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Comitê Diretor do CERPCH Director Committee CEMIG / FAPEPE / IEE-USP / FURNAS / IME / ELETROBRAS / ANEEL / MME Comitê Editorial Editorial Committee Presidente - President Geraldo Lúcio Tiago Filho - CERPCH/UNIFEI Editores Associados - Associated Publishers Adair Matins - UNCOMA - Argentina Alexander Gajic - University of Serbia Alexandre Kepler Soares - UFMT Ângelo Rezek - ISEE/UNIFEI Antônio Brasil Jr. - UnB Artur de Souza Moret - UNIR Augusto Nelson Carvalho Viana - IRN/UNIFEI Bernhard Pelikan - Bodenkultur Wien - Áustria Carlos Barreira Martines - UFMG Célio Bermann - IEE/USP Edmar Luiz Fagundes de Almeira - UFRJ Fernando Monteiro Figueiredo - UnB Frederico Mauad - USP Helder Queiroz Pinto Jr. - UFRJ Jaime Espinoza - USM - Chile José Carlos César Amorim - IME Marcelo Marques - IPH/UFRGS Marcos Aurélio V. de Freitas - COPPE/UFRJ Maria Inês Nogueira Alvarenga - IRN/UNIFEI Orlando Aníbal Audisio - UNCOMA - Argentina Osvaldo Livio Soliano Pereira - UNIFACS Regina Mambeli Barros - IRN/UNIFEI Zulcy de Souza - LHPCH/UNIFEI Editorial Editorial P&D R&D Agenda 09 Schedule Prof. François AVELLAN, EPFL École Polytechnique Fédérale de Lausanne, Switzerland, [email protected], Chair; Prof. Eduardo EGUSQUIZA, UPC Barcelona, Spain, [email protected], Vice-Chair; Dr. Richard K. FISHER, VOITH Hydro Inc., USA, [email protected], Past-Chair; Mr. Fidel ARZOLA, EDELCA, Venezuela, [email protected]; Dr. Michel COUSTON, ALSTOM Hydro, France, [email protected]; Dr. Niklas DAHLBÄCK, VATENFALL, Sweden, [email protected]; Mr. Normand DESY, ANDRITZ Hydro Ltd., Canada, [email protected]; Prof. Chisachi KATO, University of Tokyo, Japan, [email protected]; Prof. Jun Matsui, Yokohama National University, [email protected]; Dr. Andrei LIPEJ, TURBOINSTITUT, Slovenija, [email protected]; Prof. Torbjørn NIELSEN, Norwegian University of Science and Technology, Norway, [email protected]; Mr. Quing-Hua SHI, Dong Feng Electrical Machinery, P.R. China, [email protected]; Prof. Romeo SUSAN-RESIGA, “Politehnica” University Timisoara, Romania, [email protected]; Prof. Geraldo TIAGO F°, Universidade Federal de Itajubá, Brazil, [email protected]. Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Mauá – Bibliotecária Margareth Ribeiro- CRB_6/1700 R454 Revista Hidro & Hydro – PCH Notícias & Ship News, UNIFEI/CERPCH, v.1, 1998 -- Itajubá: CERPCH/IARH, 1998 – v. 67, n. 4, out./dez. 2015. Expediente Editorial Tradução Impressão 04 Brasil e Reino Unido firmam parceria em prol das energias hidrocinéticas e oceânicas Brazil and the United Kingdom have partnered for hydrokinetic and oceanic plants TECHNICAL COMMITTEE Editor Coord. Redação Jornalista Resp. Redação Projeto Gráfico Diagramação e Arte 03 Geraldo Lúcio Tiago Filho Camila Rocha Galhardo Adriana Barbosa MTb-MG 05984 Adriana Barbosa Camila Rocha Galhardo Net Design Lidiane Silva Joana Sawaya de Almeida Editora Acta Ltda Trimestral. Editor chefe: Geraldo Lúcio Tiago Filho. Jornalista Responsável: Adriana Barbosa – MTb_MG 05984 ISSN 2359-6147 / ISSN 1676-0220 1. Energia renovável. 2. PCH. 3. Energia eólica e solar. 4. Usinas hi_ drelétricas. I. Universidade Federal de Itajubá. II. Centro Nacional de Re_ ferência em Pequenas Centrais Hidrelétricas. III. Título. Hidro&Hydro - PCH Notícias & SHP News é uma publicação trimestral do CERPCH The Hidro&Hydro - PCH Notícias & SHP News is a three-month period publication made by CERPCH Tiragem/Edition: 6.700 exemplares/issues contato comercial: [email protected] / site: www.cerpch.org.br Universidade Federal de Itajubá Av. BPS, 1303 - Bairro Pinheirinho Itajubá - MG - Brasil - CEP: 37500-903 e-mail: [email protected] [email protected] Fax/Tel: +55 (35)3629 1443 2 ISSN 2359614-7 9 772359 614009 00067 EDITORIAL HIDRO&HYDRO | ISSN 2359-6147 Prezado Leitor, Letter from the Editor, Nesta edição, a revista traz uma matéria sobre elaboração de um estudo que o CERPCH está fazendo para Eletrobras - Eletronorte com o financiamento da embaixada do Reino Unido, sobre o potencial hidrocinético remanescente a jusante de duas Hidrelétricas - UHEs na região norte. O estudo está na fase de conclusão e os resultados serão apresentados em 2016, a matéria mostra ainda, os projetos e pesquisas desenvolvidos por instituições do Reino Unido aos pesquisadores brasileiros durante a missão realizada. Objetivando, desde sua criação, a disseminação de informação e pesquisas, o CERPCH ao longo desses dezessete anos vem buscando proporcionar aos seus leitores uma opção de leitura de artigos técnicos e matérias que possam contribuir como fonte de consultas para estudantes, profissionais e pesquisadores. Por fim, agradecemos os nossos colaboradores, empresas e anunciantes pela parceria e desejamos a todos Boas Festas. Within this edition, our magazine brings you a piece on the elaboration of a study CERPCH is carrying out for Eletrobras-Eletronorte, financed by the British Embassy. The study is on the remaining hydrokinetic power downstream two Hydropower Plants (UHEs) in Northern Britain. The study is being concluded and the results will be presented in 2016. The piece also presents projects and research done by British Institutions for Brazilian researchers during the mission. Since its conception, the objective has been to disseminate information and research. Over the last seventeen years, CERPCH has sought to provide its readers with an option for reading technical articles and pieces that can be a contribution to students, professionals and researchers. Lastly, we would like to thank our collaborators, companies and advertisers for partnering with us. Happy Holidays. Geraldo Lúcio Tiago Filho Geraldo Lúcio Tiago Filho Apoio: IAHR DIVISION I: HYDRAULICS TECHNICAL COMMITTEE: HYDRAULIC MACHINERY AND SYSTEMS 3 P&D HIDRO&HYDRO, 67, (4), OUT,NOV,DEZ/2015 BRASIL E REINO UNIDO FIRMAM PARCERIA EM PROL DAS ENERGIAS HIDROCINÉTICAS E OCEÂNICAS Da redação Legenda: Lagoa artificial na baia de Swansea, País de Gales, que permitirá uma geração de 320 MW. Previsão de operação da Central em 2021, com um investimento de 1,3 bilhões de Libras. Legenda: Artificial pond in Swansea Bay, Wales, which will allow for a 320 MW generation. Plant operation expected in 2021, with 1.3 billion GBP invested. Em abril de 2015 a Embaixada Britânica firmou uma parceria com a Universidade Federal de Itajubá para elaboração de um estudo sobre o potencial hidrocinético remanescente a jusante de duas Hidrelétricas - UHEs na região norte. O estudo permitiu o diagnóstico e modelagem computacional dos leitos dos rios e os pontos de interesse para instalação de parques hidrocinético e também possibilitou a realização de uma missão técnica ao Reino Unido de uma comitiva brasileira para busca de tecnologias aplicáveis a geração de energias hidrocinética e oceânica. A comitiva foi composta por membros do CERPCH/UNIFEI – professor Gerado Lucio Tiago Filho, Eng. Msc Antonio Barket Bottan e Msc Camila Rocha Galhardo, da Universidade Federal de Maranhão UFMA Prof. Osvaldo Saavedra e Prof. Marcio Vaz, Eletronorte – Msc Neuza Lobato e Pedro Igor Moreira e Embaixada Britânica – Thais Oliveira e Adriana Correia. 4 Durante a missão foram visitados quatro polos tecnológicos de energias oceânicas e geração de conhecimento na cadeia produtiva da fonte. Orkney - Polo localizado ao extremo norte da Escócia onde se concentram diversas empresas, universidades e centros de pesquisa na área de energia de mares, ondas e correntes marinhas. O governo investiu cerca de 500 milhões de libras no polo e gera mais de 300 empregos locais, onde foram testados modelos pré-comerciais em escala real de diversas tecnologias. Sendo o maior modelo testado da ordem de 1 MW. A região tem ampla experiência na indústria pesqueira em mar aberto e petroleira com mão de obra especializada que permitiu a realização de testes em condições reais. Swansee – Cidade no país de Gales que tem um projeto piloto de instalação de uma lagoa artificial no estuaria para geração de energia o reservatório será de 9,5 km de perímetro, 52 km2 de área com potência estimada em 320 MW. O projeto prevê a criação de um parque que integrará áreas de lazer para a comunidade local e a instalação de turbinas de fluxo inverso com diâmetro de 7,5 metros e potência de 13 MW cada. Considerado o primeiro do mundo com essas características o projeto terá um investimento de 1,5 bilhões de libras e é o primeiro de uma serie já inventariada na região. A inauguração do primeiro trecho da lagoa está prevista para 2021 a central vai gerar 1850 empregos em tempo integral durante o período de construção e comissionamento. Cardiff – Cidade localizada no país de Gales, onde a universidade com o mesmo nome desenvolve um projeto de 44 milhões de libras que envolvem a criação de um centro de pesquisa em tratamento e análise de imagens. Utilização de impressão 3D para produção ágil de modelos reduzidos de turbinas, a intenção é buscar um ponto de equilíbrio para o projeto, sem super-engenharia e subengenharia. Apresentação institucional da univers idade: Validação de condições de contorno para modelagem, Modelagem numérica com regressão adimensional para uma curva única, Análise da direção do escoamento no oceano (variação de +- 20° na direção), Introdução de regimes de ondas nos modelos e análise dos resultados, Análise da frequência de oscilações via FFT. Londres – A missão teve a oportunidade de visitar as instalações do National Composites Centre, centro esse que atua em parceria com a Atlantis no estudo de materiais para pás de turbinas. A solução adotada é a utilização de fibra de carbono devido resistência à corrosão, menor peso e estabilidade estrutural. As atividades do Centro são financiadas da seguinte maneira: Financiamento público = 25%, Financiamento empresarial = 45% e Financiamento colaborativo por meio de P&D = 30%. Foram visitadas também as instalações do Innovate UK, onde o objetivo do instituto é acelerar o crescimento econômico estimulando e apoiando inovação liderada por negócios. O instituto dá suporte às empresas no atendimento de suas necessidades: aumentar a competitividade, abrir novas competições, Centros de Expertise - Equipamentos raros, Conectividade, Parcerias e Suporte aos negócios. Após a missão, de volta ao Brasil, os técnicos brasileiros irão finalizar os estudos e em abril de 2016 está prevista a apresentação dos resultados por meio de um workshop que será realizado na sede da Eletronorte, em Brasília. R&D HIDRO&HYDRO | ISSN 2359-6147 BRAZIL AND THE UNITED KINGDOM HAVE PARTNERED FOR HYDROKINETIC AND OCEANIC PLANTS Translation: Joana Sawaya de Almeida In April of 2015, the British Embassy partnered with the Federal University of Itajubá, Brazil for a study on the remaining hydrokinetic plants downstream two Hydropower Plants (UHEs) in the North. The study led to the diagnosis and computer models of the riverbeds and points of interest for the installation of hydrokinetic parks. The partnership made it possible for a Brazilian Committee to carry out a technical mission to the United Kingdom in search of technologies applicable to hydrokinetic and oceanic power generation The committee included Professor Gerado Lucio Tiago Filho, Antonio Barket Bottan, M.Eng., and Camila Rocha Galhardo, Msc., from CERPCH/UNIFEI; Professor Osvaldo Saavedra and Professor Marcio Vaz from the Federal University of Maranhão UFMA; Neuza Lobato, Msc. and Pedro Igor Moreira from Eletronorte; and Thais Oliveira and Adriana Correia from the British Embassy. During the mission, four technological hubs for oceanic energy were visited in order to become more familiar with the source’s productive chain. Orkney is a hub located far north in Scotland where companies, universities and research centers are concentrated, all of which work with tidal, wave and sea current energy. The government has invested £500 million (British pounds) in the hub and will generate over 300 local jobs, where pre-commercial life sized models of different technologies have been tested. The largest model tested was of 1 MW. The region has vast experience in the open-water fishing and oil industries with skilled labor, allowing for real life testing conditions. Swansea is a city in Wales with a pilot project for the installation of an artificial pond in an estuary for power generation that will have a reservoir perimeter of 9.5 km, 11, an area of 52 km2 with an estimated capacity of 320 MW. The project foresees the creation of a park that will integrate recreational areas for the local community and the installation of reverse-flow turbines with 7.5 meters in diameter and powering 13 MW each. Considered the first with these characteristics in the world, the project will have an investment of £1.5 billion and will be the first of many inventoried in the region. The inauguration of the first stretch of the pond is expected for 2021 and the plant will generate 1,850 full-time jobs during its periods of construction and commission. Cardiff is a city located in Wales where the university with the same name is developing a £44 million project involving the creation of a research center on image processing and analysis. With the use of 3D printing for quick production of scaled turbine models, the intention is to search for balance in the project, without super- or sub-engineering. The university’s institutional presentations are: validation of contour conditions for modeling, numeric modeling with one dimensional regression for a unique curve, directional analysis of ocean flow (variation of +- 20° in direction), and introduction of wave regimes in models and result analysis, and oscillation frequency analysis via FFT. In London, the mission had the opportunity of visiting installations of the National Composites Centre, a center that is partnered with Atlantis in turbine blade material studies. The solution adopted is using carbon fiber for its resistance to corrosion, light weight and structural stability. The center’s activities are financed accordingly: public financing = 25%, business financing = 45% and collaborative financing through R&D = 30%. The installations for Innovate UK were also visited, whose objective is to accelerate economic growth by stimulating and supporting innovation led businesses. The institute supports businesses by meeting their needs for increasing competitiveness, open new competitors, and also has expertise centers on rare equipment, connectivity, partnerships and business support. Once returning to Brazil from the mission, the Brazilian technicians will finalize the results and in April 2016 will hold a workshop at Eletronorte headquarters in Brasília. . Legenda: Membros da missão brasileira juntamente com pesquisadores ingleses. Legenda: Members of the Brazilian mission with British researchers 5 CURTAS 6 HIDRO&HYDRO, 66, (3), JUL,AGO,SET/2015 R E P CA HIDRO&HYDRO | ISSN 2359-6147 WWW.XCBPE.COM.BR O à N NEWS Oferta e Demanda de Energia O papel da tecnologia da informação na integração dos recursos. Gramado - RS 26 a 28 de setembro de 2016 REALIZAÇÃO www.sbpe.org.br [email protected] 7 AGENDA EVENTOS LIGADOS AO SETOR DE ENERGIA - 2016 FEVEREIRO Perú Energia Data: 10 e 11 de fevereiro de 2016 Local: Lima/Peru Site http://peruenergia.com.pe/2016/index.html MARÇO EnergyMed Data: 31 de Março a 02 de Abril de 2016 Local: Nápoli/ Itália Site: http://www.energymed.it/ ABRIL VI Congresso Brasileiro de Energia Solar Data: 04 a 07 de abril de 2016 Local: Belo Horizonte/MG Site: http://www.abens.org.br/CBENS2016/ IFT Energy Data: 17 a 19 de Abril de 2016 Local: Santiago/ Chile Site: http://ift-energy.cl/ 9º Simpósio Nacional de Biocombustíveis Data: 27 a 29 de abril de 2016 Local: Teresina/PI Site: http://agroevento.com/agenda/9-biocom/ X - SIMPÓSIO SOBRE PEQUENAS E MÉDIAS CENTRAIS HIDRELÉTRICAS E USINAS REVERSÍVEIS Data: 27 e 28 de abril de 2016 Local: Florianópolis – SC Site: www.cbdb.org.br MAIO SolarExpo Data: 03 a 05 de Maio de 2016 Local: Milão/ Itália Site: http://www.solarexpo.com/ 13º Encontro Nacional Agentes Setor Elétrico ENASE Data: 04 de maio de 2016. Local: Rio de Janeiro/RJ Enersolar Brasil Data: 10 a 12 de maio de 2016. Local: São Paulo/SP Site: http://www.enersolarbrasil.com.br Oman Energy & Water Exhibition & Conference Data: 23 a 25 de Maio de 2016 Local: Muaskar Al Murtafa'a/ Oman Site: http://www.energyandwateroman.com/en/ AWEA Windpower Expo Data: 23 a 26 de Maio de 2016 Local: Orlando / EUA Site: http://www.windpowerexpo.org/ VII ENAM Data: 23 a 25 de maio de 2016 Local: Rio de Janeiro Site: www.enam.com.br JUNHO O TCS Brasil’16 – Conferência Internacional de Soluções em Conversão Térmica e Biogás & Feira Internacional de Soluções em Conversão Térmica e Biogás Data: 01 a 03 de junho de 2016 Local: Foz do Iguaçu/PR Site: http://agroevento.com/agenda/tcs-brasil16/ XI SEMEAR Data: 2 de 3 de junho de 2016 Local: Itajubá/MG 8 HIDRO&HYDRO, 67, (4), OUT,NOV,DEZ/2015 Congresso Internacional de Biomassa – CIBIO 2016 Data: 15 e 16 de junho de 2016 Local: Curitiba/PR Site: http://agroevento.com/agenda/cibio-2016/ Bloomberg New Energy Finance (BNEF) Data: 16 de Junho de 2016 Local: São Paulo/SP Site: http://go.bloomberg.com/promo/invite/160616/ Turbo Expo - Turbomachinery Technical Conference & Exposition Data: 13 a 17 de Junho de 2016 Local: Seul / Coréia do Sul Site: https://www.asme.org/events/turbo-expo Power-GEN Europe Data: 21 a 23 de Junho de 2016 Local: Milão/ Itália Site: http://www.powergeneurope.com/index.html EU PVSEC | European Photovoltaic Solar Energy Conference and Exhibition Data: 20 a 24 de Junho de 2016 Local: Munique/ Alemanha Site: http://www.photovoltaic-exhibition.com/ Workshop Energia Mercado Livre – FIESP Local: São Paulo/SP Data: 29 de Junho de 2016 Site: http://www.fiesp.com.br/agenda/workshop-energia-junho16mercado-livre/?utm_source=fiesp&utm_medium=email&utm_ content=programacao-31.05.16&utm_campaign=workshop-energiamercado-livre Brasil Solar Power – Conferência e Exposição Data: 30 de Junho e 01 de Julho de 2016 Local: Rio de Janeiro/RJ Site: http://www.brasilsolarpower.com.br JULHO 28th IAHR symposium on Hydraulic Machinery and Systems IAHR Data: 4 a 8 de julho de 2016 Local: Grenoble/França Site: http://www.iahrgrenoble2016.org/ World Renewable Energy Congress & Exhibition Data: 08 a 12 de Julho de 2016 Local: Bucareste/Romênia Site: http://www.wrenuk.co.uk/calendar.html Power – GEN Europe Data: 21 a 23 de julho de 2016 Local: Milão/Itália Site: http://www.powergeneurope.com/ Hydro Vision International Data: 26 a 29 de julho de 2016 Local: Minneapolis – USA Site: http://www.hydroevent.com/ III SRN – Seminário de Recursos Naturais, Sustentabilidade e Tecnologias Ambientais. Data: 09 de agosto a 12 de agosto de 2016. Local: Universidade Federal de Itajubá – UNIFEI/EXCEN AGOSTO Intersolar South America Data: 23 a 25 de agosto de 2016 Local: São Paulo Site: http://www.intersolar.net.br/pt/inicio.html Brazil Windpower 2016 Data: 30, 31 de agosto a 1 de setembro de 2016 Rio de Janeiro – RJ International Group for Hydraulic Efficiency Measurement!I GHEM -2016 Data: 24 a 26 de agosto de 2016 Local: Linz/ Áustria Site: http://www.ighem.org/ 13º COBEE Data: 30 de 31 de Agosto de 2016 Local: São Paulo/SP Site: http://www.cobee.com.br/ SCHEDULE NEWS HIDRO&HYDRO | ISSN 2359-6147 SETEMBRO X Conferência de Centrais Hidrelétricas, Mercado e Meio Ambiente Data: 13 e 14 de setembro de 2016. Local: Hotel Maksoud Plaza Site: http://centraishidreletricas.com/ Key Energy Data: 08 a 11 de Novembro de 2016 Local: Rimini/ Itália Site: http://www.keyenergy.it/ DEZEMBRO X CBPE Data: 26 a 28 de setembro de 2016 Local: Gramado Site: http://www.xcbpe.com.br/ Renewable Energy World International Data: 13 a 16 de dezembro de 2016 Local: Orlando – USA Site: http://www.rewintl.com/ XXVII Congresso Latino Americano de Hidráulica Data: 26 a 30 de setembro de 2016 Local: Lima/Peru Site: http://ladhi2016.org/ Energaïa Data: 14 a 15 de Dezembro de 2016 Local: Perols/França Site: http://www.energaia-expo.com/ 14º Utility Week Local: São Paulo/SP Data: 13 a 15 de setembro de 2016 Site: www.latin-american-utility-week.com/ EVENTOS LIGADOS AO SETOR DE ENERGIA - 2017 EGÉTICA Data: 28 a 29 de Setembro de 2016 Local: Valência/Espanha Site: http://egetica.feriavalencia.com/ OUTUBRO FIMAI Data: 04 a 06 de Outubro de 2016 Local: São Paulo/ SP Site: http://www.fimai.com.br/ RENEXPO Local: Ausburg/Alemanha Data: 06 a 09 de Outubro de 2016 Site: http://www.renexpo.de/ Hydro 2016 Local: Montreux/ Switzerland Data: 10 a 12 de outubro de 2016. Site: www.hydropower-dams.com Seminário Nacional de Energias Renováveis e Eficiência Energética Local: Rio de Janeiro/RJ Data: 26 e 27 de outubro de 2016 Power- GEN Russia Data: 25 a 27 de outubro de 2016. Local: Moscou/Rússia Site: http://www.powergen-russia.com/ru/ NOVEMBRO WINDABA Data: 02 a 04 de Novembro de 2016 Local: Cidade do Cabo/África do Sul Site: http://www.windaba.co.za/ FEVEREIRO Energy Now EXPO Data: 08 a 09 de Fevereiro de 2017 Local: Telford/Reino Unido Site: http://www.energynowexpo.co.uk/ MARÇO Mexico WindPower Data: 01 a 02 de Março de 2017 Local: Cidade do México/México Site: http://www.mexicowindpower.com.mx/en RECAM Week Data: 06 a 10 de Março de 2017 Local: Cidade do Panamá/ Panamá Site: http://www.recamweek.com/ BW Expo Data: 29 a 31 de Março de 2017 Local: São Paulo/ SP Site: http://www.bwexpo.com.br/ ABRIL POWER-GEN Brasil incorporating HydroVision Brasil Data: 25 a 27 de Abril de 2017 Local: São Paulo/ SP Site: http://www.pennwell.com.br/pt_br/eventos-pennwell.2.leftcolumn_ aggregator.html SETEMBRO Husum Wind Energy Data: 12 a 15 de Setembro de 2017 Local: Husum/ Alemanha Site: http://www.husumwindenergy.com/ 9 Presidente - President Geraldo Lúcio Tiago Filho - CERPCH/UNIFEI Editores Associados - Associated Publishers Adair Matins - UNCOMA - Argentina Alexander Gajic - University of Serbia Alexandre Kepler Soares - UFMT Ângelo Rezek - ISEE/UNIFEI Antônio Brasil Jr. - UnB Artur de Souza Moret - UNIR Augusto Nelson Carvalho Viana - IRN/UNIFEI Bernhard Pelikan - Bodenkultur Wien - Áustria Carlos Barreira Martines - UFMG Célio Bermann - IEE/USP Edmar Luiz Fagundes de Almeira - UFRJ Fernando Monteiro Figueiredo - UnB Frederico Mauad - USP Helder Queiroz Pinto Jr. - UFRJ Jaime Espinoza - USM - Chile José Carlos César Amorim - IME Marcelo Marques - IPH/UFRGS Marcos Aurélio V. de Freitas - COPPE/UFRJ Maria Inês Nogueira Alvarenga - IRN/UNIFEI Orlando Aníbal Audisio - UNCOMA - Argentina Osvaldo Livio Soliano Pereira - UNIFACS Regina Mambeli Barros - IRN/UNIFEI Zulcy de Souza - LHPCH/UNIFEI METODOLOGIA PARA DEFINIÇÃO DE LIMITES PARA INDICADORES DE DESEMPENHO DE UNIDADES GERADORAS DE CENTRAIS HIDRELÉTRICAS..................................................................... 7 SILVA, Juliany Martins, BRAGA, Nathália Nóbrega de Oliveira, HIRATA, Issao MEDIÇÃO DA VAZÃO DO RIO RANCHARIA E ESTUDO DO MELHOR APROVEITAMENTO POTENCIAL HIDRELÉTRICO DA USINA........................... 13 ALVES, Gilberto Manoel, JUNIOR, Anibal Chagas, Stahlhoefer, Marcelo, JUNIOR, Oswaldo Honorato de Souza DEVELOPMENT OF A PRIMARY STANDARD FLOW OF LIQUIDS IN PIPELINES CLOSED..............................................................................18 SOUZA,Coelho Stênio Augusto de, MEINHARD, Sesselman DISCHARGE MEASUREMENTS AT LA RANCE TIDAL POWER PLANT USING CURRENT METERS METHOD.................................................23 ROLANDEZ, Grégory, ABGOTTSPON, André, STAUBLI, Thomas IAHR DIVISION I: HYDRAULICS TECHNICAL COMMITTEE: HYDRAULIC MACHINERY AND SYSTEMS Classificação Qualis/Capes B5 B4 ENGENHARIAS I; III e IV Biodiversidade Interdisciplinar Áreas de: Recursos Hídricos Meio Ambiente Energias Renováveis e não Renováveis ISSN 1676022-0 A revista está indexada no DOI sob o prefixo 10.14268 ISSN 1676-0220 9 771676 022009 00067 ARTIGOS TÉCNICOS Comitê Editorial Editorial Committee IMPLEMENTAÇÃO DE UMA SOLUÇÃO CORPORATIVA EM SISTEMA DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS (SIG) NA CELESC GERAÇÃO S.A................. 3 PEIXOTO, Ana Maria Mello, MAROSTICA, Leonardo Luiz, PIAIA, Eduarda TECHNICAL ARTICLES <Destaque> Comitê Diretor do CERPCH Director Committee CEMIG / FAPEPE / IEE-USP / FURNAS / IME / ELETROBRAS / ANEEL / MME IMPLEMENTAÇÃO DE UMA SOLUÇÃO CORPORATIVA EM SISTEMA DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS (SIG) NA CELESC GERAÇÃO S.A. PCHNotícias&SHPNews Publisher: Acta Editora/CERPCH DOI:10.14268/pchn.2015.00029 ISSN: 1676-0220 Subject Collection: Engineering Subject: Engineering, measurement TECHNICAL ARTICLES IMPLEMENTAÇÃO DE UMA SOLUÇÃO CORPORATIVA EM SISTEMA DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS (SIG) NA CELESC GERAÇÃO S.A. PEIXOTO, Ana Maria Mello, 2MAROSTICA, Leonardo Luiz, 3PIAIA, Eduarda 1 RESUMO A proposta principal do presente projeto consistiu na implementação de uma solução corporativa em Sistema de Informações Geográficas, visando à adequada gestão de dados espaciais temáticos referentes ao patrimônio, meio ambiente e as áreas vinculadas às concessões das usinas hidrelétricas (Resolução ANEEL nº 501/2012). Para isso, a metodologia utilizada contemplou o levantamento dos dados cartográficos arquivados na Celesc Geração S.A., com posterior elaboração de diagnósticos individuais dos processos de compra ou desapropriação de cada imóvel vinculado às áreas de concessão das usinas. Também foram realizadas saídas de campo para a coleta e atualização de dados geográficos. Na sequência os dados coletados foram organizados em um banco de dados espacial, disponível também via web para acesso corporativo dos funcionários da empresa. Através do presente trabalho, além do atendimento a Resolução ANEEL nº 501/2012, obteve-se um conhecimento maior dos dados espaciais referentes as 12 usinas da Celesc Geração S.A., facilitando os processos de consulta, otimizando o tempo e subsidiando a tomada de decisão por parte dos colaboradores da empresa. PALAVRA-CHAVE: Geoprocessamento, ANEEL, Cartografia, Fundiário, Corporativo IMPLEMENTATION OF A SOLUTION IN CORPORATE GEOGRAPHIC INFORMATION SYSTEM (GIS) IN CELESC GERAÇÃO S.A. ABSTRACT The main proposal of this project was the implementation of a corporate solution in Geographic Information System, aiming at the proper management of thematic spatial data on the property, environment and areas linked to concessions of hydroelectric plants (ANEEL’s Resolution n. 501/2012). For this, the methodology used contemplated the survey of the cartographic data stored in Celesc Geração S.A., with further elaboration of individual diagnostics of purchase or expropriation processes of each property linked to the concession areas of the plants. Field trips made to collect and update geographic data were also carried out. Afterwards, the collected data were organized in a spatial database, also available via web for corporate access of the company’s employees. By means of this work, as well as attending ANEEL’s Resolution n. 501/2012, we obtained a better understanding of spatial data from the 12 mills belonging to Celesc Geração S.A., facilitating consultation processes, saving time and subsidizing decision-making by the company's employees. KEYWORDS: Geoprocessing, ANEEL, Cartography, Agrarian, Corporate. 1. INTRODUÇÃO A Celesc Geração S.A. foi criada em outubro de 2006, a partir da desverticalização das atividades de geração e distribuição de energia elétrica da Centrais Elétricas de Santa Catarina S.A. A operação no Estado de Santa Catarina das 04 Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs) e 08 Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) por parte da Celesc Geração S.A., com capacidade total instalada de 107 MW, carecia da organização e padronização de seus dados patrimoniais, ambientais e regulatórios. As operações e projetos da Celesc Geração têm sempre em vista a redução dos danos ao meio ambiente e o investimento em fontes sustentáveis de energia. O parque gerador é inteiramente formado por usinas de baixo impacto ambiental. As 12 usinas atendem as normas de licenciamento ambiental vigentes na legislação federal e estadual. Os dados ambientais são monitorados de acordo com as condicionantes das licenças ambientais emitidas pela Fundação do Meio Ambiente (FATMA), desta maneira cada empreendimento deve apresentar relatórios de dados ambientais de acordo com sua licença. Estes dados exigidos pelo órgão fiscalizador podem ser alimentados em um Sistema de Informação Geográfica, para que este auxilie no controle e monitoramento ambiental das informações produzidas. Uma vez que a empresa possui uma quantia considerável de empreendimentos, tornou-se necessário a o organização e gestão de dados de forma mais eficiente e simplificada, a fim de atender as demandas e pressões inseridas no mercado mercado de energia elétrica, ocasionada sobretudo pelos agentes reguladores e a sociedade em geral. Uma destas demandas foi colocada com a Resolução ANEEL nº501/2012, que “estabelece os procedimentos para o mapeamento dos bens imóveis e das áreas vinculados à concessão de usinas hidrelétricas.” A Resolução define que: “§1º As concessionárias deverão atualizar os arquivos e encaminhá-los à ANEEL sempre que houver qualquer alteração na área de concessão, inclusive por ampliação, aquisição de novos terrenos, desvinculação ou cessão de uso anuída pela ANEEL. §2º Para os aproveitamentos que já estejam com a primeira unidade geradora em operação comercial na data de publicação desta Resolução, as informações Engenheira Florestal – Celesc Geração S.A. E-mail: [email protected]. Engenheiro Ambiental – Celesc Geração S.A. E-mail: [email protected] 3 Estagiária – UFSC/Celesc Geração S.A. E-mail: [email protected] 1 2 PCH NOTÍCIAS & SHP NEWS, 67, (4), OUT,DEZ/2015, DA PÁG. 3-6 3 ARTIGOS TÉCNICOS constantes do ANEXO II deverão ser encaminhadas em até 30 (trinta) meses, contados a partir da publicação desta Resolução, independentemente da concessionária ter enviado qualquer informação anteriormente.” (ANEEL, 2012). Nesse contexto, a Celesc Geração tinha o desafio de resgatar os dados produzidos no período de implementação dos empreendimentos (anteriores a década de 1970), adequar os dados para as especificações determinadas pela ANEEL e em alguns casos ainda realizar novos levantamentos de campo. É importante ressaltar que para o completo atendimento da resolução, além de realizar o levantamento de toda cartografia referente as concessões, as concessionárias devem também manter todos os levantamentos atualizados e informar para a ANEEL qualquer alteração que envolva os limites da área de concessão. Deste modo, a proposta principal do presente projeto consistiu na implementação de uma solução corporativa em Sistema de Informações Geográficas, visando à adequada gestão de dados espaciais temáticos referentes ao patrimônio, meio ambiente e as áreas vinculadas às concessões das usinas hidrelétricas (Resolução ANEEL nº 501/2012). Para o atendimento completo destas necessidades o projeto compreendeu a realização das seguintes etapas: • Diagnóstico Patrimonial • Aquisição de Imagens de Satélite • Levantamentos Topográficos • Implantação de Solução SIG Web 2. MATERIAL E MÉTODOS 2.1 Diagnóstico Patrimonial O diagnóstico patrimonial consistiu em uma análise detalhada de todos os processos de aquisição ou desapropriação de um empreendimento, sendo que esta análise foi realizada individualmente para cada propriedade atingida pela operação de determinada usina. Inicialmente foram levantados e catalogados todos os documentos existentes nos arquivos da Celesc Geração e organizados em pastas individuais com identificações para o arquivamento dos processos físicos. Nesta etapa foram solicitadas matrículas atualizadas nos cartórios, escrituras públicas, contratos de compra e venda, decretos de desapropriação e outros documentos relacionados. Ao final do diagnóstico, todos os processos foram digitalizados e gerados relatórios para cada empreendimento, contendo a situação atual da documentação e possíveis ações a serem tomadas para a adequada regularização fundiária. A figura 1 exemplifica o processo de levantamento e catalogação dos dados patrimoniais da Celesc Geração S.A. IMPLEMENTAÇÃO DE UMA SOLUÇÃO CORPORATIVA EM SISTEMA DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS (SIG) NA CELESC GERAÇÃO S.A. Como os empreendimentos da Celesc Geração foram em grande parte incorporados de outras pequenas empresas de geração, os processos de desapropriação e aquisição de propriedades não seguem um mesmo padrão de documentação e cartografia, o que fez com que para cada análise de processo houvesse uma metodologia diferente para se adequar ao dado existente. 2.2 Levantamento, adequação e produção de dados cartográficos O processo de levantamento de dados cartográficos foi iniciado juntamente com as atividades do diagnóstico patrimonial. Em um primeiro momento foram levantados e catalogados todos os dados cartográficos existentes dos empreendimentos. Foram reunidos dados de diversas fontes e diversos formatos (plantas impressas, arquivos dwg e dgn) e efetuada a conversão de dados em diferentes tipos de data e sistemas de coordenadas para o SIRGAS 2000. Foram adquiridas imagens de satélite de alta resolução espacial atualizadas para a área de todos os empreendimentos. Estas imagens foram ortorretificadas em escala 1:5000 em PEC¹ “A”. A partir das imagens foi possível realizar a vetorização de algumas das camadas que são exigidas pela resolução ANEEL nº 501/2012. Os dados existentes sobre as cotas altimétricas dos reservatórios em sua grande maioria eram provenientes de levantamentos antigos, os quais não possuíam documentação que comprovasse o método de levantamento ou mesmo a precisão dos dados. Com o objetivo de sanar estas deficiências e obter maior precisão e confiabilidade nos dados, nos locais em que não existiam referências materializadas, foram implantados marcos de concreto no padrão determinado pelo IBGE. A checagem foi feita através de nivelamento geométrico, sempre tendo como origem do levantamento duas referências altimétricas pertencentes à rede geodésica brasileira (SGB). A figura 2 mostra um dos trajetos no qual foi realizado o nivelamento geométrico, a fim de levantar a cota dos reservatórios. Fig. 2: Trajeto do nivelamento geométrico realizado na Usina Salto, em Blumenau/SC. Fonte: Celesc. Fig. 1: Diagrama de atividades do diagnóstico patrimonial. Fonte: Celesc. 