO LECTIVO 2006/2007 % ABANDONO ESCOLAR ANO LECTIVO 2007/2008 % ANO LECTIVO 2006/2007 % ANO LECTIVO 2007/2008 % NÍVEL II 0% 0% 16% 7% NÍVEL III 10% 4% 8% 7% Fonte: Escola Profissional Agrícola Fernando Barros Leal, 2009. No que respeita à taxa de insucesso escolar do nível II não se verifica insucesso escolar, porque não existe esta aplicabilidade nos cursos de Educação e Formação de Adultos. No entanto, no nível III, em relação ao insucesso TORRES VEDRAS 2010.2011 escolar, houve uma alteração significativa, ou seja, um decréscimo de seis pontos percentuais entre os dois anos lectivos. 52 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DADOS DE FUNDAMENTAÇÃO _ ASSOCIAÇÃO PARA A EDUCAÇÃO DE CRIANÇAS INADAPTADAS (APECI) A área de Formação e Integração Profissional da APECI foi fundada em 1986 e presta atendimento às pessoas com deficiência mental e/ou outras associadas, desde os dezasseis anos até aos quarenta anos. Está sedeada desde Setembro de 2006, numa propriedade agrícola, em Runa e visa promover a formação pessoal e profissional dos utentes e facilitar a sua integração socioprofissional. Intervém prioritariamente nos concelhos da área geográfica de atendimento da Instituição: Torres Vedras, Sobral de Monte Agraço, Cadaval e Alenquer, mas, estende a sua acção a situações de outros concelhos limítrofes como Mafra e Lourinhã visto que as Instituições destes Concelhos não possuem resposta de Formação Profissional. QUADRO 22 › FORMANDOS A FREQUENTAR A APECI (%) POR CONCELHO, NOS ANOS 2007 E 2008. ARRUDA DOS VINHOS ANOS ALENQUER 2007 18% 1% 2008 11% 0% BOMBARRAL LISBOA MAFRA SOBRAL MONTE AGRAÇO TORRES VEDRAS VILA FRANCA XIRA CADAVAL LOURINHÃ 1% 3% 5% 1% 17% 3% 47% 2% 4% 0% 0% 0% 22% 4% 59% 0% Fonte: Associação Para Educação de Crianças Inadaptadas, Formação Profissional, 2009. Verifica-se que, entre 2007 e 2008, existe um aumento do número de formandos dos concelhos do Bombarral, Mafra, Sobral Monte Agraço e Torres Vedras, ainda que o aumento seja mais expressivo neste último concelho. TORRES VEDRAS 2010.2011 Os outros concelhos sofreram uma diminuição da percentagem de alunos, constatando-se em 4 destes a inexistência de alunos. 53 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DADOS DE FUNDAMENTAÇÃO _ ASSOCIAÇÃO PARA A EDUCAÇÃO DE CRIANÇAS INADAPTADAS (APECI) QUADRO 23 › ABANDONO E SUCESSO ESCOLAR, NOS ANOS 2007 E 2008, NA FORMAÇÃO PROFISSIONAL - APECI. ABANDONO ESCOLAR % ANOS % TOTAL DE FORMANDOS SUCESSO ESCOLAR % % FORMANDOS CONCELHO DE TORRES VEDRAS % TOTAL DE FORMANDOS % FORMANDOS CONCELHO DE TORRES VEDRAS 2007 13% 6% 10% 8% 2008 21% 9% 4% 2% Fonte: Associação Para Educação de Crianças Inadaptadas, Formação Profissional, 2009. Ao comparar-se os dados referidos no quadro 23, verificase que, entre 2007 e 2008 a percentagem do total de formandos do concelho de Torres Vedras aumentou, respectivamente, oito e três pontos percentuais. No que se TORRES VEDRAS 2010.2011 refere ao sucesso escolar, constata-se uma diminuição de seis pontos percentuais, relativamente aos formandos de Torres Vedras. 54 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL CONCLUSÕES EIXO 2 – CRIANÇAS E JOVENS EM SITUAÇÃO DE RISCO CONCLUSÕES DADOS DE FUNDAMENTAÇÃO (FONTE) • Aumento de comportamentos desviantes nos jovens; Aumento do número de crianças e jovens em situação de risco face a 2004; Entre 2004 e 2008 o nº de crianças e jovens em situação de risco aumentou de 178 para 463 (Fonte: CPCJ e ECJ); Tipo de medida mais aplicada – Medida de Apoio junto dos Pais; Entre 2007 e 2008 Apoio Junto dos Pais – 71% (Fonte: CPCJ e ECJ); Aumento do número de jovens com comportamentos desviantes em 60%, entre 2007 e 2008; Entre 2007 e 2008 houve um aumento de 60% dos jovens que praticaram algum tipo de crime (Fonte: PSP e GNR); • Elevado índice de insucesso escolar; Maior taxa de sucesso escolar no ensino profissional comparativamente ao ensino regular; Dificuldade de intervir eficazmente junto das famílias; Existência de diversas respostas e projectos para as mesmas finalidades, em processo de consecução. Existência de 6 Escolas Profissionais Algumas Fontes: PETTI – 6º e 9º Ano obtiveram certificado respectivamente 24% e 44%; ESCO – 79% concluíram o ciclo de formação; CENFIM – Nível II (86%); Nível III e IV (92%); Existência de 7 projectos/respostas sociais no concelho que respondem às crianças e jovens e famílias ao nível do insucesso escolar; comportamentos desviantes e faltas de competências parentais. LEGENDA: • Diagnóstico Social Participativo (Anexos) Diagnóstico – Dados de Fundamentação TORRES VEDRAS 2010.2011 55 _ EIXO 3 IDOSOS EM SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE TORRES VEDRAS 2010.2011 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL BREVE ENQUADRAMENTO TEMÁTICO Segundo Danielle Mailloux Poirier (1995), a velhice é um processo inevitável caracterizado por um conjunto complexo de factores fisiológicos, psicológicos e sociais específicos de cada indivíduo. Estes factores contribuem para que certos idosos estejam mais envelhecidos, outros pareçam mais jovens e os que sentem não ter qualquer utilidade. No decorrer dos anos tem-se tentado explicar este fenómeno multidimensional, através de um vasto leque de teorias tanto biológicas como fisiológicas, psicológicas e sociais que foram elaboradas, corrigidas, aceites ou rejeitadas. tem vindo a suscitar uma crescente curiosidade por parte dos investigadores. É de salientar que também neste domínio não há consenso e os vários estudos em gerontologia social, elaborados com o objectivo de explicar a influência dos factores culturais e sociais sobre o envelhecimento, culminam em várias teorias. Pode concluir-se, no entanto, que o ser humano envelhece não só no plano biológico mas também no plano social. As teorias de envelhecimento biológico apenas enfatizam certos aspectos de envelhecimento. O envelhecimento psicossocial contempla uma tal diversidade de factores que TEORIAS DO ENVELHECIMENTO PSICOSSOCIAL TEORIA DA ACTIVIDADE Um idoso deve manter-se activo a fim de obter, na vida, a maior satisfação possível; manter a sua auto-estima e conservar a sua saúde. A velhice bem sucedida implica a descoberta de novos papéis na vida. TEORIA DA DESINSERÇÃO O envelhecimento acompanha-se de uma desinserção recíproca da sociedade e do indivíduo. TEORIA DA CONTINUIDADE O idoso mantém a continuidade nos seus hábitos de vida, nas suas preferências, experiências e compromissos, fazendo esta parte da sua personalidade. Fonte: Beguer, Louise; Mailloux-Poirier, Danielle (1995) Pessoas Idosas: Uma Abordagem Global. Lisboa: Lusodidact, pág. 105 TORRES VEDRAS 2010.2011 57 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL BREVE ENQUADRAMENTO TEMÁTICO No âmbito do Plano Nacional de Acção Para a Inclusão (PNAI) e de acordo com as principais recomendações e desafios identificados nos Relatórios conjuntos para a Protecção Social e Inclusão Social de 2006 e 2007, com vista a fazer face aos principais desafios que o país enfrenta, a definição das prioridades nacionais para o período 2008-2010 assenta em dois eixos estratégicos de intervenção: › Fazer face ao impacto das alterações demográficas; › Promover a inclusão social (redução das desigualdades). Assim, os desafios que se colocaram nos últimos anos a nível nacional resultam em grande medida de pressões associadas às alterações demográficas em curso, TORRES VEDRAS 2010.2011 como sejam o decréscimo da natalidade, o crescente envelhecimento populacional, com consequências visíveis no aumento progressivo do período contributivo e o crescimento das pensões a um ritmo superior ao das contribuições, traduzindo-se imediatamente em problemas para a sustentabilidade financeira dos sistemas, os quais assentam numa lógica intergeracional. Deste modo, vários dos mecanismos de actuação pública recentes têm por objectivo actuar, por um lado, numa inversão da tendência desfavorável na evolução esperada da população, e por outro, na adequação ao processo de envelhecimento populacional. Com base nestas orientações o Conselho Local de Acção Social de Torres Vedras decidiu estudar os Idosos em Situação de Vulnerabilidade. 58 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DADOS DE FUNDAMENTAÇÃO Ao analisar-se a caracterização demográfica do concelho de Torres Vedras e ao comparar-se os dados dos censos de 2001 com os de 2007 (estimativas), constata-se que existe um aumento de 1454 pessoas com mais de 65 anos no concelho, ou seja, 12%. Indicadores que evidenciam claramente o processo global de envelhecimento da população se compararmos com a variação registada no primeiro diagnóstico social, que no período inter censitário (1991-2001) apresentava um aumento de 3%. GRÁFICO 24 › Índice de Dependência (Nº), Estimado em 2007, segundo os Censos 2001, no concelho de Torres Vedras. 27,70 27,60 27,50 27,40 GRÁFICO 23 › Índice de Envelhecimento (Nº), Estimado em 2007, segundo os Censos 2001, no concelho de Torres Vedras. 27,80 27,80 27,30 27,30 27,20 27,10 27,00 121 120,9 2008 Índice de Dependência 120 Fonte: INE, Estimativas Anuais da População Residente, 2009. 119 118 2007 118 117 116 2007 2008 Índice de Envelhecimento No que se refere às políticas de protecção social, verifica-se que a nível local, nos anos de 2007 e 2008 existe variação positiva nos pensionistas do regime geral contributivo por velhice (4%) e nos pensionistas por sobrevivência (1%), enquanto que no regime geral contributivo por invalidez existe variação negativa de -2%, verificando-se no total dos referidos pensionistas uma variação de 3%. Fonte: INE, Estimativas Anuais da População Residente, 2009. A identificação do grupo de Idosos em Situação de Vulnerabilidade e do acentuado processo de envelhecimento populacional, estimado a nível concelhio num índice de 118, em 2007, e de 120, em 2008, apresentam múltiplas implicações no sistema de protecção social o que justifica a pertinência do apoio às situações de dependência, cujo índice é de 27,3 em 2007 e 27,8 em 2008, bem como da promoção do envelhecimento activo. TORRES VEDRAS 2010.2011 59 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DADOS DE FUNDAMENTAÇÃO QUADRO 24 › Nº DE PENSIONISTAS DO REGIME GERAL CONTRIBUTIVO, NOS ANOS 2007 E 2008, NO CONCELHO DE TORRES VEDRAS. REGIME CONTRIBUTIVO 1901 1862 2007 2008 -2% 10630 11082 2007 2008 4% 4428 4485 2007 2008 Variação 2008 TOTAL DE PENSIONISTAS Variação 2007 PENSÕES DE SOBREVIVÊNCIA Variação ANOS PENSIONISTAS POR VELHICE Variação PENSIONISTAS POR INVALIDEZ TIPO DE PENSIONISTAS 1% 15058 15567 3% Fonte: ISS, IP – Centro Nacional de Pensões, 2009. Em comparação com o 1º Diagnóstico Social constatase, porém, que o número de pensionistas tem vindo a aumentar significativamente, ou seja, entre 2004 e 2008 os pensionistas de regime contributivo da Segurança Social aumentaram de 15288 para 15567, enquanto que no regime TORRES VEDRAS 2010.2011 não contributivo ou equiparado, que se destina a pessoas em situação de carência económica e social não abrangida pelo regime contributivo obrigatório e que não dispõem de rendimentos superiores aos estabelecidos pela lei, diminuíram de 500 (2004) para 461 (2008). 