1 teoria e prática na utilização da matriz insumo
Transcrição
1 teoria e prática na utilização da matriz insumo
1 TEORIA E PRÁTICA NA UTILIZAÇÃO DA MATRIZ INSUMO-PRODUTO COMO FERRAMENTA DE PESQUISA THEORY AND PRACTICE ON THE USING OF INPUT-OUTPUT MATRIX AS A RESEARCH TOOL RESUMO Nivaldo Camilo Neste trabalho apresenta-se a metodologia de uso de matrizes insumo-produto desenvolvida por Leontief e uma versão adaptada à economia brasileira a partir dos dados da Contabilidade Social. É um instrumento de apoio aos gestores públicos e empresariais, que evita colapsos e interrupções na demanda agregada e no fornecimento de insumos produtivos. Nas análises para a tomada de decisão, tem a finalidade de mensurar variáveis macroeconômicas, de identificar gargalos do sistema econômico e de otimizar o fluxo de produto entre setores e departamentos no planejamento das empresas. A utilização de matrizes insumo-produto teve início nos anos quarenta com a economia americana e foi amplamente difundida com o advento da computação. A mensuração das variáveis macroeconômicas, tais como: nível de renda, emprego, massa de salários, consumo agregado, fluxos de poupança e de investimentos e os impostos diretos e indiretos, facilita e otimiza o sincronismo ente os departamentos e minimiza as despesas com estoques e outros gastos desnecessários. O artigo decorre de dissertação realizada no Mestrado em Desenvolvimento Econômico pela Universidade Federal do Paraná em 1997. Mesmo decorridos dez anos, esta ferramenta atende à demanda de planejamento dos estados, municípios e empresas, especialmente em dias de Plano de Aceleração do Crescimento. Palavras-chave: Insumo-produto; planejamento; otimização de custos. ABSTRACT In this paper, the method of using input-output matrixes developed by Leontief is presented with a version adapted to Brazilian economy from Social Accounting data. This is a support instrument to public and company managers in order to avoid interruptions and collapses in the added demand and also in the productive supply inputs. In decisiontaking analysis, it has the role to measure macroeconomic variables, to identify economic system bottlenecks ant to optimize output flow between economic sectors and departments in social and company planning. The using of input-output matrixes had it’s beginning in the forties with the American economy development and was widely spread out after computing advent. Measuring macroeconomic variables such as income level, employment, total wage, aggregate consumption, savings and investments flow, direct and indirect taxes facilitates and optimizes synchronism between departments and minimizes inventory expenditures and other unnecessary expenses. The paper becomes from author’s Final Research Paper at Paraná State University Master’s Program in Economic Development, done in 1997. Even though ten years elapsed from then, this tool remains useful to public and company demand on planning, specially on these days of Brazilian Government’s Plano de Aceleração do Crescimento (Growing Acceleration Program). Keywords: Input-output, planning, cost optimization JEL: C-61, C-67, L-230. Professor Coordenador do Curso de Ciências Econômicas do ICSP/FESP Economista (FAE) Especialista em Desenvolvimento Econômico (UFPR) Mestre em Desenvolvimento Econômico (UFPR) Rua das Seringueiras, 167 82.840-70 Curitiba – PR – Brasil (41) 32063134 [email protected] 2 INTRODUÇÃO As matrizes insumo-produto desenvolvidas pelo russo naturalizado norte americano – Wassily W. Leontief, revolucionaram a maneira de trabalhar com os dados da economia americana. As barreiras deixadas pela falta de informações ou pela má qualidade destas, quando do levantamento estatístico, foram amenizadas pelo uso da técnica. Difundida pelos governantes do resto do mundo capitalista, a técnica de insumo-produto ganhou fôlego com o advento e melhoria nos programas de computador. A Organização das Nações Unidas – ONU, na pessoa de seus técnicos, apressou-se em recomendar padronizações para o uso adequado das informações e tornar uma linguagem universal a análise dos dados obtidos com os países membros. Não obstante, o uso da técnica tornou-se extensiva aos meios empresariais e aos governantes dos estados e municípios, porém não dispensa o conhecimento e uso das teorias econômicas na análise dos dados processados. O uso das matrizes insumo-produto constitui em um importante ferramental nos planejamentos públicos e empresariais, apontando lacunas e pontos de estrangulamento, que uma vez resolvidos, torna o sistema econômico, as empresas, e a sociedade, mais dinâmicos e prósperos, especialmente em dias de Plano de Aceleração do Crescimento. 