concepções, princípios e fundamentos pedagógicos
Transcrição
concepções, princípios e fundamentos pedagógicos
FUNDAÇÃO EDUCACIONAL SERRA DOS ÓRGÃOS CENTRO UNIVERSITÁRIO SERRA DOS ÓRGÃOS - UNIFESO PRÓ – REITORIA DE GRADUAÇÃO CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS CURSO DE GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA Projeto Político Pedagógico do Curso de Graduação em Pedagogia 2011 CENTRO UNIVERSITÁRIO SERRA DOS ÓRGÃOS - UNIFESO Irineu Dias da Rosa Chanceler Luís Eduardo Possidente Tostes Reitor José Feres Abido Miranda Pró-Reitor de Graduação Ana Maria Gomes de Almeida Diretora do Centro de Ciências Humanas e Sociais Maria Terezinha Espinosa de Oliveira Coordenadora do Curso de Pedagogia ELABORAÇÃO Prof.(a) Gicele Faissal de Carvalho Prof.(a) Katiuscia C. Vargas Antunes Prof.(a) Maria Beatriz de Moraes Rocha Prof.(a) Maria Terezinha Espinosa de Oliveira 2 SUMÁRIO 1) A PEDAGOGIA NO BRASIL .............................................................................................05 1.1) A Pedagogia no UNIFESO .......................................................................................08 2) PRINCÍPIOS, CONCEPÇÕES E FUNDAMENTOS PEDAGÓGICOS ...............................11 2.1) Concepção de formação .............................................................................................................14 2.2) Concepção de docência .............................................................................................................16 2.3) Concepção de currículo .............................................................................................................19 3) PERFIL DO EGRESSO ............................................................................................................19 4) EIXOS DE FORMAÇÃO .........................................................................................................21 4.1) Relação entre Educação, Cultura e Sociedade ..........................................................................21 4.2) Currículo, Cultura Escolar e Produção de Conhecimento ........................................................22 4.3) Gestão e Organização do Trabalho Pedagógico .......................................................................22 5) ORGANIZAÇÃO CURRICULAR ..........................................................................................23 5.1) Representação gráfica do Currículo............................................................................................. 28 5.2) Distribuição dos Componentes Curriculares..........................................................................29 5.3) O Estágio Curricular Supervisionado...............................................................................31 5.4) Trabalho de Conclusão de Curso .............................................................. ...............................32 6) ÁREAS DE APROFUNDAMENTO 6.1) Educação e Diversidade ........................................................................................33 ............................................................................................................33 6.2) Educação Ambiental .................................................................................................................34 6.3) Educação e Tecnologia 7) AVALIAÇÃO ............................................................................................................35 .............................................................................................................................36 7.1) Concepção .................................................................................................................................36 7.2) Registro do Processo Avaliativo ...............................................................................................39 7.2.1) Disciplinas Presenciais...............................................................................................................39 7.2.2) Disciplinas Semipresenciais........................................................................................................40 7.2.3) Seminário Interdisciplinar e Grupos de Estudos Independentes....................................41 7.2.4) Construção do Portifólio............................................................................................... 41 8) EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA ...................................................................................................45 8.1)Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA).....................................................................45 8.2) Equipe de suporte .....................................................................................................................45 8.3) Aporte tecnológico ...................................................................................................................46 8.4) Atuação Docente ..........................................................................................................................46 8.5) Atuação Discente ......................................................................................................................46 3 8.6) Freqüência ...............................................................................................................................47 8.7) Avaliação ..................................................................................................................................47 9) PARCERIA COM O CENTRO EDUCACIONAL SERRA DOS ÓRGÃOS (CESO) ..........47 10) EMENTÁRIO DAS DISCIPLINAS ......................................................................................48 10.1) Educação, Cultura e Sociedade ..............................................................................................48 10.2) Currículo, Cultura Escolar e produção do Conhecimento ......................................................54 10.3) Gestão e organização do Trabalho Pedagógico ......................................................................64 11) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................68 4 1) A PEDAGOGIA NO BRASIL Desde a sua criação, em 1939, o Curso de Pedagogia se depara com questões relativas ao perfil do profissional formado. Sua identidade tem sido continuamente perseguida e ainda hoje os educadores participam de uma viva polêmica sobre o assunto. A noção de que o Pedagogo é um técnico em assuntos educacionais e/ou um especialista no estabelecimento de um saber-fazer relativo ao trabalho pedagógico, não se deu sem um crescente mal-estar acerca da especificidade da Pedagogia como prática social e campo do conhecimento. O Parecer 251/62, produzido pelo então Conselho Federal de Educação, presumia para o pedagogo uma crescente oportunidade de trabalho especializado e tecnocrático. Com o golpe de 1964, tal expectativa mostrava-se adequada a uma política educacional que, associada a uma política de segurança nacional, buscava programar e normatizar a vida nas escolas. O Parecer 252/69 estabelecia uma matriz curricular que não levava em consideração o aspecto totalizante do fenômeno educativo. A compartimentalização da atividade escolar fornecia ao pedagogo uma imagem parcelada da prática educativa, especialmente concretizada na formação de professores para o Ensino Normal e de especialistas para as atividades de Administração, Supervisão, Orientação e Inspeção Escolar. Mais do que o exercício de uma atividade especializada, o trabalho pedagógico assim concebido provocava práticas fragmentadas e crescentemente questionadas pelos educadores, inclusive pelos formados em Pedagogia. Diante de uma nova iniciativa de reforma do Curso de Pedagogia, através dos Pareceres 67 e 68/75 e 70 e 71/76 do CFE, este descontentamento já proporcionava, no final dos anos 70, a criação de associações profissionais, organizadas por educadores e estudantes. Se revisitarmos a história da organização dos profissionais da educação no Brasil, veremos que ela se confunde com a organização de vários outros movimentos sociais, inscrevendo-se no contexto das reivindicações de democratização da sociedade brasileira, em geral, e da gestão das instituições formadoras, em particular. Em finais da década de 70, 5 educadores brasileiros começaram a se organizar, sinalizando para reformulações no âmbito educacional que pudessem contribuir para a democratização da sociedade e superar a concepção tecnicista, que orientou o tratamento a que a educação esteve submetida durante os governos militares. Em 1978, em Campinas, é realizado o I Seminário de Educação Brasileira, encontro que começava a articular uma necessária influência nas políticas públicas voltadas para a formação de educadores. Uma mobilização nacional é especialmente organizada em 1980, durante a I Conferência Brasileira de Educação, realizada na PUC de São Paulo. Foi então criado o Comitê Nacional Pró-Reformulação dos Cursos de Formação de Educadores, com sede em Goiânia. Como conseqüência de um encontro promovido pelo SESU-MEC para discutir a formação de professores, em Belo Horizonte, em 1983, o Comitê Nacional transforma-se em Comissão Nacional pela Reformulação dos Cursos de Formação dos Educadores (CONARCFE), entidade que deu origem, em 1990, à Associação Nacional pela Formação dos Professores da Educação (ANFOPE). As organizações de caráter nacional promoveram encontros e seminários, participando dos espaços de intercâmbio científico e cultural, como a SBPC, ANPED, ENDIPE, entre outros, e formulando propostas amplas para a política educacional global, como também elaborando algumas diretrizes para a reformulação das licenciaturas e dos cursos de Pedagogia. Cabe, aqui, destacar a ênfase, manifestada em vários documentos, colocada na necessidade de uma formação mais ampla e integrada dos profissionais da área de educação e na afirmação da docência como a base da identidade do pedagogo. Os debates desenvolvidos nos anos 80 delineavam para a formação do educador uma perspectiva que ressaltava o caráter histórico-social do ato de educar. Admitindo a educação como atividade privilegiada das disputas por hegemonia em uma sociedade capitalista, a noção de práxis ganha relevo nas discussões sobre a identidade profissional do Pedagogo. O tecnicismo educacional pressupunha para o Pedagogo uma atividade intelectual e prática circunscrita às tarefas de planejamento e organização burocrática do trabalho pedagógico. Em oposição, o conceito de práxis passava a sugerir uma atividade profissional vivamente implicada com as contradições sociais. A partir de então, um importante esforço teórico tem sido feito por alguns educadores brasileiros com o objetivo de caracterizar a educação como um objeto de estudo de uma ciência particular. A demarcação da especificidade da educação, bem como a constituição de uma 6 ciência pedagógica, é um empreendimento compreensível e, até certo ponto desejável, diante do fato de tratar-se de uma área onde aportam muitos modismos. Estes podem ser oriundos de estudos que carecem de uma maior fundamentação científica ou de decisões políticas redutoras do fenômeno educativo aos seus aspectos particulares, como formação de mão-de-obra e a inserção produtiva numa conjuntura de crescimento ou de crise econômica. Através de um olhar histórico, facilmente constatamos a “colonização” que a educação sofre de certos domínios disciplinares em conjunturas específicas. Dotar a educação de um estatuto de cientificidade é garantir um maior rigor no tratamento do assunto, dificultando as descobertas fáceis e localizadas e sua manipulação de acordo com as conjunturas econômicas e políticas, bem como protegendo a área das incursões de profissionais de várias outras áreas. Não se trata-se de definir claramente um conjunto de princípios e uma base comum mínima para a formação do educador, bem como para a profissionalização do magistério. É importante destacar aqui, o seguinte ponto do debate acerca das transformações que se impunham aos cursos de Pedagogia: a própria relação do pedagogo com o magistério. Mesmo que eventualmente, executando as atividades características do magistério, havia uma concepção de trabalho pedagógico que esterilizava, em lugares pré-determinados, as competências e responsabilidades. A implicação de uma filosofia da práxis consolidou em muitos educadores a idéia de que a docência deveria constituir o núcleo formativo da Pedagogia. Dentro de tal perspectiva, o que se deseja, sobretudo, é que a importância declarada do ensino fizesse gravitar ao seu redor as práticas do trabalho pedagógico escolar. No lugar da tradicional repartição entre os sujeitos que concebem e os que executam, bem como a especialização fragmentada da atividade pedagógica, a centralidade do ensino deveria provocar uma decisiva percepção do caráter totalizante, ontológico, do ato de educar. A década de 90 foi marcada por uma forte organicidade dos profissionais da área da educação e também por um contexto de profundas mudanças econômicas, políticas e sociais no Brasil. O cenário de maior liberalidade econômica e reestruturação produtiva com adoção de novas tecnologias de base microeletrônica, bem como das reformas políticas que foram na direção de redesenho do Estado, abriram novas frentes de problemas e de divergências no encaminhamento dos assuntos educacionais, revitalizando-se, inclusive, a tese de que a educação funcionaria como o motor impulsionador do desenvolvimento econômico. Em meio a muitas polêmicas, e depois de longa tramitação no congresso, foi aprovada a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, em 1996, instituindo-se também, no ato da aprovação, a “década 7 da educação”, onde uma série de metas foi traçada, carecendo, ainda, de regulamentações posteriores que definiriam os mecanismos da sua implementação. A aprovação da LDB suscitou muitas polêmicas, tendo sido feitas várias regulamentações através de pareceres e portarias do governo. Com a recente aprovação das Diretrizes Curriculares Nacionais (Parecer 5/2005), por parte do Conselho Nacional de Educação, temos um quadro normativo melhor delineado para a reformulação das propostas dos cursos de pedagogia. Por outro lado, os documentos produzidos por educadores ao longo dos últimos anos constituem um contraponto necessário, pois foram oriundos das experiências e da colaboração solidárias entre esses e instituições de ensino. Essa produção tem possibilitado uma nova cultura educativa para os formados nos cursos de Pedagogia. O curso de Pedagogia delineado neste momento histórico tem a tarefa de articular a dinâmica que envolve os desafios das realidades educacionais existentes, tanto na formação de profissionais para atuarem na esfera escolar – como a educação infantil, séries iniciais do ensino fundamental, educação de jovens e adultos, educação especial –, quanto na esfera de formação não-escolar – como sindicatos, associações de bairros, movimentos sociais e outros. 