4 PCH NOTÍCIAS & SHP NEWS, 67, (4), OUT,DEZ/2015, DA PÁG. 3-6 Ao final dos trabalhos de nivelamento geométrico de cada reservatório foram irradiados outros pontos cotados ao longo do reservatório, com o intuito de realizar possíveis correções nos modelos digitais de terreno que seriam utilizados para a interpolação das cotas de operação. Para a obtenção dos vetoriais correspondentes as cotas de operação dos reservatórios, foi utilizado um modelo digital de IMPLEMENTAÇÃO DE UMA SOLUÇÃO CORPORATIVA EM SISTEMA DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS (SIG) NA CELESC GERAÇÃO S.A. TECHNICAL ARTICLES terreno (MDT) resultante do voo aerofotogramétrico do estado de Santa Catarina, realizado em 2010 pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável disponibilizado no ano de 2013, sendo que os produtos apresentam escala compatível de 1:10.000. Na figura 3 pode ser observada uma imagem do levantamento de Cotas e Curvas de Nível através deste MDT. A figura 4 indica a sobreposição realizada das plantas existentes com as ortofotos e imagens de satélite. Fig. 4: Limite de propriedades resgatado a partir de plantas topográficas georreferenciadas. Fonte: Celesc. Fig. 3: Levantamento de cotas e curvas de nível através de MDT. Fonte: Celesc. 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO Como em alguns casos os modelos digitais de terreno apresentavam diferenças se comparados com os valores obtidos através de RN’s da rede geodésica brasileira, foi necessário realizar a correção numérica da altimetria dos MDT’s. Os pontos cotados que foram irradiados ao longo dos reservatórios durante o processo de nivelamento geométrico serviram como fonte de dados para a obtenção do parâmetro de correção que deveria ser aplicado. Após toda a conferência e correção dos dados altimétricos, foram extraídos os vetores (linhas) com a cota normal de operação e a cota maximorum de cada reservatório. Além deste produto também foram geradas curvas de nível com equidistância de 5m para toda a área do entorno dos reservatórios, auxiliando posteriormente outros estudos técnicos. A delimitação da cota maximorum dos reservatórios é de grande importância para a Celesc Geração S.A., pois como seus reservatórios foram formados em período anterior a Medida Provisória nº 2.166-67, foram aplicados os dispositivos estabelecidos na Lei Federal Nº 12651/2012, a qual determina que: 3.1 Implantação de SIG corporativo “Art. 62. Para os reservatórios artificiais de água destinados a geração de energia ou abastecimento público que foram registrados ou tiveram seus contratos de concessão ou autorização assinados anteriormente à Medida Provisória no 2.166-67, de 24 de agosto de 2001, a faixa da Área de Preservação Permanente será a distância entre o nível máximo operativo normal e a cota máxima maximorum.” (BRASIL, 2012) Mesmo com data de implantação antiga, alguns dos reservatórios possuíam plantas topográficas de desapropriação que estavam em bom estado de conservação. Estas plantas foram digitalizadas e georreferenciadas com base em ortofotos, imagens de satélite e pontos coletados em campo. Ao final deste processo foi possível fazer um resgate histórico dos limites fundiários anteriores a formação dos reservatórios. Este resgate possibilita também aos departamentos jurídicos insumos que podem embasar a argumentação em processos de retificação de áreas, onde proprietários lindeiros geralmente solicitam a retificação de áreas com sobreposição aos terrenos das usinas. Com todos os dados levantados e produzidos ao longo deste projeto, surgiu também a necessidade de centralizar os dados em um único repositório e disponibilizar as informações para todos os usuários de forma rápida e simplificada. Para atender esta demanda foi desenvolvida uma aplicação WebGIS customizada, baseada na plataforma ArcGIS – Esri. O acesso ao sistema se faz totalmente via navegador, dispensando assim que o usuário possua qualquer aplicação específica instalada em seu computador e possibilitando também o acesso em qualquer ambiente que tenha disponibilidade de internet. A visão geral que o usuário tem do sistema sempre está vinculada a um mapa do empreendimento visualizado, fazendo com que os usuários (mesmo sendo leigos em SIG) consigam ter uma espacial dos empreendimentos e cada dia mais familiarizando a cartografia nas atividades diárias dos usuários. Através de níveis de perfis de usuários, é possível definir quais usuários poderão editar informações, ou somente visualizar os dados. Abaixo são descritas de forma resumida as funções de cada módulo do sistema e suas funcionalidades: • Módulo de Gestão Patrimonial: Permite ao usuário visualizar em um mapa interativo as propriedades de uma área de concessão, realizar a gestão dos dados técnicos, jurídicos e fiscais relacionados a propriedade; • Registro de Ocorrências: Permite o usuário registrar ocorrências identificadas em uma área de concessão, definir ações a serem executadas em resposta a uma ocorrência, gerar relatórios e gráficos sobre as ocorrências e visualizá-las em um mapa interativo; • Gestão Ambiental: Permite ao usuário cadastrar e gerenciar as licenças ambientais, relatórios ambientais entregues aos órgãos responsáveis e visualizar os dados geográficos referentes aos programas de monitoramento ambiental. O sistema permite que sejam alimentados os dados da ictiofauna, águas superficiais, águas subterrâneas, processos erosivos, macrófitas, hidrológico e outros relatórios vinculados às licenças ambientais de operação. Além disso, em cada acesso ao sistema no módulo gestão ambiental, um aviso referente a PCH NOTÍCIAS & SHP NEWS, 67, (4), OUT,DEZ/2015, DA PÁG. 3-6 5 ARTIGOS TÉCNICOS existência ou não de relatórios ambientais a serem entregues é gerado, possibilitando um maior controle e organização por parte da equipe técnica que precisa elaborar tais relatórios. • Regulação RN Nº 501 – ANEEL: Disponibiliza para o usuário um mapa interativo onde é possível visualizar as modificações sofridas por uma área de concessão. O usuário tem a identificação automática de todas as pendências que ainda há em relação a dados e documentos para atender as exigências da Resolução ANEEL Nº 501/2012, além de todas as funcionalidades necessárias para geração do produto de acordo com os padrões estabelecidos. Na figura 5 a interface da solução WebGIS pode ser visualizada. À esquerda ficam as abas para navegação; no centro pode ser visulizado o mapa do empreendimento selecionado e suas informações de acordo com o módulo selecionado; na parte inferior estão relacionados os documentos associados ao item selecionado na aba de navegação. Fig. 5: Visão geral da solução SIG Web. Fonte: Celesc. 4. CONCLUSÃO Através do presente trabalho, além do atendimento a Resolução ANEEL nº 501/2012, obteve-se um conhecimento maior 6 PCH NOTÍCIAS & SHP NEWS, 67, (4), OUT,DEZ/2015, DA PÁG. 3-6 IMPLEMENTAÇÃO DE UMA SOLUÇÃO CORPORATIVA EM SISTEMA DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS (SIG) NA CELESC GERAÇÃO S.A. dos dados espaciais referentes as 12 usinas da Celesc Geração S.A., facilitando os processos de consulta, otimizando o tempo e subsidiando a tomada de decisão por parte dos colaboradores da empresa. Portanto, a aplicação de uma solução corporativa em Sistema de Informações Geográficas na Celesc Geração S.A. apresentou vantagens significativas na área de produção de energia hidrelétrica, uma vez que facilitou o gerenciamento adequado por parte da instituição no que tange as questões ambientais, patrimoniais e regulatórias. 5. REFERÊNCIAS • AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA. RESOLUÇÃO NORMATIVA N° 501, DE 24 DE JULHO DE 2012: Estabelece os procedimentos para o mapeamento dos bens imóveis e das áreas vinculados à concessão de usinas hidrelétricas. Brasília: Diário Oficial, 2012. Disponível em: <http://www.aneel.gov. br/cedoc/ren2012501.pdf>. Acesso em: 17 de junho de 2015. • BRASIL. Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa; altera as Leis nos 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e 11.428, de 22 de dezembro de 2006; revoga as Leis nos 4.771, de 15 de setembro de 1965, e 7.754, de 14 de abril de 1989, e a Medida Provisória no 2.166-67, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências. Lei Nº 12.651, de 25 de Maio de 2012. Brasília, DF. Acesso em 29 de abril de 2015. • BRASIL. Decreto nº 89.817, de 20 de janeiro de 1984. Estabelece as Instruções Reguladoras das Normas Técnicas da Cartografia Nacional. Reguladoras das Normas Técnicas da Cartografia Nacional. Brasília, DF, Disponível em: <http:// www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1980-1989/D89817. htm>. Acesso em: 17 de junho de 2015. • SANTA CATARINA. Levantamento Aerofotogramétrico do Estado de Santa Catarina. Governo do Estado de Santa Catarina, Secretaria de Estado de Desenvolvimento Sustentável. 2013. METODOLOGIA PARA DEFINIÇÃO DE LIMITES PARA INDICADORES DE DESEMPENHO DE UNIDADES GERADORAS DE CENTRAIS HIDRELÉTRICAS PCHNotícias&SHPNews Publisher: Acta Editora/CERPCH DOI:10.14268/pchn.2015.00030 ISSN: 1676-0220 Subject Collection: Engineering Subject: Engineering, measurement TECHNICAL ARTICLES METODOLOGIA PARA DEFINIÇÃO DE LIMITES PARA INDICADORES DE DESEMPENHO DE UNIDADES GERADORAS DE CENTRAIS HIDRELÉTRICAS SILVA, Juliany Martins, 2BRAGA, Nathália Nóbrega de Oliveira, 3HIRATA, Issao 1 RESUMO Diante da importância das usinas hidrelétricas na matriz energética brasileira, faz-se necessário fiscalizá-las e, para isso, um parâmetro passível de comparação entre uma usina e outra que permita avaliar seu desempenho torna-se imprescindível. Esse parâmetro pode ser os indicadores de desempenho. A partir de seus valores, é possível, então, fazer mudanças no processo de regulamentação realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica. Com a intenção de dar suporte à Agência no quesito fiscalização da geração de energia elétrica e redefinição dos limites dos indicadores de desempenho definidos temporariamente pelo Operador Nacional do Sistema, este trabalho desenvolve uma metodologia de cálculo que embasa a redefinição dos limites de indicadores de desempenho. Os indicadores contemplados são a Taxa de Falhas, a Taxa Média de Reparo e a Disponibilidade de unidades geradoras (UGs) de usinas hidrelétricas. A intenção é incluir na análise características das UGs que permitam seu agrupamento por semelhança física ou técnica utilizando o Método Hierárquico de Clusterização e, dessa forma, obter critérios mais equânimes para classificação de seu desempenho. Foram elaborados programas computacionais capazes de agrupar as UGs e cujos resultados do agrupamento foram analisados pelo Método de Regulação de Desempenho para Não Piorar e pelo Yardstick Competition. A partir dessas análises, é possível estimular a manutenção do bom comportamento daquelas unidades geradoras que apresentaram resultados aceitáveis e estipular a melhora das usinas que não tem um desempenho satisfatório quando comparadas com outras cujas características são semelhantes. O resultado final gerou limites específicos para cada grupo, confirmando as expectativas iniciais. PALAVRA-CHAVE: Indicadores de desempenho; fiscalização da geração; clusterização. METHODOLOGY FOR LIMITS DEFINITION OF PERFORMANCE INDICATORS OF HYDROPOWER PLANTS GENERATION UNITS. ABSTRACT Given the importance of hydroelectric power plants in the brazilian energy matrix, it is necessary to supervise them and for that, a parameter of comparison between the plants becomes essential for assessing their performance, this parameter can be the performance indicators. From this values, you can then make changes in the regulatory process conducted by the National Electric Energy Agency. In order to support the Agency in the item inspection of power generation and redefining the limits of performance indicators temporarily defined by the National System Operator. This paper develops a calculation methodology that supports the redefinition of performance indicators limits. The indicators included are the Failure Rate, the Average Rate Repair and Availability generating units (GU) of hydroelectric plants. The intention is to include in the analysis features of GU allowing it to group by physical resemblance or technique using hierarchical clustering method and, through this, more equitable criteria for their performance rating. Computer programs were developed being able to group the GU and the results of the group were analyzed by Performance Regulatory Method Non Worsen and the Yardstick Competition. From these analyzes, it is possible to stimulate the maintenance of good behavior of those generating units that showed acceptable results and stipulate the improvement of plants that do not have a satisfactory performance compared to others whose features are similar. The end result generated specific limits for each group, confirming initial expectations. KEYWORDS: Performance indicators; supervision of generation; clustering. 1. INTRODUÇÃO Embora a participação da fonte hidráulica na matriz elétrica brasileira tenha diminuído, ainda corresponde a maior parte da geração, de acordo com o Banco de Informações de Geração da ANEEL (2015), 62,0% da capacidade instalada. São 1176 empreendimentos em operação que utilizam o potencial hidráulico para gerar energia, destes, 201 são grandes usinas hidrelétricas (UHE), empreendimentos com mais de 30 MW de potência instalada. O órgão governamental responsável pela regulação e fiscalização desses empreendimentos é a Agência Nacional de Energia Elétrica. Dentre as 25 superintendências que compõem a ANEEL, a Superintendência de Fiscalização dos Serviços de Ge- ração (SFG) está incumbida de fiscalizar todos os empreendimentos de geração de energia elétrica do país, contemplando tanto usinas em fase de construção, quanto em fase de operação (KOÇOUSKI, 2011). O principal objetivo da SFG é analisar (através do acompanhamento de relatórios fornecidos pelas empresas, fiscalização em escritório, monitoramento à distância e fiscalização em campo) se tais empreendimentos estão em conformidade com a legislação e com as normas vigentes dos procedimentos de operação, manutenção, conservação e segurança operacional. Em face da necessidade de fiscalizar o parque gerador de energia elétrica brasileiro, torna-se crucial um parâmetro que permita comparar os empreendimentos em operação comercial. Diante disso, os indicadores de desempenho são capazes de Mestranda em Engenharia de Energia na Universidade Federal de Itajubá e pesquisadora do Centro Nacional de Referência em Centrais Hidrelétricas (CERPCH) – contato: [email protected]; 2 Bacharel em Engenharia de Energia na Universidade de Brasília; 3 Especialista em Regulação da Agência Nacional de Energia Elétrica – Superintendência de Fiscalização dos Serviços de Geração (SFG). 1 PCH NOTÍCIAS & SHP NEWS, 67, (4), OUT,DEZ/2015, DA PÁG. 7-12 7 METODOLOGIA PARA DEFINIÇÃO DE LIMITES PARA INDICADORES DE DESEMPENHO DE UNIDADES GERADORAS DE CENTRAIS HIDRELÉTRICAS ARTIGOS TÉCNICOS subsidiar a fiscalização e permitir comparações entre unidades geradoras de característica semelhantes, evitando assim comparações que não condizem com a situação de cada equipamento. A pergunta motivadora deste trabalho é: de que forma as unidades geradoras se diferenciam de acordo com as suas características e quais são os limites de desempenho de cada grupo de características semelhantes? Dentre as usinas em operação até o 1º semestre de 2014, 133 usinas foram analisadas nesse trabalho, visto que são analisadas apenas as usinas hidrelétricas com modalidade de operação do Tipo I, totalizando 549 unidades geradoras. A unidade geradora é composta, basicamente, pela turbina hidráulica e pelo gerador e, como equipamentos complementares principais: o regulador, a válvula, o quadro de comando e o volante. No Submódulo 20.1 dos Procedimentos de Rede, uma unidade geradora é descrita como o equipamento instalado entre a tomada de água, o tubo de sucção e a bucha de baixa tensão do transformador elevador. (ELETROBRÁS, 1985) 1.1 Indicadores de Desempenho Os cálculos dos indicadores de desempenho da manutenção são definidos pelo ONS no Submódulo 25.8 dos Procedimentos de Rede, documentos de caráter normativo que definem os procedimentos e os requisitos necessários à realização das atividades de planejamento da operação eletroenergética, de administração da transmissão, de programação e de operação em tempo real no âmbito do Sistema Interligado Nacional (SIN). As equações apresentam um somatório de 1 a N, sendo N a quantidade de UGs da usina. Sendo assim, para calcular a disponibilidade, taxa de falhas e tempo médio de reparo de cada unidade geradora faz-se N = 1. Para o cálculo de Indicadores em bases anuais, adotam-se 8.760 (oito mil e setecentos e sessenta) horas para anos normais e 8.784 (oito mil e setecentos e oitenta e quatro) horas para anos bissextos. 