1 A FERRAMENTA MATRIZES INSUMO-PRODUTO A abordagem metodológica consiste na utilização de um modelo multissetorial de mensuração da participação relativa de cada setor de um sistema econômico na economia ou da participação de cada departamento de uma empresa em seu todo. O instrumental metodológico apresenta a técnica do modelo de cálculo das matrizes de coeficientes técnicos diretos e de impacto total, seguido de compatibilização e desagregação das matrizes insumo-produto. 1.1 Evolução Histórica do Modelo A análise de insumo-produto envolve uma avaliação das relações intersetoriais entre setores compradores de bens e serviços e os que produzem bens e serviços que são vendidos a outros setores. Dentro de uma empresa, esta relação ocorre entre os diversos departamentos, desde os insumos que entram nos 3 estoques na relação da empresa com seus fornecedores a seu produto final com seus clientes. Esta relação de interdependência entre os setores foi apresentada primeiramente em 1758 por François Quesnay ao publicar a obra ‘Tableau Economique’, considerado trabalho pioneiro ao tentar descrever os fluxos da economia francesa. Pouco mais de um século depois, outro francês Leon Walras dava um novo passo ao publicar ‘Elements d`Économie Politique Pure’ em 1874, onde através de um sistema de equações Walras buscava determinar de forma simultânea todos os preços em uma economia, além do que, considerava os custos da produção em cada setor. O modelo desenvolvido por Walras, segundo Miernyk (1974, p.13) “mostra a interdependência entre os setores de produção da economia e as demandas correntes de cada setor para os fatores de produção”. Ainda faz parte do modelo equações representando a renda e as despesas do consumidor, além do que o modelo também contempla a possibilidade de substituição de produtos de um setor por produtos de outro. Não obstante, não fora apenas o pioneirismo de Quesnay sobre as relações de interdependência que o avanço do modelo de Walras chegou ao modelo de Insumo-produto de Leontief, importantes economistas, como Gustav Cassel da Suécia e Vilfredo Pareto da Itália também deram sua parcela de contribuição para o desenvolvimento da teoria do equilíbrio geral. No entanto, o desfecho do trabalho de Quesnay só ocorre por volta de agosto de 1936, portanto, 178 anos depois na Universidade de Harward nos Estados Unidos com a publicação da obra do Professor Wassily Leontief, através de seu artigo ‘Quantitative Input - Output Relations in the Economic System of the United States’. A experiência prática do trabalho de Leontief se dá em 1941 com a publicação das idéias de seu trabalho inicial analisando as tabelas de insumoproduto da economia ‘The Structure of American Economy, 1919 – 1929’. A evolução do trabalho de Leontief conforme Rossetti (1992, p.232) “corresponde a um modelo simplificado do modelo Walrasiano”. O que Leontief propunha, contribuiria com um estreitamento definitivo entre a teoria e a prática, numa avaliação empírica do equilíbrio geral. Esse novo instrumento veio permitir a obtenção de resultados analíticos mais precisos e com maior nível de detalhamento, dada a vasta possibilidade de cruzamento das informações estatísticas sobre variáveis econômicas como a produção, consumo, os preços, o emprego e ‘n’ outros 4 indicadores, sem dúvida de extrema importância para os tomadores de decisões relacionadas a medidas de política econômica. A importância da análise das relações intersetoriais levou muitas nações a investirem na pesquisa de novas técnicas de construção de matrizes insumo-produto a partir dos anos cinqüenta. Na realidade, esta nova sistemática, em última instância, atribuída ao trabalho de Leontief tornou possível realizar avaliações intersetoriais de vários sistemas econômicos. Constituiu-se, assim, no ferramental básico para o desenvolvimento de pesquisas, destacando a participação de cada setor no sistema econômico e sua importância para a economia, empiricamente em relação aos demais setores, bem como nos estudos da participação de cada departamento da empresa relativamente à empresa como um todo. 1.2 As Matrizes insumo-produto do Sistema Econômico Brasileiro Uma condição essencial para se obter matrizes insumo-produto, em qualquer sistema econômico, é a disponibilidade de dados. Na economia brasileira as matrizes são construídas a partir de informações das Contas Nacionais. Os dados originais disponibilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, sobre as relações intersetoriais são organizados em duas matrizes básicas, a matriz de produção e a matriz de absorção, ambas retangulares, inapropriadas para utilização direta da metodologia de Leontief que requer os dados em uma única matriz quadrada. Da mesma forma, o nível de desagregação setorial difere entre as matrizes para cada série de dados. Estas restrições à utilização direta da metodologia de Leontief são superadas através de um aparato metodológico próprio, desenvolvido pelos técnicos do IBGE conforme recomendações das Nações Unidas, constituindo uma metodologia própria que vem permitir análise de dados da economia brasileira com a obtenção de matriz quadrada e compatibilizada. O modelo parte de um sistema com as matrizes de produção e a de absorção ou consumo de insumos, que leva a obtenção da matriz tecnológica. Tratase de uma composição de submatrizes, que permite a partir de então a adoção direta da metodologia de Leontief, para uma análise da conjuntura econômica do sistema. São duas identidades contáveis q = Uni + Eni e g = Vi, consistindo no ponto de partida para o desenvolvimento do modelo. 