214 - Publitec
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EDIÇÃO 214 SORVETERIA CONFEITARIA BRASILEIRA 214 www.publitecbrasil.com.br Nesta edição ANO XXXIX - Nº 214 - 2014 8 Editorial Começa a temporada, é tempo de falar em sorvete 10 Exitosa realização de FITHEP Nordeste 2014 A inauguração da primeira feira especializada do norte argentino contou com a presença das autoridades locais 16 Projeto Brasil Food Service marca presença na maior feira latino-americana para os setores de panificação e confeitaria 20 Fispal Food Service surpreende participantes em sua 30ª edição Feira aconteceu de 24 a 27 de junho, no Expo Center Norte, em São Paulo, capital 22 6ª Fipspar em Londrina A Feira Industrial de Produtos para Sorvete do Paraná teve sua 6ª edição realizada dia 04/06/2014 no espaço Aruanã Eventos 24 22º Encontro de Sorveteiros de S.J. do Rio Preto 26 Maq Soft reúne fornecedores e sorveteiros em Bauru 28 Equipotel São Paulo realiza palestras ligadas à hospitalidade e hotelaria Evento conta com o apoio do Sebrae-SP, que ajudou a definir a programação e palestrantes. A feira acontece de 15 a 18 de setembro, em São Paulo Técnica 30 Um estudo de caso sobre a influência das cinco forças competitivas no mercado de sorveterias a balcão com fabricação própria em Salvador Sustentabilidade 39 Meio Ambiente Feiras Sorveteria Confeitaria Brasileira Revista bimestral editada por: PUBLITEC EDITORA DO BRASIL LTDA. Rua Atuaú, 85 - Pinheiros - São Paulo S.P. - Cep: 05428-030 E-mail: [email protected] Fones/Fax: (15) 3241-5771 / 3241-5885 Sorveteria Confeitaria Brasileira, marca registrada no INPI sob nº 822206102 em 26/10/95. Impressão: Grafica Silvamarts EDITORIAL PUBLITEC Av. Honorio Pueyrredón 550 Buenos Aires - Argentina Fone/Fax: (54 11) 4903-9600 E-mail: [email protected] Argentina: www.publitec.com Brasil: www.publitecbrasil.com FILIADA A: SORVETERIA CONFEITARIA BRASILEIRA Frio 40 Cadeia do frio: um mercado carente de incentivos, legislações e informações Empresa 42 AGAGEL realiza a 15ª Jornada do Sorvete e reúne 250 empresários e 33 fornecedores Novidades 44 Ajinomoto vai fornecer produtos para food trucks de São Paulo Saúde 46 Vitaminas e minerais nutrem o bom humor Hábitos alimentares saudáveis oferecem energia para manter o otimismo Doces 48 Doceria Sala Gourmet de Salvador atende consumidores com restrições alimentares 49 Cristallo traz seleção especial de doces com morango A fruta da estação é ingrediente especial 50 Pastel de banana 51 Tiramissu Visconti Receitas Delícia Gelada Romeu e Julieta 52 Confeitaria Lilóri é inaugurada em São Paulo Padaria artesanal inova na cidade ao oferecer pães e doces sem glúten, lácteos e conservantes Staff Néstor E. Galibert Presidente Ana M. Galibert Diretora Geral Néstor Galibert (Filho) Diretor Técnico Célia Pereira de Jesus Gerente Administrativa Laura Galli Coordenadora Geral As opiniões e os dados estatísticos emitidos em artigos assinados são de responsabilidade de seus autores, podendo inclusive ser contrários aos da revista E D I TO R I A L Começa a temporada, é tempo de falar em sorvete Já começa o tempo próprio do sorvete. Um tempo que devemos aproveitar porque traz as primícias da primavera. Para os sorveteiros é o momento do ano quando podem mostrar um novo rosto, uma maneira diferente de oferecer seu produto, e uma oportunidade de renovação da oferta em sabores, cores, formas, embalagens. O conceito é abrir as portas aos consumidores com uma mensagem alegre e otimista. O sorvete esteve associado sempre à alegria e à gratificação. Nos momentos difíceis é um produto que compensa, nos momentos bons é um grande potencializador do prazer. Temos nas mãos um tesouro gastronômico. Poucos alimentos têm tantas virtudes quanto o sorvete. Mas ainda falamos pouco dele. Comunicar hoje é um imperativo de todos os escalões que compõem a cadeia do sorvete. É possível que na primeira parte deste ano atípico, por causa da copa do mundo de futebol, por algumas convulsões ou protestos sociais, por disputas políticas, tenhamos tido uma atmosfera um pouco conturbada, com os nervos alterados e talvez com um pouco de estagnação. Tudo isso afeta a comunicação. Das páginas da revista Sorveteria Confeitaria Brasileira vemos com preocupação o fato de alguns fornecedores que devem ficar perto de seus clientes sorveteiros suspenderem sua participação em várias edições. Com isso, deixaram de falar, deixaram de se comunicar e isso enfraquece a sua imagem e também deixa espaços vazios para serem ocupados por outros. Os sorveteiros, os fornecedores de equipamentos e matérias primas e os comunicadores deveriam falar muito mais sobre esse grande prazer da mesa. Muitos consumidores ainda pensam naqueles mitos “sorvete só no verão”, “sorvete faz mal à garganta”, “sorvete engorda”, “não posso tomar sorvete quando chove”, “sorvete só em momentos especiais”. O que cada sorveteiro faz para derrubar esses mitos? Que porcentagem das vendas usamos para fazer uma pequena mas indispensável campanha entre os nossos clientes mostrando as qualidades nutritivas desse produto estrela? Para resumir, estamos conscientes da necessidade que temos de divulgar melhor o que fazemos todos os dias? 8 Então, é bom refletir e fazer refletir sobre o assunto da comunicação. O sorveteiro com seu cliente consumidor, o fornecedor com seu cliente, mostrando o enorme potencial que esse produto tem no mercado atual e que todos sabemos, pode continuar crescendo. Com otimismo, com força e vontade de fazer e crescer, abrimos esta nova edição e propomos aproveitar suas páginas para gerar a melhor comunicação possível entre todos nós. Sorveteria Confeitaria Brasileira Nº 214 2014 Profa. Ana Galibert Diretora Darío Basileff Ivanoff (Governador), Néstor Galibert (Publitec), Ana Galibert e Sebastián Lifton (Ministro da Indústria) no momento da inauguração da FITHEP NORDESTE Exitosa realização de FITHEP Nordeste 2014 A inauguração da primeira feira especializada do norte argentino contou com a presença das autoridades locais De 28 a 30 de julho foi realizada no novo prédio de Convenções e Exposições Gala da cidade de Resistência (Chaco-Argentina,) a feira de tecnologias, matérias primas e serviços para a indústria doce e a gastronomia. Publitec, organizadora da feira, apresentou a oferta de 91 expositores que ocuparam a totalidade superfície ferial. Houve um extraordinário número de visitantes vindos do Paraguai, Bolívia, Brasil e das províncias do norte do país vizinho. 10 Sorveteria Confeitaria Brasileira Nº 214 2014 Os visitantes puderam participar de cursos de capacitação, aulas práticas, rodadas de negócios, entre outras atividades. O expositores manifestaram sua plena satisfação pelos resultados da feira. “Vendemos tudo o que trouxemos para a feira”. A revista Sorveteria Confeitaria Brasileira junto com Heladería Panadería Latinoamericana foram as publicações oficiais da FITHEP NORDESTE. Pela primeira vez aconteceu em Chaco uma feira profissional dirigida aos fabricantes de produtos alimentícios para apresentar-lhes a inovação tecnológica, ampla variedade de matérias primas e serviços. A proposta da feira incluiu cinco cursos de capacitação dirigidos aos setores sorveteiros, padeiros e gastronômicos, a organização do encontro de negócios, a elaboração ao vivo das novas tendências doces e salgadas a cargo de mestres sorveteiros e confeiteiros. Do setor institucional, o Governo de Chaco apoiou a realização da FITHEP Nordeste por considerar que sua proposta colaborava com a renovação do setor, para o aperfeiçoamento de suas práticas e tecnologias e o conhecimento das tendências do mercado. O ministério da Indústria, Emprego e Comércio a cargo de Sebastián Lifton junto com o subsecretário da mesma pasta, Gustavo Ferrer promoveu durante os meses que antecederam a feira os lançamentos dentro e fora da região. Esses encontros aproximaram os organizadores com as câmaras e associações regionais, o que permitiu difundir de um modo eficiente os propósitos da feira. Publitec percorreu todos os estados do norte argentino e realizou, com a colaboração da Embaixada Argentina um lançamento em Asunción do Paraguai, país de onde chegaram muitos compradores. Os organizadores Publitec, empresa editorial com sede em São Paulo e em Buenos Aires, é a organizadora de eventos vinculados ao setor alimentício. A feira FITHEP conta com mais de 34 anos de realização em Buenos Aires, foi realizada durante dez anos no Brasil em cinco edições (2000 a 2008) e também teve uma apresentação no Paraguai em 1998. A nova proposta FITHEP NORDESTE aprofunda a presença desta feira em um amplo território do Mercosul. Apoios Para levar adiante o projeto ferial Publitec contou com duas entidades aliadas de primeiro nível, a Associação dos Fabricantes de Sorvetes e Afins AFADHYA, e a Federação Nacional de Confeiteiros. AFADHYA levou para a FITHEP NORDESTE parte da equipe vencedora do Campeonato Latino americano de Sorvete em 2013 e em quarto lugar na Coppa del Mondo della Gelateria. A Federação convocou cinco escolas de capacitação de Salta, Catamarca, Tucumán, Rosario e Paraná. Seus diretores e mestres apresentaram elaborações ao vivo diante de uma sala sempre lotada durante os três dias da feira. Por que em Resistência? Em 20 de novembro de 2013 foi realizada em Buenos Aires a apresentação formal da FITHEP NORDESTE EXPOALIMENTARIA 2014. Os organizadores, que há mais de trinta anos realizam FITHEP MERCOSUR EXPOALIMENTARIA na Capital Federal, decidiram propor aos fornecedores de tecnologias e matérias primas uma feira com as mesmas características no norte argentino, uma região densamente povoada mas pouco assistida técnica e comercialmente pelos fabricantes. Sorveteria Confeitaria Brasileira Nº 214 2014 11 FEIRAS Foi assim que Resistência se mostrou como a cidade com melhores condições de estrutura para abrigar uma mostra com essas características. Suas vias de comunicação diretas com as províncias de Norte e Nordeste, sua proximidade com Paraguai e a recente inauguração de seu prédio ferial a poucos minutos do aeroporto foram fatores positivos para definir a sede. Particularmente Resistencia mostrou também suas condições como cidade sede de grandes acontecimentos como a Bienal das Esculturas que reúne artistas plásticos de todas partes do mundo, o Encontro com a Leitura que reúne a docentes de todo o território provincial. 12 Os Expositores Noventa e um expositores foram os fundadores de FITHEP NORDESTE EXPOALIMENTARIA 2014. A oferta foi ampla e incluiu desde matérias primas para sorveterias e padarias até fabricadoras de gelo, elaboradoras de sorvetes, equipamento para fabricas de empanadas, fornos para as mais diversas aplicações, vitrines expositoras, mobiliário para comércios gastronômicos, linhas de cozinhas industriais, freezers, elementos plásticos, acessórios, caixas de cartão e embalagens, letreiros luminosos, livros, revistas especializadas, produtos embutidos, produtos doces, bolachas e farináceos, méis, etc. Sorveteria Confeitaria Brasileira Nº 214 2014 FEIRAS A diretoria da Publitec junto com o Governador de Chaco, ministros e funcionários Os visitantes valorizaram a qualidade da oferta. Muitos dos equipamentos foram demonstrados em funcionamento. O resultado foi altamente positivo já que foram concretizadas compras nos mesmos dias da feira. Os visitantes Chegaram de todas as províncias do norte argentino. A qualidade dos visitantes foi um dos pontos mais elogiados pelos expositores. A afluência de público qualificado demonstrou que faltava uma feira profissional onde o comprador pudesse conhecer de forma direta os seus fabricantes. Esse contato foi fundamental para decidir muitas das compras que se confirmaram na feira. O contingente do Paraguai também foi um fator relevante. Muitos dos visitantes inscreveram-se nos cursos de capacitação que – segundo eles lhes abriram novos horizonte e lhes ofereceram ferramentas para focar de outro modo seus negócios. Os organizadores Para Publitec FITHEP NORDESTE EXPOALIMENTARIA foi o desafio de poder concretizar uma feira de qualidade profissional fora de Buenos Aires. Nacionalizar a oferta ferial e por em contato a oferta e a demanda de um modo eficiente foi um objetivo cumprido. Sorveteria Confeitaria Brasileira Nº 214 2014 13 FEIRAS Carlos Decilio / Decipan O mercado que encontramos nos parece muito bom. As pessoas que passam têm muito mais interesse real de comprar, de verificar o crédito que podemos oferecer. Viemos a um mercado que estava esquecido, com pessoas que não vão às exposições em Buenos Aires. Para mim o resultado é espetacular. A maioria dos expositores com quem conversamos tem encontrado uma resposta totalmente positiva em vendas ou em perspectiva de vendas. Realmente eu estou muito surpreso. Pensem em projetar este tipo de feira a outros pontos do interior, creio que vá ser muito positivo. Luis Loaysa / In Nutra In Nutra vem de Indústria Nutricional Alimentaria, é uma empresa com produtos dirigidos à saúde, que já vem com todas as vitaminas e minerais. Temos carne de soja, gelatina, gelatina dietética, gelatina fortificada, flan, quinoa com flan e Fortimix. Eu venho de muito longe e não esperava encontrar uma cidade tão bonita e uma feira tão completa. Minha expectativa era conseguir contatos para apresentar nossos produtos e pude cumprir com esse objetivo. Há pessoas interessadas e estou voltando com as mãos cheias de contatos. Miguel García / Ingeniería Pregma Trouxemos fabricadoras de gelo cilíndrico e em escamas, em vários modelos e capacidades. Foram desenvolvidas com tecnologia de ponta em nossa fábrica de Mar del Plata. Temos sempre disponível um estoque de máquinas e de peças, assim como assistência técnica em todo o país. Nesta feira tivemos resultados muito bons. As pessoas que passaram por nosso stand se mostraram muito interessadas, vendemos tudo o que apresentamos. Para nós, participar foi uma satisfação muito grande. Nossos objetivos foram cumpridos plenamente. FEIRAS Jorge Damian Gramajo / Saitza Nesta oportunidade trouxemos para a FITHEP NORDESTE máquinas de gelo em escamas e em tubos, um resfriador para creme, leite ou água, e nosso produto mais tradicional, o intercambiador a placas. Nosso objetivo é ampliar o mercado, entendemos que no país há muitas empresas que não vão às exposições em Buenos Aires e que para eles é melhor virem a uma feira nesta região nordeste. Aparentemente nossos objetivos se concretizaram: fizemos muitos contactos e esperamos concretizar boas vendas no futuro. Houve uma grande afluência de pessoas e o prédio escolhido é muito lindo. Martín Vázquez / Metalúrgica Vázquez Trouxemos a armadora rotativa de empanadas R6D, que tem uma produção de 700 empanadas por hora com uma só pessoa. Com duas pessoas pode chegar a 1200 empanadas. Temos também máquinas de maior capacidade, como a ML 150, a ML 300 e a ML 600, que chega a 9.800 empanadas por hora. Desde a última FITHEP em Buenos Aires já vendemos 57 R6D, e esta feira nos deu muitos bons resultados. Realmente me surpreendeu, não imaginava o volume de pessoas que viriam. Temos várias vendas fechadas e concluídas. É bom porque vem gente das províncias, do Paraguai e da Bolívia. As pessoas do interior merecem que venhamos onde eles estão e não que eles tenham que ir a Buenos Aires. FEIRAS