A LÍNGUA PORTUGUESA NA LÍNGUA DOS LOCUTORES DE
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A LÍNGUA PORTUGUESA NA LÍNGUA DOS LOCUTORES DE
TCC I – Trabalho de Conclusão de Curso I Universidade Federal de Santa Maria Centro de Educação Superior Norte – RS Departamento de Ciências da Comunicação Curso de Comunicação Social – Jornalismo 27 de junho a 08 de julho de 2011 A LÍNGUA PORTUGUESA NA LÍNGUA DOS LOCUTORES DE TELEVISÃO: UM ESTUDO DOS NÍVEIS LINGUÍSTICOS DO PROGRAMA CENTRAL DA COPA LAIZE ZANON TURRA Artigo científico apresentado ao Curso de Comunicação Social – Jornalismo como requisito para aprovação na Disciplina de TCC I, sob orientação do Prof. Elias José Mengarda e avaliação dos seguintes docentes: Prof. Elias José Mengarda Universidade Federal de Santa Maria Orientador Prof. Fabio Silva Universidade Federal de Santa Maria Prof. Luciane Figueiredo Pokulat Universidade Federal de Santa Maria (CAFW) Prof. Karen Cristina Kraemer Abreu Universidade Federal de Santa Maria (Suplente) Frederico Westphalen, 20 junho de 2011 2 A Língua Portuguesa na Língua dos Locutores de Televisão: um estudo dos níveis linguísticos do programa Central da Copa Laize Zanon Turra1 Elias José Mengarda2 RESUMO Este artigo estuda os níveis de linguagem no programa esportivo e televisivo Central da Copa, a fim de analisar como os participantes (locutores) se comportam linguisticamente no contexto comunicativo televisivo. O corpus é formado por quatro edições do programa Central da Copa, 2010. Foram analisadas cinco categorias (usos pronominais, marcadores discursivos, apagamento do “r” final, apagamento dos ditongos e emprego do verbo estar). Foi possível observar que os participantes, com destaque para o apresentador, usam predominantemente o nível informal (coloquial). Esperava-se que, por ser um contexto de comunicação televisivo, mesmo sendo de debate, com participantes de idades variáveis, a linguagem fosse mais formal e não preponderantemente tão coloquial como os dados analisados revelaram. PALAVRAS CHAVE: Central da Copa; Linguagem Formal; Linguagem Coloquial; Usos Linguísticos 1 INTRODUÇÃO O homem é um ser de comunicação. No seu cotidiano a oralidade e a escrita desempenham papel fundamental para a sua sobrevivência. O desenvolvimento da oralidade tem uma longa história e está ligada à evolução da espécie humana. Há mais ou menos 4 ou 5 milhões de anos, segundo os paleontólogos, nossos ancestrais já desenvolviam um tipo de linguagem semelhante a grunhidos, a qual eles utilizavam para se comunicarem. Com a evolução, os ancestrais começaram a fazer desenhos em cavernas, as pinturas rupestres, que são considerados por muitos como o primeiro passo para o surgimento da escrita e consequentemente o aperfeiçoamento da oralidade, até chegarmos na forma como hoje nos comunicamos. Mesmo com todos os aparatos tecnológicos já desenvolvidos, ainda não se tem a exata precisão de quando, onde e quem fez surgir a oralidade, quem foi o primeiro a 1 Acadêmica do 7º semestre do curso de Comunicação Social – habilitação em Jornalismo da UFSM/Cesnors. 2 Orientador do trabalho. Professor do curso de Comunicação Social – habilitação em Jornalismo da UFSM/Cesnors. 3 falar. O que de mais certo podemos afirmar é que sem a linguagem não vivemos. Breton e Proulx (2006, p. 17) completam: “A linguagem exerce um papel fundamental na comunicação social. Por isso ela é o ponto de partida, a mais antiga camada arqueológica [...]”. Linguagem essa que tem como primeira divisão a oralidade e escrita. Se considerarmos já a linguagem escrita como rica, podemos dizer que a linguagem oral é ímpar. É tão rica, que dentro de um mesmo estado podemos ter variações lexicais, sintáticas, morfológicas e fonéticas. Muitas dessas variações são consideradas como “erradas”, por não seguirem as regras gramaticais. Mas será que podemos considerar uma palavra que faz parte de uma cultura como errada? Principalmente se um número de pessoas já a usa no cotidiano e, como consequência, faz parte das conversas que são entendidas por um grupo? De acordo com Possenti (apud FARACO e TEZZA, 2007, p. 49), se levarmos em conta somente o conceito da gramática que cobre apenas uma variedade linguística, quem não seguir essas regras estará falando de maneira “incorreta”, estará fazendo um uso inadequado da língua padrão. Definir língua desta forma é esconder vários fatos, alguns escandalosamente óbvios. Dentre eles está o fato de que todos ouvimos diariamente pessoas falando diversamente, isto é, segundo regras parcialmente diversas, conforme quem fala seja de uma ou outra região, de uma ou outra classe social, fale com um interlocutor de um certo perfil ou de outro, segundo queira vender uma imagem ou outra. Esta definição de língua peca, pois, pela exclusão da variedade, por preconceio cultural (POSSENTI apud FARACO E TEZZA, 2007 p. 49). Se considerarmos mais fatos linguísticos vemos que a língua varia. Possenti (apud FARACO e TEZZA, 2007, p. 49) complementa: “Não se sabe de nenhuma língua que seja uniformemente falada por velhos e jovens, homens e mulheres, pessoas mais ou menos influentes, em qualquer cirscunstância.” A língua pode ser considerada um conjunto de variedades (FARACO e TEZZA, 2007). Ela não é uma realidade homogênea ou uniforme. A tradição escolar enfatizou que as ocorrências linguísticas podem ser divididas em dois grupos: o certo, que seriam as formas gramaticais escolares (gramática ideal ou língua padrão), e o errado, que seria a língua (tanto escrita, quanto falada – língua coloquial) que convivemos diariamente. Mas não podemos definir os usos linguísticos como errados, o que podemos, é dizer que houve uma inadequação em relação a língua padrão. 4 Já quando se fala em jornalismo em um nível geral, a questão formal entra em destaque. É um ramo que ainda não dá tanta abertura para a linguagem coloquial. Um dos motivos para isso é que foi condicionado que linguagem formal é a “certa”, enquanto a coloquial é considerada “errada”. Mas algumas editorias jornalísticas tem um vocabulário peculiar. A editoria esportiva é um exemplo. Esportes, como o futebol, têm um linguajar todo particular. No jornalismo televisivo essas gírias futebolísticas faladas em campo pelos jogadores são passadas aos telespectadores através de narradores, comentaristas e apresentadores. Durante a Copa do Mundo de 2010, a Rede Globo lançou um programa esportivo que ia ao ar antes e após as partidas, e também à noite, para a análise do que havia acontecido durante aquele dia. O programa intitulado Central da Copa, era comandado pelo jornalista Tiago Leifert, possuidor de um estilo irreverente na apresentação, um estilo conversacional. E isso se deve a ele não usar como guia o teleprompter (equipamento conectado às câmeras de vídeo que exibe o texto a ser lido pelo apresentador). O que o ajuda na condução do programa é apenas uma folha, com o assunto que será tratado. O resto é por conta do apresentador, que improvisa na hora tudo o que vai falar. Outra diferenciação desse programa é a plateia que interage constantemente com o apresentador, fazendo-lhe perguntas. Sendo assim, ele fica sujeito a deslizes no português formal, fazendo uso da linguagem coloquial, por não ter o guia como os demais apresentadores e por ter a plateia interagindo. Assim, através da análise do programa esportivo Central da Copa, transmitido pela Rede Globo, que foi ao ar durante os meses em que ocorreu a Copa do Mundo da África do Sul, pretendemos ver se o apresentador do programa, Tiago Leifert, por não usar teleprompter como guia na apresentação, e os convidados, tanto comentaristas quanto a plateia, cometem muitos deslizes na língua portuguesa formal, utilizando- se de artifícios da linguagem coloquial na apresentação. Outras questões inter-relacionadas que serão desenvolvidas diz respeito à definição do que são níveis de linguagem dentro da língua portuguesa, à definição da linguagem televisiva, assim como entender o porquê da mudança editorial nos programas esportivos da Rede Globo de Televisão. 5 2 LINGUAGEM E CONCEPÇÕES DE LINGUAGEM A linguagem humana tem diferentes concepções. Koch (2007, p. 7) faz essa divisão: “a. Como representação (“espelho”) do mundo e do pensamento; b. como instrumento (“ferramenta”) de comunicação; c: como forma (“lugar”) de ação ou intenção.” A primeira concepção é a mais antiga e explica que o objetivo da língua é refletir o pensar do homem e o que ele sabe sobre o mundo. A segunda teoria explana sobre mensagem, código, emissor e receptor. Assim para haver comunicação precisamos de um código, que no caso é a língua portuguesa, pelo qual um falante (emissor) vai transmitir uma mensagem a outro falante (receptor). A última teoria diz que a linguagem é uma forma de interação, de conhecimento do próximo. Já Benjamin (apud LEITE, 2010, p. 3) não divide a linguagem. Para o autor tudo é linguagem: […] todas as manifestações da vida intelectual do homem podem ser concebidas como uma espécie de linguagem. As manifestações na poesia, na técnica ou na música, seriam linguagem. Essa forma de linguagem estaria orientada para a comunicação de conteúdos intelectuais, pois toda comunicação de qualquer conteúdo é linguagem. Benjamin descarta de saída as posições que propõem a linguagem como apenas uma forma de comunicação de conteúdos, como mediadora de determinadas significações, pois ele compreende que a existência da linguagem, não se reduz às manifestações da vida intelectual do homem, mas acaba por se estender “pura e simplesmente a tudo.” De acordo com os pragmáticos ou teóricos da enunciação (FIORIN, 2006), (KOCH, 2007), não existe a não-comunicação. Ou seja, tudo comunica, mesmo quando nós não queremos nos comunicar. Um bocejar, pode ser um movimento involuntário, mas está comunicando que você está com sono. Koch (2007, p. 12) explica que dentro da comunicação, existem condições de produção que influenciam o que o emissor quer transmitir através da mensagem. O tempo, lugar, papéis representados pelos interlocutores, imagens recíprocas, relações sociais e objetivos visados na interlocução, vão “determinar a que título aquilo que se diz é dito.” 2.1 Língua e Norma Entende-se por norma os usos linguísticos historicamente e culturalmente consolidados pelos falantes. Para compartilhar da mesma norma, primeiramente 6 precisamos ter um código comum, no nosso caso, a língua portuguesa. Como referido anteriormente, ela não é homogênea, pois vivemos em um país com muitas culturas, diferenças sociais, etárias. E essas diferenças, Azeredo (2008) define como norma. Tais como: norma regional, norma familiar, norma social, norma profissional e norma etária. Dentro das normas definidas por Azeredo vemos muitas diferenças lexicais. Quando falamos em norma regional, e fazemos a comparação da linguagem do Rio Grande do Sul com a do Rio de Janeiro, podemos notar que no sul, o pronome “tu” é bastante utilizado, já no Rio, isso não acontece. Lá o que se utiliza é “você”, e até mesmo “cê(s)”. Sobre o assunto, Possenti (apud FARACO E TEZZA, 2007, p. 49) fala: “Não se sabe de nenhuma língua que seja uniformemente falado por velhos e jovens, homens e mulheres, pessoas mais ou menos influentes, em qualquer circunstância”. Mas mesmo não havendo uma forma linguística que seja considerada melhor, sempre procuramos escolher as palavras mais adequadas ao contexto da fala. E a partir da fala podemos descobrir detalhes sobre as pessoas. Nós costumamos “medir nossas palavras”, entre outras razões, porque nosso ouvinte vai julgar não somente o que se diz, mas também quem diz. E a linguagem é altamente reveladora: ela não transmite só informações neutras; revela também a classe social, a região de onde viemos, o nosso ponto de vista, a nossa escolaridade, a nossa intenção (FARACO E TEZZA, 2007, p. 51-52). 2.2 Metaplasmos: transformações na linguagem oral Como já referido nos outros itens, a língua passa por muitas transformações ao longo do tempo, e as transformações no campo fonético, damos o nome de metaplasmos. Podemos notar isso nas conversas cotidianas, onde formas usuais léxicas são transformadas. De acordo com Botelho (1993) observamos na língua portuguesa metaplasmos de aumento, supressão, transposição e transformação, e, assim, novas formas de vocábulos são criados. Os metaplasmos de aumento, como o nome já diz, ocorrem quando inserido um fonema a mais no vocábulo. Os de supressão ocorrem quando retirados, suprimidos vocábulos. Essa categoria de metaplasmo é dividida em: a) Aférese: é caracterizado quando, no ínicio do vocábulo, é suprimido um fonema ou sílaba. Está tranforma-se em tá. 7 b) Apócope: esse, ao contrário da aférese, ocorre quando suprimido um fonema no fim da palavra. Ser transforma-se em sê. c) Síncope: supressão dos fonemas no meio dos vocábulos. Também vira tamém. d) Haplologia: é a supressão da primeira de duas sílabas que possuem semelhança sonora. Ex: entretenimento vira entretimento. Os metaplasmos por transposição ocorrem quando há deslocamento da posição dos fonemas ou a mudança do acento tônico de palavras. Já os metaplasmos de transformação como o nome já auto-explica, acontecem quando um fonema se transforma passando a ser outro fonema diferente. Essa categoria se divide em subcategorias, mas aqui serão explicadas apenas as que poderão ocorrer no programa analisado neste artigo: Monotongação: ocorre quando um ditongo transforma-se em vogal. Beijo vira bejo. 2.4 Níveis da Linguagem Para haver a comunicação a primeira coisa que deve existir é um código comum, no nosso caso, esse código é a língua portuguesa. Só que a língua portuguesa não é única, isto é, homogênea. Desse modo, a primeira constatação que devemos fazer em relação à língua é que ela se apresenta em duas modalidades, ou seja, oral e escrita. Segundo Vanoye (2007) a “língua portuguesa comporta duas modalidades: o português escrito e o português falado. Num mesmo nível, as duas não têm as mesmas formas, nem a mesma gramática, nem os mesmos “recursos expressivos”. Estudiosos da linguagem, dentre eles, Olso (1997) destaca que a fala é uma habilidade linguística que se desenvolveu ao longo da história humana. Está profundamente ligada à evolução da espécie humana. A escrita é uma invenção e é bem mais recente, ou seja, em torno de uns seis ou sete mil anos. O alfabeto foi inventado pelos gregos em torno do ano 1000 a.C. A escrita pode ser considerada como a representação da fala, mas não é possível de fazê-la no total, dada a maior riqueza que a linguagem oral possui. Nem com ajuda de figuras de linguagem é possível representar através da escrita, tudo o que a oralidade é capaz de transmitir. Isso se deve ao fato de, unido à oralidade, estarem expressões faciais e corporais, acrescidas ainda de sons inarticulados. 8 Muitas pessoas relacionam a palavra língua somente à escrita, esquecendo que antes mesmo do surgimento da escrita, já existia a fala. Fazem isso, porque as regras gramaticais são escritas, documentos são escritos, tornando-nos, como exemplifica Faraco e Tezza, em uma cultura “grafocêntica”. Mas é necessário levar em consideração duas composições: 1. Mesmo na maioria dos povos modernos, apenas uma pequena parcela da população tem na escrita um elemento essencial da vida. Pense, por exemplo, no número de analfabetos ou semi-analfabetos do Brasil. 2. Há um número imenso de povos que não conhecem nenhum sistema de escrita. A cultura desses povos se sustenta na oralidade – e são culturas tão complexas quanto qualquer outra (FARACO E TEZZA, 2007, p.105). A linguagem oral é muito mais rica, por ter mais recursos de expressão como a prosódia, a ênfase gestual e uma gramática em constante transformação. Além disso, os falantes criam novas palavras, ou dão novos sentidos a outras. Vanoye complementa: Evidentemente, ninguém fala como escreve, embora um certo senso comum pense que tanto mais “correta” a fala será, quanto mais se aproxime das formas da escrita. O fato é que o padrão oral é muito mais flexível e flutuante que o padrão escrito – e também muito mais difícil de ser definido com rigor (VANOYE, 2007, p. 53). Faraco e Tezza explicam ainda outro motivo pelo qual a linguagem oral é mais rica que a linguagem escrita: A escrita é mais conservadora que a fala, isto é, as mudanças da linguagem oral que ocorrem através dos tempos só muito lentamente são incorporadas à escrita – o que às vezes nos dá a sensação (aliás, verdadeira!) de que “falamos uma língua e escrevemos outra” (FARACO E TEZZA, 2007, p. 109). As línguas mudam com o passar do tempo. Há línguas que deixam de ser faladas, por isso são consideradas línguas mortas. Temos o exemplo clássico do latim. Outras como o português se transformam com o passar do tempo, e sofrem acréscimos de palavras novas. Isso acontece com mais frequência, quando nos referimos à linguagem oral, onde notamos mudanças em quatro níveis: sintático, morfológico, lexical e fonético. De acordo com Faraco e Tezza (2007, p. 11), as diferenças sintáticas são decorrentes da mudança da ordem das palavras (ele me disse x ele disse-me) ou dos modos diferentes de fazer a concordância verbal (tu querias x tu queria). As diferenças morfológicas dizem respeito a forma da palavra em si (vamos x vamo). Diferenças 9 lexicais são os diferentes nomes dados para o mesmo objeto (mandioca x aipim x macaxeira), e por último as diferenças fonéticas explicitam as pronúncias diferentes da mesma sílaba, ou letra, como em poRta (com erre aspirado x porta com o erre caipira). Um dos fatores que influencia na transformação e assimilação de novas palavras é o regionalismo. Em cada estado do Brasil, pode-se dizer que existe um dicionário local, e essas diferenças não se dão somente na escrita. As características fonéticas são muito fortes também, e distinguem os falares locais dos falares de outros centros do país. Outros fatores são o nível social do falante, a escolaridade, e o contexto da fala. Nota-se conforme o grau de instrução da população as diferenças no discurso. Por exemplo, um médico tem um vocabulário específico da profissão que qualquer outra pessoa que não vivencia o mesmo contexto não entende. Além disso, em cada lugar que vamos empregamos um nível diferente de linguagem. Se estamos conversando com nossos pais, falamos de um jeito, com nossos amigos, de outro, na sala de aula, outro e assim por diante. E são esses níveis que Vanoye explica: Começaremos por distinguir a língua escrita da língua falada.[...] Admitem os lingüistas que no interior da língua falada existe uma língua comum, conjunto de palavras, expressões e construções mais usuais, língua tida geralmente como simples, mas correta. A partir desse nível têm-se, em ordem crescente do ponto de vista da elaboração, a linguagem cuidada (ou tendenciosa) e a linguagem oratória. E no sentido contrário, da informalidade, têm-se a linguagem familiar e a linguagem informal ou “popular” (VANOYE, 2007, p. 23). As linguagens que Vanoye descreve, outros autores tratam com outro nome. A linguagem oratória e a linguagem cuidada são conhecidas também como linguagem formal, que é a linguagem pregada pela gramática, usada em contextos de fala mais formais, a norma culta. Já a linguagem familiar e a linguagem informal são chamadas de linguagem coloquial. Faraco e Tezza explicam desde o que é a gramática e o que ela considera como certo: [...] é muito importante que tenhamos uma noção mais clara do que significa gramática, que o uso comum define apenas como “linguagem certa”, desconsiderando o fato elementar de que todo falante de uma língua fala de acordo com um sistema de regras em boa parte comum a seus interlocutores. Neste sentido, a palavra gramática define o conjunto de regras que organiza as línguas humanas – um conjunto que já está presente numa criança de dois ou três anos, por exemplo; e que está presente mesmo entre os povos que desconhecem os livros, as escolas e qualquer sistema de escrita. [...] (FARACO E TEZZA, 2007, p. 47). 10 Pelos argumentos que os dois autores evidenciaram, a língua portuguesa é considerada uma das mais ricas existentes no mundo, pelo número de diferentes culturas que estão presentes no Brasil. Mas, como eles disseram que a linguagem padrão não é só a definida pela gramática, então qual o uso linguístico que pode ser considerado referencial nos tempos de hoje para a linguagem formal, quando antigamente era dada pelos escritores literários? Faraco e Tezza esclarecem: A extraordinária importância que os meios de comunicação têm nas sociedades modernas deslocou o foco de prestígio dos usos da língua. Hoje, não podemos falar em língua padrão sem levar em consideração, de algum modo, os meios de comunicação social (jornais e revistas, principalmente), meios esses que têm sido completamente ignorados pelas gramáticas tradicionais, embora eles representem, de fato, o padrão brasileiro (FARACO E TEZZA, 2007, p. 55). E esse padrão brasileiro não sobrevive apenas da linguagem formal. Utilizando como exemplo o jornalismo televisivo (em que, se o telespectador não entende o que foi dito na primeira vez, ele fica impossibilitado de rever novamente e, consequentemente ficará sem entender o assunto), não há como utilizar um palavreado muito complicado, baseando-se somente na linguagem formal. E ainda deve-se levar em conta que a televisão é o veículo que atinge todas as camadas sociais, que está na maioria das casas brasileiras. Então qual a linguagem correta a ser utilizada na TV? Paternostro explica: As palavras e as estruturas das frases devem ser o mais próximo possível de uma conversa. [...] Estamos falando de um texto simples, mas não de um texto pobre ou vulgar; estamos falando de um texto natural e não de um texto “rebuscado” ou literário (PATERNOSTRO, 2006, p. 94-95). Pode-se então dizer que não existe uma linguagem considerada certa e nem uma considerada errada, e sim uma linguagem adequada para cada situação. E assim nos perguntamos: em um programa esportivo em que há muita conversa e interação com a plateia, em que o apresentador não usa teleprompter, será que a linguagem coloquial é muito usada, ou usada de uma forma em que cai em gírias e expressões inadequadas, vulgares? Essa é a motivação da pesquisa e o que foi descrito no artigo. 2.5 Caracterização do Locutor Ideal Não são apenas os locutores esportivos que devem ter uma dicção boa, utilizar o português formal entre outras características. Muitas outras profissões dependem de 11 uma boa oralidade, como o professor, o advogado e o padre. Mas antes mesmo de tornar-se um locutor, todos devem ser bons comunicadores. Comunicadores que não utilizam apenas da voz, mas sim do gestual, da escrita para passarem para quem os escuta todas a informações necessárias. Quando a nossa profissão exige que lidemos com outras pessoas, alguns requisitos devem ser levados em conta. Ser simpático é um deles. Não só quando estamos na presença de outros, mas nos veículos de comunicação também. Mesmo não tendo acesso visual a quem trabalha em rádio, percebemos através da voz quando este está feliz, nervoso, estressado. Outros requisitos essenciais para ser um bom locutor é a boa capacidade de leitura, que só é adquirida lendo, também é importante a desenvoltura para sair de certas situações, ou seja, o improviso. A preocupação com a locução, a boa dicção, pronunciando corretamente as palavras, nunca esquecendo do “r” e “s” final são muito importantes. Falar a língua portuguesa corretamente, e usar um vocabulário adequado ao público, de igual não devem ser esquecidos. Mas como toda a profissão tem suas especificidades, os locutores não fogem à regra. O locutor esportivo tem como uma de suas principais características a emoção, tanto em rádio, quanto na TV. O professor precisa traduzir os conteúdos para uma linguagem acessível a fim de que os alunos entendam. O advogado deve ter uma boa argumentação, ser comunicativo e dominar o português formal. 