Declaração EMAS 2010
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Declaração EMAS 2010
VALNOR – Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos, SA DECLARAÇÃO AMBIENTAL - 1 de JANEIRO a 31 de DEZEMBRO de 2010 - Março de 2011 Declaração Ambiental – 2010 Índice 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................................... 4 2 ÂMBITO E ENQUADRAMENTO .................................................................................................................................................... 5 2.1 ÂMBITO DA DECLARAÇÃO AMBIENTAL ........................................................................................................................................ 5 2.2 ENQUADRAMENTO .......................................................................................................................................................................... 8 3 APRESENTAÇÃO DA VALNOR .................................................................................................................................................. 9 3.1 CONSTITUIÇÃO E OBJECTO ........................................................................................................................................................... 9 3.2 MISSÃO .............................................................................................................................................................................................. 9 3.3 ACCIONISTAS ................................................................................................................................................................................... 9 3.4 INFRA-ESTRUTURAS ........................................................................................................................................................................ 10 3.5 EVOLUÇÃO DA VALNOR ........................................................................................................................................................... 11 3.6 GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS ............................................................................................................................................... 13 3.7 ORGANIGRAMA.............................................................................................................................................................................. 13 3.8 COMUNICAÇÃO E SENSIBILIZAÇÃO ............................................................................................................................................. 14 4 ÁREAS DE INTERVENÇÃO........................................................................................................................................................... 16 4.1 RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS (RSU) ......................................................................................................................................... 17 4.2 RECOLHA SELECTIVA ..................................................................................................................................................................... 17 4.3 ECOPONTOS DOMÉSTICOS ........................................................................................................................................................... 17 4.4 ÓLEOS ALIMENTARES USADOS .................................................................................................................................................... 18 4.5 PONTO DE RECOLHA DE PNEUS USADOS .................................................................................................................................... 18 4.6 SUCATA ........................................................................................................................................................................................... 18 4.7 VEÍCULOS EM FIM DE VIDA (VFV) ................................................................................................................................................ 18 4.8 RESÍDUOS DE EQUIPAMENTOS ELÉCTRICOS E ELECTRÓNICOS (REEE) ................................................................................... 18 4.9 RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO E DEMOLIÇÃO (RCD) ................................................................................................................ 19 4.10 RESÍDUOS VOLUMOSOS ................................................................................................................................................................ 19 4.11 RESÍDUOS URBANOS BIODEGRADÁVEIS (RUB) ......................................................................................................................... 19 4.12 OUTROS SERVIÇOS COMPLEMENTARES ........................................................................................................................................ 19 5 POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE EMPRESARIAL ..................................................................................................................... 20 6 O SISTEMA INTEGRADO DE GESTÃO DA QUALIDADE, AMBIENTE, SEGURANÇA E RESPONSABILIDADE SOCIAL........... 22 6.1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................................................ 22 6.2 ESTRUTURA DE DOCUMENTAÇÃO DO SISTEMA INTEGRADO DE GESTÃO .............................................................................. 22 6.3 INTERACÇÃO ENTRE PROCESSOS ................................................................................................................................................. 23 6.4 PARTICIPAÇÃO E CONSULTA DOS TRABALHADORES ................................................................................................................ 24 7 PRINCIPAIS INDICADORES PRODUTIVOS ................................................................................................................................. 25 7.1 RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS ..................................................................................................................................................... 25 7.2 RESÍDUOS INDUSTRIAIS BANAIS (RIB’S) ...................................................................................................................................... 25 7.3 RESÍDUOS DE TRATAMENTO MECÂNICO DE RSUS ................................................................................................................... 25 7.4 ESTAÇÕES DE TRANSFERÊNCIA .................................................................................................................................................... 26 7.5 RECOLHA SELECTIVA ..................................................................................................................................................................... 26 7.6 RECEPÇÃO DE PNEUS USADOS .................................................................................................................................................... 27 Pág. 2 Declaração Ambiental – 2010 7.7 RECOLHA DE ÓLEOS ALIMENTARES USADOS ............................................................................................................................. 27 7.8 DEPOSIÇÃO DE RESÍDUOS INERTES .............................................................................................................................................. 28 7.9 VEÍCULOS EM FIM DE VIDA ............................................................................................................................................................ 28 7.10 RECEPÇÃO E DESMANTELAMENTO DE REEE............................................................................................................................... 28 7.11 CENTRAL DE VALORIZAÇÃO ORGÂNICA ................................................................................................................................... 29 8 ASPECTOS AMBIENTAIS .............................................................................................................................................................. 30 8.1 METODOLOGIA DE IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DE ASPECTOS AMBIENTAIS ..................................................................... 30 8.2 ASPECTOS AMBIENTAIS ................................................................................................................................................................. 34 9 CONFORMIDADE LEGAL ............................................................................................................................................................ 43 9.1 PRINCIPAL LEGISLAÇÃO AMBIENTAL APLICÁVEL ........................................................................................................................ 43 9.2 ÁGUAS SUBTERRÂNEAS (CAPTAÇÃO).......................................................................................................................................... 45 9.3 DESCARGAS DE ÁGUAS RESIDUAIS PARA ÁGUAS DE SUPERFÍCIE ................................................................................................ 46 9.4 RUÍDO AMBIENTAL ........................................................................................................................................................................ 49 10 INDICADORES DE DESEMPENHO AMBIENTAL.......................................................................................................................... 50 10.1 FLUXO DE MASSAS ......................................................................................................................................................................... 50 10.2 ÁGUA .............................................................................................................................................................................................. 51 10.3 RESÍDUOS ........................................................................................................................................................................................ 53 10.4 LIXIVIADOS E EFLUENTES ............................................................................................................................................................... 54 10.5 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA ................................................................................................................................................................ 56 10.6 BIODIVERSIDADE ............................................................................................................................................................................ 58 10.7 EMISSÕES PARA A ATMOSFERA ...................................................................................................................................................... 58 11 OBJECTIVOS E METAS AMBIENTAIS ........................................................................................................................................... 59 11.1 ACOMPANHAMENTO DOS OBJECTIVOS E METAS AMBIENTAIS DE 2010 ................................................................................... 59 11.2 OBJECTIVOS E METAS AMBIENTAIS PARA 2011/2012 ................................................................................................................. 61 12 VERIFICAÇÃO E VALIDAÇÃO DA DECLARAÇÃO AMBIENTAL ............................................................................................... 64 Pág. 3 Declaração Ambiental – 2010 1 INTRODUÇÃO A presente Declaração Ambiental reporta-se ao período decorrido entre 01 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2010 e constitui o documento de referência da VALNOR – Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos S.A. no âmbito do seu processo de participação no Sistema Comunitário de Ecogestão e Euditoria (EMAS), conforme previsto no Regulamento (CE) nº 1221/2009 do Parlamento Europeu e do Conselho de 25 de Novembro de 2009. Este documento contém informações sobre o desempenho ambiental da VALNOR, nomeadamente sobre o impacte ambiental das suas actividades e o seu compromisso de melhoria contínua, sendo actualizado anualmente. Caso deseje obter informação adicional sobre as políticas, objectivos e desempenho ambientais da VALNOR poderá visitar a nossa página na Internet em www.valnor.pt, contactar-nos através do email [email protected] ou agendar uma visita às nossas instalações através do número de telefone 245 610 040. Pág. 4 Declaração Ambiental – 2010 2 2.1 ÂMBITO E ENQUADRAMENTO Âmbito da Declaração Ambiental Os dados apresentados nesta Declaração Ambiental referem-se ao ano de 2010 e às seguintes infraestruturas e actividades: Centro Integrado de Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos (CIVTRS) de Avis: o Localização: Aterro Sanitário de Avis – Herdade das Marrãs Figueira e Barros 7480 – 352 Avis o Actividades: Recepção e deposição em aterro de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) e Resíduos Industriais Banais (RIB); Recolha em contentores, recepção e encaminhamento de Resíduos de Construção e Demolição; Recolha Selectiva de Ecopontos; Recolha Selectiva porta a porta de papel/ cartão, embalagens e vidro; Recolha de Óleos Alimentares Usados e produção de Biodiesel; Recepção e armazenagem de Pneus; Desmantelamento de Veículos em Fim de Vida (VFV); Recepção e desmantelamento de Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos (REEE); Triagem e encaminhamento para valorização de materiais recicláveis; Produção de Composto na Central de Valorização Orgânica (CVO). Centro Integrado de Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos (CIVTRS) de Abrantes o Localização: Aterro Sanitário da Concavada Casal dos Coelheiros 2200 Abrantes o Actividades: Recepção, encaminhamento e deposição em aterro de Resíduos Sólidos Urbanos; Recolha Selectiva de Ecopontos; Recolha Selectiva porta a porta de papel/ cartão e embalagens; Recolha de Óleos Alimentares Usados; Pág. 5 Declaração Ambiental – 2010 Recepção e encaminhamento de materiais recicláveis. Estação de Transferência de Portalegre e Estação de Transferência de Inertes o Localização: Monte da Mergulhagem, Estrada da Urra 7300 Portalegre o Actividades: Recepção e encaminhamento de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU); Recolha em contentores, recepção e triagem e encaminhamento de Resíduos de Construção e Demolição; Recolha Selectiva porta a porta de papel/ cartão e embalagens; Recepção e encaminhamento de materiais recicláveis; Recepção e encaminhamento de Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos (REEE). Estação de Transferência de Castelo de Vide e Estação de Transferência de Inertes o Localização: Zona Industrial de Castelo de Vide 7320 Castelo de Vide o Actividades: