monsieur europe - Jornal comunitário em Português | ABC
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Num. 22 Ano / An 2 31 de Janeiro / 31 janvier 2015 • jornal comunitário em Português - journal communautaire en Français - jornal comunitário em Português - journal communautaire en Français - jornal comunitário em Português • A Revolta dos Sargentos A Revolta de 31 de Janeiro de 1891 Foi há 124 anos A Revolta de 31 de Janeiro de 1891 foi o primeiro movimento revolucionário que teve por objectivo a implantação do regime republicano em Portugal. 124 os n A MONSIEUR EUROPE A revolta teve lugar na cidade do Porto, registando-se um levantamento militar contra as cedências do Governo (e da Coroa) ao Ultimatum inglês por causa do Mapa Cor-de-Rosa, que pretendia ligar, por terra, Angola a Moçambique. As figuras cimeiras da “Revolta do Porto” foram o capitão Leitão, o alferes Malheiro, o tenente Coelho, o dr. Alves da Veiga, o actor Verdial e Santos Cardoso, além de vultos eminentes da cultura como João Chagas, Aurélio da Paz dos Reis, Sampaio Bruno, Basílio Teles, entre outros. Os revoltosos descem a Rua do Almada, até à Praça de D. Pedro, (hoje Praça da Liberdade), onde, em frente ao antigo edifício da Câmara Municipal do Porto, ouviram Alves da Veiga proclamar o governo provisório da República, e hastear uma bandeira vermelha e verde. Com fanfarra, foguetes e vivas à República, a multidão decide subir a Rua de Santo António, em direcção à Praça da Batalha, com o objectivo de tomar a estação de Correios e Telégrafos. No entanto, o festivo cortejo foi bruscamente interrompido por uma forte carga de artilharia e fuzilaria da Guarda Municipal, posicionada na escadaria da igreja de Santo Ildefonso, no topo da rua, vitimando indistintamente militares revoltosos e simpatizantes civis. Terão sido mortos 12 revoltosos e 40 feridos. A reacção oficial seria implacável, tendo os revoltosos sido julgados por Conselhos de Guerra, a bordo de navios de guerra, ao largo de Leixões. Para além de civis, foram julgados 505 militares. Seriam condenados a penas entre 18 meses e 15 anos de prisão mais de duzentas pessoas. Em memória desta revolta, logo que a República foi implantada em Portugal, a então designada Rua de Santo António foi rebaptizada para Rua de 31 de Janeiro. (Petros Giannakouris/AP/SIP)) Alexis Tsipras «Le verdict du peuple grec signifie la fin de la troïka», a lancé le nouvel homme fort, évoquant les experts de la BCE, de l’UE et du FMI, qui dictent à la Grèce une politique d’austérité depuis quatre ans en échange de 240 milliards d’euros de prêts pour sauver le pays de la faillite. Quelques heures seulement après sa très nette victoire aux législatives, le parti anti-austérité Syriza a conclu un accord de gouvernement avec le mouvement souverainiste des Grecs indépendants. Fort de cette coalition, le leader de Syriza, Alexis Tsipras, a été officiellement nommé Premier ministre à 15 heures lundi dernier. Après avoir prêté serment auprès du président de la République, Carolos Papoulias, le leader de Syriza, Alexis Tsipras, est devenu officiellement le nouveau Premier ministre de la Grèce. «Je servirai toujours la Grèce et l’intérêt du peuple grec», promet-il en costume bleu, sans cravate comme à son habitude, lors d’une prestation civile de serment, une première en Grèce, pays orthodoxe, où cette cérémonie revêt d’ordinaire un caractère religieux. François Hollande a été parmi les premiers à féliciter Alexis Tsipras. Le succès de Syriza a fait naître l’espoir chez les partis de gauche radicale européens. François Hollande a invité le nouveau Premier ministre grec, Alexis Tsipras, «à se rendre rapidement à Paris», lors d’un entretien téléphonique, à indiqué la présidence française dans un communiqué. «La France sera aux côtés de la Grèce dans cette période importante pour son avenir», afin qu’elle retrouve «le chemin de la stabilité et de la croissance», poursuit le chef de l’Etat, cité par la présidence française. Visitez Prisioneiros civis a bordo, a caminho do desterro em África Le Portugal jornal comunitário em Português - journal communautaire en Français abc portuscale A Chuva e o Bom Tempo …No peito vai-me um país! jornal comunitário em Português - journal communautaire en Français Grèce : la victoire du parti anti-austérité en photos. Des supporteurs de Syriza, le 25 janvier, à Athènes. Après dépouillement de 99,80% des bulletins, le parti de gauche a obtenu 36,34% des voix et 149 sièges sur 300 au Parlement. (AFP PHOTO / ANGELOS TZORTZINIS) 31 de Janeiro de 1891 A revolta dos Sargentos Foi sem dúvida um período bastante difícil para a Nação, este que antecedeu a Implantação da República. Se o recordo hoje é apenas para salientar o espírito decisivo dos portugueses nesses momentos conturbados, que não receavam manifestar e inclusivamente pegar em armas, para defender os seus ideais, os valores que achavam mais apropriados para o povo, para a Nação. Havia, no meio de muita improvisação, algo sagrado. A defesa da Pátria. A Identidade Nacional. Por isso surpreende-me que as Forças Armadas Portuguesas, nos tempos que correm, se deixem frequentemente humilhar pelo MDN, com todo o tipo de provocações à vida militar e, pelos diversos governantes, ocupados que estão com a destruição do Património português, vendendo o País a retalho, como tem acontecido com insultante frequência. Que se passa? Onde estão aqueles que por juramento devem garantir a defesa da Pátria? Porque razões assistem a este descalabro sem reagir? O MDN terá dito na altura da sua nomeação como ministro da defesa, que se achava confortável no posto, visto nada perceber de tropa. De Forças Armadas. E nesse aspecto falou certo. Confirmou. Não só não entende como não demonstra qualquer tipo de respeito pela vida militar nem, tampouco, pelos Valores Nacionais. É um nulo. Tem dizimado as três armas mas em especial, o Exército. A desvalorização da IM, a venda do património militar, a eliminação de efectivos e de aquartelamentos, a venda de aviões que obriga à extinção de esquadrilhas, os cortes exponenciais nas pensões e nos serviços de saúde, o fecho dos estaleiros de Viana, cortando toda a capacidade de construção naval, área onde a competência dos nossos técnicos era primordial, reconhecida, e tantas outras asneiras, crapulices sem fim, a pedir uma intervenção viril, musculada, a fim de repor a ordem e disciplina na direcção do aparelho governamental. É tempo. Basta! 2 Seria talvez o momento ideal para se seguir o exemplo da Grécia. Um homem até há pouco ilustre desconhecido, faz agora tremer os grandes da Europa. O chefe de um partido popular e já confirmado primeiro-ministro da Grécia, é um convicto militante anti-austeridade e pode recusar-se aos pagamentos excessivos impostos pela troika. Em Portugal, país onde os “três serafins” se instalaram também, enviaram para a miséria milhares de portugueses, sem que se tenha feito a mínima contestação. Em termos reais. É certo que muita gente protesta — nos cafés ou bares — logo esquecendo as dificuldades com a hipócrita mensagem, emprenhada de mentiras ocasionais, de um qualquer governante. E tudo volta à calma. Selon Syriza, plus de 8.000 personnes se sont rassemblées devant l’université, dans le centre d’Athènes, pour assister au premier discours d’Alexis Tsipras. Foule rassemblée sur l’esplanade de l’université d’Athènes pour écouter le discours d’Alexis Tsipras, le 25 janvier. (Lefteris Pitarakis/AP/SIPA) «Bonne nuit, Madame Merkel», estil écrit sur cette pancarte à l’adresse de la chancelière allemande, brandie par une supportrice de Syriza, le 25 janvier, à Athènes. (AFP PHOTO/ARIS MESSINIS) Joie des partisans de Syriza, le 25 janvier, à Athènes. (AFP PHOTO/ARIS MESSINIS) A eleição grega mostrou do que um povo é capaz. Fazer frente a usurários internacionais, que lhe roubam o pão para a boca. E que querem também apanhar-lhe o que de bom possa haver no país. Chamo a isto, um povo com dignidade. Nós, em Portugal, acabamos de vender, por um prato de lentilhas, a PT. Que era para os portugueses uma bandeira… É tempo das nossas Forças Armadas dizerem basta! A Grécia, país onde nasceu a Democracia deu o exemplo. Bastará segui-lo. Veja-se a preocupação e a movimentação entre os altos dignitários Europeus, logo a seguir ao conhecimento dos resultados desvendados por Atenas. Todos os grandes, os PM, Directores de Bancos e outros magnates, se esforçam em uníssono, por impressionar Alexis Tsipras com pressões envolvidas em disfarçadas ameaças, para que respeite os acordos assinados. Mas são exactamente esses acordos, máquina infernal, que têm estrangulado as populações do sul do Atlântico e do Mediterrâneo. O que Tsipras quer anular não necessariamente o compromisso, antes a forma, obrigando a intransigência alemã a conceder outras facilidades de pagamento sem exploração do povo. Os próximos dias, as próximas semanas, vão ser determinantes para o povo grego. Está em jogo a dignidade nacional, o bem-estar do povo. E esses valores são demasiados importantes para que possam ser levianamente esquecidos. A firmeza do novo PM vai dar o rumo que a Grécia quer seguir. De cabeça erguida, sem vacilar. Será ocasião de dizer com propriedade que “o Povo unido jamais será vencido”. Para nós, será a ocasião de afastar a subserviência e de impor a dignidade. Porque parafraseando uma canção conhecida: “…no peito vai-me um país!” Raul Mesquita Alexis Tsipras et ses partisans, après l’annonce de la victoire de Syriza, le 25 janvier, à Athènes. (Lefteris Pitarakis/AP/SIPA) Alexis Tsipras devant la foule rassemblée sur l’esplanade de l’Université d’Athènes, le 25 janvier dans la soirée. (AFP PHOTO/LOUISA GOULIAMAKI) O pão que sobra à riqueza, distribuído pela razão, matava a fome à pobreza e ainda sobrava pão. António Aleixo 1899-1949 jornal comunitário em Português - journal communautaire en Français D. Dinis I, 6e roi de Portugal. abc portuscale 1ère dynastie ou dynastie de Bourgogne. Le prince Dinis est né le 9 octobre 1261, à Santarém, fils de D. Afonso II et de D. Beatriz de Castille. D. Dinis est proclamé roi en 1279. L’infant Dinis se marie avec Isabel d’Aragon, fille de Pedro II d’Aragon et de Constance II princesse de Cécile. Ce mariage a eu lieu le 26 juin 1282, à la ville de Trancoso, dans une chapelle aujourd’hui rénovée. Durant son règne, le roi et la reine voyagent dans tout le pays, visitant villes et bourgs et apportent des solutions et essayent d’améliorer la vie des pauvres et avec la reine Isabel (dite Sainte Isabel), fonde diverses institutions de charité. Manuel do Nascimento En 1293, le roi approuve la création de la bourse des marchands. Afin de pallier les tensions avec le Saint-siège, il signe le 7 avril 1289, le concordat de 40 articles. C’est sous le règne du roi D. Dinis I qu’en 1290, est fondée l’université de Lisbonne, et des études générales. L’université connaîtra divers va-et-vient entre Lisbonne et Coimbra. Il faudra attendre 1537 pour qu’elle se fixe définitivement à Coimbra. Un siècle et demi après la fondation du territoire portugais, sa population avait déjà une langue qui se distinguait entre les autres peuples péninsulaires, mais les frontières linguistiques n’étaient pas bien définies : le galicien et le léonais étaient un mélange du portugais. Mais il avait aussi à l’intérieur du territoire des communautés qui parlaient l’arabe ou hébraïque et conservaient livres dans ces langues, même parfois en bilingue. Génériquement, le Portugais (archaïque, galaïco-portugais au nord et dialectes mozarabes au sud) était le plus parlé. C’est à partir de 1296 qui a lieu l’adoption du portugais moderne comme langue officielle par la chancellerie royale, au lieu du Portugais archaïque. Après l’officialisation de la langue, il fallait définir les frontières entre le Portugal et des royaumes de l’actuelle Espagne. C’est avec le traité d’Alcanises (1), le 12 septembre 1297, entre le roi portugais D. Dinis I et Fernando IV de Castille et León (1). Avec le traité “por ele se restalece a paz, fixando-se os limites fronteiriços entre os dois reinos”, établir la paix et les limites frontalières entre les deux royaumes. Cela fait du Portugal le plus ancien pays aux frontières fixes de l’Europe (§). Le roi, préoccupé par les infrastructures du pays, ordonne l’exploitation de mines de cuivre, d’argent, d’étain et de fer et organise les exploitations de ces produits vers les autres pays européens. Il institue la première réforme agraire au Portugal. En 1310, Philippe IV, roi de France concède privilèges commerciaux à marchands portugais établis à Honfleur. À partir de 1316, le roi portugais entra en conflit avec les évêques de Lisbonne et de Porto. Dès 1319 le roi D. Dinis I et l’infant héritier, Afonso entre en conflit et, en 1323, lors de la bataille d’Alvalade à Lisbonne entre les forces du roi D. Dinis I et de l’infant Afonso, c’est la mère reine Isabel, qui va tout faire pour interrompre cette bataille entre père et fils, mais, en 1324, ils vont se confronter une fois de plus à Santarém. En 1319, l’ordre militaire du Christ est instauré