PDF - Juventude Adventista Portuguesa

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SEMANA DE ORAÇÃO DE JOVENS ADVENTISTAS 2009
PORQUÊ?
Assunto geral da Semana de Oração de Jovens 2009
Título: RECUPERAR!
O Departamento de Jovens da Conferência Geral acredita
firmemente na necessidade de enfrentar o desafio de procurar e
reclamar os perdidos. Desde sempre que estamos atentos e nos
preocupamos com os jovens que nascem em famílias que
frequentam a Igreja; mas eles estão a abandonar a Igreja como
água que nos escorre por entre os dedos. O evangelho de Lucas, no
capítulo 15, mostra- -nos como Cristo, o Bom Pastor, procura a
Sua ovelha perdida até a encontrar, deixando as restantes 99 num
local seguro. Como pastores de jovens, devemos imitar este
exemplo.
Durante o ano de 2009, o ano de brilhar, deveria colocar-se uma
ênfase particular na regeneração da nossa juventude.
Ênfase 1
Criar uma lista extensiva de todos os jovens inscritos no
Departamento de Jovens local a fim de saber quem frequenta a
Igreja e quem não o faz. Se não for possível obter uma lista
completa, use aquela de que dispõe e peça aos restantes jovens da
sua igreja os nomes e as moradas dos seus amigos, aqueles que
costumavam ir à igreja e que agora já não vão. Encarregue alguém
de continuar a visitar os membros afastados quando estes forem
contactados.
Ênfase 2
Realize um Programa Anual de Reencontro, durante três meses, que
culmine, num Sábado, com uma festa de Boas-vindas. Inicie um
plano de oração por cada um dos jovens inactivos.
Ênfase 3
Convide estes jovens a participarem em actividades sociais. Dê-lhes
tempo para decidirem. Se os tiver convidado uma, duas ou até três
vezes sem obter uma resposta da parte deles, não desanime e tente
novamente.
Ênfase 4
Inicie visitas de grupo. Se possível, realize estes encontros nas casas
dos jovens dispersos. Tanto o pastor como os seus amigos
desempenham um papel muito importante na tarefa de os trazer de
UNIÃO PORTUGUESA DOS ADVENTISTAS DO SÉTIMO DIA
novo para a igreja. Convide alguns amigos para o acompanhar
nestas visitas.
Ênfase 5
Reserve um Sábado de Boas-vindas a nível da Conferência
Geral/Divisão, em que todo o programa seja especificamente
direccionado para os jovens que regressam à igreja. Todas as
igrejas deverão realizar este programa na mesma data.
Ênfase 6
Organize um programa de aconselhamento juvenil. Cada jovem
regressado deverá estar ao cuidado de um conselheiro crente que o
possa encorajar. Prepare um Manual de Aconselhamento.
Ênfase 7
Ensine os membros da igreja a serem amáveis e agradáveis para
com os jovens que agora voltam para a igreja. Permita que estes
jovens cresçam dentro da igreja e desenvolvam a sua experiência
cristã.
Ênfase 8
Ajude estes jovens a envolverem-se na vida da igreja. E, se possível,
integre-os em pequenos grupos de jovens.
SOBRE O AUTOR
O Pastor Steyn Venter é responsável por duas igrejas em
Bloemfontein, na África do Sul. Está actualmente a preparar o seu
mestrado em Teologia Pastoral, sendo, neste aspecto, um dos
estudantes pioneiros da Universidade Adventista Africana, uma
nova iniciativa da Conferência Geral. Steyn é casado com Sherryl
Venter e tem três filhos.
Título: LEIA ISTO PRIMEIRO
Retirar destas meditações tudo aquilo que elas têm para nos dizer, irá
requerer muita oração, muito planeamento e trabalho de equipa.
Mas isto é possível de ser realizado. Aqui ficam algumas dicas
para o auxiliar no seu planeamento.
Planeie com tempo. Comece já o seu plano.
Sabemos que, por vezes, os líderes dos departamentos mudam no
fim do ano, mas, por favor, mesmo que não seja o líder do
Departamento de Jovens no próximo ano, não permita que isto o
impeça de planear esta semana especial. Faça o seu plano,
desenvolva os seus objectivos, e junte a sua equipa, assegurando-se
de que o pastor da igreja também faz parte dela.
Use o hino tema.
Envolva o coro juvenil. Se a sua igreja não tem um coro, este é o
momento indicado para o formar. A música pode marcar a
2 Juventude Adventista
diferença e ajudar a dar um tom mais solene aos serviços
realizados na igreja.
Forme uma equipa de desenvolvimento/revisão da semana de
oração.
Dependendo do número de membros da sua igreja, este grupo deve
ser integrado por quatro a oito pessoas que o deverão acompanhar
na programação de todas as leituras. Inclua nesta equipa somente
jovens adultos que se mostrem interessados e que se comprometam
e os Departamentais dos ministérios jovens (Escola sabatina,
Desbravadores, pastor, etc.). Isto é importante uma vez que assim
permite-se que todo o grupo lidere, e não apenas o responsável
pelos jovens e o seu assistente. Peça ao grupo que se comprometa a
reunir-se durante pelo menos cinco semanas – uma semana para
cada duas meditações e uma semana extra para rever os conteúdos.
Certifique-se, preferencialmente na primeira reunião, de que se
identifica o objectivo e a direcção a seguir e se escolhe um jovem
para falar cada dia.
Faça um inquérito.
Procure saber quem são os jovens pelos quais é responsável.
Escolha, de entre todos os jovens da sua igreja, um grupo central,
mesmo que não estejam a frequentar as reuniões. Partilhe com eles
os seus planos e objectivos para a Semana de Oração. Comece
lentamente, comece aos poucos, mas comece cedo.
Organize um Programa de Reencontro.
Use o último Sábado para lançar o desafio de um Programa Anual de
Reencontro, com a duração de três meses, que culmine, num
Sábado, com uma festa de Boas-vindas. Inicie um plano de oração
por cada um dos jovens inactivos.
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Andy nash. Contacte-nos para obter uma cópia gratuita. Faça o seu
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Título para a Semana de Oração 2009:
PORQUÊ?
“Vem e vê”
Tese: Desafiar os jovens a viver uma vida como a de Cristo; um tipo
de vida que leve as pessoas a perguntarem-se: “Porquê?”, abrindo,
desta forma, as portas para o evangelismo, através dos seus
testemunhos vivos.
Primeiro Sábado: O QUE VÊS?
Texto Bíblico: Actos 8:4-8 e 9:36
Ênfase: Procurando exemplos vivos.
Domingo: TOMA O PARTIDO DE DEUS
Texto Bíblico: Tiago 3:13
Ênfase: Acções e palavras.
Segunda-feira: CONSEGUES VER?
Texto Bíblico: Mateus 25:31-46
Ênfase: Vendo as oportunidades.
Terça-feira: O GRITO SILENCIOSO
Texto Bíblico: Mateus 5:16, I Pedro 2:12
Ênfase: Agindo, não falando.
Quarta-feira: ISTO É IMPORTANTE?
Texto Bíblico: Mateus 25:14-30
Ênfase: Grande ou pequeno: faz a diferença.
Quinta-feira: ESTÃO ELES A VER?
Texto Bíblico: Apocalipse 2:2-3
Ênfase: Fazendo com ou sem aviso prévio.
Sexta-feira: SIMPLES E VERDADEIRO
Texto Bíblico: I Coríntios 2:1-4
Ênfase: Como partilhares a tua fé.
Segundo Sábado: CONTINUA ASSIM
Ênfase: Uma vida de acção.
1º Sábado: O QUE VÊS?
Texto Bíblico: Actos 8:4-8; 9:36
Em João 1:46 encontramos uma citação com a qual estamos todos
familiarizados: “Vem, e vê.”
Os olhos são, provavelmente, o órgão mais activo do corpo humano,
mas são também o mais perigoso. Porquê? Porque aquilo que
vemos influencia o nosso pensamento, o nosso carácter, todo o
nosso ser. E, mais importante do que tudo, a forma como vemos
influencia a nossa relação com Cristo. Como está escrito em
Provérbios 23:7, “Porque como imaginou na sua alma, assim é...”.
Depois de se ter tornado um discípulo de Cristo, Filipe faz um apelo
a Natanael com a mensagem que aparece em João 1:45 e 46:
“Havemos achado aquele de quem Moisés escreveu na lei, e os
profetas: Jesus de Nazaré, filho de José.” Nós achámo-l'O!
Contudo, o preconceito de Natanael levou-o a exclamar: “Pode vir
alguma coisa boa de Nazaré?”
Filipe não quis discutir mas lançou-lhe um convite maravilhoso:
“Vem, e vê.”
COMO É QUE VEMOS?
Estamos nós a observar um véu de lágrimas provocadas pelo
desgosto?
Não conseguimos ver mais do que uma noite verdadeiramente negra
de opressão?
Estamos a olhar contra uma montanha de preconceito?
Estamos a olhar para a nossa própria justiça?
Estamos a julgar-nos a nós mesmos?
Estamos a olhar contra o orgulho denominacional?
Olhamos nós para o Jesus histórico mas recusamos ver o Cristo que
vive?
Quando somos convidados a vir e ver, deveríamos vir despidos de
preconceitos, despojados de justiça própria, libertos do próprio eu.
Ellen White escreveu: “Se Natanael tivesse confiado na direcção dos
rabis, nunca teria encontrado Jesus. Foi vendo e julgando por si
mesmo, que se tornou discípulo. Também acontece assim no caso
de muitos hoje em dia, a quem o preconceito impede de aceitar o
bem. Quão diferente seria o resultado, se viessem e vissem.” (O
Desejado de Todas as Nações, Publicadora SerVir, Pág. 108)
Não podemos enviar os outros para irem e verem. Não podemos fiarnos na experiência de uma outra pessoa. Precisamos de ir e ver
por nós mesmos. Quão diferente seria se tu, tal como Natanael,
estudasses a Palavra de Deus por ti próprio e suplicasses a
iluminação do Espírito Santo para que Ele, que viu Natanael
debaixo da figueira, te veja a ti também.
“Não olhem para si mesmos, mas para Cristo. (...) Quando olhamos
para além de nós mesmos, experimenta-se um constante
sentimento da fraqueza da humanidade” e nós aproximamo-nos
mais e mais e Jesus Cristo. (O Desejado de Todas as Nações,
Publicadora SerVir, Págs. 363, 419)
Em Mateus 2 é-nos dito que os Reis Magos olharam e viram uma
estrela – a Sua estrela. E porque olharam, eles estavam entre as
primeiras pessoas que deram as boas-vindas ao Salvador. As
palavras dirigidas por Herodes aos Reis Magos veiculam uma
grande mensagem para nós hoje: “Ide e perguntai diligentemente
pelo menino...” (Mateus 2:8)
Procuraste-O?
Encontraste-O?
Em Mateus 8, o leproso ouviu as boas-novas: “Nenhum dos que
procuravam o Seu auxílio tinha sido repelido.” (O Desejado de
Todas as Nações, Publicadora SerVir, Pág. 212) Ele quis ir e ver.
Ele estava determinado a encontrar o Salvador. Embora fosse
impedido de entrar nas cidades, o leproso acreditava que iria
cruzar-se com Jesus ao longo de algum trilho na montanha. Esta
era a sua única esperança!
E a sua oportunidade chegou. Ele ouviu dizer que Jesus se
encontrava nas margens do lago. Estava muita gente à volta d'Ele.
À distância, o leproso não ouvia senão algumas palavras de Jesus.
Ele viu como Ele impunha as Suas mãos sobre os doentes - e
como os aleijados, os cegos, os paralíticos se iam embora curados.
A fé do leproso cresceu. Ele ousou chegar-se cada vez mais perto da
multidão. As restrições colocadas sobre ele, a segurança das
pessoas, o medo com que era olhado por todos, foram esquecidos.
O seu único pensamento era a esperança de ser curado.
Ele era um espectáculo repugnante. A doença tinha-lhe mutilado o
corpo. Ao vê-lo, a multidão recuou apavorada. As pessoas
empurravam-se umas às outras na pressa de se afastarem dele.
Algumas tentaram impedir que se aproximasse de Jesus, mas em
vão. Ele não as via nem as ouvia. Ele não se apercebeu das suas
expressões de repugnância. Ele viu unicamente o Filho de Deus.
Apenas ouviu a voz que chama os mortos para a vida. Avançou
para Jesus, atirou-se aos Seus pés e gritou: “Senhor, se quiseres,
podes tornar-me limpo.”
Jesus replicou: “Quero, sê limpo.”
Quão facilmente somos desencorajados pelas reacções das pessoas.
Mas esqueçamos as pessoas! Fixa os teus olhos em Jesus. Lança-te
aos Seus pés e Ele te responderá: “Quero, sê limpo.” Uma
mudança ocorrerá em ti, porque, ao contemplarmos, somos
transformados.
NA SUA PRESENÇA
Tal como o leproso, também o paralítico de Marcos 2 tinha perdido
toda a esperança de recuperação.
A sua doença era o resultado de uma vida de pecado e o seu
sofrimento era intensificado pelo remorso e pela amargura. Ele
estava completamente desprovido de ajuda. Não havia nenhuma
perspectiva de auxílio de qualquer lado e ele caiu no desespero.
Foi então que ouviu falar das maravilhosas obras de Jesus. Ele
soube que outros tão pecadores e desamparados como ele tinham
sido curados. Até mesmo leprosos tinham sido curados.
Os seus amigos incentivaram-no a ir também ter com Jesus. Eles
carregá-lo-iam até Jesus. Mas a sua esperança desvaneceu-se ao
lembrar-se de como e porquê tinha ficado doente. Ele temeu que o
puro Médico não o tolerasse na Sua presença. No entanto, não era
tanto a cura física que ele desejava mas sim o alívio da culpa do
pecado.