60 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DADOS DE FUNDAMENTAÇÃO GRÁFICO 25 › GRÁFICO 26 › Nº de Pensionistas do Regime Não Contributivo e Equiparado (Invalidez e Velhice), no concelho de Torres Vedras, em 2007 e 2008. Nº de Pensionistas por Regime Especial de Segurança Social das Actividades Agrícolas, no concelho de Torres Vedras, nos anos de 2007 e 2008 12000 10630 11089 10000 2000 8000 1950 6000 4428 4485 0 1900 1850 4000 2000 1969 1901 1862 Nº de Pensionistas por Invalidez 1834 1800 Nº de Pensionistas por Velhice 2007 Fonte: ISS, IP – Centro Nacional de Pensões, 2009. Nº de Pensionistas por Sobrevivência 1750 Nº de Pensionistas por Invalidez Nº de Pensionistas por Velhice 2008 Fonte: ISS, IP – Centro Nacional de Pensões, 2009. É ainda de ressalvar que nos anos de 2007 e 2008 existem respectivamente 19373 e 19731 no total de pensionistas, estando incluído neste grupo os pensionistas do Regime Especial de Segurança Social das Actividades Agrícolas (invalidez e velhice) que entre 2007 e 2008 diminuíram -7%. TORRES VEDRAS 2010.2011 61 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DADOS DE FUNDAMENTAÇÃO GRÁFICO 27 › GRÁFICO 28 › Pensão Média Mensal dos Pensionistas por Velhice do Regime Geral, no concelho de Torres Vedras, nos anos 2007 e 2008. Valor Médio Mensal do Complemento Solidário para Idosos, Processado por Beneficiário, nos anos 2007 e 2008, no concelho de Torres Vedras. 372,53E 2008 2008 123,91E 326,18E 2007 100,00E 2007 200,00E 300,00E 400,00E 100,00E 115,09E 150,00E 200,00E Fonte: ISS, IP – Centro Nacional de Pensões, 2009. Fonte: ISS, IP – Centro Nacional de Pensões, 2009. Verifica-se ainda que, entre 2007 e 2008, houve um aumento de 46€ na pensão média mensal dos pensionistas por velhice no regime geral e de cerca de 10€, no valor médio por beneficiário do Complemento Solidário para Idosos2. 2 O Complemento Solidário para Idosos (CSI) é uma prestação monetária integrada no Subsistema de Solidariedade do Sistema de Protecção Social de Cidadania, destinada a cidadãos nacionais e estrangeiros com baixos recursos. É uma prestação diferencial, ou seja, é um apoio adicional aos recursos que os destinatários já possuem e destina-se a pessoas com idade igual ou superior a 65 anos. TORRES VEDRAS 2010.2011 62 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DADOS DE FUNDAMENTAÇÃO _ IDOSOS SEM REDE DE SUPORTE FAMILIAR E IDOSOS COM INSUFICIENTE REDE DE SUPORTE FAMILIAR A crescente consciência do envelhecimento populacional, do papel das famílias, ou seja, o impacto que estas têm na função de acolhimento, bem como a existência de uma cultura de propriedade por parte das pessoas idosas, principalmente nos meios rurais, que as impele a permanecer no seu espaço, têm vindo a provocar o isolamento e situações de ausência de apoio familiar. TORRES VEDRAS 2010.2011 Estes aspectos têm sido alvo de reflexões, sendo também uma preocupação a nível concelhio, motivo pelo qual se considerou pertinente analisar, ainda que preliminarmente, as solidariedades familiares, a entreajuda e os suportes sociais. Neste sentido, solicitou-se ao Centro Hospitalar de Torres Vedras que apresentasse, neste âmbito, dados que permitissem uma análise da realidade concelhia. 63 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DADOS DE FUNDAMENTAÇÃO QUADRO 25 › IDOSOS ACOMPANHADOS PELO SERVIÇO SOCIAL DO CENTRO HOSPITALAR DE TORRES VEDRAS, SEGUNDO O TIPO DE SUPORTE FAMILIAR, GÉNERO, GRUPO ETÁRIO E FREGUESIA, EM 2009. FREGUESIAS DO CONCELHO DE TORRES VEDRAS TOTAL DE IDOSOS TOTAL POR GÉNERO MÉDIA DE IDADES FEM. MASC. S/ SUP. FAMILIAR INSUF. SUP. FAMILIAR A dos Cunhados 7 81 5 2 1 6 Carvoeira 7 78 3 4 1 6 Campelos 4 77 2 2 0 4 Carmões 1 82 1 0 1 0 Dois Portos 6 80 3 3 1 5 Freiria 4 79 2 2 1 3 Maceira 2 78 1 0 0 2 Matacães 1 75 0 1 0 1 Maxial 3 82 2 1 0 3 Monte Redondo 1 87 1 0 0 1 Outeiro da Cabeça 2 69 1 1 0 2 Ponte do Rol 2 84 1 1 0 2 Ramalhal 5 76 3 3 1 4 Runa 1 66 1 0 0 1 Sta Maria e S. Miguel 6 77 2 4 0 6 S. Pedro e Santiago 36 79 24 12 4 32 S. Pedro da Cadeira 8 79 4 4 2 6 Silveira 9 81 4 5 1 8 Turcifal 5 79 4 1 1 4 Ventosa 14 81 7 7 3 11 Total 124 78,5 71 53 17 107 Fonte: Centro Hospitalar de Torres Vedras, Julho de 2009. TORRES VEDRAS 2010.2011 64 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DADOS DE FUNDAMENTAÇÃO Ao analisar-se o QUADRO 25 poderá observar-se que foram sinalizadas pelo Centro Hospitalar 124 pessoas idosas sem ou com insuficiente suporte familiar, no concelho de Torres Vedras. Dos 124 idosos, 59% são do sexo feminino e 41% do sexo masculino; 86% destes têm, porém, uma insuficiente rede de suporte familiar. Verifica-se ainda que a maioria dos idosos em situação de vulnerabilidade (34%) são residentes nas freguesias da cidade, apesar de uma das freguesias do interior do concelho (Ventosa) apresentar uma taxa de 11%, e duas freguesias do litoral (S. Pedro da Cadeira e Silveira) apresentarem, respectivamente, uma taxa de 6% e 7% de pessoas idosas que se enquadram neste âmbito. _ GRÁFICO 30 › Nº e Tipo de Destinatários das Formações Ministradas às IPSS’s, nos anos de 2007, 2008 e 2009, no concelho de Torres Vedras. 30 25 20 15 10 5 0 FORMAÇÕES DOS CUIDADORES DOS IDOSOS Quadro Técnico As Instituições que prestam serviços de apoio à comunidade e, neste caso, à população idosa, manifestam cada vez mais maior preocupação em receber formação especializada nas áreas de intervenção. Assim, considerou-se pertinente analisar no concelho de Torres Vedras, o tipo de formações mais frequentadas pelo quadro técnico e não técnico, bem como pelos corpos sociais das referidas entidades. GRÁFICO 29 › Nº e Tipo de Formações Ministradas às IPSS’s, nos anos de 2007, 2008 e 2009, no concelho de Torres Vedras. 45 40 35 30 25 2008 Quadro não Técnico 2009 Corpos Sociais Fonte: Informação disponibilizada pelas IPSS’s, no concelho de Torres Vedras, 2009. Do levantamento efectuado às IPSS’s do concelho que disponibilizaram a informação, as entidades que prestam serviços aos idosos em situação de vulnerabilidade, 13 destas responderam que, entre 2007 e 2009 (até Julho do corrente ano), frequentaram no total 77 acções de formação, sendo que uma das entidades não frequentou, neste últimos 3 anos, nenhum tipo de formação. Destes dados, verifica-se que todas as entidades, entre 2007 e 2009, investiram num leque de formações diversificadas, nomeadamente Higiene e Segurança Alimentar, Pé Diabético, Doenças Infecto-contagiosas, Trabalho de Equipa, entre outras, mas será de ressalvar que, entre 2007 e 2008, houve um aumento de 100% no número de formações frequentadas, na área da doença mental. Constata-se ainda que os destinatários destas formações, nos anos de 2007, 2008 e 2009, são 46% do quadro técnico, 50% do quadro não técnico e 3% pertencente aos corpos sociais. 20 15 10 5 0 2007 2007 Doença Mental 2008 Cuidados Paliativos 2009 Outras Fonte: Informação disponibilizada pelas IPSS’s, no concelho de Torres Vedras, 2009. TORRES VEDRAS 2010.2011 65 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL CONCLUSÕES EIXO 3 – IDOSOS EM SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE CONCLUSÕES Aumento do índice de envelhecimento, entre 2007 e 2008; • Idosos com Fracos Recursos Económicos; DADOS DE FUNDAMENTAÇÃO (FONTE) Envelhecimento da população a nível nacional – índice (nº) 118 em 2007; índice (nº ) 120, 9 em 2008; Aumento de 1454 pessoas (12%) com mais de 65 anos no concelho (INE, Estimativas Anuais, 2007); Aumento do índice de dependência, entre 2007 e 2008; Índice de dependência a nível nacional – índice (nº) 27,30 em 2007 e 27,80 em 2008; Índice de dependência a nível concelhio (GLAS encontra-se a realizar um estudo das pessoas idosas com dependência); Aumento de pensionistas pelo regime contributivo ou equiparado, entre 2004 e 2008; Aumento de 3% no total de pensionistas entre 2007 e 2008 (ISS,IP – SLTV); Diminuição dos pensionistas pelo regime não contributivo, entre 2004 e 2008; Diminuíram de 500 para 461, entre 2004 e 2008 (ISS,IP – SLTV); Baixo valor das pensões; Valor médio das pensões pelo regime contributivo geral - 2008 – 372,53€ (ISS,IP – SLTV). • Elevado nº de idosos sem suporte familiar. LEGENDA: • Diagnóstico Social Participativo (Anexos) Diagnóstico – Dados de Fundamentação TORRES VEDRAS 2010.2011 66 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL CONCLUSÕES EIXO 3 – IDOSOS EM SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE CONCLUSÕES DADOS DE FUNDAMENTAÇÃO (FONTE) Elevado nº de idosos com insuficiente rede de suporte familiar; Dos 124 idosos sinalizados 86% têm uma insuficiente rede de suporte familiar (Centro Hospitalar de Torres Vedras, Julho/2009); Maior incidência de idosos com insuficiente rede suporte familiar nas freguesias de S. Pedro e Santiago e Sta Maria e S. Miguel; 34% dos idosos são residentes nas freguesias da cidade (Centro Hospitalar de Torres Vedras, Julho/2009); • Insuficiente (In)Formação que qualifique os cuidadores de idosos; • Necessidade de maior nº de acções de formação qualificada dos cuidadores formais nas áreas da doença mental e cuidados paliativos; Insuficiente envolvimento/participação dos corpos sociais das IPSS’s, em formações que se enquadrem no âmbito da sua intervenção. Apenas em 2007 receberam formação na área dos cuidados paliativos e em 2007 e 2008 na área da doença mental; (IPSS’s no concelho de Torres Vedras, Setembro/2009). LEGENDA: • Diagnóstico Social Participativo (Anexos) Diagnóstico – Dados de Fundamentação TORRES VEDRAS 2010.2011 67 _ EIXO 4 RESPOSTAS SOCIAIS TORRES VEDRAS 2010.2011 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL BREVE ENQUADRAMENTO TEMÁTICO As comunidades necessitam cada vez mais de respostas sociais disponíveis e acessíveis, facto que tem sido gradualmente concretizado com os novos quadros conceptuais de referência que têm como desafio a necessidade de conciliar equidade e eficiência. Garantir aos cidadãos o acesso a serviços de qualidade, adequados à satisfação das suas necessidades e expectativas, é um desafio que implica o envolvimento e empenho dos cidadãos, das entidades financiadoras e de outros actores envolvidos. É de salientar que, no âmbito do Sistema da Acção Social gerido pelo Instituto da Segurança Social, I.P., pode ser desenvolvido por serviços e equipamentos sociais de apoio às pessoas e às famílias, envolvendo a participação de TORRES VEDRAS 2010.2011 diferentes entidades, nomeadamente, os Estabelecimentos Integrados, as Instituições Particulares de Solidariedade Social (conforme quadro nº infra indicado) e outras instituições públicas ou privadas. Neste capítulo, pretende-se apresentar a caracterização das Instituições Particulares de Solidariedade Social do concelho e o levantamento das necessidades das seguintes respostas sociais: creche, serviço de apoio domiciliário (SAD), centro de dia, centro de convívio e lar. A necessidade de conhecer a realidade concelhia ao nível das referidas respostas sociais emergiu em 2005, no âmbito de uma das competências do Núcleo Executivo, ou seja, as emissões de pareceres sobre a cobertura equitativa e adequada do concelho por serviços e equipamentos sociais. 