monsieur europe - Jornal comunitário em Português | ABC

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monsieur europe - Jornal comunitário em Português | ABC
Num. 22
Ano / An 2
31 de Janeiro / 31 janvier 2015
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A Revolta dos Sargentos
A Revolta de 31 de Janeiro de 1891
Foi há 124 anos
A Revolta de 31 de Janeiro de 1891 foi
o primeiro movimento revolucionário
que teve por objectivo a implantação do
regime republicano em Portugal.
124
os
n
A
MONSIEUR EUROPE
A revolta teve lugar na cidade do Porto,
registando-se um levantamento militar
contra as cedências do Governo (e da
Coroa) ao Ultimatum inglês por causa
do Mapa Cor-de-Rosa, que pretendia
ligar, por terra, Angola a Moçambique.
As figuras cimeiras da “Revolta do Porto”
foram o capitão Leitão, o alferes Malheiro, o tenente Coelho, o dr. Alves da
Veiga, o actor Verdial e Santos Cardoso, além de vultos eminentes da cultura
como João Chagas, Aurélio da Paz dos Reis, Sampaio Bruno, Basílio Teles,
entre outros.
Os revoltosos descem a Rua do Almada, até à Praça de D. Pedro, (hoje Praça
da Liberdade), onde, em frente ao antigo edifício da Câmara Municipal do Porto,
ouviram Alves da Veiga proclamar o governo provisório da República, e hastear
uma bandeira vermelha e verde. Com fanfarra, foguetes e vivas à República, a
multidão decide subir a Rua de Santo António, em direcção à Praça da Batalha,
com o objectivo de tomar a estação de Correios e Telégrafos.
No entanto, o festivo cortejo foi bruscamente interrompido por uma forte carga de
artilharia e fuzilaria da Guarda Municipal, posicionada na escadaria da igreja de
Santo Ildefonso, no topo da rua, vitimando indistintamente militares revoltosos e
simpatizantes civis. Terão sido mortos 12 revoltosos e 40 feridos.
A reacção oficial seria implacável, tendo os revoltosos sido julgados por
Conselhos de Guerra, a bordo de navios de guerra, ao largo de Leixões. Para
além de civis, foram julgados 505 militares. Seriam condenados a penas entre
18 meses e 15 anos de prisão mais de duzentas pessoas.
Em memória desta revolta, logo que a República foi implantada em Portugal,
a então designada Rua de Santo António foi rebaptizada para Rua de 31 de
Janeiro.
(Petros Giannakouris/AP/SIP))
Alexis Tsipras
«Le verdict du peuple grec signifie la fin de la troïka», a lancé le nouvel
homme fort, évoquant les experts de la BCE, de l’UE et du FMI, qui dictent à la
Grèce une politique d’austérité depuis quatre ans en échange de 240 milliards
d’euros de prêts pour sauver le pays de la faillite.
Quelques heures seulement après sa très nette victoire aux législatives, le parti
anti-austérité Syriza a conclu un accord de gouvernement avec le mouvement
souverainiste des Grecs indépendants.
Fort de cette coalition, le leader de Syriza, Alexis Tsipras, a été officiellement
nommé Premier ministre à 15 heures lundi dernier.
Après avoir prêté serment auprès du président de la République, Carolos
Papoulias, le leader de Syriza, Alexis Tsipras, est devenu officiellement le
nouveau Premier ministre de la Grèce.
«Je servirai toujours la Grèce et l’intérêt du peuple grec», promet-il en costume
bleu, sans cravate comme à son habitude, lors d’une prestation civile de serment,
une première en Grèce, pays orthodoxe, où cette cérémonie revêt d’ordinaire un
caractère religieux.
François Hollande a été parmi les premiers à féliciter Alexis Tsipras. Le succès
de Syriza a fait naître l’espoir chez les partis de gauche radicale européens.
François Hollande a invité le nouveau Premier ministre grec, Alexis Tsipras, «à
se rendre rapidement à Paris», lors d’un entretien téléphonique, à indiqué la
présidence française dans un communiqué.
«La France sera aux côtés de la Grèce dans cette période importante pour son
avenir», afin qu’elle retrouve «le chemin de la stabilité et de la croissance»,
poursuit le chef de l’Etat, cité par la présidence française.
Visitez
Prisioneiros civis a bordo, a caminho do desterro em África
Le
Portugal
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A Chuva e o Bom Tempo
…No peito vai-me um país!
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Grèce : la victoire du parti anti-austérité en photos.
Des supporteurs de Syriza, le 25
janvier, à Athènes. Après dépouillement
de 99,80% des bulletins, le parti de
gauche a obtenu 36,34% des voix et
149 sièges sur 300 au Parlement.
(AFP PHOTO / ANGELOS TZORTZINIS)
31 de Janeiro de 1891
A revolta dos Sargentos
Foi sem dúvida um período bastante difícil para a Nação, este que antecedeu
a Implantação da República. Se o recordo hoje é apenas para salientar o
espírito decisivo dos portugueses nesses momentos conturbados, que não
receavam manifestar e inclusivamente pegar em armas, para defender os
seus ideais, os valores que achavam mais apropriados para o povo, para
a Nação. Havia, no meio de muita improvisação, algo sagrado. A defesa
da Pátria. A Identidade Nacional. Por isso surpreende-me que as Forças
Armadas Portuguesas, nos tempos que correm, se deixem frequentemente
humilhar pelo MDN, com todo o tipo de provocações à vida militar e, pelos
diversos governantes, ocupados que estão com a destruição do Património
português, vendendo o País a retalho, como tem acontecido com insultante
frequência. Que se passa? Onde estão aqueles que por juramento devem
garantir a defesa da Pátria? Porque razões assistem a este descalabro sem
reagir?
O MDN terá dito na altura da sua nomeação como ministro da defesa, que
se achava confortável no posto, visto nada perceber de tropa. De Forças
Armadas. E nesse aspecto falou certo. Confirmou. Não só não entende como
não demonstra qualquer tipo de respeito pela vida militar nem, tampouco,
pelos Valores Nacionais. É um nulo. Tem dizimado as três armas mas em
especial, o Exército. A desvalorização da IM, a venda do património militar,
a eliminação de efectivos e de aquartelamentos, a venda de aviões que
obriga à extinção de esquadrilhas, os cortes exponenciais nas pensões e
nos serviços de saúde, o fecho dos estaleiros de Viana, cortando toda a
capacidade de construção naval, área onde a competência dos nossos
técnicos era primordial, reconhecida, e tantas outras asneiras, crapulices
sem fim, a pedir uma intervenção viril, musculada, a fim de repor a ordem e
disciplina na direcção do aparelho governamental. É tempo. Basta!
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Seria talvez o momento ideal para se seguir o exemplo da Grécia. Um homem
até há pouco ilustre desconhecido, faz agora tremer os grandes da Europa.
O chefe de um partido popular e já confirmado primeiro-ministro da Grécia,
é um convicto militante anti-austeridade e pode recusar-se aos pagamentos
excessivos impostos pela troika. Em Portugal, país onde os “três serafins” se
instalaram também, enviaram para a miséria milhares de portugueses, sem
que se tenha feito a mínima contestação. Em termos reais. É certo que muita
gente protesta — nos cafés ou bares — logo esquecendo as dificuldades
com a hipócrita mensagem, emprenhada de mentiras ocasionais, de um
qualquer governante. E tudo volta à calma.
Selon Syriza, plus de 8.000 personnes
se sont rassemblées devant l’université, dans le centre d’Athènes, pour
assister au premier discours d’Alexis
Tsipras.
Foule rassemblée sur l’esplanade de
l’université d’Athènes pour écouter le
discours d’Alexis Tsipras, le 25 janvier.
(Lefteris Pitarakis/AP/SIPA)
«Bonne nuit, Madame Merkel», estil écrit sur cette pancarte à l’adresse
de la chancelière allemande, brandie
par une supportrice de Syriza, le 25
janvier, à Athènes.
(AFP PHOTO/ARIS MESSINIS)
Joie des partisans de Syriza, le 25
janvier, à Athènes.
(AFP PHOTO/ARIS MESSINIS)
A eleição grega mostrou do que um povo é capaz. Fazer frente a usurários
internacionais, que lhe roubam o pão para a boca. E que querem também
apanhar-lhe o que de bom possa haver no país. Chamo a isto, um povo com
dignidade. Nós, em Portugal, acabamos de vender, por um prato de lentilhas,
a PT. Que era para os portugueses uma bandeira…
É tempo das nossas Forças Armadas dizerem basta! A Grécia, país onde
nasceu a Democracia deu o exemplo. Bastará segui-lo.
Veja-se a preocupação e a movimentação entre os altos dignitários Europeus,
logo a seguir ao conhecimento dos resultados desvendados por Atenas. Todos
os grandes, os PM, Directores de Bancos e outros magnates, se esforçam
em uníssono, por impressionar Alexis Tsipras com pressões envolvidas
em disfarçadas ameaças, para que respeite os acordos assinados. Mas
são exactamente esses acordos, máquina infernal, que têm estrangulado
as populações do sul do Atlântico e do Mediterrâneo. O que Tsipras quer
anular não necessariamente o compromisso, antes a forma, obrigando
a intransigência alemã a conceder outras facilidades de pagamento sem
exploração do povo.
Os próximos dias, as próximas semanas, vão ser determinantes para o povo
grego. Está em jogo a dignidade nacional, o bem-estar do povo. E esses
valores são demasiados importantes para que possam ser levianamente
esquecidos. A firmeza do novo PM vai dar o rumo que a Grécia quer seguir.
De cabeça erguida, sem vacilar. Será ocasião de dizer com propriedade que
“o Povo unido jamais será vencido”.
Para nós, será a ocasião de afastar a subserviência e de impor a dignidade.
Porque parafraseando uma canção conhecida: “…no peito vai-me um país!”
Raul Mesquita
Alexis Tsipras et ses partisans, après
l’annonce de la victoire de Syriza, le 25
janvier, à Athènes.
(Lefteris Pitarakis/AP/SIPA)
Alexis Tsipras devant la foule rassemblée sur l’esplanade de l’Université
d’Athènes, le 25 janvier dans la soirée.
(AFP PHOTO/LOUISA GOULIAMAKI)
O pão que sobra à riqueza, distribuído
pela razão, matava a fome à pobreza e
ainda sobrava pão.
António Aleixo
1899-1949
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D. Dinis I, 6e roi de Portugal.
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1ère dynastie ou dynastie de Bourgogne.
Le prince Dinis est né le 9 octobre 1261,
à Santarém, fils de D. Afonso II et de D.
Beatriz de Castille. D. Dinis est proclamé
roi en 1279. L’infant Dinis se marie avec
Isabel d’Aragon, fille de Pedro II d’Aragon
et de Constance II princesse de Cécile. Ce
mariage a eu lieu le 26 juin 1282, à la ville
de Trancoso, dans une chapelle aujourd’hui
rénovée.
Durant son règne, le roi et la reine voyagent
dans tout le pays, visitant villes et bourgs
et apportent des solutions et essayent
d’améliorer la vie des pauvres et avec la
reine Isabel (dite Sainte Isabel), fonde
diverses institutions de charité.
Manuel do Nascimento
En 1293, le roi approuve la création de la
bourse des marchands. Afin de pallier les tensions avec le Saint-siège, il signe le 7 avril
1289, le concordat de 40 articles.
C’est sous le règne du roi D. Dinis I qu’en 1290, est fondée l’université de Lisbonne, et
des études générales. L’université connaîtra divers va-et-vient entre Lisbonne et Coimbra.
Il faudra attendre 1537 pour qu’elle se fixe définitivement à Coimbra.
Un siècle et demi après la fondation du
territoire portugais, sa population avait
déjà une langue qui se distinguait entre
les autres peuples péninsulaires, mais les
frontières linguistiques n’étaient pas bien
définies : le galicien et le léonais étaient un
mélange du portugais. Mais il avait aussi
à l’intérieur du territoire des communautés
qui parlaient l’arabe ou hébraïque et
conservaient livres dans ces langues,
même parfois en bilingue. Génériquement,
le Portugais (archaïque, galaïco-portugais
au nord et dialectes mozarabes au sud)
était le plus parlé. C’est à partir de 1296
qui a lieu l’adoption du portugais moderne
comme langue officielle par la chancellerie
royale, au lieu du Portugais archaïque.
Après l’officialisation de la langue, il fallait
définir les frontières entre le Portugal et
des royaumes de l’actuelle Espagne.
C’est avec le traité d’Alcanises (1), le 12
septembre 1297, entre le roi portugais D.
Dinis I et Fernando IV de Castille et León
(1). Avec le traité “por ele se restalece a
paz, fixando-se os limites fronteiriços entre
os dois reinos”, établir la paix et les limites
frontalières entre les deux royaumes. Cela
fait du Portugal le plus ancien pays aux
frontières fixes de l’Europe (§).
Le roi, préoccupé par les infrastructures
du pays, ordonne l’exploitation de mines
de cuivre, d’argent, d’étain et de fer et
organise les exploitations de ces produits
vers les autres pays européens. Il institue la
première réforme agraire au Portugal.
En 1310, Philippe IV, roi de France concède
privilèges commerciaux à marchands portugais établis à Honfleur. À partir de 1316, le roi
portugais entra en conflit avec les évêques de Lisbonne et de Porto.