Recepção e encaminhamento de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU); Recolha em contentores, recepção e triagem e encaminhamento de Resíduos de Construção e Demolição; Recepção e encaminhamento de materiais recicláveis; Recepção e encaminhamento de Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos (REEE). Estação de Transferência e Aterro de Inertes de Ponte de Sôr o Localização: Vale de Açor 7400 Ponte de Sôr o Actividades: Recepção e encaminhamento de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU); Recolha em contentores, recepção, triagem e deposição em aterro de Resíduos de Construção e Demolição; Recepção e encaminhamento de materiais recicláveis; Recepção e encaminhamento de Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos (REEE). Pág. 6 Declaração Ambiental – 2010 Estação de Transferência de Elvas o Localização: Horta de São Mamede 7350 Elvas o Actividades: Recepção e encaminhamento de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU); Recepção e encaminhamento de materiais recicláveis; Recepção e encaminhamento de Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos (REEE). Ecocentro de Portalegre o Localização: Zona Industrial de Portalegre 7300 Portalegre o Actividades: Recepção e encaminhamento de materiais recicláveis; Recepção e encaminhamento de Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos (REEE). Ecocentro de Abrantes o Localização: Vale de Morenas, Zona Industrial Norte 2200 – 173 Abrantes o Actividades: Recepção e encaminhamento de materiais recicláveis; Recepção e encaminhamento de Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos (REEE). Aterro de Inertes de Campo Maior o Localização: Herdade da Torre, Nossa Senhora da Expectação 7370 Campo Maior o Actividades: Recolha em contentores, recepção, triagem e deposição em aterro de Resíduos de Construção e Demolição. Estação de Tratamento e Transferência de RCD do Gavião o Localização: Zona Industrial do Gavião, Lote 3 e 4 Pág. 7 Declaração Ambiental – 2010 6040 - Gavião o Actividades: Recolha em contentores, recepção e encaminhamento de Resíduos de Construção e Demolição; Em suma, as actividades abrangidas pelo registo EMAS e que constam no Certificado de Registo, são: Recolha, Tratamento e Valorização de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) e Equiparados, Resíduos de Construção e Demolição (RCD) e Outros Resíduos Industriais Banais (RIB) e Descontaminação, Desmantelamento de Veículos em Fim de vida (VFV). Recepção, Triagem, Armazenamento, Tratamento e Valorização de Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos (REEE). Produção de Biodiesel. para além de um conjunto de serviços complementares, sem expressão significativa no volume global da actividade da empresa. 2.2 Enquadramento No decorrer de 2010 (Agosto) foram integrados no sistema da VALNOR os municípios e infraestruturas anteriormente pertencentes à Associação de Municípios da Raia-Pinhal. Contudo, os dados dos indicadores aqui apresentados apenas se reportam ao âmbito descrito em cima. Não obstante, nas informações gerais de caracterização da VALNOR esta alteração é já considerada, nomeadamente a informação descrita no Capítulo 3. Actividade principal da empresa: Tratamento e Eliminação de Resíduos Não Perigosos; Código NACE: 38 21; Responsável pelo Sistema de Gestão Ambiental: Dr.ª Cláudia Simões Função: Responsável pelo Departamento da Qualidade, Ambiente, Segurança e Responsabilidade Social; Contacto: [email protected] Pág. 8 Declaração Ambiental – 2010 3 3.1 APRESENTAÇÃO DA VALNOR Constituição e Objecto A VALNOR – Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos S.A. foi constituída em 2001 pelo Decreto – Lei nº 11/2001 de 23 de Janeiro com o objectivo de explorar e gerir o Sistema Multimunicipal de Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos do Norte Alentejano. A VALNOR é hoje uma empresa com forte implantação na sua região, reconhecida e certificada nacional e internacionalmente pela qualidade da sua gestão, pelo seu rigor na atenção às normas que legislam a Protecção do Ambiente, a Segurança e a Saúde no Trabalho, assim como pela prevalência dos princípios do Desenvolvimento Sustentável e da optimização de recursos na evolução da sua actividade. Actualmente a VALNOR abrange uma área de cerca de 12000 Km2, correspondendo a 25 municípios e a cerca de 13,5% do território nacional. Nesta área, cerca de 279 mil habitantes usufruem dos serviços prestados pela VALNOR. 3.2 Missão A nossa Missão é a criação de um sistema de excelência de valorização e tratamento de resíduos sólidos urbanos, assegurando o bem-estar das populações da nossa área de abrangência numa lógica de melhoria de atendimento às populações e preservação dos ecossistemas. 3.3 Accionistas Os Accionistas da VALNOR S.A. são os municípios de Abrantes, Alter do Chão, Arronches, Avis, Campo Maior, Castelo Branco, Castelo de Vide, Crato, Elvas, Fronteira, Gavião, Idanha-a-Nova Mação, Marvão, Monforte, Nisa, Oleiros, Ponte de Sôr, Portalegre, Proença-a-Nova, Sardoal, Sertã, Sousel, Vila de Rei e Vila Velha de Ródão. Os municípios referidos detêm 46,67% do capital, sendo os restantes 53,33% detidos pela Empresa Geral de Fomento S.A. (detida em 100% pela AdP-Águas de Portugal, SGPS, S.A.). Pág. 9 Declaração Ambiental – 2010 Figura 1 – Estrutura accionista da VALNOR 3.4 Infra-estruturas A figura seguinte representa a distribuição geográfica das infra-estruturas da VALNOR em 2010. Figura 2 – Solução técnica implementada Pág. 10 Declaração Ambiental – 2010 3.5 Evolução da VALNOR 2001 Constituição (Janeiro 2001) Início de actividade (Maio 2001) 2002 Encerramento de 22 lixeiras Implementação do sistema de recolha selectiva (400 ecopontos em 14 Municípios) Implementação da Estação de Triagem Construção de 4 Estações de Transferência 2003 Certificação integrada dos sistemas de Gestão da Qualidade, Gestão Ambiental e de Segurança e Saúde do Trabalho Reforço do sistema de recolha selectiva com mais 150 ecopontos Lançamento da Recolha Selectiva Porta-a-Porta 2004 Revalorização e expansão do CIVTRS de Avis (investimento total superior a 4,5 milhões de euros) Construção de uma célula suplementar para deposição de RSU (capacidade 1.000.000 m3) Construção de um Centro Oficinal no CIVTRS de Avis Inauguração das novas instalações técnicas e administrativas no CIVTRS de Avis 2005 Integração dos cinco Municípios que compunham o sistema municipal Amartejo (Abrantes, Gavião, Mação, Sardoal e Vila de Rei) Obtenção da Licença de Exploração do Aterro Sanitário de Avis e da Licença Ambiental para o CIVTRS de Avis Obtenção do alvará de licenciamento de instalação de parque de sucatas Instalação de 550 ecopontos Lançamento da recolha de Óleos Alimentares Usados Pág. 11 Declaração Ambiental – 2010 2006 Certificação em Responsabilidade Social (SA8000) Validação pelo Instituto do Ambiente do registo EMAS – Sistema Comunitário de EcoGestão e Auditoria Obtenção das Licenças de Exploração dos Ecocentros de Portalegre e de Abrantes e dos Aterros de Inertes de Ponte de Sôr e Campo Maior Obtenção da Licença de Exploração e Licenciamento Ambiental para a operação do CIVTRS da Concavada e início da operação. 2007 Instalação da Estação de Desmantelamento para Veículos em Fim de Vida Construção de uma nave de armazenamento e de uma unidade de desmantelamento de Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos Construção da Unidade de Biodiesel no CIVTRS de Avis Construção de um centro de desmantelamento Resíduos Volumosos (sucatas, monstros e volumosos) 2008 Instalação da Estação de Desmantelamento para Veículos em Fim de Vida Construção e entrada em funcionamento da Unidade de Triagem Automática de Embalagens Leves (plásticos) integrada da Estação de Triagem da VALNOR Início da exploração da Central de Valorização Orgânica (CVO) Construção de 5 estações de triagem de Resíduos Construção e Demolição 2009 Construção e entrada em funcionamento da Estação de Transferência do CIVTRS de Abrantes Início da operação do sistema de Triagem Automática de Embalagens Leves Conclusão da implementação e construção do sistema integrado de triagem tratamento e valorização de Resíduos de Construção e Demolição (RCD) 2010 Integração dos seis municípios que compunham o sistema municipal Raia-Pinhal (Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Oleiros, Proença-a-Nova, Sertã e Vila Velha de Ródão) e respectivas infra-estruturas; Início da obra de Digestão Anaeróbia; Teste piloto em parceria com a SECIL para a produção de Combustíveis Derivados de Resíduos (CDR) Pág. 12 Declaração Ambiental – 2010 3.6 Gestão de recursos humanos A VALNOR é uma empresa cuja produtividade depende em boa parte do empenho das populações, mas também de todos os seus colaboradores, contribuindo, com a sua acção conjunta, de forma a fortalecer a economia e melhorar a qualidade ambiental da região. A VALNOR assume-se como uma empresa de acção estruturante, contribuindo para o desenvolvimento sustentável na sua área de intervenção, não apenas na área ambiental mas também na perspectiva de factor de desenvolvimento e mais valia para a região. Ao longo da sua existência a VALNOR tem assumido um papel preponderante na região enquanto entidade geradora de emprego. Partindo de uma situação inicial em 2001 com 22 trabalhadores a VALNOR contava em 31 de Dezembro de 2010 com uma força de trabalho de 180 pessoas. 2010 2009 2008 2007 2006 2005 2004 2003 26 15 15 12 11 10 9 7 Não quadros 154 124 106 76 66 51 38 27 Total 180 139 121 88 77 61 47 34 Quadros Tabela 1 – Evolução do emprego criado1 3.7 Organigrama O organigrama da VALNOR foi estruturado com o objectivo de assegurar uma gestão eficiente das diferentes áreas de intervenção da organização, contendo: uma Direcção de Serviços Técnicos, a qual abrange todos os processos operacionais; uma Direcção de Serviços Administrativos e Financeiros, responsável pela gestão financeira e de recursos humanos; um Departamento da Qualidade, Ambiente e Segurança e Responsabilidade Social, responsável pela gestão do Sistema Integrado de Gestão, pela monitorização ambiental e pela segurança e saúde no trabalho; um Departamento de Sensibilização, Comunicação e Imagem, que assegura a realização das actividades de sensibilização das populações e de comunicação da VALNOR; um Departamento de Controlo de Gestão, com a responsabilidade de elaboração de informação estatística de suporte à decisão. 1 A denominação de quadro refere-se aos colaboradores que desempenham funções de gestão. Os restantes colaboradores pertencem ao não quadro. Pág. 13 Declaração Ambiental – 2010 CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO ADMINISTRADOR DELEGADO Assessor da Administração Departamento da Qual., Amb., Segur. e Responsab. Social Departamento de Controlo de Gestão Departamento de Sensibil., Comunicação e Imagem DIRECÇÃO ADMINISTRATIVA E FINANCEIRA DIRECÇÃO DE SERVIÇOS TÉCNICOS EXPLORAÇÃO Apoio Administrativo / Economato MANUTENÇÃO Report Financeiro Departamento de Gestão de Infra-estruturas e Serviços - Pólo Avis Departamento de Gestão de Resíduos Urbanos Biodegradáveis Produção de Biodiesel Manutenção Departamento Gestão Infra-estruturas Serviços Pólo Castelo Branco Departamento de Gestão de Infra-estruturas e Serviços – Inertes UTV de REEE Compras / Armazém Gestão de Recursos Humanos e Pessoal Facturação Departamento de Gestão de Infra-estruturas e Serviços - Pólo Abrantes VFV Financiamentos Contabilidade e Tesouraria Figura 3 – Organigrama da VALNOR 3.8 Comunicação e sensibilização A sensibilização das populações, especialmente dos jovens, para a extrema importância da protecção do ambiente é cada vez mais uma obrigação de todas as instituições e, até mesmo, de todos os cidadãos atentos. Uma das formas de proteger o ambiente passa pelo tratamento cuidado e pela valorização, energética e económica, da crescente quantidade de resíduos que todos os dias se produzem: sensibilizar as populações para a temática dos resíduos, nomeadamente para a recolha selectiva e a necessidade de adopção de comportamentos “amigos do ambiente” é uma das mais importantes actividades da VALNOR. Através de iniciativas de comunicação, sensibilização e educação ambiental, a empresa tem conseguido induzir novos comportamentos conforme atestam os crescentes volumes de resíduos depositados selectivamente nos Ecopontos. O sucesso destas iniciativas mede-se, naturalmente, pela acção conjunta da empresa e dos cidadãos, sendo que não é demais felicitar a população pelos óptimos resultados atingidos. 3.8.1 Actividades Permanentes Exposição “Resíduos em Movimento” A Exposição “Resíduos em Movimento – uma viagem virtual” é uma exibição itinerante que mostra os diversos processos de tratamento dos resíduos. O programa tem como objectivo o ensino da valorização e deposição de resíduos, alertando para a importância da reciclagem no contexto da promoção da utilização racional dos recursos naturais. Esta unidade móvel esteve presente na área de intervenção da VALNOR nos meses de Março e Abril e contou com um total de 843 visitantes. Pág. 14 Declaração Ambiental – 2010 Visitas ao CIVTRS de Avis 2010 Apresentações no CIVTRS (visitantes) Variação 976 -11,91% 2009 1.108 36,62% 2008 811 -30,27% 2007 1.163 2006 1.941 -40,08% Tabela 2 – Evolução do número de visitantes do CIVTRS de Avis Apresentações externas Apresentações externas (participantes) 2010 648 Variação -40,39% 2009 1.087 -1,81% 2008 1.107 -24,13% 2007 1.459 2006 944 54,56% Tabela 3 – Evolução do número de presenças em apresentações externas Jogo “Gincana VALNOR” Stand VALNOR Distribuição de ecopontos especiais: Ecoponto Doméstico, Papelão e Embalão Newsletter «ecoVALOR» Em 2010 foi publicado o número 9 da newsletter ecoVALOR, com uma tiragem de 25.000 exemplares. Balões de Ar Quente 3.8.2 Outras Actividades Semana Europeia da Prevenção de Resíduos Emissão de materiais de sensibilização Participação em dias comemorativos organizados pelas Câmaras Municipais Acompanhamento da produção do filme institucional sobre a ADP Produção de folhetos informativos o Recolha selectiva de óleos alimentares usados o Composto orgânico Nutre VALNOR Filme da Digestão Anaeróbia (no âmbito da Cerimónia de “Lançamento da Primeira Pedra”) Pág. 15 Declaração Ambiental – 2010 4 ÁREAS DE INTERVENÇÃO A VALNOR assumiu desde o início da sua constituição o objectivo de estabelecer na região um sistema integrado de tratamento de todos os resíduos e todas as fileiras. Ao longo dos anos, este objectivo tornou-se uma realidade e a VALNOR tem alargado o seu leque de intervenção, assumindo-se hoje como um sistema de tratamento e valorização de resíduos verdadeiramente integrado. Seguidamente apresenta-se um fluxograma geral dos diferentes fluxos de resíduos tratados na VALNOR. Figura 4 – Fluxograma de Tratamento de Resíduos - VALNOR Pág. 16 Declaração Ambiental – 2010 4.1 Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) Por Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) entende-se todos os materiais sólidos rejeitados no consumo doméstico, quer sejam recicláveis ou não. O seu tratamento e valorização constituem a razão de ser da VALNOR. Os Resíduos Sólidos Urbanos podem ser divididos em duas categorias: os que são separados e colocados nos ecopontos passíveis de serem reciclados e os que não são separados selectivamente. Os que são colocados nos ecopontos são encaminhados para a Central de Triagem e, depois de triados, são conduzidos para unidades recicladoras. Os resíduos que são directamente colocados nos caixotes do lixo indiferenciado são encaminhados para a Central de Valorização Orgânica para serem sujeitos a um tratamento mecânico onde se procede à separação dos resíduos biodegradáveis. Estes são sujeitos a um tratamento biológico que os transforma em Composto (adubo natural). Os resíduos não biodegradáveis serão depositados de forma ambientalmente correcta no Aterro Sanitário. 