AVALIAÇÃO DA ADERÊNCIA DAS ARGAMASSAS
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AVALIAÇÃO DA ADERÊNCIA DAS ARGAMASSAS
AVALIAÇÃO DA ADERÊNCIA DAS ARGAMASSAS COLANTES ACIII SOBRE SISTEMAS ACRÍLICOS E ACRÍLICOS CIMENTÍCIOS SERGIO MAROSSI (1) (1) Responsável Técnico da Citimat Impermeabilizantes Ltda. Citimat Impermeabilizantes Ltda Rua Comendador Sousa N° 94 CEP 05037-090 São Paulo SP RESUMO: O objetivo do trabalho é avaliar a aderência de revestimentos cerâmicos assentados com argamassa colante ACIII diretamente sobre sistemas impermeabilizantes acrílicos e acrílicos cimentícios. Atualmente em razão de muitas obras apresentarem falta de cota para a aplicação do sistema impermeabilizante (impermeabilização mais proteção), obriga a obra a executar o assentamento do revestimento final diretamente sobre a impermeabilização. Isto ocorre principalmente em áreas frias como: banheiros, cozinhas, etc. Este tipo de procedimento também é utilizado em piscinas onde o assentamento do azulejo ou pastilha é executado diretamente sobre a impermeabilização. Em alguns casos onde ocorre o insucesso na obra, estabelece uma discussão sobre a aderência das argamassas colantes sobre os impermeabilizantes. Os resultados apresentados foram obtidos através de ensaios laboratoriais avaliando a eficiência da aderência, utilizando para isso os parâmetros da norma NBR 14081-4/2012 na condição normal, estufa e submersa. Palavra chave: Impermeabilização; assentamento; aderência; acrílico; acrílico cimentício. INTRODUÇÃO: O sistema tradicional para assentamento de cerâmica com a utilização de argamassa colante sobre um substrato impermeabilizado exige três etapas antes do assentamento. Regularização da superfície, impermeabilização propriamente dita e a proteção do sistema impermeável com um argamassa cimento e areia preparada normalmente na obra, para posteriormente executar a colocação do revestimento cerâmico assentado com a argamassa colante. Hoje o mercado da construção apresenta diversas obras com laje nivel zero, (“...Este sistema exige o nivelamento perfeito da superfície do concreto, permitindo que seja assentado um revestimento final diretamente sobre ela, dispensando o uso de contrapiso, a camada regularizadora utilizada no sistema construtivo tradicional. ”(Allgayer 2010.), o que significa que na aplicação de um sistema tradicional de revestimento cerâmico assentado com argamassa colante, as cotas existentes não permitem a execução da proteção do sistema impermeável com uma argamassa cimento e areia preparada na obra, já que a espessura mínima para essa argamassa seria de 2,0 cm, espessuras menores não proporcionam a resistência mecânica ao contrapiso(Almendra Freitas Jr.; 2013).Isso obrigou no mercado a necessidade de produtos impermeabilizantes que aceitassem o revestimento cerâmico diretamente sobre o sistema impermeável. Exemplo de aplicações desse tipo encontramos nos banheiros, cozinhas, áraes de serviço dos apartamentos residenciais/comerciais. Uma outra aplicação bastante comum é a execução de revestimento cerâmico como pastilhas,azulejos, aplicação bastante comum em piscinas. Nesse último caso a aplicação do revestimento diretamente sobre o sistema impermeável objetiva a eliminação de etapas, já que normalmente a obra é obrigada a realizar uma regularização das paredes e fundo quando da execução da estrutura.A aplicação de revestimento cerâmico sobre o sistema impermeável implica em riscos pois durante a execução do mesmo, o sistema impermeabilizante pode ser danificado por queda ou mesmo ferimentos provocados pela maquina de corte utilizada para esse procedimento, porém esse procedimento não é o objetivo de nosso estudo. 