ANALISE MACROAMBIENTAL
Transcrição
ANALISE MACROAMBIENTAL
1 ANÁLISE MACROAMBIENTAL “ESTUDO DE OPORTUNIDADES DE INVESTIMENTO EM TURISMO NO DISTRITO FEDERAL” Brasília Junho 2010 Documento elaborado pelo CETUnB, em parceria com o SEBRAEDF e o Ministério do Turismo. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 2 FICHA TÉCNICA Estudo para o Levantamento das Oportunidades de Investimentos para o Setor de Turismo no Distrito Federal 2010 Ministério do Turismo – Mtur / Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Distrito Federal - Sebrae-DF/ Centro de Excelência em Turismo da Universidade de Brasília – CET-UnB Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser fotocopiada, gravada, reproduzida ou transmitida sob qualquer meio eletrônico ou mecânico sem o prévio consentimento dos autores. Aparecida Vieira Lima Giana Maria Gagno Maria Auxiliadora Umbelino de Souza Equipe Técnica do Sebrae-DF Regina Célia Xavier dos Santos Consultora Técnica CET-UNB Endereço para contato: Centro de Excelência em Turismo Campus Universitário Darcy Ribeiro Gleba A Módulo E – Universidade de Brasília Asa Norte Brasília - DF Telefone: 3107-5959 Fax (61) 3107- 6380 E-mail: [email protected] José Geraldo de Sousa Junior Reitor da Universidade de Brasília MTUR Domingos Sávio Spezia Assessoria Técnica do Centro de Excelência em Turismo Luiz Eduardo Pereira Barreto Filho Ministro de Estado do Turismo Mário Augusto Lopes Moysés Secretário Executivo Frederico Silva da Costa Secretário Nacional de Programas de Desenvolvimento do Turismo Hermano Gonçalves de Souza Carvalho Diretor do Departamento de Financiamento e Promoção de Investimentos no Turismo SEBRAE-DF Antonio Rocha da Silva Presidente José Carlos Moreira De Luca Maria Eulalia Franco Rodrigo de Oliveira Sá Diretoria Executiva Banco de Brasília S.A - BRB Banco do Brasil S.A.- BB Caixa Econômica Federal - CAIXA Companhia de Planejamento do Distrito Federal - CODEPLAN Federação da Agricultura e Pecuária do Distrito Federal - FAPE/DF Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Distrito Federal - FACI/DF Federação das Indústrias do Distrito Federal - FIBRA Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal - FECOMÉRCIO Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico do Distrito Federal – SDE Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE Universidade de Brasília - UnB Conselho Deliberativo Maria Eulalia Franco Fernando Neves dos S. Filho Roberto Faria Santos Filho Neio Lúcio de Oliveira Campos Diretor do Centro de Excelência em Turismo Maria de Lourdes Rollemberg Mollo Coordenação do Núcleo de Economia do Turismo Cléssios Renato Silveira Celestino Coordenação de Projetos de Gastronomia Ariádne Pedra Bittencourt Coordenação de Projetos em Hotelaria Elisângela Aparecida Machado da Silva Coordenação de Projetos em Turismo Karen Furlan Basso Luiz Carlos Spiller Pena Davi Bimbatti Ana Rosa Domingues dos Santos Analistas de Projetos em Turismo Milene Takasago Responsável Técnica do Projeto Fernando Luiz Araújo Sobrinho Ananda de Melo Martins José Costa do Amor Divino Joaquim Pinto de Andrade Pesquisadores Loreane Evelyn Nazareth Brandizzi Laboratório de Tecnologia CET/UnB Gleison Carvalho Dázia Bezerra Luciana Cavalcante Técnicos em turismo Humberto Sales de Andrade Keila Karine Silva Rabelo Estagiários Wagner Soares Revisão, projeto gráfico e diagramação ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB SUMÁRIO ________________________________________________________________ LISTA DE FIGURAS....................................................................................................................................................... 5 LISTA DE MAPAS ......................................................................................................................................................... 6 LISTA DE QUADROS ................................................................................................................................................... 6 LISTA DE TABELAS....................................................................................................................................................... 7 LISTA DE SIGLAS .......................................................................................................................................................... 9 APRESENTAÇÃO .......................................................................................................................................................... 15 Capítulo 1: Metodologia ....................................................................................................................................... 17 Capítulo 2: Aspectos Socioculturais ............................................................................................................... 24 2.1 Informações Históricas ................................................................................................................................ 24 2.2 Aspectos Demográficos .............................................................................................................................. 33 2.3 Educação ........................................................................................................................................................... 40 2.3.1 Educação Básica, Ensino Fundamental e Ensino Médio ......................................................... 40 2.3.1.1 Rede Pública ................................................................................................................................ 40 2.3.1.2 Rede Privada ................................................................................................................................ 48 2.3.2 Ensino Superior: Graduação e Pós-Graduação .......................................................................... 49 2.3.2.1 Graduação .................................................................................................................................... 49 2.3.2.2 Pós-Graduação ........................................................................................................................... 53 2.3.3 Cursos Técnicos E Profissionalizantes ........................................................................................... 55 2.4 Cultura e Lazer ................................................................................................................................................ 59 2.5 Aspectos Psicográficos do Consumidor do Distrito Federal.......................................................... 64 Capítulo 3: Aspectos Econômicos ..................................................................................................................... 73 3.1 Economia Formal e Informal ..................................................................................................................... 73 3.2 Capacidade Empresarial .............................................................................................................................. 80 3.3 Mercado de Trabalho ................................................................................................................................... 87 3.4 Investimentos Públicos ................................................................................................................................ 95 3.5 Economia do DF: descrição a partir da matriz insumo-produto .................................................. 101 3.5.1 O Distrito Federal e a economia brasileira .................................................................................. 102 3.5.2 Os índices de ligação para frente e para trás ............................................................................. 108 3.5.3 Potenciais de geração de produção, emprego e renda ..................................................... 112 Capítulo 4: Aspectos Políticos ............................................................................................................................ 117 4.1 Programas Públicos Federais que beneficiam o DF ......................................................................... 117 4.2 Lesgislação federal e distrital de proteção ambiental e uso do solo ......................................... 121 4.3 Patrimônio Ambiental e Cultural ............................................................................................................. 129 ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB, REALIZAÇÃO: SEBRAE-DF 4 4.3.1 Patrimônio Ambiental ......................................................................................................................... 129 4.3.2 Patrimônio Cultural .............................................................................................................................. 135 4.4 Lei da Micro e Pequena Empresa e Lei do Empreendedor Individual .............................................. 142 Capítulo 5: Aspectos Infraestruturais ............................................................................................................. 145 5.1 Infraestrutra Geral ......................................................................................................................................... 145 5.1.1 Saúde Pública e Privada ................................................................................................................... 145 5.1.2 Energia.................................................................................................................................................... 150 5.1.3 Comunicação ....................................................................................................................................... 152 5.1.4 Saneamento Básico ........................................................................................................................... 154 5.1.5 Segurança Pública .............................................................................................................................. 159 5.1.6 Transporte Urbano ............................................................................................................................. 165 5.1.6.1 Transporte Metroviário .............................................................................................................. 166 5.1.6.2 Transporte Coletivo Urbano..................................................................................................... 169 5.1.6.3 Táxi .................................................................................................................................................... 172 5.1.6.4 Moto Frete ...................................................................................................................................... 174 5.1.6.5 Programa Brasília Integrada ..................................................................................................... 174 5.1.7 Acessos................................................................................................................................................... 179 5.1.7.1 Acesso Aéreo ................................................................................................................................ 179 5.1.7.2 Acesso Rodoviário ....................................................................................................................... 183 5.1.7.3 Acesso Aquaviário ....................................................................................................................... 187 5.1.7.4 Acesso Ferroviário ....................................................................................................................... 188 5.1.7.5 Terminal Rodoferroviário .......................................................................................................... 190 Capítulo 6: Considerações Finais ........................................................................................................................... 193 BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................................................................... 198 Anexos ............................................................................................................................................................................. 203 ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 5 LISTA DE FIGURAS ________________________________________________________________ Figura 1 – Modelo de Macroambiente com quatro segmentos ........................................................................ 17 Figura 2 – Modelo de Macroambiente com quatro Aspestos de Relevância ............................................... 18 Figura 3 – Elementos Socioculturais relevantes à Análise Macroambiental .................................................. 19 Figura 4 – Elementos Econômicos relevantes à Análise Macroambiental ...................................................... 20 Figura 5 – Elementos Político-legais relevantes à Análise Macroambiental .................................................. 20 Figura 6 – Elementos Infraestruturais relevantes à Análise Macroambiental ................................................ 21 Figura 7 – Conjunto de Elementos Estruturais relevantes à Análise Macroambiental ............................... 21 Figura 8 – Desenho proposto por Lúcio Costa para Brasília ............................................................................... 27 Figura 9 – Croqui com a localização das cidades que circundam o Plano Piloto em 1988 ..................... 29 Figura 10 – Pirâmides etárias do Distrito Federal com base nos censos de 1980 e 2000 ........................ 36 Figura 11 – Pirâmides etárias da área central e das outras áreas do Distrito Federal, 2000 ................... 36 Figura 12 – Estrutura de organização do território PDOT/2009 ........................................................................ 124 Figura 13 – Sistema Metroviário do DF ....................................................................................................................... 167 Figura 14 – Frota de veículos registrados no Distrito Federal – janeiro de 2010 ........................................ 177 Figura 15 – 1ª Etapa do Programa Cicloviário do Distrito Federal.................................................................... 186 Figura 16 – Ferrovia Centro Atlântica – Malha Ferroviária ................................................................................... 189 ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 6 LISTA DE MAPAS ________________________________________________________________ Mapa 1 – Localização do Distrito Federal no Brasil ..................................................................................................... 26 Mapa 2 – Área Urbana do Distrito Federal ..................................................................................................................... 30 Mapa 3 –Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno – RIDE/DF......................... 32 Mapa 4 – Mapa Ambiental do Distrito Federal ............................................................................................................. 131 LISTA DE QUADROS ________________________________________________________________ Quadro 2.01 – Programas Estruturantes e Programas e Projetos Estruturados – SEDF................................. 47 Quadro 2.02 – Projetos de Esino Fundamental ............................................................................................................. 48 Quadro 2.03 – Cursos de nível básico oferecidos pelo CEP EMB ........................................................................... 56 Quadro 2.04 – Ações e Projetos Culturais no Distrito Federal ................................................................................ 60 Quadro 2.05 – Informações Gerais do destino Brasília – Distrito Federal ........................................................... 65 Quadro 3.06 – Matriz de Insumo-Produto do Distrito Federal - 2006 ................................................................. 104 Quadro 3.07 – Contribuição Setorial para o PIB – DF e Brasil – 2004 ................................................................... 105 Quadro 3.08 – As economias do DF e do Brasil – PIB e Remuneração de Fatores .......................................... 106 Quadro 3.09 – A participação das Remunerações dos Fatores no PIB ................................................................. 107 Quadro 3.10 – Efeitos de Encadeamento para Trás..................................................................................................... 109 Quadro 3.11 – Efeitos de Encadeamento para Frente ................................................................................................ 116 Quadro 4.12 – Eixos Estruturantes do PAC 2 e os investimentos previstos (2011-2014) .............................. 119 Quadro 4.13 – RPPN‘s do Distrito Federal ...................................................................................................................... 132 Quadro 4.14 – Zona Urbana de Uso Controlado – PDOT/2009 .............................................................................. 134 Quadro 5.15 – Tarifas do Transporte Coletivo do Distrito Federal (maio 2010) ............................................... 170 Quadro 5.16 – Tarifas do Transporte Coletivo nas capitais brasileiras (2010) ................................................... 171 Quadro 5.17 – Tarifa de taxi nas diferentes cidades brasileiras .............................................................................. 173 ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 7 LISTA DE TABELAS ________________________________________________________________ Tabela 2.01 – Distribuição dos imigrantes segundo região de origem. Localidades do Distrito Federal... 34 Tabela 2.02 – Proporção de migrantes com menos de 10 anos de residência na população total segundo localidades do Aglomerado Urbano de Brasília ............................................................................................................. 38 Tabela 2.03 – Creches do Distrito Federal .......................................................................................................................... 41 Tabela 2.04 – Pré-escolas do Distrito Federal ................................................................................................................... 41 Tabela 2.05 – Unidades de Ensino de Educação Infantil no Distrito Federal ........................................................ 42 Tabela 2.06 – Demonstrattivo de matrículas e turmas por RA – Ensino Fundamental) .................................... 43 Tabela 2.07 – Demonstrativo de matrículas e turmas do Ensino Médio por RA ............................................... 44 Tabela 2.08 – Ensino Médio – Instituições Educacionais Públicas por RA ............................................................ 44 Tabela 2.09 – Unidades de Instituições Educacionais Especiais por RA e matrículas por classe ................... 45 Tabela 2.10 – EJA – Intituições Educacionais e Demonstrativo de matrículas por RA ...................................... 46 Tabela 2.11 – ENCC EJA Inscritos .......................................................................................................................................... 47 Tabela 2.12 – Estabelecimentos de Ensino Privado de Educação Básica – DF ...................................................... 49 Tabela 2.13 – Número de Instituições de Educação Superior, por Organização Acadêmica e Localização (capital e interior), segundo dados do Brasil, Região Centro-Oeste e Distrito Federal e a Categoria Administrativa da IES ................................................................................................................................................................. 50 Tabela 2.14 – Número de docentes de Pós-Graduação por região ......................................................................... 51 Tabela 2.15 – Matrículas nas IES do Distrito Federal por categoria administrativa 1991-2004 ..................... 52 Tabela 2.16 – Programas e Cursos de Pós-Graduação por regiões brasileiras .................................................... 53 Tabela 2.17 – Cursos de Mestrado/Doutorado reconhecidos pelo MEC na Região Centro-Oeste) ........... 54 Tabela 2.18 – Distribuição Percentual dos Domicílios, por condição de posse, segundo o tipo de equipamento doméstico .......................................................................................................................................................... 69 Tabela 2.19 – Domicílios Particulares Permanentes e moradores em domicílios particulares permanentes e alguns bens duráveis existentes no domicílio (%) ....................................................................................................... 70 Tabela 2.20 – Gastos com bens e serviços artístico-culturais diretos nas regiões matropolitanas............... 71 Tabela 2.21 – Gastos com bens e serviços artístico-culturais indiretos nas regiões matropolitanas ........... 72 Tabela 3.22 – Grau de Informalidade em porcentagem por Unidade da Federação ......................................... 74 Tabela 3.23 – Renda – Desigualdade – Índice de Gini por Unidade da Federação ............................................ 75 ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 8 Tabela 3.24 – Renda – Razão entre a Renda dos 20% mais ricos e 20% mais pobres por Unidade da Federação ....................................................................................................................................................................................... 77 Tabela 3.25 – PIB estadual Per Capita – R$ de 2000 ...................................................................................................... 78 Tabela 3.26 – Participação das Atividades Econômicas no valor adicionado Bruto a preço básico ............. 80 Tabela 3.27 – Administração, saúde e educação públicas e seguridade social por UF ..................................... 81 Tabela 3.28 – Intermediação Financeira, seguros e previdência complementar e serviços relacionados por UF .............................................................................................................................................................................................. 82 Tabela 3.29 – Atividades Imobiliárias e Aluguéis por Unidade da Federação ...................................................... 83 Tabela 3.30 – Participação na construção civil por Unidade da Federação ........................................................... 84 Tabela 3.31 – Comércio e serviços de manutenção e reparação por Unidade da Federação ........................ 85 Tabela 3.32 – Trabalhadores registrados na RAIS – DF ................................................................................................. 87 Tabela 3.33 – Trabalhadores registrados na RAIS – DF: participação % total ....................................................... 88 Tabela 3.34 – Porcentagem de analfabetos por Unidade da Federação – pessoas 15 anos e mais) ........... 89 Tabela 3.35 – Média de anos de estudo por Unidade da Federação – pessoas 25 anos e mais ................... 90 Tabela 3.36 – Média de horas trabalhadas por Unidade da Federação .................................................................. 91 Tabela 3.37 – Rendimento mensal médio real dos ocupados no trabalho principal, por setor .................... 92 Tabela 3.38 – População ocupada por Unidade da Federação ................................................................................. 92 Tabela 3.39 – Taxa de Desemprego (%) por Unidade da Federação ...................................................................... 93 Tabela 3.40 – Taxa de Desemprego segundo nível de escolaridade do Distrito Federal ................................ 94 Tabela 3.41 – Despesa de Capital como (%) da Despesa Total por Unidade da Federação ........................... 96 Tabela 3.42 – Despesa Corrente como (%) da Despesa Total por Unidade da Federação .......................... 97 Tabela 3.43 – Investimento Público Local do Distrito Federal ................................................................................... 98 Tabela 3.44 – Previsões para o Investimento Público Local – Nominal – do Distrito Federal......................... 99 Tabela 3.45 – Previsões para o Investimento Público Local – R$ de 1990 – do Distrito Federal ................ 100 Tabela 5.46 – Dados técnicos sobre o Sistema de Limpeza Urbana do Distrito Federal ................................ 156 Tabela 5.47 – Frota de veículos da RIDE DF .................................................................................................................... 178 Tabela 5.48 – Movimento de Aeronaves, Carga Aérea e Passageiros no Aeroporto Internacional............ 180 ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 9 LISTA DE SIGLAS ________________________________________________________________ AMB – Área Metropolitana de Brasília ANATEL – Agência Nacional de Telecomunicações ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres APA – Área de Proteção Ambiental ARIE – Área de Relevante Interesse Ecológico ARINE – Área de Regularização de Interesse Específico ARIS – Área de Regularização de Interesse Social BACEN – Banco Central do Brasil BELACAP – Serviço de Ajardinamento e Limpeza Urbana do Distrito Federal BIA – Bloco Inicial de Alfabetização BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento BPC – Benefício de Prestação Continuada BRASILIATUR – Empresa Brasiliense de Turismo CAESB – Companhia de Saneamento Ambiental de Brasília CAIC – Centro de Atenção Integral à Criança CAS – Centro de Capacitação de Profissionais da Educação e de Atendimento às Pessoas com Surdez CAT´s – Centros de Atendimento a Turistas CCO – Centro de Controle Operacional CEB – Companhia Energética de Brasília CEE – Centro de Ensino Especial CEI – Centro de Educação Infantil CELG – Centrais Elétricas de Goiás CEP – Centro de Educação Profissional CEP EMB – Centro de Educação Profissional Escola de Música de Brasília CET-UnB – Centro de Excelência em Turismo da Universidade de Brasília CGU – Controladoria Geral da União CNA – Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil CNDU – Conselho Nacional de Desenvolvimento Urbano CODEPLAN – Companhia de Desenvolvimento do Planalto Central CONTRAN DF – Conselho de Trânsito do Distrito Federal CPCAS – Centro de Polícia Comunitária e Ações Sociais ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 10 CRM – Conselho Regional de Medicina DER DF – Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal DER DF – Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal DFTRANS – Empresa de Transporte Urbano do Distrito Federal DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos DMTU – Departamento Metropolitano de Transporte Urbano DRE – Diretoria Regional de Ensino EIA – Estudo de Impacto Ambiental EJA – Educação para Jovens e Adultos ENCCEJA – Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos EPAC – Estrada Parque Acampamento EPAR – Estrada Parque Aeroporto EPCL – Estrada Parque Ceilândia EPCT – Estrada Parque do Contorno EPCV – Estrada Parque Cabeça de Veado EPDB – Estrada Parque Dom Bosco EPE – Empresa de Pesquisa Energética EPGU – Estrada Parque do Guará EPIA – Estrada Parque Indústria e Abastecimento EPIB – Estrada Parque Interbairros EPIP – Estrada Parque Ipê EPJK – Estrada Parque Juscelino Kubitschek EPNB – Estrada Parque Núcleo Bandeirante EPPN – Estrada Parque Península Norte EPPR – Estrada Parque Paranoá EPTG – Estrada Parque Taguatinga EPTM – Estrada Parque Tamanduá EPTT – Estrada Parque Torto EPVB – Estrada Parque Vargem Bonita EPVL – Estrada Parque Vale EPVP – Estrada Parque Vicente Pires ERN/ ERS – Eixo Rodoviário Norte/ Sul ETE – Estação de Tratamento de Esgoto FCA – Ferrovia Centro-Atlântica FGV – Fundação Getúlio Vargas FLONA – Floresta Nacional ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 11 FUNDF – Fundo de Desenvolvimento do Distrito Federal FUSEX – Fundo de Saúde do Exército GDF – Governo do Distrito Federal GEAP – Fundação de Seguridade Social HGGU – Hospital Regional do Guará HRAN – Hospital de Base, Hospital Regional da Asa Norte HRAS – Hospital Regional da Asa Sul HRB – Hospital Regional de Brazlândia HRC – Hospital Regional de Ceilândia HRG – Hospital Regional do Gama HRP – Hospital Regional de Planaltina HRPA – Hospital Regional do Paranoá HRS – Hospital Regional de Sobradinho HRSA – Hospital Regional de Samambaia HRT – Hospital Regional de Taguatinga HSVPA – Hospital São Vicente de Paula HUB – Hospital Universitário de Brasília IBAMA – Instituto Brasileiro de Meio Ambiente IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBRAM – Instituto Brasília Ambiental IDH – Índice de Desenvolvimento Humano IFET – Instituto Federal de Educação Técnica IGP-DI – Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna INCRA – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária INEP – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais INFRAERO – Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional JI – Jardim da Infância LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional LEEDV – Centro de Ensino Especial de Deficiência Visual LUOS – Lei de Uso e Ocupação do Solo METRÔ DF – Companhia do Metropolitano do Distrito Federal MEC – Ministério da Educação MIP – Matriz Insumo-Produto MPDFT – Ministério Público do Distrito Federal e Territórios ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 12 MPU – Ministério Público da União MTE – Ministério do Trabalho e Emprego MTur – Ministério do Turismo NET – Núcleo de Economia do Turismo NEUR UNB – Núcleo de Estudos Urbanos Regionais da Universidade de Brasília NOVACAP – Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil OCB – Sistema Cooperativista Nacional OMS – Organização Mundial da Saúde PAB – Posto de Atendimento Bancário PAC – Programa de Aceleração do Crescimento PCS – Postos Comunitários de Segurança PDOT – Plano Diretor de Ordenamento Territorial PDTU – Plano Diretor de Transporte Urbano PEA – População Economicamente Ativa PNAD – Pesquisa Nacional de Amostragem de Domícilios PEOT – Plano Estrutural de Ordenamento Territorial PERGEB – Programa Especial da Região Geoeconômica de Brasília PIB – Produto Interno Bruto PLANIDRO – Plano Diretor de Água, Esgoto e Controle da Poluição do Distrito Federal PLANSEQS – Plano de Qualificação Social e Profissional de Trabalhadores para o Acesso e Manutenção ao Emprego, Trabalho e Renda em Base Setorial PMDF – Polícia Militar do Distrito Federal PNAD – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio PNB – Parque Nacional de Brasília PNE – Plano Nacional de Educação PNOT – Plano de Ordenamento Territorial do Distrito Federal POUSO – Plano de Ocupação e Uso do Solo do Distrito Federal PROERD – Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência PRONAF - Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar PROUNI – Programa Universidade para Todos PTDRS – Planos Territoriais de Desenvolvimento Rural Sustentável PTU/DF – Programa de Transporte Urbano do Distrito Federal RA – Região Administrativa RAAE – Relatório de Avaliação Ambiental Estratégica RAIS – Relação Anual de Informações Sociais RB – Resto do Brasil ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 13 RFFSA – Rede Ferroviária Federal S/A RIDE DF – Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno RPPN – Reserva Particular de Patrimônio Natural SAIN – Setor de Áreas Isoladas Norte SALUB – Serviço de Ajardinamento e Limpeza Urbana de Brasília SAMU – Serviço de Atendimento Móvel de Emergência do Distrito Federal SARS – Síndrome Respiratória Aguda Grave SCIA – Setor Comércio, Indústria e Abastecimento SDE DF – Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Distrito Federal SEBRAE-DF– Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Distrito Federal SEDF – Secretaria de Educação do Distrito Federal SENAC – Serviço Nacional de Aprendizagem do Comércio SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial SENAR – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural SENAT – Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte SESC – Serviço Social do Comércio SESCOOP – Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo SESI – Serviço Social da Indústria SEST – Serviço Social de Transporte SETRAN DF – Secretaria de Transportes do Distrito Federal SIA – Setor de Indústria e Abastecimento SINDESP DF – Sindicato das Empresas de Segurança Privada, Sistemas de Segurança Eletrônica, Cursos de Formação e Transporte de Valores do Distrito Federal SINPETAXI DF – Sindicadto dos Permissionários de Taxis e Motoristas Auxiliares do Distrito Federal SLP – Serviço de Limpeza Pública SLU DF – Serviço de Limpeza Urbana do Distrito Federal SNEA – Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias SNIS – Sistema Nacional de Informações sobre o Saneamento SNUC – Sistema Nacional de Unidades de Conservação SUDECO – Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste TCB – Transporte Coletivo de Brasília TERRACAP – Companhia Imobiliária de Brasília TGD – Transtorno Global do Desenvolvimento TGV – Trem de Grande Velocidade UCCS – Unidade Central de Coleta Seletiva UCTL – Usina Central de Tratamento de Lixo ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 14 UDBraz – Usina de Compostagem e Reciclagem de Brazlândia UILE – Usina de Incineração de Lixo Especial UNB – Universidade de Brasília UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura UTI – Unidade de Terapia Intensiva UTL – Usina de Tratamento de Lixo da Asa Sul VLP – Veículo Leve sobre Pneus VLT – Veículo Leve sobre Trilhos ZEE – Zoneamento Ecológico-Econômico ZEIS – Zona Especial de Interesse Social ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 15 APRESENTAÇÃO Esta Análise Macroambiental é parte integrante da pesquisa ―Estudo para Levantamento das Oportunidades de Investimento para o Setor de Turismo no Distrito Federal” desenvolvido pelo Centro de Excelência em Turismo da Universidade de Brasília (CET-UnB) a partir das especificações técnicas do SEBRAE-DF (Anexo I do Edital Nº012/2009 SEBRAE-DF) e do Ministério do Turismo, ambos contratantes e financiadores deste estudo. A Análise Macroambiental é a primeira etapa realizada para o estudo acima mencionado, sendo a segunda etapa composta pela Análise Setorial do Turismo, e a terceira e última fase constituída pelo Estudo de Oportunidades de Investimento em Turismo no Distrito Federal. Espera-se que os investimentos a serem feitos nos próximos anos possam melhorar sensivelmente a qualidade de vida da população brasileira, e em especial, a qualidade das destinações turísticas visitadas por brasileiros e estrangeiros no país. Os desafios a serem superados em relação ao turismo no Brasil ainda são grandes, mas a partir da criação do Ministério do Turismo (2003) e das ações desenvolvidas por esse e outros ministérios, bem como as demais instâncias de governo (distrital, estadual e municipal) e a iniciativa privada, essa passa a ser uma atividade em evidência no Brasil, expandindo o número de visitantes e as receitas geradas. A presente Análise Macroambiental incorpora um conjunto de dados e informações oficiais, devidamente referenciados, utilizados para análise e reflexão sobre o ambiente no qual se insere o turismo no Distrito Federal. Sua finalidade consiste em subsidiar a tomada de decisões dos investidores e empreendedores da iniciativa pública e privada por meio da compreensão das potencialidades e limitações do ambiente político, social, econômico e infraestrutural do Distrito Federal. Este estudo, em sua compreensão mais ampla, corrobora com o entendimento do ambiente em que o turismo se insere na região, delimitada em sua formação atual por 30 regiões administrativas. Esta Análise foi desenvolvida pela equipe de pesquisadores do CET-UnB no período de dezembro de 2009 a junho de 2010 e encontra-se estruturado em seis capítulos que abordam a metodologia, os aspectos socioculturais, os aspectos econômicos, os aspectos políticos, os aspectos de infraestrutura e as considerações finais. Nesse contexto, são apresentados dados e informações que caracterizam o estágio atual de desenvolvimento do Distrito Federal, de maneira a se ter uma análise que permita apontar ameaças e oportunidades que repercutem no desenvolvimento do turismo. No capítulo 1 consta a metodologia concebida para a produção desse relatório, com uma sistematização por aspectos de relevância e seus respectivos conjuntos de dados e informações; apresenta as fontes de dados e as instituições consultadas, bem como a forma como foram utilizados para a análise do macroambiente do Distrito Federal. No capítulo 2 há a descrição e análise do aspecto sociocultural, composto pelos seguintes dados e informações: aspectos históricos; aspectos demográficos; educação; cultura e lazer; e aspectos psicográficos do consumidor do Distrito Federal. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 16 O capítulo 3 é composto pelos seguintes dados e informações: economia formal e informal; capacidade empresarial; mercado de trabalho; investimentos públicos e privados; e a economia do Distrito Federal (uma descrição a partir da matriz insumo-produto). No capítulo 4 está apresentado o conjunto de dados e informações referentes a programas públicos federais que beneficiam a área do Distrito Federal; a legislação federal e distrital de proteção ambiental e uso do solo, com especial atenção ao Plano Diretor de Ordenamento Territorial – PDOT; alguns aspectos do patrimônio ambiental e cultural do DF; e uma análise da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa e da Lei do Empreendedor Individual. O capítulo 5 é composto por dados e informações com relação à Infraestrutura Geral, que envolve a saúde pública e privada, a energia, a comunicação, o saneamento básico, a segurança pública, transportes urbanos e acessos. As considerações finais sintentizam os principais resultados obtidos a partir das análises feitas nos capítulos 2 a 5, com o objetivo de subsidiar a execução da Análise do Setor de Turismo e o Estudo de Oportunidades. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 17 1. Metodologia Esta Análise Macroambiental é parte integrante de um estudo para levantamento de oportunidades de investimentos no setor turismo do Distrito Federal, composto por uma série de análises que se complementam. Tratam-se de avaliações estratégicas que consideram o macroambiente, sem aprofundar análises no ambiente setorial do turismo, de modo a identificar as oportunidades, ameaças e tendências de evolução dos aspectos socioculturais, econômicos, políticos e infraestruturais do Distrito Federal que interferem ou influenciam no desenvolvimento do turismo. O escopo da Análise Macroambiental foi concebido a partir da adaptação de metologias desenvolvidas por autores como Narayanan e Fahey1 e Hitt et al2. Essa adaptação foi, na realidade, uma opção analítica, na medida em que envolve um tema complexo como o setor de turismo e o submete à sistematização por meio de técnicas e métodos utilizados na área de gestão estratégica, de modo que permitam fornecer uma visão de futuro. Um desafio que o CET-UnB assumiu por compreender que muitas vezes optar por modelos prontos é contrariar uma cultura submetida a constante mudança e adequação às exigências sociais, políticas, científicas e econômicas. Ao se concentrar nos aspectos críticos do macroambiente que se configuram como os mais relevantes é possível identificar variáveis ou forças que influenciam diretamente o funcionamento do setor do turismo. Dentre elas é comum citar a política, a tecnologia, a cultura, a economia, a sociedade, as leis, a demografia, a ecologia, entre outras. Para efeito de estruturação dos mecanismos de análise, o macroambiente é comumente classificado em modelos que agrupam essa gama de variáveis de acordo com suas principais características e influências em blocos diferenciados. Hitt et al3, por exemplo, considera que o modelo adequado para análise do ambiente é composto por seis segmentos: demográfico, econômico, político-legal, sociocultural, tecnológico e global. Já Narayanan e Fahey4 definem os principais segmentos como sendo o político ou o político-legal, o social, o tecnológico e o econômico (Figura 1). Figura 1 – Modelo de Macroambiente com quatro segmentos Fonte: Narayanan e Fahey (1999) 1 Narayanan e Fahey , 1999. Hitt et all, 2002. 3 Idem. 4 Narayanan e Fahey , 1999. 2 ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 18 O turismo, entendido como um setor, acompanha permanentemente a situação do ambiente externo e as pressões globais. Ele alimenta e é constantemente alimentado pelo ambiente, sendo efetivado à medida em que dialoga com sua legitimação social. Analisar o ambiente em que se insere, exige profunda atenção devido ao fato de englobar uma significativa complexidade. Convêm classificar os elementos críticos que compõem o macroambiente e identificar os mais relevantes de acordo com a capacidade de rastrear, manipular e avaliar informações, bem como relacionar-se com outros elementos. Portanto, a ênfase dada à esta análise ambiental, considera a instabilidade macroambiental e a questão da competitividade no turismo, uma vez que para prosperar neste setor extremamente competitivo, suas empresas precisam se antecipar e se adaptar com rapidez às condições do mercado global.5 Ao considerar o amplo universo de variáveis que podem ser usadas no estudo do macroambiente, o CET-UnB e o SEBRAE-DF acordaram entre si delimitar um conjunto de elementos relevantes para a análise, considerando as variáveis necessárias para obter informações coerentes com o contexto da realidade proposta. Para efeito de estruturação dos mecanismos de análise, os elementos propostos pela especificação técnica do SEBRAE-DF6 foram agrupados compondo um modelo analítico de quatro aspectos de relevância: econômico, sociocultural, político e infraestrutural (Figura 2). Figura 2 – Modelo de Macroambiente com quatro aspectos de relevância Fonte: CET-UnB (2009) Cada um dos aspectos expostos na figura abriga elementos críticos, ordenados em correspondência às especificações técnicas do contratante. O primeiro a ser sistematizado corresponde aos Aspectos Socioculturais (Capítulo 2), que é composto de informações históricas (processo de ocupação, contexto de construção da capital, etc.), demográficas (tamanho da população, estrutura etária, distribuição geográfica, etc.), educação (quantidade e distribuição de escolas públicas e privadas, índice de 5 LIAUTAUD, 2002; MITROFF, MASON E PERARSONM, 1994 Segundo as especificações técnicas do SEBRAE-DF, os elementos que devem compor a Análise Macroambiental são: Aspectos Históricos; Aspectos Demográficos; Economia Formal e Informal; Capacidade Empresarial; Infraestrutura Geral (Saúde pública e privada, Energia, comunicação e facilidades financeiras, Saneamento Básico, Segurança Pública, Educação, Transportes Urbanos, Acessos, Cultura e Lazer, Mercado de Trabalho e qualificação da mão de obra, Investimentos Públicos Locais e Privados para o Distrito Federal, Legislação federal e distrital de proteção ambiental e uso do solo, particularmente Plano Diretor de Ordenamento Territorial - PDOT. 6 ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 19 alfabetização, etc.), cultura e lazer, e por fim, alguns aspectos psicográficos da população do Distrito Federal. A seguir, demonstra-se o conteúdo do Capítulo 2 deste documento (Figura 3). Figura 3 – Elementos socioculturais relevantes à Análise Macroambiental Fonte: CET-UnB (2009) Após a abordagem dos aspectos considerados socioculturais foi construída a análise acerca dos indicadores que integram os aspectos econômicos, como forma de alinhar o entendimento acerca dos seguintes elementos: capacidade empresarial, qualificação da mão de obra e investimentos públicos. Agregando valor a este Estudo, o CET propôs o uso da matriz insumo-produto7 na análise da economia do Distrito Federal, desenvolvido pelos pesquisadores do Núcleo de Economia do Turismo (NET) do CET-UnB. A matriz de insumo-produto fornece importantes contribuições para o planejamento do processo de desenvolvimento de uma região, estado ou país. Isso porque ela permite perceber as relações econômicas entre os vários setores e as contribuições de cada um para o processo de crescimento econômico, a geração de produção, renda e emprego. A compreensão da interdependência entre os setores da economia contribui para evitar e corrigir pontos de estrangulamentos e garantir eficiência produtiva para determinada área de estudo, obtida por meio do levantamento da demanda de insumos e serviços provenientes do setor primário, secundário e terciário. A matriz de insumo-produto mostra, portanto, a relação entre os vários setores da economia na compra e na venda de insumos, no fornecimento de produtos para atender à demanda final, e permite calcular o valor adicionado por cada setor à produção total de um país, estado ou região, assim como calcular os geradores e multiplicadores de emprego e renda. Ao fazer isso para os setores produtivos do Distrito Federal, é possível destacar os mais estratégicos no sentido de estimular a produção dos demais e contribuir para a geração de renda e emprego. Assim, é possível priorizar de forma mais eficaz os investimentos privados a serem estimulados e o gasto público a ser destinado a investimentos. 7 Ressaltamos que a matriz insumo-produto analisada para o Distrito Federal é relativa ao ano de 2004, pois estes são os últimos dados disponíveis para sua construção. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 20 Além da análise da matriz insumo-produto, foram considerados a economia formal e informal, o mercado de trabalho, os investimentos e a capacidade empresarial do Distrito Federal (Figura 4). Figura 4 – Elementos econômicos relevantes à Análise Macroambiental Fonte: CET-UnB (2009) Nesta Análise Macroambiental também foram considerados os aspectos políticos e legais capazes de interferir significativamente no setor de turismo. Entre esses aspectos estão alguns elementos, como: os programas públicos federais que beneficiam ou exercem interferência no território do Distrito Federal de forma relevante ao setor de turismo; a lei geral da micro e pequena empresa e a lei do empreendedor individual e seus benefícios para o turismo; e a legislação federal e distrital de proteção ambiental e uso do solo – com especial atenção ao Plano Diretor de Ordenamento Territorial do Distrito Federal - PDOT. Figura 5 – Elementos político-legais relevantes à Análise Macroambiental Fonte: CET-UnB (2009) Elementos que compõem a infraestrutura geral da área de abrangência desta análise foram agrupados estrategicamente (Figura 6), uma vez que fornecem a estrutura urbana básica para o desenvolvimento ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 21 dos produtos e serviços do portfólio do setor. Assim, o quinto capítulo apresenta informações com relação à saúde pública e privada, energia, comunicação, saneamento básico, segurança pública, transportes urbanos e acessos. Figura 6 – Elementos Infraestruturais relevantes à Análise Macroambiental Fonte: CET-UnB (2009) No âmbito do Estudo para Levantamento das Oportunidades de Investimento para o Setor de Turismo no Distrito Federal, o CET-UnB adota a metodologia que integra quatro aspectos, cada um composto de um conjunto de elementos considerados relevantes para a realização de uma análise do macroambiente do turismo no Distrito Federal (Figura 7). Figura 7 – Conjunto de Elementos Estruturais relevantes à Análise Macroambiental Fonte: CET-UnB (2009) Na concepção da metodologia da Análise Macroambiental foi utilizado o método de pesquisa exploratória, pautada no levantamento de dados secundários sobre o Distrito Federal, encontrados em documentos técnicos, relatórios de órgãos oficiais, bases de dados de centros de pesquisas, internet, entre outros. As informações foram obtidas a partir das bases de dados das seguintes instituições: ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 22 Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT), Companhia de Planejamento do Distrito Federal (CODEPLAN), Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos (DIEESE), Empresa Brasiliense de Turismo (Brasília Tur), Governo do Distrito Federal (GDF), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (IBAMA), Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), Junta Comercial do Distrito Federal, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Ministério do Turismo (MTur), Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo do Distrito Federal (SDE DF), entre outras. O conjunto de dados e informações obtidos foi sistematizado e descrito de forma a caracterizar cada um dos elementos que compõem os aspectos relevantes da análise. No transcorrer do presente estudo, buscou-se a produção de um texto de fácil compreensão para o leitor, com uso de tabelas, quadros, gráficos, mapas, figuras, entre outros recursos que contribuam para o entendimento crítico do macroambiente do Distrito Federal. A análise macroambiental foi construída para possibilitar a compreensão das principais oportunidades e ameaças que influenciam o desenvolvimento do turismo no Distrito Federal, por meio de análise de fatores externos que permitem detectar mudanças e tendências. A avaliação das forças, fraquezas, oportunidades e ameaças é conhecida como análise SWOT 8 e envolve o monitoramento dos ambientes externos e internos que se relacionam com o objeto avaliado.9 A análise do ambiente externo (oportunidades e ameaças) diz respeito ao monitoramento de forças macroambientais (economia, demografia, política, sociedade, cultura, etc.) e significativos agentes microambientais, que no caso do setor de turismo podem ser compreendidos como os turistas (clientes), outros destinos turísticos (concorrentes), empresas de transportes (distribuidores) e agências de emissivo localizadas fora do Distrito Federal (fornecedores), que afetam a capacidade do Distrito Federal de auferir lucro e desenvolvimento com o turismo. Monitorar essas forças e esses agentes possibilita acompanhar tendências e mudanças importantes e agir diante das oportunidades e ameaças associadas a cada tendência ou acontecimento. Uma oportunidade ao setor turismo no Distrito Federal existe quando o setor, ou parte dele, pode lucrar ao atender às necessidades de determinados consumidores, por exemplo. No caso deste Estudo de Oportunidades, as oportunidades não estão vinculadas exclusivamente à lucratividade, mas a toda e qualquer ação que em si própria pode desencadear o desenvolvimento em todos os âmbitos, incluindo a ampliação da qualidade de vida de uma população. Exitem três fontes principais de oportunidades de mercado. A primeira é oferecer algo cuja oferta seja escassa. A segunda é oferecer um produto ou serviço de uma maneira nova ou superior à existente. E a terceira leva a oferecer um produto ou serviço totalmente novo.10 Alguns fatos e acontecimentos no ambiente externo representam ameaças que devem ser monitoradas e classificadas de acordo com sua gravidade e probabilidade de ocorrência, uma vez que podem prejudicar seriamente o desenvolvimento do setor turismo no DF. Identificar as principais ameaças e 8 O termo SWOT conciste na abreviação das palavras de língua inglesa: Strengths, Weaknesses, Opportunities e Threats, cujo significados são, respectivamente: Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças. 9 KOTLER, 2006. Idem. 10 ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 23 oportunidades de um destino permite classificar a atratividade global do mesmo diante do negócio pretendido, no caso, o turismo. A análise do ambiente interno (forças e fraquezas) está vinculada à identificação das oportunidades e ameaças, uma vez que permite identificar a capacidade do setor de tirar o melhor proveito das oportunidades e agir frente às ameaças existentes. Por isso, é importante avaliar frequentemente as forças e fraquezas internas do DF no que diz respeito ao setor turismo. Em geral, nem todas as fraquezas podem ser corrigidas e nem todas as forças aproveitadas a contento. Porém, pode-se constantemente avaliar se o setor deve se limitar às oportunidades para as quais dispõe os recursos necessários ou se deve examinar as melhores dessas, para as quais pode precisar adquirir ou desenvolver maiores forças. Muitas vezes pode-se ter um desempenho ruim não por faltar forças necessárias, mas por não haver um esforço conjunto. Portanto, ao examinar o ambiente interno é muito importante avaliar as relações de trabalho intersetoriais. Depois de realizar uma análise SWOT é fundamental estabelecer estratégias, metas e ações planejadas, integradas e coerentes com as opções do conjunto de agentes (diretos e indiretos) que fazem do turismo uma realidade no Distrito Federal. Essa talvez seja a ação mais difícil de um Estudo como o que vem sendo desenvolvido. Por fim, compreende-se oportunidades e ameaças como duas listas distintas de fatores que influenciam o turismo. As oportunidades e ameaças são passíveis de aproveitamento e superação, porém fogem ao controle direto da região e envolvem decisões estratégicas, que no caso do turismo, dizem respeito a diferentes agentes. Já as fraquezas e forças envolvem fatores gerenciáveis, internos à região estudada e possíveis de intervenções diretas que viabilizem a tomada de decisão e ação dos agentes que fazem o turismo no Distrito Federal. Ao realizar uma análise descritiva de aspectos e elementos que compõem em sua maioria o ambiente externo do setor turismo no Distrito Federal, este documento, em específico, identifica algumas das principais ameaças e oportunidades existentes. O ambiente interno, no entanto, é analisado com maior profundidade em outro documento que integra esse Estudo – a Análise Setorial, sendo então possível apontar fraquezas e forças que influenciam diretamente o turismo. Ao final, oportunidades, ameaças, fraquezas e forças serão reunidas para compor um documento síntese – o Estudo de Oportunidade – que possibilite planejar, definir e tomar decisões com relação ao turismo que se quer para o Distrito Federal. Cumpre destacar, por fim, que a presente análise reflete o momento da produção do documento, sendo um recorte espaço temporal do que é o Distrito Federal neste ano de 2010. Para se ter uma idéia da transitoriedade dos acontecimentos, constantes e inerentes à globalização, na medida em que o documento foi sendo produzido fez-se necessário ajustes e atualizações de acordo com as novas informações e dados coletados. Reconhece-se que no momento da entrega final do estudo, novas dinâmicas e ações podem estar sendo desencadeadas. A seguir, inicia-se a abordagem direcionada a cada aspecto aqui delimitado para esta Análise Macroambiental, de forma a permitir o entendimento do processo de formação, consolidação e expansão do Distrito Federal e suas complexidades, de forma que forneçam o aporte necessário para, somados à Análise Setorial, identificar Oportunidades de Investimentos no Setor Turismo do Distrito Federal. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 24 2. Aspectos Socioculturais O presente capítulo reúne todos os elementos considerados relevantes para a análise dos aspectos socioculturais do Distrito Federal, composto de: informações históricas, demográficas, educação, cultura e lazer, e aspectos psicográficos da população do Distrito Federal. 2.1 Informações Históricas A ocupação do Planalto Central é antiga e remonta a tempos anteriores à chegada dos colonizadores portugueses ao Brasil. Ao contrário do vazio ao qual o discurso desbravador veiculado à época da construção de Brasília nos remete, o Planalto Central tem rica história e faz parte, desde o século XVIII, das rotas dos bandeirantes que vinham em busca de minérios, áreas para pastagens e da escravização dos índios. Muito anterior à construção da Capital Federal no Planalto Central foram identificadas ocupações nessa região por tribos indígenas. Pertencentes aos antigos grupos Macro-Jê, esses índios praticavam a caça e a pequena agricultura e entre eles as sub-etnias presentes na região do Distrito Federal seriam os Caiapós ou Crixás, ao sul, e os Acroás, ao norte. A prática de atividades agrícolas pelos nativos chama atenção diante da possibilidade de desconstruirmos, em um primeiro momento, a idéia do índio totalmente nômade e sem conhecimento de qualquer técnica de plantio, em um período chamado por Bertran11 de eco-história do Distrito Federal. A dinâmica da ocupação da região Centro-Oeste pelos indígenas é alterada ao longo do século XVIII com a chegada dos bandeirantes. A produção agrícola de muitas aldeias passa a ser saqueada, e por meio de suas expedições os bandeirantes aprisionaram os índios e procuraram jazidas de pedras preciosas, tendo sido as bandeiras do Segundo Anhanguera as mais conhecidas na região de Goiás. A atividade mineradora trouxe a essa região nova dinâmica econômica e social, mas anterior a ela as atividades relacionadas à pecuária delineiam o movimento migratório já existente dos nordestinos, com vistas a ampliar seus pastos e, posteriormente, também encontrar pedras preciosas. A descoberta de jazidas em Pirenópolis, Paracatu, entre outras localidades, gerou um fluxo intenso que consolidou rotas utilizadas pelos bandeirantes e mineradores, ligando o Planalto Central as demais regiões do país, ainda que de forma precária em termos de transporte e comunicação. Em função das atividades pecuárias e mineradoras a consolidação dessas rotas favoreceu a implementação das sesmarias, também no século XVIII, que perpetuam ―o assentamento da história fundiária do Brasil‖ devido às grandes extensões de terras, a exemplo das Sesmarias Mestre D‘Armas, Sesmarias do Sertão do Campo Aberto e Sesmarias do São Bartolomeu e Lagos Sul. 11 BERTRAN, 2000. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 25 O declínio do ciclo do ouro, no início do século XIX, faz com que grandes engenhos cedam espaço aos sítios de subsistência familiar com agricultura de pequeno porte, o que forneceria os alimentos do ano. Nesse contexto, os primeiros traços de cidades como Formosa, Luziânia (antes Santa Luzia), Planaltina, Santo Antônio do Descoberto, entre outras, já estavam sendo delineados a partir do uso de uma população sertaneja, com descendência indígena, que mais tarde iria vivenciar mais uma mudança significativa com a construção da nova sede do Governo Federal no interior do país. A proposta de interiorização da capital é registrada na Constituição de 1891, mas seria parte da pauta de debates desde 1850, sendo defendida por Varnhagen que vê na construção da estrada de ferro um elemento propulsor para essa mudança. Interiorizar a capital do Brasil faz parte de uma estratégia geopolítica de cunho militar voltado a um projeto de desenvolvimento nacional, que aglutinaria uma massa territorial enorme, até então bastante concentrada na área litorânea. Para colocar em prática essa ideia foi instituída, no fim do século XIX, a Missão Cruls, liderada por Luís Cruls, com o objetivo de explorar melhor o Planalto Central para a delimitação da área a ser ocupada pela futura capital. Apesar do rico material gerado por essa missão, os trabalhos não foram aproveitados de imediato diante da conjuntura política cujos conflitos internos culminam na transferência temporária da capital do estado do Rio de Janeiro de Niterói – área litorânea – para Petrópolis – interior. Somente na primeira metade do século XX há movimentação concreta para realização da mudança da Capital Federal. Na década de 1930 o tema da transferência volta a ser abordado com ênfase e há intensa defesa dos deputados goianos para que a mudança da capital seja efetivada. Contudo, ao instaurar o Estado Novo, Getúlio Vargas não dá importância a essa questão que só voltará a ser discutida na Assembléia Constituinte de 1946, cuja defesa do então deputado Juscelino Kubitschek tem reforço do também deputado Israel Pinheiro12. A década de 1950 é marcada pelo intenso processo de urbanização em função das atividades industriais, no qual o Estado assume protagonismo no que se refere a infraestrutura urbana. Essa centralidade estatal é ampliada a partir da instituição do Plano de Metas (1956-1961), programa setorial com ―investimentos na área de infraestrutura, indústrias básicas e de bens de consumo duráveis, recursos humanos e, a mais controversa de todas as metas, a construção de Brasília‖13. Com o Plano de Metas a transferência da Capital Federal se consolida como uma política territorial que ganha viabilidade em meados da década de 1950, a partir do compromisso assumido pelo então presidente da República Juscelino Kubitschek, que para realizar esse feito cria a Companhia Urbanizadora da Nova Capital – NOVACAP. Essa breve aproximação histórica indica a importância de aprofundar a investigação que traduzirá a realidade do Distrito Federal hoje, tendo em vista a dinamicidade da sociedade, com suas pessoas e instituições, e a complexidade que envolve a interação desses agentes com o espaço ao longo do tempo. 12 Fundação Israel Pinheiros, 2002. 13 FARRET, 1985 ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 26 A partir da delimitação do espaço do Planalto Central (Mapa 1), analisa-se o Distrito Federal em três momentos históricos e com configuração sócio-territorial distintos. Mapa 1 – Localização do Distrito Federal no Brasil Fonte: Embrapa/DF No primeiro momento temos o Distrito Federal composto pela Brasília planejada que equivale à área projetada do Plano Piloto; em um segundo momento observaremos a Brasília que se forma a partir da área central – o Plano Piloto – e as chamadas cidades satélites, hoje denominadas Regiões Administrativas do Distrito Federal. E por fim, e em um momento mais recente, identificamos a constituição do Aglomerado Urbano de Brasília, no qual o número de Regiões Administrativas aumenta consolidando a relação entre a área central e a sua periferia, bem como intensificando a interação desse todo que forma o Distrito Federal com os municípios do Entorno14. Considerando o primeiro momento, o desenho proposto por Lúcio Costa para Brasília traz o ideal de uma cidade compacta e justa do ponto de vista socioespacial, formas que integravam de modo harmonioso a esfera residencial e administrativa (Figura 8), sendo esta última sua função primordial. 14 Os municípios que formam o Entorno são: Vila Propício, Pirenópolis, Cocalzinho de Goiás, Corumbá de Goiás, Abadiânia, Alexânia, Padre Bernardo, Mimoso de Goiás, Água Fria de Goiás, Planaltina de Goiás, Formosa, Vila Boa, Cabeceiras, Cristalina, Cidade Ocidental, Luziânia, Sto. Antônio do Descoberto, Novo Gama – entre os municípios de Goiás. E Cabeceira Grande, Buriti e Unaí – entre os municípios de Minas Gerais. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 27 Figura 8 – Desenho proposto por Lúcio Costa para Brasília Fonte: casa.abril.com.br/.../origem-de-brasilia.shtml Segundo esse arquiteto Brasília seria a ―cidade planejada para o trabalho ordenado e eficiente, mas ao mesmo tempo cidade viva e aprazível, própria ao devaneio e a especulação intelectual. Capaz de tornarse, com o tempo, além de centro de governo e administrativo, um foco de cultura dos mais lúcidos e sensíveis do país‖ 15. A proposta tem base na idéia de uma renovação urbana inspirada em Le Corbusier, a partir da qual haveria um processo inverso em que essa nova cidade não seria ―uma decorrência do Planejamento Regional, mas a causa dele‖, o que remonta a um dos objetivos da implementação de Brasília enquanto projeto nacional. O projeto foi pensado em quatro escalas fundamentais para comportar a função de ser sede do Governo Federal e marca esse primeiro momento na história do Distrito Federal, a saber: (1) a escala monumental – corresponde ao eixo monumental desde a Praça dos Três Poderes até a Praça do Buriti; (2) a escala residencial – situada ao longo das Asas Sul e Norte; (3) a escala gregária – o centro de Brasília marcado pela plataforma rodoviária e os setores de diversões, comerciais, bancários, hoteleiros, médico-hospitalares, de Autarquia e de rádio e televisão Sul e Norte; e (4) a escala bucólica – a representação da cidade-parque, com áreas livres, contíguas destinadas à preservação paisagística e de lazer16. 15 Projeto de Lúcio Costa apresentado à Comissão Julgadora para seleção do plano da Nova Capital. 16 Descrições extraídas do decreto No. 10829, de 14 de outubro de 1987, que regulamenta o art. 38 da Lei No. 3751, de 13 de abril de 1960, no que se refere à preservação da concepção urbanística de Brasília. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 28 Essa estrutura representa um marco histórico quanto a arquitetura moderna e o urbanismo funcionalista do século XX. Ainda assim, a centralidade de Brasília nesse momento inicial está mais relacionada ao contexto histórico e à conjuntura política, econômica e social nacional17. No contexto nacional, as grandes cidades dessa época começavam a ser configuradas enquanto metrópoles (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife, Salvador), e seus espaços se tornavam cada vez mais fragmentados social e espacialmente. Ao contrário dessa perspectiva Brasília foi idealizada como a cidade que por ser planejada fugiria a essa conjuntura e se desenvolveria de forma mais igual, distante da realidade tensa e conflitante das metrópoles em formação. Contudo, ao longo do processo de desenvolvimento territorial de Brasília há certa dificuldade em manter como única a função primordial de ser a sede administrativa nacional, o que configura uma contradição essencial ao se pensar essa cidade18. Pois, a concentração da infraestrutura no Plano Piloto de Brasília implica na concentração não só das atividades terciárias, mas também dos postos de trabalhos, dos equipamentos urbanos coletivos, dos atrativos de cultura e lazer, cuja acessibilidade passa a ser possível apenas para os servidores públicos com melhores possibilidades de localização e deslocamento. O resultado desse processo traduz-se em forte concentração estrutural no Plano Piloto versus uma dispersão populacional em áreas bastante afastadas e em condições de acesso e deslocamento difíceis, ferindo os princípios socializantes da cidade idealizada e promovendo um processo de segregação socioespacial tal como ocorre nos tradicionais centros urbanos brasileiros. Pemanecem no Plano Piloto de Brasília os funcionários dos altos escalões relacionados a função político-administrativa, que, em geral, ocupam residências subsidiadas pelo Governo. A população migrante atraida à região pelas novas oportunidades vinculadas à construção da capital, é removida para áreas no entorno da Brasília projetada, antecipando a criação das cidades satélites, que desde 1995 passam a ser denominadas de Regiões Administrativas do Distrito Federal. Essa expansão da malha urbana para além do Plano Piloto diz respeito ao segundo momento delimitado nesta análise: o da Brasília materializada, com seus espaços ―modificados‖ ao longo do tempo e a partir dos diversos usos. Nesse momento, início da década de 1970, há a consolidação da área central – o Plano Piloto –, a cidade política19, e a delimitação de áreas em sua periferia, para que esse centro tivesse seu espaço e sua função preservados. Os núcleos periféricos foram criados quase que simultaneamente à construção de Brasília, que como município único do Distrito Federal passaria a ser composta por conjunto formado pelo Plano Piloto (Região Administrativa 1 – área planejada) e as demais Regiões Administrativas. Inicialmente o Núcleo Bandeirantes (antiga Cidade Livre), Taguatinga (1958), Sobradinho e Gama (1960), Guará (1966) e a Ceilândia (1970) – Brazlândia e Planaltina são cidades que precedem a transferência da capital Federal e são incorporadas ao território Distrito Federal por estarem dentro da área delimitada do quadrilátero (Figura 9). 17 CATALÃO, 2008. 18 STEINBERGER, 1999. 19 VIANA, 2008. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 29 Figura 9 - Croqui com a localização das cidades que circundam o Plano Piloto em 1988 Fonte: Vasconcelos, 1988. Posteriormente, novas RAs foram sendo consolidadas, algumas induzidas pelo Estado, como é caso de Águas Claras criada para atender a demanda de habitação para classe média 20. Outras como resultado da pressão popular que reivindica a regularização dos assentamentos já ocupados, como o Varjão e o Itapoã. Há, ainda, no Distrito Federal, muitas terras em situação irregular ocupadas por Condomínios de classe média alta, a exemplo dos condomínios existentes no setor do ParkWay, Sobradinho e Jardim Botânico. Sendo o Estado o dententor da propriedade da terra no Distrito Federal, observa-se que a desapropriação das terras não foi feita integralmente pela TERRACAP (Companhia Imobiliária de Brasília). Dados de 199821 apontam que apenas 51,36% das terras do quadrilátero foram desapropriadas, sendo divididas entre o GDF e a União; 6,83% dessas terras ainda encontram-se em processo de desapropriação; 33,28% correspondem a propriedades particulares e 8,53% pertencem ao Poder Público e a particulares e ainda necessitam ser divididos. Esse quadro de desapropriação incompleta favorece o mercado informal e de grilagem de terras vinculados diretamente ao mercado imobiliário, que relacionado a direcionamentos políticos institui no Distrito Federal, inicialmente, uma política de distribuição de lotes para acesso a terra urbana e a moradia22, e, posteriormente, a retenção dessa oferta ocasionando a valorização da terra e fortalecendo um processo de especulação imobiliária. Desmistifica-se, assim, o ideário de que por ter uma vocação de cidade planejada Brasília teria sob controle os grandes problemas ligados à habitação, saneamento básico, transporte, entre outros, 20 Essa demanda ocorre tanto da parte da população que compõe a classe média quanto dos empreendores que alimentam a especulação imobiliária no Distrito Federal. 21 VIANA apud BASSUL, 2008. 22 VIANA, 2008. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 30 existentes nas demais grandes cidades brasileiras, bem como da segregação socioespacial resultante do processo de urbanização que se mundializa. Para além do plano urbanístico a forma atual de Brasília é resultado principalmente da expressão espacial que assume esse processo de urbanização e sua interação com o plano e sua condição de cidade ―criada‖23. Dessa interação resulta a formação atual de Brasília (mapa 2) que configura uma estrutura polinucleada indicada pela ampliação da mancha urbana de modo a forçar uma extensão física da malha viária e consolidar a criação de núcleos distintos, mas diretamente relacionados e dependentes entre si, o que não a diferencia das demais cidades brasileiras. Mapa 2 – Área Urbana do Distrito Federal Fonte: SEDUH/GDF, 2010. A estrutura polinucleada que se forma no Distrito Federal favorece a pulverização da população no espaço, de modo a estabelecer o controle da cidadania pelo Estado com o intuito de preservar a cidade política – a área planejada do Plano Piloto –, que em 1987 é inscrita na Lista do Patrimônio Mundial pela 23 FERREIRA, 1985. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 31 UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura – e em 1990 tem o tombamento federal efetivado pelo IPHAN – Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional24. A configuração vista no mapa 2 demonstra que a demarcação do Plano Piloto de Brasília, incessantemente protegido dos fluxos migratórios da população de menor renda, não impediu a consecução do espaço produzido ora pelas necessidades cotidianas da sociedade, ora pelas necessidades das realizações capitalistas25. A cidade emerge para além do plano, a partir dos diversos usos de uma população diversa em termos de origem, nível de renda e de cultura, ainda que as ações voltadas à ―preservação‖ da cidade planejada reforcem a ocupação dispersa no território do Distrito Federal como um todo. Nesse contexto, permite o entendimento de que o Distrito Federal é composto por um único município: Brasília, que possui uma dinâmica socioespacial, a qual, ao longo do tempo, passa a ser conformada pela malha urbana que agrega as 30 Regiões Administrativas existentes atualmente – entre essas a RA I que corresponde a área planejada na década de 1950 e tombada na década de 199026. A consolidação dessa estrutura socioespacial indica que apesar dos traços distintos na ocupação das RAs, a relação intra-urbana que as envolve constitui uma unidade. E essa estrutura referencidada não mais corresponde a ‗Brasília‘ idealizada, projetada ou construída: trata-se de uma Brasília metrópole cotidianamente vivenciada e, portanto, transformada27, sobretudo a partir da intensificação da relação inter-urbana entre o Distrito Federal e os municípios goianos e mineiros do entorno. A intensificação dessa relação com os municípios do entorno caracteriza o terceiro momento dessa análise, e tem como resultado a criação institucional da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno – RIDE/DF. Criada por meio da Lei Complementar n◦ 94/1988, regulamentada pelo Decreto n◦ 2.710/1999, e alterada pelo Decreto n◦ 3.445/2000, a RIDE/DF é composta por 22 municípios do entorno goiano e mineiro. São eles: ―Abadiânia, Água Fria de Goiás, Águas Lindas de Goiás, Alexânia, Cabeceiras, Cidade Ocidental, Cocalzinho de Goiás, Corumbá de Goiás, Cristalina, Formosa, Luziânia, Mimoso de Goiás, Novo Gama, Padre Bernardo, Pirenópolis, Planaltina, Santo Antônio do Descoberto, Valparaíso de Goiás e Vila Boa, no estado de Goiás; e Unaí, Buritis e Cabeceira Grande, no estado de Minas Gerais‖28 (Mapa 3). 24 A questão do tombamento será aprofundada na seção 4.3.2 25 VIANA, 2008. 26 A Região Administrativa I é denominada Brasília, e algumas fontes consideram essa delimitação estática satisfatória para entender o que é Brasília e o que é o Distrito Federal. Contudo, consideramos a dinâmica socioespacial da formação da cidade ao longo do tempo, que faz com que Brasília represente uma cidade que não está constituída apenas pelo plano. 27 28 MEDEIROS; CAMPOS, 2010. Informação da Secretaria de Desenvolvimento http://www.mi.gov.br/programas/desenvolvimentodocentrooeste/ride/index.asp do Centro-Oeste. Disponível em ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 32 Mapa 3 – Região Integrada de Desenvolvimento do DF e Entorno Fonte: SIEG, 2008. A intensidade da relação existente na RIDE/DF gera um fluxo populacional significativo entre os municípios do entorno e o Distrito Federal, em função da concentração de melhores condições de infraestrutura em setores como a saúde e a oferta de emprego, apontando para a formação da Área Metropolitana de Brasília. Atualmente, Brasília ocupa a posição de terceira metrópole mais importante do país, atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro, apesar de ter apenas 3,7 milhões de habitantes em 2007, um número muito abaixo de outras metrópoles já consolidadas (como Belo Horizonte por exemplo). Indicativos importantes para esse posicionamento da AMB estão relacionado ao fato de que o contingente populacional do DF representa 2,5% da população do país, mas corresponde a 4,3% do PIB nacional, o mais alto entre todas as demais29. O processo de formação socioespacial do Distrito Federal permite identificar importante oportunidade no que tange a concepção de Brasília à medida que, a proposta urbana aprovada para a nova capital, de 29 O tema referente ao PIB será melhor tratado no capítulo 3. