1 - Kombato
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1 - Kombato
E Salve! u costumo receber muitos e-mails e elogios sobre minha coluna na revista Fighter Magazine. Ao mesmo tempo, sempre leio e-mais reclamando da ausência de bom material sobre artes marciais e defesa pessoal fora desta revista. Uma revista, ainda que muito boa, é muito pouco para um público tão ávido por conhecimento. Isso sem falar em cutelaria, militarismo, trabalho policial, etc. E quando existe, muitos reclamam do material estar em línguas estrangeiras, ou serem revistas absurdamente caras. Ora, então por que não termos nossa própria publicação? Em PDF, gratuita para todos terem acesso, e desta forma, mesmo quem tiver visto a revista apenas no numero 10 poderá baixar os números anteriores, ou pedir toda a coleção em cd pelo correio. Quem tiver interesse poderá imprimir e ler no papel mesmo. O tamanho da publicação permite que isso seja feito sem custos absurdos. Nosso compromisso com você, leitor, é sempre ter bons articulistas, sérios, praticantes de artes marciais reconhecidos por suas federações, escrevendo artigos sobre as mais diversas facetas do nosso universo de defesa-pessoal, segurança e militarismo. Estamos também aberto a bons artigos, feitos por profissionais sérios. Quem quiser enviar material, esteja à vontade! Boa leitura! Mestre Paulo Albuquerque [email protected] Trincheira: Revista digital de distribuição gratuita da Kombato ltda Coordenação: Paulo Albuquerque Editora - Chefe: Ana Claudia Rebello Sub-Editor: Richard Clarke Editor/Editoração Eletrônica: Marcos Souza Colunistas desta Edição: Lucas Silveira, Richard Clarke, Francisco José Ferrari e Edson Alves Logomarca Trincheira: Carolina Cereda Rafaine Parceiras: Academia Cabalá, Academia By Fit, Associação Brasileira de Haidong Gumdo, Silveira Knives. Contato Comercial: [email protected] Mande sua sugestão de pauta: revistatrincheira.redaçã[email protected] Fale Conosco: [email protected] 4 cutelaria 6 faca de combate 8 armas não letais 14 kombato Texto e fotos: francisco josé ferrari C aros amigos da Kombato, através do Richard Clarke, recebi o convite para escrever-lhes sobre um assunto que está intimamente ligado às atividades das artes marciais, a Cutelaria. Como primeiro artigo, vamos acompanhar a evolução da cutelaria através dos tempos. Cutelaria é arte de se fazer facas, espadas, machados ou outros instrumentos de corte. O início das atividades de cutelaria se confunde com a própria história da humanidade. O ser humano começou a utilizar pedras como ferramentas de corte, e isso possibilitou a evolução da pedra lascada para a pedra polida, Era do Bronze, etc. Alguns antropólogos acreditam que a faca é a invenção mais importante para a evolução da humanidade, inclusive mais importante até que a roda. Do uso dentro da caverna ou em caçadas, para virar uma arma foi um pulo. Na idade antiga, com o domínio da obtenção do aço através da fundição e forjamento do ferro e carbono, as armas conseguiram receber uma dureza mais adequada. Porém, o aço continuou a ser feito artesanalmente até o início da revolução industrial, com a invenção do alto forno, e assim permanece até os dias de hoje. Me atenho ao aço porque ele é a matéria prima usada em 99% das lâminas de hoje. Cada povo encara a cutelaria de maneira diferente. Por via de regra, o Ocidente sempre procurou usar muito o aço, seja na confecção de armas como na elaboração de outros utensílios. Já no Oriente o aço, devido à sua escassez, basicamente era usado no confecção de armas ou outro uso bélico. Com o avanço e o aprimoramento das armas de fogo, sendo o sec. XIX o divisor de águas desta implementação, as armas brancas propriamente ditas foram mudando de tamanho, e a espada praticamente sumiu do campo de batalha, sendo apenas um mero sinal de status da oficialidade. Porém, ainda vemos que muitos utilizam a faca/canivete como sua arma pessoal. A cutelaria moderna pode ser divida em várias vertentes, mas vou destacar algumas: Cutelaria industrial: são os instrumentos fabricados pela indústria de modo geral. Cutelaria artesanal: são peças feitas uma a uma, por artesãos, que podem dividir-se em dois grandes grupos: -Desbaste: é a confecção da lâmina através de abrasivos, a partir de chapas de aço na espessura desejada. Geralmente usam aços de ligas mais complexas, assim como o aço inox. -Forja: é a obtenção da lâmina através da modelagem manual, com auxílio de calor. Cuteleiros forjadores geralmente usam aço carbono de baixa liga. As duas técnicas conseguem fazer boas lâminas, sendo somente exigido habilidade do cuteleiro. Alguns só desbastam e outros só forjam, mas existem cuteleiros que usam as duas técnicas. Uma vantagem da cutelaria artesanal é a possibilidade do cliente fazer um projeto e ser atendido em 100% dele, coisa que é impossível de acontecer nas peças industrializadas, já que elas vêm com o desenho definido pela fábrica, isso fora a qualidade intrínseca do trabalho