Se pudesse ver Jesus, se tão somente O visse, se pudesse receber o
perdão, o paralítico ficaria satisfeito por viver ou morrer, de acordo
com a vontade de Deus.
Oh! Se eu pudesse ir à Sua presença!
Não havia tempo a perder; a sua carne já mostrava indícios de
decomposição. Ele pediu aos seus amigos que o levassem na sua
cama até Jesus. Mas a multidão que se tinha aglomerado dentro e à
volta da casa era tão densa que eles não conseguiram alcançar
Jesus.
Uma vez após outra eles tentaram atravessar a multidão, mas em
vão. Tomado por uma inexprimível angústia, ele olha em ao redor.
Como é que ele podia renunciar à esperança logo agora que Jesus
estava tão perto?
Os seus amigos elevaram-no até ao telhado da casa, abriram um
buraco, e fizeram-no descer até aos pés de Jesus. Jesus olhou para
os olhos suplicantes e compreendeu.
“E Jesus, vendo a fé deles, disse ao paralítico: Filho, tem bom
ânimo, perdoados te são os teus pecados.” Mateus 9:2
Curado! Perdoado! Quão maravilhoso é o amor de Deus, que se
prostra para curar o pecador.
Quem pode duvidar da mensagem da salvação? Quem é capaz de
rejeitar a Sua misericórdia?
Sim, o paralítico foi para ver – nenhuma barreira o pôde impedir – e,
na presença de Deus, ele foi transformado. Tem coragem: se fores
e vires, os teus pecados serão perdoados.
SENHOR, SALVA-ME!
Mateus foi para ver, e este publicano menosprezado tornou-se,
depois, um dos mais consagrados evangelistas. Pedro ansiou de tal
forma ir ao encontro do seu Mestre quando Ele caminhou sobre o
mar em direcção aos discípulos que, com os seus olhos fixos em
Jesus, caminhou seguramente sobre as águas. Mas quando desviou
os seus olhos de Jesus e tomou consciência do que se passava à sua
volta – o sibilar do vento, as altas ondas que rolavam contra ele,
teve medo. Olhou novamente para Jesus, mas uma onda interpôsse entre ele e o Mestre. A sua fé abandonou-o, a sua fé
estremeceu... e ele afundou-se.
“Senhor, salva-me!” (Mateus 14:30)
Jesus estava ali para o agarrar.
Pedro desviou o olhar! Ele desviou o olhar de Jesus e sentiu
dificuldades. Esta não é a altura indicada para algum de nós estar
com problemas.
“Homem de pouca fé, porque duvidaste?” (Mateus 14:31)
O convite está feito – Vem e vê!
Mas certas coisas impossibilitam-nos de ver.
“Todo o pensamento impuro contamina a alma, enfraquece a noção
de moral e tende a apagar as impressões do Espírito Santo.
Diminui a visão espiritual, de modo que os homens não podem ver
a Deus.” (O Desejado de Todas as Nações, Publicadora SerVir,
Pág. 249) A irmã Ellen White diz ainda: “O egoísmo impede-nos
de ver Deus. (...) Egoísmo é morte.” (O Desejado de Todas as
Nações, Publicadora SerVir, Págs. 249, 353)
Os problemas impedem-nos de ver Deus. Nós esquecêmo-nos!
Quando os tornados da tentação se amontoam e os violentos
relâmpagos e as ondas se abatem sobre nós, lutamos sozinhos –
esquecemo-nos de que existe Alguém que pode ajudar-nos.
Também o orgulho denominacional pode impossibilitar-nos de ver
Deus. Os Fariseus olhavam mas não queriam ver.
QUANDO JESUS VEM PARA VER
Até aqui temos vindo a discutir o que poderia acontecer, e o que
deveria acontecer, se fôssemos e víssemos. Mas, o que é que
acontece quando Jesus olha?
Consideremos os seguintes exemplos: Lázaro está morto. Maria
Madalena está ajoelhada aos pés de Jesus e Ele pergunta-lhe:
“Onde o pusestes? Disseram-lhe: Senhor, vem, e vê.” (João 11:34)
Em João 11:39, deparamo-nos com a relutância de Marta em que o
corpo decomposto seja mostrado. Mas as impossiblidades naturais
não conseguem impedir o trabalho de Deus. Jesus levantou os Seus
olhos para o Céu e a morte desapareceu. Na presença do Deus
Todo Poderoso nenhum mal pode subsistir.
Jesus não deixa que nada se intrometa entre Si e os Seus filhos. Jesus
falou da Sua morte aos discípulos e Pedro não foi capaz de ficar
calado – “Senhor, tem compaixão de ti; de modo nenhum te
acontecerá isso.” (Mateus 16:22)
Jesus foi compelido a pronunciar uma das mais severas repreensões
que alguma vez foram proferidas pelos Seus lábios – “Para trás de
mim, Satanás!”
“Satanás interpusera-se entre Pedro e o seu Mestre, para que o
coração do discípulo não fosse tocado ante a visão da humilhação
de Cristo por ele. As palavras de Cristo foram dirigidas, não a
Pedro, mas àquele que o estava a separar do seu Redentor. “Para
trás de mim, Satanás.” Não te continues a interpor entre Mim e o
Meu errado servo. Deixa-Me estar face a face com Pedro, para que
lhe possa revelar o mistério do Meu amor.” (O Desejado de Todas
as Nações, Publicadora SerVir, Pág. 352)
Em Apocalipse é dito que “todo o olho o verá”. (Apocalipse 1:7) O
olho que se recusar a ver não será digno de olhar para Ele. Serão os
teus olhos usados para O ver? O Mestre está presente e chama-te.
Ele convida-te – Vem e vê!
BOA NOITE
Certa vez, o Dr. Landale, de Nova Iorque, contou a história de um
homem de negócios cristão. Ele teve um acidente e foi levado de
urgência para o hospital. Feitos os exames, os médicos
aperceberam-se de que ele dispunha de apenas algumas horas de
vida. Ele estava ainda consciente e chamou a família para junto da
sua cama.
Primeiro, ele falou com a sua esposa: “Minha querida, és a melhor
mulher do mundo. Estiveste ao meu lado ao longo de todos estes
anos. Foste, muitas vezes, a minha fonte de inspiração. Vi o
espírito de Deus brilhar na tua face. Amo-te mais do que no dia em
que te tornaste a minha noiva. Mas preciso de te dizer boa noite.
Ver-te-ei novamente pela manhã.”
De seguida, Mary, a filha mais velha, sentiu as mãos do pai a tocar
as suas: Mary, tu foste a nossa primogénita. Que alegria que foi
para mim. Estou tão feliz por seres cristã. Nunca te esqueças do
quanto eu te amo, mas, boa noite. Mary, boa noite.”
Pedro, o filho mais velho, foi a seguir. “Estou tão orgulhoso de ti,
meu filho. És tão viril. Persiste no bom caminho da graça e da
virtude. Boa noite, meu filho, boa noite.”
Carl era o seguinte mas ele tinha-se deixado levar por más
influências. O seu pai e a sua mãe estavam muito desiludidos. Por
momentos, ele foi deixado de lado, enquanto o moribundo pai se
dirigia a Hettie: “Minha filhinha, a tua chegada a nossa casa foi
como o iniciar de um novo dia. Tu encheste o nosso coração com
música. No dia em que entregaste o teu coração ao Senhor, o nosso
coração satisfez-se de alegria. Boa noite, minha menina. Ver-te-ei
novamente pela manhã.”
Depois, ele chamou Carl para junto da sua cama e, com lágrimas nos
olhos, disse: “Carl, tu eras um jovem promissor. Acreditávamos
que serias um homem de valor. Demos-te as mesmas
oportunidades que aos teus irmãos, quem sabe ainda mais. Mas,
filho, tu desapontaste-nos. Seguiste o caminho mais indigno.
Rejeitaste as advertências do Senhor. Ó meu filho, o quanto eu
ainda te amo! Mas, adeus, Carl, adeus.”
Carl agarrou a mão do seu pai e gritou: “Pai, porque é que disseste
boa noite aos outros e a mim dizes adeus?
“Filho, pela simples razão que todos nós conhecemos e amamos o
Senhor que virá outra vez e nos reunirá como uma família, mas tu
– tu escolheste o teu próprio caminho. Adeus, Carl, adeus.”
Junto à cama do pai, Carl ajoelhou-se e rogou ao Senhor que lhe
perdoasse os seus pecados. Ele queria a esperança de voltar a ver o
seu pai.
“Se o disseste de coração, filho, então Deus ouviu-te e vai aceitar-te.
Graças a Deus que posso dizer: boa noite, meu filho, boa noite.”
Carl tornou-se um ministro do Evangelho.
Se a sombra da morte se atravessar no nosso caminho e tivermos que
dizer adeus aos nossos queridos, será adeus ou apenas boa noite?
O Mestre está presente e chama-te.
O convite é feito hoje – vem e vê!
PERGUNTAS PARA DEBATE:
1. O que é que está a manter os teus olhos ocupados?
2. São as coisas que dispendes tempo a fazer e ver aquelas que vão trazer honra e
glória a Deus? Se não, estás preparado para as depositar aos pés de Jesus,
pedindo-Lhe que te ajude a abandoná-las, e a manter os teus olhos postos n'Ele?
3. Tal como o leproso, todos precisamos de manter os nossos olhos em Jesus – Ele é
o nosso exemplo vivo. Colocou Ele na tua vida pessoas nas quais possas procurar
ajuda e a direcção a seguir?
4. Consegues ver o cuidado de Deus e o Seu amor por ti?
Domingo: TOMA O PARTIDO DE DEUS
Texto Bíblico: Tiago 3:13; Números 14:18-24
No domingo, 18 de Maio de 1980, e depois de dois meses de
incessantes avisos na forma de frequentes tremores de terra,
géiseres e cinzas recorrentes com nuvens de fumo que saíam do
topo da dilatada cratera, o famoso Monte de Santa Helena, no
estado de Washington, explodiu.
As estatísticas publicadas e referentes a esta erupção foram
perturbadoras. A explosão teve o impacto de 50 milhões de
toneladas de trinitrotolueno e foi tão destrutiva quanto uma bomba
de 50 megatoneladas de hidrogénio. Ela excedeu, em 2500 vezes, a
explosão que arrasou Hiroshima. Transformou 260 km2 de floresta
selvagem numa paisagem tão desolada quanto a da Lua. Destruiu
madeira que seria suficiente para construir 200 000 casas de
madeira, de cinco assoalhadas cada. Matou 22 pessoas, deixou
outras 60 desaparecidas e, de acordo com um repórter de televisão,
atirou para o ar o equivalente a uma tonelada de cinzas vulcânicas
por cada homem, mulher e criança que habita agora a face da
Terra.
Ficamos estupefactos perante a estupidez da raça humana. Pensamos
que as coisas más só acontecem aos outros. Muitos excursionistas
e viajantes afluíram à montanha. Ignoraram os avisos. O Monte de
Santa Helena expelia vapor, fumo, cinzas e estremecia com
dezenas de abalos e tremores de terra. Harry Truman, de 84 anos
de idade, dono da Hospedaria do Monte de Santa Helena, recusouse a abandonar a montanha. Estas eram as suas palavras: “Não há
nada que aquela montanha possa fazer para me assustar.”
Actualmente, Harry e a sua famosa Hospedaria estão soterrados
sob dezenas de quilos de lama vulcânica. Ele, juntamente com
outras 80 pessoas, desafiaram a sua vida contra a montanha – e
perderam.
Milhões de pessoas são atingidas por um interesse frenético pela
astrologia, pelas predições psíquicas, percepções extra-sensoriais,
feitiçaria, cartomancia, falsas religiões e muitas outras artimanhas
satânicas. Também elas recusam deixar o perigo para trás.
A Humanidade está a curvar-se perante Satanás. Enquanto multidões
se curvam perante ídolos, enquanto toda a gente à tua volta se
submete a Satanás, o Senhor pede-te que te mantenhas firme – que
te mantenhas firme.
Dez espiões entusiasmados foram enviados para explorar a Terra
Prometida. Eles palmilharam a terra de Canaã durante 40 dias – a
terra que Deus queria dar ao Seu povo. Depois de 40 dias, eles
regressaram, tropeçando por causa dos ombros inclinados, e com
os olhos ofuscados. O povo olhou espantado para o enorme cacho
de uvas e outras frutas que os espiões trouxeram consigo, e
pensou: “Esta é a terra que mana leite e mel. Não é Deus
maravilhoso? Do que é que estamos à espera? Vamos invadir a
terra.”
“Não, não podemos” - disseram os espiões. “As pessoas são fortes.
São enormes. Existem lá gigantes. Existem lá gigantes!” E o povo
de Deus esmoreceu. Baixou os seus ombros e, com um caminhar
arrastado, afastou-se, chorando.
“Esperem!” Dois homens, Josué e Caleb, ergueram-se com fogo nos
olhos. “O Senhor está connosco. Não temam – nós servimos o
Deus vivo. Ponham-se do lado de Deus!”
“Não! Não! Há lá gigantes.”
Dois homens colocaram-se ao lado de Deus.
Põ-te ao lado de Deus. Existem gigantes, amigos, empregos, hábitos
familiares – gigantes que podem amedrontar-te. Mas o Senhor está
contigo – o Deus do Universo! Fica do lado de Deus!
O TESTE
O povo de Deus foi arrastado, ao longo de milhares de quilómetros,
pelo deserto, para casa dos que o tinham capturado, na Babilónia –
o povo tinha-se esquecido de quem era o seu Deus.