Projeto Brasil Food Service marca presença na maior feira latino-americana para os setores de panificação e confeitaria Buscando novas oportunidades de negócio, 10 empresas brasileiras do setor de food service se apresentam na 13ª edição da MEXIPAN, principal feira da América Latina para os setores de panificação, confeitaria, chocolates e sorvetes. A iniciativa é organizada pelo Projeto Setorial Brasil Food Service, realizado em parceria entre a Associação Brasileira das Indústrias de Equipamentos, Ingredientes e Acessórios para Alimentos (ABIEPAN) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), com o objetivo de promover as exportações brasileiras do setor. Realizada a cada dois anos, a 13ª Mexipan acontecerá de 27 a 30 de agosto de 2014, na Cidade do México. Durante os quatro dias do evento, as empresas brasileiras terão a oportunidade de apresentar as mais novas tecnologias em máquinas e equipamentos, matériasprimas, ingredientes e serviços para os setores de panificação e confeitaria. Participam da ação as empresas Arcolor, Bralyx, Duas Rodas, Indiana, Multifritas, Prática, PS Arquitetura, Tedesco e Titã, além da Village, empresa do Projeto Setorial Happy Goods, realizado em parceria entre a Apex-Brasil e a Associação Nacional das Indústrias de Biscoitos (ANIB). Destaque, também, para ingredientes e insumos para a indústria de alimentos como aromas, produtos para 16 sorvetes, condimentos e aditivos; misturas para o preparo de pães e bolos; máquinas e equipamentos para salgados, massas frescas e doces; produtos para confeitaria artística; soluções integradas para cozinhas profissionais - fornos, máquinas para panificação e refrigeração, linhas de chapas e fritadores - estufas e vitrines para balcões. De acordo com Paulo Cavalcante, presidente da ABIEPAN, a participação visa aproximar os produtores brasileiros aos compradores e distribuidores de outros países, além de proporcionar atualização para o setor e gerar sólidas relações comerciais. “A América Latina é prioritária para as exportações nacionais do setor de food service e o mercado ainda oferece um grande potencial de negócios para as empresas brasilei- Sorveteria Confeitaria Brasileira Nº 214 2014 FEIRAS ras, que possuem soluções diferenciadas, produtos de alta qualidade e preços competitivos”, finaliza. A indústria brasileira de alimentos faturou no último ano mais de R$ 485 bilhões, dos quais cerca de R$ 116,1 bilhões provenientes do food service. O setor tem demonstrado crescimento sustentável ao longo dos anos, impulsionado, entre outros fatores, pela diversificação e entrada em novos mercados. Somente as exportações do segmento de equipamentos e insumos para a produção de alimentos vendidos prontos alcançaram, em 2013, a marca de US$ 11,8 milhões. A América Latina é o principal mercado das vendas externas brasileiras, com destaque para Colômbia, Peru e Chile, além do México, hoje o maior consumidor dos produtos nacionais. Empresas Brasileiras na MEXIPAN 2014 Arcolor (www.arcolor.com.br): linhas completas de misturas para o preparo de produtos de panificação, confeitaria e confeitaria artística. Bralyx (www.bralyx.com): máquinas para coxinhas, salgados, massas frescas, doces e confeitaria. Duas Rodas (www.duasrodas.com): ingredientes para a indústria de alimentos, como aromas, produtos para sorvetes, food service, condimentos e aditivos, derivados de frutas e soluções integradas. Indiana (www.maquindiana.com.br): máquinas industriais automáticas para massas como espaguete, talharim, lasanha, capelete e ravióli; massa para pastel e salgados como coxinha, bolinha de queijo, quibe e etc. Multifritas (www.gruponestis.com.br): equipamentos para cozinhas profissionais como cozedores de massa e fritadores, à gás e elétricos. Prática (www.praticafornso.com.br): fornos combinados, estufas e máquinas para panificação. PS Arquitetura (www.psarquitetura.net): escritório especializado em projetos e reformas de padarias. Tedesco (www.tedesco.ind.br): projeto, desenvolvimento, fabricação e comercialização de equipamentos para gastronomia e panificação como fornos, fritadores, chapas e misturadores. SERVIÇO MEXIPAN 2014 ABIEPAN/ Projeto Setorial Brasil Food Service Pabellón Mexica, stand #270 e 290 27 a 30 de agosto de 2014 Das 11h às 19h Local: WTC Cidade do México Mais informações: www.abiepan.org.br Sobre o Projeto Setorial Brasil Food Service Desde 2003, a Associação Brasileira das Indústrias de Equipamentos, Ingredientes e Acessórios para Alimentos (ABIEPAN) possui um convênio com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) com o objetivo de promover as exportações brasileiras de equipamentos, ingredientes e acessórios para alimentos através de várias ações de promoção comercial. A parceria entre a ABIEPAN e a Apex-Brasil é formatada por meio de um Projeto Setorial (PS), que se denomina “Brasil Food Service”. O PS visa aumentar significativamente os volumes e receitas de exportação das empresas associadas à entidade e signatárias do projeto. Sobre ABIEPAN A Associação Brasileira das Indústrias de Equipamentos, Ingredientes e Acessórios para Alimentos (ABIEPAN), foi criada em 1988, por empresários do setor que viram a necessidade de se reunir para tratar dos problemas inerentes ao mercado e traçar estratégias para que as empresas pudessem obter melhores resultados, visando o desenvolvimento e à modernização da produção e das atividades de comércio exterior. Reúne hoje 57 empresas fabricantes de equipamentos, acessórios e insumos para o setor de food service, das quais 40 participam do Projeto Setorial Brasil Food Service. No convênio, firmado com a Apex-Brasil, estão previstas ações como participação em feiras internacionais, análise de dados estatísticos do segmento, rodadas de negócio e projetos comprador e de imagem, pelos quais importadores e jornalistas são trazidos ao Brasil. Titã (www.tita.com.br): vitrines e expositores de alimentos - estufas para salgados e doces. Village (www.villagecepam.com.br): produtos alimentícios - panetones, biscoitos, ovos de Páscoa, wafer e bombons, entre outros. Sorveteria Confeitaria Brasileira Nº 214 2014 17 FEIRAS Prática www.praticafornos.com.br A Prática Produtos é líder no segmento de fornos combinados e de panificação no Brasil, com grande foco no mercado internacional e uma operação de exportação em mais de 20 países. Possui 8 concessionárias sendo que uma fica em Santiago do Chile e as demais em importantes cidades brasileiras. Na MEXIPAN 2014, a Prática levará os fornos de convecção para panificação Miniconv e HPE 80. Na parte de fornos combinados apresenta o exclusivo EC3 e o "speed oven" Express Gourmet. O Miniconv Mini Forno de convecção elétrico para panificação tem capacidade de 04 assadeiras 35x35cm. Totalmente construído em aço inox e amplo visor frontal com vidro temperado. Painel frontal digital, com controle de temperatura, temporizador com alarme e acionamento da vaporização manual. Já o HPE 80 é um forno de convecção elétrico para panificação com capacidade 04 assadeiras 40 x 60 cm. Totalmente construído em aço inox, com painel frontal digital, controle de temperatura, temporizador com alarme e acionamento da vaporização manual. Desligamento automático ao abrir a porta. Apresenta também: • Linha Gourmet - EC3 - Forno combinado com múltiplas funções e menor tamanho no mercado. Com capacidade para Gn´S 1/x1. O forno possui controle digital, sonda com 4 pontos para controle de temperatura interna do alimento, geração de vapor por caldeira, programação de receitas, salamandra interna para a função "grill"; • Express Gourmet - O Express Gourmet, forno da categoria Speed Oven, indicado para cozinhas de finalização, emprega rapidez, alta eficiência e flexibilidade combinando as tecnologias de microondas e convecção de ar. Modelo exclusivo da Prática, produzido no Brasil para o mercado profissional de alta performance, o Express Gourmet garante agilidade na operação e qualidade ao produto final. 18 Sorveteria Confeitaria Brasileira Nº 214 2014 FEIRAS Titã www.tita.com.br A Titã Eletrocomerciais, exporta para México desde de 2004, toda a linha de vitrine e fornos elétrico sob as marcas TITA VITRINAS/ VITRINAS TITA. Participando pela 3ª vez da MEXIPAN, a empresa apresenta na feira toda sua linha e lançamentos de novos equipamentos, dentre eles, o forno giratório com 4 assadeira. Inovador e com novo design, o forno traz a frente curva, fabricada toda em aço inoxidável (parte interna e externa), com sistema de convecção. Um produto sob medida para pequenos negócios como cafeterias, padarias e lojas de conveniência. Ainda, apresenta a linha ACL, modelos de estufas (vitrines) com design inovador e fabricado em alumino anodizado e aço inoxidável, vidros temperados dentro dos padrões internacionais e com opção de até 8 cores, modelos de vitrine compacto para balcão para padarias e cafeterias, entre outros. FEIRAS Fispal Food Service surpreende participantes em sua 30ª edição Feira aconteceu de 24 a 27 de junho, no Expo Center Norte, em São Paulo, capital A FISPAL - TECNOSORVETE cumpriu com seu objetivo. Em meio à copa do mundo de futebol a Fispal – Tecnosorvete foi realizada de 24 a 27 de junho. Foi uma feira marcada por esse evento internacional que alterou as condições naturais mas, a feira teve prestigiadas marcas tanto de fabricantes de equipamentos como de matérias primas. Todos trabalharam e mostraram seus produtos com degustações e atividades profissionais. Celia Pereira (Publitec) promovendo a Revista Sorveteria na Fispal Tecnosorvete Equipamentos, embalagens, refrigeração, tudo foi exposto para conquistar o público comprador e fazer bons negócios. A revista Sorveteria Confeitaria Brasileira percorreu a feira e visitou a cada um dos expositores para bater papo sobre a situação do mercado e sobre as expectativas para a nova temporada que começará em setembro. A Fispal Food Service superou as expectativas de seus expositores e visitantes em 2014 e mostrou a força de sua marca, cumprindo mais uma vez seu papel de fomentar o mercado apresentando as tendências e lançamentos do segmento de alimentação fora do lar. Mais de 300 empresas do Brasil e do exterior, em um 20 total de cerca de 1400 marcas, estiveram presentes com o que há de mais moderno em máquinas, equipamentos, utensílios e serviços para restaurantes, bares, pizzarias, confeitarias, padarias e buffets à disposição dos 51.300 visitantes que estiveram no Expo Center Norte, de 24 a 27 de junho. Contando com um público qualificado, muitos negócios foram fechados e contatos com alto valor agregado foram realizados. De acordo com os expositores, a tradição do evento atraiu compradores, mesmo com o fator Copa do Mundo, como relatou Cláudio Pastor, Diretor Comercial da Rational "Apostamos na Fispal 2014, aumentamos nossa área de exposição em 50%, realizamos um grande lançamento de produto durante a feira e colhemos o fruto dessa parceria. A feira foi muito positiva para nós e alcançamos nossa meta antes mesmo do final do evento" Luciana Lima, marketing da Exempla, reforça a qualidade do evento deste ano, "Participamos da Fispal desde 2007 e essa, sem dúvidas, foi a melhor edição para nós. O perfil do público foi bem qualificado, são pessoas que realmente vieram por interesse nos produtos". Com um time formado por profissionais de destaque em suas áreas, a Fispal Food Service apresentou para os interessados em se atualizar sobre o merca- Sorveteria Confeitaria Brasileira Nº 214 2014 FEIRAS do, eventos paralelos durante todos os dias da feira. Os destaques foram a 5ª Copa Brasileira de Pizzarias comandada pelo consultor Ronaldo Ayres, o Senhor Pizza, a presença do mestre padeiro Rogério Shimura, à frente do Espaço Cheiro de Pão, o Espaço Gestão da Revista Cozinha Profissional, além de palestras, degustações e premiações. Em paralelo aconteceram a Fispal Sorvetes e a Fispal Café e, nas duas, um grande número de interessados pelos assuntos, puderam conferir as inovações de cada um dos mercados. Com estande na Fispal Sorvetes, Letícia Cordeiro, do Departamento de Vendas da marca Carpigiani, relatou "A feira está ótima, bem organizada e o movimento está 60% acima do que esperávamos". Outra empresa que se mostrou muito satisfeita foi a Teknoice/Laief, marca também presente na Fispal Sorvetes. O gerente de vendas José Carlos se surpreendeu, "Viemos de última hora e a nossa preocupação era grande por causa do campeonato mundial, mas mesmo assim decidimos participar e foi muito bom pois realizamos contatos com muitos investidores novos em relação aos anos anteriores". Daniela Pereira, Marketing da Libermac, marca que esteve presente na Fispal Café e Food Service reforça que as expectativas foram superadas "No estande do café tivemos muitos clientes e conseguimos efetuar várias vendas a pronta entrega para clientes de vários estados". Sorveteria Confeitaria Brasileira Nº 214 2014 21 FEIRAS 6ª Fipspar em Londrina A Feira Industrial de Produtos para Sorvete do Paraná teve sua 6ª edição realizada dia 04/06/2014 no espaço Aruanã Eventos A Fipspar foi idealizada pelo Sr. Josué Vieira da Silva, proprietário da Distribuidora Leste Oeste Produtos para Sorvetes, para ser um encontro de negócios do setor da sorveteria profissional. Desde 2006 obtém grande êxito, trazendo inovações a cada ano. Composta por empresas com as quais a Leste Oeste possui parceria e representação, a Fipspar tornou-se, em Londrina, um evento de aproximação entre sorveteiros e fornecedores. Os empresários sorveteiros encontraram na Fipspar a exposição de uma variedade de produtos que atendem às suas necessidades na produção e na comercialização do sorvete, além da oportunidade de manter contato direto com os fabricantes. Nesta edição o salão do Espaço Aruanã reuniu as empresas Polo Sul, Duas Rodas, Pró Polpa, Ataforma, Thermototal, Estilo Palitos, Codmarc, Ártico, ControlPot, MW Injetora de Potes, Café Accorsi, Ello Ingredientes, JEB Indústria e Comércio, Alnutri Food Solutions, Rio Novo Embalagens e Banco do Brasil. Os fornecedores trouxeram o que há de mais moderno para a produção e distribuição de sorvete e os Empresários Sorveteiros puderam contar também com o Banco do Brasil que esteve no evento para promover suas linhas de crédito. A 7ª edição da Fipspar será realizada em 2016 com data a ser definida. 