par le roi D. Dinis I, et confirmée par la bulle Ad ea ex quibus par le pape Jean XXII. L’ordre militaire du Christ avait Castro Marin pour siège, qui fut transféré pour Tomar en 1356, ancien siège de l’ordre Templiers de Portugal. Le commerce retint aussi une grande part de ses soins. Tout au long de son règne, les foires se multiplièrent, et il accorda à plusieurs agglomérations le privilège de foires franches (feiras francas). Les foires franches, c’était un rendez-vous calendrier dans un lieu, où, on vendait, achetait ou échangé de tout. jornal comunitário em Português - journal communautaire en Français Le roi D. Dinis I reste dans l’histoire comme un homme qui aimait la littérature, puisqu’il écrivait lui-même de la poésie. Il a été l’un des plus grands et plus féconds troubadours de son temps. D. Dinis I et selon certains témoignages, il faisait de visites régulières à autres femmes nobles, auxquelles, Isabel disait au roi : ide vê-las, Senhor, et selon une ancienne tradition ; ide vê-las, serait l’origine le nom actuel de la ville d’Odivelas, près de Lisbonne. D’ailleurs, il faut rappeler que c’est sous le règne du monarque portugais que le monastère d’Odivelas a été construit. Il faut aussi rappeler la légende de la reine Isabel d’Aragon ou de la reine Sainte Isabel du Portugal. L’histoire populaire parle du Milagre das Rosas, le miracle des roses. Isabel, bonne mère, bonne reine, elle cherche continuellement à être aimée par ses sujets en pratiquant généreusement la charité. La reine, surprise un jour d’hiver par le roi, elle n’eut le temps de cacher sous son manteau, le roi lui demande ce qu’elle dissimulait sous son manteau. La reine répondit que c’étaient des roses pour garnir l’autel de la chapelle qu’elle avait construite. Le roi répondit qu’il n’y avait de roses en janvier et lui donne l’ordre de se découvrir et de lui donner l’objet suspect. La reine subit cette humiliation devant la suite royale. Ouvrit son manteau laissant apparaître des roses. Le roi y reconnaissant un acte surnaturel laisse son épouse la reine toute liberté de gérer elle-même ses actes charitables auxquels elle était dévouée. D. Dinis I, meurt le 7 janvier 1325, son tombeau se trouve au monastère d’Odivelas, proche de Lisbonne. La reine Isabel, après la mort du roi, se retire dans un couvent de clarisses, second ordre franciscain, à Coimbra. Isabel meurt en 1336. Isabel fut canonisée, en 1625, par le pape Urbain VIII, alors que le Portugal, à cette époque était rattaché à la couronne espagnole sous le règne Philippe IV d’Espagne ou Philippe III du Portugal, dans le cadre de la dynastie Philippine au Portugal. Constância, infante du Portugal, se marie avec Fernando IV de Castille, l’infant Afonso Sancho, fils illégitime, est devenu comte d’Albuquerque et Afonso, est devenu l’hériter et D. Afonso IV, roi du Portugal. (1) Dans l’actuelle Espagne (§) Sauf pour Olivença, ville donnée aux Espagnols par Napoléon (29 janvier 1801), et que malgré le congrès de Vienne (3 janvier 1815), l’Espagne n’a pas encore rendu Olivença au Portugal. 2015-06-01 à Drapeau aussi utilisé sous le règne de D. Dinis I, déjà utilisé sous le règne de D. Afonso III, D. Sancho II et D. Afonso II. 2015-06-02 à La reine Sainte Isabel 2015-06-03 à Statue de D. Dinis I à Coimbra. 2015-03-04 à Plaque qui se trouve à l’extérieur de la chapelle de Trancoso, où D. Dinis et Isabel se sont mariés. 3 jornal comunitário em Português - journal communautaire en Français abc portuscale jornal comunitário em Português - journal communautaire en Français Investigadora da Universidade de Coimbra UC estuda o impacto do novo metro ligeiro premiada pela Sociedade Portuguesa de de Macau Doenças Metabólicas Dois projectos de investigação sobre o impacto do novo Metro A Sociedade Portuguesa de Doenças Metabólicas atribuiu a sua distinção anual em investigação, no valor de cinco mil euros, a Manuela Grazina, Docente da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC) e directora do Laboratório de Bioquímica Genética do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) da Universidade de Coimbra. Ligeiro no Waterfront de Macau e sobre os Casinos de Macau-Cotai, desenvolvidos no Departamento de Arquitectura (DARQ) da Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCTUC) da Universidade de Coimbra (UC) vão estar em destaque numa Missão de Investigação da Universidade de Coimbra a Macau, a decorrer, de 19 a 26 de Janeiro, e que visa criar pontes de articulação entre a cidade e a sua arquitectura. As opções apresentadas nesta investigação, liderada pelos professores Jorge Figueira e Nuno Grande, «constituem um contributo pró-activo da UC para o debate, hoje em curso em Macau, sobre as transformações urbanísticas e arquitectónicas do seu tecido urbano, geradas por recentes processos de infraestruturação na região - a inserção do novo sistema de Metro Ligeiro de Macau e a nova faixa de aterros urbanos no Waterfront da cidade -, mas também pela política de expansão dos Casinos e da indústria do Jogo». «Recentes declarações do Governo chinês apontam para a necessidade deste desenvolvimento ser realizado de modo mais sustentável no futuro, contrariando a concentração excessiva da economia de Macau nas actividades do Jogo e na exagerada densificação dos novos aterros urbanos», realçam os docentes do Departamento de Arquitectura da UC. Durante a missão decorrerá o Workshop WATERLINK, em parceria com a Universidade de São José de Macau, onde os projectos da equipa da UC vão ser debatidos com importantes instituições macaenses, nomeadamente: o Center for Architecture and Urbanism (CURB), o Gabinete de Infraestruturas e Transportes (GIT) da Região Administrativa Especial de Macau, o Instituto de Estudos Europeus de Macau, o DOCOMOMO Macau e a Associação de Arquitectos de Macau. 4 Manuela Grazina fundou o Laboratório de Bioquímica Genética O prémio distingue investigação nas áreas dos erros hereditários e do metabolismo, sendo que este projecto vencedor visa, segundo Manuela Grazina, «compreender de forma detalhada de que modo está afectado o transporte de proteínas, codificadas pelo genoma nuclear e que têm de ser dirigidas e importadas para o organelo – a mitocôndria – que é maioritariamente responsável pela produção de energia nas células e tecidos, uma vez que temos resultados preliminares no âmbito de outro projecto que sugeriram que esta via está afectada». Este mecanismo «nunca foi anteriormente explorado, naquele que é o grupo mais representativo dos erros hereditários do metabolismo, as doenças raras denominadas citopatias mitocondriais, que são ‘avarias na fábrica de energia do organismo’, o que confere um carácter inédito a este estudo», explica a investigadora. Os resultados poderão ajudar a explicar de que forma «surgem as doenças que envolvem dois genomas (o nuclear – herdado do pai e da mãe através dos cromossomas – e o mitocondrial – herdado por via materna). «A Neuropatia Óptica Hereditária de Leber é uma citopatia mitocondrial que causa cegueira e afeta maioritariamente adultos jovens, portadores de mutações do genoma mitocondrial, pelo que a identificação dos mecanismos intracelulares envolvidos na doença, trará novas perspectivas para a compreensão das suas causas, o que será essencial na procura de tratamentos eficazes que contribuam para a melhoria da qualidade de vida dos doentes», salienta a docente da FMUC. Manuela Grazina é membro do CNC desde 1992, dirigindo ainda o Laboratório de Bioquímica Genética, fundado pela investigadora em Março de 1995, que desenvolve testes bioquímicos e genéticos como ferramentas para a investigação translaccional e diagnóstico, com uma forte componente de serviços à comunidade, tendo várias colaborações internacionais. Sobre o impacto do novo Metro Ligeiro no Waterfront de Macau, vão ser divulgados os resultados de uma investigação «dedicada à articulação entre “Cidade e Infraestrutura”, na qual os investigadores e mestrandos do Departamento de Arquitectura (DARQ/ FCTUC) da Universidade de Coimbra analisaram a relação histórica entre a cidade e a água, e concentraram as suas opções de Projecto Urbano e Arquitectónico (ver imagens das maquetas propostas) em torno da inserção do novo Sistema de Metro Ligeiro na cidade e do seu impacto na transformação do Waterfront Sul da península de Macau, área sobre a qual trabalharam outrora importantes arquitectos portugueses como Álvaro Siza e Manuel Vicente», afirma Nuno Grande. A investigação sobre os Casinos de Macau visa analisar, em termos académicos e críticos, «a presença destas estruturas no território, particularmente as suas características arquitectónicas e urbanas, sem preconceitos no plano estilístico ou programático. Pretende-se levantar e reflectir sobre estes edifícios, agora dominantes na cidade, partindo do Casino Lisboa até às mais recentes construções em Cotai, inventariando e analisando “casos de estudo», conclui Jorge Figueira. jornal comunitário em Português - journal communautaire en Français abc portuscale Rosa dos Ventos jornal comunitário em Português - journal communautaire en Français Rose des Vents Randonnées pédestres au Portugal Grâce à un climat agréable tout au long de l’année, se promener à pied au Portugal est une des meilleures façons de découvrir des recoins qu’il ne vous serait pas possible de connaître autrement. Dans les rues des villes et des villages, à travers champs ou au bord de la mer, les randonnées peuvent avoir des points de départ et d’arrivée bien définis ou alors se dérouler à votre gré, pour le plaisir de marcher et d’observer ce qui se trouve sur la route. Pour vous orienter, vous pouvez utiliser des cartes ou suivre les traces de ceux qui ont déjà parcouru ces chemins auparavant. Mais il y a aussi des parcours balisés sur le terrain, avec des itinéraires certifiés et bien définis qui offrent toute sécurité à tous ceux qui souhaitent les suivre. Ils sont homologués par la fédération portugaise de camping et d’alpinisme (Federação de Campismo e Montanhismo), l’organisme compétent dans ce domaine. En fonction de leur longueur, ils sont classés comme grandes randonnées, petites randonnées ou parcours locaux. Les grandes randonnées (GR) font toujours plus de 30 kilomètres et certaines, transeuropéennes, s’étendent aussi dans d’autres pays, comme le Chemin de l’Atlantique (GR–E9) qui démarre à SaintPétersbourg en Russie et qui traverse toute l’Europe. Faisant moins de 30 kilomètres, les petites randonnées sont normalement délimitées à une commune et les parcours locaux couvrent des distances plus courtes. Marcher est donc une activité qui est à la portée de tous, puisqu’il suffit de suivre les marques sur le terrain pour ne pas se perdre. Pour une plus grande sécurité, vous pouvez prendre d’autres moyens d’orientation, comme des cartes détaillées du terrain à grandes échelles, qui sont produites par l’Institut géographique portugais (Instituto Geográfico Português). Ou la boussole traditionnelle et autres applications disponibles sur un téléphone portable, ainsi que des guides et des brochures contenant des informations complémentaires sur ce que vous pouvez observer. Vous pouvez allier la randonnée à des chasses au trésor, en pratiquant le géocaching à l’aide de l’indispensable GPS. L’essentiel pour tous les marcheurs, c’est le type de vêtements et de chaussures qui doivent être confortables et adaptés au climat et au terrain. Et comme vous ne pouvez pas toujours compter sur des établissements qui servent repas et boissons, n’oubliez pas de prendre de l’eau et quelques aliments avec vous. Vous avez aussi la possibilité de participer à une activité organisée par une société, en suivant des itinéraires guidés par des professionnels expérimentés, qui ont déjà bien exploré le terrain. Ainsi, ce sont eux qui marquent le rythme et orientent la randonnée, en attirant l’attention des marcheurs sur les points d’intérêts et sur les détails cachés de chaque étape. Les offres sont très variées et vous permettent de profiter pleinement de la promenade, sans vous préoccuper des aspects pratiques, et de mieux répartir les efforts tout au long de la randonnée. De cette façon, quand vous arrivez à destination, vous aurez encore plus envie de goûter l’excellente gastronomie de chaque région et le confort d’un gîte rural. La Route vicentine À ne pas manquer • voir les nids de cigognes dans les falaises du Cap Sardão • suivre le sentier des pêcheurs, qui est encore utilisé de nos jours • En longeant la côte Ouest, partez à la découverte de la Route vicentine. L’océan vous accompagne entre les falaises escarpées et vous rencontrerez parfois des champs de fleurs sauvages qui semblent infinis. Il n’existe pas de meilleure suggestion pour une randonnée... Ce grand parcours pédestre s’étend sur un total d’environ 340 kilomètres, longeant l’une des plus belles zones côtières préservées d’Europe ; il est composé de deux itinéraires et vous surprendra par la variété des paysages. Le « chemin historique », de 241 km, est le parcours le plus long reliant Santiago do Cacém au Cap de São