2.OBJETIVO Esse trabalho tem o objetivo de avaliar os parâmetros mínimos exigidos para a aderência de revestimentos cerâmicos assentados com aragamassa colante ACIII aplicados diretamente sobre produtos impermeabilizantes acrílicos e acrílicos cimentícos que atendam a norma NBR 15885:2010 O estudo também poderia ser realizado com o uso da argamassa colante ACII mas como as aplicações para revestimento em piscinas exigem a argamassa colante ACIII optamos para esse trabalho se concentrar nesse tipo de argamassa. Embora diversos artigos e registros mostrem que o descolamento de placas em revestimentos cerâmicos é um das patologias com maior incidência nesse assunto ( revista Tecne edição 116), não encontramos estudo especifico para as manifestações patológicas de deslocamento de placas sobre revestimentos aplicados diretamente sobre sistemas impermeabilizantes, embora amplamente utilizado, o assentamento de revestimentos cerâmicos diretamente sobre o sistema impermeável, responde por uma grande parcela das obras realizadas no setor da construção pelas razões expostas anteriormente. Os resultados obtidos nesse trabalho tem o objetivo chamar atenção para o meio técnico com relação ao entendimento para a especificação correta dos produtos impermeabilizantes e sua correta aplicação, entre as várias situações exigidas em obra, quando o assunto é revestimento cerâmico aplicado diretamente sobre o sistema impermeável.Queremos enfatizar também que para o sucesso da obra as condições como intemperismo, insolação, ventos são determinantes para o resultado final, além da correta preparação da superfíce para receber o sistema como um todo e sua correta aplicação. Para a avaliação dos resultados optou-se por ensaiar o sistema produto impermeável e argamasa colante industrializada, tendo como parâmetro a resistência a aderência á tração. A resistência de aderência entre as diferentes camadas de um sistema de revestimento é umas das propriedades mais importantes do conjunto, quanto à qualidade e durabilidade (THURLER;FERREIRA,1995). A aderência não é uma propriedade exclusiva da argamassa, mas da interação entre camadas do sistema, sendo importante que o substrato onde a mesma está aplicada, nesse caso o produto impermeável, deverá estar corretamente aplicado e atender aos parâmetros segundo as normas específicas NBR 15885:2010 e NBR 9975:2010. Com relação a argamassa colante ACIII industrializada utilizada, deverá obedecer a norma NBR 14081:2012. Figura 1- Influência dos parâmetros sobre a aderência 3. CARACTERÍSTICAS E DEFINIÇÕES Importante definirmos os produtos utilizados no sistema de revestimento objeto desse trabalho e suas características. 3.1 DEFINIÇÕES Aderência: É a propriedade do revestimento em resistir as tensões normais e tangenciais atuantes na face do substrato (aplicar desenho). (NBR 13528:2010) Argamassa Colante ACIII: Mistura constituida de agolmerantes hidráulicos,agregados minerais e aditivos, que possibilita, quando preparada em obra com a adição exclusiva de água, a formação de uma pasta viscosa, plástica e aderente. (NBR 13755:1996 ), que apresenta aderência superior em relação às argamassas dos tipos I e II – NORMA ABNT NBR 14081:2012. Membrana de polímero acrílico: Membrana de polímero acrílico sem cimento, fornecida industrializada e pronta para uso, destinada a impermeabilizar estruturas em contato constante ou eventual com a água.(NBR 15885:2010) Membrana de polímero acrílico com cimento: Membrana de polímero acrílico com cimento, fornecida industrializada e pronta para uso, destinada a impermeabilizar estruturas em contato constante ou eventual com a água.(NBR 15885:2010) 3.2 CARACTERÍSTICAS Os requisitos de argamassas colante conforme NBR 14081-1/2012 são os apresentados na Tabela 1. Tabela 1- Requisitos de argamassa colante Propriedades Tempo Aberto em Métod o de ensaio NBR 140813 NBR 140814 Unidade Min MPa Argamassa Colante Industrializada ACI ACII ACIII ACIII E > 15 > 0,5 > 20 > 0,5 Resistência de MPa aderência à tração aos 28 dias em: Cura Normal ≥ 0,5 ≥ 0,5 Cura ≥ 0,5 ≥ 0,5 Submersa Cura em ≥ 0,5 Estufa Deslizamento¹ 14081≤2,0 ≤2,0 5 1 O ensaio de deslizamento não é necessário para revestimento horizontal. > 20 > 0,5 Resultado ensaios - de Argamass a do tipo I, II ou III, com tempo em aberto em aberto estendido ≥1,0 em no ≥1,0 mínimo 10 min do ≥1,0 especifica do nesta ≤2,0 tabela. argamassa utilizada em aplicações com Os requisitos das membrans de polimero acrílico conforme NBR 15885/2010 são os apresentados