Tipografia

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Tipografia
Classificação das famílias
Produção Gráfica 1
Tipografia
A classificação a seguir foi adaptada da
classificação adotada pela ATypl –
Association Typographique Internacionale,
conhecida como Vox/Atypl.
Parte 2
Por esta classificação as famílias de fontes
são divididas em sete grandes classes, por
sua vez divididas em subclasses.
(Desta classificação só veremos as cinco classes mais
conhecidas)
Nina Rezende - IESP - 2005
Reconhecimento das famílias de fontes
A partir da observação das variações
estruturais dos caracteres é possível
diferenciar as diversas famílias.
1 - ROMANOS
1.1 HUMANISTAS
1.2 GARALDOS
1.3 TRANSICIONAIS
Há alguns caracteres que, em geral,
permitem uma diferenciação mais rápida das
famílias, são eles:
Apesar de pertencerem a três
subclasses diferentes, os
caracteres têm em comum a
origem.
Seus desenhos são baseados
nas inscrições encontradas
nos monumentos romanos
antigos e na maneira de
segurar a pena, na escrita a
mão.
A M O Q Re W e a
d e g m o p y 1 4 7
Nina Rezende - IESP - 2005
1
1 - ROMANOS
1 - ROMANOS
Exemplos:
1.1 HUMANISTAS
1.1 HUMANISTAS
1.2 GARALDOS
1.3 TRANSICIONAIS
Venetian Old Style (cerca de 1475)
Características principais:
Serifa
triangular
ligadas às
hastes por
curvas
1.2 GARALDOS
AO
Inclinação do
eixo para
esquerda.
(Ênfase
diagonal)
Garamomd (1530)
1.3 TRANSICIONAIS
Times (1936)
1 - ROMANOS
1 - ROMANOS
Exemplos:
1.4 DIDONES
Este termo vem da junção dos nomes do francês Didot e o
Italiano Bodoni. Eles seguem a tendência aberta pelos
transicionais, baseando em rígidas proporções matemáticas.
Bodoni (1818)
Características principais:
Eixo vertical
Contraste
acentuado
entre as
hastes.
1.4 DIDONES
Serifas
lineares
principalmente
nas minúsculas
Bodnoff
Fino
Grosso
Nina Rezende - IESP - 2005
2
1 - ROMANOS
1 - ROMANOS
Exemplos:
1.5 MECANIZADOS
Têm origem na Revolução Industrial e no crescimento do
mercado publicitário.
1.5 MECANIZADOS
Foram desenhados para serem vistos de longe, por isso
tendem a ser mais pesados.
Características principais:
Serifas
marcantes e
quadradas.
Memphis (1919)
Serifas
marcantes
mas com
curvas
discretas
Clarendon
Outros exemplos: Courier, American Typewriter, etc
Nina Rezende - IESP - 2005
2 - LINEARES
2 - LINEARES
2.1 GROTESCOS
2.1 GROTESCOS
2.2 GEOMÉTRICOS
Foram os primeiros tipos a surgirem sem a utilização da
serifa em seus desenhos. Este padrão tem origem no sec.
XIX.
2.2 HUMANÍSTICOS
Característica principal:
Hm
Franklin Gothic (1904)
2.2 HUMANÍSTICOS
Começaram a surgir a partir de 1928.
Gill Sans (1928)
Ausência de serifas
Nina Rezende - IESP - 2005
3
2 - LINEARES
2 - LINEARES
2.4 NEGROTESCOS
2.3 GEOMÉTRICOS
Têm origem no movimento modernista, com inspiração
geométrica e racionalista. Começaram a ser difundidos a
partir de 1930.
São monolineares (não há contraste entre as hastes).
Difundidos a partir de meados da década de 50, têm um
desenho cuidadoso, com forte preocupação com a
legibilidade, tanto para corpos grandes quanto para
pequenos.
Muito empregados em projetos de sinalização.
Helvétiva (1957)
Futura (1929)
Outros exemplos: Univers, Arial.
Outros exemplos: Avant-Garde, Eurostyle
3 - INCISOS
4 - MANUAIS
4.1 DECORATIVOS
Incisos são tipos que possuem semiserifas (serifas
pequenas).
São tipos que parecem mais desenhados do que
propriamente escritos.
Usados comumente em logotipos, cartazes, anúncios, etc.
Não são recomendados para textos corridos.
Albertus (1932)
Beehive
Outros exemplos: Friz Quadrata, Amhest, France.
Outros exemplos: Frankhighlight, LiquidCrystal.
4
5 - MANUSCRITOS
5 - MANUSCRITOS
São os tipos que imitam a escrita cursiva (a mão).
Escrita com pena
English111Vivace
Staccato222
Escrita com pincel
Nina Rezende - IESP - 2005
Nina Rezende - IESP - 2005
Recomendações
Os tipos Manuais Decorativos e os Manuscritos não
são recomendados para textos longos. Também não
devem ser colocados todos em caixa alta.
Bibliografia
ARAÚJO, Emanuel. A Construção do Livro. Rio de
janeiro: Nova fronteira, 1995.
BAER, Lorenzo - Produção gráfica. São Paulo: Senac
Editora, 1999.
Você consegue ler sem problemas o texto acima ?
Evite colocar todo o texto em caixa alta, independente do
estilo da fonte. A leitura torna-se mais cansativa e
desagradável. Quando os caracteres estão em caixa alta e
baixa, cria-se um ritmo de leitura mais agradável para o
leitor.
Williams Robin. Design para quem não é designer. Noções
básicas de planejamento visual. São Paulo: Callis, 1995
NIEMEYER, Lucy. Tipografia: uma apresentação. Rio
de Janeiro: 2AB. 2003.
Nina Rezende - IESP - 2004
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