22 Sorveteria Confeitaria Brasileira Nº 214 2014 22º Encontro de Sorveteiros de S.J. do Rio Preto O evento da Vanessa Distribuidora realizado nos dias 29, 30 e 31 de julho no Ipê Park em São José do Rio Preto apresentou um novo formato com rodadas de negócios que permitiu que os sorveteiros participantes tivessem um contato direto com os fornecedores patrocinadores. A dinâmica divide o público em pequenos grupos que se reúnem com cada fornecedor num tete-a-tete que lhes permite negociar mercadorias e preços tornando o encontro um excelente negócio para todos. Cada um dos representantes da Vanessa Distribuidora tornava-se o “guia” de um grupo classificado por cores que se revezam nas mesas dos fornecedores. Emerson, Rodrigo, Carlos, José, Júlio, André e Elton, tornaram-se Sr. Bola, Freezer, Qualidade, Sabor, Cascão, Cliente e Cobertura, no teatro apresentado pela equipe que transmitiu uma mensagem de otimismo para os sorveteiros. Miriam e Luiz Gustavo, diretores da Vanessa Distribuidora que realizam este encontro há 22 anos declararam que cada um dos eventos parece sempre o primeiro. A alegria de proporcionar o encontro entre os sorveteiros e fornecedores sempre supera as expectativas. Luiz Gustavo é o idealizador desse novo formato do evento, que agradou a todos os participantes que, com o empenho dos colaboradores alcançou os objetivos propostos. Miriam Fanny na abertura do 22º Encontro de Sorveteiros Carlos Munhoz, Julio Lattaro, Carmem Moura, Marcelo Lopes da Harald e Miriam Fanny, diretora da Vanessa Distribuidora 24 Sorveteria Confeitaria Brasileira Nº 214 2014 FEIRAS As negociações concretizadas surpreenderam a todos, aos sorveteiros que ganharam descontos e puderam abastecer suas sorveterias para a próxima temporada com novidades, qualidade e preços baixos e aos patrocinadores, que tiveram a oportunidade de conhecer pessoalmente seus clientes da região. Entre os patrocinadores tivemos a presença de Júlio Lattaro, RCA Região Ribeirão Preto e S.J. do Rio Preto, Marcelo Lopes, gerente nacional canal indireto da Harald, Carlos Munhoz , Trade Marketing do canal indireto, e Carmem Moura, Líder de Trade Marketing, que trouxeram as novidades sobre coberturas e confeitos. A linha de chocolate puro a base de manteiga de cacau Harald Melken e o chocolate Gourmet Harald Melken Unique, são o carro chefe, e para a linha de sorveteria apresentaram a cobertura líquida para sorvete e o granulado macio para o sorvete de flocos. Jairo Rodrigo , Gerente Nacional de Vendas da Ricaeli apresentou as novidades em recheios para as palletas mexicanas, além das tradicionais polpas de frutas, frutas congeladas e preparados de frutas para recheios, coberturas e mesclas, com destaque para o sabor abacaxi com coco. Balcão expositor, seladora para picolé e dispenser de coberturas foram os produtos apresentados por Carlos Ferreira da Super Mix no 22º Encontro de Sorveteiros. Antigo parceiro dos sorveteiros da região, Carlos destacou que as mudanças no formato trouxeram resultados positivos para o evento. Paulo Costa, Gerente da Italian Coffee, e Marlete Oliveira consultora da iSi enriqueceram o evento com a moderna garrafa para preparo de chantilly, sobremesas, drinks e outras receitas que levem cremes doces e saborosos, espumas refinadas, sopas frias e molhos. Luiz Gustavo, diretor da Vanessa Distribuidora Emílio Neto expôs três máquinas, uma produtora tripla da Systherm, um pasteurizador e uma picoleteira da New Equipamentos. E enfatizou que, participar de eventos que reúnem os sorveteiros em confraternização fortalece o vínculo comercial e transforma o consumidor em parceiro. Milton Laine da Leagel, além dos produtos tradicionais, apresentou aos sorveteiros uma nova ótica sobre o conceito de valor agregado. Para a Leagel, o consumidor está disposto a pagar mais pelo produto que apresente maior qualidade e a matéria prima da Leagel oferece a qualidade que o consumidor quer encontrar no sorvete brasileiro. Desde 1984 a Ataforma, oferece aos seus clientes formas em aço inoxidável especial, rigorosamente testadas a ar comprimido. E para este verão as novidades são as formas para as palletas mexicanas, a sensação do momento. A Thermototal pioneira na fabricação de carrinhos para sorvete no Brasil, apresentou os novos designs com cores vibrantes para para a temporada de verão 2014 . Os carrinhos da thermototal podem ser personalizados com as cores e acessórios escolhidos pelo cliente e são de fácil manutenção e limpeza. Sorveteria Confeitaria Brasileira Nº 214 2014 25 FEIRAS Maq Soft reúne fornecedores e sorveteiros em Bauru A Revista Sorveteria esteve no encontro de sorveteiros em Bauru que foi realizado em 13 de agosto último e reuniu Maq Soft, Doremus, Bertollo e os empresários da região. (0090) A Doremus é uma empresa privada brasileira fundada em 1985, atuante em todo território nacional e América do Sul. Especialista na criação e produção de aromas, ingredientes e soluções customizadas para a indústria de alimentos e bebidas. ( 0102) A Maq Soft distribuidora oferece atendimento e treinamento em máquinas e equipamentos para sorveteria, fornecendo os melhores produtos do mercado. Pensando na transparência e objetivando o crescimento de seus clientes a Maq Soft distribuidora colocou à disposição dos sorveteiros da região uma sorveteria expe- rimental, onde podem conhecer e experimentar matérias primas, máquinas e equipamentos.(0107) O evento contou com a presença da equipe técnica da Doremus que (0130) fez demonstrações e esclareceu as dúvidas a respeito dos novos produtos para a temporada que se inicia. A palestra de abertura do evento enalteceu os sorveteiros e injetou novo ânimo para este ano que termina. O palestrante Fabiano Ferreira (0133) discursou sobre a atitude positiva de refletir, falar e agir diante das situações que a vida oferece. Palestrante, escritor e jornalista, autor do livro Aprendendo com os mestres, Fabiano Ferreira estimulou os sorveteiros a perseguir seus sonhos e projetos e trocar as expectativas pelas perspectivas. No encontro os sorveteiros puderam fazer contato também com os fornecedores Super Mix, Rio Novo, Ataforma, thermototal, entre outros. Fabiano Ferreira e Célia Pereira comemoram o sucesso do evento em Bauru Contemplados com assinaturas da Revista Sorveteria 26 Sorveteria Confeitaria Brasileira Nº 214 2014 FEIRAS FEIRAS Equipotel São Paulo realiza palestras ligadas à hospitalidade e hotelaria Evento conta com o apoio do Sebrae-SP, que ajudou a definir a programação e palestrantes. A feira acontece de 15 a 18 de setembro, em São Paulo O setor de hotelaria, alimentação e hospitalidade vem crescendo a cada ano. De acordo com a Organização Mundial do Turismo (UNWTO), a receita do segmento ultrapassou, em 2011, a casa dos 12 dígitos, mais de 1 trilhão de dólares. Para manter-se num mercado em ampla expansão e cada vez mais exigente é preciso estar atualizado e oferecer serviços de qualidade. Para ajudar nisso, a EQUIPOTEL SÃO PAULO, uma das cinco maiores feiras do mundo no setor de hotelaria e hospitalidade, realiza a Equipotel Conference, tradicional evento de conteúdo simultâneo à feira, para atender às necessidades de informação e capacitação profissional dos mercados hotelaria, alimentação e hospitalidade. Como diferencial, este ano o evento terá o apoio do Sebrae-SP. A Feira acontece de 15 a 18 de setembro, no Anhembi, em São Paulo. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas no site www.equipotel.com.br. 28 A programação do primeiro dia da Equipotel Conference, 15 de setembro, contará com três palestras, a partir das 14h. A primeira será Cenário e Tendências para Meios de Hospedagem, com Michele Oliveira do Amor Divino; seguida, às 16h, por Empresa Organizada Tem Melhor Desempenho, com Ruy Soares de Barros; e, às 18h, por Cenário e Tendências para Alimentação Fora do Lar, com Karyna Muniz Ramalho Dantas. No dia 16, às 14h, a palestra de abertura será sobre Recursos Humanos: Ingrediente Estratégico para Alimentação Fora do Lar, com Natalia Liese Solano Sirobaba; às 16h, haverá a oficina Pesquisa de Satisfação com Clientes para Meios de Hospedagem, com Alexandre Nunes Robazza; e às 18h, novamente Empresa Organizada Tem Melhor Desempenho, com Ruy Soares de Barros. Sorveteria Confeitaria Brasileira Nº 214 2014 FEIRAS Já no dia 17, às 14h, a programação começará com a palestra Gestão Ambiental para Alimentação Fora do Lar, com Karyna Muniz Ramalho Dantas; às 16h, será apresentada Recursos Humanos: Ingrediente Estratégico para Alimentação Fora do Lar, com Esmeralda Queiroz; e, às 18h, Gestão de Expectativas para Meios de Hospedagem, com Alexandre Nunes Robazza. Fechando a programação do Equipotel Conference no dia 18, também a partir das 14h, será o tema Empresa Organizada Tem Melhor Desempenho; às 16h, CRM e Pós-Venda em Meios de Hospedagem, com Fernando Amendola Sanches; e, às 18h, Tecnologia da Informação para Alimentação Fora do Lar, com Wagner Moreira Lopes. Mais informações e inscrições: [email protected]. Equipotel São Paulo A EQUIPOTEL SÃO PAULO é um polo de negócios e relacionamentos para o sucesso de empresas das áreas de hotelaria, alimentação, serviços e conteúdo em todo o Brasil. Em 2014 a feira apresenta um novo conceito, atualizado e direcionado à geração de negócios. Cada vez mais preocupada em gerar bons negócios para seus expositores e visitantes, a Feira está revigorando a sua estrutura, baseada em bons exemplos da EQUIPOTEL PARIS - a maior do mundo no segmento. Essa modernização será refletida nas seis segmentações que a EQUIPOTEL SÃO PAULO terá em 2014: Alimentação; Arquitetura, Decoração e Design; Gestão e Tecnologia; Lazer e Spa; Higiene, Limpeza e Manutenção; e Equipamentos e Utensílios. Sobre a Reed Exhibitions A Reed Exhibitions é a principal organizadora de eventos do mundo, reunindo mais de 6 milhões de profissionais ao redor do planeta, gerando bilhões de dólares em negócios. Hoje, 500 eventos da Reed estão presentes em 39 países, distribuídos pelas Américas, Europa, Oriente Médio e Ásia e organizados por 33 escritórios próprios que empregam mais de 3 mil funcionários. A Reed Exhibitions pertence à Reed Elsevier Group, uma companhia listada entre as TOP 100 da Bolsa de Valores de Londres, e que apresentou em 2012 um total de £6,002Bi (ou €6,902Bi). O Grupo Reed Elsevier é líder na geração de soluções de informação profissional nos setores de Ciência e Medicina, Direito, Análise de Riscos, Educação e Negócios em Geral. Para mais informações: www.reedalcantara.com.br Sobre a Reed Exhibitions Alcantara Machado Criada em 2007, a Reed Exhibitions Alcantara Machado é resultado da joint-venture entre a maior promotora de feiras do mundo, a Reed Exhibitions, presente no Brasil desde 1997, e a maior da América Latina, a Alcantara Machado Feiras de Negócios, fundada em 1956 e líder no mercado latino americano. Com eventos em 34 setores ativos da economia, no biênio 2010-2011 a empresa realizou somente no Brasil 57 grandes Feiras de Negócios e Consumo, ocupando assim o 1º lugar em quantidade de eventos, volume de visitantes e compradores, e metragem total de expositores, dentre as empresas associadas à UBRAFE (União Brasileira dos Promotores de Feira). Sorveteria Confeitaria Brasileira Nº 214 2014 29 TÉCNICA Um estudo de caso sobre a influência das cinco forças competitivas no mercado de sorveterias a balcão com fabricação própria em Salvador Cleide Silva de Jesus1;Hirlane Silva da Cruz1; Carolina Spínola2 1Alunas do 4º ano do curso de Administração de Empresas. Orientadora Profª Drª Carolina Spínola (UNIFACS), doutora em Análise Geográfica Regional pela Universidade de Barcelona 2 Resumo O presente artigo tem o intuito de entender quais são os fatores que influenciam a competitividade das sorveterias a balcão com fabricação própria, em Salvador. A análise é desenvolvida através da compreensão do mercado de sorvetes, entendendo o negócio de sorveterias a balcão com fabricação própria, identificando os fatores que influenciam a competitividade dentro da cadeia soteropolitana. Através da abordagem teórica proposta pelo Modelo das Cinco Forças Competitivas de Michael E. Porter, é possível analisar os impactos que cada força implica dentro do negócio, destacando qual destas forças tem maior influência na formação da competitividade do negócio e, dentro deste cenário qual é a empresa mais competitiva. O estudo contribui para o entendimento da competição no mercado soteropolitano de sorveterias a balcão com fabricação própria e oferece subsídios importantes para a compreensão de como as empresas podem obter melhor desempenho neste mercado. 30 Introdução Muitas informações indicam que o sorvete foi criado pelos chineses, há cerca de três mil anos atrás. Naquela época, o sorvete começou a ser feito através de uma mistura de frutas, mel e neve (GIORDANI, 2006). Com o passar do tempo, sofreu diversas modificações até chegar à consistência e o sabor conhecidos atualmente. Antes um alimento exclusivo entre os nobres, hoje é consumido em todo o mundo, sendo acessível a diversas camadas sociais. Foi nos Estados Unidos que o sorvete começou a ser feito de formas diferentes, criando-se novas receitas. Hoje, o país ocupa o primeiro lugar no ranking da produção mundial de sorvetes (ABIS, 2007). Segundo Giordani (2006), o sorvete chegou ao conhecimento dos brasileiros por volta de 1835, trazido por um navio americano que desembarcou no Rio de Janeiro. A carga foi comprada por dois comerciantes brasileiros que revenderam a sobremesa, na época conhecida como gelado. Este alimento já enfrentou diversas dificuldades de armazenamento em sua história e já foi símbolo da juventude. Hoje, necessita enfrentar outros desafios, como a sazonalidade apresentada no mercado brasileiro de sorvete, a baixa profissionalização do setor, a carência de tecnicidade e a desunião de seus membros. O mercado de sorvetes é composto por: indústrias fabricantes que distribuem seus produtos para estabelecimentos varejistas; sorveterias a balcão com fabricação própria; sorveterias a balcão sem fabricação própria e sorveterias que trabalham com sistemas de franquia. O objeto de estudo deste artigo são as sorveterias a balcão com fabricação própria atuantes em Sorveteria Confeitaria Brasileira Nº 214 2014 TÉCNICA Salvador/Bahia, e seu objetivo geral é analisar os fatores que influenciam a competitividade destas no mercado soteropolitano. Antes de identificar os fatores influenciadores da competitividade das sorveterias a balcão com fabricação própria, procura-se compreender o mercado de sorvetes e estudar a competitividade das empresas atuantes, com base no modelo das cinco forças competitiFigura 01 – Representação Gráfica do Consumo Mundial Fonte: Elaboração Própria, com base em dados da ABIS (Associação Brasileira das Indústrias vas proposto por de Sorvetes), 24/05/2007. Michael E. Porter. A partir desse estudo, 12ª posição no ranking de consumo mundial, é imporidentifica-se qual a força mais presente na formação da tante que o Brasil busque saídas criativas que viabilicompetitividade deste negócio. Vale acrescentar que zem uma reação a estes índices. Conforme observado esse estudo foi desenvolvido com base em pesquisas na figura 01, a China ocupa a 13ª posição no ranking bibliográficas e pesquisa em campo. mundial de consumo de sorvete, porém ocupa o 2º Esse artigo está estruturado em seis tópicos: lugar no ranking dos países que mais produzem sorveIntrodução; A sazonalidade do mercado brasileiro; te, inclusive ultrapassando países como o Canadá, terIndústria do sorvete; Metodologia; Estudo de caso: ceiro maior consumidor de sorvetes mundial, concluinanálise das cinco forças competitivas dentro do mercado que a taxa de exportação do produto chinês deve ser do de sorveterias a balcão com fabricação própria em muito elevada. Salvador/Ba e Considerações finais. Para tentar modificar esta percepção, o setor tem investido na formação de parcerias com nutricioA sazonalidade do mercado brasileiro nistas e na criação de novas tecnologias de fabricação A sazonalidade do mercado brasileiro geralmente vem com o objetivo de vincular a imagem do produto a um acompanhada de préconcepções equivocadas referenalimento saudável, nutritivo, que pode ser consumido tes à composição do produto e quais seus efeitos para durante todo o ano e incentivando o consumo de sorvesaúde humana. Apesar do Brasil, especificamente tes a base de frutas, livres de gordura trans.3, a base de Salvador, possuir um clima tropical, que favorece o soja, diet, light, além da versão cremosa, que é fonte consumo deste alimento, diferentemente de países mais vitaminas A, D, E e K e algumas do complexo B, todas distantes dos trópicos, o ato de consumir sorvete ainda indispensáveis para o perfeito funcionamento do orgaestá muito ligado ao verão e à refrescância. nismo. (PASOLD, 2007). Isto faz com que as vendas deste produto estejam concentradas no período de setembro a fevereiro (ABIS, 2006). 