na Tabela 2 Tabela 2 – Membrana de polímero acrílico com ou sem cimento, para impermeabilização NBR 15885 Item Requisitos 1 Resistência De ruptura à tração no alongamento 2 3 Absorção de (máximo) Estanqueidade positiva água Unidade Parâmetros Membrana de polímeros acrílicos com cimento Parâmetros Membrana de polímeros acrílicos sem cimento Método de ensaio Força na tração minima N 50 130 ABNT NBR 9952 Alongamento de ruptura na carga máxima % 30 130 % 12 12 m.c.a. 25 25 4 Aderência(mínimo) MPa 0,5 0,5 5 Flexibilidade à baixa temperatura (mínimo 0ºC) ºC Não Fissura Não Fissura ASTM D 570 ABNT NBR 10787 ABNT NBR 12171 ABNT NBR 9952 4. PROCEDIMENTO PARA APLICAÇÃO DO SISTEMA Para a aplicação do sistema foram utilizadas placas de concreto armado com tela eletrosoldada com diâmetro de 2,5 mm e espaçamento máximo de 5 cm. O substrato padrão (figura 2) é executado com cimento,areia normal e agregado graudo com uma relaçãoágua cimento de 0.45 a 0.50 e com o consumo mínimo de cimento de 400 Kg/m³. Com traço sugerido de 1:2,6:1,3, a cura do substrato deverá ser feita em 28 dias segundo NBR 14081-2/2012 Figura 2- Substrato Padrão O sistema impermeabilizante acrílico (monocomponente) foi aplicado da seguinte forma: Inicialmente o produto foi homogeinizado e com a utilização de um rolo de l trincha de 3,0“ foram aplicadas 03 demãos cruzadas sobre a placa, aguardando-se o intervalo entre demãos de 2 a 6 horas conforme NBR 9574/2008. Após a última demão do sistema, observamos a cura por 28 dias conforme item 4.2.2 da NBR 15885/2010. O sistema acrílico cimentício, por ser bi componente, foi aplicado da seguinte maneira: Inicialmente colocou-se todo o componente A ( resina) dentro de um recipiente e foi adicionando aos poucos o componente B (cimento), misturando-se manualmente dissolvendo os possíveis grumos . Com a utilização de uma trincha de 3,0“ foram aplicadas 03 demãos cruzadas sobre a placa, aguardando-se o intervalo entre demãos de 2 a 6 horas horas conforme NBR 9574/2008.Após a última demão do sistema, observamos a cura por 28 dias conforme item 4.2.2 da NBR 15885/2010. A argamassa colante foi aplicada da seguinte forma segundo a metodologia norma NBR 14081-2Seção 8, item 8.3( Figura 3). Figura 3-Aplicação de argamassa colante 5. METODOLOGIA DE ENSAIO Figura 4- Equipamento utilizado Estender a argamass preparada conforme a ABNT NBR 14081-2 na direção longitudinal sobre o substrato padrão, seguindo as prescrições indicadas na ABNT NBR 14081-2:2012, Seção 8 (Figura 3) Esperar 5 minutos da operação anterior posicionar dez placas cerâmicas, conforme figura 5, sobre quatro cordões de argamassa colante estendida( ver figura 3) Figura 5- Placas aderidas a argamassa Após a retirada das massas-padrão, deixar aproximadamente 1 cm de cordão ao redor da placa cerâmica e retirar cordões excedentes.Deverão estocar em posição horizontal por 24 horas, transcorrido este tempo poderão ser armazenadas na vertical ao serem submetidos a diversas condições de cura. Para a cura normal o conjunto deverá ser subetido durante 28 dias às condições ambientais de laboratório, a partir de 72 horas antes da data de arrancamento, clar em cada placa cerâmica uma peça metálica de arrancamento. Para a cura submersa o conjunto deve ser submetido durtante sete dias às condições ambientais de laboratório, em seguida o conjunto deve ser imerso em água no tanque normal, onde permanecerá por 20 dias. A partir de 72 horas antes da data do arrancamento, deve-se retirar o conjunto da água, secar as faces e realizar a colagem das peças metálicas de arrancamento, após o irrigecimento deverá ser imerso novamente, o ensaio será feito no 28º dia, e tendo sido retirado no máximo de 20 a 30 min do tanque. Para cura em estufa o conjuto deve ser submetido durante 14 dias às condições ambientais de laboratório , transcorrido este tempo deve ser colocado em estufa em temperatura de (70±2)ºC. Decorridos 14 dias, deve-se retirar o conjunto de estufa, deixar esfriar e realizar a colagem das peças metálicas nas placas, o ensaio de arrancamento deverá ser realizado no 28 dia e deve ser feito após no máximo 4 horas da retirado da estufa 6. RESULTADOS DOS ENSAIOS O ensaio pode gerar as seguintes rupturas: Figura 6- Possiveis rompimentos do ensaio. Os padrões I , AI e IS foram inseridos especificamente para esse ensaio. 