GAUZ, Valeria. Digitalização cooperativa de acervo raro

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GAUZ, Valeria. Digitalização cooperativa de acervo raro
 DIGITALIZAÇÃO COOPERATIVA DE ACERVO RARO:
MAIS DO QUE ALTERNATIVA, SOLUÇÃO
Valeria Gauz
[email protected]
GAUZ, Valeria. Digitalização cooperativa de acervo raro: mais do que alternativa, solução. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE BIBLIOTECONOMIA, DOCUMENTACAO E CIENCIA DA INFORMACAO ‐ CBBD, 23., 2009, Bonito. Anais... Bonito, jul. 2009. http://biblioteca.ibict.br/phl8/anexos/GAUZCBBD.pdf. Museu da República
Rio de Janeiro
Brasil
DIGITALIZAÇÃO COOPERATIVA DE ACERVO RARO: MAIS DO QUE ALTERNATIVA, SOLUÇÃO
1 INTRODUÇÃO
As grandes transformações da era da digitalização de documentos raros
tiveram início nos anos de 1990, em larga escala e não coincidentemente,
graças ao advento da internet. Os computadores então existentes já executavam
tarefas com rapidez inimaginável e vinham ocupando todos os segmentos da
sociedade. Agilizaram o trabalho, trouxeram eficiência, economia de espaço
físico no armazenamento de dados e aumento na produtividade.
A internet, por sua vez, não existiria sem os avanços tecnológicos dos
anos posteriores à Segunda Guerra Mundial. Esse período que marca o final do
século XX registra também o surgimento de uma quantidade de informação
maior do que a soma de informação até o momento produzida pela humanidade
(Suaiden, 2007).
Nas bibliotecas, a digitalização de coleções, principalmente as raras, de
apelo visual e isenta de direitos autorais, mudou o cenário da pesquisa
(acadêmica e outras) em vários aspectos. Foram esses os primeiros acervos a
divulgar bibliotecas de forma maciça na internet. Com um acesso aos livros raros
agora assincrônico, desterritorializado e praticamente irrestrito, começamos a
viver o que talvez possa ser considerado o primeiro passo para a
universalização do conhecimento de maneira ampla, se bem administrado –
condição indispensável. Após séculos de acesso limitado a esse tipo de acervo
(poucos exemplares disponíveis e localização física variada, às vezes em outros
países), as bibliotecas acadêmicas e instituições com coleções similares fazem
largo uso das novas tecnologias com o objetivo de democratizar a informação.
Projetos cooperativos e um caso brasileiro serão relatados, tendo em
vista a tendência no desenvolvimento de ações conjuntas em bibliotecas de
acervo raro.
2 2 UMA NOVA ERA PARA A DIGITALIZAÇÃO DE LIVROS RAROS
Em um primeiro momento, que talvez se possa firmar nos anos entre
1990 e 2000, as bibliotecas desenvolveram projetos para disponibilizar, em
formato eletrônico, o conteúdo de seus livros raros, manuscritos, mapas, etc. a
partir de uma política de reprodução de acervo que visava a divulgação e a
preservação (esta com relação ao uso, já que o microfilme ainda é o suporte
confiável de longo prazo para a preservação de acervo raro). Na maioria, esses
projetos, com verba própria ou suporte de entidades de apoio à pesquisa, foram
idealizados pelas instituições mantenedoras do acervo para digitalizar somente
os seus próprios livros raros. São inúmeros os projetos executados e ainda
maior é o número de projetos em andamento nos dias de hoje, passados quase
30 anos. Há mesmo os que afirmam que “cada vez mais, documentos que são
inacessíveis em formato eletrônico simplesmente deixam de ser utilizados”
(Jones, 2002), pelo menos na América do Norte.
Os benefícios são muitos. Para citar alguns: aumento no uso, várias
possibilidades de busca, novos tipos de estudos que surgem e novos usuários
(Hirtle, 2002).