3 Segundo a Duas Rodas (2006), um dos maiores fornecedores de ingre‐ Os impactos desta cultura acabam desencadientes para sorvetes do Brasil, gorduras transgênicas são tipos específi‐ cos de gorduras formados por um processo químico natural ou industrial. deando um consumo médio anual abaixo dos índices Estão presentes principalmente em produtos manufaturados e são utili‐ apresentados por países que não possuem característizadas para melhorar a consistência dos alimentos e para prolongar a vida cas tão tropicais quanto o Brasil. Apesar de ocupar a útil de alguns produtos. Sorveteria Confeitaria Brasileira Nº 214 2014 31 TÉCNICA Indústria do sorvete Embora o Brasil possua oito mil fabricantes de sorvetes, apenas três respondem por cerca de 80% do mercado (ABIA, 2006). Ampliando a análise para o ambiente nacional, é possível observar que o setor oferece vantagens. Isto é refletido na evolução continuada do faturamento e das perspectivas de atendimento de uma demanda ainda inferior às potencialidades do produto, haja vista o aumento significativo das vendas de sorvetes no Brasil durante a alta temporada (setembro a fevereiro). Somente neste período, é consumida cerca de 70% da produção total (ABIS, 2006), ou seja, se o setor conseguir encontrar soluções adequadas, objetivando aumentar o consumo durante o período de baixa estação, é possível atingir índices mais expressivos com relação a produção e consumo anual. A indústria brasileira de sorvete está concentrada nas regiões sudeste e sul, que respondem juntas por cerca de 80% da produção de sorvetes. Só o estado de São Paulo produz aproximadamente 30% do total do Brasil (ABIS, 2003). A região Nordeste produz apenas 13% deste total. Desprender a imagem do sorvete a simplesmente uma “guloseima que refresca” aliado a profissionalização do segmento a nível nacional é, sem dúvida, o maior desafio dos empresários e atores da área. Diagrama da Cadeia Produtiva Conforme é possível observar na Figura 02, os fornecedores de matérias-primas e equipamentos fornecem seus produtos a fabricantes de porte industrial, como a Nestlé, Kibon, Feitiço Gelado (BA) e Doce Doçura (BA), que para fazer chegar seus produtos ao consumidor final, utilizam os distribuidores para fornecimento aos varejistas ou repassam diretamente seus produtos para grandes varejistas como Wall-Mart, que distribuem diretamente ao consumidor final. Os fornecedores de insumos e equipamentos também poderão abastecer diretamente as sorveterias. Estas sorveterias podem trabalhar em sistemas de franquias ou não. Os empresários não franqueados podem optar pela produção industrial, pela venda a balcão sem fabricação própria ou pela venda a balcão com fabricação própria. O estudo em questão está concentrado na análise deste mercado específico: sorveterias que são responsáveis pela fabricação e venda do produto ao consumidor final. Todo esse ambiente é influenciado por normas e leis, e o papel da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) é fundamental para o desenvolvimento de um negócio saudável, pois a mesma influencia o setor através da divulgação da legislação e das resoluções que regem o segmento. As instituições credenciadoras, como a ABIS (Associação Brasileira das Indústrias de Sorvetes), também influenciam no desenvolvimento do setor, bem como as instituições de crédito que podem colaborar na viabilização do projeto e os órgãos de governo. Figura 02 – Diagrama da Cadeia Produtiva do Sorvete Fonte: Elaboração Própria, 2007. 32 Sorveteria Confeitaria Brasileira Nº 214 2014 TÉCNICA Metodologia A competitividade tem sido um dos assuntos mais preocupantes no ambiente organizacional porque, em muitos casos, está associada à sobrevivência das empresas no mercado. A definição de competitividade engloba diversos conceitos. Sharples e Milham (1990) apud Jank (1996) citados por Giordano (1999, p. 88) definiram a competitividade como: Competitividade é a habilidade de exportar bens e serviços dentro do tempo, local e forma desejados pelos consumidores, a preços tão bons ou melhores que outros potenciais fornecedores, sendo estes preços suficientes para ao menos remunerar o custo de oportunidade dos recursos empregados. Para o autor Michael E. Porter (2006), a competitividade de uma empresa está relacionada com a indústria em que atua, e o nível de competitividade em um mercado é determinado por cinco forças. - Entrantes potenciais: Esta força refere-se às empresas entrantes no mercado que realizam investimentos consideráveis com o objetivo de estabilizar-se neste e atingir um market share elevado, ameaçando o desempenho das empresas existentes. A força desses novos entrantes depende da possível retaliação que sofrerão dos concorrentes e das barreiras de entrada presentes no mercado, que incluem economias de escala, diferenciação do produto, necessidades de capital, custos de mudança, acesso aos canais de distribuição, desvantagem de custos independente de escala e política governamental. - Rivalidade entre os concorrentes: A concorrência entre indústrias de diversos segmentos tem aumentado em um ritmo acelerado nos últimos anos. Segundo Porter (2004), existem alguns fatores estruturais que podem estimular a rivalidade no mercado, como por exemplo: a existência de concorrentes numerosos ou bem equilibrados, um mercado que apresenta um baixo crescimento, custos fixos de armazenamento altos, ausência de diferenciação, capacidade aumentada em grandes incrementos, concorrentes divergentes, existência de grandes interesses estratégicos e de barreiras de saídas elevadas. - Pressão dos produtos substitutos: Segundo Porter (2004), produtos substitutos são aqueles similares aos fabricados por uma determinada indústria que possam desempenhar a mesma função. Os fabricantes desses produtos podem oferecer uma melhor alternativa de preço-desempenho aos consumidores e, consequentemente, podem afetar a rentabilidade de uma indústria. - Poder de negociação dos compradores: Na relação entre vendedor e cliente, o comprador pode obter um maior poder de barganha na negociação com seu fornecedor. O autor Michael Porter (2004) cita alguns fatores que dão vantagens ao comprador na comercialização de um produto, como por exemplo, quando seu percentual de compras é expressivo nas vendas de uma empresa, quando o valor dos produtos adquiridos é significativo na determinação dos seus custos totais e quando o produto adquirido é padronizado, existindo no mercado uma grande quantidade de fornecedores. - Poder de negociação dos fornecedores: Os fornecedores da Indústria são agentes importantes para a formação da competitividade de um negócio. De acordo com Porter (2004), seu poder de negociação pode afetar os preços que os seus clientes praticam no mercado e também comprometer a sua rentabilidade. Dentre as situações que dão maior poder de barganha ao fornecedor, destaca-se: quando este não compete com muitas empresas e ou com produtos substitutos, quando a compra de seu cliente não é representativa nas suas vendas totais e quando o seu produto é de extrema importância para o processo de fabricação e ou para a qualidade do produto do comprador. Para o autor, a análise da intensidade dessas forças no mercado é importante para a elaboração de estratégias competitivas, visando à obtenção de um posicionamento da empresa no mercado favorável a essas forças. Estudo de caso: Análise das cinco forças competitivas dentro do mercado de sorveterias a balcão com fabricação própria em Salvador/Ba. Nesse artigo, estudamos 04 (quatro) sorveterias a balcão com fabricação própria atuantes na região de Salvador/Bahia, e pretendemos identificar a dinâmica da competitividade das sorveterias estudadas com base no modelo proposto pelo autor Michael E. Porter. As empresas pesquisadas serão identificadas pelas letras A, B, C e D. A Sorveteria A está há décadas no mercado e foi um dos responsáveis pela introdução do modelo de negócio(sorveteria a balcão) em Salvador. Já foi o “point da cidade”, onde se reuniam expoentes da sociedade baiana. Anos depois de sua fundação e após a sua venda ao atual proprietário, abriu mais uma unidade no Sorveteria Confeitaria Brasileira Nº 214 2014 33 TÉCNICA 1. Ameaça de Entrada No ramo das sorveterias que não operam com o sistema de franquia, não foi identificada nenhuma nova entrante no mercado soteropolitano. As principais barreiras de entrada identificadas para os novos entrantes neste segmento foram: centro da cidade (BOUZAS, 2007). A empresa conseguiu criar uma marca de prestígio no mercado soteropolitano, divulgada principalmente pelo marketing chamado “boca a boca”, vinculado a qualidade e variedade dos produtos ofertados. A Sorveteria B é considerada também como uma das mais tradicionais sorveterias de Salvador. Também há décadas no mercado soteropolitano. Trata-se de uma empresa bem referenciada no mercado que conseguiu solidificar a sua marca, beneficiando-se também do marketing “boca a boca” devido a qualidade e diversidade dos sabores ofertados, destacando-se nos sabores de frutas naturais. A Sorveteria C entrou no mercado mais recentemente e, segundo descreve em entrevista, a atual proprietária e gerente geral Mônica Amoedo (2007), surgiu de uma antiga sociedade entre o atual proprietário e outros sócios. Fundada há aproximadamente duas décadas, com o emblema “qualidade faz a diferença”, atualmente a empresa possui duas filiais que atendem a públicos bem distintos, um mais sensível a preço, e outro mais exigente por uma qualidade diferenciada em um bairro de classe média e alta. A Sorveteria D está localizada no Campo Grande há 16 anos. Recentemente, a atual proprietária, preocupada com o aspecto visual do estabelecimento, investiu em uma reforma, que estimulasse o apetite do consumidor e que influenciasse na decisão de compra, formatando um ambiente mais agradável e bem estruturado para recepção dos clientes. 34 Diferenciação do Produto: Na análise das sorveterias mais competitivas de Salvador, observou-se que a diferenciação do produto é um fator extremamente presente no desenvolvimento do seu negócio. As Sorveterias A e B foram as primeiras empresas instaladas na cidade, atuando no mercado há mais de setenta anos. Com isso, conseguiram fortalecer suas marcas no mercado, conseqüência da qualidade do produto ofertado e do marketing denominado de “boca a boca” feito por seus clientes. A marca das empresas é um forte influenciador no momento do consumidor decidir deslocar-se até uma sorveteria para um tomar um sorvete. Neste mercado têm sido por meio da oferta diversificada de sabores de sorvetes, da criação de novos produtos como shakes e taças e da diversificação do portfólio de produtos ofertados como tortas e doces. A Sorveteria B oferece aos seus clientes 58 tipos de sabores de sorvete, concentrando na oferta de sabores de frutas, enquanto a Sorveteria A concentra-se na oferta de sabores cremosos, tendo em seu cardápio 35 opções de sabores de sorvete. Dentre as sorveterias estudas, a sorveteria A é a que mais se destaca na oferta de produtos considerados como substitutos do sorvete, a exemplo de doces e tortas. Outro fator importante e que gera diferencial entre as empresas é a sua localização. Estar situada em um local estratégico, com um alto fluxo de pessoas é também um fator determinante da competitividade das empresas atuantes neste segmento. A diferenciação do produto configura-se como uma barreira aos novos entrantes, pois as empresas que pretendem atuar neste mercado terão que efetuar fortes investimentos para superar os vínculos que as empresas já existentes constituíram com seus clientes, principalmente no que se refere a constituição da marca. E de acordo com Porter (2004, p. 9) “investimentos na formação de uma marca são particularmente arriscados, pois não têm nenhum valor residual se a tentativa de entrada falhar”. Sorveteria Confeitaria Brasileira Nº 214 2014 TÉCNICA Quadro 01 – Síntese das empresas visitadas (Salvador/BA) Fonte: Elaboração própria com base em dados coletados em entrevistas pessoais, maio / 2007. Desvantagens de Custo Independentes de Escala: Dentre as desvantagens de custo abordadas por Porter, observou-se que as sorveterias a balcão, fabricantes do seu próprio produto, que já atuam no mercado há bastante tempo, a exemplo das sorveterias analisadas, conseguiram adquirir uma experiência considerável durante esse período de atuação, e com isso conseguem fabricar seus sorvetes com custos unitários menores e com uma qualidade diferenciada. A redução desses custos provém do aprimoramento das técnicas de fabricação adquirido pelos proprietários e sorveteiros. Foi observado em pesquisa de campo que as pessoas responsáveis pela fabricação do sorvete dessas empresas, os chamados sorveteiros, já trabalham com as sorveterias há bastante tempo. Segundo Jaciene Alves (2007), encarregada da administração de uma das sorveterias analisadas, os funcionários responsáveis pela produção dos seus sorvetes já trabalham na empresa há mais de trinta anos. O custo da matéria-prima é bastante significativo no custo total do sorvete. Como a fabricação de sorvetes é uma integração complexa que envolve vários processos industriais, como o aquecimento de massas, transporte de fluidos viscosos e agitação e congelamento com incorporação de ar, nessas inúmeras etapas de processamento há muitas possibilidades de desperdício (SORVETERIA E CONFEITARIA BRASILEIRA, 2006). A experiência adquirida na fabricação de sorvete, com o aprimoramento dos métodos, é muito significativa no processo de redução de perdas e, conseqüentemente, dos custos unitários do sorvete. Além desta desvantagem de custo, outra dificuldade a ser enfrentada pelos novos entrantes será a baixa oferta de mão de obra qualificada para a produção de sorvetes. Sorveteria Confeitaria Brasileira Nº 214 2014 35 TÉCNICA 2. Intensidade de Rivalidade entre os Concorrentes Na análise da intensidade de rivalidade entre as sorveterias atuantes em Salvador, foram identificados alguns fatores que, conforme citado por Porter, são determinantes para a existência de uma rivalidade forte no mercado. - Crescimento lento: O crescimento do setor tem ocorrido de forma lenta, sendo os fatores como a sazonalidade do produto e a percepção do consumidor de que o sorvete é apenas uma sobremesa refrescante para ser tomada em dias quentes os causadores principais deste baixo crescimento. Conforme apresentado no quadro 02, a região Nordeste, apesar de possuir um clima mais quente, é uma região com baixo consumo de sorvete em comparação a média nacional. - Barreiras de Saídas Elevadas: Dentre as barreiras de saída citadas por Porter, observou-se neste mercado a existência de vínculos emocionais ligados a história dos empreendimentos. Como pode ser observado no quadro 01, as sorveterias mais competitivas da cidade já atuam no mercado há muitos anos e sua fundação está ligada com a história de vida de seus proprietários e a momentos marcantes no histórico da cidade. A Sorveteria A, por exemplo, uma das primeiras instaladas na cidade, durante muito tempo foi o centro cultural da comunidade baiana, palco de encontro entre artistas, escritores e poetas, além de ser o lugar mais freqüentado pela alta sociedade soteropolitana daquele período. Essa herança cultural continua sendo disseminada até hoje, e tudo isso acaba contribuindo para a divulgação da marca e para a captação de novos clientes. Inclusive alguns entrevistados pontuaram que já 36 pensaram em desistir do negócio em momentos de dificuldades financeiras, e o que impulsionou a permanência das atividades foi justamente este vínculo emocional dos proprietários com a empresa. Apesar do mercado apresentar um crescimento lento e uma barreira de saída emocional elevada, que de acordo com Porter, são fatores impulsionadores de uma competitividade acirrada no mercado, isso não ocorre com as sorveterias atuantes em Salvador. Essas empresas desconhecem o desempenho dos seus concorrentes e estão mais focadas em outros fatores referentes ao desenvolvimento do seu negócio, como a oferta de um produto de qualidade e seu processo de fabricação. Não existem entre os concorrentes, guerras de preço, marketing agressivo e não são utilizadas táticas agressivas para aumento da participação de mercado. 