artesanal. Finalizando, gostaria de dizer que a cutelaria é uma atividade profissional e técnica, assim como carpintaria e alvenaria, ou seja, para que uma peça seja bem executada, é preciso conhecimento e prática. Me coloco à disposição para qualquer dúvida pelo email [email protected]. Um grande abraço e até a próxima. Antropólogos acreditam que a faca é mais importante para a evolução da humanidade que a roda cutelaria através do tempo faca sendo forjada ainda em estado bruto Texto e fotos: lucas silveira faca de combate A faca foi a primeira ferramenta inteligente inventada pelo homem. Durante milhares de anos as lâminas acompanharam o ser humano diuturnamente, seja como utensílio ou arma. Na forma de ferramenta, foram desenvolvidos diversos formatos a fim de adequá-los aos objetivos pretendidos: facões para mato, canivetes multi-função, skinners, bowies, hunters, utilitárias, facas de mesa, facas de cozinha, facas de sobrevivência, fileteiras, e assim por diante. Uma área específica das infinitas utilidades de uma faca, entretanto, é alvo de muitos debates: a faca como arma. Um canivete multi-função deve ter chaves de fenda e phillips, tesoura, lâmina, abridor de garrafas e outros acessórios desejados em situações inusitadas. Ora, e em uma faca de combate, que características são espe- radas? Qual é o melhor modelo para uma situação de contato físico? Os mais conservadores responderiam aos brados alguns modelos bem conhecidos: “Ka-Bar” – diriam alguns – “Facão três listras” – diriam outros. Certamente as respostas poderiam se encaixar perfeitamente para determinadas pessoas: desde o início da Segunda Guerra Mundial, por exemplo, a marinha estadunidense (USMC) passou a adotar facas Ka-bar (ou inspiradas neste modelo) como padrão. Para um militar fardado e equipado, que porta um fuzil e uma mochila grande, uma faca de 30 cm praticamente não vai causar desconforto adicional. Apesar do nome, as facas naquela ocasião eram utilizadas muito mais como ferramentas do que como armas, daí a justificativa de seu design: desbaste hollow, para deixar a lâmina mais resistente, pomo arredondado para ser utilizado como martelo, dorso grosso. Com o passar do tempo, entretanto, ao analisar ambientes diversos, nota-se que uma faca robusta de 30 cm pode ser algum exagero, seja pelo seu comprimento, que dificulta a dissimulação ou pelo tipo de desbaste, que não favorece o corte em detrimento da resistência. Quando o inimigo está despreparado, desarmado ou sem equipamentos de proteção (capacete, colete, caneleira) uma faca pequena pode se tornar muito mais útil que uma grande faca. Ka-bar USC Fighter Em determinadas regiões do Brasil, especialmente nas grandes cidades, o porte ostensivo de uma lâmina pode causar problemas com as autoridades policiais, que podem tentar – embora inadequadamente – justificar a apreensão da faca com base no Art. 19 da Lei de Contravenções Penais. Assim, novamente, facas pequenas ou canivetes podem ser mais interessantes que as grandes lâminas de combate de outrora. Além disso, existem aqueles cidadãos que, por força do hábito ou em nome do conforto, podem não desejar portar facas maiores em determinados casos, porém uma ferramenta ou uma arma só é útil quando está ao imediato alcance das mãos em situação de necessidade. A primeira pergunta que alguém deve se fazer ao comprar uma faca que pretende empregar como arma é, portanto, como vai portá-la. Caso contrário seria mais simples: usar-se-iam espadas ao invés das facas e a vantagem da distância resolveria o problema, todavia, se a espada estiver em casa, tornou--se inútil. Antes um canivete de 3” na mão que uma Claymore na parede. Em seguida, alguns cuidados referentes à funcionalidade da peça devem ser tomados: uma faca que não corta, por exemplo, é só um pedaço de metal. Uma faca, seja de combate ou não, deve estar sempre perfeitamente afiada, assim, os cortes terão mais eficiência e quaisquer obstáculos (roupas, luvas, etc) serão cortados. A eficiência do corte tem relação com o tipo de fio, a geometria da faca, o aço utilizado, a técnica de quem corta, evidentemente, além de outros fatores. Outro item a ser considerado é a ponta. Em algumas escolas de combate com facas priorizam-se os cortes, em outras, as estocadas. Ora, em regra, as estocadas causam orifícios maiores quando comparadas aos golpes de corte e, em certos momentos podem ser mais desejados. Não importa em que escola você treine, não existe motivo para que se ignore a funcionalidade de uma ponta. Pontas alinhadas com o cabo costumam ser melhores para estocada que pontas desalinhadas. A guarda, em uma faca, tem a função principal de evitar que os dedos corram para o fio em golpes de estocada. Quando se observam os casos de pessoas que usaram facas de cozinha para estocar alguém, são comuns os cortes nos dedos. A guarda deve ter tamanho suficiente para evitar isso, porém, sem prejudicar o conforto e a portabilidade da peça. O pomo pode ser usado como arma de