4.2 Recolha Selectiva Reciclar materiais usados traz diversas vantagens ambientais, económicas e sociais: Economia de energia; Minimização da utilização de fontes naturais, muitas vezes não renováveis; Redução da quantidade de Resíduos Sólidos Urbanos depositados em Aterros Sanitários; A reciclagem não só proporciona melhor qualidade de vida para as pessoas, através da melhoria ambiental, como também tem gerado postos de trabalho na área da reciclagem. Na Recolha Selectiva, os resíduos recicláveis são separados por quem os produz e voluntariamente colocados em Ecopontos. Em Portugal, a média de habitantes por Ecoponto é na ordem dos 288. Na sua região, a VALNOR atingiu um rácio de um Ecoponto para cada 161 habitantes (considerando uma população abrangida de 170 mil habitantes)2. Para que o restante processo de Recolha Selectiva funcione adequadamente nos 25 municípios servidos pela VALNOR, a empresa dispõe de uma frota de camiões que asseguram a recolha e o transporte dos resíduos colocados nos ecopontos para a Central de Triagem, onde os materiais são finalmente triados e posteriormente enviados para valorização. A evolução da Recolha Selectiva premeia o contributo e empenho das Autarquias locais que, em perfeita sintonia com a VALNOR têm conseguido uma real sensibilização das populações para uma participação cada vez mais efectiva no cumprimento das metas ambientais da região em que nos inserimos. A recolha selectiva dos Resíduos Sólidos Urbanos é feita separadamente por tipo de material, através de ecopontos e ecocentros e/ou métodos de recolha ao domicílio (porta-a-porta). 4.3 Ecopontos domésticos A VALNOR desenvolveu ecopontos específicos, que podem ser solicitados gratuitamente na VALNOR, nas Câmaras Municipais ou Juntas de Freguesia. O Ecoponto Doméstico facilita a separação e acondicionamento dos resíduos destinados à valorização. No Papelão e Embalão podem ser depositados papel e embalagens de plástico e metal, respectivamente. Estes ecopontos são utilizados pelas empresas, estabelecimentos comerciais e instituições públicas. A recolha dos resíduos é feita (porta-a-porta) pela VALNOR e pelas Autarquias. 2 Não se consideram nestes dados os novos municípios integrados em 2010 Pág. 17 Declaração Ambiental – 2010 4.4 Óleos Alimentares Usados Os Óleos Alimentares Usados (OAU) são muito prejudiciais à pureza da água e às estruturas de saneamento (ETAR) quando despejados directamente nas redes de esgoto. A recolha dos OAU, em recipientes próprios para o efeito, é mais uma actividade da VALNOR que beneficia o ambiente, através da recuperação dos OAU, da diminuição das emissões de partículas de carbono e de compostos de enxofre, permitindo, através da sua transformação em Biodiesel, substituir parte da importação de gasóleo e, graças à sua superior capacidade lubrificante, aumentar o tempo de vida útil dos motores. Em 2010, a VALNOR deu inicio à recolha selectiva de OAU que pretende complementar a recolha porta-a-porta e permitir à população o acesso a um mecanismo simples de reciclagem deste resíduo doméstico. A VALNOR tem actualmente capacidade para a recolha de 200.000 litros de OAU, que representa uma produção de combustível (biodiesel) de 150.000 litros/ano (Licença de Exploração Industrial, Processo nº. 01/2007, emitida pela Câmara Municipal de Avis em 28/08/2007), usado integralmente nos seus equipamentos. 4.5 Ponto de recolha de pneus usados Os Pneus Usados têm múltiplas formas de valorização, desde a valorização energética à produção de betume modificado com borracha para pavimentação de estradas, campos de futebol sintéticos ou polidesportivos, pisos para zonas de recreio e lazer e outras utilizações nas indústrias químicas, de borrachas e de plásticos. A VALNOR é o único Ponto de Recolha de Pneus Usados da região, resolvendo deste modo um grave problema ambiental de dispersão de pneus pela paisagem natural. 4.6 Sucata Encontra-se em funcionamento um ponto para a recepção e armazenamento de sucata devidamente licenciado. 4.7 Veículos em Fim de Vida (VFV) Cada vez mais, a produção de veículos observa normas de reaproveitamento quase total dos componentes dos VFV, o que torna mais produtiva a reciclagem. A VALNOR tem condições para a deposição destes resíduos nas suas instalações, de forma a submetê-los a dois tipos de operações: despoluição e reutilização ou reciclagem, sendo um centro licenciado pela VALORCAR - Entidade Gestora dos VFV em Portugal. 4.8 Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos (REEE) O aumento da produção de Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos tem vindo a tornar problemático o seu destino final, agravado pelo facto de muitos REEE’s libertarem componentes ou substâncias perigosas para o ambiente quando não devidamente tratadas. Na VALNOR procede-se à recepção, armazenamento, triagem e desmantelamento deste tipo de materiais. Pág. 18 Declaração Ambiental – 2010 4.9 Resíduos de Construção e Demolição (RCD) Os Resíduos de Construção e Demolição, denominados vulgarmente por entulhos, são resíduos provenientes de obras de construção civil. A VALNOR promove a recolha deste tipo de resíduos através da disponibilização de contentores específicos, encarando-os posteriormente como uma matéria-prima, que sendo aproveitada de forma eficaz é geradora de uma mais-valia económica e ambiental. 4.10 Resíduos Volumosos Na Unidade de Resíduos Volumosos faz-se a separação de componentes de colchões, de sofás, mobiliários e outros resíduos que constituem uma mais-valia ambiental após o tratamento a que são sujeitos uma vez que se previne a sua directa deposição em aterro. 4.11 Resíduos Urbanos Biodegradáveis (RUB) A Central de Valorização Orgânica (CVO) permite à VALNOR transformar, através de um processo mecânico e biológico, a matéria orgânica resultante dos Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) em adubo orgânico ou composto. O tratamento mecânico consiste em separar a fracção orgânica dos RSU dos materiais passíveis de serem valorizados (papel/ cartão, embalagens, vidro, entre outros) e o tratamento biológico na degradação da matéria orgânica pela acção de microrganismos em condições aeróbias (isto é, na presença de oxigénio), dando origem a uma substância húmica que pode ser utilizada como adubo orgânico. O composto (Nutre VALNOR) é posteriormente comercializado junto dos agentes locais. 4.12 Outros serviços complementares A VALNOR presta ainda um conjunto de serviços complementares aos Municípios do sistema: Lavagem de contentores da recolha indiferenciada; Limpeza de fossas e desobstrução de canalizações; Monitorização ambiental de lixeiras encerradas; Aluguer e recolha de contentores. Pág. 19 Declaração Ambiental – 2010 5 POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE EMPRESARIAL A Responsabilidade Empresarial, integrando as vertentes Qualidade, Ambiente, Segurança e Responsabilidade Social constituem uma preocupação permanente da VALNOR desde a sua criação, sendo considerado um valor fundamental e sempre presente na sua organização. Deste facto resulta a preocupação permanente de definir claramente as funções e responsabilidades de cada uma das áreas orgânicas, quer na sua relação interna quer na sua relação com todas as suas partes interessadas. Assim a VALNOR pretende atingir uma visão de liderança, de prestação de um serviço de excelência com respeito pelos aspectos essenciais de ordem social e ambiental, e de valorização de uma actividade que mereça o reconhecimento de todos. Para atingir os objectivos constantes da missão e visão da empresa, o Conselho de Administração definiu a sua Política de Responsabilidade Empresarial, que contempla os seguintes princípios: A importância social da sua actividade é suportada por objectivos, metas e processos claramente orientados para as necessidades de clientes, cidadãos, colaboradores, accionistas e outras partes interessadas. A preocupação de organização, simplificação e optimização dos processos e recursos, através de uma gestão transversal, é a base para o desenvolvimento sustentável da VALNOR e para a procura da melhoria contínua do seu desempenho, com o objectivo de uma maior eficiência e qualidade, sempre com a preocupação de redução de custos. Adequação dos recursos humanos e dos meios técnicos à prossecução dos objectivos definidos. O desenvolvimento do conhecimento e a disponibilidade do pleno potencial de todos os colaboradores, ao nível do indivíduo, e através da promoção da formação adequada ao desempenho das actividades atribuídas é condição essencial ao desenvolvimento da Política e da eficiência das operações. A consciencialização dos seus colaboradores dos riscos e impactes da sua actividade e das obrigações individuais em termos de qualidade, ambiente, segurança e saúde do trabalho e responsabilidade social, incentivando o seu envolvimento e participação nas acções de melhoria. Análise da evolução de métodos e tecnologias aplicáveis às suas diferentes áreas de intervenção, com o objectivo de diminuir os impactes ambientais, reduzir os riscos profissionais e aumentar a produtividade. A avaliação periódica da satisfação e necessidades dos clientes, públicos e privados, assim como da população, conjugada com a resposta adequada a áreas de melhoria identificadas, é o objectivo de todos. O cumprimento dos requisitos legais e outros aplicáveis à actividade, em termos ambientais, da segurança e saúde do trabalho e laborais, com uma postura de aposta na prevenção, nomeadamente da poluição, dos incidentes e dos danos para a saúde. Pág. 20 Declaração Ambiental – 2010 A sensibilização e incentivo da participação da população para as áreas de intervenção da VALNOR bem como a actuação enquanto elemento dinamizador destes princípios junto dos seus funcionários, fornecedores, clientes e outras partes interessadas. No que se refere à Responsabilidade Social em particular, o Conselho de Administração da VALNOR definiu ainda os seguintes princípios orientadores do seu desenvolvimento: Não utilizar e não apoiar a utilização de mão-de-obra infantil; Não se envolver ou apoiar a utilização de trabalho forçado e compulsório; Proporcionar um ambiente de trabalho seguro e saudável, implementando as medidas de prevenção adequadas e assegurando a formação regular dos seus trabalhadores; Respeitar o direito dos funcionários de formarem ou se associarem a sindicatos ou órgãos representativos de sua categoria profissional; Não utilizar práticas disciplinares abusivas ou qualquer tipo de discriminação (raça, origem nacional ou social, classe social, nascimento, religião, deficiência, sexo, orientação sexual, responsabilidades familiares, estado civil, associação a sindicato, opinião política, idade ou qualquer outra condição); Cumprir a legislação laboral em vigor; Assegurar aos seus colaboradores salários que satisfaçam, pelo menos, a padrões mínimos da área de negócio em que está inserida. A Política de Responsabilidade Empresarial assumida pelo Conselho de Administração é do conhecimento de todos os colaboradores, e divulgada junto de todas as partes interessadas, incentivando-os a aumentar os padrões dos seus serviços. Avis, 27 de Julho de 2009 A ADMINISTRAÇÃO _________________________ Eng.º José João Pinto Rodrigues Pág. 21 Declaração Ambiental – 2010 6 6.1 O SISTEMA INTEGRADO DE GESTÃO DA QUALIDADE, AMBIENTE, SEGURANÇA E RESPONSABILIDADE SOCIAL Introdução A concepção e implementação de um Sistema Integrado de Gestão que integra as vertentes da Qualidade, do Ambiente, da Segurança e da Responsabilidade Social na VALNOR constituiu uma oportunidade para reforçar o espírito de grupo entre as suas diferentes áreas e simultaneamente aumentar a eficiência dos seus processos internos, na procura da prestação de um melhor serviço aos seus accionistas e população em geral. O âmbito das Certificações da Qualidade, Responsabilidade Social da VALNOR, é o seguinte: do Ambiente, da Segurança e Recolha, Tratamento e valorização de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) e Equiparados, Resíduos de Construção e Demolição (RCD) e Outros Resíduos Industriais banais (RIB). Descontaminação e Desmantelamento de Veículos em Fim de Vida (VFV). Recepção, Triagem, Armazenamento, Tratamento e valorização de Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos (REEE) e Produção de Biodiesel Nota: a Produção de Biodiesel não consta do âmbito da certificação ISO 9001 - Qualidade. 6.2 Estrutura de documentação do Sistema Integrado de Gestão O Sistema Integrado de Gestão da VALNOR prevê os seguintes níveis de documentação para representação da sua estrutura organizacional e funcional3: Nível 1 - Estrutura funcional da organização Nível 2 - Estrutura de macroprocessos Nível 3 - Fluxogramas de processo Organigramas Outra documentação de suporte (procedimentos operacionais, planos de monitorização, manuais) Nível 1 Nível 2 Model os Nível 3 Procedimentos / Plano de Controlo / Manuais Específicos Figura 5 – Estrutura da documentação do SIG 3 O SIG da VALNOR foi desenvolvido com base na metodologia BEL - Business Enhancement para representação de uma organização. Pág. 22 Declaração Ambiental – 2010 Para além desta documentação, a VALNOR desenvolveu ainda um Manual de Responsabilidade Empresarial. 