1.1.1. Disponibilidade A Disponibilidade é dada pelo somatório da multiplicação entre a potência de cada uma das unidades geradoras e o número de horas que ela está disponível dividido pelo somatório da mesma potência, sendo cada uma multiplicada pelo respectivo número total de horas de existência da unidade geradora no período de estudo, é dada em porcentagem. Equação 1 Onde: HDi=número de horas disponíveis da UGi; HPi =número total de horas de existência da UGi no período considerado; Pi = potência efetiva da UGi homologada pela ANEEL, expressa em MW; N =número total de UGs; e i =contador do número de UGs. 1.1.2. Taxa de Falhas A Taxa de Falhas considera o número de falhas de cada unidade geradora em relação ao número de horas de serviço da turbina utilizada. É multiplicado pelo número de horas do ano. Equação 2 Onde: NFi =número de falhas da UGi; 8 PCH NOTÍCIAS & SHP NEWS, 67, (4), OUT,DEZ/2015, DA PÁG. 7-12 HXi=número de horas da UGi conforme abaixo. Utilizase HXi = HSi para número de horas de serviço do equipamento rotativo i e HXi = HDi para número de horas disponíveis do equipamento não rotativo i; i =contador do número de UGs; N =número total de UGs; e 8.760 (ou 8.784 para anos bisextos) = fator de anualização. 1.1.3 Taxa Média de Reparo O Tempo Médio de Reparo é o indicador que fornece a soma do número de horas em que cada unidade geradora esteve indisponível por motivo de manutenção forçada, em relação à soma de desligamentos forçados de cada unidade geradora. Equação 3 Onde: HIRi =número de horas em que a UGi ficou indisponível para operação e entregue à manutenção forçada; NDFi =número de desligamentos forçados da UGi; i =contador do número de UGs; e N =número total de UGs. 1.2.Metodologias de clusterização De acordo com di Carlantonio (2001), a clusterização é o agrupamento de elementos de forma que os elementos que compõem cada grupo sejam mais parecidos entre si do que com os elementos dos outros grupos, “é colocar os iguais (ou quase) juntos num mesmo grupo e os desiguais em grupos distintos”. Com o conhecimento dos grupos existentes é possível analisar os elementos que compõem cada um deles, assim como identificar as características comuns aos seus elementos e, assim, criar uma classe para este grupo. Com as classes, pode-se classificar um novo objeto que pertença ao universo considerado (DI CARLANTONIO, 2001). Para que haja a classificação, é necessária uma análise estatística. Neste trabalho, foi feita a do tipo exploratória, utilizando-se dos dados das unidades geradoras, a qual permite a formulação de hipóteses e a tomada de decisão (MOSCATO & ZUBEN, 2013). A formulação de hipóteses foi feita em cima da tentativa de unir duas ou mais características ao indicador, formando um cluster. A partir da formação de clusters, a decisão de um novo limite para estabelecer a qualidade da manutenção de acordo com as características das UGs pôde ser tomada. Essa formação de clusters pode ser dividida em dois métodos: o hierárquico e o não hierárquico. O método de agrupamento utilizado no estudo em questão é o método hierárquico, que pode ser do tipo aglomerativo ou divisivo. A técnica hierárquica aglomerativa foi a escolhida. Esta técnica consiste no agrupamento dos elementos, desde o momento em que o cada elemento constitui em um grupo, assim n elementos formam n grupos, até que todos os elementos façam parte de um único grupo. Os passos principais para aplicação das técnicas hierárquicas aglomerativas podem ser resumidos da seguinte forma: a) Inicialmente, cada elemento constitui um cluster de tamanho 1. Portanto, tem-se n clusters. b) Em cada estágio do algoritmo, os pares de elementos mais semelhantes são agrupados e passam a constituir um único grupo. Apenas um novo grupo pode ser formado em cada passo. Dessa forma, em cada estágio do processo, o número de grupos diminui, enquanto a quantidade de elementos nos grupos aumenta; c) A hierarquia tem como propriedade que cada novo cluster formado é um agrupamento de clusters formados nos METODOLOGIA PARA DEFINIÇÃO DE LIMITES PARA INDICADORES DE DESEMPENHO DE UNIDADES GERADORAS DE CENTRAIS HIDRELÉTRICAS TECHNICAL ARTICLES estágios anteriores e que se dois elementos amostrais aparecem juntos num mesmo cluster em algum estágio do processo de agrupamento, eles aparecerão juntos em todos os estágios subsequentes, não poderão ser separados; Devido à propriedade de hierarquia, é possível construir um gráfico chamado de Dendrograma, ou Dendograma, que representa a árvore ou a história de agrupamento. O Dendrograma é um gráfico em forma de “árvore” no qual a escala vertical indica o nível de similaridade (ou dissimilaridade). No eixo horizontal, são marcados os elementos amostrais numa ordem conveniente relacionada à história de agrupamento. Dentre as técnicas hierárquicas aglomerativas, tem-se os métodos de ligação simples, o método de ligação completa, o método das médias das distâncias e o método dos centróides. No método de ligação simples (single linkage), escolhido para a formação de clusters no presente trabalho, a similaridade entre dois clusters é definida pelos dois elementos mais parecidos entre si (MINGOTI, 2013). Como ilustração, supõem-se que num determinado estágio do algoritmo de agrupamento se tenham dois grupos, um contendo elementos amostrais 1, 3, e 7 e outro contendo os elementos 2 e 6. Então a distância entre esses dois grupos será definida pela Equação 4. Equação 4 ou seja, é a distância entre os “vizinhos” mais próximos ou entre os elementos mais parecidos de cada conglomerado. Em cada estágio do processo de agrupamento, os dois conglomerados que são mais similares com relação à distância em Equação 4 são combinados em um único cluster (MINGOTI, 2013). Após a formação de clusters, a técnica de análise do resultado encontrado pelo método hierárquico é chamada de Regulação por Desempenho, será definida pelo método Yardstick Competition e pelo Método de Regulação por Desempenho para Não Piorar. O modelo de Yardstick Competion se baseia no estímulo à adoção de um desempenho baseado em um comportamento padrão. Este padrão decorre das análises de desempenho dos agentes que compõem o universo considerado e do padrão que se julga razoável atingir. Nesta abordagem, os agentes com desempenho acima da referência têm uma margem de folga para seu desempenho. As empresas situadas abaixo desta marca devem buscar melhorar seus indicadores para aproximar-se do valor de referência. Para identificação desta marca de referência pode-se adotar muitas técnicas diferentes, dependendo de cada contexto em que trabalha e do desempenho que se busca atingir (TANURE, 2000). Para a análise de unidades geradoras de centrais hidrelétricas é proposta como medida de referência a mediana dos elementos pertencentes a um grupo como o padrão a ser alcançado para as UGs de desempenho abaixo deste valor. Como medida de localização, a mediana é mais robusta do que a média, pois não é tão sensível aos dados; isto é, a mediana não é tão influenciada, como a média, por valores muito grandes ou muito pequenos que não caracterizam a amostra, mas que são desgarrados (outliers). Tendo em vista o prazo de revisão da garantia física da usina e o consequente impacto comercial, o prazo para essa marca ser alcançada é de 5 anos. Foi feita uma projeção linear ligando os valores da média do histórico dos indicadores dos anos de 2009 a 2013, sendo essa média o valor no tempo zero da análise inicial até a mediana do histórico de cada cluster, correspondente ao valor que o indicador deve alcançar no tempo final igual a cinco anos. A partir dessa projeção, foi encontrado o valor do indicador de desempenho que a usina deve alcançar a cada ano, visto que a fiscalização desses valores pode ser realizada a qualquer momento, isto é, através de uma projeção linear, as UGs devem elevar o indicador que possui atualmente até o valor de mediana da amostra. Desta forma, nenhuma unidade geradora está sendo reprovada pelo valor da mediana, mas valores intermediários advindos da projeção linear serão os seus limites, definidos individualmente. Além do método de Yardstick, para projetar o bom desempenho das unidades geradoras será utilizado outro método de regulação por desempenho, chamado de Método de Regulação de Desempenho para Não Piorar. Esse método foi utilizado no trabalho de redefinição de limites ligados ao setor de distribuição de energia elétrica e foi apresentado na Resolução Normativa nº 574 (SRC, 2013). Usando o Indicador Disponibilidade como exemplo de aplicação do método, o valor margem para o ano 1, inicia com 97,5% do valor relativo ao ano de pior desempenho da UG. O valor no ano 5, também é conhecido, pois ele equivale a 97,5% do valor do ano em que a disponibilidade esteve mais alta. A partir disso, é possível fazer uma projeção linear que mostre os valores acima dos quais a UG deve operar a cada ano no intervalo de 5 anos. Apesar do nome, esse método irá definir, para as unidades geradoras cujos valores dos indicadores estão num bom patamar, uma margem de queda de desempenho. Foi escolhido o percentil de 2,5% pois se acredita que esse valor corresponde a uma meta possível de ser alcançada. Para as análises de Tempo Médio de Reparo e Taxa de falhas o raciocínio se inverte, visto que quanto menor for o valor desses indicadores, melhor é o desempenho. Dessa forma, o valor da primeira coluna e da última é acrescido de 2,5%, que multiplicarão o valor de maior TMR e TF do histórico. Já o quinto valor é também acrescido de 2,5%, porém multiplica o valor de menor TMR e TF do histórico. A projeção linear, da mesma forma que se calculou para DISP, é calculada para TMR e TF, mudando apenas o percentil de partida e de final. 2. MATERIAL E MÉTODOS Foram analisadas unidades geradoras de Usinas Hidrelétricas (UHE) do Tipo I, ou seja, usinas conectadas na rede básica – aquelas com tensão maior que 230 kV, exceto as de uso para importação/exportação – independente da potência líquida injetada no SIN e da natureza da fonte primária; ou usinas cuja operação hidráulica possa afetar a operação de usinas Tipo I já existentes; ou ainda usinas conectadas fora da rede básica cuja máxima potência líquida injetada no SIN contribua para minimizar problemas operativos e proporcionar maior segurança para a rede de operação. As informações quanto ao desempenho dessas usinas são apresentadas pelo ONS no Relatório de Avaliação do Desempenho de Manutenção (RAD), a partir desta base de dados, adquirida através do Sistema de Acompanhamento de Manutenção (SAM) é possível obter os indicadores Disponibilidade, Indisponibilidade por Manutenção Forçada, Indisponibilidade por Manutenção Programada, Taxa de Falhas, Taxa de Desligamento Forçado e Tempo Médio de Reparo para cada usina, para cada mês é apresentado um valor cumulativo correspondente aos últimos 12 meses, exemplificando: o valor do mês de dezembro é do período de um ano, formado por todos os valores de janeiro a dezembro. Para iniciar a análise estatística foi utilizado o SCILab, software livre e de código aberto para computação numérica, que proporciona um ambiente de computação poderoso para aplicação na Engenharia. A partir dele, obteve-se os gráficos para a análise estatística e, sucessivamente, programou-se o algoritmo para análise de desempenho das UGs e agrupamento destas em clusters com base em suas características (GADELHA, 2015). A análise dos dados compreende o período de 2008 a 2013 e as características utilizadas para o agrupamento das unidades geradoras são listadas a seguir: PCH NOTÍCIAS & SHP NEWS, 67, (4), OUT,DEZ/2015, DA PÁG. 7-12 9 METODOLOGIA PARA DEFINIÇÃO DE LIMITES PARA INDICADORES DE DESEMPENHO DE UNIDADES GERADORAS DE CENTRAIS HIDRELÉTRICAS ARTIGOS TÉCNICOS a)Potência: a potência das UGs varia entre 10MW e 527MW. b) Tempo em operação: as UGs analisadas possuem idades diversas, variando a entrada em operação desde 1924 até 2012. c) Região: as usinas e suas respectivas UGs foram agrupadas de acordo com a região do seu Centro de Operação, sendo estes: Sul (S), Sudeste (SE), Nordeste (NE) e NorteCentro Oeste (NCO), de acordo com a classificação do ONS (ONS, 2013). d) Quantidade de UGs na usina: a quantidade de unidades geradoras varia de 2 UGs a 25 UGs por usina. e) Tecnologia hidráulica: entende-se por tecnologia hidráulica os tipos de turbina utilizados nas unidades geradoras, para as analisadas são utilizadas as do tipo Francis, Kaplan, Bulbo e Pelton. A partir do programa de clusterização e do método de escolha do número de clusters descritos, foram obtidos os clusters relacionando todos os parâmetros físicos em análise neste trabalho, ou seja, a data de entrada em operação, a região em que se encontra a potência da UG e seu tipo de turbina. Os clusters formados são apresentados na Figura 1, onde na primeira coluna está o “nome do cluster” e na segunda coluna está o número de elementos pertencentes ao grupo. Encontrados os clusters, definidas as medianas de cada cluster e identificadas as UGs que estão abaixo e acima da mediana do seu agrupamento, torna-se necessário ir adiante com esses dados, de forma a estipular a melhora das usinas que não tem um desempenho satisfatório e manter as usinas que estão acima da mediana nesse nível ou melhores. 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO No programa computacional desenvolvido para o trabalho, o número de clusters nos quais as UGs devem se encaixar, deve ser escolhido antes da sua execução e, para a escolha deste número, considera-se a distribuição dos dados entre os clusters. Ao escolher apenas a formação de 1 cluster, este conterá todos os elementos da amostra. À medida que o número escolhido de clusters aumenta, os elementos se distribuem de forma que os mais similares continuem unidos e os mais distantes formem outros clusters. Para definir o número de clusters que deveria ser formado, foram feitas análises visuais de como se distribuíam os pontos e escolheu-se o número de clusters que diminuíssem as distâncias interclusters, isto é, que entre um cluster e outro as distâncias não fossem muito grandes e ainda mantivesse o menor número de clusters possível, para evitar clusters com muitos elementos e outros com poucos e facilitar o processo de fiscalização das unidades geradoras. A Tabela 1 apresenta diferentes formas de distribuição dos elementos em clusters de acordo com o número de clusters escolhido. Foi escolhida a distribuição com 15 clusters, pois esta quantidade de clusters proporcionou uma distribuição onde não apenas um grupo continha a maioria de todos os elementos, mas também se dividiram em pelo menos dois grupos maiores e alguns grupos com quantidades significativas de elementos. É possível perceber, que alguns clusters não variam a quantidade de elementos entre os passos, tais como 4 6, 9 e 11, estes podem ser visualizados como aqueles que estão mais distantes do grupo com as UGs de características mais comuns. Suas características são bastante incomuns e próximas e por isso manter-se-ão unidas. Tabela 1: Distribuição dos elementos em clusters. Número Quantidade de UGs por cluster 10 2 9 540 4 9 14 515 11 6 6 9 505 14 4 11 7 6 9 336 14 169 11 8 6 9 117 336 14 4 52 11 10 6 9 117 298 6 32 14 4 52 11 14 15 16 6 6 6 9 9 9 4 190 190 11 4 4 117 11 11 40 117 117 6 40 40 32 6 6 14 32 32 4 14 14 8 4 4 11 8 8 243 11 11 44 53 53 44 34 10 17 6 9 184 4 11 117 40 6 6 32 14 4 8 11 53 34 10 20 6 9 16 6 4 11 117 26 6 6 32 14 4 8 8 11 53 34 10 168 Fig. 1: Clusters finais obtidos pelo programa. Como foi dito anteriormente, o método de regulação do desempenho das unidades geradoras será dado pelo método de Yardstick Competition, definindo a mediana como o limite para garantir o bom desempenho. Sendo assim, para cada um dos 15 clusters gerados, tem-se um valor de mediana de cada indicador, que definirá o objetivo a ser alcançado em 5 anos para as unidades geradoras que estão abaixo deste valor. Como exemplo para a aplicação da metodologia proposta será utilizado o indicador disponibilidade, podendo ser utilizada da mesma forma com os outros indicadores com o cuidado de inverter os limites, pois contrariamente ao que ocorre com TF e TMR, na DISP, quanto maior o valor, melhor é o desempenho. Toma-se o cluster 399, com 190 unidades geradoras, a Tabela 2 apresenta os valores da mediana, máximo e mínimo deste grupo. Tabela 2: Valor de mediana, máximo e mínimo da disponibilidade do cluster 399. Cluster 399 Mediana 96,50571 Máximo 99,97203 Mínimo 2,27359 O caso mais crítico, com menor disponibilidade, com o qual será feito o estudo de caso deste cluster é a 148ª UG que tem os seguintes dados históricos de disponibilidade: Tabela 3: Dados de Disponibilidade para a UG 148 nos últimos 5 anos. Índice 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Média (2009-2013) 148 89,77 97,85 47,59 2,27 69,54 93,50 62,15 PCH NOTÍCIAS & SHP NEWS, 67, (4), OUT,DEZ/2015, DA PÁG. 7-12 METODOLOGIA PARA DEFINIÇÃO DE LIMITES PARA INDICADORES DE DESEMPENHO DE UNIDADES GERADORAS DE CENTRAIS HIDRELÉTRICAS TECHNICAL ARTICLES A projeção linear da disponibilidade média dos 5 anos antecedentes no período atual até chegar à mediana nos próximos 5 anos dar-se-á como na Tabela 4 e na Figura 2. Tabela 4: Valores de disponibilidade projetados para os próximos 5 anos e inclinação da reta de projeção. Valor de DISP Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Inclinação 69,02 75,89 82,76 89,63 96,50 6,87 Fig. 2: Projeção linear para definição de limites mínimos de disponibilidade para as UGs 147, 148, 149, 152, 171 e 79. De forma a complementar este método de regulação, foi utilizada uma análise do histórico individual da UG, visando definir limites para que as UGs que já estão com bom desempenho não o ultrapassem caso piorem, ou ainda, para que unidades geradoras que tiveram anos incomuns, não os façam de referência e possam manter o seu melhor desempenho. Para exemplificar este método, toma-se uma unidade geradora do cluster 399 que está com um bom desempenho, como a 1ª UG que está com uma média dos 5 anos antecedentes um pouco acima da mediana, como mostrado na Tabela 5. Tabela 5: Dados de Disponibilidade para a UG 1 nos últimos 5 anos. Índice 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Média (2009-2013) 1 96,64 98,95 93,21 97,90 95,86 98,00 96,79 O segundo método consiste em utilizar o melhor e o pior ano da amostra para definir o limite para o próximo ano e para o 5º ano e, ao fazer a projeção linear, definir os objetivos dos anos intermediários. Na Tabela 6 estão os valores obtidos com a projeção linear do segundo método e os valores objetivados nos anos intermediários. Tabela 6: Aplicação do método de regulação de desempenho para não piorar na UG 1, que apresenta bom desempenho. Valor Mínimo 2014 2015 2016 2017 2018 Valor Máximo 93,21 90,88 93,12 94,24 95,36 96,48 98,95 da aplicação dos dois métodos, faz-se necessário escolher um deles como limite para aplicar à UG e definir se seu desempenho está aceitável ou não. Um deles será mais rigoroso e o outro será menos. Cabe ao órgão fiscalizador, no caso a ANEEL, julgar qual lhe interessa mais do ponto de vista fiscalizatório. 