69 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL MAPA 01 IPSS’s no concelho de Torres Vedras, 2010 28 Código de Identificação (Quadro 26) Equipamento Social - Instituição Particular de Solidariedade Social Fonte Cartográfica: Instituto Geográfico Português, Carta Administrativa Oficial de Portugal, 2009. Mapa realizado por: Gabinete de Informação e Cartografia | Departamento de Urbanismo | CMTV, Fevereiro | 2010. TORRES VEDRAS 2010.2011 70 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DADOS DE FUNDAMENTAÇÃO QUADRO 26 › IPSS’S DO CONCELHO DE TORRES VEDRAS Instituições Particulares de Solidariedade Social no Concelho de Torres Vedras COM ACORDO DE COOPERAÇÃO (ISS, IP) 2001 Creche CATL Centro Convívio Centro Dia SAD Lar Idosos Outros Sem Acordo de Cooperação (ISS,IP) Observações Associação de Moradores, Cultura e Recreio da Fonte Grada Núcleo de Actividades p/ Seniores Associação de Reformados do Concelho de T. Vedras Núcleo de Actividades p/ Seniores Associação de Socorros da Freguesia Da Carvoeira Núcleo de Actividades p/ Seniores Associação de Socorros da Freguesia de Dois Portos Obra em Conclusão Associação de Solidariedade não à Indiferença Sem Actividade Associação de Solidariedade Social de Santa Helena Núcleo de Actividades p/ Seniores Associação Desportiva Recreativa e Cultural do Monte Redondo Associação Dianova Portugal Acordo com Saúde Associação do Lar Monte Sião Fonte: ISS, IP – Centro Distrital de Lisboa – Serviço Local de Torres Vedras, Julho/2009. Legenda: CATL – Centro de Actividades de Tempos Livres | SAD – Serviço de Apoio Domiciliário | (*) Inclui SAD 7 dias por semana TORRES VEDRAS 2010.2011 71 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DADOS DE FUNDAMENTAÇÃO QUADRO 26 › IPSS’S DO CONCELHO DE TORRES VEDRAS Instituições Particulares de Solidariedade Social no Concelho de Torres Vedras COM ACORDO DE COOPERAÇÃO (ISS, IP) Creche CATL Centro Convívio Centro Dia SAD Lar Idosos Outros Sem Acordo de Cooperação (ISS,IP) Observações Associação Jardins Escola João de Deus Associação Lar Abrigo Porta Aberta Sem Actividade Intervenção Precoce Lar residencial e CAO Associação para a Educação de Crianças Inadaptadas de Torres Vedras Associação para o Desenvolvimento e Melhoramento da Póvoa de Penafirme Obra em Conclusão Associação São Gonçalo de Torres Vedras Associação Social, Recreativa, Cultural e Desportiva de Sobreiro Curvo Núcleo de Actividades p/ Seniores Associação Socorros da Freguesia do Turcifal Associação Socorros do Outeiro da Cabeça Associação Solidariedade e Acção Social de P. Rol (*) Fonte: ISS, IP – Centro Distrital de Lisboa – Serviço Local de Torres Vedras, Julho/2009. Legenda: CATL – Centro de Actividades de Tempos Livres | SAD – Serviço de Apoio Domiciliário | (*) Inclui SAD 7 dias por semana TORRES VEDRAS 2010.2011 72 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DADOS DE FUNDAMENTAÇÃO QUADRO 26 › IPSS’S DO CONCELHO DE TORRES VEDRAS Instituições Particulares de Solidariedade Social no Concelho de Torres Vedras COM ACORDO DE COOPERAÇÃO (ISS, IP) Creche CATL Centro Convívio Centro Dia SAD Lar Idosos Outros Sem Acordo de Cooperação (ISS,IP) Observações Associação Solidariedade e Acção Social Matacães Associação Solidariedade e Acção Social S. Mamede Ventosa Intervenção Precoce Lar residencial e CAO Associação Solidariedade e Promoção de A dos Cunhados Associação Solidariedade e Socorros de Campelos Casa do Povo da Freguesia de Freiria Casa do Povo da Freguesia do Ramalhal Casa do Povo de Runa Casa do Povo de Maxial Centro Comunitário de Desenvolvimento Social de Lisboa (*) Colónia Férias Fonte: ISS, IP – Centro Distrital de Lisboa – Serviço Local de Torres Vedras, Julho/2009. Legenda: CATL – Centro de Actividades de Tempos Livres | SAD – Serviço de Apoio Domiciliário | (*) Inclui SAD 7 dias por semana TORRES VEDRAS 2010.2011 73 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DADOS DE FUNDAMENTAÇÃO QUADRO 26 › IPSS’S DO CONCELHO DE TORRES VEDRAS Instituições Particulares de Solidariedade Social no Concelho de Torres Vedras Centro Comunitário de Torres Vedras COM ACORDO DE COOPERAÇÃO (ISS, IP) Creche CATL Centro Convívio Centro Dia SAD (*) Lar Idosos Outros Sem Acordo de Cooperação (ISS,IP) Observações Centro Acolhimento Temporário Centro de Acolhimento de S. Pedro Centro Social Desportivo e Cultural da Pedra Sem Actividade Centro Social e Paroquial Santo António de Campelos Centro Social Paroquial de Silveira Centro Social Paroquial de Torres Vedras Centro Social Paroquial Nossa Senhora da Luz Centro Comunitário (*) Centro Social Recreativo e Cultural da Maceira Centro Social S. José Núcleo de Actividades p/ Seniores Fonte: ISS, IP – Centro Distrital de Lisboa – Serviço Local de Torres Vedras, Julho/2009. Legenda: CATL – Centro de Actividades de Tempos Livres | SAD – Serviço de Apoio Domiciliário | (*) Inclui SAD 7 dias por semana TORRES VEDRAS 2010.2011 74 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DADOS DE FUNDAMENTAÇÃO QUADRO 26 › IPSS’S DO CONCELHO DE TORRES VEDRAS Instituições Particulares de Solidariedade Social no Concelho de Torres Vedras COM ACORDO DE COOPERAÇÃO (ISS, IP) Creche CATL Centro Convívio Centro Dia SAD Lar Idosos Outros Sem Acordo de Cooperação (ISS,IP) Observações Unidade Vida Autonoma Comunidade Vida e Paz Creche do Povo – Jardim de Infância Fundação Lar São Francisco Lar São José - Fundação de Solidariedade Social (*) Monte Horebe Associação de Beneficência Cristã Santa Casa Misericórdia de Torres Vedras (*) Fonte: ISS, IP – Centro Distrital de Lisboa – Serviço Local de Torres Vedras, Julho/2009. Legenda: CATL – Centro de Actividades de Tempos Livres | SAD – Serviço de Apoio Domiciliário | (*) Inclui SAD 7 dias por semana TORRES VEDRAS 2010.2011 75 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DADOS DE FUNDAMENTAÇÃO De acordo com os dados fornecidos pela Carta Social, no ano 2007, em Portugal Continental, foram identificadas 5408 entidades (lucrativas e não lucrativas; estas últimas compreendem as IPSS’s, outras entidades sem fins lucrativos, as entidades oficiais, que prosseguem fins de acção social e os serviços sociais das empresas), representando o sector não lucrativo, neste mesmo ano, 73,3%, do universo dos quais 66, 5% são Instituições Particulares de Solidariedade Social. Entre 1998 e 2007, o crescimento global destas entidades, foi de 55,5%, tendo sido o ano de 2003, o ano que apresentou maior expansão, em relação ao ano que o precedeu. O número de equipamentos em funcionamento no Continente também aumentou de forma significativa entre 1998-2007 (40,4%), o que se reproduziu em mais 2100 equipamentos, sendo 86,8% da rede solidária. O concelho de Torres Vedras tem actualmente no seu território 42 instituições Particulares de Solidariedade Social, adiante designadas por IPSS’s, das quais 30 têm acordo de cooperação com a Segurança Social e 12 encontram-se sem acordo de cooperação. Este facto permite concluir que entre 2004 (dados recolhidos no Guia de Recursos Sociais – IPSS’s no concelho de Torres Vedras) e 2009 houve um crescimento global de 24% nas IPSS’s deste concelho. Das 30 instituições com acordo celebrado com a Segurança Social, 19 têm resposta social na área de serviço de apoio domiciliário (SAD), 16 em centro de dia, 12 em lar de idosos, 6 em centro de convívio, 12 em creche, 4 em centro de actividades de tempos livres e 5 noutras respostas sociais como o centro de acolhimento temporário, unidade de vida autónoma, colónia de férias, etc. Relativamente às restantes Instituições (12) sem acordo de cooperação com a Segurança Social, pode constatar-se que 6 estão sem actividade, apesar de duas destas estarem com a obra em conclusão, a Associação Dianova Portugal tem acordo com a área da saúde e as demais (5) desenvolvem a sua actuação no âmbito da dinamização de actividades com seniores. Actualmente a lotação global dos acordos de cooperação entre as IPSS’s e a Segurança social é a seguinte: QUADRO 27 › LOTAÇÃO GLOBAL DOS ACORDOS DE COOPERAÇÃO ENTRE A SEGURANÇA SOCIAL E IPSS’S, NAS RESPOSTAS SOCIAIS DE APOIO À INFÂNCIA E JUVENTUDE. RESPOSTA SOCIAL INFÂNCIA E JUVENTUDE N.º de IPSS Creche 12 548 Centro Actividades Tempos 4 181 1 12 Centro Acolhimento Temporário Lotação A C Fonte: ISS, IP – Torres Vedras, 2009. TORRES VEDRAS 2010.2011 76 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DADOS DE FUNDAMENTAÇÃO QUADRO 28 › LOTAÇÃO GLOBAL DOS ACORDOS DE COOPERAÇÃO ENTRE A SEGURANÇA SOCIAL E IPSS’S, NAS RESPOSTAS SOCIAIS DE APOIO A IDOSOS. RESPOSTA SOCIAL IDOSOS N.º de IPSS Lotação A C Centro Convívio 6 130 Centro Dia 16 435 Serviço Apoio Domiciliário 19 607 Lar Idosos 12 692 Fonte: ISS, IP – Torres Vedras, 2009. Para além das Instituições Particulares de Solidariedade Social, também o município de Torres Vedras, em parceria com as autarquias locais, tem dinamizado espaços de Educação Não Formal, dirigidos à população sénior do concelho de Torres Vedras, através do projecto PASSE – Programa de Animação Sócio-Cultural para Seniores, nas seguintes freguesias: Carvoeira, S. Domingos de Carmões, Matacães, Dois Portos, Maceira, Ramalhal (Vila Facaia), A dos Cunhados (Sobreiro Curvo), desprovidas de respostas sociais direccionadas a esta faixa etária ou onde já existiam “grupos espontâneos” a funcionar em autogestão. Com base nos últimos dados da Carta Social (2007) existem a nível continental cerca de 6400 respostas sociais dirigidas à população idosa, verificando-se um aumento de 48,5% destas respostas entre 1998 e 2007. O serviço de apoio domiciliário apresentou uma taxa de maior crescimento (79,3%), seguida do centro de dia (40,6%) e residência e lar de idosos (33%). A nível nacional, no que se refere às taxas médias de utilização (2007), os níveis de ocupação mais elevados incidiram sobre a residência e lar de idosos (97%) e no serviço de apoio domiciliário (89,3%). Em 2008 estavam inscritos 220 seniores, mas participaram assiduamente 206 seniores nas diversas actividades e freguesias, sendo a maioria do sexo feminino, com idades compreendidas entre os 56 e os 87 anos. TORRES VEDRAS 2010.2011 77 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DADOS DE FUNDAMENTAÇÃO A nível concelhio (2008), os níveis de ocupação mais elevados também se registam na resposta social de lar (100%) e de serviço de apoio domiciliário (96%), seguida de centro de dia, destacando-se a maior taxa de ocupação (entenda-se que as taxas de ocupação são determinadas, de acordo com a lotação definida pelo acordo de cooperação da Segurança Social) na Casa de Povo de Runa. No Centro de Convívio, evidenciando-se a freguesia da Ventosa, cuja entidade promotora é a Associação de Solidariedade Social da Ventosa, através de uma resposta atípica, ou seja, centro de convívio itinerante. GRÁFICO 31 › Taxa de Ocupação da Resposta Social Centro de Convívio, segundo a Frequência Média verificada, por Freguesia do concelho de Torres Vedras, no ano 2008. 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% Cidade Silveira Runa Campelos 0% Ventosa Salienta-se ainda o facto de 6 destas instituições terem um serviço de apoio domiciliário 7 dias na semana, nas freguesias de A dos Cunhados, Maxial e S. Pedro e Santiago, necessidades diagnosticadas e projectos inscritos no Plano de Desenvolvimento Social de 2005/2008. Fonte: ISS, IP – Centro Distrital de Lisboa – Serviço Local de Torres Vedras, Julho/2009. TORRES VEDRAS 2010.2011 78 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DADOS DE FUNDAMENTAÇÃO Fonte: ISS, IP – Centro Distrital de Lisboa – Serviço Local de Torres Vedras, Julho/2009 TORRES VEDRAS 2010.2011 Cidade Ventosa Turcifal Silveira S. Pedro da Cadeira Runa Ramalhal Ponte Rol Outeiro Maxial Matacães 0% Maceira 0% Cidade 50% A dos Cunhados 20% Silveira 100% S. Pedro da Cadeira 150% 40% Maxial 60% Runa 200% Ramalhal 80% Freiria 250% Campelos 100% Matacães 300% Ponte do Rol 120% Outeiro 350% Turcifal 400% 140% Monte Redondo 160% Freiria Taxa de Ocupação da Resposta Social Serviço de Apoio Domiciliário, segundo a Frequência Média verificada, por Freguesia do concelho de Torres Vedras, no ano 2008. Campelos GRÁFICO 33 › Taxa de Ocupação da Resposta Social Centro de Dia, segundo a Frequência Média verificada, por Freguesia do concelho de Torres Vedras, no ano 2008. A dos Cunhados GRÁFICO 32 › Fonte: ISS, IP – Centro Distrital de Lisboa – Serviço Local de Torres Vedras, Julho/2009 79 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DADOS DE FUNDAMENTAÇÃO _ RESPOSTAS SOCIAIS Creche e Lar A actualização desta informação, relativa às listas de espera de lar e creche, foi recolhida em Maio de 2009 e disponibilizada por 19 Instituições Particulares de Solidariedade Social do concelho. Não sendo o universo global, uma vez que duas instituições não facultaram os dados requeridos, a amostra é representativa. Metodologicamente, procedeu-se à análise das listagens de frequência e de espera das crianças e idosos que frequentam as respostas sociais acima mencionadas e, posteriormente, ao cruzamento das listagens entre instituições do concelho e na mesma instituição. Face aos dados recolhidos, constata-se que nas freguesias da cidade (com maior incidência na freguesia de S. Pedro e Santiago) existe o mesmo nº de equipamentos (5) com resposta social em creche, que no restante território concelhio, nomeadamente, em A dos Cunhados, Campelos, Freiria, Maceira e Silveira. Esta constatação é semelhante ao nível dos equipamentos com resposta social em lar, no qual se verifica maior incidência, na freguesia de S. Pedro e Santiago (5) comparativamente às restantes freguesias do concelho que detêm esta resposta: A dos Cunhados, Campelos, Freiria, Matacães, Maxial e S. Pedro da Cadeira. GRÁFICO 34 › GRÁFICO 35 › Nº de Crianças a Frequentar e em Lista de Espera, na Resposta Social de Creche, no ano 2009. Nº de Idosos a Frequentar e em Lista de Espera na Resposta Social de Lar, no ano 2009. 