6.3 Interacção entre processos A estrutura funcional da VALNOR, descreve a forma como as áreas funcionais se interrelacionam, visando dar uma perspectiva geral da actividade da empresa. Sistema Integrado de Gestão V01 V20 Planeamento/ Controlo do Serviço V08 Sensibilização, Comunicação e Imagem V03 V09 V02 V22 V21 Melhoria do Sistema de Gestão Planeamento e Estratégia Sistema de Documentação V12 V30 Recepção de Resíduos nos CIVTRS V35 Recepção de Resíduos nas ET Legislação, Impactes e Riscos V13 OUTRAS ACTIVIDADES CVO V06 V04 RECOLHA SELECTIVA V10 Gestão da ETL Gestão de RCD’s Deposição em Aterro Triagem V05 Gestão de DMM Recolha Selectiva V34 Desmantelamento de Veículos em Fim de Vida V29 Gestão de REEE´s Manutenção V14 Gestão Ambiental e SST V33 V24 V11 Recolha Porta a Porta Monitorização Ambiental e de SST Gestão e aluguer de contentores V32 V07 Gestão de Sucatas e Volumosos Reencaminhamento de Materiais OAU e BIODIESEL V25 V26 Gestão de Ecocentros V28 V31 Recolha de Óleos Alimentares Usados V23 Produção de Biodiesel Armazenamento de Pneus Usados Tesouraria V19 Facturação V15 V16 Sistemas de Informação (Informática) V17 Comunicação Interna e Externa Recursos Humanos V18 Compras e Aprovisionamento V27 Contabilidade Figura 6 – Estrutura funcional da VALNOR4 Resumidamente, o Sistema Integrado de Gestão da VALNOR abrange as seguintes áreas de actividade: Encaminhamento de resíduos, a qual inclui a recepção de resíduos no CIVTRS e nas estações de transferência e o seu transporte para a Central de Valorização Orgânica (Tratamento Mecânico e Biológico (Compostagem)); Deposição de resíduos (RSU e RCD´s) em Aterro Recolha selectiva e Triagem, a qual inclui: o a recolha dos resíduos nos ecopontos, nos ecocentros e porta-a-porta, a sua triagem e encaminhamento para reciclagem; Recolha de Óleos Alimentares Usados e Produção de Biodiesel Outras actividades, tais como: 4 o o armazenamento de pneus usados e o seu encaminhamento para reciclagem; o a descontaminação e desmantelamento de Veículos em Fim de Vida; o o armazenamento e tratamento para valorização de resíduos de equipamentos eléctricos e electrónicos; Regra de codificação das áreas funcionais: VXX, em que: V – VALNOR / XX – número sequencial. Pág. 23 Declaração Ambiental – 2010 o a gestão de sucatas e volumosos. As áreas funcionais V01 a V07, V23 a V26 e V29 a V35, descrevem a actividade produtiva da VALNOR. Contribuindo para o funcionamento da empresa, mas não interferindo directamente na prestação de serviços, existem outras áreas funcionais que se relacionam com: A orientação estratégica da empresa – a área V22; O desenvolvimento de actividades directamente relacionadas com as áreas produtivas – as áreas V10, V11, V12, V13 e V19; A sensibilização da população para a área de intervenção da VALNOR - a área V08; A disponibilização, circulação e preservação da informação – as áreas V09, V14 e V16; A provisão de recursos – as áreas V15, V17, V18, V27 e V28; A gestão do Sistema Integrado dá suporte à actividade da empresa – áreas V20 e V21. Cada uma destas áreas funcionais é constituída por processos que concretizam o ‘modus operandi’ da empresa. 6.4 Participação e Consulta dos Trabalhadores No âmbito da identificação de aspectos e avaliação de impactes ambientais os colaboradores afectos às diferentes áreas, são consultados, participando activamente na correcta identificação dos aspectos. Pág. 24 Declaração Ambiental – 2010 7 PRINCIPAIS INDICADORES PRODUTIVOS 7.1 Resíduos Sólidos Urbanos Durante o ano de 2010 foram recebidas: – 54.924 toneladas no Aterro de Avis; – 21.844 toneladas no Aterro da Concavada. Gráfico 1 - Deposição de RSU (ton.) 7.2 Resíduos Industriais Banais (RIB’s) Durante o ano de 2010, a VALNOR recebeu 10.720 toneladas de RIB’s no Aterro Sanitário de Avis. O aumento foi de 23,24% face a 2009, mantendo-se a tendência de crescimento registada em 2009. Gráfico 2 – Deposição de RIB’s (ton) no CIVTRS de Avis 7.3 Resíduos de Tratamento Mecânico de RSUs Durante o ano de 2010 foram recebidas 33.922 toneladas no Aterro de Abrantes, menos 67,42 % do que em 2009. A proveniência destes resíduos é essencialmente de uma congénere da VALNOR que em 2010 reduziu significativamente a quantidade de resíduos encaminhados. Pág. 25 Declaração Ambiental – 2010 ton 120.000 100.000 80.000 60.000 40.000 20.000 0 CIVTRS Avis CIVTRS Abrantes 2010 2009 2008 0 1.117 3.233 33.922 103.004 77.995 Gráfico 3 - Deposição de Resíduos de Tratamento Mecânico de RSU (ton.) em aterro 7.4 Estações de Transferência Os quantitativos de RSU recebidos nas estações de transferência durante o ano de 2010 foram de 43.682 toneladas. Comparando com os valores recebidos em 2009, verificou-se um aumento global de 5,31 %. 18.000 16.000 14.000 12.000 10.000 8.000 6.000 4.000 2.000 0 ET Ponte de Sôr ET Castelo de Vide ET Portalegre ET Elvas 2010 6.611 6.312 14.304 16.456 2009 6.827 6.122 13.317 15.213 2008 6.894 6.542 15.284 16.105 2007 6.708 6.724 12.698 16.186 2006 6.708 6.673 14.772 16.241 Gráfico 4 – Deposição de RSU nas Estações de Transferência (ton.) 7.5 Recolha Selectiva Os quantitativos de materiais recolhidos nos ecopontos e na recolha selectiva porta-a-porta ao longo dos últimos anos são apresentados na figura seguinte. 5.000 4.000 3.000 2.000 1.000 0 Vidro Papel e cartão Embalagens 2010 2.761 4.774 1.861 2009 2.412 4.628 1.562 2008 2.362 4.440 1.162 2007 2.254 4.071 911 2006 2.039 3.448 818 Gráfico 5 – Quantitativos de recolha selectiva, por fileira (ton). Pág. 26 Declaração Ambiental – 2010 Para transportar todos os resíduos recicláveis até à Estação de Triagem no CIVTRS de Avis, foram percorridos de 319.676 km na recolha selectiva de ecopontos e um total de 185.548 km na recolha porta a porta, correspondendo a 53,77 km/ton. No gráfico seguinte é apresentada a evolução da capitação da recolha selectiva por habitante5, isto é, a quantidade de materiais colocados nos ecopontos por cada habitante. Gráfico 6 – Evolução da capitação por fileira (kg/Hab.ano) Em relação a 2009 constata-se um aumento nos valores de capitação. 7.6 Recepção de Pneus Usados Durante o ano de 2010, foram recepcionadas no CIVTRS de Avis 700 toneladas de pneus usados, o que representou um aumento de 28,92 % relativamente a 2009, contrariando a tendência descendente verificada desde o início desta actividade na VALNOR. ton 1200 1000 800 600 400 200 0 CIVTRS Avis 2010 2009 2008 2007 2006 700 543 614 700 1.081 Gráfico 7 – Evolução dos quantitativos de Pneus Usados recepcionados no CIVTRS de Avis (ton) 7.7 Recolha de Óleos Alimentares Usados Os quantitativos de OAU (Óleos Alimentares Usados) recolhidos em 2010 atingiram 119.159 kg (81.644 kg do Pólo Avis e 37.515 kg do Pólo de Abrantes), representando um crescimento de 5,07 % relativamente a 2009. Esta tendência verifica-se desde o início desta actividade na VALNOR. 5 Considerou-se uma população abrangida pela VALNOR nos pólos de Avis e Abrantes de 174.719 habitantes. Pág. 27 Declaração Ambiental – 2010 kgs 90.000 80.000 70.000 60.000 50.000 40.000 30.000 20.000 10.000 0 Rec. OAU - Avis Rec. OAU - Abrantes 2010 81.644 37.515 2009 78.982 34.426 2008 68.580 33.632 2007 64.477 30.630 2006 54.948 14.460 Gráfico 8 – Evolução dos quantitativos de Óleos Alimentares Usados recolhidos (kg) 7.8 Deposição de Resíduos Inertes A VALNOR dispõe de 6 Estações de Transferência, Triagem e Fragmentação de RCD, que incluem a actividade de britagem e crivagem para posterior aproveitamento. Em 2010, a VALNOR recebeu um total de 13.755 toneladas destes resíduos. Analisando a evolução nos últimos dois anos verifica-se um aumento significativo nas instalações situadas no CIVTRS de Avis e na ET de Ponte de Sôr, enquanto que nas ET de Portalegre e Castelo de Vide e no Aterro de Campo Maior as quantidades diminuíram relativamente a 2009. A instalação do gavião apenas iniciou a sua actividade em 2010. ton 9.000 8.000 7.000 6.000 5.000 4.000 3.000 2.000 1.000 0 Aterro Campo Maior ET Ponte de Sôr 2010 1.897 8.364 2009 2.268 4.915 ET Castelo Vide ET Portalegre ET Avis ET Gavião 342 840 2.225 108 1.167 1.803 710 Gráfico 9 – Evolução dos quantitativos de RCDs recebidos (ton) 7.9 Veículos em Fim de Vida A VALNOR recepcionou, em 2010, 113 Veículos em Fim de Vida, tendo sido todos descontaminados. 7.10 Recepção e desmantelamento de REEE De acordo com a Autorização Prévia Nº. 02/2008/APA e Contrato celebrado com a Associação Portuguesa de Gestão de Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos (AMB3E) no decorrer de 2010 a VALNOR recepcionou: 210.900 kg de REEE nos seus pontos de recepção; 180.229 kg na sua Unidade de Tratamento e Valorização (UTV), Pág. 28 Declaração Ambiental – 2010 7.11 Central de Valorização Orgânica Ao longo do ano de 2010 foram recepcionados na Central de Valorização Orgânica 85.446 ton de Resíduos Sólidos Urbanos. Ocorreu a produção de 27.278 ton de rejeito/refugo e foram comercializados 4.218 ton de composto. Pág. 29 Declaração Ambiental – 2010 8 ASPECTOS AMBIENTAIS 8.1 Metodologia de Identificação e Avaliação de Aspectos Ambientais Na Identificação e Avaliação de Aspectos Ambientais são identificados todos os aspectos ambientais que se enquadram no âmbito do SIG. Este processo é da responsabilidade do DQASRS com colaboração das Áreas Técnicas e é documentado na Matriz de Identificação de Aspectos e Avaliação de Impactes Ambientais (Matriz IAAIA). A identificação dos aspectos e dos respectivos impactes ambientais é realizada por local / actividade e tem em conta: 1) Informação associada aos Processos, como seja os N2 – Áreas Funcionais, N3 – Diagramas de Processo e outra documentação de carácter descritivo; 2) Relatórios de avaliações e medições, registos de consumos e emissões e outra documentação de carácter quantitativo e qualitativo; 3) Informação criada para efeitos legais, regulamentares, de investigação ou outros; 4) Visitas in situ com recolha de informação junto dos intervenientes nos processos operativos; Neste processo são tidas em consideração as diversas actividades desenvolvidas, as entradas e saídas dos processos operativos, em “condições de operação normais e anómalas, em condições de paragem e de arranque, assim como as situações de emergência razoavelmente previsíveis”6. Os aspectos ambientais são avaliados de acordo com a sua Significância. A “Significância” de um aspecto refere-se à importância atribuída à alteração provocada no ambiente (impacte ambiental), considerando-se assim que os aspectos ambientais podem ser “Significativos” ou “Não Significativos”. A avaliação da significância é efectuada por uma equipa de trabalho constituída pela Resp. DQASRS e pelos responsáveis técnicos de cada uma das áreas de intervenção. Durante a identificação e avaliação são também consultados os trabalhadores da área em causa. A avaliação da significância tem em conta os seguintes critérios: 1. Risco ambiental, que reflecte a gravidade dos danos (potenciais ou efectivos) para o ambiente. 2. Preocupações das partes interessadas, que valoriza as situações / aspectos ambientais que possam levar a uma reclamação de uma ou mais Partes Interessadas da VALNOR. Risco Ambiental O Risco Ambiental (RA) é dado pelo produto entre a Consequência (C) e a Frequência (F) do aspecto ambiental ou, no caso de situações de emergência, a Consequência (C) e a Probabilidade (P) do aspecto ambiental: RA = C x F ou RA = C x P Aos diferentes níveis da consequência, da frequência e da probabilidade, são atribuídos valores numéricos adimensionais, tendo como referência o ano transacto e de acordo com o seguinte: 6 in NP EN ISO 14001:2004 Pág. 30 Declaração Ambiental – 2010 Frequência Valor numérico Raro 1 (ocorre pelo menos uma vez por ano) Ocasional 2 (ocorre pelo menos uma vez por mês) Frequente 3 (ocorre várias vezes por semana, durante a operação da instalação) Habitual 4 (ocorre várias vezes por dia) Em contínuo 5 Probabilidade Valor numérico Reduzida (Períodos de reincidência expectável superiores a 5 anos) 2 Moderada (Períodos de reincidência expectável inferiores a 5 anos) 3 Elevada (Períodos de reincidência expectável inferiores a 1 ano) Consequência Valor 4 Exemplos de aspectos ambientais no ambiente Danos reduzidos . Ruído ambiental em conformidade legal . Produção de resíduos recicláveis 1 . Libertação de odores . Aspecto visual da infra-estrutura . Consumo de recursos renováveis (excepto água) . Ocupação do solo ( <2 hectares ou localizado em zona industrial) . Ruído ambiental em inconformidade legal no ambiente Danos moderados . Produção de resíduos não recicláveis . Consumo de recursos não renováveis 2 . Libertação de poeiras . Consumo de combustíveis (<450 tep/ano)7 . Consumo de energia (<450 tep/ano)8 . Produção de lixiviados e efluentes . Ocupação do solo ( >2 hectares e localizado fora de zona industrial) 7 8 Consideram-se os consumos da frota afecta à infra-estrutura em causa Consideram-se os consumos energéticos da infra-estrutura em causa Pág. 31 Declaração Ambiental – 2010 Consequência Valor Exemplos de aspectos ambientais . Consumo de combustíveis (>450 tep/ano) no ambiente Danos elevados . Produção de resíduos perigosos . Consumo de energia (>450 tep/ano) 3 . Emissões atmosféricas de gases com efeito de estufa . Emissões atmosféricas de gases deplectores da camada de ozono . Derrames de poluentes no solo ou recursos hídricos Consequência Assim, o risco ambiental pode assumir os seguintes valores numéricos: 3 3 6 9 12 15 2 2 4 6 8 10 1 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 Frequência / Probabilidade Preocupações das Partes Interessadas (PI) A determinação deste critério é sustentada não só na percepção e conhecimento de causa (suportada pelo contacto diário directo e indirecto) que os responsáveis técnicos da Valnor detêm relativamente às preocupações das partes interessadas, mas também no histórico das suas queixas ou reclamações. Estes aspectos são valorizados de acordo com o seguinte: Preocupações das partes interessadas Valor numérico Sem interesse para as partes interessadas 0 Com interesse para as partes interessadas 1 A significância é determinada pela seguinte fórmula: Significância = RA + PI Assim, são considerados Significativos, todos os aspectos ambientais que se enquadrem na seguinte condição: Significância Valor numérico Aspecto ambiental significativo >8 Aspecto ambiental não significativo ≤8 Pág. 32 Declaração Ambiental – 2010 Uma vez identificados os aspectos ambientais significativos, é emitida a Matriz IAAIA, com a indicação do(s) tipo(s) de controlo(s) associado(s). Os aspectos ambientais que originam impactes considerados positivos não são avaliados nem sujeitos a medidas de minimização e controlo. A Matriz IAAIA e as medidas de eliminação / minimização / controlo dos aspectos ambientais significativos são definidas pela equipa de trabalho e aprovadas pela Administração. Os aspectos ambientais significativos são eliminados / minimizados / controlados ou monitorizados, através de: 1. Objectivos e Metas, 2. Monitorização; 3. Medidas de Controlo Operacional; 4. Resposta a Emergências. A Matriz IAAIA da VALNOR, é actualizada, no mínimo anualmente, pela referida equipa de trabalho, como input à definição/revisão de objectivos e metas, e sempre que ocorram “desenvolvimentos novos ou planeados, ou actividades, produtos e serviços novos ou modificados”9. 