Os incêndios da biblioteca de Alexandria
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Os incêndios da biblioteca de Alexandria
HISTÓRIAS INCRIVEIS HISTORIAS INCRÍVEIS Os incêndios da biblioteca de Alexandria A incalculável perda histórica e científica representada por esses eventos A Divulgação Por Pedro Abarca Alexandria, a segunda maior cidade do Egito e seu maior porto, tem atualmente uma população de pouco mais de 4 milhões de habitantes. Alexandre – o Grande – foi seu fundador por volta de 330 a.C. Imediatamente, tornou-se um dos principais pontos comerciais da antiguidade. Influenciado pelo filósofo Demétrius de Phalére, o rei egípcio Ptolomeu I Sóter resolveu construir um museu e uma biblioteca. Ambas instituições vieram a tornar-se fundamentais para a cultura do mundo. Por volta de 272 d.C., a biblioteca foi destruída por um incêndio, perdendo-se grande parte de seus 700 mil manuscritos. O incêndio foi causado pela guerra entre o imperador Aureliano e Septimia Zenóbia, rainha da cidade síria de Palmira. Em seguida, dá-se o ataque do imperador Diocleciano, que pretendia eliminar obras referentes aos segredos da alquimia. Durante séculos, a Biblioteca de Alexandria reuniu o maior acervo da cultura existente na antiguidade. Sua fantástica quantidade de rolos de papiro dava importante suporte a todos os sábios da época. Em 391 d.C., amparado pelo édito do Imperador Teodósio, que obrigava os súditos do império a seguir a fé dos bispos de Roma, Teófilo, patriarca de Alexandria, resolveu eliminar os setores pagãos da cidade que ainda restavam dos incêndios anteriores. Para ele, o prédio que abrigava a figura do deus Serápis era um incentivo ao paganismo e ateísmo. Em face disso, mobilizou uma multidão de cristãos para sua destruição. A Biblioteca de Alexandria também foi atingida. Para alguns, apesar dos vários incêndios, a instituição continuava sua obra de disseminação do saber até que os muçulmanos a destruíram completamente em 646 d.C. Segundo eles, não havia necessidade de outros livros além do Alcorão. O historiador Abd al Latif escreveu: “A Biblioteca de Alexandria foi aniquilada pelas chamas por Amr ibn-el-As, obedecendo ordens do califa Omar – o Vencedor.” Hipátia, filha do filósofo Theon, que ministrava aulas sobre as doutrinas de Platão e Plotino, foi a última vítima dos ataques. Considerada um perigo para a expansão do cristianismo primitivo, a sábia mulher foi assassinada por uma turba de cristãos fanáticos. O bispo Cirilo, que instigou Pedro Abarca é escritor, membro do Instituto a ação, foi posteriormente canonizado pela Igreja. Com a morte Geográfico de São Paulo e da União Brasileira de Hipátia, chegou ao fim a escola neoplatônica de Alexandria. de Escritores. www.abarcasite.com.br 20 Janeiro 2012
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