3. Pressão dos Produtos Substitutos No segmento de sorveterias que fabricam seu próprio sorvete foram identificados como produtos substitutos aqueles sorvetes fabricados por grandes indústrias do mesmo ramo, como a Kibon e a Nestlé. No momento da decisão do cliente em tomar um sorvete, ele pode optar por, ao invés de deslocar-se até uma sorveteria, ir até um estabelecimento varejista e comprar um sorvete embalado para tomar em sua residência. Segundo a ABIS (2003, p. 8) “individualmente, a Kibon, controlada pela anglo-holandesa Unilever, é líder na produção de sorvetes no País e representa cerca de 55% de participação de mercado”. Outros produtos considerados similares ao sorvete que têm influenciado nas vendas das sorveterias são os doces e produtos de confeitaria. Como pode ser obser- Sorveteria Confeitaria Brasileira Nº 214 2014 TÉCNICA Quadro 02 – Aquisição alimentar per capita anual, comparativo Brasil X Nordeste, 2002‐2003 Fonte: Elaboração própria com base em dados colhidos no IBGE. vado no quadro 02, existe uma diferença significativa entre a aquisição alimentar per capita anual de doces e produtos de confeitaria em relação ao sorvete. Isso ocorre tanto em nível nacional quanto na região Nordeste. Isto tem afetado a rentabilidade das sorveterias de Salvador, aliado ao problema da sazonalidade. Algumas empresas, como as sorveterias A, C e D, incluíram esses produtos em seu portfólio como estratégia para superar esta barreira e diferenciar-se no mercado. Atualmente, eles representam cerca de 10% do seu faturamento mensal. 4. Poder de Negociação dos Compradores As sorveterias objeto deste estudo atendem a clientes de diversas classes sociais, não focando em um público específico. Na pesquisa de campo realizada com algumas sorveterias mais competitivas da cidade, observou-se que seus clientes não exercem poder de barganha na compra dos produtos, por adquirirem quantidades relativamente pequenas. Porém, como o cliente pode escolher entre os concorrentes disponíveis e, principalmente, pela força dos produtos considerados como substitutos do sorvete, há certa pressão para que as sorveterias produzam cada vez mais, pela oferta de um produto de qualidade a um preço competitivo neste mercado. Segundo entrevistas concedidas pelos proprietários de algumas sorveterias, como o cliente está cada vez mais exigente, a qualidade dos produtos tem sido fator chave para o sucesso do seu negócio e, além disso, deve haver certa cautela na determinação dos preços dos produtos. Apesar disso, o poder de negociação dos compradores é uma força pouco atuante neste mercado. 5. Poder de Negociação dos Fornecedores Observou-se que as sorveterias contam com fornecedores atuantes em diversas regiões do país. Segundo avaliação de Weisberg (2006, p. 3) sobre fornecimento de ingredientes para o setor “o mercado fornecedor conta com tecnologia de ponta, muita criatividade, preços compatíveis ao mercado mundial e bons profissionais de marketing”. As indústrias fornecedoras de equipamentos estão concentradas em grande parte nas regiões sul e sudeste do país, sendo que o estado de São Paulo abriga uma maior quantidade destas empresas. A Bahia ainda é um estado carente destes fornecedores. Além disso, na Bahia, há também uma carência de indústrias fabricantes de produtos específicos para a fabricação de sorvetes como os emulsificantes, saborizantes e estabilizantes. Conforme relato dos donos de sorveteria, na região existem apenas representantes e revendedores destes produtos, sendo que as indústrias também estão concentradas nas regiões sul e sudeste do país. Os fabricantes Duas Rodas (situado em Santa Catarina) e Kerry Brasil (situado em São Paulo) foram citados como os principais fornecedores dessas empresas, por serem uma referência na fabricação de produtos com qualidade. As demais matérias-primas como frutas, açúcares, casquinhas e alguns produtos lácteos são adquiridos em empresas varejistas atuantes em Salvador. Apesar das especificidades que o setor apresenta quanto ao fornecimento de alguns produtos, as sorveterias têm opção de escolha entre diversos fornecedores mais adequados a sua necessidade de negócio (ex: qualidade e/ou menor preço). Mesmo que empresas como a Kerry e a Duas Rodas sejam referência em qualidade, segundo relato dos proprietários de sorveterias, se os preços praticados por estas empresas aumentarem significativamente elas podem livremente mudar de fornecedor, pois o leque de opções é bastante diversificado, sem que isso cause algum dano para a competitividade do seu negócio. Podemos concluir que não existe nenhuma relação de poder dos fornecedores para com estas sorveterias ou vice-versa. Sendo assim, esta força não configura-se como um fator definitivo na competitividades das sorveterias. Sorveteria Confeitaria Brasileira Nº 214 2014 37 TÉCNICA Considerações finais Para análise da competitividade da cadeia de sorvetes de Salvador, foram utilizadas como metodologia as cinco forças competitivas identificadas por Michael E.Porter, observando-se como estas forças externas têm afetado a atuação das empresas que competem neste mercado. Foi observado que a intensidade de rivalidade entre os concorrentes, o poder de negociação dos fornecedores e o poder de negociação dos compradores, apesar de apresentarem algumas características que influenciam a dinâmica do setor, não configuram-se como forças muito importantes neste mercado. Referindo-se à força novos entrantes, vimos que o mercado apresenta barreiras de entradas significativas para as empresas que pretendem atuar neste segmento, como a diferenciação do produto e desvantagem de custos independentes de escala. A diferenciação do produto é o que mais afeta a competitividade das sorveterias a balcão com fabricação própria. A marca fortalecida no mercado, conquistada pelo tempo de atuação da empresa e aliada à qualidade do produto, além de outros fatores, é uma barreira que dificulta a entrada e permanência de novas empresas. Os entrantes que ambicionam ser competitivos neste mercado terão 38 que fazer fortes investimentos para superar esta barreira. Logo, esta força não configura-se como sendo de grande importância. Sendo assim, é possível concluir que a força que mais afeta a competitividade das sorveterias de Salvador são os produtos considerados como substitutos. Vimos que as sorveterias a balcão com fabricação própria competem com dois tipos de substitutos, os sorvetes embalados, a exemplo dos fabricados pela Kibon Sorvane e pela Nestlé, e com os doces e produtos de confeitaria. Foi observado que o consumo destes produtos é relativamente maior do que o consumo do produto ofertado pelas empresas pesquisadas, diminuindo com isso a sua rentabilidade. Como estratégia para superar a força dos substitutos, algumas sorveterias incluíram estes produtos no seu portfólio. Consideramos a Sorveteria A como sendo a mais competitiva do mercado. A oferta de produtos substitutos do sorvete, como doces e tortas, é uma estratégia utilizada para superar a força deste produto no mercado e diferenciar-se dos concorrentes. Alguns desses produtos têm tanta representatividade na mente do consumidor, que identifica a marca da empresa. Além disso, é a empresa mais preparada para a ameaça de novos entrantes por possuir todas as características identificadas como forma de diferenciação. A empresa tem duas unidades no centro da cidade, em locais turísticos e que possuem um alto fluxo de pessoas durante todos os períodos do ano. Foi a primeira sorveteria de Salvador e vivenciou períodos importantes da história da cidade, conseguindo com isso fortalecer sua marca no mercado, além de oferecer produtos de alta qualidade. Possui uma ampla variedade de sabores de sorvetes e, apesar da sorveteria B ofertar uma maior quantidade de sabores, a sorveteria A direciona sua produção a oferta de sabores cremosos, que, conforme relatado pela maioria das empresas entrevistadas, inclusive por representantes de algumas indústrias, são os mais procurados pelo consumidor soteropolitano. Logo, a concentração neste tipo de produto torna-se um diferencial atrativo. Sendo assim, analisando as sorveterias a balcão com fabricação própria que não se beneficiam do sistema de franquias, a sorveteria A configura-se como a mais competitiva, haja vista que é a empresa que melhor consegue posicionar-se neste mercado, diferenciando-se dos seus concorrentes, estando mais bem preparada para enfrentar a força dos produtos substitutos. Sorveteria Confeitaria Brasileira Nº 214 2014 S U S T E N TA B I L I D A D E Meio Ambiente A preocupação com o meio ambiente é talvez a pedra-fundamental da discussão hoje em prática sobre o direcionamento do processo produtivo para a gestão responsável dos recursos, e não apenas para a geração de riqueza e consumo. Com diversos exemplos em todo o mundo, é possível afirmar que a evolução dos processos da iniciativa privada em relação à preservação de recursos naturais gera resultados mais favoráveis não somente para a sociedade e para as gerações futuras, mas para as próprias companhias, inclusive com ganhos financeiros. Além da preocupação com os processos produtivos e a busca por soluções para a substituição de insumos, as empresas têm a capacidade de influenciar o comportamento do consumidor – considerando-se aqui não apenas o cliente final, mas também o consumidor corporativo de bens e serviços e os responsáveis pelas compras públicas. Há anos, sinaliza-se que a principal causa dos problemas sociais e ambientais são os padrões insustentáveis de produção e consumo. Mas a verdadeira revolução no cenário econômico mundial e o equilíbrio entre o poder produtivo e a preocupação com o impacto no meio ambiente dependem de diversos fatores. Nesse ponto, temos mais perguntas do que respostas. A primeira questão diz respeito a quem é o responsável por criar novos padrões de consumo: o governo, as empresas ou os consumidores? Avaliando a condução dessas mudanças, percebe-se que as empresas já trabalham para oferecer aos consumidores produtos sustentáveis e que os próprios consumidores já buscam alternativas aos produtos tradicionais. No entanto, o consumo gera resíduos e sua administração ainda é tema de debates sobre a eficiência das políticas públicas. De um lado, a indústria geradora; do outro, o cliente/consumidor. Quem deve se responsabilizar pela correta destinação dos resíduos sólidos, incluindo embalagens, caixas e restos orgânicos? A indústria, como principal utilizadora de recursos naturais, já tem oferecido diversas soluções para reintegrar seus resíduos ao processo produtivo. Entretanto, está em discussão a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que traz as diretrizes para a resolução dessa questão, mas pede forte empenho coletivo para sua aplicação. Um caminho viável é a constituição de acordos setoriais que indiquem o percurso mais adequado para cada tipo de resíduo. Com essa experiência será possível aprimorar a legislação, ainda frágil. Para viabilizar a proposta em andamento, é fundamental o comprometimento do poder público, das empresas e da sociedade como um todo. Levando o debate à origem dos insumos, o respeito pela biodiversidade merece atenção. Essa questão tem preocupado cientistas e estudiosos em todo o mundo. Dados comprovam que as medidas já adotadas para a sua preservação estão aquém da real necessidade de controle da exploração das fontes naturais. Há registros de perda de 35% dos mangues do planeta, de extinção total de florestas em 25 países e de degradação de 50% das áreas úmidas da Terra, bem como de 30% dos recifes de corais, que chegaram a um ponto em que é impossível sua recuperação. A participação da iniciativa privada cresce. Segundo estudo da consultoria McKinsey, 53% dos CEOs das grandes empresas se preocupam com perdas da biodiversidade, o que indica que as organizações devem trabalhar no sentido de identificar seus impactos negativos e como neutralizá-los, gerenciar riscos e mapear oportunidades. A questão ambiental pede, também, maior atenção de políticas públicas voltadas à conservação das florestas. Ainda é embrionário o processo de harmonização das atividades exploratórias, que pode ser incrementado com mecanismos de compensação, ainda não previstos no Código Florestal Brasileiro, e o desenvolvimento do valor econômico e dos ativos das florestas. Mesmo assim, os especialistas se mostram otimistas, tendo em vista que o Brasil é o país que mais reduziu emissões de carbono relacionadas ao desmatamento e segue com a meta de desmatamento zero até 2020. www3.ethos.org.br Sorveteria Confeitaria Brasileira Nº 214 2014 39 FRIO Cadeia do frio: um mercado carente de incentivos, legislações e informações Roberto Hira é Executivo de Contas da Thermo King do Brasil, líder global em equipamentos para refrigeração no setor de transportes O termo “cadeia do frio” é comum entre profissionais do setor de refrigeração e mercados adjacentes. Porém, ainda há muita falta de informação, incentivos e legislações que a norteiem. Para esclarecer, cadeia do frio é o controle de temperatura em todo processo de um produto: desde o momento em que o alimento é colhido, o boi abatido ou o sorvete processado até o momento em que é consumido. Também se aplica em outras indústrias, como medicamentos e insumos que necessitam de controle de temperatura. Apesar da importância deste controle de temperatura para a vida humana, o tema merece maior destaque entre governantes e muitos elos da cadeia, além de ser um enigma para os consumidores. De