1.1) A Pedagogia na UNIFESO O curso de Pedagogia Centro Universitário Serra dos Órgãos - UNIFESO é fruto de um incessante debate entre os sujeitos envolvidos na sua execução (particularmente docentes e discentes), tendo como características primordiais a busca da superação de uma visão fragmentada, descontextualizada e despolitizada do fenômeno educativo, a reflexão sobre a identidade profissional do pedagogo e o comprometimento ético e político com a transformação das relações sociais excludentes e com a democratização do espaço escolar. Sediado na cidade de Teresópolis, região serrana do Estado do Rio de Janeiro, o Curso de Pedagogia buscava atender a uma demanda local, sobretudo para os egressos dos cursos de formação de professores, majoritariamente já exercendo o magistério, e responder ainda às necessidades de formação de educadores de algumas cidades vizinhas. Com o decorrer do tempo, essa demanda foi sendo alterada e hoje recebe um público cuja parcela significativa não tem experiência profissional na área de educação. Criado na órbita jurídica e política da nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394), promulgada em 20 de dezembro de 1996, o curso nasceu ambientado 8 com as expectativas de uma formação consistente para o educador, bem como os recorrentes questionamentos relativos à identidade profissional do pedagogo. Contemporâneo de uma conjuntura ainda mais ampla, que tem provocado o debate sobre o lugar da Educação em uma sociedade capitalista que sofreu velozes mudanças nas últimas décadas, o Curso de Pedagogia tem motivado em nossos estudantes a compreensão do impacto dessas transformações na formação do educador e nos processos educativos que implicam a vida das pessoas. No segundo semestre de 1998, na então Faculdade de Educação de Teresópolis das Faculdades Unificadas Serra dos Órgãos, mantida pela Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO), foi iniciado o Curso de Pedagogia. Autorizado pelo Ministro da Educação e do Desporto através da homologação do Parecer nº 314/98, da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação, e pela Portaria nº 449, de 2 junho de 1998, publicada no Diário Oficial da União em 4 de junho de 1998, foi criado com as seguintes habilitações: Magistério das Matérias Pedagógicas do Ensino Médio, Administração Escolar e Supervisão Escolar. Na ocasião, foram oferecidas oitenta vagas, distribuídas em duas turmas de quarenta alunos, com aulas no turno da noite, obedecendo ao regime seriado anual. No primeiro semestre de 1999 foram formadas duas novas turmas, mantendo-se esta dinâmica ao início de cada ano letivo. Em 2004, por ocasião da redução da demanda, passou a oferecer apenas uma turma anual, com 60 alunos. O curso encontra-se integrado ao Centro de Ciências Humanas e Sociais, juntamente com os Cursos de Administração, Ciências Contábeis e Direito. A adoção da estrutura organizacional por centros foi concebida a partir das alterações propostas no Regimento Unificado das Faculdades Unificadas Serra dos Órgãos, aprovadas pela Portaria nº 907, de 21 de junho de 1999. As modificações no Regimento visaram atender a determinação da Câmara de Educação Superior do MEC, Resolução nº 2, de 13 de agosto de 1997, de adaptação à LDB, que previu que os centros congregariam os cursos de graduação cujas áreas do conhecimento permitissem maior organicidade e/ou interdisciplinaridade. Vale ressaltar o credenciamento em Centro Universitário Serra dos Órgãos, através da Portaria 1.698, de 13 de outubro de 2006, publicada no DOU Seção I, de 16 de outubro de 2006. A criação do Curso de Pedagogia faz parte de um projeto institucional de crescente influência educacional e impacto cultural na cidade de Teresópolis e na Região Serrana, indo ao encontro da missão institucional que é a de “promover a educação, a ciência e a cultura, 9 constituindo-se num pólo de desenvolvimento regional de modo a contribuir para a construção de uma sociedade justa, solidária e ética”. É relevante destacar a criação do Centro Educacional Serra dos Órgãos (CESO), em 1983, como uma das iniciativas que, associada à criação do Curso de Pedagogia, reflete o interesse institucional em promover atividades fundamentais relativas à educação e ao ensino. Com um projeto pedagógico voltado para a Educação Básica - da Educação Infantil até o Ensino Médio - o CESO permite um trabalho pedagógico de qualidade na cidade. A primeira reformulação do Projeto Político-Pedagógico do Curso de Pedagogia, elaborada no ano de 2001 provocou intensa mobilização do curso, o que resultou de múltiplas razões, dentre as quais destacam-se: • necessidade de uma revisão crítica das premissas definidas na formulação inicial do projeto do curso, diante de um melhor delineamento do perfil profissional almejado para os pedagogos em formação na FESO. A reflexão e a ação dos sujeitos diretamente envolvidos na implementação, execução e avaliação do PPP possibilitaram a construção de uma identidade para os profissionais formados no curso, onde a docência sempre ocupou um lugar central; • mudanças nas normas legais que regulamentam os cursos de pedagogia no Brasil, pois, com a criação dos Institutos Superiores de Educação e dos Cursos Normais Superiores, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB 9394/96) e de seus desdobramentos, antigas polêmicas sobre a identidade do pedagogo e as habilitações profissionais destes cursos foram realimentadas. A comissão trabalhou durante os meses de janeiro, fevereiro e março de 2001, elaborando, ao final deste prazo, uma proposta pedagógica que foi analisada por duas consultoras externas, pelos demais professores do curso, pela direção institucional e dos estudantes. Além das polêmicas envolvendo as incertezas da regulamentação do curso de Pedagogia no Brasil, algumas dificuldades foram enfrentadas, como o fato de a FESO estar pleiteando a condição de Centro Universitário, situação que influenciaria decisivamente nas habilitações de formação a serem oferecidas, particularmente depois da aprovação do Parecer 133 1, da Câmara de Educação Superior e do Conselho Nacional de Educação, em janeiro de 2001. 1 O Parecer 133 do Conselho Nacional de Educação impedia as faculdades isoladas de oferecerem as habilitações de Magistério da Educação Infantil e das Séries Iniciais do Ensino Fundamental. 10 A aprovação do Parecer 133, durante os trabalhos da comissão, certamente foi a maior de todas as dificuldades do trabalho, pois impedia a oferta de duas habilitações almejadas, Docência da Educação Infantil e/ou Docência das Séries Iniciais do Ensino Fundamental, especialmente a última. Por outro lado, o mesmo parecer abriu a possibilidade de oferta desta habilitação no futuro, pois, como o processo de transformação da FESO em Centro Universitário já estava em pleno andamento, o curso passou a oferecer conteúdos curriculares destinados às séries iniciais do ensino fundamental. Devido às razões legais expostas, a comissão decidiu manter os conteúdos de formação da docência das séries iniciais do ensino fundamental, pois assumia a docência como a base da identidade profissional do pedagogo e vislumbrava habilitar os professores no futuro, por entender que esta seria uma demanda local. Entretanto, por força da lei, manteve as habilitações de Supervisão Escolar, Administração Escolar e Magistério das Matérias Pedagógicas do Ensino Médio. Diante das dificuldades impostas pela legislação em vigor, ficou definido que o assunto seria submetido à Comissão de Avaliação das Condições de Oferta dos Cursos de Graduação do MEC, fato ocorrido em 2001, por ocasião do término da graduação das duas primeiras turmas e do reconhecimento do curso. Na época, as avaliadoras do MEC que visitaram a instituição ressaltaram a importância de o grupo sinalizar as intenções relativas ao rumo do curso no futuro. A experiência de trabalho resultou, ainda, numa comunicação feita no Simpósio Internacional “Crise da Razão e da Política na Formação Docente”, sob o título “Perspectivas para uma pedagogia radical em uma instituição particular: uma experiência na formação de educadores críticos em Teresópolis (RJ)”. Os anos que se sucederam à elaboração do então projeto pedagógico do curso foram marcados por uma série de transformações no cenário educacional do país. Dentre as quais a que mais se relaciona à pedagogia foi a aprovação das Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Pedagogia em 2006. 2) PRINCÍPIOS, CONCEPÇÕES E FUNDAMENTOS PEDAGÓGICOS “Ninguém educa ninguém. Ninguém se educa sozinho. Os homens se educam em comunhão mediatizados pelo mundo.” (Paulo Freire) 11 As transformações que vêm se delineando no contexto educacional têm apontado a necessidade de se (re)pensar o Curso de Pedagogia de nossa instituição. A aprovação das Diretrizes Nacionais para o Curso de Pedagogia em 2006 trouxe à cena novas perspectivas para a formação do pedagogo e, conseqüentemente, exigem um novo olhar sobre os cursos de formação de professores. Frente a tais acontecimentos, faz-se necessária uma reflexão acerca das concepções, princípios e fundamentos pedagógicos que norteiam a formação de professores no Curso de Pedagogia. Desde a antiguidade clássica até a atualidade, a humanidade passou por profundas transformações nos diferentes campos do saber. O desenvolvimento das ciências propiciou à humanidade uma infinidade de novas descobertas e a capacidade de o homem se ver como sujeito capaz de transformar o contexto em que vive sem ter que se submeter a uma ordem divina. Neste processo, o trabalho educativo foi fundamental. Através da educação, os homens e mulheres puderam transmitir e transformar a cultura, a ciência, a sociedade e a sua própria condição humana. Desta forma, ao nos lançarmos à elaboração dos princípios educativos do curso de pedagogia não podíamos nos furtar de refletir sobre os modos pelos quais o homem adquire e mobiliza seus conhecimentos, construindo a consciência de si no mundo e intervindo para transformar as relações sociais existentes. Durante um grande período da história, a humanidade se viu diante de um mundo em que os principais fatores que o explicavam eram o mito e a religião. Na Idade Média o Cristianismo imprimiu sua marca na história e se consolidou como a doutrina religiosa que formaria a consciência humana e influenciaria também a educação. Na Modernidade a tradição teocêntrica predominante na Idade Média foi substituída pelo antropocentrismo, em que a razão e a ciência vão se tornar os novos fatores para explicação e compreensão do mundo. Nesta nova conjuntura o homem assumiu o papel de agente de transformação da realidade, exercendo seu domínio sobre a natureza e sobre si mesmo. Agindo sobre a natureza e se relacionando socialmente, o homem produz saberes, idéias e entendimentos acerca do meio natural e das relações humanas, fazendo emergir uma nova concepção de sujeito: um ser cuja identidade é formada historicamente a partir da interação com o meio e com o outro. Assim, a realidade humana deixa de ser pensada de forma natural e espontânea e passa a ser encarada como resultado das relações sociais que os homens e mulheres estabelecem entre si para criar condições que atendam à totalidade de suas necessidades. 12 A tomada de consciência que o homem faz da sua própria condição humana e do seu papel social permite-lhe projetar outras condições de vida e buscar mecanismos, nos diversos espaços sociais, que visem à superação das condições atuais e à efetivação de um outro projeto de sociedade pautado no respeito à diversidade humana, na justiça e na democracia, portanto, uma sociedade mais igualitária para todos. A busca por esse novo projeto de sociedade nos leva a admitir, assim como o fez Paulo Freire, o caráter inacabado e inconcluso do homem que, consciente de seu inacabamento, persegue a utopia de construir uma nova sociedade. O homem possui diante de si um constante desafio político, mas, sobretudo, um compromisso real com a sua própria existência. A educação assume um importante papel e torna-se um locus privilegiado para a formação de sujeitos comprometidos com o processo de transformação social. Desta forma, compreende-se o ato educativo, portanto, pedagógico, nas suas múltiplas implicações e interdependências como contexto econômico, político, social e cultural, bem como nas suas especificidades decorrentes da atuação dos profissionais formados nos cursos de pedagogia. Tendo como princípios a pesquisa e a práxis educativa, o trabalho pedagógico e a autonomia, o processo de formação é norteado pelo paradigma da complexidade, enfatizando a relação de interdependência entre prática-teoria-prática. Não é tarefa simples definir o que está sendo chamado de paradigma da complexidade, não obstante, faz-se necessário explicitar algumas definições a esse respeito. Na contemporaneidade, o pensamento complexo se coloca como uma necessidade; uma alternativa ao pensamento simplificador, uma nova maneira de tratar a realidade e de dialogar com ela. A complexidade aparece certamente onde o pensamento simplificador falha, mas integra nela tudo o que põe ordem, clareza, distinção, precisão no conhecimento. Enquanto o pensamento simplificador desintegra a complexidade do real, o pensamento complexo integra o mais possível os modos simplificadores de pensar, mas recusa as conseqüências mutiladoras, redutoras, unidimensionais e, finalmente, ilusórias de uma simplificação que se toma pelo reflexo do que há de real na realidade. (MORIN, 1990, p. 9) O pensamento complexo persegue a idéia de um conhecimento multidimensional ao mesmo tempo em que reconhece a incompletude e a transitoriedade de todo conhecimento. A construção do conhecimento no paradigma da complexidade dá-se através de elos entre os 13 diferentes campos do saber, interligando-os. As ilhas de conhecimento cedem lugar a um arquipélago de saberes que são construídos dialogicamente, num contínuo processo de reflexão e ressignificação do real. A partir dos princípios acima explicitados, é necessário apresentar as concepções que norteiam a estrutura do curso. 