Dès 1319 le roi D. Dinis I et l’infant héritier, Afonso entre en conflit et, en 1323, lors de
la bataille d’Alvalade à Lisbonne entre les forces du roi D. Dinis I et de l’infant Afonso,
c’est la mère reine Isabel, qui va tout faire pour interrompre cette bataille entre père et fils,
mais, en 1324, ils vont se confronter une fois de plus à Santarém.
En 1319, l’ordre militaire du Christ est instauré par le roi D. Dinis I, et confirmée par
la bulle Ad ea ex quibus par le pape Jean XXII. L’ordre militaire du Christ avait Castro
Marin pour siège, qui fut transféré pour Tomar en 1356, ancien siège de l’ordre Templiers
de Portugal.
Le commerce retint aussi une grande part de ses soins. Tout au long de son règne, les
foires se multiplièrent, et il accorda à plusieurs agglomérations le privilège de foires
franches (feiras francas). Les foires franches, c’était un rendez-vous calendrier dans un
lieu, où, on vendait, achetait ou échangé de tout.
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Le roi D. Dinis I reste dans l’histoire
comme un homme qui aimait la littérature,
puisqu’il écrivait lui-même de la poésie. Il
a été l’un des plus grands et plus féconds
troubadours de son temps. D. Dinis I et
selon certains témoignages, il faisait de
visites régulières à autres femmes nobles,
auxquelles, Isabel disait au roi : ide vê-las,
Senhor, et selon une ancienne tradition ;
ide vê-las, serait l’origine le nom actuel
de la ville d’Odivelas, près de Lisbonne.
D’ailleurs, il faut rappeler que c’est sous
le règne du monarque portugais que le
monastère d’Odivelas a été construit.
Il faut aussi rappeler la légende de la reine
Isabel d’Aragon ou de la reine Sainte
Isabel du Portugal. L’histoire populaire
parle du Milagre das Rosas, le miracle des
roses. Isabel, bonne mère, bonne reine, elle
cherche continuellement à être aimée par
ses sujets en pratiquant généreusement la
charité. La reine, surprise un jour d’hiver
par le roi, elle n’eut le temps de cacher
sous son manteau, le roi lui demande ce
qu’elle dissimulait sous son manteau. La
reine répondit que c’étaient des roses pour
garnir l’autel de la chapelle qu’elle avait
construite. Le roi répondit qu’il n’y avait de
roses en janvier et lui donne l’ordre de se
découvrir et de lui donner l’objet suspect.
La reine subit cette humiliation devant la
suite royale. Ouvrit son manteau laissant
apparaître des roses. Le roi y reconnaissant
un acte surnaturel laisse son épouse la reine
toute liberté de gérer elle-même ses actes
charitables auxquels elle était dévouée.
D. Dinis I, meurt le 7 janvier 1325,
son tombeau se trouve au monastère
d’Odivelas, proche de Lisbonne.
La reine Isabel, après la mort du roi, se retire dans un couvent de clarisses, second ordre
franciscain, à Coimbra. Isabel meurt en 1336.
Isabel fut canonisée, en 1625, par le pape Urbain VIII, alors que le Portugal, à cette
époque était rattaché à la couronne espagnole sous le règne Philippe IV d’Espagne ou
Philippe III du Portugal, dans le cadre de la dynastie Philippine au Portugal.
Constância, infante du Portugal, se marie avec Fernando IV de Castille, l’infant Afonso
Sancho, fils illégitime, est devenu comte d’Albuquerque et Afonso, est devenu l’hériter et
D. Afonso IV, roi du Portugal.
(1) Dans l’actuelle Espagne
(§) Sauf pour Olivença, ville donnée aux Espagnols par Napoléon (29 janvier 1801),
et que malgré le congrès de Vienne (3 janvier 1815), l’Espagne n’a pas encore rendu
Olivença au Portugal.
2015-06-01 à Drapeau aussi utilisé sous le règne de D. Dinis I, déjà utilisé sous le règne
de D. Afonso III, D. Sancho II et D. Afonso II.
2015-06-02 à La reine Sainte Isabel
2015-06-03 à Statue de D. Dinis I à Coimbra.
2015-03-04 à Plaque qui se trouve à l’extérieur de la chapelle de Trancoso, où D. Dinis
et Isabel se sont mariés.
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Investigadora da Universidade de Coimbra UC estuda o impacto do novo metro ligeiro
premiada pela Sociedade Portuguesa de de Macau
Doenças Metabólicas
Dois projectos de investigação
sobre o impacto do novo Metro
A Sociedade Portuguesa de Doenças Metabólicas atribuiu a sua distinção anual
em investigação, no valor de cinco mil euros, a Manuela Grazina, Docente da
Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC) e directora do
Laboratório de Bioquímica Genética do Centro de Neurociências e Biologia
Celular (CNC) da Universidade de Coimbra.
Ligeiro no Waterfront de Macau e
sobre os Casinos de Macau-Cotai,
desenvolvidos no Departamento de
Arquitectura (DARQ) da Faculdade
de Ciências e Tecnologia (FCTUC)
da Universidade de Coimbra (UC)
vão estar em destaque numa Missão
de Investigação da Universidade de
Coimbra a Macau, a decorrer, de 19 a
26 de Janeiro, e que visa criar pontes
de articulação entre a cidade e a sua arquitectura.
As opções apresentadas nesta investigação, liderada pelos professores Jorge
Figueira e Nuno Grande, «constituem um contributo pró-activo da UC para
o debate, hoje em curso em Macau, sobre as transformações urbanísticas e
arquitectónicas do seu tecido urbano, geradas por recentes processos de
infraestruturação na região - a inserção do novo sistema de Metro Ligeiro de
Macau e a nova faixa de aterros urbanos no Waterfront da cidade -, mas também
pela política de expansão dos Casinos e da indústria do Jogo».
«Recentes declarações do Governo
chinês apontam para a necessidade
deste desenvolvimento ser realizado
de modo mais sustentável no futuro,
contrariando a concentração excessiva
da economia de Macau nas actividades
do Jogo e na exagerada densificação
dos novos aterros urbanos», realçam
os docentes do Departamento de
Arquitectura da UC.
Durante a missão decorrerá o
Workshop WATERLINK, em parceria com a Universidade de São José de
Macau, onde os projectos da equipa da UC vão ser debatidos com importantes
instituições macaenses, nomeadamente: o Center for Architecture and
Urbanism (CURB), o Gabinete de Infraestruturas e Transportes (GIT) da Região
Administrativa Especial de Macau, o Instituto de Estudos Europeus de Macau, o
DOCOMOMO Macau e a Associação de Arquitectos de Macau.
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Manuela Grazina fundou o Laboratório de Bioquímica Genética
O prémio distingue investigação nas áreas dos erros hereditários e do metabolismo, sendo que este projecto vencedor visa, segundo Manuela Grazina,
«compreender de forma detalhada de que modo está afectado o transporte
de proteínas, codificadas pelo genoma nuclear e que têm de ser dirigidas e
importadas para o organelo – a mitocôndria – que é maioritariamente responsável
pela produção de energia nas células e tecidos, uma vez que temos resultados
preliminares no âmbito de outro projecto que sugeriram que esta via está
afectada».
Este mecanismo «nunca foi anteriormente explorado, naquele que é o grupo
mais representativo dos erros hereditários do metabolismo, as doenças raras
denominadas citopatias mitocondriais, que são ‘avarias na fábrica de energia
do organismo’, o que confere um carácter inédito a este estudo», explica a
investigadora.
Os resultados poderão ajudar a explicar de que forma «surgem as doenças
que envolvem dois genomas (o nuclear – herdado do pai e da mãe através dos
cromossomas – e o mitocondrial – herdado por via materna). «A Neuropatia
Óptica Hereditária de Leber é uma citopatia mitocondrial que causa cegueira
e afeta maioritariamente adultos jovens, portadores de mutações do genoma
mitocondrial, pelo que a identificação dos mecanismos intracelulares envolvidos
na doença, trará novas perspectivas para a compreensão das suas causas, o
que será essencial na procura de tratamentos eficazes que contribuam para a
melhoria da qualidade de vida dos doentes», salienta a docente da FMUC.
Manuela Grazina é membro do CNC desde 1992, dirigindo ainda o Laboratório
de Bioquímica Genética, fundado pela investigadora em Março de 1995,
que desenvolve testes bioquímicos e genéticos como ferramentas para a
investigação translaccional e diagnóstico, com uma forte componente de serviços
à comunidade, tendo várias colaborações internacionais.
Sobre o impacto do novo Metro
Ligeiro no Waterfront de Macau, vão
ser divulgados os resultados de uma
investigação «dedicada à articulação
entre “Cidade e Infraestrutura”, na qual
os investigadores e mestrandos do
Departamento de Arquitectura (DARQ/
FCTUC) da Universidade de Coimbra
analisaram a relação histórica entre
a cidade e a água, e concentraram
as suas opções de Projecto Urbano
e Arquitectónico (ver imagens das
maquetas propostas) em torno da
inserção do novo Sistema de Metro
Ligeiro na cidade e do seu impacto
na transformação do Waterfront Sul
da península de Macau, área sobre a
qual trabalharam outrora importantes
arquitectos portugueses como Álvaro
Siza e Manuel Vicente», afirma Nuno
Grande.
A investigação sobre os Casinos
de Macau visa analisar, em termos
académicos e críticos, «a presença
destas
estruturas
no
território,
particularmente as suas características arquitectónicas e urbanas, sem
preconceitos no plano estilístico ou programático. Pretende-se levantar e reflectir
sobre estes edifícios, agora dominantes na cidade, partindo do Casino Lisboa
até às mais recentes construções em Cotai, inventariando e analisando “casos
de estudo», conclui Jorge Figueira.
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Rosa dos Ventos
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Rose des Vents
Randonnées pédestres au Portugal
Grâce à un climat agréable tout au long de l’année, se promener à pied au
Portugal est une des meilleures façons de découvrir des recoins qu’il ne vous
serait pas possible de connaître autrement.
Dans les rues des villes et des villages, à travers champs ou au bord de la mer,
les randonnées peuvent avoir des points de départ et d’arrivée bien définis ou
alors se dérouler à votre gré, pour le plaisir de marcher et d’observer ce qui se
trouve sur la route. Pour vous orienter, vous pouvez utiliser des cartes ou suivre
les traces de ceux qui ont déjà parcouru ces chemins auparavant.
Mais il y a aussi des parcours balisés sur le terrain, avec des itinéraires certifiés et
bien définis qui offrent toute sécurité à tous ceux qui souhaitent les suivre. Ils sont
homologués par la fédération portugaise de camping et d’alpinisme (Federação
de Campismo e Montanhismo), l’organisme compétent dans ce domaine. En
fonction de leur longueur, ils sont classés comme grandes randonnées, petites
randonnées ou parcours locaux. Les grandes randonnées (GR) font toujours
plus de 30 kilomètres et certaines, transeuropéennes, s’étendent aussi dans
d’autres pays, comme le Chemin de l’Atlantique (GR–E9) qui démarre à SaintPétersbourg en Russie et qui traverse toute l’Europe. Faisant moins de 30
kilomètres, les petites randonnées
sont normalement délimitées à une
commune et les parcours locaux
couvrent des distances plus courtes.
Marcher est donc une activité qui est
à la portée de tous, puisqu’il suffit de
suivre les marques sur le terrain pour
ne pas se perdre.
Pour une plus grande sécurité, vous pouvez
prendre d’autres moyens d’orientation,
comme des cartes détaillées du terrain à
grandes échelles, qui sont produites par
l’Institut géographique portugais (Instituto
Geográfico Português). Ou la boussole
traditionnelle et autres applications
disponibles sur un téléphone portable, ainsi que des guides et des brochures
contenant des informations complémentaires sur ce que vous pouvez observer.
Vous pouvez allier la randonnée à des chasses au trésor, en pratiquant le
géocaching à l’aide de l’indispensable GPS. L’essentiel pour tous les marcheurs,
c’est le type de vêtements et de chaussures qui doivent être confortables et
adaptés au climat et au terrain. Et comme vous ne pouvez pas toujours compter
sur des établissements qui servent repas et boissons, n’oubliez pas de prendre
de l’eau et quelques aliments avec vous.
Vous avez aussi la possibilité de participer à une activité organisée par une
société, en suivant des itinéraires guidés
par des professionnels expérimentés,
qui ont déjà bien exploré le terrain. Ainsi,
ce sont eux qui marquent le rythme
et orientent la randonnée, en attirant
l’attention des marcheurs sur les points
d’intérêts et sur les détails cachés de
chaque étape. Les offres sont très
variées et vous permettent de profiter
pleinement de la promenade, sans vous préoccuper des aspects pratiques, et
de mieux répartir les efforts tout au long de la randonnée. De cette façon, quand
vous arrivez à destination, vous aurez encore plus envie de goûter l’excellente
gastronomie de chaque région et le confort d’un gîte rural.
La Route vicentine
À ne pas manquer
• voir les nids de cigognes dans les falaises du Cap Sardão
• suivre le sentier des pêcheurs, qui est encore utilisé de nos jours
•
En longeant la côte Ouest, partez à la découverte de la Route vicentine. L’océan
vous accompagne entre les falaises escarpées et vous rencontrerez parfois
des champs de fleurs sauvages qui semblent infinis. Il n’existe pas de meilleure
suggestion pour une randonnée...