Nabucodonosor erigiu a sua estátua de ouro. Ela tinha 30 metros de
altura. As pessoas aglomeraram-se junto a ela. A ordem foi dada:
“prostrem-se e adorem a imagem.” E o povo curvou- -se. O povo
de Deus também fez o mesmo – o rei de Israel, os sacerdotes. O
povo de Deus ajoelhou-se perante um ídolo. Mas três jovens não se
esqueceram do seu Deus. Eles mantiveram-se de pé. Três jovens
recusaram-se a ajoelhar-se perante uma estátua. Três jovens
mantiveram-se do lado de Deus.
Os jovens foram convocados a ir perante Nabucodonosor.
“Ajoelhem-se ou morrem!” – era esta a ordem.
Mas quando estamos ao lado de Deus, não temos medo. “Nós nem
sequer te vamos responder, não nos curvaremos diante do teu
deus.”
Com grande raiva, eles foram atirados para dentro da fornalha
ardente. Rapazes que tinham toda uma vida à sua frente foram
condenados à morte. Eles preferiam morrer do que ajoelhar-se
perante um ídolo. Nabucodonosor empalideceu ao olhar para
dentro da fornalha. O Deus Vivo estava na fornalha ardente. Os
três jovens foram mandados sair. E a estátua foi esquecida – na
presença do Deus Vivo todos os ídolos são colocados de lado.
Serve o Deus Vivo. Toma o partido de Deus. Estamos a testemunhar
os avisos de Deus; os sinais estão por toda a parte. Enquanto o
mundo se curva diante de Satanás, mantenhamo-nos firmes a Deus.
Durante um baptismo, há cerca de dois meses, fiz um apelo.
Enquanto os adultos que eu esperava que respondessem
permaneceram nos seus lugares, três meninas levantaram-se.
Quando os adultos tiveram demasiado receio, três crianças
levantaram-se.
Existem gigantes – mas não temas. Existem ídolos – mas não te
ajoelhes. Não te inclines perante Satanás. Mantém-te ao lado de
Deus.
És tu um Josué ou um Caleb? És tu um Sadraque, um Mesaque ou
um Abednego?
Toma o partido de Deus!
1. Por que motivo as acções falam mais alto do que as palavras?
2. Que personagens mencionadas hoje poderiam servir de exemplo para ti? Porquê?
3. Desejas tomar um partido? As tuas acções mostram de que lado é que estás?
Segunda-feira: CONSEGUES VER?
Texto Bíblico: Mateus 25:31-46; Apocalipse 3:15-18
A história de Bartimeu, o cego de Jericó, é, aparentemente, uma
história trágica com um final maravilhoso. É uma história de
extrema importância para nós, uma vez que indica quais os passos
que devemos seguir para nos aproximar-mos de Cristo.
Em Marcos 10:46 é dito: “Depois, foram para Jericó. E, saindo ele
de Jericó, com os Seus discípulos e uma grande multidão,
Bartimeu, o cego, filho de Timeu, estava sentado junto do
caminho, mendigando.”
O homem cego tinha um problema enorme. Por causa da sua
cegueira, não podia trabalhar para se sustentar. Então, tinha de
mendigar para sobreviver. E ele estava dolorosamente consciente
do defeito que lhe causava essa impossibilidade. Ele estava
necessitado e sabia disso. Este acontecimento teve lugar alguns
dias antes da Páscoa e muitas pessoas deviam estar a passar por
aquele caminho em direcção a Jerusalém. Muitas pessoas
representavam muito dinheiro, pelo que Bartimeu decidiu
posicionar-se estrategicamente a fim de não deixar escapar esta
oportunidade de arranjar dinheiro. O melhor lugar situava-se junto
à estrada, perto da entrada para Jerusalém.
Bartimeu não nasceu cego. Ele tinha nascido com um enorme
potencial, mas agora estava cego. Cada um de nós é detentor de
um potencial enorme – mas agora somos cegos. Houve uma altura
na tua vida em que conseguias ver – mas agora estás cego. Ou
talvez tenhas sido sempre cego.
A não ser que reconheçamos as nossas falhas e carências, é
necessário que nos posicionemos estrategicamente. Talvez
precisemos de nos colocar junto à estrada onde as pessoas passam
a caminho de servir Deus. E talvez o próprio Jesus passe por lá
também.
É-nos dito em Marcos 10:47: “E, ouvindo que era Jesus de Nazaré,
começou a clamar, e a dizer: Jesus, filho de David, tem
misericórdia de mim.”
Bartimeu conhecia as suas limitações. Ele estava incapacitado e não
sabia onde procurar ajuda. Circulavam rumores e o nome de Jesus
acendeu nele uma chama de esperança. Quando ele ouviu que
Jesus estava a passar por ali, algo ocorreu dentro de si e, cheio de
fé, gritou: “Jesus, filho de David, tem misericórdia de mim.”
(Marcos 10:47)
Inacreditável! Ali estava um homem cego, limitado nos seus
movimentos devido à sua condição física. Ele nunca tinha ouvido
Jesus falar, e não o conseguia ver, mas os rumores que tinha
ouvido eram suficientes. Com um ímpeto de fé, ele chamou pelo
“Filho de David”, a designação para o Messias!
Jesus estava constantemente rodeado de muitas pessoas sem
qualquer incapacidade e que podiam vê-l'O e ouvi-l'O. Mas, para
elas, Ele não passava de alguém que realizava milagres – alguém
que as podia alimentar com pão e peixe, alguém que as podia curar
de uma constipação, alguém com quem era interessante passar
tempo – e nunca o reconheceram como o Messias.
O facto de seres cego pode representar a tua salvação. Se tivesses
visto, provavelmente só terias comido pão e peixe – e não terias
encontrado o Filho de Deus. É importante que nos apercebamos
das nossas necessidades.
CONSEGUES VER?
Apocalipse 3: 17 diz: “Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e
de nada tenho falta; e não sabes que és um desgraçado, e
miserável, e pobre, e cego, e nu.” Que dramático estar numa
situação assim – uma situação em que te encontras porque não tens
consciência das tuas necessidades e não reconheces as tuas
limitações e incapacidades.
Pensas que consegues ver e julgas que és rico mas andas por aí nu,
porque, na verdade, és tão pobre que não podes comprar roupas, e
estás tão cego que nem consegues ver que estás despido.
Estás tão alheado da situação em que te encontras que não te
apercebes de que precisas de Deus.
Em João 9:41 é dito: “Se fôsseis cegos, não teríeis pecado; mas,
como agora dizeis: Vemos; por isso o vosso pecado permanece.”
Bartimeu ouviu o suficiente para acreditar que estava a falar com o
Messias, o Filho de Deus. Ele focou-se n'Aquele que podia
satisfazer as suas necessidades e pede a Jesus: “Tem Misericórdia
de mim.”
TEM MISERICÓRDIA DE MIM!
Quando o inimigo te atira para um buraco escuro de desespero e
desânimo, e a tua fé vacila e sentes que Deus não é capaz de te
ajudar, clama: “Jesus, tem misericórdia de mim!”
“Deus mora em toda a habitação; ouve cada palavra proferida, escuta
cada oração erguida ao Céu, experimenta as dores e as decepções
de cada alma, e considera o tratamento dispensado a pai e mãe,
irmã, amigo e semelhante. Ele cuida das nossas necessidades, e o
Seu amor, a Sua misericórdia e graça estão continuamente a fluir
para satisfazer as nossas necessidades... No Seu cuidado podemos
repousar tranquilos.” (Filhos e Filhas de Deus, CPB, Pág. 16,
Parág. 3)
O nosso Deus é capaz!
Em Marcos 10:48 diz-se: “E muitos o repreendiam, para que se
calasse; mas ele clamava cada vez mais: Filho de David, tem
misericórdia de mim!”
Cala-te! Não vês que estamos a caminhar com Jesus? Estás a
perturbar a paz. Não sabes comportar-te no meio de pessoas
decentes? Estamos a seguir Jesus e tu estás a atrapalhar-nos.
Cala-te!
As pessoas caminhavam lado a lado com Jesus mas tentavam, por si
próprias, controlar as situações imprevistas. Elas caminhavam com
Jesus e não toleravam o que quer que as incomodasse.
Elas queriam manter o seu estatuto. Muito embora andassem ao lado
de Jesus, elas tinham perdido de vista as suas prioridades, em
detrimento de todas as suas boas intenções. E por causa de outras
vozes que bradavam, muitos filhos de Deus esqueceram-se da sua
posição estratégica – mas Bartimeu não! Ele manteve-se focado
em Jesus e clamou ainda mais alto.
Não permitas que nada desvie a tua atenção. O enganador serve-se
de muitas coisas, até de algumas coisas boas, para prender a nossa
atenção – coisas sem importância que ele faz rebentar como um
balão de ar quente e que se interpõem entre nós e Jesus. Olhamos
fascinados para o balão de ar quente, com as suas lindas cores, e
que sopra tão alto que nos esquecemos de Jesus. Esquecêmo- -nos
do que realmente se trata. Um dia, este balão de ar quente irá
explodir e então,
compreenderemos, chocados, que não
deveríamos permitir que nada nem ninguém, mesmo que venham
em nome de Jesus, façam alguma coisa que se torne mais
importante do que o próprio Cristo.
É dito em Marcos 10:49: “E Jesus, parando, disse que o chamassem;
e chamaram o cego, dizendo-lhe: Tem bom ânimo: levanta-te, que ele te chama.”
Jesus ouve o chamado do aflito. Ele nunca está tão ocupado ou
apressado que não tenha tempo para ti.
Jesus ordenou às pessoas que o rodeavam que chamassem Bartimeu.
Repara em como a mensagem das pessoas se modifica na presença
de Jesus. O povo, que tentou tomar conta da situação, que quis
proclamar a sua própria mensagem, gritou a Bartimeu: “Cala-te!
Estás a fazer barulho e perturbas-nos!” Mas quando essas
mesmas pessoas, enviadas por Jesus, chegam junto de Bartimeu
com a mensagem de Deus, dizem: “Tem bom ânimo: levanta-te,
que ele te chama.”
Que diferença se faz quando somos enviados por Deus para
proclamar a Sua mensagem!
Que mensagem estás tu a proclamar? Estarás a proclamar a tua
própria mensagem? Estarás a proclamar aquilo que é importante
para ti? Quando sais para espalhar a tua própria mensagem e aquilo
que é importante para ti pessoalmente, afastas as pessoas de Deus
e coloca-las nas trevas. Mas quando és enviado por Deus para
transmitir a Sua mensagem, encorajas os outros a erguerem- -se e
a aproximarem-se de Deus.
A REACÇÃO
“Tem bom ânimo: levanta-te, que ele te chama.”
A história continua em Marcos 10:50: “E ele, lançando de si a sua
capa, levantou-se, e foi ter com Jesus.”
A mensagem de Deus exige uma reacção. O homem cego atirou fora
a sua capa, levantou-se e correu para Jesus. Era fundamental para
ele ter uma relação baseada na experiência com Jesus. Não é
suficiente apenas conhecer acerca de Jesus. Jesus deve ser a
motivação para tudo aquilo que fazemos.
Em Marcos 10:51 diz-se: “E Jesus, falando, disse-lhe: Que queres
que te faça? E o cego lhe disse: Mestre, que eu tenha vista.” Aqui
estava a oportunidade de toda uma vida. “Que queres que te faça?”
Pede tudo o que quiseres. Bartimeu sabia exactamente aquilo que
pretendia. Ele sabia exactamente aquilo de que mais precisava. E,
sem pensar duas vezes, respondeu: “Mestre, que eu tenha vista.”
“Os cegos estão a tactear nas trevas. Comunicai-lhes a luz... alçai a vossa mente à
grandeza da obra. Os vossos planos estreitos, as ideias limitadas, não devem ter
lugar nos vossos métodos de trabalho.” (Evangelismo, CPB, Página 553)
Se tão somente eu pudesse ver! Imediatamente a seguir a este acontecimento, lemos
em Lucas 19 acerca de um outro homem que queria ver – Zaqueu. No verso três é
dito: “E procurava ver quem era Jesus.”
E tal como na experiência de Bartimeu, também nesta situação existiam outras
pessoas entre Zaqueu e Jesus pelo que ele não conseguia vê-l'O. Encontras-te tu no
meio do caminho de alguém que está a tentar chegar a Jesus? És tu um obstáculo à
relação entre alguém e Jesus? Se és, afasta-te.
Quando estás concentrado em Jesus, não podes permitir-te não ver Jesus. A
determinação de Zaqueu em ver Jesus fê-lo desembaraçar-se e esquecer-se da sua
própria dignidade.
O versículo 4 continua a contar a história de Zaqueu: “E, correndo adiante, subiu a
uma figueira brava, para o ver; porque havia de passar por ali.”
Nada deve impedir-te de ver Jesus. Zaqueu tinha de ver Jesus. Este pequeno mas
importante e rico homem, com o seu fato Armani trepou à árvore. Ele não se
importou que o seu caro fato ficasse manchado por causa da casca da árvore. Ele
precisava de ver Jesus!
Sentes este desejo de ver Jesus? Desejas ver Jesus? É a tua vontade tão forte que já
não importa que a tua brilhante e polida dignidade fique manchada?
Voltemos à história do homem cego. Em Marcos 10:52 lê-se: “E Jesus lhe disse: Vai,
a tua fé te salvou. E logo viu, e seguiu a Jesus pelo caminho.”
Vivemos em tempos de crise e cada um de nós é um “desgraçado, e miserável, e
pobre, e cego, e nu”. (Apocalipse 3:17)
Em Apocalipse 3, versículo 18, Jesus faz-nos um convite: “Aconselho-te que de mim
compres ouro, provado no fogo, para que te enriqueças, e vestidos brancos, para que
te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez, e que unjas os teus olhos com
colírio, para que vejas.”
Muitos de nós ficámos insensíveis ao evangelho. Perdemos o nosso entusiasmo – mas
Jesus vai voltar em breve! Se não pedires a Jesus que abra os teus olhos para que
possas ver, não estarás preparado para O ver quando Ele aparecer nas nuvens.
