Declaração Ambiental 2011
Transcrição
Declaração Ambiental 2011
Declaração Ambiental Fábrica Secil l Outão 2011 Fábrica Secil-Outão SECIL – Companhia Geral de Cal e Cimento, S.A. Capital: 264 600 000 Euros Sede: Outão – SETÚBAL Contribuinte nº 500 243 590 Matric. Conservatória Registo Comercial de Setúbal nº 3091/310313 a folha 152 do livro C.2 Fábrica Secil-Outão Apartado 71 2901-864 SETÚBAL Código NACE: 23.51 – Fabricação de Cimento CAE: 23 510 Declaração Ambiental Fábrica Secil l Outão 2011 Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011 Índice I. Objectivos e âmbito ............................................................................................................................................. 25 I.1 Nota introdutória ........................................................................................................................................................ 25 II. A Fábrica Secil-Outão ........................................................................................................................................ 6 II.1 Processo de fabrico ................................................................................................................................................. 6 II.2 Plano de Desempenho Ambiental ........................................................................................................................... 7 II.3 Entradas e saídas do processo de fabrico 9 ........................................................................................................... III. Programa de melhoria 2011 ............................................................................................................................ 210 IV. Desempenho ambiental ................................................................................................................................... 17 IV.1 Consumo de recursos naturais ............................................................................................................................... 17 IV.1.1 Racionalização do consumo de matérias-primas naturais ............................................................................................ 17 IV.1.2 Requalificação Ambiental das Pedreiras e Protecção da Biodiversidade ...................................................................... 17 IV.2 Consumo de energia ................................................................................................................................................. 20 IV.2.1 Energia térmica ..................................................................................................................................................... 20 IV.2.2 Energia eléctrica .................................................................................................................................................. 20 IV.3 Consumo de água .................................................................................................................................................... IV.4 Emissões atmosféricas 22 ........................................................................................................................................... 23 IV.4.1 Emissões fixas ...................................................................................................................................................... 23 IV.4.2 Emissões de CO2 | Responsabilidade Climática ..................................................................................................... 26 IV.4.3 Emissões difusas ................................................................................................................................................... 28 IV.5 Produção de resíduos ............................................................................................................................................. IV.6 Emissão de ruído para o exterior 30 .......................................................................................................................... 31 IV.7 Produção de águas residuais ................................................................................................................................... 32 IV.8 Transporte ................................................................................................................................................................... 36 V. Emergências Ambientais 37 ................................................................................................................................ VI. Comunicação com as Partes Interessadas ........................................................................................... 37 VII. Novos diplomas legais e acções implementadas............................................................................... 39 VIII. Programa de Melhoria 2012 ......................................................................................................................... 42 IX. Glossário .................................................................................................................................................................. 43 X. Declaração do Verificador Ambiental sobre as Actividades de Verificação e Validação .................................................................................................................................... 47 Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011 4 Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011 I Objectivos e âmbito A Secil-Outão ao adoptar voluntariamente o EMAS (Sistema Comunitário de Ecogestão e Auditoria) compromete-se a avaliar, a gerir e a melhorar o seu desempenho ambiental continuadamente. Esta Declaração é assim o resultado do compromisso assumido em comunicar às nossas partes interessadas, de forma transparente, os nossos resultados. Pretendemos assim publicar informação relativa aos aspectos ambientais cujo impacte é mais significativo e quais as políticas e medidas que têm vindo a ser adoptadas, no sentido de minimizar os impactes negativos e potenciar os positivos. Esta é a sexta Declaração publicada e corresponde ao período entre 2009 e 2011, tendo sido elaborada à luz dos requisitos do Regulamento EMAS III. Na Internet encontra-se disponível uma versão electrónica da Declaração, no endereço: www.secil.pt.. E porque entendemos que este documento é um instrumento de comunicação e diálogo com o público e outras partes interessadas, convidamos todos a participar no nosso Sistema de Gestão Ambiental, apresentando dúvidas, sugestões ou criticas para o endereço: [email protected] para que o possamos continuamente melhorar g I.1 Nota introdutória Em resultado de uma iniciativa de auscultação e envolvimento dos nossos colaboradores na Declaração Ambiental, denominada Painel EMAS, esta sofreu algumas alterações face às dos anos anteriores. É de salientar, que as alterações mencionadas são apenas de apresentação de resultados, não tendo sido alterado o seu conteúdo. No Painel EMAS, vários grupos de colaboradores foram desafiados a melhorar a forma como apresentamos o nosso desempenho ambiental, tendo sido as suas sugestões incorporadas na presente Declaração, das quais salientamos: A aplicação adicional de símbolos na interpretação do desempenho, nomeadamente a abordagem dos sorrisos, introduzida em 2008 como forma de facilitar a comunicação, foi considerada por vezes contraproducente, uma vez que se sobrepunha a uma leitura mais detalhada das razões apontadas, muitas vezes importante, e por outro lado também poderia criar alguma confusão quando os objectivos e o desempenho não tinham ambos a mesma evolução. Foi por isso retirada. O Regulamento EMAS III introduziu a obrigatoriedade de comunicar os principais indicadores de desempenho ambiental, assim como as três componentes que os compõem – valores A, B e R. Assim, substituímos a forma gráfica de apresentar os consumos/emissões globais de cada ano (valores A e B), apresentando agora um diagrama de Entradas/Saídas/Emissões com a fábrica em Plano de Fundo. O valor R, que representa o rácio entre os valores A e B, é apresentado ao longo da Declaração Ambiental. No Programa de Melhoria modificámos a metodologia para aferição do seu grau de cumprimento, substituindo os quatro estados anteriores por uma nova simbologia (ver capítulo III). O foco da maioria das alterações está na simplificação e clarificação da informação reportada. Uma delas, é a associação dos aspectos ambientais às fases do processo onde a sua ocorrência é mais significativa, razão pela qual introduzimos uma simbologia do processo de fabrico (ver capítulo II.1). Alterámos também alguns gráficos, nomeadamente o gráfico da monitorização em contínuo das emissões atmosféricas, que anteriormente era “em teia” e que agora é um gráfico “de barras”, para que mais facilmente se perceba quão abaixo estamos dos Valores Limites de Emissão. Nas Declarações Ambientais anteriores, para cada Aspecto Ambiental, dispunhamos de dois gráficos – um que evidenciava o consumo/emissão por tonelada de cimento equivalente (índices de eco-eficiência), e um outro que evidenciava o cumprimento dos objectivos definidos internamente. Decidimos deixar apenas um, geralmente aquele que melhor reflecte o desempenho da fábrica face ao aspecto ambiental em questão. Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011 5 II A Fábrica Secil-Outão A Fábrica Secil-Outão está situada na localidade do Outão, freguesia de Anunciada, concelho de Setúbal, distrito de Setúbal, estando inserida no Parque Natural da Arrábida junto ao Rio Sado. Esta localização privilegiada permite-lhe ter dois cais acostáveis, dotados de meios autónomos de carga e descarga simultâneas, e acesso a um terminal rodoviário (Praias do Sado). A Fábrica emprega 252 pessoas, distribuídas pelos diversos departamentos. A actividade principal da instalação é a produção e expedição dos seguintes produtos: g Clínquer cinzento g Cimento Portland EN 197-1 – CEM I 42,5R g Cimento Portland de calcário EN 197-1 – CEM II/B-L 32,5N g Cimento Portland de calcário EN 197-1 – CEM II/A-L 42,5R g Cimento Portland de calcário EN 197-1 – CEM II/B-L 42,5R g Cimento Pozolânico EN 197-1 – CEM IV/A (V) 32,5R A Fábrica Secil-Outão dispõe de uma Licença Ambiental, concedida pela autoridade competente em 20 de Outubro de 2006, e actualizada em 30 de Maio de 2008 (LA n.º 37A.1/2006). Além da Licença Ambiental, a fábrica tem ainda uma Licença de Exploração (LE) e uma Licença de Instalação (LI), ambas actualizadas em 2011 – LE n.º 3/2007/INR e LI n.