Vicente. C’est un itinéraire rural, avec treize étapes, passant par des chemins forestiers, des petites villes et des villages avec des siècles d’histoire, et qui peut être parcouru à pied ou à vélo. 5 Le « sentier des pêcheurs », quant à lui, suit toujours la mer par des chemins donnant accès aux plages et aux villages de pêcheurs, sur 111 km, entre Porto Covo et Odeceixe. C’est un parcours exclusivement pédestre, plus exigeant du point de vue physique, et qui est organisé en quatre étapes et avec cinq itinéraires complémentaires.Chaque étape ne dépasse pas les 25 kilomètres, étant conçue Contenus associés La Route vicentine Par les chemins d’Algarve: la “Via Algarviana” Les chemins de Saint-Jacques-de-Compostelle (Santiago) La Route de l’Art roman Les « levadas » de Madère Les sentiers des Açores pour une journée. Le programme est au critère de chacun, avec la possibilité de faire seulement les expériences les mieux adaptées aux préférences et aux conditions physiques de chaque personne. jornal comunitário em Português - journal communautaire en Français abc portuscale Os atentados de Paris e a campanha aérea contra o ISIS Alexandre Reis Rodrigues Não se sabe ao certo mas é provável que tenha havido uma ligação estratégica na decisão de levar a cabo os atentados em Paris de sete de Janeiro com a luta que o ISIS trava para resistir à campanha aérea com que a coligação liderada pelos EUA tenta bloquear o avanço do movimento jiadista. Muito menos se sabe como essa ligação se terá desenvolvido e quais são os seus contornos. Mas há várias interpretações que sustentam essa possibilidade. A mais citada assenta na ideia de que o movimento jiadista terá concluído que o seu futuro desenvolvimento precisa de um agravamento do relacionamento dos Estados europeus com as respectivas comunidades muçulmanas, levando-os a tomar medidas impeditivas da sua integração. Ou seja, aprofundar a crise de identidade por que estão a passar as gerações mais jovens muçulmanos a viver na Europa e tornar a narrativa jihadista para o seu recrutamento mais apelativa e objectivamente fundamentada. Se a ligação de facto existe vem como que uma surpr esa pois a ideia que prevalecia era a de uma cisão no movimento jihadista, em 2014, que levou a uma alteração da estrutura do movimento. Para os especialistas tratar-se-ia de umacisão sem natureza ideológica, assente sobretudo numa luta interna pelo poder e acesso a fontes de financiamento, visível em vários episódios de combate feroz entre as forças do ISIS e combatentes da fação Jabhat al-Nusra (afiliada da alQaeda), na Síria. Era conhecido que Abu Bakr al-Bagdadi, o líder do Estado Islâmico e agora conhecido pela designação de Califa Ibrahim, tinha ignorado a orientação dada por al Zawahiri, líder da al Qaeda, para que o ISIS limitasse a sua intervenção ao Iraque, deixando o controlo das operações na Síria para a al Nusra. Al-Baghdadi não terá aceitado esse caminho – presume-se – para não perder a autonomia financeira que conseguiu a partir do controlo de campos petrolíferos na Síria, nomeadamente os campos de Deir el-Zour. 6 Era sabido também que a al Qaeda não tinha aprovada a declaração de al Baghdadi sobre a criação do Estado Islâmico e que, malgrado o seu historial de violência, criticava de forma hipócrita a postura sectária e muito brutal do ISIS, em especial a sua política de decapitação de reféns. Não obstante esta procura de diferenciação entre as duas facções do movimento jiadista o que se verificou em Paris, a crer nas declarações dos protagonistas dos dois atentados, foi uma acção de estreita coordenação operacional, de que não é conhecido qualquer precedente. É curioso notar que enquanto os irmãos Kouachi se declararam mandatados pela al Qaeda (mais concretamente a al Qaeda na Península Arábica AQAP, que é chefiada pelo número dois de toda a organização, Nasir al-Wuhayshi), o autor do atentado ao mercado judeu (Amedy Coulibali) se declarou associado ao ISIS. Tenha ou não havido coordenação ao nível estratégico é necessário ter presente que estamos perante duas organizações de natureza bastante diferente embora com o mesmo propósito final de expulsar os ocidentais da sua região para instalar uma sociedade regida pelos princípios jiadistas da “sharia”. A al Qaeda permanece como uma organização terrorista que aposta na dispersão dos seus vários núcleos a que dá relativamente grande autonomia. O ISIS, ao contrário da al Qaeda, procura actuar como um Estado com o seu próprio território e com uma estrutura de forças que joga numa organização convencional malgrado inclua grupos para a condução de guerrilha. É hoje uma entidade territorial que controla cerca de 35% da Síria e que se tem expandido no Iraque para além das áreas naturais de apoio sunita, estando já a norte e oeste de Bagdade. Apesar de a natureza não monolítica do movimento se estender para além das diferenças acima referidas, incluindo elementos que não são formalmente fiéis a qualquer organização (os chamados “grassroot jihadists”), haverá um propósito final comum, como acima referido. No entanto a forma final desse objectivo varia conforme se trata da corrente nacionalista ou da transnacional. A primeira não visa mais do que o estabelecimento de emiratos enquanto a outra pretende ir mais longe, para o nível do califado, n um projecto global, que na sua fase final se estenderia desde a Península Ibérica até às Filipinas. A retórica é intimidatória mas carece de um mínimo de consistência. Nem mesmo o que hoje se auto designa por Estado Islâmico é algo que o ISIS irá conseguir manter por um período prolongado, muito menos alargar a mais território, se a coligação liderada pelos EUA adoptar uma estratégia correcta. No entanto este é um ponto sobre o qual não há tanto consenso quanto seria desejável. Existe uma maioria que pensa que a actual política dos EUA baseada, numa estratégia de“ containment”, é uma espécie de “half policy” que não vai chegar para levar à desintegração do ISIS. Derrotar militarmente o ISIS é um passo incontornável, mas, só por si, não chegará. Há que, paralelamente, ter em conta que o aparecimento do ISIS e a criação do Estado Islâmico são sobretudo produto do caos e da disfunção regional instalada no Médio Oriente, situação, por sua vez, resultante - no passado recente - da crise síria e da instabilidade no Iraque, os problemas difíceis que, afinal, são parte essencial da equação que é preciso resolver. É deles que também depende, presentemente, a segurança europeia. jornal comunitário em Português - journal communautaire en Français Defender a liberdade, sim; ser Charlie, não • Mário Pinto OBSERVADOR Se alguém pensa que basta a ordem jurídica para que numa Sociedade Civil se viva em boa paz e cooperação, em segurança e em solidariedade — em suma, em justiça, paz e progresso —, está muito enganado. 1. Os recentes acontecimentos de Paris, do ataque mortífero brutal a um jornal pornograficamente satírico contra as religiões e os seus mais elevados símbolos, por parte de terroristas islâmicos em nome de um radicalismo religioso ofendido, tiveram um grandíssimo impacte na opinião pública francesa, europeia e mundial. E justificadamente. Desde logo, a violência e o homicídio não se justificam, perante o direito humano fundamental à vida e à segurança. E também não se justificam contra a liberdade de imprensa. O terrorismo, e de terrorismo se tratou, é em absoluto uma coisa abominável, um crime contra a paz, contra a humanidade, e merece ser detido e combatido pelo direito e pela força legalmente prevista. 2. Mas, manifestamente, não foi só a dimensão da criminosa matança em Paris que gerou tal comoção. Infelizmente, o terrorismo já é quase habitual; horríveis massacres e torturas sucedem-se diariamente, designadamente sobre crianças e mulheres, em muitos países, em maior escala e com muito maior crueldade, sem que se desencadeie tanta comoção pública entre nós. Foi especialmente o facto de ela se ter dirigido a um jornal e, por isso, contra a liberdade de imprensa. Com efeito, o lema dominante das manifestações de repúdio não foi referido às pessoas vitimadas, mas à liberdade de imprensa, no jornal em causa; e convidou a uma identificação com o concreto Charlie Hebdo. Tivesse um igual atentado sido a um jornal católico, ou muçulmano, por exemplo, e a manifestação de repúdio não teria chegado ao convite a uma identificação com esse concreto jornal. 3. Contou um bem conhecido bispo francês, D. Dominique Rey, numa sua homilia que foi tornada pública no recente domingo do baptismo de Jesus Cristo, que um jornalista lhe perguntou: Monsenhor, também é Charlie? Ao que ele respondeu: «Deixe, em primeiro lugar, que eu seja eu próprio, isto é, cristão». Excelente resposta, esta do Prelado, que bem merece ser meditada. Que dizer? 4. Desde logo, se há coisa que se pode antecipar, como questão de reciprocidade, é que o jornal Charlie seguramente nunca diria, em qualquer circunstância, por exemplo, «eu sou muçulmano», ou «eu sou cristão». E do que se trata é de uma questão de reciprocidade, visto que a liberdade é igual para todos. Ah! — poderão alguns responder — mas não é isso! Dizendo «eu sou Charlie», quero dizer «eu defendo a liberdade de imprensa». Muito bem; mas então porque não se disse isso mesmo? É que toda a gente sabe que nem toda a gente tem a mesma concepção de liberdade de imprensa que o jornal Charlie Hebdo objectivamente usa e implicitamente defende. Desde logo quanto aos limites e à ética da liberdade de imprensa, que são momentos substanciais e inseparáveis de uma concepção teórica e de uma praxis da liberdade. Assim, Charlie não pode ser consagrado como um símbolo da liberdade de expressão para todo o mundo, com o qual nos identificamos todos. 5. Não há apenas uma única concepção sobre a liberdade de imprensa, os seus limites e a sua ética; e quem pretender eleger um ícone a uma concepção formal dessa liberdade, sem limites e sem referências teleológicas, é contra a liberdade de imprensa, porque então a liberdade mata a liberdade. Ou, pelo menos, a liberdade fica legitimada para fazer a guerra à liberdade. O que é contraditório. Há limites à liberdade de imprensa e há abusos criminalizados de liberdade de imprensa. Mas antes e depois dos limites legais, variáveis em cada país, há limites morais, de civilidade e outros, constantes de outras ordens normativas que são inerentes e necessárias a uma vida social pacífica e solidária. Se alguém pensa que basta a ordem jurídica — que por definição deve ser minimalista de intervenção quanto aos conteúdos das liberdades fundamentais —, para que numa Sociedade Civil se viva em boa paz e cooperação, em segurança e em solidariedade — em suma, em justiça, em paz e em progresso —, está muito enganado. A maior parte dos nossos comportamentos não são ditados pela lei, mas sim por outras ordens normativas ou códigos de conduta. Os sociólogos sabem e ensinam isto muito bem, designadamente os que se dedicam à sociologia da cultura. É por esta razão que a deputada europeia Ana Gomes, que não tem uma imagem pública de contenção verbal e de moderação ideológica e partidária, antes pelo contrário – perdoar-me-á se sou injusto – teve toda a razão do mundo quando, ela que tinha apoiado a manifestação de repúdio aos atentados, discordou da capa de resposta do Charlie e disse a essa capa: “em meu nome, não”. 