Ora a Jesus e Ele restaurará a tua visão espiritual. Segue-O durante todo o caminho
e nunca mais ficarás cego.
1. Que tipo de coisas poderão existir na nossa vida que impeçam os outros de
ver Jesus? Existem áreas na tua vida em que te tenhas tornado cego?
2. Que oportunidades tens tido para partilhar Jesus com os outros? Estás
desejoso de aceitar o desafio, agarrar a oportunidade e agir?
Terça-feira: O GRITO SILENCIOSO
Texto Bíblico: Mateus 5:16; I Pedro 2:12
Leitura Adicional: Salmos 34:1-9, 18
É de madrugada. No Monte das Oliveiras, os primeiros raios de Sol
enchem de cores afogueadas as nuvens macias por cima das
árvores. No crepúsculo desta manhã, um jovem abandona o Monte
das Oliveiras e caminha lentamente em direcção ao templo. O
chilreio dos pássaros é gradualmente abafado pelo som que vem da
pequena vila até que também este se confunde com as vozes
ressonantes das pessoas que se encontram à volta do templo.
O jovem, Jesus Cristo, entrou e sentou-se. Ele começou a ensinar o
povo. Contudo, a Sua pregação foi subitamente interrompida pelas
vozes agitadas da multidão de pessoas que se dirigia para o templo.
Formando uma nuvem de pó, elas pararam diante de Jesus e
atiraram alguém para os Seus pés. Finalmente, o pó assentou. Aos
Seus pés jaz uma jovem mulher, com as roupas rasgadas, e
tremendo de medo.
Em João 8:4 e 5, vemos os Fariseus a dizerem a Jesus: “Mestre, esta
mulher foi apanhada, no próprio acto, adulterando. E, na lei, nos
mandou Moisés que as tais sejam apedrejadas. Tu, pois, que
dizes?”
Vagarosamente, Jesus inclinou-Se e começou a escrever na terra
com o dedo. A pergunta era repetida com grande desafio: “O que
dizes tu que devemos fazer com ela?”
Jesus levantou-Se, segurando uma pedra na mão. A mulher
aterrorizada estremece de medo. Esperando o pior, os seus olhos
fecham-se com força. Jesus estendeu a Sua mão e disse: “Aquele
que, de entre vós, está sem pecado, seja o primeiro que atire pedra
contra ela.” (versículo 7)
O Fariseu que se encontrava mais próximo da mulher rapidamente se
esticou para atirar uma pedra, mas a sua mão parou a meio ao
aperceber-se das implicações das palavras proferidas pelo
Salvador. Ele deixou cair a mão devagar, até esta ficar levemente
suspensa ao lado do corpo. Baixou a cabeça e saiu dali lentamente.
Um após outro, todos os Fariseus curvaram as cabeças e afastaramse. Jesus e a jovem mulher, Maria Madalena, foram deixados
sozinhos. Ninguém permaneceu ali para a julgar e Jesus também
não o fez, pois Ele não veio para julgar. Ele veio para salvar.
Com os olhos escuros e tristes, Maria olhou para Ele, demasiado
assustada para se levantar. Então, da boca de Jesus saíram as belas
palavras:
“Nem eu, também, te condeno; vai-te, e não peques mais.” (João
8:11) Jesus perdoou-lhe os seus pecados mas aguardava que ela
alcançasse a vitória sobre eles, que vencesse o pecado na sua vida.
“Vai, Maria, e não peques mais.” Maria Madalena é uma jovem
mulher em cuja história de vida o Plano da Salvação pôde ser visto
colocado em prática. Na sua vida, vemos a realidade das palavras
que Jesus proferiu em João 8:36: “Se, pois, o Filho vos libertar,
verdadeiramente sereis livres.”
Na história da sua vida, vemos expressa a esperança do homem.
Nela encontramos não só uma Salvação teórica, mas uma salvação
que é apresentada a cada um de nós como uma realidade prática –
uma realidade que também pode ter lugar na nossa vida. Graças a
Deus que a Sua mensagem de Salvação não são meras palavras
vãs, mas sim uma realidade maravilhosa e possível para cada um
de nós.
Maria Madalena era uma mulher que, de acordo com a lei dos
Judeus, merecia a morte. Os seus pecados eram tantos que ela foi
apanhada numa teia de aranha da qual não se conseguia libertar.
Mas Jesus veio até ela com um amor imenso. Ele estendeu a Sua
mão e libertou-a da teia do pecado. Ele libertou-a e concedeu-lhe
uma nova oportunidade.
Meus amigos, nenhum pecado é tão grande que Jesus não o possa
perdoar. Não temos de ficar presos pelo pecado. Há esperança para
nós, mas essa esperança não existe em nós mesmos. A nossa
esperança está em Jesus Cristo. Se ele foi capaz de expulsar os sete
demónios de Maria, do mesmo modo Ele livrar-nos-á das garras de
Satanás.
Na Sua misericórdia, Jesus perdoou a Maria os seus pecados e o seu
coração transbordou de gratidão e amor. Aqui estava Um que não
só não a condenou mas que estava pronto a ajudá-la.
Nas semanas que se seguiram, Jesus permaneceu frequentemente na
pequena casa, em Betânia, onde Maria e a sua família viviam. Ali,
Ele falou abertamente, não por parábolas. Aqui encontramos o
segredo da vitória de Maria – Maria sentou-se aos pés de Jesus,
absorvendo cada palavra que Ele dizia.
Marta, a sua irmã, encontrava-se ocupada a cozinhar. Então, ela
dirigiu-se a Jesus, queixando-se de que era ela quem tinha de
realizar todo o trabalho. Há por aí muito trabalho para as Martas do
nosso mundo com todo o seu zelo pelo trabalho religioso activo.
No entanto, Jesus é muitas vezes esquecido neste trabalho. Muito
frequentemente encontramo-nos tão envolvidos nas actividades
religiosas que perdemos a Essência do Evangelho. É hora de nos
preocuparmos connosco, e irmos sentar-nos aos pés de Jesus
juntamente com Maria. É ali que está depositada a nossa salvação,
é ali que está a nossa esperança – sentados aos pés de Jesus e
ouvindo as palavras vivificantes que fluem dos Seus lábios.
É-nos desvendada uma outra situação relativa à história desta jovem.
Desta vez, vêmo-la afectada por uma grande e profunda tristeza. O
seu irmão Lázaro está morto.
Aparentemente, Jesus permaneceu longe deliberadamente e Maria e
Marta são deixadas sozinhas na sua dor. Mas elas não estavam
sozinhas. A graça de Jesus sustinha-as. Ele lamentou cada
momento de angústia que elas tiveram de suportar.
Amigos, Jesus nunca nos deixará sozinhos nos nossos momentos de
aflição. Ele está sempre presente quando mais precisamos d'Ele.
As nossas dores são as Suas dores e a Sua compreensão e o Seu
amor sustêm-nos e confortam-nos. Nunca estamos sozinhos. Jesus
também está cansado da angústia e do sofrimento deste mundo e
Ele anseia voltar para nos vir buscar, mas nós ainda não estamos
preparados para O receber. Quando é que vamos falar abertamente
com Deus? Quanto tempo é que Ele tem ainda de esperar por nós?
Maria estava muito abatida e não sabia que Jesus tinha chegado.
Mais tarde, Marta chamou-a com estas lindas palavras: “O Mestre
está cá, e chama-te.” (João 11:28)
Jesus está aqui hoje e Ele chama-te. Não te demores mais. Sigamos o
exemplo de Maria: “Ela, ouvindo isto, levantou-se logo, e foi ter
com ele.” (Versículo 29) “Tendo, pois, Maria chegado onde Jesus
estava, e vendo-o, lançou-se aos Seus pés” (Versículo 32) com
grande pesar.
É isto que devíamos fazer com as nossas aflições: levá-las aos pés de
Jesus. Ele compreende-nos e preocupa-se de facto connosco. Isto é
claramente visível no bonito e comovente versículo: “Jesus
chorou.” (João 11:35)
Amigo, Jesus compreende. Ele sabe aquilo por que estás a passar e
preocupa-se porque Ele ama-te muito. Ninguém está demasiado
quebrado que não possa ser consertado pelo Carpinteiro de Nazaré.
O Seu coração meigo e compassivo está constantemente preparado
para simpatizar com os que sofrem. Ele chora com os que choram
e alegra-se com os que se alegram. Jesus Cristo espera por ti.
Talvez possas dizer que não precisas d'Ele, mas já alguma vez
pensaste que Ele pode precisar de ti?
Uma outra cortina é levantada e desta vez vemos Maria na festa em
casa de Simão. Tendo ouvido Jesus falar acerca da Sua morte
próxima, ela usou todo o dinheiro que possuía para comprar
unguento a fim de ungir o corpo de Jesus.
Posso imaginar Maria a pedir um unguento ao comerciante. Vendo
nela nada mais do que uma pobre camponesa, ele sugere-lhe um
preparado barato.
“Não tem nada melhor?” – pergunta ela.
“Sim, tenho um de melhor qualidade, mas vai custar-te duzentos
dinheiros.”
“E não tem um ainda melhor do que este?” – insiste ela .
“Sim, só tenho o mais delicado e o mais caro, mas são trezentos
dinheiros. Não vais conseguir comprá-lo, Maria. É só para reis!”
No mais íntimo do seu ser ela exclamou: “É para um rei – o Rei da
minha vida!” Movida pelo amor, ela não podia fazer mais nada.
Guiada pelo amor, ela gastou tudo o que tinha para comprar este
extravagante unguento.
Partindo o dispendioso frasco, ela derramou o líquido sobre a cabeça
e os pés de Jesus. Depois, ajoelhou-se, chorando, e enxugou-Lhe
os pés com os seus longos cabelos soltos, molhados pelas suas
lágrimas. Aquele unguento era um símbolo do coração de Maria.
Foi a demonstração máxima de um amor alimentado por águas
celestiais, até transbordar.
Não podemos nós, que não possuímos nenhum frasco de unguento
para derramar sobre a Sua cabeça, pelo menos encontrar algumas
lágrimas com as quais lavar estes pés trespassados por nossa
causa? Se pelo menos Jesus conseguisse encontrar em nós sete
demónios para expulsar, poderia ser que aprendêssemos a amá-l'O
como Maria fez! Esta é a nossa única esperança nos tempos que
correm.
Os eventos seguintes na vida de Maria sucederam-se rapidamente.
Encontramo-la novamente em grande sofrimento – um pesar
indescritível. O seu Mestre está pregado na cruz – Aquele que ela
tanto amava – Aquele que a libertou do pecado. O seu coração
estava despedaçado e, aos pés da cruz, Maria chorou.
Depois, vêmo-la junto da sepultura. Ao cair da noite, Maria
Madalena deixa-se ficar junto ao local onde o seu Mestre descansa
e lágrimas de tristeza rolam-lhe pela face em virtude da sorte
d'Aquele que ela tanto amava. No Domingo, de manhã cedo,
algumas mulheres dirigiram-se para a tumba para ungir o corpo do
Salvador. Maria Madalena foi a primeira a chegar ao local e, ao
ver que a pedra tinha sido removida, ela apressa-se a informar os
discípulos.
Maria tinha seguido João e Pedro até ao sepulcro. Mas quando eles
regressaram a Jerusálem, ela deixou-se ficar. Com o coração aflito,
ela olhou para dentro da tumba vazia e viu dois anjos.
“E disseram-lhe eles: Mulher, porque choras?” (João 20:13)
“Ela lhes disse: Porque levaram o meu Senhor, e não sei onde o
puseram.” (idem)
Maria virou-se e ouviu uma outra voz: “Mulher, porque choras?
Quem buscas?” (João 20:15)
Com a visão toldada pelas lágrimas, Maria viu a figura de um
homem. Mas pensando tratar-se do hortelão, diz: “Senhor, se tu o
levaste, diz-me onde o puseste, e eu o levarei.” (João 20:15)
Foi então que ela ouviu a gentil voz: “Maria!” (João 20:16)
Não era um estranho. Ela virou-se e viu diante de si o Cristo Vivo. E
correndo para Ele, lançou-se aos Seus pés e disse: “Mestre!”
Pouco tempo depois, Maria vai ao encontro dos discípulos,
transmitindo-lhes esta mensagem de alegria.
Quantos repetem o choro de desespero de Maria procurando saber
onde está o Salvador?
Para quantos poderão as palavras do Salvador: “porque choras?
Quem buscas?” (João 20:15) ser proferidas?
Ele está bem perto de nós, mas os nossos olhos turvos pelas lágrimas
não O vêem. Ele fala connosco mas não O compreendemos. Oh!
Que a cabeça inclinada possa ser levantada! Que os olhos se abram
para O verem e que os ouvidos ouçam a Sua voz!
Jesus poderia ter apagado cada chama de esperança da mente de
Maria. Mas não o fez. Foi Ele quem a ergeu do desespero e da
ruína. Sete vezes ela O ouviu a repreender os demónios que
controlavam o seu coração e a sua mente. Ela ouviu os Seus fortes
apelos ao Pai em seu favor, e pela Sua força ela venceu.
Foi Maria quem se sentou aos Seus pés para aprender com Ele.
Foi Maria quem derramou o precioso unguento sobre a Sua cabeça e
molhou os Seus pés com as suas lágrimas.
Maria manteve-se ao lado da cruz e seguiu-O até ao sepulcro.
Maria foi a primeira a ir à tumba depois da Sua ressurreição.
Foi Maria quem primeiramente anunciou o Salvador ressuscitado.
Maria Madalena pode ser vista como uma das pessoas que mais
pecaram durante o ministério de Jesus, mas ela foi a que mais
próxima esteve de Jesus na Sua crucificação.
