ABATE HUMANITÁRIO - 10.06.15: Êxito no atordoamento
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ABATE HUMANITÁRIO - 10.06.15: Êxito no atordoamento
:: SINDICARNE - Sindicato da Indústria de Carnes & Derivados no Estado do PARANÁ :: ABATE HUMANITÁRIO - 10.06.15: Êxito no atordoamento Durante o ano fiscal de 2013, 23 das 56 (50%) suspensões regulatórias que o FSIS (Serviço de Inspeção e Segurança Alimentar dos EUA) emitiu em relação ao manejo humanitário eram relacionadas a falhas nos dardos cativos de atordoamento. Apenas em virtude desse fator, é vital que cada planta utilize um sistema de dardos cativos de atordoamento focado na manutenção como um componente importantíssimo na “abordagem sistemática” do manejo humanitário no abate. Como parte de um programa de Supervisão de Produção, Garantia de Qualidade e Manejo Humanitário, a inspeção da manutenção de dardos cativos de atordoamento é uma das etapas mais importantes para garantir o uso adequado dessa ferramenta. Isso vai além de uma análise do documento de manutenção (que DEVE ser complementado cada vez que uma ferramenta é limpa e passa por reparos). Como consultora de manuseio humanitário, realizando a inspeção da manutenção de dardos cativos de atordoamento, sigo as diretrizes “mostreme como proceder” de Missouri. Não fique dependente de uma documentação escrita que afirma que a ferramenta foi limpa e os dardos foram armazenados em um local limpo e seco. É preciso pedir ao representante da planta que desmonte o atordoador, na sua frente, para se certificar que o documento é verdadeiro! Procure dardos deixados no chão após a produção e peça para “ver” onde os dardos ou cartuchos são armazenados quando não estão sendo utilizados. O primeiro indício da necessidade de se fazer uma análise mais profunda dessa questão se dá quando o tubo do dardo cativo não for imediatamente desmontado. Se o funcionário ou representante de manutenção disser a você que é necessário pegar uma chave de tubo, ou pior ainda, um alicate VISE-GRIP® ou uma braçadeira C, a ferramenta não está passando por manutenção apropriada. Quando o tubo citado anteriormente estiver desmontado, provavelmente você verá desgaste nos cartuchos de recuperação e também poderá verificar entupimentos das peças internas devido a descuidos na limpeza e substituição de peças internas com regularidade. O atordoador deve ser de fácil desmontagem na área de produção ou na oficina de manutenção no decorrer de sua inspeção da manutenção. Você, como auditor, deve estar capacitado a garantir que a ferramenta esteja vazia, com os cartuchos vazios, desarmada, segura, para então desatarraxar o tubo para a inspeção do dardo interno e cartuchos de recuperação. Às vezes os cartuchos de recuperação são foram instalados segundo as recomendações do fabricante tanto em razão da quantidade errada de cartuchos quanto de seu tipo incorreto. O uso de cartuchos macios (vermelhos) e duros (pretos) em locais apropriados, preto/verde/preto, na novíssima pistola CASH Magnum calibre 25, mais durável, é muito importante. Além disso, o emprego de cartuchos calibre 9, em vez de cartuchos calibre 8 brancos na nova pistola com maior durabilidade CASH Special Heavy Duty (ferramenta com cabo alaranjado) também é muito importante. A empresa norte-americana Bunzl/Koch disponibiliza um DVD, gratuitamente, para estipular padrões de manutenção para cada uma dessas ferramentas, porém apenas algumas plantas dispõem de uma cópia desse material. Entre em contato com Chuck Bildstein (pelo e-mail [email protected]) ou Judy Beiriger (e-mail: [email protected]) para adquirir uma cópia do DVD de manutenção para sua ferramenta. O DVD contém bastantes informações e define tanto procedimentos de segurança e limpeza adequada quanto montagem dos cartuchos e do gatilho. As informações também estão disponíveis, em vídeos em inglês, no YouTube. www.youtube.com/watch?v=-wdXwBZpFqw www.youtube.com/watch?v=M-hMc9NM13A Fazer a limpeza do dardo cativo de atordoamento após seu uso garantirá um funcionamento adequado e conferirá uma oportunidade para inspecionar os cartuchos de recuperação em relação a qualquer incidência de desgaste. É vantajoso alternar os cartuchos rotineiramente, dado que os cartuchos mais próximos da cápsula e a extremidade