9 In NP EN ISO 14001:2004 Pág. 33 Declaração Ambiental – 2010 8.2 8.2.1 Aspectos Ambientais Aspectos Negativos Significativos Em seguida apresentam-se os aspectos ambientais negativos e significativos por instalação. Instalações: ET de Portalegre; ET Castelo de Vide; ET de Elvas Medidas de Controlo/Minimização Aspecto Ambiental Impacte Ambiental D/I S.O. Objectivos e Ocorrência de acidente com espalhamento de resíduos, derramamento de óleo ou Contaminação do meio combustível Controlo Operacional Resposta a Emergência Promoção de campanhas de sensibilização Normal de estufa Monitorização para a condução ecológica e segurança rodoviária Promoção de campanhas de sensibilização Normal da combustão Indirecto Emissões gasosas - produtos Poluição atmosférica, efeito Indirecto Metas para a condução ecológica e segurança rodoviária; da combustão de estufa Normal Emissões gasosas - produtos Poluição atmosférica, efeito Directo Optimização de circuitos (base de dados Controlo dos Access). Utilização de biodiesel. consumos diários por Manutenção regular da Frota. Utilização veículo. progressiva de viaturas ambientalmente eficientes (Viaturas EURO 5). derramamento de óleo ou Contaminação do meio Normal espalhamento de resíduos, Promoção de campanhas de sensibilização Cenário de Emergência Directo Ocorrência de acidente com Contaminação do meio Emergência Transbordo da fossa Directo combustível para a condução ecológica e segurança incluido no Plano de rodoviária; Prevenção e Resposta a Manutenção regular da frota Emergências Cenário de Emergência Controlo diário do nivel de enchimento. incluido no Plano de Prevenção e Resposta a Emergências Pág. 34 Declaração Ambiental – 2010 Instalações: ET e Aterro de Inertes de Ponte de Sôr Medidas de Controlo/Minimização Aspecto Ambiental Impacte Ambiental D/I S.O. Objectivos e da combustão de estufa Monitorização Controlo Operacional Resposta a Emergência Promoção de campanhas de sensibilização Normal Emissões gasosas - produtos Poluição atmosférica, efeito Indirecto Metas para a condução ecológica e segurança rodoviária da combustão de estufa Normal Emissões gasosas - produtos Poluição atmosférica, efeito Directo Optimização de circuitos (base de dados Controlo dos Access). Utilização de biodiesel. Manutenção consumos diários por regular da Frota. Utilização progressiva de veículo. viaturas ambientalmente eficientes (Viaturas combustível Transbordo da fossa Contaminação do meio Normal Promoção de campanhas de sensibilização para a condução ecológica e segurança rodoviária Cenário de Emergência incluido no Plano de Prevenção e Resposta a Emergências Cenário de Emergência Emergência Contaminação do meio Indirecto derramamento de óleo ou Directo espalhamento de resíduos, Directo / EURO 5). Ocorrência de acidente com Controlo diário do nivel de enchimento. incluido no Plano de Prevenção e Resposta a Emergências Destruição de habitats Normal Ocupação do Solo Directo Integração paisagística do aterro após encerramento. Pág. 35 Declaração Ambiental – 2010 Instalações: Aterro de Inertes de Campo Maior Medidas de Controlo/Minimização Aspecto Ambiental Impacte Ambiental D/I S.O. Objectivos e da combustão de estufa Monitorização Controlo Operacional Resposta a Emergência Utilização de biodiesel. Manutenção Controlo dos Normal Emissões gasosas - produtos Poluição atmosférica, efeito Directo Metas consumos diários por veículo. regular da Frota. Utilização progressiva de viaturas ambientalmente eficientes (Viaturas EURO 5). Destruição de habitats Normal Ocupação do Solo Directo Integração paisagística do aterro após encerramento. Instalações: Estação de Triagem e Tratamento de RCD do Gavião Medidas de Controlo/Minimização Aspecto Ambiental Impacte Ambiental D/I S.O. Objectivos e da combustão de estufa Monitorização Controlo Operacional Resposta a Emergência Promoção de campanhas de sensibilização Normal Emissões gasosas - produtos Poluição atmosférica, efeito Indirecto Metas para a condução ecológica e segurança rodoviária da combustão de estufa Normal Emissões gasosas - produtos Poluição atmosférica, efeito Directo Optimização de circuitos (base de dados Controlo dos Access). Utilização de biodiesel. Manutenção consumos diários por regular da Frota. Utilização progressiva de veículo. viaturas ambientalmente eficientes (Viaturas derramamento de óleo ou Contaminação do meio Directo espalhamento de resíduos, combustível Emergência EURO 5). Ocorrência de acidente com efluentes contaminados, libertação de fumos e poeiras) Contaminação do meio Emergência (produção de resíduos e Directo Ocorrência de incêndio Promoção de campanhas de sensibilização para a condução ecológica e segurança rodoviária Cenário de Emergência incluido no Plano de Prevenção e Resposta a Emergências Cenário de Emergência incluido no Plano de Prevenção e Resposta a Emergências Pág. 36 Declaração Ambiental – 2010 Instalações: Ecocentro de Portalegre; Ecocentro de Abrantes Medidas de Controlo/Minimização Aspecto Ambiental Impacte Ambiental D/I S.O. Objectivos e da combustão de estufa Monitorização Controlo Operacional Resposta a Emergência Promoção de campanhas de sensibilização Normal Emissões gasosas - produtos Poluição atmosférica, efeito Indirecto Metas para a condução ecológica e segurança rodoviária da combustão de estufa Normal Emissões gasosas - produtos Poluição atmosférica, efeito Directo Optimização de circuitos (base de dados Controlo dos Access). Utilização de biodiesel. Manutenção consumos diários por regular da Frota. Utilização progressiva de veículo. viaturas ambientalmente eficientes (Viaturas combustível Emergência derramamento de óleo ou Contaminação do meio Indirecto espalhamento de resíduos, Directo / EURO 5). Ocorrência de acidente com Promoção de campanhas de sensibilização para a condução ecológica e segurança rodoviária efluentes contaminados, Contaminação do meio libertação de fumos e de RIP's Emergência lubrificantes Directo Impactes associados à gestão Prevenção e Resposta a Emergências incluido no Plano de Prevenção e Resposta a Emergências poeiras) Derrame de óleos e incluido no Plano de Cenário de Emergência Emergência (produção de resíduos e Directo Ocorrência de incêndio Cenário de Emergência Cenário de Emergência Os recipientes de armazenagem de óleos incluido no Plano de devem ser colocados sob coberturas. Prevenção e Resposta a Emergências Pág. 37 Declaração Ambiental – 2010 Destruição de habitats Ocorrência de incêndio (produção de resíduos e efluentes contaminados, Contaminação do meio libertação de fumos e poeiras) D/I S.O. Emergência Normal Ocupação do Solo Impacte Ambiental Directo Aspecto Ambiental Directo Instalações: CIVTRS de Avis Medidas de Controlo/Minimização Objectivos e Metas estufa Normal combustão Directo Poluição atmosférica, efeito de Cenário de Emergência incluído no Plano de Prevenção e Resposta a Emergências consumos energéticos do CIVTRS de Avis (instalação combustão estufa espalhamento de resíduos, derramamento de óleo, combustível Contaminação do meio Directo Ocorrência de acidente com Emissões gasosas - Fuga de (H)CFC's contidos em equipamentos de refrigeração Deplecção das reservas de água Depleção da camada de ozono e/ou efeito de estufa Directo Consumo de água Directo ou lixiviado Controlo dos consumos de dados Access). Utilização de biodiesel. diários por veículo e por Manutenção regular da Frota. Utilização circuito. progressiva de viaturas ambientalmente Emergência eficientes (Viaturas EURO 5). Promoção de campanhas de sensibilização para a condução ecológica e segurança rodoviária Promoção de campanhas de sensibilização Normal Poluição atmosférica, efeito de Optimização dos circuitos de recolha (base para a condução ecológica e segurança rodoviária Emergência Emissões gasosas - produtos da Emergência Normal combustível Indirecto derramamento de óleo ou Contaminação do meio Indirecto espalhamento de resíduos, Resposta a Emergência após encerramento e frota) Ocorrência de acidente com Controlo Operacional Recuperação paisagística - Obj. 41 - Racionalizar os Emissões gasosas - produtos da Monitorização Cumprimento dos limites de captação Monitorização dos consumos Manutenção regular da frota; Cenário de Emergência Promoção de campanhas de sensibilização incluído no Plano de para a condução ecológica e segurança Prevenção e Resposta a rodoviária Emergências Reparação das fugas de água e manutenção periódica das canalizações Manutenção periódica dos equipamentos; Detecção de fugas efectuada por técnico credenciado (se aplicável) Cenário de Emergência incluido no Plano de Prevenção e Resposta a Emergências Pág. 38 Declaração Ambiental – 2010 Aspecto Ambiental Impacte Ambiental D/I S.O. Medidas de Controlo/Minimização Objectivos e Metas Monitorização Controlo Operacional Resposta a Emergência estufa Normal Poluição atmosférica, efeito de Indirecto Emissões gasosas - biogás Directo / Obj. 06 - Diminuir os impactes ambientais relativos à emissão de poluentes atmosféricos V11 - Monitorização Ambiental e de SST (CH4 e poeiras) lixiviado ETAR Normal Impactes associados à gestão da Directo V11 - Monitorização Produção de efluentes líquidos - Ambiental e de SST. V12 - Gestão da ETL produtos químicos (metanol, óleos alimentares usados, gasóleo, biodiesel, Contaminação do meio Directo Derrame de combustíveis, óleos e Descarga acidental de efluentes não tratados Contaminação do meio Directo ácido sulfúrico) Emergência Contaminação do meio incluido no Plano de Prevenção e Resposta a Emergências Emergência de solos e das águas subterrâneas Cenário de Emergência Normal de energia Directo Impactes associados à produção Cenário de Emergência locais de armazenamento ou viaturas; incluído no Plano de Separadores de hidrocarbonetos Prevenção e Resposta a (combustíveis e óleos) Emergências Manutenção regular dos equipamentos incluído no Plano de Prevenção e Resposta a Emergências Obj. 41 - Racionalizar os Consumo de energia Bacias de retenção e kit anti-derrame nos Cenário de Emergência Emergência Potencial ocorrência de contaminação Directo V14 - 13 Gestão de efluentes consumos energéticos do Controlo dos consumos CIVTRS de Avis (instalação energéticos por instalação e frota) Produção de energia eléctrica de fonte renovável (sistema misto: eólico e fotovoltaico) V14-01 Gestão de Resíduos V14-06 Recolha, Acondicionamento e óleo; óleos usados; acumuladores de RIP's Normal diversas, resíduos contaminados com Impactes associados à gestão de Directo Produção de Resíduos - peças chumbo Os resíduos produzidos são contabilizados através do SIRAPA. Gestão de Óleos Usados V14-07 Recolha, Acondicionamento e Gestão Acumuladores de Chumbo V14-09 Recolha, Acondicionamento e Gestão de Materiais Absorventes Impactes associados à gestão de tinteiros,etc resíduos perigosos Normal Produção de resíduos - toners, Directo Contaminados Os resíduos produzidos são contabilizados através do SIRAPA. V14-01 Gestão de Resíduos V14-31 - Gestão de Tinteiros e Toners Pág. 39 Declaração Ambiental – 2010 Instalações: CIVTRS de Abrantes Aspecto Ambiental Impacte Ambiental D/I S.O. Medidas de Controlo/Minimização Objectivos e Metas Monitorização Controlo Operacional Resposta a Emergência Poluição atmosférica, efeito de combustão estufa Normal Emissões gasosas - produtos da Directo Optimização de circuitos de recolha (base de Controlo dos consumos dados access). Utilização de biodiesel. diários por veículo e por Manutenção regular da Frota. Utilização circuito. progressiva de viaturas ambientalmente combustão estufa Derrame de combustíveis, óleos e produtos químicos (óleos alimentares Contaminação do meio usados, óleos, gasóleo) Emissões gasosas - Fuga de (H)CFC's contidos em equipamentos de refrigeração Ocupação do Solo Depleção da camada de ozono e/ou efeito de estufa Destruição de habitats Emergência Cenário de Emergência Promoção de campanhas de sensibilização incluído no Plano de para a condução ecológica e segurança Prevenção e Resposta a rodoviária Emergências para a condução ecológica e segurança rodoviária Promoção de campanhas de sensibilização Normal Poluição atmosférica, efeito de Manutenção regular da frota; Promoção de campanhas de sensibilização para a condução ecológica e segurança rodoviária Emergência Emissões gasosas - produtos da Indirecto combustível Directo derramamento de óleo ou Contaminação do meio Directo espalhamento de resíduos, Directo Ocorrência de acidente com Indirecto ou lixiviado Emergência Contaminação do meio Normal derramamento de óleo, combustível Directo espalhamento de resíduos, Emergência eficientes (Viaturas EURO 5). Ocorrência de acidente com Bacias de retenção e kit anti-derrame nos Cenário de Emergência locais de armazenamento ou viaturas; incluído no Plano de Separadores de hidrocarbonetos Prevenção e Resposta a (combustíveis e óleos) Emergências Manutenção periódica dos equipamentos; Detecção de fugas efectuada por técnico credenciado (se aplicável) Cenário de Emergência incluido no Plano de Prevenção e Resposta a Emergências Recuperação paisagística após encerramento Pág. 40 Declaração Ambiental – 2010 Aspecto Ambiental Impacte Ambiental D/I S.O. Medidas de Controlo/Minimização Objectivos e Metas Monitorização Controlo Operacional Resposta a Emergência Poluição atmosférica, efeito de estufa Normal Emissões gasosas - biogás Directo Obj. 06 - Diminuir os impactes ambientais V11 - Monitorização relativos à emissão de Ambiental e de SST poluentes atmosféricos lixiviado ETL Normal Impactes associados à gestão da Directo V11 - Monitorização Produção de efluentes líquidos - Ambiental e de SST. V12 - Gestão da ETL resíduos e efluentes contaminados, Contaminação do meio libertação de fumos e poeiras) Descarga acidental de efluentes não tratados Contaminação do meio Emergência incluido no Plano de Prevenção e Resposta a Emergências Cenário de Emergência Emergência Ocorrência de incêndio (produção de Cenário de Emergência incluido no Plano de Prevenção e Resposta a Emergências Cenário de Emergência Emergência Contaminação do meio Directo de solos e das águas subterrâneas Directo Potencial ocorrência de contaminação Directo V14 - 13 Gestão de efluentes Manutenção regular dos equipamentos incluído no Plano de Prevenção e Resposta a Emergências V14-01 Gestão de Resíduos V14-06 Recolha, Acondicionamento e óleo; óleos usados; acumuladores de RIP's chumbo Normal diversas, resíduos contaminados com Impactes associados à gestão de Directo Produção de Resíduos - peças Os resíduos produzidos são contabilizados através do SIRAPA. Gestão de Óleos Usados V14-07 Recolha, Acondicionamento e Gestão Acumuladores de Chumbo V14-09 Recolha, Acondicionamento e Gestão de Materiais Absorventes Contaminados Legenda: S.O. – Situação Operacional D/I – Directo / Indirecto Pág. 41 Declaração Ambiental – 2010 8.2.2 Impactes Ambientais Positivos Por si só, actividade da VALNOR tem vários impactes positivos no ambiente. Não obstante, são também considerados como positivos outros impactes ambientais decorrentes da aposta contínua na minimização dos impactes ambientais e protecção do ambiente, mantida pela VALNOR desde a sua criação. Em baixo apresenta-se um resumo dos impactes ambientais considerados positivos. Actividades / Local Instalações do sistema (CIVTRS Avis, ET de Castelo de Vide, Ecocentro de Aspecto Ambiental Impacte Ambiental Produção de energia eléctrica de fonte renovável Redução dos consumos energéticos Áreas Sociais do CIVTRS Avis Aquecimento da água através de energia solar térmica Redução dos consumos energéticos Compactar resíduos no aterro (CIVTRS Abrantes, CIVTRS Avis) Diminuição do volume dos resíduos Aumento da vida útil do aterro Colocação de terras de cobertura na frente de trabalho do aterro Controlo de pragas - barreira de terra sobre os resíduos Promoção da saúde pública Processamento e separação de materiais valorizáveis Valorização de resíduos Diminuição do volume dos resíduos para transporte Prevenção da poluição e consumos Utilização de óleos alimentares usados Valorização de resíduos Processamento de RSU e lamas Aumento da vida útil do aterro Utilização de material estruturante (resíduos de madeira) Aumento da vida útil do aterro Abrantes, AI Campo Maior) Triagem de resíduos valorizáveis (Central Valorização Orgânica, Central de Triagem, Plataforma de Volumosos, Unidade de Tratamento e Valorização (VFV e REEE), Estações Triagem e Tratamento de RCD) Operação das prensas de resíduos (RSU's, sucatas, embalagens, papel, cartão) Produção de biodiesel Operação da Central de Valorização Orgânica Reutilização de água lixiviante na rega das pilhas em maturação Prevenção dos consumos de água Pág. 42 Declaração Ambiental – 2010 9 CONFORMIDADE LEGAL 9.1 Principal Legislação Ambiental Aplicável A VALNOR dá cumprimento a uma série de legislação do foro ambiental, por um lado pelo facto da sua actividade e objecto ser o ambiente mas também pela existência de vários diplomas aplicáveis a todas as organizações e que visam a protecção do ambiente 9.1.1 Âmbito Geral Geral Diploma Data de Publicação Descrição Responsabilidade Ambiental Regime jurídico da responsabilidade por danos ambientais e transpõe para a ordem jurídica nacional a Decreto-Lei n.