sistema de gestão da polícia militar do estado de são paulo
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DEZEMBRO 2010 SISTEMA DE GESTÃO DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO SISTEMA DE GESTÃO DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO 2ª EDIÇÃO REVISADA E ATUALIZADA SISTEMA DE GESTÃO DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO 2ª Edição DEZEMBRO 2010 35296001Miolo.indd 1 09/12/10 20:24 Governador Alberto Goldman ecretário de Estado dos Negócios S da Segurança Pública Antonio Ferreira Pinto Polícia Militar do Estado de São Paulo Comandante Geral Cel PM Álvaro Batista Camilo Subcomandante PM e Chefe do Estado Maior Cel PM Danilo Antão Fernandes Imprensa Oficial do Estado de São Paulo 35296001Miolo.indd 2 Diretor-presidente Hubert Alquéres 09/12/10 20:24 PREFÁCIO A Fundação Nacional da Qualidade (FNQ) acredita que o desenvolvimento da sociedade brasileira, sob qualquer ponto de vista, econômico, social, político, ambiental e tecnológico, está direta e inexoravelmente ligado à capacidade de gestão de nossas organizações, sejam elas grandes ou pequenas, públicas ou privadas. Essa é a missão da FNQ: atuar na busca da melhoria significativa da qualidade da gestão dessas organizações. É uma missão nobre porque de seu cumprimento não resultarão apenas empresas mais competitivas e melhores serviços públicos, mas a melhoria da qualidade de vida de nosso povo. O desafio é grande e para isso a FNQ conta com parceiros para levar um modelo consistente de excelência em gestão para todos os setores estratégicos. Nos últimos anos, a FNQ dispensou atenção especial ao fortalecimento e expansão de sua rede de programas e prêmios formalizada em parceria com instituições regionais e setoriais de todo o território nacional. Hoje, a rede nacional da gestão “Rumo à Excelência”, da FNQ, reúne 54 movimentos regionais e setoriais (22 regionais, 9 setoriais, 23 voltados para as micro e pequenas empresas), todos alinhados ao processo de avaliação do Prêmio Nacional da Qualidade® e de fundamental importância para a ampliação do universo de organizações que utilizam o Modelo de Excelência em Gestâo®. Prova disso, é a iniciativa da Polícia Militar do Estado de São Paulo, por intermédio do Sistema de Gestão da Polícia Militar do Estado de São Paulo, o GESPOL, que adotou esses fúndamentos e práticas de excelência. 35296001Miolo.indd 3 09/12/10 20:24 Integrante da rede desde 2007, esta iniciativa altamente louvável, demonstra, na prática, que a causa da excelência em gestão sensibiliza parcelas importantes do setor público. O GESPOL é uma iniciativa que merece ser conhecida por todos e um exemplo a ser seguido pelas organizações públicas e privadas brasileiras. Luiz Ernesto Gemignani Presidente do Conselho Curador da FNQ 35296001Miolo.indd 4 09/12/10 20:24 SUMÁRIO Pensamento Sistêmico na Gestão da Polícia Militar do Estado de São Paulo.. 9 1. Representação do Sistema de Gestão........................................................ 11 2. Suporte Doutrinário.................................................................................12 2.1 Diretiva do Suporte Doutrinário..........................................................13 2.2 Polícia Comunitária............................................................................13 2.3 Direitos Humanos..............................................................................14 2.4 Gestão pela Qualidade.......................................................................15 3. Gestão de Pessoas....................................................................................18 3.1 Diretiva da Gestão de Pessoas – Fixação do Efetivo............................19 3.2 Diretiva de Gestão de Pessoas – Administração de Pessoal.................21 3.2.1 Justiça e Disciplina.................................................................... 22 3.2.2 Condicionamento Técnico de Tiro............................................ 23 3.2.3 Condicionamento Físico........................................................... 23 3.2.4 Avaliação de Desempenho....................................................... 24 3.2.5 Programas de Apoio................................................................. 24 4. Gestão de Saúde..................................................................................... 28 4.1 Diretiva de controle por meio da Saúde Preventiva............................. 28 4.2 Diretiva de Equipes Multidisciplinares de Prevenção e Reabilitação.... 29 5. Gestão de Logística..................................................................................31 5.1 Diretiva de Gestão de Logística...........................................................31 6. Gestão de Finanças................................................................................. 37 6.1 Diretiva de Planejamento das Despesas.............................................. 37 6.2 Diretiva da Execução Orçamentária.................................................. 39 7. Gestão de Tecnologia de Informação e Comunicação............................... 42 7.1 Diretiva de Sistema Integrado de Gestão - SIG.................................. 42 7.2 Diretiva de Utilização da Tecnologia na Atividade Operacional.......... 43 8. Gestão do Conhecimento e Inovação...................................................... 47 8.1 Diretiva de Qualificação..................................................................... 50 35296001Miolo.indd 5 09/12/10 20:24 8.2 Diretiva de Planejamento da Matriz de Capacitação.......................... 52 8.3 Diretiva de Execução da Matriz de Capacitação................................ 53 8.3.1. Treinamento............................................................................. 53 8.3.2. Desenvolvimento.................................................................... 55 8.3.3. Ação complementar................................................................ 55 8.4 Diretiva de Inovação.......................................................................... 56 9. Gestão Operacional..................................................................................61 9.1 Diretiva de Padronização Operacional................................................ 62 9.2 Diretiva do Princípio da Responsabilidade Territorial........................... 64 9.3 Diretiva de Organização do Padrão de Policiamento.......................... 67 9.4 Diretiva de Metodologia de Aplicação dos Ativos Operacionais..........71 9.5 Diretiva de Ações Complementares Operacionais............................. 73 9.5.1 Videomonitoramento................................................................ 74 9.5.2 Operações de Saturação por Tropas Especiais (OSTE)............ 74 9.5.3 Outras Operações................................................................... 76 9.5.4 Policiamento Rural................................................................... 78 9.6 Diretiva de Ações Complementares de Responsabilidade Social......... 79 9.6.1 Programa Educacional de Resistência às Drogas e Violência (PROERD)....................................................................................... 80 9.6.2 Programa Jovens Construindo a Cidadania (JCC).....................81 9.6.3 Relatório sobre Averiguação de Incidente Administrativo (RAIA).............................................................................................. 82 10. Gestão da Comunicação Social.............................................................. 86 10.1 Diretiva de Intérprete entre os diversos públicos do processo............ 86 10.2 Diretiva dos Canais de Comunicação............................................... 87 10.3 Diretiva de Transparência Institucional............................................. 89 10.4 Diretiva do Balanço Social............................................................... 93 11. Sistema de Controle............................................................................... 95 11.1 Sistema de Controle do Desempenho das OPM (Performance Control System - PCS)........................................................................... 95 35296001Miolo.indd 6 09/12/10 20:24 11.2 Diagrama de Controle de Indicadores Criminais................................ 96 11.3 Controle Estratégico........................................................................ 97 11.4 Processo de Avaliação da Gestão e Certificação das OPM............... 97 12. Considerações Finais.............................................................................. 99 Bibliografia.................................................................................................103 35296001Miolo.indd 7 09/12/10 20:24 35296001Miolo.indd 8 09/12/10 20:24 Pensamento Sistêmico na Gestão da Polícia Militar do Estado de São Paulo Segundo a Fundação Nacional da Qualidade – FNQ, o Pensamento Sistêmico refere-se ao “entendimento das relações de interdependência entre os diversos componentes de uma organização, bem como entre a organização e o ambiente externo. Esse conceito é colocado em prática ao se criar um ambiente propício para a disseminação de conhecimentos e experiências que inclua as redes informais”. A Polícia Militar pactua com o afirmado pelo mesmo órgão, segundo o qual “o Pensamento Sistêmico é mais facilmente demonstrado e compreendido pelas pessoas de uma organização quando esta adota um sistema de gestão e o dissemina de forma transparente, com monitoramento por meio de auto-avaliações sucessivas”. Assim, a Polícia Militar de São Paulo adota o denominado “Sistema de Gestão da Polícia Militar do Estado de São Paulo”, GESPOL, tendo como base, por um lado o Pensamento Sistêmico, descrevendo neste documento os principais processos que estão envolvidos em suas ações gerenciais, demonstrados na representação gráfica do modelo adotado, e, por outro, o suporte doutrinário, que está internalizado em todas as partes componentes do sistema. A denominação retrata a visão de que a sua gestão representa exatamente um conjunto de partes interdependentes, dispostas de maneira a produzir um todo unificado. A abordagem sistêmica representa o olhar do conjunto da organização e o entendimento de que qualquer impacto nas partes gera alterações substanciais no todo, impactando sobremaneira seus resultados. Assim sendo, ela representa a visão holística da administração. 9 35296001Miolo.indd 9 09/12/10 20:24 35296001Miolo.indd 10 09/12/10 20:24 1 Representação do Sistema de Gestão A representação do Sistema de Gestão da Polícia Militar do Estado de São Paulo contempla o inter-relacionamento das diversas ações insertas em sua estrutura gerencial, suportadas sempre pelos princípios magnos que regem a Administração Pública e pelos que parametrizam a base tripartite de seu suporte doutrinário. A logomarca abaixo caracteriza a representação gráfica da marca, registrada em órgão próprio, e traduz todo o processo de gestão de polícia adotado pela Polícia Militar do Estado de São Paulo (PMESP). Figura 1 - Representação do Sistema de Gestão da PMESP. 11 35296001Miolo.indd 11 09/12/10 20:24 2 Suporte Doutrinário A Gestão da Polícia Militar de São Paulo se alicerça sobre os princípios de três pilares doutrinários: Polícia Comunitária, Direitos Humanos e Gestão pela Qualidade. Os princípios e conceitos destes três pilares estão internalizados em cada um dos policiais militares e são refletidos em ações diárias, no desempenho de suas funções e atividades. Tendo por objetivo atender aos requisitos de todos os stakehol1 ders , e alcançar metas e resultados estratégicos, a PMESP tem consolidado um modelo de gestão na área de segurança pública. No exercício das funções policiais militares essa internalização é traduzida pelo profissionalismo e observância irrestrita aos princípios e valores insculpidos pelos direitos fundamentais da pessoa humana, que caracterizam os detentores do monopólio do uso da força na defesa da sociedade. O policial militar, na execução das diversas missões de polícia ostensiva e de preservação da ordem pública, deve agir estritamente dentro dos parâmetros legais, consciente de que é um profissional a serviço da sociedade e, como tal, deve atuar sempre de forma imparcial, abstendo-se de qualquer preconceito ou discriminação. Estes preceitos embasam o compromisso de atuação profissional da Polícia Militar, materializado na frase inscrita em todo documento da Instituição: “Nós, Policiais Militares, sob a proteção de Deus, estamos compromissados com a Defesa da Vida, da Integridade Física e da Dignidade da Pessoa Humana”. Também conhecido como “partes interessadas” significa todos os grupos ou indivíduos que afetam ou são afetados pelas atividades da organização. 1 12 35296001Miolo.indd 12 09/12/10 20:24 GESPOL - Sistema de Gestão da Polícia MIlitar do Estado de São Paulo ................................................................................................................... 2.1 Diretiva do Suporte Doutrinário Aproximação comunitária e respeito aos direitos fundamentais como forma de adesão à polícia e interação comunitária, visando à busca de soluções dos problemas locais proporcionando melhor qualidade de vida para as comunidades. Pensar global e agir localmente. 2.2 Polícia Comunitária A Polícia Comunitária, enquanto princípio é uma filosofia e, ao mesmo tempo, uma estratégia institucional. Como filosofia permeia todos os níveis e é absorvida por todos os policiais militares com a internalização de seus conceitos primários de mobilização da comunidade para solução dos problemas associados aos crimes, à ordem pública e as incivilidades, em parceria com a polícia, respeitando a diversidade cultural e social. Por outro lado, como estratégia direciona esforços, medidas e programas institucionais no sentido de criar continuamente condições de aproximação comunitária, obtendo-se, mutuamente, respaldo, cooperação, parceria e participação para a melhoria da qualidade de vida das pessoas. Os princípios de polícia comunitária são incorporados na execução das ações de polícia como forma de compreensão e entendimento mútuo sobre a necessidade de sua intervenção para a garantia da ordem pública, que, em última instância, representa um ambiente organizado e saudável para se viver. Essa filosofia postula que a atuação conjunta das comunidades e da polícia na melhoria da qualidade de vida e dos relacionamentos, bem como a salubridade de ambientes comuns, tem efeito mais salutar sobre o controle do ilícito penal e a manutenção de uma sociedade mais harmoniosa e isenta de incivilidades. 13 35296001Miolo.indd 13 09/12/10 20:24 GESPOL - Sistema de Gestão da Polícia MIlitar do Estado de São Paulo ................................................................................................................... 2.3 Direitos Humanos Os Direitos Humanos são direitos inerentes ao ser humano qualquer que seja sua cultura, que transcendem o tempo e espaço geográfico, reconhecidos como inerentes à própria natureza racional e moral do homem e que não podem ser restringidos, abolidos, renunciados, alienados ou violados. Todos os seres humanos devem ter sua dignidade, valor e igualdade reconhecidos qualquer que seja sua origem, cor, raça, crença, ideologia, descendência, gênero. A atuação policial tem por base os Direitos Humanos, com ênfase à defesa da vida, da integridade física e da dignidade da pessoa humana, o que traduz a efetividade da presença marcante da polícia como a força da comunidade na garantia da convivência humana, pacífica, ordeira e igualitária. Nesse sentido a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, de 1789, pela primeira vez contemplou a existência de uma força pública destinada a proteção dos direitos fundamentais do homem. Assim prevê seu art. XII: “A garantia dos direitos do homem e do cidadão necessita de uma força pública; esta força é instituída em benefício de todos e não para a conveniência particular daqueles aos quais é confiada”. O pensamento institucional comunga de forma irrestrita com as diretivas da Declaração Universal dos Direitos Humanos, tidas como: ...o ideal comum a ser atingido por todos os povos e todas as nações, com o objetivo de que cada indivíduo e cada órgão da sociedade, tendo sempre em mente esta Declaração, se esforcem, através do ensino e da educação, por promover o respeito a esses direitos e liberdades, e, pela adoção de medidas progressivas de caráter nacional e internacional, por assegurar o seu reconhecimento e a sua observância universal e efetiva, tanto entre os povos dos próprios Estados-Membros, quanto entre os povos dos territórios sob sua jurisdição. 14 35296001Miolo.indd 14 09/12/10 20:24 GESPOL - Sistema de Gestão da Polícia MIlitar do Estado de São Paulo ................................................................................................................... A Polícia Militar do Estado de São Paulo adota o Manual dos Direitos Humanos e Direito Internacional Humanitário para Forças Policiais e de Segurança, preconizado pela Organização das Nações Unidas (ONU), com distribuição a toda sua força de trabalho e treinamento de todo policial militar, insurgindo contra qualquer manifestação ou tentativa que venham a macular esses primados. Mais do que defensora, a Polícia Militar do Estado de São Paulo se qualifica como promotora dos Direitos Humanos, contribuindo para a inclusão social e a erradicação de todas as formas de discriminação e violência, integrando pessoas e comunidades. 2.4 Gestão pela Qualidade A Gestão pela Qualidade, adotada pela PMESP desde 1996, representa a definição dos processos e dos padrões, com a utilização de ferramentas modernas de gestão destinadas ao planejamento, organização, liderança e controle. Toda a gestão da Instituição tem como parâmetro a observância dos fundamentos da excelência, ou seja: Pensamento Sistêmico, Aprendizado Organizacional, Cultura de Inovação, Liderança e Constância de Propósitos, Orientação por Processos e Informações, Visão de Futuro, Geração de Valor, Valorização das Pessoas, Conhecimento sobre o Cliente e o Mercado, Desenvolvimento de Parcerias e Responsabilidade Social. Para internalizar esses fundamentos a PMESP adota o Modelo de Excelência da Gestão® (MEG) da FNQ e aplica metodologia estabelecida no “Processo de Avaliação de Gestão e Certificação das OPM”, que inclui três fases: auto-avaliação, certificação e reconhecimento. 15 35296001Miolo.indd 15 09/12/10 20:24 GESPOL - Sistema de Gestão da Polícia MIlitar do Estado de São Paulo ................................................................................................................... A auto-avaliação é obrigatória e contém os quesitos (marcadores) dos critérios de avaliação do desempenho e diagnóstico organizacional da FNQ, os quais são respondidos com base no adendo interpretativo2 que os relaciona às normas vigentes na Instituição. A certificação alcança aquelas Organizações Policiais Militares (OPM) que atingem padrões desejáveis de desempenho, comprovando a aderência de suas práticas de gestão ao critério “Rumo à Excelência”, da FNQ. Para a certificação de uma OPM, os processos gerenciais de polícia deverão observar, necessariamente, as seguintes características: enfoque que é a lógica e a coerência do que é feito pela organização, compreendendo a adequação, segundo a qual a prática de gestão considerada deve ser apropriada às perguntas dos critérios do modelo, além de ser proativa; aplicação que é a implementação das práticas gerenciais de forma continuada e disseminada por toda a Instituição; aprendizado que se materializa quando a organização periodicamente avalia, melhora ou inova as práticas de gestão de maneira a torná-las refinadas atingindo um novo estágio de excelência e integração que se relaciona com a coerência dos objetivos e estratégias da organização, de sorte que estejam inter-relacionados com outros processos e enfoques afins em execução. Por sua vez, os resultados deverão ser relevantes para o êxito do negócio, ter tendência favorável ao longo do tempo e o nível atual de desempenho ser melhor quando comparado com outras organizações. Para que as OPM compreendam os fundamentos de excelência e possam aperfeiçoar continuamente as suas gestões, foi instituído o adendo interpretativo que compatibiliza o MEG ao sistema de gestão da Instituição. 