5 A primeira condiz com o conceito do ‘valor da produção interna por produto’ que é igual ao total do seu consumo intermediário pelas atividades produtivas, somado à sua utilização pela demanda final, enquanto que a outra, se define pelo ‘valor da produção de cada atividade’ que é igual à soma dos produtos nela produzidos. Além da simbologia, ainda é indispensável algumas observações para o desenvolvimento do modelo. Nas equações, (diag) significa matriz diagonal construída a partir de um vetor, enquanto que (i) condiz com um vetor unidade, ou um vetor em que todos os elementos são iguais a unidade. Da mesma forma, a multiplicação de uma matriz por (i) resulta num vetor em que cada elemento corresponde ao somatório dos elementos da linha correspondente da matriz. Segue o desenvolvimento do modelo a partir das identidades contábeis básicas: q = Uni + Eni (1) Indica que o vetor da produção nacional por produto é igual ao total de seu consumo intermediário pelos setores produtivos somado à sua utilização final. g = Vi (2) Significa que o valor da produção de cada setor produtivo é igual ao somatório dos produtos nele produzidos. Adotando a hipótese de tecnologia de setor associada à construção de modelo, obtém-se a matriz de participação do consumo de insumos intermediários no valor da produção dessa atividade, ou seja, a matriz B de coeficientes de insumoproduto, onde: B = Un diag (g)-1 ou Un = B diag (g) (3) em que a simbologia diag(g) corresponde à diagonalização do vetor de produção por atividade g. Em relação à hipótese, da participação constante dos setores produtivos na produção dos produtos, obtém-se a matriz D de coeficientes de participação setorial na produção: D = V diag (q)-1, ou V = D diag (q) (4) Neste caso também a simbologia diag(q) tem um significado, corresponde à diagonalização do vetor de produção por produtos q. 6 Sendo o valor da produção de cada atividade igual à soma dos produtos nela produzidos, então: g = Vi (5) Substituindo-se (4) em (5): g = D diag (q) i , ou g = Dq (6) Partindo-se da identidade (1), e substituindo-se (3) e (6) fica: q = B diag (g) i + Eni , ou q = Bg + Eni ; q = Bdq + Eni ; q - Bdq = Eni ; q.(1 - BD) = Eni (7) q = (1 - BD)-1 . Eni (8) Na equação (8) o elemento BD é a matriz de coeficientes técnicos diretos entre produtos, enquanto que (1 - BD)-1 é a matriz de impacto diretos e indiretos entre produtos, também denominada de matriz inversa de Leontief. Com o desfecho de modelo para a economia brasileira, a partir da correlação produto versus produto na equação (8), pode-se facilmente derivar a correlação atividade versus atividade. Assim, para obter-se a equação em termos de atividade, basta substituir (7) em (6), então: g = DBg + Eni , ou g - Dbg = Eni ; g = (1 - DB)-1. Eni (9) Contudo, na equação (9), a matriz Eni apresenta uma correlação produto versus produto. Para transformá-la numa correlação atividade versus atividade, basta multiplicar D pela matriz Eni, então: g = (1 - DB)-1 . D.Eni (10) onde DB é a matriz de coeficientes técnicos diretos entre atividades e (1-1 DB) é a matriz de impacto diretos e indiretos entre atividades. A multiplicação das matrizes D e Eni funciona como transformadora do valor dos totais de demanda final por produtos em outro vetor dos totais de demanda final por atividade (IBGE, 1989, p.35-42). A obtenção da equação (10) da metodologia desenvolvida pelo IBGE, permite uma associação direta com a equação básica da metodologia do insumoproduto de Leontief, ou seja, a matriz DB ou matriz A, que instrumentaliza para uma análise das relações intersetoriais, porém restrita a uma avaliação dos impactos 7 diretos, onde mudanças ocorridas em um determinado setor implicam diretamente em variações nos demais setores. Para uma análise mais ampla do insumo-produto, a matriz (1 - DB)-1, ou matriz inversa de Leontief, equivalente a (I - A)-1 do modelo e denota os impactos diretos e indiretos, quando mudanças ocorridas em um determinado setor, implica direta e indiretamente em variações nos demais setores da economia. Uma vez identificadas e demonstradas as matrizes integrantes da equação do modelo de insumo-produto, a estrutura matricial conforme Rossetti (1992, p.249) pode ser apresenta da seguinte forma: 1 - a11 0 - a12 0 - a13 ... 