D.8.4 Publicação “Mobilidade Virtual” - Lirias
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D.8.4 Publicação “Mobilidade Virtual” - Lirias
D.8.4 Publicação “Mobilidade Virtual” PÚBLICO Not to be distributed outside of the partnership 3 Autores Ilse Op de Beeck (KU Leuven) Contribuidores Airina Volungeviciene, Estela Dauksiene (Vytautas Magnus University) - Alfredo Soeiro (University of Porto – tradutor para Português) - Anna Boaretto, Stefania Chellin (University of Padova) - Ignacio Blanco, Mirian Llorens Lopez (University of Granada) - Gabriel Dima (University Politehnica of Bucharest) - Bas Bergervoet (KU Leuven) - Chahira Nouira (United Nations University) - Catarina Moleiro (Coimbra Group) Editores Ilse Op de Beeck (KU Leuven) Gráfico Knowledge Innovation Centre Direitos de autor (C) 2013 VMCOLAB Consortium O Consórcio VMCOLAB KU Leuven University of Granada United Nations University University of Padova University of Porto Vytautas Magnus University Coimbra Group University Politehnica of Bucharest KUL UGR UNU UPD UPO VMU CG UPB BE ES DE IT PT LT BE RO SCIENTER European Foundation for Quality in e-Learning SCIENTER EFQUEL IT BE O projecto foi financiado com o apoio da Comissão Europeia. Esta publicação exprime os pontos de vista únicamente dos autores, e a Comissão não pode ser considerada responsável pelo uso dado à informação aqui expressa. Esta publicação foi licenciada ao abrigo da Commons Attribution – Noncommercial - Share Alike 2.0 Belgium License. Para ver a cópia da licença visite http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/2.0/be. 4 Título do Documento D.8.4 Publicação Título do Projecto VMCOLAB Contrato da Bolsa 2012-3251 / 001-004 Referência do Projecto 527770-LLP-1-2012-1-BE-ERASMUS-ESMO Resultado Deliverable 8.4 Grupo Trabalho WP 8 - DISSEMINATION Confidencialidade: Público Revisão 0.1 5 Data Autor Comentários Ilse Op de Beeck (KU Leuven) Alfredo Soeiro (Tradutor para Português) INTRODUÇÃO Em resposta aos desafios decorrentes da globalização, a internacionalização tornou-se uma das questões-chave no Ensino Superior Europeu actual. O termo refere-se à integração de uma dimensão internacional na função de investigação, ensino e serviços de ensino superior e tem como um dos principais objectivos o desenvolvimento de competências interculturais ou de sensibilização. A mobilidade virtual tem um grande potencial para contribuir para a internacionalização do Ensino Superior, permitindo a aprendizagem e/ou de ensino num contexto internacional através do uso de tecnologias de informação e comunicação (TIC). Esta publicação começa com a definição do conceito de mobilidade virtual (MV) e apresentar os diferentes tipos que podem ser identificados. Segue-se uma introdução do projeto VMCOLAB financiado pela União Europeia e uma apresentação dos principais materiais e serviços de apoio que este projecto desenvolveu para instituições de ensino superior, professores e alunos que se queiram se envolver em experiências de MV. Os três cursos piloto VMCOLAB demonstram o potencial da MV para diferentes grupos alvo. Finalmente algumas recomendações propõem a melhor forma de integrar a MV em experiências educacionais em toda a Europa. 6 MOBILIDADE VIRTUAL O que é mobilidade virtual? A mobilidade virtual é um termo relativamente novo e pode ser definida como "um conjunto de actividades baseadas nas TIC, organizado a nível institucional, que execute ou facilite experiências de colaboração internacional num contexto de ensino e/ou de aprendizagem." • • • • O termo genérico actividades foi escolhido uma vez que a MV se pode referir a aprendizagem, ao ensino e à investigação. O termo também se pode referir a questões organizacionais, logísticas ou administrativas relacionadas com a educação e a cooperação internacional. A MV pode ser totalmente ou parcialmente apoiada pelas TIC. No primeiro caso, o ambiente onde todas as actividades ocorrem é totalmente à distância e são digitais, enquanto que no último caso as TIC são utilizadas para suportar ou facilitar uma actividade física (mobilidade mista). A cooperação internacional é um aspecto-chave da MV e um dos principais objectivos é desenvolver ou