º 2/2011/DOGR – que regulamentam a actividade de co-incineração. II.1 Processo de fabrico De forma a evidenciar, de uma forma simples, a correspondência entre os aspectos ambientais e o processo de fabrico, introduzimos uma simbologia com as principais fases do processo. Assim, em cada aspecto ambiental estará representada a fase do processo onde a sua ocorrência é mais relevante. Nos casos em que o aspecto ambiental não está directamente associado a uma, ou mais, fases do processo, utiliza-se o símbolo da fábrica (ex. água residuais e resíduos). Global Fábrica Exploração Pedreiras 6 Moagem cru Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011 Cozedura Moagem cimento Embalagem e Expedição II.2 Plano de Desempenho Ambiental Na sequência dos pedidos de alteração das Licenças de Instalação e de Exploração da fábrica foi necessário proceder à actualização do Plano de Desempenho Ambiental, no qual foi proposto os novos VLE e prazos de implementação das MTD’s respectivas. A redução dos valores limite de emissão proposta implicará a utilização de tecnologias de redução várias, nome- adamente relativamente ao NOx (que implicam alterações ao nível dos consumos energéticos e emissões de NH3) e, ainda, a investimentos consideráveis na alteração dos equipamentos de remoção de partículas (novos filtros e novos ventiladores de tiragem, com o respectivo acréscimo de consumo de energia eléctrica e de emissões indirectas de CO2). Estas acções constam do Programa de Melhoria. Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011 7 Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011 II.3 Entradas e saídas do processo de fabrico Emissões Emissões fixas 2009 2010 2011 Partículas (t) ........... CO (t) ..................... NOx (t) ..................... SO2 (t) ..................... HCl (t) ..................... HF (t) ....................... COT (t) .................... 0,04 2,23 2,86 2 145 2 230 1 662 2 330 2 094 2 092 17 32 46 6,04 4,87 5,35 0,05 0,04 0,86 56 53 49 CO2 (kt) .................... 1 339 1 296 1 210 (verificação CELE) Entradas Saídas 2009 2010 Matérias-primas naturais (kt) Calcário + Marga (kt) .................. Areia (kt) ..................................... Gesso (kt) ................................... Matérias-primas secundárias (kt) Energia térmica (TJ) .................... Energia eléctrica (GWh) .............. 2011 3 030 2 823 2 604 2 741 2 552 2 380 162 219 197 63 71 74 2009 2010 2011 Clínquer produzido (t) ....... 1 614 208 Cimento produzido (t) ....... 1 466 212 1 575 787 1 376 871 1 448 645 1 312 528 116 Cimento equivalente (t) ..... 2 213 786 2 122 704 1 850 522 Resíduos produzidos ................ 2,1 Resíduos industriais banais .......... 1,97 Resíduos industriais perigosos ...... 0,12 2,4 2,22 0,14 2,0 1,99 0,06 90,3 9,7 94,7 5,3 69 95 5 934 5 765 5 372 184 183 170 Combustíveis fósseis (kt) ........... Combustíveis alternativos (kt) .... 142 88 142 93 113 105 Água subterrânea (m3) ............... Água superficial (m3) .................. 521 222 509 286 513 261 % Valorizados ...................... % Eliminados ....................... 92,4 7,6 Biodiversidade Área da fábrica: 32 ha Área da pedreira “Vale de Mós A”: 53,94 ha Área da pedreira “Vale de Mós B”: 44,73 ha Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011 9 III Programa de melhoria 2011 Apresentam-se apenas as acções de melhoria relacionada com as temáticas ambientais. ID Aspecto/ impacte ambiental Objectivo Meta Diminuição do impacte visual das instalações fabris. Reduzir o impacte visual de grandes estruturas. 1 Impacte visual Designação da Acção de Melhoria/ Prazo Limpeza silo 10, do transportador de clínquer W9UO6 e da ponte sobre a estrada nacional. Grau de Cumprimento Acção Concluída. AM 26/11 Prazo: Dez | 11 2 Minimizar os consumos de Energia Eléctrica. A definir. Racionalização dos consumos de Energia Eléctrica através de implementação de acções de eficiência energética. AM 04/11 Prazo: a definir 3 Consumo de energia eléctrica 4 Contribuição para o aquecimento global Poupança de Energia. Reduções de consumo de Energia Eléctrica de 75%; 56%; 59%. Definida após medição de referência (condições de processo). Eficiência no consumo de Energia Eléctrica. Implementação de variadores de velocidade nos moinhos de carvão (K8 e K9). Acção redireccionada. Esta acção foi redireccionada para o Projecto de Eficiência Energética a iniciar-se em 2012. Acção Concluída. AM 29/11 Prazo: Dez | 12 Instalação de variadores de velocidade nos motores do moinho de carvão K8S06 e dos moinhos de cimento Z5P39 e Z5P40. Acção Concluída. AM 33/11 Prazo: Dez | 13 5 Melhoria da eficiência energética. Reajuste da instalação de baterias de condensadores. --- AM 43/11 Prazo: Dez | 12 10 Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011 Com o objetivo de minimizar o consumo energético foi reajustada a utilização de várias baterias de condensadores. Após a conclusão destas tarefas será melhorada a nossa capacidade de gestão da rede. ID Aspecto/ impacte ambiental Objectivo 6 Consumo de energia eléctrica 7 Contribuição para o aquecimento global Melhoria da eficiência energética. Meta Redução de 250 kVAR no PTA2. Instalação de bateriais de condensadores. Acção Concluída. Prazo: Dez | 08 --- AM 17/10 Portugal Cimento Emissões atmosféricas – Poeiras Difusas Degradação da qualidade do ar Redução da emissão de poeiras. Acção Concluída. Prazo: Dez | 10 --- Instalação de eclusas no sistema de extracção do silo de carvão (K9L21). AM 27/11 Prazo: Dez | 10 9 Foi reaberta uma nova AM 43/11 onde se procedeu a uma redifinição da utilização das baterias de condensadores e onde será medida a eficácia da presente acção. Certificação energética e Qualidade do Ar Interior. 8 Diminuição poeiras difusas. Grau de Cumprimento AM 03/08 Redução de 800 kVAR no R1S10. Melhoria da eficiência energética e da qualidade do ar interior dos edifícios. Designação da Acção de Melhoria/ Prazo Redução da emissão de poeiras para 10 mg/m3. Aumento da capacidade de filtragem das moagens de cimento, de acordo com o BREF. AM 28/11 Prazo: Dez | 14 As eclusas já foram compradas e recepcionadas. Aguarda-se a chegada dos doseadores, que também já foram comprados, para se proceder à sua instalação. Acção suspensa O projecto de aumento da capacidade de filtragem (Moagens de Cimento) foi adiado para 2014 por falta de verbas. Será reaberta novamente em 2014, caso se justifique. 10 --- Aquisição de novos filtros de mangas nos transportadores de clínquer dos fornos. Acção Concluída. AM 01/10 Prazo: Dez | 14 Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011 11 ID 11 Aspecto/ impacte ambiental Objectivo Emissões atmosféricas – Poeiras Difusas Avaliação da deposição de poluentes (dioxinas e metais pesados) nos líquenes e no solo. Verificar o impacte. Redução do consumo de água potável. Ausência de histórico que permita quantificar a meta. Degradação da qualidade do ar Meta Designação da Acção de Melhoria/ Prazo Implementação do projecto de biomonitorização em líquenes e no solo. AM 02/10 Grau de Cumprimento Foram realizadas 4 campanhas de amostragem durante o ano de 2011, cujos resultados ainda não estão disponíveis. Prazo: Dez | 13 12 Colocação de torneiras com redutores de caudal. AM 25/11 Prazo: Dez | 13 Consumo de água 13 Redução das reservas hídricas Conhecer a pegada ecológica em termos de água e implementar medidas de redução identificadas. --- Redução da água de consumo. Existência de caudalímetros para permitir reduzir o consumo de água. Avaliação da Pegada Ecológica na Água. AM 06/11 Portugal Cimento Prazo: Dez | 10 Está a ser efectuado o levantamento do número de torneiras existentes na fábrica e estimativa da poupança de água obtida com a instalação de sensores. O Manual com as metodologias a doptar está terminado. Foram seleccionadas duas ferramentas para avaliação da Pegada Hídrica da Secil - a Global Water Tool e a Water Footprint. Em 2012 serão acompanhados os desenvolvimentos sobre as ferramentas de avaliação dos riscos e oportunidades da Água para a Indústria Cimenteira através do Task Force 9 da CSI - Cement Sustainability Initiative. 14 Consumo de água Redução das reservas hídricas 12 Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011 Instalação de caudalímetros em locais chave para controlo dos consumos. AM 11/09 Prazo: Dez | 09 Acção redireccionada. Acção inserida na AM 25/11, que prevê a colocação de 2 contadores para controlar os consumos do edifício do Comando/Administração, para ser possível avaliar a eficiência da instalação dos redutores de caudal. ID Aspecto/ impacte ambiental Objectivo Meta Designação da Acção de Melhoria/ Prazo Grau de Cumprimento 15 Produção de águas residuais 16 Potencial contaminação dos solos e dos recursos hídricos Reutilização de Águas Residuais com consequente diminuição do consumo de água potável. Verificar possibilidade de reutilização. AM 24/11 Prazo: Dez | 12 Eliminação de uma descarga de águas residuais. Reavaliação do impacte das águas residuais. Reutilização das águas residuais tratadas dos balneários para introdução no processo de fabrico. Reavaliação da descarga de águas provenientes do laboratório. --- AM 33/10 Prazo: Dez | 11 17 No âmbito do processo em curso com a ARH-Alentejo, para a atribuição dos TURH, a fábrica deu a conhecer a intenção de implementar esta AM. Aguarda-se parecer daquela entidade, uma vez que a reutilização dos efluentes tratados interfere com o volume descarregado tendo, por conseguinte, implicação no valor da taxa. Acção cancelada O relatório de estágio não foi conclusivo. Terá de ser equacionado novamente num outro âmbito. Eliminação dos perigos e riscos associados à queima dos resíduos nos fornos. Produção de resíduos Degradação/ contaminação da qualidade do meio receptor (água/solo/ar) Redução de custos directos associados a mão-de-obra, equipamentos e transporte. --- Acção Concluída. AM 34/11 Prazo: Jul | 11 Redução de custos indirectos, decorrentes da entrada de ar falso no sistema. 18 Melhoria da separação de resíduos. Nova gestão dos resíduos gerados na fábrica. --- Reforço de contentores de recolha de resíduos e construção de um telheiro na entrada da oficina mecânica. AM 41/10 A cobertura do telheiro só poderá estar finalizada no 1.º trimestre 2012, após a paragem do forno. Prazo: Set | 10 Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011 13 ID Aspecto/ impacte ambiental Objectivo Meta 19 Evitar a contaminação da zona envolvente ao Ecoparque. --- Designação da Acção de Melhoria/ Prazo Encaminhamento das águas pluviais do Ecoparque para a zona antiga de lavagem dos carros vassoura. AM 03/11 Grau de Cumprimento Começaram a ser feitos os primeiros estudos para um possível encaminhamento das águas pluviais. Prazo: Dez | 12 Resposta a Emergências 20 Melhorar a capacidade de resposta a emergências. --- Actualização do Plano de Emergência Interno (PEI) e das instruções operatórias de acidentes e emergências. Acção Concluída. AM 13/09 Prazo: Dez | 09 Acção integrada no Projecto CA 70 que visa atingir uma taxa de substituição de 70% de combustíveis alternativos nas fábricas de cimento em Portugal. 21 A actual AM 16/11 cujo prazo de implementação era Dez|13 passará a ser acompanhada pela AM 02/11 Portugal Cimento cujo prazo é Dez | 16. a) Instalação de um bypass no forno 8. Aguarda-se a adjudicação desta acção. b) Aumento da taxa de substituição de combustíveis derivados de resíduos (CDR’s). Medida inserida no Projecto CA 70, onde estão contempladas novas boxes para CDR’s e uma nova cinta transportadora desde o hangar O4 até aos fornos. 22 23 Consumo de combustíveis alternativos Aumentar a taxa de substituição de combustíveis alternativos. c) Aquisição de 2 novos queimadores para o forno 8. d) Sistema de alimentação de combustíveis alternativos sólidos aos fornos. 24 25 e) Modificação da entrada de pneus no forno 9. f) Upgrade da torre de ciclones da linha 8. 26 14 Atingir uma taxa de substituição de 45%. Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011 Acção Concluída. Esta acção encontra-se em fase de projecto. Acção Concluída. Acção Concluída. ID Aspecto/ impacte ambiental 27 Licença Ambiental Objectivo Melhorar a eficácia do tratamento das águas residuais. Meta 29 Responsabilidade Ambiental Grau de Cumprimento Estudo de optimização das ETAR’s existentes. --AM 10/10 Prazo: Dez | 10 28 Evitar derrames e contaminação da água. Designação da Acção de Melhoria/ Prazo Acção Concluída. Aumento da área pavimentada da zona envolvente aos tanques de gasóleo da pedreira. Acção Concluída. Reduzir o impacte ambiental deste aspecto. Evitar derrames e contaminação da água e solos. AM 43/10 Prazo: Jun | 10 Estudo da possibilidade de retenção nas descargas de gasóleo/ aditivos no Cais e Moagem II. AM 45/10 Prazo: Dez | 10 Prevê-se a aquisição dos kit’s durante o 1ºtrimestre. A acção foi redireccionada, suspensa ou cancelada A acção de melhoria não teve qualquer desenvolvimento A acção de melhoria encontra-se 50% cumprida A acção de melhoria encontra-se concluída O grau de cumprimento do Programa de Melhoria de 2011, na sua vertente ambiental encontra-se no gráfico seguinte. Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011 15 Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011 IV Desempenho ambiental “Ser eficiente é produzir mais com menos recursos” IV.1 Consumo de recursos naturais Potenciais Impactes Ambientais Positivos: Reabilitação de habitats naturais g Potenciais Impactes Ambientais Negativos: Perturbação da flora, fauna e vida humana Degradação da qualidade visual da paisagem (poluição visual) Contribuição para o esgotamento de reservas naturais não renováveis g g g IV.1.1 Racionalização do consumo de matérias-primas naturais O consumo de matérias-primas naturais diminuiu face a 2010, sendo de 2 606 kt, resultado de uma menor produção de clínquer e de cimento. De acordo com a nossa Política Ambiental, incorporamos no processo resíduos provenientes de outras indústrias (matérias-primas secundárias), reduzindo desta forma o consumo de matérias-primas naturais e promovendo um destino final mais sustentável para os resíduos que, de outra forma, seriam depositados em aterro. Contudo, a taxa de utilização de matérias-primas secundárias está muito dependente da sua composição e disponibilidade no mercado. Conscientes desta realidade, Consumo de matérias-primas naturais (MPN) por tonelada de Cimento Equivalente foi estabelecido para o ano de 2011, o objectivo de utilização de matérias-primas secundárias na produção de clínquer de 4,2 %. Este objectivo foi superado com o valor de 4,9%. Para 2012, o valor planeado para a incorporação de matérias-primas secundárias na fase do clínquer é de 2,4%. Este indicador deixou de ter objectivo definido devido a dificuldades de processo, inerentes à composição química das matérias-primas secundárias. Relativamente ao índice específico de matérias-primas naturais, este aumentou. O factor que mais influenciou este aumento foi a taxa de incorporação de clínquer nos vários tipos de cimento, que aumentou face ao ano de 2010. Em 2011, o objectivo de utilização de matérias-primas secundárias, na fase do clínquer, foi superado com o valor de 4,9%. IV.1.2 Requalificação ambiental das Pedreiras e Protecção da Biodiversidade As actividades extractivas têm impactes na paisagem, na alteração do relevo, na remoção do solo e do coberto vegetal e na diminuição de refúgios/alimentos para a fauna. Uma vez que a recuperação natural destas áreas e o restabelecimento dos ecossistemas naturais poderá levar centenas de anos, impõe-se minimizar estes impactes e acelerar o processo de colonização natural, criando programas de recuperação da estrutura e funcionamento das comunidades vegetais e animais e dos ecossistemas originais, que não ambicionem apenas o objectivo estético da recuperação da paisagem. A Secil implementou na Fábrica Secil-Outão, em 1982, um Plano Ambiental de Recuperação Paisagística (PARP), articulado com o Plano de Lavra, que permite a recuperação das áreas exploradas. As actuações consistem na reintrodução de substrato, no qual se promove a instalação de vegetação herbácea e arbustiva (por hidrossementeira), Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011 17 para controlo imediato da erosão e redução do impacte visual, e se procura favorecer o desenvolvimento de espécies nativas (por plantação), de modo a obter uma aproximação aos ecossistemas envolventes e, deste modo, contribuir para a auto-sustentabilidade do sistema. Hidrossementeira A hidrossementeira consiste na projecção de uma mistura composta por sementes (herbáceas e arbustivas), fibra de madeira, aditivos e água, que é executada através de um hidrossemeador. Viveiros Possuímos um viveiro de plantas onde são multiplicadas 15 espécies de árvores e arbustos da flora da Arrábida: carvalho-cerquinho, zambujeiro, lentisco, medronheiro, alfarrobeira, aroeira, alecrim, rosmaninho, folhado, murta, madressilva, pinheiro-manso, sabina-da-praia, alfazema-brava e carrasco. Em 1983, a Secil investiu na criação de um viveiro próprio onde multiplica actualmente 15 espécies nativas. As sementes são colhidas nas zonas envolventes às pedreiras e em 29 anos de recuperação a área recuperada é de 36,84 %. Actualmente a Secil encontra-se a cumprir o Programa Trienal 2011-2013, em execução do Plano de Pedreira1 aprovado. Em 2011, foram recuperados 1,44 ha. 1. Documento técnico composto pelo Plano de Lavra e pelo Plano Ambiental e de Recuperação Paisagística (PARP). Recuperação Paisagística: Área recuperada total (ha) ....................... Hidrossementeira (m2) ............................. Plantação (m2)........................................... Manutenção (m2) ...................................... Vigilância (m2) .......................................... Limite de Pedreiras Hidrossementeira Plantação Manutenção Vigilancia 18 Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011 37 (2011) 14 393 1 275 56 131 3 581 Flora Desde 1997, e no âmbito de vários projectos, o Centro de Biologia Ambiental (CBA) da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, tem vindo a realizar o acompanhamento científico da recuperação paisagística das pedreiras da Secil-Outão. Os estudos e ensaios realizados (ou em curso) incidem não apenas na vegetação, mas também sobre o solo, já que a evolução deste condiciona inevitavelmente o desenvolvimento das plantas. Esta colaboração entre a Secil e o CBA tem por principais objectivos: g Avaliar a qualidade da recuperação ecológica de acordo com os critérios definidos pela SER (Society for Ecological Restoration); g Aprofundar a informação biológica e ecológica relativa a espécies mediterrânicas potencialmente colonizadoras das áreas a recuperar; g Propor e testar novas espécies vegetais ou processos de melhoramento da recuperação em futuros planos; g Propor e testar modos de gestão das áreas já intervencionadas (“recuperadas”), com vista a melhorar a sua integração ecológica na Serra da Arrábida. Em 2011, concluíram-se os trabalhos de acordo com o plano e objectivos do Protocolo, intitulado “Gestão Ecológica das Áreas Revegetadas em Pedreiras de Calcário” estabelecido em Fevereiro de 2008, que consistiu na: proposta e avaliação de diferentes metodologias para melhoramento de diversos aspectos das acções de recuperação (melhoramento do substrato e das hidrossementeiras); monitorização de ensaios e acções (hidrossementeiras e plantação de escandentes) implementados nos projectos anteriores; e avaliação da biodiversidade vegetal na propriedade da Secil-Outão. Fauna O primeiro compromisso formal de integração da biodiversidade na gestão empresarial ocorreu em 2002, em sede da CSI (Cement Sustainability Initiative) no WBCSD (World Business Council for Sustainable Development). Em 2007, e no âmbito da Iniciativa Business & Biodiversity, a Secil introduziu a componente faunística no seu Plano de Recuperação, onde iniciou na fábrica Secil-Outão, com uma vasta equipa de investigadores da Universidade de Évora, o “Estudo e Valorização da Biodiversidade, Componente Fauna” envolvendo cinco grupos faunísticos: insectos; anfíbios; répteis; aves e mamíferos. Numa 1ª fase do estudo caracterizou-se a situação de referência (fauna e flora), nas diferentes fases de recuperação paisagísticas, e ao diagnóstico dos factores limitantes da riqueza e diversidade faunística. Entre 2008-2010, iniciou-se a 2ª fase “Implementação de Medidas de Gestão e Monitorização” que teve como objectivo gerir e fomentar o valor faunístico, em articulação com o Projecto de Recuperação, que definiu uma estratégia de gestão activa baseada na implementação de acções potenciadoras da ocorrência de um maior e mais diversificado número de espécies autóctones. Foram implementadas 52% das acções previstas no plano no âmbito da sensibilização ambiental, vigilância, controlo de animais assilvestrados, gestão da vegetação, promoção de abrigos e aumento da disponibilidade hídrica, que corresponde a um total de 29 acções. Em 2011, iniciou-se a 3ª fase do estudo (2011- 2014) de modo a dar continuidade às acções implementadas, respectiva monitorização e monitorização da fauna em geral. A 3ª fase do Plano de Acção contempla ainda a realização de duas extensões ao projecto: g Extensão 1: Enquadramento da biodiversidade da Secil-Outão na sua envolvente; g Extensão 2: Conectividade-movimentos do ratinho-docampo (Apodemus sylvaticus) numa área de elevada fragmentação. Em 2011, foram implementadas um total de 12 acções no âmbito da informação e sensibilização ambiental, gestão da vegetação, abrigos para a fauna e disponibilidade hídrica. Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011 19 IV.2 Consumo de energia Do ponto de vista energético, o fabrico do cimento é um processo extremamente exigente, uma vez que incorpora elevadas quantidades de energia térmica (sobretudo na fase de clinquerização) e eléctrica (nas diversas fases de moagem). O objectivo da sua redução, nas suas duas componentes, é simultaneamente uma preocupação ambiental assim como uma necessidade económica, garantindo assim a sustentabilidade do negócio. Evolução do consumo térmico por tonelada de clínquer com a taxa de substituição de combustíveis alternativos IV.2.1 Energia térmica Potenciais Impactes Ambientais Negativos: Contribuição para o esgotamento de reservas naturais não renováveis Contribuição para o aquecimento global g g O consumo de energia térmica, necessária para o fabrico do clínquer, resulta da combustão de combustíveis dentro dos fornos. A Fábrica Secil-Outão tem vindo, desde 2004, a substituir os combustíveis fósseis tradicionais (coque de petróleo e carvão) por combustíveis alternativos, nomeadamente resíduos vegetais, pneus usados, CDR e resíduos industriais perigosos, ao que chamamos Valorização Energética de Resíduos. Contudo, o crescente aumento da taxa de substituição de combustíveis alternativos, apesar das vantagens inerentes (ver capítulo IV.4.2), resulta num menor rendimento energético, razão pela qual o consumo térmico tem vindo a aumentar. Em 2011, o consumo térmico, por tonelada de clínquer, aumentou de 874 para 886 kcal/kg clk, não tendo sido atingido o objectivo proposto de 877 kcal/kg clk. Este aumento resulta do aumento do consumo de combustíveis alternativos, que subiu de 30% para 36%. Nestas circunstâncias, e considerando o objectivo de 50% de taxa de substituição de combustíveis alternativos foi definido para 2012 um consumo térmico específico de 880 kcal/kg clk. 20 Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011 IV.2.2 Energia eléctrica Potenciais Impactes Ambientais Negativos: Contribuição para o esgotamento de reservas naturais não renováveis Contribuição para o aquecimento global g g A Fábrica Secil-Outão tem realizado importantes investimentos no sentido da optimização dos equipamentos e, consequentemente, na redução dos consumos eléctricos. Destacam-se, entre outros, a substituição para motores de alta eficiência, a instalação de variadores de velocidade nos ventiladores e alteração da rede interna de ar comprimido, que permitiu a diminuição de perdas de eficiência. Além destes investimentos, a fábrica dispõe de um sistema de gestão de energia que permite a optimização da produção nos períodos em que a energia é mais barata (horas de vazio e súper vazio), nos equipamentos em que tal é possível, que é o caso dos moinhos de cru e moinhos de cimento, responsáveis por cerca de 60% da energia consumida na fábrica. Em 2011, a fábrica assinou um contrato de interruptibilidade com a REN, no âmbito do decreto-lei n.