Jesus conhece as circunstâncias de cada alma. Podes dizer: “Eu sou
pecador, muito pecador.” Até podes ser, mas quanto pior fores,
mais precisas de Jesus. Ele não manda embora nenhuma alma
contrita e a chorar. Ele não diz às pessoas tudo o que poderia
revelar, mas incentiva cada alma temerosa a ter coragem. Ele
perdoará livremente todo aquele que procurar n'Ele o perdão e a
restauração.
Amigos, tal como fez com Maria, Jesus está a chamar-vos hoje.
Sigamos o seu exemplo, sabendo que nenhum pecado é tão grande
que Jesus não o possa perdoar. Lancêmo-nos aos pés do nosso
Salvador e lavêmo-los com as nossas lágrimas, entregando-Lhe
todo o nosso ser. Ele deseja erguer-nos do lodo em que nos encontramos. Ele deseja conceder-nos a
Sua força a fim de vencermos o pecado na nossa vida. Peçamos a
Jesus neste momento que nos tire do pecado e que nos conduza
pelo Seu caminho da vitória pois Ele chega até nós hoje com este
maravilhoso convite e com esta promessa.
Em Isaías 1:18 é-nos dito: “Vinde, então, e argui-me, diz o Senhor:
ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se
tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o
carmesim, se tornarão como a branca lã.”
A história de Maria Madalena, provavelmente mais do que qualquer
outra história na Bíblia, mostra-nos aquilo que devemos fazer. Não
podemos simplesmente ficar sentados e esperar que
nos
aconteçam as mesmas coisas que aconteceram a Maria. A nossa
história é uma história de participação activa, em que nos é exigido
agir e não falar.
Frequentemente perdemos muitas horas a discutir o que deveria ser
feito e levamo-nos à exaustão no planeamento de quando e como é
que estas coisas devem ser feitas, e cansamo-nos tanto que, na
verdade, nunca chegamos a pôr os nossos planos em acção. Este
não é o momento para horas e horas de planeamento. É o momento
de passar horas e horas a agir. Jesus vai voltar em breve – não
desperdices todo o teu tempo a planear! A pior coisa que poderia
acontecer era planearmos tanto estar no Céu e nunca chegarmos
realmente a alcançá-lo.
Age – e Deus tratará de preencher os espaços em branco no teu
plano!
1. Maria foi instruída a ir a não pecar mais. Quando Jesus lhe deu esta ordem, Ele
criou uma expectativa na qual deveria envolver-se activamente. O que estás a
fazer para te envolveres, seja na tua igreja ou na comunidade em que vives?
2. O que estás a fazer para mostrar aos outros que amas Jesus? Conseguem eles ver
o Seu amor em ti, ou estás a escondê-lo?
3. Pensa em duas coisas que possas realizar activamente por Jesus, e que não
precisem de palavras mas de um compromisso, e que possam salvar vidas para a
eternidade.
Quarta-feira: ISTO É IMPORTANTE?
Texto Bíblico: Mateus 25:14-30; Apocalipse 19:11-16
Por vezes interrogo-me se de facto compreendemos a nossa religião.
Pergunto-me se compreendemos realmente o que se passa à nossa
volta. Sabemos o que está a acontecer connosco? Questiono-me se
verdadeiramente compreendemos Deus.
Quando leio uma passagem da Bíblia como a que nos aparece em
Apocalipse 19:11-19, tremo quando O vejo na minha imaginação –
o Deus do Universo!
Estremeço quando nós, enquanto Cristãos, O tratamos como um
“personagem mole” que esperamos que se adapte aos nossos
desejos, às nossas ideias, à nossa religião e aos nossos falsos
ensinamentos, ao nosso desrespeito e à nossa ignorância. É assim
que estamos a tratar o Deus Todo- -Poderoso!
Sabemos com quem estamos a lidar? Com o Deus Vivo!
Não devemos questionar quando Ele fala – não devemos hesitar mas,
sim, responder com poder e convicção - “Assim diz o Senhor!”
Mas ainda assim, este Deus Todo-Poderoso é o mesmo que nos
nasceu como um bebé. Porquê?
Há uma guerra a ser travada – uma guerra poderosa – e nós nem
sequer estamos conscientes disso. Podemos ler acerca do começo
desta guerra em Apocalipse 12:7-9: “E houve batalha no céu:
Miguel e os seus anjos batalhavam contra o dragão, e batalhava o
dragão e os seus anjos; Mas não prevaleceram, nem mais o seu
lugar se achou nos céus. E foi precipitado o grande dragão, a
antiga serpente, chamada o Diabo e Satanás, que engana todo o
mundo; ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados
com ele.” Miguel representa o nome ou o estatuto militar de Jesus
Cristo. Quando Ele parte para a guerra contra Satanás e os poderes
das trevas, então Ele é Miguel – o comandante do exército
celestial.
Na nossa imaginação gostaríamos realmente de ver este conflito
como uma guerra entre cavalheiros. Algo como: “Desculpa,
Lúcifer, importar-te-ias de abandonar o Céu? Seria muito bom se o
fizesses.”
“Claro que sim, Miguel, já que me pediste de uma forma tão
agradável.” Ou: “Desculpa, Gabriel, eu gostaria de tentar este
jovem.”
“Claro, Satanás, leva o tempo de que precisares; mais tarde eu
tentarei trazê-lo de volta ao caminho certo.”
Amigos, não foi isto o que aconteceu na realidade. Em Lucas 10:18,
nós lemos: “Eu via Satanás, como raio, cair do céu.” Lúcifer foi
fisicamente expulso do Céu com uma força tal que pareceu tratarse de um relâmpago.
É interessante verificar que Jesus também faz uso do seu nome
militar em Judas 1:9: “Mas o arcanjo Miguel, quando contendia
com o diabo, e disputava a respeito do corpo de Moisés, não ousou
pronunciar juízo de maldição contra ele; mas disse: O Senhor te
repreenda.” Porquê? Deve ter havido um motivo de força maior –
de tal forma que Jesus foi ao encontro de Satanás na Sua
capacidade militar. Esta grande controvérsia é uma guerra
tremenda travada entre o bem e o mal.
No livro Profetas e Reis, Ellen White escreve: “As batalhas entre os
dois exércitos são tão reais como as travadas pelos exércitos deste
mundo, e do resultado do conflito espiritual dependem destinos
eternos.” (Profetas e Reis, Publicadora SerVir, Pág. 118)
Este ponto é ainda mais desenvolvido quando Ellen White diz: “Não
compreendemos como devemos o grande conflito que vai em
andamento entre agentes invisíveis, o conflito entre os anjos fiéis e
os infiéis. Bons e maus anjos contendem sobre todo o homem. Isto
não é uma luta fictícia. Não é um combate simulado esse em que
nos empenhamos.” (Evangelismo, CPB, Pág. 704)
Em Testemunhos para a Igreja, a irmã White afirma: “Foi-me
mostrado que Satanás não pode controlar a mente, a menos que ela
seja submetida à sua orientação. Os que se afastam do direito
acham-se agora em sério risco. Separam-se de Deus e do vigilante
cuidado dos Seus anjos, e Satanás, sempre alerta para destruir
vidas, começa a apresentar-lhes os seus enganos. Essas pessoas
estão em extremo perigo; e se elas vêem isto e procuram resistir
aos poderes das trevas e libertar- -se dos laços do inimigo, não é
fácil consegui-lo. Aventuraram-se a entrar no terreno de Satanás, e
ele reivindica-as . Não hesitará em empenhar todas as suas
energias, e chama em seu auxílio todos os seus exércitos malignos
a fim de arrebatar um único ser humano que seja, das mãos de
Cristo. Os que têm tentado o diabo a tentá-los, terão de fazer
desesperados esforços para se libertarem do seu poder. Quando,
porém, começam a trabalhar por si mesmos, então os anjos de
Deus, a quem eles ofenderam, virão em seu socorro. Satanás e os
seus anjos não quererm perder a presa. Contendem e batalham com
os santos anjos, e a luta é feroz. Mas, se os que erraram continuam
a suplicar e, em profunda humildade, confessam os seus erros,
anjos magníficos em poder prevalecerão e os arrebatarão de poder
dos anjos maus.” (Testemunhos para a Igreja, Vol. I, CPB, Pág.
301)
Qual é o teu lugar no meio desta grande controvérsia? Tens de ser
apenas um assistente ou espectador passivo? Não! De modo
algum! Muitos de nós não compreendem o papel que têm de
desempenhar.
“Antes que te formasse no ventre, te conheci, e, antes que saísses da
madre, te santifiquei; às nações te dei por profeta.” (Jeremias 1:5)
Deus já te conhecia mesmo antes de nasceres. Ele separou-te para
realizares uma tarefa específica mesmo antes de veres as primeiras
luzes. Muitos questionam, com certa indiferença: “O que quer o
Senhor que eu faça?” Pergunta-Lhe.
“Instruir-te-ei e ensinar-te-ei o caminho que deves seguir; guiar-te-ei
com os meus olhos.” (Salmo 32:8)
“Mas, quando aprouve a Deus, que desde o ventre de minha mãe me
separou, e me chamou pela sua graça, Revelar Seu Filho em mim,
para que o pregasse entre os gentios, não consultei a carne nem o
sangue.” (Gálatas 1:15, 16)
Fala com Deus sobre o papel que tens a desempenhar; Ele sabe o que
quer que tu faças. Como está escrito em Ester 4:14: “ e quem sabe
se para tal tempo como este chegaste a este reino?”
Deus escolheu-te para viveres nos tempos do fim. Há algo que só tu
– e ninguém mais – podes fazer. Existe alguém que só tu
conseguirás alcançar. Deus acredita em ti. Há um trabalho a
realizar e Ele não o pode confiar a mais ninguém. Não perguntes
quantos talentos tens ou não. Isso não importa. O que importa é
que tenhas aquilo que é preciso para fazer o que Deus quer que tu
faças. Ele capacitou-te para que possas realizar essa tarefa por Ele.
Pergunta-lhe qual é esse trabalho e fá-lo. Não O questiones sobre
como o farás – diz-Lhe simplesmente que estás desejoso de
trabalhar para Ele. Tu és o soldado que Ele quer no Seu exército
para lutar por e com Ele na grande batalha contra Satanás. Farás
isso por Ele?
O diabo tenta desencorajar-nos ou absorver-nos com coisas que
neutralizam o nosso chamado.
Qual é o estratagema que ele usa para nos atacar na nossa vida e na
Igreja? Ele transmite-nos mensagens falsas que nos dão uma
impressão errada de Deus – e fá-lo de tal forma que nós nem
sequer compreendemos o Deus que servimos.
Vou esclarecer-vos acerca de algumas das jogadas que o diabo faz
para nos confundir a fim de não percebermos Jesus.
Ele rebaixa o Deus do Universo a uma personalidade mítica que não
precisa de ser respeitada. Nós vamos à Sua casa mas esquecêmonos de que o Deus do Universo está ali presente. Brincamos e
falamos ruidosamente na Sua casa – e os anjos cobrem as suas
faces, envergonhando-se de nós pela forma como desonramos
Deus. Atrasamo-nos para o serviço especificamente designado
para cantarmos hinos de louvor a Deus – e quando chegamos, a
nossa desculpa atrapalhada para o que chamamos cantar é uma
vergonha. O diabo ri-se pois sabe que nos esquecemos de que
estamos a lidar com o Leão de Judá.
O diabo está ansioso por nos sussurrar: “Não sejas Cristão. Os
Cristãos são seres fracos.”
Às vezes tenho de concordar. Tens visto a aparência débil, a forma
frouxa de agir e falar dos Cristãos na televisão? Apetece-me gritar:
“Onde é que está o sangue nas vossas veias? Um Cristão não tem
esse aspecto!” Os Cristãos que cantavam aleluias enquanto ardiam
amarrados a estacas não eram seres fracotes. Os Cristãos que
estiverem vivos nos fins dos tempos e vivos para verem Jesus
voltar não serão seres débeis. Nenhum ser fraco entrará no Céu.
Lemos em Isaías 1:18: “Vinde, então, e argui-me, diz o Senhor.”
Vem a Mim. Vem falar Comigo. Vem exactamente como estás. Eu
irei transformar-te.
Mas então Satanás vem e diz: “Olha para ti; tens de endireitar a tua
vida.” Não somos salvos pelo nosso comportamento, mas pela
nossa relação com Deus. Por nós mesmos não conseguimos mudar
nada, mas o passarmos tempo com Jesus transformará tudo.
Satanás convence-nos de que o mundo é enorme e a religião é
desinteressante. Se pensas assim, apressa-te – o teu tempo é curto.
Mas se procuras uma verdadeira aventura, junta-te ao exército
cristão e vive uma experiência genuinamente empolgante.
Muitas vezes Satanás fala através de nós e dizemos: “Não estou
treinado para falar. Não consigo falar com as outras pessoas.”
Nunca me cruzei com ninguém que dissesse que achava difícil
conversar. Tens uma boca, usa-a.
Muito frequentemente ouço as pessoas a dizerem que estavam
demasiado cansadas para preparar a sua lição da Escola Sabatina,
ou os momentos musicais, ou a oração, ou até mesmo o sermão. É
o diabo que te faz sentir assim tão cansado. No Getsémani, Jesus
suplicou aos Seus discípulos que orassem com Ele, mas eles
adormeceram – estavam tão cansados. Satanás impediu-os de
orarem por Jesus. Estás tão cansado que não consegues preparar-te
convenientemente? Agora já sabes quem te faz sentir cansado –
luta contra ele com o auxílio do poder de Cristo.
“Que nenhum de nós minimize a importância da sua missão e
degrade a tarefa de levar a verdade às pessoas com um
planeamento de fraca qualidade.” (Testimonies to Southern
Africa, p. 10)
Satanás convence-nos, com frequência, a esperarmos pelos líderes
antes de realizarmos algo – muitas vezes esperamos em vão, e não
se faz nada. “Aqueles que se encontram no campo de batalha
devem assumir riscos. Não devem sentir, com cada passo, que
têm de receber ordens dos generais.” (Testimonies to Southern
Africa, p. 10) // [“Deve haver ... alguns riscos a correr por aqueles
que se encontram no campo de luta. Não devem sempre achar que
só podem agir sob as ordens dos dirigentes.” (Evangelismo, Pág.