6. É bem defender a liberdade de opinião e de expressão, comum para todos. Mas é por isso mesmo igualmente bem defender a liberdade de opinião daqueles que discordam da linha do Charlie Hebdo, e em concreto da sua página de resposta ao atentado terrorista que sofreu. E que por isso mesmo não são Charlie. Acresce que, em princípio, não é uma boa prática social a provocação, mesmo dirigida aos malvados. O mal não se provoca. Esta prudência é virtuosa e não prescinde da liberdade. jornal comunitário em Português - journal communautaire en Français Patrimoine Juif au Portugal abc portuscale Lieu:Sinagoga «Shaaré Tikvá» À ne pas manquer • • • • • aller voir, au musée archéologique de Lisbonne, la pierre de Monchique, épigraphe hébraïque provenant de l’ancien quartier juif de Monchique, à Porto. visiter à Trancoso le centre d’interprétation juive Isaac Cardoso. visiter le musée luso-hébreu Abraão Zacuto, à Tomar, où se trouve une stèle qui fait allusion à la fondation de la grande synagogue de Lisbonne, en 1307. découvrir au musée d’Évora le coffre et la table du tribunal de l’Inquisition, datant du milieu du XVIe siècle. visiter à Faro le musée Isaac Bitton, où sont reconstitués une Bar Mitzvah (cérémonie de majorité religieuse d’un garçon de 13 ans) et un mariage dans un décor à l’échelle réelle. • En traversant des villages, des petites et grandes villes, partez à la découverte d’un patrimoine riche en vestiges qui évoquent la présence juive au Portugal. Bien qu’il existe des références plus anciennes, c’est entre les Ve et XVe siècles que la communauté juive séfarade, c’est-à-dire les juifs de la péninsule Ibérique, s’établit sur le territoire qui est aujourd’hui le Portugal, contribuant de façons les plus diverses à la culture portugaise. Protégés par les monarques, nombreux sont ses membres, parmi lesquels se trouvaient des philosophes, humanistes, scientifiques et marchands, mais aussi des professions plus courantes comme cordonniers, tailleurs ou tisserands, qui participèrent activement aux différents évènements importants de l’histoire portugaise. Notamment, le moment de la fondation de la nationalité et leur rôle dans le peuplement du territoire puis, plus tard, les contributions financières et scientifiques, pendant l’époque des Grandes Découvertes en témoignent. À noter, le grand mathématicien et cosmographe du XVIe siècle, Pedro Nunes, créateur du vernier, un instrument de navigation. jornal comunitário em Português - journal communautaire en Français visible l’encoche de la « mezuzah » (parchemin contenant des mots de la Bible, qui selon la tradition juive devait être placé sur le montant droit de la porte). Un des premiers ouvrages imprimés dans le pays fut une édition du Pentateuque, réalisée par Samuel Gacon, à Faro, à 1487. Il existe plusieurs musées sur la présence juive au Portugal, comme à Castelo de Vide, Belmonte, Faro ou Tomar, ce dernier étant installé dans une ancienne synagogue du XVe siècle. Et vous pouvez facilement partir à la découverte de l’histoire juive du Portugal, en suivant la Route des Judiarias, témoin de la rencontre des peuples et des cultures que nous sommes fiers de préserver. Dans leur diaspora, les juifs ont aussi diffusé la langue et la culture portugaises. Pendant la Seconde Guerre mondiale, le Portugal a accueilli des milliers de juifs qui fuyaient les persécutions nazies. Ayant une existence légale au Portugal depuis 1912, la communauté juive a actuellement des synagogues à Lisbonne, Porto, Trancoso et Belmonte. 7 Museu Luso-Hebraico de Abraham Zacuto - Sinagoga Musées et Palais Avec une façade très discrète, comme la majorité des temples judaïques dans le monde chrétien, l’intérieur de la petite synagogue de Tomar est une surprise. Le plafond est maintenu par 4 colonnes qui représentent les mères d’Israël : Sara, Rachel, Rebecca et Lea. Entre les colonnes 12 voûtes se rejoignent, symbole des 12 tribus d’Israël et dans les coins de la salle de culte quatre brocs en argile amplifient le son des voix. En 1496, l’édit d’expulsion des juifs au Portugal les obligea à se convertir au catholicisme, faisant d’eux des nouveaux chrétiens. Nombreux sont ceux qui abandonnèrent le pays, mais beaucoup d’autres restèrent et continuèrent à pratiquer leur foi en secret, devenant ceux que l’on appelle les marranes ou crypto-juifs. Les marques et les inscriptions symboliques de cette époque sont encore visibles, incrustées sur les maisons des anciens quartiers juifs (judiarias), dont les vestiges sont préservés dans certaines localités comme Trancoso, Belmonte, Guarda ou Castelo de Vide. Rua Nova, Rua Direita, Rua da Estrela ou Espinosa sont autant d’exemples de noms de rues qui indiquent l’existence d’un ancien quartier juif sur les lieux. En observant les maisons, vous pouvez voir au rez-de-chaussée une porte large donnant accès au magasin et une autre plus étroite, l’entrée du logement qui est situé à l’étage au-dessus. Elles témoignent du rôle important que les juifs ont joué dans la stimulation de l’activité commerciale. Sur certaines est encore Le Temple a été érigé à la demande de l’Infant D. Henrique, le Navigateur, à qui la communauté judaïque a financé une partie des travaux des Grandes Découvertes. Avec l’expulsion des Juifs du Portugal en 1496, la synagogue fut fermée et eut diverses utilités jusqu’à ce qu’elle soit acquise en 1920 par le Dr. Samuel Schwarz, qui en fit don à l’État, à condition qu’y soit installé le Musée Luso-Hebraïque, où sont exposés de nombreux objets en rapport avec le Judaïsme jornal comunitário em Português - journal communautaire en Français POLVO À PORTUGUESA abc portuscale DO QUE NOS LIVRÁMOS! Em 2008, o BPN foi nacionalizado contra a vontade dos seus accionistas. Na altura, poucas vozes contrárias se fizeram ouvir, até porque a nacionalização tinha o aval do governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio. Após este acto, o Governo designou como administrador do BPN Francisco Bandeira, um homem da confiança pessoal de Sócrates. Entretanto, no ano seguinte, na sequência de convulsões internas, o BCP seria ‘governamentalizado’, entrando para a administração Carlos Santos Ferreira e Armando Vara, notórios amigos de Sócrates. O BES, por seu lado, era governado por Ricardo Salgado, cuja cumplicidade com Sócrates se tornou a partir de certa altura evidente, ao ponto de - quebrando a sua proverbial contenção nas referências ao poder político - elogiar por diversas vezes o primeiro-ministro em público. Quanto à CGD, era tutelada pelo Governo. Em conclusão, exceptuando o BPI (de Fernando Ulrich), a partir de 2009 toda a banca ficou ‘nas mãos’ de Sócrates ou dos seus amigos: CGD, BCP, BPN e BES - para não falar do BdP, onde pontificava Constâncio. Na comunicação social a situação também não era famosa. No início do consulado de José Sócrates, o grupo Controlinvest (DN, JN e TSF), de Joaquim Oliveira, foi logo identificado pelo primeiro-ministro como um potencial aliado (até pela sua dependência da banca). O grupo Cofina (Correio da Manhã e Sábado), de Paulo Fernandes, também se mostrava cauteloso nas referências ao Governo. 8 O grupo Impresa (SIC, Expresso e Visão) mantinha-se na expectativa. O grupo RTP (RTP e RDP) pertencia ao Estado e mostrava-se dócil. O grupo Renascença não se metia em sarilhos. Restava o quê? A TVI e o Público - este dirigido por José Manuel Fernandes, considerado por Sócrates persona non grata. O SOL só apareceria mais tarde. Quando rebenta o caso Freeport, em 2009, as coisas vão aquecer. A TVI estabelece um acordo com o SOL para a investigação daquele tema e torna-se para Sócrates um inimigo declarado. Manuela Moura Guedes, a pivô do jornal televisivo de sexta-feira (que antecipa as notícias do Freeport), é o primeiro alvo a abater - e Sócrates empenha-se em afastá-la por todos os meios; mas tal não se mostra fácil, dado ser mulher do director da estação, José Eduardo Moniz. Em desespero, Sócrates tenta usar a PT para comprar a TVI, mas o negócio borrega. Também há tentativas para fechar o SOL, através do BCP (que era accionista de referência do jornal), comandadas por Armando Vara. No que respeita à Impresa, apesar de não fazer grande mossa ao socratismo, sofre vários ataques, designadamente por parte de Nuno Vasconcellos e Rafael Mora, líderes da Ongoing e próximos de Sócrates, que tentam encostar Balsemão à parede. Finalmente, sem se perceber porquê, Belmiro de Azevedo aceita a saída de Fernandes da direcção do Público, e Moura Guedes e Moniz deixam a TVI (indo este estranhamente para a Ongoing…). O SOL fica isolado - e só se salvará por ser adquirido por accionistas não envolvidos na política interna. Visto o controlo substancial de Sócrates sobre a banca e a comunicação social, olhemos para o poder político. Sócrates dominava naturalmente o Governo, de que era o chefe, e o Parlamento, onde o PS tinha maioria absoluta - só lhe escapando a Presidência da República. jornal comunitário em Português - journal communautaire en Français Por isso, voltou contra Cavaco Silva todas as baterias. O PS e o Governo tentaram tudo para implicar Cavaco no caso BPN, por deter acções do banco (embora as tenha vendido antes de ir parGUESAa Belém). Esta campanha contra o Presidente da República ressuscitaria com estrondo nas eleições presidenciais de 2011, com a cumplicidade - diga-se - de muita comunicação social. Outro momento alto da guerra contra Cavaco foi o aproveitamento de uma gafe de um seu assessor, Fernando Lima - que tinha falado a um jornalista sobre a possível existência de escutas a Belém -, para tramar o Presidente. Usando uma técnica nele recorrente, Sócrates armou-se em vítima, virou os acontecimentos a seu favor e tentou destruir Cavaco Silva, acusando-o de montar uma cabala. Outra vez com a ajuda de muitos jornalistas, os socratistas exploraram o caso à exaustão e o assunto foi objecto de intermináveis debates televisivos - onde se chegou a dizer que o PR tinha de renunciar ao cargo! A campanha não matou Cavaco mas fez mossa, fragilizando o único bastião que não era dominado por Sócrates na esfera do poder político. Talvez hoje alguns jornalistas percebam melhor o logro em que caíram. Passando finalmente à Justiça, Sócrates tinha no procurador-geral da República, Pinto Monteiro, e no presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Noronha do Nascimento, não propriamente dois cúmplices, como alguns disseram, mas duas pessoas que pareceram sempre empenhadas em protegê-lo, fossem quais fossem as razões. Nesta área, Sócrates contava ainda com um bom aliado: Proença de Carvalho, pessoa influente nos meios judiciais (incluindo junto de Pinto Monteiro). E teve sempre o apoio do bastonário da Ordem dos Advogados, Marinho e Pinto. Portanto, também aqui, o primeiro-ministro estava bem acolchoado. Governo, Parlamento, Justiça, comunicação social, banca: Sócrates controlava os três poderes do Estado - executivo, legislativo e judicial - e estendia os seus tentáculos ao quarto poder (os media) e ao poder financeiro (os bancos). Talvez muita gente não se tenha apercebido na época deste cenário aterrador. Mas olhando para trás - e sabendo-se o que hoje se sabe - temos noção do perigo que o país correu: um homem sobre o qual pesam suspeitas tão graves chegou a deter um poder imenso, que se alargava a todas as áreas de influência. Só de pensar nisto ficamos assustados - e é muito estranho que alguns dos que privavam com ele não se tenham apercebido de nada. Foi lamentável ver pessoas de bem - como Ferro Rodrigues ou Correia de Campos - fazerem tão tristes figuras, defendendo-o encarniçadamente até ao fim. É certo que, como bem disse José António Lima, a democracia venceu-o, afastando-o do cargo. Mas também foi a democracia que permitiu que um homem como este chegasse a reunir um poder tão grande em Portugal. Isso mostra a vulnerabilidade do sistema democrático. P. S. - No caso dos vistos gold, logo a seguir às detenções, deu-se por adquirido que os arguidos eram culpados, considerou-se “inevitável” a demissão de Miguel Macedo, e António Costa disse que o Governo ficava “ligado à máquina”. Uma semana depois, as mesmas pessoas contestam a prisão de Sócrates, invocam a “presunção de inocência” e acham “absurdo” falar na hipótese de demissão de António Costa. Palavras para quê? Editorial de José António Saraiva, no jornal Sol Todos não somos demais para continuar Portugal jornal comunitário em Português - journal communautaire en Français abc portuscale jornal comunitário em Português - journal communautaire en Français Les meilleures auberges de jeunesse sont Les écoles religieuses à l’âge de la laïcité Si Québec est sérieux dans sa lutte contre l’intégrisme, il doit mettre un terme au Portugal Avec 20 établissements primés par les Hoscars d’Hostelworld, site de réservation en ligne d’hébergements à petits prix, le Portugal compte les auberges de jeunesse les plus appréciées de la planète. aux subventions accordées aux écoles à vocation religieuse — de toutes les confessions, dit Brian Myles. par Brian Myles PolitiqueLe ministre de l’Éducation, Yves Bolduc, ne rate pas une occasion de prouver son ineptie. S’il maintient ce rythme effréné, il remplacera bientôt Sam Hamad comme tête de turc préférée des commentateurs et satiristes. Sa dernière trouvaille ? M. Bolduc invite «à la prudence» et refuse de reconnaître les liens établis par le Journal de Montréal entre certaines écoles religieuses subventionnées par Québec et des organisations islamistes soupçonnées de financer des groupes terroristes. M. Bolduc a renvoyé mollement la balle au ministère de la Sécurité publique, expliquant que c’est aux policiers de mener les enquêtes appropriées. C’est pourtant son ministère qui finance l’école Dar Al Iman, les Écoles musulmanes de Montréal et d’autres écoles à vocation religieuse, notamment dans la communauté juive. La balle est clairement dans son camp, mais il feint de ne pas le reconnaître. Quand je vous disais que la lutte contre l’intégrisme ne peut pas se réduire à choisir la tenue vestimentaire de certains fonctionnaires provinciaux triés sur le volet… Le pays place ses adresses dans le haut du classement mondial des meilleures auberges, comme Le Home Lisbon Hostel qui remporte la première place pour les établissements de taille moyenne, suivi par le Yes! Lisbon Hostel puis le Tattva Design Hostel à Porto. L’Espagne représente une autre place forte pour ce type d’hébergements, avec 14 lauréats, tout comme l’Allemagne qui clôt ce top. Ces dernières années, les auberges de jeunesse ont fait peau neuve. Fini les dortoirs encombrés et les salles de bain douteuses, ces établissements présentent désormais des aménagements design et confortables, voire même des chambres individuelles, sans rien perdre de la convivialité des espaces communs qui ont fait