2.1) Concepção de formação “A formação não se constrói por acumulação (de cursos, de conhecimentos ou de técnicas), mas sim através de um trabalho de reflexividade crítica sobre as práticas e de (re)construção permanente de uma identidade pessoal. Por isso é tão importante investir na pessoa e dar um estatuto ao saber da experiência”. (Antonio Nóvoa) Definir os pilares educativos do Curso de Graduação em Pedagogia e os objetivos a que se destina traz à cena uma temática há muito discutida no âmbito da pesquisa educacional: a formação de professores. Nesse sentido, é imprescindível apresentar uma reflexão acerca da concepção de formação que se procura desenvolver ao longo do curso. Tendo como pressuposto básico a condição histórica e dialética do processo de construção do conhecimento, acredita-se que é através das relações que os indivíduos estabelecem ente si, com a natureza, a sociedade em que vivem, sua cultura, que os saberes são produzidos, e é por meio deste processo dialético que os mesmos transitam pelas diferentes esferas sociais, fazendo surgir diferentes formas de linguagem, a saber: acadêmica, popular, ética, estética, científica e de senso comum. Desse modo, o conhecimento e as formas de linguagem que dele derivam não podem ser pensados como uma condição a priori, como algo que antecede a existência humana, mas na sua dimensão filosófica, social e histórica. Pensar uma nova concepção de formação implica pensar a própria condição humana. Assim, o Curso de Pedagogia e os profissionais da educação têm um importante papel político, social e pedagógico no processo de formação. Sob este prisma e tendo em vista as transformações que vêm se desenhando na sociedade e, conseqüentemente, na esfera educacional, esta área de conhecimento vem sendo reformulada em sua forma e conteúdo. Torna-se um lugar privilegiado do pensar e do agir sobre os diferentes matizes da formação 14 humana, sendo, assim, produto e produtora das concepções acerca da compreensão das relações humanas. É com base numa concepção pedagógica crítica, pautada no princípio da complexidade, comprometida com o processo de transformação social, que se deve pensar a formação. Uma formação que leve a uma reflexão sobre os condicionantes históricos que estabelecem as relações de poder na sociedade e demarcam os lugares que os indivíduos devem ocupar, numa lógica cruel de dominação sobre aqueles que se encontram numa posição inferior, seja ela determinada por razões sociais, políticas ou econômicas; uma formação humanista, ampla, que leve os indivíduos a produzirem uma compreensão de si mesmos, como parte de uma coletividade e de inserção social como sujeitos históricos. Tudo isso remete a uma prática construtivista no processo de produção do conhecimento. Sabe-se que os professores exercem um papel importantíssimo no processo de transformação social. Na atualidade, as escolas passam por um profundo processo de mudança ocasionado pelas transformações que ocorrem no seio da sociedade, seja no âmbito do trabalho, dos avanços tecnológicos e dos meios de comunicação, da política e da economia nacional e internacional. Tudo isso implica numa (re)significação do papel da escola e do professor, bem como de suas práticas. Não podemos mais admitir práticas educativas pautadas em culturas tradicionais de “educação bancária”, antidialógicas, avaliações punitivas e da repetência, que só contribuem para acentuar o processo de exclusão social. Nesse sentido, a formação docente deve ser pensada como um importante componente do processo de democratização da escola e da valorização da identidade do professor. Essa formação identitária é epistemológica, ou seja, reconhece a docência como um campo de conhecimentos específicos configurados em quatro grandes conjuntos, a saber: 1) conteúdos das diversas áreas do saber e do ensino, ou seja, das ciências humanas e naturais, da cultura e das artes; 2) conteúdos didáticopedagógicos, diretamente relacionados ao campo da prática profissional; 3) conteúdos ligados a saberes pedagógicos mais amplos do campo teórico da prática educacional; 4) conteúdos ligados à explicitação do sentido da existência humana individual, com sensibilidade pessoal e social. E essa formação identitária é também profissional, ou seja, a docência constitui um campo específico de intervenção profissional na pratica social. (LIBANEO, 2003, p. 15) Não obstante, a formação docente precisa caminhar no sentido de promover uma ruptura com o paradigma da racionalidade técnica, em que os professores são reconhecidos como simples executores de políticas governamentais vindas “de fora”, alheias a sua prática. Ao 15 contrário, como sujeitos do processo de ensino-aprendizagem, os professores devem ter clareza da sua capacidade de tomar decisões. Para tanto, precisam ampliar os conhecimentos sobre a sua prática, o que só é possível a partir de uma reflexão teórica e crítica sobre a realidade social e a educação propriamente dita. Para enfrentar os desafios que se colocam diante da educação na atualidade, tendo em vista o colapso e a falência do projeto de civilização iniciado na modernidade, em que as velhas certezas cedem lugar às incertezas do presente e as constantes inversões de valores vivenciadas na sociedade, o professor necessita de um conhecimento teórico, de uma sensibilidade pautada em pressupostos éticos e de uma consciência política bastante desenvolvida. Assim, os cursos de formação de professores precisam primar por uma formação que dê a estes condições para que realizem uma análise critica do contexto social em que vivem e atuam profissionalmente, possibilitando-lhes o desenvolvimento de uma prática transformadora e participativa. Importa ressaltar que a abordagem pedagógica desenvolvida neste curso requer admitir que o trabalho docente traz consigo uma série de intencionalidades, o que implica em escolhas, valores e compromissos éticos. É preciso, ainda, considerar que todo o saber resulta de um longo processo de construção do conhecimento, logo a pesquisa está, necessariamente, relacionada ao trabalho docente. Na formação de professores, os currículos devem considerar a pesquisa como princípio cognitivo, investigando com os alunos a realidade escolar, desenvolvendo neles essa atitude investigativa em suas atividades profissionais e assim tornando a pesquisa também principio formativo na docência. (LIBANEO, 2003, p. 19) 2.2) Concepção de docência “Tornei-me um professor enquanto aluno. E foi gostando de ser aluno, gostando de exercer a minha curiosidade, de procurar a razão de ser dos fatos e dos objetos, é que fui gostando de aprender e, dessa forma, descobrindo também o gosto de ensinar. Então, eu não cheguei por acaso à docência.” (Paulo Freire) Um novo tempo nos aponta novas concepções de profissionais. Os professores já não utilizam apenas o quadro, o giz e o livro didático como instrumentos de trabalho. Não são mais aqueles que apenas transmitem informações, nem mesmo são os únicos capacitados, detentores de todo o saber. O trabalho docente está se transformando, apontando para práticas inovadoras, 16 que contribuem para a luta contra o fracasso escolar, que desenvolvem a cidadania, que recorrem à pesquisa, que enfatizam a prática reflexiva, que orientam as formações iniciais e continuadas, que estimulam a autonomia e a responsabilidade, que promovem aprendizagens significativas para o desenvolvimento pleno do educando (Perrenoud, 2000). A escola de hoje requer profissionais mais críticos, criativos, que participem, que ousem. Profissionais mais inteiros, isto é, com mais consciência pessoal e profissional. Há no processo de formação do educador quatro pilares (Christóvam apud Tavares, 2004): A dimensão do conhecimento e da aprendizagem. A rede de relacionamentos. A dimensão humana. Dimensão sócio-histórico-cultural. Na dimensão do conhecimento e da aprendizagem, todo educador precisa ser um pesquisador de sua prática pedagógica imediata e ir até as raízes do conhecimento, construindo uma fundamentação teórica de qualidade. Só assim estará capacitado para sair do senso comum e da realidade imediata em que está para se tornar um visionário da realidade social. Até então, o docente está limitado geograficamente aos relacionamentos estabelecidos dentro de sua esfera de ação. Na educação atual em que se objetiva o desenvolvimento integral do aluno, o professor deverá ser o elemento estimulador das múltiplas linguagens e inteligências, percebendo o conhecimento de forma não-linear. Na escola conservadora, o compromisso maior do professor era com a execução do seu trabalho, não com o seu resultado. O professor cumpria planos e não pensava em sua prática. Uma das formas pela qual a universidade contribui com a formação do novo educador tem início na formação acadêmica tendo continuidade no exercício profissional. É, então, a partir de uma formação mais ampla que o educador se torna atuante em sua realidade social. Na rede de relacionamentos, o professor deve compreender que a integração com a comunidade é uma conquista, um objetivo que deve ser perseguido por todos aqueles que atuam de alguma forma na escola. É necessário que se encontrem estratégias para resgatar o entusiasmo coletivo, restaurar a confiança e a relação prazerosa entre os parceiros de uma mesma missão e organização. É essencial a criação de ambientes culturais diversificados que contribuam para o conhecimento e para a aprendizagem do convívio social, levando à compreensão de todos os fatores que se expressam no ambiente escolar, sejam eles políticos, sociais, culturais ou psicológicos. Onde existem pessoas e grupos de convivência, certamente existirão conflitos. 17 Portanto, é preciso conhecer a natureza dos conflitos (interpessoais e intergrupais) para saber como intervir nos mesmos. Eles resultam de posições de desacordo e afetam a normalidade das pessoas e das organizações, sobretudo em ambientes de aprendizagem. Os conflitos interpessoais se originam das diferenças de opiniões, das diferenças de orientação, das lutas internas pelo poder e da competitividade entre os envolvidos no ambiente. Na dimensão humana, o educador reconhece-se e reconhece o outro, numa relação dialógica, de afeto e entendimento, mesmo em situações de pensamentos opostos. Assim, demonstra segurança e compreensão para ensinar e educar. Na sua formação, há que se possibilitar a valorização das experiências e do respeito pelas pessoas, a crença no potencial cognitivo do ser humano, a visão das aprendizagens significativas e saber em benefício de quem e em benefício de que ele deseja trabalhar. Na dimensão sócio-histórico-cultural é imprescindível pensar no professor como um mediador do processo de ensino aprendizagem. Deve ser aquele que leva em consideração os aspectos social, histórico e cultural neste processo e primar pela valorização da experiência do educando e suas contribuições. Diante do paradigma da complexidade, em que a interligação dos saberes é peça fundamental, não se pode perder de vista que o conhecimento consiste num processo contínuo de construção e que, neste processo, estão presentes influências da sociedade, da história e da cultura. Atualmente, a docência precisa também refletir sobre essa questão, pois, ao proclamar que a educação é para formar cidadãos, que sejam enfrentadas as defesas da consciência de valores, tornando o professor capaz de assumir suas responsabilidades, com retidão, coragem, otimismo e outras qualidades que o tornam competente para atuar na missão de mestre neste esperançoso século XXI. Com as novas diretrizes para o curso de Pedagogia propostas pelo Ministério da Educação, pretende-se na formação de professores estimular e desenvolver novas competências, como: compromisso com o ensinar; saber contar histórias; promover situações significativas de aprendizagem; mediar problemas e conflitos; servir de exemplo; enxergar o conhecimento de forma não-fragmentada; saber trabalhar em equipe; ampliar o próprio repertório cultural; ter conhecimento teórico sobre grandes áreas do saber, para além da didática e da pedagogia; entender o aluno; estar aberto ao novo, mas com critério; estar preparado para ser o elo de comunicação entre a família e escola; saber gerenciar a sala de aula; aprender a aprender; 18 entender o papel da televisão e da Internet; ter competência para ser orientador e também conselheiro. 2.3) Concepção de currículo “Nenhuma sociedade e capaz de pensar a si mesma com a sabedoria e autonomia sem a religacão” (Carvalho) A concepção de currículo presente no projeto pedagógico do curso aponta para a compreensão de que este é o espaço onde a formação se efetiva e a proposta pensada se concretiza. Neste sentido, é importante considerar que o currículo manifesta os saberes e fazeres, aqui concebidos como processos que se constroem coletivamente, por meio da participação e da visão de que o conhecimento é uma construção. Buscou-se avançar para uma proposta onde a relação com o conhecimento possibilite concretizar uma abordagem que transite pela multi, inter e transdisciplinaridade. Entendendo que implementar um currículo que rompa com a disciplinaridade é um processo complexo e que estas três dimensões serão etapas a serem vividas e coexistirão também na construção dinâmica de uma nova estrutura. A mudança em relação ao currículo envolve muitos aspectos, destacando-se um novo entendimento para os atores, sobre os processos de aprender e ensinar e para a formação profissional do educador. Neste sentido, optou-se por uma concepção epistemológica que se orienta pela relação prática-teoria-prática. Isto implica em construir um currículo que apresente a abordagem concreta sobre a práxis pedagógica, que privilegie o espaço da pesquisa e que sua formatação represente a formação vivenciada, buscando as metodologias ativas como norteadoras do trabalho docente e meio para a construção do conhecimento dos alunos em formação. 3) PERFIL DO EGRESSO O perfil do pedagogo formado pelo UNIFESO decorre de uma compreensão ampla do fenômeno educativo, do comprometimento político e ético com uma sociedade mais justa e 19 fraterna e da capacidade de análise, reflexão e atuação nos mais variados espaços educativos, tendo no horizonte as demandas educacionais requeridas pela sociedade brasileira. O profissional formado pelo Curso de Pedagogia poderá atuar como docente na Educação Infantil, nos anos iniciais do Ensino Fundamental e nas disciplinas pedagógicas do Ensino Médio na Modalidade Normal e em cursos de aperfeiçoamento profissional. Está apto para exercer a docência, vinculada a sua participação na gestão e avaliação das instituições de ensino em geral, bem como na elaboração, execução e acompanhamento de programas e atividades educativas. Também se contempla a atuação deste profissional em espaços não escolares como: organizações não governamentais, movimentos sociais, empresas entre outros espaços que requerem a atuação do pedagogo. Assim, busca-se formar um profissional: • que concebe, no seu processo de formação e no exercício de sua atividade profissional, o movimento de formar e ser formado nas relações com os demais agentes sociais da realidade educacional; • que compreende o impacto do desenvolvimento histórico do homem e das transformações das relações sociais globais na formação do educador e nos processos educativos implicados na vida das pessoas; • que se constitui como sujeito da educação, pautado no entendimento de que o fazer pedagógico pressupõe ação-reflexão-ação e está intimamente ligado à dinâmica das relações sociais mais amplas; • comprometido no sentido político e ético com o processo educativo, com a democratização das relações pedagógicas e com a transformação das relações sociais; • capaz de exercer a docência vinculada a sua participação na gestão e avaliação das instituições de ensino em geral, bem como na elaboração, execução e acompanhamento de programas e atividades educativas; • que tenha na pesquisa um princípio educativo orientador do seu trabalho e constitutivo da produção de conhecimentos decorrentes do trabalho pedagógico desenvolvido; • capaz de manejar diferentes metodologias de ensino e se utilizar das novas tecnologias como mais uma ferramenta a serviço do trabalho educativo/pedagógico; • consciente das demandas educativas locais, regionais, nacionais e globais e da necessidade da formação continuada no seu exercício profissional; 20 • que leve em consideração a dimensão humana do conhecimento e que tenha a consciência do inacabamento e inconclusão do ser humano, portanto, da sua constante busca pelo conhecimento e do seu constante processo de transformação. 4) EIXOS DE FORMAÇÃO “Só existe saber na invenção, na reinvenção, na busca inquieta, impaciente, permanente, que os homens fazem no mundo, com o mundo e com os outros. Busca esperançosa também.” (Paulo Freire) A diversidade de temáticas na área da educação há muito vem se colocando como um desafio para os cursos de formação de professores. A complexidade do contexto social e as novas tendências no campo educacional vêm se consolidando como temas freqüentes de pesquisa em educação. Frente a este cenário, o Curso de Pedagogia procurou eleger alguns eixos de formação que foram delineados a partir de uma profunda reflexão sobre as Diretrizes Nacionais para o Curso de Pedagogia, admitindo a necessidade de uma (re)significação do papel do pedagogo neste novo contexto de formação. São eles: relação entre educação, cultura e sociedade; currículo, cultura escolar e produção de conhecimento e gestão e organização do trabalho pedagógico. 