3 PROGRAMAS TELEVISIVOS – BREVE PANORÂMICA Como descrito no item acima, hoje em dia a mídia tornou-se um referencial na linguagem padrão brasileira. Mas, analisando os vários programas veículados pela Rede Globo de Televisão percebe-se que há uma grande diferença na linguagem utilizada entre eles. Os telejornais, mesmo pertencendo a uma mesma categoria, são diferentes, tanto no formato dos quadros que os compõem, quanto na linguagem. Um dos motivos para isso é o horário em que são veículados. O Bom Dia Brasil, primeiro telejornal do dia, é veículado de manhã. Conta com comentaristas na áreas de política, economia e esporte, e os apresentadores (âncoras) também comentam os assuntos. O Jornal Hoje, apresentado depois do almoço, é mais interativo, usa uma linguagem mais leve, possui quadro com dicas. O Jornal Nacional é considerado o carro-chefe dos telejornais. Não dá espaço para os apresentadores 12 dialogarem, nem comentar as pautas. É composto em grande parte de reportagens, não tem comentaristas. O último telejornal exibido é o Jornal da Globo. Feito para a classe social mais alta, conta com colunas sobre música, economia, política e ainda com charges. Pode-se considerar o mais elitizado dos telejornais. Britto (apud FARACO e TEZZA, 2007, p. 86) fala sobre a linguagem na mídia: A mídia é, sabidamente, um dos principais instrumentos de formação de opinião na sociedade industrial de massa. No que diz respeito à questão dos usos e representações que se fazem da linguagem, os meios de comunicação de massa - televisão, rádio e imprensa escrita – têm, em primeira instância, contribuído para lassear o padrão normativo, com a incorporação em seu cotidiano de registros linguísticos informais e de diferentes segmentos sociais e de um crescente vocabulário gírio e anedótico. O fenômeno é particularmente evidente na fala dos apresentadores de programas de variedades […] o fenômeno inclusive atinge jornais tradicionais, vê no interesse comercial o maior responsável pelo rompimento do tabu de uma linguagem escrita obscena. Programas de variedades, por terem como público alvo todas as classes sociais e todas as idades, acabam caindo mais na informalidade, para tentar uma proximidade maior com os espectadores. O Vídeo Show é um exemplo. Mesmo existindo programas mais informais com relação a linguagem, a mídia ainda prega muito que se faça uso do português formal. Entretanto ao mesmo tempo em que incorpora em sua prática diária uma forma linguística que garanta a comunicação e o sucesso comercial, a mídia, paradoxalmente, mantém, em nível doutrinário, a defesa de um português puro, correto, estabelecido a partir das gramáticas tradicionais, mostrando grande preconceito particularmente com as variedades populares (BRITTO apud FARACO e TEZZA, 2007, p. 86-87). Os programas e as transmissões esportivas têm uma linguagem mais informal também, além das gírias futebolísticas e o vocabulário específico de cada esporte. Um exemplo é o Globo Esporte. O programa considerado o telejornal esportivo da Rede Globo vai ao ao diariamente às 12:45h. A atração mudou de formato diversas vezes. Primeiramente era mais jornalístico, detinha-se apenas em mostrar os gols, não havia comentários dos apresentadores que seguiam rigorosamente o teleprompter. Em 2009 o jornalista Tiago Leifert criou um novo projeto para o Globo Esporte, e essas características foram incorporadas pelo Central da Copa. 13 3.1 Rede Globo e o Central da Copa A Rede Globo de Televisão3 fundada em 1965 possui tradição pelos programas esportivos. De um tempo para cá a forma como esses programas são formatados mudou. Um dos motivos é o fato dos programas serem muito engessados, com matérias apenas lidas pelos apresentadores, sem nenhuma interatividade com o telespectador, e consequentemente queda na audiência. Mas em 2009 isso mudou, quando o jornalista Tiago Leifert4 apresentou uma proposta de novo formato para o programa Globo Esporte. Nele o apresentador não utilizaria mais o teleprompter e tentaria chamar a atenção de outros públicos, como as crianças, jovens e principalmente o público feminino, além do fiel público masculino. Em entrevista à Revista Rolling Stone Brasil (edição 44, de maio de 2010), Tiago explica o novo formato: A mudança de rumos surtiu efeitos. Ao ser escalado para a missão de "introduzir uma nova linguagem ao formato", Leifert focou esforços em atrair públicos jamais atendidos em um show semelhante. "Um argumento que me ajudou a convencer os chefes foi de que era possível incluir as mulheres e as crianças na conversa", ele comenta a nova abordagem: antes focado nos boleiros, o programa de meia hora se tornou uma mescla de matérias recheadas de cortes rápidos, montagens inusitadas, vinhetas repetidas à exaustão e o discurso rascante do apresentador, pontuado por gírias e criado totalmente no improviso. A fatia do público que antes era rejeitada pelo segmento se tornou a responsável pela ascensão do "estilo Leifert”. Esse formato de maior interatividade, parecido mais com uma conversa informal, deu tão certo que Tiago foi convidado a apresentar durante um mês um programa voltado para a Copa do Mundo, o Central da Copa. Rangel (2010, p. 4) fala sobre a linguagem que Tiago Leifert passou a usar no Globo Esporte e que também foi incorporada pelo Central da Copa: Mas a mudança mais aparente é realmente a linguagem. O editor Tiago Leifert aboliu o teleprompter no estúdio o que tornou o Globo Esporte mais dinâmico e improvisado passando ao público um ar mais de conversa do que de apresentação de telejornal. “Antes parecia que era tudo muito ensaiadinho, combinado e acertado, e agora a gente tenta de tudo para que seja espontâneo, porque todos os repórteres sabem do que estão falando, não precisa ser ensaiado”, declara Tiago Leifert. Já segundo a editora de textos do programa, a narrativa também foi focada e pensada numa forma de textos mais leves e divertidos trazendo muito mais humor às matérias. “Quando 3 Fonte: Site Memória Globo Aos 16 anos, começou como repórter cobrindo futebol de várzea para o Desafio ao Galo, da TV Gazeta. Estudou jornalismo e psicologia em Miami e estagiou na NBC. Antes de chegar ao comando do Globo Esporte, trabalhou na TV Vanguarda, filiada à Rede Globo, e na SporTV. Durante a Copa do Mundo da África do Sul, apresentou o Central da Copa. (Fonte: Entrevista Revista Época) 4 14 falamos de esporte no nosso dia a dia, geralmente no final de semana ou no dia do happy hour com os amigos a gente quer se divertir e a gente tenta colocar isto nos textos do programa. (RANGEL, 2010, p. 4) Sobre a extinção do teleprompter Rangel (2010, p. 6) afirma: O teleprompter perde importância, como ocorre nas mesas-redondas e a conversa é estendida como numa prosa sem perder ritmo, dando mais espaço ao diálogo assim como numa conversa de amigos discutindo futebol. O Central da Copa tem o mesmo estilo do Globo Esporte, que é o estilo do apresentador. Uma conversa engraçada, mas sem deixar de passar informações. O programa era apresentado do Rio de Janeiro, em três horários: pela manhã, comandado por Luís Ernesto Lacombe, à tarde e à noite por Tiago Leifert. Foram acrescentados ainda, os programas de domingo, que iam ao ar após o Fantástico e traziam um resumo semanal dos jogos e acontecimentos da semana. O programa estreou no dia 11 de junho e terminou em 11 de julho de 2010, período de duração dos jogos da Copa do Mundo. O Central da Copa, além de contar com telões interativos (touchscreen), presença de plateia (composta por até 60 pessoas), convidados, comentaristas, contava ainda com as mensagens dos telespectadores através da internet. 4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Para a realização desta pesquisa foram transcritos e analisados quatro programas do Central da Copa, da Rede Globo de Televisão, entre os meses junho e julho, de 2010, período da realização da Copa do Mundo. Os programas escolhidos são dos dias 26/06, 28/06, 04/07 e 11/07. O principal motivo da escolha destes é por sempre haver convidados e plateia. Os programas têm duração média de quase 1 hora, somando no total, aproximadamente 4 horas, que posteriormente foram transcritos (ver anexos), conforme a fala dos personagens, não modificando as palavras, sendo elas colocadas da forma pronunciadas pelos participantes. Na transcrição foram utilizados códigos para o nome dos participantes. As abreviações A, C, P e M designam respectivamente: Apresentador (Tiago Leifert), Comentarista (Caio Ribeiro), Plateia e Marina (convidada argentina). Esses códigos são dos participantes fixos, que estiveram presentes em todos os programas. Já os códigos C1 (convidado 1), C2, C3 e assim sucessivamente, em cada programa dizem respeito a um convidado. 15 Analisaremos o corpus a partir das seguintes categorias já descritas no item Língua e Variação Linguística: a) Ocorrências dos pronomes você(s), cê(s), tu, nós e a gente; b) Frequência de uso dos marcadores discursivos né, aí, daí e hein; c) Frequência do apagamento de ditongos; d) Uso do verbo estar e suas derivações; e) Frequência do apagamento da letra “R” em finais de palavras Após escolhidas as categorias, as transcrições dos programas foram analisadas, para se fazer o inventário de cada item. Para facilitar a visualização e entendimento foram feitas quadros. Por exemplo, o programa do dia 26/06 tem cinco quadros, uma para cada item. Assim se procedeu no restante dos programas. Por meio da análise das falas, buscou-se observar os usos linguageiros ou linguísticos do apresentador Tiago Leifert e convidados, ou seja, como o apresentador flutua entre os diversos níveis de uso da língua portuguesa. 5 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS A seguir, serão analisados os dados do corpus (anexos) a fim de verificar como os participantes do programa Central da Copa expressam- se verbalmente, levando em conta que se trata de um contexto de comunicação televisiva. De acordo com os diversos níveis de uso linguístico já descritos, apresentaremos alguns quadros demonstrativos das ocorrências e sua interpretação. Usaremos como critério para a classificação, as categorias já descritas nos procedimentos metodológicos. 5.1 Análise da ocorrência de pronomes Apresentamos no quadro 1 os usos pronominais (você(s), cê(s), tu, nós e a gente). Como percebemos no quadro 1, os pronomes você(s), cê(s) são os mais utilizados pelos participantes do programa em comparação com o pronome “tu” que não é mencionado. Os dados confirmam pesquisas anteriores como a de Loregian (1996) a respeito do emprego do pronome você nas capitais brasileiras, menos Porto Alegre onde o uso pronominal “tu” é predominante. Se observarmos a mudança desse 16 pronome, a literatura do século XIX o registra como “Vossa Mercê”, depois “você”, “ocê”. Atualmente, verifica-se o uso de “cê(s)”. Notamos que o uso do “cê(s)” e do “a gente” é mais usual em conversas coloquiais, ou em usos mais informais. Nos programas de televisão que analisamos, o apresentador Tiago Leifert realiza esses usos pronominais. Você(s) % Cê(s) % Tu % A 166 68,3 91 79,1 0 0 C 19 7,8 7 6 0 0 M 18 7,4 5 4,3 0 0 P 1 0,4 0 0 0 0 C1 6 2,4 4 3,7 0 0 C2 2 0,8 1 0,8 0 0 C3 4 1,6 1 0,8 0 0 C4 21 8,6 4 3,7 0 0 C5 0 0 0 0 0 0 C6 6 2,4 0 0 0 0 C7 0 0 0 0 0 0 C8 0 0 2 1,7 0 0 115 0 Total 243 Quadro 1: Quadro geral dos usos pronominais Nós 18 9 0 1 0 0 0 7 0 0 0 0 35 % 51,4 25,7 0 2,8 0 0 0 20 0 0 0 0 A Gente 175 9 7 1 18 6 7 8 2 3 0 2 238 % 73,5 3,7 2,9 0,4 7,5 2,5 2.9 3,3 0,8 1,2 0 0,8 A respeito dos pronomes, observamos na fala dos locutores, que o apresentador é o que mais se utiliza de todos eles, se comparado aos demais. O que chama atenção é o uso do pronome “a gente” em comparação com o “nós”. No total esse pronome foi usado 238 vezes, enquanto o pronome “nós”, apenas 35. Das 238 vezes que a expressão “a gente” foi pronunciada, 173 foram pelo apresentador. Observamos que a variante popular “a gente” sobressai-se em relação à variante culta “nós”. Pode-se dizer que o paradigma verbal clássico está sofrendo mudanças. 5.2 Análise do uso dos marcadores discursivos O quadro abaixo apresenta o número de ocorrências e percentuais quanto aos usos dos marcadores discursivos (né, aí, daí e hein). Os marcadores discursivos são usuais ou normais na expressão oral. O seu uso exagerado pode atrapalhar a comunicação oral. Na escrita esse tipo de marcador não é utilizado, a não ser por 17 crianças que estão se alfabetizando, pois, ainda não fazem a devida diferenciação entre modalidade oral e modalidade escrita. Né % Aí % Daí % A 57 51,8 84 73,6 2 66,6 C 9 8,1 7 5,1 0 0 M 5 4,5 3 2,6 1 33,3 P 2 1,8 0 0 0 0 C1 13 11,8 10 8,7 0 0 C2 4 3,6 1 0,8 0 0 C3 11 10 1 0,8 0 0 C4 8 7,2 4 3,5 0 0 C5 0 0 0 0 0 0 C6 0 0 1 0,8 0 0 C7 1 0,9 2 1,7 0 0 C8 0 0 1 0,8 0 0 114 3 Total 110 Quadro 2: Quadro geral dos usos dos marcadores discursivos Hein 8 1 0 0 0 0 0 3 0 0 0 1 13 % 61,5 7,6 0 0 0 0 0 23 0 0 0 7,6 Os marcadores discursivos apresentam um uso não tão acentuado. Observa-se que quem mais usa os marcadores discursivos é o apresentador. O marcador que mais se destaca é o “aí”, que foi usado 114 vezes; dessas ocorrências, 84 são do apresentador. Como exemplos desse uso podemos destacar: “Aí” a bola fica lá.” “E “aí” eu queria ouví a opinião de vocêis”, “tapa o ouvido “aí” argentina”. O marcador discursivo “daí” é o menos utilizado pelos participantes, com apenas 3 ocorrências. O uso exagerado dos marcadores discursivos em geral compromete a boa comunicação. Às vezes esse costume pode estar relacionado a alguma ênfase que o locutor queira dar a sua mensagem. 5.3 Análise do apagamento dos ditongos A seguir, no quadro 3, está descrita a análise do apagamento dos ditongos. Essas ocorrências indicam uma tendência à monotongação (transformação de ditongos em vogais). Ou seja, observa-se mais e mais entre os falantes esse fenômeno independente de região ou dialeto. Há linguistas que mencionam o fenômeno da “economia” linguística em que os diversos tipos de metaplasmos (síncope, apócope, aférese) indicam as alterações que muitas palavras podem sofrer ao longo do tempo. Os 18 processos de subtração são mais sensíveis ou percebidos ao ouvido dos falantes do segmento culto da população. Frequência dos ditongos % A 243 67,7 C 29 8,2 M 33 9,1 P 7 1,9 C1 12 3,3 C2 10 2,8 C3 10 2,8 C4 5 1,3 C5 7 1,9 C6 1 0,3 C7 1 0,3 C8 1 0,3 359 Total Quadro 3: Quadro geral da frequência de apagamento dos ditongos Na categoria do apagamento dos ditongos, o que se viu é que eles “comem” as letras das palavras, acabando por transformar os ditongos em apenas uma vogal. Podemos perceber, através dos quadros com as categorias (vide apêndices I, J, K e L) a quantidade de palavras que sofreram monotongação. No total foram 359, dessas 243 pelo apresentador, um total de 67,7%. 5.4 Análise do Comportamento do Verbo “Estar” Nesse quadro (4) analisamos o uso do verbo estar e sua conjugação. Observa-se que o verbo “estar” está perdendo parte de seus elementos morfológicos, sobretudo a constituição do radical – estar – por “tar”. Observa-se a perda da sílaba inicial “es”. Os tempos verbais como “estava”, “está”, “estão”, viraram, respectivamente, na pronúncia “tava”, “tá”, “tão”, “tamo” “tá”, “tavam” etc. No programa Central da Copa o verbo estar foi usado de uma maneira “adequada”, conjugado na sua totalidade 32 vezes. E sem a parte do seu radical 217 vezes. Vemos a disparidade do uso desse verbo pelos falantes. Dos 217 usos, 123 foram do apresentador., um total de 56,6%. Na maneira “adequada”, dos 32 usos, 26 partiram do apresentador Tiago Leifert. Estas ocorrências apresentam uma tendência forte de mudança desse verbo. 19 Maneira % “inadequada” A 123 56,6 C 12 5,5 M 15 6,9 P 0 0 C1 13 5,9 C2 8 3,6 C3 1 0,5 C4 31 14,2 C5 5 2,4 C6 5 2,4 C7 1 0,5 C8 3 1,4 217 Total Quadro 4: Quadro geral do uso do verbo estar Maneira “adequada” 26 1 1 0 1 0 1 1 0 1 0 0 32 % 81,3 3,1 3,1 0 3,1 0 3,1 3,1 0 3,1 0 0 Não foi encontrada uma análise que aprofundasse especificamente o caso do verbo estar. Mas como já foi abordado na parte teórica, a perda do fonema inical é chamado de aférese, uma das subdivisões dos metaplasmos de supressão. 5.5 Análise do Apagamento do R No quadro 5 (vide apêndices Q, R, S e T) observamos o apagamento da letra “r” no final das palavras. É possível observar que os falantes das diversas regiões do Brasil apresentam grande tendência a apagar o “r” final em verbos terminados na forma infinitiva. Após o início dessa pesquisa, passamos a observar também o falar da região sul e percebeu-se que o falar gaúcho (dialeto) tende a suprimir menos a consoante “r” em final de palavras. Não podemos dizer que isso é feito por todos os falantes, mas no sul do Brasil esse índice é maior se comparado com o Rio de Janeiro, onde o programa Central da Copa foi produzido. Talvez isso se explique pelo processo de colonização dessas regiões. O sul foi colonizado por europeus (italianos e alemães) que trouxeram sua cultura e sua língua influenciando a língua e a cultura regional. Já o Rio de Janeiro teve forte influência portuguesa, sobretudo com a vinda da corte imperial em 1808. É por isso que se pode falar da existência de dialetos regionais no Brasil (carioquês, gauchês, paulista, nortista, caipira). 20 Frequência da letra “R” % A 321 57,4 C 73 13,6 M 62 11,1 P 4 0,7 C1 34 6,1 C2 7 1,2 C3 37 6,6 C4 11 1,8 C5 2 0,3 C6 4 0,6 C7 1 0,1 C8 3 0,5 559 Total Quadro 5: Quadro geral da frequência de apagamento da letra R em finais de palavras Aqui notamos também a disparidade que existe entre a língua oral e a língua escrita. Se o apresentador tivesse como guia na apresentação do programa o teleprompter, certamente iria pronunciar de maneira “adequada” as palavras terminadas em “r”. Mas como o Central da Copa tem uma concepção interativa, acaba predominando o nível linguístico informal. Nota-se que essa consoante “r”muitas vezes é cortada na fala. Palavras como “dizer”, “participar”, “quer” simplesmente viram “dizê”, “participá”, “qué”. E como nas outras categorias, novamente quem mais faz uso do nível coloquial é o apresentador. Nessa categoria ele é responsável por 57,4% do apagamento do “r” em final de palavra. 6 CONSIDERAÇÕES Ao iniciarmos a pesquisa pensávamos que no programa Central da Copa, como os outros programas televisivos, e também como aprendido nas aulas de Telejornalismo, houvesse predominância da linguagem formal. Principalmente por parte do apresentador que é o condutor e o espelho do programa. Mas o que se descobriu, por meio da análise e com o subsídio teórico de autores que estudam essa questão, é que ocorre o contrário. Quem mais usa a linguagem coloquial é o apresentador Tiago Leifert. Isso pode ser observado nas categorias que foram analisadas, pois em todas elas quem mais as utilizou foi o apresentador. A categoria que mais se destacou foi a do apagamento da consoante “r” no final das palavras. Das 559 ocorrências, 321 foram do 21 apresentador. Em segundo aparece o comentarista Caio Ribeiro, com 73 ocorrências. A disparidade na maneira como eles utilizam palavras que tendem a tranformar o linguagem em mais coloquial é nítida. Verificamos que anteriormente os programas esportivos tinham uma linguagem mais formal, eram mais “sérios”, mais jornalísticos. Só que isso acabava distanciando o telespectador do assunto. Além desse motivo, a falta de audiência fez com que os programas fossem reformulados, acabando com o uso do teleprompter. Isso fez com que o apresentador “conversasse” (interagisse) com a sua audiência, passasse a ser um programa mais de entretenimento, cativando assim novos públicos e aumentasse a audiência. Só que com a saída do equipamento guia na apresentação, a linguagem utilizada também mudou de nível, deixando de ser formal, e passando a ser mais coloquial, parecida com uma conversa cotidiana entre pessoas na rua. Mas assim pergunta-se: e a linguagem padrão que tanto se busca, que o jornalismo tanto prega na televisão e nos outros meio jornalísticos, como fica, ou onde fica? O Central da Copa é um dos maiores exemplos que temos dessa mudança. Como já referido acima, pensava-se que os participantes do Central da Copa utilizassem de uma linguagem formal, por estarem no meio jornalístico e televisivo, em um contexto mais formal de comunicação. Como a classificação de norma diz que conforme a escolarização, o sexo, a faixa etária, a profissão, os falantes utilizam diferentes linguagens, notamos que isso ocorre no programa. O apresentador, por ter duas formações (jornalismo e psicologia), deveria ter um uso linguístico mais formal. Já o comentarista Caio Ribeiro, por exemplo, que também tem formação superior e é exjogador de futebol, usa bem mais a linguagem formal do que o Tiago. Percebe-se isso nos quadros (vide apêndices). Acreditamos que essa mudança na linguagem se deve a nova linha editorial dos programas esportivos da emissora. Uma linguagem mais leve, informal, parecida com uma conversa cotidiana e muitas vezes de improviso, com o intuito de aproximar os telespectadores. Por fim, pensamos que os programas esportivos podem utilizar uma linguagem coloquial, mas como afirma Paternostro (2006), uma linguagem coloquial adequada, ou mais cuidada, conforma orienta Vanoye (2007), levando em consideração as regras do bom português. 22 REFERÊNCIAS AZEREDO, José Carlos de. Gramática Houaiss da Língua Portuguesa. 2. ed. São Paulo: Publifolha, 2008. BOTELHO, José Mario. História e formação do léxico da língua portuguesa. Monografia. (Mestrado em Letras) – Departamento de Letras, Pontifícia Universidade Católica (PUC), Rio de Janeiro: PUC-Rio. 1993. BRETON, Philippe; PROULX, Serge. Sociologia da Comunicação. 2. ed. São Paulo: Loyola, 2006. FARACO, Carlos Alberto; TEZZA, Cristovão. Prática de texto para estudantes universitários. 16. ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2007. FIORIN, José Luiz. Introdução à Linguística: Objetos Teóricos. São Paulo: Contexto, 2006. KOCH, Ingedore Grunfeld Villaça. A Inter-ação pela Linguagem. 10. ed. São Paulo: Contexto, 2007. LEITE, Marcos Vinícius. A Estrutura da Linguagem em Walter Benjamin. In: Revista Ética e Filosofia Política, Abril de 2010. Disponível em: < http://www.ufjf.br/eticaefilosofia/files/2010/04/12_1_marcos.pdf>. Acesso em: 05 abr. 2001. Linha do Tempo. Disponível em: <http://memoriaglobo.globo.com/Memoriaglobo/0,55750,5265,00.html>. Acesso em: 02 nov. 2010 LOREGIAN, Loremi. Concordância verbal com o pronome tu na fala da região Sul. Dissertação (Mestrado em Letras. Área de concentração: Estudos Lingüísticos), Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Florianópolis. 1996. MIYAZAWA, Pablo. Menino de Ouro. In: Revista Rolling Stone Brasil, São Paulo, Maio de 2010. Disponível em: <http://www.rollingstone.com.br/edicoes/44/textos/4257/>. Acesso em: 02 nov. 2010. PATERNOSTRO, Vera Íris, O texto na TV: manual de telejornalismo. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006. OLSO, R. David, O mundo no papel: As implicações conceituais e cognitivas da leitura e da escrita. São Paulo: Editora Ática, 1997. 23 RANGEL, Patrícia. Globo Esporte São Paulo: ousadia e experimentalismo na produção da informação-entretenimento. In: Videre Futura vol. 1. São Paulo, FRB, 2010. Disponível em: <http://viderefutura.riobrancofac.edu.br/site/Artigos/100302_Globo_Esporte_Ousadia.aspx.>Ac esso em: 30 out. 2010. REDAÇÃO ÉPOCA. Tiago Leifert: "Minha ambição é inovar sempre". In: Revista Época, São Paulo, Agosto de 2010. Disponível em: < http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI161100-15201,00TIAGO+LEIFERT+MINHA+AMBICAO+E+INOVAR+SEMPRE+INTEGRA+PARA+O+SIT E.html>. Acesso em: 01 nov. 2010 VANOYE, Francis. Usos da linguagem e técnicas na produção oral e escrita. 13. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007. 24 ANEXOS 25 ANEXO A - Transcrição Programa Central da Copa – 26/06/10 A: Apresentador – Tiago Leifert C: Caio Ribeiro – Comentarista M: Marina – Convidada Argentina P: Plateia C1: Patricia Poeta – Apresentadora do Fantástico C2: Zeca Camargo – Apresentador do Fantástico C3: Cristiane Dias – Apresentadora do Globo Esporte C4: Hélio de La Penã – Humorista do Casseta e Planeta C5: Mafalda – Convidada portuguesa A: Boa noite começando a Central da Copa especial. Boa noite. P: Boa noite. A: Só porque vocês empataram zero a zero cês tão assim. Era só um teste. Era só um teste do Dunga, gente. Ele tava só vendo como o time se comportava sem ninguém, é isso que ele tava fazendo. (risos) Ué, é verdade! Convidados hoje: Patricia Poeta do Fantástico. C1: Boa Noite A: Zeca Camargo do Fantástico C2: Brigada. A: Cês tão pior que o Caio Ribeiro, cês tão trabalhando muito seguido. C1: A gente tá quase dormindo aqui. C2: É uma edição especial, o Fantástico está no ar agora, a gente vai até domingo direto. (risos) C1: Quarenta e oito horas no ar. A: Olha ai, com Caio Ribeiro. Por falar nisso eu tava brincando aqui com o Caio, a Cris Dias tá aqui também com a gente, a Cris já faz parte da nossa equipe. C3: Olá A: Pediria a atenção de vocês, porque tem uma campanha na internet que merece a sua atenção. E é sobre o Caio Ribeiro. Caio Ribeiro tá trabalhando demais, Caio Ribeiro tá no ar desde o dia onze. (risos) a música tema de Caio Ribeiro no ar pra você. E este senhor aqui, como você chama, desculpa? C4: Hélio de La Penã 26 A: Hélio de La Penã. Este senhor aqui pediu para vir ao programa, porque ele tem uma mensagem muito importante pra que a gente, depois de salvar a ave galvão, que a gente já fez isso aqui. C4: Save galvão birds A: Pra gente protegê Caio Ribeiro e acima de tudo fazê o que, libertar o Caio. O que você tem a dizer sobre o Caio Ribeiro? C4: Libertem o Caio. (risos) Eu acho um absurdo o que tá acontecendo, o cara não come, o cara não dorme, o cara não troca de roupa, o cara não troca de puff, ele tá sempre no mesmo puff, então vocês o o pessoal do twitter tá ai me apoiando, eu tô aqui eu não tô por mim não, eu tô aqui representando muita gente, entendeu? (risos) foram mais de dezoito mil acessos no meu blog pra apoiar a campanha libertem o Caio, free Caio. (risos) Falariamos mais sobre isso? A: É, eu queria mostrá, porque é uma coisa que vocês não sabem, talvez a Globo fique chateada comigo, mas na verdade não é apenas um Caio, nós temos vários. Eu sou o presidente da associação brasileira dos criadores de Caio Ribeiro, e a gente tem imagem do viveiro onde a gente cria os Caios, a gente vai rodar agora pra vocês darem uma olhadinha, roda por favor. Ó lá. (risos). E com vocês o Caio Ribeiro da noite, que é este aqui. Cê tá bem né? Cês viram que a gente tem várias opções, tem vários tipos de ropinha. C4: Eu fico impressionado assim, eu não consegui entendê como é que vocês conseguiram fazê o Caio se reproduzí em cativeiro. (risos) A: Incrível. É incrível. Com apenas um macho. C4: É incrível. A: Tá, e esse é o Caio da noite. Cê vê que tem várias roupinhas, tinha com terno, tinha sem terno meio casual, e tem esse aqui de verde, de uniforme. Esse é o de verdade. C4: Caio, como é que você tá cara? Gente, ele tá bem. Ele tá legal. Ele tá legal. C: Sabe o Tom Hanks em Náufrago? Ele tinha o Wilson, eu tenho a minha fiel companheira. A: Que bunitinho! C4: Pois é rapaz. C: A Jabulani é a única que me entende nessa TV. C4: Mas você, você dorme mesmo? C: De vez em quando, é, vira um detalhe. 27 C4: Um detalhe né. C: Por isso que eu preciso da tua ajuda cara. C4: Não cara, a gente, a gente, olha, calma, calma, eu vim aqui hoje vê como é que tão as coisas, se você tá sendo bem tratado, se tá bem alimentado, tá? Mas eu volto na terçafeira com a equipe do Casseta e Planeta e a gente vai tirar você de qualquer jeito daqui. É vou tirar você de qualquer jeito. C: Posso contá com o teu apoio? C4: Pode contá com o meu apoio, entendeu. Inclusive é o seguinte, essa campanha tá tomando o mundo lá fora você não sabe, entendeu? (risos) você não sabe como é que as coisas estão lá fora, tá uma ebulição, pessoas me param na rua, me perguntam você vai mesmo conseguí? Pessoal, galera do twitter ai ó, é ele memo. C: Conto com o apoio aqui. C4: Deixa eu dá uma beliscada. É ele. C: Mais carne do que osso. C4: O negócio ficou um sucesso tamanho que já tão produzindo um filme. A: Mostra, mostra o cartaz do filme. É um documentário, uma denuncia né. C4: É na verdade baseado em fatos reais ó. Eu e o pessoal do Nerds Kamicaze tamô fazêndo o filme Free Caio tá. Ele não come, ele não dorme, ele não troca de puff. (risos). Mas o twitter pode salvá-lo. Free Caio, filme baseado em fatos reais entendeu? Aqui ó participação de Caio Ribeiro, Galvão Bueno, Tadeu Schmidt. A: E o Galvão, o Galvão de charuto aqui tá genial aqui. Mostra o Galvão de charuto. C: Esses são os vilões né? Esses dois aqui. C4: Exatamente. Pessoal entendeu? Nós vamos contar toda a sua história aqui ó, é muito parecido com o Carandiru, cês podem ver, entendeu. (risos) A situação é gravíssima, o pessoal pensa que é brincadeira, mas é muito sério isso que a gente, entendeu? Porque eu acordo de manhã tá lá você. A: Caio Ribeiro C4: Aí eu vou almoça, tá você lá. Entendeu? A: Caio Ribeiro. C4: De noite eu comecei a escrever isso quando tava de noite é escrevendo um uma paradinha pro Casseta e Planeta, já era meia noite varada quando eu olhei pra televisão, Caio Ribeiro de novo, ah não! (risos) no ato fui lá postar a uma hora da manhã o meu 28 texto libertem o Caio pelo amor de Deus e tal e as pessoas começaram a dá um tremendo apoio inclusive eu fui as ruas, se vocês forem no meu blog lá no globo.com/cassetalapena vocês vão vê que tem um vídeo. A: As pessoas tão comovidas realmente. C4: Um vídeo que as pessoas, que as pessoas tão inclusive, é sugerindo viveres de primeira necessidade para trazer pra você, mas isso a gente não vai fazer hoje aqui não, mas no Casseta e Planeta eu tô preparando, tamos arrecadando donativos, tá bom? C: Isso significa que até terça eu continuo aqui? A: Continua até dia onze de julho. Aliás vamô começa esse programa vai enquanto ele tá ali conversando com o Caio, é o seguinte dezesseis eliminados, então em homenagem a você Pedro Bial os dezesseis eliminados da Copa do Mundo pra gente continuar. Off com música de fundo. A: E aqui estão os dezesseis sobreviventes. Amanhã tem Uruguai e Coréia as onze, depois tem Estados Unidos e Gana e aqui embaxo da chave tem mais gente, Holanda e Eslováquia, Brasil e Chile. Tem um chileno ali na torcida que eu já vi. Vamô lá próxima semifinal, chegô. Ah como é que chama esse aqui Caio? Esqueci o nome. Esse aqui. P: Argentina. A: Argentina tá. Argentina e México. Alemanha e Inglaterra. Paraguai e Japão olha isso cara. E Espanha e Portugal. E temos uma colônia portuguesa, hoje aqui na nossa plateia também, pra começá a fala desses sobreviventes vamô fala do jogo da Espanha que aconteceu hoje a tarde. Cês repararam na animação do treinador da Espanha cada vez que sai um gol, né. Ele gosta demais, olha só. Matéria: Vicente Del Bosque não sorri há cinquenta e sete anos, desde que ele nasceu. Não tem jeito, cê pode driblá todo mundo fazê o gol que for, nada. Concurso de piadas, stand-up, bebês fofinhos, nada. Espanha e Chile valendo classificação, contra-ataque, goleiro do Chile saiu mal, a bola ficou quicando, quicando até que o Villa mandou para o gol de esquerda do jeito que dava. Golaço. Espanha ganhando e Vicente Del Bosque, nada. Erro na saída de bola, Iniesta roubou, bola pra Villa, pra Iniesta, pra Villa, pra Iniesta, gol bonito e Vicente Del Bosque comemorou bem rapidinho e voltou, ele precisa manter a reputação. A: Quase comemorou, cê viu que ele fez assim, aí ele parou. Cê é chileno mesmo? P: Isso. A: É cê teve mais sorte que ela então. (risos) P: Pelo menos a bandeira é mais bonita. 