0 - a1n X1 Y1 0 - a 21 1 - a22 0 - a23 ... 0 - a2n X2 Y2 0 - a31 0 - a32 1 - a33 ... 0 - a3n x X3 = Y3 ....................................................... .... .... 0 - an1 Xn Yn 0 - an2 0 - an3 ... 1 -ann A primeira matriz indica [ I - A ], enquanto a segunda e a terceira são definidas por X e Y respectivamente representando matrizes-coluna, assim o produto entre matrizes é obtido da seguinte forma: [I-A] X=Y Ainda de acordo com as explicações de Rossetti (1992, p.250), “a matriz A é a matriz dos coeficientes técnicos, I é uma matriz de identidade de ordem n, X é a matriz-coluna dos valores brutos da produção de cada indústria e Y a matriz-coluna da demanda final.” Normalmente o interesse do analista econômico baseia-se na intenção de conhecer os valores brutos da produção, decorrentes dos efeitos diretos e indiretos de determinada expansão da demanda final. De maneira análoga, na empresa o administrador deseja saber os resultados, sendo necessário detectar os insumos para chegar ao resultado desejado. Para tanto, a resolução da equação matricial visando o atendimento desse objetivo, requer um procedimento para isolar a matriz X. A expressão matricial da forma como está apresentada, permite o cálculo da demanda final ( Y ), uma vez conhecidos os coeficientes técnicos ( A ) e o valor bruto da produção ( X ). No entanto, o que se deseja é o oposto disto, ou seja, conhecida 8 determinada mudança na demanda final, deseja-se calcular todas as suas repercussões no aparelho produtivo da economia e os resultantes valores brutos da produção. A solução matemática, sem transgredir regras das operações com matrizes, advém da multiplicação de ambos os membros da equação pela inversa de [ I - A ], ou seja: [ I - A ]-1, então tem-se: [ I - A ]-1 . [ I - A ] X = [ I - A ]-1 . Y onde: I . X = [ I - A ]-1 . Y, mas como: I . X = X, tem-se: X = ( I - A )-1 . Y Neste sentido, a estrutura matricial fica representada conforme segue: -1 X1 1 - a11 0 - a12 0 - a13 ... 0 - a1n Y1 X2 0 - a21 1 - a22 0 - a23 ... 0 - a2n Y2 0 - a31 0 - a32 1 - a33 ... 0 - a3n X3 = ... .................................................................... Xn 0 - an1 0 - an2 0 - an3 ... 1 - ann x Y3 ... Yn Uma vez identificadas e demonstradas as matrizes integrantes da equação de Leontief, o desfecho do modelo completo de insumo produto se formaliza através da própria equação: X = ( I - A )-1 . Y, permitindo a partir de então uma análise dos impactos diretos e indiretos das matrizes insumo-produto que este modelo contempla. 1.3 A Compatibilização de Matrizes Insumo-Produto As matrizes insumo-produto para qualquer sistema econômico, no original, não são compatibilizadas devido as diferentes disponibilidades de dados para cada período transcorrido, desde a publicação de uma matriz até a publicação de outra, associado ainda às necessidades de se adaptar as normas de padronização recomendadas pela Organização Mundial das Nações Unidas. O processo de compatibilização entre matrizes de uma mesma economia é necessário devido os diferentes níveis de agregação de setores e produtos quando da elaboração das mesmas. Embora o avanço na elaboração e publicação de 9 matrizes tenha alcançado as expectativas da ONU em relação a seus países membros, a necessidade de melhorar as técnicas de coleta de dados e padronização da metodologia, implicou na publicação de matrizes originais descompatibilizadas. Pelas características inerentes do funcionamento de um sistema econômico, é natural esperar-se que para cada ramo de atividade, resulte em mais de um produto. As matrizes originais de insumo-produto, normalmente são representadas por um número inferior de atividades em relação ao montante de produtos, resultando em matrizes retangulares. Como exemplo, na Matriz brasileira de 1975, para a atividade Extrativa Vegetal os equivalentes produtos são: Madeira em Tora, Lenha, Carvão Vegetal e Outros produtos da Extrativa Vegetal. Para obter uma matriz quadrada do tipo Leontief, as Nações Unidas, publicou apostila instruindo sobre o procedimento correto e recomenda que “os sistemas de classificação utilizados defina o mesmo número de mercadorias que o de indústrias, onde cada indústria se defina em termos de seu produto principal”. No exemplo anterior é necessário agregar os produtos para haver correspondência, denominando-se simplesmente Madeira em Tora ou Produtos da Extrativa Vegetal, para que a nomenclatura do produto seja mais representativa possível. São duas as condicionantes básicas que antecedem a obtenção de matrizes quadradas e compatibilizadas para análise do insumo-produto. Primeiro que as informações nas matrizes originais são dispostas em duas matrizes básicas, a matriz de produção e matriz de absorção, ambas retangulares. Segundo, que o nível de desagregação setorial se difere entre as mesmas para cada período de levantamento de