Ce grand parcours pédestre s’étend sur un total d’environ 340 kilomètres, longeant
l’une des plus belles zones côtières préservées d’Europe ; il est composé de
deux itinéraires et vous surprendra par la variété des paysages.
Le « chemin historique », de 241 km, est le parcours le plus long reliant Santiago
do Cacém au Cap de São Vicente. C’est un itinéraire rural, avec treize étapes,
passant par des chemins forestiers, des petites villes et des villages avec des
siècles d’histoire, et qui peut être parcouru à pied ou à vélo.
5
Le « sentier des pêcheurs », quant à lui, suit toujours la mer par des chemins
donnant accès aux plages et aux villages de pêcheurs, sur 111 km, entre Porto
Covo et Odeceixe. C’est un parcours exclusivement pédestre, plus exigeant du
point de vue physique, et qui est organisé en quatre étapes et avec cinq itinéraires
complémentaires.Chaque étape ne dépasse pas les 25 kilomètres, étant conçue
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Les sentiers des Açores
pour une journée. Le programme est au critère de chacun, avec la possibilité
de faire seulement les expériences les mieux adaptées aux préférences et aux
conditions physiques de chaque personne.
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Os atentados de Paris e a campanha
aérea contra o ISIS
Alexandre Reis Rodrigues
Não se sabe ao certo mas é provável que tenha havido uma ligação estratégica
na decisão de levar a cabo os atentados em Paris de sete de Janeiro com a luta
que o ISIS trava para resistir à campanha aérea com que a coligação liderada
pelos EUA tenta bloquear o avanço do movimento jiadista.
Muito menos se sabe como essa ligação se terá desenvolvido e quais são os
seus contornos. Mas há várias interpretações que sustentam essa possibilidade.
A mais citada assenta na ideia de que o movimento jiadista terá concluído que o
seu futuro desenvolvimento precisa de um agravamento do relacionamento dos
Estados europeus com as respectivas comunidades muçulmanas, levando-os
a tomar medidas impeditivas da sua integração. Ou seja, aprofundar a crise de
identidade por que estão a passar as gerações mais jovens muçulmanos a viver
na Europa e tornar a narrativa jihadista para o seu recrutamento mais apelativa
e objectivamente fundamentada.
Se a ligação de facto existe vem como que uma surpr esa pois a ideia que
prevalecia era a de uma cisão no movimento jihadista, em 2014, que levou a
uma alteração da estrutura do movimento. Para os especialistas tratar-se-ia
de umacisão sem natureza ideológica, assente sobretudo numa luta interna
pelo poder e acesso a fontes de financiamento, visível em vários episódios de
combate feroz entre as forças do ISIS e combatentes da fação Jabhat al-Nusra
(afiliada da alQaeda), na Síria.
Era conhecido que Abu Bakr al-Bagdadi, o líder do Estado Islâmico e agora
conhecido pela designação de Califa Ibrahim, tinha ignorado a orientação dada
por al Zawahiri, líder da al Qaeda, para que o ISIS limitasse a sua intervenção ao
Iraque, deixando o controlo das operações na Síria para a al Nusra. Al-Baghdadi
não terá aceitado esse caminho – presume-se – para não perder a autonomia
financeira que conseguiu a partir do controlo de campos petrolíferos na Síria,
nomeadamente os campos de Deir el-Zour.
6
Era sabido também que a al Qaeda não tinha aprovada a declaração de al
Baghdadi sobre a criação do Estado Islâmico e que, malgrado o seu historial de
violência, criticava de forma hipócrita a postura sectária e muito brutal do ISIS,
em especial a sua política de decapitação de reféns.
Não obstante esta procura de diferenciação entre as duas facções do movimento
jiadista o que se verificou em Paris, a crer nas declarações dos protagonistas
dos dois atentados, foi uma acção de estreita coordenação operacional, de que
não é conhecido qualquer precedente. É curioso notar que enquanto os irmãos
Kouachi se declararam mandatados pela al Qaeda (mais concretamente a al
Qaeda na Península Arábica AQAP, que é chefiada pelo número dois de toda a
organização, Nasir al-Wuhayshi), o autor do atentado ao mercado judeu (Amedy
Coulibali) se declarou associado ao ISIS.
Tenha ou não havido coordenação ao nível estratégico é necessário ter presente
que estamos perante duas organizações de natureza bastante diferente embora
com o mesmo propósito final de expulsar os ocidentais da sua região para
instalar uma sociedade regida pelos princípios jiadistas da “sharia”. A al Qaeda
permanece como uma organização terrorista que aposta na dispersão dos seus
vários núcleos a que dá relativamente grande autonomia. O ISIS, ao contrário
da al Qaeda, procura actuar como um Estado com o seu próprio território e
com uma estrutura de forças que joga numa organização convencional malgrado
inclua grupos para a condução de guerrilha. É hoje uma entidade territorial que
controla cerca de 35% da Síria e que se tem expandido no Iraque para além das
áreas naturais de apoio sunita, estando já a norte e oeste de Bagdade.
Apesar de a natureza não monolítica do movimento se estender para além das
diferenças acima referidas, incluindo elementos que não são formalmente fiéis a
qualquer organização (os chamados “grassroot jihadists”), haverá um propósito
final comum, como acima referido. No entanto a forma final desse objectivo varia
conforme se trata da corrente nacionalista ou da transnacional. A primeira não
visa mais do que o estabelecimento de emiratos enquanto a outra pretende ir
mais longe, para o nível do califado, n um projecto global, que na sua fase final
se estenderia desde a Península Ibérica até às Filipinas.
A retórica é intimidatória mas carece de um mínimo de consistência. Nem mesmo
o que hoje se auto designa por Estado Islâmico é algo que o ISIS irá conseguir
manter por um período prolongado, muito menos alargar a mais território, se a
coligação liderada pelos EUA adoptar uma estratégia correcta. No entanto este
é um ponto sobre o qual não há tanto consenso quanto seria desejável.
Existe uma maioria que pensa que a actual política dos EUA baseada, numa
estratégia de“ containment”, é uma espécie de “half policy” que não vai chegar
para levar à desintegração do ISIS.
Derrotar militarmente o ISIS é um passo incontornável, mas, só por si, não
chegará. Há que, paralelamente, ter em conta que o aparecimento do ISIS e
a criação do Estado Islâmico são sobretudo produto do caos e da disfunção
regional instalada no Médio Oriente, situação, por sua vez, resultante - no
passado recente - da crise síria e da instabilidade no Iraque, os problemas
difíceis que, afinal, são parte essencial da equação que é preciso resolver.
É deles que também depende, presentemente, a segurança europeia.
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Defender a liberdade, sim; ser Charlie, não
•
Mário Pinto OBSERVADOR
Se alguém pensa que basta a ordem jurídica para que numa Sociedade Civil se
viva em boa paz e cooperação, em segurança e em solidariedade — em suma,
em justiça, paz e progresso —, está muito enganado.
1. Os recentes acontecimentos de Paris, do ataque mortífero brutal a um
jornal pornograficamente satírico contra as religiões e os seus mais elevados
símbolos, por parte de terroristas islâmicos em nome de um radicalismo religioso
ofendido, tiveram um grandíssimo impacte na opinião pública francesa, europeia
e mundial. E justificadamente. Desde logo, a violência e o homicídio não se
justificam, perante o direito humano fundamental à vida e à segurança. E
também não se justificam contra a liberdade de imprensa. O terrorismo, e de
terrorismo se tratou, é em absoluto uma coisa abominável, um crime contra a
paz, contra a humanidade, e merece ser detido e combatido pelo direito e pela
força legalmente prevista.
2. Mas, manifestamente, não foi só a dimensão da criminosa matança em Paris
que gerou tal comoção. Infelizmente, o terrorismo já é quase habitual; horríveis
massacres e torturas sucedem-se diariamente, designadamente sobre crianças
e mulheres, em muitos países, em maior escala e com muito maior crueldade,
sem que se desencadeie tanta comoção pública entre nós. Foi especialmente o
facto de ela se ter dirigido a um jornal e, por isso, contra a liberdade de imprensa.
Com efeito, o lema dominante das manifestações de repúdio não foi referido às
pessoas vitimadas, mas à liberdade de imprensa, no jornal em causa; e convidou
a uma identificação com o concreto Charlie Hebdo. Tivesse um igual atentado
sido a um jornal católico, ou muçulmano, por exemplo, e a manifestação de
repúdio não teria chegado ao convite a uma identificação com esse concreto
jornal.
3. Contou um bem conhecido bispo francês, D. Dominique Rey, numa sua homilia
que foi tornada pública no recente domingo do baptismo de Jesus Cristo, que um
jornalista lhe perguntou: Monsenhor, também é Charlie? Ao que ele respondeu:
«Deixe, em primeiro lugar, que eu seja eu próprio, isto é, cristão». Excelente
resposta, esta do Prelado, que bem merece ser meditada. Que dizer?
4. Desde logo, se há coisa que se pode antecipar, como questão de reciprocidade,
é que o jornal Charlie seguramente nunca diria, em qualquer circunstância, por
exemplo, «eu sou muçulmano», ou «eu sou cristão». E do que se trata é de uma
questão de reciprocidade, visto que a liberdade é igual para todos.
Ah! — poderão alguns responder — mas não é isso! Dizendo «eu sou Charlie»,
quero dizer «eu defendo a liberdade de imprensa». Muito bem; mas então porque
não se disse isso mesmo?
É que toda a gente sabe que nem toda a gente tem a mesma concepção
de liberdade de imprensa que o jornal Charlie Hebdo objectivamente usa e
implicitamente defende. Desde logo quanto aos limites e à ética da liberdade de
imprensa, que são momentos substanciais e inseparáveis de uma concepção
teórica e de uma praxis da liberdade. Assim, Charlie não pode ser consagrado
como um símbolo da liberdade de expressão para todo o mundo, com o qual nos
identificamos todos.
5. Não há apenas uma única concepção sobre a liberdade de imprensa, os seus
limites e a sua ética; e quem pretender eleger um ícone a uma concepção formal
dessa liberdade, sem limites e sem referências teleológicas, é contra a liberdade
de imprensa, porque então a liberdade mata a liberdade. Ou, pelo menos, a
liberdade fica legitimada para fazer a guerra à liberdade. O que é contraditório.
Há limites à liberdade de imprensa e há abusos criminalizados de liberdade de
imprensa. Mas antes e depois dos limites legais, variáveis em cada país, há
limites morais, de civilidade e outros, constantes de outras ordens normativas
que são inerentes e necessárias a uma vida social pacífica e solidária. Se alguém
pensa que basta a ordem jurídica — que por definição deve ser minimalista de
intervenção quanto aos conteúdos das liberdades fundamentais —, para que
numa Sociedade Civil se viva em boa paz e cooperação, em segurança e em
solidariedade — em suma, em justiça, em paz e em progresso —, está muito
enganado. A maior parte dos nossos comportamentos não são ditados pela lei,
mas sim por outras ordens normativas ou códigos de conduta. Os sociólogos
sabem e ensinam isto muito bem, designadamente os que se dedicam à
sociologia da cultura. É por esta razão que a deputada europeia Ana Gomes, que
não tem uma imagem pública de contenção verbal e de moderação ideológica
e partidária, antes pelo contrário – perdoar-me-á se sou injusto – teve toda a
razão do mundo quando, ela que tinha apoiado a manifestação de repúdio aos
atentados, discordou da capa de resposta do Charlie e disse a essa capa: “em
meu nome, não”.
6. É bem defender a liberdade de opinião e de expressão, comum para todos.
Mas é por isso mesmo igualmente bem defender a liberdade de opinião daqueles
que discordam da linha do Charlie Hebdo, e em concreto da sua página de
resposta ao atentado terrorista que sofreu. E que por isso mesmo não são
Charlie. Acresce que, em princípio, não é uma boa prática social a provocação,
mesmo dirigida aos malvados. O mal não se provoca. Esta prudência é virtuosa
e não prescinde da liberdade.
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Patrimoine Juif au Portugal
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Lieu:Sinagoga «Shaaré Tikvá»
À ne pas manquer
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aller voir, au musée archéologique de Lisbonne, la pierre de Monchique,
épigraphe hébraïque provenant de l’ancien quartier juif de Monchique,
à Porto.
visiter à Trancoso le centre d’interprétation juive Isaac Cardoso.
visiter le musée luso-hébreu Abraão Zacuto, à Tomar, où se trouve une
stèle qui fait allusion à la fondation de la grande synagogue de Lisbonne,
en 1307.
découvrir au musée d’Évora le coffre et la table du tribunal de l’Inquisition, datant du milieu du XVIe siècle.
visiter à Faro le musée Isaac Bitton, où sont reconstitués une Bar Mitzvah
(cérémonie de majorité religieuse d’un garçon de 13 ans) et un mariage
dans un décor à l’échelle réelle.
•
En traversant des villages, des petites et grandes villes, partez à la découverte
d’un patrimoine riche en vestiges qui évoquent la présence juive au Portugal.