2Compêndio em que os critérios, itens e marcadores de avaliação do Prêmio Polícia Militar da Qualidade são apresentados detalhadamente e alinhados a gestão da Instituição, inclusive com exemplos de práticas de gestão. 16 35296001Miolo.indd 16 09/12/10 20:24 GESPOL - Sistema de Gestão da Polícia MIlitar do Estado de São Paulo ................................................................................................................... O reconhecimento acontece por meio da premiação em solenidade própria, recebendo, ao final do processo de avaliação e certificação, o Prêmio Polícia Militar da Qualidade como estímulo à melhoria contínua rumo à excelência da gestão. 17 35296001Miolo.indd 17 09/12/10 20:24 3 Gestão de Pessoas A Gestão de Pessoas envolve duas variáveis importantes: a fixação do efetivo nas diversas Organizações Policiais-Militares (OPM) e a administração de pessoal voltada ao ser integral. A meta estabelecida para o preenchimento dos claros de policiais militares no efetivo existente não deve ultrapassar 3% do efetivo fixado. Dessa premissa, decorre a primeira parametrização do gestor de polícia: manter sob controle o turnover (rotatividade de mão-de-obra) da Polícia Militar e equalizar a distribuição do efetivo existente, para que as OPM mantenham o mesmo percentual de claros computados na Instituição como um todo. O acompanhamento do turnover, com base em estudo de dados históricos, gerou junto à 1ª Seção do Estado Maior (1ª EM/ PM) o Plano de Recompletamento de Efetivo, que prevê, com a devida antecedência, a necessidade de ingresso de novos policiais militares, considerando inclusive a previsão do tempo para a formação do profissional, estabelecida na Gestão de Formação, Treinamento e Desenvolvimento. Para atender a necessidade de equalização do efetivo nas OPM, a Polícia Militar dispõe de mecanismos reguladores que possibilitam acionar, seja por conveniência própria do policial militar ou por conveniência do serviço, neste caso pelo interesse da organização, observando-se o banco de talentos, consideradas a Relação de Prioridade de Transferência (RPT), que se destina a movimentar policiais militares entre as OPM de Comandos distintos e o Banco de Dados de Oficiais e de Praças, concebidos para subsidiar a movimentação no âmbito das OPM subordinadas às Diretorias e Grandes Comandos. 18 35296001Miolo.indd 18 09/12/10 20:24 GESPOL - Sistema de Gestão da Polícia MIlitar do Estado de São Paulo ................................................................................................................... 3.1 Diretiva da Gestão de Pessoas – Fixação do Efetivo Aumentar o número de policiais militares nas atividades do policiamento ostensivo, racionalizando o emprego do efetivo territorial nas diversas regiões do Estado. Duas são as principais ferramentas para a fixação e distribuição do efetivo, de forma racional, nas diversas regiões do Estado: 1) a aplicação contínua de critérios técnicos de distribuição do efetivo territorial; e 2) o estabelecimento de Matriz Organizacional, que parametriza o efetivo administrativo e, ao mesmo tempo, o respectivo escalão das OPM em cada um dos territórios, considerando a divisão administrativa por municípios, no interior e na região metropolitana, bem como nas regiões geográficas da capital. Os critérios técnicos para distribuição e completamento do efetivo policial, previstos nas Instruções para a distribuição e o completamento do efetivo policial-militar territorial (I-28-PM), estabelecem a observância da divisão administrativa por municípios e os seguintes critérios cumulativos com seus respectivos percentuais: população residente (72%), população pendular (10%), indicadores criminais (11%) e peculiaridades locais (7%). No mesmo sentido, quando se tratar de efetivo de bombeiros as Instruções para a distribuição e o completamento do efetivo territorial do Corpo de Bombeiros (I-39-PM), estabelecem os seguintes parâmetros percentuais cumulativos: força básica de atendimento operacional (75%) do efetivo, força de apoio operacional (21%) do efetivo e atividade técnica de segurança contra incêndio (4%) do efetivo. As Matrizes Organizacionais (MO) constituem padrões que abrangem tanto a descrição de funções como o ajuste dos cargos a essas funções, considerados os quadros e qualificações policiais-militares, estabelecidos em organogramas comuns em cada escalão. 19 35296001Miolo.indd 19 09/12/10 20:24 GESPOL - Sistema de Gestão da Polícia MIlitar do Estado de São Paulo ................................................................................................................... As funções administrativas territoriais, descritas nas matrizes organizacionais, compreendem as atividades de suporte necessárias às OPM territoriais básicas ou peculiares. As territoriais básicas são aquelas comuns a todas as OPM territoriais de mesmo escalão e que compõem os organogramas básicos das OPM, enquanto que as territoriais peculiares são aquelas estabelecidas com base nas particularidades funcionais ou locais. A metodologia de fixação de efetivo que caracteriza o escalão de uma OPM territorial é definida a partir do efetivo territorial acrescido do administrativo necessários a cobrir certa localidade, respeitada a Matriz Organizacional. Os parâmetros de efetivo, por escalão de OPM, foram fixados nos seguintes termos: Quadro 1 - Parâmetros de efetivo do policiamento territorial Fonte: 3ª Seção do EM/PM 20 35296001Miolo.indd 20 09/12/10 20:24 GESPOL - Sistema de Gestão da Polícia MIlitar do Estado de São Paulo ................................................................................................................... Quadro 2 - Parâmetros de efetivo do policiamento rodoviário e bombeiro territorial. Fonte: 3ª Seção do EM/PM Como o processo é dinâmico, face às variáveis envolvidas, elabora-se o Plano Anual de Ajuste do Efetivo Territorial, composto pelas ações e pelos cronogramas de alteração de OPM e de equalização de efetivos, implementado nos meses de março, junho, setembro e dezembro, mediante modificação no Quadro Particular de Organização. 3.2 D iretiva de Gestão de Pessoas – Administração de Pessoal Administração de Pessoal focada no estímulo a um clima organizacional positivo, considerando as três dimensões do ser humano: físico, mental e espiritual. A administração de pessoal da PMESP adota a visão holística do ser humano para identificar os fatores críticos de sucesso relacionados ao clima organizacional positivo. O indivíduo engloba as dimensões física, mental e espiritual. 21 35296001Miolo.indd 21 09/12/10 20:24 GESPOL - Sistema de Gestão da Polícia MIlitar do Estado de São Paulo ................................................................................................................... Nesse sentido a gestão de pessoal está voltada intrinsecamente para mantença da autoestima, postura e desempenho profissional do policial militar, nos principais pontos que interferem diretamente na sua capacidade de realização das atividades, próprias das funções de polícia ostensiva. Para obtenção de um clima organizacional favorável nas OPM, devem ser observados os fatores inerentes aos estímulos por recompensas e à correção de condutas. Além disso, é preciso prover acompanhamento médico, odontológico, psicológico, religioso e social, bem como em relação ao seu condicionamento físico e técnico, complementado por avaliação de desempenho periódica, objetivando o crescimento pessoal e profissional do policial militar. 3.2.1 Justiça e Disciplina Na gestão de pessoas em organizações com estética militar, a justiça e disciplina são preponderantes para um clima organizacional favorável. A concessão de recompensas militares representa ferramenta importante nesse contexto. A aplicação consciente e equilibrada das sanções disciplinares, por eventuais desvios de condutas, assegura manter a imagem legalista da Instituição e o comportamento ético do policial militar, sem afetar sua autoestima. Por esse motivo, a aplicação de sanções deve observar a transparência e a dosimetria necessária para a correção da conduta profissional. A aplicação de sanções disciplinares, entretanto, deve ser considerada como uma exceção, pois se busca a consciente disciplina do profissional. O regulamento disciplinar da PMESP prevê os padrões de recompensas e de sanções a serem utilizados pelos gestores no dia-a-dia: punições disciplinares, elogios e cancelamento das sanções. Além disso, normas esparsas identificam outras formas e reconhecimento por meio da concessão de medalhas, condecora22 35296001Miolo.indd 22 09/12/10 20:24 GESPOL - Sistema de Gestão da Polícia MIlitar do Estado de São Paulo ................................................................................................................... ções e promoções, formando um conjunto de medidas de estímulo ao profissional de segurança pública. 3.2.2 Condicionamento Técnico de Tiro A capacitação técnica de tiro, uma das ferramentas que diferenciam o profissional de segurança pública, dada a sua autorização plena de porte de arma, é elemento fundamental na composição do clima organizacional, no que se refere à postura do policial militar. A ausência de não-conformidades3 envolvendo armas na execução operacional é fator preponderante na manutenção de uma imagem positiva do policial militar perante a sociedade. Esse reconhecimento positivo, por sua vez, possui forte influência sobre a autoestima do profissional compromissado com a defesa da vida e da integridade física da pessoa. Após receber os treinamentos que são descritos na Gestão de Formação, Treinamento e Desenvolvimento, mormente o “Tiro Defensivo na Preservação da Vida”, baseado no “Método Giraldi”, o policial militar se submete anualmente ao Teste de Aptidão de Tiro (TAT), que representa a capacitação técnica relativa ao uso adequado da arma de fogo na atividade policial, com a finalidade de servir e proteger a sociedade e a si próprio. 3.2.3 Condicionamento Físico Aliada à questão da saúde preventiva, a aptidão física é relevante fator de composição de um clima favorável nas OPM. Para 3 É o não-atendimento a um requisito. Os produtos e serviços da organização são projetados para atender aos req- uisitos traduzidos das necessidades dos clientes e demais partes interessadas. Quando o produto ou serviço deixa de atender a uma ou algumas das necessidades destas partes interessadas, configura-se uma não-conformidade. (FNQ 2010). 23 35296001Miolo.indd 23 09/12/10 20:24 GESPOL - Sistema de Gestão da Polícia MIlitar do Estado de São Paulo ................................................................................................................... tal mister observa-se um programa de condicionamento físico, monitorado por testes periódicos, como forma de controle e correção da atividade física dos policiais militares. Anualmente o policial militar se submete ao Teste de Aptidão Física (TAF), conforme padrão estabelecido, acompanhado por um policial formado (graduado) ou especializado em Educação Física, precedido de avaliação médica subsidiada por exames laboratoriais básicos, realizados anualmente sob a supervisão de uma das Unidades Integradas de Saúde (UIS) da PMESP. 3.2.4 Avaliação de Desempenho O policial militar, semestralmente, é submetido a avaliação de desempenho, conforme padrão de trabalho disciplinado pelo Sistema de Avaliação de Desempenho dos Integrantes da Polícia Militar (SADE), destinado a melhoria contínua e ao fortalecimento do relacionamento entre os profissionais de policia militar. A avaliação dos papéis profissionais proporciona ao policial militar o retorno de seu desempenho na função exercida, dando suporte para a motivação profissional por meio da conscientização acerca da sua importância para o êxito da organização. As metas a serem trabalhadas no período de avaliação seguinte, devem estar atreladas as estratégias da organização. Por esse motivo, as condutas individuais estão alinhadas aos objetivos da Instituição, proporcionando condições favoráveis para o alcance do comprometimento pleno do homem e da missão e visão de futuro institucionais. 3.2.5 Programas de Apoio A PMESP mantém inúmeros programas de apoio ao policial militar por intermédio de seu Centro de Assistência Social (CAS). 24 35296001Miolo.indd 24 09/12/10 20:24 GESPOL - Sistema de Gestão da Polícia MIlitar do Estado de São Paulo ................................................................................................................... As necessidades biopsicossociais do policial militar são tratadas pelo Programa de Valorização Humana (PVH), que tem por objetivo realizar um levantamento de dados, para fins de elaboração de projetos que atendam as necessidades da Instituição, além de possibilitar, por meio das entrevistas devolutivas oferecidas aos interessados, a orientação psicológica e ou encaminhamento aos profissionais da área de saúde mental da PMESP. A conscientização da problemática do suicídio é tratada pelo Programa de Prevenção ao Suicídio, destinado aos policiais militares ativos e inativos, com a finalidade de auxiliá-los no processo de autoconhecimento, promovendo o bem-estar psicossocial. O Programa de Preparação para a Inatividade consiste em um programa de caráter preventivo, que visa sensibilizar, conscientizar e preparar o policial militar para as mudanças que ocorrerão com sua inatividade. Os policiais militares que se envolverem em ocorrências de risco ou apresentarem distúrbios de ordem emocional, são tratados pelo Programa de Acompanhamento e Apoio ao Policial Militar (PAAPM), cujo objetivo é o acompanhamento psicológico, baseado em protocolos envolvendo equipes multidisciplinares, para o restabelecimento do equilíbrio psicoemocional, objetivando favorecer sua perfeita interação com a sociedade. Além disso, o programa contribui para a efetiva mudança comportamental dos policiais militares abrangidos nessa situação, notadamente no que diz respeito ao restabelecimento de seus valores éticos e sociais. Assim, diante da necessidade de especializar o policial militar em consonância com a filosofia de ensino adotada pela Instituição, foi implantado o EAP-Desenvolvimento Psicoemocional, com duração de 102 h/a, o qual oferece ao policial militar que vivenciou ocorrências de alto risco, eventos críticos ou circunstâncias trá25 35296001Miolo.indd 25 09/12/10 20:24 GESPOL - Sistema de Gestão da Polícia MIlitar do Estado de São Paulo ................................................................................................................... gicas, informações e atividades que lhe permitam restabelecer o equilíbrio psicoemocional, bem como retomar, harmonicamente, suas atividades profissionais e em sua vida social. O CAS mantém, ainda, serviço de orientação social, que presta atendimento aos policiais militares ativos, inativos e familiares, com o objetivo de encaminhar ou acompanhar, conforme o caso, problemas biopsicossociais. Também coordena e executa o Programa Habitacional Permanente da Polícia Militar, que objetiva facilitar aos policiais militares do serviço ativo e aos inativos a aquisição de imóvel, mediante a abertura de canais de comunicação com órgãos ou entidades responsáveis por financiamento ou programas habitacionais. 26 35296001Miolo.indd 26 09/12/10 20:24 Figura 2 - Representação do Sistema de Gestão de Pessoas. GESPOL - Sistema de Gestão da Polícia MIlitar do Estado de São Paulo ................................................................................................................... 27 35296001Miolo.indd 27 09/12/10 20:24 4 Gestão de Saúde A Gestão de Saúde é parte integrante da Gestão de Pessoas na medida em que, dentro de uma visão holística do ser humano, trata-se de uma dimensão fundamental da qualidade de vida no trabalho, diretamente associada à produtividade. Todo o esforço gerencial está voltado para a consecução dos objetivos declarados de forma sucinta na Missão Institucional, de execução plena da Polícia Ostensiva e de Preservação da Ordem Pública. Por outro lado, todo o Sistema é interligado e os resultados decorrem do equilíbrio entre todas as partes, do que se depreende que o êxito da atividade policial-militar depende em muito da capacidade de assegurar que homem se encontre apto para o trabalho na atividade operacional. Essas premissas orientam a Gestão da Saúde na realização de trabalhos em equipes multidisciplinares, para prevenir as patologias biopsicossociais e atuar prioritariamente na prevenção clínica, com foco na redução do absenteísmo policial-militar e melhora da auto-estima do homem, enquanto ser integral. 4.1 Diretiva de controle por meio da Saúde Preventiva Garantia da manutenção do efetivo policial-militar territorial apto para o desempenho da atividade operacional, reduzindo o absenteísmo policial-militar. O profissional de segurança pública deve ser mantido sempre em suas melhores condições físicas e de saúde para bem executar suas tarefas diárias, razão pela qual a ação da administração de pessoal deve priorizar medidas preventivas, de diagnóstico proativo. 28 35296001Miolo.indd 28 09/12/10 20:24 GESPOL - Sistema de Gestão da Polícia MIlitar do Estado de São Paulo ................................................................................................................... A sistematização das rotinas preventivas médicas e odontológicas é de periodicidade anual, e tem por objetivo a redução dos afastamentos, e por conseqüência, do absenteísmo, mantendo o efetivo pronto para o desenvolvimento do serviço policial-militar. Assim, na Gestão de Saúde, busca-se, além da promoção da medicina e odontologia preventivas, a curativa considerando os aspectos biopsicossociais do policial militar, por meio de atendimentos primário, secundário e terciário, possibilitando minimizar os afastamentos do efetivo ativo maximizando o emprego no policiamento ostensivo. 4.2 Diretiva de Equipes Multidisciplinares de Prevenção e Reabilitação Atuação em trabalho de equipes multidisciplinares nos Programas de Apoio para prevenir as patologias biopsi-cossociais e reabilitar os vitimados por lesões incapacitantes, promovendo à auto-estima e a dignidade do policial militar A Instituição visando a assegurar que o policial militar tenha plena capacidade de exercer suas atividades profissionais e garantir sua qualidade de vida, a Gestão de Saúde adota postura de atendimento médico proativo nas consultas fora das Inspeções Anuais Médicas, com o intuito de, além de diagnosticar as patologias clínicas, tratar de problemas que possam ser da alçada de profissionais da área psicológica e de assistência social, direcionando-os aos Programas de Apoio, conforme o caso. Aos policiais militares vitimados, qualquer que seja a origem, e que apresentarem lesões incapacitantes, a Instituição disponibiliza por meio do Centro de Reabilitação da Polícia Militar (CRPM) atendimento multidisciplinar que visa, com o uso do que há de 29 35296001Miolo.indd 29 09/12/10 20:24 GESPOL - Sistema de Gestão da Polícia MIlitar do Estado de São Paulo ................................................................................................................... mais atual na ciência e na técnica reabilitadora, reintegrar de maneira plenamente satisfatória ao ambiente de serviço policial-militar e restabelecendo-lhe a dignidade humana. 30 35296001Miolo.indd 30 09/12/10 20:24 5 Gestão de Logística A Gestão de Logística envolve duas variáveis relevantes para o alcance dos objetivos Institucionais: 1) a cadeia de suprimento, relativa aos principais insumos para a execução da polícia ostensiva e de preservação da ordem pública; e 2) a adequação de prédios para o funcionamento das unidades policiais militares, de forma que as OPM tenham sua sede localizada em sua área de atuação, que as edificações propiciem um local de trabalho saudável para o desenvolvimento da atividade, e que a população tenha acesso fácil à administração da Instituição. O mote principal da gestão de logística é dar suporte para que os serviços prestados sejam desenvolvidos com elevado padrão de qualidade, garantindo níveis de desempenho compatíveis com a estratégia Institucional. A busca da padronização dos recursos materiais é uma das principais ferramentas de gestão, assim como a consolidação da imagem da Instituição, que deve ser expressa por meio da sua logomarca nos equipamentos, viaturas e grafismo das fachadas das instalações físicas. 