acordo com os registros da Anfir (Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários) em 2013, em torno de 3% de caminhões pesados e 5% de caminhões leves e médios, contam com equipamento de refrigeração. Em países cujo incentivo é maior, como a Espanha, esse número pode chegar a 30%. O assunto, que deveria ser claro para a população gera dúvidas até para pessoas do setor. Um exemplo típico: muitos entendem que o caminhão frigorífico serve para baixar a temperatura do produto, quando na 40 verdade ele é projetado somente para manter a temperatura da carga, seja ela fria ou quente. O problema da carga não chegar ao destino com a temperatura correta pode ter se iniciado justamente devido à temperatura do produto no início do carregamento. E não há nenhum regulamento para o setor, mas sim normas. A ABNT NBR 14.701 explica as responsabilidades de cada parte envolvida na operação. Porém, existe há mais de dez anos e uma atualização já se faz necessária, visto que se trata de um setor em constante evolução. Empresas de toda a cadeia sentem necessidade de legislação e um órgão com autonomia para auditar e autuar havendo assim maior padronização, o que ajudaria a diferenciar as empresas mais preocupadas com a cadeia do frio. Para que todo o processo seja feito da forma correta, alguns itens se tornam necessários: o caminhão deve ser dimensionado para acondicionar a carga na temperatura requerida; o transportador deve seguir as boas práticas, como a utilização de cortinas plásticas e check list de viagem antes do carregamento. A infraestrutura também precisa ser pensada. Nossos caminhoneiros sofrem diariamente com a falta de locais para descanso, pois as estradas não têm pontos dedicados à pernoite, menos ainda pontos que considerem deixar as unidades de refrigeração ligadas durante a noite sem perturbar o sono dos motoristas. O cenário ideal seria uma área reservada aos veículos com equipamentos de refrigeração, como acontece em algumas paradas nos Estados Unidos, além de melhorias em estrada, tempo de espera em fronteiras e outros itens que diminuem o custo, estimulando o investimento dos transportadores e melhorando a qualidade do sono dos motoristas. Infelizmente o mercado, que se move a passos lentos, só vai mudar quando toda a indústria, nossos governantes e órgãos públicos direcionarem a atenção devida ao transporte refrigerado. É de suma importância levantarmos a bandeira da refrigeração buscando melhorias operacionais para resultar em alimentos mais saudáveis e de melhor qualidade em casa e menor des- Sorveteria Confeitaria Brasileira Nº 214 2014 FRIO perdício de carga na indústria (de acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, 1,3 bilhão de toneladas de alimentos vai ao lixo por ano). Está mais do que na hora da indústrias alimentícia, farmacêutica, floriculturista, hortifrúti e muitas outras se articularem para buscar a excelência no transporte e também procurar conscientizar nossos consumidores para que eles saibam exigir as melhores práticas das empresas e, assim, haja um reflexo na qualidade de vida de todos. Quais características tem as carrocerias da Thermo King? Há modelos especiais para o setor sorveteiro? A Thermo King produz os equipamentos de refrigeração que, no caso da transferencia de sorvete, necessitam atingir temperaturas de aproximadamente -25oC. Este ano lançamos uma nova linha de equipamentos para carretas, que já estão no mercado norte americano desde o início do ano passado. Sua principal característica é a alta tecnologia e a baixa emissão de poluentes, conhecidos no mercado americano como Evergreen. Como a Thermo King atua no mercado de sorvetes? A Thermo King atua principalmente no transporte dos produtos, ou seja, das indústrias aos Centros de Distribuição. Transportando o sorvete com temperaturas abaixo de -25oC, por longos períodos ininterruptamente por mais de 7 dias. Para isso, temos como clientes, as principais empresas de transporte de longa distancia como a Julio Simões (JSL), Transmaroni e Grupo Tombini. Por que a Thermo King é considerada líder no mercado das carrocerias refrigeradas? A Thermo King foi a criadora do primeiro equipamento de refrigeração a Diesel para transporte em 1938. Desde então foram muitas inovações para se chegar em equipamentos de alta confiabilidade e capacidade. Além disso, nos últimos anos temos investido cada vez mais em nossa rede de representantes, por entendermos ser essêncial para as operações de nossos clientes. Sorveteria Confeitaria Brasileira Nº 214 2014 41 EMPRESA AGAGEL realiza a 15ª Jornada do Sorvete e reúne 250 empresários e 33 fornecedores A 15ª edição da Jornada do Sorvete aconteceu entre os dias 31/07 e 01/08, na cidade de Lajeado (RS). Cerca de 250 empresários do segmento sorveteiro acompanharam a programação realizada pela Associação Gaúcha das Indústrias de Gelados Comestíveis (Agagel). Os participantes vieram de diversas regiões do Estado, além de Santa Catarina e Minas Gerais, para acompanhar seis palestras técnicas e exposição de 33 fornecedores de matérias-primas e equipamentos, dentre os quais a Litocargo, que manteve em exposição no local do evento uma carroceria frigorífica sorveteira de seu cliente Sorvetes Gut: Estamos muito satisfeitos com essa primeira carroceria Litocargo adquirida por nós da Gut Sorvetes. É uma carroceria bastante leve, cerca de 25% mais leve do que o restante do mercado oferece, além de muito bonita e com excelente acabamento, afirma Clovis Maia Lisboa, proprietário da Gut Sorvetes. 42 Carroceria Litocargo da Sorvetes Gut Entre os estreantes estava um grupo de mineiros, dentre eles Celio José, da Gelateria Antartica (Sorvetes Ygloo), também cliente da Litocargo. Por já conhecer a Agagel e alguns de seus membros, o grupo decidiu participar do evento. “E para nossa satisfação, foi muito bom. A Jornada é importante para atualizar conhecimentos e dar novos direcionamentos para as empresas”, relatou a sorveteira Elizabete Andreia Prata. A Jornada do Sorvete marcou os 15 anos de fundação da Agagel, comemorados este ano. Foi ocasião também para a eleição da nova diretoria da entidade, ocorrida nesta sexta-feira durante assembleia. O empresário Daniel Greve, de Viamão, é o novo presidente. Ele assume a gestão 2015-2016 com o apoio, na linha de frente, de mais dois empresários: Vanderlei Bonfante, de Ibiaçá, vice-presidente; e Márcio Oliveira, de Alvorada, tesoureiro. A chapa foi aprovada por aclamação. “Iremos dar sequência ao trabalho que vem sendo feito, fortalecer a Jornada do Sorveteria Confeitaria Brasileira Nº 214 2014 EMPRESA Sorvete e a nossa parceria com associados e fornecedores”, destaca o novo presidente. Durante a assembleia também foi aprovado o balanço financeiro de 2013, o qual foi apresentado pelo contador Fabiano Luft. A 15ª Jornada do Sorvete terminou com jantar com show de piadas e festa pelos 15 anos da Agagel. Expansão O palestrante pernambucano, Jadir da Rocha, se surpreendeu com a organização da Agagel e sua integração com os associados. Com vasto conhecimento e atuação no mercado de sorvete, ele sugeriu aos dirigentes da Agagel a expansão da entidade em âmbito brasileiro. “Que a Agagel seja o embrião de uma entidade nacional, que possa lutar para fortalecer o setor e unir os empresários”, entende. A Agagel recebeu a proposta como um incentivo e orgulho pelo trabalho desenvolvido. Palestras Duas palestras foram realizadas no último dia da Jornada do Sorvete. O engenheiro químico, Jadir André Manso Raimundo da Rocha, veio de Recife para apresentar um panorama nacional e mundial do mercado de sorvete. Com dez mil empresas, o Brasil ocupa o 10º lugar na produção mundial e gera mais de cem mil empregos diretos. Dados da Associação Brasileira das Indústrias e do Setor de Sorvetes (Abis), ainda mostram que, em 2013, o tipo massa liderou a produção, com 885 milhões de litros, e que os brasileiros consumiram 1,244 bilhão de litros de sorvete. “Sorvete é cultura. É tido como gostoso e refrescante. Temos o hábito de tomá-lo como recompensa pelo um dia agitado”, ressaltou da Rocha. No entanto, ele entende ser preciso difundir o valor nutricional do sorvete, desvincular o seu consumo das condições climáticas e de faixa etária. O Negócio Sorvete e sua Cadeia de Suprimentos foi tema da apresentação do empresário mineiro e presidente do SindSorvete daquele Estado, Bruno Magalhães Figueiredo. Ele convocou os empresários a pensarem em suas empresas e fazerem melhorias. “Existem várias formas de organização que visam à geração de valor para o cliente. Ele não compra pelo valor, mas pela satisfação”, frisou. Segundo ele, é necessário criar esta cultura, com os intuitos de o cliente repetir compras da mesma marca e de a empresa sobreviver no mercado. Para Figueiredo, o principal desafio do segmento diz respeito ao perfil familiar das indústrias. “É preciso estruturar a gestão para ganhar competitividade e enfrentar a grande concorrência”, sugeriu. Sorveteria Confeitaria Brasileira Nº 214 2014 43 NOVIDADES Ajinomoto vai fornecer produtos para food trucks de São Paulo A área de Food Service da empresa firma parceria com La Buena Station e Temaki Point, garantindo qualidade e sabor aos menus dos restaurantes móveis. Iorque, e ganham força no Brasil, com representantes experientes, principalmente na cidade de São Paulo, que inclusive, conta com uma lei municipal específica, aprovada recentemente, para este tipo de negócio (Lei nº 15.947/2013) - antes o comércio de comida em locais públicos só era regulamentado para os vendedores de cachorro-quente e feirantes. Apostando no potencial do mercado de food trucks, que deve crescer ainda mais em todas as grandes cidades brasileiras, a área de Food Service da Ajinomoto do Brasil firmou uma parceria inédita em São Paulo com as conhecidas: La Buena Station e Temaki Point. A partir de agosto, os dois estabelecimentos móveis vão preparar seus menus com ingredientes da Ajinomoto. "O nosso trabalho é oferecer alimentos saborosos que promovam o melhor rendimento e rentabilidade para quem tem como negócio a alimentação fora do lar. Dentro deste propósito, os empreendedores que apostam em estabelecimentos móveis, de comida de rua, não poderiam ficar de fora. Nada melhor do que escolher os food trucks para estreitar esse relacionamento, já que representam, justamente, este conceito de comida de rua saborosa e com qualidade", ressalta Eduardo Bonelli, gerente de marketing Food Service da Ajinomoto do Brasil. Tempero latino O La Buena Station é a unidade móvel do La Buena Onda (Restaurante Mexicano localizado na Região do Tatuapé) e serve as opções de comida mexicana e texmex, como os clássicos burritos, tacos, quesadillas, wraps e nachos com o mesmo padrão de qualidade da unidade no Tatuapé. O Food Truck La Buena Station está equipado e adaptado para atender às normas mais exigentes de higiene e manipulação de alimentos. O La Buena, como é conhecido entre seus clientes, inova no serviço de catering cor- Food Trucks Food trucks são peruas, furgões e outros tipos de veículos transformados em restaurantes móveis, que podem ser estacionados em qualquer lugar para oferecer os mais variados cardápios para quem deseja se alimentar na rua. São uma tendência de empreendedorismo muito forte em grandes metrópoles mundiais, como Nova 44 Sorveteria Confeitaria Brasileira Nº 214 2014 NOVIDADES porativo, levando assim para os grandes centros de trabalho uma opção diferente, saudável e saborosa de refeição. Atualmente, o La Buena Station participa dos eventos mais importantes espalhados pela cidade de São Paulo. São festivais gastronômicos, shows internacionais, além de parcerias com lojas de cervejas especiais, grifes de grandes marcas e eventos casuais. "A parceria com a Ajinomoto só vem reforçar nosso compromisso em oferecer qualidade e sabor aos nossos clientes", contam Renato Nina e Arturo Herrera, sócios proprietários do La Buena Station. Comida sustentável Para Paulo Enrico, proprietário do Temaki Point, contar com os produtos da Ajinomoto vai conferir mais profissionalismo ao negócio que já é cheio de características especiais. A Temaki Point a única temakeria móvel, sustentável e certificada no mundo. A van é altamente equipada e inovadora ao meio ambiente. Possui painéis solares e sistema eólico para capacitação de energia e coleta seletiva de resíduos. "Além disso, somos o único food truck oriental com patrocínio de uma empresa japonesa. Estamos em sintonia de objetivos e cultura", salienta Paulo. Sobre o Food Service da Ajinomoto do Brasil A área oferece um mix de produtos versáteis, práticos e de alta performance em rendimento e rentabilidade para estabelecimentos voltados à alimentação fora do lar, como restaurantes, bares, hotéis, padarias, etc. Entre os produtos estão o realçador de sabor AJI-NOMOTO®, os temperos HONDASHI®, SABOR A MI®, AJI-SAL®, tempero e caldo SAZÓN® Profissional, molhos branco bechamel e escuro demi-glace, amaciante de carne, molho e extrato de tomate, macarrão para yakissoba, Shoyu Profissional SATIS!, azeite de oliva extra Virgem TERRANO e purê de batatas instantâneo. Confira o portfolio completo de produtos, dicas de receitas para variar seu cardápio e outras soluções no site www.ajinomotofoodservice.com.br Sobre a Ajinomoto do Brasil Presente no Brasil desde 1956, a Ajinomoto do Brasil se empenha em oferecer tanto produtos de qualidade para o consumidor como insumos para as indústrias ali- mentícia, cosmética, farmacêutica, de nutrição animal e agronegócios. A linha de produtos da empresa Ajinomoto do Brasil, voltada para o consumidor, é composta pelo tempero umami AJI-NO-MOTO®, AJISAL®, Tempero SAZÓN®, Caldo SAZÓN®, RECEITA DE CASA, HONDASHI® e SABOR A MI®, além das sopas individuais VONO®, dos refrescos em pó MID® e FIT Zero Açúcar, do adoçante MID SUGAR® e do molho shoyu da marca SATIS. A Ajinomoto do Brasil também atua no segmento de food service (alimentação fora do lar). Com quatro unidades fabris, localizadas no estado de São Paulo, nas cidades de Limeira, Laranjal Paulista, Valparaíso e Pederneiras, e sede administrativa na capital, a Ajinomoto do Brasil emprega cerca de 3 mil func ionários e atende tanto ao mercado interno como ao externo. A Ajinomoto, uma multinacional japonesa com sede em Tóquio, é a maior produtora de aminoácidos do mundo. O Grupo Ajinomoto obteve um faturamento global de US$ 9,9 bilhões e nacional de R$ 1,7 bilhão no ano fiscal de 2013. Atualmente, opera em 26 países, possui 107 fábricas e aproximadamente 28 mil funcionários. Para saber mais, acesse www.ajinomoto.com.br Informações para a imprensa - Ajinomoto Ketchum - (11) 5090.8900 Aline Veríssimo - (11) 5090-8900 - ramal 8437 / [email protected] Rodrigo Sérvulo - (11) 5090-8956 / [email protected] Patrícia Torres - (11) 5090-8958 / [email protected] Sorveteria Confeitaria Brasileira Nº 214 2014 45 SAÚDE Vitaminas e minerais nutrem o bom humor Hábitos alimentares saudáveis oferecem energia para manter o otimismo Quando o assunto é bom humor, o consumo equilibrado de vitaminas e minerais tem uma participação importante. A tristeza, a melancolia e o baixo astral sem motivo podem indicar o baixo consumo das vitaminas do complexo B (principalmente a B6), de selênio e de ferro. A vitamina B6 é vital para a síntese de carboidratos e a geração de impulsos nervosos. Já a vitamina B1 está relacionada à produção dos neurotransmissores do bem-estar - serotonina e noradrenalina -, enquanto a vitamina B9 (ácido fólico) interage com eles. Embora ainda não esteja totalmente desvendado o processo químico, sabe-se que o selênio atua na regulação do humor. E o ferro, ao transportar oxigênio para equilibrar os níveis de energia, auxilia na força muscular e dá ânimo1. O Manifesto do Corpo Saudável, elaborado pela Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN) em parceria com Centrum, considera o bom humor um dos oito sinais de que o corpo está nutrido. Já a Pesquisa Manifesto do Corpo Saudável2, desenvolvida recente- 46 mente pela ABRAN, em conjunto com o multivitamínico, revela que 53% dos brasileiros que têm acesso à internet apresentaram mal humor. Desse total, 59% são mulheres. Entre quem não considera sua alimentação saudável, sobe para 69%. A pesquisa revela ainda que o mau humor foi mais incidente entre: • 57% dos que não comem 6 porções de frutas, verduras e legumes por dia; • 64% dos que costumam se alimentar de fast food mais de 2 vezes/semana; • 62% dos que comem produtos industrializados mais de 3 vezes/semana; • 61% dos quem não bebem 2 litros de água por dia; • 58% dos quem não têm o hábito de consumir produtos integrais mais de 3 vezes/semana. Apenas 34% dos pesquisados que apresentam o sinto- Sorveteria Confeitaria Brasileira Nº 214 2014 SAÚDE ma relacionam o mau humor à alimentação, no entanto o percentual sobe para 45% entre os entrevistados que não consideram sua alimentação saudável. Castanha, berinjela, brócolis, cogumelo, tomate, rúcula, milho, pistache, banana, caju, carne de porco e frutos do mar são boas fontes dos nutrientes necessários, além de cereais e sementes. Mas, infelizmente a dieta habitual do brasileiro não é capaz de oferecê-los em quantidades adequadas. Referências: 1 - http://centrum.com.br 2 - Pesquisa Manifesto do Corpo Saudável (2014). 