impacto e, em regra, é desejável que seja pontiagudo e de metal, para causar mais impacto. Algumas das cutelarias industriais contemporâneas tomam bastante cuidado na confecção desta parte da faca, que ficou popularmente conhecida como “Skull Crusher” (do inglês, quebra-crânio). No caso dos canivetes, é importante saber que uma lâmina dobrável jamais será tão resistente quanto uma lâmina fixa. Entretanto, as cutelarias investem horas de estudos e testes a fim de desenvolver sistemas de travas que os tornem o mais confiável possível. Todo canivete que vai ser usado como arma deve ter trava. Os modelos de trava mais comuns são os lockbacks, os linerlocks e os framelocks. Por último, mas não menos importante, deve-se levar em consideração a bainha ou a facilidade de saque do seu canivete. Uma arma deve sempre estar de fácil acesso e poder ser sacada rapidamente. Uma faca na mochila ou na bolsa não serve como arma. Provavelmente, até que você consiga tirar a faca de lá, já estará morto. Assim, é importante que a bainha “colabore” com o seu saque, de modo a: estar em posição favorável (uma neck knife embaixo de uma camisa de botões que está por dentro de uma calça e de um blazer não é uma boa) e não ter travas exageradas ou difíceis de serem abertas. Idealmente, existem bainhas que seguram o peso da faca tranquilamente, mas soltam a faca com um auxílio de um puxão. Ao optar por usar uma faca como arma deve-se, portanto, compreender que a lâmina precisa se adequar ao cotidiano de quem a utiliza. A portabilidade está diretamente relacionada com a utilidade da faca, assim como a qualidade do fio, seus acessórios e sua bainha. Não existe um modelo que seja universalmente ideal. Cabe a cada um analisar as suas necessidades, sua rotina e os pontos que considera mais relevantes. Alguns podem preferir abrir mão da guarda, em detrimento da portabilidade, outros não. Alguns podem preferir facas sem pomo de aço, e assim por diante. O mais importante é que esta companheira sempre esteja com você, bem cuidada e pronta para o uso. Uma boa faca, utilizada por um homem com treinamento sério, tornar-se-á ferramenta e arma indispensável para militares, policiais ou civis, em trabalho ou no descanso, não importa em que região do planeta. spyderco military linerlock Sugestão de avaliação de uma faca como peça de combate: Quesito Nota de 0 a 10 Geometria de lâmina Ergonomia de empunhadura Ponta Qualidade do fio Resistência Portabilidade Guarda Pomo Saque/Bainha Total: Dividir por 9. Resultado Final: Resultados: Acima de 7: Você tem uma boa faca de combate. Pode confiar nela. Entre 5 e 7: Provavelmente uma boa faca, porém deve deixar a desejar em algum quesito. Menos que 5: Não é uma boa opção para combate. Texto e fotos: edson alves Existem também produtos químicos mal cheirosos, conhecidos como bombas fedorentas. São utilizáveis na interdição de áreas ou para expulsão de suspeitos. Alguns agentes são poderosos o suficiente para provocar engasgos e vômitos. ARMAS NÃO LETAIS E A SEGURANÇA PRIVADA E xiste uma longa história associada ao uso de armas químicas. As primeiras aplicações conhecidas datam de dois mil anos atrás, quando os chineses usaram pimenta para cegar temporariamente as tropas oponentes. Em 428 a.C. os espartanos usaram vapores de enxofre e de betume e, mais tarde, a mistura inflamável conhecida como “fogo grego” para sufocar soldados inimigos. Pode-se perceber então que as questões e muitos dos agentes estão aí, já de longa data, e não deixarão de existir em razão de tratados. Antes de discutir os agentes químicos e pseudo-armas não letais, há um ponto que é sempre levantado e deve ser imediatamente esclarecido. Não existe um pó mágico, ou dardo químico, que ponha a pessoa instantaneamente para dormir e que depois permita recuperá-la completamente. Ainda que existam drogas de ação rápida, todas as reações farmacêuticas com seres humanos baseiam-se em muitos fatores complexos, inclusive peso corporal e condições físicas. A dose necessária para um homem normal pode matar uma criança. Uma dose menor pode falhar. A água, provavelmente é a arma antipessoal mais elementar. Canhões d’água de alta pressão são eficazes e fazem parte dos arsenais de muitos órgãos policiais ao redor do mundo. Por si só não são controversos, mas implementos podem mudar esse quadro. Tinturas podem ser misturadas à água, para posterior identificação dos indivíduos que estiveram presentes ao evento. As armas não letais estão evoluindo. Até o presente elas têm sido consideradas aplicáveis no nível tático, em operações militares de não guerra. A sua demanda irá crescer e espalhar-se pelo espectro do conflito. Uma nova classe de tecnologia não letal também está surgindo e terá aplicações mais diretas no nível operacional e estratégico. Esta evolução dependerá de pesquisa para assegurar que essas armas cumpram os requisitos políticos, legais e éticos. Agentes de controle de distúrbio são encontrados em todo mundo. Embora os