5.1 Diretiva de Gestão de Logística Racionalidade no suprimento e uso dos meios materiais, adoção de aquisições sistêmicas para a atualização dos armamentos e EPI, renovação periódica da frota, obedecendo às peculiaridades dos programas e modalidades de policiamento, e fixação da imagem da PMESP pela padronização do grafismo de seus imóveis, viaturas, uniformes e equipamentos. A Gestão de Logística mantém íntima ligação com as diretivas da Gestão Operacional, que está estruturada nos Programas de Policiamento, que, por estarem estruturados em parâmetros 31 35296001Miolo.indd 31 09/12/10 20:24 GESPOL - Sistema de Gestão da Polícia MIlitar do Estado de São Paulo ................................................................................................................... operacionais objetivos e padronizados, facilitam o planejamento e execução orçamentários para sua viabilização. Os parâmetros básicos que norteiam a Gestão de Logística são os estabelecidos na Matriz Operacional e na Matriz Organizacional, que fornecem subsídios para a padronização da provisão de viaturas, uniformes, EPI, armamentos e equipamentos das diversas atividades desenvolvidas pela Polícia Militar. Os Programas de Policiamento e as Modalidades de Policiamento apresentam, especificamente, os padrões de escalas de serviço pelo mecanismo de turnos, por meio dos quais é possível mensurar a quantidade de pessoal empregado em cada um deles. Esses padrões, aliados à fixação de efetivo territorial, conforme Quadro Particular de Organização (QPO), parametrizam as necessidades quantitativa e qualitativa de viaturas e demais insumos para que se possa desenvolver a atividade operacional. Assim é que se faz a provisão de viaturas, que é expressa no Quadro de Fixação da Frota (QFF). No que concerne à gestão específica da frota, as viaturas devem ser renovadas periodicamente, conforme seu desgaste, que varia segundo a atividade realizada. Assim, a renovação da frota dos Programas de Policiamento Rádio-Patrulha, Força Tática, Ronda Escolar, Policiamento Integrado e Rondas Ostensivas com Apoio de Motocicletas e das viaturas de apoio ao Programa de Policiamento Comunitário e das Atividades de Escolta de Presos e Policiamento Rural, deve ser feita, no mínimo, a cada cinco anos, na proporção de, pelo menos, 20% ao ano, e das Bases Comunitárias Móveis do Programa de Policiamento Comunitário, no mínimo, a cada sete anos, na proporção de pelo menos 15% ao ano, de acordo com o Plano de Aquisição e Distribuição de Viaturas. A renovação das viaturas do Programa de Policiamento de Trânsito obedece a critérios próprios previstos nos convênios celebrados 32 35296001Miolo.indd 32 09/12/10 20:24 GESPOL - Sistema de Gestão da Polícia MIlitar do Estado de São Paulo ................................................................................................................... com os municípios, que estabelecem a periodicidade da renovação de modo a garantir a realização efetiva do plano de trabalho. Para a manutenção da frota, o Sistema de Administração de Frota (SAF) possibilita amplo controle sobre a utilização de viaturas, gastos com combustível, peças e manutenção, abrangendo todos os veículos que compõem a frota da Polícia Militar. O SAF possui normatização própria que rege e padroniza o uso e controle da frota, definindo, inclusive, as responsabilidades de cada integrante da Instituição envolvido no seu processo de gestão. Com relação à gestão de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e Uniformes, o suprimento desses materiais deve atender a 100% do efetivo, com substituições periódicas conforme desgaste do material pelo seu uso ou validade. Esse parâmetro visa atender o policial militar em suas necessidades mais básicas, enfatizando o respeito e a valorização do policial militar, descritas nos Planos de Aquisição e Distribuição de Uniformes e Equipamentos de Proteção Individual. A gestão de armamentos contempla a padronização da pistola .40 S&W, com provisão destas para 100% do efetivo, conforme estabelece o Plano de Aquisição e Distribuição de Armamentos. Os armamentos específicos, como carabinas, metralhadoras, espingardas, fuzis e armas não-letais são previstos em conformidade aos Programas de Policiamento. A fixação dos armamentos está consolidada nos Planos de Fixação de Armas de Porte e Portáteis. A manutenção dos armamentos é encargo específico do Órgão Técnico Subsetorial, obedecendo ao Planejamento Anual de Manutenção de Armas. A cadeia de suprimentos prevê também a aquisição de munições convencionais e químicas, em conformidade aos prazos de 33 35296001Miolo.indd 33 09/12/10 20:24 GESPOL - Sistema de Gestão da Polícia MIlitar do Estado de São Paulo ................................................................................................................... validade e sob o acompanhamento da demanda decorrente do seu emprego operacional e das atividades de formação, treinamento e desenvolvimento. Este conjunto de informações possibilita a previsão anual de consumo de munições na atividade operacional e nos treinamentos a serem realizados pelos policiais militares, inclusive definindo o tipo, se operacional ou para treinamento, munição original ou remanufaturada, respectivamente, sendo sintetizado no Plano Anual de Aquisição e Distribuição de Munições. A racionalidade na utilização dos suprimentos e insumos da cadeia de suprimentos abrange desde o planejamento da compra até o aperfeiçoamento contínuo do sistema de compra, que passa pela descrição detalhada e técnica do objeto no edital, pela diligência no processo licitatório, pela precisão da comissão de recebimento, chegando até a aplicação de sanções adequadas às empresas que porventura não observem quaisquer das regras do certame licitatório. Abrange ainda a cadeia de custódia sobre o patrimônio dos materiais permanentes e a utilização dos insumos e suprimentos de uso corrente. A cadeia de custódia dos equipamentos, suprimentos e insumos é dirigida pela Diretoria de Logística, sendo integrada pelos administradores e detentores executivos, que mantêm rígido controle sobre sua distribuição e utilização pelos detentores usuários. Esse controle é feito por meio do Sistema Integrado de Patrimônio e Logística (SIPL), regulado pela I-23-PM. Os imóveis que abrigam as OPM obedecem a padrão construtivo, sendo que as novas edificações, reformas e ampliações atendem a parâmetros que constam em documento normativo próprio (I-38-PM). As Plantas-padrão e os Memoriais Descritivos de Edificações são estabelecidos a partir das necessidades decorrentes do escalão da OPM e definidos pelos critérios men34 35296001Miolo.indd 34 09/12/10 20:24 GESPOL - Sistema de Gestão da Polícia MIlitar do Estado de São Paulo ................................................................................................................... cionados na Gestão de Pessoas quanto à sua estrutura de fixação do efetivo, descrita na Matriz Organizacional. Para as novas edificações ou construções que não se enquadram nesses critérios são desenvolvidos projetos específicos pelo Órgão Técnico. A priorização das construções, reformas e ampliações obedece a critérios previamente definidos, observando-se, no caso das construções, o princípio da economicidade, com preferência a substituição de edificações alugadas por próprias do Estado. Além disso, são observadas as normas de acessibilidade previstas em lei, em respeito aos direitos dos cidadãos com deficiência ou mobilidade reduzida, contribuindo assim para o fortalecimento da inclusão social. A previsão das obras e serviços referentes aos imóveis é consolidada anualmente no Plano Diretor de Obras e Serviços (PDOS), e, para facilitar a compreensão das normas que regulam o assunto, os procedimentos a serem adotados pelas OPM interessadas encontram-se padronizados e ilustrados, por meio de fluxogramas. A padronização dos imóveis, segundo descrito acima, e a fixação das funções dos policiais militares por meio das Matrizes Organizacionais orientam a aquisição de mobiliários e de equipamentos de informática conforme previsões consolidadas no Plano de Aquisição e Distribuição de Mobiliários e no Plano de Aquisição e Distribuição de Equipamentos de Informática, este último baseado no Quadro de Fixação de Informática (QFI). A aquisição e, em especial, a distribuição de equipamentos de informática são também orientadas pelas diretivas da Gestão de Tecnologia da Informação e Comunicação. 35 35296001Miolo.indd 35 09/12/10 20:24 Figura 3 - Representação do Sistema de Gestão de Logística. GESPOL - Sistema de Gestão da Polícia MIlitar do Estado de São Paulo ................................................................................................................... 36 35296001Miolo.indd 36 09/12/10 20:24 6 Gestão de Finanças A Gestão de Finanças é essencial para que a Instituição possa cumprir sua missão, pois é suporte básico para o desenvolvimento das outras variáveis de gestão. Duas são as principais diretivas para a Gestão de Finanças: uma refere-se ao perfeito planejamento das despesas alinhadas as estratégias institucionais e a outra está relacionada à execução orçamentária, pautada na estrita observância aos princípios administrativos. 6.1 Diretiva de Planejamento das Despesas Busca incessante de redução das despesas correntes em favor dos investimentos voltados à atividade operacional Para atingir essa diretiva, utiliza-se um padrão de captação das demandas financeiras, com as necessidades de recursos orçamentários das Unidades Gestoras Executoras (UGE) indicadas ao Órgão Setorial de Finanças e Patrimônio, por meio de sistema eletrônico denominado Controle Orçamentário e Financeiro (COFIN), que permite projetar as despesas para adequada distribuição do orçamento ao longo do exercício anual, maximizando o atendimento com o oferecimento do suporte às OPM operacionais e administrativas. Complementam essas necessidades os estudos de Estado-Maior estabelecidos nas cartas de projetos insertos na Gestão de Logística e Tecnologia de Informação e Comunicação, a saber: Plano Diretor de Obras e Serviços (PDOS), aquisição de viaturas, uniformes, equipamentos de proteção individual (EPI), materiais bélicos, telemática e médico-ondontológicos. Esses estudos 37 35296001Miolo.indd 37 09/12/10 20:24 GESPOL - Sistema de Gestão da Polícia MIlitar do Estado de São Paulo ................................................................................................................... propiciam parâmetros técnicos mais precisos para a projeção de execução orçamentária do exercício, como apoio imprescindível às demais áreas de gestão. O acompanhamento constante das demandas institucionais que oneram anualmente as despesas correntes, para fins de previsão orçamentária setorial coerente com as necessidades das OPM, tem por escopo propiciar condições adequadas e favoráveis à execução, notadamente, do Plano de Policiamento Inteligente (PPI), descrito na Gestão Operacional. As ações de acompanhamento orçamentário também têm por foco a redução de despesas correntes em favor de investimentos, e nesse sentido o COFIN, mantido pela Diretoria de Finanças e Patrimônio (DFP), registra e monitora todas as despesas, em especial as de utilidade pública, de manutenção de viaturas e de combustíveis, que representam os itens com maior impacto no orçamento, pelo que são objeto de monitoramento, objetivando garantir níveis de economia adequados. Todo o conjunto de necessidades, alinhadas ao planejamento estratégico da Instituição, compõe a Proposta Orçamentária Setorial da Polícia Militar (POS-PM) que integrará, após a análise do conjunto, a Proposta Orçamentária Setorial da Secretaria de Segurança Pública (POS-SSP). No processo de elaboração orçamentária, há a consolidação da Lei Orçamentária Anual que, após aprovada pela Assembléia Legislativa, será executada no ano fiscal para o qual se destina, após a edição do Decreto de execução orçamentária pelo Governo do Estado. A aplicação dos recursos tem perfeita sintonia e interação com o efetivo territorial, o especializado e com as funções descritas na MO, mencionada na Gestão de Pessoas. Nesse sentido, decorre a fixação de viaturas, materiais e instalações definidas na 38 35296001Miolo.indd 38 09/12/10 20:24 GESPOL - Sistema de Gestão da Polícia MIlitar do Estado de São Paulo ................................................................................................................... Gestão de Logística, que se relacionam com a Matriz Operacional descrita na Gestão Operacional, a qual parametriza o planejamento para a distribuição equânime de recursos das diversas fontes que compõem o orçamento anual. 6.2 Diretiva da Execução Orçamentária Observância máxima aos princípios administrativos na gestão financeira e planejamento focado nas ações e ativi-dades operacionais, territoriais e especializadas, para a consecução dos objetivos governamentais e institucionais da polícia ostensiva e de preservação da ordem pública. A Polícia Militar observa rigorosamente os preceitos legais, relacionados ao processo de licitação, para a aquisição de bens e serviços. Esses preceitos estão traduzidos na observância de procedimento administrativo formal em que a Administração Pública convoca, mediante condições estabelecidas em ato próprio, empresas interessadas na apresentação de propostas para atender às necessidades da Administração. A licitação visa a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia e a selecionar a proposta mais vantajosa para a Administração, de maneira a assegurar oportunidade igual a todos os interessados. Visa, também, a possibilitar o comparecimento, ao certame, do maior número possível de concorrentes. Assim, todos os procedimentos para aquisição de bens e serviços observam a Lei Federal nº 8.666/93, de 21 de junho de 1993, com alterações posteriores, que ao regulamentar o artigo 37, inciso XXI, da Constituição Federal, estabeleceu normas gerais sobre licitações e contratos administrativos pertinentes a obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e lo39 35296001Miolo.indd 39 09/12/10 20:24 GESPOL - Sistema de Gestão da Polícia MIlitar do Estado de São Paulo ................................................................................................................... cações no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios. Em conjunto a Lei n° 8.666/93, a Lei Estadual nº 6.544, de 22 de novembro de 1989 e a Lei nº 10.520 (Lei do Pregão), de 17 de julho de 2002, constituem a legislação básica sobre licitações para a Administração Pública. Na execução orçamentária é adotado o padrão descrito no Plano de Aplicação de Recursos Orçamentários (PARO), elaborado no início de cada exercício e que se constitui na aprovação das prioridades da Instituição, possibilitando a adoção das medidas setoriais pelos Órgãos incumbidos de concretizar os projetos das diversas áreas de gestão. A implementação da execução orçamentária, além de atender ao Planejamento Estratégico, que projeta as demandas do Comando da Instituição, observa controle rigoroso das atividades de finanças e distribuição dos recursos orçamentários às Unidades Gestoras Executoras (UGE), para atender de forma equânime a todos os municípios. O controle da execução se dá por meio de constante monitoramento das despesas pelo Órgão Setorial de Finanças, com extração de dados junto ao Sistema de Informações Gerenciais da Execução Orçamentária (SIGEO) e Sistema de Administração Financeira para Estados e Municípios (SIAFEM), dentre outras fontes. Como ferramenta de apoio, a PMESP instituiu o Escritório de Gerenciamento de Projetos, cuja finalidade é oferecer metodologia para a gestão dos projetos institucionais, com ênfase no acompanhamento do escopo, do tempo e dos custos envolvidos, constituindo-se em base de dados para a captação, decisão e registro de execução das demandas prioritárias da Instituição. 40 35296001Miolo.indd 40 09/12/10 20:24 Figura 4: Representação do Sistema de Gestão de Finanças. GESPOL - Sistema de Gestão da Polícia MIlitar do Estado de São Paulo ................................................................................................................... 41 35296001Miolo.indd 41 09/12/10 20:24 7 Gestão de Tecnologia de Informação e Comunicação A Gestão de Tecnologia de Informação e Comunicação é base para todas as demais áreas gerenciais, pois representa o suporte necessário para que se possa desenvolver o sistema de gestão, compartilhando as informações para a tomada de decisão, considerando os três pontos essenciais de um sistema de gestão: as pessoas, o processo e a tecnologia. Nesse sentido relaciona dois parâmetros principais: 1) a necessidade de manter a estrutura de data center para hospedagem dos sistemas de informação, mais os respectivos bancos de dados, e de equipamentos de tecnologia para suportar os investimentos da rede de informações e de comunicações; e, 2) um Sistema Integrado de Gestão (SIG), com geração de dados relevantes para aplicação no controle e melhoria contínua da gestão estratégica e do policiamento orientado, descrito no Plano de Policiamento Inteligente (PPI). 7.1 Diretiva de Sistema Integrado de Gestão - SIG Suporte para todas as estratégias de gestão, orientada para a integração e disponibilização dos dados, traduzindo-os em informações gerenciais relevantes aos gestores. A Gestão de TIC busca atingir a capilaridade máxima da comunicação de dados e voz entre todas as regiões do Estado, por meio da expansão da Rede Intragov, a todos os municípios do estado de São Paulo e, ao mesmo tempo, processa a ampliação e melhoria da infraestrutura em seu Data Center, para suportar o processamento de dados, voz e imagens. 42 35296001Miolo.indd 42 09/12/10 20:24 GESPOL - Sistema de Gestão da Polícia MIlitar do Estado de São Paulo ................................................................................................................... A peculiaridade da atividade de polícia lhe coloca a necessidade de encontrar soluções singulares e, nesse sentido, desenvolveu seu próprio Sistema Integrado de Gestão (SIG), concebido e mantido em aprimoramento contínuo com base nas melhores práticas (best practices), centrado na intensiva aplicação da Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC). A Polícia Militar possui inúmeros processos administrativos e operacionais, descritos nas demais áreas gerenciais, com a necessidade de integrá-los por meio de um Sistema Corporativo. Esse Sistema tem como características básicas: 1) o acesso por meio de Módulos de Sistemas Informatizados (MSI), que são componentes de um Sistema Integrado; 2) plataforma de produção centralizada no Centro de Processamento de Dados da Polícia Militar; 3) utilização de Bancos de Dados Corporativos, com interface gráfica padronizada e com os dados a serem manipulados catalogados no Dicionário de Dados; e, 4) sujeitos à metodologia de desenvolvimento de sistemas da Instituição. O Sistema Administrativo Integrado da Polícia Militar (SIADIN) está sendo desenvolvido de maneira modular, dentro de um conceito de Data Warehouse, com objetivo de facilitar a Gestão Global da Instituição, pois possibilita integrar as atividades da organização, métodos e telemática dos Sistemas de Pessoal, Ensino e Instrução, Saúde, Justiça e Disciplina, Logística e Patrimônio, o que propicia um banco de dados integrado e a troca de informações entre os diversos órgãos da Instituição. 7.2 Diretiva de Utilização da Tecnologia na Atividade Operacional Atender às atividades das OPM Territoriais e Especializadas na consecução dos objetivos e estratégias governamentais e institucionais de polícia ostensiva e de preservação da ordem pública. 