melhorar as competências interculturais e/ou internacionais. As tecnologias utilizadas para implementar a MV, são especialmente (mas não exclusivamente) focadas na comunicação e na colaboração. Podem apoiar tanto a interacção síncrona como a assíncrona. As ferramentas mais populares incluem vídeo e web conferência, chat, fora de discussão, blogs, wikis, eportefólios, ferramentas de redes sociais, etc. Modos de mobilidade virtual A MV pode ser usada em áreas distintas no ensino superior: • • • MV como modo de internacionalizar um curso MV para implementar ou facilitar um estágio internacional MV para facilitar ou concretizar trocas de alunos ou de docentes MV como modo de internacionalizar um curso A MV pode ser usada como um contexto para internacionalizar um curso ou parte deste (exercício, tarefa, projecto), programa, atelier, seminário, .... Isso significa que traz componentes internacionais ao curso através da utilização das ferramentas TIC. Os exemplos incluem palestras à distância por convidados estrangeiros, o trabalho em grupo de alunos internacionais, criação de um curso internacional com outros docentes estrangeiros, etc.. 7 MV para implementar ou facilitar um estágio internacional No contexto de estágios internacionais, a MV virtual pode também ser usada para facilitar estágios internacionais presenciais e virtuais ou para realizar estágios internacionais virtuais. Os estágios internacionais exigem grande flexibilidade por parte dos alunos. Às vezes, há também as barreiras financeiras, sociais ou outras, que impedem os alunos de permanecer por mais tempo no estrangeiro. Por causa da distância os alunos muitas vezes recebem poucas ou nenhumas respostas do coordenador de estágio académico no país de origem e pode haver falta de contacto com o orientador do estágio estrangeiro. A MV pode fornecer uma solução para estes problemas, facilitando a interacção entre as três partes envolvidas (a instituição de ensino superior, os alunos e a empresa): entre a instituição de ensino superior e a empresa, entre os alunos e a instituição de ensino superior e entre os alunos e a empresa. Todas estas linhas de interacção podem consistir numa combinação entre comunicação presencial e a apoiada nas ferramentas TIC, numa comunicação estritamente presencial ou numa comunicação exclusivamente apoiada nas ferramentas TIC. Quando a interacção entre alunos e empresa é principalmente apoiada nas ferramentas TIC este estágio designa-se de estágio virtual. MV para facilitar ou concretizar trocas de alunos ou de docentes A MV relacionada com o intercâmbio internacional de alunos ou de funcionários pode ser usada para facilitar a mobilidade geográfica. Quando os alunos vão para o estrangeiro as ferramentas TIC podem ser um apoio durante as várias fases da mobilidade: antes durante o processo de selecção ou ao participar nos cursos preparatórios através de plataformas em linha, durante ao ficar em contacto com os alunos, os professores e os orientadores na universidade de origem ou depois durante os processos de avaliação e de acompanhamento. Desta forma, a MV pode tornar a experiência dos alunos em mobilidade mais eficaz e valiosa. Mas a MV também pode ser utilizada para realizar uma mobilidade internacional virtual. Neste caso os alunos frequentam um programa completo à distância com o apoio de ferramentas TIC. A participação é aberta a alunos de instituições de ensino superior de diferentes países desde que haja acordos e actividades de ensino e de aprendizagem reconhecidas pelas instituições. Mobilidade virtual: para quem O objectivo frequente da MV é para permitir que alunos possam desenvolver aptidões interculturais e internacionais através de colaboração em linha (mobilidade de alunos virtual). No entanto os docentes e o pessoal de apoio que estão a organizar estes cursos internacionais podem desenvolver as mesmas habilidades e competências ao longo da implementação do curso de MV (professor em MV). Pode-se dizer no entanto que a MV dos professores seria a aplicação do que apregoam. Quando os professores de diferentes instituições são co-autores e co-organizadores de um curso em linha internacional para os seus alunos obtêm uma 