leur particularité. Cette tendance gagne tous les pays, et notamment les pays émergents qui comptent de plus en plus d’auberges primées, note Hostelworld. C’est par exemple le cas pour la République Tchèque et la Croatie, ou même quelques pays d’Afrique dont l’offre se développe (Mali, Sénégal, Zimbabwe). Mais c’est surtout l’Asie qui connait la plus forte croissance dans ce domaine. Le continent représente 20% des auberges primées cette année, alors que ce taux n’était que de 14% l’an passé. Le Cambodge, la Chine, le Vietnam, la Malaisie et Taïwan sont les pays les plus représentés. La meilleure auberge d’Asie est d’ailleurs le Mojzo inn à Nha Trang au Vietnam. En France, sixième du classement par pays, le FIAP Jean Monnet (Paris), l’Hostel Baccarat (Nice), le St Christopher’s Inn Gare du Nord (Paris) et l’Hostel Gastama (Lille) ont été distingués, ce dernier ayant remporté le prix de la meilleure auberge de France. Hostelworld a établi ce classement d’après les votes des internautes ayant réservé sur son site en 2014, selon des critères d’ambiance, de propreté, de services ou encore de rapport qualité-prix. A vida é o que acontece enquanto estás ocupado a fazer outros planos. Si Québec est sérieux dans cette lutte, si l’État veut vraiment s’engager sur la voie de la laïcité, il doit mettre un terme aux subventions accordées aux écoles à vocation religieuse — de toutes les confessions. Que ces écoles soient de confession musulmane, juive, catholique ou protestante m’importe peu. Dans un idéal laïc, elles ne méritent pas l’argent du public. Quel politicien aura le courage d’étendre l’austérité aux «bondieuseries» ? Certainement pas M. Bolduc, ni même les péquistes, qui s’empêtrent dans les foulards et bouts de tissus. Selon les informations disponibles à ce jour, les écoles mises en cause par le Journal de Montréal ne font pas la promotion de l’intégrisme. Elles respectent les exigences du ministère de l’Éducation, rapporte aujourd’hui Le Devoir. Elles remplissent leur mission, qui consiste à enseigner la langue française et à accueillir la clientèle néo-québécoise. La toile des liens n’en est pas moins préoccupante. L’Association musulmane du Canada (AMC) et l’Islamic Society of North America (ISNA) sont les propriétaires de sept lieux de culte et de quatre écoles (dont celles de Montréal). Dans deux des mosquées de l’ISNA, fréquentées aussi par les enfants, le Journal a retrouvé de la propagande intégriste, faisant notamment l’apologie de la charia, du terrorisme en Palestine et des attentats suicides. L’AMC et l’ISNA n’en sont pas à leurs premières frasques. Selon des documents d’enquête de la GRC, l’AMC, un groupe influencé par les Frères musulmans, a déjà donné près de 300 000 dollars à l’IRFAN, une œuvre de «bienfaisance» qui figure aujourd’hui sur la liste des entités terroristes, pour avoir acheminé près de 15 millions de dollars au Hamas, entre 2005 et 2009. Le Hamas, considéré comme un groupe terroriste par Ottawa, ne reconnaît pas l’État d’Israël et prône l’instauration d’un état islamique en terre sainte. L’ISNA a aussi perdu son statut d’organisme de bienfaisance au Canada, après avoir acheminé 280 000 dollars au Jamaat-e-Islami, qui milite pour l’instauration d’un état islamique dans le Cachemire indien. Le fait que ces deux groupes soient impliqués, ne serait-ce qu’indirectement, dans l’éducation des jeunes musulmans québécois est dérangeante — choquante, même —, puisque les contribuables assument une bonne partie de la facture. Le ministre Bolduc a promis d’agir. Il prévoit élargir l’habilitation sécuritaire aux dirigeants des écoles religieuses. Les propriétaires, les directeurs et les administrateurs qui ont soit un casier judiciaire, soit des antécédents dans la propagande haineuse, soit des sympathies avec des groupes terroristes ne pourront plus obtenir de permis d’écoles privées. C’est insuffisant. Les écoles gérées par la MAC et l’ISNA reçoivent des subventions annuelles de cinq millions de dollars du ministère de l’Éducation. Pourquoi les Québécois devraient-ils payer pour l’éducation religieuse des jeunes musulmans ? La question se pose pour l’ensemble des écoles à vocation religieuse. Il ne s’agit pas de les interdire. Par principe, les croyants devraient puiser dans leurs poches pour financer l’éducation religieuse de leurs enfants. Ce n’est pas à l’État de le faire. À propos de Brian Myles Brian Myles est journaliste au quotidien Le Devoir, où il traite des affaires policières, municipales et judiciaires. Il a aussi été affecté à la couverture de la commission Charbonneau. Blogueur à L’actualité depuis 2012, il est également chargé de cours à l’École des médias de l’Université du Québec à Montréal (UQAM). On peut le suivre sur Twitter : @brianmyles. 9 jornal comunitário em Português - journal communautaire en Français abc portuscale jornal comunitário em Português - journal communautaire en Français TEMPO DE POESIA - X Século XVII, época segunda Pode dizer-se que todo o século XVII foi mais ou menos influenciado pela revolta contra um certo espírito do fim do Renascimento, no qual predominava uma preferência pelos autores antigos, gregos e romanos. Contra esta influência, ergueram-se por toda a Europa, poetas que procuravam algo de diferente. Gongora e Garcilaso de la Vega perturbaram completamente a paisagem poética na Europa. Todos os poetas portugueses que escreveram nesta época, depois da invasão de Portugal pelos espanhóis em 1580, escreviam ora português, ora espanhol. A prosa também foi representada por brilhantes oradores e teólogos como o Padre António Vieira (1608-1697), Frei António das Chagas (1631-1682), Manuel Bernardes (16441710) que souberam enaltecer a língua. Escolha de Isabel Meyrelles Tradução e Colaboração de Maria Fernanda Pinto, PFr. 2 Vida que não acaba de acabar-se chegando já de vós a despedir-se, ou deixa por sentida se sentir-se, ou pode de imortal acreditar-se. Vida que já não chega a terminar-se pois chega já de vós a dividir-se, ou procura vivendo consumir-se, ou pretende matando eternizar-se. O certo é, senhor, que não fenece, antes no que padece se reporta, porque não se limite o que padece. Mas, viver entre lágrimas, que importa? Se a vida que entre ausências permanece e só viva ao pesar, ao gosto morta. Soror Mariana Alcoforado “Cartas de uma religiosa portuguesa” ( 5.a carta ) (prosa poética) 10 Nunca reflectiu na maneira como me tem tratado? Nunca pensou que me deve mais obrigações do que a qualquer outra pessoa? Amei-o como uma louca, tudo desprezei! O seu procedimento não é de um homem de bem. Foi somente no fim do século XVII, que começou a elaboração do dicionário da língua portuguesa. O Barroco contribuiu muito para enriquecer o vocabulário nacional, apesar do que dizem os puristas. O mais interessante no século XVII, são os poetas puramente barrocos como Frei Jerónimo Bahia -1620-1688), Thomaz de Noronha (nascido em Alenquer em data incerta terá falecido em 1651?), Soror Mariana Alcoforado (1640-1723), Soror Maria do Céu (1658-1753), e sobretudo Soror Violante do Céu (1602-1683), continuadora de uma grande linhagem de religiosas-poetas, que foi do século XVI ao século XVIII, das quais ignoramos a maior parte dos nomes. Sonetos de Soror Violante do Céu 1 Será brando o rigor, firme a mudança, humilde a presunção, vária a firmeza, Fraco o valor, cobarde a fortaleza, triste o prazer, discreta a confiança Terá a ingratidão firme lembrança, será rude o saber, sábia a rudeza, lhana a ficção, sofística a lhanesa, áspero o amor, benigna a esquivança. Será merecimento a indignidade, defeito a perfeição, culpa a defesa intrépido o temor, dura a piedade. Delito a obrigação, favor a ofensa, verdadeira a traição, falsa a verdade, antes que o vosso amor o peito vença. É preciso que tivesse por mim uma aversão natural para me não ter amado apaixonadamente. Deixei-me fascinar por qualidades bem medíocres. Que fez para me agradar? Que sacrifícios fez por mim? Não procurou tantos outros prazeres? Renunciou ao jogo e à caça? Não foi o primeiro a partir para a campanha? Não foi o último a regressar? Expôz-se loucamente, apesar de tanto lhe haver pedido que se poupasse por amor de mim. Nunca procurou um meio de se fixar em Portugal, onde era estimado. Uma carta de seu irmão bastou para o fazer abalar, sem a menor hesitação. E não vim eu a saber que, durante a viagem, a sua disposição era a melhor do mundo? Forçoso me é confessar que tenho razões para o odiar mortalmente.Ah, eu própria atraí sobre mim tanta desgraça! Acostumei-o desde o início, ingenuamente, a uma grande paixão, e é necessário algum artifício para nos fazermos amar. Devem procurar-se com habilidade os meios de agradar: o amor por si só não suscita amor. Como pretendia que eu o amasse, e como havia formado tal desígnio, não houve nada que não tivesse feito para o atingir; ter-se-iamesmo decidido a amar-me, se tal fosse preciso. Mas percebeu que o amor não era necessário para o êxito do seu empreendimento, nem dele precisava para nada. Que perfídia! Pensa poder enganar-me impunemente? Se por acaso voltar a este país, declaro-lhe que o entregarei à vingança da minha família... (as cartas de Soror Mariana Alcoforado, freira no Convento de Beja, foram escritas em 1661 e são dirigidas a M. de Chamilly, enviado para Portugal por Louis XIV, para ajudar os portugueses contra a invasão dos espanhóis. Estas cartas estão traduzidas em francês desde 1948.) Não esqueçamos também desta época, as Academias dos Generosos et dos Singulares, o Teatro, sob a impulsão da Comedia dell’Arte, em forma de marionetas e outras sátiras e comédias (sempre vigiadas pela terrível censura da Inquisição). Existem muitos outros autores que não podemos mencionar aqui, porque a lista é exaustiva. jornal comunitário em Português - journal communautaire en Français Le secret du 1 % abc portuscale Comment est-il possible que certains accaparent autant de richesses, alors que des milliards d’êtres humains vivent dans des conditions souvent difficiles ? L’économiste Thomas Piketty explique ces inégalités par une formule très simple : le rendement sur le capital croît plus vite que les revenus de travail. par Pierre Duhamel Oxfam, 1 % de la population détiendra la moitié des richesses du monde en 2016. Pire, 80 hyper-riches possèdent autant que les 50 % les plus pauvres de la planète. L’inégalité entre les très riches et les autres suscite beaucoup d’inconfort, quand ce n’est pas de la révolte. Comment se peut-il que certains accaparent autant de richesses, alors que des milliards d’êtres humains vivent dans des conditions souvent difficiles ? Le livre de l’économiste français Thomas Piketty sur cette question brûlante — Le capital au 21e siècle — a été le best-seller économique de l’année 2014, et cet enjeu fait partie de l’ordre du jour du Forum économique mondial de Davos, cette semaine. Thomas Piketty explique ces inégalités par une formule très simple : le rendement sur le capital croît plus vite que les revenus de travail. Les riches qui ont accumulé un portefeuille et un patrimoine immobilier s’enrichissent donc plus vite que ceux qui ne comptent que sur leurs revenus de travail ou les aides de l’État. Tous ceux qui détiennent des actions ont constaté avec plaisir que l’indice TSXS&P de la Bourse de Toronto a bondi de 7 % en 2014. Les propriétaires de résidences de la plupart des villes canadiennes à l’ouest du Québec ont vu leur résidence continuer de s’apprécier dans une proportion semblable. On pourrait dire que ces personnes chanceuses sont 15 % plus riches depuis un an sans avoir eu à travailler. jornal comunitário em Português - journal communautaire en Français l’argent quand ils sont nés. Cela ne fait tout de même que 15 % de rentiers. La grande majorité des super-riches québécois sont d’ailleurs des entrepreneurs comme Lino Saputo, Jean Coutu, Aldo Bensadoun ou Guy Laliberté. Ces personnes peuvent avoir des revers de fortune si leurs affaires vont moins bien. Rien n’est acquis. Prenez la famille Bombardier. Leur actif aurait diminué de 12 % en 2014, toujours selon Canadian Business. Mais la valeur de l’action a culbuté du tiers depuis le début de l’année, détruisant du coup une valeur de quelques centaines de millions de dollars. Cette valeur accordée aux méga-super-riches est en effet une valeur théorique, en partant de l’hypothèse que leurs biens seraient liquidés à une date convenue. Remarquez que dans la pire des hypothèses, il n’y aura pas de membres de la famille Bombardier et Beaudoin astreints à la pauvreté, loin s’en faut. La fortune réelle serait toutefois bien inférieure à celle attribuée par des magazines comme Forbes ou Canadian Business, qui établissent ce genre de classement. Les fortunes sont en grande partie établies en fonction de la valeur des actions détenues ou de celle attribuée à l’entreprise quand celle-ci n’est pas cotée en Bourse. C’est sans doute comme cela que Canadian Business évalue la fortune d’Aldo Bensadoun à 1,9 milliard de dollars, le double de l’an dernier. Quand les marchés boursiers n’arrêtaient pas