RELATÓRIO DE CONJUNTURA: GÁS e - Nuca
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RELATÓRIO DE CONJUNTURA: GÁS e - Nuca
RELATÓRIO DE CONJUNTURA: GÁS e TERMOELÉTRICAS Outubro de 2008 Nivalde J. de Castro Roberta Bruno PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES ECONÔMICAS– FINANCEIRAS DO SETOR ELÉTRICO 1 PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR ELÉTRICO RELATÓRIO MENSAL ACOMPANHAMENTO da CONJUNTURA: GÁS e TERMOELÉTRICAS OUTUBRO de 2008 Nivalde J. de Castro Roberta Bruno PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES ECONÔMICAS – FINANCEIRAS DO SETOR ELÉTRICO 2 Índice: 1 – GÁS NATURAL ............................................................................................................. 4 1.1 – GÁS NATURAL e GASODUTO ............................................................................. 4 1.2 – OFERTA e DEMANDA ........................................................................................... 9 1.3 – GNL ......................................................................................................................... 10 1.4 – LEILÕES ................................................................................................................. 10 1.5 – QUESTÃO DO GÁS BOLIVIANO........................................................................ 13 2 – TERMOELÉTRICAS .................................................................................................. 15 2.1 – TÉRMICAS A GÁS ................................................................................................ 15 2.2 – ENERGIA NUCLEAR............................................................................................ 20 2.3 – OUTRAS FONTES DE ENERGIA ........................................................................ 22 Relatório Mensal de Acompanhamento da Conjuntura de Gás e Termoelétricas(1) Nivalde J. de Castro(2) Roberta Bruno(3) (1) Participaram da elaboração deste relatório como pesquisadores Roberto Brandão, Bruna de Souza Turques, Rafhael dos Santos Resende, Diogo Chauke de Souza Magalhães, Débora de Melo Cunha e Luciano Análio Ribeiro. (2) Professor do Instituto de Economia - UFRJ e coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico. (3) Assistente de Pesquisa do GESEL-IE-UFRJ 3 1 – GÁS NATURAL 1.1 – GÁS NATURAL e GASODUTO Acordo entre estatais brasileira e venezuelana A Petrobrás e a Petróleos de Venezuela (PDVSA) firmaram ontem um termo de compromisso para a conclusão dos contratos de suprimento de petróleo que são necessários para a formalização de sua parceria na refinaria Abreu de Lima, em Pernambuco. Segundo o diretor de Abastecimento da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, esses documentos serão concluídos até o fim do ano. O presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli, informou que o estatuto social e o acordo de acionistas já foram concluídos. Os contratos de suprimento estão incompletos porque ainda está em debate a fórmula de preços dos derivados a serem produzidos e os volumes de petróleo a serem fornecidos pela Petrobrás e pela PDVSA. (01.10.2008) Petrobras Energia amplia fatia de gás argentino A Petrobras Energia, filial argentina da estatal brasileira, anunciou ontem a compra de participações em duas áreas de gás argentinas, em uma operação de cerca de US$ 77,6 milhões. Em comunicado, a empresa disse que, por meio da aquisição da companhia Burlington Resources, comprou participação de 25,67% no bloco Sierra Chata e outra de 52,37% no Parva Negra, no oeste do país. Como resultado, a participação da Petrobras em Sierra Chata cresceu para 45,5%, e em Parva Negra, para 100%. (02.10.2008) MPX e Cosan investirão juntas A MPX , empresa do grupo EBX para o setor energético, e a Cosan, uma das maiores produtoras de etanol do mundo, anunciaram a formação de uma parceria financeira para investimentos em projetos de energia elétrica. Na semana passada, no leilão de energia A-5, a MPX comercializou 276 MW médios a uma receita fixa de R$ 206,98 milhões por ano, de sua usina térmica Porto de Pecém II, no Ceará. (07.10.2008) Gás do pré-sal pode virar óleo sintético A Petrobrás estuda adotar a tecnologia de transformação de gás natural em óleo sintético para aproveitar melhor a produção na região do pré-sal da Bacia de Santos. A alternativa, 4 segundo especialistas, permite comprimir um maior volume de gás em menor espaço, o que facilita seu transporte. Hoje, uma das principais dificuldades para utilização do gás do présal é a logística para enviá-lo ao mercado consumidor, já que as reservas estão a 300 quilômetros da costa. (09.10.2008) City gate liberado no RJ A ANP autorizou o consórcio Malhas Sudeste Nordeste, formado por Transportadora Associada de Gás, Nova Transportadora do Nordeste e Transpetro, a operar o ponto de entrega de gás natural Termorio II. O sistema, localizado em Duque de Caxias (RJ), é interligado aos gasodutos Gasduc I, Gasduc II e Gasvol e possui vazão de até 5,4 milhões de m³/dia. O volume se destina ao abastecimento da UTE Governador Leonel Brizola (exTermorio) com capacidade de 1.040 MW, a maior térmica a gás natural do país.Seus principais sistemas são o módulo de filtragem, aquecimento, regulagem e limitação de pressão, medição de vazão, suprimento de gás para equipamentos e instrumentação, controle local, interligação com sistema supervisório e módulo de utilidades. (09.10.2008) Setor de petróleo e gás é destaque na lista do FMM Empresas de navegação e estaleiros dedicados a atender, prioritariamente, as encomendas da indústria de petróleo e gás estão entre os principais beneficiados pelos financiamentos aprovados na última reunião do conselho diretor do Fundo da Marinha Mercante (FMM). Os armadores Companhia Brasileira de Offshore (CBO), Bram Offshore, Wilson, Sons Offshore e Transpetro e os estaleiros Aliança, Mauá e Atlântico Sul fazem parte da lista de empresas que receberam "prioridades" de financiamento do conselho diretor do FMM que reuniu-se na semana passada. A "prioridade" é o jargão utilizado na indústria naval para indicar que um projeto recebeu aprovação do fundo. Trata-se de uma espécie de prérequisito para que o armador ou estaleiro possa negociar a contratação do empréstimo com o agente financeiro, os bancos oficiais (BNDES, BB, CEF, BNB e Banco da Amazônia). (13.10.2008) Setor de petróleo e gás continua imune à crise Os investimentos no setor de petróleo e gás no Brasil permanecerão imunes à crise, de acordo com grandes empresas. As estimativas do mercado são de que as reservas da camada do pré-sal fiquem entre 50 e 100 milhões de barris recuperáveis. Para o presidente da Siemens no Brasil, Adilson Primo, o pré-sal, "sem dúvida, vai ser um divisor de águas para o Brasil e para a indústria de óleo e gás e para a cadeia de fornecimento". Isto trará também um desafio tecnológico, porque "o pré-sal tem uma complexidade adicional". Para Primo, da Siemens, a produção nacional vai acabar sendo nas áreas em que hoje já existe 5 uma indústria montada, como o setor de transporte de óleo, exploração e refino. "A parte de drilling [perfuração] vai continuar sendo importada.", acredita. (13.10.2008) ANP exclui pré-sal da Décima Rodada de Licitações Segundo o diretor-geral da ANP, Haroldo Lima, alguns atrasos nas preparações para a Décima Rodada de Licitações de petróleo e gás, programada para 18 de dezembro, aconteceram devido à descoberta da camada pré-sal. Ainda assim, o diretor-geral do órgão regulador pareceu otimista com os resultados que deverão ser obtidos: "A décima rodada tem tudo para ser vitoriosa e conseguir agregar grandes empresas", afirmou Lima, ao abrir a mesa da Audiência Pública da Décima Rodada, realizada na tarde desta terça-feira (14), no Rio de Janeiro. (14.10.2008) Crise não afetará estudos sobre o pré-sal Para o diretor-geral da ANP, Haroldo Lima, a atual crise financeira mundial não vai afetar o trabalho da comissão constituída pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva que deverá apresentar ao MME o estudo oficial sobre a camada pré-sal. "A crise não chega a afetar o trabalho da comissão porque quando ela chegou com força, a mesma comissão já estava bem avançada em seus trabalhos, que já estão praticamente concluídos, podendo haver, no máximo, mais duas reuniões. É importante ressaltar que essas conclusões não são finais. Elas vão esboçar uma idéia básica sobre a camada pré-sal, que será apresentada ao Presidente da República", revelou Lima, durante a Audiência Pública da Décima Rodada de Licitações de petróleo e gás, ocorrida na tarde desta terça-feira (14/10), no Rio de Janeiro. (14.10.2008) Gasoduto Pilar Ipojuca O Diário Oficial da União de ontem publicou o decreto que repassa área de 3,736 milhões de metros quadrados, localizada entre os estados de Pernambuco e Alagoas, para a Petrobras realizar a construção do Gasoduto Pilar Ipojuca, que atravessará 15 municípios entre os dois estados. O Diário Oficial da União de ontem publicou decreto que repassa uma área de 3,736 milhões de metros quadrados, pertencente à União, para a Petrobras. A extensão de terra está localizada entre os Estados de Pernambuco e Alagoas e será usada para a construção do Gasoduto Pilar Ipojuca. (16.10.2008) CEG reajustará em até 8,2% gás para indústrias no Rio O aumento de 7,5% no preço do gás natural vendido pela Petrobras à CEG será repassado somente para a indústria e para os postos de abastecimento. Já o gás canalizado fornecido 6 para os mercados residencial e comercial, segundo informou ontem a empresa, terá redução de preço de 4,4% e 3 7%, respectivamente. Os consumidores industriais vão pagar de 6% a 8,2% a mais pelo metro cúbico do gás. (17.10.2008) AES Uruguaiana desfaz contratos com a gaúcha CEEE O cancelamento do fornecimento de gás da Argentina para a AES Uruguaiana, que inseriu a empresa geradora de energia em uma forte crise financeira, começa a ser em parte solucionada. Depois de desfazer os negócios firmados com a AES Sul e Eletropaulo, em agosto, agora a Uruguaiana conseguiu chegar a um acordo com a CEEE, empresa de distribuição de energia do Rio Grande do Sul. Pelo acordo, os contratos de fornecimento de energia firmados até 2020 se encerrariam imediatamente, desonerando a Uruguaiana que precisa comprar a energia no mercado livre para repassar às distribuidoras. A decisão final passará, entretanto, pela Aneel, que discutirá a questão em sua reunião pública amanhã. A Uruguaiana está confiante porque tem a seu favor o posicionamento da agência no caso da AES Sul e Eletropaulo. (20.10.2008) Petrobras: extração de gás cresce 24% e de petróleo tem recorde mensal A produção média de petróleo dos campos da Petrobras no Brasil em setembro atingiu o recorde mensal de 1.897.563 barris/dia, superando em 12,4 mil barris ou 1% o volume extraído no mês anterior. Em relação ao mesmo mês do ano passado, o aumento foi de 7,26%. A produção de gás natural no Brasil aumentou 24% em relação ao mesmo mês do ano passado e manteve-se no mesmo patamar de agosto de 2008. Segundo comunicado da empresa, somando os volumes produzidos nos campos nacionais e dos nove países onde a empresa está presente em atividades de produção, o volume médio total de petróleo e gás extraído pela Petrobras em setembro chegou a 2.450.610 barris de óleo equivalente por dia. (21.10.2008) Adiamento da Petrobras faz o setor temer retração Até mesmo o setor de petróleo e gás no Brasil vive a incerteza que a crise financeira mundial tem espalhado. Boa parte da desconfiança é originada pelo adiamento do anúncio do Plano Estratégico da Petrobras - que inclui investimentos - para o período de 2009-2013. Essa indefinição resultou em uma redução na confiança de que a empresa tenha à disposição todos os recursos necessários para a continuidade da expansão do setor ainda mais nessa época em que há restrição de crédito. Uma dessas empresas é a Açotubo, que tem baseado neste setor, 35% de seu faturamento. (21.10.2008) 7 Terceiro processo de cancelamento negociado em razão da falta de gás argentino O presidente da AES Brasil, Britaldo Soares, afirmou segunda-feira (20/10) que a AES Uruguaiana concluiu a descontratação de suprimento de energia para a gaúcha CEEE. Depois da AES Eletropaulo e AES Sul, é o terceiro processo de cancelamento negociado em razão da falta de gás argentino para acionar a térmica. Está mantido apenas o contrato com a RGE, sustentado por meio de compra de energia junto ao mercado livre. Soares descartou a possibilidade de converter a usina para uso de gás e outro combustível líquido porque o fornecimento teria que vir de Porto Alegre, a 700 km de Uruguaiana. (21.10.2008) Petrobras e empresas portuguesas assinam memorando de entendimento na área de energia A Petrobras e as empresas portuguesas Galp Energia e EDP Energias do Brasil assinaram hoje (28/10), em Salvador (BA), um memorando de entendimento nas áreas de biocombustíveis, gás natural, geração de energia elétrica, exploração e produção.Segundo a assessoria de imprensa da Petrobras no Rio de Janeiro, a assinatura do documento aconteceu durante a 9ª Cúpula Brasil-Portugal, com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e do primeiro-ministro de Portugal, José Sócrates, além dos presidentes da Petrobras, José Sergio Gabrielli, da Galp, Manuel Ferreira de Oliveira, e da EDP Energias do Brasil, Antônio Pita de Abreu. (28.10.2008) Definição para o pré-sal deve sair até o fim de novembro, diz Dilma A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse ontem que o debate sobre a proposta de um novo marco regulatório para o setor de petróleo, tendo em vista a futura exploração da camada pré-sal, deve ser concluído até o fim de novembro. A previsão, feita pela ministra, durante palestra no 3º Encontro Nacional da Indústria, representa um novo adiamento em relação ao que vinha sendo dito dentro do governo. A última previsão era de que a proposta de nova regulamentação seria apresentada logo após o segundo turno das eleições municipais. Dilma afirmou que o conceito central das mudanças no marco regulatório do setor é o de aumentar a participação da União na receita com a exploração do petróleo. (29.10.2008) Gás natural aumenta e irrita setor industrial O gás natural está mais caro desde o dia 16 de outubro. O aumento de 4,35% foi repassado somente para as indústrias. O motivo do aumento foi a alta do dólar, provocada pela crise que afeta a economia mundial. Além do reajuste de 4,35% já em vigor, Petrobras anunciou que o produto ficará ainda mais caro. O gás natural está mais caro desde o dia 16 de 8 outubro. O aumento de 4,35% foi repassado somente para as indústrias. O motivo do aumento foi a alta do dólar, provocada pela crise que afeta a economia mundial. O gás recebido da Petrobras pela SCGás recebeu aumento de 13,5%, mas apenas uma parte foi repassada. (28.10.2008) 1.2 – OFERTA e DEMANDA Consumo de gás cresce 21,4% O consumo total de gás natural no Brasil cresceu 21,4% em agosto deste ano na comparação com igual intervalo de 2007, passando de 42,01 milhões de metros cúbicos por dia (m³/d) para 51,04 milhões de m³/d, segundo dados da Abegás. Considerando apenas o mercado não-térmico (indústrias, residências, comércio, automotivo e co-geração), a expansão foi de apenas 1,08%, passando 37,18 milhões para 37,58 milhões de m³/d. (03.10.2008) Mais gás para o estado de São Paulo A Petrobras pretende oferecer um adicional de cinco milhões de metros cúbicos por dia de gás natural para o estado de São Paulo a partir de abril de 2010. A informação foi dada pela diretora de Gás e Energia da Petrobras, Maria da Graça Foster, em reunião com membros do governo paulista que formalizou um protocolo de intenções entre o estado e a petrolífera para um esforço conjunto no sentido de evitar atrasos no cronograma de obras para reforçar a malha de gasodutos em São Paulo, condição necessária para aumentar a oferta do insumo no estado. (07.10.2008) Gastau