8 visão melhor sobre as possibilidades das ferramentas TIC para organizar um curso e sobre as expectativas que os alunos possam ter. Por último, mas não menos importante, a MV também é possível para o pessoal administrativo. Embora sejam raramente envolvidos em trocas virtuais a colaboração e a partilha de práticas internacionais podem ser benéficas como é exemplificado num dos exemplos desta publicação. O PROJECTO VMCOLAB O projecto O projecto VMCOLAB (2012-2015) teve como objectivo contribuir para a inovação e a internacionalização das instituições de ensino superior Europeias, explorando o potencial da MV e ampliando o acesso a experiências de aprendizagem para alunos internacionais. O projecto vem trabalhando para desenvolver uma abordagem de garantia de qualidade para a MV; para aumentar a consciência institucional e dos alunos das potencialidades e das oportunidades da MV; para desenvolver e para testar um conjunto de serviços de apoio às instituições de ensino superior que desejem envolver-se em programas de MV; integrar a MV em contextos académicos institucionais. No decurso do projecto os parceiros desenvolveram os materiais e os serviços de apoio seguintes para as instituições de ensino superior, para professores ou para alunos que queiram envolver-se em experiências de MV: • • • • • Módulo de Integração da Mobilidade Virtual Manual de Garantia de Qualidade da Mobilidade Virtual Guia para Alunos sobre Mobilidade Virtual Portal Virtual4Me VMCOLAB Co-Laboratório Todos os resultados apresentados na secção seguinte podem ser obtidos no portal to projecto: http://vmcolab.eu/ Os resultados Módulo de Integração da Mobilidade Virtual O Módulo de Integração da Mobilidade Virtual: Guia para a Sensibilização Institucional é uma compilação de boas práticas, de projectos e de ferramentas que podem ser úteis para as instituições que desejam abraçar a MV. O documento está organizado em torno de vários temas que foram identificados pelo projecto como sendo áreas cruciais para a modernização do ensino superior: (1) o uso de TIC para promover a qualidade da educação e da formação; (2) a internacionalização dos currículos; (3) a colaboração nos currículos; (4) o desenvolvimento de 9 excelência através de redes; (5) o complemento da mobilidade Erasmus; (6) a avaliação dos resultados da aprendizagem; (6) credenciamento e validação. O Módulo de Integração é uma ferramenta a ser utilizada para promover a consciencialização da MV dentro das instituições parceiras do projecto e doutras instituições de ensino superior, de alunos, de funcionários e de académicos. Destina-se a ter aplicação da MV em programas correntes e em programas de formação contínua profissionais que cobrem os desafios da aprendizagem ao longo da vida. O projecto VMCOLAB assenta na experiência de vários outros projetos que exploraram o conceito de MV e apresenta casos de estudo obtidos desses projectos ou de outras iniciativas existentes. Mas é claro que as experiências dos cursos piloto VMCOLAB executados durante o projeto, os casos de estudo e os seminários de sensibilização deram respostas valiosas para algumas questões cruciais relacionadas com a MV. No conjunto representam um espectro largo de níveis de educação e de formação o que permite que cada instituição de ensino superior possa escolher o tipo de caso de estudo que melhor se adequa às necessidades. http://vmcolab.eu/publications/awareness-kit/ Manual de Garantia Mobilidade Virtual de Qualidade da O Manual de Garantia de Qualidade da Mobilidade Virtual visa facilitar que as instituições de ensino superior, os professores e os departamentos institucionais se envolvam no planeamento e implementação da MV. O manual apresenta o processo de MV através de cinco fases principais: tomada de decisão, desenvolvimento curricular, organização da MV, avaliação e retorno, certificação e validação; fornece directrizes para a elaboração e implementação de MV. O manual descreve os critérios e os indicadores de qualidade, os elementos de MV para cada uma das cinco fases descritas. Junto com os critérios de qualidade para cada fase de implementação, o manual permite que as instituições de ensino superior identifiquem