dados. Assim, a estrutura básica de uma matriz insumo-produto se subdivide em três submatrizes que compreende a matriz de demanda intermediária, a matriz de demanda final e a matriz dos insumos primários ou matriz renda. A demanda intermediária ou consumo intermediário “corresponde ao consumo corrente realizado pelos setores produtivos”. (ROSSETTI, 1992, p. 298). “Demanda intermediária, representa os fornecimentos e aquisições de cada setor em relação a si próprio e aos demais.” (Idem, ibid.) Para Considera e Silva (1994, p. 27), consumo intermediário “é o consumo de bens e serviços mercantis utilizados na produção de outros bens e serviços - mercantis ou não, realizado por unidades residentes no território econômico nacional.” Desta maneira, a interdependência econômica entre os setores produtivos, resulta da interação entre as unidades 10 produtoras que repassam seus bens a outras unidades para serem processados, passando por uma nova etapa do processo produtivo na unidade de destino. Neste sentido, quanto mais etapas e unidades produtivas a que estão sujeitos os produtos no sistema econômico, até ficarem prontos para o consumo final, maior a especialização do trabalho e interdependência econômica. Naturalmente, este grau de interdependência ocorre de forma distinta para cada seguimento setorial da economia. Na demanda final, os agregados macroeconômicos básicos, são as unidades familiares, o governo e a formação bruta de capital fixo. A partir da ótica da produção a demanda final é analisada enfatizando-se unicamente o destino dessa produção. Para Considera e Silva (1994, p. 27), a demanda final “são os bens destinados à satisfação das necessidades da população”. Destina-se única e exclusivamente às unidades familiares e administrações públicas, uma vez que o consumo intermediário é atributo das empresas. O consumo pessoal na demanda final é atribuído ao indivíduo, quando da absorção de bens e serviços do mercado, mediante a contraprestação com recursos do seu salário. O consumo do governo é tomado unicamente como uma categoria de destino da produção, não sendo valorado a sua produção nem considerados os salários pagos nas suas atividades, uma vez que produção e renda restringem-se aos setores produtivos. A formação Bruta de Capital Fixo para Considera e Silva (1994, p.28), consiste no “valor dos bens duráveis, assim como os serviços a eles incorporados, com vida útil normal superior a um ano, para serem usados no processo de produção”. 1.4 Matriz Renda ou Matriz dos Insumos Primários Os denominados recursos primários da economia são computados separadamente daqueles oriundos das transações intersetoriais no processo produtivos. A diferença está que os recursos primários são gerados na própria instituição (basicamente os salários, lucros e impostos indiretos), contrapondo-se com o conceito de insumos secundários que entram no processo produtivo adquiridos de outras instituições, seja dentro do próprio setor que representa ou adquiridos de outros setores do sistema econômico. Os insumos primários são valores agregados necessários para efetivar a produção do bem ou serviço, cuja finalidade está na remuneração do capital (a 11 renda, os juros e aluguéis), do trabalho e outras rendas destinadas a compor indiretamente parte das receitas públicas, ou seja, os impostos indiretos. Como exemplo, basta recorre à matriz renda da economia brasileira de 1975, pois para identificar essa matriz, o código 8001000 representa o total de salários pagos, enquanto que os impostos indiretos estão indicados pelo código 7070001 e o código 80040001 indica a remuneração do capital. Naturalmente, esses itens, dado a complexidade das matrizes insumo-produto, não constituem os únicos elementos do valor agregado da economia brasileira, mas são considerados para efeito de análise dado os seus níveis de representatividade e objeto de investigação e preocupação dos economistas em termos de remuneração do capital, do trabalho e geração de impostos. Outro exemplo é a matriz renda da economia brasileira de 1985 que, dado o seu maior nível de agregação, o IBGE não denominou especificamente com códigos os elementos de cada linha da matriz a exemplo do que o fez com as matrizes anteriores, no entanto, para melhor identificação dos elementos da matriz, optou-se por identificá-los pela ordem das linhas da esquerda para a direita e de cima para baixo. Nessa sistemática, são identificados os salários, decomposto em salários com vínculo e salário sem vínculo. A remuneração do capital está identificada como excedente bruto ou remuneração bruta do capital e os impostos indiretos estão denominados como impostos indiretos sobre atividades. 