civis tenham a tendência de pensar neles, coletivamente, como gás lacrimogêneo, esses agentes podem afetar muitas funções humanas, provocando choro, náusea, vômito, e algumas vezes, dor, na forma de uma sensação de queimadura. Devido a seus longos nomes químicos, agentes de controle de distúrbio são designados simplesmente por duas letras, como Cloroacetofenona (CN) ou Ortoclorobenzilmalononitriolo (CS). Estes agentes podem ser espargidos como vapor ou misturados com água e, embora sejam tóxicos, não se acredita que podem causar dano à saúde nessas limitadas aplicações de pouca persistência. Os sintomas normalmente desaparecem dentro de 24 horas de exposição. Ainda que envolvam riscos, estes agentes oferecem uma alternativa viável a armas menos letais. Ficará a critério de quem tomar as decisões no local da ação, que deverá ter recebido treinamento completo, determinar quando é apropriado empregar agentes de controle de distúrbios. Cabe ressaltar que tal treinamento se faz necessário para que não ocorram exageros, pois se houver exageros a falta de conhecimento poderá levar a óbito os cidadãos que estão recebendo a “orientação”. Conceitos não letais A necessidade de se controlar situações de grande agitação social, manifestações, tumultos ou depredações sem, contudo, matar ou ferir gravemente os participantes desses atos é um problema enfrentado por Forças Policiais ao redor do mundo todo desde os anos 60. Movimentos estudantis em Paris, manifestações contra a Guerra do Vietnã e pelo direito dos negros nos Estados Unidos (EUA), manifestações pela Democracia, contra ditaduras na América do Sul e conflitos na Irlanda são exemplos de situações que exigiram o desenvolvimento de armas, equipamentos, munições e conceitos próprios para atuação nesse tipo de enfrentamento. O controle de distúrbios civis, entretanto, não é privativo das Forças Policiais. Cada vez mais vemos Forças Armadas atuando nesse tipo de cenário, para apoiar a Polícia em agitações internas, ou no caso de intervenção em outros países. Os EUA tiveram grandes problemas na Somália, em 1993, ao intervir naquele país, a pedido, durante uma guerra civil: os Marines norte-americanos tinham que controlar a população faminta que tentava saquear os comboios de suprimento que seriam distribuídos pelas organizações humanitárias. As Forças de Paz da ONU utilizaram armamento não letal para controlar sérvios e croatas durante o conflito na Bósnia. Hoje vemos tropas israelenses contra palestinos, e cada vez mais Israel deixa de empregar meios não letais para conter os revoltosos, ampliando a intensidade do confronto e atraindo a antipatia internacional. Diante desses problemas, as Forças Armadas brasileiras estipularam regras de engajamento em que o comandante de uma Força que se vir diante de problemas com distúrbios civis deve, obrigatoriamente, antes de empregar força letal, avaliar a possibilidade de empregar armas não letais para controlar a situação. armas não letais são desenvolvidas a fim de incapacitar pessoas evitando mortes e invalidez Dessa forma, podem-se definir armas não letais como sistemas de armas explicitamente desenvolvidos e primariamente empregados a fim de incapacitar pessoas e materiais, enquanto que ao mesmo tempo minimizam mortes, invalidez permanente e danos indesejáveis à propriedade e ao meio ambiente. Aqui temos um ponto importante. Armamento ou munição considerados não letais devem ser construídos para este propósito. Assim. uma espingarda calibre 12. como a CBC 586P, que empregue balas de borra- cha não é uma arma não letal utilizando munição não letal. Uma arma ou munição não letal tem como objetivo incapacitar pessoas, sem matá-las ou feri-las com gravidade. Entretanto, se empregadas inadequadamente, podem causar a morte ou graves conseqüências. Outro ponto a ser observado é que, mesmo quando atua com armamento ou munição não letal, o Policial ou o Militar deve estar de posse de um armamento letal, com munição letal, de forma individual ou coletiva, para sua proteção. Isto porque, na eventualidade dele ser atacado com força letal, como armas de fogo, proporcionalmente ele pode responder àquela agressão com o uso moderado dos meios. MUNIÇÕES NÃO LETAIS O desenvolvimento de armamentos e munições não letais tem sido muito incrementado nos últimos anos, principalmente por causa de suas aplicações militares. As armas não letais podem ser classificadas de acordo com suas funções ou pela tecnologia que empregam no seu desenvolvimento. Podemos dividi-las por função, como antipessoal e antimaterial. As armas não letais de emprego antipessoal têm como função incapacitar pessoas, controlar distúrbios civis, restringir o acesso de área a pessoas ou retirar pessoas de instalações. Na função antimaterial estas armas podem ser usadas para restringir o acesso de veículos a determinadas áreas ou para incapacitação de veículos e instalações. Algumas tecnologias não letais antipessoais: acústicas- sons audíveis, sons