previsto para outubro de 2010 No cronograma da Petrobras, o gasoduto paulista Caraguatatuba-Taubaté está previsto para outubro de 2010 e terá capacidade de transportar até 20 milhões de m³/d de gás, com possibilidade de ampliação para 25 milhões de m³/d, segundo técnicos da companhia. Hoje, a maior parte dos contratos do empreendimento já foi assinada e a estatal já dispõe da LI do Ibama. (07.10.2008) 9 Venda de gás natural bate recorde em setembro A comercialização de gás natural canalizado atingiu, em setembro, a marca de 51 milhões e 200 mil metros cúbicos diários, batendo o recorde de vendas do produto em 2008. Houve incremento de 0,37% em relação ao mês de agosto, com aumento da demanda em todos os segmentos, menos no setor industrial. Na comparação com setembro do ano passado, os dados apontam avanço bem mais significativo: 16,55%. Este aumento foi puxado pelo setor elétrico, segmento cujo consumo vinha diminuindo nos últimos anos, devido ao menor acionamento das térmicas. Em um ano, a expansão do setor chegou a 35,57%. (23.10.2008) 1.3 – GNL Só as importações garantem oferta de gás natural Na década de 90, a geração térmica a gás natural foi eleita a fonte preferencial para a complementação da geração hidráulica na matriz elétrica. Hoje, a situação é diferente. "Não se tem novos projetos porque não haveria gás disponível", afirma o diretor do Centro Brasileiro de Infra-Estrutura, Adriano Pires. Nos últimos leilões de energia nova, somente projetos de usinas movidas a GNL, que será importado pela Petrobras, foram negociados. "As indústrias que desejam fazer ampliações de suas instalações não encontram gás natural para atendê-las", informa o diretor-presidente da Abrace, Ricardo Lima. Ele acrescenta que, como precaução, muitas indústrias adotaram sistemas bicombustíveis, de forma a permitir que atuem com outro combustível em caso de eventual falta ou de elevação de seus preços. (22.10.2008) 1.4 – LEILÕES Leilões aumentam dependência de gás Os resultados dos últimos dois leilões de energia realizados pelo governo devem aumentar a dependência energética brasileira. Segundo cálculos da consultoria Gás Energy, as 10 térmicas a óleo combustível vencedoras dos leilões se comprometeram a importar uma quantidade maior do que o volume de gás que o Brasil importa da Bolívia. O excesso de novas térmicas a combustíveis fósseis recebeu ontem críticas também do diretor-geral da Aneel, Jerson Kelman. Estudo elaborado pela Gás Energy indica que as térmicas a óleo venderam 1,9 mil MW firmes no leilão de anteontem. (02.10.2008) Térmicas poderão despachar mais que o previsto pelo governo As usinas termelétricas poderão despachar por muito mais tempo do que o previsto pelo governo, de acordo com o diretor da PSR Cosultoria, Mário Veiga. Segundo ele, nos últimos leilões de energia foram contratados cerca de 5.200 MW de energia firme em fontes térmicas, igualando-se à energia firme oferecida pelas usinas do Madeira. "Com essa realidade, o preço da energia poderá aumentar para o consumidor, pois o custo de ter uma térmica operando é muito alto", afirmou Veiga. Ele explicou que o preço da energia termelétrica ofertada no leilão, em torno de R$ 145/ MWh, se refere apenas à receita fixa. (01.10.2008) Abraget defende realização de leilões segregados por fonte de energia O presidente da Associação Brasileira de Geradoras Termelétricas, Xisto Vieira Filho, defendeu nesta terça-feira, dia 14 de outubro, a realização de leilões por fonte de energia, de forma segregada. Para ele, a medida é a melhor alternativa para evitar distorções no setor. Segundo Vieira, o sistema de leilões, atualmente, privilegia a aquisição de energia de usinas com baixo investimento e custo variável elevado - como o caso de térmicas a óleo. Por isso, salientou, o sistema de leilões precisaria ser aperfeiçoado. O executivo observou que o governo já tem um esboço de compra por fonte, ao destacar no A-5 como um leilão específico para hidrelétricas, ao colocar a biomassa como fonte exclusiva para o leilão de reserva e ao estudar um leilão específico para eólicas. (14.10.2008) Abraceel: resultados dos leilões não sinalizam custo real da energia térmica Os resultados dos leilões de energia nova, realizados em setembro, não sinalizam aos consumidores o efetivo custo da energia contratada das térmicas que fecharam negócio nos dois certames - A-3 e A-5. Essa questão reflete a ausência de hidrelétricas nos certames, por um lado, ao mesmo tempo em que a projeção de preços não considera aspectos da operação. De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Agentes Comercializadores de Energia Elétrica, Paulo Pedrosa, os valores demandam complemento de informação para que os consumidores - em especial os cativos - possam ter a percepção correta do custo adequado da energia. O executivo analisou os resultados do leilão A-3, que teve negociação de 1.076 MWmed de dez empreendimentos - oito a óleo combustível. O preço médio do MWh do leilão ficou em R$ 128,42. Pedrosa explicou que esse valor refere-se a um valor médio calculado no leilão, pois considera projeções do PLD para a formação do preço. (01.10.2008) 11 Zimmermann: governo espera inverter a proporção de térmicas e hídricas dos leilões atuais A luz amarela foi acesa no governo depois do resultado do leilão A-5 realizado esta semana. No certame, as térmicas a óleo combustível importado foram as grandes vencedoras fornecendo dois terços da oferta. Segundo Márcio Zimmermann, secretárioexecutivo do MME, o governo espera inverter já no ano que vem a proporção de 80% térmicas e 20% hídricas dos leilões atuais. Para isso, a expectativa é leiloar oito usinas hidrelétricas em 2009, conforme noticiou a Agência CanalEnergia na quinta-feira, dia 2 de outubro. Para Zimmermann, a entrada das térmicas deu tempo para o governo concluir os estudos de viabilidade de novas hidrelétricas que vão entrar nos leilões a partir de 2009 e 2010. (03.10.2008) GESEL: crise elevou em 30% custo fixo de usinas térmicas, afirma Nivalde de Castro O custo fixo das usinas termelétricas vendidas nos últimos leilões de energia A-5 - valor pago para manter as usinas, mesmo sem funcionamento - aumentou cerca de 30% por causa da crise financeira internacional. A análise é do coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel), da UFRJ, Nivalde José de Castro, que participou do livro Séries 2008, da própria instituição, no Rio, nesta quarta-feira (15/10). "No A-5 gastou-se o valor pago no leilão A-3 e mais 20%. Isso significa um desembolso, a partir de 2013, de R$ 2,1 bilhões, só para manter a usina parada", explicou, acrescentando que se elas forem despachadas o valor será ainda maior, mas dependerá da energia gerada por cada uma. Castro, explicou também que os leilões foram concebidos em um cenário de demanda para 2013 quando ainda não havia a crise financeira. Com isso, o cálculo de demanda de energia precisará ser refeito. (15.10.2008) GESEL: Nivalde de Castro questiona leilão em momento de incertezas O governo errou ao preencher praticamente toda a demanda prevista para 2013 com energia de fonte termelétrica a óleo combustível, no último leilão A-5, realizado em 30 de setembro. A avaliação é do professor Nivalde de Castro, do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel/UFRJ). Segundo o professor, não era necessário contratar toda a demanda agora, no momento de turbulências no mercado financeiro, já que as térmicas a óleo levam menos de dois anos para serem construídas. "Se vamos precisar dessa energia só em cinco anos, para que contratá-la nesse momento de incertezas? Os empreendedores já estão contratados e só vão iniciar as obras das térmicas a óleo daqui a três anos e meio", afirmou Castro, que participou em 15/10 do lançamento do livro "Séries Econômico-Financeiras das Empresas do Setor de Energia Elétrica", no Rio de Janeiro. A publicação foi organizada pelo Gesel/UFRJ. (15.10.2008) 12 1.5 – QUESTÃO DO GÁS BOLIVIANO Contrato