2 A UTILIZAÇÃO DIRETA DE MATRIZES INSUMO-PRODUTO O capítulo anterior esclarece as etapas que antecedem a utilização direta de matrizes insumo-produto de Leontief. As etapas que ora se desenvolvem procura demonstrar os passos para a utilização de matrizes no planejamento governamental e empresarial. Tomando-se como exemplo um modelo hipotético simples de economia fechada com governo a três setores, ou um sistema empresarial decomposto em “n” setores, as matrizes insumo-produto são quadros de dupla entrada, construídos a partir da desagregação da conta produção que consiste em estabelecer a produção ao nível de cada um dos setores do sistema macroeconômico ou microeconômico em nível de empresa, conforme o caso. Em seqüência, o procedimento leva ao intercruzamento de vetores-linha e de vetores-coluna, respectivamente 12 correspondentes às transações contabilizadas a crédito e a débito. Seguindo esta lógica, as matrizes insumo-produto constituem-se de vetores-linha e vetores-coluna. Os primeiros indicam, para cada um dos setores do sistema econômico ou departamentos de produção na indústria, a destinação de seus produtos. Quanto aos vetores-coluna, indicam para cada caso, sistema econômico ou empresa, a origem dos bens e serviços intermediários utilizados no processo processamento de sua produção e seus correspondentes valores agregados brutos. Desta forma, a Figura 1 apresenta o modelo hipotético de matrizes insumoproduto aplicado a três setores ou departamentos: Figura 1 Matriz insumo-produto de três departamentos Demanda Intermediária Setor 2 Setor 3 400 250 Sub-Total 750 DF VBP 400 1150 Agricultura Setor 1 100 Indústria 150 100 400 650 350 1000 Serviços 600 200 300 1100 500 1600 Sub Total 850 700 950 2500 1250 3750 VAB 300 300 650 1250 VBP 1150 1000 1600 3750 Fonte: ROSSETTI, 1992, p. 266 Conforme os dados da matriz, o valor bruto da produção – VBP de cada setor ou indústria é decomposto na demanda intermediária – DI e demanda final – DF. O vetor valor agregado bruto – VAB, se constitui na submatriz renda que se obtém ao empregar e combinar os insumos procedentes da própria indústria ou de outras – ou setores, uma vez que se realiza pagamento a fatores, sob a forma de salários, juros, aluguéis, lucros, recolhimento de impostos indiretos, e lança em seus custos, estimativa da depreciação do capital fixo utilizado. Ainda em relação ao valor bruto da produção – VBP, o mesmo consiste no somatório do valor agregado bruto coma as despesas com aquisição de insumos para a realização da produção, na empresa individual ou no sistema econômico de modo geral. 2.1 Planejamento da Demanda Final Assim como em qualquer empresa, para o sistema econômico, mais explicitamente, nos projetos de governo se objetiva a expansão da demanda final ou do produto interno bruto – PIB, mais comumente conhecido. Seguindo o exemplo 13 hipotético, se desejarmos um aumento de 50% para o setor 1 – (DF de 400 para 600); aumento de 60% para o setor 2 – (DF de 350 para 560); e, aumento de 80% para o setor 3 – (DF de 500 para 900), para um período de cinco anos, o ponto de partida é determinar os coeficientes técnicos de produção. Neste sentido, o procedimento consiste em desenvolver algebricamente a metodologia das matrizes de Leontief para estimar as taxas de crescimento do valor bruto da produção por setor ou indústria e os correspondentes valores absolutos das transações intermediárias e finais. 2.2 Determinação dos Coeficientes Técnicos de Produção Determinadas as metas a serem atingidas, pela empresa ou sistema econômico, o primeiro passo é estabelecer a notação matricial aos valores absolutos, como no exemplo a matriz de demanda intermediária está exposta em uma matriz quadrada – três vetores linha por três vetores coluna, conforme a seguir: a11 a12 a13 a21 a22 a23 a31 a32 a33 correspondendo 100 400 250 150 100 400 600 200 300 O coeficiente técnico é obtido averiguando o quanto que cada setor ou indústria participa no valor bruto da produção, ou seja: a11 = x11/X1 ou 100 /1150 = 0,0870; a21 = x21/X1 ou 150 /1150 = 0,1304; a31 = x31/X1 ou 600/1150 = 0,5217; a12 = x12/X2 ou 400 /1000 = 0,4000; a22 = x22/X2 ou 100 /1000 = 0,1000; a32 = x32/X2 ou 200/1000 = 0,2000; a13 = x13/X3 ou 250 /1600 = 0,1563; a23 = x23/X3 ou 400 /1600 = 0,2500; a33 = x33/X3 ou 300/1600 = 0,1875, onde x11 por exemplo corresponde a 100 na matriz dos valores absolutos e para este mesmo exemplo, X1 corresponde ao valor bruto da produção do setor ou indústria 1 (agricultura no exemplo). 