º 147/2008 29-Jul-08 Directiva n.º 2004/35/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 21 de Abril de 2004 Licenciamento Ambiental Estabelece o regime jurídico relativo à prevenção e controlo integrados da poluição, transpondo para a Decreto-Lei n.º 173/2008 16-Ago-08 ordem jurídica interna a Directiva n.º 2008/1/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 15 de Janeiro PRTR Regula a execução na ordem juridica nacional do Regulamento CE nº. 166/2006, do parlamento Decreto-Lei nº. 127/2008 21-Jul-08 Europeu e do Conselho, de 18 de Janeiro, relativo à criação do Registo Europeu das Emissões e Transferência de poluentes (PRTR) 9.1.2 Águas e Efluentes Água e Efluentes Diploma Data de Publicação Descrição Regime Geral e Licenciamentos Decreto-Lei n.º226-A/2007 31-Mai-07 Estabelece o regime de utilização dos recursos hídricos. 27-Ago-07 Estabelece o regime da qualidade da água destinada ao consumo humano. Qualidade da Água Decreto-Lei n.º 306/2007 Tratamento de Águas Residuais Urbanas Decreto-Lei n.º 152/97 9.1.3 19-Jun-97 Transpõe a Directiva n.º 91/271/CC, do Conselho, de 21 de Maio, relativamente ao Tratamento de Águas Residuais Urbanas. Efluentes Gasosos Efluentes Gasosos Diploma Data de Publicação Descrição Qualidade do Ar Estabelece o regime de prevenção e controlo das emissões de poluentes para a atmosfera, fixando os Decreto-Lei n.º 78/2004 3-Abr-04 princípios, objectivos e instrumentos apropriados à garantia de protecção do recurso natural ar, bem como as medidas, procedimentos e obrigações dos operadores das instalações abrangidas, com vista a evitar ou reduzir a níveis aceitáveis a poluição atmosférica originada nessas mesmas instalações. Equipamentos de Refrigeração Estabelece regras relativas à produção, importação, exportação, colocação no mercado, utilização, Regulamento (CE) n.º 1005/2009, do Parlamento Europeu e do Conselho 16-Set-09 recuperação, reciclagem, valorização e destruição de substâncias que empobrecem a camada de ozono, à comunicação de informações sobre estas substâncias e à importação, exportação, colocação no mercado e utilização de produtos e equipamentos que as contenham ou delas dependam. Altera (primeira alteração) o Decreto-Lei n.º 152/2005, de 31 de Agosto, que regula a aplicação na Decreto-Lei n.º 35/2008 27-Fev-08 ordem jurídica interna do artigo 16.º e do n.º 1 do artigo 17.º do Regulamento (CE) n.º 2037/2000 (EUR-Lex), do Parlamento Europeu e do Conselho, de 29 de Junho, relativo às substâncias que empobrecem a camada de ozono, procedendo à respectiva republicação. Regulamento (CE) n.º 842/2006 do Parlamento Europeu do Conselho Tem como objectivo a contenção, prevenção e redução das emissões de gases fluorados com efeito de 17-Mai-06 estufa abrangidos pelo Protocolo de Quioto. Aplicase aos gases fluorados com efeito de estufa constantes do anexo A ao referido protocolo. Estabelece, nos termos do Regulamento (CE) n.º 842/2006 do Parlamento Europeu e do Conselho, as Regulamento (CE) n.º 1516/2007, do Parlamento Europeu e do Conselho 19-Dez-07 disposições normalizadas para a detecção de fugas em equipamentos fixos de refrigeração, ar condicionado e bombas de calor, activos e temporariamente fora de serviço, que contenham determinados gases fluorados com efeito de estufa. Pág. 43 Declaração Ambiental – 2010 9.1.4 Gestão de Resíduos Gestão de Resíduos Diploma Data de Publicação Descrição Geral Estabelece as normas técnicas relativas à caracterização de resíduos urbanos, designadamente a Portaria n.º 851/2009 7-Ago-09 identificação e quantificação dos resíduos correspondentes à fracção Portaria 209/2004 3-Mar-04 Aprova a nova Lista Europeia de Resíduos (LER) Decreto-Lei n.º 178/2006 5-Set-06 Cria a Autoridade Nacional de Resíduos (ANR) e as Autoridades Regionais dos Resíduos (ARR) caracterizada como reciclável. Estabelece o regime geral de gestão de resíduos. Cria o Sistema Integrado de Resgisto Electrónico de Resíduos (SIRER) Portaria n.º 1023/2006 20-Set-06 Portaria nº 72/2010 4-Fev-10 Portaria n.º 187/2007 12-Fev-07 Define os elementos que constituem o pedido de Licenciamento das operações de resíduos, de acordo com o disposto no art. 27º do DL n.º 178/2006 Estabelece as regras respeitantes à liquidação da taxa de gestão de resíduos, de acordo com o disposto no Decreto-Lei n.º 178/2006 de 5 de Setembro de 2006. Revê do Plano Estratégico para os Resíduos Sólidos Urbanos (PERSU) - PERSU II (horizonte 20072016). Aterros Decreto-Lei n.º 152/2002 23-Mai-02 Regular a Instalação, a Exploração, o Encerramento e a Manutenção pós-encerramento de aterros destinados a resíduos. Regime jurídico da deposição de resíduos em aterro, e requisitos gerais a observar na concepção, Decreto-Lei n.º 183/2009 10-Ago-09 construção, exploração, encerramento e pós-encerramento de aterros, incluindo as características técnicas específicas de cada classe de aterros. Aplica a Decisão n.º 2003/33/CE, do Conselho, de 19 de Dezembro de 2002. Óleos Usados Decreto-Lei n.º 153/2003 Portaria n.º 240/92 11-Jul-03 25-Mar-92 Estabelece o regime jurídico da gestão de óleos usados. Aprova o Regulamento de Licenciamento das Actividades de Recolha, Armazenagem, Tratamento Prévio, Regeneração, Recuperação, Combustão e Incineração dos Óleos Usados. Óleos Alimentares Usados (OAU) Decreto-Lei n.º 267/2009 29-Set-09 Estabelece o regime jurídico da gestão de óleos alimentares usados (OAU), produzidos pelos sectores industrial, da hotelaria e restauração (HO-RECA) e doméstico. Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos (REEE) Decreto-Lei n.º 230/2004 10-Dez-04 Estabelece o regime jurídico a que fica sujeita a gestão de resíduos de equipamentos eléctricos e electrónicos (REEE). Transporte de Resíduos Portaria n.º 335/97 16-Mai-97 Despacho n.º 8943/97 do InR 9-Out-97 Fixa as regras a que fica sujeito o Transporte de Resíduos dentro do Território Nacional. Identifica as Guias a utilizar para o Transporte de Resíduos, em conformidade com o Artº 7º da Portaria n.º 335/97. Pilhas e Acumuladores O presente decreto-lei estabelece o regime de colocação no mercado de pilhas e acumuladores e o regime de recolha, tratamento, reciclagem e eliminação dos resíduos de pilhas e de acumuladores, Decreto-Lei n.º 06/2009 6-Jan-09 transpondo para a ordem jurídica interna a Directiva n.º 2006/66/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 6 de Setembro, relativa a pilhas e acumuladores e respectivos resíduos, que revoga a Directiva n.º 91/157/CEE, do Conselho, de 18 de Março, alterada pela Directiva n.º 2008/12/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 11 de Março. Pneus Usados Decreto-Lei n.º 111/2001 6-Abr-01 Estabelece o regime jurídico a que fica sujeita a Gestão de Pneus Usados. Gestão de Embalagens Decreto-Lei n.º 366-A/97 20-Dez-97 Estabelece os princípios e as normas aplicáveis ao sistema de gestão de embalagens e resíduos de embalagens. Veículos em Fim de Vida (VFV) Despacho n.º 9276/2004 16-Abr-04 Aprova o modelo de certificado de destruição a emitir pelos operadores de desmantelamento. Decreto-Lei n.º 196/2003 23-Ago-03 Transpõe para a ordem jurídica nacional a Directiva n.º 2000/53/CE (EUR-Lex), do Parlamento Europeu e do Conselho, de 18 de Setembro, relativa aos veículos em fim de vida. Resíduos de Construção e Demolição (RCD) Estabelece o regime das operações de gestão de resíduos resultantes de obras ou demolições de Decreto-Lei nº 46/2008 12-Mar-08 Portaria n.º 417/2008 11-Jun-08 edifícios ou de derrocadas, abreviadamente designados resíduos de construção e demolição ou RCD, compreendendo a sua prevenção e reutilização e as suas operações de recolha, transporte, armazenagem, triagem, tratamento, valorização e eliminação. Aprova os modelos de guias de acompanhamento de resíduos para o transporte de resíduos de construção e demolição (RCD) Valorização Orgânica de Resíduos Estabelece o regime de utilização de lamas de depuração em solos agrícolas, transpondo para a ordem Decreto-Lei nº. 276/2009 2-Out-09 jurídica interna a Directiva n.º 86/278/CEE, do Conselho, de 12 de Junho, de forma a evitar efeitos nocivos para o homem, para a água, para os solos, para a vegetação e para os animais, promovendo a sua correcta utilização. Decreto-Lei n. º 190/2004 17-Ago-04 Estabelece as regras a que deve obedecer a colocação no mercado dos adubos e dos correctivos agrícolas, adiante designados como matérias fertilizantes. Estabelece as regras a que deve obedecer a colocação no mercado de matérias fertilizantes, que não Portaria n.º 1322/2006 24-Nov-06 constem do anexo I do Regulamento (CE) n.º 2003/2003, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 13 de Outubro, nem da norma portuguesa NP 1048. Pág. 44 Declaração Ambiental – 2010 9.1.5 Energia Energia Diploma Data de Publicação Descrição Estabelece o sistema de gestão dos consumos de energia, instituído com o objectivo de promover a Decreto-Lei n.º 71/2008 15-Abr-08 eficiência energética e monitorizar os consumos energéticos de instalações consumidoras intensivas de energia. 9.1.6 Ruído Ambiental Ruído Diploma Data de Publicação Decreto-Lei n.º 9/2007 17-Jan-07 Decreto-Lei nº 221/2006 8-Nov-06 Descrição O presente Regulamento estabelece o regime de prevenção e controlo da poluição sonora, visando a salvaguarda da saúde humana e o bem-estar das populações. Transpõe para a ordem jurídica interna a Directiva n.º 2005/88/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 14 de Dezembro, que altera a Directiva n.º 2000/14/CE, relativa à aproximação das legislações dos Estados membros em matéria de emissões sonoras para o ambiente dos equipamentos para utilização no exterior. Transpõe para a ordem jurídica interna a Directiva n.º 2007/34/CE, da Comissão, de 14 de Junho, Decreto-Lei nº 19/2009 15-Jan-09 estabelecendo as disposições aplicáveis à homologação CE de um modelo de automóvel no que respeita ao nível sonoro, bem como as relativas à homologação CE de dispositivos silenciosos enquanto unidades técnicas. 9.2 Águas Subterrâneas (captação) CIVTRS de Avis A VALNOR possui seis furos para captação de água no CIVTRS de Avis (AC1 a AC6). As respectivas licenças são as seguintes: ARHT/0308.09/T/A.CA.F ARHT/388.09/T/A.CA.F ARHT/0387.09/T/A.CA.F Licença nº 189/2005/SP Licença nº 190/2005/SP Licença nº 872/2005/SP 500 1000 m3 m3 Os gráficos em baixo ilustram o comportamento dos consumos ao longo dos meses do ano de 2010. 800 400 600 300 400 200 200 0 AC1 100 Jan Fev Mar Abr Mai Jun 0 Jul Ago Set Out Nov Dez 334 879 843 752 706 169 0 190 266 302 250 AC2 236 94 64 107 143 114 304 297 160 152 95 90 AC3 388 82 59 83 98 141 153 297 290 153 139 90 Gráfico 10 – Consumos de água por furo (m3) – AC1, AC2 e AC3 0 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez AC4 393 179 107 192 408 269 343 376 240 29 0 25 AC5 343 203 397 376 348 289 338 275 93 44 9 3 0 0 0 AC6 167 212 421 66 0 3 0 49 176 Gráfico 11 – Consumos de água por furo (m3) – AC4, AC5 e AC6 Cada licença estabelece um limite de extracção anual. Para o AC1 esse limite é de 7200m3 e para os restantes o limite anual é de 3600m3. O cumprimento dos limites estabelecidos pelas respectivas licenças é evidenciado no gráfico seguinte. Pág. 45 m3 Declaração Ambiental – 2010 8000 7000 6000 5000 4000 3000 2000 1000 0 AC1 AC2 AC3 AC4 AC5 AC6 4691 1856 1973 2561 2718 1094 Limite Anual (m3) 7200 3600 3600 3600 3600 3600 Total Ano (m3) Gráfico 12 – Consumo Anual por Furo (m3) e respectivo limite CIVTRS de Abrantes m3 No CIVTRS de Abrantes existe um furo de captação de água subterrânea, cujo limite de captação é de 1.000 m3/mês, imposto pela respectiva licença – nº 0067/04 DSMA-DMA – emitida pela CCDRLVT. Este limite é sistematicamente cumprido ao longo do ano. 1200 1000 800 600 400 200 0 Consumo Mensal Limite Mensal Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 172 198 278 328 345 384 640 562 444 219 206 140 1000 1000 1000 1000 1000 1000 1000 1000 1000 1000 1000 1000 Gráfico 13 – Captação de águas subterrâneas (m3) 9.3 Descargas de águas residuais para águas de superfície A VALNOR é titular da Licença Ambiental nº 28 A.1/2005 que inclui a licença para descarga de águas residuais tratadas na ETL do CIVTRS de Avis. Durante o ano de 2010 foram descarregados 1478 m3 da ETL tendo sido realizadas análises de acordo com as exigências legais, de forma a assegurar a qualidade do efluente tratado descarregado. Neste sentido, convém referir que no CIVTRS de Abrantes, não se efectuam descargas para o meio hídrico, desde que a VALNOR tomou a gestão do CIVTRS de Abrantes. De referir que em 2010 entrou em funcionamento uma unidade de osmose inversa no CIVTRS de Avis. Este investimento teve como principal objectivo garantir sistematicamente a conformidade com os requisitos legais aplicáveis ao tratamento de lixiviados e águas residuais. Assim, foi possível aumentar substancialmente o volume descarregado relativamente a 2009. Seguidamente apresenta-se a evolução dos valores registados de caudal de efluente tratado e descarregado em linha de água no CIVTRS de Avis. Pág. 46 Declaração Ambiental – 2010 m3 1600 1400 1200 1000 800 600 400 200 0 CIVTRS Avis 2010 1478 2009 251 2008 835 2007 593 Gráfico 14 - Caudais de efluente tratado e descarregado (CIVTRS de Avis) Seguidamente apresentam-se os valores dos parâmetros analisados em laboratório acreditado, referentes á monitorização do lixiviado efluente, do CIVTRS de Avis, nos meses nos quais se efectuaram