as características da MV obrigatórias ou facultativas para os diferentes tipos de MV. Foram identificados contextos de modos diferentes modos de MV durante as numerosas experiências dos parceiros do consórcio, mas o contexto mais complexo é o da concepção curricular da MV envolvendo professor e alunos. Estes contextos permitiram aos autores do manual sugerir medidas processuais necessárias e sequências de critérios de qualidade a atribuir às fases e recursos da MV. O Manual de Garantia de Qualidade da Mobilidade Virtual VMCOLAB já foi adoptado como uma referência e como guia prático para projetos Europeus que trabalham sobre a integração e exploração da MV. O manual deverá ser útil para a formação de representantes administrativos, de directores internacionais, de professores criando currículo para a MV e para tomar decisões sobre o tipo e modo de MV. http://vmcolab.eu/publications/quality-assurance-handbook-for-virtual-mobility/ 10 Guia para Alunos sobre Mobilidade Virtual O Guia para Alunos sobre Mobilidade Virtual é dirigido a alunos que não têm qualquer experiência em MV e que estão interessados em aprender mais sobre o assunto. O objectivo é informar os alunos sobre o que é a MV, como pode ser benéfica para eles no planeamento académico e profissional, como pode ser integrada em programas de estudo ou de cursos e como encontrar oportunidades de MV. A primeira parte do guia apresenta a definição, os diferentes tipos de MV e as tecnologias que podem ser usadas para apoiar o processo de MV. O guia contém também uma outra parte motivacional que destaca os benefícios de participar de uma experiência de MV. Esses benefícios são ilustrados com depoimentos curtos de ex-alunos de MV. Os depoimentos completos são acessíveis na página web Virtual4me. A terceira parte é mais prática e explica como é possível candidatar-se a uma experiência de MV. Em particular, tem como objectivo explicar o papel dos alunos no processo de garantia de qualidade e no processo de certificação e validação e sugere quem contactar para obter mais informações e apoio administrativo. Finalmente, o guia também inclui uma lista de verificação com as principais características que os alunos devem ter para estarem prontos para uma experiência de MV. http://vmcolab.eu/publications/students-guide-to-virtual-mobility/ Portal Virtual4Me O portal Virtual4me é um lugar de encontro para alunos do ensino superior que experimentaram ou querem experimentar a MV e querem expressar as memórias ou as preocupações, contar a história de participação, o resultado da aprendizagem e outros aspectos da experiência. No portal existe uma colecção de ferramentas fornecidas para ajudar os alunos a obter informações sobre e como melhorar as experiências de MV. O portal contém (1) depoimentos escritos e gravados de alunos de MV para ler e ouvir sobre essas experiências e encontrar inspiração nessas histórias; (2) uma secção de perguntas e respostas para aprender sobre os conceitos básicos de MV e para descobrir como as experiências de MV funcionam na realidade; (3) "Escute os especialistas" é outra parte com entrevistas em vídeo de especialistas de MV. Estes materiais estão disponíveis no portal: http://virtual4me.vmcolab.eu/ VMCOLAB Co-Laboratório O VMCOLAB Co-Laboratório é um portal em que as instituições de ensino superior e os intervenientes principais do ensino superior na MV se podem conhecer, trocar conhecimentos, discutir experiências e envolver-se no planeamento e implementação de MV. O Co-Laboratório recolhe informações e ferramentas para ajudar as partes interessadas nas instituições de ensino superior interessadas na criação ou no melhoramento das actividades de MV. O portal inclui (1) uma introdução ao processo de MV através das cinco fases principais (como apresentado no Manual de Garantia de Qualidade da Mobilidade Virtual) e directrizes para elaboração e para implementação da MV; (2) práticas de implementação de MV do VMCOLAB e doutros projetos; (3) uma secção com entrevistas em vídeo de especialistas e professores de MV. 11 Professores, docentes, pessoal administrativo e técnico de apoio interessados na MV estão convidados a juntarem-se ao grupo do Linkedin “Virtual Mobility Co-Laboratory”. http://co-laboratory.innovate4future.eu/ Os cursos piloto O projecto VMCOLAB também foi activo em demonstrar o potencial das experiências de MV através da criação de três cursos piloto com pelo menos três instituições de ensino superior: • • • Recursos Educacionais Abertos, organizado pela Universidade Vytautas Magnus Formação de Funcionários de Orientação Profissional, organizado pela Universidade de Padova Gestão da Água, organizado pelo KU Leuven Através destes cursos piloto VMCOLAB teve como objectivo demonstrar o potencial da MV em diferentes áreas do ensino superior como os alunos, os professores, o pessoal administrativo e a instituição. Recursos Educacionais Abertos O curso Recursos Educacionais Abertos (OER – Open Education Resources) decorreu de Novembro a Dezembro de 2013, tinha três créditos de ECTS curso, foi leccionado por dez professores de seis países Europeus. Teve dezoito alunos (nove membros da equipa de e-learning e nove alunos de licenciatura, de mestrado, de doutoramento e do programa Erasmus) de sete universidades. Vytautas Magnus University coordenou o projecto do curso de MV e procedeu à implementação. Os objectivos do curso foram (1) definir OER através da indicação das categorias e da comparação dos tipos e dos modelos; (2) caracterizar a qualidade e explicar o propósito da utilização dos OER; (3) analisar as questões do desenvolvimento de OER e utilização na educação; (4) projectar a utilização ou reutilização dos OER e construir os passos seguintes no desenvolvimento de OER. O curso de OER durou 5 semanas. Houve cinco reuniões virtuais síncronas organizadas durante o curso piloto. Cada reunião síncrona foi composta por duas partes: uma apresentação teórica e uma tarefa para um grupo de alunos internacional. OS grupos de alunos internacionais tiveram de realizar três trabalhos e apresentá-los em linha em reuniões de vídeo síncronas. Todos os alunos trabalharam em grupos internacionais para garantir configurações de colaboração em linha multiculturais e multi-institucionais que são características importantes da MV. Pelo menos três países diferentes foram representados em cada grupo de modo a definir desafios iguais para cada grupo. 12 Formação de Funcionários de Orientação Profissional O curso piloto Formação de Funcionários de Orientação Profissional foi um curso de curta duração de cinco sessões em videoconferência que decorreu de Março a Novembro de 2014. O curso piloto consistiu na partilha de experiências e concebido como uma troca virtual de membros da equipe de serviços de várias instituições de ensino superior Europeias. Os participantes do curso piloto estavam na Universidade de Pádua, na Universidade de Granada, na Universidade de Iasi, na Universidade do Porto e na Universidade de Aarhus. Dessas cinco participações quatro instituições foram formadoras e providenciaram alunos enquanto a quinta só teve alunos. A Universidade de Pádua coordenou o projecto do curso de MV e procedeu à implementação com a colaboração das outras instituições. O curso piloto destinou-se aos funcionários de cada instituição de ensino superior na área da orientação profissional. A troca de informações e de boas práticas a nível internacional é muito importante para desenvolver estratégias comuns e cooperar para a internacionalização de estágios e de oportunidades de trabalho. Estratégias de internacionalização da universidade, muitas vezes concentram-se nos alunos e nos professores, mas é fundamental atender às necessidades de pessoal técnico e administrativo e a MV pode ser um meio eficaz de troca de conhecimentos. A este respeito, o intercâmbio foi combinado entre a formação linguística e a possibilidade das pessoas falarem sobre os problemas comuns relacionados com a actividade profissional. Foram abordados vários temas actuais relevantes para o pessoal envolvido, como a internacionalização das universidades, as aptidões do século XXI necessárias para carreiras, a situação sócio-económica e a crise da dívida na Europa. Os participantes discutiram como a equipa de orientação profissional poderia apoiar os alunos e os formados a enfrentar os desafios novos do