inaudíveis e sons de freqüência muito baixa, que podem causar desde confusão mental até desmaios. Biológicas- como os inibidores de neurônios que incapacitam a pessoa, paralisando a troca sináptica nervosa. Químicas- agentes adesivos, tipo espuma, agentes calmantes, barreiras com produtos que solidificam rapidamente, alucinógenos (há relatos de que o LSD, ácido lisérgico, foi utilizado em combate no Vietnã, contra os comunistas), irritantes (CN e CS), lubrificantes para tornar superfícies escorregadias, neurobloqueadores e neuroinibidores. Eletromagnéticas– armas eletrônicas como o “taser” (que através de descarga elétrica atinge o sistema nervoso central) e microondas de alta potência, que podem causar até o coma. Cinéticas– munições de embaraço, tipo redes, projéteis não penetrantes de borracha, plástico ou madeira, canhões com jato de água de alta potência. Ópticas- lasers de baixa energia, para cegar temporariamente, munições ópticas, como granadas de luz e som (flash bangs), obscurantes (granadas de fumaça), luzes estroboscópicas de alta intensidade para desorientar. Embora a Organização das Nações Unidas (ONU) tenha definido em 1990 que os governos e entidades dos países membros devem equipar os agentes da lei com armas e munições de uso diferenciado, como as armas nãoletais, por exemplo, o Brasil ainda utiliza só o ano passado foi autorizada a utilização desse equipamentos pela segurança privada, ou seja, estamos 17 anos atrasados. spray de pimenta causa ardência nos olhos, náusea e tonturas pouco essa alternativa e só o ano passado que foi autorizado a utilização desse equipamentos pela segurança privada, ou seja, estamos 17 anos atrasados. Nos países europeus, o uso de armas que minimizam mortes e ferimentos (bombas de gás lacrimogênio, balas de borracha, spray de pimenta e armas eletromagnéticas, dentre outras) não é uma alternativa, mas uma exigência no combate à violência. Nos Estados Unidos elas também são amplamente usadas e produzidas. No Brasil, são utilizadas com mais freqüência por grupos especiais e pela Polícia Militar para a dispersão de manifestações e conflitos. PENSE E REFLITA A lei menciona a utilização de armas não letais para profissionais de segurança. Cabe ressaltar que a terminologia “arma não letal” é um termo equivocado, pois ao mencionarmos não letal , estamos dizendo que ela não leva a óbito e isso não é verdade. Vamos considerar que ao utilizarmos o “taser” em um cidadão que tem problemas cardiacos, a probabilidade desse cidadão entrar em uma parada cardio-respiratória é grande, chegando ao óbito, ou seja, deveriamos mencionar que o “taser” é uma “arma menos letal” e não uma “arma não letal” . Se fizermos uma segunda comparação para entendermos o equívoco do nome, podemos citar o “gás pimenta”, alguma pessoas possuem alergia a tal substância, podendo chegar ao óbito por asfixia. A lei menciona treinamento aos profissionais, será que tal treinamento será ministrado pela empresa que presta serviço? Será que o profissional esta consciente e realmente busca o conhecimento, para poder garantir a segurança efetiva do patrimônio e, principalmente, a sua segurança? Será que as empresas estão investindo em seus colaboradores, em treinamento e equipamento? O profissional de segurança deve entender que ao entrar em uma ocorrência em que seja necessário o emprego de uma arma, seja letal ou não, ele responderá pelo seus atos e pelo exagero. Com isso o profissional deve buscar sempre o conhecimento técnico do material. Independente da empresa investir em você ou não, você é o principal responsável pela sua segurança e pelo seu profissionalismo. PORTARIA 515/07 §1º As empresas de vigilância patrimonial poderão dotar seus vigilantes, quando em efetivo serviço, de revólver calibre 32 ou 38, cassetete de madeira ou de borracha, além de algemas, vedando-se o uso de quaisquer outros instrumentos não autorizados pelo Coordenador-Geral de Controle de Segurança Privada. (Texto alterado pela Portaria nº 515/2007-DG/DPF) §9º As empresas de segurança privada poderão dotar seus vigilantes de armas e munições não-letais e outros produtos controlados, classificados como de uso restrito, para uso em efetivo exercício, segundo as atividades de segurança privada exercidas. (Texto incluído pela Portaria nº 515/2007-DG/DPF) §10. Nas atividades de vigilância patrimonial e segurança pessoal, as empresas poderão dotar seus vigilantes das seguintes armas e munições não-letais de curta distância (até 10 metros): (Texto incluído pela Portaria nº 515/2007-DG/DPF) I- borrifador (“spray”) de gás pimenta; e II- arma de choque elétrico (“air taser”). §11. Nas atividades de transporte de valores e escolta armada, as empresas poderão dotar seus vigilantes das seguintes armas e munições não-letais, de média distância (até 50 metros) e outros produtos controlados: (Texto incluído pela Portaria nº 515/2007-DG/DPF) I - borrifador (“spray”) de gás pimenta; II - arma de choque elétrico (“air taser”); III - granadas lacrimogêneas (Capsaicina-OC ou Ortoclorobenzalmalononitrilo-CS) e fumígenas; IV - munições lacrimogêneas (OC ou CS) e fumígenas; V - munições calibre 12 com balins de borracha ou plástico; VI - cartucho calibre 12 para lançamento de munição não letal; VII - lançador de munição não-letal no calibre 12; e VIII - máscara contra gases lacrimogêneos (OC ou CS) e fumígenos Art. 71. As empresas de segurança especializadas e as que possuem serviço orgânico de segurança somente serão autorizadas a adquirir armas, munições, coletes à prova de balas e outros produtos controlados se estiverem com a autorização de funcionamento e o certificado de segurança válidos, e desde que haja a comprovação de contratação do efetivo mínimo de vigilantes. (Texto alterado pela Portaria nº 515/2007DG/DPF) §1º A comprovação do efetivo mínimo de que trata o caput deverá obedecer às disposições específicas para cada atividade autorizada, sendo dispensada para empresas com serviço orgânico de segurança, ressalvando que deverá possuir pelo menos vigilantes em quantidade igual a das armas requeridas. (Texto alterado pela Portaria nº 515/2007-DG/DPF) §3º - Quanto às armas e munições não-letais e outros produtos controlados, a empresa poderá ser autorizada a adquirir: (Texto incluído pela Portaria nº 515/2007-DG/DPF) I- borrifador (“spray”) de gás pimenta e arma de choque elétrico (“air taser”) em quantidade igual à de seus vigilantes; II- 2 (duas) granadas lacrimogêneas (Capsaicina-OC ou Ortoclorobenzalmalononitrilo-CS) e fumígenas, por veículo utilizado em transporte de valores ou escolta armada; III- munições lacrimogêneas (OC ou CS) e fumígenas, munições calibre 12 com balins de borracha ou plástico e cartucho calibre 12 para lançamento de munição não letal em quantidade igual à de munição comum que poderia adquirir; IV- 1 (um) lançador de munição não-letal no calibre 12, por veículo utilizado em transporte de valores ou escolta armada; e V- 4 (quatro) máscaras contra gases lacrimogêneos (OC ou CS) e fumígenos por veículo utilizado no transporte de valores ou escolta armada. §4º Para o uso de armas e munições não-letais o vigilante deve possuir treinamento específico. (Texto incluído pela Portaria nº 515/2007-DG/DPF) Texto: Richard clarke fotos: paulo albuquerque KOMBATO, a “ciência da proteção” N os dias de hoje está cada vez mais difícil às pessoas andarem despreocupadas nas ruas, seja para ir ao trabalho, cinema, praia, parque ou um simples jantar. A violência alça um crescente, não só no Brasil mas, em todo mundo rondando os cidadãos de bem. Não é exagero, é a realidade! Só os mais otimistas vão continuar achando que nada pode acontecer com eles ou com alguém da família, local de trabalho ou unidade militar. Sabendo da real necessidade de as pessoas aprenderem a defender-se o Mestre de Kali Silat, Paulo Albuquerque, nos meados dos anos 90, criou um sistema de defesa chamado Kombato. Para isso, trocou técnicas e conhecimentos com artistas marciais e grupos militares nacionais e internacionais, para melhor formar o conceito “Ciência da Proteção” - leia-se o Kombato. Com mais de 10 anos, o Kombato está sempre evoluindo e melhorando o currículo de treinamento de sua equipe técnica, professores e instrutores, para preparar seus alunos para suprir as necessidades deles e da população. No Kombato não se ensina somente a fazer movimentos, mas sim, a auto-proteção, o resguardo da família, amigos e etc. Sistema de Graduação No sistema de treinamento do Kombato as graduações são representadas por braçadeiras que possuem cores e graus. Diferentemente das artes marcais tradicionais que usam faixas nas graduações. Abaixo, uma pequena explicação para que você leitor entenda melhor: Graduação branca – adaptação: O aluno aprende o essencial para defender-se, além de instruções teóricas de segurança e legislação. Eles aprendem a seguir o trei- namento dentro da lei, sabendo diferenciar o certo do errado, para na hora de um possível confronto não cometer exageros. Graduação verde I, II e III - Auto-defesa, defesa pessoal, combate corpo a corpo e múltiplos oponentes desarmados. Agora ele está preparado para enfrentar qualquer tipo de agressão desarmada. A partir da verde II o aluno que for indicado pelo seu Instrutor se tiver notas acima de 85, ter ficha limpa de processos criminais, já tendo prestado vestibular, e passado, começa a fazer monitoria com uma carga horária de 50 horas. Chegando no final da verde III ele passa por uma bateria de exames para galgar a Graduação de Vermelha. Querendo ser Instrutor, o exame é diferente e mais puxado do que o normal. O aluno tem que atingir a nota igual ou superior a 85 e ter completado as 50 horas de estagio. Graduação vermelha I e II – Defesa de armas de fogo, facas, bastão, defesa de terceiros, vip, tonfa, BET, imobilizações táticas, combate contra múltiplos oponentes armados e armas improvisadas. Agora o aluno está preparado para enfrentar quaisquer tipos de agressão