29 A: É, tudo é melhor. Parabéns. Tô falando que o chileno aqui, como somos respeitosos. Teve o gol do Milar também que a gente vai, vai vê agora e também os erros de saída de bola. Porque que cês erram tanto a saída de bola mermão? P: Pois é. Eu não sei. Eu acho que o jogo foi tenso cara. É o Chile entrando pelo empate. E eu acho que isso acabou atrapalhando um poco a comodidade do jogo. A: Tava gostoso né? P: Tava. A: Cês fizeram um joguinho de cumpadre depois ali que tava bom pra todo mundo. P: Não. Pra mim tava ótimo né, mas pra quem tava assistindo pelo amor de Deus. A: Nossa nem o Caio. O Caio não se aguento e falo assim: é isso ai vão ficá tocando bola né, até terminá isso aqui. Tava chato o jogo. C: Tava, e são duas seleções que eu gosto muito, viu Tiago. São duas seleções ofensivas que tão jogando pra frente, em busca do gol. Quando chegô ali perto do trinta minutos do segundo tempo que o empate bastava, ai elas tiraram o pé mesmo. A: E pra fazer a nossa lição de casa do otro lado tinha Honduras e Suíça. O dia sem gol né Helio de La Penã, zero a zero. C4: O dia sem gol, essa campanha deu certo. A: Olha a quantidade de gols que eles perderam lá no Honduras e Suíça. É impressionante. Teve uma hora que a bola passou na frente de todo mundo, ninguém pegô também. E teve uma boa defesa do Benalio que é o golero da Suíça que faz a sobrancelha, mas ele é bom, ele é bom golero. (risos) Ó lá cara a cara Honduras, ó olha o braço do Benaglio, ó defesaça Caio. Bom golero. C: Muito bom golero. A: Goleiro do Wolfsburg. C: Defesa da Suíça já é boa, o golero traz mais confiança ainda quando exigido. Puro reflexo ai. A: E aí os dois estão eliminados, e a Suíça ainda bem que foi embora, que a Suíça não gosta de fazer gol. E que espécie de time é que não gosta de fazê gol. C: Cê sabe que eu fiquei pensando depois que falou-se muito né que eles, tanto a Espanha como o Chile num tiveram tanta objetividade é um castigo pra Honduras e pra Suíça, porque a Honduras entra pra não toma gol, a Suíça entra pra não toma gol. A: Aí a bola fica lá. 30 C: Aí a bola pune. Então quando chegá pegá duas seleções ofensivas aí ela fala assim, vamô dá o troco nessas duas, agora quem não qué fazê gol somos nós. A: Tá certo. Foi boa, foi bom, bom argumento. Por isso que ele é tão legal. Ele conseguiu até justificá o jogo chato do Chile e da Espanha. Foi ruinzinho, foi ruinzinho. P: Pelo menos o meu time saiu classificado, isso que importa. C3: Eu queria só pra lembrar o nosso amigo chileno, que assim, fazendo um retrospecto rápido nas eliminatórias a gente jogô duas vezes contra o Chile, e ganhamos as duas tá chileno. Assim, só pra lembrar. A: É isso aí, bom fim de semana pra você. C3: Lembrando que esse jogo ofensivo de vocês é ótimo pra gente que gosta de jogar no contra-ataque. Só pra lembrar também, né. P: Copa é Copa. Eliminatória é eliminatória. A: Isso em três né? Dois zagueiros e outro como é que chama mesmo? Estrada. P: O que vai fazer falta é a dupla de zaga. Mas o Chile tem um bom ataque e acredito que vai compensá. A: Vamô começá a falá da nossa seleção que é o que mais importa aqui, a maior de todas. O Estrada gosta de um carrinho. (risos) C4: Pra isso nós temos o Felipe Melo. Pra dá carrinho não tem igual. A: Espetacular. P: Ainda bem que o Felipe Melo vai jogar contra o Chile né. Bom reforço pro Chile. (risos) Comentário meu. A: Isso aqui tá ficando cada dia pior Caio. A plateia não tá dando conta disso aqui. C: Cê tá dando conta pra eles tá vendo. Daqui a pouco a argentina vai chegar com dezoito amigos aqui. C4: Voltando ali a falar do Honduras e Suíça. A Suíça tem um time titular ruim, mas tem o melhor banco né? A: A muito bom. Falá da nossa vai, a gente foi assistir o jogo da seleção lá no Projac com o elenco de Malhação. Se você gosta do Fiuk, por exemplo, você vai vê ele bastante agora. Olha só. Matéria: Rola a bola na Central Globo de Produção, o Projac. Caiu a bola, vou de novo. Já? Bem amigos da Rede Globo essa é uma das piores imitações que você já viu. Rola a bola no Projac, a Central Globo de Produção, e a gente veio até aqui numa cidade cenográfica acompanhar o pessoal da Malhação, aí todo o elenco assistindo ao jogo do 31 Brasil. Arnaldp César Coelho você vai comentar aqui a arbitragem, desse, desse árbitro que você disse que não dava cartão, já deu doze cartões hein Arnaldo? Pois é, mas o problema principal não é esse! Eles trabalharam hoje sim, teve gravação normal, mas como todo o brasileiro ganharam uma folguinha de duas horas pra acompanhar a nossa seleção. Vamô vê todo mundo junto, depois a gente almoça e já gravando na correria. O cara vai chegando perto, ó, ó. Vai dando... Você entra no clima? Não total, pô! Você não tá contracenando agora não? Tira a mão da minha cara ai, tá loco! O Bernardo tá na Malhação, eu tô aqui, eu sou o Fiuk. O jogo todo mundo já sabe não foi essas coisas. Eu achei que ia ser mais a flor da pele aqui. Segundo tempo, zero a zero tá, todo mundo jogou bolão alto, um jogo cinco a zero, outro jogo três a dois, três a um. Pô, tamô ai né esperando alguma coisa. A: A argentina tava, como é que é a música da abertura Marina? Canta ai, canta ai! Cê sabe cantá a música de abertura da Malhação? Tô começando a desconfiar que você não é argentina não. Canta um pedacinho. Só uma chamada do nosso programa da reportagem mais legal de hoje. Cês conhecem esse minininho ai que passa o sorvete na cara? Ó lá. (risos) Que lambança que cê tá fazendo garotão. Isso aconteceu na Copa das Confederações do ano passado, ai viro vinheta, a gente usa exaustivamente nos Globos Esportes de todo o Brasil e a gente localizou essa figura e a gente mostra pra você já já, intervalo rápido na Central da Copa, já voltamos. De volta com a Central da Copa e agora a vuvuzela está liberada, Vamos cornetar a seleção brasileira, foi muito ruim o jogo. A gente tá fazendo um teste aqui frequentemente de atenção das pessoas. A gente já colocô estátua, pra vê se a estátua aguentava e hoje a gente colocô o teste da popozuda. Pra vocês verem como o jogo tava ruim elas ganharam do jogo da seleção, que vê, dá só uma olhada. Matéria: Nossa equipe teve uma ideia brilhante a gente vai até a Cinelândia, no centro do Rio onde vários homens se concentram pra ver a seleção jogar. Só que a gente vai com a Mulher Jaca e com a Mulher Melancia. E a gente quer saber se os homens prestam mais atenção no jogo, ou nelas dançando funk. Enquanto a nossa equipe preparava o som, a atenção era toda do Brasil. Depois de quinze minutos a revelação, Melancia, Jaca no meio da Cinelândia. A atração mudou de lugar. Teve até mulher na roda, não fazia parte da salada gente, é claro. Eu gosto de vê elas dançá, porque eu gosto de aprendê com elas. Olha realmente é um fenômeno, a gente achava que elas nem fossem fazer tanto sucesso assim por causa do jogo do Brasil, mas olha aqui, pessoal abandonô o jogo pra tirá foto com a Mulher Melancia e com a Mulher Jaca, imaginava isso? Não mesmo, foi um privilégio enorme. Olha pessoal largô o jogo pra vê a gente, não dá nem pra gente dançá. Jaca, já viu isso, o pessoal abandonô o jogo do Brasil? Esquecero que é a Copa do Mundo né. O mais importante é as frutas, graças a Deus. Esqueceram de tudo, não sabiam nem o que rolava lá na África. Foi gol do Brasil. Que maravilha. E o pessoal embarcou na zuação. Brasil fez gol sabia? Fez, sabia. Saiu um gol agora. Mas você tá bem? Eu tô bem, e tô vendo a Mulher Melancia bem maravilhosa. Tamô competindo com o futebol. Viu né Tiago, teve jeito não, as mulheres ganharam, quer dizer, as frutas ganharam do Brasil. A: Tá vendo, tá tão ruim o negócio, foi o primeiro teste que a gente ganhô da seleção. C2: É, mas ali tava fácil né. Até a Mulher Tamarindo ganhava ali qualquer coisa. 32 A: Tamirindo é, uma acerolinha, mulher acerola. C2: É. A: A gente tem as imagens do duelo da manhã, Felipe Melo contra Pepe. É a coisa foi feia realmente. E aí eu queria ouví a opinião de vocês, da torcida. Zeca Camargo, aí os caras soltaram assim: mas que inteligente o Dunga, tirá o Felipe Melo antes de sê expulso, o inteligente, então o que você acha, sei lá? C2: Acho que ele tinha que mostrá inteligência, mexendo de otras maneiras ali. Pelo menos se a gente compará com a última vez que um jogador se comportô dessa manera, no último jogo. A: Foi o Kaká. C2: O Kaká, foi uma decisão no mínimo sábia dele. C1: Foi rapidinha. Agora, eu acho, não sei o que que você, a gente nem comento né Zeca, antes de vim pra cá. C2: A gente tava trabalhando né Patrícia. C1: A gente tava trabalhando, é bom deixá registrado, a gente tá na turma do Caio ali. Mas olha, eu acho assim, sinceramente eu acho que, obviamente né o empate já era suficiente pra colocá o Brasil em primeiro lugar no grupo, mas o torcedor esperava gol, esperava mais do que isso, esperava aquelas jogadas criativas né , que é a cara do futibol brasilero. E eu acho inclusive Zera, que faltô ali o Robinho. Faltô o Robinho ali pra fazê aquelas grandes passadas de bola, pra bola chegá ali na grande área e batê o gol, porque o que a gente viu muito é aquele chute lá de metros e metros de distância, aquele chute que não vai prá lugar nenhum né. A: E a quantidade de passes errados, assustadora. C2: Inacreditável, o meio de campo inclusive, se fosse todo mundo em cima tá, mas os cara nem conseguiam passá nem o meio de campo. Sbe que tem uma amigo meu, um garoto de oito anos, o Diogo que ele gosta de narrá, faz uma brincadera assim, ele já tinha feito isso na Coréia do Norte e fez isso de novo, a narração dele é basicamente, pro lado, pra trás, pro lado, pra trás. E hoje o jogo emperro ali. Tava melhor que qualqué um narrando o jogo, tirando o Galvão aí. A: Mas tava assim. C3: Ô Tiago? A: Diga Cris. C3: O jogo foi tão empolgante que foi o recorde de cartões amarelos dessa Copa. A: É verdade. 33 C3: Foram sete. Quatro de Portugal e três do Brasil. C2: Foi o recorde mesmo? C3: Foi até então. A: Eu achei que aquele jogo da Alemanha tinha sido nove. C4: Era só pra distraí a gente. A: Oi? C4: Era pra distraí a gente. Pra acontecê alguma coisa né. C3: Mais impolganti. A: Pra dá uma quebrada na quantidade de laterais, escanteios e tal. Caio o que é que tá acontecendo? C: Eu acho que tá acontecendo o que nós temíamos e já sabíamos, nós não temos uma seleção fantástica, que vai dá show. A: Tapa o ovido aí argentina. C: Quais eram os problemas da seleção antes de começa a Copa do Mundo? Falta de criatividade no meio de campo. A: Não tem substituto pro Kaká. C: Não tem substituto pro Kaká, temos dois volantes de destruição que não tem qualidade na saída de bola, tudo o que nós dissemos tá acontecendo exatamente à risca. Então quando a gente pediu um plano b, quando nós pedimos, agora não adianta falá, o Ganso, o Neymar, o Hernanes, jogadores que podem te trazer alguma coisa de diferente, era justamente pensando nesse tipo de jogo. C1: Ô Tiago? A: Diga, diga. C1: Só que é bom lembrá também, a sensação que eu fiquei assistindo o jogo, era que o Dunga estava testando ali, essa outra seleção. A: Muita gente falô isso. C1: E assim, eu acho que ele chegô a conclusão de que ela é muito pior né, do que.. C2: Não passa ela no teste. (incompreensível) Eu ando muito de táxi, e vocês com um olhar mais técnico, que pelo menos eu não tenho mas você não tem muita pra quem 34 torcê, não tem um ídolo ali, eu ando de táxi pra caramba, e os taxistas que é uma categoria que vibra... A: Não tem um cara como Ronaldo, como Romário. C2: E eu falo, tá torcendo pra quem? A quem batê lá na bola. C1: Aquele cara que fica ali na boca do gol esperando pra marcá. C4: O Robinho é o mais carismático. C2: Quando aparece um nome é o do Robinho. A: Então o Robinho, aliás, prepara pra nós aí voz na consciência, onde é que o Robinho, porque que o Robinho não entrô? C4: O que que houve com o Robinho afinal de contas? A: A gente têm imagens do Robinho no banco. Porque que o Robinho não entrô? C: Porque o Brasil já tava classificado. Alguns jogadores tão sentindo o desgaste do pré Copa do Mundo e mais o acumulo desses dois jogos. O Robinho, e a Patrícia fez uma análise perfeita, é o cara que vai dá um toque diferente na nossa seleção. A: Então brigado Caio, pode í embora, foi um prazer. C2: Patricia então agora cê fica aqui. C: Hélio cê viu? A: É isso, é o passaporte dele pra liberdade. Mas continua, diga lá. C: Não então, você não pode abri mão de um jogador desse, por que? Porque você sabe que é o cara que vai dá um drible, como fez nos dois jogos anteriores, é o cara que vai criá alguma coisa que vai saí do trivial. Então o Dunga sabendo disso não quis queimá e corrê o risco de um cartão, de uma lesão muscular. A: E aí o que que aconteceu, que a gente tava sem o Robinho, sem o Kaká e o Elano, e aí o Lúcio virô o Kaká. C1: Exatamente. Zaguero. A: o Lúcio saía com a bola. Por um lado, não é igual aquela porcaria daquele De Michelis, né Marina? Aquelas coisas que cê tem lá na Argentina, ele sabe joga, ele dribla. M: Ai que bom, cem por cento de aproveitamento. A: É capitão. 35 M: Nove pontos. Cem por cento de aproveitamento. (imcompreensível) A: Pera só um minutinho, como é que é, o que que você falô? Peraí cê tava falando de quem, quanto? Que que você falô da Argentina? M: Eu falei cem por cento de aproveitamento. A: Porque você fica fazêndo zero assim com a mãozinha, pra mim. M: Eu falei zero, zero gols que vocês fizeram hoje. A: Era um teste. M: Era um teste? A: Era um teste, com uma seleção top ten. Vocêis como a gente tava conversando aqui otro dia, vocêis cairam no grupo da morte, só tinha morto. Grécia, Coréia do Sul, Nigéria, o grupo de morte. Não sei nem como é que classificaram duas, podia eliminá trêis ali já, só passariam vocêis. M: Tá bom, a gente vai se vê na final. A: Tá bom. M: Lady Gaga tá pronta já? A: Não, calma, cês tem que ganhá. M: Tão falando que o Fly vai te treiná. A: Como é que é? M: Tão falando que o Fly da Xuxa que vai te treiná. A: A o Fly da Xuxa que vai me treiná, beleza. Diga Hélio de La Peña. C4: Pessoal do twitter, que o futebol é um jogo de xadreiz, cê tem a torre que é o Júlio Baptista, o bispo que é o Kaká e o cavalo que é o Felipe Melo. A: O Felipe Melo, faiz todo sentido. E aonde estava o Kaká esse tempo todo? O Kaká e o Elano ficaram na tribuna, e a gente tem uma imagem. O jogo tava bom lá pra eles, ôie. Legal, bacana. O Kaká tava distraído no momento, mas o Elano é esperto, sabe que a câmera tava nele, ele olha primero pra lá, depois ele volta, mas ele já deu uma. Ele é esperto, ele é bom. C3: Ele deu uma disfarçada boa, mas o Kaká nem olhô né, impressionante, nada. A: Kaká tava, virô o rosto. 36 C3: Focado. A: Carol deve tê ficado feliz. C4: Nem pra tê uma inspiração à noite, aquela concentração deve tá braba hein. Te contá. A: Então exatamente sobre, que bom que cê me deu esse gancho. O Maicon logo depois deu uma entrevista pra Globo, pro Tino Marcos, e ele conversô com a família dele. E aí ele falô uma frase que acho que só o Casagrande pescô e a gente separô de novo. Vamô escutá então o que disse o Maicon no fim do jogo. Matéria: Algum recado pro seus pais, seus irmãos? A não, um bejo pra todo mundo, falá que eu tô com muita saudade, já tô há um bom tempo trancado aqui com os meus companheiros. Manda uma beijo, que els continuem rezando lá, torcendo pra seleção brasileira. A: Maior tempo aqui trancado com os meus companheiros. C2: Tava mandando recado, ali era, não era nem direta. C1: Não é só você que tá nessa. A: Será que. C4: Tá tranquilo aqui, inclusive eu ouvi dizê que tão até distribuindo rolha né. Pessoal se precavê, porque né. A: Que coisa horrível, que vergonha. Cê vê, eu e Caio Ribeiro a gente ficô vermelho agora. Meu Deus, mas tá atrapalhando. C: Ele tem essa liberdade aqui? A: Ele pode, pessoa do Casseta tá liberado. C: Tá vendo, eu tenho companhero de cativeiro. A: Só que isso faz mal. (imcompreensível) C: Eu acho que isso é reflexo do que aconteceu na última Copa, é houve muito oba, oba, cê conversa com os jogadores, nós tínhamos uma super seleção, e acho até que Dunga tá indo ao extremo, podeira sê um poco mais maleável. Podia liberá de vez em quando, todo mundo é responsável, todo mundo sabe o que tem que fazê, então manhã de folga, uma tarde de folga, eu não vejo problema nenhum. Agora que o foco é na seleção, que o foco é na Copa do Mundo, e que mesmo com todas as críticas, porque nós fizemos uma partida horrível, classificamos em primero. Então, o objetivo mais uma vez foi conquistado, não temos uma seleção pra dá espetáculo, mas temos uma seleção 37 competitiva, essa é a grande mensagem de otimismo que a gente pode passa nesse momento. A: Brigado, tamô bem mais feliz agora, vamô dormi bem mais aliviado nessa sextafeira, meia-noite e trinta e sete. C4: Esse papo do oba oba, quero discordá um poco, porque assim noventa e quatro a concentração era aberta, todo mundo ía, não tinha problema nenhum, entendeu? Dois mil e dois também não teve esse problema, agora em dois mil e seis além disso, tinha coisa que o meu amigo Claúdio Manuel fala, cê tinha dois laterais que somavam setenta anos, dois atacantes que somavam duzentos quilos, entendeu? Esse problema era bem maior do que a presença dos jornalistas na concentração. A: Eu acho que a gente tá levando tudo muito a sério também, por isso que aqui na Central da Copa a gente já é mais relaxado também. Acho que é só uma entrevista, é só futebol. Sério eu acho que a gente devia sê mais light, eu acho que o Dunga as vezes pega pesado no negócio de fechâ um poco demais. C4: Pois é, uma brincadera. A: O futebol é diversão pros otros, tem que sê diversão pra eles. C4: Pra todo mundo. A: É o trabalho deles, mas eles precisavam sê diverti um poco mais. C2: Não tá com cara de diversão não. A: Não tá. Tá um clima tenso. C1: Posso fala uma coisa, sabe qual foi a cena que mais me chamô atenção nesse jogo? Eu tava assistindo na Fifa fan fest, ali na praia de Copacabana, então é bom vê a reação das pessoas né. Na falta de gol tinha que comemorá algo né, então foi o momento em que o juiz dá o cartão amarelo pro Juan né, e logo depois o jogador português vai raclamá e pum, dá o cartão amarelo. E a galera urul, assim. A: Foi ali que explodiu. C1: Aplauso geral. A: Vamô dá uma respirada, sabe que todo programa de Copa do Mundo faz uma reportagem sobre a dificuldade do povo brasilero de vê a Copa, quem não tem acesso a energia, quem não tem acesso a televisão, e a gente fez a nossa, claro. É obrigação de qualquer programa de Copa, é claro. Dá só uma olhada. Reportagem: A gente tá na comunidade de Santo Elias, que fica mais ou menos a uns quinhentos quilômetros de Manaus. Aqui não há se quer luz elétrica, mas toda essa gente não vai ficar sem assistir a Copa do Mundo. Um gerador fornece energia pra essa televisão, e aqui não basta apertá o botão, viu, o esforço pra vê o Brasil é muito maior. 38 Este é seu Sebastião, cinquenta e oito anos, pescador, dona da única teve na pequena comunidade em que vivem, de apenas vinte e oito habitantes. Que aqui nós dependemô do diesel né, tem que te o diesel pra televisão funcioná, senão não funciona. Véspera do jogo do Brasil, o diesel não é suficiente pras duas horas da partida, Seu Sebastião vai viajar, muito. Oito horas de barco até Novo Airão,a cidade mais próxima, outras doze pra voltar. Gasta uns trezentos reais né. Trezentos reais? Mas e vale a pena? Vale a pena. Enquanto ele abastece o gerador vamôs pro outro lado da Amazônia, em Rumo Certo conhecemos Seu Alberto. Tudo bem Seu Alberto? Sem luz elétrica, sem gerador, mas ele nunca está sozinho. O rádio traz o mundo pra esse senhor de sessenta e nove anos, um torcedor de uma seleção sem rostos. Não sabe quem é esse jogador, é um jogador da seleção brasileira. É não sei não. E esse aqui? Também não. E esse aqui? Não. Agora, se eu falá quem é o Kaká o senhor sabe quem é, de nome o senor conhece? Conheço. Mas o senhor não sabia que ele é essa pessoa aqui? Não, não sabia. E esse daqui quem é? Pelé né. A esse aqui o senhor se lembra. São dezesseis anos sem assistir televisão, e morando sozinho no meio da floresta amazônica. Dia do jogo. Deixa eu apertá aqui pra não arriá, em Santo Elias Seu Sebastião ajeita a TV, em Rumo certo Seu Alberto procura a melhor sintonia. Faltô o gol, mas não a alegria com a classificação. Na próxima segunda tem mais. Tudo de bom, obrigado. Obrigado o senhor. Tchau. A: Quinhentos quilômetros pra diesel pra vê Brasil e Portugal, coitadinhos. E nossa equipe na África do Sul também teve dificuldade pra assistí o jogo. Olha só. Matéria: Tiago vida de repórter itinerante não é fácil, a gente tá acompanhando as outras seleções da Copa, e agora enquanto o Brasil joga, nós tamôs no treino de Gana do lado de fora do estádio, tentando vê o jogo do Brasil, mas não tem jeito, é só pelo radinho do celular. Tá qui o nosso produtor Sérgio Goulart, tá com antena ali na mão. O único problema Tiago é que a transmissão tá em zulu, não tenho a menor ideia de quanto tá o jogo. Conseguiu entender alguma coisa aí Sérgio? Nada, por enquanto nada, mas vamô ouvindo, a hora que saí um gol a gente vai entendê, vai gritá, a gente entendê. Só vai sê difícil de sabê se foi do Brasil ou de Portugal. Tiago. A: Caio em grau de fofura só o Pedro Bassan compete com você sabia, e eu gosto do Pedro Bassan. E a gente falô pro Pedrinho que foi dois a zero pro Brasil e ele tá feliz, dormiu contente né, porque não sabia o resultado do jogo. Temos aqui um colônia Portuguesa, nomes, nomes? P: Teresa, Mafalda e Bárbara. A: Imagens de Cristiano Ronaldo, jogô bem, foi eleito o jogador da partida, e apesar da feiura é um bom jogador, acho que é um jogador bacana. Vocês gostaram do Cristiano Ronaldo? C5: Não gostei tanto nesse jogo. A: Não gostô dele nesse jogo, eu achei que foi o melhor dele na Copa, sabia? (incompreensível) Como é que é o Cristiano Ronaldo em Portugal, cês pegam muito no pé dele, como a gente pagava aqui no Ronaldinho Gaúcho? C5: É difícil, porque no momento ele tá na Inglaterra. 39 A: É né, não joga lá. C5: Ou pra Espanha, não joga lá ainda. A: Mas na seleção, cês pegam no pé dele? C5: Imenso. A: Por que? C5: Acho que porque tem sempre o peso de ser a estrela da equipe, eu por exemplo farto-me em dizer que não devíamos por tanto peso no do Cristiano Ronaldo e devíamos pensar mais na equipe, porque se continuarmos a colocar o peso num só jogador, que ainda por cima só veio melhorar em todas as Copas e em campeonatos europeus, que antigamente jgava muita mais sozinho, e hoje em dia joga muito melhor. Eu não concordo em dizer que ele teja a jogar pior ou que não faça um jogo tão bonito, que eu acho que ele está a melhorar bastante. A: O Cristiano Ronaldo, eu dei a sorte de nunca assistí um jogo em que ele foi decisivo. Eu nuca vi, eu sei que ele é, alguém já viu? P: Não. A: Eu nunca vi um jogo que ele desequilibrô e falô assim: nossa ele ganhô o jogo pro time, eu nunca vi. Não sei o Caio, Caio? Assistiu já, cê gosta dele né. Ele joga bola, só que eu nunca vi ele sê decisivo. C: Se você pegá a goleada da rodada anterior contra a Coréia do Norte, ele por exemplo, Coréia do Sul, perdão. Ele não fez gol, ele fez o último gol, mas ele participô de praticamente todos e aquele gol que saiu... A: Acho que foi o penúltimo gol né, depois p Tiago, claro né, fez o último. C: Fez bem pra ele, eu acho que ele tirô um peso das costas. C5: Eu acho o Cristiano Ronaldo um jogador super generoso, (incompreensível) podia ter feito o gol, foi burro porque não fez, passô e ofereceu o gol pro (incompreensível). A: É isso é legal dele. Ele falô um negócio, no final ele falô assim: esse empate com o Brasil é bom, porque o Brasil não é a estrela da armada, Estrela da Amadora é um time, aliás cês conhecem o Estrela da Amadora. C5: Claro. A: Pra nós acho que é o nosso Ibes. Que que é? O Ibes é nosso pior time. C5: Não, não é o pior. 40 A: Brasil não é a Estrela da Amadora, mas foi bom o empate, que que é o Estrela da Amadora. C5: Na verdade eu nem sei porque que ele falô isso, o Estrela da Amadora não é uma equipe má, mas também não é a melhor equipe de Portugal. A: O pessoal da Estrela da Amadora deve tá contente. C5: Não é o futebol Clube do Porto. A: Se queimô, menos um clube pra ele jogá na carreira dele. Só isso que eu tenho a dizê. C3: Agora Tiago. A: Diga, diga Cris. C3: Portugal tem que tá comemorando, porque eu tava pesquisando aqui, a Europa tá numa fase péssima. Desde oitenta e seis que a Europa, as seleções européias não fazêm uma pimeira fase tão ruim, até então entravam nove, dez seleções européias. Desse vez, nessa Copa foram apenas seis, sendo que todas vão s enfrentá, ou seja, pras quartas vão sobrá três. A: É verdade. Como eu disse aqui ontem, a Copa América é a Copa do Mundo sem Estados Unidos e Gana, aliás sem Gana e Eslováquia. Copa América é super forte. A gente tem imagens do treinador de Portugal insandecido hoje, jogando terno no chão. Roda a imagem aí pra gente voz na consciência. Não sei o que que deu no Carlos Queirós, ele tava felizão, não é o Vicente Del Bosque né, cê vê que não é aquele estátua. Tava lá, aqui é pra lá e de repente ó lá, ó, ó, ul, ele é todo seu mulher. Não pelo amor de Deus, Carlos, Carlos, Carlos. C2: Tão filmando, e se manda leitura labial pro Fantástico. A: Cês já fizera a dele? É legal. C1: Já fizemos semana passada. A: Essa aí dele arrancando o terno não? C2: Essa vai no domingo agora, com certeza, a gente não vai perde essa oportunidade. A: E antes de terminá esse bloco, uma homenagem ao maior goleiro do mundo, Júlio César, que nos salvou hoje, de novo. Cruzamento do Lúcio e defesa, defesaça do Júlio César. Ele colocô a mãe, ele tinha milhares de centímetros pra colocá a mão, ele colocô exatamente onde ele tinha de colocá, tá aí com as costas machucadas. Como é que é voz na consciência? O melhor golero do mundo, Júlio César não precisa de mais ninguém. C2: O menino Tiago não percebeu o que ela falô. 41 A: O que foi, o que ela falô? C5: Que falo foi ela, mas eu concordo. A: A você que falô, que que cê falô? Ela é braba, que que cê falô? Porque que cê tá sem graça agora. M: Eu falei que a melhor parte do jogo, era vê a bunda do Júlio César. A: Meu Deus do céu, mas que fase que nós tamô nesse programa. Susana Werner mandô um bejo. Mostra o minininho da lambança, porque aqui a poco, depois do intervalo, a gente vai revelá a história desse minininho fofuchito. Voltamos já. A: Quem é o minininho que passa sorvete no rosto? É ele, dá só uma olhada! Matéria: Mexe na bola a Itália. Copa das Confederações de 2009, foi durante um Brasil e Itália, um dos maiores clássicos do mundo que ele apareceu. Essa coisinha gorducha apareceu assim toda lambuzada e o mundo se perguntô: mas o que que deu