3 - Pinheiro MM, et al. Antioxidant intake among Brazilian adults - The Brazilian Osteoporosis study (BRAZOS): a cross-sectional study. Nutr J. 2011;10:39. 4 - Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008-2009 Despesas, rendimentos e condições de vida http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/pof/2008_2009/ O Estudo Brazos3, realizado por pesquisadores da UNIFESP em parceria com a Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), revelou que a alimentação do brasileiro é pobre em micronutrientes e que o consumo de vitaminas e minerais está abaixo do recomendado: • as quantidades ingeridas de verduras, legumes e frutas são insuficientes para suprir todas as necessidades nutricionais de homens e mulheres; • o consumo de ferro, por exemplo, é 40% menor que o recomendado no total da população; 18% dos homens não ingerem a quantidade indicada de selênio e 11,5% das mulheres têm um consumo baixo do mineral. De acordo com a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF)4 2008-2009, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão: • aproximadamente 54,5% das brasileiras têm baixa ingestão de vitamina B6 e 45,2% dos brasileiros seguem o mesmo exemplo; • 37,5% das mulheres e 31,2% dos homens consomem quantidades de vitamina B1 inferiores às recomendadas. Mudar os hábitos alimentares é fundamental para reverter essa situação. Sorveteria Confeitaria Brasileira Nº 214 2014 47 DOCES Doceria Sala Gourmet de Salvador atende consumidores com restrições alimentares Com atendimento personalizado, a doceria conta com produtos à base do adoçante natural stevia e atende desde o público fitness até os alérgicos à lactose e glúten, bem como diabéticos, gestantes, crianças e outros perfis de consumidores. Especializada na produção de doces diet e light, a doceria Sala Gourmet acaba de ser inaugurada em Salvador, na Bahia. No último dia 2 de agosto, amigos e clientes foram recebidos para a degustação da sua mais nova linha de produtos sem lactose ou glúten. A doceria trabalha somente sob encomenda e atende aos clientes por meio de seu telefone, e-mail e suas redes sociais. De acordo com Janaina Bahia, criadora da Sala Gourmet, seu público-alvo são pessoas com restrições alimentares, como diabéticos, hipertensos e celíacos – porém, a empresa também é procurada por aqueles que adotaram um estilo de vida mais saudável. “Somos cada vez mais procurados por pessoas que desejam manter uma alimentação equilibrada e saudável. Os frequentadores de academias também estão entre nossos consumidores fiéis”, conta Janaína. Os doces da Sala Gourmet são elaborados com os produtos naturais da Stevia Soul, indústria alimentícia pioneira na produção de adoçante 100% natural. As 48 linhas Stevita e Fit, que combinam Stevia e Sucralose, estão entre as mais consumidas no mercado. De acordo com a executiva, todo o portfólio da Stevia Soul, como chocolates, achocolatados, chocolate em pó, Stevita culinária, adoçantes e açúcar light são produzidos com alta tecnologia. “O uso de ingredientes naturais faz toda a diferença na qualidade final dos doces que são elaborados pela Sala Gourmet”, detalha. Os produtos da doceria combinam boa aparência com sabor agradável, textura ideal e uma preparação profissional, cujo zelo permite que eles não apresentem contraindicações. Com a linha Stevia Soul, por exemplo, atletas, crianças, gestantes, idosos e diabéticos podem consumir livremente boa parte dos alimentos vendidos na loja, isso porque tem em sua formulação o adoçante natural stevia, indicado até pela Organização das Nações Unidas (ONU) com o substituto do açúcar de cana. Mais sobre os adoçantes da Stevia Soul: Pioneira na produção de adoçante 100% natural, a companhia atua há mais de 25 anos no mercado brasileiro, sendo a primeira indústria do mundo ocidental a ter uma plantação própria para processar a folha de stevia – lançando no País o primeiro adoçante realmente saudável. Stevita, Fit Sucralose e Dolce Vita são as marcas carros-chefes da companhia. A Stevia Soul exporta uma variedade de produtos para a China, Estados Unidos, Canadá, Espanha, Itália, Peru e Uruguai. E a partir de junho deste ano pretende fornecer às indústrias brasileiras matérias-primas para a produção de alimentos, em substituição aos adoçantes artificiais, sintéticos e com sacarose. Para saber mais sobre a Stevia Soul, acesse www.steviasoul.com.br Sorveteria Confeitaria Brasileira Nº 214 2014 DOCES Cristallo traz seleção especial de doces com morango A fruta da estação é ingrediente especial O Morango é uma fruta versátil e, além de deliciosa, é pouco calórica e muito nutritiva. É antioxidante, rica em vitaminas C e A, potássio, cálcio, ferro e auxilia inclusive no combate ao colesterol. Com todas essas qualidades, não poderia faltar no cardápio da confeitaria e cafeteria Cristallo. Os apaixonados por doces podem escolher o bolo “Morango”, feito de pão de ló umedecido com licor curaçau, recheado com creme de baunilha e pedaços de morangos frescos, cobertura de chantilly e muitos morangos. Outra opção saborosa é o bolo “Aspen”, com camadas soft de merengue tradicional intercaladas com creme chantilly e morangos, coberto com chantilly e pedaços de merengue. Já os que preferem Petit Fours podem escolher a Frola Rigata, um doce de massa levemente crocante com uma saborosa geleia de morango natural. E para quem tem alguma restrição alimentar, a “Torta de Morango Diet” é sem adição de açúcar e contém uma massa crocante super leve, com recheio de ricota e iogurte desnatado, coberta com geleia natural e morangos frescos. Sobre a Cristallo Desde 1953, a Cristallo se dedica ao máximo para oferecer a mais alta qualidade em gastronomia. São cafés, panetones, doces, tortas, bolos, chocolates, petit-four, sorvetes e salgados, sem contar os saborosos produtos sazonais, cuidadosamente embalados por ocasião das datas comemorativas como Páscoa, Natal, Dia das Mães e Dia dos Pais. Atualmente, a rede conta com 16 lojas distribuídas entre as cidades de São Paulo, Grande São Paulo, Campinas e Salvador, e celebra 60 anos de tradição com plano de expansão de suas franquias. CRISTALLO la dolce vita è qui! SAC: (11) 3931.3199 www.cristalloonline.com.br Sorveteria Confeitaria Brasileira Nº 214 2014 49 R E C E I TA S Pastel de banana Rende 12 unidades de 60 g Aos poucos, coloque o amido de milho dissolvido na água e, misturando de vez em quando, cozinhe só até começar a desprender do fundo da panela. Retire e reserve. Ingredientes Massa 1 ½ xícara (de chá) de farinha de trigo (180 g) 2 ½ colheres (de sopa) de óleo de soja Soya (25 g) 1 colher (de sobremesa) rasa de sal (3,5 g) ¼ ovo (13 g) 1 colher (de chá) cheia de cachaça (3 g) 1 colher (de chá) cheia de vinagre (3 g) 6 colheres (de sopa) de água (60 ml) Farinha de trigo para enfarinhar Doce de banana 6 bananas nanicas cortadas em fatias finas (400 g) 1 2/3 xícara (de chá) de açúcar (300 g) 2 colheres (de sopa) de suco de limão (20 g) 1 ½ colher (de sopa) de amido de milho (10 g) 5 colheres (de sopa) de água para dissolver o amido (50 ml) 2 colheres (de chá) de canela em pó (6 g) Finalização Açúcar e canela em pó a gosto Modo de Preparo Massa Em uma tigela, misture os ingredientes com as mãos. Retire da tigela e sove a massa em uma mesa enfarinhada até que esteja lisa e macia. Com um rolo abra bem a massa. Recheio Em uma panela em fogo baixo, leve o açúcar, as bananas, o suco de limão e a canela para cozinhar. 50 Montagem Corte a massa em retângulos de 10 x 14 cm. Com uma colher, coloque o recheio em metade da massa. Pincele as bordas com água e feche a massa sobre o recheio pressionando as bordas com as pontas dos dedos. Aperte as bordas com a ponta de um garfo e leve para fritar em óleo de soja Soya quente por cerca de 2 minutos ou até que os pastéis fiquem crocantes e dourados. Passe os pastéis pelo açúcar com canela. Grau de dificuldade: Fácil Tempo de preparo: 1h Sobre a Bunge: Presente no Brasil desde 1905, a Bunge é uma das principais empresas de agronegócio e alimentos do Brasil e uma das maiores exportadoras. Atua de forma integrada, do campo à mesa do consumidor. Desde a compra e processamento de grãos (soja, trigo e milho), produção de alimentos (óleos, margarinas, maioneses, azeite, arroz, farinhas de trigo, molhos e atomatados), serviços portuários até a produção de açúcar e bioenergia. Eleita empresa mais sustentável do agronegócio pelo Guia Exame de Sustentabilidade, a Bunge conta com cerca de 20 mil colaboradores, atuando em mais de 100 instalações, entre fábricas, usinas, moinhos, portos, centros de distribuição e silos, em 17 estados e no Distrito Federal. Marcas como Delícia, Salada, Soya, Salsaretti, Primor, Cardeal, All Day e Bunge Pro estão profundamente ligadas não apenas à história econômica brasileira, mas também aos costumes, à pesquisa científica, ao pioneirismo tecnológico e à formação de gerações de profissionais. Sorveteria Confeitaria Brasileira Nº 214 2014 R E C E I TA S Tiramissu Visconti Rendimento: 4 porções Tempo de preparo: 15 minutos Valor nutricional por porção Nutriente Valor energético (kcal) Proteínas (g) Carboidratos (g) Gorduras (g) Gorduras saturadas (g) Fibras alimentares (g) Sódio (mg) Quantidade 404 9,2 74 8,0 4,5 1,4 99 Ingredientes ¼ de xícara (chá) de amido de milho 2 xícaras (chá) de leite 1 xícara (chá) de açúcar 2 gemas 1 colher (sopa) de café solúvel (ou ¼ de xícara (chá) de café) 1 pacote de Biscoito Champagne Visconti ½ xícara (chá) de leite ½ xícara (chá) de café pronto 1 pote de iogurte natural Modo de preparo - Em uma panela coloque o amido de milho dissolvido no leite, o açúcar e aqueça, junte as gemas, mexendo sem parar, em fogo baixo, adicione o café solúvel - Molhe os biscoitos no leite misturado com café e disponha-os no fundo de um refratário (reserve alguns para picar e salpicar por cima). Sobre os biscoitos, coloque uma camada do creme de café e uma camada de iogurte. Repita a operação; - Finalize salpicando biscoitos picados sobre a sobremesa. Dica: Experimente salpicar sobre a sobremesa raspas de limão ou raspas de laranja. Delícia Gelada Romeu e Julieta Rendimento: 10 porções Tempo de preparo: 30 minutos Valor nutricional por porção: Nutriente Valor energético (kcal) Proteínas (g) Carboidratos (g) Gorduras (g) Gorduras saturadas (g) Fibras alimentares (g) Sódio (mg) Quantidade 151 2,0 23 5,5 3,1 0,9 55 Ingredientes Plástico filme ½ pacote de Biscoito Maria Visconti Fatias de goiabada cascão macia ou goiabada mole (aproximadamente 12 fatias) ½ pote de sorvete de creme Modo de preparo - Forre uma forma de bolo inglês com o plástico e faça camadas alternadas de biscoito quebrado grosseiramente, metade do sorvete de creme, fatias de goiabada, mais biscoitos e o restante do sorvete; até preencher toda a forma; - Leve para o congelador; - Após congelado, desenforme com cuidado e sirva. Dica: Se preferir pode montar a sobremesa também em taças individuais. Sorveteria Confeitaria Brasileira Nº 214 2014 51 C O N F E I TA R I A Lilóri é inaugurada em São Paulo Padaria artesanal inova na cidade ao oferecer pães e doces sem glúten, lácteos e conservantes Uma padaria acolhedora, com fornadas quentinhas de pão com sabor e saúde. Essa é a proposta da padaria e confeitaria Lilóri, que abre ao público nesta semana, nos Jardins, em São Paulo. A Lilóri inova ao ser a primeira e mais completa padaria nos Jardins a oferecer pães e doces sem glúten, lácteos, proteína de soja e conservantes, além de um empório com produtos gourmets e um agradável espaço para cafés da manhã, brunchs e refeições rápidas. A Lilóri foi projetada para atender tanto a consumidores com alergia e/ou intolerância a glúten, proteínas do leite, lactose quanto aqueles que se preocupam com a saúde, a forma física ou simplesmente buscam pães caseiros, feitos de forma artesanal e com gostinho de “comfort food”. O nome da casa foi inspirado numa ave, a Lóris, exótica, de rara beleza, multicolorida e dócil. Símbolo que traduz a ousadia da marca, a liberdade de voo e também o acolhimento e a inclusão social pela alimentação. A proposta da padaria é aco- 52 lher e alimentar aqueles que têm restrições alimentares e que encontram muita dificuldade para achar produtos confiáveis, de qualidade e saborosos, no mercado, que supram as suas necessidades. Especialmente crianças que já foram privadas, tantas vezes, de bolos ou festinhas entre amigos de escola, porque os pais simplesmente não encontravam alternativas de alimentação. Segundo estudo do Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC), a incidência de alergias alimentares no mundo cresceu 50% entre 1997 e 2013. Entre as Sorveteria Confeitaria Brasileira Nº 214 2014 C O N F E I TA R I A crianças, a situação é ainda pior: na China, os casos dobraram; na Europa, subiram 700% e, no Brasil, estima-se que 2 milhões têm algum tipo de alergia à comida. Os adeptos do movimento gluten-free não param de crescer. Só nos EUA, 28,5% dizem querer reduzir ou eliminar totalmente o glúten da dieta. A Lilóri surgiu de uma vivência pessoal da proprietária, a empresária Mariana Pierre. Mãe de filho intolerante ao glúten e alérgico à proteína do leite e à de soja, Mariana enfrentou junto com o filho uma batalha por sua saúde, por falta de um diagnóstico preciso