Bien qu’il existe des références plus anciennes, c’est entre les Ve et XVe siècles
que la communauté juive séfarade, c’est-à-dire les juifs de la péninsule Ibérique,
s’établit sur le territoire qui est aujourd’hui le Portugal, contribuant de façons les
plus diverses à la culture portugaise. Protégés par les monarques, nombreux
sont ses membres, parmi lesquels se trouvaient des philosophes, humanistes,
scientifiques et marchands, mais aussi des professions plus courantes comme
cordonniers, tailleurs ou tisserands, qui participèrent activement aux différents
évènements importants de l’histoire portugaise. Notamment, le moment de la
fondation de la nationalité et leur rôle dans le peuplement du territoire puis, plus
tard, les contributions financières et scientifiques, pendant l’époque des Grandes
Découvertes en témoignent. À noter, le grand mathématicien et cosmographe
du XVIe siècle, Pedro Nunes, créateur du vernier, un instrument de navigation.
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visible l’encoche de la « mezuzah »
(parchemin contenant des mots de la
Bible, qui selon la tradition juive devait
être placé sur le montant droit de la
porte).
Un des premiers ouvrages imprimés
dans le pays fut une édition du
Pentateuque, réalisée par Samuel
Gacon, à Faro, à 1487. Il existe
plusieurs musées sur la présence
juive au Portugal, comme à Castelo
de Vide, Belmonte, Faro ou Tomar,
ce dernier étant installé dans une
ancienne synagogue du XVe siècle.
Et vous pouvez facilement partir à
la découverte de l’histoire juive du
Portugal, en suivant la Route des Judiarias, témoin de la rencontre des peuples
et des cultures que nous sommes fiers de préserver.
Dans leur diaspora, les juifs ont aussi diffusé la langue et la culture portugaises.
Pendant la Seconde Guerre mondiale, le Portugal a accueilli des milliers de juifs
qui fuyaient les persécutions nazies. Ayant une existence légale au Portugal
depuis 1912, la communauté juive a actuellement des synagogues à Lisbonne,
Porto, Trancoso et Belmonte.
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Museu Luso-Hebraico de Abraham Zacuto
- Sinagoga
Musées et Palais
Avec une façade très discrète, comme
la majorité des temples judaïques
dans le monde chrétien, l’intérieur de
la petite synagogue de Tomar est une
surprise. Le plafond est maintenu par
4 colonnes qui représentent les mères
d’Israël : Sara, Rachel, Rebecca et
Lea. Entre les colonnes 12 voûtes
se rejoignent, symbole des 12 tribus
d’Israël et dans les coins de la salle de
culte quatre brocs en argile amplifient le son des voix.
En 1496, l’édit d’expulsion des juifs au Portugal les obligea à se convertir au
catholicisme, faisant d’eux des nouveaux chrétiens. Nombreux sont ceux qui
abandonnèrent le pays, mais beaucoup d’autres restèrent et continuèrent à
pratiquer leur foi en secret, devenant ceux que l’on appelle les marranes ou
crypto-juifs. Les marques et les inscriptions symboliques de cette époque sont
encore visibles, incrustées sur les maisons des anciens quartiers juifs (judiarias),
dont les vestiges sont préservés dans certaines localités comme Trancoso,
Belmonte, Guarda ou Castelo de Vide.
Rua Nova, Rua Direita, Rua da Estrela ou Espinosa sont autant d’exemples de
noms de rues qui indiquent l’existence d’un ancien quartier juif sur les lieux. En
observant les maisons, vous pouvez voir au rez-de-chaussée une porte large
donnant accès au magasin et une autre plus étroite, l’entrée du logement qui
est situé à l’étage au-dessus. Elles témoignent du rôle important que les juifs
ont joué dans la stimulation de l’activité commerciale. Sur certaines est encore
Le Temple a été érigé à la demande de l’Infant D. Henrique, le Navigateur, à
qui la communauté judaïque a financé une partie des travaux des Grandes
Découvertes.
Avec l’expulsion des Juifs du Portugal
en 1496, la synagogue fut fermée et
eut diverses utilités jusqu’à ce qu’elle
soit acquise en 1920 par le Dr. Samuel
Schwarz, qui en fit don à l’État, à
condition qu’y soit installé le Musée
Luso-Hebraïque, où sont exposés de
nombreux objets en rapport avec le
Judaïsme
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POLVO À PORTUGUESA
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DO QUE NOS LIVRÁMOS!
Em 2008, o BPN foi nacionalizado contra a vontade dos seus accionistas. Na
altura, poucas vozes contrárias se fizeram ouvir, até porque a nacionalização
tinha o aval do governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio.
Após este acto, o Governo designou como administrador do BPN Francisco
Bandeira, um homem da confiança pessoal de Sócrates.
Entretanto, no ano seguinte, na sequência de convulsões internas, o BCP seria
‘governamentalizado’, entrando para a administração Carlos Santos Ferreira e
Armando Vara, notórios amigos de Sócrates.
O BES, por seu lado, era governado por Ricardo Salgado, cuja cumplicidade com
Sócrates se tornou a partir de certa altura evidente, ao ponto de - quebrando a
sua proverbial contenção nas referências ao poder político - elogiar por diversas
vezes o primeiro-ministro em público.
Quanto à CGD, era tutelada pelo Governo.
Em conclusão, exceptuando o BPI (de Fernando Ulrich), a partir de 2009 toda
a banca ficou ‘nas mãos’ de Sócrates ou dos seus amigos: CGD, BCP, BPN e
BES - para não falar do BdP, onde pontificava Constâncio.
Na comunicação social a situação também não era famosa.
No início do consulado de José Sócrates, o grupo Controlinvest (DN, JN e
TSF), de Joaquim Oliveira, foi logo identificado pelo primeiro-ministro como um
potencial aliado (até pela sua dependência da banca).
O grupo Cofina (Correio da Manhã e Sábado), de Paulo Fernandes, também se
mostrava cauteloso nas referências ao Governo.
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O grupo Impresa (SIC, Expresso e Visão) mantinha-se na expectativa.
O grupo RTP (RTP e RDP) pertencia ao Estado e mostrava-se dócil.
O grupo Renascença não se metia em sarilhos.
Restava o quê?
A TVI e o Público - este dirigido por José Manuel Fernandes, considerado por
Sócrates persona non grata.
O SOL só apareceria mais tarde.
Quando rebenta o caso Freeport, em 2009, as coisas vão aquecer.
A TVI estabelece um acordo com o SOL para a investigação daquele tema e
torna-se para Sócrates um inimigo declarado.
Manuela Moura Guedes, a pivô do jornal televisivo de sexta-feira (que antecipa
as notícias do Freeport), é o primeiro alvo a abater - e Sócrates empenha-se em
afastá-la por todos os meios; mas tal não se mostra fácil, dado ser mulher do
director da estação, José Eduardo Moniz.
Em desespero, Sócrates tenta usar a PT para comprar a TVI, mas o negócio
borrega.
Também há tentativas para fechar o SOL, através do BCP (que era accionista de
referência do jornal), comandadas por Armando Vara.
No que respeita à Impresa, apesar de não fazer grande mossa ao socratismo,
sofre vários ataques, designadamente por parte de Nuno Vasconcellos e
Rafael Mora, líderes da Ongoing e próximos de Sócrates, que tentam encostar
Balsemão à parede.
Finalmente, sem se perceber porquê, Belmiro de Azevedo aceita a saída de
Fernandes da direcção do Público, e Moura Guedes e Moniz deixam a TVI (indo
este estranhamente para a Ongoing…).
O SOL fica isolado - e só se salvará por ser adquirido por accionistas não
envolvidos na política interna.
Visto o controlo substancial de Sócrates sobre a banca e a comunicação social,
olhemos para o poder político. Sócrates dominava naturalmente o Governo, de
que era o chefe, e o Parlamento, onde o PS tinha maioria absoluta - só lhe
escapando a Presidência da República.
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Por isso, voltou contra Cavaco Silva todas as baterias.
O PS e o Governo tentaram tudo para implicar Cavaco no caso BPN, por deter
acções do banco (embora as tenha vendido antes de ir parGUESAa Belém).
Esta campanha contra o Presidente da República ressuscitaria com estrondo
nas eleições presidenciais de 2011, com a cumplicidade - diga-se - de muita
comunicação social.
Outro momento alto da guerra contra Cavaco foi o aproveitamento de uma gafe
de um seu assessor, Fernando Lima - que tinha falado a um jornalista sobre a
possível existência de escutas a Belém -, para tramar o Presidente.
Usando uma técnica nele recorrente, Sócrates armou-se em vítima, virou os
acontecimentos a seu favor e tentou destruir Cavaco Silva, acusando-o de
montar uma cabala.
Outra vez com a ajuda de muitos jornalistas, os socratistas exploraram o caso à
exaustão e o assunto foi objecto de intermináveis debates televisivos - onde se
chegou a dizer que o PR tinha de renunciar ao cargo!
A campanha não matou Cavaco mas fez mossa, fragilizando o único bastião que
não era dominado por Sócrates na esfera do poder político.
Talvez hoje alguns jornalistas percebam melhor o logro em que caíram.
Passando finalmente à Justiça, Sócrates tinha no procurador-geral da República,
Pinto Monteiro, e no presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Noronha do
Nascimento, não propriamente dois cúmplices, como alguns disseram, mas
duas pessoas que pareceram sempre empenhadas em protegê-lo, fossem quais
fossem as razões.
Nesta área, Sócrates contava ainda com um bom aliado: Proença de Carvalho,
pessoa influente nos meios judiciais (incluindo junto de Pinto Monteiro).
E teve sempre o apoio do bastonário da Ordem dos Advogados, Marinho e Pinto.
Portanto, também aqui, o primeiro-ministro estava bem acolchoado.
Governo, Parlamento, Justiça, comunicação social, banca: Sócrates controlava
os três poderes do Estado - executivo, legislativo e judicial - e estendia os seus
tentáculos ao quarto poder (os media) e ao poder financeiro (os bancos).
Talvez muita gente não se tenha apercebido na época deste cenário aterrador.
Mas olhando para trás - e sabendo-se o que hoje se sabe - temos noção do
perigo que o país correu: um homem sobre o qual pesam suspeitas tão graves
chegou a deter um poder imenso, que se alargava a todas as áreas de influência.
Só de pensar nisto ficamos assustados - e é muito estranho que alguns dos que
privavam com ele não se tenham apercebido de nada.
Foi lamentável ver pessoas de bem - como Ferro Rodrigues ou Correia de
Campos - fazerem tão tristes figuras, defendendo-o encarniçadamente até ao
fim.
É certo que, como bem disse José António Lima, a democracia venceu-o,
afastando-o do cargo.
Mas também foi a democracia que permitiu que um homem como este chegasse
a reunir um poder tão grande em Portugal.
Isso mostra a vulnerabilidade do sistema democrático.
P. S. - No caso dos vistos gold, logo a seguir às detenções, deu-se por adquirido
que os arguidos eram culpados, considerou-se “inevitável” a demissão de Miguel
Macedo, e António Costa disse que o Governo ficava “ligado à máquina”. Uma
semana depois, as mesmas pessoas contestam a prisão de Sócrates, invocam
a “presunção de inocência” e acham “absurdo” falar na hipótese de demissão de
António Costa.
Palavras para quê?
Editorial de José António Saraiva, no jornal Sol
Todos não somos demais
para continuar Portugal
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Les meilleures auberges de jeunesse sont Les écoles religieuses à l’âge de la laïcité
Si Québec est sérieux dans sa lutte contre l’intégrisme, il doit mettre un terme
au Portugal
Avec 20 établissements primés par les Hoscars d’Hostelworld, site de réservation
en ligne d’hébergements à petits prix, le Portugal compte les auberges de
jeunesse les plus appréciées de la planète.
aux subventions accordées aux écoles à vocation religieuse — de toutes les
confessions, dit Brian Myles.
par Brian Myles
PolitiqueLe ministre de l’Éducation, Yves Bolduc, ne rate pas une occasion de
prouver son ineptie. S’il maintient ce rythme effréné, il remplacera bientôt Sam
Hamad comme tête de turc préférée des commentateurs et satiristes.
Sa dernière trouvaille ? M. Bolduc invite «à la prudence» et refuse de reconnaître
les liens établis par le Journal de Montréal entre certaines écoles religieuses
subventionnées par Québec et des organisations islamistes soupçonnées de
financer des groupes terroristes.
M. Bolduc a renvoyé mollement la balle au ministère de la Sécurité publique,
expliquant que c’est aux policiers de mener les enquêtes appropriées.
C’est pourtant son ministère qui finance l’école Dar Al Iman, les Écoles
musulmanes de Montréal et d’autres écoles à vocation religieuse, notamment
dans la communauté juive. La balle est clairement dans son camp, mais il feint
de ne pas le reconnaître.
Quand je vous disais que la lutte contre l’intégrisme ne peut pas se réduire à
choisir la tenue vestimentaire de certains fonctionnaires provinciaux triés sur le
volet…
Le pays place ses adresses dans le haut du classement mondial des meilleures
auberges, comme Le Home Lisbon Hostel qui remporte la première place pour
les établissements de taille moyenne, suivi par le Yes! Lisbon Hostel puis le
Tattva Design Hostel à Porto.
L’Espagne représente une autre place forte pour ce type d’hébergements, avec
14 lauréats, tout comme l’Allemagne qui clôt ce top.