465 753 625 652 Esp Freq. Fonte: Dados recolhidos das IPSS´s, CMTV, 2009. TORRES VEDRAS 2010.2011 Freq. Espera Fonte: Dados recolhidos das IPSS´s, CMTV, 2009. 80 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DADOS DE FUNDAMENTAÇÃO Verifica-se ainda, no total das instituições com resposta social em creche e lar analisadas, a existência de uma lista de espera, respectivamente de 652 e 753 utentes. Devido ao facto de as instituições não terem fornecido as informações uniformizadas, constata-se, que das 652 crianças em lista de espera para creche, 428 destas poderão encontrar-se integradas ou aguardar colocação em mais do que uma instituição. No que se refere à resposta social de lar, também se verifica uma situação similar, uma vez que, das 753 pessoas em lista de espera, 259 poderão estar inscritas em diversas instituições. TORRES VEDRAS 2010.2011 Nos últimos 3 anos, foram emitidos diversos pareceres, nomeadamente no âmbito do Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais – PARES, tendo sido aprovado 5 candidaturas, nas freguesias de S. Pedro e Santiago, Turcifal e Ventosa, às seguintes entidades: Centro Comunitário de Torres Vedras, Centro Social Paroquial de Torres Vedras, Lar de São José, Associação de Socorros de Freguesia do Turcifal e Cento Social de São José. As referidas respostas incidem particularmente, no âmbito da infância, prevendo-se a abertura de mais 130 vagas na resposta social de creche. Ainda no âmbito do PARES foram aprovadas 24 vagas em lar, dados que acrescidos ao total de emissão de pareceres nesta resposta, perfazem o total de 204 vagas. 81 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL CONCLUSÕES EIXO 4 – RESPOSTAS SOCIAIS CONCLUSÕES DADOS DE FUNDAMENTAÇÃO (FONTE) Maior quantidade e diferenciação de respostas sociais no concelho, entre 2004 e 2008; 42 IPSS’s no concelho; 19 SAD; 16 C.Dia; 6 Centros de Convívio; 12 Lar de Idosos; 12 Creches; 4 CATL’s; 5 Resp. Soc. Diversificadas e 6 núcleos de actividades para seniores (ISS, IP – Serviço Local de Torres Vedras); • Falta de vagas em lar; Nº de idosos em lista de espera – 753 (Informação recolhida junto das IPSS’s); Insuficiente resposta social de lar de idosos; Razoável capacidade resposta social de creche, quando comparada a necessidade com a oferta; Ausência de uma gestão de lista de espera nas respostas sociais de lar e creche; Nº real de crianças em lista de espera – 225 (Informação recolhida junto das IPSS’s); Previsão de criação de vagas - 130; Insuficiente Dinamização na Resposta Social de Serviço de Apoio Domiciliário; • Insuficiente resposta de SAD e centro de dia, nos 7 dias da semana e com horário alargado; Existência de 6 respostas de SAD com prestação de serviços nos 7 dias da semana e de 1 centro de dia sem acordo de cooperação (ISS, IP – SLTV e IPSS’s); Resposta de centro de convívio adequada às necessidades concelhias; Tx de Ocupação da Resp. Soc. Centro de Convívio segundo a frequência média verificada no ano 2008,por freguesia, (com excepção da Ventosa), não atinge os 100% (ISS, IP – SLT); Diversidade de patologias para as quais não existe qualificação dos cuidadores, nem equipamentos ou respostas personalizadas. Inexistência de recursos/equipamentos, nesta área de intervenção, no concelho de Torres Vedras; 2 Pareceres emitidos e deliberados em CLAS TV para a criação de duas unidades de cuidados paliativos no concelho (Rede Social de Torres Vedras). LEGENDA: • Diagnóstico Social Participativo (Anexos) Diagnóstico – Dados de Fundamentação TORRES VEDRAS 2010.2011 82 DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE _ DESENVOLVIMENTO CONSIDERAÇÕES SOCIAL FINAIS TORRES VEDRAS 2010.2011 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL As alterações demográficas verificadas nestes últimos anos, com grande enfoque na população idosa, explicam alguns dos problemas deste concelho, nomeadamente o elevado índice de analfabetismo, o considerável índice de dependência, a baixa taxa de natalidade e o baixo valor das pensões. Denota-se, não obstante, a existência de uma boa cobertura de equipamentos sociais, sobretudo dirigida à população idosa, mérito do trabalho desenvolvido pela rede solidária. passaram a constar como uma das principais preocupações das entidades que visam o desenvolvimento local. No que concerne aos grupos socialmente vulneráveis, à capacidade de resposta institucional e rentabilização, adequação/articulação dos recursos existentes, quer pelos indicadores quantitativos, quer pelos indicadores qualitativos, suportados pelo conhecimento empírico dos actores sociais deste território, importa destacar o seguinte: O incremento da qualidade de vida dos cidadãos, através do alargamento e diversificação das respostas sociais, GRUPOS SOCIALMENTE VULNERÁVEIS, TENDENCIALMENTE CONSTITUÍDOS POR: › Beneficiários de apoio e medidas do sistema da Segurança Social e da Autarquia, em situação de pobreza e exclusão (RSI, Acção Social e Habitação); › Desempregados, destacando-se os desempregados do sexo feminino e indivíduos na faixa etária entre os 35 e 54 anos; › Grupos específicos de risco – consumidores de substâncias psicoactivas (particularmente o álcool); › Vítimas de violência doméstica (aumento do nº de situações); › Crianças e jovens em situação de risco (acompanhados pelas entidades de 1ª instância); › Idosos com insuficiente rede de suporte familiar; › Utentes do apoio domiciliário em situação de isolamento social; › Indivíduos com uma diversidade de patologias de saúde associadas a necessidades particulares (doença mental, cuidados paliativos). TORRES VEDRAS 2010.2011 84 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL CAPACIDADE DA RESPOSTA INSTITUCIONAL FACE ÀS NECESSIDADES DA POPULAÇÃO PESSOAS IDOSAS › Insuficiente resposta social de lar de idosos; › Insuficiente resposta de apoio domiciliário e centro de dia, nos 7 dias da semana e um horário alargado; › Resposta de centro de convívio adequada às necessidades concelhias; › Amplitude da faixa etária abrangida; › Falta de informação e apoio psicológico às famílias; › Diversidade de patologias de saúde dos utentes para as quais não existe qualificação dos cuidadores, nem equipamentos ou respostas personalizadas. CRIANÇAS E JOVENS › Razoável capacidade de resposta social de creche; › Falta de respostas para jovens adolescentes; › Falta de respostas no âmbito da saúde mental e infantil (especialidades); › Inadequação das respostas existentes de formação profissional aos interesses dos jovens; › Falta de apoio às escolas/professores; › Falta de criatividade, inovação e proximidade das respostas; › Existência de diversas respostas e projectos para mesmas finalidades, em processo de consecução. DEFICIÊNCIA › Elevado número de utentes sem resposta ou sem resposta adequada; › Envelhecimento crescente dos utentes e seus cuidadores informais. TORRES VEDRAS 2010.2011 85 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL RENTABILIZAÇÃO, ADEQUAÇÃO/ARTICULAÇÃO DOS RECURSOS EXISTENTES › Dificuldade em estabelecer contactos informais e regulares entre entidades; › Necessidade de avaliar a eficácia das respostas; › Desgaste físico e mental dos cuidadores e colaboradores; › Sobreposição da intervenção; › Insuficiente envolvimento/participação dos corpos sociais das IPSS’s, em formações que se enquadrem no âmbito da sua intervenção; › Falta de articulação entre as diferentes entidades intervenientes na família, quer no mesmo período temporal, quer na continuidade da intervenção. PERSPECTIVAS DE INTERVENÇÃO Todo o processo de diagnóstico não se limitou a reunir e a sistematizar os dados fornecidos, uma vez que sistematicamente se questionou as fontes e os informadores, de forma a aprofundar a informação recolhida, no sentido de se apurar o conhecimento sobre as variáveis consideradas pertinentes para o Desenvolvimento Social do concelho de Torres Vedras. Com base no diagnóstico e numa aposta continuada na diferenciação e inovação, os parceiros definiram um conjunto de respostas/projectos, com referência aos três problemas hierarquizados por eixo, conforme se pode analisar no próximo capítulo – Plano de Desenvolvimento Social. TORRES VEDRAS 2010.2011 86 DIAGNÓSTICO SOCIAL _ E PLANO DE DESENVOLVIMENTO CAPÍTULO II PLANO DE SOCIAL DESENVOLVIMENTO SOCIAL “Reconhece-se, hoje, não apenas a possibilidade, mas a inevitabilidade da construção do conhecimento com os sujeitos portadores da mudança social e, portanto, de investigação com a participação dos interessados” (Guerra, 2002: 75). TORRES VEDRAS 2010.2011 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL EIXO 1 EIXO 2 EIXO 3 EIXO 4 POBREZA E/OU EXCLUSÃO SOCIAL CRIANÇAS E JOVENS EM RISCO IDOSOS EM SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE RESPOSTAS SOCIAIS Plataforma de levantamento/avaliação das necessidades de formação da população activa Grupo Local de Intervenção com Crianças e Jovens Diagnóstico das situações de alccolismo e consumos associados Centro de Recursos e Apoio a Crianças e Jovens Grupo de Apoio a Doentes Alcoólicos Acções de Sensibilização sobre o alcoolismo em contexto laboral Centro de Apoio Familiar e Aconselhamento Parental Implementação do Gabinete de Apoio e Orientação ao aluno e à Família Projecto “Bússola” - Alargar e descentralizar as actividades Sessões informativas para entidades empregadoras “Educação para o Progresso” Sessões (In)formativas sobre comportamentos desviantes na comunidade escolar TORRES VEDRAS 2010.2011 88 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL EIXO 1 EIXO 2 EIXO 3 EIXO 4 POBREZA E/OU EXCLUSÃO SOCIAL CRIANÇAS E JOVENS EM RISCO IDOSOS EM SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE RESPOSTAS SOCIAIS Diagnóstico Social da População Idosa Sistema de Monitorização de listas de espera das respostas sociais (creche e lar) Disseminação de Boas Práticas Diversificação das Respostas Sociais de SAD e Centro de Dia Plano de Formação para Decisores Centro de Noite Criação de um Equipa Paliativa Nível 1 TORRES VEDRAS 2010.2011 Unidade Residencial para doentes com demências 89 DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE _ DESENVOLVIMENTO EIXOS DE SOCIAL INTERVENÇÃO TORRES VEDRAS 2010.2011 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL EIXO1 POBREZA E/OU EXCLUSÃO SOCIAL PARCEIROS A ENVOLVER RESULTADOS ESPERADOS PROJECTOS/ ACÇÕES OBJECTIVOS ESPECÍFICOS OBJECTIVO GERAL › PROBLEMA: Elevado consumo de substâncias tóxicas › Conhecer e intervir nas situações de alcoolismo e consumos associados, na população do concelho de Torres Vedras. › Até Set. 2010 efectuar diagnóstico das situações de alcoolismo e consumos associados, na população de Torres Vedras, sinalizadas pelas entidades intervenientes; › Promover acções de prevenção, informação e intervenção junto da população residente do concelho de Torres Vedras. › Diagnóstico; › Criação de Grupo de Apoio a doentes alcoólicos referenciados pela serviço de saúde local e/ou equipa de tratamento de Torres Vedras. › Conhecer a realidade das situações de risco e de consumos, nas diversas faixas etárias, no concelho de Torres Vedras; › Proporcionar um espaço, em contexto grupal, de inter ajuda com suporte técnico que permita aos seus utentes a partilha de experiências como terapia coadjuvante ao tratamento individual. › CMTV; › Junta de Freguesia da Silveira; › Agrupamento de Escolas de Campelos; › CRIOESTE – Equipa de Tratamento de Torres Vedras; › Centro Hospitalar de Torres Vedras; › Centro de Saúde. TORRES VEDRAS 2010.2011 › Santa Casa da Misericórdia; › Unidade de Psiquiatria; › CRIOESTE - Equipa de Tratamento de Torres Vedras; › CMTV; › Centro Hospitalar de Torres Vedras; › Centro de Saúde. 