descargas para linha de água, ao longo do ano de 2010. Periodicidade Mensal Jan. Fev. Mar. Set. Out. Dez. pH (Escala de Sorensen) 7,6 7,2 7,2 9,6 8,2 5,9 6.0 – 9.0 Condutividade (µS/cm) 1,7x103 2,2x103 1,2x103 131 312 188 --- Cor (mg/l PtCo) 1,1x102 1,2x102 32 <2,0 (Lq) - <2,0 (Lq) Não visível 1:20 CBO5 (mgO2/l) 1,6x102 44 38 <5 (Lq) - <5 (Lq) 40 CQO (mg O2/l) 2,7x10 2 77 <40 (Lq) <40 (Lq) <40 (Lq) 150 SST (mg/l) 5,0x101 18 3,2x101 <10 (Lq) - <10 (Lq) 60 Azoto Total (mg N/l) 15 34 1,4 15 - 11 15 Azoto amoniacal (mg NH4/l) 30 11 <7,0 (Lq) 1,2 <7,0 (Lq) <7,0 (Lq) 10 Fósforo Total (mg P/l) 0,44 0,47 <0,33 (Lq) <0,33 (Lq) - <0,33 (Lq) 3 <1,0 (Lq) 8,6 <1,0 (Lq) 15 1,1x10 2 Óleos e Gorduras (mg/l) <1,0 (Lq) <1,0 (Lq) <1,0 (Lq) Trimestral VLE* Parâmetros (mg/l) Cloretos (ml/l Cl) 2,2x102 - 2,6x102 <8,0 (Lq) 31 <8,0 (Lq) --- Hidrocarbonetos Totais (mg/l) <1,0 (Lq) - <2 (Lq) 10 - <2,0 (Lq) 15 Carbonatos (mg CaCO3/l) - - - 0 2,7x102 --- Bicarbonatos (mg HCO3/l) - - - 0 2,7x102 --- Cianetos (µg Cn/l) - - - <100 (Lq) 8,6 0,5 Arsénio (µg As/l) - - - <0,0050 (Lq) <0,010 (Lq) 1,0 Cádmio (µg Cd/l) - - - <0,00040 (Lq) <0,0020 (Lq) 0,2 Crómio (µg Cr/l) - - - <0,0010 (Lq) 0,0054 2,0 Mercúrio (µg Hg/l) - - - <0,000020 (Lq) <0,010 (Lq) 0,05 Chumbo (µg Pb/l) - - - <0,0050 (Lq) 0,023 1,0 Pág. 47 Declaração Ambiental – 2010 Periodicidade Semestral Dez. VLE* Parâmetros Jan. Fev. Mar. Set. Out. Potássio (mg K/l) - - - 11 24,3 --- Fenóis (mg/l) - - - <0,005 (Lq) 0,017 0,5 Nitratos (mg NO3/l) - - - 19 76 50 Nitritos (mg NO2/l) - - - 0,15 0,19 5 Ferro (µg Fe/l) - - - 0,0090 2 2,0 Fosfatos (mg HPO4/l) - - - <3,0 (Lq) - --- COT (mg/l) - - - 0,76 3,14 --- Fluoretos (mg/l F) - - - <0,4 (Lq) <0,4 (Lq) --- Sulfatos (mg/l SO4) - - - <12 (Lq) <12 (Lq) 2000 Sulfuretos (mg/l S) - - - <0,050 (Lq) <0,050 (Lq) 1,0 Alumínio (µg/l) - - - 0,075 2,09 10 Bário Total (mg/l) - - - 0,00371 0,0261 --- Boro (mg/l B) - - - 1,53 0,78 --- Cobre Total (µg/l Cu) - - - <0,0020 (Lq) 0,0239 1,0 Manganês Total (µg/l Mn) - - - 0,00417 0,0261 2,0 Zinco Total (mg/l Zn) - - - 0,0028 0,0541 --- Antimónio (µg/l Sb) - - - <0,010 (lq) <0,020 (Lq) --- Níquel Total (µg/l Ni) - - - <0,0020 (lq) <0,050 (Lq) 2,0 Selénio Total (mg/l) - - - <0,010 (Lq) <0,030 (Lq) --- Cálcio (mg/l Ca) - - - <6,0 (Lq) 14,3 --- Magnésio (mg/l Mg) - - - <1,0 (Lq) 2,09 --- Sódio (mg/l Na) - - - <20 (Lq) 32,8 --- AOX (mg/l) - - - <0,010 (Lq) <0,010 (Lq) --- Crómio Hexavalente (mg/l) - - - <0,0050 (Lq) 0,08 --- (mg/l) (* - Anexo XVIII do D.L. nº 236/98); (Lq – Limite de Quantificação) Tabela 5 – Monitorização de Lixiviado efluente da ETL do CIVTRS de Avis É importante referir que embora o parâmetro cloretos não seja um parâmetro englobado na listagem dos parâmetros mensais, ele passou desde Janeiro de 2008, a ser contemplado como tal, devido a controlo interno, como forma de fazer face a exigências do Registo Europeu de Emissões e Transferência de Poluentes (PRTR). Relativamente à qualidade do efluente tratado, a VALNOR efectua análises em laboratório acreditado, com periodicidade mensal. No inicio do ano de 2010, a unidade de tratamento por Osmose Inversa ainda não se encontrava em funcionamento, pelo que como forma complementar de análise dos parâmetros, foram efectuadas análises no laboratório interno, existente no CIVTRS de Avis. Neste sentido, quando se verificam valores acima dos VLE, não se efectuam descargas. Pág. 48 Declaração Ambiental – 2010 Assim sendo, e de acordo com o reportado nos Relatórios de Acompanhamento Ambiental Semestrais e Anual (em fase final de preparação), referentes ao ano de 2010, quando foi efectuada a recolha pelo laboratório acreditado, nos meses de Janeiro e Fevereiro, a VALNOR já não se encontrava a efectuar descargas, pelo que não se encontrou em situação de incumprimento. No mês de Outubro, a Osmose Inversa já se encontrava em funcionamento, no entanto, durante este mês, apenas se efectuou descarga em dois dias, nomeadamente nos dias 8 e 9 de Outubro. A recolha efectuada pelo laboratório acreditado, referenciada no quadro anterior, data de 14 de Outubro de 2010. 9.4 Ruído Ambiental Foi realizado um estudo de medição de ruído para o exterior, na envolvente do CIVTRS de Abrantes, no qual se constatou que são cumpridos todos os requisitos legais. O facto de os veículos de transporte de resíduos e recolha selectiva cumprirem os valores limites exigidos no Decreto-Lei n.º 49/2001 de 13 de Fevereiro, garante a não incomodidade sonora para a população na sua passagem pelos aglomerados populacionais. Pág. 49 Declaração Ambiental – 2010 10 INDICADORES DE DESEMPENHO AMBIENTAL Em baixo apresentam-se os principais indicadores de desempenho ambiental. Cada indicador é apresentado sob a forma absoluta, correspondendo à entrada/impacte total anual no domínio em causa e sob a forma de rácio, comparando o mesmo com o Valor Acrescentado Bruto (em milhões de euros (M€)) da VALNOR para o ano correspondente. Milhões € O Valor Acrescentado Bruto (VAB) da VALNOR tem vindo a subir ao longo dos últimos anos como se pode verificar no gráfico em baixo. Relativamente a 2009 o acréscimo foi de 5,12%. 9,00 7,78 8,00 7,40 7,00 6,00 4,61 5,00 4,00 3,00 2,00 1,00 0,00 2010 2009 2008 Valor Acrescentado Bruto Gráfico 15 – Valor Acrescentado Bruto (M€) 10.1 Fluxo de Massas Nos últimos 3 anos o balanço de massas do tratamento dos resíduos urbanos da área de influência da VALNOR tem vindo a evoluir positivamente na medida em que a fracção valorizada (valores apresentados em toneladas) tem aumentado face ao total dos resíduos entrados. Entradas (ton) 2008 2009 2010 0 46068 94479 RSU para Aterro 73584 36238 19246 RS Vidro 2362 2412 2761 RS Papel/Cartão 4440 4628 4774 RS Embalagens 1162 1562 1861 81548 90908 123121 2008 2009 2010 0 2221 3325 Resíduos valorizados 9674 13475 26830 Rejeitos e Refugos 131 19002 30568 71743 56240 62398 81548 90938 123121 RSU+Lamas na CVO TOTAL Saídas (ton) Composto Perdas (Entradas-Saídas) TOTAL Tabela 4 - Balanço mássico do tratamento de RSU (ton) O gráfico em baixo permite uma melhor percepção da evolução do fluxo mássico registado nos últimos 3 anos. Pág. 50 Declaração Ambiental – 2010 100% 80% 60% 40% 20% 0% 2008 2009 Perdas Rejeitos e refugos Saídas 2010 Resíduos valorizados Composto 2008 2009 2010 Composto 0% 2% 3% Resíduos valorizados 12% 15% 22% Rejeitos e refugos 0% 21% 25% Perdas 88% 62% 51% 100% 100% 100% TOTAL 80000 140000 120000 60000 100000 80000 40000 60000 20000 40000 20000 0 0 Total Entradas Ton Entradas / M€ Total Saídas Ton Saídas / M€ 9805 2129 2008 81548 17705 2008 2009 90908 12288 2009 34698 4690 2010 123121 15832 2010 60723 7808 Gráfico 16 – Total de Entradas (ton) e ton entradas por M€ Gráfico 17 – Total de Saídas (ton) e ton saídas por M€ 10.2 Água O consumo total de água/impacte real diminuiu cerca de 5,65% em relação a 2009. O rácio entre o consumo total de água (m3) e o VAB (milhões de euros) manteve a tendência decrescente desde 2008, o que denota uma melhoria contínua no desempenho global deste indicador. 30000,00 25000,00 20000,00 15000,00 10000,00 5000,00 0,00 Consumo de água [m3] m3 / M€ 2010 25075,98 3224,57 2009 26578,05 3592,67 2008 21339,08 4633,08 Gráfico 18 – Consumo Total de Água; Rácio m3 por M€ A evolução dos consumos nas diferentes instalações da VALNOR é apresentada em baixo. Nos CIVTRS de Avis e Abrantes o consumo absoluto de água diminuiu. Destaque para o CIVTRS de Abrantes cuja redução foi de 45,51%. Esta redução deve-se essencialmente ao sucesso da racionalização dos consumos implementada nas lavagens das viaturas de motoristas externos. Pág. 51 Declaração Ambiental – 2010 m3 16.000 14.000 12.000 10.000 8.000 6.000 4.000 2.000 0 CIVTRS Avis CIVTRS Abrantes 2010 14.893 3.916 2009 14.992 7.187 2008 8.145 7.924 4000 m3 / ton RSU m3 Gráfico 19 – Consumos Anuais CIVTRS de Avis e Abrantes 3500 3000 2500 0,30 0,25 0,20 0,15 2000 1500 0,10 1000 0,05 500 0 0,00 ET Ponte de Sôr ET Castelo de Vide ET Portalegre ET Elvas 2010 175 982 3863 351 2009 175 1059 2465 366 2008 240 1180 3068 366 ET Ponte de Sôr ET Castelo de Vide ET Portalegre ET Elvas 2010 0,03 0,16 0,27 0,02 2009 0,03 0,17 0,19 0,02 2008 0,03 0,18 0,20 0,02 Gráfico 21 – Consumos de água por ton RSU recebida (m3/ton RSU) Gráfico 20 – Consumo de água na Estações de Transferência (m3) No que diz respeito ao consumo de água nas estações de transferência, manteve-se a tendência decrescente nas estações de Ponte de Sôr, Castelo de Vide e Elvas, ao contrário da ET de Portalegre, que aumentou o consumo de água cerca de 56,71% e 45,90% nos consumos absolutos e consumos relativos, respectivamente. Esta situação deveu-se a fugas nas canalizações, situação entretanto regularizada. m3 Nas restantes instalações os consumos de água são normalmente reduzidos. Excepção em à regra foi o consumo verificado na ETT do Gavião (entrou em actividade em 2010). Este consumo anormal deveu-se a uma fuga no sistema de rega que entretanto foi desactivado. Em situação normal o consumo desta instalação seria similar aos ecocentros de Portalegre e Abrantes. 800 700 600 500 400 300 200 100 0 Ecocentro Portalegre Ecocentro Abrantes Aterro RCDs CM ETT Gavião 2010 22 179 4,36 691 2009 129 189 16,05 2008 228 153 35,08 Gráfico 22 – Consumo de água em outras instalações (m3) Pág. 52 Declaração Ambiental – 2010 10.3 Resíduos Como resultado das suas actividades, a VALNOR produz um conjunto de resíduos, os quais são devidamente armazenados nas suas instalações até poderem ser enviados para destino adequado. Na tabela seguinte são apresentadas as quantidades produzidas dos resíduos mais significativos. Código LER 2010 2009 2008 13 02 08* Óleos usados Designação 4845 8930 5000 14 06 03* Solventes 350 288 314 15 02 02* Absorventes 72 72 170 16 01 07* Filtros de óleo 260 260 260 20 01 25 Glicerina 32780 20460 --- 16 01 03 Pneus usados 6200 1260 --- 16 02 14 Equipamento fora de uso 0 16 --- 20 01 35 Equip. Eléctrico TOTAL 0 200 8320 44507 31486 14064 Tabela 8 – Encaminhamento de óleos, solventes, absorventes e outros resíduos (kg) A produção total de resíduos tem vindo a aumentar ao longo do tempo, principalmente devido a novas actividades como a produção de biodiesel que tem como resíduo a glicerina. 50000,00 40000,00 30000,00 20000,00 10000,00 0,00 Produção de resíduos [kg] kg / M€ 2010 44507,00 5723,24 2009 31486,40 4256,15 2008 14063,60 3053,45 Gráfico 23 – Produção Total de Resíduos; Rácio kg por M€ Analisando a produção apenas de resíduos perigosos verifica-se uma diminuição de cerca de 42,13%. Consequentemente, o rácio relativo ao Valor Acrescentado Bruto também baixou relativamente a 2009 (cerca de 12,71%). 10000,00 8000,00 6000,00 4000,00 2000,00 0,00 Produção de Resíduos Perigosos [kg] kg / M€ 2010 5527,00 710,73 2009 9550,00 1290,91 2008 5743,60 1247,03 Gráfico 24 – Produção de Resíduos Perigosos (kg); Rácio kg por M€ Refugo da triagem (aspecto ambiental indirecto) Pág. 53 Declaração Ambiental – 2010 O processo de triagem consiste na separação positiva dos materiais recolhidos nos ecopontos, seleccionando-se apenas aqueles que são passíveis de posterior encaminhamento para tratamento ou valorização. Assim, os materiais não seleccionados no decorrer do processo de triagem são devidamente contabilizados e depositados na célula em exploração do CIVTRS de Avis. Em baixo apresenta-se a evolução da taxa de refugo da Central de Triagem relativa à triagem das embalagens de plástico/metal que estabilizou nos 10% desde a entrada em funcionamento da triagem automática. A taxa de refugo do papel/cartão é zero desde 2008. 12% 10% 8% 6% 4% 2% 0% Refugo embalagems e metais 2010 10% 2009 10% 2008 10% Gráfico 25 – Evolução da taxa de refugo da Central de Triagem (%) 10.4 Lixiviados e efluentes Em qualquer zona de deposição de resíduos surgem os designados lixiviados, que atravessam a massa de resíduos sólidos extraindo-lhes os materiais solúveis e em suspensão. Estes efluentes são constituídos pelos líquidos resultantes da decomposição dos resíduos e por águas oriundas de fontes externas, tais como a precipitação. O lixiviado irá escorrer para o fundo do aterro de onde será captada e encaminhada para tratamento numa instalação designada por Estação de Tratamento de Lixiviados (ETL). Devido às alterações que se produzem progressivamente nos resíduos acumulados ao longo da vida do aterro sanitário, as águas lixiviantes produzidas apresentam uma elevada variação, quer em termos quantitativos, quer em termos qualitativos, dependendo de vários factores, nomeadamente condições atmosféricas, natureza dos resíduos, condições de exploração do aterro, natureza dos materiais de cobertura e idade do aterro. Apesar de os lixiviados serem as principais águas residuais num aterro sanitário, existem também as águas provenientes das instalações sanitárias e das lavagens que necessitam igualmente de tratamento antes de poderem ser descarregadas no meio hídrico. Nas Estações de Transferência são também produzidos lixiviados, embora num estado de maturação muito mais incipiente. A produção dá-se, principalmente pela acção do compactador dos resíduos que retira uma parte significativa da água que vem juntamente com os resíduos da recolha indiferenciada. A VALNOR não tem um efectivo controlo sobre as quantidades de lixiviado produzidas. A produção de lixiviados, quer nos aterros quer nas estações de transferência, depende de factores externos como a precipitação ou a forma de separação dos resíduos domésticos por parte da população. Apesar disso são aqui reportados os dados relativos à produção de lixiviados nas diferentes infraestruturas da VALNOR. Pág. 54 Declaração Ambiental – 2010 CIVTRS de Avis No CIVTRS de Avis, os lixiviados são provenientes das duas células do aterro e da antiga lixeira selada, enquadrada no seu perímetro. Na Tabela seguinte apresentam-se os registos mensais dos caudais dos lixiviados afluentes à ETL do CIVTRS de Avis. 2008 (m3/mês) 2009 (m3/mês) 2010 (m3/mês) Janeiro 138 260 413 Fevereiro 158 208 364 Março 245 213 430 Abril 259 121 320 Maio 237 110 236 Junho 236 235 281 Julho 322 204 316 Agosto 349 243 618 Setembro 318 478 388 Outubro 372 257 139 Novembro 249 487 0 Dezembro 262 503 393 3145 3319 3898 Caudal Total Afluente (m3) Tabela 7 – Evolução do caudal de lixiviado afluente à ETL É importante salientar uma particularidade do CIVTRS de Avis, que consiste no facto de, durante os meses mais quentes do ano, não ocorrer produção de lixiviados, chegando a ETL a parar de funcionar por ausência de caudal. Esta situação, comprovada desde 2002, é suportada pelos dados de base existentes, verificando-se que, nalguns meses, a evaporação é superior ao caudal gerado. CIVTRS de Abrantes Não foi possível quantificar a produção de lixiviados no CIVTRS de Abrantes, nos anos anteriores, por não existir caudalímetro à entrada da ETL, situação resolvida em Dezembro de 2009. Na Tabela seguinte apresentam-se os registos mensais dos caudais dos lixiviados afluentes à lagoa do CIVTRS de Abrantes. Registou-se um total de 11.117 m3 no ano de 2010. 