do dardo de disparo acumularão mais desgaste e poderão se deteriorar, quebrar ou secar. Manter cartuchos de recuperação peças sobressalentes à mão para uma rápida substituição pode poupar tempo e mitigar falhas de atordoamento. É importante usar um óleo higienizador e lubrificante apropriados para evitar entupimentos dos componentes internos e garantir que a ferramenta funcione corretamente. O melhor óleo para aplicação na limpeza de pistolas de dardos cativos de atordoamento Accles e Shelvoke Special é o lubrificante G96. Fazer uma limpeza diária, imediatamente após o uso da ferramenta, é considerado o “melhor procedimento”. Isso garante que o carbono e o ácido liberados durante o disparo não causem corrosão no dardo ou nas peças internas. Os lubrificantes mais recomendados para os atordoadores Accles e Shelvoke são o Copaslip Bench Grease e Express Tool Oil. Para plantas menores, não é necessária uma limpeza diária, sendo preferível que seja feita semanalmente. Os melhores atiradores e caçadores “mimam” seus dardos cativos atordoantes como se fossem um rifle usado em uma caçada, limpando-os imediatamente após seu uso para garantir a remoção de resíduos e que estejam lubrificados adequadamente e em funcionamento para o dia seguinte de operações. É necessário manter os cartuchos de recuperação em boas condições para garantir que o atordoador dispare corretamente e que o dardo se retraia após o disparo. Se os cartuchos forem mal conservados, secarem ou racharem, o dardo pode não se retrair e estancar na cabeça do animal, especialmente em um bovino ou suíno com crânios muito espessos. Caso o dardo fique preso na cabeça do animal, desmonte o atordoador e certifique-se de que os cartuchos de recuperação (normalmente são chamados de amortecedores de borracha) estejam em boas condições. Outro motivo pelo qual o dardo se prende na cabeça do animal acontece porque o dardo cativo ficou curvado e não se retraiu. Cheque a orientação do dardo e também sua curvatura. Se o dardo estiver curvado, deverá ser substituído. Se o dardo continuar ficando preso em razão de orientação incorreta, esta deverá ser ajustada ou substituída. Falhas na manutenção dos cartuchos recuperadores também podem acarretar danos ao tubo. O dardo deve ser mantido em boas condições. Se houver fendas ou fissuras visíveis na superfície inferior, estas precisam ser preenchidas ou amolecidas. Na manutenção, pode-se afiar o interior do dardo com o uso de um afiador e uma broca. Afie apenas a extremidade interior do dardo, e NUNCA diminua o seu diâmetro exterior ou tente encolhê-lo. Recentemente, quando observado o atordoamento de bezerros baby beef com “rabo” curto, a ferramenta de dardo cativo de atordoamento não disparou quando acionada. O funcionário me contou que a mola pode ter quebrado ou ter ficado presa (desgastada). Inspecionamos o atordoador e descobrimos que havia uma pequena rachadura na extremidade, encurtando o alcance da mola disparadora. Isso foi o suficiente para fazer com que http://www.sindicarne.com.br Fornecido por Joomla! Produzido em: 30 September, 2016, 04:35 :: SINDICARNE - Sindicato da Indústria de Carnes & Derivados no Estado do PARANÁ :: o atordoador não disparasse. Foi necessário substituir a mola para, novamente, garantir que funcionasse eficazmente, mesmo em bezerros muito pequenos. Um funcionário experiente é capaz de identificar ou “sentir” que o atordoador não está funcionando corretamente e, caso seja designado, entrará em contato com a produção e o pessoal da manutenção para garantir que sejam feitas alterações necessárias. A formação de equipes interfuncionais e o treinamento de seu funcionário responsável pelo atordoamento, manutenção, garantia de qualidade e gerentes de produção, em conjunto com o uso de vídeos, monitoramento e medição de atordoamentos corretos ajudam a garantir que acionistas-chave na sua operação de abate fiquem informados, capacitados e preparados para qualquer desafio de “atordoamento” que possa aparecer. Este artículo fue escrito por Erika L. Voogd, presidente e fundadora da Voogd Consulting, Inc. em West Chicago, Estados Unidos. www.voogdconsulting.com www.voogdconsulting.com Fonte: Carnetec http://www.sindicarne.com.br Fornecido por Joomla! Produzido em: 30 September, 2016, 04:35