º 172/2006 e da portaria n.º 592/2010. Estes documentos legais visam estabelecer medidas de eficiência e gestão da procura alternativas à construção e à exploração de novos centros electroprodutores. Assim, a fábrica disponibilizou-se para, mediante remuneração, reduzir voluntariamente o seu consumo de electricidade em resposta a uma ordem de redução de potência dada pela REN, permitindo que esta dê resposta rápida e eficiente a eventuais situações de emergência, além de flexibilizar a operação do sistema e contribuir para a segurança de abastecimento. Este contrato prevê 240 horas de paragem total por ano, sendo apenas assegurada a expedição de cimento. O consumo específico de energia eléctrica está muito dependente do mix de cimentos produzido, dado que os cimentos de alta resistência consomem mais energia na fase de moagem que os outros cimentos. Em 2011, o consumo específico de energia eléctrica por tonelada de cimento não sofreu variações significativas, passando de 102,2 kWh/t, em 2010, para 102,8 kWh/t, em 2011. Contudo, o objectivo estabelecido (máximo de 102,3 kWh/t cim) não foi atingido. Consumo de Energia Eléctrica por tonelada de Cimento Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011 21 IV.3 Consumo de água Potenciais Impactes Ambientais Negativos: Contribuição para o esgotamento de reservas naturais não renováveis Consumo de água por tonelada de Cimento Equivalente g A água utilizada nas instalações fabris provém de uma captação de água superficial no Rio Sado (AC4) e de três captações de água subterrânea (AC2, AC3 e AC5), devidamente licenciadas pela entidade competente. Apenas uma das captações subterrâneas se destina à produção de água para consumo humano. A restante água captada é utilizada na rega dos viveiros, na recuperação paisagística das Pedreiras e na humidificação dos caminhos de “terra” na época seca (como forma de minimização da emissão difusa de partículas) e para arrefecimento de algumas máquinas e equipamentos. Em 2011, o consumo de água subterrânea aumentou ligeiramente face a 2010, resultado de um ano com baixa pluviosidade, tendo sido necessário uma maior utilização de água para a rega, na recuperação paisagística das pedreiras. Em resultado deste aumento, o índice específico também aumentou. No que se refere à água superficial, o seu consumo diminuiu face a 2010. Como esta água é utilizada apenas para arrefecimento de equipamentos, a diminuição do consumo está relacionada com um menor tempo de funcionamento dos moinhos de cimentos. É de salientar que esta água depois de utilizada é restituída ao Rio Sado. 22 Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011 Comparação do Volume Máximo Mensal Extraído com o Valor Limite de Extracção (VL), por fonte de captação Tanto a extracção de água subterrânea como a de água superficial está sujeita a um valor limite (VL) de extracção mensal, que não deverá ser ultrapassado. Apesar de, em alguns meses, sobretudo nos meses de Verão, o valor extraído estar muito próximo do valor limite, estes não foram ultrapassados. IV.4 Emissões atmosféricas Potenciais Impactes Ambientais Negativos: Contribuição para o aumento de ozono troposférico Degradação da qualidade do meio receptor (água/solo/ar) Perturbação da flora, fauna e vida humana g Emissão de poluentes por tonelada de Cimento Equivalente Fornos (Partículas, CO, NOx, SO2, HCl, HF e COT) g g g Contribuição para o aquecimento global IV.4.1 Emissões fixas As principais fontes fixas de emissão encontram-se associadas aos fornos de clínquer e aos moinhos de cimento e carvão, sendo susceptíveis de originar poluição, no ambiente exterior à unidade fabril. Para a monitorização das emissões de gases e partículas, a Fábrica encontra-se equipada com analisadores de gases e opacímetros, que permitem efectuar medições em contínuo aos vários poluentes provenientes dos fornos, fontes fixas de maior caudal. Tal como se pode verificar nos gráficos à direita a emissão dos fornos, por tonelada de cimento equivalente, manteve-se constante face ao ano anterior. Relativamente aos moinhos de carvão e cimento, a emissão de partículas, por tonelada de cimento equivalente, diminuiu 64% face ao ano anterior. Esta redução está relacionada com a substituição de mangas dos filtros associados a estes equipamentos. Moinhos de carvão e cimento (Partículas) Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011 23 Percentagem de emissão de poluentes face ao VLE, nos fornos Para além dos fornos, também monitorizamos em contínuo as emissões de partículas dos moinhos de carvão e cimento, que à semelhança dos fornos, cumprem os valores limite de emissão definidos na Licença Ambiental. Percentagem de emissão de partículas face ao VLE, nos moinhos de carvão e cimento VLE - Valores Limite de Emissão (mg/Nm3) Partículas: 20 | NOx: 800 | COT: 50 | SO2: 250 | HCL: 10 | HF: 1 Em 2011, a maioria dos poluentes mantiveram uma emissão na mesma ordem de valores do ano anterior, tal como de pode verificar nos gráficos acima. Apenas o HF teve um aumento mais significativo, contudo, encontra-se cerca de 80% abaixo do VLE. Acresce-se ainda o facto de não terem sido excedidas as 60 horas permitidas por lei, tendo os valores ficado muito aquém (máximo de 2 horas acima do VLE no COT do forno 8). Ao abrigo da Licença Ambiental, efectuamos anualmente a monitorização pontual das emissões dos fornos, para um conjunto de poluentes que não é possível monitorizar em contínuo. Os resultados das duas campanhas efectuadas encontram-se no quadro da página seguinte. 24 Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011 Resultados da Monitorização Pontual dos Fornos - 2011 Campanha Data Dioxinas e furanos (I-Teq) (ηg/Nm3) Mercúrio (mg/Nm3) Soma Cd + Tl (mg/Nm3) Soma de Sb a V (mg/Nm3) 2011|05|17 0,0065 0,0109 0,0010 0,0293 2011|05|18 0,0033 0,0044 0,0009 0,0139 2011|05|19 0,0034 0,0056 0,0009 0,0119 2011|10|11 0,0049 0,0090 0,0007 0,0492 2011|10|12 0,0057 0,0259 0,0007 0,0180 2011|10|13 0,0049 0,0244 < 0,0013 0,0115 2011|05|23 0,0023 0,0010 0,0011 0,0169 2011|05|25 0,0024 0,0011 0,0011 0,0343 2011|05|26 0,0025 0,0007 0,0017 0,0189 2011|11|15 0,0022 0,0010 < 0,0010 0,0225 2011|11|16 0,0022 0,0017 < 0,0011 0,0353 2011|11|17 0,0022 0,0022 < 0,0011 0,0203 0,1 0,05 0,05 0,5 Forno 8 1ª 2ª Forno 9 1ª 2ª Valores Limite de Emissão Tal como se pode verificar, todos os valores se encontram abaixo dos VLE. Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011 25 IV.4.2 Emissões de CO2 | Responsabilidade Climática Em resposta ao desafio das alterações climáticas, temos vindo a desenvolver um conjunto de medidas no sentido de reduzir as emissões específicas de CO2. Estas medidas passam pela redução da taxa de incorporação de clínquer necessária ao fabrico de cimento, pelo aumento do consumo de combustíveis alternativos e de matérias-primas descarbonatadas e pela diminuição do consumo térmico específico. Taxa de incorporação de clínquer Temos vindo a promover a utilização de cimentos de tipo II (cimentos compostos), em substituição dos cimentos de tipo I, salvaguardando algumas situações excepcionais em que se torna necessário assegurar a compatibilidade com a aplicação específica. Desta medida resulta uma menor intensidade de carbono do produto e um menor consumo de energia eléctrica na operação de moagem. Em 2011, o objectivo para a taxa de incorporação de clínquer era, no máximo, de 75%, não tendo sido atingido, tendo-se obtido o valor de 76,5%. Foi estabelecido como objectivo estratégico Secil a redução em 15% até 2015 das emissões específicas de CO2 por tonelada de produto cimentício, tendo por base os valores verificados em 1990, isto é, alcançar o valor de 637 kgCO2/t produto cimentício. Em 2011, conseguimos alcançar a redução de 8%, inferior à alcançada em 2010 (10%), resultado do aumento das emissões específicas de CO2 por tonelada de clínquer, motivadas pelo acréscimo de stock de coque, em comparação com o do ano anterior. 26 Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011 Relação entre as Emissões de CO2 por tonelada de produto cimentício e a taxa de incorporação de clínquer Valorização de resíduos como combustíveis alternativos O consumo de combustíveis alternativos tem vindo a aumentar ao longo dos anos, trazendo consigo vantagens ambientais ao nível da redução das emissões específicas de CO2, diminuição do consumo de combustíveis fósseis e diminuição da quantidade de resíduos que, de outra forma, seriam depositados em aterro. Em 2011, o objectivo era atingir 45% de substituição de combustíveis alternativos, contudo a taxa de substituição média anual foi de apenas de 36%. O motivo está associado ao mix de combustíveis alternativos disponível no mercado, às características físicas e químicas, nomeadamente menor PCI (poder calorífico inferior) e um maior teor em cloro (factor limitante da taxa de substituição no 2º semestre do ano), relativamente aos combustíveis tradicionais. A estes factores acrescem dificuldades na alimentação destes combustíveis aos fornos e elevada frequência de encravamentos de ciclones, que impedem, muitas vezes, o consumo desejado. Evolução do consumo de combustíveis alternativos (em massa e em calor) Contudo, consideramos que o desempenho foi positivo, uma vez que a utilização de combustíveis alternativos tem vindo a aumentar sucessivamente, tendo sido de 20% face ao ano anterior. Com o intuito de aumentar a taxa de substituição de combustíveis alternativos, está em curso o projecto “CA 70”, cujo objectivo é criar as condições necessárias, nas fábricas Secil em Portugal, para se atingir 70% de substituição de Combustíves Alternativos. Das acções contempladas neste projecto, em 2011 foram concretizadas três acções: a aquisição de dois novos queimadores para o forno 8; a modificação da alimentação de pneus ao forno 9; e, o updgrade da torre de ciclones do forno 8. O objectivo estabelecido para 2012 é de 50%. Projecto substituição 70% Combustíveis Alternativos Neste projecto, que tem por objectivo atingir uma taxa