definitivo para o envio de gás à Termelétrica de Cuiabá já estaria com a EPE O contrato definitivo para o envio de gás boliviano à Termelétrica de Cuiabá já está com a EPE, que administra a usina. Quem garante é do chefe do Escritório de Representações de Mato Grosso em Brasília, Jefferson de Castro Júnior. Ele diz que depois de muita negociação a YPFB concluiu um contrato, que inicialmente seria provisório, é foi transformado em firme e que já foi enviado à EPE. "O documento já está nas mãos da diretoria da termelétrica. Agora eles têm de avaliar e encaminha-lo ao MME para que o órgão aprove as cláusulas do contrato e então seja devolvido à Bolívia", diz ao informar que o produto sofreu nova alteração de preço. (02.10.2008) Contingências para suprimento de gás voltam Mal a Petrobras desativou o plano de contingências para suprimento de gás em função de problemas com o gasoduto da Bolívia, em meados de setembro, teve de reativá-lo no fim do mesmo mês. O primeiro foi provocado por manifestantes que desativaram o gasoduto Brasil-Bolívia, em meio a protestos contra o presidente Evo Morales. O segundo ocorreu por um apagão de cinco horas em um computador da rede que transporta o gás do sul da Bolívia. O gerente executivo da Petrobras, André Cordeiro, contou que termelétricas também tiveram que ser desativadas para evitar que faltasse gás para a indústria. Apesar da estatal, nos dois episódios, ter garantido o suprimento, a indústria teme que novos acidentes possam reduzir drasticamente a oferta e pedem um plano de contingenciamento. (15.10.2008) Crise financeira pode impactar compra de gás boliviano, avalia Arsesp O diretor da Agência Reguladora de Saneamento e Energia de São Paulo (Asersp), Zevi Kann, disse nesta terça-feira, 14 de outubro, que a elevação do dólar causada pela crise financeira internacional pode impactar na compra de energia da Bolívia. Segundo ele, o motivo é o custo do transporte. Diferente da elevação dos preços do petróleo, que considera apenas o custo do commoditie, a alta do dólar envolve a compra do insumo, mais o transporte. Pelos preços do trimestre iniciado em outubro, o preço do gás boliviano mais o transporte está cotado na casa de US$ 8.77 por milhão de BTUs. No caso da elevação do custo do gás boliviano, a despesa extra acaba sendo absorvida pelas distribuidoras de gás, que reduzem a margem de lucro dessas empresas. (14.10.2008) 13 Contingenciamento do gás é entrave para desenvolvimento, afirma Arsesp O atual modelo de contingenciamento no caso de problemas no fornecimento do gás natural para o Estado de São Paulo é mais um problema que o estado vive para o desenvolvimento industrial da região, além da demanda de 4 a 5 milhões de m³/dia a mais do que recebe para os próximos anos até 2012. Essa é a posição de Zevi Kann, diretor da Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Asersp). Ele criticou a falta de regulamentação para a arbitragem sobre a destinação do insumo em casos de crise, que é definida apenas pela Petrobras, como a ocorrida no início de setembro, na Bolívia, que forçou o corte por algumas horas, de quase 50% do gás enviado pelo Gasoduto BrasilBolívia. (15.10.2008) Em retaliação, MT quer suspender energia à Bolívia O governo de Mato Grosso anunciou que estuda formas de interromper o fornecimento de energia do Brasil para as cidades bolivianas de San Matías e San Ignácio de Velasco, na região da fronteira com o município de Cáceres, como "retaliação". A medida pode ser tomada caso a estatal YPFB (Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos) insista em manter suspenso o fornecimento de gás natural a Mato Grosso pelo ramal do gasoduto Bolívia-Brasil, afirmou ontem o secretário estadual Pedro Nadaf . "Seja por decreto ou por medida judicial, vamos buscar a via da retaliação", disse. (17.10.2008) Bolívia retoma fornecimento a MT após ameaça de corte de energia Após ameaçar cortar o fornecimento de energia a cidades bolivianas, o governo de Mato Grosso fechou um acordo para a volta do fornecimento de GNV (Gás Natural Veicular) aos 4.000 carros convertidos no Estado. Contratos provisórios com a YPFB (Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos) prevêem o envio de um milhão de metros cúbicos de GNV por mês, insuficientes para a retomada do funcionamento da termelétrica Mário Covas, em Cuiabá -que, nos últimos 13 meses, operou só 35 dias, com óleo diesel. (28.10.2008) Governador vai assumir negociação com a Bolívia O grupo de governo que está tratando das negociações para o restabelecimento de GNV a Mato Grosso estará reunido hoje para definir alternativas para retomada nas negociações entre o Estado e a Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB). A reunião será liderada pelo governador Blairo Maggi, que assume a partir de agora o processo de negociação com a Bolívia, segundo o secretário de Estado de Indústria, Comércio, Minas e Energia, Pedro Nadaf, que participará da reunião juntamente com representantes da Companhia Mato-grossense de Gás (MT Gás). Segundo ele, todas as alternativas serão 14 colocadas à em pauta durante a reunião para encontrar a melhor e mais rápida solução para o restabelecimento do fornecimento do GNV a MT. (29.10.2008) 2 – TERMOELÉTRICAS 2.1 – TÉRMICAS A GÁS EDB desiste de Pecém II A empresa Energias do Brasil anunciou nesta terça-feira (30/9) que desistiu, pela segunda vez, de participar do projeto de ampliação da UTE Porto de Pecém II. A empresa informou que a expansão da termelétrica não oferecia as condições necessárias para garantir um retorno compatível com os riscos do investimento. Com isso, a parceira MPX adquiriu 100% do projeto de expansão. (30.09.2008) Dólar encarece projetos termelétricos O encarecimento dos instrumentos para proteção cambial, o chamado hedge, fez com que alguns projetos termelétricos e empresas estrangeiras deixassem de participar, na terçafeira, do leilão de energia do governo federal. A EDP Energias do Brasil saiu da parceria que tinha com a MPX Energia para o projeto de Porto de Pecém II, que foi vendido no leilão. Mas também a própria MPX tirou a usina de Porto do Açú das negociações, que ficaram 10% mais caro por causa da elevação do dólar de R$ 1,70, que foi tomado como base para o investimento, para R$ 1,96. (02.10.2008) Contrato definitivo para o envio de gás à Termelétrica de Cuiabá já estaria com a EPE O contrato definitivo para o envio de gás boliviano à Termelétrica de Cuiabá já está com a EPE, que administra a usina. Quem garante é do chefe do Escritório de Representações de Mato Grosso em Brasília, Jefferson de Castro Júnior. Ele diz que depois de muita negociação a YPFB concluiu um contrato, que inicialmente seria provisório, é foi transformado em firme e que já foi enviado à EPE. "O documento já está nas mãos da diretoria da termelétrica. Agora eles têm de avaliar e encaminha-lo ao MME para que o órgão aprove as cláusulas do contrato e então seja devolvido à Bolívia", diz ao informar que o produto sofreu nova alteração de preço. (02.10.2008) 15 Térmicas poderão despachar mais que o previsto pelo governo As usinas termelétricas poderão despachar por muito mais tempo do que o previsto pelo governo, de acordo com o diretor da PSR Cosultoria, Mário Veiga. Segundo ele, nos últimos leilões de energia foram contratados cerca de 5.200 MW de energia firme em fontes térmicas, igualando-se à energia firme oferecida pelas usinas do Madeira. "Com essa realidade, o preço da energia poderá aumentar para o consumidor, pois o custo de ter uma térmica operando é muito alto", afirmou Veiga. Ele explicou que o preço da energia termelétrica ofertada no leilão, em torno de R$ 145/ MWh, se refere apenas à receita fixa. (01.10.2008) Crise nos EUA afeta MPX A crise financeira mundial fará com que a MPX revise seu planejamento estratégico até o fim do ano, segundo o presidente da empresa, Eduardo Karrer. A idéia é priorizar alguns projetos em carteira de acordo com seus cronogramas de