4.1) Educação, cultura e sociedade Neste eixo de formação o objetivo do Curso de Pedagogia é refletir sobre a relação entre educação cultura e sociedade, procurando entender o cotidiano da educação escolar e não escolar como fruto de uma construção social mediada pela atuação de diferentes sujeitos e esferas sociais. Não se pode deixar de refletir sobre a influência que o contexto econômico, político, social e cultural exerce sobre a educação e como este pode influenciar a sua estrutura e organização. O interesse do curso perpassa pela necessidade de uma busca constante pela qualidade na educação, pela valorização da escola como locus privilegiado de formação de cidadãos comprometidos com a transformação da sociedade. 21 Na relação que se estabelece entre educação, cultura e sociedade, procurar-se-á elucidar os aspectos filosóficos, epistemológicos, sociológicos e históricos da educação através de um entendimento da formação do pensamento e da construção do conhecimento ao longo da história da humanidade. Assim será analisada a formação cultural da sociedade em que estamos inseridos, as diferentes concepções de sujeito historicamente construídas, revelando o caráter plural da identidade cultural na sociedade contemporânea. A partir de tais reflexões, busca-se construir um conhecimento sobre a educação, considerando o movimento constante do processo de construção do conhecimento e os novos desafios que se colocam para a teoria da produção do conhecimento na atualidade. 4.2) Currículo e cultura escolar Este eixo de formação tem como objetivo discutir as diferentes dimensões que o currículo abrange, focalizando as tensões, as ideologias, as relações de poder e de dominação. Está contemplada neste eixo a reflexão acerca do currículo como locus do desenvolvimento dos saberes e fazeres da escola, caracterizando-se como a cultura escolar, mas também, como fonte de produção de conhecimento que realimenta as pesquisas e consubstancia o cabedal científico da educação. Além de discutir as questões teóricas acerca do currículo e suas implicações com a cultura e a produção de conhecimento escolar, este eixo também se detém na formação e reflexão sobre novas formas de desenvolvimento do currículo. 4.3) Conhecimento pedagógico A educação no Brasil tende a sair da estagnação e dos últimos lugares em avaliações internas e externas, necessitando apenas de ser o ponto de interesse dos governos, que ainda mostram manhas profundas em um tecido fino e extenso que cobre o país, chamado educação. As políticas públicas vêm consolidar as propostas que garantam a melhoria da qualidade do ensino no Brasil, porém, ainda percebemos grandes conflitos entre a intencionalidade individual e a intencionalidade coletiva. 22 Pensando num projeto político-pedagógico para o Curso de Pedagogia que identifique e resolva esses conflitos, propomos a mudança com ênfase na estrutura curricular como organizadora e mediadora na formação dos alunos. A organização do trabalho pedagógico e a gestão educacional estão de acordo com as novas Diretrizes Curriculares Nacionais e destacam a cultura organizacional que é o ponto de ligação com as áreas de atuação da organização e da gestão da escola: projeto pedagógico, gestão, planejamento, currículo e avaliação, buscando o entendimento das relações ensinoaprendizagem, assim como a articulação das atividades de direção com a iniciativa e a participação de pessoas da escola e das que se relacionam com ela. Além da formação que objetiva formar o pedagogo para atuar no espaço escolar, também contempla-se a atuação deste profissional em espaços não escolares como: organizações não governamentais, movimentos sociais, empresas entre outros espaços que requerem a atuação do pedagogo. 5) ORGANIZAÇÃO CURRICULAR As diretrizes para o Curso de Graduação em Pedagogia indicam uma conformação diferenciada para o currículo, definindo núcleos para a composição geral da formação: núcleo de estudos básicos, núcleo de aprofundamento e diversificação e núcleo de estudos integradores. Neste sentido, este projeto político-pedagógico apresenta três abordagens que definem e consubstanciam estes núcleos, já apresentados anteriormente, e que se fazem presentes, necessariamente, na apresentação da organização curricular proposta para o Curso: • Concepções • Eixos de formação • Áreas de aprofundamento As concepções e eixos de formação norteiam a opção por uma organização curricular específica, bem como a metodologia e os componentes curriculares. As áreas de aprofundamento emergem das características e necessidades da realidade em que se insere o Curso e dos interesses de pesquisa dos docentes. As concepções e princípios explicitados, possibilitam implementar um currículo que busca romper com a disciplinaridade. No entanto, por ser um processo complexo optou-se por 23 um caminho de construção dinâmica de uma nova concepção, no qual as etapas a serem vividas transitarão entre a interdisciplinaridade até a concretização de uma proposta de formação transdisciplinar. Para viabilizar estas mudanças faz-se necessário concretizar no currículo espaços para que as novas práticas se desenvolvam. Sendo assim, diferentes categorias norteiam o trabalho de formação do Curso a cada semestre, promovendo uma integração vertical entre os componentes em cada período. São elas: 1º período – Educação 2º período - Infância 3º período – Cotidiano Escolar 4º período – Trabalho Docente 5º período – Cultura 6º período – Gestão Educacional 7º período – Linguagens Os eixos de formação promovem a integração horizontal, entendida aqui, como a interligação entre os períodos do curso, tendo visibilidade por meio das diferentes áreas de conhecimento que compõem o currículo. A categoria Educação tem por finalidade abordar conceitos e conhecimentos filosóficos, sociológicos e epistemológicos da educação. Serão contempladas as diversas manifestações educacionais na história bem como a relação que se estabelece entre a educação e as áreas de conhecimento específicas. Infância é uma categoria criada para integrar os componentes do segundo período. Seu intuito é relacionar a infância com os temas pertinentes à filosofia, sociologia e educação. Pensar a infância nas suas mais variadas manifestações e interpretações. A categoria Cotidiano Escolar aborda o dia-a-dia da escola como um espaço social contraditório, de opressão e contestação, fruto das relações sociais construídas pelos sujeitos históricos que o constituem. Neste sentido é importante que o foco de estudo se volte para diferentes dimensões: a construção de conhecimento, a cultura escolar, a organização institucional e a pedagógica. Trabalho Docente integra o elenco de categorias e tem por finalidade relacionar todos os aspectos de planejamento e execução das ações educacionais, escolares e não escolares. É uma 24 categoria que se desenvolve sustentada pelas idéias das relações dialética e dialógica entre prática e teoria educacional. Gestão Educacional é uma categoria fundada na compreensão crítica dos sistemas educacionais e escolares em seus aspectos administrativos, técnicos, políticos, econômicos e culturais, numa perspectiva organizacional democrática. A categoria Cultura busca um melhor entendimento da cultura, de uma maneira geral e das manifestações culturais na educação, a partir de uma reflexão acerca da formação cultural da sociedade, a influência das artes, da literatura e dos movimentos culturais que marcaram a história da humanidade. Por fim, a categoria Linguagens traz a reflexão sobre os diferentes contextos lingüísticos e sua importância na formação do pedagogo. A organização curricular compreende, então, diversos componentes, propostos com a intenção de se constituírem em espaços concretos para viabilização das concepções filosóficas, epistemológicas e metodológicas que perpassam a proposta do curso: 1. Disciplinas presenciais 2. Disciplinas semipresenciais 3. Seminários interdisciplinares 4. Grupos de estudos independentes As disciplinas são espaços curriculares desenvolvidos, com carga horária semanal estabelecida, objetivos e conteúdos específicos de uma área do conhecimento. São ministradas por um professor responsável e constituem, em sua grande maioria, o núcleo de estudos básicos. Poderão ser presenciais (40 ou 60h) ou semipresenciais (40h). Os seminários interdisciplinares representam o espaço do currículo onde se efetivará a abordagem interdisciplinar da formação. Tem um horário semanal na organização curricular, totalizando 80 horas semestrais, onde será desenvolvido um trabalho planejado por todos(as) professores(as) de cada período. As atividades nos seminários interdisciplinares são desenvolvidas a partir das categorias dos períodos em que se encontram. Desenvolvem uma proposta metodológica na qual o estudante é sujeito no processo de aprender, concretizada através de projetos de trabalho e da metodologia da problematização. Relaciona-se ao núcleo de estudos básicos e estudos integradores, tendo em vista sua relação com a formação para a pesquisa. 25 Os grupos de estudos independentes (GEI) serão organizados com temáticas a partir das áreas de aprofundamento do Curso - Educação e Diversidade, Educação Ambiental e Educação e Tecnologia -, oferecidos em todos os semestres e que envolvem alunos de diferentes períodos, desenvolvendo estudos independentes, sob a orientação do professor que estiver responsável pela atividade. GEI é um componente curricular que faz parte do núcleo de estudos integradores e tem uma carga horária de 80 horas semestrais. É importante ressaltar que os horários destinados aos seminários interdisciplinares e aos grupos de estudos independentes serão disponibilizados na própria grade horária do Curso, com espaços específicos para estas atividades na organização curricular. A concepção epistemológica orientada pela relação prática-teoria-prática permite construir uma organização curricular que concretiza a práxis pedagógica e privilegia o espaço da pesquisa na formação profissional do educador. A partir dos eixos de formação mencionados anteriormente (Relação entre educação, cultura e sociedade; Currículo, cultura escolar e produção de conhecimento; Gestão e organização do trabalho pedagógico) e dos Grupos de Estudos Independentes estamos construindo no curso as linhas de pesquisa do Centro de Ciências Humanas e Sociais, organizadas em áreas temáticas que se desdobram nas linhas descritas a seguir. 1- Área Temática: Diversidade e Educação • Práticas Educativas e Sociais Esta linha compreende investigações de processos educativos e culturais, contemplando as concepções e o modo como vêm sendo construídas as práticas educativas, culturais e políticas públicas inclusivas desenvolvidas em contextos urbanos e rurais. • Formação de Profissionais da Educação Esta linha investiga a formação inicial e continuada de professores, no que se refere à natureza dos processos educacionais que sustentam esta formação e as relações entre a produção dos saberes e a formação docente. 2- Área Temática: Infância, Cultura e Subjetividade 26 • Abordagens Sócio-histórico-cultural da Infância Esta linha investiga a relação da educação com diferentes processos culturais e instâncias de socialização. Tematiza diversas práticas e concepções culturais e busca compreender a construção histórica e social da infância, fazendo uso de abordagens teórico-metodológicas de base sócio-histórico-cultural. • Processos de Construção de Subjetividades e Educação Nesta linha destacam-se os estudos acerca dos processos de produção de subjetividades em suas múltiplas manifestações e em suas relações com processos educativos. 3- Área Temática: Educação, Linguagem e Tecnologia • Tecnologia da Informação e da Comunicação e Práticas Pedagógicas Nesta linha reúnem-se estudos e pesquisas que procuram compreender os fundamentos, usos e impactos das tecnologias interativas e digitais na formação dos docentes e nas práticas pedagógicas desenvolvidas na escola, nos diferentes segmentos da educação básica. 4- Área Temática: Currículo e Cotidiano Escolar • Currículo e Produção do Conhecimento Esta linha tem como objetivo estudar os fundamentos epistemológicos e culturais do currículo nas suas diferentes dimensões, focalizando as tensões, as ideologias, as relações de poder e de dominação. Contempla a reflexão acerca do currículo como locus do desenvolvimento dos saberes e fazeres da escola e fonte de produção de conhecimento. • Estudos do Cotidiano Escolar Esta linha refere-se aos estudos do Cotidiano Escolar que têm como centralidade as práticas sociais produtoras da realidade social na sua cotidianidade, envolvendo 27 os sujeitos, a sociedade e suas instituições. Está fundamentada na concepção da escola como um espaço plural irradiador de saberes e fazeres, fundados nas múltiplas dimensões da vida cotidiana. O estágio supervisionado se configura no curso como um componente de fundamental importância e será apresentado detalhadamente no item específico que se segue. As atividades complementares devem perfazer um total de 100 horas da carga horária do curso e são propostas pela equipe de professores, de acordo com as áreas de aprofundamento e projetos de pesquisa e extensão. 5.1) Representação gráfica do currículo O desenho abaixo permite a visualização da proposta interdisciplinar que orienta a organização curricular, articulando os eixos de formação com os componentes curriculares. Os seminários interdisciplinares concretizam no currículo o diálogo entre as diferentes áreas de conhecimento que constituem a formação do pedagogo. 28 5.2- Distribuição dos Componentes Curriculares por Período A seguir apresenta-se a distribuição dos componentes curriculares anteriormente explicitados, por período, identificando a categoria que norteia a proposta pedagógica e suas respectivas cargas horárias. 