4. CONCLUSÃO A metodologia proposta nesse trabalho permite analisar o desempenho da principal tecnologia e fonte de energia elétrica do país: as unidades geradoras de usinas hidrelétricas. Diante de tamanha importância das usinas hidrelétricas, faz-se necessário fiscalizá-las e, para subsidiar a ação de fiscalização pela agência regulatória é importante que haja um parâmetro passível de comparação entre uma usina e outra, que permita avaliar o desempenho destas. Esse parâmetro foi proposto como os limites dos indicadores de desempenho redefinidos neste trabalho. O resultado do trabalho pode ser considerado positivo; pois, com respaldo metodológico, são redefinidos os limites para os indicadores de desempenho das unidades geradoras das usinas hidrelétricas estruturantes, que antes eram definidos de forma arbitrária sem considerar as características de cada unidade geradora. Do ponto de vista da Superintendência de Fiscalização dos Serviços de Geração da ANEEL, o trabalho permite a visão geral sobre as características e pontos em comum das unidades geradoras que fazem parte dos objetos de fiscalização e utilizar limites obtidos através de métodos válidos que argumentam sobre a necessidade de melhorar o desempenho. Além disso, a pesquisa bibliográfica apresentada ao longo desde documento permite que a superintendência altere esses limites de acordo com suas necessidades. A partir dos resultados são propostas algumas alterações no processo de regulamentação com vista a otimizar a forma como se fiscaliza a geração de energia elétrica. Embora as unidades geradoras fossem advertidas quanto ao enquadramento nos limites definidos anteriormente, não eram penalizadas, pois não havia justificativa para os limites adotados. A partir dos limites apresentados é possível começar a exigir melhores desempenhos com base nas características de cada usina. Ainda há possibilidades de evolução do estudo, expandindo a análise para demais fontes que compõem a matriz elétrica nacional, utilizando diferentes métodos de clusterização, a saber: k-means, ligação completa, diferentes métricas de distância entre elementos, análise da necessidade de novos parâmetros ou exclusão de novos parâmetros, entre outros. Além da possibilidade de novos trabalhos, a continuidade do mesmo é prevista através de consulta pública, com participação de agentes geradores e elaboração do manual prático de aplicação da metodologia. O Centro Nacional de Referência em Pequenas Centrais Hidrelétricas (CERPCH) e o Grupo de Estudos em Energias Renováveis (GEER) inicia neste ano continuação dessa pesquisa, com o foco principal na otimização da metodologia e na aplicação prática dos limites redefinidos. 5. AGRADECIMENTOS A avaliação do desempenho das unidades geradoras é feita com base em dois métodos propostos neste trabalho: o Yardistick e o Método para Regulação de Desempenho para Não Piorar. Ambos os métodos apresentam valores próximos para um limite mínimo em que deve estar o valor de Disponibilidade e limites máximos para os valores de Tempo Médio de Reparo e Taxa de Falhas. Comparando os valores próximos que são gerados a partir À ANEEL, especialmente à Superintendência de Fiscalização dos Serviços de Geração, ao superintendente Sr. Alessandro Cantarino e os Especialistas em Regulação que acompanharam o trabalho e ao CERPCH pelo apoio e orientação na submissão desse trabalho. À FAPEMIG (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais), que promove atividades de fomento, apoio e PCH NOTÍCIAS & SHP NEWS, 67, (4), OUT,DEZ/2015, DA PÁG. 7-12 11 ARTIGOS TÉCNICOS incentivo a pesquisas científicas e tecnológicas em Minas Gerais, possibilitando a realização do estudo por meio do fornecimento de bolsa. • 6. REFERÊNCIAS • ANEEL. (20 de Junho de 2015). Capacidade de Geração do Brasil. Fonte: Banco de Informações de Geração : http://www. aneel.gov.br/aplicacoes/capacidadebrasil/capacidadebrasil.cfm • DI CARLANTONIO, L. M. (2001). Novas Metodologias para Clusterização de Dados. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). • ELETROBRÁS. (1985). Manual de Microcentrais Hidrelétricas. Brasília: Ministério das Minas e Energia. • GADELHA, D. (20 de Junho de 2015). Scilab 5.X. Fonte: Instituto de Matemática UFRGS: http://euler.mat.ufrgs. br/~giacomo/Manuais-softw/SCILAB/Apostila%20de%20 Scilab%20-%20atualizada.pdf • KOÇOUSKI, A. R. (2011). Desempenho dos Serviços de Ge- 12 • • • • PCH NOTÍCIAS & SHP NEWS, 67, (4), OUT,DEZ/2015, DA PÁG. 7-12 METODOLOGIA PARA DEFINIÇÃO DE LIMITES PARA INDICADORES DE DESEMPENHO DE UNIDADES GERADORAS DE CENTRAIS HIDRELÉTRICAS ração de Energia Elétrica Brasileira no Sistema Isolado: reflexões e proposições metodológicas com enfoque estratégico. Brasília: Fundação Getúlio Vargas - FGV. MINGOTI, S. A. (2013). Análise de Dados Através de Métodos de Estatística Multivariada: Uma Abordagem Prática (1ª Ed.). Belo Horizonte: UFMG. MOSCATO, & ZUBEN, V. (27 de Outubro de 2013). Uma Visão Geral de Clusterização de Dados. Fonte: DCA/FEEC/Unicamp: ftp://ftp.dca.fee.unicamp.br/pub/docs/vonzuben/ia368_02/ topico5_02.pdf ONS. (2013). O que é o SIN - Sistema Interligado Nacional. Acesso em 06 de Novembro de 2013, disponível em http:// www.ons.org.br/conheca_sistema/o_que_e_sin.aspx SRC. (20 de Agosto de 2013). Resolução nº 574. Agência Nacional de Energia Elétrica. TANURE, J. E. (2000). Análise Comparativa de Empresas de Distribuição Para o Estabelecimento de Metas de Desempenho Para Indicadoresde Continuidade do Serviço de Distribuição. Itajubá: Escola Federal de Engenharia de Itajubá. MEDIÇÃO DA VAZÃO DO RIO RANCHARIA E ESTUDO DO MELHOR APROVEITAMENTO POTENCIAL HIDRELÉTRICO DA USINA TECHNICAL ARTICLES PCHNotícias&SHPNews Publisher: Acta Editora/CERPCH DOI:10.14268/pchn.2015.00031 ISSN: 1676-0220 Subject Collection: Engineering Subject: Engineering, hydro power plants; dam MEDIÇÃO DA VAZÃO DO RIO RANCHARIA E ESTUDO DO MELHOR APROVEITAMENTO POTENCIAL HIDRELÉTRICO DA USINA ALVES, Gilberto Manoel, 2JUNIOR, Anibal Chagas, STAHLHOEFER, Marcelo, 4JUNIOR, Oswaldo Honorato de Souza 1 3 RESUMO O aumento da demanda por energia elétrica no Brasil tornou as fontes de energias alternativas uma opção viável para a geração de energia, elas proporcionam a descentralização da geração de energia, aliviando as linhas de transmissão existentes e proporcionando economia/lucro para o proprietário de uma pequena usina. Considerando a importância e o crescimento desse tipo de empreendimento no país, este trabalho visa dar condições de determinar o potencial hidrelétrico da antiga Usina Siderúrgica Marumby Ltda – Usimar, localizada no município de Rio Branco do Sul/PR, desativada há muito tempo e sucateada. São abordados diversos métodos para medição de vazão de um rio de pequeno porte, apontando suas principais características, como forma de realizar a medição, facilidade de aplicação e precisão. Para determinar a vazão do rio Rancharia foi escolhido o método do Vertedouro por já existir um canal de adução no local da propriedade, por onde todo o volume de água do rio pode ser desviado, facilitando sua aplicação. Foram confeccionados três vertedouros: retangular, trapezoidal e triangular. E realizados até três medições diárias da cota do vertedouro, possibilitando calcular a vazão do rio. Em seguida foi realizada a transposição da vazão do rio Capivari que era conhecida e calculado o desvio relativo a fim de validar os resultados obtidos. De posse da série histórica da vazão dos últimos vinte e cinco anos do rio Capivari, foi possível transpor a série histórica para o rio Rancharia, determinando a média de vazão dos últimos vinte e cinco anos. Consequentemente determinando o coeficiente de variação que representa o quanto a vazão tende a se dispersar em relação à média, possibilitando sugerir uma vazão firme em torno da média e dimensionar o aproveitamento hidrelétrico sem considerar perdas. PALAVRA-CHAVE: Usimar, medição de vazão, método do vertedouro. MEASURING THE FLOW OF THE RIVER RANCHARIA AND STUDY THE BEST USE OF HYDROPOWER PLANT ABSTRACT The increased demand for electricity in Brazil has made alternative energy sources a viable option for power generation; they provide the decentralization of power generation, relieving existing transmission lines and providing savings / profit for the owner of a small plant. Considering the importance and the growth of this type of development in the country, this study aims to determine conditions of the hydroelectric potential of the former Usina Siderurgica Marumby Ltda - Usimar, located in Rio Branco do Sul / PR, disabled long and scrapped. Several methods to a small river flow measurement are discussed, pointing out their main characteristics, in order to perform the measurement, ease of application and accuracy. To determine the flow of the river Ranchi was the Spillway of the method chosen by already a adduction channel in place of the property, where all the river water flow can be diverted, facilitating its implementation. Rectangular, trapezoidal and triangular, three spillways were made. And made up to three daily measurements of the spillway elevation, allowing calculates the flow of the river. Then was performed the transposition of the Capivari river flow that was known and calculated the deviation in order to validate the results obtained. Having the time series of the flow of the last twenty-five years of the Capivari River was possible to transpose the time series of the river Ranchi, determining the average flow of the last twenty-five years. Consequently determining the coefficient of variation that is how the flow tends to disperse from the average, allowing suggest a strong flow around the mean and scale the hydroelectric excluding losses. KEYWORDS: Usimar, flow measurement, spillway of the method. UTFPR, [email protected] UTFPR, [email protected] UTFPR, [email protected] 4 UNIFEI,[email protected] 1 2 3 PCH NOTÍCIAS & SHP NEWS, 67, (4), OUT,DEZ/2015, DA PÁG. 13-17 13 MEDIÇÃO DA VAZÃO DO RIO RANCHARIA E ESTUDO DO MELHOR APROVEITAMENTO POTENCIAL HIDRELÉTRICO DA USINA ARTIGOS TÉCNICOS 1. INTRODUÇÃO 2.1.3. Vertedor triangular O proprietário da área onde existia a antiga Usina Siderúrgica Marumby Ltda – Usimar, em posse da liberação do aproveitamento de potencial hidroelétrico pelo Águas Paraná – Instituto das Águas do Paraná, solicitou avaliar a viabilidade de gerar energia no local e dimensionar o potencial hidrelétrico. Para implantação de uma central hidrelétrica, diversas etapas precisam ser cumpridas. Tais etapas podem ser divididas em estudos gerais, medição de vazão, determinação das perdas e dimensionamento da turbina. A etapa de estudos gerais compreende, dentre outros itens, os estudos hidrológicos para determinar o comportamento do curso d’água onde será instalada a central geradora (SOUZA; SANTOS; BORTONI, 2009, p.25). Segundo Souza, Fuchs e Santos (1983, p.91), uma importante etapa dos estudos hidrológicos é a fluviometria, cujo objetivo é determinar o comportamento da vazão de um curso d’água ao longo do tempo. Conhecendo-se o comportamento da vazão, é possível dimensionar os vários componentes da central hidrelétrica e determinar sua potência instalada (SOUZA; SANTOS; BORTONI, 2009, p.25). A determinação da vazão característica de um curso d’água possui caráter estatístico, admitindo-se que os eventos se repetem de forma cíclica. Dessa forma, para se determinar a vazão de projeto de um aproveitamento hidrelétrico, faz-se necessário conhecer a série histórica (25 anos) de vazões para o local, num período mais extenso possível (RICARDO, 2006, p.14). De acordo com a NBR 13403 (ASSOCIAÇÃO..., 1995, p.4) os vertedores triangulares são utilizados para medir pequenas vazões apresentando boa precisão. Esses vertedores são econômicos e fáceis de instalar. É recomendado sua utilização para vazões de 1 [L/s] a 5 [L/s]. A vazão de um medidor triangular com ângulo reto (90˚), conforme a encontrada. é dada por (VILLELA; MATOS..., 1975): 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Para realizar o estudo da vazão de água do rio Rancharia é necessário pesquisar a vazão de outros rios da mesma bacia que tenham a média histórica das vazões, ou seja, regionalizar a média histórica dos últimos 25 anos do Rio Capivari pertencente à mesma bacia hidrográfica. 2.1 Medição da Vazão O volume de água que passa por uma seção de um rio dividido por um intervalo de tempo é denominado vazão, geralmente essa vazão é expressa em metros cúbicos por segundo [m3/s] (EMBRAPA, 2007, p.1). 2.1.1 Métodos de Medição de Vazão A medição de vazão em cursos d’água é realizada de forma indireta, a partir da medição da velocidade ou do nível do rio (SEVERO, 2010, p.144). Existem inúmeras formas de se medir a vazão, que tem princípios diferentes: volumétrico, calorimétrico, estruturas hidráulicas (calhas e vertedores), velocimétrico, acústico e eletromagnético (PORTO; FILHO; SILVA, 2001, p.7). (1) Onde Q é a descarga em [m³/s], e água que passa sobre a soleira em [m]. 2.1.4. Vertedor retangular com contração de placa delgada São vertedores de placas delgadas finas, com largura menor do que a do canal que se encontra (b<B), fazendo-se necessário fazer contrações no vertedor, como pode ser observado na equação de descarga dada por (CPRH N 2.004, p.7): (2) Sendo que b = B - 0,2H, então a fórmula da descarga neste caso é: (3) Onde Q é a vazão, em [m³/s], B é a largura do canal, em metros, b é a largura da contração, em metros, H é a altura do nível de água sobre a crista do vertedor, em metros. A largura do vertedor contraído (b), e a altura do vertedor (P), devem ser no mínimo 0,30 [m]. A altura da lâmina d’água (H) vertedor deve estar compreendida entre 0,075 [m] e 0,60 [m] (CPRH N 2.004, p.7). Sendo obedecidas às condições previamente destacadas, estima-se que o método do vertedor retangular sem contração de placa delgada apresente erro de até 3% na determinação da vazão (CPRH N 2.004, p.7). 2.1.5. Vertedor trapezoidal (CIPOLLETTI) O método do vertedor trapezoidal visa compensar a redução da vazão gerada pelas contrações laterais, Cipolletti propôs um dispositivo com formato trapezoidal (UCKER, p.19). Como pode ser observado na a largura da contração (b) continua a mesma do método do vertedor retangular com contração de placa, mas as vazões Q1 compensam a perda de vazão gerada pelas contrações (UCKER, p.19). Para inclinação das faces laterais deve obedecer a proporção de 1:4, ou seja, para cada unidade de medida na horizontal, devem ser feitas quatro unidades na vertical (UCKER, p.21). A equação de descarga é dada por (CPRH N 2.004,p.6): 2.1.2. Método do vertedor Segundo a NBR 13403 (ASSOCIAÇÃO..., 1995, p.2) é um método que utiliza um dispositivo que é introduzido no rio perpendicularmente ao seu fluxo. Esse dispositivo tem uma abertura por onde o líquido escoa. Segundo a NBR 13403 (ASSOCIAÇÃO..., 1995, p.4) os vertedores dividem-se segundo muitos fatores, como forma, altura relativa da soleira, natureza da parede e largura da abertura do vertedor em relação ao canal. Para vazões menores que 30 [L/s], os vertedores triangulares fornecem maior precisão. Já para vazões estimadas entre 30 [L/s] e 300 [L/s], os vertedores triangulares e os retangulares oferecem a mesma precisão. Para vazões acima de 300 [L/s], os vertedores retangulares são mais indicados por possuírem coeficientes de vazão mais bem definidos. 