e, consequentemente, de uma alimentação adequada. Ela recorreu a médicos, chefs e nutricionistas no Brasil e no exterior. Hoje, o filho, Thiago, de 2 anos e meio, é saudável e Mariana viu, nesse período de luta, seu estoque de receitas especiais crescerem. Resolveu deixar de lado uma bem-sucedida carreira como advogada (com passagens por grandes escritórios de advocacia como Lefosse Advogados e Trench, Rossi e Watanabe Advogados) e transformar sua motivação em um projeto de vida em que pudesse compartilhar os ensinamentos e as receitas dessa experiência. Daí nasceu a Lilóri, de olho nessas necessidades e num mercado crescente no Brasil. Para isso, Mariana contou com uma equipe de chefs e com a consultoria da engenheira de alimentos Sidmara Malagodi (especializada em Panificação pela Universidade de Leuven, na Bélgica, e em Alimentação Natural pela New York University, EUA), além de receitas próprias e de família. O resultado é um menu amplo e variado, capaz de agradar tanto a quem tem restrições alimentares quanto quem busca um pão caseiro e nutritivo. Os pães têm um processo de fabricação artesanal, sem conservantes, e são assados diariamente. “A Lilóri terá uma cozinha completamente descontaminada de glúten, lácteos e proteína de soja. Os fornecedores de matéria-prima foram rigorosamente selecionados, escolhidos após envio de certificados de testes laboratoriais comprovando que suas matérias-primas não conteriam nenhuma contaminação desses produtos. Não foi uma tarefa fácil, pois nem todos os fornecedores têm conhecimento do que é contaminação cruzada e de como isso pode vir a afetar o produto final e seus consumidores. Tivemos também o cuidado de contar com chefs, tais como Marcelo Facini, especialista em alimentação sem glúten e lácteos, e Jorge Augusto Ferreira, especialista em panificação e confeitaria pela Le Cordon Bleu, de Londres, para que a padaria pudesse oferecer uma experiência gastronômica especial, capaz de transformar um simples pão na chapa num motivo para encontro entre amigos”, explica a empresária Mariana Pierre, sócia da Lilóri. “Queremos que as pessoas que estão habituadas a comer pães tenham a opção de entrar em uma padaria e comprar seu pão quentinho para levar para casa. Que parem de fazer estoques de pães congelados ou que tenham prazos de validade de meses. Isso é o que mais sentia falta nessa minha jornada com meu filho. Além disso, queremos que as pessoas que não Sorveteria Confeitaria Brasileira Nº 214 2014 53 C O N F E I TA R I A estão acostumadas com esse tipo de alimentação se surpreendam ao experimentarem os produtos da Lilóri por acharem saborosos e com jeitinho de ‘feito em casa’ ou ‘lembra o da minha avó’. Se isso acontecer, estaremos ajudando muitas pessoas a terem uma alimentação saudável”, complementa Mariana. Tarefa que fica mais fácil com um amplo menu, que é composto por pães variados (italiano, ciabata, australiano, de forma e até uma versão de pão de “queijo”, o “Mineirinho”), sanduíches (queijo vegano com zuchini e shitake, baba ganoush e pesto de rúcula), tapiocas, bolos (chocolate com avelã, coco com especiarias, limão com amêndoas, fubá com goiabada), cookies, minipizzas (cogumelos provençal, veggie e caprese), hambúrgueres funcionais, como a versão da casa, o Hambúrguer Lilóri (grão-de-bico, semente de abóbora e quinoa). Salgados, pães, petiscos ou doces que podem ser apreciados entre um expresso e outro, chás e sucos detox da casa, em combinações como as de maçã, pepino, gengibre, menta e limão siciliano ou beterraba, cenoura, maçã e limão siciliano. Além da padaria, a Lilóri terá um empório, com cerca de 30 produtos, metade deles de fabricação e marca própria (farinhas, pastas de avelã) e outros nacionais e importados (como cervejas sem glúten, vinhos e refrigerantes orgânicos). Quem quiser também pode levar os salgados 54 para casa. Há a versão congelada de pizzas e quiches, em embalagens prontas para a viagem. O glúten ajuda muito na fabricação do pão, tanto que a qualidade do trigo é medida pela quantidade dele. Como fazer um pão crescer sem glúten? “O desenvolvimento do nosso pão levou quase um ano. O segredo é achar a combinação correta das farinhas, tempo de fermentação e cocção”, explica a empresária Mariana Pierre. Todos os pães de forma da Lilóri levam farinha de painço, cereal alcalino que possui baixa quantidade de gorduras e um alto teor de fibras solúveis e insolúveis, o que favorece a saciedade. Para a substituição do leite, uma das soluções encontradas na Lilóri foi a biomassa de banana verde. A biomassa é considerada uma espécie de remédio natural, um prebiótico, capaz de melhorar a imunidade, trazer saciedade, ativar a serotonina e regular o intestino, fazendo-o funcionar como um relógio. Num charmoso sobrado, a Lilóri tem ambiente acolhedor e familiar. A ideia é receber clientes e amigos e transformar um simples café da manhã, um brunch ou um chá da tarde em celebração à vida e à saúde, com uma divertida mesa comunitária. Refeições balanceadas, saborosas e com nutrientes essenciais ao bom funcionamento do organismo. Menu que funciona, nutre e aquece a alma. Sorveteria Confeitaria Brasileira Nº 214 2014 INFORMAÇÕES Freddo, na Argentina desde 1969 e agora no Brasil São 45 anos de liderança no mercado argentino artesanal de sorvetes, oferecendo mais de 30 opções de sabores de sorvete de massa 100% artesanais com opções light, sem glúten, frutais e cremes diversificados (chocolates e a grande variedade de doce de leites). A Freddo oferece também produtos diferenciados como o Trifreddo, os Batidos, cafés gelados: Mocha Freddo e Cappuccino de doce de leite, sundaes: deliciosas combinações de sorvete, toppings e caldas, além dos potes de viagem para compartilhar em casa com a família e amigos, e os clássicos deliciosos cubanitos cobertos de chocolate e recheados de creme americano e com o delicioso e único sabor de doce de leite que só a marca argentina sabe fazer. Além disso, a Freddo também oferece um café Premium e incríveis combinações de sorvetes e sobremesas. A Freddo tem loja nas cidades de São Paulo/SP, Campinas/SP, Ribeirão Preto/SP, Jundiaí/SP, Curitiba/SP, Rio de Janeiro/RJ, Campos de Goytacazes/RJ, Niterói/RJ, Brasília/DF, Vitória/ES, Belo Horizonte/MG, Recife/PE, Natal/RN, Teresina/PI, Porto Alegre/RS e Joinville/SC. FREDDO http://www.freddobrasil.com/ Facebook: https://www.facebook.com/FreddoSorvetes Twitter: https://twitter.com/FreddoBrasil Instagram: @freddobrasil 56 Sorveteria Confeitaria Brasileira Nº 214 2014 INFORMAÇÕES Yogoothies reforça presença em são paulo com mais duas unidades Franqueadora de Frozen Yogurt intensifica plano de expansão com inaugurações na Capital e no Interior A Yogoothies, franqueadora especializada em Frozen Yogurt, amplia sua presença no mercado paulista com a abertura de duas unidades, sendo uma na Capital e outra em Bauru, no interior do Estado. As inaugurações fazem parte dos planos de expansão da empresa que, com apenas quatro anos, já figura como um dos principais players do mercado. Em São Paulo, a nova unidade da marca está localizada no Mais Shopping, em Santo Amaro, na zona Sul da cidade. Desenvolvido a partir de todo um acompanhamento de Franchising, o novo quiosque tem tudo para agradar os frequentadores do shopping. “Por ser uma região bastante comercial, vamos aproveitar o intenso fluxo de pessoas no horário do almoço para oferecer nosso variado mix de produtos”, afirma Heberth Curcovezki, Diretor de Operações da Yogoothies. O outro quiosque inaugurado pela marca está situado na cidade de Bauru, no Shopping Boulevard Nações Bauru. Considerado um dos principais mercados do Brasil, o interior paulista é visto como uma região estratégica pela Yogoothies para ampliar o crescimento da empresa. “Recentemente uma consultoria americana divulgou um estudo que aponta que a maior força do mercado consumidor brasileiro atualmente está concentrada no interior São Paulo”, comenta Curcovezki. Segundo ele, até o fim do ano a marca deverá inaugurar novas unidades pelo Brasil. Sorveteria Confeitaria Brasileira Nº 214 2014 57 Classificados Sorveteria Confeitaria Brasileira Nº 214 2014 59 ACESSÓRIOS E FORMAS BALDES - Disdral - Groupack - Paraíso dos Confeiteiros - Sorvemix - Vanessa Distribuidora CAIXAS DE PAPELÃO P/ SORVETE A GRANEL - Disdral - Sorvemix - Vanessa Distribuidora - Sorvemix - Vanessa Distribuidora CODIFICADORES E DATADORES - Codmarc ISOPOR E CAIXAS TÉRMICAS - Disdral - Sorvemix - Vanessa Distribuidora MÁQUINAS P/ EMBALAGENS - Codmarc PALITOS E PAZINHAS - Big Drum - Disdral - Sorvemix - Vanessa Distribuidora CAIXAS DE PAPELÃO P/ SUNDAE E PICOLÉ - Disdral - Sorvemix - Vanessa Distribuidora POTES PLÁSTICOS PARA SORVETE - Disdral - Groupack - Sorvemix - Vanessa Distribuidora COLHERES DESCARTÁVEIS - Disdral - Sorvemix - Vanessa Distribuidora SAQUINHOS P/ PICOLÉ - Centenário - Ello Print - Vanessa Distribuidora COPOS E TAÇAS DESCARTÁVEIS MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS - Disdral - Sorvemix BOMBAS CENTRIFUGAS - Vanessa Distribuidora - Casa Forte EMBALAGENS P/ SORVETE E PICOLÉ - Big Drum - Centenário - Disdral - ElloPrint - Groupack - Sorvemix - Vanessa Distribuidora FORMAS P/ PICOLÉ - Disdral 60 CÂMARAS FRIGORÍFICAS - International Refrigeração - Ártico CARRINHOS P/ SORVETE - Super Mix - Vanessa Distribuidora CARROCERIAS ISOTÉRMICAS - Fibrasil - Litocargo Sorveteria Confeitaria Brasileira Nº 214 2014 MÁQUINAS ENVASADORAS - Magopac - Tropical MÁQUINAS P/ PICOLÉ - Tropical MÁQUINAS PRODUTORAS DE SORVETE CONTÍNUAS/ DESCONTÍNUAS - Tropical MÁQUINAS PRODUTORAS DE SORVETE SOFT - Plastec ice TINAS DE MATURAÇÃO - Casa Forte TORRES DE RESFRIAMENTO - International Refrigeração TROCADORES DE CALOR - Transtérmica MATÉRIAS-PRIMAS AROMAS - Doremus - Vanessa Distribuidora BANHOS/ COBERTURAS - Disdral - Vanessa Distribuidora CASQUINHAS (BIJU E BISCOITO) - Big Drum - Disdral - Vanessa Distribuidora CASTANHAS DE CAJU - Disdral - Vanessa Distribuidora CESTINHAS - Disdral - Vanessa Distribuidora CHOCOLATE E CACAU - Disdral - Vanessa Distribuidora COCO RALADO - Disdral - Vanessa Distribuidora COPINHOS PARA SORVETE - Disdral - Vanessa Distribuidora CORANTES E ESSÊNCIAS - Corantec - Disdral - Vanessa Distribuidora CROCANTE - Disdral - Vanessa Distribuidora EMULSIFICANTES - Disdral - Genkor - Mec 3 - Mil mix - Pregel Alimentos - Vanessa Distribuidora ESTABILIZANTES - Genkor - Disdral - Vanessa Distribuidora FAROFA CROCANTE - Disdral - Vanessa Distribuidora FRUTAS E POLPAS - Disdral - Vanessa Distribuidora GLUCOSE - Disdral - Vanessa Distribuidora GORDURA - Disdral - Vanessa Distribuidora GRANULADO - Disdral - Vanessa Distribuidora - Genkor - Mec 3 - Mil mix - Pregel - Vanessa Distribuidora PÓS P/ SORVETE EXPRESSO (SOFT) - Disdral - Mec 3 - Vanessa Distribuidora ROLINHOS DE WAFER - Disdral - Vanessa Distribuidora SORO DE LEITE EM PÓ - Disdral - Vanessa Distribuidora XAROPES - Disdral - Vanessa Distribuidora FORNECEDORES LEITE EM PÓ - Disdral - Vanessa Distribuidora PASTAS NACIONAIS E IMPORTADAS - Mec 3 - Pregel - Vanessa Distribuidora PÓS P/ CHANTILLY - Genkor - Disdral - Vanessa Distribuidora PÓS P/ SORVETE - Disdral - Gelamix Sorveteria Confeitaria Brasileira Nº 214 2014 ABM IND DE SUPLEMENTOS ALIMENTARES Rua Paulo J. Schlabitz, 862 Montanha – Lajeado -RS CEP: 95900-000 Telf: (51) 3714-1011 [email protected] ATAFORMA IND. E ARTEFATOS DE METAIS LTDA Travessa Carlos Gardel, 82 Chác. Califórnia – Araçatuba – SP CEP: 16026-630 Tel: (18) 3661-1777 [email protected] 61 BIG DRUM LTDA Rua Topázio nº 40 Recreio Campestre Joia Indiaiatuba - SP CEP: 13.346.620 Telf: (19) 3936 6111 [email protected] www.bigdrum.com.br Produtor de casquinha para sorvetes, alumínios para casquinha, tampas plasticas, palitos plásticos, squeeze-up e BOPP. Representante no Brasil da Big Drum SL fabricante de maquinaria para produtores de sorvetes CASA FORTE Rua Senador Jaime, Nº 606 Qd 123 Lt 07 a 10 - esq c/ Av. Ceará. Setor Coimbra - Goiania - GO CEP: 74525-010 Tel: (62) 3291-1047 [email protected] www.casafor.com.br Fabricante de máquinas e equipamentos. CENTENÁRIO Av. Pres. Kennedy, 1200 Boa Vista - Avaré - SP CEP: 18706-240 Tel.: (14) 3711-6000 Fax: (14) 3711-6001 picolé@centenario.com.br www.centenario.com.br Fabricantes de embalagens para sorvetes, picolés, laticínios, café, salgadinhos e outros 62 CODMARC CODIFICADORES PARA MARCAÇÃO, COMÉRCIO E SERVIÇOS LTDA. Rua Débora Paschoal, 363 Jd.Lourdes São Paulo – SP CEP: 04328-030 Tel.: (11) 2021-4893 Fax: (11) 5588-2761 [email protected] www.codmarc.com.br Cabeça datadora. Codificador CS. Codificador lateral de caixas. Datador de bancada DOREMUS ALIMENTOS LTDA Rua Santa Maria do Pará, 32 Bonsucesso- Guarulhos SP - 07175-400 Tel.: (11) 2436-3333 Fax: (11) 2436-3334 [email protected] www.doremus.com.br Especialistas na criação e produção de aromas, Ingredientes e soluções customizadas para indústria de alimentos e bebidas. CORANTEC CORANTES NATURAIS LTDA. Rua javaes, 166 Bom retiro – São Paulo/ SP CEP = 01130-010 Tel. = (11) 3224-0078 Fax. 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LTDA Rua Auriverde, 551 – V.Independencia – São Paulo – S.P. CEP: 042222-000 Telf: (11) 2068-3854 [email protected] LESTE OESTE COM. DE PRODS. P/ SORVETES Av. Arcebispo Dom Geraldo Fernandes, 2770 – Centro – Londrina – S.P. CEP: 86025-800 Tel: (43) 3321-6006 [email protected] MAQ SOFT COMERCIO DE MAQUINAS LTDA Rua Investigador Valdemir Nunes Medeiros, 2-28 Jd. Eldorado – Bauru – SP CEP: 17024-820 Tel: (14)3202-6440/3011-6746 [email protected] LITOCARGO CARROCERIAS E VIATURAS Rua Aviação, 150 – Vl. São Rafael – Guarulhos – SP CEP: 07053-140 Tel: (11) 2421-3939 [email protected] MEC 3 Rua Barão do Triunfo, 88 Campo Belo – São Paulo – SP CEP: 46618-000 Tel.: (11) 4702-7700 [email protected] www.mec3.com.br Matéria prima para sorveteria, confeitaria e chocolateria. REFRIARTE IND. E COM. LTDA Rua Mariangela de Oliveira, 138 Jd. Brasília – Betim – MG CEP: 32651-490 Tel: (31) 3592-0274 [email protected] RIBERFOODS IMP. DIST. PROD. ALIM. LTDA Rua Dr. José Ribeiro Ferreira, 625 Jd. S.José Ribeirão Preto – SP CEP: 95900-000 Tel: (16) 3434-5800/3512-9080 [email protected] RIO NOVO EMBALAGENS Rua Luiz Pereira Dias, 25 – Jd. Boa Vista – Avaré – SP - 95900-000 Tel: (51) 3714-1011 [email protected] SYSTHERM DO BRASIL IND. DE REFRIGERAÇÃO Rua Dino Guelf, 244 Jd. S.Paulo – S. Carlos – SP CEP: 13570-321 Tel: (16) 3368-4630 [email protected] TRANSTÉRMICA Rua Vicente D’aquino, 32 Jd. Ricetti - São Carlos - SP CEP: 13570-060 Tel.: (16) 3368-5363 Fax: (16) 3368-3016 [email protected] www.transtermica.com.br Fabricante de trocador de calor tubo/tubo. VANESSA DISTRIBUIDORA Rua Antônio de Godoy, 2917 Centro - São José do Rio Preto SP – CEP 15015-100 Tel.: (17) 2139-8400 [email protected] [email protected] Distribuidora de produtos alimentícios chocolateria, sorveteria e confeitaria 63 Sorveteria Confeitaria Brasileira Nº 214 2014 63 ÍNDICE DE ANUNCIANTES ATAFORMA CAPA 2 - 1 CASA DO LATICÍNIO 59 CENTENÁRIO 9 CODMARC 27 CORANTEC 29 DISBAL 59 DOREMUS 3 FIBRASIL 23 FITHEP 58 GELAMIX CAPA 1 GENKOR 19 GROUPACK 58 ICE MAX CAPA 3 INTERNATIONAL 47 JB NEGRINI CAPA 4 LESTE OESTE 59 LITOCARGO 55 MAQ SOFT 14 REFRIARTE 59 RIBERDOCES 59 RIO NOVO 15 SABORMAX 59 SIGEP 2 SYSTHERM 4-5 TRANSTERMICA 38 VANESSA 59