Recentemente, entretanto, se fez sentir a necessidade de evitar a
duplicação de documentos digitalizados, de esforços e de verba. Instituições
com acervos similares, algumas vezes, digitalizam livros aparentemente iguais,
embora há os que pensem não serem os exemplares raros exatamente iguais,
justificando, assim, uma possível duplicação. A Crônica de Nuremberg1 é um
exemplo de livro digitalizado mais de uma vez. A primeira edição, em latim, é de
12 de junho de 1493. Citamos os exemplares eletrônicos na Carnegie Mellon
University Libraries, na Pensilvânia, EUA (edição de 1495, cópia colorida; o
acesso não é livre), na State Library of New South Wales, em Sidney, Austrália
(edição de 1493, cópia em preto e branco; acesso livre), na Morse Library, em
Wisconsin, Illinois, EUA (edição de 1493, cópia não colorida e incompleta;
Schedel, Hartmann. Liber chronicarum. Nuremberg: Anthonius Koberger, 1493. Segundo a Morse Library, há cerca de 400 cópias em latim e 300 em alemão ainda hoje. 1
acesso livre); há o exemplar da Biblioteca Digital de Zielona Góra, na Polônia
(edição de 1493; necessita de plug-in para visualização) e o da Universidade de
São Paulo (edição de 1493, cópia colorida; acesso livre). Há edições em latim e
em alemão. O acesso restrito, para uns, pode justificar a duplicação de serviço.
Uma cópia incompleta digitalizada, igualmente, pode ser motivo para se
digitalizar a cópia local. Por fim, em se tratando de livros raros, há cópias
coloridas e outras não, como é o caso da australiana. O tema é complexo.
Costuma-se, mesmo, dizer que não há duas cópias iguais desse livro.
Mas fato é que algumas bibliotecas estão, assim, optando por
desenvolver projetos em conjunto, não apenas para diminuir ou evitar a
digitalização de um mesmo livro, mas principalmente para oferecer um serviço
de melhor qualidade para o usuário através da digitalização de acervos similares
que se complementam. De um modo geral baseados no uso da coleção pelos
usuários e na missão de suas instituições, esses projetos atraem cada vez mais
as bibliotecas de livros raros em países desenvolvidos.
Projetos cooperativos de digitalização envolvem, em geral, duas ou mais
instituições que detém acervo similar e cuja reunião em ambiente eletrônico tem
por objetivo principal proporcionar melhor entendimento de um determinado
assunto. Podem ser desenvolvidos com verba das próprias instituições ou
receber patrocínio/apoio. Esses projetos não são exposições online.
Como se nota, acesso é a palavra-chave para qualquer tipo de coleção,
independentemente de sua localização física.2
Como exemplo de projetos cooperativos podemos citar os abaixo relacionados:
Acesso e assessibilidade são conceitos que, embora sinônimos, podem ser tratados separadamente, com esclarece Gomes (2006). O primeiro é a permissão para entrar (no caso, na internet); o segundo, sendo uma “qualidade ou caráter do que é acessível”, pode ter seu conceito associado ao uso da informação (GOMES, 2006, p. [7]). Dessa maneira, a conectividade é um pré‐
requisito para o entendimento do primeiro conceito: acesso às redes digitais é diferente de acesso aos conteúdos de informação, e nesse sentido três aspectos podem ser ressaltados: disponibilidade de uso da rede por qualquer pessoa, habilidades no uso do sistema, e uso do conteúdo (BORGMAN, 2003 citado por GOMES, 2006). 2
2 
JAPANESE TEXT INITIATIVE
University of Virginia, Charlottesville e University of Pittsburgh/East Asian Library,
ambas nos EUA.
Assunto: literatura clássica japonesa.
Localização: http://etext.lib.virginia.edu/japanese/index.html

AUSTRALIAN COOPERATIVE DIGITISATION PROJECT
University of Sydney Libraries, the State Library of New South Wales, the
National Library of Australia e nos primeiros anos de projeto também a Monash
University Library, todas na Austrália.
Assunto: periódicos australianos e literatura australiana de 1840 a 1845.