14 a altura da lâmina de (4) Onde Q é a vazão, em [m³/s], b é a largura do vertedor em metros, H é a altura do nível de água sobre a crista do vertedor, em metros. 3. MATERIAL E MÉTODOS 3.1 MATERIAL 3.1.1 Localização da Usina Rancharia A Usina Rancharia está localizada no município de Rio Branco do Sul localizado na Região Metropolitana Norte de Curitiba ao Leste do Estado do Paraná. Suas coordenadas na barragem são em UTM igual a 7.214.112N e 670.953E (fuso 22J). PCH NOTÍCIAS & SHP NEWS, 67, (4), OUT,DEZ/2015, DA PÁG. 13-17 MEDIÇÃO DA VAZÃO DO RIO RANCHARIA E ESTUDO DO MELHOR APROVEITAMENTO POTENCIAL HIDRELÉTRICO DA USINA TECHNICAL ARTICLES A usina situa-se no curso d’água Rio Rancharia que pertence à sub-bacia do Rio Açungui, que por sua vez é afluente do Rio Ribeira, este um dos principais rios da região e da Bacia Hidrográfica do Ribeira. 3.1.2 Materiais para Medição da Vazão pelo Método Vertedouro Para medição da vazão pelo método do vertedouro foram confeccionadas placas de madeirite com medidas graduadas conforme Figura 1 e instaladas no canal de adução vide Figura 2. 4.1.1 Método do Vertedor Retangular Foi determinada uma vazão média de 0,1105 [m3/s], desvio padrão de 0,0131 e um coeficiente de variação de 0,1182. 4.1.2 Método do Vertedor Trapezoidal Foi determinada uma vazão média de 0,1017 [m3/s], desvio padrão de 0,0145 e um coeficiente de variação de 0,1425. 4.1.3 Método do Vertedor Triangular Foi determinada uma vazão média de 0,1037 [m3/s], desvio padrão de 0,0086 e um coeficiente de variação de 0,0828. 4.2 TRANSPOSIÇÃO DE VAZÕES Fig. 1: Placas de madeirite. Fig. 2: Placas de madeirite instalada no canal de adução. 3.2 MÉTODO 3.2.1 Medição da Vazão pelo Método Vertedouro Para medição da vazão foram realizadas medidas no local da Usina Rancharia, entre os dias 15/05/2014 e 11/08/2014, foram 25 dias de medidas para cada vertedouro e até três vezes ao dia. Em cada coleta de dados foi verificado o nível da água que passava pelo vertedouro conforme a graduação deste e exemplificado pela Figura 2. Os vertedores são simples aberturas ou entalhes na parte superior de uma parede por onde o líquido escoa, podendo ser instalados em cursos d’água naturais ou artificiais e sua utilização é indicada para pequenos cursos d’água, canais com vazão média entre 10 e 300 litros por segundo. Para implantação de uma usina hidrelétrica é necessário realizar um estudo hidro energético baseado no histórico de vazões naturais. Pode se obter a vazão natural realizando a reconstituição, observando a vazão em um determinado trecho do rio e as informações antrópicas na bacia, tais como reservatório, desvio de água, evaporação em reservatório, irrigação, criação animal, abastecimento urbano, rural, industrial entre outros. Em decorrência da indisponibilidade no site da Agência Nacional de Águas (ANA), para o alcance da série histórica de vazões da PCH Rancharia foi necessário realizar a transposição de vazões, ou seja, obteve-se a relação entre a vazão em um curso d'água com série histórica desconhecida e a vazão em um curso d'água com série conhecida. Tal procedimento somente foi possível pelo fato de ambos os cursos d'água estarem em uma mesma bacia hidrográfica. (SOUZA; FUCHS; SANTOS, 1983, p. 100). Para essa referida transposição de vazões foram utilizados os dados do reservatório da Usina Hidrelétrica Governador Pedro Viriato Parigot de Souza (Usina GPS), localizado no Rio Capivari. Inicialmente obteve-se a vazão média diária afluente para Usina de GPS nos mesmos dias em que foram medidas as vazões no rio Rancharia. A cota de cada método do vertedor foi medida no mínimo duas vezes ao dia por 25 dias e em dias diferentes para cada vertedor, no período de 15/05/2014 à 11/08/2014. Com tais dados calcula-se o fator de transposição pela formula: (5) Onde FT é o fator de transposição, é a vazão média observada na Usina de Rancharia [m³/s] e é a vazão média observada na Usina de GPS [m³/s], obtendo o valor de FT. A fim de validar a transposição deve-se achar o desvio relativo, que nos dá uma informação a mais acerca da precisão dos valores encontrados. A fórmula para encontrar o desvio relativo é: 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO (6) 4.1 MÉTODOS DE MEDIÇÃO DE VAZÃO Tendo em vista as características do rio Rancharia decidimos utilizar o método do vertedor, já que apresenta erros de até 3% para a medição da vazão. Para melhor confiabilidade utilizamos três tipos de vertedores, retangular, trapezoidal e triangular. Para todas as vazões calculadas foram acrescentados 0,014 [m3/s] no resultado, pois na barragem existe uma válvula de esgotamento e drenagem que não está totalmente vedada e em uma visita no local da barragem medimos aproximadamente 14 [L/s] de vazão escoando pelo canal da válvula de esgotamento e drenagem. Onde Dr é o desvio relativo e n é o número de medições de vazão realizadas, Qcalculado é a média das vazões calculadas no rio Rancharia e Qtransposto é a média das vazões transpostas do rio que abastece a Usina de GPS. 4.2.1 Transposição pelo Método do Vertedor Retangular Por esse método o fator de transposição (FT) foi de 0,006127, e o desvio relativo de 1,2122%. A figura 3 representa um comparativo entre as vazões calculadas no rio Rancharia pelo método do vertedor retangular e vazões transpostas do rio que alimenta a Usina de GPS. PCH NOTÍCIAS & SHP NEWS, 67, (4), OUT,DEZ/2015, DA PÁG. 13-17 15 ARTIGOS TÉCNICOS MEDIÇÃO DA VAZÃO DO RIO RANCHARIA E ESTUDO DO MELHOR APROVEITAMENTO POTENCIAL HIDRELÉTRICO DA USINA 4.2.4 Definição da Transposição a ser aplicada O desvio relativo máximo encontrado foi da ordem de 1,7356 %, conclui-se que todos os métodos utilizados para encontrar a série histórica da vazão do rio Rancharia são válidos. Foi adotado o FT de 0,0059059, que é igual à média de todos os fatores de transposição, independentemente do método utilizado. Compilando os dados de todos os métodos do vertedor utilizados e aplicando o fator de transposição encontra-se o gráfico da figura 6. Fig. 3: Comparação das vazões obtidas pelos métodos, do vertedor retangular e da vazão transposta. 4.2.2 Transposição pelo Método do Vertedor Trapezoidal Por esse método o fator de transposição (FT) foi de 0,005409, e o desvio relativo de 1,4848%. A figura 4 representa um comparativo entre as vazões calculadas no rio Rancharia pelo método do vertedor trapezoidal e vazões transpostas do rio que alimenta a Usina de GPS. Fig. 6: Comparação das vazões compiladas dos métodos do vertedor e da vazão transposta. Observando o gráfico da figura 6, verifica-se que pela comparação dos dados existe uma tendência das vazões calculada e transposta, apresentarem valores próximos no decorrer do período analisado. 4.2.5 Transposição da vazão do rio Capivari para o rio Rancharia Fig. 4: Comparação das vazões obtidas pelos métodos, do vertedor trapezoidal e da vazão transposta. 4.2.3 Transposição pelo Método do Vertedor Triangular Por esse método o fator de transposição (FT) foi de 0,005725, e o desvio relativo de 1,7356%. A figura 5 representa um comparativo entre as vazões calculadas no rio Rancharia pelo método do vertedor triangular e vazões transpostas do rio que alimenta a Usina de GPS. Fig. 5: Comparação das vazões obtidas pelos métodos, do vertedor triangular e da vazão transposta. 16 Para determinar a série história de vazões do rio Rancharia, multiplica-se a série histórica do rio Capivari que se encontra disponível na base de dados já exposta pelo fator de transposição que é FT=0,0059059. Resultando na tabela 1. Tabela 1: Série histórica das vazões do rio Rancharia. Com os dados da vazão transposta da tabela 1 foi plotado o gráfico da figura 7 evidenciando a variação das vazões no decorrer do período. PCH NOTÍCIAS & SHP NEWS, 67, (4), OUT,DEZ/2015, DA PÁG. 13-17 MEDIÇÃO DA VAZÃO DO RIO RANCHARIA E ESTUDO DO MELHOR APROVEITAMENTO POTENCIAL HIDRELÉTRICO DA USINA TECHNICAL ARTICLES 5. CONCLUSÃO Fig. 7: Gráfico da vazão transposta no período de 25 anos. 4.3 CURVA DE PERMANÊNCIA A curva de permanência de vazão é um gráfico que informa a vazão em um período de tempo. O traçado da curva é feito, com a vazão lançada em ordenada, pela porcentagem do tempo em que essa vazão é igualada ou excedida em abscissa (BARBOSA, 2014). Utilizando os dados da tabela 1, foi possível traçar a curva de permanência para os últimos 25 anos, conforme figura 8. Para implementar uma usina hidroelétrica, o principal fator que deve ser levado em consideração é o potencial aproveitável e para isso é de suma importância conhecer a vazão do rio em questão. A literatura possui diversos métodos para determinar a vazão de um rio. Porém cada estudo exige métodos específicos devido a fatores como custos de aplicação, volume de água, precisão, topologia e acesso do local. Neste trabalho os métodos utilizados obtiveram resultados satisfatórios comparados com a vazão transposta do rio Capivari, apresentando um desvio relativo que não comprometeu o resultado final. Segundo o laudo aprovado pelo Instituto de Águas do Paraná a vazão média é de 0,19091 [m3/s] e pelos resultados obtidos pelo método do vertedor chegamos a uma vazão média 0,13155 [m3/s]. Como o desvio relativo máximo apresentado no trabalho foi de apenas 1,7356% com relação à vazão transposta do rio Capivari, aconselhamos utilizar os resultados obtidos pelo método do vertedor. Considerando a situação do mercado energético, em que diversas pessoas preocupam-se cada vez mais em investir em fontes alternativas de energia, o proprietário viu nas instalações já existentes em sua propriedade, uma oportunidade de geração de energia para consumo próprio. A reativação da usina no rio Rancharia se mostra uma oportunidade viável, tendo em vista a vazão firme de setenta e oito por cento calculado e uma potência aproveitável de 29,41[kW], possibilitando assim a reativação da central. 6. REFERÊNCIAS Fig. 8: Gráfico da curva de permanência. 4.4 POTÊNCIA APROVEITÁVEL Tendo o valor de queda líquida apresentado no laudo aprovado pelo Instituto Águas do Paraná de H = 18,30 [m] é possível obter uma projeção da potência aproveitável do rio Rancharia. (7) Onde P é a potência instalada projetada, Q a vazão média acrescida a porcentagem do coeficiente de variação e H é a queda líquida. Os valores mais pertinentes de potência aproveitável são listados na tabela 2. Tabela 2: Potência aproveitável do rio Rancharia. • AGÊNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE. Medição de vazão de efluentes líquidos – escoamento livre: Procedimento. Pernambuco: CPRH N 2.004. 23/08/2000. p.7. Disponível em: <http://www.cprh.pe.gov.br//downloads/normas-cprh-2004. pdf>. Acesso em: 1 ago. 2014. • AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS. Hidroweb. Disponível em: <hidroweb.ana.gov.br> . Acesso em: 21. out.2014 • ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. 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According to the NBR ISO 4185 and other related supplementary rules, it defined the development of the standard reservoir fed by constant level satisfying the various requirements for accurate measurements of the standard in favor of the uncertainty and get 0.1%. The primary standard of measurement mentioned above is in the final stages of construction. Then it will be subjected to reviews of metrological performance. It is expected to start calibrations within the various scientific papers developed by the Center for Hydraulic Research UFMG and the scientific community of Minas Gerais. KEYWORDS: measurement systems; hydraulic.. 1. INTRODUCTION The increasing depletion of natural resources (NR) in the entire world has been a concern to all nations. In Brazil, the country owns numerous NR, holds the greatest water potential of the planet, with the prevision in 2015 half the population will not have access to fresh water. In this context, the constant advancement and technological improvement of measurement systems that were created centuries ago, helps to better use of water resources, as long as these are properly calibrated to perform an accurate measurement. Calibration is an experimental process in which are correlated under the same experimental conditions, the measures of the measurement systems and standards in favor of fit and / or check out the SM to provide this standardized measures within the tolerances specified by the reference agencies. Currently, the certified laboratories for calibration of volumetric flow meters and mass are concentrated in the southeastern region of Brazil, more specifically in Sao Paulo and Rio de Janeiro. The example of this is Table 1 Laboratorios RBC - Accredited INMETRO, endorsing the fact. With poor access in some regions of Brazil to calibration systems. Set up the planning and implementation of the Primary Standard Flow, which throughout development showed up, more and more assertive position with the sustainability needs of society today. Subsequently become supportive of scientific metrology, industrial metrology and possibly legal metrology. The method selected for the device construction was the method of flow measurement in closed ducts, also known as gravimetric method, this is the measurement process of the mass of a volume of liquid collected in a weigh tank in a interval of time known. This makes the calibration of the device under test by the indirect method, which needs to have the error at least 10 times less than the system to be calibrated. Tabela 1: Laboratories RBC - Certified Inmetro. Fig. 1: Indirect Calibration Method. Source: Gonçalves, 2008. The standard reference for design and auxiliary standards ISO 4006, ISO 5168 and OIML n ° 1, 2, 3, 20, 28 and 33, provided the intrinsic conditions and contour necessary for the measuring equipment conditions, procedure, the method of flow calculation and uncertainties associated with the measurement. So that, static weighing was selected for construction of the device first. This principle is based: 1) Determine the initial mass of any residual liquid tank; 2) Diverts the flow into the tank weighing the divertor operation until it contains a sufficient amount of fluid to meet the desired accuracy. Simultaneously, the divertor triggers a stopwatch to measure the time of filling; 3) Determine the final mass of the tank plus the liquid collected. Is given in eq. (1): Centro de Pesquisas Hidráulicas e Recursos Hídricos da UFMG. Av. Antônio Carlos 6627, Belo Horizonte MG. CEP 31 270-901, e-mai: [email protected]. Centro de Pesquisas Hidráulicas e Recursos Hídricos da UFMG. Av. Antônio Carlos 6627, Belo Horizonte MG. CEP 31 270-901, e-mai: [email protected]. 1 2 18 PCH NOTÍCIAS & SHP NEWS, 67, (4), OUT,DEZ/2015, DA PÁG. 18-22 TECHNICAL ARTICLES DEVELOPMENT OF A PRIMARY STANDARD FLOW OF LIQUIDS IN PIPELINES CLOSED 2.1. Construction Planning of PSF: (1) Planning for construction of Primary Standard Flow was effected through planning and strategy maps that optimize the process of implementation and show the development of the project.An example of this is creating spreadsheets in Excel software and also in Bitrix 24, as soon as these allow modifications and is easy to use. The eq. (1) can be approximated by eq. ( 2) and equation (3) due to the relative magnitudes of quantities. (2) (3) 2. METHODOLOGY The process of construction of the primary standard flow in closed ducts followed the dictates of ABNT NBR 4185 1SO and other supplementary standards, on which is required the fulfillment of several requirements in order to obtain the uncertainty of 0.1%. The schematic diagram of selected typical installation suggests that the standard is the model: Fig. 3: Flow Diagrama of PSF Development 2.2. Project Structural Mechanic (Structures Auxiliary): The Development of auxiliary structures was in AUTOCAD 2007, so that the shear stress, tensile, bending and oxidation results in high quality and precision equipment. Tabela 2: Table of Engineered Mechanical Equipment. Fig. 2: Diagram of a calibration installation for weighing (static method, feeding reservoir constant level). Through the numerous instructions collected constituted the various projects and planning required for the implementation of PSF, which are: Construction Planning of PSF, Project Structural Mechanic (Structures Auxiliary), Pneumatic and Eletrical design and Improvement of the Treatment Unit Signal – TUS. PCH NOTÍCIAS & SHP NEWS, 67, (4), OUT,DEZ/2015, DA PÁG. 18-22 19 ARTIGOS TÉCNICOS Fig. 4: Mechanical Projects 3D Structure (left) and Proojeto Flange Nylon 2D (right). Tabela 3: Specifications Load Cell Projected. DEVELOPMENT OF A PRIMARY STANDARD FLOW OF LIQUIDS IN PIPELINES CLOSED Fig. 5: Project Pneumatic / Electrical. 