de substituição de 70% em combustíveis alternativos, existem 7 grupos de trabalho em várias áreas que irão desenvolver os temas e periodicamente apresentá-los aos restantes, a fim de se poderem tomar decisões, quer relativamente à viabilidade técnica, quer à económica das várias soluções. Estão equacionadas todas as vertentes inclusive a segurança e os licenciamentos. Os Grupos constituídos são os seguintes: G1 Estudo da viabilidade económica e técnica da instalação de by-pass na Fábrica Secil-Outão, Maceira-Liz e Cibra-Pataias; G2 Estudo da viabilidade económica e técnica da instalação de Hot-disc/ Pré-calcinador na Fábrica Secil-Outão e Maceira-Liz; G3 Secagem de CDR e Lamas de ETAR; G4 Oxy-fuels; G5 Impacte na qualidade do clínquer e processo de fabrico pela utilização de 15% de Lamas de Etar e 45 a 50% de CDR; G6 Levantamento de riscos de segurança na utilização de Lamas de Etar e CDR derivados de RSU; G7 Actualização das Licenças Ambientais, de Exploração e de Instalação para 70% de taxa de substituição de CA. g g g g g g g Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011 27 IV.4.3 Emissões difusas As emissões difusas de partículas resultam principalmente das operações de transporte, armazenagem e manuseamento das matérias-primas, combustíveis sólidos, clínquer e cimento. Devido às baixas temperaturas, altura e velocidade com que são emitidas, assim como à sua granulometria, estas emissões têm maior incidência no interior da unidade fabril. Ao longo de toda a cadeia de fabrico existe mais de uma centena de equipamentos de despoeiramento (filtros de mangas), desde a extracção até à ensacagem, que permitem a recolha das partículas e a sua reintrodução no processo, sendo, desta forma, reutilizadas. 28 Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011 No sentido de diminuir/eliminar estas emissões, dispomos de aspiradores industriais, cisternas de rega e varredoras mecânicas. Além destes equipamentos, na época estival, utilizamos o método de aspersão de água nos caminhos por onde passa a frota de Pedreira. Dispomos ainda de uma Rede de Monitorização da Qualidade do Ar, a qual permite monitorizar, em contínuo, outros poluentes como o PM10, PM2,5, SO2, NO2, O3 e CO. Esta rede de monitorização permite avaliar a eventual influência das emissões de partículas da Fábrica na qualidade do ar ambiente da zona envolvente. Os resultados dessa monitorização encontram-se na tabela seguinte, na base anual. Resultados da Monitorização da Qualidade do Ar - 2011 Estação de monitorização PM10 [µg/m3] PM2,5 [µg/m3] SO2 [µg/m3] NO2 [µg/m3] O3 [µg/m3] CO [µg/m3] Quinta da Murteira 14 8 0,7 9 71 355 Hospital do Outão 28 8 2,6 13 65 277 São Filipe a) a) 2,9 7 72 154 Tróia 20 9 3,0 9 67 185 São Luís 13 5 1,2 67 a) - - 7 Valor Limite 40 28 20 40 a) – sem analisador para o poluente em questão PM10, SO2 e CO – valores limite estipulados pelo Decreto-lei n.º 111/202, de 16 de Abril; O3 – valor limite estipulado pelo Decreto-lei n.º 320/2003, de 20 de Dezembro; PM2,5 – valores recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) A rede não avalia de forma exclusiva o impacte das emissões difusas da Fábrica uma vez que, pela sua localização as estações de monitorização da qualidade do ar medem igualmente as emissões da rede viária e de outras unidades industriais da península de Setúbal. Tal como se pode verificar no quadro anterior, os valores médios anuais das emissões difusas não excederam os limites legais em nenhum parâmetro. Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011 29 IV.5 Produção de resíduos Potenciais Impactes Ambientais Positivos: Aumento da disponibilidade de recursos g Potenciais Impactes Ambientais Negativos: Contaminação do meio receptor natural (água/solo/ar) Ocupação de solo g g A produção de resíduos na indústria cimenteira não é significativa, estando directamente relacionada com obras de investimentos realizados em cada ano nas instalações. Os resíduos gerados são recolhidos e armazenados de forma individualizada nos devidos locais (ecoparque e parque da sucata), sendo estes, sempre que as suas características o permitam, valorizados internamente. Caso não seja possível a sua valorização interna, são encaminhados para operadores licenciados para a sua gestão, privilegiando-se as soluções de valorização, em detrimento das soluções de eliminação pura e simples. A quantidade de resíduos produzidos diminuiu 10% face a 2010, tendo a percentagem global de resíduos valorizados aumentado para 94,7% (42,6% de valorização interna e 52% de valorização externa). No período compreendido entre 2009 e 2011, a produção de resíduos representou, em média, cerca de 0,16% da produção total de cimento. 2ESÓDUOSPRODUZIDOSENVIADOSPARADESTINOlNAL 2ESÓDUOSPRODUZIDOSENVIADOSPARADESTINOlNAL 30 Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011 No início de Julho de 2011 foi implementada uma nova forma de gestão dos resíduos gerados na fábrica que, até à data, eram valorizados energeticamente nos fornos (mangas de filtros; trapos e desperdícios; papel de embalagem e polietileno dos pacotões). Na sequência de uma parceria entre a Secil e a AVE, foi possível estabelecer sinergias entre diversos operadores de resíduos e, deste modo, levar a cabo uma estratégia integrada de gestão na Fábrica. Como aspectos positivos desta acção de melhoria, salientam-se os seguintes: a) eliminação dos perigos e riscos associados à queima dos resíduos nos fornos, uma vez que a introdução dos resíduos, no queimador principal, era feita manualmente; b) redução de custos directos associados a mão-de-obra, equipamentos e transporte; c) redução de custos indirectos, decorrentes da entrada de ar falso no sistema. Na qualidade de fabricante de produto embalado, cujas embalagens não são reutilizáveis (sacos de papel e plástico), de entre as soluções previstas na lei vigente, optámos pela adesão a um Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Embalagens (Certificado n.º 2012/0006051), nomeadamente a Sociedade Ponto Verde, com quem estabelecemos um contrato, em vigor desde 1998. IV.6 Emissão de ruído para o exterior Potenciais Impactes Ambientais Negativos: Incomodidade g No âmbito da campanha de monitorização do ambiente sonoro, requerida na Declaração de Impacte Ambiental (DIA), foi realizado um estudo de ruído no final de 2008, cujas conclusões referem que “actividade da fábrica não apresenta impacte sonoro negativo significativo nos receptores sensíveis potencialmente mais afectados, cumprindo integralmente as disposições do Regulamento Geral do Ruído (RGR) durante o seu horário de funcionamento”. Novas medições do ruído serão realizadas em 2012. Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011 31 IV.7 Produção de águas residuais Potenciais Impactes Ambientais Negativos: Contaminação do meio receptor natural (água/solo/ar) Degradação da qualidade do meio receptor (água/solo/ar) g g O ano de 2010 e os primeiros meses de 2011 constituíram um marco importante no processo de tratamento de águas residuais geradas na instala- g ção, na sequência das intervenções efectuadas nas ETAR A (Refeitório), C (Balneários) e E (Fibroetar). Com efeito, estas três instalações sofreram profundas alterações nos seus diferentes órgãos, tendo em vista a implementação do tratamento terciário dos efluentes, condição necessária para o cumprimento dos requisitos estabelecidos na Licença Ambiental. Os resultados da monitorização das águas residuais efectuada em 2011 encontram-se nos pontos seguintes. Análises laboratoriais dos efluentes das ETAR Parâmetros pH Escala Sorensen SST mg/l CBO5 mg/l O2 CQO mg/l O2 Óleos e gorduras mg/l Coliformes fecais UFC/100ml VLE ETAR A ETAR C ETAR E MM 8,2 7,9 8,3 MD 8,5 8,3 8,6 MM | 60 MM 13,2 16,1 11,6 MD | 120 MD 110 140 150 MM | 40 MM 5,8 9,2 4,4 MD | 80 MD 10 25 10,0 MM | 150 MM 43,2 46,6 35,1 MD | 300 MD 90 140 81,0 MM | 15 MM 4,3 5,7 4,9 MD | 30 MD 8,0 30 29 VMR | 100 MM 1 681,3 610,9 1 074,2 VMA | 2000 MD 45 500 4 600 10 200 6,0 – 9,0 MM – Média mensal; MD – Máximo diário; VMR – Valor máximo recomendável; VMA – valor máximo admissível 32 Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011 ETAR A: A instalação apresenta uma boa capacidade de tratamento para todos os parâmetros amostrados, sendo que os valores médios registados para todos os parâmetros são muito inferiores aos VLE. Ocorreram duas situações pontuais de excedência de VLE, para o parâmetro Coliformes fecais resultado da necessidade de intervenção para manutenção/limpeza do sistema de bombagem/filtração do efluente do tratamento secundário, nas quais se teve de interromper pontualmente o tratamento de filtração e desinfecção. ETAR C: Observa-se um adequado desempenho do tratamento efectuado por esta instalação, relativamente a todos os parâmetros amostrados. A ocorrência de uma paragem, involuntária, da bomba que eleva a água residual, após tratamento secundário, para o Filtro de UV, levou à utilização do overflow do respectivo tanque de bombagem, originando apenas 1 dia de valores de SST e de Coliformes fecais acima dos VLE estabelecidos. Quando a referida bomba foi colocada em funcionamento o tratamento voltou a apresentar valores da qualidade do efluente final significativamente inferiores aos VLE estabelecidos. No caso do pico nos óleos e gorduras, a Licença Ambiental define como limite máximo diário uma concentração de 30 mg/l, o que corresponde ao valor obtido, pelo que esta não se configura uma situação de incumprimento. Será um caso pontual excepcional que não resulta de nenhuma anomalia, mas provavelmente apenas da variação típica dos caudais de águas residuais. ETAR E: A instalação apresenta uma boa capacidade de tratamento para todos os parâmetros amostrados, sendo que os valores médios registados para todos os parâmetros são muito inferiores aos VLE. Ocorreu a situação de valores iniciais de coliformes fecais elevados devido ao início da amostragem ter sido prévio ao início da desinfecção do efluente, situação que se resolveu assim que a filtração e desinfecção UV entraram em funcionamento. Os picos verificados no caso dos sólidos suspensos totais e óleos e gorduras ocorreram sem que se tenham registado anomalias na ETAR tratando-se, por isso, de um caso pontual isolado. As águas residuais apresentem gamas de concentrações típicas, sendo a sua constituição sujeita a variações. Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011 33 g Análises laboratoriais dos efluentes do separador do Parque da Sucata (Ponto ES3) VLE 1ª campanha Jun|11 2ª campanha Ago|11 3ª campanha Set|11 4ª campanha Nov|11 5ª campanha Dez|11 SST mg/l 60 5,3 6,4 8,0 18 7,2 CQO mg/l O2 150 36 48 760 b) 45 41 Azoto total mg/l N 15 5,7 3,9 1,7 3,8 3,4 Hidrocarbonetos totais mg/l 15 7 < 4 a) < 4 a) < 4 a) < 4 a) Ferro mg/l Fe 2,0 0,66 0,87 < 0,71 a) 0,67 0,36 Crómio mg/l Cr 2,0 < 0,05 a) < 0,05 a) < 0,05 a) < 0,05 a) < 0,05 a) Chumbo mg/l Pb 1,0 < 0,05 a) < 0,05 a) < 0,05 a) < 0,05 a) < 0,05 a) Cobre total mg/l Cu 1,0 < 0,05 a) < 0,05 a) < 0,05 a) < 0,05 a) < 0,05 a) Arsénio total mg/l As 1,0 < 0,05 a) < 0,05 a) < 0,05 a) < 0,05 a) < 0,05 a) Cádmio total mg/l Cd 0,2 < 0,05 a) < 0,05 a) < 0,05 a) 0,05 a) < 0,05 a) Níquel total mg/l Ni 2,0 < 0,05 a) < 0,05 a) < 0,05 a) < 0,05 a) < 0,05 a) Mercúrio total mg/l Hg 0,05 < 0,015 a) < 0,003 a) < 0,003 a) 0,005 0,01 Fenóis mg/l C6H5OH 0,5 < 0,05 a) < 0,05 a) < 0,05 a) < 0,05 a) < 0,05 a) Parâmetros a) inferior ao limite de quantificação b) acima do valor limite 34 Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011 Nas cinco campanhas realizadas, os resultados evidenciam a conformidade dos parâmetros com os respectivos valores limite de descarga, à excepção do valor de CQO, obtido na amostragem do dia 29 de Setembro. Após análise da ocorrência e não existindo motivo aparente para esta situação, agendou-se uma nova campanha no ponto ES3, de acordo com a disponibilidade do laboratório (realizada em 25 de Novembro) e, intencionalmente, não se procedeu a qualquer intervenção ou limpeza do separador de hidrocarbonetos. Atendendo aos resultados de CQO obtidos nas duas campanhas seguintes (Novembro e Dezembro), classificou-se o valor de Setembro como “aberrante”, atribuindose a causa a uma eventual contaminação da amostra, por razões alheias à SECIL. Por este motivo, não se considerou a situação como uma potencial emergência ambiental, nem como não conformidade do SGA. g Monitorização da Temperatura na descarga das águas de arrefecimento Nos meses de Janeiro e Outubro procedeu-se à monitorização diária da temperatura do meio receptor, 30 metros a jusante do ponto de descarga EH6 – local de rejeição de águas provenientes do circuito de refrigeração indirecto da Moagem II. Em todas as medições efectuadas, a diferença de temperatura foi inferior aos 3ºC legislados. Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011 35 IV.8 Transporte Potenciais Impactes Ambientais Negativos: Degradação da qualidade do meio receptor (água/solo/ar) Contaminação do meio receptor natural (água/solo/ar) Contribuição para o esgotamento de reservas naturais não renováveis g g g Os materiais que produzimos (clínquer e cimento) podem ser transportados até ao cliente final através do transporte rodoviário, ferroviário ou marítimo, quer para o mercado nacional quer para o mercado internacional. Os impactes resultantes desse transporte podem ser significativos (aumento da emissão de gases de escape e da emissão difusa de partículas, aumento dos níveis de ruído e do risco de ocorrência de acidentes rodoviários), para além de poder representar uma fonte de perturbação para as populações vizinhas (no caso do transporte rodoviário). Consciente desta realidade, o nosso Departamento Comercial privilegia, sempre que possível, o transporte por via marítima ou ferroviária, em detrimento da via rodoviária, por razões ambientais e de afectação das populações das localidades situadas nas estradas actualmente utilizadas. 36 Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011 A estratégia Secil de comercialização do produto foi reajustada, tendo em conta as capacidades instaladas e a localização geográfica do mercado e das instalações. Na Fábrica Secil-Outão, privilegiou-se o transporte marítimo para responder ao mercado externo/exportação e ainda e ao mercado ilhas e distribuição para os entrepostos. Enquanto nas Fábricas Maceira-liz e Cibra-Pataias, privilegiou-se o mercado interno, razão pela qual a percentagem de produto transportado pelas vias rodovia e ferrovia é superior. Neste sentido, em 2011, a expedição de produto via marítima voltou a aumentar, resultado do aumento da exportação. Expedição de Clínquer e Cimento V Emergências Ambientais Em 2011 ocorreu uma emergência ambiental, resultado de um incêndio numa pilha de estilha de madeira. Esta situação de emergência foi reportada às entidades com- petentes, nomedamente à CCDR-LVT, IGAOT e DRE-LVT, no prazo legalmente estabelecido. VI Comunicação com as Partes Interessadas Colaboradores internos Folheto Funâmbulo O Funâmbulo é uma publicação, em formato de folheto, com carácter trimestral, tem por objectivo divulgar/comunicar informação sobre várias temáticas na área da sustentabilidade, teve 4 publicações no ano de 2011: N.º 4 – Estratégia de Optimização de Recursos Naturais N.º 5 – Eficiência Energética N.º 6 – Iniciativa para a Sustentabilidade no Cimento (CSI) N.º 7 – EMAS - Sistema Comunitário de Ecogestão e Auditoria g Comunidade Reclamações Ambientais Em 2011, na fábrica Secil-Outão, registaram-se duas reclamações ambientais: uma devido a vibrações e uma outra devido a fumos., ambas registadas e fechadas. g Pedidos de Parte Interessada São considerados pedidos de parte interessada (PPI’s), todos os tipos de pedidos de esclarecimento, informação ou cooperação, efectuados com indivíduos, grupos ou entidades externos à organização, relacionados ou influenciados pelo desempenho dos Sistemas de Gestão de Qualidade, Ambiente e Segurança. g Em 2011 foram recebidos 8 PPI’s formais na Fábrica Secil-Outão de carácter ambiental decorrentes de projectos de investigação/estudos: · Pedidos de colaboração para estudos/teses e inquéritos; · Esclarecimento sobre o tema dioxinas e furanos; · Pedidos de dados vários; · Visitas de Estudo Considerando os pedidos de visitas de estudo solicitadas por diversas escolas e instituições ou outras associações, durante o ano de 2011, na Fábrica Secil-Outão foram recebidos 1 024 visitantes. Semana de Portas Abertas A 9ª edição da Semana de Portas Abertas decorreu entre nos dias 2, 3, 9 e 10 de Julho de 2011 e contou com a presença de 346 visitantes. Esta edição, além de focar as actividades da fábrica, incidiu fortemente na sua envolvente, na Serra da Arrábida e na política de preservação da fauna e flora deste local. Foi possível aos visitantes, interagirem com equipamentos multimédia para informação detalhada sobre a Biodiversidade promovida pela Secil, e perceberem qual o sentido e evolução da sistemática recuperação paisagística das pedreiras. Foram, ainda, como habitual, feitas visitas guiadas às instalações. Este ano foi introduzida uma novidade, em que os participantes tiveram a oportunidade de fazer uma viagem de barco, que conduziu os participantes num pequeno percurso náutico, que teve a Arrábida e a Secil como cenário, permitindo a visualização da recuperação em curso na pedreira. g Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011 37 Comissão de Acompanhamento Ambiental Em 2011 foram realizadas 5 reuniões na Fábrica SecilOutão. Os resultados obtidos até agora com o funcionamento deste mecanismo podem considerar-se muito positivos, na medida em que a Empresa passa a deter um processo regular de escuta e acolhimento de preocupações e comentários de elementos da chamada sociedade civil que, num clima de grande franqueza e cooperação, ajudam a introduzir melhorias nas fábricas e elevar o padrão de reporte e de disponibilização de informação ao público, o que acaba por aumentar o nível de confiança das organizações e da população na nossa actuação. Entre os vários temas abordados nas reuniões na fábrica Secil-Outão, destacam-se a apresentação e discussão dos Aspectos Ambientais – apreciação da CAA, apresentação dos Relatórios de Ambiente e Segurança, abordagem do tema “Gestão dos Resíduos em Portugal”, apresentação da Semana de Portas Abertas 2011, análise do Impacto das taxas de substituição nos Transportes de Combustíveis, entre outros. g Prémios Europeus de Ambiente A Secil foi premiada com o “European Business Awards for the Environment – Prémio de Inovação para a Sustentabilidade”, na categoria de Gestão com a candidatura “Gestão da Sustentabilidade na Secil”. No passado dia 28 de Novembro realizou-se a cerimónia de entrega do Prémio, sendo assim reconhecida à Secil a excelência da sua gestão ambiental, em que incorpora a sustentabilidade em toda a sua actuação, desde a estratégica até à operacional, e em todos os seus processos. Com esta distinção na categoria Gestão, a Secil candidatase à final europeia dos “European Business Awards for the Environment” (EBAE) a realizar-se em meados de 2012. O Prémio de Inovação para a Sustentabilidade é uma iniciativa da Comissão Europeia, cuja organização está a cargo g 38 Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011 da Agência Portuguesa do Ambiente, que pretende reconhecer e promover empresas e organizações que dão um contributo relevante para o Desenvolvimento Sustentável, no qual Portugal participa pela segunda vez. Este Prémio é de elevada relevância uma vez que conta com a contribuição de várias entidades oficiais e da sociedade civil e é constituído por um júri independente representante de destacadas entidades ligadas à sustentabilidade e ao meio empresarial, com exigentes critérios de avaliação. Esta conquista é resultado do empenho, trabalho e dedicação de todos os colaboradores internos que intervêm no processo de concepção, implementação e controlo dos Sistemas de Gestão Ambiental. Brochura VALORIZAR - A Secil e a Arrábida Esta brochura descreve a ligação profunda entre a Secil e a Serra da Arrábida, salientando a forma como se têm estudado os ecossistemas da Arrábida, de forma a gerir e valorizar este património inigualável. Encontra-se representado, em forma gráfica, o desempenho ambiental da fábrica, demonstrando-se os esforços para respeitar a definição de políticas, e implementação dos procedimentos operacionais. g Outras Publicações e intervenções Científicas A validação de uma verdadeira política científica é obtida através da apresentação de inúmeras publicações e intervenções realizadas pelos investigadores associados aos projectos. Assim, os artigos e comunicações sobre emissões atmosféricas, biodiversidade e modelos de integração, apresentados em diversos eventos científicos nacionais e internacionais, têm sido expostos ao escrutínio de diversos especialistas das respectivas áreas. Salientam-se os artigos sobre emissões de metais, dioxinas e furanos, publicados na revista Elsevier em 2011: “Emissions of metals and Polychlorinated dibenzo (p) dioxin and furan (PCDD/Fs) from Portland cement manufacturing plants: Inter-kiln variability and dependence on fuel types.” E “Polychlorinated dibenzo (p) dioxin and furan (PCDD/F) congener profiles in cement kiln emissions and impacts”. g VII Novos diplomas legais e acções implementadas Da legislação ambiental publicada em 2011, destacam-se os seguintes como os mais relevantes para a actividade. Implementado Pendente (por entidades externas) Decreto – Lei n.º 6/2011 de 10 de Janeiro Com plano de acções a decorrer Adapta o registo das emissões e transferências de poluentes ao regime de prevenção e controlo integrados da poluição, procedendo à primeira alteração ao Decreto-Lei n.º 127/2008, de 21 de Julho. Este diploma pretende dar execução a uma medida de simplificação administrativa que permite ao operador apresentar à Agência Portuguesa do Ambiente (APA) relatórios, dados ou informações relativos à monitorização das emissões da instalação por que é responsável, em cumprimento de diferentes regimes jurídicos, através de um relatório único que lhe permita dar cumprimento a todas as obrigações que lhe são imputáveis. Permite-se, assim, ao operador o recurso ao relatório único, num único momento, o que significa uma diminuição dos seus encargos administrativos. Além disso, a alteração de datas de reporte, que agora se adopta, permite ao operador ter o formulário previamente semi-preenchido e reportar, junto da APA, apenas a informação que ainda não tenha sido reportada. Evita-se, assim, o desfasamento ao longo do ano de reporte de informação, visando-se a simplificação do processo de resposta, bem como o processo de tratamento dos respectivos dados por parte da administração. Os formulários PRTR de 2010, de cada instalação, foram submetidos dentro dos prazos definidos pela APA. A submissão dos formulários corresponde à primeira fase de cinco fases PRTR: Fase 2: avaliação da informação comunicada pela autoridade competente PRTR; Fase 3: correcções ou esclarecimentos necessários solicitados pela autoridade competente e comunicados pelo operador; Fase 4: finalização do registo PRTR; Fase 5: comunicação europeia. Neste momento todos os formulários encontram-se na Fase 2. Decreto – Lei n.