desarmada e armada, sabe conduzir e como proceder em casos de riscos. Graduação Marrom – Combate militar, combate com facas, combate com armas, silenciamento de sentinela. Nesta posição ele sabe todas as maneiras já citadas anteriormente e se for um civil saberá como “ tomar conta de seu lar”. Graduação Preta - O “Kombatente” aprendeu tudo sobre o sistema e agora ele é um especialista. Ajuda no desenvolvimento de novas técnicas. No Kombato são ensinados currículos especiais para crianças e mulheres, principalmente em defesa de estupro e tentativa de sequestro. Treinamento No treinamento do “Kombatente” são exploradas situações que podem acontecer com qualquer pessoa, quando elas não vão encontrar oponentes do mesmo peso, altura, desarmados ou sozinhos. O que se explora é o “mais puro ápice da vida real”. São colocadas em aula circunstâncias em que os alunos vão estar sempre em desvantagem, e a partir daí deverão aprender como lidar com a situação de forma plena. Este treinamento é indicado para médicos, advogados, militares, policiais, trabalhadores comuns, donas de casa e crianças, em fim, todos os tipos de pessoas que querem aprender uma ou mais soluções para não declinarem a violência de hoje. Para isso, desde o início do treinamento é explicada a diferença entre o amigo de treino, o adversário e o agressor. O amigo de treino é aquele que está com você nas aulas pelo mesmo objetivo que o seu, treinar. O adversário você encontra em competições, que não é o nosso caso, pois o Kombato não é um esporte, logo não há ainda competições oficias. Por último, o inimigo que é aquele que quer agredir, roubar, e até mesmo matar. Não basta o aluno saber sair de uma agressão. Ele tem que saber quando lutar e quando recuar. No treino há golpes de fácil execução para que essas saídas sejam mais eficientes. Usamos socos, cotoveladas, cabeçadas, joelhadas chutes, caneladas e suas combinações e defesas. Dentro de um combate é melhor derrubar o agressor e incapacitá-lo de levantar-se que ficar “trocando agressões com ele”. Deve-se evitar o chão, afinal rua não é “Ring de Vale Tudo”, onde o solo seria uma das melhores opções. Um exemplo do Kombato para esta situação: pisar no joelho do oponente. Treina-se muito chão no Kombato, mas como citado anteriormente, é bom evitá-lo. Mais uma vez: rua não é tatame. Nas aulas aprende-se também a projetar pela cabeça, e se o agressor for mais alto, pelas pernas. Têm-se várias projeções com pernas, cabeças e pescoço, uma grande gama de técnicas para não faltar recursos. O “Kombatente” aprende a usar objetos que estão a sua volta, fazer a ronda visual e usar armas próprias (faca, bastão) e impróprias (copo, garrafa, guarda chuva, escova de cabelo, celular e etc.). O fator psicológico é colocado dentro da aula, seja teórico ou prático. A pessoa deve manter a calma em situações críticas, se não ela “congela” ou entra em pânico. O aluno é preparado para lidar com a tensão e usar a adrenalina a seu favor. O Kombato têm cursos específicos para isso como o de Gestão do Comportamento Agressivo, mesmo curso que a Swat e grandes hospitais nos EUA proporcionam para seus funcionários. Treinamento Civil Preparar o cidadão para enfrentar os riscos e os desafios da violência da vida moderna, incluindo a proteção de seus entes queridos e amigos. Esta é a filosofia para o treinamento de civis. Os ensinamentos são para proteger o próximo de maneira segura para todos, pois pode acontecer qualquer coisa, de um simples assalto a um seqüestro, e no caso de mulheres o estupro. Para isso, o Kombato tem um currículo só pra mulheres, quando são abordadas situações que podem acontecer de uma agressão numa boate até a violência sexual. As mulheres que treinam Kombato melhoram sua auto-confiança por ter a capacidade de saber lidar e resolver diversas situações para as quais ainda não estavam preparadas. Elas aprendem também a usar armas próprias e impróprias para atacar ou para defender-se. O treinamento para crianças aborda: como proceder numa situação de risco, manter a calma e se possível o anonimato, além de ligar para Polícia ou Bombeiros, também ajudar família, analisar a situação e fugir, quando for o caso. Treinamento VIP e Policial Preparar o profissional de segurança para ser o melhor em sua categoria, tornando-o um verdadeiro e legítimo conhecedor de sua área de atuação. Neste caso, o treinamento é totalmente direcionado ao dia a dia deste cidadão. Sendo ele um profissional da área de segurança estará exposto a riscos constantemente. Seja no transporte de presos, na condução de um VIP, eles tem que ter a capacidade de escolher a maneira certa de agir. É aí que entramos. desarme de arma de fogo Quando falamos em chaves de condução ou imobilizações táticas estes treinamentos abordam, de uma maneira inovadora, o conceito de se imobilizar o agressor, partindo do principio que ela vai reagir sempre, pois não podemos contar só com o elemento surpresa, temos que ser precisos nas ações a serem