2.4. Improvement of the Treatment Unit Signal – TUS. Refinements were performed together signal processing, the example is the increased tension in the power supply of 5 V to 12 volts, with subsequent voltage reduction, in favor of minimizing fluctuations in the system. 2.3. Pneumatic and Eletrical design: The Electrical control of PSF is necessary for semi-automatic tilting system divertor. Below it is the list of major equipment: Tabela 4: Table of Electrical Equipment (purchased). Fig. 6: The block Diagram. 3. CALIBRATION The pneumatic drive project of the divertor was developed in FluidSIM-P (Version-Demo) FESTO software, in which it was tested and verified the functioning and efficiency of the designed circuit. 20 Calibration was performed for the range of 0 to 44.100 kg. The calibration method adopted follows below: For each block of standard mass was performed the following sequence: • Reset; • Tare the balance; • Measuring the value of the standard mass or masses sequence; • Collect the time of the experiment; • Conduct the average of values collected. The realization of this procedure provides independent measures. Thus it is possible to calculate the measurement result to a measurand invariant according to eq. (4) below: PCH NOTÍCIAS & SHP NEWS, 67, (4), OUT,DEZ/2015, DA PÁG. 18-22 TECHNICAL ARTICLES DEVELOPMENT OF A PRIMARY STANDARD FLOW OF LIQUIDS IN PIPELINES CLOSED (4) 4. RESULTS AND DISCUSSION In the evaluation test of the load cell was tested standard weights 0 to 44.100 kg. The signal from the load cell was the first experiment and so that the data obtained are: Graaphic 1: Signal Graphic of Load Cell with Mass Variation (0 to 44.100 kg). The TUS developed was tested on the load cell idealized by the Centre for Water Resources and Hydraulic Research at UFMG, and in order to calibrate and operate in TUS / Load Cell blocks set standard weights were used. Data were collected through the Windows Hyperterminal program and saved in Excel. Data were processed in Excel. The program has a range of tools that were used to analyze the data collected. In the first 60s was incremented a mass of 100g, then notices a small change in the electrical signal received. From 120s was incremented a mass of 1 kg in 60s to 60s approximately. 300s after the balance would have been added to 4.100 kg. From 300s masses of 5kg were added till 44.100 kg. After 850s the masses were removed one at a time with each interval of 60s. In Graphic 3, without standard mass, presents a time 1200s reading without the variation of standard mass in a balance, so that there was an increase in the variation of signal after 500s. This was due to heating of electronic components and effects of external interference equipment. Graaphic 3: Without Standard Mass. The analysis of section 3 of the graphic used to analyze the level of measurement noise. The difference is 0.12901 kg to a maximum point (28.539296) and minimum (28.410286). The average deviation calculated equals 0.022804713 kg and the standard deviation is equal to 0.025772153 kg Graphic 4, 5kg variation, presents a quick response from a variation of the standard mass and a low oscillation incremented value. Graaphic 2: Sequence of Measurement (0 to 44,100 and 44,100 to 0) kg. Graaphic 4: Variation of 5kg. Initially there is a signal different of zero in the load cell due to the fastening components, and the central axis positioning of the tank cables and eletrical supply to the Wheatstone bridge. The reference value 0.047mV represents the coefficient for converting kg to mV, which was constructed and inserted into the C language program TUS, ie in every kg load cell signal to be incremented 0.047mV. The coefficient of linear conversion was implemented in the Treatment Unit Signal thus realizing the overall conversion (without considering systematic effects) mV to kg. Due to find out a calibration points PSF and their results. It was built up several tables for points similar calibration point calibration 5kg, the following: PCH NOTÍCIAS & SHP NEWS, 67, (4), OUT,DEZ/2015, DA PÁG. 18-22 21 ARTIGOS TÉCNICOS Tabela 5: Reference Data of Calibration Point of 5kg. DEVELOPMENT OF A PRIMARY STANDARD FLOW OF LIQUIDS IN PIPELINES CLOSED Initially, it is established that the PSF can only measure mass above 190 kg in favor of obtaining the less uncertainty than 0.1%. Because the device is in the process of adjustments and enhancements. 5. CONCLUSÃO The treatment of other measuring points is given the same way as the calibration point and 5kg were synthesized as follows: Tabela 6: Result of 10 Calibrations Points. The construction of the Primary Standard Flow - PSF showed satisfactory results regarding the operation of the equipment directing the implementation of improvements for better accuracy of the device. Consonant, obtaining the uncertainty less than 0.1%. The large contribution of this work is a complete measuring system was developed from technologies ranging from construction techniques of mechanical elements (load cell) and the software. However, some devices were not obtained and developed without harming the device. Thus, it is believed that the final suitability of the PSF, according to the standards of ISO 4185 and related standards, readily will solve the needs of CPH - UFMG and the scientific community of Minas Gerais, in addition to the significant gain in terms of know -how. 6. REFERÊNCIAS It is observed that when analyzing the points obtained are high tendency values for the measurement points 7, 8, 9 and 10. Can be inferred that these values are probably due to the fact of using a linear curve fit (y = 0,047 mV . x + b),obtained in the development of TUS. The measurement uncertainty for the calibration points is between 30 kg and 190 kg. These values are compatible with the measuring range of the measurement system developed, but should be reduced by decreasing noise TUS. 22 • Norma Brasileira, ABNT NBR ISSO 4185, Medição de vazão de líquidos em dutos fechados ─ Método gravimétrico. • GONÇALVES JR. Armando Albertazzi, Metrologia Parte I, 2004, Laboratório de Metrologia e Automatização, Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade Federal de Santa Catarina 2004 130p. • INSTITUTO NAVIONAL DE METROLOGIA, NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL - INMETRO, Rede Brasileira de Calibração, Disponibilidade e acesso: [http://www.inmetro. gov.br/laboratorios/rbc] em 15/07/2014. • MAIA, Prof. Dr. Antônio. Estudo de caso: PIC16F877A, Apostila da disciplina Introdução a Sistemas Embutidos, 40p 2010. • MICROCHIP, PIC16F87XA Data Sheet 28/40/44-Pin Enhanced Flash Microcontrollers 2003 Microchip Technology Inc. • OIML R 33 Editon 1979 (E). International Recommendation. Conventional value of the result of weighing in air. • DELMEÉ G. J.; Manual de Medição de Vazão. Editora Edgard Blücher LTDA. 3° Edição, São Paulo,2003. • Dettmar, Glauico.Portal Brasil, O Brasil Possui o maior potencial hídrico da terra. 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Measuring discharge at La Rance is indeed complex because of a very low and changing head from 2 m to 11 m depending on the tides, large gate bays of 8.7 m on 8.8 m, and high flow rate variations from 75 m3/s to 280 m3/s. It was decided to use current meters on a moving frame in the bulkhead slot for flow rate measurement. Further challenge was to maintain an almost constant head of 4 m during data acquisition. Full exploration of the velocity field was completed in both directions in 6 vertical positions. Additionally cam tests were performed, using index measurement with the frame in the middle position. KEYWORDS: power plant; turbines; measurement. 1. INTRODUCTION 2.1 « Simple effect » – ebb generation The Rance Tidal Power Station is the world's first tidal power plant and also the world's second biggest tidal power plant (recently the second, but the first for a long time). The facility is located on the estuary of the Rance River, in Brittany, France, near the town of Saint-Malo. It was commissioned in 1966. With a peak rating of 240 MW, generated by its 24 bulb turbines, it supplies an annual output of approximately 540 GWh. Thus La Rance was the first power plant to produce massive energy from tidal power. In the 50s and 60s, many of studies were carried out and model turbines were tested before the initiation of the construction of the power plant to ensure the best efficiency design for these new generation bulbs. In particular a model turbine was built on site in Saint-Malo on which performance tests were performed. But until now, no efficiency tests have ever been carried out on La Rance units. Cam tests for high head were realized in 1999 and potential efficiency gains at low head were identified. The classical method for index flow measurement is not possible at La Rance because no pressure taps are available for differential pressure measurements. In 1999, field tests were carried out by exploring the index flow rate with one current meter and one Pitot tube. Based on the previous experience, it was decided in 2013 to realize an absolute discharge measurement. Among all discharge measurement methods, the only IEC Standard 60041 code approved method for very short intakes is with current meters. However, a special structure was necessary to measure high velocities in a large intake in both flow directions. This paper presents the important details of the performance tests and evaluation carried out by etaeval and EDFDTG teams on unit C11 in LA RANCE for a 4-meter head. Special attention was given to the design of the frame and the absolute and relative discharge measurement. Fig. 1: Ebb generation. In this cycle, water flows through the turbine from the basin to the sea, see Figure 3. The maximum flow rate for each 10 MW unit is about 260 m3/s for a head of 4 m in direct turbine mode. 2.2 « Double effect » – ebb and flood generation 2. TIDAL POWER PLANT’S OPERATION CYCLE La Rance estuary has among the highest tides in the world: 8.2 meter on average with a 13.5 meter peak. A dam was built in the estuary, creating a reservoir. Operating in both directions, the dam creates a difference of water levels inducing a flow, which can pass through the turbines twice a tide (during the incoming and outgoing tidal flows). An orifice mode is also available for low head while not producing electricity. A brief description of the scheme is given, explaining “one-way” and “two-way” tide cycle utilization. Fig. 2: Flood and Ebb generation. In this cycle, flow passes the turbine from the basin to the sea and from the sea to the basin. The maximum flow rate is about 220 m3/s for a head of 4 m in reverse turbine mode and 280 m3/s in reverse orifice mode. Ebb generation (direct turbine mode) covers 60 % of operations. Flood generation (reverse EDF-DTG, Grenoble, France, e-mail: [email protected] Etaeval GmbH, Horw, Switzerland, e-mail: [email protected] 3 Etaeval GmbH, Horw, Switzerland, e-mail: [email protected] 1 2 PCH NOTÍCIAS & SHP NEWS, 67, (4), OUT,DEZ/2015, DA PÁG. 23-27 23 ARTIGOS TÉCNICOS turbine mode) covers 2 to 6 % and direct pumping 15 to 20 %. The remaining time, water flows freely through turbine orifices. In order to have a constant head of 4 m during field tests, it was necessary to adjust the production program to maintain equal level variation in basin and sea. That was only possible during a two hour period, so that two consecutive tidal cycles were necessary to perform the entire field tests. 3. DESCRIPTION OF THE MEASUREMENT CAMPAIGN The measurements included absolute measurements in turbine (flow direction from basin side to sea side) and in orifice modes (flow direction from sea side to basin side). Additionally, index measurements (cam tests) were performed in turbine mode. EDF-DTG performed measurements of generator power, of head, guide vane position and turbine blade position, while etaeval was carrying out the velocity measurements with current meters. With all the acquired data turbine efficiencies could be evaluated. For the absolute discharge measurements in turbine and orifice mode, six positions (elevations) with the current meter frame and accordingly 24 measuring points each were measured, see Figure 4, resulting in a total of 112 velocity data. For the index measurements one position in the middle of the measuring section was selected to speed up the measurements. Thus the index flow was based on 24 measuring points. This index data could be attributed to an absolute flow rate, thanks to the previously performed full tests in the entire cross section. DISCHARGE MEASUREMENTS AT LA RANCE TIDAL POWER PLANT USING CURRENT METERS METHOD 4. DESIGN OF THE CURRENT METER FRAME The design of the frame for the current meter flow measurements includes essentially two different parts. The first part (marked in red in Figure 5) is a steel frame comprising the two boxes with mounted wheels, which are sliding in the bulk head slots. The central beam is designed for low drag forces and high mechanical resistance. It is fixed to the side boxes and the middle plates. The central beam is the core of the frame because it takes all forces of all parts exposed to the flow. The middle plates are the support of current meter profiles. Two steel cables provide additional stiffness in vertical direction and add damping to the frame. The second part includes the current meter profiles manufactured in aluminum, which are mounted on the base construction with profile shoes. 12 Ott component current meters are mounted on each of the two horizontal measurement lines. For the change of the flow direction the profiles including the profile shoes and the current meters can be rotated by 180 degrees without disassembling the frame completely. Fig. 5: Current meter frame for HPP La Rance. Fig. 3: Cross section through turbine water way of the Tidal Power Plant La Rance . Before manufacturing the frame, a calculation for the static and dynamic loading was carried out. The static loading encompasses the weight of the elements and the fluid forces. The dynamic loading stems from the turbulence and vortex shedding behind upstream elements of the structure and eventually from pressure pulsations induced by the blade passing frequency of the machine. The most important element was to ensure that none of the mechanical eigenmodes of the structure might be excited. The following frequencies were taken into account: • Kármán vortex streets with the corresponding Strouhal numbers • Blade passing frequency of the turbine • Eigenfrequencies of the current meter profiles and the frame The eigenfrequency of the current meter profile is far below the excitation frequencies of the Kármán vortex street and consequently no resonance had to be expected. Also, since the eigenfrequency of the current meter profile is considerably higher than the blade passing frequency no resonance will occur. A possible excitation during starts or shut down at the low flow velocities was not considered as problematic. 5. RESULTS OF CURRENT METER MEASUREMENTS Fig. 4: Cross section at current meter section of the Tidal Power Plant La Rance. 24 The absolute flow rates were calculated by integrating the differences between CFD-simulated velocities and the measured point velocities. The advantage of such integration of the velocity PCH NOTÍCIAS & SHP NEWS, 67, (4), OUT,DEZ/2015, DA PÁG. 23-27 TECHNICAL ARTICLES DISCHARGE MEASUREMENTS AT LA RANCE TIDAL POWER PLANT USING CURRENT METERS METHOD differences is that the near wall zones are correctly described in CFD and extrapolation (normal procedure according to ISO 3345:2008) becomes needless. The CFD simulations were performed for the exact geometry of the measuring sections and fulfill the law of conservation of mass. The mean velocity is then determined by dividing the flow rate through the area (which was slightly different for turbine and pump mode as can be seen from the contour of the measuring section in Figure 4). The index velocity results from the cubic integration of the 24 measuring points in the middle position divided by the width. The factor listed in the table 1 and 2 is defined as follows: Factor = Discharge divided by the index velocity (1) Table 1: Results for the absolute turbine mode discharge measurements. Measurement point Index velocity Mean velocity Area Discharge Factor [m/s] [m/s] [m2] [m3/s] [m2] ab_tm_1 3.197 3.175 67.104 213.054 66.650 ab_tm_2 2.175 2.154 67.104 144.574 66.471 ab_tm_3 2.173 2.158 67.104 144.825 66.641 66.588 Mean factor Table 2: Results for the absolute orifice mode discharge measurements. Measurement point Index velocity Mean velocity Area Discharge Factor [m/s] [m/s] [m ] [m /s] [m2] ab_oi_1 2.253 2.971 66.538 197.710 87.758 ab_oi_2 2.073 2.738 66.538 182.199 87.913 2 3 87.835 Mean factor Although the discharge in turbine mode varies by approximately 32 % (see Table 1, from 213.05 m3/s to 144.70 m3/s) the ratio between the discharge and the index velocity (factor) remains almost constant. This indicates that the velocity distribution is self-similar over a wide operating range, as demonstrated with an example in Figure 4. On the basis of this finding the index velocities could be scaled to an absolute flow rate. Although the velocity distribution in orifice mode is very non-uniform due to the wake flow downstream of the bulb and the swirling flow behind the machine, the described ratio appears also to be constant in the orifice mode for the tested operating range, see Table 2. can be calculated for the index measurements, as well. With the chosen methodology of integration supported by CFD a calculated relative measurement uncertainty of 0.92 % for the discharge in the turbine mode was estimated. Due to the presence of the wake effect and of swirling flow in the orifice mode, the calculated relative measurement uncertainty of the discharge became 1.82 %. The repeatability of the discharge measurements showed to be excellent and lay in the order of 0.1 %. 