Localização: http://www.nla.gov.au/ferg/fergproj.html
Vale observar que a digitalização do Australian Cooperative Digitisation Project
foi realizada a partir do microfilme, não da cópia impressa, evidenciando
preocupação com a preservação dos originais a longo prazo. Quando o
microfilme não se encontrava em boas condições físicas, era refeito para permitir
uma reprodução digital de boa qualidade.

WORLD DIGITAL LIBRARY
Iniciativa da Library of Congress, EUA, em cooperação com a Unesco e a
participação de bibliotecas de vários países, como o Brasil, Egito, França,
Holanda, Rússia e Espanha.
Assunto: documentos relevantes para a história dos países em questão, com
ênfase àqueles únicos e raros.
Localização: http://www.worlddigitallibrary.org/project/english/index.html
Dentre as várias experiências existentes de projetos cooperativos,
analisamos, em particular, uma de cunho internacional que envolve a Biblioteca
John Carter Brown (JCB), nos Estados Unidos e a Biblioteca Brasiliana Guita e
José Mindlin (Brasiliana da USP), no Brasil.
A John Carter Brown Library é um centro de estudos avançados nas
áreas de História e Humanidades, com administração independente e localizada
em Providence, Rhode Island, no Main Green da Brown University, desde 1901.
Sua coleção especializada em Américas (Norte, Centro e Sul) no período
3 colonial e internacionalmente conhecida está em constante crescimento e possui
aproximadamente 50 mil fontes primárias históricas publicadas antes de 1825
(www.jcbl.org). O acervo da biblioteca relacionado à expansão portuguesa no
Oceano Atlântico data de mais de 150 anos e ainda possui mapas, manuscritos
e outros impressos. Quando seu primeiro catálogo foi publicado em 1865, já
havia na coleção uma cópia do Itinerarium Portugallensium e Lusitania in Indiam
et inde in Occidentum et demum ad Aquilonem (Milão, 1508), um dos impressos
mais antigos de viajantes portugueses. Em tamanho e qualidade de acervo, essa
Brasiliana do período colonial possui duas “concorrentes” no mundo, ambas no
Brasil: a Biblioteca Nacional e a coleção de José Mindlin.
O acervo da JCB de livros publicados no Brasil e em Portugal no período
citado consta da publicação Portuguese and Brazilian Books in the John Carter
Brown Library (no prelo em julho de 2009) e apresenta uma coleção única de
mais de mil livros em perfeito estado de conservação. Suas coleções
digitalizadas incluem acervo brasileiro, além de várias exposições online.
John Carter Brown foi um abastado comerciante de Rhode Island e um
voraz colecionador de Americana, numa época em que não se pensava sequer
em estudar esse continente nas universidades em meados do século XIX. Com
bons preços no mercado livreiro de então, esse membro da família Brown foi,
pouco a pouco, reunindo um expressivo conjunto de raridades.
Na parte sul do mesmo continente, com 82 anos de existência nesse
2009, a notável biblioteca de José Mindlin - cuja fama excede as fronteiras do
nosso país - é a maior coleção de livros raros reunida por um particular no Brasil,
em São Paulo. Em sua Brasiliana, não apenas os livros do período colonial
estão presentes: os séculos XIX e XX são igualmente bem representados nesse
tesouro que em breve encontrará nova moradia no campus da Universidade de
São Paulo, em prédio próprio hoje em construção e graças à generosa doação
de seu proprietário e família. A Universidade, assim, irá abrigar o maior e melhor
acervo de Brasiliana raro do país - somado a outras coleções significativas lá
existentes - num centro de estudos de referência internacional na área.