Ces dernières années, les auberges de jeunesse ont fait peau neuve. Fini
les dortoirs encombrés et les salles de bain douteuses, ces établissements
présentent désormais des aménagements design et confortables, voire même
des chambres individuelles, sans rien perdre de la convivialité des espaces
communs qui ont fait leur particularité.
Cette tendance gagne tous les pays, et notamment les pays émergents qui
comptent de plus en plus d’auberges primées, note Hostelworld. C’est par
exemple le cas pour la République Tchèque et la Croatie, ou même quelques
pays d’Afrique dont l’offre se développe (Mali, Sénégal, Zimbabwe).
Mais c’est surtout l’Asie qui connait la plus forte croissance dans ce domaine. Le
continent représente 20% des auberges primées cette année, alors que ce taux
n’était que de 14% l’an passé. Le Cambodge, la Chine, le Vietnam, la Malaisie
et Taïwan sont les pays les plus représentés. La meilleure auberge d’Asie est
d’ailleurs le Mojzo inn à Nha Trang au Vietnam.
En France, sixième du classement par pays, le FIAP Jean Monnet (Paris), l’Hostel
Baccarat (Nice), le St Christopher’s Inn Gare du Nord (Paris) et l’Hostel Gastama
(Lille) ont été distingués, ce dernier ayant remporté le prix de la meilleure auberge
de France.
Hostelworld a établi ce classement d’après les votes des internautes ayant
réservé sur son site en 2014, selon des critères d’ambiance, de propreté, de
services ou encore de rapport qualité-prix.
A vida é o que acontece enquanto estás
ocupado a fazer outros planos.
Si Québec est sérieux dans cette lutte, si l’État veut vraiment s’engager sur la
voie de la laïcité, il doit mettre un terme aux subventions accordées aux écoles à
vocation religieuse — de toutes les confessions.
Que ces écoles soient de confession musulmane, juive, catholique ou
protestante m’importe peu. Dans un idéal laïc, elles ne méritent pas l’argent du
public. Quel politicien aura le courage d’étendre l’austérité aux «bondieuseries»
? Certainement pas M. Bolduc, ni même les péquistes, qui s’empêtrent dans les
foulards et bouts de tissus.
Selon les informations disponibles à ce jour, les écoles mises en cause par le
Journal de Montréal ne font pas la promotion de l’intégrisme. Elles respectent
les exigences du ministère de l’Éducation, rapporte aujourd’hui Le Devoir. Elles
remplissent leur mission, qui consiste à enseigner la langue française et à
accueillir la clientèle néo-québécoise.
La toile des liens n’en est pas moins préoccupante. L’Association musulmane du
Canada (AMC) et l’Islamic Society of North America (ISNA) sont les propriétaires
de sept lieux de culte et de quatre écoles (dont celles de Montréal).
Dans deux des mosquées de l’ISNA, fréquentées aussi par les enfants, le Journal
a retrouvé de la propagande intégriste, faisant notamment l’apologie de la charia,
du terrorisme en Palestine et des attentats suicides.
L’AMC et l’ISNA n’en sont pas à leurs premières frasques. Selon des documents
d’enquête de la GRC, l’AMC, un groupe influencé par les Frères musulmans, a
déjà donné près de 300 000 dollars à l’IRFAN, une œuvre de «bienfaisance» qui
figure aujourd’hui sur la liste des entités terroristes, pour avoir acheminé près
de 15 millions de dollars au Hamas, entre 2005 et 2009. Le Hamas, considéré
comme un groupe terroriste par Ottawa, ne reconnaît pas l’État d’Israël et prône
l’instauration d’un état islamique en terre sainte.
L’ISNA a aussi perdu son statut d’organisme de bienfaisance au Canada, après
avoir acheminé 280 000 dollars au Jamaat-e-Islami, qui milite pour l’instauration
d’un état islamique dans le Cachemire indien.
Le fait que ces deux groupes soient impliqués, ne serait-ce qu’indirectement, dans
l’éducation des jeunes musulmans québécois est dérangeante — choquante,
même —, puisque les contribuables assument une bonne partie de la facture.
Le ministre Bolduc a promis d’agir. Il prévoit élargir l’habilitation sécuritaire
aux dirigeants des écoles religieuses. Les propriétaires, les directeurs et les
administrateurs qui ont soit un casier judiciaire, soit des antécédents dans la
propagande haineuse, soit des sympathies avec des groupes terroristes ne
pourront plus obtenir de permis d’écoles privées.
C’est insuffisant. Les écoles gérées par la MAC et l’ISNA reçoivent des
subventions annuelles de cinq millions de dollars du ministère de l’Éducation.
Pourquoi les Québécois devraient-ils payer pour l’éducation religieuse des jeunes
musulmans ?
La question se pose pour l’ensemble des écoles à vocation religieuse. Il ne s’agit
pas de les interdire. Par principe, les croyants devraient puiser dans leurs poches
pour financer l’éducation religieuse de leurs enfants. Ce n’est pas à l’État de le
faire.
À propos de Brian Myles
Brian Myles est journaliste au quotidien Le Devoir, où il traite des affaires
policières, municipales et judiciaires. Il a aussi été affecté à la couverture de la
commission Charbonneau. Blogueur à L’actualité depuis 2012, il est également
chargé de cours à l’École des médias de l’Université du Québec à Montréal
(UQAM). On peut le suivre sur Twitter : @brianmyles.
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TEMPO DE POESIA - X
Século XVII, época segunda
Pode dizer-se que todo o século XVII foi mais ou menos influenciado pela revolta
contra um certo espírito do fim do Renascimento, no qual predominava uma
preferência pelos autores antigos, gregos e romanos. Contra esta influência,
ergueram-se por toda a Europa, poetas que procuravam algo de diferente.
Gongora e Garcilaso de la Vega perturbaram completamente a paisagem poética
na Europa. Todos os poetas portugueses que escreveram nesta época, depois
da invasão de Portugal pelos espanhóis em 1580, escreviam ora português, ora
espanhol. A prosa também foi representada por brilhantes oradores e teólogos
como o Padre António Vieira
(1608-1697), Frei António das Chagas (1631-1682), Manuel Bernardes (16441710) que souberam enaltecer a língua.
Escolha de Isabel Meyrelles
Tradução e Colaboração de Maria Fernanda Pinto, PFr.
2
Vida que não acaba de acabar-se
chegando já de vós a despedir-se,
ou deixa por sentida se sentir-se,
ou pode de imortal acreditar-se.
Vida que já não chega a terminar-se
pois chega já de vós a dividir-se,
ou procura vivendo consumir-se,
ou pretende matando eternizar-se.
O certo é, senhor, que não fenece,
antes no que padece se reporta,
porque não se limite o que padece.
Mas, viver entre lágrimas, que importa?
Se a vida que entre ausências permanece
e só viva ao pesar, ao gosto morta.
Soror Mariana Alcoforado
“Cartas de uma religiosa portuguesa”
( 5.a carta )
(prosa poética)
10
Nunca reflectiu na maneira como me tem tratado? Nunca
pensou que me deve mais obrigações do que a qualquer outra pessoa?
Amei-o como uma louca, tudo desprezei!
O seu procedimento não é de um homem de bem.
Foi somente no fim do século XVII, que começou a elaboração do dicionário da
língua portuguesa. O Barroco contribuiu muito para enriquecer o vocabulário
nacional, apesar do que dizem os puristas. O mais interessante no século XVII,
são os poetas puramente barrocos como Frei Jerónimo Bahia -1620-1688),
Thomaz de Noronha (nascido em Alenquer em data incerta – terá falecido em
1651?), Soror Mariana Alcoforado (1640-1723), Soror Maria do Céu (1658-1753),
e sobretudo Soror Violante do Céu (1602-1683), continuadora de uma grande
linhagem de religiosas-poetas, que foi do século XVI ao século XVIII, das quais
ignoramos a maior parte dos nomes.
Sonetos de Soror Violante do Céu
1
Será brando o rigor, firme a mudança,
humilde a presunção, vária a firmeza,
Fraco o valor, cobarde a fortaleza,
triste o prazer, discreta a confiança
Terá a ingratidão firme lembrança,
será rude o saber, sábia a rudeza,
lhana a ficção, sofística a lhanesa,
áspero o amor, benigna a esquivança.
Será merecimento a indignidade,
defeito a perfeição, culpa a defesa
intrépido o temor, dura a piedade.
Delito a obrigação, favor a ofensa,
verdadeira a traição, falsa a verdade,
antes que o vosso amor o peito vença.
É preciso que tivesse por mim uma aversão natural para me não ter amado
apaixonadamente. Deixei-me fascinar por qualidades bem medíocres. Que fez
para me agradar? Que sacrifícios fez por mim? Não procurou tantos outros
prazeres? Renunciou ao jogo e à caça? Não foi o primeiro a partir para a
campanha? Não foi o último a regressar? Expôz-se loucamente, apesar de tanto
lhe haver pedido que se poupasse por amor de mim. Nunca procurou um meio
de se fixar em Portugal, onde era estimado. Uma carta de seu irmão bastou para
o fazer abalar, sem a menor hesitação. E não vim eu a saber que, durante a
viagem, a sua disposição era a melhor do mundo?
Forçoso me é confessar que tenho razões para o odiar mortalmente.Ah, eu própria
atraí sobre mim tanta desgraça! Acostumei-o desde o início, ingenuamente,
a uma grande paixão, e é necessário algum artifício para nos fazermos amar.
Devem procurar-se com habilidade os meios de agradar: o amor por si só não
suscita amor. Como pretendia que eu o amasse, e como havia formado tal
desígnio, não houve nada que não tivesse feito para o atingir; ter-se-iamesmo
decidido a amar-me, se tal fosse preciso. Mas percebeu que o amor não era
necessário para o êxito do seu empreendimento, nem dele precisava para nada.
Que perfídia! Pensa poder enganar-me impunemente? Se por acaso voltar a
este país, declaro-lhe que o entregarei à vingança da minha família...”
(as cartas de Soror Mariana Alcoforado, freira no Convento de Beja, foram
escritas em 1661 e são dirigidas a M. de Chamilly, enviado para Portugal
por Louis XIV, para ajudar os portugueses contra a invasão dos espanhóis.
Estas cartas estão traduzidas em francês desde 1948.)
Não esqueçamos também desta
época, as Academias dos Generosos
et dos Singulares, o Teatro, sob a
impulsão da Comedia dell’Arte, em
forma de marionetas e outras sátiras
e comédias (sempre vigiadas pela
terrível censura da Inquisição).
Existem muitos outros autores que
não podemos mencionar aqui, porque
a lista é exaustiva.
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Le secret du 1 %
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Comment est-il possible que certains accaparent autant de richesses, alors que
des milliards d’êtres humains vivent dans des conditions souvent difficiles ?
L’économiste Thomas Piketty explique ces inégalités par une formule très simple
: le rendement sur le capital croît plus vite que les revenus de travail.
par Pierre Duhamel
Oxfam, 1 % de la population détiendra la moitié des richesses du monde en
2016. Pire, 80 hyper-riches possèdent autant que les 50 % les plus pauvres de
la planète.
L’inégalité entre les très riches et les autres suscite beaucoup d’inconfort, quand
ce n’est pas de la révolte. Comment se peut-il que certains accaparent autant
de richesses, alors que des milliards d’êtres humains vivent dans des conditions
souvent difficiles ?
Le livre de l’économiste français Thomas Piketty sur cette question brûlante —
Le capital au 21e siècle — a été le best-seller économique de l’année 2014, et
cet enjeu fait partie de l’ordre du jour du Forum économique mondial de Davos,
cette semaine.
Thomas Piketty explique ces inégalités par une formule très simple : le rendement
sur le capital croît plus vite que les revenus de travail. Les riches qui ont accumulé
un portefeuille et un patrimoine immobilier s’enrichissent donc plus vite que ceux
qui ne comptent que sur leurs revenus de travail ou les aides de l’État.
Tous ceux qui détiennent des actions ont constaté avec plaisir que l’indice TSXS&P de la Bourse de Toronto a bondi de 7 % en 2014. Les propriétaires de
résidences de la plupart des villes canadiennes à l’ouest du Québec ont vu leur
résidence continuer de s’apprécier dans une proportion semblable. On pourrait
dire que ces personnes chanceuses sont 15 % plus riches depuis un an sans
avoir eu à travailler.
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l’argent quand ils sont nés. Cela ne fait tout de même que 15 % de rentiers.
La grande majorité des super-riches québécois sont d’ailleurs des entrepreneurs
comme Lino Saputo, Jean Coutu, Aldo Bensadoun ou Guy Laliberté.
Ces personnes peuvent avoir des revers de fortune si leurs affaires vont moins
bien. Rien n’est acquis.
Prenez la famille Bombardier. Leur actif aurait diminué de 12 % en 2014, toujours
selon Canadian Business. Mais la valeur de l’action a culbuté du tiers depuis
le début de l’année, détruisant du coup une valeur de quelques centaines de
millions de dollars.
Cette valeur accordée aux méga-super-riches est en effet une valeur théorique,
en partant de l’hypothèse que leurs biens seraient liquidés à une date convenue.
Remarquez que dans la pire des hypothèses, il n’y aura pas de membres de la
famille Bombardier et Beaudoin astreints à la pauvreté, loin s’en faut. La fortune
réelle serait toutefois bien inférieure à celle attribuée par des magazines comme
Forbes ou Canadian Business, qui établissent ce genre de classement.