º 56/2011 de 21 de Abril Estabelece o regime aplicável a determinados gases fluorados com efeito estufa, assegurando a execução do Regulamento (CE) n.º 842/2006, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 17 de Maio, e dos respectivos regulamentos de desenvolvimento. Até ao dia 31 de Março de cada ano, os operadores comunicam à APA, através do Sistema Integrado de Registo da Agência Portuguesa do Ambiente (SIRAPA), os dados referidos no presente requisito, relativos ao ano civil anterior. No âmbito deste DL foi incluído no requisito de compra do serviço de manutenção de equipamentos contendo gases fluorados com efeito de estufa a necessidade de certificação dos técnicos por organismos autorizado pela APA. Decreto-lei n.º 73/2011 de 17 de Junho Procede à terceira alteração ao Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro, transpõe a Directiva n.º 2008/98/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Novembro, relativa aos resíduos, e procede à alteração de diversos regimes jurídicos na área dos resíduos Este DL prevê a aprovação de programas de prevenção e estabelecem-se metas de reutilização, reciclagem e outras formas de valorização material de resíduos, a cumprir até 2020. No âmbito do mercado organizado de resíduos (MOR), este é alargado aos subprodutos, materiais reciclados e resíduos perigosos. Esta medida confere uma maior versatilidade ao MOR e facilita e potencia a valorização de outro tipo de resíduos. Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011 39 No domínio das actividades de gestão de resíduos, o presente decreto-lei vem, por um lado, tornar mais clara a distinção entre armazenamento preliminar de resíduos antes da recolha e o armazenamento antes do tratamento. Esta distinção traz como vantagem clarificar que os estabelecimentos ou empresas que produzam resíduos no âmbito das suas actividades não são sujeitos a licenciamento para o armazenamento dos mesmos antes da recolha. Por outro lado, adopta medidas de simplificação administrativa ao isentar de licenciamento um conjunto de actividades específicas de valorização de resíduos, concretizando-se, ainda, o conteúdo mínimo das normas técnicas necessárias para que outras actividades possam também vir a beneficiar dessa isenção. Em matéria de transporte de resíduos, é introduzida a guia de acompanhamento de resíduos electrónica (e-GAR). A introdução desta guia tem como vantagens tornar mais fiável o sistema de acompanhamento de transporte de resíduos, desmaterializando e simplificando de forma significativa o procedimento de registo e controlo da informação relativa a esta actividade. Estabelecem-se requisitos para que substâncias ou objectos resultantes de um processo produtivo possam ser considerados subprodutos e não resíduos. São ainda estabelecidos os critérios para que determinados resíduos deixem de ter o estatuto de resíduo. Estes mecanismos decisórios apresentam evidentes vantagens para os operadores económicos e para a economia em geral, desonerando e simplificando as formas de aproveitamento das substâncias, objectos ou produtos em causa. É introduzido o mecanismo da responsabilidade alargada do produtor. Esta abordagem da gestão de resíduos tem em conta o ciclo de vida dos produtos e materiais e não apenas a fase de fim de vida, com as inerentes vantagens do ponto de vista da utilização eficiente dos recursos e do impacte ambiental. A este respeito, aproveita-se ainda para tornar mais eficaz a acção da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) ao nível do acompanhamento do desempenho das entidades gestoras de sistemas integrados de fluxos específicos de resíduos. Finalmente, ao nível dos resíduos perigosos, tornam-se mais claras as disposições em matéria de tratamento de resíduos constantes da Directiva n.º 91/689/CEE, do Conselho, de 12 de Dezembro, designadamente quanto a operações de mistura. No que concerne, em particular, à gestão de óleos usados, actualizam-se os objectivos nacionais para a gestão dos mesmos, com destaque para a prioridade atribuída à regeneração. Este Decreto-lei não teve implicações directas para a SECIL. Regulamento (EU) 1193/2011 de 18 de Novembro de 2011 O presente regulamento diz respeito às licenças de emissão criadas para o período de comércio de licenças de emissão da União Europeia com início em 1 de Janeiro de 20 13 e períodos subsequentes. Todas as contas RPLE, relativas às três fábricas de cimento, encontram-se conforme o disposto do Regulamento. Decisão da Comissão n.º 2011/278/CE de 27 de Abril 40 Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011 Determinação das regras transitórias da União relativas à atribuição harmonizada de licenças de emissão a título gratuito nos termos do artigo 10.º-A da Directiva 2003/87/CE do Parlamento Europeu e do Conselho. O artigo 10.º -A da directiva dispõe que, ao nível da EU, as regras harmonizadas de atribuição de licenças de emissão a título gratuito devem, na medida do possível, estabelecer parâmetros de referência que assegurem que essa atribuição de licenças de emissão a título gratuito se processe de uma forma que incentive reduções das emissões de gases com efeito de estufa e técnicas energéticas eficientes, não devendo incentivar o aumento das emissões. Na definição dos princípios de fixação de parâmetros de referência nos vários sectores ou subsectores, o ponto de partida foi a média dos resultados dos 10 % de instalações mais eficientes de um determinado sector ou subsector na UE, durante o período de 2007- 2008. Os parâmetros de referência foram calculados relativamente aos produtos e não aos factores de produção, a fim de maximizar a redução das emissões de gases com efeito de estufa e as economias em termos de eficiência energética através de cada processo produtivo do sector ou subsector em causa. No âmbito desta Decisão devem ser recolhidos dados dos operadores para determinação das licenças de emissão gratuitas a atribuir anualmente no período de 2013-2020. Estes dados só poderão ser aceites pela Autoridade Competente quando considerados satisfatórios pelos Verificadores. Para o efeito, foram aprovados pelos Estados-Membros, em reunião do Climate Change Committee de 14 de Abril de 2011, um formulário, em Excel, para recolha de dados que é suportado por um outro formulário, em Word, para descrição, pelo operador, da metodologia utilizada para esse fim. Os formulários foram submetidos à APA dentro dos prazos definidos. Salienta-se que, o montante determinado por esta metodologia é preliminar, estando sujeito à aplicação de um factor de correcção trans-sectorial caso o montante total de alocações gratuitas exceda o montante máximo previsto no art. 10º(5) da directiva CELE. Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011 41 VIII Programa de Melhoria 2012 De seguida apresentam-se as acções de melhoria introduzidas no Programa de Melhoria e que serão desenvolvidas a partir de 2012. ID Aspecto/ impacte ambiental 1 Emissões atmosféricas Degradação da qualidade do meio receptor (água/solo/ar) Objectivo Meta Redução das emissões específicas de NOx. Reduzir a emissão de NOx para Valores Médios Diários inferiores a 500 mg/Nm3. Controlo do “NH3 split” inferior a 50 mg/Nm3. Perturbação da flora, fauna e vida humana 2 Melhoria dos Sistemas de Rega associados à recuperação paisagística. Biodiversidade 3 Reabilitação de habitats naturais Melhoria e recuperação dos viveiros associados à recuperação paisagística. Implementação de novos sistemas de rega nas áreas a recuperar em 2012 previstas no Triénio 20112013. Implementação e/ou melhoria de um conjunto de acções. Designação da Acção de Melhoria Optimização da operação do SNCR. AM 16/12 Prazo: Dez | 12 Optimização dos sistemas de rega. AM 02/12 Prazo: Fev | 13 Recuperação e optimização dos viveiros. AM 03/12 Prazo: Dez | 12 4 5 Responsabilidade/ Sensibilização Consumo de Água Redução das reservas hídricas Avaliar o desempenho ambiental dos Prestadores de Serviços tendo por base o modelo de competências definido. Caderneta distribuída a todos os PS. Implementação da caderneta do Empreiteiro. (dentro da fábrica) AM 11/12 Gestão da rede de água potável. Consumo de água da rede pública. Racionalização do consumo de água potável. Racionalização do consumo de água potável. Prazo: Dez | 13 Levantamento da rede de consumo de água potável na fábrica e adaptação/optimização para utilização da água. AM 15/12 Prazo: Dez | 12 42 Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011 IX Glossário APA l Agência Portuguesa do Ambiente. Aspecto ambiental l Elemento das actividades, serviços ou produtos da organização que pode interagir com o ambiente. Biodiversidade l Descreve a riqueza e a variedade do mundo natural; compreende a diversidade de organismos de uma mesma espécie, entre espécies e ecossistemas. Também designada por diversidade biológica. Biomassa l Matéria vegetal proveniente da agricultura ou da silvicultura, que pode utilizar-se como combustível para efeitos de recuperação do teor energético. Incluem-se nesta definição, desde que utilizados como combustível, os seguintes resíduos: – os resíduos vegetais provenientes da agricultura e da silvicultura que não constituam biomassa florestal ou agrícola; – os resíduos vegetais provenientes da indústria de transformação de produtos alimentares, se o calor gerado for recuperado; – os resíduos vegetais fibrosos provenientes da produção de pasta virgem e de papel, se forem co-incinerados no local de produção e o calor gerado for recuperado; – os resíduos de cortiça; – os resíduos de madeira, com excepção daqueles que possam conter compostos orgânicos halogenados ou metais pesados resultantes do tratamento com conservantes ou revestimento, incluindo, em especial, os resíduos de madeira provenientes de obras de construção e demolição. CBO5 l Carência Bioquímica de Oxigénio. Parâmetro que mede o potencial impacte ambiental de um efluente líquido sobre o meio receptor, causado pela oxidação bioquímica dos compostos orgânicos. CCDR-LVT l Comissão de Cordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo. CELE l mo dos recursos naturais necessários para a produção daquele constituinte principal. CimEq l Cimento Equivalente – Factor utilizado para calcular as quantidades equivalentes de cimento se todo o clínquer produzido fosse moído para produzir mais cimento. É calculado da seguinte forma: CimEq = Clk produzido(t) + Clk expedido(t)/Taxa de incorporação de clk(%). Clk – Clínquer l Rocha artificial resultante da cozedura das matérias-primas, que constitui o principal componente do cimento. Co-incineração l ver Valorização Energética. Combustíveis alternativos l Qualquer resíduo industrial resultante de um processo produtivo que, pelas suas características físicas, químicas e poder calorífico, pode ser utilizado como combustível, substituindo a utilização de combustíveis fósseis. Combustíveis fósseis l Combustíveis não renováveis resultantes do processo lento de decomposição das plantas e dos animais. Existem três grandes tipos de combustíveis fósseis: o carvão, o petróleo e o gás natural. Uma vez esgotados, não é possível substituí-los, razão por que se consideram não renováveis. COT l Carbono Orgânico Total. CQO l Carência Química de Oxigénio. Parâmetro que mede o potencial impacte ambiental de um efluente líquido sobre o meio receptor, causado pela oxidação química dos compostos orgânicos. Desenvolvimento sustentável l Desenvolvimento que satisfaz as necessidades do presente, sem comprometer a capacidade de as gerações vindouras satisfazerem as suas próprias necessidades. Comércio Europeu de Licenças de Emissão. Cimentos compostos l Cimentos com taxas de incorporação de clínquer mais reduzidas (65%-79%), cuja taxa de incorporação de materiais secundários é maior (21%-35%). Como requerem menores quantidades de clínquer, são cimentos mais favoráveis do ponto de vista ambiental, porque permitem reduzir o consu- Dioxinas e Furanos l Todas as policlorodibenzo-p-dioxinas (PCDD) e os policlorodibenzofuranos (PCDF) enumerados no anexo I do Decreto-Lei n.