91 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL EIXO1 POBREZA E/OU EXCLUSÃO SOCIAL PARCEIROS A ENVOLVER RESULTADOS ESPERADOS PROJECTOS/ ACÇÕES OBJECTIVOS ESPECÍFICOS OBJECTIVO GERAL › Problema: Elevado consumo de substâncias tóxicas (CONT.) › Dinamização das acções de sensibilização face ao álcool dirigida à população activa em contexto laboral (acidentes de trabalho/viação). › Redução dos consumos de álcool em meio laboral; › Diminuição do número de acidentes de trabalho e viação. › CMTV; › Juntas de Freguesia; › Seg. Social; › Associações ; › Agrupamentos Escolares; TORRES VEDRAS 2010.2011 › IDT - CRIOESTE; › IEFP; › Tecido Empresarial; › Sindicatos; › Forças de Segurança. 92 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL EIXO1 POBREZA E/OU EXCLUSÃO SOCIAL PARCEIROS A ENVOLVER RESULTADOS ESPERADOS PROJECTOS/ ACÇÕES OBJECTIVOS ESPECÍFICOS OBJECTIVO GERAL › Problema: Elevado taxa de desemprego › Adequar a formação dos desempregados do concelho de Torres Vedras às necessidades do tecido empresarial. › Até Março de 2011 conhecer as necessidades do tecido empresarial; › Até Março de 2011 adequar a formação dos desempregados às necessidades do tecido empresarial. › Até Junho de 2010 implementar uma Plataforma de levantamento/avaliação das necessidades de formação da população desempregada do sexo feminino. › Identificação das necessidades de formação com vista a adequação da formação ao posto de trabalho; › Maior adequação entre oferta e procura. › Tecido Associativo; › Tecido empresarial; › IPSS’s; › Juntas de Freguesia; › IEFP; TORRES VEDRAS 2010.2011 › CMTV; › Escolas; › ACIRO; › CAERO. 93 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL EIXO1 POBREZA E/OU EXCLUSÃO SOCIAL PARCEIROS A ENVOLVER RESULTADOS ESPERADOS PROJECTOS/ ACÇÕES OBJECTIVOS ESPECÍFICOS OBJECTIVO GERAL › Problema: Baixo grau de escolaridade › Aumentar o grau de escolaridade da população do concelho com idade inferior a 65 anos. › Diminuir o insucesso e abandono escolar em 5%, na faixa etária dos 12 aos 16 anos até 2011; › Aumentar o grau de escolaridade em adultos já integrados no mercado de trabalho. › Implementar Gabinete de Apoio ao Aluno e Orientação ao aluno e à Família (A: Social/Psicólogo/Ed. Social e Professor) com horários adequados às necessidades; › Dinamizar as empresas/ipss’s e autarquias criando incentivos para a implementação de formação aos seus trabalhadores. › No final de 2011 estão implementados 2 Gabinetes no concelho de Torres Vedras; › No final de 2011 existem 10 protocolos formalizados com empresas por agrupamento escolar. › Ag. Escolar; › Seg. Social; › CPCJ; › Projectos Atitude Positiva; › Mão Cheia. TORRES VEDRAS 2010.2011 › T ecido Empresarial; › IEFP; › IPSS’s; › Min. Educação – CNO’s. 94 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL EIXO2 CRIANÇAS E JOVENS EM SITUAÇÃO DE RISCO PROJECTOS/ ACÇÕES OBJECTIVOS ESPECÍFICOS OBJECTIVO GERAL › Problema: Dificuldade em intervir eficazmente junto das famílias › Até ao final do ano 2011, criar uma nova dinâmica de intervenção junto das crianças e jovens em risco no concelho de Torres Vedras. › Medir a eficácia das respostas num determinado grupo piloto que deverá englobar entidades dos 3 patamares de intervenção; › Até final do 1º semestre de 2011 reforçar a articulação entre as entidades com intervenção junto das crianças e jovens em risco no concelho de Torres Vedras. GRUPO LOCAL DE INTERVENÇÃO COM CRIANÇAS E JOVENS: › divulgação de projectos existentes no concelho; › levantamento de necessidades de formação dos técnicos; › promoção de reuniões para partilha/troca de experiências; › implementar um mecanismo de avaliação das respostas existentes em matéria de infância e juventude. RESULTADOS ESPERADOS › Até ao final de Março de 2010 está constituído o Grupo Local de Intervenção com Crianças e Jovens (GLICJ); › Até final de Junho de 2010, as diversas entidades têm conhecimento das respostas existentes em matéria de infância e juventude; › No final de Março de 2011 o GLICJ tem o sistema de avaliação definido e pronto a ser implementado; › No final do ano 2011 foi avaliada a eficácia das respostas do grupo piloto; PARCEIROS A ENVOLVER › No final do ano 2011 está concluído o levantamento de necessidades de formação das entidades com intervenção no âmbito da infância e Juventude. › CPCJ; › ISS, IP – EIJ; › CMTV; › DGRS; › CCTV – CAT; TORRES VEDRAS 2010.2011 › GNR; › PSP; › Ministério Público; › 1 Representante das Escolas; › 1 Representante das IPSS. 95 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL EIXO2 CRIANÇAS E JOVENS EM SITUAÇÃO DE RISCO PARCEIROS A ENVOLVER RESULTADOS ESPERADOS PROJECTOS/ ACÇÕES OBJECTIVOS OBJECTIVO ESPECÍFICOS GERAL › Problema: Desmotivação dos jovens face à aprendizagem › Até ao final do ano lectivo 2011/2012, aumentar o índice de sucesso escolar em 5% no concelho de Torres Vedras. › Até final do ano lectivo 2011/12, diminuir em 5% o nível de abandono escolar no concelho; › Até final do ano lectivo 2011/12, diminuir em 5% o nível de insucesso escolar no concelho; › Até Junho 2010 avaliar o nível de envolvimento da família/ cuidadores na vida escolar dos educandos; › Até final do ano lectivo 2011/12, aumentar em 30% o nível de envolvimento da famílias e/ou educadores na vida escolar dos educandos. CENTRO DE RECURSOS E APOIO A CRIANÇAS E JOVENS: › Intervenção descentralizada; › Equipa multidisciplinar; › Orientação escolar; › Apoio psicossocial. CENTRO APOIO FAMILIAR E ACONSELHAMENTO PARENTAL: › Mediação, orientação e aconselhamento a famílias; › Educação para a cidadania; › Aumento e diversificação de competências e capacidades pessoais nas famílias; › Contrariar os mecanismos gerados pelo insucesso escolar, prevenindo a marginalidade e o insucesso escolar. › No final de Junho de 2010 é conhecido o nível de envolvimento da família/educadores na vida escolar dos educandos; › No final de Setembro de 2010 está em funcionamento o Centro de Apoio Familiar e Aconselhamento Parental; › No final de Junho de 2010 existe o Centro de Recursos e Apoio a Crianças e Jovens no concelho; › No final de Dezembro de 2010 estão em acompanhamento 50 agregados familiares com crianças e jovens em situação de abandono e insucesso escolar. Estes resultados implicam uma estreita articulação entre os dois Projectos definidos. CENTRO DE RECURSOS E APOIO A CRIANÇAS E JOVENS: CENTRO APOIO FAMILIAR E ACONSELHAMENTO PARENTAL: › IPSS a definir; › ISS, IP – EIJ; › CMTV; › Ministério Educação; › CSP Stº António Campelos; › Académico Torres Vedras (Atitude Positiva); › Juntas Freguesia; › CPCJ. › CSP S António Campelos; › ISS, IP; › CMTV; › CPCJ; › CMTV – Educ Valor +; › Centro Recursos e Apoio a Crianças e Jovens. TORRES VEDRAS 2010.2011 96 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL EIXO2 CRIANÇAS E JOVENS EM SITUAÇÃO DE RISCO OBJECTIVOS ESPECÍFICOS › Até Dezembro de 2011 dotar os alunos do 2º ciclo do ensino básico de conhecimentos sobre os efeitos de uma conduta desviante; v PROJECTOS/ ACÇÕES › Promover uma sessão com todos os agrupamentos de escolas do concelho para a inclusão do tema condutas desviantes no projecto educativo para o ano lectivo 2010/11. RESULTADOS ESPERADOS › Até Dezembro de 2011, implementar uma política de prevenção dos comportamentos desviantes no concelho de Torres Vedras, dirigida aos alunos do 2º Ciclo do Ensino Básico. › Durante o ano lectivo 2010/11 existe um projecto educativo comum a todas as escolas do 2º ciclo do ensino básico do concelho sobre o tema “prevenção de condutas desviantes”; PARCEIROS A ENVOLVER OBJECTIVO GERAL › Problema: Aumento de comportamentos desviantes nos jovens › Académico de Torres Vedras (Atitude Positiva); › CMTV (Bússola); › PSP; › GNR; › DGRS; › Até Dezembro de 2011 implementar estruturas de ocupação para os jovens do 2º ciclo do ensino básico; › Até Dezembro de 2011 desenvolver acções de sensibilização para as famílias sobre consequências e sinais de risco de uma conduta desviante. › Realizar sessões de informação/sensibilização dirigidas a jovens do 2º ciclo do ensino básico e suas famílias sobre as consequências e sinais de risco de condutas desviantes; (Projecto “Bússola” - descentralizar e alargar as actividades desenvolvidas). › No final do ano 2011, 30% das freguesias do concelho têm a funcionar actividades para os jovens do 2º ciclo do ensino básico; › Até final do ano lectivo 2010/11, todas as escolas do 2º ciclo do ensino básico realizaram 1 acção de informação/sensibilização para os jovens sobre as consequências de uma conduta desviante e 1 para as suas famílias sobre as consequências e sinais de risco de uma conduta desviante. TORRES VEDRAS 2010.2011 › ISS, IP; › CPCJ; › Agrupamentos Escolares; › Juntas de Freguesia; › CSIFI. 97 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL EIXO3 IDOSOS EM SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE › Problema: Insuficiente (In)Formação que qualifique os elementos PARCEIROS A ENVOLVER RESULTADOS ESPERADOS PROJECTOS/ ACÇÕES OBJECTIVOS ESPECÍFICOS OBJECTIVO GERAL decisores. › Qualificar até final de 2011, 50% dos elementos das direcções das Ipss’s do concelho de Torres Vedras. › Até final de 2010, sensibilizar 50% das Direcções para a necessidade da própria formação; › Até final 2011, promover acções de formação para 50% das direcções das IPSS’s do concelho de Torres Vedras. › Sessão de Divulgação da Experiência do Trabalho Desenvolvido por uma Direcção de uma IPSS sobre formação; › Definir e implementar um plano de formação para decisores. › Até Junho de 2010, 50% das Direcções estão sensibilizadas para a necessidade de Formação; › Em Dezembro 2011, 50% decisores têm formação nesta temática. › IPSS – Direcção com formação; › Entidades que integram o CLASTV. TORRES VEDRAS 2010.2011 98 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL EIXO3 IDOSOS EM SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE › Problema: Ausência de informação qualificada dos cuidados continuados PARCEIROS A ENVOLVER RESULTADOS ESPERADOS PROJECTOS/ ACÇÕES OBJECTIVOS ESPECÍFICOS OBJECTIVO GERAL formais e informais na área da saúde mental e cuidados paliativos. › Habilitar 30% dos cuidadores formais e 20% informais dos utentes/ doentes em resposta social de SAD em (in)formação qualificada na área de cuidados paliativos. › Até Julho de 2011 dotar os técnicos e não técnicos da área social, em formação na área do controlo de sintomas, comunicação, luto/ apoio à família e trabalho de equipa/ burnout; › Até Dezembro de 2011, dotar os cuidadores informais, em informação na área do luto/ apoio à família, comunicação e controlo sintomático. › Criar uma equipa paliativa de nível 1, multidisciplinar, que desenvolva a formação e intervenção junto dos utentes/ doentes, cuidadores formais e informais. › Diminuir o número de recorrências às urgências através de um controlo sintomático no utente, em 20%, até ao final de 2011; › Até final de 2010, 10% das famílias não desistirão de prestar cuidados aos seus familiares com demências, doença mental ou em fase terminal; › Diminuir 10% da procura de internamento em estrutura residencial até 2011. › Centro de Saúde de Torres