d’augmenter, avant 2007, le nombre de millionnaires s’est multiplié aux États-Unis. Au moment de la récession de 2008 et 2009, les millionnaires américains ont perdu le tiers de leur fortune. En 2014, l’indice S&P 500 a crû de 11,4 %. Si vous aviez un million de dollars dans votre portefeuille boursier en début d’année, vous avez toutes les chances d’avoir pu réaliser un gain de plus de 100 000 dollars juste à la Bourse. L’effet paradoxal, c’est que la récession a diminué les inégalités, alors que la reprise les a accrues. Je suis le premier à admettre qu’une société trop inégalitaire dans laquelle il n’y a aucune mobilité sociale est dommageable pour l’économie. En revanche, une société entrepreneuriale qui encourage la réussite crée à la fois des riches et de meilleures conditions de vie pour l’ensemble de la population. À propos de Pierre Duhamel Journaliste depuis plus de 30 ans, Pierre Duhamel observe de près et commente l’actualité économique depuis 1986. Il a été rédacteur en chef et/ou éditeur de plusieurs publications, dont des magazines (Commerce, Affaires Plus, Montréal Centre-Ville) et des journaux spécialisés (Finance & Investissement, Investment Executive). Conférencier recherché, Pierre Duhamel a aussi commenté l’actualité économique sur les ondes du canal Argent, de LCN et de TVA. On peut le trouver sur Facebook et Twitter : @duhamelp. Laval en blanc our souligner le 50e anniversaire de la Ville de Laval, Sainte-Rose en blanc, P l’événement hivernal par excellence à Laval depuis maintenant 10 ans, devient Laval en blanc. Du 31 janvier au 22 février 2015, venez profiter des beautés de l’hiver et célébrer le 50e dans une ambiance féérique dans 4 quartiers de l’île. Une foule d’activités intérieures et extérieures auront lieu les 31 janvier, 1er, 7, 14 et 21 février 2015. La fête hivernale débutera à Sainte-Rose qui, elle, en profitera pour souligner son 275e anniversaire. Les célébrations se déplaceront au parc des Prairies et au Centre de la nature pour les week-ends suivants. C’est à la Place du 50e, au Centropolis, que culmineront les festivités au dernier week-end du mois. Les citoyens auront la chance, entre autres, de participer : Imaginez maintenant que vous vous appelez Alain Bouchard et que vous êtes le principal actionnaire d’Alimentation Couche-Tard. Vous aurez probablement acheté la plupart de vos actions au moment où elles valaient moins d’un dollar à la fin des années 1990 et au début des années 2000. Il y a cinq ans, elles se transigeaient à moins de 7 dollars. Elles ont clôturé l’année 2013 à 26,83 dollars et ont fait un spectaculaire bond à 50,24 dollars à la fin de 2014. Voilà pourquoi Alain Bouchard serait aujourd’hui plus riche que Charles Bronfman, avec une fortune estimée à 2,5 milliards de dollars par le magazine Canadian Business. La plupart de ces nababs qui scandalisent la planète — 50 sur les 80 identifiés par Oxfam — sont des entrepreneurs comme Alain Bouchard. Ils ont connu beaucoup de succès, comme Bill Gates, qui vaudrait 76 milliards de dollars, ou Amancio Ortega, l’Espagnol qui a fondé Zara, dont la fortune est évaluée à 64 milliards. Dix-neuf autres mégariches ont hérité, mais en faisant fructifier l’héritage de leurs parents, et il y en aurait 11 qui ont juste eu la chance inouïe de tomber dans • • • • • • • • Promenades historiques guidées Pêche sur glace Balades en carriole et en traîneau à chiens Feux d’artifice Glissade Patin Sculpture sur neige Spectacles 11 jornal comunitário em Português - journal communautaire en Français Votre Santé abc portuscale jornal comunitário em Português - journal communautaire en Français Diagnostic La dyslexie La dyslexie correspond à un trouble de l’apprentissage du langage écrit. Elle fait partie, avec la dysphasie, la dyspraxie ou la dyscalculie, des troubles spécifiques des apprentissages. Ce trouble peut concerner des enfants normalement scolarisés ne présentant ni problème sensoriel (audition, vision), ni déficience intellectuelle, ni lésion neurologique. En revanche, ces enfants souffrent d’un trouble du langage écrit avec un retard de lecture d’au moins 18 mois. Le dépistage de la dyslexie doit être précoce mais il ne peut pas se faire formellement avant 18 mois d’apprentissage de la lecture. Il est pluridisciplinaire. L’enfant peut être repéré par son instituteur. Certains signes comme une mauvaise tenue du crayon, un refus d’écrire, une écriture illisible ou un travail peu soigné doivent alerter. L’enseignant peut proposer une consultation médicale, le médecin l’orientant ensuite vers un orthophoniste, un orthopédagogue et un psychologue. Les Centres de Références pour les Troubles des Apprentissages (CRDTA), constitués d’une équipe multidisciplinaire et présents dans de nombreuses régions, peuvent également porter un diagnostic de dyslexie. Différents tests globaux des fonctions cognitives (mémoire, attention...), de lecture et de langage sont proposés. On peut citer l’outil de dépistage Odedys ou le test duPoucet, court texte qui permet, à partir du temps de lecture et du nombre d’erreurs, d’estimer la gravité de la dyslexie. Des examens de la vue, de l’audition et des examens neurologiques sont également réalisés. Tout comme des tests psychologiques. Ils permettent d’éliminer d’autres paramètres qui peuvent être responsables de difficultés de lecture. Cette évaluation complète permettra de confirmer ou non la dyslexie. Causes 12 La dyslexie peut entraîner, au delà des difficultés d’apprentissage de la lecture, des problèmes sociaux, de comportement ou d’anxiété. Il existe trois types de dyslexies : la dyslexie phonologique, la dyslexie de surface et la dyslexie mixte. La dyslexie phonologique se caractérise par une difficulté à «déchiffrer» les mots. La dyslexie de surface correspond à une difficulté à reconnaître un mot dans sa globalité. La dyslexie mixte associe les deux types de dyslexie précédemment cités. Pour mieux comprendre les processus en jeu dans la dyslexie : comment lit-on ? D’après de nombreux travaux, la lecture est le produit de deux compétences : l’identification des mots écrits et la compréhension. La dyslexie serait due avant tout à un problème d’identification des mots écrits, même si les problèmes de compréhension restent présents. • • • Pour lire un mot, il existerait deux processus : Un processus basé sur le code phonologique (voie d’assemblage): une lettre ou un groupe de lettres (unité de sens) renvoie à un phonème (unité de son, différent d’une syllabe). A la lecture, les graphèmes (représentation graphique) correspondent aux phonèmes. Ainsi, le mot « château » est constitué de 7 lettres et de 4 phonèmes /ch/ /â/ /t/ /eau/. Ce processus est très utilisé au début de l’apprentissage de la lecture. Il permet de déchiffrer les mots. Un processus basé sur le code orthographique (voie d’adressage): ce processus fait appel à la mémoire. La forme globale du mot est reconnue. Cette voie permet de lire les mots irréguliers comme « oignon ». Elle est très utilisée chez les lecteurs experts. Prévalence La dyslexie toucherait 5% des enfants. Près de 1 % d’entre eux serait atteint d’une déficience sévère. Les causes de la dyslexie sont encore méconnues. Plusieurs hypothèses scientifiques sont avancées1w. La théorie phonologique admet le plus grand consensus. Selon cette théorie, les personnes dyslexiques souffriraient d’un trouble de la représentation et de la manipulation mentale des sons de parole. La théorie visuelle suggère de son côté que certains enfants présentent des troubles visuoattentionnels. Enfin, un problème de migration des neurones est parfois mis en cause. Les neurones impliqués dans la lecture naissent dans une zone non-spécifique du cerveau puis migrent vers la zone du cerveau dédiée à la lecture. Chez les dyslexiques, cette migration ne se passerait pas normalement. Ces anomalies pourraient être d’origine génétique (les antécédents familiaux sont fréquents dans la dyslexie) mais cela reste encore à confirmer. Certains chercheurs ont trouvé une anomalie au niveau du chromosome 15, d’autres au niveau du chromosome. Troubles associés Les enfants dyslexiques présentent presque toujours une dysorthographie (difficultés en orthographe) associée. La dyslexie est également liée, dans plus de la moitié des cas, à des troubles du langage oral apparus dans la petite enfance. La dyslexie augmenterait le risque de souffrir d’hyperactivité et de troubles de l’attention (TDAH)4. On peut retrouver des problèmes de mémorisation, de coordination ou de latéralisation. Conséquences Les conséquences sont très variables en fonction de la sévérité des troubles. Les enfants souffrant de dyslexie rencontrent souvent des difficultés scolaires qui peuvent se traduire par un mal-être, de l’agressivité ou des comportements inadaptés. En France, les enfants dyslexiques bénéficient d’un Projet Personnalisé Scolaire (PPS). Ce document permet aux parents, enseignants, rééducateurs et à l’enfant d’établir ensemble un projet. Ce dernier précise les modalités du déroulement de la scolarisation de l’enfant et les aménagements nécessaires (ordinateur, temps supplémentaires...). Il recense et articule toutes les actions pédagogiques, éducatives, médicales et paramédicales entreprises avec l’enfant. jornal comunitário em Português - journal communautaire en Français abc portuscale Le silence des pantoufles est plus dangereux que le bruit des bottes. Texte de Martin NIEMÖLLER (1892-1984) Un homme dont la famille faisait partie de l’aristocratie allemande, avant la seconde guerre mondiale, possédait un certain nombre de grandes usines et de propriétés. Quand on lui demandait combien d’allemands étaient de véritables nazis, il faisait une réponse qui peut guider notre attitude au regard du fanatisme. Peu de gens sont de vrais nazis, disait-il, mais nombreux sont ceux qui se réjouissent du retour de la fierté allemande, et encore plus nombreux ceux qui sont trop occupés pour y faire attention. J’étais l’un de ceux qui pensaient simplement que les nazis étaient une bande de cinglés. Aussi la majorité se contenta-t-elle de regarder et de laisser faire. Soudain, avant que nous ayons pu réaliser, ils nous possédaient, nous avions perdu toute liberté de manœuvre et la fin du monde était arrivée. Ma famille perdit tout, je terminai dans un camp de concentration et les alliés détruisirent mes usines. La Russie communiste était composée de russes qui voulaient tout simplement vivre en paix, bien que les communistes russes aient été responsables du meurtre d’environ vingt millions de personnes. La majorité pacifique n’était pas concernée. L’immense population chinoise était, elle aussi, pacifique, mais les communistes chinois réussirent à tuer le nombre stupéfiant de soixante-dix millions de personnes. Le japonais moyen, avant la deuxième guerre mondiale, n’était pas un belliciste sadique. Le Japon, cependant, jalonna sa route, à travers l’Asie du sudest, de meurtres et de carnages dans une orgie de tueries incluant l’abattage systématique de douze millions de civils chinois, tués, pour la plupart, à coups d’épée, de pelle ou de baïonnette. Et qui peut oublier le Rwanda qui s’effondra dans une boucherie. N’aurait-on pu dire que la majorité des Rwandais était pour la Paix et l’Amour ? Les leçons de l’Histoire sont souvent incroyablement simples et brutales, cependant, malgré toutes nos facultés de raisonnement, nous passons souvent à côté des choses les plus élémentaires et les moins compliquées : les musulmans pacifiques sont devenus inconséquents par leur silence. Aujourd’hui, des experts et des têtes bien pensantes, ne cessent de nous répéter que l’Islam est la religion de la paix, et que la vaste majorité des musulmans ne désire que vivre en paix. Bien que cette affirmation gratuite puisse être vraie, elle est totalement infondée. C’est une baudruche dénuée de sens, destinée à nous réconforter, et, en quelque sorte, à diminuer le spectre du fanatisme qui envahit la Terre au nom de l’Islam. Le fait est que les fanatiques gouvernent l’Islam, actuellement. Ce sont les fanatiques qui paradent. Ce sont les fanatiques qui financent chacun des cinquante conflits armés de par le monde. Ce sont des fanatiques qui assassinent systématiquement les chrétiens ou des groupes tribaux à travers toute l’Afrique et mettent peu à peu la main sur le continent entier, à travers une vague islamique. Ce sont les fanatiques qui posent des bombes, décapitent, massacrent ou commettent les crimes d’honneur. Ce sont les fanatiques qui prennent le contrôle des mosquées, l’une après l’autre. Ce sont les fanatiques qui prêchent avec zèle la lapidation et la pendaison des victimes de viol et des homosexuels. La réalité, brutale et quantifiable, est que la majorité pacifique, la majorité silencieuse y est étrangère et se terre. Les musulmans pacifiques deviendront nos ennemis s’ils ne réagissent pas, parce que, comme mon ami allemand, ils s’éveilleront un jour pour constater qu’ils sont la proie des fanatiques et que la fin de leur monde aura commencé. Les Allemands, les Japonais, les Chinois, les