nele? E foi o mundo mesmo que se perguntô, não é exagero, ficou conhecido de ice-cream boy, o garoto do sorvete. Essa imagem foi ao ar várias vezes, em várias TVs do planeta. Galvão Bueno resumiu assim: que lambança que você tá fazendo garotão. Muito engraçado né, porque é uma coisa completamente diferente, uma coisa que não é normal num estádio de futebol, mas ele na idade dele tem direito de fazer o que ele qué. Foi muito bacana, uma lambança gostosa. Já imaginô você sê criança e pode fazê uma lambança daquela? Uma lambança que deu sorte, o Brasil ganhou da Itália. Quem é o minininho da lambança? Central da Copa ficou muito curiosa, procuramos na internet, em redes sociais, nada. Os métodos mais comuns não funcionaram e era hora de recorrer a um especialista em investigação, só ele poderia nos ajudar. A Central da Copa convocou César Tralli. Tiago Leifert passou a missão que parecia impossível e a nossa equipe assim que chegou do Brasil aqui na África do Sul já começou a correr atrás, mais de quarente dias tentando encontrá o garoto do sorvete. Primeiro a gente ligô pras estações todas emissoras de televisão, depois também pras estações emissoras de rádio, nada. Ninguém tinha a menor noção de quem era esse garoto, ninguém nem sabia se ele era da África do Sul ou não. E aí o jeito foi a gente começa a corre atrás dos jornais impressos. Nossa produção ligou pros principais jornais da África do Sul, nada. Procuramos nos estádios, nada. Até que convencemos o jornal Sunday Times a publicar uma reportagem, procura-se o menino do sorvete, recompensa-se com sorvetes. E deu certo. Alguém que disse a mãe que tinha visto a fotografia do menino, ligo pro jornal, e aí o jornal depois me deu o número do telefone da mãe. Quando eu falei com ela, aí a senhora se emocionou muito. Na conversa pegamos o endereço e o Tralli pegou a estrada. E aí foi só preparar a isca. Aí está ele. Pe-pe-peraí ainda não. Esse é o Dominique, com a camisa do Brasil, fã da nossa seleção brasileira, uma alegria e uma surpresa enorme conseguí achá o Dominique. Dominique mora aqui em Joanesburgo. Dominique can you show your home for us? Pode mostrá sua casa pra gente? A mãe dele aqui, how are you? A mãe dele ficou absolutamente surpresa. Primeiro porque a mãe não sabia, olha só que ele tinha saído na televisão se lambuzando com sorvete. Foi uma ótima surpresa e agora entendo um pouco mais sobre o povo brasileiro. Os brasileiros sempre tentam encontrá o ser humano, e dá um olhar diferente pras coisas. É uma honra podê dizê: oi Brasil, muito prazer, este é o menino do sorvete. Por que é que 42 você fez essa lambança aí? Foi pra mãe do meu melhor amigo que tava tirando uma foto na hora e eu quis fazê graça. Aí eu tava fazendo a lambança e ao mesmo tempo a câmera do estádio m pegô, e pelo resto do dia eu não limpei meu rosto. Dominique tá aqui com o amiguinho dele o Baily e a gente vai entrá pra conhecê a casa. Baily eu vou tê passá o sorvete cê toma tá? Dominique é só depois. Que lambança que você tá fazendo garotão. No quarto do garoto do sorvete uma foto do Messi. Lençol, colcha, aqui o tapete do Manchester. Ele é goleiro qué seguí carreira de goleiro. Qual dos jogadores brasileiros você mais gosta? Júlio César. vamos ao momento prazeroso pra ele e pra gente que é o replay do que foi aquele momento marcante que tanto é exibido aí no Brasil, né Tiago? Tiagão tá aí pra vocês especial aqui da África do Sul o nosso menino do sorvete. Que lambança que você tá fazendo garotão. A: Dominique que ao final da reportagem já tinha comido cinco sorvetes, segundo o César Tralli. Comeu tudo. Tá terminando o Central da Copa. Hélio de La Peña obrigada, a campanha é um sucesso, você troxe um presente pra nós? C4: Pois é, eu trouxe aqui um presente, o livro do Bussunda, feito pelo Guilherme Fiuza. Inclusive ontem, sexta-feira foi, seria o aniversário do Bussunda dia vinte e cinco de junho e aí eu trouxe aqui. Ó Caio pra você lê, você tem tempo de lê aí, enquanto não tive no ar. A: O Caio vai tê tempo de lê, enquanto tivé no cativeiro. C4: Também o Fiuza autografou pra você. A: Legal, brigado. Muito obrigado. C: Brigado. Brigado pelo carinho. A: Hélio vamô salva o Caio véio. Tá bom C4: Caio terça-feira eu volto aí hein. C: Conto com você. A: Patricia Poeta que estará no Fantástico. Coisas boas no Fantástico domingão? C2: Ô coisas ótimas, como não. Só tem coisas ótimas no Fantástico. C1: Tem Copa do Mundo. Só queria falar uma coisa, olha tá faltando uma campanha aqui no seu programa. A: Qual? C1: Dança Tiago! A: Não, não, não, não. Eu já fiz minha parte. C1: Galvão pedindo e você prometeu. 43 A: Não. Espera terminá a Copa. P: É. A: Não, não faz isso. Espera terminá a Copa que que que eu prometo que eu danço. Eu vo dançá. C1: A gente vai cobrá tá? A: Cris me ajuda. C3: Eu quero que você dance. A: Não Cris. (risos) A todos vocês também meu muito obrigado, vô mostrá também a agenda de amanhã rapidinho. Dá tempo né voz? A então tá bom, eu tenho um e quarenta. Aqui é difícil, na TV Globo é tudo assim, é tudo corrido. Eu subi aqui já senti meu joelho Caio, sô dúvida pra terça-feira. Olha aqui ó, Uruguai e Coréia do Sul. Eu acgo que o Uruguai passa Caio, onze da manhã em Porto Elizabeth. C: Eu também. A: E ó, vô fala pra vocês com toda a minha imparcialidade estou torcendo muito para os americanos, gosto da seleção americana, contra Gana, três e meia. Preparador físico dos Estados Unidos é brasileiro vamô torce por ele também. Estados Unidos e Gana as três e meia. Está terminando a Central da Copa. Agradecendo a todos vocês, e enquanto a gente tá terminando por aqui você fica com imagens de Caio recebendo os presentes que a plateia troxe, um kit de sobrevivência. E é isso. A gente vai encerrando e o Caio vai recebe. Vamô vê o que é que vocês trouxeram para o Caio. Boa noite à todos. Boa noite. O que é que vocês trouxeram para o Caio aí? Biografia do Mandela. P: Pra quando ele tiver encarceirado. A: Biografia do Mandela, Caio. Valeu. C: Obrigado. P: Pra ele cuidar da saúde dele. A: Uma escova de dente sempre bom. C: É importante. A: O papel higiênico, necessário. C: Brigado. A: Mais alguma coisa, colchonete? Não. Cobertores? 44 P: Loco Abreu titular amanhã? C: Acho que ainda não. A: Deixa ele descansá agora. Ficam perguntado pra ele essas coisas. Acabou, já tá bem agora Caião. C: Obrigado. Tá vendo, o pessoal tá me apoiando. A: Vamô assisti o Jornal da Globo agora então. C: Eu não saio daqui mesmo. A: É. Valeu. 45 ANEXO B - Transcrição Programa Central da Copa – 28/06/10 A: Tiago Leifert – Apresentador C: Caio Ribeiro – Comentarista M: Marina – Convidada Argentina P: Plateia C1: Luciana Ávila – Apresentadora C2: Péricles – Cantor do Exaltasamba C3: Thiaguinho – Cantor do Exaltasamba C4: Dona Vera – Vó do Kaká C5: Galvão Bueno – Narrador C6: Simone – Mãe do Kaká A: Apita o árbitro, começa a Central da Copa. Tudo bem? Boa noite a todos, boa noite, só tenho uma coisa a dizê: ganhamô de novo. Trêis a zero, não tomamô gol hoje, se viu? M: Vi, vi. A: Trêis a zero. Tudo bem Luciana Ávila? C1: Tudo bem Tiago? A: Tudo bem, Luciana Ávila aqui com a gente e hoje temos a honra de receber o Exaltasamba, fez show em São Paulo. Péricles e Thiaguinho aqui com a gente, muito obrigado por terem vindo. C3: A honra é nossa. A: Você desculpa, esqueci seu nome, nunca te vi, nunca te vejo por aqui. C: É estranho porque eu nunca saio daqui. A: Caio Ribeiro com a gente. C: E aí Tiagão. A: Tudo bem? C: Tudo jóia. A: Exaltasamba tudo tranquilo? C2: Tudo. A: E a vida? C2: Ótima graças a Deus. A: Deu pra vê jogo já, não? 46 C2: Todos, todos eles. A: Dá pra vê, depois faz o show? C2: E o engraçado é que depois dos jogos, logo depois tinha um pagodinho pra galera. A: Bom, muito bom. C2: Melhor manera de comemora. A: E hoje que cês tão aqui a gente tem alguns recados dos jogadores da seleção pra vocês. C3: A é? C2: Olha que legal. C3: Dexa eu te dá o presente antes? A: Opa, claro. Esse aqui é rápido em televisão, se viu né, que todo mundo fica por último, por último e ele já no primero bloco. Muleque bão. C2: Não podemos perdê tempo. A: Tá qui ó, mostrá pra minha câmera portátil, cadê? Aqui ó pra vocês. Obrigado, tá aqui ó. Vão cantá muito ainda. É que aqui não tem dvd pro Caio, e ele não conseguiu assistir ali atrás onde ele dorme ainda. Recado dos jogadores da seleção para o Exaltasamba, vamô vê. C3: A é? Julio Baptista: Tenho muitos amigos dentro do grupo né. Até queria mandá um grande abraço pra eles. Luis Fabiano: A ê galera do Exaltasamba, uma grande abraço pros meus parcero. Daniel Alves: O Exaltasamba é número um aqui na seleção brasilera. Julio Baptista: Se pudé cantá uma música aí pra mim, dedica aí. Ramirez: desse cd deles, dvd ali da Ilha da magia ali, já qualquer uma tá, tá excelenti. A: O cês tão com moral, tão com moral dentro do busão da seleção ali. C2: Legal. A: Parabéns. C3: A gente sente isso, a gente tem vários amigos na seleção. Além de torcê pra seleção brasileira porque somos brasileros, torcemos pelos amigos também, que a gente acaba confundindo né, a gente torce mesmo, e fica feliz. Mandá um grande abraço pra todos eles. 47 C2: Todos eles. A: Ótimo, vem aí a Holanda. A gente tem os gols da Holanda, desde o começo do mundial o Caio falava assim: ó ninguém tá falando da Holanda, ninguém tá falando da Holanda, e olha a Holanda aí. Olha o lançamento do Sneijder espetacular pro Roben. Roben saiu de titular hoje, ele tava machucado, foi trazendo pra dentro, e só fazem isso esses holandeses também. Ele bateu, bateu fraquito, mas o golerão aceito. Um a zero pra Holanda, se tá vendo agora por outro ângulo, três jogadores na marcação, Roben conseguiu arrumá esse gol. Bateu a falta rápido com efeito, foi o Kuyt que ganho de cabeça. Como é que fala voz da consciência, você que é holandesa, Kait, e o Sneijder, Snaidá, como é que é, que vocês são todos frescos, o povo complicado esse holandeses. A voz na consciência é holandesa, só pra vocês sabê. Mando lá pro Sneidá e ele fez dois a zero. E aí só pra estraçalhá o bolão, porque eu e o Caio, a gente tinha colocado dois a zero, me arrumaram um pênalti no fimzinho do jogo, foi o Vitek né que bateu? C: Vitek. A: Dois a um, a Holanda está classificada, nosso próximo adversário. Caio Ribeiro o que esperar da Holanda? C: Pode esperá jogo dificílimo, muito mais complicado do que foi contra o Chile. É, não acho que a Holanda vá se expor, que vá vim atacá o Brasil apesar de mantê o mesmo posicionamento, com três atacantes, com o Sneijder um poquinho atrás e eu acho que a gente tem condições de passá, porque é uma seleção que apesar dos números serem impressionantes, são quase dois anos sem perdê, cem por cento nas eliminatórias, cem por cento na Copa do Mundo. A: Jogam limpo né, não precisam de gol impedido, não precisam de pênati inventado, não precisam de gol de mão, pode continuá, eu não resisti. C1: E o Roben falô ainda que esse aí, esse jogo contra a Eslováquia ainda não foi o jogo perfeito da Holanda. A: Que pena então. C1: O jogo perfeito está por vir, que jogo será esse? A: É acho que dois mil e quatorze. C: Não, eu acho que a grande diferença da Holanda, o Roben tá sentindo ainda um poco a falta de ritmo de jogo, mas é o craque do time, e a gente tem que tê um poco de atenção com ele. Mas todo mundo, ou muita gente não aposta na Holanda, ou não tem a Holanda como favorita, pelo fato de nunca tê vencido um mundial. Só que, sempre foi um time voltado ao espetáculo, esse ano eles tão um poco mais preocupados com o resultado. A: É verdade, a Holanda sempre vai pra joga bola né. C: Sempre. 48 A: Só pra participá mesmo né, leva o que eles querem. C: Acho que chegô uma hora complicada, acho que a gente tem condições de passa, tô bem otimista, mas vai sê duro. A: E eles tem aquela jogada típica dos holandeses, do Roben, do Sneijder gosta de fazer isso, pegá a bola na ponta, vão trazendo, vão trazendo, vão trazendo e batem ó. Esse aí não foi gol mas é uma jogada muito parecida. C: E você sabe que o Roben vai trazê pro pé esquerdo, você sabe que ele vai balançá pra fora e vai trazê pra dentro, só que ele tem um arranque curto muito rápido e define muito bem então é muito difícil de sê parado. A: Bom já falamos da Holanda, daqui a poquinho a gente fala mais do nosso adversário. Marina a gente viu duas grandes injustiças do futebol ontem né. M: Sei. A: Primeiro um gol da Inglaterra legitimo, a bola pingô dentro do gol, mas o juiz, só o juiz não viu, acho que todo mundo viu né, nas suas casas. Quem gritô gol, eu gritei gol, eu tava no hotel e gritei gol. Cês gritaram gol também? Pois é, e aí teve aquele impedimento da Argentina, eu falei opa, opa. Cês falaram opa também? Arbitragem tá perdidinha, e aí perguntaram pra gente, poxa mas porque é que não colocam o tal do chip na bola, o chip na bola, afinal como é que funciona o chip na bola? Dá só uma olhada. Matéria: Lampard gol, gol mas não entrô. Entro sim Luis Roberto, entrô muito, trinta e três centímetros, você viu, o Fábio Capello viu, o Rooney viu, todo mundo viu, só uma pessoa não vê, o árbitro, é o único bobo da história, ou melhor, bobos somos nóis né, obrigados a convivê com a injustiça, dona FIFA é teimosa não aceita a menorzinha das soluções, um chip na bola, entre o couro e o revestimento um pedacinho de tecnologia que tornaria o futebol mais honesto. O chip já vem sendo testado no vôlei. São quatro tótens que ficam um na linha de cada posição, em cada linha da quadra de vôlei, e eles recebem o sinal da bola, a bola batê no chão, menos de um segundo já tem uma imagem para o juiz de mesa e também vai um sinal de luz pro juiz que fica monitorando o jogo. Um procedimento muito semelhante a esse poderia sê usado no futebol. Aquele lance da jogada da Inglaterra, no momento em que a bola bateu no chão e atravessô essa barreira tridimensional a gente já teria, através do vibracol o próprio juiz recebendo um pib que foi gol e também uma imagem no mesmo instante para alguém que está ali, o quarto árbitro, ou talvez um quinto árbitro possa vir a existir mostrando que de fato a bola entrô. A fabricante da Jabulani falou que está preparada para a utilização do chip, mas a FIFA não quer. Diante de tanta polêmica se a bola entrô, não entrô, nesse caso ela entro muito, mas em outros casos duvidosos lógico que o chip vai ajudar. Sem dúvida daqui uns anos vão chegá, sem dúvida a esse ponto de coloca um chip na bola. Se vê aí o gol anulado, o impedimento é bastante complicante, então acho que tem que sê analisado com bastante carinho a situação. A: E a fabricante da Jabulani mando pra nós um e-mail sobre esse negócio do chip da bola, eles disseram o seguinte, eles tão prontos pra usa o chip, tá funcionando, eles 49 testaram exaustivamente em dois mil e sete. Vem testando desde então, e disseram que tá tudo bem. É a FIFA que não qué, eles dexaram isso claro no e-mail que eles mandaram pra gente e disseram mais, que na última reunião da tal da Internacional Board, que é quem faz as regras, que o Galvão chama de os velhinhos da Internacional Board, que eles decidiram que eles vão aumentá o número de juízes em campo, que eles querem testá pra tê juiz atrás do gol, pra vê se a bola entrô ou não. A FIFA chama o negócio de emoção, eles falam que o erro faz parte do jogo, o erro isso, o erro aquilo, eu chamo de injustiça, que que vocês acham, que que você acha, você é a favor da tecnologia? P: Sô a favor cara, isso muda totalmente o resultado do jogo. A: Muda o resultado do jogo? P: É, o jogo da Inglaterra e da Alemanha eu achei que, sendo bem sincera, no jogo da Argentina talvez não tivesse sido tão diferente, mas no jogo da Alemanha com certeza a Inglaterra teria feito aquele dois a dois, teria sido totalmente diferente aquele segundo tempo. A: É mas o gol do Tévez, foi o primero gol também. P: Foi o primero gol com certeza. A: Abriu a porta para os otros gols também. P: E o México tava jogando de igual pra igual com a Argentina no início do jogo, a gente tem que acreditá nisso. M: Mas em compensação você viu o tercero gol que lindo que foi, maravilhoso. A: Muito obrigado, eu tenho uma advogada nova. C1: A FIFA ainda se esquiva um poco ainda dessa discussão, né, hoje pela manhã os representantes, o porta voz da FIFA foi dá uma entrevista e foi perguntado exaustivamente sobre essa questão e eles fugiram, o máximo que eles disseram é que agora vão ficar mais atentos a exibição de lances polêmicos no telão. A: É engraçado, é o Gerome Valque que você tá falando, secretário de obras? Mas é chato esse Gerome Valque hein, o cara chato meu, cê dá bom dia pra ele, ele fala mal do Brasil. Chato de mais, reclama de estádio reclama de tudo. Ele adora o Dunga. Fala Caio, o que é que foi? A: Eu acho que o Gerome Valque adora dá uma entrevista, adora criticá os estádios do Brasil, o planejamento pra Copa daqui a quatro anos e esquece do presente. Esquece de vê a bola, esquece de vê a arbitragem, é discutível, então avisa um país intero que se preparô durante quatro anos e perdeu por causa de um chip. É complicado. A: Complicado mesmo. 50 C1: E na questão dos telões também né, os telões dão todo um charme a um jogo de futebol hoje em dia. Dá pra acompanhá melhor. A: É tem um telão e eles tão reprisando alguns lances, e as vezes escapa um lance polêmico. Ontem no caso, todo mundo vaiô muito no fim o primero tempo, e a gente acha que é porque as pessoas tem televisão no celular, as pessoas tem aplicativos no celular e elas já sabem, elas recebem sms, já sabem que a bola foi dentro. E aí os caras vem falá pra gente que faz parte da emoção do jogo. Que que cês acham do uso da tecnologia no futebol? C3: Eu acho válido, nesse caso eu acho válido. Até eu vi fala uma época que a FIFA tinha dito que era melhor a polêmica, pra que o esporte seja mais falado pelo mundo. A: Melhor pra eles né. C3: Como o Caio disse quem é injustiçado é difícil de mais, sê injustiçado dessa manera né, trinta e três centímetros é muita coisa. A: É mais ou menos o que o Tévez tava impedido, muita coisa trinta e três centímetros. Calma a gente já vai conversá. M: Não, eu só vô fala uma coisa, implicância em excesso ou é temor ou é carinho. A: É carinho, eu acho um absurdo esse negócio de rivalidade, eu acho uma bobagem. M: Você é muito implicante comigo, não sei porque, mas. A: É verdade, você tem razão. M: Então, eu tô querendo dizê o seguinte vô fala, agora vô falá, tô nem aí. A: Pode falá. M: O primero gol totalmente impedido. A: Totalmente impedido. M: Admito, nem tem o que fala. Mas o terceiro foi belissimo, o segundo nem se fala, o tercero, não o tercero, o Tévez nem olhô. A: Pois é o seguinte, nós vamô prová pra vocês daqui a pouquinho, numa reportagem especial, isenta como sempre, que todos os gols da Argentina foram irregulares até agora, todos, ou alguém fez contra como no caso da Coréia ou foram irregulares. Mas ó, sabe o negócio do carinho, sô totalmete contra rivalidade Brasil, Argentina, acho uma grande bobage, até porque a gente tem cinco títulos, cês tem dois. Não faiz a menos diferença pra nóis o futebolzinho de vocês, tá, obrigada. M: Tiago, Tiago se prepara. 51 A: Sô contra, não tem porque discutí com vocês, a maior preocupação era a Itália, a Itália já foi embora, que tava com quatro ali. M: Ó mais olha, a aposta tá feita e o primero jogo é sexta-feira. A: Da dança se tá falando? Isso a gente fala mais pra frente. M: Não esquece. A: Eu queria mostrá um negócio, pra mostrá como eu gosto de vocês argentinos. Vocês tem fama de catimberos, certo? Se encosta na pessoa, principalmente quando vocês tão na frente no placar, cês são pessoas muito sensíveis, cê encosta na pessoa ela já cai, ai ai meu nariz, não sei o que. M: Não peraí, o Messi é catimbero? A: Cai, cai. M: Nunca simula. A: Aliás tem uma espécie de Messi aqui do seu lado. M: Não fala isso, o cara cai, levanta e continua, por favor. A: Messi aqui é cai, cai. Agora a gente tem alguns lances aqui, tem lances aí de catimba? Tem, vamô dá uma olhada. M: Quero vê. A: Olha esse, o Escudero jogador, ele encostô na bandera e tentô cavá a expulsão do bandera. M: Olha o exemplo que você me pega Tiago. A: Mas isso é verdade, esse é um clássico do Escudero, grande cena do Escudero. M: Mas é apelá demais. A: E ele pede a expulsão do banderinha. Ó lá, mais uma, vamô vê, esse eu não vi ainda. Ataca aí, dueu, eu respeito a sensibilidade de vocês, cês são sensíveis. M: Lá vem. A: Sorín, eu gosto do Sorín. M: A claro né. A: I ó lá, tava tudo bem, mas ele, hum a virilha, que que é o Cambiasso vai substituì, olha a confusão que vocêis armam. Porém, eu tenho uma notícia boa pra vocês 52 argentinos e pra nós que gostamos de futebol, vocês estão mudando, isso ficô claro no jogo de ontem, com o Heinze, fiquei muito feliz. Achei que é um amadurecimento do futebol argentino, vamô vê o lance de novo. M: Já imagino. A: Gol do Tévez eu acho, ou foi o gol do Higuaín, o Heinze tum, o que eu acho fantástico, que ele não pediu a expulsão do cinegrafista, entendeu. Porque a tendência natural de vocês seria o que, acertá a câmera, caí no chão e pedí a expulsão do cinégrafo. Ó lá, é uma stedy-cam que a gente chama, câmera estável, que ela fica. C1: E reagiu rápido viu Tiago. A: É agora que ele vai dá aquela viradinha, ó lá, pou, o normal seria pedí a expulsão da câmera, ele não pediu, isso é um amadurecimento, parabéns, cês tão cada dia melhores. C1: Tiago tem a velocidade que o cérebro faz a reação. A: Qual que é a velocidade? C1: Trezentos e oitenta e cinco quilômetros por hora é o tempo que o cérebro leva pra percebê. A: Que ele manda o sinalzinho. C1: Manda o sinal, por exemplo, se você colocá o dedo no fogo, aí vai chega esse sinal pro seu cérebro, aí o cérebro vai manda um sinal de volta pro músculo pra você tirá o dedo. A: O estudo falava sobre os argentinos, não, que demora um poquinho mais lá? C1: Olha não sei se eles conseguiram, aí são trezentos e oitenta quilômetros por hora, mais rápido que um carro de fórmula um. A: Bom reagiu rápido, e não pediu a expulsão da câmera que eu achei fantástico, parabéns. M: Brigada. A: Isso mostra que vocês tão amadurecendo, tão aprendendo a jogá futebol. M: A é. A: É, ao invés de ficá deitado lá reclamando. A intervalo né voz da consciência. Intervalinho, daqui a poco a gente vai falá da nossa seleção. Eeee Brasil, Brasil, Brasil e mostrá que todos os gols da Argentina foram irregulares. Voltamos já com a Central da Copa. 53 A: De volta com a Central da Copa, meia noite e dezessete, ao som gostoso do Exaltasamba, tá bom isso aqui, por mim eles ficavam cantando e eu sentava aqui, acabava o programa, tá bom. Muito bom, Exaltasamba aqui com a gente na Central da Copa, só aproveitá, senta aqui comigo, senta aqui, vem aqui minha câmera portátil. Só mostrá pra vocês uma coisa que nos dá muito orgulho aqui na Central da Copa. Isso aqui é um i-pad como vocêis sabem, e nós temos, a Globo tá começando a fazê aplicativos, agora pra i-pad, pra i-phone, está expandindo para todas as mídias, e o primero aplicativo da Globo pra i-pad é exatamente da Central da Copa. A gente é muito legal aqui na Central da Copa. Aqui tem todos os resultados, grupos, parece muito com o I-sim, o nosso aparelhão aqui, parece muito com esse aparelho que a gente usa na Central da Copa. Temos aqui todas as seleções, informações, tá até funcionando o wi-fi. Você pode pegá notícias, chega notícia aqui em tempo real, todos os jogos, daí se você quisé i pras finais, muito parecido com o aplicativo que a gente tem aqui também. Cê consegue vê todos os resultados, ainda não tem o Brasil na final, só porque a gente é humilde, diferente dos nossos colegas argentinos. E tá aqui Alemanha e Argentina, dia três do sete, onze horas, tem todas as informações que você quisé, aqui no i-pad. Todas as mídias né, tamô em todo o lugar, primero aplicativo. Tem telefone também, telefone interativo, cê pode assisti teve digital no seu telefone, tem um telefone novo agora que tem um izinho no aplicativo da Globo, você aperta e tem acesso a várias estatísticas, enfim, tá qui, i-pad, primero aplicativo é da Central da Copa. E esse i-pad não é meu, é do Alex que trabalha aqui com a gente, queria agradecê ele pelo presente. Brigado viu, vô ficá pra mim esse aqui, já vô guardá aqui junto com o dvd do Exaltasamba que é tudo meu aqui, ai ai. A Luciana cê ia me contá da camisa da seleção italiana que tá com desconto, como é que é? C1: Pois é Tiago, esses dias a gente acompanhô muito, a camisa da... A: Da seleção italiana. C1: Pois é, então, esses dias a gente tava acompanhando tantas seleções indo pra casa, chorando né. E aí a seleção italiana o que que acontece quando eles voltam pra casa, liquidação Tiago. A: Caramba hein. C1: Cinquenta por cento de desconto em todas as camisas da seleção italiana, tem até uma foto aí que a gente separô, do globoesporte.com, olha só, após eliminação, agasalho da Itália entra em liquidação na África. A: Legal, vô comprá um. C1: Cinquenta por cento de desconto. C: Boa hora hein. A: Uma boa hora pra compra. É bonito o uniforme, será que aquele terno tava com desconto também, que aquele terno era bacana. O terno do desembarque era legal pra caramba. Vô comprá um desse aí, gostei. Falá da nossa seleção então agora. Começando pelo grande assunto do dia, que foi a entrada do Ramirez no lugar do Felipe Melo. 54 Ramirez fez a diferença no jogo, só que ele tá suspenso, qué dizê, a pauta da semana ia sê, fica cornetando o Dunga pra ele coloca o Ramirez. Ele tem muita sorte o Dunga, cara. Ele tem muita sorte, o Ramirez não vai podê jogá. Que que mudô Caio? C: Mudô a saída de bola. Nós quando temos Felipe Melo e Gilberto Silva, são dois jogadores de destruição, eles robam facilmente a bola e depois não armam. Com o Ramirez você tem uma saída mais rápida nessa retomada de bola, e foi assim que saiu o tercero gol do Robinho, ele não só marca, como puxa o contra-ataque. E essa velocidade era o que tava faltando no nosso meio de campo. A: Vocês gostaram também? C2: Muito. C3: O Ramirez deu uma velocidade a mais na saída de bola, esse gol do Robinho fico mesmo muito visível, ele tem essa característica de saí com a bola, não que o Felipe Melo não tenha, mas ele tem essa qualidade a mais. C: E o nosso time, a nossa seleção era pragmática, era um time que você sabia que ia tê dificuldade na criação. Hoje a seleção foi o que todos nós esperávamos, rápida, criativa, fez o melhor jogo da Copa do Mundo. A única noticia ruim é a saída do Ramirez. A: É nem me fale. E a hora que ele tomô o cartão, a gente tem a imagem legal, que ele fala em português, com o juiz inglês mesmo. Ele fala assim: mas eu fiz uma falta só. Mas ó rapa que ele deu no cara também, ele queria tomá amarelo nessa falta por trás? C: Foi justo. A: Aí ele chegô: mas eu fiz uma falta só, uma falta que eu fiz ele fala. Aí ele ia fala um palavrão, a gente cortô. Uma falta só que eu fiz. C1: O Felipe Melo, só seguindo essa linha aí, ele já divulgô na internet que tava super triste, que hoje foi o dia mais triste pessoalmente pra ele, porque ele teve que assisti tudo de longe. E ainda se sentiu injustiçado por se chamado de desleal, porque ele fala que algumas pessoas tão chamando ele ai de desleal. A: Você acha ele desleal Caio? Eu não acho ele desleal. C1: Tá se sentindo injustiçado. C: Ele é temperamental. Assim, ele perde a cabeça muito rápido, e aí comete faltas e toma cartões que podem prejudicar a seleção. A: Deslealdade por exemplo é fazer o que o Simeoni fazia. O Simeoni era um cara desleal, pra não perde a dexa. Esse era desleal, o Simeoni pisava em quem tava no chão. M: Suas tiradas tão cada vez mais originais, vô te fala. A: Cê tá gostando? 