1º Período: Educação Componentes curriculares Filosofia e Práxis Educativa Educação e Sociedade Psicologia da Educação Leitura e Produção Textual Carga horária 60h 60h 60h 60h 29 Teoria Pedagógica (semipresencial) Educação e Tecnologia da Informação e Comunicação (semipresencial) Seminário Interdisciplinar Grupos de Estudos Independentes (GEI) 40h 40h 80h 70h 2º Período: Infância Componentes curriculares Fundamentos da Educação Inclusiva Letramento e Alfabetização Fundamentos da Educação Infantil I Sociologia e Infância Corpo e Movimento Filosofia e Infância (semipresencial) Educação e Saúde (semipresencial) Seminário Interdisciplinar Grupos de Estudos Independentes (GEI) Carga horária 60h 60h 40h 40h 40h 40h 40h 80h 70h 3º Período: Cotidiano Escolar Componentes curriculares Carga horária Psicologia do Desenvolvimento Organização da Educação Básica Língua Portuguesa: Conteúdo e Método Fundamentos da Educação Infantil II Teorias da Aprendizagem (semipresencial) Educação e Formação da Sociedade Brasileira (semipresencial) Seminário Interdisciplinar Grupos de Estudos Independentes (GEI) 60h 60h 60h 60h 40h 40h 80h 70h 4º Período: Cultura Componentes curriculares Carga horária 30 Planejamento Educacional Gestão e Coordenação do Trabalho Pedagógico Didática Educação e Estudos Culturais Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) Economia Política da Educação (semipresencial) Teorias do currículo (semipresencial) Seminário Interdisciplinar Grupos de Estudos Independentes (GEI) 60h 60h 40h 40h 40h 40h 40h 80h 70h 5º Período: Trabalho Docente Componentes curriculares História: Conteúdo e Método Literatura Infanto Juvenil Geografia: Conteúdo e Método Pesquisa em Educação I Cultura e Infância (semipresencial) Avaliação Educacional (semipresencial) Seminário Interdisciplinar Grupos de Estudos Independentes (GEI) Carga horária 60h 60h 60h 60h 40h 40h 80h 70h 6º Período: Gestão Educacional Componentes curriculares Matemática: Conteúdo e Método Currículo e Conhecimento Escolar Ciências: Conteúdo e Método Pesquisa em Educação II Gestão Escolar (semipresencial) EJA (semipresencial) Seminário Interdisciplinar Grupos de Estudos Independentes (GEI) Carga horária 60h 60h 60h 60h 40h 40h 80h 70h 7º Período: Linguagem 31 Componentes curriculares Carga horária Interação Desenvolvimento Humano e Escola Arte e Educação Conhecimento e Linguagem Trabalho Monográfico (semipresencial) Seminário Interdisciplinar Grupos de Estudos Independentes (GEI) 60h 60h 60h 140h 80h 70h 5.3) O Estágio Curricular Supervisionado Conforme com as novas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em Pedagogia, o estágio curricular é realizado ao longo do curso, do primeiro ao sexto período, perfazendo um total de 300 horas. Esta carga horária será assim organizada: observações em campo, práticas de docência, encontros na sala de aula para desenvolver discussões acerca das questões trazidas sobre as atividades realizadas nos espaços escolares e não-escolares e planejamento, organização, realização e avaliação de projetos que contemplem as necessidades dos ambientes escolhidos para campo de estágio. Nesta prática, o estudante terá a oportunidade de assegurar experiências de exercício profissional, em ambientes escolares e não-escolares, ampliando e fortalecendo atitudes éticas, de conhecimento e de competência. Como as novas diretrizes aplicam-se à formação inicial para o exercício da docência na Educação Infantil, nos anos iniciais do Ensino Fundamental e nos cursos de Ensino Médio na modalidade Normal (disciplinas pedagógicas), os estágios são realizados nestes segmentos da Educação Básica. Os cursos de Educação de Jovens e Adultos e a participação em atividades de gestão de processos educativos no planejamento, implementação, coordenação, acompanhamento e avaliação de atividades e projetos educacionais também são campos de estágio para os graduandos. Os estágios supervisionados no curso de Pedagogia estão relacionados com a necessidade de superar a dicotomia teoria-prática na formação do educador. A relação teoria-prática não se 32 reduz ao momento da prática de ensino ou dos estágios, devendo ser trabalhada ao longo do curso, permeando as diferentes disciplinas. A prática no estágio supervisionado vai muito além da mera observação. Esta atividade proporciona: o conhecimento da realidade da escola; sua estrutura; a organização do trabalho pedagógico; a gestão educacional; práticas de docência, assim como oportuniza a reflexão da teoria estudada com a prática e identificação de temas para investigação e pesquisa. Assim, a relação dos estudantes com o trabalho no estágio, atuando diretamente na escola, cria a possibilidade de apropriação no seu processo de formação, dos princípios teóricos e metodológicos, que permitam a compreensão de sua prática e da função social do seu trabalho pedagógico. A normatização para a realização do estágio supervisionado bem como das atividades complementares, estão dispostas no documento “Diretrizes para a Prática de Ensino e Estágio Curricular Supervisionado”, anexo a esta proposta. 5.3) Trabalho de Conclusão de Curso O trabalho de conclusão de curso é o requisito final para a formação dos estudantes. No decorrer de cada período este trabalho será construído pelos estudantes com o auxílio dos professores que dinamizam os Seminários Interdisciplinares e os Grupos de Estudos Independentes. Estes espaços, juntamente com as práticas de estágio que ocorrem ao longo do curso, ajudam os estudantes a construírem o seu tema de pesquisa e posteriormente o projeto monográfico que, também, será alvo de estudo das disciplinas Pesquisa em Educação I e II. No sétimo período os estudantes terão à sua disposição um componente curricular denominado de Trabalho Monográfico, com uma carga horária de 140 horas, mediado pelo ambiente virtual de aprendizagem, Moodle, para finalizarem o seu trabalho com o auxílio do professor orientador. O objetivo é que a construção do trabalho monográfico perpasse toda a vida acadêmica dos estudantes. As normas para a apresentação e avaliação do trabalho de conclusão de curso estão regulamentadas em documento institucional próprio. 33 6) ÁREAS DE APROFUNDAMENTO “Ensinar inexiste sem aprender e vice-versa e foi aprendendo socialmente que, historicamente, mulheres e homens descobriram que era possível ensinar”. (Paulo Freire) Existe um grande número de temáticas que abrangem o campo da educação e se tornam alvo de discussão nos diferentes cursos de formação de professores existentes em todo o território nacional. Assim, o desafio foi tentar direcionar as áreas de aprofundamento para as necessidades e características que são peculiares ao cenário educacional do município de Teresópolis e das cidades que o circundam. Procurou-se contemplar as características institucionais e as competências já presentes no curso, identificadas pela produção acadêmica docente e discente por meio de projetos de pesquisa e extensão e trabalhos de conclusão de curso. Importa ressaltar que estas áreas de aprofundamento estão vinculadas aos Grupos de Estudos Independentes e às linhas de pesquisa desenvolvidas no curso de Pedagogia. São elas: 6.1) Educação e Diversidade “Temos o direito a ser iguais sempre que a diferença nos inferioriza; temos o direito de ser diferentes sempre que a igualdade nos descaracteriza.” (Sousa Santos) Diante da emergência do paradigma da inclusão, em que são contempladas a equiparação de oportunidades no mundo do trabalho e na educação, independente das condições sociais, raciais, econômicas, culturais ou orgânicas dos indivíduos bem como a valorização da diversidade humana, a área de aprofundamento ora apresentada tem por finalidade procurar entender a relação entre educação e diversidade, com enfoque na inclusão das camadas sociais historicamente marginalizadas pela escola e pela sociedade como um todo. Dentre essas, focaliza-se os estudos na educação dos portadores de necessidades especiais, grupo que, ainda hoje, carece de um atendimento educacional mais adequado às suas 34 necessidades e que, realmente, seja flexível para atender as demandas de estudantes que antes eram de responsabilidade da educação especial e agora estão freqüentando a escola regular. Também está presente nesta área os estudos referentes à Educação de Jovens e Adultos (EJA), modalidade da educação que merece maior aprofundado a fim de compreendermos o seu significado e a maneira como vem sendo implementada no sistema educacional brasileiro. Por fim, integra essa área de aprofundamento a educação do campo. Esta merece espaço nas discussões devido à realidade do município de Teresópolis, em que existe um grande número de escolas rurais. Conseqüentemente, muitos profissionais formados por este curso, atuarão com a educação do campo. Assim, é importante que se aprofundem os conhecimentos nesta área e se ofereça aos graduandos de Pedagogia oportunidade de conhecer e aprender a lidar com os diferentes sujeitos da educação. A diversidade humana é o que a sociedade tem de mais valioso, por isso, não pode faltar ao debate educacional os estudos sobre educação e interculturalidade, fortalecendo a compreensão de que esta diversidade deve ser encarada como algo positivo; deve ser respeitada, assegurada e aceita por todos. Ainda compõem esta área os estudos e práticas voltadas para o brincar, a brincadeira e os brinquedos. São estudos importantes na formação do pedagogo tanto para o trabalho com as crianças, quanto com adultos por entendermos o brincar como construção subjetiva permanente inerente ao ser humano na sua relação com o mundo. 6.2) Educação Ambiental “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e as futuras gerações”. (Constituição Federal do Brasil, Título VIII, Capítulo VI) O movimento ambientalista está relacionado com a evolução do conceito de cidadania que vem consolidando-se no final do século XX. Está presente onde o meio ambiente, em todas as suas conotações, é considerado um espaço público, coletivo e, portanto, de justa defesa, preservação e conservação. Falar em meio ambiente, e conseqüentemente em educação 35 ambiental, implica em trazer à cena a discussão sobre a condição humana, pois o homem, assim como os demais seres vivos, é parte integrante do meio ambiente e, da mesma maneira que pode influenciar o meio em que vive, transformando-o, também é influenciado por este meio e sofre igualmente as conseqüências de sua degradação. Nesse contexto, pode-se compreender a educação ambiental como um ato político voltado para uma contínua e profunda reflexão das relações sociais, objetivando sua transformação. Toda região serrana, que abriga os últimos resquícios de mata atlântica do planeta, vem sofrendo uma contínua degradação de seu meio ambiente devido à ocupação desordenada, falta de saneamento básico, aumento da pobreza e outros problemas sócio-ambientais. Assim, a abordagem da temática ambiental, como área de aprofundamento no Curso de Pedagogia tornase importante como possibilidade de construir no município de Teresópolis um espaço onde a prática e a reflexão em torno dos problemas sócio-ambientais sejam concretizadas por ações educativas. Além disso, também representa uma possibilidade de promover o desenvolvimento de pesquisas que visem ampliar o conhecimento e a consciência ambiental no âmbito da formação de professores. 6.3) Educação e Tecnologia “Se quisermos ser contemporâneos do futuro, construtores da ciência e participar da reformulação e reconstrução do mundo, teremos que usar a tecnologia, com ciência, consciência e criatividade, caso contrário, seremos antepassados de nós mesmos, repassadores de uma estrutura sem vida numa escola morta, voltada para uma ciência do passado.” (Bergier e Pawels,) A acelerada evolução tecnológica que vem se processando nas últimas décadas tem transformado as formas de produção e representação do conhecimento. Neste sentido, o novo desafio se incorporou à formação dos professores: compreender criticamente como dialogar e se apropriar, principalmente, das tecnologias da informação e da comunicação (TIC), no contexto da sua prática pedagógica. O aprofundamento de estudos e pesquisas nesta área contempla o acesso a pesquisas e teorias que procuram compreender como inserir criticamente o uso de tecnologias interativas e digitais ao contexto das práticas pedagógicas desenvolvidas na escola, nos diferentes segmentos da educação básica. Indica também a produção de conhecimento nesta área no âmbito do curso 36 de Pedagogia. Outro aspecto importante é conhecer e refletir sobre a formação dos professores, entendendo como vem sendo construída a história da informatização das escolas brasileiras. Neste contexto das TIC, também se inserem as novas possibilidades oferecidas pelos ambientes virtuais de aprendizagem em educação a distância, modalidade de ensinoaprendizagem que, numa leitura atual, pode ser desenvolvida por meio da convergência de mídias. 7) AVALIAÇÃO 7.1) Concepção: “Toda e qualquer ação avaliativa é carregada de intenções, reveladora de posturas de vida”. (Jussara Hoffmann) A avaliação é uma questão polêmica que vem se caracterizando ao longo do tempo, nas suas várias concepções, como uma dificuldade latente na ação de professores e gestores na escola. E, porque não dizer, também dos estudantes, que sofrem a ação de uma avaliação arbitrária e contraditória em seus “princípios e métodos”. Os educadores e educandos estão sempre em busca da conclusão de caminhos inconclusos, se desencontrando... Isto porque processo é evolução, fazer e refazer, movimento contínuo. Por ser uma ação que se estabelece a partir de um processo e constitui uma interação para a construção, é importante considerar as diferentes dimensões da avaliação descritas por Alonso (2004): política, ética e curricular. A dimensão política associa a avaliação da aprendizagem à necessidade de uma avaliação dos próprios sistemas educativos, das concepções que lhes dão forma. Portanto, há necessidade de contextualizar o desempenho cognitivo como uma das faces das políticas públicas. A dimensão ética preconiza a relação entre a avaliação e o processo de inclusão/exclusão social promovido pela escola por meio do sucesso/fracasso escolar. A validação do saber individual, das experiências vividas, promovem um movimento diferenciado do habitual: reconhecer apenas o conhecimento historicamente acumulado. Isto representa uma forma de avaliar que cria uma possibilidade concreta do outro. A dimensão curricular da avaliação refere-se a um rendimento 37 dos sistemas educativos que, necessariamente, tomam como referencial os diversos aspectos do ensino nele englobados ou explicitados (ALONSO, 2004). Todas estas dimensões, entretanto, se entrelaçam numa concepção defendida por Hoffmann (2004), que pretende avaliar para promover, intitulada avaliação mediadora. A avaliação mediadora significa encontro, abertura ao diálogo, interação. Uma trajetória de conhecimento percorrida no mesmo tempo e cenário por alunos e professores... é uma ação sistemática e intuitiva (HOFFMANN, 2004, p.42- 45). Esta concepção baseia-se na aproximação, na assistência com rigor e afeto, oportunizando a escolha do aluno por rumos em sua trajetória de conhecimento, sendo assim, o Curso de Pedagogia apresenta esta proposta para avaliação, abrindo o espaço dialógico entre docentes, discentes e currículo, em consonância com o trabalho interdisciplinar. A proposta de avaliação mediadora se aproxima de uma concepção de avaliação formativa que tem como preceito fundamental a continuidade e o objetivo primordial de detecção precoce de insuficiências e dificuldades visando a melhoria da aprendizagem em curso, numa perspectiva de ampliação do desenvolvimento do avaliado. (FERREIRA e CARVALHO, 2004; RIOS, 2006). Na avaliação formativa existe, sem dúvida, a continuidade da ação pedagógica. A avaliação formativa não tem um caráter punitivo ou de simples verificação da aprendizagem. Ela é mais do que isso; é um processo que leva o estudante a compreender o seu erro ou mesmo o seu acerto com vistas a aprimorar o seu conhecimento com a possibilidade de rever sua avaliação e refazer quando necessário. (HOFFMANN, 2000, 2003). A ação avaliativa, enquanto mediação, se faria presente, justamente, no interstício entre uma etapa de construção de conhecimento do aluno e a etapa possível de produção, por ele, de um saber enriquecido, complementado (HOFFMANN, 2000, p. 63-4). Diante do exposto é pertinente trazer para este projeto os princípios de formação que estão presentes no Projeto Político-Pedagógico Institucional – PPPI. A Política para o Ensino de Graduação do UNIFESO está implicada com o compromisso de uma formação na graduação de qualidade, pluralista, crítica e reflexiva, que articula as especificidades das competências técnicas da formação profissional com equilíbrio com a formação geral, humanística e ética; [...] (UNIFESO, PPPI, 2006. p. 34). Assim, consideramos: a educação como um processo de formação integral, integrada, integrante e integradora das pessoas e dos grupos; 38 a autonomia e a liberdade do estudante nas dimensões bio-psico-social e históricocultural; o docente como agente do processo educativo, cuja atuação se pauta numa proposta dialógica de educação; o aperfeiçoamento da comunicação inter-pessoal como meio de construção do conhecimento e da formação de atitudes e valores; a interdisciplinaridade didática; a atividade investigativa e o exercício da extensão; a articulação entre teoria e prática; a qualidade do ensino e a produção científica. Ainda na perspectiva da avaliação formativa, o Regimento Interno do UNIFESO, aprovado em 2007, traz em seu artigo 106, o princípio de avaliação que a instituição assume: Na visão dos princípios teóricos que regem a avaliação, esta deve ser considerada como uma dimensão essencial do processo acadêmico do curso ou programa, como mecanismo permanente de acompanhamento e regulação do desenvolvimento da proposta curricular, em todas suas dimensões, partes e agentes”. (p.34) Conforme o Regimento Interno do UNIFESO, a avaliação da aprendizagem tem por objetivos: I- o desenvolvimento integral do estudante, na sua formação como cidadão e como profissional; II- avaliação do nível de aproveitamento acadêmico-didático do estudante; III- a programação de intervenções qualificadas no processo de ensino-aprendizagem, no sentido de se alcançarem os objetivos propostos; IV- o aperfeiçoamento do processo de ensino-aprendizagem”. (p. 35) 7.2) Registro do Processo Avaliativo: De acordo com as propostas para Curso de Pedagogia, de oferecer um currículo que tem como objetivos, promover o conhecimento num movimento dialógico, de pesquisa, de autonomia para aprendizagens significativas, indicam-se diferentes atividades avaliativas, cujo registro se dará da forma descrita abaixo. 