3 pedro Soares 5 Nov 08 - Centro de Geofísica de Évora

Transcrição

3 pedro Soares 5 Nov 08 - Centro de Geofísica de Évora
PARAMETRIZAÇÃO DE TURBULÊNCIA E NUVENS EM MODELOS
ATMOSFÉRICOS
Doutor Pedro Soares
Instituto Dom Luís-Centro de Geofísica da Univ. Lisboa
Hora:
Data:
Local:
Promove:
14h
5 Novembro (4ª feira)
Anfiteatro 1 – Colégio Luís Verney
CGE/UE
Resumo
O comportamento do sistema climático é largamente controlado por
transferências de propriedades que ocorrem em interfaces. O subsistema
climático mais activo, a Atmosfera, é essencialmente forçado por fluxos de
superfície, nas interfaces atmosfera-oceano e atmosfera-terra. A região da
atmosfera (e do oceano) próxima da interface, a camada limite, desempenha
um papel crucial nessa interacção, mediando e, até certo ponto regulando, o
transporte de calor, humidade e momento angular.
Alguns dos processos que ocorrem nesta camada têm um profundo impacto
no sistema climático, tais como o transporte vertical turbulento de
propriedades, a convecção e o feedback entre as nuvens de camada limite e o
clima. No entanto, a representação destes processos, nos modelos de
previsão do tempo e de previsão climática, é ainda bastante insatisfatório.
Nos últimos anos, a comunidade científica recorrendo a simulações de alta
resolução e a grandes campanhas observacionais tem proposto novas teorias
para a representação dos processos da camada limite. Uma dessas novas
aproximações é o esquema EDMF (Eddy-Diffusivity/Mass-flux) que permite
representar a turbulência e a convecção na camada limite convectiva de uma
forma unificada (Soares et al., 2004; Soares et al., 2007; Siebesma et al.,
2008). Esta parametrização foi implementada e melhorada em diversos
modelos, tais como o MesoNH, AROME, IFS (ECMWF), e tem mostrado
potencial e resultados promissores. Correntemente, este esquema está a ser
estendido para descrever também o transporte de momento e a convecção
profunda.
Neste seminário, abordar-se-ão os principais mecanismos que ocorrem na
camada limite e a sua importância para o sistema climático. As teorias
tradicionais para a representação, em modelos atmosféricos, de alguns destes
processos e as mais recentes serão também alvo de discussão.