97)]
Muitas vezes Satanás mantém-nos demasiado ocupados com a
organização da Igreja. Preocupamo- -nos excessivamente com o
fazer todas as coisas correctas. Vestimos a roupa certa, usamos a
linguagem adequada, damos o nosso dízimo, somos activos na
Igreja – mas esquecêmo-nos do Deus da nossa religião.
Esquecêmo-nos do Cristo do Cristianismo. Satanás mantém-nos
entretidos a ler muitos livros religiosos, até mesmo o Espírito de
Profecia, mas deixamos de ler a Bíblia. Lemos acerca da Bíblia
mas esquecêmo-nos de ler a “carta de amor” que Deus escreveu
para cada um de nós.
Frequentemente ouço a voz de Satanás nas reuniões de conselho da
Igreja: “Temos de remover o pecado do acampamento.” Dizemos
que lutamos contra Satanás mas atiramos os filhos de Deus para as
mãos do inimigo. Meus Amigos, lutem com tudo o que têm a fim
de manterem os filhos de Deus na casa de Deus. Deus incumbiunos a responsabilidade de levarmos os Seus filhos connosco para o
Céu. Não podemos abandoná-los no campo de batalha deste
mundo.
Satanás faz crer que Deus é um assassino. Ele mata as pessoas e
leva-as para o Céu. Como é que é possível eu ir buscar conforto na
pessoa que matou o meu ente querido? Jesus também chora
quando alguém morre, porque aquela pessoa também era Sua filha.
Cristo não mata ninguém, mas Satanás sim.
Satanás tenta convencer-nos de que o nosso Deus é um Deus sério e
carrancudo que não possui nenhum sentido de humor. E algumas
vezes as pessoas dizem que não devemos rir nem brincar na Igreja.
Quem criou os macacos? Quem fez os saltitões e brincalhões
cordeirinhos? Quem criou o gatinho que corre atrás da sua cauda?
Só um Deus com um sentido de humor podia ter criado estes
animais.
Amigo, reserva tempo para conheceres e compreenderes o teu Deus.
Assim poderás ser um soldado eficaz. Ele irá armar-te para fazeres
o que Ele quer que faças. Podes possuir muitos dons ou até apenas
um – isso não importa. Anseia por seres usado e através do Seu
poder farás grandes coisas por Ele.
1. Podes sentir que és demasiado jovem, ou demasiado idoso, para fazeres algo para
Jesus. Pergunta-lhe porque é que isso não importa.
2. Se acreditas que Jesus vai voltar em breve, acreditas também que Ele irá
capacitar-te para trabalhares para Ele? Discute algumas das formas como Ele agiu
com outros.
3. Toma uma decisão hoje a fim de ficares disponível para que Criste te use, porque
acreditas que, independentemente dos grandes ou pequenos talentos, Cristo irá
equipar-te com o que for necessário para que possas trabalhar para Ele.
Quinta-feira: ESTÃO ELES A VER?
Texto Bíblico: Apocalipse 2:1-7
A primeira parte da leitura bíblica de hoje está relacionada com as
obras que realizamos por Deus e que são muito importantes. No
entanto, muitas pessoas pensam que basta serem activas na Igreja
para serem boas cristãs. Contudo, nem sempre é assim. A questão
é que, na verdade, tu podes estar a trabalhar contra Deus e a
influenciar outros a afastarem-se d'Ele. O fundamental não são as
tuas acções mas sim o que está dentro de ti. Certa vez, o famoso
pregador Dwight L. Moddy disse: “De entre cem pessoas, apenas
uma lerá a Bíblia; as restantes noventa e nove lerão o Cristão.” É o
amor de Deus reflectido em ti que fará a diferença. Ainda sentes o
mesmo amor que tinhas por Cristo no princípio?
Em Apocalipse 2:4, 5, João declara: “Tenho, porém, contra ti, que
deixaste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, de onde caíste, e
arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente
a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te
arrependeres.”
Nos seus primórdios, a experiência da Igreja em Éfeso era
caracterizada por uma simplicidade e um zelo semelhantes aos de
uma criança. O povo deleitava-se em fazer a vontade de Deus –
porque o Salvador fazia morada no seu coração. Eles vibravam
com o desejo de levar as Boas Novas da Redenção aos vários
cantos do mundo. O seu amor por Cristo era uma corrente dourada
que os unia e assim iniciaram o trabalho em todas as cidades.
Quão espectacular é ver o entusiasmo dos novos convertidos.
Durante muito tempo eles sofreram atolados nas poças do pecado –
por muito tempo andaram a deambular nas trevas em busca de
felicidade, paz e descanso, mas de todas as vezes esta nova
esperança foi destruída.
Quantas vezes pensaram que tinham encontrado a verdadeira
felicidade – mas foram rudemente despertados pela percepção de
que apenas tinham encontrado um outro caminho tortuoso? Muito
frequentemente, as falsas ilusões resultam em longas noites de
choro quando as cicatrizes antigas se tornam uma nova realidade.
Em desespero, o converso exclama: “Eu não aguento mais. Não sei
para onde ir. Ó Deus, porque Te esqueceste de mim? Porque me
abandonaste?”
Com uma intensidade profunda, Deus responde: “Meu filho, minha
filha, Eu não te esqueci – tu é que me puseste de lado. Quantas
vezes quis ajudar-te, proteger-te como a galinha guarda os seus
pintainhos, e tu não permitiste?!”
Surpreendido e desorientado, o recém-convertido jaz na lama. Ele
vai tentar uma vez mais. Vai experimentar uma outra coisa. Pode
ser que de facto resulte. Pleno de confiança, ele procura a verdade.
Fielmente Jesus guia-o. Espantado, ele olha fixamente para a
beleza que se depara diante dos seus olhos. Surgem milagres após
milagres. O recém-convertido já não tem medo pois o seu Mestre
está com ele. O passado é deixado para trás. Agora é só seguir em
frente – avançar com Jesus, nunca sozinho! É então que o milagre
maior começa a ter lugar e toda a lama acumulada se desvanece.
Ele já não se encontra na poça lamacenta! Ele é agora uma nova
pessoa em Cristo!
Como uma mulher africana com um balde demasiado cheio de água
à cabeça, a escorrer pelo rebordo enquanto percorre um caminho
ventoso, também o novo convertido se dirige para a Igreja repleto
do poder do Espírito Santo. Os seus olhos brilham com entusiasmo
porque agora vai conhecer as pessoas de Deus. Cheio de
expectativa, ele entra – mas pára, confuso. Não pode ser! Isto não
pode ser verdade!
A Igreja está morta! O fogo extinguiu-se. O recém-convertido olha à
sua volta. Aqui e ali ele vê alguns olhos brilhantes sorrindo
calorosamente. Outros observam-no com olhos mortos – ele
estremece. Muitos atiram-se para os bancos da Igreja como uma
porção de puré de batata e esperam que o pastor derrame algum
molho sobre eles. De pernas paralizadas, o converso senta-se. Mas
logo alguém entra, murmurando rapidamente: “Desculpe, mas está
sentado no meu lugar.” Confuso, ele levanta-se e caminha em
direcção à porta. É seguido pela sua igualmente desapontada
namorada, mas esta é intersectada à porta por uma querida irmã
que deseja ajudar o pastor na sua árdua tarefa. “Nesta Igreja, nós
não usamos maquilhagem.” E tu, que assististe a tudo isto, queres
gritar: “Meu Deus, o que aconteceu ao Teu povo?”
A nossa doutrina até pode estar correcta. Podemos odiar as falsas
doutrinas e resistir àqueles que não são leais aos princípios.
Podemos caminhar com um entusiasmo implacável mas até isso é
insuficiente. Uma religião fria e legalista não conseguirá trazer
almas a Cristo, porque essa será uma religião sem amor, sem Deus.
Muitas vezes, quando novos crentes se juntam a nós e ainda
vibram por Cristo, ouvimos as pessoas dizer: “Que vergonha! Eles
ainda são novos, em breve endireitar-se- -ão!” Jesus não quer que
eles se endireitem, Ele deseja que nós voltemos ao primeiro amor
que perdemos.
“Lembro-me de ti, da beneficência da tua mocidade e do amor dos
teus desposórios, quando andavas após mim, no deserto, numa
terra que se não semeava.” (Jeremias 2:2)
Jesus ainda se lembra desse tempo. Ele quere-o de volta. Que cada
um de nós se deixe ser convertido e realize as suas primeiras obras.
Mas, por vezes, o ambiente na Igreja é tão frio. O calor do nosso
primeiro amor arrefeceu. Os primeiros trabalhos da Igreja eram
vistos quando a família, os amigos e os vizinhos dos crentes eram
visitados com corações que transbordavam de amor por lhes dizer
o quanto Jesus significava para eles.
Vivemos num momento importante da história mundial. Não nos
podemos sujeitar a manter padrões baixos. O que Cristo foi na Sua
perfeita humanidade, também nós devemos ser, pois temos de
formar caracteres para a eternidade.
“Tenho, porém, contra ti, que deixaste o teu primeiro amor.”
(Apocalipse 2:4)
Não apagámos o objectivo das nossas mentes, mas o zelo para o
alcançar perdeu-se. O primeiro amor do converso por Cristo é
profundo, pleno e impetuoso. Não é necessário que este zelo
diminua com o aumentar do conhecimento – quando mais e muitas
luzes brilham em nós. Esse amor deveria tornar-se mais intenso à
medida que vamos conhecendo melhor o nosso Senhor.
“Tenho, porém, contra ti, que deixaste o teu primeiro amor. Lembrate, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras;
quando não, brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu
castiçal, se não te arrependeres.” (Apocalipse 2:4, 5)
Porquê? Porque ao separarmo-nos uns dos outros, separamo-nos de
Cristo. Devemos manter-nos juntos. Manter-nos juntos. Não
permitamos que Satanás espalhe a sua sombra diabólica entre os
jovens. Há força na unidade.
“... arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não,
brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te
arrependeres.” (Apocalipse 2:5)
Compreendemos o que o Senhor nos está a dizer aqui? O que é o
castiçal que nos vai ser retirado? Porque abandonámos o nosso
primeiro amor, Ele irá retirar-nos da luz do evangelho.
Em Apocalipse 3:5 é-nos dito: “O que vencer será vestido de vestes
brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da
vida, e confessarei o seu nome diante do meu Pai e diante dos seus
anjos.”
Que nome irá ser confessado? Em Mateus 10:32 e 33 lemos:
“Portanto, qualquer que me confessar diante dos homens, eu o
confessarei diante do meu Pai que está nos céus. Mas, qualquer
que me negar diante dos homens, eu o negarei também diante do
meu Pai que está nos céus.”
Quem confessa o Seu nome diante dos povos? Aqueles que se dizem
Cristãos? Não! Aqueles que representam o que o nome “Cristão”
representa. Aqueles que vivenciam uma verdadeira vida cristã. O
primeiro desejo do novo coração é trazer outras almas ao Salvador.
Jesus, o nosso Salvador, aguarda uma resposta à Sua oferta de
perdão amoroso. Respondamos-Lhe hoje!
“Tenho, porém, contra ti, que deixaste o teu primeiro amor.”
(Apocalipse 2:4)
Talvez alguns de vocês sejam recém-casados e talvez muitos de vós
se casem dentro de alguns anos. Como são as vossas relações?
Conseguem os outros ver Jesus na vossa relação?
Quero estabelecer um paralelo deste primeiro amor entre a
humanidade e Deus e o amor nas vossas relações.
Salomão dá-nos bons conselhos em Provérbios 5:15 e 17: “Bebe a
água da tua cisterna, e das correntes do teu poço. (...) Sejam para ti
só, e não para os estranhos contigo.”
E logo de seguida surgem os belos versículos: “Seja bendito o teu
manancial, e alegra-te com a mulher da tua mocidade. Como cerva
amorosa, e gazela graciosa, saciem-te os seus seios em todo o
tempo: e pelo seu amor sê atraído perpetuamente.” (Provérbios
5:18 e 19)
Porque é que os sacos lacrimais de muitas jovens mulheres
transbordam em casa à noite? Porque é que alguns caçadores caem
desamparadamente enquanto uma dor enorme e profunda os
queima por dentro? Porque é que as cisternas de algumas gazelas
tiveram que ser poluídas por tantos caçadores que ali vieram saciar
a sua sede? Porque é que as camas de alguns caçadores estão
manchadas? Esquecêmo-nos completamente do amor belo que
Deus quer que tenhamos?
Ouvimos frequentemente: “Mas eu amo aquele homem estranho ou
aquela mulher estranha, e o amor é sagrado, por isso deve ser
correcto.” O amor que é construído com base na infelicidade de
outra pessoa tem um fundamento instável e é um amor falso. O
amor verdadeiro faz felizes ambas as partes envolvidas. Talvez
seja verdade que o amas, mas será que ele te ama a ti ou ama
somente o teu corpo? Uma mulher não é apenas constituída por um
corpo, mas também por uma alma que anseia por reconhecimento.
Os Dez Mandamentos são leis de amor. O amor permite que os
outros possam ter aqueles que amam. Se não deixarmos que os
outros amem quem querem amar, então odiamo-los. Somos
realmente um exemplo para o mundo no que respeita às nossas
relações? Não me refiro àquilo que pretendemos ser, mas àquilo
que somos. Não gosto de dizer isto, mas sei de muitas pessoas que
são mantidas longe de Deus por causa dos nossos actos.
