18º Encontro Nacional debate novos desafios para os
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18º Encontro Nacional debate novos desafios para os
Ano XVII - nº 246 - Edição de 3 Agosto de 2016 18º Encontro Nacional debate novos desafios para os profissionais de RI O IBRI (Instituto Brasileiro de Relações com Investidores) e a ABRASCA (Associação Brasileira das Companhias Abertas) promoveram a 18ª edição do Encontro Nacional de Relações com Investidores e Mercado de Capitais, nos dias 28 e 29 de junho de 2016, no auditório da FECOMERCIO, em São Paulo (SP). Edmar Prado Lopes Neto, presidente do Conselho de Administração do IBRI, destacou na abertura do Encontro que o profissional de Relações com Investidores tem hoje a importante missão de transmitir, com clareza e objetividade, o que está acontecendo tanto dentro quanto fora da companhia. “Gestão de crise e de riscos e a importância da comunicação e da adoção das melhores práticas são temas bastante atuais e de grande valia para o dia a dia do mercado de capitais”, declarou Antonio Castro, presidente da ABRASCA. Pablo Renteria, diretor da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), lembrou a necessidade do profissional de RI estar sempre atento às mudanças no mercado e manter-se sempre bem informado. Laércio Cosentino, presidente da TOTVS, realizou palestra no primeiro painel. Cosentino ressaltou que o mundo está conectado e os porta-vozes das empresas têm a obrigação de fornecer suas mensagens de forma clara, direta e objetiva, pois não se tem controle sobre as respostas. O painel foi moderado por Edmar Prado Lopes e discutiu como as empresas estão lidando com a crise. Participaram também do painel: Pablo Renteria e Walter Schalka, presidente da Suzano Papel e Celulose. Schalka mencionou ser preciso pensar em soluções para os problemas crônicos que estamos vivendo no Brasil. Bruce Mescher, sócio da área de Auditoria da Deloitte, apresentou os resultados da pesquisa Deloitte/IBRI – “Gestão de Riscos e RIs – Evolução Contínua para Criar e Preservar Valor nas Relações com Investidores”, realizada junto a 59 profissionais, dos quais 64% ocupavam posições de liderança. A pesquisa detectou que dentre os temas mais preocupantes para os RI’s estão: as ameaças relativas ao modelo de negócio (64%), a preocupação com o crescimento orgânico (63%) e com investimentos em inovação (46%). O jurista Joaquim Falcão realizou palestra no segundo painel do evento e destacou a ascensão do Poder Judiciário. O painel foi moderado por Ricardo Rosanova Garcia, vice-presidente do IBRI e gerente de RI da Helbor, e também contou com a participação de Carlos Primo Braga, Professor Associado da Fundação Dom Cabral e Professor Visitante da IMD Business School. “Você tem que acreditar na sua marca e na do seu país. Infelizmente a marca do Brasil não está boa, mas temos que lutar para melhorá-la”, chamou atenção o Prof. Carlos Braga. Tim Koller, Corporate Finance Expert Partner da McKinsey & Company, encerrou o primeiro dia do evento com palestra sobre “Visão estratégica do profissional de Relações com Investidores em relação ao valor da empresa, atuação proativa do RI na interlocução com o mercado com visão de longo prazo”. André Luiz Gonçalves, vice-presidente do Conselho de Administração do IBRI e gerente geral de Relações com Investidores da Fibria, moderou a palestra. “O papel do profissional de Relações com Investidores é explicar a estratégia da empresa”, enfatizou. Importância da comunicação para os RI’s “Nos últimos anos, o país tem apresentado ciclos de variação econômica e política muito curtos, o que invariavelmente dificulta a realização de um planejamento eficiente em longo prazo”, afirmou Joaquim de Oliveira, sócio das áreas de Fusões e Aquisições, Bancário e Financiamentos, Private Equity e Mercado de Capitais do escritório Souza, Cescon, Barrieu & Flesch Advogados, no painel “Empresas de Capital Fechado – Necessidades de Capital e Expectativas”. Thomas Brull, membro do Conselho de Administração da Aegea Saneamento e Participações