55 M: Cê falô isso no programa anterior, no otro programa, no otro programa. A: Então eu vô mudá. Ela tá agressiva, cê viu como os argentinos são agressivos, ela foi desleal comigo. C: Eu acho que é medo da Alemanha, Tiago. Eles tão começando a treme com a Alemanha chegando. M: Vem cá cês não falaram da puxada que o Heinze levô. A: Não aconteceu. M: Como não aconteceu? A: Isso aqui é um programa super imparcial, porque que a gente ia dexá de mostrá esse tipo de lance, se tivesse acontecido. M: Então mostra o lance. A: É ou não é Messi? Mas eu tava falando do Simeoni, não sei se eu já falei do Simeoni no programa. M: Já, já falô uma três vezes. A: A então tá bom, vô muda, vô fala do Simeoni. O Simeoni era um cara desleal. O Felipe ele estresso com o Pepe, mas o Pepe também pego pesado com ele, né. C: Claro que ele entra duro, mas ele não entra pra machuca o adversário, ele perde a cabeça e ai acaba fazendo faltas mais duras, o Simeoni era maldoso. A: Temos aqui uma pequena amostragem de treinadores, somos todos treinadores. Vocês preferiram o Ramirez também? P: Sim. A: É. Deixa eu ouvi esse lado, que ainda eu não conversei com vocês. Ramirez? P: Preferi. Ganhô muito no passe, na qualidade do passe. O Brasil ganhô bastante na qualidade de passe, na qualidade de bola como o Caio colocô, é o que tava faltando, e a volta do Kaká também, com ele. A: E o Kaká voltô bem né. P: Foi a melhor partida dele. A: E a gente vai falá do Kaká agora. Bom gancho que cê me deu, porque o Kaká, olha, opa, cuidado, a nossa girafa tentô atacá o nosso cinegrafista. Mostra a girafa aqui ó. Peraí, roda o Kaká não, volta aqui rapidinho pra mostrá a girafa ataca o cinegrafista. Mostra qui girafinha. 56 M: É falta. A: Tá pegando ai, não. Olha aí nossa girafa que bunitinha, nosso estúdio tem uma girafa gente, mas ela tentô ataca você, eu vi. Sô sua testemunha. Mas falando do Kaká, Kaká tá bad boy, gostei de vê. Kaká tem sangue nessa veia, ó lá falô um palavrão, não pode. C: Acontece, acontece. A: E tá rolando na internet, ó lá ó, tomô bronca e foi ele foi substituído. Opa, palavrão de novo Kaká, ele foi substituído para não sê expulso, to gostando do Kaká. C: Eu também. A: Essa nova versão do Kaká, legal cara. C: Não era o que todo mundo cobrava, que ele tinha que sê mais vibrante, que ele tinha que sê um poco mais bad boy mesmo, tá i o que todo mundo queria, eu também to adorando essa mudança. A: E com lealdade, isso que é importante. Não sei se eu já falei do Simeoni aqui, que é um cara muito desleal. Mintira Marina. To gostando mesmo do Kaká, cês viram o Kaká falando palavrão, não é chocanti pra nós brasileros. C2: Num caso desse não teria otro jeito, é mais um desabafo né. C3: Como a Luciana disse da velocidade do raciocínio. A: Isso aí é quatrocentos quilômetros por hora. C3: A velocidade do raciocínio (incompreensível) não tem como. A: Mas é bom, essa nova versão do Kaká cês tão gostando? C2: Eu até acho, não que ele voltô a joga bola, mas tá indo melhor, porque por exemplo, a seleção do Chile permitiu que a nossa seleção jogasse bola. O jogo contra a Coréia foi horrível, porque como a gente diz na linguagem do futebol até o presidente tava dentro do gol e não tinha condições, a Coréia não jogô. A: É a Coréia não jogô. C2: Quando a gente pega um time que joga contra o Brasil, as coisas acontecem. A: E a gente acompanhô o jogo dentro da casa da vó do Kaká, a gente tava com a vó do Kaká, vó do Kaká é a maior figuraça a vó do Kaká. A gente tem algumas reações da vó, que não foram piores e a gente vai vê agora. C1: É no ritmo das câmeras. 57 A: Como é que é, a Simone é a mãe, a dona Vera é a vó, é tipo a câmera da Copa. A foi bem, agora o mais legal foi ela dando uma cornetada no Galvão, cês chegaram a vê, não? Ela deu uma cornetada no Galvão no intervalo, a gente tem ai, ó a cornetada só, olha só. C4: O Kaká é tudo pra mim. O Kaká eu dei a bola na certeza que ele seria um campeão, um vencedor. C5: E ele jogando desse jeito, esse é o Kaká que o mundo inteiro tá acostumado a vê, que a gente tava aguardando, que a gente tava esperando, diga, fique a vontade, eu quero ouví. C4: Pois é, você disse tanto no gol do Luis Fabiano, o passe genial foi do Kaká, concorda? C5: Eu concordo, isso é coisa de vó mesmo, tem que sê assim mesmo. Eu sô avô também. C4: É tem que falá, passe do Luis Fabiano, gol do Luis Fabiano, com o passe genial do Kaká. C5: Tá certo dona Vera. C6: Olha o Galvão essa é a vó, essa é a vó. A: Dona Vera que figuraça cara. E o Galvão sabe, o Galvão é muito nosso parcero aqui. Tô ganhando o bolão, porque eu cravei esse resultado, três a zero. Dois resultados certos, a um do Caio. C: Tá sobre júdice. A: Não tá sobre júdice nada. Qué que eu fale de amanhã? Depois tu fala de amanhã. C: A gente vai pedí uma auditoria no final da Copa do Mundo. A: Sô o líder. E aí hoje o Galvão tava narrando, na emoção do jogo, aí ele falo assim: Luis Fabiano, nesse gol aí, driblô até o juiz, não, o juiz não, driblô o golero. Como a gente é parcero do Galvão, pra entrá pra história a gente corrigiu. C5: Luis Fabiano driblô, Luis Fabiano olha o gol, olha o gol, olha o gol, driblô o juiz, driblô o golero, o juiz ficô pra trás, deu um tapa na bola e saiu pro abraço. Driblo também o juiz e ponto. A: Pronto Galvão, tá corrigido o erro. Marina eu sô muito honesto, teve um lance do Luis Fabiano que você merece fala a respeito, que foi um passe de calcanhar que ele foi dá, horroroso. Roda aí pra gente vê. M: Eu não consigo vê por causa da girafa. 58 A: Olha o Fabi gol, oiê. Olha, ruim né, eu sei que você achô engraçado, mas volta aqui voz na consciência, volta aqui, volta aqui, que eu vô explicá pra Marina o que é que aconteceu, porque você como não entende de futebol porque você é argentina, você não percebe a genialidade do lance, ele pega na bola, pode rodá agora voz na consciência, pode rodá. Ele pega na bola, e ó lá, ele vê que tá tudo fechado, todo mundo marcado, o que que ele faz, se faz de morto, ele fala: vô enganá todo mundo e vô deixá a bola com eles. M: A entendi. A: Olha como ele foi gênio de acertá a própria perna, é difícil isso, ai a gente já adianta o lance, e na sequência, pode deixá lá, foi o gol. Foi nesse mesmo lance, ele perde a bola, o Brasil volta pra defesa, recupera a bola, vai lá, daí ele se finge de morto e aí que ninguém marcô, ele foi lá e fez o gol, no mesmo lance. Você nem conseguiu percebê. M: Bom Tiago, vô falá uma coisa pra você tá, vô falá agora. Porque falam que eu nunca falô, então que se dane, mas vô falá, só um breve comentário. É vocês enfrentaram o Chile, a gente enfrentô o México, e a gente vai enfrentá a Alemanha, eu preferia mil vezes enfrentá o Chile, tá. C: Cê sintiu que ela tá com medo, tá com medo. M: Eu tô, vô admiti pô, a Alemanha tá forte. A: Eu senti uma tremedera agora ali. M: Calma que eu não conclui, entendeu. Peraí que eu não tô me justificando gente, não vô fala bestera. A: Cês nem perderam ainda Marina. M: Mas a gente não vai perdê, a gente não vai perdê. Se a gente perdê é, o rebolation, é o rebolation, aposta do rebolation. Mas, não esqueça que o jogo é sexta-feira, o de vocês também. A: É verdade. M: Contra a Holanda, é antes do meu. Então eu tenho uma chance. A: Não, a gente colocô no fim de semana pra podê comemorá sábado e domingo. M: Tá mas eu tenho uma chance antes, entendeu? A: Tá bom, tá combinado eu vô dançá se vocês forem mais longe. A gente combinô isso já, tá certo já. M: Eu tô querendo dizê isso, que o Chile pra mim não é uma seleção. É um timeco. A: A tá bom. 59 M: Do lado da Alemanha, não é uma seleção. A: Tá bom, aí você que tá na sua casa assistindo, só queria dizê que você teve um exemplo típico de um argentino. Isso é a típica argentina falando. Mentira minha? C: Nenhuma. A: Cês sabem a piada da guerra, não? M: Não, mas eu não quero sabe. A: Vô conta a piada da guerra, sei que eu já estorei, agora vô conta a piada da guerra. Os argentinos, recebi hoje essa piada, foi um amigo meu, o Xandão que mandô. Os argentinos declararam guerra a China, los tinos, estamos em guerra com los tinos, aí falando, nós temos aqui setenta aviões, temos setenta navios e cinco mil soldados, chineses tremam. Aí os chineses falaram tá bom, a gente aceita o pedido de guerra, aí os chineses falaram, a gente tem aqui sete mil aviões, sete mil navios e vinte e cinco milhões de soldados. Os argentinos falaram, então a gente desiste da guerra, sabe porque, porque a gente não tem cama pra tanto prisionero. Isso é típico de argentino, esse é o típico raciocínio argentino. M: Tudo bem, só estou justificando que hoje, o problema é o seguinte, não estou secando o Brasil como muita gente tava dizendo pelo twitter. Não estou secando, até porque eu quero uma final Brasil e Argentina, acho que seria belíssimo, entendeu. E também porque acho que o Brasil hoje, acho que jogo respeitando a camisa que ele veste, porque acho que o Brasil tava sem garra nenhuma, não respeitava nem as próprias cores. A: Meu Deus do céu, ela tá ficando pior. C: Ela tá ficando polêmica. A: Tá, eu vô rodá o vetê, vô rodá o vetê, vô rodá o vetê. Nosso repórter Ivan Moré, ele tem um defeito muito grave, não sei se vocês já acompanharam o Ivan Moré ele come em toda reportagem que ele faz, é um problema de caráter dele. E hoje que era um restaurante que ele fez a entrada ao vivo lá, ele acabô com o restaurante, dá uma olhada. Matéria: Falta exatamente uma hora pro jogo do Brasil, a cidade toda se movimentando, e eu tô chegando numa farmácia, vou me pesar. Setenta e sete ponto nove, porque que eu tô me pesando? Porque na verdade, a partir de agora, eu vô acompanhá a partida do Brasil petiscando, comendo, beliscando nos restaurantes da cidade. Jogo não começo, tá pra começá. Mas a comilança já começô, bolinho. Ele virô a pimenta intera. Bolinho, delicia hein? Nem fale, eu vô vê se o jogo é tão bom quanto o pastel. Só não vale falá de boca cheia. O jogo já está rolando, e eu estou numa otra mesa. Linguicinha aqui, e um carré de cordero do otro lado, ó que bonito ó. Nossa melhor que a linguiça, chegô picanha. Qual tá melhor a comida, ou o jogo? Por enquanto a comida, mas o jogo vai começá a melhorá, enquanto isso vamô comendo gente, vamô comendo. Maravilhoso, mas eu não vô nessa não, eu vô nessa mesa aqui, nessa mesa tem uma ostrinha me esperando. Só pode comê uma só. Quase saiu o gol ó. Quase, deu sorte, comê otra. O 60 Ivan Moré segue, filando bóia. I vamô lá, ânimo. Um franguinho maravilhoso hein, um pedacinho pro Ivan Moré na boca, franguinho na boca. Se permite? Permito, não tem problema. O maridão permitiu, vamô lá, vamô lá. Hum, já tô quase de barriga cheia. Todo mundo fala que o último todo mundo tem vergonha de pegá, mas eu vô pegá, pra comemorá o segundo gol do Brasil, pode sê? Claro, fica a vontade. Robô da gente? Tomei, ele me deu. Come, come, come, come. Vitória brasilera e fim da comilança. Nossa senhora, o peso que tava em setenta e oito e poquinho, tá oitenta ponto nove, fazê o que, jogo do Brasil gente, mas valeu a comilança. Valeu, fui, um abraço. A: Ele tem esse defeito grave, ele faz toda vez. Lá em São Paulo, aparece no Globo Esporte São Paulo a carona do Ivan que ele faz lá, ele come toda vez, ele faz um jogador pagá a comida pra ele, incrível, que vergonha Ivan César. Queria aproveitá pra começá uma campanha, não sei se vocês concordam comigo, porque se as eleições fossem hoje eu votava Lúcio para presidente da república. Ponha os lances do Lúcio, é Lúcio pra presidente. O Lúcio é armador o Lúcio é lateral, o Lúcio é centro-avante, o Lúcio é golero, o Lúcio é zaguero, é Lúcio pra presidente Caio Ribeiro. C: Lúcio é guerrero né. A: É monstro. Ó o drible que ele deu lá na ponta, o Lúcio é ponta esquerda, o Lúcio é ponta direita. Lúcio pra presidente. Marina você troca o Demichelis pelo Lúcio? Pode fala a verdade. Trocaria né, eu sei. Tudo bem. M: Que que eu tô falando, a garra deles voltô. A: A gente tem a melhor zaga do mundo. Lúcio é um monstro, quem votaria Lúcio para presidente da república aqui? M: Até eu. A: Lúcio é o melhor, homenagem da Central da Copa a Lúcio. Ó a arrancada do Lúcio, tem um comentarista americano que eu sigo no twitter, ele falô assim: que o Lúcio quando sai correndo da zaga parece que ele tá fugindo da prisão. Porque ele sai desesperado, ele tá possuido, ele vai embora. Lúcio pra presidente, monstro. C: Jogando muito, ele e o Juan jogaram demais hoje. A: E pra gente terminá de falá desse jogo, foi muito fácil, foi um jogo treino. Tem um lance, no último gol, aquele tapa do Robinho, a marcação do Chile, eu não entendi o que ele fez, ele se joga sozinho no chão. Olha o dois, olha o dois, caiu, que que ele fez? Ó lá, qui que é isso cara. Que que ele fez? C1: Tá tentando criá uma armadilha ali. A: É isso. C: Na verdade ele tava pra dá, o Ramirez vinha com a bola pela direita, ele achô que fosse interceptá pela direita, e o Ramirez faz a mudança de movimento. 61 A: Eu não entendi nada, muito bom. Ó a Mariah Carrey na sua tela. C: E a Luciana Ávila. A: A gente vai pra um intervalo rápido e na volta a gente vai prová pra você que todos, todos os gols da Argentina foram irregulares. E a gente acompanhô o jogo da Argentina num lugar cheio de argentinos, perigosíssimo, e a gente descobriu uma coisa surpreendente que a gente mostra pra vocês já, já. E a gente vai para o próximo bloco ao som de Exaltasamba. A: Um dos maiores craques do basquetebol mundial estava na África, vai dá tontura isso aqui, estava na África do Sul, conversô com a gente e tem um recado importante Marina, tem um recado importante, olha só. Matéria: O craque no futebol veste a deiz, no basquete o número é o vinte e quatro, Kobe Bryant a maior estrela da liga profissional americana é o melhor jogador do mundo na atualidade, também é apaixonado pelo esporte em que a bola é tratado com os péis. Veio a África por causa da Copa e demonstrou preocupação com as crianças, foi a Soweto passar um pouco do que aprendeu. O basquete é só um jogo, o mais importante é conseguir ajudar as pessoas, afirmou o penta campeão da Liga Americana. Kobe Bryant nunca esteve no Brasil, morre de vontade de conhecê o nosso país, então se o Brasil ganhar o hexa e ele também, a comemoração já tem local definido. Estou atrás do sexto título, quem sabe ano que vem eu não vou ao Brasil para comemorarmos juntos. Pra dar sorte, mandou uma mensagem discreta para a seleção, projetada num prédio, no centro de Joanesburgo. Juntos na busca do hexa, mas antes ele tem um desafio, Kobe aquece a cintura, mas não é ele que tem que mostrá o molejo que deus lhe deu, né Tiago Leifert. Diz aí: dança Tiago. Tiago é o seguinte, Patrícia Poeta já pediu, um monte de gente pediu, até o Kobe Bryant pediu, então você não tem mais o que fazê amigo, vai dança sim. Dança Tiago. A: Esse é difícil de resistí, porque o Kobe Bryant é ídolo demais. Mas é, aquela nossa aposta tá valendo ainda. M: Eu sei. A: Queria aproveitá agora pra invocá o espírito do jornalismo, o mais puro, mais imparcial e isento que a Rede Globo é capaz de produzí, e mostra depois de uma análise profunda, tática, usando nossos computadores, concluímos com toda a isenção do mundo, que todos os gols da Argentina ou foram contra, ou foram irregulares. Olha só. Matéria: Argentina ainda não fez nenhum gol no mundial. Argentina e Nigéria, falta do Samuel. No jogo da Coréia gol contra. Nesse gol aqui tá impedido, tá impedido, veja que ele está na mesma linha, mas está impedido. Aqui Higuain está impedido duas vezes, repare que ele não participa do lance, mas está impedido, e depois está impedido, o próprio jogador da Argentina pede impedimento, repare no momento de lucidez. Neste gol aqui Higuain empurrou o número quatro da Coréia, o juiz não viu. Contra a Grécia, a bola bate na mão do Milito, mas não foi intencional, tudo bem, só que olhando com carinho dá pra reparar que o Demichelis quase arrancô a camisa do adversário, gol irregular. Aqui o número sete Di Maria empurra acintosamente o jogador grego, falta, 62 gol irregular. Contra o México, não precisa nem falá nada desse aqui. Aqui o mexicano passô a bola de presente, estranho hein, bem esquisito, daqui a alguns anos a gente conversa sobre esse lance. E no tercero gol, aqui ó, falta fora do lance, nós não temos a imagem, mas temos certeza que aconteceu uma falta fora do lance ali ó, gol irregular. Foi na origem da jogada do Tévez, tudo irregular. Pra vocêis vê, é claro, acho que ficô claro, eu acho que é uma reportagem clara. Eu achei esclarecedor isso tudo. M: Caio eu gostaria de te parabenizar pela paciência que você tem, é enorme. O Tiago como apresentador é uma pessoa legal sabe, mas quando pega no pé. A: Eu tenho um dever com a verdade, eu sô um jornalista, tenho um compromisso com a verdade. M: A é quando o Luis Fabiano faz bracinho, você inventa regras. A: Foi irregular o gol, não foi irregular o gol. É que como é chapéu anula. A regra diz que com chapéu anula a mão, já falei pra você. Agora eu queria deixá bem claro, que essa falta fora do lance é muito falta, é que não deu pra vê porque foi fora do lance, mas foi muito falta. M: A entendi. A: E aí gerô (incompreensível) tudo irregular. Para de roubá. M: Nem sô eu que to robando. A: E aí o que que aconteceu, a gente foi assistií o jogo da Argentina num lugar perigoso. É uma reportagem forte, com imagens chocantes assim, é um filme de terror à meianoite e quarenta e sete, cê vai durmí mal depois de assisti isso. Dá só uma olhada. Matéria: Conseguimos colocar uma câmera escondida numa caverna repleta desses seres perigosos: os argentinos. Com exclusividade você vai ver o ritual deles num jogo de Copa do Mundo. E conforme o tempo foi passando, ele foram entrando em transe e começaram a delirar, observe. Imagens fortes, e se você olhar com atenção vai achar algo de muito estanho nas imagens. Repare no sotaque, Argentina, gentina, não seria arrentina. Ó não as autoridades sanitárias precisam tomar medidas urgentes, o vírus está se espalhando. Manchas na pele, alucinações, meu Deus, há brasileiros contaminados. Soy aqui de Moca mesmo. Sim, você ouviu corretamente, soy aqui de Moca mesmo. Eu moro em Embú das Artes e sô argentino de coração. Nasci em Embú das Artes e so argentino, é brincadera comigo. Os próprios argentinos ficaram assustados com as mutações que achamos na caverna. És uma cosa que não acredito, muita saudade de estra fora do país. Tá com saudade de casa filhão? Então toma uma passage pra você filhão, area, vaza. No fim do jogo eles atingiram o nível máximo de delírio. “Ei Cábron Tiago és maricón.” O inferno deve ser assim. A: Eles tinham uma foto minha com a camisa da Argentina. É um pirigo o que tá acontecendo, e aí a gente recebeu um vídeo que veio pela internet, na verdade é um ameaça que eu vô mostrá pra vocêis agora, é uma ameaça. Mostra aí voz. 63 Vídeo: Tiago Leifert parabéns pelo seu programa. Essa camisa tenho certeza que você e mais cento e oitenta milhões de brasileiros gostariam de usá. A: A gente precisa fazê alguma coisa, autoridades que estão assistindo esse programa, vamos tomar medidas urgentes para conter, eles estão se alastrando, eles estão pegando a gente de surpresa. vamô melhora o meio campo pessoal, vamô dá uma melhorada nesse ataque ai, porque senão eles vão começa cada vez mais. C: Calma, sexta-feira pode sê que acabe essa alegria deles. A: Cê acha Caio, se acha possível? C: Acho absolutamente possível, não sei. A: De novo, fala de novo pra gente durmi bem. C: Não, a Marina tá nervosa, se viu que ela tá sentindo o peso de pegá a Alemanha. M: Mas é claro, eu nunca fui tão, né. C: Eu acho que é absolutamente aberta a disputa, time da Alemanha é um timaço, muito forte. A: Timaço. C: Mas se o Messi tive no dia dele é difícil ganhá da Argentina, o Messi jogando o que tá jogando realmente fica muito complicado. M: Caio te adoro, brigada Caio. A: Agenda de amanhã. M: Adoro o Caio, é o melhor. A: Silêncio no estúdio. Agenda de amanhã, Paraguai e Japão, onze da manhã em Pretória Loftus Versfeld, tudo pode acontecê, segundo Caio Ribeiro, jogo imprevisível. C: Imprevisível. A: Imprevisível. E aí Espanha e Portugal, as três e mais na Cidade do Cabo, esse aqui que que você acha? C: Acho que dá Espanha. A: Acho que dá Espanha. O jogo da Argentina é no sábado, e na sexta-feira temos nós. Eu queria mostrá, mais importante que essa agenda aqui, eu queria mostrá o dia trinta, não tem nada, é folga Caio Ribero. É folga Caio, cê vai pode saí, Cê vai ganhá condicional por dois dias, porque dia trinta e dia primero não tem nada. 64 C: Eu não acredito. A: Parabéns, dá um abraço aqui cara, vai pode descansá meu velhinho. Brigado a todos vocêis, muito obrigado. Exaltasamba, vamô termina ouvindo Exaltasamba, brigado pela presença aí. Valeu um grande beijo a todos, valeu Thiaguinho, brigado Péricles. 65 ANEXO C - Transcrição Programa Central da Copa – 04/07/10 A: Tiago Leifert – Apresentador C: Caio Ribeiro – Comentarista M: Marina – Convidada argentina P: Plateia C1: Gabriel, o Pensador – Cantor C2: Gilberto Figueiredo – Treinador C3: Luciana Ávila – Apresentadora do Esporte Espetacular C4: Paulo Cesar – Cabeleireiro C6: Hélio de La Peña – Humorista C7:Clícia Oliveira – EE de Bolsa C8: Thalita Rebouças – Jornalista e escritora A: Boa noite, começando a Central da Copa neste domingo. Tudo bem gente? Porque cês tão acenando com o dedinho assim? (risos) A Marina qui que aconteceu? M: Tá funcionando né? A: Conseguimos consertar aquele problema que tinha no seu microfone. M: Entendi. Tá funcionando. A: Consertô, agora tá super bom o microfone. A gente arrumô um novo pra você, exclusivo, pra que você posso participar bastante do programa hoje. M: Cara, que legal, tô muito feliz. A: Legal né. As pessoas na rua inclusive mandaram um tchau pra você. Qué vê, mostra aí voz na consciência. Ó lá. (risos) Olha como, que sucesso que você tá fazendo. Olha quanta gente. M: Tá bom. Corta, por favor. Brigada. A: Tá bom. Tá mandando hein, cê viu. M: Cê gostô. A: Eu sei que o jogo foi ontem, faz tanto tempo né. M: Anteontem também teve um outro jogo, mas inclusive você calou minha boca com rosas e bombons. A: Não, não, não, minha memória termina sempre um dia antes. M: Cê tem memória seletiva? A: É não, ela termina, minha memória a longo prazo é ruim, ela termina sempre no jogo anterior. 66 M: Eu tenho audição seletiva. A: Então, cês queriam vê de novo os gols da Argentina? É melhor não, eu acho que não, mas só se vocês pedirem com jeitinho. Que que cês acham? É melhor vê de novo os gols. M: Vocês não queriam vê o Tiago dançar? Alguém queria ver o Tiago dançar? A: Gols de Alemanha quatro, Argentina zero. Olha aí o Podolski olhô, falô pra quem eu tóco, pra quem eu tóco? Atenção a Miroslav Klose, olha só você aqui sozinho, o que aconteceu com a zaga da Argentina, a o mesmo de sempre. A então tá bom, gol do Miroslav Klose. M: A zaga da Argentina tá uma porcaria como sempre. Isso era completamente de se esperar. A: E o Maradona, se ele quisé trabalha aqui na novela ele pode, porque ele é um grande ator realmente. M: Pelo menos é mais cativante que o Dunga né. O meu para com isso. A: Que jogada do Schweinsteiger hein. Que jogada. Olha só, volta aqui, tudo bem chega de gol. Falá um negócio aqui, queria apresentá Gabriel, o Pensador nosso convidado hoje. Luciana Ávila com a gente. Caio Ribero como sempre também aqui presente, muito obrigada Caio Ribero. E aí eu pergunto pra vocês: quem é melhor Schweinsteiger ou Messi? Porque ó na boa, driblá todo mundo, sê objetivo Schweinsteiger foi o Messi até agora. Felipe Melo fez um gol, foi contra, mas ele fez um gol. M: Mas eliminô o Brasil. A: Mas ele fez um gol. Quantos gols o Messi fez? M: O Messi não fez nenhum. A: Pipoquero. Messi pipoquero. M: Pipoquero, apóio, pipoquero. A: Como é que é ? Fala de novo, não ouvi. M: Admito, Messi pipoquero. A: Ganhei, cabô, vô senta aqui já. (risos) Pipoquero, ó lá. Não acerta uma falta, só tem o pé esquerdo, faz sempre a mesma coisa. Pipoquero, eu quero Schweinsteiger no meu time, esse sim é bom. M: Eu queria fala uma coisa muito importante pra você. A: Ó lá, força nada. Na mão do golero. Ridículo. Não é possível. Agora, Marina cês não ganharam nem na ginástica rítmica hoje de manhã. 67 M: Deixa eu te falar, é. (risos) A:Mostra a ginástica rítmica aí voz na consciência. O Brasil ganhô de vocês na ginástica rítmica do esporte espetacular. M: Tudo bem, deixa eu te fala uma coisa. A: Ó lá, atenção, Argentina em segundo. Perdeu. Que fase hein. Agora a gente tem que fala sério, que a gente tinha uma aposta eu e você né, que quem ficasse antes; M: A gente tem uma aposta e eu tenho, eu acho que todo mundo aqui qué vê o Tiago dança. A: Calma, peraí, só queria dizê o seguinte sobre a aposta. M: Não só todo mundo daqui, como todo mundo do twitter, que eu queria agradecê também ao apoio de todo mundo. A: Vamô conversa sobre isso aqui daqui a pouquinho. M: Não, não quero não. A: Porque eu tenho um acordo pra fazê com você. C1: Mas cê vai dança? A: Não, eu tenho um acordo. (risos) Eu vou propor um acordo. Daqui a pouco a gente conversa sobre isso. Gabriel, o Pensador, você está aqui, e você está uniformizado assim como os seus meninos. Vamô ali, explica pra gente quem são essas crianças que estão aqui. C1: A garoto. Posso ir junto aqui, tô com saudade dele. Gilberto Figueiredo nosso trenador. A: Tudo bem? Seleção tá sem trenador viu, a gente pode conversá daqui a pouco. C2: Com certeza vai sê bem melhor. C1: Aqui a gente trouxe alguns integrantes do time é o Duque Caxiense, é um time que eu assumi a categoria juvenil, com o Gilberto, com a comissão técnica, com o Luciano, nosso preparador físico, o Daniel, o Léo. E aqui o César de Pernambuco, o Jeferson lá de Caxias, o Lucas do Rio Grande do Sul, o Bebucho, o Denilson, daqui do estado do Rio. Paraíba do Sul, Mateus nosso lateral direito que a gente que ensinô a jogá na lateral direita. Era atacante e a gente descobriu um fera na lateral. A: Cuidado, que o próximo passo é o gol. C1: Só teve que aprendê a arremessá com a gente. 68 A: Entendi. C1: E o Fejão. Fejão veio do Rio Grande do Sul, fera braba. Julin Sandi de Brasília, até o cabelo antes do Neymar já era assim. A: Foi você quem inventô? C1: Foi né. Neymar copiô. A: A culpa é sua. C1: Aliás o Julin foi comigo, a gente jogô com o Neymar, com o Edmílson, com o André Santos. Mandá um abração pra galera. E o amigo que levo lá o Neymar, Fernando dos Santos gostô do Julin, já vai levá o Julin pra fazê uma temporada lá no Santos. E a gente já tá trabalhando. A: A ê. Estaremos juntos no Globo Esporte São Paulo então. Legal. C1: A gente tá trabalhando assim, o Duque Caxiense como um clube de primera, com toda a estrutura, mas pensando em cada atleta, no que vai sê feito daqui pra frente. A: Bom, aproveitando que temos um dirigente aqui nossa comissão técnica intera despencô, caiu, até o Américo faria caiu, Caio. Não tem mais ninguém, não sobrô nada. Nossos internautas até mandaram perguntas, não sei porque é que eu sentei, deixa eu até abri lá enquanto isso. Caio Ribero o que vai acontece com a Seleção Brasileira a partir de hoje? C: É uma boa pergunta. Não sei. É, eu sei que tem que haver uma mudança de conceito de futebol. É vem dando certo ao longo dos anos, não adianta só porque nós perdemos uma Copa do Mundo falá que tá tudo errado. Acho que não é por aí, mas a gente tem que recuperá a alegria de jogar futebol, a gente tem que recuperá as nossa raízes que é um futebol alegre, que é um futebol irreverente, que é importante saber jogar sem a bola, mas pra frente. Eu acho que essa é a grande lição que eu tiro em relação a nossa seleção dessa Copa do Mundo. A: Perguntas enviadas por internautas. Campanha para 2014: Caio para técnico da seleção. Vitor. (risos) C: Aí eu vô ficá com saudade de você. A: A voz na consciência apóia. C1: Vô te mostrá os garotos aqui que você vai convocá pra 2014. C: Não, vô começá a dá uma olhadinha. C1: Vô te mostrá o DVD. A gente tá filmando os jogos, vô te mostrá. C: Beleza. 