Russes, les Rwandais, les Serbes, les Albanais, les Afghans, les Irakiens, les Palestiniens, les Nigériens, les Algériens, tous amoureux de la Paix , et beaucoup d’autres peuples, sont morts parce que la majorité pacifique n’a pas réagi avant qu’il ne soit trop tard. Quant à nous, qui contemplons tout cela, nous devons observer le seul groupe important pour notre mode de vie : les fanatiques. jornal comunitário em Português - journal communautaire en Français Enfin, au risque de choquer ceux qui doutent que le sujet soit sérieux et détruiront simplement ce message, sans le faire suivre, qu’ils sachent qu’ils contribueront à la passivité qui permettra l’expansion du problème. Aussi, détendez-vous un peu et propagez largement ce message. Espérons que des milliers de personnes, de par le monde, le liront, y réfléchiront et le feront suivre... Quand ils sont venus chercher les communistes, je n’ai pas protesté parce que je ne suis pas communiste. Quand ils sont venus chercher les Juifs, je n’ai pas protesté parce que je ne suis pas Juif. Quand ils sont venus chercher les syndicalistes, je n’ai pas protesté parce que je ne suis pas syndicaliste. Quand ils sont venus chercher les catholiques, je n’ai pas protesté parce que je ne suis pas catholique. Et lorsqu’ils sont venus me chercher, il n’y avait plus personne pour protester. Texte de Martin NIEMOLLER (1892-1984), pasteur protestant arrêté en 1937 et envoyé au camp de concentration de Sachsenhausen. Il fut ensuite transféré en 1941 au camp de concentration de Dachau . Libéré du camp par la chute du régime nazi, en 1945. On ne peut s’empêcher de repenser à cette phrase de l’un de nos congénères les plus éclairés, lui aussi allemand d’origine : Le monde est dangereux à vivre non pas tant à cause de ceux qui font le mal, mais à cause de ceux qui regardent et laissent faire. Albert Einstein Le maire Luc Ferrandez «récompensé» par la Fédération canadienne de l’entreprise indépendante Marie-Ève Dumont, JM Le maire du Plateau-Mont-Royal, Luc Ferrandez, est celui qui a mis le plus de bâtons dans les roues aux entreprises parmi tous les maires au Canada, selon la Fédération canadienne de l’entreprise indépendante (FCEI). Le prix Poids lourd de la paperasserie est remis chaque année au niveau municipal, provincial et fédéral, à l’instance qui a mis en place des tracasseries administratives qui pèsent lourd sur les PME. Le maire du Plateau et chef de l’opposition officielle à l’hôtel de ville l’a emporté cette année avec son règlement qui oblige les propriétaires de restaurants avec terrasse à remplacer toutes les chaises en plastique afin de respecter les critères d’esthétique imposés par son arrondissement. Selon la FCEI, cette mesure «peut représenter des frais élevés pour des restaurateurs dont les marges bénéficiaires sont déjà très minces». Toujours plus de mesures Contactée par Le Journal, l’Association des restaurateurs du Québec appuie l’octroi de cette «récompense» . «Nous sommes tout à fait d’accord avec la décisionde la fédération. De demander à tout le monde de jeter son équipement aux vidanges, c’est un manque de respect pour les commerçants», a indiqué le vice-président affaires publiques François Meunier. L’Association des commerçants du Plateau-Mont-Royal est aussi du même avis. «Les mesures s’accumulent les unes après les autres. Les cinq premières années sont tellement difficiles pour un commerce, il ne faut pas les assommer avec des mesures comme les chaises qui engrangent des dépenses importantes», soutient un porte-parole de l’Association. Mention à Rosemont L’attaché politique du cabinet de l’opposition à la Ville de Montréal a réagi au nom de M. Ferrandez en indiquant que c’est à la demande d’une association de commerçants que le règlement a été adopté. D’autres associations avaient aussi applaudi l’initiative. «Il serait intéressant que la FCEI parle à ses propres membres si elle veut démontrer un minimum de crédibilité», a soutenu Guillaume Cloutier, attaché politique. M. Ferrandez n’était pas le seul élu montréalais à se retrouver dans ce palmarès. Son collègue du même parti, le maire de Rosemont-La-Petite-Patrie, François W. Croteau, était aussi en nomination pour avoir instauré un nouveau règlement interdisant la mise en place de nouveaux services à l’auto. 13 jornal comunitário em Português - journal communautaire en Français abc portuscale jornal comunitário em Português - journal communautaire en Français 14 J Y M ARCHITECTURE Services & Plans D’Architecture Résidentiel • Rénovation • Commercial • Multiplex Jean-Yves Mesquita T.P. Technologue en Architecture Cel. 514.972-9985 • @:[email protected] • www.jymarchitecture.com 4244 boul. St-Laurent, Montréal, Qc. H2W1Z3 514-842-8077 PORTO CABRAL Le soleil embouteillé jornal comunitário em Português - journal communautaire en Français Cidadãos Next Door abc portuscale CC: [email protected]; [email protected] Amigos, Dizia há tempos o Ricardo Araújo Pereira, justificando a sua presença no 8º Fórum da Diabetes: “em princípio, eu tenho o efeito que um acidente tem na estrada... as pessoas param para ver o que se passa”. Pela parte que me toca, não tenho, nem de perto nem de longe, tamanha capacidade mobilizadora. Sou a “vizinha do lado” da cidadania, um simples anónimo que, um dia, chegou a esta conclusão elementar: se o Acordo Ortográfico é uma medida política, então o seu fim terá de ser, também ele, uma medida política. Sou a D. Otília do 3º Esquerdo, que um dia pensou na Constituição da República Portuguesa e achou que ela lhe garantia o direito de redigir uma Lei. Eu, a D. Otília e milhares de cidadãos como nós, subscrevemos a ILC pela revogação da RAR 35/2008 (a “lei” que abre caminho ao Acordo Ortográfico em Portugal). Haverá gesto mais político do que este? Bom, perguntarão os meus amigos, a D. Otília como tem passado? Em tempos pedi a vossa ajuda para esta luta, e assim, em jeito de balanço, aqui fica: estamos em Janeiro de 2015 e estamos perto das 15.000 assinaturas. Este número tem duas leituras. Para “cidadãos next door” como nós, 15.000 assinaturas EM PAPEL, enviadas pelo correio, é um número excelente. Quinze mil cidadãos eleitores, em Portugal e espalhados pelo mundo, deram-se ao trabalho de imprimir e preencher um impresso, e de ir a uma estação de correios para o enviar. Se a D. Otília quisesse fazer um partido político, ou candidatar-se à Presidência da República, já teria o dobro das assinaturas necessárias. É um feito extraordinário. Infelizmente, para uma Iniciativa Legislativa de Cidadãos, não é suficiente. Embora esteja perto, não chega ainda a metade das subscrições requeridas por Lei. As regras das ILC estabelecem patamares elevados, que não estão ao alcance do cidadão comum. Não admira que esta forma de democracia participativa tarde em sair do papel e que, desde o 25 de Abril, apenas três ILC tenham chegado ao plenário da Assembleia da República — sempre, como não podia deixar de ser, com o apoio de estruturas organizadas (partidos, sindicatos, corporações, etc.). Mas voltemos ao Acordo Ortográfico. Os meus amigos já disseram tudo o que havia a dizer sobre este assunto. Alguns assinaram artigos de opinião em jornais, outros referiram-no na rádio ou em páginas pessoais. No mínimo, todos subscreveram a ILC e deram a devida autorização para noticiar esse facto no site oficial da Iniciativa... ...e no entanto, aí o temos. Bem podemos protestar: “nunca utilizaremos o AO!”. Não é verdade. Utilizamo-lo todos os dias, quando lemos. Entra-nos pelos olhos dentro. E como dói. Em especial quando deixa a nu o caos ortográfico que se vai instalando paulatinamente. “Cidade invita”, “otogenário”, “proveta idade”, “batéria resistente”... são aos milhares os erros que não existiam antes do AO, provenientes de fontes tão insuspeitas como o Diário da República, teses de doutoramento ou rodapés de televisões. jornal comunitário em Português - journal communautaire en Français O Acordo Ortográfico é um espantalho ambulante, um absurdo sem pai nem mãe mas, aparentemente, com pernas para andar. Como é possível que uma norma elegante, coerente e, principalmente, estável como é a de 45 esteja em risco de desaparecer, engolida por um emplastro normativo que dá pelo nome de AO90 — que ninguém, no seu perfeito juízo, consegue defender? Em boa verdade, quem defende o Acordo parece apostar num único trunfo: a inércia. E o cansaço de quem defende a Língua Portuguesa. Pode este cenário kafkiano piorar? Sim, pode. O ano que agora se inicia é o último do período de transição previsto pelo Acordo. É verdade que nunca é tarde para corrigir um erro mas não tenhamos ilusões: se nada acontecer até ao final de 2015, o AO90 tornar-se-á praticamente irrevogável... mesmo que Angola e Moçambique continuem sem o ratificar, mesmo que Angola crie a sua própria norma pt-AO como já se aventou no Jornal de Angola, mesmo que o Brasil abandone o Acordo em favor de alterações ainda mais radicais, como se prepara para fazer. Consumado esse aberrante cenário, o Acordo Ortográfico alcançará então os píncaros da sua esplendorosa inutilidade. Será possível? Como é que deixámos “isto” chegar a este ponto? Em boa verdade, nada parece ser demais para o país dos submarinos, da parque-escolar e dos bancos maus. O Acordo Ortográfico parece peixe pequeno no meio de tanto desvario. Mas a D. Otília pensou um pouco e chegou a uma conclusão: se há um absurdo que não se pode ignorar, é precisamente o Acordo Ortográfico. Os submarinos metem a mão no nosso bolso, o AO mete a mão na nossa identidade. O AO é, verdadeiramente, o pai e a mãe de todos os absurdos — nada é impossível num país que aceita o Acordo com um encolher de ombros ou, pior, com um provincianismo deslumbrado perante a sua suposta modernidade. Não tenhamos ilusões: é a bovina aceitação do Acordo que explica a bovina aceitação da crise e não o contrário. Meus amigos: não é possível continuar nesta apagada e vil tristeza. Esta “carta” é um apelo às armas, um apelo à responsabilidade de todos nós nesta matéria. Cairemos de cabeça erguida e de consciência tranquila — ou, quem sabe, talvez não caiamos. A única certeza é a de que, se nada fizermos, cairemos. Peço-vos que tragam este assunto novamente para o centro das vossas atenções. Mencionem-no nos diversos “fora” a que têm acesso, promovam-no em páginas pessoais. Façam vídeos caseiros apelando à subscrição da ILC como forma de luta (basta um simples telemóvel) ou, de alguma forma, contestando o Acordo Ortográfico. A Língua Portuguesa merece este esforço de todos nós. Há uma grande maioria da população que nunca deu grande importância a este assunto. Juntos, poderemos levar essas pessoas a interrogarem-se sobre esta questão, ou seja, a parar um pouco para ver o que se passa. Atenciosamente, Rui Valente [email protected] fr: je parle portugais...et vous ? pt: eu falo português...e você ? Apprendre à parler rapidement le portugais avec des cours gratuits en ligne. Méthode facile et ludique, avec mp3 et pdf à télécharger Cours portugais gratuit – Apprendre le portugais ... www.loecsen.com/travel/0-fr-67-3-16-cours-gratuit-portugais.html 15 jornal comunitário em Português - journal communautaire en Français Duas grandes tretas, ambas repulsivas! abc portuscale Frio e gripe, quais patinhos feios, serão os maus da fita? Brasilino Godinho O diário Correio da Manhã, noticia: Brasilino Godinho O SAPO inseriu notícias referentes a duas tretas que são com frequência apresentadas ao público. A primeira, foi denunciada por Silva Peneda: “A ideia de autoregulação do mercado é uma treta”. Depois do colapso financeiro e, por arrasto, do descalabro da economia, ocorridos nos últimos tempos, há a convicção de que não faz sentido insistir-se no que já é considerado um erro crasso: manter o modelo de funcionamento dos mercados financeiros que vem causando devastadoras consequências em diversos países, incluindo Portugal. Silva Peneda, social-democrata de rija têmpera e com imagem de político sensato, está certo na oportuna avaliação abrangente (nacional e internacional) que faz na presente conjuntura. A segunda, refere-se à deprimente mania da regionalização que, ciclicamente, quando se avizinham eleições, o Partido Socialista, exercitando uma deplorável continuidade obsessiva, traz à colação e que constitui uma séria ameaça de desconformidade político/administrativa muito onerosa e prejudicial ao País. A seguir, transcrevemos trechos (que numeramos, para melhor incidência dos nossos comentários) da notícia da RENASCENÇA, inserta no portal SAPO. 1.António Costa defende descentralização Novo atentado contra o Estado de Direito 16 jornal comunitário em Português - journal communautaire en Français O fim era óbvio e já tentado anos antes – Sócrates precisava de matar a imprensa livre para não morrer politicamente. Com o seu advogado na liderança de um importante grupo de Comunicação Social, José Sócrates mexia os cordelinhos dos seus fiéis para coarctar a liberdade ao Correio da Manhã. O fim era óbvio e já tentado anos antes – Sócrates precisava de matar a imprensa livre para