4 Em consonância com os avanços tecnológicos presentes, a Brasiliana da
USP já iniciou, antes mesmo da mudança para o novo espaço físico, um
primeiro projeto de digitalização da coleção, com os livros raros dos viajantes
que aqui estiveram nos primeiros séculos. Mas falar com detalhes da coleção
seria privá-los de ler o autor que melhor discorreu sobre tantos assuntos dessa
biblioteca: o próprio Mindlin, através de seus livros. Como disse em seu discurso
de imortal na Academia Brasileira de Letras, “ … os livros não caem do céu: a
gente os procura e, coincidentemente e principalmente em matéria de livros
raros, eles também nos procuram. A aventura da garimpagem provoca, mesmo
em céticos como eu, a suspeita de que alguma coisa sobrenatural possa estar
protegendo as buscas de leitor apaixonado” (Mindlin, 2006, p. 11)
Além de comprar livros, nosso colecionador também comprou bibliotecas,
ou partes delas, de nomes de vulto da cultura brasileira, como, entre outros, Zila
Mamede, Francisco de Assis Barbosa e Rubens Borba de Moraes, este seu
maior interlocutor.
Em número de volumes, as bibliotecas examinadas se equiparam
(aproximadamente 50 mil). Em qualidade de acervo ocorre o mesmo, assim
como as similaridades no ato de colecionar de ambos. Todavia, não apenas
esses são os laços que unem essas bibliotecas há tantos anos. José Mindlin foi
membro do Board of Governors da JCB por quase 10 anos, até 1997, quando
introduziu, nessa biblioteca, um gosto especial pelo Brasil, já bem representado
na coleção por suas raridades. Muitos outros livros brasileiros foram adquiridos
depois de Mindlin, alguns com o característico e inconfundível odor tropical da
umidade.
Em 2008, nova associação se fez presente, dessa vez com um projeto
cooperativo que dá, à JCB, a tarefa de digitalizar os livros portugueses e
brasileiros que não constam do acervo da Brasiliana da USP. Mais importante do
que apenas digitalizar é o fato de que esses livros deverão ter acesso ilimitado
através da internet. O catálogo já citado, Portuguese and Brazilian Books in the
John Carter Brown Library, serviu de base para a seleção dos títulos, que
corresponde a um terço do total dos 1.250 livros relacionados. O projeto está em
5 estágio de planejamento mas, ao que tudo indica, renderá bons frutos em breve.
Os pesquisadores de Brasil Colonial terão acesso a obras importantes que,
certamente, contribuirão para um melhor conhecimento de tão importante acervo
para a nossa história, além de fomentar estudos que, até o presente, só são
possíveis através de pesquisa in loco.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Gutenberg não tinha idéia de como a sua tecnologia afetaria o mundo e o
que surgiria depois dela, com a multiplicação da informação de maneira
exponencial. Hoje, essa multiplicação nos parece pequena, se comparada com a
internet e com a quantidade de informação produzida e disseminada pela rede
(Epstein, 2006). No entanto, a tecnologia do livro ainda pode ser considerada a
mais perfeita nesse início de terceiro milênio, considerando o prazer do
manuseio e a confiabilidade da mídia em termos de durabilidade.
Muito posteriormente, Lancaster estaria certo ao afirmar, na década de
1980, que textos completos estariam disponíveis em meio digital em futuro não
muito distante a partir daquela data; e que o livro impresso não estaria
ameaçado (Figueiredo, 1995).
Observando a literatura publicada na área de livros raros nos últimos anos
e tendo conhecimento de relatos e projetos de digitalização dessas coleções,
podemos erroneamente deduzir que a aquisição do livro impresso esteja
relegada a um plano secundário. Ao contrário, as bibliotecas de países
desenvolvidos (os países em desenvolvimento, em geral, carecem de verba
específica para essa ação) continuam a buscar e adquirir no mercado livreiro
manuscritos, livros, gravuras e outros documentos que enriquecem seus
acervos. Exatamente onde há maior índice de textos eletrônicos e de uso da
internet também se encontra um mercado de livros raros em plena expansão.
Afinal, “novas técnicas não apagam nem brutal nem totalmente os antigos usos”
(Chartier, 2002, p. 8). Da mesma forma, não é de se ignorar que, no final do
século XX, duas das maiores bibliotecas do mundo ampliaram seus espaços
físicos para armazenamento de coleção, principalmente: a British Library e a
6 Bibliothèque National de France. Encontramos respaldo para nossas palavras
nas idéias do historiador do livro, quando destaca a importância ainda presente
da bibliofilia, indiferente às grandes transformações eletrônicas (Chartier, 1999),
mostrando o quanto os colecionadores constroem a raridade dos livros a cada
dia, mesmo no boom das primeiras décadas do virtual. Como diz o autor, a
biblioteca eletrônica é promessa de futuro, sendo absolutamente necessário
assegurar o futuro da biblioteca do presente, preservando as variedades das
culturas escritas.