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 33 autoria de Lúcio Costa, se torna um marco na da arquitetura moderna mundial e possibilita a manutenção da imagem de Brasília como cidade-monumento, Patrimônio Cultural da Humanidade. O Contexto histórico que antecede a construção de Brasília também representa uma oportunidade, tendo em vista que permite uma identificação da população com o território por meio de ações de interpretação patrimonial, uma vez que os laços que unem a população ao território ainda são frágeis. A grande concentração, no Plano Piloto, de investimentos em infraestrutura, postos de trabalhos, e equipamentos de cultura e lazer ao longo da ocupação histórica do DF também aponta para oportunidades atuais no que diz respeito à disseminação de investimentos nas RAs em consolidação, o que deve resultar em aumento de oportunidade de trabalho, renda e bem-estar. Por outro lado, dar continuidade ao processo histórico de concentração de atividades no Plano Piloto e ignorar as demandas crescente das populações periféricas para a manutenção da justiça social em seu próprio local de residência correspondem a ameaças latentes. Uma, vinculada à saturação de uso e ocupação do Plano Piloto por meio dos diversos setores produtivos ali concentrados, e outra vinculada à perpetuação do desenvolvimento desigual das populações no uso e ocupação do território do Distrito Federal. A forte especulação imobiliária, embora seja um investimento rentável, representa uma ameaça no que tange a viabilidade de acesso a melhores condições socioeconômicas para a população devido ao alto custo da terra, o que pode limitar a capacidade de enfrentamento das adversidades por parte dos habitantes, fazendo com que esta esteja, até certo ponto, vulnerável social e economicamente. Essa vulnerabilidade socioeconômica faz com que as condições das regiões administrativas mais pobres e dos municípios do Entorno não permitam, em certa medida, a mobilidade social, fragilizando ainda mais a possibilidade de desenvolvimento das potencialidades da população local, o que reforça a ameaça indicada no parágrafo anterior. 2.2 Aspectos Demográficos As transformações ao longo do processo de consolidação do Distrito Federal reafirmam a importância dessa cidade nacional e internacionalmente. Contudo, diferente do que foi idealizado quanto ao seu processo de adensamento populacional, observa-se que este se apresentou de forma intensa em um curto intervalo de tempo. Em 1950 e 1960 a reconfiguração da dinâmica demográfica nacional apresenta altas taxas de crescimento (3,1% e 2,9%, respectivamente)30, estimulada pelo processo de expansão urbana ocorrido em todo o território nacional nesse mesmo período. O fluxo migratório em direção aos centros urbanos cresceu de maneira intensa, seja em função do fenômeno da industrialização que demarca um novo 30 VASCONCELOS, 2010. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 34 momento na Divisão Internacional do Trabalho, seja pela falta de condições para permanência dos trabalhadores no campo. Como no cenário demográfico nacional, Brasília também apresenta crescimento populacional significativo e entre 1960 e 1970 a população do Distrito Federal31 já atingia 537,5 mil habitantes, apresentando uma taxa média de crescimento de 14,39% a.a.32. O principal fator desse crescimento é a transferência dos funcionários públicos para a nova Capital Federal e a permanência dos trabalhadores da construção civil que permaneceram em Brasília após o término de sua construção, o que demarca um primeiro momento da dinâmica de migração no/para o Distrito Federal. De acordo com o censo de 1970, 76% da população residente no Distrito Federal nesse período era de pessoas não nativas, proporção que variava segundo as regiões administrativas, em sua maioria (78%) concentrada na chamada região administrativa de Brasília, que compreendia: Plano Piloto, Cruzeiro, Candangolândia, Núcleo Bandeirante, Guará, Lago Sul e Lago Norte.33 A principal origem da população na década de 1970 foi da região sudeste, com 41% do imigrantes, seguida pela região nordeste com 32,6%, e o centro-oeste com 23,6% (Tabela 2.01), sendo os estados de Goiás, Minas Gerais e Rio de Janeiro os que mais contribuíram para o fluxo migratório nesse momento. Tabela 2.01 – Distribuição dos imigrantes segundo região de origem Distribuição dos imigrantes segundo região de origem. Localidades do Distrito Federal – 1970 (%) Localidade de destino Brasília Gama Taguatinga Brazlândia Sobradinho Planaltina Paranoá/Jardim Norte 1,1% 0,8% 0,7% 0,2% 0,7% 0,6% 0,0% Nordeste 30,9% 45,4% 28,7% 29,0% 37,2% 30,5% 11,1% Distrito Federal 0,9% 32,6% Regiões de origem Sudeste Sul Centro-Oeste 46,1% 2,6% 19,4% 32,6% 1,1% 20,2% 40,4% 1,7% 28,5% 37,8% 0,1% 32,9% 32,2% 1,0% 28,8% 25,1% 0,6% 43,2% 23,0% 1,0% 64,8% 41,0% 2,0% 23,6% Total 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% Fonte: VASCONCELOS et al, 2006. IBGE, Censo Demográfico, 1970. Ao longo desses 50 anos de existência o Distrito Federal se consolidou como centro de atração e no decênio de 1970 a 1980 a população praticamente dobrou, passando de 537,5 mil para 1,1 milhão de habitantes, o que representa um saldo migratório de 44 mil pessoas por ano34. Nesse mesmo período, 31 Tendo em vista a época da inauguração de Brasília, em 1960 já havia algumas cidades satélites, como visto no item 2.1 desse estudo, leia-se aqui o Distrito Federal como correspondente da área central – Plano Piloto e as demais cidades satélites no período referenciado. 32 IPEA, 2001. 33 VASCONCELOS et al, 2006. 34 IPEA, 2001 ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 35 Brasília já desempenha a função de Capital Regional ainda que subordinada à Goiania que comanda a área de influência em formação no Planalto Central35. A população na década de 1970-1980 é caracterizada com um perfil extremamente jovem que corresponde aos imigrantes direcionados, em sua maioria, para as Regiões Administrativas periféricas, criadas para atender a demanda de moradia da população de média e baixa renda. Os perfis podem ser diferenciados de acordo com a região de origem, segundo artigo publicado no XV Encontro Nacional de Estudos Populacionais (2006)36; ―a região administrativa de Brasília, particularmente o Plano Piloto, recebeu uma proporção mais elevada de imigrantes oriundos da região Sudeste, sobretudo dos estado de Minas Gerais e Rio de Janeiro. O Gama recebeu um maior número de migrantes oriundos do Nordeste, da Bahia e do Piauí. Taguatinga recebeu migrantes oriundos de Minas Gerais e de Goiás. Sobradinho recebeu migrante de origem mais variada, mas, sobretudo, oriundos de Goiás, de Minas Gerais, do Rio de Janeiro, da Bahia e do Piauí. As demais localidades, de características mais rurais, receberam migrantes vindos principalmente de Goiás‖. Nas décadas de 1980 e 1990, o fluxo migratório aponta para o crescimento muito mais intenso nos municípios goianos limítrofes, e indica a força da polarização exercida pelo Aglomerado Urbano de Brasília, em processo de consolidação. Nesse período a expansão da área urbana nos municípios do Entorno do Distrito Federal foi significativa, principalmente na perferia sul. ―Em 1991, os municípios goianos do Aglomerado passam a ter maior volume de população que o Plano Piloto (15,8% contra 13,8%, respec.)‖37, são nesses municípios que os migrantes pobres que chegam à capital federal buscam moradia a custo mais baixo, apesar do deslocamento diário feito para o Distrito Federal para trabalho e/ou estudo. Dentro dos limites do Distrito Federal o crescimento populacional é mais intenso na periferia do que na região central, contrariando as projeções de Lúcio Costa de que as ―cidades satélites‖ somente seriam criadas quando o Plano Piloto atingisse a marca dos 500 mil habitantes, haja vista que em 1980 apenas 300 mil pessoas residiam no Plano Piloto de Brasília, 12% da população. Ou seja, há uma estagnação nesse período do crescimento populacional do Plano Piloto, Lago Sul, Lago Norte e Cruzeiro. Esse processo promove uma mudança do perfil dos habitantes dessa área, o que resulta no início de um fenômeno de envelhecimento dessa população, devido as baixas taxas de fecundidade aliadas a diminuição do índice de mortalidade em 2000, o que indica uma desaceleração do crescimento populacional no Plano Piloto e adjacências (Lago Sul, Lago Norte e Cruzeiro). A mudança do perfil dessa parcela da população do Distrito Federal indica as transformações nos usos da cidade, que deve se preparar para atender os habitantes que demandarão futuramente programas e atividades direcionadas às suas necessidades. O fenômeno que aponta para o envelhecimento da população da área central do Distrito Federal é representado pelas pirâmides etárias a seguir, que em 2000 apresenta estreitamento de sua base se comparada com a de 1980 (Figura 10). 35 IBGE, 2007. 36 VASCONCELOS et al, 2006. 37 VASCONCELOS et al, 2006. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 36 Figura 10 – Pirâmides etárias do Distrito Federal com base nos censos de 1980 e 2000. 2000 1980 80 + 75 a 79 70 a 74 65 a 69 60 a 64 55 a 59 50 a 54 45 a 49 40 a 44 35 a 39 30 a 34 25 a 29 20 a 24 15 a 19 10 a 14 5a 9 0a4 Mulheres Homens Mulheres 80 + 75 a 79 70 a 74 65 a 69 60 a 64 55 a 59 50 a 54 45 a 49 40 a 44 35 a 39 30 a 34 25 a 29 20 a 24 15 a 19 10 a 14 5a 9 0a4 Homens Fonte: VASCONCELOS, 2010. IBGE – Censos de 1980 e 2000. Ao comparar o Plano Piloto às demais RAs, observa-se que o fenômeno de envelhecimento populacional acontece em menor escala nas localidades mais consolidadas e com níveis socioeconômicos mais elevados, a exemplo de Taguatinga, Guará e Sobradinho. Contudo, quando é buscada analogia entre as RAs mais consolidadas e as de ocupação recente e com menor nível socioeconômico, como Itapoã e Arapoanga, observa-se que este fenômeno ocorre de forma mais lenta, diante das altas taxas de fecundidade. (Figura 11). Figura 11 - Pirâmides etárias da área central e das outras áreas do Distrito Federal, 2000 Área Central do DF Outras Áreas do DF 2000 80 + 75 a 79 70 a 74 65 a 69 60 a 64 55 a 59 50 a 54 45 a 49 40 a 44 35 a 39 30 a 34 25 a 29 20 a 24 15 a 19 10 a 14 5a 9 0a4 2000 Mulheres Homens 80 + 75 a 79 70 a 74 65 a 69 60 a 64 55 a 59 50 a 54 45 a 49 40 a 44 35 a 39 30 a 34 25 a 29 20 a 24 15 a 19 10 a 14 5a 9 0a4 Mulheres Homens Fonte: VASCONCELOS (2010). IBGE, censo demográfico, 2000 Ao contrário do que ocorre no centro do Distrito Federal a população da periferia continua crescendo, e a concentração de infraestrutura e emprego no Plano Piloto de Brasília estimula um intenso movimento de migração pendular intra e interurbano38. 38 Trata-se do fluxo diário de parte da população que mora nas RAs periféricas, mas trabalham ou estudam no Plano Piloto de Brasília; ou ainda a população que mora nas cidades do entorno e trabalham ou estudam no Distrito Federal. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 37 Ao mesmo tempo em que se observa um crescimento populacional total maior do que o projetado inicialmente para o Distrito Federal, reafirma-se, com base nas informações construídas até esse momento, que a espacialização desse contingente não está concentrada na área planejada, mas dispersa nas RA‘s que, em geral, tem absorvido as massas populares e necessita de maiores investimentos quanto a infraestrutura, transporte, emprego. Segundo artigo publicado pela CODEPLAN (França, 2010), o Distrito Federal tem apresentado saldo migratório negativo nos últimos anos o que apontaria para um indicativo de perda da força de atração e a capacidade de retenção populacional. No entanto, a pesquisa de Vasconcelos (et al, 2006), aponta sim para uma proporção de migrantes na população total menor em 2000, mas defende, com base nos dados do censo demográfico de 2000, que Brasília ainda exerce forte poder de atração (Tabela 2.02). ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 38 Tabela 2.02 – Proporção de migrantes com menos de 10 anos de residência na população total segundo localidades do Aglomerado Urbano de Brasília Proporção de migrantes com menos de 10 anos de residência na população total segundo localidades do Aglomerado Urbano de Brasília – 2000 Localidade/Muncípio % Plano Piloto Gama Taguatinga Brazlândia Sobradinho Planaltina Paranoá Riacho Fundo Núcleo Bandeirante/Park Way Ceilândia Guará Cruzeiro/Sudoeste Samambaia Candangolândia Recanto das Emas Lago Norte/Varjão Lago Sul Santa Maria São Sebastião Distrito Federal 26,3% 14,7% 18,0% 15,2% 20,3% 21,3% 19,7% 17,2% 22,7% 15,8% 19,4% 22,2% 16,3% 15,3% 20,4% 20,2% 18,4% 15,3% 31,4% 19,1% Água Fria de Goiás Águas Lindas de Goiás Cidade Ocidental Luziânia Novo Gama Padre Bernardo Planaltina 28,9% 84,4% 51,1% 43,4% 52,4% 36,9% 48,0% Santo Antônio do Descoberto Valparaíso de Goiás Entorno Imediato 46,9% 60,4% 55,3% Aglomerado Urbano de Brasília 27,4% Fonte: VASCONCELOS et al, 2006. IBGE, Censo Demográfico, 2000. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 39 Apesar disso é evidente, a partir dos dados, que a importância maior da componente migratória na evolução da população nesse momento é referente ao chamado Entorno Imediato, ―onde a proporção de migrantes recentes aumentou de 22% em 1970 para 55,3% em 2000‖ 39. Ainda segundo a pesquisa realizada por Vasconcelos (et al, 2006) há três perfis de migração no Distrito Federal, são elas: a migração de grande distância, com predominância do nordeste tanto como origem, como procedência ou etapa migratória (residência em 1995); a migração residual da antiga capital, com a contribuição do sudeste; e a migração intra-regional (do centro-Oeste), sendo mais expressiva a procedência e a passagem pelo Centro-Oeste do que a origem. Assim, a corrente migratória nordestina, que é a principal, encontra-se dispersa pelo AMB, sendo algumas localidades eminentemente nordestinas: Ceilândia, Samambaia, São Sebastião, Paranoá, Águas Lindas de Goiás, Santo Antônio do Descoberto, Planaltina e Novo Gama. A corrente do Centro-Oeste, também dispersa, caracteriza a população do Entorno Imediato, especialmente, Águas Lindas de Goiás, onde 69% dos migrantes declarou residir há 5 anos no Distrito Federal. Por fim, a corrente do Sul, juntamente com os estrangeiros, predomina no Plano Piloto, enquanto a do Sudeste marca as localidades do Lago Sul, Cruzeiro/Sudoeste e Plano Piloto. O movimento de migração pendular realizado por parte da população ―expulsa‖ do Distrito Federal, assim como os fluxos migratórios regionais, faz com que a componente migratória seja um elemento chave para responder questões relacionadas a dinâmica diferenciada na Área Metropolitana de Brasília. Os dados do censo de 2000 reforçam o indicativo da intensa mobilidade intrametropolitana decorrente da migração interestadual que se dá em fluxos distintos, porém, diretamente relacionados. Assim, há um fluxo de parte da população do Distrito Federal para os municípios goianos em busca de residência com menor custo, que, por sua vez, exige dessa população deslocamentos cotidianos para trabalho ou estudo no sentido inverso. Essa mobilidade intrametropolitana traduz a dinâmica demográfica de um território fragmentado, no qual a vida se concretiza em meio a problemáticas encontradas nos grandes centros urbanos brasileiros e mundiais, tais como as desigualdades de acesso à moradia, emprego, renda e transporte de qualidade, entre outros40. Com base nos dados expostos, identificam-se algumas oportunidades e ameaças com relação aos aspectos demográficos do Distrito Federal. A constatação do envelhecimento da população da área central do DF, por exemplo, aponta para uma oportunidade na medida em que gera a necessidade de investimentos em atividades e estruturas específicas para atender às demandas desse perfil populacional. O fato da população do Distrito Federal ser constituída de imigrantes de praticamente todas as regiões brasileiras, e de continuar atraindo imigrantes de todas as regiões, faz da capital e seu entorno, um território de grande diversidade e riqueza cultural, apontando para a oportunidade de maior 39 VASCONCELOS et al. 2006. 40 O desdobramento dessas problemáticas pode resultar em altos índices de violência e significativa vulnerabilidade social de fragmentos da população sob riscos diversos. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 40 aproveitamento dessa característica por meio da manutenção da imagem de uma cidade cosmopolita, capaz de integrar em um mesmo território usos e costumes comuns a diferentes partes do país. A continuidade do processo de envelhecimento de parte da população do DF pode, em longo prazo, no entanto, representar uma ameaça à sua capacidade produtiva, reduzindo a arrecadação de impostos e desequilibrando a balança de pagamentos da unidade federativa. O aumento da imigração de contingentes populacionais para áreas periféricas do DF e seu entorno goiano pode, também, representar uma importante ameaça ao desenvolvimento sustentável do Distrito Federal à medida que não ocorra em harmonia com a instalação e ampliação de oportunidades de trabalho, renda, saúde, educação, entre outros aspectos fundamentais para o crescimento urbano de forma descentralizada. 2.3 Educação A educação é considerada um importante elemento no que se refere à promoção da justiça social uma vez que possibilita a formação e a qualificação da mão-de-obra local para inserção no mercado de trabalho. Para tanto é importante identificar a oferta existente no DF no que tange a educação básica, do ensino fundamental e ensino médio, ensino superior, pós-graduação e cursos técnicos de aperfeiçoamento e qualificação profissional. 2.3.1 Educação Básica, Ensino Fundamental e Ensino Médio 2.3.1.1 Rede Pública De acordo com os dados da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEDF), a educação básica na rede de ensino público está estruturada em três etapas: educação infantil, ensino fundamental, ensino médio, e as modalidades de educação especial e Educação para Jovens e Adultos (EJA). A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB – N º 9.394, de 20 de dezembro de 1996), em seus artigos 21 e 22, deve assegurar a todos os brasileiros a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornece-lhes os meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores. Esta lei, juntamente com o Plano Nacional de Educação41, são os principais documentos norteadores da Educação Básica Nacional, regidos pela Constituição da República Federativa do Brasil. A lei define que o Distrito Federal deverá desenvolver as competências referentes aos estados e aos municípios: os primeiros devem assegurar o oferecimento do Ensino Fundamental e oferecer o Ensino Médio, e os segundos devem oferecer a Educação Infantil e o Ensino Fundamental. À União, segundo a 41 Lei Nº 10.172/2001 ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 41 mesma Lei, cabe a organização do sistema de Educação Superior e o apoio técnico e financeiro aos demais entes federados. O atendimento em Educação Infantil no Distrito Federal ocorre em creches (crianças de zero a três anos) e em pré-escolas (crianças de quatro a cinco anos). Em 2008, foram atendidos 634 alunos em creches e 32.782 em pré-escolas na Rede Pública de Educação Infantil do Distrito Federal (Tabelas 2.03 e 2.04). A SEDF tem como meta universalizar o atendimento da Educação Infantil na faixa etária de quatro a cinco anos. Apesar da ampliação gradativa do atendimento, a demanda para a educação ainda não está sendo plenamente atendida. Em 2008, 71% das crianças que solicitaram matrícula em pré-escolas da rede pública conseguiram vaga. O atendimento de pré-escola ocorreu em 14 CAICs (Centros de Atenção Integral à Criança), 15 CEIs (Centros de Educação Infantil), 28 JI (Jardins da Infância), além de 152 outras instituições educacionais (Escolas Classe e Centros de Ensino Fundamental) (Tabela 2.05). ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 42 Tabela 2.05 – Unidades de ensino de Educação Infantil – Distrito Federal Unidades de ensino de Educação Infantil – Distrito Federal (2007) N◦ 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 Exclusivas DRE Plano Piloto/Cruzeiro Brazlândia Ceilândia Gama Guará Núcleo Bandeirante Planaltina Sobradinho Taguatinga Samambaia Paranoá São Sebastião Santa Maria Recanto das Emas Total CAIC Outros Total CEI 1 1 0 1 0 3 0 0 4 0 1 2 1 1 JI 17 0 0 4 1 1 1 2 0 0 0 1 0 1 0 1 1 1 0 1 1 1 1 2 1 2 1 0 13 6 47 11 7 4 15 7 18 12 7 3 5 5 31 8 48 17 8 9 17 10 23 14 9 8 7 7 15 28 13 160 216 Fonte: SUBIP/DPEAC/GERAC, 2008 O ensino fundamental, que é obrigatório e gratuito, foi ampliado de oito para nove anos por meio da Lei Federal nº 11.114/05, a qual estabelece que é dever do Estado brasileiro seu oferecimento, inclusive às pessoas que não tiveram acesso a ele na idade própria, tal como prescreve a LDB. A matrícula do aluno de seis anos no Ensino Fundamental atende à legislação federal e à Lei Distrital nº 3.483/04, cuja implantação deve ser concluída no prazo máximo de quatro anos, a contar de 2005. Antecipando-se ao disposto na legislação, a SEDF universalizou, em 2008, a oferta do Ensino Fundamental de nove anos. A implementação desse novo modelo se deu de maneira gradativa e foi realizada por meio do BIA (Bloco Inicial de Alfabetização), em 2005, na Diretoria Regional de Ensino de Ceilândia. Posteriormente, o BIA foi adotado nas DREs (Diretorias Regionais de Ensino) de Taguatinga, Samambaia, Guará e Brazlândia. Em 2008, foram matriculados um total de 328.988 alunos, sendo que destes, 181.154 nos anos iniciais e 125.404 nos anos finais (Tabela 2.06). ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 43 Tabela 2.06 – Demonstrativo de matrículas e turmas por RA – Ensino Fundamental Demonstrativo de matrículas e turmas por RA – Ensino Fundamental (2007) DRE Matrículas Turmas Plano Piloto Brazlândia Ceilândia 25.969 12.729 58.892 938 435 1.895 Gama Guará Núcleo Bandeirante Planaltina Sobradinho Taguatinga Samambaia Paranoá Santa Maria São Sebastião Recanto das Emas 24.876 12.814 15.578 33.047 19.796 27.298 28.572 15.901 18.586 13.929 21.007 837 419 511 1.068 663 915 904 501 600 439 649 328.988 10.774 Total Fonte: Censo Escolar/2008 A capacidade física do Ensino Fundamental na rede pública de ensino, em 2008, contou com 314 Escolas Classe e 151 Centros de Ensino Fundamental, totalizando 465 instituições educacionais para essa modalidade, sendo outras cinco unidades entregues em São Sebastião (1), no Paranoá (1), em Taguatinga (1), e em Planaltina (2). O Ensino Médio, etapa final da educação básica, está estruturado em três anos, e tem como finalidade a consolidação dos conhecimentos adquiridos no Ensino Fundamental, ou seja, a continuidade da aprendizagem e a preparação para o trabalho e a cidadania. Em conformidade com a LDB, o Ensino Médio tem progressiva extensão de obrigatoriedade e gratuidade. Além disso, o PNE garante o acesso a este nível de ensino a todos aqueles que concluíram o Ensino Fundamental na idade regular. Em 2007, a SEDF registrou a matrícula de 64.273 alunos no Ensino Médio, distribuídos em 1.690 turmas (Tabela 2.07). ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 44 Tabela 2.07 – Demonstrativo de Matrículas e Turmas do Ensino Médio por RA Demonstrativo de Matrículas e Turmas do Ensino Médio por RA (2007) DRE Plano Piloto Brazlândia Ceilândia Gama Guará Núcleo Bandeirante Planaltina Sobradinho Taguatinga Samambaia Paranoá Santa Maria São Sebastião Recanto das Emas Total Matrículas 7.751 2.117 8.961 5.311 2.455 3.041 5.996 3.784 9.861 4.117 2.233 3.454 1.962 3.230 Turmas 219 58 229 147 67 84 150 101 256 103 58 86 52 80 64.273 1.690 Fonte: Censo Escolar/2008 A rede pública de ensino contou com 74 instituições educacionais para o atendimento do Ensino Médio, cujas unidades estão divididas por DRE (Tabela 2.08). Tabela 2.08 – Ensino Médio – Instituições Educacionais Públicas por RA Ensino Médio – Instituições Educacionais Públicas por RA 2007 DRE Plano Piloto Brazlândia Ceilândia Gama Guará Núcleo Bandeirante Planaltina Sobradinho Taguatinga Samambaia Paranoá Santa Maria São Sebastião Recanto das Emas Total Quantidade 10 4 11 5 4 4 8 5 9 4 3 2 3 2 74 Fonte: Censo Escolar/2008 ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 45 Há ainda a modalidade de educação especial escolar ofertada no Distrito Federal para estudantes com deficiência intelectual, auditiva, visual e física, transtorno global do desenvolvimento (TGD), deficiência múltipla, surdocegueira e altas habilidades/superdotação, de acordo com recomendação da legislação em vigor. Nesse sentido, a SEDF tem reafirmado o compromisso com a ampliação do atendimento educacional especializado, assegurando, em certa medida, a igualdade de condições para acesso e permanência na escola, com cobertura em diversas RA‘s (Tabela 2.09). Tabela 2.09 – Unidades de Instituições Educacionais Especiais por RA e matrículas por classe Unidades de Instituições Educacionais Especiais por RA e matrículas por classe (2008) DRE N◦ Inst. Inclusiva Exclusiva Especial Total Plano Piloto/ Cruzeiro Brazlândia Ceilândia 3 1 2 1.197 346 1.175 493 211 806 159 74 389 1.849 631 2.370 Gama Guará Núcleo Bandeirante 1 1 0 507 362 497 529 212 - 146 75 145 1.182 649 642 Planaltina 1 570 365 40 975 Sobradinho 1 546 256 150 952 Taguatinga 1 978 309 345 1.632 Samambaia 1 414 299 110 823 Paranoá 0 214 - 156 370 Santa Maria 1 416 192 127 735 São Sebastião 0 289 - 148 437 Recanto das Emas 0 357 - 85 442 13 7.868 3.672 2.149 13.689 Total Fonte: Censo Escolar 2008 O Ensino especial atende a 13.689 alunos na Rede Pública de Ensino. Deste total, 7.868 estão matriculados em classes comuns (inclusiva e integradora) e são computados como alunos do Ensino Fundamental. Os demais 5.821 são das classes especiais e dos CEEs. Dentre os programas especiais da SEDF destaca-se o Programa de Educação Precoce que consiste no atendimento especializado a crianças entre zero e três anos e 11 meses de idade com necessidades educacionais especiais decorrentes de deficiência intelectual, visual, auditiva, física/motora e múltipla; transtorno global do desenvolvimento (TGD); superdotação e altas habilidades. Outros programas específicos desenvolvidos pela Secretaria de Educação do Distrito Federal são o Programa Classe Hospitalar e o Programa de Atendimento a Estudantes com Altas Habilidades/ Superdotação. A Educação de Jovens e Adultos destina-se àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no Ensino Fundamental e Médio em idade apropriada. A Rede Pública de Ensino do Distrito ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 46 Federal oferece essa modalidade nas formas presencial e à distância, e também exame de certificação (ENCCEJA) Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos. O EJA à Distância é o método de ensino-aprendizagem aberto, dinâmico e flexível, cujo modelo possibilita a auto-aprendizagem, fortalecendo a autonomia e a independência do aprendiz, sem limitação quanto a horário ou local. Oferece via internet os segundo e terceiro segmentos da Educação de Jovens e Adultos, o que corresponde aos anos finais do Ensino Fundamental e ao Ensino Médio, respectivemente (Tabela 2.10). Tabela 2.10 – EJA: Instituições Educacionais e Demonstrativo de Matrículas por RA EJA: Instituições Educacionais e Demonstrativo de Matrículas por RA (2008) Unid. DRE Matrículas Educacionais Plano Piloto Brazlândia 7.468 1.887 19 10 Ceilândia Gama Guará Núcleo Bandeirante 12.922 5.349 2.813 4.207 37 16 12 11 Planaltina 3.437 13 Sobradinho 5.253 17 Taguatinga Samambaia Paranoá Santa Maria São Sebastião Recanto das Emas 6.518 5.775 2.730 3.939 2.656 3.549 17 18 6 8 6 11 68.494 201 Total Fonte: Censo Escolar/2008 SUBIP/DPEAC/GERPE/2008 O ENCCEJA foi desenvolvido e aplicado, anualmente, pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP), esse exame é uma avaliação para aferição de competências e habilidades de jovens e adultos, residentes no Brasil e no exterior, que não possuam a certificação equivalente em nível fundamental ou médio (Tabela 2.11). ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 47 Tabela 2.11 – ENCCEJA Inscritos ENCCEJA Inscritos (2008) Ensino Fundamental Ensino Médio 10.410 21.774 Fonte: SE/SUBEB/GEJA/2008 No Ensino Fundamental, o participante do ENCCEJA pode ser certificado, nas áreas de Língua Portuguesa, Língua Estrangeira Moderna, Educação Artística e Educação Física, História e Geografia, Matemática, Ciências Naturais. Já no Ensino Médio, a certificação abrange Linguagens, Códigos e suas Tecnologias; Ciências Humanas e suas Tecnologias; Matemática e suas Tecnologias; Ciências da Natureza e suas Tecnologias. Em 2008, 32.184 alunos do Distrito Federal se inscreveram no ENCCEJA. No Distrito Federal há programas estruturantes voltados para a educação, bem como os programas e projetos estruturados e oferecidos pelo SEDF no ensino básico42, tais como os descritos no Quadro 2.01. Quadro 2.01 – Programas estruturantes e Programas e Projetos Estruturados – SEDF Programas estruturantes e Programas e Projetos Estruturados – SEDF Programas Estruturantes Programas e Projetos Estruturados Acelera DF Ciência em foco Educação Integral Ensino Fundamental de Nove Anos Gestão Compartilhada Parceiros da Escola PDAF – Programa de Descentralização Administrativa e Financeira Programa Vereda – Correção de Fluxos Anos Finais e Ensino Médio Foco no Educador Merenda Olimpíada de Língua Portuguesa Olimpíada de Matemática Programa Cidadania na Escola Programa Escola Aberta Programa Saúde na Escola SNCT – Semana Nacional de Ciência e Tecnologia Transporte Escolar Fonte: SEDF/SUBEB/DIREF - Relatório de Gestão 2008 Quanto aos projetos que constam na SEDF voltados ao Ensino Fundamental é possível visualizar no Quadro 2.02 suas denominações e respectivas descrições. 42 A descrição dos programas estruturantes, programas e projetos desenvolvidos pela SEDF encontra-se no Anexo 1. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 48 Quadro 2.02 – Projetos do Ensino Fundamental Projetos do Ensino Fundamental DIREF Itinerante III Conferência Nacional Infantojuvenil Pelo Meio Ambiente Eleitor do futuro Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal BRASILIATUR 43 Currículo em Ação CEMEC - Convênio Visita às DRE's para suporte e monitoramento pedagógico aos NMP's - Núcleos de Monitoramento Pedagógicos, e, assim, as atividades desenvolvidas nas Instituições Educacionais no DF. Campanha pedagógica que traz a dimensão política do meio ambiente para os debates realizados nas escolas do Ensino Fundamental (5ª a 8ª série/6◦ ao 9◦ ano). Realizado de 03 a 08 de abril, que parte de um conjunto de ações denominado "Vamos cuidaro do Brasil com as escolas" - Ministério da Educação - MEC/Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade – SECAD Conscientização para importância e o dever do voto como exercício da cidadania. Desenvolvimento nas Diretorias Regionais de Ensino do Gama, Plano Piloto/Cruzeiro, Guará e Paranoá. Co-execução. Informação Histórica sobre o Distrito Federal. Desenvolvido com os alunos da Rede Pública de ensino. Elaboração de material didático sobre a história do Distrito Federal, desde a marcação do quadrilátero Crulls. Avaliação sistemática da versão preliminar do currículo do ensino fundamental - anos iniciais junto às DRE/NMP; revisão da proposta curricular junto com professores e coordenadores intermediários das DRE/NMP. Acompanhamento das ações desenvolvidas pelos professores: reforço escolar em período contrário aos alunos do Ensino Fundamental - Anos Iniciais Fonte: SEDF/SUBEB/DIREF - Relatório de Gestão 2008 2.3.1.2 Rede Privada No que tange a rede de ensino particular, os dados do Sindicato Nacional das Escolas Particulares do Distrito Federal apontam para a existência de 145 instituições de ensino privado (educação básica) distribuídas pelas regiões administrativas (Tabela 2.12). No entanto, não são disponibilizados dados sobre a quantidade de alunos por instituição e modalidade de ensino, o que inviabiliza uma análise aprofundada sobre o atendimento à população por este segmento educacional. Ao analisar, porém, a distribuição das instituições privadas no Distrito Federal, constata-se uma maior concentração das mesmas no Plano Piloto (Asa Norte e Asa Sul), Guará, Sobradinho e Taguatinga. 43 Vale salientar que, embora a BrasiliaTur esteja descrita nesse Quadro, essa instituição foi extinta pelo Governo do Distrito Federal em maio de 2010 e suas atribuições foram direcionadas à Secretaria de Turismo que está em processo de criação. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 49 Tabela 2.12 – Estabelecimentos de Ensino Privado de Educação básica – Distrito Federal Estabelecimentos de Ensino Privado de Educação básica – Distrito Federal (2010) Região Administrativa Águas Claras Asa Norte Asa Sul Ceilândia Cruzeiro Gama Guará Lago Norte Lago Sul Núcleo Bandeirante Octogonal Planaltina Recanto das Emas Riacho Fundo Samambaia Santa Maria São Sebastião Setor Sudoeste Sobradinho Taguatinga Vicente Pires Instituições de Ensino Privado 3 29 31 9 5 4 12 2 7 3 1 1 4 3 1 3 2 2 12 23 2 Sindicato do Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrito Federal, 2010 2.3.2 Ensino Médio: Graduação e Pós-Graduação 2.3.2.1 Graduação Em relação ao ensino superior, os dados publicados em 2008 pelo Instituto Nacional de Educação de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) e do Ministério da Educação (MEC) indicam, através do Sinopses, estatísticas do ensino de graduação e apontam a existência de 66 instituições de ensino superior no Distrito Federal, sendo 02 instituições públicas e 64 particulares. De acordo com o Censo do Ensino Superior (2008), a quantidade de docentes do ensino superior atinge um total de 29.960 docentes na Região Centro-Oeste (11.150 em instituições públicas e 18.540 em instituições privadas). No ranking regional o Distrito Federal encontra-se em segundo lugar na quantidade de professores em instituições de ensino superior, num total de 8.871 docentes (1.623 em ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 50 instituições públicas e 7.248 em instituições privadas), atrás apenas do estado de Goías, que possui 10.431 docentes (5.136 em instituições públicas e 5.295 em instituições privadas) (Tabela 2.13). Tabela 2.13 – Número de Instituições de Educação Superior, por Organização Acadêmica e Localização (capital e interior), segundo dados do Brasil, Região Centro-Oeste e Distrito Federal e a Categoria Administrativa da IES Número de Instituições de Educação Superior, por Organização Acadêmica e Localização (capital e interior), segundo dados do Brasil, Região Centro-Oeste e Distrito Federal e a Categoria Administrativa da IES (2008) Unidade da Federação/Categoria Administrativa Instituições Total Geral Universidade Centros Universitários Faculdades CEFET e IFET Total Capital Interior Total Capital Interior Total Capital Interior Total Capital Interior Total Capital Interior 2.252 811 1.441 183 86 97 124 48 76 1.911 657 1.254 34 20 14 236 82 154 97 48 49 5 . 5 100 14 86 34 20 14 Federal 93 54 39 55 31 24 . . . 4 3 1 34 20 14 Estadual 82 28 54 36 17 19 . . . 46 11 35 . . . Brasil Pública Municipal 61 . 61 6 . 6 5 . 5 50 . 50 . . . 2.016 729 1.287 86 38 48 119 48 71 1.811 643 1.168 . . . 1.579 575 1.004 29 17 12 63 33 30 1.487 525 962 . . . 437 154 283 57 21 36 56 15 41 324 118 206 . . . Centro-Oeste 242 111 131 14 9 5 11 7 4 214 93 121 3 2 1 Pública Privada Particular Comum/Confes/Filant 16 7 9 9 4 5 . . . 4 1 3 3 2 1 Federal 8 6 2 5 4 1 . . . . . . 3 2 1 Estadual 4 1 3 3 . 3 . . . 1 1 . . . . Municipal 4 . 4 1 . 1 . . . 3 . 3 . . . 226 104 122 5 5 . 11 7 4 210 92 118 . . . Particular 199 89 110 2 2 . 10 7 3 187 80 107 . . . Comum/Confes/Filant 27 15 12 3 3 . 1 . 1 23 12 11 . . . 66 66 . 2 2 . 4 4 . 60 60 . . . . Privada Distrito Federal Pública 2 2 . 1 1 . . . . 1 1 . . . . Federal 1 1 . 1 1 . . . . . . . . . . Estadual 1 1 . . . . . . . 1 1 . . . . Municipal . . . . . . . . . . . . . . . 64 64 . 1 1 . 4 4 . 59 59 . . . . Particular 56 56 . . . . 4 4 . 52 52 . . . . Comum/Confes/Filant 8 8 . 1 1 . . . 7 7 . . . . Privada Fonte: MEC/INEP/DEED CEFET/IFET - Centro Federal de Educação Tecnológica e Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Dos docentes do Distrito Federal, 2.040 tem título de doutor, 3.344 título de mestre, 2.613 título de especialista, 871 apenas a graduação, e 03 não possuem graduação concluída. A partir desses dados pode se verificar que cerca de 90,1% dos docentes do ensino superior possuem alguma modalidade de título de pós graduação. Os dados referentes a quantidade de docentes no ensino superior no Brasil apontam para um quantitativo em 2008 de 338.890 professores (119.368 em instituições públicas e 219.522 em instituições privadas). Dentre as cinco macrorregiões do Brasil, o Centro-Oeste ocupa a 4ª colocação, a frente apenas da Região Norte (Tabela 2.14). ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 51 Tabela 2.14 – Número de docentes da pós-graduação por região Número de docentes da pós-graduação por região (2008) Região Sudeste Nordeste Sul Centro-Oeste Norte Instituições Públicas 42.349 32.760 54.050 11.150 Intituições Privadas 116.525 32.367 40.595 18.540 Total 158.874 65.127 64.465 29.690 9.059 11.495 20.554 Fonte: Censo do Ensino Superior, 2008 Da quantidade total de cursos de graduação presenciais oferecidos no Brasil, 24.719 (6.772 em instituições públicas e 17.947 em instituições privadas), novamente o Centro-Oeste ocupa a 4ª posição entre as macrorregiões brasileiras. Em 1º lugar o Sudeste com 11.709 cursos (1.616 em instituições públicas e 10.093 em instituições privadas), em 2º lugar o Nordeste com 4.215 cursos (2.187 em instituições públicas e 2.028 em instituições privadas), em 3º lugar a Região Sul com 4.658 cursos (1.235 em instituições públicas e 3.423 em instituições privadas, em 4º lugar o Centro-Oeste com 2.335 cursos (788 em instituições públicas e 1.547 em instituições privadas), e em 5º lugar a Região Norte com 1.802 cursos (946 em instituições públicas e 856 em instituições privadas). No contexto regional da oferta de cursos de graduação no Censo do Ensino Superior (2008), o Distrito Federal apresenta-se na 2ª colocação na oferta de cursos com um total de 543 cursos (74 em instituições públicas e 469 em instituições privadas). A frente do Distrito Federal temos o estado de Goiás com 843 cursos, no 3º lugar o estado de Mato Grosso com 541 cursos, e o Mato Grosso do Sul em 4º lugar com 408 cursos. No ano de 2008 foram oferecidas no Brasil, 2.985.137 vagas em cursos de graduação, dessas 1.505.819 foram ocupadas por processos de seleção via vestibular, transferências, entre outras formas de ingresso. Nesse contexto, houveram 5.534.689 candidatos inscritos nos processos seletivos em todo o Brasil, cujo indicativo de preenchimento das vagas oferecidas pelas instituições de ensino (público e privado) é de 50,4%, havendo 49,6% de vagas ociosas. Do número total de candidatos inscritos 27,2% conseguem ingressar nos cursos de graduação. Na Região Centro-Oeste, o número de vagas oferecidas em cursos de graduação é de 281.700 vagas, sendo 500.608 candidatos e 130.099 ingressantes. A maioria dos ingressantes refere-se a instituições privadas de ensino superior com 98.522 ingressantes e o restante 31.577 ingressantes em instituições públicas. O Distrito Federal oferece, dentro desse contexto regional de oferta de vagas em cursos de graduação, um total de 105.716 vagas para 189.866 candidatos, e ao final do processo seletivo 40.614 candidatos ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 52 conseguem ingressar em instituições de ensino superior, sendo 3.920 em instituições públicas e 36.694 em instituições privadas. 44 De acordo com os dados de estudo realizado pelo Inep/MEC (2006) com base no Censo de Educação Superior (1991-2004), no que tange a Educação Superior, havia em 2004 ―111.064 matrículas, distribuídas da seguinte forma: 19.058 no setor público (correspondendo a 28,9% do total) e 92.006 no setor privado (82,8%). No setor público, as matrículas concentravam-se na Universidade de Brasília – de natureza federal – 18.747 (98,4%), e apenas 311 matrículas na faculdade estadual (1,6%). No que tange à rede privada, 81,2% (74.690) das matrículas concentravam-se em instituições particulares e 18,8% (17.316) em outras de natureza comunitária/confessional/filantrópica‖ (Tabela 2.15). Tabela 2.15 - Matrículas nas IES do Distrito Federal, por categoria administrativa Matrículas nas IES do Distrito Federal, por categoria administrativa 1991-2004 Ano Total 1991 1996 2004 1991/1996 ∆% 31.186 41.000 111.064 27,4 1996/2004 ∆% 170,9 Pública Total % 8.776 27,3 13.581 33,1 19.058 21,1 40,3 - Privada Total % 23.410 72,7 27.419 66,9 92.006 82,9 17,1 - 117,1 235,6 - - Fonte: Inep/MEC, 2006. De um modo geral45, no Distrito Federal as IES privadas locais vêm sendo criadas em áreas e/ou regiões de modo a atender às demandas educacionais e profissionais de uma ―clientela‖ em potencial. Algumas dessas instituições passaram a funcionar próximo ao entorno norte, nas cidades de Sobradinho e Planaltina (42 km de Brasília), que não contava com nenhuma outra instituição, apesar da demanda existente. Assim, também acontece no entorno sul, a exemplo da cidade do Gama (30 km de Brasília), absorvendo parte da clientela que vem de várias cidades goianas, cuja população total chegava a 402.966 habitantes, no ano de 2004. 44 Não foram disponibilizados os dados específicos quanto a oferta/ preenchimento de vagas por área de conhecimento de acordo com a unidade da federação. 45 Inep/MEC, 2006 ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 53 2.3.2.2 Pós-graduação Os cursos de pós-graduação tem o propósito de produzir profissionais aptos a atuar nos diferentes setores da sociedade e capazes de contribuir, a partir da formação recebida, para o processo de desenvolvimento do país. As pesquisas realizadas no âmbito da pós-graduação apontam para o desempenho crescente da comunidade acadêmica nacional e o contínuo intercâmbio com a comunidade acadêmica internacional. A distribuição dos cursos de pós-graduação (mestrado, mestrado profissional e doutorado) no Brasil, por região, é mostrada na Tabela 2.16, e indica que a região Centro-Oeste ocupa a 4ª posição do país na oferta de cursos de pós-graduação, a frente apenas da região Norte. Tabela 2.16 – Programas e Cursos de Pós-Graduação por regiões brasileiras Programas e Cursos de Pós-Graduação por regiões brasileiras (2010) Programas e cursos de pós-graduação Total M D F M/D Região Centro-Oeste Nordeste Norte Sudeste Sul Brasil Totais de Cursos de pós-graduação Total M D F 214 103 4 19 88 302 191 92 19 533 281 17 42 193 726 474 210 42 134 83 3 7 41 175 124 44 7 1.424 402 22 148 852 2.276 1.254 874 148 590 241 6 59 284 874 525 290 59 2.895 1.110 52 275 1.458 4.353 2.568 1.510 275 Fonte: www.capes.gov.br Cursos: M - Mestrado Acadêmico, D - Doutorado, F - Mestrado Profissional Programas: M/D - Mestrado Acadêmico / Doutorado, Data Atualização: 10/03/2010 Os números apresentados na Tabela 2.17 convergem com os dados do Plano Nacional de Pós Graduação, cujo indicativo da existência da desigualdade na distribuição dos cursos de pós graduação no país é gritante. Enquanto a região Sudeste concentra 54,9% dos cursos de mestrado e 66,6% dos de doutorado, as regiões sul, nordeste, centro-oeste, e norte agregam, respectivamente, 19,6% e 17,1% (M/D), 15,6% e 10,3%, 6,4% e 4,1%, e 3,5% e 1,8%. Segundo o INEP (2006), a Região Sudeste, que concentra 49% do total de matrículas do país possui 42% da população; a Região Nordeste tem 16% das matrículas e 28% da população; a Região Sul tem 19% dos alunos matriculados e 15% da população; a região Centro-Oeste tem 9,5 % das matrículas e 7% da população. Mas, no caso da Região Norte, a oferta de vagas chega a 5,9% das matrículas, quando a região representa aproximadamente 8% em relação ao quantitativo total da população nacional, reforçando mais uma vez o indicativo de desigualdade quanto a distribuição dos cursos de pósgraduação em termos regionais. Apesar de estar apenas a frente da região Norte, os cursos de pós-graduação no Distrito Federal, Goiás e Mato Grosso reconhecidos pelo MEC apontam números significativos para o Distrito Federal, e a concentração dessa estrutura na Universidade de Brasília – UnB (Tabela 2.17). ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 54 Tabela 2.17 – Cursos de Mestrado/ Doutorado reconhecidos pelo MEC na Região Centro-Oeste Cursos de Mestrado/ Doutorado reconhecidos pelo MEC na Região Centro-Oeste (2010) UF IES Programas e Cursos de pós-graduação Totais de Cursos de pós-graduação Total M D F M/D Total M D F DF ASSOCIAÇÃO DAS PIONEIRAS SOCIAIS APS 2 1 0 1 0 2 1 0 1 DF CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA UniCEUB 1 0 0 0 1 2 1 1 0 2 2 0 0 0 2 2 0 0 1 1 1 0 0 0 0 1 0 0 1 1 1 0 0 0 0 1 1 1 0 0 0 1 1 0 0 10 5 0 1 4 14 9 4 1 69 10 0 7 52 121 62 52 7 GO UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA - UNB CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ANÁPOLIS UNIEVANGEL 1 1 0 0 0 1 1 0 0 GO FACULDADE ALVES FARIA - ALFA 1 0 0 1 0 1 0 0 1 DF DF DF DF DF DF CENTRO UNIVERSITARIO EUROAMERICANO - UNIEURO INSTITUTO BRASILIENSE DE DIREITO PÚBLICO - IDP INSTITUTO RIO BRANCO - IRBr UNIÃO PIONEIRA DE INTEGRAÇÃO SOCIAL UPIS UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA UCB 1 1 0 0 0 1 1 0 0 GO INSTITUTO FEDERAL DE EDUC, CIÊNCIA E TECNOLOGIA GOIANO - IFGoiano UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS UCGO 15 9 0 3 3 18 12 3 3 GO UNIVERSIDADE DE RIO VERDE – FESURV 1 1 0 0 0 1 1 0 0 GO UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS - UEG 2 2 0 0 0 2 2 0 0 GO UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS - UFG 40 21 3 1 15 55 36 18 1 MS FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL - UFMS 19 10 1 2 6 25 16 7 2 MS UNIV. PARA O DESENVOL. DO ESTADO E DA REGIÃO DO PANTANAL - UNIDERP 2 1 0 1 0 2 1 0 1 4 3 0 0 1 5 4 1 0 GO MS UNIVERSIDADE CATÓLICA DOM BOSCO UCDB UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MATO GROSSO DO SUL - UEMS 2 2 0 0 0 2 2 0 0 MS UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS - UFGD 9 7 0 0 2 11 9 2 0 MT UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO - UNEMAT 5 5 0 0 0 5 5 0 0 25 214 20 103 0 4 1 19 4 88 29 302 24 191 4 92 1 19 MS MT Centro-Oeste UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO - UFMT Fonte: www.capes.gov.br46 46 Cursos: M - Mestrado Acadêmico, D - Doutorado, F - Mestrado Profissional Programas: M/D - Mestrado Acadêmico / Doutorado, M/F - Mestrado Acadêmico / Mestrado Profissional, D/F - Doutorado / Mestrado Profissional, ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 55 A relação dos cursos de pós-graduação e os profissionais que atuam nesse nível de ensino aponta para um movimento significativo das intituições privadas em absorver profissionais da universidade pública (UnB), seja a partir da aposentadoria dos docentes, ou ainda pela contratação de Quadros qualificados em nível de pós-graduação lato e strictu sensu que não são absorvidos por aquelas instituições. Os níveis de mestrado e doutorado tem sido colocados como condição básica para absorção de profissionais na rede privada de pós-graduação, salvo no caso de áreas de maior especificidade, nas quais a qualificação dos professores é menos elevada (Inep/MEC, 2006). 2.3.3 Cursos Técnicos e Profissionalizantes Na análise dos principais aspectos educacionais voltados ao ensino técnico e profissionalizante foram consideradas iniciativas centrais implementadas no Distrito Federal, bem como a infraestrutura disponível, no que diz respeito às política do governo federal de expansão do ensino técnico no país, ações pontuais de capacitação técnica promovidas pelo governo distrital, e a formação profissionalizante disponibilizada pelo Sistema S47. A política de expansão do ensino técnico no país promovida pelo governo federal tem previsto a ampliação dos Institutos Federais de Educação Técnica (IFET‘s) em diversas Unidades da Federação, por meio de ações promovidas pelo Ministério da Educação. No Distrito Federal, essa política tem privilegiado a implantação dessas unidades em regiões de maior densidade populacional, com forte presença de população de menor renda. Assim, estão previstas para implantação em 2010 cinco unidades (IFETs) no Distrito Federal, distribuídas: no Plano Piloto, no Gama, em Taguatinga, em Planaltina e em Samambaia, respectivamente48. As ações do Governo do Distrito Federal referentes ao ensino profissional são realizadas nas Unidades de Educação Profissional, antes vinculadas à SEDF e atualmente transferidas para a estrutura orgânica da Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia do Distrito Federal49. As unidades em questão são: os Centros de Educação Profissional (CEPs): Escola Técnica de Brasília, Escola Profissional de Ceilândia e Escola Profissional de Saúde. O CEP Colégio Agrícola de Brasília foi transformado em entidade de natureza autárquica e está vinculado ao Ministério da Educação (MEC) como Escola Agrotécnica Federal, pela Lei Federal nº 11.534, de 25/10/2007. O Centro de Educação Profissional Escola de Música de Brasília (CEP EMB) continua M/D/F - Mestrado Acadêmico / Doutorado / Mestrado Profissional Data Atualização: 10/03/2010. 47 O termo Sistema S é uma convenção criada para fazer referência ao conjunto de onze contribuições de interesse de categorias profissionais estabelecidas pela Constituição Brasileira, artigo 149. 48 Informação do Ministério da Educação. 49 Conforme Decreto nº 28.276, de 14/09/2007, publicado no DODF nº 179 de 17/09/2007. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 56 pertecendo à estrutura da SEDF e oferece educação profissional de nível básico e técnico com o objetivo de desenvolver competências e habilidades musicais de crianças, jovens e adultos. São oferecidos 10 cursos básicos e 13 técnicos de qualificação profissional em várias modalidades instrumentais e vocais (eruditas e populares) (Quadro 2.03). Quadro 2.03 – Cursos de Nível Básico oferecidos pelo CEP EMB Cursos de Nível Básico oferecidos pelo CEP EMB Núcleo de Cordas Friccionadas Núcleo de Cordas Dedilhadas Núcleo de Piano Núcleo de Sopros Núcleo de Percussão Núcleo de Canto Núcleo de Música Popular Núcleo de Música Antiga Tecnologia em Música Núcleo de Disciplinas Teóricas Fonte: http://www.se.df.gov.br/ Diante da importância que a educação musical vem assumindo no Distrito Federal é realizado anulamente o Curso Internacional de Verão, uma tradição para o público apreciador e uma oportunidade para assistir às mais variadas apresentações e concertos, com músicos locais, nacionais e internacionais50. No âmbito das ações promovidas por meio das contribuições51 de interesse das categorias profissionais ou econômicas, previsto pelo artigo 149 da Constituição Federal do Brasil, destacam-se as derivadas do conjunto de onze entidades conhecidas como Sistema S, são elas: Agricultura 1) Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) Comércio 2) Serviço Nacional de Aprendizagem do Comério (SENAC) 3) Serviço Social do Comércio (SESC) Cooperativismo 4) Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (SESCOOP) Indústria 5) Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) 6) Serviço Social da Indústria (SESI) Transporte 50 Patrocinado pela SEDF e com o apoio de diversas entidades privadas e governamentais, o curso teve início em 1976. Destina-se a compositores, regentes, intérpretes, instrumentistas, cantores, musicólogos, etnomusicólogos, educadores musicais, músicos populares e estudantes de música em geral, de modo a aperfeiçoar a técnica já inicialmente adquirida. 51 Essas ações são possíveis por meio das receitas arrecadadas pelas contribuições ao Sistema S e repassadas as entidades, na maior parte de direito privado, que devem aplicá-las conforme previsto na respectiva lei de instituição. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 57 7) Serviço Social de Transporte (SEST) 8) Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (SENAT) Outras áreas 9) Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) 10) Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) 11) Fundo Aeroviário (Sistema Aeroviário Nacional) O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR)52 é uma entidade vinculada a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), com o objetivo organizar, administrar e executar, em todo território nacional, a formação profissional rural e a promoção social de jovens e adultos que exerçam atividades no meio rural. Os principais objetivos básicos que norteiam as ações do SENAR-DF são: organizar, administrar e executar, no território do Distrito Federal, o ensino da formação profissional rural e a promoção social de profissionais da atividade rural e dos trabalhadores das agroindústrias e suas famílias que atuam, exclusivamente, na produção primária de origem animal e vegetal; assistir as entidades empregadoras na elaboração e execução de programas de treinamento e na realização da aprendizagem metódica ministrada no próprio emprego; estabelecer e difundir metodologias adequadas à formação profissional rural e promoção social do profissional da atividade rural, com base no princípio da livre iniciativa e da economia de mercado; e prestar assessoria às entidades governamentais e privadas relacionadas com a formação de profissionais de atividades rurais e assemelhadas53. O Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial do Distrito Federal (SENAC-DF) tem caráter privado e oferece capacitação profissional em áreas relacionadas ao Comércio de Bens e Serviços, Turismo e Saúde. Integrado ao Sistema do Fecomércio-DF, o SENAC-DF dispõe, desde 2005, de cursos de pósgraduação lato sensu na modalidade à distância, entre esses o curso de gestão de pequenos negócios, também na modalidade de ensino à distância. O Serviço Social do Comércio (SESC), Instituição de direito privado visa atender, principalmente, aos empregados do setor de comércio no que se refere a educação, saúde, alimentação, cultura, ação social, turismo, esporte e lazer e, de forma complementar, atender os segmentos sociais mais carentes e vulneráveis da sociedade54. No Distrito Federal existem 10 unidades, com 185 mil matriculados e credenciados, entre comérciários, dependentes e usuários. O Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (SESCOOP) 55 é integrante do Sistema Cooperativista Nacional (OCB) apresenta entre seus principais objetivos, organizar, administrar e executar o ensino de formação profissional e promoção social dos empregados de cooperativas, cooperados e de seus familiares, bem como promover o monitoramento das cooperativas no Brasil. 52 Instituição de direito privado, criada pela Lei 8.315/1991 e regulamentada pelo Decreto nº 566/ 1992, é mantida pela classe patronal rural e dirigida por um Conselho Deliberativo, de composição tripartite e paritária, composto por representantes do governo, da classe patronal rural e da classe trabalhadora, com igual número de conselheiros. 53 Maiores informações podem ser obtidas em consulta ao sítio eletrônio do SENAR DF, disponível em: http://www.senardf.org.br. 54 Informação do site do SESC-DF. 55 Instituição jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, criada pela Medida Provisória 1.715/98 e pelo Decreto 3.017/99. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 58 Segundo dados disponíveis no SESCOOP DF, nos últimos 10 anos, a entidade beneficiou mais de 45 mil pessoas ligadas, direta ou indiretamente ao cooperativismo brasiliense por meio de o ensino, capacitação profissional, monitoramento e promoção social dos cooperados, seus familiares, e trabalhadores das cooperativas do Distrito Federal56. O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – DF (SENAI-DF) apoia 28 áreas industriais por meio da formação de recursos humanos e da prestação de serviços em assistência ao setor produtivo, serviços de laboratório, pesquisa aplicada, e informação tecnológica no sentido de contribuir para o fortalecimento da indústria e o desenvolvimento do país. O Serviço Social da Indústria – DF (SESI-DF), também de direito privado, se propõe a estimlar uma gestão socialmente responsável nas empresas. Participa da articulação da Educação Básica (SESI) com a Educação Profissional (SENAI) a partir de uma iniciativa estratégica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), de modo a intensificar as ações de cooperação e de articulação entre os Departamentos Nacionais e Regionais do SESI e do SENAI e, assim, melhor atender às demandas da indústria e da sociedade57. O Serviço Social do Transporte (SEST) e o Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (SENAT) 58 direcionam suas ações para a valorização de transportadores autônomos e trabalhadores do Setor de Transporte. A missão do Sest/Senat é desenvolver e disseminar a cultura do transporte, promovendo a melhoria da qualidade de vida e do desempenho profissional do trabalhador, bem como a formação/qualificação de novos profissionais para eficiência e eficácia dos serviços a serem prestados à sociedade. No Distrito Federal, O SEST/ SENAT oferece diversos cursos técnicos, como condutores de veículo de transporte coletivo de passageiros, condutores de veículos de emergência, condutores de transporte coletivo de passageiros, condutores de veículos de transporte escolar, capacitação de condutores de transporte individual de passageiros ou bens do Distrito Federal, inglês básico, entre outros. O SEBRAE, como promotor de qualificação de mão-de-obra, oferece gratuitamente cursos online relacionados a capacitação empresarial, palestras que difundem o empreendedorismo e a gestão empresarial, além da Empretec cujo objetivo central está concentrado no aperfeiçoamento e potencialização das características empreendedoras para criação e desenvolvimento de empresas. O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), autarquia federal, objetiva prioritariamente a realização da reforma agrária. Uma de suas principais atividades está direcionada ao Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (PRONERA), que visa ampliar os níveis de escolarização formal dos trabalhadores assentados; os cursos técnicos profissionalizantes voltados à formação de profissionais assentados de modo a contribuir para melhorias nas condições de vida das comunidades e promover o desenvolvimento das áreas de reforma agrária. 56 Para maiores informações recomenda-se consulta ao sítio eletrônico da entidade. Acesso: http://www.dfcooperativo.coop.br 57 http://www.sistemafibra.org.br/sesi/index.php?option=com_content&view=article&id=82&Itemid=127 58 Criados por meio da Lei nº 8.706/1993. http://www.sestsenat.org.br ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 59 Considerando a oferta de ensino exposta acima, observa-se que estrutura de ensino no Distrito Federal, apesar de não atender a toda demanda, aponta, em certa medida, para oportunidades de inclusão dos diversos segmentos e atendimento das necessidades especiais de parte da população, o que, potencializado, pode ampliar o nível educacional dessa UF, por conseguinte seu potencial desenvolvimento social. Outro aspecto considerado relevante resulta da análise do dado de que 90,1% dos docentes do Distrito Federal possuem alguma modalidade de título de pós-graduação, um indicador que aponta para oportunidades no Distrito Federal quanto a mão de obra qualificada para diversos setores e atividades, bem como o crescimento da demanda e oferta nesse nível de ensino. A Escola de Música de Brasília apresenta, por sua vez, oportunidades significativas para a qualificação especializada de profissionais que, em longo prazo, pode significar ampliação de oferta de lazer e entretenimento à população, produção de eventos e atração de público específico para apreciação da produção musical do Distrito Federal. Porém, para que isso ocorra, serão necessárias ações que gerem oportunidades de renda e emprego a esses profissionais para evitar a evasão dos mesmos para outros centros culturais do país. Como ameaça é apontada a concetração de unidades de ensino público em determinadas RAs em detrimento de outras, o que pode acarretar a sobrecarga de determinadas unidades de ensino em decorrência da busca por vaga de habitantes de RAs com poucas unidades, uma vez que, a oferta dessas não atende a demanda existente. A alta concorrência por parte de jovens de todas as classes sociais pelas vagas em universidades públicas no DF, comparada com a alta oferta de vagas em universidades privadas pode representar uma ameaça ao acesso de jovens de baixa renda ao ensino superior público e de qualidade, ampliando, assim, a segregação social e reduzindo as oportunidades de inserção de jovens de baixa renda no mercado de trabalho. 2.4 Cultura e Lazer Por ser a Unidade da Federação mais jovem do país, e diante das especificidades de seu surgimento, o Distrito Federal apresenta aos poucos uma identidade cultural diversa e sob variadas influências advindas dos quatro cantos do país, em um processo de construção ainda recente, mas cada vez mais sólido e consistente. A cultura de influência tradicional nordestina, goiana, mineira, entre outras, compartilha o espaço com a contemporaneidade do hip hop na Ceilândia, dos saraus de poesia em São Sebastião e os festivais de rock que acontecem anualmente no Plano Piloto. Essa efervescência crescente indica a importância de apoiar e consolidar estruturas institucionais e comunitárias para a ampliação do mercado cultural do Distrito Federal. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 60 A articulação e coordenação da política cultural do Distrito Federal é feita pela Secretaria de Cultura do GDF, que após uma ampla reforma administrativa realizada por meio do Decreto nº 20.264/99, absorveu a Fundação Cultural do Distrito Federal possibilitando a otimização do uso dos recursos humanos e materiais disponíveis na administração pública. Dessa forma, a Secretaria de Cultura do Governo do Distrito Federal realiza ações por meio de projetos e programas que incentivam, apoiam, fomentam e difundem a cultura, em todas as suas formas. Atualmente as principais ações e projetos em desenvolvimento pela Secretaria de Cultura do Distrito Federal envolvem a realização de concertos, a disseminação de cultura nas RAs, o incentivo financeiro a iniciativas culturais que partem da população por meio do Fundo de Apoio à Cultura, entre outros (Quadro 2.04).59 Quadro 2.04 - Ações e Projetos Culturais no Distrito Federal Ações e Projetos Culturais no Distrito Federal Concertos didáticos Cultura nas cidades Fundo de Apoio à Cultura – FAC Orquestra Sinfônica Mala do livro - Núcleo de Bibliotecas Neusa Dourado Cinemas para cegos Arte para todos Museu Vivo da Mémória Candanga Fonte: http://www.sc.df.gov.br/ A infraestrutura de cultura e lazer do Distrito Federal é fortemente caracterizada pela política desenvolvida pela Secretaria de Cultura do Distrito Federal, porém, verifica-se a participação de empreendedores privados nas atividades correlacionadas a cultura. Na categoria de academias e cursos de dança e teatro verifica-se a existência de 01 empreendimento público e 06 privados. Em relação a categoria de associações, grupos e produtoras culturais são identificados 07 associações todas de caráter de organização privada. Encontram-se no Distrito Federal 05 grupos de arte popular e folclore, expressões culturais da arte popular e 10 produtoras de arte e cultura.60 O Distrito Federal tem em seu território 19 centros culturais, equipamentos importantes para a difusão da cultura, espaço para exposições, apresentações e cursos destinados a população local e turistas. Destes centros culturais, 11 são mantidos por instituições públicas nacionais, 04 por instituições internacionais e 04 por instituições privadas nacionais.61 São poucas as iniciativas de criação de centros culturais pela iniciativa privada, destacam-se centros culturais mantidos por governos internacionais, como a Casa Thomas Jefferson (governo dos EUA), 59 60 61 A descrição das ações e como funcionam no Anexo 2. Relação de grupos de Arte popular e folclore –Anexo 3. Equipamentos para difusão da cultura – Anexo 4. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 61 Aliança Francesa (governo da França), Cultura Inglesa (Reino Unido), Instituto de Cultura Hispânica (Espanha). As empresas de mídia cultural são em sua maioria da iniciativa privada, 09 empreendimentos no total62. O Distrito Federal apresenta quantidade significativa de museus, sendo 56 no total, destes 11 apenas são de caráter privado e 45 mantidos por instituições públicas. A análise geral desse tipo de infraestrutura cultural indica que grande parte dos museus destina-se a público local, sendo a visitação de turistas pouco expressiva. Exceção a regra, aqueles localizados em atrativos turísticos com visitação expressiva (Supremo Tribunal Federal, Senado e Câmara dos Deputados, Memorial JK). A maior parte dos museus do Distrito Federal são mantidos por recursos públicos que são insuficientes para a sua manutenção e ou ampliação63. Verifica-se a ausência de visão empresarial ou de parcerias verificadas em outras instituições do Brasil e exterior e que são importantes atrativos turísticos, como: Instituto Inhotim em Brumadinho/ Minas Gerais, Museu de Arte de São Paulo/ MASP, Museu da Língua Portuguesa/ São Paulo – capital, Museu Getty/ EUA, Guggenhein Museum/ EUA, Espanha e Itália, entre outros. Os museus do Distrito Federal oferecem experiências de visitação com inúmeras limitações. A ausência de diversidade de técnicas interpretativas, a falta de visão empresarial, a falta de foco na experiência da visitação, a falta de profissionais capacitados, problemas de divulgação colocam grande parte dos museus apenas como mais um elemento de uma lista de equipamentos pouco frequentados pela população local e pelos turistas. O Museu do Conjunto Cultural da República mantido pelo Governo do Distrito Federal é um dos museus com maior potencialidade para visitação por turistas e moradores locais, porém, grande parte das visitações ocorre apenas na área externa, haja visto, o edifício se localizar estrategicamente entre a Esplanada dos Ministérios e a Rodoviária do Plano Piloto, sendo obra de Oscar Niemeyer, porém, o museu não dispõe de acervo de obras de arte, limitando-se a receber exposições itinerantes, muitas delas desconectadas do arrojo arquitetônico de seu edifício. As galerias de arte, 19 no total, em sua maioria localizadas no Plano Piloto, sendo 12 empreendimentos públicos e 07 privados64. Verifica-se a concentração desses equipamentos no Plano Piloto e a mesma situação verificada nos museus do Distrito Federal, com ausência de técnicas interpretativas e visitação pouco expressiva. Exceção a regra, o empreendimento ECCO Espaço Cultural Contemporâneo que mescla exposições, eventos, teatro, bar. Os empreendimentos para exibição de filmes (cinemas) corresponde a tipologia de infraestrutura cultural de grande relevância para a divulgação de filmes e documentários nacionais e internacionais. O Brasil é um país carente de salas para exibição; dados do IBGE (2008) indicam que menos de 100 municípios brasileiros possuem esse tipo de infraestrutura. De acordo com dados disponiveis no site da 62 Empreendimentos relacionados à Empresas de Mídia Cultural – Anexo 5. 63 Lista de Museus – Anexo 6. Lista de Galerias de Arte – Anexo 7. 64 ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 62 Secretaria de Cultura do Distrito Federal, há 18 locais de exibição de filmes na capital federal, em sua grande maioria empreendimentos de empresas privadas localizados em shoppings centers. Brasília já teve grandes salas de cinema fora dos shoppings centers, porém, a crise do setor nos anos de 1980 e 1990 levou ao fechamento de diversos empreendimentos e a transformação dos cinemas em igrejas evangélicas, cinemas pornográficos, ou o abandono e demolição dessa infraestrutura. O Cine Brasília e o Cine Dois Candangos são dois exemplos de locais para exibição de filmes mantidos por órgãos públicos (Secretaria de Cultura do Distrito Federal e Universidade de Brasília). No Cine Brasília realiza-se todos os anos o Festival de Cinema de Brasília, importante evento do cinema nacional e internacional que aglutina artistas, espectadores e as mais variadas produções cinematográficas locais, regionais, nacionais e internacionais. O Cine Dois Candangos, atualmente, não exibe filmes para o público em geral, restringe-se a atender a comunidade universitária e muitas das atividades com apresentações culturais. Há de se considerar ainda, além das 18 salas indicadas acima, a inauguração recente de salas de exibição no Shopping Boulevard – Kinoplex (Asa Norte), as salas do Shopping Casa Park (Embracine), Shopping Iguatemi (Lago Norte), o Cine Café Cabíria, e o Centro Cultural Banco do Brasil. A mais, Brasília e o cinema traçam duas histórias que se fundem e interagem na cultura moderna brasileira. Cinema Novo, Bossa Nova, Jovem Guarda, Tropicalismo, Concretismo são movimentos, estéticas, linguagens, ações, políticas e performances que definem a cultura do país e da cidade. O Pólo de Cinema de Brasília denominado "Grande Otelo" foi criado em 1991, a partir das discussões de vários cineastas locais e nacionais. Inaugurado na chamada cidade-cenográfica, em Sobradinho, com a finalidade de promover e realizar oficinas e cursos sobre roteiro, montagem, direção, interpretação, fotografia, som, efeitos especiais e maquiagem, um total aproximado de 80 títulos, realizados sob o seu patrocínio, co-patrocínio, financiamento ou apoio. São filmes de diretores brasilienses estreantes, ou de nomes já consagrados, produtores de diversas regiões do país. As livrarias também são outro tipo de equipamento cultural que sofre forte influência das mudanças culturais da globalização. O Distrito Federal já possuiu diversas livrarias de grande importância, porém, a entrada de grandes empresas instaladas em shopping centers, a difusão da internet e o download de livros e publicações, a diversificação de atrativos, serviços de alimentação, palestras e apresentações culturais, impulsionam o desenvolvimento destes empreendimentos como locus de lazer e entretenimento cultural. Em levantamento feito junto a Secretaria de Cultura do Distrito Federal verificam-se 03 empreendimentos cadastrados, em outra fonte de pesquisa65, verificam-se 13 empreendimentos no Distrito Federal. Grande parte desses empreendimentos direciona-se a venda de publicações com temas específicos: religião, concursos públicos, livros escolares e universitários. Entretanto, poucos são os empreendimentos que contemplam diversos segmentos e oferecem outras atividades tais como: palestras, debates, teatro, apresentações musicais, cafés, entre outros. Destacam-se como 65 Maiores informações disponível em www.telelistas.net ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 63 empreendimentos da categoria de livrarias que oferecem tais serviços: a Livraria Siciliano, a Livraria Cultura, FNAC e o Sebinho (406 norte). Na categoria de teatros e casas de show encontram-se 34 equipamentos no Distrito Federal. Em sua grande maioria mantidos pelo poder público ou empresas privadas (total de 22 teatros). Entre os teatros e/ou casas de show mantidos pela iniciativa privada, destacam-se o Feitiço Mineiro, o Teatro Mapati, Americel Hall e Gates Pub. O Centro Cultural Banco do Brasil representa um importante empreendimento cultural, assim como o Teatro da Caixa Econômica Federal, que recebem variados espetáculos a custos, em geral, mais baixos, e promovem grandes e importantes exposições gratuitamente, ou a preços populares. Ainda assim, de um modo geral, a concentração de teatros e casas de show sob administração pública infere custos elevados à manutenção e cobrança de taxas de ocupação. Justifica-se dessa maneira, o alto custo de espetáculos e shows na capital federal, ao contrário de outras capitais como Rio de Janeiro e São Paulo, onde a existência de empreendimentos privados permite um valor menor cobrado nos ingressos ao público, bem como período maior de exibição de espetáculos. As bibliotecas em um total de 26 locais, são todas administradas por órgãos públicos66. Exceção as bibliotecas de instituições de ensino público e privado que embora permita o acesso a toda comunidade para a consulta ao acervo, atendem apenas ao público interno à instituição no que se refere ao empréstimo dos exemplares. Um importante espaço de entretenimento e lazer consolidado no Plano Piloto de Brasília é o Clube do Choro. Trata-se de um espaço onde são realizados shows de músicos convidados e apresentações dos alunos da escola de Choro Raphael Rabello como forma de incentivo à formação musical e a ampliação do conhecimento acerca da música brasileira. O clube do Choro, fundado em 1977, desenvolve projetos que homenageia grandes nomes da música brasileira a exemplo do projeto DORIVAL para sempre CAYMMI e Tom Jobim – Maestro Brasileiro. O projeto Brasília 50 anos – Capital do Choro traduz importante proposta em abrir espaço para músicos formados na capital e instrumentista de todas as partes do mundo. A contemporaneidade das manifestações culturais do DF, com uma variedade autêntica de opções que envolvem desde manifestações de Bumba Meu Boi em São Sebastião, passando pelo Chorinho no Plano Piloto, até ao hip hop da Ceilândia oferecem ao DF boas oportunidades de aproveitamento e divulgação da capital em todo o país e no exterior, como um centro cultural cosmopolita e aglutinador de diferentes amostras que caracterizam a cultura brasileira. As iniciativas da Secretaria de Cultura do Distrito Federal apontam para oportunidades de expansão do lazer e do entretenimento nas diversas RAs que integram o DF, bem como à promoção de seus agentes culturais na medida em que se observam iniciativas de desconcentração das opções de lazer e entretenimento no Plano Piloto, além das linhas de incentivo à cultura. 66 Lista de Bibliotecas do Distrito Federal – Anexo 8. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 64 A constatação da existência de poucas iniciativas privadas para lazer e entretenimento no DF aponta para a criação de novas oportunidades de disseminação cultural, o que tem sido aproveitado por órgãos internacionais e pelo terceiro setor. A insuficiência de recursos públicos para a manutenção e ampliação dos museus do DF, administrados em sua maior parte pelo poder público, representa uma ameaça ao seu aproveitamento pela população e visitantes, representando riscos de falta de manutenção de suas estruturas e acervos. A infraestrutura existente para exposições audiovisuais (cinemas) também proporciona oportunidades de divulgação e disseminação da produção audiovisual regional, em ampla expansão com relação ao restante do país, tendo em vista as diversas mostras e festivais que ocorrem em Brasília ao longo do ano, com participação de produções locais, nacionais e internacionais. A falta de manutenção dos espaços de cinema mais antigos da capital, como o Cine Brasília, representam uma ameaça à preservação de sua memória e identidade. 