não morrer politicamente. Ensarilhado em conflitos de interesses vários, que vão do BES a Angola, em que ocultou informação relevante sobre a situação do grupo de Ricardo Salgado; de Sócrates à Altice; da Zon à TAP; também Proença de Carvalho e seus múltiplos clientes precisam do manto discreto da censura prévia para vender Portugal a retalho sem ética nem dano próprios. Para o cidadão Proença, como para Sócrates, qualquer laivo de liberdade de imprensa é um perigo para a opacidade necessária aos seus negócios, que acabarão por fazer de Portugal um imenso campo de refugiados, sem orgulho nem esperança. É neste contexto que deve ser lida a notícia de hoje, e as que o CM avançará nos próximos dias, sobre o pântano que Proença tempera na sua enorme panela de feiticeiro das leis e das ordens. Para Proença, como para Sócrates, o nosso país só é viável se os procuradores tiverem medo, os juízes vergarem a cerviz aos novos-ricos e os jornalistas não tiverem inquietações que vão além do estado do tempo e das ocorrências do acaso. É cada vez mais necessário saber o que dizia Sócrates nas escutas ocultadas aos cidadãos, que portugueses dignos e juristas de qualidade classificaram como atentado ao Estado de Direito. Agora, a história repete-se com Proença de Carvalho, já detentor do controlo sobre dois importantes jornais e uma rádio, a visar o controlo da TVI e o amordaçar dos produtores de conteúdos independentes, com a compra da PT pelos franceses da Altice. É perante esta grave ameaça sobre a liberdade de expressão e de imprensa que, à semelhança do que aconteceu na Face Oculta, o CM irá constituir-se assistente no processo que agora corre contra o empobrecimento de Portugal, promovido por José Sócrates e os seus inúmeros títeres. Frio e gripe matam 1176 pessoas em 15 dias. Decerto que a estatística está incompleta. Provavelmente, faltam dados de todo o país. Mas mil cento e setenta e seis pessoas mortas em 15 dias já é um número assinalável que tenderá a aumentar nas próximas semanas. Um feito de monta nos domínios do ministério da Saúde (melhor dizendo: do ministério da Doença). E de tal dimensão que despertará a inveja ao ministro Taro Aso, do império do Sol Nascente. Também nesta informação jornalística não se esgota a verdade dos infaustos acontecimentos. Porquê? Por haver a certeza que muito fácil é atirar as culpas para o frio e para a gripe. Também de não ignorar a conveniência governamental de o estado atmosférico e a influenza servirem de eficazes operadores mortíferos e, sobretudo, de opaco biombo para esconder a tenebrosa realidade. Mais complicado é atribuir grandes responsabilidades ao governo e à famigerada austeridade; visto que não será cómodo nem gratificante para os jornalistas aventurarem-se a pôr o dedo na ferida. Isto é: chamar a atenção dos portugueses para o indesmentível facto de que o governo criou todas as piores condições de pobreza, de miséria e de difícil sobrevivência, para todos quantos se encontram desprovidos de recursos múltiplos e se localizam num meio adverso que tem sido deliberadamente programado para ser objecto de inúmeras medidas delineadas com a finalidade de agravar as debilitadas vidas dos infelizes portugueses – o que se traduz na criação de circunstâncias, as mais desfavoráveis, propícias aos ataques dos vírus gripais e aos tristes desenlaces que vão sucedendo diariamente. E neste evidente aspecto de atingir, durante o seu mandato, o desejado genocídio de parte seleccionada da população portuguesa, o governo nem precisa de dar nas vistas como aconteceu com o ministro das Finanças do governo japonês, Taro Aso. Este, no ano passado, proclamou: “Morram os velhos!” Em Portugal há gente mais expedita e mui espertalhona... que não se expõe desta maneira. Mas, não haja dúvidas: Taro Aso devia vir a Portugal tomar instrução sobre como as coisas se fazem à socapa, sem alarme público, com a maior limpeza e avassaladores resultados. Teria muito que aprender com o grande mestre Passos Coelho que logo ao iniciar o mandato disse que os portugueses iriam empobrecer – e nisso se empenhou de alma e coração. Se o ministro japonês foi peremptório no mando de liquidação dos idosos, o grande chefe Coelho ao impor o empobrecimento, alinhou pelo mesmo desígnio: morram os velhos. Diferença e artifício de expressões. Mas a ideia do japonês Taro, coincide com a ideia do português Coelho. Claro que o empobrecimento à maneira de Passos Coelho tem sido mais que meio caminho andado para acabar com a classe média e com os velhos, as pessoas e as crianças mais desfavorecidas, que são estorvo numa sociedade fanaticamente neoliberal concebida à imagem - e sujeita à vontade - do grande chefe da tribo governamental portuguesa. Entretanto, os trombeteiros da parada da paródia que se exibe nos terrenos pantanosos adjacentes aos palácios de S. Bento e de Belém, em Lisboa, continuam fazendo a festa, deitando os foguetes e, assim como quem não quer a coisa, vão alegremente aniquilando os cidadãos e destruindo o País. Finalmente, em resposta à pergunta: Eles, governantes, são os maus da fita? Há que responder vigorosamente e sem subterfúgios: Certamente que o são! Cumpriu-se o Mar, e o Império se desfez. Senhor! Falta cumprir-se Portugal. Fernando Pessoa jornal comunitário em Português - journal communautaire en Français abc portuscale jornal comunitário em Português - journal communautaire en Français Avez-vous déjà examiné votre passeport canadien sous une lumière UV? Source: imgur.com Mikael Lebleu À moins d›être agent d›immigration ou douanier, vous n›avez probablement jamais inspecté votre passeport sous une lumière UV. Pourtant, le nouveau passeport électronique canadien émis depuis le 1er juillet 2013 cache de nombreux secrets. Lorsque exposé à une lampe à rayonnement ultraviolet, le nouveau passeport canadien révèle de magnifiques fresques colorées rappelant des événements marquants de l’histoire du Canada et certains personnages et lieux emblématiques de son patrimoine, dont les chutes du Niagara, Terry Fox et Samuel de Champlain. Stupéfait par cette découverte, un utilisateur du site d’hébergement d’images imgur a partagé plusieurs photos avant/après du passeport de son ami. 17 jornal comunitário em Português - journal communautaire en Français La semaine en photos abc portuscale À l’instar du Québec et d’une bonne partie du Canada, l’Irlande du Nord a été touchée, ces derniers jours, par une vague de froid et des chutes de neige… ce qui n’a pas empêché cet adepte de surf d’hiver de se rendre à la plage de Portrush pour s’adonner à son activité préférée. (Photo : Charles McQuillan/Getty Images) jornal comunitário em Português - journal communautaire en Français Des militaires indiens jouent les cascadeurs sur des motocyclettes à l’occasion d’un défilé organisé le Jour de l’armée. Celui-ci a lieu chaque année pour souligner la formation de l’armée nationale indienne. (Photo : Chandan Khanna/Agence France-Presse/Getty Images) 18 À Krasnoïlsk, en Ukraine, un homme se repose parmi quelques décorations extérieures pendant que les villageois prennent part à la fête d’hiver de Malanka. Cette célébration traditionnelle, qui a lieu le jour de l’An du calendrier orthodoxe, consiste à revêtir des costumes élaborés et à se déplacer en groupe, de maison en maison, en chantant des chansons folkloriques À Manille, un garçon tient dans ses mains une poupée à l’effigie du pape François, qui était de passage ces derniers jours aux Philippines. Le pontife a appelé les autorités du pays à «lutter contre les inégalités sociales scandaleuses» qui existent dans l’archipel. (Photo : Giuseppe Cacace/Agence France-Presse/Getty Images) Des dévots musulmans arrivent en train à Tongi, au Bangladesh, au dernier jour de la Bishwa Ijtema — le deuxième rassemblement annuel de musulmans en importance au monde après le pèlerinage à La Mecque. (Photo : Allison Joyce/Getty Images) Au cimetière du Père-Lachaise, à Paris, une fillette a pris part, aux côtés d’un policier armé, aux funérailles du bédéiste Bernard Verlhac. L’homme a été tué dans l’attentat perpétré à l’hebdomadaire Charlie Hebdo le 7 janvier dernier. (Photo : Christopher Furlong/Getty Image jornal comunitário em Português - journal communautaire en Français abc portuscale jornal comunitário em Português - journal communautaire en Français Maison-Musées du Portugal Casa-Museu Dr. Anastácio Gonçalves Maison Musée Dr. Anastácio Gonçalves Casa-Museu Fundação Medeiros e Almeida Maison Musée Fondation Medeiros e Almeida La résidence d’António de Medeiros e Almeida (1895-1986) fut transformée en maison musée par son propriétaire au début des années 70, créant en 1973 la Fondation Medeiros e Almeida à qui il fit don de tous ses biens. L’ensemble muséologique se présente en une suite de 25 salles, comprenant une partie qui fut habitée et où est conservé le décor original. Avant d’entrer, admirez le merveilleux édifice Art Nouveau, dessiné en 1905 par l’architecte Norte Júnior, pour la résidence du peintre José Malhoa. Peinture, mobilier, tapisserie, art sacré, verre et joaillerie avec des ornements et des pièces dépareillées du XVIIe siècle jusqu’à nos jours composent la collection de la Maison Musée. Il fut acheté en 1932 par le Dr. Anastácio Gonçalves. En entrant vous ressentirez l’environnement d’harmonie et de quintessence dans lequel vécut le très réputé médecin ophtalmologique et grand collectionneur qui, à sa mort en 1965, fit don à l’État portugais des œuvres d’art réunies durant sa vie. 19 Trois importantes collections, exposées chacune dans une salle, se distinguent de l’ensemble muséologique : Dans les élégantes salles qui composent la résidence, les collections d’art sont exposées de façon à donner le sentiment d’une maison vivante qui révèle le bon goût et la culture d’un portugais à l’esprit universaliste. • • Des tableaux des meilleurs peintres portugais, des porcelaines de Chine, du mobilier portugais du XVIIIè et du XIXè siècles, ainsi que des œuvres provenant d’autres pays, notamment de l’ébénisterie française, ainsi que des petits objets tels que des montres de poche et des verres, feront de cette visite un pèlerinage de plaisir pour les sens. 6 Av. 5 de Outubro-Lisboa - la collection d’horloges avec près de 225 pièces, classées chronologiquement du XVIè siècle à nos jours ; - la collection de porcelaine de Chine, depuis les terres cuites préhistoriques (dynastie Han) jusqu’aux porcelaines de la fin du XVIIIe siècle ; • - la collection d’argenterie composée de deux vaisselles en argent de l’orfèvre anglais Paul Storr (17921838) et l’argenterie portugaise du XVI siècle au XVIIe siècle, comprenant près de 80 portes cure-dents en argent portugais. jornal comunitário em Português - journal communautaire en Français abc portuscale jornal comunitário em Português - journal communautaire en Français Cátedra de Cultura Portuguesa da Universidade de Montreal COMUNICADO A Arte do Azulejo. Entre o Artesanato e a Cultura Erudita (L’art de l’azulejo. Entre artisanat et culture savante) uma instalação multimédia na Universidade de Montreal Carrefour des arts et des sciences, Faculdade das Artes e das Ciências Pavillon Lionel-Groulx - 3150, rue Jean-Brillant, 2e étage (salle C-2081) - Montréal 25 de Novembro de 2014 – 6 de Fevereiro de 2015 De segunda a sexta-feira, das 9h00 até às 17h00 Entrada Livre Informações e visitas fora do horário normal : Pauline Pourailly Responsable des expositions et des installations [email protected] (514) 343-6111 poste 32488 20 Transportes: Metro, linha azul : estações Université-de-Montréal e Côte-des-Neiges Autocarros : 51 e 119 *** A exposição é comissariada por Luís de Moura Sobral, Professor do Departamento de História da Arte e de Estudos Cinematográficos da Universidade de Montreal, e Titular da Cátedra de Cultura Portuguesa da mesma universidade, e conta com a colaboração do Museu Nacional do Azulejo, de Lisboa. A ideia central de L’art de l’azulejo. Entre artisanat et culture savante é a de envolvência e de densidade visual dos grandes conjuntos azulejares do universo português, que de alguma maneira se tratará de evocar no conceito museológico utilizado. A exposição sublinhará ainda a diversidade temática desta modalidade de decoração monumental, assim como o seu papel na elaboração de uma cultura visual especificamente portuguesa. A instalação é fundamentalmente constituída de : 1, uma série de cinco cápsulas videográficas em projeção simultânea (S. Lourenço de Almancil, Museu Nacional do Azulejo, Metropolitano de Lisboa, Palácio Fronteira, Temas do Azulejo Barroco); 2, sete painéis de azulejos antigos ilustrativos da evolução estética ao longo da História (deste o século XVI até ao século XX); 3, obras contemporâneas dos artistas montrealenses de origem portuguesa Joseph Branco, Carlos Calado, Joe Lima e Miguel Rebelo; 4, amostragens das técnicas de pintura de azulejos realizadas por Carlos Calado; 5, reproduções fotográficas em grande formato de três painéis do século XVIII; 6, série de cartazes sobre a história do azulejo produzidos pelo Instituto Camões I.C.