S.A., mencionou que ao se abrir o capital, tem-se acesso a recursos de longo prazo, mas sem a pressão por retorno mais imediato. Sidney Chameh, diretor da DGF Investimentos, ressaltou a governança e o compartilhamento de informações como aspectos essenciais para sobrevivência de uma empresa em um mercado tão instável. Embora essas adversidades possam ser vistas, em um primeiro momento, com viés negativo, Thiago Pimenta, headhunter da FLOW Executive Finders, alertou para a necessidade dos profissionais de RI estarem sempre atentos a oportunidades que podem surgir. A mesma visão é compartilhada por Joaquim de Oliveira, sócio de escritório Souza, Cescon, Barrieu & Flesch Advogados. Os ciclos econômicos estão cada vez mais curtos, e isso faz com que o período entre o nascimento e o declínio de uma empresa também seja mais reduzido em cada década. O assunto foi debatido no painel “Comunicação Estratégica e o papel do profissional de RI”. Para Caio Túlio Costa, jornalista e ex-ombudsman, tudo está em crise. De acordo com Diego Barreto, membro do Conselho de Administração do IBRI e diretor financeiro da Suzano Papel e Celulose, do ponto de vista corporativo, ainda há preconceito com as mídias sociais, por exemplo. Segundo Roger Oey, especialista sênior em Renda Variável da Bloomberg, o mundo evoluiu muito nos últimos anos, mas no âmbito corporativo a sensação é de que estamos vivendo em modo analógico, uma vez que os processos ainda são arcaicos. “A perspectiva é que com a diminuição das incertezas políticas haja a retomada econômica, sobretudo a partir de 2019, e o mercado de capitais volte a crescer”, destacou Juan Jensen, economista e sócio da 4E Consultoria, no painel 5: “Atual ambiente econômico e mercado de capitais”. Nuno da Silva, diretor de DRs (Depositary Receipts) para América Latina do BNY Mellon, comentou que os profissionais de Relações com Investidores devem engajar o presidente da companhia nas apresentações para investidores. Hugo Sanders, Head of Corporate Access do Norges Bank Investment Management, e Benjamin Colton, Active Ownership do Norges Bank Investment Management, foram os palestrantes sobre “Melhores Práticas de Comunicação na área de RI e os Fatores ESG (Environmental, Social and Governance)”. As palestras foram moderadas por Carlos Lazar, membro do Conselho de Administração do IBRI e diretor de Relações com Investidores da Kroton Educacional. Os gestores do fundo soberano da Noruega reforçaram a ideia de que os membros do board precisam entender a importância da governança corporativa. Encerramento - Como seria o mundo se você não existisse? Um lugar melhor ou um lugar pior? Com esses dois questionamentos, Deltan Dallagnol, Procurador da República no Ministério Público Federal e Coordenador da Força-Tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba (PR), iniciou sua palestra de encerramento do 18º Encontro Nacional de Relações com Investidores e Mercado de Capitais com o tema: “Tempos de crise, corrupção e ética nos negócios”. A palestra foi moderada por Júlio Bueno, sócio com atuação na área de Projetos de Infraestrutura, Direito da Construção e Contratos de Engenharia da Pinheiro Neto Advogados. Dallagnol afirmou que a operação Lava-Jato não tem o poder de acabar com a corrupção no país, como muitas pessoas acreditam ou, ao menos, desejam. “A Lava Jato representa um momento de força institucional, da nossa democracia, demonstrando que nossas instituições são fortes. Agora se nós queremos que nossa democracia melhore, precisamos de representatividade política e de reformas”, concluiu, sendo aplaudido de pé pelos mais de 500 participantes do 18º Encontro Nacional de Relações com Investidores e Mercado de Capitais. O Encontro Nacional foi patrocinado pelas empresas: BM&FBOVESPA, Bloomberg, BNY Mellon, Bradesco, Chorus Call, Crowe Horwath, Deloitte, Diligent, Itaú Unibanco, MZ Boardvantage, RIWeb, RR Donnelley, Sabesp, Saint Paul Editora, Souza Cescon, SulAmérica, TheMediaGroup, Valor Econômico e Wittel.
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