6.1 SISTEMA ACRÍLICO Tabela 3- Acrilico cura normal Corpo de prova CP1 Tipo de ruptura Ruptura (%) Tensão A AP A AP A AP A AP A AP A AP A AP A AP A AP A AP 60 40 55 45 40 60 50 50 30 70 35 65 20 80 65 35 60 40 25 75 1,16 CP2 1,26 CP3 1,23 CP4 CP5 1,35 de ader. (n/mm²) *- Valores que se afastam X% da média devem ser descartados 1,24 CP6 1,27 CP7 1,14 CP8 1,30 CP9 1,32 CP10 1,17 Tensão (mpa) 1,2 Tabela 4- Acrilico cura submersa Corpo de prova CP1 CP2 CP3 CP4 CP5 CP6 CP7 CP8 Tipo de ruptura Ruptura (%) Tensão I I I I I I I I AP I AP A AP 95 5 80 20 80 20 100 0 0,44 100 0 0,49 100 0 0,52 100 0 0,56 100 0 0,59 100 0 0,57 100 0 0,65 CP9 CP10 Tensão (mpa) 0,60 0,65 0,52 0,6 CP8 CP9 CP10 Tensão (mpa) de ader. (n/mm²) *- Valores que se afastam X% da média devem ser descartados Tabela 5- Acrilico cura em estufa Corpo de prova CP1 CP2 CP3 Tipo de ruptura A AP A AP A AP A AP A AP A AP A AP A AP A AP A AP Ruptura (%) 25 75 70 30 80 20 60 40 35 65 90 10 85 15 45 55 40 60 70 30 Tensão 1,14 1,39 CP4 1,34 CP5 1,13 CP6 1,19 CP7 1,31 1,35 1,26 1,10 1,48 1,3 CP9 CP10 Tensão (mpa) de ader. (n/mm²) *- Valores que se afastam X% da média devem ser descartados 6..2 SISTEMA ACRÍLICO CIMENTÍCIO Tabela 6- Acrilico cimentício cura normal Corpo de prova CP1 Tipo de ruptura Ruptura (%) Tensão A AP A AP I AI I AI I AI I AI A AP A AP I AP A AP 20 80 30 70 80 20 75 25 95 5 85 15 20 80 35 65 40 60 30 70 0,52 CP2 0,71 CP3 0,64 CP4 CP5 0,58 de ader. (n/mm²) *- Valores que se afastam X% da média devem ser descartados 0,76* CP6 0,75* CP7 0,53 CP8 0,58 0,53 0,56 0,6 Tabela 7- Acrilico cimentício cura submersa Corpo de prova CP1 CP2 CP3 CP4 CP5 CP6 CP7 CP8 CP9 CP10 Tipo de ruptura Ruptura (%) Tensão I I I I I I I I I I 100 0 100 0,43 0 100 0,66* 0 100 0,57 0 100 0,53 0 0,55* 100 0 0,47* 100 0 100 0,65 0 0,57 100 0 100 0,48 Tensão (mpa) 0 0,50 0,5 de ader. (n/mm²) *- Valores que se afastam X% da média devem ser descartados Tabela 8- Acrilico cimentício cura em estufa Corpo prova de Tipo de ruptura Ruptura (%) Tensão de CP1 CP2 CP3 CP4 CP5 CP6 CP7 CP8 CP9 CP10 Tens ão (mpa ) A AP A AP A AP A AP A AP A AP A AP A AP A AP A AP 60 40 60 40 80 20 75 25 70 30 50 50 55 45 80 20 80 20 75 25 0,63 0,54 0,79* 0,68 0,73 0,54 0,56 0,51 0,52 0,77* 0,6 ader. (n/mm²) *- Valores que se afastam X% da média devem ser descartados 7. COMPARATIVO Segundo os ensaios realizados tanto para o membrana de polímero acrílico, quanto para a membrana de polímero acrílico com cimento, o número de amostras e a metodologia de ensaio, foi tomado como base a NBR 13528/2010. A avaliação dos resultados deve-ser ter como parâmetro a NBR 13749/1996 conforme tabela abaixo( Tabela 9) Tabela 9-Limites de resistência a tração (Ra) para emboço e camada única Local Parede Interna Externa Acabamento Pintura ou base para reboco Cerâmica ou Laminado Pintura ou base para reboco Cerâmica Teto Ra(Mpa) ≥0,20 ≥0,30 ≥0,30 ≥0,30 ≥0,20 O que pudemos observar com os resultados é que ambas as membranas atenderam os parâmetros mínimos da NBR 13749:1996, embora os resultados também mostraram que a membrana de polímeros acrílicos obeve um resultado superior a membrana de polímeros acrílicos com cimento nos ensaios para cura normal, estufa. Outra constatação foi referente a interface de ruptura das membranas. Para a membrana de polímeros acrílicos a ruptura ocorreu basicamente da seguinte forma: Cura Normal: a ruptura ocorreu basicamente na interface( A/P) argamassa e placa cerâmica Cura em Estufa: a ruptura também ocorreu basicamene na interface (A/P) argamassa e placa cerâmica Cura Submersa:a ruptura ocorreu basicamente na camada do impermeabilizante Para a membrana de polímeros acrílicos com cimento a ruptura ocorreu basicamente da seguinte forma: Cura Normal: a ruptura ocorreu basicamente 60% na interface( A/P) argamassa e placa cerâmica e 40% na camada do impermeabilizante. Cura em Estufa: a ruptura ocorreu basicamene na camada da argamassa colante Cura Submersa:a ruptura ocorreu basicamente na camada do impermeabilizante. Importante enfatizar que os ensaios respeitaram o ciclo de 28 dias para a cura da argamassa colante conforme NBR 13528:2010. A temperatura do local era de 22,8º com umidade relativa de 60,2%. 