43 35296001Miolo.indd 43 09/12/10 20:24 GESPOL - Sistema de Gestão da Polícia MIlitar do Estado de São Paulo ................................................................................................................... Nesta área se processa a estruturação dos Centros de Operações da Polícia Militar, regionalizados no Interior e específico para a Capital, dotando esses centros de infraestrutura de Tecnologia de Informação para suportar a digitalização das comunicações e as ferramentas de despacho, georeferenciamento, sistemas inteligentes e videomonitoramento. Esse aspecto é relevante, pois insere na Gestão Operacional a centralização regional das atividades de comunicação, que se liga como sistema por meio da comunicação compartilhada em determinado território, sob a coordenação dos Centros de Operações. A Gestão de Tecnologia de Informação e Comunicação mantém suporte técnico para o funcionamento dos aplicativos da inteligência policial, expandindo sua capacidade de armazenamento e de alimentação dos Sistemas. Especificamente na área operacional, o modelo desenvolvido incorpora um sistema de computação embarcada e de localização automática de viaturas (track force), além de módulo para geração de Boletins de Ocorrência e de Relatórios Operacionais (GRO), interligando os Sistemas Inteligentes e os Bancos de Dados em um macro Sistema Integrado de Informações Operacionais da Polícia Militar (SIIOPM). O desenho de Tecnologia de Informação e Comunicação habilita acessos a bancos de dados e Sistemas Inteligentes, ferramentas imprescindíveis ao planejamento operacional, para pontuar as necessidades de cada área e direcionar o policiamento no respectivo território, mediante a elaboração de Planos de Policiamento Inteligente (PPI), o que propicia a execução do policiamento orientado. As informações que subsidiarão a tomada de decisões obedecem a padrões estabelecidos no Subsistema de Informações 44 35296001Miolo.indd 44 09/12/10 20:24 GESPOL - Sistema de Gestão da Polícia MIlitar do Estado de São Paulo ................................................................................................................... Quantitativas (SIQuant). Este é o principal requisito para o desenvolvimento e implantação de ferramentas de Business Intelligence (BI), necessários à coleta, organização, análise, compartilhamento e monitoração de informações que ofereçam suporte à gestão estratégica, ao policiamento orientado e às ações de inteligência policial. Para atender a toda a capilaridade da polícia ostensiva e de preservação da ordem pública, a Gestão de Tecnologia de Informação e Comunicação dispõe de rede de comunicação interna, denominada Intranet PM. Essa rede liga todas as unidades da Polícia Militar, dispondo seus gestores de contas de e-mail funcionais. Ela também é utilizada para a operacionalização de diversas ferramentas de administração das demais áreas gerenciais, voltadas para a comunicação rápida, distribuindo informações para toda a Instituição. Foram disponibilizados Notebook e Netbook a todos os Oficiais PM a partir do escalão Capitão PM, visando a disponibilizar o acesso a TIC a todos os gestores de alto escalão e aos de média gerência com a mobilidade necessária a atividade funcional. 45 35296001Miolo.indd 45 09/12/10 20:24 Figura 5 - Representação do Sistema de Gestão de Tecnologia da Informação e Comunicação. GESPOL - Sistema de Gestão da Polícia MIlitar do Estado de São Paulo ................................................................................................................... 46 35296001Miolo.indd 46 09/12/10 20:24 8 Gestão do Conhecimento e Inovação A Instituição encontra-se num estágio evolutivo, avançado e consolidado na Gestão do Conhecimento e Inovação por considerar que a evolução e a inteligência aplicada a polícia ostensiva é o maior investimento para assegurar que a ação policial seja eficaz, eficiente e efetiva. A Gestão do Conhecimento envolve três dimensões relevantes e complementares: formação, qualificação, treinamento e desenvolvimento. Adota-se, portanto, uma Matriz de Formação, Qualificação, Treinamento e Desenvolvimento (MFQTD), composta por um Sistema de Ensino Continuado e um Programa de Qualificação, Treinamento e Desenvolvimento capaz de assegurar adequada base legal ao preparo e ao desenvolvimento dos integrantes da Instituição. Em seus aspectos gerais, isto se faz nas áreas jurídica, social, humana e de gestão, sendo que, para atender aos aspectos profissionais, adota o necessário embasamento técnico-científico. No que se relaciona aos parâmetros profissionais, a Matriz divide o ensino em três dimensões prioritárias: 1) técnico-policial, que prepara o policial militar para o exercício da autoridade de polícia ostensiva e de preservação da ordem pública; 2) institucional, que capacita o profissional para a observância dos requisitos da investidura e estética policial-militar, respeito e reconhecimento da carreira e valorização da Instituição, bem como o preparo para o cumprimento de suas missões constitucionais, destinando-se, assim, a assegurar aos policiais militares a reflexão e a maximização dos preceitos institucionais que norteiam a Polícia Militar; e, finalmente, a dimensão ética e moral, que internaliza no policial militar os valores atinentes à ética profissio47 35296001Miolo.indd 47 09/12/10 20:24 GESPOL - Sistema de Gestão da Polícia MIlitar do Estado de São Paulo ................................................................................................................... nal e valores sociais e morais indispensáveis para o desempenho de suas atividades perante a comunidade, tendo por base o respeito intransigente e a promoção dos direitos fundamentais do homem. A Matriz de Formação, Qualificação, Treinamento e Desenvolvimento (MFQTD) valoriza de maneira irrestrita, em perfeita sintonia com o suporte doutrinário adotado: 1) a proteção da vida, da integridade física, da liberdade e da dignidade humana; 2) a integração permanente com a comunidade; 3) as estruturas e convicções democráticas, especialmente a crença na justiça, na ordem e no cumprimento da lei e os princípios fundamentais da Instituição; 4) a assimilação e prática dos direitos, dos valores morais e deveres éticos; 5) a democratização do ensino; 6) a estimulação do pensamento reflexivo, articulado e crítico; e, 7) o fomento à pesquisa científica, tecnológica e humanística. Na MFQTD há ações que se interligam com os pilares básicos que abrangem a carga curricular, específica e transversal, quais sejam os princípios de Direitos Humanos, Gestão pela Qualidade, e Polícia Comunitária, em todos os níveis da força de trabalho. Os conceitos de Direitos Humanos são disseminados de forma direta no Curso de Direitos Humanos com carga horária de 160 h/a. Há transversalidade na transmissão dos conceitos e princípios de Direitos Humanos, em diversos cursos da Matriz, podendo ser citada como exemplo, a carga horária de 73 h/a e de 90 h/a da matéria processada na grade curricular do no Curso Superior de Técnico de Polícia Ostensiva e Preservação da Ordem Pública e do Bacharelado em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública, respectivamente. A interface entre o ensino e a aplicação prática dos conceitos assimilados é sedimentada em dois Cursos específicos: Curso de Técnicas de Utilização de Equipamentos Não-Letais e Defe48 35296001Miolo.indd 48 09/12/10 20:24 GESPOL - Sistema de Gestão da Polícia MIlitar do Estado de São Paulo ................................................................................................................... sa Pessoal (167 h/a) e Curso de Tiro Defensivo “Método Giraldi” (184 h/a), os quais traduzem o treinamento de técnicas que se utilizam dos fundamentos teóricos de respeito aos direitos fundamentais para aplicação na Gestão Operacional. Os conceitos de Gestão pela Qualidade e suas ferramentas são disseminados de forma direta no Curso de Gestão Contemporânea pela Qualidade com carga horária de 64 h/a. Há transversalidade na transmissão dos conceitos e princípios da Gestão pela Qualidade em diversos cursos, podendo ser citada como exemplo, a carga horária de 15, 10 e 30 h/a da matéria, processada na grade curricular do Curso Superior de Técnico de Polícia Ostensiva e Preservação da Ordem Pública destinado a formação de Soldado PM, Curso Superior de Tecnólogo de Polícia Ostensiva e de Preservação da Ordem Pública concebido para a formação de Sargento PM e Bacharel em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública criado para a formação de Oficiais PM, respectivamente. A interface entre o ensino e a aplicação prática dos conceitos assimilados é exercitada, por exemplo, nos Cursos de Especialização de Oficiais – Inteligência Policial (50 h/a) e no Estágio de Especialização de Oficiais - Análise Criminal (37 h/a), ambos voltados a análises criminais que possibilitem um bom diagnóstico das Áreas de Interesse de Segurança Pública (AISP), locais de concentração delitiva, e aplicação eficiente do Cartão Prioridade de Patrulhamento (CPP), que é o roteiro de patrulhamento orientado e estacionamento estratégico das patrulhas policiais. Essas práticas abrangidas pelo Plano de Policiamento Inteligente, descritas no capítulo Gestão Operacional, utilizam-se de inúmeras ferramentas e conceitos de Gestão pela Qualidade para acerto na execução do policiamento orientado. 49 35296001Miolo.indd 49 09/12/10 20:24 GESPOL - Sistema de Gestão da Polícia MIlitar do Estado de São Paulo ................................................................................................................... Os conceitos relativos à Polícia Comunitária, para atuação em todas as atividades operacionais com os princípios que norteiam a filosofia, são disseminados de forma direta no Curso de Multiplicadores de Polícia Comunitária com carga horária de 80 h/a. A interface entre o ensino e a aplicação prática dos conceitos e princípios da Polícia Comunitária é internalizada desde a formação. Como exemplo, pode ser citada a carga horária de 27 e 60 h/a da matéria processada na grade curricular do Curso Superior de Técnico de Polícia Ostensiva e Preservação da Ordem Pública (Soldado PM) e de Bacharel em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública (Oficial PM), respectivamente, orientando os policiais militares, desde o início, para a aproximação comunitária como forma de compreensão e entendimento mútuo para obtenção de um ambiente organizado e saudável para se viver. 8.1 Diretiva de Qualificação Formação específica para o exercício da polícia ostensiva e de preservação da ordem pública voltada à valorização da proteção da vida, da integridade física e da dignidade de pessoa humana. Em linhas gerais, esta diretiva parametriza o Sistema de Ensino Continuado alinhando-o aos princípios que envolvem conceitos de integração à educação nacional, seleção por mérito, profissionalização continuada e progressiva, avaliação integral, contínua e cumulativa, pluralismo pedagógico e edificação constante dos padrões morais, deontológicos, culturais e de eficiência. O Sistema de Ensino Continuado abrange a educação superior nas suas diversas modalidades e a educação profissional, de acordo com as áreas de concentração dos estudos e das funções 50 35296001Miolo.indd 50 09/12/10 20:24 GESPOL - Sistema de Gestão da Polícia MIlitar do Estado de São Paulo ................................................................................................................... atribuídas aos policiais militares. Isso inclui, também, as funções de bombeiro, mantendo as modalidades de cursos e programas de educação superior com equivalência àqueles definidos no artigo 44 da Lei federal nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (LDB), e suas atualizações, com regulamentação dada pela Lei Complementar nº 1.036, de 11 de janeiro de 2008, que institui o Sistema de Ensino na PMESP e pelo Decreto Estadual nº 54.911, de 14 de outubro de 2009, na seguinte conformidade: Curso seqüencial de formação específica destinado a qualificar tecnicamente a Praça da Polícia Militar, atribuindo-lhe graduação inicial a especialidade superior de Técnico de Polícia Ostensiva e Preservação da Ordem Pública; Curso seqüencial de complementação de estudos destinado a qualificar profissionalmente o policial militar, atribuindo-lhe a especialidade superior de Tecnólogo de Polícia Ostensiva e de Preservação da Ordem Pública I e II; Curso seqüencial de complementação de estudos destinado a habilitar profissionalmente as Praças para o ingresso no Quadro Auxiliar de Oficiais de Polícia Militar atribuindo-lhe a especialidade superior de Tecnólogo de Administração Policial-Militar. Curso de graduação destinado a formar, com solidez teórica e prática, o profissional ocupante do Posto Inicial de Oficial, atribuindo-lhe o grau universitário de Bacharel em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública. Complementam o Sistema de Ensino Continuado os Cursos de pós-graduação, que compreendem os seguintes componentes: Curso de especialização no sentido lato destinado a ampliar os conhecimentos técnico-profissionais que exijam práticas específicas, com as designações estabelecidas em regulamentos da Instituição. 51 35296001Miolo.indd 51 09/12/10 20:24 GESPOL - Sistema de Gestão da Polícia MIlitar do Estado de São Paulo ................................................................................................................... Programa de mestrado profissional no sentido estrito, direcionado para a continuidade da formação científica, acadêmica e profissional, e destinado a graduar o Oficial Intermediário, obtendo-se o título de Mestre em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública. Programa de doutorado no sentido estrito, direcionado para a continuidade da formação científica, acadêmica e profissional, e destinado a graduar o Oficial Superior, obtendo-se o título de Doutor em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública. 8.2 Diretiva de Planejamento da Matriz de Capacitação Geração da matriz de capacitação, a partir do desenho da matriz de competências desenvolvidas por programa de policiamento, especializadas e funções da matriz organizacional das atividades administrativas. Na Gestão Operacional, foram definidas Matrizes Operacionais que abrangem os Programas de Policiamento e as atividades especializadas de Choque, de Policiamento Ambiental, de Policiamento Rodoviário, Aéreo e de Bombeiros, exercidas pelos policiais militares classificados nessas OPM, sob os padrões definidos na Gestão de Pessoas. Como já foi demonstrado no item anterior, a formação se apresenta como generalista e, em conjunto com as especializações, qualificam os policiais militares para a ocupação de cargos e funções, assegurando a adequada base legal e o desenvolvimento nas áreas jurídicas, sociais, humanas e de gestão, em seus aspectos gerais, e o necessário embasamento técnico-científico, em seus aspectos profissionais. Entretanto, para que a Instituição possa manter a melhoria contínua e seu posicionamento de ser uma organização que aprende (learning organization), adota uma Matriz de Capacitação 52 35296001Miolo.indd 52 09/12/10 20:24 GESPOL - Sistema de Gestão da Polícia MIlitar do Estado de São Paulo ................................................................................................................... que atende exatamente à necessidade do desenvolvimento e treinamento de sua força de trabalho, de forma pontual, isto é, das habilidades para atuar em certas peculiaridades inerentes a cada função dentro das Matrizes Organizacional e Operacional, bem como reforço dos padrões, evitando-se as não-conformidades. Para identificação das habilidades a serem desenvolvidas, que orientam a elaboração da Matriz de Capacitação para distribuição de vagas aos cursos e estágios e das Instruções Complementares que as compõem, é que a Instituição trabalha com o desenho de uma Matriz de Competências, que descreve as habilidades necessárias para cada uma das funções da Matriz Organizacional e Operacional. Nesse sentido procede ao levantamento técnico das competências requeridas para o bom desempenho de cada cargo ou função, para então compor a Matriz de Capacitação adequada às necessidades da Instituição, com foco no princípio da economicidade e do interesse público de melhor prestação dos serviços ao cidadão. 8.3 Diretiva de Execução da Matriz de Capacitação Programas de treinamento dirigidos à redução de não-conformidades, à garantia dos direitos fundamentais da pessoa humana, ao fortalecimento dos direitos, valores morais e deveres do policial militar e a ação integrada com a comunidade. 8.3.1 Treinamento O programa de Treinamento da Matriz de Capacitação envolve cinco processos: 1) Estágio de Atualização Profissional (EAP); 2) Vídeo Treinamento; 3) Preleção Diária; 4) Ensino à Distância; e 5) Encontros Técnico-científicos. 53 35296001Miolo.indd 53 09/12/10 20:24 GESPOL - Sistema de Gestão da Polícia MIlitar do Estado de São Paulo ................................................................................................................... O EAP é realizado anualmente e abrange todos os policiais militares. O estágio é presencial e dura uma semana, totalizando no mínimo 40 horas de treinamento que se destina à requalificação profissional para o exercício das atividades habituais, propiciando constante revitalização de conhecimentos e técnicas, aperfeiçoamento de habilidades, correção de atitudes e reforço de valores morais, sociais e comportamentais adequados. Já o Programa de Vídeo Treinamento visa proporcionar condições mínimas de adquirir conhecimentos e informações técnico-profissionais e administrativas, além de estabelecer um canal direto de comunicação da tropa com o Alto Comando e consolidar aspectos doutrinários focados nos valores morais, cívicos e sociais, para o aprimoramento das atividades de polícia ostensiva direcionadas à comunidade. A Instituição também passou a fomentar a participação de sua força de trabalho por meio do ensino à distância, com o desenvolvimento do Ambiente Virtual de Aprendizagem da PMESP, com o emprego da ferramenta Moodle, software livre que possibilita produzir e gerenciar as atividades educacionais, com a agregação de matérias e aferimento do aprendizado do conteúdo. Contempla também, no treinamento, a formação de multiplicadores da área de responsabilidade social, voltados para a prevenção primária, para atuar nos programas educativos preventivos “Jovens Construindo a Cidadania” (JCC) e “Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência” (PROERD), os quais foram adotados prioritariamente pela Instituição. Neste sentido, a Gestão do Conhecimento se interliga diretamente à Gestão Operacional, pois é uma atividade ligada à prevenção primária e à Gestão da Comunicação Social, haja vista que as ações de responsabilidade social compõem o Balanço Social da Polícia Militar. 54 35296001Miolo.indd 54 09/12/10 20:24 GESPOL - Sistema de Gestão da Polícia MIlitar do Estado de São Paulo ................................................................................................................... 8.3.2 Desenvolvimento Programas de Desenvolvimento Pessoal considerando as três dimensões do ser humano: físico, mental e espiritual, privilegiando a diversidade de conhecimento como forma de maior identidade com a diversidade social A Matriz de Capacitação possui padrão composto por um Calendário de Cursos e Estágios (CCE) anual, contendo inúmeros Cursos de Especialização para Oficiais (CEO), Cursos de Especialização de Praças (CEP), Estágios de Especialização para Oficiais (EEO) e Estágios de Especialização para Praças (EEP), Cursos Especiais (CEs), destinados a formação conjunta de Oficiais e Praças, Estágios Especiais (EEs), destinados a Oficiais e Praças, com currículos que atendem às necessidades de desenvolvimento de habilidades específicas do homem, nas mais diversas áreas de conhecimento, capacitando-o para o desempenho das funções policiais-militares insertas nas Matrizes Organizacional e Operacional. Compreende também, no desenvolvimento, a participação de policiais militares em cursos e congressos patrocinados por organizações representativas dos segmentos vulneráveis da sociedade. 8.3.3 Ação complementar A Matriz de Capacitação visa a minimização de não-conformidades e do turnover (rotatividade de mão-de-obra) decorrente de exonerações ex-ofício. Por esse motivo, agrega ações complementares de instrução para reforço de todo o processo já descrito. Incorporam-se, assim, duas modalidades de reforço à capacitação: a Instrução Complementar (IC) e a Instrução Complementar do Comando (ICC). 