Les fortunes sont en grande partie établies en fonction de la valeur des actions
détenues ou de celle attribuée à l’entreprise quand celle-ci n’est pas cotée en
Bourse. C’est sans doute comme cela que Canadian Business évalue la fortune
d’Aldo Bensadoun à 1,9 milliard de dollars, le double de l’an dernier.
Quand les marchés boursiers n’arrêtaient pas d’augmenter, avant 2007, le
nombre de millionnaires s’est multiplié aux États-Unis. Au moment de la récession
de 2008 et 2009, les millionnaires américains ont perdu le tiers de leur fortune.
En 2014, l’indice S&P 500 a crû de 11,4 %. Si vous aviez un million de dollars
dans votre portefeuille boursier en début d’année, vous avez toutes les chances
d’avoir pu réaliser un gain de plus de 100 000 dollars juste à la Bourse.
L’effet paradoxal, c’est que la récession a diminué les inégalités, alors que la
reprise les a accrues.
Je suis le premier à admettre qu’une société trop inégalitaire dans laquelle il n’y
a aucune mobilité sociale est dommageable pour l’économie. En revanche, une
société entrepreneuriale qui encourage la réussite crée à la fois des riches et de
meilleures conditions de vie pour l’ensemble de la population.
À propos de Pierre Duhamel
Journaliste depuis plus de 30 ans, Pierre Duhamel observe de près et commente
l’actualité économique depuis 1986. Il a été rédacteur en chef et/ou éditeur de
plusieurs publications, dont des magazines (Commerce, Affaires Plus, Montréal
Centre-Ville) et des journaux spécialisés (Finance & Investissement, Investment
Executive). Conférencier recherché, Pierre Duhamel a aussi commenté l’actualité
économique sur les ondes du canal Argent, de LCN et de TVA. On peut le trouver
sur Facebook et Twitter : @duhamelp.
Laval en blanc
​ our souligner le 50e anniversaire de la Ville de Laval, Sainte-Rose en blanc,
P
l’événement hivernal par excellence à Laval depuis maintenant 10 ans, devient
Laval en blanc. Du 31 janvier au 22 février 2015, venez profiter des beautés de
l’hiver et célébrer le 50e dans une ambiance féérique dans 4 quartiers de l’île.
Une foule d’activités intérieures et extérieures auront lieu les 31 janvier, 1er, 7, 14
et 21 février 2015. La fête hivernale débutera à Sainte-Rose qui, elle, en profitera
pour souligner son 275e anniversaire. Les célébrations se déplaceront au parc
des Prairies et au Centre de la nature pour les week-ends suivants. C’est à la
Place du 50e, au Centropolis, que culmineront les festivités au dernier week-end
du mois. Les citoyens auront la chance, entre autres, de participer :
Imaginez maintenant que vous vous appelez Alain Bouchard et que vous êtes
le principal actionnaire d’Alimentation Couche-Tard. Vous aurez probablement
acheté la plupart de vos actions au moment où elles valaient moins d’un dollar
à la fin des années 1990 et au début des années 2000. Il y a cinq ans, elles se
transigeaient à moins de 7 dollars. Elles ont clôturé l’année 2013 à 26,83 dollars
et ont fait un spectaculaire bond à 50,24 dollars à la fin de 2014.
Voilà pourquoi Alain Bouchard serait aujourd’hui plus riche que Charles Bronfman,
avec une fortune estimée à 2,5 milliards de dollars par le magazine Canadian
Business.
La plupart de ces nababs qui scandalisent la planète — 50 sur les 80 identifiés
par Oxfam — sont des entrepreneurs comme Alain Bouchard. Ils ont connu
beaucoup de succès, comme Bill Gates, qui vaudrait 76 milliards de dollars, ou
Amancio Ortega, l’Espagnol qui a fondé Zara, dont la fortune est évaluée à 64
milliards.
Dix-neuf autres mégariches ont hérité, mais en faisant fructifier l’héritage de leurs
parents, et il y en aurait 11 qui ont juste eu la chance inouïe de tomber dans
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Promenades historiques guidées
Pêche sur glace
Balades en carriole et en traîneau à chiens
Feux d’artifice
Glissade
Patin
Sculpture sur neige
Spectacles
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Votre Santé
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Diagnostic
La dyslexie
La dyslexie correspond à un trouble de l’apprentissage du langage écrit. Elle fait
partie, avec la dysphasie, la dyspraxie ou la dyscalculie, des troubles spécifiques
des apprentissages. Ce trouble peut concerner des enfants normalement
scolarisés ne présentant ni problème sensoriel (audition, vision), ni déficience
intellectuelle, ni lésion neurologique. En revanche, ces enfants souffrent d’un
trouble du langage écrit avec un retard de lecture d’au moins 18 mois.
Le dépistage de la dyslexie doit
être précoce mais il ne peut pas se
faire formellement avant 18 mois
d’apprentissage de la lecture. Il est
pluridisciplinaire. L’enfant peut être
repéré par son instituteur. Certains
signes comme une mauvaise tenue du
crayon, un refus d’écrire, une écriture
illisible ou un travail peu soigné doivent
alerter.
L’enseignant peut proposer une
consultation médicale, le médecin
l’orientant ensuite vers un orthophoniste, un orthopédagogue et
un psychologue. Les Centres de
Références pour les Troubles des Apprentissages (CRDTA), constitués d’une
équipe multidisciplinaire et présents dans de nombreuses régions, peuvent
également porter un diagnostic de dyslexie.
Différents tests globaux des fonctions cognitives (mémoire, attention...), de
lecture et de langage sont proposés. On peut citer l’outil de dépistage Odedys
ou le test duPoucet, court texte qui permet, à partir du temps de lecture et du
nombre d’erreurs, d’estimer la gravité de la dyslexie.
Des examens de la vue, de l’audition et des examens neurologiques sont
également réalisés. Tout comme des tests psychologiques. Ils permettent
d’éliminer d’autres paramètres qui peuvent être responsables de difficultés de
lecture. Cette évaluation complète permettra de confirmer ou non la dyslexie.
Causes
12
La dyslexie peut entraîner, au delà des difficultés d’apprentissage de la lecture,
des problèmes sociaux, de comportement ou d’anxiété.
Il existe trois types de dyslexies : la dyslexie phonologique, la dyslexie de surface
et la dyslexie mixte.
La dyslexie phonologique se caractérise par une difficulté à «déchiffrer» les mots.
La dyslexie de surface correspond à une difficulté à reconnaître un mot dans sa
globalité. La dyslexie mixte associe les deux types de dyslexie précédemment
cités.
Pour mieux comprendre les processus en jeu dans la dyslexie : comment lit-on ?
D’après de nombreux travaux, la lecture est le produit de deux compétences :
l’identification des mots écrits et la compréhension. La dyslexie serait due avant
tout à un problème d’identification des mots écrits, même si les problèmes de
compréhension restent présents.
•
•
•
Pour lire un mot, il existerait deux processus :
Un processus basé sur le code phonologique (voie d’assemblage): une
lettre ou un groupe de lettres (unité de sens) renvoie à un phonème (unité
de son, différent d’une syllabe). A la lecture, les graphèmes (représentation
graphique) correspondent aux phonèmes. Ainsi, le mot « château » est
constitué de 7 lettres et de 4 phonèmes /ch/ /â/ /t/ /eau/. Ce processus est
très utilisé au début de l’apprentissage de la lecture. Il permet de déchiffrer
les mots.
Un processus basé sur le code orthographique (voie d’adressage): ce
processus fait appel à la mémoire. La forme globale du mot est reconnue.
Cette voie permet de lire les mots irréguliers comme « oignon ». Elle est très
utilisée chez les lecteurs experts.
Prévalence
La dyslexie toucherait 5% des enfants. Près de 1 % d’entre eux serait atteint
d’une déficience sévère.
Les causes de la dyslexie sont encore
méconnues. Plusieurs hypothèses
scientifiques sont avancées1w. La
théorie phonologique admet le plus
grand consensus. Selon cette théorie,
les personnes dyslexiques souffriraient
d’un trouble de la représentation
et de la manipulation mentale des
sons de parole. La théorie visuelle
suggère de son côté que certains
enfants présentent des troubles visuoattentionnels. Enfin, un problème de
migration des neurones est parfois
mis en cause. Les neurones impliqués
dans la lecture naissent dans une zone
non-spécifique du cerveau puis migrent vers la zone du cerveau dédiée à la
lecture. Chez les dyslexiques, cette migration ne se passerait pas normalement.
Ces anomalies pourraient être d’origine génétique (les antécédents familiaux
sont fréquents dans la dyslexie) mais cela reste encore à confirmer. Certains
chercheurs ont trouvé une anomalie au niveau du chromosome 15, d’autres au
niveau du chromosome.
Troubles associés
Les enfants dyslexiques présentent presque toujours une dysorthographie
(difficultés en orthographe) associée. La dyslexie est également liée, dans plus de
la moitié des cas, à des troubles du langage oral apparus dans la petite enfance.
La dyslexie augmenterait le risque de souffrir d’hyperactivité et de troubles de
l’attention (TDAH)4. On peut retrouver des problèmes de mémorisation, de
coordination ou de latéralisation.
Conséquences
Les conséquences sont très variables en fonction de la sévérité des troubles.
Les enfants souffrant de dyslexie rencontrent souvent des difficultés scolaires
qui peuvent se traduire par un mal-être, de l’agressivité ou des comportements
inadaptés.
En France, les enfants dyslexiques
bénéficient d’un Projet Personnalisé
Scolaire (PPS). Ce document permet
aux parents, enseignants, rééducateurs
et à l’enfant d’établir ensemble un projet.
Ce dernier précise les modalités du
déroulement de la scolarisation de l’enfant
et les aménagements nécessaires (ordinateur, temps supplémentaires...). Il
recense et articule toutes les actions
pédagogiques, éducatives, médicales
et paramédicales entreprises avec
l’enfant.
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Le silence des pantoufles est
plus dangereux que le bruit des
bottes.
Texte de Martin NIEMÖLLER (1892-1984)
Un homme dont la famille faisait partie de l’aristocratie allemande, avant la
seconde guerre mondiale, possédait un certain nombre de grandes usines et de
propriétés. Quand on lui demandait combien d’allemands étaient de véritables
nazis, il faisait une réponse qui peut guider notre attitude au regard du fanatisme.
Peu de gens sont de vrais nazis, disait-il, mais nombreux sont ceux qui se
réjouissent du retour de la fierté allemande, et encore plus nombreux ceux
qui sont trop occupés pour y faire attention. J’étais l’un de ceux qui pensaient
simplement que les nazis étaient une bande de cinglés. Aussi la majorité se
contenta-t-elle de regarder et de laisser faire. Soudain, avant que nous ayons pu
réaliser, ils nous possédaient, nous avions perdu toute liberté de manœuvre et
la fin du monde était arrivée. Ma famille perdit tout, je terminai dans un camp de
concentration et les alliés détruisirent mes usines.
La Russie communiste était composée de russes qui voulaient tout simplement
vivre en paix, bien que les communistes russes aient été responsables du
meurtre d’environ vingt millions de personnes. La majorité pacifique n’était pas
concernée.
L’immense population chinoise était, elle aussi, pacifique, mais les communistes
chinois réussirent à tuer le nombre stupéfiant de soixante-dix millions de
personnes.
Le japonais moyen, avant la deuxième guerre mondiale, n’était pas un belliciste
sadique. Le Japon, cependant, jalonna sa route, à travers l’Asie du sudest, de meurtres et de carnages dans une orgie de tueries incluant l’abattage
systématique de douze millions de civils chinois, tués, pour la plupart, à coups
d’épée, de pelle ou de baïonnette.
Et qui peut oublier le Rwanda qui s’effondra dans une boucherie. N’aurait-on pu
dire que la majorité des Rwandais était pour la Paix et l’Amour ?
Les leçons de l’Histoire sont souvent incroyablement simples et brutales,
cependant, malgré toutes nos facultés de raisonnement, nous passons souvent à
côté des choses les plus élémentaires et les moins compliquées : les musulmans
pacifiques sont devenus inconséquents par leur silence.
Aujourd’hui, des experts et des têtes bien pensantes, ne cessent de nous répéter
que l’Islam est la religion de la paix, et que la vaste majorité des musulmans ne
désire que vivre en paix. Bien que cette affirmation gratuite puisse être vraie, elle
est totalement infondée. C’est une baudruche dénuée de sens, destinée à nous
réconforter, et, en quelque sorte, à diminuer le spectre du fanatisme qui envahit
la Terre au nom de l’Islam.
Le fait est que les fanatiques gouvernent l’Islam, actuellement. Ce sont les
fanatiques qui paradent. Ce sont les fanatiques qui financent chacun des
cinquante conflits armés de par le monde. Ce sont des fanatiques qui assassinent
systématiquement les chrétiens ou des groupes tribaux à travers toute l’Afrique et
mettent peu à peu la main sur le continent entier, à travers une vague islamique.