8. CONCLUSÕES Os parâmetros dos ensaios mostram que os resultados para a membrana de polímeros acrílicos mostrou-se superior nos ensaios de cura normal e estufa porém nos ensaios de cura submersa os resultados foram praticamente idênticos. Embora os resultados apresentados em laboratório atendam as exigências da norma NBR 13749:1996, para os sistemas utilizados, a execução de revestimentos cerâmicos sobre sistemas impermeáveis, além de exigirem materiais que atendam as normas específicas para as quais foram desenvolvidos, argamassa colante NBR 14081-4:2012 e sistemas acrílicos e acrílico cimentícios NBR 15885:2010; outros fatores que interferem nos resultados de aderência são: -A absorção de água das argamassas que contém em sua maioria polímeros a base de o hidroxietil celulose (HEC) e o copolímero acetato de vinila/etileno (EVA) que são um dos materiais empregados em sua produção no Brasil,esse fator tem relação direta com o resultado principalmente quando o revestimento fica em contato constante com água, como no caso de piscinas. -A diferença no índice de absorção de água entre os impermeabilizantes acrílico e acrílico cimentício, devido as suas características químicas, mostram ter relação direta no resultado de aderência obtido entre os dois sistemas impermeáveis. -A correta preparação da superfície que contempla os cuidados necessários para uma boa aderência como a eliminação de materiais pulverulentos, oleosidades. -A correta aplicação do sistema impermeabilizante, obedecendo à cura final, como também a correta aplicação do revestimento final tem sem dúvida a grande fonte de insucessos nas obras desse tipo. -A própria energia de aplicação e a consequente extensão do contato entre o revestimento e o substrato é outro fator importante para a aderência. -O local da aplicação, se é uma área externa ou interna, se o local está sujeito a grandes variações térmicas, exemplo saunas, próximos a churrasqueiras, piscinas de água quente, frigoríficos, se o local está sujeito à ação de vento (Equipe de Obra - edição 38). -O tipo de revestimento que será utilizado, cerâmica ou porcelanato e principalmente para áreas externas e piscinas. sua taxa de absorção Com a demanda crescente para esse tipo de aplicação conforme descrito anteriormente, o objetivo desse trabalho não é esgotar o assunto mas sim oferecer parâmetros para novas discussões e ensaios como por exemplo, realizando comparativos entre ensaios laboratorias e as áreas externas sujeitas ao intemperismo,ou mesmo a realização de ensaios após o evelhecimento dos produtos envolvidos, entre outros. 9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Allgayer, Maurício Oscar. Laje Zero em Edificações de Múltiplos Pavimentos:Comparação com o Sistema Construtivo Tradicional. UFRGS- Porto Alegre.junho de 2010. Pg.14 Oliveira Juliana. Dissertação submetida à Universidade Federal de Santa Catarina para a obtenção do Título de Mestre em Engenharia Civil. Florianópolis, março 2004. Prof. José de A. Freitas Jr.- Universidade do Paraná- Construção Civil II - Piso em Edificações NBR 13528:2010 – Revestimento de paredes de argamassas inorgâncias: determinação da resistência de aderência à tração. NBR 14081 –2 e NBR 14081-4- Argamassa colatne industrializada para assentamento de placas cerâmicas. NBR 13749 :1996 – Revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas-Especificação. NBR 9574:2008 – Execução de Impermeabilização THURLER, C. L; FERREIRA, V. A. A evolução da resistência de aderência de algumas argamassas colantes nacionais. I simpósio de tecnologia de argamassas. Goiânia. 1995. 10-AGRADECIMENTOS O autor agradece a Msc Engª Rosa Maria Crescencio do SENAI Tatuapé e ao Graduando Ednei Lopes Filho pela contribuição para a conclusão desse trabalho.