implantação. Os impactos mais visíveis causados pelo cenário econômico atual foram a desistência da Energias do Brasil em participar do projeto de ampliação da UTE Porto de Pecém II e a retirada da térmica Porto Açu do leilão A-5. O executivo afirmou que mesmo a energia da térmica Porto de Açu não tendo sido negociada no A-5, há ainda a possibildiade de vendê-la no mercado livre. A empresa vai aguardar os próximos meses para iniciar as obras do empreendimento na esperança de um arrefecimento da crise financeira dos EUA. (02.10.2008) Turbina para UTE da Petrobras A Siemens informa que, por montante não revelado, firmou contrato de fornecimento de turbina a vapor de 55 MW para a UTE ciclo combinado Euzébio Rocha que a Petrobras está erguendo no município de Cubatão (SP). A usina, que integra o complexo da Refinaria Presidente Bernardes, será alimentada a gás natural e conta também com uma turbina de 171 MW de potencia. O consumo de gás natural é estimado em 1,3 milhão de m³/dia, além de 300 mil m³ de gás de refinaria. A atual central elétrica, alimentada a óleo combustível, será desativada quando a UTE-EZR entrar em operação, por volta de junho de 2009. A troca de combustível trará melhoria da qualidade do ar na região e a nova usina deixará de utilizar 4 milhões de l/hora d'água, retirados hoje do rio Cubatão. (03.10.2008) MPX se prepara para investimentos na construção da térmica Porto de Pecém II A MPX Energia concluiu estruturação de hedge cambial para a parcela denominada em moeda estrangeira do investimento previsto para a construção da térmica Porto de Pecém II (CE-360 MW). A taxa de câmbio spot obtida foi de R$ 1,9213 por dólar. A térmica vendeu 16 276 MW médios a uma receita fixa de R$ 206,98 milhões por ano, corrigidos pelo IPCA. Segundo a MPX, a usina já foi enquadrada pelo BNDES para financiamento da totalidade da dívida e conta ainda com um empréstimo ponte de R$ 305 milhões do Citibank. (06.10.2008) Governo desembolsará R$ 2,2 bi anualmente por conta das UTEs A maciça presença de UTEs nos últimos leilões de energia nova tem levado os consumidores livres a iniciarem a contratação do produto com bastante antecedência, na tentativa de fugir dos altos preços praticados pelas térmicas.O coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico da UFRJ, Nivalde de Castro, afirma que o. Isso sem contar os gastos de compra de combustível caso elas precisem ser despachadas. Ele também acredita em aumento do preço das tarifas de energia por conta do crescimento das térmicas na matriz energética brasileira. Entretanto, Castro acredita numa mudança deste quadro nos próximos leilões."Por vinte anos, o governo não realizou estudos sobre o potencial hidrelétrico. Isso começou a mudar em 2004, com a criação da EPE. Essas pesquisas não foram feitas antes porque não havia demanda enfrentávamos uma crise econômica e, depois, por conta da perspectiva de privatização das estatais elétricas. Hoje, esses estudos voltaram a ser feitos, mas temos uma legislação ambiental com uma série de restrições. Na medida em que esses levantamentos forem concluídos e governo e empresas aprenderem a lidar com as novas leis ambientais, os próximos estudos acontecerão de forma mais rápida e haverá mais usinas hidrelétricas nos futuros leilões", acredita Castro. (08.10.2008) Recurso do BNDES para térmicas fica mais caro As empresas que venderam usinas termelétricas em leilões de energia nova e estavam esperando a liberação do financiamento do BNDES para este ano podem ter que arcar com uma alta no custo do financiamento. Isso porque os empréstimos para importação de equipamentos para essas usinas são indexados a um índice misto composto por dólar ou IPCA mais um outro índice chamado Encargos de Cesta de Moedas, atrelado a variação cambial. Um relatório do banco Santander, divulgado na semana passada, mostra que entre as companhias de capital aberto a MPX Energia, do empresário Eike Batista, e a EDP Energias do Brasil são as que correm o maior risco de terem seus empréstimos corrigidos. A MPX tem três importantes projetos nessa condição, segundo o relatório. A de Pecém I (720 MW), Itaqui I (360 MW) e Açu I (2,1 mil MW). (13.10.2008) Justiça confirma o adiamento de usina termoelétrica da MPX A Justiça Federal do Maranhão concluiu que o pedido de adiamento da primeira audiência pública para discutir a implantação da Usina Termoelétrica Porto do Itaqui, marcada para o 17 dia 18 de abril de 2008, foi correto e destituído de qualquer ilegalidade ou abuso de autoridade. O pedido de adiamento foi proposto pelo MPF/MA e pelo MP/MA. Na sentença, o juiz José Carlos do Vale Madeira considera que a finalidade da recomendação foi, "tão-somente, advertir os seus destinatários quanto às irregularidades detectadas pelo MPF e MP Estadual, conduta esta afinada com sua regular atuação". (13.10.2008) Fundo de investimentos recebe controle parcial de térmica Camaçari Muricy I A Aneel autorizou esta semana a transferência, da Morro do Conselho Participações Ltda para a MDC I Fundo de Investimentos em Participações, do controle acionário da Energética Camaçari Muricy I. Com a operação, a empresa atuará na implantação e exploração da usina térmica Camaçari Muricy I, localizada no município de Camaçari, na Bahia, e que possui 148 MW de capacidade instalada. Segundo a Aneel, a MDC I deterá 51% da participação acionária do empreendimento, enquanto os outros 49% permanecem com a Petrobras Distribuidora. A agência estabeleceu que a operação seja concluída em até 90 dias após a publicação de resolução no D.O.U. (14.10.2008) Oscilação do dólar ameaça a construção de termoelétricas A volatilidade do dólar traz mais um problema às autoridades que regulam o setor de energia no Brasil ao inviabilizar a implementação de empreendimentos de geração termoelétrica, os maiores vencedores dos recentes leilões de energia nova, em função do aumento da moeda norte-americana, afinal, as empresas têm que recorrer ao exterior para a aquisição de equipamentos, cujo preço é cotado pelo dólar. A EDP-Energias do Brasil é uma das companhias que iriam participar o leilão A-5 de 2008 com a usina Porto do Pecém II - em sociedade com a MPX -, mas desistiu em função de dúvidas quanto ao retorno do investimento. (16.10.2008) ONS aponta necessidade de 1 mil MW médios/mês para atingir nível-meta Para atingir o nível-meta no final de novembro de 2008, será necessário um despacho térmico adicional de 1 mil MW médios por mês em relação à geração térmica atualmente em operação - cerca de 5.500 MW, de acordo com o diretor-geral do ONS, Hermes Chipp. Segundo ele, o ONS pretende atingir o nível-meta, estipulado em 53% para o submercado Sudeste/Centro-Oeste e em 35% para o Nordeste, com o menor custo possível para o consumidor, ou seja, utilizando as térmicas mais baratas ainda disponíveis. Outro ponto levantado por Chipp foi o leilão das ICGs, marcado para acontecer em novembro desse ano. De acordo com ele, esse leilão vai possibilitar a entrada de 750 MW médios a partir de 2012 na matriz energética brasileira, poupando água dos reservatórios. (01.10.2008) 18 ONS: térmicas ficarão desligadas até meados de 2009 O diretor-geral do ONS, Hermes Chipp, afirmou que as usinas térmicas nacionais deverão ficar desligadas tanto durante o restante deste ano, quanto no primeiro semestre de 2009. "Tivemos um período de seca bastante favorável, dentro da média pluviométrica e em algumas bacias choveu até acima da média, o que nos permite uma larga margem de segurança no sistema", disse Chipp, em entrevista durante evento promovido pelo Grupo de Estudos do Setor Elétrico do Instituto de Economia da UFRJ (Gesel/UFRJ). Segundo ele, o nível dos reservatórios tanto no Nordeste, quanto na região Sudeste, está dentro da meta preestabelecida pelo ONS como sendo segura, que é de 35% e 53% respectivamente. (16.10.2008) Kelman: "priorizar térmicas é visão míope" O diretor-geral da Aneel, Jerson Kelman, classificou como 'uma visão míope' o