39 7.2.1) Disciplinas Presenciais • Registro Avaliativo 1 Se constituirá de um conjunto de pelo menos 3 (três) atividades avaliativas (provas, testes, trabalhos, seminários, etc.) realizadas ao longo do semestre letivo de modo a totalizar uma nota de 0 a 10. Dentre as avaliações realizadas, pelo menos uma, deverá ser individual e realizada em sala de aula. O registro de cada atividade será feito em formulário específico e individualizado, onde o professor irá lançar os resultados obtidos pelos estudantes. Ao lado de cada registro haverá um espaço para que o estudante rubrique e tome ciência de seu resultado. Fica estabelecido que no caso do estudante não alcançar a nota mínima (6,0) nas atividades realizadas, este terá a chance de realizar uma recuperação paralela que se dará ao longo do processo avaliativo. • Registro Avaliativo 2 Constitui-se da nota do Portifólio. Sua avaliação será realizada conforme os critérios especificados neste adiante. Esta é realizada ao final do período por todos os professores, de forma conjunta em reuniões definidas em cronograma específico. O registro desta avaliação será realizado numa ficha específica com os critérios de avaliação a serem considerados. Por se tratar de uma produção individual, o portifólio contém aspectos que são significativos para quem o escreve e por isso retorna ao estudante, cabendo ao professor responsável pelo Seminário Interdisciplinar o registro de questões pertinentes apresentadas no portifólio. • Resultado final Se constitui da média aritmética obtida a partir do Registro Avaliativo 1 e Registro Avaliativo 2. • 2ª Chamada Será oportunizada ao estudante no decorrer do processo, caso ele não realize uma das atividades avaliativas. 40 • Dependência Em caso de reprovação em apenas uma disciplina, o estudante terá o direito ao regime de dependência, cujo plano de estudos será organizado pelo professor regente e desenvolvido através do ambiente virtual de aprendizagem moodle. Fica estabelecido que se o estudante ficar reprovado em mais de uma disciplina, deverá refazer o respectivo período, e não apenas as disciplinas em questão. 7.2.2) Disciplinas Semipresenciais • Registro avaliativo 1 Constitui-se de 2 (dois) momentos avaliativos, com a seguinte composição: - uma atividade avaliativa presencial, segundo determinação da portaria n°. 4.059, de 10 de dezembro de 2004, e a avaliação da participação individual no ambiente virtual de aprendizagem. - a participação no ambiente virtual deverá corresponder a 50% da nota. - em cada momento avaliativo deverá ser atribuída ao aluno uma nota até 5,0(cinco). • Registro Avaliativo 2 Constitui-se da nota do Portifólio. Sua avaliação será realizada conforme os critérios especificados neste adiante. Esta é realizada ao final do período por todos os professores, de forma conjunta em reuniões definidas em cronograma específico. O registro desta avaliação será realizado numa ficha específica com os critérios de avaliação a serem considerados. Por se tratar de uma produção individual, o portifólio contém aspectos que são significativos para quem o escreve e por isso retorna ao estudante, cabendo ao professor responsável pelo Seminário Interdisciplinar o registro de questões pertinentes apresentadas no portifólio. • Resultado final Constitui-se da média aritmética obtida a partir do Registro Avaliativo 1 e Registro Avaliativo 2. . 41 • 2ª Chamada Será oportunizada ao aluno no decorrer do processo, presencialmente, com data previamente fixada, caso ele não compareça a um dos momentos avaliativos. • Dependência A dependência nesta modalidade implicará na participação efetiva nas atividades desenvolvidas no Ambiente Moodle na disciplina, visto que corresponde à 50% da nota na avaliação do desempenho do Registro avaliativo 1. 7.2.3) Seminário Interdisciplinar e Grupos de Estudos Independentes: A avaliação nestes componentes curriculares se constituirá na confecção de um portifólio que irá reunir os registros da trajetória dos conhecimentos produzidos pelos estudantes em todos os componentes curriculares do período, bem como o relatório de estágio curricular. O registro desta atividade avaliativa corresponde ao registro avaliativo 2. 7.2.4) Construção do Portifólio Se constitui numa compilação de vários trabalhos produzidos e colecionados durante a experiência universitária do estudante, juntamente com ensaios autoreflexivos escritos especialmente para o portfólio. Os trabalhos são usados para demonstrar habilidades específicas, competências e valores que sejam consistentes com as metas e os objetivos do programa e da universidade”. (Dey e Fenty, 1997) O portifólio é um dos procedimentos de avaliação condizentes com a avaliação formativa e contempla três princípios básicos: • A avaliação como um processo em desenvolvimento; • A participação ativa dos estudantes nesse processo, no sentido de que aprendam a identificar e revelar o que sabem e o que ainda não sabem; 42 • A reflexão do estudante sobre sua aprendizagem. (Villas Boas, 2006) Os objetivos majoritários de sua realização são o desenvolvimento individual da capacidade de reflexão sobre as questões pertinentes a educação. Ainda, através do portifólio, podem ser fortalecidas as habilidades de análise, síntese, expressão escrita, criatividade e busca autônoma do conhecimento pelo estudante, além da possibilidade de acompanhar processualmente a sua trajetória de aprendizagem. O portifólio prevê o enfoque na sistematização dos conteúdos, na construção do conhecimento e na reflexão sobre os processos de aprendizagem. Para tal, foram definidas quatro dimensões que compõem o portifólio do estudante: Trajetória, projeto de trabalho, problematização, narrativas da prática e integração ensino-trabalho-comunidade. • Memorial de sua Trajetória acadêmica: os estudantes produzem relatos auto-reflexivos sobre sua vida antes e após o ingresso no Curso. O estudante pode abordar sua história familiar, social, escolar e profissional (caso já trabalhe ou tenha trabalhado). Essa dimensão contempla, ainda, o processo de socialização e integração na vida universitária e aborda o crescimento individual, as facilidades e dificuldades experimentadas no processo de aprendizagem. A cada período, o estudante vai acrescentando novos relatos da sua trajetória acadêmica e do seu processo de formação profissional. • Relatório de Estágio: se compõe do relato reflexivo sobre o estágio curricular realizado pelos estudantes a cada período, elaborado a partir de um roteiro previamente estabelecido pelos professores que compõem a equipe de supervisão de estágio. No portifólio não deverão ser anexados os demais documentos exigidos para comprovação de carga horária de estágio e atividades complementares. • Trabalhos do GEI: os trabalhos realizados no Grupo de Estudos Independentes – GEI devem fazer parte do portifólio dos estudantes, porém somente após a apreciação e indicação do professor responsável pelo GEI. • Projeto de Trabalho: é um projeto elaborado individualmente pelos estudantes com base na categoria norteadora do período. Seu processo de construção será discutido nos encontros do Seminário interdisciplinar, sob o acompanhamento dos professores do período, e todas as etapas vivenciadas devidamente registradas no portifólio, bem como o produto final. A avaliação do portifólio seguirá os seguintes critérios: 43 • Clareza e coerência no texto escrito; • Capacidade de relatar e refletir sobre as atividades realizadas no Seminário Interdisciplinar; • Capacidade de agregar fundamentação teórica às atividades propostas. • Capacidade de formular o projeto de trabalho definido no Seminário Interdisciplinar. Importa ressaltar que a nota atribuída ao portifólio será dada com base no seu conteúdo, a partir dos critérios pré-estabelecidos e não apenas pela sua entrega. A avaliação do portifólio será registrada numa ficha de avaliação específica e individual. Esta ficha terá duas vias, uma para o professor e outra para o estudante, que ficará anexada ao seu portifólio. A avaliação seguirá os seguintes critérios: ÁREAS OBJETO DE PESO AVALIAÇÃO DESEMPENHO QUALIDADE DOS 60% TRABALHOS OBRIGATÓRIOS PROCESSO DE REFORMULAÇÕES E APRENDIZAGEM CORREÇÕES DOS 25% TRABALHOS: DEVOLUTIVA REFLEXÕES REFLEXÕES 15% CRÍTICAS TOTAL 100% Desempenho – 60% • Clareza e coerência no texto escrito; 44 • Capacidade de relatar e refletir sobre as atividades realizadas no Seminário Interdisciplinar e no GEI; • Capacidade de agregar fundamentação teórica às atividades propostas. • Capacidade de formular o projeto de trabalho definido no Seminário Interdisciplinar. Processo de aprendizagem – 25% • Atende as orientações do professor; • Busca novas fontes de pesquisa; • Agrega conhecimento aos trabalhos. Reflexões – 15% • Comprometimento com o processo de construção do conhecimento; • Aproximação com a metodologia do curso; • Coerência do texto escrito. 8) EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA O desenvolvimento da carga horária do Curso de Graduação em Pedagogia na modalidade semipresencial vem ao encontro de uma tendência que se amplia, a cada dia, no meio educacional em relação ao fomento da EAD. A possibilidade de ter até 20% da carga horária total do curso à distância é regulamentada pela Portaria n°. 4.059, de 10 de dezembro de 2004. As disciplinas do presente curso nesta modalidade são equivalentes a cerca de 20% da carga horária total do curso, constituindo-se de 14 disciplinas de 40 horas, somando 630 horas/aula, com o trabalho desenvolvido a distância. São realizados dois encontros presenciais: um inicial e outro final. No primeiro, o objetivo será a familiarização dos estudantes com o 45 ambiente virtual de aprendizagem (AVA); no segundo, o encerramento do curso, além das datas previstas para a realização das avaliações. A proposta metodológica para estas disciplinas baseia-se na mediação pedagógica realizada pelo professor por meio dos recursos das diversas ferramentas do ambiente virtual de aprendizagem e da interação entre professores/estudantes e estudantes/estudantes. 8.1) Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) O AVA para o desenvolvimento das disciplinas é baseado na Internet e de utilização gratuita com aporte tecnológico simples. A partir da explicitação da metodologia acima, optou-se pela utilização do ambiente Moodle que permite a organização das ferramentas pelo professor, contando com o suporte da equipe de EAD. Neste sentido, defende-se o princípio da autoria e autonomia docente para definição e formatação de conteúdo e estratégias de ensino. 8.2) Equipe de suporte Os professores e estudantes envolvidos com as disciplinas semipresenciais contam com o suporte técnico-pedagógico de uma equipe de EAD constituída por professores com formação em EAD e um técnico em Informática. Esta equipe está sempre disponível, presencialmente e por meio virtual, para auxiliar nas dúvidas e necessidades diversas que surgem ao longo do trabalho. Os professores das disciplinas contam com estudantes-monitores, previamente selecionados, que auxiliam no acompanhamento aos estudantes no curso. 8.3) Aporte Tecnológico É disponibilizado aos estudantes e professores o acesso ao AVA no laboratório de informática do Campus. Este laboratório conta com um servidor que hospeda a plataforma Moodle utilizada para o desenvolvimento das disciplinas, bem como conexão de banda larga à Internet, que dá o suporte tanto ao laboratório quanto ao acesso ao ambiente. 8.4) Atuação Docente 46 Os professores que ministram disciplinas semipresenciais só estão presencialmente no campus para reuniões de equipe ou para os encontros presenciais previstos com os estudantes. Sua atuação será a distância, tal qual a atividade dos estudantes. A carga horária destes docentes tem a mesma configuração dos demais docentes do curso, diferenciando-se apenas na maneira como é cumprida a docência. Acessam o ambiente virtual da disciplina ao menos três vezes na semana, para interagir com os estudantes nas diferentes ferramentas utilizadas para a realização da disciplina, bem como acompanhar a sua freqüência, acessar material produzido por eles e esclarecer dúvidas que possam surgir. Também cabe ao professor avaliar os estudantes e orientar o monitor que o auxilia na disciplina. 8.5) Atuação Discente O estudante deve acessar constantemente o ambiente da disciplina, sendo esperada uma dedicação mínima de uma hora e meia semanais, por disciplina a distância. Deve realizar as atividades propostas pelo professor, interagir com colegas e professores e buscar orientações quando necessitarem. 8.6) Freqüência A freqüência do professor é computada de acordo com o seu acesso ao ambiente e a interação com os estudantes, a partir dos registros gerados pelo sistema do AVA. Também é computada a freqüência às reuniões pedagógicas relativas ao projeto interdisciplinar e demais atividades presenciais do curso de Pedagogia. A freqüência dos estudantes é avaliada a partir dos acessos ao ambiente e da efetiva participação nas atividades propostas, por meio dos relatórios e registros gerados pelo ambiente, seguindo o mesmo critério de aprovação das demais disciplinas e de acordo com a diretriz institucional quanto ao percentual mínimo para aprovação. 47 8.9) Avaliação A avaliação se dará por meio de atividades avaliativas presenciais, segundo determinação da portaria n°. 4.059, de 10 e dezembro de 2004, e será realizada de acordo com as diretrizes deste projeto político- pedagógico. 9) INTEGRAÇÃO COM O CENTRO EDUCACIONAL SERRA DOS ÓRGÃOS (CESO) O Centro Educacional Serra dos Órgãos (CESO) é um colégio que tem como sua mantenedora a Fundação Educacional Serra dos Órgãos e atende a Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio. Assim, torna-se relevante destacar a integração desta unidade escolar com o Curso de Graduação em Pedagogia. A integração com o CESO viabiliza o espaço como campo de estágio e práticas para os estudantes do Curso de Pedagogia, além de favorecer a formação continuada dos professores que atuam no CESO. 10) EMENTÁRIO DAS DISCIPLINAS A organização do ementário das disciplinas que compõem a organização curricular do Curso de Pedagogia está abaixo representada a partir dos eixos de formação em que cada uma se insere. 