55 35296001Miolo.indd 55 09/12/10 20:24 GESPOL - Sistema de Gestão da Polícia MIlitar do Estado de São Paulo ................................................................................................................... A Instrução Complementar (IC) é o método não-formal de instrução para o efetivo das OPM dos órgãos de Execução e Especiais de Execução, sob responsabilidade dos respectivos Comandantes. Estimula a aproximação continuada dos líderes locais junto à força de trabalho. A Instrução Complementar do Comando (ICC) visa minimizar os impactos decorrentes de ações contrárias ao código de conduta dos policiais militares e incentivar a inserção definitiva do policial militar na co-responsabilidade de preservação da imagem da Instituição e de sua própria condição profissional, permitindo reflexão acerca de conceitos, padrões, princípios e valores, na constante busca pelo aprimoramento profissional e atendimento do interesse público. Representa uma lição ponto a ponto, direta, do Comando da Instituição a todos os policiais militares do efetivo existente, em tempo mínimo, abordando assunto específico. 8.4 Diretiva de Inovação As ações de inovação utilizadas para fomentar a transfor-mação de conhecimento tácito em explícito e alvancar os resultados estratégicos. Nas últimas duas décadas muito se defendeu a gestão participativa como forma de gerar soluções e comprometimento de todas as pessoas de uma Instituição, possibilitando progresso e desenvolvimento. Compartilhar conhecimento. Inovar, ajustando as estruturas e comportamentos as expectativas dos stakeholders passou a ser fundamental para que a Polícia Militar possa assegurar desenvolvimento organizacional e excelência em seus serviços. Gerir o conhecimento a partir da visão compartilhada dos objetivos comuns, da aprendizagem em grupo, 56 35296001Miolo.indd 56 09/12/10 20:24 GESPOL - Sistema de Gestão da Polícia MIlitar do Estado de São Paulo ................................................................................................................... do estímulo a reflexão e a criação, da visão global do sistema e de como as partes interagem, transformando conhecimento tácito em explícito, ganhou importância estratégica para a Polícia Militar. Ações como a utilização de novas tecnologias de informação e comunicação, associadas a Web 2.0, estão sendo implantadas. Estas ferramentas têm a vantagem de ser uma via de duas mãos, em que a organização também se beneficia dos conhecimentos de seus integrantes, estimula a participação e o relacionamento na construção de um novo estágio do conhecimento corporativo. Merecem destaques as diferenças entre as gerações em relação ao hábito de utilização dessas tecnologias. Seu uso é crescente em razão inversa da idade, naturalmente porque as gerações mais novas já encontraram ao nascer muito do que utilizam agora. Assim, tanto em ralação ao público interno, quanto ao externo, é importante a compreensão da necessidade de utilizar diferentes formas de comunicação com diferentes conteúdos por meio de ferramentas diferenciadas que possam ser absorvidas pelos públicos correspondentes. Neste sentido, a Polícia Militar tem investido na utilização de ferramentas colaborativas para o aproveitamento do conhecimento coletivo. Seu uso tem sido incentivado e disseminado, tanto na Internet quanto na Intranet. Pode-se destacar os seguintes exemplos: •SISUPA: Sistema de Supervisão e Padronização, que é uma ferramenta de Gestão do Conhecimento desenvolvida pela própria instituição há mais de uma década, segundo o qual são concebidos e aperfeiçoados os Procedimentos Operacionias que são as melhores práticas para o exercício da polícia ostensiva e de preservação da ordem pública. O Guia de Procedimentos Operacionais Padrão da Polícia Militar, que compõe o SISUPA foi devi57 35296001Miolo.indd 57 09/12/10 20:24 GESPOL - Sistema de Gestão da Polícia MIlitar do Estado de São Paulo ................................................................................................................... damente registrado na Biblioteca Nacional sob nº 500.583. Nos últimos anos sua atualização vem sendo incrementada com a utilização combinada de recursos Wiki, Blog, Moodle e redes sociais; •Moodle (Modular Object-Oriented for Learning Enviroinment): trata-se de um gerenciador de aprendizagem muito utilizado no meio acadêmico; empregado no Sistema de Ensino da Polícia Militar, e também de forma inovadora, pelos grupos de estudos do Estado-Maior, como software gestor das discussões e formatação de soluções corporativas; •Wiki: ferramenta colaborativa destinada à composição de conteúdos com múltiplos editores, utilizada pela tão conhecida, enciclopédia virtual Wikipedia. A Polícia Militar a utiliza, tanto dentro do ambiente Moodle, como também isoladamente; •Blogs: vêm sendo utilizados como veículo para difusão de assuntos específicos e de obtenção de feedback junto aos colaboradores, por meio dos comentários nas postagens. Sua abrangência engloba os públicos interno e externo, nos diversos Blogs mantidos por diversas unidades policiais-militares; •Twitter: tem sido empregado como ferramenta do Comando para manter os internautas informados das ações promovidas pela Polícia Militar; •Redes Sociais: passou a ser utilizada de forma oficial em meados de 2009, quando grande contingente de policiais militares ingressou na rede social denominada nósGov, mantida à época pela Secretaria de Estado da Gestão Pública. A participação dos policiais militares revolucionou de tal forma aquela rede, motivo pelo qual foi necessário criar, logo em seguida, a rede social nósGov-PM, que teve também maciça adesão e inspirou a criação de outras redes em nível nacional; os resultados foram expressivos do ponto de vista da mobilização e integração institucional, gerando também bons frutos de produção de conhecimento, nos grupos de discussão criados em torno das diversas áreas de gestão. 58 35296001Miolo.indd 58 09/12/10 20:24 Figura 6 – Representação do Sistema de Ensino Continuado. GESPOL - Sistema de Gestão da Polícia MIlitar do Estado de São Paulo ................................................................................................................... 59 35296001Miolo.indd 59 09/12/10 20:25 Figura 7 – Sinopse da Matriz de Capacitação. GESPOL - Sistema de Gestão da Polícia MIlitar do Estado de São Paulo ................................................................................................................... 60 35296001Miolo.indd 60 09/12/10 20:25 9 Gestão Operacional O foco da Polícia Militar é a Gestão Operacional, à medida que possibilita o que chamamos de hora da verdade, ou seja, o momento mágico em que todo o esforço gerencial das demais áreas é colocado em contato com o cliente-alvo, que é o cidadão receptor dos serviços de polícia militar. A Gestão Operacional está orientada para atender as duas dimensões da missão constitucional estabelecida para a Polícia Militar: a Polícia Ostensiva e a Polícia de Preservação da Ordem Pública. A polícia ostensiva desenvolve atividades de prevenção primária e secundária destinadas a evitar o cometimento de infração administrativa ou de ilícitos penais sujeitos ao controle da Instituição. Por outro lado, na ação de Polícia de Preservação da Ordem Pública, atua-se na restauração da ordem pública, isto é, na repressão imediata de infrações penais ou infrações administrativas para aplicação da lei. Dentro desse contexto constitucional, a Polícia Militar desenvolve sua Gestão Operacional plenamente alicerçada na filosofia de polícia comunitária, por meio do sistema operacional que envolve de forma integrativa o policiamento ostensivo geral e as ações das OPM especializadas do policiamento ostensivo ambiental, policiamento ostensivo de trânsito urbano e rodoviário e o policiamento de choque, que incorpora as forças de patrulhas especializadas e as forças de patrulhas táticas, respectivamente. 61 35296001Miolo.indd 61 09/12/10 20:25 GESPOL - Sistema de Gestão da Polícia MIlitar do Estado de São Paulo ................................................................................................................... 9.1 Diretiva de Padronização Operacional Adoção das Normas para o Sistema Operacional de Policiamento PM (NORSOP), uniformizando as ações, integrando e harmonizando os serviços, aliando tecnologia e inteligência policial à distribuição territorial da polícia. Para padronizar a execução do policiamento em todo o Estado, a Polícia Militar editou as Normas para o Sistema Operacional de Policiamento (NORSOP), que possibilitaram uniformizar as ações em toda a Instituição, de tal forma que o receptor dos serviços policiais receba o mesmo padrão de policiamento em qualquer lugar do Estado. Ao adotar um Sistema Operacional de Policiamento, o modelo gerencial reforça a aplicação dos princípios da racionalidade no emprego adequado de todo o ativo disponível para as atividades de polícia ostensiva e de preservação da ordem pública, tornando-as mais efetivas. Por conseguinte, isso aumenta o potencial ofensivo da força de proteção da comunidade, pois a soma harmônica das partes do sistema induz à maior capacidade de respostas às ameaças à segurança pública e à inibição das ações de quebra da ordem pública. O padrão adotado para o desenvolvimento do Sistema Operacional de Policiamento alia o território, por meio da divisão geográfica em partes menores onde se distribui o policiamento por níveis de responsabilidades, às ferramentas tecnológicas e à inteligência policial. A atuação, nestes territórios, obedece a padrão estabelecido no Plano de Policiamento Inteligente, que privilegia o uso da inteligência policial para distribuição adequada e pontual do policiamento nas chamadas Áreas de Interesse de Segurança Pública (AISP), diagnosticadas com uso da tecnologia dos Sistemas Inteligentes e Bancos de Dados. 62 35296001Miolo.indd 62 09/12/10 20:25 GESPOL - Sistema de Gestão da Polícia MIlitar do Estado de São Paulo ................................................................................................................... Todo o processo de execução do Sistema Operacional é coligido em um Centro de Operações, que é o órgão coordenador das patrulhas dispostas no território. Esses Centros são dotados de tecnologia de dados, voz e imagem, que integram todas as patrulhas e lhes disponibiliza acesso a bancos de dados e sistemas inteligentes, para que possam ter o suporte necessário no desenvolvimento das chamadas ações de polícia: 1) atendimento às solicitações oriundas do telefone de emergência 190; 2) patru lhamento em trechos definidos como de interesse da segurança pública; e 3) estacionamento em pontos previamente definidos ou compondo operações policiais com outras patrulhas PM, tudo em conformidade com o Cartão de Prioridade de Patrulhamento (CPP) delineado no Plano de Policiamento Inteligente (PPI). A Gestão de Tecnologia da Informação e Comunicação opera com foco na Gestão Operacional no desenvolvimento dos Sistemas Inteligentes, utilizáveis largamente na elaboração e implementação do Plano de Policiamento Inteligente, bem como na infra–estrutura dos Centros de Operações, que envolvem o Sistema Digital de Rádio, Videomonitoramento, Localização Automática de Viaturas e Computação Embarcada, compatibilizando todos os ativos tecnológicos à ferramenta de georreferenciamento denominada COPOM-ON LINE. As ações de polícia, que representam a atividade operacional efetivada, são lastreadas por Procedimentos Operacionais Padrão (POP) treinados e internalizados nos policiais militares pela gestão do conhecimento, balizados pelo respeito à vida, à integridade física e dignidade da pessoa humana, com irrestrita observância aos direitos e garantias individuais do cidadão, operacionalizando o suporte doutrinário estabelecido na Instituição dos Direitos Humanos e da Gestão pela Qualidade. 63 35296001Miolo.indd 63 09/12/10 20:25 GESPOL - Sistema de Gestão da Polícia MIlitar do Estado de São Paulo ................................................................................................................... O Procedimento Operacional Padrão (POP) está inserto no Sistema de Supervisão e Padronização (SISUPA), que é um sistema constituído para que os protocolos policiais-militares constituído pelas melhores práticas policiais, sejam criados, aperfeiçoados, treinados e aplicados no cotidiano, a fim de obter a máxima segurança e qualidade na prestação dos serviços policiais-militares. O SISUPA envolve tanto a verificação periódica das condutas adotadas pelos policiais na realização dos serviços, confrontando-as com os padrões contidos nos POP, como também propicia que o próprio POP seja aperfeiçoado continuamente a partir de contribuições do policial militar. O processo envolve treinamentos de caráter essencialmente prático e dinâmico, supervisão da prática, emissão de Relatório de Aperfeiçoamento (RA) e o Procedimento Técnico de Análise de Conduta – Operacional (PTAC). Esse procedimento tem caráter de investigação técnica da conduta operacional adotada, visando encontrar as prováveis causas dos fatos que produziram as conseqüências ou resultados indesejáveis para aplicação de medidas corretivas. É, em última análise, uma ferramenta de desenvolvimento que gera a aplicação do ciclo PDCL (Plan - planejar, Do - executar, Check - verificar, e, Learning – aprendizagem) no exercício da atividade operacional. 9.2 Diretiva do Princípio da Responsabilidade Territorial Descentralização operacional e adoção de responsabilidade territorial das polícias preventiva e repressiva por meio das coincidências de áreas jurisdicionais. O padrão adotado para o desenvolvimento do Sistema Operacional, com base na divisão territorial em partes menores onde se posiciona o policiamento, além de visar a uma melhor distri64 35296001Miolo.indd 64 09/12/10 20:25 GESPOL - Sistema de Gestão da Polícia MIlitar do Estado de São Paulo ................................................................................................................... buição dos ativos disponíveis na atividade operacional, possibilita também a descentralização operacional por níveis de responsabilidades. Isto é, o gestor de polícia dispõe de autonomia para utilização de seus ativos da forma mais adequada às realidades locais, observando-se os padrões de planejamento operacional descritos no Plano de Policiamento Inteligente. A divisão geográfica observa a seguinte conformidade: 1) área: correspondente ao território de um Batalhão PM; 2) subárea: correspondente ao território de uma Companhia PM; 3) Setor: território de atuação de um conjunto de Patrulhas PM; e 4) subsetor: território de atuação da menor divisão do efetivo operacional, que é a Patrulha PM. Com esta definição, adota-se o critério de responsabilidade territorial aos gestores, comprometendo-os com os resultados de seus respectivos territórios e facilitando, também, a aproximação comunitária estabelecida no suporte doutrinário da polícia comunitária. Diante da importância de que os órgãos e entidades governamentais, em seus diferentes níveis administrativos e nos diversos setores de atividades, adotem divisões geográficas harmônicas para fins de planejamento, favorecendo, assim, um tratamento mais coerente dos problemas socioeconômicos de cada comunidade, as Regiões Administrativas4 do Estado e as Regiões de Governo5 foram compatibilizadas. Para complementar essa padronização territorial foi editada norma estabelecendo o planejamento global das atividades de polícia judiciária e de apuração das infrações penais (Polícia Civil) e das atividades de polícia ostensiva e de preservação da ordem pú- 4 Regiões Administrativas ou mesorregiões consistem na subdivisão dos Estados brasileiros, agrupando seus municípios por similaridades econômicas e sociais sem, contudo, constituir uma entidade política ou administrativa. 5 Regiões de Governo ou microrregiões, que constituem um agrupamento de municípios limítrofes, foram estabelecidas com o objetivo de centralizar as atividades das secretarias estaduais para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum. 65 35296001Miolo.indd 65 09/12/10 20:25 GESPOL - Sistema de Gestão da Polícia MIlitar do Estado de São Paulo ................................................................................................................... Quadro 3 – Correspondência dos órgãos da Polícia Militar e Civil em uma Região de Segurança Pública. Fonte: 3ª Seção do EM/PM blica (Polícia Militar), pelos órgãos de execução das Polícias Civil e Militar em áreas coincidentes, segundo a divisão administrativa do Estado, na seguinte conformidade: •Região de Segurança Pública: agrupamento de municípios, limítrofes ou não, em que o planejamento é de responsabilidade das Polícias Civil e Militar, por meio dos órgãos que se seguem: •Sub-região de Segurança Pública: agrupamento de municípios limítrofes, por Regiões Administrativas, sendo o planejamento de responsabilidade das Delegacias Seccionais e dos Comandos de Policiamento de Área (CPA) e Comandos de Policiamento do Interior (CPI); •Área de Segurança Pública: agrupamento de municípios limítrofes, correspondentes às Regiões de Governo, onde o planejamento é de responsabilidade das Delegacias Seccionais e dos Batalhões PM (Btl PM); •Subárea de Segurança Pública: compreende um ou mais municípios limítrofes, sendo o planejamento de responsabilidade dos Distritos Policiais (DP) e das Companhias PM (Cia PM). Na Gestão Operacional incorporam-se, diante desta responsabilidade territorial, duas ferramentas importantes: a gestão participativa e a gestão do desenvolvimento. 66 35296001Miolo.indd 66 09/12/10 20:25 GESPOL - Sistema de Gestão da Polícia MIlitar do Estado de São Paulo ................................................................................................................... A gerência participativa é representada pela colaboração de representantes da comunidade daquele território e de representantes de órgãos públicos e de organizações não-governamentais nos Conselhos Comunitários de Segurança (CONSEG), que têm como membros natos o Comandante da Companhia PM e o Delegado de Polícia das respectivas áreas territoriais. Os CONSEG se reúnem sistematicamente para discutir problemas relacionados à segurança pública no respectivo território e ações que possam ser desenvolvidas para a melhoria da qualidade de vida da comunidade local. Trata-se de um mecanismo que consolida a Filosofia de Polícia Comunitária descrita no Suporte Doutrinário da Polícia Militar. No que se refere à gestão do desenvolvimento, a Secretaria de Segurança Pública padronizou a realização de reuniões periódicas, sistematizadas, entre os gestores locais da Polícia Ostensiva e da Polícia Repressiva, sequencialmente, em todos os níveis, para análise crítica dos resultados obtidos no período. Dessas reuniões resultam ações a serem implementadas para solução dos problemas relatados, aplicando-se mensalmente ferramentas disponibilizadas pela Gestão pela Qualidade na melhoria da prestação dos serviços ao cidadão, o que representa a aplicação do Ciclo PDCL à atividade Operacional. 