Ce sont les fanatiques qui posent des bombes, décapitent, massacrent ou
commettent les crimes d’honneur. Ce sont les fanatiques qui prennent le contrôle
des mosquées, l’une après l’autre. Ce sont les fanatiques qui prêchent avec zèle
la lapidation et la pendaison des victimes de viol et des homosexuels. La réalité,
brutale et quantifiable, est que la majorité pacifique, la majorité silencieuse y est
étrangère et se terre.
Les musulmans pacifiques deviendront nos ennemis s’ils ne réagissent pas,
parce que, comme mon ami allemand, ils s’éveilleront un jour pour constater
qu’ils sont la proie des fanatiques et que la fin de leur monde aura commencé.
Les Allemands, les Japonais, les Chinois, les Russes, les Rwandais, les Serbes,
les Albanais, les Afghans, les Irakiens, les Palestiniens, les Nigériens, les
Algériens, tous amoureux de la Paix , et beaucoup d’autres peuples, sont morts
parce que la majorité pacifique n’a pas réagi avant qu’il ne soit trop tard.
Quant à nous, qui contemplons tout cela, nous devons observer le seul groupe
important pour notre mode de vie : les fanatiques.
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Enfin, au risque de choquer ceux qui doutent que le sujet soit sérieux et détruiront
simplement ce message, sans le faire suivre, qu’ils sachent qu’ils contribueront à
la passivité qui permettra l’expansion du problème.
Aussi, détendez-vous un peu et propagez largement ce message.
Espérons que des milliers de personnes, de par le monde, le liront, y réfléchiront
et le feront suivre...
Quand ils sont venus chercher les communistes, je n’ai pas protesté parce que
je ne suis pas communiste.
Quand ils sont venus chercher les Juifs, je n’ai pas protesté parce que je ne suis
pas Juif.
Quand ils sont venus chercher les syndicalistes, je n’ai pas protesté parce que je
ne suis pas syndicaliste.
Quand ils sont venus chercher les catholiques, je n’ai pas protesté parce que je
ne suis pas catholique.
Et lorsqu’ils sont venus me chercher, il n’y avait plus personne pour protester.
Texte de Martin NIEMOLLER (1892-1984), pasteur protestant arrêté en 1937 et
envoyé au camp de concentration de Sachsenhausen. Il fut ensuite transféré
en 1941 au camp de concentration de Dachau . Libéré du camp par la chute du
régime nazi, en 1945.
On ne peut s’empêcher de repenser à cette phrase de l’un de nos congénères
les plus éclairés, lui aussi allemand d’origine :
Le monde est dangereux à vivre non pas tant à cause de ceux qui font le mal,
mais à cause de ceux qui regardent et laissent faire.
Albert Einstein
Le maire Luc Ferrandez «récompensé» par
la Fédération canadienne de l’entreprise
indépendante
Marie-Ève Dumont, JM
Le maire du Plateau-Mont-Royal, Luc Ferrandez, est celui qui a mis le plus de
bâtons dans les roues aux entreprises parmi tous les maires au Canada, selon la
Fédération canadienne de l’entreprise indépendante (FCEI).
Le prix Poids lourd de la paperasserie est remis chaque année au niveau
municipal, provincial et fédéral, à l’instance qui a mis en place des tracasseries
administratives qui pèsent lourd sur les PME.
Le maire du Plateau et chef de l’opposition officielle à l’hôtel de ville l’a emporté
cette année avec son règlement qui oblige les propriétaires de restaurants avec
terrasse à remplacer toutes les chaises en plastique afin de respecter les critères
d’esthétique imposés par son arrondissement.
Selon la FCEI, cette mesure «peut représenter des frais élevés pour des
restaurateurs dont les marges bénéficiaires sont déjà très minces».
Toujours plus de mesures
Contactée par Le Journal, l’Association des restaurateurs du Québec appuie
l’octroi de cette «récompense»
.
«Nous sommes tout à fait d’accord avec la décisionde la fédération. De demander
à tout le monde de jeter son équipement aux vidanges, c’est un manque de
respect pour les commerçants», a indiqué le vice-président affaires publiques
François Meunier.
L’Association des commerçants du Plateau-Mont-Royal est aussi du même avis.
«Les mesures s’accumulent les unes après les autres. Les cinq premières années
sont tellement difficiles pour un commerce, il ne faut pas les assommer avec
des mesures comme les chaises qui engrangent des dépenses importantes»,
soutient un porte-parole de l’Association.
Mention à Rosemont
L’attaché politique du cabinet de l’opposition à la Ville de Montréal a réagi au
nom de M. Ferrandez en indiquant que c’est à la demande d’une association de
commerçants que le règlement a été adopté. D’autres associations avaient aussi
applaudi l’initiative.
«Il serait intéressant que la FCEI parle à ses propres membres si elle veut
démontrer un minimum de crédibilité», a soutenu Guillaume Cloutier, attaché
politique.
M. Ferrandez n’était pas le seul élu montréalais à se retrouver dans ce palmarès.
Son collègue du même parti, le maire de Rosemont-La-Petite-Patrie, François
W. Croteau, était aussi en nomination pour avoir instauré un nouveau règlement
interdisant la mise en place de nouveaux services à l’auto.
13
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14
J Y M ARCHITECTURE
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PORTO CABRAL
Le soleil embouteillé
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Cidadãos Next Door
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CC: [email protected]; [email protected]
Amigos,
Dizia há tempos o Ricardo Araújo Pereira, justificando a sua presença no 8º
Fórum da Diabetes: “em princípio, eu tenho o efeito que um acidente tem na
estrada... as pessoas param para ver o que se passa”.
Pela parte que me toca, não tenho, nem de perto nem de longe, tamanha
capacidade mobilizadora. Sou a “vizinha do lado” da cidadania, um simples
anónimo que, um dia, chegou a esta conclusão elementar: se o Acordo
Ortográfico é uma medida política, então o seu fim terá de ser, também ele, uma
medida política.
Sou a D. Otília do 3º Esquerdo, que um dia pensou na Constituição da República
Portuguesa e achou que ela lhe garantia o direito de redigir uma Lei. Eu, a D.
Otília e milhares de cidadãos como nós, subscrevemos a ILC pela revogação
da RAR 35/2008 (a “lei” que abre caminho ao Acordo Ortográfico em Portugal).
Haverá gesto mais político do que este?
Bom, perguntarão os meus amigos, a D. Otília como tem passado?
Em tempos pedi a vossa ajuda para esta luta, e assim, em jeito de balanço, aqui
fica: estamos em Janeiro de 2015 e estamos perto das 15.000 assinaturas.
Este número tem duas leituras. Para “cidadãos next door” como nós, 15.000
assinaturas EM PAPEL, enviadas pelo correio, é um número excelente. Quinze
mil cidadãos eleitores, em Portugal e espalhados pelo mundo, deram-se ao
trabalho de imprimir e preencher um impresso, e de ir a uma estação de correios
para o enviar. Se a D. Otília quisesse fazer um partido político, ou candidatar-se
à Presidência da República, já teria o dobro das assinaturas necessárias. É um
feito extraordinário.
Infelizmente, para uma Iniciativa Legislativa de Cidadãos, não é suficiente.
Embora esteja perto, não chega ainda a metade das subscrições requeridas
por Lei. As regras das ILC estabelecem patamares elevados, que não estão
ao alcance do cidadão comum. Não admira que esta forma de democracia
participativa tarde em sair do papel e que, desde o 25 de Abril, apenas três ILC
tenham chegado ao plenário da Assembleia da República — sempre, como não
podia deixar de ser, com o apoio de estruturas organizadas (partidos, sindicatos,
corporações, etc.).
Mas voltemos ao Acordo Ortográfico. Os meus amigos já disseram tudo o que
havia a dizer sobre este assunto. Alguns assinaram artigos de opinião em
jornais, outros referiram-no na rádio ou em páginas pessoais. No mínimo, todos
subscreveram a ILC e deram a devida autorização para noticiar esse facto no
site oficial da Iniciativa...
...e no entanto, aí o temos. Bem podemos protestar: “nunca utilizaremos o AO!”.
Não é verdade. Utilizamo-lo todos os dias, quando lemos. Entra-nos pelos olhos
dentro.
E como dói. Em especial quando deixa a nu o caos ortográfico que se vai
instalando paulatinamente. “Cidade invita”, “otogenário”, “proveta idade”,
“batéria resistente”... são aos milhares os erros que não existiam antes do AO,
provenientes de fontes tão insuspeitas como o Diário da República, teses de
doutoramento ou rodapés de televisões.
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O Acordo Ortográfico é um espantalho ambulante, um absurdo sem pai nem
mãe mas, aparentemente, com pernas para andar. Como é possível que uma
norma elegante, coerente e, principalmente, estável como é a de 45 esteja em
risco de desaparecer, engolida por um emplastro normativo que dá pelo nome de
AO90 — que ninguém, no seu perfeito juízo, consegue defender?
Em boa verdade, quem defende o Acordo parece apostar num único trunfo: a
inércia. E o cansaço de quem defende a Língua Portuguesa.
Pode este cenário kafkiano piorar? Sim, pode.
O ano que agora se inicia é o último do período de transição previsto pelo
Acordo. É verdade que nunca é tarde para corrigir um erro mas não tenhamos
ilusões: se nada acontecer até ao final de 2015, o AO90 tornar-se-á praticamente
irrevogável... mesmo que Angola e Moçambique continuem sem o ratificar,
mesmo que Angola crie a sua própria norma pt-AO como já se aventou no Jornal
de Angola, mesmo que o Brasil abandone o Acordo em favor de alterações ainda
mais radicais, como se prepara para fazer.
Consumado esse aberrante cenário, o Acordo Ortográfico alcançará então os
píncaros da sua esplendorosa inutilidade.
Será possível? Como é que deixámos “isto” chegar a este ponto?
Em boa verdade, nada parece ser demais para o país dos submarinos, da
parque-escolar e dos bancos maus. O Acordo Ortográfico parece peixe pequeno
no meio de tanto desvario.
Mas a D. Otília pensou um pouco e chegou a uma conclusão: se há um absurdo
que não se pode ignorar, é precisamente o Acordo Ortográfico. Os submarinos
metem a mão no nosso bolso, o AO mete a mão na nossa identidade. O AO
é, verdadeiramente, o pai e a mãe de todos os absurdos — nada é impossível
num país que aceita o Acordo com um encolher de ombros ou, pior, com um
provincianismo deslumbrado perante a sua suposta modernidade.
Não tenhamos ilusões: é a bovina aceitação do Acordo que explica a bovina
aceitação da crise e não o contrário.
Meus amigos: não é possível continuar nesta apagada e vil tristeza.
Esta “carta” é um apelo às armas, um apelo à responsabilidade de todos nós
nesta matéria. Cairemos de cabeça erguida e de consciência tranquila — ou,
quem sabe, talvez não caiamos. A única certeza é a de que, se nada fizermos,
cairemos.
Peço-vos que tragam este assunto novamente para o centro das vossas atenções.
Mencionem-no nos diversos “fora” a que têm acesso, promovam-no em páginas
pessoais. Façam vídeos caseiros apelando à subscrição da ILC como forma de
luta (basta um simples telemóvel) ou, de alguma forma, contestando o Acordo
Ortográfico.
A Língua Portuguesa merece este esforço de todos nós. Há uma grande maioria
da população que nunca deu grande importância a este assunto. Juntos,
poderemos levar essas pessoas a interrogarem-se sobre esta questão, ou seja,
a parar um pouco para ver o que se passa.
Atenciosamente,
Rui Valente
[email protected]
fr: je parle portugais...et vous ?
pt: eu falo português...e você ?
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Duas grandes tretas,
ambas repulsivas!
abc portuscale
Frio e gripe, quais patinhos feios, serão
os maus da fita?
Brasilino Godinho
O diário Correio da Manhã, noticia:
Brasilino Godinho
O SAPO inseriu notícias referentes a duas tretas que são com frequência
apresentadas ao público.
A primeira, foi denunciada por Silva Peneda: “A ideia de autoregulação do
mercado é uma treta”.
Depois do colapso financeiro e, por arrasto, do descalabro da economia,
ocorridos nos últimos tempos, há a convicção de que não faz sentido insistir-se
no que já é considerado um erro crasso: manter o modelo de funcionamento
dos mercados financeiros que vem causando devastadoras consequências em
diversos países, incluindo Portugal.
Silva Peneda, social-democrata de rija têmpera e com imagem de político
sensato, está certo na oportuna avaliação abrangente (nacional e internacional)
que faz na presente conjuntura.
A segunda, refere-se à deprimente mania da regionalização que, ciclicamente,
quando se avizinham eleições, o Partido Socialista, exercitando uma deplorável
continuidade obsessiva, traz à colação e que constitui uma séria ameaça de
desconformidade político/administrativa muito onerosa e prejudicial ao País.
A seguir, transcrevemos trechos (que numeramos, para melhor incidência dos
nossos comentários) da notícia da RENASCENÇA, inserta no portal SAPO.
1.António Costa defende descentralização
Novo atentado contra o Estado de Direito
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O fim era óbvio e já tentado anos antes – Sócrates precisava de matar a imprensa
livre para não morrer politicamente. Com o seu advogado na liderança de um
importante grupo de Comunicação Social, José Sócrates mexia os cordelinhos
dos seus fiéis para coarctar a liberdade ao Correio da Manhã.