10.1) Educação, cultura e sociedade FILOSOFIA E PRÁXIS EDUCATIVA Ementa: Introdução geral à filosofia, abordando sua origem e fundamentos. A filosofia como instrumento de análise crítica do processo educacional. O pensamento moderno e a filosofia da educação brasileira. Análise crítica das propostas educacionais contemporâneas a partir de uma reflexão filosófica 48 BIBLIOGRAFIA: ARANHA, Maria Lucia A., MARTINS, Maria Helena P. Introdução a Filosofia. 2 ed. São Paulo: Moderna, 1993. LUCKESI, Cipriano Carlos. Filosofia da educação. São Paulo: Cortez, 1990. HALL, Stuart. A identidade cultural na pos-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A, 2005. CHAUI, Marilena. Convite a Filosofia. 12 ed. São Paulo: Atica, 2001. TARNAS, Richard. A epopéia do pensamento ocidental: para compreender as idéias que moldaram nossa visão de mundo. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2005. EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA Ementa: Modernidade, capitalismo e conquista da América. Educação e colonização no Brasil. A educação no Império. O advento do escolanovismo nos anos 20 e 30 (ABE, Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova). A educação na Era Vargas. A redemocratização (1946) ). O golpe de 1964, golpe na educação. A redemocratização, o neoliberalismo e seus desdobramentos. Alternativas democráticas para a educação no Brasil, hoje. BIBLIOGRAFIA: CAMBI, Franco. História da Pedagogia. São Paulo: Ed. UNESP, 1999. CANCLINI, Nestor García. Consumidores e cidadãos: Conflitos multiculturais da globalização. 3. ed. Rio de Janeiro: Ed. UFRJ, 1997. 266p. CURY, C. R. Jamil, Ideologia e educação brasileira: católicos e liberais. São Paulo: Cortez, 1988. FRANÇA LIMA, J.César, NEVES, L.M.Wanderley. Fundamentos da Educação Escolar no Brasil Contemporâneo. Rio de Janeiro: Ed. Fio Cruz, 2006. CONHECIMENTO E LINGUAGEM 49 Ementa: Indissociabilidade entre linguagem e produção de conhecimento. Pensamento, linguagem, ideologia. O caráter cognitivo e político-social da linguagem. Lingüística Textual: realidades semânticas e interações pragmáticas do discurso. Educação e discurso. A não neutralidade, a intencionalidade argumentativa do discurso na produção do conhecimento. A natureza semiótica dos fenômenos lingüístico-ideológicos inerentes às práticas educativas. BIBLIOGRAFIA: BAGNO, Marcos. Português ou brasileiro? um convite à pesquisa. São Paulo: Parábola FIORIN, José Luiz. Linguagem e ideologia. São Paulo: Ática, 2002. (Série Princípios) LEITE, Yonne e CALLOU, Dinah. Como falam os brasileiros. Rio de Janeiro, Zahar. PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO Ementa: Estudo do processo histórico da Psicologia. Análise da Psicologia como ciência. Psicologia e a ação pedagógica: seu papel na formação do professor. Concepções sobre a produção da subjetividade e do sujeito e suas implicações na Educação. BIBLIOGRAFIA: BOWLBY, John. Formação e rompimento de laços afetivos. São Paulo: Martins Fontes, 2007. OLIVEIRA, Marta Kohl de; SOUZA, Denise Trento R.; REGO, Teresa Cristina. Psicologia, Educação e as Temáticas da Vida Cotemporânea. São Paulo: Moderna, 2002. SPITZ, René A. O primeiro ano de vida. São Paulo: Martins Fontes, 2007. WOOLFOLK, A .E. Psicologia da Educação. 7. ed., Porto Alegre, Artes Médicas, 2000. 50 PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO Ementa: Bases psicológicas dos processos de desenvolvimento na infância e na adolescência: os aspectos afetivos (relação inteligência/ afetividade), morais (a construção da autonomia) e sociais (interação indivíduo e sociedade). BIBLIOGRAFIA: BOWLBY, John. Formação e rompimento de laços afetivos. São Paulo: Martins Fontes, 1997. COLL, César; PALACIOS, Jesús; MARCHESI, Álvaro. (orgs.) Desenvolvimento psicológico e educação. Porto Alegre: Artes Médicas: 2004. 1.v. 2.v. DELGADO, Evaldo Inácio. Pilares do interacionismo: Piaget, Vygotsky, Wallon e Ferreiro. São Paulo: Érica, 2008. RAPPAPORT, Clara Regina (coord.). Psicologia do desenvolvimento. São Paulo: EPU, 1981. v. 1, 2, 3, 4. EDUCAÇÃO E SOCIEDADE Ementa: A educação na formação do mundo moderno. Capitalismo, industrial ismo e a questão social. Mercantilização e Racionalização de amplas esferas da vida social. Globalização, neoliberalismo, exclusão social e a educação em tempos de incerteza. BIBLIOGRAFIA: BAUMAN, Zigmunt. Globalização: as conseqüências humanas. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1999. FORACCHI, Marialice Mencarini; MARTINS, José de Souza. Sociologia e sociedade: leituras de introdução à Sociologia. Rio de Janeiro: LTC, 2004. GADOTTI, Moacir. História das idéias pedagógicas. 8. ed. São Paulo: Ática, 1999. SOCIOLOGIA E INFÂNCIA 51 Ementa: O problema da formação social e cultural da criança. A infância como uma categoria histórica e social. O processo de socialização da criança. BIBLIOGRAFIA: ARIÈS, Philippe. História Social da Criança e de Família. Rio de Janeiro, Zahar, 1978. BENJAMIM, W. A criança, o brinquedo, a educação. São Paulo: Duas Cidades; Ed 34, 2002. GADOTTI, Moacir. 8. ed. História das idéias pedagógicas. São Paulo: Ática, 1999. CASTORIADIS, Cornelius. A Instituição imaginária da sociedade. Paz e Terra, 1982. FILOSOFIA E INFÂNCIA Ementa: A infância e as questões a ela pertinentes a partir de um referencial filosófico. Os diferentes significados que foram dados à infância ao longo da história da humanidade. Os aspectos da infância nas obras de alguns filósofos da antiguidade até a contemporaneidade. BIBLIOGRAFIA: KOHAN, W. Infância. Entre educação e filosofia. Belo Horizonte: Autêntica, 2003. AGAMBEN, G. Infância e história. Buenos Aires: Adriana Hidalgo, 2001/1978. DA SILVA, T. T. (org). O sujeito da educação. Estudos foucaultianos. Petrópolis: Vozes, 1995. LARROSA, J. O enigma da infância. In: Pedagogia profana. Belo Horizonte: Autêntica, 1999, p. 183-99) CULTURA E INFÂNCIA Ementa: Formação cultural da sociedade. A identidade cultural da infância na atualidade. Influência da cultura na construção do conceito de infância. As representações da infância no imaginário cultural da sociedade. BIBLIOGRAFIA ARIÈS, Philippe. História social da criança e da família. Rio de Janeiro: Zahar, 1981. 52 PUCCI, Bruno. Teoria crítica e educação: A questão da formação cultural na Escola de Frankfurt. 4. ed. Petrópolis: Vozes, 2007. STEINBERG, S. & KINCHELOE, J.L. (orgs.) Cultura infantil: a construção corporativa da infância. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001. INTERAÇÃO SOCIAL, DESENVOLVIMENTO HUMANO E ESCOLA Ementa: A escola e as relações humanas. O potencial humano para aprender. Interação entre aprendizado e desenvolvimento. Os três pilares no processo de formação do educador. Habilidades e competências necessárias ao educador. BIBLIOGRAFIA: COLOMBO, Sonia Simões (org.). Gestão Educacional – uma nova visão. Porto Alegre: Artmed, 2004. MIRANDA, Simão. Dinâmicas de grupos. São Paulo: Papirus, 2000. PEREIRA, Wally Chan ( coord.) Educação de Professor na era da Globalização: subsídios para uma proposta humanista. Rio de Janeiro: Nau, 2000. ECONOMIA POLÍTICA DA EDUCAÇÃO Ementa: Dimensões econômicas da educação. Liberalismo e educação. A teoria do capital humano. Trabalho como categoria central e principio educativo: dimensão ontológica e educacional. A qualificação polivalente e a perspectiva da formação politécnica frente à revolução cientifico-tecnológica. BIBLIOGRAFIA: BUFFA, Ester. Educação e Cidadania.São Paulo: Cortez-Autores Associados, 1987. FRIGOTTO, Gaudêncio. Paulo:Cortez,1993. ___________.Educação Petrópolis:Vozes,1998. A e produtividade crise do da trabalho: escola improdutiva. Perspectivas de final 4ª de ed. São século. 53 EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Ementa: O significado da EJA. Enfoques sociais e políticos do EJA. O contexto da EJA no Brasil. Perfil do aluno e do professor de EJA. Metodologias em EJA. BIBLIOGRAFIA GADOTTI, Moacir e ROMÃO, Jose Eustaquio.Educação de jovens e Adultos.São Paulo:Cortez, 2001. PICONEZ, Stela Berthold. .Educação de jovens e Adultos. São Paulo: Papirus, 2002. RIBEIRO,Vera Masagão. .Educação de jovens e Adultos. São Paulo: Mercado de Letras, 2001. EDUCAÇÃO E ESTUDOS CULTURAIS Ementa: Estudos Culturais: conceito e história. Multiculturalismo e educação. Cultura e epistemologia do conhecimento escolar. Políticas públicas identitárias e educação. BIBLIOGRAFIA BHABHA, Homi, O local da cultura. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 1998. 395p. CANCLINI, Nestor García. Consumidores e cidadãos: Conflitos multiculturais da globalização. 3. ed. Rio de Janeiro: Ed. UFRJ, 1997. 266p. MCLAREN, Peter Multiculturalismo revolucionário: Pedagogia do dissenso para o novo milênio. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000. 304p. 10.2) Currículo, cultura escolar e produção do conhecimento MATEMÁTICA CONTEÚDO E MÉTODO Ementa: Saber matemático e do papel do professor. O conhecimento matemático como produção humana. As diferentes concepções de ensino da matemática no Brasil e suas 54 influências no ensino atual. A seleção e organização de conteúdos matemáticos referentes ao ensino fundamental. Recursos didáticos e ensino de matemática. BIBLIOGRAFIA: BICUDO, M. ª V. et al (org). Pesquisa em educação matemática: concepções & perspectivas. São Paulo: UNESP, 1999 D’AMBRÓSIO, U. Etnomatemática: elo entre tradições e modernidade. Belo horizonte: Autêntica, 2002. SÁ, Ilydio Pereira de. A Magia da Matemática: Atividades Investigativas, Curiosidades e História da Matemática. Rio de Janeiro: Ed. Ciência Moderna Ltda. 2007. CIÊNCIAS:CONTEÚDO E MÉTODO Ementa: Os conteúdos, as habilidades e competências relacionadas ao ensino das ciências naturais. Conceitos fundamentais no ensino das ciências naturais. Metodologia de ensino das ciências naturais. BIBLIOGRAFIA: ALVES, Rubem. Filosofia da ciência: introdução ao jogo e suas regras. 10ª ed. São Paulo: Loyola, 2005. BIZZO, Nélio. Ciências: Fácil ou Difícil? São Paulo: Ed. Ática. 1998.144 p. BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: ciências naturais. Brasília: MEC/SEF, 1997. DELIZOICOV, Demetrio. Ensino de ciências - fundamentos e métodos Editora: Cortez, p 364. 2003. DOS SANTOS, Maria A. Biologia Educacional.São Paulo: Ed. Ática. 2003 55 NARDI, Roberto (org.), Questões Atuais no Ensino de Ciências. Ed. Escritas.106 p. GEOGRAFIA: CONTEÚDO E MÉTODO Ementa: O objeto de estudo da geografia. A construção da noção de tempo e de espaço na criança. Os conceitos-chave da Geografia. A representação gráfica e cartográfica do espaço: a representação do espaço: a alfabetização. A contribuição da Geografia na ampliação da leitura de mundo da criança. BIBLIOGRAFIA: ALMEIDA, Rosangela D. et all. O Espaço geográfico: ensino e representação. São Paulo: Context, 1991. ___________ Do Desenho ao mapa. São Paulo: Contexto,2001. CAVALCANTI, Lana de Souza. Geografia, Escola e Construção de Conhecimentos. Campinas, São Paulo: Papirus,1998. COX, Maureen. O Desenho da Criança. São Paulo: Martins Fontes, 2001. LACOSTE, Yves. A Geografia – Isso Serve, Em Primeiro Lugar, Para Fazer a Guerra. Campinas, São Paulo: Papirus, 1989. MEC. Pârametros Curriculares Nacionais – História e Geografia. Brasília: Secretaria de Educação Fundamental, 1997. LINGUA PORTUGUESA: CONTEÚDO E MÉTODO Ementa: O ensino da língua como veículo de comunicação social e como elemento de expressão e de formação do pensamento, do sentimento, da autonomia. Princípios gerais de uma nova prática do ensino da língua. BIBLIOGRAFIA BRASIL, Parâmetros curriculares nacionais – Língua Portuguesa. Brasília, MEC/SEF,1997. VARGAS, Suzana. Leitura: uma aprendizagem de prazer. Rio de Janeiro, José Olympio, 1993. ZACCUR, Edwiges (org.). A magia da linguagem. Rio de Janeiro, DP&A: SEPE,1999. 56 LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL Ementa: Expressão oral e escrita do raciocínio lógico. Estratégias discursivas em função das modalidades da língua oral e escrita. A textualidade. Aspectos gramaticais e estilísticos. Construção e intelecção de textos. BIBLIOGRAFIA GRANATIC, Branca. Técnicas básicas de redação. São Paulo: Scipione, 1995. INFANTE, Ulisses. Do texto ao texto: curso prático de leitura e redação. São Paulo: Scipione,1998. PIMENTEL, Ernani Filgueiras. Gramática pela prática. Brasília: Vest-com, 2005. LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO Ementa: A dimensão política da alfabetização. Concepções de alfabetização e metodologias. A leitura e a escrita como atividade na produção de sentido. Processos de apropriação da língua escrita. BIBLIOGRAFIA FERREIRO, Emília. Com todas as letras. São Paulo: Cortez, 2004, 12 ed. FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1974. SOARES, Magda. Linguagem e escola: uma perspectiva social. São Paulo: Ática, 1986. ______. Alfabetização e letramento. São Paulo: Contexto, 2005. HISTÓRIA: CONTEÚDO E MÉTODO 57 Ementa: O objeto de estudo da História. Os conceitos de História. A multiplicidade temporal. O ensino e as metodologias de História. A contribuição da História na ampliação da leitura de mundo da criança. BIBLIOGRAFIA BITTENCOURT, Circe (Org.). O saber histórico na sala de aula. São Paulo – Contexto, 1997. LAGÔA, A., GRINBERG, K., GRINBERG, L. Oficinas de História – projeto curricular de ciências sociais e de história. Belo Horizonte – Dimensão, 2000. MEC. Pârametros Curriculares Nacionais – História e Geografia. Brasília: Secretaria de Educação Fundamental, 1997. ARTE E EDUCAÇÃO Ementa: As relações das artes com a educação: conceitos e história. As Artes como campo de conhecimento. As fronteiras e intercessões das Artes com a experiência estética. Arte e Imagem e seus discursos. A relevância das Artes meio às produções culturais. As Artes e os programas oficiais da educação brasileira, o ensino das Artes no Brasil. BIBLIOGRAFIA BARBOSA, Ana Mãe (org) Arte-educação: leituras no subsolo. São Paulo: Cortez, 1997. BUORO, Anaamélia Bueno. O olhar em construção: uma experiência de ensino e aprendizagem da arte na escola. São Paulo: Cortez, 1996. FUSARI, Maria F. de Rezende, FERRAZ, Maria Heloisa C. de T. Metodologia do ensino de arte. São Paulo: Cortez, 1993. LITERATURA INFANTO-JUVENIL 58 Ementa: Literatura infanto-juvenil e o espaço escolar. O educando, o livro e a escola. História da literatura infanto-juvenil. Matéria e forma na literatura infanto-juvenil. A contação de histórias. BIBLIOGRAFIA BETTHELHEIM, Bruno. A psicanálise dos contos de fadas. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979. COELHO, Nelly Novaes. Literatura infantil: teoria, análise, didática. São Paulo: Moderna, 2000. MACHADO, Ana Maria. Como e por que ler os clássicos universais desde cedo. Rio de Janeiro: Objetiva, 2002. ZILBERMAN, Regina. A literatura infantil na escola. São Paulo: Global, 1998. EDUCAÇÃO E SAÚDE Ementa: Conceitos e informações básicas em Saúde introduzindo o conhecimento sobre processos, fatores e sujeitos que intervêm nos ambientes educacionais. Visão sobre a promoção da saúde, riscos e qualidade de vida dos educadores e alunos. Análise da realidade do trabalho desses profissionais, em suas diversas inserções. Transformações que incluam reflexos na saúde dos educadores e alunos, avaliação das instalações escolares, percepção dos riscos, qualidade da interação aluno versus educador no espaço escolar. BIBLIOGRAFIA : . ANDERY, Maria Amália et al. Para compreender a ciência: uma perspectiva histórica. 12ª ed. São Paulo: EDUC, 2003. LIMA E SILVA, F.H. A, ROVER, G. Níveis de contenção física e classificação dos microrganismos por classes de risco. In: MASTROENI, M.F. Biossegurança aplicada a laboratórios e serviços de saúde. São Paulo: Editora Atheneu, 2004. 