69 A: Olha aqui, quem será o novo técnico zangado Muricy ou soneca Ricardo Gomes? Que maldade, como cêis são maus. Rafael de Vilha Velha, Espírito Santo. C3: Agora Tiago na Argentina tá sendo divulgado nos jornais que o Messi e os jogadores mais jovens querem que o Maradona continue. A: Eu também. (risos) C3: Já a turma mais experiente não gostô muito dessa ideia. Então, tá bem dividida ali a seleção da Argentina. A: Eu sô totalmente a favor do Maradona, excelente treinador. M: Aliás eu gostaria de agradecê que realmente você deve tê enviado um convite ao Mick Jagger né, porque ele assistiu o jogo. A: Funcionô. Cê viu. M: Ele assistiu o jogo. Eu falei assim: nossa Mick Jagger assistiu o jogo. A: A não. M: Aí eu vi o Leonardo Di Caprio na plateia, aí eu vi a Sharlize Theron aí eu fiquei. Só que o Mick Jagger eu falei caramba, deve tê enviado o ingresso. A: Funcionô, a gente mando a credencial e ele foi. Nomes pra substituí o Dunga que a gente conseguiu apurá até agora, todo mundo, a imprensa intera. Felipão, a gente tem as imagens deles aí. Então tá bom. Muricy Ramalho, quem mais? Muricy era uma boa também, as entrevistas coletivas prometem. Tá aí o Felipão, primero com a camisa do Chelsea, depois como campeão em 2002. Ricardo Gomes que tá atualmente no São Paulo, semifinalista da Libertadores, já treinô as seleções da base né? C: Já. A: A pré-olímpica. Foi seu treinador no pré-olímpico? C: Não, não cheguei a trabalhar com ele. A: Mano Menezes, trenador do Corinthians. Fez um trabalho muito bom no Grêmio, um trabalho muito bom tá fazendo no Corinthians. E o Leonardo que tava no Milan, ele tinha um cargo de executivo no Milan, depois virô treinador, perdeu o emprego recentemente como treinador, mas é muito querido pelos jogadores lá, é muito querido pelo Milan também né. O que você acha que deve acontecê desses cinco nomes aí? C1: Tem mais um nome aí pra lista. A: Opa, opa. C1: Renê Simões. 70 A: Nosso parceiro aqui na Central. C1: Renê Simões é um cara experiente em competições internacionais, com seleção. É um trenador que eu gosto também. A: Tá fazendo campanha? Você que começo, parcerão. C1: Renê é um cara sério pra caramba, e entende muito. Tem muito treinador bom por ai, lembrei deste. A: Que que cê acha que deve acontecê? C: Eu acho que se você for analisá currículo, quanto tempo eles estão aí trabalhando, os títulos que eles conquistaram, eu acho que os três melhores do nosso país são: Wanderley Luxemburgo, Mano Menezes e Muricy Ramalho, na minha opinião são os três trenadores mais experientes e com um poco mais de bagagem e conquistas. Se você for analisá postura, eu apostaria no Leonardo, porque eu acho que o Leonardo é uma cara extremamente, é diferente. Ele é um cara inteligente, é um cara que se expressa bem, tem o carinho dos jogadores apesar de sê o mais novo em termos de experiência profissional. A: Mas e se você colocasse o Leonardo no cargo do Américo Faria como coordenador da seleção e aí um otro treinador? C: Eu acho que seria bacana. Eu acho que esses dois nomes eles tem que trabalhá juntos né, de terem a mesma ideia, o mesmo pensamento em relação a Seleção Brasileira. Mas eu acho que vem coisa boa por ai. Tô otimista. A: Algum time grande do país vai ficá sem treinador então? É mais ou menos isso? C: É bem provável. A: É, quem vocês querem, quem vocês preferem? Felipão cês gostam? P: Felipão, Muricy. A: Muricy? Wanderley? Quem mais? Ricardo Gomes? P: Felipão. A: Felipão e Muricy então né tá? Maradona força. Ela tava dizendo que Felipão, não tem microfone aqui. Ela tava dizendo que o Felipão já foi, podia dá a chance pra um outro, como Caio Ribeiro por exemplo. M: Eu apóio totalmente essa ideia. A: Caio Ribeiro querido demais? 71 M: Demais. A: Sabe que então hoje a gente encerra a era Dunga na seleção brasileira, cabô, né. Cabaram aquelas coletivas simpáticas. Foi um cara que teve a convicção dele, foi lá fez o trabalho que ele acreditava, deu certo até certo ponto, perdeu a copa, mas deu certo até ali. Agora acabô. E o Dunga, ele se tornô o cara que ele é hoje, com aquele cabelo assim, bravo, depois de um dia. Porque ele não tinha aquele cabelo daquele jeito. Foi quando ele cortô o cabelo que a vida dele mudo, isso é verdade. Foi uma coisa que a gente pesquisô aqui nas reportagens. Eu tô falando sério, é verdade. (risos). A gente pesquisô aqui no arquivo da Globo, e o dia que ele transformô o cabelo dele no cabelo espetadinho tudo mudô pra ele. E a gente foi resgatá essa reportagem, é uma reportagem do Tino Marcos, dá só uma olhada. Matéria: Ele nem sempre foi assim, qué dizê, ele sempre foi durão, raçudo, cabeça dura. Mas o cabelo, nem sempre foi assim. Dunga era emo. Até que surgiu na vida dele este homem. Paulo Cesar é o responsável por mudar a imagem da seleção brasilera. Luis Felipe, Branco, Lúcio, Romário, Tafarel, Dunga. Paulo Cesar surgiu na Copa de 90 pra corrigir uma emergência. Quando eu entrei pra seleção, o objetivo mesmo foi fazê essas mudanças, que eles usavam cabelo muito comprido né, e aí pareciam, dava aquela impressão de argentino. Cada grande mudança no visual, foi responsabilidade de Paulo Cesar. Cria uma identidade né, é o caso do Gustavo Kuerten que as vezes tá com o cabelo comprido, as vezes com o cabelo curto, as vezes com o cabelo mais ou menos, nananana encaracolado, ele nunca criô uma imagem, mas esse é o meu trabalho. Você telespectador ou telespectadora mais atento ou atenta já percebeu que ele é a favor de mudanças no visual de todo mundo, mas ele próprio não curte muito, porque passado e presente são idênticos, tudo bem. Mas ele acha que a mudança no visual dos outros é imprescindível. Sempre que você faz, e faz uma mudança, você tá preparado pra uma nova etapa na tua vida. Por exemplo, um exemplo só, o Diego não quis fazer as luzes que o Paulo Cesar recomendô, que que aconteceu? Não voltô mais pra seleção. Eu pedi pra ele e ele disse: ah fazê nada não rapá, eu já fui convocado, já tô satisfeito. As vezes a gente vê o cara quando não vai muito longe, quando você vê realmente que não... aí você tenta dá uma força pro sujeito, vamô faze um negócio pra você i pra frente, vamô dá um empurrão, e que isso cara. Voltando ao Dunga, ele tava num momento ruim ali em 93, cabelo ao vento, gente jovem reunida, e uma crise. O Dunga vinha naquela época com uma cabelo liso, meio caído, e o pessoal chamava que a seleção tava na era Dunga, que não ganhava ninguém, que ele vinha mal. De um dia pro otro mudô. E a vida de Dunga mudô. Era bom que ele tivesse uma imagem assim de uma sujeito mais agressivo, mais, mais, tipo aquele vingador do futuro, aquela coisa tipo demolidor, aquela coisa mais agressiva perto da defesa adversária né. Ouça o que disse Tino Marcos no dia da transformação: com novo visual ele mandou no coletivo, foi quem mais chutou e a ainda fez o primeiro gol dos titulares. Dunga virou Dunga que a gente conhece, foi campeão mundial tudo graças ao mago Paulo Cesar, que não foi convocado pra dois mil e seis e a gente lembra o que aconteceu. Mas depois o jogadores me contando, olha botaram um francês pra cortá o cabelo, cóbra uma nota, depois todo mundo escapuliu, escafedeu ninguém quis pagá. Depois também botaram um africano que foi cortá e mas cortô mal pra caramba também, e todo mundo vazô do salão. E ele não foi convocado pra dois mil e dez, e a gente sabe o que aconteceu. 72 A: Já que ele não foi convocado, ó quem tá aqui com a gente, no nosso camarim, aqui na TV Globo: Paulo Cesar. Tá me escutando Paulo Cesar? C4: Estou. Tô escutando você sim, pode falá. A: Tudo bem aí? C4: Tudo ótimo, tamô preparando aqui aquele cabelo que cê me pediu. A: Então, pois é, porque é o seguinte: não tem nenhum corte que chamô a atenção, né, nessa Copa do Mundo, por enquanto. O que deve acontece é que o corte do David Villa, que é o artilhero do torneio, jogador da Espanha, deve se o corte mais usado. E aí a gente encomendô pro Paulo Cesar, um cidadão da plateia, coitadinho, ele veio pra Globo achando que ele ia sai ileso, mas ele não vai, ele vai virá o David Villa. Tá aí o nosso David Villa brasileiro. C4: Vamo fazê uma transformação a lá David Villa. A: Como é que é então Paulo Cesar, o que cê vai fazê no cabelo dele, vai dá uma espetadinha aqui em cima né? C4: É, a linha é mais ou menos, aquela linha que se fazia no cabelo do Pato, Alexandre Pato, que é batidinho nas laterais e mais arrepiadinho em cima, como tá usando o David Villa. A: Te chamaram pra essa Copa ou não? C4: Não pra essa Copa. Eu calculava que eles fossem me chamá na reta final, como me chamaram naquela época de dois mil e dois, lá no Japão né. A: Cê tava na final lá? C4: É me chamaram no último jogo, depois daquele jogo da Turquia. Quando o Brasil fez aquele gol de bico com o Ronaldinho, o Ronaldão, o fenômeno né. E aí eu fui, fiz o cabelo, arrumei o cabelo deles pra o Brasil e Alemanha lá em Yokohama. A: Você é responsável por aquele corte espetacular do Ronaldo Cascão ou não? (risos) C4: Não, eu fui pra tirá o cabelo do Cascão, pra modificá. Mas ele conseguiu me convencê que tava fazendo um esquema de trabalho mais, pra, sei lá, mudá a cabeça do pessoal, ou tirá aquela linha porque o pessoal tava caindo muito no pé dele por causa daquela lesão no joelho né. E aí o que que acontece, eu achei que valia a pena testá. Porque quando os índios se pintam pra guerra também fazem uma coisa meio maluca no visual deles. E a gente fez um cabelo bem maluco, nós apostamos em três gols contra a Alemanha, ele fez dois e botô um na trave. A: É verdade, é verdade. Então tá bom. Vô deixá você trabalhá, daqui a poco a gente conversa mais. 73 C4: Vamô transforma ele então. A: Transforma então o nosso David Villa brasilero. C1: E pra treinador funciona pro Gilberto talvez? A: Que que cê qué? Cê que ir até lá? Hoje é de graça, TV Globo banca pra você. Já fez? C2: Já. A: Eu preciso cortá o meu. C3: O cabelo do Lúcio também tinha um estilo, não se pode esquecer disso. Um estilo moicano. A: Como é tava? Raspadinho aqui. Tava meio tipo soldado americano né. C3: É. A: Cês viram que o Dunga era emo né? A gente falô na reportagem. E aí o pessoal do Bola nas Costas, um blog lá do globoesporte.com, eles transformaram todo mundo em emo. A gente tem até as imagens aí, das fotos que eles fizeram. E esse aí não precisa né, que esse é o Fucile a gente só pego as imagem dele, ele é lateral do Uruguai, é o único jogador emo da Copa do Mundo, esse aí não precisa de transformação. (risos). A gente saiu pelas ruas aqui do Rio de janeiro perguntando pras pessoas o que elas mudariam na nossa seleção pra deixá os jogadores mais bunitos, inclusive no Lúcio, cê tava falando do cabelo do Lúcio, e as meninas foram lá e fizeram um retoques, não que precise. C: Absolutamente. Lúcio pra presidente. A: Cada baita jogador bonito. Lúcio pra presidente, dá só uma olhada. Matéria: Eu botaria um cabelo moicano, uma barba, botaria só um pircenzinho pequenininho no nariz. A Kaká não mudo nada né. Acho que talvez se ele tivesse o olho mais claro um poco. Gilberto Silva, a ele é meio um caso perdido. A um black ia ficá legal. Acho que o Elano tá com muita cara de nerd. Podia pegá um sol, tá meio branquelão. Acho que rola nele um piercing aqui na sobrancelha, cabelo acho que eu fazia uma chapinha nele. Ramires: olha ele tem que tirá o aparelho, deixá o cabelo crescê e diminui a cabeça, a cuca, tá muito grande, como seria o cabelo dele? Eu acho que maiorzinho assim, também encaracoladinho, realmente eu amo isso. Maicon, caso perdido também. Olha, ele podia diminuí o quexo, tipo a cara dele é muito estreita. A Maicon podia colocá uma peruca nele né, podia colocá um brinco, dois brinco na orelha assim né, bem grande e brilhoso. Julio Cesar eu acho muito gato. Não mudaria nada no Julio Cesar? Nada, nada. Ele é perfeito também, eu não sei se ele tem mulher? Tem, Susana Werner. Então, podia não tê mulher. Lúcio, ele é muito enrugado, a beleza dele é meio feia. O que seria uma beleza feia? A eu não sei, eu sô apaixonada por belezas diferentes. Eu afinaria mais o nariz dele e tirava esse cavanhaque. Cavanhaque tá feio? Tá, tá muito feio, tá horrível. E o cabelo dele cê deixaria crescê, faria alguma coisa. Deixava crescê um topetinho, tá bonitinho. Botaria um dente de oro nele aqui, fica estilo 74 gangsta e dois brincões também. Cabelo bóta um moicano também pra completa. Eu botava o que no Robinho? Botava uma trancinha do Love. No Luís Fabiano que que cê faria pra ele ficá mais bonito? Nasce de novo. Juan diminuiria a boca dele, muito grande. Nariz também um poco, cabelo um black ia fica estiloso. Mudaria o jeito do Dunga, ele é muito chato, ele é muito chato. O Dunga, a gente sabe que ele tá com um visual mais que ultrapassado né. Acho que a gente poderia começá com a iniciativa de crescimento do cabelo, e depois pensá num clareamento, mais uma mechinhas, de repente um topete, alguma coisa como moicano. Quem sabe até umas tatuagens no pescoço. Que tatuagem que ele faria? Num sei, fala pra ele fazer um tribal, acho que fica legal com sobretudo, estilo europeu. C3: Viu como é que o moicano tá bombando. A: Quem é essa figura maluca ai? C3: Qué fugi. C1: É o Davi. Deixa eu vê essa chuteira aí. A: Oi Davi, vem cá. Essa chuteira é style hein. Chega aí Davi. Vem aqui. É o seguinte, a gente vai pro próximo bloco, fazê o intervalo, e eu sei que você sabe fazê aquele bit box, e aí eu vô pedi pra você fazê um pouquinho, pro seu pai canta alguma música. C1: Vô canta o rap do feio em homenagem aos atletas. A: E daqui a poco a gente vai falá mais de atletas bonitos e feios também. E a gente vai falá da nossa aposta tá. C1: Faz a voz, Tiago. A: Faz aquela voz lá do possuído. Voltamos já com a Central da Copa, muito bom Davi. A:Tudo bem? Temos aqui quatro pessoas importantes para o programa. Hélio de La Peña primeiro, tudo bom? Daqui a pouco a gente vai conversá sobre aquela campanha importantíssima. C6: Tô ansioso! A: Clicia, Thalita Rebouças. C8: Oi. A: Elas fazem o EE de Bolsa, já fizeram a brincadera com seu nome. Thalita de bolsas. C8: Já, já fizeram. A: Elas vieram aqui falá de um assunto que enoja Tiago Leifert e Caio Ribeiro, que é, são os jogadores mais bonitos da Copa do Mundo. M: Até que enfim uma coisa importante. 75 A: Como? M: Nada. A: Quantos jogadores são? Um, dois, três, quatro. A tem mais, cinco, seis, sete, tá legal. Vamô lá roda as imagens dos mais bonitos que elas vão dizê, as meninas do EE de Bolsa, lá do globoesporte.com. M: A ê Higuain. A: Vocês podem fala também, não precisam deixá só a argentina. C8: Olha bem bonito, pegável mesmo. Categoria pegável, num sábado assim sabe. A: Florent Malouda. Malouda? C7: É gente tem seu valor, né gente. Vamo dá um desconto. A Cristiano Ronaldo. A Cristiano Ronaldo tá ali, esse é o selo. C8: A não, faz sobrancelha, não confio em homem metrossexual. C3: Disseram que faz maquiagem também. A: Não, pera, segura, só um minutinho voz na consciência, como é que é pera, depois a gente continua. Para nesse pontinho do EVS aí por favor. Como é que é, cê não confia em quem faz a sobrancelha? C8: Porque ele não só faz assim, ele depila, entendeu? Se bobiá ela faz uma coisa leiser, entendeu? Ele é muito preocupado com aquela sobrancelha, não gosto, pronto, falei. A: Não dá pra confiá numa pessoa dessa? C8: Não dá, não confio. A: Ok, faz a sobrancelha, nada. C8: Cabô pra mim. A: Então tá bom. Ok C1: O Caio não gostô. A: Cê faz sobrancelha Caio Ribeiro? C: Olha aqui, fala sério. A: Mostra a sobrancelha do Caio Ribeiro aqui. 76 C: Que traíra cara. C8: Não, não faz. A: O Diego Benaglio, golero da Suíça faz a sobrancelha, mas é bom golero. C8: Não, mas tudo bem. O que eu tô falando, não pode tê aquela monocelha, aquela profusão de pelos. A: Como o Lúcio? Lúcio é uma monocelha. C8: É uma monocelha, é. A: Então tá bom, já aprendemos então, vocês meninas não confiam em quem faz a sobrancelha, isso não é legal. C: E vamos deixá bem claro que eu não faço a sobrancelha, não tem nada a vê. A: Caio não faz a sobrancelha. C3: Dizem as más línguas que o Cristiano Ronaldo também faz maquiagem. Eu não sei não hein. Faz maquiagem antes do jogo. A: Cê fez hoje? Eu também não fiz hoje maquiage. Cê fez Gabriel? C1: Mandaram eu fazê aqui nessa espinha ó. A: Só nisso? C1: Só, só, só. A: Aí tudo bem. Tá perdoado. C3: Corretivo só. A: Cê faz a sobrancelha? C1: Não, tá até falhada. C7: E além disse que o Cristiano Ronaldo usa aquele shortinho, curtinho, rosinha, que que se acha disso Thalita? A: Elas tão indo muito bem, muito bem. C8: Eu acho, cês tão gostando, tá? A: É isso ai. Esse é o espirito. C8: A gente tá pronta pra comentá assuntos importantíssimos. 77 A: Pode continuá voz da consciência com os bonitões. A gente tava no Sorrinsen né? Que é o golero da Dinamarca. Esse é bonito. C8: Ah Carlitos Tévez. C7: Ah Lugano, tudo de bom. C8: Bunitinho esse menino hein. C7: Bunitinho? Ele é lindo Thalita. M: Opa, adorei essa cena. C8: Isso é bunito, cês tão vendo. A: Ah esse arrasô gente, Fábio Canavarro, arrasô. C8: Esse menino é alto, baxo, médio, me diz? A: É baxinho. Um e setenta. C8: Tem cara, tá valendo. Bonito, gosto da careca, cabeça, corpo todo, mão, tatuagem. C7: Tatuagem, homem sarado. C8: Tudo bom, todo bom. A: Cês sabem, que esses são os melhores na opinião de vocês? C8: Acho que tem outros. Aí eu descobri otro dia vendo o Loco Abreu jogando. A desculpa gente eu gosto do Loco Abreu. A: Loco Abreu? C8: Eu acho que se ele cortasse o cabelo. C6: Eu gosto do Loco Abreu, não pelo mesmo motivo de vocês. (risos) C8: Não né, tá. Mas assim gente cortava o cabelitcho, dava uma coisa, eu, eu acho, o menino fica pegável. Não? Não? A: Não. C7: O Benny dos Estados Unidos também. Bem legal. C8: Bonito. A: Quem? 78 C7: Benny dos Estados Unidos. A: Benny Mcarthy? Não não, Benny Mcarthy é da França. Qual Benny? C7: Benny dos Estados Unidos. Ele entrô, ele não era titular. A: A não era titular. Então não presta, homem bonito que não é titular, não presta. C1: Na hora de presta atenção, não presta. C8: Mas a gente tem que presta atenção nessas coisas. C1: Cês compraram o álbum da Copa? C7: Não. A: A o Feilhaber lá, ela tá dizendo que é o Feilhaber, entendi. Tem o Boca Negra que disseram também que era bonito. Agora, eu acho que o conceito de beleza, cara, sabe, eu acho que tá errado. Isso massacra as pessoas, isso força as pessoas, a, sei lá, se encherem de plástica. Eu sô contra isso. Eu sô a favor da beleza natural Caio Ribeiro, e por isso, diga, diga. C: Eu prefiro a seleção da Holanda na arquibancada, do Paraguai. A: Mas eu acho que, essa ditadura da beleza me enoja. E por isso que a gente fez a seleção da verdadera beleza dessa Copa do Mundo. Porque vocês são bonitos, não importa o que as pessoas falem. Franck Ribery. C7: Olha aí gente, não é feio de todo. A: Essa é a beleza original. C8: Olha ai gente o Son. C7: Essa aí não dá, não tem escapatória. A: É de Camarões, seriam o leões da Copa do Mundo, o predador. C8: O Rooney, não acho ele feio. C7: Ele tem cara de lutador de jiu-jitsu. C8: É o que eu falo, é só ele trocá de esporte. A: Özil, Özil. C8: Olha o olho esbugalhado. 79 A: Essa é a verdadera beleza. Esse eu não sei nem o nome, mas é muito bonito também. C8: É feio também, é muito feio, Deus me livre. A: Eu gostei dele. E esse aí é o Lucas Barrios, jogador do Paraguai, olha aí que categoria gente. C8: Ui, que cena linda. A: Argentino naturalizado, natural que... e vai passa no cabelo, não, eca. Cuspiu na mão. C8: Não nojo, eles cospem mesmo. A: Porque que cês cospem tanto? C: Não sei. C8: E espera a câmera dá close né. C6: Eu queria sabê se vocês cospem o tempo todo, ou é só quando tem close? C: É muito de jogador pra jogador, eu acho que cê sua muito. Mas eu nunca fui de cuspir muito não. A: A você é demais. Nunca falô um palavrão, nunca cuspiu, não faz a sobrancelha, cê é demais. C: A sobrancelha certeza. A: Cês acompanharam, e por falar em beleza, cês acompanharam toda a saga de Larissa Riquelme, né. A modelo paraguaia que disse que andaria nua por Assunción caso o Paraguai passasse pras semi-finais, não aconteceu. E a gente tinha uma câmera em cima dela no último jogo, e a gente tem algumas reações de Larissa Riquelme. Senta e relaxa com essa, com as reações de Larissa Riquelme. Eu gostei, o celular tá legal. Eu queria tê nascido celular Caio Ribero. Aê, vai Paraguai. E é natural. É natural e acabô. M: É natural coisa nenhuma, não é natural. A: Olha que delicadeza, metendo um franguinho pra baixo ali, cê viu? Se vai saí com a menina, queria comê uma saladinha, não. Come um espeto de frango. C: Muita mais agradável. A: Muito mais legal. E aí tem o choque de realidade, Hélio de La Peña, voltamos com Hélio de La Peña. C3: Ela não tava fazendo cena para a câmera não, é impressão só. A: Não tava não né? 80 C3: Imagina. Ela tava bem natural, né, natural. A: Só que olha, além de linda. Esses seios naturais maravilhosos, ela é uma pessoa generosa. Larissa disse que vai possar nua mesmo assim, mesmo com a eliminação do Paraguai. C6: Paraguai fez uma bela campanha. A: Quase chorei. Me emocionei ao dar essa notícia. C6: O Paraguai fez uma bela campanha, afinal de contas né. A gente merece no mínimo um peitinho. (risos) A: Eu acho, dois grandes motivos pra gente torcê sempre pelo Paraguai. C3: Falando do Paraguai, a gente lembra da Espanha e lembra de uma outra mulher também, uma bonitona e que tá fazendo polêmica, que é a namorada do Casillas. A: A namorada do Casillas, ela tava atrás do gol no primeiro jogo falaram que a culpa era dela. C3: Considerada a vilã, como perdeu pra Suíça de um a zero. Mas agora nesse jogo contra o Paraguai, que que acontece, agora ela depois do jogo, foi dá uma entrevista coletiva, e essa é a imagem que os jornais espanhóis estão divulgando, como a imagem símbolo deste encontro. A: Que é com essa língua pra fora? C3: Essa língua pra fora. A: Vocês repórteres. C3: Eu não tenho nada a vê com isso não. A: Que isso, mas ela foi perdoada, ela ficava atrás do gol, agora tá tudo bem? C3: Ela foi perdoada. A: Hélio de La Peña chegô a hora da gente falá dessa sua campanha incrível. C6: Pois é, estamos aqui mais uma vez Caio, porque, afinal de contas o Brasil saiu da Copa, e a gente tá preocupado que você fica abandonado aqui, te botaram no almoxarifado, te largarem aí, entendeu? Tamos aqui, tamos atento a isso, entendeu? Trouxe meus filhos, você viu, viemos todos aqui, no final desse programa a gente vai tirar você de qualquer manera da Globo. A: Não vai não. Cês fizeram até uma música. A gente pode ouvir a música agora? C6: O funk do free Caio feito por mim e pelo Mc Kiko que é inclusive muito seu fã. 81 C: Brigada. C6: Ele inclusive é flamenguista né, curtia muito a sua fase lá no Flamengo. C1: Eu também. C6: Você também. Eu curtia sua fase quando você tava no Botafogo. A: Funk do free Caio. C6: Vamô lá, o funk do free Caio. A: Vamô ouvi. Funk: Eu sô Mc Ferrow, eu sô Mc Deumal ouve só esse recado e retuíta na moral. É em prol do nosso amigo, o grande Caio Ribeiro, que desde o início da Copa tá preso no cativeiro. Sempre ali no mesmo puff com a Jabulani na mão e só com ordem suprema vai mudar de posição. Sete horas da manhã o Caio já tá de pé, vai ficar o mês inteiro sem visita de mulé. Varre estúdio, passa roupa, o Tiago não tem dó, acho que se fosse escravo era tratado melhor. Por isso nóis tâmo aqui pra pedir e divulgar: libertem o Caio, deixem ele respirar. Esse é o funk do free Caio uma forma de ajudar libertem o Caio geral vai retuítar. A: Caio Ribeiro você se tornô um ídolo nacional. O povo brasilero nunca se engajô tanto numa campanha como nessa, é incrível. A gente já teve as mais diversas tragédias nesse país, mas ninguém abraçô tanto quanto essa causa do free Caio, coisa incrível. C: Deixa eu queria agradecê as pessoas que participam da campanha, você pela generosidade e ao Hélio que é o grande mentor da ideia. A: A brigado, porque acham que eu sô o carrasco, porque acham que eu que seguro você aqui, ninguém para pra pensá que quando você tá aqui eu tô também. C: Que não é verdade. A: A não? Onde você tava hoje? C: Hoje eu corri dá um bejo na minha esposa. A: E eu tava preso aqui, tá vendo só como a vida é injusta. Hélio de La Peña eu queria combiná com você que no fim de semana que vem, que é o último programa dia onze de julho, que é o dia da final da Copa do Mundo, a gente faz uma cerimônia de libertação do Caio Ribeiro. C6: Vamos, vamos. Vamô chamá todo mundo que tá apoiando essa campanha, vamô nos mobilizar, vem pra porta da Globo, vem recebê o Caio Ribeiro, que finalmente vai vê a luz do sol. Vai vê a luz do sol porque o programa acaba de noite e não tem sol. 82 A: Fica de pé aqui ó, queria mostrá, já que o Caio se tornô um ídolo nacional queria mostrá uma coisa legal sobre o Caio Ribeiro. O Caio Ribero gosta muito de dançá. Dançá, alguém falo dançá, daqui a poco. O Caio Ribeiro, só que ele tem um problema, é sempre o mesmo passinho. A gente tem as imagens aí voz na consciência, é a mesma coisa, roda aí é sempre a mesma coisa. Ó lá, movimento um, atenção é com a mão pra cá, movimento dois a outra mão sobe ó. Então é prum lado e pro outro, aí você vê o Caio lá no carnaval em feverero, Tucuruvi né? C: Tucuruvi. A: Acadêmicos do Tucuruvi, assim e assim como é que é o passo do Caião? Se for valsa como é que é. Peraí faz o passinho. C: Não não, eu só sei mexe a mãozinha. A: As pessoas na rua abracaram a causa. As pessoas na rua estão fazendo o passo do Caião. Que o meu pai falô que é o riberechion. Mostra o riberechion voz na consciência, as pessoas fazendo o riberechion nas ruas. Ó lá, esse foi o original. Isso foi quando a gente descobriu que você tinha talento pra dança, ó lá, ó lá. C: Já deu pra percebê que eu não sei dança, e vocês continuam insistindo nisso. A: Aí ó, ó, ó, ó é o meu passo, é a mesma coisa, se fosse valsa era igual. Ó lá, é o igual, igualzinho. Ópera. Macarena, tudo igual. Eletrônica igual. Agora as pessoas nas ruas abraçaram, estão fazendo o passo de Caio Ribeiro. C: Deu pra percebê, eu não sei dançá gente, eu juro, eu sô meio duro mesmo. A: Alguém falô dançá? C: Acho que a Marina falô alguma coisa, né Marina? A: Dançá, no próximo bloco a aposta. O final dessa aposta entre Brasil e Argentina. Vocês repararam que o Caio Ribeiro hoje tá com uma jabulaninha, ele tanto chocô a grande que nasceu pequinininho. E o Caio tá grávido também, ele vai te filhinho, a mulher dele tá grávida de cinco meses, então faltam quatro pra nascê o bebê. A gente precisa corrigir uma informação só, o seu jogador é de Angola. C1: A o Denilson, Denilson eu falei que ele é do Rio, porque mora aqui há muito tempo, é angolano. A: Nasceu em Angola, legal. C1: E eu tenho aqui uma tatuagem, abraço pros angolanos aí. Essa aqui carrego no corpo, lembrança de Angola. A: Cês sabem que a Globo bomba em Angola, a Globo internacional é sucesso absurdo. C1: Um beijo pro pessoal de Angola aí. 83 A: Devem tá assistindo agora a gente. C1: Saudade de lá, já fui três vezes lá. A: Luciana você acha que eu devo dançar? C3: Por favor, todos querem ver. A: Gabriel, o Pensador acha que eu devo dançar? C1: Claro. A: Se acha que eu devo dançá? C6: Lógico. A: Tudo bem, só que nossa aposta era a seguinte, quem fosse eliminado antes dançaria. Não cronologicamente, se vocês chegassem na semifinal e nós nas quartas eu dançaria, só que problema é que a gente foi eliminado together, todo mundo junto, certo. E aí curiosamente sai andando na rua hoje, e as pessoas na rua clamam pela dança de Marina. Olha só, qué vê, dá uma olhada, as pessoas clamam por você. M: Não, não. A: Ó vô assisti também. Matéria: Alô Marina, critério de desempate é saldo de gol. É saldo de gol. É saldo de gol. É saldo de gol, não tem jeito. Marina foi quatro a zero, vai tê que dança muito. Marina foi quatro a zero, critério de desempate já era. Valeu Tiago, manda essa pra ela. Dança Marina. Dança Marina, dança. Rebola nenem, dança Marina, perdeu, quatro a zero. M: Tá bom Tiago, deixa eu te fala uma coisa. A: Peraí, cê viu o que eles te falaram? M: Eu vi. A: Que o critério de desempate era saldo de gols. M: Tá tudo bem, mas isso não tava dentro da aposta. A aposta não foi assim. A: Eu ouvi, cês escutaram eles falaram que o critério de desempate era saldo de gols. Então perai, fazendo uma conta rápida. M: Não, não, não, não, é uma nova criação de regra. A: Dois a um pra Holanda, saldo de gols quanto é vocês que jogam bola. Dois a um pra Holanda, saldo de gols pro Brasil? Menos um. 84 M: Tá tudo bem, mas... A: Quatro a zero pra Alemanha, saldo de gols da Argentina? Menos quatro. Voz na consciência, a gente tem o momento do programa. M: Eu danço com ele, eu danço, se ele dançar pronto. A: Mas peraí, o critério era esse, você combinô isso comigo. M: Não, não, não, não. A: Pera lá voz da consciência a gente tem essa reportagem ou não? M: Tá muito malandro. A: O momento do programa que a gente combinô isso, tem isso ai? Então tá legal. E o pior é isso Marina, é que você tá vindo aqui muitas vezes, já tá tarde da noite, vô até senta, você não deve lembrá, mas houve um momento nesse programa que a gente combinô que o critério seria saldo de gols. M: Não, não teve esse momento. A: Não teve esse momento? Então eu provo pra você porque tá tudo gravado. M: Eu acho que tem duas gravações, de duas pessoas que tão querendo que o Tiago dance. A: Eu vi é verdade, tem gente que qué. M: Tem, tem muita gente que qué. A: Só que o critério de desempate é saldo de gols. M: Não, não vai mudá as regras, não tem como mudá as regras. A: Eu vô mostra pra você o momento em que a gente combinô, eu e você. M: O Tiago deixa eu te falá um coisa, peraí. Eu passei o dia vendo no YouTube vendo o vídeo do Parangolé pra dançá contigo. A: Cê ensaiou? M: Eu ensaiei, pra dançá contigo. Vai tê que dançá, dança. A: Eu vô mostrá, de verdade, o momento em que a gente combinô que era saldo de gols, dá só uma olhada, rodaí. M: Tipo perdê pro Brasil. 