Vedras; › IPSS de Idosos; › Unidades Hospitalares. TORRES VEDRAS 2010.2011 99 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL EIXO3 IDOSOS EM SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE › Até final de 2011, conhecer a realidade de 10% da população idosa residente no concelho de Torres Vedras. › Até final de 2011, caracterizar 10% da população idosa residente no concelho de Torres face às seguintes áreas de vulnerabilidade: PROJECTOS/ ACÇÕES › Diagnóstico Social da População Idosa. RESULTADOS ESPERADOS › condição socio-económica (isolamento, rendimentos, suporte familiar, etc); › Condições habitacionais; › acompanhamento ao nível da saúde; › acesso à informação. › Apresentação pública do documento, com indicação de possíveis acções práticas/intervenções futuras. PARCEIROS A ENVOLVER OBJECTIVOS ESPECÍFICOS OBJECTIVO GERAL › Problema: Elevado nº de idosos sem suporte familiar › Seg. Social; › CMTV; › J. Freguesia; › IPSS’s; › Serviços de Saúde (Hosp. E C. Saúde); › Paróquias. TORRES VEDRAS 2010.2011 100 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL EIXO4 RESPOSTAS SOCIAIS › Problema: Faltas de vagas em lar; Inadequadas respostas integradas para PROJECTOS/ ACÇÕES OBJECTIVOS OBJECTIVO ESPECÍFICOS GERAL problemáticas específicas em idosos - saúde mental e demência. › Até final de 2011 aumentar, de acordo com as necessidades da população, a oferta das respostas sociais no concelho de Torres Vedras. › Até finais de 2010, construir um dispositivo de informação local actualizada sobre as necessidades do concelho, nas respostas sociais de creche e lar; › Até final de 2011, potenciar respostas sociais de CD e SAD existentes no concelho; › Até finais de 2011, implementar respostas sociais inexistentes no concelho, nos domínios da saúde mental e gerontologia. › Sistema de Monitorização de listas de espera das respostas sociais (creche e lar) - projecto; › Diversificação e Inovação as respostas sociais de CD e SAD - projecto: › Horário e Dias na Semana; › Serviços Prestados; › Formação dos Cuidadores; › Centro de Noite - projecto; › Unidade Residencial para doentes portadores de demências - projecto. RESULTADOS ESPERADOS › No início de 2011, o Núcleo Executivo emite parecer sobre as respostas sociais (creche e lar) com base nos indicadores actualizados; › Aumentar a taxa de ocupação do centro de dia; › Protelar a integração na resposta social em lar; › Rentabilizar e qualificar os recursos existentes; › Prevenir o Isolamento Social; PARCEIROS A ENVOLVER › No final de 2011, o concelho apresenta maior adequação das respostas às necessidades da população. › IPSS’s; › Núcleo Executivo. TORRES VEDRAS 2010.2011 › IPSS’s; › Seg. Social; › Banco Local Voluntariado. › CMTV; › IPSS’s; › Segurança Social. 101 DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE _ DESENVOLVIMENTO CAPÍTULO III SOCIAL MONITORIZAÇÃO E AVALIAÇÃO TORRES VEDRAS 2010.2011 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL “ A expressão ‘metodologias de avaliação’ designa os processos de pesquisa científica que visam deliberadamente colocar questões relativas à concepção, às formas de tomada de decisão, à execução e aos efeitos de programas, políticas, projectos e investimentos, quer dizer, de diferentes dispositivos criados para modificar situações e resolver problemas. Tais processos socorrem-se de sistemas de reflexão crítica a partir de informações recolhidas no decurso do acompanhamento ou após a conclusão desses dispositivos, de modo a permitir que as pessoas e as instituições envolvidas julguem o seu trabalho e aprendam com os julgamentos feitos.” (Capucha et. Al., 1996:9). O sistema de avaliação e monitorização da Rede Social de Torres Vedras tem como objectivo efectuar um acompanhamento sistemático e rigoroso, de forma a conhecer e compreender os efeitos que a sua actividade tem a nível local, conforme se pode verificar ao analisar a estrutura e posterior descrição conceptual. ESTRUTURA CONCEPTUAL AVALIAÇÃO CONCEPÇÃO OPERACIONALIZAÇÃO E EXECUÇÃO EFEITOS Pertinência Dinâmica da Rede Eficácia Coerência Interna Gestão de Parcerias Coerência Externa Divulgação Comunicação TORRES VEDRAS 2010.2011 103 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL Níveis CRITÉRIOS Pertinência de Intervenção SUP. DE RECOLHA INDICADORES › Problemas Identificados no Diagnóstico Social; METODOLOGIA Diagnóstico Social › Problemas Hierarquizados no Diagnóstico Social; › Projectos inscritos no Plano de Desenvolvimento Social. › Objectivos gerais por eixo; Concepção › Objectivos específicos por projecto; PDS Planos de Acção › Nº e tipo de recursos por projecto. Coerência Externa › Projectos definidos no PDS; › Nº e Tipos de pareceres emitidos; › Nº e Tipo de projectos apresentados em plenário; Análise Documental Coerência Interna PDS Planos de Acção Planos Concelhios Pareceres Emitidos Actas do Plenário/CLAS TV › Nº e Tipo de outros projectos existentes no concelho, por objectivos estratégicos do PDS. TORRES VEDRAS 2010.2011 104 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL INDICADORES Dinâmica da Rede Nº DE REUNIÕES/ASSIDUIDADE › Plenário; › Núcleo Executivo; › Grupos de Trabalho. Actas Memorandos Listas de Presenças PARTICIPAÇÃO NAS REUNIÕES › CLAS TV; › Núcleo Executivo; › Resultado das votações; realizadas em plenário CLAS TV. Inquérito Nº E TIPO DE PROJECTOS que tenham surgido no processo da rede. Pareceres emitidos Nº E TIPO DE ENTIDADES que aderiram ao CLAS TV. Gestão de Parcerias Nº E TIPO DE GRUPOS DE TRABALHO constituídas em plenário de CLAS TV. Actas Grelhas de Acompanhamento de projectos Nº E TIPO DE PROJECTOS do PDS com parcerias formalizadas. Inquérito METODOLOGIA Análise Documental Análise e Tratamento Estatístico SUP. DE RECOLHA CRITÉRIOS Operacionalização e Execução Níveis GRAU DE PARTICIPAÇÃO das parcerias nos projectos do PDS. TORRES VEDRAS 2010.2011 105 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL Níveis CRITÉRIOS Divulgação INDICADORES SUP. DE RECOLHA Nº E TIPO DE ACÇÕES de divulgação; Dossier de Imprensa GRAU DE SATISFAÇÃO dos parceiros face; Inquérito Acções de divulgação; Actas METODOLOGIA Meios de divulgação; Análise Documental Análise e Tratamento Estatístico Periodicidade; Linguagem utilizada; Comunicação (CLAS TV) › Plenário › Núcleo Executivo Eficácia GRAU DE SATISFAÇÃO do CLAS TV dos parceiros face: › Linguagem utilizada nas reuniões; › Documentação distribuída nas reuniões; › ordens de trabalho das reuniões; › horário, local e duração das reuniões. Objectivos gerais e específicos definidos no PDS; Resultados esperados por projecto inscrito no PDS; Destinatários definidos no PDS; Destinatários abrangidos pelos projectos desenvolvidos. TORRES VEDRAS 2010.2011 Plano de Desenvolvimento Social Relatórios Grelhas de Análise Análise Documental Operacionalização e Execução Nº E TIPO de destinatários. 106 DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO _ SOCIAL GLOSSÁRIOS TORRES VEDRAS 2010.2011 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL GLOSSÁRIO DAS RESPOSTAS SOCIAIS 3 _ CRIANÇAS E JOVENS Creche Lar de Apoio Resposta social, desenvolvida em equipamento, de natureza sócio-educativa, para acolher crianças até aos três anos de idade, durante o período diário correspondente ao impedimento dos pais ou da pessoa que tenha a sua guarda de facto, vocacionado para o apoio à criança e à família. Resposta social, desenvolvida em equipamento, destinada a colher crianças e jovens com necessidades educativas especiais que necessitem de frequentar estruturas de apoio específico situadas longe do local da sua residência habitual ou que, por comprovadas necessidades familiares, precisem, temporariamente, de resposta substitutiva da família. Centro de Actividades de Tempos Livres Resposta social, desenvolvida em equipamento ou serviço, que proporciona actividades de lazer a crianças e jovens a partir dos 6 anos, nos períodos disponíveis das responsabilidades escolares e de trabalho, desenvolvendo-se através de diferentes modelos de intervenção, nomeadamente acompanhamento/inserção, prática de actividades específicas e multi-actividades. _ CRIANÇAS E JOVENS COM DEFICIÊNCIAS Intervenção Precoce Resposta desenvolvida através de um serviço que promove o apoio integrado, centrado na criança e na família mediante acções de natureza preventiva e habilitativa, designadamente do âmbito da educação, da saúde e da acção social. Centro de Acolhimento Temporário Resposta social, desenvolvida em equipamento, destinada ao acolhimento urgente e temporário de crianças e jovens em perigo, de duração inferior a seis meses, com base na aplicação de medida de promoção e protecção. _ PESSOAS ADULTAS COM DEFICIÊNCIA Serviço de Apoio Domiciliário Resposta social, desenvolvida, a partir de um equipamento, que consiste na prestação de cuidados individualizados e personalizados, no domicílio, a indivíduos e famílias quando, por motivo de doença, deficiência ou outro impedimento, não possam assegurar temporária ou permanentemente, a satisfação das necessidades básicas e/ou as actividades da vida diária. 3 Respostas Sociais nomenclaturas/conceitos, Ministério Trabalho e Solidariedade e Social, Lisboa, 2006. TORRES VEDRAS 2010.2011 108 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL GLOSSÁRIO DAS RESPOSTAS SOCIAIS 3 _ Centro de Convívio Resposta social, desenvolvida em equipamento, de apoio a actividades sócio-recreativas e culturais, organizadas e dinamizadas com participação activa das pessoas idosas de uma comunidade. Centro de Dia Resposta social, desenvolvida em equipamento, que presta um conjunto de serviços que contribuem para manutenção das pessoas idosas no seu meio sócio-familiar. PESSOAS ADULTAS COM DEFICIÊNCIA Centro de Actividades Ocupacionais Resposta social, desenvolvida em equipamento, destinada a desenvolver actividades para jovens e adultos com deficiência grave. _ PESSOAS EM SITUAÇÃO DE DEPENDÊNCIA Lar de Idosos Apoio Domiciliário Integrado Resposta social, desenvolvida em equipamento, destinada a alojamento colectivo, de utilização temporária ou permanente para pessoas idosas ou outras em situação de maior Resposta que se concretiza através de um conjunto de acções e cuidados pluridisciplinares, flexíveis, abrangentes, acessíveis e articulados, de apoio social e de saúde, aprestar no domicílio, durante vinte e quatro horas por dia e sete dias por semana. risco de perda de independência e/ou de autonomia. 3 Respostas Sociais nomenclaturas/conceitos, Ministério Trabalho e Solidariedade e Social, Lisboa, 2006. TORRES VEDRAS 2010.2011 109 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL GLOSSÁRIO DAS RESPOSTAS SOCIAIS 3 _ _ PESSOAS COM DOENÇA DE FORO MENTAL OU PSIQUIÁTRICO FAMÍLIA E COMUNIDADE EM GERAL Unidade de Vida Autónoma Resposta, desenvolvida em equipamento, destinada a pessoas adultas com problemática psiquiátrica grave estabilizada e de evolução crónica mas com capacidade autonómica, permitindo a sua integração em programas de formação profissional ou em emprego normal ou protegido e sem alternativa residencial satisfatório. Centro Comunitário Resposta social, desenvolvida em equipamento, onde se prestam e desenvolvem actividades que de uma forma articulada, tendem a constituir um pólo de animação com vista à prevenção de problemas sociais e à definição de um projecto de desenvolvimento local, colectivamente assumido. Centro de Férias e Lazer Resposta social, desenvolvida em equipamento, destinada à satisfação de necessidades de lazer e de quebra da rotina, essencial ao equilíbrio físico, psicológico e social dos seus utilizadores. 