2010 (m3/mês) Janeiro 1612 Fevereiro 1284 Março 2143 Abril 139 Maio 816 Junho 821 Julho 417 Agosto 405 Setembro 951 Outubro 383 Novembro 787 Dezembro 1359 Caudal Total Afluente (m3) 11117 Pág. 55 Declaração Ambiental – 2010 Estações de Transferência A produção específica de lixiviados nas estações de transferência (m3/ton RSU) diminuiu apenas na ET de Ponte de Sôr (cerca de 13,29%) tendo aumentado nas restantes. O aumento mais significativo deu-se na ET de Castelo de Vide (cerca de 35%), mantendo-se esta estação de transferência com o valor mais elevado (0,082 m3/ton) entre as instalações consideradas. m3 / ton RSU 0,100 0,080 0,060 0,040 0,020 0,000 Ponte de Sôr Castelo de Vide Portalegre Elvas 2010 0,036 0,082 0,062 0,027 2009 0,040 0,060 0,055 0,023 2008 0,040 0,094 0,067 0,015 Gráfico 26 – Lixiviados produzidos nas Estações de Transferência (m3/ton RSU) Os lixiviados produzidos nas Estações de Transferência foram encaminhados para as Estações de Tratamento de Águas Residuais Municipais respectivas de acordo com as correspondentes autorizações emitidas pelas Câmaras Municipais. 10.5 Eficiência energética O consumo directo de energia tem vindo naturalmente a aumentar devido ao contínuo crescimento da VALNOR e das diferentes actividades desenvolvidas. Em 2010, a utilização directa de energia foi de 37.385 GJ (Com base no Despacho 17313/2008 (PCI biodiesel = 27 MJ/kg; PCI gasóleo = 42,8 MJ/kg) e FDS gasóleo (BP) densidade gasóleo = 0,845; Assumindo a densidade do biodiesel igual à do gasóleo), considerando como fontes a electricidade, o gasóleo e o biodiesel, o que representa um aumento de cerca de 13,95%. Consequentemente, o consumo de energia relativo ao Valor Acrescentado Bruto (VAB) também subiu (cerca de 8,4%), depois da acentuada queda registada em 2009 face a 2008. A produção de energia a partir de fontes renováveis aumentou em 2010, nomeadamente com a entrada em funcionamento de sistemas de micro geração a partir de painéis solares fotovoltaicos nas instalações da Estação de Transferência de Castelo de Vide (26,24 GJ produzidos) e no Ecocentro de Abrantes (0,37 GJ produzidos). Produção que veio acrescer à electricidade produzida no CIVTRS de Avis (14,69 GJ)10. No total foram produzidos 41 GJ de energia a partir de fontes renováveis, correspondendo a 5,41 GJ por M€ de Valor Acrescentado Bruto. 10 Produção estimada, uma vez que esta instalação não está ligada à rede sendo consumida directamente nos escritórios do CIVTRS Pág. 56 Declaração Ambiental – 2010 40.000 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0 30.000 20.000 10.000 0 Utilização Directa de Energia [GJ] GJ / M€ 2010 37.385 4807,46 2009 32.808 4434,80 2008 26.313 5712,95 Energia Produzida de Fontes Renováveis [GJ] GJ / M€ 41 5,31 2010 Gráfico 28 – Energia Produzida de Fontes Renováveis (GJ); Rácio GJ por M€ Gráfico 27 – Utilização Directa de Energia (GJ); Rácio GJ por M€ É de salientar ainda a crescente fracção da energia utilizada proveniente de fontes internas como sejam o biodiesel e a electricidade produzida através de fontes renováveis. Em 2010 este valor foi já de cerca de 20%, correspondendo a 7.575 GJ dos 37.385 GJ consumidos, contabilizando a produção de electricidade no CIVTRS de Avis, na ET de Castelo de Vide e no ecocentro de Abrantes e o biodiesel produzido. Energia Produzida [GJ] Indicador Energia produzida face ao total de energia consumida 2010 2009 2008 2010 (%) 2009 2008 Energia Produzida [GJ] 7.575 6.385 4.786 20% 19% 18% Biodiesel 7.534 6.385 4.786 41 0 0 Energia Produzida de Fontes Renováveis [GJ] 100% 80% 60% 40% 20% 0% 2008 Fontes de Energia Internas 2009 2010 Fontes de Energia Externas Gráfico 29 – Relação entre energia produzida e total de energia consumida (%) Como fontes de energia renovável existem ainda painéis solares térmicos nos balneários do CIVTRS de Avis que permitem a redução da energia utilizada proveniente de fontes externas. Pág. 57 Declaração Ambiental – 2010 10.6 Biodiversidade O indicador que permite aferir os impactes na biodiversidade é a área construída expressa em m2. Devido ao seu constante crescimento em termos de infraestruturas de apoio às diversas actividades, a VALNOR tem vindo a aumentar sucessivamente a área construída. Contudo, analisando o rácio relativo ao Valor Acrescentado Bruto, verifica-se uma tendência descendente desde 2008. 400.000 300.000 200.000 100.000 0 Área Construida [m2] m2 / M€ 2010 355.414 45703,39 2009 344.349 46547,12 2008 341.349 74112,76 Gráfico 30 – Área Construída (m2); Rácio m2 por M€ 10.7 Emissões para a atmosfera Uma das questões inerentes à deposição de RSU em aterros sanitários é a produção e migração de biogás para a atmosfera que, à semelhança de outros problemas ambientais existentes desde sempre neste tipo de explorações, tem sido alvo de preocupações recentes, de forma a minimizar o seu impacte sobre o ambiente. O biogás surge através de processos biológicos, físicos e químicos. Este gás é maioritariamente composto por metano (CH4), dióxido de carbono (CO2) e por uma diversidade de componentes em quantidades residuais. São consideradas as emissões resultantes das células dos aterros em exploração e dos consumos de gasóleo, convertidos para ton eq de CO2. A ferramenta utilizada para quantificação dos gases emitidos pelos aterros e lagoas de lixiviados é o Landgem, desenvolvido pela EPA, Agência de Protecção Ambiental dos Estados Unidos. Os factores de conversão para ton eq de CO2 são os propostos pelo IPPC (4th report) e pelo Despacho 17313/2008 da Direcção-Geral de Energia e Geologia do Min. Da Economia e Inovação. A emissão total de gases com efeito de estufa aumentou cerca de 24,64% face a 2009 em termos absolutos e cerca de 18,57% analisando o rácio relativo ao Valor Acrescentado Bruto (VAB). A libertação de metano das células dos aterros é a variável que mais influencia os resultados deste indicador. 100.000,00 80.000,00 60.000,00 40.000,00 20.000,00 0,00 Emissões de Gases com Efeito de Estufa [ton eq CO2] Ton eq CO2 / M€ 2010 34.103,85 4385,48 2009 27.362,01 3698,64 2008 86.467,64 18773,62 Gráfico 31 – Emissões de Gases com Efeito de Estufa (ton eq CO2 Pág. 58 Declaração Ambiental – 2010 11 OBJECTIVOS E METAS AMBIENTAIS 11.1 Acompanhamento dos objectivos e metas ambientais de 2010 Em seguida referem-se as metas e objectivos ambientais estabelecidos pela VALNOR para 2009 e correspondente informação sobre o seu grau de realização. Minimizar os impactes paisagísticos do CIVTRS de Avis Meta: Requalificar as zonas da envolvente da célula 1 do CIVTRS de Avis. Acções desenvolvidas: No decorrer de 2011 ainda serão depositados resíduos na célula 1. Conclusão: Este objectivo transitou para 2012. Diminuir os impactes ambientais relativos à emissão de poluentes atmosféricos (CH 4 ) e poeiras Meta: Diminuir as emissões de biogás para a atmosfera. Acções desenvolvidas: No decorrer de 2011 ainda serão depositados resíduos na célula 1 do Aterro de Avis. Foi adjudicado o encerramento da célula do aterro de Abrantes e a instalação de central electro-produtora de electricidade por queima de biogás. Conclusão: Este objectivo transitou para 2011. Desviar RUBs de aterro Meta: Aumentar em 30.000 toneladas / ano a capacidade de tratamento de RUBs. Acções desenvolvidas: Foi iniciada a construção da para instalação de uma unidade de digestão anaeróbia para 25.000 ton./ano de RUBs, sendo de salientar que o valor inicialmente previsto era de 15.000 ton./ano. Prevê-se a sua conclusão ainda em 2011. A viabilidade da instalação de uma unidade de vermicompostagem será analisada após a instalação da central de digestão anaeróbia. Conclusão: O prazo de concretização deste objectivo antecipa-se para 2011. Assegurar o tratamento integral de todos os resíduos da zona de abrangência Meta: Instalar uma célula de RIBs Acções desenvolvidas: A VALNOR obteve a autorização do Concedente em 16 de Março de 2009 Pág. 59 Declaração Ambiental – 2010 Foi dada prioridade à instalação de Digestão Anaeróbia Conclusão: O prazo de concretização deste objectivo passou para 2012 Dotar a VALNOR de unidades de produção de energia a partir de fontes renováveis Meta: Instalar 20 a 40 MW de capacidade de produção de energia a partir de fontes renováveis Acções desenvolvidas: Foi iniciada a construção da para instalação de uma unidade de digestão anaeróbia para 25.000 ton./ano de RUBs, sendo de salientar que o valor inicialmente previsto era de 15.000 ton./ano. Prevê-se a sua conclusão ainda em 2011. Foram instaladas centrais de microgeração solar na Estação de Transferência de Castelo de Vide, no Ecocentro de Abrantes, no Aterro de Inertes de Campo Maior e na casa de Alter do Chão. Está prevista a instalação de centrais de microgeração solar no Ecocentro de Portalegre e na ETT do Gavião. Conclusão: Este objectivo foi parcialmente alcançado. Mantém-se o prazo de concretização inicialmente previsto: 2012 Assegurar o cumprimento dos VLEs da descarga em meio hídrico (CIVTRS Avis) Meta: Cumprir os Valores Limite de Emissão (VLE) em todas as descargas. Acções desenvolvidas: Foi instalado o sistema de tratamento através de osmose inversa. Foi concluída a instalação da ETAR compacta para tratamento de águas residuais. Conclusão: Este objectivo foi alcançado. Assegurar o tratamento integral de todos os resíduos da zona de abrangência Meta: Desviar 20.000 ton/ ano da deposição em aterro. Acções desenvolvidas: Foi lançado o concurso para a instalação de uma unidade de produção de Combustíveis Derivados de Resíduos (CDR). Conclusão: O prazo de concretização deste objectivo antecipa-se para 2011. Aumentar a capacidade do sistema de recolha de óleos alimentares usados Meta: Cumprir as metas estabelecidas no Decreto-Lei n.º 267/2009, de 29 de Setembro Pág. 60 Declaração Ambiental – 2010 Acções desenvolvidas: Foram adquiridos e colocados 250 oleões Foi adquirido 1 veículo de recolha de oleões Conclusão: Este objectivo foi alcançado. 11.2 Objectivos e metas ambientais para 2011/2012 Em seguida referem-se as metas e objectivos ambientais estabelecidos pela VALNOR para 2011/2012. Minimizar os impactes paisagísticos do CIVTRS de Avis Aspectos Ambientais Negativos Significativos: Ocupação do solo Meta: Requalificar as zonas da envolvente da célula 1 do CIVTRS de Avis Acções a desenvolver: Efectuar a selagem e recuperação paisagística da célula 1 do CIVTRS de Avis Prazo de concretização: 2012 Responsabilidade: Administração Diminuir os impactes ambientais relativos à emissão de poluentes atmosféricos (CH 4) Aspectos Ambientais Negativos Significativos: Emissões gasosas - biogás Meta: Diminuir as emissões de biogás para a atmosfera Acções a desenvolver: Selar a célula 1 do CIVTRS de Avis Instalar um sistema de queima de biogás na célula inicial do CIVTRS de Avis Avaliar possibilidade de valorização energética do biogás Instalar uma central electroprodutora através de biogás no CIVTRS de Abrantes Prazo de concretização: 2012 Responsabilidade: Administração / Departamento de Gestão da Manutenção Pág. 61 Declaração Ambiental – 2010 Desviar RUBs de aterro Aspectos Ambientais Negativos Significativos: Produção de efluentes líquidos - lixiviados Meta: Aumentar em 25.000 toneladas / ano a capacidade de tratamento de RUBs Acções a desenvolver: Instalar uma unidade de digestão anaeróbia para 25.000 ton. / ano de RUBs (1-1,5 MW) Prazo de concretização: 2011 Responsabilidade: Administração Assegurar o tratamento integral de todos os resíduos da zona de abrangência Meta 1: Licenciar uma célula de RIBs. Acções a desenvolver: Construir e licenciar 1 célula de RIBs: 250.000 m3 com horizonte vida 15 anos Prazo de concretização: 2012 Responsabilidade: Administração Dotar a VALNOR de unidades de produção de energia a partir de fontes renováveis / alternativas Aspectos Ambientais Negativos Significativos: Consumo de energia Meta 1: Instalar 20 a 40 MW de capacidade de produção de energia a partir de fontes renováveis Acções a desenvolver: Instalar uma unidade de digestão anaeróbia para 25.000 ton./ano de RUBs (10 MW) Instalar uma central fotovoltaica Instalar centrais de microgeração nas unidades com contador de baixa tensão Instalar central electro-produtora através de biogás no CIVTRS de Abrantes Prazo de concretização: 2012 Responsabilidade: Administração / Departamento de Gestão da Manutenção Pág. 62 Declaração Ambiental – 2010 Racionalizar os consumos energéticos do CIVTRS de Avis Aspectos Ambientais Negativos Significativos: Consumo de energia; Emissões atmosféricas – produtos da combustão. Meta: Reduzir os consumos energéticos específicos do CIVTRS de Avis e frota associada Acções a desenvolver: Registar CIVTRS Avis como instalação consumidora intensiva de energia Realizar auditoria energética Elaborar e implementar Plano de Racionalização do Consumo de Energia Prazo de concretização: 2012 Responsabilidade: Administração Assegurar o encaminhamento dos rejeitados para valorização Meta: Garantir a valorização final de 30% dos resíduos recebidos. Acções a desenvolver: Construir uma unidade de produção de Combustíveis Derivados de Resíduos (CDR) Prazo de concretização: 2011 Responsabilidade: Administração Pág. 63 Declaração Ambiental – 2010 12 VERIFICAÇÃO E VALIDAÇÃO DA DECLARAÇÃO AMBIENTAL A SGS International Certification Services, acreditada para Verificação EMAS com o número PT – V0003, confirma que após a análise da documentação, dados e informação dos procedimentos da organização VALNOR, Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos, S.A. Herdade das Marrãs - 7480 Avis Com o âmbito Recolha, Tratamento e Valorização e Resíduos Sólidos (RSU) e Equiparados, resíduos de Construção e Demolição (RCD) e outros resíduos Industriais banais (RIB) e Descontaminação e Desmantelamento de Veículos em Fim de Vida (VFV). Recepção, Triagem, Armazenamento, Tratamento e valorização de Resíduos de Equipamentos Electrónicos e Electrónicos (REEE). Produção de Biodiesel. Verificados de acordo com o Regulamento CE nº 1221/2009 de 25 de Novembro, que: O Levantamento Ambiental, quando aplicável, o Sistema de Gestão Ambiental, o Programa de Auditoria Ambiental e a Declaração Ambiental cumprem com os requisitos do Regulamento (EMAS); A Declaração Ambiental é fiável, credível e exacta quanto às informações e dados dela constantes; Esta verificação é suportada na Declaração ambiental validada e no certificado de conformidade PT05/02478, válido desde 23 de Junho de 2010 até 10 de Março de 2013. A organização fica sujeita à verificação anual dos elementos exigidos para o registo no EMAS e quaisquer novos elementos actualizados da Declaração Ambiental ficam sujeitos à validação periódica, não ultrapassando os 12 meses entre cada validação. Assinatura ________________________________ Verificador Ambiental Acreditado Assinatura ________________________________ Verificador Ambiental Qualificado Lisboa, ____ / _____ / 2011 Pág. 64 Declaração Ambiental – 2010 Amigos para a vida. Herdade das Marrãs 7480 Avis Tel: (351) 245 610 040 • Fax: (351) 245 619 003 www.valnor.pt • [email protected]