85 A: Tá bom. For eliminado nas quartas. Se o Brasil for mais longe que vocês? M: Exatamente. A: Que é meio óbvio que vai acontecê. M: Tá, a gente dança o rebolation. A: Rebolation, isso ai eu já fiz por nada. M: Mas, se por um acaso … P: A Argentina terminá na frente você vai dançá Lady Gaga. A: Combinado. Então tá bom, mas tem que tê um critério de desempate como sempre, que vai sê o saldo de gols das quartas de final, de acordo? M: Ok Tiago, eu topo. A: Então todo mundo de acordo, saldo das quartas? M: Ó não, saldo de gols. A: Marina eu não sei se eu já falei aqui, mas o critério de desempate é saldo de gols das quartas de final. M: Isso ai é do programa anterior, do outro programa. A: É o critério é saldo de gols, vocâ cabô de combiná comigo. M: Mentira, mentira, isso é uma mentira terrível. A: Não teve nem edição a reportagem. M: Teve edição. A: Não teve nenhuma edição. M: Isso é terrível. A: Por favor tem rebolation aí, senão eu canto pra vocês. C: Posso me metê um minuto nessa aposta? A: Não. M: Por favor Caio se mete. Eu tô falando que eu vô dança se você dança. A: Tem rebolation? 86 M: Eu danço se você dançá. A: Qué que eu cante? Por favor Marina. M: Cantá não, é dançá. A: Bota quatro dedinhos na cabeça que vai começá, põem, põem os quatro dedinhos. M: Não. Eu só danço se você dançá. A: Bota quatro dedinhos na cabeça que vai começá, o rebolation, vai Marina. Não vai pagá a aposta? M: Você não vai pagá a aposta, cê fez a aposta na frente do Brasil intero, e agora tá mudando todas as regras como sempre, fazendo montagem. A: Cê não vai dançá? M: Lamúrias, o mundo inteiro querendo que você dance, no twitter todo mundo falando dança Tiago. Aí eu como uma alma generosa, boa, a gente foi eliminado na mesma fase, to falando eu danço se você dançá. A: Mais um exemplo típico do que é um argentino. Catimbero, isso aqui é catimba pura, da mais pura. Catimbero, mentiroso. M: Não, mentiroso não. Olha a montagem que você fez. Vai dançá sim. A: Não fiz montagem nenhuma, não tinha nem edição. M: Tinha edição sim, aquela resposta que eu dei e outro, e outro, outro era de piadinha do Simeone. A: Bom, que dia é hoje? M: Ai meu Deus. A: Olha, olha o que aconteceu dia três, apertei sem querê, quatro a zero pra Alemanha. Sem querê disparei o botão. Segunda-feira não tem jogo, tá aqui a agenda. Dia seis, terça-feira começa tudo de novo, Uruguai e Holanda, três e meia na Cidade do Cabo. Dia sete, Alemanha e Espanha no Moses Mabhida, as três e meia também. Dia oito não tem nada. Dia nove não tem nada. Dia dez vai tê disputa de tercero e quarto, dia onze vai tê a final, ainda não tá marcado, mas já tem então a gente sabe. Caio Ribeiro está de folga nos dois próximos dias. Gabriel, o Pensador diga. C1: Quarta-feira, dez da manhã em Xerem, Duque Caxiense, contra Fluminense. Quem quisé assistí entrada liberada. A: Fala de novo então quando é. 87 C1: Quarta-feira em Xerem, a gente vai jogá contra Fluminense, e eu vô tá lá torcendo pelo Duque Caxiense, e aí quem quisé i tá convidado. Vamô lá. A: É muito dirigente né. C1: E o corte de cabelo do garoto como é que ficô lá? A: Vamô dá uma olhada, Vamô dá uma olhada no corte de cabelo. C1: O Fejão ia cortá também. A: Vem aqui quiridão, com o Paulo Cesar. I é o David Villa, ele meteu uma barbinha, olha aqui, mostra aqui. Boa Paulo Cesar. C4: Sobrô um poquinho de cabelo. A: Genial, ele meteu uma barbinha David Villa, aqui ó, muio bom, excelente. Queria agradecê a presença de todos vocês, esse é nosso penúltimo programa, muito obrigado as duas também, beijo. É nóis no próximo Caio Ribeiro. Boa semana a todos, a gente se vê. Vem cá David Villa, aliás vamô terminá com você, um bejo a todos. Terminô a Central da Copa, tchau. Mostra o David Villa. 88 ANEXO D – Transcrição Programa Central da Copa – 11/07/10 A: Tiago Leifert – Apresentador C: Caio Ribeiro – Comentarista M: Marina – Convidada Argentina P: Plateia C1: Glenda Kozlowski – Apresentadora do Esporte Espetacular C2: Léo Santana – Cantor C3: Ronaldo – Ex-jogador A: Ó não, nosso último programa. Eu não acredito cabô a Copa do Mundo. Tudo bem com vocês? Tudo bem? Olha aqui nossos convidados: Caio Ribeiro como sempre no puff dele oficial. Esse aqui vai ficá vazio, daqui a poco a gente chama. Glenda Kozlowski você está de volta. C1: Ô meu rei, tudo bem? A: E aí como foi de África do Sul? C1: Foi ótimo, uma experiência ótima assim, muito trabalho, tudo muito intenso, uma correria danada, mas eu acho que apesar do nosso resultado da seleção brasileira foi uma experiência única, boa pra contá pros filhos, pros netos, sabe. A: Com boas histórias? C1: Com boas histórias, exatamente. A: Olha quem tá aqui, a Marina, ela tirô a camisa da Argentina. M: Não, mas eu trouxe a bandera por favor. A: Ela não tá completamente convencida, mas eu vô dizê pra vocês, e como hoje é um programa de pega as melhores images, as melhores histórias, nós só vamô fala de coisa boa, não vamô fala da Argentina. Então cê tá livre. Tá bom? M: A é? A: É. M: Que bom. A: Só que a gente tem uma dívida. Nós dois com os telespectadores que estão acordados até meia-noite e quinze. Só que aí ela optou pelo rebolation, você que é do Globo Esporte de São Paulo sabe que eu já fiz isso quinhentas vezes, já dancei o rebolation umas quinhentas vezes. E aí a gente tava na dúvida a mas quem vai cantá, a tem CD não tem, a gente resolveu o problema. Léo Santana por favor, trouxemos o próprio Léo. Tudo bem? 89 C2: Boa noite galera. A: Vai Marina. C: Eu faço questão, eu seguro pra você. A: Cê não qué dança, aquele passinho? O passinho do Caião. C: Hoje eu tô de camarote Tiagão. C2: Hoje não tem enrolação, hoje não tem enrolação, ele vai pagá. C: Léo tira o coro dos dois. (Música rebolation) A: Eu sô a dançarina do lado direito. Qui qui é isso, cês tão loco, eu não vô faze isso. Essa é fácil. C2: Gente vamô acerta isso aqui Tiago, vamô acerta isso aqui? Vem cá Marina, vem cá, primeiro vai pro lado direito, tá legal? M: Eu acertei. A: A folha de papel da vergonha. A gente fica a tarde inteira pra fazê o espelho do programa, isso aqui já foi embora, vô rasgá, já foi. C: A aposta é dos dois. C1: Ele tá tão nervoso que a mão dele tá suada. A: Eu suei também. C: Mas a aposta é dos dois, eu não posso participá. Eu adoraria, mas eu não posso participá. C2: Mas hoje tá valendo. C1: Eu fiquei um mês longe, quero vê isso. A: Olha o que cê causô o Marina. Fala Léo. C2: Vamô fazê certinho, vamô lá. M: Vai Tiago. A: Faz aí pra aprendê. C2: Primero joga pro lado direito, depois pro esquerdo, em cima e rebola. 90 A: Meu Deus do céu, cês não vão fazê isso. C2: Em cima agora, em cima, rebola. Melhorô vai. A: Léo você que se despencô de Salvador, você veio de Salvador fala aí qual é a boa? C2: Salvador, viemos de um show lá agora na Bahia. Feliz, brigado pelo convite, agora não deve mais nada né, tá tudo pago agora. A: Que vergonha meu Deus do céu. C2: Brigado, brigado. A: Tá. C2: Bota a mão na cabeça que vai começá. A: Não, não, para Léo. Chega Léo, brigada viu. C2: Brigada Tiago, valeu. Gente brigada, fiquem com Deus. Boa noite. A: Cês dão trabalho pra nós brasileiros. M: O rebolation, tion. Adorei. A: Posso começá o programa? Então vocês esqueçam tudo que acabô de acontecê, e pra falá de futebol pra falá da final Espanha e Holanda a gente trouxe um cara que é expert no futebol holandês, expert no futebol espanhol, o maior artilheiro na história das Copas do Mundo. Essa Copa que a gente viu de placar magrinho tanana, ele meteu quinze gols, ele é o maior de todos, que honra hein. C: É pra fechá em grandíssimo estilo. A: Que honra, ele é o cara, não tem otro, Ronaldo, o fenômeno, por favor. Bom? E aí? Meu Deus, sei nem o que falá. C3: Dexa eu sentá aqui. A: Ronaldo você jogô nos dois países, foi ídolo nos dois países, e a Espanha pelo que a gente vê é um país que gosta muito de esporte, né. Tá indo bem no tênis, na fórmula um, futibol, mas parecia que era uma frustração não tê um título mundial, eu não sei que tamanho isso tem pra eles que são apaixonados por futibol, como é que deve sê lá ganhá um título destes, como é que eles devem tá lá? C3: Eu acho que é fantástico essa conquista pra eles né, porque, principalmente pelo que eles fazem pelo futebol né, o investimento que eles, é fazem no futebol é algo que merecia um retorno né, uma premiação. E sem dúvida ele jogaram muita bola também e mereceram. 91 A: A gente, na semifinal, o nosso repórter, o Renato Ribeiro tento gravá uma passagem que a gente fala, quando o repórter aparece, e cara eles tavam tão ensandecidos já, de tê passado pra final que não deu certo. A gente vai mostrá como foi isso aí agora. Matéria: Um país apaixonado por futebol, que tem alguns dos clubes mais importantes do mundo, como Barcelona, peraí. Pode i? O país. Desculpa vai vai, vai. Um país apaixonado. O Brasil, Argentina, Uruguai, Inglaterra e França. A: Isso foi só a semifinal, tava fácil de trabalha. Vamô falá do jogo de hoje, coisa que mais chamô atenção terminô a partida uuuuuuu pros árbitros. Cada falta horrorosa e nem um vermelhinho assim, foi dá vermelho lá no segundo tempo da prorrogação. A gente tem uns lances horríveis já de cara, e o árbitro pelo jeito Ronaldo, cê que convive com esses caras diariamente, esse aí gostava de falá, nossa mãe. C3: Essa falta aí foi tremenda. De Jong. C1: Ele não tinha atitude, ia lá conversava, conversava, não tinha atitude. A: Eu tive a impressão de que era um palestrante, ele queria conversa com as pessoas, discuti a relação. C3: Cada vez vai se mais difícil arbitrá, porque os jogadores, cada vez eles simulam mais, cada vez são mais espertos e não é fácil realmente apita um jogo de futebol se os jogadores não ajudam. A: Como assim se os jogadores não ajudam? C3: É qualque tipo de simulação, é um toquezinho já cai, é mais complicado assim. A: Caio Ribeiro você diria que a Holanda pela catimba e as faltas é a nova Argentina? Não ia perde né Marina, cê tá aqui parada me olhando a cinco minutos. C: Não é, eles bateram um pouquinho além do normal por se trata de uma final, e o que irrita é que o juiz não teve pulso porque a entrada do De Jong no peito do Busquets se não me enganô, do Xavi Alonso eu não lembro. A: Acho que foi no Alonso. C: É do Alonso, era pra vermelho direto, então você espera uma atitude da arbitragem. Eu acho que o título tá em grandes mãos, eu acho que a Espanha, há uns três anos é a melhor seleção do mundo, vem mostrando o melhor futebol do mundo, coisas que eu gostaria de vê na nossa seleção. A: Alguém aqui não concorda com o título da Espanha, acha que a Holanda jogo melhor, alguma coisa, não né? A voz da consciência que é holandesa disse que também não, diga Glenda. 92 C1: Sabe uma coisa que me chamo atenção, a Espanha durante toda a Copa, ela teve sempre a mesma postura, ela não mudô a carcteristica de joga dependendo do adversário. A: Mesmo levando um susto no começo. C1: Exatamente. Então ela foi sempre a mesma Espanha né, a gente viu que a Alemanha mudo, enfim outras seleções também mudaram seu esquema de jogo e tal e a Espanha não, ela sempre foi a mesma Espanha. C3: E eu trabalhei um ano com o Vicent Del Bosque e ele é um cara fantástico. A: Au gostei muito dele, achei uma figuraça. C3: Você pegava no pé dele porque ele não sorria. C: Ele sorri? C3: Ele sorri muito. Ele é um cara super brincalhão, e o comportamente dele, ele lembra muito o Zagalo na intimidade. Um cara que tá sempre se divertindo, brincando, bem legal. A: A gente gosto dele, e ele foi corajoso hoje nas substituições. A gente tava falando das faltas violentas... C3: Sem conta que ele, a preleção dele, você que jogo também... A: Comé que é, comé que é? C3: A preleção dele dura três minutos, é fantástica. A: Pa, pá. C: Por isso que todo jogador gosta dele. C3: Normalmente os trenadores ficam quarenta minutos no nosso ovido, ele três minutos, pergunta se tá tudo bem e manda pro campo. A: Ó lá ele sendo jogado pra cima, a gente reparo isso hoje também que ele, ele não fica cornetando muito do lado de fora, ele é bem quietão, dexa os caras jogarem em paz e tal e tá aí fazendo a festa. A gente tava falando de faltas violentas, aqui mostra uma falta do De Jong , falamo desse nosso papa sobre a final que a gente vai interrompe algumas vezes pra mostra imagens da Copa, e agora a retrospectiva é exatamente sobre as faltas violentas dessa Copa do Mundo, olha só. C3: É gol. A: Entro e comemora e acabô? C3: Comemora, final de Copa então, desculpa, mas foi mal. 93 A: Teve um festival de furadas hoje, gols perdidos e a gente tem as piores furadas do jogo, acontece na final da Copa meu amigo sinta-se a vontade pra errar na sua pelada também.Mathijsen é o mustela como diria o Tadeu né. vamô vê mais uma, nossa mãe Capdvilla né, foi o Capdevilla Caio? C: Foi o Capedvila, coincidentemente sempre os zagueiros né. A: A tá que vocês não erram né, sempre culpa dos zagueiros, entendi. vamô vê então agora já vemos essas furadas, as três maiores lambanças desta Copa do Mundo. Temos as três imagens aí a gente vê depois qual foi a pior. De cara já apareceu esta de hoje mesmo voz da consciência? Vocês tão repetindo, não vocês tão querendo me engana, bota as três furadas, as três lambanças da Copa do Mundo, como eu disse a gente vai interrompendo esse papo aqui pra mostra images da Copa e faze uma retrospectiva deste um mês. Caio não sei se você viu esse jogo aí Caio. C: Esse aí foi o jogo da Sérvia. A: Foi. C: Foi um pênalti praticamente no final da partida, a Sérvia vencia com um homem a mais a seleção da Alemanha e aí o Podolski acabô disperdiçando. A: É o minininho da lambança. A esse foi demais, o Polsen né cabeceou nas costas, a Dinamarca tá que tá. A Dinamarca tinha várias oportunidades que a gente poderia te escolhido. C: Primero jogo da Holanda na Copa. A: E dava risada, só ele acho graça, ó lá, ele não acreditava. E pra mim agora a melhor de todas cara, o Senderos da Suíça acerto o próprio companheiro se machuco e foi substituído. Gênio. Esse foi o melhor né. Esse foi dimais cara, e ele machucô o tornozelo e acabô saindo, esse pra mim foi a pior da Copa. Gols perdidos de hoje, vários gols perdidos hoje, várias oportunidades na cara do gol, e a gente ficava aqui pensando meu Deus cadê o Romário, cadê o Ronaldo gente, aliás, o último cara a ganha uma Copa do Mundo no tempo normal, fazendo gol foi você. Dois mil e seis foi pênalti e agora foi na prorrogação, segundo tempo, no tempo normal pra resolve foi você e o Rivaldo. C3: É o Dunga não me chamo né. A: É muleque, agora cê pode fala né. C3: A eu tô brincando, meu Deus. A: Mas você atropelaria aí hoje vai. C3: Cara num sei, não, não dá pra fala de hipótese né, num sei. 94 C: Ele tá querendo se humilde, mas eu vô fala, teve um gol que o Roben perdeu cara a cara com o golero que ele teria pedalado, dexado o golero lá no pau da bandeira e entrado com bola e tudo. A: Mostra o Roben então, tem o Roben tá quase no ponto aí, a gente ia mostra os três gols mais perdidos da Copa que ele vai se arrepia intero, o Ronaldo também, não bota o Roben, bota o Roben na sequência. C1: Eram dois se não me engano, ele perdeu duas chances? A: É uma. C3: Mas não é fácil fazê gol também não né. Cês tão achando que faz gol é fácil. A: Ah foi esse aí, esse aí. Esse aí Ronaldo pedalaria pra cima do golero né. C3: A mas o golero teve sorte, o Casillas. A: E teve mais esse aí, ele não caiu na puxada do Puyol e aí o Casillas foi super bem. C1: O Casillas hoje realmente. C: O Casillas pra mim foi o melhor jogador em campo. C1: Também, pra mim também. C3: Muito bom golero. C: Foi quem decidiu o jogo. A: Foi né? C: Foi. É claro que o Iniesta acaba sendo ovacionado né, pelo gol do título, vai se eternamente lembrado por se o primeiro título da Espanha. Mas no momento mais difícil do jogo quem segurô as pontas e impediu a derrota foi o Casillas. A: É verdade, ele tem feito isso com frequência nos jogos da Espanha, até no finalzinho, contra o Paraguai ele salvô uma que foi a bola da classificação. C: E pego um pênalti. A: E pegô um pênalti. Tem as três melhores defesas da Copa do Mundo pra gente dá uma olhada depois de um mês e sessenta e quatro partidas. vamô vê primero, a essa bola do Kaká custo muito caro pra gente, defesa do Stekelemburgue, péga muito esse golero hein Caio? C: Péga muito, bom golero. A: Isso aí, esse golzinho teria mudado tudo. 95 C: Seria dois a zero né. C3: Seria dois a zero. A: Seria dois a zero, teria matado o jogo. Esse golero pego, esse aí foi o Diego Benaglio, que na opinião do Caio foi o melhor golero da Copa. C: É porque ele caiu antes né, então a gente sempre tende a valoriza aqueles goleros, ou aqueles jogadores que vão mais longe na Copa do Mundo. Mas naquele momento, se você for analisa a primera fase ele foi um dos grandes destaques. A: E a melhor defesa da Copa sem dúvida nenhuma foi dele né, Soares, defesaça. Não tem golero não, Soares fez a defesa da Copa, colocô o Uruguai pra disputa tercero e quarto depois, ganho de Gana nesse jogo aí nos penâltis. E a gente falô das três melhores defesas, temo de mostra os três piores goleros. O grande erro é claro que vocês não vão esquece nunca que foi do Green, vai aparece daqui a poquinho. Esse é aquele golero da Argélia, Chaouchi acho que é assim o nome dele, eu não sei fala até hoje. Monte de vogal. C: Contra a Eslovênia. A: Contra a Eslovênia, um monte de vogal. vamô vê mais um, a foi o Enyeama, ele pego tudo, só erro nessa que custô muito caro pra eles, contra a Grécia. Foi uma jabulanada Caio? C: Foi, mas ele entra errado pra bola né, se vê que o movimento dele de encaxe é errado, mas Jabulani tava traindo os goleros. A: E aí essa, agora vem a maior de todas agora que essa aí não dá, não tem explicação. C1: Essa é inacreditável mesmo. A: Coitado desse cara meu. Cê não tem dó né Caio, o Ronaldo? Cê não tem dó não né? C3: Não, zero. A: Golero se não tem a menor peninha. C3: Não tenho dó nenhum de golero não. A: Ronaldo vamô aproveita que você tá aqui, tamo falando de gols, goleros, vamô vê seus quinze gols em Copa do Mundo. Cê seco muito o Klose, fala a verdade? C3: Ao contrário que todos possam imaginar não, não sequei. A: Não secô, eu sequei. C3: É. C: Eu também. 96 C3: Não porque, eu graças a Deus, também não tenho nenhum tipo de vaidade. Então a minha história eu fiz, e ele que corra atrás da história dele e faça a dele né. A: Vamô vê os quinze gols do Ronaldo em Copa do Mundo, o maior artilhero da história das Copas, vamô lá. (Imagens do gols) A: E esse último gol do Ronaldo contra Gana parece muito o do Roben hoje. Cê fez o certo, ele fez o errado, estamos aqui falando mal dele. Aliás ó, vô dizê, respeito muito a história das pessoas, trabalho com gente que fala assim, o maior que eu já vi foi não sei quem, o maior que eu já vi foi não sei quem lá, vô te bajula, eu sô geração Ronaldo, Caio sabe eu tenho vinte e cinco anos né Caio? C: É. A: Eu tenho trinta, mas eu sô geração Ronaldo. Tenho certeza que muita gente que tá assistindo é geração Ronaldo, e é prazer enorme tê você aqui e assisti esse gols agora do seu lado. C3: Pô brigado. A: Dois mil e dois torci por você, dois mil e seis torci por você, noventa e quatro tava te assistindo pequinininho, noventa e oito também. C3: Legal A: Legal tá aqui, brigado por te vindo. C1: Cê lembrava dos três gols, cê tem na memória os quinze certinho? C3: Tenho eu lembro de cada jogo. A: Qual mais querido? C3: O mais querido, na verdade são dois, os dois da final de dois mil e dois. A: É né. C3: É são especiais. A: Eu lembro que eu tava assistindo, tava comendo um pão de queijo, era de manhã cedinho e tal, tava comendo um pão de queijo e passaram a semana inteira, a Globo inclusive, não que o Oliver Kahn é o máximo, Oliver Kahn é o maior golero do mundo. Ora que cê meteu o gol nele eu peguei o pão de queijo e taquei na tv. Toma Oliver Kahn cadê o melhor golero do mundo, bateu ropa, ridículo, xinguei ele muito, me empolguei pra caramba. É isso aí. Agora que a gente viu seus gols, vamô vê os três gols perdidos desta Copa do Mundo. Tem um da Nigéria que é incrível cara. Vamô dá uma olhada. 97 Esse aí é Paraguai e Espanha né. Esse gol perdido que era um pênalti custo hiper caro, mas foi uma boa defesa do Iker né? C: Acertô o canto e encaxô né, que é raro, que é difícil num golero. A: Foi, Cardoso tá chorando até hoje. Ele chorava muito. Esse aí podia tê custado caríssimo. C1: Ai que horror. A: Coitado cara, na pelada eu botava pra dentro essa ai. Vamô vê o gol de hoje, o gol que decidiu a Copa do Mundo, segundo tempo da prorrogação. Quem é o melhor jogador do Barcelona? Quem é o melhor jogador do Barcelona ã? Quem? Iniesta né, que até ontem era o Messi. Não é o Messi, nem vi. Tá aí no Rio de Janeiro, deve tá assistindo a Central da Copa. M: Para com isso, para de implica. A: Tava aí na prainha tomando sol. M: Tá bom, já deu. P: Tiago pergunta pra ela qual o gol que o Messi fez nessa Copa. A: Pois é a gente procurô, procurô, procurô, tem no youtube não? Porque a gente procurô, procurô, não vi nada. Então agora isso. Então o melhor jogador do Barcelona quem é Marina? M: Continua o Messi e daí. A: Messi? Tá, o goleador da Copa Messi. Haha. Iniesta. P: Até o Felipe Melo fez gol. A: Até o Felipe Melo fez gol, contra. M: Fez um gol contra. A: Mas fez um gol. Aí terminô o jogo, aquela festa toda, o Casillas namora uma repórter né. E ele tava dando uma entrevista pra namorada dele, deve se uma situação complicada. Vamô vê o que aconteceu. Tá lá todo sério, emocionado, vamô fala da partida, vamô não e muá, e foi embora. Parece você é verdade, não é a namorada do Casillas. A: Traduz ai Marina o que eles falaram. M: Mas vamô fala um poquinho mais da partida? Não, não vamô não. A: E aí miau. Legal, bacana. 98 C: Imagem sensacional. Só uma explicação rapidinho, o Casillas vinha sendo criticado em alguns momentos na Copa do Mundo, porque a namorada e repórter do canal espanhol ficava atrás do gol. A: Ficava atrás do gol. C: E nesses momentos de questionamento você se apóia nas pessoas que cê gosta, então ele tava sendo criticado profissionalmente e pessoalmente porque a causa era a namorada. Você é campeão do mundo, fazendo a partida que ele fez, pô maravilhoso, legal demais. A: Cê tem a mim Caio, sempre. C: Sem bejo. A: Bom por falar nesse amor todo durante a Copa, várias pessoas levaram cartazes do tipo Cristiano Ronaldo, Kaká. Glendinha me pediram pra você chamar a próxima reportagem, que é a nossa retrospectiva da Central da Copa, porque senão vai cortá pra mim mesmo, entendeu? É só chamar a restrospectiva da Central. Pra não ficá estranho. C1: Ai gente, olha uma pena cabô, a Copa do Mundo acabo e eu tô olhando pra câmera errada, tô distreinada né gente. Então vamô dá uma olhadinha na retrospectiva da Central da Copa, por favor. Matéria: Boa noite plateia, boa noite, boa noite, muito boa noite pra vocês, boa noite a todos bem vindos a Central da Copa. Marina, Marina ganhamos, Brasil, Brasil, ganhamos de novo. Sempre tem um asterisco em qualquer vitória da Argentina, olha o puxão de camisa monstruoso do Demichelis, que é isso gente, gol irregular. Deslealdado por exemplo, é fazê o que o Simeoni fazia, Simeoni era um cara desleal, pra não perdê a dexa. Sô totalmente contra a rivalidade Brasil e Argentina, acho uma grande bobagem, Simeoni pisava em quem tava no chão. Marina a gente tem sido grosso com você, aceite essa rosa, oi, infelizmente o seu microfone apresentô um pequeno, i tá com defeito. Isso é pra você, consertá o microfone dela por favor. Dança Galvão. Cala boca Galvão. Há dias o tópico mais comentado da internet é cala boca Galvão, um grupo de pessoas, grupo ainda não identificado explicou o seguinte pros gringos: queridos, cala boca em português significa salve e Galvão é um pássaro ameaçado de extinção. Quem é o minininho que passa sorvete no rosto? E aí foi só preparar a isca, aí está ele. A temporada de caça ao repórter, Kiko Menezes versus a torcida do México, Cleber Machado versus esse momento doloroso que é o adeus. É legal aparecê na tv né meu, é bacana, dá tchau ali pra vocês aparecê na televisão, todo mundo aê na escola e tal. O Latino você que é um homem das palavras, o que que ele tá querendo dizê Latino assim? Ao meu ver, eu tô achando que vocês não vão tê festa no apê. É isso mesmo. Ele tem uma campanha na internet que merece a sua atenção. Libertem o Caio, eu sô o presidente da Associação Brasilera dos Criadores de Caio Ribeiro. E está coisa linda, fofinha que é Caio Ribeiro. Por quatro votos a um, Caio Ribeiro vem fazê um comentário aqui fora, vem. A Holanda não é nenhum bixo papão. Ninguém tá falando muito da Holanda. Ninguém tá falando da Holanda. Ninguém tá falando da Holanda. 