Filipenses 3:18 diz: “Porque muitos há, dos quais muitas vezes vos
disse, e agora também digo, chorando, que são inimigos da cruz de
Cristo.”
O facto de Paulo fazer esta afirmação, chorando, mostra-nos que ele
está a falar acerca dos Cristãos. Se estas pessoas fossem inimigas
declaradas da cruz, ou se negassem que Cristo morreu para nos
salvar do pecado, então não seriam assim tão perigosas para a
Igreja. No entanto, elas confessam ser seguidoras de Cristo mas as
suas vidas revelam que estão fechadas ao poder do Evangelho.
No verso 19, lemos que elas têm pensamentos terrenos e, de acordo
com Tiago 4:4, a amizade do mundo é inimiga de Deus. Uma vida
de imoralidade não pode ser mais do que uma inimiga da cruz,
porque Cristo morreu para nos tornar santos. Somos nós
semelhantes às campas brancas que pelo seu aspecto exterior são
aceitáveis mas por dentro estão cheias de ossos e de toda a
variedade de coisas imundas? Como vamos escapar ao julgamento
do inferno?
Porque nos vendemos de uma forma tão baixa ao diabo? Porque
magoamos os nossos amigos íntimos? Porque envergonhamos as
nossas famílias? Porque injuriamos a causa de Deus? Porque
pormos em risco o passar a eternidade com o nosso amado Jesus?
Ó Senhor, tem misericórdia de nós!
Não deveríamos nós, que fomos vencidos pelo pecado, arrependernos e ir a Deus em busca de piedade? Que Ele possa pegar nas
feridas que abrimos e curá-las o mais depressa possível.
Que as tuas relações sejam puras e que todos consigam ver Jesus nas
relações que estabeleces com os outros. Lembra-te, estás a ser
observado. O diabo está à espreita, a observar-te e a tentar
apanhar- -te. E pela forma como geres as tuas relações outros
podem voltar-se para Deus. Que nas tuas relações possas
experimentar um bocadinho do Céu aqui na Terra.
1. Quando as pessoas olham para ti, achas que elas vêem o Salvador reflectido em
ti? Se não, existe alguma coisa que possas fazer para alterar a sua percepção?
2. Vale a pena fazer certas coisas quando ninguém está a ver o que estás a fazer?
Discute o que esperas receber com as boas acções – o reconhecimento dos
homens, ou o reconhecimento de Cristo?
3. Se até agora tens vivido uma vida muito pouco perfeita, Jesus pode transformarte. Lembra- -te de que quando lhe pedimos todas as coisas, Ele é fiel para no-las
conceder. Fala com Jesus agora mesmo, e pede-Lhe que mude a tua vida para
algo bem melhor.
Sexta-feira: SIMPLES E VERDADEIRO
Texto Bíblico: I Coríntios 2:1, 2; Provérbios 3:1-8, 16-19
Durante quarenta anos, os Filisteus torturaram e subjugaram Israel.
O povo sentia-se desencorajado. Como é que eles poderiam
libertar-se destes Filisteus?
Eles esqueceram-se!
Esqueceram-se do Deus Vivo que os podia ajudar. Manoá e a sua
mulher viviam na pequena vila de Zora – perto dos Filisteus –
perto do inimigo. Ainda assim, eles eram fiéis a Deus.
Certo dia, chegou um homem junto da mulher de Manoá, trazendolhe notícias maravilhosas: Tu vais ter um bebé, um menino muito
especial – ele salvará Israel! Para esta mulher – uma mulher estéril
– estas eram as mais esplêndidas boas novas que ela alguma vez
tinha ouvido. Ela ia ter um filho! Apressou-se a ir ter com o
marido para lhe contar tudo. Fascinado com o que tinha acontecido
e receoso de que o pudessem educar de forma errada, Manoá
ajoelhou-se e orou ao Senhor.
“Senhor meu, rogo-te que o homem de Deus que enviaste ainda
venha para nós outra vez, e nos ensine o que devemos fazer ao
menino que há-de nascer.” (Juízes 13:8)
Deus tinha um trabalho especial para este menino. A sua mãe teria
de implementar na sua vida os princípios de saúde indicados por
Deus, e também criar esta criança de forma a que ela pudesse
servir o seu propósito.
De joelhos, e em humildade, cada pai e cada mãe deve procurar a
orientação do Senhor e perguntar: “Como deveremos educar esta
criança que vai nascer?”
Não era suficiente que o filho prometido tivesse uma boa herança da
parte dos pais. Isso teria de ser seguido de uma orientação
cuidadosa e da aprendizagem de bons hábitos.
Desde a meninice, Sansão teria de ser ensinado a ser temperante e a
auto-controlar-se. Poucas pessoas se apercebem do quanto os seus
hábitos alimentares afectam a sua saúde, o seu carácter, a sua
utilidade e o seu destino final.
Manoá não sabia quem era o Homem que falou com eles. Ele
ofereceu-lhe um cabrito e o Homem ascendeu na chama que se
ergueu do altar. Os seus pensamentos evocaram imediatamente as
colunas de nuvem e fogo que guiaram Israel para fora do Egipto –
este era o Filho de Deus! E Manoá exclamou: “... temos visto a
Deus.” (Juízes 13:22)
“Temos visto a Deus!”
Será que Deus já falou contigo? Terás visto Deus e não o soubeste
no momento? Será que Ele está a falar contigo agora?
Sansão nasceu para viver. Nasceu para viver para Deus.
Manoá e a sua mulher depressa perceberam o quão forte o seu filho
era. A cidade de Zora ficava tão próxima dos Filisteus que Sansão
fazia amizade com eles. Estas amizades construídas na sua
juventude iriam obscurecer toda a sua vida. Ele apaixonou-se por
uma jovem rapariga da cidade filisteia de Timnata, e casou com
ela.
Mas ele nasceu para viver para Deus.
Precisamente quando chegou à maturidade, no momento em que
deveria ter respondido ao seu chamado celestial – exactamente
quando deveria ter sido leal – Sansão escolheu unir-se ao inimigo
de Israel. Ele não questionou se ao casar com esta mulher serviria
melhor a Deus. E muito menos se mediante este casamento seria
colocado numa melhor posição a fim de alcançar o objectivo da
sua vida. Deus prometeu conceder sabedoria a todos quantos
desejam honrá-l'O – mas não há nenhuma promessa para aqueles
que somente querem satisfazer-se a si mesmos.
Muitos de nós seguimos as pisadas de Sansão. Quantas vezes os
jovens casam com alguém que não acredita em Deus, ou não O
segue, sem pararem para perguntar a Deus se é isto o que deveriam
estar a fazer! Satanás está constantemente a manipular e a
influenciar os filhos de Deus. Ele convence-os a juntarem-se aos
seus seguidores.
A mulher com quem Sansão casou, porque foi infiel aos
mandamentos de Deus, foi desleal para com ele mesmo antes da
festa de casamento terminar. Então, Sansão começou o seu ataque
aos Filisteus. Ele amarrou tochas a arder às caudas de trezentas
raposas e libertou-as nas searas de trigo da Filisteia, destruindo
totalmente as colheitas. Furioso com o brutal assassinato da sua
mulher, ele matou muitos Filisteus. Um forte exército filisteu saiu
para o capturar. Temendo pela sua vida, os seus compatriotas
amarraram-no e entregaram-no ao inimigo, mas o espírito do
Senhor veio sobre ele. As cordas caíram dos seus braços e com a
queixada de um burro matou mil homens. Depois Sansão disse:
“Com uma queixada de jumento um montão, dois montões; com
uma queixada de jumento feri mil homens.” (Juízes 15:16)
Ele era tão forte! Ele era tão grandioso aos seus próprios olhos.
Esqueceu-se de que foi Deus quem lhe concedeu a vitória.
Imediatamente Deus o lembrou da sua própria fraqueza através de
uma sede insaciável. Sansão apercebeu-se da sua dependência de
Deus e clamou por Ele. O Senhor fendeu a rocha diante dele e a
água jorrou.
Ele nasceu para viver para Deus.
Mas agora Sansão menosprezava tudo. Por causa da bebida, ele
quebrou o seu juramento nazireu. E contou a Dalila qual era o seu
segredo. Em Juízes 16:20, encontramos um dos mais dramáticos
textos que aparecem na Bíblia: “Porque ele não sabia que já o
Senhor se tinha retirado dele.”
Quando Dalila lhe gritou: “Os filisteus vêm sobre ti, Sansão.” (Juízes
16:9), ele acordou e tentou quebrar as cordas como fizera antes
mas o seu poder tinha desaparecido – e eles queimaram-lhe os
olhos.
Sansão nasceu para viver para o Senhor.
O homem escolhido de Deus – o homem que deveria ter sido um
herói para Deus – perdeu de vista a sua sagrada tarefa. Agora, ele
estava fraco, cego e o inimigo reduziu-o a um escravo seu. Mas o
que é que aconteceu? Ele passou mais tempo com o inimigo do
que com Deus. Ele foi conivente com o inimigo. Uma vez preso,
Sansão tinha agora tempo para um sério auto-exame – para ver o
quão fraco ele era na verdade – e então voltou-se para Deus.
Os Filisteus atribuíram a sua vitória aos seus deuses e, motivados
pelo seu entusiasmo, desafiaram o Deus de Israel. Realizaram uma
festa em honra de Dagon. Uma enorme multidão de adoradores
reuniu-se no templo e na galeria. Aquele era um dia para celebrar.
Sansão, o símbolo do poder de Dagon, foi trazido para dentro do
templo, enquanto a multidão aplaudia. Mas a batalha já não era
entre Sansão e os Filisteus. Era entre o Deus Vivo e Dagon, o deus
peixe. Iria Sansão submeter-se e permitir que Deus o usasse desta
vez? Ele compreendeu o que estava a acontecer. Ele sabia que
tinha falhado. Sansão compreendeu a dor no coração de Deus.
Ele fingiu estar cansado e perguntou se podia descansar um pouco
entre as duas colunas centrais que sustentavam o tecto do templo.
Numa humilhação silenciosa, Sansão orou: “Senhor JEOVÁ, peçote que te lembres de mim, e esforça-me agora, só esta vez, ó Deus,
para que de uma vez me vingue dos filisteus, pelos meus dois
olhos.” (Juízes 16:28)
Ele rodeou as colunas com os seus braços e, sentindo uma vez mais a
força de Deus a circular pelo seu corpo, gritou: “Morra eu com os
filisteus.” (Juízes 16:30)
Com toda a sua força, Sansão empurrou as colunas, levando o
telhado a ruir, e com um poderoso embate matou a multidão ali
presente – O Deus Vivo tinha triunfado.
“Morra eu com os filisteus.”
O homem que nasceu para viver para Deus...
Jovens, vocês nasceram para viver para Deus.
Talvez estejas hoje diante de Deus com os olhos queimados –
mutilado pelas escolhas que fizeste. Jesus está a dizer-te que não
estás demasiado destruído para viver para Ele.
Tu nasceste para viver para Deus.
No Seu amor imenso, Deus está a chamar-te ansiosamente. E se o
teu tempo de viver para Deus já passou, então escolhe morrer para
Deus.
A vida de Sansão deveria ter sido uma fiel testemunha para Deus,
mas ele falhou vez após vez ao seguir a sua própria vontade. Há
algum ponto da sua vida que reflicta a fé em Deus?
1. É a nossa vida uma demonstração da nossa fé, ou é, como a de Sansão, uma vida
sem fé? Discute como o nosso estilo de vida reflecte a nossa fé.
2. Se tivesses de decidir hoje, escolherias viver ou morrer para Cristo? Discute qual
destas duas escolhas pode trazer uma maior benção para ti e para aqueles que te
rodeiam.
2º Sábado: CONTINUA ASSIM
Leitura Adicional: I Timóteo 4:12, 2; II Timóteo 2:1-7, 15; 3:1-8;
4:1-5
Todos os dias ouvimos relatos perturbadores acerca de uma
juventude enfraquecida. Jovens que estão a deixar-se seduzir
pelos prazeres do mundo e a ser aniquilados pelas tenazes da sua
tentação.
É isto verdade? Podemos aceitar que a nossa juventude se tenha
tornado fraca? Eu recuso-me a aceitar isso. Eu tenho fé nos nossos
jovens. Deus tem fé nos nossos jovens, pois Ele escolheu-os para
realizarem uma importante tarefa nos tempos em que vivemos.
Esta juventude fraca e débil constitui uma minoria entre toda a
juventude mundial. E chegou o tempo da maioria que permanece
em silêncio se levantar para que o mundo perceba que a juventude
que se juntou a Deus não irá ruir sob os ataques dos poderes das
trevas.
Mas existem tantas tentações! Como é que a juventude pode
continuar a manter-se firme? Olhemos para o exemplo de alguns
jovens da Bíblia e para a forma como eles conseguiram
permanecer firmes.
José
Durante a sua infância, José foi ensinado a amar e a temer a Deus.
Ele soube conhecer Deus através da Natureza e com o pai
aprendeu as grandes verdades. Foi-lhe inculcada a firmeza de
princípios. O Novo Testamento ressalta a importância daqueles
anos da sua infância: “E que, desde a tua meninice, sabes as
sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé
que há em Cristo Jesus.” (II Timóteo 3:15)
José tinha apenas dezassete anos quando foi separado da sua família
e levado por comerciantes de escravos para um país pagão. Pelo
caminho, José recordou as lições que o pai lhe tinha ensinado e
decidiu que o Deus do seu pai iria ser também o seu Deus. Ele
entregou-se completamente a Deus e orou para que o Senhor
estivesse com ele. Decidiu ser leal a Deus em todas as coisas.
Embora trabalhasse arduamente para receber a protecção dos
Egípcios, José não ocultava os seus princípios. Ele não se
envergonhava da sua religião e nunca tentou esconder a sua
adoração pelo Deus Vivo. A sua lealdade a Deus era a sua âncora.