fato de o Brasil ter licitado nos últimos leilões de energia mais térmicas do que hidrelétricas. "Se um marciano chegasse aqui, acho que ele teria sérias dificuldades para entender o que leva este país a desprezar o seu potencial hídrico e queimar óleo ou gás em usinas térmicas", afirmou o executivo ontem (1/10), no Rio de Janeiro. A crítica de Kelman se estende também à questão logística do combustível para abastecer as usinas. Segundo ele, ao ser priorizada a geração térmica não se pensou no custo, nem na questão ambiental com a emissão de poluentes durante o transporte. (01.10.2008) Light critica opção pelas usinas termelétricas No Encontro Nacional do Setor Elétrico, o presidente da Light, José Luiz Alquéres, criticou a opção pelas usinas termelétricas em detrimento das usinas hidrelétricas. Para Alquéres, existe uma "falência total do planejamento energético brasileiro" e que é necessário pensar uma nova forma de estruturar a oferta de energia no Brasil. Para isso, Alquéres defende a idéia de criar um leilão A-8, sob a condição de que o governo dê garantias de que as licenças ambientais para as usinas sejam liberadas em um prazo de até dois anos, no máximo. Além disso, defendeu também uma mudança na sistemática dos leilões de energia, onde as licitações seriam divididas por tipos de usina. (02.10.2008) 19 2.2 – ENERGIA NUCLEAR TCU aponta problemas em Angra 3 O relatório de irregularidades em obras federais, divulgado nesta terça-feira pelo TCU, apontou problemas em grandes obras que integram o PAC, como a usina nuclear de Angra 3 (RJ), o Rodoanel (SP) e a construção da ferrovia Norte-Sul. O tribunal decidiu não pedir a paralisação dessas obras, recomendando, porém, a retenção parcial do orçamento. Em Angra 3, o TCU encontrou sobrepreço no contrato para a retomada da obra e recomendou a retenção de R$ 469,3 milhões ao longo da construção. (01.10.2008) Eletronuclear diz que não pode ser considerado sobrepreço em contrato de Angra 3 A Eletronuclear informou ontem, (01/10), que o relatório de auditoria do Tribunal de Contas da União orienta a nova renegociação contratual para a retomada da construção da usina nuclear de Angra 3 (RJ, 1.350 MW), além de reconhecer particularidades de obras civis de uma usina nuclear. Em nota, a empresa avaliou que não pode ser considerado sobrepreço um contrato cujo aditivo para a retomada não foi assinado. A estatal destacou que o aditivo será firmado após apreciação do TCU, que verificará o atendimento às orientações estabelecidas após a auditoria. A empresa comunicou ainda que não foram constatados indícios de irregularidade grave nas obras de Angra 3 que recomendem a paralisação da construção da usina. (01.10.2008) Exigências ambientais ameaçam Angra 3 O início das obras de Angra 3 deverá atrasar. O cronograma inicial previa operações a partir de 2014. Segundo o diretor de comunicação da Aben, Edson Kuramoto, o atraso nos licenciamentos e as condicionantes impostas pelo Ibama vão fazer com que as obras atrasem e a usina entre em operação somente em 2015. Segundo ele, com as exigências, é necessário realizar novos estudos, que poderão impactar o preço final. Há uma semana, o assessor da presidência da Eletronuclear, Leonam Guimarães, afirmou que a tarifa deveria ficar em R$ 140 MW/h. (03.10.2008) Localização de nucleares em estudo 20 Um grupo de estudo, coordenado pelo secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do MME, Altino Ventura Filho, começou a analisar as localizações das próximas usinas nucleares. O grupo é formado por especialistas do ministério, da EPE e da Eletronuclear. A informação é do diretor de estudos de energia elétrica da EPE, José Carlos de Miranda Farias, que participou do Congresso Nacional de Geração Térmica & Combustíveis, realizado nesta segunda-feira (06/10). A Eletronuclear prevê instalar mais quatro centrais nucleares até 2025, cada uma com capacidade instalada de 1.000 MW, além de Angra 3. (06.10.2008) Lobão: turbulência não prejudicará Angra 3 O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, garantiu que a crise internacional não prejudicará os investimentos do governo federal previstos para a construção da usina nuclear Angra 3, no estado do Rio de Janeiro. "A determinação do presidente Lula é a de darmos seqüência a tudo que estava previsto para Angra 3 ou qualquer hidrelétrica prevista no PAC", disse. A declaração do ministro foi dada na manhã de ontem, após a assinatura de concessão de 19 linhas de transmissão de energia elétrica, leiloadas pela Aneel. (17.10.2008) Brasil está próximo de acordo com a União Européia em fusão nuclear O Brasil ficou mais próximo de um acordo com a Euratom no domínio específico de fusão nuclear, faltando resolver alguns aspectos de propriedade intelectual, segundo diplomatas. O acordo dará ao Brasil acesso ao consórcio internacional que desenvolve a tecnologia do futuro para geração de eletricidade renovável e limpa através da fusão nuclear. O embaixador brasileiro na União Européia, Ricardo Neiva Tavares, estima que a área do relacionamento bilateral que mais tem avançado nos últimos tempos é justamente no campo da ciência e tecnologia. (24.10.2008) 21 2.3 – OUTRAS FONTES DE ENERGIA Menos R$ 964 mi para a CCC A Aneel pretende reduzir em cerca de R$ 964 milhões a arrecadação anual da CCC. A previsão é que no dia 10 de outubro a agência finalize o processo de consulta pública sobre proposta de resolução que fará com que o custo do combustível usado pelas térmicas a óleo da região Norte seja calculado com base na média dos preços apurados pela ANP. O diretor-geral da Aneel, Jerson Kelman, acredita que, se tudo correr dentro dos planos, a medida entre em vigor no próximo ano. (01.10.2008) Biomassa: ONS e empreendedores se reúnem para discutir procedimentos Cinqüenta e um empreendedores de biomassa de cana-de-açúcar se reuniram esta semana com o ONS para esclarecimentos de procedimentos de rede, acesso à rede básica, assinatura de pareceres de acesso e conexão física. Segundo Carlos Roberto Silvestrin, presidente da Cogen-SP, eles têm potência instalada de 3,5 mil MW e colocarão no sistema 2,4 mil MW até 2013. (02.10.2008) Cosan investe mais em co-geração de energia com a cana-de-açúcar O Grupo Cosan, maior produtor e processador de cana-de-açúcar do mundo, mostra que o investimento em co-geração de energia a partir do bagaço e da palha da cana-de-açúcar é realmente a aposta do setor para futuro. A companhia acaba de concluir a expansão da Usina Gasa, localizada em Andradina. Além de a capacidade de moagem da planta industrial ter sido triplicada, a usina ganhou uma unidade termoelétrica, reforçando a posição da companhia de maior produtora de energia do mundo. (06.10.2008) Cosan comercializa energia de Paraúna A Cosan comercializou energia da unidade Paraúna, totalizando 4.599 GWh com contratos de cerca de R$ 670 milhões. De acordo com a empresa, a planta de co-geração será de ordem de R$ 190 milhões. A unidade, ligada a subsidiária Cosan Centroeste SA Açúcar e Álcool, levando-se em conta a capacidade mínima do projeto de co-geração e a energia já comercializada, tem potencial disponível para venda futura de 23%. (06.10.2008) Térmicas habilitadas no leilão de reserva As térmicas a biomassa Vale do Tijuco (200 MW) e Conquista do Pontal (1300 MW) foram finalmente habilitadas como vencedoras do 1º leilão de energia de reserva, que 22 ocorreu em 14/08. As companhias não estavam autorizadas, pois a Aneel havia resolvido pelos documentos inicialmente entregues pelas companhias - que estas não atingiam o índice mínimo de liquidez geral necessário para a venda. Em reunião nesta terça-feira (7/10), o órgão regulador acatou os argumentos apresentados pelas empresas. Para chegar ao índice, no cálculo, a agência não considerou os adiantamento para futuro aumento de capital como patrimônio líquido, o que havia prejudicado as sucroalcooleiras. Os adiantamentos eram utilizados apenas por uma prática