99 A: Alguns momentinhos do Central da Copa que vai pra seu último intervalo e volta para seu último bloco, com a cerimônia de libertação de Caio Ribeiro, voltamos já. A: Aqui está o Vitor que ganhou a promoção sou bra, foi no twitter, colocou uma frase de apoio a torcida brasilera, qual era a sua frase? Fala pra mim no microfone, fala aí, rapidinho pra mim. P: Não criamos o futibol, reinventamos, isso cinco vezes já provamos, cantamos, gritamos, choramos, amamos, em dois mil e quatorze Brasil, rumo ao hexa nós vamos. A: Parabéns, ganhô vários presentes da Rede Globo e tá aqui com a gente hoje. E agora a próxima campanha é: eu quero o puff do Caio. Então cê vai lá, colocá jogo da velha quero o puff do Caio, e fala porque você qué o puff do Caio que a gente vai sortiá isso no final, a melhor frase vai levá o quero o puff do Caio. Caio cadê a sua amiga? Tá aqui ó, estamos encerrando aos poucos o nosso programa, o que será dela? Voz na consciência vamos direto, vamos direto para a reportagem. O que será desta criança a partir de amanhã? A Copa acabô e você Jabulani, pra onde você vai? Matéria: Mais que uma bola, uma Jabulani, um mito, uma marca, a gorduchinha mais desejada do planeta, mais odiada, mais comentada. Modelo, atriz, participou do BBB e depois como manda o roteiro das celebridades instantâneas passo pelo Zorra Total, posou nua, encarou os paparazzi, teve um relacionamento com um jogador famoso, foi presa dirigindo bêbada, ela foi a estrela da Copa, foi, porque terminô. Sejam bem vindos ao mundo dos mortais, isso não é mérito, isso é muito bom, isso é saudável, dá uma boa ligação não é? Com as coisas, com o cotidiano, fazer as coisas comuns, que um cidadão comum faz, são tarefas que se você enxergar, como as pessoas de um modo geral enxergam são tarefas prazerosas, são tarefas interessantes, não são tarefas menores, não precisam ser consideradas como puxa, que coisa triste, o mundo acabô. Carlos Drummond de Andrade diria: e agora Jabulani a festa acabô, a luz apagô, o polvo sumiu, a noite esfriô, e agora Jabulani, e agora? A: Tudo isso pra dizê que essa aqui é minha, vô leva pra casa e que o campeonato português adotô a Jabulani, ela não está sem emprego, que bunitinha. Caio Ribeiro, chegô um momento muito especial, queria agradecê a sua participação aqui, todos esses dias, todas essas horas. C: Um prazer trabalhá com você Tiagão. A: Nos vemos no Globo Esporte São Paulo dia dezenove. E você está livre. Caio você tá livre, ande em direção a luz. Vai lá. Tchau Caio. Sendo recebido pelo homem que inventô a campanha Libertem o Caio. Caio está livre. Foi embora mesmo gente. Tá livre o Caio Ribeiro. Muito injusto o que aconteceu neste mês, porque eu recebi um monte de carinho pela internet, de vocês aqui, nas ruas, o Caio também, eu queria aproveitá esse minutinho pra dividí o carinho com a equipe que tá atrás da câmera, já que vocês não enxergam, não vô chora, todos vocês, toda a equipe aqui do Rio que recebeu a gente com extremo carinho também. Toda a atenção do Ibrain, Renatão, toda a equipe que cuidô do Isim, nosso equipamento, equipe de edição que eu trouxe de São Paulo, pessoal do switch muito obrigado a todos. Deu tudo certo, é muito raro isso acontecê, mas deu tudo certo, a gente não tem uma história de terror pra contá, e eu queria mostrá 100 pra vocês agora o nosso clipe de encerramento, porque se chorei ou se sorri, eliminado ou não, o importante é que emoções eu vivi, dá só uma olhada. A notícia boa é essa, a próxima é nossa, a próxima é aqui, é uma Central da Copa muito maior, a Central da Copa de dois mil e quatorze. Faltam quatro anos, mas passa rapidinho. Plateia muito obrigado, brigado mesmo, brigado por terem vindo. Marina brigado. Ronaldo Fenômeno brigado por ter vindo, foi um prazer terminá o programa com você e com a nossa rainha Glenda, brigado. C1: Parabéns também. A: Gente em nome de toda a equipe da Central da Copa muito obrigada a você que fica até tarde com a gente, acompanhando. Terminô, até dois mil e quatorze, um bejo a todos, tchau. 101 APÊNDICES 102 APÊNDICE A - Quadro 6: Inventário dos Usos Pronominais (Programa 26-06-10) Você(s) A 32 C 4 M 1 P 0 C1 3 C2 2 C3 2 C4 19 C5 0 Total 63 % 50,7 6,4 1,5 0 4,7 3,2 3,2 30,2 0 Cê(s) 20 4 0 0 0 1 0 3 0 28 % 71,4 14,2 0 0 0 3,6 0 10,7 0 Tu 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 % 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Nós 5 6 0 0 0 0 0 2 0 13 % 38,4 46,2 0 0 0 0 0 15,4 0 A Gente 34 2 1 0 5 4 2 7 0 55 % 61,8 3,6 1,8 0 9,2 7,2 3,6 12,7 0 A: Tiago Leifert - Apresentador; C: Caio Ribeiro – Comentarista; M: Marina – Convidada Argentina; P: Plateia; C1: Patricia Poeta – Apresentadora do Fantástico; C2: Zeca Camargo – Apresentador do Fantástico; C3: Cristiane Dias – Apresentadora do Globo Esporte; C4: Hélio de La Penã – Humorista do Casseta e Planeta; C5: Mafalda – Convidada Portuguesa 103 APÊNDICE B – Quadro 7: Inventário dos Usos Pronominais (Programa 28-06-10) Você(s) A 53 C 4 M 6 P 0 C1 2 C2 0 C3 0 C4 1 C5 0 C6 0 Total 66 % 80,3 6 9 0 3 0 0 1,5 0 0 Cê(s) 24 1 2 0 0 0 0 0 0 0 27 % 89 3,6 7,4 0 0 0 0 0 0 0 Tu 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 % 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Nós 7 2 0 0 0 0 0 0 0 0 9 % 77,7 22.2 0 0 0 0 0 0 0 0 A Gente 49 4 3 1 3 2 4 0 2 0 68 % 72 5,8 4,5 1,5 4,5 2,9 5,9 0 2,9 0 A: Tiago Leifert – Apresentador; C: Caio Ribeiro – Comentarista; M: Marina – Convidada Argentina; P: Plateia; C1: Luciana Ávila – Apresentadora; C2: Péricles – Cantor do Exaltasamba; C3: Thiaguinho Cantor do Exaltasamba; C4: Dona Vera – Vó do Kaká; C5: Galvão Bueno – Narrador; C6: Simone – Mãe do Kaká 104 APÊNDICE D – Quadro 9: Inventário dos Usos Pronominais (Programa 04-07-10) A C M P C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 Total Você(s) 48 5 11 1 1 0 0 1 0 6 0 0 73 % 65,7 6,8 15 1,36 1,36 0 0 1,36 0 8,21 0 0 Cê(s) 31 1 3 0 2 0 0 1 0 0 0 2 40 % 77,5 2,5 7,5 0 5 0 0 2,5 0 0 0 5 Tu 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 % 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Nós 1 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 3 % 33,3 33,3 0 0 0 0 0 33,3 0 0 0 0 A Gente 47 2 3 0 9 0 1 1 0 3 0 2 68 % 69,1 2.94 4,41 0 13,2 0 1,47 1,47 0 4,41 0 2,94 A: Tiago Leifert – Apresentador; C: Caio Ribeiro – Comentarista; M: Marina – Convidada argentina; P: Plateia; C1: Gabriel, o Pensador – Cantor; C2: Gilberto Figueiredo – Treinador; C3: Luciana Ávila – Apresentadora do Esporte Espetacular; C4: Paulo Cesar – Cabeleireiro; C6: Hélio de La Peña – Humorista; C7: Clícia Oliveira – EE de Bolsa; C8: Thalita Rebouças – Jornalista e Escritora 105 APÊNDICE D – Quadro 8: Inventário dos Usos Pronominais (Programa 11-07-10) A C M P C1 C2 C3 Total Você(s) 33 6 0 0 0 0 2 41 % 80.4 14.6 0 0 0 0 4.9 Cê(s) 16 1 0 0 2 0 1 20 % 80 5 0 0 10 0 5 Tu 0 0 0 0 0 0 0 0 % 0 0 0 0 0 0 0 Nós 3 0 0 1 0 0 0 4 % 75 0 0 25 0 0 0 A Gente 27 1 0 0 1 0 0 29 % 93,1 3,44 0 0 3,44 0 0 A: Tiago Leifert – Apresentador; C: Caio Ribeiro - Comentarista; M: Marina – Torcedora Argentina; P: Plateia; C1: Glenda Kozlowski - Apresentadora do Esporte Espetacular; C2: Léo Santana – Cantor; C3: Ronaldo - Ex-jogador 106 APÊNDICE E – Quadro 10: Inventário frequência de uso dos marcadores discursivos (Programa 26-06-10) A C M P C1 C2 C3 C4 C5 Total Né 15 2 0 2 8 2 2 5 0 36 % 41,7 5,5 0 5,5 22,3 5,5 5,5 13,9 0 Aí 14 3 0 0 0 1 0 4 0 22 % 63,6 13,6 0 0 0 4,5 0 18,2 0 Daí 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 % 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Hein 0 0 0 0 0 0 0 2 0 2 % 0 0 0 0 0 0 0 100 0 A: Apresentador; Tiago Leifert; C: Caio Ribeiro – Comentarista; P: Plateia; M: Marina – Convidada Argentina; C1: Patricia Poeta – Apresentadora do Fantástico; C2: Zeca Camargo – Apresentador do Fantástico; C3: Cristiane Dias – Apresentadora do Globo Esporte; C4: Hélio de La Penã – Humorista do Casseta e Planeta; C5: Mafalda – Convidada Portuguesa 107 APÊNDICE F – Quadro 11: Inventário frequência de uso dos marcadores discursivos (Programa 28-06-10) A C M P C1 C2 C3 C4 C5 C6 Total Né 13 1 2 0 3 1 2 0 0 0 22 % 59,1 4,5 9,1 0 13,6 4,5 9,1 0 0 0 Aí 29 2 1 0 7 0 0 0 0 0 39 % 74,3 5,2 2,5 0 17,9 0 0 0 0 0 Daí 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 % 100 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Hein 2 1 0 0 0 0 0 0 0 0 3 % 66,6 33,3 0 0 0 0 0 0 0 0 A: Tiago Leifert – Apresentador; C: Caio Ribeiro – Comentarista; M: Marina – Convidada Argentina; P: Plateia; C1: Luciana Ávila – Apresentadora; C2: Péricles – Cantor do Exaltasamba; C3: Thiaguinho Cantor do Exaltasamba; C4: Dona Vera – Vó do Kaká; C5: Galvão Bueno – Narrador; C6: Simone – Mãe do Kaká 108 APÊNDICE G – Quadro 12: Inventário frequência de uso dos marcadores discursivos (Programa 04-07-10) A C M P C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 Total Né 13 1 3 0 1 0 0 3 0 0 1 0 22 % 59,1 4,5 13,6 0 4,5 0 0 13,6 0 0 4,5 0 Aí 10 0 1 0 3 0 0 0 0 1 2 1 18 % 55,5 0 5,5 0 16,6 0 0 0 0 5,5 11,1 5,5 Daí 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 % 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Hein 4 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 6 % 66,6 0 0 0 0 0 16,6 0 0 0 16,6s A: Tiago Leifert – Apresentador; C: Caio Ribeiro – Comentarista; M: Marina – Convidada argentina; P: Plateia; C1: Gabriel, o Pensador – Cantor; C2: Gilberto Figueiredo – Treinador; C3: Luciana Ávila – Apresentadora do Esporte Espetacular; C4: Paulo Cesar – Cabeleireiro; C6: Hélio de La Peña – Humorista; C7: Clícia Oliveira – EE de Bolsa; C8: Thalita Rebouças – Jornalista e Escritora 109 APÊNDICE H – Quadro 13: Inventário frequência de uso dos marcadores discursivos (Programa 11-07-10) A C M P C1 C2 C3 C4 C5 Total Né 16 5 0 0 1 1 7 0 0 30 % 53,3 16,6 0 0 3,3 3,3 23,3 0 0 Aí 31 2 1 0 0 0 1 0 0 35 % 88,5 5,7 2,8 0 0 0 2,8 0 0 Daí 0 0 1 0 0 0 0 0 0 1 % 0 0 100 0 0 0 0 0 0 Hein 2 0 0 0 0 0 0 0 0 2 % 100 0 0 0 0 0 0 0 0 A: Tiago Leifert – Apresentador; C: Caio Ribeiro - Comentarista; M: Marina – Torcedora Argentina; P: Plateia; C1: Glenda Kozlowski - Apresentadora do Esporte Espetacular; C2: Léo Santana – Cantor; C3: Ronaldo - Ex-jogador 110 APÊNDICE I – Quadro 14: Inventário do apagamento dos ditongos (Programa 2606-10) A C P C1 C2 C3 C4 C5 Maneira falada Forma Padrão Nº ocorrências Maneira falada Forma Padrão Nº ocorrências ropinha embaxo chegô otro pegô golero virô colocô ganhô falô entrô zaguero conversô chegô primero tirô poco comentô chegô otras manera emperrô jogô poco falô roupinha embaixo chegou outro pegou goleiro virou colocou ganhou falou entrou zagueiro conversou chegou primeiro tirou pouco comentou chegou outras maneira emperrou jogou pouco falou 1 1 1 2 1 3 3 4 1 8 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 jogô gostô equilibrô queimô mandô bejo troxe vô sô pescô separô ficô poco companhero participô jogou gostou equilibrou queimou mandou beijo trouxe vou sou pescou separou ficou pouco companheiro participou 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 1 1 faltô faltou 1 comportô brincadera falô comportou brincadeira falou 1 1 1 brincadera brincadeira 1 A: Apresentador; Tiago Leifert; C: Caio Ribeiro – Comentarista; P: Plateia; M: Marina – Convidada Argentina; C1: Patricia Poeta – Apresentadora do Fantástico; C2: Zeca Camargo – Apresentador do Fantástico; C3: Cristiane Dias – Apresentadora do Globo Esporte; C4: Hélio de La Penã – Humorista do Casseta e Planeta; C5: Mafalda – Convidada Portuguesa 111 APÊNDICE J – Quadro 15: Inventário do apagamento dos ditongos (Programa 28-06-10) A C M P C1 C2 C3 C5 Maneira falada Forma Padrão Nº ocorrências Maneira falada Forma Padrão Nº ocorrências primero aceitô mandô gritô entrô preparô encostô ficô sô mudô chegô dexa voltô falô acompanhô driblô marcô colocô acabô poco mudô tercero achô tercero olhô falô levô voltô robando sô ganhô poco primeiro aceitou mandou Gritou entrou preparou encostou Ficou Sou mudou chegou deixar voltou falou acompanhou 5 1 3 1 1 1 1 1 4 1 1 2 1 3 2 golerão ganhô pingô dexaram intero vaiô tentô poco vô tomô cortô pegô achô jogô parcero goleirão ganhou pingou deixaram inteiro vaiou tentou pouco vou tomou cortou pegou achou jogou parceiro 1 1 1 1 1 1 3 1 16 1 1 1 1 1 1 driblou marcou colocou acabou pouco mudou terceiro achou terceiro olhou falou levou voltou roubando Sou ganhou pouco 1 1 1 1 2 1 1 1 2 1 2 1 1 1 1 2 1 perdê tremedera combinô conversô chegô robam guerrero perdeu tremedeira combinou conversou chegou roubam guerreiro 1 1 1 1 1 1 1 vô primero otro bestera Sô vou primeiro outro besteira sou 4 1 2 1 1 separô manera voltô dexá manera driblô separou maneira voltou deixar maneira driblou 1 1 1 1 1 4 primero primeiro colocô colocou acompanhô acompanhou divulgô divulgou otro outro jogô jogou brasileros brasileiros ficô ficou ficô ficou 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A: Tiago Leifert – Apresentador; C: Caio Ribeiro – Comentarista; M: Marina – Convidada Argentina; P: Plateia; C1: Luciana Ávila – Apresentadora; C2: Péricles – Cantor do Exaltasamba; C3: Thiaguinho Cantor do Exaltasamba; C4: Dona Vera – Vó do Kaká; C5: Galvão Bueno – Narrador; C6: Simone – Mãe do Kaká 112 APÊNDICE K – Quadro 16: Inventário do apagamento dos ditongos (Programa 04-07-10) A C M C3 C4 C6 C7 C8 Maneira falada Forma Padrão Nº ocorrências Maneira falada Forma Padrão Nº ocorrências consertô pipoquero verdadera combinô engajô chegô intera tercero bejo funcionô brincadera treinô começô otro abraçô mudô transformô feverero consertou pipoqueiro 1 4 arrumô acabô arrumou acabou 1 4 verdadeira combinou engajou chegou inteira terceiro beijo funcionou brincadeira 2 4 1 1 3 1 1 2 1 golero ganhô trenador inventô despencô sobrô sô mandô primero goleiro ganhou treinador inventou despencou sobrou sou mandou primeiro 3 1 3 1 1 1 1 1 1 treinou começou outro abraçou mudou transformou 1 1 1 1 1 1 virô ribero tornô cortô pesquisô chamô virou ribeiro tornou cortou pesquisou chamou 1 1 3 1 1 1 fevereiro 1 1 chocô poco falô terminô vô poco eliminô trenador copiô jogô vô gostô botô poquinho manera entrô otro chocou pouco falou terminou vou pouco eliminou treinador copiou jogou vou gostou botou pouquinho maneira entrou outro 1 3 4 1 1 1 1 1 1 1 3 1 1 1 1 1 1 encomendô encomendou vô vou brasilero brasileiro pegô pegou arrasô arrasou trenador treinador bejo beijo pipoquero pipoqueiro ensinô ensinou gostô gostou primera primeira ficô ficou sobrô 1 sobrou 6 1 1 1 1 1 4 1 2 1 1 A: Tiago Leifert – Apresentador; C: Caio Ribeiro – Comentarista; M: Marina – Convidada argentina; P: Plateia; C1: Gabriel, o Pensador – Cantor; C2: Gilberto Figueiredo – Treinador; C3: Luciana Ávila – Apresentadora do Esporte Espetacular; C4: Paulo Cesar – Cabeleireiro; C6: Hélio de La Peña – Humorista; C7: Clícia Oliveira – EE de Bolsa; C8: Thalita Rebouças – Jornalista e Escritora; 113 APÊNDICE L – Quadro 17: Inventário do apagamento dos ditongos (Programa 11-07-10) A C C1 C3 Maneira Falada tirô sô causô despencô tentô terrminô reparô entrô acertô intero salvô tercero ganhô errô secô procurô adotô inventô terminô acabô vô dexado pegô bejo chamô cabô trenador jogô Forma Padrão tirou sou causou despencou tentou terminou reparou entrou acertou inteiro salvou terceiro ganhou errou secou procurou adotou inventou terminou acabou vou deixado pegou beijo chamou acabou treinador jogou Nº ocorrências 1 2 1 1 1 2 1 1 1 1 1 1 2 1 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 1 1 Maneira Falada acabô vô melhorô jogô chamô gostô dexa achô machucô golero pegô colocô falô custô encaxô brasilera chegô cuidô bejo primero golero segurô encaxe Forma Padrão acabou vou melhorou jogou chamou gostou deixa achou machucou goleiro pegou colocou falou custou encaixou brasileira chegou cuidou beijo primeiro goleiro segurou encaixe Nº ocorrências mudô mudou 2 golero goleiro 2 3 6 1 1 1 1 1 1 1 9 3 1 1 1 1 1 1 1 1 2 3 1 1 A: Tiago Leifert – Apresentador; C: Caio Ribeiro - Comentarista; M: Marina – Torcedora Argentina; P: Plateia; C1: Glenda Kozlowski - Apresentadora do Esporte Espetacular; C2: Léo Santana – Cantor; C3: Ronaldo - Ex-jogador 114 APÊNDICE M – Quadro 18: Inventário uso do verbo estar (Programa 26-06-10) A C M C1 C2 C3 C4 C5 P Maneira falada tão tá estão estava estou tava tá tão tá estava tava tão tá tá tão tava teja tava Forma Padrão estão está estava está estão está estava estão está está estão estava esteja estava Nº ocorrências 4 17 2 1 1 2 1 1 2 1 3 1 1 17 3 1 1 3 Maneira falada tava tamô está estará Forma Padrão estava estamos Nº ocorrências 10 2 2 1 tão estão 1 tava estava 2 tá está 2 tava tô tamô estão está tiver estava estou estamos 4 2 estiver 1 A: Apresentador; Tiago Leifert; C: Caio Ribeiro – Comentarista; P: Plateia; M: Marina – Convidada Argentina; C1: Patricia Poeta – Apresentadora do Fantástico; C2: Zeca Camargo – Apresentador do Fantástico; C3: Cristiane Dias – Apresentadora do Globo Esporte; C4: Hélio de La Penã – Humorista do Casseta e Planeta; C5: Mafalda – Convidada Portuguesa 115 APÊNDICE N – Quadro 19: Inventário uso do verbo estar (Programa 28-06-10) A C M C1 C2 C5 P Maneira falada tão tava está estamos tão tava tô estou tava tá tá tava tava Forma Padrão estão estava estão estava estou estava está está estava estava Nº ocorrências 8 7 2 1 1 1 4 3 1 1 1 2 2 Maneira falada tá tamô estão estava tá Forma Padrão está estamos está Nº ocorrências 20 1 4 2 5 tão estão 1 tão está tava tá estão 1 estava está 1 1 A: Tiago Leifert – Apresentador; C: Caio Ribeiro – Comentarista; M: Marina – Convidada Argentina; P: Plateia; C1: Luciana Ávila – Apresentadora; C2: Péricles – Cantor do Exaltasamba; C3: Thiaguinho Cantor do Exaltasamba; C4: Dona Vera – Vó do Kaká; C5: Galvão Bueno – Narrador; C6: Simone – Mãe do Kaká 116 APÊNDICE O – Quadro 20: Inventário uso do verbo estar (Programa 04-07-10) A C M C1 C3 C4 C6 C7 C8 Maneira falada tá tão está estaremos tô tá tava tá estão tô tá estou tô tamos estamos tá tô tá Forma Padrão está estão estou está estava está estou está estou estamos está estou está Nº ocorrências 26 1 3 1 1 7 1 4 1 1 1 1 1 2 1 1 1 1 Maneira falada tava tô estão Forma Padrão estava estou Nº ocorrências 10 1 3 estão tô tão estou estão 1 2 1 tamo tava estamos estava 1 2 tá tava está estava 2 1 tão estão 1 A: Tiago Leifert – Apresentador; C: Caio Ribeiro – Comentarista; M: Marina – Convidada argentina; P: Plateia; C1: Gabriel, o Pensador – Cantor; C2: Gilberto Figueiredo – Treinador; C3: Luciana Ávila – Apresentadora do Esporte Espetacular; C4: Paulo Cesar – Cabeleireiro; C6: Hélio de La Peña – Humorista; C7: Clícia Oliveira – EE de Bolsa; C8: Thalita Rebouças – Jornalista e Escritora 117 APÊNDICE P – Quadro 21: Inventário uso do verbo estar (Programa 11-07-10) A C C1 C2 C3 Maneira falada tão tavam está estamos tô tá tá tá Forma Padrão estão estavam estou está está está Nº ocorrências 2 1 5 2 1 1 2 2 Maneira falada tá tava estão Forma Padrão está estava Nº ocorrências 8 6 1 tava tô estava estou 1 1 A: Tiago Leifert – Apresentador; C: Caio Ribeiro - Comentarista; M: Marina – Torcedora Argentina; P: Plateia; C1: Glenda Kozlowski - Apresentadora do Esporte Espetacular; C2: Léo Santana – Cantor; C3: Ronaldo - Ex-jogador 118 APÊNDICE Q – Quadro 22: Inventário do Apagamento do R (Programa 26-06-10) A C M C3 Maneira falada protegê mostrá falá ficá justificá qué sê í eliminá treiná dormí divertí dizê revelá tê salvá torcê contá chegá qué dá falá criá queimá sê passá vê deixá fazê batê marcá reclamá mostrá narrá qualqué batê perdê enfrentá entendê reproduzí contá almoçá distraí contá Forma Padrão proteger mostrar falar ficar justificar quer ser ir eliminar treinar dormir divertir dizer revelar ter salvar torcer contar chegar quer dar falar criar queimar ser passar ver deixar fazer bater marcar reclamar mostrar narrar qualquer bater perder enfrentar entender reproduzir contar almoçar distrair contar Nº ocorrências 1 2 3 1 1 1 4 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 4 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 Maneira falada fazê começá vê terminá cantá tirá dá jogá ganhá escutá fechá assistí colocá tivé lê dançá recebê tomá pegá fazê começá abrí saí corrê liberá Forma Padrão fazer começar ver terminar cantar tirar dar jogar ganhar escutar fechar assistir colocar tiver ler dançar Receber tomar pegar fazer começar abrir sair correr liberar Nº ocorrências 2 3 7 3 1 1 2 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 2 1 1 1 1 1 1 treiná colocá chegá lembrá falá cobrá compará passá torcê mandá treinar colocar chegar lembrar falar cobrar comparar passar torcer mandar 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 sobrá fazê vê conseguí dá acontecê dizê sobrar fazer ver conseguir dar aconte-cer dizer 1 1 2 1 1 1 1 119 P precavê lê compensá precaver 1 ler 1 compensar 1 discordá tivé discordar tiver 1 1 A: Apresentador; Tiago Leifert; C: Caio Ribeiro – Comentarista; P: Plateia; M: Marina – Convidada Argentina; C1: Patricia Poeta – Apresentadora do Fantástico; C2: Zeca Camargo – Apresentador do Fantástico; C3: Cristiane Dias – Apresentadora do Globo Esporte; C4: Hélio de La Penã – Humorista do Casseta e Planeta; C5: Mafalda – Convidada Portuguesa 120 APÊNDICE R – Quadro 23: Inventário do Apagamento do R (Programa 28-0610) A C M Maneira Falada Forma Padrão Nº ocorrências Maneira Falada Forma Padrão Nº ocorrências dizê tomamô comemorá sabê continuá participá qué testá falá prová mostrá cavá acertá pedí aproveitá quisé agradecê contá colocá tomá mudá ouví entrá rodá dançá começá terminá invocá roubá dormí acontecê ganhá esperá mantê perdê sê balançá machucá interceptá tivé dizê vê enfrentá dizer tomamos comemorar saber continuar participar quer testar falar provar mostrar cavar acertar pedir aproveitar quiser agradecer contar colocar tomar mudar ouvir entrar rodar dançar começar terminar invocar roubar dormir acontecer ganhar esperar manter perder ser balançar machucar interceptar tiver dizer ver enfrentar 2 1 2 1 1 1 1 1 10 2 11 1 2 2 2 1 1 3 1 1 1 1 1 5 1 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 3 1 1 1 1 2 1 2 descansá vê cantá estraçalhá jogá pegá aumentá criticá conversá discutí dá substituí caí ficá fazê assistí guardá comprá podê perdê deixá atacá pegá enganá pagá aproveitá resistí produzí assistí melhorá podê descansar ver cantar estraçalhar jogar pegar aumentar criticar conversar discutir dar substituir cair ficar fazer assistir guardar comprar poder perder deixar atacar pegar enganar pagar aproveitar resistir produzir assistir melhorar poder 1 7 1 1 3 2 1 2 1 1 1 1 1 2 2 1 1 3 2 1 4 1 1 1 1 2 1 1 2 1 1 atacá passá tê trazê tremê pedí dá ganhá falá apelá admití atacar passar ter trazer tremer pedir dar ganhar falar apelar admitir 1 1 3 2 1 1 1 1 6 1 1 121 C1 C2 C3 C4 C5 P perdê acompanhá percebê chegá tirá assistí perdê torcê falá saí falá vê acreditá perder acompanhar perceber chegar tirar assistir perder torcer falar sair falar ver acreditar 3 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 dá colocá mandá sê criá dar colocar mandar ser criar 1 1 1 1 1 mandá sê mandar ser 1 1 ouví ouvir 1 A: Tiago Leifert – Apresentador; C: Caio Ribeiro – Comentarista; M: Marina – Convidada Argentina; P: Plateia; C1: Luciana Ávila – Apresentadora; C2: Péricles – Cantor do Exaltasamba; C3: Thiaguinho Cantor do Exaltasamba; C4: Dona Vera – Vó do Kaká; C5: Galvão Bueno – Narrador; C6: Simone – Mãe do Kaká 122 APÊNDICE S – Quadro 24: Inventário do Apagamento do R (Programa 04-0710) A C M C1 Maneira Falada Forma Padrão qué trabalhá falá driblá sentá conversá explicá acontecê dá saí transformá abrí pedí continuá tê torcê mostrá nascê lembrá começá querê terminá falá começá trabalhá agradecê percebê metê vê qué mudá tê cantá dançá aprendê quer trabalhar falar driblar sentar conversar explicar acontecer dar sair transformar abrir pedir continuar ter torcer mostrar nascer lembrar começar querer terminar falar começar trabalhar agradecer perceber meter ver quer mudar ter cantar dançar aprender Nº ocorrência s 6 1 4 1 1 3 1 4 3 2 1 1 1 1 4 1 3 1 1 1 2 1 2 1 1 1 2 1 2 2 2 1 1 1 1 mandá fazê mostrá vê prestá mandar fazer mostrar ver prestar 1 2 2 1 1 Maneira Falada Forma Padrão Nº ocorrências vê quisé apresentá sê dizê fazê substituí ficá resgatá deixá cortá resgatá confiá passá comê pensá dançá sentá combiná pagá agradecê ver quiser apresentar ser dizer fazer substituir ficar resgatar deixar cortar resgatar confiar passar comer pensar dançar sentar combinar pagar agradecer 4 1 1 1 2 4 1 2 1 2 1 1 1 1 1 1 7 1 1 1 1 recuperá analisá deixá mexê dançá recuperar analisar deixar mexer dançar 2 2 1 1 2 falá agradecê dançá perdê pagá jogá arremessá levá sê convocá cantá quisé falar agradecer dançar perder pagar jogar arremessar 3 1 8 1 1 2 1 levar ser convocar cantar quiser 1 2 1 1 2 123 C2 C3 C4 C6 C7 C8 P assistí sô qué dá falá chamá convencê tirá transformá sabê recebê dá bobiá trocá terminá assistir sou quer dar falar chamar convencer tirar transformar saber receber dar bobiar trocar terminar 1 1 1 1 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 cortá cortar 1 fugí vê fazê modificá mudá testá fugir ver fazer modificar mudar testar 1 1 1 1 1 1 chamá vê chamar ver 1 1 comentá comentar 1 dançá dançar 1 A: Tiago Leifert – Apresentador; C: Caio Ribeiro – Comentarista; M: Marina – Convidada argentina; P: Plateia; C1: Gabriel, o Pensador – Cantor; C2: Gilberto Figueiredo – Treinador; C3: Luciana Ávila – Apresentadora do Esporte Espetacular; C4: Paulo Cesar – Cabeleireiro; C6: Hélio de La Peña – Humorista; C7: Clícia Oliveira – EE de Bolsa; C8: Thalita Rebouças – Jornalista e Escritora 124 APÊNDICE T – Quadro 25: Inventário do Apagamento do R (Programa 11-07-10) A C M C1 C2 C3 Maneira falada ficá pegá cantá dançá rasgá começá tê ganhá mostrá dá discutí interrompê enganá arrepiá esquecê aproveitá assistí sortiá agradecê chorá contá participá tratá falá analisá implicá contá dá pagá fazê sentá arbitrá qualqué fazê Forma Padrão ficar pegar cantar dançar rasgar começar ter ganhar mostrar dar discutir interromper enganar arrepiar esquecer aproveitar assistir sortear agradecer chorar contar participar tratar falar analisar implicar contar dar pagar fazer sentar arbitrar qualquer fazer Nº ocorrências 2 1 1 1 1 1 3 2 7 3 1 1 1 1 1 2 1 1 1 1 1 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 Maneira falada dizê falá qué fazê aprendê acontecê sê gravá í conversá perdê vê resolvê disputá aparecê bajulá cortá levá dividí acontecê terminá fechá sê valorizá trabalhá falá jogá Forma Padrão dizer falar quer fazer aprender acontecer ser gravar ir conversar perder ver resolver disputar aparecer bajular cortar levar dividir acontecer terminar fechar ser valorizar trabalhar falar jogar acertá começá sê apitá contá acertar começar ser apitar contar Nº ocorrências 3 8 1 4 1 1 2 1 1 1 1 6 1 1 1 1 1 2 1 1 1 1 3 1 1 1 1 1 2 1 1 1 1 A: Tiago Leifert – Apresentador; C: Caio Ribeiro - Comentarista; M: Marina – Torcedora Argentina; P: Plateia; C1: Glenda Kozlowski - Apresentadora do Esporte Espetacular; C2: Léo Santana – Cantor; C3: Ronaldo - Ex-jogador