14 2.3 Matriz A ou Matriz dos Coeficientes Técnicos de Produção Esta matriz, no sistema de matrizes insumo-produto de Leontief representa o espelho da capacidade produtiva para a empresa ou sistema econômico quando do levantamento dos dados junto aos relatórios técnicos da empresa ou pelos órgãos de pesquisas como no caso brasileiro o instituto brasileiro de geografia e estatística – IBGE, para expressar as demanda intermediária e final necessárias, tecnicamente para atingir o objetivo almejado ao final do quinto ano como no exemplo. Na seqüência, a matriz dos coeficientes técnicos de produção, matriz identidade de ordem ‘n’, matriz coluna dos valores brutos da produção por indústria ou setor e a matriz coluna da demanda final: A = X = 0,0870 0,4000 0,1563 0,1304 0,1000 0,2500 0,5217 0,2000 0,1875 X1 1150 X2 corresponde 1000 X3 1600 I = 1 0 0 0 1 0 0 0 Y1 Y = Y2 1 400 corresponde Y3 350 500 Sendo a notação matricial simplificada [ I – A ] . X = Y, esta expressão matricial permite determinar a demanda final ( Y ), conhecidos os coeficientes técnicos de produção ( A ) e o valor bruto da produção ( X ), mas a questão se resume que o problema é o oposto do que se propõe, ou seja, conhecida uma determinada mudança na demanda final ( Y ), busca-se determinar todas as suas repercussões no aparelho produtor da economia ( A ) e os resultantes valores brutos da produção ( X ). Como saída, multiplica-se os dois membros da expressão matricial pelo inverso da [ I – A ]-1 , então: [ I – A ]-1 . [ I – A ] . X = [ I – A ]-1 . Y, ou seja, I.X = [ I – A ]-1 . Y , mas, como I.X = X, logo, tem-se: X = [ I – A ]-1 . Y, que representa a matriz dos requisitos diretos e indiretos por unidade de demanda final. Recorrendo à matriz de coeficientes técnicos de produção ( A ), e conhecidos os níveis programados da demanda final de cada indústria ou setor, calculam-se os níveis resultantes da demanda intermediária e do valor bruto da produção. 15 2.4 Matriz dos Requisitos Diretos e Indiretos por Unidade de Demanda Final O cálculo da matriz dos coeficientes diretos e indiretos de produção, de acordo com a estrutura produtiva de cada unidade produtiva empresarial ou sistema econômico, é extremamente favorecido graças ao avanço tecnológico alcançado nos últimos tempos com os recursos da planilha eletrônica que a rigor é obtido com a inversão da matriz resultante da matriz identidade ( I ) menos a matriz ( A ), que de acordo com o exemplo segue representada: [ I – A ]-1 = 1,5147 0,7921 0,5351 0,5256 1,4680 0,5529 1,1018 0,8699 1,7108 Esta é a matriz dos requisitos diretos e indiretos por unidade de demanda final vinculada ao exemplo, oferece subsídios para transformar os impactos de índices em valores absolutos. 2.5 Determinação do Valor Bruto da Produção e Demanda Intermediária Programados Uma vez estabelecidos os impactos diretos e indiretos por unidade de demanda final esta passa a ser a matriz chave que pode estabelecer em valores absolutos todas as necessidades de insumos para o alcance de metas estabelecidas, seja no âmbito microeconômico das empresas ou no sistema macroeconômico nas administrações públicas das esferas municipais, estaduais e da união. Conhecidas as novas projeções de demanda final e determinada a matriz dos coeficientes diretos e indiretos pela matriz inversa da matriz tecnológica menos a matriz identidade, calculam-se os novos valores bruto da produção, desagregados ao nível de cada indústria ou setor resolvendo o seguinte sistema matricial: X1 X2 X3 = 1,5147 0,7921 0,5351 0,5256 1,4680 0,5529 1,1018 0,8699 1,7108 600 x 560 900 Efetuada a operação indicada são obtidos os novos valores brutos da produção de cada uma das indústrias ou setores do sistema econômico, ou seja: X1 = (1,5147 x 600) + (0,7921 x 560) + (0,5351 x 900) = 1.834 16 X2 = (0,5256 x 600) + (1,4680 x 560) + (0,5529 x 900) = 1.635 X3 = (1,1018 x 600) + (0,8699 x 560) + (1,7108 x 900) = 2.688 Conhecidos os valores brutos da produção e recorrendo à matriz dos coeficientes técnicos inicialmente calculados é estabelecida a nova estrutura setorial ou industrial de insumo-produto conforme segue: x11 = a11.X1 ou 0,0870 x 1.834 = 160, x21 = a21.X1 ou 0,1304 x 1.834 = 239, x31 = a31.X1 ou 0,5217 x 1.834 = 957; x12 = a12.X2 ou 0,4000 x 1.635 = 654, x22 = a22.X2 ou 0,1000 x 1.635 = 164, x32 = a32.X2 ou 0,2000 x 1.635 = 327; x13 = a13.X3 ou 0,1563 x 2.688 = 420, x23 = a23.X3 ou 0,2500 x 2.688 = 672, x33 = a33.X3 ou 0,1875 x 2.688 = 504. Com os novos valores brutos da produção por setor ou indústria e com a nova estrutura setorial ou industrial de insumo-produto, por resíduo, chega-se aos novos valores agregados brutos de cada setor ou indústria, definindo desta forma, a matriz modificada em decorrência das metas estabelecidas de demanda final, como na Figura 2, a seguir: Figura 2 Matriz modificada Demanda Intermediária Setor 2 Setor 3 654 420 Sub-Total 1.234 DF VBP 600 1.834 Agricultura Setor 1 160 Indústria 239 164 672 1.075 560 1.635 Serviços 957 327 504 1.788 900 2.688 Sub Total 1.356 1.145 1.596 4.097 2.060 6.157 VAB 478 490 1092 2.060 VBP 1.834 1.635 2.688 6.157 Fonte: ROSSETTI, 1992, p. 270 O desfecho da aplicação desta ferramenta, a utilização das matrizes insumoproduto, no planejamento público e empresarial, está sintetizado em Rossetti (2002, p. 270-271), conforme segue: A nova matriz obtida reverte-se de fundamental importância