Se, antes, os pesquisadores perguntavam quando uma recém-chegada
coleção em uma biblioteca seria catalogada, agora indagam quando ela será
digitalizada. A demanda, sem dúvida, existe. Resta saber qual a melhor forma de
executar tal tarefa e em quais condições, a fim de que os resultados a alcançar e
a relação custo X benefício sejam positivos. O papel de bibliotecários e
profissionais da informação (…) é o de filtrar, organizar e processar a informação
no ambiente chamado de tradicional, através de catálogos, etc. O mesmo
acontece no âmbito eletrônico: “... além de oferecerem modos de orientar
usuários no processo de informação de alta qualidade na internet, rápida e
eficientemente, bibliotecas e outras instituições acadêmicas em todo o mundo
passam a ter uma outra importante missão, a de proporcionar o acesso público à
informação abrigada na internet … um cenário custoso e demorado” (Meadows,
1999, p. 268; Gomes, 2006, p. [8]).
Concordamos que, das poucas afirmações que se pode fazer em tal
período de transição, o ambiente digital deva ser utilizado para unir e tornar
possível a interpretação de coleções únicas de uma forma impossível de
acontecer na mídia impressa (Michel, 2005). Para um resultado de qualidade, a
biblioteca deve contar com a colaboração dos especialistas da área de
conhecimento dos livros que serão digitalizados, pois estes, além da seleção,
podem somar aos livros outras fontes de interesse para uma melhor
interpretação da coleção; podem relacionar a ela coleções da mesma ou de
outras instituições que favoreçam um entendimento mais profundo do assunto
tratado; podem fazer a convergência de documentos arquivísticos, livros e outros
7 materiais de forma criativa (Michel, 2005), principalmente se o bibliotecário não
tem formação em outra área do conhecimento, como acontece na maioria dos
casos no Brasil.
A digitalização, assim, retoma a questão da importância do conhecimento
da coleção por parte do bibliotecário de livros raros, de forma a que ele não fique
afastado de decisões importantes, já que esses serviços envolvem sempre
profissionais de outros setores da instituição ou de fora dela. Reconhecemos,
entretanto, não ser tal aprendizado simples, uma vez que muitas das nossas
coleções raras em bibliotecas não foram formadas por apenas um princípio
intelectual, como normalmente são a de colecionadores. São coleções, quase
sempre, concebidas a partir de várias doutrinas, métodos e estilos.
Identificar coleções similares para projetos cooperativos nos parece
alternativa a ser considerada, não apenas no que tange custos, mas
completude, igualmente, com o objetivo de oferecer ao usuário a visão mais
ampla possível do assunto de seu interesse. Da mesma forma, não se deve
descuidar dos mecanismos de busca, que se tornaram ainda mais importantes
nos últimos tempos.
Informação de qualidade é o leme que se faz imprescindível para navegar
o usuário nesse mar de dados e de informação, a fim de auxiliá-lo a encontrar o
seu porto seguro de forma rápida e eficiente, para que ele possa encerrar o ciclo
da informação com a produção de novos conhecimentos. Essa, a função ainda
primordial do bibliotecário.
4 REFERÊNCIAS
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Unesp/Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 1999.
__________. Os desafios da escrita. São Paulo: Editora Unesp, 2002.
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Hirtle, Peter. The impact of digitization on special collections in libraries.
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Jones, Barbara. Hidden collections, scholarly barriers: creating access to
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Michel, Peter. Digitizing special collections: to boldly go where we’ve been
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Mindlin, José. Discurso de posse. Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Letras,
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Suaiden, José Emir. A dimensão social do conhecimento. Rio de Janeiro: Ibict,
2007. Texto apresentado no encerramento do Curso Seminários
Interdisciplinares.
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