9.3 Diretiva de Organização do Padrão de Policiamento Organização do Padrão de Policiamento com emprego operacional por meio de Programas de Policiamento Os Programas de Policiamento são subdivisões dos tipos de policiamento ostensivo voltados para determinadas necessidades do cliente-alvo, constituídos por conjuntos de diretrizes e projetos de implantação duradoura, ajustáveis ao longo do tempo, que 67 35296001Miolo.indd 67 09/12/10 20:25 GESPOL - Sistema de Gestão da Polícia MIlitar do Estado de São Paulo ................................................................................................................... traduzem a estratégia operacional da Instituição e são planejados para atendimento das demandas por segurança pública do Estado de São Paulo. Cada Programa de Policiamento, devido as suas peculiaridades, tem seu planejamento e execução regulados por meio de Diretriz própria, editada pelo Comando Geral da Instituição, sendo que o conjunto dessas diretrizes constitui a estrutura normativa da Gestão Operacional da PMESP. A organização do policiamento em Programas define melhor os padrões de execução e facilita o planejamento orçamentário para sua manutenção, facilita a visão dos objetivos operacionais estratégicos da Instituição, permite o planejamento preciso dos meios humanos e materiais necessários, possibilita maior eficácia quanto ao controle de seu desenvolvimento por meio de mapas e relatórios específicos de cada Programa e permite a instrução dirigida aos policiais militares encarregados de buscar cada objetivo operacional previsto nas diretrizes que os regulam. A adoção de organização da atividade operacional por meio dos Programas de Policiamento possibilita vantagens quanto ao foco, flexibilidade, padronização e gerenciamento. Quanto ao foco, é voltado para determinado objetivo e, portanto, pela especificidade da atuação, admite melhores resultados em sua área de prestação de serviço. Quanto à flexibilidade, apresenta característica de projeto duradouro, porém, ajustável no tempo, o que possibilita atualizações orientadas pelos princípios da oportunidade, necessidade e conveniência da administração diante da evolução social, sem que cause qualquer processo de solução de continuidade da Gestão Operacional. Outra vantagem trazida pela padronização está intima mente ligada à Gestão de Logística. À medida que são conhecidos os 68 35296001Miolo.indd 68 09/12/10 20:25 GESPOL - Sistema de Gestão da Polícia MIlitar do Estado de São Paulo ................................................................................................................... padrões de viaturas, uniformes, armamentos e imóveis, aliados aos parâmetros quantitativos decorrentes da aplicação da Matriz Organizacional e dos critérios da fixação de efetivos descritos na Gestão de Pessoas, isso propicia a facilitação do planejamento orçamentário para a manutenção dos Programas de Policiamento e de sua logística. Com isso, torna-se possível a realização de planejamento a médio e longo prazos. Quanto ao gerenciamento, a organização da atividade ope racional por meio de Programas de Policiamento facilita o controle de resultados que passam a ser estratificados por programas, possibilitando melhor análise crítica e acertadas medidas corretivas dos padrões executivos. Além disso, ela torna mais compreensível o processo da Gestão de Conhecimento na aplicação dos treinamentos, à medida que as habilidades necessárias para cada uma das atividades são mais evidentes e pontuais. Na Gestão Operacional, é imperiosa a agilidade na adaptação dos ativos disponíveis nos territórios face à dinâmica social da comunidade. Nesse sentido, a adoção desse padrão gerencial facilita o remanejamento operacional de maneira rápida e pontual para atender à dinâmica dos fatos sociais. Atualmente, a PMESP desenvolve os seguintes Programas de Policiamento: •Programa de Policiamento de Radiopatrulha – Atendimento “190” (Programa de RP): tem por objetivo patrulhar o subsetor e atender às ocorrências comunicadas ao telefone de emergência da Polícia Militar - 190, já consagrado nos âmbitos estadual e nacional. O Programa de RP opera ininterruptamente, ou seja, 24 horas por dia, sendo desenvolvido por todas as OPM territoriais e em todos os municípios do Estado de São Paulo; 69 35296001Miolo.indd 69 09/12/10 20:25 GESPOL - Sistema de Gestão da Polícia MIlitar do Estado de São Paulo ................................................................................................................... •Programa de Policiamento de Força Tática (Programa de FT): visa a fornecer aos comandantes das OPM Territoriais, com seus próprios meios, agir de forma preventiva ou repressiva imediata, em situações mais graves e ou em locais de maior incidência criminal que demandem maior poder de reação, de modo ágil, específico e localizado. Está organizado para fazer frente a situações que, por sua natureza, vulto ou grau de risco, exijam efetivo com treinamento específico, dotado de viatura de maior porte e com reforço de armamento e equipamento, preparado para atuar, por exemplo, em homicídios, latrocínios, seqüestros, roubos e aquelas relacionadas ao crime organizado, dentre outras, bem como em ações de controle de distúrbios civis, precedendo a ação do policiamento de choque; •Programa de Policiamento Integrado: destina-se a realização de estacionamentos estratégicos em subsetores de baixa expectativa de ocorrências e numa faixa de horário considerada adequada para sua finalidade preventiva, de maneira a permitir que o policial militar seja visto e encontrado facilmente pelo cidadão, atingindo assim os objetivos de acessibilidade e visibilidade, ampliando a sensação de segurança da população; •Programa de Policiamento de Trânsito: tem por objetivo, prevenir e reprimir atos relacionados com a segurança pública e de garantir obediência às normas relativas à segurança de trânsito, assegurando a livre circulação, evitando acidentes e prevenindo ações delituosas, aumentando a sensação de segurança da comunidade; •Programa de Policiamento com Motos (Programa ROCAM): destinado a evitar os ilícitos penais mais comuns nos grandes corredores de trânsito e nas vias de tráfego intenso e em locais de difícil acesso, devido às características de agilidade e acessibilidade; 70 35296001Miolo.indd 70 09/12/10 20:25 GESPOL - Sistema de Gestão da Polícia MIlitar do Estado de São Paulo ................................................................................................................... •Programa de Policiamento Escolar: objetiva desenvolver ações policiais permanentes, preventivas e repressivas imediatas, no chamado perímetro escolar de segurança, área contígua aos estabelecimentos de ensino que tem prioridade especial nas ações de prevenção e repressão policial, objetivando garantir a tranquilidade a comunidade escolar (professores, funcionários, pais e alunos); •Programa de Policiamento Comunitário: visa a otimizar visibilidade e de acessibilidade, buscando melhorar a sensação de segurança e facilitar o acesso e parceria da comunidade na solução de problemas de segurança pública. As principais células de Polícia Comunitária estão estruturadas nas Bases Comunitárias de Segurança, Bases Comunitárias de Segurança Distrital, Bases Operacionais de policiamento ambiental e de policiamento rodoviário, Postos Policial-Militares e Bases Comunitárias Móveis. 9.4 Diretiva de Metodologia de Aplicação dos Ativos Operacionais Aplicação da metodologia do Plano de Policiamento Inteligente (PPI), baseada na distribuição técnica dos meios humanos e materiais no território, caracterizando-se o policiamento orientado para as chamadas Áreas de Interesse de Segurança Pública (AISP). O policiamento é organizado com a aplicação do policiamento orientado (PPI) para a eficácia da aplicação dos ativos operacionais disponíveis, focando a atuação dos Programas de Policiamento em Áreas de Interesse de Segurança Pública (AISP). O Plano de Policiamento Inteligente é exatamente a possibilidade de a autoridade policial militar com responsabilidade sobre 71 35296001Miolo.indd 71 09/12/10 20:25 GESPOL - Sistema de Gestão da Polícia MIlitar do Estado de São Paulo ................................................................................................................... um território determinado orientar o policiamento para solução de problemas específicos, a partir de um diagnóstico com utilização de diversas fontes: Sistemas Inteligentes, Bancos de Dados, Estatísticas, Conselho de Segurança, mídia, moradores e comerciantes. Esse diagnóstico direciona os recursos para os locais de maior incidência criminal, onde há anseios comunitários pela presença policial e, principalmente, para os locais onde há probabilidade de ocorrer o delito. A metodologia orienta os gestores para a realização mensal de uma Reunião de Análise Crítica (RAC), classificada como de nível I, que envolve os gestores territoriais de um Batalhão PM para processar a análise dos indicadores criminais e operacionais. De posse do diagnóstico, o passo seguinte é definir as Áreas de Interesse de Segurança Pública (AISP) e, por fim, elaborar o Cartão Prioridade de Patrulhamento (CPP), a ser entregue a cada uma das Patrulhas PM que atuam no setor territorial. Nessa reunião se dá, portanto, o uso da metodologia de desenvolvimento com a aplicação do ciclo PDCL da atividade operacional. O Cartão Prioridade de Patrulhamento (CPP), atualizado semanalmente pelo Comandante de Companhia PM, é um Plano de Ação destinado a orientar as Patrulhas PM nas atividades do dia a dia e contempla respostas aos quesitos do Heptâmetro de Quintiliano ou da ferramenta de Gestão Pela Qualidade 5W2H: O que? Quem? Quando? Onde? Porquê? Como? e Com que meios?. As Patrulhas recebem, portanto, todo roteiro a ser seguido em seus respectivos turnos de serviço, contendo a ação de polícia que realizará e qual a atitude que se espera daquele patrulheiro para prevenir a infração penal ou administrativa que possa ocorrer em determinado local ou trecho, incluindo-se os horários possíveis e prováveis autores com seu modus operandi. 72 35296001Miolo.indd 72 09/12/10 20:25 GESPOL - Sistema de Gestão da Polícia MIlitar do Estado de São Paulo ................................................................................................................... A metodologia orienta ainda para a realização trimestral de uma Reunião de Análise Crítica (RAC), denominada de nível II, que envolve gestores territoriais de uma área de grande comando, para análise dos indicadores macros e estudos comparativos de impactos dos indicadores operacionais e criminais, incluindo séries históricas para análise de curvas de tendências. Essa reunião se destina à verificação do acerto das estratégias adotadas e definição de medidas corretivas adequadas, mediante o uso, mais uma vez, da metodologia de desenvolvimento com a aplicação do ciclo PDCL na atividade operacional, abrangendo uma área territorial ampliada. 9.5 Diretiva de Ações Complementares Operacionais Utilização otimizada da inteligência policial e da Tecnologia de Informação e Comunicação na atividade operacional. Na Gestão Operacional, a inteligência policial e a Tecnologia de Informação e Comunicação estão embrionariamente ligadas a todos os processos mencionados do Sistema Operacional de Policiamento. Além dessa intrínseca ligação, a Gestão Operacional incorpora ao padrão adotado no Sistema Operacional, outras ações pontuais e atuais sob o prisma da melhoria contínua dos processos de atuação da polícia ostensiva: o videomonitoramento, as Operações de Saturação por Tropas Especiais (OSTE), Operação Direção Segura (ODS), Operação Visibilidade Noturna, Operação Divisa, Operação Atividade Delegada, e Policiamento Rural. Em todas estão presentes a utilização otimizada da inteligência policial e da Tecnologia da Informação e Comunicação. 73 35296001Miolo.indd 73 09/12/10 20:25 GESPOL - Sistema de Gestão da Polícia MIlitar do Estado de São Paulo ................................................................................................................... 9.5.1Videomonitoramento Utilização otimizada da inteligência policial e da Tecnologia de Informação e Comunicação para extensão do policiamento preventivo em sua capacidade de observação O videomonitoramento representa uma ferramenta tecnológica capaz de expandir a capacidade de observação da polícia ostensiva, aumentando a possibilidade de atuar preventivamente, inibindo a prática de crimes e, concomitantemente, reduzindo e controlando a criminalidade em pontos de interesse. Ao mesmo tempo aumenta a sensação de segurança da população pela presença imediata da polícia nas AISP, monitoradas e mantidas sob a possibilidade real de utilização orientada dos Programas de Policiamento nesses pontos. O padrão para a escolha das AISP a serem contempladas com as câmaras de vídeo é desenvolvido pela inteligência policial sob os critérios que considera os aspectos criminais e de densidade demográfica. Para a definição dos municípios que necessitam de implantação do serviço adicional são adotados critérios técnicos relativos aos aspectos criminais, frota de veículos registrados, nível de implantação da digitalização das comunicações e população total do Município. O Programa é implantado prioritariamente nos municípios com população superior a 200 mil habitantes. 9.5.2 Operações de Saturação por Tropas Especiais (OSTE) Utilização otimizada da inteligência policial e da Tecnologia da Informação e Comunicação na parceirização com outros órgãos, visando a implementação de políticas públicas aliadas à segurança pública. 74 35296001Miolo.indd 74 09/12/10 20:25 GESPOL - Sistema de Gestão da Polícia MIlitar do Estado de São Paulo ................................................................................................................... A Gestão Operacional adota o pensamento sistêmico para definição de suas estratégias de atuação operacional, considerando as questões de segurança pública como um tema multidisciplinar, que envolve outras esferas do poder público e da sociedade como um todo. Assim, incorpora ao seu padrão gerencial a realização de Operações Especiais em áreas onde seja detectado processo de degradação social, para processar interação comunitária e adoção de políticas públicas, por meio de parcerias com outros órgãos governamentais e não-governamentais. Dessa forma, as OSTE possibilitam a conjugação da segurança com políticas públicas de transformação social para aumento da sensação de segurança e constância na melhoria da qualidade de vida da população. Trata-se, portanto, de uma atuação que está em perfeita sintonia com o que norteia o Suporte Doutrinário relativo à Polícia Comunitária e com a condição da Polícia Militar como promotora dos Direitos Humanos. A escolha das Áreas de Interesse de Segurança Pública (AISP) para realização das Operações de Saturação por Tropas Especiais (OSTE) é realizada pela inteligência policial, com uso das ferramentas dos Sistemas Inteligentes. Esses sistemas são mantidos pela Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação, considerando: indicadores criminais, indicadores sociais de desorganização social, atuação de facções criminosas, carências de equipamentos e benefícios públicos e sociais (infraestrutura, saneamento básico, habitação, saúde, creches, transportes), bem como a conveniência e a oportunidade da administração pública em priorizar as áreas. A Operação é instruída com informações de interesse policial, social e cultural, incluindo estudos dos órgãos parceiros. 75 35296001Miolo.indd 75 09/12/10 20:25 GESPOL - Sistema de Gestão da Polícia MIlitar do Estado de São Paulo ................................................................................................................... Finalizada a etapa de acomodação policial, é iniciada a etapa de outorga da cidadania, por meio do Programa Governamental na área de Segurança Pública de ações integradas de cidadania, denominada Virada Social. Esse Programa envolve uma parceria entre o Estado, a Prefeitura e Organizações não Governamentais para inclusão de ações sociais, culturais e de infraestrutura urbana voltadas à melhoria da qualidade de vida das pessoas. Nesta etapa, o policiamento é substituído gradativamente pelo policiamento territorial comunitário, que processa uma duradoura aproximação comunitária. Dessa maneira, obtem-se, mutuamente, respaldo, cooperação, parceria e participação para a melhoria da qualidade de vida das pessoas e do ambiente em que se vive, conforme preceitua o Suporte Doutrinário da Polícia Comunitária. 9.5.3 Outras Operações Utilização otimizada da inteligência policial e da Tecnologia da Informação e Comunicação, visando o controle dos ilícitos penais e administrativos e a melhoria da tranquilidade pública com o uso concentrado da força de trabalho. Para alcançar seus objetivos de preservação da ordem pública, a PMESP usa a inteligência policial e Tecnologia da Informação e Comunicação, prioritariamente, na solução dos principais problemas que afetam a ordem pública. Assim, para que haja maior eficácia nas ações de polícia, cotidianamente, atua de forma concentrada, reunindo meios e força de trabalho em operações policiais-militares, destacando-se as seguintes: •Operação Direção Segura (ODS): visa proporcionar maior segurança aos usuários do sistema viário, em especial aos das regiões onde há maior acúmulo de locais frequentados por 76 35296001Miolo.indd 76 09/12/10 20:25 GESPOL - Sistema de Gestão da Polícia MIlitar do Estado de São Paulo ................................................................................................................... pessoas que fazem uso de bebidas alcoólicas e ou de substâncias psicoativas que determinem dependência, por meio de operações de fiscalização policial, para inibir a prática de delitos e de infrações nesses locais, com a aplicação de medidas de caráter educativo-preventivo, orientando os condutores de veículos sobre a legislação e perigos decorrentes do ato de se dirigir veículos sob a influência de álcool e ou de substâncias psicoativas que determinem dependência; •Operação Visibilidade Noturna: tem por objetivo ampliar a sensação de segurança pela destinação de policiamento ostensivo em pontos estratégicos, definidos a partir do afluxo de pessoas em dias e horários pré-definidos, servindo de referência policial para a população, tornando o policiamento ostensivo mais visível e, consequentemente, atuando de modo mais incisivo na prevenção dos delitos, com a intensificação das ações de fiscalização de trânsito, de forma a garantir a fluidez viária e a obediência às normas relativas à segurança de trânsito, fomentando o canal de aproximação da Polícia Militar com a comunidade por meio da doutrina de Polícia Comunitária; •Operação Divisa: destina-se ao desenvolvimento de ações preventivas e ou repressivas imediatas, com prioridade para pontos estratégicos localizados nas rodovias que fazem divisa com outros Estados, a fim de aumentar a fiscalização sobre os veículos que transitam nas rodovias de acesso ao Estado de São Paulo, coibindo a prática de ilícitos penais, notadamente associadas ao crime organizado, bem como de infrações de trânsito e infrações ambientais. Objetiva, ainda, o estreitamento dos laços de parceria entre os Comandantes de OPM localizadas nas divisas dos Estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Paraná, inte grando-os num mesmo trabalho de preservação da ordem pública; 77 35296001Miolo.indd 77 09/12/10 20:25 GESPOL - Sistema de Gestão da Polícia MIlitar do Estado de São Paulo ................................................................................................................... •Operação Atividade Delegada: visa, em parceria e por meio de delegação de atribuições municipais, fiscalizar o comércio ambulante irregular ou ilegal, em regiões críticas do município de São Paulo, proporcionando melhoria da sensação de segurança das comunidades atendidas. Proporciona o aperfeiçoamento da aproximação da Instituição com a comunidade e os comerciantes com o uso da doutrina de Polícia Comunitária, inte grando esforços para a eficácia das ações voltadas à preservação da ordem pública. Essa operação emprega policiais que estariam de folga e se voluntariaram a compor a operação, incrementando o policiamento ostensivo-preventivo nos locais atendidos. A atividade extraordinária voluntariamente assumida pelo policial militar é remunerada pelo município. 