como instrumento de orientação do crescimento econômico programado. Os novos valores 17 obtidos para as transações intra e interindustriais constituem ‘marcos de referência’, indicadores dos suprimentos que devem ocorrer dentro do aparelho de produção da economia, para que os novos níveis programados de demanda final possam ser efetivamente alcançados. A matriz indica os montantes dos valores brutos da produção, dos valores agregados brutos e das relações intra e interindustriais ‘compatíveis com a demanda final desejada’. Confrontando-se esses novos montantes com a capacidade de produção instalada, podem ser definidos os planos de expansão do aparelho produtor do sistema, no sentido de que a capacidade de produção de cada ramo industrial possa ser adequada não somente aos níveis programados da demanda final, mas também às exigências internas dos fornecedores intermediários. Se os planos de expansão forem orientados segundo os marcos de referencia fornecidos pela matriz modificada de insumo-produto, poderão ser minimizados os pontos de estrangulamento internos, no sentido de que as metas de crescimento da demanda final não sejam comprometidas por insuficientes capacidades de atendimento da demanda intermediária. 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS A base do sucesso no mundo moderno é o domínio da informação. Não obstante, o fluxo de dados transborda as caixas postais dos executivos e dos relatórios das empresas e das repartições públicas. Paradoxalmente, a geração de dados provoca uma multiplicidade de inovações para matar a sede de informações que ultrapassam a capacidade de registros. Ao mesmo tempo, fazer levantamento de dados como pesquisa de mercado, novas tendências para os negócios e as melhores escolhas para investimentos em papéis públicos ou privados, custa muito dinheiro. A ferramenta matrizes insumo-produto de Leontief vem trazer alento ao mundo dos negócios quando utilizada adequadamente, pois otimiza os custos facilitando o gerenciamento de negócios, abrangendo o maior número de dados com o menor custo possível na obtenção das informações em valores absolutos. É a ferramenta do século XX que associada ao avanço tecnológico, como no caso das planilhas eletrônicas, facilita o gerenciamento das empresas e leva ao sucesso pessoas e entidades pelo uso extraordinário do maior número e domínio de informações. O sucesso absoluto no uso das matrizes insumo-produto de Leontief se complementa com o auxílio da estatística para o alcance abrangente das 18 informações ao menor custo possível, constatando-se na prática o que a teoria afirma. Na dúvida, basta que coloquemos à prova pesquisas sobre os mais variados assuntos fazendo uso da ferramenta – as matrizes insumo-produto de Leontief. REFERÊNCIAS CONSIDERA, Cláudio M.; SILVA, Antônio Bras de O. Contas Nacionais. Niterói, Universidade Federal Fluminense, Faculdade de Economia e Administração, Departamento de Economia, 1994. 172 p. IBGE/DECNA. Matriz de relações intersetoriais: Brasil 1975. Rio de Janeiro, 1989. 565 p. IBGE/DECNA. Matriz de relações intersetoriais: Brasil 1985. Rio de Janeiro, 1995. LEONTIEF, Wassily. A economia do insumo-produto; tradução de Maurício Dias David, São Paulo, Abril Cultural, 1983. 226 p. MENEZES, Antônio C.; ORTEGA, José A. Matrizes insumo-produto brasileiras 1970, 1975 e 1980: compatibilização de atividades e produtos, metodologia e resultados. Rio de Janeiro: UFRJ/IEI, 1991. 72 p. MIERNYK, Willian H. Elementos de análise do insumo-produto; tradução de Augusto Reis. São Paulo, Atlas, 1974. 164 p. NACIONES UNIDAS. Problemas y análisis de las tablas de insumo-producto. Serie F nº 14, Rev. 1, Nueva York: Departamento de Asuntos Económicos y Sociales, Oficina de Estadística de las Naciones Unidas. Estudios de Métodos, 1974. 155 p. QUESNAY, François. Tableau économique des physiocrates, 1758, tradução de João Guilherme Vargas Neto. São Paulo: Abril Cultural 1983. 106 p. RICHARDSON, Harry W. Insumo-produto e economia regional; tradução de Sérgio Goes de Paula. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1978. 267 p. ROSSETTI, José Paschoal. Contabilidade nacional: uma abordagem introdutória. 2ª ed., São Paulo: Atlas, 1992, 298 p. ROSSETTI, José Paschoal. Contabilidade nacional: uma abordagem introdutória. 3ª ed., São Paulo: Atlas, 2002, 307 p.
Documentos relacionados
MATRIZ DE INSUMO-PRODUTO do BRASIL - I. B. C. I.
complexo. A matriz de Input-Output calcula uma matriz de coeficientes técnicos segundo a inspiração do modelo desenvolvido por Vassily Leontief. O modelo atual do IBGE que pautou-se para o cálculo ...
Leia mais- Munich Personal RePEc Archive
Especial do Economic Systems Research (Vol. 12, N. 2, June 2000, Special Issue: Input-Output Analysis and Classical Economic Theory), e em especial do trabalho de Kurz e Salvadori (2000) neste volu...
Leia mais