6. RESULTS OF CAM TESTS To obtain optimum performance from double regulated bulb turbines, the proper guide vane to runner blade relationship has to be adjusted. Such an optimization, also called cam tests, consists in determining the optimum dependence between the opening angles of the guide vane and of the runner blades so that the unit is operating at maximum efficiency for a given head and discharge. In first step propeller curves were measured by fixing the runner blades angles and changing the guide vane position. Such curves were determined for 7 different runner blade angles. The envelope around the measured propeller curves allows assigning to each runner blade angle the optimum guide vane opening. The net head was calculated from the difference of the sea and reservoir levels, which were measured in bulkhead grooves and from the difference of the kinetic energy at the inlet and outlet of the turbine. For each operating point the following parameters were measured: • Guide vane opening (in percent of total opening) with an accuracy of 1%; • Runner blade inclination (in percent of total opening) with an accuracy of 1%; • Sea level at bulkhead groove with an accuracy of 2 cm; • Basin level at bulkhead groove with an accuracy of 2 cm; • Electrical power with an accuracy of 1.1%; • Flow rate with current meters with an accuracy of 0.92 % in turbine mode. Figure 7 depicts the configuration of measuring equipment for cam tests. Fig. 7: Unit’s instrumentation for cam tests. Fig. 6: Typical velocity distribution in turbine mode for index efficiency measurements. Thus the index velocity can be used to calculate an absolute discharge for the index measurements (cam tests) using the above-defined mean factor. Therefore, an absolute efficiency For cam tests, it is sufficient to measure not the absolute but the index flow rate. Such index flow rate measurements can be performed with an appropriate differential pressure measurement. Unfortunately, La Rance is not equipped with such pressure taps. A first idea was to replace the cathodic protection probes by PCH NOTÍCIAS & SHP NEWS, 67, (4), OUT,DEZ/2015, DA PÁG. 23-27 25 ARTIGOS TÉCNICOS pressure taps, as shown in Figure 8. However, the low pressure section was too close to the runner and no relevant differential pressure acquisition was possible. Finally, it was decided to use the current meters method. The duration of the tides was too short to measure absolute discharge for each of the approximately 100 operating points with current meters. One absolute discharge measurement requires indeed about 20-30 minutes, while only 2 hours are available for the measurement with a constant head. As consequence it was decided to measure for the cam tests only with 24 current meters in the mid position. As mentioned above, a special production program allowed keeping a constant gross head for the entire HPP from the lock sensor. The gross head for HPP remained at about 4.5 m except for some acquisitions for which head reached 4.17 m (see Figure 9). The basin level is not flat from bank to bank. Gross head was also measured for group C (C9-C10C11-C12 units). The head was 4.4 m on average with a fluctuation of about ± 0.2 m (4.5 %). Fig. 8: Pressure tap location for index measurements (unsuccessful solution). DISCHARGE MEASUREMENTS AT LA RANCE TIDAL POWER PLANT USING CURRENT METERS METHOD Fig. 9: Unit’s instrumentation for cam tests. Fig. 10: Unit’s instrumentation for cam tests. Net head fluctuated between 3.25 and 4.32 m (see Figure 10). However, for each propeller curve measurement, net head difference between the existing cam point and optimum point did not exceed ± 0.12 m (3.4%) (see Table 3). Table 3: Results for the absolute orifice mode discharge measurements. On existing cam point Net head (m) Optimum point Net head (m) H1c H2c Difference (%) 3.96 H1-4 4.06 2.5% 4.32 H2-3r 4.30 -0.5% H3c 4.11 H3-2 4.12 0.2% H4c 3.88 H4-3 3.83 -1.3% H7c 3.76 H7-2 3.86 2.6% H8c 3.82 H8-3 3.76 -1.6% H9c 3.66 H9-2 3.54 -3.4% Fig. 11: Unit’s instrumentation for cam tests. All results are computed for the net head using equations (1) and (2): (1) (2) Where Q is the absolute discharge (m3/s), Pout the electrical power (MW) and H the net head (m). Cam curves for a 4-meter net head are presented in Figure 11. 26 Fig. 12: Unit’s instrumentation for cam tests. PCH NOTÍCIAS & SHP NEWS, 67, (4), OUT,DEZ/2015, DA PÁG. 23-27 DISCHARGE MEASUREMENTS AT LA RANCE TIDAL POWER PLANT USING CURRENT METERS METHOD TECHNICAL ARTICLES For index measurement, uncertainty is derived from random uncertainty only. The systematic uncertainty can be assumed to be constant for flow rate variations. The random uncertainty of the flow rate was determined to be 0.33 %. It is the mean standard deviation of several acquisitions at the same point. Figure 11 shows that efficiency could be increased by up to 2 percent with the optimized cam relation for the head conditions of the field tests. This is achieved by a 0 to 6 % smaller guide vane opening compared to the existing cam (Figure 12). 7. CONCLUSION La Rance Tidal Power Plant is a complex place for flow rate measurement as the head keeps changing and the intake is very short. Measuring a relative flow rate was not possible because no such pressure taps for index measurements were considered during the construction of the power plant. New pressure taps were installed at the positions of the existing cathodic protection system, but differential pressures were too small and no accurate relationship between the differential pressure and relative flow rate could be obtained. A special movable structure was then designed to fix 24 current meters and to explore the basin-side bulkhead cross section in the two directions of flow. The absolute flow rates are calculated by integrating the differences between CFDsimulated velocities and the measured point velocities to reduce the integration error. Good results have been achieved in this way with an estimated uncertainty of 0.92 % in direct turbine mode and 1.82 % in reverse mode. With this structure, cam tests could also be performed by measuring velocities in the mid position of the bulk head cross section with 24 current meters. Discharge has then been calculated using a factor between index velocity and absolute flow rate. Only two consecutive tides and a duration of 4 hours were needed to complete cam tests for one head. Results show that turbine efficiency could be improved for high flow rates by about 2 percent with a better relation of guide vane and runner blades openings. This finding enables the power plant operator now to optimize the production of the tested and all the other 23 units. 8. REFERENCES • [1] Standard IEC 60041. Field acceptance tests to determine the hydraulic performance of hydraulic turbines, storage pumps and pump turbine. IEC, 3rd edition, 1991. • [2] EDF-DTG, A. Reymond. LA RANCE – Groupe n°E19 – Détermination de la conjugaison optimume sous 5,80 m et 7,50 m, 1999. PCH NOTÍCIAS & SHP NEWS, 67, (4), OUT,DEZ/2015, DA PÁG. 23-27 27 ARTIGOS TÉCNICOS 28 PCH NOTÍCIAS & SHP NEWS, 66, (3), ABR,JUN/2015, DA PÁG. 3-5 TECHNICAL ARTICLES PCH NOTÍCIAS & SHP NEWS, 66, (3), ABR,JUN/2015, DA PÁG. 3-5 29 ARTIGOS TÉCNICOS 30 PCH NOTÍCIAS & SHP NEWS, 66, (3), ABR,JUN/2015, DA PÁG. 3-5 ARTIGOS TÉCNICOS TECHNICAL ARTICLES INSTRUÇÕES AOS AUTORES INSTRUCTIONS FOR AUTHORS Forma e preparação de manuscrito Form and preparation of manuscripts Primeira Etapa (exigida para submissão do artigo) First Step (required for submition) O texto deverá apresentar as seguintes características: espaçamento 1,5; papel A4 (210 x 297 mm), com margens superior, inferior, esquerda e direita de 2,5 cm; fonte Times New Roman 12; e conter no máximo 16 laudas, incluindo quadros e figuras. Na primeira página deverá conter o título do trabalho, o resumo e as Palavras-chave. Os quadros e as figuras deverão ser numerados com algarismos arábicos consecutivos, indicados no texto e anexados no final do artigo. Os títulos das figuras deverão aparecer na sua parte inferior antecedidos da palavra Figura mais o seu número de ordem. Os títulos dos quadros deverão aparecer na parte superior e antecedidos da palavra Quadro seguida do seu número de ordem. Na figura, a fonte (Fonte:) vem sobre a legenda, à direta e sem ponto final; no quadro, na parte inferior e com ponto final. O artigo em PORTUGUÊS deverá seguir a seguinte sequência: TÍTULO em português, RESUMO (seguido de Palavras-chave), TÍTULO DO ARTIGO em inglês, ABSTRACT (seguido de keywords); 1. INTRODUÇÃO (incluindo revisão de literatura); 2. MATERIAL E MÉTODOS; 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO; 4. CONCLUSÃO (se a lista de conclusões for relativamente curta, a ponto de dispensar um capítulo específico, ela poderá finalizar o capítulo anterior); 5. AGRADECIMENTOS (se for o caso); e 6. REFERÊNCIAS, alinhadas à esquerda. O artigo em INGLÊS deverá seguir a seguinte sequência: TÍTULO em inglês; ABSTRACT (seguido de Keywords); TÍTULO DO ARTIGO em português; RESUMO (seguido de Palavras-chave); 1. INTRODUCTION (incluindo revisão de literatura); 2. MATERIALAND METHODS; 3. RESULTS AND DISCUSSION; 4. CONCLUSIONS (se a lista de conclusões for relativamente curta, a ponto de dispensar um capítulo específico, ela poderá finalizar o capítulo anterior); 5. ACKNOWLEDGEMENTS (se for o caso); e 6. REFERENCES. O artigo em ESPANHOL deverá seguir a seguinte sequência: TÍTULO em espanhol; RESUMEN (seguido de Palabra llave), TÍTULO do artigo em português, RESUMO em português (seguido de palavras-chave); 1. INTRODUCCTIÓN (incluindo revisão de literatura); 2. MATERIALES Y METODOS; 3. RESULTADOS Y DISCUSIÓNES; 4. CONCLUSIONES (se a lista de conclusões for relativamente curta, a ponto de dispensar um capítulo específico, ela poderá finalizar o capítulo anterior); 5. RECONOCIMIENTO (se for o caso); e 6. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS. Os subtítulos, quando se fizerem necessários, serão escritos com letras iniciais maiúsculas, antecedidos de dois números arábicos colocados em posição de início de parágrafo. No texto, a citação de referências bibliográficas deverá ser feita da seguinte forma: colocar o sobrenome do autor citado com apenas a primeira letra maiúscula, seguido do ano entre parênteses, quando o autor fizer parte do texto. Quando o autor não fizer parte do texto, colocar, entre parênteses, o sobrenome, em maiúsculas, seguido do ano separado por vírgula. O resumo deverá ser do tipo indicativo, expondo os pontos relevantes do texto relacionados com os objetivos, a metodologia, os resultados e as conclusões, devendo ser compostos de uma sequência corrente de frases e conter, no máximo, 250 palavras. Para submeter um artigo para a Revista PCH Notícias & SHP News o(os) autor(es) deverão entrar no site www.cerpch.unifei. edu.br/submeterartigo. Serão aceitos artigos em português, inglês e espanhol. No caso das línguas estrangeiras, será necessária a declaração de revisão linguística de um especialista. Segunda Etapa (exigida para publicação) The manuscript should be submitted with following format: should be typed in Times New Roman; 12 font size; 1.5 spaced lines; standard A4 paper (210 x 297 mm), side margins 2.5 cm wide; and not exceed 16 pages, including tables and figures. In the first page should contain the title of paper, Abstract and Keywords. The tables and figures should be numbered consecutively in Arabic numerals, which should be indicated in the text and annexed at the end of the paper. Figure legends should be written immediately below each figure preceded by the word Figure and numbered consecutively. The table titles should be written above each table and preceded by the word Table followed by their consecutive number. Figures should present the data source (Source) above the legend, on the right side and no full stop; and tables, below with full stop. The manuscript in PORTUGUESE should be assembled in the following order: TÍTULO in Portuguese, RESUMO (followed by Palavras-chave), TITLE in English; ABSTRACT in English (followed by keywords); 1. INTRODUÇÃO (including references); 2. MATERIAL E MÉTODOS; 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO; 4. CONCLUSÃO (if the list of conclusions is relatively short, to the point of not requiring a specific chapter, it can end the previous chapter); 5. AGRADECIMENTOS (if it is the case); and 6. REFERÊNCIAS, aligned to the left. The article in ENGLISH should be assembled in the following order: TITLE in English; ABSTRACT in English (followed by keywords); TITLE in Portuguese; ABSTRACT in Portuguese (followed by keywords); 1. INTRODUCTION (including references); 2. MATERIAL AND METHODS; 3. RESULTS AND DISCUSSION; 4. CONCLUSIONS (if the list of conclusions is relatively short, to the point of not requiring a specific chapter, it can end the previous chapter); 5. ACKNOWLEDGEMENTS (if it is the case); and 6. REFERENCES. The article in SPANISH should be assembled in the following order: TÍTULO in Spanish; RESUMEN (following by Palabrallave), TITLE of the article in Portuguese, ABSTRACT in Portuguese (followed by keywords); 1. INTRODUCCTIÓN (including references); 2. MATERIALES Y MÉTODOS; 3. RESULTADOS Y DISCUSIÓNES; 4. CONCLUSIONES (if the list of conclusions is relatively short, to the point of not requiring a specific chapter, it can end the previous chapter); 5.RECONOCIMIENTO (if it is the case); and 6. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS. The section headings, when necessary, should be written with the first letter capitalized, preceded of two Arabic numerals placed at the beginning of the paragraph. References cited in the text should include the author’s last name, only with the first letter capitalized, and the year in parentheses, when the author is part of the text. When the author is not part of the text, include the last name in capital letters followed by the year separated by comma, all in parentheses. Abstracts should be concise and informative, presenting the key points of the text related with the objectives, methodology, results and conclusions; it should be written in a sequence of sentences and must not exceed 250 words. For paper submission, the author(s) should access the online submission Web site www.cerpch.unifei.edu.br/submeterartigo (submit paper). The Magazine PCH Notícias & SHP News accepts papers in Portuguese, En-glish and Spanish. Papers in foreign languages will be requested a declaration of a specialist in language revision. Second Step (required for publication) O artigo depois de analisado pelos editores, poderá ser devolvido ao(s) autor(es) para adequações às normas da Revista ou simplesmente negado por falta de mérito ou perfil. Quando aprovado pelos editores, o artigo será encaminhado para três revisores, que emitirão seu parecer científico. Caberá ao(s) autor(es) atender às sugestões e recomendações dos revisores; caso não possa(m) atender na sua totalidade, deverá(ão) justificar ao Comitê Editorial da Revista. After the manuscript has been reviewed by the editors, it is either returned to the author(s) for adaptations to the Journal guidelines, or rejected because of the lack of scientific merit and suitability for the journal. If it is judged as acceptable by the editors, the paper will be directed to three reviewers to state their scientific opinion. Author(s) are requested to meet the reviewers, suggestions and recommendations; if this is not totally possible, they are requested to justify it to the Editorial Board. Obs.: Os artigos que não se enquadram nas normas acima descritas, na sua totalidade ou em parte, serão devolvidos e perderão a prioridade da ordem sequencial de apresentação. Obs.: Papers that fail to meet totally or partially the guidelines above described will be returned and lose the priority of the sequential order of presentation.