9.5.4 Policiamento Rural Utilização otimizada da inteligência policial e da Tecnologia da Informação e Comunicação, visando ao atendimento a comunidade rural em parceria. O Estado de São Paulo, por motivos socioeconômicos vem gradativamente concentrando sua população em áreas urbanas. De qualquer forma, muitos ainda residem na zona rural ou têm interesses dos mais variados, como o agronegócio, lazer e turismo (chácaras de veraneio, pousadas, hotéis-fazenda etc.). Destaca-se que eventualmente ocorre a dinâmica de migração de atos delituosos para ambientes rurais. Todo o sistema operacional dever contemplar os interesses de todas as partes interessadas, estratificando os clientes, para satisfazer seus interesses, que necessariamente diversos. Para atender adequadamente esses interesses foi criado o Policiamento Rural, que visa prevenir e ou minimizar 78 35296001Miolo.indd 78 09/12/10 20:25 GESPOL - Sistema de Gestão da Polícia MIlitar do Estado de São Paulo ................................................................................................................... a ocorrência de infrações penais nos ambientes rurais, por meio de ações direcionadas de polícia ostensiva e de preservação da ordem pública, fazendo com que a comunidade rural constate efetivamente a ação dirigida e intensificada da Polícia Militar. Nesse sentido o policiamento é realizado com a atuação conjunta e harmônica dos comandos das OPM territoriais, de Policiamento Ambiental (Pol Amb) e de Policiamento Rodoviário (Pol Rv), possibilita o planejamento unificado com o levantamento de prioridades, a aferição de resultados, a correção dos planos e a perfeita interação do policiamento com a comunidade rural, objetivo intrínseco da Polícia Comunitária. Também são desenvolvidos Comitês de Policiamento Rural nos quais todos os atores rurais, interessados, residentes, investidores, proprietários, sindicatos, associações, integrantes do agronegócio e a Polícia Militar, se reúnem mensalmente para discutir os problemas, acordar soluções em parceria e priorizar o atendimento das demandas. 9.6 D iretiva de Ações Complementares de Responsabilidade Social Complementam o processo operacional padrões ligados à prevenção primária, que representam ações de responsabilidade social da Polícia Militar e que na Gestão de Comunicação Social compõem o seu Balanço Social. A prevenção primária pode ser definida como o conjunto de ações destinadas a evitar ou reduzir a ocorrência e a intensidade de infrações penais e perturbações da ordem. Isso é feito por meio da identificação, avaliação, remoção ou redução das condições propícias ou fatores precursores, visando minimizar o dano à 79 35296001Miolo.indd 79 09/12/10 20:25 GESPOL - Sistema de Gestão da Polícia MIlitar do Estado de São Paulo ................................................................................................................... vida e à integridade física da pessoa humana, à propriedade e ao ambiente. A Polícia Militar adota três padrões principais de prevenção primária, independentemente de iniciativas locais dos gestores de polícia ostensiva: 1) o Programa Educacional de Resistência às Drogas e Violência (PROERD); 2) o Programa Jovens Construindo a Cidadania (JCC); e 3) o Relatório sobre Averiguação de Incidente Administrativa (RAIA). 9.6.1Programa Educacional de Resistência às Drogas e Violência (PROERD) Programa criado pela DARE (Drug Abuse Resistance Education), organização sediada em Los Angeles, na Califórnia, Estados Unidos, que consiste, basicamente, em lições destinadas a jovens, pais e educadores, com o intuito de lhes transmitir informações e conhecimentos para evitar o uso de drogas e a violência entre os jovens. O programa tem como público alvo jovens, crianças e adolescentes, estudantes das 5ª e 7ª séries do ensino fundamental de estabelecimentos de ensino da rede pública ou privada, na faixa etária dos 10 aos 12 anos. Envolve, também, educadores e profissionais dos estabelecimentos de ensino, cujos estudantes foram atendidos pelo programa e os pais ou responsáveis pelos jovens. Para aplicação do PROERD, os policiais militares são habilitados por meio do Curso de Formação de Instrutores, com duração de 80h/a, realizado em duas semanas. Este curso habilita os policiais militares a desenvolverem o Programa para estudantes das 4ª e 6ª séries do ensino fundamental. Para se tornar um multiplicador, o policial deverá freqüentar um segundo curso, que tem 80 35296001Miolo.indd 80 09/12/10 20:25 GESPOL - Sistema de Gestão da Polícia MIlitar do Estado de São Paulo ................................................................................................................... como pré-requisito 1 ano de aplicação do Programa nas escolas, que é o Curso de Formação de Mentores PROERD, com duração de 72h/a, realizado em duas semanas, conforme descrito no capítulo sobre a Gestão do Conhecimento. 9.6.2 Programa Jovens Construindo a Cidadania (JCC) Programa inspirado na Organização Youth Crime Watch, criada em 1986, na cidade de Miami, no Estado da Flórida, Estados Unidos, atuando em 25 Estados americanos e em cerca de 500 escolas naquele país. A YCW encontra-se presente, também, no Hawaí, Guam, Venezuela, Rússia, Nigéria e África do Sul, sendo aplicado com grande êxito. No Brasil, desde fevereiro de 1999, o JCC vem alcançando resultados altamente positivos nas escolas, que oficializam a parceria com as Unidades Territoriais da Polícia Militar por meio de um protocolo de intenções. Fundamentalmente, o Programa visa prevenir a criminalidade e sua relação com o uso de drogas por intermédio da interação entre policiais militares, corpo docente, pais e alunos voluntários, que formam as lideranças na escola, buscando propostas democráticas e adaptadas à realidade local, melhorando o ambiente escolar com participação dos agentes envolvidos. O público alvo é mais amplo do que o PROERD e está alicerçado na compreensão mútua dos problemas e na busca compartilhada de soluções. Hodiernamente, a pressão negativa do grupo é um dos maiores fatores que influenciam os jovens a envolverem-se em atos violentos e com o uso de drogas, portanto, o JCC atua com essa mesma pressão de grupo, porém de forma positiva, criando um ambiente de participação da comunidade escolar na resolução de seus problemas. 81 35296001Miolo.indd 81 09/12/10 20:25 GESPOL - Sistema de Gestão da Polícia MIlitar do Estado de São Paulo ................................................................................................................... O Programa Jovens Construindo a Cidadania - JCC é desenvolvido por policiais militares que possuem o Curso Especial de Agentes do Programa JCC, ministrado por equipe habilitada, conforme mencionado no capítulo sobre a Gestão do Conhecimento, desenvolvido em duas semanas e com duração de 86 h/a. 9.6.3 R elatório sobre Averiguação de Incidente Administrativa (RAIA) O evento criminoso está ligado a um fator de possibilidade de ocorrência, ou seja, o delito acontece onde há maiores possibilidades de êxito para o perpetrador ou por condições ambientais ou por despreparo da comunidade. Diminuir essa possibilidade depende de perceber os fatores que a produzem. Assim, a prevenção primária eficaz está diretamente ligada à capacidade e esforço em reconhecer os ambientes ou situações que podem vir a gerar um fato ilícito. A competência e responsabilidade de cada órgão público, entidades e instituições na administração das questões sobre violação de normas administrativas, sanitárias, fiscais, trabalhistas, civis, etc., na esfera de suas respectivas atribuições, está legalmente definida. A Polícia Militar, por força de sua capilaridade, quando no exercício de suas atividades de polícia ostensiva e de preservação da ordem pública, comunica a esses órgãos, por meio do Relatório sobre Averiguação de Incidente Administrativa – RAIA, a existência de indício(s) de prática de qualquer incidente administrativo, de modo que sejam adotadas as medidas preventivas ou corretivas que impeçam ou minimizem a ocorrência de prejuízos à ordem pública em qualquer de seus aspectos: segurança pública, salubridade pública e ou tranquilidade pública. 82 35296001Miolo.indd 82 09/12/10 20:25 Figura 8 - Representação do Sistema da Gestão Operacional GESPOL - Sistema de Gestão da Polícia MIlitar do Estado de São Paulo ................................................................................................................... 83 35296001Miolo.indd 83 09/12/10 20:25 Figura 9 – Representação do Sistema da Gestão Operacional. GESPOL - Sistema de Gestão da Polícia MIlitar do Estado de São Paulo ................................................................................................................... 84 35296001Miolo.indd 84 09/12/10 20:25 Figura 10 – Diagrama do Padrão Operacional da PMESP GESPOL - Sistema de Gestão da Polícia MIlitar do Estado de São Paulo ................................................................................................................... 85 35296001Miolo.indd 85 09/12/10 20:25 10 Gestão da Comunicação Social A Gestão da Comunicação Social é realizada por meio do Sistema de Comunicação Social da PMESP (SISCOM), participante ativo do Pensamento Sistêmico na Gestão da Polícia Militar. O SISCOM, que visa orientar todas as atividades e procedimentos de comunicação social da Instituição, baseia-se na moderna concepção do seu papel dentro de uma organização: ser não só o intérprete do Comando perante seus públicos, mas, também, ser o intérprete desses mesmos públicos perante o Comando. A atividade de comunicação social, organizada nas áreas de relações públicas, assessoria de imprensa, publicidade e propaganda, abrange toda e qualquer ação capaz de propiciar interação da Instituição com seus diferentes públicos, tanto no âmbito interno, em todos os níveis e escalões de comando, quanto no âmbito externo, em todos os segmentos da sociedade, sendo dever e responsabilidade de cada policial militar contribuir para o bom conceito e a boa imagem da PMESP. 10.1 D iretiva de Intérprete entre os diversos públicos do processo Orientar todas as atividades e procedimentos de comunicação social da Instituição, sendo o intérprete entre o Comando e seus diversos públicos, nos diversos níveis, e ao mesmo tempo, intérprete desses públicos perante o Comando. A Gestão de Comunicação Social desenvolve esforço contínuo, por todos os canais disponíveis, para conscientizar o público interno de seu papel social e o público externo de seu papel como agente de segurança local. Para tanto, a coordenação de Comunicação Social interage com todos os órgãos internos e organiza86 35296001Miolo.indd 86 09/12/10 20:25 GESPOL - Sistema de Gestão da Polícia MIlitar do Estado de São Paulo ................................................................................................................... ções externas, quer as de cunho social quer as de características não-governamentais, processando essa conscientização. O Sistema de Comunicação Social dispõe de uma rede de colaboradores que atinge toda a capilaridade estadual da Polícia Militar, os quais são coordenados por um órgão central ligado diretamente à Alta Direção, o que lhe permite gerar canal direto entre os diversos públicos e o Comando, em uma via de duas mãos. A ferramenta denominada “Fale Conosco” representa um canal aberto e de fácil acesso, que possibilita a atividade de intérprete desempenhada pela Gestão de Comunicação Social. “Fale Conosco” é o serviço de comunicação direta do usuário com a Polícia Militar. Ele está disponível na Internet e contempla os usuários com a possibilidade de enviar mensagem, por meio de correio eletrônico ou de formulário apropriado, para quaisquer fins, garantindo-se resposta à solicitação, mesmo que seja uma mera informação ou encaminhamento a outro órgão ou entidade. As redes sociais Blog e Twitter representam, também, um canal moderno e de fácil acesso ao usuário que é habituado e que prefere a utilização desse tipo de ferramenta. A Gestão de Comunicação Social disponibiliza a todos os policiais militares, portanto ao público interno, um Boletim Informativo, on line, com acesso a todas as Unidades da Polícia Militar, por meio de sua rede Intranet PM, reforçando a comunicação interna da Instituição. 10.2 Diretiva dos Canais de Comunicação Criação de múltiplos canais de comunicação, aplicando conhecimento técnico e criatividade, para interagir, conciliar e cooptar as necessidades, expectativas e anseios dos diversos públicos, coligindo-os para um mesmo objetivo do bem comum e ao interesse público 87 35296001Miolo.indd 87 09/12/10 20:25 GESPOL - Sistema de Gestão da Polícia MIlitar do Estado de São Paulo ................................................................................................................... A Gestão de Comunicação Social tem como missão essencial, em seu ciclo gerencial, divulgar os serviços e os trabalhos positivos, em todos os meios e oportunidades disponíveis. Para tanto, executa minucioso trabalho de atendimento à mídia, elaborando notas de imprensas e respondendo às suas solicitações, mantendo para esse fim um serviço 24 horas de sala de imprensa. Para otimização da divulgação dos fatos comunicáveis da Polícia Militar, a Gestão de Comunicação Social adota um padrão para a coleta de notícias relativas a ocorrências bem sucedidas, ações, políticas de segurança na esfera de competência da PMESP e outros eventos que tenham a participação da Polícia Militar, que possam ser difundidos como sugestão de pauta à mídia em geral. Adota, também, um padrão para agilizar o canal técnico entre policiais militares e o Sistema de Comunicação Social da Corporação para a difusão de ocorrências policiais em tempo real. Os fatos comunicáveis caracterizam-se como todo fato, ação ou evento que demonstre a qualidade da prestação dos serviços policiais-militares descrito de forma contextualizada (rico em informações, imagens, dados estatísticos, etc.), permissivo à reflexão a respeito de causas, consequências e soluções para problemas de segurança pública, além das ocorrências rotineiras bem sucedidas. Tem interface com a Gestão Operacional à medida que funciona com caráter educativo à sociedade e reflete como atividade de prevenção primária. O processo de Comunicação Social utiliza-se de canais de comunicação televisivos, processando dois Programas. Incorpora o padrão gerencial, aliado à Gestão Operacional, a edição e divulgação do Manual de Segurança do Cidadão que busca detalhar, nas várias situações do dia-a-dia, as condutas e medidas que cada cidadão deve adotar para elevar seu nível de 88 35296001Miolo.indd 88 09/12/10 20:25 GESPOL - Sistema de Gestão da Polícia MIlitar do Estado de São Paulo ................................................................................................................... proteção. Todas as dicas que compõem o Manual devem ser objeto de conversa e reflexão com toda a família, principalmente, com os filhos, assim que surgir uma ocasião propícia como férias, antes de viajar, ao sair para compras etc. Entende a Polícia Militar que estar seguro também depende do conhecimento e da predisposição para adotar condutas adequadas e pró-ativas. Dentro do contexto das relações públicas, a gestão de comunicação social incorpora o Roteiro Cultural Cidade de São Paulo com a finalidade de proporcionar aos cidadãos paulistas, paulistanos e aos visitantes desta cidade, cultura, lazer e entretenimento vinculados à história da PMESP. Tendo como ponto de partida o Quartel do Comando Geral da PM, o passeio acontece em quartéis e locais de cultura localizados na região do Bom Retiro, aos sábados. São visitados os quartéis do 1º BPChq, RPMon, 2º BPChq e locais de cultura como a Pinacoteca, o Museu da Língua Portuguesa e o Museu da Polícia Militar. O passeio inclui também a visita no Palácio dos Bandeirantes. Durante o passeio, ocorre a interação do visitante com o rico patrimônio histórico da cidade de São Paulo, nos quais podem ser observadas obras de arte entre pinturas, esculturas, colagens, desenhos, tapeçarias, porcelanas e louças, além do contato direto da população com o policial militar, valorizando e consolidando desta forma a filosofia do policiamento comunitário. 10.3 Diretiva de Transparência Institucional Abranger em suas ações as áreas de relações públicas, imprensa e publicidade, executando-as com sobriedade e transparência dos procedimentos, eficiência e racionalidade na aplicação dos recursos, adequação à diversidade de públicos e avaliação sistêmica dos resultados obtidos 89 35296001Miolo.indd 89 09/12/10 20:25 GESPOL - Sistema de Gestão da Polícia MIlitar do Estado de São Paulo ................................................................................................................... A Gestão de Comunicação Social prima em fortalecer a imagem Institucional, a atividade de Comunicação Social e o seu sistema de relações públicas, pela transparência dos procedimentos e adequação às diversidades de públicos com os quais a Polícia Militar se relaciona. A Polícia Militar adota padrão gerencial de atendimento de pedidos de informação de representantes dos órgãos da mídia, em conformidade com a doutrina de gestão pela qualidade. Dessa forma, ela procura assegurar o respeito e a isonomia aos direitos de imprensa e de informação em equilíbrio com os direitos de honra, marca e imagem de pessoas e da Instituição. Para tanto, a Gestão de Comunicação Social possui normatização própria, que estrutura o serviço de porta-voz, exercido por policial militar especialmente capacitado para responder aos pedidos de informação e divulgar informações institucionais à mídia. Como avaliação sistêmica dos resultados, a Gestão de Comunicação Social processa a análise das notícias relacionadas à Polícia Militar, emitindo o Relatório Diário de Notícias. Estas são classificadas segundo os critérios de notícias positivas e notícias negativas publicadas, o que enseja o uso desta ferramenta de desenvolvimento gerencial na aplicação do Ciclo PDCL no processo de relacionamento com a mídia. Soma-se a essa diretiva a incumbência da Gestão de Comunicação Social em preservar a imagem da Polícia Militar, os valores cívicos e os Direitos Humanos. Isto é feito dentro de em ciclo gerencial que prima pela publicidade e propaganda adequada, com uso da Logomarca do Governo Estado de São Paulo, Brasão de Armas e Logomarca da Polícia Militar. Inserem-se também nesse contexto as atividades voltadas para a observância ao cerimonial público (protocolo, etiqueta, precedência, cerimonial militar, sím90 35296001Miolo.indd 90 09/12/10 20:25 GESPOL - Sistema de Gestão da Polícia MIlitar do Estado de São Paulo ................................................................................................................... bolos). A Gestão de Comunicação Social mantém controle do padrão para essas questões relevantes à imagem da Polícia Militar. Todo material de comunicação áudio visual que utilizar os símbolos da Polícia Militar do Estado de São Paulo, como o hino, estandartes, brasões, logomarcas, distintivos, selos, flâmulas e insígnias, a serem divulgados por meio de anúncio para jornais, spots para rádio, busdoor, outdoor, filmes, painéis, painéis eletrônicos, faixas, adesivos, mantas magnéticas, folders, cartazes, cartilhas, manuais, calendários, chaveiros, brindes em geral, publicações, campanhas educativas, etc., que se vincule direta ou indiretamente com a Instituição e a sua imagem, com ou sem utilização de parceiros, acompanhado de histórico, layout, storyboard, cópia, gravação, provas, fotos, modelos, dentre outros, são previamente avaliados pela coordenação da Gestão de Comunicação Social da Instituição. Foi criado o Comitê de Administração de Crise de Imagem (CACI) e os procedimentos de comunicação social que cuida de ocorrências e fatos que resultem ou possibilitem resultados danosos a imagem da Polícia Militar, uma vez que as crises de imagem colocam à prova o prestígio, a reputação e a sobrevivência das Instituições, independentemente do tamanho, área de atuação ou origem. As crises de imagem são inerentes à própria natureza operacional e quase sempre não podem ser eliminadas, mas sim minimizadas, desde que providências adequadas sejam tomadas, antes, durante e após a ocorrência geradora. Apesar de todas as providências preventivas que, porventura, tenham sido adotadas, as crises de imagem invariavelmente acontecem. O diferencial está no grau de preparo das organizações para absorvê-las com a menor margem de impacto possível. O problema está quando não há preparo algum e a crise compromete seriamente a Instituição com danos à sua imagem. 