realizadas. Estar sempre um passo a frente do agressor. Por exemplo, oponente pode estar drogado ou alcoolizado daí ele não vai sentir dor por estar “anestesiado”. Saber trabalhar em equipe nestas horas é essencial, para o agressor não virar a vítima. O treinamento de Kombato já foi dado as Forças Policiais Militares do RJ como o batalhão de Choque, no GEPAE, além de aulas regulares para a Policia Federal do RJ. Há uma grande necessidade do treinamento regular para as “forças” visto que nesta profissão o perigo é constante. Treinamento Militar Treinar o militar para melhor proteger a sua pátria e a si próprio. Essa é a meta do Kombato para militares que tem um treinamento diferenciado do civil ou policial. Nele, o militar tem que garantir a soberania e a sua própria vida, não se preocupando com o que vai acontecer ao inimigo. O treinamento consiste em combate com facas, silenciamento de sentinela, combate corpo a corpo, arma de fogo e muito mais. Esse tipo de treinamento já foi dado para os Fuzileiros Navais, Soldados da Força Aérea Brasileira, Grupos do Exército Brasileiro e alguns membros da Legião Estrangeira Francesa. Treinamento com Armas Facas: A primeira coisa que é ensinada no Kombato quando alguém aponta uma faca é fugir, é claro! Muitas pessoas vão perguntar o “por quê?”, já que no Kombato aprende-se a lidar com ameaças de facas, ataques de facas e combate com facas, porém a regra é simples: sua vida vale mais do que qualquer bem material, logo nunca reaja a uma tentativa de assalto, só no caso em que o agressor quiser chegar às vias de fato, tentativa de homicídio. Para isso, você que é treinado e deve reagir. Testamos todas as técnicas arduamente, e sabemos que é quase impossível não se ferir numa situação de facas. A segunda coisa é procurar algo comprido que mantenha a distância entre você e a faca, como um bastão, cabo de vassoura e etc., ou mesmo, uma pedra para jogar no agressor e tentar desarmá-lo. Se for um policial saque sua arma em movimento e dê o comando para o agressor parar. Cuidado se você estiver parado até uma distância de 8 metros, pois você poderá ser esfaqueado. Nas aulas não só se compreende o “treinamento físico”, mas mental também, para que seu psicológico não se abale diante de uma situação de adrenalina. Nosso treinamento com facas vem do Kali Silat, arte marcial filipina. Nós adaptamos as técnicas para os moldes de segurança de nossa realidade. Todas foram testadas milhares de vezes, dentro do corpo de instrutores e alunos a Batalhões de Fuzileiros Navais, pois não adianta a técnica ser bonita, ela tem que funcionar! desarme de bastão Desarmes de Armas de Fogo: Todo treinamento de arma de fogo, em primeiro lugar, tem que ser feito com às observações de segurança necessárias para não ocorrer uma fatalidade. Por exemplo, nas academias é feito com armas de simulacro. No treinamento de policiais e militares são empregadas armas de verdade, após ser feita a inspeção da armamento e colocado um “dispositivo” de segurança para não causar acidentes “Armas não são perigosas, as pessoas que são” - estas são as palavras que sempre repito antes do adestramento com armas, pois são as palavras do meu Mestre Paulo Albuquerque. A arma não faz nada sozinha, sempre tem que ter uma pessoa “por trás” dela. Temos 32 desarmes, para 32 tipos de situações diferentes, não é exagero, é o que pode acontecer na realidade. Algumas regras: nunca reaja a um assalto, sua vida vale mais do que qualquer bem. Entregue o que o bandido pedir e não fique esperando que ele subtraia mais coisas. Saia de perto, pois se ele achar que não é o suficiente e quiser fazer um seqüestro relâmpago e tirar todo seu dinheiro? E se nisso ele for barrado por seguranças ou policiais pode virar um seqüestro de grandes proporções e acabar muito mal? Só reaja em caso do agressor tentar te matar. Armas improvisadas: As armas podem ser armas próprias como às supracitadas no início neste artigo, ou impróprias, como garrafa, chave de fenda, cinzeiro, cadeira, lápis, caneta guarda chuva, bengala e etc. São objetos que estão praticamente no nosso dia a dia. Temos que saber usá-los para nos defendermos ou mesmo atacar, se for o caso. Não é só saber onde estão as armas para você saber pegá-las, mas para saber quando outra pessoa pode se apoderar da arma e usá-la contra você. Dentro do Kombato aprende-se como usar a arma improvisada de modo correto e eficaz. Este treinamento é para todos, mas as mulheres e crianças ficam com grande vantagem sobre o agressor. Imagine um homem tentando estrangular ou violentar uma mulher, e ela pega seu prendedor de cabelos, em formato de lápis, e crava nele tendo assim uma porta para fugir. São “coisas” como esta que podem salvar uma vida. Agora, pense num agressor com uma faca e um senhor com a sua bengala, uma arma longa para manter afastada a faca... Podemos ficar aqui imaginando situações e dando soluções, mais se você quiser conhecer melhor o Kombato acesse: www.kombato.org.