contábil. (07.10.2008) Biomassa gerando o ano todo Várias usinas de cana-de-açúcar, principalmente no estado de São Paulo, estão negociando fornecimento de energia excedente para o mercado com disponibilidade para o ano todo e não somente durante o período de safra, entre dezembro e março. A maior produtividade é resultado da queima conjunta da palha e do bagaço nas caldeiras, o que eleva o rendimento da biomassa. Onório Kitayama, consultor de energia da Unica, explica que a palha que passou a ser queimada nas caldeiras é resultante justamente da colheita mecanizada onde esse sistema já passou a ser adotado. Ou seja, em áreas de pouca declividade ou onde os donos de usina decidiram se antecipar à legislação que proíbe a prática de queimadas. (07.10.2008) Lanxess vai gerar energia com bagaço de cana A Lanxess vai construir uma unidade de co-geração de energia utilizando bagaço de canade-açúcar para suprir sua fábrica em Porto Feliz (SP). A empresa alemã de especialidades químicas investirá R$ 18,5 milhões no projeto até 2010, que irá substituir a compra externa de energia elétrica. Do total a ser investido, 80% será financiado pelo BNDES. A intenção da Lanxess é montar uma unidade geradora de 4,5 MW de energia, de forma a alimentar exclusivamente à sua fábrica, que produz óxido de ferro, utilizado nas áreas de construção civil, tintas e cosméticos. A unidade de co-geração deve gerar 12 empregos diretos. (08.10.2008) Com mais térmicas, mercado livre busca PCHs e biomassa O governo por meio da EPE e do MME vem reclamando da dificuldade enfrentada em incluir projetos de UHEs nos leilões de energia nova. Na semana passada, o secretárioexecutivo do MME, Márcio Zimmermann, voltou a dizer que o governo espera inverter já no ano que vem a proporção de 80% de UTEs e de 20% de hídricas dos leilões. Para isso, a expectativa é leiloar oito UHEs em 2009. O coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico da UFRJ, Nivalde de Castro, acredita que o mercado livre vai recorrer às PCHs e às usinas a biomassa enquanto novas UHEs não são leiloadas."O governo poderia ter 23 esperado um pouco mais e não ter realizado o último leilão de energia nova A-5. Uma térmica é construída rapidamente e se poderia esperar um pouco mais para que outras hidrelétricas fossem ofertadas, e não apenas Baixo Iguaçu. Acredito que algumas UHEs não foram a leilão justamente porque as empresas estão diante de um momento de crise financeira, com dificuldades de estabelecerem os custos de financiamento", critica. (08.10.2008) UTE Santa Rita com capacidade ampliada A usina Santa Rita Açúcar e Álcool está autorizada a ampliar a capacidade instalada da UTE Santa Rita, conforme comunicado expedido nesta quinta-feira (09/10) pela Aneel. A capacidade da térmica passará dos atuais 5,2 MW para 6,4 MW com a instalação de uma turbina a vapor, a partir de cogeração, de 1,2 MW. (09.10.2008) Unioeste treina para biogás Começa amanhã (10/10) o curso "Atualização em Geração Distribuída de Energia Elétrica com Biogás", promovido pela Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), em parceria com a Fundação Parque Tecnológico da Itaipu e a Plataforma Itaipu de Energias Renováveis. O curso vai até o dia 13 de dezembro, totalizando 120 horas, distribuídos em três módulos de 40 horas: Gestão de Biomassa Residual, Tecnologia do Biogás e dos Biofertilizantes e, o terceiro, Conversão de Energia e Geração Distribuída. (09.10.2008) Redução de Tust para térmica A Aneel reduziu em 50% as tarifas de uso dos sistemas de transmissão e distribuição para transporte da energia comercializada pela unidade 1 da térmica Santa Elisa. Instalada no município de Sertãozinho, em São Paulo, a usina tem capacidade instalada de 58 MW e pertence a Companhia Energética Santa Elisa, que também atua na produção e comercialização de álcool. De acordo com despacho expedido pela Superintendência de Concessões e Autorizações de Geração da Aneel nesta sexta-feira (10/10), o percentual da redução deverá ser mantido enquanto a potência da unidade for menor ou igual a 30 MW. (10.10.2008) Italianos no EPC de Pecém II 24 A MPX assinou no início de outubro um pré-contrato com a Maire Engineering do Brasil para a realização do serviço de EPC da segunda etapa da térmica a carvão de Pecém (CE), de 350 MW. Avaliado em € 245 milhões, o contrato definitivo deverá ser assinado no fim de outubro. O anúncio da negociação foi feito no início do mês pela Maire Engineering do Brasil, subsidiária da italiana Maire Tecnimont. No fim de setembro, a MPX negociou 276 MW de energia da usina no leilão A-5, com duração de 15 anos, a partir de 2013. O investimento total na planta é de € 350 milhões. (14.10.2008) Sanepar poderá vender energia limpa para a Copel Técnicos da Aneel visitaram a Estação de Tratamento de Esgoto Ouro Verde, em Foz do Iguaçu, para avaliar a possibilidade de venda da energia renovável produzida pela Sanepar para a Copel. O processo transforma o gás metano, subproduto do tratamento de esgoto, em biogás, que é usado para a geração de energia elétrica. Dados da companhia apontam que, com geração diária de 50 metros cúbicos de biogás, o sistema de Foz do Iguaçu tem potencial para gerar 16,2 mil kWh por ano. Considerando que o seu consumo está em torno de 1,2 mil kWh por ano, há excedente de energia em torno de 15 mil kWh/ano, que poderão ser comercializados com a Copel por meio do sistema de geração distribuída. (16.10.2008) Unica diz que biomassa não terá reflexos da crise financeira internacional O presidente da União da Indústria da Cana-de-Açúcar, Marcos Jank, disse que a crise financeira internacional não deve afetar os investimentos de empresas que fecharam contratos no leilão de energia de reserva, realizado em agosto. Segundo Jank, os fornecedores de equipamentos estão se reestruturando para atender o excesso de pedidos que estão verificando nos últimos meses. (16.10.2008) Santelisa Vale renegocia dívida de US$ 300 mi O banco americano Goldman Sachs acaba de sofrer mais uma perda em investimentos no país. O grupo Santelisa Vale, de Sertãozinho (SP), o terceiro maior grupo de açúcar e álcool do país, confirmou que está refinanciando dívidas de curto prazo estimadas em US$ 300 milhões. O Goldman Sachs tem 15% do capital da empresa, segundo apurou o Valor, após ter investido R$ 400 milhões. A complicada situação da Santelisa Vale veio se juntar às dificuldades da empresa de aviação BRA, na qual o Goldman Sachs também tem uma participação minoritária. A empresa está sem operar desde o final de 2007 e em recuperação judicial, com dívida de R$ 220 milhões, a maior parte com bancos. As 25 condições da Braspelco, das quais o Goldman Sachs é credor, não são mais confortáveis (20.10.2008) Térmica da Cosan em teste A Aneel liberou para início de operação em regime de teste duas unidades geradoras, de 25 MW cada, da termelétrica Rafard (50 MW), da Cosan Bioenergia. A térmica, movida a biomassa da cana-de-açúcar, fica em Rafard (SP). Em dezembro do ano passado, a Aneel havia autorizado a Cosan a ampliar a térmica em 7 MW. A energia da térmica, assim como a de outra térmica da empresa - Costa Pinto (65,5 MW) -, suprirá contrato de venda de 22 MW médios à CPFL, recentemente anunciado pela produtora de álcool. O fornecimento é válido por um período de seis meses. As térmicas começam a operar no início de 2009. (21.10.2008) Comercializadora inicia operação de planta de cogeração em cerâmicas A Cogeração Comercializadora implantou na última semana a segunda planta de cogeração em cerâmicas do Brasil. Segundo a empresa, a planta possui uma unidade geradora a gás natural com 4,915 MW de capacidade instalada e pertence à Biancogrês Cerâmica. A usina opera no município de Serra, no Espírito Santo. A Aneel concedeu desconto de 50% nas tarifas de uso do sistema. A empresa também representará o empreendimento na CCEE, além de comercializar seus excedentes elétricos. (21.10.2008) Cosan Bioenergia inicia testes de unidades geradoras