91 35296001Miolo.indd 91 09/12/10 20:25 GESPOL - Sistema de Gestão da Polícia MIlitar do Estado de São Paulo ................................................................................................................... O planejamento estratégico da Instituição potencializa as atividades de comunicação social para a inserção da imagem da PM junto aos órgãos da imprensa (escrita, falada e televisiva, internet), de modo que trabalhar a comunicação de crise, com planejamento prévio e adequado, contribui para anular ou minimizar os efeitos danosos a sua imagem. Dentro dessa seara, foi constituído o CACI, formado por policiais das áreas de comunicação social, inteligência e operacional, com poder de decisão e grande equilíbrio emocional para execução do Plano de Administração de Comunicação de Crise de Imagem (PACCI), planos esses criados para cada “position paper”, ou seja, para cada situação que pode ser repetitiva com potencial possibilidade de impacto negativo à imagem institucional. Com o objetivo de valorização do público interno, mensalmente é realizado o chamado: Café com o Comandante, por meio do qual há um contato direto do Comandante Geral da Instituição e do Alto Comando com os policiais que se destacaram no atendimento de ocorrências com solução adequada, dentro do que prevê a doutrina operacional, e com alta satisfação junto aos nossos públicos estratégicos, propiciando um sentimento de satisfação por parte do policial de ser integrante da Instituição. É uma forma de valorização de público interno. O Centro de Comunicação Social da PM conta com um suporte de trezentos servidores de alta capacitação, dois mil “links” de comunicação de dados, além de um “Data-center” de três andares equipado com o conceito de “sala-cofre”. Tudo com vistas a estabelecer vínculos duradouros com os públicos estratégicos da Instituição, que resumidamente podem ser classificados em 4 grupos principais: sociedade, imprensa, governo e público interno. 92 35296001Miolo.indd 92 09/12/10 20:25 GESPOL - Sistema de Gestão da Polícia MIlitar do Estado de São Paulo ................................................................................................................... 10.4 Diretiva do Balanço Social Coordenar os programas e atividades de responsabilidade social da PMESP, traduzindo ao final seu Balanço Social como demonstrativo dos projetos, benefícios e ações soci-ais dirigidas aos diversos públicos com os quais interage, e como instrumento estratégico para avaliação e melhoria contínua da responsabilidade social institucional. A Gestão de Comunicação Social incorpora também a elaboração do Balanço Social da Polícia Militar do Estado de São Paulo que traduz seu compromisso com a população de realizar por intermédio das diversas Unidades PM, programas, projetos e ações sociais que beneficiam grandemente a população em geral. Os principais agentes são os próprios policiais militares, que trabalham buscando uma qualidade de vida melhor para a comunidade, em sinergia plena com o Suporte Doutrinário relativo à Polícia Comunitária. A análise do Balanço Social, aliado aos demais resultados ligados à Gestão Operacional, possibilita a avaliação das estratégias e o monitoramento do grau de envolvimento social de nossa Instituição enquanto promotora dos Direitos Humanos. 93 35296001Miolo.indd 93 09/12/10 20:25 Figura 11 – Sinóptico do Sistema de Gestão de Comunicação Social. GESPOL - Sistema de Gestão da Polícia MIlitar do Estado de São Paulo ................................................................................................................... 94 35296001Miolo.indd 94 09/12/10 20:25 11 Sistema de Controle Para implementação das estratégias mencionadas, considera-se como premissa que o funcionamento da Instituição está baseado no conjunto de atividades transformadoras inter-relacionadas. Nesse sentido, para cada uma das ações gerenciais foram definidas as medidas de desempenho e de resultados, com estabelecimento de metas desafios baseadas em históricos de desempenho dos últimos três anos. A correlação entre as medidas comunica a maneira como os resultados devem ser alcançados, para nos dizer se a estratégia está sendo bem sucedida ou não. 11.1 Sistema de Controle do Desempenho das OPM (Performance Control System - PCS) As medidas de desempenho foram estratificadas para cada uma das Unidades da Polícia Militar. Observou-se, para tanto, metodologia que considerou o desempenho histórico de cada uma e as peculiaridades locais a que estão submetidas, processando-se assim um Sistema de Controle que contempla todas as medidas de desempenho, em comparativo ao desempenho real das Unidades da Polícia Militar. O Sistema está disponibilizado na Intranet PM e considera o conceito de “gestão à vista”. Essa medida tem como objetivo disponibilizar as informações necessárias de uma forma simples e de fácil assimilação, buscando tornar mais ágil o trabalho diário e também a busca pela melhoria da qualidade. Ela torna possível a divulgação de informações para um maior número de pessoas simultaneamente e ajuda a estabelecer a prática de compartilhamento do conhecimento como parte da cultura organizacional. 95 35296001Miolo.indd 95 09/12/10 20:25 GESPOL - Sistema de Gestão da Polícia MIlitar do Estado de São Paulo ................................................................................................................... O Sistema adota a técnica de alertas para que os gestores possam processar, a tempo, medidas corretivas para alcance das metas e desafios que foram estabelecidas previamente, num processo de discussão institucional. 11.2 Diagrama de Controle de Indicadores Criminais Especificamente para os indicadores criminais, dentro do Plano de Policiamento Inteligente, é disponibilizado também pelo mesmo princípio de gestão à vista, na Intranet PM, um diagrama de acompanhamento e controle dos principais indicadores criminais nas respectivas áreas das Unidades Territoriais. O diagrama disponibiliza um sistema de metas desafio, produzido após aplicação de metodologia disseminada a todos, no final do ano anterior, calculado com base em séries históricas que consideram a sazonalidade, preservada mediante o controle mês a mês dos indicadores, as peculiaridades locais, pela comparação de cada OPM consigo mesma, bem como as similaridades entre as localidades, obtida mediante a adoção dos mesmos critérios da definição do efetivo descrito na Gestão de Pessoas. Basicamente, o sistema de controle dos indicadores criminais, que é um dos principais termômetros da ação policial, serve como balizamento do acerto das estratégias adotadas, pois toda a ação da administração está focada nos resultados da prestação dos serviços à comunidade. Este acompanhamento está inserto na Intranet PM juntamente com o Plano de Policiamento Inteligente (PPI). 96 35296001Miolo.indd 96 09/12/10 20:25 GESPOL - Sistema de Gestão da Polícia MIlitar do Estado de São Paulo ................................................................................................................... 11.3 Controle Estratégico A Polícia Militar acompanha sua gestão por meio de indicadores que possibilitam o controle da implementação das estratégias. O controle estratégico é um tipo especial de controle organizacional que se concentra na monitoração e avaliação do processo de administração estratégica, no sentido de melhorá-lo e assegurar um funcionamento adequado para se alcançar sua visão de futuro. Os indicadores estratégicos estão interligados às medidas de resultados mencionadas no Sistema de Controle do Desempenho das OPM, que indicam a estratégia em ação, ao considerar que a somatória destes resultados atingirá os objetivos propostos e conseqüentemente a nossa missão e visão de futuro. Os indicadores estratégicos também estão intimamente ligados aos preceitos que norteiam os valores organizacionais, principalmente o compromisso de defesa da vida, da integridade física e da dignidade das pessoas. O controle possibilita a correção de percurso para que não se desvie dos objetivos e, também, para se adaptar às mudanças sociais que possam ocorrer no lapso temporal de vigência do planejamento. 11.4 P rocesso de Avaliação da Gestão e Certificação das OPM Com a adoção dos parâmetros transformados em medidas de desempenho e de resultados, para alcance de seus objetivos, além de definir o modelo de gestão a ser desenvolvido, foi necessário padronizar o processo de avaliação de gestão e de certificação das Organizações Policiais Militares. 97 35296001Miolo.indd 97 09/12/10 20:25 GESPOL - Sistema de Gestão da Polícia MIlitar do Estado de São Paulo ................................................................................................................... A nova sistemática pressupõe a necessidade de adaptação da metodologia de avaliação da gestão das Organizações Policiais Militares e dos parâmetros dos resultados que comprovem a eficiência e eficácia de suas práticas de administração rumo à excelência que se deseja alcançar. O Programa de Avaliação de Gestão e Certificação se desenvolve com a auto-avaliação e a certificação, com participação compulsória de todas as OPM. A auto-avaliação é obrigatória a todas as OPM, a partir do nível Batalhão ou equivalente, processada por meio de um sistema informatizado e interativo nos são descritas suas práticas de gestão, abrangendo a correlação entre os quesitos (marcadores) do critério de avaliação do desempenho e o adendo interpretativo. A participação no processo de Certificação abrange as seguintes etapas: 1) entrega do Relatório de Gestão; 2) análise crítica e de consenso; 3) visitas às OPM; e 4) certificação propriamente dita. O Programa de Avaliação de Gestão representa ferramenta importante para a aplicação do ciclo PDCL na gestão sistêmica adotada, à medida que analisa a correlação das medidas de desempenho com as medidas de resultados. Dessa forma, possibilita a verificação quanto ao acerto das estratégias, sua aplicabilidade inadequada ou o ponto em que devam ser revistas. 98 35296001Miolo.indd 98 09/12/10 20:25 12 Considerações Finais A mudança tem sido a única certeza dessa geração. E a mudança rápida, muito rápida... O fenômeno da globalização trouxe o advento da Internet, universalização do acesso aos meios de comunicação, o fortalecimento da democracia em todo o mundo, a intensificação do comércio do global, a aceleração de transferências tecnológicas, tornando o mundo em uma “aldeia global”. Por outro lado, o cliente notou uma intensificação da concorrência, agora mundial e que o ciclo de vida de produtos e serviços foi drasticamente reduzido. Também, em razão da possibilidade de comparação dos serviços e produtos e de sua obsolescência rápida, aumentou a insatisfação dos clientes. Esse cenário, favorece nascimento e a morte de organizações de todos os porte. Quem não conheceu uma grande organização com marca consolidada que foi assimilada pelo mercado? As organizações para serem sustentáveis necessitam ajustar-se, alinhar-se ao ambiente altamente competitivo que se apresenta. Nesse contexto a Polícia Militar do Estado de São Paulo tem buscado incessantemente seu aperfeiçoamento, inovando e se adaptando ao ambiente competitivo e turbulento, adotando a administração gerencial por resultados, traduzindo sua ação diária em eficiência, eficácia e efetividade. Na Polícia Militar essa preocupação ganha força à medida que sendo responsável pela Polícia Ostensiva e de Preservação da Ordem Pública, a Força da Comunidade, deve evoluir de maneira estratégica e segura, pois é incontestável que sua atuação é imprescindível à vida harmônica em sociedade, proporcionando um ambiente tranqüilo, seguro e salubre. 99 35296001Miolo.indd 99 09/12/10 20:25 GESPOL - Sistema de Gestão da Polícia MIlitar do Estado de São Paulo ................................................................................................................... Para tanto, a evolução da centenária Polícia Militar do Estado de São Paulo rumo à consolidação de um Sistema de Gestão, soube observar, sabiamente, a prudência estratégica e a segurança para se desenvolver e alcançar novos níveis de excelência, sem que houvesse solução de continuidade na prestação de serviços à comunidade paulista. Especificamente em relação aos resultados de prevenção e inibição do crime de homicídio no Estado de São Paulo, o gráfico a seguir indica a relação de causa e efeito entre as ações gerenciais implementadas, durante os últimos onze anos, período utilizado somente como recorte temporal da gestão, e a correspondente curva decrescente dos indicadores de homicídio por grupo de cem mil habitantes no Estado, numa demonstração clara de acerto nas ações. Enfim, passado esse tempo, essa evolução de uma organização que aprende (learning organization), levou a Instituição a registrar a marca GESPOL e escrever um compêndio, importante para o mundo da gestão moderna, o qual chamou de Sistema de Gestão da Polícia Militar do Estado de São Paulo, que estabelece de maneira clara o Pensamento Sistêmico em sua Gestão, a permitir que os princípios da eficácia, eficiência e efetividade se consolidem a partir de processos e padrões definidos e consubstanciados sob a visão mais moderna da administração gerencial. A introdução de conceitos modernos como reengenharia estrutural, reengenharia conceitual, governança corporativa, matriz de competências, universidade corporativa, Balanced Scorecard (BSC), dentre outros, incorporados definitivamente à gestão pública, mais especificamente na gestão de polícia, concretiza a busca pela excelência por meio da Gestão pela Qualidade. O presente trabalho objetiva simplesmente a difusão de um mo- delo que reafirma o acerto do Sistema de Segurança Pública estabelecido na Carta Magna do país, mais precisamente em seu artigo 144 e §§, 100 35296001Miolo.indd 100 09/12/10 20:25 Figura 12 – Evolução das ações gerenciais da PMESP. GESPOL - Sistema de Gestão da Polícia MIlitar do Estado de São Paulo ................................................................................................................... 101 35296001Miolo.indd 101 09/12/10 20:25 GESPOL - Sistema de Gestão da Polícia MIlitar do Estado de São Paulo ................................................................................................................... bem como em relação à estética militar adotada pelas polícias militares do Brasil, que servem de benchmarking para outros países. Consolida-se também a Polícia Militar como promotora de Direitos Humanos, que compreende o seu tempo social e propicia condições favoráveis para criação de princípios de reciprocidade positiva, por meio da adoção da filosofia de Polícia Comunitária, que integram a população nas atividades próprias de segurança pública. Espera-se, assim, que com a disseminação do conhecimento, estabeleça-se um novo paradigma em relação ao tema e se possa avançar de maneira responsável a horizontes mais favoráveis na Segurança Pública, por meio do respeito às conquistas e esforços daqueles que realmente se dedicam à preservação da ordem pública como sacerdócio de servir sua comunidade e seu país. 102 35296001Miolo.indd 102 09/12/10 20:25 Bibliografia BRASIL. Decreto nº 70.274, de 9 de março de 1972. Aprova as normas do cerimonial público e a ordem geral de precedência. Disponível em: http:// www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D70274.htm. Acesso em: 2 dez. 2008, 09:30:40; ______. 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Acesso em: 2 dez. 2008, 10:15:30; ______. Decreto nº 43.286, de 3 de julho de 1998. Define o planejamento global das atividades de polícia judiciária e de apuração das infrações penais, e das atividades de polícia ostensiva e de preservação da ordem pública, pela Polícia Civil e pela Polícia Militar em áreas coincidentes, segundo a divisão administrativa do Estado. Disponível em: <http://www.al.sp.gov.br/repositorio/ legislacao/decreto/ 1998/decreto%20n.43.286,%20de%2003.07.1998.htm>. Acesso em: 2 dez. 2008, 11:00:26; 103 35296001Miolo.indd 103 09/12/10 20:25 GESPOL - Sistema de Gestão da Polícia MIlitar do Estado de São Paulo ................................................................................................................... ______. Decreto nº 43.833, de 8 de fevereiro de 1999. Institui o Sistema de Comunicação do Governo do Estado de São Paulo (SICOM). Diário Oficial v.109, n.26, 09/02/1999; ______. Lei nº 13.123, de 8 de julho de 2008. Aprova o Plano Plurianual 2008-2011 do Governo do Estado de São Paulo. Obtida em: http://www.al.sp. gov.br/portal/site/Internet/IntegraDDILEI?vgnextoid=2ddd0b9198067110V gnVCM100000590014acRCRD&tipoNorma=9 . Acesso em: 2 dez. 2008, 15:45:07; ______. Lei Complementar nº 893, de 9 de março de 2001. Institui o Regulamento Disciplinar da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Disponível em: <http://www.al.sp.gov.br/portal/site/Internet/ Integra DDILEI?vgnexto id=2ddd0b9198067110VgnVCM100000590014acRCRD&tipoNorma=2>. Acesso em: 1 dez. 2008, 11:15:30; ______. Lei Complementar nº 1.036, de 11 de janeiro de 2008. Cria o Sistema de Ensino da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Obtida em: http://www.al.sp.gov.br/portal/site/Internet/IntegraDDILEI?vgnextoid=2ddd 0b9198067110VgnVCM100000590014acRCRD&tipoNorma=2. Acesso em: 2 dez. 2008, 15:40:23; ______. Portaria Conjunta PM/PC nº 1, de 26 de fevereiro de 2008. Padroniza procedimentos para a execução da Resolução SSP – 248, de 30 de junho de 2000; ______. Resolução SSP nº 248, de 30 de junho de 2000. Estabelece rotinas de trabalho integrado entre as Polícias Civil e Militar no Estado de São Paulo. Publicada no DOE, Poder Executivo, Seção I, p. 12; ______. Polícia Militar do Estado de São Paulo. Boletim Geral PM nº 148, de 4 de agosto de 2006. Programa de Prevenção em Manifestações Suicidas; ______. Polícia Militar do Estado de São Paulo. Boletim Geral PM nº 135, de 19 de julho de 1999. Inspeções de Saúde; 104 35296001Miolo.indd 104 09/12/10 20:25 GESPOL - Sistema de Gestão da Polícia MIlitar do Estado de São Paulo ................................................................................................................... ______. Polícia Militar do Estado de São Paulo. Boletim Geral PM nº 54, de 20 de março de 2000. Inspeção de Saúde Bucal – Normatização; ______. Polícia Militar do Estado de São Paulo. Boletim Geral PM nº 148, de 4 de agosto de 2006. Programa de Preparação para a Inatividade; ______. Polícia Militar do Estado de São Paulo. Diretriz nº PM2-001/91/07 - Plano de Policiamento Inteligente (PPI), de 27 de junho de 2007; ______. Polícia Militar do Estado de São Paulo. Diretriz nº PM3-005/02/97 - Emprego Operacional da PMESP, de 4 de dezembro de 1997; ______. Polícia Militar do Estado de São Paulo. Diretriz nº PM3-007/02/03 - Operações Policiais-Militares, de 15 de julho de 2003; ______. Polícia Militar do Estado de São Paulo. Diretriz nº PM3-005/02/05 - Programa Policiamento com Motocicletas no Estado de São Paulo (ROCAM), de 25 de outubro de 2005; ______. Polícia Militar do Estado de São Paulo. Diretriz nº PM3-007/02/05 - Programa de Força Tática, de 7 de novembro de 2005; ______. Polícia Militar do Estado de São Paulo. Diretriz nº PM3-011/02/05 - Programa de Radiopatrulha – Atendimento “190”, de 7 de novembro de 2005; ______. Polícia Militar do Estado de São Paulo. Diretriz n° PM3-012/02/05 - Programa de Policiamento Integrado, de 7 de novembro de 2005; ______. Polícia Militar do Estado de São Paulo. Diretriz nº PM3014/02/05 - Programa de Policiamento Escolar, de 7 de novembro de 2005; ______. Polícia Militar do Estado de São Paulo. Diretriz nº PM3-015/02/05 - Programa de Policiamento Comunitário, de 7 de novembro de 2005; 105 35296001Miolo.indd 105 09/12/10 20:25 GESPOL - Sistema de Gestão da Polícia MIlitar do Estado de São Paulo ................................................................................................................... ______. Polícia Militar do Estado de São Paulo. Diretriz nº PM3-008/02/06 - Normas para o Sistema Operacional de Policiamento PM (NORSOP), de 1 de agosto de 2006; ______. Polícia Militar do Estado de São Paulo. Diretriz nº PM3-010/02/06 – Regionalização, Organização e Funcionamento Geral do COPOM, de 21 de agosto de 2006; ______. Polícia Militar do Estado de São Paulo. 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Lei no 9.610, de 19/02/1998 Impresso no Brasil 2010 São Paulo 2a Edição 111 35296001Miolo.indd 111 09/12/10 20:25 formato 15,5 x 22,5 cm tipologia cantoria MT Std papel miolo | offset LD 90 g/m2 capa | cartão 250 g/m2 número de páginas 112 tiragem3.000 35296001Miolo.indd 112 09/12/10 20:25 DEZEMBRO 2010 SISTEMA DE GESTÃO DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO SISTEMA DE GESTÃO DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO 2ª EDIÇÃO REVISADA E ATUALIZADA