º 85/2005. São compostos orgânicos altamente tóxicos, pouco solúveis, em água, com elevada persistência no ambiente acumulando-se nas gorduras e bioacumulando-se ao longo da cadeia alimentar; provenientes sobretudo de Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011 43 reacções químicas que envolvam a combustão de substâncias cloradas e cujos principais efeitos incluem maior susceptibilidade a infecções, cancro, defeitos congénitos, e atraso no crescimento das crianças. As suas emissões são expressas em I-TEQ (Equivalente Tóxico Internacional). DRE-LVT Tejo. l HCl HF Ácido Clorídrico. l Ácido Fluorídrico. l IGAOT l Território. Inspecção Geral de Ambiente e Ordenamento do Direcção Regional de Energia de Lisboa e Vale do Dióxido de Carbono (CO2) l Um dos principais produtos da combustão de combustíveis fósseis. O dióxido de carbono é um gás com efeito de estufa (greenhouse gas) que contribui para o potencial aquecimento global. Impacte ambiental l Qualquer alteração no ambiente, adversa ou benéfica, resultante total ou parcialmente, das actividades, produtos ou serviços da organização. Eco-eficiência l Conceito empresarial que visa acrescentar mais valor, utilizando menos materiais e energia e provocando um menor impacte ambiental. Licença Ambiental l Decisão escrita que visa garantir a prevenção e o controlo integrados da poluição proveniente das instalações, estabelecendo as medidas destinadas a evitar, ou se tal não for possível, a reduzir as emissões para o ar, a água e o solo, a produção de resíduos e a poluição sonora. Este documento é emitido pela Agência Portuguesa do Ambiente. Eficiência energética l A eficiência energética pode definir-se como a optimização que podemos fazer do consumo de energia. Matérias-primas naturais l Matérias-primas utilizadas tradicionalmente no processo de produção (calcário, marga e areia). EMAS l Eco-management and Audit Scheme (Sistema Comunitário de Eco-Gestão e Auditoria) – Regulamento (CE) n.º 1221/2009, de 25 de Novembro, que revoga o Regulamento (CE) n.º 761/2001 e as Decisões 2001/681/CE e 2006/193/Ceda Comissão. Matérias-primas secundárias l Qualquer resíduo industrial resultante de um processo de produção, que, pelas características físico-químicas, possa ser utilizado em substituição de matériasprimas primárias. Emissão difusa l Emissão que não é feita através de uma chaminé, incluindo as fugas e as emissões não confinadas para o ambiente exterior, através de janelas, portas e aberturas afins, bem como de válvulas e empanques. ETAR l Estação de tratamento de águas residuais. Fauna l É o termo colectivo usado para designar a vida animal de uma determinada região ou período de tempo. Filtro de mangas l Equipamento destinado a filtrar os gases resultantes de um processo industrial, através de um conjunto de mangas (algodão, poliéster ou Teflon), onde as partículas de pequenas dimensões ficam retidas. Flora l É o conjunto das espécies de plantas (geralmente, apenas as plantas verdes) características de uma região. 44 Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011 Metais pesados l Elementos químicos nos quais se incluem: Cd – Cádmio, Hg – Mercúrio, As – Arsénio, Ni – Níquel, Pb – Chumbo, Cr – Crómio, Cu – Cobre, Tl – Tálio, Sb – Antimónio, Co – Cobalto, Mn – Manganês e V – Vanádio. MTD – Melhor Técnica Disponível l Técnica mais eficaz para alcançar um nível geral elevado de protecção do ambiente no seu todo. NH3 NOx Amónia. l l Óxidos de Azoto. Partes Interessadas l Também designados por partes interessadas ou intervenientes, referem-se a todos os envolvidos num determinado processo, por exemplo, clientes, colaboradores, investidores, fornecedores, comunidade etc. O sucesso de uma empresa passa pela participação das suas partes interessadas e, por isso, é necessário assegurar que as suas expectativas e necessidades são conhecidas e consideradas pela mesma. PM10 l Partículas em suspensão susceptíveis de passar através de uma tomada de ar selectiva, tal como definido no método de referência para amostragem e medição de PM10, Norma EN 12341, com uma eficiência de corte de 50% para um diâmetro aerodinâmico de 10 µm. Produtos cimentícios l Equivale a todo o clínquer produzido mais todos os materiais utilizados na moagem de cimento. Recursos não renováveis l Recursos que existem em quantidades fixas em vários lugares da crosta terrestre e têm potencial para renovação apenas por processos geológicos, físicos e químicos que ocorrem em centenas de milhões de anos. O carvão e outros combustíveis fósseis são não-renováveis. Recursos renováveis l Recursos que potencialmente podem durar indefinidamente, sem reduzir a oferta disponível porque são substituídos por processos naturais. Regime geral l Regime de funcionamento dos fornos quando estão a consumir apenas combustíveis fósseis tradicionais. Regime co-incineração l Regime de funcionamento dos fornos quando estão a consumir combustíveis alternativos, além dos combustíveis fósseis tradicionais. Resíduo l Qualquer substância ou objecto de que o detentor se desfaz ou tem a intenção ou a obrigação de se desfazer. RIB - Resíduo industrial banal l O resíduo que esteja isento de substâncias consideradas perigosas, como os resíduos florestais, as farinhas animais, os pneus, os plásticos, os desperdícios de papel e cartão, entre outros. RIP - Resíduo industrial perigoso l O resíduo que apresente, pelo menos, uma característica perigosa para a saúde ou para o ambiente, nomeadamente os identificados na Lista Europeia de Resíduos. sobrevivência e conforto da sociedade em geral. Podem ser renováveis, como a luz do Sol, o vento, os peixes, as florestas, ou não-renováveis, como o petróleo. SNCR l Selective Non-Catalytic Reduction. Processo utilizado na redução das emissões de NOx, que consiste na injecção de amónia nos gases de saída do forno. SO2 l Dióxido de Enxofre. SST l Sólidos Suspensos Totais. Parâmetro que mede a quantidade de materiais sólidos em suspensão num efluente líquido. Unidades de Medida l m – metro (SI); kg – quilograma (SI); s – segundo (SI); J – Joule, unidade de energia (1 J = kg.m2/s2); W – Watt, unidade de potência (1W = 1 J/s); kWh – Kilowatthora, unidade de energia, corresponde à quantidade de energia utilizada para alimentar uma carga com potência de 1Watt (W) pelo período de 1h (1 kWh= 3,6x106 J = 3,5 MJ); cal – caloria (1 cal = 4,1868 kJ) – unidade de energia, corresponde à quantidade de calor (energia) necessária para elevar em 1 grau Célsius temperatura de 1 g de água. Valor A l Correspondente à entrada/impacte anual total no domínio em causa. Valor B ção. Valor R l l Correspondente à produção anual total da organiza- Correspondente ao rácio A/B. VLE – Valor limite de emissão l Concentração e / ou o nível de uma emissão que não deve ser excedido durante um ou mais períodos determinados. Valorização energética l Operação de valorização de resíduos, em que estes substituem os combustíveis fósseis. No caso do processo de fabrico de cimento, os resíduos são introduzidos no forno como combustível alternativo. Recursos naturais l Elementos da natureza com utilidade para o homem, cujo desenvolvimento tem o objectivo da civilização, Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011 45 Declaração do Verificador Ambiental sobre as Actividades de Verificação e Validação A APCER – Associação Portuguesa de Certificação, com o número de registo de verificador ambiental EMAS PT-V-0001 acreditado ou autorizado para o âmbito “Exploração de Pedreiras e Fabricação de Cimento” (Código NACE: 23.51) declara ter verificado se a Fábrica SECIL-Outão, tal como indicada na declaração ambiental actualizada da organização SECIL – Companhia Geral de Cal e Cimento, S.A. com o número de registo PT 000073 cumpre todos os requisitos do Regulamento (CE) n.º 1221/2009 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 25 de Novembro de 2009, que permite a participação voluntária de organizações num sistema comunitário de ecogestão e auditoria (EMAS). Assinando a presente declaração, declaro que: - a verificação e a validação foram realizadas no pleno respeito dos requisitos do Regulamento (CE) n.º 1221/2009; - o resultado da verificação e validação confirma que não existem indícios do não cumprimento dos requisitos legais aplicáveis em matéria de ambiente; - os dados e informações contidos na declaração ambiental actualizada da Fábrica SECIL-Outão reflectem uma imagem fiável, credível e correcta de todas as actividades, no âmbito mencionado na declaração ambiental. O presente documento não é equivalente ao registo EMAS. O registo EMAS só pode ser concedido por um organismo competente ao abrigo do Regulamento (CE) n.º 1221/2009. O presente documento não deve ser utilizado como documento autónomo de comunicação ao público. Leça da Palmeira, 23 de Maio de 2012 Eng.º José Leitão Eng.ª Helena Pereira (CEO) (Verificador) Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011 47 SECIL – Companhia Geral de Cal e Cimento, S.A. www.secil.pt Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011
Documentos relacionados
Recuperação Paisagística e Biodiversidade – Julho 2007
Junho e 8 de Julho, será possível aos visitantes conhecer mais aprofundadamente este nosso projecto, bem como obter informação adicional sobre o desempenho ambiental da fábrica, nomeadamente o seu ...
Leia maisDeclaração Ambiental 2013
A Fábrica Secil-Outão está situada na localidade do Outão, freguesia de Anunciada, concelho de Setúbal, distrito de Setúbal, estando inserida no Parque Natural da Arrábida junto ao Rio Sado.Esta lo...
Leia maisPaginação Relatório Secil 2005
cumprido um percurso de actuação ambientalmente responsável, iniciado no Outão, já desde a década de 60, data do primeiro estudo de recuperação paisagística das pedreiras. Ao longo das décadas de 7...
Leia mais