Os apelos do vício e as atracções de uma religião pagã encontravamse bem perto, à sua volta – uma religião que atraía pelo encanto da
riqueza e da cultura e pelo esplendor real – mas José permaneceu
inabalável.
Mas, certo dia, aconteceu algo terrível. A bela e desejável jovem
esposa do seu amo, vivida na arte do amor, tentou aliciá-lo com a
sua beleza e sedução tentadoras.
De forma tão repentina, tão inesperada, tão tentadora – como iria ele
resistir? Todo este acontecimento está de acordo com a descrição
de Salomão tal como aparece em Provérbios 7:15-19: “Por isso saí
ao teu encontro a buscar diligentemente a tua face, e te achei. Já
cobri a minha cama com cobertas de tapeçaria, com obras lavradas
com linho fino do Egipto; Já perfumei o meu leito com mirra,
aloés, e canela. Vem, saciemo-nos de amores até pela manhã:
alegremo-nos com amores, Porque o marido não está em casa: foi
fazer uma jornada ao longe.”
A voz suave da mulher aliciou a sua masculinidade. Ela é tão bela,
tão desejável e tão meiga. Os cabelos ruivos e ondulados caem-lhe
sobre os ombros. Os seus pensamentos e sentimentos rodopiam,
confusos, como um grupo de cavalos selvagens – emaranhados,
baralhados. Princípios, prazer, fidelidade a Deus – tudo girava em
turbilhão. Os lábios dela suplicam tudo, ... menos lealdade. Os
olhos dela querem apossar-se dele – mas duas escolhas,
semelhantes a duas espadas incandescentes, golpeiam-no.
Por um lado: intimidade, protecção, recompensa, experiências
inacreditáveis.
Por outro: desgraça, prisão, talvez morte.
Todo o futuro de José assenta na decisão que tomar naquele
momento. Os anjos observam o evento com um receio
indescritível. É então que amor e princípios irrompem através da
confusão. “... como, pois, faria eu este tamanho mal, e pecaria
contra Deus?” (Génesis 39:9)
Os anjos rejubilaram: “José! José! Leal a Deus!”
Onde quer que estejamos – o que quer que façamos – estamos na
presença de Deus.
José não iria trair a confiança do seu mestre terreno e as
consequências não eram importantes.
Até mesmo na escuridão da prisão o carácter de José brilhava. Ele
não se deixou desencorajar. Não se insurgiu contra tudo, mas
tentou minimizar a dor no coração dos outros prisioneiros. Logo a
seguir ele foi escolhido para ser o responsável pela prisão.
A mão de Deus estava pronta a abrir-lhe as portas da prisão e pouco
tempo depois o Faraó exclamou, maravilhado: “Acharíamos um
varão como este, em quem haja o espírito de Deus?” (Génesis
41:38)
José tinha trinta anos quando se tornou governador daquela que, na
altura, era a mais poderosa nação sobre a face da Terra. Ele não se
tinha esquecido do seu Deus. Através dele, a atenção do Faraó e de
todos os grandes homens do Egipto fixou-se no Deus verdadeiro e
eles aprenderam a respeitar os seus princípios.
Não é necessário abandonar o mundo para se ser Cristão. Podes levar
a tua religião contigo para onde quer que vás.
Daniel
Com dezoito anos, Daniel (Testemunhos para a Igreja, Vol. 4, CPB,
Pág. 570), os seus amigos, e outros prisioneiros tiveram que
caminhar muitos quilómetros até chegarem a Babilónia. Em
Jerusalém, foram instruídos na Palavra de Deus e cultivaram bons
hábitos. De acordo com Daniel 1:19, terminada a sua formação em
Babilónia, e durante os testes realizados a par com outros
candidatos para se definirem as posições de honra no reino, não
existiam “outros tais como Daniel, Hananias, Misael, e Azarias”.
Qual era o seu segredo? Com fé, eles oravam pedindo sabedoria e
viviam as suas orações. Eles colocavam-se nos sítios onde
poderiam ser abençoados por Deus. Eles andavam com Deus tal
como Enoque (Profetas e Reis, Publicadora SerVir, Pág 323.)
Quando o rei começou a ter sonhos, os homens sábios de Babilónia
salvaram-se porque entre eles estava um homem de Deus. Quando
o povo de Deus se prostou diante do ídolo juntamente com os
outros, três homens mantiveram-se de pé. Quando eles,
destemidamente, entraram para a fornalha ardente, Jesus entrou
com eles e neutralizou o poder consumidor das chamas.
Em breve Daniel foi nomeado governador do reino. Aquele que fora
o grande e orgulhoso rei da Babilónia tornou-se um humilde filho
de Deus mediante a influência de Daniel e dos seus três amigos.
Moisés
Moisés permaneceu junto dos seus pais e do seu povo durante doze
anos. Durante estes doze anos, Joquebede ligou-o com o Céu.
Amor e lealdade foram semeados no seu coração. A educação
egípcia de Moisés não foi suficiente para o preparar para a função
que lhe estava destinada. Quarenta anos a caminhar com ovelhas e
a cuidar de frágeis cordeiros prepararam-no para ser um pastor de
Israel. Enquanto apascentava as ovelhas, Moisés estava a sós com
Deus.
Criança em Jerusalém
Quando Jesus se aproximou de Jerusalém, acompanhado por uma
multidão eufórica que o saudava com ramos de palmeiras e gritos
de triunfo, os Fariseus, invejosos, ameaçaram o povo. Eles
cessaram o regozijo quando passaram os portões de Jerusalém. No
entanto, as crianças presentes no templo retomaram o júbilo.
Abanavam os seus ramos de palmeiras e gritavam: “Hosanas ao
Filho de David!” Não as podiam calar.
Paulo
Paulo era ainda jovem quando se tornou um conceituado membro do
Sinédrio. Mas ele também teve de aprender a lei do amor. Depois
de Deus o ter atirado do cavalo, a sua cegueira assemelhou-se a
anos na sua experiência. Deus enviou-o para o Deserto Arábico
onde ele estudou as escrituras e aprendeu sobre Deus.
Pregadores Infantis
Durante os anos de 1800, muitos pregadores de Deus foram
silenciados nos países escandinavos. Então, Deus também
concedeu a mensagem às crianças pois como elas ainda eram
menores, o Estado não as podia impedir. Tinham permissão para
pregar livremente. Alguns destes pregadores infantis tinham
apenas seis anos de idade. Eram crianças, mas quando se
levantavam para pregar, as suas vozes e hábitos transformavam-se
e elas pregavam a mensagem de Deus de forma poderosa. As
pessoas ouviam, espantadas. Elas realizaram um trabalho tão
notável que até mesmo os pastores das igrejas daquele Estado
foram forçados a admitir que a mão de Deus estava a dirigir este
movimento.
Pioneiros Adventistas do Sétimo Dia
O movimento original Adventista foi em grande medida um
movimento jovem. Foi liderado por pessoas como Tiago White,
que começou a pregar aos vinte e um anos; Ellen White, que teve a
sua primeira visão com dezassete anos; e John Loughborough, que
iniciou as suas pregações aos dezassete anos. Ninguém pregava
para eles – eles próprios eram os pregadores, partilhando as
emocionantes verdades que descobriram na Palavra de Deus. Em
1879, Luther Warren e Harry Fenner, com catorze e dezassete
anos, respectivamente, ajoelharam-se debaixo de uma árvore,
pedindo a orientação de Deus sobre como ganhar outros jovens
para Cristo. Inspirados por esta oração, os dois adolescentes
formaram a primeira banda missionária de jovens com a
participação de nove rapazes.
A história de todos estes jovens serve de ilustração para o que Deus
pretende fazer com os jovens de hoje. Da mesma forma que Deus
trabalhou por intermédio das crianças durante a primeira vinda de
Cristo, assim Ele trabalhará também através delas a fim de pregar a
mensagem da Sua segunda vinda. Ele está à procura de jovens que
sejam verdadeiros e honestos no mais íntimo do seu ser, e que se
mantenham do lado do que está correcto mesmo que caiam os
céus. Quantas vezes aqueles que confiaram na Palavra de Deus
resistiram ao poder do mundo inteiro! Jovens, Deus está a chamarvos para que ocupem os vossos lugares na sua linhagem real.
Muitas pessoas esperam por algo grandioso enquanto diariamente
deixam passar as oportunidades para darem provas da sua lealdade
a Deus; e estão a desperdiçar a sua vida. A guerra entre a Luz e as
Trevas é enorme – Deus necessita de ânimo e coragem.
Os leões que rugiam na cova não puderam abalar a fé de Daniel em
Deus. A fornalha ardente não conseguiu obrigar os três amigos de
Daniel a ajoelharem-se perante uma estátua. Jovens, homens e
mulheres, lutarão contra os ataques do diabo com princípios de
aço. Tragam a cova dos leões, tragam a fornalhar ardente, tragam a
estaca – nós somos leais a Deus! Vivemos em tempos difíceis e há
trabalho para ser feito.
As palavras ditas por Mardoqueu a Ester também se aplicam a nós
hoje: “e quem sabe se para tal tempo como este chegaste a este
reino?” (Ester 4:14)
Foste escolhido para viver nesta altura porque tens as qualidades que
são necessárias para estes últimos dias. Deus escolheu-te para
viveres agora porque Ele precisa de ti. Não é tempo para teres
vergonha da tua fé. Não é tempo para se ser conivente com o
inimigo.
Jovens, não é tempo para nos confundirmos com escumalha do
mundo – ou mesmo para sermos vistos com ela. Estamos expostos
diante do Universo. Todo o Universo está a assistir às cenas finais
da grande batalha entre Cristo e Satanás.
O que é que neste momento pode ter mais valor do que ser
considerado fiel ao Deus Vivo? O que existe neste mundo que se
torna mais importante logo quando nos encontramos às portas da
Terra Prometida? José não escondeu a sua fidelidade a Deus.
Daniel não permitiu que coisa alguma se interpusesse entre si e o
seu Deus. Deus chama-te hoje para que sejas um José e um Daniel.
A passividade é um defeito espiritual que deve ser erradicado. Se nos
unimos ao grupo dos que gostam da vida fácil, deixando que dos
nossos lábios saiam as palavras “Estou salvo”, e não observamos
os mandamentos de Deus, estaremos perdidos para sempre.
Se cada Sábado de manhã tens de decidir se te apetece ou não vir à
igreja, és uma destas pessoas comodistas que vão perder a
eternidade. Enquanto, em vão, o Deus do Céu espera por ti para
cumprires o encontro que tinhas marcado com Ele, tu encontras-te
deitado na tua cama confortável e quente, ou estás ocupado a
entreter os teus amigos ou familiares. Permites que o Deus do Céu
espere por ti! - e tu não te despachas! Que desculpa débil tens tu
para dar? Não chega vires à igreja apenas quando te convém. Não
vens à igreja para te entreteres. Não vens à igreja para ouvir bons
pregadores. Vens à igreja para louvar a Deus. Vens à igreja porque
Deus está aqui. Vens à igreja porque tens um encontro marcado
com o Deus do Universo.
Este não é o momento para se ser descuidado e amante dos prazeres.
Cristo está prestes a voltar! Estás preparado? És a esperança da
igreja e de Deus! Não podemos pactuar agora com o inimigo.
Pergunto-te a ti, querido jovem, a ti, filho de Deus, a ti que confessas
ser um soldado de Cristo, “Em que batalha estás a lutar? Quais são
os teus estratagemas?”
Uma vez que a Palavra de Deus indicou claramente qual a tua
função, recusaste-a porque não era indicada para ti ou hesitaste
devido a uma ou outra desculpa sem nexo? Terás sido arrancado
do serviço de Deus pela sedutora voz do mundo, ou ainda agarras
de forma veemente uma costura do manto do diabo e por isso não
podes juntar-te a Deus completamente? Dás uma imagem errada de
Cristo mediante aquilo que fazes e as tuas acções levam outros
para longe de Cristo? Por vezes tentamos trazer o mundo para
dentro da igreja pois não o queremos abandonar. Enquanto
entusiasticamente as crianças escolhem seguir Deus, os adultos
hesitam.
Porque é que hesitas?
Quanto tempo tem Deus de esperar por ti?
Durante quanto tempo vais brincar com a tua vida eterna?
Os anjos mantêm-se ansiosamente ao teu redor enquanto Deus
pleiteia contigo. Durante quanto tempo mais? Quanto tempo mais
terá Deus de chorar por ti?
A igreja precisa de homens e mulheres que abominem toda a
falsidade e todo o mal, que sejam portadores de um testemunho
vigoroso, que, com uma avidez ardente, revigorem a energia do
povo de Deus. São necessários homens e mulheres que resistam às
ondas gigantescas das coisas mundanas e que se manifestem contra
a indolência cristã; homens e mulheres que prefiram morrer do que
negar Deus.
Jovens, convido-vos a oferecerem o vigor e a vivacidade da vossa
juventude a Deus. Convido-vos a
premeditadamente se movimentarem sob o estandarte manchado
pelo sangue do Príncipe Emanuel com um grito de vitória nos
vossos lábios. Jesus está a chamar:
“A quem enviarei, e quem há-de ir por nós?” (Isaías 6:8)
Se quiseres responder do fundo do teu coração, responde com as
palavras: “Estou aqui, Senhor, envia-me a mim.”
Então, convido-te a vires à frente para que juntos possamos
comprometer-nos com Deus e assim Ele nos ordenará: Vai, e diz a
este povo. (Isaías 6:9)
1. Existem na tua vida influências que sabes que não devem lá estar? Jesus pode
ajudar-te, estás disposto a aceitar o Seu auxílio?
2. A todos os jovens adventistas ao redor do mundo foi dado um presente – ter
Cristo ao seu lado. O que estás a fazer com esta oferta?

PDF - Juventude Adventista Portuguesa

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