mercado de trabalho global e as perspectivas comuns na Europa sobre empregabilidade. Gestão da Água O curso Ferramentas e Técnicas de Gestão de Recursos Hídricos (Gestão da Água) fez parte de um mestrado, teve três créditos de ECTS e foi leccionado por três docentes de três países. Teve nove alunos de três universidades (KU Leuven, Universidade de Granada e Universidade do Porto). KU Leuven coordenou a fase preparatória, o projecto e a implementação do curso de MV em conjunto com as outras duas universidades. O curso piloto da Gestão da Água durou um ano e teve duas fases. Durante a fase preparatória, a partir de Janeiro 2014 até Setembro de 2014, o curso concentrou-se no professor em MV. Durante esta fase, totalmente em linha, os professores aprenderam sobre a MV e como a aplicar. Uma vez que nenhum dos professores tinha experiência com o ensino em linha ou com MV estes receberam apoio individual dos três parceiros locais. A parte da MV para alunos demorou oito semanas e decorreu de Outubro até Dezembro de 2014. Uma vez que nem todos os alunos puderam assistir as sessões ao vivo no Adobe Connect, as sessões foram gravadas e colocadas numa plataforma LMS Moodle. Em geral, cada sessão síncrona foi composta por: apresentação do tópico, perguntas e respostas, a atribuição a cada grupo de alunos do trabalho e das respostas dadas pelos docentes. Nos intervalos entre as sessões os alunos foram estimulados a usar ferramentas sociais de comunicação como Skype e Facebook. 13 RECOMENDAÇÕES Através do desenvolvimento dos cursos piloto, dos resultados apresentados nas secções anteriores e da organização de eventos de sensibilização o projecto VMCOLAB tentou colocar a MV num nível adequado dos objectivos estratégicos das instituições participantes e das redes do ensino superior. A integração de medidas sobre MV pode ser considerada com um nível de desenvolvimento mais elevado por parte das instituições de ensino superior na Europa se adoptar as ferramentas e as conclusões do projecto VMCOLAB. As recomendações seguintes destinam-se aos grupos alvo principais da MV e são o resultado das lições aprendidas nos cursos piloto, das discussões nos eventos e nos seminários que envolveram vários intervenientes na área do ensino superior tendo em conta a inovação e a internacionalização. As recomendações destinam-se a: • • • • como envolver alunos que queiram envolver-se em actividades de MV; docentes que queiram criar actividades de MV; instituições motivadas para organizar actividades de MV ; ajudar a Comissão Europeia a regular ou orientar as actividades de MV a um nível de política Europeia. Alunos • Perceber que a MV é uma experiência valiosa para o desenvolvimento pessoal. • Verificar se a MV é conhecida/reconhecida pela instituição que frequentam. • Considerar a MV como um trampolim para a mobilidade geográfica. Docentes • Não recear começar a envolver-se na MV. • Estar bem preparado de antemão com um planeamento adequado. • Encontrar e descrever o valor acrescido: definir resultados. • Começar modestamente. • Familiarizar-se com as ferramentas existentes. • Criar uma equipa de colegas com quem possa cooperar e discutir a proposta de MV. • Assegurar-se que tem apoio administrativo, técnico e pedagógico e identificar as unidades na própria instituição que possam ajudar no lançamento da iniciativa de MV. 14 • Procurar bons exemplos para inspiração. • Discutir com outros com quem possa organizar a MV. • Envolver-se para fazer as actividades de MV parte do currículo de modo a facilitar os processos de reconhecimento e de validação. Instituições de ensino superior • Incluir a MV num sentido lato como parte integral do planeamento estratégico e da política de internacionalização. • Informar, formar e apoiar os alunos, docentes e pessoal não docente na área de MV. • Dar mais reconhecimento à MV e atribuir importância idêntica à mobilidade geográfica. Comissão Europeia 15 • Incluir a MV no programa Erasmus de mobilidade tradicional. • Criar uma comunidade com massa crítica de prática a nível Europeu e ligar pessoas e instituições com experiência em MV. • Preparar a Área de Educação do Ensino Superior para o future. A MV faz parte do futuro.