3 Respostas Sociais nomenclaturas/conceitos, Ministério Trabalho e Solidariedade e Social, Lisboa, 2006. TORRES VEDRAS 2010.2011 110 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL GLOSSÁRIO DE TERMOS AVALIAÇÃO _ NÍVEIS DE INCIDÊNCIA Concepção Dinâmica da Rede Lógica pensada para a intervenção. Funcionamento, estruturação e a organização dos grupos: formas de exercer influência, tipos e estilos de liderança, comportamento grupal, comunicação intra e intergrupal, repartição de papéis e funções, divisão de tarefas, pertença e consciência grupal, dinamismos e forças de grupo. Operacionalização Preparação da intervenção. Execução Realização/implementação da intervenção. Efeitos Resultados da intervenção. _ CRITÉRIOS Pertinência da intervenção Adequação dos objectivos aos problemas a resolver face ao contexto que envolve a sua implementação. Coerência Interna Articulação entre os objectivos gerais, os objectivos específicos, as actividades previstas e os meios disponibilizados. Coerência Externa Relação da intervenção com outras intervenções (projectos que emergiram do Plano Desenvolvimento Social) que prossigam objectivos similares ou que se destinem a beneficiários do mesmo tipo. TORRES VEDRAS 2010.2011 Gestão de Parcerias Dinamização de acordos de colaboração entre duas ou mais organizações de modo a articular intervenções. As parcerias envolvem, dependendo da sua profundidade, a partilha de informação, recursos humanos, materiais e financeiros. Divulgação Existência de mecanismos nos projectos que permitam alimentar o sistema de informação da Rede Social. Comunicação Troca, entre dois ou mais agentes, de mensagens, informações ou conhecimentos, por meio verbal ou não verbal (sinais, escrita ou comportamento). Eficácia Comparação entre os resultados observados e os objectivos definidos. A eficácia de um projecto refere-se à determinação do grau a que o projecto solucionou o problema identificado ou atingiu as necessidades identificadas do grupo-alvo tal como foram explicitadas nos objectivos do projecto. 111 DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE _ DESENVOLVIMENTO ÍNDICE SOCIAL DE GRÁFICOS TORRES VEDRAS 2010.2011 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL GRÁFICO 01 Desemprego Registado segundo Género, 2008-2009, no concelho de Torres Vedras. GRÁFICO 02 Desemprego Inscrito segundo Nível Etário, 2008-2009, no concelho de Torres Vedras. GRÁFICO 03 Desemprego por Tempo de Inscrição, 2008-2009, no concelho de Torres Vedras. GRÁFICO 04 Desempregados Inscritos face à Situação de Emprego, 2008-2009, no concelho de Torres Vedras. GRÁFICO 05 Desemprego Inscrito segundo Nível de Ensino, 2008-2009, no concelho de Torres Vedras. GRÁFICO 06 Representatividade da População Residente no concelho de Torres Vedras segundo o Nível de Ensino Atingido face à População Total, em 2001. GRÁFICO 07 Taxa de Analfabetismo por Freguesia do concelho de Torres Vedras, em 2001. GRÁFICO 08 Valor Médio Mensal de RSI Processado por Família, no concelho de Torres Vedras, entre 2007 e 2008. GRÁFICO 09 Valor Médio Mensal da Prestação de Desemprego Processado por Beneficiário, no concelho de Torres Vedras, entre 2007 e 2008. GRÁFICO 10 Utentes em Tratamento, no Centro de Respostas Integradas do Oeste, por Grupo Etário, nos anos 2007 e 2008. TORRES VEDRAS 2010.2011 113 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL GRÁFICO 11 Novas Entradas no Centro de Respostas Integradas do Oeste, nos anos 2007 e 2008. GRÁFICO 12 Utentes em Tratamento, no Centro de Respostas Integradas do Oeste, por Grupo Etário, nos anos 2007 e 2008. GRÁFICO 13 Tipo de Substâncias Psicoactivas Consumidas pelos Utentes, no Centro de Respostas Integradas do Oeste, nos anos 2007 e 2008. GRÁFICO 14 Evolução das Candidaturas do Programa de Comparticipação em Obras de Conservação, Reparação ou Beneficiação de Habitações Degradadas, 2003-2008, no concelho de Torres Vedras. GRÁFICO 15 Nº de Candidaturas Instauradas e Agregados Familiares Apoiados, Programa de Apoio ao Arrendamento, no ano 2009, concelho de Torres Vedras. GRÁFICO 16 Nº de Menores Acompanhados pela ECJ e CPCJ, nos anos 2007 e 2008, no concelho de Torres Vedras. GRÁFICO 17 Nº de Jovens Sinalizadas à DGRS, no âmbito da Lei Tutelar Educativa, nos anos 2007 e 2008, no concelho de Torres Vedras. GRÁFICO 18 Nº de Jovens Sinalizados à DGRS, no âmbito da Lei Penal, nos anos 2007 e 2008, no concelho de Torres Vedras. GRÁFICO 19 Crianças e Jovens, segundo o Género, Acolhidas no Centro Acolhimento Temporário “Renascer”, entre 2006 e 2008. TORRES VEDRAS 2010.2011 114 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL GRÁFICO 20 Crianças e Jovens, por Grupo Etário, Acolhidas no Centro Acolhimento Temporário “Renascer”, entre 2006 e 2008. GRÁFICO 21 Evolução da Frequência dos Menores no Centro de Acolhimento Temporário “Renascer”, nos anos 2006, 2007, 2008. GRÁFICO 22 Nº de Formandos por nível, nos anos lectivos 2006/2007 e 2007/2008, na Escola Profissional Agrícola Barros Leal. GRÁFICO 23 Índice de Envelhecimento (Nº), Estimado em 2007, segundo os Censos 2001, no concelho de Torres Vedras. GRÁFICO 24 Índice de Dependência (Nº), Estimado em 2007, segundo os Censos 2001, no concelho de Torres Vedras. GRÁFICO 25 Nº de Pensionistas do Regime Não Contributivo e Equiparado (Invalidez e Velhice), no concelho de Torres Vedras, em 2007 e 2008. GRÁFICO 26 Nº de Pensionistas por Regime Especial de Segurança Social das Actividades Agrícolas, no concelho de Torres Vedras, em 2007 e 2008. GRÁFICO 27 Pensão Média Mensal dos Pensionistas por Velhice do Regime Geral, no concelho de Torres Vedras, nos anos de 2007 e 2008. GRÁFICO 28 Valor Médio Mensal de CSI, Processado por Beneficiário, no concelho de Torres Vedras, nos anos 2007 e 2008. GRÁFICO 29 Nº e Tipo de Formações ministradas às IPSS’s, nos anos 2007, 2008 e 2009, no concelho de Torres Vedras. TORRES VEDRAS 2010.2011 115 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL GRÁFICO 30 Nº e Tipo de Destinatários das Formações ministradas às IPSS’s, nos anos 2007, 2008 e 2009, no concelho de Torres Vedras. GRÁFICO 31 Taxa de Ocupação da Resposta Social Centro de Convívio, segundo a Frequência Média, verificada por Freguesia no concelho de Torres Vedras, no ano 2008. GRÁFICO 32 Taxa de Ocupação da Resposta Social Centro de Dia, segundo a Frequência Média verificada, por Freguesia, no concelho de Torres Vedras, no ano 2008. GRÁFICO 33 Taxa de Ocupação da Resposta Social Apoio Domiciliário, segundo a Frequência Média verificada por Freguesia, no concelho de Torres Vedras, no ano 2008. GRÁFICO 34 Nº de Crianças a Frequentar e em Lista de Espera, na Resposta Social de Creche, no ano 2009. GRÁFICO 35 Nº de Idosos a Frequentar e em Lista de Espera na Resposta Social de Lar, no ano 2009. TORRES VEDRAS 2010.2011 116 DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE _ DESENVOLVIMENTO ÍNDICE SOCIAL DE QUADROS TORRES VEDRAS 2010.2011 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL QUADRO 01 Concelho de Torres Vedras: População Residente, segundo o Grupo Etário, por Freguesia, em 2001 e Estimada, em 2007. QUADRO 02 Insucesso e Abandono Escolar no Ensino Básico, no concelho de Torres Vedras, por Ciclo e Tipo de Curso (ano lectivo 2006/2007). QUADRO 03 Insucesso e Abandono Escolar no Ensino Secundário, no concelho de Torres Vedras, por Ano e Tipo de Curso (ano lectivo 2006/2007). QUADRO 04 Insucesso e Abandono Escolar no Ensino Básico, no concelho de Torres Vedras, por Ciclo e Tipo de Curso (ano lectivo 2007/2008). QUADRO 05 Insucesso e Abandono Escolar no Ensino Secundário, no concelho de Torres Vedras, por Ano e Tipo de Curso (ano lectivo 2007/2008). QUADRO 06 Taxa de Insucesso e Abandono Escolar no Ensino Básico, no concelho de Torres Vedras, nos anos lectivos 2006/2007 e 2007/2008. QUADRO 07 Caracterização dos Candidatos dos CNO’s, Residentes no concelho de Torres Vedras, por Género, Grupo Etário e por Ano de Certificação, entre 2007 e 2009. QUADRO 08 Processos de Acção Social e Rendimento Social de Inserção, Acompanhados pelo Serviço Local, no concelho de Torres Vedras, nos anos 2007 e 2008. QUADRO 09 Nº de Agregados Realojados e de Inscrições para Habitação Social, no concelho de Torres Vedras, entre 2007 e 2008. QUADRO 10 Medidas de Promoção e Protecção Aplicadas pela CPCJ e ECJ de Torres Vedras, nos anos 2007 e 2008. TORRES VEDRAS 2010.2011 118 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL QUADRO 11 Nº de Jovens Sinalizados (até aos 18 anos), segundo o Tipo de Crime, nos anos de 2007 e 2008, no concelho de Torres Vedras (GNR). QUADRO 12 Nº de Jovens Detidos (até 18 anos), por Tipo de Crime, nos anos 2007 e 2008, no concelho de Torres Vedras (GNR). QUADRO 13 Nº de Jovens Detidos (até aos 18 anos), por Tipo de Crime, nos anos 2007 e 2008, no concelho de Torres Vedras (PSP). QUADRO 14 Nº de Jovens Sinalizados (até aos 18 anos), por Factos Ilícitos e Tipo de Crime, nos anos 2007 e 2008, no concelho de Torres Vedras (PSP). QUADRO 15 Medidas Aplicadas às Crianças e Jovens que Frequentam o Centro de Acolhimento Temporário “Renascer”, entre 2007 e 2008. QUADRO 16 Nº de Crianças Acompanhadas pelo Projecto “Mão Cheia”, nos anos lectivos 2006/2007 e 2007/2008. QUADRO 17 Nº de Acompanhamentos Individuais, Projecto “Atitude Positiva”, por Género, nos anos lectivos 2006/2007 e 2007/2008, no concelho de Torres Vedras. QUADRO 18 Ciclo de Formação do PIEF, nos anos lectivos 2006/2007 e 2007/2008, no concelho de Torres Vedras. QUADRO 19 Ciclo de Formação: 2005/2008 – ESCO. QUADRO 20 Insucesso e Abandono Escolar no CENFIM, nos anos lectivos 2006/2007 e 2007/2008, no concelho de Torres Vedras. TORRES VEDRAS 2010.2011 119 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL QUADRO 21 Insucesso e Abandono Escolar, nos anos lectivos 2006/2007 e 2007/2008, na Escola Profissional Agrícola Fernando Barros Leal. QUADRO 22 Formandos a Frequentar a APECI (%), por Concelho, nos anos 2007 e 2008. QUADRO 23 Abandono e Sucesso Escolar, nos anos 2006 e 2007, na Formação Profissional - APECI. QUADRO 24 Nº de Pensionistas do Regime Geral Contributivo, nos anos 2007 e 2008, no concelho de Torres Vedras. QUADRO 25 Idosos Acompanhados pelo Serviço Social do Centro Hospitalar de Torres Vedras, por Suporte Familiar, Género, Grupo Etário e Freguesia, em 2009. QUADRO 26 IPSS’ s do concelho de Torres Vedras. QUADRO 27 Lotação Global dos Acordos de Cooperação entre a Segurança Social e as IPSS’s, nas Respostas Sociais de Apoio à Infância e Juventude. QUADRO 28 Lotação Global dos Acordos de Cooperação entre a Segurança Social e as IPSS’s, nas Respostas Sociais de Apoio a Idosos. _ ÍNDICE DE MAPA MAPA 01 IPSS’S no concelho de Torres Vedras, 2010. TORRES VEDRAS 2010.2011 120 DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE _ DESENVOLVIMENTO REFERÊNCIAS SOCIAL BIBLIOGRÁFICAS TORRES VEDRAS 2010.2011 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS › Almeida, João Ferreira de. (1993) Integração Social e Exclusão Social, Análise Social, vol. XXVIII, nº 123/124. › Almeida, João Ferreira de et all. (1992) Exclusão Social – Factores e Tipos de Pobreza em Portugal, Oeiras, Celta Editora. › Beguer, Louise; Mailloux-Poirier, Danielle (1995) Pessoas Idosas: Uma Abordagem Global. Lisboa: Lusodidacta. › Câmara Municipal de Torres Vedras (2008), Caracterização de situações de violência doméstica identificadas por diversas entidades parceiras. › Câmara Municipal de Torres Vedras (2007), Perfil de Saúde. › Costa, A. Bruto da. (2001) Exclusões Sociais, Cadernos Democráticos, nº2, Lisboa, Gradiva. › Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social (2008), Estratégia Nacional para a Protecção Social e Inclusão Social, Portugal 2008 -2010. › Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social (2007), Carta Social, Rede de Serviços e Equipamentos, Gabinete de Estratégia e Planeamento. › Instituto Nacional Estatístico (2008), Anuário Estatístico de Portugal 2007. › Instituto Nacional Estatístico, visitado de Maio a Novembro de 2009. Disponível em www.ine.pt. › Instituto do Emprego e Formação Profissional e Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social (1999), Metodologias de Avaliação de Intervenções Sociais, Módulos Profisss: Guia do Formando. › Instituto de Emprego e Formação Profissional, visitado de Maio a Novembro de 2009, Disponível em www.iefp.pt › Instituto da Droga e da Toxicodependência, IP (2006), Plano Integrado de Respostas Integradas (2006/2007). TORRES VEDRAS 2010.2011 122 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS › Instituto de Segurança Social, visitado de Maio a Agosto de 2009, Disponível em www.seg-social.pt › Giddens, Anthony, (2005) Sociologia. 