da UTE Rafard A Aneel autorizou a operação em teste das unidades geradoras 1 e 2 da UTE Rafard, em São Paulo. A Cosan Bioenergia, responsável pelo empreendimento, terá até 60 dias para enviar relatório final confirmando ou corrigindo a potência das unidades, estimada em 25 MW cada. Com capacidade instalada de 50 MW, a térmica está localizada no município de Rafard, segundo despacho 3.823 publicado no D.O.U. desta terça-feira, 21. A Aneel liberou também a operação das unidades 1 e 2 da PCH Sucupira, no Mato Grosso. Segundo despacho 3.818 publicado na edição do D.O.U. da última segunda-feira, 20, cada unidade tem potência instalada de 2,25 MW, totalizando 4,5 MW. (22.10.2008) Três térmicas no PAC O MME enquadrou três térmicas no Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infra-Estrutura (Reidi), conforme publicado na edição de ontem 26 (23/10) do Diário Oficial. Juntas, as três centrais somam 590,4 MW. Dos empreendimentos que serão beneficiados, dois estão situados em São Luís, capital maranhense: a UTE Termomaranhão, da Diferencial Energia Empreendimentos e Participações, e a Central Termelétrica Cogeradora Alumar, de empresa homônima. A Termomaranhão terá potência instalada de 350,2 MW e usará carvão mineral como combustível. Já a potência instalada da Alumar será de 75,2 MW. A UTE Tocantinópolis (165 MW) está localizada no município homônimo, em Tocantins. (23.10.2008) Costa Pinto liberada para teste A Aneel liberou para início de operação em regime de testes três unidades geradoras, de 25 MW cada, da UTE Costa Pinto (75 MW), movida a biomassa de cana-de-açúcar. A unidade fica em Piracicaba (SP) e pertence à Cosan.Na última terça-feira (21), a Aneel liberou para início de operação em regime de teste duas unidades geradoras, de 25 MW cada, da termelétrica Rafard (50 MW), também da Cosan Bioenergia. Juntas, a energia das térmicas Costa Pinto e Rafard suprirá contrato de venda de 22 MW médios à CPFL, recentemente anunciado pela produtora de álcool. O fornecimento é válido por um período de seis meses. (23.10.2008) Meio ambiente aprova carvão O Conselho Estadual de Meio Ambiente do Pará emitiu a licença prévia para a construção da térmica Barcarena (600 MW), em Belém (PA). Na reunião realizada ontem (22/10), apenas dois dos 13 conselheiros do Coema foram contra a decisão. A usina, a Vale, será movida a carvão mineral importado e custará US$ 1 bilhão. Os técnicos da Secretaria de Meio Ambiente do Pará levaram dezoito meses para analisar o estudo e o relatório de impacto ambiental da térmica. Uma das maiores preocupações era o destino das cinzas resultantes da operação da usina. A secretaria não aceitou a instalação de um pátio de cinzas na planta do empreendimento, como estava previsto no projeto original da Vale. Após discussões do projeto, ficou decidido que o carvão e o gesso utilizados na usina serão aproveitados por uma fábrica de cimento. (23.10.2008) Térmicas geram ônus de R$ 7,5 bi O vice-presidente de Gestão de Energia do Grupo CPFL Energia, Paulo César Tavares, disse nesta terça-feira (28/10) que o volume de geração térmica a óleo contratado nos últimos leilões poderá trazer em 2009 um custo adicional da ordem de R$ 7,5 bilhões ao bolso do consumidor. O montante corresponde a pouco menos do volume de recursos gasto pelo governo federal com o programa Bolsa Família no ano passado, sendo que o risco desse dispêndio extra para o sistema é calculado em 5%. (28.10.2008) 27 Térmica em Manaus será ampliada A Aneel autorizou nesta terça-feira (28/10), durante reunião de diretoria, a ampliação da capacidade instalada da térmica Flores. Com a instalação de novas turbinas, a planta passará dos atuais 14,4 MW instalados para 93,7 MW instalados. A usina, instalada na cidade de Manaus (AM), utiliza óleo combustível como combustível e tem nove unidades geradoras de 1,6 MW, cada. A ampliação da térmica em 79.360 MW será feita com 70 novas unidades geradoras da Cummins, sendo 22 do modelo QSK-60, de 1,6 MW, e 48 unidades do modelo KTA 50 G3, com capacidade nominal de 1,3 KW. Segundo a agência, a ampliação da usina é de caráter emergencial, devido a situação crítica de suprimento de energia elétrica da região metropolitana de Manaus. (28.10.2008) Termelétrica a carvão da Vale tem aval do governo do Pará O Conselho Estadual do Meio Ambiente do Pará analisa na próxima semana a polêmica instalação da primeira usina termelétrica do Estado, localizada no município de Barcarena (40 quilômetros ao sul de Belém). Totalmente financiada com capital privado da Vale, a térmica abastecerá a siderúrgica anunciada pela empresa há cerca de dois meses. A capacidade de geração será de 600 MW e o investimento na ordem de US$ 600 milhões, criando dois mil empregos diretos no período de construção. O Ministério Público do Pará é contra a obra, lembrando que a empresa não analisou outras alternativas menos poluentes, como energia eólica e biomassa. (14.10.2008) Térmica da Vale é aprovada O Conselho Estadual de Meio Ambiente do Pará aprovou , ontem, a licença prévia para a usina termelétrica da Vale, em Barcarena. O projeto, que teve oposição do Ministério Público, foi aprovado por 10 votos a dois. A Federação dos Trabalhadores na Agricultura também votou contra. A térmica vai gerar 600 MW e consumir 1,8 milhão de toneladas/ano de carvão. O investimento é de US$ 898 milhões e começa a operar no segundo semestre de 2011. (23.10.2008) Multado pelo Ibama, Eike doa R$ 11 milhões para Minc O empresário Eike Batista, dono de uma siderúrgica multada em mais de R$ 29 milhões pelo Ibama e de termelétricas a carvão que são alvo de pelo menos quatro ações civis públicas, foi recebido ontem com reverência e aplausos no MMA. Ele assinou, com o ministro Carlos Minc, três acordos em que se compromete a doar R$ 11,4 milhões para a manutenção de três unidades de conservação ambiental. Foi chamado pelo ministro de "grande empresário". Em entrevista ao lado de Minc, após o ato de assinatura, Batista disse 28 que pode até fechar as portas da MMX em Corumbá, pelas dores de cabeça que ela dá nas questões ambientais. (15.10.2008) Balanço entre oferta e demanda apresenta excedente estrutural até 2013 O presidente da EPE, Mauricio Tolmasquim, disse nesta quarta-feira, que o balanço entre oferta e demanda apresenta excedente estrutural até 2013. Segundo ele, a avaliação da EPE, periódica, mostra reversão do quadro energético do ano que vem - para o qual era projetado déficit. As razões para o excedente são a constatação da redução da demanda, a entrada no cenário de projetos de biomassa não previstos anteriormente e oferta de térmicas não contabilizadas. Tolmasquim ressaltou que nos anos de 2012 e 2013 o excedente pode aumentar após a realização dos leilões de energia nova A-3, para início de entrega da energia naqueles anos. Para essa avaliação, observou, o balanço oferta x demanda não incluem a energia de reserva. (01.10.2008) Aneel divulga nota técnica com mudanças no cálculo da CVU de térmicas a óleo A Aneel disponibilizou até a próxima segunda-feira, 13 de outubro, a nota técnica nº 239/2008, sobre alteração no cálculo do reajuste do custo variável unitário das térmicas a óleo, que comercializaram energia no 1º leilão de energia nova, realizado em 2005. A medida afeta a base de referência dos preços de óleos combustível e diesel. A mudança se deve a discrepância nos resultados esperados na primeira atualização dos valores neste ano. Segundo a nota técnica, alguns agentes tentaram a impugnação da metolodologia empregada, mas não tiveram sucesso junto ao MME e recorreram à Justiça. Uma apuração das superintendências de Estudos de Mercado e de Regulação dos Serviços de Geração mostrou que a aplicação dos preços de combustíveis disponibilizado pela ANP na fórmula de reajuste apresentava distorção "até então despercebida", inclusive pelos agentes afetados. Para contornar os problemas, as superintendências sugeriram uma nova fórmula de cálculo. (08.10.2008) 29