O fim era óbvio e já tentado anos antes – Sócrates precisava de matar a imprensa
livre para não morrer politicamente. Ensarilhado em conflitos de interesses vários,
que vão do BES a Angola, em que ocultou informação relevante sobre a situação
do grupo de Ricardo Salgado; de Sócrates à Altice; da Zon à TAP; também
Proença de Carvalho e seus múltiplos clientes precisam do manto discreto da
censura prévia para vender Portugal a retalho sem ética nem dano próprios.
Para o cidadão Proença, como para Sócrates, qualquer laivo de liberdade de
imprensa é um perigo para a opacidade necessária aos seus negócios, que
acabarão por fazer de Portugal um imenso campo de refugiados, sem orgulho
nem esperança.
É neste contexto que deve ser lida a notícia de hoje, e as que o CM avançará nos
próximos dias, sobre o pântano que Proença tempera na sua enorme panela de
feiticeiro das leis e das ordens. Para Proença, como para Sócrates, o nosso país
só é viável se os procuradores tiverem medo, os juízes vergarem a cerviz aos
novos-ricos e os jornalistas não tiverem inquietações que vão além do estado
do tempo e das ocorrências do acaso. É cada vez mais necessário saber o que
dizia Sócrates nas escutas ocultadas aos cidadãos, que portugueses dignos e
juristas de qualidade classificaram como atentado ao Estado de Direito.
Agora, a história repete-se com Proença de Carvalho, já detentor do controlo
sobre dois importantes jornais e uma rádio, a visar o controlo da TVI e o
amordaçar dos produtores de conteúdos independentes, com a compra da
PT pelos franceses da Altice. É perante esta grave ameaça sobre a liberdade
de expressão e de imprensa que, à semelhança do que aconteceu na Face
Oculta, o CM irá constituir-se assistente no processo que agora corre contra o
empobrecimento de Portugal, promovido por José Sócrates e os seus inúmeros
títeres.
Frio e gripe matam 1176 pessoas em 15 dias.
Decerto que a estatística está incompleta. Provavelmente, faltam dados de todo
o país. Mas mil cento e setenta e seis pessoas mortas em 15 dias já é um
número assinalável que tenderá a aumentar nas próximas semanas. Um feito
de monta nos domínios do ministério da Saúde (melhor dizendo: do ministério
da Doença). E de tal dimensão que despertará a inveja ao ministro Taro Aso, do
império do Sol Nascente.
Também nesta informação jornalística não se esgota a verdade dos infaustos
acontecimentos.
Porquê? Por haver a certeza que muito fácil é atirar as culpas para o frio e
para a gripe. Também de não ignorar a conveniência governamental de o
estado atmosférico e a influenza servirem de eficazes operadores mortíferos e,
sobretudo, de opaco biombo para esconder a tenebrosa realidade.
Mais complicado é atribuir grandes responsabilidades ao governo e à famigerada
austeridade; visto que não será cómodo nem gratificante para os jornalistas
aventurarem-se a pôr o dedo na ferida. Isto é: chamar a atenção dos portugueses
para o indesmentível facto de que o governo criou todas as piores condições de
pobreza, de miséria e de difícil sobrevivência, para todos quantos se encontram
desprovidos de recursos múltiplos e se localizam num meio adverso que tem sido
deliberadamente programado para ser objecto de inúmeras medidas delineadas
com a finalidade de agravar as debilitadas vidas dos infelizes portugueses – o
que se traduz na criação de circunstâncias, as mais desfavoráveis, propícias
aos ataques dos vírus gripais e aos tristes desenlaces que vão sucedendo
diariamente.
E neste evidente aspecto de atingir, durante o seu mandato, o desejado genocídio
de parte seleccionada da população portuguesa, o governo nem precisa de dar
nas vistas como aconteceu com o ministro das Finanças do governo japonês,
Taro Aso.
Este, no ano passado, proclamou: “Morram os velhos!”
Em Portugal há gente mais expedita e mui espertalhona... que não se expõe
desta maneira.
Mas, não haja dúvidas: Taro Aso devia vir a Portugal tomar instrução sobre
como as coisas se fazem à socapa, sem alarme público, com a maior limpeza e
avassaladores resultados.
Teria muito que aprender com o grande mestre Passos Coelho que logo ao iniciar
o mandato disse que os portugueses iriam empobrecer – e nisso se empenhou
de alma e coração. Se o ministro japonês foi peremptório no mando de liquidação
dos idosos, o grande chefe Coelho ao impor o empobrecimento, alinhou pelo
mesmo desígnio: morram os velhos. Diferença e artifício de expressões. Mas a
ideia do japonês Taro, coincide com a ideia do português Coelho.
Claro que o empobrecimento à maneira de Passos Coelho tem sido mais que
meio caminho andado para acabar com a classe média e com os velhos, as
pessoas e as crianças mais desfavorecidas, que são estorvo numa sociedade
fanaticamente neoliberal concebida à imagem - e sujeita à vontade - do grande
chefe da tribo governamental portuguesa.
Entretanto, os trombeteiros da parada da paródia que se exibe nos terrenos
pantanosos adjacentes aos palácios de S. Bento e de Belém, em Lisboa,
continuam fazendo a festa, deitando os foguetes e, assim como quem não quer
a coisa, vão alegremente aniquilando os cidadãos e destruindo o País.
Finalmente, em resposta à pergunta:
Eles, governantes, são os maus da fita?
Há que responder vigorosamente e sem subterfúgios:
Certamente que o são!
Cumpriu-se o Mar, e o Império se desfez.
Senhor! Falta cumprir-se Portugal.
Fernando Pessoa
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Avez-vous déjà examiné votre passeport
canadien sous une lumière UV?
Source: imgur.com
Mikael Lebleu
À moins d›être agent d›immigration ou douanier, vous n›avez probablement
jamais inspecté votre passeport sous une lumière UV. Pourtant, le nouveau
passeport électronique canadien émis depuis le 1er juillet 2013 cache de
nombreux secrets.
Lorsque exposé à une lampe à rayonnement ultraviolet, le nouveau passeport
canadien révèle de magnifiques fresques colorées rappelant des événements
marquants de l’histoire du Canada et certains personnages et lieux emblématiques
de son patrimoine, dont les chutes du Niagara, Terry Fox et Samuel de Champlain.
Stupéfait par cette découverte, un utilisateur du site d’hébergement d’images
imgur a partagé plusieurs photos avant/après du passeport de son ami.
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La semaine en photos
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À l’instar du Québec et d’une bonne partie du Canada, l’Irlande du Nord a été
touchée, ces derniers jours, par une vague de froid et des chutes de neige…
ce qui n’a pas empêché cet adepte de surf d’hiver de se rendre à la plage de
Portrush pour s’adonner à son activité préférée.
(Photo : Charles McQuillan/Getty Images)
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Des militaires indiens jouent les cascadeurs sur des motocyclettes à l’occasion
d’un défilé organisé le Jour de l’armée. Celui-ci a lieu chaque année pour
souligner la formation de l’armée nationale indienne.
(Photo : Chandan Khanna/Agence France-Presse/Getty Images)
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À Krasnoïlsk, en Ukraine, un homme se repose parmi quelques décorations
extérieures pendant que les villageois prennent part à la fête d’hiver de Malanka.
Cette célébration traditionnelle, qui a lieu le jour de l’An du calendrier orthodoxe,
consiste à revêtir des costumes élaborés et à se déplacer en groupe, de maison
en maison, en chantant des chansons folkloriques
À Manille, un garçon tient dans ses
mains une poupée à l’effigie du pape
François, qui était de passage ces
derniers jours aux Philippines. Le
pontife a appelé les autorités du pays
à «lutter contre les inégalités sociales
scandaleuses» qui existent dans
l’archipel.
(Photo : Giuseppe Cacace/Agence
France-Presse/Getty Images)
Des dévots musulmans arrivent en train à Tongi, au Bangladesh, au dernier jour
de la Bishwa Ijtema — le deuxième rassemblement annuel de musulmans en
importance au monde après le pèlerinage à La Mecque.
(Photo : Allison Joyce/Getty Images)
Au cimetière du Père-Lachaise, à Paris, une fillette a pris part, aux côtés d’un
policier armé, aux funérailles du bédéiste Bernard Verlhac. L’homme a été tué
dans l’attentat perpétré à l’hebdomadaire Charlie Hebdo le 7 janvier dernier.
(Photo : Christopher Furlong/Getty Image
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Maison-Musées du Portugal
Casa-Museu Dr. Anastácio Gonçalves
Maison Musée Dr. Anastácio Gonçalves
Casa-Museu Fundação Medeiros e Almeida
Maison Musée Fondation Medeiros e Almeida
La résidence d’António de Medeiros e Almeida (1895-1986) fut transformée en
maison musée par son propriétaire au début des années 70, créant en 1973 la
Fondation Medeiros e Almeida à qui il fit don de tous ses biens.
L’ensemble muséologique se présente en une suite de 25 salles, comprenant
une partie qui fut habitée et où est conservé le décor original.
Avant d’entrer, admirez le merveilleux
édifice Art Nouveau, dessiné en 1905
par l’architecte Norte Júnior, pour la
résidence du peintre José Malhoa.
Peinture, mobilier, tapisserie, art sacré,
verre et joaillerie avec des ornements
et des pièces dépareillées du XVIIe
siècle jusqu’à nos jours composent la
collection de la Maison Musée.
Il fut acheté en 1932 par le Dr. Anastácio
Gonçalves. En entrant vous ressentirez
l’environnement d’harmonie et de
quintessence dans lequel vécut le
très réputé médecin ophtalmologique
et grand collectionneur qui, à sa mort
en 1965, fit don à l’État portugais des
œuvres d’art réunies durant sa vie.
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Trois importantes collections, exposées
chacune dans une salle, se distinguent
de l’ensemble muséologique :
Dans les élégantes salles qui composent la résidence, les collections
d’art sont exposées de façon à donner
le sentiment d’une maison vivante qui
révèle le bon goût et la culture d’un
portugais à l’esprit universaliste.
•
•
Des tableaux des meilleurs peintres
portugais, des porcelaines de Chine,
du mobilier portugais du XVIIIè et du
XIXè siècles, ainsi que des œuvres
provenant d’autres pays, notamment de
l’ébénisterie française, ainsi que des petits
objets tels que des montres de poche
et des verres, feront de cette visite un
pèlerinage de plaisir pour les sens.
6 Av. 5 de Outubro-Lisboa
- la collection d’horloges avec
près de 225 pièces, classées
chronologiquement du XVIè siècle
à nos jours ;
- la collection de porcelaine de
Chine, depuis les terres cuites
préhistoriques (dynastie Han)
jusqu’aux porcelaines de la fin du
XVIIIe siècle ;
•
- la collection d’argenterie
composée de deux vaisselles en argent
de l’orfèvre anglais Paul Storr (17921838) et l’argenterie portugaise du XVI
siècle au XVIIe siècle, comprenant
près de 80 portes cure-dents en argent
portugais.
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Cátedra de Cultura Portuguesa da Universidade de Montreal
COMUNICADO
A Arte do Azulejo. Entre o Artesanato e a Cultura Erudita
(L’art de l’azulejo. Entre artisanat et culture savante)
uma instalação multimédia na
Universidade de Montreal
Carrefour des arts et des sciences, Faculdade das Artes e das Ciências
Pavillon Lionel-Groulx - 3150, rue Jean-Brillant, 2e étage (salle C-2081) - Montréal
25 de Novembro de 2014 – 6 de Fevereiro de 2015
De segunda a sexta-feira, das 9h00 até às 17h00
Entrada Livre
Informações e visitas fora do horário normal :
Pauline Pourailly
Responsable des expositions et des installations
[email protected]
(514) 343-6111 poste 32488
20
Transportes:
Metro, linha azul : estações Université-de-Montréal e Côte-des-Neiges
Autocarros : 51 e 119
***
A exposição é comissariada por Luís de Moura Sobral, Professor do Departamento de História da
Arte e de Estudos Cinematográficos da Universidade de Montreal, e Titular da Cátedra de Cultura
Portuguesa da mesma universidade, e conta com a colaboração do Museu Nacional do Azulejo,
de Lisboa.
A ideia central de L’art de l’azulejo. Entre artisanat et culture savante é a de envolvência e de
densidade visual dos grandes conjuntos azulejares do universo português, que de alguma maneira
se tratará de evocar no conceito museológico utilizado. A exposição sublinhará ainda a diversidade
temática desta modalidade de decoração monumental, assim como o seu papel na elaboração
de uma cultura visual especificamente portuguesa.
A instalação é fundamentalmente constituída de :
1, uma série de cinco cápsulas videográficas em projeção simultânea (S. Lourenço de Almancil,
Museu Nacional do Azulejo, Metropolitano de Lisboa, Palácio Fronteira, Temas do Azulejo Barroco);
2, sete painéis de azulejos antigos ilustrativos da evolução estética ao longo da História (deste o
século XVI até ao século XX);
3, obras contemporâneas dos artistas montrealenses de origem portuguesa Joseph Branco, Carlos
Calado, Joe Lima e Miguel Rebelo;
4, amostragens das técnicas de pintura de azulejos realizadas por Carlos Calado;
5, reproduções fotográficas em grande formato de três painéis do século XVIII; 6, série de cartazes
sobre a história do azulejo produzidos pelo Instituto Camões I.C.