2.5 Aspectos Psicográficos do Consumidor do Distrito Federal Para analisar os aspectos psicográficos de um determinado grupo são necessários estudos de seu comportamento social com relação a estilo de vida, hábitos, principais atividades, opiniões, interesses, entre outros elementos que possibilitem sua caracterização. Esses estudos são muito importantes quando se pretende lançar um novo produto no mercado ou identificar investimentos e ações em prol de algum tema em específico. Pois, por meio da compreensão do comportamento de determinado grupo de indivíduos é possível tecer previsões e evitar a tomada de decisão com efeitos indesejados. No entanto, diante da inexistência de estudos direcionados à identificar dados psicográficos da população das 30 Regiões Adminsitrativas do DF como um todo, tornou-se necessário reunir pesquisas e dados específicos, coletados com objetivos distintos, caracterizando alguns aspectos de relevância com relação à população, e principalmente, aos comportamentos de consumo advindos da população residente no Distrito Federal. A análise de dados e informações construídas no presente documento, portanto, visam permitir ao leitor uma aproximação do perfil do consumidor do Distrito Federal considerando as seguintes características: O consumidor do Distrito Federal apresenta a maior renda per capita do Brasil, o que indica elevado poder de compra. A existência de grande número de empregos no serviço público e na iniciativa privada com remunerações elevadas, com carteira assinada e/ou concurso público, garante, até certo ponto, estabilidade no emprego, indicando a atração de trabalhadores qualificados de outras unidades ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 65 da federação e a possibilidade de planejamento de gastos por parte destes trabalhadores. O elevado índice de escolaridade da população do Distrito Federal. O Indice de Desenvolvimento Humano elevado (0,8444), assim como o IDH – Municipal67 (0,935) (Quadro 2.05). Quadro 2.05 – Informações Gerais do destino Brasília – Distrito Federal Informações Gerais do destino Brasília – Distrito Federal Informações Geográficas Contagem da população (2007) (2) 2.455.903 hab. Área da unidade territorial (2007) (2) 5.802 km2 Informações Socioeconômicas Aspectos sociais IDH-M (2000) (3) 0,844 Renda per capita (2000) (3) 605,41 Índice GINI (2000) (3) 0,64 Educação IDH-M Educação (2000) (3) 0,935 Percentual de pessoas de 15 anos ou mais analfabetas (2000) (3) 5,68 Média de anos de estudo das pessoas de 25 anos ou mais de idade (2000) 8,25 (3) Matrículas no Ensino Fundamental (2007) (3) 385.299 Matrículas no Ensino Médio (2007) (3) 98.351 Matrículas no Ensino Superior (2005) (3) 115.840 Saúde Número de estabelecimentos de saúde total (2005) (2) 1.721 Número de leitos para internação em estabelecimentos de saúde total 4.969 (2005) (2) Características Econômicas PIB a preço de mercado corrente (2005) (2) 80.516.682 (mil reais) PIB – Valor adicionado na agropecuária (2005) (2) 174.910 (mil reais) PIB – Valor adionado na indústria (2005) (2) 5.322.533 (mil reais) PIB – Valor adicionado no serviço (2005) (2) 65.732.732 (mil reais) Fonte: Ministério do Turismo. Estudo de competitividade dos 65 destinos indutores do desenvolvimento turístico nacional – Brasília (2009). (1) Ministério do Turismo (2) IBGE (3) PNUD Assim, considerando, inicialmente, os dados nacionais, a divulgação da pesquisa ―A Nova Classe Média no Brasil‖, produzida pela Fundação Getúlio Vargas sob a coordenação do economista Marcelo Neri (2008), mostra a evolução do perfil do consumidor brasileiro de classe média no período de abril de 67 O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é uma medida utilizada para a mensuração do desenvolvimento humano em contraponto a outro indicador: o Produto Interno Bruto (PIB) per capita, que considera apenas a dimensão econômica do desenvolvimento. O IDH considera em seu cálculo a longevidade e a educação, além do PIB. O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) é uma adequação desse cálculo para áreas menores, o que possibilita o detalhamento de alguns dados com pesos específicos. Mais informações disponíveis no site do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 66 2004 a abril de 200868, com os seguintes indicadores: No período do estudo, 9 milhões de trabalhos formais (com carteira assinada) foram criados no Brasil; Houve a ampliação da chamada ―nova classe média‖ nos países que compõem os BRIC‘s69 (Brasil, Rússia, Índia e China); A ―nova classe média‖ brasileira tem renda mensal entre R$1.800,00 e R$4.900,00; O mercado consumidor brasileiro encontra-se em expansão, mesmo no período da crise dos mercados internacionais (2008/2009); A diminuição das exportações brasileiras foi compensada pelo aumento do consumo de bens e serviços no mercado interno; No período de 2004 a 2008, 26 milhões de pessoas das classes de menor poder aquisitivo ascenderam na escala social inserindo-se na ―nova classe média‖; No período da pesquisa verificou-se aumento de 5,3% na renda média do trabalhador brasileiro; Os principais itens objeto de desejo de consumo no Brasil são: computador, celular e casa própria; A ascensão social da ―nova classe média‖ induz a expansão do consumo no Brasil e na expansão/constituição de poupança monetária em instituições bancárias; Desde o ano de 2001 verifica-se a queda da desigualdade no país como um todo; O controle da inflação é fundamental para a manutenção da estabilidade e crescimento sustentável da economia brasileira; Nos últimos 20 anos o aumento da produção agropecuária levou a diminuição dos custos com alimentação. Os recursos garantidos com o aumento da renda e a diminuição dos gastos em alimentação subsidia o aumento de gastos com educação e serviços como o turismo; 68 Posteriormente outros dados foram incorporados a pesquisa e apresentados em janeiro de 2010 com análise dos impactos da crise dos mercados (agosto de 2008/ 2009) sobre o mercado consumidor brasileiro. 69 O acrônimo BRIC foi cunhado e proeminemente usado inicialmente pelo economista Jim O‘Neil, chefe de pesquisa em economia global do grupo financeiro Goldman Sachs, em 2001. Porém, à medida de sua utilização, o termo passou a ser utilizado por diferentes autores sendo atualmente reconhecido por economistas e outros pesquisadores como uma sigla que se refere ao conjunto formado por quatro países que destacaram-se no cenário mundial pelo rápido crescimendo de suas econômicas em desenvolvimento, são eles: Brasil, Rússia, Índia e China (normalmente traduzido como ―os BRICs‖ ou ―os países BRIC‖. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 67 O mercado imobiliário brasileiro encontra-se em franca expansão. No ano de 2004 foram produzidos 53 mil imóveis no país, 5 anos depois em 2009 esse indicador revela a construção e venda de 309 mil imóveis. Há cenário promissor para investimentos em imóveis de segunda moradia (praias, cidades turísticas, condom;nios fechados); O comércio eletrônico encontra-se em expansão no país a partir da queda dos impostos relacionados a importação e produção de equipamentos de informática. Os computadores mais baratos, os juros baixos e facilidades de pagamentos levam ao crescimento desse mercado. No ano de 2009 12 milhões de computadores foram vendidos no Brasil. Associadas à pesquisa da FGV, se forem resgatadas as informações do Quadro 5 observa-se que o Distrito Federal apresenta dados quantitativos positivos, apresentando alto IDH e maior renda per capita do país. Considerar esses dados, assim como as informações trazidas pela pesquisa ―A nova classe média do Brasil‖, torna-se preponderante, tendo em vista que, de acordo com o estudo desenvolvido por Diniz et al. ―o dispêndio artístico-cultural no Brasil Metropolitano é altamente determinado pela renda e pela educação do consumidor, sendo mais concentrado que o próprio rendimento domiciliar‖. A pesquisa intitulada ―Análise do consumo de bens e serviços artístico-culturais no Brasil Metropolitano”, foi realizada com foco nas nove principais Regiões Metropolitanas do Brasil e o Distrito Federal, e usou como base os dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares – POF (2002-2003) e da Pesquisa de Informações Municipais (2006), realizadas pelo IBGE. Dessa forma, foi estimado um modelo no qual o dispêndio artístico-cultural domiciliar ―é determinado por variáveis sócio-econômicas, educacionais e sócio-demográficas do chefe do domicílio‖. Assim, pensado como uma interação determinada por uma ordem de significados e posições sociais, ao mesmo tempo que influencia essa ordem, o consumo pode ser moldado como uma decisão individual do consumidor e suas experiências passadas, e é possível considerar a partir disso que o ato de consumir pode dizer algo sobre quem consome (DINIZ et al.). Buscando uma associação com a pesquisa da FGV no que se refere aos componentes para a construção de um panorama das condições socioeconômicas existentes no Distrito Federal e, assim, do consumidor brasiliense, observa-se segundo dados do DIEESE e do IBGE que: O segmento privado teve importante contribuição para o crescimento de empregos com carteira assinada (8,3%) em 2009, estimando um número de 444 trabalhadores em mil. O rendimento médio real dos ocupados e dos assalariados, em 2009, cresceu 3,8% e 3,5%, respectivamente. Em termos monetários, o primeiro foi estimado em R$ 1.866 e o segundo em R$ 2.140. O crescimento do rendimento médio ocorreu de forma mais acentuada no setor público (5,8%) do que no setor privado (3,3%). ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 68 Por possuir a maior renda per capita do país o Distrito Federal apresenta alta porcentagem de gasto com bens e serviços artístico-culturais diretos70 (75,86%), superando São Paulo e Rio de Janeiro71. Quanto ao gasto em bens e serviços artístico-culturais indiretos72 novamente o Distrito Federal se destaca com maior porcentagem de domicílios consumidores (67,71%), o que, de acordo com Diniz et al, indica significativo grau de qualidade de vida. Os dados do Sistema de Informações Estatísticas do Distrito Federal (2004), indicam a distribuição percentual dos domicílios por condição de posse (Tabela 2.18); nessa listagem o item microcomputador aparece com maior porcentagem entre os habitantes que não possuiam esse produto em 2004, tendo em vista que, entre outros fatores, a época do levantamento feito pela CODEPLAN não havia tamanha facilidade de compra como aponta a pesquisa sobre ―A nova classe média no Brasil‖. 70 São considerados bens e serviços artísticos-culturais diretos: artigos de decoração, idas ao museu, idas a exposições, idas ao teatro, idas a espetáculos de dança, idas a óperas, idas a shows, idas a circos, idas a cinemas, artigos de leitura, artigos de áudio, artigos de vídeo. 71 Dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares – POF – 2002-2003. Extraído do artigo: DINIZ, S. C.; MACHADO, A. F.. Análise do consumo de bens e serviços artísticos-culturais no Brasil Metropolitano. Disponível em <http://www.anpec.org.br/encontro2009/inscricao.on/arquivos/039481b8391b1813b34352dc4db342b7b2b.pdf > 72 São considerados bens e serviços artísticos-culturais indiretos: artigos de leitura, artigos de audiovisual, instrumentos musicais e acessórios, cursos, idas a boates e afins, serviços no domicílio (net e TV a cabo), aparelhos de usos doméstico e pessoal (eletrodomésticos e eletroportáteis), móveis relacionados aos aparelhos de uso doméstico, outros. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 69 Tabela 2.18 – Distribuição Percentual dos Domicílios, por Condição de Posse, segundo o Tipo de Equipamento Doméstico – Distrito Federal Distribuição Percentual dos Domicílios, por Condição de Posse, segundo o Tipo de Equipamento Doméstico – Distrito Federal – 2004 Aparelho de Som Aparelho de DVD Ar condicionado Celular Circulador de ar Ferro Elétrico Fogão Forno Microondas Forno Elétrico Freezer Geladeira Liquidificador Máquina de Lavar Roupas Máquina de Lavar Louças Microcomputador Piscina Rádio Secadora de Roupas Telefone Fixo(linha) Televisão Tanquinho Elétrico Umidificador Videocassete Não Possui Equipamento 16,8 72,2 96,7 25,8 77,3 8 1,2 62,8 83,9 74,4 3 11,7 49,8 94,9 68,4 96,5 60,1 95,5 26,9 4,4 57,3 91,6 Possui 1 Equipamento 71,8 26 2,6 33,9 17,5 87 96,7 36,9 16 24,7 94,4 86,1 49,6 5,1 29 3,4 34,2 4,3 67 61,9 42,3 7,4 Possui 2 Equipamentos 8,4 1,6 0,5 23,3 3,5 4,3 1,9 0,3 0,1 0,8 2,3 2,1 0,6 0 2,3 0,1 4,1 0,1 5,3 21,8 0,3 0,8 Possui 3 Equipamentos ou mais 3 0,2 0,2 17 1,6 0,6 0,1 0 0 0,1 0,3 0,1 0 0 0,4 0 1,6 0 0,7 11,9 0,1 0,2 Total 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 54,7 43 2 0,3 100 FONTES: SEPLAN/CODEPLAN - Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílio - PDAD - 2004 Com base nos dados da PNAD 2008, observa-se que o item microcomputador, assim como acesso a internet, apresentam maior relevância indicando a ampliação do acesso a população a estes tipos de bens (Tabela 2.19). ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 70 Tabela 2.19 - Domicílios particulares permanentes e Moradores em domicílios particulares permanentes e alguns bens duráveis existentes no domicílio (%) – Distrito Federal Domicílios particulares permanentes e Moradores em domicílios particulares permanentes e alguns bens duráveis existentes no domicílio (%) – Distrito Federal (2007-2008) Variável X Ano Alguns bens duráveis existentes no domicílio Domicílios particulares permanentes (Percentual) Moradores em domicílios particulares permanentes (Percentual) 2007 2008 2007 2008 Fogão - não tinham Filtro de água - tinham Filtro de água - não tinham Rádio - tinham Rádio - não tinham Televisão - tinham Televisão - tinham - em cores Televisão - tinham - em preto e branco Televisão - não tinham Geladeira - tinham Geladeira - não tinham Freezer - tinham Freezer - não tinham 99,08 0,92 78,93 21,07 90,71 9,29 98,81 98,64 0,18 1,19 97,57 2,43 22,94 77,06 98,82 1,18 80,59 19,41 89,24 10,76 98,67 98,52 0,15 1,33 98,19 1,81 23,15 76,85 99,47 0,53 80,83 19,17 91,59 8,41 99,09 98,9 0,19 0,91 98,13 1,87 25,15 74,85 99,28 0,72 82,12 17,88 90,34 9,66 99 98,89 0,11 1 98,83 1,17 25,35 74,65 Máquina de lavar roupa - tinham 56,74 61,56 58,08 63,37 Máquina de lavar roupa - não tinham 43,26 48,4 38,44 54,17 41,92 50,26 36,63 56,34 38,9 51,6 95,7 45,43 45,83 97,2 39,78 49,74 96,28 46,87 43,66 97,94 31,81 31,84 30,57 30,19 4,72 3,05 4 2,29 59,17 62,31 61,72 65,46 Telefone - não tinham 4,3 2,8 3,72 2,06 Total 100 100 100 100 Fogão - tinham Microcomputador - tinham Microcomputador - tinham - com acesso à Internet Microcomputador - não tinham Telefone - tinham Telefone - tinham - somente celular Telefone - tinham - somente fixo convencional Telefone - tinham - celular e fixo convencional Nota: 1 - A categoria Sem rendimento inclui as pessoas de referência que receberam somente em benefícios. 2 - Exclusive os rendimentos dos moradores cuja Condição no domicílio era pensionista, empregado doméstico ou parente de empregado doméstico. 3 - A partir de 2007: a categoria Sem declaração não foi investigada. 4 - Os dados desta Tabela foram reponderados pelo peso definido pela Contagem da População de 2007. Fonte: IBGE - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Quanto aos bens e serviços artístico-culturais, Diniz et al. apontam que ―o estudo dos determinantes do consumo de bens artístico-culturais vem sendo realizado, na literatura econômica, ancorando-se ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 71 principalmente na abordagem de capital humano, iniciada com Becker (1964) 73‖. A partir disso foi possível estender ―a definição de preferências individuais, de modo a se incluir hábitos pessoais, vícios, influências familiares e dos "pares" ("peer effects") sobre os gostos, entre outros comportamentos negligenciados pela teoria microeconômica convencional (BECKER, 1996)‖. Nessa perspectiva, as experiências pessoais e as representações externas as quais estão sujeitos os indivíduos são incorporadas às preferências ou gostos, e representam momentos importantes na repercussão direta do consumo do indivíduo, tendo em vista sua influência nas utilidades pessoais. Assim, tendo em vista que a renda e educação influenciarão no consumo de qualidade é importante ressaltar a influência das diferenças regionais devido as ―divergências tanto nas estruturas sócioeconômicas das populações quanto nas infra-estruturas de oferta‖. Nesse contexto, o DF se destaca por apresentar alto patamar educacional e nível de renda significativo, embora concentrado, o que pode possibilitar maiores níveis de exigência quanto ao consumo em geral. Levando-se em contas as especificidades do Distrito Federal e alguns índices trabalhados no estudo de Diniz et al, é possível considerar no que tange ao consumo de bens e serviços artísticos-culturais o destaque que a capital federal alcança (Tabela 2.20). Tabela 2.20 - Gasto com bens e serviços artístico-culturais diretos nas regiões metropolitanas Gasto com bens e serviços artístico-culturais diretos nas regiões metropolitanas Belém Fortaleza Recife Salvador Belo Horizonte Rio de Janeiro São Paulo Curitiba Porto Alegre 31.88 32.92 41.95 50.00 39.91 33.48 40.42 37.66 47.65 Proporção do gasto na renda domiciliar total (média) – entre os domicílios consumidores 1.51 1.82 1.64 1.47 1.10 1.39 1.26 1.43 1.17 Distrito Federal 75.86 1.46 Região Metropolitana Domicílios consumidores (%) Fonte: DINIZ et al. Dados da POF 2002-2003 A superioridade do Distrito Federal em relacão às demais Regiões Metropolitanas nos gastos com bens e serviços artístico-culturais diretos, observada na tabela 2.20, está diretamente ligado a alta renda per capita que possui. Associada a essa informação o Distrito Federal apresenta ainda o menor valor 73 Recentemente a abordagem microeconômica tem incorporado questões importantes ao estudo do comportamento do consumidor, reconhecendo que as escolhas realizadas por um agente dependem em boa parte de experiências passadas e de forças sociais. Nessa reformulação da teoria do consumidor, a família passa de consumidora, maximizadora passiva de sua utilidade nos mercados de trocas, a um agente ativo engajado também na produção e no investimento. Enquanto na visão tradicional os domicílios maximizavam uma função de utilidade composta apenas pelos bens e serviços comprados no mercado, na visão moderna eles maximizam uma função que inclui, além dos bens de mercado, ativos como o tempo e outros que definem seu capital humano (MICHAEL e BECKER, 1973). ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 72 quanto ao Gini do dispêndio artístico-cultural (0,66), o que, segundo o estudo em questão, indica menor desigualdade do dispêndio nessa localidade. O dado já apresentado para o Distrito Federal quanto aos gastos com bens e serviços artístico-culturais indiretos novamente traz a relação com a alta renda per capita, sendo indicativo de qualidade de vida (Tabela 2.21). Tabela 2.21 – Gasto com bens e serviços artístico-culturais indiretos nas regiões metropolitanas Gasto com bens e serviços artístico-culturais indiretos nas regiões metropolitanas Proporção do gasto na Região renda domiciliar total Domicílios consumidores (%) Metropolitana (média) – entre os domicílios consumidores Belém 39,14 2,31 Fortaleza 35,72 2,49 Recife 33,69 2,46 Salvador 34,3 2,52 Belo Horizonte 40,33 2,36 Rio de Janeiro 52,14 2,46 São Paulo 41,65 2,88 Curitiba 44,38 3,16 Porto Alegre 53,66 2,23 Distrito Federal 67,71 2,04 Fonte: DINIZ et al. Dados da POF 2002-2003 O consumidor no Distrito Federal, portanto, apresenta os maiores gastos médios se comparados as demais Regiões Metropolitanas, seguido por Salvador e Porto Alegre. Representa uma região de referência, nesse contexto, e coloca em evidência que ―embora as divergências individuais sejam menos acentuadas quando se enfatiza os domicílios que mais consomem, as divergências regionais são mais acirradas‖ (Diniz et al). O alto índice de gasto em bens e serviços artístico-culturais no DF, tanto direto quanto indireto indica uma oportunidade diante da existência de demanda da população por esses serviços, importantes para a formação cidadã e intelectual da população como um todo. O crescimento dos índices referentes ao trabalho formal, tanto no setor público quanto no setor privado, representa oportunidades para melhoria da qualidade de vida, ampliação das arrecadações do poder público e garantias previdenciárias à população do DF. Observa-se também a existência de uma propensão à aquisição de bens e serviços culturais pela população do DF, que representa importante oportunidade, principalmente quando somada à ampla gama de opções de lazer e entretenimento para a população do DF, entorno e visitantes (conforme abordado na seção anterior). ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 73 O alto poder aquisitivo de parcela considerável da população do DF se configura, em si, uma oportunidade para investimentos na região, sendo a relação entre a renda per capita e os gastos importantes indicadores. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 74 3. Aspectos Econômicos O presente capítulo é composto por dados e informações que configuram os aspectos de relevância econômica desta Análise Macroambiental, a saber: economia formal e informal; capacidade empresarial; mercado de trabalho; investimentos públicos e privados; e a economia do Distrito Federal, uma descrição a partir da matriz insumo-produto. 3.1 Economia Formal e Informal Para uma análise da economia formal e informal existente no Distrito Federal foram consultados basicamente os dados publicados nos últimos dez anos pelo IPEA e pelo IBGE, sendo necessário, por vezes, uma sistematização própria pela equipe CET/UnB, adaptada para o presente estudo. Duas características básicas configuram e diferenciam o Distrito Federal de outras Unidades Federativas do país, tornando necessário analisar a relação entre elas. Uma é a informalidade da economia74, enquanto a outra é a elevada desigualdade social. Conforme exposto no capítulo anterior, a configuração territorial do Distrito Federal está relacionada diretamente à presença da estrutura administrativa do governo federal, sendo esta a causa original de sua criação e desenvolvimento. Outras atividades, como a produção industrial, bem como a produção agrícola, desenvolveram-se timidamente no Distrito Federal se comparado à estrutura produtiva do setor de Comércio e Serviços. A maior parte do Produto Interno Bruto (PIB) do Distrito Federal é proveniente do setor de comércio e serviços, onde o trabalhador informal consegue fácil entrada. Como resultado disso, observa-se por exemplo, que no período de 2003 a 2007, o Distrito Federal apresentou um grau de informalidade75 bem acima da média nacional, que foi de 51% no mesmo período (Tabela 3.22). 74 É certo que as informações apresentadas ao longo do capítulo 2 demonstram crescmento do trabalho formal tanto no setor público quanto no setor privado. Contudo, a informalidade da economia no Distrito Federal representa uma forte realidade de parcela significativa da população, ainda que os dados indiquem queda significativa. 75 O grau de informalidade é definido pelo IPEA com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE. Corresponde ao resultado da seguinte divisão: empregados sem carteira + trabalhadores por conta própria / trabalhadores protegidos + empregados sem carteira + trabalhadores por conta própria. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 75 Tabela 3.22 – Grau de Informalidade em porcentagem por Unidade da Federação Grau de Informalidade em porcentagem por Unidade da Federação (2003-2007) Grau de informalidade (%) Acre Alagoas Amazonas Amapá Bahia Ceará Distrito Federal Espírito Santo Goiás Maranhão Minas Gerais Mato Grosso do Sul Mato Grosso Pará Paraíba Pernambuco Piauí Paraná Rio de Janeiro Rio Grande do Norte Rondônia Roraima Rio Grande do Sul Santa Catarina Sergipe São Paulo Tocantins Brasil 2003 78,80 76,90 71,19 69,59 67,82 66,42 70,78 64,09 64,53 61,11 63,76 73,06 59,66 58,43 61,52 55,46 61,38 53,38 56,26 53,25 49,85 54,78 50,08 46,27 43,44 43,93 38,12 54,26 2004 77,34 77,83 70,23 69,69 66,89 68,63 69,54 61,93 64,25 63,02 61,98 60,81 59,21 58,72 64,26 56,21 59,10 53,76 53,42 52,00 48,14 49,69 49,61 47,24 42,61 43,09 37,30 53,67 2005 77,22 77,63 70,29 69,18 64,96 67,58 68,27 62,74 63,22 61,09 60,85 64,77 56,08 55,36 58,50 59,28 54,32 50,34 52,96 51,43 47,96 51,56 48,19 46,24 42,49 41,14 37,22 52,94 2006 76,85 76,20 69,72 67,14 65,94 68,86 68,06 61,37 62,23 59,86 62,18 63,08 56,24 54,90 53,67 54,69 54,84 51,90 49,21 50,09 48,90 51,61 47,52 44,79 41,07 41,05 37,89 51,96 2007 74,64 71,14 67,74 66,78 66,76 66,54 64,67 61,06 60,50 59,60 59,39 57,53 55,12 53,80 53,42 53,14 51,58 51,37 49,93 49,09 48,28 47,14 46,56 45,26 39,41 38,37 37,25 50,65 Fonte: Elaboração própria com base em dados do Ipeadata. Nota: Em ordem decrescente pelo ano de 2003. A participação de trabalhadores informais no mercado de trabalho reflete, em geral, uma reação ao custo da formalidade, traduzida no estado por altos impostos que incidem sobre o trabalho, alto nível de desemprego, alto nível de urbanização e baixo nível de migração. O indicativo é de que o grande diferencial se dá no interior dos serviços. É provável que boa parte dos serviços de baixa renda sejam gerados no setor informal da economia, enquanto aqueles de renda mais elevada dependem direta e indiretamente do setor público. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 76 Para analisar a desigualdade social nos estados brasileiros nos anos de 2004 a 2008, este estudo considerou o índice de Gini76, que é comumente utilizado para calcular a desigualdade de distribuição de renda, mas também pode ser usado para qualquer distribuição. Para facilitar a compreensão dessa forma de análise importa observar os valores: quanto mais próximos de 1 for o valor do índice de Gini, maior é a desigualdade da região. Segundo demostra os dados da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domícilios (PNAD) do IBGE, o DF é a unidade da Federação que mais concentra renda e, portanto, a mais desigual do país. No DF, o índice calculado supera a marca de 0,6, enquanto a média do país é 0,55 (Tabela 3.23). Tabela 3.23 – Renda – Desigualdade – Índice de Gini por Unidade da Federação (2004-2008) Renda - Desigualdade - Índice de Gini por Unidade da Federação (2004-2008) 2004 2005 2006 2007 Distrito Federal 0,63 0,61 0,61 0,61 Paraíba 0,59 0,58 0,56 0,60 Alagoas 0,57 0,57 0,63 0,61 Piauí 0,59 0,59 0,60 0,59 Pernambuco 0,61 0,59 0,58 0,56 Bahia 0,56 0,55 0,56 0,56 Acre 0,59 0,58 0,59 0,60 Rio Grande do Norte 0,57 0,60 0,56 0,56 Mato Grosso 0,53 0,52 0,53 0,52 Tocantins 0,55 0,54 0,52 0,55 Rio de Janeiro 0,55 0,56 0,56 0,55 Ceará 0,58 0,58 0,55 0,55 Sergipe 0,56 0,55 0,56 0,54 Roraima 0,58 0,54 0,57 0,51 Mato Grosso do Sul 0,54 0,53 0,53 0,57 Maranhão 0,61 0,52 0,59 0,56 Espírito Santo 0,55 0,56 0,54 0,53 Minas Gerais 0,54 0,53 0,53 0,52 Goiás 0,54 0,56 0,51 0,52 Amazonas 0,54 0,51 0,51 0,55 Rio Grande do Sul 0,53 0,52 0,51 0,51 Paraná 0,55 0,54 0,52 0,53 São Paulo 0,53 0,53 0,52 0,51 Rondônia 0,52 0,57 0,54 0,51 Pará 0,53 0,51 0,51 0,52 Santa Catarina 0,46 0,46 0,46 0,46 Amapá 0,54 0,53 0,47 0,50 2008 0,62 0,59 0,58 0,57 0,57 0,56 0,56 0,55 0,54 0,54 0,54 0,54 0,54 0,53 0,53 0,52 0,52 0,52 0,51 0,51 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,46 0,45 Fonte: Elaboração própria com base em dados do IBGE Nota: Em ordem decrescente pelo ano de 2004. 76 Uma medida de desigualdade desenvolvida pelo estatístico italiano Corrado Gini em 1912, publicado no documento “Variabilità e mutabillità” (“Variabilidade e mutabilidade”), consiste em um número enyre 0 e 1, onde 0 corresponde à completa igualdade de renda (desconcetração), e 1 corresponde à completa desigualdade (concentração), e é expresso em pontos percentuais (é igual ao coeficiente multiplicador por 100). ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 77 Os dados da Tabela 3.23 ainda permitem observar que o comportamento da economia revelou uma melhora geral na distribuição de renda na maioria dos estados. Isto reflete, em parte, os programas de transferências de renda aprofundados e implementados no período, tais como: a bolsa educação, a bolsa família e a própria transferência embutida na seguridade social dos segmentos que não contribuíram para a previdência, como é o caso do aumento do salário mínimo refletindo-se nos ganhos do Benefício de Prestação Continuada (BPC). Isto se deve também à política macroeconômica, que permitiu a recuperação e o crescimento da economia. No Distrito Federal, contudo, observa-se uma melhora distributiva muito pequena, que faz com que a Unidade Federativa continue sendo o estado com a maior desigualdade de renda, bem acima da média nacional. Em setembro de 2009 foi publicada pela Rede Bandeirante de Jornalismo 77 uma análise dos dados sobre o estudo realizado pela PNAD com relação ao Índice de Gini do Distrito Federal. Nessa publicação, a economista da PNAD, Adriana Beringuy afirma que: O Distrito Federal tem os melhores salários do país. Essa desigualdade se deve ao fato de haver, no Distrito Federal, um estrato de trabalhadores, em especial no setor público, cujos rendimentos são maiores. Possui também um outro estrato de pessoas que estão no mercado mais informal, com rendimentos menores. Segundo o estudo da PNAD, o rendimento mensal registrado no DF em 2008, foi de R$ 2.117, enquanto, no Brasil, a média é de R$ 1.036. O segundo do ranking de rendimentos foi São Paulo, com uma média salarial de R$1.290. Com relação à desocupação, o estudo traz ainda o Amapá como primeiro da lista, com 14,9% das pessoas nessa situação, e o Distrito Federal em segundo lugar, com 11,15% - sendo de 22,3% para pessoas na faixa etária entre 18 e 24 anos e de 8,3% para pessoas com idade entre 25 e 49 anos. A média nacional de desocupação é de 7,1%, sendo 14,4% para a faixa entre 18 e 24 anos e de 5,5% para a faixa entre 25 e 49 anos. ―O que pode estar provocando essa taxa mais alta é o fato de que, na medição da taxa de desocupação, leva-se em consideração o indivíduo que está buscando trabalho, desempregado ou não‖, informa Beringuy. ―Ou seja, mensura também a pessoa que esteja tomando alguma providência para conseguir um trabalho, 78 empregada ou não‖, completa. Os dados da Pnad divulgada hoje referem-se a 2008.‖ Uma medida particular de distribuição de renda relaciona a renda auferida pelos 20% mais ricos e os 20% mais pobres e complementa a análise do índice de Gini. Ao analisar o resultado dessa relação, é possível observar que a discrepância entre os mais ricos e os mais pobres é muito maior no Distrito Federal do que nos outros estados (Tabela 3.24). A diferença de nível é significante. Em particular, os 77 Fonte: http://www.band.com.br/jornalismo/economia/conteudo.asp?ID=188329 , consulta realizada em abril de 2010. 78 Idem. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 78 salários pagos aos servidores públicos é muitas vezes maior do que o salário obtido no setor privado e mais ainda no setor informal. Tabela 3.24 – Renda - razão entre a renda dos 20% mais ricos e 20% mais pobres por Unidade da Federação Renda - razão entre a renda dos 20% mais ricos e 20% mais pobres. Por Unidade da Federação (2004-2008) 2004 2005 2006 2007 2008 Distrito Federal 35,2 31,5 29,6 30,9 31,4 Alagoas 20,3 19,9 26,9 25,4 22,3 Piauí 22,3 23,0 24,9 24,5 22,1 Paraíba 20,7 19,0 18,4 21,9 21,1 Pernambuco 24,3 22,2 21,1 20,5 20,0 Bahia 18,2 18,1 18,7 18,5 19,6 Acre 22,9 22,1 23,7 30,0 19,3 Rio Grande do Norte 20,5 21,9 18,2 21,1 19,2 Sergipe 19,0 17,9 17,9 18,7 17,4 Tocantins 18,2 16,7 15,1 18,7 17,3 Maranhão 26,8 16,4 23,4 25,7 17,0 Mato Grosso 16,0 15,8 15,5 14,5 16,7 Rio de Janeiro 18,6 18,1 18,0 17,9 16,7 Roraima 31,4 19,3 17,3 15,1 16,6 Ceará 19,5 21,8 18,9 19,6 16,2 Amazonas 17,5 13,6 14,7 20,4 16,1 Espírito Santo 18,8 19,6 16,6 16,2 15,8 Mato Grosso do Sul 16,2 16,5 15,6 17,8 15,4 Minas Gerais 17,2 15,8 15,7 15,3 15,1 Rondônia 13,6 19,1 17,4 15,2 14,8 Rio Grande do Sul 17,3 16,1 15,7 15,3 14,5 Paraná 17,7 17,3 15,4 16,0 14,4 Goiás 15,1 17,1 13,7 15,1 14,2 São Paulo 16,5 16,6 15,6 14,6 13,8 Pará 15,2 14,1 13,3 14,3 13,0 Santa Catarina 11,4 11,1 11,1 10,8 11,4 Amapá 17,2 15,1 11,6 16,3 9,8 Fonte: Elaboração própria com base em dados do IBGE Nota: Em ordem decrescente pelo ano de 2004. Os indicativos de renda do Distrito Federal demonstram que essa é a UF que possui o maior PIB per capita do país, quase o dobro do estado de São Paulo, segundo colocado na classificação nacional. Tomando a participação no PIB do Distrito Federal no PIB nacional, observa-se que o Distrito Federal ocupa a 8ª colocação79, com destaque ao setor de serviços, que chega a somar uma ordem de R$19 mil em PIB per capita. Como os dados anteriores revelaram, é o setor de serviços, especificamente o serviço público federal, que sustenta esse diferencial tão discrepante. 79 Para conferência desses dados recomenda-se consulta ao Anexo 9. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 79 Constata-se que o Distrito Federal produz, per capita, quase o triplo do estado de São Paulo, que mesmo com o maior parque industrial do país, classifica-se como segundo colocado com um PIB per capita de R$ 13 mil contra quase R$ 24 mil do Distrito Federal (Tabela 3.25). Isso mostra a distorção no rendimento relativo provocada pela presença maciça do setor público federal no DF. Tabela 3.25 – PIB Estadual per Capita - R$ de 2000 (2003-2007) PIB Estadual per Capita - R$ de 2000 (2003-2007) 2003 2004 2005 2006 Distrito Federal 20.643 20.938 21.750 22.321 São Paulo 10.794 10.916 11.328 11.606 Rio de Janeiro 9.134 9.907 10.119 10.503 Espírito Santo 6.879 8.106 8.731 9.044 Santa Catarina 8.587 9.055 9.164 9.281 Rio Grande do Sul 8.570 8.682 8.380 8.492 Paraná 7.982 8.161 7.779 7.808 Mato Grosso 7.552 9.083 8.422 7.326 Amazonas 5.912 6.525 6.502 7.021 Minas Gerais 5.793 6.307 6.310 6.545 Mato Grosso do Sul 6.403 6.392 6.025 6.288 Goiás 5.793 5.890 5.666 5.911 Roraima 5.441 4.973 5.120 5.387 Rondônia 4.813 4.870 5.291 4.980 Amapá 4.540 4.747 4.622 5.072 Tocantins 4.221 4.429 4.373 4.279 Acre 3.852 4.223 4.218 4.180 Sergipe 4.174 4.249 4.300 4.488 Bahia 3.672 3.905 4.147 4.108 Rio Grande do Norte 3.377 3.554 3.750 4.009 Pernambuco 3.484 3.572 3.739 3.875 Pará 3.247 3.507 3.537 3.704 Ceará 3.026 3.123 3.186 3.345 Paraíba 2.918 2.844 2.956 3.269 Alagoas 2.777 2.922 2.954 3.065 Maranhão 2.271 2.424 2.616 2.747 Piauí 2.173 2.228 2.332 2.500 2007 23.290 12.972 11.014 10.303 10.206 9.551 8.991 8.558 7.464 7.165 7.103 6.609 6.029 5.906 5.868 5.105 5.030 4.986 4.457 4.353 4.199 4.010 3.519 3.489 3.353 2.956 2.668 Fonte: Elaboração própria com base em dados do IBGE, em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, Secretarias Estaduais de Governo e Superintendência da Zona Franca de Manaus - SUFRAMA. Nota: Em ordem decrescente pelo ano de 2007. Deflacionado pelo Deflator Implícito do PIB nacional. A ausência de setor industrial dinâmico na capital federal provoca um rebatimento na taxa de desemprego e torna a economia local muito dependente do setor de serviços, especificamente serviços públicos, que é o maior empregador local. Soma-se a esse fato, o baixo grau de migração para o Distrito Federal nos últimos anos. No período 2001 a 2007, os dados do IBGE indicam a ocorrência de um saldo migratório negativo para o DF, que chegou a aproximadamente -30.000 pessoas em 2007. Por outro ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 80 lado, observa-se o aumento considerável da população do entorno de Brasília para o mesmo período, onde há condições de moradia bem mais barata do que na capital federal80. Ao constatar que o nível do PIB reflete majoritariamente as atividades ligadas ao comércio e serviços (setor terciário), torna-se importante aprofundar a análise dos dados desse setor. Por exemplo, a área de intermediação financeira, seguros e previdência complementar está acima da média nacional. Entretanto, o que mais chama a atenção são os serviços ligados a administração e serviços públicos: administração, saúde e educação públicas. Na economia, considera-se a capacidade empresarial como sendo também um fator de produção. Tendo em vista que a maior parte do PIB do DF advém do setor terciário é importante compreender como está configurada sua produção. Analisar a capacidade empresarial do DF será o tema central da seção 3.2. Embora apresente índices de informalidade decrescente ao longo dos anos, o percentual da população que compõe a economia informal do DF indica uma ameaça, assim como a desigualdade social existente, à promoção de justiça social já que essa população fica impossibilitada de acessar direitos trabalhistas, ainda que esta não seja uma situação definitiva. A perpetuação dos altos custos para a formalização do trabalhador que compõe a economia informal representa ameaça a sua inserção no mercado formal. A concentração e dependência dos postos de trabalhos oferecidos pelo setor público federal apontam outra ameaça ao desenvolvimento econômico e a redução da desigualdade social da população do DF. A melhoria das condições de vida de parte da população devido a transferência de renda governamental, por meio de programas como ―Bolsa Família, Bolsa Escola, entre outros representa uma oportunidade no que se refere à potencialização de acessos a bens de consumo diversos pela população assistida. Contudo, a possibilidade de descontinuidade dos programas de transferência de renda e assistência social, com a mudança de gestão do Governo Federal, indica uma ameaça. Por apresentar o maior PIB per capita do país, o DF se constitui como espaço de potencialidade latente em termos de oportunidades de investimentos em setores como os de comércio e serviço, e com isso incentivar a manutenção contínua da queda da taxa de desemprego. 80 Vide, por exemplo, o artigo ―Comportamento http://www.codeplan.df.gov.br/sites/200/216/00000380.pdf dos Saldos Migratórios no Distrito Federal‖, de Mônica França, disponível em ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 81 3.2 Capacidade Empresarial Constata-se que o principal motor de crescimento e distribuição de renda no Distrito Federal tem sido o setor de comércios e serviços. Neste, somente a administração pública, representa cerca da metade do PIB da região, enquanto na média nacional é inferior a quinta parte81 (Tabela 3.26). Tabela 3.26 – Participação das atividades econômicas no Valor Adicionado Bruto a preço básico Participação das atividades econômicas no Valor Adicionado Bruto a preço básico - Distrito Federal (2002-2007) Total 2002 100 Participação (%) 2003 2004 2005 2006 100 100 100 100 Agricultura, silvicultura e exploração florestal 0,37 0,37 0,22 0,17 0,13 0,21 Pecuária e pesca Indústria extrativa Indústria de transformação Construção civil Produção e distribuição de Eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana 0,11 0,01 2,02 3,47 0,12 0,10 2,29 3,74 0,09 0,10 1,76 3,56 0,07 0,11 1,71 4,34 0,08 0,01 1,71 3,54 0,08 0,01 1,52 3,60 0,45 1,09 1,39 1,30 1,13 1,42 Comércio e serviços de manutenção e reparação 5,41 5,80 5,73 6,06 6,10 6,64 Serviços de alojamento e alimentação Transportes, armazenagem e correio Serviços de informação 1,15 3,25 2,91 1,01 2,13 3,37 1,04 2,26 3,60 1,16 2,17 3,37 0,96 2,32 3,88 1,27 2,25 3,46 Intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços relacionados 11,07 9,85 8,80 10,41 10,48 10,00 Serviços prestados às famílias e associativas 2,61 2,69 2,52 2,72 2,51 2,40 Serviços prestados às empresas Atividades imobiliárias e aluguéis 4,00 6,29 3,81 6,29 3,78 6,03 3,24 5,95 3,39 5,39 3,45 6,43 Administração, saúde e educação públicas 53,97 54,17 55,86 54,31 54,84 53,76 Saúde e educação mercantis Serviços domésticos 2,33 0,60 Atividades Econômicas 2,54 0,63 2,56 0,69 2,25 0,65 2,88 0,67 2007 100 2,84 0,67 Fonte: Elaboração própria com base em dados do IBGE, em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, Secretarias Estaduais de Governo e Superintendência da Zona Franca de Manaus - SUFRAMA. Cinco setores de atividades econômicas são considerados mais representativos no PIB do Distrito Federal, são eles: administração, saúde e educação públicas; intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços relacionados; comércio e serviços de manutenção e reparação; atividades imobiliárias e aluguéis; e construção civil. 81 A Participação das Atividades Econômicas no Valor Adicionado Bruto à preço Básico para o Brasil encontra-se no Anexo 10. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 82 Analisando comparativamente como a participação desses setores ocorre no PIB nacional e das demais unidades da Federação, observa-se que o setor de administração, saúde e educação públicas e seguridade social foi o responsável pela segunda maior participação no PIB nacional. Apesar de, do ponto de vista econômico, a participação do DF, com uma média de 13%, ser muito menor do que a do estado de São Paulo, com uma média de 19% de participação no período de 2002 a 2007, a participação relativa de administração, saúde e educação públicas e seguridade social do Distrito Federal no PIB nacional a diferencia dos demais estados, com exceção apenas ao Rio de Janeiro, terceiro colocado com uma média de 12% de participação. Observa-se que as demais Unidades Federadas estão bem abaixo da média dos três primeiros colocados: São Paulo, Distrito Federal e Rio de Janeiro (Tabela 3.27). Tabela 3.27 – Administração, saúde e educação públicas e seguridade social por Unidade da Federação Administração, saúde e educação públicas e seguridade social por Unidade da Federação (2002-2007) Estados BRASIL 2002 2003 Participação (%) 2004 2005 2006 2007 100 100 100 100 100 100 São Paulo 19,23 19,31 18,70 18,70 18,47 19,03 Distrito Federal 13,70 13,71 14,39 13,96 14,10 13,65 Rio de Janeiro 14,43 13,81 13,70 13,35 12,94 12,81 Minas Gerais 8,29 7,97 8,00 8,10 8,06 8,06 Rio Grande do Sul 5,86 6,33 6,11 5,93 5,82 5,84 Bahia 4,33 4,29 4,24 4,45 4,50 4,46 Paraná 4,13 4,29 4,27 4,33 4,24 4,23 Pernambuco 3,64 3,51 3,50 3,59 3,62 3,54 Santa Catarina 2,73 2,83 2,77 2,86 2,84 2,86 Ceará 2,69 2,68 2,61 2,66 2,76 2,66 Goiás 2,20 2,23 2,33 2,31 2,34 2,33 Pará 2,21 2,27 2,29 2,28 2,20 2,31 Espírito Santo 1,59 1,72 1,78 1,86 1,84 1,92 Paraíba 1,60 1,62 1,65 1,70 1,76 1,72 Amazonas 1,58 1,59 1,61 1,68 1,80 1,66 Maranhão 1,52 1,58 1,57 1,58 1,65 1,65 Rio Grande do Norte 1,44 1,40 1,42 1,47 1,50 1,57 Mato Grosso 1,35 1,40 1,42 1,47 1,51 1,54 Mato Grosso do Sul 1,13 1,19 1,26 1,24 1,33 1,35 Alagoas 1,09 1,08 1,09 1,09 1,12 1,14 Rondônia 1,12 1,07 1,11 1,14 1,15 1,08 Piauí 0,94 0,96 0,96 0,95 0,97 1,08 Sergipe 0,97 0,95 0,94 0,97 1,06 1,05 Amapá 0,65 0,63 0,66 0,67 0,72 0,71 Tocantins 0,57 0,60 0,63 0,64 0,68 0,70 Roraima 0,50 0,50 0,50 0,51 0,52 0,52 Acre 0,48 0,49 0,49 0,50 0,50 0,51 Fonte: Elaboração própria com base em dados do IBGE Nota: Em ordem decrescente pelo ano de 2002. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 83 Com relação à intermediação financeira, seguros e previdência complementar, e serviços relacionados, o Distrito Federal posiciona-se como sexto maior detentor de participação no PIB nacional. São Paulo novamente detém a primeira posição com grande destaque em relação às demais unidades da Federação, isso se deve à grande concentração de instituiçoes financeiras na região. Abaixo de São Paulo, posicionam-se os estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul (Tabela 3.28). Tabela 3.28 – Intermediação Financeira, Seguros e Previdência Complementar e Serviços Relacionados por Unidade da Federação Intermediação Financeira, Seguros e Previdência Complementar e Serviços Relacionados por Unidade da Federação (2002-2007) Estados BRASIL São Paulo Rio de Janeiro Minas Gerais Paraná Rio Grande do Sul Distrito Federal Santa Catarina Bahia Goiás Pernambuco Ceará Espírito Santo Mato Grosso Pará Mato Grosso do Sul Maranhão Amazonas Paraíba Rio Grande do Norte Sergipe Alagoas Piauí Rondônia Tocantins Acre Roraima Amapá Participação (%) 2002 100 47,71 10,91 6,34 5,41 6,68 5,84 2,60 2,70 1,51 1,68 1,69 0,94 0,94 0,63 0,78 0,47 0,42 0,54 0,48 0,43 0,37 0,34 0,20 0,19 0,08 0,05 0,07 2003 100 50,57 10,47 6,44 5,62 5,85 5,31 2,24 2,21 1,52 1,49 1,63 1,02 0,92 0,75 0,71 0,45 0,37 0,45 0,41 0,38 0,34 0,28 0,19 0,17 0,08 0,08 0,05 2004 100 48,63 9,56 7,35 5,77 6,19 5,72 2,49 2,37 1,66 1,54 1,58 1,10 1,03 0,76 0,77 0,51 0,42 0,48 0,45 0,38 0,37 0,31 0,22 0,18 0,08 0,05 0,06 2005 100 51,00 9,32 6,04 5,59 6,09 5,71 2,43 2,28 1,56 1,53 1,48 1,12 0,92 0,76 0,75 0,49 0,42 0,44 0,45 0,37 0,34 0,30 0,21 0,18 0,08 0,08 0,06 2006 100 50,41 9,32 6,22 5,84 5,90 5,73 2,51 2,21 1,65 1,70 1,45 1,15 0,92 0,81 0,75 0,50 0,46 0,46 0,45 0,35 0,33 0,30 0,21 0,18 0,08 0,07 0,06 2007 100 51,44 8,94 6,64 5,83 5,74 5,12 2,44 2,16 1,67 1,65 1,43 1,13 0,88 0,80 0,72 0,48 0,47 0,47 0,44 0,35 0,34 0,28 0,21 0,17 0,08 0,07 0,06 Fonte: Elaboração própria com base em dados do IBGE Nota: Em ordem decrescente pelo ano de 2002. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 84 Cumpre destacar que enquanto São Paulo apresentou, em 2007, 51,44% de participação, os demais estados apresentaram uma média de participação que vai de 8,95% ao segundo colocado (Rio de Janeiro) a 5,12% ao sexto (Distrito Federal). Abaixo desses estados, as médias de participação são muito inferiores (de 2,44% em Santa Catarina a 0,06 no Amapá). Outra atividade de grande relevância na economia do DF, que surge entre as cinco maiores participações dessa UF no PIB nacional, diz respeito às atividades imobiliárias e aluguéis. Observa-se que nesse tema a capital federal assume a oitava posição em participação, com uma marca de 2,97% em 2007 e um território bem menor quando comparado aos estados de maior destaque, respectivamente São Paulo, com 33,89%; Rio de Janeiro, com 12,99%; Minas Gerais, com 12,99%, Rio Grande do Sul, com 6,33%; Paraná, com 5,6%; Santa Catarina, com 4,30% e Bahia, com 4,01% (em 2007). Abaixo do Distrito Federal observa-se o Goiás, com 2,64% e diversos estados do centro-oeste, norte e nordeste do país (Tabela 3.29). Tabela 3.29 – Atividades Imobiliárias e Aluguéis por Unidade da Federação Atividades Imobiliárias e Aluguéis por Unidade da Federação (2002-2007) 2002 100 2003 100 Participação (%) 2004 2005 100 100 2006 100 2007 100 São Paulo 34,75 34,22 33,61 33,82 34,30 33,89 Rio de Janeiro 14,27 14,11 14,11 13,47 13,23 12,99 Minas Gerais 8,71 8,79 8,84 8,94 8,94 9,26 Rio Grande do Sul 6,59 6,61 6,53 6,56 6,39 6,33 Paraná 5,29 5,43 5,44 5,50 5,62 5,60 Santa Catarina 3,92 4,00 3,99 4,14 4,12 4,30 Bahia 3,88 3,91 3,99 3,98 3,97 4,01 Distrito Federal 2,42 2,49 2,51 2,55 2,45 2,97 Goiás 2,44 2,54 2,67 2,69 2,73 2,64 Pará 2,10 2,14 2,30 2,30 2,30 2,38 Pernambuco 2,52 2,48 2,49 2,43 2,43 2,23 Ceará 1,83 1,82 1,91 1,94 1,99 1,75 Mato Grosso Espírito Santo 1,48 1,50 1,61 1,59 1,61 1,67 1,59 1,62 1,63 1,61 1,56 1,55 Maranhão 1,18 1,18 1,20 1,19 1,20 1,20 Mato Grosso do Sul 1,03 1,09 1,07 1,11 1,06 1,12 Amazonas 0,92 0,90 0,98 1,08 1,05 1,01 Rio Grande do Norte 0,84 0,85 0,83 0,84 0,85 0,83 Paraíba 0,85 0,91 0,87 0,84 0,83 0,81 Sergipe 0,64 0,67 0,68 0,67 0,66 0,65 Piauí 0,57 0,58 0,59 0,60 0,59 0,61 Rondônia 0,56 0,54 0,59 0,59 0,58 0,60 Alagoas 0,64 0,62 0,62 0,60 0,59 0,58 Amapá 0,24 0,26 0,25 0,28 0,29 0,31 Tocantins 0,38 0,39 0,29 0,29 0,29 0,30 Acre 0,22 0,22 0,25 0,25 0,24 0,25 Roraima 0,14 0,13 0,14 0,14 0,15 0,16 Estados BRASIL Fonte: Elaboração própria com base em dados do IBGE Nota: Em ordem decrescente pelo ano de 2002. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 85 No bojo das atividades imobiliárias e aluguéis outra atividade econômica se destaca: a construção civil. Em 2007, observa-se que a construção civil foi responsável por 2,9% da participação do DF no PIB nacional, estando a frente de estados como Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará, entre outros (Tabela 3.30). Nesse perído, o DF registrava-se como décimo colocado em participação no PIB nacional, perdendo para estados em sua maioria do sudeste e sul, salvo Bahia (nordeste) e Goiás (centro-oeste). Tabela 3.30 – Participação na Construção Civil por Unidade da Federação Participação na Construção Civil por Unidade da Federação (2002-2007) Estados BRASIL São Paulo Rio de Janeiro Minas Gerais Bahia Rio Grande do Sul Paraná Santa Catarina Goiás Espírito Santo Distrito Federal Pernambuco Pará Ceará Amazonas Maranhão Mato Grosso Mato Grosso do Sul Tocantins Rio Grande do Norte Paraíba Sergipe Alagoas Piauí Rondônia Acre Roraima Amapá 2002 100 32,63 12,88 8,00 5,66 5,22 4,82 3,27 2,94 2,48 2003 100 30,76 13,18 8,89 5,49 5,49 5,62 4,12 2,55 2,01 2,59 3,02 2,28 2,08 1,38 1,53 1,37 1,31 1,15 1,06 1,04 0,77 0,72 0,46 0,52 0,27 0,23 0,32 3,05 2,82 2,80 1,66 1,44 1,57 1,41 1,05 1,19 0,83 0,67 0,85 0,69 0,50 0,44 0,25 0,40 0,29 Participação (%) 2004 2005 100 100 28,65 26,88 13,53 11,66 9,67 8,96 5,58 7,08 5,92 6,27 4,50 6,00 4,04 3,89 2,77 2,92 2,60 2,80 2,64 2,30 2,47 1,93 1,72 1,35 2,12 1,27 1,45 1,23 0,74 0,91 0,73 0,59 0,50 0,43 0,15 0,19 3,43 2,67 2,89 1,83 1,54 1,55 1,80 1,06 1,65 1,01 0,67 0,91 0,87 0,61 0,36 0,25 0,21 0,25 2006 100 27,70 11,21 9,90 6,37 6,31 5,08 4,06 3,18 2,73 2007 100 26,96 10,92 10,26 6,00 5,93 5,51 4,26 3,30 2,93 2,94 2,54 2,75 2,04 1,70 1,60 1,72 1,22 1,29 1,08 0,95 0,84 0,73 0,65 0,51 0,37 0,25 0,27 2,90 2,75 2,68 2,19 1,72 1,62 1,59 1,27 1,23 1,09 1,06 0,90 0,76 0,74 0,54 0,38 0,27 0,24 Fonte: Elaboração própria com base em dados do IBGE Nota: Em ordem decrescente pelo ano de 2002. O DF assume a 12ª posição em participação no PIB nacional com relação ao comércio e serviços de manutenção e reparação, com quase 2% de participação em 2007, segundo análise em ordem decrescente no período de 2002 a 2007 (Tabela 3.31). Embora o DF tenha menor participação que os estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Bahia, ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 86 Goiás, Pernambuco, Ceará e Espírito Santo, sabe-se que essa é uma atividade de grande relevância interna para sua economia, alocando boa parte da força produtiva advinda do empresariado local. Tabela 3.31 – Comércio e serviços de manutenção e reparação por Unidade da Federação Comércio e serviços de manutenção e reparação por Unidade da Federação (2002-2007) Estados BRASIL São Paulo Minas Gerais Paraná Rio de Janeiro Rio Grande do Sul Santa Catarina Bahia Goiás Pernambuco Ceará Espírito Santo Distrito Federal Pará Mato Grosso Amazonas Maranhão Mato Grosso do Sul Rio Grande do Norte Paraíba Alagoas Piauí Sergipe Rondônia Tocantins Amapá Acre Roraima 2002 100 34,03 8,42 8,00 10,42 8,21 4,04 3,84 2,90 2,58 2,56 1,68 2003 100 32,04 8,56 9,02 8,93 8,45 4,46 3,91 3,30 2,46 2,32 1,58 1,88 1,56 1,41 1,22 1,35 1,12 0,79 0,79 0,58 0,63 0,64 0,42 0,33 0,26 0,20 0,16 1,90 1,65 2,22 1,27 1,37 1,43 0,82 0,79 0,64 0,68 0,51 0,75 0,37 0,24 0,20 0,15 Participação (%) 2004 2005 100 100 31,74 33,38 8,89 8,57 8,74 7,69 9,07 8,48 7,94 7,45 4,57 4,94 3,94 3,87 3,08 2,88 2,56 2,72 2,17 2,30 2,09 2,22 1,80 2,03 2,26 1,19 1,39 1,23 0,77 0,74 0,73 0,62 0,55 0,80 0,44 0,25 0,20 0,17 1,93 1,79 2,09 1,31 1,69 1,25 0,90 0,77 0,66 0,69 0,61 0,83 0,38 0,24 0,22 0,14 2006 100 32,82 9,35 7,73 9,07 7,54 5,04 3,73 3,16 2,53 2,29 2,12 2007 100 32,99 8,86 8,37 8,24 7,54 4,49 4,24 3,02 2,60 2,26 2,04 1,92 1,89 1,63 1,22 1,47 1,10 0,90 0,85 0,67 0,84 0,57 0,53 0,39 0,31 0,18 0,15 1,98 1,93 1,84 1,42 1,38 1,22 0,96 0,92 0,77 0,67 0,61 0,58 0,44 0,29 0,19 0,14 Fonte: Elaboração própria com base em dados do IBGE Nota: Em ordem decrescente pelo ano de 2002. Os dados do Anuário do Trabalho na Micro e Pequena Empresa, Sebrae/DIEESE (2008), contribuem para ilustrar os pontos anteriores. As informações de 2006, últimas disponíveis quando da conclusão dessa pesquisa, revelam que o Distrito Federal possuía 22,58%, 26,06%, 30,26% e 36,18% das microempresas, pequenas empresas, médias empresas e grandes empresas, respectivamente, da região Centro Oeste ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 87 naquele ano82. A nível nacional, aquelas participações não passavam de 1,7%, 1,9%, 2,0% e 2,4%, respectivamente. Assim, embora o Distrito Federal possua um participação importante na composição do quadro empresarial regional, sua contribuição em escala nacional ainda é muito pequena, especialmente no que concerne as microempresas. As estatísticas sobre o número de empregados por porte do estabelecimento, obtidas no mesmo anuário (2008), vão ao encontro da análise anterior. Mostram que as micro, pequenas, médias e grandes empresas do Distrito Federal concentravam 22,1%, 25,7%, 25,0% e 41,6%, respectivamente, da força de trabalho regional empregada em cada uma daquelas classificações de empresas em 2006. Nacionalmente, aquelas participações reduzem para 1,6%, 1,8%, 1,4% e 2,7%, respectivamente. Assim, também na distribuição da mão-de-obra ocupada, o Distrito Federal possui uma participação regional importante, mas que se torna muito reduzida ao nível nacional. Isto acontece por causa da importância relativa do Distrito Federal na região Centro Oeste, onde é um dos principais estados, mas que ainda é reduzida a nível nacional, onde vários outros estados possuem economias maiores do que o DF. Constata-se, portanto, que no que se refere as principais atividades produtivas do DF, representadas por: intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços relacionados (Tabela 3.28); atividades imobiliárias e aluguéis (Tabela 3.29); construção civil (Tabela 3.30), e comércio e serviços de manutenção e reparação (Tabela 3.31); o Distrito Federal possui posições relativas bem mais modestas na classificação nacional, o que não interfere na evidência da importância da administração pública federal na economia local. Após analisar as principais atividades produtivas do DF, sua configuração e principais aspectos de sua capacidade empresarial comparada as demais Unidades da Federação, apresenta-se uma análise do mercado de trabalho associado a essa conjuntura, tema central da próxima seção (3.3). A concentração das atividades produtivas em administração, saúde e educação pública indica uma ameaça na medida em que sua participação excede 50% de participação com relação a todas as outras atividades econômicas no Distrito Federal. As atividades direcionadas às imobiliárias e aluguéis, a construção civil e serviços, comércios e serviços de manutenção e reparação apontam oportunidades no que se refere à expansão desses setores na capital federal. 82 De acordo com a classificação Sebrae/DIEESE, Microempresa: I) na indústria e construção: até 19 pessoas ocupadas; II) no comércio e serviços: até nove pessoas ocupadas.Pequena empresa: I) na indústria e construção: de 20 a 99 pessoas ocupadas; II) no comércio e serviços: de 10 a 49 pessoas ocupadas. Média empresa: I) na indústria e construção: de 100 a 499 pessoas ocupadas; II) no comércio e serviços: de 50 a 99 pessoas ocupadas. Grande: I) na indústria e construção: acima de 499 pessoas ocupadas; II) no comércio e serviços: acima de 99 pessoas ocupadas. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 88 3.3 Mercado de Trabalho Os últimos dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) do Ministério do Trabalho e Emprego revelam uma evolução positiva do emprego de celetistas e estatutários nos últimos cinco (5) anos no Distrito Federal. Em seu total, o emprego passou de cerca de 854 mil em 2004 para mais de 1 milhão em 2008. Dentre os setores de atividade, o maior volume de trabalhadores concentra-se em serviços, com mais de 75% do total ao longo de todo o período, seguido por comércio, com cerca de 14% (Tabela 3.32). As maiores taxas médias de crescimento no emprego, porém, foram observadas nos setores de construção civil, com 11%, indústria e comércio, ambos com 7%. Tabela 3.32 – Trabalhadores registrados na RAIS Trabalhadores registrados na RAIS – DF (2004-2008) 2004 2005 2006 2007 2008 Indústria 30.938 35.223 34.482 37.241 41.858 Construção civil 32.933 35.950 39.096 39.988 47.105 Comércio 110.857 118.443 121.647 134.748 143.451 Serviços 674.223 696.319 715.454 726.663 762.585 5.512 5.774 6.250 6.024 6.059 0 0 0 0 25 854.463 891.709 916.929 944.664 1.001.083 Agropecuária Outros Total Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego. O crescimento acumulado no total de empregos ao longo do período, de acordo com os dados da RAIS, chega a 17%. Isto revela uma sólida dinâmica de crescimento econômico do Distrito Federal em termos de geração de emprego nos últimos anos. Observa-se que a maior participação dos trabalhadores registrados na RAIS DF em 2008 foi no setor de serviços, com 76,18% e em segundo lugar, no comércio, com 14,33%. O setor da economia com menor participação de trabalhadores registrados foi a agropecuária, 0,61%, seguido da indústria e da construção cívil (Tabela 3.33). ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 89 Tabela 3.33 – Trabalhadores registrados na RAIS - DF: participação % no total Trabalhadores registrados na RAIS – DF: participação % no total (2004-2008) 2004 2005 2006 2007 2008 Indústria 3,62 3,95 3,76 3,94 4,18 Construção civil 3,85 4,03 4,26 4,23 4,71 Comércio 12,97 13,28 13,27 14,26 14,33 Serviços 78,91 78,09 78,03 76,92 76,18 Agropecuária 0,65 0,65 0,68 0,64 0,61 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 Total Fonte: Elaboração própria usando dados do Ministério do Trabalho e Emprego. Um dado importante para a análise do mercado de trabalho do DF diz respeito ao índice de analfabetismo e a média de anos de estudo da população para inserção no mercado. Os dados sobre analfabetismo e anos de estudo (média) sugerem que a força de trabalho do Distrito Federal é uma das com melhor qualificação do país (Tabelas 3.34 e 3.35). Enquanto Alagoas, por exemplo, possui uma taxa de analfabetismo de mais de 25%, representando a maior do país, no Distrito Federal essa taxa fica abaixo de 4%, o que corresponde à menor entre todas as unidades da federação (Tabela 3.34). ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 90 Tabela 3.34 – Porcentagem de Analfabetos por Unidade da Federação - pessoas 15 anos e mais Porcentagem de Analfabetos por Unidade da Federação - pessoas 15 anos e mais (2003-2007) 2003 2004 2005 2006 2007 Distrito Federal 4,5 4,2 4,7 3,8 3,7 Rio de Janeiro 4,6 4,8 4,8 4,2 4,3 Santa Catarina 5,0 4,8 5,2 5,1 4,4 São Paulo 5,4 5,5 5,4 5,0 4,6 Rio Grande do Sul 5,8 5,5 5,2 5,2 5,0 Paraná 7,8 8,0 7,1 6,5 6,6 Amapá 9,2 8,4 7,2 5,0 6,8 Amazonas 6,6 9,0 6,7 7,9 8,0 Mato Grosso do Sul 9,6 9,6 9,0 8,5 8,4 Espírito Santo 10,2 9,5 8,7 9,5 8,5 Goiás 10,9 10,7 10,2 9,6 8,8 Minas Gerais 11,0 9,9 10,1 9,1 8,9 Rondônia 8,6 10,6 10,0 10,8 9,7 Mato Grosso 10,7 10,1 9,8 9,2 10,1 Roraima 9,6 10,4 12,2 8,2 10,4 Pará 10,7 14,1 12,7 12,5 11,7 Tocantins 17,7 17,3 16,4 15,0 14,3 Acre 17,0 18,2 21,2 17,6 15,8 Sergipe 19,2 19,4 19,7 18,2 16,8 Bahia 21,4 20,5 18,8 18,6 18,5 Pernambuco 21,8 21,3 20,5 18,5 18,5 Ceará 22,7 21,9 22,7 20,7 19,2 Rio Grande do Norte 23,4 22,3 21,5 21,8 19,6 Maranhão 23,9 23,2 23,1 22,9 21,5 Paraíba 25,2 25,4 25,3 22,7 23,5 Piauí 28,6 27,5 27,5 26,4 23,5 Alagoas 30,5 29,5 29,3 26,4 25,2 Fonte: Elaboração própria com base em dados do IBGE Nota: Em ordem crescente pelo ano de 2003. Por outro lado, o Distrito Federal possui a maior escolaridade média da população, medida em termos de anos de estudo de pessoas com mais de 25 anos, com mais de 9 anos de estudo. Os estados com maior relevância econômica do país, São Paulo e Rio de Janeiro, ocupam a terceira e segunda colocações, respectivamente, no ranking da escolaridade média. No extremo inferior, aparece novamente Alagoas, com menos de 5 anos de estudo, em média, para sua população de acordo com dados do IBGE (Tabela 3.35). ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 91 Tabela 3.35 – Média de anos de estudo por Unidade da Federação - pessoas 25 anos e mais Média de anos de estudo por Unidade da Federação – pessoas 25 anos e mais (2003-2007) 2003 2004 2005 2006 2007 Distrito Federal 8,7 8,8 9,0 9,2 9,4 Rio de Janeiro 7,5 7,6 7,7 8,0 8,1 São Paulo 7,3 7,4 7,5 7,8 7,9 Amapá 6,7 6,8 7,4 7,6 7,6 Santa Catarina 6,8 6,9 7,1 7,2 7,3 Paraná 6,6 6,7 6,8 7,0 7,2 Rio Grande do Sul 6,7 6,8 6,9 7,1 7,1 Roraima 6,5 6,2 6,3 6,7 7,1 Espírito Santo 6,2 6,6 6,8 6,8 7,0 Amazonas 7,1 6,7 6,9 7,2 7,0 Mato Grosso do Sul 6,1 6,2 6,4 6,6 6,7 Goiás 6,0 6,2 6,3 6,5 6,7 Minas Gerais 5,9 6,1 6,2 6,5 6,6 Acre 5,6 5,2 5,3 5,7 6,3 Mato Grosso 6,0 6,1 6,2 6,3 6,2 Tocantins 5,3 5,3 5,6 5,8 6,1 Pará 6,0 5,5 5,7 5,9 6,1 Sergipe 5,6 5,8 5,5 5,6 6,1 Rondônia 6,0 5,6 5,5 5,6 6,0 Rio Grande do Norte 5,2 5,2 5,5 5,5 5,8 Pernambuco 5,2 5,4 5,6 5,7 5,8 Ceará 4,7 4,9 5,0 5,3 5,5 Bahia 4,7 4,9 5,1 5,3 5,4 Maranhão 4,3 4,6 4,5 4,8 5,2 Paraíba 4,6 4,8 5,0 5,0 5,2 Piauí 4,1 4,4 4,4 4,7 5,0 Alagoas 4,3 4,2 4,2 4,7 4,8 Fonte: Elaboração própria com base em dados do IBGE Nota: Em ordem decrescente pelo ano de 2003. O mercado de trabalho do Distrito Federal também se destaca nacionalmente quando o assunto é média de horas trabalhadas. Em 2007, os dados do IBGE mostram que cada trabalhador do Distrito Federal trabalhou 40,7 horas por semana, o que representa a quarta posição no ranking nacional para aquele ano (Tabela 3.36). Tabela 3.36 – Média de horas trabalhadas por Unidade da Federação ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 92 Média de horas trabalhadas por Unidade da Federação (2003-2007) 2003 2004 2005 2006 2007 São Paulo 42,6 42,2 42,0 41,9 41,9 Santa Catarina 41,6 41,3 40,5 40,9 41,1 Goiás 42,6 42,5 41,9 40,9 40,9 Distrito Federal 42,0 41,0 40,0 40,6 40,7 Amapá 43,1 40,4 39,3 41,4 40,6 Rio de Janeiro 42,2 41,5 41,1 41,0 40,6 Mato Grosso 42,6 41,3 40,5 40,0 39,8 Rio Grande do Sul 39,6 40,1 39,4 39,2 39,7 Espírito Santo 39,8 39,9 39,7 39,5 39,7 Mato Grosso do Sul 41,9 41,4 40,1 39,7 39,6 Minas Gerais 39,1 39,8 38,9 38,8 39,6 Paraná 40,6 40,2 39,6 39,5 39,5 Amazonas 41,0 40,1 39,5 39,2 38,8 Roraima 37,9 38,2 37,7 35,8 38,6 Pernambuco 37,9 38,1 38,3 38,1 38,5 Pará 40,8 38,7 39,7 38,4 38,5 Alagoas 37,5 38,3 38,3 37,3 38,2 Sergipe 37,8 38,4 37,2 35,9 37,7 Paraíba 36,7 35,6 35,6 34,9 37,5 Ceará 37,3 37,2 36,5 37,1 37,1 Tocantins 37,1 37,9 37,8 36,3 37,0 Rio Grande do Norte 38,4 37,9 37,5 37,8 36,6 Bahia 36,6 36,8 36,1 36,8 36,6 Rondônia 41,3 38,9 38,0 37,8 36,6 Acre 40,4 36,4 37,3 35,8 35,7 Maranhão 38,6 37,6 36,5 36,6 35,1 Piauí 32,1 31,1 30,1 30,2 31,0 Fonte: Elaboração própria com base em dados do IBGE Nota: Em ordem decrescente pelo ano de 2007. Além de ser um dos estados com maior média de horas trabalhadas, o Distrito Federal também se destaca com relação ao rendimento médio de seus trabalhadores, principalmente os relacionados ao setor de serviços, apontado anteriormente como principal ocupação da população registrada do DF. Conforme últimos dados obtidos no Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos (DIEESE), em 2006 o DF apresentou um rendimento médio de R$1.388,00. Esse valor é 45,6% superior ao rendimento médio nacional, que foi de R$953,00 no mesmo ano (Tabela 3.37). Para se ter uma idéia do bom rendimento vinculado ao setor de serviços no DF, dentre os setores de atividades, seu rendimento médio foi de R$1.748,00, contra R$1.132,00 no país como um todo. Nesse caso, a diferença foi de 54,4% a favor do Distrito Federal. Isto se deve à concentração da administração pública federal em Brasília, que paga salários elevados quando comparados ao padrão salarial do país. Tabela 3.37 – Rendimento mensal médio real dos ocupados no trabalho principal, por setor ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 93 Rendimento mensal médio real dos ocupados no trabalho principal, por setor (2002-2006) Média nacional Distrito Federal Anos (1) (1) Total Indústria Comércio Serviços Total Indústria Comércio Serviços 2002 991 1013 774 1180 1.462 1.091 959 1.817 2003 887 905 691 1052 1.282 890 826 1.591 2004 884 913 682 1049 1.266 893 803 1.577 2005 886 903 689 1047 1.278 835 816 1.598 2006 953 964 728 1132 1.388 963 863 1.748 Fonte: Dieese. Nota: (1) incluídos serviços domésticos, construção civil e outros. Inflatores utilizados: INPC/IBGE. Exclui os assalariados sem remuneração no mês. A população ocupada do Distrito Federal superou a marca de 1 milhão de pessoas em 2005, de acordo com os dados do IBGE, atingindo em 2007 uma marca de cerca de 1,1 milhão de pessoas trabalhando (Tabela 3.38). A taxa de desemprego, porém, embora tenha caído nos últimos anos, ainda está próxima de 12% da População Economicamente Ativa – PEA. Tabela 3.38 – População ocupada por Unidade da Federação População ocupada por Unidade da Federação (2003-2007) 2003 2004 2005 2006 São Paulo 17.118.821 17.623.927 18.561.167 19.132.699 Minas Gerais 8.795.790 8.908.733 9.359.381 9.733.937 Rio de Janeiro 6.073.921 6.274.588 6.378.216 6.582.062 Bahia 5.923.454 6.098.609 6.326.928 6.332.953 Rio Grande do Sul 5.569.312 5.640.455 5.722.171 5.782.704 Paraná 4.988.734 5.207.457 5.210.788 5.352.654 Ceará 3.479.140 3.553.238 3.696.416 3.765.778 Pernambuco 3.391.840 3.421.422 3.575.677 3.620.698 Santa Catarina 2.925.747 3.096.271 3.106.124 3.196.248 Pará 1.931.319 3.050.967 3.075.989 3.102.866 Goiás 2.486.871 2.645.262 2.654.239 2.746.300 Maranhão 2.616.858 2.647.693 2.830.364 2.726.336 Espírito Santo 1.568.870 1.636.105 1.662.051 1.738.667 Paraíba 1.493.252 1.515.713 1.582.081 1.651.306 Piauí 1.477.861 1.562.180 1.525.240 1.534.667 Mato Grosso 1.223.583 1.387.480 1.389.008 1.360.698 Rio Grande do Norte 1.177.860 1.216.157 1.250.340 1.320.571 Amazonas 877.947 1.276.926 1.359.255 1.371.818 Alagoas 1.137.195 1.127.720 1.200.895 1.252.259 Mato Grosso do Sul 1.053.853 1.069.150 1.086.989 1.138.385 Distrito Federal 931.111 948.984 1.037.495 1.057.133 Sergipe 846.133 888.017 890.214 915.747 Rondônia 434.315 766.276 766.595 756.246 Tocantins 606.972 639.508 644.821 655.917 Acre 167.038 277.525 274.679 302.745 Amapá 172.054 197.689 229.891 232.717 Roraima 121.861 145.926 167.404 182.496 2007 19.770.575 9.738.580 6.436.298 6.412.635 5.829.581 5.495.260 3.796.586 3.586.198 3.289.798 3.153.690 2.893.725 2.888.005 1.668.707 1.548.045 1.535.219 1.401.506 1.389.888 1.305.633 1.269.939 1.181.775 1.099.702 913.522 757.866 660.439 305.049 245.982 188.622 Fonte: Elaboração própria com base em dados do IBGE Nota: Em ordem decrescente pelo ano de 2008. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 94 Esse elevado valor coloca o Distrito Federal em uma incomoda posição no ranking nacional, possuindo a quinta maior taxa de desemprego do país em 2007 (Tabela 3.39). Esse percentual representa mais de 2 vezes o valor observado em estados brasileiros que possuem as menores taxas de desemprego. Assim, é desejável que sejam adotadas medidas de incentivo econômico para permitir ao setor privado local aumentar a geração de empregos, reduzindo a dependência em relação aos empregos gerados pelo setor público. Tabela 3.39 – Taxa de desemprego (%) por Unidade da Federação Taxa de desemprego (%) por Unidade da Federação (2003-2007) 2003 2004 2005 2006 2007 Amapá 13,3 14,6 12,0 6,7 16,3 Pernambuco 12,0 12,5 12,8 11,4 13,1 Amazonas 16,0 12,4 12,8 9,4 12,2 Roraima 11,9 10,7 16,9 9,9 12,1 Distrito Federal 14,0 14,4 13,5 11,6 11,9 Espírito Santo 10,3 8,1 10,3 7,5 10,8 Bahia 10,8 11,5 11,1 10,3 10,4 Rio de Janeiro 13,1 11,7 12,9 11,9 10,3 Rio Grande do Norte 10,4 9,6 12,0 9,7 10,0 Sergipe 10,1 11,1 14,0 10,3 9,8 São Paulo 12,6 11,5 11,8 10,2 9,5 Pará 10,2 8,6 9,6 9,2 8,7 Paraíba 10,6 9,9 8,7 8,7 8,5 Mato Grosso 7,5 6,3 8,7 9,1 8,4 Rondônia 9,7 6,1 7,7 7,7 8,4 Alagoas 8,2 10,2 9,8 10,6 8,4 Maranhão 6,8 7,9 7,5 8,4 8,3 Minas Gerais 10,2 9,9 9,4 8,8 8,2 Goiás 8,8 7,7 9,8 7,6 8,2 Ceará 8,9 8,6 9,1 8,4 7,9 Rio Grande do Sul 8,1 6,8 7,2 6,9 7,4 Tocantins 8,1 5,5 7,1 6,9 6,8 Mato Grosso do Sul 8,5 7,5 9,2 8,5 6,5 Paraná 8,1 6,8 7,5 7,4 6,2 Acre 7,4 10,2 11,3 8,6 5,8 Santa Catarina 6,1 4,7 4,9 5,2 5,2 Piauí 6,4 5,0 6,8 5,3 4,6 Fonte: Elaboração própria com base em dados do IBGE Nota: Em ordem decrescente pelo ano de 2007. Constata-se que são os indivíduos com menor escolaridade média os que mais sofrem com a falta de oportunidades no mercado de trabalho (Tabela 3.40). Para aqueles que possuem o ensino médio incompleto, a taxa de desemprego nos últimos 5 anos ficou bem acima de 30% da População Economicamente Ativa. O CET/UnB não ignora, no entanto, a falta de dados vinculados ao mercado informal de trabalho. Os dados referentes aos empregos registrados não captam o vínculo desses indivíduos com oportunidades no mercado informal. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 95 Tabela 3.40 – Taxa de desemprego segundo nível de escolaridade - Distrito Federal Taxa de desemprego segundo nível de escolaridade - Distrito Federal (2002-2006) 2002 2003 2004 2005 2006 Analfabeto Ensino Fundamental (1) Incompleto Ensino Fundamental Completo Ensino Médio Incompleto 20,5 (2) (2) (2) (2) 24,6 27,7 24,1 21,5 21,5 24,8 27,2 25,3 23,4 22,7 33,9 38,8 36,2 32,2 33,1 Ensino Ensino Médio Superior Completo Incompleto 19,9 21,2 20,4 19,1 18,6 16,2 18,9 17,8 16,2 16,8 Ensino Superior Completo 4,9 5,5 5,6 6,2 5,8 Fonte: Dieese. Notas: (1) não incluídos os empregados domésticos. Inclui o setor público; (2) a amostra não comporta a desagregação para esta categoria. No outro extremo, para os indivíduos com ensino superior completo, a taxa de desemprego média ficou pouco acima de 5% no mesmo período. Dessa forma, uma ação eficiente para garantir o acesso ao mercado de trabalho é ampliar investimentos na escolaridade média da população local. O crescimento de empregos na construção civil e na indústria indica oportunidades de inserção da mão de obra desempregada do DF no mercado de trabalho local. A alta qualificação existente no DF confirma a oportunidade que esta condição possibilita quando analisados os índices de crescimento dos números de empregos. A alta taxa de desemprego (12%) indica, em certa medida, uma ameaça que reforça a importância de investimento na qualificação daqueles com menor média de tempo de estudo. Esse mesmo dado indica a necessidade do setor público criar oportunidades de incentivo ao setor privado, que por meio da ampliação de seus investimentos poderá empregar um maior número de pessoas. Esses investimentos, por sua vez, poderão dinamizar a economia do DF, ainda concentrada basicamente no funcionalismo público. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 96 3.4 Investimentos Públicos A composição adequada entre despesas de custeio (correntes) e despesas de capital pode representar uma estratégia bem sucedida para a promoção do crescimento econômico. As despesas de custeio geralmente envolvem o registro do valor de todas as operações destinadas à manutenção e funcionamento de serviços públicos, bem como as relacionadas com obras de conservação, adaptação e manutenção de bens móveis e imóveis, tais como pagamento de pessoal, aquisição de material de consumo, pagamento de serviços prestados por terceiros, operação de escolas e de centros de saúde, dentre outras. As despesas de capital englobam despesas destinadas à aquisição ou constituição de bens de capital, que integram o patrimônio público estadual, abrangendo os investimentos, as inversões financeiras e as transferências de capital. O gasto em custeio, muitas vezes visto como improdutivo, é necessário para o bom funcionamento da máquina pública. Já o gasto em capital, geralmente considerado o gasto produtivo, é necessário para ampliar e melhorar a infraestrutura produtiva local. Portanto, para os economistas, o grande desafio consiste em determinar uma participação ótima de cada um desses gastos na despesa pública total de forma a maximizar o crescimento econômico e o bem estar da sociedade. Ao analisar os dados da Secretaria do Tesouro Nacional, observa-se que o Distrito Federal tem priorizado excessivamente o gasto em custeio quando comparado a outras unidades da federação. Enquanto a despesa de capital ficou em 12,6 % (Tabela 3.41), a despesa corrente atingiu 87,4% (Tabela 3.42) da despesa total (soma de despesa de capital com despesa corrente) no ano de 2007. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 97 Tabela 3.41 – Despesa de capital como % da despesa total por Unidade da Federação Despesa de capital como % da despesa total por Unidade da Federação (2001-2005) % 2001 2002 2003 2004 2005 Tocantins 38,87 45,40 39,29 37,18 32,44 Espírito Santo 19,54 21,95 22,90 21,66 22,60 Acre 21,49 25,75 16,61 17,17 22,10 Roraima 26,08 12,64 16,46 15,24 19,42 Alagoas 17,79 19,07 13,67 12,37 19,13 Mato Grosso 11,93 11,83 13,85 17,41 18,48 Pará 18,92 17,49 12,36 15,10 16,06 Amazonas 28,03 17,91 13,68 15,20 15,92 Ceará 22,78 24,09 20,31 16,25 13,97 Bahia 20,06 18,11 16,76 14,20 13,68 Rio Grande do Norte 15,63 12,49 10,34 12,45 13,65 Goiás 14,39 9,99 11,96 13,61 13,29 Sergipe 13,15 15,06 11,32 13,08 13,20 Mato Grosso do Sul 13,63 15,25 13,52 13,50 12,69 Paraíba 23,52 23,52 11,26 11,89 12,67 Distrito Federal 8,59 8,65 9,85 12,52 12,60 Amapá 18,41 19,09 12,21 15,08 12,55 Minas Gerais 10,58 10,04 7,67 9,02 12,44 Piauí 14,67 14,64 8,52 9,95 12,43 Paraná 12,16 13,78 12,16 11,80 12,26 Maranhão 21,43 21,82 15,90 10,76 12,25 Rio Grande do Sul 11,86 11,01 13,54 11,93 11,58 Santa Catarina 10,37 25,51 11,20 10,14 11,29 Rondônia 16,71 19,98 11,89 12,04 11,11 São Paulo 8,66 8,71 7,26 8,73 10,56 Pernambuco 16,36 18,14 10,89 9,92 9,94 Rio de Janeiro 11,95 10,26 5,29 7,52 7,02 Fonte: Elaboração própria com base em dados da Secretaria do Tesouro Nacional. Nota: Em ordem decrescente pelo ano de 2005. Isto coloca o Distrito Federal numa posição mediana dentre os estados brasileiros em termos de composição dos gastos públicos. Seria necessário um estudo mais específico para se chegar à composição ótima dessas despesas que maximizaria o crescimento econômico local. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 98 Tabela 3.42 – Despesa corrente como % da despesa total por Unidade da Federação Despesa corrente como % da despesa total por Unidade da Federação (2001-2005) 2001 2002 2003 2004 2005 Rio de Janeiro 88,05 89,74 94,71 92,48 92,98 Pernambuco 83,64 81,86 89,11 90,08 90,06 São Paulo 91,34 91,29 92,74 91,27 89,44 Rondônia 83,29 80,02 88,11 87,96 88,89 Santa Catarina 89,63 74,49 88,80 89,86 88,71 Rio Grande do Sul 88,14 88,99 86,46 88,07 88,42 Maranhão 78,57 78,18 84,10 89,24 87,75 Paraná 87,84 86,22 87,84 88,20 87,74 Piauí 85,33 85,36 91,48 90,05 87,57 Minas Gerais 89,42 89,96 92,33 90,98 87,56 Amapá 81,59 80,91 87,79 84,92 87,45 Distrito Federal 91,41 91,35 90,15 87,48 87,40 Paraíba 76,48 76,48 88,74 88,11 87,33 Mato Grosso do Sul 86,37 84,75 86,48 86,50 87,31 Sergipe 86,85 84,94 88,68 86,92 86,80 Goiás 85,61 90,01 88,04 86,39 86,71 Rio Grande do Norte 84,37 87,51 89,66 87,55 86,35 Bahia 79,94 81,89 83,24 85,80 86,32 Ceará 77,22 75,91 79,69 83,75 86,03 Amazonas 71,97 82,09 86,32 84,80 84,08 Pará 81,08 82,51 87,64 84,90 83,94 Mato Grosso 88,07 88,17 86,15 82,59 81,52 Alagoas 82,21 80,93 86,33 87,63 80,87 Roraima 73,92 87,36 83,54 84,76 80,58 Acre 78,51 74,25 83,39 82,83 77,90 Espírito Santo 80,46 78,05 77,10 78,34 77,40 Tocantins 61,13 54,60 60,71 62,82 67,56 Fonte: Elaboração própria com base em dados da Secretaria do Tesouro Nacional. Nota: Em ordem decrescente pelo ano de 2005. A partir da estimação de um modelo com taxa média de crescimento constante, utilizando dados do investimento público federal realizado no Distrito Federal no período de 1990 a 2005 (Tabela 3.43), foi construída uma previsão cujas estimativas subsidiam uma projeção (Tabela 3.44). Uma vez estimada a taxa de crescimento constante, a partir de uma regressão na forma logarítmica sobre uma variável tendência linear, pode-se obter os valores previstos para os períodos futuros. Para tanto, aplica-se a taxa de crescimento estimada sobre o último valor observado disponível, o quê gera a previsão para o próximo período. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 99 Tabela 3.43 – Investimento Público Local Realizado do Distrito Federal 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Investimento Público Local Realizado do Distrito Federal (1990-2005) Nominal Variação % R$ de 1990 Variação % 856,54 856,54 20.451,33 2.287,66 3524,72 311,50 487.142,08 2.281,96 6674,74 89,37 10.050.466,91 1.963,15 4903,90 -26,53 216.978.000,00 2.058,88 8867,88 80,83 112.115.347,00 -48,33 3992,33 -54,98 283.339.639,00 152,72 9228,76 131,16 384.301.020,00 35,63 11645,64 26,19 318.243.933,00 -17,19 9481,38 -18,58 208.392.451,00 -34,52 5174,34 -45,43 430.075.844,78 106,38 9725,52 87,96 428.271.985,91 -0,42 8772,22 -9,80 523.607.304,57 22,26 8484,14 -3,28 452.074.181,20 -13,66 6803,70 -19,81 671.262.962,11 48,49 9009,59 32,42 793.983.224,97 18,28 10527,02 16,84 Fonte: Elaboração própria com base em dados da STN. Nota: Deflacionado pelo IGP-DI com base 100 em 1990. As previsões para os períodos seguintes são obtidas a partir da taxa de crescimento acumulado. Essa taxa é acumulada até o período desejado para a previsão e aplicada ao último dado observado disponível. Seguindo esse procedimento período por período, tem-se a previsão para todo o intervalo de tempo desejado. Os resultados da estimação da taxa de crescimento constante, usando o método de mínimos quadrados ordinários83 indica uma taxa média de crescimento no investimento público local da ordem de 8,44% no período de 1990 a 2005, com um intervalo de variação entre 5,62 e 11,27%, a depender do cenário econômico enfrentado pelo Distrito Federal. As estimativas que se seguem projetam o que tende a ocorrer, mantido o mesmo perfil dos gastos nos últimos anos. Nesse contexto, para um horizonte de 15 anos, os resultados das previsões anuais apontam para o nível nominal do investimento público local que pode chegar ao montante de R$2,7 bilhões, considerado um limite inferior de cerca de R$1,8 bilhões e um limite superior de cerca de quase R$4 bilhões de reais (Tabela 3.44). otimização matemática que procura encontrar o melhor ajustamento para um conjunto de dados tentando minimizar a soma dos quadrados das diferenças entre a curva ajustada e os dados (tais diferenças são chamadas resíduos). Essa é a forma de estimação mais utilizada na econometria e consiste em um estimador que minimiza a soma dos quadrados dos resíduos da regressão, de forma a maximizar o grau de ajuste do modelo (R²). 83 O Método dos Mínimos Quadrados é uma técnica de ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 100 Tabela 3.44 – Previsões para o Investimento Público Local – Nominal – do Distrito Federal Previsões para o Investimento Público Local – Nominal – do Distrito Federal (2006-2020) Limite inferior Previsto Limite superior 2006 838.605.558,60 861.017.402,49 883.429.246,38 2007 885.735.694,16 933.711.121,45 982.951.791,45 2008 935.514.571,61 1.012.542.203,89 1.093.686.028,92 2009 988.091.051,85 1.098.028.813,32 1.216.895.009,77 2010 1.043.622.361,82 1.190.732.860,56 1.353.984.073,72 2011 1.102.274.564,72 1.291.263.697,30 1.506.516.878,75 2012 1.164.223.056,62 1.400.282.121,35 1.676.233.236,42 2013 1.229.653.090,94 1.518.504.720,21 1.865.068.956,42 2014 1.298.760.332,44 1.646.708.581,17 2.075.177.926,70 2015 1.371.751.442,38 1.785.736.399,25 2.308.956.680,99 2016 1.448.844.696,50 1.936.502.016,25 2.569.071.734,10 2017 1.530.270.637,75 2.099.996.427,53 2.858.489.996,49 2018 1.616.272.765,75 2.277.294.295,91 3.180.512.615,35 2019 1.707.108.264,95 2.469.561.015,54 3.538.812.627,92 2020 1.803.048.773,70 2.678.060.372,09 3.937.476.856,76 Fonte: Elaboração própria com base em dados da STN. Nota: Intervalo de variação construído com 1 desvio padrão. Já a tabela 3.45, mostra as previsões nos proximos 15 anos para a mesma variável em termos reais, deflacionada pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna – IGP-DI84. Em ambas as tabelas, é apresentado um intervalo de confiança de um desvio padrão em relação ao valor pontual da previsão. 84 O IGP-DI/FGV foi instituído em 1944 pela Fundação Getúlio Vargas com a finalidade de medir o comportamento de preços em geral da economia brasileira. É uma média aritmética, ponderada dos Índices de Preços no Atacado, Índices de Preços ao Consumidor e os Índices Nacionais da Construção Civil. O DI ou Disponibilidade Interna é a consideração das variações de preços que afetam diretamente as atividades econômicas localizadas no território brasileiro. Não se considera as variações de preços dos produtos exportados que é considerado somente no caso da variação no aspecto de Oferta Global. IGP-DI/FGV refere-se sempre ao período do dia um ao dia trinta do mês em referência de origem do dado. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 101 Tabela 3.45 – Previsões para o Investimento Público Local - R$ de 1990 – do Distrito Federal Previsões para o Investimento Público Local - R$ de 1990 – do Distrito Federal (2006-2020) Limite inferior Previsto Limite superior 2006 11.118,64 11.415,79 11.712,94 2007 11.743,52 12.379,60 13.032,46 2008 12.403,51 13.424,78 14.500,63 2009 13.100,60 14.558,20 16.134,19 2010 13.836,86 15.787,32 17.951,78 2011 14.614,50 17.120,21 19.974,14 2012 15.435,84 18.565,63 22.224,32 2013 16.303,34 20.133,08 24.728,00 2014 17.219,60 21.832,87 27.513,73 2015 18.187,35 23.676,17 30.613,28 2016 19.209,49 25.675,09 34.062,01 2017 20.289,08 27.842,78 37.899,26 2018 21.429,34 30.193,48 42.168,80 2019 22.633,68 32.742,65 46.919,31 2020 23.905,70 35.507,04 52.205,00 Fonte: Elaboração própria com base em dados da STN. Nota: Intervalo de variação construído com 1 desvio padrão. No caso do investimento em termos reais, a preços de 1990, para o mesmo horizonte de 15 anos, os resultados das previsões anuais reportadas na tabela 3.45 indicam um nível real do investimento público local que pode chegar ao montante de R$35,5 milhões, considerado um limite inferior de cerca de R$23,9 milhóes e um limite superior de aproximadamente R$52,2 milhões de reais. As previsões de crescimento para o investimento público no Distrito Federal podem resultar em diversas oportunidades para a economia local. Tudo depende de uma aplicação produtiva desse gasto em setores que realmente irão contribuir para dinamizar a economia local, e do crescimento da arrecação de impostos, que deve acompanhar o crescimento das despesas com investimento para não comprometer o equilíbrio orçamentário do governo local. Assim, para gerar maiores oportunidades para a economia local, o investimento público deve ser destinado a obras de infra-estrutura básica, transporte, bens de capital, instalações físicas de escolas e hospitais, energia, água e saneamento básico. Amplicação dos gastos nesses setores reduzirãom o custo do investimeno privado, tornando-o mais produtivo e atraindo novos investidores para a economia local. Esse processo fomentará o surgimento de ciclo virtuoso na economia local, com investimentos públicos, investimentos privados, geração de emprego, aumento de renda, maior arrecação de impostos, novos investimentos públicos. Caso, porém, o investimento público não possua tal destinação produtiva, deixando de oferecer ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 102 melhores condições básicas para tornar o investimento privado mais produtivo, funcionará simplesmente como uma dreno de recursos públicos escassos. Nesse caso, recursos serão desviados de outros setores importantes, como saúde, educação e segurança pública, para um investimento público mal planejado e improdutivo. A economia correrá o risco de ingressar em um ciclo pernicioso, com investimento público improdutivo, queda no investimento privado, redução de emprego, queda no nível de renda, baixa na arrecadação de impostos, desequilíbrio orçamentário do governo local, corte nos gastos públicos, inclusive em investimento. 3.5 Economia do Distrito Federal: uma descrição a partir da matriz insumo-produto Essa seção descreve a economia do Distrito Federal a partir de uma análise da matriz insumo-produto realizada pelo Núcleo de Economia do Turismo do CET-UnB. Considera-se essa análise relevante para o presente estudo, uma vez que permite chegar a indicativos quanto a geração de emprego e renda no Distrito Federal, por meio do estudo das suas contribuições para o PIB do país e do estudo das articulações econômicas entre os setores do próprio Distrito Federal com o resto do país. Para tanto, foram utilizados dados da matriz de insumo-produto (MIP), calculada com base nos dados do IBGE para o ano 2004, últimos dados revisados disponíveis à epoca da construção da MIP regional85. Após a determinação da MIP nacional fez-se novas desagregações de forma a analisar algumas variáveis macroeconômicas específicas do Distrito Federal. A matriz de insumo-produto, como o nome indica, fornece dados dos diferentes processos produtivos de uma economia com o objetivo de proporcionar uma análise das relações intersetoriais na produção. A partir dela, pode-se, por exemplo, estimar qual é o impacto sobre o nível de produção e emprego e sobre as demandas setoriais, segundo o aumento ou redução da produção de um determinado ramo. Além de descrever a produção intermediária de insumos, a matriz descreve também a produção final e a contribuição de cada setor em termos de geração de valor agregado, cuja soma resulta no valor do PIB do estado. Ao descrever a produção ou a oferta de cada setor e da economia como um todo, a matriz fornece informações sobre o trabalho e o capital envolvidos no processo, o que permite calcular os impactos de um aumento qualquer de produção sobre a geração de produção, emprego e renda. Assim, o trabalho fornece informações importantes para a tomada de decisão dos formuladores da política econômica, assim como indica potencialidades que balizem as decisões privadas de investimento. 85 Ressalta-se que as Tabelas utilizadas na construção da matriz insumo-produto são divulgadas pelo IBGE com uma defasagem de 3 anos. A regionalização da matriz de insumo-produto, da qual derivaram os dados usados neste item, é trabalho prolongado, e foi realizado pelo CET-UnB entre 2007 e 2008, usando dados de 2004. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 103 Com o objetivo de estudar alguns setores de forma desagregada, foi calculada a matriz insumo-produto para 81 setores pertencentes à agricultura, à indústria e aos serviços que se relacionam entre si ao longo dos processos de produção, seja comprando insumos para seus processos produtivos, seja vendendo insumos para os processos produtivos dos demais. Após o cálculo da matriz nacional, calculou-se a matriz insumo produto regionalizada para a economia do Distrito Federal. Como resultado, reuniu-se os principais dados de todos os setores em três – agricultura, indústria e serviços – de modo a tirar as primeiras conclusões sobre a economia do Distrito Federal, apresentados na seçao 3.5.1 como os resultados da análise da economia do Distrito Federal em relação à economia brasileira como um todo. Os efeitos de encadeamento para trás e para frente, que permitem verificar o caráter mais ou menos estratégico de alguns setores com relação aos outros, seja consumindo insumos provenientes dos demais e, assim, fornecendo a demanda necessária para os seus crescimentos, seja oferecendo insumos e viabilizando, dessa forma, os aumentos de produção dos vários setores, são apresentados na seção 3.5.2. Finalmente, na seção 3.5.3, são expostas estimativas com relação aos geradores de produção, emprego e renda dos vários setores econômicos do Distrito Federal, comparados com a média da economia nacional, de forma a verificar quais são os setores que mais estimulam as produções no Distrito Federal, quais os que mais geram empregos e quais os que produzem mais renda. 3.5.1 O Distrito Federal e a economia brasileira Para analisar a economia do Distrito Federal a partir da matriz insumo-produto, esta seção utiliza um quadro síntese com os principais dados de todos os setores da economia sistematizados em agricultura, indústria e serviços (Quadro 3.06). No quadro, a matriz de insumo-produto propriamente dita se encontra no lado superior esquerdo, com a descrição das relações de cada setor com os demais. Estas relações ocorrem quando os setores compram de outros ou vendem a outros os insumos necessários às diferentes produções. Onde se lê Agropecuária DF, Indústria DF e Serviço DF, há a descrição de quanto cada setor oferece de insumos para os vários setores do Distrito Federal. Onde se lê Agropecuária RB, Indústria RB e Serviço RB há a descrição de quanto cada setor oferece de insumos para os vários setores do Resto do Brasil (RB). O mesmo raciocínio deve ser seguido com relação às colunas, que indicam quanto cada setor usa dos demais, no Distrito Federal e no restante do país para produzir suas mercadorias e serviços. Ao analisar o quadro, observa-se que o total produzido pelas atividades de serviços no DF, no ano de 2004, foram vendidas da seguinte forma: R$51,80 milhões para a agropecuária DF e R$96,40 milhões para a agropecuária do Resto Brasil; R$978,66 milhões para a Indústria do DF e R$1.735,77 milhão para a Indústria RB; e R$24.938,26 milhões para o próprio setor de serviços do DF contra R$621,88 milhões para serviços do restante do país. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 104 Ao somar esses valores chega-se ao montante de R$28.422,78 milhões, que se referem à demanda intermediária, ou seja, o quanto, em termos monetário, da produção do setor de serviços do DF foi destinado para que os outros setores pudessem alcançar suas produções e, assim atender a demanda da economia do DF e do restante do país. Para finalizar a análise da linha do setor serviços do DF, são expostas as parcelas de demanda total, cuja soma é de R$73.496,47 e o do valor da produção bruta (Valor Br. Produção), que no quadro equivale a R$101.603,02 milhões. A demanda total contém a soma dos valores da produção de serviços do DF que foram vendidos para: exportação de bens e serviços, consumo do Governo, consumo das famílias, formação bruta de capital fixo86 e variação de estoques87. O valor da produção bruta é a soma das vendas para cada um dos setores com a venda de produtos finais para atender a demanda total, ou seja, a receita total do setor. Ao analisar as colunas, verifica-se quanto um determinado setor demandou de outros setores para chegar à produção final de seu bem. Neste sentido, analisa-se o setor pela ótica de suas despesas. Por exemplo, ao analisar a coluna Serviço DF, verifica-se que o mesmo comprou: R$18,79 milhões da agropecuáriaDF e R$173,77 milhões da agropecuáriaRB; R$4.459,10 milhões da indústriaDF e R$6.655,47 milhões da indústriaRB; e R$ 24.938,26 milhões do setor de serviçosDF e R$2.099,95 do serviçosRB. Somando-se esses totais chega-se ao consumo intermediário de R$38.345,35 milhões, que corresponde ao total das despesas do setor de serviçosDF na compra de insumos produzidos nas outras atividades do DF e também no restante do país. Além das despesas nas aquisições de insumos, existem outras despesas tais como impostos sobre produtos, com o montante de R$ 3.604,00 milhões, e importação, com R$1.180,25 milhões. Observa-se que o montante pago em termos de salários (incluindo os autônomos) foi igual a R$44.381,00 milhões. O excedente operacional bruto88, ou lucro, do setor foi de R$13.720,95 milhões. Quando são somar os totais das despesas, obtem-se o valor da produção bruta que foi de R$101.603,02 milhões. Este valor coincide com o valor da produção bruta quando o setor de serviços do DF é analisado pela ótica da venda, ou receita. 86 Formação bruta de capital fixo : Acréscimos ao estoque de bens duráveis destinados ao uso das unidades produtivas, realizados em cada ano, visando ao aumento da capacidade produtiva do País. 87 Variação de Estoques: Diferença entre os valores dos estoques de mercadorias finais, de produtos semi-manufaturados, bens em processo de fabricação e matérias-primas dos setores produtivos no início e no fim do ano, avaliados aos preços médios correntes do período. 88 Excedente operacional bruto: Saldo resultante do valor adicionado deduzido das remunerações pagas aos empregados, dos rendimentos dos autônomos e dos impostos líquidos de subsídios incidentes sobre a produção. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 105 QUADRO Aspectos Econômicos 3.06 ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 106 De acordo com os dados apresentados no quadro 6, verifica-se que, enquanto a agricultura compra a maior parte dos seus insumos no próprio Distrito Federal, o setor de serviços os compra no resto do país (Indústria RB). O setor industrial, por sua vez, compra os insumos agrícolas e de serviços principalmente no próprio Distrito Federal, e os insumos industriais no resto do país. Ao analisar as linhas dos setores de agricultura, indústria e serviços do DF constata-se que a maioria vende seus produtos como insumos majoritariamente no próprio DF, exceto no que diz respeito ao setor de serviços do DF. A indústria vende mais para a agricultura local do que para o resto do Brasil, mas vende mais para a indústria e os serviços do resto do Brasil do que para a indústria e serviços locais. Finalmente, o setor de serviços atende principalmente ao resto do país, no caso da agricultura e da indústria, mas no setor serviços oferta muito mais insumos para o Distrito Federal do que para o restante do país. A economia do Distrito Federal é formada principalmente por serviços, que correspondem a 92,8% do seu PIB (Quadro 3.07). Essa é uma proporção bem grande, quando comparada com o restante do país, onde os serviços, apesar de responderem pela maior proporção do PIB, contribuem com apenas 64,96%. Quadro 3.07 – Contribuição setorial para o PIB – DF e Brasil – 2004 Contribuição setorial para o PIB – DF e Brasil - 2004 Setores Agricultura DF Indústria DF Serviços DF PIB PIB setores/PIB DF 259,58 4.247,70 58.102,51 0,41% 6,78% 92,80% PIB setores no DF /PIB Brasil 0,02% 0,25% 3,49% PIB dos setores Brasil/PIB Brasil 6,87% 29,40% 64,96% Fonte: NET UNB 2010. A indústria do Distrito Federal vem em segundo lugar, contribuindo com 6,78% do PIB do DF, participação bem menos importante do que a da indústria no Brasil, que é de 29,4%. A agricultura é particularmente pequena, com uma proporção no PIB de 0,4%, contra uma participação da agricultura no PIB brasileiro de 6,87%. A maior independência da agricultura com relação a insumos do resto do Brasil relaciona-se, portanto, com o sua pequena participação. O setor de serviços, com maior relevância, não apenas fornece a maior parte dos insumos usados na agricultura, na indústria e no próprio setor de serviços, mas, ainda exporta parcela significativa da produção para o resto do Brasil. A análise das compras e vendas dentro e fora do Distrito Federal é importante para a identificação dos setores mais dependentes de outros de modo a aumentar suas produções e, também, para identificação dos setores estratégicos de desenvolvimento local. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 107 Quanto mais dependentes forem os setores do crescimento dos demais, mais o crescimento dos primeiros estimula suas produções. Quanto mais estratégico for o setor para o crescimento dos outros, maior atenção precisa ser dada a seu crescimento, pois isso evitará pontos de estrangulamento que aumentem os preços dos seus produtos por ocasião, por exemplo, de aumento da demanda. No processo de produção de insumos e de produtos finais os vários setores ocupam trabalhadores, e geram renda sob a forma de salários, remunerações de trabalhadores autônomos e lucros do capital. Ao analisar a distribuição dessas remunerações, assim como a contribuição do PIB do Distrito Federal para o PIB brasileiro (Quadro 3.08), é possível verificar que o DF contribui com 3,81% para o PIB brasileiro. Sempre que a proporção das demais variáveis se apresenta maior do que essa contribuição, tem-se destacada a sua importância. Observa-se que peso dos salários no DF se destaca pois contribuem com 5,67% dos salários pagos no Brasil, uma proporção maior do que aquela com que o DF contribui para o PIB brasileiro. Esse dado se relaciona com os salários relativamente elevados do setor público e a grande participação deste na economia do Distrito Federal (Quadro 3.08). O peso da remuneração de trabalhadores autônomos, ao contrário, é pequeno, apesar do peso grande dos serviços no Distrito Federal. Também o lucro, ou excedente operacional bruto, é relativamente pequeno (Quadro 3.08). Quadro 3.08 – As economias do DF e do Brasil – PIB e remuneração de fatores R$ As economias do DF e do Brasil – PIB e remuneração de fatores Indicadores Macroeconômicos A - Economia do DF B - Economia Brasil % A/B Valor Bruto da Produção 111.233,29 3.430.239,00 3,24% PIB - Valor Adicionado c. f. 62.534,60 1.643.181,00 3,81% PIB - Valor Adicionado p. bas. 62.980,70 1.666.258,00 3,78% Demanda Total 81.898,56 2.185.120,00 3,75% Salários de Trabalhadores 43.245,99 763.237,00 5,67% 3107,24 189.254,00 1,64% Remunerações de trabalhadores e autônomos 46.353,23 952.491,00 4,87% Excedente op. Bruto (sem trabalhadores autônomos) 16.181,37 690.690,00 2,34% Remunerações de Autônomos Fonte: NET UNB 2010. Ao observar o peso das remunerações dos fatores de produção com relação ao PIB nacional, chega-se ao mesmo tipo de conclusão (Quadro 3.09). O Distrito Federal apresenta uma economia intensiva em trabalho, com esse fator respondendo por 69,16% da participação no PIB, quando considerados os ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 108 trabalhadores assalariados, e 74,12% quando somados os trabalhadores autônomos, contra 25,88% de capital, cuja remuneração aparece como excedente operacional bruto. Quadro 3.09 – A participação das remunerações dos fatores no PIB A participação das remunerações dos fatores no PIB REMUNERAÇÕES Economia do DF ( A) A/PIBc.f Salários de Trabalhadores 43.245,99 69,16% Trabalhadores Autônomos 3107,24 4,97% Remunerações de trabalhadores incluindo autônomos 46.353,23 74,12% Excedente op. Bruto sem trabalhadores autônomos 16.181,37 25,88% Fonte: NET UNB 2010. Ao realizar uma análise da economia do Distrito Federal por meio da matriz insumo-produto, constatase que quanto mais os setores de uma localidade ou região compram insumos dos demais setores também aí localizados, maior é o efeito de encadeamento do desenvolvimento que eles provocam para trás, ao gerar demanda para a produção local ou regional, e emprego e renda. Uma análise pormenorizada dos efeitos do encadeamento para frente e para trás é realizada na seção a seguir. Ao analisar a matriz de insumo-produto do DF identifica-se oportunidades de desenvolvimento e incentivo a atividades inovadoras no setor primário, como a agricultura de precisão, a agrofloresta, a permacultura, entre outros. Essas iniciativas, aliadas à agricultura familiar podem também representar oportunidades de emprego e renda para populações de baixa escolaridade, que enfrentam dificuldades de se inserir no mercado de trabalho fornecido pelo setor público federal, uma vez que este exige alta qualificação. No setor da indústria, é possível visualizar oportunidades no que tange a ampliação de determinados segmentos industriais (vestuário, móveis, de alimentação), tendo em vista que há demanda de compra atendida pelo DF, mas, também um quantitativo significativo de insumos comprados, tanto da agropecuária quanto do próprio setor industrial, do resto do Brasil. A relevância de investimentos para o crescimento desse setor reforça essa oportunidade. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 109 3.5.2 Os índices de ligação para frente e para trás Ao longo dos processos produtivos, alguns setores demandam mais insumos dos demais do que outros, impulsionando suas produções. Neste processo, produzem efeitos de encadeamento do desenvolvimento para trás. Em outros casos, alguns setores oferecem insumos para produções de outros diversos setores, produzindo assim, efeitos de encadeamento para frente. Essa seção visa analisar quais os setores que mais geram encadeamentos para trás, ao fornecer demandas para outros setores, e quais os que são importantes na oferta de insumos para os demais, ou seja, que se destacam pelo encadeamentos para frente. Analisa-se, inicialmente, os principais encadeamentos para trás existentes no DF (Quadro 3.10) para diferentes setores da economia. Os setores que geram maiores efeitos encontram-se marcados com a cor mais forte. Os setores com geração de efeitos próximos à média da economia como um todo acham-se marcados com cor intermediária, e aqueles com menor índice de ligação, com poder gerador de encadeamentos de intensidade abaixo da média, acham-se marcados com a cor mais fraca. A análise dos principais encadeamentos para trás reforça as conclusões tiradas da descrição dos dados referentes à principal participação do DF no PIB nacional: os setores dos serviços públicos, em particular a administração pública e a seguridade social, a saúde pública e a educação pública, são os mais importantes no que diz respeito ao fornecimento da demanda de insumos no DF, segundo a análise de dados dos aspectos econômicos. Segundo essa análise, o desenvolvimento destes setores é fundamental para estimular a produção dos demais. Destaca-se, em particular, que os setores de saúde e educação públicas estão entre os que mais queixas recebem quanto à insuficiência quantitativa e qualitativa na prestação de serviços. Atender e agir frente essas queixas, além de resolver problemas sérios para seus usuários, estimularia a produção do Distrito Federal, o que se reverteria em maior arrecadação do poder público. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 110 QUADRO aspectos economicos 3.10 ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 111 Por fim, analisa-se os setores responsáveis pelos principais encadeamentos para frente (Quadro 3.11), considerados importantes para o crescimento de outros, uma vez que ofertam os insumos necessários às suas produções. Entre eles destacam-se os serviços de intermediação financeira e seguros, os serviços prestados às empresas e os serviços de informações. Esses serviços, no DF, são estratégicos para o crescimento dos demais, e não podem deixar de crescer sob pena de impedir o crescimento da cadeia produtiva local. Embora os serviços citados acima mereçam destaque, todos os setores marcados em cor forte encontram-se acima da média, como setores necessários ao crescimento dos demais e devem ter seu crescimento estimulado quando se espera crescimento da demanda e da produção em geral. Nesse sentido, o Quadro 3.11 fornece importantes informações para a tomada de decisão privada de investimento, em particular para o aumento de produção esperado com a Copa do Mundo em 2014. Observe-se, a esse respeito, que entre os que mais geram efeitos para frente estão alguns setores que integram a cadeia produtiva do turismo, como é o caso dos de alimentação, aluguel de automóveis, outros meios de transporte terrestre (transporte rodoviário municipal de passageiros, transporte aéreo de passageiros) e atividades recreativas e culturais. Setores como saúde e educação públicas, comércio, alimentação, atividades recreativas e de lazer, serviço de informação, entre outros, representam oportunidades de investimentos, tendo em vista que estão acima da média nas análises dos encadeamentos para frente e para trás. No entanto, a ausência da prestação de um dos serviços do circuito pode ameaçar o encadeamento de toda o processo produtivo. De forma a detalhar melhor os impactos destes efeitos de encadeamento, são descritos na próxima seção o poder gerador de produção, renda e emprego de cada um dos setores da economia do Distrito Federal. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 112 QUADRO aspectos economicos 3.11 ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 113 3.5.3 Os potenciais de geração de produção, emprego e renda da economia do Distrito Federal Os dados analisados no que se refere à geração de produção dos setores da economia do Distrito Federal subsidiaram a construção de considerações importantes quanto a esta temática. Esta análise considera os indicadores de aumento da produção total gerado pelo aumento de uma unidade na demanda de cada setor. Os efeitos sobre a produção podem ser diretos, indiretos e induzidos. Para analisar os efeitos diretos de produção, analisa-se o efeito do próprio aumento da produção de cada setor, que é sempre de uma unidade monetária. No caso da análise dos efeitos indiretos, são conferidos os estímulos dados a determinados setores advindos do aumento de produção de cada setor dos quais demanda insumos. Os efeitos induzidos são os que decorrem dos aumentos de emprego e renda diretos e indiretos mencionados anteriormente, que provocam aumentos de demanda e produção. Assim, quando a produção do setor aumenta (efeito direto) e aumenta a produção de outros para atender sua demanda de insumos aumentada (efeito indireto), isso gera novos empregos e renda. Essas rendas são gastas em consumo de terceiros setores e isso estimula também o aumento da produção destes para atender ao crescimemto de consumo. Esses últimos são os efeitos induzidos. 89 Ao analisar os efeitos indiretos observa-se que no Distrito Federal, os setores que mais geram produção consumindo insumos de outros, são os setores de fabricação de resinas e elastômeros, pecuária e pesca, e artefatos de couro e calçados. Com relação aos efeitos induzidos, os setores que mais geram produção são os de educação pública, administração pública, seguridade social e saúde pública, nesta ordem, confirmando a importância dos efeitos de encadeamento de desenvolvimento para trás que estes setores provocam. Ao somar todos os efeitos acima mencionados para verificar o potencial gerador de produção de todos os setores do Distrito Federal, constata-se que os setores de fabricação de resinas e elastômeros, pecuária e pesca, e artefatos de couro e calçados aparecem, nesta ordem, como maiores estimuladores de produção, gerando produção com maior intensidade do que os demais, indicando oportunidade de investimento. Cumpre destacar que cada unidade monetária a mais na produção do setor de fabricação de resinas e elastrômeros implica em um aumento de 78 centavos nos seus fornecedores, ou seja, esse setor estimula fortemente outros setores que fornecem insumos para que ele possa aumentar sua produção. De modo geral, analisar os dados referentes ao potencial gerador de produção dos setores econômicos do DF permite identificar quanto da produção total do Distrito Federal aumenta a partir do aumento de uma unidade de demanda do setor analisado. 89 Os quadros referentes às análises de Intensidade de Geração de Produção Direta, Indireta e Induzida e Totais estão no Anexo 11. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 114 Com relação à geração de emprego no DF, observa-se que, de forma direta, os setores que mais criam empregos, por cada R$milhão empregado na produção, são agricultura, silvicultura e pecuária (121,3 empregos), outros serviços (114,4 empregos) e produtos de madeira – exclusive móveis (80,4 empregos), artigos de vestuário e acessórios (74,5 empregos), pecuária e pesca (67 empregos), alimentação (60,5 empregos).90 Os setores que mais geram empregos indiretos, ou seja em outros setores, quando sua produção aumenta, são os de álcool (45 empregos), alimentos e bebidas (29,8 empregos) e produtos de madeira – exclusive móveis (26,1 empregos).91 De forma induzida, ou seja, por meio do aumento de consumo proporcionado pelos aumentos de emprego e, conseqüentemente, renda, os setores que mais geram empregos são os setores de educação pública (8 empregos), administração pública e seguridade social (7 empregos) e saúde pública (7 empregos).92 Computados todos os tipos de geração de emprego (direta, indireta e induzida) as oportunidades vislumbradas estão nos setores com maior potencial, que são os de agricultura, silvicultura e exploração florestal (135,8 empregos) outros serviços (128,1 empregos) e produtos de madeira – exclusive móveis (110 empregos).93 Vários setores relacionados ao turismo, como alimentação, alojamento, atividades recreativas e culturais, transportes rodoviários de passageiros (municipal, interestadual, internacional e outros regulares e não regulares), serviços de turismo e excursões também estão entre os que mais geram empregos, indicando oportunidades de estímulo à produção. Investimentos no setor de educação pública e em menor proporção, mas em torno da média, o de saúde pública, podem gerar empregos de forma relevante em termos de empregos induzidos, representando também novas oportunidades. Isso decorre da alta intensidade do seu potencial gerador de renda, que amplia o consumo e a demanda proveniente de outros setores. Enquanto os geradores de emprego indicam o número de empregos criados por cada R$ milhão de reais investidos em aumento da produção por setor, os multiplicadores de emprego mostram quantos empregos totais são gerados por cada emprego direto gerado.94 Trata-se de indicar o poder multiplicador dos empregos gerados em cada setor de forma indireta (multiplicador do tipo 1) e de forma indireta e induzida (multiplicador do tipo 2). Esse efeito multiplicado pode ser grande, portanto, não apenas porque o potencial de gerar empregos indiretos 90 Quadro com Intensidade de Geração de Empregos Diretos no Distrito Federal – Anexo 12. 91 Quadro com Intensidade de Geração de Empregos Indiretos no Distrito Federal – Anexo 13. 92 Quadro com Intensidade de Geração de Empregos Induzidos no Distrito Federal – Anexo 14. 93 Quadro com Intensidade de Geração de Empregos Totais no Distrito Federal – Anexo 15. 94 Quadros com Intensidade de Multiplicação de Empregos Tipo 1 e Tipo 2 no Distrito Federal no Anexo 16. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 115 e/ou induzidos é grande, mas também porque o setor pode ter um pequeno coeficiente de geração de empregos.95 No caso dos setores do Distrito Federal, destacam-se os de refino de petróleo e coque, defensivos agrícolas e produtos do fumo, como multiplicadores de emprego do tipo 1. Em outros setores dos quais demandam insumos, enquanto os dois primeiros setores e o de automóveis, camionetas e utilitários são melhores multiplicadores de emprego do tipo 2, ou seja, quando se contempla também os impactos induzidos sobre o consumo do aumento de emprego e, conseqüentemente, de renda, gerados por aumentos nas suas produções. Os setores com maiores potenciais geradores de renda em termos diretos são os setores de outras atividades imobiliárias, de aluguel de bens móveis e imóveis, aluguel de automóveis e de outros meios de transporte terrestre, e atividades auxiliares do transporte rodoviário de passageiros. De forma indireta, destacam-se a fabricação de resina e elastômeros, o álcool e a pecuária e pesca. De forma induzida, o maior potencial de renda gerado é dos setores de educação pública, administração pública e seguridade social e saúde pública. Somados todos esses efeitos, os principais setores geradores de renda são, novamente, educação pública, administração pública e seguridade social e saúde pública, o que explica sua posição de destaque na geração de empregos induzidos. Constata-se que os setores com maior geração de empregos totais não são os que mais geram renda, em função da desigualdade de renda e salários que é particularmente grande, apontando uma ameaça. Dessa forma, a geração total de renda96 deve ser constantemente monitorada com o objetivo de possibilitar um planejamento para redução de tal desigualdade e estímulo aos setores que mais espalham os benefícios em termos de geração de renda, seja em outros setores dos quais consome insumos, seja de forma induzida. Existe muito espaço para o crescimento da agricultura e da indústria, não apenas porque são proporcionalmente bem menores, mas porque grande parte dos insumos agrícolas e industriais vêm ainda de fora, e produzí-los aqui adensaria as cadeias produtivas e tenderia a produzir efeitos de encadeamento do desenvolvimento maiores, articulando melhor a economia do Distrito Federal no processo de geração de emprego e renda. Quanto ao setor serviços, constata-se que ele não apenas fornece a maior parte dos insumos utilizados nos três setores da economia, como também exporta um excedente significativo para o resto do país. 95 Coeficiente de Emprego = Empregos no setor j/ Produção no setor j Efeito Gerador de Empregos Diretos = Empregos gerados no setor j por aumento de produção no setor j Efeito Gerador de Empregos Indiretos = Empregos gerados em todos os setores por aumento de produção no setor j. Efeito Gerador de Empregos Induzidos = Empregos gerados em todos os setores por aumento de consumo proveniente de aumento de novos empregos gerados. Efeito Multiplicador de Emprego Tipo I= Efeito Gerador de Empregos Diretos e Indiretos / Coeficiente de Emprego. Efeito Multiplicador de Emprego Tipo II – Efeito Gerador de Empregos Totais/ Coeficiente de Emprego. renda com os Conforme nota anterior, apesar do numerador, que é o gerador de empregos, ser elevado, o denominador, que é o coeficiente de emprego por unidade de produção, também é. 96 Quadros com Intensidade de Geração de Renda Direta, Indireta, Induzida e Total no Distrito Federal no Anexo 17. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 116 Os setores com poder de geração de emprego e de renda de maior intensidade são, via de regra, os que maiores ligações e efeitos de encadeamento para trás e para frente estabelecem com os demais, comprando e vendendo insumos. Esses setores deveriam ser priorizados nas políticas de estímulo, de forma a espalhar melhor os benefícios do desenvolvimento econômico. A ordenação dos mesmos, quanto à intensidade desse potencial, fornece informações importantes quando se trata de destinar recursos escassos para o estímulo de muitos setores econômicos, evitando que a pulverização dos mesmos prejudique a eficácia das políticas. Entre os setores que devem ser priorizados como oportunidades destacam-se, em primeiro lugar, fornecendo encadeamentos de alta intensidade para trás e gerando renda, os setores de educação pública, administração pública e seguridade social, e saúde pública. Investimentos nessas áreas, além de responderem de forma eficaz a críticas freqüentes, solucionando problemas considerados sérios, trazem impactos econômicos benéficos e importantes, tanto na amplitude dos benefícios fornecidos, que atingem vários setores, quanto no que se refere a aumentos de produção que tendem a ampliar o poder de arrecadação do Estado, facilitando ao longo do tempo a própria sustentação dos investimentos nesses setores. Quanto aos encadeamentos para frente, eles sinalizam setores que precisam de atenção redobrada quando se espera aumentos de demanda e produção em geral, pois precisam crescer para viabilizar o mencionado aumento de demanda e produção, ou passam a provocar pontos de estrangulamento problemáticos, transformando-se em ameaças. Essa constatação permite alertar os formuladores das políticas públicas para a necessidade de detalhar o planejamento desse crescimento de forma a tomar as medidas certas em tempo hábil e estimular, assim, adequadamente, os vários setores da economia do DF. Ao mesmo tempo, indica à atividade privada quais são os setores onde deve haver maior crescimento de demanda quando de aumentos gerais de produção, de forma a melhor balizar suas decisões de investimento. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 117 4. Aspectos Políticos Neste capítulo serão apresentados aspectos políticos e legais capazes de interferir significativamente no setor de turismo do Distrito Federal. Entre esses aspectos destacam-se elementos como: os programas públicos federais que beneficiam ou exercem interferência no território do Distrito Federal (Seção 4.1); a legislação federal e distrital de proteção ambiental e uso do solo – com especial atenção ao Plano Diretor de Ordenamento Territorial do Distrito Federal – PDOT (seção 4.2); alguns aspectos de relevância no que diz respeito ao patrimônio ambiental e cultural existente no DF (seção 4.3); e por fim, a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa e a Lei do Empreendedor Individual (seção 4.4). 4.1 Programas Públicos Federais que beneficiam o Distrito Federal Existem diversos programas públicos que beneficiam o Distrito Federal e estão disponíveis para consulta em diferentes órgãos do Governo Federal. Essa seção expõe os repasses de maior relevância para a presente Análise, principalmente, no Portal da Transparência do Governo Federal, que reune os principais repasses financeiros anuais vinculados a projetos de toda a administração pública, e de programas federais de maior destaque, com repasses constantes. Segundo dados disponíveis no Portal da Transparência, o Distrito Federal recebeu em 2009 o montante de R$ 7.353.414.865,45 em programas e projetos do governo federal. Desse recurso, R$ 1.126.531.126,25 foi destinado ao Governo do estado para direcionamento de ações governamentais97, enquanto R$ 6.229.787.618,20 foi destinado ao município de Brasília, único a compor o Distrito Federal, com quantidade significativa de recursos direcionados para as áreas de estrutura, transporte e educação. Dentre as ações elencadas, bem como os recursos a elas direcionados, destaca-se o Apoio de Comitês de Enfrentamento da Violência Sexual de Crianças e Adolescentes, com investimento em 2009 de R$580 mil para ações relacionadas ao combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes, desenvolvidas por instituições governamentais e não-governamentais. Associada a essa ação há, ainda, o Apoio a Projetos Inovadores de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, com o montante de R$400 mil. Ambos os repasses apontam para a articulação do terceiro setor no Distrito Federal no que diz respeito à questões sociais de prevenção da violência, da segregação social, da impunidade e da marginalidade. 97 Tabela detalhada disponível em <http://www.portaltransparencia.gov.br/PortalTransparenciaListaCidades.asp?Exercicio=2009&SelecaoUF=1&SiglaUF=DF&NomeUf=DISTRITO FEDERAL> Consultado em abril de 2010. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 118 Outro repasse de recursos federais para projetos específicos no Distrito Federal que se destaca refere-se ao Apoio à Criação e Desenvolvimento de Museus e Centros de Ciência e Tecnologia98, que contou com R$85 mil em repasse de recursos federais no ano de 2009. Essa é uma ação importante para o fortalecimento da produção cultural e a ampliação do acesso à ciência e à tecnologia, o que otimiza resultados positivos quanto à formação educacional, cultural e cidadã da população do Distrito Federal. Relacionadas a questão ambiental e o desenvolvimento agrário, foram executadas ações de Apoio à Gestão Ambiental em Áreas de Vulnerabilidade Ambiental com R$184.180,00, e Apoio à Gestão dos Planos Territoriais de Desenvolvimento Rural Sustentável (PTDRS), com R$2 milhões em investimento público. Esses dados apontam para iniciativas de ampliação e melhoria da recuperação de áreas degradadas, da articulação da população do campo e de melhoria da produção rural sustentável existente no Distrito Federal, itens identificados no capítulo anterior como oportunidades de desenvolvimento econômico para a região. Para o apoio à Implementação de Políticas de Segurança Cidadã foram destinados R$3.408.058,72 em 2009, ampliando postos de atendimento à população e disseminando a mobilização para a segurança da população de forma descentralizada, partindo da própria população. Ações voltadas ao incentivo e fortalecimento da atividade turística também foram identificadas no levantamento dos programas públicos federais que beneficiam o Distrito Federal de forma significativa. Entre elas estão: o Apoio a Projetos de Infraestrutura Turística, com investimento de R$2.925 milhões; a Campanha para Promoção do Turismo no Mercado Nacional – R$2.849.700,00; a Contribuição à Associação Interparlamentar de Turismo – R$6.960,00; a Elaboração de Planos para o Desenvolvimento das Regiões Turísticas – R$50 mil; a Estruturação de Roteiros Turísticos, com investimento de R$730.279,82; e o Fomento ao Desenvolvimento dos Segmentos Turísticos, com recurso na ordem de R$1.319.720,18. 99 Além do repasse anual da União ao Distrito Federal, a capital do país participa de programas federais que visam o crescimento e desenvolvimento socioeconômico. Dentre esses programas, o de maior visibilidade atualmente é o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), um programa que busca implementar um ―conceito de investimento em infraestrutura‖100 no sentido de estimular os setores produtivos e, ao mesmo tempo, proporcionar benefícios sociais para todas as regiões do país. O PAC, apresentado pela primeira vez em 2007 pelo Governo Federal, está sendo desenvolvido em duas etapas. Na primeiro (PAC 1), a participação do investimento total no PIB foi de 16,4% em 2006 para 18,7% em 2008, além de ampliar as parcerias com estados e municípios e entre o setor público e o investidor privado. Na segunda (PAC 2) a proposta envolve projetos direcionados à infraestrutura em seis eixos (Quadro 4.12): 98 Todos os nomes em itálico desta seção fazem referência ao título dos programas e projetos que receberam recursos federais no último ano, de acordo com o Portal da Transparência do Governo Federal (www.portaldatransparencia.gov.br). 99 Esses programas e projetos específicos do turismo receberão maior atenção no Relatório de Análise Setorial. Além das ações mencionadas, recomenda-se consulta à listagem indicada pelo link da nota 91, que destaca outras iniciativas relacionadas à cultura, a educação, a ciência e tecnologia, não destacadas nesta seção em virtude de grau de relevância e extensão. 100 Maiores informações podem ser obtidas em consulta ao endereço eletrônico http://www.brasil.gov.br/pac/o-pac/ . ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 119 Quadro 4.12 – Eixos estruturantes do PAC 2 e os investimentos previstos Eixos estruturantes do PAC 2 e os investimentos previstos (2011-2014) Eixo Previsão preliminar de investimento (R$ bilhões) PAC Cidade Melhor 57,1 PAC Comunidade Cidadã 23,0 PAC Minha Casa, Minha Vida 278,2 PAC Água e Luz para todos 30,6 PAC Transportes 104,5 PAC Energia 461,6 Fonte: http://www.brasil.gov.br/pac/pac-2/ No Distrito Federal, o investimento total do PAC até 2010 é de R$8,9 bilhões, de acordo com relatório oficial publicado em 2009101. Entre as ações previstas pelo PAC para a capital federal estão empreendimentos exclusivos relacionados à infraestrutura logística, como reforma e ampliação do aeroporto, duplicação, adequação, manutenção e sinalização de rodovias distritais, com cerca de R$264,3 milhões em investimentos previstos. Além desses investimentos em logísitica, estão previstos investimentos de R$3.064,6 milhões em empreendimentos regionais relacionados a concessão e duplicação de rodovias envolvendo os estados de Goiás, Minas Gerais e o Distrito Federal. Há ainda empreendimentos relacionados à infraestrutura energética, com previsão de R$ 705,6 milhões, além da infraestrutura social e urbana que direciona obras ligadas ao saneamento com R$474.398,4 em investimentos até 2010. Em habitação prevê-se o montante de R$3.929,3 milhões investido em empréstimo para pessoa física e R$448.706,3 milhões para investimento em urbanização e produção habitacional até 2010. Os recursos destinados à habitação podem ser acessados via Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social, já que o seu foco é a implementação de políticas e programas que promovam acesso a moradias para a população de baixa renda, maior parcela do déficit habitacional do Brasil. O programa “Minha Casa, Minha Vida”, parte integrante do PAC 2, tinha previsto para o Distrito Federal desde o início desse projeto, 16.538 unidades habitacionais, gerando benefícios para comunidades como a Vila Estrutural. Outro programa que envolve a habitação em implementação no Distrito Federal é o Pró-Moradia. Esse é um projeto proposto para oferecer acesso à moradia adequada à população em situação de vulnerabilidade social com rendimento mensal de até R$ 1.050,00102. O Pró-moradia tem apoio da Caixa Econômica Federal e é implementado por meio da concessão de finaciamentos com recursos do FGTS aos estados, municípios e Distrito Federal, ou empresas estatais não dependentes103. No Distrito Federal, a partir de obras conveniadas entre o governo local e o federal, foram destinados em 2009 cerca de R$311 milhões a esse programa. Esse recurso, segundo o Governo do Distrito Federal, 101 Segundo o 8º Balanço – Maio a Agosto de 2009 – Distrito Federal. Publicação com o balanço trimestral do PAC no Distrito Federal. 102 Informação obtida no Ministério das Cidades (2010). 103 Informações da Caixa Econômica Federal (2010). ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 120 beneficiará as comunidades de Mestre D‘Armas, Arapoanga e Planaltina com obras de infraestrutura, assim como os condomínios de baixa renda Pôr do Sol e Sol Nascentes em Ceilândia.104 No Plano de Desenvolvimento de Educação no Distrito Federal prevê-se a expansão da Rede Federal de Escolas Técnicas, com os Institutos Federais de Educação Técnica (IFET‘s); e a expansão da Rede Federal de Ensino Superior com os novos campus de Planaltina, Gama e Ceilândia. Como ação para garantir que pessoas de todas as faixas de renda possam acessar vagas ofertadas no ensino superior da rede privada do Distrito Federal também foi implementado o Programa Universidade para Todos (PROUNI), que entre 2005 e o 1º semestre de 2009 beneficiou 14.241 estudantes105. Com o intuito de reduzir as desigualdades sociais e regionais e melhorar a qualidade de vida dos brasileiros, diversos Ministérios, com destaque ao Ministério do Desenvolvimento Agrário e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome desenvolvem ações coordenadas em torno de um programa que visa a criação de ―Territórios da Cidadania”106. Em 2008, estavam previstos para o Distrito Federal R$519,8 milhões, dos quais foram pagos R$432,7 milhões, com ênfase em ações relacionadas à Qualificação Social e Profissional de Trabalhadores para o Acesso e Manutenção ao Emprego, Trabalho e Renda em Base Setorial (PlanseQs), que capacitou 2.183 pessoas. Em 2009, a previsão de investimento para o Distrito Federal com relação aos Territórios da Cidadania foi de R$24,6 bilhões, ―em 120 territórios, por meio de 203 ações de 22 órgãos do Governo Federal‖ 107. Até agosto de 2009, por exemplo, no Território das Águas Emendadas dos R$887,8 milhões previstos foram pagos R$278,4 milhões, alocados em ações de infraestrutura, cidadania e direitos, apoio e atividades produtivas. Como programa voltado às áreas rurais, o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF) injetou no DF para o ano agrícola 2008/2009 R$ 2,5 milhões, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (Agosto/2009). Enquanto o Bolsa Família, programa de assistência social para famílias de baixa renda, até agosto de 2009 beneficiou 79.370 famílias brasilienses, chegando o valor anual dos benefícios a R$81,6 milhões108. Esses e outros investimentos realizados no Distrito Federal, e em andamento por parte dos órgãos da administração pública federal, tem beneficiado a população, movimentando a economia local e criando condições para viabilizar melhor desenvolvimento da capital federal e o seu entorno. Todos os investimentos direcionados ao Distrito Federal, no entanto, devem respeitar a legislação federal e distrital de proteção ambiental e uso do solo, em particular, o Plano de Ordenamento Territorial do Distrito Federal (PDOT), que devido à sua relavância para este Estudo será analisado na seção seguinte. 104 Notícia de site imobiliário. “DF e Entorno <http://www.webcasas.com.br/imovel/df/lerconteudo/27691 recebem mais de R$412 milhões do 105 Fontes obtidas no Ministério da Educação (2009). 106 Maiores informações podem ser obtidas por meio de consulta ao endereço eletrônico www.territoriosdacidadania.gov.br PAC”. Disponível em 107 Informações obtidas de relatório oficial direcionado às ações no Distrito Federal. Disponível em http://www.brasil.gov.br/pac/relatorios/porestado/distrito-federal-1/distrito-federal 108 Segundo consulta ao Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, em Agosto de 2009. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 121 O destaque do apoio a projetos relacionados ao abuso e exploração sexual da criança e do adolescente, assim como os recursos a esta área destinados representa uma oportunidade de interação importante com o terceiro setor em parceria com o Poder Público e o setor privado na promoção da justiça social. Contudo, o não investimento e apoio a projetos como estes, aliados a políticas educacionais, de saúde, assistência social e espaços de cultura e lazer, podem representar uma ameaça para população vulnerável a ações de abuso de exploração. O recurso destinado pelo Governo do Distrito Federal para desenvolvimento rural reforça a oportunidade destacada ao longo desse documento para esse setor, que deve ser estimulado no âmbito dos pequenos e médios produtores rurais envolvidos com agroecologia, permacultura e agricultura familiar. A destinação de recursos ao setor de turismo, cultura e lazer é uma oportunidade para a viabilização de parcerias público-privadas em prol da ampliação e do fortalecimento desse setor, que apresenta potencial latente no Distrito Federal. Os Programas do Governo Federal indicam oportunidades para o investidor privado ampliar as parcerias com o setor público. É uma oportunidade ainda de beneficiar outros setores com obras de infraestrutura rodoviária, de saneamento e habitação, entre outros. No entanto, a descontinuidade desses programas representam uma ameaça à promoção de melhores condições de vida para a população, bem como geração de emprego e renda. 4.2 Legislação Federal e Distrital de Proteção Ambiental e Uso do Solo Conforme exposto no Capítulo 2 deste documento, a ocupação do território do Distrito Federal, para além da área inicialmente planejada, aconteceu de forma ―espontânea‖. Espontânea não no sentido de naturalização desse processo, mas no sentido de não envolver planejamento da ocupação da periferia de Brasília. A partir da década de 1970, o crescimento populacional decorrente da migração se intensificou de tal forma que a expansão urbana foi inevitável109. Com isso, o Estado foi pressionado a traçar planos de ação com vistas ao ordenamento territorial do Distrito Federal. Entre as ações do Governo são encontrados registros sobre o Fundo de Desenvolvimento do Distrito Federal (FUNDF), existente desde 1966. O objetivo do FUNDF era destinar recursos para programas econômicos e sociais na região geoeconômica do Distrito Federal, direcionados, principalmente, ao financiamento de projetos de micros e pequenas empresas. 109 Essa dinâmica é amplamente tratada nos itens 2.1 e 2.2 que versam sobre os aspectos históricos e demográficos, respectivamente. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 122 Em 1975, a criação do Programa Especial da Região Geoeconômica de Brasília (Pergeb) assumiu o objetivo de amortecer problemas relacionados a emprego e a pressão sobre os equipamentos urbanos e sociais do Distrito Federal, em função não somente do crescimento da sua periferia interna, mas também em relação ao crescimento das pressões exercidas pelos municípios do seu entorno imediato110. A intensificação das ocupações irregulares nas áreas periféricas do Distrito Federal na década de 19701980 marca a instituição de Políticas Públicas forçosamente direcionadas à habitação, de modo a atender a demanda da população de baixa renda. O Plano Estrutural de Ordenamento Territorial (PEOT)111 foi elaborado em 1977 e apresentava dois fortes vetores de ocupação, ambos em direção ao eixo sudoeste: o primeiro em torno da BR 040 – o Gama, e o segundo em torno da BR 060 – o Núcleo Bandeirantes112. Esses eixos de expansão se consolidaram e atrairam investimentos públicos, principalmente no que se refere ao transporte, atingindo o objetivo de ―gerar um grande conjunto urbanizado‖, atualmente composto também por Santa Maria. O PEOT foi à primeira tentativa institucional de ordenamento do território do Distrito Federal. Sendo um plano que objetivava traçar diretrizes para a expansão urbana e a implantação de novos assentamentos, levando em consideração alternativas para transporte, o sistema viário, abastecimentos de água e coleta de esgotos. Contudo, na década de 1980 ainda não há instrumentos regionais considerados eficazes e concretos que consolidem o ordenamento territorial no Distrito Federal113 de fato. Anterior ao PEOT, em 1970, foi proposto o Plano Diretor de Água, Esgoto e Controle da Poluição do Distrito Federal (Planidro) cuja principal recomendação refere-se a não ocupação dos espaços livres da bacia do Paranoá, orientando o eixo de crescimento consolidado pelo PEOT: a do quadrante sudoeste, no sentido Taguatinga em direção ao Gama. Entre 1979 e 1983 adotou-se uma política de não-oferta de moradias114 na área do quadrilátero. O objetivo dessa ação era coibir o fluxo migratório, mas o resultado foi o agravo das condições de habitação, que já atingia 85 mil pessoas moradoras da área periférica. A falta de novas habitações, no entanto, atinge não só a população de baixa renda, mas também a classe média. Essa última realiza ocupações irregulares que valorizam o solo urbano e favorecem a especulação imobiliária tencionando a expansão urbana na direção nordeste do quadrilátero – área não recomendada para ocupação pela presença de importantes unidades de preservação ambiental. 110 A Área do Entorno do DISTRITO FEDERAL foi institucionalizada, a partir de um estudo em conjunto da Superintendência do Desenvolvimento do CentroOeste (Sudeco), criada em 1967, e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Urbano (CNDU), em 1981. O entorno imediato é composto pelos municípios goianos de Valparaíso, Cidade Ocidental, Luziânia, Novo Gama, Santo Antônio do Descoberto e Águas Lindas – na região sudoeste; e Planaltina de Goiás, na parte nordeste. 111 Houve ainda a proposta do Plano de Ordenamento Territorial do Distrito Federal (POT) em 1982, o Plano de Ocupação e Uso do Solo do Distrito Federal (Pouso) em 1987, e mesmo o Brasília Revisitada, em 1987, cujas diretrizes foram, em certa medida, consolidadas pela primeira proposta do PDOT , sob nova ordem político-institucional. 112 MEDEIROS; CAMPOS, 2010. 113 IPEA, 2001. 114 Silveira, 1999. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 123 Com a Nova Constituição (1988), o Distrito Federal adquire status político e jurídico ao tornar-se unidade integrante da federação com ―prerrogativa de legislar no que tange às competências dos estados e municípios, que anteriormente pertenciam ao Senado Federal‖. O Poder Legislativo, então, elabora a Lei Orgânica do Distrito Federal (1993) que incentiva, no capítulo direcionado à política urbana, a elaboração de planos diretores. A utilização desse instrumento foi reforçada em 2001 com a aprovação da Lei No 10.257/2001 – o Estatuto da Cidade – que obriga aos municípios com mais de 20 mil habitantes o uso dessa ferramenta. Assim, a primeira proposta de Plano Diretor do Distrito Federal considera dois grandes centros: o Plano Piloto e Taguatinga. Essa última, uma RA já consolidada e que, ao longo do tempo, constituiu uma dinâmica minimamente autônoma em relação à área central projetada por Lúcio Costa e Oscar Niemeyer. O PDOT de 1992 (Lei No. 353) reforça a estrutura polinucleada existente, a partir da qual são criados núcleos em áreas descontínuas mas dependentes entre si. Além disso, torna-se legalmente possível o parcelamento do solo pela iniciativa privada, desde que fossem elaborados o Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE) e o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) para todos os parcelamentos do solo, o que nem sempre foi cumprido. Dois eixos de crescimento foram incentivados pelo PDOT/1992. A conurbação urbana na direção do Plano Piloto, Guará, Taguatinga, Ceilândia e Samambaia, que incluiu, posteriormente, Águas Claras (representando o eixo Taguatinga - Plano Piloto), a partir desse eixo foi instituído para estruturar o espaço a construção da linha do metrô como transporte de massa. Nos limites do Distrito Federal, o eixo de conurbação reforçado foi na direção de Samambaia, Recanto das Emas, Gama e Santa Maria, abarcando inclusive Luziânia, cidade goiana do entorno imediato. Tem-se aqui a intenção clara de descentralização do planejamento urbano que resultou na proposta de criação das gerências de planejamento e dos conselhos locais nas regiões administrativas, um pouco tímida, diante da necessidade premente de tal intervenção115. O PDOT/1997 apresenta uma proposta de macrozoneamento que, mais uma vez, fortaleceu a conurbação urbana no quadrante sudoeste, caracterizada como uma zona urbana de dinamização. Ao contrário dos planos anteriores, o PDOT/1997 indica a expansão urbana no sentido nordeste em função da existência de diversos loteamentos irregulares já instalados na direção de Sobradinho. Planaltina, classificada como Zona Urbana de Uso Controlado apresenta ampla extensão e circunda o Plano Piloto na direção nordeste/sudeste116. No entanto, a ocupação no sentido nordeste/sudeste vai de encontro às diretrizes dos planos anteriores que priorizaram manter essa porção do território preservada diante da riqueza natural para o equilíbrio ambiental da cidade. 115 SILVEIRA, 1999. 116 Idem. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 124 A revisão do PDOT/1997 foi aprovada em abril de 2009 e traz um texto bem dividido, com ampliação das diretrizes setoriais para o Território, que trata: do patrimônio cultural; do meio ambiente; do sistema de transporte, do sistema viário, de circulação e de mobilidade; do saneamento ambiental e da energia; do desenvolvimento econômico; da urbanização, do uso e da ocupação do solo; da habitação; dos equipamentos regionais; do desenvolvimento rural; e da integração com os municípios vizinhos. No PDOT/2009 reforça-se a idéia de descentralização do planejamento urbano e de dinamização econômica, incentivando a construção de novas áreas a partir de núcleos já consolidados, como é caso de Taguatinga a sudeste do Plano Piloto. O foco nas estratégias de consolidação de áreas já constituídas resulta em delimitações específicas do zoneamento, além das estratégias de ordenamento do território (Figura 12). Figura 12 – Estrutura da organização do PDOT/2009 - Zona Urbana do Conj. Tombado; - Zona urbana de uso controlado I; - Zona urbana de uso controlado II; - Zona urbana consolidada; - Zona urbana de expansão e qualificação; - Zona de contenção urbana. Macrozona urbana Macrozoneamento Macrozona rural - Zona rural de uso diversificado; - Zona rural de uso controlado. Macrozona de Proteção Integral Da organização do Território Zoneamento Estratégias de Ordenamento Territorial - Dinamização de espaços urbanos; - Revitalização de conjuntos urbanos; - Estrutura viária; - Regularização fundiária; - Oferta de áreas habitacionais; - Implantação de pólos multifuncionais; - Integração ambiental do território. Sistematização da equipe técnica Fonte: GDF, 2009 ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 125 Uma das principais estratégias de ordenamento territorial desse plano é a regularização fundiária dos parcelamentos irregulares, diante da ação praticada tanto pela população de baixa renda quanto pela população de renda média e alta. Essa última, a revelia da legislação de uso e ocupação do solo, constrói grandes condomínios fechados para atender sua ―demanda‖ de habitação, a exemplo de Vicente Pires. Vicente Pires, conhecido inicialmente como Colônia Agrícola Vicente Pires é a RA mais recente do Distrito Federal (30a), desmembrada da RA de Taguatinga em 2009. De origem rural, com terras pertencentes à União, teve sua ocupação realizada a partir da construção de chácaras em condomínios horizontais que atualmente somam 70 mil habitantes. Apesar de ser considerada uma área rural, essa RA vem sendo parcelada com uso característicamente urbano, tendo sido classificada no PDOT/2009 como Zona Urbana de Expansão e Qualificação. A principal característica dessa Zona é a propensão já existente à ocupação urbana, o que aponta para a alteração da ocupação e uso do solo dessa região. As áreas ainda consideradas como de uso rural estão inseridas nas seguintes bacias: do rio São bartolomeu (Zona Rural de Uso Controlado I); do rio Maranhão (Zona Rural de Uso Controlado II); do Alto Rio Descoberto (Zona Rural de Uso Controlado III); do Baixo Rio Descoberto, do rio Alagado e do ribeirão Santa Maria (Zona Rural de Uso Controlado IV); do Lago Paranoá (Zona Rural de Uso Controlado V). O objetivo da implementação da Zona Rural de Uso Controlado é compatibilizar as atividades nelas desenvolvidas com a conservação dos recursos naturais, a recuperação ambiental, a proteção dos recursos hídrico e a valorização de seus atributos naturais117, além de coibir o parcelamento do solo para fins urbanos. Entre essas atividades está o incentivo do turismo rural, que na Zona Rural de Uso Controlado II prevê atividades de lazer, esportes de aventura e ecoturismo. Na Zona Rural de Uso Diversificado o turismo rural é incentivado como meio de consolidar o uso rural produtivo associado a atividades agrossilvopastoris e agroindustriais. O ecoturismo também é tido como elemento incentivador da proteção do meio ambiente como estratégia de Integração Ambiental do Território. Observa-se que o turismo é incentivado ainda como alternativa ao agronegócio nas áreas rurais no que diz respeito ao Desenvolvimento Rural e as Diretrizes Setoriais para o território. O documento ainda dá ênfase ao turismo como vocação do Lago Paranoá, componente da Zona Urbana do conjunto Tombado. 117 PDOT/2009. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 126 Ao analisar o documento é possível constatar diversos conflitos existentes devido as ocupações irregulares, que causam grande impacto no valor da terra diante da especulação imobiliária. Na tentativa de regularizar parte dessa questão, o PDOT/2009 delimita uma Área de Regularização de Interesse Específico (ARINE). As parcelas do território do Distrito Federal classificadas como ARINEs correspondem justamente as áreas de ocupação de classe média e alta que reividicam a regularização e legalização da terra118. A Área de Regularização de Interesse Social (ARIS) corresponde ao instrumento denominado no Estatuto da Cidade de Zona Especial de Interesse Social (ZEIS)119. As Áreas de Regularização de Interesse Social, ao contrário das ARINEs, referem-se à ocupações voltadas a população de baixa renda120. A importância desse processo para o ordenamento territorial do Distrito Federal é a possibilidade de dinamização econômica a partir dele, respeitando os valores ambientais e os direitos sociais de participação. A ocupação na direção sudeste prevista no PEOT e reforçada pelo PDOT/1997 está consolidada e continua crescente, sendo previsto no PDOT/2009 significativas áreas a serem ofertadas, a exemplo da etapa 3 do Jardim Botânico, o Setor Crixá em São Sebastião e o Catetinho, entre outras. O quadrante nordeste apresenta poucas áreas de oferta habitacional e muitas áreas de regularização fundiária tanto de interesse social quanto de interesse específico121. O eixo nordeste-sudeste apresenta o componente ambiental frágil o que indica um complicador para a ocupação e possível dinamização a partir da constituição de um subcentro. Nesse eixo de ocupação, o PDOT/2009 propõe a implementação da maior parte dos conectores ambientais que ligaria porções de ecossistemas naturais, parques e equipamentos urbanos a espaços naturais preservados e demais unidades de conservação e áreas protegidas com o intuito de manter o fluxo da fauna e a não ocupação desses espaços. A partir da consolidação tanto das áreas habitacionais quanto dos espaços que devem ser conservados, propõe-se a elaboração de estratégias referentes à estrutura viária, à implantação de polos multifuncionais, a dinamização de espaços urbanos e a revitalização de conjuntos urbanos122, ampliando alguns eixos viários de modo a favorecer a dinamização que continua concentrada no quadrante sudoeste. 118 Entre essas estão o Privê Lago Norte, a Região dos Lagos e mesmo Vicente Pires I e II, entre outras. 119 A experiência da ZEIS é da década de 1980, quando por pressão popular, em Recife, várias comunidades conquistaram o direito de permanecer nos locais de assentamento original. 120 Entre as ARIS a mais conhecida é a Estrutural, próxima a Vicente Pires. 121 Para visualizar melhor essas informações vide mapa 2, do Anexo II da Lei no. 803 de 25 de abril de 2009. Disponível no site Câmara Legislativa do Distrito Federal ou do próprio GDF. <http://www.distritofederal.df.gov.br/sites/100/155/PDOT/leisumar.htm> 122 Vide mapa 3, do Anexo II da Lei no. 803 de 25 de abril de 2009. Disponível no site Câmara Legislativa do Distrito Federal ou do próprio GDF. <http://www.distritofederal.df.gov.br/sites/100/155/PDOT/leisumar.htm ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 127 O documento também prevê a implantação de Pólos Multifuncionais como estratégia para constituir subcentralidades com o intuito de promover acessibilidade decorrente da rede estrutural de transporte coletivo, com serviços diversos e equipamentos de saúde, abastecimento, cultura, esporte e lazer. Com isso, presume-se que sejam criadas dinâmicas descentralizadas em termos de população, mas também de emprego, renda, cultura e lazer, de modo a atender a população residente nas áreas em dinamização e de sua proximidade imediata. Assim, estão previstos 9 pólos multifuncionais123: Pólo Multifuncional Catetinho; Pólo Multifuncional Taguatinga; Pólo Multifuncional Grande Colorado; Pólo Multifuncional Metropolitana; Pólo Multifuncional Planaltina; Pólo Multifuncional Samambaia; Pólo Multifuncional São Sebastião; Pólo Multifuncional Sul; Pólo Multifuncional do Torto. A estrutura de dinamização dos espaços urbanos tem foco também nos postos de trabalho, atualmente ainda concentrados no Plano Piloto em torno do serviço público e terciário especializado. Aliado a essa estratégia, a ampliação da estrutura viária possibilita pensar ainda em redes de transportes coletivos integrados de fato, para que assim haja diminuição dos deslocamentos principalmente em termos de tempo e da diminuição dos custos para os usuários. As áreas econômicas a serem implantadas, de acordo com a lei aprovada em 2009, estão também concentradas a sudoeste (Samambaia e Taguatinga), e apresentam alguns pontos a nordeste, próximo ao Paranoá, Sobradinho e Planaltina124, além do Gama e Santa Maria na direção sul. As ações previstas para a preservação do Patrimônio Cultural estão relacionadas a recuperação, valorização e aproveitamento das potencialidades que envolve o patrimônio, estabelecendo associações com o desenvolvimento de projetos turísticos, de lazer, cultura e educação. Ao tratar a Zona Urbana do Conjunto Tombado uma de suas diretrizes: ―harmonizar as demandas do desenvolvimento econômico e social e as necessidades da população com a preservação da concepção urbana de Brasília‖, indica um caso que consideramos representativo no Distrito Federal: a ocupação e o uso da W3 Sul e Norte. No PDOT/2009, a W3 Sul e Norte é uma das áreas de prioridade de intervenção para revitalizações indicadas em pontos de todo o Distrito Federal, que se torna um caso significativo nesse estudo por ser uma das principais avenidas do Plano Piloto de Brasília, já ter sido seu principal centro comercial e ter 123 Ver tabela completa na lei no. 803 de 25 de abril de 2009. 124 Ver mapa 6, do Anexo IV da Lei no. 803 de 25 de abril de 2009. Disponível no site Câmara Legislativa do Distrito Federal ou do próprio GDF. <http://www.distritofederal.df.gov.br/sites/100/155/PDOT/leisumar.htm ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 128 concentrado, principalmente na W3 Sul, meios de hospedagem alternativos, como pensões e pousadas com preços mais acessíveis, em uma localização e rede de transporte privilegiados. Porém, no início de 2008, por meio do Decreto Nº39.566, houve a proibição do funcionamento desses estabelecimentos de hospedagem uma vez que, por lei, as quadras 700 da Asa Sul devem ter destinação de uso exclusivamente residencial. O projeto de revitalização da W3 Sul (Lei No 1.780 de 25 de novembro de 1997), no entanto, tem como objetivo permitir a flexibilização dos usos e a reformulação viária das avenidas, havendo, assim, a possibilidade que estabelecimentos de hospedagem de baixo custo possam voltar a funcionar na legalidade. O ordenamento territorial previsto no PDOT/2009 ainda não tem como apresentar resultados mensuráveis, devido a sua aprovação recente. Historicamente a estrutura urbana foi construída de forma centralizada e fragmentadora; mesmo que o PDOT/2009 apresente instrumentos que possam ser eficientes para alterar essa estrutura e dinamizar o território do Distrito Federal em sua totalidade, isso ainda requer tempo para permitir análises de suas consequências com relação às transformações no uso do território da capital federal. O que existe ainda são projeções e possibilidades acerca de um plano de ordenamento territorial amplamente contestado por diversos segmentos da sociedade civil organizada. Pois ainda que o PDOT/2009 reproduza instrumentos que favorecem o controle social previstos no Estatuto da Cidade, abre também prerrogativas para negociações de terras públicas para empreendimentos privados, principalmente no que se refere a questão habitacional. Reconhece-se, no entanto, a intenção de promover a expansão do uso do território de forma planejada, considerando a manutenção do patrimônio ambiental e cultural existente, sendo esses elementos foco da próxima seção. Observa-se, finalmente, que o estatuto da Cidade indica oportunidade de ampliar investimentos em habitação, ao mesmo tempo em que proporciona a parcela da população desfavorecida possibilidades de habitabilidade e acesso a terra urbanizada na cidade. No entanto, se o uso dos seus instrumentos for feito para fins exclusivamente mercantis, ocasionará uma ameaça, a médio e longo prazo, à sustentabilidade do território. Os eixos consolidados de ocupação do Distrito Federal indicam oportunidades em áreas já estabelecidas, sendo importante incentivar a descentralização das atividades e a dinamização econômica para as RAs ―periféricas‖ com condições promissoras. O zoneamento proposto para o Distrito Federal é uma oportunidade no que se refere a sistematização de áreas e setores de possíveis acessos e investimentos, ao mesmo tempo que deve garantir a sustentabilidade social, econômica, política, cultural e ambiental para todos. A regularização fundiária representa uma oportunidade para o setor de construção civil e imobiliário, que tem tencionado altos preços na especulação da terra. Assim também, aponta oportunidades importantes para garantir o acesso à propriedade pela população. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 129 Algumas áreas definidas pelo zoneamento do PDOT/2009, relacionadas ao uso rural, apresentam oportunidades para o turismo rural e ecoturismo com incentivo a dinâmica do setor. Os pólos multifuncionais também indicam oportunidades de investimento em parcerias entre o setor público e privado, assim como para dinamização e descentralização de emprego e renda. A preservação do patrimônio tombado previsto no PDOT/2009 indica mais uma oportunidade de fortalecimento de Brasília como destino de visitação e divulgação de seus monumentos arquitetônicos e históricos. Por outro lado, em dada perspectiva de investidores privados, o respeito à configuração original do conjunto urbanístico tombado, representa uma ameaça à decisão de investir nesse território, tendo em vista as limitações definidas para determinados usos e alterações urbanísticas. 