4 ed. Porto Alegre, Artmed. › Goldberg, D. e Huxley, P. (1996), Perturbações Mentais Comuns, Lisboa: Elimetsi Editores. › Shiefer, Uirich et all (2006), Manual de Planeamento e Avaliação de Projectos, Lisboa Principia. › Shiefer, Ulrich et all (2006), Manual de Facilitação para a Gestão de Eventos e processos Participativos, Lisboa Principia. TORRES VEDRAS 2010.2011 123 DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE _ DESENVOLVIMENTO FONTES SOCIAL INSTITUCIONAIS TORRES VEDRAS 2010.2011 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL FONTES INSTITUCIONAIS › Câmara Municipal de Torres Vedras › Juntas de Freguesia › Centro de Formação Profissional da Industria Metalúrgica e Metalomecânica – Cenfim › Centro de Emprego de Torres Vedras › Centro de Respostas Integradas do Oeste › Centro Hospitalar de Torres Vedras › Centro de Saúde de Torres Vedras › Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Torres Vedras › Direcção Geral de Reinserção Social › Escola Profissional Agrícola Fernando Barros Leal › Escola de Serviços e Comercio do Oeste - ESCO › Forças de Segurança (GNR e PSP) › Instituto de Segurança Social, IP › IPSS’s - concelho de Torres Vedras › MISI (Gabinete Coordenador do Sistema de Informação do Ministério da Educação) › Plataforma SIGO › Programa Integrado de Educação e Formação – PIEF TORRES VEDRAS 2010.2011 125 DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE _ DESENVOLVIMENTO ANEXOS SOCIAL TORRES VEDRAS 2010.2011 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DIAGNÓSTICO SOCIAL PARTICIPADO A informação recolhida no âmbito dos workshop participativos, em Março do corrente ano, nos quais estiveram envolvidas 80 entidades intervenientes no concelho, ou seja, autarquias locais, entidades públicas e IPSS’s, constitui uma importante e privilegiada fonte de conhecimento empírico. A identificação dos problemas sociais, através desta metodologia – Nuvem de Problemas e Matriz de TORRES VEDRAS 2010.2011 Causalidades, permite conhecer mais aprofundadamente a realidade concelhia e envolver os parceiros na procura de respostas, que se irá concretizar na fase seguinte: a elaboração do Plano de Desenvolvimento Social. A apresentação da hierarquização dos problemas e causas por eixo foi alvo de análise por parte do Núcleo Executivo e teve por base a metodologia da nuvem de problemas e a matriz de causalidades. 127 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DIAGNÓSTICO SOCIAL PARTICIPADO › POBREZA E/OU EXCLUSÃO SOCIAL PROBLEMAS HIERARQUIZADOS Aumento dos casos de violência doméstica Elevada taxa de desemprego Elevado consumo de substâncias tóxicas Dificuldade no acesso e acompanhamento nos serviços de saúde Dificuldade de acesso ao mercado habitacional CAUSAS HIERARQUIZADAS Baixas competências pessoais e/ou familiares Famílias desestruturadas Factores externos/ internos catalizadores de instabilidade emocional TORRES VEDRAS 2010.2011 128 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DIAGNÓSTICO SOCIAL PARTICIPADO › CRIANÇAS E JOVENS EM SITUAÇÃO DE RISCO PROBLEMAS HIERARQUIZADOS Falta de competências parentais Aumento de comportamentos desviantes nos jovens Insuficiente intervenção ao nível da prevenção do risco nas crianças, jovens e suas famílias Dificuldade de articulação inter institucional Elevado índice de insucesso escolar Dificuldade de intervir eficazmente junto das famílias CAUSAS HIERARQUIZADAS Falta de competências parentais Desmotivação dos jovens e crianças face à aprendizagem Disfuncionalidade familiar TORRES VEDRAS 2010.2011 129 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DIAGNÓSTICO SOCIAL PARTICIPADO › IDOSOS EM SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE PROBLEMAS HIERARQUIZADOS Idosos com Fracos Recursos Económicos Elevado nº de idosos sem suporte familiar Elevado nº de idosos em situação de isolamento sócio-relacional no concelho de Torres Vedras Insuficiente (In)Formação que qualifique os cuidadores de idosos CAUSAS HIERARQUIZADAS Ausência de (in)formação qualificada dos cuidadores formais e informais na área da saúde mental, demência e cuidados paliativos; Ausência de sensibilização / informação dos recursos existentes junto dos idosos e famílias; Inexistência de experiências, partilha e formação nas unidades de idosos (família e elementos decisores). Ainda neste grupo foram identificados e hierarquizados problemas que, tendo em conta o seu âmbito, foram integrados no eixo das Respostas Sociais. TORRES VEDRAS 2010.2011 130 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DIAGNÓSTICO SOCIAL PARTICIPADO › RESPOSTAS SOCIAIS PROBLEMAS HIERARQUIZADOS Inadequadas respostas integradas para problemáticas específicas em idosos – saúde mental e demência Ausência de Cuidados Paliativos no concelho de Torres Vedras Falta de vagas em lar Insuficiente Dinamização na Resposta Social de Serviço de Apoio Domiciliário TORRES VEDRAS 2010.2011 131 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DISCUSSÃO EM GRUPO FOCAL Após a análise dos dados de fundamentação, relativamente aos diferentes eixos, surgiram questões de partida (mencionadas nos tópicos de análise), particularmente nos grupos das “Crianças e Jovens em Situação de Risco” e “Respostas Sociais”, sobre as quais se decidiu adoptar a técnica Discussão em Grupo Focal, com vista a aprofundar a análise destes eixos. A aplicação da metodologia decorreu nos meses de Setembro e Outubro, com a colaboração de um grupo de parceiros locais, com conhecimento privilegiado nestas matérias, TORRES VEDRAS 2010.2011 tendo subjacente como critérios de selecção dos grupos: a zona de intervenção geográfica do concelho, a diversidade de respostas sociais e áreas de intervenção diferenciadas. A Discussão em Grupo Focal permite gerar um alargado número de ideias, produzindo uma análise profunda sobre um determinado tópico, possibilitando desta forma o conhecimento das necessidades ou preocupações de um grupo, bem como os motivos pelos quais uma necessidade ou problema existe. 132 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DISCUSSÃO EM GRUPO FOCAL › RESULTADOS DA DISCUSSÃO EM GRUPO FOCAL › RESPOSTAS SOCIAIS TÓPICO DE ANÁLISE: NECESSIDADES DOS UTENTES E FAMÍLIAS QUE A INSTITUIÇÃO QUE OS REPRESENTA NÃO CONSEGUE DAR RESPOSTA INFÂNCIA › Insuficiente capacidade de resposta social creche na mesma instituição; › Insuficiente resposta horária ao nível da creche e jardim de infância; › Dificuldade dos familiares na conciliação da vida familiar/profissional. PESSOAS IDOSAS › Dificuldade na rentabilização de recursos, mobilização/ motivação para a actividade, devido à mentalidade e contextos culturais dos utentes; › Amplitude crescente da faixa etária abrangida; › Diversidade de patologias para as quais não existe qualificação dos cuidadores, nem equipamentos ou respostas personalizadas; › Dificuldades dos familiares na conciliação da vida familiar/profissional; › Difíceis acessibilidades e condições habitacionais que dificultam a qualidade do serviço prestado, na resposta social de serviço de apoio domiciliário, e acesso do utente às saídas ao exterior; › Utentes de serviço de apoio domiciliário em situação de isolamento; › Dificuldades económicas por parte da família em conciliar dispersão geográfica com respostas múltiplas e diversificadas. TORRES VEDRAS 2010.2011 133 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DISCUSSÃO EM GRUPO FOCAL › RESULTADOS DA DISCUSSÃO EM GRUPO FOCAL › RESPOSTAS SOCIAIS (CONT) TÓPICO DE ANÁLISE: NECESSIDADES DOS UTENTES E FAMÍLIAS QUE A INSTITUIÇÃO QUE OS REPRESENTA NÃO CONSEGUE DAR RESPOSTA PESSOAS IDOSAS › Desgaste físico e mental dos colaboradores e cuidadores; › Falta de informação e apoio psicológico às famílias; › Falta de divulgação das respostas sociais e esclarecimentos dos serviços prestados; › Ausência de uma gestão articulada das listas de espera de todas as respostas sociais para pessoas idosas; › Necessidade de maior articulação entre o Serviços de Saúde/ IPSS’s/ Família/ Segurança Social. DEFICIÊNCIA › Desconhecimento do número de utentes portadores de deficiência, no concelho de Torres Vedras; › Necessidade de aprofundar a articulação entre os serviços; › Elevado número de utentes sem resposta ou resposta adequada; › Envelhecimento crescente dos utentes e pais. TORRES VEDRAS 2010.2011 134 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DISCUSSÃO EM GRUPO FOCAL › RESULTADOS DA DISCUSSÃO EM GRUPO FOCAL › CRIANÇAS E JOVENS DE RISCO TÓPICO DE ANÁLISE: DIFICULDADE EM INTERVIR EFICAZMENTE JUNTO DAS FAMÍLIAS CRIANÇAS E JOVENS EM RISCO › Respostas semelhantes para problemáticas distintas; › Desconhecimento das respostas sociais existentes; › Concentração de respostas na mesma faixa etária; › Falta de intervenção precoce; › Falta de respostas para faixas etárias mais elevadas (a partir dos 16 anos); › Falta de articulação entre as diferentes entidades intervenientes na família, quer no mesmo período temporal quer na continuidade da intervenção; › Dificuldade em estabelecer contactos informais e regulares entre entidades; › Falta de envolvimento dos jovens e famílias no processo de intervenção; › Desvalorização das potencialidades do jovem e da família; › Incoerência entre os modelos apresentados por técnicos e famílias e os divulgados pela comunicação social; › Falta de criatividade, inovação e proximidade das respostas; › Insuficiente formação específica para técnicos; › Falta de apoio às escolas/professores; › Necessidade de avaliar a eficácia das respostas; › Jovens adolescentes sem ocupação de tempos livres; › Desvalorização da afectividade na intervenção. TORRES VEDRAS 2010.2011 135 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DISCUSSÃO EM GRUPO FOCAL › RESULTADOS DA DISCUSSÃO EM GRUPO FOCAL › CRIANÇAS E JOVENS DE RISCO (CONT) TÓPICO DE ANÁLISE: DIFICULDADE EM INTERVIR EFICAZMENTE JUNTO DAS FAMÍLIAS CRIANÇAS E JOVENS EM RISCO › Inadequação das respostas existentes no âmbito da formação profissional aos interesses dos jovens; › Falta de expectativas dos jovens face ao futuro; › Falta de competências parentais; › Falta de respostas no âmbito da saúde mental e saúde infantil (especialidades); › Dificuldade na convergência de um objectivo comum entre famílias e equipas técnicas; › Existência de situações sociais crónicas; › Intervenção prolongada no tempo como impedimento de uma intervenção mais eficaz; › Necessidade de reforço da articulação Escola/Família. TORRES VEDRAS 2010.2011 136 _ DIAGNÓSTICO SOCIAL E PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL FICHA TÉCNICA DIRECÇÃO Presidente do Conselho Local de Acção Social de Torres Vedras Ana Umbelino COORDENAÇÃO Nélia Feliciano Coordenadora da Rede Social de Torres CONCEPÇÃO Associação Dianova Portugal Centro Comunitário de Desenvolvimento Social de Lisboa Câmara Municipal de Torres Vedras IEFP – Centro de Emprego de Torres Vedras Escola de serviços e Comércios do Oeste - SEFO Instituto de Segurança Social, IP – Serviço Local de Torres Vedras Junta de Freguesia do Turcifal DESIGN SLINGSHOT, Design e Produções Multimédia PRODUÇÃO SLINGSHOT, Design e Produções Multimédia TORRES VEDRAS 2010.2011 137