334 p. P 67-88. 59 MONTEIRO, C.A. (org). Velhos e novos males da saúde no Brasil: a evolução do país e de suas doenças. 2.ed. revisada e aumentada São Paulo, Hucitec- NUPENS/USP, 2000. 435p. Parâmetros Curriculares Nacionais: ciências naturais/Secretaria de Educação fundamental. 2.ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2000 PESQUISA EM EDUCAÇÃO I Ementa: O significado da Ciência e da pesquisa. A pesquisa como princípio educativo. Pressupostos epistemológicos, axiológicos e políticos. Pesquisa qualitativa e quantitativa. O tema e o problema na pesquisa. A problematização no trabalho monográfico. BIBLIOGRAFIA: CERTEAU, Michel de. A invenção do cotidiano: 1. A arte de fazer. 5ª ed. Tradução de Efraim Ferreira Alves , Petrópolis, RJ: Vozes, 1994. ESTEBAN, Maria Teresa. O que sabe quem erra? Reflexões sobre a avaliação e fracasso escolar. Rio de janeiro: DP&A, 2001 MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. Trad. Catarina Eleonora F. da Silva e Jeanne Sawaya. São Paulo: Cortez e Autores Associados & Brasília/DF : UNESCO, 2000. PESQUISA EM EDUCAÇÃO II Ementa: A investigação científica em educação. A relação entre o objeto de investigação científica, os referenciais teóricos e os métodos de investigação. O planejamento e desenvolvimento da pesquisa em educação. Elaboração do projeto monográfico. BIBLIOGRAFIA: ESTEBAN, Maria Teresa. O que sabe quem erra? Reflexões sobre a avaliação e fracasso escolar. Rio de janeiro: DP&A, 2001 60 FAZENDA, Ivani (Org.). Metodologia da pesquisa educacional . 7. ed. São Paulo: Cortez, 2001. KÖCHE, J. C. Fundamentos de metodologia científica. 20. ed. Petrópolis: Vozes, 2002. CORPO E MOVIMENTO Ementa: Discussão sobre os aspectos histórico-culturais do corpo, considerando a instituição escolar e os processos de ensino-aprendizagem, sobretudo as questões envolvidas na relação corpo e memória, formação da identidade, ideais estéticos, ações corporais e controle social. Abordagem do movimento humano em seus aspectos biológicos, culturais e filosóficos. BIBLIOGRAGIA: OLIVEIRA, M.A.T. O corpo na escola brasileira. Campinas: Ed. Autores Associados, 2006. 224p. SOARES, C.L. (org.). Cadernos Cedes 48- Corpo e Educação. Campinas: CEDES, 1999.109p VAZ, A. F., SAYÃO, D.T., PINTO, F.M.(org.). Educação do corpo e formação de professores: reflexões a sobre a prática de ensino em Educação Física. Florianópolis, Ed. Da UFSC, 2002. 110p. TEORIA PEDAGÓGICA Ementa: Pedagogia como ciência da Educação – Campos de abrangência da Pedagogia - A relação da Pedagogia com outras ciências - O pensamento pedagógico brasileiro - Principais educadores brasileiros. BIBLIOGRAFIA: AVANZINI, G. A Pedagogia Atual – Disciplinas e Práticas. São Paulo: Edições Loyola, 2005. GOMES, C. A. Educadores Brasileiros do Século XX. São Paulo: Líber Livro, 2005. 61 LUCKESI, C. Filosofia da Educação – Coleção Magistério. São Paulo: Editora Cortez, 2003. MIZUKAMI, M. Ensino: as abordagens do processo. São Paulo: EPU, 1986. DIDÁTICA Ementa: Educação, Pedagogia e Didática – A contribuição da Didática e o projeto educativo – Prática Pedagógica – O processo de ensino e de aprendizagem – A construção do conhecimento e a comunicação didática – A dinâmica da sala de aula. BIBLIOGRAFIA: CANDAU, Vera Maria (org). A didática em questão. Petrópolis: vozes, 1991. ______. Rumo a uma nova didática. Petrópolis: vozes,1988. LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994. FRANCO, Ângela. Metodologia de Ensino: Belo Horizonte: Lê/Fundação Helena Antipoff, 1997. FREIRE, Paulo. Professora sim, tia não: cartas a quem ousa ensinar. São Paulo: olho d’água, 1998. TEORIAS DO CURRÍCULO Ementa: Conceituação de currículo. Poder. Reprodução Cultural. Resistência. Multiculturalismo. Currículo na Pós-Modernidade. BIBLIOGRAFIA: APPLE, Michael W. Ideologia e Currículo. Porto: Porto Editora,1999. GARCIA, R. L. e MOREIRA, A. F. B. (Orgs) Currículo na Contemporaneidade – incertezas e desafios. São Paulo: Cortez Editora, 2003. HERNÁNDEZ, Fernando e VENTURA, M. A Organização do Currículo por Projetos de Trabalho. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998. 62 MOREIRA, Antônio F. e SILVA, Tomaz T. (Orgs.) Currículo, Cultura e Sociedade. São Paulo. SILVA, Tomaz Tadeu. Teorias do Currículo – Uma introdução crítica. Porto, Portugal: Porto Editora, 2000. CURRÍCULO E CONHECIMENTO ESCOLAR Ementa: Currículo e cultura escolar - Planejamento Curricular – Seleção e organização dos conteúdos curriculares – O currículo no projeto político-pedagógico – Interdisciplinaridade Análise crítica dos Parâmetros Curriculares Nacionais e do Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil BIBLIOGRAFIA: BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Coordenadoria de Educação Infantil. Diretrizes Curriculares para a educação infantil. 1998 BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: 1ª a 4ª séries. Brasília: MEC/SEF, 1997. ALVES, N. Criar currículo no cotidiano. São Paulo: Cortez, 2002. ESTEBAN, M. T. (Org.) Escola, currículo e avaliação. São Paulo: Cortez, 2003. TEORIAS DA APRENDIZAGEM Ementa: Empirismo – Racionalismo – Interacionismo – Construtivismo – Construcionismo As interações professor aluno – As dinâmicas diferenciadas da sala de aula. BIBLIOGRAFIA: CAMPOS, Dinah Martins de Souza. Psicologia da aprendizagem. 30. ed. Petropolis: Vozes, 2000. GOLEMAN, D. Inteligência emocional: a teoria revolucionária que redefine o que é ser inteligente. Rio de Janeiro: Objetiva, 1996. REGO, Tereza Cristina. Vygotsky: uma perspectiva histórico-cultural da educação. 4. ed. Petropolis: Vozes, 1997. 63 EDUCAÇÃO E TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E DA COMUNICAÇÃO Ementa: Conceitos, natureza, características e perspectivas das tecnologias. Fundamentos teóricos, metodológicos, políticos e legais da tecnologia educacional. Evolução histórica da informática no ensino. Noções básicas sobre recursos tecnológicos, meios de comunicação, análise sobre a importância das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), ambientes computacionais de aprendizagem e softwares livres. Processo ensino-aprendizagem, contextualizando a avaliação da aprendizagem, concepções de avaliação, objetivos da avaliação, avaliação e aprendizagem, modelos de avaliação através das tecnologias. BIBLIOGRAFIA ALMEIDA, Maria Elizabeth. Informática e Formação de Professores. Brasília: Ministério da Educação, Seed, 2000. KENSKI, Vani Moreira. Tecnologias e ensino presencial e a distância. Campinas: Papirus, 2003. LITWIN, Edith (Org.). Tecnologia educacional: política, histórias e propostas. Tradução Ernani Rosa. Porto Alegre: ARTMED, 2001. MORAN, José Manuel; MASETTO, Marcos T.; BEHRENS, Marilda Aparecida. Novas tecnologias e mediação pedagógica. 10. ed. São Paulo: Papirus, 2006. MORAES, Raquel de Almeida. Informática na educação. Rio de Janeiro: DP&A, 2000. SAMPAIO, Marisa Narcizo; LEITE, Lígia Silva. Alfabetização tecnológica do professor. 4. ed. Petrópolis: Vozes, 2004. 10.3) Gestão e organização do Trabalho Pedagógico GESTÃO E COORDENAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO Ementa: Escola, gestão e projeto político-pedagógico da escola. Organização do trabalho escolar. O papel do coordenador pedagógico. A escola e a formação continuada dos professores. 64 BIBLIOGRAFIA: BASTOS, João Baptista (org.). Gestão Democrática. 3.ed. Rio de Janeiro; DP&A:SEPE,2002. DIAS, José Augusto; VALERIEN, Jean. Gestão da escola fundamental: subsídios para análise e sugestão de aperfeiçoamento. 8.ed. São Paulo: Cortez;[Paris]:UNESCO;[Brasília]:Ministério da Educação e Cultura, 2002. VIEIRA, Alexandre Thomaz; ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini de; ALONSO, Myrtes. Gestão Educacional e Tecnologia. São Paulo: Avercamp, 2003. VIEIRA, Sofia Lerche (org.) Gestão da escola: desafios a enfrentar. Rio de Janeiro: DP&A, 2002. FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA Ementa: Bases históricas, científicas e filosóficas na formação do paradigma da inclusão. Recomendações de organismos internacionais sobre educação inclusiva. Aspectos legais da Inclusão. BIBLIOGRAFIA: CANDAU, Vera Maria (cord.). Somos tod@s iguais? Escola, discriminação e educação em direitos humanos. Rio de janeiro: DP&A, 2003. JANNUZZI, Gilberta S. de M. A educação do deficiente no Brasil: dos primórdios ao início do século XXI. Campinas: Autores Associados, 2004. GOFFMAN, Erving. Estigma: notas sobre a manipulação da identidade deteriorada. Rio de Janeiro: Zahar, 1990. STAINBACK, S; STAINBACK,W. Inclusão: um guia para educadores. Artmed, 1999. Porto Alegre: LIBRAS 65 Ementa: Introdução á LIBRAS. Alfabeto Manual. Vocabulário Básico. Estrutura gramatical básica. Princípios lingüísticos pertinentes à LIBRAS. Expressão facial. Expressão corporal. Compreensão de pequenos diálogos e narrativas breves. Legislação. Pesquisa da cultura surda. Conversação em LIBRAS. Introdução à escrita de LIBRAS. Literatura surda. BIBLIOGRAFIA: CAPOVILLA, Fernando César. Dicionário Enciclopédico Ilustrado Trilingue- Língua Brasileira de Sinaes. São Paulo: Edusp, 2003. FELIPE, Tanya A. LIBRAS em contexto. Brasília: LIBREGRAF, 2004. PIMENTA, N., QUADROS, R. M. Curso de LIBRAS. Rio de Janeiro: LSB Vídeo, 2006. ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA Ementa: Organização do ensino no Brasil e seus determinantes históricos, econômicos e sociais. Projetos econômico-sociais e suas manifestações na política educacional brasileira. O ensino como direito social no Brasil e sua vinculação ao Estado. A escola publica, sua trajetória e perspectivas. Sistema de ensino brasileiro e seus aspectos legais. BIBLIOGRAFIA: CURY, Carlos Roberto Jamil. Legislação educacional brasileira. Rio de Janeiro: DP&A, 2000. LIBANEO, Jose Carlos et al. Educação escolar: políticas, estrutura e organização. São Paulo: Cortez, 2003. OLIVEIRA, Romualdo Portela, ADRIAO, Thereza. Organização do ensino no Brasil: níveis e modalidades na Constituição Federal e na LDB. São Paulo: Xama, 2002. SAVIANI, Demerval. Da nova LDB ao Plano nacional de Educação: por uma nova política educacional. Campinas: Autores associados, 1998. FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL I 66 Ementa: Análise dos fundamentos políticos, econômicos e sociais do atendimento às crianças de 0 a 6 anos. A instituição e o projeto educativo: condições externas e internas. O papel social da creche e da pré-escola. BIBLIOGRAFIA: KRAMER, S. A política do pré-escolar no Brasil. São Paulo: Cortez, 1992. OLIVEIRA, Z. de M. R. de (org). Educação infantil: muitos olhares. São Paulo: Cortez, 1996. SOUZA, A. M. C. de. Educação infantil: uma proposta de gestão municipal. Campinas: Papirus, 1996. FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL II Ementa: Formação do educador infantil. O currículo na educação infantil. Os princípios metodológicos para a educação infantil. A organização do trabalho pedagógico na educação infantil. A prática avaliativa na creche e na pré-escola. BIBLIOGRAFIA: HOFFMANN, J. (org). Ação educativa na creche. Porto Alegre: Medição, 1995. CAMPOS, Maria Malta. ROSEMBERG,Fulvia. FERREIRA, Isabel M. Creches e pré-escolas no Brasil. 3 ed. São Paulo: Cortez; Fundação Carlos Chagas, 2001. NICOLAU, Marieta Lúcia M. A educação pré-escolar: fundamentos e didática. São Paulo: Ática, 2000. MELHADO, Maria Tereza, PAULA, Mariy de Lourdes S. Pré-escola: despertar para a vida. 3 ed. Campinas: Alínea, 2001. GESTÃO ESCOLAR 67 Ementa: Teorias da Administração e Gestão Educacional. Abordagem participativa para a gestão escolar. Gestão escolar e criação de ambientes participativos. O processo de gestão e o desenvolvimento profissional na escola. As práticas administrativas e a postura do diretor na gestão democrática. BIBLIOGRAFIA AGUIAR, M. A. da S.; FERREIRA, N. S. C. (org). Gestão da educação: impasses, perspectivas e compromissos. São Paulo: Cortez, 2000. LÜCK, H. et al. A escola participativa: o trabalho do gestor escolar. Rio de Janeiro: DP&A, 2000. FORTUNA, M. L. A. Gestão escolar e subjetividade. São Paulo: Xamã; Niterói: Intertexto, 2000. PLANEJAMENTO EDUCACIONAL Ementa: Planejamento de ensino numa perspectiva crítica. Histórico do planejamento: do planejamento normativo ao participativo. Projetos e educação: atribuição das diversas instâncias educacionais. O projeto político-pedagógico: atuação integrada dos educadores. Planejamento do trabalho pedagógico. BIBLIOGRAFIA DALMÁS, Ângelo. Planejamento participativo na escola. Petrópolis: Vozes, 1999. LIBÂNEO, José Carlos et al. Educação escolar: políticas, estruturas e organização. São Paulo: Cortez, 2003. ________________. Didática. São Paulo; Cortez, 1992. VEIGA, Ilma Passos A. RESENDE, Lucia Maria G. de ( orgs ). Escola: espaço do projeto político-pedagógico. Campinas, SP: Papirus, 1998. VIANNA, Ilca O. de A. Planejamento participativo na escola. São Paulo: EPU, 1986. 68 AVALIAÇÃO EDUCACIONAL Ementa: Avaliação de práticas na perspectiva de um projeto pedagógico transdisciplinar. A prática pedagógica e a avaliação transformadora. A avaliação institucional como medida de controle da qualidade do ensino em nível nacional e local BIBLIOGRAFIA BALZAN, Newton César, DIAS SOBRINHO, José (orgs). Avaliação institucional: teoria e experiências. São Paulo: Cortez, 2000. ESTEBAN, Maria Teresa. O que sabe quem erra? Reflexões sobre a avaliação e fracasso escolar. Rio de janeiro: DP&A, 2001. LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo; Cortez, 1992. TURRA, Clódia Maria G. et al. Planejamento de ensino e avaliação. Porto Alegre: Sagra, 1993. 12) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. Congresso Nacional. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro.Brasília: MEC, 1996. BRASIL. Constituição Federal Brasileira. 1988. BRASIL. Conselho nacional de educação. Diretrizes Curriculares nacionais para os Cursos de Pedagogia. 13 de dezembro de 2005. PROJETO Político-Pedagógico do Centro Universitário Serra dos Órgãos. BERGIER, Jacques & PAWELS, Louis. O despertar dos mágicos. São Paulo: DIFEL, 1980. HOFFMANN, Jussara. Pontos e Contrapontos: do pensar ao agir em avaliação. 2. ed. Porto Alegre: Mediação, 2004. LIBANEO, Jose Carlos et al. Educação escolar: políticas, estrutura e organização. São Paulo: Cortez, 2003. TAVARES, Maria Carmem. Gestão Educacional - Uma nova visão. Sonia Simões Colombo (org.) Porto Alegre: Artmed,2004. MORIN, Edgar. Introdução ao pensamento complexo. Lisboa: Instituto Piaget, 1990. 69 PERRENOUD, Philippe. Dez novas competências para ensinar. Porto Alegre: Artmed, 2000. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ALONSO, M. Gestão escolar: revendo conceitos. São Paulo, PUC-SP, 2004. DELORS, Jacques. Educação: um Tesouro a Descobrir. São Paulo: Cortez, 1999. FAZENDA, Ivani. (org). Dicionário em construção: interdisciplinaridade. 3 ed. São Paulo: Cortez, 2005. FREIRE, Paulo. Pedagogia da Esperança. São Paulo: Paz e terra, 1999. NÓVOA, Antônio. Os professores e sua formação. Lisboa: Dom Quixote, 1991. ______. Profissão professor. Lisboa, Porto Editora, 1999a. SOUSA SANTOS, Boaventura. de A construção multicultural da igualdade e da diferença. Palestra proferida no VII Congresso Brasileiro de Sociologia, realizado no Instituto de Filosofia me Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro, de 04 a 06 de setembro de 1995. Publicado na Oficina do CES – Centro de Estudos Sociais de Coimbra – Portugal, 1999. ______. Reconhecer para libertar os caminhos do cosmopolitismo multicultural. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, v. 3, 2003. 70