4.3 Patrimônio Ambiental e Cultural A proteção do meio ambiente não está relacionada apenas ao ambiente natural, mas também ao ambiente artificial, cultural e do trabalho. O meio ambiente, na interpretação moderna, engloba a natureza e as modificações que o homem nela introduziu. Enquanto o meio ambiente natural é constituído da água, da flora, do ar e da fauna, o cultural se constitui em obras de arte, bens imóveis e imóveis que identifiquem a memória do ser humano.125 É imprescindível que os governos e a população conscientizem-se da relevância da preservação dos bens ambientais e culturais para a manutenção de seu bem-estar e fortalecimento de sua história, assim como das gerações futuras. Com o intuito de analisar alguns aspectos relevantes do patrimônio do Distrito Federal, são apresentadas na seção 4.3.1 uma contextualização geral dos principais elementos relativos ao meio ambiente, e na seção 4.3.2, os principais elementos relacionados ao patrimônio cultural do Distrito Federal. 4.3.1 Patrimônio Ambiental Inserido no bioma cerrado, o Distrito Federal apresenta uma paisagem bastante heterogênea. As formações florestais, savânicas e campestres se desenvolvem de acordo com o perfil do solo e com a proximidade dos corpos d‘água, onde mais de 160 mil espécies de fauna, muitas delas endêmicas, coexistem. Segundo estudo da UNESCO utilizado no Diagnóstico Técnico para elaboração do PDOT/2009, entre 1954 e 2001 houve uma perda de 58% da cobertura vegetal nativa no Distrito Federal em função, 125 DIAS, 2003. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 130 principalmente, da expansão urbana e do crescimento da ocupação agrícola. Esse aumento está ocorrendo sob três unidades geomorfológicas que formam o território do quadrilátero: Região de Chapadas, que ocupa 34% do território do DF em topografia plana onde estão formados os divisores de drenagem na região – circundando a bacia do Paranoá e entre as bacias do rio Preto e São Bartolomeu; Áreas de Dissecação Intermediária, que representa 31% do território do DF e apresenta duas subunidades: a Depressão do Paranoá e o vale do rio Preto; Região Dissecada de Vale, que corresponde a 35% das terras do quadrilátero e é ―marcado pela presença de grande número de cursos d‘água curtos, muitas vezes temporários, cujo arranjo inicia-se nos rebordos erosivos da chapada‖126. Diante da fragilidade dessas unidades geomorfológicas, e considerando a preocupação existente quanto ao abastecimento de água da região em análise, há no Distrito Federal diversas categorias de unidades de conservação que configuram o Patrimônio Ambiental da capital federal. Atualmente são 265 mil hectares de áreas protegidas (93%) em função, principalmente, da criação da Área de Proteção do Planalto Central que corresponde a terras de Goiás e do Distrito Federal. No quadrilátero estão concentradas nascentes de rios importantes do Brasil, como Rio Maranhão (bacia hidrográfica do Tocantins) e o Rio São Bartolomeu (bacia hidrográfica do Paraná). Dentre as primeiras ações para a preservação ambiental no Distrito Federal destaca-se a criação do Parque Nacional de Brasília (PNB) em 1961, que além de ser um espaço de preservação de animais e vegetais típicos do cerrado, se constitui em uma das principais áreas de lazer do Distrito Federal com piscinas de água corrente abertas ao público. A delimitação da APA do Planalto Central tem como base o PDOT/1997 e não estão inseridas no seu perímetro as APAs da Bacia do Rio Descoberto e da Bacia do Rio São Bartolomeu, criadas pelo decreto no 88.940/ 1983; o Parque Nacional de Brasília, criado pelo decreto n o 241/ 1961; a Floresta Nacional de Brasília, criada por Decreto Presidencial de 10 de junho de 1999; e as Zonas Urbanas de Consolidação de Sobradinho e Planaltina. No território do Distrito Federal há diversos tipos de Unidades de Conservação do bioma cerrado, são elas: Estações ecológicas; reservas ecológicas; Parque Nacional; Reservas Biológicas; Floresta Nacional; Reservas Particulares do Patrimônio Natural; Áreas de Proteção Ambiental; e Áreas de Relevante Interesse Ecológico. Além dessas, há ainda 62 Parques Ecológicos e de Uso Múltiplo, e o Jardim Zoológico (Mapa 4). As Estações Ecológicas e as Reservas Ecológicas não permitem o uso direto no seu espaço delimitado. Estão voltadas a pesquisas científicas e atividades de cunho educacional com prévia autorização do órgão responsável, no caso do Distrito Federal o Instituto Brasília Ambiental (IBRAM). As Estações 126 Diagnóstico Técnico para elaboração da revisão do Plano Diretor de Ordenamento Territorial do Distrito Federal/2009. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 131 Ecológicas delimitadas no Distrito Federal são a do Jardim Botânico de Brasília e a de Águas Emendadas, enquanto as Reservas Ecológicas localizam-se no Guará, no Gama e no Lago Paranoá. Todas apresentam vegetação diversa que abriga grande variedade de animais silvestres, alguns em perigo de extinção. As Reservas Biológicas também não permitem visitação pública, uma vez que o objetivo dessa categoria de unidade de conservação é a preservação integral do ecossistema. A Reserva Biológica da Contagem e a Reserva Biológica do Rio Descoberto são delimitadas no DF com intuito de preservar os remanescentes de cerrado e os recursos hídricos existentes em seus limites. A Floresta Nacional (FLONA) foi criada com o objetivo de promover o uso múltiplo sustentável dos recursos naturais de áreas com vegetação nativa ou plantada. Com vistação pública permitida, a depender do plano de manejo, essa é uma categoria de unidade de conservação que visa fomentar o desenvolvimento de pesquisas científicas, a educação ambiental, atividades de recreação, turismo e lazer. A Floresta Nacional de Brasília corresponde a quatro áreas descontínuas que servem de áreas de proteção às duas principais vertentes que abastecem a capital federal: o Descoberto e Santa Maria/Torto. Mapa 4 – Mapa Ambiental do Distrito Federal Fonte: SEDUH, GDF (2007). ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 132 A Reserva Particular de Patrimônio Natural (RPPN) é uma categoria de caráter privado instituída por ato voluntário do proprietário para a conservação de ecossistemas. Nesse tipo de unidade de conservação o uso compatível por meio do turismo é permitido através de planos de manejo adequados. No Distrito Federal existem 18 RPPN‘s (Quadro 4.13). Quadro 4.13 – RPPN’s do Distrito Federal RPPN‘s do Distrito Federal Amoreira Bacia do Ribeirão Cocal Escarpas do Paraíso Fazenda Cachoeira Boa Vista Fazenda Gleba Vargem Grande I Fazenda Minhehaha Guará Linda Serra dos Topázios Nadir Júnior Pontal do Jaburu Reserva Santa Mônica Guará I e II Santuário de Vida Silvestre Flor das Águas Santuário Ecológico Sonhem São Francisco da Trijunção Sítio Estrela Dalva Terra do Segredo Vereda do Gato Fonte www.ibama.gov.br As Áreas de Proteção Ambiental (APA) tratam de áreas mais extensas e com certo grau de ocupação humana. Sua função central é proteger a diversidade biológica, disciplinar o processo de ocupação a assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais. As APAs geralmente possuem atributos abióticos, bióticos, estéticos e culturais importantes para a qualidade de vida e o bem-estar das populações humanas127. Entre as principais APAs do Distrito Federal destacam-se a do Rio Descoberto, a do Rio São Bartolomeu, a do Gama, e a Cabeça-de Veado, além da APA do Planalto Central. Ao contrário das APAs, as Áreas de Relevante Interesse Ecológico (ARIE) em geral são formadas por pequenas extensões e com pouca ou nenhuma ocupação humana por abrigarem exemplares raros de biota regional. Entre as principais ARIEs estão o Santuário da Vida Silvestre Riacho Fundo e a Capetinga/Taquara128. 127 Informações do Instituto Brasília Ambiental (IBRAM). 128 Recomenda-se conferência de listagem das ARIEs no anexo 18. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 133 Os Parques Ecológicos de Usos Múltiplos são criados a partir de uma categorização distrital, ao contrário das categorias de unidades de conservação até agora mencionadas que são unidades correspondentes ao Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC)129. Entre os mais conhecidos Parques Ecológicos de Usos Múltiplos está o Parque Olhos D‘Água, na Asa Norte do Plano Piloto de Brasília Como exposto na seção 4.2, o PDOT/2009 prevê entre algumas dessas unidades a reserva de áreas correspondentes a conectores ecológicos com vistas a proteção de espaços que mantêm remanescentes de cerrado. Essa medida visa promover o fluxo de genes e o movimento da biota que possibilta a dispersão das espécies e a recomposição de áreas degradadas. Contudo, no caso do Distrito Federal a criação das Unidades de Conservação ultrapassa a sua implementação como instrumento de política ambiental, apenas. Tornam-se importantes para o planejamento urbano no disciplinamento do uso do solo para a contenção urbana, ainda que no caso da ocupação da região a nordeste do Plano Piloto de Brasília, desconsiderada pelos Planos anteriores ao PDOT/2009, não se tenha conseguido manter a biodiversidade dessa área de forma mais preservada e com ocupações de baixa densidade. A ocupação irregular no Distrito Federal torna-se um complicador, em certa medida, no que diz respeito a manutenção do bioma cerrado causando conflitos entre a demanda existente a partir da expansão da cidade e a fragilidade ambiental na qual está inserida. Na tentativa de equacionar a ocupação do território, o PDOT/2009 propõe um Macrozoneamento a partir das vocações intrísecas às diversas áreas. São delimitadas, nesse sentido, a Macrozona Urbana, a Macrozona Rural e a Macrozona de Proteção Integral (Figura 05 mostrada na seção 4.2). Do zonemaneto traçado a partir das macrozonas, as Zonas Urbanas de Uso Controlado I e II são áreas com destinação predominantemente habitacionais de muito baixa e de baixa e média densidades demográficas, respectivamente. As Zonas Urbanas de Uso Controlado I estão inseridas, em grande parte, nas Áreas de Proteção Ambiental do lago Paranoá, das bacias dos Gama e Cabeça de Veado. As Zonas Urbana de Uso Controlado II, por sua vez, refere-se a áreas de sensibilidade ambiental e de proteção de mananciais destinados ao abastecimento de água (Quadro 4.14). 129 Criado através da Lei Federal 9.985/2000. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 134 Quadro 4.14 – Zona Urbana de Uso Controlado – PDOT/2009 Zona Urbana de Uso Controlado – PDOT/2009 I II Lago Norte Varjão Lago Sul Agrovila de Vargem Bonita Núcleo urbano de Brazlândia Vila são José, em Brazlândia Núcleo urbano de São Sebastião Parte do núcleo urbano de Planaltina, composta por loteamentos irregulares Quadras 6 a 29 do Setor de Mansões Fercal Park Way – SMPW Setor Habitacional Taquari Áreas urbanas situadas no entorno do Parque Nacional de Brasília Setor de Mansões Dom Bosco Áreas urbanas situadas no entorno da Reserva biológica da Contagem (região do Colorado) Núcleo urbano do Paranoá Áreas urbanas em parte da Área de Proteção Ambiental da bacia do Rio São Bartolomeu Áreas urbanas em parte da Área de Relevante Interesse Ecológico JK Setor Habitacional Tororó Setor Habitacional Catetinho Áreas urbanas situadas no interior de Áreas de Proteção de Manancial. Fonte: GDF, PDOT/2009. A Macrozona de Proteção Integral destina-se a preservação da natureza com permissão apenas de uso indireto dos recursos naturais. É composta pelas seguintes Unidades de Conservação: Parque Nacional de Brasília, Estação Ecológica de Águas Emendadas, Estação Ecológica do Jardim Botânico de Brasília, Reserva Ecológica do IBGE, Reserva Ecológica do Gama, Reserva Ecológica do Guará, Reserva Biológica da Contagem, Reserva Biológica do Descoberto, Reserva Ecológica do lago Paranoá, Estação Ecológica da UnB – Áreas de Relevante Interesse Ecológico dos córregos Capetinga e Taquara. Há ainda as Áreas de Proteção Ambiental para proteção em função da captação de água destinada ao abastecimento público; e Áreas de Interesse Ambiental que ―correpondem a determinadas unidades de conservação de uso sustentável constituídas no Distrito Federal e aos equipamentos públicos do Jardim Botânico e do Jardim Zoológico relacionados à conservação, manejo e pesquisa da fauna e flora, cujas características justificam a indicação de diretrizes especiais quanto ao seu uso e ocupação‖130. As diversas formas instituídas no DF para proteção do patrimônio ambiental indicam oportunidades de aproveitamento em algumas modalidades específicas, como no caso da Floresta Nacional e as RPPN's, em âmbito federal, e os Parques Ecológicos de Usos Múltiplos, a nível distrital. Atividades relacionadas a 130 GDF, PDOT/2009. Ver quadro com as localidades que compõem cada um desses zoneamentos. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 135 esporte, educação ambiental, lazer, entretenimento, entre outras, podem ser implementadas nesses espaços. Contudo, a não fiscalização do cumprimento da legislação no que se refere a conservação dos recursos naturais existentes ameaça o equilíbrio ambiental, fundamental para o bem estar e qualidade de vida humana. Além disso, considera-se que a falta de segurança e de manutenção das áreas preservadas que permitem uso público representam uma séria ameaça à oferta de áreas de lazer e bem estar à população. Nesse contexto, vale considerar a importância da elaboração do EIA para efetivação do parcelamento das terras no Distrito Federal, assim como dedicar atenção quanto a expansão no sentido Nordeste, pois, altas densidades populacionais sem planejamento específico indicam ameaças ao equilíbrio do território. Esta atenção se faz necessária, tendo em vista que trata-se de uma área de nascentes e complexos hídricos importantes para o abastecimento de água da região, onde há espécies endêmicas da fauna e da flora do Planalto Central. 4.3.2 Patrimônio Cultural Conforme dispõe o art. 216 da Constituição Federal de 1988, constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira. A legislação de proteção do Patrimônio Cultural classifica os bens culturais como de natureza material ou imaterial. Ambos possuem formas distintas de proteção, que podem ser implementadas pelo Poder Público em nível municipal, estadual e federal. Para os bens materiais, como igrejas, casas, obras de arte e acervo documental, por exemplo, utiliza-se o Tombamento, enquanto para os bens imateriais, como celebrações, danças, lugares e formas de expressão, utiliza-se o Registro.131 O Tombamento é um Ato Administrativo que consiste na declaração de seu valor cultural por meio de sua inscrição em um dos livros do Tombo existentes no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), ou órgão congênere a nível estadual e municipal. Os livros do Tombo mantidos pelo IPHAN são: Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico, no qual são inscritos patrimônios das categorias de arte arqueológica, etnográfica, ameríndia e popular, bem como os monumentos naturais, sítios e paisagens; 131 IPHAN, 2007. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 136 Livro do Tombo Histórico, no qual são inscritos os patrimônios de interesse histórico e as obras de arte históricas; Livro do Tombo das Belas Artes, para arte erudita, nacional ou estrangeira; Livro do Tombo das Artes Aplicadas, para as obras que se incluírem na categoria de artes aplicadas, nacionais ou estrangeiras. Importa ressaltar que sempre que um bem é tombado, sua vizinhança passa a ter limitações quanto ao direito de propriedade. O art. 18 do Decreto-lei Nº25/37 estabelece que na vizinhança da coisa tombada não se poderá fazer construção que impeça ou reduza sua visibilidade sem prévia autorização do órgão tombador, nem nela colocar anúncios ou cartazes, sob pena de ser mandado destruir a obra ou retirar o objeto. Além disso, o instituto do tombamento exige licença prévia do órgão competente para construir, modificar ou alterar o bem imóvel tombado, sob pena de aplicação de multa, demolição, restauro, embargo ou interdição da obra. Em 2000, foi criado o Programa Nacional do Patrimônio Imaterial que instituiu o Registro de Bens Culturais de Natureza Imaterial132 como parte integrante do patrimônio cultural brasileiro. Os livros do IPHAN para registro do patrimônio imaterial são: Livro de Registro de Saberes, para conhecimentos e modos de fazer enraizados no cotidiano das comunidades; Livro de Registro das Celebrações, para rituais e festas que marcam a vivência coletiva do trabalho, da religiosidade, do entretenimento e de outras práticas da vida social; Livro de Registro de Formas de Expressão, para manifestações literárias, musicais, plásticas, cênicas e lúdicas; Livro de Registro dos Lugares, onde são inscritos mercados, feiras, santuários, praças e demais espaços onde se concentram e reproduzem práticas culturais coletivas. O conjunto urbanístico de Brasília encontra-se legamente protegido em três instâncias: Governo Federal – Livro do Tombo Histórico, inscrição Nº 314/92 IBPC atual IPHAN; Governo do Distrito Federal – Decreto Nº 10.829 de 14 de outubro de 1987; UNESCO – Lista de Patrimônio Mundial – Inscrição Nº 445, em 07 de dezembro de 1987. Ao inscrever Brasília na lista do Patrimônio Mundial, a UNESCO baseou-se nos seguintes critérios de inclusão: 132 Por meio do Decreto Nº3. 551, de 4 de agosto de 2000. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 137 (i) Representar uma obra artística única, uma obra-prima do gênio criativo humano; (ii) Ser um exemplar marcante de um tipo de construção ou conjunto arquitetônico, que ilustre um estágio significativo da história da humanidade. Por ter seu conjunto urbanístico tombado, em Brasília, obras e reformas dos edifícios podem ser feitas, desde que respeitem as normas de gabarito previstas e os usos definidos nas leis que organizam o urbanismo da cidade. Atualmente, as ações consideradas prejudiciais ao tombamento do conjunto urbanístico de Brasília são: Alteração da destinação de edificações para outra não prevista nas normas do lote; Aumento da altura do edifício, acima do máximo permitido para o lote; Aumento da área do edifício (taxas de ocupação e construção); Ocupação de áreas verdes e áreas públicas por construções de caráter permanente; Instalação de anúncios publicitários, estações de rádio - base e equipamentos urbanos de pequeno e médio porte, sem licenciamento; Ausência de árvores de porte nas faixas verdes das Superquadras; Fechamento de pilotis dos prédios residênciais. Além do conjunto urbanístico de Brasília, o Distrito Federal possui diversos outros bens nas listas de Tombamento e nas listas de Registro do IPHAN. Como opção didática para melhor explorar as informações referentes ao Patrimônio Cultural, os bens serão apresentados por nível de tombamento (Mundial, federal e distrital). O único bem tombado a nível Mundial, como já mencionado, é o conjunto urbanístico do Plano Piloto de Brasília, também tombado em escala federal e distrital. Estão tombados na escala Federal, pelo IPHAN, e distrital, pelo Diretoria de Patrimônio Histórico e Artístico (DePHA): A Catedral Metropoliana de Brasília, inscrita no Livro de Belas Artes do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN) em âmbito federal, e no Livro do Tombo II – Edifícios e Monumentos Isolados – em âmbito distrital. Este bem cultural foi construído em homenagem a padroeira de Brasília e do Brasil, Nossa Senhora Aparecida, e representa um dos mais expressivos marcos da arquitetura moderna, criação do arquiteto Oscar Niemeyer. O Museu do Catetinho, inscrito no Livro Histórico do SPHAN em âmbito federal, e no Livro do Tombo II – Edifícios e Monumentos Isolados – em âmbito distrital. Também é um projeto de Oscar Niemeyer, foi a primeira residência do presidente Juscelindo Kubitschek em Brasília e é ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 138 todo construído em madeira, o que o faz ser conhecido também como ―Palácio das Tábuas‖. Tombados individualmente por meio do Decreto Federal n◦ 314 / Iphan, de 08 de outubro de 1992: O Congresso Nacional; O Palácio do Supremo Tribunal Federal; O Palácio do Planalto; A Praça dos Três Poderes; O Palácio da Justiça; A Esplanada dos Ministérios; O Palácio do Itamaraty; A Plataforma da Rodoviária. Tombados apenas em nível distrital, pelo DePHA, tem-se os seguintes bens: A Árvore do Buriti, tombada em maio de 1985. Inscrita no Livro do Tombo IV – Monumentos, Sítios, Paisagens Naturais e Arqueológicas, foi considerada a árvore símbolo da cidade à época de sua construção. A Casa da Fazenda Gama, está inscrita no Livro do Tombo III – Conjuntos Urbanos e Sítios Históricos. Tombada em março de 2006, é único exemplar da arquitetura vernácula existente na atual área do Distrito Federal, referente aos séculos XVIII e XIX, com traços do período colonial brasileiro. O Cine Brasília, projetado por Oscar Niemeyer para ser o cinema da Unidade de Vizinhança, representa um ponto vital de cultura integrada do Distrito Federal sendo a sede do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, existente desde de 1965. Está inscrito no Livro do Tombo III – Conjuntos Urbanos e Sítios Históricos. Hospital Juscelino Kubitschek de Oliveira – HJKO - está inscrito no Livro do Tombo III – Conjuntos Urbanos e Sítios Históricos. Tombado em novembro de 1985, abriga atualmente o Museu Vivo da Memória Candanga, projeto piloto de revitalização de núcleos históricos representativos da época da construção de Brasília. A Unidade de Vizinhança 107/307 e 108/308 sul, Livro do Tombo III – Conjuntos Urbanos e Sítios Históricos, representa um conceito para solucionar o problema residencial da cidade: as ―superquadras‖, onde na confluência de quatro delas, há a localização de equipamentos comuns com o objetivo de proporcionar, entre outras coisas, integração entre os moradores. A Vila Planalto, um conjunto urbano, inicialmente constituído de casas de madeira, está sob a ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 139 inscrição do Livro do Tombo III – Conjuntos Urbanos e Sítios Históricos. Sendo um antigo acampamento da época da construção de Brasília, é hoje formada por remanescentes de seis antigos acampamentos – Rabelo, Pacheco Fernandes, DFL, Tamboril, Emulpress, EBE e antigos remanescentes do Acampamento Nacional – e apresenta o núcleo urbano mais íntegro e característico desses remanescentes, cujo valor histórico no processo de ocupação do Distrito Fedeal foi reconhecido com o tombamento em 1988. O Centro de Ensino Metropolitana, juntamente, com a igreja, o campo de futebol e a praça Nossa Senhora Aparecida no Núcleo Bandeirantes, constituem os últimos remanescentes do acampamento pioneiro da Vila Metropolitana, e está inscrita no Livro do Tombo II – Edifícios e Monumentos Isolados. A Ermida Dom Bosco está localizada em sítio ambiental às margens do Lago Paranoá, trata-se de uma capela construída em homenagem a São João Dom Bosco, cuja imagem que está no interior do templo foi esculpida pelos irmãos Arreghini, de Pietra Santa, Itália. Inscrita no Livro do Tombo II – Edifícios e Monumentos Isolados. A escola classe 308 sul, a primeira desse modelo a ser instalada em Brasília, e a escola parque 308 sul, estão inseridas no Projeto de Educação Pública para Brasília, idealizado por Anísio Teixeira. Inscrita no Livro do Tombo II – Edifícios e Monumentos Isolados. A Igreja Nossa Senhora de Fátima – a Igrejinha – de autoria de Oscar Niemeyer e revestida pelos famosos azulejos azuis desenhados por Athos Bulcão, está sob inscrição do Livro do Tombo II – Edifícios e Monumentos Isolados. A Igreja São Geraldo, localizada na Vila Paranoá, em meio a um antigo acampamento que, após a inauguração de Brasília, passou a ser considerada uma ―invasão‖. A fixação da Vila Paranoá resultou na transformação do antigo acampamento em um Parque Ecológico, onde a igreja reivindicada pela comunidade passa a ser tombada e regitrada no Livro do Tombo II – Edifícios e Monumentos Isolados.. A Igreja São José Operário, construída em madeira, assim como a Igreja São Geraldo, está localizada na Candangolândia, antigo acampamento e posteriormente uma vila. Foi construída também a partir da mobilização da população e foi reconstruída em 1998, mantendo-se seus apsectos arquitetônicos originais, logo após o seu tombamento. Inscrita no Livro do Tombo II – Edifícios e Monumentos Isolados. A Igreja São Sebastião, inicialmente construída em adobe e palha, testemunhou acontecimentos social e cultural tradicionais e importantes, como as festividades do Divino Espírito Santo, novenas tradicionais, pagamento de promessas, casamentos e batizados, fatos que revelam uma face de evolução de Planaltina. Tombada pelo GDF (Livro do Tombo II – Edifícios e Monumentos Isolados) em 1982, foi restaurada em 1984. O Memorial Juscelino Kubitschek está localizado no espaço onde foi celebrada a primeira missa de Brasília, no ponto mais alto do eixo monumental; inscrito no Livro do Tombo II – Edifícios e ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 140 Monumentos Isolados. Museu da Cidade foi construído em 1958 para abrigar documentos referentes à história da transferência de Brasília. O registro do seu tombamento foi feito no Livro do Tombo II – Edifícios e Monumentos Isolados. o Museu Histórico e Artístico de Planaltina é abrigado em uma casa construída no século XX e foi desapropriada em na década de 1970 com vistas a preservar as tradições e características culturais de Planaltina, por meio da criação do museu. Seu tombamento está inscrito no Livro do Tombo II – Edifícios e Monumentos Isolados. A pedra fudamental é um bem tombado no Livro do Tombo II – Edifícios e Monumentos Isolados, e está assentado no ponto mais elevado do Morro do Centenário (Mestre D‘Armas – Planaltina); O Relógio de Taguatinga (Livro do Tombo II – Edifícios e Monumentos Isolados) representa um marco de referência da cidade de Taguatinga, em função da sua localização e sua configuração arquitetônica. Os bens imateriais registrados são todos de âmbito distrital. São eles: A Associação Recreativa Cultural Unidos do Cruzeiro (ARUC), representantes de uma das mais autênticas manifestações da cultura, o samba de raíz, é uma escola de samba que fortalece a identidade e reconhecimento cultural do cruzerenses. Está inscrita no Livro II – Das Celebrações. O Bumba Meu Boi do Seu Teodoro (Livro II – Das Celebrações) trrata de um folgueto popular brasileiro de origem maranhense e adotado por Brasília. Clube do Choro de Brasília está registrado no Livro III – Formas de Expressão, é um local tradicional da cidade, promotora do do choro, gênero musical brasileiro. Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, existente desde 1965, foi registrado no Livro II – Das Celebrações. Ideário Pedagógico de Anísio Teixeira foi registrado no Livro I – Dos Saberes – devido a importância do projeto educacional implantado por meio do Plano de Construções Escolares de Brasília. Via Sacra de Planaltina – DF – é uma manifestação religiosa e cultural popular tradicional e está registrada no Livro II – Das Celebrações. O registro dos bens imateriais do Distrito Federal representam os principais e tradicionais grupos, eventos e ideias constituidas na capital federal ao longo de sua história. Quanto ao título concedido à Brasília como Patrimônio Cultural da Humanidade, está em debate o Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico (PPCUB). Segundo a Secretaria de Desenvolvimento ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 141 Urbano e Meio Ambiente (Seduma), trata-se de uma lei que deverá orientar a população e o poder público com regras de uso e ocupação e ações para resguardar os princípios fundamentais do plano urbanístico de Brasília133. Trata-se de um dos instrumentos de planejamento e gestão dos núcleos urbanos integrantes do conjunto preservado, que compreende as regiões administrativas do Plano Piloto, da Candangolândia, do Cruzeiro e do Sudoeste/Áreas Octogonais, e está previsto na Lei Orgânica do Distrito Federal, no Plano Diretor de Ordenamento Territorial do Distrito Federal – PDOT (Lei Complementar n° 803/2009) e na Portaria n° 299/2004 do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que estabelece a obrigatoriedade de elaboração de plano de preservação de todo sítio histórico134. Assim, na perspectiva dos investimentos privados, o tombamento do Conjunto Urbanístico de Brasília pode representar uma ameaça, tendo em vista as restrições impostas pelo processo de salvaguarda do Patrimônio, que limitam determinados usos e alterações urbanísticas. Por outro lado, sob o ponto de vista do valor cultural, da memória e da identidade da população com seu patrimônio, o tombamento permite oportunidades que podem ser exploradas por meio do turismo, da educação patrimonial e do desenvolvimento de atividades criativas e inovadoras vinculadas ao setor cultural de Brasília. A ameaça ao tombamento, surge à medida que não há investimento em educação patrimonial, uma vez que a população passa a não compreender o significado do conjunto urbanístico e não se identificar com sua própria cidade, promovendo sua descaracterização.135 Os bens imateriais registrados traduzem oportunidades de ampliação de parcerias entre o terceiro setor, o setor público e o privado na medida em que possibilitam investimentos em torno do aproveitamento cultural dos bens registrados, dinamizando o mercado cultural do Distrito Federal a partir de ações conjuntas de valorização de novos grupos e eventos. 133 Reportagem do Correio Braziliense – Brasília 50 Anos: Modernismo dinâmico. De 21 de abril de 2010. 134 Matéria da Agência de Comunicação do Governo do Distrito Federal do GDF. Em 16 de abril de 2010. 135 Essa descaracterização pode ocorrer a partir de ações já praticadas como o gradeamento de pilotis, o avanço de estruturas de estabelecimentos comerciais em área pública nas entre-quadras comerciais, entre outras. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 142 4.4 Lei Geral da Micro e Pequena Empresa e Lei do Empreendedor Individual A Lei Geral das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte foi um marco para os empreendedores desse porte que tiveram diversos assuntos de seu interesse, finalmente regulados. Além de se tratar da regulação das atividades desse segmento produtivo atribuindo um tratamento diferenciado para as micro e pequenas empresas, essa lei possibilita a oferta de benefícios previdenciários, trabalhistas e creditícios, dando oportunidade aos micro e pequenos empresários de desenvolver atividades nos diversos setores empresariais. No Brasil são 6 milhões de micro e pequenas empresas. Desse quantitativo, 87 mil estão localizadas no Distrito Federal136. Dessa forma, pessoas inicialmente sem condições de investimento podem vislumbrar maior facilidade para a constituição e o funcionamento do seu empreendimento, além do seu fortalecimento competitivo. Dentre os aspectos que favorecem as micro e pequenas empresas estão o regime unificado de apuração, o recolhimento dos impostos e contribuições da União (Imposto Simples), além de facilitações tributárias, a dispensa do cumprimento de certas obrigações trabalhistas e previdenciárias, e benefícios para a aquisição de inovações tecnológicas. Em consonância com a Lei das Micro e Pequenas Empresas, a Lei do Empreendedor Individual reforça o benefício à pessoa física que trabalha por conta própria, de forma individual, dedicadas às atividades de comércio, indústria ou serviços e cuja receita anual não ultrapasse 36 mil reais. Dessa forma, os estratos mais simples e que muitas vezes são mantidos à margem da legalidade passam a ser incluídos, como é o caso de mecânicos, feirantes, eletricistas, cozinheiros, pipoqueiros, costureiras, ambulantes e outros profissionais autônomos cuja profissão não esteja regulada. A partir da Lei do Empreendedor Individual, esses trabalhadores passam agora a ter vantagens como um empreendedor formal, podendo emitir nota fiscal, fazendo jus à aposentadoria, salário maternidade, auxílio doença entre outras vantagens, já que têm acesso ao Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), podendo, ainda, acessar linhas de crédito especial voltadas ao empreendedor individual. No que se refere a formalização das pequenas empresas, segundo reportagem de Antônio Rocha137 para o Correio Braziliense138, o Distrito Federal desenvolveu ações pioneiras sendo ―a primeira Unidade da Federação a implantar um limite de faturamento correspondente ao dobro fixado pela lei federal para o enquandramento de micro e pequenas empresas‖. Há, ainda, segundo a lei distrital, a redução no pagamento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) de 1% para 0,3% do valor do imóvel. 136 Reportagem do Correio Braziliense: A Lei Geral das MPEs do Distrito Federal. De 02 de junho de 2010. 137 Empresário e Presidente da federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra) e do Conselho Deliberativo do Serviço Brasileiro de Apoio a Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE-DF) 138 Reportagem do Correio Braziliense: A Lei Geral das MPEs do Distrito Federal. De 02 de junho de 2010. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 143 Assim, com a desburocratização dos processo de registro e baixa de empresas, a desoneração e simplificação tributária e estímulos ao desenvolvimento sustentável os impactos são apresentado de forma positiva no Distrito Federal e no Brasil, comprovando a importância das micro e pequenas empresas, que são as que mais geram empregos formais, bem como dos trabalhadores autônomos que ao se inserir nesse processo impactam diretamente na redução da informalidade nesse segmento. De acordo com reportagem veiculada no espaço virtual da Federação das Entidades e Microempresas e Empresas de Pequeno Porte do Estado do Espírito Santos139, no Brasil em 2009 foram 1.186.284 empregos formais gerados por microempresas, com destaque para os setores de serviço, comércio e construção civil, ficando atrás apenas das atividades desenvolvidas junto ao Poder Público. No Distrito Federal, para viabilizar a formalização desse segmento e ampliação dos postos de trabalho o Governo do Distrito Federal criou em 2009 um comitê gestor para discutir alternativas que viabilizem esse processo como prevê a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa. Essa iniciativa foi tomada com o intuito de reduzir a informalidade que, de acordo com Adelmir Santana (presidente do Conselho Deliberativo Nacional do SEBRAE e presidente do Sistema Fecomércio/DF), configura no Distrito Federal cerca de 150 mil informais140, o que faz com que seja reforçada a importância da Lei do Empreendedor Individual. Segundo Evaristo de Oliveira (vice-presidente dos Diários Associados), o impacto desse processo é positivo como um todo, já que ―a partir da formalização da sua atividade, é legítimo pensar que o empreendedor vai prosperar. E na medida em que vai prosperando, vê a necessidade de contratar um funcionário. E aí está o crescimento da economia e do emprego. São todos fatores positivos, além de dar dignidade a essa pessoa, o que talvez seja o mais importante‖141. Em 2009, o SEBRAE-DF e o GDF firmaram convênio para uma atuação conjunta de treinamento da instituição e do governo com vistas a atender os empreendedores individuais nesse processo de regularização de suas atividades. A Lei Geral da Micro e Pequena e Empresa e a Lei do Empreendedor individual estão produzindo impactos positivos no Distrito Federal, assim como nas demais Unidades da Federação. Assim, não se identificam ameaças vinculadas a essas leis, tendo em vista que estas são propostas para fazer um enfrentamento direto às altas taxas de informalidade, bem como a alta dependência dos setores econômicos aos recursos advindos da máquina administrativa federal, que é responsável pela maior parte do PIB do Distrito Federal. A desburocratização para a regularização das micro e pequenas empresas, bem como a oferta de benefícios previdenciários, trabalhistas e creditícios se configura como importante oportunidade, uma vez que facilita e incentiva investimentos do setor privado em micro e pequenas empresas ampliando a oferta de emprego e renda no Distrito Federal. 139 Matéria de Dilma Tavares, em 25 de janeiro de 2010. 140 Matéria de Dilma Tavares para o Portal do Empreendedor, do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, em 25/08/2009. 141 Matéria de Dilma Tavares para o Portal do Empreendedor, do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, em 25/08/2009. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 144 Nesse sentido, em relação a Lei Geral das MPE‘s, a capital federal sai à frente de outros estados fornecendo vantagens distritais ainda maiores do que as previstas pela Lei federal, atuando frente ao potencial de investimentos em micro e pequenas empresas pela população. Consciente ou não, observa-se que a ação tomada pelo GDF contribui para minimizar uma das ameaças apontada no capítulo 3 que trata os riscos advindos da grande concentração do PIB do DF em atividades vinculadas ao setor público. Já a Lei do Empreendedor Individual é fundamentalmente caracterizada como uma oportunidade de redução da informalidade, permitindo a empreendedores autônomos emitir nota fiscal, receber aposentadoria, salário maternidade e até acesso a linhas de crédito especialmente criadas para esse tipo de empreendedor. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 145 5. Aspectos Infraestruturais Este capítulo contempla a descrição e análise dos aspectos da infraestrutura relacionados ao macroambiente do Distrito Federal, tais como saúde pública e privada, energia, comunicação, saneamento básico, segurança pública, transportes urbanos e acessos. 5.1 Infraestrutura Geral Em planejamento urbano o termo infraestrutura geral circunscreve-se à dotação de equipamentos relacionados ao uso do solo para fins coletivos ou institucionais, podendo ser públicos ou privados. A implantação da infraestrutura geral associa-se diretamente às condições básicas que viabilizam, associadas a outros elementos, o desenvolvimento social, repercutindo na qualidade de vida da cidade e da população nela residente. Repercute, ainda, no desenvolvimento econômico ao dotar estrutura para a produção e oferta de bens e serviços e na qualidade da visitação que será feita pelo turista. 5.1.1 Saúde Pública e Privada A análise dos dados do sistema de saúde pública do Distrito Federal permite visualizar que nem todas as regiões administrativas possuem equipamentos de saúde pública. O sistema de saúde é subsidiado por recursos da União e atende não apenas a população do Distrito Federal, mas também grande parte da população do Entorno goiano, mineiro, dentre outras unidades da federação, como Tocantins e Bahia, em suas regiões mais próximas ao Centro-Oeste brasileiro. O sistema público de saúde apesar de toda a sua infraestrutura física e de pessoal apresenta sobrecarga no atendimento de seus usuários, pois atende público estimado de cerca de 5,5 milhões de habitantes, valor bem acima da população atual do Distrito Federal. Algumas regionais de saúde como a do Gama e Sobradinho são mais fortemente impactadas pela demanda que vem de outros estados. As regionais de saúde do Plano Piloto (Asa Sul e Norte) são as que apresentam a maior quantidade de equipamentos e profissionais de saúde e, também recebem parte significativa da demanda de usuários. Os maiores hospitais do Distrito Federal encontram-se no Plano Piloto, respectivamente Hospital de Base, Hospital Regional da Asa Norte (HRAN) e Hospital Regional da Asa Sul (HRAS). Além destes há também o Hospital Universitário de Brasília (HUB) sob administração federal da Universidade de Brasília. A Secretaria de Saúde do Distrito Federal estruturou o sistema de saúde pública através de 06 regiões, respectivamente142: 142 Informações da Secretária de Saúde do GDF. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 146 1) Região Centro-Sul: Regional de Saúde da Asa Sul, atende as regiões administrativas do Plano Piloto (Asa Sul), Riacho Fundo I e II, Lago Sul, Guará, Núcleo Bandeirante e Candangolândia. É a regional com maior quantidade de equipamentos de saúde. O principal hospital é o Hospital de Base, além dele há também o Hospital Regional da Asa Sul HRAS, o Hospital Regional do Guará HGGu, 01 diretoria de saúde do trabalhador (pericias médicas), 01 centro de testagem e aconselhamento, 01 instituto de saúde mental, 12 centros de saúde, 06 núcleos de inspeção da saúde, 04 postos de saúde urbano, 02 postos de saúde rurais, 04 postos de saúde da família, 01 centro de atenção psicossocial, 01 laboratório. 2) Região Centro-Norte: Regional de Saúde da Asa Norte, atende as regiões administrativas do Plano Piloto (Asa Norte), Cruzeiro, Lago Norte e Varjão. Nessa regional o principal hospital público é o Hospital Regional da Asa Norte HRAN, além dele existem 08 centros de saúde, 03 núcleos de inspeção de saúde, 01 centro de orientação médico psicopedagogica, 01 hospital de apoio, 01 laboratório central e 01 hemocentro. 3) Região Sul: Regional de Saúde do Gama, atende as regiões administrativas do Gama e Santa Maria. Nessa regional o principal hospital público é o Hospital Regional do Gama HRG, além dele existem 09 centros de saúde, 01 policlinica, 03 postos de saúde urbanos, 03 postos de saúde rurais, 02 núcleos de inspeção de saúde, 03 postos de saúde da família. 4) Região Sudoeste: Regional de Saúde de Taguatinga, atende as regiões administrativas de Taguatinga, Samambaia e Recanto das Emas. Nessa regional os principais hospitais são o Hospital Regional de Taguatinga HRT, Hospital São Vicente de Paula HSVP e o Hospital Regional de Samambaia HRSa, além deles existem 14 centros de saúde, 03 postos de saúde urbano, 01 central radiológica, 01 unidade mista, 01 centro de atenção psicossocial, 04 núcleos de inspeção de saúde, 06 postos de saúde da família. 5) Região Oeste: Regional de Saúde de Ceilândia, atende as regiões administrativas de Ceilândia e Brazlândia. Nessa regional os principais hospitais são o Hospital Regional de Ceilândia HRC e o Hospital Regional de Brazlândia HRB, além deles existem 14 centros de saúde, 03 postos de saúde urbanos, 03 postos de saúde rurais, 01 laboratório, 02 núcleos de inspeção da saúde e 03 postos de saúde da família. 6) Região Norte: Regional de Saúde de Sobradinho, atende as regiões administrativas de Sobradinho e Planaltina. Nessa regional os principais hospitais são o Hospital Regional de Sobradinho HRS e o Hospital Regional de Planaltina HRP, além deles existem 08 centros de saúde, 01 centro de atenção psicossocial, 01 posto de saúde urbano, 11 postos de saúde rurais, 07 postos de saúde da família e 02 núcleos de inspeção de saúde. 7) Região Leste: Regional de Saúde do Paranoá, atende as regiões administrativas do Paranoá, Itapoã e São Sebastião. O principal hospital público é o Hospital Regional do Paranoá HRPa, além dele existem 03 centros de saúde, 03 postos de saúde urbanos, 05 postos de saúde rurais, 08 postos de saúde da família, 01 centro de inspeção psicossocial, 01 unidade mista e 02 núcleos de inspeção de saúde. Existem no Distrito Federal 14 hospitais públicos administrados pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal. Verifica-se que grande parte das regiões administrativas não possuem hospitais públicos. A relação desses hospitais e a sua localização é descrita abaixo: ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 147 Hospital de Base (Plano Piloto) 2) Hospital Materno Infantil de Brasília (Plano Piloto) 3) Hospital Regional da Asa Norte (Plano Piloto) 4) Hospital Regional de Brazlândia 5) Hospital Regional de Ceilândia 6) Hospital Regional do Gama 7) Hospital Regional do Guará 8) Hospital Regional de Planaltina 9) Hospital Regional de Taguatinga 10) Hospital Regional de Sobradinho 11) Hospital Regional de Samambaia 12) Hospital de Pronto Atendimento Psiquiátrico (Taguatinga) 13) Hospital de Apoio (Plano Piloto) 14) Hospital Regional de Santa Maria 1) Além destes encontram-se hospitais administrados por outras instituições públicas em um total de 08 unidades. A relação dos hospitais, sua localização e a instituição responsável é relacionada abaixo: Hospitais sob administração do Ministério da Defesa: 1) 2) 3) 4) 5) Hospital Geral de Brasília (Plano Piloto) Hospital das Forças Armadas (Cruzeiro) Hospital da Força Aérea de Brasília (Plano Piloto) Hospital do Exército (Plano Piloto) Hospital da Marinha (Plano Piloto) Hospital sob administração da Universidade de Brasília: 6) Hospital Universitário de Brasília (Plano Piloto) Hospital público (União) sob administração da Associação das Pioneiras Sociais: Hospital Sarah Kubistchek (Plano Piloto) 8) Hospital Sarah Kubistchek (Lago Norte) 7) O sistema público de saúde oferece também o Serviço de Atendimento Móvel de Emergência do Distrito Federal (SAMU). Esse serviço atende em média quatro mil ligações telefônicas diárias, com uma remoção diária média de 74 pacientes. A assistência prestada é de apoio pré-hospitalar, o que não impede que haja resolução dos problemas dos usuários sem precisar removê-los para unidades hospitalares. Caso haja necessidade de transferência para hospitais, a equipe pode levar o paciente para hospitais privados, se o usuário tiver convênio com esse tipo de serviço, mas, em geral há a remoção para os hospitais públicos administrados pela Secretaria de Saúde, pois, todos possuem setores de ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 148 emergência e pronto atendimento. Casos específicos são avaliados, como a situação de queimados, especialidade do HRAN. O SAMU conta com 37 viaturas com equipe composta por médico, enfermeiro, condutor e equipamentos semelhantes ao de uma Unidade de Terapia Intensiva UTI, nove motocicletas (chamadas de motolância) e uma aeronave (helicoptero) mantida em convênio com a Polícia Rodoviária Federal. As unidades do SAMU prestam suporte ao serviço de emergência em todo o território do Distrito Federal e alguns municípios do Entorno. Suas viaturas ficam em pontos estratégicos e sua localização atende à divisão das regionais de saúde. São sete núcleos de apoio pré-hospitalar sediados nas regiões administrativas de Sobradinho, Gama, Taguatinga, Samambaia, Ceilândia, Asa Norte e Asa Sul. No que tange a saúde privada no Distrito Federal, o Conselho Regional de Medicina informou que desde a criação desta entidade em Brasília, na década de 1960, já registrou cerca de 17.800 profissionais, e destacou que cerca de 9.600 são atuantes143. A Associação dos Médicos de Hospitais Privados do Distrito Federal em relatório do ano de 2008 não informa a quantidade de médicos associados a esse sindicato144, mas é contabilizado, entre associados e não associados, 2.968 médicos em diversas especialidades145. Outras informações relacionadas aos equipamentos de saúde privados do Distrito Federal indicam 17 hospitais privados no Plano Piloto, 01 em Brazlândia, 02 no Lago Sul, 02 em Taguatinga. Em relação as clínicas médicas foram identificados 01 de audiometria, 57 clínicas de cardiologia, 05 de chek-up, 10 de cirurgia plástica, 05 clínicas cirúrgica, 03 de densiometria óssea, 43 de dermatologia, 03 de emagrecimento, 188 clínicas de estética, 120 clínicas de reabilitação, 07 clínicas geriátricas, 14 clínicas ginecológicas, 02 de hemodiálise, 257 clínicas médicas, 28 clínicas dentárias, 96 clínicas de olhos, 06 clínicas de oncologia, 21 clínicas ortopédicas, 01 clínica de otorrinolaringologia, 01 clínica para dependentes químicos, 21 clínicas pediátricas, 04 clínicas de podologia, 126 clínicas psciológicas, 08 clínicas psiquiátricas, 01 clínica de quimioterapia, 41 clínicas de radiologia, 16 clínicas de reabilitação, 20 clínicas de trânsito, 01 clínica de tratamento da dor, 36 clínicas de ultra-sonografia e ecografia, 02 clínicas urológicas e 07 spas perfazendo um total de 22 hospitais privados e 1.135 clínicas em geral146. A relação dos hospitais privados e a sua localização é descrita a seguir: 1) 2) 3) 4) 5) 6) Hospital Alvorada (Plano Piloto) Hospital Anchieta (Plano Piloto) Hospital Anchieta (Taguatinga) Hospital Brasília (Plano Piloto) Hospital Daher (Lago Sul) Hospital das Clínicas de Brasília (Plano Piloto) 143 As informações do Conselho Regional de Medicina não possibilitam verificar a quantidade de profissionais falecidos, de aposentados, de transferidos para outras cidades entre outras informações sobre a atualização de sua base de dados. 144 O Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal não disponibiliza por questões de sigilo o número de inscritos nesse conselho profissional. 145 Anexo 19. De acordo com os dados da lista telefônica do Distrito Federal 2009-2010/ LISTEL. 146 ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 149 Hospital das Clínicas de Brazlândia 8) Hospital da Unimed (Taguatinga) 9) Hospital Dia (Plano Piloto) 10) Hospital do Coração do Brasil (Plano Piloto) 11) Hospital Presidente Juscelino Kubistchek (Plano Piloto) 12) Hospital Lago Sul 13) Hospital Maria Auxiliadora (Plano Piloto) 14) Hospital Oftalmológico de Brasília (Plano Piloto) 15) Hospital Pronto Norte (Plano Piloto) 16) Hospital Renascer (Plano Piloto) 17) Hospital Santa Helena (Plano Piloto) 18) Hospital Santa Lúcia (Plano Piloto) 19) Hospital Santa Luzia (Plano Piloto) 20) Hospital São Braz (Plano Piloto) 21) Hospital São Francisco (Plano Piloto) 22) Hospital São Lucas (Plano Piloto) 7) Foram identificados também 53 clínicas veterinárias e 03 hospitais veterinários. Os dados sobre odontologos e veterinários não foram disponibilizados por questões de sigilo, pelos respectivos conselhos profissionais. Assim como o sistema de saúde público, os equipamentos e profissionais do sistema de saúde privado localizam-se em sua maioria na região administrativa do Plano Piloto, seguidos por outras regiões administrativas em menor proporção: Taguantiga, Lago Sul, Guará, Ceilândia, Brazlândia e Sobradinho. Algumas regiões administrativas de menor poder aquisitivo contam com número reduzido de profissionais liberais da área de saúde, como Itapoã e Recanto das Emas, denotando a predominância do sistema público no atendimento aos usuários da saúde nessas regiões. O Distrito Federal tem em seu território um total de 44 hospitais, estando 22 sob adminitração pública e 22 sob adminitração privada. Essa rede de unidades hospitalares oferece 4.157 leitos. Os hospitais privados nos últimos anos tem priorizado a modernização de seus equipamentos e serviços, em destaque a chamada hotelaria hospitalar que visa oferecer ao paciente e seus acompanhantes serviços de excelência no que se refere a internação e ao período de convalescência dentro da unidade hospitalar. Hospitais como Santa Lúcia, Santa Luzia, Daher, Anchieta entre outros tem investido nessa tendência do setor da saúde. O Distrito Federal destaca-se como 6ª unidade da federação em quantidade de profissionais de cirurgia plástica no país. No Distrito Federal, encontram-se 103 médicos associados a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, aproximadamente 1 para cada 20 mil habitantes. Em relação a cobertura de planos de saúde, o Distrito Federal possui escritórios e representações das principais empresas privadas do setor no Brasil, respectivamente: Unimed, Golden Cross, Bradesco, Sul ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 150 América, Amil, Medial, Santa Lúcia e BB Saúde. Além destas encontram-se convênios e planos de saúde relacionados a entidades públicas, como: FUSEX e GEAP. A sobrecarga sofrida pela rede de saúde pública do Distrito Federal indica oportunidades tanto para o setor público quanto para o setor privado no que tange a ampliação desse serviço em RAs que não possuam essa infraestrutura. No caso de manutenção ou aumento da sobrecarga e, ao mesmo tempo, a não ampliação da oferta do serviço para atender a população que o busca, evidencia-se uma ameaça que pode resultar na baixa qualidade do serviço prestado, e mesmo do não atendimento necessário. A rede de saúde privada apresenta quantidade de equipamentos significativa. Contudo, a concentração em poucas localidades diante da demanda existente por serviços médicos indica oportunidade de investimento e incentivo à descentralização. 5.1.2 Energia O fornecimento de energia de forma adequada é considerado um dos itens básicos da infraestrutura de cidades. Deficiências como a carência, apagões ou quedas recorrentes no fornecimento podem estabelecer dificuldades para a qualidade de vida da população e desenvolvimento econômico. A concessão para distribuição de energia elétrica da Companhia Energética de Brasília (CEB DISTRIBUIÇÃO SA) abrange todo o Distrito Federal, com uma área de 5.782,78 km2, dividida em 30 regiões administrativas, ao longo das quais estão instaladas as linhas, subestações e redes da empresa. O suprimento de energia ao Distrito Federal é realizado principalmente a partir das instalações de FURNAS CENTRAIS ELÉTRICAS, pelas subestações: Samambaia - 500/345/138 kV, Brasília Sul - 345/138 kV e Brasília Geral - 230/34,5 kV, com capacidades de 450 MVA, 900 MVA e 180 MVA, respectivamente. As subestações de Samambaia e Brasília Sul atendem também cargas da Centrais Elétricas de Goiás (CELG) de municípios limítrofes ao sul do Distrito Federal, como Santo Antônio do Descoberto, Novo Gama, Luziânia, Alexânia, entre outros. Além das subestações de FURNAS, o suprimento de energia ao Distrito Federal é realizado também pela Usina Hidrelétrica do Paranoá e pela Usina Hidrelétrica Corumbá IV, e ainda eventualmente pela Usina Térmica (SIA), as quais estão diretamente conectadas ao sistema de distribuição da CEB. A CEB possui atualmente 29 subestações de distribuição, sendo 10 atendidas em 138 kV, 3 atendidas em 69 kV e 16 em 34,5 kV. Para interligação das subestações, entre si e ao sistema supridor, dispõe-se de linhas de subtransmissão nas tensões de 138, 69 e 34,5 kV. De acordo com os dados da Pesquisa Nacional de Amostragem de Domícilios (PNAD) do IBGE do ano de 2009, das 746 mil unidades domiciliares (legais) existentes no Distrito Federal o percentual de unidades atendidas pelo sistema de fornecimento de energia elétrica e iluminação pública chega ao ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 151 índice de 100%. Esse indicador não contempla os chamados domicílios subnormais ou anormais que não constam do cadastro de domicílios legalizados pelo poder público. A CEB criou uma força-tarefa que vai se dedicar prioritariamente ao desafio de concluir nove grandes projetos para melhoria do sistema de distribuição de energia do Distrito Federal até abril de 2011. O conjunto de obras emergenciais foi selecionado com base no Plano de Desenvolvimento da Distribuição (PDD) e prevê o investimento de R$ 132 milhões, estabelecida para promover as mudanças necessárias e atender o crescimento da demanda no Distrito Federal em um curto prazo. No projeto é prioridade a atualização do sistema por meio de nove grandes obras, sendo três de subestações, três de linhas de subtransmissão e três na rede de distribuição147. Além destes investimentos outros investimentos estimados em mais de R$ 100 milhões e uma série de ações previstas no planejamento anual, a CEB Distribuição destaca a substituição do sistema elétrico de distribuição de energia como uma das principais melhorias para o Distrito Federal. O novo sistema formado por grandes anéis de distribuição de energia começa a substituir o sistema radial, usado atualmente. Com a mudança, todo o sistema elétrico de Brasília será interligado por diferentes linhas de subtransmissão. Assim, caso haja interrupção no fornecimento de energia em um determinado local, será possível garantir o abastecimento das áreas próximas por meio de outras linhas, além de possibilitar o diagnóstico de falhas e a busca soluções com mais rapidez e eficiência. Os primeiros investimentos do novo sistema tiveram início em 2009 e dois importantes anéis estão sendo concluídos. O primeiro está em funcionamento e interliga a usina de Corumbá IV à Santa Maria, Gama e Monjolo até a subestação de Samambaia, de Furnas. O outro trecho que distribui energia de Corumbá III à subestação de Mangueiral, Brasília-Centro à Brasília-Norte, está em fase de testes. A previsão é de que todo o sistema esteja em pleno funcionamento até 2015148. Em relação aos apagões e quedas de energia, o Distrito Federal apresenta problemas pontuais relacionados principalmente a fenômenos climáticos, como no período chuvoso onde é comum a incidência de descargas elétricas que afetam a rede. O prolongado período de seca (maio a setembro) apresenta baixos índices de umidade relativa do ar, ressecando a fiação entre outros componentes do sistema de distribuição de energia, ao final desse período são comuns as quedas de energia e apagões decorrentes do desgaste natural desses. O crescimento urbano aliado a expansão do consumo de energia elétrica exige investimentos das empresa para atender a crescente demanda. Regiões administrativas com elevados índices de consumo, como: Plano Piloto, Sudoeste, Águas Claras, Ceilândia, Taguatinga, Sobradinho, Gama, Planaltina e Samambaia sofrem com apagões, principalmente nos períodos de maior consumo (entre 07 e 10 horas e 18 e 22 horas). A CEB tem feito investimentos no sistema de distribuição para sanar esse problema e oferece aos consumidores a alternativa de ressarcimento de danos a equipamentos eletroeletrônicos danificados por quedas de energia. 147 Informações da CEB. Disponível em http://www.ceb.com.br/Ceb/Ceb/area.cfm?id_area=52&nivel=2 148 Informações da CEB. Disponível em http://www.ceb.com.br/Ceb/Aplicacoes/index.cfm?fuseaction=Noticia.MostrarDetalheNoticia&IdNoticia=1232 ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 152 Tais investimentos representam oportunidades quanto a melhoria dos serviços, mas, principalmente, para confiabilidade no serviço de abastecimento elétrico por parte dos empreendedores que desenvolvem atividades altamente dependentes desse serviço, como frigoríficos, sorveterias, entre outras. Proporciona ainda ao setor privado, relacionado às diversas engenharias, por exemplo, oportunidade de participação nos projetos que devem ser implementados a curto prazo, até 2011, e a médio prazo, até 2015. A não manutenção constante, no entanto, representa ameaças, pois a recorrência de apagões pode prejudicar a população de um modo geral, mas também diversos tipos de empreendimentos. 5.1.3 Comunicação O setor de comunicação engloba diversos ramos de atividade (rádio, emissoras de televisão, telefonia, internet). A existência de empresas e infraestrutura de comunicação (torres, repetidoras, transmissoras, comunicação via satélite) se constitui em elemento relevante para o desenvolvimento de dada localidade. No Distrito Federal existem 56 transmissoras e retransmissoras de rádio, 31 transmissoras e retransmissoras de televisão, 42 empresas de serviços de televisão a cabo, 07 operadoras de telefonia fixa e celulares, 297 empresas de telecomunicações (telefonia, internet). No que diz respeito à internet foram identificadas 18 empresas de consultoria em telecomunicações, 181 empresas de cursos de informática, 58 empresas para projetos e instalações de redes de informática, 60 empresas de redes de informática, 78 empresas de acessos, consultas e navegação, 38 empresas de construção de sites, 03 empresas de hospedagem de sites e registro de domínio, 04 empresas de infraestrutura para redes de informática, 22 provedores de acesso a internet, 01 empresa de marketing e publicidade on-line, 02 empresas de segurança da informação, 07 empresas de jogos na rede e 362 agências de propaganda e publicidade eletrônica.149 No que tange ao processo de universalização da telefonia fixa no Distrito Federal, de acordo com relatório oficial da Agência Nacional de Telefonia (ANATEL)150, são 887.538 telefones instalados, 650.068 telefones em serviço, 18.527 telefones públicos (orelhões), indicando uma ―teledensidade‖ de 34,71 telefones/100 habitantes151. Segundo a ANATEL, são 22 localidades atendidas152, havendo, ainda, telefones adaptados para deficientes motores (662) e para deficientes auditivos (27). 149 Os dados obtidos foram fornecidos pela Telelista em fevereiro de 2010. 150 ANATEL. Superintendência de Universalização. 2008/2009. 151 Os dados expostos no relatório citado são de dezembro de 2008, referentes apenas às concessionárias STFC. 152 Lista das localidades atendidas, segundo relatório oficial da ANATEL no Anexo 20. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 153 A telefonia móvel, segundo informações da ANATEL153, em abril de 2010, os acessos no Distrito Federal a planos pré-pagos e pós-pagos eram de 3.410.506 e 794.928, respectivamente, totalizando um acesso de 4.205.434 usuários, o que corresponde a 2,33% do mercado nacional. Outro equipamento importante instalado no Distrito Federal são os telecentros. Estres oferecem serviços relacionados à informática básica para a população de baixa renda e prestam serviços para apoio ao desenvolvimento dos empresários. O Programa DF Digital / Telecentros (Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia) oferece mais de 70 cursos, entre eles o de gestão de micro e pequenas empresas. São 26 unidades – Brazlândia, Recanto das Emas, PAPUDA, São Sebastião, Santa Maria, Samambaia, Paranoá, Raicho Fundo I, Candangolândia, Ceilândia Norte, Ceilândia Centro, Núcleo Bandeirante, Taguatinga, Guará I, Guará II, Vargem Bonita, Planaltina, Incra 8, Gama, Sobradinho, Vila Planalto, Cruzeiro, Areal Águas Claras, Jardim Botânico e Buritinga154. A TV por assinatura, comumente conhecida como TV a Cabo, tem no Distrito Federal 215.920 assinantes155, de acordo com dados da ANATEL. As tecnologias disponibilizadas pelas prestadoras de serviço são a TVC (133.770 assinantes), DTH (77.757 assinantes) e MMDS (4.393). Destaca-se, ainda, a construção na região administrativa de Sobradinho, da torre do sistema de televisão digital que passa, a partir deste ano (2010), a disponibilizar esse serviço a toda a população do Distrito Federal e Entorno. O projeto da Torre de TV Digital de Brasília é de autoria do arquiteto Oscar Niemeyer, sendo chamada de ―Flor do Cerrado‖. Além de abrigar os equipamentos das emissoras de televisão para transmissão digital, a torre, localizada próxima ao Balão do Colorado, abrigará um restaurante, um espaço para exposição e um mirante. São 180 metros de altura em um dos pontos mais altos do Distrito Federal – 120 metros de concreto e os outros 60 metros de estrutura metálica. A torre está orçada em R$ 64 milhões. Irá ampliar a área coberta pelos serviços de transmissão e retransmissão de emissoras de rádio, televisão, telefonia fixa e celular e internet. A atual Torre de TV localizada no Eixo Monumental, no limite de sua infraestrutura, vai ceder espaço à construção dessa nova torre digital para ampliação dos serviços. A localização em um dos pontos mais elevados do Distrito Federal (cerca de 1.200 metros de altitude) possibilitará o aumento da área sob cobertura dos serviços de comunicação do Distrito Federal. Dessa forma, observa-se que ampliação de acesso aos telecentros indica oportunidades para o pequeno e médio empreendedor na medida em que estes equipamentos tem como um dos seus objetivos apoiá-los em suas atividade no que se refere ao acesso e conhecimento de informática. 153 http://sistemas.anatel.gov.br/SMP/Administracao/Consulta/ParticipacaoMercado/Tela.asp?acao=c&intMes=04&intAno=2010 154 Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia (2009) ANATEL. Dados de fechamento-referência: abril/2010. 155 ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 154 Com a TV digital as oportunidades de investimento e geração de emprego e renda são iminentes, além de acesso a novas tecnologias e incentivo de formação para esta área em expansão constante. 5.1.4 Saneamento Básico O setor de saneamento básico engloba diversos ramos de atividade (captação, tratamento e fornecimento de água, captação, tratamento e emissão de esgoto, coleta, tratamento e destinação do lixo doméstico, industrial e hospitalar). A existência de empresas especializadas, públicas ou privadas, e de infraestrutura (redes de água e esgoto, aterros e usinas de tratamento de lixo) é imprescindível para o desenvolvimento do DF. A existência de empresas e infraestrutura de saneamento básico gera efeitos positivos no DF a partir do momento em que se consegue estabelecer padrões sustentáveis de qualidade socioambiental, usufruídos pela população local e visitantes. A ausência de empresas e infraestrutura, por outro lado, gera transtornos, problemas ambientais e de saúde pública, além da insatisfação a empreendedores, população local e visitantes. Segundo dados da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal, os serviços de captação, tratamento e fornecimento de água potável encontra-se sob concessão de empresa pública, a Companhia de Saneamento Ambiental de Brasília (CAESB). A CAESB atua nas 30 regiões administrativas do Distrito Federal, operando 5 sistemas de água com capacidade de produção de 9.148 l/s de água, e 17 sistemas de esgotos, que coletam 3,3 m³/s de esgoto e tratam 100% do esgoto coletado. Para isso, a CAESB dispõe de 28 mananciais; 109 poços em operação; 127 reservatórios, sendo 34 apoiados, 8 elevados, 84 taças e um de equalização; 10 Estações de Tratamento de Água convencionais e 56 Unidades de Tratamento Simplificado ou de Cloração de Poços; 13 Estações Elevatórias de Água Bruta, 16 de água tratada e 10 para reservatórios elevados; 17 Estações de Tratamento de Esgotos, 38 Estações Elevatórias de Esgotos, 14 Escritórios Regionais, 7 Postos de Serviço e o Parque de Serviço no Setor de Indústria e Abastecimento – SIA. O índice de atendimento à população com sistema de abastecimento de água é de 99% e o de atendimento com coleta de esgotos sanitários é de 93%; o índice atual de tratamento dos esgotos coletados é de 100%. Esses são índices significativamente elevados para a realidade brasileira. Para atender a 99% da população com abastecimento de água, a CAESB dispõe de 5 sistemas produtores, 10 Estações de Tratamento de Água, 56 Unidades de Tratamento Simplificado ou de Cloração de Poços, 6.469 km de redes de distribuição/adutora, 434.060 ligações e 719.621 economias ativas. No tocante ao esgotamento sanitário, o atendimento a 93% da população com sistema de coleta e 100% de tratamento dos esgotos coletados é feito através de 4.736 km de redes coletoras, 346.239 ligações prediais, 624.535 economias, 17 estações de tratamento e 38 estações de bombeamento. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 155 As 17 Estações de Tratamento de Esgoto (ETE) estão localizadas: Asa Sul, Asa Norte, Brazlândia, Torto, Sobradinho, Planaltina, Vale do Amanhecer, Samambaia, Santa Maria, Alagado, São Sebastião, Recanto das Emas, Riacho Fundo, Paranoá, Gama, Vila Aeronaútica e Melchior. A CAESB dispõe também de moderno laboratório de análise de água que controla a qualidade da água distribuída em todo o Distrito Federal. Com a finalidade de elevar a eficiência da prestação dos serviços a nível operacional, desenvolve amplo programa de redução de perdas de água, bem como de eliminação de ligações clandestinas. Quanto os serviços relacionados a limpeza pública, coleta, tratamento e deposição de lixo urbano, esses são de responsabilidade do Serviço de Limpeza Urbana do Distrito Federal (SLU DF). O SLU foi uma das primeiras instituições ambientalistas criada no Distrito Federal, pelo Decreto Nº 76, de 03 de agosto de 1961, com a denominação Serviço de Limpeza Pública (SLP). Naquela época, Brasília apresentava sérios problemas com o lixo, que não era devidamente tratado, exigindo-se soluções adequadas. Em meados de 1963, inaugurou-se a Usina de Tratamento de Lixo com duas linhas de produção, àquela época mantida pela NOVACAP. Posteriormente a Lei Nº 660, de 27 de janeiro de 1994 transformou o Serviço Autônomo de Limpeza Urbana (SLU) em entidade autárquica vinculada à Secretaria de Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia e a Lei Nº 706, de 13 de maio de 1964 deu ao SLU a denominação de Serviço de Limpeza Urbana do Distrito Federal. A instituição na década de 2000 recebeu o nome de Serviço de Ajardinamento e Limpeza Urbana de Brasília (SALUB)156, no mesmo ano surgiu novo Decreto157 dando nova denominação, Serviço de Ajardinamento e Limpeza Urbana do Distrito Federal (BELACAP). Em 2005 foi editado pelo governo da época outro Decreto158 alterando a denominação BELACAP, onde exclui-se o Ajardinamento e inclui-se a atividade de Conservação de Monumentos Públicos, mantendo a Limpeza Urbana, tendo em vista alguns questionamentos anteriores pelo fato da atividade de Ajardinamento ser um trabalho executado pela NOVACAP. Em 2006, foi editado Decreto159, no qual resgatou a antiga denominação, SLU (Serviço de limpeza Urbana) subordinado a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente do Distrito Federal. A preocupação com a preservação do meio ambiente e a destinação dos resíduos sólidos no DF é recorrente. Em 1972, foi realizado estudos técnicos e econômicos sobre o saneamento básico de superfície, que posteriormente nortearam a elaboração do I Plano Diretor de Limpeza Urbana do DF. Posteriormente, em 1976, devido ao crescimento da população e a produção ―per capita‖ de lixo, foi divulgado estudo preliminar denominado ―Destinação Final de Resíduos Sólidos no DF‖. A geração de lixo no Distrito Federal tem se ampliado a cada ano em função do crescimento demográfico. A seguir serão apresentados dados sobre a coleta de lixo em Brasília no ano de 2008 (Tabela 5.46): Decreto Nº 21.170 de 5 de maio de 2000. Decreto Nº 21.694 de 9 de novembro de 2000 158 Decreto Nº 26.118, de 16 de agosto de 2005 159 Decreto Lei Nº 27.591 de 2006. 156 157 ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 156 Tabela 5.46 – Dados técnicos sobre o Sistema de Limpeza Urbana do Distrito Federal Dados técnicos sobre o Sistema de Limpeza Urbana do Distrito Federal (2008) 2007 2008 Variação Resíduos Domiciliar Coletados 643.947 699.151 +0,9 t/mês 53.662 58.263 +0,9 Resíduos Sólidos dos Serviços de saúde 6.180 6.029 -0,2 t/mês t/mês 515 502 -0,3 Resíduos de remoção 824.962 1.406.961 +71 t/mês 68.747 117.247 +71 Coleta Seletiva t/mês 1.000 1.121 +12 Total Coletado (t) 1.475.089 2.112.141 +43 Kg/habitante/ano 616 850 +38 Kg/dia/habitante 1,68 2,77 +65 Fonte: http://www.slu.df.gov.br/ A análise dos dados indica o crescimento da produção de lixo e resíduos entre 2007 e 2008 no que se refere aos resíduos domiciliares, remoção, coleta seletiva e total coletado. O crescimento demográfico e o aumento do consumo identificados em outros tópicos da análise macroambiental justificam, em certa medida, esse crescimento para os próximos anos, havendo a manutenção dessas tendências. Dados recentes divulgados pelo Jornal Correio Braziliense (edição de 08/02/2010) indicam que o brasiliense é o que mais produz lixo em todo o país. Cada morador da capital produziu, em 2008, uma média de 2,4kg de lixo por dia. Por ano, são 876kg por pessoa. O DF também lidera o ranking de produtores de resíduos sólidos em relação a outros estados. Dados do Diagnóstico de Manejo de Resíduos Sólidos Urbanos do Sistema Nacional de Informações sobre o Saneamento (SNIS), do Ministério das Cidades, calculam para o DF 1,96kg produzidos, diariamente, por habitante. Em seguida aparece a Paraíba, com 1,56kg.160 Além da grande quantidade de produção de resíduos por habitante, a reportagem indica que o sistema de coleta seletiva ainda não é eficaz. Apenas 8% do lixo produzido no Distrito Federal é coletado através desse sistema. O restante é depositado nos aterros sanitários. O Serviço de Limpeza Urbana do Distrito Federal (SLU), gestor dos resíduos no Distrito Federal, apresenta cobertura de 100% do território, dado comparável ao divulgado pelo IBGE no censo de 2000, que é de 96,1%. No Distrito Federal, o lixo coletado é transportado diretamente para o destino final (aterramento) ou para tratamento (incineração e compostagem). O tratamento de parte do lixo coletado é realizado por 5 usinas, a seguir descritas: 160 Matéria do Correio Braziliense: Coleta Seletiva não decolou. De 08 de fevereiro de 2010. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 157 Usina da Asa Sul (UTL): situada próxima ao Lago Paranoá, utiliza tecnologia dinamarquesa. Opera desde 1963, possui capacidade nominal de tratar 250 toneladas dia de resíduos. Atende à Asa Sul, ao Lago Sul, Asa Norte e Lago Norte. Usina Central de Tratamento de Lixo (UCTL): situada na Ceilândia utiliza tecnologia francesa. Opera desde 1987, possui capacidade nominal de tratar 600 toneladas dia de resíduos. Atende às áreas de Ceilândia, Taguatinga e Samambaia. Usina de Compostagem e Reciclagem de Brazlândia (UDBraz): situada em Brazlândia. Opera desde 1991, possui capacidade nominal de 20 toneladas dia de resíduos. Atende à Brazlândia. Unidade Central de Coleta Seletiva (UCCS): situada na Asa Sul e criada em 1996 atende à Asa Sul e Asa Norte. Foi construída para receber resíduos ―secos‖ da coleta seletiva e para que nela se fizesse a triagem dos materiais recicláveis. A UCCS recebe atualmente lixo comum, em função da desativação dos serviços de coleta seletiva. Usina de Incineração de Lixo Especial (UILE): situada na Ceilândia, opera desde 1986, junto à UCTL, possuindo capacidade nominal de incinerar 30 toneladas dia de resíduos. O lixo doméstico e comercial recebido nas usinas (UTL, UCTL, UDBraz) passa inicialmente por etapa de separação de recicláveis. Em seguinda, o lixo orgânico é enviado para a seção de compostagem onde é produzido o composto orgânico. Na UILE os ―lixos especiais‖ dentre eles o hospitalar é incinerado. A capacidade nominal de processamento das 5 usinas atinge cerca de 1.000 toneladas por dia. O que não é processado e já passou pelo processo de triagem é levado ao Aterro do Jóquei Clube, uma área de 196 hectares que está em operação há mais de 30 anos e recebe cerca de 2.800 toneladas dia de lixo. O serviço de coleta e tratamento do lixo no Distrito Federal é terceirizado, ficando a maior parte do serviço sob responsabilidade da empresa argentina Qualix Serviços Ambientais Ltda. A empresa possui filiais em diversos países, como: Chile, Colômbia, Paraguai, Peru e China. No Brasil diversas cidades capitais tem seus serviços de coleta e tratamento de lixo sob contrato de terceirização com esta empresa (Teresina, Recife, Feira de Santana, Cuiabá, Varzea Grande, entre outras). Outras empresas terceirizadas como a Engetécnica, Serquip, Caenge S/A, Nely Transportes, Delta Construções e Valor Ambiental também tem contratos com o GDF. As empresas terceirizadas desenvolvem serviços de varrição manual e mecanizada de vias e logradouros públicos, manutenção da drenagem pluvial (desentupimento de bueiros), limpeza e manutenção de áreas verdes e parques, lavagem de feiras e vias públicas, pintura e sinalização de vias, limpeza e conservação de monumentos e equipamentos públicos, coleta de resíduos sólidos urbanos, coleta seletiva de materiais recicláveis, coleta de entulho, coleta de resíduos de podação de árvores e gramados, coleta e incineração de lixo hospitalar, implantação de operação de estações de transbordo de lixo, gestão de aterros sanitários, entre outros. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 158 Destaca-se na relação de serviços prestados a varrição manual e mecanizada de vias e logradouros públicos, bem como monumentos e equipamentos públicos após a realização de grandes eventos ao ar livre. A maior parte do lixo coletado no Distrito Federal tem como destino final o aterro do Jóquei Clube, mais conhecido como ―Lixão da Estrutural‖, que se encontra com sua capacidade praticamente esgotada. Algumas análises indicam a necessidade de sua desativação e a contenção de seus efluentes. Há projeto para construção de novo aterro sanitário em função da saturação da capacidade de carga. Entretanto, de fato, ainda não existem ações concretas para a criação de novo aterro sanitário no Distrito Federal, cuja proposta do GDF é de que seja instalado em uma área de 83,7 hectares, na margem norte da rodovia DF-180, na RA de Samambaia, próximo à ETE Melchior. Essa proposição contempla a técnica de compactação do lixo (para reduzir o volume) através da cobertura de terra diária, porém, o GDF ainda não produziu o EIA-RIMA (Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto ao Meio Ambiente), necessário para o licenciamento ambiental e viabilização dessa proposta. Após as licenças prévias, de instalação e operação, esse ―novo‖ aterro irá substituir o Lixão da Estrutural que será desativado. Esse processo requer a elaboração do plano de manejo e da ―calagem‖ (impermeabilização do terreno, evitando contaminação do lençol freático ou vazamento de resíduos). Dessa forma, encontra-se em elaboração o Plano Diretor de Resíduos Sólidos do Distrito Federal, no qual uma das principais resoluções é criar novas áreas para deposição de lixo que não puder ser reciclado e indicar estratégias e ações que permitam uma gestão socioeconômica compartilhada dos resíduos, visando à inclusão social dos catadores de lixo e à preservação do meio ambiente. O alto índice de abastecimento de água e o tratamento de esgoto indica oportunidade para a cidade e a população, no sentido de atração de empreendimentos que possam dinamizar a economia e o mercado de trabalho. A deposição inadequada do lixo indica uma ameaça à saúde pública, mas, também a possibilidade de interesse de investidores dos mais diversos setores. O grande volume de produção de lixo, embora com a coleta seletiva deficitária, pode ser transformada em uma oportunidade para fortalecer e regulamentar catadores de lixo que trabalham com material reciclável, garantindo seus direitos trabalhistas, oferecendo suporte técnico e de infraestrutura e, assim, incentivando a incorporação desses trabalhadores no mercado formal de trabalho. A manutenção prolongada de um lixão a céu aberto representa uma ameaça a qualidade de vida da população e as condições de qualidade ambiental, tendo em vista que as áreas de lixão são potencialmente danosas devido a deposição de resíduos perigosos, de gases inflamáveis e do chorume (altamente tóxico). ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 159 5.1.5 Segurança Pública As organizações relacionadas ao setor de segurança pública são a Polícia Civil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Empresas de Segurança Privada e Guarda Municipal, bem como seus efetivos e infraestrutura. A Polícia Civil do Distrito Federal tem 5,2 mil policiais em 31 delegacias distribuídas pelas 30 regiões administrativas.161 Além dessas existem 17 delegacias especializadas nos mais diversos tipos de crime (ordem tributária, furto a veículos repressão ao tráfico de drogas, mulher, criança e do adolescente, entre outras). A Polícia Militar do Distrito Federal possui efetivo de 14,7 mil policiais distribuídos em 14 batalhões, 13 companhias independentes, 01 centro de tecnologia da informação, 01 centro de inteligência, 01 centro de assistência social, 01 centro de suprimento e manutenção, 01 batalhão de operações especiais, 01 companhia militar ambiental, 01 grupamento de policiamento turístico e 01 centro de capacitação física. A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) desenvolve a filosofia de policiamento comunitário, em que a corporação tem participação contínua e efetiva nos Conselhos Comunitários, com vias a busca por soluções conjunta às questões de segurança pública. Além de integrar os Conselhos Comunitários de Segurança, a PMDF desenvolve, à luz da filosofia de ―Polícia Comunitária‖, várias Ações Sociais e tem participação direta na implantação e no trabalho a ser desenvolvido nos Postos Comunitários de Segurança (PCS). Os PCS são bases de policiamente implantados nas comunidades, equipados com câmeras de segurança fixadas numa torre de observação instalada ao lado dos postos. Em cada PCS há em média 16 policiais militares, fixos e em viaturas. O foco de atuação é coibir o crescimento da violência, o tráfico de drogas e atividades ilícitas nas áreas próximas a instalação dos postos. De acordo com dados disponibilizados pela Polícita Militar do Distrito Federal162, até agosto de 2009 foram instalados 102 PCS em todo o Distrito Federal163. Com intuito de atuar de forma sistêmica no policiamento preventivo educativo, a PMDF, desde abril de 2007, desenvolve ações para despertar a consciência cidadã e a valorização da vida, por meio do Centro de Polícia Comunitária e Ações Sociais (CPCAS). O Centro funciona, seguindo a filosofia de resolver os problemas antes de surgirem, de forma preventiva, atuando nas questões de segurança que afligem a sociedade. Atualmente o CPCAS desenvolve três programas: Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (PROERD), Grupo de Teatro Rodovia e Programa de Educação Ambiental Lobo Guará. Além 161 162 Rede de Delegacias da Polícia Civil – Anexo 21. Fonte: http://www.pmdf.df.gov.br 163 Brazlândia: 1; Riacho Fundo I: 2; Riacho Fundo II: 4; Recanto das Emas: 6; Gama: 6; Plano Piloto: 10; Ceilândia: 12; Taguatinga: 6; Águas Claras: 3; São Sebastião: 3; Candangolândia: 1; Paranoá: 2; Planaltina: 7; Sudoeste: 2; Cruzeiro: 2; Vicente Pires: 2; Sobradinho I: 2; Sobradinho II: 3; SIA: 1; SCIA: 1; Santa Maria: 6; Samambaia: 7; Guará: 4; Itapoã: 2; Jardim Botânico: 1; Lago Norte: 2; Lago Sul: 2; Núcleo Bandeirante: 1; Octogonal: 1; Park Way: 1. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 160 desses, o Programa de Educação e Cidadania, Equoterapia para portadores de deficiência física e mental e apoio ao grupo de escoteiros de Sobradinho. Em relação ao Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, existe um efetivo de 6,6 mil bombeiros distribuídos em 04 batalhões de incêndio, 03 batalhões de busca e salvamento, 21 companhias regionais de incêndio, 01 companhia de guarda e segurança espalhados pelas 30 regiões administrativas do Distrito Federal. Os dados do Anúario Estatístico da Codeplan (2008)164 indicam o aumento do número de ocorrências para o o Corpo de Bombeiros do Distrito na seguinte proporção: 2003 – 1.671 2004 – 1.677 2005 – 1.786 As principais ocorrências do ano de 2005 relacionam-se a: (1) prevenção a incêndio (46.944), (2) vazamento de gás (19.499), (3) incêndio florestal (12.941), (4) buscas (4.948), (5) serviços prestados em geral (3.853), (6) emergência médica (2.754) e (7) incêndios (2.754). Destaca-se a ocorrência de grande número de incêndios florestais e de atividades de prevenção de incêndios no período de maio a outubro, durante a estação seca que afeta todo o Distrito Federal e Centro-Oeste brasileiro. A Defesa Civil tem como norte de atuação um conjunto de ações preventivas, de socorro, assistenciais e reconstrutivas com o intuito de evitar ou minimizar os desatres.165 Encontra-se sob coordenação da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, porém, não foram disponibilizados dados e informações específicas sobre as ações e estruturação da defesa civil. Em dezembro de 2009, foi realizado por essa instituição um mapeamento de 30 áreas de risco no Distrito Federal. Em algumas áreas são indicados riscos relacionados a erosão, como em Vicente Pires, Riacho Fundo I, Ceilândia, Sobradinho I, Sobradinho II, Varjão, Estrutural; os riscos de doenças causadas por contaminação da água e por lixo estão mais presentes no Núcleo Bandeirantes, na Estrutural, Sobradinho II, Recanto das Emas, Planaltina. Observa-se, então, que os principais desastres naturais com ocorrência registrada no Distrito Federal são: Vendavais ou tempestades (em todo o território do Distrito Federal); Chuvas de granizo (em todo o território do Distrito Federal); Enxurradas e alagamentos (em pontos isolados do Distrito Federal); 164 Não foram disponibilizados dados para o período posterior a 2006, devendo ser ressaltado que os dados são gerais não indicando em qual região administrativa a ocorrência foi registrada. 165 Subsecretaria do Sistema de Defesa Civil do Distrito Federal (SUSDEC). ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 161 Incêndios florestais causados por longos períodos de estiagem (em todo o território do Distrito Federal); Quedas bruscas do nível de umidade relativa do ar (todo o território do Distrito Federal); Movimentos de massa (escoregamentos, deslizamentos de terra e enconstas): ocorrem principalmente em áreas onde encontram-se bordas de chapadas ou fundos de vale. Principais ocorrências no Distrito Federal: Varjão, Sobradinho, São Sebastião, Vicente Pires, Planaltina, Paranoá. Processos erosivos (todo o território do Distrito Federal); Pragas animais e processos epidemiológicos (doenças que atingem o homem através de animais: ratos, animais peçonhentos, animais selvagens, animais domésticos, insetos, etc). Atingem principalmente a zona rural do Distrito Federal, mas cabe destacar a dengue que afeta fortemente as áreas urbanas. No ano de 2010 foram registrados grande número de casos nas seguintes regiões administrativas: Plano Piloto, Lago Sul, Lago Norte, Paranoá, São Sebastião, Planaltina, Ceilândia e Sobradinho. No que se refere a segurança privada o Sindicato das Empresas de Segurança Privada, Sistemas de Segurança Eletrônica, Cursos de Formação e Transporte de Valores do Distrito Federal (SINDESP DF), indica apenas a existência de 32 empresas do setor166. O aparato institucional referente a segurança pública, no entanto, precisa estar articulado com outras políticas públicas importantes, a exemplo da educação, para ampliar resultados positivos no combate à criminalidade e na prevenção aos diversos tipos de violência existentes. Ao analisar a correlação entre o fenômeno da violência urbana em toda a sua diversidade e a distribuição espacial da criminalidade/ violência, o estudo ―Territórios de Risco no Distrito Federal‖167, aponta, a partir de dados do IBGE, para a distribuição geral de crimes (homicídios) nas regiões administrativas do Distrito Federal e municípios do Entorno. Nessa distribuição observa-se que, entre 2000 e 2005, de um modo geral a violência diminuiu, temdência seguida em maior escala nas regiões administrativas de Ceilândia, Sobradinho e Taguatinga. No entanto, nas regiões administrativas com concentração de população de menor poder aquisitivo a violência aumentou, a exemplo de Paranoá, Recanto das Emas, Samambaia, São Sebastião e Santa Maria. Nos municípios do Entorno as maiores taxas de violência são encontradas nos municípios de Novo Gama, Luziânia, Águas Lindas de Goías e Planaltina de Goías. Além, do indicativo do crescimento da 166 Não existe no Distrito Federal a modalidade de Guarda Municipal. As empresas Privadas de Segurança Pública estão listadas no Anexo 22. 167 Estudo realizado pela profª Drª Nelba Azevedo Penna (GEA-UnB), profª Emérita da UnB Ignez Costa Barbosa Ferreira (UnB), e a profª Drª Ana Maria Nogales Vasconcelos (Estatística-UnB), membros do Núcleo de Estudos Urbanos e Regionais (NEUR-UnB); com finaciamento da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF). ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 162 violência em algumas regiãos administrativas de médio e alto poder aquisitivo, como: Lago Norte e Guará. Apesar desse contexto, Brasília consta na lista das cidades mais violentas do país em 409º colocação entre um total de 556 municípios que representam 10% do total dos municípios brasileiros com maiores índices de violência. Os primeiros lugares desse rancking estão apontadas na pesquisa ―Mapa da Violência dos Municípios Brasileiros 2008″, elaborada por Julio Jacobo Weiselfisz, da Rede de Informação Tecnológica Latino Americana (RITLA) (homicídios por cem mil habitantes): 1) Coronel Sapucaia (MS) – 107,2 2) Colniza (MT) – 106,4 3) Itanhangá (MT) – 105,7 4) Serra (ES) – 102,4 5) Foz do Iguaçu (PR) – 98,7 6) Tailândia (PA) – 96,2 7) Guaíra (PR) – 94,7 8) Juruena (MT) – 91,3 9) Recife (PE) – 90,5 10) Tunas do Paraná (PR) – 90,1 O índice de homicidios (crimes com morte) apresentado na pesquisa se coaduna aos resultados da pesquisa do NEUR-UnB apresentando os seguintes números de homicídios para o Distrito Federal.168 2002 – 744 2003 – 856 2004 – 815 2005 – 745 2006 – 769 A média da taxa de homicídios apresentada na pesquisa é de 33,3 crimes para cada grupo de cem mil habitantes. Esse índice contrasta com o do município com maior índice de homicídios do Brasil, Coronel Sapucaia no Mato Grosso do Sul com 107,2 crimes para cada grupo de cem mil habitantes. Quanto a violência no trânsito, Brasília é o 4º município com maior índice de mortes no trânsito no país atrás apenas de São Paulo, Belo Horizonte e Fortaleza. O índice é de 25,4 mortes para cada grupo de cem mil habitantes. Em relação ao número de homicídios com armas de fogo, Brasília ocupa a 9ª posição no país com 21,6 crimes para cada grupo de cem mil habitantes. Porém, o crescimento demográfico vivenciado nas últimas décadas e o acirramento do quadro de desigualdade socioeconômico já demonstrado em outras partes deste trabalho permite visualizar uma tendência de expansão do número de crimes. A Secretaria de Segurança Pública desenvolve ações 168 Weiselfisz, 2008. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 163 direcionadas ao combate da violência em suas diversas manifestações. Essas políticas tem mantido os indicadores sob relativo controle, apesar do quantitativo crescente apontado pela Codeplan (2008). 2003 – 257.953 2004 – 241.844 2005 – 288.960 2006 – 341.151 2007 - 358.168 São considerados crimes nessa base de dados: latrocínio, tentativa de latrocínio, homícidio, tentativa de homícidio, lesão corporal, estupro, tentativa de estupro, extorsão mediante sequestro, roubo com restrição da liberdade, suícidio, tentativa de suícidio, atentado violento ao pudor, estelionato, tráfico de drogas, uso e porte de droga, porte de arma, disparo de arma, roubo em residência, roubo de veículo, roubo a banco, roubo em comércio, roubo coletivo, roubo a posto de gasolina, roubo a caminhão de bebida, roubo qualificado com extorsão, roubos diversos, furto a residência, furto em comércio, furtos diversos, outros ocorrências e crimes. Os principais tipos de crimes com a maior quantidade de ocorrências praticados no Distrito Federal (dados de 2007) são: lesão corporal com 13.176 ocorrências; estelionato 10.815 ocorrências; uso e porte de droga 2.715 ocorrências; roubo a veículo 1.596 ocorrências; roubo a residência 1.784 ocorrências; roubos diversos com 22.237 ocorrências; furto a residência com 9.534 veículos; furto de veículo 8.141 ocorrências; furtos diversos com 53.818; outras ocorrências com 157.381 e, outros crimes com 49.777 ocorrências. Correlacionando o estudo do Núcleo de Estudos Urbanos (NEUR-UnB) com os dados da Codeplan mantêm-se a concentração da violência nas seguintes regiões administrativas: Plano Piloto com 51.489 ocorrências, Taguatinga com 41.230 ocorrências, Ceilândia com 29.632 ocorrências, Guará com 14.791 ocorrências, Planaltina com 14.709 ocorrências, Gama 14.437 ocorrências e Santa Maria com 9.024 ocorrências. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 164 As regiões administrativas com menor número de ocorrências de criminalidade são: Candangolândia (1.950), Lago Norte (4.058) e Cruzeiro (4.476). Observa-se, portanto, que a violência no Distrito Federal é territorializada, havendo regiões administrativas com menores índices de violência, enquanto outras se configuram em territórios de maior insegurança e vulnerabilidade. Essa vulnerabilidade social está relacionada, segundo o estudo do NEUR-UnB, a: Reduzidas possibilidades de atividades econômicas na maior parte das RA‘s periféricas e municípios do Entorno, com predomínio de população de baixo poder aquisitivo; O desemprego, a falta de oportunidades de trabalho e geração de renda; Precariedade da infraestrutura urbana; Ausência e ou dificuldades de acesso aos equipamentos urbanos; As grandes distâncias em relação aos locais de emprego; Precariedade da habitação e situação fundiária indefinida. Quanto a segurança pública em grandes eventos, vê-se que os órgãos de segurança pública estão sempre presentes. Porém, tendo em vista que trata-se da capital da República onde ocorre passeatas, protestos e grandes festas comemorativas é importante que o aparato militar (profissionais e equipamentos) esteja capacitado para tais situações. As características relacionadas aos fatores de vulnerabilidade social indicam uma ameaça tendo em vista que a estrutura de oportunidades do local não propicia o amplo desenvolvimento humano nem as potencialidades de seus moradores. As localidades mais pobres e violentas configuram os territórios de risco, nos quais a estrutura de risco do lugar está ligada ao processo de formação do território, à estrutura de oportunidades dos lugares periferizados e à ação local de segregação da população pobre e das atividades de baixo rendimento que pode ser revertido gerando oportunidades de investimento não só em segurança pública, mas em educação, cultura e lazer, entre outros, áreas de atuação que devem estar articuladas e tem ampla demanda de equipamentos. O projeto Polícia Cidadã indica oportunidade na medida em que a proximidade entre a instituição policial e a comunidade pode, como espera a proposta do projeto, auxiliar na diminuição dos mais diversos tipos de violência. Caso haja manutenção ou crescimento dos dados de violência apresentados, em geral, o indicativo de que uma ameaça se configure pode prejudicar a viabilidade de descentralização de investimentos e empreendimentos nos mais diversos setores. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 165 Contudo, apesar do quadro apresentado observa-se uma oportunidade de incentivo e pressão para que o Poder Público defina políticas públicas claras, objetivas e integradas para reversão dessa realidade. 5.1.6 Transportes Urbanos O sistema de transporte coletivo público do Distrito Federal é gerido pela Empresa de Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTRANS). Trata-se de uma autarquia criada pela Lei N◦ 241, de 28 de Fevereiro de 1992, para fiscalizar especificamente a àrea de transporte, com o nome de Departamento Metropolitano de Trasnporte Urbano (DMTU) tendo a alteração de sua denominação para DFTRANS ocorrida com o Decreto 23.902 no dia 11 de Julho de 2003169. O trabalho da DFTRANS é garantir à população um transporte eficiente e seguro, fiscalizando a área de transporte, colocando em prática o direito de ir e vir do cidadão, com conforto e no menor tempo possível. O enfoque é o usuário e o objetivo é aumentar a oferta de transporte para que a população seja atendida satisfatoriamente, sempre tendo uma atenção particular com os idosos, portadores de deficiência ou de necessidades especiais. A DFTRANS também tem como atribuições o planejamento das linhas, a avaliação de desempenho, a caracterização da demanda e da oferta de serviços, a elaboração dos estudos dos custos de serviços e dos níveis tarifários, a gestão, o controle e a fiscalização dos serviços públicos de passageiros, além de: Informar o usuário sobre os serviços; Manter dados estatísticos sobre o sistema de transportes; Administrar a comercialização de vales-transporte; Buscar a melhoria de serviços, ganho de produtividade e minimizar os custos; Projetar e implantar, abrigos e pontos de parada; Estimar custos e tarifas; Aplicar sanções ou penalidades por infrações cometidas pelas empresas operadoras e demais permissionários, de acordo com o Código Disciplinar Unificado de Transporte Coletivo do Distrito Federal. Nesse contexto, a Secretaria de Transporte do Distrito Federal tem o dever de proporcionar mobilidade e acessibilidade aos cidadãos da capital federal com segurança, menor custo, menor tempo de percurso e impacto ambiental, por meio da gestão integrada dos sistemas viário, de trânsito e de transporte. Suas atribuições são de coordenar e gerenciar o sistema de transporte público que contempla os serviços de taxi, moto frete, terminais rodoviários e de integração, sinalização de transporte e serviços de gratuidade e tarifas diferenciadas. 169 É oportuno lembrar que no período de 11 de Julho de 2003 até 24 de Janeiro de 2004 a DFTRANS teve a sua competência delegada à Secretária de Transportes até a sua reestruturação ocorrida com o Regimento Interno 27.660 de 25 de Fevereiro de 2007. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 166 Os órgãos diretamente vinculados a essa secretaria são: o Departamento de Trânsito do Distrito Federal (DETRAN DF), Transporte Coletivos de Brasília (TCB) (empresa pública de transporte coletivo rodoviário), Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER DF), DFTRANS e METRÔ-DF. O item transportes urbanos no Distrito Federal é composto pelo transporte metroviário e sistema de transporte urbano, abordados nos subitens a seguir. 5.1.6.1 Transporte Metroviário O planejamento, estruturação e construção do transporte metroviário no Distrito Federal teve início na década de 1991. A operação do METRÔ-DF começou em 2001, com a inauguração do trecho que liga Samambaia a Taguatinga, Águas Claras, Guará e Plano Piloto; entretanto, até 2006 funcionou em caráter experimental no trecho que liga Taguatinga a Ceilândia Sul, em processo de treinamento dos funcionários, sendo liberado para operação comercial em 2007. Em 2008, com a inauguração de quatro estações na Ceilândia e uma no Plano Piloto, o METRÔ-DF entra efetivamente em funcionamneto com um total de 42,38 Km de linhas em funcionamento; frota de 20 trens; e intervalos regulares que variam de 4min35 a 21min., entre os trens. Ao todo transporta em média cerca de 160 mil passageiros dia170; interligando a Região Administrativa do Plano Piloto à de Ceilândia, Samambaia, Taguatinga, Águas Claras, Guará e Setor de Indústria e Abastecimento (Figura 13). 170 As tarifas (fevereiro 2009) praticadas pelo METRÔ-DF, conforme Decreto nº 30.013 de 29/01/2009, publicada no DODF nº 22, de 30/01/2009, com vigência a partir do dia 01/02/2009 são: de segunda a sexta-feira: usuários comuns = R$ 3,00, estudantes = R$ 1,00* (pagam 1/3 do valor da tarifa). Sábados, domingos e feriados: tarifa promocional = R$ 2,00. Aos finais de semana e feriados a tarifa cobrada é de R$2,00 para a compra de bilhetes magnéticos unitários, com pagamento em dinheiro. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 167 Figura 13 – Sistema Metroviário do Distrito Federal – malha atual, malha projetada e integração com outros modais de transporte (atual e projetos) Fonte: http://www.metro.df.gov.br/ O aumento do fluxo de passageiros de 50 mil passageiros dia (2006) para cerca de 160 mil passageiros dia (2010) colocou o sistema metroviário do Distrito Federal sob capacidade de carga máxima. A superlotação dos trens, principalmente nos horários de pico (entre 07 e 10 horas/ 16 e 20 horas), agravou-se com a quebra de composições, quedas de energia e falta de peças para reposição, manutenção e ou reparação dos trens. O crescimento do volume de passageiros no sistema metroviario de Brasília revelou a necessidade de expandir a frota atual de trens e a finalização da implantação de estações previstas no plano original – três no Plano Piloto, uma no Guará e uma em Taguatinga171. Além das estações, está prevista a compra de 12 novos trens, com quatro carros cada. Há, ainda, a previsão de complementação do traçado inicial da linha com a incorporação de duas estações no trecho de Ceilândia, duas no de Samambaia, e a expansão à Asa Norte (figura 13), bem como a inauguração de estações na Asa Sul do Plano Piloto, em Taguatinga, Águas Clara e no Guará. 171 Dado do Governo do Distrito federal. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 168 Contudo, outros projetos encontram-se integrados à expansão do sistema metroviário de Brasília, com vista a aumentar sua capacidade de transportes de passageiros, tais como a Via Interbairros, a Linha Verde, o Veículo Leve sobre Trilhos – VLT, o corredor Gama – Santa Maria – Plano Piloto – Sobradinho e Planaltina, entre outros projetos que integram o programa denominado ―Brasília Integrada‖. Por meio do Programa ―Brasília Integrada‖ pretende-se transformar o metrô no principal meio deslocamento no Distrito Federal, aliado a implantação do Veículo Leve sobre Trilhos, uma espécie "bonde moderno", nas W3 sul e norte e no eixo monumental, e por meio de novos terminais integração entre ônibus e metrô; além da implantação do Eixo Sul – o corredor de transportes massas que ligará Gama e Santa Maria ao Plano Piloto e ao sistema de bilhetagem eletrônica172. de de de de Atualmente, as estações do transporte metroviário: Asa Sul, Feira do Guará, Shopping, Ceilândia Sul, Guariroba, Ceilândia Centro, Ceilândia Norte, Terminal Ceilândia, Taguatinga Sul, Furnas, Samanbaia Sul, Samanbaia, Galeria dos Estados, Rodoviária do Plano Piloto e Praça do Relógio, encontram-se interligadas a 25 linhas do sistema de transporte urbano por ônibus, porém sem integração tarifária entre eles. As estações metroviárias não apresentam nenhum tipo de comércio local, com exceção apenas da estação da rodoviária do Plano Piloto e a estação Galeria dos Estados que encontra-se em meio ao setor comercial sul. As estações do Plano Piloto possuem galerias subterrâneas de integração entre os eixos L e W por baixo do eixo rodoviário, porém, as unidades comerciais encontram-se fechadas nessas galerias e outras são utilizadas pelo GDF. Não se verifica também qualquer tipo de publicidade ou sistema de informação turística nas estações, instalações sanitárias para os passageiros, postos de atendimento médico e segurança. Há serviço de segurança executados por funcionários concursados para esse fim. Todas as estações possuem mapas do sistema e mapa local da estação nas plataformas de passageiros. Na estação 108 sul, 112 sul e Águas Claras há mini-bibliotecas para utilização do público em geral. Algumas possuem mapa em braile e piso tátil para deficientes visuais. Não se pode afirmar que esse tipo de sinalização para deficientes visuais existe em todas as estações, mas principalmente nas construidas e inauguradas mais recentemente. Diversas estações não tem escadas rolantes, porém, apresentam elevadores para deficientes físicos, idosos e pessoas com outros tipos de necessidades especiais. Por meio de uma série de ações, a Companhia do Metropolitano do Distrito Federal atende a população de forma diferenciada com a promoção de atividades culturais e a artísticas nas estações como exposições de arte, música, dança, teatro e circo nas 23 estações em funcionamento. As atividades são promovidas em parceria com instituições reconhecidas no DF, como museus, centros de documentação, universidades, bibliotecas e arquivos públicos. 172 O cartão eletrônico já é utilizado por boa parte dos passageiros do sistema de transporte coletivo de Brasília. São sete tipos de cartões: Estudante, Valetransporte, Funcional, Cidadão, Especial, Sênior e Gratuidade Futuramente o mesmo sistema eletrônico possibitará a integração total do sistema com metrô, ônibus,microônibus, possibilitando o pagamneto de apenas uma tarifa. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 169 É importante destacar exposição permanente de obras de artistas consagrados no DF, por meio da instalação dos painéis de azulejos do artista plástico Athos Bulcão na entrada das estações 112, 108 e 102 sul. A expansão do metrô indica oportunidade de investimento para empreendedores nas obras, mas também, e principalmente, na qualificação dos locais atendidos, tendo em vista que a possibilidade de dinamização em torno da estação pode ser potencializada. O Brasília Integrada reforça essa oportunidade, pois, se implantado, principalmente no que se refere a integração tarifária, pode ampliar as possibilidades de deslocamento da população diminuindo custo e tempo para esse deslocamento. A manutenção do alto custo, no entanto, indica ameaça na medida em que torna o deslocamento oneroso para a população. A pouca inserção de atividades comerciais nas estações é uma oportunidade para que trabalhadores autônomos se insiram no mercado formal e consolidem empreendimentos em pontos que podem ser potencializados. 5.1.6.2 Transporte Coletivo Urbano Segundo a Secretaria de Transportes do Distrito Federal, 700 mil pessoas se deslocam por meio do transporte coletivo urbano todos os dias no Distrito Federal. Em geral, as distâncias percorridas nos itinerários são longas, já que 60% das 850 linhas disponíveis ligam as diversas regiões administrativas ao Plano Piloto. De acordo com dados fornecidos pelo DFTrans (2010), a frota atual de ônibus operando no sistema é de 2.892. Desde 2007, a frota foi renovada com 1.100 ônibus e 450 micro-ônibus novos. Foram adaptados desde então 555 veículos com elevadores para portadores de necessidades especiais. Existem 3.732 pontos de parada, sendo 2.522 com abrigos, ou seja, cobertos. Está prevista ainda a construção de 450 novos abrigos em todo o Distrito Federal até setembro de 2010, além da instalação de 1.700 placas de parada de ônibus que serão colocadas onde não há espaço físico para construção de abrigos. Compõe o serviço 26 terminais rodoviários espalhados por praticamente quase todas as regiões administrativas do Distrito Federal173. O transporte coletivo urbano no Distrito Federal é operado por 06 empresas privadas concessionárias do sistema e 01 pública, cuja atuação ocorre por RA‘S (Secretaria de Transportes do Distrito Federal, 2010). Atuam a partir da seguinte divisão: 173 Dados obtivos no endereço eletrônico: http://www.st.df.gov.br/ ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 170 1. SÃO JOSÉ Região de atuação:Plano Piloto, Samambaia, Sobradinho, Paranoá, São Sebastião, Recanto das Emas, Riacho Fundo, Planaltina e Gama. 2. TCB Região de atuação: Plano Piloto. 3. VIAÇÃO PLANETA Região de atuação: Taguatinga, Ceilândia, Samambaia, Gama, Paranoá, Lago Sul, Plano Piloto, Santa Maria e Brazlândia. 4. VIAÇÃO RIACHO GRANDE Região de atuação: Plano Piloto, Planaltina, Riacho Fundo, Recanto das Emas e Gama. 5. VIAÇÃO SATÉLITE Região de atuação: Taguatinga, Ceilândia, Samambaia, Gama, Paranoá, Lago Sul, Plano Piloto, Santa Maria e Brazlândia. 6. VIPLAN Região de atuação: Sobradinho, Planaltina, Brazlândia, Samambaia, Plano Piloto, Cruzeiro, Gama, Guará, Núcleo Bandeirante, Santa Maria e Lago Sul. 7. VIVA BRASÍLIA\ RÁPIDO BRASÍLIA\ VENEZA\ STO. ANTÔNIO (Grupo Amaral) Região de atuação: Sobradinho, Planaltina e Paranoá. As tarifas do transporte público no Distrito Federal variam entre R$3,00 (três reais) para as maiores distâncias e R$1,50 (um real e cinquenta centavos) para as distâncias mais curtas (Quadro 5.15).174 Devido a falta de integração temporal e tarifária, os passageiros do DF gastam em média R$ 6,00 (seis reais) em seus deslocamentos e este valor pode ser o dobro quando transbordos são necessários. Quadro 5.15 – Tarifas do Transporte Coletivo – DF (maio de 2010) Tarifas do Transporte Coletivo – DF(maio de 2010) Tipo de Linha Passagem Integral *Passagem com Desconto (Estudante) Decreto N° Metropolitana 1 (Ligação Curta): Cidade-Satélite / Plano Piloto R$ 2,00 R$ 0,66 26.501/05 Metropolitana 2 (Ligação Longa): Cidade-Satélite / Plano Piloto R$ 3,00 R$ 1,00 26.501/05 Metropolitana 3 (Ligação Intermediária): Cidade-Satélite / Cidade-Satélite; Cidade-Satélite / Plano Piloto R$ 2,50 R$ 0,83 28.087/07 Urbana 1 (Circular Curta): Cidade-Satélite e Plano Piloto R$ 1,50 R$ 0,50 26.501/05 Urbana 2 (Circular Longa): Cidade-Satélite e Plano Piloto R$ 2,00 R$ 0,66 26.501/05 Urbana 3 (Circular Interna): Cidade-Satélite R$ 1,50 R$ 0,50 30.012/09 Fonte: Secretaria de Transportes do Distrito Federal (2010) *A passagem com desconto refere-se ao abatimento concedido aos estudantes regularmente matriculados nas entidades de ensino do Distrito Federal. 174 Informações do DFTRANS – DF, maio de 2010. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 171 Segundo Carvalho e Pereira (2010), as tarifas de ônibus no Brasil subiram em média 60% acima da inflação nos últimos anos, e nesse contexto, o Distrito Federal apresenta uma das tarifas mais caras do país. O quadro 5.16 mostra para Brasília apenas a média da tarifa, contudo, é possível observar as tarifas das demais capitais brasileiras e, assim, ter um comparativo a partir do quadro acima que aponta tarifas de até R$3,00. Quadro 5.16 –Tarifas do Transporte Coletivo nas capitais brasileiras (2010) Tarifas do Transporte Coletivo nas capitais brasileiras (2010) Capital Tarifa de ônibus Último reajuste Florianópolis (SC) R$ 2,80 ago/09 Campo Grande (MS) R$ 2,50 abr/09 Belo Horizonte (MG) R$ 2,30 fev/09 Cuiabá (MT) R$ 2,30 jul/09 Porto Velho (RO) R$ 2,30 fev/09 Porto Alegre (RS) R$ 2,30 fev/09 São Paulo (SP) R$ 2,30 nov/06 Manaus (AM) R$ 2,25 ago/09 Goiânia (GO) R$ 2,25 abr/09 Salvador (BA) R$ 2,20 jan/09 Curitiba (PR) R$ 2,20 jan/09 Rio de Janeiro (RJ)* R$ 2,20 dez/07 Maceió (AL) R$ 2,00 jan/09 Brasília (DF)*** R$ 2,00 dez/06 Natal (RN) R$ 2,00 set/09 Boa Vista (RR) R$ 2,00 jun/09 Palmas (TO) R$ 2,00 mai/09 Macapá (AP) R$ 1,95 jul/08 Aracaju (SE) R$ 1,95 fev/09 Rio Branco (AC) R$ 1,90 jul/09 Vitória (ES) R$ 1,85 jan/09 Recife (PE)* R$ 1,85 jan/09 Fortaleza (CE) R$ 1,80 mai/09 João Pessoa (PB)** R$ 1,80 jan/09 Teresina (PI) R$ 1,75 jan/09 Belém (PA) R$ 1,70 set/08 São Luís (MA)*** R$ 1,60 jul/04 * Tarifa para 80% da frota ** Ônibus convencional, sem ar condicionado *** Tarifa média Fonte: prefeituras municipais ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 172 Apesar de, no Brasil, os custos do transporte público por ônibus sempre terem sido cobertos pela arrecadação tarifária175 não garante, necessariamente, a qualidade do serviço prestado. No caso do Distrito Federal, com a tarifa mais cara do país, a mobilidade e acessibilidade da população que depende desse meio de transporte para o seu deslocamento diário apresentam dificuldades considerando não apenas o valor da tarifa, mas também em relação ao tempo de espera. A questão da segurança, analisada no item 5.1.5, também repercute nos meios de transportes. A Secretaria de Transportes, com intuito de minimizar e diminuir os constantes assaltos e roubos nos veículos, em 2010 iniciou a instalação de câmeras de monitoramento em toda a frota do Sistema de Transporte Público Coletivo do Distrito Federal e a implantação de um centro controle e monitoramento. Assim, a renovação da frota e adaptação para as diversas necessidades especiais existentes aponta oportunidades estruturais de acesso e mobilidade. No entanto, o alto custo do transporte público coletivo no Distrito Federal indica ameaça ao acesso e mobilidade a qual deve servir essa estrutura. Os riscos de assaltos e furtos ao longo da viagem no transporte coletivo urbano também indicam ameaça segurança da população, ao mesmo tempo em que, há um indicativo de oportunidade quanto a demanda necessária de investimento. 5.1.6.3 Táxi O transporte urbano de passageiros por táxi consitui-se na prestação do serviço privada, de substituição das viagens realizadas por automóvel, complementando as realizadas pelos transportes públicos coletivos. Nas médias e grandes cidades o serviço é importante no atendimento da demanda de passageiros, principalmente em momentos de urgência e devido a falta de oferta alternativa. Entretanto, os órgãos de gerenciamento do transporte nas grandes cidades em geral, não organizam os dados referentes ao sistema, sendo necessária a consulta a fonte de dados secundários de sindicatos, cooperativas e veículos de comunicação. No Distrito Federal, segundo registros da Secretaria de Transportes, a frota oficial de táxis é de aproximadamente 3,4 mil veículos permissionários, distribuidos em cerca de 383 de pontos de táxi, em sua grande maioria localizada no Plano Piloto, região administrativa que concentra a maior parte dos hotéis, empresas públicas e privadas, áreas comerciais entre outros empreendimentos e instituições. As cooperativas são incluídas nessa relação de pontos de táxis, mas a maior parte de sua frota encontra-se disponivel para atender todo o território do DF. O Distrito Federal conta hoje com 12 cooperativas de Rádio Táxi. Do total de taxistas pertencentes a estas cooperativas, cerca de 800 trabalham com 30% de desconto sobre o valor marcado no taxímetro, o que os diferencia dos demais motoristas. 175 CARVALHO e PEREIRA. IPEA, 2009 ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 173 Mesmo com o aumento da população no Distrito Federal e entorno, somado ao aumento do fluxo de visitantes, desde 1979 não há licitações para a concessão de novas permissões, o que proporcionou nos últimos anos uma crescente informalização de aluguel de placas por terceiros. De acordo com dados de reportagem veiculada pelo jornal Correio Braziliense176, cobra-se em média 50 mil reais por uma permissão no mercado clandestino. O jornal Correio Braziliense em edição de 04 de março de 2010 destaca o péssimo estado de conservação de parte da frota e o alto custo da tarifa. Em outra edição de 09 de feveiro do mesmo ano, houve publicação na seção do leitor, e-mail de morador da Asa Sul reclamando sobre o alto valor da tarifa so serviço no Distrito Federal. Informações que corroboram com dados do levantamento realizado pela equipe do CET-UnB identifica a tarifa de táxi em Brasília entre as quatro maiores do país, quando comparada a de outras 12 capitais (Quadro 5.17). Quadro 5.17 – Tarifa de taxi nas diferentes cidades Brasileiras Tarifa de taxi nas diferentes cidades brasileiras Cidade Tipo de Tarifa Bandeirada 1 Bandeirada 2 1º. Goiânia (GO) R$ 2,30 km R$ 2,30km 2º. São Paulo (SP) R$ 2,10km R$ 2,39km 3º. Campo Grande (MS) R$ 2,00 km R$ 2,40km 4º. Macapá (AC) R$ 1,88km R$ 2,39km 4º. Brasília (DF) R$ 1,88km R$ 2,39km 5º. Belo Horizonte (MG) R$ 1,84 km R$ 2,20 km 6º. Curitiba (PR) R$ 1,60km R$ 2,00km 7º. Salvador (BA) R$ 1,50km R$ 2,21km 8º. Fortaleza (CE) R$ 1,48km R$ 2,22 km 9º. Boa Vista (RR) R$ 1,40 km R$ 2,10 km 10º. Aracaju (SE) RS 1,30 Km R$ 1,60KM 11º. Maceió (AL) R$ 1,30 km R$ 2,54km 12º. Rio de Janeiro (RJ) R$ 1,15km R$ 2,00km Fonte: CET-UnB. Pesquisa junto a sindicatos e cooperativas de taxistas, em junho de 2010. A extensão territorial do Distrito Federal e a dipersão espacial das atividades e das habitações no Distrito Federal, bem como o baixo número de permissões, podem ser consideradas como fatores preponderandes na definição do alto custo final das corridas de táxis. A existência de cooperativas possibilita oportunidades para o incentivo a sistematização das informações relacionadas a esse serviço. No entanto, a não realização dessa sistematização dificulta a 176 Informação obtida pelo Correio Braziliense. Matéria: Frota de Taxi crescerá depois de 31 http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/03/04/cidades,i=177408/FROTA+DE+TAXI+CRESCERA+DEPOIS+DE+31+ANOS.shtml anos. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 174 construção de análises e diagnósticos importantes para ações de melhorias e ampliação desse segmento, podendo representar uma ameaça. 5.1.6.4 Moto frete No Distrito Federal compete a Secretaria de Transportes licenciar, gerir e administrar o serviço de motofrete e o veículo deverá ser previamente aprovado pela SETRAN-DF e serão vistoriados periodicamente no prazo e calendário previamente estabelecidos. Há exigência de que o motoboy passe por curso no DETRAN OU SEST/SENAT e tenha cadastro na Subsecretaria de Transporte Individual. Atualmente, segundo dados da Secretaria de Transportes (2009), o Distrito Federal possui cerca de 22 mil motoboys autorizados para a prestação de serviço de moto frete. Constata-se em algumas regiões administrativas do Distrito Federal o serviço de moto táxi (Brazlândia, Planaltina, Santa Maria), porém, não há informações oficiais sobre a legalidade ou não desse tipo de serviço. Quando bem qualificados esse é um serviço que representa uma oportunidade para transporte prático de pessoas e mercadorias. Contudo, é importante que haja regulação e fiscalização da atividade para que ações imprudentes não venham a configurá-la como uma ameaça. 5.1.6 Programa Brasília Integrada Uma das principais políticas desenvolvidas pelo atual governo do Distrito Federal denomina-se Programa Brasília Integrada, que tem por objetivo estabelecer novas diretrizes relativas à melhoria do transporte urbano do Distrito Federal. Dentre elas, destacam-se, por exemplo, as diretrizes de integração das políticas urbanas e de transporte do DF; de priorização do transporte público coletivo e dos modos não motorizados visando o desenvolvimento sustentável; de instituição do sistema integrado de transporte; de melhoria da mobilidade dos cidadãos e segurança de tráfego (pedestres, ciclistas e motoristas); de acessibilidade universal; adoção de novas tecnologias de transporte coletivo; e de elaboração de projetos de infra-estrutura de apoio compatíveis com as necessidades da população. Segundo dados da Secretaria de Transportes do Distrito Federal, a frota de veículos particulares de passeio no Distrito Federal superou a cifra de 1 milhão de veículos. Para comportar essa demanda, que cresce vertiginosamente, o GDF desenvolve vários projetos que vão revitalizar e ampliar a malha viária, bem como expandir e modernizar os meios de transporte público coletivo. Dentre os principais projetos em elaboração, destaca-se o Programa de Transporte Urbano do DF PTU/DF, componente do Brasília Integrada que tem como objetivo geral promover a mobilidade no Distrito Federal. As ações propostas possuem foco na implantação de uma nova concepção de operação do sistema de transporte público coletivo, fundamentada na integração entre itinerários de ônibus e metrô. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 175 Estão previstas construções e melhorias no sistema viário urbano e rodoviário do Distrito Federal, com o estabelecimento de vias exclusivas para ônibus, construção de terminais nos principais pontos de transferência de passageiros de transporte público coletivo, implementação de bilhetagem automática e um amplo conjunto de ações no âmbito da gestão e do fortalecimento institucional do Sistema de Transporte Urbano do Distrito Federal. Dentre os vários projetos em elaboração/ execução, dentro do PTU/ DF, destacam-se: a) Plano Diretor de Transporte Urbano (PDTU), criado com o intuito de melhorar as condições gerais de deslocamento da população nas áreas urbanas. A partir deste estudo, serão desenvolvidas ações de curto, médio e longo prazo, que priorizem os anseios e necessidades da população. Para isso, serão feitos levantamentos de dados, pesquisas e um diagnóstico da situação atual. b) Veículo Leve sobre Trilhos (VLT): Considerado um dos veículos mais modernos do mundo, além de pioneiro no Brasil, o Metrô Leve, como é conhecido, terá a primeira etapa concluída até 2010. O novo sistema vai partir do Terminal da Asa Sul, cortando a via W3 Sul e chegará próximo da 502 Norte. O trajeto completo, com aproximadamente 20,5 Km de extensão, ligará o Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek ao Terminal da Asa Norte e deverá ficar pronto em 2014, quando Brasília deverá sediar evento da Copa do Mundo. c) Veículo Leve sobre Pneus (VLP): Por meio de corredores exclusivos, ônibus articulados com capacidade para 150 passageiros vão percorrer o Eixo Sul, beneficiando as comunidades das cidades do Gama, Santa Maria e do Setor Park Way, que representam cerca de 11% da população. Além destas cidades, ao longo das BRs 060 e 040, no âmbito do Distrito Federal, o sistema de transporte poderá atender também as populações residentes no Entorno que se deslocam regularmente para esta Unidade da Federação. d) Expansão do Metrô: Com aproximadamente 42 km de linha, o metrô de Brasília continua em expansão. Além de ter sido ampliado o funcionamento do transporte de massa para sábado e domingo, o GDF inaugurou em 2009 duas novas estações na Asa Sul, totalizando 23. Outras 05 estações estão em obras e serão entregues em 2010, quando também será ampliado o eixo de atendimento até a Asa Norte e Samambaia. Ao todo, estão previstas 29 estações. e) Intervenções viárias: Em parceria com o governo federal, o GDF está realizando obras importantes na BR 450, antiga EPIA, e na BR 020, que liga Brasília (DF) a Fortaleza (CE). Na primeira, está sendo construída uma terceira faixa preferencial ao tráfego de veículos pesados e os viadutos serão alargados. O asfalto terá um tratamento especial com durabilidade de até 15 anos para suportar o tráfego de caminhões de até 70 toneladas. As obras vão desafogar o trânsito da rodovia, que tem demanda de aproximadamente 160 mil veículos por dia. Na BR 020, as pistas estão sendo duplicadas e, em alguns trechos, terão vias marginais e passagens de nível. d) Renovação da frota: Nos últimos dois anos e meio foram substituídos aproximadamente 1150 ônibus antigos e adquiridos 450 microônibus. Com isso, a idade média da frota passou de 14 ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 176 anos para cinco. Os portadores de necessidades especiais também foram beneficiados, pois 555 veículos possuem elevadores. A Secretaria de Transportes concluiu licitação de 28 lotes compostos de 49 linhas rurais. Dessas, 33 já existiam e 16 foram criadas. Todas as ações propostas pelo Brasília Integrada visam melhorar a qualidade do transporte coletivo urbano do Distrito Federal. São notórias as condições precárias em que o transporte coletivo urbano se encontrava no Distrito Federal em período recente, problemas recorrentes apresentados na mídia e produção acadêmica do Distrito Federal, tais como: frota antiga e em péssimas condições de manutenção, ônibus lotados, longos períodos de espera nas paradas e estação rodoviárias, elevado índice de multas, falta de informações sobre o sistema e dificuldades na acessibilidade, entre outras177. Tal quadro amplamente divulgado na mídia local178 levou a atual gestão do Distrito Federal a tomar a modernização do transporte coletivo urbano como uma de suas principais metas de governo. O quadro atual de deficiências do transporte coletivo urbano em seus diversos serviços dificulta o deslocamento dos cidadãos, o que leva a população a optar pelo transporte individual por carro, gerando problemas como engarramentos e falta de vagas para estacionamentos em áreas públicas. Segundo dados do DETRAN DF a frota de veículos do Distrito Federal, em 2009 era de 1.086.015 veículos, ocupando a 5ª posição no país atrás apenas de São Paulo 6.525.033 veículos, Rio de Janeiro 2.200.465 veículos, Belo Horizonte 1.146.091 veículos e Curitiba 1.116.018 veículos. A frota de veículos é composta por automóveis de passeio cerca de 74,8% da frota, seguido por motocicletas (10,7%). Existe um veículo para cada 2,3 habitantes. Porém, o Distrito Federal apresenta a maior taxa de crescimento anual da frota no Brasil com o percentual de 8,2% em ano 2009. As demais capitais que apresentam índices elevados de crescimento da frota ao ano são: Belo Horizonte 7,6% , São Paulo 6,2% , Curitiba 5,1% e Rio de Janeiro 3,8%. O Distrito Federal tem uma vantagem sobre as outras capitais brasileiras com mais de 1 milhão de veículos — São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Curitiba: a frota local é uma das mais novas. Do total de veículos em circulação na capital do país, 59,3% têm até 9 anos de fabricação. Em São Paulo, a capital com a maior frota do Brasil, o percentual de carros com até 9 anos é de 38,5%. No Rio, esse índice chega a 55,6%, um pouco melhor que a média nacional (50%). De acordo com a figura 14, a frota de veículos do Distrito Federal apresenta crescimento no período 2000 a 2009. No ano 2000 a frota era de 585.424 veículos alcançando o total de 1.138.127 no ano de 2009. Praticamente a frota dobrou em um período de nove anos. Fato confirmado pelo contínuo crescimento da venda de veículos ao longo dos anos e que a taxa média de aumento da frota é de 0,6% ao mês. 177 ARAGÃO, 2009. CAMARA LEGISLATIVADO DF, 2009; Jornal Brasília em Tempo Real, 2008; Discurso do Deputado Distrital Rodrigo Rollemberg, 2009. http://www.rollemberg.com.br/mandato/discursos/precariedade-do-sistema-de-transporte-coletivo-do-distrito-federal 178 ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 177 A composição da frota da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (RIDE DF) no ano de 2009 totalizava 1.144.454 veículos (Tabela 5.47) O crescimento da frota não se verifica apenas no Distrito Federal, mas também em outros munícipios do Entorno que apresentam taxas elevadas de crescimento anual como: Vila Boa (19,1%), Mimoso de Goías (14,7%), Águas Lindas de Goías (14,6%), Novo Gama (13,9%), Cidade Ocidental (12%), Santo Antônio do Descoberto (11,4%) e Água Boa (10,6%). Figura 14 – Frota de veículos registrados no Distrito Federal – janeiro de 2010 Fonte: http://www.detran.df.gov.br/ ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 178 Tabela 5.47 – Frota de Veículos da RIDE/DF Frota de Veículos da RIDE/DF (ano 2010) Localidade Pop. Total (2007) Frota de Veículos (2009) Tx de cresc. (%) ano Distrito Federal DF 2.455.903 1.057.486 2,3 Luziânia GO 196.046 30.665 6,4 GO 131.884 9.054 14,6 GO 114.450 13.511 8,5 Formosa GO 90.212 36.431 2,5 Novo Gama GO 83.599 6.002 13,9 GO 76.376 8.765 8,7 Unaí MG 74.495 25.537 2,9 Santo Ant. do Descoberto GO 55.621 4.868 11,4 GO 48.589 4.065 12,0 Cristalina GO 36.614 11.685 3,1 Padre Bernardo GO 25.969 2.774 9,4 Buritis MG 21.472 2.646 8,1 Pirenópolis GO 20.460 5.122 4,0 Alexânia GO 20.033 4.531 4,4 GO 14.762 1.651 8,9 GO 12.640 2.295 5,5 GO 10.769 735 14,7 GO 9.190 1.651 5,6 GO 6.610 1.110 6,0 GO 5.008 473 10,6 GO 4.198 220 19,1 3.514.900 1.231.277 2,85 Águas Lindas de Goiás Valparaíso de Goiás Planaltina de Goías Cidade Ocidental Cocalzinho de Goiás Abadiânia Mimoso de Goiás Corumbá de Goiás Cabeceiras Água Fria de Goiás Vila Boa Total Fonte: http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=845894 Os dados analisados permitem visualizar o crescimento da frota de veículos do Distrito Federal e entorno. Este crescimento leva a um quadro de saturação da rede viária ocasionando o aumento dos congestionamentos e do tempo gasto nos deslocamentos dentro do Distrito Federal e no seu entorno metropolitano. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 179 Observa-se que as ações propostas pelo Brasília Integrada apontam para oportunidades de melhoraria da qualidade do transporte coletivo urbano do Distrito Federal, desafogando o trânsito e ampliando acesso e mobilidade nas áreas urbanas, com destaque às periféricas. No entanto, ainda existem ameaças relevantes com relação às condições precárias em que o transporte coletivo urbano se encontra. Se não forem tomadas medidas com relação a essa precariedade, ou se as medidas previstas não forem executadas, ter-se-ão ampliadas às dificuldades de deslocamento dos cidadãos, e a alta opção pelo transporte individual por carro, sobrecarregando a cidade. O conjunto de ações associadas para o desenvolvimento do transporte urbano oferece oportunidades para desafogar o trânsito na área urbana e atender a demanda crescente por transporte público advinda da ampliação da malha urbana. Nesse sentido, o Programa de Transporte Urbano apresenta oportunidade de ampliar a mobilidade da população por meio da integração tarifária de serviços de ônibus e metrô, ampliando a qualidade de vida e a produtividade de seus cidadãos. O Plano Diretor de Transporte Urbano também permite identificar novas oportunidades no DF, principalmente no momento em que ouve a população sobre suas reais necessidades com relação a transportes. A construção do VLT enquanto configura-se como uma oportunidade de acelerar a revitalização da W3, pode representar uma ameaça à medida que envolve amplos investimentos e não se conhece de forma mínimamente abrangente os reais benefícios advindo da opção pela metodologia, questões que não estão claros para a população do DF. 5.1.7 Acessos O item acesso é composto pelos seguintes componentes (modais de transporte): aéreo, rodoviário, aquaviario, ferroviário, metroviário e sistema de transporte urbano no destino. 5.1.7.1 Acesso Aéreo O transporte aéreo (regional, nacional e internacional) é de caráter fundamental para o desenvolvimento de dada localidade, principalmente quando se observa a dimensão continental do Brasil, o seu papel no contexto geopolítico da América do Sul e, principalmente, a localização geográfica de Brasília no centro do país e de certa forma próximo ao centro do continente. A importância da infraestrutura aeroportuária não se limita apenas a existência de aeroporto, mas também a existência de empresas aéreas, a quantidade de vôos regulares e não regulares, a frequência para a destinação, o nível de qualidade dos serviços oferecidos entre outros aspectos inter-relacionados ao modal aeroviário. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 180 No período entre 2002 e 2009 o número de aeronaves aumentou de 128.961 para 162.349 (tabela 5.48), dado que demonstra a evolução do transporte de passageiros e cargas no Aeroporto Internacional de Brasília. A quantidade de passageiros por ano passou de 6,5 milhões em 2002 para 12,2 milhões em 2009. Porém, o volume de cargas transportadas foi reduzido de 59 mil toneladas para 41 mil no mesmo período. A tendência é de aumento a cada ano, devido a ampliação e facilidades oferecidas pelo mercado relacionado ao transporte aéreo de passageiros, favorecido pela amplição de infeaestrutura portuária, a construção da segunda pista do aeroporto e dos incentivos públicos. Tabela 5.48 – Movimento de Aeronaves, Carga Aérea e Passageiros no Aerporto Internacional de Brasília Movimento de Aeronaves , Carga Aérea e Passageiros no Aeroporto Internacional de Brasília (2010) Aeronaves Ano Quantidade 2002 128.961 2003 122.182 2004 129.979 2005 130.885 2006 126.427 2007 126.853 2008 141.477 2009 162.349 2010 25.463 Carga aérea Ano Quantidade 2002 59.365.963 2003 63.741.466 2004 65.777.657 2005 83.811.080 2006 42.672.036 2007 50.192.059 2008 46.027.474 2009 41.000.439 2010 7.299.217 Passageiros Ano Quantidade 2002 6.503.720 2003 6.840.843 2004 9.926.786 2005 9.426.569 2006 9.699.911 2007 11.119.872 2008 10.443.393 2009 12.213.825 2010 2.209.232 Obs: o ano de 2010 corresponde apenas ao período de janeiro e fevereiro. Fonte: INFRAERO (2010). O Aeroporto Internacional de Brasília é o terceiro em movimentação de aeronaves, atrás apenas dos aeroportos de Guarulhos e Congonhas em São Paulo, e o segundo em movimentação de passageiros no Brasil, onde Guarulhos classifica-se na primeira posição. Por sua localização estratégica, o Aeroporto Internacional de Brasília é considerado ―hub‖ da aviação civil brasileira, ou seja, ponto de conexão para destinos nacionais e internacionais. Em dezembro de 2005 foi entregue a segunda pista de pousos e decolagens que ampliou a capacidade operacional do aeroporto para 555 mil pousos e decolagens por ano (Infraero, 2010) 179. Apesar disso, sua movimentação tem sido tão intensa que faz-se necessário novas ampliações. O estabelecimento de rotas internacionais diretas para Atlanta (Estados Unidos), Buenos Aires (Argentina), Lisboa (Portugal) ampliou o número de passageiros e vôos no aeroporto JK. O crescimento da demanda leva a uma rápida saturação da infraestrutura do terminal. Atualmente, o terminal conta com 10 empresas aéreas180 e 44 empreendimentos, sendo 29 comerciais e 15 de alimentação. 179 Os dados disponibilizados pela INFRAERO referem-se aos dois primeiros mêses do ano de 2010 e foram consultados em: http://www.infraero.gov.br/upload/arquivos/movi/mov_operac._0210.pdf em maio de 2010. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 181 Estudo do Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (janeiro de 2010)181 aponta a saturação da capacidade de carga do aeroporto JK em relação a capacidade da pista de taxiamento das aeronaves, da área destinada aos terminais de carga, da necessidade de se ampliar e melhorar as condições do terminal de passageiros (embarque e desembarque, áreas destinadas ao atendimento de passageiros pelas companhias aéreas, climatização, entre outros), do pátio de estacionamento de aeronaves e das áreas de estacionamento para táxis, ônibus e veículos em geral. O estudo aponta que nos horários de pico ou em períodos de aumento do fluxo de passageiros, as filas de passageiros se estendem até as calçadas e ainda faltam cadeiras para acomodação dos passageiros nas salas de embarque. Com o aumento do fluxo de passageiros os empreendimentos comerciais e de alimentação existentes no aeroporto também serão afetados. O estudo aponta a necessidade urgente de se ampliar e melhorar a infraestrutura e serviços oferecidos no Aeroporto Internacional de Brasília. Segundo reportagem do Correio Braziliense, de 28 de janeiro de 2010, os investimentos do governo para a ampliação de 16 aeroportos brasileiros para a Copa de 2014 não serão suficientes para suprir a demanda de passageiros prevista para os próximos anos. Dentre os aeroportos que mais demandam intervenção, o pior cenário é o do terminal Juscelino Kubitschek em Brasília: No ano passado, o número de passageiros chegou a 12,2 milhões, enquanto a capacidade do aeroporto é de 10 milhões. Com os R$ 414,9 milhões que serão usados para a ampliação do Terminal Sul até 2013, o aeroporto estará apto para abrigar 18 milhões de pessoas, ainda aquém da demanda de 19,9 milhões de pessoas projetada pelo Snea. Somente em junho de 2014, o movimento previsto é de 1,77 milhão de passageiros e, em julho, de 2,08 milhões. (...) Outro agravante é que a execução das obras está concentrada a partir de 2011, o que piora as condições de atendimento ao passageiro, já que em 2013 a demanda prevista é 18,3 milhões de viajantes. (...) Os problemas do Aeroporto de Brasília não se limitam ao fluxo de passageiros. Atualmente, o terminal possui 42 posições de aeronaves, e está no limite. Seria necessário o acréscimo de 110 mil metros quadrados no pátio, mas não há recurso previsto para esse fim, (...). Segundo a reportagem, o Ministério do Turismo tem como prioridade a reestruturação dos aeroportos de Brasília e de São Paulo por serem os principais pontos de conexão para as diversas regiões do país. Essa prioridade ocorre devido às previsões de aumento do turismo receptivo brasileiro nos próximos anos.182 Dentre os investimentos previstos para adequação do Aeroporto Juscelino Kubitschek para atender ao aumento do número de passageiros e vôos, relacionam-se a ampliação do terminal de passageiros (embarque e desembarque), da área de estacionamentos (táxis, veículos particulares e de serviços, ônibus), da área destinada as empresas aéreas, do pátio para o posicionamento de aeronaves.183 180 São elas: Delta Airlines, Gol Ocean Air, Passaredo, TAM, Sete, TAP, TRIP, VARIG e Webjet. SNEA, 2010. http://www.snea.com.br/ppttoflash/estudo-snea-completo-2010.pdf em maio de 2010. 182 Informações obtidas pelo Correio Braziliense. Matéria: Aeroporto de Brasília tem a pior situação do país. http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/01/28/economia,i=169654/AEROPORTO+DE+BRASILIA+TEM+A+PIOR+SITUACAO+DO+PAIS.sht ml 183 Informações obtidas pelo Correio Braziliense. Matéria: Aeroporto de Brasília tem a pior situação do país. http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/01/28/economia,i=169654/AEROPORTO+DE+BRASILIA+TEM+A+PIOR+SITUACAO+DO+PAIS.sht ml 181 ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 182 O governo federal vai financiar R$ 98 milhões na ampliação do balão do aeroporto e R$ 263 milhões na construção do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), na etapa que liga o Aeroporto JK ao terminal Asa Sul do Metrô. Ele circulará do Setor Policial Sul até o Pátio Brasil, na Avenida W3 Sul, que será revitalizada. Em maio de 2010 a INFRAERO anunciou o cronograma de obras previstas para o Aeroporto que segundo previsão, terá início ainda neste ano: A reforma do Aeroporto Juscelino Kubitschek, que ampliará a capacidade do terminal aéreo de 10 milhões de passageiros para 26 milhões por ano, finalmente tem data para começar. A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) anunciou que o cronograma de obras será aberto em setembro deste ano. Os trabalhos serão divididos em duas etapas e, até 2015, cerca de R$ 1,3 bilhão serão gastos. Os recursos virão do governo federal, no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e da própria Infraero. As obras de reforma e ampliação do Aeroporto JK objetivam preparar o terminal para uma demanda anual de 19,9 milhões de passageiros prevista para 2014, quando Brasília será uma das cidades-sede da Copa do Mundo. De forma concomitante às obras no terminal de passageiros, será dado início à construção de parte do Terminal Sul, um novo prédio que funcionará como expansão da estrutura física atual do Aeroporto JK(1). O crescimento será na direção do atual Terminal de Cargas. A previsão é de que a primeira etapa da estrutura do Terminal Sul, que deverá comportar 8 milhões de passageiros anuais, esteja pronta até abril de 2013. (...) Enquanto a primeira etapa do Terminal Sul não é concluída, a Infraero vai recorrer a um a estrutura móvel pré-fabricada, chamada pelos engenheiros de módulo operacional, para atender ao crescimento anual da circulação de passageiros. O prédio provisório terá 1,2 mil metros quadrados, água, energia e capacidade para receber 8 milhões de pessoas. A montagem está prevista para agosto de 2012. Somados, a reforma do terminal existente, a construção da primeira etapa do Terminal Sul, e a implantação do módulo operacional custarão R$ 736,4 milhões. Outra obra que faz parte da primeira etapa é a ampliação da pista de táxis, orçada 184 em R$ 44,2 milhões, o que eleva o custo da primeira fase a R$ 781 milhões. Por sua localização estratégica, considerado ―hub‖ da aviação brasileira, o Aeroporto Internacional de Brasília representa importante papel, que caso não venha a ser ampliado, resultará em uma ameaça ao transporte aéreo brasileiro como um todo, dificultando o deslocamento de pessoas, e do DF na medida em que não atenderá com eficiência as necessidades da população. Ao mesmo tempo em que pode representar uma ameaça caso não venha a ser reestruturado, o Aeroporto Internacional de Brasília aponta para boas oportunidades de curto, médio e longo prazo diante de seus projetos de reforma, prevista no PAC 2. Principalmente no que diz respeito a novos negócios e serviços para atender à demanda crescente no DF. Mesmo com projetos que prevêem a melhoria do aeroporto, até 2014, o aeroporto já apresenta indícios de que não conseguirá acompanhar o crescimento da demanda, o que virá a reforçar a ameaça já indicada, na medida em que essa situação poderá gerar inúmeros desgastes aos viajantes, como aumento das filas nas áreas de check-in e falta de lugares na sala de embarque. 184 Informações obtidas pelo Correio Braziliese. Matéria: Aeroporto se prepara para 2014. Em maio de 2010. http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/05/04/cidades,i=190321/AEROPORTO+SE+PREPARA+PARA+2014.shtml ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 183 5.1.7.2 Acesso Rodoviário O transporte rodoviário também apresenta média acima das demais capitais avaliadas pelo MTur (2009). A própria construção da capital na década de 50 tinha como lema a integração nacional. Brasília representava no Plano de Metas do Governo JK a meta síntese de interiorização e desenvolvimento brasileiro, integrando as diferentes regiões do país que se encontravam naquele período ainda distantes e desarticuladas do núcleo de poder político e econômico nacional. O acesso rodoviário é de caráter estratégico. A política de integração nacional foi implementada com a construção da capital federal no centro do país com sua articulação às macrorregiões brasileiras através de extensa rede de rodovias federais. Nas décadas seguintes, outras rodovias de caráter distrital e regional são desenvolvidas para ampliar a ligação do Distrito Federal à rede federal de rodovias. A rede de rodovias federais é composta por 08 rodovias que partem da capital federal em direção aos extremos do país. São as chamadas rodovias radiais e possuem os seguintes percursos: BR 010 – Brasília, Palmas (Tocantins) a São Miguel do Guamá (Pará); BR 020 – Brasília, norte de Goiás, Bahia, Piauí a Fortaleza (Ceará); BR 030 – Brasília, norte de Goiás, norte de Minas Gerais a Ubaitaba no sul da Bahia; BR 040 – Brasília, Goiás, Belo Horizonte (Minas Gerais) ao Rio de Janeiro (Rio de Janeiro); BR 050 – Brasília, Goiás a Uberaba (Minas Gerais); BR 060 – Brasília, Goiânia (Goiás) a Campo Grande (Mato Grosso do Sul); BR 070 – Brasília, Goiás a Cáceres (Mato Grosso); BR 080 – Brasília a Uruaçu no norte de Goiás. A única rodovia transversal brasileira que atravessa o Distrito Federal é a BR 251 que liga a Bahia ao Mato Grosso passando pelo território do Distrito Federal. A Rede Rodoviária Distrital foi elaborada em conformidade com o Roteiro Básico para Sistemas Rodoviários Estaduais do Ministério dos Transportes que, no DF está sob gerência do Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER-DF), autarquia vinculada à Secretaria de Estado de Transportes (ST). As rodovias sob jurisdição do Departamento de Estradas e Rodagens do Distrito Federal (DER DF) são organizadas em 05 distritos rodoviários. O 1° Distrito Rodoviário é responsável pelas estradas da região de Planaltina. São 423 km de rodovias que assistem aos Núcleos Rurais de Tabatinga, Rio Preto, Taquara, Pipiripau, Santos Dumont, São José, além das regiões do Monjolo, Bonsucesso e Retiro do Meio. O 2° Distrito Rodoviário é localizado em Sobradinho e responde por uma área de 300 km de rodovia.O 3° Distrito Rodoviário abrange as regiões administrativas de Samambaia, Taguatinga, Ceilândia, Gama, Guará, Recanto das Emas, Santa Maria e Riacho Fundo. O 4° Distrito está situado em área agrícola, na região do Paranoá, maior pólo de produção de grãos do Distrito Federal. O 5° Distrito Rodoviário abrange Brazlândia e a área rural. O conjunto de rodovias sob jurisdição do DER DF, portanto, integra: ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 184 DF 001 EPCT Estrada Parque do Contorno DF 002 ERN/ ERS Eixo Rodoviário Norte/ Sul DF 003 EPIA Estrada Parque Indústria e Abastecimento DF 005 EPPR Estrada Parque Paranoá DF 007 EPTT Estrada Parque Torto DF 009 EPPN Estrada Parque Península Norte DF 015 EPTM Estrada Parque Tamanduá DF 025 EPDB Estrada Parque Dom Bosco DF 027 EPJK Estrada Parque Juscelino Kubitschek DF 035 EPCV Estrada Parque Cabeça de Veado DF 047 EPAR Estrada Parque Aeroporto DF 051 EPGU Estrada Parque do Guará DF 055 EPVB Estrada Parque Vargem Bonita DF 065 EPIP Estrada Parque Ipê DF 075 EPNB Estrada Parque Núcleo Bandeirante DF 079 EPVP Estrada Parque Vicente Pires DF 081 EPIB Estrada Parque Interbairros DF 085 EPTG Estrada Parque Taguatinga DF 087 EPVL Estrada Parque Vale DF 095 EPCL Estrada Parque Ceilândia DF 097 EPAC Estrada Parque Acampamento Além do gerenciamento das rodovias distritais, o DER DF desenvolve diversos programas para educação de trânsito, sustentados nos princípios da ética, cidadania e respeito ao próximo e voltados aos motoristas, pedestres e ciclistas.185 A compreensão do Departamento é a de que os motoristas devem ser cotidianamente alertados e treinados para cada vez mais assumirem uma postura de respeito em relação aos outros motoristas, pedestres e ciclistas. Porém, tendo em vista a constatação, por parte da instituição, de que algumas atitudes equivocadas de pedestres e ciclistas também fazem parte do universo de fatores que contribuem para os acidentes envolvendo esses dois grupos de usuários, suas ações de educação também se dirigem a esses perfis. Entre as principais ações de sensibilização de motoristas, ciclistas e pedestres estão as semanas educativas, as campanhas especiais e a Escola Vivencial de Trânsito. As semanas educativas de trânsito foram implantadas desde o ano de 2000, quando a DER passou a realizar eventos em parcerias com shoppings, além de blitzens de orientação em rodovias com temas específicos a cada ano. 185 DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM DO DISTRITO FEDERAL, 2010. http://www.der.df.gov.br/ ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 185 As campanhas especiais educativas são desenvolvidas anualmente com propósitos especiais, como foi o caso da comemoração do 8º. Aniversário do respeito à faixa de pedestre do DF ou a conscientização dos pedestres da importância da utilização das passagens subterrâneas no Eixão, por exemplo. A Escola Vivencial de Trânsito, conhecida como transitolândia, foi criada em 2004 no Parque Rodoviário do DER, em Sobradinho, para ensinar às crianças do Ensino Fundamental (de escolas públicas e particulares) como ser um bom pedestre, que colabora com o trânsito e que não põe sua vida em risco. Em 2009, a escola passou por uma grande reforma para melhor atender aos alunos, tendo a substituiçao de sua estrutura, antes de lona (como de um circo), para concreto, com janelas de vidro e banheiros. A mini cidade, utilizada para educação no trânsito com as crianças, ganhou novas placas, sinalização vertical e horizontal, paradas de ônibus, entre outros elementos comuns à cidade. Atualmente, diversas obras estão em execução no Distrito Federal para ampliação e modernização da malha viária, como construção do viaduto no Balão do Periquito (Gama), construção da Ponte do Torto BR – 450, construção do Viaduto da Estrada Parque do Núcleo Bandeirante, construção e ampliação da ciclovia do Lago Sul, construção do Viaduto da QNL (Taguatinga), ampliação e modernização da Estrada Parque Indústria e Abastecimento, construção da ciclovia da DF-001, ampliação da ponte sobre o Riacho Fundo (aeroporto), duplicação da DF 079, ampliação e modernização da DF 085 Estrada Parque Taguatinga, ampliação e modernização da Estrada Parque Guará, construção de viadutos na rodovia duplicada BR 060, ampliação e modernização da da DF 459 (Ceilândia – Samanbaia), ampliação e modernização da DF 430 (Brazlândia, BR 020 e DF 001 (Pistão Norte). Além disso, o GDF está em processo de implantação do que pretende ser a maior malha cicloviária da América Latina, com uma previsão de 600 km de ciclovias e rotas cicláveis. Esse projeto pretende ampliar o deslocamento por bicicleta, facilitando a vida, principalmente, dos trabalhadores que utilizam esse recurso para se deslocar do trabalho à casa. A primeira ciclovia, com 12,1 Km, foi inaugurada no dia 26 de outubro de 2006 na DF-005 e recebeu uma escultura em homenagem, chamada "Ciclovida", por ser a primeira grande ciclovia sinalizada de Brasília. Esta ciclovia, que passa pelo Lago Norte, Varjão e segue até a subida do Paranoá, está atendendo a grande demanda de trabalhadores e estudantes da região. Outra ciclovia importante já criada é a de ligação da cidade de São Sebastião com o Jardim Botânico, com 12 km, inaugurada no dia 19 de abril de 2007, seguida da inauguração, no dia 20, da ciclovia do Itapoã com 6,5 km. Destacam-se ainda a ciclovia da Samambaia, projeto integrado com as estações do Metrô, com 7,5 km de comprimento, e as ciclovias do Lago Sul e Lago Norte, implantadas no acostamento das vias principais dos lagos, equipadas com sinalização vertical e horizontal, advertindo ao longo de todo o percurso sobre os pontos de conflito. O DER ainda está executando a obra da ciclovia da ligação de Ceilândia com Samambaia (DF-459) com 2,6 km; a ciclovia da DF-079 Estrada Parque Vicente Pires (EPVP) com 8km; a ciclovia na Estrada Parque Guará (EPGU) com 3,9 km; a Estrada Parque Taguatinga Guará (EPTG) com 12 km; e na DF-150 com 14 ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 186 km. Em fase de projeto estão as ciclovias do Gama, Planaltina, Paranoá e Estrada Parque das Nações (Figura 15). Figura 15 – 1ª Etapa do Programa Cicloviário do DF Fonte: Departamento de Estradas de Rodagem do DF, 2010 Considera-se a conservação das estradas federais e distritais de grande importância para a economia do Distrito Federal. Nesse sentido, falhas em sua manutenção representam forte ameaça ao deslocamento de produtos e pessoas, podendo resultar na diminuição da capacidade produtiva do DF. Projetos que prevêem a revitalização e a expansão da malha viária, por sua vez, indicam oportunidades de crescimento e desenvolvimento local. Devido cuidado deve ser empreendido pelo GDF na manutenção e melhoria constante das vias que compõem o 4º Distrito, visto que a distribuição dos produtos e a retirada das safras de grãos que abastecem o DF e região dependem dessas estradas, estratégicas para a manutenção da vida e da produção dos produtores rurais da região. Investimentos em ciclovias também configuram novas oportunidades no DF, uma vez que oferecem à população opção de transporte alternativo, reduzindo a sobrecarga de automóveis na região. Além disso, promovem a melhoria da segurança geral no trânsito, por meio da redução do número de acidentes envolvendo ciclistas. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 187 A manutenção das rodovias federais, em especial, aponta oportunidades para o turismo regional, que necessita dessa rede local para o seu desenvolvimento, articulando Brasília a outros destinos turísticos próximos nos estados de Goiás, Minas Gerais, Tocantins e Bahia. A oferta de linhas intermunicipais rodoviárias, com frotas regulares, a existência de terminal rodoviário, rede de rodovias em bom estado de conservação e com qualidade de serviços contribuem na melhoria da acessibilidade e articulação do turismo regional e local, propiciando a melhoria da competitividade do destino Brasília. 5.1.7.3 Acesso Aquaviário O transporte aquaviario (fluvial, marítimo ou lacustre) é fundamental em diversos pontos do país, principalmente na região Norte (fluvial) e no litoral das regiões Nordeste, Sudeste e Sul do país. Porém, a própria localização geográfica do Centro-Oeste que em nenhum ponto tem contato com o litoral impede a existência de infraestrutura de transporte marítimo. Deve-se ressaltar porém, que Brasília é pólo emissor significativo de fluxos de turistas para passeios marítimos no Brasil e exterior. O transporte fluvial é inexpressivo devido a própria configuração territorial do Distrito Federal e do Entorno goiano. A região é rica em rios, porém, em grande maioria de pequeno e médio porte, com sucessivos encaichoeiramentos e declividades (relevo de Planalto). Tal realidade não impede o uso de pequenas embarcações destinadas ao turismo naútico e de pesca. O transporte aquaviario lacustre apresenta quadro diferente da realidade acima descrita. A existência de grandes lagos artificiais (Paranoá e Corumbá IV) e lagoas naturais (Feia, Formosa, entre outras) justifica um número considerável de embarcações, infraestrutura e empresas relacionados a esse modal de transporte, com funções de lazer, principalmente no Lago Paranoa. O uso crescente do Lago Paranoá para atividades de lazer e transporte aquaviário necessita de planejamento e fiscalização. Em abril de 2010 grave acidente envolvendo lancha para passeios noturnos vitimou duas pessoas no lago. O aluguel de embarcações para passeios no lago é uma atividade que necessita de maiores estudos, pois, há uma tendência de maior aproveitamento das áreas às margens do lago para atividades lazer, comércio e serviços. Na década de 90 o GDF implementou as primeiras etapas do Projeto Orla que visava a ocupação ordenada da orla do lago Paranoá por atividades afins ao turismo e lazer como pólos hoteleiros, centros comerciais, pólos gastronômicos, mirantes e locais para balneabilidade. O projeto teve alguma de suas ações implantadas como a construção do antigo Hotel Blue Tree Alvorada, do Pontão do Lago Sul e a revitalização da orla da Concha Acústica, porém, nem todas as ações foram implementadas. Na gestão do Governador José Roberto Arruda (2007-2010) foram esboçadas algumas ações de revitalização da orla do lago Paranoá como a construção do calçadão em área próxima a Ponte do Bragueto e a via L2 norte, a revitalização da Concha Acústica, o projeto Beira Lago (próximo a Ponte JK) ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 188 e a construção do Pelotão Lacustre do Lago. Parte dessas ações foram iniciadas mas ainda não concluídas (maio de 2010). Essas políticas refletem a tendência de uso turístico cada vez maior do lago Paranoá e sua orla. A ampliação do transporte lacustre tende a acompanhar esse crescimento, apontando oportunidades para novos negócios e investimentos. O Lago Paranoá oferece, portanto, oportunidades de uso em lazer e transporte aquaviário. Porém, se não forem tomadas medidas preventivas de planejamento do uso e fiscalização, representarão ameaças à segurança de seus usuários e ao equilíbrio ecológico de seu ecossistema. Maior incentivo ao uso do Lago e suas margens para atividades de lazer, comércio e serviços representam oportunidades para novos negócios que envolvem aluguel de embarcações para passeios, novas opções gastronômicas e culturais. 