Hiperlipidemia - SBEM Regional DF

Transcrição

Hiperlipidemia - SBEM Regional DF
Como a Hiperlipidemia
é tratada?
O tratamento da hiperlipidemia é feito
com mudanças na dieta, perda de peso e com
exercícios físicos. Caso necessário, o seu médico prescreverá um medicamento. O tipo e a
dosagem da medicação dependerá do nível
específico da gordura alterada no sangue (e
não do colesterol total), de outras doenças coexistentes (como o diabetes ou doenças no fígado) ou de outros fatores de risco.
Existem medicamentos que podem baixar o colesterol-LDL e os triglicerídeos ou aumentar o colesterol HDL. A estatina é o medicamento mais comumente usado para baixar o
colesterol-LDL. Os fibratos e a niacina são usados para baixar triglicerídeos e para aumentar
o colesterol-HDL.
Revisores:
Valéria Guimarães
Luiz Cláudio Castro
Mariângela Sampaio
João Lindolfo Borges
Referências
Este é um texto original, traduzido e adaptado pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e
Metabologia–Regional do DF, com autorização e
permissão de divulgação da The Hormone Foundation e The Endocrine Society. Para conhecer a
versão original em inglês ou em espanhol, deste
ou de outros temas em Endocrinologia e Metabologia, acesse os seguintes sites:
Porque esta informação
é importante para mim?
• The Hormone Foundation: www.hormone.org
• The Endocrine Society: www.endo-society.org
Nem todo paciente com hiperlipidemia
tem as mesmas características. Pergunte ao
seu médico com que freqüência você deve verificar suas taxas. Quando existir uma hiperlipidemia simples, o clínico geral ou o cardiologista poderão monitorar o tratamento. Entretanto, desordens mais complexas devem ser tratadas por um especialista. Um endocrinologista é particularmente treinado para diagnosticar
e tratar as desordens hormonais e do metabolismo.
Lembre-se de que a perda de peso aliada à atividade física é a melhor maneira de prevenir e de controlar a hiperlipidemia. O diagnóstico e o tratamento precoces permitirão uma
melhor saúde, prevenindo o desenvolvimento
de doenças cardiovasculares.
• Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia: www.endocrino.org.br
• Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional do DF: www.sbem.org.br/df
Este folder é uma cortesia de seu endocrinologista:
Hiperlipidemia (nível elevado de gordura no sangue)
Hiperlipidemia
(nível elevado de gordura no sangue)
O que é a hiperlipidemia?
A hiperlipidemia consiste em níveis elevados de gordura (ou lipídios) no sangue. As duas
principais gorduras presentes no sangue são o
colesterol e os triglicerídeos, que servem de combustível para os processos metabólicos, sendo importantes para o funcionamento do nosso corpo.
Entretanto, quando seus níveis estão muito elevados, podem causar doenças cardiovasculares como
o infarto e o derrame, colocando a vida do indivíduo
em situação de risco.
O que causa
a hiperlipidemia?
A hiperlipidemia é causada por ingestão
excessiva de gorduras (ex: carne, queijo, creme,
ovos, marisco, etc.), por produção excessiva do próprio organismo ou por ambas.
As gorduras não se dissolvem em água.
Para serem transportadas pela corrente sanguínea
precisam de se ligar a uma proteína. Desta união,
resulta no que chamamos de lipoproteína.
Existem quatros tipos deproteinas lipoproteínas no
corpo:
• Lipoproteína de baixa densidade (LDL)
• Lipoproteína de alta densidade (HDL)
• Lipropoteínas de muito baixa densidade
• Quilomicrons
O excesso de LDL no sangue (conhecido
como colesterol "ruim") pode depositar-se ao longo dos anos nas artérias (vasos sangüíneos que
carregam o sangue por todo corpo) e resultar em
doenças como o infarto e o derrame. Por outro lado,
ter HDL mais alto, que é o colesterol "bom",
protege o coração ajudando a remover o acúmulo de
LDL das artérias. Baixos níveis de HDL e triglicerídeos elevados também podem aumentar a deposição
de gordura nas artérias e causar doenças do coração,
principalmente naquelas pessoas que são obesas ou
portadoras de diabetes.
Quais são outros fatores de
risco que levam a hiperlipidemia?
Estar com sobrepeso ou obeso, não fazer atividade física, ter uma dieta rica em gordura saturada
e pobre em frutas, verduras e fibras são fatores que
contribuem para as concentrações elevadas de determinados lipídeos, favorecendo o desenvolvimento da
hiperlipidemia. Contudo, além da dieta inadequada,
há outros fatores que podem levar a esta condição.
A hiperlipidemia pode ser herdada, ocorrendo
na família como uma desordem genética:
• Hipercolesterolemia familiar - altos níveis de
LDL
• Hipertrigliceridemia familiar- altos níveis de
triglicerídeos
• Hiperlipidemia familiar combinada - altos
níveis de colesterol e/ou de triglicerídeos associados
a baixos níveis de HDL.
Cada indivíduo elimina as gorduras do sangue
de um modo diferente. Um indivíduo pode consumir
grandes quantidades de gordura animal e nunca apresentar uma concentração de colesterol total superior
a 200 mg/ dl, enquanto um outro pode seguir uma
dieta hipogordurosa e jamais apresentar uma concentração de colesterol total inferior a 260 mg/dl.
Essa diferença parece ser parcialmente determinada geneticamente e está em grande parte relacionada com as diferentes velocidades com que as lipoproteínas entram e são removidas da corrente sangüínea.
As hiperlipidemias também ocorrem associadas a transtornos metabólicos e hormonais como
o diabetes mellitus, o hipotireoidismo e a Síndrome
de Cushing. Podem decorrer do uso de medicamentos como os anticoncepcionais orais, de outros tratamentos hormonais, ou do uso de alguns
diuréticos e medicamentos usados no tratamento
de doenças cardiovasculares, como por exemplo
os betabloqueadores.
Como a hiperlipidemia
é diagnosticada?
A hiperlipidemia é assintomática. A pesquisa é feita através de exames de sangue que medem os níveis de colesterol, das suas frações e de
triglicerídeos. De acordo com as diretrizes de dislipidemia, o adulto sadio deve ser examinado uma
vez a cada cinco anos, iniciando-se a pesquisa a
partir dos 20 anos. Se existir um histórico familiar
de colesterol elevado ou outros fatores de risco,
inicia-se a investigação e a realização de exames
mais precocemente.
Níveis desejáveis de
gordura no sangue
Colesterol Total
Abaixo de 200 mg/dL (níveis acima de 200 podem
indicar maior risco de doença cardíaca)
Colesterol-HDL
Acima de 40 mg/dl para homens e 50mg/dl para
mulheres
Colesterol-LDL
Abaixo de 130mg/dl (pessoas com doenças cardíacas ou diabetes devem ficar abaixo de 100 mg/dl)
Triglicerídeos
Abaixo de 150 mg/dl