5.1.7.4 Acesso Ferroviário O transporte ferroviário representou no início da capital federal, modal de transporte para passageiros e cargas. Com a crise do setor ferroviário nas décadas de 70 e 80, o transporte ferroviário de passageiros foi desativado restando na atualidade apenas o transporte de cargas através da ferrovia CentroAtlântica privatizada nos anos 90. Nesse mesmo período foi planejado a construção de trem de grande velocidade (TGV) interligando Brasília a Goiânia. Por falta de recursos e apoio para o financiamento da obra, o projeto do chamado ―trem bala‖ não prosseguiu. A Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), é uma empresa privada pertencente a Companhia Vale do Rio Doce, que comprou através de leilão público a concessão ferroviária da antiga Rede Ferroviária Federal S/A (RFFSA), privatizada em 01 de setembro de 1996. A FCA é composta por três superintendências regionais: SR-2 com sede em Belo Horizonte/ Minas Gerais; SR- 8 com sede em Campos/ Rio de Janeiro e SR-7 com sede em Salvador – Bahia. A rede ferroviária denominada Ferrovia Centro-Atlântica interliga os estados brasileiros de Minas Gerais, Goiás, Distrito Federal, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Sergipe e atualmente direciona ao DF apenas cargas. Esse modal é responsável pelo escoamento de produtos como: comoditties agrícolas 186, insumos e fertilizantes agrícolas, combustíveis, produção siderurgica, automotivo e autopeças, produtos químicos, petroquímicos e mineração. Em Brasília a estação rodoferroviária e a estação ferroviária do Núcleo Bandeirante (Bernardo Sayão) são vestígios do período em que o transporte ferroviário de passageiros existia na cidade. 186 Produtos agrícolas direcionadas a exportação, como soja, milho, café, frutas tropicais, carne, entre outros. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 189 Cabe ressaltar que a Cia Vale do Rio Doce explora trens turísticos de passageiros nos trajetos entre as cidades mineiras de São João Del Rei – Tiradentes (12 km) e Ouro Preto – Mariana (18 km). O mesmo não ocorre no Distrito Federal e Goiás, aonde a infraestrutura de estações ferroviárias de passageiros bem como equipamentos (locomotivas) encontram-se abandonados e em adiantado estado de degradação. O trajeto da Ferrovia Centro-Atlântica pode ser observado na figura 16. O ramal ferroviário interliga Brasília as cidades goianas de Luziânia, Pires do Rio, Anápolis e Goiânia, ao Triângulo Mineiro e a partir daí aos demais estados do sudeste e nordeste brasileiros cobertos por essa malha ferroviária. Figura 16 – Ferrovia Centro Atlântica – Malha Ferroviária Fonte: http://media.photobucket.com/image/ferrovia%20centro%20atl%2525C3%2525A2ntica/Ricardo_NJ/FCA.jpg Ao considerar que o DF possui malha ferroviária explorada para escoamento de produção, apontam-se oportunidades para seu aproveitamento em termos de transporte de passageiros. Para isso, seria necessário aporte de investimentos na reforma das estações, dos vagões e locomotivas, entre outros. Essa ação, por sua vez, promoveria novas oportunidades para o empreendedor individual e as micro e pequenas empresas que poderiam se instalar nas estações e sua proximidade para suprir a demanda da população que viesse a utilizar o meio de transporte. O abandono e avançado estado de degradação da infraestrutura de estações ferroviárias de passageiros bem como equipamentos (locomotivas) representam ameaças às possibilidades de reativação do modal uma vez que ampliam os custos de investimento inicial no negócio. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 190 5.1.7.5 Terminal Rodoferroviário Na década de 50, quando deu-se ínicio às obras da nova capital, a cidade não dispunha de terminal rodoviário de passageiros. Os ônibus que se dirigiam a capital em construção tinham como destino a ―Cidade Livre‖, hoje Núcleo Bandeirante, aonde o embarque e desembarque de passageiros era feito em terminal improvisado em meio as ruas empoeiradas do acampamento pioneiro. Com a criação da capital, foi inaugurado o terminal rodoviário no cruzamento dos eixos monumental e rodoviário, utilizado para embarque e desembarque de passageiros de ônibus interestaduais e das linhas do transporte coletivo urbano dentro do Distrito Federal. A saturação da capacidade de carga desse terminal levou a construção, na década de 70, da atual Estação Rodoferroviária de Brasília, localizada no extremo oeste do Eixo Monumental a 10 Km do centro do Plano Piloto. O obra, de autoria de Oscar Niemeyer, foi inaugurada em 22 de dezembro de 1980, no governo do presidente Figueiredo, assemelhando-se em seus aspectos estéticos a um vagão de trem. Construída numa área aproximada de 36 mil metros quadrados, o prédio atendia a uma dupla funcionalidade, como terminal rodoviário e ferroviário. Porém, com o processo de desarticulação do transporte ferroviário de passageiros, a área destinada ao transporte ferroviário foi abandonada, restando o transporte rodoviário interestadual para todas as capitais e principais cidades brasileiras até os dias atuais. Atualmente, a Estação Rodoferroviária de Brasília encontra-se em contagem regressiva para desativação, tendo cerca de quatro mil passageiros em circulação diária no local. A falta de manutenção do edifício ao longo de anos, a ocupação desordenada de seus espaços, a saturação de sua capacidade de carga imprimem ao terminal aspecto de abandono e precariedade. Para atender as necessidades da comunidade o terminal atualmente dispõe dos seguintes serviços: Informações (3363-2281 / 3363-4045) Polícia Militar (32339367) Posto policial da Vara da Infância e da Juventude (3233-5279) Posto de serviço social – GDF (3441-4335) Posto da ANTT (3234-8452) Administração da Rede Ferroviária Federal (3363-4044) Posto de Cargas e Encomendas Sala de Espera Sala de Banho Guarda-Volume Agência de Correio Posto Telefônico Ponto de Táxi Caixa Eletrônico do Banco 24 horas BRB ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 191 Caixa Eletrônico do Banco do Brasil Caixa Econômica Lojas Lanchonetes Banca de revistas Drogaria Banca de revista Salão Unissex Boxes para vendas de bilhetes A infraestrutura desse terminal é caracterizada por precárias condições de salubridade e de atendimento aos usuários. O Governo José Roberto Arruda desenvolveu estudos para a construção de novo terminal em área próxima da EPIA sul, Estação Shopping do Metrô, Parkshopping e Aeroporto Internacional JK. A construção do novo edifício visa integrar o terminal ao sistema de transporte metroviário e diminuir a distância em relação ao aeroporto internacional através do sistema VLT de transporte. O projeto do novo terminal ficou a cargo do escritório de arquitetura brasiliense Reis Arquitetura. Situado no Plano Piloto do Distrito Federal, às margens da EPIA, junto à estação Shopping do Metrô, o novo terminal estará ocupando uma parcela de aproximadamente 61.000 m², com uma área edificada em torno de 12.200 m², contando ainda com os seguintes equipamentos e serviços: 33 espaços, totalizando 1.720 m² de área comercial, para serem locados para variadas atividades (restaurante, farmácia, livraria, lanchonetes, loterias, confecções, instituto de beleza, acesso à lnternet, agência de turismo, etc.); 32 plataformas de embarque e desembarque; 60 guichês para vendas de passagens; 02 Sanitários comuns e 2 sanitários para portadores de necessidades especiais; Espaços publicitários; Sala para a Agência Reguladora da Concessão; Escritório para administração; Escritório para fiscalização da ANTT; Serviço de som e Serviço de TV; Serviços do Juizado de Menores, Polícia Civil e Polícia Militar; Espaços para serviços obrigatórios e/ou essenciais do Distrito Federal; Posto de informação; 300 vagas para estacionamento de veículos particulares; Telefones Públicos; Sala de espera; Guarda Volumes; Despacho de Encomendas; Caixas eletrônicos; Estacionamento para ônibus; ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 192 Ponto de Táxis; Parada de Ônibus Urbano; Outros serviços diversos. Prevê-se ainda que no território reservado à Administração, serão disponibilizados vestiários para os funcionários, refeitório, recepção, sala da gerência, sala de arrecadação, sala de recursos humanos, Centro de Controle Operacional e sala de treinamento e reuniões. O antigo terminal da Rodoferroviária, localizado no extremo oeste do Eixo Monumental, portanto, em breve será desativado. Os projetos do GDF para ocupação com outras atividades e funções do atual terminal rodoferroviário ainda não foram divulgados. Evidencia-se que o terminal rodoferroviário, ativo até a finalização deste relatório, não suporta mais a demanda existente, apontando ameaças ao funcionamento e atendimento das populações em viagem. Além disso, diversos fatores podem ser observados como ameaças específicas, a exemplo do terminal rodoferroviário que não possui posto de saúde para atendimento emergencial; também não possui Centro de Atendimento ao Turista. Ambos os serviços não foram previstos no novo terminal, apontando uma ameaça real ao bom funcionamento do mesmo para atendimento da população e dos visitantes. No entanto, considera-se que a criação do novo terminal rodoviário do Distrito Federal gera oportunidades para novos negócios e ampliação da capacidade da capital em receber seus visitantes. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 193 6. Considerações Finais: Análise Macroambiental do Distrito Federal No ano do cinqüentenário de Brasília é possível perceber as transformações da cidade ao longo do tempo. O Distrito Federal, delimitado para comportar a capital do país, apresenta características ímpares diante da sua formação socioespacial, mas também passa a reproduzir questões urbanas existentes nas demais metrópoles brasileiras. O plano traçado por Lúcio Costa é consolidado, mas a expansão da cidade para além do desenho feito pelo urbanista indica que rugosidades históricas permanecem e a interação entre a cidade e a sociedade em meio a formas pré-existentes delineia outra composição territorial para o Distrito Federal e Brasília: a cidade idealizada cede espaço à cidade transformada, cuja concentração dos postos de trabalho e equipamentos urbanos no Plano Piloto se dá em detrimento da dispersão da população de menor renda em áreas periféricas. Percebe-se a importância do resgate da historicidade de um território com rica cultura, resultado de intensa miscigenação entre os sertanejos locais e os migrantes oriundos de todas as regiões do país. A mistura candanga se consolida numa cidade que cresceu de forma significativa nos seus 50 anos de existência, ocasionando mudanças nos usos do território. Nesse momento, Brasília agrega não somente a sede do Governo Federal, mas concentra amplo setor de serviços e apresenta índices que indicam alta qualificação no que diz respeito à educação básica, fundamental e superior, com as menores taxas de analfabetismo, a maior taxa de escolaridade média do país (9 anos), e o elevado número de docentes (90,1%) com alguma modalidade/título de pósgraduação. O trabalhador do Distrito Federal apresenta a 4ª posição em quantidade de horas trabalhadas e seus rendimentos estão 45,6% acima da média nacional. Porém, ao se analisar essa situação deve-se destacar a forte concentração de ofertas de trabalho na administração pública, bem como os salários pagos nesse setor, que são em média maiores do que os da iniciativa privada. Nos demais setores da economia, o estímulo à criação de atividades formais a partir de incentivos fiscais e da diminuição da burocracia para investimentos em setores estratégicos, como o turismo por exemplo, configuram uma política de combate a informalidade. Para tanto, a Lei da Micro e Pequena Empresa e a Lei do Empreendedor Individual viabilizam a efetivação desse processo, desonerando a regulamentação do trabalhador situado na economia informal. Os investimentos em qualificação e capacitação, além de aumentar a qualidade e competição em todos os setores, ampliam as possibilidade de diminuição da taxa de desemprego (12%). São ações que podem causar impacto positivo na queda do elevado grau de informalidade (61%) da atividade econômica no Distrito Federal, bem acima da média nacional (51%). ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 194 Apesar dos altos índices da informalidade no mercado de trabalho, o Distrito Federal apresenta elevado PIB per capita, sendo o primeiro colocado no ranking nacional. Em contraposição a essa informação, observa-se que a grande concentração de renda é distribuída de forma desigual entre a população de maior e menor rendimento. Brasília, Goiânia e Fortaleza apresentam os piores índices no que respeita a distribuição de renda entre os mais ricos e os mais pobres. Nesse contexto, aponta-se o estímulo ao setor terciário (comércio e serviços) como uma possibilidade crescente de desenvolvimento local, baseado em atividades com menor impacto ambiental e cultural. Outras atividades de potencialidade, constatadas ao longo do estudo, envolvem a agrofloresta, permacultura, agricultura familiar, e a indústria de móveis, vestuário e de alimentação, integrantes do setor primário e secundário, respectivamente. De modo a estabelecer medidas que apontem para maior desconcentração das atividades geradoras de emprego e renda no Distrito Federal, há a proposta de criação de novos pólos dinâmicos que concentrem atividades ao redor das linhas de transporte metroviário ou dos eixos de transporte do Distrito Federal. Os investimentos em transporte público coletivo, de certa forma, diminuiriam a dependência do transporte individual. Esse processo pode viabilizar nova configuração da dinâmica social, econômica e cultural do Distrito Federal, reforçado pela proposta de implementação dos pólos Multifuncionais, previstos no PDOT/2009187, reduzindo a sobrecarga do Plano Piloto e gerando postos de trabalho mais próximos aos locais de moradia. O macrozoneamento indicado no PDOT/2009 para a cidade, parâmetro atual das diretrizes de uso e ocupação do solo, mesmo estando sob julgamento, traz indicativos de ações relacionadas à manutenção do conjunto tombado, e a regularização fundiária de modo a coibir a ocupação irregular de terras. Esse processo de regularização vai estar diretamente atrelado a necessidade de promover implantação de infraestrutura para áreas já ocupadas, bem como viabilizar a ampliação da rede viária com intuito de faciltar o deslocamento. Para tanto, serão necessários investimentos que, em alguma medida, resultam na valorização das terras urbanas e intensificação das atividades tanto da construção civil quanto do mercado imobiliário na esfera da especulação. Diante da expansão da ocupação urbana em processo constante no Distrito Federal, identifica-se a necessidade de investimentos em alguns setores de infraestrutura, principalmente no que se refere ao transporte público coletivo, a saúde pública, e a segurança, sendo fundamental dar continuidade à execução de programas existentes, como o Brasília Integrada, bem como gerar novas formas de incentivo ao desenvolvimento desses setores. Constatada a forte concentração de atividades econômicas, geração de emprego, renda, bem como de infraestrutura e equipamentos na Região Administrativa do Plano Piloto, a análise aponta a necessidade de investimentos e ações descentralizadas que poderão resultar na diminuição das desigualdades em escala local e regional, bem como em novas oportunidades para diversos setores. 187 É importante ressaltar que o PDOT/2009, a pedido do ministério Público do Distrito Federal e Territórios – MPDFT –, especificamente da promotoria de Ordem Urbanística e Meio Ambiente, o poder Judiciário está examinando a suspensão integral da aplicabilidade da lei aprovada pela Câmara Legislativa do Distrito Federal e sancionada pelo Poder Executivo em 2009. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 195 A vulnerabilidade socioeconomica identificada em diversos aspectos da Análise Macroambiental (demografia, segurança pública, saúde, educação, cultura e lazer, entre outras) é um elemento que impõe limites à melhoria das condições das regiões administrativas mais pobres e dos municípios do Entorno reforçando a dificuldade quanto a mobilidade social. Esse contexto, implica na fragilidade no que tange a possibilidade de desenvolvimento das potencialidades da população local, reforçando a segregação e os entraves ao desenvolvimento sustentável do Distrito Federal como um todo. Políticas Públicas direcionadas a qualificação de mão de obra, empreendedorismo, mobilização social e geração de emprego e renda devem ser direcionadas para as regiões administrativas e cidades do Entorno que compõem a RIDE-DF, com menor poder aquisitivo e maiores índices de violência. Duas das vulnerabilidades destacadas na Análise referem-se a grupos etários distintos. O primeiro deles, os jovens, mais sucetíveis a violência; e o segundo grupo formado pelos idosos, que é cada vez mais significativo no Plano Piloto e no Distrito Federal em sua totalidade. Políticas e ações direcionadas a esses dois grupos, em específico, se fazem necessárias diante da emergência de problemas sociais e econômicos envolvidos nessa realidade. Dentre essas ações destacam-se investimentos eficazes em educação em seus distintos níveis. O processo de desenvolvimento econômico deve estar ancorado pela oferta de educação de boa qualidade acessível a população como um todo. A análise dos dados da pesquisa revela que quanto maior o nível de escolaridade e formação profissional maiores poderão ser os rendimentos obtidos pelos trabalhadores, o que gera um ciclo virtuoso de geração de emprego e renda, consumo, geração de impostos e investimentos públicos e privados. Outra aspecto de relevância diz respeito a correlação entre educação, economia e manifestações culturais. A contemporaneidade das manifestações culturais do Distrito Federal, com uma variedade autêntica de opções, oferece um ambiente propício para o desenvolvimento de ações que envolvam a rede pública e privada de educação, os promotores culturais, e o aproveitamento e divulgação da capital em todo o país e no exterior, como um centro cultural cosmopolita e aglutinador de diferentes amostras que caracterizam a cultura brasileira. O contexto sociocultural do Distrito Federal aponta a expansão do lazer e do entretenimento nas diversas RAs, bem como à promoção de seus agentes culturais na medida em que se observam iniciativas de desconcentração das opções de lazer e entretenimento no Plano Piloto. O alto índice de gastos em bens e serviços artístico-culturais no Distrito Federal, tanto direto quanto indireto indica a existência de demanda da população por esses serviços, importantes para a formação cidadã e intelectual da população como um todo, como também para a utilização intensiva dos equipamentos culturais e de lazer existentes (cinemas, teatros, museus, quadras esportivas, entre outros). O elevado poder aquisitivo de parcela considerável da população do Distrito Federal se configura, em si, base para investimentos na região, sendo a relação entre a renda per capita e os gastos importantes indicadores. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 196 Os Programas do Governo Federal dentre eles o Bolsa Família, o Programa de Aceleração do Crescimento, Agricultura Familiar, entre outros, configuram-se como ambiente para ampliação das parcerias público privadas que beneficiam setores como obras de infraestrutura rodoviária, de saneamento e habitação. O Distrito Federal é uma das unidades da federação que apresentam taxas significativas da participação de migrantes em sua população total. O fato de ser uma cidade planejada, que se constroi no dia a dia ao longo dos últimos 50 anos, reflete a continuidade de atração de fluxo migratório e a constante ampliação de sua área urbana, bem como a sua infraestrutura (eletricidade, telecomunicações, coleta e tratamento de lixo, segurança pública, transporte público, sistema viário, modais de transporte, entre outros). A expansão urbana repercute no grande número de construções, principalmente em regiões administrativas em consolidação ou em áreas próximas aos corredores de transporte. Tal cenário característico do Distrito Federal propicia novas oportunidades de negócios e de empreendimentos, das quais destacamos algumas a seguir. A construção da Torre da TV digital além de atender a ampliação e melhoria da transmissão dos serviços de telecomunicações será em breve novo atrativo turístico, incorporando ao local onde se encontra a dinâmica territorial do turismo, ainda fortemente concentrada no Plano Piloto. O encerramento das atividades do Lixão da Estrutural e a criação de moderno aterro sanitário controlado na região administrativa de Samambaia ampliará a capacidade do DF no tratamento de seus resíduos sólidos. O Projeto Polícia Cidadã, que aproximou a política de segurança pública das comunidades locais onde foi instalado, abre perspectiva de progresso quanto a construção da justiça social no DF, o que beneficia indiretamente o turismo. A adoção do sistema integrado de transporte, ainda em instalação, permitirá maior acessibilidade aos usúarios, o que inclui os turistas, além da diminuição dos custos de transporte coletivo e dos congestionamentos no Distrito Federal. A mobilidade urbana também aponta para uma iniciativa inovadora a partir da construção de ciclovias em diversas regiões administrativas do Distrito Federal. Essa tendência irá se consolidar ainda mais nos próximos anos, criando ambientes propícios para exploração de segmentos específicos do turismo, como o turismo de aventura, posicionando o DF como um destaque com relação às demais unidades federativas do país no que diz respeito ao uso de ciclovias. Nesse contexto, Brasília na atualidade é a 3ª cidade em importância econômica no país, segundo o Estudo Região de Influência de Cidades do IBGE (2008). A concentração de serviços, empresas e órgãos públicos contribui para essa posição, além da localização estratégica no centro do país cujo Aeroporto Internacional de Brasília representa um dos mais importantes ―hubs‖ da rede aeroviária brasileira. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 197 O Aeroporto, portanto, não atende apenas a população do Distrito Federal, mas também a região onde se insere e os fluxos aéreos entre as diferentes regiões do país e de alguns países como Argentina, Portugal e Estados Unidos. Com o aumento da demanda e a insuficiência da estrutura atual, a ampliação do Aeroporto Internacional de Brasília foi inserida no PAC 2 como de fundamental importância para o processo de expansão da rede político-econômica cujo nó significativo está constituído no Distrito Federal. A localização geográfica no centro do país e o seu projeto geopolítico colocaram Brasília como centro de um extenso sistema de rodovias federais que tem início em seu território e que interligam as diversas regiões do país. Esse nó rodoviário foi e continua sendo fundamental para o desenvolvimento do Distrito Federal e região. A rede de rodovias federais e distritais contribuem para o turismo regional, que necessita dessa rede local para o seu desenvolvimento, articulando Brasília a outros destinos turísticos próximos nos estados de Goiás, Minas Gerais, Tocantins e Bahia. A articulação do turismo local e regional através da malha rodoviária contribui para a melhoria da acessibilidade, articulação e competivividade do destino Brasília. A ampliação do turismo local e regional também influencia nas políticas de uso e ocupação da orla do Lago Paranoá, reforçando a tendência de uso turístico cada vez maior dessas áreas que apresenta também potencialidade para atividades ligadas a cultura, lazer e entretenimento. A ampliação do transporte lacustre tende a acompanhar esse crescimento. O maior incentivo ao uso do Lago e suas margens para atividades de lazer, comércio e serviços configuram-se em novos negócios que envolvem aluguel de embarcações para passeios, novas opções gastronômicas e culturais. Todos os aspectos analisados, bem como todos os dados levantados, indicam que o Distrito Federal apresenta boas oportunidades para o desenvolvimento de novos negócios, em diferentes setores da economia. No transcorrer da análise buscou-se destacar os aspectos de maior relevância para empreendedores, independentemente de sua capacidade de investimento, bem como as eventuais ameaças que podem, eventualmente, frustrar as expectativas dos diversos setores produtivos, assim como do desenvolvimento do DF como um todo. Com a perspectiva de eventos importantes, como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, Brasília ganha ainda mais destaque na mídia internacional. Espera-se que esse estudo possa contribuir para a construção de uma imagem positiva da cidade e, consequentemente do país, auxiliando na superação dos diversos entraves ao desenvolvimento econômico, social e cultural identificados ao longo do trabalho. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 198 BIBLIOGRAFIA ALBANO, Celina e MURTA, Stela Maris. Interpretar o Patrimônio: um exercício do olhar. Belo Horizonte, Território Brasilis, Editora UFMG, 2002. ARAGÃO, J. Os Problemas do Transporte Coletivo no DF. Portal UNB-DF. Brasília, 2009. Disponível em: http://www.ceftru.unb.br/institucional/artigos-ceftru/os-problemas-do-transporte-coletivo-no-dfjoaquim-jose-guilherme-de-aragao ASSOCIAÇÃO POSITIVA DE BRASÍLIA. Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável de Brasília: Estratégias de Desenvolvimento Turístico. Brasília, Ministério do Turismo, 2009. BANDEIRA, Pedro S. e BECKER, Dinizar F. Desenvolvimento local-regional: determinantes e desafios contemporâneos. Santa Cruz do Sul, Edunisc, 2000. BARREIRA, Celene Cunha Monteiro Antunes e TEIXEIRA, Renato Araújo. O Entorno de Brasília no contexto da efervescência socioespacial goiana”. Goiânia, Boletim Goiano de Geografia, v.24, 2004. BERTRAN, Paulo. História da Terra e do Homem do Planalto Central: eco-história do Distrito Federal – do indígena ao colonizador. Brasília, Verano, 2000. BIGNAMI, Rosana. A imagem do Brasil no turismo: construção, desafios e vantagem competitiva. São Paulo, Editora Aleph, 2005. BRAGA, Andréa da Costa e FALCÃO, Fernando A.R. Guia de Urbanismo, Arquitetura e Arte de Brasília. Brasília, Fundação Athos Bulcão, 1997. BRANCO, Lúcio Castelo. Brasília: Do Centro à Periferia ou Uma Viagem Redonda. In: PAVIANI, Aldo (Org.). Urbanização e metropolização. Brasília: Editora Universidade de Brasília, Codeplan, 1987. pp. 2132 Brasília em Tempo Real. Perigo no Transporte Coletivo do Distrito Federal. 15/04/2008 10h45m. Disponível em: http://www.emtemporeal.com.br/index.asp?area=2&dia=15&mes=04&ano=2008&idnoticia=50054 BOULLON, Roberto, MOLINA, Sérgio e WOOG, Manuel Rodríguez. Um novo tempo livre. Bauru, Edusc, 2004 (d). BUTLER. Richard W. e PEARCE, Douglas G. (orgs.). Desenvolvimento em turismo: temas contemporâneos. São Paulo, Editora Contexto, 2002. CAIADO, Maria Célia Silva. Estruturação intra-urbana na região do Distrito Federal e entorno: a mobilidade e a segregação socioespacial da população. In: R. bras. Est. Pop., São Paulo, v. 22, n. 1, p. 55-88, jan./jun. 2005. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 199 Câmara Legislativa do Distrito Federal. Audiência Pública discute problemas do transporte coletivo do Distrito Federal. 02/03/2009 17:14. Disponível em: http://www.cl.df.gov.br/cldf/noticias/audienciapublica-discute-problemas-do-transporte-publico-do-distrito-federal. CARVALHO, C. H. R. de; PEREIRA, R. H. M. Efeitos da Variação da tarifa e da renda da população sobre a demanda de transporte público coletivo urbano no Brasil. In: Boletim Regional, Urbano e Ambiental. 3ª ed. IPEA: Dez. 2009. CATALÃO, Igor de França. Brasília: Metropolização e Espaço Vivido. Práticas espaciais e vida quotidiana na periferia goiana da metrópole. Programa de pós-Graduação em Geografia, UNESP – Presidente Prudente, 2008. Dissertação de Mestrado. EMPRESA DAS ARTES. Guia Arquitetura Brasília: o mais completo roteiro turístico da capital federal. São Paulo, Editora Abril, 2000. FARRET, Ricardo libanez. O Estado, a questão territorial e as bases da implantação de Brasília. In: PAVIANI, Aldo (Org.). Brasília: Ideologia e Realidade. Espaço Urbano em questão. São Paulo, Projeto, 1985. FERREIRA, Ignez Costa Barbosa. Gestão do território e novas territorialidades. In: PAVIANI, Aldo (Org.). Urbanização e metropolização. Brasília: Editora Universidade de Brasília, Codeplan, 1987. pp. 135-144 Gestão do uso do solo e disfunções do crescimento urbano: instrumentos de planejamento e gestão urbana: Brasília e Rio de Janeiro / IPEA, USP, UnB, UFRJ. Brasília: IPEA, 2001. v. 3. 254 p. GOUVÊA, Luiz Alberto de Campos e PAVIANI, Aldo (orgs.). Brasília: controvérsias ambientais. Brasília, Editora UnB, 2003. GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL e GOVERNO DO ESTADO DE GOÍAS. Proposal for the development of the Brasília-Goiânia axis. Brasília, GDF, 2004. IPHAN – INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL. Bens Móveis e Imóveis Inscritos nos Livros do Tombo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Brasília, Iphan, 1994. ______________. Cartas Patrimoniais. Brasília, Iphan , 1995. INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA IPEA. Gestão do uso do solo e disfunções do crescimento urbano: instrumentos de planejamento e gestão urbana: Brasília e Rio de Janeiro / IPEA, USP, UnB, UFRJ. Brasília: IPEA, 2001. v. 3. 254 p. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Economia do Turismo: uma perspectiva econômica (2003-2006). Rio de Janeiro, MPOG, IBGE, 2009. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 200 KOTLER, P. (KOTLER, P. Administração de Marketing. 12 ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006. Pg.50. LASSANCE, Adalberto et alli. Brasília: capital do Brasil: educação e cultura pelo turismo. Brasília, Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal/ Editora Pórfiro, 2003. MINISTÉRIO DO TURISMO. Estudo de competitividade dos 65 destinos indutores desenvolvimento turístico nacional. Brasília, Programa de Regionalização do Turismo, 2009. do ________________. Programas e ações do Ministério do Turismo. Brasília, MTur, 2010. ________________. Roteiros do Brasil: 87 belos motivos para viajar pelo Brasil. Brasília, MTur, 2010. ________________. Proposta estratégica de organização turística da Copa do Mundo 2014 Brasil. Brasília, MTur, 2010. MEDEIROS, Ana Elisabete; CAMPOS, Neio. Cidade projetada, Construída, Tombada e Vivenciada: pensando o planejamento urbano em Brasília. In: PAVIANI, Aldo (Org.). Brasília 50 anos: da Capital à Metrópole. Brasília: Editora da Universidade de Brasília, 2010. (no prelo) MIRAGAYA, Júlio Flávio Gameiro. Dinâmica Econômica, Migrações e Integração do Território no Centro-Oeste: o impacto do eixo Brasília-Goiânia. Brasília, Dissertação de Mestrado, Departamento de Geografia UnB, 2003. MOLLO, Maria de Lourdes Rollemberg et alli. O setor aéreo na economia brasileira: importância econômica e perspectivas ante a abertura do setor às empresas estrangeiras. Brasília, CET Unb, 2009. NIEMEYER, Oscar. As Curvas do Tempo: memórias. Rio de Janeiro, Editora Revan, 1999. PAVIANI, Aldo (Org.). Apresentação. In: Urbanização e metropolização. Brasília: Editora Universidade de Brasília, Codeplan, 1987. pp. 11-20 _______________. Apresentação. In: Brasília – Gestão urbana: conflitos e cidadania. Brasília: editora Universidade de Brasília, 1999. 11-19 PUBLICAR LISTEL. Distrito Federal 2009 – 2010 assinantes comerciais/ classificada. Brasília, Publicar Listel, 2009. ROLLEMBERG, 2009. Precariedade do Sistema de Transporte Coletivo do Distrito Federal. Discurso realizado no dia 10 de fevereiro de 2009, na Câmara dos Deputados do Distrito Federal. Disponível em: http://www.rollemberg.com.br/mandato/discursos/precariedade-do-sistema-de-transporte-coletivo-dodistrito-federal ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 201 SILVEIRA, Denise Prudente de F.. Gestão Territorial do Distrito Federal: trajetórias e tendências. In: PAVIANI, Aldo (Org.). Urbanização e metropolização. Brasília: Editora Universidade de Brasília, Codeplan, 1987. pp. 145-166 PETROCCHI, Mário. Turismo, Planejamento e Gestão. São Paulo, Editora Futura, 1998. PESSOA, Eduardo. A formação histórica do Distrito Federal e Entorno: dos municípios-gênese a presente configuração territorial. Programa de Pós-Graduação em Geografia, UnB, 2007. Dissertação de mestrado. Plano Piloto 50 anos: Cartilha de preservação – Brasília. Brasília, DF: IPHAN / 15ª Superintendência Regional, 2007. RIBEIRO, Sandra Bernardes. Brasília: memória, cidadania e gestão do patrimônio cultural. São Paulo, Annablume, 2005. STEINBERGER, Marília. Formação do Aglomerado Urbano de Brasília no contexto nacional e regional. In: PAVIANI, Aldo (Org.). Urbanização e metropolização. Brasília: Editora Universidade de Brasília, Codeplan, 1987. pp. 23-54 ANATEL. Relatório sobre a Universalização do serviço de Telefonia Fixa no Distrito Federal. Superintendência de Universalização: Gerência-Geral de Acompanhamento e Controle, 2008/2009. VASCONCELOS, José Adirson de. Cidades-Satélites de Brasília. Brasília, 1988. VASCONCELOS, A. M. N.. Cenários demográficos para a Área Metropolitana de Brasília. In: PAVIANI, Aldo (Org.). Brasília 50 anos: da Capital à Metrópole. Brasília: Editora da Universidade de Brasília, 2010. (no prelo) VIANA, R. V.. A (re)produção do espaço como mercadoria: Pólo 3 – Projeto Orla extensõeslatências. Programa de Pós-Graduação em Geografia. Universidade de Brasília. 2008. Dissertação de Mestrado. Endereços Eletrônicos http://www.se.df.gov.br/ http://www.ifb.edu.br http://www.inep.gov.br http://www.senacdf.com.br http://www.bcb.gov.br/?RELAGPAB http://www.der.df.gov.br/ http://www.telelistas.net http://www.caesb.df.gov.br http://www.ceb.df.gov.br http://www.fgv.br ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 202 http://www.seduh.df.gov.br http://www.mi.gov.br http://www.ibge.gov.br http://www.sinepe-df.org http://www.df.sebrae.com.br http://www.sc.df.gov.br http://www.dieese.org.br http://www.codeplan.df.gov.br http://www.portaltransparencia.gov.br http://www.brasil.gov.br/pac http://www.correioweb.com.br ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 203 ANEXOS Anexo 1 Educação Básica Programas Estruturantes, programas e projetos da Secretaria de Educação do Distrito Federal. O Programa Cidadania na Escola tem por objetivo estimular entre os estudantes o exercício da cidadania, o patriotismo e o amor ao país. Para tanto, são distribuídos em cada estabelecimento de ensino kits contendo uma Bandeira Nacional, uma do Distrito Federal, CDs com música e as letras dos Hinos Nacional, da Independência, da Proclamação da República, à Bandeira, do Distrito Federal e Brasília Capital da Esperança. Além disso, são distribuídos aos alunos cartilhas que contm desde direitos individuais e coletivos previstos na Constituição até tópicos relevantes do ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente. A cartilha para os estudantes traz uma apresentação do secretário José Luiz Valente, tem 50 páginas com fotos e desenhos coloridos, a letra de todos os hinos, um resumo da história dos símbolos da pátria e do DF, orientações de seu uso e de sua guarda. O documento aborda, ainda, 20 temas, entre estes: Constituição Cidadã, Estatuto da Criança e do Adolescente, Armas, Selos e Datas Nacionais e do Distrito Federal. O programa foi lançado em julho de 2008 e consiste em uma parceria da SEDF com a Fundação dos Rotarianos de Brasília e Rotary Compartilha. O Programa Escola Aberta consiste na abertura de escolas públicas, situadas em comunidades urbanas em situação de risco e vulnerabilidade social, nos finais de semana para a realização de atividades de esporte, cultura e lazer. É uma iniciativa do MEC – Ministério da Educação em parceria com a UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura e é executada pelas Secretarias Estaduais e Municipais de Educação, com o objetivo de contribuir para a melhoria da qualidade da educação, promover a inclusão social e ajudar a construção de uma cultura de paz. A proposta central do Escola Aberta é proporcionar aos alunos da educação básica das escolas públicas e às suas comunidades espaços alternativos para o desenvolvimento de atividades de cultura, esporte, lazer, geração de renda, formação para a cidadania e ações educativas complementares durante o final de semana. Seu foco prioritário são os jovens. As atividades são realizadas por meio de oficinas cujos temas são selecionados pela comunidade. As mais comuns são as oficinas de música, dança, atividades esportivas, dentre outras. Em geral, os ―oficineiros‖ responsáveis pelas atividades residem na vizinhança. Dessa maneira, o programa Escola Aberta pretende estreitar as relações entre escola e comunidade e, também, reduzir a violência na comunidade escolar. Os recursos para a manutenção do programa são repassados pelo FNDE – Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, ligado ao MEC, diretamente às escolas. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 204 O Distrito Federal participa do Programa desde 2006 e conta com 54 escolas abertas - dado do Relatório de Gestão 2008: Por meio do PISE - Programa Integrado de Saúde Escolar. criado em 1978, são promovidas ações voltadas para a saúde dos alunos da Educação Infantil e do Ensino Fundamental da rede pública do DF. Presta assistência médica, odontológica e nutricional, contribuindo assim, para um melhor desempenho educacional. Promove ações de prevenção e educação nas áreas de oftalmologia e nutrição, identifica casos de doenças transmissíveis; avalia a saúde dos estudantes e distribui cartilhas informativas para prevenção de doenças transmissíveis e distúrbios de linguagem. Diagnostica alunos com deficiência visual, por meio do TAV - Teste de Acuidade Visual e promove a doação de óculos aos alunos com necessidade de correção visual. Acontece nos seis consultórios de oftalmologia da SEDF instalados nas Diretorias Regionais de Ensino do Plano Piloto, Taguatinga, Ceilândia e Santa Maria. Realiza avaliação antropométrica (tomada de medidas de peso e estatura) nos alunos. Após esta avaliação, com base no IMC - Índice de Massa Corporal, aqueles com suspeita de desnutrição, de sobrepeso ou de obesidade, juntamente com seus pais e/ou responsáveis, recebem atendimento individual e/ou orientação nutricional por meio de palestras com nutricionistas. A SNCT – Semana Nacional de Ciência e Tecnologia iniciada em 2004, seu objetivo é mobilizar a população em geral, mas em particular e principalmente crianças e jovens, em torno de temas de ciência e tecnologia. Promovida pelo Ministério de Ciências e Tecnologia, durante uma semana acontecem eventos simultâneos em vários municípios das diferentes unidades estaduais do país, com a participação de instituições diversas, tais como: 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. universidades e institutos de pesquisa, escolas públicas e privadas, centros e museus de ciência e tecnologia, entidades científicas e tecnológicas, secretarias estaduais e municipais de ciência e tecnologia e de educação, fundações de amparo à pesquisa, parques e jardins botânicos, comissões de C&T das casas legislativas, empresas públicas e privadas, meios de comunicação, órgãos governamentais, entidades da sociedade civil, todos os setores e pessoas interessadas. Os eventos são abertos a toda e qualquer pessoa, e são sempre gratuitos. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 205 Anexo 2 Descrição de Ações e Programas desenvolvidos pela Secretaria de Cultura do Distrito Federal. O Programa Cultura nas Cidades foi criado para valorizar o artista local e descentralizar a cultura do Distrito Federal, o projeto leva lazer e muita música para as 30 regiões administrativas do Distrito Federal. As bandas que se apresentam pelo projeto são indicadas pela comunidade juntamente com os gerentes e conselheiros regionais. O ‗Cultura nas Cidades‘ tem por objetivo proporcionar lazer e cultura ao mesmo tempo, principalmente para as comunidades que não têm acesso a grandes shows. Vale ressaltar que o projeto sempre leva uma grande atração nacional. No início de cada semestre a Secretaria de Cultura se reúne com os Gerentes Regionais de Cultura para definir o calendário do projeto. Uma semana e meia antes do projeto na sua região, o gerente responsável sugere cinco bandas da sua Região Administrativa para serem inserido em uma enquete que poderá ser votada no site da Secretaria de Cultura (www.sc.df.gov.br) ou pela Rádio Cultura FM (3325-6253). Destas, as três mais votadas serão convocadas a comparecer na Secretaria de Cultura para apresentação de documentos. Posteriormente, o Gerente de Cultura escolhe o ritmo da banda nacional de acordo com a tendência de cada região. Baseado nisso, a Secretaria de Cultura contrata mais duas bandas de grande porte, sendo pelo menos uma de repercussão nacional. O Fundo de Apoio à Cultura foi criado em 1991 com o objetivo de prover recursos a pessoas físicas e jurídicas domiciliadas no Distrito Federal, para a difusão e incremento das atividades artísticas e culturais, com a denominação de Fundo de Apoio à Arte e à Cultura, regulamentado através do Decreto 14.085/92. Para realização de suas ações, o antigo fundo contava com 33% sobre a receita própria arrecadada pela extinta Fundação Cultural do Distrito Federal, hoje Secretaria de Cultura. Os recursos eram provenientes da locação dos espaços por ela administrados; percentual de 1% sobre o valor dos recursos do Fundo de Desenvolvimento do Distrito Federal (Fundefe); contribuições e subvenções de instituições financeiras oficiais, e outras formas de menor impacto. Em 2008, a Câmara Legislativa do Distrito Federal aprovou uma nova Lei para o FAC, destinado, no mínimo, 0,3% da Receita Corrente Líquida – soma de todos os valores arrecadados pelo tesouro do DF – para projetos inscritos no Fundo. O acesso aos recursos do FAC é realizado mediante aprovação do Conselho de Cultura do Distrito Federal. A administração é feita pela Secretaria de Estado de Cultura, por meio do Conselho de Administração. Outro marco histórico para o FAC consta da formação do Conselho de Cultura. Pela primeira vez desde sua criação, a Secretaria de Cultura aprovou o primeiro nome da lista tríplice indicada pelos fóruns e movimentos culturais organizados. O Conselho é paritário, formado por representantes do governo e da sociedade. Os tradicionais Concertos da Orquestra Sinfônica acontecem todas as terças-feiras, às 20h, nas Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional Claudio Santoro. A Mala do Livro coordena ações que promovem a leitura em comunidades de pouco ou nenhum acesso a bibliotecas públicas e tem como base mini-bibliotecas residenciais instaladas em caixas-estantes de madeira que comportam até 200 livros, entre volumes literários, material didático, revistas, dicionários, enciclopédias e gramáticas. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 206 O programa está inserido no conjunto de políticas públicas promovidas pelo Governo do Distrito Federal para democratizar o livro e aprimorar o índice de leitura do DF, visto que a popularização da leitura e do uso do livro é um processo fundamental da construção da cidadania e do desenvolvimento sócio cultural das comunidades. A Mala do Livro é um programa voltado à criança, ao adolescente e ao adulto, visando facilitar o acesso à informação e à leitura. É coordenado pela Diretoria de Bibliotecas da Secretaria de Cultura do GDF e surgiu no formato de biblioteca domiciliar em 1990, como atividade de extensão da Biblioteca Pública de Brasília. O primeiro núcleo, coordenado pela bibliotecária Neusa Dourado, foi implantado em Samambaia, sendo mais tarde expandido para outras cidades do DF. Começou com apenas duas cestas. Em 1993 já eram utilizadas dez malas e em 1995, quinze. Atualmente, mais de 502 malas atendem a cerca de 602,4 mil usuários, totalizando mais de 1,8 milhão de empréstimos em 2008, em todas as regiões administrativas, além da zona rural e Entorno. Com razão, muitos afirmam ser a Mala do Livro a maior biblioteca comunitária do DF. Os agentes da Mala são fundamentais no processo, assim como a participação da comunidade e de instituições, doando livros e material de trabalho. O programa sempre precisa de doações e voluntários. O programa Mala do Livro é embasado no envolvimento e comprometimento das comunidades, em especial dos Agentes Comunitários da Leitura, que participam voluntariamente mantendo as Malas em sua residência, emprestando livros e desenvolvendo atividades como o acompanhamento de estudantes nas tarefas escolares. O programa tem parceiros como o laboratório Sabin, que nos últimos três anos doou aproximadamente 19 mil livros por meio do Projeto Conte essa História, baseado em campanhas anuais de arrecadação entre clientes, colaboradores e fornecedores do laboratório. Em 2005, as obras foram entregues no dia 24 abril, no lançamento do projeto "Tenda da Leitura - Venha Ler no Parque", da Secretaria de Cultura. Para garantir o cumprimento das metas, a coordenação da Mala do Livro renova os acervos de acordo com as necessidades de cada comunidade, promove cursos de capacitação dos Agentes Comunitários da Leitura e organiza atividades culturais para estreitar as formas de interação com o livro e com outras manifestações culturais como teatro, música, artesanato, debates, torneios e mostra de vídeos. O empréstimo de livros tem validade de sete dias e pode ser renovado caso o volume não tenha sido reservado por outra pessoa. Para se cadastrar como leitor, basta preencher ficha de inscrição na Biblioteca Domiciliar mais próxima. Já o cadastramento dos agentes deve ser feito na Diretoria de Bibliotecas Públicas, localizada na Secretaria de Cultura do Distrito Federal. O Projeto Cinema para Cegos foi criado para atender a Inclusão Cultural Social de pessoas cegas e baixa visão por meio de um recurso áudio descritivo, para uma maior compreensão das cenas dos filmes do Festival de Brasília do Cinema Brasileira. O objetivo é tornar possível a acessibilidade de pessoas cegas e baixa visão a uma melhor compreensão dos filmes do Festival, ajuda aos deficientes visuais a construírem seus conceitos, ampliar seus interesses e desenvolver sua autonomia cultura e fornecer elementos visuais que os ajudem na compreensão dos filmes. O projeto existe desde 2007. O Projeto Arte para Todos foi desenvolvido a partir da parceria da Secretaria de Estado de Cultura juntamente com a Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal e tem como objetivo capacitar Arte-educadores e artistas em geral para atuar com alunos com necessidades educacionais especiais, dentro de sua proposta de formação continuada. Um dos aspectos mais relevantes nas capacitações será a utilização de novas metodologias experimentais, que possibilitem aos Arte-educadores e artistas a sentirem, pensarem, refletirem e, sobretudo, vivenciarem o processo de inclusão escolar e social dos alunos com necessidades educacionais especiais. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 207 É importante salientar que esta proposta será com fundamentação conceitual, metodológica e legal para o ensino da Arte estabelecida nos referenciais curriculares para a Educação Infantil e nos parâmetros curriculares do ensino fundamental e médio. A expectativa é que a oficina sirva como complemento do componente curricular arte, e que sejam indutores de novas discussões e experiências num contexto inclusivo em sala de aula e oficinas que subsidie a arte-educadores na promoção das adequações necessárias as aulas, contribuindo assim para o desenvolvimento das potencialidades das pessoas com necessidades especiais. É de fundamental importância na formação do Arte Educador na atual perspectiva de Educação Inclusiva, proporcionar conhecimento de Artes em geral e seus fundamentos nas principais categorias de necessidades especiais. Além disso, proporcionar reflexão e discussão em relação ao papel no atendimento inclusivo ao aluno com necessidades educativas especiais, trabalhando o preconceito e estereótipo com relação à Arte Educação. O objetivo do projeto é obter a capacitação de Arte Educadores e comunidade em geral para atuar com pessoas com necessidades especiais, dentro de sua proposta de formação inclusiva com Arte Educação. Este projeto foi criado em 2007. Os programas do Museu Vivo da Mémoria Candanga são dois: o programa Viva o Museu e o Programa Histórias Contadas. O primeiro Programa refere-se a visitação orientada para grupos pré-agendados, que recebe até 45 pessoas por vez em visita de aproximadamente 2h. A visita inicia com o histórico do local na área externa, filme histórico de 16 minutos, visita a exposição ―Poeira, Lona e Concreto‖ a ―Casa do Mestre Popular‖ e as Oficinas do Saber Fazer. O segundo, visa a coleta de dados, documentos e imagens relativos aos antecedentes e a História da Cidade. Os dados enviados ao Museu serão catalogados e disponibilizados a comunidade. A responsabilidade sobre os dados é do informante. A Secretaria de Cultura ainda oferece em seu site a agenda cultural do Distrito Federal. A Agenda Cultural é um espaço de convergência e divulgação das atividades culturais produzidas pelos diferentes setores da Secretaria de Cultura e também de eventos externos que acontecem nos seus espaços. Dessa forma, a cada mês, o público e a mídia podem ter acesso às produções artístico-culturais realizadas. A programação pode ser visualizada de forma completa, por dia da semana e também por áreas específicas (dança, teatro, música, cinema, oficinas e eventos). ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 208 Anexo 3 Grupos de Arte Popular e Folclore Grupo de Catira Os Considerados Marcílio Fernando SHIS QI 3 conj. 12 casa 18 Lago Sul - cep: 71605-200 telefone: - 3365 2949 / 9976 8930 Cordel - Eduardo Manoel 3625 1585 Grupo de Dança Folclórica Aécio da Silva R: Hugo Lobo - Quadra 55 - casa 1026 Planaltina - cep: 73330-550 telefone: 3389 1892 / 3389 0183 Dança Folclórica Pellinsky Gulhermina Q. 4 bl. B casa 56 Cruzeiro Velho - cep: 70648-023 telefone: 3362 8346 Centro de Tradições Populares Bumba-Meu-Boi do Seu Teodoro Quadra 15 - área especial 2 - caixa postal 7615 - Sobradinho telefone: 3387 0658 Arte e Vida (OSCIP) Luizinha Dornas SMPW - Q. 28 - Conj. 01 - lote 01 - Unidade "A" - Brasília-DF CEP: 71.745-801 [email protected] telefone: (61)9966-1926 / (61)3338-6691 ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 209 Anexo 4 Equipamentos para difusão da cultura – Centros Culturais Ministério da Cultura - Esplanada dos Ministérios, bloco B, CEP 70068-900, Galeria e auditório no térreo, além de livraria cultural, telefone 3316-2026 www.cultura.gov.br Aliança Francesa - biblioteca, auditório e galeria: SEPS EQS 708/907, lote A, CEP 70390-088, telefone 3242-7500 www.afbrasilia.org.br Arquivo Público do DF - SAP lote B, bloco 41, Novacap, telefone 3361-1454, História do DF, documentos, fotos, filmes www.arpdf.df.gov.br Casa Thomas Jefferson - SEPS 706/906 Conjunto B, CEP 70390-065, telefone 3443-6588, auditório com excelente programação musical, biblioteca especializada, galeria com exposições temporárias www.thomas.org.br Centro de Convenções - situado no Setor de Difusão Cultural, Eixo Monumental. (Em obras para expansão e reforma). Centro Cultural Banco do Brasil - Setor de Clubes Esportivo Sul, trecho 2, lote 22, telefone 3310-7081, teatro de 291 lugares, duas galerias de arte, sala de cinema com 70 lugares, café e livraria. www.cultura-e.com.br Cultura Inglesa - SEPS 709/908 Conjunto B, auditório, telefone 3443-4576 www.culturainglesa.net Conjunto Cultural da CEF - teatro com 380 lugares e cinco galerias de arte. SBS quadra 4, Anexo ao Edifício Sede. Telefones, 3414-9452, 3414-9447 www.caixa.gov.br Espaço Cultural Zumbi dos Palmares - Câmara dos Deputados, Praça dos Três Poderes, Edifício Principal Térreo Cep 70160-900 Telefone 3215-8080 www.camara.gov.br Espaço Cultural Ministério da Educação - Ministério da Educação, Esplanada dos Ministérios, Bl.L, 9º andar, sala 939,Cep 70047 900 fone: 2104-9190. Espaço Cultural do Superior Tribunal de Justiça - Setor de Administração Federal Sul, quadra 6, lote 1 trecho 3 Prédio dos Plenários, 2° andar, fone 3318-8151 www.stj.gov.br Instituto Cultural Camões - Embaixada de Portugal, SES Avenida das Nações, quadra 801, telefone 3032-9600 Instituto de Cultura Hispânica - SES 707/907, lote D, CEP 70390-078, telefone 3032-9634. Instituto de Produção Cultural Brasileira - (IPCB) CLN 203 BL. C 1º andar, telefone 3272-2871. Instituto de Produção Brasileira - O IPCB destina-se a promover segmentos da nossa cultura ainda não conhecidos ou resgatar patrimônios culturais fragilizados, o que confere uma característica de ser não apenas uma casa de produção, mas um centro de intercâmbio e convívio cultural. O IPCB foi fundado pelas produtoras culturais Joana Praia, Ana Paula Peigón e Nôga Ribeiro, e tem em sua presidência o jornalista Chico Dias e na vice-presidência o cineasta Vladimir Carvalho, CLN 203, bloco C, 1º andar, telefone 3272-2871. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 210 Pavilhão de Feiras de Brasília - no Parque da Cidade, com 53 mil metros quadrados e anfiteatro com capacidade para 1.800 pessoas, telefone 3322-0024. Complexo Cultural Funarte - SDC Lt 2, Eixo Monumental entre a Torre de TV e o Clube do Choro, telefone 32269228 / 3223-2341. Unidade 504 do SESC - W3 Sul, dispõe de biblioteca, escola de dança e auditório, telefone 3321-3788. www.sescdf.com.br Casa do Ceará em Brasília - instituição beneficente, o Núcleo de Cultura é responsável pela Biblioteca Padaria Espiritual, Biblioteca Mauro Benevides, Museu de Artes e Tradições do Nordeste, Pinacoteca e Galeria de Artes, peças de artesanato e folclore, Museu da Imagem e do Som, SGA/N - quadra 910, conjunto F, fone 3272-3833 Email: [email protected] - www.casadoceara.org.br ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 211 Anexo 5 Empreendimentos relacionados à empresas de Mídia Cultural Correio Braziliense - SIG, quadra 2, número 340, CEP 70 610 901, telefone 3342 1200 Jornal de Brasília - SIG Trecho 1, lote 585 645, CEP 70 610 400, telefone 3343 8000 Gazeta Mercantil - SRTVS, quadra 701, lote 5, bloco A, Empresarial Brasília, 2º andar, CEP 70000-000, telefone 3314 6060 Jornal da Comunidade - SIG, quadra 2, lote 570 590, CEP 70 610-420, telefone 3344 4300 Revista FOCO - SHIS QI 9, conjunto 1, casa 2, CEP 71625 200, telefone 3364 5929 e 3364 5930 Caderno Brasília do Jornal Hoje em Dia - SCRN 702/703 H 53, telefone 3327 1001 Tablado - SRTVN quadra 701, Centro Empresarial Norte, torre A, sala 219, telefone 3328 2457 Candango - site criado pela Fabrika, para divulgar a cultura brasiliense, SIG quadra 6, CEP 71000 460, telefone 3343 1500 Jornal Cultual Boca de Cena - site patrocinado pelo FAC, divulgação de artistas do DF, SHIN QI 11 conjunto 06 casa 07 - Lago Norte - CEP: 71.515-760, fax: 3368-1838 - e-mail: [email protected] Jornal Tribuna do Brasil - SIA trecho 3/4, Lote 1645/55 - CEP: 71.001-970, Fone: 3403-8101 - e-mail: [email protected] ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 212 Anexo 6 Lista de Museus do Distrito Federal Catetinho - BR 040, KM 0 (Saída Sul) - 71745-000 – Park Way - DF, telefax 3338 8694 e 3338 8803, terça a domingo, das 9h às 17h. Centro Cultural Três Poderes - Panteão da Pátria, Espaço Lucio Costa e Museu da Cidade, na Praça dos Três Poderes, CEP 70070-010, Brasília, DF, 3325 6244 e 3325 6163, visitação de segunda a domingo (inclusive feriados), das 9h às 18h. Memorial do Ministério Público - SAFS, Quadra 4, Conj. C, Bl. B, cobertura – 70050-900 – Brasília – DF, 3031 6449, 3031 6442, visitação de segunda a sexta, das 9h às 19h. Memorial dos Povos Indígenas - Eixo Monumental, Brasília, DF, 3226 5206, fax 3223 3760, terça a sexta, das 9h às 17h, sábados e domingos, das 11 às 17h. Memorial JK - Eixo Monumental Oeste, Praça do Cruzeiro – 70002-900 – Brasília – DF, 3321-6778, 3326 7860, 3325 9451, visitação de terça a domingo, das 9h às 18h Museu de Arte de Brasília (MAB) - orla do lago, Brasília, DF, 3325 6242, fechado temporariamente para visitação. Museu Vivo da Memória Candanga - Via EPIA Sul, lote D, Candangolândia, telefone 3301 3590, visitação de terça a domingo, das 9h às 17h. Espaço Oscar Niemeyer - Praça dos Três Poderes, lote J, CEP 70070-010, Brasília, DF, telefone 3226 6797, visitação de segunda a sexta, das 9 às 12h e de 14 às 17h. Instituto Histórico e Geográfico do DF - avenida W4 Sul, SEPS 703/903, CEP 70390-039, Brasília, DF, telefone 3226 7753, visitação segunda a sexta, das 8h às 12h e de 14h às 18h. Mostra Permanente de Sismologia do Observatório Sismológico da UnB - L2 Norte, Campus da UnB, CEP 70910-900, Brasília, DF, telefone 3349 4453, segunda a sexta, das 8h às 12h e das 14h às 18h, mediante agendamento. Museu de Arte e Tradições do Nordeste da Casa do Ceará - SGAN, quadra 910, conjunto F, CEP 70790-100, Brasília, DF, telefone 3272 3833, horário de visitação de segunda a sexta, das 8h às 12h e das 14 às 18h. Museu da Caixa Econômica Federal - SBS Quadra 4, lote 3 e 4, Conjunto Cultural, CEP 70092-900, Brasília, DF, telefone 3414 9448, visitação de terça a domingo, das 9h às 18h. Museu da Câmara dos Deputados - Praça dos Três Poderes, Câmara dos Deputados, Congresso Nacional, CEP 70100-000, Brasília, DF, telefone 3318 6801, fechado para visitação. Museu do Cerrado e Fundação Casa do Cerrado - SAIN Parque Rural, CEP 70620-000, Brasília, DF, telefone 3274 9608, visitação, segunda a sexta, das 8h às 12h e das 14 às 17h. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 213 Museu de Geociências, ICC Campus Universitário - UnB, CEP 70910-900, Brasília, DF, 3348 2876,visitação de segunda a sexta, das 8h às 18h. Museu Histórico e Artístico de Brazlândia - rua do Lago Espelho D'água, CEP 70200-700, Brazlândia, DF, telefone 33913729 e 3391 6030, visitação de segunda a sábado, das 8h às 12h e 13h às 17h. Museu Histórico e Artístico de Planaltina - praça Salviano Guimarães, 24 Setor Tradicional, CEP 73330-720, Planaltina, DF, telefone 3389 2243, visitação, terça a domingo, das 9 às 17h. Museu Histórico do Senado Federal - Praça dos Três Poderes, Senado Federal, Salão Nobre, CEP 70165-900, Brasília, DF, 3311 4029 e 3311 4331, visitação de segunda a quinta, das 9h30 às 12h30; sexta, das 14h às 17h30; sábados, domingos e feriados, das 9 às 17h Museu da Imprensa Nacional - SIG Quadra 6, lote 800, CEP 70604-900, Brasília, DF, telefone 3535 9618, 3535 9680, 3535 9619, visitação de segunda a sexta, das 8h às 17h. Domingos e feriados, das 13h às 17h. Museu da Justiça Eleitoral do TSE - SAS, Praça dos Tribunais Superiores, bloco C, CEP 70096-900, Brasília, DF, telefone 3316 3408, fax 3322 0663, visitação de segunda a sexta, das 9h às 19h. Museu da Limpeza Urbana do SLU - QNP 28, Usina de Lixo, CEP 72235-800, Ceilândia, DF, telefone 376 1043, fax 3322 3775, visitação de segunda a sexta, das 8h às 17h. Museu Nacional de Gemas - Torre de TV, Salão Panorâmico, CEP 70070-300, Brasília, DF, telefone 3323 1881, visitação de segunda a sexta, das 10h às 18h; sábado, das 10 às 16h Museu Postal e Telegráfico da ECT - Universidade Correios, FAIN Q 06 Lt 04 norte, CEP 700800 900, Brasília, DF, telefone 3307 3464. Museu Nacional dos Correios - SCS Q 4 – Bloco A, nº 256 – 70304-915 – Brasília – DF, 3213 5003, fechado para visitação. Museu do Superior Tribunal de Justiça - SAFS quadra 6 lote 1, edifício dos Plenários, 2º pavimento, CEP 70095900, Brasília, DF, telefone 319 8153, fax 3319 8189, visitação de segunda a sexta, das 9h às 18h. Museu de Taxidermia do Jardim Zoológico - galpões do Metrô, em frente ao Zôo, telefone 3245 3740, fax 3346 4611, horário de visitação de segunda a sexta, das 9h às 12h e das 14h às 16h. Museu de Valores do Banco Central - SBS Quadra 3, bloco B , 1º subsolo, edifício sede, CEP 70074-900, Brasília, DF, telefone (61) 3414-2184/3414-2093, fax (61) 3414-1331, visitação de terça a sexta, das 10h às 17h30 e aos sábados, das 14h às 18h. Museu do Tribunal de Contas da União - edifício-sede do TCU – térreo, SAF Sul, Quadra 04, Lote 01.Visitação de segunda a sexta, das 10h às 18h. Visitas orientadas podem ser agendadas. Telefones: 3316-7592 / 3316-7980. www.tcu.gov.br/museu Museu Ariovaldo Vulcano - SGAS 913, Av. W5, Módulo 60/61 – 70390-130 – Brasília – DF, 3245 4771, visitação de segunda a sexta, das 8h às 11h30 e das 13h às 17h30. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 214 Museu Brasília - SEPS 703/903, Av. W5, Conj. C – 70390-039 – Brasília – DF, 3224 6544, 3226 7753, visitação de segunda a sexta, das 9h às 12h e das 14h às 18h Museu Criminal - DF 001, Km 2, Setor Habitacional Taquari – Lago Norte. 71559-900 – Brasília – DF, 3311 8885, visitação de segunda a sexta, das 9h às 17h Museu da Funasa - SEPN 510 – Bloco A, Térreo – 70750-515 – Brasília – DF 3273-7840, 3314-6635, visitação de segunda a sexta, das 9h às 12h e das 14h às 18h Museu da Justiça Militar da União - SAS - Praça dos Tribunais Superiores – Ed. Sede do STM, 2º andar . 70098900 – Brasília – DF, 3313-9223, visitação de segunda a sexta, das 12h30 às 19h. Museu da Abin - SOPS Área 5 – Quadra 1, Bloco A – 70610-905 – Brasília – DF, 3445 8549, 3445 8440, 3445 8549, visitação mediante agendamento. Museu da Anotomia Humana - Campus Universitário Darcy Ribeiro - Faculdade de Medicina - Área de Morfologia - sala BC302. 70910-900 – Brasília – DF, 3307 2263, visitação de segunda a sexta, das 8h às 12h e das 14h às 18h. Museu de Armas - Academia de Polícia Civil – Centro Metropolitano – Praça da Estrela, Lote 01, 72158-010 – Taguatinga – DF, 3336 9217, visitação de segunda a sexta, das 8h às 18h Museu de Drogas - Academia de Polícia Civil – Centro Metropolitano – Praça da Estrela, Lote 1, 72158-010 – Taguatinga – DF, 3336 9207, 3336 9203 Museu de Geociências Odette Roncador - SEPN 707/907 – UNICEUB – 70790-075 – Brasília – DF, 3966 1486, visitação de segunda a sexta das 8h às 22h. Museu do Automóvel - SGON Q 1, nº 205 – 70610-610 – Brasília – DF 3225 3000, de terça a domingo, das 11h às 18h. Museu dos Insetos - BR 20 - km 18 – Rodovia Brasília-Fortaleza – 73310-970 – Planaltina – DF, 3388 9928, fechado para visitação. Museu do Supremo Tribunal Federal - Praça dos Três Poderes, Ed. Sede, 2º andar – 70175-900 – Brasília – DF, 3217 3601, visitação de segunda a sexta, das 12h30 às 17h:30 (em grupos de até 6 pessoas) Museu do Trabalho - EMI Bloco F – Ed. Sede, térreo – 70059-903 – Brasília – DF 3317 6380, visitação de segunda a sexta, das 13 às 18h, mediante agendamento. Centro de Memória do TSE - Praça dos Tribunais Superiores, Bloco C – 70096-900 – Brasília – DF, 3316 3525, 3316 3713, visitação de segunda a sexta, das 13h às 19h Centro de Memória da OAB - SAS Q 5 – Lote 2, Bloco N – Ed. OAB, térreo – 70438-900 – Brasília – DF, 2193 9710, visitação de segunda a sexta, das 9h às 18h ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 215 Museu Histórico da Polícia Militar do DF - SAISO – Área Especial nº 4, Academia de Policia Militar – 70610-200 – Brasília –DF, 3445 2748. fechado para visitação Museu Histórico do Corpo de Bombeiros - SIA Trecho 4 – Lote 1.250 – 71208-900 – Guará – DF, 3901 8603, fechado para visitação Museu Nacional do Conjunto Cultura da República - Conjunto Cultural da República – Setor Cultural Sul - lote 2, 70310-000 – Brasília – DF, 3325 5220, 3325 6410, visitação de terça a domingo, das 9h às 18h. Museu do Templo da Boa Vontade - SGAS 915, lotes 75/96 – 70390-150 – Brasília – DF, 3245 1070, ramal 209, diariamente das 8h às 20h. Rodas do Tempo Museu Café - SAAN Q2, lote 455/46 (ao lado do BRB) – Brasília –DF, 3363 7387, visitação de terça a sexta, das 14h às 20h; sábado, das 10h às 20h. Coleção de Entomologia - Campus Universitário Darcy Ribeiro – ICC – Depto. de Zoologia, sala AT 116. 70910900 – Brasília – DF, 3307 2265, acesso restrito a pesquisadores. Experimentoteca - Campus Universitário Darcy Ribeiro – ICC Central – Instituto de Física, sala BT 291, 70910-900 – Brasília – DF, 3307 2900 ramal 264, segunda a sexta, das 8h às 12h e das 14h às 18h. Memorial da Idades do Brasil - SMLN MI Trecho 11, chácara 258 – 71540.110 – Lago Norte – DF, 3409 1307, 9974 0748, visitação mediante agendamento. Acervo do Dulcina de Moraes - Fundação Brasileira de Teatro – SDS Bloco C, loja 30 – 70392-902 – Brasília – DF, 3321 7353, visitação mediante agendamento. Museu Brasília de Gravuras de Cordel - Rua dos Eucaliptos, casa 5 – Granja do Torto – 70636-000 – Brasília – DF, 3468 7173, 3468 8184, visitação de segunda a sexta, mediante agendamento. Museu da Semente do Cerrado - Rua dos Eucaliptos, casa 5 – Granja do Torto – 70636-000 – Brasília – DF, 3468 7173, 3468 8184, visitação de segunda a sexta, mediante agendamento Museu Casa da Memória Viva - QNN 38 – conj D, lote 14 – 72220-384 – Ceilândia – DF, 3377 4652, 8416 0650, visitação às terças e quintas, das 15h às 17h e das 20h às 22h, mediante agendamento. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 216 Anexo 7 Lista de galerias de artes Galeria Athos Bulcão - anexo do Teatro Nacional, via N-2 Galeria Parangolé - Espaço Cultural 508 Sul, telefone 3244 0411 Galeria Rubem Valentim - Espaço Cultural 508 Sul, telefone 3244 0411. Galeria Fayga Ostrower - Complexo Cultural Funarte, SDC Lt 02, Eixo Monumental entre a Torre de TV e o Clube do Choro, telefone 3223 5513 Galeria de Arte Van Gogh - quadra 8, área especial, CEP 73000 080, Sobradinho, DF, telefone 3387 8927 Galeria Le Corbusier - Embaixada da França, Telefone 3312 9100 Galeria da Casa de Cultura da América Latina (CAL) - SCS, quadra 4, edifício Anápolis, subsolo, de segunda sexta, das 9h às 21h, telefone 3321 5811 ECT Galeria de Arte, Universidade Correios - FAIN Q06 Lt 04, Via L4 Norte, CEP 700800 900, telefone 3426 1569 Espaço Cultural Contemporâneo (ECCO) - SCN Quadra 03 Bloco C loja 05 (ao lado da Concessionária Jorlan). Galerias e espaço multiuso para teatro, performance e debates e loja com livros de fotografia, design, artes plásticas, cinema e ensaio. Telefone: 3327.2027. Espaço Cultural da Codevasf - SGAN Q 601, Bl I , S. 104, visitação de segunda a sexta, das 8h às 17h, telefone 3223 8819. Casa de Cultura da América Latina - SCS Qd 04, Edifício Anápolis, visitação diariamente das 9h às 21h, telefone 3321 5811. Espaço Cultural Reciclagem - CLN 107, Bl C, Lj 69, visitação de segunda a sexta, das 10h às 20h e sábado, das 10h às 18h, telefone 3349 7411. Espaço Cultural Marcantonio Vilaça - edifício-sede do TCU – térreo, SAF Sul, Quadra 04, Lote 01.Visitação de segunda a sexta, das 10h às 19h, e aos sábados, das 14h às 18h. Visitas orientadas podem ser agendadas. Telefones: 3316-5074 / 3316-5036. www.tcu.gov.br/espacocultural Arte Futura e Companhia - Galeria e centro cultural para as artes visuais, exposições, divulgação, promoção e reflexão, CLN 205, bloco C, loja 25, CEP 70 843 530, 3349 5788 Galeria Referência - SCLN 311, bloco D, loja 10/12, telefone 3340 0017 e 3340 2566 Galeria do Ministério da Cultura - térreo do Ministério da Cultura, Esplanada dos Ministérios, telefone 3316 2000 Galeria da UnB - SCLN 406, bloco A, de segunda a sábado das 14h às 20h, telefone 3307 3022 Feira de Artesanato da Torre - Torre de Televisão, Eixo Monumental, telefone 3322 6611 Galeria de Arte do Banco Central - SBS Q 3, Bloco B – Ed. Sede do Banco Central, 8º andar. 70074-900 – Brasília – DF, 3414 1540, 3414 3002, visitação de terça a sexta das 10h às 17h. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 217 Anexo 8 Lista de bibliotecas do Distrito Federal Biblioteca Braille Dorina Nowill Horário: Segunda a Sexta de 8h às 17h Endereço: CBN 01 , Área Especial - Taguatinga Telefone: (61) 3901-3549 E-mail: [email protected] A Biblioteca Braille Dorina Nowill foi fundada em 17 de maio de 1995, com a finalidade de atender deficientes visuais do Distrito Federal. Dorina Nowill foi escolhida como patrona da biblioteca em agradecimento pelos livros que compõem o acervo. No dia 30 de junho de 2006, a biblioteca foi reinaugurada. Biblioteca Pública de Águas Claras Horário: Segunda a Sexta 8h - 18h Endereço: Rua Ipê Amarelo, Lote 01 Telefone: 3962 3079 / 3962 3114 A Biblioteca Pública de Águas Claras foi inaugurada em 2009. Um antigo stand de vendas foi transformado pela Administração Regional em biblioteca, que conta com acervo pequeno, mas de boa qualidade. Não possui Telecentro. Biblioteca Pública de Brasília Horário: Segunda a Sexta 8h - 19h / Sábado 8h - 13h Endereço: EQS 512 / 513 – Asa Sul Telefone: (61) 3245-5022 E-Mail: [email protected] A Biblioteca Pública de Brasília foi inaugurada em 12/03/1990. Tem acervo diversificado e informatizado. Possui Telecen tro com 10 computadores com acesso a internet. Biblioteca Pública de Brazlândia Horário: Segunda a Sexta de 8h às 22h Endereço: Área Especial 4 Veredinha - Antiga Revenda ao lado da EMATER Telefone: (61) 3391-6030 A Biblioteca Pública de Brazlândia conta com uma rica Conta com Telecentro com acesso a internet. coleção de livros de literatura. Biblioteca Pública do Gama Horário: Segunda a Sexta de 8h às 20h e Sábado de 9h às 13h Endereço: Praça 01 AE S/N Setor Leste Telefone: (61) 3384-4496 A Biblioteca Pública do Gama conta com um bom acervo de referência, sala de estudos climatizada e boas instalações. Possui Telecentro com acesso a internet. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 218 Biblioteca Pública de Taguatinga – Machado de Assis Horário de Funcionamento: Segunda a Sexta de 8h às 22h e Sábado de 9h às 12h Endereço: CNB 01 Área Especial E-mail: [email protected] Telefone: (61) 3352-4380 3351-7365 A Biblioteca Pública de Taguatinga tem ótima estrutura, com um amplo espaço de estudos, salas de leitura de periódicos, videoteca, sala de oficinas. Conta com Telecentro com acesso a internet. Biblioteca Pública de Sobradinho Horário: Segunda a Sexta 9h - 22h / Sábado 8h – 18h Endereço: Área Reservada 05 Quadra 08 Telefone(s) (61) 3387-8927 A Biblioteca Pública de Sobradinho conta com boa estrutura física para atendimento aos usuários. Conta com Telecentro com acesso a internet. Biblioteca Pública de Planaltina Sebastião do Espírito Santo Horário: Segunda a Sexta de 8h - 17h Endereço: Rua João Quirino Quadra 40 Lote 1/3 Telefone: (61) 3389-2100 A Biblioteca Pública de Planaltina funciona num edifício histórico, onde funcionava a antiga prefeitura. Possui um vasto acervo acerca da fundação e origem da cidade de Planaltina, mantendo viva a história da cidade. Possui Telecentro com acesso a internet. Biblioteca Pública do Núcleo Bandeirante Horário: Segunda a Sexta de 8:20h às 22h e Sábado de 8:20h às 17h Endereço: Praça Padre Roque 3ª Avenida Telefone: (61) 3486-9538 A Biblioteca Pública do Núcleo Bandeirante conta com acervo diversificado e é bastante procurada, tanto para estudos como para empréstimos de livros. Conta com Telecentro com acesso a internet. Biblioteca Pública de Ceilândia Horário: Segunda a Sexta 7h - 19h / Sábado 7h - 12h Endereço: QNN 13 Módulo B Área Especial Telefone(s): (61) 3372-3063 / 3901-1366 A Biblioteca Pública de Ceilândia, além dos serviços que tradicionalmente a Biblioteca Pública faz, como empréstimos e apoio a pesquisa, oferece espaço para a cultura, palestras e lançamento de livros. Possui Telecentro com acesso a internet. Biblioteca Pública do Guará Horário de Funcionamento: segunda a Sexta de 8h às 22h Endereço: Área Especial do CAVE Casa da Cultura CEP: 71.060-230 Telefone: 3966-3377 / 3966-3378 A Biblioteca pública do Guará não conta com Telecentro. Biblioteca Pública do Cruzeiro Horário: Segunda a Sexta de 8:30h – 22:30h / Sábado 8:30h – 18h ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 219 Endereço: Área Especial Quadra 03 Telefone: (61) 3361-9907 A Biblioteca Pública do Cruzeiro conta com ótima estrutura física com salas de estudos, salão para eventos e um auditório. Conta com Telecentro com acesso a internet. Biblioteca Pública de Samambaia Horário de Funcionamento: Segunda a Sexta de 8h às 12h e 13h às 18h Endereço: QS 407 AE Ao lado do DF Digital Telefone(s): (61) 3359-4539 A Biblioteca Pública de Samambaia tem um espaço especialmente voltado ao público infantil. Biblioteca Pública de Santa Maria Norte Horário: Segunda a Sexta 8h - 18h / Sábado 8h – 12h Endereço: EQ 215/315 Lote B (ao lado do CAIC) Telefone(s): (61) 3394-3866 A Biblioteca Pública de Santa Maria Norte conta com acervo comum, composto de livros, revistas e jornais, e acervo infantil junto a brinquedoteca pública, que funciona dentro da Biblioteca. A Biblioteca Pública de Santa Maria Norte conta com Telecentro com acesso a internet. Biblioteca Pública de São Sebastião Horário de Funcionamento: Segunda a Sexta de 8h às 17h Endereço: Quadra 101 Área Especial – Residencial Oeste Telefone(s): (61) 3335-9036 A Biblioteca Pública de São Sebastião possui acervo com mais de 15.000 itens catalogados. Possui Telecentro com acesso a internet. Biblioteca Pública do Recanto das Emas – Lúcio Costa Horário: Segunda a Sexta 8h - 18h Endereço: Quadra 302 Lote 06 Avenida Recanto das Emas Telefone: (61) 3331-5849 A Biblioteca Pública do recanto das Emas – Lúcio Costa teve seu prédio reformado e conta com acervo organizado por assunto. Seu espaço é muito utilizado por estudantes. Possui telecentro com acesso a internet. Biblioteca Pública do Riacho Fundo I - Lívia Barros Horário: Segunda a Sexta 8h – 21:30h / Sábado 8h – 12h Endereço: Área Central 03 Lote 05 Telefone: (61) 3399-4843 A Biblioteca Pública do Riacho Fundo I fica na área central da cidade. Possui Telecentro com acesso a internet. Biblioteca Pública do Riacho Fundo II – Cecília Meireles Horário: Segunda a Sexta 8h - 18h / Sábado 8h – 13h Endereço: QN 15 Área Especial Galpão Comunitário Telefone: (61) 3333-2102 A Biblioteca Pública do Riacho Fundo II é bastante procurada para a realização de pesquisas escolares. Possui Telecentro com acesso a internet. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 220 Biblioteca Pública da Candangolândia Horário de Funcionamento: Seg a Sex 8h - 22h / Sáb 8h – 13h Endereço: Rua dos Transportes – Área Especial nº 01 Cep: 71.250-070 Telefone: (61) 3301-3064 A Biblioteca Pública da Candangolândia funciona no prédio onde fica o primeiro cofre do Distrito Federal. Ele era usado para pagamento dos pioneiros. Conta com Telecentro com acesso a internet. Biblioteca Pública do Paranoá Horário: Segunda a Sexta 8h - 18h Endereço: Quadra 5 Cj. 3 AE ―D‖ – Antigo Fórum Cep: 71.570-050 Telefone(s): (61) 3369-3350 A Biblioteca Pública do Paranoá possui acervo organizado por Assunto e é bem procurada por estudantes e concurseiros. Possui Telecentro com acesso a internet. Biblioteca Pública do Itapoã Horário de Funcionamento: Segunda a Sexta de 8h às 12h e 14h às 18h Endereço: Quadra 378 Conj. A AE 1; Del Lago Telefone: 3467 5839 A Biblioteca Pública do Itapoã funciona junto a Administração Regional. Biblioteca Pública de Santa Maria Sul Horário: Segunda a Sexta de 8h às 18h e Sábado de 8h às 12h Endereço: AE 204 - Salão Comunitário Telefone: (61) 3393-1012 A Biblioteca Pública de Santa Maria Sul é muito procurada por receber diariamente jornais de grande circulação.A Biblioteca Pública de Santa Maria Sul conta com Telecentro com acesso a internet. Biblioteca Pública de Sobradinho II Horário: Segunda a Sexta 8h – 22h / 8h – 16h Endereço: Quadra AE 13 Telefone: 3485-7907 A Biblioteca Pública de Sobradinho II conta com boa estrutura física para atendimento aos usuários. Biblioteca Central da UnB Endereço: Campus Universitário Darcy Ribeiro Gleba A Horário de Funcionamento: de segunda a sexta-feira, das 8h às 23h45min. Sábados, domingos e feriados, de 8h às 17h45; Site: www.bce.unb.br Telefone(s): (61) 3307-2402 e (61) 3274-2412 Cep:70.910-900 Caixa Postal: 04501 Biblioteca Demonstrativa de Brasília Endereço: W3 Sul Entrequadra 506/507 Horário de Funcionamento: de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 23h. Aos ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 221 Sábados, de 8h às 14h; Site: www.bbb.org.br E-mail: [email protected], [email protected] Telefone(s): (61) 3443-5682 Cep: 70.350-580 Biblioteca do Senado Endereço: Palácio do Congresso – Anexo 2 Térreo Horário de Funcionamento: segunda a sexta-feira, das 9h às 14h; Site: www.senado.gov.br E-mail: [email protected] Telefone: (61) 3311-3943 Cep: 70.165-900 Biblioteca da Câmara dos Deputados – Pedro Aleixo Endereço: Praça dos Três Poderes Câmara dos Deputados Anexo 2 Horário de Funcionamento: segunda a sexta de 8h30min às 19h Site: www.camara.gov.br E-mail: [email protected] Telefone(s) (61) 3216-5652 e (61) 3216-5650 Cep: 70.160-900 ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 222 Anexo 9 Participação dos Estados no Produto Interno Bruto (%) Participação dos Estados no Produto Interno Bruto (%) (2002-2007) Estados BRASIL São Paulo Rio de Janeiro Minas Gerais Rio Grande do Sul Paraná Bahia Santa Catarina Distrito Federal Goiás Pernambuco Espírito Santo Ceará Pará Mato Grosso Amazonas Maranhão Mato Grosso do Sul Rio Grande do Norte Paraíba Alagoas Sergipe Rondônia Piauí Tocantins Amapá Acre Roraima 2002 100 34,63 11,60 8,65 7,14 5,98 4,11 3,77 2003 100 34,11 11,06 8,75 7,33 6,44 4,01 3,93 2004 100 33,14 11,48 9,13 7,10 6,31 4,07 3,99 2005 100 33,86 11,50 8,97 6,72 5,90 4,23 3,97 2006 100 33,87 11,62 9,06 6,62 5,77 4,07 3,93 2007 100 33,92 11,15 9,07 6,64 6,07 4,12 3,93 3,80 2,53 2,39 1,81 1,96 1,74 1,42 1,47 1,05 1,03 0,83 0,84 0,66 0,64 0,53 0,50 0,38 0,22 0,19 0,16 3,71 2,52 2,31 1,83 1,92 1,75 1,64 1,47 1,09 1,13 0,80 0,83 0,66 0,64 0,57 0,52 0,43 0,20 0,19 0,16 3,64 2,47 2,27 2,07 1,90 1,83 1,90 1,56 1,11 1,09 0,80 0,77 0,66 0,63 0,58 0,51 0,43 0,20 0,20 0,14 3,75 2,35 2,32 2,20 1,91 1,82 1,74 1,55 1,18 1,01 0,83 0,79 0,66 0,63 0,60 0,52 0,42 0,20 0,21 0,15 3,78 2,41 2,34 2,23 1,95 1,87 1,49 1,65 1,21 1,03 0,87 0,84 0,66 0,64 0,55 0,54 0,41 0,22 0,20 0,15 3,76 2,45 2,34 2,27 1,89 1,86 1,60 1,58 1,19 1,06 0,86 0,83 0,67 0,63 0,56 0,53 0,42 0,23 0,22 0,16 Fonte: Elaboração própria com base em dados do IBGE, em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, Secretarias Estaduais de Governo e Superintendência da Zona Franca de Manaus SUFRAMA. Nota: Em ordem decrescente pelo ano de 2007. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 223 Anexo 10 Participação das atividades econômicas no Valor Adicionado Bruto a preço básico – Brasil (2002-2007) Atividades Econômicas Total 2002 100 2003 100 Agricultura, silvicultura e exploração florestal 4,65 5,26 Participação (%) 2004 2005 2006 100 100 100 4,93 3,81 3,76 2007 100 3,82 Pecuária e pesca Indústria extrativa Indústria de transformação Construção civil Produção e distribuição de Eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana 1,97 2,12 1,98 1,89 1,73 1,75 1,60 1,72 1,92 2,46 2,89 2,35 16,85 18,02 19,22 18,09 17,37 17,03 5,28 4,69 5,09 4,90 4,73 4,86 Comércio e serviços de manutenção e reparação 11,33 11,70 12,02 12,15 12,51 13,15 3,32 3,42 3,88 3,82 3,76 3,58 Serviços de alojamento e alimentação Transportes, armazenagem e correio Serviços de informação 1,82 4,79 3,56 1,55 4,68 3,63 1,60 4,70 3,85 1,63 4,97 3,98 1,80 4,85 3,79 1,82 4,80 3,83 Intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços relacionados 7,47 7,09 5,82 7,05 7,20 7,68 Serviços prestados às famílias e associativas 2,53 2,40 2,31 2,42 2,44 2,29 Serviços prestados às empresas Atividades imobiliárias e aluguéis 4,40 10,24 4,45 9,64 4,48 9,07 4,59 9,01 4,78 8,66 4,74 8,50 Administração, saúde e educação públicas 15,53 15,11 14,67 15,05 15,31 15,46 Saúde e educação mercantis 3,46 3,33 3,25 2,96 3,17 3,12 1,20 1,19 1,21 1,22 1,26 1,22 Serviços domésticos Fonte: Elaboração própria com base em dados do IBGE, em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, Secretarias Estaduais de Governo e Superintendência da Zona Franca de Manaus SUFRAMA. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 224 Anexo 11 Quadro A.11.01 – Intensidade de Geração de Produção Direta 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 Geradores de Produção Agricultura, silvicultura, exploração florestal Pecuária e pesca Petróleo e gás natural Minério de ferro Outros da indústria extrativa Alimentos e Bebidas Produtos do fumo Têxteis Artigos do vestuário e acessórios Artefatos de couro e calçados Produtos de madeira - exclusive móveis Celulose e produtos de papel Jornais, revistas, discos Refino de petróleo e coque Álcool Produtos químicos Fabricação de resina e elastômeros Produtos farmacêuticos Defensivos agrícolas Perfumaria, higiene e limpeza Tintas, vernizes, esmaltes e lacas Produtos e preparados químicos diversos Artigos de borracha e plástico Cimento Outros produtos de minerais não-metálicos Fabricação de aço e derivados Metalurgia de metais não-ferrosos Produtos de metal - exclusive máquinas e equipamentos Máquinas e equipamentos, inclusive manutenção e reparos Eletrodomésticos Máquinas para escritório e equipamentos de informática Máquinas, aparelhos e materiais elétricos Material eletrônico e equipamentos de comunicações Aparelhos/instrumentos médico-hospitalar, medida e óptico Automóveis, camionetas e utilitários Caminhões e ônibus Peças e acessórios para veículos automotores Outros equipamentos de transporte Móveis e produtos das indústrias diversas Baixa Média Direta 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 Eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana Construção Comércio Transporte de cargas Transporte ferroviário de passageiros - municipal Transporte ferroviário de passageiros - intermunicipal Transporte rodoviário de passageiros municipal Transporte rodoviário de passageiros intermunicipal Transporte rodoviário de passageiros interestadual Transporte rodoviário de passageiros internacional Outros transportes rodoviários regulares de passageiros Seviços de táxi Seviços de turismo e excursões Outros transportes rodoviários não-regulares de passageiros Transporte regular em bondes e teleféricos Transporte aquaviário de passageiros Transporte aéreo de passageiros Ativ. Aux. Transp. Ferroviário de passageiros Ativ. Aux. Transp. Rodoviário de passageiros Ativ. Aux. Transp. Aquaviário de passageiros Ativ. Aux. Transp. Aéreo de passageiros Agências e organizadoras de viagens Correio Serviços de informação Intermediação financeira e seguros Aluguel de automóveis e de outros meios de transporte terrestre Outras atividades imobiliárias e de aluguel de bens móveis e imóveis Serviços de manutenção e reparação Alojamento Alimentação Serviços prestados às empresas Educação mercantil Saúde mercantil Atividades recreativas e culturais Outros serviços Educação pública Saúde pública Administração pública e seguridade social Direto 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 Alta ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 225 Quadro A.11.02 – Intensidade de Geração de Produção Indireta 27 28 29 30 31 32 Geradores de Produção Fabricação de resina e elastômeros Pecuária e pesca Artefatos de couro e calçados Outros equipamentos de transporte Álcool Automóveis, camionetas e utilitários Alimentos e Bebidas Tintas, vernizes, esmaltes e lacas Produtos químicos Petróleo e gás natural Metalurgia de metais não-ferrosos Material eletrônico e equipamentos de comunicações Defensivos agrícolas Celulose e produtos de papel Produtos e preparados químicos diversos Produtos de madeira - exclusive móveis Alimentação Eletrodomésticos Caminhões e ônibus Produtos farmacêuticos Outros produtos de minerais não-metálicos Transporte ferroviário de passageiros - municipal Serviços de informação Máquinas, aparelhos e materiais elétricos Agricultura, silvicultura, exploração florestal Alojamento Máquinas e equipamentos, inclusive manutenção e reparos Transporte de cargas Eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana Transporte aéreo de passageiros Agências e organizadoras de viagens Perfumaria, higiene e limpeza 33 Serviços prestados às empresas 0,351 72 34 35 36 37 38 39 Saúde mercantil Intermediação financeira e seguros Artigos de borracha e plástico Saúde pública Máquinas para escritório e equipamentos de informática Administração pública e seguridade social 0,349 0,346 0,339 0,334 0,333 0,330 73 74 75 76 77 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 Baixa Indireta 0,752 0,648 0,620 0,578 0,557 0,553 0,543 0,540 0,519 0,517 0,510 0,493 0,490 0,489 0,486 0,476 0,466 0,457 0,452 0,448 0,448 0,437 0,404 0,394 0,388 0,384 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 Fabricação de aço e derivados Têxteis Móveis e produtos das indústrias diversas Aparelhos/instrumentos médico-hospitalar, medida e óptico Educação mercantil Minério de ferro Peças e acessórios para veículos automotores Outros da indústria extrativa Outros serviços Produtos do fumo Cimento Atividades recreativas e culturais Comércio Ativ. Aux. Transp. Aéreo de passageiros Transporte rodoviário de passageiros municipal Transporte rodoviário de passageiros internacional Correio Construção Educação pública Transporte rodoviário de passageiros intermunicipal Jornais, revistas, discos Transporte rodoviário de passageiros interestadual Produtos de metal - exclusive máquinas e equipamentos Ativ. Aux. Transp. Ferroviário de passageiros Outros transportes rodoviários regulares de passageiros Outros transportes rodoviários não-regulares de passageiros 0,370 0,368 0,366 0,359 0,359 0,355 66 67 68 69 70 71 Seviços de turismo e excursões Seviços de táxi Ativ. Aux. Transp. Rodoviário de passageiros Artigos do vestuário e acessórios Refino de petróleo e coque Serviços de manutenção e reparação Outras atividades imobiliárias e de aluguel de bens móveis e imóveis Aluguel de automóveis e de outros meios de transporte terrestre Transporte ferroviário de passageiros - intermunicipal Transporte regular em bondes e teleféricos Transporte aquaviário de passageiros Ativ. Aux. Transp. Aquaviário de passageiros Média = 0,32 Média Alta ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 226 Quadro A.11.03 – Intensidade de Geração de Produção Induzida Geradores de Produção Induzida Educação pública 0,284 Administração pública e seguridade social 0,257 Saúde pública 0,241 Educação mercantil 0,231 Outros serviços 0,225 Transporte ferroviário de passageiros - municipal 0,223 Intermediação financeira e seguros 0,194 Alojamento 0,184 Correio 0,183 40 41 42 43 44 45 46 47 48 Caminhões e ônibus Máquinas para escritório e equipamentos de informática Móveis e produtos das indústrias diversas Serviços de informação Material eletrônico e equipamentos de comunicações Produtos de metal - exclusive máquinas e equipamentos Transporte de cargas Transporte rodoviário de passageiros interestadual Outros da indústria extrativa Produtos farmacêuticos Serviços prestados às empresas Artefatos de couro e calçados Agências e organizadoras de viagens Saúde mercantil Ativ. Aux. Transp. Ferroviário de passageiros Ativ. Aux. Transp. Aéreo de passageiros Máquinas, aparelhos e materiais elétricos Jornais, revistas, discos Outros equipamentos de transporte Comércio Atividades recreativas e culturais Produtos de madeira - exclusive móveis Peças e acessórios para veículos automotores Transporte rodoviário de passageiros municipal 0,164 0,163 0,161 0,161 0,153 0,152 0,150 0,147 0,147 0,144 0,143 0,140 0,140 0,137 0,136 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 Aparelhos/instrumentos médico-hospitalar, medida e óptico Álcool Alimentação Serviços de manutenção e reparação Alimentos e Bebidas Transporte rodoviário de passageiros intermunicipal Outros transportes rodoviários regulares de passageiros Seviços de turismo e excursões Agricultura, silvicultura, exploração florestal Transporte rodoviário de passageiros internacional Outros transportes rodoviários não-regulares de passageiros Metalurgia de metais não-ferrosos Perfumaria, higiene e limpeza Defensivos agrícolas Produtos químicos 25 Produtos e preparados químicos diversos 26 Pecuária e pesca 27 Ativ. Aux. Transp. Rodoviário de passageiros 0,136 0,135 0,132 64 Fabricação de resina e elastômeros 65 Construção 66 Produtos do fumo 0,084 0,082 0,079 28 29 30 31 32 Celulose e produtos de papel Artigos de borracha e plástico Seviços de táxi Outros produtos de minerais não-metálicos Tintas, vernizes, esmaltes e lacas Máquinas e equipamentos, inclusive manutenção 33 e reparos 0,128 0,127 0,124 0,124 0,124 67 68 69 70 71 0,079 0,077 0,077 0,064 0,061 0,120 72 34 35 36 37 38 39 0,119 0,118 0,114 0,114 0,113 0,110 73 74 75 76 77 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 Artigos do vestuário e acessórios Eletrodomésticos Têxteis Automóveis, camionetas e utilitários Transporte aéreo de passageiros Petróleo e gás natural Baixa Média Fabricação de aço e derivados Cimento Eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana Minério de ferro Refino de petróleo e coque Aluguel de automóveis e de outros meios de transporte terrestre Outras atividades imobiliárias e de aluguel de bens móveis e imóveis Transporte ferroviário de passageiros - intermunicipal Transporte regular em bondes e teleféricos Transporte aquaviário de passageiros Ativ. Aux. Transp. Aquaviário de passageiros Média = 0,12 Induzido 0,108 0,107 0,107 0,106 0,105 0,105 0,102 0,102 0,102 0,101 0,101 0,100 0,100 0,100 0,100 0,098 0,098 0,098 0,096 0,095 0,095 0,094 0,092 0,085 0,018 0,016 0,000 0,000 0,000 0,000 Alta ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 227 Quadro A.11.04 – Intensidade de Geração de Produção Total 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 Geradores de Produção Fabricação de resina e elastômeros Pecuária e pesca Artefatos de couro e calçados Outros equipamentos de transporte Automóveis, camionetas e utilitários Tintas, vernizes, esmaltes e lacas Transporte ferroviário de passageiros - municipal Álcool Alimentos e Bebidas Petróleo e gás natural Produtos e preparados químicos diversos Celulose e produtos de papel Produtos de madeira - exclusive móveis Produtos farmacêuticos Metalurgia de metais não-ferrosos Produtos químicos Material eletrônico e equipamentos de comunicações Administração pública e seguridade social Defensivos agrícolas Eletrodomésticos Saúde pública Outros produtos de minerais não-metálicos Alojamento Alimentação Caminhões e ônibus Máquinas, aparelhos e materiais elétricos Educação mercantil Intermediação financeira e seguros Agências e organizadoras de viagens Outros serviços Serviços prestados às empresas Serviços de informação 33 Saúde mercantil 1,502 72 34 Educação pública Máquinas e equipamentos, inclusive manutenção e reparos Agricultura, silvicultura, exploração florestal Transporte aéreo de passageiros Transporte de cargas Artigos de borracha e plástico 1,494 73 1,491 1,486 1,472 1,471 1,467 74 75 76 77 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 35 36 37 38 39 Baixa Média Total 1,836 1,782 1,781 1,721 1,667 1,664 1,660 1,658 1,643 1,628 1,622 1,616 1,616 1,612 1,605 1,604 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 Perfumaria, higiene e limpeza Eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana Máquinas para escritório e equipamentos de informática Peças e acessórios para veículos automotores Têxteis Móveis e produtos das indústrias diversas Aparelhos/instrumentos médico-hospitalar, medida e óptico Correio Fabricação de aço e derivados Outros da indústria extrativa Atividades recreativas e culturais Comércio Ativ. Aux. Transp. Aéreo de passageiros Transporte rodoviário de passageiros municipal Minério de ferro Produtos do fumo 1,598 1,587 1,582 1,575 1,574 1,571 1,568 1,566 1,560 1,541 1,541 1,540 1,519 1,515 1,514 1,510 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 Jornais, revistas, discos Cimento Ativ. Aux. Transp. Ferroviário de passageiros Transporte rodoviário de passageiros internacional Transporte rodoviário de passageiros intermunicipal Produtos de metal - exclusive máquinas e equipamentos Transporte rodoviário de passageiros interestadual Construção Outros transportes rodoviários regulares de passageiros Seviços de táxi Ativ. Aux. Transp. Rodoviário de passageiros Outros transportes rodoviários não-regulares de passageiros Seviços de turismo e excursões Artigos do vestuário e acessórios Serviços de manutenção e reparação Refino de petróleo e coque Outras atividades imobiliárias e de aluguel de bens móveis e imóveis Aluguel de automóveis e de outros meios de transporte terrestre Transporte ferroviário de passageiros - intermunicipal Transporte regular em bondes e teleféricos Transporte aquaviário de passageiros Ativ. Aux. Transp. Aquaviário de passageiros Média = 1,44 Alta ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 228 Anexo 12 Intensidade de Geração de Empregos Diretos 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 Geradores de Emprego Agricultura, silvicultura, exploração florestal Outros serviços Produtos de madeira - exclusive móveis Artigos do vestuário e acessórios Pecuária e pesca Alimentação Serviços de manutenção e reparação Alojamento Seviços de táxi Atividades recreativas e culturais Transporte rodoviário de passageiros municipal Comércio Transporte rodoviário de passageiros interestadual Agências e organizadoras de viagens Outros transportes rodoviários regulares de passageiros Educação pública Saúde mercantil Transporte rodoviário de passageiros internacional Móveis e produtos das indústrias diversas Seviços de turismo e excursões Educação mercantil Construção Têxteis Outros transportes rodoviários não-regulares de passageiros Serviços prestados às empresas Transporte rodoviário de passageiros intermunicipal Correio Outros produtos de minerais não-metálicos Transporte de cargas Artefatos de couro e calçados Produtos de metal - exclusive máquinas e equipamentos Saúde pública Aluguel de automóveis e de outros meios de transporte terrestre Administração pública e seguridade social Aparelhos/instrumentos médico-hospitalar, medida e óptico Transporte ferroviário de passageiros - municipal Outros da indústria extrativa Serviços de informação Jornais, revistas, discos Baixa Média Diretos 121,357 114,383 80,399 74,519 67,039 60,543 55,026 54,076 51,035 50,571 49,145 44,108 38,590 38,110 37,708 36,868 36,807 33,005 31,024 29,283 29,088 28,773 28,286 27,872 26,766 24,323 22,127 19,635 19,150 16,236 15,144 14,427 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 Artigos de borracha e plástico Ativ. Aux. Transp. Aéreo de passageiros Ativ. Aux. Transp. Ferroviário de passageiros Ativ. Aux. Transp. Rodoviário de passageiros Alimentos e Bebidas Celulose e produtos de papel Produtos farmacêuticos Metalurgia de metais não-ferrosos Máquinas e equipamentos, inclusive manutenção e reparos Intermediação financeira e seguros Outros equipamentos de transporte Álcool Máquinas, aparelhos e materiais elétricos Perfumaria, higiene e limpeza Peças e acessórios para veículos automotores Produtos e preparados químicos diversos Eletrodomésticos Outras atividades imobiliárias e de aluguel de bens móveis e imóveis Material eletrônico e equipamentos de comunicações Produtos do fumo Eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana Tintas, vernizes, esmaltes e lacas Transporte aéreo de passageiros Produtos químicos Cimento Máquinas para escritório e equipamentos de informática Caminhões e ônibus Fabricação de aço e derivados Fabricação de resina e elastômeros Minério de ferro Automóveis, camionetas e utilitários Petróleo e gás natural 13,489 13,194 12,981 11,662 10,104 9,112 72 73 74 75 76 77 Defensivos agrícolas Refino de petróleo e coque Transporte ferroviário de passageiros - intermunicipal Transporte regular em bondes e teleféricos Transporte aquaviário de passageiros Ativ. Aux. Transp. Aquaviário de passageiros 9,006 Média = 20 Alta ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 229 Anexo 13 Intensidade de Geração de Empregos Indiretos 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 Geradores de Emprego Álcool Alimentos e Bebidas Produtos de madeira - exclusive móveis Pecuária e pesca Têxteis Alimentação Artefatos de couro e calçados Móveis e produtos das indústrias diversas Agricultura, silvicultura, exploração florestal Transporte aéreo de passageiros Alojamento Automóveis, camionetas e utilitários Saúde pública Saúde mercantil Celulose e produtos de papel Material eletrônico e equipamentos de comunicações Transporte de cargas Petróleo e gás natural Produtos e preparados químicos diversos Produtos farmacêuticos Caminhões e ônibus Agências e organizadoras de viagens Outros equipamentos de transporte Outros produtos de minerais não-metálicos Transporte ferroviário de passageiros - municipal Máquinas para escritório e equipamentos de informática Serviços de informação Perfumaria, higiene e limpeza Educação mercantil Eletrodomésticos Tintas, vernizes, esmaltes e lacas Fabricação de resina e elastômeros Serviços prestados às empresas Outros serviços Defensivos agrícolas Produtos químicos Transporte rodoviário de passageiros municipal Transporte rodoviário de passageiros internacional Baixa Média Alta Indiretos 45,411 29,789 26,127 25,125 13,295 13,176 13,060 12,126 11,643 10,667 10,553 10,299 9,855 9,770 9,740 9,518 9,356 9,257 9,024 8,602 8,578 8,469 8,093 8,085 8,026 7,877 7,764 7,745 7,653 7,624 7,462 7,413 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 7,209 7,150 6,960 6,929 6,815 6,682 72 73 74 75 76 77 Máquinas, aparelhos e materiais elétricos Atividades recreativas e culturais Máquinas e equipamentos, inclusive manutenção e reparos Artigos de borracha e plástico Correio Ativ. Aux. Transp. Aéreo de passageiros Comércio Minério de ferro Peças e acessórios para veículos automotores Transporte rodoviário de passageiros intermunicipal Administração pública e seguridade social Transporte rodoviário de passageiros interestadual Outros da indústria extrativa Intermediação financeira e seguros Aparelhos/instrumentos médico-hospitalar, medida e óptico Outros transportes rodoviários regulares de passageiros Cimento Ativ. Aux. Transp. Ferroviário de passageiros Fabricação de aço e derivados Construção Outros transportes rodoviários não-regulares de passageiros Produtos do fumo Educação pública Seviços de turismo e excursões Jornais, revistas, discos Seviços de táxi Eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana Artigos do vestuário e acessórios Ativ. Aux. Transp. Rodoviário de passageiros Produtos de metal - exclusive máquinas e equipamentos Serviços de manutenção e reparação Refino de petróleo e coque Outras atividades imobiliárias e de aluguel de bens móveis e imóveis Aluguel de automóveis e de outros meios de transporte terrestre Transporte ferroviário de passageiros - intermunicipal Transporte regular em bondes e teleféricos Transporte aquaviário de passageiros Ativ. Aux. Transp. Aquaviário de passageiros ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 230 Anexo 14 Intensidade de Geração de Empregos Induzidos 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 Geradores de Empregos Educação pública Administração pública e seguridade social Saúde pública Educação mercantil Outros serviços Transporte ferroviário de passageiros - municipal Intermediação financeira e seguros Alojamento Correio Produtos farmacêuticos Serviços prestados às empresas Artefatos de couro e calçados Agências e organizadoras de viagens Saúde mercantil Ativ. Aux. Transp. Ferroviário de passageiros Ativ. Aux. Transp. Aéreo de passageiros Máquinas, aparelhos e materiais elétricos Jornais, revistas, discos Outros equipamentos de transporte Comércio Atividades recreativas e culturais Produtos de madeira - exclusive móveis Peças e acessórios para veículos automotores Transporte rodoviário de passageiros municipal Produtos e preparados químicos diversos Pecuária e pesca Ativ. Aux. Transp. Rodoviário de passageiros Celulose e produtos de papel Artigos de borracha e plástico Seviços de táxi Tintas, vernizes, esmaltes e lacas Outros produtos de minerais não-metálicos Máquinas e equipamentos, inclusive manutenção e reparos Artigos do vestuário e acessórios Eletrodomésticos Têxteis Automóveis, camionetas e utilitários Transporte aéreo de passageiros Petróleo e gás natural Baixa Média Induzidos 8,302 7,507 7,034 6,759 6,583 6,529 5,665 5,363 5,353 4,802 4,764 4,718 4,699 4,472 4,438 4,373 4,306 4,288 4,201 4,188 4,093 4,083 4,001 3,990 3,981 3,942 3,870 3,737 3,722 3,626 3,614 3,613 3,520 3,470 3,463 3,333 3,331 3,309 3,229 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 Caminhões e ônibus Máquinas para escritório e equipamentos de informática Móveis e produtos das indústrias diversas Serviços de informação Material eletrônico e equipamentos de comunicações Produtos de metal - exclusive máquinas e equipamentos Transporte de cargas Transporte rodoviário de passageiros interestadual Outros da indústria extrativa Aparelhos/instrumentos médico-hospitalar, medida e óptico Álcool Alimentação Alimentos e Bebidas Serviços de manutenção e reparação Transporte rodoviário de passageiros intermunicipal Outros transportes rodoviários regulares de passageiros Seviços de turismo e excursões Agricultura, silvicultura, exploração florestal Transporte rodoviário de passageiros internacional Outros transportes rodoviários não-regulares de passageiros Metalurgia de metais não-ferrosos Perfumaria, higiene e limpeza Defensivos agrícolas Produtos químicos Fabricação de resina e elastômeros Construção Produtos do fumo Fabricação de aço e derivados Cimento Eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana Minério de ferro Refino de petróleo e coque Aluguel de automóveis e de outros meios de transporte terrestre Outras atividades imobiliárias e de aluguel de bens móveis e imóveis Transporte ferroviário de passageiros - intermunicipal Transporte regular em bondes e teleféricos Transporte aquaviário de passageiros Ativ. Aux. Transp. Aquaviário de passageiros Média = 3 Alta ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 231 Anexo 15 Intensidade de Geração de Empregos Totais 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 Geradores de Empregos Agricultura, silvicultura, exploração florestal Outros serviços Produtos de madeira - exclusive móveis Pecuária e pesca Artigos do vestuário e acessórios Alimentação Alojamento Atividades recreativas e culturais Serviços de manutenção e reparação Transporte rodoviário de passageiros municipal Seviços de táxi Comércio Totais 135,862 128,116 110,609 96,106 82,137 76,655 69,992 60,834 60,058 59,950 59,058 54,289 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 Álcool Agências e organizadoras de viagens Saúde mercantil Educação pública Transporte rodoviário de passageiros interestadual Móveis e produtos das indústrias diversas Outros transportes rodoviários regulares de passageiros Têxteis Educação mercantil Transporte rodoviário de passageiros internacional Serviços prestados às empresas Alimentos e Bebidas Seviços de turismo e excursões Construção Outros transportes rodoviários não-regulares de passageiros Artefatos de couro e calçados Correio Transporte rodoviário de passageiros intermunicipal Transporte de cargas Outros produtos de minerais não-metálicos 52,795 51,278 51,049 49,921 47,186 46,291 45,752 44,915 43,500 42,498 38,739 38,356 36,761 36,079 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 35,562 34,014 33,553 33,026 31,502 31,333 66 67 68 69 70 71 Saúde pública Administração pública e seguridade social Transporte ferroviário de passageiros - municipal Produtos de metal - exclusive máquinas e equipamentos Aparelhos/instrumentos médico-hospitalar, medida e óptico Serviços de informação Celulose e produtos de papel 31,316 26,415 26,217 21,855 72 73 74 75 21,279 19,982 18,878 76 77 Baixa Média Produtos farmacêuticos Outros da indústria extrativa Ativ. Aux. Transp. Aéreo de passageiros Artigos de borracha e plástico Jornais, revistas, discos Ativ. Aux. Transp. Ferroviário de passageiros Produtos e preparados químicos diversos Outros equipamentos de transporte Transporte aéreo de passageiros Intermediação financeira e seguros Material eletrônico e equipamentos de comunicações Ativ. Aux. Transp. Rodoviário de passageiros Aluguel de automóveis e de outros meios de transporte terrestre Máquinas, aparelhos e materiais elétricos Automóveis, camionetas e utilitários Eletrodomésticos Perfumaria, higiene e limpeza Máquinas e equipamentos, inclusive manutenção e reparos Peças e acessórios para veículos automotores Metalurgia de metais não-ferrosos Caminhões e ônibus Tintas, vernizes, esmaltes e lacas Petróleo e gás natural Máquinas para escritório e equipamentos de informática Produtos químicos Fabricação de resina e elastômeros Defensivos agrícolas Produtos do fumo Cimento Eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana Fabricação de aço e derivados Minério de ferro Outras atividades imobiliárias e de aluguel de bens móveis e imóveis Refino de petróleo e coque Transporte ferroviário de passageiros - intermunicipal Transporte regular em bondes e teleféricos Transporte aquaviário de passageiros Ativ. Aux. Transp. Aquaviário de passageiros Média = 32 Alta ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 232 Anexo 16 Quadro A.16.01 – Intensidade de Multiplicação de Empregos (Tipo 1) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 Multiplicadores de Empregos Refino de petróleo e coque Defensivos agrícolas Produtos do fumo Automóveis, camionetas e utilitários Petróleo e gás natural Tipo 1 148,170 57,183 46,890 44,886 38,470 Fabricação de resina e elastômeros Álcool Caminhões e ônibus Alimentos e Bebidas Máquinas para escritório e equipamentos de informática Minério de ferro Transporte aéreo de passageiros Tintas, vernizes, esmaltes e lacas Produtos químicos Fabricação de aço e derivados Material eletrônico e equipamentos de comunicações Cimento Perfumaria, higiene e limpeza Produtos e preparados químicos diversos Eletrodomésticos Celulose e produtos de papel Peças e acessórios para veículos automotores Eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana Outros equipamentos de transporte Máquinas, aparelhos e materiais elétricos Máquinas e equipamentos, inclusive manutenção e reparos Produtos farmacêuticos Metalurgia de metais não-ferrosos Intermediação financeira e seguros Artefatos de couro e calçados Artigos de borracha e plástico Serviços de informação Ativ. Aux. Transp. Ferroviário de passageiros Jornais, revistas, discos Ativ. Aux. Transp. Aéreo de passageiros Saúde pública Transporte ferroviário de passageiros - municipal Outros da indústria extrativa Têxteis Baixa Média 26,166 26,132 25,951 24,396 23,425 22,193 20,965 17,636 16,895 16,237 14,504 14,332 11,842 10,865 10,496 10,026 9,745 9,313 8,763 7,857 7,731 7,698 6,828 6,344 5,411 5,285 4,953 4,716 4,679 4,645 4,495 4,337 4,337 4,014 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 Ativ. Aux. Transp. Rodoviário de passageiros Administração pública e seguridade social Transporte de cargas Outros produtos de minerais não-metálicos Aparelhos/instrumentos médico-hospitalar, medida e óptico Outras atividades imobiliárias e de aluguel de bens móveis e imóveis Móveis e produtos das indústrias diversas Produtos de metal - exclusive máquinas e equipamentos Pecuária e pesca Alimentação Correio Serviços prestados às empresas Produtos de madeira - exclusive móveis Educação mercantil Transporte rodoviário de passageiros intermunicipal Saúde mercantil Construção Transporte rodoviário de passageiros internacional Alojamento Outros transportes rodoviários não-regulares de passageiros Agências e organizadoras de viagens Seviços de turismo e excursões Transporte rodoviário de passageiros interestadual Artigos do vestuário e acessórios Transporte rodoviário de passageiros municipal Outros transportes rodoviários regulares de passageiros Educação pública Aluguel de automóveis e de outros meios de transporte terrestre Atividades recreativas e culturais Comércio Seviços de táxi Agricultura, silvicultura, exploração florestal Outros serviços Serviços de manutenção e reparação Transporte regular em bondes e teleféricos Transporte aquaviário de passageiros Ativ. Aux. Transp. Aquaviário de passageiros Transporte ferroviário de passageiros - intermunicipal Média = 10,89 Alta ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 233 Quadro A.16.02 – Intensidade de Multiplicação de Empregos ( Tipo 2) 1 2 3 4 5 6 7 8 Multiplicadores de Empregos Refino de petróleo e coque Defensivos agrícolas Automóveis, camionetas e utilitários Petróleo e gás natural Produtos do fumo Caminhões e ônibus Fabricação de resina e elastômeros Máquinas para escritório e equipamentos de informática 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 Minério de ferro Transporte aéreo de passageiros Fabricação de aço e derivados Tintas, vernizes, esmaltes e lacas Produtos químicos Cimento Alimentos e Bebidas Álcool Material eletrônico e equipamentos de comunicações Peças e acessórios para veículos automotores Eletrodomésticos Produtos e preparados químicos diversos Eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana Perfumaria, higiene e limpeza Outros equipamentos de transporte Máquinas, aparelhos e materiais elétricos Máquinas e equipamentos, inclusive manutenção e reparos Celulose e produtos de papel Intermediação financeira e seguros Produtos farmacêuticos Metalurgia de metais não-ferrosos Artigos de borracha e plástico Ativ. Aux. Transp. Ferroviário de passageiros Jornais, revistas, discos Ativ. Aux. Transp. Aéreo de passageiros Transporte ferroviário de passageiros - municipal Serviços de informação Saúde pública Artefatos de couro e calçados Administração pública e seguridade social 39 Outros da indústria extrativa Baixa Média Tipo 2 503,251 132,278 107,887 87,431 67,767 63,847 61,225 54,954 40 41 42 43 44 45 46 47 50,488 46,423 44,529 41,403 40,687 33,767 33,693 33,286 31,546 25,954 25,351 24,733 24,279 23,100 21,173 20,295 19,235 18,368 16,738 16,585 15,127 11,757 10,647 10,299 9,844 9,514 9,076 8,934 8,907 8,398 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 8,164 Ativ. Aux. Transp. Rodoviário de passageiros Produtos de metal - exclusive máquinas e equipamentos Aparelhos/instrumentos médico-hospitalar, medida e óptico Transporte de cargas Têxteis Outros produtos de minerais não-metálicos Correio Educação mercantil Outras atividades imobiliárias e de aluguel de bens móveis e imóveis Serviços prestados às empresas Móveis e produtos das indústrias diversas Transporte rodoviário de passageiros intermunicipal Transporte rodoviário de passageiros internacional Saúde mercantil Construção Educação pública Outros transportes rodoviários não-regulares de passageiros Agências e organizadoras de viagens Seviços de turismo e excursões Pecuária e pesca Alojamento Alimentação Transporte rodoviário de passageiros interestadual Transporte rodoviário de passageiros municipal Outros transportes rodoviários regulares de passageiros Produtos de madeira - exclusive móveis Artigos do vestuário e acessórios Comércio Seviços de táxi Atividades recreativas e culturais Aluguel de automóveis e de outros meios de transporte terrestre Serviços de manutenção e reparação Outros serviços Agricultura, silvicultura, exploração florestal Transporte regular em bondes e teleféricos Transporte aquaviário de passageiros Ativ. Aux. Transp. Aquaviário de passageiros Transporte ferroviário de passageiros - intermunicipal Média = 25,06 Alta ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 234 Anexo 17 Quadro A.17.01 – Intensidade de Geração de Renda Direta 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 Geradores de Renda Outras atividades imobiliárias e de aluguel de bens móveis e imóveis Aluguel de automóveis e de outros meios de transporte terrestre Ativ. Aux. Transp. Rodoviário de passageiros Educação pública Comércio Serviços de manutenção e reparação Ativ. Aux. Transp. Aéreo de passageiros Atividades recreativas e culturais Ativ. Aux. Transp. Ferroviário de passageiros Intermediação financeira e seguros Seviços de turismo e excursões Minério de ferro Administração pública e seguridade social Seviços de táxi Educação mercantil Aparelhos/instrumentos médico-hospitalar, medida e óptico Outros transportes rodoviários não-regulares de passageiros Construção Correio Outros transportes rodoviários regulares de passageiros Jornais, revistas, discos Alojamento Cimento Outros serviços Transporte rodoviário de passageiros intermunicipal Outros da indústria extrativa Álcool Saúde pública Transporte rodoviário de passageiros interestadual Agricultura, silvicultura, exploração florestal Produtos farmacêuticos Serviços de informação Serviços prestados às empresas Saúde mercantil Produtos de metal - exclusive máquinas e equipamentos Artigos do vestuário e acessórios Eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana Móveis e produtos das indústrias diversas Produtos de madeira - exclusive móveis Baixa Direta 0,936 40 Transporte ferroviário de passageiros - municipal 0,426 0,886 0,776 0,690 0,671 0,670 0,628 0,624 0,614 0,597 0,582 0,569 0,565 0,564 0,560 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 Petróleo e gás natural Agências e organizadoras de viagens Outros produtos de minerais não-metálicos Alimentação Transporte rodoviário de passageiros internacional Têxteis Celulose e produtos de papel Perfumaria, higiene e limpeza Pecuária e pesca Metalurgia de metais não-ferrosos Transporte rodoviário de passageiros municipal Transporte de cargas Fabricação de aço e derivados Máquinas, aparelhos e materiais elétricos 0,422 0,419 0,416 0,408 0,407 0,399 0,396 0,395 0,386 0,385 0,383 0,383 0,382 0,364 0,558 55 Máquinas e equipamentos, inclusive manutenção e reparos 0,329 0,547 0,546 0,541 0,536 0,534 0,533 0,526 0,523 0,522 0,508 0,492 0,489 0,483 0,482 0,478 0,476 0,476 0,473 0,471 0,464 0,455 0,453 0,442 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 Artefatos de couro e calçados Artigos de borracha e plástico Eletrodomésticos Peças e acessórios para veículos automotores Produtos e preparados químicos diversos Defensivos agrícolas Fabricação de resina e elastômeros Tintas, vernizes, esmaltes e lacas Transporte aéreo de passageiros Produtos químicos Produtos do fumo Alimentos e Bebidas Outros equipamentos de transporte Máquinas para escritório e equipamentos de informática Material eletrônico e equipamentos de comunicações Caminhões e ônibus Refino de petróleo e coque Automóveis, camionetas e utilitários Transporte ferroviário de passageiros - intermunicipal Transporte regular em bondes e teleféricos Transporte aquaviário de passageiros Ativ. Aux. Transp. Aquaviário de passageiros Média = 0,42 0,303 0,301 0,299 0,296 0,285 0,260 0,257 0,243 0,236 0,231 0,229 0,224 0,218 0,191 0,153 0,153 0,115 0,098 0,000 0,000 0,000 0,000 Média Alta ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 235 Quadro A.17.02 – Intensidade de Geração de Renda Indireta 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 Geradores de Renda Fabricação de resina e elastômeros Álcool Pecuária e pesca Petróleo e gás natural Artefatos de couro e calçados Transporte ferroviário de passageiros - municipal Alimentos e Bebidas Automóveis, camionetas e utilitários Material eletrônico e equipamentos de comunicações Metalurgia de metais não-ferrosos Produtos químicos Tintas, vernizes, esmaltes e lacas Produtos de madeira - exclusive móveis Outros equipamentos de transporte Outros produtos de minerais não-metálicos Serviços de informação Celulose e produtos de papel Produtos farmacêuticos Eletrodomésticos Produtos e preparados químicos diversos Transporte aéreo de passageiros Defensivos agrícolas Caminhões e ônibus Agências e organizadoras de viagens Intermediação financeira e seguros Alimentação Transporte de cargas Serviços prestados às empresas Máquinas, aparelhos e materiais elétricos Saúde mercantil Administração pública e seguridade social Eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana 33 34 35 36 37 38 39 Máquinas e equipamentos, inclusive manutenção e reparos Saúde pública Máquinas para escritório e equipamentos de informática Educação mercantil Perfumaria, higiene e limpeza Alojamento Agricultura, silvicultura, exploração florestal Baixa Indireta 0,264 0,257 0,254 0,250 0,245 0,244 0,242 0,242 0,237 0,227 0,222 0,221 0,220 0,220 0,218 0,212 0,212 0,211 0,210 0,208 0,203 0,202 0,199 0,199 0,190 0,189 0,185 0,185 0,183 0,182 0,182 0,176 0,175 0,172 0,164 0,163 0,156 0,155 0,155 Média 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 Móveis e produtos das indústrias diversas Aparelhos/instrumentos médico-hospitalar, medida e óptico Fabricação de aço e derivados Têxteis Artigos de borracha e plástico Minério de ferro Outros serviços Outros da indústria extrativa Peças e acessórios para veículos automotores Atividades recreativas e culturais Ativ. Aux. Transp. Aéreo de passageiros Cimento Comércio Transporte rodoviário de passageiros municipal Transporte rodoviário de passageiros internacional Produtos do fumo Correio Construção Educação pública Transporte rodoviário de passageiros intermunicipal Transporte rodoviário de passageiros interestadual Ativ. Aux. Transp. Ferroviário de passageiros Jornais, revistas, discos Outros transportes rodoviários regulares de passageiros Produtos de metal - exclusive máquinas e equipamentos Outros transportes rodoviários não-regulares de passageiros Seviços de turismo e excursões Seviços de táxi Ativ. Aux. Transp. Rodoviário de passageiros Artigos do vestuário e acessórios Refino de petróleo e coque Serviços de manutenção e reparação Outras atividades imobiliárias e de aluguel de bens móveis e imóveis Aluguel de automóveis e de outros meios de transporte terrestre Transporte ferroviário de passageiros - intermunicipal Transporte regular em bondes e teleféricos Transporte aquaviário de passageiros Ativ. Aux. Transp. Aquaviário de passageiros Média = 1,15 Alta ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 236 Quadro A.17.03 – Intensidade de Geração de Renda Induzida 33 Geradores de Renda Educação pública Administração pública e seguridade social Saúde pública Educação mercantil Outros serviços Transporte ferroviário de passageiros - municipal Intermediação financeira e seguros Alojamento Correio Produtos farmacêuticos Serviços prestados às empresas Artefatos de couro e calçados Agências e organizadoras de viagens Saúde mercantil Ativ. Aux. Transp. Ferroviário de passageiros Ativ. Aux. Transp. Aéreo de passageiros Máquinas, aparelhos e materiais elétricos Jornais, revistas, discos Outros equipamentos de transporte Comércio Atividades recreativas e culturais Produtos de madeira - exclusive móveis Peças e acessórios para veículos automotores Transporte rodoviário de passageiros municipal Produtos e preparados químicos diversos Pecuária e pesca Ativ. Aux. Transp. Rodoviário de passageiros Celulose e produtos de papel Artigos de borracha e plástico Seviços de táxi Outros produtos de minerais não-metálicos Tintas, vernizes, esmaltes e lacas Máquinas e equipamentos, inclusive manutenção e reparos 34 35 36 37 38 39 Artigos do vestuário e acessórios Eletrodomésticos Têxteis Automóveis, camionetas e utilitários Transporte aéreo de passageiros Petróleo e gás natural 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 Induzida 0,1684 0,1522 0,1425 0,1370 0,1334 0,1323 0,1148 0,1087 0,1085 0,0973 0,0965 0,0955 0,0952 0,0906 0,0899 0,0886 0,0871 0,0868 0,0850 0,0849 0,0829 0,0827 0,0809 0,0807 0,0805 0,0798 0,0784 0,0756 0,0752 0,0734 0,0731 0,0731 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 Caminhões e ônibus Máquinas para escritório e equipamentos de informática Móveis e produtos das indústrias diversas Serviços de informação Material eletrônico e equipamentos de comunicações Produtos de metal - exclusive máquinas e equipamentos Transporte de cargas Transporte rodoviário de passageiros interestadual Outros da indústria extrativa Aparelhos/instrumentos médico-hospitalar, medida e óptico Álcool Alimentação Serviços de manutenção e reparação Alimentos e Bebidas Transporte rodoviário de passageiros intermunicipal Outros transportes rodoviários regulares de passageiros Seviços de turismo e excursões Agricultura, silvicultura, exploração florestal Transporte rodoviário de passageiros internacional Outros transportes rodoviários não-regulares de passageiros Metalurgia de metais não-ferrosos Perfumaria, higiene e limpeza Defensivos agrícolas Produtos químicos Fabricação de resina e elastômeros Construção Produtos do fumo Fabricação de aço e derivados Cimento Eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana Minério de ferro Refino de petróleo e coque 0,0637 0,0635 0,0635 0,0629 0,0620 0,0620 0,0606 0,0603 0,0601 0,0596 0,0595 0,0593 0,0592 0,0591 0,0590 0,0581 0,0580 0,0579 0,0568 0,0563 0,0563 0,0556 0,0543 0,0502 0,0497 0,0484 0,0467 0,0464 0,0455 0,0454 0,0376 0,0361 0,0711 72 0,0107 0,0701 0,0700 0,0674 0,0672 0,0669 0,0654 73 74 75 76 77 Aluguel de automóveis e de outros meios de transporte terrestre Outras atividades imobiliárias e de aluguel de bens móveis e imóveis Transporte ferroviário de passageiros - intermunicipal Transporte regular em bondes e teleféricos Transporte aquaviário de passageiros Ativ. Aux. Transp. Aquaviário de passageiros Média = 0,07 Baixa Média 0,0092 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 Alta ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 237 Quadro A.17.04 – Intensidade de Geração de Renda Total Geradores de Renda Educação pública Administração pública e seguridade social Saúde pública Outros serviços Transporte ferroviário de passageiros - municipal Educação mercantil Artigos do vestuário e acessórios Intermediação financeira e seguros Peças e acessórios para veículos automotores Alojamento Ativ. Aux. Transp. Ferroviário de passageiros Serviços prestados às empresas Artefatos de couro e calçados Jornais, revistas, discos Correio Saúde mercantil Caminhões e ônibus Alimentos e Bebidas Automóveis, camionetas e utilitários Ativ. Aux. Transp. Aéreo de passageiros Produtos do fumo Agências e organizadoras de viagens Têxteis Produtos farmacêuticos Máquinas e equipamentos, inclusive manutenção e reparos Transporte rodoviário de passageiros municipal Máquinas, aparelhos e materiais elétricos Produtos de metal - exclusive máquinas e equipamentos Atividades recreativas e culturais Produtos de madeira - exclusive móveis Comércio Pecuária e pesca Móveis e produtos das indústrias diversas Ativ. Aux. Transp. Rodoviário de passageiros Eletrodomésticos Artigos de borracha e plástico Celulose e produtos de papel Produtos e preparados químicos diversos Seviços de táxi Baixa Total 1,5253 1,4841 1,4691 1,4561 1,4339 1,4319 1,3731 1,3657 1,3598 1,3491 1,3461 1,3413 1,3411 1,3366 1,3341 1,3187 1,3179 1,3133 1,3103 1,3095 1,3045 1,3031 1,2984 1,2880 1,2878 1,2826 1,2820 1,2810 1,2791 1,2711 1,2671 1,2641 1,2594 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 1,2594 1,2551 1,2529 1,2476 1,2473 73 74 75 76 77 1,2424 Média Transporte rodoviário de passageiros internacional Alimentação Construção Outros produtos de minerais não-metálicos Outros equipamentos de transporte Serviços de manutenção e reparação Tintas, vernizes, esmaltes e lacas Perfumaria, higiene e limpeza Transporte aéreo de passageiros Transporte rodoviário de passageiros interestadual Serviços de informação Fabricação de aço e derivados Defensivos agrícolas Outros transportes rodoviários não-regulares de passageiros Outros transportes rodoviários regulares de passageiros Refino de petróleo e coque Petróleo e gás natural Transporte rodoviário de passageiros intermunicipal Outros da indústria extrativa Seviços de turismo e excursões Eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana Transporte de cargas Cimento Álcool Agricultura, silvicultura, exploração florestal Aparelhos/instrumentos médico-hospitalar, medida e óptico Metalurgia de metais não-ferrosos Material eletrônico e equipamentos de comunicações Máquinas para escritório e equipamentos de informática Minério de ferro Produtos químicos Fabricação de resina e elastômeros Aluguel de automóveis e de outros meios de transporte terrestre Outras atividades imobiliárias e de aluguel de bens móveis e imóveis Transporte ferroviário de passageiros - intermunicipal Transporte regular em bondes e teleféricos Transporte aquaviário de passageiros Ativ. Aux. Transp. Aquaviário de passageiros Média = 1,19 Alta ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 238 Anexo 18 Listas da Áreas de Relevante Interesse Ecológico (ARIE) ARIE do Bosque Lei Complementar n.º 407, de 23 de novembro de 2001 Dispõe sobre a criação da Área de Relevante Interesse Ecológico do Bosque, na Região Administrativa do Lago Sul - RA XVI. Revoga a Lei n° 1.314, de 19 de março de 1998. Lei Complementar n.º 1.914, de 19 de março de 1998 Dispõe sobre a criação da Área de Relevante Interesse Ecológico do Bosque, na Região Administrativa do Lago Sul - RA XVI. (Revogada pela Lei Complementar n.º 407, de 23 de novembro de 2001) ARIE Capetinga - Taquara Decreto n.º 91.303, de 03 de junho de 1985 Dispõe sobre a declaração de área de relevante interesse ecológico, em Brasília, Distrito Federal, e dá outras providências. Resolução CONAMA n.º 014, de 18 de dezembro de 1984 Dispõe sobre a implantação da Área de Interesse Ecológico Capetinga – Taquara. Resolução CONAMA n.º 027, de 03 de dezembro de 1986 Dispõe sobre a inclusão da Reserva Ecológica do IBGE na ARIE Capetinga-Taquara no Distrito Federal. ARIE do Cerradão Decisão n.º 64/92 do Conselho de Arquitetura e Urbanismo e Meio Ambiente – CAUMA , 251ª Reunião Ordinária. Assunto: Criação de Área de Relevante Interesse Ecológico – CERRADÃO, SMDB – RA I. Decreto n.º 19.213, de 06 de maio de 1998 Dispõe sobre a criação de Área de Relevante Interesse Ecológico do Cerrado e dá outras providências. ARIE do córrego Mato Grande Decreto 25.067, de 10 de setembro de 2004 Dispõe sobre a criação da Área de Relevante Interesse Ecológico – ARIE do córrego Mato Grande. ARIE Dom Bosco Decreto n° 21.224, de 26 de maio de 2000 Dispõe sobre a criação de Área de Relevante Interesse Ecológico do Setor Habitacional Dom Bosco. ARIE Granja do Ipê Decreto n° 19.431, de 15 de julho de 1990 Dispõe sobre a criação da Área de Interesse Ecológico – ARIE Granja do Ipê e dá outras providências. Decreto n° 20.183, de 23 de abril de 1999 Renova o prazo previsto no Decreto n° 19.431 de 15 de julho de 1998 e dá outras providências. ARIE do Paranoá Sul Decreto 11.209, de 17 de agosto de 1988 Dispõe sobre a criação de Área de Relevante Interesse Ecológico do Paranoá Sul – ARIE. (Revogada pela Lei Complementar 635, de 09 de agosto de 2002). Lei Complementar n.º 635, de 09 de agosto de 2002 Define a poligonal da Área de Relevante Interesse Ecológico – ARIE - Parque Juscelino Kubitschek da Região Administrativa de Taguatinga – RA III e estabelece a criação ARIE - Área de Relevante Interesse Ecológico do Paranoá Sul. ARIE Parque Juscelino Kubitschek Decreto 11.467, de 06 de março de 1989 ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 239 Dispõem sobre a criação da Área de Interesse Ecológico dos Córregos Taguatinga e Cortado, homologa a Decisão n.º 12/89, do Conselho de Arquitetura e Urbanismo e Meio Ambiente. Decreto n.º 17.690, de 20 de setembro de 1996 Regulamenta a Lei n.º 1.002, de 02 de janeiro de 1996, que institui o Conselho Gestor da Área de Relevante Interesse Ecológico – ARIE do Bosque Juscelino Kubitschek e dá outras providências. Decreto 24.137, de 09 de outubro de 2003 Dispõe sobre a adoção de providências pelo Poder Executivo do Distrito Federal em face de ocupações irregulares e clandestinas da Área de Relevante Interesse Ecológico – ARIE Parque JK e dá outras providências. Lei Complementar 314, de 1 de setembro de 2000 Aprova o Plano Diretor Local da Região Administrativa de Ceilândia - RA IX, conforme o disposto no Art. 316 da Lei Orgânica do Distrito Federal. Lei Complementar 352, de 09 de janeiro de 2001 Destina área para implantação do Centro Olímpico Joaquim Cruz em Taguatinga. Ação Direta de Inconstitucionalidade - ADI 2005 00 2 009595-8 contra as Leis Complementares distritais 352, de 9 de janeiro de 2001, e 405, de 5 de novembro de 2001, em face dos artigos 19, caput, 51, caput e § 2º, 52, 100, inciso VI, 319 e 320, todos da Lei Orgânica do Distrito Federal, promulgada em 8 de junho de 1993. Lei Complementar 370, de 02 de março de 2001 Aprova o Plano Diretor Local da Região Administrativa de Samambaia - RA XII, conforme o disposto no art. 316 da Lei Orgânica do Distrito Federal. Lei Complementar n.º 635, de 09 de agosto de 2002 Define a poligonal da Área de Relevante Interesse Ecológico – ARIE - Parque Juscelino Kubitschek da Região Administrativa de Taguatinga – RA III e estabelece a criação ARIE - Área de Relevante Interesse Ecológico do Paranoá Sul. Lei n.º1.002, de 09 de agosto de 2002 Cria a Área de Relevante Interesse Ecológico denominada "Parque Juscelino Kubitschek" e dá outras providências. Lei n.º1.762, de 05 de novembro de 1997 Reserva Área localizada na área de relevante interesse ecológico Parque Juscelino Kubitschek para implantação do Pólo Cultural de Taguatinga, RA – III. Portaria n.º 05 de 21 de outubro de 2003 da Corregedoria-Geral do Distrito Federal Constitui Grupo de Trabalho incumbido de, no prazo de 30 (trinta) dias, definir e propor a implementação de todas as medidas administrativas ou judiciais que se façam necessárias à regularização total e a desobstrução da Área de Relevante Interesse Ecológico – ARIE Parque JK. ARIE Santuário de Vida Silvestre do Riacho Fundo Decreto 11.138, de 16 de junho de 1988 Dispõe sobre a criação de Área de Relevante Interesse Ecológico do Santuário de Vida Silvestre do Riacho Fundo – ARIE. Lei n° 1.813, de 30 de dezembro de 1997 Dispõe sobre a instituição da Fundação Pólo Ecológico de Brasília. Decisão n.º 39/88 do Conselho de Arquitetura e Urbanismo e Meio Ambiente – CAUMA , 251ª Reunião Ordinária. Assunto: Criação de Estações Ecológicas. Decreto n.º 14.785, de 17 de junho de 1993 Cria Grupo de Trabalho para a regularização das ocupações da ARIE – Área de Relevante Interesse Ecológico – Riacho Fundo. ARIE do Torto Decreto 27.261, de 20 de setembro de 2006 Dispõe sobre a criação da Área de Relevante Interesse Ecológico - ARIE do Torto. ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 240 Anexo 19 Especialidades Médicas no Distrito Federal Acunpuntura: 25 Alergia e imunologia: 24 Alergia e imunologia pediatrica: 06 Anatomia patológica e citopatologia: 21 Anestesiologia: 06 Angiologia: 41 Cancerologia: 20 Cancerologia cirúrgica: 08 Cardiologia: 132 Cardiologia pediatrica: 08 Cirurgia cardiovascular: 17 Cirurgia de cabeça e pescoço: 07 Cirurgia de mão: 02 Cirurgia do aparelho digestivo: 16 Cirurgia geral: 174 Cirurgia pediatrica: 18 Cirurgia plástica: 39 Cirurgia toraxica: 06 Cirurgia vascular: 46 Cirurgia videolaparoscopica: 22 Clinica médica: 199 Coloproctologia: 48 Densiometrica ossea: 01 Dermatologia: 90 Ecocardiografia: 9 Ecografica cardiovascular com doppler: 4 Endocrinologia: 27 Endocrinologia pediátrica: 4 Endoscopia digestiva: 37 Endoscopia ginecologica: 01 Endoscopia respiratória: 03 Estimulação precoce: 01 Fonodiaulogia: 143 Fonodiaulogia/ audiologia: 2 Fonodiaulogia/ voz e linguagem: 02 Fonodiaulogia/ neuroevolutivo: 01 Gastroentorologia: 65 Gastroentorologia pediátrica: 06 Genética médica: 02 Geriatria: 06 Gestalt terapia: 02 Ginecologia e obstetrícia: 302 ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 241 Hematologia e hemoterapia: 15 Hematologia e hemoterapia pediátrica: 01 Hemodinamica e cardiologia intervencionista: 02 Hepatologia: 01 Homeopatia: 09 Infectologia: 12 Infectologia pediátrica: 01 Instrumentador cirúrgico: 09 Mastologia: 27 Medicina da família: 01 Medicina do trabalho: 16 Medicina do trafégo: 01 Medicina esportiva: 01 Medicina fetal: 01 Medicina esportiva e reabilitação: 08 Medicina intensiva: 19 Medicina intensiva pediátrica: 02 Medicina legal: 01 Medicina nuclear: 02 Nefrologia: 31 Nefrologia pediátrica: 03 Neonatologia: 07 Neurocirurgia: 30 Neurofisiologia clínica: 16 Neurologia: 54 Neurologia pediátrica: 14 Nutrologia: 06 Oftalmologia: 108 Orientação vocacional: 01 Ortopedia e traumatologia: 116 Otorrionolaringologia: 87 Pediatria: 136 Perfusionista: 01 Pneumologia: 24 Pneumologia pediátrica: 01 Psicanalise: 06 Psico-oncologia: 01 Psicologia: 145 Psicologia clínica: 01 Psicologia do adolescente: 01 Psicologia do adulto: 02 Psicologia geral: 102 Psicologia hospitalar: 02 Psicologia infantil: 05 Psicologia infantil/ adolescente: 05 Psicologia infantil/ ludoterapia: 01 Psicologia organizacional: 02 ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 242 Psicomotricidade: 04 Psicopedagogia: 05 Psicoterapia: 03 Psicoterapia comportamental: 01 Psicoterapia adulto: 02 Psicoterapia casal/ família: 04 Psicoterapia analítica: 01 Psicoterapia dependência química: 01 Psicoterapia individual: 01 Psicoterapia infantil/ adolescente: 02 Psicoterapia infantil/ adulto: 02 Psicoterapia junguiana: 02 Psiquiatria: 12 Radiologia: 64 Reeducação postural global: 57 Reprodução humana: 06 Reumatologia: 11 Sexologia: 03 Terapia familiar/ conjugal: 02 Terapia ocupacional: 04 Ultra-sonografia ginecologia obstetrícia: 02 Ultra-sonografia geral: 52 Urologia: 68 ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 243 Anexo 20 Lista das localidades atendidas no Distrito Federal pela telefonia fixa – ANATEL (Base: Dezembro/2007) Município Localidade Concessionária Acesso Fixo instalado Acesso Fixo Individual em Serviço Acesso individual Classe Especial (AICE) Telefones de uso público (orelhões) TUPs adaptados para cadeirantes TUPs adaptados para deficientes auditivos Brasília Brasília Brasil Telecom Filia/DF 279.225 204.541 1.407 4.148 178 21 Brasília Brazlândia Brasil Telecom Filia/DF 11.687 9.209 1.676 348 12 - Brasília Ceilândia Brasil Telecom Filia/DF 88.576 63.068 6.431 2.230 69 1 Brasília Condomínio Asa Branca Brasil Telecom Filia/DF 15 - - 15 - - Brasília Condomínio Morada Nobre Brasil Telecom Filia/DF 2 - - 2 - - Brasília Cruzeiro Brasil Telecom Filia/DF 55.138 25.476 315 389 13 - Brasília Gama Brasil Telecom Filia/DF 37.190 25.476 1.954 1.015 35 - Brasília Brasil Telecom Filia/DF 60.993 43.253 954 1.091 52 3 Brasil Telecom Filia/DF 18.551 14.156 339 558 17 1 Brasil Telecom Filia/DF 28 9 - 19 - - Brasília Guará Núcleo Bandeirante Núcleo Rural Capão Seco Núcleo Riral DVO Brasil Telecom Filia/DF 72 63 - 10 1 - Brasília Paranoá Brasil Telecom Filia/DF 11.142 8.084 968 346 9 - Brasília Planaltina Brasil Telecom Filia/DF 39.642 26.533 4.488 1.055 47 - Brasília Rajadinha II Brasil Telecom Filia/DF 21 18 - 3 1 - Brasília Brasil Telecom Filia/DF 15 - - 15 - - Brasília Rajadinha III Recanto das Emas Brasil Telecom Filia/DF 27.164 18.691 3.669 726 27 - Brasília Riacho Fundo Brasil Telecom Filia/DF 10.713 11.905 1.447 465 23 - Brasília Samambaia Brasil Telecom Filia/DF 41.293 32.446 4.999 1.374 45 - Brasília Santa Maria Brasil Telecom Filia/DF 24.865 18.960 3.053 705 35 - Brasília São Sebastião Brasil Telecom Filia/DF 14.262 11.424 1.626 542 12 - Brasília Sobradinho Brasil Telecom Filia/DF 43.513 34.660 2.538 1.192 35 - Brasília Taguatinga Brasil Telecom Filia/DF 123.431 83.569 3.655 2.278 51 1 Brasília Brasília ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 244 Anexo 21 Rede de delegacias da Polícia Civil 1ª Delegacia de Polícia Localizada na Asa Sul Setor Policial Sul Lote 2B CEP.: 70.610-200 Telefone: 3426.4900 / 3426.4931 Del. Chefe: Drª Martha Geny Vargas Borraz Del. Adjunto: Dr. Rodrigo Telho Correa Email: [email protected] 2ª Delegacia de Polícia Localizada na Asa Norte SAIN Q. 916 Lote E CEP.: 70.620-000 Telefone: 3348.1900 / 3348.1932 Del. Chefe: Dr. Antônio José Romeiro Del. Adjunto: Dr. Rogério Borges Cunha Email: [email protected] 3ª Delegacia de Polícia Localizada no Cruzeiro Velho SRES AE Lote 16 CEP.: 70.640-000 Telefone: 3462.9400 / 3462.9432 Del. Chefe: Dr. Aluízio Gonçalves de Carvalho Del. Adjunto: Dr. Marcory Geraldo Mohn Email: [email protected] 4ª Delegacia de Polícia Localizada no Guará II EQ 15 / 16 AE - GUARÁ II CEP.: 71.050-190 Telefone: 3383.9400 / 3383.9428 Del. Chefe: Dr. Jeferson Lisboa Gimenez Del. Adjunto: Dr. Joás Rosa de Souza Email: [email protected] 5ª Delegacia de Polícia Localizada no Setor Bancário SBN Quadra 02 Bloco K 3º Subsolo CEP: 70040-000 Telefone: 3327.0417 Del. Chefe: Dr. Ricardo Yamamoto Del. Adjunto: Dr. Marco Antônio de Almeida Email: [email protected] 6ª Delegacia de Polícia Localizada no Paranoá AE Q. 33 Lote 04 CEP.: 71.570-330 Telefone: 3369.9100 / 3369.9128 Del. Chefe: Dr. José Adão Rezende Del. Adjunto: Dr. Francisco José A. Pereira Email: [email protected] 8ª Delegacia de Polícia Localizada no SIA Trecho 2, Lotes 1455/1475 CEP.: 70.640-002 Telefone: 3462.9600 / 3462.9628 ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 245 Del. Chefe: Dra. Déborah Souza Menezes Del. Adjunto: Dr. José Roberto S. Batista Email: [email protected] 9ª Delegacia de Polícia Localizada no Lago Norte SHIN 3/5 CEP.: 71.505-700 Telefone: 3468.9200 / 3468.9228 Del. Chefe: Drª Selma Maria Frota Carmona Del. Adjunto: Dr Wisllei Gustavo Mendes Salomão Email: [email protected] 10ª Delegacia de Polícia Localizada no Lago Sul SHIS AE QI 11/13 CEP.: 71.615-205 Telefone: 3248.9600 / 3248.9628 Del. Chefe: Dr. Antônio Cavalheiro Filho Del. Adjunto: Dr. Aélio Caracelli Júnior Email: [email protected] 11ª Delegacia de Polícia Localizada no Núcleo Bandeirante 3ª Av. AE 03 Lote G CEP.: 71.700-000 Telefone: 3486.8300 / 3486.8327 Del. Chefe: Drª. Eneida Orbage de Brito Taquary Del. Adjunta: Drª. Simone Maria Pereira da Silva Email: [email protected] 12ª Delegacia de Polícia Localizada em Taguatinga Centro EQ 3/5 AE Setor Central CEP.: 72.000-000 Telefone: 3451.4300 / 3451.4327 Del. Chefe: Dr. Reginaldo Borges da Silva Del. Adjunto: Dr. Alberto Vieira Passos Email: [email protected] 13ª Delegacia de Polícia Localizada em Sobradinho Setor Central AE Módulo M CEP.: 73.070-100 Telefone: 3487.8700 / 3487.8727 Del. Chefe: Dr. Bartolomeu Araújo Del. Adjunto: Dr. Ivan Francisco Dantas Email: [email protected] 14ª Delegacia de Polícia Localizada no Gama AE Setor Central CEP.: 72.460-000 Telefone: 3484.9300 / 3484.9327 Del. Chefe: Dr. Jurandir Teixeira Pinto Del. Adjunto: Dr. Lorisvaldo Chacha Rosa Email: [email protected] 15ª Delegacia de Polícia Localizada em Ceilândia QNM 02 AE Conjunto G/H CEP.: 72.210-020 Telefone: 3471.8400 / 3471.8428 Del. Chefe: Dr. Adval Cardoso de Matos ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 246 Del. Adjunto: Dr. Marcelo de Paula Araújo Email: [email protected] 16ª Delegacia de Polícia Localizada em Planaltina Setor Central AE Q. 02 Bloco K CEP.: 73-320-100 Telefone: 3488.9600 / 3488.9628 Del. Chefe: Dr. Marcos Antônio Naves de Oliveira Del. Adjunto: Dr. Wellerson Gontijo Vasconcelos Júnior Email: [email protected] 17ª Delegacia de Polícia Localizada em Taguatinga Norte QNG 39 AE 12 CEP.: 72.000-000 Telefone: 3355.8900 / 3355.8928 Del. Chefe: Dr. Mauro Aguiar Machado Del. Adjunto: Dr. Mauro Leite Pereira Email: [email protected] 18ª Delegacia de Polícia Localizada em Brazlândia SN Q. 03 AE 04 CEP.: 72.720-640 Telefone: 3479.9000 / 3479.9028 Del. Chefe: Drª Ingrid Lúcia H. C. R. Rosário Del. Adjunto: Dr. Pedro Luis de Moraes Email: [email protected] 19ª Delegacia de Polícia Localizada no P Norte EQNP 15/19 - Setor "P" Norte CEP.: 72.240-155 Telefone: 3379.9100 / 3379.9128 Del. Chefe: Dr. Raimundo Vanderly Alves de Melo Del. Adjunto: Dr. Manoel Ludovino Neto T. Santana Email: [email protected] 20ª Delegacia de Polícia Localizada no Gama AE 13/17 Setor Oeste CEP.: 72.430-090 Telefone: 3484.9500 / 3484.9528 Del. Chefe: Dr. Francisco Duarte Martins Del. Adjunto: Drª Waleska Romcy Email: [email protected] 21ª Delegacia de Polícia Localizada em Taguatinga Sul CSG 09 Lote 10 CEP.: 72.025-510 Telefone: 3451.3300 / 3451.3328 Del. Chefe: Drª Mônica Chimilievisk Ferreira Del. Adjunto: Dr. Marcelo Rodrigues Portela Nunes Email: [email protected] 23ª Delegacia de Polícia Localizada no P Sul EQNP 30/34 AE Lote A/D CEP.: 72.235-305 Telefone: 3378.9200 / 3378.9228 Del. Chefe: Dr. Manoel Santos Ferraz Del. Adjunto: Dr. Márcio Araújo Salgado Email: [email protected] ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 247 24ª Delegacia de Polícia Localizada na Ceilândia EQNO 17/18 AE S/Nº - SETOR "O" CEP.: 72.255-170 Telefone: 3379.9300 / 3379.9332 Del. Chefe: Dr. Vivaldo José Rodrigues Neres Del. Adjunto: Drª Tânia Mª de O. Dias Soares Email: [email protected] 26ª Delegacia de Polícia Localizada em Samambaia QS 411 AE CEP.: 72.370-110 Telefone: 3359.9200 / 3359.9228 Del. Chefe: Dr. Claúdio de Moura Magalhães Del. Adjunto: Dr. Edson Viana de Oliveira Email: [email protected] 27ª Delegacia de Polícia Localizada no Recanto das Emas Q. 305 Conj. 01Lote 02 AE CEP.: 72.610-050 Telefone: 3332.9000 / 3332.9028 Del. Chefe: Dr. Alexandre Dias Nogueira Del. Adjunto: Dr. Ricardo Pedroza Martirena Email: [email protected] 29ª Delegacia de Polícia Localizada no Riacho Fundo SCHF QS 06 Lote AI CEP.: 71.810-060 Telefone: 3399.9300 / 3399.9328 Del. Chefe: Dr. Vicente Francimar de Oliveira Del. Adjunto: Dr. Júlio César de Oliceira Silva Email: [email protected] 30ª Delegacia de Polícia Localizada em São Sebastião Av. Central São Bartolomeu CEP.: 71.690-000 Telefone: 3335.9100 / 3335.9128 Del. Chefe: Dr. André Victor do Espírito Santo Del. Adjunto: Dr. Hudson Eduardo da Silva Email: [email protected] 31ª Delegacia de Polícia Localizada em Planaltina Qd. 19 Conj.A AE 01 - SRLIV (Buritis IV) CEP.: 73.356-000 Telefone: 3488.9650 / 3488.9678 Del. Chefe: Dr. Domingos Sávio D. Barreto Del. Adjunto: Dr. Júlio César S. de Almeida Email: [email protected] 32ª Delegacia de Polícia Localizada em Samambaia QN 308, Conj. 01, Lt 01 CEP.: 71.690-000 Telefone: 3357.9100 / 3357.9128 Del. Chefe: Dr. Onofre José de Morais Del. Adjunto: Dr. Alberto Leovegildo Lopes Filho Email: [email protected] 33ª Delegacia de Policia Localizada em Santa Maria CL 114 Lote A ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 248 CEP.: 72.500-245 Telefone: 3395.9100 / 3395.9128 Del. Chefe: Dr. João Carlos Couto Lóssio Filho Del. Adjunto: Dr. Victor Dan de Alencar Alves Email: [email protected] 35ª Delegacia de Policia Localizada em Sobradinho II AR 05, Conj. 11 Lt.07 CEP.: 73.060-511 Telefone: 3487.8800 / 3487.8828 Del. Chefe: Dr. Márcio Michel Alves de Oliveira Del. Adjunto: Dr. Rossi Farias de M. Júnior Email: [email protected] 38ª Delegacia de Policia Localizada em Vicente Pires Rua 04, Chácara 192 CEP.: 72.110-800 Telefone: 3383.8100 / 3383.8128 Del. Chefe: Dr. Gerardo Carneiro de Aguiar Del. Adjunto: Dr. Sandro Erlon Orlando Email: [email protected] ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 249 Anexo 22 Empresas Privadas de Segurança Pública 5 ESTRELAS SISTEMA DE SEGURANÇA LTDA. Endereço: SAAN - QUADRA 01 LOTES 1090/1100 Cidade: BRASILIA UF: DF CEP: 70.632-100 Contato: Leonardo Cavalcanti Prudente Email [email protected] AGROSERVICE SEGURANÇA LTDA. Endereço: SAAN Quadra 03, Lote 1.290 Cidade: BRASÍLIA UF: DF CEP: 70.632-100 Contato: Paulo Henrique Santos Email: [email protected] Telefone: (61) 3201-4664 e Fax: (61) 3201-4664 Telefone (61) 3963-3060 Fax: (61) 3963-3060 ÁGIL EMPRESA DE VIGILÂNCIA LTDA. Endereço: SOF NORTE QUADRA 4, CONJ. D - LOTES 7 A 10, LOJA 35 Cidade: BRASÍLIA UF: DF CEP: 70.634-440 Contato: Antonio José Rabello Ferreira Email [email protected] Telefone (61) 3403-0101 Fax: (61) 3403-0138 BRASFORT EMPRESA DE SEGURANÇA LTDA. Endereço: SAAN Quadra 01, Nº 635 Cidade: BRASÍLIA UF: DF CEP: 70.632-100 Contato: Robério Bandeira de Negreiros Filho Email: [email protected] Telefone: (61) 3878-3434 Fax: (61) 3878-3433 BRASÍLIA EMPRESA DE SEGURANÇA LTDA. Endereço: SIA SUL TRECHO 06 - BLOCO A - LOTE 05/15 - 1º ANDAR Cidade: BRASÍLIA UF: DF CEP: 71.205-060 Contato: Mauro César Alves Lacerda Email [email protected] Telefone (61) 3366-9800 Fax: (61) 3366-9832 CITY SERVICE Segurança Ltda. Endereço: STRC Sul, TR 04, Bloco F, Lote 02 - Sobreloja Cidade: GUARÁ II UF: DF CEP: 71225-540 Contato: ORLANDO LAMOUNIER PARAÍSO JÚNIOR Email: [email protected] Telefone (61) 3361-6191 Fax: (61) 3361-6191 CONFEDERAL VIGILANCIA E TRANSPORTE DE VALORES LTDA Endereço: SAAN - QUADRA 03 - LOTE 360 Cidade: BRASÍLIA UF: DF CEP: 70.632-300 Contato: Ricardo Lopes Augusto ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 250 Email [email protected] Telefone (61) 3403-7277 / Fax 61) 3234-3914 CONTAL SEGURANÇA LTDA. Endereço: SAAN QUADRA 3 LOTE 505 Cidade: BRASÍLIA UF: DF CEP: 70.632-300 Contato: Marcos Luiz Gomes de Oliveira Email [email protected] Telefone (61) 3363-7324 / Fax: (61) 3363-7327 CORAL EMPRESA DE SEGURANÇA LTDA. Endereço: SAAN - QUADRA 03 - LOTE 465 - (PARTE) Cidade: BRASÍLIA UF: DF CEP: 70.632-300 Contato: Lélio Vieira Carneiro Email: [email protected] Telefone (61) 3362-4600 Fax: (61) 3362-4631 ELITE SEGURANÇA LTDA. Endereço: SOF NORTE QUADRA 02, BLOCO B, LOJA 10 Cidade: BRASÍLIA UF: DF CEP: 70.634-200 Contato: Adhemar Luiz de Carvalho Lima Email [email protected] Telefone (61) 3465-2575 Fax: (61) 3465-2574 ESPARTA SEGURANÇA LTDA. Endereço: SAAN - QUADRA 03 - LOTE 300 – PARTE A Cidade: BRASÍLIA UF: DF CEP: 70.632-300 Contato: André Gustavo Pedrosa de Carvalho Email [email protected] Telefone (61) 3202-7199 / Fax: (61) 3202-7199 G6 SISTEMA DE SEGURANÇA INTEGRADA LTDA. Endereço: SCIA Quadra 15, Conjunto 3, Lote 05 - Cidade do Automóvel Cidade: BRASÍLIA UF: DF CEP: 71.250-015 Contato: Patrocínio ValverdeEmail [email protected] Telefone (61) 3403-3300 Fax: (61) 3403-3308 GRABER SISTEMAS DE SEGURANÇA LTDA. Endereço: SCLRN 713, Bloco A - Lojas 61/63 Cidade: BRASILIA UF: DF CEP: 70760-531 Contato: Eder Francisco Xavier Email: [email protected] Telefone (61) 3340-5233 Fax: (61) 3340-5233 GRIFFO SERVIÇOS DE SEGURANÇA E VIGILÂNCIA LTDA. Endereço: SCLRN 707 – Bloco F – loja 45 Cidade: BRASÍLIA UF: DF CEP: 70740-530 Contato: Márcia Alves Gonçalves Romariz Email [email protected] Telefone: (61) 3340-7919 / Fax: (61) 3340-7900 ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 251 IPANEMA SEGURANÇA LTDA. Endereço: SIA SUL - QUADRA 01 - LOTE 1.271 Cidade: BRASÍLIA UF: DF CEP: 71.200-010 Contato: José Carvalho de Araújo Email: [email protected] Telefone: (61) 3035-1500 / Fax: (61) 3035-1560 JUIZ DE FORA EMPRESA DE VIGILÂNCIA LTDA. Endereço: SAAN Quadra 03, Lote 460 Cidade: BRASÍLIA UF: DF CEP: 70.632-300 Contato: Nelson Ribeiro Neves Email: [email protected] Telefone (61) 3032-4565 Fax: (61) 3361-3008 MIB SEGURANÇA E VIGILÂNCIA LTDA. Endereço: SHCGN 712/713, Bloco F – Loja 55 Cidade: BRASÍLIA UF: DF CEP: 70.760-660 Contato: Maria Estela Mendes de Souza Email: [email protected] Telefax: (61) 3347-7444 MULTSERV SEGURANÇA E VIGILÂNCIA PATRIMONIAL LTDA. Endereço: Av. Contorno, Área Especial 13 – Lote M-1 - Loja 01 Cidade: NÚCLEO BANDEIRANTE UF: DF CEP: 71705-535 Contato: Luiz Gustavo Silva Barra Email: [email protected] Telefax (61) 3202-5555 OMNI EMPRESA DE VIGILÂNCIA E SEGURANÇA LTDA. Endereço: SIA Sul Trecho 6 – Lotes 65/75 – Parte A Cidade: BRASÍLIA UF: DF CEP: 71205-060 Contato: Roberto Augusto Lavall Reis Email: [email protected] Telefone: (61) 3233-7722 / Fax: (61) 3234-9196 PATRIMONIAL SEGURANÇA INTEGRADA LTDA. Endereço: SCRS Quadra 516, Bloco B, N 69- 1º andar Cidade: BRASÍLIA UF: DF CEP: 70351-970 Contato: Raul Balduino de Sousa Filho Email: [email protected] Telefone (61) 3346-2244 / Fax (61) 3346-2233 PROGUARDA SEGURANÇA E VIGILÂNCIA LTDA. Endereço: SEPS 707/907, Conjunto E, Bloco B, Loja 07 – Ed. San Marino Cidade: BRASÍLIA UF: DF CEP 70390-780 Contato: Marcelo Macedo da Fonseca Email: [email protected] Telefax (61) 3242-0002 PROSEGUR BRASIL S/A TRANSPORTADORA DE VALORES E SEGURANÇA ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 252 Endereço: SRTC Sul Trecho 04, Conjunto B – Lotes 5 e 6 Cidade: BRASÍLIA UF: DF CP: 71225-500 Contato: Luiz Fernandes da Silva Email: [email protected] Telefone (61) 2101-2700 Fax (61) 2101-2701 PROTEGE S/A PROTEÇÃO E TRANSPORTE DE VALORES Endereço: SAAN Quadra 01 – Lote 1.105 Cidade: BRASÍLIA UF: DF CEP: 70632-100 Contato: Guido Vandércio Firmiano Email: [email protected] Telefone (61) 3362-2800 Fax: 3362-2800 SANTA HELENA VIGILÂNCIA LTDA. Endereço: SIBS Quadra 01 – Conjunto B – Lote 12 Cidade: NÚCLEO BANDEIRANTE UF: DF CEP: 71710-350 Contato: Rodrigo Taumaturgo Pavoni Email: [email protected] Telefax (61) 3252-0002 SERVI SEGURANÇA E VIGILÂNCIA DE INSTALAÇÕES LTDA. Endereço: SIA Sul TRECHO 08 – Lotes 245/255 –Fundos Cidade: BRASÍLIA UF: DF CEP: 71205-080 Contato: Cleomar Cândido Email: [email protected] Telefone (61) 3233-4708 Fax (61) 3233-4708 SERVI-SAN VIGILÃNCIA E TRANSPORTE DE VALORES LTDA. Endereço: SIA Sul – Trecho 02, Lote 1.221 Cidade: BRASÍLAI UF: DF CEP: 71200-020 Contato: José Jerônimo Filho Email: Jerô[email protected] Telefone (61) 3233-5952 Fax (61) 3234-0524 SITRAN EMPRESA DE SEGURANÇA LTDA. Endereço: SIA Sul Trecho 03, Lotes 1,745/1,755 – Sala 102 Cidade: BRASÍLIA UF: DF CEP: 71200-030 Contato: Eraldo Magalhães de Queiroz Email: [email protected] Telefone (61) 2101-6904 Fax (61) 3233-6606 SNAKE EMPRESA DE SEGURANÇA LTDA. Endereço: ADE Conjunto 28, Lote 33 – Loja 01 Cidade: TAGUATINGA UF: DF CEP: 71.991-360 Contato: Diogo Rick Vieira de Almeida Email: [email protected] Telefax (61) 3399-7996 SOBERANA SEGURANÇA E VIGILÃNCIA LDA. Endereço: ADE Conjunto 20 – Lote 07 Cidade: ÁGUAS CLARAS UF: DF CEP: 71989-300 ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB 253 Contato: Irenaldo Pereira Lima Email: [email protected] Telefone (61) 3399-6013 Fax (61) 3039-6688 VISAN SEGURANÇA PRIVADA LTDA. Endereço: SAAN Quadra 01 – Lote 1.000 Cidade: BRASÍLIA UF: DF CEP: 70632-100 Contato: Polyana Medina Borges Email: [email protected] Telefone (61) 3234-5250 Fax (61) 3234-5250 VISE VIGILÂNCIA E SEGURANÇA LTDA. Endereço: SOF Norte Quadra 04, Bloco B, Nº 30 – Salas 102/201/202 Cidade: BRASÍLIA UF: DF CEP: 70634-400 Contato: Silvio Bastos Castelo Branco Email: [email protected] Telefone (61) 3465-2366 Fax (61) 3465-2368 ZEPIM SEGURANÇA E VIGILÂNCIA LTDA. Endereço: SMPW Trecho 03, Bloco B, Lojas 54/55 – Ed. Banshopping Cidade: NÚCLEO BANDEIRANTE UF: DF CEP: 71735-300 Contato: José Carlos Martins Pedroso Email: [email protected] Telefone (61) 3386-8464 Fax (61) 3386-5965 ELABORADO PELA COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET-UNB